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“Não tenho nenhumas saudades dos relvados” JOSÉ SERRANO
V Veiga Trigo analisa o atual momento dda arbitragem portuguesa pág. 16
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SEXTA-FEIRA, 26 AGOSTO 2011 | Diretor: Paulo Barriga Ano LXXIX, Nº 1531 (II Série) | Preço: € 0,90
Agricultores não falam com medo de represálias. Cobre continua a ser o principal alvo dos ladrões
GNR registou mais de 200 furtos a propriedades agrícolas em 2011 JOSÉ FERROLHO
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Concelho de Cuba tem o único museu do género de Portugal
Observatório de insetos em Vila Ruiva
Mina da Juliana uma terra sem donos
Distrito de Beja escapa à fúria dos incêndios
Moradores da antiga mina não conseguem legalizar as casas. E o vazio está a dar azo a tentativas de usurpação da propriedade. Presidente da Junta de Santa Vitória reconhece que processo de legalização “é muito complexo”. pág. 5
O Baixo Alentejo é a região do País que menos ardeu em 2011. Victor Cabrita refere que tal se deve à Força Especial de Bombeiros que está sediada em Ourique. A época de incêndios termina a 30 de setembro. pág. 7
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No concelho de Cuba há um museu único em Portugal onde se podem ver insetos sociais vivos, um insetozoo. Abelhas, vespas, formigas e térmitas fazem parte do espólio que os visitantes podem observar, num espaço que resultou do fruto do trabalho e interesse de um só homem: João Cappas e Sousa. Um autodidata que dedicou toda a sua vida à bicharada e que continua a estudar o comportamento dos insetos. págs. 2/3
Outeiro do Circo dominava a planície Terminam hoje as escavações no Outeiro do Circo, Mombeja, uma das maiores estações arqueológicas do sul peninsular, no que se refere à Idade do Bronze. 17 hectares de memória histórica, num local que fez história. pág. 6
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Para além da estratificação em classes, as formigas vivem numa sociedade muito parecida com a humana: comunicam, transmitem conhecimentos, cumprem regras, fazem guerras civis ou regicídios, têm zonas distintas onde comem, bebem, onde fazem o “pão de formiga” (sementes humedecidas e mastigadas em conjunto) ou cemitérios, onde depositam as formigas que morrem.
Reportagem
Museu de insetos vivos em Vila Ruiva, Cuba
Formigueiros e colmeias tal como as cidades No concelho de Cuba há um museu único no mundo onde se podem ver
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uem passa junto ao número 40 da rua 5 de Outubro, em Vila Ruiva, dificilmente imagina o que se passa por trás dos muros e das janelas da antiga casa agrícola de dois andares, grades nas janelas e barras vermelhas. Palco de guerras civis e regicídios, o museu vivo de insetos sociais, Cappas Insetozoo, funciona naquela freguesia do concelho de Cuba. Um verdadeiro mundo de insetos que vivem em sociedade e que são o universo do criador do espaço. Na rua do museu, não fosse o silêncio profundo da tarde quente e um sinal daquilo que estaria para vir passaria despercebido: o zumbido de algumas abelhas ouve-se no meio da calmaria, voando em torno dos carros estacionados à sombra. Estes insetos, a par das vespas, formigas e térmitas, são as principais estrelas do museu criado em 1998 por João Cappas e Sousa. A particularidade do espaço está na observação de espécimes vivos destes insetos sociais, com regras, comportamentos e hierarquias perfeitamente definidos nas colónias onde vivem. Quem entra no quintal traseiro da casa, guiado pelo mentor do espaço e investigador autodidata, tem logo a primeira lição: as árvores e flores estão colocadas para servir as abelhas e vespas, proporcionando-lhes, junto às colónias, tudo o que precisam para viver. E, assim, voltarem sempre às colmeias que servem de estudo e exposição. “Tudo o que está aqui não é por acaso, apesar de parecer uma mata desorganizada: tem tudo plantas específicas para ter flores próprias na altura certa”. A flor de maracujá é uma delas porque é visível às abelhas, que percecionam entre o azul e o ultravioleta. “É uma cor chamativa”, afirma João Cappas e Sousa, importante no processo de polinização. “Tenho
insetos sociais vivos, um insectozoo. Abelhas, vespas, formigas e térmitas fazem parte do espólio que os visitantes podem observar, num espaço que resultou do fruto do trabalho e interesse de um só homem. Texto Marco Monteiro Cândido Fotos José Ferrolho
plantas do mundo todo de forma a assegurar as necessidades dos insetos durante todo o ano”. Insetos sociais que são a base para o equilíbrio ecológico envolvente. O Cappas Insetozoo, museu vivo de insetos sociais, surgiu há 13 anos visando vários objetivos: a educação ecológica dos visitantes; a divulgação dos insetos sociais; a preservação de espécies em extinção; o proporcionar de material para investigadores; ou o resgate de conhecimentos antigos sobre os insetos sociais. E surgiu pela vontade de João Cappas e Sousa, estando hoje registado como centro de pesquisa de insetos sociais, algo “único no mundo”. Colaborando frequentemente com universidades, o conhecimento autodidata do investigador não o fragiliza entre os académicos. A justificação é dada pelo próprio. “Tenho tanta base científica como os outros ou não conseguiria fazer isto. Chego ao pé de um e digo que está errado por isto ou por aquilo. Não é dizer que não concordo, mas que não bate certo com uma série de coisas porque há muitas falsas verdades na ciência”. A visita continua. A primeira sala tem três expositores de abelhas, ligados ao exterior por orifícios através de uma parede permitindo aos insetos a sua livre circulação. Nada mais do que baldes ou caixas de madeira cobertos de terra (por se tratarem de espécies subterrâneas), que acolhem
as abelhas, desenhados pelo proprietário, designer de formação. “Um investigador não consegue desenhar um modelo. Um designer faz um projeto todo bonito mas desadequado aos fins. Juntar os dois é uma guerra”. As abelhas subterrâneas e sem ferrão, espécie extinta na Europa e presente noutros pontos do planeta como África ou Índia, entram e saem das suas colmeias de cativeiro sem o saberem. Os potes cheios de mel, os favos estratificados e construídos por camadas são bem visíveis. E a labuta das abelhas também,
“É a elite que comanda a colónia. Se entender que a rainha se está a portar mal, mata-a”. Ideia que contraria um pouco o mito de que existe uma rainha e as trabalhadoras, quando na verdade “há uma elite e uma classe trabalhadora”.
indiferentes a quem as observa. As abelhas sem ferrão assumem algum protagonismo no estudo do investigador, no sentido de garantir a flora natural portuguesa. “A nossa abelha está em perigo e a desaparecer. Sem abelhas não há polinização, sem polinização não há comida e este centro de pesquisa está a estudar abelhas sem ferrão que possam viver em Portugal”. Para João Cappas e Sousa, o uso sistémico de inseticidas nos campos é a principal causa do desaparecimento, por atacar o sistema nervoso dos insetos. Assim, para além do aspeto lúdico da exposição, o insetozoo tem muitas espécies de abelhas estrangeiras servindo de base de estudo, passando-se o mesmo com os restantes insetos. Motins e regicídios Na sala seguinte está o projeto que esteve na origem da criação do museu de insetos vivos em Vila Ruiva. Apesar da presença de abelhas e vespas solitárias, é o Formigueiro Messor que chama a atenção de quem entra no espaço. O tamanho do expositor e a complexidade de túneis e canais do formigueiro traduzem-se no projeto mais notório do espaço museológico. Em 1988, dez anos antes da inauguração do museu em Vila Ruiva, João Cappas e Sousa começa a construção do Formigueiro Messor, a pedido da Fundação Calouste Gulbenkian, para integrar o Centro Artístico Infantil, inaugurado em 1989 e onde esteve durante 12 anos. “Como o formigueiro tinha que ter uma série de requisitos, tive que encontrar, antes de mais, uma espécie que se adequasse ao pretendido. Depois passei uma tarde inteira para encontrar a rainha, que foi capturada em Lisboa, entre as Olaias e o Areeiro, num formigueiro com dois anos de idade. E a
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“A nossa abelha está em perigo e a desaparecer. Sem abelhas não há polinização, sem polinização não há comida e este centro de pesquisa está a estudar abelhas sem ferrão que possam viver em Portugal”
A origem do insetozoo
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última a apanhar foi a rainha”. A rainha morreu em 2010 com 25 anos de idade e a colónia está em declínio. Neste momento quem comanda o grupo é um soldado, que chegou ao poder através da decisão da elite das formigas. “É a elite que comanda a colónia. Se entender que a rainha se está a portar mal, mata-a”. Ideia que contraria um pouco o mito de que existe uma rainha e as trabalhadoras, quando na verdade “há uma elite e uma classe trabalhadora”. Para além da estratificação em classes, as formigas vivem numa sociedade muito parecida com a humana: comunicam, transmitem conhecimentos, cumprem regras, fazem guerras civis ou regicídios, têm zonas distintas onde comem, bebem, onde fazem o “pão de formiga” (sementes humedecidas e mastigadas em conjunto) ou cemitérios, onde depositam as formigas que morreram. Subindo ao primeiro andar e deixando o piso térreo, uma espécie de antecâmara do museu propriamente dito, os visitantes chegam às salas principais. Dois espaços repletos de formigueiros e termiteiras, espécie de aquários onde se podem
oão Cappas e Sousa nasceu em 1962 e cedo, com apenas dois anos, mostrou interesse pelo mundo dos insetos e o seu funcionamento. Se, na Vila Ruiva de então, a maioria das crianças brincavam pelas ruas, o futuro investigador gostava mais de ficar por casa e tentar perceber a dinâmica das formigas. “Eu nasci com a síndrome de Goldenhar, com dificuldades de visão audição, o que fez com que me isolasse e visse o mundo de outro prisma”. Tudo começou com o aparecimento de um formigueiro na divisão da antiga casa agrícola onde João brincava, a casa do trigo. “Eu pus-me a observar, punha lá sementes. Os insetos abstraíam-se do volume da sala e punham tudo à vista, como as crias. Como eu lhes dava comida, o meu odor espalhou-se pela colónia e é como se fosse um deles. E o mesmo acontece hoje em dia”. Pelos cinco anos, a avó de João tinha cerca de 500 colmeias em Vila Alva, freguesia vizinha de Vila Pelos cinco anos, Ruiva, onde este passava grande a avó de João tinha parte do dia. Nessa altura, a proxicerca de 500 colmeias midade com os insetos era ainda em Vila Alva, freguesia mais notória, habituados que estavam à presença e odor de João. “Eu vizinha de Vila Ruiva, brincava de manga curta no meio do onde este passava colmeal. Punha a cabeça dentro dos cortiços e tudo. A minha avó entrava grande parte em pânico, mas nunca tive probledo dia. Nessa altura, mas porque as abelhas conheciam o a proximidade meu odor”. “Sempre de cabeça no chão e rabo com os insetos era ainda no ar”. É desta forma que o autodimais notória, habituados data descreve os seus primeiros anos que estavam à presença de vida, influenciado pela sua avó, que também gostava de abelhas. A e odor de João. oferta, por parte da mãe, de um livro sobre formigas incentivou João a fazer algo diferente. Nesse livro vinha descrito que a rainha passava cinco a seis meses sem comer, pondo ovos e alimentando a sua descendência. “Eu tomo pequeno-almoço, almoço, jantar. Se a rainha hibernasse, eu ainda percebia. Isso fazia-me confusão e tive que ver”. Rapidamente arranja um frasco de café Tofina com terra com uma formiga fecundada e começa a observar. “Arranjei um diário e comecei a escrever. Dois meses depois vi a rainha a pôr um ovo. A minha mãe nem acreditou, por não ter máquinas, nem nada. Assim, aos oitos anos surgiu-me uma ideia: eu hei de fazer com que os outros vejam o que eu vejo”. E desta forma nasceu o primeiro expositor, embrião e passo primeiro para a construção do insetozoo, para todos verem o que João sempre viu.
observar os comportamentos dos inseto no exterior e no interior dos formigueiros. Lateralmente, encontra-se um género de biblioteca do museu. As estantes dos móveis estão repletos de livros, revistas, brochuras e imagens de insetos ou plantas. Bichos-Pau ou Baratas de Madagáscar observam a partir dos seus expositores e de forma estática o ambiente que os circunda. As baratas estão na origem das térmitas. Já as abelhas, vespas e formigas tiveram como antepassado uma vespa primitiva. Todo o espaço é sobre insetos e os insetos dominam todo o espaço. Quase ao final da tarde chega um primeiro grupo de visitantes, de seis pessoas: duas senhoras e quatro jovens. Passados alguns minutos chega um segundo grupo de mais cinco pessoas, pais, avó e dois filhos. João Cappas e Sousa explica com entusiasmo o relacionamento social dos insetos, mostra as colmeias e os formigueiros. Visivelmente contente e bem-disposto, vai avançando com os visitantes entre os expositores e as espécies, desfiando curiosidades. Lá fora, a tarde já vai mais fresca e as abelhas vão entrado e saindo do museu, explorando as ruas de Vila Ruiva.
Marco Monteiro Cândido
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Passeios de verão para idosos de Ervidel
A Junta de Freguesia de Ervidel vai promover dois passeios de verão para os idosos da freguesia. “Para muitas pessoas esta tem sido, seguramente, a única oportunidade que têm para conhecer outras paragens”. Os passeios privilegiam, sobretudo, o convívio e a primeira visita realiza-se na terça-feira, à Baixa da Banheira.
Hoje GNR registou 209 furtos em 2011
Montes a saque A GNR já registou, em 2011, 209 queixas de furtos a montes e explorações agrícolas. Os homens da terra dizem que “os campos estão a saque” e que “é preciso combater este flagelo”. A GNR garante que “continuará a fazer face a esta criminalidade”.
O
s furtos a herdades na região são motivo de preocupação para proprietários e agricultores. Os assaltantes não poupam quem vive no campo, levando consigo o que apanham à mão. Os agricultores, contudo, garantem que muitos deles sabem exatamente o que procuram e dão como exemplo bombas de rega, máquinas agrícolas, combustível e o tão cobiçado cobre dos postos de eletricidade. O gado, esse, também não tem sido poupado. Os equipamentos de rega são um alvo apetecido, nomeadamente os “pivots”, e, para além dos prejuízos do material danificado, os agricultores queixam-se dos “prejuízos que isso provoca na produção agrícola”. Os agricultores contactados pelo “Diário do Alentejo”, porém, não quiseram dar a cara, alegando que “têm medo de sofrer represálias”, temendo poderem ser “assaltados novamente”. Manuel Amado, proprietário de uma herdade no concelho de Mértola, foi um dos mais recentes lesados, mas considera que é preciso “denunciar este flagelo”. “Arrombaram as portas e as janelas da minha propriedade e levaram a máquina de lavar roupa, a televisão, o vídeo, vários CD, quadros, espelhos, cortinados e roupas”, conta, acrescentando: “Levaram ainda uma roçadeira com motor, uma caixa de ferramentas e um alambique”. O prejuízo, esse, segundo Manuel Amado, “ronda os 15 mil euros”. “Adoro o Alentejo e nunca pensei que poderia ser assaltado nesta região. É aqui que quero morar o resto da minha
vida e é preciso combater este flagelo”, considera o empresário. Para este proprietário, “é preciso reforçar a segurança”. “Fui obrigado a redobrar os cuidados”, diz. Muitos dos lesados fazem queixa às “autoridades”, no entanto, “há também quem não o faça”. “Muitas vezes é alegado que não há pistas e assim torna-se difícil”, conta um dos agricultores contactados. Segundo o tenente-coronel João Maia, do Comando Territorial de Beja da GNR, “é importante que as pessoas lesadas apresentem queixa sempre que se sentirem despojados dos seus bens”, defendendo que “muitas vezes podem ser dadas indicações e pistas importantes que podem resultar na detenção dos responsáveis por estes atos ilícitos”. De acordo com os dados do Comando Territorial de Beja da GNR, em 2011, contabilizam-se em montes isolados e explorações agrícolas, tendo por base as queixas apresentadas, “207 furtos” de crime contra o património, tendo sido verificados “dois roubos” (furtos onde foram aferidos atos de violência testemunhados). No total contabilizam-se, assim, “209 furtos”. Recorde-se que o Comando Territorial de Beja abrange os destacamentos de Aljustrel, Almodôvar, Beja, Moura e Odemira. “Esta é uma situação que nos preocupa muito”, afirma o tenente-coronel João Maia. E defende: “Orientamos patrulhamentos para estas zonas, mas nem sempre é fácil, dada a vastidão do território. Não conseguimos, assim, ter um êxito absolutamente total, até porque não é possível erradicar este tipo de comportamento”. O tenente-coronel garante, contudo, que “a GNR tem tido êxitos e que tem levado vários criminosos a julgamento” e que “continuará a fazer face a este tipo de criminalidade”. Bruna Soares
Assaltos Desta propriedade em Corte da Velha, Mértola, foram furtados objetos no valor de 15 mil euros
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Por iniciativa do Grupo Parlamentar “Os Verdes”, no dia 2 de setembro, será discutida, no plenário da Assembleia da República, a ligação ferroviária de Beja. “Os Verdes” defendem a manutenção da ligação direta Beja-Lisboa, a eletrificação do troço Casa Branca-Ourique e a continuação da ligação ao Algarve.
JOSÉ SERRANO
Reformados, pensionista e idosos do distrito manifestaram-se em Lisboa A Federação das Associações de Reformados, Pensionistas e Idosos do Distrito de Beja participou, ontem, numa concentração junto à residência oficial do primeiroministro. A iniciativa teve “como objetivo protestar contra a falta de cumprimento do Governo, no que diz respeito ao aumento das taxas de IRS e IVA, bem como o aumento dos preços dos transportes, dos medicamentos, do gás, da água e da eletricidade”.
Cristina Lima Proprietária sem papéis de uma casa em terrenos baldios
Casas “ilegais” geram disputas
Guerra pela terra em Mina da Juliana O processo de legalização do casario que foi sendo erguido e transacionado em torno da antiga mina, desativada na primeira década do século XX, avança lentamente dada a sua natureza “muito complexa”, refere a presidente da Junta de Freguesia de Santa Vitória, Julieta Romão. Entretanto, a falta de papéis dá azo a disputas pela posse dos terrenos.
