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Luís André é paraplégico, bombeiro pág. 26 e mergulhador
SEXTA-FEIRA, 30 SETEMBRO 2011 | Diretor: Paulo Barriga Ano LXXIX, N.º 1536 (II Série) | Preço: € 0,90
Ambaal, EDAB e ExpoBeja têm morte anunciada
Razia nas instituições de Beja Nesta última semana, quase que por atacado, foi anunciado o fim da Empresa de Desenvolvimento do Aeroporto de Beja, dentro de 60 dias. Foi proposto o encerramento da
Associação de Municípios do Baixo Alentejo e Alentejo Litoral, assim os associados liquidem as suas dívidas para com a instituição. E, apesar do voto contrário da Assembleia Municipal,
a Câmara de Beja garante que será o próprio Governo a dar a machadada final na ExpoBeja, empresa que até aqui geria o Parque de Feiras e Exposições de Beja.
págs. 8 e 11
Quando o Bairro ainda era Alemão... Fotorreportagem de José Ferrolho e crónica de João Espinho
Os dias negros da Rádio Voz da Planície Já foi a grande referência radiofónica popular do Alentejo. E ainda hoje a sua frequência se espalha pelas lonjuras do sul. Mas a quebra das vendas de publicidade e um diferendo aparentemente insanável com a câmara bejense está a silenciar a voz da planície. pág. 7
Hélder Guerreiro entra na corrida pelo PS As eleições para a Federação do Baixo Alentejo do Partido Socialista são apenas daqui a mais de um ano. Mas na grelha de partida já se perfilam dois candidatos: Pedro do Carmo e Hélder Guerreiro, vereador em Odemira. Entrevista ao candidato que não se quer deixar atrasar nas voltas de aquecimento. pág. 6
No final dos anos 1960 Beja tinha o mais refinado bairro residencial do Alentejo. O Bairro Alemão. Ou dos alemães, como os locais lhe chamavam. Uma área habitacional construída de raiz para receber os militares alemães em destacamento da base aérea de Beja. Um sítio com escolas personalizadas, espaços e jardins públicos, torres biónicas com recolha de lixo centralizado. Hotel. Ciclovias. Zonas florestais. Parques desportivos. Gás canalizado e aquecimento central. Foi há mais de 40 anos. Quem diria, ainda hoje. págs. 14/15
Últimos voos entre Beja e Londres em outubro Reportagem exclusiva do “Diário do Alentejo” no único aeroporto do mundo que aparece e desaparece num só dia. Até agora, aos domingos de manhã, chegava um avião proveniente de Londres, que logo tornava a largar para a capital britânica. Mas o vai e vem acaba agora em outubro. E depois se verá o futuro da aerogare bejense. págs. 4/5
Apenas nove alunos disponíveis para ingressar na Agrária Na primeira fase do concurso nacional de acesso, apenas nove das 100 vagas disponibilizadas pela Escola Superior Agrária de Beja ficaram preenchidas. Direção do IPBeja garante que as restantes serão preenchidas por alunos detentores de diplomas de especialização tecnológica. pág. 9
Moio é campeão nacional de Promoção em TT Uma dupla bejense, constituída por Edgar Moio e João Penedo, sagrou-se no passado fim de semana campeão nacional de promoção em automóveis de todo o terreno. A MoioMotorsportTT, nas quatro provas disputadas, subiu três vezes ao pódio, garantindo assim o título nacional. pág. 20
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Editorial Voar
Vice-versa Quando foi da República, aqui no Alentejo, havia muita gente que era eivada de anticristianismo. E esse anticristianismo levado pelos republicanos manteve-se um pouco no espírito do alentejano. D. Manuel Falcão
Paulo Barriga
D. Manuel Falcão confunde anticristianismo com anticlericalismo, que são coisas completamente diferentes. Os republicanos eram anticlericais e a atuação do bispo de Beja, D. Sebastião Leite de Vasconcelos, também político com assento na Câmara dos Pares, reforçou, no Baixo Alentejo, esta vertente republicana de luta por um Estado laico, o que é decisivo e fundamental para a garantia das liberdades, nomeadamente da religiosa”.
O
s alentejanos, os bejenses, disse-o o bispo antigo de Beja, não são lá muito de ir à missa aos domingos. Há a caça, no tempo dela. Há os centros comerciais enxameados com as frescas mulheres dos outros. Há as paredes nas Portas de Mértola mesmo a jeito para encostar o pezinho e deixá-las passar para lá e para cá. Às vezes há futebol e os bares dos estádios têm a mania de estar abertos e da máquina de imperial funcionar bem logo pela manhã. Há os olhos bassos dos peixes no mercado velho a olhar para os cafés que ali são exímios em fazer carochas (beberagem à base de genebra e café). Enfim, há um nunca mais acabar de coisas benéficas que um bom bejense domingueiro pode fazer, com as suas pernas enfiadas no fato de treino e o maço de tabaco enroscado na manga da camisa. Até há, imagine-se, a possibilidade de ir ver as “camones” chegar e abalar de avião ali ao pé de São Brissos. Beja, reconheçamos, é uma cidade divertida e cheia de benignas coisas para fazer. Ao domingo. Esta semana, o “Diário do Alentejo” também domingou no aeroporto e bem os apanhou agarrados às redes, empoleirados, emaranhados. Mas para o mês que vem acaba-se este belo petisco. Interrompem-se as carreias aéreas para Londres. E a aerogare passará a ser um senhor casão. Um casão bem feito, feito em tempo útil e com o dinheiro bem contadinho. E talvez por isso se extinguiu com tanta rapidez a empresa que o construiu e geriu, não fosse ela contaminar com a sua eficiência as demais empresas do Estado e de mais tumores que ceiam à mesa da nossa dívida pública. Beja tem um aeroporto novinho em folha. Tem gente disponível para mirar o que lá se passa. Mas não tem um movimento, nem que fosse apenas ao domingo, no calçadão da mata que acontecesse, que levante a voz pelo funcionamento pleno daquela coisa. Será que isto do voar, como os domingos, domi também é uma questão dde fé? Para a próxima pró pergunt pergunto ao bispo.
Constantino Piçarra, historiador
Fotonotícia Monumento a Al-Mutamid Em termos de poesia mural será difícil encontrar pior em qualquer urinol deste país. E, de facto, é precisamente essa a função primordial que o monumento de homenagem ao poeta Al-Mutamid, que nasceu em Beja e foi rei de Sevilha, tem neste momento. Mandado construir pelo anterior executivo CDU, num recanto menor do Parque da Cidade, e com os bicos que sobraram do orçamento do programa Polis, a suposta homenagem ao rei poeta nunca passou de uma miragem, como as piores miragens que o poeta terá tido no seu tempo de degredo. Uma cidade que não respeita os seus ilustres, dificilmente será respeitada pelos seus comuns.PB Foto de José Ferrolho
Voz do povo Para que serve um aeroporto em Beja?
Inquérito de Ângela Costa
Sofia Mercês 30 anos, operadora de callcenter
Joaquim Carvalho, 68 anos, reformado
Gertrudes Jorge, 50 anos, auxiliar ação educativa
Luís Tavares, 21 anos, desempregado
Serve para muito pouco. Acho que o aeroporto de Beja pode facilitar em muito o trajeto aéreo, no entanto… se está parado pouco adianta. Investiram no edifício mas ao tempo que está parado não se justifica, se calhar teríamos muitas outras prioridades que não essa. Se funcionasse facilitava, evitava deslocações a Faro ou a Lisboa, porque está numa zona intermédia”.
Acho que não foi um dinheiro desperdiçado, desde que seja para benefício é sempre bom. Sou do distrito de Beja e acho que seria sempre bom se funcionasse completamente. Estar parado é que não pode ser, assim não serve para nada. Eu já andei de avião para a Madeira e para os Açores e se tivesse aqui com certeza aproveitava para passear mais”.
Faz falta para desenvolver a região e devia ter sido aberto há mais tempo. Se ainda não funciona é porque os poderes locais dão pouca atenção à nossa região. Não era difícil, era só preciso um bocadinho de boa vontade. Lutámos 40 anos pelo Alqueva e agora vamos lutar outros 40 pelo aeroporto. Nunca andei de avião, mas era uma coisa que gostava. Fico à espera do aeroporto”.
Faz sempre falta um aeroporto em qualquer cidade, mas como isto está… parece que não estão a avançar nada. Se tivesse um aeroporto aqui em Beja seria mais utilizador, claro, porque ir a Lisboa apanhar o avião é muito chato. Compensava bastante ter aqui um aeroporto. Agora não utilizo muito mas já viajei muito de avião, para o Brasil por exemplo, e ter que ir a Lisboa... Seria sempre mais fácil apanhar aqui”.
Semana passada
Rede social
QUINTA-FEIRA, 22
SEXTA-FEIRA, 23 SINES GNR DETÉM HOMEM POR FURTO DE COBRE A GNR deteve um homem detetado a furtar cobre de um posto de transformação de eletricidade na zona de Sines. Na altura da detenção, o indivíduo, de 33 anos, tinha na sua posse 15 quilos de cobre. O homem ficou detido a aguardar ser presente a tribunal.
SÁBADO, 24 VIANA DO ALENTEJO FEIRA D’AIRES COM 260 ANOS Viana do Alentejo voltou a receber a centenária Feira d’Aires, que junta o sagrado e o profano numa festa que comemora 260 anos. O certame é organizado pelo município e desenrola-se em redor do santuário num espaço com cerca de 10 hectares.
