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“Terras Sem Sombra” encerra amanhã Sob a batuta do maestro italiano Marcello Panni pág. 10
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SEXTA-FEIRA, 8 JULHO 2011 | Diretor: Paulo Barriga Ano LXXIX, Nº 1524 (II Série) | Preço: € 0,90
Ourique e Grândola ainda não receberam helicópteros devido a atrasos no contrato de fornecimento
Baixo Alentejo entra no verão sem meios aéreos para combater fogos pág. 5 JOSÉ FERROLHO
Pais não querem alunos ciganos em Santa Maria Diretora do agrupamento de escolas demitiu-se depois de saber que ia receber mais 69 alunos provenientes do bairro das Pedreiras. Pais contestam decisão da DREA e recusam-se a pactuar com a “criação de guetos”. pág. 7
Freguesias de Beja podem vir a ser extintas O Governo, por imposição da troika, prepara-se para extinguir entre 1000 a 1500 freguesias, principalmente nos perímetros urbanos. A cidade de Beja tem quatro e os seus presidentes acreditam que a medida não resolverá os problemas do País. pág. 15 São perto de três dezenas, mas não chegam para as necessidades. A Liga dos Amigos do Hospital de Beja criou em 1995 um serviço de voluntariado para auxiliar os doentes que ali chegam, provenientes de todo o Baixo Alentejo. A “brigada das batas amarelas”, como também são conhecidos, complementa os serviços prestados pelos profissionais de saúde. Principalmente no campo dos afetos. págs. 2/3
Ser voluntário no Hospital de Beja PUB
Pequeno comércio tem os dias contados Quem o afirma é José António Rousseau, um bejense que chegou a liderar a Associação Nacional de Supermercados e a Associação Portuguesa de Centros Comerciais, apesar de ser neto de um pequeno merceeiro da rua do Pelame. págs. 12/13
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“Eu ajudo as outras pessoas e isto ajuda-me a mim. Levo no meu coração muito mais do que aquilo que deixo”. Felícia Rosa
Reportagem
Luís Marreiros
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Maria Balbina da Silva
Os técnicos e os profissionais de saúde às vezes não chegam a tudo, e as pessoas têm falta de um apoio, de uma palavrinha...” Maria Balbina da Silva
Felícia Rosa
Voluntariado no hospital de Beja
As contas do dar e do receber O Hospital José Joaquim Fernandes, em Beja, tem, desde final de 1995, um grupo de vo-
P
assam 30 minutos das nove da manhã. As cadeiras dos corredores do serviço de Consultas Externas, que funcionam como sala de espera, estão preenchidas quase na totalidade. Apesar de apenas serem nove e meia da manhã, para muitos, a chegada ao hospital de Beja aconteceu duas horas, duas horas e meia antes. As vozes, distintas e inconfundíveis de cada pessoa que por aqui está ou que por aqui passa, fundem-se num burburinho contínuo, quase sussurrar monocórdico a que os ouvidos se habituam. Entre o rodopio multicolor das fardas, brancas, verdes, azuis, são as amarelas, dos voluntários, que chamam a atenção. Ou dos “canários”, como os adjetivam amiúde. O serviço de voluntariado começou através da Liga dos Amigos do Hospital de Beja, contando atualmente com cerca de 30 voluntários. Os voluntários estão divididos entre os serviços de Consultas Externas, Urgência, Ortopedia, Cardiologia, Medicina 1 e 2, contando maioritariamente com mulheres (apenas quatro homens). As suas funções dividem-se entre o fornecer pequenos lanches, ajudar na hora das refeições aos doentes acamados ou confortar e conversar com quem precisa, sempre, segundo os voluntariados, numa lógica de que acabam por receber mais do que aquilo que dão aos outros. Passam 30 minutos das nove da
luntários. Todos os dias vão contribuindo para melhorar e ajudar a passar o tempo dos utentes que estão no hospital, complementando os serviços prestados pelos profissionais de saúde. Um negócio de afetos, movido pela troca de sentimentos. Texto Marco Monteiro Cândido Fotos José Ferrolho
manhã e o serviço de voluntariado nas Consultas Externas já começou. Algumas pessoas dirigem-se ao carrinho com bolachas, café ou chá, ladeado por duas voluntárias, Maria Antónia Ricardo e Maria Balbina Silva, que fazem as honras da casa, auxiliando e servindo quem espera por uma consulta ou por um exame. Muitas vezes são as próprias voluntárias que oferecem algo para comer ou beber a quem está à espera. Maria Balbina Silva tem 72 anos e é voluntária há oito. Antes de o ser formalmente já trazia o voluntariado consigo, por ajudar os vizinhos, os que menos podiam, nas mais diversas tarefas. “Dava uma palavrinha amiga, cortava o cabelo a uma, as unhas a outra”. E se Maria Balbina, hoje, está do lado daqueles que dão algum do seu tempo, de forma voluntária, para ajudar os que estão no hospital doentes, também já houve tempo em que esteve do outro lado. “Eu, quando era mais nova, andei aqui muitos anos, internada, e a caminho de Lisboa, depois melhorei e aí decidi ajudar os que menos
podem. Eu via a carência dos doentes, porque os técnicos e os profissionais de saúde às vezes não chegam a tudo, e as pessoas têm falta de um apoio, de uma palavrinha, de dar o pequeno-almoço ou o almoço, quando faz falta”. O ar bonacheirão de José Alfredo Ângelo, acentuado pela sua boa disposição, pelo cabelo e bigode fartos e grisalhos, não deixa ninguém indiferente no corrupio em que anda. Das Consultas Externas para as Urgências, das Urgências para as Consultas Externas, o percurso é quase automático. Sempre com um sorriso nos lábios e um orgulho quase incontido de envergar a bata amarela do voluntariado. “Ao princípio foi difícil, pois pensei que ia encontrar situações complicadas com pessoas em condições difíceis, mas ultrapassei essa fase com a formação inicial que recebi”. A cumprir esta função da sua vida, José Ângelo, reformado, é um dos poucos homens voluntários do hospital e, hoje, sente-se feliz e satisfeito. “É que ser voluntário é dar um bocadinho de nós próprios, mas
“É que ser voluntário é dar um bocadinho de nós próprios, mas também receber alegria dos doentes, porque todos temos dias ruins e há pessoas que nos dizem: eh pá, aguentem, que eu também aqui estou”. José Ângelo
também receber alegria dos doentes, porque todos temos dias ruins e há pessoas que nos dizem: eh pá, aguentem, que eu também aqui estou”. Este antigo agricultor prefere o voluntariado nas Consultas Externas, ao invés de quando fazia “pisos” (Ortopedia ou Cardiologia). Agora é mais fácil de haver uma relação com as pessoas, de as acompanhar, já que, de tempos a tempos, voltam. “É mais tête-a-tête, há mais convívio, e nos pisos, quando começávamos a gostar, os doentes saíam e eu estranhava”. José Ângelo já não consegue conceber os seus dias sem as manhãs que passa no hospital, havendo mesmo doentes que estranham quando não o encontram: “então o senhor de cabelo branco, o Avô Cantigas, não está?”. Porque ser voluntário é saber ouvir e interpretar silêncios O trabalho dos
voluntários funciona como elo agregador de laços, atuando nos intervalos e nos espaços onde o pessoal médico e de enfermagem não consegue chegar, por falta de tempo e disponibilidade. E se, ao início, o trabalho de voluntariado era olhado com alguma desconfiança o preconceito acabou por desvanecer-se pelos corredores do hospital. “Hoje já há um reconhecimento do voluntariado e, pessoalmente, considero que é uma mais-valia para os doentes, para a instituição e para os
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A Liga dos Amigos do Hospital e o voluntariado
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próprios voluntários, que se sentem úteis”. Quem o afirma é a enfermeira-chefe das Consultas Externas, Isabel Gonçalves. “É um bom complemento e são um elo de ligação entre os serviços”. De olhos postos no corredor e com ar bem-disposto está Felícia Rosa. Com 80 anos, voluntária há 13, já o sendo no hospital antes de o haver formalmente, é a mais antiga em funções. “O hospital teve um horário a título experimental, antes de ser oficial. Eu estava aí a tarde inteira e dava comidinha aos idosos que não conseguiam comer sozinhos”. “Eu ajudo as outras pessoas e isto ajuda-me a mim. Levo no meu coração muito mais do que aquilo que deixo”. Sentados pacientemente, enquanto esperam para ser atendidos numa qualquer consulta, estão Maria das Candeias Santos e o marido. Com um pacote de bolachas e um copo de café com leite na mão não têm dúvidas em elogiar o voluntariado.”São voluntárias e o trabalho delas é importantíssimo, fazem muito pelos doentes. Aqui só pecou por ser tarde, porque eu ia ao Hospital de São José, há muitos anos, e já havia e aqui só apareceu mais tarde”. Do outro lado do corredor, Maria Augusta Ramos, de Almodôvar, utente também ela, acha que é uma boa iniciativa, “principalmente para as pessoas, de mais idade, que passam muito tempo à espera e não comem nada”. “É muito importante, e gratificante, alguém dar uma palavra amiga”. Enquanto José Ângelo continua numa fona, na linha direta e sem paragens Consultas Externas – Urgências, Maria Balbina e Maria Antónia Ricardo continuam a dar o que comer e beber a muitos que,
José Ângelo
origem do voluntariado no Hospital José Joaquim Fernandes teve início com a criação da Liga dos Amigos do Hospital (LAH) e o registo desta como instituição particular de solidariedade social. Se hoje o voluntariado se estende a diversos serviços, inicialmente estava apenas presente nas Consultas Externas com 20 voluntários. Atualmente tem cerca de 30. Segundo a presidente da LAH, Lisalete Pombeiro, o voluntário deve ser alguém “que gosta de dar a sua contribuição aos outros, que tem um espírito de missão e com características humanas bastante desenvolvidas”. Um aspeto fundamental nos voluntários é a questão do sigilo: “É muito importante saber guardar sigilo porque não pode transmitir nada lá para fora daquilo que vir, como os processos pessoais, as pessoas que estão internadas ou os problemas clínicos”. Lisalete Pombeiro sublinha o caráter sólido e o espírito ético do voluntário como condição imprescindível para o desempenho das funções. O voluntário-tipo do hospital, atualmente, tem mais de 50 anos, é reformado e, principalmente, do sexo feminino. Apesar da importância do trabalho de voluntariado, opinião partilhada pelos próprios, pelos profissionais de saúde e pelos utentes, a presidente da LAH realça um aspeto, também ele fundamental, que é o da não intervenção e sobreposição ao trabalho dos profissionais. “O trabalho de voluntariado é complementar ao dos profissionais, especialmente nas áreas sociais e humanas. São áreas muito sobrecarregadas e desgastantes, e os voluntários estão disponíveis para conversar, para acompanhar as pessoas e dar algum conforto”. A funcionar todos os dias da semana, entre as 9 e 30 e as 11 horas nas Consultas Externas e as 11 e as 13 horas nos pisos, uma das principais dificuldades do voluntariado, senão mesmo a maior e única, é a dificuldade em trazer mais pessoas para esta causa. O facto, lamentado por todos, principalmente pelos voluntários que gostariam de ver mais pessoas a dedicarem um pouco do seu tempo aos doentes do hospital, não é um impeditivo ao trabalho que se quer realizar. No entanto, como muitos voluntários referem, é necessário “sangue novo”, de todas as idades, porque, afinal de contas, o voluntariado faz bem aos doentes, mas também faz muito bem a quem ajuda. Marco Monteiro Cândido
possivelmente, ainda não o fizeram desde que se levantaram da cama. Maria Antónia é voluntária há ano e meio, e, durante este tempo, o silêncio e vergonha têm sido das coisas mais complicadas de enfrentar. Os mesmos silêncios e vergonhas que escondem a necessidade de pedir ajuda. “O que sentimos muito são as pessoas que vêm de muito longe, chegam às sete da manhã, saem às duas da tarde, têm fome e não têm dinheiro para comer. Esses, muitas vezes, estão aqui sentados a olhar para nós e não são capazes de pedir, nós é que vamos ter com eles”. Para além do reconforto para o estômago, o papel dos voluntários é o de ter “uma palavra amiga e saber ouvir as histórias de vida dos pacientes”. Para Maria Antónia, a crise que atravessa o País, atravessa a eito, também, a vida de muita gente que passa pelas consultas externas: “Há muitas dificuldades económicas”. São 11 horas da manhã e o voluntariado nos pisos de Ortopedia
e Cirurgia está prestes a começar. A equipa é constituída por Maria Luísa Guerreiro, Maria do Céu Elias e Luís Marreiros, voluntários há oito, cinco e dois anos, respetivamente. Por aqui as tarefas são ligeiramente diferentes das colegas do piso de baixo. Para além das palavras de apoio e conforto que procuram dar aos doentes têm um papel importante na hora das refeições, já que ajudam as pessoas a comer, visto que os funcionários não conseguem chegar a todas as situações. Maria Luísa Guerreiro, de Aljustrel, faz dois turnos por dia, já que é de longe, e confessa que o voluntariado tem sido uma “escola de vida”. “Há coisas importantes que temos que ter: fazer com gosto, sorrir; temos que escutar o doente e ter muito sigilo”. Maria Luísa sublinha que, apesar das suas preocupações ficarem à porta quando começa o turno, muitas vezes leva preocupações para casa. “O voluntário também chora e há muitas situações em
Maria Antónia Ricardo
“Hoje já há um reconhecimento do voluntariado e, pessoalmente, considero que é uma mais-valia para os doentes, para a instituição e para os próprios voluntários, que se sentem úteis” Isabel Gonçalves, enfermeira-chefe das Consultas Externas
que nos preocupamos, mesmo com as famílias em desespero, onde fazemos uma ponte com os técnicos”. Auxiliar de enfermagem reformada do Hospital de Alcoitão, Maria do Céu Elias encara o voluntariado como um prolongamento do que fazia, mas com uma vertente mais humana. “Há doentes que adoram falar connosco, outros menos, depende das doenças e dos próprios pacientes”. Habituada a trabalhar com doentes, assegura que, mesmo assim, há casos que a tocam muito do ponto de vista emocional. Luís Marreiros foi desafiado há dois anos, por conhecidos que já faziam voluntariado, a juntar-se a este projeto e faz um balanço positivo. “Aprendi muito com as pessoas, apesar de não ter hoje um olhar diferente do que tinha”. E consciente de que, objetivamente, não pode contribuir para uma melhoria efetiva das condições de saúde dos pacientes, Luís atribui a mais-valia do voluntariado à esperança e à perspetiva diferente que têm dos problemas. “Nós não podemos ajudar muito, mas como estamos fora dos problemas das pessoas, temos mais vontade, não nos sentimos tão pressionados ou desanimados, acreditando que tudo vai melhorar e passar”. Apesar de acreditar no trabalho desenvolvido pelo voluntariado, Luís só lamenta o facto de não se juntarem mais pessoas a este projeto, apesar do bom acolhimento do mesmo. “Esta é uma mágoa que eu sinto”. Da mesma opinião é José Ângelo, um dos pouco homens, a par com Luís, que se dedicou ao voluntariado. De olhos e voz tremidos pelas lágrimas, José lamenta não haver sangue novo, mas afirma sem rodeios, como mote para futuro: “Vale a pena lutar”.
Maria do Céu Elias e Maria Luísa Guerreiro
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Diário do Alentejo 8 julho 2011
A depressão demográfica está instalada de tal maneira que algumas zonas estão a caminho de um limiar de rutura.
Editorial Esperança
Jorge Pulido Valente, presidente da Ambaal
Beja
Moura
Paulo Barriga
é o número de pessoas recenseadas no Baixo Alentejo no Censos 2011
Serpa
Distrito de Beja perde 18 503 pessoas em 10 anos
Somos cada vez menos O Censos 2011, nos resultados preliminares, apurou 126 602 pessoas recenseadas no Baixo Alentejo – menos 18 503 do que em 2001, uma queda na ordem dos seis por cento. No distrito de Beja todos os concelhos encolheram nesta última década. Em números absolutos a capital do distrito é quem menos perde (-32), enquanto Mértola foi quem perdeu mais habitantes (-1423). No parque habitacional existe uma tendência de crescimento, mas abaixo da média nacional.
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penas cinco dos 47 concelhos do Alentejo ganharam população na última década, tendo Sines registado a maior subida (5,03 por cento), segundo os dados preliminares dos Censos 2011 e em comparação com os Censos 2001. A tendência positiva de Sines, que tinha 13 577 residentes em 2001 e, agora, contabiliza 14 260, só é seguida pelos municípios de Campo Maior (aumento de 4,84 por cento), Viana do Alentejo (2,33), Vendas Novas (1,88) e Évora (0,98). Na análise efetuada pela Lusa, mas excluindo os 11 municípios da Lezíria do Tejo, que o Instituto Nacional de Estatística (INE) contabiliza para efeitos dos Censos 2011, o Alentejo, no seu conjunto, perdeu 4,39 por cento da população. Em 2001, a região contava com 535 753 habitantes, mas, nos Censos 2011, já só são contabilizados 510 906 moradores, o que traduz menos 24 847 pessoas a residirem no Alentejo. A perda de população na última década é o denominador comum a quase todos os concelhos, mas a
maior descida percentual aconteceu em Mourão (17,46), distrito de Évora, que viu a população passar de 3 230 para 2 666. Mértola, no distrito de Beja, surge em segundo lugar nesta tendência percentualnegativa(16,33),seguindo-se Gavião (15,18) e Nisa (14,39), ambos no distrito de Portalegre, e Mora (13,46), no distrito de Évora. No que toca aos totais de cada uma das quatro sub-regiões alentejanas, o maior decréscimo, em termos de percentagem, é no Alto Alentejo, com menos 6,43 por cento. Apesar de, em todas elas, haver uma diminuição de residentes, é a sub-região do Alentejo Litoral, que agrupa cinco concelhos – Odemira, Alcácer do Sal, Grândola, Santiago do Cacém e Sines –, que regista a descida menos acentuada, perdendo apenas 2,06 por cento de habitantes. O Alentejo Central, constituído por 13 dos 14 concelhos do distrito de Évora, é a sub-região que tem mais
população, 167 528 pessoas, seguida pelo Baixo Alentejo (126 602), Alto Alentejo (118 858) e, por fim, devido aos poucos municípios que inclui, o Alentejo Litoral (97 918). Situação no Baixo Alentejo “muitíssimo preocupante” e “a caminho” da “rutura” Todos os concelhos do Baixo
Alentejo perderam população, uma situação que o presidente da associação de municípios considera “muitíssimo preocupante”, alertando que a “depressão demográfica” está “instalada” na sub-região, onde há zonas “a caminho” da “rutura”. “A depressão demográfica está instalada de tal maneira” no Baixo Alentejo, que “algumas zonas estão a caminho de um limiar de rutura”, disse à Lusa o presidente da Associação de Municípios do Baixo Alentejo e Alentejo Litoral (Ambaal), Jorge Pulido Valente, em reação aos dados do Censos 2011. A “depressão demográfica” no Baixo Alentejo deve-se “à falta de
Evolução da população residente no distrito de Beja 2001 2011 Aljustrel 10 567 9234 Almodôvar 8145 7471 Alvito 2688 2523 Barrancos 1924 1841 Beja 35 762 35 730 Castro Verde 7603 7232 Cuba 4994 4883 Ferreira do Alentejo 9010 8265 Mértola 8712 7289 Moura 16 590 15 186 Ourique 6199 5387 Serpa 16 723 15 627 Vidigueira 6188 5934
políticas públicas para contrariar a tendência de perda de população”, disse o também autarca socialista de Beja, defendendo que a situação “só se consegue inverter com políticas públicas bastante agressivas do ponto de vista da descriminação positiva dos territórios de baixa densidade”. “Sobretudo com políticas públicas convergentes e coordenadas, que permitam alterar a estrutura socioeconómica da região”, explicou, referindo que, por outro lado, é preciso “criar condições, através de investimentos nos vários setores, para fixar população nos territórios de baixa densidade”. Trata-se de “um processo muito complicado”, que “já se devia ter atalhado há muito tempo”, avisou. Por outro lado, disse, “tem havido políticas contraditórias”, já que, “fazem-se investimentos públicos para se tentar desenvolver os territórios de baixa densidade do ponto de vista económico, mas como não há coordenação nem convergência de objetivos, tomam-se medidas erradas, como o fecho de escolas e serviços de saúde”. Segundo Jorge Pulido Valente, “há uma zona central do Baixo Alentejo que está a beneficiar dos investimentos estruturantes feitos pela administração central e por privados”, como os concelhos situados na esfera de influência de Alqueva e do aeroporto de Beja. No entanto, “o mais preocupante” é que esta situação “está a contribuir para um movimento centrípeto de população que ocorre para a cidade de Beja vinda de freguesia rurais do concelho e de outros concelhos mais periféricos”, como Mértola.
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desenvolvimento não é bem aquilo que os políticos dizem. O desenvolvimento não é propriamente sinónimo de investimento em obras folgazonas. O desenvolvimento não é de todo um fenómeno privativo do dinheiro. Pelo contrário, o desenvolvimento tem muito mais a ver com a felicidade das pessoas, com o seu bem-estar emocional, com o seu enriquecimento cultural, com a preservação da memória coletiva, com a dignificação das pequenas e das grandes comunidades locais, com a salvaguarda do ambiente. E não apenas com o cimento e com o alcatrão. Por isso mesmo se construiu a porra do Alqueva, se melhoraram as estradas, se inaugurou o aeroporto, e prosseguimos na mesma. Ou pior. Os resultados preliminares dos censos 2011 mostram que o Alentejo tornou a perder população e que só no distrito de Beja desapareceu mais de seis por cento da população em apenas 10 anos. O que leva à mais óbvia das conclusões: o modelo de desenvolvimento que se traçou para o Alentejo, alicerçado em três pilares de betão armado e ferraria, falhou. E o mais grave é que, ainda nesta campanha, todos os candidatos andaram pelas ruas eleitorais a acenar exclusivamente com o cadáver das acessibilidades e das grandes obras públicas. Sem perceberem que enquanto houver nesta terra um velho que por solidão se pendure num arame de fardo, enquanto subtraírem escolas e risos às pequenas aldeias, enquanto for mais fácil apanhar a carreira com bilhete de ida para Lisboa do que um médico no hospital de Beja, não haverá desenvolvimento. Porque o desenvolvimento,, afinal,, az-se junfaz-se ando todos tando stes bocabocaaestes inhos de dinhos sperança. esperança.
