Ediçao N.º 1532

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Barrancos até à morte “Fêra” junta jun milhares de visitantes na vila raia raiana

FRANCISCO OLIVEIRA

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SEXTA-FEIRA, 2 SETEMBRO 2011 | Diretor: Paulo Barriga Ano LXXIX, Nº 1532 (II Série) | Preço: € 0,90

Um ano de intervenção pode levar à ruína alguns estabelecimentos. Trabalhos começam na próxima segunda-feira

Obras nas Portas de Mértola assustam comerciantes JOSÉ SERRANO

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CoopBeja com graves problemas financeiros Apesar de não perspetivar despedimentos entre os 80 trabalhadores da cooperativa, o novo presidente, Francisco Caixinha, ressalva que “o que é hoje verdade, amanhã pode não ser”. Prosseguem os dias agitados naquele que já foi o maior supermercado da cidade. pág. 4 António Mestre é o último oleiro da escola de Beringel. Em meados do século XX chegaram a ser mais de 50 artesãos a trabalhar o barro no mais importante centro de olaria do Baixo Alentejo. Mas em vez das tradicionais cantarinhas que deram nome à terra e aos barros de Beja, António Mestre especializou-se no fabrico de talhas e de potes de grandes dimensões. A única forma de rentabilizar uma prática que vem dos confins dos tempos. págs. 2/3

António Mestre: o último oleiro de Beringel PUB

Governo quer extinguir empresas municipais Oposição acusa o executivo de atentar contra as autarquias. Pita Ameixa, do PS, diz que a proposta não passa de “uma ação de propaganda”. Manuel Reis, do PCP, prefere chamar-lhe “política espetáculo”. Já Mário Simões, do PSD, refere que esta medida “peca por tardia”. pág. 5

Água corre a céu aberto em Baleizão Há mais de um mês que uma das principais ruas de Baleizão mais parece um estaleiro. Aquilo que parecia ser uma simples fuga numa conduta está a transformar-se num verdadeiro enigma, tal a abundância de água que ali aflora. EMAS ainda não conseguiu resolver o “mistério”. pág. 16


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“Os meus avós e os meus tios também trabalhavam nisto, só que depois houve um período como o que se está a passar agora. A louça de barro começou a vender-se mais mal, por causa do uso do plástico, e eles tiveram que abalar, foram para o Algarve”.

Reportagem

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Nos anos 30 do século XX existiam 50 oleiros em Beringel. Hoje resta apenas um.

O último dos oleiros de Beringel

Mestre da roda sem discípulos Mesmo em tempos de vacas magras, clientes não parecem faltar a quem, para já,

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á se aproxima o fim da manhã quando tocam à porta. Lá dentro, na oficina, onde paredes e ferramentas ganharam um indelével tom alaranjado, António Mestre, que na véspera chegou tarde da Feira de Grândola, ainda só teve tempo para pôr a “máquina de amassar” a funcionar. É, diz, a única inovação introduzida num processo de fabrico que viu e vem repetindo desde que se conhece como gente. Com ela, os nacos de barro bruto vão desaparecendo na roda, para ressurgir na passadeira, em forma de um crescente rolo macio pronto a trabalhar. Pedrinhas e outras impurezas tilintam cá em baixo. “É o meu braço direito. Sem ela, era o mesmo que um pedreiro que fosse fazer uma obra sem betoneira. Custou-me quase 700 contos há mais de 20 anos”, lembra o mestre, antes de ir saber quem chega. Lá fora, dois forasteiros, pai e filha, perguntam-lhe num sotaque lisboeta pelas “cantarinhas de Beringel”, as tais, as famosas “de fresco barro encarnado” de que fala a moda. Num instante, o mestre oleiro vai até ao armazém ao lado e traz a única que tem de momento. Não é a sua

parece ser o último oleiro de Beringel, importante e ancestral centro de olaria que, num passado recente, chegou a ter 50 artesãos no ativo. Herdeiro de alguns deles, António Mestre, com 54 anos, não tem a quem legar a sua arte. E a óbvia vantagem comercial de ser o único na sua zona, e um dos poucos em todo o País a produzir peças de grande dimensão, como talhas e potes para vinho e decoração, não faz desaparecer o lado amargo da exclusividade. António Mestre está sozinho. Texto Carla Ferreira Fotos José Serrano

especialidade. Com o tempo, percebeu que sobreviveria melhor da arte que lhe calhou em herança se fizesse peças “que os outros não fazem”. E é isso que exibe na fachada do nº1 da travessa da Cabine: “Olaria António Mestre. Potes e talhas para vinho e decoração e outras peças em barro”. Quem compra procura peças rústicas de grandes dimensões, como as talhas, para decorar as entradas das respetivas propriedades. Ou, numa ótica mais utilitária, recipientes mais pequenos,

como os potes, cuja capacidade pode ir até aos 150 litros, para o fabrico caseiro de vinho. “Tenho muitos potes espalhados aqui pelas redondezas: Vidigueira, Vila Alva, Vila de Frades”, informa, acrescentando que da sua olaria também já saíram peças para Famalicão, Porto, Paços de Ferreira, para o Algarve, que tem sido um centro de compras “muito forte”, e também para o estrangeiro, Alemanha e Holanda, onde manteve clientes durante mais de uma década.

Mesmo em tempos de vacas magras, procura não parece faltar a quem, para já, parece ser o último oleiro de Beringel. “No tempo em que havia mais de 20 oleiros a trabalhar em Beringel, os mais velhos já me diziam que eu era o ‘moço’ que ia ficar até ao fim. E bateu certo: sou o último. Já não há ninguém agarrado ao barro”, recorda, dando a entender o sabor agridoce da exclusividade. É que se há vantagem comercial em ser o único a trabalhar no que outrora foi um importante centro oleiro, onde se contavam 50 artesãos nos anos 30 do século XX, não deixa de pesar a frustração de não ter a quem passar o testemunho. Ao contrário de Cipriano Algor, o oleiro de A Caverna, de José Saramago, que tinha na filha Marta um braço direito para combater o hegemónico “Centro,” que já não comprava a sua louça, António Mestre está sozinho. As duas filhas “estudaram e nem para aqui se arrimam” e as pessoas da terra, conta, “não fazem caso, habituaram-se ao pouco que lhe dão, do desemprego e de outras coisas mais”. Do barro escolhido a olho ao forno a lenha À ex-

cepção da roda, onde o observamos a pedalar


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Na era do plástico e dos frigoríficos

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a era do plástico e do descartável, em que ter frigorífico já é algo tão elementar como usar roupa para sair à rua, será difícil entender a importância que as peças de barro já tiveram no quotidiano das pessoas, para a conservação da água, dos cereais, do azeite, dos vinhos, das carnes. Os novos materiais e tecnologias foram roubando ao barro as suas funções utilitárias, que se materializavam em salgadeiras para a carne, potes para azeitonas, fogareiros, bilhas de água, vasos, braseiras, fornos de pão, jarros, selhas, mealheiros, panelas, chocolateiras, quartas. Com a chegada do progresso, foram-se os oleiros: “Os meus avós e os meus tios também trabalhavam nisto, só que depois houve um período como o que se está a passar agora. A louça de barro começou a vender-se mais mal, por causa do uso do plástico, e eles tiveram que abalar, foram para o Algarve”. Persistiram os mais criativos. Persistiu António Mestre, que se “entregou” a fazer talhas, aproveitando uma “altura muito boa, em que as pessoas voltaram a fazer vinho em casa”. Mas a sua arte não se esgota aqui. “Faço tudo”, admite, e mostra-se perfeitamente disponível para projetos menos convencionais. Foi assim que alinhou na ideia do escultor Manuel Rosa, autor das colunas de livros que decoram a entrada da Biblioteca de Beja, quando lhe apresentou uns esboços de uma espécie de ânforas humanas. “Eu levantei-lhe o barro àquela altura e ele depois moldava. No fim, começámos a moldar os dois. Eu tinha tanta ou mais experiência do que ele, no barro. Depois cozi-as e tratei delas”, orgulha-se. Carla Ferreira

com destreza dando corpo à “boca” de um novo pote, capaz de fazer inveja ao “pessoal que agora vai caminhar todas as tardes”, brinca, as restantes fases do trabalho de oleiro são bastantes duras. Desde logo a recolha do barro em bruto, que não se encontra senão a uma profundidade mínima de 30 centímetros. Até lá, é terra sem préstimo, que é depois reposta uma vez extraído o que interessa ao artesão. E o bom barro não o identifica um leigo. É coisa que salta à vista de quem, como António Mestre, deu os primeiros passos numa olaria, ao tempo em que casa e ofício não se separavam no espaço. Foi com o pai, que vendeu louça durante muitos anos no Mercado Municipal de Beja até se reformar, que aprendeu o que hoje não sabe ensinar. “Tem a ver com a cor, o aspeto, a goma. Chega-se ali e dizse: este não presta, deste é que levamos mais e do outro levamos menos. São quase 50 anos disto”. António Mestre tem 54. De momento não sai para o campo, uma “mina” de barro ali bem próxima, numa zona serrana, porque está servido “para muitos anos”, diz, abrindo uma porta que dá para uma divisão repleta de torrões até ao teto, ao que se junta o que também está armazenado no quintal. Do ritual do forno a lenha é que ninguém o livra porque também aí é preciso uma “pitada de mestre”. Este é o segundo que constrói sozinho e finalmente reúne todos os requisitos que entendeu necessários, depois de anos a estudar a origem dos erros. Há uma regra de ouro, sentencia: “ventos e lenhas molhadas é sinal de que o barro se

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vai partir”. Foi a isso que assistiu durante muitos anos na casa paterna e é essa a razão por que os seus casões, o da secagem das peças e o da lenha, “estão todos protegidos” contra humidade e correntes de ar. Hoje, se há uma peça que se perde é por imponderáveis ou “descuidos”. Antes de entrarem para o forno, as peças moldadas têm que secar lentamente até perderem quase toda a água, um processo que é influenciado pelas estações do ano. As talhas, que António Mestre modela até uma altura máxima de 1, 60 metros, porque são as que têm mais procura, são feitas entre os meses frios de novembro e fevereiro porque vão “enxugando com tempo”. “Eu começo sempre quatro dessas peças grandes e depois posso demorar duas semanas, três semanas, conforme o tempo, para a parte de baixo ir secando, tendo força, para suportar as outras por cima”, descreve, orgulhoso da sua mestria. Em São Pedro do Corval, Redondo ou Estremoz, terras de tradição oleira onde há “grandes artistas”, reconhece, dão-lhe os parabéns pelas suas talhas, que “já há muitos anos não se faziam aqui em Beringel”. De volta do forno, António Mestre pode ficar praticamente todo um dia. “São as piores fases do trabalho: o forno e cavar o barro”, confirma. Atestado com quatro ou cinco potes, o espaço de cozedura é hermeticamente isolado com uma parede de tijolo, que antecede uma porta, e necessita uma alimentação regular de lenha, cujo ritmo e intensidade só o oleiro conhece. “Aqui também tem mão de mestre”, conclui.

Lá fora, dois forasteiros, pai e filha, perguntam-lhe num sotaque lisboeta pelas “cantarinhas de Beringel”, as tais, as famosas “de fresco barro encarnado” de que fala a moda.


Inscrições abertas para IV Prémio Ibérico de Escultura

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A Câmara Municipal de Serpa promove o IV Prémio Ibérico de Escultura - Cidade de Serpa. O tema é livre e as obras têm de ser originais. Os pré-projetos deverão ser entregues até dia 30 de setembro. O valor do prémio a atribuir à peça vencedora é de 7 500 euros. Este

Câmara de Aljustrel ajuda famílias mais carenciadas O regresso às aulas está quase aí e a Câmara Municipal de Aljustrel foi de encontro às necessidades dos agregados mais carenciados. Depois de analisadas as candidaturas e respetivos comprovativos, foram atribuídos 109 auxílios económicos. À semelhança do ano passado, os auxílios económicos não serão entregues em dinheiro, mas sob a forma de manuais escolares e material de desgaste. Outro dos auxílios da ação

concurso pretende, mais uma vez, segundo a autarquia, “projetar Serpa como concelho que apoia a cultura e a arte a nível internacional”, e “estimular as relações culturais com o país vizinho, pelo que está aberto a escultores residentes em Portugal e em Espanha”.

social prestado pela autarquia é a componente de apoio à família, onde se inclui o fornecimento do almoço e do prolongamento do horário escolar. A refeição é paga na totalidade pelos alunos a quem não foi atribuído subsídio escolar, sendo que os abrangidos pelo escalão B pagam metade e aos do escalão A não lhes é cobrado qualquer valor. O prolongamento de horário é gratuito para todos, sendo os custos suportados exclusivamente pela autarquia.

Nova direção diz que, para já, não vai haver despedimentos

Dias agitados na CoopBeja No passado dia 24 de agosto, a nova direção da CoopBeja, encabeçada por Francisco Caixinha, tomou posse sucedendo ao mandato de João Machado, que estava à frente dos destinos da Proletário Alentejano desde fevereiro de 2010. “No imediato, não perspetivo reduções de pessoal, o que não significa que o que hoje é verdade amanhã possa não ser”, refere o novo presidente.

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situação que encontrou em fevereiro de 2010 não foi a melhor. “Existiam encargos que rondavam os quatro milhões e meio de euros que tentámos reduzir e reduzimos”. A fusão das cooperativas de Portel e Vidigueira é um dos exemplos prejudiciais p j , nomeadamente os à CoopBeja, investimentos feitos logo depois. “A fusão poderá ter sido

ítima da situação financeira da d vítima nstituição. instituição. Ao longo dos últimos mees, várias foram as turbuses, ências de d percurso p ercurso da lências

benéfica, o que não foi benéfico foram os investimentos feitos a jusante dessa fusão. Queria-se aliar a produção à venda final ao consumidor. Assumiram-se demasiados encargos e a Proletário não tinha dimensão para suportar encargos de tamanha ordem”. p ç dos Os resultados de exploração encargos assumidos pela direção anterior à de João Machado, liderada por Júlio Raimundo, provenientes das lojas de Portel e Vidigueira, com uma unidade agrícola em Selmes associada,

lCoopBeja que cul culd misde s minaram com a demisão em bloco dos órgãos sociais são o O exnoo final de julho passado. residente da cooperativa dee presidente onsumo, João Machado, consiconsumo, era que, a partir de certo momoo dera mento, também foi sua a vonade de sair, sublinhando, no tade ntanto, que houve um conjunto entanto, dee fatores que ditou o seu afasamento. “A CoopLisboa não entamento. regava as contas. O cenárioo ann tregava erior, em termos financeiros, terior, raa muito complicado e não visvis iera umbrava grandes opções estralumbrava égicas sem medidas de fundo tégicas ue não tinham condições para que er tomadas”. ser A CoopLisboa, sendo a cenral de compras e fazendo a contral abilidade da CoopBeja, entrou tabilidade m insolvência no início do ano, em atrasando a entrega das contas “atrasando

f ora m sem m“ fora sempre resultados extremam a en e te deficitários e cotremamente locaram em perigo aquilo que já era a estrutura da Proletário Alentejano”. A propriedade agrícola em Selmes acabou por ser vendida em setembro de 2010 p ra realizar um encaixe finanpa para ceir i o, contribuindo para a diceiro, m nuição das dívidas para mi minuição cerca de dois milhões de euros. Sem querer fazer referências ao passado, João Machado consid ra, no entanto, que “é um facto de dera, que a situação é complicada, que marca o presente” e que marcou, igualmente, o seu presente à frente da direção da CoopBeja, tendo “saído de cabeça erguida”. “As coisas são como são e as pessoas devem assumir as suas responsabilidades”.

Texto Marco Monteiro Cândido Ilustração Susa Monteiro

rancisco Caixinha, exvere ador d a C â ma r a Municipal de Beja, e há pouco mais de uma semana à frente dos destinos da CoopBeja, encara o futuro “com alguma apreensão dada a situação que a cooperativa atravessa”, frisando que a solução passa pela redução de custos, procurando, ao mesmo tempo, o auxílio da banca para que possam “ficar mais aliviados”. E se, no presente, Francisco Caixinha não perspetiva despedimentos no seio dos cerca de 80 trabalhadores da CoopBeja para reduzir custos, primeiro os variáveis e só depois os fixos, encontrando soluções com os trabalhadores, o futuro é uma incógnita. Apesar dos problemas, o presidente recém-empossado acredita ser possível recuperar a cooperativa, constituindo a questão financeira o maior desafio. “Não havendo disponibilidade de tesouraria neste momento, isso obriga-nos a um aperto muito grande por parte dos fornecedores, ou seja, nós temos que comprar, mas muitas das vezes não conseguimos satisfazer os pagamentos aos fornecedores e isso é aflitivo”. Francisco Caixinha, a propósito do que encontrou na cooperativa, refere que o anterior presidente o pôs a par da situação, não ficando “muito admirado com a situação atual”. “É sempre uma situação difícil. Pensamos que podemos encontrar esta ou aquela solução, mas depois vamos aprofundar e essa solução já foi gasta ou utilizada e não teve os efeitos esperados”. O atual presidente da cooperativa considera que a anterior direção, nomeadamente João Machado, teve pouco tempo para trabalhar,

à Proletário Alentejano”.“Isso dificultou o dia a dia da Proletário, a negociação com os bancos, a negociação com os fornecedores, ou seja, causou um conjunto de problemas internos”. Se ao longo do ano e meio de mandato, a direção de João Machado enfrentou dif iculdades causadas por entidades alheias à CoopBeja, também a


O ministro adjunto do primeiro-ministro, Miguel Relvas, anunciou a possibilidade de reduzir o número de vereadores e adiantou que o Governo irá apresentar legislação para colocar limites ao número de dirigentes superiores e intermédios autárquicos. «O Governo irá desenvolver todos os seus esforços junto dos partidos parlamentares

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para que seja possível aprovar uma nova Lei Eleitoral Autárquica, alterando o método de eleição, reduzindo o número de vereadores e reforçando os poderes de fiscalização das assembleia municipais», disse o ministro na Universidade de Verão do PSD, que decorreu em Castelo de vide de quarta-feira a domingo.

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Governo quer reduzir número de vereadores

é o número de eleitos, entre presidentes e vereadores, que existem no atual modelo do poder local e que o minstro quer reduzir. A reforma apresentada prevê que dos três mil dirigentes da administração local fiquem apenas cerca de metade.

Oposição acusa Miguel Relvas de atentar contra as autarquias

Arsénio na candidatura de Pedro do Carmo

Empresas municipais na mira do Governo

Na sequência do anúncio da candidatura de Pedro do Carmo a Presidente da Federação Regional do Baixo Alentejo do Partido Socialista, em eleições que decorrerão em 2012, foi divulgado que Paulo Arsénio será o diretor de campanha. Paulo Arsénio tem 39 anos, é licenciado em História pela Universidade Nova de Lisboa, e exerceu e exerce cargos de dirigente do PS há 17 anos, destacando a sua atividade cívica como autarca de freguesia e da Assembleia Municipal de Beja, tendo sido deputado na Assembleia da República entre março de 1998 e outubro de 1999.

O Governo anunciou, pela voz do ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares, que vai apresentar na Assembleia da República uma proposta de lei para travar o aparecimento de novas empresas municipais, multimunicipais e metropolitanas. Luís Pita Ameixa, deputado do PS eleito por Beja, diz que tudo não passa de “uma ação de propaganda”; Manuel Reis, da Direção da Organização Regional de Beja do PCP, classifica a iniciativa como “política espetáculo”; Mário Simões, presidente da distrital social democrata e deputado por Beja acha que “peca por tardia”. Texto Aníbal Fernandes

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iguel Relvas afirma que o novo enquadramento jurídico do setor empresarial local vai trazer mais transparência e incentivar fusões nas estruturas agora existentes. Para quem não cumprir a lei fica a ameaça de penalizações nas verbas a transferir pelo Estado para o poder local e que podem atingir os 20 por cento dos duodécimos. Luís Ameixa, ressalvando o facto de ainda não se conhecer o diploma na sua totalidade, acusa o ministro de “ignorância”, já que as medidas agora anunciadas, na sua maioria, fazem parte de uma lei aprovada em 2008. O dirigente do PCP, tal como o deputado do PS, tem esta medida como “uma clara violação da autonomia do poder local”. Manuel Reis afirma que o PCP é “contra a proliferação de empresas municipais”, mas não vê no distrito casos em que estas estruturas se sobreponham às

competências dos municípios. Já Mário Simões encara as empresas municipais como “sorvedouros” dos dinheiros públicos que só subsistem com base nas “transferências das autarquias”. No entanto, o deputado do PSD admite este tipo de estrutura desde que sejam “autosustentáveis e geradoras de riqueza e empregos”, dando como exemplo a empresa municipal que organiza o festival do chocolate, em Óbidos. O ministro, que só apresentará o documento na totalidade depois do fecho desta edição, desvendou à imprensa, no entanto, alguns dos traços mais importantes da proposta de lei. A Direção Geral da Administração Interna passará a ter um “papel reforçado no acesso à informação de todas as empresas municipais, intermunicipais ou metropolitanas”, incluindo as empresas mistas onde as autarquias

Esta “revolução tranquila”, como lhe chamou Miguel Relvas é um “primeiro passo ambicioso para uma reforma muito mais vasta, que é a reforma administrativa”.

tenham participação no capital social, mesmo em minoria e direta ou indiretamente. Miguel Relvas revelou ainda que o diploma agora proposto proíbe os autarcas, com ou sem pelouro, de assumirem cargos remunerados nestas empresas. Luís Pita Ameixa, contrapõe que a obrigatoriedade de “racionalidade económica, das despesas e empréstimos se refletirem na contabilidade dos municípios, dos autarcas não poderem acumular vencimentos”, bem como a “fiscalização por parte das Assembleias Municipais”, já constam da lei, não vendo, por isso qualquer, utilidade nesta iniciativa. Quer o PS quer o PCP chamam ainda a atenção para as possíveis inconstitucionalidades que este documento pode conter, nomeadamente, no que se refere à interferência na esfera de competências atribuídas aos municípios no âmbito da autonomia do poder local. Para além disso, Ameixa e Reis não acham que esta medida possa trazer uma poupança significativa para o erário público, até porque, no caso de dissolução destas estruturas, “os quadros regressam aos municípios”, lembra o dirigente do PCP. Esta “revolução tranquila”, como lhe chamou o ministro é um “primeiro passo ambicioso para uma reforma muito mais vasta, que é a reforma administrativa”.