DOMINGO, 25 FERREIRA PARQUE SÉNIOR EM FUNCIONAMENTO Dois espaços para a prática da petanca, um para a malha e quatro equipamentos geriátricos, já estão disponíveis e a funcionar no Parque Público de Ferreira do Alentejo. Aníbal Costa, presidente do município, disse à Rádio Pax que esta é uma infraestrutura importante para a valorização do jardim público. O autarca referiu ainda que o investimento foi “modesto” já que a estrutura foi projetada e construída pelos serviços municipais.
SEGUNDA-FEIRA, 26 BEJA PSP RECUPERA MATERIAL ROUBADO Na sequência de uma ronda na cidade, a PSP de Beja apanhou em flagrante no interior de um estabelecimento comercial dois indivíduos do sexo masculino, mas os meliantes conseguiram iniciar uma fuga numa carrinha. A patrulha perseguiu-os por várias artérias da cidade, obrigando-os a abandonar o veículo, mas lograram continuar a fuga a pé, tendo os polícias recuperado todo o material roubado, essencialmente perfumes caros e roupa de marca.
TERÇA-FEIRA, 27 INFORMAÇÃO NOVO PROJETO JORNALÍSTICO “Sul Informação” é o nome de um novo projeto jornalístico português que se propõe cobrir a região do Algarve e o Baixo Alentejo. O meio escolhido é a Internet com um blog e através do Facebook e Twitter. No entanto, o objetivo é evoluir para um jornal regional impresso.
BEJA LOJA DE OURO ASSALTADA Uma loja de compra e venda de ouro em Beja foi assaltada por um homem armado e encapuzado, que roubou 1 500 euros de um envelope que continha 3 500 euros, disse à Lusa fonte da PSP. Segundo a oficial de relações públicas do Comando de Beja da PSP, Maria do Céu Silva, um homem, armado e encapuzado, entrou na loja, situada no Terreiro dos Valentes, e exigiu à funcionária que lhe desse dinheiro, após o que a fechou num compartimento da loja. O assaltante acabou por deixar o envelope com o dinheiro restante em cima do balcão, tendo depois fugido a pé. O crime, por envolver uma arma de fogo, vai ser investigado pela Polícia Judiciária.
3 perguntas a Vito Carioca Presidente do IPBeja O que é o Ewpitc?
O Ewpitc é um grupo de trabalho independente composto por polícias europeus e académicos convidados, que reúnem algumas vezes por ano sob os auspícios da Interpol. Pelos resultados alcançados e pelos manuais e guias que produz e distribui por todas as polícias de investigação criminal do mundo, por intermédio da Interpol, este grupo goza de grande prestígio internacional, e o seu atual presidente eleito, Wolfgang Shreiber, tem participado no grupo de especialistas do G8 e também tem estado em reuniões do Conselho da Europa. Assim o grupo consegue estar informado das tendências de política legislativa e das previsíveis consequências em termos de prevenção e repressão do crime. No Ewpitc eles desenvolvem ativamente investigação prospetiva, tentando antecipar diferentes formas de criminalidade tecnológica e elaboram guias e manuais de boas práticas para a investigação criminal nessa área.
Como por magia, foram entronizados na cerveja num só dia Adivinha: qual dos novos confrades da cerveja mais loirinhas é capaz de fazer desaparecer? CMS/NICOLA DI NUNZIO
Os municípios de Beja, Aljustrel, Serpa e Vidigueira assinalaram o Dia Europeu Sem Carros com várias iniciativas a culminar a Semana Europeia da Mobilidade. Na capital de distrito, o trânsito esteve condicionado na praça da República, local onde se centraram as comemorações. Nos outros concelhos também se observaram cortes de trânsito em algumas zonas e artérias e sensibilizou-se a população para a importância das energias alternativas.
Luís de Matos, com menos Moedas.
BEJA, VIDIGUEIRA, ALJUSTREL E SERPA DIA EUROPEU SEM CARROS
Belas cavalgadas na noite escura de Serpa Bonito, bonito foi observá-las (e a eles) muito bem montadas na Primeira Gala Ibérica Equestre de Serpa.
Como foi que o European Working Party on IT Crime chegou a Beja?
Um dia fomos contactados no sentido de, eventualmente, participarmos num dos projetos liderados pela PJ no seio daquele grupo de trabalho internacional. Sinceramente foi uma surpresa porque, nem esperávamos este tipo de reconhecimento, nem fazíamos ideia de que a nossa PJ estava tão bem colocada no plano internacional. Depois do contacto inicial, com o nosso apoio oferecemo-nos para demonstrar um dos nossos produtos ao Ewpitc – o “HackLab”. Foi assim que Beja foi a escolha lógica e natural para a realização do 61.° encontro daquele grupo. Correu muito bem, sob todos os pontos de vista: académico, social e profissional. É por isso que tenho a certeza de que Beja, a região alentejana e o nosso UbiNet ficaram muito bem vistos a nível internacional. Este evento serviu claramente para esse efeito.
O exemplo de como nem sempre os fotógrafos dão boas fotos Na Casa da Cultura de Beja estão expostas quatro exposições da Estação Imagem. Coisa a não perder, por nada deste mundo.
Para a posteridade a pose glamorosa da noite cubense Esteve bastante participada, mas sem os Armany de aluguer que se costumam ver no castelo de Beja, a Arena Summer Party, de Cuba.
Como analisa a investigação académica em Beja?
O IPBeja está mais atento à parte qualitativa da sua massa estudantil em busca de promissoras mais valias, que desenvolvam projetos úteis que sirvam para projetar a nossa cidade e a nossa academia (Agricultura, Educação, Enfermagem e Tecnologia) a nível nacional. Quando os projetos são de qualidade, podemos afirmar-nos. Hoje, devido ao espaço comunitário, não se pode pensar a nível local sem perspetivar a expansão e ou a exportação de conhecimento.
O cavalo sempre é uma solução para andar nas ruas das Neves Este foi o primeiro Passeio Equestre da Freguesia de Nossa Senhora das Neves. Este ano foram muitos, para o ano mais serão.
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Até ao final de agosto, de acordo com dados apurados, “foram efetuados 34 movimentos (aterragens + descolagens)”, contabilizando-se até este período “792 passageiros comerciais”
na capa Mercados holandês e alemão na calha
Os domingos no aeroporto de Beja Todos os domingos há um avião que chega a Beja. E a esperança de quem assiste à sua partida renova-se em cada descolagem em direção a
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dia começa com um sol radioso. Nos campos as ervas ainda estão molhadas. É cedo e na planície, ao domingo, quanto o relógio marca oito horas, são poucos os que já andam a pé. A cidade ainda dorme. Contam-se pelos dedos de uma mão os carros que seguem na estrada. Uma seta indica o caminho para o aeroporto de Beja, mas nenhum condutor segue na direção da infraestrutura. O parque do aeroporto de Beja, porém, está composto. Estão estacionados os carros dos funcionários e dos poucos bejenses que vieram embarcar familiares. Está ainda estacionada a frota de uma empresa de aluguer de veículos. E, como não poderia deixar de ser, está estacionada a carrinha de cor azul que efetua o transporte de alguns turistas que chegam à região para as unidades hoteleiras. Estão ainda parados os carros de curiosos, que também são alguns. Vieram ver o avião a chegar e a partir, através da rede que os separa da pista. É um aeroporto em funcionamento e isso agrada a quem chega e vê as movimentações. Afinal, ao domingo de manhã, por estas paragens, por poucas horas que seja, há vida. O aeroporto de Beja ainda só recebe um voo charter (ida e volta) e opera um dia por semana. Quem está junto à rede do lado de fora da infraestrutura acredita que “as coisas vão melhorar” e que “ainda virão mais aviões para o aeroporto de Beja”. Há, no entanto, os mais cautelosos. Não esquecem a crise e o momento difícil que o País atravessa e, entre os comentários, ainda se remata: “As pessoas não se podem esquecer que este também é um aeroporto de carga” e que “não são só os voos de passageiros que são importantes”. Quem chega ao aeroporto facilmente se apercebe da presença da GNR. No lado de fora os militares fardados de verde apresentam-se ao serviço. Alinham segundo as incumbências. A ambulância da Cruz Vermelha também está estacionada e pronta para alguma eventualidade, bem como os profissionais que a conduzem. Os curiosos olham através da rede, avistam a pista e os vários trabalhadores com coletes vestidos que nela operam. Espera-se pela chegada do avião que partiu de Londres. Posteriormente preparar-se-á a descolagem do mesmo avião que regressará a Inglaterra. E há, sem dúvida, muita gente
Londres. Quem fica em terra a ver os aviões espera que se assista à multiplicação de operações. Quem parte, segundo dados apurados, na sua grande maioria vai satisfeito com o que viu e pensa regressar ao Alentejo. Para além do Reino Unido, a breve trecho, existe a determinação de cativar os mercados alemão e holandês. Os domingos no aeroporto de Beja. Texto Bruna Soares Fotos José Ferrolho