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Encontra-se em período de discussão pública o Plano de Pormenor da Cavandela. O respetivo documento vai ser submetido à apreciação da Assembleia Municipal de Castro Verde, em sessão extraordinária de agosto. A Câmara Municipal de Castro Verde promoverá uma reunião do conselho de opinião criado na
primeira fase deste projeto, em data a anunciar brevemente. A proposta do plano, o respetivo relatório ambiental, a ata da conferência de serviços e demais pareceres emitidos durante a fase de acompanhamento podem ser consultados no site da autarquia ou no gabinete de apoio ao presidente.
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Plano de Pormenor da Cavandela em discussão
“Ou por os helicópteros não terem sido certificados pelo Instituto Nacional de Aeronáutica Civil (INAC), ou por os pilotos também não terem a certificação dada pelo INAC, não foram fornecidos até ao momento, desde o dia 1, esses seis ou sete aparelhos”. Vítor Cabrita, comandante distrital operacional de Beja da Proteção Civil
Ourique e Grândola sem aeronaves de combate a incêndios devido a atrasos contratuais
Baixo Alentejo sem helicópteros O Centro de Meios Aéreos de Ourique ainda não recebeu o helicóptero de combate a incêndios que já devia estar estacionado nesta vila alentejana desde o passado dia 1 de julho, data de início da fase “Charlie”, a fase de maior risco. Também Grândola continua à espera da chegada do aparelho. Texto e foto Marco Monteiro Cândido
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comandante distrital operacional de Beja da Proteção Civil, Vítor Cabrita, justifica a ausência do helicóptero em Ourique com os atrasos que se verificaram no contrato de fornecimento de helicópteros, para todo o País, celebrado com uma empresa privada. “Ou por os helicópteros não terem sido certificados pelo Instituto Nacional de Aeronáutica Civil (INAC), ou por os pilotos também não terem a certificação dada pelo INAC, não foram fornecidos até ao momento, desde o dia 1, esses seis ou sete aparelhos”. Segundo Vítor Cabrita, o helicóptero destinado a Ourique faz parte do pacote fornecido por essa empresa, razão pela qual ainda não chegou. Apesar do atraso, o comandante distrital tem a informação de que o helicóptero chegará a Ourique amanhã, sábado, 9. “É uma previsão, é a informação que tenho”. No entanto, a 15 de junho passado Ourique recebeu um helicóptero, antecipando a fase “Charlie”, o período de maior risco de incêndios, que decorre de 1 de julho a 30 de setembro, que partiu a 1 de julho, tendo em conta um sistema de rotação dos aparelhos. “Os helicópteros saem do sítio onde estão e era para entrarem outros, onde se inclui Ourique. Esta rotação é normal e tem a ver com o número de horas de voo nos distritos, onde os que fazem menos vão para os distritos onde são feitas mais horas”. O major Vítor Cabrita considera que esta não é a situação ideal, sublinhando, no entanto, que estão dois helicópteros no Algarve, em Cachopo e Monchique, que “cobrem grande parte da zona sul do distrito” e que esta situação se deve ao “imprevisto do concurso” de fornecimento. O responsável pelo Comando Distrital de Operações de Socorro do Distrito de Beja referiu, ainda, que em Grândola o meio aéreo de combate a incêndios ainda não chegou pelo mesmo motivo de Ourique. O presidente da Câmara Municipal de Grândola, Carlos Beato, contactado pelo “Diário do Alentejo”, sublinha a preocupação que lhe suscita este atraso do helicóptero, que “já devia ter chegado e que, lamentavelmente, ainda não chegou”. Para o autarca de Grândola, o investimento municipal feito no heliporto, mas que serve todo o Alentejo
Heliporto Joaquim Alberto Mamede A meio da semana ainda não tinha chegado o helicóptero a Ourique
Litoral, e o assegurar das condições por parte da câmara, constitui um argumento para afirmar que “os compromissos devem ser assumidos”. “É lamentável, preocupante e de alto risco, para a região, que no dia 6 de julho [dia do fecho da presente edição], a meio da época de fogos, ainda não haja helicóptero, até porque não sabemos o que pode acontecer e as dimensões com que pode acontecer”. Quanto à chegada do helicóptero a Grândola, Carlos Beato tem a previsão de que isso aconteça na próxima semana. Em Mértola, concelho servido pelo helicóptero de Ourique, a apreensão também está presente. O presidente da câmara municipal local, Jorge Rosa, afirma que está “preocupado com a falta do meio aéreo” no território, porque é o que resolve mais eficazmente situações de incêndio potencialmente complicadas. Segundo o mesmo, Mértola tem “um perímetro florestal bastante alargado e é um dos concelhos onde, todos os anos no verão, há muitos incêndios e uma grande percentagem de área ardida”.”Se este meio não for rapidamente disponibilizado para a base de Ourique, isso pode ser muito complicado e, até, trazer custos acrescidos”. Jorge Rosa espera que este assunto seja resolvido rapidamente, lamentando que o atraso se deva a dificuldades no concurso de fornecimento dos helicópteros. “Apesar de tudo ter que estar
dentro da legalidade, estamos habituados neste país, infelizmente, a que as burocracias atrapalhem, muitas vezes, os operacionais”. O concurso público para a locação de 15 helicópteros ligeiros para combate a incêndios florestais, por parte da Empresa de Meios Aéreos, foi publicado em “Diário da PUB
República” a 18 de abril deste ano, verificando-se um pouco por todo o País atrasos com a disponibilização dos meios aéreos. Contactado pelo “Diário do Alentejo”, o presidente da Câmara Municipal de Ourique, Pedro do Carmo, não quis prestar declarações.
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Jerónimo de Sousa em Santiago do Cacém
A Organização Regional do PCP promove no próximo domingo, dia 10, o convívio de verão, com a presença do secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa. A iniciativa decorrerá no Rio da Figueira, em Santiago do Cacém, com um almoço convívio com início agendado para as 12 e 30 horas, intervenção de Jerónimo de Sousa às 15 horas e baile popular pelas 16.
Mário Simões contesta fecho dos CTT em Vila Nova de São Bento O deputado do PSD eleito pelo círculo de Beja, Mário Simões, defende a “suspensão” da decisão dos CTT em encerrar a estação de Vila Nova de São Bento, no concelho de Serpa “para que seja possível fazer a reanálise da situação”. O deputado deslocou-se àquela freguesia onde manteve contatos
com o presidente da junta, empresários e população. Em comunicado de imprensa, Mário Simões adianta que “com o encerramento do posto a população fica confinada à estação de correios de Serpa, com todas as consequências que daí possam advir para uma população que não é servida de uma rede de transportes públicos adequada às suas necessidades, na maioria idosa, e no caso
de Vila Nova de São Bento onde está sedeada uma atividade industrial e comercial acima da média que se regista no concelho”. Mário Simões diz ainda ter dificuldade em perceber “a lógica que está a presidir ao encerramento” dos serviços na freguesia e recusa-se a aceitar que por detrás desta decisão possa estar “apenas uma lógica economicista”.
Grupo de trabalho apresenta “documento síntese” ao Governo
Argumentos linha a linha Alargar a luta contra o encerramento da linha do Alentejo às câmaras municipais do distrito de Beja e à sociedade civil e entregar um “documento síntese” quer aos grupos parlamentares, quer ao Governo, nas pessoas dos secretários de Estado dos Transportes e do Adjunto do Primeiro-Ministro, foi a decisão tomada pelo grupo de trabalho da Assembleia Municipal de Beja, que integra a mesa deste órgão, para além de António Rodeia Machado, José Pedro Oliveira, António Mourão e Lisalete Pombeiro, membros eleitos pela AMB e dois representantes do movimento “Beja Merece”. Ilustração Paulo Monteiro
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ernardo Loft, presidente da Assembleia Municipal de Beja, no final da reunião disse aos jornalistas que para “evitar que a linha Lisboa-Beja seja encerrada” o grupo de trabalho decidiu entregar ao novo Governo um documento com “novas reivindicações” e argumentos a favor da ligação ferroviária à capital. Entre as reivindicações, exige-se as ligações diretas por intercidades e a posterior eletrificação da linha, o que possibilitará um serviço “muito melhor, mais cómodo e mais rápido”, diz Loft.
Florival Baiôa Monteiro acrescentou outro argumento à manutenção deste trajeto ferroviário: a linha do Alentejo é estratégica e a única alternativa à linha do sul. Em caso de impedimento, a ligação de Lisboa ao Algarve ficará sempre assegurada. O grupo de trabalho pretende ainda que as autarquias do distrito e a sociedade civil engrossem o coro de descontentamento contra a medida proposta pelo antigo governo à troika, de forma a dar mais força à exigência de manutenção e modernização das ligações ferroviárias na região. Recorde-se que o jorna l “Público” revelou que o governo de José Sócrates negociou com o FMI, o Banco Central Europeu e a Comissão Europeia o encerramento de cerca de 800 quilómetros de ligações ferroviárias em todo o país “à revelia da Refer”, através de uma equipa conjunta dos ministérios das Finanças e das Obras Públicas e Transportes. No entanto, o “Diário do
Alentejo” apurou que o ex-secretário de Estado dos Transportes também teria sido posto à margem da negociação. Correia da Fonseca, durante a última pré-campanha eleitoral para as le-
gislativas, participou em Beja, no Fórum Baixo Alentejo, promovido pelo PS, e defendeu, para além da manutenção da ligação de Beja a Lisboa, melhorias na rede ferroviária e uma maior aposta na ligação a Sines. Carlos Moedas, secretário de Estado Adjunto de Passos Coelho, contactado esta semana pela rádio “Pax”, recusou pronunciar-se sobre a proposta do ex-governo socialista alegando desconhecimento. No entanto, sempre foi adiantando que “é muito impor-
tante para o Alentejo ter ligações ferroviárias ao centro do País, sobretudo a Lisboa” e prometeu “lutar para que isso não desapareça”. O grupo de trabalho vai voltar a reunir-se no dia 12, às 18 horas, na Biblioteca de Beja. Ligação Bombel-Évora retomada a 23
A Refer anunciou entretanto que as obras de modernização e eletrificação do troço Bombel/Vidigal-Évora estão quase concluídas e que as ligações serão retomadas a 23 deste mês, um ano após a sua suspensão.
As obras naquele troço deviam ter terminado no dia 10 do passado mês de maio, um ano depois de terem começado, mas a empreitada atrasouse devido ao mau tempo que se verificou durante os meses de inverno, segundo a Rede Ferroviária Nacional. O serviço ferroviário Intercidades desta linha (de Lisboa a Évora e a Beja) está suspenso desde maio do ano passado, devido às obras da Refer para a reabilitação e eletrificação da infraestrutura, tal como o serviço regional de Lisboa-Casa Branca. AF
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Dados do barómetro do turismo
Portugueses são quem mais visita o Alentejo
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Barómetro de Turismo do Alentejo registou, em maio, um aumento no número de unidades que aderiram ao sistema, enviando mensalmente os dados, num total de 96. O acréscimo permite, segundo a Turismo do Alentejo, que se dê início à observação de mais uma categoria de alojamento turístico, nomeadamente a de hotéis apartamento. As amostras recolhidas correspondem a 29,94 por cento do total da oferta de quartos do total do alojamento clas-
sificado do Alentejo, destacando-se as amostras da hotelaria estruturada dos hotéis de quatro estrelas, dos hotéis de três estrelas, dos hotéis rurais, pousadas e os hotéis apartamento. Seg undo os dados do Ba rómetro de Turismo do Alentejo, até ao quinto mês do ano, conf irma-se a primazia do mercado português, seguido do espanhol e o facto de os três mercados da Holanda, Reino Unido e Alemanha apresentarem va lores muito aprox imados.
O deputado do PCP eleito pelo círculo de Beja, João Ramos, questionou o Ministério da Saúde sobre “Prescrição eletrónica – suspensão de consultas médicas” nas extensões de saúde da Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo (Ulsba). João Ramos quer saber se as mais de 30 extensões de saúde da Ulsba estão dotadas “de
Mário Beirão “cumpriu acordo” entre câmara e DREA A diretora do agrupamento de Mário Beirão, Maria Dulce Alves, lembra que “no ano letivo anterior foi feito um acordo entre a Câmara de Beja e a DREA no sentido de ‘esvaziar’ os meninos de etnia cigana da Escola de Santa Maria”, mas “esvaziar faseadamente”, o que “significava que Mário Beirão e Santiago Maior receberiam a partir do ano passado os meninos do pré-escolar e do 1.º ano do bairro das Pedreiras que se inscrevessem pela
capacidades informáticas para dar resposta” à implementação deste modelo de prescrição. E, no caso de a entrada em vigor da prescrição eletrónica “colocar em causa” a realização de consultas médicas nalgumas extensões de saúde da Unidade, o deputado quer saber “que medidas estão previstas para ultrapassar o problema”.
07 Diário do Alentejo 8 julho 2011
João Ramos questiona Governo
primeira vez no sistema”, situação que se repetiu este ano. “Nós cumprimos o acordo. Agora a meio do processo, que era para ser faseado, aparece em cima da mesa uma proposta em que não é o que está no acordo mas sim todos os meninos. Aquilo que pertencer ao acordo será cumprido pela Mário Beirão”, assegura. Também o agrupamento de Santiago Maior está a receber alunos oriundos do bairro das Pedreiras, no âmbito do referido acordo, confirmou um membro da direção.
“A nossa terra mais limpa” arrancou em Ourique A Câmara Municipal de Ourique deu início ao projeto “A nossa terra mais limpa”, que visa promover a pintura e a limpeza de espaços e edifícios públicos envolvendo cidadãos em situação de desemprego, através de um subsídio de apoio equivalente a 50 por cento do salário mínimo nacional. Com esta iniciativa a autarquia pretende valorizar e apoiar as pessoas com maiores dificuldades, contribuindo ainda para a manutenção do património. Aquando da apresentação da iniciativa a autarquia tinha definido como período de execução do projeto os meses de julho e agosto, com a participação de 20 pessoas em cada mês. No entanto, e considerando o elevado número de inscrições, a Câmara de Ourique decidiu prolongar esta ação até ao final do mês de setembro.
Em causa integração na escola de mais 69 alunos de etnia cigana
Pais contra criação de guetos em Santa Maria Pais e Agrupamento de Escolas de Santa Maria estão contra a colocação de mais 69 alunos de etnia cigana naquele estabelecimento de ensino. Responsável pelo conselho geral diz que agrupamento se recusa a “compactuar com a criação de guetos”. Texto Nélia Pedrosa Foto José Ferrolho
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Associação de Pais e Encarregados de Educação do Agrupamento de Escolas de Santa Maria enviou esta semana um ofício ao Ministério da Educação onde contesta a decisão da Direção Regional de Educação do Alentejo (DREA) de colocar naquele estabelecimento de ensino mais 69 alunos de etnia cigana, atualmente a frequentar o 1.º ciclo do ensino básico no Regimento de Infantaria 3 (RI3), em vez de os redistribuir pelos outros dois agrupamentos, “como tinha ficado acordado em março com o diretor regional de educação do Alentejo”, José Verdasca. “Vamos continuar a lutar pelo que é de lei e pelo que é justo”, garante ao “Diário do Alentejo” a presidente da referida associação, Margarida Lucas. A diretora do agrupamento de Santa Maria, Domingas Velez, acabou por apresentar a sua demissão no final da semana passada em protesto contra a decisão da DREA.
O conselho geral do Centro Escolar de Santa Maria também já solicitou “uma audiência urgente” à Secretaria de Estado para o Ensino Básico, para ser ouvido “por um representante da secretaria ou pelo novo diretor da direção regional de Educação, assim que for nomeado”, a fim de “esclarecer toda a situação”. Uma situação “nada transparente”, garante o presidente do conselho, Eduardo Santos, ao mesmo tempo que assegura que “apesar de tudo a escola está a funcionar normalmente”: “O ambiente está sereno”. A presidente da Associação de Pais e Encarregados de Educação do Agrupamento de Santa Maria esclarece que, numa reunião realizada em março, José Verdasca afirmou que os alunos que se encontravam no RI3 (79 no total), e que são provenientes do bairro das Pedreiras, “seriam distribuídos pelos outros dois outros agrupamentos [Santiago Maior e Mário Beirão], uma vez que Santa Maria já tinha 42 meninos de etnia cigana, residentes na rua da Lavoura e no bairro João Barbeiro, e 140 do bairro da Esperança”. Esta posição continuou a ser defendida, segundo Margarida Lucas, “até ao início de junho”. Posteriormente a associação foi informada de que “afinal só iriam para os outros dois agrupamentos os meninos do 1.º e 4.º anos”. Após uma outra reunião, a associação “descobriu que seriam distribuídos somente os do 1.º ano matriculados pela primeira vez e os do 1.º ano do ano anterior, ou seja, um total de 10 meninos”. Os restantes 69 irão para Santa Maria.
A presidente da Associação de Pais e Encarregados de Educação do Agrupamento de Santa Maria garante que o espaço físico existente não comporta a frequência de mais 69 alunos e lembra que presentemente quatro turmas do 1.º ciclo partilham os espaços físicos do 2.º e 3.º ciclos, “em virtude do centro escolar estar na sua máxima capacidade de ocupação”. “Isto não tem a ver com o não querermos alunos de etnia cigana, porque temos lá muitos, achamos é que são alunos problemáticos e por isso é que as outras escolas não os querem. Mas penso que se houver uma distribuição por todos [os agrupamentos] não custa tanto”, defende ainda a responsável, acrescentando que estes alunos “mantiveram-se no RI3 a aguardar pela conclusão dos centros escolares para depois serem distribuídos” pelos outros dois agrupamentos. Eduardo Santos diz, por sua vez, que o agrupamento de Santa Maria se recusa a “compactuar com a criação de guetos” e alerta para o facto de “cerca de 90 por cento dos meninos residentes no bairro junto à escola de Santa Maria frequentarem os outros agrupamentos”: “Das três freguesias a que mais cresceu foi Santa Maria, no entanto é a que tem menos meninos”, diz. “Há uma clara fuga de alunos para os outros agrupamentos e um esvaziar do agrupamento de Santa Maria”, conclui Margarida Lucas. O “Diário do Alentejo” tentou obter junto da DREA esclarecimentos sobre o processo mas tal não foi possível.
Sabóia aprova plano de incentivo à natalidade A Junta de Freguesia de Sabóia, no interior do concelho de Odemira, aprovou em Assembleia de Freguesia, uma proposta de incentivo à natalidade, através da atribuição de subsídio a jovens casais. O incentivo à fixação de população passa “pela atribuição de 500 euros a casais que residam há mais de um ano na freguesia, que estejam recenseados na mesma e que registem os seus filhos na freguesia”. De acordo com a autarquia, a freguesia depara-se “com grandes dificuldades para atrair população, tendo perdido habitantes entre 2001 e 2011, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística”. A junta acrescenta ainda que “poucas oportunidades de trabalho e povoações muito envelhecidas são fatores pouco atrativos para os jovens”, pelo que o incentivo, “embora humilde”, pretende “inverter esta tendência”.
Repsol ajuda bombeiros de Santo André A Repsol Polímeros, no âmbito da sua política de responsabilidade social, doou equipamento de proteção individual e de apoio ao combate dos incêndios aos Bombeiros Voluntários de Vila Nova de Santo André. A empresa considera este contributo “bastante importante, porque é um equipamento que servirá diretamente as atividades dos bombeiros, acabando por estar ao serviço de toda a comunidade” onde se insere.
Diário do Alentejo 8 julho 2011
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Estou seguro de que, prontamente, outros elementos nacionais alcançarão igual posição [figurar na lista do Património Cultural Imaterial da Humanidade], entre os quais o cante alentejano, os Bonecos de Santo Aleixo ou as Festas do Espírito Santo, nos Açores. Luís Marques, “Público”, 5 de julho de 2011
Opinião E Beja? Está pronta a voar?
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Pedro Vasconcelos Médico
nquanto munícipe, que não desistiu de ver a Cidade ressurgir da letargia em que há anos mergulhou, quero muito acreditar no aeroporto de Beja, como pólo de desenvolvimento loco-regional e de fixação de pessoas. Até pela alternativa à Portela, asseguradas boas acessibilidades, de que o comboio direto a Lisboa é condi-
ção sine qua non. Urge, pois, a assunção estruturada daquilo a que ele se destine, para lhe recuperar a força, ameaçada até por outras apostas aparentadas, implantadas em Évora. Mas… preparou-se a Cidade para isto, para receber as pessoas que o sucesso do projeto pode acarretar, sem fazerem de Beja uma mera plataforma de chegada e partida? “Cuidado com o que desejas, porque podes alcançá-lo”, diz o adágio. Pior Ora, não seria do que soçobrar por motivos externos, seria tudo implodir da Associação Comercial sentar por impreparação local. De todos nós! os seus pares Claro, há uma miríade e propor de capítulos em que, mesmo sem aeroporto, Beja deve estratégias apostar, se quer ser terra de ousadas nesse destino para gentes que queisentido, como ram vir e ficar – desde aspeuma escala tos estéticos (numa Cidade tórrida, continuamos sem rotativade uma só fonte digna do nome descanso e mantemos ruas incompledominical, tamente arborizadas) até oupor trimestre tros mais estruturantes que fidelizem a população, espeou semestre, permitindo maior cialmente a jovem. Atente-se só na restauraoferta? E o Turismo ção. No País, desafia-se a “ir não teria assento para fora cá dentro” (o que, fora de férias, quererá signuma tal mesa? nificar os fins de semana). Todavia, Beja oferece, sobretudo aos domingos, uma mão cheia de restaurantes, pastelarias e cafés fechados! O argumento mole de que há direito a descansar nesses dias cai aos pés do bem precioso que é, hoje, ter-se trabalho. Não vejo, aliás, essa atitude em terras em que a safra dominical pelos vistos compensa. E nem colhe o pretexto de não haver movimento – é ver os nossos restaurantes por regra cheios nesses dias. A questão até seria a inversa: quando não há oferta, também não se desperta o hábito da procura... Ora, não seria da Associação Comercial sentar os seus pares e propor estratégias ousadas nesse sentido, como uma escala rotativa de descanso dominical, por trimestre ou semestre, permitindo maior oferta? E o Turismo não teria assento numa tal mesa? Ou alguém vê turistas, inclusive os do aeroporto, a quererem voltar, após procurarem poiso para uma refeição ao domingo e depararem com uma Cidade adormecida
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O concelho de Beja perdeu 32 habitantes nos últimos 10 anos. Um número quase irrisório para as contas da demografia. Mas há um dado dos CENSOS que se revela preocupante: apenas as freguesias citadinas de Santa Maria e Salvador cresceram claramente. O que quer dizer que, nas cercanias de Beja, avança a desertificação humana. PB
Atravessámos ontem um Rubicão implacável na crise da dívida portuguesa – a Moody’’s, uma das mais edificantes agências de rating, colocou Portugal no “lixo”. A tragédia é nacional, não é de Passos Coelho nem do governo
à qual os restaurantes, em grande maioria, negam alguma vida? Já agora: uma terra que se quer virada à expansão local do turismo (não aquele que no Alentejo vem, sobretudo, à custa da belíssima Évora) há que ter na restauração quem fale mais alguma língua do que a autóctone... Está Beja (toda ela e não só os responsáveis a quem comodamente se assaca a solução de tudo) a preparar-se para voar no Futuro? Ou pensa só voar baixinho, como o crocodilo da anedota?