Portugal depende cada vez mais do exterior

Cereais 76 por cento mais caros

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preço dos cereais disparou 76 por cento no último ano e deve continuar a subir, afetando bens alimentares básicos como o pão e a massa, segundo o observatório dos mercados agrícolas, que alertou para a elevada dependência de Portugal. “O aumento dos preços deixanos muito vulneráveis porque

somos muito dependentes das importações”, afirmou a Presidente do Observatório dos Mercados Agrícolas e Importações Agro-Alimentares, Maria Antónia Figueiredo, acrescentando que Portugal importa cerca de 75 por cento dos cereais que consome. Este ano, a produção de cereais em Portugal vai atingir mais

um mínimo histórico, ficando abaixo das 180 mil toneladas, segundo as Previsões Agrícolas divulgadas em meados de agosto pelo INE, o que agrava ainda mais a situação. Entre junho de 2010 e junho de 2011, o índice de preços da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura

(FAO) registou um aumento de 76 por cento, deixando Portugal ainda mais fragilizado. “É um setor em que temos muitas necessidades, quer a nível da alimentação humana (o pão e as massas), quer a nível das rações para os animais”, justificou a mesma responsável, sublinhando que os produtores de suínos estão desesperados.

Beja Wine Night divide autarcas Os vereadores da CDU na Câmara Municipal de Beja dizem que “querem saber quais são e onde param as propagandeadas receitas da Beja Wine Night”. Para os autarcas da CDU, “ é preciso uma resposta clara e objetiva às questões já colocadas e ainda não respondidas”, nomeadamente “qual foi o valor das receitas ao nível de entradas, porque não entrou já essa receita nos cofres do município e qual a contribuição de cada um dos patrocinadores”. A Câmara Municipal de Beja, no seguimento do comunicado enviado pela CDU, diz que “já respondeu, por mais que uma vez e em sede própria, às questão mais uma vez levantadas pelos eleitos da CDU, os quais parecem continuar repetidamente numa estratégia de gerar ruído em torno de um assunto sem qualquer assunto”. A autarquia considera que “este evento, com apenas duas edições realizadas, já é o maior no domínio da promoção do território do vinho” e que “conseguiu juntar numa só iniciativa milhares de pessoas e praticamente todos os produtores da região Alentejo”.

Beja recebe encontro sindical do Alentejo Realiza-se, em Beja, no dia 7, pelas 9 e 30 horas, na Biblioteca José Saramago, o Encontro Sindical da CGTP/IN Alentejo. O encontro vai contar com a participação de dirigentes e ativistas sindicais dos distritos de Beja, Évora e Portalegre e com a participação de Rui Paixão, membro da Comissão Executiva da CGTP/IN.


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Universidade Sénior de Aljustrel abre a 3 de outubro

A Universidade Sénior de Aljustrel (USA) abre portas no dia 3 de outubro. As inscrições fecham no próximo dia 15 e podem efetuar-se em qualquer junta de freguesia do concelho de Aljustrel. Segundo a Câmara Municipal de Aljustrel, “para frequentar a USA basta ter idade igual ou superior a 50 anos, ter gosto e vontade de aprender,

Museu Jorge Vieira em requalificação O Museu Jorge Vieira, em Beja, está neste momento encerrado ao público para trabalhos de requalificação do espaço, que compreende uma reestruturação ao nível da funcionalidade do edifício, bem como a conservação preventiva do espólio. Com reabertura prevista para o início de novembro, a exposição permanente de

possuir robustez física e psíquica adequada à realização das atividades, aceitar os princípios e normas de funcionamento da USA e, naturalmente, proceder à inscrição através do preenchimento de ficha de candidatura, acompanhada de fotocópia do bilhete de identidade e de duas fotografias recentes tipo-passe”.

Jorge Vieira vai ficar instalada no 1.º andar do edifício, uma vez que este apresenta melhores condições para a preservação das obras em exposição. No rés-do-chão vão funcionar os serviços e atividades pedagógicas relacionadas com as coleções do museu. Os trabalhos de requalificação do espaço compreendem reparação e reorganização da rede elétrica, estabilização dos níveis de

temperatura, luz e humidade, reparação de portas e janelas e outros arranjos. Na recolocação das obras de Jorge Vieira no 1.º piso do edifício vão ser expostos ao público novos trabalhos que, por razões de espaço, estavam guardados. A reorganização da exposição permanente permite, assim, mostrar outras peças menos conhecidas dos visitantes do museu.

Melhorias no edifício podem implicar contratação de funcionários

Liceu de Beja de cara lavada

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s obras na Escola Secundária Diogo de Gouveia, em Beja, foram concluídas recentemente, segundo o diretor da escola, José Pereira. Depois das áreas intervencionadas e da necrópole do período islâmico que foi descoberta, a direção do liceu de Beja está neste momento a analisar a possível necessidade de assistentes operacionais para o melhor funcionamento do estabelecimento no próximo ano letivo. “ A falta é relativa. Estamos a reestruturar os serviços, estamos a fazer uma remodelação dos espaços abrangidos, só agora é que estamos a tomar consciência de como a escola vai ficar e estamos a fazer uma reesPUB

truturação do pessoal que temos em termos de espaços e áreas de atuação”. No entanto, José Pereira acrescenta que se a escola tivesse mais pessoal “haveria espaço e atividade para lhe dar”. “Mas isso ainda estou a ponderar para comunicar oficialmente à Direção Regional de Educação”. O número de funcionários de uma escola depende da aplicação de

uma fórmula matemática tendo em conta as características dessa mesma escola. “Nós ainda estamos em fase de estudo. De acordo com as valências que a escola tem – biblioteca, reprografia, salas específicas, laboratórios -, assim será a distribuição e a aplicação da fórmula”. Sobre esta matéria, o diretor da Escola Secundária Diogo de Gouveia sublinha que,

apesar da nova estrutura física da escola, “só depois da aplicação da fórmula é que se pode dizer se os funcionários existentes vão de encontro àquilo que uma escola com estas características necessita”. José Pereira acrescenta ainda que, caso o número seja insuficiente, haverá a solicitação de funcionários. No entanto, e mesmo chegando a essa conclusão, os

serviços podem funcionar desde que haja a mudança de alguns princípios de funcionamento, como a mudança de funcionários entre serviços. José Pereira não descarta a solicitação de novos funcionário para o liceu de Beja, após a referida avaliação, sendo fundamental a sustentabilidade do pedido. “Isto ainda está a ser reavaliado. Vamos ver o que surge dessa reavaliação, em termos de necessidades, e aí, com os pezinhos assentes no chão e sabendo que hoje é fácil ter um não quando se pede funcionários, vamos ver as condições. E quais são os resultados e necessidades que vai ter esta remodelação que custou a aplicar na escola”. MMC


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Aljustrel assinou recentemente um protocolo de parceria com a ERT- Entidade Regional de Turismo do Alentejo, no sentido de integrar a “Rede de Centros de Acolhimento Turístico – Chaves do Alentejo”. Trata-se de um projeto, inscrito na linha orientadora do PORA- Plano Operacional de Turismo, que visa a criação de uma estratégia de hospitalidade à escala regional, contribuindo para a afirmação do cluster regional do turismo.

Editorial Agosto Paulo Barriga

PS contra atrasos no projeto Alqueva O PS insiste que o projeto Alqueva dispõe do financiamento necessário para ficar concluído em 2013 e alertou que a mensagem “de corte e atraso” no empreendimento transmitida pelo Governo PSD/ CDS-PP poderá retrair investimentos. Em comunicado, a Federação do Baixo Alentejo do PS reagia a declarações da ministra da Agricultura em entrevista ao jornal “Expresso”, na qual Assunção Cristas referiu que o regadio de Alqueva iria ser concluído, “mas na data prevista, 2013, possivelmente não”. Segundo o PS, a ministra da Agricultura “não tem razão”, porque o Alqueva “dispõe do financiamento necessário à sua conclusão em 2013”, já que ficou “excluído das restrições negociadas com a troika”.

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alguma coisa os americanos haveriam de ter razão. E nisto, como no oportuno buraco que fazem no meio dos donuts, têm: agosto é mesmo um mês aparvatado. A um só mês chamam eles estação. Estação parva, tonta, pateta. Tempo em que os políticos vão de férias para a praia dos Tomates. E o povo arranja forma de gastar o dinheiro que já nem tem nas conquilhas de Monte Gordo. Ou assim. Estação sem assunto, esta, que não tem protagonistas nem destinatários. E cansativa. As pessoas costumam ir de férias em agosto para se cansarem o suficiente. E para poderem levar o resto do ano em modo de recuperação. O melhor de agosto reside na certeza que agosto algum dia terminará. E que, reentrado setembro, tudo regressará à normalidade: as dívidas por pagar, o mau hálito do patrão, o maple defronte da televisão, a reabertura dos trabalhos na Assembleia da República. E Beja, então, em agosto, é um verdadeiro filme do Manoel de Oliveira: não se passa nada. E não se passa nada devagar, muito devagarinho. Os restaurantes encerram, a programação cultural hiberna (como é que se diz dormir durante todo o verão para se poupar energias?), as pessoas desertam. Mesmo as que por cá ficam escondem-se em casa. Ou onde podem. Desertam as pessoas porque hiberna a programação cultural e porque fecham os restaurantes. Mais uma imagem invernosa: agosto em Beja é uma verdadeira bola de neve. Sem neve e sem bola. Coisaa que não acontecia há meia dúzia dee par de ês anos atrás. Quando agosto era o mê mês a. Dos neda feira. Da festa. Da fartura. encontro gócios e das pagas. Do reencontro de e com os abalados. Da saudade do da partilha. O nosso querido tá mês de agosto. Que agora está transformado numa coisa parva. Como diriam, com a sabedoria de um bom donuts, os americanos.

Intervenção nas Portas de Mértola ameaça pequeno comércio

Comerciantes “receiam” obras na baixa Quem tem negócio na baixa de Beja compreende a necessidade das obras de beneficiação que vão ter início na segunda-feira, 5. Os comerciantes temem, no entanto, o impacto dos prejuízos que necessariamente terão lugar no ano de intervenção estimado. Texto Carla Ferreira Ilustração Susa Monteiro

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s comerciantes mais antigos da baixa de Beja (Portas de Mértola) não têm dúvidas de que as obras de beneficiação daquele espaço nobre da cidade, que arrancam já na segunda-feira, dia 5, podem trazer vantagens para o seu negócio. Os seus receios prendem-se, sim, com o que sucederá ao longo do tempo de intervenção, estimado em um ano. Recorde-se que a intervenção prevê a renovação de todas as redes de abastecimento e drenagem e a integração de novas redes, como as de águas pluviais e de gás, além da criação de zonas de ensombramento, de espaços verdes e de pontos de água. “É algo que deve ser feito e que é para progresso da cidade. Considero que isto nos vai trazer benefícios mais tarde, mas que agora vamos ter um prejuízo grande”, confessa Luís Barnabé, proprietário da pastelaria “A Cozinha”, estabelecimento que conta já com 42 anos de vida. O comerciante duvida da capacidade de “recuperação” do seu e dos estabelecimentos vizinhos e a rua de Mértola, garante, “é a rua de Beja que tem mais movimento de peões”. Do outro lado da esquina, já na rua Capitão João Francisco de Sousa, os receios não se atenuam, antes pelo contrário. “O comércio local está tão fragilizado que qualquer abanão o faz cair pelas bases. Está programado um ano de obras, mas há sempre atrasos e se temos o azar de encontrar algum esqueleto…Tenho um receio enorme, isto vai ter um impacto muito negativo”, lamenta António Figueira Leandro, presidente da direção da cooperativa que gere o centenário café “Luiz da Rocha” (fundado em 1883), com 40 trabalhadores. O comerciante suspeita que ali o impacto “ainda vai ser maior”, uma vez que é um ponto de “cruzamento de canalizações e onde a rua é mais estreita” e deixou algumas sugestões na sessão

Portas de Mértola sejam como “um centro comercial ao ar livre”. “Certamente será um atrativo em termos turísticos e um incentivo para que os comerciantes possam, eles próprios, repensar os seus estabelecimentos”. pública que, recentemente, foi promovida pela Câmara Municipal de Beja. Defende, por exemplo, que “nunca os estabelecimentos deverão ficar sem condições de acesso”, e também que devem ser colocados painéis informativos junto das principais entradas no espaço pedonal, para avisar os peões que “a zona está em obras mas que o comércio está a funcionar em pleno”. “Sabemos que é necessário mas não sabemos até quando vamos conseguir aguentar este impacto, que se adivinha grande”, conclui António Leandro. Da parte da Câmara Municipal de

Beja está previsto, juntamente com o empreiteiro e a fiscalização, pôr no terreno um conjunto de medidas que “assegurem que há conforto e segurança para a circulação dos peões permanentemente”, para que a obra “tenha um mínimo impacto, nomeadamente na época de Natal”, refere o presidente do executivo. O “estrangulamento” em frente ao “Luíz da Rocha” é algo que já foi ponderado, mas tudo indica que essa área só sofrerá mexidas lá para fevereiro ou março, altura em que “se conseguirá conciliar melhor as coisas”, acrescenta o autarca. Para Jorge Pulido Valente, não havia alternativa a esta obra, estimada em cerca de 823 mil euros, já que esta zona “é uma ligação fundamental na rede primária de águas de Beja, que é muito antiga e não teve os investimentos que deveria ter tido”. Entretanto, foi proposto aos comerciantes que criassem um grupo de trabalho enquanto “interlocutor privilegiado” da autarquia neste processo. Depois da intervenção, integrada no projeto global de regeneração do centro histórico bejense, o que se espera é que as Portas de Mértola sejam como “um centro comercial ao ar livre”. O que, conclui o autarca, “certamente será um atrativo em termos turísticos e um incentivo para que os comerciantes possam, eles próprios, repensar os seus estabelecimentos”.

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Diário do Alentejo 2 setembro 2011

Aljustrel na rede de acolhimento turístico


Diário do Alentejo 2 setembro 2011

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O problema (caros ricos, desculpem a franqueza) é que, na maioria dos casos, nós sabemos que vocês fazem batota. Não é contra a riqueza que nós estamos. É contra a batota. As regras fiscais mais justas não visam acabar com a riqueza. Visam acabar com a batota. José Vítor Malheiros, “Público”, 30 de agosto de 2011

Opinião

Um novo ciclo João Machado Gestor de empresas

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uito se escreveu e continuará a escrever acerca da Cooperativa Proletário Alentejano, que é uma referência em termos locais e cuja importância é fundamental para a cidade. Este é o meu entendimento mas não o é da maioria dos sócios e da população de Beja, pois deixaram de efetuar, desde janeiro deste ano, as suas compras na Coop. Como sabemos, isto tem um efeito perverso, pois sem pessoas e nomeadamente sem os sócios, a Coop não tem viabilidade. A minha equipa tentou mudar muita coisa, mas existem muitas “quintinhas” dentro da Coop e fora dela, que não permitiram que fossem dados passos mais importantes. Todos sabemos que o endividamento desta cooperativa era enorme e que deriva de opções de estratégia económico-financeira (ou falta dela) incorretamente tomadas. Não quero, nem vou acusar ninguém, pois não é esse o estilo que me caracteriza, mas não posso deixar de constatar factos. Não estivemos agarrados ao poder e entendemos que era melhor efetuar uma nova mudança, com novas pessoas. Foi isso que tentámos fazer desde o dia 13/02/2010, quando nos envolvemos neste enorme desafio, mesmo que não tenhamos medido o risco que isso envolvia. Falámos, sempre, olhos nos olhos com os trabalhadores da Coop e como resposta deixo-vos a transcrição do abaixo-assinado que estes fizeram à direção da Proletário Alentejano em 16 de junho de 2011: “Os trabalhadores abaixo assinados das lojas de Beja, Aljustrel, Vidigueira, Alcaria da Serra, Vilade Frades e Portel, bem como os trabalhadores da empresa Ideias Fraternas Unipessoal, Lda, vêm por este meio referir o seguinte: 1. Em função da crise nacional e internacional que está instalada e tendo consciência que a realidade das cooperativas de consumo no país é extremamente difícil, vimos expressar o nosso apoio à Direção da Cooperativa de Produção e Consumo Proletário Alentejano, pelas medidas que tem adotado na defesa dos postos de trabalho nesta instituição; 2. As enormes dificuldades financeiras presentes, e que tiveram a sua origem em anteriores Direções, condicionam definitivamente a forma de atuação desta nova Direção eleita em 13/02/2010; 3. O elevado endividamento de curto prazo, nomeadamente caracterizado pelo assumir de letras à CoopLisboa, desde o ano 2004, colocou esta Cooperativa numa situação inadmissível, face à elevada quebra de vendas que se verifica; 4. A não entrega das contas de 2010, até ao presente momento, cuja elaboração é da responsabilidade da CoopLisboa, coloca a atual Direção, a Cooperativa e os trabalhadores numa situação de fragilidade sem precedentes; 5. Enquanto trabalhadores, temos consciência que a atual Direção e, nomeadamente, o seu Presidente tudo têm feito para ultrapassar as enormes dificuldades com que foram confrontados; 6. É importante salientar que temos sido regularmente informados de tudo o que se passa na Cooperativa e concordamos com esta postura por parte da Direção; 7. É fundamental que todos nos possamos unir em torno da Direção para ultrapassar os difíceis momentos que vivemos;

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As PORTAS DE MÉRTOLA vão para obras. Vão ter sombras e águas correntes pelo passeio. Há vozes que se estão a levantar contra a intervenção urbana no coração de Beja. Mas uma coisa é certa: nada que ali se faça será pior do que a cavalgada chinesa que tomou de assalto a “meia laranja” e adjacentes. PB

O capitalismo tem que ser severamente regulamentado. Se não houver no capitalismo uma forte e independente intervenção do Estado, estamos perante uma máquina descontrolada. Pensar que pode ser domado pela razão é a mesma coisa que acreditar que se pode convencer um drogado a abandonar o vício apenas porque lhe falamos ao coração. Mário de Carvalho ao “Diário de Notícias”, 30 de agosto de 2011

Face ao exposto solicitamos que a Direção e o Sr Presidente se mantenham em funções, acreditando que juntos conseguiremos voltar a colocar esta Cooperativa no lugar que ela merece. Beja, 16 de junho de 2011”. Mais de 95 por cento dos trabalhadores assinaram este documento. Está tudo dito.

O doutor Crato e as novas oportunidades Marcos Aguiar Licenciado em psicologia

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Do Alentejo ao Minho Luís Covas Lima Bancário

gosto, tempo de férias. Um tempo cada vez mais curto e cada vez para menos pessoas. O lema “vá para fora, cá dentro” tem agora pouca aplicabilidade ao cidadão comum. A mim, coube-me em sorte uma semana em Monte Gordo, uma extensão de Beja e do Baixo Alentejo que tende a reduzir-se, e outra semana no Minho, mais concretamente em Ponte da Barca. Beja e Ponte da Barca, locais tão distintos e que reclamam pelo desenvolvimento que tarda em chegar e onde os fluxos migratórios se acentuam. A grande diferença entre ambas as terras consiste no facto de em Ponte da Barca os emigrantes regressarem à sua vila todos os anos e gozarem a romaria e festas de São Bartolomeu. Em agosto, Ponte da Barca, transforma-se num dos polos aglutinadores do Minho, além de Ponte de Lima e Viana do Castelo, com costumes, cantares, dançares e gastronomia, tão específicos e locais que promovem uma cultura que não se esgota, apesar da trasfega geracional e migratória. Ao mesmo tempo, em Beja sentese um esgar, um mês inerte, sonolento e deserto onde os cantares e os dançares param como que à espera dos seus atores e dos seus espectadores. Não falo de espetáculos nem de festivais, mas sim da falta da feira de agosto, onde os dias de São Lourenço e de Santa Maria contribuíam para a proximidade do povo à sua cidade. Agosto em Beja é monótono, até parece que o tempo para, não há tempo para reevocar costumes e tradições. Esses vão escasseando e não se vislumbram iniciativas de fundo para os recuperar. É o definhar de uma região que teima, também nesta área, em se acomodar e nada reclamar. Outro facto que me sensibilizou, e este no Minho, foi a edição final do jornal centenário “O Povo da Barca”. Li o editorial do seu último número. Uma morte anunciada, uma autoflagelação de quem quer mas não pode mais. À imagem do nosso país. E a propósito, meu querido “Diário do Alentejo”, como estás tu de saúde? Manuel Páscoa Um homem bom que nos deixou. Não esqueço a sua frontalidade, o discurso direto e simples para quem o quisesse entender. Um homem que subiu na vida a pulso e que fez obra em Évora e Beja enquanto Diretor Distrital de Finanças. O pragmatismo era a sua forma de ser. Lutou por um serviço público digno e justo. O acolhimento e a compreensão foram formas de estar que consolidou. Tinha um lema que fazia questão de evidenciar: escutar é diferente de ouvir. Com recursos escassos e capacidades inatas, sempre procurou encontrar sinergias e competências no seu serviço. O rigor e a seriedade que impunha nos seus atos caracterizaram a verticalidade de um profissional pleno de faculdades e disponível a todas as horas. O respeito, a causa pública e o reconhecimento eram o apanágio de todos aqueles que o consideravam. Também eu aprendi e fui educado a considerá-lo. Neste momento difícil, em que importa evocar a sua memória, um beijo especial à D. Marta, ao seu filho Sérgio e à sua querida sobrinha Lina.

o ano 2000 tive o privilégio de participar no processo de implementação de um dos primeiros seis Centros Novas Oportunidades a nível nacional (o primeiro a Sul do país), estrutura piloto que deu origem à Rede Nacional hoje difundida por todo o território nacional. Esta passagem pela Iniciativa Novas Oportunidades marcoume para sempre como profissional, mas principalmente como cidadão. Contactei com gente autêntica que é a força motriz do nosso país gente que trabalha. Conheci percursos de vida fascinantes que aconteceram à margem do sistema formal de ensino - na vida real. Privei com centenas de pessoas inteligentes (algumas delas brilhantes) que não tiveram, no seu passado, o privilégio de estudar – mas que souberam ser sempre cidadãos ativos, criativos e aprendentes. Orgulho-me de ter contribuído para um processo promotor da mais elementar justiça social, que devolveu a milhares de portugueses a possibilidade de valorizarem competências adquiridas ao longo da vida, que enalteceu o “saber” e o “fazer” de forma equitativa e que, principalmente, permitiu a tantos voltarem a acreditar no seu próprio potencial. A esmagadora maioria destas pessoas, afirmo-o sem quaisquer reservas, mereceu o diploma escolar concedido através das Novas Oportunidades. Por isso entristece-me profundamente que gente com responsabilidades, como o ministro da Educação, doutor Nuno Crato, se deixem levar pelo preconceito social e/ou pela procura de agradar a alguma opinião pública sedenta de sangue que continua a dar eco a quem classificou, irresponsavelmente, este processo de “certificação da ignorância”. Posto isto, gostaria de perguntar: doutor Crato, o que vai fazer aos 459 Centros Novas Oportunidades existentes no país? Vai extingui-los e despedir as 9069 pessoas (qualificadas) que trabalham nestes serviços apenas tendo por base aquilo que o doutor acha que é a verdade? Doutor Crato, em que estudos sustenta o seu parecer negativo acerca da Iniciativa Novas Oportunidades? Será confusão minha ou toda a investigação científica feita sobre o tema aponta enormes méritos à iniciativa, nomeadamente ao nível dos efeitos que produz sobre a autoestima, empregabilidade e prosseguimento de percursos escolares e formativos dos destinatários, já para não falar na melhoria nos indicadores globais de qualificação dos portugueses? Doutor Crato, o que vai fazer aos milhões de euros do QREN que o anterior Governo garantiu junto da União Europeia (que sempre louvou a Iniciativa Novas Oportunidades) visando financiar a iniciativa até 2013? Vai devolver os milhões à procedência ou encontrará fim mais nobre do que aquele que lhe estava originalmente destinado? Para concluir, gostaria ainda de perguntar ao doutor Crato o que tem a dizer aos milhares e milhares de “ignorantes” (alguns deles, pasme-se, até estarão a ler fluentemente este artigo) que viram as suas competências certificadas através dos Centros Novas Oportunidades? Terá o doutor Crato o atrevimento de dizer a esses milhares de “ignorantes” que os seus diplomas escolares valem menos que o dele? Terá? PS - De acordo com um relatório da Direção-Geral de Educação e Cultura da Comissão Europeia, divulgado há dias, Portugal, por via dos resultados da Iniciativa Novas Oportunidades, é um dos cinco países classificados na escala mais elevada (“high”) no que respeita ao nível de desenvolvimento em matéria de validação de aprendizagens não formais e informais. Mas isto, aparentemente, não interessa nada aos doutores Cratos deste país...