envolvida. Os domingos no aeroporto de Beja são marcados por esta rotina. O avião que chega é o avião que parte. Rotina, essa, que se manterá até ao dia 16. Dentro do aeroporto, contudo, avistam-se maioritariamente fardas azuis. Os agentes da PSP estão nos seus postos. Ouve-se o burburinho das conversas, as rodas das malas a deslizar pelo chão. Fala-se português, inglês e, enquanto uns chegam, outros partem. Alguns turistas ingleses estão de regresso a Londres. Mas também alguns bejenses aproveitam o voo para regressar aos seus empregos na capital britânica. Os turistas que chegam dirigem-se à companhia de aluguer de veículos, aos representantes do operador turístico. Ninguém procura táxi. E o único taxista que marcou presença neste dia no aeroporto seguiu caminho sem passageiros. Quem aguarda pelo embarque, entretém-se na cafetaria. Come, bebe e folheia os livros ou revistas que traz consigo. Fala, observa e, sobretudo, espera. O check in está feito. Não houve atrasados, até porque a fila não era grande. Turismo inglês subiu consideravelmente no Alentejo No dia de embarque e chegada do
voo Heathrow-Beja, o Instituto Politécnico de Beja (IPBeja) tinha os seus inquiridores a postos. O objetivo é continuar a realizar o estudo, uma parceria entre o politécnico e a ANA – Aeroportos de Portugal, empresa pública responsável pelos aeroportos nacionais, para conhecer o perfil dos turistas que chegam, todos os domingos, ao aeroporto de Beja, através da ligação a Londres. O IPBeja garantiu ao “Diário do Alentejo” que o grau de satisfação dos visitantes “ronda os 94 por cento”, sendo que “89 por cento dos turistas” admitem que “querem voltar”. Até ao final de agosto, de acordo com dados apurados, “foram efetuados 34 movimentos (aterragens + descolagens)”, contabilizando-se até este período “792 passageiros comerciais”, dos quais “319 embarcados e 389 desembarcados”. A isto somam-se os 84 trânsitos do voo inaugural da TACV que vieram de Lisboa e fizeram trânsito em Beja. Segundo os primeiros dados revelados pelo estudo do IPBeja, “a esmagadora maioria visita pela primeira vez o Alentejo” e desloca-se “para diversas localidades da
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região”, com destaque para “a estância balnear de Troia e para as localidades de Évora, Monsaraz, Serpa e Mértola, além da barragem de Alqueva”. Os turistas que chegaram ao aeroporto de Beja no domingo reconhecem que “este não é um destino turístico ainda muito conhecido”. Uma banca com produtos regionais instalada no aeroporto de Beja desperta a atenção de quem por ela passa. É o primeiro contacto que os turistas têm com os produtos da região. Não falta o mel, o vinho, o azeite, a doçaria, entre outros. A loja, essa, só abre brevemente, segundo a informação deixada pela ANA numa faixa que esconde o futuro espaço comercial. A Entidade Regional de Turismo do Alentejo também lá está, disponível, para dar toda a informação necessária aos turistas. A promoção da região Alentejo, contudo, começou bem antes. Na verdade, a Agência Regional de Promoção Turística do Alentejo, em parceria com a ANA, PUB
“Estão a ser reunidas condições para, à semelhança do que se fez com o Reino Unido, chegar aos mercados holandês e alemão”. Vítor Silva, presidente da Agência Regional de Promoção Turística do Alentejo
lançou uma grande campanha no Reino Unido e, segundo Vítor Silva, presidente da entidade de promoção, “esta campanha permitiu dar uma visibilidade ao Alentejo como nunca existiu”. Tanto que, “nos primeiros seis meses o mercado inglês subiu consideravelmente no Alentejo”. Neste sentido, de acordo com Vítor Silva, “já foi lançado um concurso internacional para que esta operação de voo se mantenha para o próximo ano”. Até ao final do mês de outubro, a Agência Regional de Promoção Turística do Alentejo adianta, na voz do seu presidente, que “estão a ser reunidas condições para, à semelhança do que se fez com o Reino Unido,
chegar aos mercados holandês e alemão”. “O Alentejo ainda não é um destino suficientemente conhecido. Embora, neste momento, existam operadores na Alemanha e na Holanda que se encontrem disponíveis”. Se tudo correr de acordo com o previsto, espera-se que atá à data acima referida se possa lançar um concurso para estes mercados. O “Diário do Alentejo” solicitou também esclarecimentos à ANA. Contudo, até ao final do fecho desta edição, não obteve resposta. Ao fundo ouvem-se os motores. O barulho vai aumentando. É tempo de embarcar e de ver o avião partir. O movimento regressa no próximo domingo, na volta do avião.
Bombeiros transportam menos
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Rodeia Machado, presidente dos Bombeiros Voluntário de Beja e da direção da Liga dos Bombeiros Portugueses, não tem números certos, mas arrisca os 30 por cento a menos, no que diz respeito ao transportes de doentes para fazerem exames. Algumas corporações de Beja começam a sentir dificuldades tendo sido dispensados em
alguns concelhos motoristas que viram os seus contratos terminar sem serem renovados. Mesmo assim, são poucos os casos, quando comparados com o distrito de Évora onde a média andará nos 75 por cento de redução de transporte, com algumas corporações a atingir os 90 por cento.
Atual
Hélder Guerreiro
Número de exames baixou perto de 30 por cento em Beja
Crise atinge laboratórios e centros de diagnóstico As novas diretivas do Ministério da Saúde, no sentido dos exames, análises clínicas e outros meios complementares de diagnóstico serem efetuados, tanto quanto possível, nos hospitais centrais, levou a um decréscimo de cerca de 30 por cento na generalidade dos laboratórios que operam na cidade de Beja.
Joaquim Fernandes tinha “uma resposta integrada” que respondia à sua “capacidade de resposta”, e enviava os utentes para o exterior “quando essa capacidade se esgotava”. No entanto, Graça Fortunas, da Ulsba, garante que, nos últimos meses, não se sentiu “aumento da procura” nos serviços hospitalares.
Assim, a diminuição da procura nos privados resulta ou de menos exames prescritos nas unidades de locais de saúde, ou, pura e simplesmente, da impossibilidade financeira dos utentes para o pagamento das taxas moderadoras e despesas de transporte da residência para as clínicas. Uma fonte da direção do Instituto de Cardiologia
Texto Aníbal Fernandes
“S
e não fosse o recurso à banca através do factoring já tínhamos fechado a porta”, diz ao “Diário do Alentejo” Armindo Gonçalves, um dos médicos responsáveis do Laboratório de Análises Clínicas de Beja, um dos operadores de saúde no distrito de Beja. Sendo o Estado “o principal cliente”, e havendo indicação para encaminhar para os hospitais quem necessita de recorrer a meios complementares de diagnóstico, não é de estranhar que esta clínica tenha reduzido, nos últimos meses, “em cerca de 20 por cento” a sua atividade. A Ulsba, através do seu gabinete de comunicação, confirma que “mesmo anteriormente a estas diretivas, a realização de meios complementares de diagnóstico”, no Hospital José
Análises Fazem-se menos fora dos hospitais
Preventiva de Beja (ICPB), confirmou ao “DA” que “as pessoas estão a ser desviadas para os hospitais”, o que no caso deste instituto “já levou ao despedimento de um técnico da área de cardiopneumologia”. Comparando os números de julho e setembro de 2010 com os deste ano (em agosto estão encerrados), assiste-se a uma redução de 25 e 20 por cento, respetivamente, um número que se enquadra na média observada pelo “Diário do Alentejo” junto de outras fontes. A juntar a isto os operadores da área da saúde queixam-se ainda de atrasos nos pagamentos por parte do Estado. Armindo Gonçalves revelou ao “DA” que a última fatura recebida era referente a serviços prestados em julho de 2010. Isso cria “dificuldades de tesouraria” e deixa os players na “expetativa” e com “23 pessoas a trabalhar enquanto os deixarem”, lamenta-se. Na opinião deste responsável clínico, “os hospitais deviam estar vocacionados para as urgências e internamentos”, deixando os meios complementares de diagnóstico para os privados “que cumprem uma tabela de preços imposta pelo Ministério” e que, afirma, “não sai mais caro” do que nos hospitais.
Abaixo-assinado de protesto
Fecho de estação dos CTT em Safara
A
estação dos CTT em Safara (Moura) foi substituída por um posto de atendimento numa papelaria, o que está a provocar polémica na aldeia e já motivou um abaixo-assinado de protesto. Em comunicado de imprensa, a empresa CTT – Correios de Portugal adianta que o novo posto está situado “a 10 metros
da antiga estação de correios” e assegura que a “transferência do serviço da estação para o novo balcão”, que vai funcionar numa papelaria da aldeia, “não implica alterações na distribuição do correio”. Além disso, é frisado pelos CTT, o atendimento vai ter “horário mais alargado”, assegurando “todos os serviços postais”, como “a
expedição e entrega de correspondência e encomendas, correio registado, o pagamento de vales e a cobrança de faturas”. A Câmara de Moura, em comunicado divulgado no início da semana, considera que a medida é “contra os direitos e os interesses das populações do concelho e da região”. A autarquia, que diz não ter sido consultada
neste processo, “solidariza-se com o povo e com a Junta de Freguesia de Safara”. “O novo encerramento vem juntar-se ao fecho, nos últimos anos, na nossa região, de escolas, hospitais, maternidades e valências em centros de saúde, ligações e ramais ferroviários ou instalações da PSP e da GNR”, exemplifica o município.
Candidato à liderança da Federação do PS
“Sou a melhor solução” É correto afirmar que Hélder Guerreiro é o candidato da continuidade, uma vez que, entre outros, é apoiado por Pita Ameixa?