O perdão
em funções. É a consequência mais do que esperada do agravamento da crise grega e da loucura que atravessa uma Europa em estado de colapso iminente. Ana Sá Lopes, jornal “I”, 6 de julho de 2011
vezes, dolorosas, mas que conseguimos superar sem ódio, sem vingança, sem revolta. O perdão está também no coração da mensagem de Cristo, que nos convida a usarmos como medida uns para com os outros o 70x7, ou seja, o perdão sempre, e sem limites, porque é assim que Deus faz connosco.
Ensino superior – o desafio do financiamento
G O
Maria da Graça Carvalho Eurodeputada
Manuel António Guerreiro do Rosário Padre
uardo na minha memória um episódio que presenciei há alguns anos atrás, quando me encontrava em Roma, e que foi, é e será para mim um testemunho vivo de que o perdão é possível. Decerto os nossos leitores se lembrarão do genocídio que ocorreu entre Hutus e Tutsis, no Ruanda e no Burundi. Pois bem, um dia ao jantar tivemos um convidado especial: um sacerdote católico oriundo do Ruanda. Enquanto a refeição ia decorrendo, ele foi abrindo o livro da sua vida e da sua história familiar. Grande parte da sua família tinha sido morta ou ferida, tendo ele escapado por se encontrar a estudar na Bélgica. Ficámos estarrecidos a ouvir o relato das atrocidades e do grande sofrimento que atormentaria este homem. Já não me lembro do seu nome, mas não esquecerei que, no final do seu dramático relato, acrescentou que, perante um drama destas dimensões, só havia um caminho: a justiça, mas, e sobretudo, o perdão. Fiquei, ficámos todos impressionados e incapazes de dizer o que quer que fosse. Qualquer palavra proferida Tenho pensado desafinaria, estaria deslomuitas vezes, cada, seria excessiva. ao longo dos anos, Depois deste episódio, teque o perdão nho pensado muitas vezes, ao longo dos anos, que o perpoderia ser dão poderia ser a resposta a resposta para tantos e tantos conflitos para tantos da nossa vida e da sociedade. e tantos conflitos Bastaria aplicá-lo, qual medicina regeneradora, e quantas da nossa vida transformações se dariam, a e da sociedade. começar por cada um de nós. Bastaria aplicá-lo, Gostaria, contudo, de lemqual medicina brar que perdoar não é equivalente a esquecer. O esqueregeneradora, cer não depende da nossa e quantas vontade, pois não apagamos transformações da nossa memória tudo o que se dariam, queremos. O perdoar depende muito de nós, dum ato posia começar por tivo da vontade, embora nem cada um de nós. sempre. Perdoar é pacificar, aprender a conviver com situações que nos são, quantas
memorando da troika realça a necessidade de alcançar uma maior eficiência no setor da educação, mas as recomendações visam sobretudo o ensino secundário e o ensino profissional. É natural que assim seja, uma vez que o ensino superior já foi alvo de reformas que o lançaram no caminho da sustentabilidade, nomeadamente através da lei de bases do financiamento do ensino superior, aprovada em 2003. O financiamento do ensino superior enfrenta desafios evidentes. Alguns estudos internacionais sustentam O modelo misto que o financiamento estatal português deve ser muito limitado em virtude de o benefício que adé o mais vém de um diploma de ensino equilibrado. superior ser sobretudo pesO custo soal. O Reino Unido, recentedo ensino mente, cortou 80 por cento do financiamento estatal ao ensuperior sino superior. O Estado deié repartido xou de apoiar os estudantes entre o Estado, através de bolsas remetendo que transfere essa faculdade para as universidades e para os empréspara as timos bancários. universidades Também existe na Europa parte o modelo diametralmente do orçamento, oposto, em que o Estado financia integralmente o ene as famílias, sino superior. No entanto está na forma provado que este sistema pede propinas. naliza de forma desproporcionada os contribuintes que não beneficiam do ensino superior. O modelo misto português é o mais equilibrado. O custo do ensino superior é repartido entre o Estado, que transfere para as universidades parte do orçamento, e as famílias, na forma de propinas. Além disso, o sistema de bolsas de estudo ajuda as famílias de menores rendimentos a pagar as propinas e outros custos inerentes à frequência do ensino superior. Este sistema tem a vantagem de não sobrecarregar tanto o contribuinte, como acontece nos países em que o sistema é financiado na íntegra, e de assegurar a equidade social de forma clara.
Há 69 ALUNOS DE ETNIA CIGANA, provenientes do bairro das Pedreiras, que ninguém quer ver por perto. A DREA colocou-as na escola de Santa Maria. Mas os pais e a direção deste agrupamento repudiam esta decisão, que levou à demissão da própria diretora da escola. Tudo porque não pactuam com a criação de guetos… PB
O Manuel era para mim a sua obra e a sua vida, a sua graça, a sua ironia fina, a sua amizade franca e risonha. Urbano Tavares Rodrigues sobre Manuel da Fonseca, revista “Memória Alentejana”, julho de 2011
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Ajudar não custa mesmo nada. Que o digam os cerca de 30 VOLUNTÁRIOS que, de forma abnegada e com dedicação extrema, oferecem parte do seu tempo aos doentes do Hospital José Joaquim Fernandes, em Beja. São exemplos destes que nos fazem crer que a felicidade e a bondade são possíveis, para lá do dinheiro. PB
Efeméride 9 de julho de 1833
Cartas ao diretor
Há 50 anos Dum heróico mourense em Angola a Hemingway
Moedas José Elias Beja
(...) Li atentamente o seu editorial “Moedas,” publicado no “Diário do Alentejo” de 24 do corrente, e gostei muito do que escreveu. Corroborando a sua ideia no que concerne ao teor do dito editorial, peço licença para lhe dizer que não confie demasiado no tilintar do “Moedas, o de Beja, o nosso”. Na realidade, salvo opinião mais abalizada, eu que já sou “macaco velho”, penso que, se for preciso, o “Moedas, o de Beja, o nosso” assinará mesmo o despacho liquidatário do nosso prestimoso “Diário do Alentejo”. O “Moedas, o de Beja, o nosso” já se deixou contaminar pela embriaguez do poder e por isso tomou um caminho tão completamente diferente daquele que o Pai dele percorreu. Ele, o “Moedas, o de Beja, o nosso”, está politicamente ao lado dos que até querem privatizar a água. Isto prova a saciedade que a sua (dele) idiossincrasia não é boa, pois quem quer entregar um bem fundamental da natureza para negócio de uns quantos ricaços, não poderá ser jamais um ser humano com bom coração e boa formação moral. Em última análise eu digo que se, por hipótese, o problema do “Diário do Alentejo” viesse um dia a depender do despacho do “Moedas, o de Beja, o nosso” pode crer Paulo Barriga que ele assinaria a respetiva sentença de morte. Para o “Moedas, o de Beja o nosso” o “Diário do Alentejo” é tão somente um problema de lana caprina. Para ele e para os seus comparsas o que é preciso é estar do lado onde se ouve o tilintar do vil metal. O que eles querem fazer com a água prova-o de forma insofismável (…).
“Que grande brasa”! Manuel Dias Horta Beja
(...) É a circulação das correntes quentes do Golfo do México e o imobilismo de um anticiclone que ao provocarem um bloqueio atmosférico dão origem a estas ondas de calor e às verdadeiras brasas, que os bem-aventurados passam à beira mar, enquanto debitam preciosos contributos para a resolução da crise e outros se recolhem no ar condicionado. As sombras trepam pelas paredes, até aos beirais dos telhados, o folhedo denso das árvores não consegue diminuir ou amenizar a intensidade dos raios solares. A cidade tranca-se por dentro onde o homem circula em tronco nu e a consorte de leve escumilha. É à tardinha quando o sol começa a despedir-se e a lua estende o seu manto prateado sobre as coisas e os bronzeados de quem esteve na água salgada e na areia, deixando atrás de si o exotismo duma paisagem própria dum país tropical, que a afluência às inúmeras esplanadas da cidade é maior. O “Pulo do Lobo”, com as suas excelências e eficiente serviço, ou a reabertura da esplanada do Jardim do Bacalhau (agora remodelada que o simpático proprietário quis privilegiar o espaço e as sombras). Será que ninguém da Câmara reparou num lavadouro de cães e nuns sanitários que me escuso de escrever o nome? Uma brisa suave vinda dos lados do mar convida à má-língua ou à revelação de segredos que no dia seguinte já ninguém se lembra. A lua terminou a sua orgia e aconselhou os cá de baixo a olharem para o relógio.
09 Diário do Alentejo 8 julho 2011
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Beja, antigo Convento de S. Francisco
Forças liberais tentam libertar Beja do domínio absolutista
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o contexto da guerra civil entre liberais e absolutistas, em julho de 1833, o poder em Beja estava nas mãos dos fiéis a D. Miguel, embora parte significativa dos habitantes da cidade perfilhasse o ideal liberal. Assim, mal aqui se soube que as tropas liberais tinham desembarcado no Algarve e que, por terra, se dirigiam a Lisboa, alguns residentes de Beja saíram da cidade pela calada da noite, dirigindo-se para Serpa, localidade onde, motivados pela esperança trazida pela aproximação do exército liberal, trataram de preparar a libertação de Beja do controlo absolutista. Nesta vila alentejana formou-se, desta forma, uma força armada liberal, constituída na sua maioria pelos voluntários que tinham fugido de Beja, mas que também integrava homens de Serpa e Mértola, comandada pelo coronel Francisco Romão de Góis. Constituída a força, esta marchou sobre Beja onde chegou ao alvorecer do dia 9 de julho de 1833, acampando junto ao “Poço dos Cavalos”. Foi daqui que o coronel Francisco Góis deu a ordem de assalto à cidade, o que se traduziu, neste dia, numa violenta batalha, a qual só não foi ganha pelos assaltantes porque as forças miguelistas tiveram o apoio “Nove de julho”, órgão do de um exército absolutista Partido Republicano do Baixo que se encontrava estacionado em Messejana. Alentejo, em 1905 Derrotado, o pequeno exército liberal de voluntários abandonou Beja, indo refugiar-se em Serpa, daqui rumando para o Algarve. Na cidade de Beja, a vitória absolutista teve a ela associada uma repressão violentíssima sobre os liberais mais conhecidos, que foram assassinados. Três destes liberais, o dr. Madeira, o sapateiro Joaquim Santana e um frade de nome Baião foram queimados vivos na praça da cidade, tendo sido as respetivas famílias obrigadas a assistir ao ato. Esta data heroica de 9 de julho de 1833, onde os liberais de Beja pagaram com a vida o seu amor à liberdade, foi sempre, no Baixo Alentejo, uma inspiração para os republicanos que antes e depois da implantação da República nunca esqueceram a data, a qual deu, inclusivamente, nome a um jornal republicano publicado em Beja, “O Nove de Julho”, que surge pela primeira vez à luz do dia no ano de 1885. Constantino Piçarra
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o verão de 1961 o “Diário do Alentejo” dava novas de vários conflitos pelo mundo fora. Havia “alarme no Próximo Oriente”, com o Iraque a ameaçar militarmente o Koweit e a Inglaterra a enviar navios de guerra e milhares de soldados para “assegurarem a independência” do “pequeno xecado”. A luta independentista na Argélia atingia o auge e De Gaulle ameaçava “chamar” as tropas francesas da colónia face ao “agravamento da situação internacional por causa de Berlim”. Surgia à luz do dia “uma crise de excepcional gravidade” entre a União Soviética e a “China Popular”, com públicas divergências entre Nikita Khruschtchev e Mao Tsé Tung. A manchete da edição de 8 de julho remetia para a guerra em Angola e revelava que “É mourense o heróico português que chefia a resistência na região angolana do Bungo”. Explicava a notícia, datada da véspera, de Luanda: “É natural da vila alentejana de Moura, a princesa da ‘Margem Esquerda’ do Guadiana, o português que, mercê do seu heroísmo e dos seus conhecimentos tácticos de guerra, comanda o valoroso grupo de europeus e indígenas em acção na zona do Bungo, a poucos quilómetros da massacrada vila de Carmona. Chama-se Abel Fialho Rico, tem 34 anos e partiu da Metrópole há alguns anos, tendo sido durante muito tempo caçador profissional. Actualmente é comerciante. (...)”. Moura já tinha merecido nessa semana honras de primeira página: “Num barco a remos, três rapazes vão tentar descer o Guadiana, de Moura a Vila Real de Santo António”, titulava o vespertino. E pormenorizava: “Três rapazes desta vila [de Moura], Francisco Ramos Dias, Jorge Pelica Moita e Romão António Borralho, ansiando por aventuras náuticas, resolveram fazer a ligação entre Moura e Vila Real de Santo António descendo o rio Guadiana num pequeno barco a remos. (...)”. Dias antes era de natureza diferente o destaque do jornal. Tratava-se de um artigo sobre o suicídio, a vida e a obra de Ernest Hemingway: “(...) Atacado de doença implacável, à beira do fim, sem mais aventuras para viver, sem mais sonhos para alimentar, o extraordinário autor do ‘Adeus às armas’ teve a suprema coragem de não fornecer à morte a consideração de esperar por ela. Foi ao seu encontro na madrugada de anteontem. Desta vez não restam dúvidas. Desta vez não aconteceu como em 25 de Janeiro de 1954, em que o escritor pôde saborear a notícia prematura da sua morte. Desta vez os sinos dobram com verdade. (...)”. Assinava o texto um certo J. A. Moedas. Carlos Lopes Pereira
Diário do Alentejo 8 julho 2011
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Na capa Maestro Marcello Panni
Afinal, as igrejas não servem apenas para o culto religioso. E a música sacra acra é muito mais do que um deleite exclusivo de uma minoria de eruditos. Além de desmontar esmontar ideias feitas, o Festival Terras sem Sombra, cuja sétima edição termina amanhã, hã, em Beja, depois de quatro meses de concertos, vem também provar que pode ser um importante portante polo de atração turística para o Baixo Alentejo. “Temos tido sempre casa absolutamente te cheia e deixado na rua várias centenas de pessoas”, admite José António Falcão, diretor do Departamento rtamento do Património Histórico e Artístico (DPHA) da Diocese de Beja, que organiza o evento desde esde 2003. Texto Carla Ferreira
Terras sem Sombra é já um “festival de massas”
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decorrer desde março e a um passo do seu concerto de encerramento, amanhã, sábado, em Beja, o Festival Terras sem Sombra é já “à sua escala, um festival de massas”, reconhece José António Falcão, diretor do Departamento do Património Histórico e Artístico (DPHA) da Diocese de Beja, que desde 2003 organiza o evento de música sacra. Depois de cinco concertos em outras tantas igrejas históricas do território baixo alentejano – Santiago do Cacém, Almodôvar, Castro Verde, Vila de Frades e Grândola – é este, para já, o balanço possível. “Temos tido sempre casa absolutamente cheia e deixado na rua várias centenas de pessoas que não conseguem entrar”, afirma o responsável, que antecipa um perfil de público, por enquanto apenas com base na “impressão empírica”, partilhada entre a equipa organizadora. O tratamento dos dados recolhidos através de um inquérito permitirá, numa fase posterior, caracterizar o público do festival com maior rigor. Entre os espetadores que têm acorrido às propostas desta sétima edição, cujo diretor artístico é Paolo Pinamonti, musicólogo e antigo diretor do Teatro Nacional de São Carlos, “um terço são pessoas das próprias comunidades; outro terço vem de toda a região e do Algarve, e é já um público fidelizado; e o outro, o que é
muito curioso, são claramente pessoas que vêm da Grande Lisboa, de outros pontos do País, mas sobretudo, cada vez mais, do estrangeiro”, assinala José António Falcão, enumerando países como Espanha, Inglaterra, França e Itália. Dois fatores estarão na origem desta projeção internacional do evento. Por um lado, o olhar privilegiado que a imprensa internacional dedicou este ano ao evento; por outro, o “grande virtuosismo” dos intérpretes convidados, que “têm um público que os acompanha”, adianta José António Falcão. Pensado originalmente como
um meio de “dar vida” a estes elementos do património religioso edificado não suficientemente conhecidos nem acessíveis”, o Festival Terras Sem Sombra é hoje também um fator de atração turística, com um “impacto significativo em termos de restauração e hotelaria”, reconhece José António Falcão. O seu caminho tem sido desenhado em linha ascendente e o facto de ser atualmente considerado, tanto pela crítica, como pelos melómanos, “o mais interessante do seu género em Portugal, gera também uma dinâmica ao nível turístico, o que pode ser embaraçoso em alguns concelhos, onde a capacidade
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Programa de música sacra encerra amanhã, em Beja
de alojamento é mais limitada”. Internacionalização e aproximação às comunidades Pelos templos/
/palco da região já passaram, em quatro meses de festival, a soprano espanhola María Bayo e a orquestra barroca Divino Sospiro (obras de Giovanni Ferrandini e Alexandre Delgado); o cravista francês Pierre Hantäi (Handel, Bach e Scarlatti); o Coro da Arena de Verona e os intérpretes Alexandre Delgado (viola), Kodo Yamagishi (piano/celesta) e Rui Gomes (percussão), para obras de Morton Feldman e Liszt; os pianistas Marta Zabaleta e Miguel Borges Coelho (György Kurtág, Johann Sebastian Bach e Olivier Messiaen); e Irene Lima (violoncelo) e Pedro Santos (acordeão), intérpretes de obras de Sofia Gubaidulina e Bach. Com exceção do recital de Pierre Hantäi, cujo programa assinalou o terceiro centenário no nascimento de D. Maria Bárbara, princesa de Portugal e rainha de Espanha, os concertos propostos construíram-se em redor de um autor contemporâneo cuja obra denota
Concerto “apoteótico” na praça da República Considerado um dos mais importantes maestros da atualidade, o italiano Marcello Panni, que já pisou os mais destacados teatros líricos internacionais, entre Paris, Nova Iorque, Viena e Moscovo, vai estar amanhã em Beja, na praça da República, para dirigir a estreia, na Península Ibérica, da sua obra “Missa Brevis”. O concerto “En Plein Air”, que terá como moldura a igreja da Misericórdia, obra-prima do Renascimento português, contempla ainda a célebre “Symphonie funèbre et triomphale”, de Hector Berlioz, uma homenagem aos mártires da Revolução de 1830,
oferecendo assim um programa em que a música sacra e a música cívica se juntam “sem contradições, numa atmosfera de abertura”, destaca a organização. A interpretação fica a cargo da Banda Sinfónica da GNR, do Coro Infantil do Instituto Gregoriano de Lisboa e do tenor Carlos Guilherme, um elenco que “está ao nível daquilo que nós poderíamos encontrar em qualquer dos grandes festivais do mundo” e que promete a “apoteose adequada a um festival que tem ajudado a relançar a música erudita fora dos grandes centros”, realça o diretor do DPHA da Diocese de Beja. “En
Plein Air” tem início pelas 22 horas e, como o próprio nome sugere, decorre ao ar livre, sendo integralmente gravado pela RTP. Na manhã seguinte, a partir das 10 e 30 horas, a última das ações de salvaguarda da diversidade tem lugar na micro-reserva de Colmeais, em Beringel, exclusivamente vocacionada para a conservação da flora ameaçada, como é o caso da linaria ricardoi, espécie endémica da região de Beja, que se encontra em severo risco de extinção. A jornada terá por patrono o maestro Marcello Panni.
uma ligação ao universo espiritual. “Peregrinação Interior – Momentos de Espiritualidade na Música Ocidental”, foi, aliás, o tema escolhido para este ano, que se distingue também por uma “mudança de ótica”, ao incluir, por exemplo, as ações orientadas para a salvaguarda da biodiversidade alentejana (nas manhãs seguintes aos concertos, tendo como convidados os respetivos intérpretes), e o Prémio Internacional Terras sem Sombra, entregue em maio, pelo príncipe Pavlos da Grécia, à soprano norte-americana Cheryl Studer (Música), à Pontifícia Accademia Romana Di Archeologia (Património Cultural) e ao professor Mário Ruivo (Salvaguarda da Biodiversidade). “Continuou-se a mesma linha de rumo, mas houve claramente correções de trajetória. Uma delas foi a aposta muito firme na internacionalização, que se tornou uma prioridade para o festival, a outra foi valorizarmos ainda mais a componente pedagógica e a aproximação às comunidades, com conteúdos que chegassem às pessoas, para que não fosse só música por música”, concretiza José António Falcão. A outra novidade é o modelo de financiamento, que sai de uma esfera maioritariamente pública e passa a ser um evento “claramente ligado à sociedade civil”, o que inclui empresas, regionais e nacionais, e sobretudo “pessoas singulares”, reunidas em duas novas estruturas, uma comissão organizadora e um conselho de curadores, presidido pelo ferreirense Armando Sevinate Pinto, antigo ministro da Agricultura e consultor do Presidente da República para os assuntos agrícolas. A rede de parcerias contempla ainda os municípios e as entidades regionais de turismo (Alentejo e Alentejo Litoral) bem como entidades estrangeiras, nomeadamente as que fazem parte do projeto europeu “Loci Iacobi – Lugares de Santiago”.
As notícias da região quando quiser, esteja onde estiver.