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A COOPBEJA tem recente direção. Mas, ao que parece, não tem rumo possível. Trapalhadas sucessivas, maus negócios, alguma obscuridade na gestão da coisa, conduziu a instituição às ruas da amargura. E o pior é que as pessoas deixaram de acreditar e de lá ir fazer o avio. Teme-se o pior. PB

Que país é este onde a faturação detalhada das chamadas telefónicas de um jornalista chega aos serviços secretos para que alguns espiões defendam os lugares? Helena Garrido, “Jornal de Negócios”, 29 de agosto de 2011

Efeméride

Cartas ao diretor Informação e cultura na crise atual

31 de agosto de 1913 Inauguração, em Beja, da creche coronel João de Sousa Tavares

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m 1884, no Clube Bejense, constituiu-se uma comissão com o objetivo de fundar uma creche na capital do Baixo Alentejo, destinada a acolher os filhos das famílias mais pobres da cidade. Desta comissão, que integrava representantes ilustres da elite local, para além do coronel João de Sousa Tavares, um dos mais empenhados na criação da instituição, faziam parte, entre outros, Rosa Amélia de Sousa Tavares, José Duarte Laranja Gomes Palma, Francisca Penedo Manso Gomes Palma, Emília Laranjo Gomes Palma, Manuel Duarte Laranjo Gomes Palma, Eduardo Frederico de Melo Garrido, Henrique Maria da Fonseca, José Joaquim de Menezes de Saúde e Vasconcelos e Manuel Santana da Lança Cordeiro. Vinte e nove anos depois, mais concretamente a 31 de agosto de 1913, procedia-se à inauguração da creche. Foi nesta cerimónia, presidida por Joaquim Filipe Fernandes, vereador da Câmara, no desempenho das funções de presidente por ausência do titular do cargo, Manuel Duarte Laranja Gomes Palma, secretariado por José Francisco da Silva e Manuel Santana da Lança Cordeiro, que foi aprovado, por unanimidade, o nome do coronel Sousa Tavares para patrono da instituição, segundo proposta apresentada por Manuel Guerreiro Costa Branco. Neste mesmo dia, perante as ruínas em que se tinha transformado o muro do terraço da Igreja da Conceição, que os republicanos da cidade advogavam que fosse adaptada a museu e a biblioteca, no Éden Teatro, animatógrafo situado na praça Jacinto Freire de Andrade, propriedade da empresa “Luís Pereira e Companhia”, inaugurado a 26 de junho de 1913, apresentava-se o filme, dividido em nove partes, intitulado “Os Miseráveis”. Dois dias depois, a 2 de setembro de 1913, reunia-se, também em Beja, a assembleia-geral da Cooperativa de Crédito e Consumo – União Bejense –, cujas contas mostravam uma cooperativa consolidada um ano após a inauguração (lucro de 316$923 em dezembro de 1912). A ideia da cooperativa tinha surgido em finais de outubro de 1911 no seio de um grupo de trabalhadores ligados à Associação de Classes Mistas dos Operários Bejenses que avançaram para a sua fundação. Em meados de novembro deste ano a cooperativa de consumo já contava com 250 sócios, embora só tivesse aberto ao público a 16 de junho de 1912, com instalações na rua da Capelinha. E assim se faziam os dias em Beja no início de 1913, dois anos após a implantação da República. Constantino Piçarra

José Carlos Albino Messejana

Todos sabemos que vivemos a situação mais complexa e grave na nossa vida económica, financeira e política da democracia conquistada no 25 de Abril de 1974. E esta complexidade é agravada pelos avanços que foram percorridos nestes 40 anos nas condições de vida das populações, de forma elevada e persistente, mas pouco sustentada. E quando se vai subindo uma escada de muitos degraus sem grande esforço, ter que descer rápida e precipitadamente é doloroso. Esta síntese do que vivemos nas últimas décadas e na atualidade, que me parece consensual, não está assimilada pela generalidade da população portuguesa, particularmente das gerações jovens e de meia idade. Significa isto que os avanços económicos e sociais, não foram acompanhados pela disseminação de informação de qualidade e da cultura exigível no século XXI, particularmente nos domínios da economia, cidadania democrática, história e geografia. Somos pouco cultos e persistimos ignorantes sobre matérias básicas nestes novos tempos de brutal globalização e de transformações profundas e vertiginosas. Direi que andamos atrás dos acontecimentos e só vamos vendo a poeira das mutações constantes. A menorização das questões ecológicas e territoriais nos nossos futuros, é um exemplo significativo. Estas debilidades culturais complicam bastante a compreensão e superação das crises e encruzilhadas em que estamos mergulhados. O desconhecimento do como e porquê das coisas, impede a mobilização social indispensável às mudanças de modelos de vida e de paradigmas de futuros desejados e possíveis. Uma “Campanha de Alfabetização ao Século XXI” é, pois, um desígnio e projeto que deve ser assumido pelas lideranças políticas, económicas e sociais de Portugal. Colocar a cultura e informação como pedras angulares do presente como do futuro, é uma exigência!

Corvos, abutres e milhafres Manuel Dias Horta Beja

Os corvos são aves carnívoras e agoirentas que se deslocam emitindo lúgubres grasnados e nos quais um grande mestre da literatura de ficção científica, Edgar Allan Põe, se inspirou para escrever o famoso poema “O Corvo”, enriquecido pela tradução de Fernando Pessoa e que me vou permitir citar dois ou três versos “Abri então a vidraça, e eis que, com muita negaça Entrou grave e nobre um corvo dos bons tempos ancestrais. Não fez nenhum cumprimento, não parou nem um momento, Mas com ar solene e lento pousou sobre os meus umbrais… Foi, pousou e nada mais...”. Concluir-se-ia, com o tempo, que os corvos são velhacos e ladrões. Abutres e milhafres são aves de rapina que pouco esforço fazem para voar, preferem, antes, planar ao sabor das correntes, sejam quentes ou frias. Em particular o milhafre adaptou-se bastante bem à presença humana ou esta tolera muito bem a convivência com tal espécie. Munidos de um bico recurvado, estes predadores sugam a presa até ao tutano e não têm o hábito de deixar migalhas seja a quem for, pelo que é preferível observá-los bem longe.

09 Diário do Alentejo 2 setembro 2011

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O LICEU DE BEJA está um espanto. Aliás, o Liceu de Beja já era um espanto arquitetónico. Mas agora a escola está mesmo deslumbrante. Pena é que o ministério da Educação não tenha perspetivado que o aumento do volume do edifício seria diretamente proporcional ao aumento do pessoal que lá trabalha. PB

Há 50 anos “A Amália que vossemecê se calhar nunca tinha visto”

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primeira vista, ninguém os faria mais do que dois viandantes, vulgares e anónimos, a caminho de Sevilha. Ela mais magra, mais tostada do sol da praia, mais turista. Ele, a seu lado, discreto e um nadinha ensimesmado. Manhã quente e a uma mesa do café – ‘O Bejense’ – dois copos de leite morno e algumas torradas. E o casal comia e bebia apressado, assim como os verdadeiros turistas: mais interessados em alcançar o fim da jornada do que na preocupação de descobrir os pormenores inéditos da paisagem”. No final de agosto de 1961, o “Diário do Alentejo”, pela pena de J.A.M., descrevia na primeira página um episódio ocorrido nesses dias, durante uma curta passagem de “D. Amália Rodrigues (Seabra)” pela cidade: “A certa altura, ela levantou-se e o empregado de mesa teve um pressentimento que o emocionou. Sim, o mesmo andar requebrado, gingão, a mesma expressão meio sorridente e meio magoada, os mesmos cabelos soltos ao vento e aquele olhar triste, patético, pleno de dramatismo. E o mesmo rictus nostálgico – e, sobretudo, a mesma voz, a mesma voz dos retiros de luz bacenta, que falam de amor, de saudade, de becos e vielas, de fatalidade e de vidas que não chegaram a viver. Não podia haver engano: Amália Rodrigues, a ‘diva’ do Fado, estava em Beja. Aliás, estava em Beja D. Amália Rodrigues Seabra, acompanhada de seu esposo, o eng.º Seabra. O empregado vence, perspicaz, o anonimato e sussura, orgulhoso, a descoberta. Em instantes, todos sabem. Todos se certificam. O empregado da recepção, o rapaz da copa, o ‘groom’, o pessoal da cozinha e até o gerente, velho conhecido de Amália, que, solícito, acorre a oferecer os seus préstimos. Todos dão uma olhadela mais insistente, todos vêm espreitar a ‘voz da saudade’. Mas há uma excepção: das criadas, uma (empenhada em serviço urgente) não pode acorrer. E diz que tem pena. Tanta que alguém não resiste a falar dessa tristeza a D. Amália Rodrigues Seabra. Então, a ex-cantadeira tem um gesto muito seu, um gesto que a faz recuar muitos anos. Levanta-se. É outra vez a ‘nossa’ Amália, sem boatos em redor, sem complicações internacionais. A Amália terna, impressionada e descontraída. Avança perguntando: ‘A cozinha? Onde é a cozinha?’. ‘Por ali’, indicam-lhe. Entra com tal à-vontade que até parece da casa. Num ápice, está na frente da empregada. ‘Pronto! Aqui está a Amália que vossemecê se calhar nunca tinha visto... Aqui está só para si!’. Momentos depois sai. Dá uma leve palmada nas costas da sua modesta admiradora e sorri – um desses sorrisos que lembram tristeza, que lembram vidas rudes mas sinceras e agradecidas. Cá fora, o marido espera, já no automóvel. Sevilha está a um pulo. (...)”. Carlos Lopes Pereira


10 Diário do Alentejo 2 setembro 2011

Em Portugal até a nossa riqueza é pobre e, como ouvi a um secretário de estado é necessário avaliar bem, não decidir à pressa, nas medidas de taxação das riquezas, quaisquer que sejam, o oposto claro das medidas que até agora têm sido tomadas para atacar os salários e pensões. É por estas medidas que se esclarecem as raízes ideológicas dos partidos que compõem o governo e a hipocrisia dos socialistas. Rafael Rodrigues, rentearelva.blogspot.com, 27 de agosto de 2011

Páginas Esquecidas Poesia social de Mário Beirão, em 1913 A Elegia das Grades A Fome, um dia, arrastou-me Para as grades da prisão. Sou o bastardo sem nome, O deserdado sem pão!

Nas lajes do corredor Ressoam passos... Quem vem? Ferrolhos, chaves, rumor.. Encarceraram alguém!

Noites de febre e miasmas, De delírios e cruezas... Perpassam brancos fantasmas, Brandões, fogueiras acesas!

Saudades, brumas, acenam... Eu, no escuro, a murmurar: “– Os crimes dos que condenam Nem o Inferno os quer julgar!”

Meu ar é dúbio suspeito: Vinte prisões conto já, Vinte facadas no peito, Na alma quantas não há!

Ferros de El-Rei! Que ironia! Soubesse El-Rei da traição, E, caridoso, viria Dar-nos lágrimas e pão!

Aos areais da Desgraça Lançou-me torva maré... vejo toda a minha raça Ardendo em autos-de-fé!

Cala a tua alta Epopeia, povo de Pedro Sem! Maré cheia, maré cheia, Já se não salva ninguém!

Ninguém me quer, sou da vasa; Nas minhas carnes espúrias Marcaram, a ferro em brasa, Tatuagens rubras de injúrias!

Aqui, – em torpe igualdade, Anicham-se os pais e os filhos; Cabeças fora da grade, Famintos e maltrapilhos!

Adeus, a noite vai alta! Por entre névoas, mui cedo, Vou de súcia com a malta, Na leva para o degredo!

Quando eu canto, o Povo em massa Chora ouvindo a minha voz; Sou o Camões da Desgraça, Canto o mal de todos nós!

A Sombra, espertando o instinto, Espessa de ardis, oprime. Abismam-se as almas... Sinto Correr-me a larva do crime!

Que importa morrer de todo, Nos ermos de água sem fim? Eu já morri de algum modo: Sou a lembrança de mim!

A Elegia dos Ganhões Tive terra, a meti contento, Moinhos, no alto, a acenar... Mas abriu-me a porta o Vento, Varreu a cinza do lar!

Vago nos medos nocturnos; No clamor das sombras, ouço Baques reboando, soturnos, Nas profundezas dum poço!

Sinto prazer na Desgraça, Não posso negar quem sou: Beijo o caminho onde passa O dono que amaldiçoo!

Vieram sezôes e reveses, Veio a fome... Fiquei eu, Maioral guardando reses Dum rebanho que foi meu!

Perdi-me, olhai, ando nisto... Aos quatro ventos, a esmo! Por vezes penso que o Cristo Vive ainda: sou eu mesmo!

Àquele que mais me engana, Mais lesto faço as vontades, Que eu deixei numa arribana Filhos, mulher, e saudades...

Fui livre e vivo num beco, Onde cresce erva daninha... Falo: a voz é como um eco Doutra voz que já foi minha!

Passam ceguinhos; e eu digo, Ouvindo a viola em desmaio: “– Fora eu um cego-mendigo, Deslumbrado pelo raio!”

No despique, ao desafio, Já riem do meu trovar: “– Quando o rosário desfio, Ouço mortos a falar…”

Vá de roda! Em ar de graça, Dancemos, dêmos as mãos! Vá! Na roda da Desgraça, Todos nós somos irmãos!

A Epopeia dos Malteses Choros que o pó amassaram, Ódios, fel, desesperança, Minha crueza geraram: Sou a estátua da Vingança!

Oculto no chão barrento, Com piedade, com ternura, Os que dormem ao relento, Os mortos sem sepultura!

Nos montes, a medo, às tardes, Trancam-se as portas; se as forço, Caem-me aos pés os covardes, Mudos de assombro e remorso!

Maltês, meu nome de guerra! Ver-me é logo pressentir Que o vento sul se descerra: Já mirram searas de o ouvir!

Coveiro da própria raça! Dor de além-dor! Ao que eu vim! Grito e o medo me trespassa, Acordo e fujo de mim!

Ascendo às regiões supremas; Ao alto, bem alto, ao cimo, Quebro todas as algemas: Não sou eu; sou Deus, – redimo!

De noite, vou pelas eiras, – Alma em fogo – deitar fogo A searas, medas inteiras: Abraso e assim desafogo!

Existo e ausento-me. Há escuro Na minha memória: – em vão Me interrogo e me procuro... Sou realidade ou visão?!

Ricos, prostrai-vos: é a hora! Sou Deus, esmago Satã: Do sangue nasce uma aurora, Nas almas é já manhã!

Sou fera? Vá, que me domem! – E vós outros que sereis? Não sou fera, não, sou o Homem, O Escravo firmando leis!

Choro, e as lágrimas apagam Dúvidas, queixas, martírios... Unções celestes afagam A noite dos meus delírios!

Mário Beirão (Beja, 1-V-1890 – Lisboa, 19-II-1965)

Meu sangue reza nas veias; Por quem reza? por quem chora? Pelos que em terras alheias Foram escravos outrora!

Campos de azinheiras velhas... Se os revolvo, as minhas mãos, Súbito, ficam vermelhas Do sangue dos meus irmãos!

Reprod. De O Último Lusíada, Porto, 1913; 2.ª ed.; Lisboa, 1925; 3.ª ed., in Poesias Completas de Mário Beirão, Lisboa, 1996 Recolha de Luís Amaro

Retrato por António Carneiro (1923)


Análise literária Carta a dois irmãos Caro Luís Cristóvão e Francisco José:

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oi assim que desde jovem me habituei a chamar-te, a chamarvos. Entretanto, entraste na alta-roda das Letras e passaste a ser conhecido por Cristóvão de Aguiar, nome que esconde uma já muito conceituada e apreciada figura da literatura portuguesa contemporânea. Por diversas vezes já escrevi sobre ti, pelo que peço que me perdoes se for repetitivo. Se o for é porque continuas a congregar – e cada vez que passam os anos ainda mais – os dotes de um dos mais notáveis escritores açorianos do presente. Acabei de ler a tua Catarse – Diálogo epistolar em forma de romance. Só agora é que o consegui, porque o fiz com muitos inter valos. Sozinho e no silêncio do meu quarto de serão, ri-me desbragadamente à medida que surgiam as tuas estórias, umas atrás de outras, e as do teu irmão Francisco José. Muito bem asseveraste na dedicatória que me fizeste, em jeito de “Aviso à Navegação”: “Os autores deste livro não se responsabilizam pelo choque que, porventura, o presumível leitor possa vir a experimentar. Como diz o título trata-se de uma catarse ou barrela que, como se sabe, branqueia e limpa a roupa suja, ficando a água negra. Não vale a pena tentar descobrir os referentes, porque não se sabe quem é quem”. Mas tentei…tentei… e logo consegui!... Não era difícil. Lá estão magistralmente espelhados os lugares e as pessoas com quem tu, o Francisco José e eu nos cruzámos na nossa infância, no Pico da Pedra, que nos serviu de berço. Pessoas e lugares que bem poderiam situar-se noutro sítio de Portugal ou de outro país. É aí que reside a universalidade da tua escrita. Pois é, Luís Cristóvão: realmente, e segundo a minha velhinha “Enciclopédia Fundamental Verbo”, “catarse” é um termo grego que significa limpeza, purificação. E diz-nos mais: Aristóteles atribuiu à música e à poesia uma função catártica como purificadora de paixões. Se Aristóteles atribuiu tal função à música e à poesia, tu – na mesma ordem de ideias – atribuíste-a à literatura. Não a literatura açoriana, que não existe, mas à literatura portuguesa de significação açoriana. Não me hei de esquecer que há anos, numa entrevista que me concedeste e inserta no “Açoriano Oriental” desmistificavas, com grande propriedade, este assunto ao afirmares: “o que comummente se tem chamado, com arrogante impropriedade, literatura açoriana, continua a constituir um bem engendrado equívoco de alguns literatos de segunda escolha”. Em Catarse, que agora publicaste surpreendeu-me a escrita de teu irmão Francisco José, seu coautor. Escorreita, simples, imaginativa e reveladora de uma presença impressionante descrita nos factos trazidos de uma memória coletiva. Ele revelou-se-me (foi uma revelação para mim, acredita!) um lídimo seguidor do irmão Luís Cristóvão em matéria da transmissão dessas memórias. Na forma utilizada, no entanto, é fácil descortinar a diferença do escritor, com o seu talento já formado, com a daquele que inicia as suas lides literárias. A imagem que tenho de teu irmão era bem outra. Não me foge da memória, sim, a sua apetência para cantor. Era, em menino e moço, o “Joselito de S. Miguel” ligado à interpretação fantástica e fidedigna de “Campanera”. Referiu-se-lhe, assim, a comunicação social do princípio dos anos sessenta, se não me falha a memória. Quanto à tua postura no livro que, mal ou bem, este registo pretende referenciar, sobre ele uma vez mais opino: a universalidade da tua escrita é indesmentível. O leitor do Minho ou do Algarve, dos Açores ou da Madeira revê-se no que procuras transmitir. Assim nos habituaste. O conteúdo é apaixonante e enternecedor, cheio de afeto; a forma, uma finura, um primor, uma beleza. Transmitindo ao leitor uma sensibilidade e um deleite dignos de registo. Uma escrita inconfundível e incontornável. “Febril”, como se escreve na contracapa. Por mais de uma vez te apelidei, e nunca me cansarei de o fazer: És um notável “serralheiro da escrita”, como teu pai o era do ferro. Não resisto em citar alguém que, com grande propriedade e sentido crítico, escreveu, há mais de 30 anos, sobre o teu premiado Raiz Comovida – A Semente e a Seiva. Trata-se de Vasco Pereira da Costa, que, de uma forma objetiva e concludente, observou: “Este livro é só isto: a revivificação da língua portuguesa e a superação do neorrealismo através de uma imaginação verbal que só vista e de uma criação formal que nos calha a desbancar. Nunca os Açores foram tão bem narrados… A ilha do Pico da Pedra está inteirinha no mundo em que tropeçamos. Preciso é compreendê-la. Foi o que Cristóvão de Aguiar fez”... Esta citação aplica-se, como uma luva, a Catarse. Luís Cristóvão, meu caro, mais uma vez provaste de que estás vivo e bem vivo. Mais: és como o “vinho do Porto”, quanto mais velho, melhor. Daqui vai um abraço de parabéns, extensivo a teu irmão Francisco José. Fernando Couto Alves

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Amorim é o homem mais rido de Portugal por mérito, por esforço, por talento, por capacidade. Merece todo o respeito. Mas, como cidadão português, como patriota, deveria defender que cada português participe no esforço de salvação do País na proporção direta das suas possibilidades financeiras. Incluindo ele próprio. Pedro Tadeu, “Diário de Notícias”, 30 de agosto de 2011


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“Fêra” leva muita gente a Barrancos

Como se esperava confirmou-se a presença de muita gente na “Fêra de Barrancos”. O número, porém, é “inferior “ às enchentes do tempo da polémica, quando as touradas de morte aconteciam à revelia da lei. A “Fêra de Barrancos”, que mistura celebrações religiosas e festas pagãs em honra de Nossa Senhora da Conceição, a padroeira da vila raiana, voltou a cumprir a tradição.

