Edição nº 1527

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A água que nacionalizou o uísque nasceu há 112 anos

História centenária que está patente em Moura no recente museu da Água Castello págs. 12/13

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SEXTA-FEIRA, 29 JULHO 2011 | Diretor: Paulo Barriga Ano LXXIX, Nº 1527 (II Série) | Preço: € 0,90

Extinção Extin ã da ExpoBeja está a gerar guerra de nervos entre a câmara e a ACOS

Castro e Brito admite “não fazer” Ovibeja JOSÉ FERROLHO

pág. 7

Museu da Ruralidade abre hoje em Entradas

Padre de Baleizão não deixa sair procissão

Órgãos socias da Coop Beja demitem-se

Pároco e comissão de festas de Baleizão não se entendem e, pela primeira vez em muitos anos, não se realiza durante os festejos da aldeia a procissão em homenagem a Nossa Senhora da Graça. pág. 5

Dificuldades financeiras levaram à demissão em bloco dos corpos sociais da Coop Beja. Direção demissionária garante que as lojas e os postos de trabalho não estão em risco. Estão marcadas eleições para 13 de agosto. pág. 6

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Instalado numa antiga casa agrícola, a Casa da Leda, o Museu da Ruralidade abre hoje as suas portas em Entradas. Um equipamento onde se reproduzem as antigas oficinas de ferreiro e abegão, onde a Feira de Castro é visitável fora de época e onde os grupos corais, os tocadores de viola campaniça e os poetas populares se tornam a encontrar ao balcão de uma taberna. págs. 2/3

Hortas comunitárias de Boavista sob polémica Proprietário das terras onde há 20 anos começaram a surgir os hortejos quer acabar com as barracas, com o lixo e com o negócio ilegal de hortaliças. Hortelões temem o fim das pequenas plantações. cadernodois


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Exposição inaugural mostra peças recuperadas

“Máquinas, objetos e memórias da ruralidade” é a exposição que assinala, a partir de hoje, sexta-feira, o início das atividades do Museu da Ruralidade, em Entradas. São à volta de 150 peças, entre os pequenos instrumentos e os utensílios de grande dimensão, que servirão para mostrar às populações “aquilo que nos deram e nos emprestaram e que nós, ao longo destes últimos dois anos, recolhemos e tratámos”, explica Miguel Rego, técnico do município de Castro Verde que coordena o projeto.

Na Reportagem capa É arriscado dizê-lo mas talvez seja o primeiro projeto museológico na região a abarcar verda-

O objetivo deste espaço é ter a representação da Feira de Castro, com fotografias de grande formato e através de um jogo que aqui fizemos com recolhas, que foram feitas ao longo de vários anos, desde 1948, por fotógrafos, pelo próprio município e pela escola secundária”

deiramente o conceito da ruralidade aquele que nasce hoje, pelas 18 e 30 horas, em Entradas. Pelo menos, com esta filosofia de diálogo entre os patrimónios material e imaterial e este enfoque na oralidade como testemunha privilegiada de um mundo rural que nos foge das mãos. O Museu da Ruralidade, instalado numa antiga casa agrícola, a Casa da Leda, reproduz as antigas oficinas de ferreiro e abegão, torna a Feira de Castro visitável fora de época e propõe que grupos corais, tocadores de viola campaniça e poetas

Museu da Ruralidade é hoje inaugurado

populares voltem a encontrar-se

Ver, ouvir e registar o mundo rural em Entradas

na taberna. Na sua taberna. Texto Carla Ferreira Fotos José Ferrolho

À

entrada, a taberna acolhe os visitantes como se regressassem de um dia de trabalho árduo, no campo. Será, como nos velhos tempos, um “ponto de encontro” dos grupos corais do concelho, tocadores de viola campaniça e poetas populares, além da antecâmara que abre caminho para um vasto espólio de objetos que testemunham como foi, no território do Campo Branco, o trabalho da terra e seus ofícios subsidiários. É neste diálogo entre o património material e o imaterial, entre o que é palpável e o que é saber ou arte, que se constrói o Museu da Ruralidade, espaço que abre portas hoje, sexta-feira, pelas 18 e 30 horas, na vila de Entradas, com a exposição “Máquinas, objetos e memórias da ruralidade”, associando-se aos festejos tradicionais desta freguesia de Castro Verde, as Noites em Santiago. São à volta de 150 peças, entre os pequenos instrumentos e os utensílios de grande dimensão, que servirão para mostrar às populações “aquilo que nos deram e nos emprestaram e que nós, ao longo

destes últimos dois anos, recolhemos e tratámos”, explica Miguel Rego, técnico do município de Castro Verde que coordena o projeto. No pátio que assinala a parte final do percurso museológico, o arqueólogo apresenta algumas das relíquias reabilitadas: “Daquela debulhadora ocuparam-se três ou quatro pessoas a tempo inteiro, ao longo de seis meses, a limpar, pintar, desmontar e voltar a montar. E este carro, que foi o último que o nosso abegão fez, também foi todo retocado da cabeça aos pés”. O projeto já vem sendo pensado desde há muito (pelo menos desde os anos 90) e construído, passo a passo, até à súmula final, que agora se mostra com enquadramento museográfico. O primeiro foi a recuperação, em 2003, do moinho de vento que adorna o largo da Feira em Castro Verde. Ali mesmo, entendeu-se a lógica: o moinho de vento, símbolo dos cereais que alimentavam as antigas casas agrícolas do concelho, e a Feira de Castro, ponto de encontro secular do mundo rural.

“Uma coisa casava com a outra e o projeto foi andando”, recorda Miguel Rego. Entradas surge entretanto como o espaço ideal para receber as memórias da ruralidade do concelho, pela conjugação de vários fatores. A história, por um lado. Entradas é, desde o século XVI, a “porta de entrada do Campo Branco”, zona importante de pastagens onde, inclusivamente, se fazia a contagem do gado e se contabilizavam os dividendos do rei e da Ordem de Santiago. Restam uma “filosofia de descentralização” por parte do município e, finalmente, a oportunidade de adquirir uma casa agrícola, neste caso a Casa da Leda, que abre hoje portas como Museu da Ruralidade. “O imaterial é o que está a acontecer no momento” No novo espaço, um edifício com

aproximadamente 500 metros quadrados na rua de Santa Madalena, abrem-se três áreas expositivas. Uma delas será a zona de exposições temporárias, onde estarão patentes

algumas alfaias agrícolas e objetos representativos da ruralidade campaniça, cujo espólio será alternado consoante as temáticas impostas por cada período do ano. Eventos como o festival Planície Mediterrânica, em setembro, a Feira de Castro, nos finais de outubro, o São Martinho, já em novembro, o Entrudanças, pelo Carnaval, ou a Quinzena Cultural Primavera no Campo Branco, lá para abril, são bons pretextos para desempoeirar a casa e captar visitantes, porque é disso que se trata. “Naturalmente que o que nós queremos é que o museu seja visitado. Mas temos também que ter a preocupação de ir buscar as pessoas, fazendo iniciativas com alguma regularidade, procurando públicos com interesses específicos”, avança Miguel Rego. Há depois a zona de exposições semipermanentes, que acolhe as oficinas do ferreiro e do abegão e uma coleção de miniaturas de alfaias agrícolas, produto da habilidade do artesão Conceição Silva. A primeira é a


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Um museu aberto às universidades

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otado também de um centro de documentação/biblioteca e de uma sala de projeção, o Museu da Ruralidade assume claramente uma vertente de estudo e investigação mas pretende remetê-la para quem de direito. “Um dos nossos objetivos é estabelecer protocolos com instituições universitárias e centros de investigação, para tomarem conta desta vertente, porque não é vocação do município fazê-lo”, esclarece o técnico Miguel Rego. Entre as coleções que estão na posse do museu, encontram-se toda a documentação do Grémio da Lavoura de Castro Verde e uma parte significativa do acervo da Fábrica Prazeres & Irmão, uma das moagens mais importantes da região, entre finais do século XIX e meados do século XX. “São coleções com mais de 300 caixas de documentos, que temos que ir digitalizando. Essa documentação é um muito bom contributo para se entender o mundo rural por esses anos”, acrescenta. Carla Ferreira

menina dos olhos de Miguel Rego e nela o visitante poderá assistir, em direto, ao longo do fim de semana de inauguração, à arte de trabalhar os metais, já que o próprio ferreiro estará por lá fazendo uso da bigorna e do fole, entre outros velhos utensílios, agora com aspeto de prontos a estrear. Na oficina do abegão, e à falta do artesão, hoje com 77 anos e saúde frágil, entram as novas tecnologias. Um ponto multimédia oferece várias alternativas para perceber qual a missão de cada um dos objetos expostos, fruto de uma recolha feita pelos alunos da Escola Secundária de Castro Verde, entre elas um vídeo sobre o processo de feitura de uma roda, uma entrevista ao último abegão do concelho e vários registos fotográficos. Mas é no Núcleo da Oralidade que mora a maior peculiaridade deste novo museu, que faz da Feira de Castro e da viola campaniça, manifestações efémeras e irrepetíveis por natureza, algo de visitável.

“O objetivo deste espaço é um pouco ter a representação da Feira de Castro, com fotografias de grande formato e através de um jogo que aqui fizemos com recolhas, para preservar a imagem e a memória, que foram feitas ao longo de vários anos, desde 1948, por fotógrafos, pelo próprio município e pela escola secundária”, descreve o responsável, adiantando que também vai estar disponível um filme sobre a temática da viola campaniça. Na taberna, e de volta à entrada, está previsto imprimir a tal dinâmica de “ponto de encontro”, convidando os grupos corais (só no concelho existem 11) e outros “artesãos do efémero” a usarem e viverem o espaço. Tal programação permitirá fazer também o registo das expressões musicais campaniças, tal como elas chegaram aos dias de hoje. “O património imaterial é o que está acontecer no preciso momento em que está a acontecer. E esse registo é, quanto a nós, obrigatório fazer, enquanto ainda é possível”, conclui Miguel Rego.


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EMAS remodela área de atendimento a clientes

Hoje Novo posto de turismo no castelo de Moura A construção do posto de receção ao turista, no castelo de Moura, já arrancou e deverá estar concluída até ao final deste ano, num investimento do município de quase 478 mil euros. A obra faz parte do projeto de requalificação do recinto do castelo de Moura, que prevê outras intervenções, como a instalação de nova iluminação, que também está a decorrer. Segundo a Câmara de Moura, as obras do projeto, juntamente com outras, como a adaptação do antigo matadouro em museu municipal, integram o “esforço” do município para recuperar o património edificado e “dotar o concelho de melhores equipamentos”, “promovendo assim o desenvolvimento”. A Câmara de Moura vai investir 936 mil euros na reabilitação do antigo matadouro da cidade para albergar o museu municipal, que, desde 1993, está instalado num edifício que foi o antigo celeiro comum da cidade e “já não responde às necessidades”. PUB

A Empresa Municipal de Água e Saneamento (EMAS) de Beja iniciou na segunda-feira a remodelação do espaço destinado ao atendimento ao público. Com estes trabalhos “pretende-se melhorar a forma de relacionamento com o utente, tornando o espaço mais funcional e agradável, quer para os seus clientes,

100.º aniversário do Escotismo O Grupo 234 Beja dos Escoteiros irá marcar presença no acampamento nacional (AcNAc) que a Associação dos Escoteiros de Portugal (AEP) vai realizar ente os dias 1 e 7 de agosto, em Arca, serra do Caramulo, no âmbito das comemorações dos 100 anos de existência do movimento em território nacional. O Grupo 234 Beja estará presente com 43 elementos, com idades

quer para os funcionários que diariamente estão enquadrados na atividade do setor comercial”, esclarecem os responsáveis. Temporariamente, “por um período que não deverá exceder um mês, o serviço de atendimento será prestado num espaço alternativo com acesso pela porta principal da sede da empresa”.

entre os sete e os 42 anos, “sendo assim, em termos de contingente, um dos 10 maiores dos mais de 60 grupos em campo”, adiantam os responsávei. O AcNac é um acampamento de âmbito nacional que se realiza com intervalos de quatro anos, “congregando num mesmo local as diferentes divisões de grupos de Escoteiros de todo o País, unidos na maior celebração do Escotismo”.

Assassino de Utoya tinha intenção de agir nas refinarias da Galp

Sines na mira do terror As refinarias da Galp em Sines e Matosinhos e o reator nuclear experimental da Bobadela integravam a lista de alvos a atingir referenciados por Anders Breivik, autor dos atentados, de dia 22, na Noruega, onde foram assassinadas 76 pessoas.

N

a sequência do atentado à bomba na sede do governo norueguês e da chacina da ilha de Utoya, onde decorria um encontro de verão de jovens do Partido Trabalhista, a investigação ao passado de Breivik trouxe à luz do dia um extenso manifesto, com mais de 1500 páginas, onde o autor confesso destes crimes revela a intenção de atacar alvos estratégicos na Europa, incluindo Portugal.

O documento descreve o nosso país como de “prioridade moderada” nos ataques anti-islâmicos, e aponta três locais a atingir por atentados terroristas: as refinarias da Galp, em Sines e Matosinhos, e o reator nuclear experimental da Bobadela, na zona de Lisboa. No plano elaborado ao longo da última década, Breivik “acusa” o PSD, PS, PCP, BE e Os Verdes de apoiarem a “islamização da Europa” e classifica Portugal no 13.º lugar de perigosidade, atrás da França, Alemanha e Reino Unido que, juntamente com a Noruega, são considerados de “prioridade elevada”. Por outro lado o autor refere o Centro Democrático e Social – Partido Popular, Partido Nacional Renovador, Frente Nacio-

nal, Partido Popular Monárquico e Partido da Nova Democracia como partidos “nacionalistas ou contraimigração”. A Galp, contactada pelo “Diário do Alentejo” através do seu gabinete de media, optou por não fazer comentários à situação. A nível partidário, a Federação do Baixo Alentejo do PS, em comunicado, expressou o “mais profundo pesar pela tragédia que se abateu sobre a comunidade norueguesa” e a JS de Beja também condenou “com veemência o recurso ao terror criminoso” e reafirmam o seu “compromisso com a salvaguarda da vida humana, com os valores do Estado de Direito e com as instituições democráticas, barbaramente atacados pela cobardia de quem despreza as mais fundamentais regras de convivência em sociedade”.


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Comissão de festas Maria Angélico, porta-voz das “festeiras” da aldeia

Pároco de Baleizão “não deixa sair padroeira”

Festas sem Graça A Nossa Senhora da Graça, padroeira de Baleizão, não vai sair à rua nas festas em sua homenagem. Comissão de festas e pároco local têm argumentos diferentes e, segundo o povo, não “chegaram a entendimento”. As festas realizam-se mas a procissão não.

Diocese de Beja, acrescentando: “De acordo com o pároco da terra, houve um grupo de pessoas que se disponibilizou a fazer a festa; no entanto, de acordo com as normas da Igreja, foram feitas algumas solicitações, como pedir os bilhetes de identidade e, segundo o pároco da freguesia, os documentos nunca lhe foram entregues”. “O pároco Texto Bruna Soares Foto José Ferrolho da freguesia garante que nunca se pronunciou no sentido de dizer que não”, afirma aleizão, no concelho de Beja, come- ainda o vigário geral. mora, como é habitual, entre os dias No cartaz das festividades, recheado de 12 e 15 de agosto, as festas em honra artistas musicais, no topo, figura a imagem de Nossa Senhora da Graça. E não fosse o de Nossa Senhora da Graça, contudo, um facto de não existir a procispouco mais em baixo, na são, tradição na aldeia, onde programação de dia 14, dose presta homenagem à pamingo, dia frequente da ceridroeira da terra, tudo seria mónia religiosa, pode ler-se: como todos os outros anos. “Lamentamos que a procisPor estes dias o que inquieta são não se realize, pois o resas gentes de Baleizão é o ponsável pela paróquia não facto de Nossa Senhora da permitiu que saísse”. Graça não sair à rua nas fes“Ainda pensámos mutas que têm o seu nome. dar o nome à festa, uma “É a primeira vez que vez que não tínhamos auisto acontece e as pessoas torização para realizar a lamentam que não se possa procissão. Mas esta semcumprir a tradição”, conta pre foi a festa em honra de Maria Angélico, da comis- As festas em Nossa Senhora da Graça e são de festas. E explica: “Nós vai continuar a ser, até porconversámos diversas vezes honra de Nossa que o povo não gostaria que com o pároco da freguesia. assim não fosse. Sabemos Senhora Tentámos que a procissão que fizemos tudo o que nos se realizasse, mas o pároco da Graça foi pedido e que estava ao não deu autorização. Nós só nosso alcance para cumprir queríamos que a tradição se vão realizar-se. a tradição”, conta Maria cumprisse, porque esta é a Angélico. A imagem nossa terra e não queremos Na aldeia todos comendeixar que os nossos costu- da santa ficará, tam que não vai haver a trames se percam. Fizemos de dicional procissão. O ascontudo, tudo”. sunto é várias vezes tema A Diocese de Beja adiande conversa e a explicação é na igreja. tou, no entanto, que “não sempre a mesma: “O padre se encontrou na paróquia e as ‘festeiras’ [nome atribuquem assumisse a festa”. ído em Baleizão a quem or“Nunca houve uma coganiza as festas] não se enmissão de festas oficialmente nomeada, tenderam e a procissão não sai”. uma vez que esta tem de ser nomeada pela As festas em honra de Nossa Senhora da Diocese de Beja, depois de ter sido sugerida Graça, à semelhança de anos anteriores, vão pelo pároco da freguesia. À Diocese de Beja realizar-se. A imagem da santa homenagenunca chegou qualquer pedido”, explica o ada ficará, contudo, onde está todos os dias, vigário geral, padre Domingos, em nome da na igreja, no altar principal.

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Vidigueira atribui subsídios ao associativismo

No âmbito da sua política de apoio ao associativismo, a Câmara Municipal de Vidigueira atribuiu recentemente subsídios às associações do concelho, para o ano de 2011, num investimento de cerca de 60 mil euros.

Nova estrada de acesso a Porto Covo A nova estrada de acesso a Porto Covo, a Estrada Municipal 554, entre a EN 120 e Porto Covo, está concluída e abriu trânsito no final da semana passada. “Trata-se de uma obra muito importante na qualificação da estrada de acesso a Porto Covo, que nesta data passa a ter uma acessibilidade de qualidade em conforto e segurança na ligação a norte”, disse o presidente da Câmara Municipal de Sines, Manuel Coelho. Foi um investimento de 814 mil euros, comparticipados por fundos comunitários. “Com estas obras realizadas garante-se uma nova via com um perfil de oito metros de largura”.

Órgãos sociais demitiram-se em bloco

Coop Beja sem direção A necessidade de “dar um novo impulso à Coop Beja”, para “a credibilizar” junto de fornecedores e entidades bancárias, levou a direção da cooperativa a apresentar a sua demissão. A assembleia geral eleitoral está agendada para 13 de agosto. O presidente demissionário não revela se integrará ou não uma nova lista. Texto Nélia Pedrosa Foto José Ferrolho

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direção da Coop Beja e os restantes órgãos sociais apresentaram o seu pedido de demissão na última assembleia geral, realizada na quinta-feira da semana passada. De acordo com o presidente da direção demissionária, João Machado, tal medida visa “dar um novo impulso à cooperativa, criar uma dinâmica diferente para também credibilizar a cooperativa junto de todas as entidades, sejam elas fornecedores ou banca”. A assembleia geral eleitoral deverá ter lugar no dia 13 de agosto e a direção demissionária irá apresentar uma nova lista candidata. No mesmo dia deverão ainda ser aprovadas as contas do exercício de 2010, entretanto entregues pela CoopLisboa – União de Cooperativas de Consumo, responsável pela contabilidade da Coop Beja e atualmente em processo de insolvência. João Machado, que não revela se integrará ou não a nova lista candidata, justifica o pedido de demissão com a dificuldade em obter um empréstimo junto da banca – situação que está a criar “constrangimentos financeiros” à cooperativa –, e com o facto de não terem conseguido “cumprir na sua essência o que estava definido no plano de atividades e orçamento para 2011 no que diz respeito à redução efetiva do pessoal”. Acresce ainda “a situação herdada” resultante “dos erros de gestão claros e evidentes cometidos na anterior gestão, nomeadamente a fusão por incorporação das cooperativas de Vidigueira e Portel, que prejudicaram a Coop”. O presidente demissionário garante, no entanto, que continuam a

“trabalhar todos os dias” no sentido de encontrar “soluções” para a Coop: “Mantemo-nos em funções, não abandonámos a Coop e estamos aqui para dar a cara”, diz. Na assembleia geral foi também decidido “reajustar os custos com pessoal,” pelo que os responsáveis estão a estudar alguns “cenários”, mas João Machado assegura que “nem as oito lojas da Coop [em Beja, Alcaria da Serra, Portel, Vidigueira, Aljustrel e Vila de Frades] nem os cerca de 80 postos de trabalho estão em risco”. “São soluções que ainda estão a ser estudadas com algumas entidades, mas serão sempre soluções que tentam salvaguardar os postos de trabalhadores. A ideia é que existam apoios no que diz respeito à manutenção dos postos de trabalho, podendo parte dos vencimentos ser suportada por algumas entidades públicas. Estamos com algumas expetativas em perceber qual é o cenário que o Governo também vai trazer em relação a algumas medidas de manutenção dos postos de trabalho e é isso que também nos faz ter aqui algum compasso de espera”, explica. O responsável lembra ainda que a direção agora demissionária herdou avultadas dívidas a curto prazo da anterior gestão – quatro milhões e meio de euros –, dívidas essas que “têm vindo a ser reduzidas” ao longo do último ano e meio, situando-se atualmente nos “dois milhões de euros”. Recorde-se que visando o abate da dívida de quatro milhões e meio de euros, a Coop Beja alienou uma herdade que detinha no concelho de Vidigueira; reduziu “os custos com pessoal em cerca de 20 por cento”, através da não renovação de contratos de trabalho a termo resolutivo certo e da transferência de funcionários para outras empresas; deu início à “diminuição significativa” das despesas correntes; e dilatou os prazos de pagamento a fornecedores. A concluir, João Machado lamenta que “exista no País um movimento de ataque às cooperativas de consumo, tanto é que as maiores fecharam”, e defende a existência de apoios “como existem para outras entidade, para as salvaguardar e aos seus postos de trabalho”.


O trânsito vai estar condicionado até hoje, sexta-feira, entre as 7 e as 13 e 30 horas, na rua Frei Manuel do Cenáculo (que desce do Jardim para a Estação), rua Pedro Victor e rua General Teófilo da Trindade (entre a rotunda da Estação e a parte inferior desta rua) para obras de reposição de calçada e regularização das mesmas com vista à estabilização integral

CDU contra extinção da ExpoBeja A extinção da ExpoBeja foi aprovada na semana passada, em reunião de câmara, com os votos a favor do PS e contra da CDU. A bancada comunista propôs que este ponto fosse retirado da ordem de trabalhos – o que não foi aceite – e votou contra a proposta de extinção alegando que antes de acabar com a

dos arruamentos. A obra, efetuada por equipas da Câmara Municipal de Beja, tem como objetivo a regularização do empedrado nas ruas afetadas pelas chuvas de inverno. De modo a afetar o menos possível a circulação automóvel na cidade, o município “definiu um plano de obras a realizar durante o verão, período normalmente com menor movimento”.