Diário do Alentejo 8 julho 2011
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www.diariodoalentejo.pt A troika de Beja no novo Parlamento
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e os resultados das legislativas concelho a concelho págs. 2/3 e 4
SEXTA-FEIRA, 10 JUNHO 2011 | Diretor: Paulo Barriga Ano LXXIX, Nº 1520 (II Série) | Preço: € 0,90
Setor hortofrutícola do Sudoeste Alentejano dá trabalho a 2500 pessoas
Pepinos ameaçam emprego O alarme em torno do surto de infeção provocado pela bactéria E. coli, que já matou 24 pessoas na Alemanha, está a prejudicar grandemente os
produtores hortícolas do sudoeste alentejano. Os efeitos da “crise dos pepinos” são evidentes: “Há uma quebra na procura e, ao mesmo tempo, no preço”,
dizem da Associação de Horticultores do Sudoeste Alentejano, entidade que, no total, emprega mais de 2500 pessoas. pág. 7
JOSÉ SERRANO
Colon O “último” herói português
A forte chuvada, acompanhada de granizo, que fustigou Beja no último domingo, causou prejuízos elevados em várias explorações agrícolas nos arredores da cidade, nalguns casos com perdas totais na produção de uva e azeitona. CadernoDois
Hoje é dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas. E para assinalar a efeméride o “DA” foi até Cuba à procura das pistas que nos conduzem até ao “último” navegador português, Colon, que o resto do mundo reconhece “indevidamente” por Colombo, um certo marítimo italiano que serviu o rei de Espanha. págs. 12/13
Feira do campo arranca hoje em Aljustrel
Rosairense vence Supertaça Distrito de Beja
O pão tradicional do Alentejo é o tema central de uma feira em busca da internacionalização. E que quer mostrar as novas tonalidades que estão a ganhar terreno nos campos de Aljustrel, entre amendoeiras e tulipas holandesas. págs. 10/11
O Rosairense, a equipa revelação do campeonato distrital de futebol da 1.ª divisão, encerrou a época com chave de ouro, ao bater na final da Supertaça o campeão Despertar. Juelson voltou a ser o homem do jogo ao apontar o golo da vitória. pág. 18
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O patrão dos patrões já foi o empregado dos empregados
JOSÉ FERROLHO
Temporal afeta explorações agrícolas
António Saraiva em entrevista Antó
págs. 12/13
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SEXTA-FEIRA, 17 JUNHO 2011 | Diretor: Paulo Barriga Ano LXXIX, Nº 1521 (II Série) | Preço: € 0,90
Proletário Alentejano deve 2 milhões FRANCISCO SILVA CARVALHO
A falta de crédito bancário e o cair de dívidas a curto prazo estão a asfixiar a Cooperativa Proletário Alentejano. João Machado, presidente da direção, pondera demitir-se, mas garante que nem as oito lojas associadas, nem os 80 postos de trabalho estão em risco. pág. 5
Deserto avança pelo Alentejo adentro Nos últimos 10 anos a área desértica duplicou em Portugal, nomeadamente no Alentejo. Hoje é Dia Mundial do Combate à Seca e à Desertificação. pág. 7
Doentes esperam 495 dias por consultas No final de 2010, mais de 90 por cento dos utentes “muito prioritários” do Alentejo esperavam em média mais de 495,9 dias por uma consulta de especialidade. pág. 4
Chocalhos fazem-se ouvir na Unesco
A arte dos chocalheiros, que ainda subsiste em Alcáçovas, vai integrar a lista do património cultural imaterial da Unesco, com urgência de salvaguarda. Trata-se da mais importante relação de manifestações culturais que se podem candidatar a Património da Humanidade. Pelo que, neste momento, está a ser desenvolvido um plano integrado para salvaguardar os chocalhos e as práticas ancestrais do seu fabrico. Projeto pioneiro que vai ser apresentado ao público amanhã, sábado, na igreja de São Francisco, em Alcáçovas. págs. 2/3
Câmara de Beja continua sem pagar à PSP Joaquim Passinhas, da direção da ASP, revela que mais de metade do efetivo da PSP tem mais de 45 anos e que o material operacional está obsoleto. pág. 15
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Para existir é necessário estar presente, aparecer, permanecer a cada instante. E tal, agora, apenas é possível lá no tal lugar onde o universo, a natureza, as sensações, a vida e até o ser e o estar se tornam virtuais: a Internet. PUB
DORA NOGUEIRA / JORNAL “I”
João Tordo: o escritor andarilho por terras do Sul págs. 12
SEXTA-FEIRA, 24 JUNHO 2011 | Diretor: Paulo Barriga Ano LXXIX, Nº 1522 (II Série) | Preço: € 0,90
Substância socialmente aceite preocupa autoridades
Alentejo no topo mundial do consumo de álcool JOSÉ SERRANO
pág. 7
Vale da Rosa
Manuel Monge pediu a exoneração do cargo de governador civil logo após a tomada de posse do Governo. Miguel Relvas, novo ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares, disse que os secretários distritais “transitoriamente” assegurarão as funções. pág. 4
Começou a maior vindima de sempre
Depois de seis anos de obras de ampliação e remodelação do antigo edifício da cadeia, um processo que sofreu vários atrasos, a Biblioteca Municipal de Mértola volta hoje, sexta-feira, a funcionar no espaço onde foi inaugurada em 1992. pág. 10
Os números que o IEFP disponibiliza no sítio oficial não ultrapassa os sete mil desempregados. Casimiro Santos, da União dos Sindicatos de Beja, diz que a realidade é muito diferente e que o total deve atingir os 12 mil. pág. 16
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Vítor Fernandez Silva: “Turismo não para de crescer no Alentejo”
Livros regressam à antiga Desemprego atinge cadeia de Mértola 12 mil pessoas na região JOSÉ SERRANO
Dina Saraiva substitui Manuel Monge em Beja
A maior produtora nacional de uvas de mesa está no Alentejo, em Ferreira do Alentejo. A herdade Vale da Rosa já exporta para vários países e é um exemplo de sucesso a nível nacional. Na época de colheita, que decorre entre junho e novembro, emprega cerca de 500 pessoas. A mão-de-obra, essa, chega de vários sítios. Por estes dias, centenas de mãos colhem o fruto famoso por não ter grainhas. págs. 2/3
Entrevista nas págs. págs 12/13
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SEXTA-FEIRA, 1 JULHO 2011 | Diretor: Paulo Barriga Ano LXXIX, Nº 1523 (II Série) | Preço: € 0,90
Beja e Moura devem 150 mil ao Conservatório
Extinção dos d governos gov civis “é precipitada”
“Reforma Agrária” em Bruxelas
Simões é o terceiro deputado por Beja
As câmaras de Beja e de Moura devem cerca de 150 mil euros ao Conservatório do Baixo Alentejo. O que, somado aos atrasos sistemáticos nas comparticipações do Estado, põe em risco a sobrevivência desta instituição intermunicipal, denuncia o autarca Francisco Duarte. pág. 7
Quem o afirma é Manuel Monge. O último governador de Beja diz que no seu próprio partido faltou coragem para defender os governadores civis, numa altura em que se “tornou moda amesquinhá-los”. pág. 5
Bem no coração da capital administrativa da Europa há, desde a década de 1960, uma zona de hortas comunitárias a que a comunidade portuguesa chama de “Reforma Agrária”. Ou não fossem alentejanos, de Aljustrel, os seus principais impulsionadores. págs. 2/3
Com a incursão de Carlos Moedas no Governo da nação, Mário Simões, segundo da lista social-democrata por Beja, chega à Assembleia da República e deixa um recado: “Não sou merceeiro”. pág. 4
“Beja Merece” apela ao envolvimento das instituições regionais na luta contra o fim dos comboios
JOSÉ FERROLHO
PS ofereceu linha de Beja à troika
O Governo cessante negociou com a troika o encerramento de 116 quilómetros de linha férrea entre as estações de Casa Branca e Funcheira. O que, na prática, deixará Beja sem qualquer tipo de atividade ferroviária. O movimento “Beja Merece” apela à união de todos contra esta decisão que apanhou de surpresa os próprios deputados socialistas. pág. 6
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Diário do Alentejo 8 julho 2011
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❝ Entrevista
E o Alentejo tem coisas únicas. É nelas que temos que apostar, porque o que é único dificilmente é copiável. Pensemos na paisagem do Alentejo, com o ecossistema do montado; no nosso património histórico, exemplarmente preservado. São expressões da autenticidade e da simplicidade a que a sociedade atual aspira. Não foi a grande distribuição que matou o pequeno comércio independente; foi a sua própria natureza, a sua resistência à inovação e à expansão. Só é possível sobreviver abrindo mais lojas e pondo-as a funcionar em rede. E, atenção, eu sou neto de um comerciante: um dos meus avós tinha uma mercearia em Beja, na rua do Pelame. José António Rousseau
Este bejense já liderou a Associação Portuguesa de Centros Comerciais
DIREITOS RESERVADOS
A morte anunciada do pequeno comércio José António Rousseau é neto de um merceeiro da rua do Pelame, em Beja, mas isso não o impediu de abraçar a causa da grande distribuição. Este bejense de 54 anos foi diretor da Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição e secretário-geral da Associação Nacional de Supermercados e da Associação Portuguesa de Centros Comerciais. Atualmente é consultor de empresas e docente universitário, para além de reconhecido especialista nos domínios do marketing e da distribuição. Entrevistado pelo “Diário do Alentejo”, José António Rousseau afirma que a região alentejana deve promover mais eficazmente os seus produtos e tirar partido da originalidade destes. Entrevista de Alberto Franco
Do ponto de vista do marketing, o Alentejo está a promover devidamente os seus recursos?
Neste momento acho que não. Pode fazer-se muito mais e muito melhor. Mas há algumas iniciativas que tiveram um grande sucesso e que podem servir de farol orientador para outras iniciativas semelhantes ou que persigam os mesmos objetivos. Por exemplo, a campanha promocional Vinhos do Alentejo. Trata-se de um exemplo de um bom marketing aplicado a uma região no seu todo, sem egoísmos individuais, com todos os produtores a puxarem pela região e pela marca Alentejo. Esta campanha fez com que o vinho alentejano seja hoje o mais consumido no País, quase na proporção de duas garrafas por uma de outra região. Isto pode ser feito em relação a outros produtos e serviços: o azeite, a carne mertolenga, o turismo rural, etc. Quais os setores em que o Alentejo deve apostar?
Hoje a diferenciação entre produtos é cada vez mais difícil. Já o Relatório Porter, de 1994, dizia que não basta diferenciarmonos pelo preço ou pela qualidade: é necessário juntar as duas coisas, e mesmo assim pode não bastar. Atualmente, a única garantia de sucesso, em termos de estratégia, é ter um produto único. E o Alentejo tem coisas únicas. É nelas que temos que
apostar, porque o que é único dificilmente é copiável. Pensemos na paisagem do Alentejo, com o ecossistema do montado; no nosso património histórico, exemplarmente preservado. São expressões da autenticidade e da simplicidade a que a sociedade atual aspira. As novas tecnologias e as energias alternativas são outras apostas interessantes, embora neste domínio o Alentejo tenha o problema de ser uma região periférica. É difícil criar polos industriais ou tecnológicos longe dos grandes centros. Em contrapartida, o Alentejo está perto de Espanha. Não serão de explorar parcerias com o país vizinho?
Não creio que essa seja uma boa solução, pois as regiões espanholas de que o Alentejo está próximo, a Extremadura e a Andaluzia, são, também elas, regiões periféricas, longe dos grandes centros do seu país. É perito em questões de comércio e de distribuição. Numa altura em que por todo o País se multiplicam as grandes superfícies comerciais o pequeno comércio ainda tem futuro?
Continuará sempre a haver lugar para lojas de pequena dimensão. Não é por acaso que a Sonae e a Jerónimo Martins estão ambas a desenvolver projetos de lojas de proximidade. Mas gostaria de
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Entre o marketing e Pessoa
J
osé António Rousseau concilia a escrita sobre as matérias em que é perito com a escrita ficcional, o ensaio e a poesia. No seu site (www. rousseau.com.pt) podem ser lidos alguns dos seus trabalhos: um ensaio intitulado “A Morte e do Desejo em Fernando Pessoa”, uma série de contos reunidos sob o título de “Samsara ou Oxalá Picasso te Pinte” e poesia diversa. Pessoa é uma velha paixão de José António Rousseau. “Tenho uma admiração sem limites por Fernando Pessoa. Considero-o o maior português de todos os tempos. Não conheço mais ninguém com a sua profundidade, modernidade e transversalidade. Com a virtude acrescida de ter defendido, nos seus escritos sobre comércio, a liberdade de horários dos estabelecimentos comerciais e a livre concorrência…” Licenciado em Direito e pós-graduado em Distribuição e Logística, José António Rousseau prepara atualmente a sua tese de doutoramento, sobre o tema “Resiliência e Transformação no Comércio de Cidade”. À margem da vida profissional, José António Rousseau é seguidor da filosofia budista, praticante de ioga e meditação.
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DR
Alberto Franco
distinguir pequenos formatos comerciais do chamado “pequeno comércio”. Este não é pequeno por ter lojas pequenas, mas sim por não ter visão, por estar virado para o passado e não para o futuro. No meu entender o comércio independente, caracterizado por uma só loja, não tem viabilidade económica. Pode existir durante vários anos mas chega a um ponto em que começa a decair e já não recupera. Porque são lojas cujo ciclo de vida coincide com o do comerciante: quanto este envelhece a loja entra em decadência. E disto ninguém tem culpa. Não foi a grande distribuição que matou o pequeno comércio independente; foi a sua própria natureza, a sua resistência à inovação e à expansão. Só é possível sobreviver abrindo mais lojas e pondo-as a funcionar em rede. E, atenção, eu sou neto dum comerciante: um dos meus avós tinha uma mercearia em Beja, na rua do Pelame. O que pensa das recentes tentativas de impedir a abertura dos hipermercados aos domingos à tarde, por parte de algumas autarquias?
Penso que é mais um erro e um tiro no pé. As autarquias que o fazem tentam servir uma clientela, a dos pequenos comerciantes, que são pessoas importantes e com inf luência nas localidades. O que acontece é que os consumidores são obrigados
a ir fazer compras aos domingos a outros concelhos, com os naturais prejuízos para a economia do concelho que proibiu a abertura. A questão dos horários é, aliás, antiga. O pequeno comércio estava habituado a que todos abrissem e fechassem à mesma hora, mas isso já não é possível. A tendência atual é os consumidores comprarem qualquer coisa, em qualquer lugar, a qualquer hora. E não é preciso haver pontos de venda fixos, pois as compras podem ser feitas pela Internet. Perante isto faz sentido estar a discutir questões como o encerramento das lojas aos domingos à tarde? Fenómenos como o das lojas chinesas são para durar?
São lojas que preenchem o espaço que foi deixado pelo pequeno comércio. Estão sempre abertas, têm um sortido de baixa qualidade, mas também de baixo preço. A margem de lucro é pequena, mas a elevada rotação dos produtos dá-lhes rentabilidade. E enquanto assim for... Continua ligado ao Alentejo?
Sem dúvida. Os meus pais continuam a residir em Beja e as recordações da minha infância, essas, continuam inscritas no meu imaginário. Como os alentejanos gostam de dizer, tenho o Alentejo no coração. É um lugar-comum, mas é verdade.
Gostaria de distinguir pequenos formatos comerciais do chamado “pequeno comércio”. Este não é pequeno por ter lojas pequenas, mas sim por não ter visão, por estar virado para o passado e não para o futuro. O comércio independente não tem viabilidade económica.
Dê SANGUE, dê VIDA
Diário do Alentejo 8 julho 2011
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Aljustrel promove semana cultural cubana
Música, cinema, dança, gastronomia, pintura e tertúlia são as propostas que vão marcar a Semana Cultural Cubana que irá animar o concelho de Aljustrel entre a próxima quarta-feira, 13, e o dia 19. O evento, promovido pela câmara municipal, “apresenta um programa cultural muito diversificado que irá permitir conhecer a cultura daquele país e aproximar a população
Região Diário do Alentejo nº 1524 de 08/07/2011 Única Publicação
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Ceia da Silva, Entidade Regional de Turismo do Alentejo
Troia é a nova Vilamoura
Luís Colaço Gomes Serrano, Presidente da Assembleia-geral da ACSTDB, nos termos do disposto no n.º1 do Art.17º dos estatutos em vigor, convoca V. Ex.ª para a reunião extraordinária da Assembleia-geral, a realizar no dia 20 de Julho de 2011 pelas 18.30 horas, na sede da Associação do Comércio, Serviços e Turismo do Distrito de Beja, sita na Rua Luís de Camões n.º37, em Beja, com a seguinte ordem de trabalhos: 1 – Análise, Discussão e Aprovação das contas do ano de 2010; 2 - Discussão e aprovação da abertura de Delegações Concelhias; 3 – Período de discussão de outros assuntos de interesse para a Associação. Se à hora marcada não estiverem presentes ou representados a maioria dos seus membros, a Assembleia-geral funcionará meia hora mais tarde, com qualquer que seja o número de membros presentes ou representados. As contas do ano de 2010 encontram-se à disposição na sede da Associação para qualquer associado que as pretenda consultar. Beja, 5 de Julho de 2011. O Presidente da Assembleia-geral da ACSTDB Luis Colaço Gomes Serrano
A Península de Troia tem hoje uma qualidade fantástica e terá que ser considerada, desta forma, um destino turístico de excelência”
Investimento beneficiará todo o Alentejo
CONVOCATÓRIA ASSEMBLEIA GERAL
aljustrelense ao povo cubano”. No dia de abertura da semana será inaugurada no auditório da Biblioteca Municipal a exposição de pintura e fotografia “Um olhar sobre a arte cubana contemporânea”, com participação de bartender e prova de cocktails (a partir das 18 horas). No mesmo dia, e integrado nos espetáculos das Quartas à Noite, atuará o grupo Contratiempo.
O
presidente da Turismo do Alentejo apelidou a Península de Troia como a “Vilamoura dos tempos modernos” no panorama turístico português, destacando a sua “qualidade” e o desenvolvimento que vai criar na região. Para o responsável, a Península de Troia “irá trazer atrás de si desenvolvimento global de todo o território do Alentejo, porque toda a região (distritos de Portalegre, Évora e Beja) irá beneficiar pelo facto de poderem vir turistas atraídos pela qualidade das praias do
Alentejo”, sublinhou. O presidente da Entidade Regional de Turismo do Alentejo considera que o litoral alentejano tem, atualmente, na Península de Troia, um “destino turístico de excelência”. “A Península de Troia tem hoje uma qualidade fantástica e terá que ser considerada, desta forma, um destino turístico de excelência”, declarou. Considerada por Ceia da Silva como uma das “grandes apostas para este verão” por parte da entidade que tutela, a Península de Troia tem ainda outras valências para serem
exploradas, uma vez que a região “não se esgota no mar”. “A Península de Troia tem uma qualidade de oferta muito considerável, tem uma beleza paisagística enorme, não se esgota no mar”, afirmou. Para sustentar estas afirmações, o presidente da Entidade Regional de Turismo do Alentejo sublinhou que a Península de Troia possui ainda “ruínas romanas, campo de golfe, uma potencialidade enorme para desportos náuticos e observação de golfinhos”.
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O II Festival da Juventude de Mértola volta ao cais do Guadiana entre os dias 22 a 24. Este ano, a principal atração, segundo a câmara municipal, é o regresso da música dos OliveTreeDance. O festival, uma iniciativa da autarquia, tem como objetivo central “realizar uma atividade destinada exclusivamente aos jovens e de acordo com as suas preferências”. Na
primeira noite, a 22, o palco instalado no cais do Guadiana recebe os sons de Diabo na Cruz e os DJ Bastos e Riot. No dia seguinte a animação estará a cargo de OliveTreeDance (que já estiveram em Mértola no Festival Islâmico de 2006), La Plante Mutante e DJ Rock N’Raio. Na última noite é a vez do DJ RandyOne animar o recinto do festival.
é o número de freguesias urbanas da cidade de Beja que podem ser visadas pela medida imposta pela troika que pretende eliminar entre 1000 e 1500 freguesias em todo o País
Governo pretende eliminar entre 1000 e 1500 freguesias
Freguesias urbanas em risco O memorando de entendimento assinado com a troika pelo ex-Governo PS, com o apoio do PSD e PP, aponta para um corte substancial ao nível dos órgãos autárquicos. Segundo fontes próximas do Governo, o PSD pretende não mexer no número de municípios, mas podem desaparecer entre 1000 e 1500 freguesias. As urbanas são as primeiras a estar na mira dos legisladores.
O
concelho de Beja tem quatro freguesias dentro do perímetro urbano, apesar de Santiago Maior ter grande parte do seu território em zona rural. O “Diário do Alentejo” falou com PUB
15 Diário do Alentejo 8 julho 2011
Festival da juventude regressa a Mértola
os respetivos presidentes de freguesia das quatro juntas para tomar o pulso a uma medida que nos próximos meses, por certo, muita tinta fará correr. Ricardo Martins e Ana Rosa Soeiro, respetivamente, de Salvador e São João Batista, preferem esperar para ver. O primeiro confia que a Associação Nacional de Freguesias (Anafre) irá tomar uma posição em consonância com aquilo que os autarcas pensam. A sua maior “preocupação”, neste momento, prende-se com o futuro dos funcionários da junta. Já Rosa Soeiro reserva a sua opinião “mais para a frente”, depois de falar com os seus colegas sobre a questão.
Vítor Paixão, de Santa Maria da Feira, confessa que a redução do número das freguesias urbanas “à partida” não o repugna, salvaguardando que este assunto “tem de ser visto casuisticamente”. No entanto, o autarca eleito pelo PS diz que se “o objetivo é reduzir a despesa pública” não será, “certamente”, através desta medida que isso será conseguido. “Há outros organismos que gastam muito mais”, a começar pelas fundações, afirma Paixão, referindo que as freguesias funcionam com orçamentos muito reduzidos e “muito para além dos protocolos” assinados com as câmaras, acima de tudo por “amor à causa pública”.