Fotorreportagem A “Fêra de Barrancos” voltou a animar a vila raiana. O povo vestiu-se a rigor e saiu à rua e, como não poderia deixar de ser, a improvisada praça de touros, montada na Praça da Liberdade, voltou a encher-se de gente. As touradas foram o prato forte das festas, já que são as únicas em Portugal em que se podem legalmente matar os touros, através de um regime de exceção aprovado em 2002. Este ano a iniciativa foi “a mais portuguesa dos últimos anos”, uma vez que quatro dos cinco matadores

que lidaram os touros das três corridas de morte são nacionais. Quatro dias de muito “cachondeo” (divertimento). Entretenimentos pagãos e momentos religiosos, uma mistura de sucesso, pelo olhar de um fotógrafo local. Fotos Francisco Oliveira


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Workshop junta parceiros em Cuba

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Região

O auditório da Biblioteca Municipal de Cuba acolhe, hoje, pelas 15 horas, o workshop “Enoturismo, Novas Culturas, Empreendedorismo: Três realidades, um único propósito”. O workshop insere-se no Ciclo de Eventos da Parceria Geoestratégica Alvito – Beja – Cuba – Ferreira do Alentejo – Vidigueira, e é organizado pela Câmara Municipal de Cuba.

Animação garantida O programa da Feira Anual de Cuba é vasto e, para além das atividades económicas, destaque para a promoção dos produtos endógenos, onde se evidencia a XII Festa do Nosso Pão, e para a animação musical. Hoje, sexta-feira, atua a Sociedade Filarmónica Cubense 1.º de Dezembro, diversos grupos corais, Espiga Dourada, Nuno Junqueiro e Banda e vários DJ. Amanhã, sábado, é a vez de Os Alentejanos, Os Ceifeiros de Cuba, Nuno Norte e, pela noite dentro, atuam diversos DJ. No domingo, Full House, The Gift e DJ Seven sobem ao palco. Segundafeira, último dia de certame, Vozes de Cá são os responsáveis pela animação musical.

Feira promete mostrar potencialidades do concelho

Cuba entre a tradição e a modernidade A Feira Anual de Cuba cumpre este ano 78 anos. O povo sabe honrar o seu passado, contudo, já tem os olhos postos no futuro. O certame, ponto de encontro e de convívio, foi preparado a rigor para dar a conhecer as potencialidades da terra, que quer promover o seu parque empresarial, a sua proximidade ao aeroporto de Beja e, sobretudo, atrair pessoas. Texto Bruna Soares Foto José Ferrolho

A

s bandeiras de cores variadas estão içadas. No recinto ultimam-se os últimos preparativos. Quem passa espreita, faz uma pausa e vê a Feira Anual de Cuba erguer-se. O certame, que ano após ano, tem a capacidade de fazer retornar os cubenses dispersos pela diáspora à terra, começa já hoje, sextafeira, e prolonga-se até segundafeira, 5. Os palcos estão montados. As barraquinhas de comes e bebes, mas também de artesanato, de produtos da região, entre outros, ornamentam o espaço. A variedade é muita, mas segundo o povo da terra, “a alegria é ainda maior”. A feira marca a história do concelho há 78 anos e as gentes de Cuba identificam-se com ela, porque, na verdade, ela representa a sua identidade e as suas vivências. No espaço, durante quatro dias, vão cruzar-se pequenos e graúdos e o festim, esse, promete ser grande, já se encontrando agendado o XIV Almoço de Convívio de Cubenses não residentes, que, de acordo com a Câmara Municipal de Cuba, organizadora da feira, “acaba por juntar e trazer muita gente ao certame”. Mas Cuba aproveita a feira, sobretudo, para mostrar “as suas potencialidades” e mostrar que “este é um local ótimo para empresas e famílias se fixarem”. O município joga as suas cartas e argumenta: “A localização geográfica, as novas acessibilidades, as infraestruturas do

“Este certame é de extrema importância para o concelho. Deslocam-se muitos milhares de pessoas a Cuba e é uma oportunidade para mostrar as nossas potencialidades. concelho, o regadio, a proximidade ao aeroporto de Beja, as potencialidades agrícolas e turísticas, entre outros”. Por estes dias, porém, o maior trunfo a apresentar é o futuro

Parque Empresarial de Cuba. “O parque ainda não está concluído e já conta com mais de 10 interessados, o que é muito bom. Este parque, como costumo dizer, nasceu torto. Já era para estar concluído há uns anos, mas necessitámos de elaborar um Plano de Urbanização, porque não havia área de expansão urbana. Mas, como diz o ditado, mais vale tarde do que nunca. As infraestruturas devem ficar concluídas em dezembro”, afirma o presidente da Câmara Municipal de Cuba, Francisco Orelha. O autarca garante que “este é um parque com características únicas no distrito” e explica: “Este parque é de extrema importância para o concelho, mas também para a região. Não sei se no distrito de Beja haverá algum parque com esta dimensão. Estamos a falar de cerca de 15 hectares. É um esforço enorme para um concelho como o nosso, tendo em

conta a sua dimensão e as dificuldades de gerar receitas próprias”. O concelho de Cuba acredita que “tem todas as capacidades para crescer e se desenvolver” e que “os resultados dos investimentos que têm sido feitos vão surgir”. “Pretendemos atrair empresas, aumentar a empregabilidade e fixar pessoas”, confessa Francisco Orelha. E a promoção do concelho, essa, vai estar em destaque na Feira de Cuba. “Este certame é de extrema importância para o concelho. Deslocam-se muitos milhares de pessoas a Cuba e é uma oportunidade para mostrar as nossas potencialidades. Apesar de ser uma feira tradicional, funciona como uma montra do melhor que se faz. As empresas marcam presença e consegue-se criar uma grande dinâmica, que pretendemos que fomente o desenvolvimento económico do concelho”, confessa o autarca. Desenvolvimento, esse, que o concelho também espera conseguir alcançar através da proximidade, cerca de 10 quilómetros, ao aeroporto de Beja. “É uma valência importantíssima para este concelho, para a região e para o País”, defende Francisco Orelha, acrescentando: “Depois da autoestrada, que liga Sines ao aeroporto, estar concluída estamos a cerca de uma hora e pouco de Lisboa. Temos condições excelentes para produzir e exportar”. As estruturas, maioritariamente de ferro, continuam a erguer-se. Os novos arranjos urbanísticos, efetuados há pouco tempo pela autarquia local, conferem ao espaço circundante à feira mais condições. Um imponente lago atrai quem por ali passa. O dia está quente e a água dá uma sensação de frescura. Nos bancos de jardim, à sombra das árvores de copa larga, sentam-se os curiosos que esperam pela conclusão da feira. Olham e comentam: “Ali vai ser a Festa do Nosso Pão, ali é o palco principal”. A feira de Cuba está pronta e ao cariz tradicional junta-se-lhe agora a modernidade. O objetivo, esse, é sempre o mesmo: “Contribuir para o desenvolvimento do concelho”.

Festival Vidigueira mais e melhor música Os Xutos & Pontapés e os Deolinda são os cabeças de cartaz da sexta edição do Festival Vidigueira, considerada “a mais ambiciosa de sempre” e que vai decorrer nos próximos dias 9 e 10 de setembro naquela vila alentejana. O festival, que se assume como “a última oportunidade para os festivaleiros” e que fecha a temporada de festivais de verão, vai decorrer nas piscinas municipais de Vidigueira, no distrito de Beja, com concertos de bandas e músicos portugueses e atuações de dj nacionais e internacionais. A edição deste ano do Festival Vidigueira, “a mais ambiciosa de sempre”, segundo a organização, começa no dia 9 com a música irreverente de Os Homens da Luta, o grupo liderado por Neto e Falâncio, alter-egos dos irmãos Jel e Vasco. Segue-se o rock dos Xutos & Pontapés e a música eletrónica do duo Mixhell, formado por Igor Cavalera (antigo baterista dos Sepultura) e Laima Leyton, e do dj belga Paul Chambers. Os concertos de Tiago Bettencourt & Mantha e dos Deolinda vão marcar a segunda e última noite do festival, dia 10, que termina com as atuações de Rui Pregal da Cunha, antigo vocalista dos Heróis do Mar, e do dj Rui Estevão. Segundo a organização, os portadores de bilhete para os dois dias do festival vão ter acesso gratuito a um parque de campismo.

MúsicA’Brincar na Biblioteca de Odemira A Biblioteca de Odemira recebe amanhã o projeto MúsicA’Brincar, da responsabilidade da Archimouiké, que “através de oficinas musicalmente lúdicas promove a compreensão musical dos bebés e crianças em idade pré-escolar”. MúsicA’Brincar tem como requisito fundamental a participação dos pais. Os principais objetivos passam por “promover a compreensão musical através de atividades que estimulam o sentido do ritmo e da melodia e criar um programa de tempos livres interativo em família (entre pais e filhos), num ambiente estimulante e alegre.


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Novo lar da 3.ª Idade de Aljustrel com 60 camas

Foi assinado o auto de consignação da obra de construção do novo lar da 3.ª idade de Aljustrel. A infraestrutura, da responsabilidade da Santa Casa da Misericórdia de Aljustrel, vai contar com 40 quartos, 20 individuais e 20 duplos. No total o novo lar terá 60 camas. O equipamento deverá estar concluído no prazo de 15 meses.

JOSÉ FERROLHO

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EMAS desconhece origem da rutura

Baleizão está a meter água Os dias junto ao Café Central em Baleizão, no concelho de Beja, já foram mais pacatos. Há cerca de um mês que uma fuga de água teima em não dar tréguas à população, à junta de freguesia local e à Empresa Municipal de Água e Saneamento (EMAS) de Beja.

A

história conta-se de uma penada: após a abertura de um buraco na calçada para arranjar uma rutura numa conduta, e depois de resolvido este problema, a água começou a aparecer no mesmo local. Pensando-se que seria da rutura que não tinha ficado arranjada, o buraco foi aberto novamente. No entanto, a água não vinha da rutura. Desde aí que ainda não se descobriu a origem da água. Silvestre Troncão, presidente da Junta de Freguesia de Baleizão, mostra-se incomodado com a situação que se julgava ser, inicialmente, uma fenda numa conduta. “A água apareceu como uma rutura. Pensou-se que seria isso, a EMAS veio cá, achou que tinha resolvido a situação, foi embora e, ao fim de dez minutos, apareceu de novo”. Segundo o presidente da junta de freguesia, há 15 dias que não há qualquer intervenção no local. “A EMAS pensava que era uma rutura. Abriram três ou quatro buracos. Foram abrindo e tapando. Menos naquele sítio, que abriram e não fecharam. De há duas semanas para cá está a correr água a céu aberto. Há duas semanas que a EMAS não faz nada, não há intervenção, e não sei o que é que estão a pensar fazer”. Desde o aparecimento da água já passou um mês e Silvestre Troncão continua sem saber o que está na origem do problema, com um poço ou uma nascente a surgirem no topo das hipóteses. “A EMAS passou tudo, todos os meios que têm passaram por ali e aquela água não vem da rede. Rutura não é.

Mas não conseguem saber o que é aquilo, podendo ser um poço ou uma nascente”. O engenheiro da EMAS que tem vindo a acompanhar a situação, João Paulo Pirata, refere que a “água apareceu no buraco de uma anterior rutura, provavelmente porque se aliviou a terra”, criando uma zona mais frouxa. Segundo o técnico, a percentagem de não ser água da rede pública é muito alta. “Medimos o cloro e não acusou cloro residual; passámos o nosso material de deteção de fugas e não encontrámos qualquer indício; fizemos pesquisas físicas no subsolo e não conseguimos ver a proveniência da água, ou seja, não temos qualquer indício de que seja água da rede”. Uma das queixas do presidente da junta de freguesia é o não calcetamento das zonas que foram escavadas. Segundo o técnico da EMAS, o local ainda não foi calcetado “porque não tem condições, porque está a terra molhada para se fazer o piso”. “De qualquer maneira, há que drenar aquela água de alguma forma para se poder recobrir o pavimento”. João Paulo Pirata sublinha que, quando o pavimento está fechado naquele local, “a água arranja outro sítio para se escapar e agora é como se se tivesse tirado uma tampa, brotando naquele local”. Silvestre Troncão ainda não tem uma explicação para o aparecimento da água. No entanto, tem bem a noção dos problemas causados por esta situação. “A rua é estreita e não se cruzam dois carros. Se um carro entrar no lado de baixo da rua, o que vem da parte de cima tem que esperar porque não se podem cruzar. Além disso, quem está ao pé, queixase. Queixa-se à junta e ao presidente. O que nós podemos fazer é pedir esclarecimentos à EMAS, mas a água continua a correr e não faz sentido estar ali”. Marco Monteiro Cândido


Realizam-se no próximo fim de semana os seguintes jogos de caráter particular tendo em vista o programa de preparação das equipas para as competições oficiais que se aproximam. Assim, amanhã jogam Serpa/Bairro da Conceição, Cabeça Gorda/Estrela de Santo André, Vasco da Gama de Sines/Odemirense e Alcacerense/Vasco da Gama da Vidigueira. No domingo: Aldenovense/Sporting de Viana e Ferreirense/Desportivo de Beja.

Desporto

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Jogos particulares este fim de semana

Nacional de Juvenis – Odemirense recebe “lanterna vermelha” O Odemirense jogou em Montemor-o-Novo onde venceu o União local, por 2-0,em jogo relativo à terceira jornada do campeonato nacional de juvenis, ascendendo ao sétimo posto da tabela, com quatro pontos, a cinco do líder Casa Pia. Na próxima jornada, marcada para a manhã de domingo, o Odemirense joga em casa com o Cova da Piedade, partida em que é francamente favorito, dada a condição de lanterna vermelha dos adversários, sem qualquer ponto conquistado.

Campeonatos Nacionais começam no domingo

Mineiro e Despertar fora de casa A primeira jornada do campeonato nacional da 3.ª divisão, série F, disputa-se no próximo domingo. Despertar e Mineiro são os representantes da AF Beja. Texto Firmino Paixão

C

oube aos dois conjuntos sul alentejanos iniciarem a prova fora de casa. O Despertar desloca-se ao terreno do Redondense, equipa que, à semelhança dos bejenses, também se estreia esta época neste patamar nacional. Filipe Felizardo, treinador do Despertar gostava de jogar

no seu reduto e justifica que “para uma equipa que sobe de divisão, como aconteceu connosco, seria sempre bom começar o campeonato em casa”, argumentando que “as possibilidades de podermos ser felizes jogando em casa serão maiores, a estatística assim o diz, mas pronto, o sorteio determinou que jogássemos fora, contra uma equipa que também subiu este ano, por isso, nós vamos preparados para disputarmos os três pontos, como de resto acontecerá sempre em qualquer campo e com qualquer adversário”, sublinha o jovem treinador que durante a semana teve que apagar as marcas da pesada derrota so-

frida na Taça de Portugal. O Mineiro Aljustrelense tem vivido tempos complicados. Primeiro a dificuldade na formação do plantel, constrangimentos que levaram à renúncia do técnico Sérgio Abreu, depois uma nova ida ao mercado para contratar um novo treinador, apesar do sucesso de Estebaínha, técnico de recurso no jogo da Taça de Portugal. A equipa já se mostrou ao seu público no jogo com a formação madeirense que eliminou da Taça, mas uma semana de trabalho para o novo técnico se ambientar ao plantel é manifestamente pouco tempo para esperar

resultados positivos. Tudo dependerá, porém, da continuidade de Estebaínha como elemento da equipa técnica, já que acompanhou toda a pré-temporada com a equipa. Ao longo desse período passaram inúmeros jogadores por Aljustrel, para observação dos técnicos, ainda assim o clube iniciou a temporada com manifestas carências no plantel, contrariedade que, por certo, compensará com a chegada do novo treinador. Moura recebe o Monsanto O Moura Atlético Clube estreia-se no domingo no campeonato nacional da 2.ª divisão, numa partida

em que recebe a formação de Monsanto. Fernando Piçarra, técnico mourense pretendia sorte diferente e diz: “Pessoalmente prefiro começar os campeonatos fora de casa, penso que temos algumas vantagens porque a equipa não joga com tanta pressão, não sente aquela obrigação de ter que ganhar logo na primeira jornada”, mas está conformado. “O sorteio ditou assim, é assim que temos que encarar o nosso trajeto”. Revela ainda: “Temos trabalhado este jogo, como aliás fizemos para o jogo da taça, mas o campeonato vai ser difícil estamos conscientes disso, embora eu esteja satisfeito com o grupo de trabalho”.

1.ª eliminatória da Taça de Portugal

Conhecido o calendário de jogos

Moura e Aljustrelense seguem em frente

Crise chega ao futebol distrital

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a primeira ronda da Taça de Portugal só o Despertar ficou pelo caminho, entre as três equipas filiadas na AF Beja. Moura e Aljustrelense seguem para a segunda ronda da prova. O Mineiro Aljustrelense recebeu a equipa madeirense do Clube de Futebol Andorinha e venceu por duas bolas a zero, com golos de Mané e Carlos Estebaínha, confirmando o favoritismo que lhe era atribuído neste confronto com os madeirenses. A equipa tricolor apresentou-se em campo orientada por Estebaínha, ex-adjunto de Sérgio Abreu, técnico que nas vésperas da eliminatória da Taça deixou a equipa, em discordância com a direção do clube. O Moura Atlético Clube teve deslocação difícil, mas proveitosa, ao terreno da Associação Desportiva de Grijó, onde ganhou também pela marca de dois a zero, com tentos assinados por Hugo Firmino e Nuno Moreira. A equipa menos feliz, desígnio que proveio logo do sorteio da prova, foi o Despertar, a quem coube uma deslocação

A

Nelson Raposo Aljustrel leva a melhor sobre defesa madeirense

a Vizela e em cujo terreno foi derrotado por 4-1, com o tento de honra apontado por Hugo Páscoa. Entre as restantes equipas alentejanas que participaram nesta eliminatória, destaque para o apuramento do Redondense (nos Açores), do Elétrico de Ponte Sôr, Juventude de Évora e Estrela de Vendas Novas. Os resultados dos jogos onde intervieram equipas alentejanas foram os seguintes: Boavista de São Mateus,0-Redondense,1;

Aljustrelense,2-Andorinha,0; Bairro Argentina,2-Atlético Reguengos,2 (3-2 gp); Vizela,4-Despertar,1; Santa Maria,6-Crato,0; Elétrico,4Limianos,0; Padroense,2-O Elvas,1; União Montemor,2-Quarteirense,3; Grijó,0-Moura,2; Messinense,1Juventude Évora,2 e Sintrense,0Vendas Novas,2. Os jogos da 2.ª eliminatória foram sorteados ontem e disputam-se no dia 11 de setembro, já com a presença das equipas da Liga Orangina. Firmino Paixão

Associação de Futebol de Beja já sorteou os calendários das principais competições de caráter regular, nomeadamente os campeonatos distritais da 1.ª e 2.ª divisões e da Taça Distrito de Beja. As novidades prendem-se com o regresso do Sporting de Cuba e do Guadiana de Mértola ao escalão principal, que volta a incluir o Odemirense, despromovido na última época da terceira divisão nacional. Depois o ineditismo da série única na 2.ª divisão, por escassez de equipas para o tradicional figurino das duas séries. A Taça Distrito de Beja, com a primeira eliminatória marcada para janeiro de 2012, também perde peso competitivo com a diminuição do número de equipas inscritas. Se por um lado a renúncia de alguns clubes indicia efeitos da difícil conjuntura económica, há outros que estão a apostar forte na constituição dos seus plantéis. Fica o quadro completo de jogos da primeira jornada das 1.ª e 2.ª divisões distritais e da 1.ª eliminatória da Taça Distrito de Beja, com as respetivas datas

para início das competições: C a m peona t o Dis t r i t al da 1.ª Divisão 1.ª Jornada (25/09/2011):

Spor ting de Cuba-São Marcos; Alde novense-Serpa; Desportivo de Beja-Almodôvar; FerreirenseMil fontes; Odemirense-Vasco da Gama; Castrense-Panóias; Rosai rense-Guadiana. C a m peona t o Dis t r i t al da 2 .ª Divisão 1.ª Jornada (2/10/2011):

Negri l hos-Cabeça Gorda; Piense-Barrancos; RenascenteSanluizense; Ourique-Vale de Vargo; Bairro da ConceiçãoMessejanense; AmarelejenseAlvorada; Folga o Saboia. Ta ç a D i s t r i t o d e B e j a 1.ª

Eliminatória (14 e 15/01/2012): Milfontes-Ourique; PanóiasRena scente; A ma relejenseNegrilhos; Bair ro da ConceiçãoGuadiana; Aldenovense-Piense; De spor t ivo de B e ja-Va sco d a G a m a ; C a s t re n s e -Va le de Va rgo; Rosa i ren se-S ão Marcos; Ferreirense-Alvorada. Clubes isentos: A lmodôvar, O d e m i re n s e . Sp.d e Cu b a , Serpa, Cabeça Gorda-Saboia e Messejanense.