ExpoBeja deveria ficar definido um modelo de gestão para o Parque de Feiras e Exposições. Uma posição que Castro e Brito considera ser “a única a fazer sentido”. A proposta de extinção da ExpoBeja terá agora que ser ratificada pela Assembleia Municipal que se reúne em setembro e onde o PS não tem maioria.

Editorial Guedes Paulo Barriga

Castro e Brito diz que “se for preciso” não faz a feira

Ovibeja corre o risco de não se realizar em 2012 “A Ovibeja não pode ser desconsiderada” diz Castro e Brito, inconformado ainda com a decisão da Câmara de Beja em acabar com a ExpoBeja “sem apresentar qualquer alternativa” e com o estudo onde é admitida a possibilidade da Ovibeja se realizar num terreno de terra batida, sendo os atuais pavilhões ocupados por um parque temático dedicado à aeronáutica. Do lado da autarquia, “não há mais comentários a fazer”. Ao “Diário do Alentejo” Miguel Góis refere: “A nossa posição é tratar deste assunto nos locais próprios”. Texto Carlos Júlio

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e for preciso, para defender a Ovibeja, poderemos mesmo não fazer a feira no próximo ano. Já houve um ano em que não houve Ovibeja, em protesto contra a câmara da altura, que era do PCP, e a feira saiu reforçada. Se acharmos que ela está em risco, e que esta é uma forma de garantir a sua continuidade, assim faremos”, ameaça Castro e Brito, em declarações ao “Diário do Alentejo”, ainda a propósito de toda a polémica gerada com a aprovação pela Câmara de Beja de uma proposta para acabar com a ExpoBeja, a sociedade gestora do Parque de Feiras e Exposições de Beja. Castro e Brito garante, no entanto, que a ACOS “está pronta a negociar tudo, desde que não sejam postos em causa quer a realização da Ovibeja, quer o seu património de 28 anos”, embora considere que “não tem qualquer justificação o argumento dos prejuízos”: “Os 27 mil euros de prejuízo da ExpoBeja em 2010 são insignificantes”. Sobretudo, acrescenta, “se se tiver em conta a quantidade de iniciativas que a câmara ali realiza e de que não paga um tostão. Todos os dias há uma espécie de mercado abastecedor no Pavilhão Multiusos e o parque não recebe absolutamente nada por isso”. Quanto ao futuro, o presidente da direção da ACOS diz que “se a autarquia quiser assumir o Parque de Feiras e Exposições na sua totalidade que o faça”. “O que é preciso é que cada novo presidente que chega à câmara não tenha o seu projeto para aquele espaço. Já houve o projeto de uma praça de touros,

agora é este “Air Discovery”. Por outro lado, é preciso valorizar este espaço e não fazer, como agora, em que se transferem daqui muitas iniciativas, como é o caso dos concertos rock e da passagem de ano, por exemplo, que estão a ser feitos no parque da Cidade, desvalorizando toda esta estrutura do Parque de Feiras e Exposições”. O projeto do “Beja Air Discovery Park”, revelado na semana passada por iniciativa da ACOS junto da comunicação social, em que se prevê a construção de um parque temático ligado à aeronáutica nos pavilhões habitualmente ocupados pela Ovibeja, que seria relegada para um terreno anexo de terra batida, recebeu críticas de todos os setores, tendo Castro e Brito considerado que a câmara queria fazer retroceder a Ovibeja “em 15 anos”. O próprio presidente da câmara já veio esclarecer o assunto. Em declarações à Lusa Jorge Pulido Valente, disse que a acusação da ACOS é “completamente falsa e não tem fundamento”, porque o projeto do parque temático “é apenas um estudo” que foi apresentado ao município por iniciativa de uma empresa particular e “não foi encomendado” pela autarquia. Segundo o autarca, a câmara lançou um estudo prévio para reconversão do estádio Flávio dos Santos e quando a Gamodis fez o seu estudo “analisou” também o Parque de Feiras e Exposições e, como sugestão para o rentabilizar, apresentou, por iniciativa própria, a proposta do parque temático. A câmara “não tomou nenhuma decisão no sentido de dar continuidade” à proposta do “Beja Air Discovery Park” e “nem sequer tem planos de a vir a aprovar e concretizar”, disse, referindo que o executivo considera o projeto “interessante”, mas o parque de feiras “não é o local adequado” para o instalar. “Portanto, é falso que haja um projeto para o parque de feiras”, frisou, acusando a ACOS de ter divulgado “indevida e ilicitamente” um estudo apresentado à câmara, que “teve a delicadeza de o dar a conhecer ao conselho de administração da ExpoBeja”, do qual Manuel Castro e Brito é vogal. Confrontado com estas declarações, Castro e Brito diz que a existência deste estudo serve as intenções da câmara “que o apresenta como uma expectativa

às populações, porque quem está no poder tem que apresentar sempre projetos novos, mesmo que não sejam para fazer. Há que criar expectativas, como qualquer teoria de marketing explica”. Mais grave, na sua opinião, “é o abandono a que a câmara tem deixado o Parque de Feiras. Desde que foi construído nunca mais conheceu melhoramentos e tinha havido essa possibilidade através de uma candidatura aos fundos do QREN, algo que não aconteceu, apesar da câmara ter candidatado múltiplos projetos aos fundos comunitários”, diz o presidente da ACOS. O “Diário do Alentejo” quis ouvir também a posição da Câmara Municipal de Beja. Dado o presidente, Jorge Pulido Valente, estar de férias enviámos uma dezena de perguntas ao presidente em exercício, Miguel Góis, via e mail. Como resposta recebemos a informação de que “da parte da Câmara Municipal de Beja não existem, por agora, mais comentários a fazer relativamente a este assunto”. Segundo Miguel Góis, “a posição do município de Beja é, como é sua filosofia, a de tratar deste assunto nos locais próprios. Este tema vem sendo discutido há mais de um ano, em sede própria e com o nosso parceiro na sociedade gestora, tendo sido postas em cima da mesa, e discutidas, várias possibilidades para o futuro do Parque de Feiras e Exposições, um equipamento de grande importância para o concelho e para a região. O ruído que se gera com sucessivas e isoladas declarações em público em nada beneficia a discussão construtiva e só levanta problemas que não existem, nem nunca existiram”. Para o vice-presidente da autarquia, “o importante, e é esse o nosso objetivo, é encontrar uma nova solução com vista à obtenção de melhores resultados e que melhor sirva os interesses das populações e dos atuais associados. Tanto a ACOS, como os colaboradores da empresa, prestadores de serviços, e cidadãos do concelho nos merecem o maior respeito, pelo que nos reservamos ao direito de preservar o seu bom nome, limitando-nos a trabalhar no sentido de encontrar as melhores soluções para os problemas que nos surgirem pela frente”.

BMW

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á uma grande diferença entre ser-se radical e ser-se radicalista: os primeiros podem morrer espalmados debaixo de um automóvel depois de o tourearem, os segundos podem muito bem dizimar a tiro um retiro de jovens trabalhistas numa pequena ilha do mar do norte. Para todos os efeitos, temos andado enganados acerca de uns e de outros. E para remexer melhor nas profundezas do nosso engano nada melhor que recorrer ao vídeo português mais visto até hoje e que foi posto a circular na Internet precisamente na semana em que a agenda mediática estava entupida com a cruzada da Noruega e com a faena automobilística de Proença-aNova. Trata-se de um breve filme onde um tipo gorducho por pouco não é atropelado quanto experimenta pela primeira vez descer uma estrada montado num skate, dizendo repetidamente para o tipo que está a filmar “sai da frente Guedes”. O final é cómico, porque a figura do tipo também é cómica e porque a queda que encerra a descida é verdadeiramente cómica. Mas é a sua declaração de interesses para se meter em tão estúpida aventura que nos interessa: “O medo é uma cena que a mim não me assiste”. Não será difícil imaginar que o medo também não seria coisa que assistiria ao jovem toureiro de Proença, nem assistirá por certo ao predador fundamentalista da ilha de Utoya. E reside precisamente na compreensão do medo a grandeza do nosso engano acerca de radicais e radicalistas. Há jovens radicais que se agridem violentamente, que se mutilam e que até se sacrificam por um instante de fama no YouTube ou numa qualquer rede social. Miúdos que perderam o medo, porque a pouca esperança que lhes resta pode habitar num breve momento de visibilidade social, de reconhecimento, de glória, ainda que efémera. E é essa perda do medo, que também é a perda do ânimo e das expetativas, que nos assusta, nos tolda, nos engana e com a qual não sabemos lidar. Como estávamos e estamos redondamente enganados em relação ao fo nosso próprio medo. Porque por fim fomos atingidos pela mais assustadora das realidades: o sta pode ter terror radicalista s, imacul l acabelos loiros, imaculaianista e radas mãos de pianista ara a nouvellee dical queda para fren ntee cuisine. “Sai da frente Guedes”.

07 Diário do Alentejo 29 julho 2011

Obras condicionam trânsito em Beja


Diário do Alentejo 29 julho 2011

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– Compadre, andam para aí a dizer que Portugal é só lixo… – Isso não sei, compadre, mas que o Governo está a fazer porcaria, lá isso está! “Alentejo Popular”, cartoon “Vozes do Além”, 21 de julho de 2011

Opinião

Passos Coelho cumpre primeira promessa Bruno Ferreira Humorista

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esenganem-se os eleitores que pensavam que Pedro Passos Coelho vinha para aí com promessas de campanha eleitoral que depois não iria cumprir, como as de Sócrates, de criar 150 000 postos de trabalho. É certo que um político, ainda para mais um primeiro-ministro, não deve, por uma questão de coerência para com a sua profissão, cumprir as promessas com que se candidata. Mas Passos Coelho já cumpriu a primeira. Aquele que é conhecido como o Obama de Massamá prometeu ser “o mais africano de todos os candidatos ao Parlamento que existem em Portugal”. E não é que, depois de conhecido todo o elenco governamental, se verifica exatamente isso? Se não, vejamos: Paula Teixeira da Cruz, ministra da Justiça, nasceu em Luanda. Assunção Cristas, ministra da Agricultura, Mar, Ambiente e Ordenamento do Território, nasceu em Luanda. Miguel Relvas, ministro dos Assuntos Parlamentares e homem forte da máquina laranja, passou parte da sua infância em Angola. Até Fernando Nobre, a quem Passos prometeu a presidência da Assembleia da República, nasceu em Luanda. Tirando o facto de o próprio primeiro-ministro ter, também ele, crescido em Luanda, tendo depois casado com Laura Ferreira, natural da Guiné-Bissau. Uma Michelle para o nosso Obama. “Praticamente posso dizer que casei com África”, disse o presidente do PSD em campanha na Amadora. “É verdade, porque a minha mulher é da Guiné-Bissau, e, portanto, a minha filha mais pequenina também é africana. É verdade, também tem uma costela africana”. E acrescentou “A verdade é que (...) eu tenho uma sensibilidade muito especial para tudo o que são os problemas destas comunidades” (de notar aqui a repetição insistente da expressão “é verdade”, o que não indicia nada de bom). Contudo as referências do líder laranja não caíram bem junto das comunidades africanas, que acusaram Passos de hipocrisia e discurso paternalista. Quem o disse foi o presidente da Associação Solidariedade Imigrante, Timóteo Macedo. E a opinião é partilhada por Celeste Correia, presidente da assembleia-geral da Associação Cabo-verdiana. É que o apelo ao voto dos imigrantes não é válido para todos. Segundo a legislação eleitoral portuguesa, os imigrantes não podem votar para as eleições legislativas, com a exceção de “cidadãos brasileiros com estatuto especial de igualdade e direitos políticos”, que são cerca de mil, o que acontece devido a acordos de reciprocidade entre ambos os países. Mas esta toada discursiva de Passos demonstra uma certa pequenez. Imagine o leitor se o mesmo discurso faria sentido aplicado ao contrário: Nas próximas eleições angolanas José Eduardo dos Santos sobe a um palanque e incita ao voto dos emigrantes portugueses (que também não votam maioritariamente em Luanda). “Votem em mim, porque eu sou o mais europeu de todos os candidatos à presidência que existem em Luanda. E a minha filha também tem uma costela portuguesa. Em Portugal tem investido em hotelaria, petróleo, diamantes e detém importantes participações no BCP, BPI e Banco BIC Português, bem como na

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É hoje inaugurado em Entradas o Museu da Ruralidade. Trata-se de um equipamento inédito que junta no mesmo espaço as duas principais vertentes do nosso património coletivo: a material e a imaterial. Uma belíssima notícia a juntar à recente inauguração em Moura do Museu da Água Castello. PB

As câmaras não vão tendo capacidade para tanta associação de municípios e tanta empresa proveniente da associação de municípios. Vamos ter que extinguir muitas associações! Eu via com bons olhos a extinção delas todas e a concentração de tudo aquilo que é associativismo municipal na Comunidade Intermunicipal do Baixo Alentejo (Cimbal). Manuel Narra ao “Correio Alentejo”, 21 de julho de 2011

Galp e na ZON. Praticamente posso dizer que ela casou com Portugal”. Quantos votos conquistaria José Eduardo? Neste capítulo da imigração, e na sua campanha, Sócrates preferiu contar com a presença dessa comunidade altamente representativa no nosso país, que são os imigrantes paquistaneses de etnia sik, e que os socialistas disseram serem oriundos da secção do PS da Almirante Reis, em Lisboa. O grupo deu nas vistas durante a campanha do PS, com os seus turbantes de cores garridas, sobretudo a partir do momento em que se percebeu que mal falavam português e que a maioria nem podia votar. Mas, não obstante, não esconderam, nunca, elevado grau de entusiasmo na hora de aplaudir Sócrates ou acenar com bandeiras. Estes culturalmente históricos apoiantes paquistaneses do PS garantiram que estavam na caravana, “à semelhança dos restantes voluntários que integram a comitiva, apenas a troco de autocarro e refeições”. Só não ouvimos Sócrates dizer “eu sou o mais paquistanês de todos os candidatos ao Parlamento que existem em Portugal”. Tivesse o engenheiro vencido as eleições, e eu queria ver se metade do executivo se apresentaria na Assembleia envergando elegantes turbantes de linho e algodão e com barbas fartas...

surpreendem e colocam algumas coisas no sítio, com alguma dor para muitos, com alegrias para outros tantos, mas sem destruir a essência humana de conseguir dar a volta às adversidades. Estranho e difícil é o facto desta nova estrutura “acionista” do Estado, composta pelo próprio Estado (sócio gerente e maioritário), banca portuguesa (sócio investidor), banca internacional (sócio investidor), troika (sócio investidor voluntário à força) e contribuintes que representam os “sócios minoritários não remunerados” consigam ter uma convivência que vá ao encontro de todos os interesses, em grande parte divergentes. O que sei é que irão ser os mesmos a ter que dar o corpo ao manifesto, com mais trabalho, mais sacrifícios e mais dificuldades. Que sorte ou que azar, para bem ou para mal de todos, sermos deste jardim à beira mar plantado de brandos costumes. Vamos ver… desculpem, ver não, trabalhar.

Parlamento Europeu propõe o reforço O momento da verdade da ciência e da inovação Daniel Mantinhas Empresário

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momento mais esperado da atualidade política portuguesa aconteceu não há muito. Novo governo, novos deputados, novas promessas, novo programa, novos compromissos internacionais, tudo novinho em folha. Da nossa parte, cidadãos, velhas esperanças, velhas promessas por cumprir, velhas lacunas, velhas necessidades básicas, velhas desilusões que não se ressentiram em nada, desta adrenalina política em que o País mergulhou nos últimos tempos. Parece que há dois países, o país político e mediático e o país das pessoas, o país real. Prova disso são os valores da abstenção que os políticos teimam em não compreender ou não querer ver. Em todo o caso, temos um novo governo, diferente de todos os outros numa única coisa. Reconhece que estamos no fundo e que do fundo não passamos e que provavelmente o fundo tem um sub-fundo ainda mais fundo que nos vai trazer mais restrições, mais aumentos, mais receios, mais situações dramáticas sem fim à vista. Mal comparado, o melhor é pôr trancas na casa e esperar que a tempestade passe e que esse “monstro” malfadado chamado “tempos de austeridade” não nos bata à porta para nos levar o que resta. Curioso é que por motivos profissionais tenho andado longe dos telejornais e dos jornais sensacionais e senti uma enorme tranquilidade ao vivenciar de perto o país real, as empresas, as pessoas, o trabalho do dia a dia que nada tem a ver com o frenesim mediático e político. O país das pessoas já arregaçou as mangas e sem olhar para os tempos que se avizinham não contam com nada, senão com o seu trabalho para conseguir ultrapassar as dificuldades. É assim hoje, foi assim noutros tempos e há de ser assim algures no nosso destino coletivo. Tratam-se ciclos económicos que assombram e iludem, que frustam e

Maria da Graça Carvalho Deputada ao Parlamento Europeu

investigação e a inovação estão na base do desenvolvimento económico e da criação de emprego. O avanço da ciência conduz à melhoria da qualidade da água que bebemos, do ar que respiramos, dos cuidados de saúde de que desfrutamos, em geral, à melhoria da qualidade de vida. O desenvolvimento da ciência ajuda-nos a enfrentar desafios gigantescos como o combate às alterações climáticas e a segurança do abastecimento energético. Para enfrentar tais desafios é essencial dispor de massa crítica e do acesso a equipamentos dispendiosos, algo que pode ser feito de forma mais eficaz a nível europeu. Não podemos alcançar estes objetivos sem investir de forma determinada na promoção do trabalho dos investigadores que desenvolvem a sua atividade no espaço europeu. Por isso, durante o último ano, batalhei pela duplicação das verbas a atribuir à ciência e à inovação no futuro orçamento europeu. Foi um esforço que exerci num ambiente político pouco favorável, pois, como se sabe, os principais líderes europeus exigiam das instâncias europeias uma abordagem restritiva ao próximo orçamento para o período 2014-2020. Foi um longo percurso que culminou na aprovação da minha proposta por uma larga maioria de votos no Parlamento Europeu. Ficou assim selada a proposta do Parlamento Europeu de aumentar o orçamento para a ciência e a inovação dos atuais 50 mil milhões de Euros para 100 mil milhões, a qual será agora objeto de negociação entre o Parlamento, a Comissão e o Conselho Europeu. Tenho a esperança de que os governos se revejam nesta proposta que, estou certa, criará condições para o reforço da competitividade da Europa num mundo globalizado.


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governo da ditadura, instituída pelo golpe militar de 28 de maio de 1926, já com a União Nacional formada, faz publicar, em maio de 1931, o decreto n.º 19 694 que organiza o recenseamento eleitoral destinado a servir as eleições anunciadas para as juntas de freguesia, câmaras nunicipais e assembleia legislativa. Esta medida da ditadura, que é acompanhada de uma relativa abertura política, permite a constituição, neste ano de 1931, no campo oposicionista, da Aliança Republicana e Socialista (ARS), cujo diretório é formado, entre outras, pelas seguintes personalidades em representação das respetivas formações políticas integrantes: general J.M.R. Norton de Matos (Partido Democrático); almirante Tito Augusto de Morais (Partido Nacionalista); dr. Adriano A. Crispiniano da Fonseca (Esquerda Democrática); almirante José Mendes Cabeçadas Júnior (União Liberal Republicana); dr. Maurício Costa (Ação Republicana); dr. António de Almeida Arez (Partido Radical); dr. Mário de Azevedo Gomes (Grupo da Seara Nova); dr. Amílcar Ramada Curto (Partido Socialista); dr. José Francisco de Azevedo e Silva e dr. Duarte Leite (Republicanos Independentes). Neste quadro de abertura política, uma delegação do Diretório da ARS avista-se, em junho de 1931, com o presidente do Governo (Óscar Carmona) e o ministro do Interior, onde obtêm a garantia destes de que esta formação política oposicionista teria liberdade de organização e de propaganda. Assim, a ARS aceita o recenseamento eleitoral, embora discorde da lei que o regulamenta, participa ativamente nele e apresenta ao País, em julho de 1931, um programa/manifesto onde pugna, entre outros, pelos seguintes pontos de vista: não aceitação do conceito de Estado Corporativo e, por oposição, defesa de um Estado representativo da comunidade de indivíduos que o compõem; defesa intransigente da liberdade de expressão e pensamento; adoção do sufrágio universal a partir de recenseamento obrigatório; defesa de uma democracia descentralizada, ou seja, a participação dos cidadãos diretamente em organismos regionais e no poder municipal fortalecido; organização da sociedade em partidos; Estado laico, enquanto garantia da liberdade religiosa. No Baixo Alentejo, por iniciativa da Comissão Distrital de Beja de Propaganda do Recenseamento da ARS, constituída por Jaime Palma Mira, Henrique Silva, João Rodrigues Palma, Toscano de Sampaio, Luciano Aresta Branco, Bernardo Pratas, José Joaquim Gomes de Vilhena e Ezequiel do Soveral Rodrigues, todo o verão de 1931, nomeadamente o mês de julho, é ocupado na constituição de comissões concelhias de recenseamento eleitoral e na divulgação do programa/manifesto da Aliança Republicana e Socialista. A revolta de 26 de agosto de 1931, tentativa de golpe militar oposicionista contra a ditadura, conduzirá, no entanto, à extinção da ARS e à prisão de alguns dos seus dirigentes. Constantino Piçarra

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O Acordo ortográfico significa a perversão intolerável da língua portuguesa (…) está mais do que demonstrado o risco de a língua portuguesa, tal como a falam os mais de 50 milhões de pessoas que não seguem a norma brasileira, vir a ser muito desfigurada, na relação entre grafia e oralidade. Vasco Graça Moura, “Diário de Notícias”, 27 de julho de 2011

Efeméride Julho de 1931 Em Beja, a Aliança Republicana e Socialista desenvolve intensa atividade

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O padre de Baleizão não deu autorização para deixar sair a padroeira da aldeia em procissão. Pelo que as festas tradicionais não contarão com uma das suas principais vertentes. A atitude do pároco local está a ser amplamente criticada, numa região onde não abundam as vocações e a fé tem leituras nem sempre próximas às da Igreja. PB

Diário do Alentejo 29 julho 2011

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Continua por esclarecer o que, de facto, está por detrás da apressada proposta para extinguir a Expobeja, empresa gestora do Parque de Feiras e Exposições de Beja. Os dois únicos acionistas da empresa, ACOS e câmara, não se conseguem entender e em causa poderá estar a realização da próxima Ovibeja. PB

Cartas ao diretor INAC responde a Vítor Cabrita Sílvia Andrez Lisboa

Em virtude de ter sido publicada uma notícia no vosso jornal, no dia 8 de julho, com o título: “Baixo Alentejo sem helicópteros“, que tem declarações do senhor comandante distrital operacional de Beja da Proteção Civil, Vitor Cabrita, que não correspondem à verdade, o INAC, I.P. vem por este meio esclarecer o seguinte: No que respeita a licenças de pilotos, as declaraçaes não têm qualquer fundamento de verdade, por isso é completamente falsa a situação referida sobre licenciamento de pilotos para combate a incêndios (FF), e podemos afirmar em absoluto que não se verifica qualquer atraso nem pedido pendente para emissão de autorização para combate a incêndios, emissão de licenças em geral e nem registamos qualquer pedido para validação de licenças estrangeiras para esse fim. No que respeita ao atraso dos helicópteros, na realidade os helicópteros nessa data ainda estavam a chegar a Portugal. O consórcio entregou um requerimento em 29 de junho, e o Instituto ficou ainda à espera de elementos solicitados para anexar ao processo. Este processo só ficou concluído na quarta-feira, dia 7 de julho.