A
falta de documentos que atestem a propriedade de um número considerável de habitações na povoação bejense de Mina da Juliana está a dar azo a disputas por tentativas de “roubo” de terrenos. No pequeno largo junto à igreja, vários vizinhos discutem à sombra a recente ida da GNR ao povoado para apaziguar uma contenda entre parentes por causa de um quintal. No caso, um tio de Tadea Guerreiro, acamado há vários anos, cujo terreno, “que ele pode precisar de vender, para comer, porque só ganha 280 euros de reforma”, está a ser cobiçado pelos irmãos. “Já chamámos a guarda fez ontem oito dias, mas não se pode fazer nada porque não há papel nenhum”, adianta a moradora, que alerta para uma situação muito próxima do limite. Na verdade, o processo de legalização do casario que foi sendo erguido e transacionado em torno da antiga mina, desativada na primeira década do século XX, já foi encetado há vários anos mas avança lentamente, dada a sua natureza “muito complexa”, refere a presidente da Junta de Freguesia de Santa Vitória, Julieta Romão. Desde que tomou posse, em 2005, o executivo local “recomeçou o processo”, com o apoio dos departamentos técnico e jurídico da Câmara Municipal de Beja, e já conseguiu a legalização de cerca de uma dezena de habitações, tendo encontrado de início
perto de 100 por regularizar. Sucederam-se reuniões com a população, recolha de documentos, entre eles as cadernetas existentes, e fizeram-se confrontações com o mapa da aldeia e com depoimentos de moradores mais antigos para apurar a posse nos casos onde não havia quaisquer registos nas finanças. “Fizemos as medições de cerca de 30 habitações”, informa Julieta Romão, dando conta de um trabalho que tem que ser feito “por fases” e que tem estado “mais parado” nestes últimos dois anos, também porque alguns dos interessados “não têm possibilidades” para arcar com as despesas da burocracia inerente à legalização. Quem avançaria já se lhe fosse permitido é Cristina Lima, proprietária sem papéis de uma casa construída no quintal de uma avó, que se situa na zona dos terrenos baldios, o caso mais bicudo no processo de legalização. Custeou a construção à conta de um crédito pessoal – “com que garantias é que um banco me faz um crédito à habitação?” – e angustia-a o facto de não poder provar que o espaço lhe pertence, pelo que, para já, bastar-lhe-ia ter da Câmara de Beja um “papel que dissesse que estes tantos metros quadrados são meus”. “As minhas casas estão situadas nos chamados terrenos baldios, que não são reconhecidos nas plantas. A senhora da Câmara que andou medindo as casas mediu as minhas, mas até à data nada! E isto foi há dois anos e meio para três anos”, lamenta Cristina Lima. A presidente da junta de freguesia avisa que às pessoas dos baldios foi dito que “era um processo posterior e que não era assim tão fácil” e que o que se tem tentado legalizar em primeiro lugar “são as habitações que já existiam no tempo da mina e pelas quais as pessoas pagavam contribuições às finanças”. Entretanto, foram já feitos contactos com a Câmara de Beja no sentido de um novo encontro com as populações, que possa reunir mais interessados no processo de legalização. Carla Ferreira
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“Os Verdes” levam comboios à Assembleia da República
Candidaturas Abertas De 29 de Agosto a 11 de Novembro de 2011 GAL PRÓ-RURAL
EIXO 3 – DINAMIZAÇÃO DAS ZONAS RURAIS 2º Concurso 3.1 - Diversificação da economia e criação de emprego 3.1.1 - Diversificação de Actividades na Exploração Agrícola 3.1.2 - Criação e desenvolvimento de microempresas 3.1.3 - Desenvolvimento de actividades turísticas e de lazer 3.2 - Melhoria da qualidade de vida 3.2.1 - Conservação e Valorização do Património Rural 3.2.2 - Serviços básicos para a população rural Consulte os Avisos de Abertura do Concurso: www.alentejoxxi.pt Mais informações contacte: 284 318 395
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Escavações arqueológicas no Monte da Chaminé
Os trabalhos arqueológicos na “villa” romana do Monte da Chaminé, em Ferreira do Alentejo, recomeçaram para os arqueólogos confirmarem a área do lagar de azeite identificado e a eventual ocupação do sítio em período visigótico. A 11.ª campanha arqueológica na “villa”, que foi ocupada entre os inícios do século I a.C. e até ao século V d.C. e foi descoberta em 1981, a cerca
de três quilómetros de Ferreira do Alentejo, vai decorrer até 16 de setembro. Além dos responsáveis científicos, a historiadora Sara Ramos e os arqueólogos Clementino Amaro e Maria João Pina, a campanha vai envolver um total de 20 alunos voluntários de licenciaturas e mestrados em Arqueologia de várias universidades portuguesas.
Editorial Merece? Paulo Barriga
F
oi no preciso dia em que o ministro dos transportes foi à Espanha pedir desculpas por não levar o TGV até Badajoz, mas que lá para setembro, se deus quisesse e ajudasse, era moço para iniciar obras numa nova linha férrea convencional entre Sines e a fronteira, passando obviamente por Évora. Nesse exato dia, por genuíno acaso, lembrei-me de levar à praia uma t-shirt do movimento pelos comboios Beja Merece, negra, que dizia exatamente “Beja Merece”. Em pleno passadiço de acesso ao mar, abeirou-se um idoso, mangas cavas, bermudas, carregado sotaque galego, minhoto, sem dúvida, com a mais elementar das perguntas, aquela que nos esquecemos de colocar, aquela que não saberemos jamais responder: “o que é que Beja merece?”. Respondi-lhe com um sorriso daqueles de chinelo e fiquei até agorinha a tentar repetidamente responder a mim mesmo: mas que raio é que Beja merece? Merece mais e melhores vias de comunicação e de transportes? O dito comboio de Sines deveria passar por Beja, uma vez que a autoestrada entre as duas localidades está em marcha? A linha de Lisboa deveria ser eletrificada? Não nos chegam as cinco ligações diárias à capital, ainda que levantando o rabo em Casa Branca? Merece que se conclua o projeto do Alqueva e que a água de regar chegue por fim às suas portas? Merece que o aeroporto se transforme, de facto, numa gare dinâmica e vigorosa? Beja merece coisas ou merece pessoas? Merece respeito por parte dos governantes que, de forma sucessiva, a tem esquecido e vilipendiado? Merece melhores autarcas, melhores políticos, melhores líderes? Beja merece ter alguém, uma equipa, que a pense, que a sinta, que a ouça, que a projete no futuro? Merece ter um rumo certo, um caminho? E as pessoas de Beja merecem o que Beja merece? Merecem a sua cidade? Têm-lhe carinho e estima e apego? Ou não será que aquilo que Beja merece, antes de mais, é que os bejenses a mereçam?
Escavações terminam hoje no Outeiro do Circo
Histórias da Idade do Bronze Talvez por necessidade de segurança, várias pequenas comunidades anteriores parecem ter-se juntado neste imenso povoado fortificado do Bronze Final, com perto de 17 hectares. Um sítio estratégico entre Mombeja e Beringel, de solo fértil, próximo de jazidas de minério e de onde se podem observar as várias áreas de serra circundantes. Texto Carla Ferreira Foto José Serrano
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umpre-se hoje, sexta-feira, o último dia da quarta campanha de escavações arqueológicas no Outeiro do Circo, entre Mombeja e Beringel, povoado fortificado do Bronze Final cuja dimensão – perto de 17 hectares – faz dele um dos maiores da época, no sul peninsular. O projeto, desenvolvido com os apoios da Câmara Municipal de Beja, Junta de Freguesia de Mombeja e empresa de arqueologia Palimpsesto, é dirigido por Miguel Serra e Eduardo Porfírio, investigadores do Centro de Estudos Arqueológicos das Universidades de Coimbra e Porto. Este ano, os trabalhos, que arrancaram no início do mês e foram alvo de visitas guiadas, voltaram a estar direcionados para o estudo das muralhas, tendo sido “posta à vista toda a zona construída da área intervencionada e levantadas as estru-
turas”, informa Miguel Serra. O perfil encontrado foi o de uma “muralha compósita”, que reúne três elementos. O chamado “muro superior”, alicerce em pedra, provavelmente para receber uma muralha em terra e com paliçada em madeira, de que não há registo arqueológico. Uma plataforma para regularização da inclinação, em “terras de caliço, certamente removidas de outro sítio e aqui depositadas”. E, antes destes, uma camada ou bloco de barro cozido, solução “bastante pragmática” para consolidação dos taludes e evitar desprendimentos de terras, que “parece repetir-se um pouco por toda a área de muralha”, revela Miguel Serra. Terminada a “fase de avaliação”, apuram-se hipóteses que permitem avançar para um programa de investigação mais aprofundado. Uma delas, e tendo em conta os pequenos povoados do Bronze Médio detetados na zona, sobretudo no âmbito de trabalhos recentes para construção da rede de rega de Alqueva, diz respeito a uma “regressão e concentração neste local” a partir do Bronze Final. “Esta vasta rede de sítios é de um período ainda anterior ao Outeiro do Circo. A partir do Bronze Final, não conhecemos outra ocupação na planície. Por necessidades de segurança, de melhor proteção e controlo, o que é certo é que estas comunidades parecem juntar-se aqui, formando um povoado imenso
que controlaria seguramente um vasto território”, concretiza o arqueólogo. Ressalve-se que os outros grandes povoados fortificados da época de que há registo rondam os cinco hectares. O grande domínio visual, permitindo a observação das várias áreas de serra circundantes, a fertilidade do solo e a proximidade de jazidas de minério (Mina da Juliana) fazem deste território um sítio estratégico e, como tal, atrativo. O outro “grande enigma” que persiste é quando terá sido o fim desta comunidade. Não existem datas exatas sobre o abandono do Outeiro do Circo mas, acrescenta o arqueólogo, “sabemos que na Idade do Ferro já não seria ocupado ou seria, talvez, apenas uma área residual”. Tudo indica, no entanto, que a região passa a ter uma “nova centralidade” na zona onde vemos a cidade de Beja. Dados recentes de trabalhos dirigidos pela arqueóloga Conceição Lopes no centro histórico bejense dão conta, justamente, de uma ocupação da cidade, pelo menos a partir do século VIII aC. Nas próximas campanhas, o que se pretende é estender a intervenção à área habitacional do povoado, onde aumentam as hipóteses de se encontrarem ossadas animais e materiais cerâmicos, além de escavar um novo troço de muralha “para ver se este sistema construtivo se repete ou se há diversas soluções”, conclui Miguel Serra.
O município de Beja vai abrir concurso público para realização de empreitada de reabilitação de seis edifícios no Bairro Beja II, que consiste no arranjo das coberturas, requalificação dos
Sines Tecnopolo avança com pós-graduações A academia do Sines Tecnopolo anunciou que vai avançar com novas edições de pós-graduações no âmbito da gestão, banca, contabilidade e higiene e segurança no trabalho. Mónica Brito, coordenadora da academia, refere
que “estas pós-graduações são desenvolvidas em parceria com o Instituto Politécnico de Beja e o Instituto Politécnico de Setúbal”. O objetivo é “garantir a componente académica, científica e de investigação destes cursos de especialização”. Para Tiago Santos, diretor executivo do Sines
Tecnopolo, “estas pós-graduações representam uma especialização profissional avançada no Alentejo litoral, dando à população da região a possibilidade de frequentar pósgraduações sem a necessidade de deslocação às capitais de distrito”.
Época de incêncios termina a 30 de setembro
Distrito de Beja é o que menos arde A pouco mais de um mês do fim da época de fogos, o distrito de Beja é aquele que regista a menor área ardida em Portugal.
“T
êm havido alguns fogos sem grande dimensão, mas devido a um eficiente ataque inicial” a situação tem estado controlada, disse ao “Diário do Alentejo” o major Victor Cabrita, comandante operacional distri-
tal da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC). Para que, até ao momento, tudo esteja “a correr bem”, não será alheio o facto de existir uma equipa da Força Especial de Bombeiros (FEB), com sede em Ourique, que integra um helicóptero, com capacidade para transportar os operacionais em tempo útil para os locais dos incêndios e que, para além disso, está equipado com um balde que permite um ataque mais eficaz.
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estendais e pintura dos edifícios. A obra – com um custo estimado em 190 mil euros – vai ser candidatada a apoios, nomeadamente através do Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana.
A juntar a isto, a coordenação com as equipas especiais das corporações de bombeiros da região, que se manterão em alerta 24 horas sobre 24 horas, até ao último dia de setembro, é também um fator importante para que os incêndios sejam mortos à nascença. O site d a Autor id ade Florestal Nacional (AFN), onde são disponibilizados os dados referentes aos incêndios ocorridos no território do continente
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CAMEIRINHA
Diário do Alentejo 26 agosto 2011
Câmara vai reabilitar edifícios no Bairro Beja II
até ao dia 15 de agosto, revela ser o distrito de Beja aquele onde a área ardida é a menor do País. Até esta data, ocorreram oito incêndios f lorestais e 19 fogachos (áreas com menos de um hectare), tendo consumido 34 hectares de povoamentos e nove de mato. Em Évora foram registados 331 ignições (119 hectares em povoamentos e 212 em mato) e, em Portalegre, o número é de 320 incêndios (210/110). AF
Resialentejo vai distribuir 31 eletrões A Resialentejo, Empresa Intermunicipal de Gestão de Resíduos que abrange os municípios de Almodôvar, Barrancos, Beja, Castro Verde, Serpa, Mértola, Moura e Ourique, vai iniciar em breve a instalação de uma rede de ponto eletrão para a receção de equipamentos elétricos e eletrónicos de pequena dimensão, como velhas torradeiras ou telemóveis fora de uso. Numa fase inicial vão ser instalados 31 pontos eletrão, distribuídos pelos concelhos de Barrancos (quatro), Beja (cinco), Ourique (13) e Serpa (nove). Esta parceria resulta da assinatura de um protocolo entre os municípios aderentes e a empresa, prevendo-se a adesão futura de mais municípios a esta iniciativa, adiantam os responsáveis.
Diário do Alentejo 26 agosto 2011
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O pior mal da arbitragem no nosso futebol situa-se muito antes de ser aferida a competência dos árbitros. Está nos dirigentes dos clubes – e nos seus tentáculos nas associações que, até poderem, nunca prescindem de escolher, cientificamente, os dirigentes dos árbitros… Santos neves, “A Bola”, 24 de agosto de 2011
Opinião
Oiá bolinha dji Berlím fresquinha! Bruno Ferreira Humorista
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semana passada gravei um spot publicitário em que tive de encarnar o típico vendedor de gelados e bolas de Berlim que seduzem as barrigas do bom veraneante tuga. Tenho registada na cabeça, desde a alcofa, a música e os pregões dos vendedores ambulantes de guloseimas de praia: “É frutóóó choclate! Olhó Olá fresquinho! Olhá língua da sogra e a bola de Berliiiim!” Peguei no texto do criativo e dei-lhe os jeitos de um destes lobos da praia. O mp3 foi enviado, a agência aprovou, e eu saí do estúdio com a agradável sensação de dever bem cumprido. Daí a dois dias começava as minhas férias na ingénua esperança de que o vento soprasse com menos força nos nossos areais do que na minha rua. Mas enganei-me, que o vento O novo vendedor de não só soprava, como soprava forte e logo na direção de nor-nobolos atravessou roeste, que é um ponto cardeal o Atlântico e traz que me traz sempre à memória o um português Anthímio de Azevedo e o Costa avesso ao novo Alves. acordo. AceneiTodavia, não foi só sobre a inlhe e enquanto lhe tensidade do vento na praia que me enganei. Por entre o vendaval, pagava os dois euros pela bola de comecei a ouvir uma campainha ao longe, acompanhada por uma Berlim, perguntei- ladainha com sotaque cerrado: lhe o seu nome e de “Oiá bola, que delícia! Chegou a onde era, só para bola show de bola!” E percebi que o meu vendedor estava ferido de poder meter uma caducidade. De caducidade, de cunha se fosse sotaque e de ritmo. Parecia que a preciso, no caso minha interpretação no anúncio de já só sobrar gravado na véspera fazia parte uma bola de Berlim do “Conta-me Como Foi”, ou a ser disputada dos tempos em que o Twix ainda era Rider. O vendedor de doces entre mim e um bando de crianças de praia já não era como o Bola Nova, que calcorreava as praias esfomeadas. de Costa da Caparica com o seu carrinho de mão com uma roda de bicicleta, carregado de bolos, e ainda a salvo dos ataques terroristas. Não os da Al-Qaeda, os da ASAE. O novo vendedor de bolos atravessou o Atlântico e traz um português avesso ao novo acordo. Acenei-lhe e enquanto lhe pagava os dois euros pela bola de Berlim, perguntei-lhe o seu nome e de onde era, só para poder meter uma cunha se fosse preciso, no caso de já só sobrar uma bola de Berlim a ser disputada entre mim e um bando de crianças esfomeadas. Clebergilson viajou de Minas Gerais, (um estado que fica a nor-noroeste de S. Paulo) e este é o seu trabalho de verão. E assim fiz duas descobertas logo no primeiro dia de praia. O vento estava para ficar e as bolas de Berlim eram agora vendidas de forma mais tropical, neste agosto em que os analistas asseguram que não está a haver um verão político nem dos mercados. Mas esquecem-se de que mesmo para nós, inconspícuos (inconspícuos, só para infligir uma certa elevação a esta
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No Outeiro do Circo, em Mombeja, como no Monte da Chaminé, em Ferreira do Alentejo, ou na praça da República, em Beja, equipas de ARQUEÓLOGOS esventram as entranhas da terra em busca do nosso passado comum. Conhecer mais e melhor o que fomos é, sem dúvida, a melhor mezinha para ajudar a compreender o presente e para olhar para diante. PB
Onde estará Seguro? Onde se esconde o PS? Paralelamente tristes, votam-nos a uma melancolia atroz, que nem a satisfação provocatória do Governo consegue amenizar. Claro que nada disto é eterno ou estável. Porém, a cada dia que passa perdemos um sonho, uma réstia de esperança, um pequeno gomo de fé, uma fatia de confiança. Baptista-Bastos, “Diário de Notícias”, 24 de agosto de 2011
crónica marcadamente silly season) portugueses não políticos, nem financeiros, também o verão nos está a sair às avessas. E não é por causa da crise, nem do corte do subsídio, ou do aumento do gás e da luz. É por causa do raio do vento! Porque de nor-noroeste, nem bom vento, nem bom casamento. O que vale é que ainda há bolas de Berlim. Quem o diz é o Clebergilson: “Oiá bolinha fresquinha, naturau dji Portugau!” É de comer, mas de costas para sul-sudoeste.
O Algarve está cheio pelo menos nas filas dos supermercados
mar está com um azul intenso e a cerveja está gelada, mas o País está diferente: está mais bronzeado para não dizer escuro. PS: Uma última nota aos emigrantes que nos visitam por estas alturas, verifiquem as bagageiras dos carros quando regressarem, pois o número dos inconformados está a aumentar.
Só a Área de Projeto? Francisco Marques Músico
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Daniel mantinhas Empresário
nquanto meio Portugal está a banhos, outra metade trabalha como nunca, é o meu caso. Estou no Algarve há quatro semanas, em trabalho, e tenho tido muito pouco tempo para ser turista tradicional. Porém apraz-me comunicar aos nossos queridos leitores uma nova descoberta turística, fruto da era FMI: as cadeias de supermercados. Todas elas, sem exceção, formam filas intermináveis de manhã à noite sem cessar. Fila para o pão, para a carne, para estacionar, para pagar, para o Euro Milhões, é impressionante ver Portugal a fervilhar de vida. Eis o melhor produto e destino turístico do Algarve 2011, supermercados. Se pensarmos bem, até é um bom exemplo para a governação: execução orçamental perfeita (tudo esgota sem desperdícios), cobranças eficazes (100 por cento), prescrição de dívidas a zero (não há crédito), consumo e procura a crescer diariamente. Enfim, tudo aquilo que qualquer governo quereria para as contas públicas. No reverso da medalha, estão as esplanadas e os restaurantes, com um ar desolador uns porque estão vazios e outros porque estão cheios de mesas e pessoas com bicas e gelados a dividir por quatro. É o novo tempo, come-se em casa, aproveita-se a praia enUma coisa é certa, quanto for grátis e depois dá-se a independentemente voltinha na marginal para queide tudo, as praias mar as calorias das bolinhas que estão lindas, a água se comeram na praia. Mas nem tudo é mau, os fesestá ótima, o mar tivais de verão esgotaram, a gasoestá com um azul lina desceu (dado válido por quaintenso e a cerveja tro horas), o primeiro ministro está gelada, foi à festa do Pontal, os ingleses já mas o País está não podem dizer que são sempre diferente: está mais os mesmos a dar problemas na Europa, os espanhóis veem fubronzeado para mar aos restaurantes portuguenão dizer escuro. ses porque lá não podem e, como sempre, vamos chegar à nova temporada com o tom suficiente para não nos escaldarmos tão facilmente com o que para aí vem. Uma coisa é certa, independentemente de tudo, as praias estão lindas, a água está ótima, o
á há algum tempo que venho a falar com colegas acerca da minha opinião sobre o facto de se continuar a manter como parte integrante do currículo do ensino básico as chamadas Áreas Curriculares Não Disciplinares. Em todas as conversas que tive sobre o assunto sempre deixei bem claro que estas deveriam ser erradicadas e foi com bastante satisfação que ouvi a notícia de que no próximo ano letivo já não iria existir uma delas: Área de Projeto. Na minha opinião, a decisão, que aplaudo, peca por não se estender às outras duas: Formação Cívica e Estudo Acompanhado. É certo que os alunos necessitam de desenvolver competências na área da formação cívica assim como de aprender a estudar, mas não me parece que seja com estas duas áreas ministradas como Não faria mais se fossem duas disciplinas que sentido estes alguma vez se consiga alcançar tempos letivos tais objetivos. Contudo, penso serem ocupados que esta decisão pode ser um com disciplinas princípio para que as outras duas venham também a deixar que trabalham de existir. estes aspetos, Porém, se a decisão me mecomo é o caso rece ser destacada como uma das disciplinas medida a aplaudir, um outro asartísticas e peto me volta a deixar apreendesportivas que sivo: a substituição deste bloco neste momento são por aulas de Língua Portuguesa relegadas para um e Matemática. Parece-me que os objetivos que estas áreas tentavam plano secundário alcançar se prendem com conteúe tratadas como dos relacionados com o saber ser se não fossem e o saber estar, com o respeito por necessárias para si próprio e pelos outros, com um trabalho integrado e articulador a formação da personalidade dos de diversas áreas do saber, com a concentração, com a avaliação do nossos alunos e seu próprio desempenho e do denão contribuíssem sempenho dos outros, e com tanpara os tornar tas outras competências que não indivíduos são específicas desta ou daquela área científica, mas que são transmais íntegros versais e reais e que podem ser e completos? trabalhadas em disciplinas com um caráter mais prático. Assim sendo, então não faria mais sentido estes tempos letivos serem ocupados com disciplinas que trabalham estes aspetos, como é o caso das disciplinas artísticas e desportivas que neste momento são relegadas para um plano secundário e tratadas como se não fossem necessárias para a formação da personalidade dos nossos alunos e não contribuíssem para os tornar indivíduos mais íntegros e completos?