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Despertar e Castrense no Nacional de iniciados

O Campeonato Nacional de Iniciados, em futebol, prova em que participam as equipas do Despertar e do Castrense, tem início no próximo fim de semana. A equipa de Beja desloca-se ao recinto do Louletano e o Castrense joga em casa com o Barreirense.

Torneio de futebol Firmino Cruz em Mértola

Realiza-se amanhã, no Parque Desportivo Municipal de Mértola, a segunda edição do Torneio de Futebol “Firmino Cruz”, competição que contará com a presença das equipas seniores do Guadiana de Mértola, Juventude Campinense e Panoias.

O futebol não é uma ciência exata. Vejo o campeonato de outra forma e antevejo as equipas muito bem apetrechadas.

Francisco Fernandes quer promover o Castrense

Os jogos ganham-se em campo O Castrense é, esta época, apontado como grande favorito na conquista do título distrital de futebol e do consequente regresso à terceira divisão nacional. Texto e foto Firmino Paixão

O

investimento no técnico Francisco Fernandes, no último terço da época passada, e um punhado de reforços de qualidade, indiciam a determinação do clube em regressar à 3.ª divisão nacional. O treinador assume esse objetivo e a construção de um plantel com espírito de conquista, mas lembra que é prematuro apostar unicamente no Castrense, dando exemplos de equipas que se reforçaram bem, e lembra ainda que os campeonatos se ganham dentro das quatro linhas. Teve muito tempo para projetar esta época …

Vim para Castro Verde na ponta final da época passada, numa altura em que o campeonato estava decidido e não havia nada a fazer, com o objetivo de conhecer os jogadores, identificar-me com a estrutura do clube, ver onde poderíamos melhorar algumas coisa e avaliar a necessidade de reforços da equipa. Este ano, preenchemos bem as lacunas existentes, temos um plantel equilibrado, com várias soluções e muitos jogadores que já trabalharam comigo. Penso que temos um plantel que nos dá garantias, assim nós todos queiramos trabalhar e procurar o objetivo que nos faz correr. Conseguiu um lote de reforços de qualidade?

Temos bons jogadores, uma equipa jovem, com uma margem de progressão muito interessante, tal como eu gosto, com dois ou três jogadores um pouco mais velhos, o Pardal, o José Luís, o João Candeias, os restantes são jogadores jovens. Se tivermos a felicidade de sermos campeões e subirmos de divisão, podemos dar continuidade a esta equipa, embora saibamos que no final de uma época saem sempre alguns e entram

outros, mas esta era uma boa equipa para dar continuidade. Este é o ano do Castrense?

Não vamos fazer as coisas tão fáceis. O futebol não é uma ciência exata. Vejo o campeonato de outra forma e antevejo as equipas muito bem apetrechadas. Dou o exemplo do Milfontes, que julgo que será uma agradável surpresa. Consta também que o Ferreirense vai trazer alguns jogadores experientes de Setúbal, o Aldenovense também está a fazer uma boa equipa e depois o Desportivo de Beja. Fico contente pelo trabalho que o Carlos Simão está a fazer, por isso desejo a maior sorte ao clube, porque me traz grandes recordações. Penso que neste campeonato haverá muito mais pontos perdidos do que houve a época passada. Não vamos pensar já que será o ano do Castrense. Será o nosso ano se formos uma equipa séria, correta e apresentarmos qualidade, ambição e espírito de conquista. O favoritismo põe alguma pressão nos jogadores… é isso que quer evitar?

Os jogadores sabem que ao vir para aqui e a trabalhar comigo, não haveria meios-termos. Assumimos que somos sérios candidatos a subir de divisão. É esse o nosso objetivo, agora sabemos que as equipas quando nos defrontaram vêm para uma espécie de tudo ou nada. Temos quatro derbies, com o Panóias, o Almodôvar, o Rosairense e o São Marcos. Não devemos ter medo da pressão, mas os jogos ganham-se dentro do campo. Não podemos dizer que vai começar o campeonato e que já somos campeões. Espera uma prova competitiva?

Faço votos para que seja um campeonato diferente do ano passado. Que não aconteça que uma ou duas equipas se distanciem significativamente e muito cedo, porque a prova perde o interesse. Temos equipas bem apetrechadas, o campeonato será interessante e ainda bem, porque pode trazer mais gente ao futebol. Espero que as equipas de arbitragem também

Os jogadores sabem que ao vir para aqui e a trabalhar comigo, não haveria meiostermos. Assumimos que somos sérios candidatos a subir de divisão. sejam sérias, que errem o menos possível, pelo menos façam um trabalho sério e digno, que exista desportivismo, para promovermos o nosso campeonato e os nossos agentes desportivos. O Castrense tem estatuto de 3.ª Divisão?

Gostaria muito que o Castrense evoluísse. Tem umas condições excelentes, uma direção competente, mas é preciso galvanizar as pessoas de Castro Verde. Lembro-me de quando vinha aqui jogar. Havia sempre boas equipas e o estádio tinha muita gente e muito entusiasmo. O Castrense é uma equipa que merece estar na terceira

divisão, tem todas as condições para isso, é esse o contributo que quero dar a este clube. Começa a época a jogar em casa com o Panóias …

Todos os jogos são complicados. O nosso trabalho é tornar as coisas fáceis e ganhar os jogos, mas às vezes ainda complicamos mais. Andei tantos anos dentro daquelas quatro linhas que vejo as coisas assim. Trata-se de um jogo em que dentro do campo temos que mostrar os nossos argumentos. Temos que encarar todos os jogos com profissionalismo, é assim que eu entendo o futebol.

Plantel 2011/2012 Guarda-redes João Candeias ex-Aljustrelense João Sousa ex-Almodôvar Jorge Caeiro ex-júnior Defesas Vítor Rolim ex-Despertar Ricardo Vargas ex-Despertar Tiago Torres ex-Despertar Velhinho, Gato, Telmo Facaia e Paulo Pardal ex-Serpa Médios Valter, José Luís Prazeres, Nelson, Pedro Lança, Tiago Cavaco e Miguel Facaia Avançados Rui Pepe ex-Despertar Damásio ex-Aldenovense João Pepe, Aimar ex-Júnior e Roberto ex-Vasco Gama Sines Equipa Técnica Francisco Fernandes treinador e Carlos Capeta adjunto


As equipas nacionais de Kayak Polo sénior e sub21, masculinas, realizam no próximo fim de semana, 3 e 4 de setembro, um último estágio de preparação para o Campeonato da Europa da especialidade, que terá lugar em Madrid, a partir do próximo dia 8 de setembro. O estágio realiza-se em Coimbra nos próximos dias 3 e 4 de setembro e contará com a presença de 16 atletas, entre eles os sub21 alentejanos Pedro Mestre, João Roque e Miguel Janeiro, atletas da Associação Pagaia Sul, com sede em Beja.

Vila Ruiva promove Futsal O Vila Ruiva Futebol Clube, associação desportiva daquela freguesia do concelho de Cuba, está a realizar ações de captação de jogadores para formação do plantel de futsal que irá participar no próximo campeonato distrital da modalidade.

Treinos de captação O Núcleo Sportinguista de Beja está a promover treinos de captação para jovens entre os cinco e os 12 anos, para as suas equipas de traquinas, benjamins e infantis. As ações decorrem no Complexo Desportivo Fernando Mamede, pelas 18 horas.

Clube de Natação de Beja tem 450 praticantes

Piscina coberta não oferece condições para a natação O Clube de Natação de Beja mobiliza cerca de meio milhar de praticantes em espaços físicos exíguos, mas com recursos técnicos de qualidade e uma gestão de rigor. Texto Firmino Paixão

O

coordenador técnico do Clube de Natação de Beja, Pedro Maximino, fala do clube com a tranquilidade de quem o conhece desde a primeira hora e a paixão de quem o ajudou a erguer. Lamenta a falta de espaços e a menor qualidade dos que existem, atesta a qualidade técnica dos treinadores e monitores que trabalham no clube e perspetiva um crescimento qualitativo do clube e dos seus nadadores. O Clube de Natação de Beja está com boa dinâmica?

A nossa vitalidade é muito boa. Baseamos o nosso trabalho em três princípios: muita humildade, trabalho e simplicidade de processos. É assim que fazemos as coisas, temos muitos grupos, muitos professores, temos um total de 450 praticantes e acabamos por gerir e mobilizar muita gente, praticantes, pais, professores, e estes são 14. É uma atividade intensa, mas estamos de boa saúde e recomendamo-nos… Com tendência para crescer?

Não, neste momento o crescimento é impossível porque temos pistas, alugamos um espaço à Câmara Municipal e temos um número máximo que podemos utilizar. Esse número foi atingido e temos pessoas em lista de espera. O crescimento deverá ser feito em qualidade, esse é o nosso objetivo, trabalharmos todos os dias um bocadinho melhor. O clube oferece prática competitiva e atividades de lazer?

Eu dividiria a nossa atividade em três vertentes. A área do lazer com pessoas que procuram divertir-se, a área da aprendizagem, que é a fatia maior do clube, é a que nos sustenta e nos dá sentido e a área da competição, complementar de qualquer prática

Pedro Maximino Conhece o Clube de Natação desde a primeira hora

desportiva. Mas a área mais importante é a aprendizagem, a nossa vocação para ensinarmos as crianças a nadar. O enquadramento técnico revela grande qualidade …

Temos pessoas que estão desde sempre no clube, o Nuno Faria, que faz um trabalho quase de filigrana, o Jorge Ricardo, inexcedível em termos humanos, depois temos o Vítor Rodrigues e o Pedro Madeira, pessoas que estão connosco há muito tempo, também a Maria João Velhinho, temos depois a Beatriz, o José Maria e o João Luz, que vieram do Curso Tecnológico de Desporto e se integraram plenamente e que hoje são capazes de fazer um trabalho soberbo, mas gostaria de deixar uma palavra ao professor José António Batista que esteve connosco, saiu no ano passado mas é como se continuasse, é o nosso mentor.

vão estar rodeadas de melhores equipas. Tivemos uma estafeta que fez um 5.º lugar no nacional de juniores e tivemos vários atletas com bons resultados a nível nacional, o Miguel Hilário, a Joana Lampreia, o André Almeida e outros. A Joana Lampreia esteve no estágio da Seleção Nacional de Águas Abertas, é o reconhecimento do nosso trabalho, mas a Joana é muito dedicada e isso foi um bom prémio para ela.

uma ideia errada. A piscina coberta de Beja, para o número de praticantes que tem, é uma péssima piscina. Precisamos de um tanque de aprendizagem e as piscinas das sedes de concelho deveriam ter pelo menos 25 metros por seis pistas e não têm. As autarquias dinamizam grupos de aprendizagem, mas quando chegam à competição as piscinas já não tem condições. E as piscinas descobertas abrem muito tarde.

Como perspetiva a próxima época desportiva?

É urgente construir mais e melhores espaços?

Temos as melhores perspetivas, desde logo tentar levar mais gente aos campeonatos nacionais em todas as categorias, esse é um objetivo. Manter o número de praticantes e tentarmos melhorar a qualidade do ensino da natação no clube.

Eu diria que a nossa relação com o Município de Beja é boa mas temos duas pechas, uma é que a piscina onde praticamos natação não oferece condições para um clube com 450 praticantes. Precisamos de mais espaço, de uns balneários maiores e de um tanque de aprendizagem. São exigências que fazemos há muito tempo. A outra questão é política, cada vez que muda um executivo as promessas que são feitas não são cumpridas e nós, como todos os outros clubes, não fugimos a essa regra. Tínhamos uma sede na piscina e fomos impedidos de lá estar pelos executivos anteriores, não por este, e agora estamos realojados num espaço que nos oferece menos condições.

A época que terminou foi positiva?

Temos boas piscinas no distrito e cada vez mais planos de água, mas a natação não acompanha esse crescimento?

Em termos do número de praticantes foi muito positiva. Em termos competitivos foi, também, muito boa, a equipa feminina subiu à 3.ª Divisão do Nacional de Clubes, que vai ter responsabilidade acrescida porque

A natação é, desde 1998, a segunda modalidade mais praticada em Portugal. Como agente da modalidade é-me difícil querer mais do que isto. Deixe que lhe diga que as nossas piscinas são más, as pessoas têm

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A formação José Saúde

Depois do excelente segundo lugar da seleção de Portugal no recente campeonato mundial de futebol sub-20, 18.ª edição disputada na Colômbia com 24 equipas, reabriu-se um fértil caminho para uma discussão profícua sobre o presente e o futuro do futebol português. É verdade que futebol luso mergulhou nas profundezas de um mar encrespado onde o incolor das suas águas nos conduz a uma imensidão de preocupações se atentarmos na atual realidade que prolifera no mundo do pontapé na bola neste cantinho à beira mar plantado. Certa é a legião de futebolistas estrangeiros que atracaram nos principais clubes nacionais. Se no passado os dirigentes primavam por ecoar o produto final oriundo da sua formação, ou as aquisições de emblemas essencialmente lusitanos, agora deparamo-nos com um embrulhado de nomes que deixam antever uma tenaz inquietação sobre os seus protagonistas. Sabendo-se de viva voz que os dirigentes vivem especialmente para a vitória, e os adeptos aplaudem, chegámos ao ponto de constatarmos clubes que entram em campo sem um único jogador português, sucedendo o mesmo com os suplentes utilizados. O que me é dado saber é que o futebol português tem, paulatinamente, formado excelentes jogadores mas nem sempre aproveitados quando pisam o escalão sénior. A porta de saída passa por uma transferência de somenos importância, enquanto o clube que investiu na sua formação prefere um outro jogador de qualidade dúbia mas rotulado de craque. Alguns são escolhas de segundo plano, porém o que fica para memória futura é a ação dos dirigentes que não olham a meios para esgrimirem argumentos com o eterno rival. Neste mundo de loucuras submergem convicções de carismáticos dirigentes que nos levam a aclamar a defesa firme do futebol de formação. Não obstruam as portas a jovens com valor, franquiemnas e os craques naturalmente surgirão!

Diário do Alentejo 2 setembro 2011

Canoístas bejenses na selecção sub-21


D Diário do Alentejo 2 setembro 2011

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Biblioteca Municipal de Odemira em Festa

A Biblioteca Municipal José Saramago, em Odemira, completa o seu 11,º aniversário e conta de 1 a 6 de Setembro com um vasto programa de actividades. Música para bebés ou uma noite acompanhada por livros são apenas algumas das propostas. Pode consultar o programa através do link (http://www.cm-odemira.pt/PT/Documents/programa%2011ºaniv%20BMO.pdf)

Vitória, estória vitória conta a tua

Aparentemente as imagens são iguais, mas há sete diferenças, tenta descobri-las

Solução: Avião, Barco Carro Árvores Bote insuflável Personagem no barco à vela Roupa do espantalho talho

Dica da semana

A páginas tantas ... Numa noite de luar, a vida de O Ganso do Charco muda completamente. completament Criticado e gozado pelos companheiros gansos por ter sempre as penas enlame enlameadas, ele acaba por dar uma lição de vida, saindo na defesa deles, quando uma u raposa os tenta comer. Uma linguagem acessível, marcada por muitos diálog diálogos leva à transmissão eficaz da mensagem. Escrito e ilustrado por Caroline Jayne Church que embora nos narre uuma história visualmente dramática, confere-lhe um humor particular traduzido trad nas próprias ilustrações. ilustrações

A dica desta semana centra-se no trabalho da ilustradora e designer espanhola que assina o blog Milimbo. Reciclar cartão e criar personagens humanas ou animais com formas simples é o desafio desta semana. Uma maneira de colocares à prova a tua criatividade. http://milimboblog.blogspot.com/ http://milimboblog.b blo logspot.com/


Inaugura hoje, sexta-feira, no Auditório Municipal António Chainho, em Santiago do Cacém, a exposição “Movimento Vital”, que mostra o trabalho de pintura e escultura da artista plástica Filipa Oliveira. A autora nasceu em Coimbra, cresceu em Santiago do

Cacém e assume ter desenvolvido “grande parte” da sua obra artística durante os anos de residência no Alentejo interior, “pela imensurável e lenta energia que pulsa nessas planícies agrestes e serenas”. A mostra vai estar patente até 2 de outubro.

Fim de semana

Nova produção estreia amanhã, em Sines

Teatro do Mar celebra 25 anos com “Dias de espuma”

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ssumido como um espetáculo sobre a memória e, simultaneamente, sobre toda uma cultura em torno do mar, “Dias de espuma” é o novo espetáculo da companhia Teatro de Mar, com estreia marcada para amanhã, sábado (22 horas), e domingo (19 horas), no Centro de Artes de Sines. A produção, que explora a ligação dos homens e das comunidades ao mar, ditando a sua “vida, trabalho, ganhos e perdas, crenças, espiritualidade, suor, festa, amor, morte, medo e poesia”, é uma criação de Julieta Aurora Santos e é também uma “homenagem aos homens que elegeram o mar como a sua casa, os pescadores” e a todo um modo de vida que persiste. Apesar da temática local, “Dias de espuma” tem também, adianta

a companhia, um carácter “universal e poético”, onde a dramaturgia, traduzida através das imagens e da música, “se dirige essencialmente aos sentidos do espetador”, criando elementos de identificação e uma “ponte de comunicação emocional” entre o palco e a plateia. A rua é o território privilegiado da companhia mas, neste espetáculo, a sua já conhecida linguagem artística – assente numa estética multidisciplinar, onde o teatro se funde com a dança, o circo, o vídeo e a música original – tem como destinatário o público de auditório. A criação assinala o ano de celebração do 25.º aniversário de uma companhia de teatro que se diz “batizada com o seu mais importante elemento geográfico e cultural” – o mar.

Encontro de corais em Casével Decorre amanhã, sábado, o XXIII Encontro de Corais Alentejanos de Casével, concelho de Castro Verde, evento que reúne seis agrupamentos e que é organizado pela associação de cante alentejano Terras Brancas com o apoio da câmara local. Entre os convidados contam-se Os Mineiros, de Aljustrel, Madrigal, de Vila Nova de São Bento, O Sobreiro, da Baixa da Banheira, As Atabuas, de São Marcos da Atabueira, o Grupo Folclórico de Faro e, claro, as Vozes de Casével.

Olhar o “imaterial” na Biblioteca de Beja “Olhares sobre o imaterial”, uma exposição de fotografia que decorre desde dia 22, organizada pelo Centro Unesco Imagem, Som e Criatividade, pode ser visitada até amanhã, sábado, na Biblioteca Municipal de Beja. A mostra reflete um “olhar artístico e simbólico sobre um património imaterial que começa agora a ter uma visibilidade acrescida e a despertar o interesse da sociedade portuguesa”, refere a organização. Entende-se por “património cultural imaterial”, não só as práticas, representações, expressões, conhecimentos e aptidões de uma comunidade ou grupo, como também os instrumentos, os objetos, os artefactos e espaços culturais que lhes estão associados.

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Exposição “Movimento Vital” inaugura em Santiago


Moinhos em Itinerância no concelho de Odemira

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A exposição “Para onde sopram os ventos”, que reúne 10 moinhos trabalhados pelas mãos de diferentes artistas plásticos do concelho de Odemira continua em itinerância pelas freguesias, com o objetivo de descentralizar a atividade cultural e dinamizar o interior. Esta exposição tem por objetivo chamar a tenção para os moinhos de vento, elementos simbólicos do património local,

através da interpretação e intervenção de escultores, fotógrafos, ilustradores, cenógrafos, designers e artistas populares. A exposição pode ser agora apreciada na sede da Junta de Freguesia de S. Teotónio, onde estará até ao dia 14 de setembro. No dia seguinte, a exposição estará patente ao público na sede da Junta de Freguesia de Santa Clara-a-Velha, onde ficará até ao dia 15 de outubro.

Boa vida Comer Feijoada de Lulas com coentros Ingredientes para cinco a seis pessoas 600 g de feijão branco 2 kg de lulas frescas 2 cebolas medias 4 dentes de alho 1 dl de azeite 1 folha de louro 250 g de linguiça 3 dl de vinho branco 3 tomates maduros sem pele nem grainhas 1 pimento verde 1 molho de coentros sal e pimenta moída q.b.

Confeção: Depois de demolhado o feijão, “12 horas em água”, coze-se numa panela de pressão. Faz-se um refogado num tacho com azeite, cebolas picadas, alhos picados e a folha de louro. Adiciona-se o vinho branco, rodelas de linguiça e o tomate picado, grosseiramente. Deixa-se ferver um pouco e juntam-se as lulas cortadas às rodelas e um pouco de água da cozedura do feijão. Quando elas estiverem cozidas junte o pimento às tiras e de seguida o feijão. Deixe apurar em lume brando. Retifique os temperos e no momento de servir junte os coentros picados e bom apetite…

António Nobre Chefe executivo de cozinha – Hotéis M’AR De AR, Évora

Dois copos de conversa Vá pisar uvas!