José Costa Lemos, de Santiago Maior, “acha mal” esta intenção de reorganização administrativa que, na prática, vai ter reflexos na “cultura de proximidade” das autarquias com os fregueses. “A cidade, apesar de não ser enorme, é grande e cada freguesia tem a sua especificidade”, tendo Santiago Maior uma vasta área rural – onde se inclui Penedo Gordo, recorda o autarca da CDU. Para além disso, Costa Lemos faz as contas e, tal como o seu colega de Santa Maria da Feira, não vê o que se possa poupar com esta medida. “A não ser que o orçamento a atribuir seja menor que o somatório dos quatro agora existentes”. AF
“Alcácer dos cinco sentidos” “Ver, provar, cheirar, escutar, tocar. Numa palavra: sentir Alcácer do Sal”. Este é o mote do programa turístico “Alcácer dos Cinco Sentidos”, uma iniciativa da câmara destinada “a atrair visitantes e dar a conhecer este imenso território entre o oceano e a planície”. “Canoagem na barragem do Pego do Altar” (dia 9 de julho), “Observar flamingos e outras aves da Reserva Natural do Estuário do Sado” (dia 23 de julho), “O sal de Alcácer do Sal” (dia 20 de agosto), um workshop de birdwatching (dia 3 de setembro), “Trilhos do vinho” (dia 24 de setembro), o passeio de BTT “Trilhos sadinoa” (dia 23 de outubro) e o percurso temático “A oliveira e o azeite” (dia 12 de novembro) são as propostas para o segundo semestre do ano. Está também prevista a mostra gastronómica “Sabores de Alcácer”.
Diário do Alentejo 8 julho 2011
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Serafim e Bruno Ferreira na Biblioteca
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O ciclo “Conversas com B de Beja”, organizado pela Biblioteca José Saramago, vai dedicar o serão de hoje à temática do humor. Dois bejenses que fazem rir o País, Jorge Serafim e Bruno Ferreira, um contador de histórias e outro imitador de vozes, vão estar à conversa na cafetaria a partir das 21 e 30 horas, prometendo uma noite de gargalhada geral.
é o número de esquadras até agora dispersas pela cidade de Beja que ficarão concentradas nas antigas instalações da escola primária de Salvador
Falta de verbas “ainda” não é preocupante
Polícia vai para a escola de Salvador O Comando Distrital de Beja da PSP assinou na sexta-feira com a Câmara Municipal de Beja o contrato de arrendamento da antiga escola primária de Salvador, numa altura em que o Sindicato Nacional de Oficiais de Polícia alerta para “a situação muito próxima do insustentável” em que se encontra a Polícia, existindo “carros parados com avarias, falta de dinheiro para o combustível, dívidas à Segurança Social, entre outras graves situações que resultaram dos cortes financeiros”. Texto Nélia Pedrosa Foto José Ferrolho
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o Comando Distrital de Beja (Beja e Moura) são quatro as viaturas atualmente paradas, “num universo de 51 viaturas, entre caracterizadas, descaracterizadas e motociclos”. O comandante Viola Silva garante que a situação “por enquanto não é preocupante”, porque a PSP de Beja tem “viaturas de reserva” e porque “há polícias que têm outras especializações, nomeadamente em mecânica, que voluntariamente têm colaborado no arranjo dos carros”. “É uma questão de brio profissional, o pessoal tem feito questão de colaborar com o comando, o que é de louvar porque não são obrigados a isso. Eles percebem que isto é para o bem de todos. Nós temos uma paz social muito boa, o que contribui para que isto funcione como deve ser”,
adianta o comandante. Viola Silva salienta, no entanto, que “se não houver dinheiro durante mais um ano” a situação poderá complicar-se. “Neste momento os carros que estão parados não poem em causa o serviço policial, até porque equivalem aos que temos de reserva. Os de reserva avançaram e colmataram as falhas, agora esperamos é que no futuro o problema seja resolvido. Mas acredito que isto, que é um problema nacional, vai ter uma solução”, acrescenta. O contrato de arrendamento agora assinado com a Câmara de Beja vai permitir albergar na antiga escola primária de Salvador a esquadra policial de competência genérica (atualmente junto à pousada de São Francisco) e as três esquadras de competência específica: investigação criminal (localizada na rua da Moeda), intervenção (junto à pousada) e trânsito (no edifício do Governo Civil). Com a mudança de instalações o edifício onde atualmente funciona a esquadra policial de competência genérica ficará “para a polícia social do pessoal”, integrando os “gabinetes médicos, de apoio psicológico e o alojamento para o pessoal que está de prevenção”. “Esta foi uma aposta pessoal. Quando cheguei ao comando entendi que tínhamos que ter um sítio onde pudéssemos trabalhar em comum, por isso fico muito contente que ao fim de um ano a batalhar a escola seja nossa”. As obras de adaptação da escola serão financiadas pelo Ministério da Administração Interna.
Os campeonatos regionais de natação nos escalões de infantis, juvenis e absolutos vão decorrer sábado e domingo, dias 9 e 10, nas Piscinas Municipais Victor Martelo, em Reguengos de Monsaraz. Cerca de 110 nadadores masculinos e femininos de todo o Alentejo vão disputar várias provas na piscina olímpica nos estilos mariposa, livres, bruços e costas. Os campeonatos regionais de natação são organizados pela Associação de Natação do Alentejo e pelo município de Reguengos de Monsaraz.
Desporto
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Campeonatos regionais de natação em Reguengos
Classificações: Seniores: 1.º José da Luz (S.Francisco), 30,36’; 2.º Custódio António (Vendas Novas), 31.37; 3.º Pedro Poeira (Odemira), 31.42; 4.º Rui Infante (Praças da Armada), 32.04; 5.º José Félix (Avisenses), 32.07. Femininos: 1.ª Cármen Pires (Vendas Novas), 39.31; 2.ª Andreia Lopes (Pinheiro Cruz), 42.14. Veteranos 2: 1.º Paulo Chaínho (S.Francisco), 34,24. Veteranos 3: 1.º Luís Pereira (Piense), 33.46. Veteranos 4: 1.º José Pedras (Os Kotas), 36,41. Veteranos 5: 1.º Gurmesindo Rodrigues (Lebres do Sado), 36.52. Veteranos femininos: 1.ª Helena Duarte (S.Francisco), 45.48. Equipas: 1.º S.Francisco da Serra, 2,º N.D.C.Odemira e 3.º Os Kotas.
Grande Prémio em São Francisco da Serra
José da Luz iluminou Senhora do Livramento José da Luz (São Francisco da Serra) e Cármen Pires (Estrela Vendas Novas) venceram o 5.º Grande Prémio de Atletismo Nossa Senhora do Livramento disputado em São Francisco da Serra. Texto e fotos Firmino Paixão
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ma centena de atletas, de diversas origens, respondeu à chamada do Grupo Desportivo e Recreativo de São Francisco da Serra, para a reativação do Grande Prémio de Atletismo Nossa Senhora do Livramento, denominação que alude às ruínas de uma ermida construída em 1740 no cimo da serra onde se encosta a pequena povoação sede de freguesia. A coletividade do concelho de Santiago do Cacém fundada em 11 de abril de 1997 e constituída filial com o n.º 57 de Os Belenenses, organizou a prova durante os quatro anos consecutivos em que o município de Santiago promoveu no concelho as Festas do Desporto. O grande prémio disputou nas categorias de seniores e veteranos, em ambos os sexos, teve a extensão de nove quilómetros e as dificuldades associadas à altimetria do percurso com partida e chegada à aldeia de São Francisco e
uma passagem por Cruz de João Mendes. Um treino ligeiro disseram os atletas mais cotados e que primeiro cortaram a meta. Em simultâneo com o grande prémio realizou-se uma caminhada popular com cinco quilómetros de extensão e cerca de 80 participantes. Pedro Gamito, rosto principal da organização enquanto elemento do Núcleo de Atletismo do Grupo Desportivo e presidente da junta de freguesia local, revelou que as expectativas foram correspondidas: “Tendo em conta a interrupção que fizemos no ano passado já contávamos que ao retomarmos a organização da prova haveria uma tendência de diminuição de presenças. No fundo é como começar de novo, mas a prova correu de acordo com
as perspetivas que tínhamos para relançamento do grande prémio”. Gamito acentuou ainda as dificuldades da organização explicando também que “nas quatro anteriores edições a prova estava inserida numa iniciativa da Câmara Municipal de Santiago do Cacém, que era a Festa do Desporto, e naturalmente que isso pressupunha a comparticipação das provas integradas nessa festa”. “A festa também foi interrompida e daí o cancelamento do ano passado. Este ano retomámos em moldes diferentes, com o pagamento das inscrições, o que até aqui não sucedia, mantemos o apoio da junta e do município, também do comércio local, mas as dificuldades são maiores”, acrescenta. A redução de participantes é também explicada com a inexistência de prémios monetários: “Costumávamos
distribuir uma lembrança e um prémio monetário, ficou apenas a lembrança, no entanto quisemos manter uma coisa que diferencia a nossa prova de muitas outras que é o convívio final, um jantar depois da prova”. O presidente da junta de freguesia salienta ainda que “muitos dos atletas participantes são pessoas que vieram a anteriores edições. Gostaram da prova e do acolhimento e voltam sempre que podem”. Pedro Gamito refere ainda que “o Núcleo de Atletismo integra vários elementos, todos eles se empenharam muito nesta organização, só possível de facto com o esforço de todos” e que o núcleo tem cerca de 20 atletas a praticar, a maior parte no escalão de seniores e alguns veteranos”. “Nos escalões de formação não temos ninguém”,
“Corri pelo São Francisco, são pessoas amigas e como não estou federado esta época decidi representar o clube da terra. A prova foi praticamente um passeio, fiz o primeiro quilómetro fortíssimo apenas para ver como estava. Ainda bem que há grupos como este que mantêm estas provas vivas e alimentam a tradição do atletismo porque, em termos nacionais, têm acabado muitas provas e não há maneira de chamar os jovens para esta modalidade que é tão bonita”.
“Foi uma boa prova, senti-me muito bem, gosto de correr ao final do dia, estou mais enérgica. Vinha pensando na vitória, sou mais atleta de fundo, isto para mim foi mais um treininho. Agora ando a preparar-me para a Ultra Maratona Atlântica e este grande prémio foi mais um treino com esse objetivo. As provas destas terrinhas acabam por ser melhores do que os grandes eventos, o ambiente é mais acolhedor, a malta corre só pelo prazer de correr”.
José da Luz São Francisco da Serra
Cármen Pires Estrela Vendas Novas
adianta. Nem admira, a freguesia registou nos últimos Censos apenas 811 habitantes. Mas o responsável salienta: “Estamos muito bem localizados, temos o IC 33 aqui a dois passos, a futura autoestrada vai passar pela freguesia, isto faz com que a terra se torne apetecível e nos últimos anos notou-se alguma apetência para a criação da segunda habitação”. De frente para o mar e de costas para a serra, São Francisco “tem bons percursos pedonais, também trilhos para o BTT, há um número muito elevado de provas dessas modalidades organizadas por outros grupos que atravessam a freguesia”, diz Pedro Gamito. “O Grupo Desportivo também tem uma secção de futebol, mas a equipa já não participou na última edição do campeonato distrital do Inatel, também por razões financeiras, agora vamos manter uma equipa de veteranos”, acrescenta ainda, adiantando que a intervenção do clube no movimento associativo local “é essencialmente no atletismo, não só ao nível do concelho como em várias partes do País” onde se desloca para competir. “Participamos anualmente em cerca de 30 provas, divulgamos a freguesia e o concelho, é de facto o atletismo que nos dá maior visibilidade”, conclui.
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FC Serpa procura órgãos sociais
Diário do Alentejo 8 julho 2011
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O presidente da assembleia geral do Futebol Clube de Serpa marcou para o próximo dia 11, pelas 21 e 30 horas, no cineteatro municipal, uma assembleia geral eleitoral, para tentar solucionar o vazio diretivos. O dirigente fez um apelo público aos associados lembrando os 66 anos de história do clube e os cerca de 150 atletas que o representam.
Convívio piscatório em Grândola A Associação de Pescadores Desportivos de Grândola, em parceira com o município da Vila Morena, promove amanhã, sábado, um convívio piscatório para cidadãos portadores de deficiência. Esta competição, com caráter especial, dirigida, entre outros, aos alunos da Cercigrândola, decorre na barragem do Perto do Altar (Santa Susana) e inicia-se às 9 horas.
Casos de sucesso no desporto alentejano
P PLANO DE PORMENOR DA QUINTA DA ARRÁBIDA MONTE DA ROCHA
Uma estrela no hóquei benfiquista Um jovem estremocense que aos 13 anos ingressou no hóquei em patins do Sport Lisboa e Benfica. João Sardo é um exemplo que contraria o sentimento de depressão que se vive no interior alentejano.
desloco-me com frequência a Lisboa, às vezes até venho a dormir no carro porque tenho escola no dia seguinte. A minha vida é o hóquei e o estudo, saio da escola vou para Lisboa, treino duas horas e volto a Estremoz, se puder ainda vou estudar alguma coisa, é um sacrifício enorme”. Texto e foto Firmino Paixão Nas duas épocas de iniciado que já fez com a camisola do Benfica João Sardo esenho 15 anos, nasci em Estremoz teve perto da glória: “Na última época estiem 15 de fevereiro de 1996, sou es- vemos na fase final e fomos vice-campeões, tudante e aprendi a jogar hóquei este ano qualificámo-nos novamente, estáem patins no Clube de Futebol Estremoz e vamos confiantes, eliminámos o Porto [em aí me mantive até aos 13 anos, altura em Castro Verde], mas uma vez mais perdemos que me transferi para o Benfica”. É as- o título e ficámos em segundo lugar”. sim, com esta simplicidade, que João Sardo Jogador de elevado potencial tem um deixa o seu cartão de visita, como se todos lugar determinante na equipa, quer pelo os dias jovens alentejanos tivessem opor- porte atlético, quer pelo nível técnico que tunidade de vestir a camisola de um clube exibe, mas olha o futuro com algumas com a dimensão do cautelas: “Para o Benfica. ano serei juvenil O jovem conta: de 1.º ano e terei “Há dois anos reao meu lado atlepresentei a seleção tas com mais exdo Alentejo, estive periência, mas vou num torneio em trabalhar para gaSesimbra, que ganhar a titularidade nhámos, e foi no fie poder estar na senal dessa época em leção”. Outro obque estive nessa jetivo deste jovem competição com a alenteja no, de que camisola da seleção no futuro se ouvirá regional que surgiu falar nos bastidores o convite para redo hóquei em papresentar o Benfica tins nacional, é rae que eu aceitei dicar-se em Lisboa: com entusiasmo”. “Estou a estudar Parece ter sido um essa possibilidade. caso de amor à priVou para o 10.º ano, meira vista: ”No fitenho mais opções nal da época, há na capital e podedois anos, contacrei ter mais renditaram o meu pai, mento no hóquei fui treinar a Lisboa em patins. Mas há “Há dois anos representei e assim que acabei dois anos que ando fiz logo exames mé- a seleção do Alentejo nestas viagens de dicos e assinei pelo Estremoz para Lis(...) e foi no final dessa Benfica”. boa e nunca perdi No s ú lt i m o s a n o n e n h u m”, época que surgiu o tempos têm sido acentua, revelando muitas as viagens convite para representar o seu sonho acadéentre Estremoz e mico, afinal aquele Lisboa, um esforço o Benfica e que eu aceitei que privilegia apeque João Sardo dessar do gosto pelo com entusiasmo”. valoriza: “Encaro desporto: “Quero isto com a maior licenciar-me em naturalidade, quando vou para os trei- ciências ou em desporto. O hóquei ficará nos é para dar tudo, como sempre fiz, sempre em segundo lugar”.
“
Convite à Participação na Sessão Pública de Esclarecimento LOCAL:
DATA:
auditório
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BIBLIOTECA MUNICIPAL DE OURIQUE JORGE SAMPAIO
SEGUNDA-FEIRA 18 HORAS _
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A 7.ª Ultra Maratona Atlântica Melides-Troia, que se realiza a 17 de julho, já tem cerca de 240 atletas inscritos, 20 dos quais de nacionalidade estrangeira, o que constitui um recorde de participação. A prova é apadrinhada pelo antigo atleta olímpico Carlos Lopes que acompanhará o percurso da prova cuja extensão é de 43 quilómetros à beira mar.
Diário do Alentejo 8 julho 2011
Carlos Lopes apadrinha Ultra Maratona
Campeonatos de pesca desportiva em Pedrógão O Campeonato Nacional da 2.ª Divisão em Pesca Desportiva na categoria de seniores (zona sul) realiza-se no próximo fim de semana na pista de pesca da barragem do Pedrógão (Vidigueira). Trata-se de uma organização da Federação Portuguesa de Pesca Desportiva, em parceira com a Associação Regional do Baixo Alentejo de Pesca Desportiva, em que são esperadas 14 equipas (cinco pescadores cada) de toda a zona sul do País. As provas decorrem entre as 15 e as 18 horas de sábado e as 10 e as 13 de domingo.
O atletismo regional em análise
Unir esforços e vontades em prol da modalidade Uma época desportiva muito positiva para o atletismo regional, considera António Casaca, presidente da Associação de Atletismo de Beja, com mais um ano de mandato para cumprir.
bem e quer dizer que o trabalho feito tem sido perfeito e está a dar frutos. Pena é que, devido ao mau estado do piso da pista Fernando Mamede, os nossos atletas não possam treinar mais assiduamente as disciplinas técnicas, principalmente aquelas onde temos défice de melhores resultados, caso do salto em altura, comprimento e triplo salto e salto com vara. Os atletas necessitam de um bom piso para treinarem e competirem em pé de igualdade com outros atletas que têm melhores condições de treino.
Texto e foto Firmino Paixão
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ma nova mentalidade, a união de esforços e a vontade das pessoas são as prescrições do dirigente máximo do atletismo regional, António Casaca, 60 anos, que traça um balanço muito positivo da época desportiva agora finda. O aumento do número de atletas e clubes, melhores marcas e mais recordes são o fruto do empenhamento dos técnicos dos clubes, acentua Casaca, dando exemplos de jovens atletas com um futuro promissor.
Temos atletas capazes de se projetarem no atletismo nacional?
Quer fazer o balanço da temporada desportiva?
O balanço é bom, pelo menos enquanto presidente da direção da Associação de Atletismo de Beja. Foi uma época positiva. Aguardamos ainda o relatório do diretor técnico regional, professor António Machado, documento que escalpelizará tudo o que se passou ao longo da época e tiraremos as conclusões. Mas, de uma maneira geral, cumprimos os nossos objetivos na sua totalidade. O q u a d r o c o m p e t i t i vo f o i cumprido?
O quadro competitivo foi completo e diversificado e só não se realizou uma prova por motivos de adiamento. Falo da Escalada de São Gens que, a pedido do município de Serpa, foi adiado para outubro. O quadro foi bem preenchido e teve boa participação. Sublinho a prestação dos nossos jovens atletas a nível nacional, onde tivemos vários pódios e conseguimos a promoção ao grupo A do Olímpico Jovem. Para o ano tentaremos a
António Casaca O objetivo da AAB é atingir os 300 filiados
manutenção. O número de atletas e clubes tem evoluído positivamente?
Tivemos mais atletas. O objetivo era atingirmos os 300 filiados, creio mesmo que já os superámos. Filiámos mais clubes, o Grupo Desportivo do Pedrógão, embora tenha apenas um atleta filiado. Filiámos o Piense, também os Leões de Moura, numa altura em que a época estava quase a terminar, mas ficámos com a garantia de que, na próxima temporada, teremos esses três clubes em atividade. Também foi uma época de recordes...
Sim, bastantes. E isso quer dizer que os clubes estão a trabalhar
Pena é que, devido ao mau estado do piso da pista Fernando Mamede, os nossos atletas não possam treinar mais assiduamente as disciplinas técnicas, principalmente aquelas onde temos défice de melhores resultados.
Olhe, falo já de Henrique Água Doce, do Bairro da Conceição, campeão nacional de provas combinadas, um excelente atleta e muito bem enquadrado tecnicamente. Ele é o maior exemplo de que podemos ter grandes atletas no futuro. Para além de Henrique, lembro, por exemplo, Sara Inácio, que regressou de um ano de paragem e já bateu um recorde distrital de juvenis. Mas temos mais: Ana Catarina Dias, de Odemira, que dá cartas no meio fundo, e muitos outros que agora não me recordo. Eles que não me levem a mal. As provas em estrada estão em franco declínio?
Tivemos sempre maior vocação para a pista, ao contrário das nossas congéneres de Évora e Portalegre, mais vocacionadas para as provas de estrada e corta mato. Estamos a tentar reverter essa situação criando os campeonatos de montanha, o que parece difícil na nossa região mas consegue-se porque temos algumas boas elevações, por exemplo no Mendro, São Gens, mas temos outras opções em Mértola, Odemira, Aljustrel e Ourique. A questão é arranjar apoios para podermos dar um rebuçado aos atletas senão eles não comparecem.
Que futuro tem a modalidade na região?
Um futuro promissor. Este ano passámos a contar com a pista de Castro Verde, com dimensões reduzidas mas com uma importância vital para o treino em qualidade e realização de estágios nacionais. A pista de Odemira, que podia ter melhor aproveitamento, e precisávamos de um esforço para conseguirmos reparar o piso da pista de Beja, que está muito danificada, senão no todo, pelo menos na reta da meta, que está muito degradada, e nas áreas de saltos. Isso impede a realização de provas nacionais em Beja?
Na verdade, por ora, não poderão vir para cá provas nacionais porque com a pista no estado de degradação que se vê não temos condições para trazer os atletas. Há três anos ainda fizemos cá os nacionais da 3.ª divisão, já com a pista em mau estado, mas ainda a dar garantia à realização dessas provas e que até correram bem. Agora já não, está em muito mau estado. Lidera uma direção que tem mais um ano de mandado. E depois, que futuro?
O futuro desta direção depende um bocadinho de mim. Mas eu quero cumprir o mandato até ao fim, apesar de algumas dificuldades que eu sei que irão surgir. Depois os clubes terão que resolver a situação dentro da associação. Os dirigentes e os técnicos terão que ter uma mentalidade mais aberta e compreenderem que não é só a olharem para o seu próprio umbigo que o atletismo progride. Temos que ter uma visão mais abrangente e temos todos que nos dar bem e unir as mãos para que o atletismo tenha futuro. Eu farei mais um ano, depois quero cumprir outro sonho que é fundar a minha escola de atletismo.
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Troca de manuais escolares em Santiago
A Câmara Municipal de Santiago do Cacém associou-se a um programa de troca de manuais escolares. Até dia 31 de agosto será possível entregar nas bibliotecas municipais livros escolares em vigor nos últimos seis anos. A partir de 1 de setembro serão disponibilizados ao público os manuais entregues para esse fim. Uma forma de poupar e nos ajudarmos uns aos outros.