O apoio do Luís Ameixa, do Paulo Pisco, da maioria dos presidentes de câmara socialistas do distrito e de um conjunto alargado de figuras do meu partido significa, antes de mais, que estas pessoas me conhecem, sabem do que sou capaz e confiam, tal como eu sinto que sou a melhor solução e quem está melhor preparado para dirigir o Partido Socialista nesta fase de novo ciclo político. Posto isto queria afirmar que tenho o maior respeito e admiração pelo trabalho desenvolvido pelo Luís Ameixa durante o tempo que tem dirigido os destinos do partido. Hoje temos um partido mais forte, mais coeso e mais capaz de vencer, eu tenho os mesmos desígnios de um partido inclusivo, forte e ganhador mas, naturalmente, tenho a ambição de fazer melhor. Finalmente, tenho para mim que as verdadeiras continuidades não existem o que importa é respeitar o que está feito, e eu reitero a profunda admiração pelo trabalho desenvolvido pelo Luís Ameixa, e também tenho para mim que mais inteligente é quem souber interpretar o passado para perspetivar o futuro! O que pensa do, para já, seu único concorrente, Pedro do Carmo: acha que, a mais de um ano de distância, a sua candidatura é precipitada e fora de tempo?
Pedro do Carmo é meu camarada e merece o meu respeito. Relativamente às duas candidaturas surgirem fora de tempo sou sensível à preocupação daqueles que consideram, justamente, o lançamento de candidaturas neste momento prematuro. Não estando previstas eleições antes do segundo semestre de 2012, também eu preferia que este processo fosse iniciado bem mais tarde. Porém, não avançar agora, tendo conhecimento que está, há mais de um mês e meio, no terreno, uma outra candidatura, seria pôr em causa qualquer possibilidade de disputar em condições de igualdade esta eleição. Julgo que este processo, tendo sido aberto a longa distância do ato eleitoral, pode ser conduzido com enorme elevação, ser clarificador e trazer todos os militantes para um debate que também pode ser muito positivo para o Partido Socialista e para a sua afirmação na região. Sejamos nós capazes de interpretar essa necessidade. Que comentário lhe merece a opinião de Aníbal Costa quando este afirma que os autarcas não se devem envolver nas eleições para os órgãos regionais do PS?
Aníbal Costa é um grande autarca do PS. Tem a sua opinião que eu respeito mas, pela evidência da minha candidatura, nesta questão em particular, não concordo. Havendo disponibilidade todos têm direito e dever de estar de corpo e alma ao serviço das pessoas e do seu partido. Este é o meu caso. PB
O projeto Bebida Saudável, promovido pela SIC Esperança, IAC – Instituto de Apoio à Criança e Vitalis, e a que a Cáritas Diocesana de Beja se associou, abrangeu 24 famílias do distrito, num total de 38 crianças. No âmbito do referido projeto foram criadas bolsas escolares que “permitirão a centenas de crianças e jovens do 1.º ciclo do ensino básico, em situação
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de carência comprovada, acesso ao material escolar necessário para começarem o novo ano letivo”. A Caritas de Beja, representante do projeto no distrito de Beja, considera esta parceria “uma mais-valia, na medida em que as famílias que beneficiam da bolsa manifestam dificuldades económicas e valorizam a situação escolar dos seus filhos”.
é o valor em euros do investimento em publicidade que a Rádio Voz da Planície afirma que a Câmara de Beja ali gastou ao longo dos últimos dois anos
Voz da Planície queixa-se de falta de sensibilidade da autarquia
Vão maus os dias da Rádio A Rádio Voz da Planície (RVP) está em grandes dificuldades financeiras. Apesar de a direção da estação garantir que até ao final de setembro estão resolvidos os pagamentos aos funcionários, a redução em mais de 30 por cento, em 2011, dos encaches com a publicidade, não deixam adivinhar um final de ano animador para a estação da rua da Misericórdia. Ainda para mais quando a emissora parece manter um braço de ferro político com a autarquia, proprietária do prédio onde a rádio está instalada, a quem deve dois anos de renda. Câmara pondera ação de despejo.
É
“Esta autarquia não tem sensibilidade para perceber a importância dos meios de proximidade e, connosco, parece que estão de má-fé”. Justino Engana
proximidade e, connosco, parece que estão de má-fé”. E a crise entre a autarquia e a RVP adensa-se quanto às próprias instalações. Miguel Góis é perentório em afirmar que, caso
a rádio não pague as rendas em atraso, num valor que rondará os 10 mil euros, “poderá sofrer uma ação de despejo”. Já Justino Engana diz não concordar com a renda imposta pela Câmara, 400 euros mensais, nem com o valor estipulado para a venda do edifício, 80 mil euros. São “verbas irrealistas”, refere o radialista, “que não levam em consideração as sucessivas beneficiações que a rádio fez num prédio que recebemos em ruínas”. Rádio Pax à margem da crise A par da contenda com a edilidade, a RVP está a sofrer fortemente com a crise financeira que afeta os seus principais clientes, as pequenas e médias empresas. Mas Justino Engana assegura que irão ser criados novos produtos e ideias para encaixar proveitos que façam com
que nenhum dos nove funcionários da estação emissora venham a ser despedido nos próximos tempos. Quem parece estar a passar à margem da crise é a Rádio Pax. A outra estação da cidade perdeu mais de 30 por cento dos seus rendimentos em publicidade durante o ano de 2010. E, “antecipando o pior”, refere António Lúcio, “diversificámos a nossa oferta, saímos para fora da rádio, organizamos rádios específicas para feiras, não paramos um minuto”. Quanto à relação desta emissora com a Câmara de Beja, Lúcio diz que a autarquia podia apostar um pouco mais em publicidade na antena, “mas como nunca tivemos dependentes de nenhuma entidade pública isso não nos afeta. Se vier, tudo bem, se não vier, também nunca contamos com eles”.
Estudo da Deco Proteste
Continente e Intermarché mais em conta
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Deco Proteste acaba de divulgar um estudo sobre os preços dos produtos de consumo nos supermercados do País. E no que
Júlio Raimundo Dirigente cooperativo
“Investiguem os meus sinais exteriores de riqueza” Considera-se, de alguma forma, culpado pelo estado financeiro catastrófico a que chegou a CoopBeja?
Texto Paulo Barriga Foto José Serrano
o próprio vereador Miguel Góis que afirma existir da parte da RVP uma “questão política” com a Câmara. Antes, prossegue o autarca, “não pagavam renda, usufruíam de várias regalias e ainda recebiam perto de 20 mil euros por ano. Neste momento não estamos em condições para alimentar essa situação e quisemos manter uma relação de igualdade para com as outras rádios. E isso manifesta-se na compra de espaços publicitários”. Dá-se o caso que, nos últimos dois anos, a Câmara Municipal de Beja adquiriu “apenas 300 euros em publicidade na RVP, o que é vergonhoso”, refere Justino Engana, diretor de estação. “Esta autarquia”, prossegue, “não tem sensibilidade para perceber a importância dos meios de
07 Diário do Alentejo 30 setembro 2011
Bebida Saudável apoia 24 famílias
se refere à cidade de Beja – não há dados disponíveis para os restantes concelhos do Baixo Alentejo –, o carrinho vem com mais compras quando os
consumidores se dirigem às lojas Continente e Intermarché. Já o Pingo Doce tem preços em média 10 por cento mais caros. Tal como as contas sobem 15
por cento quando se vai ao Lidl ou ao Minipreço. Os dois agentes locais avaliados, CoopBeja e Supermercado Veríssimo, vêm no fundo da tabela.
Não se trata de haver ou não culpados, numa cooperativa funciona a lógica da solidariedade e o respeito pelos antecessores. Só assim poderemos ter moral para continuar a transferir para os vindouros o ideal cooperativo. A saúde financeira mede-se por rácios, a técnica mais usada na análise financeira, e não será preciso “torturar os números para acabarem por confessar”. Eles são o que são e não aquilo que pretenderíamos que fossem. Assim, a solvabilidade da Proletário em 2009 apresentava o valor de 37,26 por cento contra 5,27 por cento em 2010 e a autonomia financeira estava plasmada nos valores de 27,14 por cento contra 5,00 por cento para o mesmo período. E não é o endividamento, como se tem e continua a fazer crer, o pior dos males da Cooperativa, mas sim os resultados negativos continuados, que apresentaram em 2010 o seu maior valor de sempre. Mais dois indicadores, que atestam a clareza da resposta: em 2010 o endividamento cresceu 29,71 por cento em relação a 2009 e as vendas baixaram 14,92 por cento no mesmo período. Para além disso, em 2010 foi alienado valioso património (rentável a médio/longo prazo), que servia de almofada à Cooperativa. Os relatórios e contas, que derivam também de compromissos legais, estão na Cooperativa, alguns podem ser consultados através da Internet, sendo que todos eles são igualmente enviados a entidades oficiais. É acusado por alguns parceiros seus de gestão danosa do bem cooperativo. Concorda?
Gestão danosa? Não, isso até prefigura crime. Mas se há dúvidas investiguem-se os meus sinais exteriores de riqueza! Quando fala em parceiros, pretende falar de alguém em particular? Não me vou dirigir a ninguém, só quero referir que não exerci qualquer gestão ditatorial: todas as decisões estruturais (1999-2009) foram aprovadas por unanimidade pelos três coletivos, que liderei. Acha que a CoopBeja ainda tem futuro e que todos os postos de trabalho podem ser salvaguardados?
Vai ser difícil salvaguardar todos os postos de trabalho, mas se for possível pôr a funcionar a trilogia “direção, trabalhadores e cooperadores” “a carta” pode ser levada a Garcia. PB
Diário do Alentejo 30 setembro 2011
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Juventude socialista reuniu-se em Beja
A Federação do Baixo Alentejo da Juventude Socialista promoveu na segunda-feira, 26, uma conferência de imprensa com o objetivo de apresentar as principais preocupações da JS, nomeadamente sobre o momento político atual. O encontro contou com a presença de Pedro Alves, secretário geral da Juventude Socialista.