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vinho não é terapêutica aconselhada para os estados gripais, mas já está provado cientificamente o importante papel do consumo moderado e regular de vinho para a saúde humana (dois copos de vinho diários para o homem; um copo de vinho para a mulher). Os estudos confirmam, entre outras benfeitorias, a melhoria acentuada na prevenção de acidentes cardiovasculares, a prevenção de doenças do foro degenerativo como Alzheimer, a prevenção do cancro da mama, a otimização da função digestiva (até a hepática) e a ação global benéfica de vários compostos antioxidantes, entre os quais se destaca o revesratrol. Os especialistas médicos do hospital americano de Yale-New Haven condensaram as funções nutricêuticas do vinho num artigo sob o título “A glass of red wine a day keeps the doctor away”. Vale a pena saber mais sobre vinho; por isso comece por reservar com antecedênVinho Diário cia os dias 7, 8 e 9 de outubro para visitar, provar e aprenUm dos vinhos que mais me der muito na Vinipax, maior impressionou na recente prova evento de vinhos do Sul de cega que deu origem ao meu Portugal, que decorrerá em Guia Popular de Vinhos, edição Beja. 2 012 , que es tará nas bancas Este percurso de aquisiem setembro, foi o Por ta da ção de conhecimentos deve Calada, DOP A lentejo, tinto de acabar nos verdadeiros tea2 010 . Uma das compras seguras tros de operações: a vinha e em qualquer prateleira. a adega. É aí que, através de visitas regulares e espaçadas, o leitor percebe os segredos e a alma do vinho. Todos os anos, a época de férias representa uma oportunidade de experiência ao vivo; a ver. dade é que, pouco a pouco, os produtores de vinho têm vindo a investir na dimensão complementar do enoturismo como forma de melhor acolherem os visitantes, Vinho de Calendário ampliando a vertente educacional e a perceção clara da O V Concurso de Vinhos qualidade dos seus produtos; Engarrafados do Alentejo, a venda “à porta da adega” distinguiu em Évora, no Palácio representa mais de 40 por de D. Manuel, o vinho tinto da cento do total das receitas em Companhia das Quintas Herdade países vinhateiros que aposda Farizoa Reserva 2008, com o tam no enoturismo, como 1º prémio. O Juiz da Confraria, a Alemanha ou os Estados Francisco Mata, explicou que o Unidos. A quantidade de objetivo deste concurso é dar adegas projetadas com vocaa conhecer a enorme qualidade ção de acolhimento ao enotudos vinhos do Alentejo rista é crescente no Alentejo. Para uma fruição ampla e um enraizamento profundo com a vinha e com o vinho, multiplicam-se os projetos de enoturismo com estadia que aguardam por si com programas especiais durante as vindimas.

Petiscos Na horta do paraíso

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á aqui foi dito, mais que uma vez, que os produtos que se comem na sua época normal de produção têm gostos diferentes daqueles que são produzidos em climas artificiais, através de estufas e outros processos complicados dos nossos evoluídos tempos. Nalguns casos, estas técnicas permitiram a deslocalização de produções tropicais e subtropicais para climas temperados, deixando os desgraçados que lá vivem – nos Trópicos e Equador – que pouco mais que isso tinham para oferecer, à míngua de compradores. Se na América Central se pudessem fazer bananas cujo preço fosse compatível com o valor de frutos tropicais, se calhar havia menos gente a produzir coca e menos cocaína nos tais países ricos e espertos que escolheram ter as bananas baratas. Mas não é só a época que conta na avaliação da qualidade do que se faz no campo. Também os processos que se utilizam para fazer medrar as plantas influenciam o seu valor em culinária. O tomate é, na minha opinião, o símbolo desta desconformidade entre aparência e sabor. Não há dúvida que os dos hipermercados são bem apresentados. Coitadinhos, mas não sabem a tomate. Ou melhor, não sabem a nada. Nas antigas hortas, verdadeiros paraísos dos sabores passados, ainda se faz e vende bom tomate, sobretudo nos mercados municipais. Estamos no tempo dele. Vá comprar, tente que seja desse das hortas, mesmo que ligeiramente mais caro. O êxito da receita que se segue tem a ver com a qualidade do tomate. Se não for bom nem vale a pena tentar. Há muitas maneiras de cozinhar tomatada. Esta era a nossa, de Beja e os seus termos. O tomate a empregar tem de estar bem maduro e ser bem vermelho. Fritam-se tiras de toucinho de presunto. É preciso que não tenha o mínimo sabor a ranço, caso contrário este irá aparecer na fritura. Na dúvida, frite toucinho normal. Nessa gordura deixa-se murchar uma cebola muito bem picada. Junta-se então tomate, sem grainhas nem pele, desfeito à mão. Acrescenta-se alguma água para cozinhar bem e quando estiver em massa deita-se miolo de pão de fabrico com isco e não com fermento industrial, de três dias, acabado de ralar. Coze durante o tempo necessário, deve ficar com a consistência de migas muito molhadas. Antes de servir juntam-se ovos muito bem batidos e vai ao lume mais dez minutos. É o que melhor conheço para acompanhar presunto. Mas vai igualmente bem com entrecosto de porco grelhado ou com costeletas de borrego panadas. “Carpe diem” dizia Horácio. Aproveite o momento, até na cozinha. António Almodôvar

Aníbal Coutinho


Realizam-se em Moura, de 8 a 11 de setembro, a XXXI Feira do Artesanato e a II Mostra de Aromas e Sabores, integradas na tradicional Feira de setembro. 112 stands vão acolher expositores provenientes de várias regiões do País. A Câmara Municipal de Moura irá disponibilizar um espaço

gratuito para os artesãos locais e, entre os artesãos de outros concelhos, aqueles que trabalhem ao vivo terão também um stand gratuito. De acordo com a Câmara Municipal de Moura, “esta é uma medida que a autarquia tem vindo a implementar e o objetivo é incentivar a participação”.

Cogumelos As joias dos bosques

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ogumelo é o nome comum dado às frutificações de alguns fungos. A frutificação é a estrutura de reprodução sexuada destes organismos, tendo uma ampla variedade de formas e cores. Durante muito tempo, os fungos foram considerados como vegetais e, somente a partir de 1969, passaram a ser classificados em um reino à parte. Os nossos bosques e montes são povoados por mais de um milhar de espécies de cogumelos diferentes com lâminas sob um chapéu, um chapéu redondo e inicialmente fechado que, ao ser empurrado por um pé de rapidíssimo crescimento, se abre despregando as lâminas como raios de uma roda em cuja superfície se formam milhões de esporos. Sabe-se que os seus carpóforos, ou seja, os seus aparelhos reprodutores, aquilo a que chamamos “cogumelos”, não são senão a parte visível de que estes necessitam para a sua reprodução. Estes fungos são constituídos por uma teia, a que se chama micélio, incolor ou esbranquiçada, que na generalidade sai à superfície do solo de modo impercetível à vista. Os cogumelos não têm clorofila, não podendo portanto fabricar substâncias orgânicas com a ajuda da luz solar. A sua existência depende assim da decomposição de matéria vegetal morta que desse modo regressa ao ciclo normal da natureza. Todas as espécies arbóreas autóctones da península vivem associadas a determinados cogumelos, muitas

vezes em inúmeras quantidades e das mais diversas espécies. Na natureza, estas simbioses ocorrem pouco depois do germinar das sementes pelo que há cogumelos que crescem principalmente sob as árvores jovens das matas enquanto outros o fazem sob exemplares silvestres mais velhos. Mas se o leitor deseja somente familiarizar-se com as espécies facilmente identificáveis não necessita de modo algum de se internar no estudo destas complexas, ainda que fascinantes, correlações da natureza. Na prática, o que a maioria das pessoas pretende é conhecer as espécies que podem ser consumidas pelo ser humano e diferenciá-las das que são venenosas ou simplesmente tóxicas. Essa aprendizagem é uma tarefa difícil porque do mais pequeno engano pode resultar a morte ou lesões físicas permanentes e irreversíveis sem qualquer hipótese de tratamento ou curativo. Há uma regra de ouro: na dúvida, na mais pequena dúvida, por ténue que seja, não consuma. Futuramente falaremos então das suas qualidades enquanto produtos gastronómicos e dos seus imensos perigos, se consumidas sem que todo o cuidado e rigor de identificação, em termos práticos e teóricos, tenham sido tomados. (Informação parcialmente colhida in Cogumelos – Edmund Garnweidner – Everest Editora) António Almodôvar Regra de ouro Na mais pequena dúvida, não consuma

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Artesanato, aromas e sabores em Moura


Nº 1532 (II Série) | 2 setembro 2011

FUNDADO A 1/6/1932 POR CARLOS DAS DORES MARQUES E MANUEL ANTÓNIO ENGANA PROPRIEDADE DA AMBAAL – ASSOCIAÇÃO DE MUNICÍPIOS DO BAIXO ALENTEJO E ALENTEJO LITORAL Presidente do Conselho Directivo Jorge Pulido Valente | PRACETA RAINHA D. LEONOR, 1, 7800-431 BEJA | Publicidade e assinaturas TEL 284 310 164 FAX 284 240 881 comercial@diariodoalentejo.pt Direcção e redacção TEL 284 310 165 FAX 284 240 881 jornal@diariodoalentejo.pt | Assinaturas País € 28,62 (anual) € 19,08 (semestral) Estrangeiro € 30,32 (anual) € 20,21 (semestral) Director Paulo Barriga (CP2092) | Redacção Bruna Soares (CP 8083), Carla Ferreira (CP4010), Nélia Pedrosa (CP3586), Ângela Costa (estagiária) Fotografia José Ferrolho, José Serrano | Cartoons e Ilustração Carlos Rico, Luca, Paulo Monteiro, Susa Monteiro | Colaboradores da Redacção Alberto Franco, Aníbal Fernandes, Carlos Júlio, Firmino Paixão, Marco Monteiro Cândido | Provedor do Leitor João Mário Caldeira | Colunistas Aníbal Coutinho, António Almodôvar, António Branco, António Nobre, Carlos Lopes Pereira, Constantino Piçarra, Francisco Pratas, Geada de Sousa, José Saúde, Luiz Beira, Rute Reimão | Opinião Ana Paula Figueira, Arlindo Morais, Bruno Ferreira, Carlos Félix Moedas, Cristina Taquelim, Daniel Mantinhas, Filipe Pombeiro, Francisco Marques, Francisco Martins Ramos, Graça Janeiro, João Machado, João Madeira, José Manuel Basso, Luís Afonso, Luís Covas Lima, Luís Pedro Nunes, Manuel António do Rosário, Marcos Aguiar, Maria Graça Carvalho, Nuno Figueiredo Publicidade e assinaturas Ana Neves | Paginação Antónia Bernardo, Aurora Correia, Cláudia Serafim | DTP/Informática Miguel Medalha Projecto Gráfico Alémtudo, Design e Comunicação (alemtudo@sapo.pt) Depósito Legal Nº 29 738/89 | Nº de Registo do título 100 585 | ISSN 1646-9232 Nº de Pessoa Colectiva 501 144 587 Tiragem semanal 6000 Exemplares Impressão Grafedisport, SA – Queluz de Baixo | Distribuição VASP

RIbanho

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POR LUCA

Hoje, sexta-feira, 2, podem cair alguns aguaceiros em toda a região. A temperatura vai oscilar entre os 15 e os 23 graus centígrados. Amanhã, sábado, o céu deverá estar pouco nublado e no domingo o sol deverá brilhar.

Paula Castanho, natural de Aljustrel, está na SIC há 19 anos

“Desde miúda que queria muito fazer televisão”

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aula Castanho, jornalista, é natural de Aljustrel. Saiu do Alentejo com 12 anos, mas continua a manter as ligações à terra e, sempre que pode, regressa. Está ao serviço da SIC há 19 anos e, para além do trabalho de repórter, apresenta o programa “SIC Esperança”. A experiência, essa, segundo a jornalista, “está a ser muito boa”. “Gostava de um dia ser pivot de um dos noticiários”, confessa.

a tudo; no entanto, faço muitos trabalhos ligados à área política e as campanhas eleitorais também me deram muita satisfação e motivação. Falta-lhe concretizar algum sonho nesta área?

Tenho a experiência de apresentar o programa “SIC Esperança”, mas gostava de ser pivot de um dos noticiários. Está, como disse, ligada ao projeto “SIC Esperança”. Como tem sido esta experiência?

Como começou a sua carreira de jornalismo?

Costumo dizer que começou na escola. Quando estava no 12.º ano, no Funchal, Madeira, estive uma temporada no “Diário de Notícias”. Mas desde miúda que me interessava por este mundo e que queria muito fazer televisão. Acabei por entrar na Universidade Nova de Lisboa e seguir esta área. Seguiu-se um estágio na RTP, mas acabei por não ficar. Fui ainda colaboradora da Máxima e trabalhei em duas agências de publicidade, o que foi muito positivo, uma vez que comecei a perceber melhor o mundo empresarial. Antes do dia 6 de outubro de 1992, dia da primeira transmissão da SIC, já estava em formação nesta estação de televisão. Já lá vão 19 anos ao serviço da SIC. Houve algum momento especial que a marcou ao longo destes 19 anos?

Há sempre, mas recordo-me particularmente de um acontecimento que comemora agora um ano. Refiro-me à morte de alguns portugueses em Marrocos. Acompanhei todo o processo e fui das primeiras pessoas a chegar ao local. Na altura, viajei com o secretário de Estado e estive envolvida em todo o processo. Assisti à identificação dos corpos e emprestei, inclusive, muitas vezes o meu telemóvel para que algumas das vítimas pudessem falar com os seus familiares. Foi algo que me marcou muito, uma vez que havia muita falta de informação e julgo que fizemos um bom trabalho. Na SIC fazemos um pouco de tudo e vamos

Paula Castanho, 44 anos, natural de Aljustrel

Jornalista, está ao serviço da SIC há 19 anos. Saiu do Alentejo com 12 anos e acompanhada pelos pais rumou até ao Funchal, Madeira. Sempre sonhou poder trabalhar em televisão e alcançou o seu desejo. Faz um pouco de tudo, embora seja muitas vezes chamada para fazer trabalhos na área política. Atualmente apresenta também o programa “SIC Esperança”.

Muito boa. Apresento o programa “SIC Esperança”. Na verdade, sempre me interessei muito pelas questões sociais. Já tinha essa experiência de alguns trabalhos noticiosos que tinha feito nesta área. O programa está a correr muito bem. Na Sic Esperança - IPSS é feita uma triagem dos projetos que podem ajudar as instituições e, consoante vão chegando verbas, vamos ajudando. O programa serve, em parte, para acompanhar e dar visibilidade aos projetos que são apoiados pela “SIC Esperança”, por forma a termos a garantia de que a verba está a ser bem aplicada. É um trabalho onde vemos obra feita e onde podemos fiscalizar as próprias obras que apoiamos. É, assim, um trabalho solidário, o que é muito gratificante. Simultaneamente o programa destaca temas da atualidade ligados a questões sociais. Mantém ligações ao Alentejo, nomeadamente a Aljustrel?

Sim, mantenho o contato. Saí do Alentejo com 12 anos e fui viver para o Funchal. Regresso ao Alentejo sempre que posso. Tenho aí família e é a minha terra. Sempre que me solicitam tenho gosto em colaborar e participar. Ajudo sempre que me pedem e tenho muito gosto nisso. Como vivi muitos anos no Funchal, quando me perguntam costumo dizer que sou alentejana e madeirense. Entrevista de Bruna Soares

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Manuel da Fonseca lembrado na Feira do Monte Começa, hoje, sexta-feira, em Santiago do Cacém, a Feira do Monte. Para além da tradicional animação ao ar livre, a feira recupera o seu cariz original, apostando fortemente na promoção do artesanato da região. No ano em que se comemora o centenário do nascimento do escritor santiaguense Manuel da Fonseca, a câmara municipal apresenta uma exposição sobre a vida e obra do autor. A mostra estará patente na Feira do Monte, que termina no domingo.

Plantas aromáticas e medicinais em Moura A ADCMoura e a Câmara Municipal de Moura organizam, no dia 10, a partir das 10 horas, durante a XXXI Feira de Artesanato/II Mostra de Aromas e Sabores, o Encontro de Produtores e outros Profissionais da fileira das Plantas Aromáticas e Medicinais. O objetivo é contribuir para o interconhecimento dos atores da fileira, para a partilha de informação e projetos e para e a consolidação de dinâmicas colaborativas que favoreçam o desenvolvimento sustentado do setor no País.

S. Martinho das Amoreiras em festa até domingo A aldeia de S. Martinho das Amoreiras, no concelho de Odemira, está em festa até domingo. Cerimónias religiosas, espetáculos com artistas populares, música tradicional e bailes compõem o cartaz. Hoje, sexta-feira, as festas terão início pelas 16 horas, com uma sessão solene onde será abordada a temática dos 500 anos da reorganização do território da freguesia e da Igreja Matriz, pelas 19 horas terá lugar a procissão pelas ruas da aldeia e celebrações religiosas na Igreja Matriz. Para a noite está agendado um espetáculo com o grupo de música popular “Cantigas na Eira” e baile com José e Vítor Guerreiro. Sábado, pelas 14 horas, sobem ao placo o Grupo Musical Amoreirense, o Grupo de Dança Vis à Vis e o Grupo Etnográfico de Danças e Cantares Planície Alentejana. Para as 17 e 30 horas está agendada uma Tourada Alentejana. Para as 23 e 30 horas está reservada a atuação do Grupo Música Popular Nova Aurora, seguida de espetáculo com a artista Tucha. O baile vai continuar pela noite dentro com Rita Melo. Para o último dia, domingo, está agendada uma Tarde Cultural, com a actução de acordeonistas da região e encontro de poetas populares. Em palco estarão também o Grupo Vozes Femininas de AmoreirasGare, Violas Campaniças de Corte Malhão, Rancho Folclórico Santa Catarina de Fonte do Bispo e o Grupo Coral e Instrumental Novos Ventos da Casa do Povo de Ferreira do Alentejo.


Odemira promove Semana Gastronómica do Molusco

Sexta-feira, 2 SETEMBRO 2011 Nº 1532 (II Série)

Odemira vai promover a Semana Gastronómica do Molusco, entre os dias 5 e 11, que irá decorrer em dez restaurantes do concelho. Com esta iniciativa, a autarquia pretende incentivar a utilização gastronómica dos moluscos capturados na região, produtos com enormes potencialidades. Com a realização de semanas gastronómicas temáticas, o município visa promover e valorizar os recursos endógenos do concelho.

Cadernodois Segunda edição do festival internacional

Beja acolhe, entre os dias 8 e 9 de outubro, o 2 .º Festival Internacional “Alentejo das Gastronomias Mediterr ânicas”. Par a a Turismo do Alentejo, organizadora do festival, “é um evento estratégico para o desenvolvimento turístico do Alentejo”.

ANTÓNIO ALMODÔVAR

“Alentejo das Gastronomias Mediterrânicas” em Beja em outubro

U

ma conferência internacional que irá abordar o reconhecimento da dieta mediterrânica como Património Imaterial da Humanidade marca o segundo festival internacional “Alentejo das Gastronomias Mediterrânicas”, que vai decorrer de 3 a 9 de outubro, em Beja. Trata-se de “um grande evento, de projeção internacional, ligado ao produto ‘gastronomia e vinhos’, que é estratégico para o desenvolvimento turístico do Alentejo”, disse hoje à Lusa António Ceia da Silva, o presidente da Turismo do Alentejo, a organizadora do festival. “É um espaço de ref lexão, de aprendizagem e de divulgação e promoção da gastronomia e dos produtos tradicionais” do Alentejo, “uma região de excelência em termos gastronómicos” e que o festival quer “associar à dieta mediterrânica”, explicou. No primeiro dia do festival vai decorrer uma conferência internacional, que irá juntar especialistas nacionais e estrangeiros para debaterem, entre outros temas, o reconhecimento da dieta mediterrânica como Património Imaterial da Humanidade. Segundo Ceia da Silva, na conferência vai ser debatida a intenção de Portugal integrar o grupo de quatro países que apresentou PUB

à Unesco a candidatura da dieta mediterrânica a Património Imaterial da Humanidade. A candidatura, apresentada por Espanha, Grécia, Itália e Marrocos, foi aprovada e em novembro de 2010 a dieta mediterrânica foi declarada Património Imaterial da Humanidade pela Unesco. Na conferência vão também

ser apresentados casos de sucesso internacionais na área do enoturismo, nomeadamente de projetos das regiões de vinhos de Mendonza (Argentina), da Cidade do Cabo (África do Sul) e de La Rioja (Espanha). “O Alentejo tem excelentes condições para enoturismo e queremos incentivar os operadores privados a trabalhar este

produto”, disse Ceia da Silva, referindo que os casos de sucesso que serão apresentados “poderão ser transpostos” para a região. O festival inclui também o workshop “Dieta Mediterrânica – Pat r i món io Mu nd ia l e Gastronomia do Alentejo”, dia 4, para profissionais da área de hotelaria e turismo, e almoços e jantares com chefes conceituados

nas principais unidades hoteleiras de Beja. A “Festa das Gastronomias Mediterrânicas”, de 7 a 9, com aulas de culinária, cozinha de degustação e ações de show-cooking, é outras das ofertas do festival, que inclui ainda a semana gastronómica das comidas de pão em vários restaurantes do Alentejo.