Vitória, estória vitória conta a tua A páginas tantas ... É com o livro O meu balão vermelho que a editora Gato na Lua se estreia. Quem é que nunca pediu ao pai ou à mãe para lhe comprar um balão, aquele balão, e de repente ele se escapa entre os dedos e nos olhos nascem gotas e gotas que rapidamente se transformam num sentimento de perda imensa. Era uma manhã como tantas outras, ou não, e a menina da nossa história levava para a escola o seu balão vermelho, o seu querido balão vermelho. Também este se soltou, não deixando indiferente quem via o desgosto da menina, de tal forma que decidiram tentar apanhá-lo. Estava quase ali, bem pertinho, quando o bico de um pássaro fez com que o balão se perdesse para sempre. Kazuaki Yamada, autor e ilustrador desta história, termina trazendo para a narrativa valores de amizade que se mostrarão mais importantes que o tão querido balão.
Descobre as diferenças Nos dois desenhos existem seis diferenças, descobre-as.
Dica da semana Salta da tua toca e vai descobrir como vivem e onde vivem alguns insetos. Podes também improvisar um formigueiro colocando terra dentro de um aquário e transportando para lá algumas formigas. Depois coloca algumas sementes e deixa-as fazer o seu trabalho. Apesar de já não poderes ver o ciclo do bicho da seda, pois as borboletas já puseram os ovos, toma nota para que na próxima primavera também possas ter os teus. Desenho de Diogo Teles, 8 anos
Soluções: botões na camisa, bolso, braço, orelhas, boca, atacadores e buraco no rodapé
O pátio do espaço Oficinas, em Aljustrel, volta hoje, sexta-feira, ao seu programa de animação de verão, com os The Gilberts Feed Band, que atuam pelas 22 horas. Formada em 1988, a banda, que tem desenvolvido um conceito artístico chamado “música estrambólica”, aliando música original de várias influências ao burlesco circense, vem apresentar ao público aljustrelense o seu mais recente álbum, “Strambolic Circus”. Os The Gilberts Feed Band são nove e os seus nomes artísticos falam por si: Mr. “Gafanhoto Atómico” Benfas, Monsieur Jean Mark Charmier, Magala, Mata “The Killer”, Gonças, Johnny “Surf” Stevens, Pinetree, Ramon e Danny “Animal” Boy.
Fim de semana Berlinense expõe “A Sul” em Mértola A Casa das Artes Mário Elias, em Mértola, tem patente desde quarta-feira, 6, e até ao fim do mês, a exposição de fotografia “A Sul”, do berlinense Adalrich Malzenber. O autor é médico, casado com uma alentejana de Portalegre e, desde 1976, dedica-se à fotografia tradicional, a preto e branco. O seu olhar incide preferencialmente na planície alentejana e suas gentes, demorando-se também pelo povo cigano, com quem contacta há mais de 25 anos, assim como pela arte romântica portuguesa.
Nove bandas desfilam no Santa Maria Summer Fest Com um leque de nove projetos musicais provenientes de diversos pontos do País, todos eles oscilando entre o metal e o rock duro, a segunda edição do Santa Maria Summer Fest decorre já amanhã, sábado, a partir das 16 horas, no anfiteatro exterior da Casa da Cultura de Beja. A organização é da Junta de Freguesia de Santa Maria da Feira, com a colaboração da Câmara Municipal de Beja. EDGE e Uaninanei (Évora), Ventas de Exterko (A-do-Pinto,
Festival Tassjazz convida Vozes 3 e Ricky Ford Quartet
Serpa), Machinergy (Arruda dos Vinhos), Máscara (Beja), DR Salazar (Amadora), os algarvios Sons of Misfortune e ainda Martelo Negro (Seixal) e Seven Stitches (Grândola) compõem o cartaz desta iniciativa inserida no programa Anibeja. Para quem vier de longe, a organização garante dormidas gratuitas no parque de campismo da cidade.
Ervidel põe juventude em festa A decorrer desde segunda-feira, 4, a IV Semana da Juventude de Ervidel prossegue até ao próximo domingo, 10, com uma larga oferta de animação, que inclui concertos, desportos radicais, cinema, colóquios e workshops. Um programa que “assenta nas preferências dos nossos jovens e vai ao encontro das sugestões e propostas efetuadas ao longo do ano”, informa a junta de freguesia local, que organiza a iniciativa. Para hoje, sexta-feira, estão previstos um workshop de canoagem na barragem do Roxo, uma apresentação hip-hop e um concerto pela banda Smile, ambos no palco do jardim da Liberdade. Amanhã, sábado, seguem-se uma lan party, a atuação dos 2U (tributo aos U2) e uma disco party animada pelo DJ Bruno Lopez.
“Máscaras 1000” no centro histórico de Moura O Escrita na Paisagem – Festival de Performance e Artes da Terra já arrancou e, nesta sua oitava edição, que decorre até finais de agosto, reserva várias propostas para a cidade de Moura. Para já, vale a pena visitar o centro histórico da cidade de Salúquia, e especificamente o seu comércio e restaurantes, para conhecer o trabalho do autor e artesão António Jorge, criador e dono de uma coleção de mais de mil máscaras. “Máscaras 1000 – Gramática de um aprendiz” vai estar patente até 15 de agosto.
As “três Marias” do jazz português em Odemira
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ão é propriamente uma novidade em Portugal que três mulheres de nome Maria se encontrem para um projeto artístico. As últimas de que há memória (Maria Velho da Costa, Maria Teresa Horta e Maria Isabel Barreno) ganharam o epíteto de malditas, com as Novas Cartas Portuguesas, publicadas três anos antes da queda da ditadura que denunciavam, numa perspetiva feminista e também, mais ampla, de defesa dos direitos humanos. Estas que hoje, sexta-feira, se apresentam em Odemira, no Cerro do Peguinho, pelas 22 horas, não estão juntas por causas cívicas, mas, à sua maneira, combatem a opressão – porque celebram o jazz, uma das formas mais livres de fazer música. Vozes 3, um projeto impulsionado pelo crítico de jazz João Moreira dos Santos, são Maria Viana, a “tradicionalista”, Maria João, a “experimentalista”, e Maria Anadon, que representa “uma linha mais latina” do jazz. As três divas do jazz nacional sobem ao palco a convite do Festival TassJazz, que arrancou ontem sob organização da câmara municipal local, e prometem visitar temas
originais e clássicos do jazz e também do cancioneiro norte-americano dos grandes compositores do século XX. O trio é acompanhado ao piano por Joan Monné, Vítor Zamora e João Farinha, e ainda por Nelson Cascais, no contrabaixo, e Marcelo Araújo, na bateria. Amanhã, sábado, o palco é de Ricky Ford Quartet, liderado por um saxofonista de referência e fluente na maioria dos idiomas do jazz moderno, no qual desenvolveu voz própria, depois de ter passado pela Duke Ellington Orchestra e pelo grupo de Charles Mingus, nas décadas de 70 e 80. Ao saxofone tenor de Ricky Ford, juntam-se, em Odemira, o piano de Kirk Lightsey, o contrabaixo de Darry Lhall e a bateria de John Betsch. Nas noites de concertos, o artista Philippe Peseux vai improvisar ao vivo “telas Jazz” (pintura a óleo sobre tela) e, paralelamente, decorrerá na Biblioteca Municipal a Feira do Jazz, espaço que acolhe hoje, pelas 18 e 30 horas, João Moreira dos Santos, para mais uma edição do “À conversa com…”.
21 Diário do Alentejo 8 julho 2011
The Gilberts abrem verão nas Oficinas
22 Diário do Alentejo 8 julho 2011
O Quindim (Quim) é um simpático cão, muito jovem e bem-disposto. Está no Cantinho dos Animais há pouco tempo e procura uma família que o adote. É de porte pequeno (cerca de 10 kg) e de pelo curto. É muito sociável com as pessoas. Será adotado com vacinas e desparasitação. Venham conhecê-lo! Contactos: 962432844 sofiagoncalves.769@hotmail.com
Boa vida Comer Arroz de bacalhau com grão e coentros
Dois copos de conversa Alentejo para Senhoras
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oje dedico a minha prosa às centenas de produtores alentejanos de vinho que, vendo a próxima safra quase a bater às portas das suas adegas, confirmarão, com a honestidade que um copo de vinho liberta, que se apresentam capazes de elaborar vinhos de qualidade mas incompetentes para os bem comunicar e comercializar. Em plena campanha estival, que mima os vinhos brancos e rosés, vale a pena partilhar os resultados de um inquérito a 10 000 mulheres adultas, chinesas, norte-americanas, britânicas e francesas, levado a cabo pela Vinexpo de Bordéus e pelas revistas “Elle”, “Wine Enthusiast” e “Decanter”. As mulheres preferem vinho tinto (51,5 por cento) ao vinho branco (26,4 por cento), mas o dado mais extraordinário é a subida nas preferências do vinho rosé que alcançou 16 por cento dos votos quando, no ano anterior, apenas tinha sido votado por seis por cento das consumidoras. A opção pelo rosé é ainda superior se considerarmos apenas as mulheres entre 18-30 anos. Já o vinho tinto é dominante para senhoras com mais de 46 anos. Setenta por cento das mulheres declara que o tempo ideal para consumo de vinho é o anoitecer e a companhia da lua com amigos e 58 por cento declara saber tanto de vinhos como os homens. Esta surpreendente afiliação ao vinho é subscrita por 67 por cento das mulheres americanas mas apenas por 24 por cento das mulheres chinesas. Nas coisas do amor, o testemunho do vinho é importante, ou essencial, para 68 por cento das mulheres. Neste particular a maior emoção é transmitida pelas mulheres francesas. As mulheres jovens (18-30 anos) elegem o preço do vinho como o fator crítico de escolha enquanto o grupo com mais de 48 anos dá primazia ao país de origem. Nos Estados Unidos é a casta ou a variedade da uva o fator mais considerado. No Reino Unido o preço dita a escolha e em França reina o país de origem. Na China o preço e o país de origem andam de mãos dadas. São também as mulheres sub-30 que mais valorizam o design da embalagem e as que buscam mais informação sobre vinhos através da Internet. Aníbal Coutinho
Vinho de Calendário
Vinho Diário
O vinho IG Alentejano, da cor rosé, Dona Maria, do produtor de Estremoz, Júlio Bastos, ganha, anualmente, a superior aprovação de toda a crítica especializada. A
A qualidade dos produtos da
colheita de 2010 irá merecer, tal como as colheitas anteriores, lugar de destaque no meu “Guia Popular de Vinhos”, edição 2012, que estará nas livrarias e hipermercados no arranque de setembro.
Ervideira, um produtor de Reguengos de Monsaraz, continua a conquistar prémios, nacionais e internacionais. Agora, foi a vez do vinho rosé Vinha d’Ervideira, IG Alentejano de 2010, ser galardoado com a “Talha de Prata”, para vinhos rosé, no X X Concurso “Os Melhores Vinhos do Alentejo” da Confraria de Enófilos do Alentejo.
Ingredientes para 4 a 6 pessoas:
Petiscos P etiscos Um grande molho
A
civilização é o resultado da ação humana. É a soma de tudo o que a humanidade fez e soube transmitir a quem veio a seguir. Às vezes foram pequenos passos, em áreas sem o destaque iluminado das grandes obras. Na culinária, por exemplo. Mas marcaram um progresso e isso, verdadeiramente, é o que conta. Os herdeiros da cozinha regional, fundamentalmente uma cozinha de panela, tinham que arranjar soluções com que complementassem o resultado dos serviços de grelha. E em parte também os assados. Surgiu este molho. Deste se fizeram muitos mais mas este ficou uma referência. “Sauce bernaise”, vamos a ele. Este molho faz-se com cuidado e dedicação. Ao contrário do que costumo fazer tenho aqui que referir as quantidades com exatidão. Quatro gemas de ovos, a que se tira muito bem os restos de claras, duzentos e cinquenta gramas de manteiga, três chalotas médias muito bem picadas – ou cebolas pequenas – um decilitro de vinagre de vinho branco, duas colheres de sopa de folhas de estragão, um pequeno ramo de cerefólio, meia folha de louro, pimenta em grão e sal. Tudo isto há nos hipermercados. Se não houver, não faça o molho, espere até conseguir adquirir noutra ocasião. Num pequeno tacho aqueça o vinagre, as chalotas, uma colher de sopa de estragão, o cerefólio, o louro, a pimenta e o sal. Deixe reduzir até um pouco menos de metade em lume fraco. Seguidamente passe por um passador espremendo bem para fazer sair todos os sucos. Deixe arrefecer. Limpe o tacho e aí junte o líquido que apurou com as gemas. Misture bem, de preferência com varas. Ponha o tacho em banho-maria, dentro de outro maior, com água quente, em fogo moderado, não deixe ferver a água. Vá agora acrescentando pequenas quantidades de manteiga, colheres de sobremesa. Vá batendo sempre. No fim acrescente a colher de sopa de estragão fresco que reservou, muito bem picado. Já está. Este é o molho mais reputado da cozinha francesa, sem uma execução perfeita não há restaurante em França que tenha pretensões a um lugar de destaque nas referências profissionais. Dá trabalho a fazer. Muito bem, aproveite e, excecionalmente, compre um bom peixe. Grelhe-o. Inteiro, sem ser escalado, evidentemente. Batatas pequenas cozidas. Acompanhe com o molho, morno. Acompanha também carne, tipo rosbife, ainda quente, com um raminho de agriões e um tomate assado. Uma delícia. António Almodôvar
400 g de arroz carolino 1 cebola grande 4 dentes de alho picados 2 tomates maduros e picados sem pele nem grainhas 1 dl de azeite 800 g de bacalhau 200 g de grão cozido sal e pimenta q.b. coentros picados q.b. Confeção: Num tacho com azeite quente refogue a cebola e os dentes de alho picados. Junte o tomate e deixe cozinhar lentamente. Adicione um pouco de água, sal, pimenta e o grão. Quando começar a ferver junte o arroz e deixe cozer um pouco, mexendo sempre com a colher. De seguida junte o bacalhau cortado aos cubos. Acrescente mais água de forma a que o arroz fique malandrinho e quase no final junte uns coentros picados. Retifique os temperos a seu gosto e bom apetite… NOTA: existe nos supermercados grão já cozido de grande qualidade. Embora o grão demolhado e cozinhado por si seja mais saboroso. António Nobre Chefe executivo de cozinha – Hotéis M’AR De AR, Évora
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O XVI Festival Nacional de Folclore, organizado pelo Rancho Folclórico Ninho de uma Aldeia, realiza-se no próximo dia 16, no largo do Chafariz em Ermidas-Sado, concelho de Santiago do Cacém. O festival conta com a participação de seis ranchos folclóricos de vários pontos do País, incluindo o anfitrião, o Rancho Ninho de uma Aldeia, de São Bartolomeu da Serra.
Segunda expedição “Rotas do Al-Andaluz” arranca em setembro A segunda edição da “Rotas do Al-Andaluz”, uma expedição todo-o-terreno cultural entre Mértola e Marrocos, vai arrancar a 1 de setembro e durar 11 dias, para revisitar o património histórico-cultural e a herança do Al-Andaluz. A expedição, promovida pela Câmara de Mértola, a empresa municipal Merturis e o grupo de todo-o-terreno “Marafados do TT
Diário do Alentejo 8 julho 2011
Festival Nacional de Folclore em Ermidas-Sado
Algarve”, visa “mergulhar na cultura árabe, explorando o Norte de África, alargando horizontes pessoais e patrimoniais e recuperando a herança do Al-Andaluz”. A edição deste ano da “Rotas do Al-Andaluz vai percorrer “locais fundamentais na revisitação do património histórico-cultural do Al-Andaluz”, como cidades marroquinas, “cujo antepassado milenar não deixará ninguém indiferente”, e “outros locais de outra forma inacessíveis”.
Jazz Francesco Cafiso – “4 Out”
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Grândola encerra Rota das Tabernas A 17.ª edição da Rota das Tabernas do concelho de Grândola chega ao fim amanhã, sábado, na taberna “O Justense”, na Aldeia da Justa. A partir das 19 horas, o estabelecimento serve salada de polvo, moelas em molho de tomate, javali estufado, grão com mão de vaca e lebre estufada, pratos da melhor cozinha alentejana para acompanhar com vinho de produtores do concelho. O périplo temático percorreu, desde junho, oito tabernas do concelho de Grândola, tendo contemplado, além dos comes e bebes, também “menus culturais” surpresa, com poetas populares, cante alentejano, fado e música popular. A taberna “O Justense” aceita reservas, que são da exclusiva responsabilidade dos proprietários, informa a câmara municipal local, que organiza a iniciativa.
DR
os 22 anos, o jovem saxofonista italiano Francesco Cafiso parece querer dar mais um passo no sentido de encontrar a sua própria voz. Talento precoce, Cafiso deu nas vistas logo aos nove anos, tendo ascendido ao estrelato internacional no verão de 2002. Wynton Marsalis reparou nas suas qualidades e convidou-o para participar numa digressão europeia. Estreou-se em disco com “Very Early”, quando tinha apenas 14 anos. Depois de “Angelica” (2009), Cafiso escolheu para comparsas neste novo registo o pianista Dino Rubino, o contrabaixista Paolino Dalla Porta e o baterista Stefano Bagnoli. O repertório incluído em “4 Out” reparte-se em quatro standards e três peças originais. Trata-se de uma proposta acessível, em que o modelo adotado não se afasta demasiado do cânone fixado pelas referências do género. O melhor acontece nos primeiros três minutos e meio, em solo absoluto, de Francesco Cafiso – “4 Out” “King Arthur”, onde Cafiso deixa antever que músico poderia ser não estivesse, Francesco Cafiso (saxofones como está, por vezes, tão manietado pela alto e soprano, flauta), Dino reverência em relação ao passado. O piaRubino (piano), Paolino nista também contribui decisivamente Dalla Porta (contrabaixo) e para os bons resultados. “Just in Time” Stefano Bagnoli (bateria). vale pelo swing vertiginoso a la Parker. Editora: Abeat Records Já as leituras de outros standards, como Ano: 2010 “How About Me” e “I Hear A Rhapsody”, não acrescentam grande coisa ao que já estava dito. No domínio das peças originais assinalo o jazz de câmara de “Enigmatic Night”, marcada pela flauta de Cafiso e pelo contrabaixo tocado com arco a conferir ao início da peça uma atmosfera sombria. “4 Out” é um disco com ingredientes suficientes para ir ao encontro de uma substancial faixa de jazzófilos cultores de grandes afinidades com a tradição.
Nº 1524 (II Série) | 8 julho 2011
FUNDADO A 1/6/1932 POR CARLOS DAS DORES MARQUES E MANUEL ANTÓNIO ENGANA PROPRIEDADE DA AMBAAL – ASSOCIAÇÃO DE MUNICÍPIOS DO BAIXO ALENTEJO E ALENTEJO LITORAL Presidente do Conselho Directivo Jorge Pulido Valente | PRACETA RAINHA D. LEONOR, 1, 7800-431 BEJA | Publicidade e assinaturas TEL 284 310 164 FAX 284 240 881 comercial@diariodoalentejo.pt Direcção e redacção TEL 284 310 165 FAX 284 240 881 jornal@diariodoalentejo.pt | Assinaturas País € 28,62 (anual) € 19,08 (semestral) Estrangeiro € 30,32 (anual) € 20,21 (semestral) Director Paulo Barriga (CP2092) | Redacção Bruna Soares (CP 8083), Carla Ferreira (CP4010), Nélia Pedrosa (CP3586), Ângela Costa (estagiária) Fotografia José Ferrolho, José Serrano | Cartoons e Ilustração Carlos Rico, Luca, Paulo Monteiro, Susa Monteiro | Colaboradores da Redacção Alberto Franco, Aníbal Fernandes, Carlos Júlio, Firmino Paixão, Marco Monteiro Cândido | Provedor do Leitor João Mário Caldeira | Colunistas Aníbal Coutinho, António Almodôvar, António Branco, António Nobre, Carlos Lopes Pereira, Constantino Piçarra, Francisco Pratas, Geada de Sousa, José Saúde, Luiz Beira, Rute Reimão | Opinião Ana Paula Figueira, Arlindo Morais, Bruno Ferreira, Carlos Félix Moedas, Cristina Taquelim, Daniel Mantinhas, Filipe Pombeiro, Francisco Marques, Francisco Martins Ramos, Graça Janeiro, João Machado, João Madeira, José Manuel Basso, Luís Afonso, Luís Covas Lima, Luís Pedro Nunes, Manuel António do Rosário, Marcos Aguiar, Maria Graça Carvalho, Nuno Figueiredo Publicidade e assinaturas Ana Neves | Paginação Antónia Bernardo, Aurora Correia, Cláudia Serafim | DTP/Informática Miguel Medalha Projecto Gráfico Alémtudo, Design e Comunicação (alemtudo@sapo.pt) Depósito Legal Nº 29 738/89 | Nº de Registo do título 100 585 | ISSN 1646-9232 Nº de Pessoa Colectiva 501 144 587 Tiragem semanal 6000 Exemplares Impressão Grafedisport, SA – Queluz de Baixo | Distribuição VASP
RIbanho
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POR LUCA
Hoje, sexta-feira, o céu vai apresentar-se enevoado, e, em toda a região, a temperatura oscilará entre um mínimo de 12 e um máximo 29 graus centígrados. Amanhã e domingo, 10, o sol desembaraça-se de nuvens e as temperaturas sobem entre um e dois graus centígrados.
Carlos Júlio venceu Prémio Gazeta de Rádio 2010
Reforma Agrária deixou “muitas feridas por sarar”
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ouve agricultores que temeram tratar-se de um “novo movimento de ocupação de terras”, depois de ouvirem a emissão na TSF. Prova de que “ainda há muitas feridas por sarar” 35 anos depois do processo de Reforma Agrária, conclui Carlos Júlio, jornalista alentejano que esta semana foi distinguido com o Prémio Gazeta de Rádio 2010, atribuído pelo Clube de Jornalistas, pela reportagem “A terra a quem a trabalha”, que vem recuperar estas memórias. Acaba de ser distinguido com o Prémio Gazeta de Rádio 2010, atribuído pelo Clube de Jornalistas. O que significa para si ter o reconhecimento dos pares?
É sempre bom receber um prémio por uma reportagem à qual nos entregámos de corpo e alma, embora tentando “sair” dela o mais possível para dar voz aos nossos interlocutores. Mas quando esse prémio é dado por um conjunto de outros jornalistas assume especial significado. Trata-se de gente do mesmo ofício, a maioria com muitos anos de profissão. Daí que este prémio seja tão reconhecido no meio jornalístico e uma honra acrescida para quem o recebe. O que é, claramente, o meu caso. Venceu com uma reportagem que recupera o tema da Reforma Agrária. Quem foram os seus interlocutores?