CDU acusa Câmara de Beja de pôr em causa pagamento de salários Os vereadores da CDU na Câmara de Beja chamaram a atenção para o incumprimento do município nos compromissos financeiros para com a Assembleia Distrital de Beja. Os vereadores da oposição consideram que “este incumprimento pode pôr em causa o pagamento atempado dos salários do mês de setembro aos 13 trabalhadores do Museu Regional de Beja e aos dois trabalhadores da Assembleia Distrital”. A CDU lembra ainda que “à câmara de Beja corresponde uma comparticipação mensal de 16 mil euros, estando neste momento em dívida oito meses”.
Dificuldades financeiras assustam autarcas
Extinção da Ambaal em marcha Vai avançar a extinção da Associação de Municípios do Baixo Alentejo e Alentejo Litoral (Ambaal). O processo de liquidação encontra-se em marcha. As dificuldades financeiras preocupam os autarcas e são o verdadeiro calcanhar de Aquiles da associação.
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Assembleia Intermunicipal da Ambaal – Associação de Municípios do Baixo Alentejo e Alentejo Litoral aprovou na segunda-feira, 26, a extinção da associação. A decisão, essa, foi aprovada por unanimidade. O processo de extinção encontra-se a cargo do jurista da Ambaal que irá estabelecer um cronograma com as várias acções a desenvolver, tendo em vista a concretização da extinção da referida associação. O presidente da Ambaal, Jorge Pulido Valente, considera que “não faz sentido existir a Ambaal e a Cimbal – Comunidade Intermunicipal do Baixo Alentejo”. O autarca defende ainda que “é preciso estabelecer-se com a Cimal – Comunidade
Intermunicipal do Litoral Alentejano um protocolo de trabalho”. De acordo com Jorge Pulido Valente, “é necessário que os municípios devedores regularizarem as suas dívidas à associação, que rondam quase um milhão de euros”. O autarca da Câmara de Beja alerta que a extinção da referida associação só poderá ser efectuada quando os municípios devedores regularizarem as suas dívidas à Ambaal. Prevê-se, assim, que a extinção da Ambaal seja um processo moroso. Recorde-se, no entanto, que recentemente a Câmara Municipal de Sines equacionou deixar de integrar a associação. A vice-presidente da autarquia revelou estar a analisar o valor da dívida à associação, garantindo que o montante será “liquidado”. A câmara de Sines não põe, contudo, de parte a hipótese de deixar de integrar a associação, estando a averiguar, neste momento, quais são os benefícios de continuar na Ambaal. Durante o processo de extinção, irá ser decidido o futuro do “Diário do Alentejo”.
EDAB acaba dentro de 60 dias
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Empresa de Desenvolvimento do Aeroporto de Beja (EDAB) aprovou também, por unanimidade, a dissolução da empresa, que vai ser liquidada nos próximos 60 dias. Na reunião, os acionistas aprovaram “por unanimidade” a extinção da EDAB, proposta pelo acionista maioritário, o Estado, e nomearam a comissão liquidatária, que tem 60 dias para liquidar a empresa, disse José Queiroz. A comissão liquidatária é composta pelos atuais dois administradores da EDAB, o próprio José Queiroz e Manuel Barroso. “A comissão liquidatária tem 60 dias para fazer a liquidação da EDAB, ou seja, avaliar o passivo, os ativos e as dívidas da empresa, e para apresentar à assembleia geral uma proposta de liquidação definitiva da empresa”, criada em 2000 para construir o aeroporto de Beja, explicou José Queiroz. Em declarações à Lusa, após a reunião, Jorge Pulido Valente, presidente da Associação de Municípios do Baixo Alentejo e Alentejo Litoral, que é acionista e preside à
assembleia geral da EDAB, mostrou-se preocupado “com o facto de a EDAB estar sem dinheiro para pagar os salários dos funcionários e assegurar as despesas correntes”. Os acionistas minoritários esperam que a liquidação da EDAB “se resolva o mais depressa possível” e defendem que, até lá, “terá que ser o Estado”, enquanto acionista maioritário, “a assumir o pagamento dos salários dos funcionários e as despesas correntes” da empresa. “Não faz sentido serem os outros acionistas, que não o Estado, a entrar com capital” para pagar os salários dos funcionários e as despesas correntes da EDAB, disse Jorge Pulido Valente. José Queiroz confirmou que a EDAB, “uma empresa que nunca teve receitas”, “não tem recursos financeiros” para pagar os salários dos quatro funcionários e assegurar as despesas correntes. “Como membro da comissão liquidatária da EDAB vou ter que falar com os acionistas, nomeadamente com o acionista maioritário, o Estado, e fazer propostas para que o problema se resolva”, disse José Queiroz.
Ninguém deu por eles, mas na semana passada estiveram reunidos no Instituto Politécnico de Beja alguns dos melhores especialistas mundiais na área da investigação da criminalidade informática. Tratou-se da 61.ª Conferência Internacional do European Working Party on IT Crime, da Interpol. Um dos momentos altos do encontro foi a apresentação do “HackLab”, recente produto resultante das investigações feitas por cientistas bejenses na Estig.
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Investigadores da criminalidade informática em Beja
Racionalização de recursos humanos no IPB é inevitável O presidente do conselho coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos, Sobrinho Teixeira, admitiu na semana passada que estas instituições podem vir a dispensar docentes contratados devido aos cortes no ensino superior (8,5 por cento). Confrontado com estas declarações, o presidente do Instituto Politécnico de Beja, Vito Carioca, adiantou ao “Diário do Alentejo” que “tendo em conta o atual cenário será inevitável uma racionalização dos recursos humanos”, mas que “não é possível para já projetar essa tendência”. O responsável revelou ainda que em relação ao funcionamento da instituição, já estão a “implementar medidas no sentido de otimizar os custos de funcionamento”.
Apenas nove vagas num total de 100 disponíveis foram preenchidas
Escola Agrária sem alunos
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Escola Superior Agrária de Beja viu preenchidas, na primeira fase do concurso nacional de acesso, somente nove vagas, num total de 100 disponíveis. A diretora da escola afirma, em declarações ao “Diário do Alentejo”, que “os alunos que terminam o 12.º ano, de facto, têm pouca apetência para este tipo de cursos”, mas lembra que “há um público que passa ao lado dos concursos nacionais de acesso, que são os alunos detentores de diplomas de especialização tecnológica, alunos que optaram mais cedo pelas escolas profissionais e que acabam por ingressar no Instituto Politécnico de Beja (IPB). Concluído esse curso, que PUB
tem a duração de um ano, candidatam-se através dos concursos especiais de acesso”, esclarece. De acordo com Olga Amaral, a Agrária tem “mais de 30 alunos [detentores de diplomas de especialização tecnológica] candidatos em Agronomia, mais de 30 em Engenharia Alimentar, em Ambiente também são bastantes e em Biologia menos”. A responsável considera que “a apetência para estas áreas passa também pela ideia que se tem da agricultura, sendo que as mentalidades demoram a mudar”. A escola tem vindo, assim, a desenvolver iniciativas de divulgação junto das escolas secundárias, com vista a “mostrar
aos alunos do 12.º ano como funciona a escola” e que a “agricultura é uma área em expansão”. A docente lembra ainda que está a decorrer a segunda fase de candidaturas, cujos resultados serão conhecidos no dia 6 de outubro, e que haverá ainda uma terceira, com divulgação da lista de colocações a 19 do mesmo mês, pelo que será prematuro “fazer um balanço”. “Sei que este ano houve muitos alunos que deixaram exames para a segunda fase, é um facto, o que poderá trazer bastantes alunos na segunda fase. Mas por outro lado também verifiquei que há muitas vagas em muitas outras instituições”, diz a responsável, admitindo que o decréscimo
de candidatos às universidades e politécnicos verificada poderá ser também uma consequência da crise. “As pessoas têm mais alguma dificuldade em colocar os seus filhos nas universidades. Se fossemos uma zona com uma densidade populacional elevada poderia dizer que isso jogaria a nosso favor, porque tentariam colocar os filhos perto de casa, o que significaria menos encargos, mas não é o caso”, diz. Também o presidente do IPB reforça a “importância do ingresso através dos concursos especiais de acesso”: “Não vou escamotear o facto de estarmos a falar de poucos candidatos colocados nesta primeira fase, mas como tem sido referido várias
vezes, esta é só a primeira fase. Ainda vamos ter mais duas e acima de tudo estamos confiantes, pois, neste momento, se juntarmos aos colocados nesta primeira fase os matriculados com origem nos concursos especiais de acesso, na Escola Superior Agrária temos neste momento 66 matriculados”, diz. Vito Carioca lembra ainda que os “resultados [da primeira fase] não estão muito distantes dos registados no ano passado, ano em que, como é público”, o IPB “acabou por ter os cursos cheios, o que é um bom indicador da nossa capacidade em manter a procura, o que se deve à importância do setor agrícola na região”. NP
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Câmara de Vidigueira assinala Dia do Idoso
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Ateliers permanentes na Casa da Cultura com inscrições abertas A Casa da Cultura, em Beja, tem abertas as inscrições para os seus ateliês permanentes. A oferta formativa contempla, este ano, ateliês de artes decorativas, artes plásticas e multimédia, azulejaria de aresta, azulejaria contemporânea, azulejaria de corda seca, banda desenhada, bateria, cerâmica, desenho e pintura, expressão dramática, fotografia, fusing, guitarra, ilustração científica, mosaico, retrato e
A Câmara Municipal de Vidigueira vai assinalar o Dia do Idoso com um programa destinado à população sénior do concelho. Para amanhã, sábado, 1 de outubro, está previsto um almoço convívio, com animação musical, e para o dia seguinte um passeio a Fátima.
yoga. Os ateliers, organizados pela Câmara Municipal de Beja e pela Associação Pegada no Futuro, “carecem, na maioria, de inscrição e implicam o pagamento de uma mensalidade”, adianta a autarquia. A exceção vai para os ateliês de banda desenhada (Ouriço-do-Mar e Toupeira) que são de frequência livre. Estes são dirigidos a crianças entre os oito e os 12 anos e a partir dos 13 anos. Os ateliês vão decorrer entre os meses de outubro e junho de 2012.