Repugnante!... Manuel Dias Horta Beja

Carlos Moedas não merecia ser agredido da maneira como foi. Acusado de não pertencer ao partido que dizem o pai ter escolhido. Foi ignóbil e maldosamente atingido na sua honradez e dignidade por um “macaco velho” (oxalá os novos não lhe sigam o exemplo). Nem a memória do pai foi respeitada (se fosse vivo não gostaria de ver o nome do filho enxovalhado). Carlos Moedas tem contra si ser um talento, aliado a uma grande nobreza de caráter, ser possuidor de uma inteligência invulgar, ter um percurso académico invejável e uma capacidade de trabalho extraordinária. Ou a Inquisição está de volta ou o regresso a certos métodos sobejamente conhecidos (triste terra onde impera a mentira, a inveja e a mesquinhez). Simplesmente repugnante!

Ponderação e bom senso Munhoz Frade Beja

Mais uma vez, movido pelo imperativo ético, considero necessário e imprescindível vir publicamente expressar que entendo que, do ponto de vista objetivo, os referidos artigos – tal como visavam os que eu próprio recentemente nestas páginas assinei – deveriam ter sido serenamente enquadrados na metodologia de envolvimento dos profissionais da respetiva instituição. Apela-se assim a uma atitude de responsável ponderação, visando a melhoria de um bem comum, a que temos obrigação de acrescentar valor social.

Homenagem a Cláudio Torres Mário Elias Mértola

O que se tem escrito sobre Mértola enche bibliotecas e controvérsias que nem sempre conduzem às mesmas conclusões. As teorias alusivas à sua história abundam envolvidas nos aspetos mais díspares. Com efeito, Mértola, considerada hoje Vila Museu, é de facto uma das mais antigas povoações da Lusitânia. Não se sabe ao certo quando foi fundada, mas parece que coube aos fenícios a sua criação quando, no ano 318 a.C., o rei da Macedónia, Alexandre Magno, os expulsou da pátria. “Estas ruínas foram outrora uma poderosa cidadela defendendo, do alto do monte por elas dominado, a povoação próspera que durante o jugo romano adquiriu uma tal importância que Mértola (Mirtilys Júlia), chegou a ser um dos municípios do antigo lácio, então muito raros em Espanha”. São numerosas as individualidades que se têm debruçado sobre Mértola, quer no campo histórico, quer no domínio arqueológico, por exemplo, Estácio da Veiga, Albrech Haupt, Raul Proença, Pedro Muralha, Mauriac Dimbla, Serrão Martins, Jorge Pulido Valente, Borges Coelho e sobretudo o professor, historiador e arqueólogo Cláudio Torres que aqui merece uma referência especial de homenagem, galardoado com o Prémio Fernando Pessoa, por a sua vasta obra empreendida e confirmada, quase toda ela dedicada aos estudos de pesquisa arqueológica sobre Mértola, terra em que vive radicado há alguns anos. Esta distinção que recebeu com justo mérito veio contribuir sensivelmente para enaltecer o concelho de Mértola, tão rico e fecundo em preciosidades nos predomínios dos elementos históricos e arqueológicos que dentro de si encerra.

Soneto Helénico Ramiro Morais

“Debater publicamente, educadamente e com elevação, nada tem de diabólico. Anatemizar quem tem iniciativas de o fazer indicia receios suspeitos, para além de ser uma prática antidemocrática. A Constituição da República garante os mesmos direitos, a mesma liberdade, a todos os portugueses. Temos de praticar mais a cultura democrática, aceitando as críticas como oportunidades de analisar os problemas e pensar melhor como resolvê-los, colhendo a colaboração de todos os interessados”. Retomando estas palavras, inseridas num comentário que fiz num blogue “da nossa praça”, venho solicitar ao “Diário do Alentejo” que me permita fazer um apelo à ponderação e bom senso. É do domínio público que a partir da publicação, em jornal semanário, de dois artigos da autoria de administradoras hospitalares a exercer na Ulsba, têm vindo a desenvolver-se intensas reações por parte da administração dessa entidade pública.

Herói grego, tu carregas com teu brio Dignidades, contra tudo por nós todos E a pedra que da tua mão partiu Que destrua as mentiras e engodos. Só de pé se constrói o bom futuro Que a honra não é coisa incipiente, Cerra o punho e investe um golpe duro Em quem quer escravizar a tua gente. Cobre a cara, meu irmão, que as hienas De gravata e fatiota te procuram Disfarçadas de benfeitores e mecenas, Ergue o braço e não vás em cantilenas Que as bruxas do alto Davos conjuram Contra ti, ó nobre filho de Atenas.


10 Diário do Alentejo 29 julho 2011

Breivik não é um norueguês ou um conservador ou um enigma. É um psicopata. É incurável. Não é um doente mental. Tem uma personalidade defeituosa, incapaz de empatia. É um desalmado. Miguel Esteves Cardoso, “Público”, 27 de julho de 2011

Páginas Esquecidas Recolha de Luís Amaro Desenho de Alberto de Sousa

O “monte” alentejano visitado pelo escritor brasileiro Afrânio Peixoto (1876-1947)

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Alentejo é inconfundível com outras terras de Portugal. Uma planície, ou quasi planície, em que o relevo apenas contradiz a platitude, e tira a monotonia, com o variado acidente. Tudo é vasto e largo. E parece desabitado, tanto a terra sobra. Quem vem do Norte, onde tudo é dividido, e murado, espraia-se, distendese na amplidão. O carro rola, quilómetros e quilómetro à hora, sem uma casa… A presença do homem é sensível nas culturas, trigo, cereais, olivedos, azinho, sobro… Récuas de porcos. De espaço em espaço, lá no horizonte, uma mancha branca, caiada, que esplende ao sol: um “monte”… Monte é montanha, serra, ao Norte; aqui é casa, é casario, em torno da casa grande… onde se recolhem os produtos da lavoira, os instrumentos da agricultura, os animais domésticos, os trabalhadores, os donos... De perto, o “monte” está numa pequena elevação, a casa alvinitente, sua chaminé alta como um penteado de andalusa, uns frisos azuis nas barras, e em torno das portas e janelas… O celeiro, a casa dos manteeiros, as dos homens e mulheres de jorna… tudo limpo, asseado, irrepreensível. O monte difere do montado, da herdade, da fazenda: estas são expressões gradativas da propriedade rural: essa é a agremiação humana do ruralismo. Em torno, as criações. As dependências. As medas de feno. As cegonhas, um par, que nidificam sobre o colmo. As flores do campo, rosas albardeiras… O azambujo silvestre, que será “cavalo” da oliveira. Há ermos, ao longo das estradas, o tojo aberto em oiro, e a esteva, cujas flores alvas são turíbulos de incenso… À distância sobro… de sobreiros nus, cor de ferrugem ou burel intenso, ou vestidos lentamente, nove anos, até se despirem da cortiça, que lhes arrancam. Ou azinho… de azinheiros, que dão a bolota, com que se criam os suínos... Suínos que, no Alentejo, são inteligentes… ruivos como sobreiros descortiçados, são, às vezes, de procedência diversa, vários donos e levados fora do povoado, para as aduas ou

logradoiros, terra de todos, onde pascem e dormem… Quando, à tarde, o adueiro dá o sinal de partida, é uma debandada… Os porcos tresmalham, em direcções diversas e vertiginosas, derrubando transeuntes, cada um à sua casa, ao seu quintal, onde a pitança de lavagem, ou tróvia, os espera. Nenhum porco se engana; é como gente, como nós. Essa gente, rapazes e raparigas, são, no Alentejo, os ganhões, à jorna, empregada nos montes, montados, herdades, para os serviços agrários. As mulheres são aptas para o varejo e apanha da azeitona, e para a monda às ervas daninhas ao trigo. O poeta da terra, o Conde de Monsaraz (Macedo Paparça), na Musa Alentejana, canta: As mondadeiras andam nas mondas De rego em rego, sempre a cantar, Troncos curvados, ancas redondas, Braços roliços e o peito às ondas Que não se quebram como as do mar… Saias, roupinhas de chitas claras, Chapéus redondos, lenços de cótres, Que rico assunto para pintores E na sacha, na vindima, na espalhação dos estrumes, na ceifa colaboram com os homens. Cântaro alentejano ao ombro, vão teorias de raparigas robustas, caminho da forte, – água não bastaria, se fosse para lhes apagar o fogo dos olhos ramalhudos... Os homens, fortes e esbeltos, tostados do sol, têm uma fala quente e rude, que lhes reflecte a alma robusta. Arrancam a cortiça ao sobreiro, são pastores para o gado; no lagar fazem o azeite, recolhem o pão aos celeiros; o feno levanta-se, com os garfos, nas medas; correm com os malteses vagabundos; carregam a cortiça, o azeite, o trigo, uma vida de indústria e de trabalho… Protegem-se contra o frio com os çafões, calças ou perneiras de pele de borrego, (não filho de burro, porém de carneiro…), a simarra ao peito, e, se mais qualificados, o ca pote alentejano, de boa roda, de lã negra, de triplo pano no busto, e peliça ao pescoço... Um grande chapéu de abas largas e direitas, jaqueta amelada de alamares, calça justa sobre botas de salto de prateleira, está o rapaz abonado... Cantam e bailam, rapazes e raparigas, com lentidão triste... O amor é profundo e austero… O amor que cria e, por isso, não brinca: é sério e rude: S’é meu amor me queri baim, É só cum êl’e e cummigo; Nã se meta na cumbersa Quê nã mi meto cunsiga…

Uma delas, dessas belas mulheres, delicada flor de poesia, Florbela Espanca, não é diferente, e define-se: Meu rude coração de alentejano. Ainda quando amam, o coração não se lhes amolece, como o das outras; ficam como o de Mariana de Alcoforado: “Como é possível que lembranças de tão doces momentos… sirvam somente agora para dilacerar-me o coração? Pobre dele! Tais saltos me dava no peito, que parecia forcejar por arrancar-se de mim e voar para ti”. Concluo que, quem goste de amar, profunda, fortemente, deve viver no Alentejo... Amar de rijo, como aqui se diz. De amar, e de viver, a vida integral... O céu límpido verte fogo no verão, verte frio às noites e, no inverno, frio ainda mais frio, parque é seco e duro. As estrelas têm um brilho fascinante nesses céus sem nuvens, O espaço distende-se, trigais, azinhos, olivedos, sobros, e mais sobreiros, azinheiros, oliveiras, pão, até que a vista descansa num monte… muito longe de outro monte... A solidão é companheira do homem, companheira dura e austera. Por isso, em casa, há o agasalho, a limpeza, a lareira, a açorda, o guisado de porco, a gaita de boca, que eles chamam, ironicamente, “piano de cavalariça”, e o balho em que as saias se sacodem desenvoltas, turvando o juízo dos homens: Estas é que são as saias, Estas mesmas é que são; Bem cantadas, bem balhaadas, Batidas do coração! Depois, a música e a dança cessam, e a noite começa, a noite que é o dia, o calor, o trabalho dos que amam. Hauri, num “monte” do Alentejo, aonde me levou a Amizade, no Barrocal, junto a Montemor-o-Novo, toda a poesia rude e simples, meio moura, meio cristã, do Alentejo… Compreendi como a terra plana fez o montado, o trigal o pastoreio. Fez sobretudo, o homem que fica, em Portugal… A Norte emigra. A praia é um convite a fugir da terra… O Algarve, ao Sul, também pesca, também vai lá fora… O Alentejo, como o Ribatejo, são os que ficam: celeiro dos outros, que trabalham para a exportação. O Alentejo faz pão, e azeite, e carne, para a casa. Se não fosse o Alentejo, Portugal ter-se-ia ido embora…. Em má hora. Graças ao Alentejo, Portugal ficou, e os outros voltaram. Não preciso de outra razão para amar à mais nossa das minhas terras...

Há 50 anos Um caudal de desgraças

(...) Os dias de ontem, como os de amanhã, apresentam sombrias cores e o futuro é um pesadelo que esmaga os corações. Os homens mais velhos e mais experientes não conseguem disfarçar o seu pessimismo. E os mais jovens, embora corajosos, sempre prontos para todos os sacrifícios, concordam em que os tempos modernos são tempos de angústia. (...) Desdobra-se um jornal e só se lêem notícias alarmantes, logo exploradas na Rádio e na Televisão, relatando guerras, revoluções, catástrofes – enfim um caudal de desgraças e misérias que aniquilam o optimismo mais resistente e aumentam o pavor (...)”. Há meio século, a 29 de julho de 1961, o “Diário do Alentejo” abria a primeira página com este artigo, “Tempos de angústia”, da autoria de João Seabra. Nesses dias, o jornal dava notícias do mundo, do império e do País que “justificavam” o pessimismo do autor. Alguns títulos: “Campanha contra Portugal: Os terroristas [em Angola] chacinaram vários fazendeiros e raptaram outros”; “Portugal não autoriza qualquer delegação da ONU a visitar Angola”; “Duzentos indivíduos procedentes do Senegal entraram na Guiné e causaram estragos na praia de Varela”; “O Senegal resolveu cortar as relações com Portugal”; “Uma intimidação do Daomé para que Portugal abandone até ao fim do mês o forte de S. João Baptista de Ajuda”; “Espectáculos em Mértola e em Serpa a favor das vítimas do terrorismo em Angola”; “O Ocidente quer assinar um tratado de paz com a Alemanha”. Durante a semana, o jornal tinha uma vez mais abordado, numa “Nota do Dia” não assinada, o omnipresente problema da guerra colonial, a propósito dos “expedicionários que lutam em Angola”, pertencentes ao Regimento de Infantaria de Beja: “Angola, essa ubérrima e majestosa parcela do Continente Negro, que os portugueses de Quinhentos começaram a desbravar, está, por motivos do conhecimento generalizado, na ordem do dia. Para lá, para essas terras férteis mas exóticas estão a caminhar, todos os dias, os soldados da Metrópole e, portanto, uma boa parte da juventude do nosso Alentejo. Lá, soou o clarim do cumprimento do dever e a resposta não poderia ser outra dos jovens que chegaram à idade de dar à Pátria o tributo de poderem ser considerados seus filhos (...)”. Culminando a onda de pessimismo, o diário bejense informava, a partir de Calcutá, que “O Mundo acabará em 1962, segundo um grupo de astrólogos” indianos. E revelava: “O mundo caminha rapidamente para uma série de calamidades que atingirão o seu auge entre 3 e 5 de Fevereiro de 1962. A Humanidade sofrerá, sucessivamente, vários flagelos de violência sem precedentes: inundações, terramotos, epidemias, fomes, guerras civis, anarquia e todo o género de desgraças que é possível conceber (...)”. Carlos Lopes Pereira


O Câmara de Odemira e a associação Sopa dos Artistas vão promover um concurso nacional de fotografia. O “Rio Mira” foi o tema escolhido para esta edição, devendo as fotografias a concurso incidir sobre o concelho de Odemira. O concurso dirige-se a fotógrafos amadores e profissionais,

Fotorreportagem É mais conhecido por Nicolau. Mas o seu verdadeiro nome, aquele que lhe deram em batizo há 69 anos atrás, é Amândio Pacheco Correia. Aquele homem franzino e simpático que não fica indiferente a ninguém quando passa com o seu carrinho de mão repleto dos gelados que o seu pai, João Nicolau, lhe ensinou a fazer no longínquo ano de 1955. Altura em que, na vila de Mértola, inaugurou a primeira fábrica dos célebres gelados “Nicolau”. Principalmente as sandes de baunilha ou as bolas de chocolate e morango. Amândio, entre maio e setembro, circula pelas feiras do Alentejo e a procura dos seus gelados é de tal forma que não há dia que não venda perto de 10 quilogramas das frescas delícias que, com a sua esposa Maria Emília, prepara no segredo dos deuses. E até figuras ilustres como Carlos Carvalhas ou Nicolau Breyner não dispensam uma lambidela. Seja de fruta ou de chocolate. Fotos José Serrano

que podem participar com um máximo de três trabalhos inéditos. As fotografias podem ser a cores ou a preto e branco e poderão ser realizadas nos formatos analógico ou digital, num tamanho único de 20 por 30 cm. O prazo de receção de trabalhos termina no dia 16 de setembro.

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Concurso de fotografia em Odemira


Diário do Alentejo 29 julho 2011

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DIREITOS RESERVADOS

Entrevista

Inauguração Jorge Henriques, diretor-geral da Mineraqua, com a secretária de Estado do Turismo, Cecília Meireles, e o presidente da Câmara de Moura, José Maria Pós-de-Mina, na abertura do museu

Água Castello nasceu há 112 anos, em Moura

O museu da água que nacionalizou o uísque Há 75 anos que a Água Castello deixou de ser engarrafada nas primitivas instalações, no castelo de Moura, e passou para o sítio de Pisões, a poucos quilómetros da cidade, onde até hoje se mantém. Para assinalar a efeméride, a empresa que atualmente detém a Castello, a Mineraqua, inaugurou em Moura um museu cujo espólio conta a centenária história da marca. Com esta iniciativa procurou-se “não só a conservação dos materiais, mas sobretudo deixar registado para o futuro a maneira como a marca avançou nos meios tecnológicos e na própria comunicação”, afirmou ao “Diário do Alentejo” o diretor-geral da Mineraqua Portugal, Jorge Henriques. Texo Alberto Franco

Que razões levaram à criação do museu Castello?

A empresa nasceu há 112 anos dentro das muralhas do castelo de Moura. Pelos anos 30, devido ao crescimento da marca e à posição que a Água Castello começava a tomar, sentiu-se a necessidade de uma expansão física que levou a marca a mudar-se para instalações maiores, mais sofisticadas e de forma a darem maior rapidez de resposta. Escolhemos esta data por ser o ano em que estamos a celebrar esta mesma mudança: os 75 anos da passagem da unidade de engarrafamento do interior das muralhas do castelo de Moura para o local de Pisões de Moura. Por outro lado, contamos com 112 anos de história. Considerámos que este é o momento certo para inaugurar um espaço que fosse um repositório vivo daquilo que é a nossa obrigação de

conservar e transmitir para o futuro: as memórias do passado. Este museu tem sobretudo este propósito que vai para além da promoção da marca: não só a conservação dos materiais, mas sobretudo deixar registado para o futuro a maneira como a marca avançou nos meios tecnológicos e na própria comunicação. Também queremos contar às gerações vindouras aquilo que foi a aventura dos fundadores da Água Castello em levar a marca de uma terra longínqua e de difícil acesso, que caracterizava Moura, para além-fronteiras e além-Atlântico, quer com meios humanos, quer com meios publicitários. Onde está instalado?

O museu está instalado na unidade de engarrafamento da Água Castello, no sítio de Pisões, no


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concelho de Moura. Escolhemos o edifício da antiga carpintaria, onde eram produzidas as grades de madeira para transporte das garrafas porque é um belo edíficio da época, em construção de taipa, e porque não podíamos afastar Moura da história da Água Castello. O que podemos apreciar no museu?

O museu tem o principal objetivo de colocar os materiais, as peças e a história da Água Castello e de Moura à disposição das entidades académicas e científicas das águas minerais e da história portuguesa. O museu Castello pretende contar um pouco da história da cidade, bem como tornar público as peças emblemáticas, documentos históricos, peças artísticas, alguma maquinaria e a sua evolução na captação de água mineral e seu engarrafamento. Também apresentamos pela primeira vez algumas peças que são autênticas preciosidades como aquele que foi o primeiro cartaz de uma marca portuguesa concebido para outros países, datado de finais do século XIX. E para ver a evolução que a marca tem sofrido nos últimos anos, vão estar em exibição todos os rótulos e formas das garrafas Castello desde o final do século XIX até hoje, entre tantas outras peças que contam a história de Moura e da Água Castello. O museu vai estar aberto ao público?

O museu está aberto a todos os que queiram conhecer um pouco da história de Moura e da Água Castello. A visita ao museu terá de ser por marcação. Todos os materiais e catálogos disponíveis encontram-se no museu Castello. Como serão marcadas as visitas?

As visitas ao museu poderão ser feitas através do e mail aguascastello@mineraqua.com ou através do telefone 218 161 100. Além da abertura do museu, estão previstas outras iniciativas comemorativas dos 75 anos do engarrafamento em Pisões?

Estão em preparação um ciclo de conferências e a eventual publicação de um livro sobre a marca. Durante alguns anos notou-se um certo alheamento das empresas que exploravam as águas Castello em relação à realidade local. A Mineraqua pretende alterar esta situação, dando mais atenção aos agentes e instituições mourenses?

Moura sempre foi muito importante para a Água Castello. É aqui que estamos há já mais de 100 anos e foi essa uma das razões que nos levou a avançar com esta iniciativa nesta região fazendo assim uma homenagem à visão dos fundadores deste projeto, aos seus seguidores e a todos os que trabalham e continuam a trabalhar em Moura. A localização deste museu apenas faria sentido neste local e esperamos que o resto do País venha conhecer as potencialidades da região de Moura e veja com os seus olhos como uma marca resistiu ao tempo e à história de Portugal. Temos a esperança que o museu Castello, mas muito principalmente a continuação do crescimento da marca, dê a conhecer esta fabulosa região não só ao resto do País, mas também a todos os países que bebem Água Castello.

Um Castello com 112 anos

A

exploração das águas de Moura começou oficialmente em 14 de Janeiro de 1899. Nesse dia, o comerciante lisboeta António Assis Camilo e o mourense Júlio Máximo Pereira obtiveram da câmara municipal, por concurso público, “a concessão da exportação das águas minero-medicinais” da então vila de Moura. Rezava o contrato que por cada litro de água os concessionários deviam pagar ao município a quantia de cinco réis. O controlo da água extraída era feito pelo olho vigilante dum funcionário municipal. O contrato previa também a construção dum hotel e dum “estabelecimento de banhos”. Para garantir o conforto dos hóspedes, era proibida a instalação no hotel de “cavalariças, adegas e outras oficinas ou arribanas de gado”. O estabelecimento termal foi implantado no jardim Dr. Santiago, onde ainda hoje se encontra; o hotel, de elegante traço fim de século, é o que continua a existir na praça Gago Coutinho. A designação de Águas Castello foi escolhida porque a nascente se encontrava dentro das muralhas do castelo de Moura, local onde a marca teve a sua primeira unidade de engarrafamento. Até 1906 a produção era transportada em carros de muares até Pias, a estação de comboios mais próxima, de onde embarcava para outras paragens. Em 1910 António Assis Camilo tornou-se único titular da empresa. Nove anos depois adquiriu um terreno no sítio de Pisões, a poucos quilómetros de Moura, onde havia uma nascente de caraterísticas muito similares à do castelo, com a vantagem de gozar duma maior

proteção bacteriológica, por se localizar numa zona desabitada. Com a água de Pisões, Assis Camilo começou a produzir laranjadas e “pirolitos”; o engarrafamento das águas minerais, esse, continuará centrado no castelo até 1937. Assis Camilo era um empresário de espírito dinâmico e inovador. No ano de 1913 introduziu no mercado português a água gaseificada. Escapou-lhe, porém, que as garrafas não estavam preparadas para suportar a pressão do gás. Resultado: umas vezes saltava-lhes a rolha, outras vezes rebentava o vidro. O empresário comprou então uma máquina de fabrico de cápsulas metálicas, tecnologia até aí desconhecida entre nós, com resultados plenamente satisfatórios. A Castello voltou a inovar nos anos 30, quando importou a primeira máquina semi-automática para lavar, encher e rotular garrafas. Em 1949 coube-lhe o privilégio de estrear a primeira linha automática de engarrafamento de águas minerais em Portugal. Refira-se, ainda, o pioneirismo da Castello no campo da publicidade. Ao longo da sua história a marca produziu inúmeros e imaginativos anúncios, que fazem hoje as delícias dos coleccionadores. Após a morte de António Assis Camilo, em 1942, a administração da Castello passa para os filhos e posteriormente para os netos. Perde as características de empresa familiar nos anos 80, quando a multinacional Nestlé se torna accionista maioritária. Desde 2007 a Castello é detida pela Mineraqua Portugal, que aposta no crescimento da centenária marca no concorrencial mercado das águas. Alberto Franco


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“Caminhar com mais Saúde” em Beja

A Câmara Municipal de Beja promove hoje, sexta-feira, uma caminhada noturna, com participação gratuita. A concentração está agendada para as 20 e 30 horas no parque de Merendas, junto ao painel do Centro Municipal de Marcha e Corrida de Beja. A atividade será guiada por um percurso de nove quilómetros, com um índice de dificuldade técnico e físico reduzido.