2 / cadernodois / Diário do Alentejo /2 de setembro de 2011

saúde Análises Clínicas

Medicina dentária ▼ Dr.ª Heloisa Alves Proença Médica Dentista Directora Clínica da novaclinica

Laboratório de Análises Clínicas de Beja, Lda. Dr. Fernando H. Fernandes Dr. Armindo Miguel R. Gonçalves Horários das 8 às 18 horas; Acordo com beneficiários da Previdência/ARS; ADSE; SAMS; CGD; MIN. JUSTIÇA; GNR; ADM; PSP; Multicare; Advance Care; Médis FAZEM-SE DOMICÍLIOS Rua de Mértola, 86, 1º Rua Sousa Porto, 35-B Telefs. 284324157/ 284325175 Fax 284326470 7800 BEJA

Cardiologia

RUI MIGUEL CONDUTO Cardiologista - Assistente de Cardiologia do Hospital SAMS CONSULTAS 5ªs feiras CARDIOLUXOR Clínica Cardiológica Av. República, 101, 2ºA-C-D Edifício Luxor, 1050-190 Lisboa Tel. 217993338 www.cardioluxor.com Sábados R. Heróis de Dadrá, nº 5 Telef. 284/327175 – BEJA MARCAÇÕES das 17 às 19.30 horas pelo tel. 284322973 ou tm. 914874486

MARIA JOSÉ BENTO SOUSA e LUÍS MOURA DUARTE

Cardiologistas Especialistas pela Ordem dos Médicos e pelo Hospital de Santa Marta Assistentes de Cardiologia no Hospital de Beja Consultas em Beja Policlínica de S. Paulo Rua Cidade de S. Paulo, 29 Marcações: telef. 284328023 - BEJA

Exclusividade em Ortodontia (Aparelhos) Master em Dental Science (Áustria) Investigadora Cientifica - Kanagawa Dental School – Japão Investigadora no Centro de Medicina Forense (Portugal) Rua Manuel Antó António de Brito n.º n.º 6 – 1.º 1.º frente. 78007800-522 Beja tel. 284 328 100 / fax. 284 328 106

FAUSTO BARATA

ALI IBRAHIM Ginecologia Obstetrícia Assistente Hospitalar

Consultas segundas, quartas, quintas e sextas Marcações pelo tel. 284323028 Rua António Sardinha, 25r/c dtº Beja

CLÍNICA MÉDICA ISABEL REINA, LDA.

Obstetrícia, Ginecologia, Ecografia

Técnica de Prótese Dentária Vários Acordos

(Diplomada pela Escola Superior de Medicina Dentária de Lisboa)

FRANCISCO BARROCAS

Psicologia Clínica Psicoterapeuta e Terapeuta Familiar

Membro Efectivo da Sociedade Portuguesa de Terapia Familiar e da Associação Portuguesa de Terapias Comportamental e Cognitiva – Lisboa

Cirurgia Vascular

HELENA MANSO CIRURGIA VASCULAR TRATAMENTO DE VARIZES Convenções com PT-ACS

Oftalmologia

JOÃO HROTKO Médico oftalmologista Especialista pela Ordem dos Médicos Chefe de Serviço de Oftalmologia do Hospital de Beja

Obesidade

DR. A. FIGUEIREDO LUZ Médico Especialista pela Ordem dos Médicos e Ministério de Saúde

Generalista CONSULTAS DE OBESIDADE

Consultas de 2ª a 6ª

CONSULTÓRIOS: Beja Praça António Raposo Tavares, 12, 7800-426 BEJA Tel. 284 313 270 Évora CDI – Praça Dr. Rosado da Fonseca, 8, Urb. Horta dos Telhais, 7000 Évora Tel. 266749740

Acordos com: ACS, CTT, EDP, CGD, SAMS. Marcações pelo telef. 284325059

Rua Capitão João Francisco de Sousa, 56-A – Sala 8 Marcações pelo tm. 919788155

Rua do Canal, nº 4 7800 BEJA

Dermatologia Fisioterapia

DRA. TERESA ESTANISLAU CORREIA Marcação de consultas de dermatologia:

Neurologia Rua General Morais Sarmento. nº 18, r/chão Telef. 284326841 7800-064 BEJA

HORÁRIO: Das 11 às 12.30 horas

Consultas de Neurologia

e das 14 às 18 horas pelo tel. 218481447 (Lisboa) ou

DRª CAROLINA ARAÚJO

Em Beja no dia das consultas às quartas-feiras

Neurologista do Hospital dos Capuchos, Lisboa

CLÍNICA MÉDICA DENTÁRIA JOSÉ BELARMINO, LDA. Rua Bernardo Santareno, nº 10 Telef. 284326965 BEJA

Pelo tel. 284329134, depois das 14.30 horas na Rua Manuel António de Brito, nº 4 – 1º frente 7800-544 Beja

Consultório Centro Médico de Beja Largo D. Nuno Álvares Pereira, 13 – BEJA Tel. 284312230

DR. JOSÉ BELARMINO Clínica Geral e Medicina Familiar (Fac. C.M. Lisboa) Implantologia Oral e Prótese sobre Implantes (Universidade de San Pablo-Céu, Madrid)

Fisioterapia

CONSULTAS EM BEJA 2ª, 4ª e 5ª feira das 14 às 20 horas EM BERINGEL Telef 284998261 6ª e sábado das 14 às 20 horas

Centro de Fisioterapia S. João Batista

(Edifício do Instituto do Coração, Frente ao Continente)

Medicina dentária ▼

LUÍSA GALVÃO PSICOLOGIA CLÍNICA Consultas Crianças, Adultos e Avaliação Psicológica

CONSULTAS às sextas-feiras das 9 às 20 horas Tel. 284326965 Tlm. 967630950

DR. JAIME LENCASTRE Estomatologista (OM) Ortodontia

JORGE ARAÚJO Assistente graduado de ginecologia e obstetrícia ULSB/Hospital José Joaquim Fernandes Consultas e ecografia 2ªs, 4ªs, 5ªs e 6ªs feiras, a partir das 14 e 30 horas Marcações pelo tel. 284311790 Rua do Canal, nº 4 - 1º trás 7800-483 BEJA

Estomatologia Cirurgia Maxilo-facial ▼

DR. MAURO FREITAS VALE MÉDICO DENTISTA

Prótese/Ortodontia CONSULTAS 2ªs, 3ªs e 5ªs feiras Rua Zeca Afonso, nº 16 F Tel. 284325833

Beja: CLINIPAX, Rua Zeca Afonso, nº 6 - 1º-B, 7800-522 Beja Tel./Fax 284322503 TM. 917716528 Albufeira: OFICINA DOS MIMOS – CENTRO DE DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA E DA FAMÍLIA DO SUL, Quinta da Correeira, Lote 49, 8200-112 Albufeira Tel. 289541802 Tm. 969420725

FERNANDA FAUSTINO

Ginecologia/Obstetrícia

Assistente graduado de Ginecologia e Obstetrícia

Psicologia

Marcações pelo telefone 284321693 ou no local Rua António Sardinha, 3 1º G 7800 BEJA

Fisiatria – Dr. Carlos Machado Psicologia Educacional – Elsa Silvestre Psicologia Clínica – M. Carmo Gonçalves Tratamentos de Fisioterapia – Classes de Mobilidade – Classes para Incontinência Urinária – Reeducação dos Músculos do Pavimento Pélvico – Reabilitação Pós Mastectomia Acordos com A.D.S.E., ACSPT, CGD, Medis, Advance Care, Multicare, Seguros Minis. da Justiça, A.D.M.F.A., S.A.M.S. Marcações pelo 284322446; Fax 284326341 R. 25 de Abril, 11 cave esq. – 7800 BEJA

Otorrinolaringologia ▼

DR. J. S. GALHOZ Ouvidos,Nariz, Garganta Exames da audição Consultas a partir das 14 horas Praça Diogo Fernandes, 23 - 1º F (Jardim do Bacalhau) Telef. 284322527 BEJA

Pneumologia

DOENÇAS PULMONARES ALERGOLOGIA Sidónio de Souza Ex-Chefe Serviço Hospital Pulido Valente Consultas às 5ªs feiras Marcações: tel. 284 32 25 03 CLINIPAX Rua Zeca Afonso, nº 6 1º B - BEJA

HELIODORO SANGUESSUGA DOENÇAS DO SISTEMA

Clínica Geral

Luís Payne Pereira Médico Dentista Consultas em Beja

GASPAR CANO

Clínica do Jardim

MÉDICO ESPECIALISTA EM CLÍNICA GERAL/ MEDICINA FAMILIAR

NERVOSO CONSULTAS às 3ªs e 4ªs feiras, a partir das 15 horas MARCAÇÕES pelos telfs.284322387/919911232 Rua Tenente Valadim, 44 7800-073 BEJA

Praça Diogo Fernandes, nº11 – 2º Tel. 284329975

Clínica Dentária

Marcações a partir das 14 horas Tel. 284322503 Clinipax

Psiquiatria

Orlando Fialho

Médico Psiquiatra Psicanalista da Sociedade Portuguesa de Psicanálise Membro da International Psychoanalytical Association SUPERVISÃO DE GRUPO EM PSICOTERAPIA OUTUBRO 2011

Rua Zeca Afonso,

Doenças do Sangue

VÁRIOS ACORDOS

ANA MONTALVÃO

Consultas :de segunda

Assistente Hospitalar

HEMATOLOGIA CLÍNICA

Marcações de 2ª a 6ª feira,

às 19 horas Rua de Mértola, nº 43 – 1º esq.

Psiquiatria

FERNANDO AREAL

Doenças Respiratórias Alergias Respiratórias Apneia do Sono

MÉDICO Consultor de Psiquiatria Consultório Rua Capitão João

das 15 às 19 horas Terreiro dos Valentes, 4-1ºA

Tel. 284 321 304

DR.ª FÁTIMA CAETANO

Consultas às quintas-feiras Praça António Raposo Tavares, 12 – 7800-426 BEJA Tel. 284313270

Hematologia

a sexta-feira, das 9 e 30

7800-523 BEJA Tel. 284325861

7800-475 BEJA ▼

nº 6-1º B – BEJA

Urgências Prótese fixa e removível Estética dentária Cirurgia oral/ Implantologia Aparelhos fixos e removíveis

Tm. 925651190

Informações e Inscrições 91 790 28 36

Pneumologia

Dr. José Loff

Tm. 964522313

Urologia

AURÉLIO SILVA UROLOGISTA

Hospital de Beja Doenças de Rins e Vias Urinárias Consultas às 6ªs feiras na Policlínica de S. Paulo Rua Cidade S. Paulo, 29

Francisco Sousa 56-A

Marcações

1º esqº 7800-451 BEJA

pelo telef. 284328023

Tel. 284320749

BEJA


3 / cadernodois / Diário do Alentejo /2 de setembro de 2011

saúde PSICOLOGIA ANA CARACÓIS SANTOS – Educação emocional; – Psicoterapia de apoio; – Problemas comportamentais; – Dificuldades de integração escolar; – Orientação vocacional; – Métodos e hábitos de estudo Dr. Sidónio de Souza – Pneumologia/Alergologia/

GIP – Gabinete de Intervenção Psicológica Rua Almirante Cândido Reis, 13, 7800-445 BEJA Tel. 284321592

Desabituação tabágica – H. Pulido Valente Dr. Fernando Pimentel – Reumatologia – Medicina Desportiva – Instituto Português de Reumatologia de Lisboa Dr.ª Verónica Túbal – Nutricionismo – H. de Beja Dr.ª Sandra Martins – Terapia da Fala – H. de Beja Dr. Francisco Barrocas – Psicologia Clínica/Terapia Familiar – Membro Efectivo da Soc. Port. Terapia Familiar e da Assoc. Port. Terapias Comportamental e Cognitiva (Lisboa) – Assistente Principal – Centro Hospitalar do

_______________________________________

Baixo Alentejo. Dr. Rogério Guerreiro – Naturopatia

Manuel Matias – Isabel Lima – Ana Frederico Hugo Pisco Pacheco – Miguel Oliveira e Castro

Dr. Gaspar Cano – Clínica Geral/ Medicina Familiar Dr.ª

Nídia

Amorim

– Psicomotricidade/Educação

Especial e Reabilitação (dificuldades específicas de

Ecografia | Eco-Doppler Cor | Radiologia Digital Mamografia Digital | TAC | Uro-TC | Dental Scan Densitometria Óssea

aprendizagem/dislexias) Dr. Sérgio Barroso – Oncologia – H. de Beja Drª Margarida Loureiro – Endocrinologia/Diabetes/ Obesidade – Instituto Português de Oncologia de Lisboa

Acordos: ADSE; PT-ACS; CGD; Medis, Multicare; SAMS; SAMS-quadros; Allianz; WDA; Humana; Mondial Assistance.

Dr. Francisco Fino Correia – Urologia – Rins e Vias Urinárias – H. Beja Dr. Daniel Barrocas – Médico Interno de Psiquiatria – Hospital de Santa Maria

Graça Santos Janeiro: Ecografia Obstétrica

Dr. Carlos Monteverde – Chefe de Serviço de Medicina Interna, doenças de estômago, fígado, rins, endoscopia

Marcações:

digestiva.

Telefone: 284 313 330; Fax: 284 313 339; Web: www.crb.pt

Dr.ª Ana Cristina Duarte – Pneumologia/Alergologia Respiratória/Apneia do Sono – Assistente Hospitalar Graduada – Consultora de Pneumologia no Hospital de

Rua Afonso de Albuquerque, 7 r/c – 7800-442 Beja E-Mail: cradiologiabeja@mail.telepac.pt

CENTRO DE IMAGIOLOGIA DO BAIXO ALENTEJO

Drª Luísa Raimundo

terapia da fala

de Infância e Adolescência/Terapeuta familiar – Centro

psiquiatria e saúde mental Dr. Daniel Barrocas

Dr.ª Paula Rodrigues – Psicologia Clínica – Hospital de

Įsioterapia | reabilitaĕĆo

Beja

(pós-AVC/ pós-cirurgia/ traumatologia/ cinesioterapia/ coluna) Dr. Fábio Apolinário

ginecologia | obstetrícia | colposcopia

Dr.ª Ana Montalvão – Hematologia Clínica /Doenças do

Drª Ana Ladeira

Sangue – Assistente Hospitalar – Hospital de Beja

psicologia clínica

Dr.ª Ana Cristina Charraz – Psicologia Clínica – Hospital de Beja

Diversos Acordos

Drª Maria João Póvoas

psicologia educacional Drª Silvia Reis

Dr. Diogo Matos – Dermatologia. Médico interno do

podologia Dr. Joaquim Godinho

cirúrgia vascular Drª Helena Manso

Carta de condução; uso e porte de arma e caçador. Dr.ª Joana Freitas – Cavitação, Lipoaspiração não invasiva,indolor e não invasivo, acção imediata, redução

Convenções: ADSE, ACS-PT, SAD-GNR, CGD, MEDIS, SSMJ, SADPSP, SAMS, SAMS QUADROS, ADMS, MULTICARE,

medicina dentária Dr. Jaime Capela (implantologia) Drª Ana Rita Barros (ortodonƟa)

do tecido adiposo e redução da celulite

ADVANCE CARE

Dr.ª Ana Margarida Soares

Terapia da Fala -

Habilitação/Reabilitação da linguagem e fala. Perturbação

Horário: de 2ª a 6ª feira, das 8 às 19 horas e aos sábados, das 8 às 13 horas

da leitura e escrita específica e não específica. Voz/

prótese dentária Téc. Ana Godinho

cirurgia maxilo-facial Dr. Luís Loureiro

Fluência.

Av. Fialho de Almeida, nº 2 7800 BEJA Telef. 284318490

Dr.ª Maria João Dores – Técnica Superior de Educação Especial e Reabilitação/Psicomotricidade. Perturbações

Urologia

Drª Vera Baião

Hospitalar do Baixo Alentejo

Dr. José Janeiro – Medicina Geral e Familiar – Atestados:

Montes Palma – Maria João Hrotko – Médicos Radiologistas –

endocrinologia | diabetes | obesidade

Dr.ª Isabel Martins – Chefe de Serviço de Psiquiatria

Hospital Garcia da Orta.

António Lopes – Aurora Alves – Helena Martelo –

Dr. Luís Capela

Beja

Dr.ª Luísa Guerreiro – Ginecologia/Obstetrícia ECOGRAFIA – Geral, Endocavitária, Osteoarticular, Ecodoppler TAC – Corpo, Neuroradiologia, Osteoarticular, Dentalscan Mamografia e Ecografia Mamária Ortopantomografia Electrocardiograma com relatório

medicina geral e familiar

do Desenvolvimento; Educação Especial; Reabilitação; Gerontomotricidade.

FRANCISCO FINO CORREIA MÉDICO UROLOGISTA

Enfermeira

Maria

José

Espanhol – Enfermeira

especialista em saúde materna/Cuidados de enfermagem

Marcações de 2.ª a 6.ª feira a partir das 14 horas Rua Capitão João Francisco de Sousa, n.º 20 7800-451 BEJA Tel. 284324690

Drª Ana SoĮa Branco

psicomotricidade | apoio pedagógico Drª Helena Louro Rua António Sardinha nº 23, 7800-447 Beja Telefone: 284 321 517|Tlm: 96 134 11 05 e-mail: clinibeja@gmail.com

na clínica e ao domicílio/Preparação pré e pós parto/ amamentação e cuidados ao recém-nascido/Imagem

RINS E VIAS URINÁRIAS

pediatria do desenvolvimento

corporal da mãe – H. de Beja

Marcações diárias pelos tels. 284 322 503 Fax 284 322 503

Tm. 91 7716528

Rua Zeca Afonso, nº 6, 1º B, 7800-522 Beja clinipax@netvisao.pt

Clínica Médico-Dentária de S. FRANCISCO, LDA. Gerência de Fernanda Faustino

Acordos: SAMS, ADMG, PSP, A.D.M.E., Portugal Telecom e Advancecare Rua General Morais Sarmento, nº 18, r/chão; TEL. 284327260 7800-064 BEJA


4 / cadernodois / Diário do Alentejo /2 de setembro de 2011

institucional/diversos Diário do Alentejo nº 1532 de 2/09/2011 Única Publicação

MUNICÍPIO DE BARRANCOS CÂMARA MUNICIPAL EDITAL N.º 26/2011 (PUBLICITAÇÃO DAS TRANSFERÊNCIAS CONCEDIDAS PELA CÂMARA MUNICIPAL DE BARRANCOS NO 1.º SEMESTRE/2011) ANTÓNIO PICA TERENO, Presidente da Câmara Municipal de Barrancos, torna público, nos termos e para cumprimento do disposto na Lei n.º 26/94, de 19 de Agosto, os benefícios concedidos no 1.º semestre de 2011. Listagem das transferências concedidas

Câmara Municipal de Barrancos, aos 22 de Agosto de 2011 O Presidente da Câmara Dr. António Pica Tereno CERTIDÃO Eu, António Nunes Carvalho, Assistente Operacional, certifico que, nesta data afixei nos lugares de costume, diferentes exemplares do Edital n.º 26/2011. Por ser verdade e para os devidos efeitos, passo o presente que assino. Barrancos, 22 de Agosto de 2011 O Assistente Operacional António Nunes Carvalho Diário do Alentejo nº 1532 de 2/09/2011 Única Publicação

Diário do Alentejo nº 1532 de 2/09/2011 2ª Publicação

MINISTÉRIO DAS FINANÇAS DIRECÇÃO-GERAL DOS IMPOSTOS SERVIÇO DE FINANÇAS DE FERREIRA DO ALENTEJO-0272

ANÚNCIO VENDA E CONVOCAÇÃO DE CREDORES N.º da Venda: 0272.2011.37 - Serv. Finanças FERREIRA DO ALENTEJO - [0272] Freguesia de Figueira Dos Cavaleiros , Prédio Rústico, denominado Marmelo, inscrito na matriz sob o artigo 39, Secção GG1, sito em Marmelo. Ècomposto por prédio com 22,7000Ha, com cultura arvense de sequeiro, azinheiras dispersas e vários parques para produção de porco em regime semi-intensivo. Está descito na CRP deste concelho como ficha 535 da mesma freguesia. Fernando Manuel Ferreira Lopes, Chefe de Finanças do Serviço de Finanças FERREIRA DO ALENTEJO-0272, sito em PRAÇA COMENDADOR INFANTE PASSANHA 16, FERREIRA DO ALENTEJO, faz saber que irá proceder à venda por meio de leilão electrónico, nos termos dos artigos 248.º e seguintes do Código de Procedimento e de Processo Tributário (CPPT), e da portaria n.º 219/2011 de 1 de Junho, do bem acima melhor identificado, penhorado ao executado infra indicado, para pagamento de divida constante em processo(s) de execução fiscal. É fiel depositário(a) o(a) Sr(a) ANDRE FILIPE DE JESUS SOBRAL, residente em FIGUEIRA DOS CAVALEIROS, o(a) qual deverá mostrar o bem acima identificado a qualquer potencial interessado (249.º/6 CPPT), entre as 09:00 horas do dia 2011-08-25 e as 16:00 horas do dia 2011-11-15 O valor base da venda (250.º CPPT) é de € 156.555,00. As propostas deverão ser apresentadas via Internet, mediante acesso ao “Portal das Finanças”, e autenticação enquanto utilizador registado, em www.portaldasfinancas.gov.pt na opção “Venda de bens penhorados”, ou seguindo consecutivamente as opções “Cidadãos”, “Outros Serviços”, “Venda Electrónica de Bens” e “Leilão Electrónico”. A licitação a apresentar deve ser de valor igual ou superior ao valor base da venda e superior a qualquer das licitações anteriormente apresentadas para essa venda. O prazo para licitação tem início no dia 2011-10-31, pelas 16:00 horas, e termina no dia 2011-11-15 às 16:00. As propostas, uma vez submetidas, não podem ser retiradas, salvo disposição legal em contrário. No dia e hora designados para o termo do leilão, o Chefe do Serviço de Finanças decide sobre a adjudicação do bem (artigo 6.º da portaria n.º 219/2011). A totalidade do preço deverá ser depositada, à ordem do órgão de execução fiscal, no prazo de 15 dias, contados do termo do prazo de entrega das propostas, mediante guia a solicitar junto do órgão de execução fiscal, sob pena das sanções previstas (256.º/1/e) CPPT). No caso de montante superior a 500 unidades de conta, e mediante requerimento fundamentado, entregue no prazo de 5 dias, contados do termo do prazo de entrega de propostas, poderá ser autorizado o depósito, no prazo mencionado no parágrafo anterior, de apenas uma parte do preço, não inferior a um terço, e o restante em até 8 meses (256.º/1/f) CPPT). A venda pode ainda estar sujeita ao pagamento dos impostos que se mostrem devidos, nomeadamente o Imposto Municipal sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis, o Imposto de Selo, o Imposto Sobre o Valor Acrescentado ou outros. Mais, correm anúncios e éditos de 20 dias (239.º/2 e 242.º/1 CPPT), contados da 2.ª publicação (242.º/2), citando os credores desconhecidos e os sucessores dos credores preferentes para reclamarem, no prazo de 15 dias, contados da data da citação, o pagamento dos seus créditos que gozem de garantia real, sobre o bem penhorado acima indicado (240º/CPPT). Teor do Edital: Identificação do Executado: N.º de Processo de Execução Fiscal: 0272201001007203 NIF/NIPC: 219686890 Nome: ANDRE FILIPE DE JESUS SOBRAL Morada: R DO TRAMBULHÃO N 27 - FIGUEIRA DOS CAVALEIROS - FIGUEIRA DOS CAVALEIROS 2011-08-24 O Chefe de Finanças: (Fernando Manuel Ferreira Lopes )