Efeméride 28 de agosto de 1910 Manuel de Brito Camacho é reeleito, pelo distrito de Beja, para o Parlamento Monárquico
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om o desenrolar do ano de 1910 os escândalos em que a Monarquia se vai atolando sucedem-se a um ritmo vertiginoso. A 22 de abril, Afonso Costa intervém no Parlamento a propósito do monopólio do açúcar na Madeira e, após vários dias de boatos, a 1 de maio, é anunciada a falência do Crédito Predial Português, cujo diretor, José Luciano de Castro, é o chefe do Partido Progressista. Em resultado deste enorme escândalo, José Luciano de Castro demite-se do Crédito Predial e Veiga Beirão acompanha o seu líder de partido demitindo-se de chefe do Governo, embora se mantenha em funções até final do mês de maio. Após um mês de hesitação, em princípio de julho de 1910, toma posse um novo Ministério chefiado por António Teixeira de Sousa, chefe do Partido Regenerador desde a demissão de Júlio de Vilhena e líder da “ala esquerda” desta formação política. É este Governo que promove as eleições de 28 de agosto de 1910, mantendo-se em funções até à revolução de 5 de Outubro de 1910. No distrito de Beja, nestas últimas eleições para o Parlamento Monárquico, apresentam-se três listas: A lista do Partido Nacionalista, organização política ligada à Igreja e aos Jesuítas, com um só candidato, Domingos Pulido Garcia; A lista monárquica, resultante da coligação entre regeneradores e progressistas, constituída por João de Sousa Tavares, Joaquim António de Santana, Augusto C. Clara da Rica, Libânio Fialho Gomes e Francisco Lacerda Ravasco; A lista republicana, cujos candidatos são António Aresta Branco, António Benevenuto Ladislau Piçarra, Ernesto Campos de Carvalho, Francisco Manuel Pereira Coelho e Manuel de Brito Camacho. Apesar da vitória dos monárquicos, Manuel de Brito Camacho é reeleito deputado e os resultados eleitorais mostram-nos um Baixo Alentejo onde o Partido Republicano tem uma influência significativa, ganhando em cinco concelhos: Beja, Cuba, Aljustrel, Castro Verde e Odemira. Os votos, expressos sob a forma de lista, mostram ainda um distrito com duas faces. Uma republicana, constituída por 11 concelhos (Beja, Ferreira do Alentejo, Cuba, Alvito, Aljustrel, Vidigueira, Castro Verde, Ourique, Odemira, Almodôvar e Mértola) onde, no conjunto, o Partido Republicano obtém mais 95 votos que os candidatos monárquicos e uma outra integrando os concelhos da margem esquerda do Guadiana (Moura, Serpa e Barrancos), território onde progressistas e regeneradores conseguem 2.480 listas entradas nas urnas contra apenas 235 dos republicanos. No concelho de Beja, onde para além da cidade existem também assembleias de voto em meios rurais, verificase que os republicanos perdem no campo, caso por exemplo de Baleizão, mas ganham na cidade o que mostra que a base eleitoral republicana se encontra nos funcionários públicos, nos comerciantes, nas profissões liberais, nos polícias e nas patentes baixas e intermédias do exército. É ainda digno de registo o facto de num distrito com 192.499 habitantes (censos de 1911) só terem votado 10.323 eleitores. Aqui o problema não é a abstenção, mas sim os entraves colocados pela lei às inscrições nos cadernos eleitorais. Constantino Piçarra
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Os ASSALTOS A MONTES e a propriedades rústicas repetem-se um pouco por toda a região. Já não é apenas o fio de cobre que transporta a eletricidade às explorações agrícolas que interessa aos larápios. E muitas vezes, para lá do roubo, ficam um rasto de destruição, como agora aconteceu em Corte da Velha, Mértola.PB
O Estado português é gordo, esbanjador e está cheio de clientelas. Reduzir isso a fundações e institutos é só para inglês ver. Eduardo Dâmaso, “Correio da Manhã”, 23 de agosto de 2011
Cartas ao diretor Política, desporto, religião José Ramos Beja
Diz o dicionário que “política” é “a ciência do governo das nações; arte de dirigir as relações entre os estados; princípios que orientam a atitude administrativa de um governo; conjunto de objetivos que servem de base à planificação de uma ou mais atividades; maneira hábil (engenhosa) de agir”. Depois, palavras da mesma raiz como “politicagem” (maus políticos) o mesmo sentido de “politiquice” que é política mesquinha, pouco escrupulosa, ação de “politiqueiro”, pessoa que, em política emprega processos poucos corretos. O mesmo que “politicante”, o que faz política partidária. “Politicão”, um grande político (o que deve ser muito raro), “politicomania”, monomania, obsessão, ideia fixa na política. Ainda temos “politização”, ato ou efeito de politizar, que é promover a consciência dos deveres e direitos políticos, ou atribuir um papel político a alguém. Não duvidamos que nestes tempos de crise, nesta perturbação que altera o curso ordinário das coisas, devia haver uma convenção, um acordo entre todos os partidos para o bem geral do País. Se houvesse mais justiça, não só estavam na AR os cinco principais partidos como os outros pequenos partidos (nem que fosse com um deputado) porque penso e creio que em todos os partidos há homens inteligentes, sinceros e bons, para poderem dar seu contributo para o bem da pátria. Talvez que se assim fosse, se acabaria com a politiquice com os seus politiqueiros, cada qual puxando a brasa à sua gostosa sardinha, ou fazendo a vontade dos seus amigos, ou falsos amigos. “Talvez” digo eu, porque a Bíblia pela pena de S. Paulo nos diz que diante de Deus “Não há um justo nem um sequer, nem ninguém que faça o bem…” rom.3:10. Sobre o desporto, desportismo, desportivismo ou desportivo, se diz que é a prática de exercícios próprios para desenvolver o vigor e a agilidade, como também a educação do espírito. O dicionário também diz que é (deve ser) divertimento, recreação, folga, distração, e que o desporto-rei é o futebol. Mas como as coisas estão no futebol já pouco tem dos atributos acima, e com a crise geral muitos clubes se enchem de dívidas, outros vão acabando… Clubes mais resistentes financeiramente por terem mais sócios vão pagando milhões a jogadores estrangeiros, alguns com pouca categoria, não sendo melhores que muitos jovens portugueses… Penso até que não faltará muito tempo para que o futebol tenha que prosseguir como muitas outras atividades desportivas – no amadorismo! Sim, porque a crise financeira e económica global com certeza vais aumentar e sendo geral estamos nos finais deste presente estado de coisas, ou seja nos finais deste tempo. Que nos resta? Como alguém escreveu “o que verdadeiramente importa é que haja uma mudança de mentalidade! Transformar o amor ao dinheiro causa da exploração de uns e da revolução sangrenta da parte de outros, pelo amor e compreensão”. Sim no novo estilo de vida de amor e paciência fraternal e não de reivindicações ou do amontoar de riquezas muitas delas ilícitas ou ilegais. A Bíblia Sagrada também nos informa dum “julgamento final”. Para o Senhor Deus seremos todos iguais durante o julgamento futuro. É importante meditar.
Estação Diamantino António Funcheira
É uma das mais lindas estações de primeira classe em todo o nosso País, a da Funcheira, como se pode verificar em fotografia na página 11 do “Diário do Alentejo”, datado de 22 do mês de julho do ano de 2011. Fica situada no concelho de Ourique. É uma tortura para a humanidade o que a Refer está a fazer aos seus clientes, em manter as portas fechadas da sala de espera da referida estação. As pessoas quando vão embarcar no comboio ou esperar pessoas de família ficam expostas na rua à chuva e ao vento frio sem terem um abrigo, sendo tratadas como se fossem animais abandonados.
09 Diário do Alentejo 26 agosto 2011
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Na MINA DA JULIANA, num recanto perdido da Freguesia de Santa Vitória, Beja, existe uma antiga aldeia mineira onde insistem em viver pessoas em casas que são suas por legitimidade e uso, mas que não são reconhecidas oficialmente. Por ali já começaram os primeiros roubos e usurpações. É urgente resolver a situação. PB
Há 50 anos Dos filhos dos operários a Einstein e Mark Twain
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notícia, no “Diário do Alentejo” de 26 de agosto de 1961, era datada da antevéspera, a partir da Mina de S. Domingos, e intitulava-se “Filhos dos empregados e operários da Empresa Mason and Barry, L.da em Vila Nova de Milfontes”. Dizia: “A exemplo dos anos anteriores, na benéfica cruzada em prol da saúde dos pequeninos, com destino á praia de Vila Nova de Milfontes, partiu hoje um grupo de 75 crianças filhos de trabalhadores beneficiários da Caixa de Previdência do Pessoal da Empresa Mason and Barry, L.da, que naquela magnífica praia ia gozar um período de 15 dias de férias em contacto com ar refrescante e saudável do mar. Brevemente, com destino á mesma praia, seguirá o segundo turno, composto por igual número de meninas, também a expensas da referida Caixa”. Nas edições dessa semana havia outras novidades. Na Europa, agravava-se a crise em Berlim. No Brasil, demitia-se o presidente da República, Jânio Quadros. Em Angola, prosseguia “a acção das forças militares na luta contra o terrorismo”. Cá dentro, assinalava-se o 32.º aniversário da “Campanha do Trigo”, iniciativa que “deu ao País os mais frutuosos resultados sob o ponto de vista económico”. De Beja, clamava-se contra o perigo de um conf lito nuclear internacional. Um artigo de M.A.S. alertava para o problema e referia uma declaração enviada anos antes, em 1953, por proeminentes cientistas aos “governantes das grandes potências”. Citava: “Considerando que numa futura guerra mundial seriam certamente empregadas armas nucleares e que tais armas põem em perigo a sobrevivência da Humanidade, apelamos para os governos de todo o mundo no sentido de se darem conta e reconhecerem publicamente que os seus objectivos não podem ser alcançados mediante uma guerra mundial e convidamo-los, portanto, a procurarem meios para solucionarem todas as suas questões e litígios”. Subscreviam a declaração, entre outros, Bertrand Russel, Albert Einstein e Frédéric-Joliot Curie... Mas nem tudo era assunto sério. E até havia, diariamente, na primeira página, “A graça da tarde”, em geral de humor inteligente. Como este: “O famoso escritor americano Mark Twain dizia: – Quando tinha 14 anos achava que o meu pai era um ignorante. Quando cheguei aos 21 anos fiquei espantado com o que ele conseguira aprender em sete anos!”. Carlos Lopes Pereira
10 Diário do Alentejo 26 agosto 2011
Em meia dúzia de anos, este executivo matou o cinema, feriu de morte o teatro, e acabou com o desporto. É, sem dúvida, um “notável” palmarés, para uma cidade que há uma década – segundo o Sr. José Ernesto – estava parada no tempo, e que nestes últimos dez anos, deixando de estar parada, andou velozmente para trás. Por este andar, qualquer dia nem o Templo de Diana se manterá de pé. Carlos Piteira, maisevora.blogspot.com, 23 de agosto de 2011
Páginas Esquecidas Duas poesias do conde de Monsaraz (1852-1913) As cegonhas Em Julho, as cegonhas ajuntam-se em bando, Desertam dos ninhos e partem voando, Fugindo aos calores; Acabam nos campos as ceifas ardentes, São mortas as relvas, as águas dormente E murchas as flores.
E até para o ano, se Deus nos der vida, Que o instinto da espécie vos move e convida De novo a voltar; Veremos o bando que em Julho nos deixa, Em Março de volta, co’as asas em flecha Remando no ar!
Nos verdes quinchosos, cegonhas, Deus dá-vos Em volta dos ninhos papoilas e cravos E ervilhas-de-cheiro, E rosas silvestres trepando e açucenas, Que à noite perfumam os pastos e as penas Do vosso canteiro.
Ajuntam-se em bando, nas margens dos rios, Caladas, tristonhas, de aspectos sombrios, Até que, aos milhares, As asas abertas, as pernas retesas, Os bicos em riste, das largas devesas Se ampliam nos ares.
Freirinhas cingidas de véus alvacentos, Fugiram, regressam de novo aos conventos Na paz do Senhor, E havemos de vê-las a olhar como dantes Curvadas, imóveis, dos altos mirantes, Os campos em flor.
Deus dá-vos, cegonhas, o gozo de olhardes Na paz, na agonia das místicas tardes Os gados tranquilos, À veia bebendo das águas correntes, Enquanto se escuta, nas calmas vertentes, A troça dos grilos,
Onde ides tão altas, cegonhas, Buscar novos climas, caladas, tristonhas, Seguir novos trilhos? Não tendes já nada que aqui vos detenha Nas torres, nas faias, nas serras de lenha, Criados os filhos?
Havemos de vê-las imóveis, absortas, À hora das regas, no fresco das hortas, Em estos sensuais, A filosofarem nas coisas eternas, Os corpos de arminhos, e os bicos e as pernas De vivos corais.
E a ânsia das rolas, e as queixas da nora, Em prantos que a terra sedenta devora Num rude cansaço; As vozes do tempo, do espaço infinito, Que gritam confusas – “Deus seja bendito, No tempo e no espaço!”
Criados os filhos, não tendes já nada Que possa prender-vos à terra sagrada Das várzeas risonhas; Por isso com eles dos ninhos partistes, Com eles voastes, saudosas e tristes, Cegonhas, cegonhas!
Nas velhas igrejas havemos de vê-las Em êxtases, graves, leais sentinelas De Deus que as protege; E pelos serviços que aos campos têm feito, Havemos de vê-las no amor, no respeito Do crente e do herege.
Cegonhas, cegonhas, que nunca nos falte Convosco o mais vivo, mais límpido esmalte Que alegra a paisagem! Cá tendes o ninho na torre da ermida, Até para o ano, se Deus nos der vida, E adeus, boa viagem!
Moças de Bencatel Ó moças de Bencatel, Não vos zangueis se vos ralho: Muito amor, pouco trabalho; Pouco trigo, muito mel; – Fiai-vos no que vos digo E não fiqueis mal comigo, Ó moças de Bencatel – Para vós, para a lavoura, Tomai tento, melhor fora Muito trigo e pouco mel. Vejo terras de pousio, Que andaram sempre lavradas, Todas cobertas de flores; Mas quando chegar o frio E passarem os calores, E as chaminés apagadas E as camas sem cobertores, Mal irá às namoradas E pior aos lavradores. Funçanatas e derriços, Cantigas e pasmaceiras, Fazem fugir aos serviços
E faltar às sementeiras: Eis porque estão os cortiços Abarrotados de mel E estão desertas as eiras, Ó moças de Bencatel. Como abelhas, as cantigas, Por entre moitas e brejos, Fabricam favos de beijos Nas bocas das raparigas, E os mocetões das aldeias, Sem canseiras nem cuidados, Largam ancinhos e arados Para crestar as colmeias... Ó moças de Bencatel, Vós tendes as bocas cheias... Acautelai-vos, senão Haveis de ficar sem mel, Sem maridos e sem pão!
Conde de Monsaraz (Musa Alentejana, 1908; 2.ª ed., 1933; 3.ª ed., com desenhos de Alberto Souza, 1954)
11 Diário do Alentejo 26 agosto 2011
Fiz uma reflexão séria sobre a atual conjuntura política no Baixo Alentejo, procurando perceber onde o meu contributo poderia ser mais importante para valorizar os ideais em que acredito e para engrandecer o partido onde milito desde a minha juventude, o PS. Sabendo da impossibilidade estatutária da recandidatura de Luís Ameixa a Presidente da Federação do Baixo Alentejo do Partido Socialista e sendo que nada me move contra ninguém nem contra processos, decidi candidatar-me ao cargo de Presidente da Federação, em eleições que ocorrerão em 2012. Página do Facebook de Pedro do Carmo, 22 de agosto de 2011
Crónica do campo Caça às aves, a abertura da discórdia
Poemário O teu retrato Aleixo dos Santos
Mote Porque nasceste baixinha, Mas grande na presunção, Já chegaste a rainha, Dos falsos da maldição.
A
Nunca ficaste calada, Mentiste foste ao céu, Fizeste de mim um réu, Para seres adorada, Com essa arte malvada, Censuras a vida minha, Ao seres assim daninha, Fazes-me perder a paz, E só falas por detrás, Porque nasceste baixinha.
Porque és impertinente, Nunca ficas sossegada, E só andas da mão dada, Com a classe que mente, Vaidosa feliz contente, Com essa tua vidinha, Por isso foste madrinha, Deste trabalho que fiz, Prós falsos deste país, Já chegaste a rainha.
Eu não posso aceitar, A tua leviandade, Com essa tua maldade, Só me queres insultar, Porque andas a falar, Deste pobre cidadão, Queres ter aceitação, E de mim só dizes mal, És baixa tão infernal, Mas grande na presunção
Estou perto da partida, Mas não parto sem dizer, Que tudo irei fazer, Para seres conhecida, Porque foste atrevida, Nessa tua medição, Talvez por intuição, Quiseste ser venenosa, Para seres uma rosa, Dos falsos da maldição.
O termo de olivença Carlos Luna
Mote Olivença é uma cidade Com muita beleza “p’ra” se ver Tem aldeias com muita idade Mas também novas “p’ra” conhecer Terão sido as Oliveiras Que a Olivença deram nome; Agora, quem dela se assome Verá casas e sementeiras Muros caiados e roseiras. Cresceu nela modernidade Sem s’esquecer da sua idade: Do pequeno se faz o grande, Toda a semente se expande, Olivença É Uma Cidade!
Monumentos tem às dezenas Esta cidade sem igual: Casas de tipo senhorial E casas do povo apenas (e, neste caso, às centenas!); E não se caia na maldade De esquecer a outra metade: Pelos campos à sua volta Como se fossem sua escolta Tem aldeias com muita idade!
Teve época de grande glória, Foi capital dum Bispado, Com Catedral como legado: Grandiosa dedicatória A era ilustre da História!| Os tempos a fizeram perder O peso que merecia ter, Mas nunca caiu na descrença Porque assim é Olivença Com muita beleza “p’ra” ver!