Região JOSÉ SERRANO/ARQUIVO

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Eletrificação da linha de Beja em estudo

A luz ao fundo do túnel Os grupos parlamentres do PSD, PCP, CDS e BE garantiram ao movimento de cidadãos “Beja Merece” que irá ser feito um estudo urgente para avaliar a viabilidade económica da eletrificação do troço ferroviário entre Casa Branca e Beja.

F

lorival Baiôa, em declarações à Lusa, mostrou-se “satisfeito” com as conclusões da audição pública parlamentar que se realizou terça-feira na Assembleia da República, e defendeu, mais uma vez, que a linha do Alentejo “é autosustentável em poucos anos”. Apontando um valor para o custo da obra à volta dos 60 milhões de euros, este responsável garantiu que a “eletrificação paga-se a si própria e trará maior conforto e rapidez o que fará com que se consiga recuperar passageiros de Beja”. Florival Baiôa lembrou ainda que três em cada quatro passageiros da linha do Alentejo são da linha de Beja o que garante sustentabilidade ao investimento que pode ser suportado em 85 por cento pelas verbas do QREN. No entanto, para este membro do movimento de cidadãos, “o ideal era estudar a ligação Évora-Beja-Faro, conseguindo-se assim, pela primeira vez, unir três capitais de distrito pelo interior, potenciando o desenvolvimento não só da região, mas do País”, afirmou. Estas reivindicações devem ser apresentadas hoje, sexta-feira, às 10 horas, aquando da reunião de trabalho que representantes do movimento de cidadãos “Beja Merece” irão ter com o secretário de

Estado das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, Sérgio Monteiro. PCP exige ligação direta Também o PCP, em comunicado de imprensa, reafirma “a exigência da melhoria das ligações ferroviárias a Beja, nomeadamente com aletrificação do troço Casa Branca-Beja e a retoma das ligações diretas a Lisboa e ao Algarve (via Funcheira)”. Os comunistas denunciam ainda a extinção por parte da CP “de quatro ligações diárias diretas entre Lisboa e Beja, existentes até maio de 2010” e criticam a necessidade do “transbordo para uma automotora diesel” para concluir o percurso. Para o PCP esta medida é “gravemente lesiva dos interesses das populações da cidade, do concelho e da região de Beja e atenta contra a economia e o desenvolvimento do Alentejo, duramente atingido pelas políticas antipopulares dos sucessivos governos PS, PSD e CDS-PP”. O PCP concluiu que estes cortes são decididos apenas por “razões economicistas e nada têm a ver com o serviço público” que reclamam. Horários contestados A direção de comu-

nicação da CP confirmou à Rádio Voz da Planície ter recebido queixas de utentes do serviço da automotora que utilizam este meio de transporte para se deslocarem para o trabalho em Beja. Os horários são considerados inadequados e alguns trabalhadores das localidades de Vila Nova de Baronia, Alvito, Faro do Alentejo e Cuba correm o risco de despedimento por chegarem sistematicamente atrasados ao local de trabalho. A empresa garante que está a estudar alterações.


A Junta de Freguesia de Salvada vai dar início brevemente à construção de gavetões no cemitério local e à beneficiação da casa mortuária, “duas importantes obras para a freguesia”, segundo adianta a autarquia. O presidente da junta, Sérgio Engana, lembra, em comunicado de imprensa, que “em termos técnicos,

Câmara de Alcácer oferece manuais escolares Todos os alunos do 1.º ciclo do ensino básico de Alcácer do Sal vão voltar a receber os manuais escolares cedidos gratuitamente pela câmara municipal que, este ano, alargou a oferta aos livros da atividade de enriquecimento curricular de inglês. A decisão, tomada em reunião pública de câmara, vai permitir

os projetos já tinham sido elaborados pelo anterior executivo da Câmara de Beja (CDU)”. O autarca diz ainda que “o valor das obras situa-se em limites que se enquadram nos processos de contratação por ajuste direto, que a junta já desenvolveu”, e que as obras “são da responsabilidade direta da junta de freguesia”.

a oferta dos manuais escolares às 498 crianças que frequentam o 1.º ciclo do ensino básico nas escolas do concelho. De acordo com a autarquia, a iniciativa, lançada no ano passado, tem como objetivo garantir “igualdade de acesso aos livros a todas as crianças, independentemente da capacidade financeira das suas famílias, contribuindo para a melhoria das condições de

aprendizagem”. O município aprovou também a proposta para o novo regulamento de atribuição das bolsas de estudo, que seguiu para consulta pública e será, posteriormente, aprovada pela Assembleia Municipal de Alcácer do Sal. O documento cria três escalões de bolsa, sendo o mais alto correspondente ao salário mínimo nacional.

Ministra reavalia calendário do projeto

Faltam 300 milhões para concluir Alqueva O calendário para conclusão dos inves timentos previs tos para o Empreedimento de Fins Múltiplos do Alqueva está a ser reavaliado. A garantia foi deixada pela ministra da Agricultura, Assunção Cristas, no decorrer da Comissão Parlamentar da Agricultura e Mar, que aconteceu na quarta-feira, dia de fecho desta edição.

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Ministério da Agricultura está a reavaliar o calendário para conclusão dos investimentos previstos para Alqueva. PUB

A garantia foi deixada por Assunção Cristas, ministra da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território, no decorrer da Comissão Parlamentar da Agricultura e Mar, que aconteceu na quarta-feira. “Precisamos de 300 milhões para concluir o investimento em Alqueva”, disse, sustentando: “É muito dinheiro”. Recorde-se que o prazo de conclusão dos investimentos previstos para Alqueva está previso para 2013. “Estamos a avaliar as possibilidades para ver se conseguimos cumprir o calendário”, afirmou.

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Salvada constrói gavetões e beneficia casa mortuária

As declarações foram feitas na comissão parlamentar especializada, onde esteve em debate a política geral do Ministério da Agricultura, do Mar e do Ordenamento do Território. Aquando da deslocação a Ferreira do Alentejo, ainda este mês, a ministra da Agricultura garantiu que Alqueva “era uma prioridade”. No que diz respeito aos financiamentos comunitários, Assunção Cristas admitiu, na altura, a existência de algumas dificuldades em assegurar a comparticipação nacional do Programa de Desenvolvimento Rural (Proder).

CDU acusa EMAS de “abandonar” obra A CDU acusa a Empresa Municipal de Água e Saneamento (EMAS) de Beja de ter “abandonado” há “mais de seis meses” uma obra “inacabada”, numa rua da aldeia de Cabeça Gorda, o que a empresa nega. Segundo a comissão coordenadora da CDU da freguesia de Cabeça Gorda, a rua Machado Santos foi intervencionada em 2010, quando a EMAS efetuou trabalhos de abertura de valas e de substituição da conduta principal e dos ramais domiciliários. Após a execução daqueles trabalhos, “a obra, inacabada, foi abruptamente parada, encontrando-se nesta situação há mais de seis meses”, acusa a CDU. “A obra nunca foi abandonada e muito menos esquecida”, disse o diretor executivo da EMAS, Rui Marreiros, referindo que o concurso público para a obra de repavimentação da rua está em fase de audiência prévia. Marreiros “estranhou” a acusação da CDU, que, “eventualmente”, se deve a “puro desconhecimento da situação”.


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Comissão de utentes de Grândola em plenário

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A Comissão de Utentes do Centro de Saúde de Grândola promove amanhã, sábado, pelas 18 horas, na praça das Palmeiras, um plenário. A comissão justifica a iniciativa com “o atual estado dos serviços prestados em Grândola, que têm vindo a sofrer sucessivas degradações, e atendendo à completa ausência de respostas concretas por parte das instituições”.

DR

“Tipo Koolónia” As juntas de freguesia de Alvalade, Cercal do Alentejo, Santiago do Cacém e Santo André, em parceria com a Associação Intervir.Com, promovem até hoje, sexta-feira, uma colónia de férias para jovens dos 10 aos 18 anos, com a denominação “Tipo Koolónia”. O objetivo da iniciativa passa pela ocupação dos tempos livres dos jovens em período de férias escolares. Segundo a Câmara Municipal de Santiago do Cacém, foram selecionados jovens com carências aos mais variados níveis que habitualmente, não têm acesso a este tipo de experiências.

Junta exige melhores cuidados de saúde

“Meio” médico em Amareleja A Junta de Freguesia de Amareleja, concelho de Moura, exigiu na terça -feira a melhoria dos cuidados de saúde na aldeia, contestando a falta de médicos e o que considera uma “tentativa de acabar” com o serviço prestado.

E

m declarações à Lusa, o presidente da junta de freguesia, António Gonçalves, disse que o Posto de Saúde de Amareleja, uma extensão do Centro de Saúde de Moura, tinha dois médicos, mas “ultimamente” esteve a funcionar “apenas um médico a meio tempo”. Uma situação que “obrigou” utentes, a maioria idosos, a “esperar muito tempo por uma consulta” ou a terem que “deixar pedidos de receitas no posto para depois serem passadas por médicos do Centro de Saúde de Moura”, lamentou. Segundo o autarca, a situação tem também “obrigado” utentes da aldeia a deslocarem-se ao Centro de Saúde de Moura ou a Beja para serem consultados. A junta de freguesia e a população de Amareleja estão “descontentes e indignados” com o que “vem sucedendo ultimamente” no posto de saúde, o que “revela a tentativa em curso de acabar com o serviço de assistência que tem existido”, disse. De acordo com António Gonçalves, a junta e a população exigem a “melhoria” do serviço público de cuidados de saúde primários no Posto de Saúde de Amareleja, nomeadamente com a colocação de “dois médicos a tempo inteiro”, o que é “fundamental” para satisfazer as necessidades dos 2700 habitantes da aldeia, a maioria idosos. A população de Amareleja, reunida em plenário no passado sábado, aprovou uma deliberação com as exigências relativas ao serviço

prestado no Posto de Saúde e que vai ser enviada ao ministro da Saúde e à Administração Regional de Saúde do Alentejo. “O encerramento do Posto de Saúde de Amareleja nunca esteve em causa, nem faz parte do horizonte da Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo”, que “não quer deixar a população sem os devidos cuidados de saúde”, disse à Lusa a diretora do Centro de Saúde de Moura, Isabel Barreto. Segundo a médica, o Posto de Saúde de Amareleja tinha dois clínicos, uma médica a tempo inteiro e um médico a prestar 18 horas semanais. No entanto, a médica a tempo inteiro esteve de baixa durante maio e junho e, entretanto, voltou ao serviço, mas foi substituída por um médico que começou a prestar serviço há uma semana e durante 21 horas semanais. De acordo com Isabel Barreto, desde há uma semana que estão dois médicos no Posto de Saúde de Amareleja, num total de 39 horas semanais, ou seja, um durante 21 horas semanais e outro durante 18 horas semanais. “Não é a situação ideal, mas é a possível atualmente” devido à “carência de médicos a nível nacional”, disse, frisando que a situação irá “melhorar” em setembro, quando será colocado um médico a tempo inteiro no Posto de Saúde. A partir de setembro, através do horário do novo médico, que irá substituir o que atualmente presta 21 horas semanais, juntamente com o horário do que trabalha 18 horas semanais, o Posto de Saúde vai ter dois médicos durante “mais de 45 horas” por semana, disse, referindo que “não é o ideal, mas é o suficiente para uma aldeia que não chega às 3000 pessoas”.


Realiza-se no próximo fim de semana no Pavilhão Municipal de Alvito uma maratona de futsal organizada pela Associação Juvenil Nova Geração. A prova decorre de forma ininterrupta entre as 10 horas de sábado e as 20 de domingo, sendo inicialmente disputada numa fase de grupos, passando em seguida para os quartos, meias-finais e finalíssima. Os primeiros três classificados receberão prémios monetários.

Desporto

Atletas bejenses nos nacionais de pista coberta Os campeonatos nacionais de atletismo em pista coberta realizam-se no próximo fim de semana no Estádio Universitário de Lisboa, competição em que estarão presente os seguintes quatro atletas filiados na Associação de Atletismo de Beja: Pedro Fontes (Zona Azul) para os 400 m; Liliane Amaro e Micael Nóbrega (ambos da J.D.Neves), a competir nos 100 m femininos e dardo masculino, respetivamente; e Dionísio Ventura (Ferreira Activa) que vai participar nos 10 000 m marcha atlética. PLANTEL DO MOURA ATLÉTICO CLUBE ÉPOCA 2011/12

Guarda-redes: Rui Rosindo, Telmo Soares e David Cabral. Defesas: José Maria, Ivo Cruz, José António, Barata, Kata, João Freitas (ex-júnior Sporting) e Daniel Garrido (ex-júnior). Médios: Domingos, Filipe Infante, Mário Verdades, Tó Miguel, Pavel Vieira (ex-Olhanense) e Sandro Vicente (ex-Sesimbra). Avançados: Ricardo Argente (ex-Lusitano Évora), Dieng (ex-Lagoa), Nuno Moreira (ex-Boavista S.Mateus) e Hugo Firmino (ex-Portosantense). Equipa técnica: Fernando Piçarra e António Combadão. Jogos de preparação: 30/7 – Moura-Despertar; 3/8 – Despertar-Moura; 10/8 Moura-Redondense; 13/8 – Moura-Farense para a Taça Cidade de Moura e apresentação aos sócios.

Moura AC Fernando Piçarra, dirigente, e o capitão Domingos Gonçalves

Fernando Piçarra promete determinação

A humildade é a base do sucesso O Moura Atlético Clube já prepara a sua época de estreia na segunda divisão nacional, mantendo Fernando Piçarra como timoneiro. Texto e foto Firmino Paixão

U

m plantel equilibrado, condicionado pelas limitações de natureza financeira, onde a juventude e a humildade são os grandes argumentos para o sucesso. A manutenção naquele escalão do futebol nacional é o objetivo deste novo ciclo na vida do clube que está a caminho dos 70 anos de existência. Fernando Piçarra, 42 anos, técnico que na época passada conduziu o clube a este patamar do futebol português, revela: “Vamos entrar num campeonato que é uma novidade tanto para o clube como para mim. É um estímulo para todos nós e para a cidade de Moura. Estamos motivados para fazer um bom trabalho e conseguirmos o objetivo que é a manutenção”. Consciente das novas exigências o responsável concorda que “à medida que se sobe para outro

patamar, naturalmente, que o trabalho tem que ser mais exigente, mais pensado”: “Estamos preparados para sofrer, sabemos que será uma época de sofrimento, é a primeira época na 2.ª divisão, com equipas muito fortes e muita coisa nova, vamos ter que arregaçar as mangas e trabalhar muito”. Em tempo de crise os argumentos são limitados, explica o treinador: “Devemos ter um dos orçamentos mais baixos da 2.ª divisão, mas costumo dizer que não podemos dar o passo maior que a perna, é por isso que dentro das limitações económicas que temos estamos a tentar reunir a melhor equipa possível”. E lembra: “Não é o dinheiro que ganha os jogos, é o espírito de sacrifício, a entre ajuda e a união entre todos nós”. Ainda assim o Moura não deixou de se reforçar: “Temos um plantel com 21 jogadores, ainda não está fechado, faremos ainda alguns acertos, mas a base está formada”. Fernando Piçarra revela ainda que têm “muita gente nova, jovens que querem singrar e mostrar-se para subirem a outras divisões”: “São jogadores com

ambição que vêm de clubes com história, são jogadores com escola. Vamos apostar na juventude porque existe aí muita vontade de mostrar o seu valor”. A debandada de muitos dos atletas que estiveram no sucesso da época passada é compreendida pelo treinador. “Os jogadores de Moura ficaram todos, os restantes saíram, com exceção de Kata e de Barata. Uns quiseram seguir outro caminho, outros não chegaram a acordo com o clube para a sua continuidade, tivemos que optar por outras soluções”, recorda. A época está lançada, resta saber o que pediu a direção do clube ao seu técnico de confiança. “A direção tem o mesmo pensamento que eu, o nosso objetivo é lutar pela manutenção. Sabemos que não será fácil mas acredito nos jogadores que tenho, acredito no meu trabalho”, diz. Certo de que o seu trabalho terá esta época maior visibilidade, afirma: “Isso é bom, motiva-nos a todos”. Mas avisa: “Não nos vamos empolgar em demasia. No futebol hoje ganhamos e amanhã perdemos.

Manteremos sempre uma bitola de humildade, nada de euforia nas vitórias, nem excessiva tristeza pelas derrotas. Temos que dar o nosso melhor dentro do campo. Temos que ser humildes. Na época passada essa humildade foi a base do nosso sucesso”. Prevenido para as exigências da sua massa associativa, Piçarra lembra: “As pessoas têm que estar preparadas para os momentos difíceis que vamos encontrar, os sócios terão que estar connosco, será um apoio fundamental, toda a gente terá que estar unida”. Os dados estão lançados para uma época de estreia num patamar onde o clube nunca tinha competido, acrescido motivo de orgulho para o técnico que para lá o conduziu: “Obviamente que sinto orgulho, mas também devo agradecer ao Moura por me ter sido dada essa oportunidade. Mas o mérito foi de todos os que aqui trabalham, não foi nenhuma conquista individual, não quero louros para mim, foi um sucesso coletivo, simplesmente ajudei e felizmente conseguimos esse objetivo”, conclui Fernando Piçarra.

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FC Castrense José Saúde

Em Castro Verde o clube da urbe, o FC Castrense, prima pela sua afirmação. Os dirigentes apresentam-se firmes nas suas convicções e o objetivo comum é trazer de novo a agremiação a um lugar de relevo no palco do futebol regional e, logicamente, nacional. As estruturas físicas e humanas existem e a hora é de unir fileiras tendo como principal prioridade as metas traçadas. A direção assume que no capítulo das preferências para a época desportiva 2011/12 está, obviamente, a conquista do título e o subsequente regresso à III Divisão nacional. Neste pressuposto reconhece-se que o grupo de trabalho foi substancialmente reforçado a que acresce a chamada de Francisco Fernandes ao comando técnico. Aliás, quem conhece a forma como o treinador trabalha as suas equipas, e o espírito vencedor que incute nos seus jogadores, não estranhará por certo que o conjunto do Campo Branco será um sério candidato ao próximo título do campeonato maior da AF Beja. Tendo em conta como a grelha de partida ficará, em princípio, ordenada, ainda que saibamos que a surpresa será, e sempre, uma opção perfeitamente viável, acreditamos que os ventos oriundos das bandas de Castro Verde soprarão muito fortes na abertura no campeonato que se avizinha. Numa pesquisa aos objetivos do atual elenco diretivo, liderado por Carlos Alberto, a condição vivida nas hostes é de franca positividade, admitindo-se, com justiça, que o FC Castrense é hoje um clube virado para o seu expansionismo sustentável, não obstante as dificuldades que as coletividades, no seu todo, hoje se deparam. Todavia, a forma como o elenco diretivo traça os seus propósitos deixa antever que o deve e o haver na tesouraria está controlado e que o agente monetário, ao que parece, não se apresenta como uma causa aterrorizadora. FC Castrense volta a sonhar!

Diário do Alentejo 29 julho 2011

Maratona de futsal em Alvito no fim de semana


Almodôvar promove futsal feminino

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Numa ação que visou a promoção do futebol feminino no distrito de Beja, a Junta de Freguesia de Almodôvar organizou um torneio de futsal que contou com a participação de cinco equipas da região. A final disputou-se entre uma equipa de Beja e outra de Ourique e terminou com o triunfo das jovens da capital de distrito. Estas ações visam a dinamização da modalidade e intentam na organização de campeonatos regulares.

Classificações finais da XI Maratona de Futsal da Cidade de Beja TRAQUINAS: Bairro da Conceição – Beja BENJAMINS: Núcleo Sportinguista de Beja

INFANTIS: Clube Desportivo de Beja INICIADOS: Cervejaria o Carlos – Beja

JUVENIS: Auto Lidador – Beja JUNIORES: C.R.D. Cabeça Gorda

VETERANOS: Clube Desportivo de Beja

Torneio de Futsal Cidade de Beja divulga modalidade

Maratona a jogar à bola O Núcleo de Árbitros de Futebol Armando Nascimento, de Beja, organizou a décima primeira edição da Maratona de Futsal Cidade de Beja. Texto e foto Firmino Paixão

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Maratona de futsal Final de iniciados PUB

competição decorreu no Pavilhão Municipal de Desportos e contou com a participação de 18 equipas de vários escalões etários, revelando-se uma excelente promoção do futsal. A fraca implantação da modalidade no distrito e o facto de os poucos clubes que a praticam terem começado pelos seniores acentua mais a im-

portância da iniciativa ter sido dirigida aos escalões de formação. Jaime Vieira, responsável pela organização, disse ao Diário do Alentejo que “o balanço superou as expectativas”: “Foi uma experiência nova, com futsal jovem, pois neste distrito não existe competição ao nível da formação. Sinceramente agradou-nos muito, até pela afluência de público. Foi uma boa experiência que pensamos repetir”. O objetivo desta realização, sublinhou, “é a promoção da modalidade”, e contribuir “para que arranque oficialmente a competição de futsal de formação no distrito”. E o responsável justifica: “Somos das

poucas associação do País que não tem futsal jovem, por isso é necessário fazer alguma coisa, alguém tem que dar o passo, este é o nosso contributo para que isso aconteça”. Rompendo com o modelo tradicional de maratona para seniores, Jaime Vieira considera que “não foi arriscado”: “Sabíamos da existência de muitas equipas de miúdos que poderiam jogar aqui. Entendemos que devíamos parar com os seniores porque existem torneios nos concelhos e maratonas noutros sítios e também não ficámos agradados com o comportamento deles no ano passado”. Por isso, acentuou, decidiram


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“dar uma oportunidade aos jovens e aos veteranos”. “Foi agradável ver grandes jogadores que passaram pelo nosso distrital, e até a nível nacional, e com garantias que para o ano haverá mais equipas de veteranos nesta maratona”, acrescentou. Avaliando o leque de equipas em prova, o dirigente adiantou: “Tenho pena de não termos conseguido equipas mais jovens. No escalão de petizes, por exemplo, tivemos que os juntar com o escalão de traquinas e isso criou algum desequilíbrio. No próximo ano vamos tentar melhorar”. Quanto aos apoios recebidos, a organização tem contado, “desde sempre, com um grande apoio da Câmara Municipal de Beja, em termos logísticos, e também com o comércio local”. O evento pode ter sido um passo decisivo na dinamização da modalidade, concordou Jaime Vieira, acrescentando que gostariam “que fosse um passo importante”: “O objetivo é esse. É complicado porque os jovens elegem o futebol de 11 como modalidade preferencial, não se aposta muito no futsal, se calhar é mais fácil dizer que não temos miúdos”. Entretanto, ao organismo que tutela o futebol distrital cabem, também, importantes responsabilidades: “A associação terá que ser o principal impulsionador do futsal, terá que tomar medidas, como fez com o futebol, obrigando as equipas seniores a terem, pelo menos, uma equipa de formação. Isso ajudaria o futsal, porque há localidades onde há poucos miúdos e como no futsal bastam 10 jogadores…”, reforçou Jaime Vieira. O responsável lembra ainda que a nível nacional o futsal “está a crescer cada vez mais”, pelo que o distrito de Beja “não pode ser diferente dos outros”, diz. E numa breve referência à atividade do Núcleo de Árbitros que lidera, Jaime Vieira confessou: “Infelizmente, o núcleo não está como gostaríamos, eu próprio estou limitado no tempo porque trabalho fora de Beja, aos fins de semana tenho jogos como árbitro de hóquei em patins e ainda sou observador de futebol. Os meus colegas fazem o que podem, infelizmente as coisas não têm corrido bem, vamos eleger uma nova direção, veremos se conseguimos assim inverter a situação e melhorar alguma coisa”. O responsável sublinha, no entanto, “a boa prestação dos árbitros desta especialidade”: “Na área do futsal subiram dois árbitros à 2.ª divisão nacional, é excelente para um distrito que tem meia dúzia de equipas a disputar um campeonato distrital”, concluiu.