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Debate em Sines
Turismo religioso europeu O Seminário Internacional Ultreia, consagrado à temática “Peregrinações, turismo sustentável e desenvolvimento regional”, decorre ao longo do dia de hoje, sexta-feira, sendo presidido pela secretária de Estado do Turismo, Cecília Meireles.
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ines vai ser, por um dia, a capital do turismo religioso na União Europeia. A cidade do litoral alentejano recebe ao longo do dia de hoje, sexta-feira, no auditório do porto de Sines, o Seminário Internacional Ultreia, consagrado à temática “Peregrinações, turismo sustentável e desenvolvimento regional”. O encontro, cuja sessão de abertura, pelas 10 horas, será presidida pela secretária de Estado do Turismo, Cecília Meireles, é organizado pelo Departamento do Património Histórico e Artístico da Diocese de Beja, em parceria com a administração do porto de Sines e o município local. O seminário decorre no âmbito do Programa de Cooperação Transnacional Espaço Atlântico e suscita, segundo a organização, “uma reflexão alargada em torno do projecto Ultreia, que inclui Espanha,
França, Irlanda e Portugal”. Numa altura em que as práticas turísticas “se encontram em rápida mutação” e em que “o regresso às raízes e aos valores essenciais dos territórios é algo prioritário”, a questão que se coloca neste dia de seminário é como tornar as rotas do turismo religioso acessíveis e sustentáveis. Para debatê-lo foram convidados responsáveis políticos, gestores de fundos comunitários, entidades de turismo, e especialistas em património religioso, desenvolvimento regional, sustentabilidade e vida pastoral. Sines faz parte da rota de peregrinação marítima a Santiago de Compostela. Desde os finais da Idade Média que o seu Hospital do Espírito Santo deu guarida a inúmeros peregrinos em direção à Galiza, mas também a Jerusalém e a Roma. O porto de Sines, ponto de visita obrigatório nos itinerários de navegação ao longo da costa atlântica, está tradicionalmente ligado a importantes vias terrestres de peregrinação, como a que sulcou a costa alentejana, unindo Odemira, Santiago do Cacém, Grândola e Alcácer do Sal. Por aqui discorreram, ao longo dos séculos, peregrinos vindos da bacia do Mediterrâneo, da Andaluzia e das Ilhas Britânicas.
Gastronomia do Alentejo em destaque
Pela primeira vez fora de Espanha
Mediterrâneo à mesa em Beja
Congresso do Presunto em Ourique, em 2013
O Alentejo dá a provar as suas iguarias. Beja acolhe o 2.º Festival Internacional Alentejo das Gastronomias Mediterrânicas e, entre os dias 3 e 9, promovem-se os produtos tradicionais, a gastronomia, a cozinha e a cultura do Mediterrâneo.
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eja acolhe, entre os dias 3 a 9, o 2.º Festival Internacional Alentejo das Gastronomias Mediterrânicas. O objetivo é valorizar a gastronomia, os produtos tradicionais, a cozinha e a cultura do mediterrâneo. A organização encontra-se a cargo da Turismo do Alentejo ERT, que conta com o apoio do Turismo de Portugal IP, da Confraria Gastronómica do Alentejo, da Comissão Vitivinícola da Região Alentejo e da Câmara Municipal de Beja. O primeiro dia, segunda-feira, 3, ficará marcado por uma conferência internacional, que decorrerá no Teatro Municipal Pax Julia, contando com a presença de vários especialistas nacionais e estrangeiros. Em debate vai estar o reconhecimento da dieta mediterrânica como Património Mundial da Humanidade e
a intenção de Portugal integrar o grupo de países que viram a candidatura ser aprovada pela Unesco, nomeadamente Itália, Grécia, Espanha e Marrocos. Destaque ainda para o painel “Casos internacionais de sucesso no enoturismo”, onde vão ser apresentados os exemplos práticos de Mendonza (Argentina), África do Sul e La Rioja (Espanha). O segundo dia do evento é direcionado para os estudantes da área da Hotelaria e Turismo com a realização do workshop “Dieta mediterrânica – património mundial e gastronomia do Alentejo”. A Festa das Gastronomias Mediterrânicas, que acontece nos dias 8 e 9, no Parque de Feiras e Exposições de Beja, é um dos momentos mais aguardados e estão agendadas aulas de culinária, cozinha de degustação e ações de showcooking. A Festa das Gastronomias conta ainda com a semana gastronómica das “comidas de pão”. A iniciativa envolve mais de 90 restaurantes do Alentejo. A gastronomia também poderá ser apreciada através de almoços e jantares com chefes conceituados que se realizam nas principais unidades hoteleiras da cidade.
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sétimo Congresso Mundial do Presunto vai realizar-se em maio de 2013 na vila de Ourique, cuja candidatura para organizar o evento foi aprovada por unanimidade e derrotou a outra apresentada por Bruxelas. O comité cient íf ico do cong resso atribuiu “por unanimidade” a organização da próxima edição do evento à candidatura da Câmara de Ourique e da Associação de Criadores de Porco A lenteja no (ACPA), que “ derrotou a out ra c a nd id at u ra que foi apresent ad a por Br u xela s”, d isse à Lu sa o presidente do mu n icípio, Ped ro do Carmo. Assim, a sétima edição do Congresso Mundial do Presunto vai realizar-se em Ourique, em maio de 2013, e deverá reunir “cerca de 500 congressistas”, disse o autarca. “Será a primeira vez que o Congresso Mundial do Presunto irá realizar-se fora de Espanha”, sublinhou Pedro do Carmo, referindo que a realização do evento na vila é um “motivo de orgulho para o município e os ouriquenses, mas também
para a região, o País e a fileira do porco alentejano”. Segundo o autarca, a realização do congresso em Ourique “reveste-se da maior importância para o desenvolvimento económico da região e do País” e vai contribuir para “valorizar os seus produtos”, sobretudo os associados à produção de carne de porco, “num mercado mundial competitivo e servindo de maior estímulo às dinâmicas do setor”. Reconhecimento internacional Por out ro lado, a at ribu ição da orga nização do próx imo Congresso Mundia l do Presunto a Ourique “é o reconhecimento internaciona l das políticas desenvolvidas” pela parceria entre o município e ACPA “na defesa dos interesses e da afirmação do setor e da fileira do porco alentejano”. O autarca destacou a “importância” dos apoios de instituições regionais e nacionais, como a Turismo do Alentejo, e de entidades privadas, que “serviram de forma credível os objetivos da candidatura”.
“O mundo, a cidadania e o voluntariado” é o tema da conferência que o presidente da AMI – Assistência Médica Internacional, Fernando Nobre, profere hoje, sexta-feira, às 21 horas, no auditório da Biblioteca Municipal José Saramago, em Beja. O trabalho da AMI, fundada em 1984, assenta em três pilares: “ação internacional em favor das vítimas de guerra, catástrofes naturais e pobreza extrema; ação nacional em favor dos excluídos sociais; e ação de alertar consciências, sensibilizando a opinião pública para uma indignação ativa”, adiantam os responsáveis.
Maior prova de vinhos do Alentejo em Lisboa A maior prova livre de vinhos do Alentejo em Lisboa decorre hoje e amanhã, sábado, no Centro Cultural de Belém, com a presença de dezenas de produtores e de especialistas do setor. A iniciativa conta com a presença de mais de 300 vinhos do Alentejo. “O evento é uma oportunidade única quer para os agentes económicos alentejanos contactarem com
os consumidores e perceberem a evolução de gostos e tendências, quer para os apreciadores, que durante dois dias têm a possibilidade de degustar grandes referências alentejanas e novos lançamentos”, salientou a presidente da Comissão Vitivinícola Regional Alentejana (CVRA), Dora Simões. Durante os dois dias do evento vão decorrer provas temáticas, sujeitas a inscrição e orientadas por especialistas.