São Domingos e Vila Real, Táliga, que é vila agora, São Jorge, que não foi embora, São Bento; tudo isto afinal Partes de um todo inicial! Mas ainda há mais “p’ra” percorrer: São Francisco, não é para esquecer, Nem São Rafael, tão airosas; Aldeias, não há só idosas, Mas também novas “p’ra” conhecer!
madrugada do passado dia quinze roubou à cama muitas centenas de caçadores (entre os quais me incluo) esperando que rolas e pombos viessem quebrar o jejum nos comedouros preparados para o efeito nas zonas de caça em que são associados. De novo a “abertura”, momento especial para os devotos de Santo Huberto, momento azarado para as aves apontadas nos editais venatórios que nesse dia cruzam os céus sem saber o que as espera. Data aproveitada também para as farpas dos inimigos da caça que não se acanham em apontar o dedo a homens bárbaros, armados até aos dentes, sem coração, cometendo o crime execrando de atentar contra a vida de seres indefesos numa espécie de cruzada de violência. Abre a caça e instala-se a polémica. Nada a fazer. O confronto entre as partes tem tendência para recrudescer com o evoluir da urbanização das sociedades. A vida no campo foi chão que já deu uvas. Ninguém lá vive, nem os pastores já lá guardam gado. As crianças crescem a afagar bichos de peluche. A natureza é cada vez mais coisa de filmes. A argumentação dos contra a caça é hoje, por isso, mais fácil de aceitar do que a dos caçadores: uns destroem, outros defendem, uns são contra a vida, outros são a seu favor. Haverá coisa mais convincente? Entretanto as coisas não são bem assim, antes pelo contrário. O filósofo Ortega y Gasset gastou um livro a tentar explicar o que se passa com o caçador face às presas que persegue e que, em momento único e crucial lhe ficam a tiro. O que se passa comigo, caçador velho de meio século, não difere muito da argumentação do filósofo espanhol que tenta desmistificar a velha teoria do homem bárbaro. Por isso me levantei nesse dia de madrugada, um pouco mais cedo do que o habitual e rumei ao encontro dos meus companheiros de Associativa para um local batizado (quem sabe se por algum vizir de Mértola) de Amendoeira da Serra, poviléu tão bonito de nome como simpáticos são os seus moradores. E não ia de faca nos dentes, de arma aperrada e olhar turvo amaldiçoando os bichos que sanguinariamente mataria
logo que a aurora pintasse o nascente. Ia, sim, na expectativa de que eles me passassem a jeito para com eles me confrontar na forma como homens e bichos sempre se confrontaram: sem ódio nem desamor, tentando contrariar as suas manhas com as minhas. Nesse confronto, se quiserem leal, se resume a caça. O homem já não precisa dos animais para comer (a caça não é um matadouro de eletrocussão, onde afinal todos se abastecem, até os bem pensantes) mas não desdenha a venatória como atividade lúdica que, afinal, redunda em fator de equilíbrio do ecossistema e numa forma de revigoramento das espécies. Após a queda do res nullius que levou ao quase extermínio da fauna selvagem, a gestão equilibrada da caça e a preocupação em preservar o ambiente pelos que hoje a praticam, inverteu o que parecia irreparável. Em pouco tempo verificou-se um aumento exponencial das espécies venatórias e, por arrastamento, das que o não são mas que beneficiam de comida, de água, de sossego e de abrigo. A abundância chamou predadores naturais que concorrem para o restabelecimento da pirâmide de dependências sem o qual não há relações saudáveis entre os bichos. Há hoje, de facto, um aumento da população selvagem como nunca vi em toda a minha vida de frequentador assíduo do campo. Com essa convicção, me escondo na manhã de dia quinze de agosto por detrás de um pano camuflado, segurando a minha espingarda sem problemas de consciência. E aí aguardo (a primeira rola, na gíria venatória, entra ao quarto para as sete) esperando que cruzem o campo de tiro as desprecavidas aves com os olhos postos no trigo, nas ervilhas e nas sementes de girassol que há quase dois meses lhes fomos espalhando em lugar apropriado do chão. Ao engodo da mesa posta chega o pesado e róseo torcaz, de pescoço estendido, o semáforo alvo das penas ornando-lhe o coberto das grandes asas abertas. Em vôos acrobáticos aproximase a rola, trajando de rosa cinza, gravata recamada de branco. Ouvem-se tiros, ecoando nas ladeiras. Caem alguns bichos, pagando tributo com a vida. O caçador não rejubila com a sua morte mas com o êxito da caçada em que investiu tempo e dinheiro. E assim, contra os apóstolos de uma só verdade, se cumpre o ditame quase bíblico do poeta popular que, afinal, se insere na ordem natural das coisas: “... à frente dos caçadores morrem as aves voando...”. João Mário Caldeira
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Garvão está em festa até domingo
Começam hoje, sexta-feira, as tradicionais festas de Garvão, no concelho de Ourique. As festas começam, pelas 20 e 30 horas, com uma missa em honra de Nossa Senhora da Assunção, seguindo-se uma procissão. A primeira noite ficará marcada por um baile e pela atuação de Quim Barreiros. Amanhã, sábado, espaço para uma
quermesse, para um rally-papper, para uma corrida de touros, para um baile e para a atuação de Rebeca. No domingo, para além da atuação de grupos corais, acontece ainda uma corrida de carros de mão, uma largada de touros pelas ruas da vila, um baile, e uma noite de fados. As festas de Garvão encerram com atuação de um DJ.
Fotorreportagem Há já alguns anos despojado da sua vertente operacional, o regimento de Infantaria 3, em Beja, pelas suas belíssimas condições logísticas e de acolhimento, costuma agora receber alguns dos contingentes militares que representam Portugal em missões no exterior. As duras condições orográficas e climatéricas da herdade da Cabeça de Ferro são também um ótimo cenário representativo de situações extremas. Nesta fotorreportagem, 700 cadetes da Academia Militar recriam jogos de guerra. Fotos José Ferrolho
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Curiosidade Entusiasta da Festa Brava
Olé, Fialho de Almeida Além de grande escritor, o alentejano Fialho de Almeida foi um entusiasta da Festa Brava. Embora não haja memória de José Valentim ter alguma vez empunhado uma muleta, chegaram até nós crónicas que dão conta da sua genuína afición e vontade de reformar o espetáculo taurino português. Texto Alberto Franco
“E
mbalde alguns preciosos faniquentos, tomando por bondade de índole caquexias passivas de caráter, embalde eles tentaram pregar a selvajaria das touradas, explicando o entusiasmo geral por ferocidade de instintos, e sentimentalizando o boi com litanias românticas de chochinhas. Todas as almas foram surdas à mariqueria desses bolas, e às invetivas deles pedindo a proibição das corridas e a prorrogação ao touro das regalias que a Carta Constitucional garante ao homem, um desusado clamor fremiu das bocas, e as trinta e sete praças de Portugal encheram-se de gente, a aclamar fora de si touros e toureiros.” Cortante, burlesco, indigesto, terror de “faniquentos” e “chochinhas”, eis Fialho de Almeida n’ Os Gatos, a propósito das tentativas de proibição do espetáculo tauromáquico. O escritor de Vila de Frades, que morreu faz agora um século, apreciava as corridas de touros e dedicou-lhe múltiplos escritos, nos quais expressou os seus pontos de vista sobre a sociedade portuguesa de finais do século XIX, com acutilância e inventividade linguística. Ou não fosse ele próprio “um ser vigoroso e taurino”, como o definiu António Cândido Franco numa entrevista recente ao “Diário do Alentejo”. Seria Fialho dos aficionados que compareciam religiosamente aos domingos na praça do Campo de Santana e depois na do Campo Pequeno? Não se sabe. O certo é
que a sua escrita sobre a matéria denota conhecimento de causa e agudeza de análise. O Fialho que escreve na revista “Sol e Sombra” sobre “O Problema Taurino”, não é um diletante, mas sim alguém que identifica certeiramente os males que corrompiam os festejos taurinos em Portugal - que não eram, bem vistas as coisas, muito diferentes dos que afligiam o País. As críticas do escritor alentejano ao ambiente tauromáquico e seus protagonistas acabam por ser uma extensão da crítica cerrada com que mimoseou a toda a sociedade do seu tempo. Nos seus escritos taurinos, Fialho lamenta amargamente a decadência da bravura dos touros portugueses, equivalente ao declínio das elites nacionais. “As raças que há, tirante a Palha Blanco, afalcoam, e dizem os sabedores que a domesticidade secular lhes corrompeu o tipo, o sangue e o génio impetuoso, por uma civilização semelhante à que fez resvalar a cavalaria de Cristo do guerreiro san-graliano do século XIII, ao boticário eleitoral do século XIX”, escreve em À Esquina. De toureiros não andávamos melhor. “Sangue toureiro, propriamente, não há”, proclama Fialho. “Essa efervescência selvática, que foi nos séculos heroicos de Portugal uma como derivante da vida máscula das viagens e das batalhas, sobras de força, esbanjadas pela mocidade em jogos atléticos e simulacros de combates, tem-se perdido quase por completo, desde que a aristocracia hipotecada e expulsa dos seus coutos, veio para a cidade aposentar os filhos em bêbados da Tendinha, fiscais da alfândega ou pretendidos de meninas ricas com avaria.” Denotando uma notável capacidade de antecipação, Fialho aconselha alguns aristocratas que toureavam como amadores a porem de parte preconceitos de classe e a profissionalizaremse. António Perestrelo, Simão da Veiga ou Duarte Pinto Coelho, “lá poderiam, posto de banda o
A questão dos touros de morte punha-se já no tempo de Fialho. Nesta matéria, a posição do autor d’O País das Uvas não deixa margem para dúvidas: é abertamente favorável à corrida integral. “Sorte de morte. Querem-na todos, e ninguém toma a iniciativa de pedi-la, e legiferante algum se atreve a decretá-la.”
preconceito de que picar toiros é modo de vida humilhante, deixar pudores fictícios que os recluem num simples diletantismo, e entrar francamente na vida do trasteio, prestes a fazerem dela instrumento de glória e de fortuna.” O futuro deu-lhe razão: no século XX, o toureio mostrou-se incompatível com amadorismos, exceção feita aos forcados, e seguiu o caminho da profissionalização. Aos forcados dedica Fialho palavras azedas. De facto, a grande maioria dos pegadores de touros do século XIX eram homens que viviam nas margens da sociedade e que encaravam a atividade apenas como forma de ganhar alguns cobres. Segundo o sociólogo José Machado Pais, os forcados pertenciam a uma “marginalidade socialmente integrada”, formada por “prostitutas, fadistas, marialvas, toureiros, boleeiros, vagabundos e marinheiros.” Alcoólicos muitos deles, arrastavam para as praças a decadência e a miséria que suportavam no seu dia a dia. Pelo contrário, para Fialho a pega devia ser uma mostra de masculinidade e destreza. “Em vez de oito borrachões injetados de estupidez, envelhecidos em tombos, fazendo vida de gladiadores sórdidos, e morrendo quase todos do deboche adstrito às semanas de ociosidade, por que não faremos das pegas um certame de vida máscula,
com inscrição facultada a todos os rapazes destemidos, aos clubes de desportismo atlético, aos jovens ginastas e traga-balas da cidade?” A questão dos touros de morte punha-se já no tempo de Fialho. Nesta matéria, a posição do autor d’O País das Uvas não deixa margem para dúvidas: é abertamente favorável à corrida integral. “Sorte de morte. Querem-na todos, e ninguém toma a iniciativa de pedi-la, e legiferante algum se atreve a decretá-la.” O “arremedo” da estocada, com uma espada falsa, “não estesia nem ergue o coração do espetador: é um desengano parecido com o de alguém que estando a ver ungir um sogro rico, súbito ressurge o tipo dentre os azeites bentos do padre – e adiada a herança para quando o tempo o permitir!” A culpa radicava na nossa “hesitação de não fazermos nada completo, nesta cobardia de, primeiro que nos abalancemos a qualquer coisa, cogitarmos no que dirá a opinião de nós, o estrangeiro, o homem da tenda, o vizinho”. Mesmo assim, reconhecia Fialho, as corridas de touros “são o único espetáculo alegre do país, o único onde o português tem graça, e onde os seus instintos satíricos, tomando forma de insetos, por toda a parte vão mordendo os cachaços do ridículo, entre risadas e bromas de cair.”
Mértola promove expedição TT a Marrocos
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A Câmara Municipal de Mértola e os Marafados do TT promovem, entre os dias 31 e 10, uma expedição todo-o-terreno intitulada “Rotas do Al-Andaluz”, que terá como ponto de partida a vila de Mértola e cujo itinerário inclui várias cidades de Marrocos. A comitiva, composta por vários jipes, parte de Mértola no último dia de agosto e ao longo do percurso passa por Chefchouen, Azrou,
Desporto
Veiga Trigo e o momento atual da arbitragem em
“Estão a mandar-nos poeira para os olhos” A recusa do árbitro João Ferreira em apitar o jogo que opôs o Beira-Mar ao Sporting, na segunda jornada da I Liga, veio, mais uma vez, pôr na ordem do dia as ligações perigosas que se vivem no futebol português. Veiga Trigo, ex-árbitro internacional da Associação de Futebol de Beja, acha “corretíssima” a posição tomada pelo juiz e apreciou sobremaneira “a solidariedade demonstrada pelos árbitros”. Texto Aníbal Fernandes Foto José Serrano
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eiga Trigo continua fiel a si próprio. As suas opiniões são desassombradas e tocam na ferida dos problemas: “Os dirigentes estão a mandar poeira para os olhos de toda a gente de forma a desviarem as atenções das más contratações que fizeram no defeso”, aponta o bejense para quem “os árbitros estão apagar as favas de todos os males do futebol” nacional. Mesmo assim, Veiga Trigo vê na situação “uma boa oportunidade para os árbitros se unirem”, mas aponta o dedo a Victor Pereira e ao Conselho de Arbitragem (CA) por terem deixado descambar a situação.
“Os árbitros que erram deviam de ser castigados” defende o antigo juiz que sugere ao CA a realização de sessões de visionamento, autocrítica e aperfeiçoamento, para todos os árbitros, no final de cada jornada “de forma a corrigirem os erros cometidos”. Se não houver mudanças não se vai a lado nenhum, defende. “É necessário acabar com os padrinhos na arbitragem. O Olegário Benquerença, um dos piores árbitros portugueses, está nomeado para um jogo das Champions”, espanta-se o ex-internacional. Veiga Trigo recusa, liminarmente, o recurso a árbitros estrangeiros por ser “mau demais
para o futebol português” e porque reconhece qualidade à generalidade dos juízes portugueses. “No estrangeiro são melhores do que entre portas. Lá sentem-se mais à-vontade. Cá são muito pressionados…”, acusa. Também o profissionalismo não o convence. “Quem seriam os protagonistas?”, pergunta. “Os mesmos”, responde deixando no ar a ideia de que, afinal de contas, nada mudaria. Quanto ao caso que motivou toda esta discussão, Veiga Trigo está do lado de João Ferreira dizendo que o juiz de Setúbal “se antecipou” à “conferência de imprensa do Sporting”, pois antes já se tinha “mostrado indisponível para arbitrar o jogo”. E, agora, como os árbitros não chegaram a acordo, “quem quiser apitar, apita…”, conclui.
Sem saudades dos relvados
V
eiga Trigo foi um árbitro avant la letter. Criticado por muitos por ser demasiado disciplinador dentro do campo, viu, passados anos, os órgãos máximos do futebol mundial apontarem baterias contra a violência. “O tempo veio provar que estava no caminho certo”, justifica-se. “Nunca tentei imitar ninguém”, diz o exjuiz, nascido em julho de 1951. Apitou pela primeira vez na I Divisão Nacional na época de 1979/80. “Foi num Belenenses, 1 – Boavista, 1”, relembra Trigo que também não se esquece da última entrada em campo, numa altura em que os jogos eram ao domingo à tarde e os árbitros só não equipavam de preto quando estava a Académica em campo. A despedida dos relvados aconteceu longe de casa, em Chaves,
numa peleja em que os transmontanos venceram o Braga por uma bola a zero. Durante oito anos exibiu as insígnias da FIFA (de 1986 a 1994), mas, ao contrário de António Garrido, nunca esteve presente numa fase final de um Europeu ou Mundial. O facto de, na altura, não dominar outros idiomas prejudicou-o na sua carreira profissional?, quisemos saber. “Não. O Garrido falava menos do que eu e esteve lá…” Tal como agora era uma questão de padrinhos. – Tem saudades do tempo em que era árbitro?. – Não! – Não acredito… – Não tenho nenhumas! AF
Gargantas do Todra, Nekob, Zagora, Erg Chegaga, Ouarzazate e Marrakeck. Esta expedição, que a câmara municipal organiza pela segunda vez, tem como propósito central dar a conhecer o extenso património cultural de Marrocos e realçar os laços culturais que unem a vila de Mértola e a sua herança arqueológica e patrimonial ao outro lado do Mediterrâneo.
A Associação de Futebol de Beja vai eleger no próximo dia 9 de setembro, entre as 20 e as 22 horas, na sua sede, dois delegados (efetivo e suplente) representantes dos jogadores amadores do círculo distrital de Beja, dando cumprimento ao estabelecido na Lei de Bases do Sistema Desportivo. Foram apresentadas as seguintes candidaturas: Manuel
Januário Sousa (antigo jogador do Cabeça Gorda, CD Beja, Alvorada, Castrense, Neves, Moura e Vasco da Gama); Carlos Filipe Paixão (CD Beja, Despertar, Beringelense e Penedo Gordo); João Oliveira Pinto (Sporting, Vitória Setúbal, Estoril Praia, Gil Vicente, Braga, Farense, Marítimo, Académica, Imortal, Amora, Sesimbra e Alfarim).
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Eleição de delegados à Assembleia geral da FPF
Taça de Portugal – 1ª Eliminatória – 28 de agosto de 2011 – 16 Horas JOGOS COM EQUIPAS ALENTEJANAS Grijó-Moura Aljustrelense-Andorinha Vizela-Despertar
Filipe Felizardo “Uma prova que não tem interesse nenhum”
Boavista S. Mateus-Redondense (15h) Argentina-Reguengos Santa Maria-Crato Elétrico-Limianos
Sérgio Abreu “Dar tudo o que temos para passarmos”
Padroense-O Elvas U.Montemor-Quarteirense Messinense-Juventude de Évora Sintrense-Vendas Novas
Fernando Piçarra “Vamos encontrar muitas dificuldades”
Moura, Despertar e Aljustrelense com sorte diferente
Taça de Portugal abre época futebolística
A
Taça de Portugal, primeira eliminatória da edição 2011/2012, abre oficialmente a temporada desportiva para as equipas da segunda e terceira divisão. Moura, Despertar e Aljustrelense têm adversários de diferentes graus de dificuldade e, por isso, ambições distintas, sendo comum aos três treinadores dos clubes alentejanos, um discurso cauteloso na definição dos objetivos para esta competição e na projeção que aqui deixam à presença das suas equipas nesta fase inicial da prova. Moura e Despertar viajarão centenas de quilómetros para norte, o Aljustrelense joga em casa com uma formação madeirense.
Ambições sem limite em Vizela O Despertar Sporting Clube, na época passada promovido à terceira divisão nacional, desloca-se ao terreno
do Vizela, adversário do escalão imediatamente superior e francamente favorito na partida em que vai receber a equipa bejense. Filipe Felizardo, técnico despertariano, comenta esta deslocação dizendo que “A Taça é uma prova que não tem interesse nenhum para equipas como a nossa. O único interesse que existiria seria se o jogo fosse em nossa casa, pois jogando em casa com uma equipa de escalão superior permitiria aos sócios e simpatizantes desfrutarem de uma tarde diferente”. Felizardo argumenta que “jogar com o Vizela, que é uma equipa profissional, filial do Braga, que tem o objetivo de subir de divisão, depois de termos feito uma deslocação de 600 quilómetros e que vai implicar a alteração das jornadas de trabalho antes da primeira jornada do campeonato, significa que teremos, apenas, contrariedades no nosso trajeto rumo ao que, efetivamente, são os nossos objetivos no campeonato nacional”. Contudo, diz o treinador, a equipa não entrará em campo previamente derrotada
“Não vamos limitar as nossas possibilidades em nada, vamos disputar o jogo com o objetivo de passarmos a eliminatória, agora sabemos que é difícil, mas, ainda que o favoritismo seja inteiramente do adversário, nós vamos pôr em campo os nossos argumentos”.
Temos que dar o nosso melhor O
Aljustrelense foi a equipa mais feliz no sorteio da prova. Joga em casa com a formação madeirense do Andorinha, um conjunto que o técnico dos tricolores já viu jogar e que qualifica assim: “é uma equipa complicada, estava na 2ª divisão zona norte na época passada, e que deu justamente para eu acompanhar, porque ia ver muitos jogos do Fafe e o Andorinha fazia parte desse série. Infelizmente desceram, tinham boa equipa, agora, como caíram para a 3ª divisão, provavelmente reestruturam-se.