Marcha e multimédia dividem-lhe o coração

Um campeão a “três dimensões” Gonçalo Bejinha nasceu em Moura há 24 anos. Destacou-se no atletismo, na especialidade de marcha atlética, onde ganhou vários títulos nacionais e internacionais. Texto e foto Firmino Paixão

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o ano de 2003, quando treinava, sofreu um atropelamento que lhe causou ferimentos graves, contrariedade que superou com a determinação de um grande campeão. Entre 2007 e 2010 concluiu uma licenciatura em Educação e Comunicação Multimédia, especializando-se na modulação em três dimensões, área que é a sua nova paixão. Dedica-se à edição de uma página na Internet (www.goncalobejinha.com) onde apresenta várias demonstrações (demos) de um projeto cujo produto final será a construção da sua cidade. Desempregado, mantém vivo o amor pelo atletismo enquanto espera que alguma entidade repare no seu talento e criatividade.

Tinha potencial para chegar mais longe?

Tenho cem por cento a certeza disso, tanto que o meu irmão, que era o meu treinador, está permanentemente a incentivar-me para regressar. Lembra-me que ainda sou novo e que os Jogos Olímpicos ainda estariam no meu horizonte, porque até aos 30 anos teria margem de progressão. O regresso ao atletismo não está de lado?

Esta paixão continua comigo, sei que tenho talento para mostrar mais alguma coisa, mas condiciono um eventual regresso à existência de melhores apoios. Há uma altura em que queremos estabilizar, o atletismo não era modo de vida. A licenciatura veio na esperança de arranjar um emprego estável numa área que gosto muito que é a multimédia e a informática digital. Uma área muito apelativa que tem muito futuro. Estou a trabalhar muito nas três dimensões (3D), uma área muito inovadora. GONÇALO MIGUEL REIS BEJINHA Nascido em Moura a 25/08/1986 Clubes: Os Leões de Moura, Zona Azul de Beja, Juventude Desportiva das Neves, N. A. Alcabideche e Juventude Desportiva das Neves.

A marcha atlética faz parte do passado?

Faz parte do passado mas continua dentro de mim. Estou a começar uma nova fase, licenciei-me em Educação e Comunicação Multimédia, estou à espera de novas oportunidades dentro da área de informática. Abandonar o atletismo foi opção sua?

Não tive outra alternativa. Não tinha apoios suficientes, e quando falo de apoios não falo daqueles que são dados aos futebolistas, sem querem desvalorizar ninguém, mas eu precisava de algum tempo para treinos diários ou estagiar em altitude. Eram esses apoios que me faltavam para poder evoluir e ser um grande atleta de elite.

Palmarés: Dez títulos nacionais nas categorias de juvenis, juniores e esperanças, nas distâncias de cinco, 10, 20 e 35 quilómetros (marcha atlética em estrada e em pista); dois terceiros lugares (10 quilómetros pista juniores e cinco quilómetros pista coberta esperanças); 1.º na Taça FPA de Marcha 2003/2004 (Quarteira); 1.º no Grand Prix Race Walk Dublin (2004/2005), com recorde do circuito e mínimos para o Europeu de Juniores; 1.º no Dublin International Grand Prix of Race Walking, 10 quilómetros (2005); 12.º no Campeonato do Mundo de Jovens, 10 quilómetros, Canadá, 2003; 26.º na Taça do Mundo, 10 quilómetros, Alemanha, 2004; 14.º no Campeonato da Europa de Juniores, 10 quilómetros, Lituânia, 2005. Recorde Nacional dos 35 quilómetros, Mealhada,2007.

O património de Moura domina a sua página na Internet?

Destaquei-me na modulação e programação em 3D, áreas onde obtive as melhores notas e tentei fazer algo inovador. Fiz um jogo, depois virei-me para a minha cidade e, aos poucos, comecei a construir todos os seus monumentos e espaços públicos em 3D. Ainda não tenho a cidade completa, mas o meu projeto final é construir a cidade de Moura em 3D e com animação. É um projeto único no mundo. Com que objetivos?

O objetivo é dar utilidade a estes projetos. Foquei-me nos monumentos principais da cidade, se for preciso consigo modular o interior e posso apresentar uma visita virtual de cada um desses espaços. Julgo que as autarquias poderão ter interesse nestes projetos, que podem servir de promoção turística ou publicitação de eventos. A comunidade mourense reconhece esse trabalho?

Tem havido um bom reconhecimento, porque este trabalho é algo inovador, algo que fascina. Nós não podemos ver todos os ângulos da cidade e em 3D podemos proporcionar isso até às pessoas que nunca estiveram em Moura, uma visita virtual à cidade. Que país é este onde um jovem de 24 anos com um grande potencial desportivo e criativo está no desemprego?

É triste! Consegui tantos títulos desportivos, agora estou a fazer este trabalho invulgar, acho que tenho algum talento, já mostrei que sou uma pessoa responsável e que mereceria uma oportunidade para fazer o que gosto. Não tenho tido muita sorte, mas sou um lutador, nunca desisto e magoa-me que neste país não se ajudem mais as pessoas como eu.


D Diário do Alentejo 229 julho 2011

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Aprender a Brincar em Serpa

Durante as férias letivas a Câmara Municipal de Serpa tem promovido a iniciativa Aprender a Brincar, que inclui atividades lúdicas, desportivas e pedagógicas destinadas a crianças dos seis aos 12 anos. De segunda a sexta, das 8 e 45 às 12 e 30 horas e das 13 e 45 às 17 e 30 horas na Escola do Pólo 3, em Serpa. Informa-te.

Vitória, estória vitória conta a tua

ovelha negra

Há um rebanho tresmalhado e a ele juntou-se uma ovelha negra, descobre-a.

Dica da semana Quantas vezes pediste uma caneta para jogares ao jogo do o galo? É verdade, um jogo simples, mas que tem entretido gerações. Nós fomos descobrir o trabalho de uma artesã que se dedica a perdurar estes jogos tradicionais. (http:// oficinadoachado.blogspot.com/). Pede ajuda à tua mãe, avó ou a uma amiga para te ajudar a fazer este jogo do galo portátil. Podes ainda substituir as peças de madeira por tampas de garrafa de duas cores.

A páginas tantas ... A barriga da mãe cresce, cresce... Que estará a passar-se? Anne Crahay e Florian Rudzinski dão uma ajuda através de uma menina que tenta perceber o que se está a passar, permitindo que os mais pequenos descubram o ‘segredo’ que é o desenvolvimento de um ser humano. Curiosa ela observa e imagina um mundo inteiro de móveis e acessórios, pois só isso explica o tamanho daquela barriga, a razão porque a mãe enjoa, porque segura a barriga com as duas mãos, porque tem dores de costas. “Ponho o nariz junto à barriga, espreito pelo buraco do umbigo e… o que é que eu vejo dentro da barriga da mãe? Um bebé!”

Rosa, 7 anos , Vimieiro (lenda “O Milagre das Rosas”)


O Cais da Planície, no parque da Cidade, em Beja, recebe hoje à noite, a partir das 22 e 30 horas, os Ex Oriente Lux, banda lendária da cidade que já conta com 26 anos de existência e que está de regresso depois de alguns anos de interregno. Luís Campaniço (voz), Deodato Pereira (baixo), Luís Faria (guitarra) e José Luís (bateria) são os elementos da formação atual, que se define como “um grupo de amigos que procura realizar um sonho que data desde a mais tenra infância”.

Fim de semana

Eduardo Santos Neves expõe no espaço Oficinas O espaço Oficinas, em Aljustrel, abre hoje portas à exposição de pintura “Narrativa do nosso universo”, do artista plástico Eduardo Santos Neves. A mostra, que é inaugurada pelas 18 horas, vai estar patente até 3 de setembro, revelando um autor que, segundo a crítica, “tem explorado de forma contínua os processos da representação plástica: da experimentação das técnicas, do jogo estruturante, permanente, das composições, das formas, das texturas, da cor”.

Festival de Sines chega ao fim amanhã

M

Entradas em festa com Noites em Santiago

Ervidel organiza primeira Feira do Livro

A avenida de Nossa Senhora da Esperança, em Entradas, recebe a partir de hoje, sexta-feira, e até domingo, 31, mais uma edição das tradicionais Noites em Santiago. Um programa que contempla exposições, música, animação de rua, tourada, procissões, bailes e encontros de grupos corais, reservando também um lugar especial para o artesanato local e para a gastronomia. Os destaques vão para XII Corrida de Touros da Rádio Castrense (hoje, pelas 22 horas, no Campo das Escolas) e para a atuação da Bandalusa (amanhã, sábado, a partir da meia-noite).

Ervidel vai realizar a sua primeira Feira do Livro entre amanhã, sábado, e domingo, um evento organizado pela junta de freguesia local que defende a leitura como algo “essencial” que, além de nos “ajudar a sonhar, faz-nos pensar”. Hora do conto (com Ângela Santos), conversas com escritores (José Fanha), música (com Paulo Ribeiro) e contos (com Jorge Serafim), para além dos livros, só por si, são as propostas desta edição inaugural, que decorrerá no Centro Cultural Freguesia de Unidade de Ervidel.

Virgem Suta sobem até Avis Os bejenses Virgem Suta são cabeça de cartaz da Feira Franca de Avis, concelho do distrito de Portalegre, evento que decorre entre hoje, sexta-feira, e domingo, 31. No primeiro dia subirão ao palco os espanhóis La Frontera, mas amanhã, o dia grande da festa, a noite será animada pelos autores de “Linhas cruzadas” e “Dança de balcão”. No domingo será a vez de Miguel Gameiro, ex-líder dos Pólo Norte, apresentar o seu projeto a solo.

Nova música magrebina encerra FMM

embro destacado da Orchestre National de Barbès, onde ajudou a renovar a música magrebina, o cantor, percussionista e tocador de guembri Aziz Sahmaoui leva ao Festival Músicas do Mundo (FMM) o seu projeto a solo com a University of Gnawa, uma plataforma musical onde cabem Marrocos, Senegal e França. Agendado para perto da uma da madrugada de amanhã, sábado, é este o concerto de encerramento da programação de 2011 no castelo, uma fusão entre o registo religioso do gnawa, o chaabi, estilo festivo marroquino, os sons da África Negra, o jazz e o rock, com direito ao habitual fogo-de-artifício. Até lá, e ainda hoje, sexta-feira, passam pelo palco principal do FMM quatro projetos que representam Portugal, Rússia, França e Marrocos. A abrir, pelas 18 e 45 horas, apresentam-se os Lisbon Underground Music Ensemble (LUME), uma big band de autor criada por Marco Barroso que reúne alguns dos melhores músicos portugueses do jazz e da clássica. Seguem-se, pelas 21 e 45 horas, o trio feminino Ayarkhaan, que lidera o movimento de revitalização da música da república russa da Iacútia, e, já depois das 23 horas, o projeto francês Marchand vs Burger “Before Bach”, no qual se juntam o cantor Erik Marchand e o guitarrista Rodolphe Burger, levando como convidado especial Mehdi Haddab (Speed Caravan). Cabe aos alemães Dissidenten, uma das bandas que mais contribuiu para abrir a música ocidental aos sons do resto do mundo, o encerramento do serão de hoje, no castelo, já perto da uma da madrugada. Mas quem quiser continuar a festa pode ainda descer até à avenida da Praia (Vasco da Gama) para ouvir os Experimentar Na M’Incomoda, projeto em que a música tradicional açoriana se redescobre através do digital. Chegada da Ilha da Reunião, território francês no oceano Índico, Nathalie Natiembé, considerada como uma das vozes mais originais da atual música africana, é a aposta do FMM para abertura do palco do castelo, amanhã, sábado, pelas 18 e 45 horas. O registo africano mantém-se nos concertos seguintes, protagonizados pelo cabo-verdiano Mário Lúcio, fundador dos históricos Simentera, e pela dupla Sly & Robbie, a seção rítmica que mudou o reggae, que volta ao FMM com Junior Reid, um dos cantores jamaicanos em melhor forma, uma década passada sobre o concerto histórico dos Black Uhuru em Sines. Na avenida da Praia, perto das três das madrugada, os enérgicos, globais e multicolores Kumpania Algazarra asseguram-se de que a festa não termine até o sol raiar.

21 Diário do Alentejo 29 julho 2011

Ex Oriente Lux no parque da Cidade


Nadir Afonso na Fundação Eugénio de Almeida

Diário do Alentejo 29 julho 2011

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“Nadir Afonso – Absoluto”, uma mostra que reúne 90 obras “de um incontornável nome do surrealismo português do século XX”, está patente ao público na Fundação Eugénio de Almeida, em Évora, até 11 de setembro. Para além de uma tapeçaria e alguns óleos determinantes no percurso artístico de Nadir, a exposição apresenta “cerca de 80 desenhos e estudos inéditos que constituem referências fundamentais no processo criativo do pintor”, também ensaísta e arquiteto. A exposição é realizada em parceria com o Museu da Presidência da República.

Boa vida

Ingredientes para a salada :

Ingredientes para o molho:

1 ovo picado 1 colher de sopa com mostarda Sumo de 1 limão 2 dl de natas q.b. de sal fino q.b. de pimenta preta moída Preparação da salada: Retire a pele e os ossos ao frango e corte-o aos bocados pequenos. Corte o queijo, a maçã, os rabanetes e o tomate aos cubos. Lave a alface e corte da forma que desejar. Envolva todos os ingredientes numa taça. Preparação do molho: Junte todos os ingredientes numa tigela. Retifique os temperos a seu gosto. Coloque todos os ingredientes numa taça envolva o molho e sirva bem fresco… Bom apetite…. António Nobre Chefe executivo de cozinha – Hotéis M’AR De AR, Évora

New York Art Quartet “Old Stuff”

A

Comer Salada fresca de frango com nozes 1 frango assado ou cozido 1 queijo fresco 2 maçãs 1 alface 40 g. de nozes 1 cenoura ralada 8 rabanetes 2 tomates maduros

Jazz

Noites na Nora Nuno Prata e A Caruma e o fim do Noites na Nora

E

entretanto já passou um mês de verão. Com o fim do mês de julho chega também ao final, amanhã, sábado, mais uma edição do Noites na Nora. Dias de calor, amenizados por noites de entusiasmo e inspiração que, quem tem passado pelo espaço da Nora, em Serpa, tem partilhado sem, por momentos, ter inveja dos que andam a banhos por Monte Gordo e outras colónias de férias do Algarve. Na sua 12.ª edição, o Noites na Nora (como habitualmente) brindou ao que de melhor se faz em Portugal e acolheu uma seleção de esperanças que ainda acredita num futuro da (e para a) cultura portuguesa. Fruto dos tempos por um lado, por contingências financeiras por outro, e porque eles são realmente do melhor que atualmente se faz na música em Portugal, este foi o ano dos novos cantautores. Depois de Márcia e B Fachada é a vez de Nuno Prata subir ao palco. Ex-baixista da extinta e saudosa banda Ornatos Violeta, Nuno Prata não se sente muito confortável com a designação de cantautor, garantindo que compõe apenas com o objetivo de intervenção nele próprio. Pode ser Nuno, mas as letras simples e diretas das canções de “Deve haver” são reflexo fiel de uma geração e de um país. O ensaio quotidiano da vida de “alguém” com um “emprego precário, um part-time temporário” em “Um dia não são dias não” é o retrato da vida de milhares de portugueses. E quase que apetece dizer: “Cala-te e come, passaste ao lado da tua revolução/Cala-te e come, foste capaz de tomar a tua própria indecisão/Cala-te e come, corre canais à procura de distração”, como canta o músico portuense. “Deve haver” é o segundo álbum a solo de Nuno Prata. Onze canções originais (produzidas por Hélder Gonçalves) e uma versão em português de “Used To Be”, de Gordon Gano, dos Violent Femmes, com o título “Isso Foi Antes”, para ouvir, refletir e usufruir hoje, sexta-feira, às 22 e 30 horas. Amanhã, sábado, a crueza das palavras de Nuno Prata dá lugar à música “pop marialva traçada a tinto fanfarra com tiques à Emir Kusturica” de A Caruma e assinala o fim de Noites na Nora em festa, depois de cinco concertos, seis espetáculos de teatro, uma sessão de stand up comedy, uma residência artística e uma de cinema. Se é um daqueles (muitos) que não está a banhos ainda está a tempo de vir até Serpa e desfrutar das “noites mais agradáveis do Alentejo”, proporcionadas pela Baal17 – Companhia de Teatro. Se está mais longe, e porque “Um dia não são dias”, venha também. O encontro, a conversa, a tertúlia, a intimidade entre o palco e a plateia, a troca de opinião após o espetáculo com os artistas que permanecem no espaço, a dança, a alegria e a festa cada vez mais necessária são promessa desta casa, que é também a sua casa. E para o ano (esperamos) há mais. Boas férias! Sandra Serra

existência do New York Art Quartet (NYAQ) resume-se a cerca de um ano e meio de atividade e a dois discos oficiais de estúdio: o primeiro homónimo, de 1964, e “Mohawk”, do ano seguinte. A outra gravação disponível comercialmente é um registo não autorizado feito ao vivo em Hilversum, Holanda, em 1965, creditado ao trombonista Roswell Rudd, na etiqueta francesa America. As forças motrizes deste quarteto foram Rudd e o saxofonista John Tchicai, que se haviam conhecido em 1963, quando ambos trabalhavam com Bill Dixon. Porém, uma colaboração mais estreita só viria a efetivar-se no verão do ano seguinte, inicialmente com o contrabaixista Don Moore e o baterista J. C. Moses (os dois haviam tocado com Tchicai no New York Contemporary Five). Mas quando Milford Graves surgiu numa audição ficou claro que a sua abordagem polirrítmica era o complemento ideal para o conceito de improvisação livre que procuravam empreender. Para contrabaixista entrou entretanto Lewis Worrell. Após a saída deste, vários foram os músicos que ocuparam o lugar, de entre os quais avulta o nome de Reggie Workman, que gravou “Mohawk” e esteve presente na reunião do grupo 35 anos depois, em 1999, por iniciativa de Thurston Moore, dos New York Art Quartet Sonic Youth, fervoroso adepto – “Old Stuff” de free jazz. O NYAQ particiJohn Tchicai (saxofone pou na “October Revolution alto), Roswell Rudd in Jazz”, lendária série de con(trombone), Finn von certos organizada por Dixon Eyben (contrabaixo) e Cecil Taylor e que fixou coe Louis Moholo (bateria). ordenadas para os tempos Editora: Cuneiform que se seguiriam. Quando, Records no verão de 1965, Tchicai reAno: 2009 gressou a Copenhaga agendou alguns concertos com o grupo na Dinamarca e na Holanda, mas, dos outros membros, apenas Rudd conseguiu estar presente, vendo-se obrigado a ter de contratar novos músicos para completar a formação. Escolheu Finn von Eyben, um dos poucos contrabaixistas de Copenhaga a navegar nas mesmas águas, e o baterista sul-africano Louis Moholo, que havia chegado à Europa em 1964 e que aqui escutamos na sua primeira gravação de free jazz. Foi esta versão europeia que escreveu um pequeno mas importante capítulo da já de si curta história do NYAQ, período esse que surge documentado em “Old Stuff ”. Na Dinamarca o grupo tocou em duas datas: a primeira no célebre Montmartre Jazzhus e, 10 dias depois, na sala de concertos da rádio estatal dinamarquesa. No Concertgebouw de Amesterdão abriu para Ornette Coleman. Em momentos como “Rosmosis”, “Cool Eyes” e o tema-título é possível escutar na plenitude a vibrante interação entre Tchicai e Rudd, suportada pelo drive intenso proporcionado por Eyben e Moholo. “Sweet V” e “Kirsten” são peças mais espaçosas, mas onde se continua a sentir uma atmosfera de liberdade e de sentido de descoberta. Muito interessante é também a leitura de “Pannonica”, de Monk, que aqui parece ganhar novas cores. “Old Stuff” é um importante documento a acrescentar à esparsa discografia deixada pelo NYAQ. António Branco

Nota: António Branco interrompe esta coluna durante o mês de agosto, voltando a este espaço em setembro.


A Câmara Municipal de Odemira deu início à realização de passeios regulares de barco no rio Mira, que irão fazer a ligação entre Vila Nova de Milfontes e Odemira. Esta iniciativa tem como objetivo “contribuir para o desenvolvimento turístico da região, potenciando a beleza paisagística e os recursos naturais únicos que o concelho de Odemira tem para oferecer”. O rio Mira, que nasce na serra do

Música, exposição e venda de artesanato em Milfontes Durante todo o mês de agosto, a Associação de Reformados e Idosos de Vila Nova de Milfontes vai ter patente nas suas instalações uma exposição de artesanato e doces tradicionais, com o objetivo de angariar fundos para a instituição. Paralelamente, a partir de amanhã, sábado, a sede da associação vai ser palco para

Caldeirão, no Algarve, atravessa todo o concelho e “tem a sua majestosa foz junto a Vila Nova de Milfontes, oferecendo inúmeras possibilidades de ocupar o tempo, como a pesca ou a prática de atividades desportivas e de lazer”, destaca a autarquia. A ligação de barco irá decorrer regularmente de sexta-feira a domingo, até 2 de outubro, sendo o local de embarque o cais da Fateixa, em Vila Nova de Milfontes.

diversos espetáculos musicais com a participação de grupos corais e de cantares da região, entre os quais os grupos Cantares da Serra de São Martinho das Amoreiras, Canta São Teotónio, Ceifeiras do Malavado, Violas Campaniças de Corte Malhão, Orfeão Lira Cercalense e os corais de Vila Nova de Milfontes, São Luís e da Associação de Reformados e Idosos de Vila Nova de Milfontes. A Associação de

23 Diário do Alentejo 29 julho 2011

Passeios de barco no rio Mira

Reformados e Idosos de Milfontes conta atualmente com cerca de 1200 associados. Presta apoio domiciliário a cerca de 50 idosos, das freguesias de Milfontes e Longueira/ /Almograve. Fornece anualmente perto de 15 mil refeições e as suas viaturas percorrem 100 mil quilómetros por ano. A iniciativa conta com o apoio da Câmara de Odemira e juntas de freguesia do concelho.