Eu escolhi ouvir aqueles que efetivamente fizeram a Reforma Agrária, os que ocuparam as terras, formaram as unidades coletivas de produção (UCP) e as cooperativas e, depois, assistiram à sua decadência PUB
Carlos Júlio 55 anos, natural de Grândola Cursou jornalismo na já extinta Escola Superior de Meios de Comunicação Social, após o que ingressou na RDP, onde se manteve até 1990. Daí parte para a TSF e é nesta estação noticiosa que continua a trabalhar até hoje. A partir de 1992, passa a residir no Alentejo, atualmente em Évora. Tem dois prémios Gazeta de Rádio no seu currículo: um em 1984, em conjunto com Emídio Rangel e Carlos Carvalho; e este, referente a 2010, com a reportagem “A terra a quem a trabalha”.
e destruição. Muitos deles, 35 anos depois, ainda estão vivos e, à luz dos dias de hoje, pretendi trazer para a praça pública os porquês das ocupações, o balanço que hoje fazem de um movimento que ocupou milhares e milhares de hectares em todo o Alentejo e Ribatejo. Os meus interlocutores foram, por isso, na sua maioria, os trabalhadores agrícolas. Ouvi também longamente o investigador Constantino Piçarra, especialista neste tema, que é também de Vila de Frades e acompanhou, a par e passo, todo este processo na sua juventude. Tenho pensada uma outra reportagem, com uma perspetiva diferente: perceber como viveram os proprietários agrícolas, que viram as terras ocupadas, todo este período. É um assunto “arrumado” ou restam ainda muitas feridas por sarar?
Julgo que ainda há muitas feridas por sarar. Não propriamente por parte das pessoas que ouvi. Esses, pareceu-me, ficaram “de bem” com a História. No entanto, quando a reportagem foi emitida, houve diversos telefonemas para a TSF a protestar e sei também que houve vários agricultores a pressionarem as suas associações para tomarem posição, alegando que se pretenderia um “novo movimento de ocupação de terras”. O que, de facto, não tem qualquer ponta de verdade. A reportagem limita-se tão-só a recuperar a memória sobre um período de grande tensão na sociedade portuguesa, mas que ajudou a mudar profundamente as estruturas arcaicas no sul do País, sobretudo no Alentejo e no Ribatejo. Entrevista de Carla Ferreira
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Lendias d’Encantar em digressão pela América Central A companhia Lendias d’Encantar inicia na próxima terça-feira, 12, uma digressão internacional com a peça “Vueltas”, que passará por Cuba e Nicarágua. “Vueltas” é uma co-produção entre a companhia bejense e o Teatro d’Dos, de Cuba, que se estreou na cidade de Havana, em 2010, e, recentemente, em Beja. Com texto e encenação a cargo de Julio César Ramirez, a peça mostra-nos “uma página triste dos cubanos no exílio”, centrando-se na personagem Ernesto, um dos muitos meninos que foram levados, sem os pais, para os Estados Unidos, por temor ao comunismo, nos princípios dos anos 60. Ernesto é um “menino Peter Pan” e, aos 50 anos, pensa em como refazer a sua vida, encerrado no seu apartamento em Nova Iorque. O espetáculo regressa agora à capital cubana e estará em cena no Teatro Bertolt Brecht, entre os próximos dias 12 e 14 e de 19 a 21. A 23 e a 24 segue para Manágua, Nicarágua, onde integrará a programação do XVI Festival Internacional de Teatro, Monólogos y Más…, evento que nunca tinha recebido um projeto português.
Grupo de Teatro de Barrancos prepara nova peça O Grupo de Teatro de Barrancos (GTB) está a preparar uma nova peça e precisa de roupas velhas para caracterizar as várias personagens. O material sobrante será encaminhado para uma instituição de solidariedade social, uma “ação da qual o grupo não abdica” e entende ser parte da sua existência. Num comunicado enviado ao “Diário do Alentejo”, Francisco Oliveira, diretor e encenador do GTB, diz que o grupo cresceu muito desde a primeira montagem, em março, o que mostra que “o teatro tem vida em Barrancos e vai ao encontro das preocupações e inquietações” das suas gentes. O novo espetáculo, ainda sem data marcada para a estreia, deverá subir ao palco em meados de agosto. Até lá, estão em processo de criação, “sem stress”, mas com o fito de não desiludir o público entretanto conquistado, diz o encenador. Quem tiver roupas de que se queira desfazer pode fazer a entrega no antigo talho dos Irmãos Durão, em Barrancos, entre os dias 11 e 15, das 10 às 12 horas e das 17 às 19 horas.
Herdade Grande e Cartuxa de excelência
Sexta-feira, 8 julho 2011 Nº 1524 (II Série)
O V Concurso Vinhos Engarrafados do Alentejo distinguiu este ano com o “Prémio de Excelência” o tinto Reserva de 2008 da herdade Grande, Vidigueira, e o branco Cartuxa 2009, da Fundação Eugénio de Almeida, Évora. A prova, promovida pela Confraria dos Enófilos do Alentejo, decorreu no Convento do Espinheiro, em Évora, no dia 18 de Junho, e os resultados finais foram conhecidos esta quarta-feira. O concurso Vinhos Engarrafados do Alentejo realiza-se de três em três anos, desde 1999, e tem apresentado um elevado nível de vinhos participantes.
JOSÉ SERRANO
Cadernodois
Aeroporto poderá abrir pontes para a Bélgica, Holanda e Luxemburgo
De Beja para o Benelux O aeroporto de Beja poderá ter ligações especiais com aeroportos da Bélgica, da Holanda e do Luxemburgo em 2012 e 2013, sobretudo fora da época alta no Alentejo, anunciou esta semana a ANA – Aeroportos de Portugal.
S
egundo a ANA, em comunicado enviado à Lusa, o aeroporto de Beja e a Agência Regional de Promoção Turística do Alentejo consideram que podem vir a ser criadas ligações especiais entre Beja e aeroportos do Benelux, uma união económica e aduaneira que reúne a Bélgica, a Holanda e o Luxemburgo. As ligações poderão realizar-se “sobretudo fora da época alta da ocupação turística” no Alentejo, para, desta forma, irem “mais ao encontro dos interesses dos PUB
empresários regionais e dos operadores turísticos holandeses”. A hipótese das ligações foi abordada numa ronda de contactos efetuada no final de junho pelo aeroporto de Beja e a Agência de Promoção Turística do Alentejo com alguns dos operadores turísticos holandeses “mais importantes para a região”, explica a ANA. Durante os contactos, os operadores “demonstraram completa abertura para encontrar um modelo de operação” de ligações especiais “com o envolvimento” do aeroporto de Beja e da Agência de Promoção Turística do Alentejo, refere a ANA. A “arquitetura” das ligações, explica a empresa, “será sobretudo ditada pela multiplicidade de motivações que levam os holandeses a procurar o Alentejo”, ou seja, “utilizando equipamentos adequados à procura e sempre
com base em voos diretos”. Segundo a ANA, para o aeroporto de Beja e a Agência Regional de Promoção Turística do Alentejo, o mercado do Benelux, “mais concretamente o da Holanda”, é “da maior importância” para afirmar o Alentejo como destino turístico, como atesta o histórico do comportamento daquele mercado, que, nos últimos anos, tem ocupado uma posição “destacada” na procura turística da região. Por outro lado, o aeroporto de Beja, como nova forma “mais célere e simples” de chegar ao Alentejo, vai permitir uma “otimização da utilização dos recursos turísticos” da região e tem permitido “pôr em marcha operações especiais de promoção” em “mercados prioritários”, como a que decorre no Reino Unido. De acordo com a ANA, os efeitos da operação de promoção do Alentejo no Reino Unido “já se
estão a fazer sentir, com um aumento muito significativo das noites efetuadas pelos ingleses nos hotéis da região desde o início do ano”. O aeroporto de Beja, a operar desde 13 de abril, quando se realizou o voo inaugural até Cabo Verde, recebe, desde o passado dia 22 de maio, a sua primeira operação comercial de voos charters, que liga semanalmente Londres e Beja. A ligação entre o aeroporto de Heathrow, o principal de Londres, e o de Beja, promovida pelo operador turístico britânico Sunvil, irá decorrer até 16 de outubro e incluir 22 operações, num total de 44 voos charters. Cada operação realiza-se ao domingo e inclui dois voos, um Heathrow/Beja e outro Beja/Heathrow, a bordo de um avião Embraer da companhia aérea British Midland International (BMI), com 49 lugares.
2 / cadernodois / DiĂĄrio do Alentejo /8 de julho de 2011
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Diário do Alentejo nº 1524 de 08/07/2011 Única Publicação
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ANÚNCIO Processo: 647/11.0TBBJA Interdição / Inabilitação Requerente: Ministério Público Requerido: Vitor Manuel Palma Dores N/Referência: 2025747 Data: 07-06-2011 Faz-se saber que foi distribuída neste Tribunal, a acção de Interdição/Inabilitação em que é requerido Vitor Manuel Palma Dores, com residência em domicílio: Largo Raúl de Carvalho, N° 8, 7800-000 Beja, para efeito de ser decretada a sua interdição por anomalia psíquica. A Juiz de Direito, Dr(a). Ana Marta Crespo A Oficial de Justiça, Maria Helena Simenta
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5 / cadernodois / DiĂĄrio do Alentejo /8 de julho de 2011
institucional/diversos Diårio do Alentejo nº 1524 de 08/07/2011 Única Publicação
Diårio do Alentejo nº 1524 de 08/07/2011 Única Publicação
EXTRACTO PARA PUBLICAĂ‡ĂƒO
EXTRACTO PARA PUBLICAĂ‡ĂƒO
Certifico, para efeitos de publicação que, por escritura de hoje, exarada a folhas 130 e seguintes, do livro de notas para escrituras diversas nĂşmero 87-A, do CartĂłrio Notarial de Beja da Licenciada Mariana Raquel Tareco Zorrinho Vieira Lima, sito na Rua Condes da Boavista, n° 20, Judite Palma Guerreiro Pereira, NIF 102030669, viĂşva, natural da freguesia de Cabeça Gorda, concelho de Beja, residente na Rua Longa, n°53, na vila, freguesia e concelho de Vidigueira; JosĂŠ Francisco Guerreiro Pereira, NIF 192903900, solteiro, maior, natural da freguesia de Beja (Santiago Maior), concelho de Beja, residente na Rua Francisco Horta, n°9, 5° andar B, em Faro e Maria Armanda Guerreiro Pereira, NIF 196143799, solteira, maior, natural da freguesia e concelho de Vidigueira, residente na Praceta de Alvalade, n°5, 1° andar esquerdo, no Pragal, Cova da Piedade, concelho de Almada, vieram declarar que, com exclusĂŁo de outrem, sĂŁo donos e legĂtimos possuidores do seguinte imĂłvel: Um prĂŠdio urbano, destinado a habitação, composto por rĂŠs do chĂŁo e quintal, com seis compartimentos e uma dependĂŞncia, sito na Rua Escura, na vila, freguesia e concelho de Vidigueira, inscrito na matriz respectiva, em nome dos primeiros outorgantes sob o artigo 902, com o valor patrimonial tributĂĄvel para efeitos de IMT e de IS e atribuĂdo de 689,12 â‚Ź; Que o citado prĂŠdio estĂĄ descrito na ConservatĂłria do Registo Predial de Vidigueira sob o nĂşmero dois mil novecentos e nove, de vinte e dois de Fevereiro de dois mil e onze; Que a aquisição do referido prĂŠdio se encontra registada na mencionada ConservatĂłria, um oitavo a favor de Gertrudes Magna Alhinha, solteira, actualmente residente em parte incerta, com Ăşltima residĂŞncia habitual conhecida na Vidigueira, pela Apresentação um, de dois de Maio de mil novecentos e vinte e oito e sete oitavos a favor de JosĂŠ Pereira, casado pela Apresentação um, de vinte e nove de Setembro de mil novecentos e quarenta e sete; Que no dia quatro de Setembro de mil novecentos e setenta e nove, na freguesia e concelho de Vidigueira onde residia, faleceu JosĂŠ Pereira, natural da freguesia de Febres, concelho de Cantanhede, no estado de casado, em primeiras nĂşpcias de ambos e no regime de comunhĂŁo geral com Maria Francisca Bastos Pereira, que tambĂŠm usava Maria Francisca da Rosa Bastos e Maria Francisca Rosa Bastos, actualmente falecida; Que o mesmo se finou sem qualquer disposição de Ăşltima vontade, tendo-lhe sucedido como herdeiros legitimĂĄrios sua mencionada esposa e seu filho Manuel Francisco Bastos Pereira, como consta de escritura de habilitação de onze de Fevereiro de mil novecentos e oitenta, exarada a folhas 7v. e 8, do livro de notas nĂşmero 784-A, do CartĂłrio Notarial de Vidigueira; Que, posteriormente, no dia vinte e um de Janeiro de mil novecentos e oitenta e cinco, na freguesia de Beja (Santa Maria da Feira), concelho de Beja, onde teve a sua Ăşltima residĂŞncia habitual na Rua de SĂŁo GregĂłrio, faleceu a referida Maria Francisca Rosa Bastos, no estado de viĂşva de JosĂŠ Pereira, a qual era natural da freguesia e concelho de Vidigueira; Que a mesma faleceu sem qualquer disposição de Ăşltima vontade, tendo-Ihe sucedido como Ăşnico herdeiro seu filho Manuel Francisco Bastos Pereira, como tudo consta de escritura de habilitação de trĂŞs de Julho de mil novecentos e oitenta e sete, exarada de folhas 65vÂş. a folhas 66v° , do livro de notas nĂşmero 693-B, do CartĂłrio Notarial de Vidigueira. Que, mais tarde, no dia trinta de Março de mil novecentos e noventa, na freguesia e concelho de Vidigueira, de onde era natural e onde teve a sua Ăşltima residĂŞncia habitual; faleceu Manuel Francisco Bastos Pereira, no estado de casado em primeiras nĂşpcias de ambos e segundo o regime de comunhĂŁo geral com a primeira outorgante identificada na alĂnea a); Que o mesmo faleceu sem qualquer disposição de Ăşltima vontade, tendo-lhe sucedido como herdeiros legitimĂĄrios o cĂ´njuge sobrevivo, a outorgante Judite Palma Guerreiro Pereira e seus filhos JosĂŠ Francisco Guerreiro Pereira e Maria Armanda Guerreiro Pereira, todos atrĂĄs identificados, como consta da escritura de habilitação de trinta e um de Agosto de mil novecentos e noventa, iniciada a folhas sessenta e trĂŞs verso, do livro de notas nĂşmero 801-B, do CartĂłrio Notarial de Vidigueira. Que o mencionado imĂłvel faz parte do patrimĂłnio comum do dissolvido casal de JosĂŠ Pereira e mulher Maria Francisca Rosa Bastos. Que um oitavo do identificado prĂŠdio, veio Ă posse de JosĂŠ Pereira e mulher, por compra verbal, por eles feita hĂĄ mais de trinta anos, Ă titular inscrita Gertrudes Magna Alhinha; Que, porĂŠm em consequĂŞncia da compra meramente verbal e hĂĄ mais de trinta anos sem interrupção, os aludidos JosĂŠ Pereira e mulher, entraram na posse daquela fracção do identificado imĂłvel, habitando-o e usufruindo de todas as suas utilidades em nome prĂłprio hĂĄ mais de trinta anos, pagando os respectivos impostos, tudo isto ininterruptamente, sem violĂŞncia ou oposição de quem quer que seja e Ă vista de toda a gente, agindo sempre de forma correspondente ao exercĂcio do direito de propriedade. Que a posse do mencionado imĂłvel, apĂłs a morte dos referidos JosĂŠ Pereira e mulher, com as caracterĂsticas jĂĄ indicadas, foi mantida pelo filho dos falecidos, Manuel Francisco Bastos Pereira e posteriormente pelos herdeiros deste os primeiros outorgantes, pelo que esta posse de boa fĂŠ, contĂnua, pacĂfica e pĂşblica conduziu Ă aquisição da propriedade do mencionado direito por usucapiĂŁo, que invocam, justificando o seu direito de propriedade para efeitos de registo dado que essa aquisição nĂŁo pode ser comprovada por qualquer outro tĂtulo extrajudicial. EstĂĄ conforme o original na parte a que me reporto. Beja, vinte e quatro de Junho de dois mil e onze.
Certifico, para efeitos de publicação que, por escritura de hoje, exarada a folhas 6 e seguintes, do livro de notas para escrituras diversas nĂşmero 88-A, do CartĂłrio Notarial de Beja da Licenciada Mariana Raquel Tareco Zorrinho Vieira Lima, sito na Rua Condes da Boavista, n°.20, JosĂŠ Maria Pereira Guerreiro, NIF 170844013, natural da freguesia de EspĂrito Santo, concelho de MĂŠrtola e mulher Maria Adelina Teixeira PerpĂŠtua Pereira, NIF 170844021, natural da freguesia de S. SebastiĂŁo dos Carros, concelho de MĂŠrtola, casados no regime de comunhĂŁo de adquiridos, residentes em Moinhos de Vento de Baixo, freguesia do EspĂrito Santo, concelho de MĂŠrtola, vieram declarar que, com exclusĂŁo de outrĂŠm, sĂŁo donos e legĂtimos possuidores, do seguinte imĂłvel: PrĂŠdio urbano, destinado a habitação, composto por trĂŞs compartimentos, cozinha, casa de banho, corredor, marquise e logradouro, com a superfĂcie coberta de cento e dois metros quadrados e descoberta de setecentos e noventa e um metros quadrados, a confrontar pelo norte com Matias Mestre, sul, nascente e poente com a via pĂşblica, sito em MoĂnhos de Vento, na freguesia do EspĂrito Santo, concelho de MĂŠrtola, inscrito na matriz respectiva, em nome do justificante sob o artigo 1581, com o valor patrimonial tributĂĄvel para efeitos de IMT e de IS de 1692,45 â‚Ź, a que atribuem igual valor; Que o dito prĂŠdio estĂĄ omisso na ConservatĂłria do Registo Predial de MĂŠrtola, conforme certidĂŁo negativa, que arquivo; Que o identificado prĂŠdio urbano, foi por eles primeiros outorgantes construĂdo, no lote de terreno que veio Ă posse dos justificantes, por compra verbal que dele fizeram a CecĂlia do Carmo Silva Palma, viĂşva, residente que foi em Beja, actualmente falecida, Maria Bernardete Brito Gomes, viĂşva, com Ăşltima residĂŞncia conhecida em Vargens, freguesia de SĂŁo SebastiĂŁo dos Carros concelho de MĂŠrtola e AntĂłnio Brito Gomes, casado com Ilda da Conceição Peneira da Cunha Brito Gomes, actualmente falecido e que foi residente em MĂŠrtola, compra essa feita no ano de mil novecentos e oitenta e um, no dia vinte e seis de Agosto; Que os justificantes realizaram obras em terreno alheio, com o conhecimento e autorização dos respectivos donos, portanto de boa fĂŠ, obras que trouxeram Ă totalidade do prĂŠdio um valor muito superior ao que o mesmo tinha antes, tendo pago aos donos do terreno, uns jĂĄ falecidos e outros ausentes, o valor que o prĂŠdio tinha antes das obras. Que, desde aquele ano, entraram na posse e fruição do identificado imĂłvel, posse que detĂŞm, hĂĄ mais de vinte anos, sem interrupção ou ocultação de quem quer que seja, nĂŁo dispondo, no entanto, de tĂtulo formal que lhes permita proceder ao registo na competente ConservatĂłria do Registo Predial; Que esta posse foi adquirida e mantida sem violĂŞncia e sem oposição, ostensivamente, com conhecimento de toda a gente, em nome prĂłprio e com aproveitamento de todas as utilidades do imĂłvel, agindo sempre por forma correspondente ao exercĂcio do direito de propriedade, quer usufruindo como tal do mesmo, quer suportando os respectivos encargos. Que, assim, eles primeiros outorgantes adquiriram a propriedade do mencionado prĂŠdio por acessĂŁo industrial imobiliĂĄria, nos termos do artigo 1340 do CĂłdigo Civil, nĂŁo existindo, porĂŠm, dado o modo de aquisição, documento comprovativo do seu direito de propriedade, o que os impossibilita de comprovar a dita aquisição pelos meios normais, pelo que por esta escritura invocam a acessĂŁo, justificando o seu direito para efeito de registo. EstĂĄ conforme o original na parte a que me reporto. Beja, um de Julho de dois mil e onze.