Pulido Valente acredita que será o Governo a por fim a esta entidade
Assembleia Municipal de Beja chumba extinção da ExpoBeja
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Assembleia Municipal de Beja, liderada pela CDU, chumbou a extinção da empresa gestora do parque de feiras da cidade, proposta pelo executivo PS da Câmara que vai ficar, agora, “a aguardar” que o Governo extinga a entidade. A proposta de extinção da ExpoBeja, que tinha sido aprovada pela Câmara de Beja com os votos a favor da maioria PS e contra da oposição CDU, não passou na Assembleia Municipal, onde os comunistas têm a maioria. A extinção da empresa, de âmbito municipal e detida em 60 por cento pelo município e em 40 por cento pela Associação de Criadores de Ovinos do Sul (ACOS), foi chumbada com os votos da CDU e do BE, enquanto o PSD se absteve e o PS votou a favor, disse o presidente do município, Pulido Valente. O chumbo “não faz sentido”, porque “todos os eleitos da Assembleia Municipal concordaram com a extinção”, mas os que votaram contra “invocaram que, antes de se decidir a extinção, devia ter sido assinado um
protocolo” entre os acionistas sobre futuro da empresa e a gestão do Parque de Feiras e Exposições de Beja. “Isto não é possível, nem faz sentido”, porque um protocolo para gerir o parque, de acordo com a estrutura acionista da ExpoBeja, só pode ser celebrado depois da decisão e durante o processo de extinção, argumentou. Rodeia Machado, da bancada da CDU, explicou à Lusa que os comunistas “não se opõem à extinção” da ExpoBeja, mas “discordam da forma como o processo decorreu”. “Não houve consenso entre a Câmara Municipal e a ACOS” sobre a decisão de extinguir a empresa e “devia ter sido encontrada e protocolada entre as partes uma solução consensual”. O chumbo “não é problemático”, disse Pulido Valente, referindo que a extinção da empresa “vai evoluir, porque o Governo está a preparar a extinção de empresas municipais em situação idêntica à da ExpoBeja”, ou seja, “deficitárias”. “Vamos aguardar que o Governo extinga a ExpoBeja”, que, por ser detida na sua maioria pelo município,
O chumbo “não é problemático”, disse Pulido Valente, referindo que a extinção da empresa “vai evoluir, porque o Governo está a preparar a extinção de empresas municipais em situação idêntica”
“cai na esfera das empresas municipais” e, por isso, “o Governo terá legitimidade para a extinguir”, argumentou. Pulido Valente já tinha dito à Lusa que o município decidiu extinguir a ExpoBeja porque esta dá prejuízos e se tornou financeiramente “insustentável”, caminhando “para uma situação de falência”. De acordo com o relatório de atividades de 2010 da ExpoBeja, a empresa teve um prejuízo superior a 27 mil euros no ano passado. Contactado pela Lusa, o presidente da ACOS e vogal da administração da ExpoBeja, Manuel Castro e Brito, escusou-se a prestar mais declarações sobre o assunto. No entanto, em declarações anteriores, Castro e Brito tinha dito que “está a haver uma especulação, acerca do assunto, da parte da Câmara de Beja”, porque os prejuízos são “aceitáveis”. Os prejuízos são partilhados pelos acionistas, lembrou, referindo que, para o município, os valores relativos a 60 por cento de um prejuízo de 27 mil euros são “peanuts”, ou seja, trocos.
Companhia acusa autarquia de falta de vontade política
Jodicus cancela Bitij
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Bienal Internacional de Teatro para a Infância e Juventude (Bitij), que já conta com 16 anos de vida entre Beja e a freguesia de Cabeça Gorda, este ano não vai ter lugar. A organização, a cargo do grupo de teatro Jodicus, justifica a decisão com o facto de a Câmara Municipal de Beja, principal patrocinador, não ter conseguido “garantir atempadamente um subsídio de cinco mil euros”. “Nós não temos dinheiro suficiente para poder suportar uma iniciativa desta envergadura, e a Câmara de Beja não nos garantiu o dinheiro todo na hora certa para nós podermos pagar aos grupos”. Isto a 40 dias do evento e com o programa já fechado, que previa 16 espe-
táculos e a vinda de quatro companhias estrangeiras, acrescenta João Góis, do Jodicus. Uma delas, que entretanto já tinha adquirido as passagens de avião, vai ter mesmo que ser recebida “às custas” do grupo de teatro amador. O dirigente lembra que a VIII Bitij estava a ser preparada com conhecimento da autarquia desde “outubro do ano passado” e que nas várias reuniões tidas “nunca nos foi dito redondamente que não era possível pagar-nos atempadamente”. Inclusivamente, acrescenta, “aceitámos deslocar espetáculos para o BejaKids” – iniciativa infanto juvenil que se estreia nos próximos dias 8 e 9 – “embora entendendo que a
Bitij deve ter um espaço próprio”. João Góis fala ainda de dívidas antigas que tornaram “de todo impossível” levar por diante a Bienal em 2011. É que a “Câmara de Beja só este ano acabou de pagar a Bitij/09, deve ainda três mil euros referentes à atividade regular desse ano e outros 875 euros relativos a 2010”, além de que “ainda não temos qualquer noção do que vamos receber em 2011”. Segundo o município, nunca esteve em causa o apoio de cinco mil euros, que “estava decidido e atribuído”. “O problema foi a disponibilidade de tesouraria que o grupo necessitava que existisse”, confirma o vereador Miguel Góis, informando ter havido “um acordo” no sentido de transferir a
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Fernando Nobre na Biblioteca de Beja
edição para o próximo ano, “de modo a garantir que fosse feita com a qualidade que desejamos e com a possibilidade de pagamento a tempo e horas”. João Góis não tem a mesma interpretação: “Ficou dito que quando houvesse oportunidade se fazia. Mas desde o ano passado que também se vem dizendo que esta edição se fazia. Acho que o que aqui falta é vontade de levar a iniciativa por diante”. Quanto às dívidas por liquidar, o membro do executivo bejense confessa que tal é “transversal a praticamente todos os fornecedores da câmara” e que há um “esforço enorme” para que tudo esteja regularizado “até ao final do ano”. Carla Ferreira
Feira de Alcácer do Sal dá a provar primeiros frutos secos Os primeiros frutos secos do ano são “reis e senhores” da Feira Nova de Outubro de Alcácer do Sal, que decorre entre hoje, sexta-feira, e domingo. Na edição deste ano, o certame conta com 36 expositores, num total de 54 stands, cerca de 200 feirantes, oito tasquinhas, dois restaurantes e diversos bares e 10 divertimentos para crianças e adultos, nomeadamente carrosséis. Além de os visitantes poderem adquirir os primeiros frutos secos da época, a feira tem como pontos fortes uma corrida de touros, animação musical, gastronomia ou exposição de produtos regionais.
Passeio de BTT pelos caminhos de Aljustrel A Câmara Municipal de Aljustrel organiza no domingo, dia 2 de outubro, um passeio de BTT, com partida às 9 horas, junto ao edifício dos paços do concelho. Os participantes irão percorrer 32 quilómetros, num percurso que os vai levar a trilhar caminhos pelo concelho de Aljustrel, passando pela barragem do Roxo, freguesia de Ervidel e aldeia de Corte Vicente Anes, regressando a Aljustrel. A inscrição, para maiores de 12 anos, faz-se diretamente no local de partida.
“As quatro faces da mulher” no IPJ O Instituto Português da Juventude, em parceria com a Brahma Kumaris, promove amanhã, sábado, 1 de outubro, na Loja Ponto Já de Beja, o workshop “As quatro faces da mulher”. Uma iniciativa que “pretende encorajar as participantes a explorar o simbolismo das quatro ‘faces’ que caracterizaram as mulheres e seu papel através dos tempos, ao redescobrirem a sua verdadeira dignidade, potencial, e reconetá-las com o ‘eu’ interno, num ambiente nutritivo, construtivo e pacífico”, explica a organização. O workshop é gratuito.
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Há que travar uma guerra árdua para a conservação das igrejas em duas frentes (…)O baixo Alentejo luta com a dificuldade, sentida há muito noutros países da Europa, de ter inúmeros monumentos religiosos sem culto regular, fechados aos visitantes. José António Falcão, “Notícias de Beja”, 22 de setembro de 2011
Opinião
Ciência e inovação geram crescimento Maria da Graça Carvalho Deputada ao Parlamento Europeu
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s governos Sócrates herdaram dos governos Barroso e Santana Lopes dois programas comparticipados pela União Europeia no valor de mil milhões de euros: o Programa Operacional Ciência e Inovação e o Programa Operacional Sociedade do Co-nhecimento. A execução destes programas conduziu à melhoria significativa dos indicadores de ciência e de inovação, como o anterior primeiro-ministro José Sócrates fez questão em salientar de forma reiterada. No entanto, como todos os portugueses notaram, a referida melhoria não teve impacto no crescimento económico. Investir na ciência e na inovação é condição necessária, mas não suficiente, para o crescimento económico. Para que a sociedade consiga absorver o avanço científico e tecnológico os governos têm de assegurar regras de concorrência justas e rigorosas, um mercado eficiente, uma política fiscal estável, uma administração pública ágil e a formação generalizada da população. A situação atual é muitíssimo mais grave e os fundos comunitários representam a única possibilidade de investimento público para promover o crescimento económico e o emprego. Neste momento o Governo encontra-se a renegociar 15 mil milhões de euros do atual quadro comunitário de apoio. É crucial que neste processo seja dada prioridade aos fatores que mais podem contribuir para o crescimento da economia – a ciência, a inovação e a educação – reforçando as parcerias entre centros de investigação e empresas, a inserção de especialistas altamente qualificados no tecido empresarial e o apoio ao emprego jovem qualificado.