I

naugurado em outubro de 2007, o Museu da Escrita de Almodôvar já recebeu largas centenas de visitantes. Vêm aqui com um motivo: conhecer a escrita mais antiga da Península Ibérica. Os vestígios desta escrita, com mais de 2 500 anos, estendem-se por toda a região do sudoeste peninsular, com destaque para o sul do Baixo Alentejo, Algarve, Andaluzia e Extremadura espanhola. Era aqui o “coração” da civilização tartéssica, que adaptou a escrita fenícia para uso próprio, criando uma outra e nova escrita. Até hoje esta escrita continua indecifrável. Como a maioria dos exemplares conhecidos têm sido encontrados em contextos funerários, nomeadamente em necrópoles, os especialistas consideram que, pelo menos, uma grande parte dos achados serão estelas funerárias, em xisto, dedicadas a personalidades importantes da época, no momento da morte. Rui Cortes é arqueólogo e responsável pelo museu, que pertence à Câmara Municipal de Almodôvar. Guia-nos nesta visita pelos dois andares do pequeno espaço museológico, agradável e com uma leitura fácil dos objetos expostos. “Não quisemos encher muito este espaço. Temos aqui alguns originais e algumas reproduções de estelas, mas não em grande número. A nossa ideia foi sempre permitir uma leitura simples dos objetos expostos e, por isso, tentámos não sobrecarregar o museu com muitas peças”, diz Rui Cortes, explicando o que se sabe da “escrita do sudoeste peninsular”. “Sabemos que tem claramente uma influência fenícia. Muitos dos carateres equivalem PUB

a carateres fenícios e o povo que aqui vivia – os Tartessos – acabou por adaptar essa escrita à língua que falava e criou, assim, uma escrita própria. No “Signário da Espanca”, que é uma pedra que contém todo este semialfabeto, os primeiros 19 carateres são de influência fenícia. “Os Tartessos acrescentaram-lhe mais oito carateres, para colmatar essas falhas fonéticas, e criaram uma nova escrita”, refere o arqueólogo. “Sabemos que o signário tem, por isso, no total, 27 carateres, existem pequenas variantes regionais e sabemos alguns valores fonéticos, alguns sons destes carateres. A escrita tem todas as vogais. Nas consoantes não tem o f, nem o g, mas tem o s, o r, algumas silábicas como o ka, ke, ko, o ta, te e outras de um som só. E escreve-se da direita para a esquerda”, diz Rui Cortes. Entre os achados mais significativos consta o chamado “Signário da Espanca”, uma pedra de xisto em que, no topo, o mestre terá desenhado os símbolos do alfabeto e em baixo um discipulo terá feito uma cópia, mais imperfeita. O “Signário da Espanca” integra a exposição permanente e é um dos seus ex-libris. “Como é que se chegou à conclusão de que era uma cópia? É simples. Se olharmos para a pedra veremos que na linha de cima os carateres são muito mais retilíneos, muito mais profundos e bem desenhados, enquanto que na linha de baixo os carateres repetidos estão mais imperfeitos, o que demonstra que quem os desenhou dominava mal a escrita. A linha de baixo é uma cópia da de cima feita por um discípulo que treinava para imitar o mestre”, afirma o responsável pelo museu. No primeiro andar do museu funciona

JOSÉ FERROLHO

Vamos lá saindo Museu da Escrita em Almodôvar A escrita mais antiga da Península está no Baixo Alentejo

Entre os achados mais significativos consta o chamado “Signário da Espanca”, uma pedra de xisto em que, no topo, o mestre terá desenhado os símbolos do alfabeto e em baixo um discipulo terá feito uma cópia, mais imperfeita.

um espaço para exposições temporárias. Agora está ali uma exposição sobre os Tartessos, o povo que criou esta escrita. Um povo com relações com toda a bacia do Mediterrâneo. “Apesar disso era um povo que tinha essencialmente estruturas rurais e que vivia numa espécie de monte alentejano, de estruturas retangulares, quase unifamiliares, geralmente localizados junto a ribeiros ou rios, porque aí é que estavam os recursos e os vales também eram mais ricos, enquanto que as linhas de água serviam-lhes de vias de comunicação. As necrópoles, em que muitas destas lápides foram encontradas, eram também perto desses lugares de habitação. O concelho de Almodôvar tem um grande número de ribeiros e rios e, por isso, é natural que esteja no centro deste fenómeno”, diz Rui Cortes, sublinhando que a existência deste museu poderá também contribuir para que um dia seja possível decifrar esta escrita, silenciosa no seu significado até aos dias de hoje. “É uma forma também de divulgar e chamar a atenção para esta escrita com 2 500 anos, aumentando o interesse por ela e pelo povo que a deixou gravada um pouco por toda a região”, conclui o arqueólogo, para quem “ainda há muito a fazer” no estudo e na preservação do rico espólio arqueológico existente no concelho. Carlos Júlio

Mesa – O Museu da Escrita do Sudoeste fica na rua do Relógio (junto à Torre do Relógio), em Almodôvar. Está aberto de segunda a domingo, das 10 às 13 horas e das 14 às 18 horas. Fecha aos feriados. O telefone é o 286 665 357.


Nº 1527 (II Série) | 29 julho 2011

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POR LUCA

Hoje, sexta-feira, 29, o céu vai estar limpo. A temperatura vai oscilar entre os 19 e os 36 graus centígrados. Amanhã, sábado, o sol vai brilhar e no domingo prevê-se céu pouco nublado e descida da temperatura.

António Caturra, artista autodidata

Artes comunicantes em Moura

que, conscientemente, tenho conduzido a minha vida em função das artes visuais.

Acontece, entre os dias 3 e 7 de agosto, a primeira edição do FAC – Festival de Artes Comunicantes. A organização deste festival ao ar livre e gratuito encontra-se a cargo do Teatro Fórum de Moura. O programa, segundo a organização, “prevê cerca de 30 apresentações diferentes tendo o teatro como centro, mas em diálogo com outras áreas artísticas, como as artes visuais, a música, a performance, e o cinema documental, entre outras”.

O que é a “pintura biosurrealista” à qual dedica o seu blogue?

“Cabo Verde…Terra de Encantos”

Um “amante de todas as artes”

R

espondendo ao apelo do público, o grupo Rastolhice tem o seu primeiro álbum, homónimo, pronto a sair, recheado de modas bem conhecidas do cancioneiro popular do Baixo Alentejo. António Caturra, um dos seus quatro elementos, revela um coração onde cabem todas as artes, fala da pintura enquanto forma privilegiada de expressão e define o seu próprio estilo, que dá nome a um blogue: “Pintura Biosurrealista”. Define-se como “amante de todas as artes e praticante de algumas”, mas é como artista plástico que mais se tem destacado. É a sua forma primordial de expressão?

É como autodidata que tenho abordado várias artes e desenvolvido os meus conhecimentos. O meu primeiro contacto direto com as artes acontece aos 12 anos, através do teatro, como ator no “Presépio”. Com 15 anos fiz parte do embrião que viria, no pós 25 de Abril, a originar o Grupo de Teatro da Boavista, que integrei durante alguns anos. Mais tarde trabalhei na companhia de teatro Arte Pública na área da cenografia, com presenças na Expo-98 e no Centro Cultural de Belém, entre outras. Também nesta vertente das artes trabalhei em produtos televisivos. Na companhia Lendias D´Encantar trabalhei como ator e como cenógrafo. A leitura é um dos meus vícios, o qual me levou experimentar o prazer da escrita. O cante é uma das boas fatalidades de ser baixo alentejano. As artes visuais são a expressão que encontro, mais colada à minha pele, para me evadir do espaço exíguo que sou, enquanto vulgar cidadão. Daí a ter algum lugar de destaque, não sei qual é a distância que vai. No entanto, não escondo o propósito de me afirmar neste universo artístico. Desde o final da adolescência PUB

António Caturra 53 anos, natural de Santa Clara de Louredo

É um autodidata com incursões em vários territórios artísticos. No teatro, como ator e cenógrafo. Na música, integrando alguns projetos de música tradicional alentejana, entre eles os Rastolhice, com João Cataluna, Pedro Mestre e Armando Torrão. Nas artes plásticas, a forma de expressão “mais colada” à sua pele, desenvolvendo um estilo próprio que define como “pintura biosurrealista”. Um terreno na “fronteira entre o abstrato e o figurativo”, cujas formas sugerem as “viagens visuais” que se podem fazer através de um microscópio.

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O meu blogue é o reflexo da necessidade que sinto de nomear um estilo de pintura que abracei nos últimos anos, no qual me vejo diferenciado de todas as formas de pintura que conheço. Creio que atualmente a minha pintura congrega características que podem definir um estilo. O resultado da minha maneira de pintar pode situar-se num abstracionismo impuro, onde algumas formas se exibem com timidez, na fronteira entre o abstrato e o figurativo, por vezes apenas denunciadas pela própria sombra, em planos entrelaçados, pretendendo surpreender o olhar, piscando o olho ao real, provocando a interrogação através do absurdo. Boa parte dessas formas emergentes sugerem-me as viagens visuais que se podem fazer num microscópio e que enfatizam o prefixo “bio”: chamei-lhe pintura biosurrealista. Tem integrado alguns projetos de música tradicional, nomeadamente os Rastolhice, que têm um novo CD pronto a sair. O que se pode dizer sobre ele?

O CD “Rastolhice” é a resposta ao apelo do nosso público. Sempre que terminamos um concerto somos abordados por pessoas a solicitar CD. Era já uma vergonha não ter essa singela capacidade de resposta. É uma gravação feita em duas horas no Cineteatro de Portel, sem grandes pretensões mas que tem uma boa qualidade auditiva. Tanto na nossa interpretação como nos trabalhos de gravação e masterização. Quem comprar não fica defraudado. Entrevista de Carla Ferreira

O Museu Municipal de Vidigueira acolhe, até ao dia 14 de agosto, a exposição temporária “Cabo Verde...Terra de Encantos”, composta pela pintura de David Levy Lima e, entre outros, por uma mostra de artesanato de Cabo Verde. A exposição integra-se no âmbito de estágios curriculares dos cursos de Turismo Ambiental e Rural e de Animação Sociocultural da Escola Profissional Fialho de Almeida.

Grupo coral de São Luís faz anos Entre os dias 5 e 7 de agosto, a aldeia de São Luís vai estar em festa para assinalar o 10.º aniversário do Grupo Coral da Casa do Povo de São Luís. Um encontro de grupos corais, espetáculos com artistas populares e quermesse compõem o cartaz.

Cultura e desporto em Almograve A Associação Cultural, Recreativa e Desportiva da Longueira vai promover, entre os dias 8 e 14 de agosto, a 1.ª Semana Cultural e Desportiva da Freguesia de Longueira/Almograve, no concelho de Odemira, na qual haverá espaço para workshops, espetáculos musicais, artesanato e atividades desportivas.

Pintura ao ar livre em Odemira Pelo segundo ano consecutivo, nos dias 13 e 14 de agosto, a zona ribeirinha da vila de Odemira vai ser palco para um fim de semana de pintura ao ar livre promovido pela associação Sopa dos Artistas, com o apoio da câmara local. Teresa Calado, Miguel Carvalho, Angela Cassar de Sain, Gonçalo Condeixa, Maria da Fé, Sofia do Vale, Zenovy Klymco, Miguel Mascarenhas, Philipee Peseux e Otto Taufkirch são os artistas participantes.


Câmara de Beja investe na eficiência energética

Sexta-feira, 29 julho 2011 Nº 1527 (II Série)

Com base na estratégia de ecossustentabilidade, a Câmara Municipal de Beja aprovou, na última reunião de câmara, a formalização de candidatura para substituição da atual tecnologia de iluminação dos semáforos por tecnologia LED. A candidatura vai ser apresentada ao InAlentejo no âmbito do Plano de Promoção da Eficiência no Consumo, inserido na Estratégia Nacional para a Energia 2020. O projeto tem como objetivo “melhorar a eficiência energética nos consumos, com medidas de otimização do desempenho energético nos semáforos”. A medida engloba a cidade de Beja e as localidades de Beringel, Santa Vitória, Penedo Gordo e São Matias.

Cadernodois

Proprietário quer acabar com as barracas e com o lixo nas pequenas plantações em Boavista

As hortas da polémica As hortas de Santa Clara de Louredo (Boavista) andam envoltas em polémica, deixando os hortelões apreensivos. O proprietário do terreno, porém, explica: “As hortas vão continuar, mas não podem continuar a existir barracas nem acumulação de lixo”. As hortas deverão, no entanto, passar do lado direito para o lado esquerdo da estrada. O proprietário justifica a mudança “com a necessidade de aumentar a parcela que está junto ao muro da quinta”. Texto Bruna Soares Foto José Ferrolho

O

caminho de terra batida denuncia a chega às hortas de Santa Clara de Louredo, no concelho de Beja. Nos pequenos talhões alinhados estão pés de laranjeira, leiras de hortelã, alhos e, entre outras hortícolas e frutícolas, coentros aos molhos. As hortas de Santa Clara de Louredo ou Boavista têm andado, porém, na boca do mundo. O motivo da especulação é a continuação ou não da existência das mesmas, uma vez que estão instaladas num terreno privado propriedade de Francisco Castro Ribeiro, descendente do fundador da aldeia. O “Diário do Alentejo” foi às hortas, não para colher os frutos, mas para perceber a verdadeira história e falou com os hortelões, mas também com o proprietário do terreno. “A conversa generalizou-se. Ninguém sabe de onde partiu e se tem ou não fundamento, mas comenta-se que o proprietário das terras [Francisco Castro Ribeiro] quer acabar com as hortas”, conta apreensivo Raúl Colaço, um dos hortelões. O homem encosta-se à sua bicicleta e considera: “Isto é um terreno com água, passa aqui um ribeiro junto às hortas. O proprietário deve ter outros interesses para ele. Todos sabemos que a água vale ouro”. PUB

Boavista Hortelões cultivam os terrenos cedidos há mais de 20 anos

Mas as hortas vão ou não deixar de existir? Francisco Castro Ribeiro garante: “Sempre houve da nossa parte toda a vontade de manter as hortas. Queremos continuar a possibilitar que as pessoas mais necessitadas tenham um complemento, que nestes tempos mais conturbados é muito importante. Vai continuar a haver hortas e as pessoas não têm a menor razão de preocupação”. Nesse assunto, segundo o proprietário, a única coisa que muda é a localização das mesmas, que é o mesmo que dizer o lado da estrada, uma vez que “as hortas deverão passar do lado direito para o lado esquerdo”. Castro Ribeiro explica: “Necessitamos de aumentar a parcela que está junto ao muro

da quinta, daí querermos mudar as hortas do atual lado direito da estrada para o lado esquerdo. A área é a mesma e está apenas a 10 metros do local atual”. Francisco Castro Ribeiro, porém, garante: “Vai continuar a haver hortas, mas não podem continuar a existir barracas, como por exemplo cercas feitas de chapa, madeira podre e paletes”. E acrescenta: “Esta condição é inegociável e se as pessoas quiserem continuar a ter hortas terão que a respeitar, uma vez que as barracas são ilegais, um problema de saúde pública e uma afronta ambiental”. O proprietário garante que muitas das barracas “estão abandonadas” e que “as pessoas que têm horta levam todos os utensílios

para casa”, uma vez que estas são “frequentemente assaltadas”. Na verdade, para Francisco Castro Ribeiro, “as barracas acumulam lixo e são verdadeiros viveiros de ratos, cobras e outras pragas”. José Monteiro, reformado, é um dos muitos hortelões que semeia no local e diz: “Se um dia quiserem acabar com isto não sei como vai ser. Para nós é um passatempo e uma grande ajuda. Sempre colhemos algo para comer”. E lembra: “Todos nós investimos alguma coisa aqui. Quase todas as hortas têm um poço e sempre gastámos aqui algum dinheiro. Mesmo que se mude de local não sei como vai ser”. Francisco Castro Ribeiro tem consciência que a maioria das hortas são plantadas por reformados e que os alimentos que lá produzem são um contributo para o orçamento familiar e, neste sentido, diz: “Esta questão está totalmente acautelada e por isso queremos manter as hortas, proporcionando uma ajuda a quem mais precisa”. Segundo o proprietário, existem, no entanto, “algumas pessoas que têm negócios instalados e que fornecem mercado e alguns restaurantes, de forma totalmente ilegal” e que “são estes poucos que estão a levantar problemas”. O proprietário lembra ainda que a “generalidade das freguesias está a apostar nas hortas comunitárias”, e afirma: “Na Boavista vamos seguir esta tendência, no entanto, e ao contrário da maioria das povoações, é graças aos proprietários que existem”, diz, recordando que “em 2008 foi proposto à junta de freguesia que assumisse a gestão do espaço e a junta não quis”. Por fim, Francisco Castro Ribeiro defende: “A nossa posição é simples: pode haver hortas, mas tudo o resto não faz sentido”. “Algumas pessoas querem levar a questão para um lado político francamente negativo. Não há aspetos políticos neste assunto, mas temos em conta e acautelamos todos os aspetos sociais”, conclui.


2 / cadernodois / Diário do Alentejo /29 de julho de 2011

saúde Análises Clínicas

Medicina dentária ▼ Dr.ª Heloisa Alves Proença Médica Dentista Directora Clínica da novaclinica

Laboratório de Análises Clínicas de Beja, Lda. Dr. Fernando H. Fernandes Dr. Armindo Miguel R. Gonçalves Horários das 8 às 18 horas; Acordo com beneficiários da Previdência/ARS; ADSE; SAMS; CGD; MIN. JUSTIÇA; GNR; ADM; PSP; Multicare; Advance Care; Médis FAZEM-SE DOMICÍLIOS Rua de Mértola, 86, 1º Rua Sousa Porto, 35-B Telefs. 284324157/ 284325175 Fax 284326470 7800 BEJA

Cardiologia

RUI MIGUEL CONDUTO Cardiologista - Assistente de Cardiologia do Hospital SAMS CONSULTAS 5ªs feiras CARDIOLUXOR Clínica Cardiológica Av. República, 101, 2ºA-C-D Edifício Luxor, 1050-190 Lisboa Tel. 217993338 www.cardioluxor.com Sábados R. Heróis de Dadrá, nº 5 Telef. 284/327175 – BEJA MARCAÇÕES das 17 às 19.30 horas pelo tel. 284322973 ou tm. 914874486

MARIA JOSÉ BENTO SOUSA e LUÍS MOURA DUARTE

Cardiologistas Especialistas pela Ordem dos Médicos e pelo Hospital de Santa Marta Assistentes de Cardiologia no Hospital de Beja Consultas em Beja Policlínica de S. Paulo Rua Cidade de S. Paulo, 29 Marcações: telef. 284328023 - BEJA

Exclusividade em Ortodontia (Aparelhos) Master em Dental Science (Áustria) Investigadora Cientifica - Kanagawa Dental School – Japão Investigadora no Centro de Medicina Forense (Portugal) Rua Manuel Antó António de Brito n.º n.º 6 – 1.º 1.º frente. 78007800-522 Beja tel. 284 328 100 / fax. 284 328 106

FERNANDA FAUSTINO

FAUSTO BARATA

ALI IBRAHIM Ginecologia Obstetrícia Assistente Hospitalar

Consultas segundas, quartas, quintas e sextas Marcações pelo tel. 284323028 Rua António Sardinha, 25r/c dtº Beja

CLÍNICA MÉDICA ISABEL REINA, LDA.

Obstetrícia, Ginecologia, Ecografia CONSULTAS 2ªs, 3ªs e 5ªs feiras Rua Zeca Afonso, nº 16 F Tel. 284325833

FRANCISCO BARROCAS

Psicologia Clínica Psicoterapeuta e Terapeuta Familiar Membro Efectivo da Sociedade Portuguesa de Terapia Familiar e da Associação Portuguesa de Terapias Comportamental e Cognitiva – Lisboa Beja: CLINIPAX, Rua Zeca Afonso, nº 6 - 1º-B, 7800-522 Beja Tel./Fax 284322503 TM. 917716528 Albufeira: OFICINA DOS MIMOS – CENTRO DE DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA E DA FAMÍLIA DO SUL, Quinta da Correeira, Lote 49, 8200-112 Albufeira Tel. 289541802

Técnica de Prótese Dentária Vários Acordos

(Diplomada pela Escola Superior de Medicina Dentária de Lisboa) Rua General Morais Sarmento. nº 18, r/chão Telef. 284326841 7800-064 BEJA

Tm. 969420725

Cirurgia Vascular

Oftalmologia

HELENA MANSO

JOÃO HROTKO

CIRURGIA VASCULAR TRATAMENTO DE VARIZES

Médico oftalmologista Especialista pela Ordem dos Médicos Chefe de Serviço de Oftalmologia do Hospital de Beja

Convenções com PT-ACS

Consultas de 2ª a 6ª

CONSULTÓRIOS: Beja Praça António Raposo Tavares, 12, 7800-426 BEJA Tel. 284 313 270 Évora CDI – Praça Dr. Rosado da Fonseca, 8, Urb. Horta dos Telhais, 7000 Évora Tel. 266749740

Neurologia

Acordos com: ACS, CTT, EDP, CGD, SAMS.