Não sei como vai ser, mas foi bom jogarmos em casa. É sempre uma vantagem, mas temos que trabalhar e dar tudo o que temos para passarmos a eliminatória”. Sérgio Abreu assume um favoritismo moderado e diz que “somos favoritos se pusermos em prática tudo aquilo que temos vindo a treinar, porque dizermos, apenas, que somos favoritos não chega, é um pouco como dizermos que o Porto e o Sporting são favoritos contra o Gil Vicente ou o Olhanense e depois não darem tudo dentro do campo e o favoritismo vai à vida”, recorda o treinador mineiro.
Ninguém gosta de perder O Moura Atlético Clube, o nosso mais qualificado representante na prova, jogará no Estádio Municipal de Grijó com a Associação Desportiva local, clube que disputa a 3ª Divisão Nacional. Fernando
Piçarra, treinador dos mourenses afirma que tentou, sem sucesso, conhecer alguns pormenores sobre a equipa do Grijó: “uma coisa tenho a certeza, é que vamos encontrar muitas dificuldades porque conheço o futebol do norte e sei que é muito aguerrido muito complicado, num campo, se calhar, pequeno e sintético. Mas quem anda nisto tem que estar preparado para essas dificuldades, temos estado a prepararnos para superar minimamente essas contrariedades”. Tentará a equipa de Moura repetir recentes brilharetes que rubricou na Taça de Portugal? Piçarra responde que “com planteis curtos é sempre muito complicado. Mas ninguém gosta de perder, vamos tentar primeiro ultrapassar esta eliminatória e tentar seguir em frente porque só passando mais duas ou três eliminatórias conseguiremos fazer um brilharete. Para já vamos tentar ultrapassar este adversário e o resto ver-se-á com o tempo e com a sorte que formos tendo nos sorteios”, diz o treinador.
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Nacional de juniores: Despertar em Évora
O Campeonato Nacional de Juniores da 2.ª divisão, cujo sorteio de jogos já foi realizado, tem no Despertar Sporting Clube o representante da Associação de Futebol de Beja. A prova inicia-se no próximo dia 10 de setembro e o calendário de jogos determinou que os bejenses se estreassem nesta edição da prova jogando no terreno do Lusitano de Évora, equipa que, a par do União de Montemor, completa o leque de formações alentejanas na série D do respetivo campeonato.
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O projeto tem uma grande abrangência, constituindo-se como uma representação regional da Federação Portuguesa de Voleibol, incluindo os distritos de Beja, Évora, Portalegre e o sul do distrito de Setúbal”.
Associação da modalidade está sediada em Castro Verde
Voleibol cresce no Alentejo A Associação de Voleibol do Alentejo, com sede em Castro Verde, está no terreno a dinamizar a prática da modalidade e a incrementar o crescimento do número de clubes e de atletas. Texto e foto Firmino Paixão
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S
e o Voleibol tivesse grande tradição e fosse muito praticado nesta região, o nosso desafio de incremento e implantação da modalidade não seria tão audaz nem teria tanto significado”, afirma o presidente da Associação de Voleibol do Alentejo (AVAL), Paulo Pinho, rosto de um programa funcional que elenca como prioridades a filiação de clubes, elaboração de um quadro competitivo e agendamento de ações de formação dirigidas a técnicos, árbitros e dirigentes. Radicado no Alentejo há cerca de cinco anos, Paulo Pinho é o presidente da estrutura regional da modalidade e concorda que “o projeto tem uma grande abrangência, constituindo-se como uma representação regional da Federação Portuguesa de
Voleibol, incluindo os distritos de Beja, Évora, Portalegre e o sul do distrito de Setúbal”. Paulo Pinho não esconde uma relação próxima e privilegiada com a Federação Portuguesa de Voleibol e com algumas associações da modalidade e o entusiasmo com o visível crescimento recente do número de centros de Gira Vólei aos quais se refere como “um projeto de natureza não federada que visa estimular a prática do voleibol num contexto simplificado, junto dos mais jovens e que tem registado um enorme
crescimento na região devido ao seu potencial formativo”. O número de centros inscritos já ronda as quatro dezenas, com cerca de 1600 atletas. O presidente da AVAL sabe que existe a Associação de Voleibol de Évora, com sede em Moura, mas revela que “a AVAL tem o âmbito territorial de toda a região Alentejo, com exceção das áreas juridicamente reguladas por outras associações homólogas, devidamente reconhecidas pela Federação Portuguesa de Voleibol” e que é sua intenção “manter as boas relações de cooperação com os restantes filiados naquela estrutura federativa”. Questionado sobre a invulgaridade de a AVAL ter sido criada sem a prévia intervenção de clubes, Paulo Pinho sublinha a reiterada confiança e disponibilidade que lhe foi manifestada pela federaç ão d a modalidade. Já quanto à nomeação dos atuais órgãos sociais a que preside, em vez da sua eleição democrática e participada, assume que “nesta fase de
Paulo Pinho, 36 anos, natural de Arouca. Presidente da Associação de Voleibol do Alentejo. j Licenciado em Desporto e Educação Física pela Faculdade de Ciências do Desporto e Educação Física. Mestrado em Administração e Gestão Escolar. Docente na Escola Secundária de Castro Verde. implementação da associação era um processo necessário e as pessoas que foram escolhidas são de minha inteira confiança, contudo, no futuro e quando existirem clubes filiados, o processo será normalizado com a realização de eleições, aproveitando a disponibilidade de pessoas que, eventualmente, queiram intervir e que possam dar um bom contributo ao crescimento da modalidade, ao mesmo tempo que a sede da Associação, que agora está em Castro Verde, pode funcionar em qualquer outro local da região”.
No âmbito da sua atividade, a AVAL “pretende estabelecer protocolos com uma rede alargada de parceiros sociais, entre eles os municípios, as juntas de freguesia, empresas, clubes e escolas” revela o dirigente. Como quem dá os primeiros passos, este organismo persegu no imediato, “a valorizasegue, ção da imagem, do seu conteúdo func funcional e organizativo, a par u trabalho que já está no terde um reno para a promoção desportiva reno, v do voleibol em contextos diversifica ficados de prática competitiva e fo de formação, assumindo modelos adap adaptados às necessidades desta regi região”. P Paulo Pinho está otimista nos bon resultados de um processo bons que permita “agilizar o desenvolv volvimento da modalidade através de uma aposta muito forte no Gira Vólei. Que é a ”base de partida para outro tipo de ações como p “a promoção de um quadro competi petitivo regional federado de voleib de seis no escalão juvenil leibol fem feminino”. N início da próxima época No desp desportiva, a Associação propõeo se organizar formação para árbitr estagiários e para treinabitros dore ações que decorrerão em dores, Cast Verde. Castro A AVAL definiu prioridades de ação todos elas visando potenciar ação, su intervenção no meio envola sua vent a criação de parcerias com vente, estr estruturas sociais de participação desportiva, procurando captar investimentos para garantia p de projetos inovadores e, naturalmen perseguindo a angariação mente, n de novos associados que garantam a vida ativa da Associação. O obje objetivo final, passa pela consolidaçã de parcerias para o crescidação men organizacional da AVAL, mento que promovam a imagem do voleibo através de projetos compeleibol titiv que diminuam o impacto titivos que as distâncias geográficas a perc percorrer incutem nos clubes, justific tificando que “como o maior númer de clubes praticantes está no mero nor do país, não será de muito norte a agrado que no sul comecem a surgir projetos competitivos que os obriguem a fazer grandes deslocações”.
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O plantel sénior do Clube Desportivo de Beja iniciou esta semana os trabalhos de preparação da equipa tendo em vista o Campeonato Distrital da 1.ª Divisão, da Associação de Futebol de Beja. A equipa continua orientada pelo técnico Carlos Simão e apresentou-se com 13 caras novas.
Férias desportivas José Saúde
Odemirense goleado em casa Os juvenis do Odemirense jogaram em casa com o Casa Pia e sofreram uma pesada derrota por 5-0, em jogo relativo à 2ª jornada do campeonato nacional daquele escalão. Os resultados completos da ronda foram os seguintes: O Elvas,1-Amora,3; U.Montemor,1-Cova da Piedade,0; Odemirense,0-Casa Pia,5; Olhanense,1-Estoril Praia,2; Vitória Setúbal,1-Imortal,1; Barreirense-Oeiras (adiado para 20/11). Classificação: 1ºs Casa Pia e Oeiras, 6 pontos; 3ºs V. Setúbal, Imortal, Amora e Estoril, 4; 7º U.Montemor,3; 8ºs Olhanense e Odemiremse,1: 10ºs Barreirense, Cova Piedade e O Elvas, 0. Na jornada deste fim de semana, o Odemirense desloca-se a Montemor-o-Novo.
Construção de pista de velocidade para canoagem e remo ainda este ano
Mina vai ter pista de canoagem
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o ano em que a modalidade apostou forte na qualificação de atletas para os Jogos Olímpicos de Londres, a canoagem alentejana consolida-se e espera ter atletas nos europeus do próximo ano. Uma pista de velocidade nascerá em breve na tapada da Mina de São Domingos, revela ao “Diário do Alentejo” Carlos Viegas, histórico dirigente do Clube Náutico de Mértola, depois de protocolar com a Águas do Alentejo uma parceira de patrocínio. A canoagem portuguesa vive um bom momento?
A canoagem portuguesa é, neste momento, a coqueluche nacional entre todas as modalidades. Temos os melhores resultados. Mais de vinte medalhas conseguidas em competições internacionais e com muita consistência. Não são acasos, temos resultados muito acima da média e acima daquilo que eram as expectativas há alguns anos atrás. O Clube Náutico de Mértola beneficia desse estado de graça da modalidade?
Em Mértola sente-se esse entusiasmo porque os nossos miúdos têm os olhos postos nesses grandes atletas. Percebem que os objetivos não são impossíveis e que estão ao seu alcance. Temos tido alguns atletas em seleções nacionais. Este ano as coisas não correram tão bem quanto gostaríamos, entendemos que terão havido algumas injustiças por parte das escolhas federativas mas, retirando isso, temos uma grande esperança no próximo ano porque temos o Campeonato da Europa de Juniores e Sub-23 em Portugal e poderemos ter alguns atletas envolvidos na seleção nacional, o que dará exponencial aos resultados do clube. O Centro de Estágio do Clube é uma infraestrutura fundamental?
Este ano já tivemos três atletas a viver em permanência no clube e o objetivo é termos quatro ou cinco, nomeadamente de outras zonas do país. Continuamos na procura de seleções de outros países que
Carlos Viegas “Temos a garantia que o projeto não ficará no Papel”
para cá venham, temos, nomeadamente, um bom relacionamento com a Hungria. A tapada da Mina São Domingos vai receber uma pista de velocidade?
Temos uma candidatura cujo financiamento já foi aprovado e que é incontornável, com a participação do Município de Mértola e a colaboração estreita da La Sabina, a empresa proprietária da tapada da Mina. Estamos a aguardar os licenciamentos das diversas entidades. Se tudo correr normalmente a obra será iniciada ainda este ano e a sua execução durará dois a três meses. Ficaremos com uma infraestrutura que será a segunda pista de velocidade do país, a primeira é no Centro de Alto Rendimento de Montemor-o-Velho. No passado recente foi anunciada a construção de uma pista de águas bravas no Guadiana…
É uma situação completamente diferente. Sei que o projeto da pista de águas bravas não está abandonado, mas que implica uma verba completamente diferente, se calhar oito a dez milhões de euros e a pista de velocidade fazse com cerca de 300 mil euros. A pista que vamos fazer não é para receber os Jogos Olímpicos nem Campeonatos do Mundo, será
Temos uma candidatura cujo financiamento já foi aprovado e que é incontornável, com a participação do Município de Mértola e a colaboração estreita da La Sabina uma pista para atividades nacionais, algumas provas internacionais, com a característica de utilização para a canoagem e remo. Temos a garantia que o projeto não ficará no papel. O Guadiana é um recurso importante para a promoção turística do concelho. Considera que o Clube Náutico é um instrumento de excelência no contributo par esse desenvolvimento?
Não é o único instrumento, mas é um dos mais importantes. Para além da competição, temos atividades no setor do turismo náutico e de aventura, sustentáculo financeiro da própria instituição. Temos milhares de pessoas a
recorrer aos nossos serviços para descidas do Rio Guadiana, que procuram outros serviços na área do alojamento e restauração e que dão um contributo importante à economia do concelho. Com receitas próprias insuficientes o clube recorre a outras formas de financiamento?
Continuamos a procurar autonomização financeira. O nosso Centro de Estágio tem uma oferta turística de alojamento, temos atividades de turismo náutico e outras ligadas ao acolhimento de equipas estrangeiras, apostamos na formação profissional e, neste momento, temos um apoio muito importante das Águas do Alentejo que viram em nós um bom instrumento para se mostrarem enquanto empresa. Procuramos que o somatório de tudo isso nos dê o máximo de autonomia financeira para suportarmos uma atividade que é fundamental para a economia local. As dificuldades são sempre muitas, não estamos totalmente bem, nenhum clube ou associação pode estar, mas procuramos depender o mínimo possível de apoios institucionais, mas como temos direito a eles e temos que o receber, embora estejamos a falar de cerca de 15 por cento do nosso orçamento.
Quando viajamos nas asas do vento reencontramos atividades de verão do nosso tempo de infância as quais, por razões evidentes, sempre se apresentaram transversais às gerações subsequentes. Lembro que a extinta Mocidade Portuguesa se dedicava a campos de férias que juntava a rapaziada num acampamento tendo como fim uma ida à praia e, paralelamente, uma saudável atividade desportiva. Tinha, creio, 13 ou 14 anos (1963/1964), quando pela primeira vez me imbui nessa tamanha façanha. O destino: Sines. Entre pinheiros desalinhados, montávamos uma pequena tenda que dava entrada a todos os que chegavam e pretendiam um lugar para pernoitar. O comandante de castelo, guarnecido pelos seus galões, passava então ao lado da aventura e fingia nada perceber. A união faz a força. Recordo as loucas madrugadas em que eu e o meu saudoso amigo Cardoso penetrávamos no breu da noite e desafiávamos aventuras. Uma ida às redondezas do velho castelo de Sines, jogar o rabo do olho ao mais incauto vendedor de fruta, apanhá-lo num sono profundo, e retirar cautelosamente uma melancia, um melão ou meia dúzia de pêssegos da arcaica camioneta. Outras vezes o homem dava pela presença dos “caçadores frutíferos” e a tentativa saía frustrada. Hoje, as férias desportivas conduzemnos para parâmetros diametralmente opostos à minha juventude. Reconheço, contudo, que os seus princípios básicos lá se encontram e a juventude delira. A Zona Azu desenvolve atualmente uma ação destinada a jovens dos seis aos 12 anos que se intitula de férias desportivas. Semanalmente, a coletividade recebe inscrições de jovens e a sua aderência transcende as expectativas. Os responsáveis, pessoas licenciadas em educação física, entregam-se à causa sem preâmbulos extras e os miúdos humildemente agradecem. Os diretores da Zona Azul, conscientes do seu dever cívico, cumprem com rigor a sua missão de bem servir a comunidade, proporcionando excelentes momentos de lazer a uma juventude que proclama iniciativas desta estirpe.
Diário do Alentejo 26 agosto 2011
Desportivo de Beja iniciou treinos
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Figuras Figuronas contam a tua históra
Em contagem decrescente, mas ainda a tempo de participares no atelier “Figuras Figuronas”, a partir do livro com o mesmo nome de Maria Alberta Meneres, crianças dos 6 aos 11 anos são convidadas a construírem a sua história. Quartas e sextas-feiras, às 15 horas, na Biblioteca de Vila Nova de Stº André.
Vitória, estória vitória conta a tua
Dica da semana Cabeça dura. Não se trata de nenhum insulto, é que aqui tanto as cabeças como os corpos são feitos de pedras. Vais precisar de tintas acrílicas, ou de marcadores e claro, de pedras. No fim podes baralhar as cabeças com os corpos e criar divertidas personagens. (http://paiscriativos.blogspot.com))
Ajuda os nossos amigos e dá cor aos pássaros
A páginas tantas ... O senhor Xis lê as notícias do jornal e enche-se de preocupações, questiona-se a cada momento: “E que posso eu fazer?”. Em cada dia encontra uma resposta, outra e mais outra. O objetivo deste livro é o incentivo a uma consciência solidária, perceber as necessidades de quem vive ou priva connosco, ou as de um estranho com quem nos cruzamos na rua. É uma defesa de valores como a igualdade, a solidariedade e a justiça social. A necessidade de nos esforçarmos um pouco mais a ajudar quem necessita. São muitas as coisas que, quase sem nos darmos conta, podemos fazer. Basta abrir os olhos e aprender a ver. É assim que o protagonista da nossa história com a simples frase “E que posso eu fazer?” vive esta vida. Um texto de José Campanari, com ilustrações de Jesús Cisneros.
O recém-criado e “solidário” Grupo de Teatro de Barrancos agendou para amanhã, sábado, a estreia da sua mais recente produção, oportunamente intitulada “Agosto – Destino Portugal”. A peça, que se apresenta no cineteatro municipal em duas sessões – pelas 19 e 30 horas e pelas
Fim de semana
22 e 30 horas – retrata “o quotidiano de qualquer vila ou aldeia de Portugal, que vive a sua particular metamorfose durante o mês de agosto”, com o regresso dos ausentes, como descreve a companhia da zona raiana, que, à entrada das sessões, solicita ao público que deixe o seu donativo.
Noite Branca na Piscina de Aljustrel A Piscina Municipal de Aljustrel recebe hoje, sexta-feira, a partir das 23 horas, a Noite Branca Pool Party, uma festa de verão promovida pelo município local. Do programa constam a atuação do DJ Rui Miguel e a apresentação do programa das Jornadas da Juventude, iniciativa que terá início na sexta-feira seguinte, dia 2 de setembro.
Festival alentejano convida Gabriel O Pensador e Gotan Project
Zeca Sempre e The Gift em Grândola Considerada a “maior feira franca do Alentejo”, a Feira de Agosto de Grândola, inaugurada na quarta-feira, 24, pelo secretário de Estado Adjunto do primeiro ministro, o bejense Carlos Moedas, prolonga-se até segundafeira, 29, no parque de feiras e exposições da Vila Morena. O projeto Zeca Sempre (hoje), os The Gift (amanhã, sábado) e um Festival de Folclore (domingo) são as propostas para o fim de semana de feira, que também contempla no seu programa o 15.º Festival Hípico e uma corrida de toiros à portuguesa, com os cavaleiros Sónia Matias, Luís Rouxinol e Marcos Tenório Bastinhas. A encerrar, o adulado Tony Carreira atua na segunda-feira, 29.
Rap brasileiro e novo tango no Crato
M
ais distante que Lisboa mas ainda Alentejo, a vila histórica do Crato, no distrito de Portalegre, oferece este fim de semana mais do que motivos de afinidade regional para justificar uma visita. Cumpre-se desde quarta-feira, 24, a 27.ª edição de um festival de música, que é também ele feira de artesanato e gastronomia, cujos cabeças de cartaz são o rapper brasileiro Gabriel O Pensador, com atuação agendada para hoje à noite, e o coletivo multinacional de novo tango Gotan Project, que encerra o evento amanhã, sábado. O Festival do Crato nasceu em 1984, com o intuito de “promover os valores culturais e tradições da região”, ganhou notoriedade como feira de artesanato e gastronomia e inscreveu-se, em definitivo, no calendário nacional dos festivais de verão com a edição de 2010, que atraiu mais de 35 mil espetadores. De novo palco para projetos musicais de diferentes origens e linguagens, a vila de Crato, que este ano abriu as festividades com os
Expensive Soul, convidando também Deolinda e os Homens da Luta, acolhe hoje Gabriel O Pensador, com novo disco a sair no Brasil, e que assim abre no Alentejo uma nova digressão portuguesa. Na mesma noite, apresentam-se num concerto especial os portugueses Clã, onde cruzam os temas do novo trabalho, “Disco Voador”, e os clássicos de quase duas décadas de canções. Guitolão World Project e um after hours a cargo da dupla Dj Glue e Virgul MC completam a terceira noite de concertos. Para encerrar, o trio Gotan Project, um dos maiores fenómenos musicais da atualidade, sobe amanhã, sábado, ao palco do Crato, provando que o tango é universal (os músicos vêm de França, Argentina e Suíça) e que pode ser reinventado pelo caminho da eletrónica. A noite de encerramento propõe ainda o one man band português The Legendary Tigerman, o projeto local David Almeida Grupe e o popular músico e DJ brasileiro Marcelinho da Lua.