Diário do Alentejo nº 1532 de 2/09/2011 Única Publicação

EDITAL/ANÚNCIO VENDA JUDICIAL TRIBUNAL JUDICIAL DE OLHÃO 3º. Juízo

INSOLVÊNCIA DE CLARISSE VARGAS BRITO

Cooperativa de Ensino do Concelho de Alvito

CONVOCATÓRIA Nos termos do artigo n° 50 dos estatutos da C.E.C.A., convocam-se os Cooperantes da Cooperativa de Ensino do Concelho de Alvito, para uma Assembleia Geral Extraordinária de Cooperantes a realizar no dia 14/09/2011, quarta-feira, pelas 17.30 H, na sede da C.E.C.A., com a seguinte ordem de trabalhos: 1 – Leitura e Aprovação da Acta anterior 2 – Dissolução da Cooperativa de Ensino do Concelho de Alvito 3 – Outros assuntos de interesse para os Cooperantes. Se à hora indicada não estiver presente a maioria dos Cooperantes, a Assembleia Geral funcionará uma hora depois com qualquer número de Cooperantes de acordo com o artigo 34° dos Estatutos da C.E.C.A. e artigo 48°, ponto 2 do Código Cooperativo. Alvito, 29 de Agosto de 2011 O Presidente da Mesa da Assembleia Tiago de Sousa Gião Marques

FLORENTINO MATOS LUIS, administrador de insolvência, com escritório na Avenida Almirante Gago Coutinho, 48-A - 1700-031 LISBOA, faz saber que no dia 16 de Setembro de 2011, pelas 15H00, no Tribunal Judicial de Olhão, sito na Av. Combatentes da Grande Guerra, 8700-440 OLHÃO, se procederá à venda judicial por meio de propostas em carta fechada, do bem abaixo designado, apreendido no âmbito da insolvência de CLARISSE VARGAS BRITO, cujo processo com o nº. 907/10.7TBOLH corre termos pelo 3º. Juízo do mesmo Tribunal. VERBA ÚNICA Prédio urbano, destinando a habitação, sito na Rua da Cerca Nova, n.º 24, freguesia e concelho de Almodôvar, inscrito na respectiva matriz sob o art.º 4628, descrito na Conservatória do Registo Predial de Almodôvar sob o número 2427. Valor base da venda 173.142,85€ Valor mínimo das propostas a apresentar 121.200,00€ Para efeito da apresentação das propostas, os bens podem ser vistos mediante marcação pelos telefones 218406953 ou 917247040. São assim convidados todos os interessados a apresentar a sua proposta em carta fechada na Secretaria do Tribunal Judicial de Olhão, até às 15H00 do dia 16/09/2011, devendo no canto superior esquerdo do envelope constar a identificação do processo e, interiormente, a proposta deverá ser assinada pelo proponente ou s/ legais representantes nela devendo constar, para além do valor proposto, nome, morada, fotocópia do NIF ou do NIPC e do bilhete de identidade. O administrador da insolvência (Florentino Matos Luis)


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Diário do Alentejo nº 1532 de 2/09/2011 1ª Publicação

MINISTÉRIO DAS FINANÇAS

Diário do Alentejo nº 1532 de 2/09/2011 1.ª Publicação

TRIBUNAL JUDICIAL DE MOURA Secção Única

DIRECÇÃO-GERAL DOS IMPOSTOS SERVIÇO DE FINANÇAS DE VIDIGUEIRA-0337

ANÚNCIO VENDA E CONVOCAÇÃO DE CREDORES N.º da Venda: 0337.2011.21 - 1/2 indiviso do prédio urbano sito no Largo de S. Francisco nº 7 em Vidigueira, destinado a habitação divisões 7, com a área total de 132,00 m2, área bruta de construção de 112,00 m2, inscrito na respectiva matriz predial urbana da freguesia e concelho de Vidigueira, distrito de Beja no ano de 1937, sob o artigo nº 228. Teor do Edital: José Maria Pereira Aniceto, Chefe de Finanças do Serviço de Finanças VIDIGUEIRA-0337, sito em LG. JOSE AFONSO, VIDIGUEIRA, faz saber que irá proceder à venda por meio de leilão electrónico, nos termos dos artigos 248º e seguintes do Código de Procedimento e de Processo Tributário (CPPT), e da portaria nº 219/2011 de 1 de Junho, do bem acima melhor identificado, penhorado ao executado infra indicado, para pagamento de divida constante em processo(s) de execução fiscal. É fiel depositário(a) o(a) Sr(a) LEONEL FRANCISCO COELHO TANGANHO, residente em VIDIGUEIRA, o(a) qual deverá mostrar o bem acima identificado a qualquer potencial interessado (249.º/6 CPPT), entre as 10:00 horas do dia 2011-08-24 e as 16:00 horas do dia 2011-11-21 O valor base da venda (250.º CPPT) é de € 9.058,00. As propostas deverão ser apresentadas via Internet, mediante acesso ao “Portal das Finanças”, e autenticação enquanto utilizador registado, em www.portaldasfinancas.gov.pt na opção “Venda de bens penhorados”, ou seguindo consecutivamente as opções “Cidadãos”, “Outros Seviços”, “Venda Electrónica de Bens” e “Leilão Electrónico”. A licitação a apresentar deve ser de valor igual ou superior ao valor base da venda e superior a qualquer das licitações anteriormente apresentadas para essa venda. O prazo para licitação tem início no dia 2011-11-07, pelas 10:00 horas, e termina no dia 2011-11-22 às 10:00. As propostas, uma vez submetidas, não podem ser retiradas, salvo disposição legal em contrário. No dia e hora designados para o termo do leilão, o Chefe do Serviço de Finanças decide sobre a adjudicação do bem (artigo 6.º da portaria n.º 219/2011). A totalidade do preço deverá ser depositada, à ordem do órgão de execução fiscal, no prazo de 15 dias, contados do termo do prazo de entrega das propostas, mediante guia a solicitar junto do órgão de execução fiscal, sob pena das sanções previstas (256.º/1/e) CPPT). No caso de montante superior a 500 unidades de conta, e mediante requerimento fundamentado, entregue no prazo de 5 dias, contados do termo do prazo de entrega de propostas, poderá ser autorizado o depósito, no prazo mencionado no parágrafo anterior, de apenas uma parte do preço, não inferior a um terço, e o restante em até 8 meses (256.º/1/f) CPPT). A venda pode ainda estar sujeita ao pagamento dos impostos que se mostrem devidos, nomeadamente o Imposto Municipal sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis, o Imposto de Selo, o Imposto Sobre o Valor Acrescentado ou outros. Mais, correm anúncios e éditos de 20 dias (239.º/2 e 242.º/1 CPPT), contados da 2.ª publicação (242.º/2), citando os credores desconhecidos e os sucessores dos credores preferentes para reclamarem, no prazo de 15 dias, contados da data da citação, o pagamento dos seus créditos que gozem de garantia real, sobre o bem penhorado acima indicado (240º/CPPT). Identificação do Executado: N.º de Processo de Execução Fiscal: 0337201001004395 NIF/NIPC: 216598796 Nome:LEONEL FRANCISCO COELHO TANGANHO Morada: LG DE S. FRANCISCO N.º 7- VIDIGUEIRA – VIDIGUEIRA

Telefone: 967 139 257 O Chefe de Finanças José Maria Pereira Aniceto

ANÚNCIO PEDRO BRANDÃO Agente de Execução C. P. 3877 Acção Executiva Processo n.° 246/08.3TBMRA Exequente: Banco de Investimento Imobiliário, S.A. Executados: Joaquim Manuel Pinto Figueira e outros. FAZEM-SE SABER que nos autos acima identificados se encontra designado o dia 19 de Setembro de 2011, pelas 09:30 horas, no Tribunal acima identificado, para abertura de propostas que sejam entregues até esse momento na Secretaria do mesmo, pelos interessados na compra do seguinte bem: Prédio Urbano, propriedade total, sito na Segunda Rua da Mouraria, n.° 8, em Moura, em cuja matriz se acha inscrito sob o artigo 111, descrito na Conservatória do Registo Predial de Moura sob a ficha 523/19880105, Moura (S. João Baptista). O bem pertence aos Executados: Joaquim Manuel Pinto Figueira, NIF: 206735090 e Maria Paula Batista Samarro, NIF: 196267897. VALOR BASE: 35.000,00 € Será aceite a proposta de melhor preço acima do valor de 24.500,00€, correspondente a 70% do Valor Base. Nos termos do artigo 897° n.° 1 do CPC, os proponentes devem juntar à sua proposta, como caução, cheque visado à ordem do agente de execução, no montante correspondente a 20% do valor base do bem, ou garantia bancária, no mesmo valor. É Fiel Depositário que o mostrará a pedido os executados Joaquim Manuel Pinto Figueira, NIF: 206735090 e Maria Paula Batista Samarro, residentes na Rua Segunda Rua da Mouraria, n. 8, Moura. O Agente de Execução, Céd Prof. 3877 Pedro Brandão

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6/ cadernodois / Diรกrio do Alentejo /2 de setembro de 2011


7/ cadernodois / Diário do Alentejo /2 de setembro de 2011

necrologia Vale do Poço

Santo Aleixo da Restauração

Serpa

Beja AGRADECIMENTO E MISSA 30º DIA

Santana/Portel PARTICIPAÇÃO E AGRADECIMENTO

Vila Nova de S. Bento

da d Restauração Res R essta aur uraç a ão ã

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É com enor me pesar e solidários na dor da família que par ticipamos o falecimento da Sra. Maria Clarinda dos Ramos de 81 anos, viúva. O f u n e ra l a c a rg o d e s t a Fu n e r á r i a r e a l i z o u se no passado dia 29 de Agosto da Casa M o r t u á r i a d e Va l e d o Poço para o cemitério de Vales Mor tos. A família na impossibil i d a d e d e o fa ze r i n d i v i d u a l m e n te , a g r a d e c e a todas as pessoas que pela sua presença ou de outra forma expressaram o seu pesar.

É com enorme pesar e solidários na dor da família que participamos o falecimento da Sra. Flora Gonçalves Monteiro de 93 anos, viúva. O funeral a cargo desta Funerária realizou-se no passado dia 27 de Agosto da Casa Mortuária de Santo Aleixo da Restauração para o cemitério local. A família na impossibilidade de o fazer individualmente, agradece a todas as pessoas que pela sua presença ou de outra forma expressaram o seu pesar.

Funerária Central de Serpa, Lda.

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É com enorme pesar e solidários na dor da família que participamos o falecimento da Sra. Ermelinda Maria Alves de 88 anos, viúva. O funeral a cargo desta Funerária realizou-se no passado dia 27 de Agosto da Casa Mor tuár ia de Ser pa para o cemitér io local. A família na impossibilidade de o fazer individualmente, agradece a todas as pessoas que pela sua presença ou de outra forma expressaram o seu pesar.

Funerária Central de Serpa, Lda.

João da Silva Leitão Nasceu em 01/09/1946 Faleceu em 15/08/11 A família agradece, reconhecidamente, a todas as pessoas que, de várias formas, manifestaram o seu apoio na doença, o acompanharam na sua morte e/ ou de outra forma exprimiram o seu pesar. Mais informa que será celebrada missa pelo seu 30º dia, em 15/09/2011 na Igreja da Sé, em Beja pelas 18 e 30h.

MISSA

Rua Nova 31 A 7830-364 Serpa Tlm. 919983299 - 963145467

Joaquim José Penas Nasceu 02.03.1924 Faleceu 25.08.2011 Faleceu a Exmo. Sr. Joaquim José Penas, natural de Santana, viúvo. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 26, da Casa Mortuária de Santana para o cemitério local. Sua família, na impossibilidade de o fazer pessoalmente, agradece por este meio a todas as pessoas que a acompanharam à sua última morada ou de outro modo manifestaram o seu pesar. AGÊNCIA FUNERÁRIA ESPÍRITO SANTO, LDA. Rua Das Graciosas, 7 7960-444 Vila de frades/Vidigueira Tm.963044570 – Tel. 284441108

Nossa Senhora das Neves

Faleceu a Exma. Sra. Maria Joaquina Francisca de 86 anos, natural de Vila Nova de S. Bento. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 26 de Agosto da casa mortuária de Vila Nova de S. Bento para o cemitério local. Sua filha Mar ia Antónia Vargas Braga e seu marido António Jacinto Medeiro Braga e seus netos. Na impossibilidade de Agradecer pessoalmente a todas as pessoas que compareceram ao funeral e manifestaram o seu pesar, a família, vem por este meio expressar o seu agradecimento a todos os que estiveram presentes. AGÊNCIA FUNERÁRIA BARRADAS, LDA. Rua do Outeiro nº 21 Vila Nova de S. Bento Telm: 967026828 - 967026517

Beja AGRADECIMENTO E MISSA 30º DIA

Francisco Jorge Teixeira 08/09/2010 1º Ano de Eterna Saudade Seus familiares participam a to d a s a s p e s s o a s d e suas relações e amizade que será celebrada missa pelo eterno descanso do seu ente querido, no dia 08/09/2011, 5ª Feira, às 18.30 horas na Igreja do Salvador, em Beja, agradecendo desde já a todos os que comparecerem no piedoso acto.

MISSA

Manuel António Campaniço Ferro (BILA) 1º Mês de Eterna Saudade Os dias voam Os pensamentos passam Tal como as nuvens Mas tu, ficas Ficas para sempre Dentro de mim Do meu coração Da minha alma Tal como o sol E a lua Que ficam sempre no céu. Descansa em paz amor, eternamente tua. Luísa

Leonilde Júlia Porto Faleceu a 08/08/2011 Seu esposo, filhas e netos agradecem reconhecidamente a todos que de qualquer forma lhe manifestaram a sua solidariedade e a acompanharam á sua última morada. Mais informam que será celebrada missa do seu 30º dia, no dia 08/09/2011, na Igreja da Sé, pelas 18.30 horas.

Serpa PARTICIPAÇÃO E AGRADECIMENTO

Manuel Cesário Rosa Páscoa (Ex – Director das Finanças de Beja) A fa m í l i a ve m p o r e s te meio comunicar que será celebrada missa pelo seu eterno descanso, dia 09/09/2011, sexta-feira, às 18.30 horas na Igreja do Carmo em Beja, e agradecem antecipadamente a todas as pessoas que nela compareçam.

Joaquim Engrola Faleceu em 28/08/2011 Esposa, Irmã, sobrinhos e restante família cumprem o doloroso dever de participar o falecimento do seu ente querido ocorrido no dia 28/08/2011, e na impossibilidade de o fazer individualmente vêm por este meio agradecer a todas as pessoas que o acompanharam à sua última morada ou que de qualquer forma manifestaram o seu pesar. AGÊNCIA FUNERÁRIA SERPENSE, LDA Gerência: António Coelho Tm. 963 085 442 – Tel. 284 549 315 Rua das Cruzes, 14-A – 7830-344 SERPA


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Outras novidades

Filatelia

L’ART DE LAWINNE/1, por Fabcaro, sob edição Lombard. Primeiro tomo da série humorística “Steve Lumour”. Tem bastantes situações cómicas.

Espaço bd

Geada de Sousa

Luiz Beira com apoio técnico da Desipaper/Torre da Marinha

O regresso de Nab

T

odos o queriam de volta, todos ansiavam por tornar a rir com os seus desaires e as suas pseudofilosofias... Ele é o impagável bicharoco verde de antes da pré-história: o Nabuchodinosaure, “Nab” para os amigos. É criação de Herlé e Roger Widenlocher e contava já com doze álbuns de uma loucura deveras hilariante. Daí que seja tão popular e aplaudido pelos leitores francófonos e por uma boa dose de bedéfilos portugueses (que bem sabem ainda o idioma francês, dado que as editoras nacionais estão de olhos vendados ante esta deliciosa série). Assim, após alguns anos de paragem, pela Dargaud Éditeur, aí está o tão esperado décimo terceiro álbum: “Treizozoïques Blues”. A não

O Pão (III) Os selos Ceres O número de variedades que

2º Aniversário do CNM com exposição O Clube

foram produzidas nos 33 anos que estiveram em circulação é absurdo; contam-se por muitas centenas. Vários fatores contribuíram para tal: o denteado, existem três diferentes; a gravura (desgaste e substituição); os papéis, a espessura, a contextura, as cores; destas, estão referenciadas 104 cores (nuances) são muitas as franquias que existem com várias cores. Há duas com cinco cores diferentes, quatro com quatro cores, seis com três cores, 13 com duas cores e somente 23 existem com uma só cor.

Nacional de Maximafilia, com a colaboração da secção de colecionismo da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Vila Real de Santo António, vai levar a efeito nesta cidade algarvia uma mostra filatélica subordinada ao tema “Turismo”, com inauguração prevista para o sábado, dia 9. Para uma maior divulgação do colecionismo filatélico, além da especialidade do clube que é a maximafilia, estarão também presentes coleções de filatelia e marcofilia, todas elas relacionadas com o tema turístico. Além do carimbo comemorativo que será ilustrado com a típica charrete turística do Algarve, o CNM editará dois selos personalizados com este meio de transporte de turistas muito conhecido na zona algarvia e na Costa do Estoril. Também serão editados dois postais máximos, sendo o do Algarve triplo. A inauguração da mostra está prevista para as 14 horas, na sede dos bombeiros, local onde também funcionará um posto de correio para aposição do carimbo comemorativo e aquisição dos selos personalizados.

Aparecimento e evolução da agricultura Há

doze mil anos, após um longo período de glaciação, a subida gradual da temperatura foi fundamental para o homem ir deixando as cavernas e começar a domesticar, a selecionar as espécies selvagens: cevada, trigo, espelta (trigo vermelho), ricos em amido e algumas leguminosas, estas últimas com grande valor proteico. Inicia-se a captura de animais para domesticação, ou reserva alimentar e também o semear de algumas plantas já selecionadas, dando origem a uma verdadeira revolução agrícola que, muito provavelmente, se terá iniciado, com intervalos de tempo não muito longos, em várias comunidades distantes entre si. (continua) Bibliografia GRIMAL, Pierre – Dicionário da Mitologia Grega e Romana – Lisboa, Difel, 2009, 556 pp.. MOTA, J. M. Miranda da – Os papéis dos selos Ceres. Póvoa do Varzim, Convenção Filatélica, 2003, 20pp MOTA, J. M. Miranda da; VIEIRA, Armando Mário O. – Portugal Ceres, Variedades de Cliché. RIBEIRO, Classificação dos selos Ceres – Lisboa, Filamundo, 1982, 38 (,XLII) pp. FIGUEIREDO, Albertino – Ceres, Portugal. Madrid, Fundação Albertino de Figueiredo para a Filatelia, 2003, 87 pp.

Novos selos de macau Os Correios de Macau

põem em circulação no próximo dia 11, uma emissão comemorativa do Cinquentenário do WWF – World Wildlife Fund. A emissão tem quatro selos com as franquias de 1,5; 2,50; 3,50 e 4,5 Patacas. O bloco repete os selos e as franquias da série. Os interessados em selos de Macau podem requisitá-los (sem aumento de preço) em qualquer balcão dos correios ou pedi-los através do endereço informático philately@ macaupost.gov.mo O plano filatélico e outras informações disponíveis podem ser consultados em www.macaupost@gov.mo

perder (e segurem os dentes)! Parabéns à Dargaud, a Herlé e a Widenlocher !

La Croisière de l’Émile Bertin Editora: Lombard. Autores: Denis Lefebvre, Jean-Pierre Pécau e Tibéry. Obra: “La Croisière de l’Émile Bertin”, primeiro tomo da série “L’Or de France”.

Com base na História contemporânea, o relato de um certo tipo de epopeia: em 1940 a França sentia a guerra perdida. Porém, era preciso salvar o seu oiro! As últimas 254 toneladas, altamente vigiadas e protegidas, são embarcadas em Brest, no cruzador “Émile Bertin”. E, para além dos alemães de Hitler, há também uns sinistros vigaristas no seu encalço. Depois, são também os ingleses e ainda os norte-americanos, a querer tal tesoiro. Nesta rapacidade, o “Émile Bertin”, heroicamente, vaise escapando às ignóbeis cobiças, por via de um ziguezagueante cruzeiro... Claro que Portugal também entra

Adèle Blanc-Sec Editora: Asa. Autor: Jacques Tardi. Obra: Considerado pela Asa, como sendo o terceiro tomo da série “Adèle Blanc-Sec”.

É uma das mais interessantes séries pelo francês Jacques Tardi. Localizada nos inícios do século XX, toda a série está ensopada de bizarros enigmas e de aspetos versando o insólito. Longe, uma múmia do antigo Egito, comanda a sua proteção a Adèle Blanc-Sec, que tem diversos inimigos que a querem despachar deste mundo. Neste tomo, as narrativas: “Múmias Loucas” e “O Segredo da Salamandra”.

nesta narrativa. E até a última prancha deste primeiro tomo, é toda localizada em Lisboa. Uma série a merecer toda a nossa atenção.


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