Rua Bernardo Santareno, nº 10 Telef. 284326965 BEJA

Fisioterapia

Clínica Geral e Medicina Familiar (Fac. C.M. Lisboa) Implantologia Oral e Prótese sobre Implantes (Universidade de San Pablo-Céu, Madrid)

Medicina dentária ▼ Consultório

CONSULTAS EM BEJA 2ª, 4ª e 5ª feira das 14 às 20 horas EM BERINGEL Telef 284998261 6ª e sábado das 14 às 20 horas

Centro Médico de Beja Largo D. Nuno Álvares Pereira, 13 – BEJA Tel. 284312230

Fisioterapia

Centro de Fisioterapia S. João Batista

LUÍSA GALVÃO PSICOLOGIA CLÍNICA Consultas Crianças, Adultos e Avaliação Psicológica

CONSULTAS às sextas-feiras das 9 às 20 horas Tel. 284326965 Tlm. 967630950

DR. JAIME LENCASTRE Estomatologista (OM) Ortodontia

JORGE ARAÚJO Assistente graduado de ginecologia e obstetrícia ULSB/Hospital José Joaquim Fernandes Consultas e ecografia 2ªs, 4ªs, 5ªs e 6ªs feiras, a partir das 14 e 30 horas Marcações pelo tel. 284311790 Rua do Canal, nº 4 - 1º trás 7800-483 BEJA

Estomatologia Cirurgia Maxilo-facial ▼

Fisiatria – Dr. Carlos Machado Psicologia Educacional – Elsa Silvestre Psicologia Clínica – M. Carmo Gonçalves Tratamentos de Fisioterapia – Classes de Mobilidade – Classes para Incontinência Urinária – Reeducação dos Músculos do Pavimento Pélvico – Reabilitação Pós Mastectomia Acordos com A.D.S.E., ACS-PT, CGD, Medis, Advance Care, Multicare, Seguros Minis. da Justiça, A.D.M.F.A., S.A.M.S. Marcações pelo 284322446; Fax 284326341 R. 25 de Abril, 11 cave esq. – 7800 BEJA

Otorrinolaringologia ▼

DR. J. S. GALHOZ

DR. MAURO FREITAS VALE

Ouvidos,Nariz, Garganta

MÉDICO DENTISTA

Exames da audição

Prótese/Ortodontia

Consultas a partir das 14 horas Praça Diogo Fernandes, 23 - 1º F (Jardim do Bacalhau) Telef. 284322527 BEJA

Marcações pelo telefone 284321693 ou no local Rua António Sardinha, 3 1º G 7800 BEJA

Luís Payne Pereira Médico Dentista

DOENÇAS DO SISTEMA NERVOSO

Psiquiatria

Médico Psiquiatra Psicanalista da Sociedade Portuguesa de Psicanálise Membro da International Psychoanalytical Association SUPERVISÃO DE GRUPO EM PSICOTERAPIA Informações e Inscrições 91 790 28 36

Dr. José Loff

Orlando Fialho

OUTUBRO 2011

Clínica do Jardim Praça Diogo Fernandes, nº11 – 2º Tel. 284329975

Clínica Dentária

CONSULTAS às 3ªs e 4ªs feiras, a partir das 15 horas MARCAÇÕES pelos telfs.284322387/919911232 Rua Tenente Valadim, 44 7800-073 BEJA

Médico Especialista pela Ordem dos Médicos e Ministério de Saúde Generalista CONSULTAS DE OBESIDADE

Dermatologia

DRA. TERESA ESTANISLAU CORREIA

Urgências Prótese fixa e removível Estética dentária Cirurgia oral/ Implantologia Aparelhos fixos e removíveis VÁRIOS ACORDOS Consultas: de segunda a sexta-feira, das 9 e 30 às 19 horas Rua de Mértola, nº 43 – 1º esq. Tel. 284 321 304 Tm. 925651190 7800-475 BEJA Pneumologia

HORÁRIO: Das 11 às 12.30 horas e das 14 às 18 horas pelo tel. 218481447 (Lisboa) ou Em Beja no dia das consultas às quartas-feiras Pelo tel. 284329134, depois das 14.30 horas na Rua Manuel António de Brito, nº 4 – 1º frente 7800-544 Beja (Edifício do Instituto do Coração, Frente ao Continente)

Clínica Geral

GASPAR CANO

Consultas em Beja

HELIODORO SANGUESSUGA

DR. A. FIGUEIREDO LUZ

Marcação de consultas de dermatologia:

Neurologista do Hospital dos Capuchos, Lisboa

DR. JOSÉ BELARMINO

Marcações pelo telef. 284325059 Rua do Canal, nº 4 7800 BEJA

DRª CAROLINA ARAÚJO

JOSÉ BELARMINO, LDA.

Obesidade

Rua Capitão João Francisco de Sousa, 56-A – Sala 8 Marcações pelo tm. 919788155

Consultas de Neurologia

CLÍNICA MÉDICA DENTÁRIA

Ginecologia/Obstetrícia

Assistente graduado de Ginecologia e Obstetrícia

Psicologia

MÉDICO ESPECIALISTA EM CLÍNICA GERAL/ MEDICINA FAMILIAR Marcações a partir das 14 horas Tel. 284322503 Clinipax Rua Zeca Afonso, nº 6-1º B – BEJA

Psiquiatria

FERNANDO AREAL MÉDICO Consultor de Psiquiatria ▼

DOENÇAS PULMONARES ALERGOLOGIA

Consultório

Rua Capitão João Francisco Sousa 56-A 1º esqº 7800-451 BEJA Tel. 284320749

Sidónio de Souza

PARADELA OLIVEIRA

Ex-Chefe Serviço Hospital Pulido Valente

Psiquiatra do Hospital de Beja

Consultas às 5ªs feiras Marcações: tel. 284 32 25 03 CLINIPAX Rua Zeca Afonso, nº 6 1º B - BEJA

Rua Cidade São Paulo, 29, BEJA Marcações: Tel. 284328023

Retoma as consultas na Policlínica São Paulo


3 / cadernodois / Diário do Alentejo /29 de julho de 2011

saúde PSICOLOGIA ANA CARACÓIS SANTOS – Educação emocional; – Psicoterapia de apoio; – Problemas comportamentais; – Dificuldades de integração escolar; – Orientação vocacional; – Métodos e hábitos de estudo

GIP – Gabinete de Intervenção Psicológica Rua Almirante Cândido Reis, 13, 7800-445 BEJA Tel. 284321592

_______________________________________ Manuel Matias – Isabel Lima – Ana Frederico Hugo Pisco Pacheco – Miguel Oliveira e Castro Ecografia | Eco-Doppler Cor | Radiologia Digital Mamografia Digital | TAC | Uro-TC | Dental Scan Densitometria Óssea Acordos: ADSE; PT-ACS; CGD; Medis, Multicare; SAMS; SAMS-quadros; Allianz; WDA; Humana; Mondial Assistance. Graça Santos Janeiro: Ecografia Obstétrica Marcações: Telefone: 284 313 330; Fax: 284 313 339; Web: www.crb.pt

Rua Afonso de Albuquerque, 7 r/c – 7800-442 Beja E-Mail: cradiologiabeja@mail.telepac.pt

CENTRO DE IMAGIOLOGIA DO BAIXO ALENTEJO ECOGRAFIA – Geral, Endocavitária, Osteoarticular, Ecodoppler TAC – Corpo, Neuroradiologia, Osteoarticular, Dentalscan Mamografia e Ecografia Mamária Ortopantomografia Electrocardiograma com relatório António Lopes – Aurora Alves – Helena Martelo – Montes Palma – Maria João Hrotko – Médicos Radiologistas – Convenções: ADSE, ACS-PT, SAD-GNR, CGD, MEDIS, SSMJ, SADPSP, SAMS, SAMS QUADROS, ADMS, MULTICARE, ADVANCE CARE

Horário: de 2ª a 6ª feira, das 8 às 19 horas e aos sábados, das 8 às 13 horas Av. Fialho de Almeida, nº 2 7800 BEJA Telef. 284318490 Pneumologia

Urologia

DR.ª FÁTIMA

AURÉLIO SILVA

CAETANO

UROLOGISTA

Doenças Respiratórias Alergias Respiratórias Apneia do Sono

Hospital de Beja Doenças de Rins e Vias Urinárias

Consultas às quintas-feiras Praça António Raposo Tavares, 12 – 7800-426 BEJA Tel. 284313270

Consultas às 6ªs feiras na Policlínica de S. Paulo Rua Cidade S. Paulo, 29 Marcações pelo telef. 284328023

BEJA

Drº Sidónio de Souza – Pneumologia/Alergologia/ Desabituação tabágica – H. Pulido Valente Drº Fernando Pimentel – Reumatologia – Medicina Desportiva – Instituto Português de Reumatologia de Lisboa Drª Verónica Túbal – Nutricionismo – H. de Beja Drª Sandra Martins – Terapia da Fala – H. de Beja Drº Francisco Barrocas – Psicologia Clínica/Terapia Familiar – Membro Efectivo da Soc. Port. Terapia Familiar e da Assoc. Port. Terapias Comportamental e Cognitiva (Lisboa) – Assistente Principal – Centro Hospitalar do Baixo Alentejo. Drº Rogério Guerreiro – Naturopatia Drº Gaspar Cano – Clínica Geral/ Medicina Familiar Drª Nídia Amorim – Psicomotricidade/Educação Especial e Reabilitação (dificuldades específicas de aprendizagem/dislexias) Drº Sérgio Barroso – Oncologia – H. de Beja Drª Margarida Loureiro – Endocrinologia/Diabetes/ Obesidade – Instituto Português de Oncologia de Lisboa Dr. Francisco Fino Correia – Urologia – Rins e Vias Urinárias – H. Beja Dr. Daniel Barrocas – Médico Interno de Psiquiatria – Hospital de Santa Maria Dr. Carlos Monteverde – Chefe de Serviço de Medicina Interna, doenças de estômago, fígado, rins, endoscopia digestiva. Dra. Ana Cristina Duarte – Pneumologia/ Alergologia Respiratória/Apneia do Sono – Assistente Hospitalar Graduada – Consultora de Pneumologia no Hospital de Beja Drª Isabel Martins – Chefe de Serviço de Psiquiatria de Infância e Adolescência/Terapeuta familiar – Centro Hospitalar do Baixo Alentejo Drª Paula Rodrigues – Psicologia Clínica – Hospital de Beja Drª Luísa Guerreiro – Ginecologia/Obstetrícia Drª Ana Montalvão – Hematologia Clínica /Doenças do Sangue – Assistente Hospitalar – Hospital de Beja Drª Ana Cristina Charraz – Psicologia Clínica – Hospital de Beja Dr. Diogo Matos – Dermatologia. Médico interno do Hospital Garcia da Orta. Dr. José Janeiro – Medicina Geral e Familiar – Atestados: Carta de condução; uso e porte de arma e caçador. Drª Joana Freitas – Cavitação, Lipoaspiração não invasiva,indolor e não invasivo, acção imediata, redução do tecido adiposo e redução da celulite Dr.ª Ana Margarida Soares – Terapia da Fala - Habilitação/Reabilitação da linguagem e fala. Perturbação da leitura e escrita específica e não específica. Voz/Fluência. Dr.ª Maria João Dores – Técnica Superior de Educação Especial e Reabilitação/Psicomotricidade. Perturbações do Desenvolvimento; Educação Especial; Reabilitação; Gerontomotricidade. Enfermeira Maria José Espanhol – Enfermeira especialista em saúde materna/Cuidados de enfermagem na clínica e ao domicílio/Preparação pré e pós parto/amamentação e cuidados ao recémnascido/Imagem corporal da mãe – H. de Beja Marcações diárias pelos tels. 284 322 503 Fax 284 322 503 Tm. 91 7716528 Rua Zeca Afonso, nº 6, 1º B, 7800-522 Beja clinipax@netvisao.pt

medicina geral e familiar Dr. Luís Capela

endocrinologia | diabetes | obesidade Drª Luísa Raimundo

terapia da fala Drª Vera Baião

psiquiatria e saúde mental Dr. Daniel Barrocas

Diversos Acordos

Įsioterapia | reabilitaĕĆo (pós-AVC/ pós-cirurgia/ traumatologia/ cinesioterapia/ coluna) Dr. Fábio Apolinário

ginecologia | obstetrícia | colposcopia Drª Ana Ladeira

psicologia clínica Drª Maria João Póvoas

psicologia educacional Drª Silvia Reis

podologia Dr. Joaquim Godinho

cirúrgia vascular Drª Helena Manso

medicina dentária Dr. Jaime Capela (implantologia) Drª Ana Rita Barros (ortodonƟa)

prótese dentária Téc. Ana Godinho

cirurgia maxilo-facial Dr. Luís Loureiro

pediatria do desenvolvimento Drª Ana SoĮa Branco

psicomotricidade | apoio pedagógico Drª Helena Louro Rua António Sardinha nº 23, 7800-447 Beja Telefone: 284 321 517|Tlm: 96 134 11 05 e-mail: clinibeja@gmail.com

Clínica Médico-Dentária de S. FRANCISCO, LDA. Gerência de Fernanda Faustino

Acordos: SAMS, ADMG, PSP, A.D.M.E., Portugal Telecom e Advancecare Rua General Morais Sarmento, nº 18, r/chão; TEL. 284327260 7800-064 BEJA


4 / cadernodois / Diário do Alentejo /29 de julho de 2011

institucional/diversos Diário do Alentejo nº 1527 de 29/07/2011 1ª Publicação

Diário do Alentejo nº 1527 de 29/07/2011 1ª Publicação

MINISTÉRIO DAS FINANÇAS

MINISTÉRIO DAS FINANÇAS

DIRECÇÃO-GERAL DOS IMPOSTOS

DIRECÇÃO-GERAL DOS IMPOSTOS

SERVIÇO DE FINANÇAS DE BEJA-0248

SERVIÇO DE FINANÇAS DE BEJA-0248

ANÚNCIO

ANÚNCIO

VENDA E CONVOCAÇÃO DE CREDORES

VENDA E CONVOCAÇÃO DE CREDORES

N.º da Venda: 0248.2011.61 - Prédio Rústico, inscrito na matriz predial do Concelho de Serpa, Freguesia de Vila Verde de Ficalho, Secção C, com o Artigo Matricial nº 92, com a Área Total de (ha) 0,187500, sendo utilizado como depósito de inertes de pedreira e de maquinarias. Manuel José Borracha Pólvora, Chefe de Finanças do Serviço de Finanças BEJA-0248, sito em PRACA DA REPUBLICA, BEJA, faz saber que irá proceder à venda por meio de propostas em carta fechada, nos termos dos artigos 248.º e seguintes do Código de Procedimento e de Processo Tributário (CPPT), do bem acima melhor identificado, penhorado ao executado infra indicado, para pagamento de divida constante em processo(s) de execução fiscal. É fiel depositário(a) o(a) Sr(a) SECUNDINO MILHANO DOMINGOS, residente em BEJA, que deverá mostrar aquele bem a qualquer potencial interessado (249.º/6 CPPT), entre as 16:00 horas do dia 2011-07-29 e as 16:00 horas do dia 2011-09-13. O valor base da venda (250.º CPPT) é de € 3.937,50. As propostas deverão ser enviadas via Internet, mediante acesso ao “Portal das Finanças”, em www.portaldasfinancas.gov.pt na opção “Venda de bens penhorados” ou entregues neste Serviço de Finanças, em carta fechada dirigida ao Chefe do Serviço de Finanças, mencionando o número da venda no envelope e na respectiva proposta, indicando nesta ultima, nome, morada e número de identificação fiscal do proponente. O prazo para recepção de propostas termina às 16:00 horas do dia 2011-09-13 procedendo-se à sua abertura pelas 10:00 horas do dia 2011-09-14, na presença do Chefe do Serviço de Finanças (253.º/a CPPT). Não serão consideradas as propostas de valor inferior ao valor base da venda (250.º/c CPPT). Se o preço mais elevado, com o limite mínimo do valor base para venda, for oferecido por mais de um proponente, abrese licitação entre eles, salvo se declararem que pretendem adquirir o(s) bem(ns) em compropriedade (253.º/b CPPT). Estando presente só um dos proponentes do maior preço, pode esse cobrir a proposta dos outros, caso contrário proceder-se-á a sorteio (253.º/c CPPT). A totalidade do preço deverá ser depositada, à ordem do órgão de execução fiscal, no prazo de 15 dias, contados do termo do prazo de entrega das propostas, mediante guia a solicitar junto do órgão de execução fiscal, sob pena das sanções previstas na lei do processo civil (256.º/e CPPT e 898.º Código de Processo Civil - CPC). No caso do montante superior a 500 unidades de conta, e mediante requerimento fundamentado, entregue no prazo de 5 dias, contados do termo do prazo de entrega de propostas, poderá ser autorizado o depósito, no prazo mencionado no parágrafo anterior, de apenas a uma parte do preço, não inferior a um terço, e o restante em até 8 meses (256.º/f CPPT). A venda pode ainda estar sujeita ao pagamento dos impostos que se mostrem devidos, nomeadamente o Imposto Municipal Sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis, o Imposto do Selo, o Imposto Sobre o Valor Acrescentado ou outros. Mais, correm anúncios e éditos de 20 dias (239.º/2 e 242.º/1 CPPT), contados da 2.ª publicação (242.º/2), citando os credores desconhecidos e os sucessores dos credores preferentes para reclamarem, no prazo de 15 dias, contados da data da citação, o pagamento dos seus créditos que gozem de garantia real, sobre o bem penhorado acima indicado (240.º/CPPT). Teor do Edital: Identificação do Executado: N.º de Processo de Execução Fiscal: 0248200701031279 (e apensos) NIF/NIPC: 111762120 Nome: SECUNDINO MILHANO DOMINGOS Morada: PCT JOSE GONÇALVES JERONIMO AIVECA N 11 2 DT - BEJA - BEJA 2011-07-13 O Chefe de Finanças: Manuel José Borracha Pólvora

N.º da Venda: 0248.2010.69 - A parte de 8000/49125 do Prédio Rústico inscrito na matriz predial do Concelho de Serpa, Freguesia de Vila Verde de Ficalho, Secção C do Artigo Matricial nº 19, com a Área Total de (ha) 4,912500, composto por olival e área de depósitos de inertes não aproveitáveis de pedreira. Manuel José Borracha Pólvora, Chefe de Finanças do Serviço de Finanças BEJA-0248, sito em PRACA DA REPUBLICA, BEJA, faz saber que irá proceder à venda por meio de propostas em carta fechada, nos termos dos artigos 248.º e seguintes do Código de Procedimento e de Processo Tributário (CPPT), do bem acima melhor identificado, penhorado ao executado infra indicado, para pagamento de divida constante em processo(s) de execução fiscal. É fiel depositário(a) o(a) Sr(a) SECUNDINO MILHANO DOMINGOS, residente em BEJA, que deverá mostrar aquele bem a qualquer potencial interessado (249.º/6 CPPT), entre as 16:00 horas do dia 2011-07-29 e as 16:00 horas do dia 2011-09-13. O valor base da venda (250.º CPPT) é de € 5.372,01. As propostas deverão ser enviadas via Internet, mediante acesso ao “Portal das Finanças”, em www.portaldasfinancas.gov.pt na opção “Venda de bens penhorados” ou entregues neste Serviço de Finanças, em carta fechada dirigida ao Chefe do Serviço de Finanças, mencionando o número da venda no envelope e na respectiva proposta, indicando nesta ultima, nome, morada e número de identificação fiscal do proponente. O prazo para recepção de propostas termina às 16:00 horas do dia 2011-09-13 procedendo-se à sua abertura pelas 10:00 horas do dia 2011-09-14, na presença do Chefe do Serviço de Finanças (253.º/a CPPT). Não serão consideradas as propostas de valor inferior ao valor base da venda (250.º/c CPPT). Se o preço mais elevado, com o limite mínimo do valor base para venda, for oferecido por mais de um proponente, abrese licitação entre eles, salvo se declararem que pretendem adquirir o(s) bem(ns) em compropriedade (253.º/b CPPT). Estando presente só um dos proponentes do maior preço, pode esse cobrir a proposta dos outros, caso contrário proceder-se-á a sorteio (253.º/c CPPT). A totalidade do preço deverá ser depositada, à ordem do órgão de execução fiscal, no prazo de 15 dias, contados do termo do prazo de entrega das propostas, mediante guia a solicitar junto do órgão de execução fiscal, sob pena das sanções previstas na lei do processo civil (256.º/e CPPT e 898.º Código de Processo Civil - CPC). No caso do montante superior a 500 unidades de conta, e mediante requerimento fundamentado, entregue no prazo de 5 dias, contados do termo do prazo de entrega de propostas, poderá ser autorizado o depósito, no prazo mencionado no parágrafo anterior, de apenas a uma parte do preço, não inferior a um terço, e o restante em até 8 meses (256.º/f CPPT). A venda pode ainda estar sujeita ao pagamento dos impostos que se mostrem devidos, nomeadamente o Imposto Municipal Sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis, o Imposto do Selo, o Imposto Sobre o Valor Acrescentado ou outros. Mais, correm anúncios e éditos de 20 dias (239.º/2 e 242.º/1 CPPT), contados da 2.ª publicação (242.º/2), citando os credores desconhecidos e os sucessores dos credores preferentes para reclamarem, no prazo de 15 dias, contados da data da citação, o pagamento dos seus créditos que gozem de garantia real, sobre o bem penhorado acima indicado (240.º/CPPT). Teor do Edital: Identificação do Executado: N.º de Processo de Execução Fiscal: 0248200901003844 (e apensos) NIF/NIPC: 111762120 Nome: SECUNDINO MILHANO DOMINGOS Morada: PCT JOSE GONÇALVES JERONIMO AIVECA N 11 2 DT - BEJA - BEJA 2011-07-13 O Chefe de Finanças: Manuel José Borracha Pólvora


5 / cadernodois / Diário do Alentejo /29 de julho de 2011

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6 / cadernodois / Diário do Alentejo /29 de julho de 2011

institucional/diversos Diário do Alentejo nº 1527 de 29/07/2011 Única Publicação

Diário do Alentejo nº 1527 de 29/07/2011 Única Publicação

NOTÁRIA DE OURIQUE

CARTÓRIO NOTARIAL DE MÉRTOLA

Maria Vitória Amaro

Conservador em substituição Alexandre José da Silva Santos

CERTIFICADO Certifico, para fins de publicação, que no dia vinte de Julho do ano dois mil e onze, no Cartório Notarial de Ourique, a folhas oitenta e três e seguintes, do Livro de Notas Para Escrituras Diversas número Quarenta e Cinco-D, se encontra exarada urna escritura de Justificação, na qual Maria Amália Guerreiro Venâncio Baião, casada com António Manuel da Conceição Baião, segundo o regime de comunhão de adquiridos, natural da freguesia e concelho de Almodôvar, residente na Rua Circular, n°62, Aldeia do Carrasco, Portimão, N.I.F. 155 260 979; e Mário Guerreiro Venâncio José, casado com Helena de Fátima Coelho Florindo José, segundo o regime de comunhão de adquiridos, natural de Joanesburgo, África do Sul, residente na Urbanização do Pateiro, Bloco 1, Casa A, Parchal, N.I.F. 187 857 415. Pelos primeiros outorgantes foi dito: Que as heranças de seus pais António José e mulher Felicidade Maria da Fátima Pedro, são donas e legítimas possuidoras, com exclusão de outrém, dos seguintes prédios situados na freguesia de São Miguel do Pinheiro, concelho de Mértola: a) Rústico denominado “Courela dos Malhões”, com a área de oito hectares três mil setecentos e cinquenta centiares, composto de cultura arvense e leitos de curso de água, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 67 da Secção N, com o valor patrimonial de €75,17, descrito na Conservatória do Registo Predial de Mértola sob o número cento e trinta e quatro – São Miguel do Pinheiro. b) Rústico denominado “Cerca das Oliveiras”, com a área de cento e vinte e cinco metros quadrados, composto de cultura arvense, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 25 da Secção M, com o valor patrimonial de €0,50, descrito na Conservatória do Registo Predial de Mértola sob o número cento e trinta e seis – São Miguel do Pinheiro. c) Rústico denominado “Cerca das Oliveiras”, com a área de quinhentos metros quadrados, composto de cultura arvense e oliveiras, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 27 da Secção M, com o valor patrimonial de €3,02, descrito na Conservatória do Registo Predial de Mértola sob o número cento e trinta e sete – São Miguel do Pinheiro. d) Rústico denominado “Caminho Martimlongo”, com a área de três hectares nove mil e quinhentos centiares, composto de cultura arvense e oliveiras, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 91 da Secção P, com o valor patrimonial de €36,08, descrito na Conservatória do Registo Predial de Mértola sob o número cento e cinquenta e seis – São Miguel do Pinheiro, os quais se encontram inscritos na matriz em nome de Manuel Inocêncio ou Manuel lnocêncio Guerreiro, pais de Felicidade Maria da Fátima Pedro. Que os identificados prédios vieram à posse de António José e mulher Felicidade Maria da Fátima Pedro, pais dos justificantes, por os terem adquirido por acto não titulado, por partilha com simultânea doação, meramente verbal, que com os demais interessados fizeram em dia que não podem precisar, mas no mês de Agosto do ano de mil novecentos e setenta e quatro, dos bens do casal Manuel Inocêncio e mulher Maria Dias, também conhecida por Maria Dias Pedro, residentes que foram no Monte da Corredoura, freguesia de São Miguel do Pinheiro, concelho de Mértola. Que, o dito Manuel lnocêncio, faleceu, sem testamento, no dia vinte e sete de Dezembro de mil novecentos e setenta e um, no estado de casado segundo o regime de comunhão geral de bens com Maria Dias, sucedendo-lhe como herdeiros os seus quatro filhos, João Manuel lnocêncio, Maria do Carmo Pedro, Felicidade Maria da Fátima Pedro e Encarnação Maria do Nascimento Guerreiro. Que, em meados de Agosto de mil novecentos e setenta e quatro, a viúva, Maria Dias, fez doação, não titulada, a todos os filhos da sua meação dos bens do extinto casal e seguidamente fizeram a partilha, também não titulada dos bens do extinto casal. Que, a partir daí os ditos Felicidade Maria da Fátima Pedro e marido António José tomaram posse dos identificados prédios, posse ininterrupta e sem oposição de quem quer que fosse. Que a posse exercida sobre os identificados prédios foi sempre em nome dos referidos Felicidade Maria da Fátima Pedro e marido António José, antepossuidores e após a sua morte os seus herdeiros, sempre continua e de boa fé. É assim tal posse pacífica, pública, contínua e durando há mais de vinte anos, facultando-lhes a aquisição do direito de propriedade do citado prédio por USUCAPIÃO, direito que pela sua própria natureza, não pode ser comprovado por qualquer título formal extrajudicial. Foi dado cumprimento ao disposto no artigo 99° do Código do Notariado. Nestes termos, e não tendo qualquer outra possibilidade de levar o seu direito ao registo, vêm justificá-lo nos termos legais. Está conforme o original Cartório Notarial de Ourique, da Notária, Maria Vitória Amaro, aos vinte de Julho de 2011. A Notária, Maria Vitória Amaro

DECLARAÇÃO Ana Cristina São Pedro do Rosário, declara para os devidos efeitos que revogou em 20-03-2011, a procuração por si outorgada no dia 18-03-2009, ao Sr. Nicolas Grilo, residente na Rua de Lisboa, nº17, em Beja.