“O Jantar das Feras” inicia digressão em Ervidel Depois de uma temporada no Teatro Municipal Pax Julia, em Beja, “O Jantar das Feras”, a mais recente produção da companhia Lendias d’Encantar, inicia a sua digressão pelo País na freguesia aljustrelense de Ervidel. O espetáculo terá lugar hoje, sexta-feira, a partir das 21 e 30 horas, no Jardim da Liberdade, tratando-se de uma comédia inspirada na obra A Fera Amansada, de William Shakespeare. A encenação é do cubano Julio César Ramírez e a interpretação está a cargo de Ana Ademar, António Revez, Marisela Terra e Rafael Costa.
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Teatro de Barrancos estreia peça
Fotoblogue
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Janela em Portel Rita Cortês de Matos http://bejayarrabaldes.blogspot.com
Boa vida Comer Frango do campo com vinho tinto da Herdade da Figueirinha Ingredientes para quatro a cinco pessoas: 1 frango do campo q.b de sal grosso q.b de pimenta preta moída 1 litro de vinho tinto (Herdade da Figueirinha) 1 cálice de aguardente de boa qualidade 4 cebolas grandes 6 dentes de alho 150 g de presunto 1 dl de azeite 1 molho de salsa Acompanhamento:
Arroz de manteiga e salada ou legumes cozidos Confeção: Depois de lavado e limpo, corte o frango aos pedaços e deixe-o marinar de um dia para o outro com sal, pimenta, alho picado e o vinho tinto. Num tacho coloque o azeite, cebolas aos quartos, cubos de presunto e deixe alourar um pouco. Entretanto escorra o frango da marinada e junte-o ao preparado anterior e deixe estufar um pouco com o tacho tapado. Adicione aguardente, vinho tinto, salsa e deixe cozinhar muito lentamente com o tacho tapado. Mexa com uma colher de vez em quando. Retifique o tempero e se necessário acrescente um pouco de água. Acompanhe com arroz de manteiga e salada ou legumes cozidos a seu gosto. Bom apetite… António Nobre Chefe executivo de cozinha – Hotéis M’AR De AR, Évora
Este espaço é dedicado aos amantes da fotografia que disseminam pela Internet os seus olhares sobre o Alentejo. Remeta as suas imagens para jornal@diariodoalentejo.pt
Beber Um caso de sucesso português “Mine” é cada vez mais pedida
A
“mine” é cada vez mais consumida no País. Os alentejanos desde cedo que se habituaram ao formato de 20 centilitros e não há mesa de café da região que não tenha uma garrafa em
cima. Pedir uma “mine” é cada vez mais comum nas cidades, mas quando a garrafa de cerveja de 20 centilitros surgiu nos idos anos 70 do século XX o consumo fazia-se principalmente nas zonas rurais. Atualmente, é o formato que mais cresce no mercado nacional, assegura João Esteves, diretor Marketing Cervejas da Unicer, indicando que desde que surgiu a mini abertura fácil da Super Bock vendeu cerca de 63 milhões de litros. Pela Central de Cervejas, que produz a Sagres, os dados referem que o mercado vale cerca de 1.217.000 hectolitros (hl), ou seja 27 por cento do total de vendas de cerveja em Portugal. “Há cerca de quatro anos atrás este segmento de mercado representava cerca 815.000 hl, o que significa que em volume e neste período esta referência aumentou a sua relevância, no mercado, em cerca de 49 por cento”, explicou Nuno Pinto de Magalhães, diretor de Comunicação e de Relações Institucionais da Central de Cervejas. Se a Super Bock chama a si uma mais valia de ter introduzido a abertura fácil na pequena garrafa, a Sagres reclama o pioneirismo na introdução do formato. “A Super Bock mini com abertura fácil é a inovação no mercado nacional de cervejas que maior volume gerou nos últimos dois anos e desde que surgiu no mercado vendemos cerca de 63 milhões de litros”, afirmou João Esteves, informando que a empresa já exporta com “grande sucesso” o formato para Angola desde dezembro. A garrafa de 20 cl foi lançada em 1972, recorda, por seu lado, Nuno Pinto de Magalhães. Se foi rápida a “grande aceitação” principalmente nas zonas rurais do País, como o Alentejo, a denominação “mine” foi imediata, adianta o responsável na Central de Cervejas. O sucesso é explicado pelo preço e pela possibilidade de beber por uma garrafa o mesmo conteúdo de uma cerveja de pressão, cujo nome varia conforme a parte do país: imperial a Sul e fino a Norte. A empresa que comercializa a Sagres apresenta-se como responsável pelo aumento de consumo graças à estratégia de tornar o produto num “ícone de moda e de cariz também urbano”. A empresa apostou num público urbano, entre os 18 aos 45 anos, e usou como ‘cara’ uma apresentadora de televisão. “Podemos dizer que a cerveja mini é um caso de sucesso Português pois não é comum no resto do mundo”, acrescentou.
Petiscos Dietas
E
stive privado da vossa agradável companhia por algumas semanas. Foi doença. Doença que implicou alterações nesta coisa das comidinhas, o que, confessemos, é sempre desagradável. É disso que hoje vos quero falar, duma coisa assaz rebarbativa: as dietas. Há de dois tipos, umas para manterem o “físico” de forma a que exista e se mantenha uma razoável apetência face ao sexo oposto. Bom, como todos sabemos, com o passar do tempo e o chegar das rugas, essas dietas e a sua motivação vão perdendo algum furor. Mas são as outras que hoje interessam, as que respeitam à saúde, propriamente dita. Nos dias de hoje o que é bom é proibido ou engorda ou faz mal ou é socialmente desaprovado. Já me esquecia: ou é pecado. Como diria Vladimir Ilyich Ulyanov: “Que fazer?” Utilizar regras simples. Comer de tudo, pão mais escuro, vegetais, vegetais até fartar, mais peixe que carne, mais carne branca do que vermelha, azeite em vez de óleos animais ou margarinas de qualquer tipo, mais fruta que bolos, poucos fritos e fritos com azeite mudado com frequência, batatas cozidas e arroz, alho e cebola até fartar, ervas e condimentos para dar gosto e substituir os excessos de sal – o sal faz falta, mas tem de ser pouco – comer segundo a natureza, cada coisa no seu tempo próprio. Leite em gaiato e muito, menos em mais velho. Um copinho de vinho tinto por dia, agora há esta mania dos tintos, pode ser branco. E chá, preto ou verde, em bule e chávena com pega, ilustra e indicia boa educação, pelo menos formal. Mas o mais importante de tudo é que a rotina tem que ser saudável. Os excessos são bem-vindos, festas, casamentos, batizados, Natal, Páscoa e encontro de amigos. Mas como exceções, a rotina é que tem que ser sadia, pouca comida de cada vez, muitas vezes ao dia, mais de manhã, menos à noite. E ande com frequência, pode ser pouco mas todos os dias. Um passeio enérgico quotidiano, calma no dia a dia e a nossa comida mediterrânica, bem temperada mas com temperança, transforma-lhe o hospital da sua terra num monumento meramente decorativo. Bem que eu tinha precisado de ter seguido estes conselhos aqui há um par de anos atrás. António Almodôvar
Diรกrio do Alentejo 26 agosto 2011
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Nº 1531 (II Série) | 26 agosto 2011
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RIbanho
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POR LUCA
Hoje, sexta-feira, 26, o céu deverá estar limpo e as temperaturas vão oscilar entre os 17 e os 29 graus centígrados. Amanhã, sábado, prevê-se sol em toda a região e uma subida da temperatura máxima no domingo espera-se céu limpo.
Luís Luz e alunos avançam com projeto-piloto no IPBeja
Hortas à distância de um clique partir do final de setembro arranca o projeto “Hort@ n@ Net” e com ele todos os interessados podem gerir uma parcela de terreno cultivado através da Internet. Aqui o cliente pode decidir o que plantar e visualizar o crescimento da sua horta à distância de um clique. As hortas, essas, vão crescer nos terrenos do Centro Hortofrutícola do IPBeja.
A
inovador que pretende dar uma garantia de qualidade relativamente aos produtos hortícolas que os clientes vão consumir, pois são estes que comandam todo o processo de produção (com o apoio dos alunos finalistas) pelo que sabem, sem qualquer margem para dúvida, de onde vieram e quais as operações culturais que deram origem às hortícolas que vão consumir.
Em que consiste o projeto “Hort@ n@ Net”?
Como surgiu e quando será implementado?
Este projeto tem como objetivo fornecer às pessoas a possibilidade de gerirem, a partir da Internet, a sua horta. Esta horta consiste numa parcela de terreno com 7x7 metros (localizada no Centro Hortofrutícola do IPBeja), na qual o cliente pode decidir o que cultivar (de acordo com a época) e as operações culturais que pretende usar durante o processo de desenvolvimento das suas hortícolas, tudo isto através de uma conta pessoal na Internet. Quando os produtos estiverem prontos para serem consumidos, estes serão entregues diretamente ao cliente, quer no seu domicílio, ou no seu local de trabalho. O cliente tem ainda a possibilidade de visualizar, sempre que queira, o que se está a passar na sua parcela, pois através da sua conta na Internet pode visualizar, em tempo real, a sua parcela. Os clientes contam ainda com o apoio técnico de alunos finalistas em Engenharia Agronómica e Engenharia do Ambiente, os quais irão dar conselhos aos clientes, quer sobre as diferentes operações culturais que serão necessárias realizar na parcela, quer sobre a utilização correta dos recursos disponíveis (por exemplo, a água). É importante salientar que todo o trabalho de campo é efetuado pelos trabalhadores da empresa, mas todas as decisões finais sobre o que fazer na parcela são do cliente. Trata-se pois de um projeto
Surgiu após eu ter desafiado os alunos dos 2.º e 3.º anos das licenciaturas da Escola Superior Agrária a sentarem-se comigo, uma vez por semana, para discutir potenciais ideias de negócio. Nestas reuniões apareceram, com assiduidade, seis alunos (André Mira, Nelson Lopes, Raúl Santos, Rodrigo Filipe e Tiago Nunes, de Engenharia Agronómica, e a aluna Sara Biscaia, de Engenharia do Ambiente) e foi com eles que surgiu esta ideia e este projeto. Embora estejamos um pouco atrasados relativamente ao que tínhamos inicialmente previsto, queremos arrancar com o projeto-piloto (20 parcelas, apenas para pessoas da cidade de Beja) no final de setembro, ou durante o mês de outubro. Eventuais interessados podem visitar a página http://www.esab.ipbeja.pt/hortananet/ para se candidatarem a este projeto-piloto.
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Luís Luz,
43 anos, trabalha em Beja Luís Luz é licenciado em Engenharia Zootécnica e é mestre em Sistemas de Informação Geográfica. É docente do IPBeja, onde leciona as disciplinas de Tecnologias de Informação e Comunicação, Cartografia e Topografia, Sistemas de Informação Geográfica e Cartografia e Sistemas de Informação Geográfica. O projeto-piloto conta com a colaboração dos alunos do IPBeja.
Qual o investimento inicial e quais os custos previstos para o cliente?
Para o projeto-piloto pretendemos investir entre 14.000 a 16.000 euros. Para o cliente este serviço terá um custo de aproximadamente 25 euros mensais. A este custo acresce o custo de produção das hortícolas, o qual, no final, será muito semelhante ao da compra dessas mesmas hortícolas num hipermercado. Entrevista de Nélia Pedrosa
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Exposição do Museu de Arte Sacra de Grândola aberta ao público A exposição permanente do Museu de Arte Sacra de Grândola abriu, na terça-feira, pelas 20 horas, na igreja de São Sebastião. A coleção é composta por fundos de pintura, escultura e artes decorativas. A iniciativa é da responsabilidade do Departamento do Património Histórico e Artístico da Diocese de Beja, da Câmara Municipal e da Paróquia de Grândola. O museu integra cerca de uma centena de obras de arte, oriundas de igrejas da sede do concelho, das freguesias de Azinheira dos Barros e de Santa Margarida da Serra e da Irmandade da Santa Casa da Misericórdia. De acordo com a autarquia, “Grândola possui um extenso e variado património religioso que ainda é escassamente divulgado”, sendo o mesmo merecedor de uma “visita atenta”.
Festas de Nossa Senhora da Assunção começam hoje em Alvito As festas em honra de Nossa Senhora da Assunção, padroeira de Alvito, começam hoje, sexta-feira. As comemorações são organizadas pela Associação Juvenil Nova Geração e, segundo a organização, integram no seu programa “atividades de carácter profano e religioso”. Entre as várias propostas de animação musical destaca-se, hoje, a atuação da Banda Lusitana e dos Dupla Face, seguindo-se uma festa after hours. A cantora Claudisabel é a cabeça de cartaz das festas populares. A artista sobe ao palco, amanhã, sábado. Estão ainda previstas uma garraiada e uma largada de toiros. No domingo destaque para a procissão em honra de Nossa Senhora da Assunção. As celebrações terminam na noite de domingo com a atuação de artistas do concelho: Alkalina e Boudewijn Van Der Mark.
Alfundão está em festa Entre hoje, sexta-feira, 26, e domingo, realizam-se as tradicionais festas de Alfundão, no concelho de Ferreira do Alentejo. Hoje há espaço para um baile. Amanhã, pelas 20 e 30 horas, acontece a apresentação do livro da autoria de Conceição Ruivo e, pelas 21 e 45 horas, terá lugar um baile. A noite termina com a atuação do artista Carlos Granito. No domingo, pelas 18 horas, decorre a missa em honra de Nossa Senhora da Conceição, seguindo-se uma procissão.
Produção de cereais atinge mínimo histórico
Sexta-feira, 26 AGOSTO 2011 Nº 1531 (II Série)
A produção de cereais vai ficar este ano abaixo das 180 mil toneladas, atingindo “mais um mínimo histórico”, devido à diminuição da área semeada e da produtividade originada pelas condições climatéricas, segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE). Quando está praticamente concluída a colheita dos cereais praganosos de outono/ inverno, “as produções confirmam as fracas expetativas previstas ao longo da campanha, com quebras face a 2010 que atingem os 25 por cento no trigo mole, trigo duro, triticale e cevada e os 20 por cento na aveia”, informa o boletim.
Cadernodois Qualidade da uva está muito boa
Os viticultores do Alentejo esperam uma menor produção de vinho. A instabilidade climática, que permitiu o desenvolvimento de míldio, é a causa apontada. A qualidade da uva, porém, está muito boa.
JOSÉ SERRANO
Viticultores do Alentejo esperam menor produção de vinho
A
produção de vinho do Alentejo deve sofrer este ano uma diminuição devido “à instabilidade climática”, que permitiu “o desenvolvimento de míldio” mas sem prejudicar a qualidade final, afirmou a presidente da Comissão Vitivinícola Regional Alentejana (CVRA). Segundo Dora Simões, não é possível antecipar os prejuízos, uma vez que “a vindima se está a iniciar e não existem dados concretos que permitam avançar com um valor global para a região”. As vindimas já decorrem no Alentejo e, em três adegas cooperativas contactadas pela Lusa, as perspetivas são de decréscimo de produção, variável entre 10 a 40 por cento, embora a qualidade do vinho não seja afetada, prevendo-se uma ano de “muito boa qualidade”. A presidente da CVRA explicou que o decréscimo previsto resulta da “instabilidade climática que se registou em todo o País, com períodos de calor e precipitação”, o que contribuiu para “o desenvolvimento de míldio”, dando origem a que alguns cachos secassem, diminuindo a concentração de cachos por videira. “Este decréscimo não terá consequências na qualidade do vinho, uma vez que a menor concentração de cachos na
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videira permite obter maior concentração e qualidade do vinho”, salientou. Dora Simões realçou que as uvas apresentam atualmente “uma boa maturação”, sendo deste modo previsível “um ano vitivinícola de muito boa qualidade no Alentejo”. Na Adega Cooperativa da Vidigueira, Cuba e Alvito, no distrito de Beja, cujas vindimas entre os associados arrancaram na quarta-feira, a previsão aponta para “uma quebra acentuada na produção, essencialmente nas uvas brancas, cuja quebra deve atingir os 35 por cento”, em relação a 2010, segundo o presidente, Joaquim Carvalho.
O responsável indicou ainda que a Adega espera receber este ano sete milhões de quilos de uva, enquanto em 2010 recebeu 9,5 milhões de quilos. “A uva está a vir belíssima e com bom grau, o que significa que vamos ter boa qualidade de vinho”, assegurou o presidente da Adega. Na Cooperativa Agrícola de Reguengos de Monsaraz no distrito de Évora (Carmim), cujos associados já começaram as vindimas no dia 11, a perspetiva é de “uma diminuição de produção entre 10 a 20 por cento”, face a 2010, disse o enólogo da empresa, Rui Veladas. O técnico explicou que “a primavera foi extremamente
favorável ao desenvolvimento de míldio, que provocou algumas quebras de produção”, acrescentando que o granizo que caiu em várias trovoadas afetou também algumas vinhas. O enólogo referiu que tem ainda dificuldade em dar uma estimativa da quantidade de uva que a Carmim vai receber dos seus associados, indicando que em 2010 a empresa recebeu 23,4 milhões de quilos de uva. Segundo Rui Veladas, as previsões apontam para uma “boa” qualidade da uva, visto que houve “boas maturações devido a um verão menos quente”. Na Adega Cooperativa de Por ta leg re, os i nd ic adores
apontam também para uma quebra de produção a rondar os 40 por cento, face a 2010, de acordo com a diretora de produção, Cristina Francisquinho. A técnica da empresa atribuiu também ao “muito míldio” que afetou a uva, uma das principais causas da quebra de produção, mas revelou que houve também algum abandono de vinhas por parte dos proprietários que são associados da cooperativa, e que a concorrência está a adquirir uva a sócios da Adega. Segundo a responsável, em 2010, a Adega de Portalegre rececionou 2,4 milhões de quilos de uva, e a vindima começa segunda-feira na empresa.
2 / cadernodois / Diário do Alentejo /26de agosto de 2011
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Cardiologistas Especialistas pela Ordem dos Médicos e pelo Hospital de Santa Marta Assistentes de Cardiologia no Hospital de Beja Consultas em Beja Policlínica de S. Paulo Rua Cidade de S. Paulo, 29 Marcações: telef. 284328023 - BEJA
Exclusividade em Ortodontia (Aparelhos) Master em Dental Science (Áustria) Investigadora Cientifica - Kanagawa Dental School – Japão Investigadora no Centro de Medicina Forense (Portugal) Rua Manuel Antó António de Brito n.º n.º 6 – 1.º 1.º frente. 78007800-522 Beja tel. 284 328 100 / fax. 284 328 106
Assistente graduado de Ginecologia e Obstetrícia
ALI IBRAHIM Ginecologia Obstetrícia Assistente Hospitalar
Consultas segundas, quartas, quintas e sextas Marcações pelo tel. 284323028 Rua António Sardinha, 25r/c dtº Beja
CLÍNICA MÉDICA ISABEL REINA, LDA.