A Colaboradora, (com delegação de poderes nos termos do art°. 8 do Dec. Lei 26/2004 e alteraçþes) Maria da Graça Pereira Lourenço Luciano
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6 / cadernodois / DiĂĄrio do Alentejo /1 de julho de 2011
institucional/diversos Diårio do Alentejo nº 1524 de 08/07/2011 1ª Publicação
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MINSTÉRIO DAS FINANÇAS
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COOPERATIVA DE PRODUĂ‡ĂƒO E CONSUMO PROLETĂ RIO ALENTEJANO, CRL
ASSEMBLEIA GERAL CONVOCATĂ“RIA Nos termos do disposto nos artigos 20Âş, 21Âş e 22Âş dos Estatutos e dos artigos 47Âş nÂşs 1 e 2 e 49Âş alĂneas b), c) e l) do CĂłdigo Cooperativo, convoco a Assembleia Geral da Cooperativa de Produção e Consumo ProletĂĄrio Alentejano, CRL, a reunir em sessĂŁo ordinĂĄria no prĂłximo dia 21 de Julho de 2011, pelas 20:30 horas, na sua Sede Social, sita no Largo dos Duques de Beja, 7-9 (Bar), com a seguinte ORDEM DE TRABALHOS 1. Apreciação, discussĂŁo e votação do RelatĂłrio e Contas da Direcção e Parecer do Conselho Fiscal, relativo ao exercĂcio de 2010. 2. Situação financeira – medidas a tomar 3. Informaçþes NOTA: Se Ă hora marcada para a reuniĂŁo, nĂŁo se verificar o nĂşmero de presenças previstas, a Assembleia reunirĂĄ com qualquer nĂşmero de cooperadores meia hora depois. Beja, 5 de Julho de 2011. O Presidente da Mesa da Assembleia Geral JĂşlio Sequeira Raimundo
SERVIÇO DE FINANÇAS DE VIDIGUEIRA-0337
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ANĂšNCIO
VENDA E CONVOCAĂ‡ĂƒO DE CREDORES
VENDA E CONVOCAĂ‡ĂƒO DE CREDORES N.Âş da Venda: 0337.2011.18 - PrĂŠdio rĂşstico, sito em Ratoeiras, freguesia de Vila de Frades, concelho de Vidigueira, composto por uma parcela de cultura arvense de 3ÂŞ classe, com a ĂĄrea de 0,4750 ha, inscrita na respectiva matriz predial rĂşstica no ano de 1970, sob o art.Âş 832, secção C, que confronta a norte com LuĂsa Maria LacĂŁo Batalha Aguiar, Domingas Maria LacĂŁo Batalha Rosa e Maria do Carmo LacĂŁo Batalha Ferro, a sul com ArsĂŠnio DesidĂŠrio Parreira Maia, a nascente com Domingas Maria LacĂŁo Batalha Rosa e a poente com Pedro Jorge Rebelo LuĂs de Castro. JosĂŠ Maria Pereira Aniceto, Chefe de Finanças do Serviço de Finanças VIDIGUEIRA-0337, sito em LG. JOSE AFONSO, VIDIGUEIRA, faz saber que irĂĄ proceder Ă venda por meio de leilĂŁo electrĂłnico, nos termos dos artigos 248.Âş e seguintes do CĂłdigo de Procedimento e de Processo TributĂĄrio (CPPT), e da portaria n.Âş 219/2011 de 1 de Junho, do bem acima melhor identificado, penhorado ao executado infra indicado, para pagamento de divida constante em processo(s) de execução fiscal. É fiel depositĂĄrio(a) o(a) Sr(a) POLICARPO JOSE LUCAS PIÇARRA, residente em VILA DE FRADES, o(a) qual deverĂĄ mostrar o bem acima identificado a qualquer potencial interessado (249.Âş/6 CPPT), entre as 10:00 horas do dia 2011-07-07 e as 16:00 horas do dia 2011-09-07. O valor base da venda (250.Âş CPPT) ĂŠ de â‚Ź 1.050,00. As propostas deverĂŁo ser apresentadas via Internet, mediante acesso ao “Portal das Finançasâ€?, e autenticação enquanto utilizador registado, em www.portaldasfinancas.gov.pt na opção “Venda de bens penhoradosâ€?, ou seguindo consecutivamente as opçþes “CidadĂŁosâ€?, “Outros Serviçosâ€?, “Venda ElectrĂłnica de Bensâ€? e “LeilĂŁo ElectrĂłnicoâ€?. A licitação a apresentar deve ser de valor igual ou superior ao valor base da venda e superior a qualquer das licitaçþes anteriormente apresentadas para essa venda. O prazo para licitação tem inĂcio no dia 2011-08-24, pelas 10:00 horas, e termina no dia 2011-09-08 Ă s 10:00. As propostas, uma vez submetidas, nĂŁo podem ser retiradas, salvo disposição legal em contrĂĄrio. No dia e hora designados para o termo do leilĂŁo, o Chefe do Serviço de Finanças decide sobre a adjudicação do bem (artigo 6.Âş da portaria n.Âş 219/2011). A totalidade do preço deverĂĄ ser depositada, Ă ordem do ĂłrgĂŁo de execução fiscal, no prazo de 15 dias, contados do termo do prazo de entrega das propostas, mediante guia a solicitar junto do ĂłrgĂŁo de execução fiscal, sob pena das sançþes previstas (256.Âş/1/e) CPPT). No caso de montante superior a 500 unidades de conta, e mediante requerimento fundamentado, entregue no prazo de 5 dias, contados do termo do prazo de entrega de propostas, poderĂĄ ser autorizado o depĂłsito, no prazo mencionado no parĂĄgrafo anterior, de apenas uma parte do preço, nĂŁo inferior a um terço, e o restante em atĂŠ 8 meses (256.Âş/1/f) CPPT). A venda pode ainda estar sujeita ao pagamento dos impostos que se mostrem devidos, nomeadamente o Imposto Municipal sobre as TransmissĂľes Onerosas de ImĂłveis, o Imposto de Selo, o Imposto Sobre o Valor Acrescentado ou outros. Mais, correm anĂşncios e ĂŠditos de 20 dias (239.Âş/2 e 242.Âş/1 CPPT), contados da 2.ÂŞ publicação (242.Âş/2), citando os credores desconhecidos e os sucessores dos credores preferentes para reclamarem, no prazo de 15 dias, contados da data da citação, o pagamento dos seus crĂŠditos que gozem de garantia real, sobre o bem penhorado acima indicado (240Âş/CPPT). Teor do Edital: Identificação do Executado: N.Âş de Processo de Execução Fiscal: 0337201001004492 NIF/NIPC: 101539304 Nome: POLICARPO JOSE LUCAS PIÇARRA Morada: R DE S BRAZ N 6 - VILA DE FRADES - VILA DE FRADES 2011-07-06 O Chefe de Finanças JosĂŠ Maria Pereira Aniceto
N.Âş da Venda: 0337.2011.17 - PrĂŠdio urbano, sito na Rua Curvo Semedo, n.Âş 20 em Montemor-o-Novo, inscrito na matriz predial da freguesia de Nossa Senhora do Bispo, concelho de Montemor-oNovo, distrito de Évora, Tipologia T1, destinado a Habitação, com a ĂĄrea total de 52,00 m2, ĂĄrea bruta de construção de 104,00 m2, inscrito na respectiva matriz predial urbana no ano de 1981, sob o art.Âş 2100. JosĂŠ Maria Pereira Aniceto, Chefe de Finanças do Serviço de Finanças VIDIGUEIRA-0337, sito em LG. JOSE AFONSO, VIDIGUEIRA, faz saber que irĂĄ proceder Ă venda por meio de leilĂŁo electrĂłnico, nos termos dos artigos 248.Âş e seguintes do CĂłdigo de Procedimento e de Processo TributĂĄrio (CPPT), e da portaria n.Âş 219/2011 de 1 de Junho, do bem acima melhor identificado, penhorado ao executado infra indicado, para pagamento de divida constante em processo(s) de execução fiscal. É fiel depositĂĄrio(a) o(a) Sr(a) EMILIA CANDIDA NABO PEREIRA, residente em MONTEMOR-O-NOVO, o(a) qual deverĂĄ mostrar o bem acima identificado a qualquer potencial interessado (249.Âş/6 CPPT), entre as 10:00 horas do dia 2011-07-07 e as 16:00 horas do dia 2011-09-06 O valor base da venda (250.Âş CPPT) ĂŠ de â‚Ź 32.802,00. As propostas deverĂŁo ser apresentadas via Internet, mediante acesso ao “Portal das Finançasâ€?, e autenticação enquanto utilizador registado, em www.portaldasfinancas.gov.pt na opção “Venda de bens penhoradosâ€?, ou seguindo consecutivamente as opçþes “CidadĂŁosâ€?, “Outros Serviçosâ€?, “Venda ElectrĂłnica de Bensâ€? e “LeilĂŁo ElectrĂłnicoâ€?. A licitação a apresentar deve ser de valor igual ou superior ao valor base da venda e superior a qualquer das licitaçþes anteriormente apresentadas para essa venda. O prazo para licitação tem inĂcio no dia 2011-08-23, pelas 10:00 horas, e termina no dia 2011-09-07 Ă s 10:00. As propostas, uma vez submetidas, nĂŁo podem ser retiradas, salvo disposição legal em contrĂĄrio. No dia e hora designados para o termo do leilĂŁo, o Chefe do Serviço de Finanças decide sobre a adjudicação do bem (artigo 6.Âş da portaria n.Âş 219/2011). A totalidade do preço deverĂĄ ser depositada, Ă ordem do ĂłrgĂŁo de execução fiscal, no prazo de 15 dias, contados do termo do prazo de entrega das propostas, mediante guia a solicitar junto do ĂłrgĂŁo de execução fiscal, sob pena das sançþes previstas (256.Âş/1/e) CPPT). No caso de montante superior a 500 unidades de conta, e mediante requerimento fundamentado, entregue no prazo de 5 dias, contados do termo do prazo de entrega de propostas, poderĂĄ ser autorizado o depĂłsito, no prazo mencionado no parĂĄgrafo anterior, de apenas uma parte do preço, nĂŁo inferior a um terço, e o restante em atĂŠ 8 meses (256.Âş/1/f) CPPT). A venda pode ainda estar sujeita ao pagamento dos impostos que se mostrem devidos, nomeadamente o Imposto Municipal sobre as TransmissĂľes Onerosas de ImĂłveis, o Imposto de Selo, o Imposto Sobre o Valor Acrescentado ou outros. Mais, correm anĂşncios e ĂŠditos de 20 dias (239.Âş/2 e 242.Âş/1 CPPT), contados da 2.ÂŞ publicação (242.Âş/2), citando os credores desconhecidos e os sucessores dos credores preferentes para reclamarem, no prazo de 15 dias, contados da data da citação, o pagamento dos seus crĂŠditos que gozem de garantia real, sobre o bem penhorado acima indicado (240Âş/CPPT). Teor do Edital: Identificação do Executado: N.Âş de Processo de Execução Fiscal: 0337200301002163 (e apensos) NIF/NIPC: 113086466 Nome: EMILIA CANDIDA NABO PEREIRA Morada: R CURVO SEMEDO 20 - MONTEMOR O NOVO MONTEMOR-O-NOVO 2011-07-06 O Chefe de Finanças JosĂŠ Maria Pereira Aniceto
Diårio do Alentejo nº 1524 de 08/07/2011 1ª Publicação
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TRIBUNAL JUDICIAL DE MOURA
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ANĂšNCIO
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MESTRE JABI É um poderoso mĂŠdium vidente. Com conhecimento profundo do ocultismo e dos astros. O mestre Jabi diz-lhe quais sĂŁo os seus problemas e como resolvĂŞ-los. Ao longo de 24 anos de experiĂŞncia. Ajuda a tratar de doenças, amor, empregos, saĂşde, negĂłcios, vĂcios, ĂĄlcool, inveja e afastamento. LĂŞ a sorte atravĂŠs dos bĂşzios. MARCAĂ‡ĂƒO PARA ODEMIRA Tlm: 924 126 818/965 722 117 Tel.: 283 106 150
Secção Única
Processo: 3/08.7TBMRA Acção de Processo SumĂĄrio Autor: Centro Hospitalar do Baixo Alentejo, E.P.E. Chamado: David Miguel da Costa Cadeirinhas e outro(s)... N/ReferĂŞncia: 600830 Data: 16-06-2011 Nos autos acima identificados, correm ĂŠditos de 30 dias, contados da data da segunda e Ăşltima publicação deste anĂşncio, citando: Chamado: Rui Miguel Moedas Cabeça, filho de Marcelino do Carmo Cabeça e de Maria do Carmo Branquinho Moedas Cabeça, estado civil: Solteiro, nascido em 06-04-1985, nacional de Portugal, NIF 241782058, BI 12868708, domicĂlio: Rua Nova do Carmo, N.° 8, 7860-000 Moura com Ăşltima residĂŞncia conhecida na morada indicada para, no prazo de 20 dias, decorrido que seja o dos ĂŠditos, contestar, querendo, a acção, com a cominação de que a falta de contestação importa a confissĂŁo dos
factos articulados pelo autor e que em substância o pedido consiste no pagamento da indemnização resultante da assistĂŞncia hospitalar prestada a Gonçalo Miguel Sousa Chaparro, por causa do acidente ocorrido no dia 21/03/2001, com o veĂculo automĂłvel de matrĂcula BO-04-08, no lugar dos Marmeleiros, sito na freguesia de Santo Agostinho, concelho de Moura, no valor de 5.550,98â‚Ź, bem como os juros legais vencidos desde a sua citação atĂŠ integral pagamento, tudo como melhor consta do duplicado da petição inicial que se encontra nesta Secretaria, Ă disposição do citando. O prazo acima indicado suspende-se, no entanto, nas fĂŠrias judiciais. Fica advertido de que ĂŠ obrigatĂłria a constituição de mandatĂĄrio judicial. A Juiz de Direito, Dr(a). Luciana Mateus O Oficial de Justiça Joaquim Infante
7 / cadernodois / DiĂĄrio do Alentejo /1 de julho de 2011
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Cruz da Cigana – Serpa
PARTICIPAĂ‡ĂƒO E AGRADECIMENTO
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Manuel AntĂłnio Gonçalves Filhos, netos, irmĂŁos, sobrinhos e restante famĂlia cumprem o doloroso dever de participar o falecimento do seu ente querido ocorrido no dia 28/06/2011, e na impossibilidade de o fazer individualmente vĂŞm por este meio agradecer a todas as pessoas que o acompanharam Ă sua Ăşltima morada ou que de qualquer forma manifestaram o seu pesar.
Serpa PARTICIPAĂ‡ĂƒO E AGRADECIMENTO
JoĂŁo Manuel Seleiro Mestre Esposa, filhos, pai, irmĂŁos, sobrinho e restante famĂlia cumprem o doloroso dever de participar o falecimento do seu ente querido ocorrido no dia 01/07/2011, e na impossibilidade de o fazer individualmente vĂŞm por este meio agradecer a todas as pessoas que o acompanharam Ă sua Ăşltima morada ou que de qualquer forma manifestaram o seu pesar. AGĂŠNCIA FUNERĂ RIA SERPENSE, LDA.
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PARTICIPAĂ‡ĂƒO E AGRADECIMENTO
Montes Velhos PARTICIPAĂ‡ĂƒO E AGRADECIMENTO
Santa Iria
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Marido, filha, pais, sogros, irmĂŁos, cunhados, sobrinhos e restante famĂlia cumprem o doloroso dever de participar o falecimento do seu familiar ocorrido no dia 02/07/2011, e na impossibilidade de o fazer individualmente vĂŞm por este meio agradecer a todas as pessoas que acompanharam a sua ente querida Ă sua Ăşltima morada ou que de qualquer forma lhes manifestaram o seu pesar. A todos, obrigado!
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Vidigueira PARTICIPAĂ‡ĂƒO E AGRADECIMENTO
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Leonidia Augusta BaiĂŁo Alves Galaio
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Filhos, nora, genro, netos, irmĂŁ e restante famĂlia cumprem o doloroso dever de participar o falecimento da sua ente querida ocorrido no dia 29/06/2011, e manifestam publicamente o seu agradecimento a todas as pessoas que se associaram a este momento doloroso ou manifestaram o seu pesar. Expressa tambĂŠm o seu profundo reconhecimento a mĂŠdicos e enfermeiros do Centro de SaĂşde de Beja, pelo carinho, dedicação, apoio, disponibilidade e ajuda prestados durante a sua doença.
É com enorme pesar e solidĂĄrios na dor da famĂlia que participamos o falecimento da Sra. Maria Revez de 98 anos, viĂşva. O funeral a cargo desta FunerĂĄria realizou-se no passado dia 30 Junho da Casa MortuĂĄria de Serpa para o cemitĂŠrio local. A famĂlia na impossibilidade de o fazer individualmente, agradece a todas as pessoas que pela sua presença ou de outra forma expressaram o seu pesar.
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É com enorme pesar e solidĂĄrios na dor da famĂlia que participamos o falecimento da Sra. Maria JoĂŁo G. Quarenta Gomes da Cunha de 46 anos, casada com o Sr. Fernando Gomes da Cunha. O funeral a cargo desta FunerĂĄria realizou-se no passado dia 3 de Julho da Casa MortuĂĄria de Serpa para o cemitĂŠrio local. A famĂlia na impossibilidade de o fazer individualmente, agradece a todas as pessoas que pela sua presença ou de outra forma expressaram o seu pesar. )XQHUiULD &HQWUDO GH 6HUSD /GD
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3Âş Ano de Eterna Saudade Marido, irmĂŁo, cunhados, sobrinhos e restante famĂlia participam a todas as pessoas de suas relaçþes e amizade que serĂĄ celebrada missa pelo eterno descanso da sua ente querida no dia 08/07/2011, sexta-feira, Ă s 18.30 h na Igreja do Salvador em Beja, agradecendo desde jĂĄ a todos os que nela participem.
JosĂŠ Manuel BaiĂŁo CampiĂŁo Esposa, sobrinhos e restante famĂlia cumprem o doloroso dever de participar o falecimento do seu ente querido ocorrido no dia 08/04/2011, e na impossibilidade de o fazer individualmente vĂŞm por este meio agradecer a todas as pessoas que o acompanharam Ă sua Ăşltima morada ou que de qualquer forma manifestaram o seu pesar.
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8 / cadernodois / Diário do Alentejo /8 de julho de 2011
Outras novidades
Filatelia
Espaço bd
Geada de Sousa
Cité d’la Balle/2, por Relou e sob edição Lombard. Segundo tomo desta série, absolutamente louca.
Luiz Beira com apoio técnico da Desipaper/Torre da Marinha
Cadernos Moura-BD
C
omo vem sendo hábito, pelos Salões BD de Moura é lançado um caderno (ou fascículo ou miniálbum) dedicado ao autor nacional homenageado. Desta vez, o n.º 8 versa Victor Mesquita, com edição da Câmara Municipal de Moura. Este exemplar reproduz a banda desenhada “O Síndrome de Babel”, mais esboços e ensaios e uma entrevista com o autor conduzida por Celeste Barata. Os interessados deverão contactar a Câmara Municipal de Moura.
Les Fleurs de Dorkéïne Editora: Delcourt. Autores: Thierry Gloris e Joël Mouclier. Obra: “Les Fleurs de Dorkéïne”, primeiro tomo da série “Merídia”.
Mais 12 emissões previstas para este ano
A
través do sítio brasileiro Filatelia 77, local geralmente bem informado no que respeita às emissões filatélicas portuguesas, tomámos conhecimento de que os Correios preveem, para este ano, mais 11 emissões de selos, sendo duas delas no último trimestre do ano e as restantes nove no trimestre que agora se inicia. As três emissões previstas para este mês são: Dia 17, “O Fado”; emissão composta de seis selos e um bloco com o valor total de 7,69€. Dia 18, “2011 Ano Internacional da Medicina Veterinária”; emissão de quatro selos e um bloco (5,87€). Dia 20, emissão conjunta Portugal/ /Tailândia, “500 Anos da Chegada dos Portugueses ao Sião”; quatro selos (2,24€). Para o mês de agosto estão previstas duas emissões: Dia 22, “Centenário do Arquivo Nacional Torre do Tombo”; três selos e um bloco (5,30€). Dia 26, “Património Baleeiro dos Açores”; quatro selos e um bloco (7,85 €). As quatro emissões previstas para setembro entrarão em circulação em: Dia 7, “Arqueologia em Portugal”; quatro selos e um bloco (5,30€). Dia 14, “Teatro em Portugal” (2.º grupo); quatro selos e um bloco (6,30€). Dia 23, “Quintas da Madeira”; quatro selos e um bloco (7,85 €). Dia 30, “Ambiente – Águas e Resíduos”; quatro selos (1,64 €). Para o dia 9 de outubro preveem-se duas emissões: “Correio Escolar”, três selos (1,80€), e “112 – Número Nacional de Emergência”, 27 variedades. Esta é uma emissão de etiquetas de impressão automática de franquia, produto geralmente designado pelas suas iniciais, Eifas.
Habitualmente para as Eifas são produzidas duas variedades de etiquetas, sendo uma delas distribuída pelas distribuidoras Amiel, SMD e E-Post e a outra para a Crouzet. Para as três primeiras costumam ser produzidas cinco franquias: 0,32; 0,53; 0,57; 0,68 e 0,80 €. A Crouzet disponibilizará estas mesmas franquias, à exceção da de 0,53 €. As etiquetas de Correio Azul, cujas franquias atuais são de 0,47 e 1,85 €, estarão disponíveis nas quatro distribuidoras. No total e, a não haver alteração das franquias que são habituais, as 27 variedades desta série terão o valor facial de 20,35 €. No que respeita ao plano editorial, preveem-se quatro edições: a 1 setembro, “Os Transportes Públicos em Portugal”; 3 de outubro, “A História da Arqueologia em Portugal”; e, em novembro, “O meu álbum de Selos – 2011” e “Portugal em Selos – 2011”. Macau – nova emissão de “Lendas e mitos” Os Correios de Macau vão emitir no próximo dia 28 mais uma emissão dedicada ao tema “Lendas e mitos”. Esta é a nona emissão dedicada a esta temática. A emissão será composta de seis selos e um bloco filatélico, com as seguintes franquias: 1,50 patacas (dois selos); 2 patacas (igualmente dois selos) e 2,5 patacas (também dois selos). O único selo do bloco tem a franquia de 10 patacas. Relembramos que os selos das emissões de Macau podem ser adquiridos em qualquer balcão dos Correios de Portugal. O sítio www.macaupost.gov.mo mostra, entre outros produtos, a página de filatelia sempre atualizada.
De vez em quando esbarramos com maravilhosas surpresas, como é o caso desta série, “Merídia”, que agora começou a ser editada em França e que comportará mais quatro álbuns. Numa sociedade decadente desenvolvem-se impiedosos conflitos políticos e religiosos. As raras e preciosas flores de Dorkéïne são a garantia do poder e todos as querem... Nesta epopeia barroca, violenta e flamejante, se o argumento de Thierry Gloris é bem ousado, a arte gráfica de Joël Mouclier é simplesmente maravilhosa e espetacular.
Uma série a seduzir os bedéfilos para uma leitura obrigatória.
Jérôme Bosch Editora: Delcourt. Autores: Damien Perez, Sophie Ricaume e Geto. Obra: “Jérôme Bosch”, primeiro tomo da série “L’Ordre du Chãos”.
É uma nova série que terá ao todo seis álbuns. Serão o relato de seis destinos extraordinários no coração da maior conjura da História. Seis personalidades que serão apenas os “obreiros” ao serviço da Ordem do Caos! O primeiro tomo versa a misteriosa e inquietante vida do pintor holandês Jerónimo Bosch (cujo tríptico de sua criação, “As Tentações de Santo Antão”, se encontra no Museu de Arte Antiga, em Lisboa), de seu nome próprio Hieronymus Van Aken. Bosch deve executar para o rei Filipe-o-Belo de França o quadro “O Último Julgamento”. Mas, para além de todo o tipo de manipulações intriguistas, enquanto elabora
a pintura Bosch vai sofrendo terríveis e angustiantes alucinações... O grafismo do sérvio Geto é surpreendente.