CERTIDÃO NARRATIVA (Conforme Art° 100 do Código do Notariado) Alexandre José da Silva Santos, conservador em substituição do CartórIo Notarial de Mértola, certifica: Que, para efeitos de publicação foi lavrada em vinte e dois de Julho do ano de dois mil e onze neste Cartório notarial e exarada a partir de folhas quarenta e duas e seguintes do livro de notas para escrituras diversas número trinta-D, uma Escritura de Justificação Notarial, na qual António lnácio dos Santos, NIF 159.303.193, e mulher Ilda Maria David NIF 138.303.193, casados segundo o regime da comunhão geral de bens, naturais ele da freguesia de S. Miguel do Pinheiro e ela da freguesia de S. Pedro de Sólis, ambas do concelho de Mértola, residentes habitualmente em S. Pedro de Sólis declararam: Que são donos e legítimos possuidores, com exclusão de outrem dos seguintes prédios todos localizados na freguesia de S. Pedro de Sólis concelho de Mértola, a saber: a) Rústico, composto de cultura arvense, localizado ao sítio da Aldeia com a área de setecentos e cinquenta metros quadrados, a confinar do Norte, do Sul do Nascente e do Poente com via pública inscrito na matriz predial rústica em nome do justificante varão sob o artigo 106 secção D. Que, quanto ao prédio rústico atrás identificado os ora justificantes sempre o amanharam, plantaram, e colheram os respectivos frutos e quanto aos prédios urbanos anteriormente identificados pelas alíneas b) e c) sempre o habitaram, permanecendo e vivendo na casa identificada pelo artigo 653, pagando as respectivas contribuições tendo portanto os adquirido e, sem qualquer interrupção mantido a sua posse ostensivamente sem a oposição de quem quer que fosse e com conhecimento de toda a gente, agindo sempre por forma correspondente ao exercício do direito de propriedade, sendo por isso uma posse própria, pública, porque à vista de todos e sem a menor oposição de quem quer que seja, pacífica, porque exercida sem violência, continua, porque mantida ao longo de todos estes anos e de boa fé, a qual dura há mais de vinte anos, pelo que se verificam todos os requisitos legais para a aquisição do referido prédio invocando para tanto a usucapião. Que, dado o modo de aquisição, sem documento algum que titule suficientemente o seu direito e lhes permitam, para efeitos de registo predial, fazer prova do seu direito de propriedade sobre os aludidos prédios justificam a aquisição dos mesmos no presente acto por usucapião. É extracto certificado da escritura e vai conforme o original, declarando que, da parte omitida nada consta que altere, prejudique, modifique ou condicione a parte transcrita. São Vicente, vinte e dois de Julho de dois mil e onze. O Conservador, em substituição Alexandre José da Silva Santos

Diário do Alentejo nº 1527 de 29/07/2011 Única Publicação

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PROCEDIMENTO CONCURSAL Encontra-se aberto até ao dia 9 de Agosto de 2011, o procedimento concursal de selecção publicado no Diário da República, nº 142, 2ª Série, de 26 de Julho de 2011 – Aviso nº 14857/2011. Carreira: Assistente técnico Categoria: Assistente técnico Habilitações académicas: 12º ano Actividade: Serviços administrativos e financeiros (aprovisionamento e património) Número de postos de trabalho: 1 Duração do contrato: 1 ano As candidaturas deverão ser formalizadas mediante requerimento dirigido ao Presidente do Conselho Directivo da AMCAL, elaborado nos termos mencionados no respectivo aviso, entregues ou enviadas em correio registado com aviso de recepção para: AMCAL – Associação de Municípios do Alentejo Central Largo do Almeida, nº 1, 7940-114 Cuba Aos interessados recomenda-se a consulta no sítio www.bep.gov.pt. Eventuais esclarecimentos serão solicitados através do telefone 284 419 020 ou pelo seguinte e-mail: amcal@ amcal.pt Cuba, 26 de Julho de 2011. O Presidente do Conselho Directivo da AMCAL, Francisco António G. Orelha

Diário do Alentejo nº 1527 de 29/07/2011 Única Publicação

Diário do Alentejo nº 1527 de 29/07/2011 Única Publicação

AMCAL – ASSOCIAÇÃO DE MUNICÍPIOS DO ALENTEJO CENTRAL AMCAL – ASSOCIAÇÃO DE MUNICÍPIOS DO ALENTEJO CENTRAL

PROCEDIMENTO CONCURSAL Encontra-se aberto até ao dia 9 de Agosto de 2011, o procedimento concursal de selecção publicado no Diário da República, nº 142, 2ª Série, de 26 de Julho de 2011 – Aviso nº 14854/2011. Carreira: Técnico superior Categoria: Técnico superior Habilitações académicas: Licenciatura em contabilidade ou gestão de empresas Actividade: Serviços administrativos e financeiros (contabilidade) Número de postos de trabalho: 1 Duração do contrato: Tempo indeterminado As candidaturas deverão ser formalizadas mediante requerimento dirigido ao Presidente do Conselho Directivo da AMCAL, elaborado nos termos mencionados no respectivo aviso, entregues ou enviadas em correio registado com aviso de recepção para: AMCAL – Associação de Municípios do Alentejo Central Largo do Almeida, nº 1, 7940-114 Cuba Aos interessados recomenda-se a consulta no sítio www.bep.gov.pt. Eventuais esclarecimentos serão solicitados através do telefone 284 419 020 ou pelo seguinte e-mail: amcal@ amcal.pt Cuba, 26 de Julho de 2011. O Presidente do Conselho Directivo da AMCAL, Francisco António G. Orelha

PROCEDIMENTO CONCURSAL Encontra-se aberto até ao dia 9 de Agosto de 2011, o procedimento concursal de selecção publicado no Diário da República, nº 142, 2ª Série, de 26 de Julho de 2011 – Aviso nº 14853/2011. Carreira: Assistente técnico Categoria: Assistente técnico Habilitações académicas: 12º ano Actividade: Serviços de resíduos sólidos (aterro sanitário) Número de postos de trabalho: 1 Duração do contrato: Tempo indeterminado Áreas de recrutamento: O recrutamento ocorre entre os trabalhadores com relação jurídica de emprego público previamente estabelecida, atento o disposto no nº 4 do artigo 6º da Lei nº 12-A/2008, de 27 de Fevereiro. As candidaturas deverão ser formalizadas mediante requerimento dirigido ao Presidente do Conselho Directivo da AMCAL, elaborado nos termos mencionados no respectivo aviso, entregues ou enviadas em correio registado com aviso de recepção para: AMCAL – Associação de Municípios do Alentejo Central Largo do Almeida, nº 1, 7940-114 Cuba Aos interessados recomenda-se a consulta no sítio www.bep.gov.pt. Eventuais esclarecimentos serão solicitados através do telefone 284 419 020 ou pelo seguinte e-mail: amcal@amcal.pt Cuba, 26 de Julho de 2011. O Presidente do Conselho Directivo da AMCAL, Francisco António G. Orelha

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BALEIZÃO

†. Faleceu a Exma. Sra. D.

†. Faleceu a Exma. Sra. D.

†. Faleceu a Exma. Sra. D.

†. Faleceu a Exma. Sra. D.

MARIA FRANCISCA RODRIGUES OLIVEIRA, de 78 anos, natural de Vila Nova de São Bento - Serpa, solteira. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 22, da Capela do Bairro da Esperança, para o cemitério de Beja.

MARGARIDA RODRIGUES MADEIRA, de 80 anos, natural de Salvador - Beja, casada com o Exmo. Sr. António José Luiz. O funeral a cargo desta Agência realizouse no passado dia 23, das Casas Mortuárias de Beja, para o cemitério desta cidade.

ESPERANÇA DAS DORES LETRAS, de 80 anos, natural de Vila Alva - Cuba, viúva. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 25, da Casa Mortuária do Hospital de Beja, para o cemitério de Vila Alva - Cuba.

RUFINA DA CONCEIÇÃO AFONSO, de 88 anos, natural de Selmes - Vidigueira, viúva. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 26, da Casa Mortuária de Baleizão, para o cemitério local.

SÃO MATIAS

BEJA

BEJA

BEJA

†. Faleceu o Exmo. Sr.

†. Faleceu o Exmo. Sr.

†. Faleceu a Exma. Sra. D.

†. Faleceu a Exma. Sra. D. ANA ROSA DA COSTA PÁSCOA, de 73 anos, natural de Salvador - Beja, viúva. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 27, da Igreja Paroquial do Carmo, para o cemitério de Beja.

JESUS DOMINGUEZ ALVAREZ, de 78 anos, natural de Vendas Novas, casado com a Exma. Sra. D. Maria Isabel Correia Marciano Alvarez. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 28, da Igreja Paroquial do Carmo, para o cemitério de Ferreira do Alentejo, onde foi cremado.

JOAQUIM ANTÓNIO JÚLIO, de 80 anos, natural de Santiago Maior - Beja, casado com a Exma. Sra. D. Isabel Bárbara Guerreiro. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 28, das Casas Mortuárias de Beja, para o cemitério desta cidade.

Alcaria da Serra PARTICIPAÇÃO E AGRADECIMENTO

Vidigueira PARTICIPAÇÃO E AGRADECIMENTO

Angelina Rosa Amaro

José Augusto Maldonado

PARTICIPAÇÃO

Vimos participar o falecimento da Exma. Sra. Palmira Neto Martins Água Doce, de 93 anos de idade, viúva, natural de Alte, Loulé. O funeral realizou-se no dia 26/07/2011 das Capelas Mortuárias de Beja para o cemitério local.

Serpa

MARIA FANECO ROBERTO, de 86 anos, natural de Vale de Vargo - Serpa, viúva. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 27, da Igreja Paroquial de São Matias, para o cemitério local.

Às famílias enlutadas apresentamos as nossas mais sinceras condolências.

Nasceu 14.07.1932 Faleceu 26.07.2011

Nasceu 12.05.1933 Faleceu 23.07.2011

Faleceu a Exma. Sra. Angelina Rosa Amaro, natural de São Matias, casada com a Exmo. Sr. Manuel António Chalampita. O funeral a cargo desta agência realizou-se no passado dia 27, da Casa Mortuária de Alcaria da Serra para o cemitério local. Sua família, na impossibilidade de o fazer pessoalmente, agradece por este meio a todas as pessoas que o acompanharam à sua última morada ou de outro modo manifestaram o seu pesar.

Faleceu o Exmo. Sr. José Augusto Maldonado, natural de Beringel, casado com a Exma. Sra. D. Alice Júlia da Silva Cruz. O funeral a cargo desta agência realizou-se no passado dia 24, da casa mortuária de Vidigueira para o cemitério local. Seus filhos, noras, netos e restante família, na impossibilidade de o fazer pessoalmente, agradecem por este meio a todas as pessoas que o acompanharam à sua última morada ou de outro modo manifestaram o seu pesar.

Vidigueira PARTICIPAÇÃO E AGRADECIMENTO

Portel PARTICIPAÇÃO E AGRADECIMENTO

Gertrudes Benta Lula Rosa Bastos

José da Rosa Vareta

Consulte esta secção em www.funerariapax-julia.pt

h É com enorme pesar e solidários na dor da família que participamos o falecimento da Sra. Maria Joaquina de 88 anos, viúva. O funeral a cargo desta funerária realizou-se no passado dia 22 de Julho da Casa Mortuária de Serpa para o cemitério local. A família, na impossibilidade de o fazer individualmente, agradece a todas as pessoas que pela sua presença ou de outra forma expressaram o seu pesar. Funerária Central de Serpa, Lda.

José Domingos Rúbio 26/07/2011 11.º Ano de Eterna Saudade A saudade e o amor são nossos companheiros, se eles dessem vida já estarias connosco de novo. Como isso é impossível, estás no nosso pensamento com imensa saudade, dono do eterno amor que te dedicamos.

Rua Nova 31 A 7830-364 Serpa Tlm. 919983299 - 963145467

AGRADECIMENTO

Beatriz Lucrécia 3.º Ano de Eterna Saudade Mãe, hoje é o teu dia, Mas não te posso abraçar Longe da terra, a última via Mas estás com Deus num bom lugar. Mãe, lembro-me tanto de ti, Não tenho palavras para descrever Estarás sempre junto de mim E no meu coração enquanto eu viver. Mãe, a vida sem ti é tão triste, podes crer Mas espero que um dia te possa encontrar Quando eu morrer. Mãe, tenho por ti tanta saudade Neste momento te ofereço uma flor Recebe um beijo de eterna amizade E para sempre o meu grande amor.

MISSA DO 30.º DIA

h que será celebrada missa pelo eterno descanso da sua ente querida, no dia 30/07/2011, sábado, às 18 horas, na Igreja de Santa Maria em Beja, agradecendo desde já a todos os que nela participem.

Faleceu o Exmo. Sra. Gertrudes Benta Lula Rosa Bastos, natural de Vidigueira, Viúva. O funeral a cargo desta agência realizou-se no passado dia 25, da casa mortuária de Vidigueira para o cemitério local. Seus filhos, genro, nora, netos e restante família, na impossibilidade de o fazer pessoalmente, agradecem por este meio a todas as pessoas que o acompanharam à sua última morada ou de outro modo manifestaram o seu pesar.

Faleceu o Exmo. Sr. José da Rosa Vareta, natural de Portel, casado com a Exma. Sra. D. Luísa da Assunção Rosinha Raposo Vareta. O funeral a cargo desta agência realizou-se no passado dia 25, da Igreja da Misericórdia de Portel para o cemitério local. Sua família, na impossibilidade de o fazer pessoalmente, agradecem por este meio a todas as pessoas que o acompanharam à sua última morada ou de outro modo manifestaram o seu pesar.

AGÊNCIA FUNERÁRIA ESPÍRITO SANTO, LDA. Tm 963044570 – Tel. 284441108 Rua das Graciosas, 7 7960-444 VILA DE FRADES/VIDIGUEIRA

Deus te dê um bom lugar... Junto de minha Mãe e irmãos E que Nossa Senhora me dê um sinal Para quando parar o meu coração.

Maria Luísa Ferraz Romão A s u a fa m í l i a p a r t i c i p a

Nasceu 02.12.1924 Faleceu 24.07.2011

Nasceu 03.07.1932 Faleceu 23.07.2011

Vítor Manuel Álvaro Ruivo Faleceu a 05/06/2011 Sua mãe, esposa, filhos, irmã, cunhados, tios, primos e sogros, na impossibilidade de o fazerem pessoalmente, agradecem a todos que o acompanharam e recordam com saudade.

CAMPAS E JAZIGOS DECOR AÇÃO CONSTRUÇÃO CIVIL “DESDE 1800”

Rua de Lisboa, 35 / 37 – Beja Estrada do Bairro da Esperança Lote 2 Beja (novo) Telef. 284 323 996 – Tm.914525342

marmoresmata@hotmail.com

MECÂNICO ADMITE-SE

Empresa de prestigiada marca de tractores e máquinas agrícolas pretende admitir para Beja: PRETENDE-SE: – Conhecimentos e experiência de mecânica na área – Carta de condução – Conhecimentos geográficos do distrito de Beja – Disponibilidade imediata/a curto prazo OFERECE-SE: – Remuneração compatível com a experiência e conhecimentos demonstrados. Resposta ao nº 15877 do jornal “Diário do Alentejo”


8 / cadernodois / Diário do Alentejo /29 de julho de 2011

Outras novidades

Monte alentejano, selo vencedor do Prémio Aziago 1977

Filatelia

Espaço bd

Geada de Sousa

Correios ganham sexto prémio Aziago

A

emissão “Elevadores Públicos de Portugal” conquistou o Grande Prémio Aziago de Arte Filatélica, na categoria de turismo. É a sexta vez que a filatelia portuguesa é distinguida por este verdadeiro “Óscar” filatélico. Esta bonita série de seis selos e um bloco filatélico com mais dois mostra-nos os elevadores de Santa Justa em Lisboa no selo de 0,32€; elevador da Glória também em Lisboa (0,47€); funicular dos Guindais no Porto (0,57€); elevador do Bom Jesus em Braga (0,68€); elevador de Santa Luzia em Viana do Castelo (0,80€); e elevador da Nazaré (1€). Os elevadores da Bica e do Lavra, em Lisboa, ilustram os dois selos do bloco, ambos com a franquia de 1,25€. O desenho é do atelier Whitestudo e Eduardo Alves. Este é o prémio mais prestigiado da filatelia mundial e a ele podem concorrer todas as administrações postais do mundo. O prémio já vai na sua 41.ª edição pois foi atribuído pela primeira vez em 1971. Foi criado pelo Círculo Filatélico e Numismático “Sete Comune”, pelo Ministério da Promoção Turística e pela autarquia daquela cidade italiana que lhe dá o nome. A atribuição do Grande Prémio Aziago é sempre referente às emissões do ano anterior. A primeira vez que este galardão veio para Portugal distinguiu o Alentejo, pois o selo premiado foi o de 4$00 da emissão “Europa CEPT 1977”, selo que reproduz o monte alentejano (n.º 1330 do catálogo Afinsa). O desenho é dos

Serviços Artísticos dos CTT. Seguiu-se a emissão “ECO 92 – Conferência das Nações Unidas sobre Ambiente e Desenvolvimento Unced/Cnuad – Brasil 92”. Trata-se de uma série de dois selos se-tenant com as franquias de 70$00 e 120$00 (2090/1 Afinsa). O desenho é de José Projeto. O terceiro grande prémio conquistado pelos correios portugueses distinguiu dois selos dos quatro selos da emissão “Europa – Férias 2004” (antiga emissão Europa CEPT). Os dois selos distinguidos foram os dedicados a Portugal (continente; n.º 3125/6 Afinsa); os outros dois selos da série são dedicados aos Açores e à Madeira. Em 2008 conquistou o prémio o selo de 2006, A20gr, da emissão dedicada à “Água” (n.º 3387 Afinsa). O selo vencedor mostra, numa alegoria à poupança de água, uma torneira aberta com o fluxo de água estrangulado. No ano passado a emissão distinguida foi a dos “Selos e os sentidos”, emitida em 2009 (n.º 3890 a 3094). É merecedor de destaque o artista plástico João Machado, pois são dele os desenhos destes três últimos prémios, conquistado pelos nossos selos. Note-se que a filatelia portuguesa arrecadou este alto galardão dois anos consecutivos o que, certamente, não deve ser muito habitual. Emissões em julho Dia 20 – 500 Anos das Relações Diplomáticas Portugal Tailândia); Dia 27 – Centenário do Arquivo Nacional (Torre do Tombo).

“La passion.lana”, por Stephen Desberg e Griffo, sob edição Lombard. É o terceiro tomo da dramática série “Sherman”.

Luiz Beira com apoio técnico da Desipaper/Torre da Marinha

Caminharam sobre a Lua

E

m narrativa de aventuras, creio que só Jules Verne por tal tema navegou. Mas Hergé ousou ir por aí com mais firmeza e com alguma natural ingenuidade. A obra, ou seja, o díptico “Rumo à Lua” e “Explorando a Lua”, resultou num grande êxito. Estes dois álbuns foram agora reeditados pela Asa. E são de registo algumas descobertas e alguns aspetos técnicos que, muito mais tarde, se vieram realmente a confirmar!...

Orient Editora: Casterman. Autores: Renot e Ersel. Obra: “Orient”, primeiro tomo da série “Les Voiles”.

Uma grande aventura em finais do século XIX localizada em Paris e no Cairo. Exotismo, erotismo e ação são os fios condutores desta grande aventura histórica, com aparições de personagens reais, como Oscar Wilde, Toulouse-Lautrec e Aleister Crowley. É também uma narrativa marcando a coragem humana. Como citaria Oscar Wilde: “A arte da vida é um mistério velado”.

O impagável Cubitus Editora: Lombard. Autores: Pierre Aucaigne e Michel Rodrigue. Obra: “Cubitus Fait Son Cinema”.

Um álbum muito divertido e cheio de gags loucos, onde o gorducho Cubitus e o seu rival, o gato Senechal, parodiam filmes famosos como: “Harry Potter”, “Star Wars”, “O Senhor dos Anéis”, “Indiana Jones”, “King Kong”, “Piratas das Caraíbas”, “Alien”, “Robin Hood” e “Alice no País das Maravilhas”. Um belo convite para a adesão ao riso. Para quem admira a eterna rivalidade entre Cubitus e Senechal é um álbum a não perder.

Há entre estes dois tomos uma diferença: o primeiro é muito divertido, com momentos bem hilariantes; o segundo é muito mais sério, quase dramático. Porém, 15 anos mais cedo ante a heroica proeza de Neil Amstrong, Edwin Aldrin e Michael Collins, é com Tintin, o comandante Haddock, o professor Trifólio Girassol e os Dupond e Dupont, que o homem da Terra passeia pela primeira vez em solo lunar. São dois dos mais gratos álbuns da série “Tintin” a ler ou a reler.


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