Obstetrícia, Ginecologia, Ecografia
Técnica de Prótese Dentária Vários Acordos
(Diplomada pela Escola Superior de Medicina Dentária de Lisboa)
FRANCISCO BARROCAS
Psicologia Clínica Psicoterapeuta e Terapeuta Familiar
Membro Efectivo da Sociedade Portuguesa de Terapia Familiar e da Associação Portuguesa de Terapias Comportamental e Cognitiva – Lisboa
Cirurgia Vascular
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HELENA MANSO CIRURGIA VASCULAR TRATAMENTO DE VARIZES Convenções com PT-ACS CONSULTÓRIOS: Beja Praça António Raposo Tavares, 12, 7800-426 BEJA Tel. 284 313 270 Évora CDI – Praça Dr. Rosado da Fonseca, 8, Urb. Horta dos Telhais, 7000 Évora Tel. 266749740
Neurologia Rua General Morais Sarmento. nº 18, r/chão Telef. 284326841 7800-064 BEJA
Oftalmologia
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JOÃO HROTKO Médico oftalmologista Especialista pela Ordem dos Médicos Chefe de Serviço de Oftalmologia do Hospital de Beja Consultas de 2ª a 6ª Acordos com: ACS, CTT, EDP, CGD, SAMS. Marcações pelo telef. 284325059 Rua do Canal, nº 4 7800 BEJA
Fisioterapia
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DRª CAROLINA ARAÚJO Neurologista do Hospital dos Capuchos, Lisboa
CLÍNICA MÉDICA DENTÁRIA JOSÉ BELARMINO, LDA. Rua Bernardo Santareno, nº 10 Telef. 284326965 BEJA
Clínica Geral e Medicina Familiar (Fac. C.M. Lisboa) Implantologia Oral e Prótese sobre Implantes (Universidade de San Pablo-Céu, Madrid)
Fisioterapia
CONSULTAS EM BEJA 2ª, 4ª e 5ª feira das 14 às 20 horas EM BERINGEL Telef 284998261 6ª e sábado das 14 às 20 horas
Centro de Fisioterapia S. João Batista
Medicina dentária ▼
Luís Payne Pereira
LUÍSA GALVÃO PSICOLOGIA CLÍNICA Consultas Crianças, Adultos e Avaliação Psicológica
CONSULTAS às sextas-feiras das 9 às 20 horas Tel. 284326965 Tlm. 967630950
DR. JAIME LENCASTRE Estomatologista (OM) Ortodontia
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JORGE ARAÚJO Assistente graduado de ginecologia e obstetrícia ULSB/Hospital José Joaquim Fernandes Consultas e ecografia 2ªs, 4ªs, 5ªs e 6ªs feiras, a partir das 14 e 30 horas Marcações pelo tel. 284311790 Rua do Canal, nº 4 - 1º trás 7800-483 BEJA
Estomatologia Cirurgia Maxilo-facial ▼
DR. MAURO FREITAS VALE MÉDICO DENTISTA
Marcações pelo telefone 284321693 ou no local Rua António Sardinha, 3 1º G 7800 BEJA
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Fisiatria – Dr. Carlos Machado Psicologia Educacional – Elsa Silvestre Psicologia Clínica – M. Carmo Gonçalves Tratamentos de Fisioterapia – Classes de Mobilidade – Classes para Incontinência Urinária – Reeducação dos Músculos do Pavimento Pélvico – Reabilitação Pós Mastectomia Acordos com A.D.S.E., ACSPT, CGD, Medis, Advance Care, Multicare, Seguros Minis. da Justiça, A.D.M.F.A., S.A.M.S. Marcações pelo 284322446; Fax 284326341 R. 25 de Abril, 11 cave esq. – 7800 BEJA
Otorrinolaringologia ▼
DR. J. S. GALHOZ Ouvidos,Nariz, Garganta Exames da audição Consultas a partir das 14 horas Praça Diogo Fernandes, 23 - 1º F (Jardim do Bacalhau) Telef. 284322527 BEJA
Pneumologia
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DOENÇAS PULMONARES ALERGOLOGIA Sidónio de Souza Ex-Chefe Serviço Hospital Pulido Valente Consultas às 5ªs feiras Marcações: tel. 284 32 25 03 CLINIPAX Rua Zeca Afonso, nº 6 1º B - BEJA
HELIODORO SANGUESSUGA DOENÇAS DO SISTEMA NERVOSO
Médico Dentista Consultas em Beja
Médico Especialista pela Ordem dos Médicos e Ministério de Saúde
Generalista CONSULTAS DE OBESIDADE
Rua Capitão João Francisco de Sousa, 56-A – Sala 8 Marcações pelo tm. 919788155
Dermatologia
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DRA. TERESA ESTANISLAU CORREIA
Clínica do Jardim
GASPAR CANO
MÉDICO ESPECIALISTA EM CLÍNICA GERAL/ MEDICINA FAMILIAR
Médico Psiquiatra Psicanalista da Sociedade Portuguesa de Psicanálise Membro da International Psychoanalytical Association SUPERVISÃO DE GRUPO EM PSICOTERAPIA OUTUBRO 2011
HEMATOLOGIA CLÍNICA
Urgências Prótese fixa e removível Estética dentária Cirurgia oral/ Implantologia Aparelhos fixos e removíveis VÁRIOS ACORDOS Consultas :de segunda a sexta-feira, das 9 e 30 às 19 horas Rua de Mértola, nº 43 – 1º esq. Tel. 284 321 304 Tm. 925651190 7800-475 BEJA
Psiquiatria
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FERNANDO AREAL MÉDICO Consultor de Psiquiatria
Informações e Inscrições 91 790 28 36
Consultório
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DR.ª FÁTIMA CAETANO Doenças Respiratórias Alergias Respiratórias Apneia do Sono Consultas às quintas-feiras Praça António Raposo Tavares, 12 – 7800-426 BEJA Tel. 284313270
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Dr. José Loff
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Marcações a partir das 14 horas Tel. 284322503 Clinipax Rua Zeca Afonso, nº 6-1º B – BEJA
Praça Diogo Fernandes, nº11 – 2º Tel. 284329975
Clínica Dentária
Orlando Fialho
Pneumologia
DR. A. FIGUEIREDO LUZ
Hematologia
CONSULTAS às 3ªs e 4ªs feiras, a partir das 15 horas MARCAÇÕES pelos telfs.284322387/919911232 Rua Tenente Valadim, 44 7800-073 BEJA
Psiquiatria
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Clínica Geral
Consultório Centro Médico de Beja Largo D. Nuno Álvares Pereira, 13 – BEJA Tel. 284312230
DR. JOSÉ BELARMINO
Obesidade
Marcação de consultas de dermatologia: HORÁRIO: Das 11 às 12.30 horas e das 14 às 18 horas pelo tel. 218481447 (Lisboa) ou Em Beja no dia das consultas às quartas-feiras Pelo tel. 284329134, depois das 14.30 horas na Rua Manuel António de Brito, nº 4 – 1º frente 7800-544 Beja (Edifício do Instituto do Coração, Frente ao Continente)
Consultas de Neurologia
Prótese/Ortodontia CONSULTAS 2ªs, 3ªs e 5ªs feiras Rua Zeca Afonso, nº 16 F Tel. 284325833
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Beja: CLINIPAX, Rua Zeca Afonso, nº 6 - 1º-B, 7800-522 Beja Tel./Fax 284322503 TM. 917716528 Albufeira: OFICINA DOS MIMOS – CENTRO DE DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA E DA FAMÍLIA DO SUL, Quinta da Correeira, Lote 49, 8200-112 Albufeira Tel. 289541802 Tm. 969420725
FERNANDA FAUSTINO
Ginecologia/Obstetrícia
FAUSTO BARATA
Psicologia
Rua Capitão João Francisco Sousa 56-A 1º esqº 7800-451 BEJA Tel. 284320749
PARADELA OLIVEIRA Psiquiatra do Hospital de Beja Retoma as consultas na Policlínica São Paulo
Rua Cidade São Paulo, 29, BEJA Marcações: Tel. 284328023
Doenças do Sangue
ANA MONTALVÃO Assistente Hospitalar Marcações de 2ª a 6ª feira, das 15 às 19 horas Terreiro dos Valentes, 4-1ºA 7800-523 BEJA Tel. 284325861 Tm. 964522313
Oftalmologia
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CÉLIA CAVACO Oftalmologista pelo Instituto Dr. Gama Pinto – Lisboa Assistente graduada do serviço de oftalmologia do Hospital José Joaquim Fernandes – Beja Marcações de consultas de 2ª a 6ª feira, entre as 15 e as 18 horas Rua Dr. Aresta Branco, nº 47 7800-310 BEJA Tel. 284326728 Tm. 969320100
Urologia
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AURÉLIO SILVA UROLOGISTA
Hospital de Beja Doenças de Rins e Vias Urinárias Consultas às 6ªs feiras na Policlínica de S. Paulo Rua Cidade S. Paulo, 29 Marcações pelo telef. 284328023
BEJA
3 / cadernodois / Diário do Alentejo /26 de agosto de 2011
saúde PSICOLOGIA ANA CARACÓIS SANTOS – Educação emocional; – Psicoterapia de apoio; – Problemas comportamentais; – Dificuldades de integração escolar; – Orientação vocacional; – Métodos e hábitos de estudo
GIP – Gabinete de Intervenção Psicológica Rua Almirante Cândido Reis, 13, 7800-445 BEJA Tel. 284321592
_______________________________________ Manuel Matias – Isabel Lima – Ana Frederico Hugo Pisco Pacheco – Miguel Oliveira e Castro Ecografia | Eco-Doppler Cor | Radiologia Digital Mamografia Digital | TAC | Uro-TC | Dental Scan Densitometria Óssea Acordos: ADSE; PT-ACS; CGD; Medis, Multicare; SAMS; SAMS-quadros; Allianz; WDA; Humana; Mondial Assistance. Graça Santos Janeiro: Ecografia Obstétrica Marcações: Telefone: 284 313 330; Fax: 284 313 339; Web: www.crb.pt
Rua Afonso de Albuquerque, 7 r/c – 7800-442 Beja E-Mail: cradiologiabeja@mail.telepac.pt
CENTRO DE IMAGIOLOGIA DO BAIXO ALENTEJO ECOGRAFIA – Geral, Endocavitária, Osteoarticular, Ecodoppler TAC – Corpo, Neuroradiologia, Osteoarticular, Dentalscan Mamografia e Ecografia Mamária Ortopantomografia Electrocardiograma com relatório António Lopes – Aurora Alves – Helena Martelo – Montes Palma – Maria João Hrotko – Médicos Radiologistas – Convenções: ADSE, ACS-PT, SAD-GNR, CGD, MEDIS, SSMJ, SADPSP, SAMS, SAMS QUADROS, ADMS, MULTICARE, ADVANCE CARE
Horário: de 2ª a 6ª feira, das 8 às 19 horas e aos sábados, das 8 às 13 horas Av. Fialho de Almeida, nº 2 7800 BEJA Telef. 284318490 Urologia
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FRANCISCO FINO CORREIA MÉDICO UROLOGISTA RINS E VIAS URINÁRIAS Marcações de 2.ª a 6.ª feira a partir das 14 horas Rua Capitão João Francisco de Sousa, n.º 20 7800-451 BEJA Tel. 284324690
Dr. Sidónio de Souza – Pneumologia/Alergologia/ Desabituação tabágica – H. Pulido Valente Dr. Fernando Pimentel – Reumatologia – Medicina Desportiva – Instituto Português de Reumatologia de Lisboa Dr.ª Verónica Túbal – Nutricionismo – H. de Beja Dr.ª Sandra Martins – Terapia da Fala – H. de Beja Dr. Francisco Barrocas – Psicologia Clínica/Terapia Familiar – Membro Efectivo da Soc. Port. Terapia Familiar e da Assoc. Port. Terapias Comportamental e Cognitiva (Lisboa) – Assistente Principal – Centro Hospitalar do Baixo Alentejo. Dr. Rogério Guerreiro – Naturopatia Dr. Gaspar Cano – Clínica Geral/ Medicina Familiar Dr.ª Nídia Amorim – Psicomotricidade/Educação Especial e Reabilitação (dificuldades específicas de aprendizagem/ dislexias) Dr. Sérgio Barroso – Oncologia – H. de Beja Drª Margarida Loureiro – Endocrinologia/Diabetes/ Obesidade – Instituto Português de Oncologia de Lisboa Dr. Francisco Fino Correia – Urologia – Rins e Vias Urinárias – H. Beja Dr. Daniel Barrocas – Médico Interno de Psiquiatria – Hospital de Santa Maria Dr. Carlos Monteverde – Chefe de Serviço de Medicina Interna, doenças de estômago, fígado, rins, endoscopia digestiva. Dr.ª Ana Cristina Duarte – Pneumologia/Alergologia Respiratória/Apneia do Sono – Assistente Hospitalar Graduada – Consultora de Pneumologia no Hospital de Beja Dr.ª Isabel Martins – Chefe de Serviço de Psiquiatria de Infância e Adolescência/Terapeuta familiar – Centro Hospitalar do Baixo Alentejo Dr.ª Paula Rodrigues – Psicologia Clínica – Hospital de Beja Dr.ª Luísa Guerreiro – Ginecologia/Obstetrícia Dr.ª Ana Montalvão – Hematologia Clínica /Doenças do Sangue – Assistente Hospitalar – Hospital de Beja Dr.ª Ana Cristina Charraz – Psicologia Clínica – Hospital de Beja Dr. Diogo Matos – Dermatologia. Médico interno do Hospital Garcia da Orta. Dr. José Janeiro – Medicina Geral e Familiar – Atestados: Carta de condução; uso e porte de arma e caçador. Dr.ª Joana Freitas – Cavitação, Lipoaspiração não invasiva,indolor e não invasivo, acção imediata, redução do tecido adiposo e redução da celulite Dr.ª Ana Margarida Soares – Terapia da Fala - Habilitação/ Reabilitação da linguagem e fala. Perturbação da leitura e escrita específica e não específica. Voz/Fluência. Dr.ª Maria João Dores – Técnica Superior de Educação Especial e Reabilitação/Psicomotricidade. Perturbações do Desenvolvimento; Educação Especial; Reabilitação; Gerontomotricidade. Enfermeira Maria José Espanhol – Enfermeira especialista em saúde materna/Cuidados de enfermagem na clínica e ao domicílio/Preparação pré e pós parto/ amamentação e cuidados ao recém-nascido/Imagem corporal da mãe – H. de Beja Marcações diárias pelos tels. 284 322 503 Fax 284 322 503 Tm. 91 7716528 Rua Zeca Afonso, nº 6, 1º B, 7800-522 Beja clinipax@netvisao.pt
Terapia da Fala
Terapeuta da Fala VERA LÚCIA BAIÃO Consultas em Beja CLINIBEJA – 3ªs, 5ªs, 6ªs Rua António Sardinha, 25, r/c esq. CENTRO DE FISIOTERAPIA S. JOÃO BATISTA – 2ªs e 4ªs Rua 25 de Abril, 11, cave esqª Tm. 962557043
medicina geral e familiar Dr. Luís Capela
endocrinologia | diabetes | obesidade Drª Luísa Raimundo
terapia da fala Drª Vera Baião
psiquiatria e saúde mental Dr. Daniel Barrocas
Diversos Acordos
Įsioterapia | reabilitaĕĆo (pós-AVC/ pós-cirurgia/ traumatologia/ cinesioterapia/ coluna) Dr. Fábio Apolinário
ginecologia | obstetrícia | colposcopia Drª Ana Ladeira
psicologia clínica Drª Maria João Póvoas
psicologia educacional Drª Silvia Reis
podologia Dr. Joaquim Godinho
cirúrgia vascular Drª Helena Manso
medicina dentária Dr. Jaime Capela (implantologia) Drª Ana Rita Barros (ortodonƟa)
prótese dentária Téc. Ana Godinho
cirurgia maxilo-facial Dr. Luís Loureiro
pediatria do desenvolvimento Drª Ana SoĮa Branco
psicomotricidade | apoio pedagógico Drª Helena Louro
▼
Rua António Sardinha nº 23, 7800-447 Beja Telefone: 284 321 517|Tlm: 96 134 11 05 e-mail: clinibeja@gmail.com
Clínica Médico-Dentária de S. FRANCISCO, LDA. Gerência de Fernanda Faustino
Acordos: SAMS, ADMG, PSP, A.D.M.E., Portugal Telecom e Advancecare Rua General Morais Sarmento, nº 18, r/chão; TEL. 284327260 7800-064 BEJA
4 / cadernodois / Diário do Alentejo /26 de agosto de 2011
institucional/diversos Diário do Alentejo nº 1531 de 26/08/2011 2ª Publicação
Diário do Alentejo nº 1531 de 26/08/2011 1ª Publicação
Diário do Alentejo nº 1531 de 26/08/2011 1ª Publicação
MINISTÉRIO DAS FINANÇAS
DIRECÇÃO-GERAL DOS IMPOSTOS
DIRECÇÃO-GERAL DOS IMPOSTOS
SERVIÇO DE FINANÇAS DE FERREIRA DO ALENTEJO-0272
MINISTÉRIO DAS FINANÇAS MINISTÉRIO DAS FINANÇAS DIRECÇÃO-GERAL DOS IMPOSTOS
SERVIÇO DE FINANÇAS DE BEJA
SERVIÇO DE FINANÇAS DE BEJA-0248
ANÚNCIO VENDA E CONVOCAÇÃO DE CREDORES N.º da Venda: 0248.2011.78 - Prédio urbano, construído em alvenaria de tijolo e estrutura resistente em betão, que se destina a habitação. Está constituído em propriedade horizontal, com 6 fracções designadas pelas letras A; B; C; D; E e F, autónomas entre si, individualmente independentes e isoladas, tendo comum a todos o terreno onde está implantado o prédio e todas as demais peças descritas no artigo 1421 do Código Civil. Fracçao B, destinada a habitação, sito na Rua Bernardo Santareno, nº 13, Beja, rés do chão esquerdo, constituído por quatro assoalhadas, uma cozinha, duas casas de banho, um corredor e duas despensas, inscrito sob o artigo nº 1822, concelho de Beja, com a área bruta privativa 137,4000 m2 e com o valor patrimonial de € 89.060,00. Manuel José Borracha Pólvora, Chefe de Finanças do Serviço de Finanças BEJA-0248, sito em PRACA DA REPUBLICA, BEJA, faz saber que irá proceder à venda por meio de leilão electrónico, nos termos dos artigos 248.º e seguintes do Código de Procedimento e de Processo Tributário (CPPT), e da portaria n.º 219/2011 de 1 de Junho, do bem acima melhor identificado, penhorado ao executado infra indicado, para pagamento de divida constante em processo(s) de execução fiscal. É fiel depositário(a) o(a) Sr(a) FLORIVAL GUERREIRO RAMOS, residente em BEJA, o(a) qual deverá mostrar o bem acima identificado a qualquer potencial interessado (249.º/6 CPPT), entre as 14:00 horas do dia 2011-08-19 e as 18:00 horas do dia 2011-10-17. O valor base da venda (250.º CPPT) é de € 62.342,00. As propostas deverão ser apresentadas via Internet, mediante acesso ao “Portal das Finanças”, e autenticação enquanto utilizador registado, em www.portaldasfinancas.gov.pt na opção “Venda de bens penhorados”, ou seguindo consecutivamente as opções “Cidadãos”, “Outros Serviços”, “Venda Electrónica de Bens” e “Leilão Electrónico”. A licitação a apresentar deve ser de valor igual ou superior ao valor base da venda e superior a qualquer das licitações anteriormente apresentadas para essa venda. O prazo para licitação tem início no dia 2011-10-03, pelas 10:00 horas, e termina no dia 2011-10-18 às 10:00. As propostas, uma vez submetidas, não podem ser retiradas, salvo disposição legal em contrário. No dia e hora designados para o termo do leilão, o Chefe do Serviço de Finanças decide sobre a adjudicação do bem (artigo 6.º da portaria n.º 219/2011). A totalidade do preço deverá ser depositada, à ordem do órgão de execução fiscal, no prazo de 15 dias, contados do termo do prazo de entrega das propostas, mediante guia a solicitar junto do órgão de execução fiscal, sob pena das sanções previstas (256.º/1/e) CPPT). No caso de montante superior a 500 unidades de conta, e mediante requerimento fundamentado, entregue no prazo de 5 dias, contados do termo do prazo de entrega de propostas, poderá ser autorizado o depósito, no prazo mencionado no parágrafo anterior, de apenas uma parte do preço, não inferior a um terço, e o restante em até 8 meses (256.º/1/f) CPPT). A venda pode ainda estar sujeita ao pagamento dos impostos que se mostrem devidos, nomeadamente o Imposto Municipal sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis, o Imposto de Selo, o Imposto Sobre o Valor Acrescentado ou outros. Mais, correm anúncios e éditos de 20 dias (239.º/2 e 242.º/1 CPPT), contados da 2.ª publicação (242.º/2), citando os credores desconhecidos e os sucessores dos credores preferentes para reclamarem, no prazo de 15 dias, contados da data da citação, o pagamento dos seus créditos que gozem de garantia real, sobre o bem penhorado acima indicado (240º/CPPT). Teor do Edital: Identificação do Executado: N.º de Processo de Execução Fiscal: 0248201001000225 (e apensos) NIF/NIPC: 120310945 Nome: FLORIVAL GUERREIRO RAMOS Morada: R BERNARDO SANTARENO LOTE 13 R/C - ESQº - BEJA - BEJA 2011-08-09 O Chefe de Finanças Manuel José Borracha Pólvora
CABEÇA GORDA
EDITAL – ANÚNCIO VENDA EXTRA JUDICIAL POR NEGOCIAÇÃO PARTICULAR MANUEL JOSÉ BORRACHA PÓLVORA, chefe do Serviço de Finanças de Beja, faz saber que por despacho de 17-05-2011 foi ordenada a venda por negociação particular, nos termos do disposto no artº 252º do Código de Procedimento e do Processo Tributário e da alínea d) do nº 1 do artº 886º do Código do Processo Civil, do bem abaixo mencionado, penhorado no processo executivo nº 0248200901002015 e ap., instaurado contra Micosil Sociedade Construções Imobiliária Unipessoal, Lda, NPC 506486680, com sede na Rua do Pé da Cruz nº15 em Beja, para pagamento da quantia de € 34.949,86 (trinta e quatro mil novecentos quarenta e nove euros e oitenta e seis cêntimos) e acréscimos legais, por dívida de IVA, IRC, IRS, IMI e Coimas Fiscais. IDENTIFICAÇÃO DOS BENS Espaço amplo destinado a garagem/arrecadação, sito em Vale Mangude, lote 87, Areias de São João – Albufeira, com a área bruta privativa de 442,0000m2, inscrito da respectiva matriz predial urbana sob o artº 20436, fracção “I”, da freguesia e concelho de Albufeira, distrito de Faro. Foi fixado o valor mínimo de venda em € 80.645,00 (oitenta mil seiscentos e quarenta e cinco euros). É fiel depositário do bem penhorado o Sr Fernando Henriques da Silva, residente em Edifício Infante r/c C – Lagoas – 8200568 Ferreiras. É mediadora para a venda a firma:” Coseli 2 - Mediação Imobiliária, Ldª.”, com sede na Estrada Municipal 248, Apart. 201 – Gouxaria – 2380-171 Alcanena, telefone: 249891619, E-mail: alcanena@coseli.pt. As propostas de compra devem ser apresentadas por escrito, pelos proponentes, à sociedade encarregada da venda, no prazo de 30 dias até às 16:00 horas do dia 14/09/2011. O (a) adquirente ficará sujeito (a) ao pagamento do Imposto Municipal Sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis, às taxas previstas nas alíneas d) do º 1 do artº 17º do CIMT, caso não beneficie de isenção do mesmo. E para constar se lavrou o presente EDITAL e outros de igual teor que vão ser afixados nos lugares determinados por Lei. Serviço de Finanças de Beja, 19 de Agosto de 2011. O Chefe de Finanças Por delegação de competências, o substituto legal, Aviso (extracto) nº. 3708/2009, DR, II Série – nº. 32 – 16 de Fevereiro Carlos Hélder Leitão de Macedo
CENTRO DE ESTUDOS E FORMAÇÃO AQUILES ESTAÇO, LDA (ESCOLA PROFISSIONAL FIALHO DE ALMEIDA DE VIDIGUEIRA)
Oferta de Horários de Inglês para Actividades Extra-Curriculares no Concelho de Vidigueira: Inglês A: 1º, 3º e 4º anos - 9 horas (Vidigueira e Vila de Frades) Inglês B: 1º, 2º, 3º e 4º anos - 6 horas (Selmes e Vidigueira) Inglês C: 1º e 2º anos - 4 horas (Vila de Frades) Inglês D: 1º e 2º anos - 4 horas (Vidigueira)
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ANÚNCIO VENDA E CONVOCAÇÃO DE CREDORES N.º da Venda: 0272.2011.37 - Serv. Finanças FERREIRA DO ALENTEJO - [0272] Freguesia de Figueira Dos Cavaleiros , Prédio Rústico, denominado Marmelo, inscrito na matriz sob o artigo 39, Secção GG1, sito em Marmelo. Ècomposto por prédio com 22,7000Ha, com cultura arvense de sequeiro, azinheiras dispersas e vários parques para produção de porco em regime semi-intensivo. Está descito na CRP deste concelho como ficha 535 da mesma freguesia. Fernando Manuel Ferreira Lopes, Chefe de Finanças do Serviço de Finanças FERREIRA DO ALENTEJO-0272, sito em PRAÇA COMENDADOR INFANTE PASSANHA 16, FERREIRA DO ALENTEJO, faz saber que irá proceder à venda por meio de leilão electrónico, nos termos dos artigos 248.º e seguintes do Código de Procedimento e de Processo Tributário (CPPT), e da portaria n.º 219/2011 de 1 de Junho, do bem acima melhor identificado, penhorado ao executado infra indicado, para pagamento de divida constante em processo(s) de execução fiscal. É fiel depositário(a) o(a) Sr(a) ANDRE FILIPE DE JESUS SOBRAL, residente em FIGUEIRA DOS CAVALEIROS, o(a) qual deverá mostrar o bem acima identificado a qualquer potencial interessado (249.º/6 CPPT), entre as 09:00 horas do dia 2011-08-25 e as 16:00 horas do dia 2011-11-15 O valor base da venda (250.º CPPT) é de € 156.555,00. As propostas deverão ser apresentadas via Internet, mediante acesso ao “Portal das Finanças”, e autenticação enquanto utilizador registado, em www.portaldasfinancas.gov.pt na opção “Venda de bens penhorados”, ou seguindo consecutivamente as opções “Cidadãos”, “Outros Serviços”, “Venda Electrónica de Bens” e “Leilão Electrónico”. A licitação a apresentar deve ser de valor igual ou superior ao valor base da venda e superior a qualquer das licitações anteriormente apresentadas para essa venda. O prazo para licitação tem início no dia 2011-10-31, pelas 16:00 horas, e termina no dia 2011-11-15 às 16:00. As propostas, uma vez submetidas, não podem ser retiradas, salvo disposição legal em contrário. No dia e hora designados para o termo do leilão, o Chefe do Serviço de Finanças decide sobre a adjudicação do bem (artigo 6.º da portaria n.º 219/2011). A totalidade do preço deverá ser depositada, à ordem do órgão de execução fiscal, no prazo de 15 dias, contados do termo do prazo de entrega das propostas, mediante guia a solicitar junto do órgão de execução fiscal, sob pena das sanções previstas (256.º/1/e) CPPT). No caso de montante superior a 500 unidades de conta, e mediante requerimento fundamentado, entregue no prazo de 5 dias, contados do termo do prazo de entrega de propostas, poderá ser autorizado o depósito, no prazo mencionado no parágrafo anterior, de apenas uma parte do preço, não inferior a um terço, e o restante em até 8 meses (256.º/1/f) CPPT). A venda pode ainda estar sujeita ao pagamento dos impostos que se mostrem devidos, nomeadamente o Imposto Municipal sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis, o Imposto de Selo, o Imposto Sobre o Valor Acrescentado ou outros. Mais, correm anúncios e éditos de 20 dias (239.º/2 e 242.º/1 CPPT), contados da 2.ª publicação (242.º/2), citando os credores desconhecidos e os sucessores dos credores preferentes para reclamarem, no prazo de 15 dias, contados da data da citação, o pagamento dos seus créditos que gozem de garantia real, sobre o bem penhorado acima indicado (240º/CPPT). Teor do Edital: Identificação do Executado: N.º de Processo de Execução Fiscal: 0272201001007203 NIF/NIPC: 219686890 Nome: ANDRE FILIPE DE JESUS SOBRAL Morada: R DO TRAMBULHÃO N 27 - FIGUEIRA DOS CAVALEIROS - FIGUEIRA DOS CAVALEIROS 2011-08-24 O Chefe de Finanças: (Fernando Manuel Ferreira Lopes )
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5 / cadernodois / Diário do Alentejo /26 de agosto de 2011
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Diário do Alentejo nº 1531 de 26/08/2011 Única Publicação
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Dá-se recompensa a quem a encontrar. CÂMARA MUNICIPAL DE MÉRTOLA AVISO N.º 220/2011 (CONSULTA PÚBLICA DO PLANO DE GESTÃO FLORESTAL DO PERÍMETRO FLORESTAL DOS COUTOS DE MÉRTOLA) JORGE PAULO COLAÇO ROSA, Presidente da Câmara Municipal de Mértola: TORNA PÚBLICO, que a Câmara Municipal de Mértola, em cumprimento com os n.ºs 1 e 2, do artigo 20.º do Decreto-lei n.º 16/2009 de 14 de Janeiro, se encontra para consulta pública, entre o dia 17 de Agosto e o dia 31 de Agosto, o Plano de Gestão Florestal do Perímetro Florestal dos Coutos de Mértola. O Perímetro Florestal dos coutos de Mértola situa-se na freguesia de Mértola, distrito de Beja, e possui uma área de 455,43ha. Está inserido no Plano Regional de Ordenamento Florestal do Baixo Alentejo, nas sub-regiões homogéneas cintura de Ourique e Margem Esquerda. O documento encontra-se para consulta no Gabinete Técnico Florestal, sito na casa do Ambiente em Mértola, e no sítio electrónico da Autoridade Florestal Nacional (www.afn.min-agricultura.pt). As sugestões ou observações que venham a ser apresentadas devem ser formuladas por escrito, dirigidas ao Município de Mértola, sito na Praça Luís de Camões, 7750-329 Mértola, ou através do email (geral@cm-mertola.pt). Mértola, 23 de Agosto de 2011
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Associação Humanitária dos Dadores de Sangue de Beja
6/ cadernodois / Diรกrio do Alentejo /26 de agosto de 2011
7/ cadernodois / Diário do Alentejo /26 de agosto de 2011
necrologia Serpa
Serpa
São João de Negrilhos
PARTICIPAÇÃO E AGRADECIMENTO
h É com enorme pesar e solidários na dor da família que participamos o falecimento do Sr. Manuel de Lemos Abraços
h É com enorme pesar e solidários na dor da família que participamos o falecimento da Sra.
Bolinhas Nogueira de
Ana Teresa da Palma
71 anos, casado com a
Correia de 81 anos, vi-
Sra. Maria Cecília Brito
úva.
Rodrigues Palma de le-
O funeral a cargo desta
mos Abraços.
Funerária realizou-se no
O funeral a cargo desta
passado dia 19 de Agosto
Funerária realizou-se no passado dia 22 de Agosto da Casa Mortuária de Serpa para o cemitério local.
da Casa Mortuária de Serpa para o cemitério local. A família na impossibi-
A família na impossibi-
lidade de o fazer indivi-
lidade de o fazer indivi-
dualmente, agradece a
dualmente, agradece a
todas as pessoas que
todas as pessoas que
pela sua presença ou de
pela sua presença ou de
outra forma expressaram
outra forma expressaram
o seu pesar.
o seu pesar. Funerária Central de Serpa, Lda.
Rua Nova 31 A 7830-364 Serpa Tlm. 919983299 - 963145467
Funerária Central de Serpa, Lda.
Rua Nova 31 A 7830-364 Serpa Tlm. 919983299 - 963145467
Ana Perpétua Lourenço
BEJA AGRADECIMENTO E MISSA 7º DIA
Engrácia Carmo A. Paixão Velhuco
Fa l e c e u o E x m o. S r. Pedro Serrano Batista de 70 anos, natural de Vila Nova de S. Bento. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 22 de Agosto da casa mortuária de Vila Nova de S. Bento para o cemitério local. Na impossibilidade de Agradecer pessoalmente a todas as pessoas que compareceram ao funeral e manifestaram o seu pesar a família, vem por este meio expressar o seu agradecimento a todos os que estiveram presentes.
José António Emílio
Faleceu em 20/08/2011
Esposa, filhos, netos, ir-
102 anos
Filhos, noras, netos e bisnetos, cumprem o doloroso dever de participar o falecimento da sua ente querida, ocorrido no dia 19/08/2011 e na impossibilidade de o fazer individualmente vêm por este meio agradecer a todos aqueles que a acompanharam à sua última morada ou que de qualquer forma manifestaram o seu pesar. Um especial agradecimento à Associação de Solidariedade Social de S. João de Negrilhos, seus funcionários, equipa médica do Centro de Saúde de S. João de Negrilhos, pela forma carinhosa, respeitosa e humana que sempre lhe dedicaram.
Vila Nova de S. Bento
Serpa PARTICIPAÇÃO E AGRADECIMENTO
Filhos, netos, genro e
mão, sobrinhos e restante
nora agradecem a todas
família cumprem o dolo-
as pessoas que se dig-
roso dever de participar
naram a acompanhá-la à
o falecimento do seu ente
sua última morada ou que
querido ocorrido no dia
manifestaram o seu pesar
18/08/2011 e na impossi-
de uma outra forma.
bilidade de o fazer indivi-
A família gostaria, igual-
dualmente vêm por este
mente de agradecer todo
meio agradecer a todas
o empenho e profissiona-
as pessoas que o acom-
lismo de toda a equipa do
panharam à sua última
Hospital de Dia da ULSBA
morada ou que se qual-
e aos Serviços Paliativos
quer forma manifestaram
ao Domicílio, nas pessoas
o seu pesar.
da Dra. Cristina Galvão e Enfermeira Catarina. Será celebrada missa pelo seu eterno descanso no dia 26/08/2011, 6.ª
AGÊNCIA FUNERÁRIA SERPENSE, LDA.
AGÊNCIA FUNERÁRIA BARRADAS, LDA.
Gerência: António Coelho Tm. 963 085 442 – Tel. 284 549 315 Rua das Cruzes, 14-A 7830-344 SERPA
Rua do Outeiro nº 21 Vila Nova de S. Bento Telm: 967026828 - 967026517
Feira, pelas 18.30 horas na Igreja da Sé em Beja, agradecendo desde já a
Beja
todas as pessoas que nela participem.
Maria Augusta Soeiro Rolim 28/08/2011–15.º Ano Marido, filhos, nora, genro, netos e restante família, recordam com muita saudade a sua ente querida no seu 15º aniversário do seu falecimento, guardando para sempre a sua imagem na memória e no coração.
CAMPAS E JAZIGOS DECOR AÇÃO CONSTRUÇÃO CIVIL “DESDE 1800” Rua de Lisboa, 35 / 37 – Beja Estrada do Bairro da Esperança Lote 2 Beja (novo) Telef. 284 323 996 – Tm.914525342
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8 / cadernodois / Diário do Alentejo /26 de agosto de 2011
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Triptóleme lançando as sementes à terra
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NIGHTSCHOOL, LE LIVRE DES SORCIÉRES, por Sventlana Chinakova, sob edição Lombard. O insólito, o terror e a feitiçaria...no estilo mangá por uma artista eslava.
Espaço bd
Geada de Sousa
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Grécia, Pois!
P
ara surpresa nossa, eis que o jovem herói Orion regressou! Ressurge da “escola Jacques Martin”, o que logo seduz à leitura da obra. Pelas Éditions Casterman, é o 4º tomo da série “Orion”, com correta aposta gráfica de Marc Jailloux. Nota importante: em princípio, o saudoso mestre Jacques Martin, tinha idealizado uma série com o jovem grego Orion mas “caiu” logo em apostar no jovem gaulês romanizado, Alix, que cedo deu lugar a uma longa e tão aplaudível série. Neste tomo da série “Orion” verifica-se que o estilo gráfico de Jailloux está mesmo muito
O Pão (II)
P
elo que hoje sabemos, a invocação divina deve ser quase tão antiga como o próprio homem. Já a encontramos nas civilizações mais antigas de que temos conhecimento. Vejam-se os monumentos megalíticos, dos quais temos belos e únicos exemplares no Alentejo. Parece ser ponto assente entre os especialistas destas matérias que alguns destes monumentos são uma manifestação de religiosidade do homem, nos seus primórdios, atribuídas pelos especialistas à invocação dos deuses. Vejam-se também as pinturas rupestres. Sumérios, egípcios, gregos e romanos, todos eles povos politeístas, também sentiram essa necessidade e, de tanto a exercerem, acharam vantajosa a especialização dos seus deuses, pelo que havia sempre um especializado e disponível, qualquer que fosse o pedido a fazer. É certo que os povos autóctones do continente americano, de norte a sul, também tiveram as suas divindades, as quais invocavam sempre que necessário. Algumas delas só eram satisfeitas com o derramamento de sangue, como era o caso dos aztecas, já em pleno segundo milénio d.C. Através dos romanos, os gregos legaramnos uma infinidade de divindades, todas elas devidamente biografadas. A árvore genealógica e os feitos em que se distinguiram eram conhecidos. Sabemos pois, que para os gregos Deméter era a divindade da terra cultivada, pelo que era a ela que dirigiam as suas invocações para a obtenção de boas colheitas, principalmente de trigo. Esta deusa, pertence à segunda geração divina é a segunda filha de Cronos e de Reia. No exercício da sua condição de deusa da TerraMãe, numa das suas viagens pelo mundo, Deméter recebeu alojamento condigno em
próximo ao do mestre. Este tomo tem por título, “Les Oracles”.
Les lisières de l’ombre casa do rei Céleo e de Metanira. Como recompensa, Deméter premiou o filho destes reis, Triptóleme, com um carro puxado por dois dragões alados e deu-lhe como incumbência que fosse semeando trigo por todo mundo. Os romanos deram a Deméter o nome de Ceres e o seu culto foi espalhado por todo o império. Implantada a República em Portugal, as autoridades postais e políticas de então, não quiseram deixar de registar o caráter agrícola do país numa emissão de selos. Surge assim um símbolo ligado à terra e à agricultura como motivo único, nos primeiros selos republicanos: a deusa Ceres, deusa da Terra-Mãe, deusa que propicia aos homens os frutos da terra, especialmente o trigo. Os selos Ceres Os selos Ceres circularam de fevereiro de 1912 a 30 de setembro de 1945. O desenho é de Constantino de Sobral Fernandes e a gravura de José Sérgio de Carvalho e Silva. Devido ao longo tempo que estiveram em circulação tiveram quarenta e oito franquias diferentes. (continua)
Bibliografia GRIMAL, Pierre – Dicionário da Mitologia Grega e Romana – Lisboa, Difel, 2009, 556 pp.. MOTA, J. M. Miranda da – Os papéis dos selos Ceres. Póvoa do Varzim, Convenção Filatélica, 2003, 20pp MOTA, J. M. Miranda da; VIEIRA, Armando Mário O. – Portugal Ceres, Variedades de Cliché. RIBEIRO, Classificação dos selos Ceres – Lisboa, Filamundo, 1982, 38 (,XLII) pp. FIGUEIREDO, Albertino – Ceres, Portugal. Madrid, Fundação Albertino de Figueiredo para a Filatelia, 2003, 87 pp.
Sob edição Lombard, “Les Lisières de l’Ombre”, é o quarto tomo da tentadora série “La Légende du Changeling”.
Zone 10 Editora: Delcourt. Autores: Christos Gage e Chris Samnee. Obra: “Zone 10”.
Um misterioso “Henrique VIII” põe Nova Iorque em pânico, espalhando pela cidade os corpos decapitados das suas vítimas. O inspetor Adam Kamen, recém divorciado e a recuperar de um acidente que lhe provocou uma preocupante lesão cerebral, aposta em apanhar esse demoníaco assassino. Álbum construído intencionalmente a preto-e-branco pelo traço de Chris Samnee. No argumento, vogando pelas fronteiras da ciência experimental, Christos Gage, mergulha-nos na loucura do seu personagem e alcança uma sólida intriga policial em redor dos mistérios da trepanação.
Le derviche d’Hollywood Editora: Lombard. Autores: Carin, Rivière e Borille. Obra: “Le Derviche d’Hollywood”, vigésimo terceiro tomo da série “Victor Sackville”
Uma tão popular série com “sabor britânico”, desta vez, nas voltas de trocas e baldrocas da cinematográfica Hollywood, fabricada pelos norte-americanos. Uma narrativa muito interessante e plena de bizarros mistérios, com um argumento digno dos filmes hollywoodescos do género.
Argumento de Pierre Dubois e grafismo de Xavier Fourquemin. Tema confuso mas de certo modo belo.