Beja e Évora Francisco Marques Músico
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uito se tem vindo a dizer, com base no senso comum, acerca do domínio de Évora sobre Beja. Se por um lado é fácil compreender alguns dos aspetos que levam a que se pense desta forma, por outro lado, como bejense que sou, parece-me difícil aceitar tal domínio como um facto consumado e que não é possível fazer nada para o inverter. Compreendo que em termos históricos Évora leva vantagem ao ser considerada património mundial; que geograficamente está localizada no coração desta enorme província que ocupa quase um terço do País; que na área científica tem uma tradição universitária secular. Mas Beja, e de certa forma todo o Baixo Alentejo, tem outros aspetos de que se pode orgulhar. Como exemplo, a respeito de infraestruturas, Beja já tem um aeroporto e em breve terá
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São exemplos como o deste rapaz que dão força para superar todas as adversidades, por muito grandes e profundas que elas sejam. LUÍS ANDRÉ, bombeiro em Ourique, ficou paraplégico aos 22 anos. E cruzou os braços? Nada disso, tirou um curso de mergulho e hoje a sua vida voltou a fazer sentido. E a nossa também! PB
[A eletrificação da linha de Beja] não esconde a impossibilidade ou incapacidade que o deputado do PS, eleito pelo distrito, tem em mobilizar o seu partido para a defesa dos interesses das populações do distrito de Beja. João Ramos, “Alentejo Popular”, 22 de setembro de 2011
uma autoestrada que nos permitirá estar mais perto de tudo e de todos e é no Baixo Alentejo que se situa o porto de Sines, que pode ser um polo de desenvolvimento económico importantíssimo para a região; em termos geográficos, Beja está localizada a cerca de uma hora e meia de diversas cidades importantes como Lisboa, Faro e Sevilha, e o Baixo Alentejo tem uma costa com belíssimas praias que podem ser bem aproveitadas turisticamente; musicalmente, todo o Baixo Alentejo tem um património único que se traduz no seu modo de cantar (o “cante” – um tipo de canto polifónico à capela) que ainda se ouve nos grupos corais que vão resistindo ao passar dos anos e nos representa de forma exemplar em qualquer lugar, bem como de tocar, em que se destaca um instrumento próprio: a viola campaniça. Parece-me então que está na hora de contrariar este pensamento e mostrar que Beja e o Baixo Alentejo têm valores tal como Évora e o Alto Alentejo. É altura para darmos as mãos e fazermos qualquer coisa que possamos em prol do Baixo Alentejo e da sua capital. Penso que apesar das suas especificidades devemos ver o Alentejo como um todo. Vamos fazer valer o que Beja e Évora têm de melhor pois se todos fizermos um pouco que seja, decerto faremos muito.
O Pierrot, a Colombina e o Arlequim Marcos Aguiar Licenciado em Psicologia
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Presidência da República interpretada por Aníbal Cavaco Silva, já se percebeu, tem dois atos. Ao contrário dos presidentes da república (PR) que o precederam, Cavaco Silva teve, em matéria de relacionamento com os restantes órgãos de soberania, um primeiro mandato muito interventivo, mas prepara-se para um segundo ato em que representará um papel secundário, num guião escrito e protagonizado pela coligação PSD/PP no Governo. Esta submissão do PR a um governo do mesmo quadrante político, já de si grave, é ainda mais preocupante no momento complicadíssimo que o País vive. Cavaco começa a parecer-se com um Pierrot de uma peça ao estilo “Commedia dell’arte”, recuperando a história do trio enamorado que sempre foi um verdadeiro entretenimento popular. Pierrot (Cavaco), que ama Colombina (PSD), que ama Arlequim (PP), que, por sua vez, também deseja Colombina. Burlesco ao melhor nível, pena é que a plateia não tenha condições para pagar mais por tão sublime representação. Como esquecer o ativismo do PR em plena pré-campanha eleitoral para as legislativas, com o País já mergulhado na crise e o FMI aquartelado em Lisboa, num flagrante contraste com os seus silêncios presentes? Como relativizar as observações acerca da origem da crise, atribuindo-a a variáveis internas a Portugal, sem as confrontar com o que ele afirma agora acerca do mesmo tema? Como fazer de conta que não existiu, no passado, uma opinião muito positiva do PR sobre as agências de notação financeiras, sabendo-se o que ele diz agora destas? Mais: como avaliar a inusitada comunicação do PR ao País a propósito do estatuto dos Açores e aceitar, hoje, o seu silêncio cúmplice com o desgoverno na ilha de Alberto João Jardim? Como acreditar na moral e bons costumes que o PR apregoar, quando a mesma pessoa se sente no direito de nada dizer acerca das malfeitorias dos seus amigos, colegas de partido, de
Governo, de lideranças várias e férias no Algarve, Duarte Lima (suspeito de homicídio), Dias Loureiro (foragido à justiça) e Oliveira e Costa (burlão)? Não aplaudamos mais um Pierrot triste e enrabichado por Colombina, enquanto ela, malandra, vai para a cama com o Arlequim, ou com qualquer outro interesseiro que, vindo da direita ou da esquerda, lhe satisfaça as pretensões. Chega de teatro, precisamos de um presidente da república… a sério!
Definições e indefinições Luís Covas Lima Bancário
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iagens. Lisboa, – Beja e Beja –, Lisboa. São eternas e apelativas essas viagens que faço. A frequência é elevada e não me canso, porque todas elas têm um ponto de partida ou de chegada de que gosto. Por trabalhar em Lisboa é notória e visível a minha satisfação na chegada a Beja. À chegada benzo-me porque assim fui educado. Beja, a terra onde nasci, passei a minha infância e adolescência e aprendi a considerar os outros. Aliás, lembro-me dos mais velhos me dizerem com toda a propriedade que não importavam estatutos nem condição social. Todos precisamos de todos, sem exceção. É um lema tão eterno, que até a modernidade destes nossos tempos insiste cada vez mais em vincar. Na ida para Beja insisto em não reconhecer a existência das áreas de serviço, a não ser que seja por uma razão de força maior. Além de serem impessoais e de descaradas nos preços, não me dão o conforto, nem me permitem lembrar as minhas raízes. Por essa razão, quando saio da autoestrada, suspiro por chegar a Santa Margarida do Sado. É um marco, onde sempre parei, para “esticar as pernas”, beber um café e conviver com os primeiros amigos na chegada ao Baixo Alentejo. O Manuel Maria e a Paula sempre me receberam no Café Milénio com alegria e amizade. A noção dos novos tempos. O desenvolvimento passa também pela construção das acessibilidades que este distrito sempre reclamou. Como sempre, não há bela sem senão. As minhas viagens, aquelas que me motivam e me chamam, tenderão a ser mais curtas e mais rápidas. A aproximação à capital será uma evidência. Em fase de construção da A26, é com nostalgia que percorro caminhos quase paralelos. Mas é com apreensão que antevejo que as terras e locais deste nosso Baixo Alentejo ficarão mais distantes. A paragem obrigatória será lembrada mas não esquecida. Por mim, farei questão de fazer o desvio num qualquer nó e continuarei a parar no sítio de sempre e que muito me diz. Outros tempos sempre lembrados e nunca esquecidos, apesar dos novos tempos. Não esquecerei as vezes sem conta onde comprei especialmente camarão do rio, além de pupias, enchidos e queijos para levar aos meus amigos e família. O percurso da A26 tende à esquerda e à direita. É assim até Beja. Santa Margarida do Sado, Figueira dos Cavaleiros, Ferreira do Alentejo e Beringel. Esquerda, direita, esquerda, direita. Faz lembrar a política dos nossos tempos. Não importa se à esquerda ou à direita. É tudo uma questão de desvios. O resultado final tende para infinito. Fatalmente, finito para a margem esquerda. Baleizão, Serpa e Vila Verde de Ficalho não constam no mapa. Ligação a Espanha para quê? Pelos vistos, não importa. Orgulhosamente sós!
Efeméride 5 de Outubro de 1910 – Triunfo da República
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abendo antecipadamente o que está a acontecer em Lisboa, os líderes republicanos do Baixo Alentejo começam a juntar-se em Beja no fim da tarde de 5 de outubro de 1910 procurando informações, embora sem resultado, sobre o que se passa na capital do país junto quer do Governo Civil, quer do comandante de Infantaria 17. Entretanto, um telegrama particular chega à cidade dando conta do triunfo da República, notícia que imediatamente se espalha pela população. Por força desta informação, comentada por todos, o povo começa a juntar-se na praça D. Manuel dando vivas à República. É então, já noite, que duma das janelas da praça Augusto Barreto e Francisco Pereira Coelho falam à multidão, sendo, mais tarde, lido ao povo o telegrama em que o ministro do Interior do Governo Provisório, António José de Almeida, nomeia o dr. António Aresta Branco governador civil do distrito de Beja. Como este líder republicano não se encontra na cidade, prevendo-se só a sua chegada no comboio da meia-noite, a população começa a dividir-se em grupos, percorrendo assim as ruas de Beja, cantando a Portuguesa e a Marselhesa, para confluir, mais tarde, na estação de caminho de ferro. Aqui, Aresta Branco é recebido de forma entusiástica, iniciando-se em seguida um cortejo que da estação vai até às Portas de Mértola, onde o novo governador civil fala ao povo da janela da residência do dr. Francisco Pereira Coelho, membro da Comissão Política Distrital do Partido Republicano. Dia 6 de outubro a República é oficialmente proclamada na Câmara Municipal, com a adesão ao novo regime do Regimento de Infantaria 17 e da vereação municipal monárquica. A tomada de posse do primeiro governador civil republicano acontece, poucas horas depois, no edifício da Casa Pia. Empossado no cargo de governador civil, de imediato Aresta Branco procede à nomeação de novos administradores para os catorze concelhos do distrito e substitui a vereação monárquica da Câmara de Beja por uma outra presidida pelo dr. Manuel Duarte Laranja Gomes Palma que exerce este cargo até janeiro de 1914 quando uma nova vereação assume funções em resultado das eleições municipais de 30 de novembro de 1913. A tomada de posse da vereação republicana acontece a 10 de outubro de 1910 e, nesse mesmo dia, por proposta do vereador Joaquim Filipe Fernandes, a praça D. Manuel passa a chamar--se praça da República, o largo Duque de Beja, praça Almirante Cândido dos Reis, a rua dos Infantes, rua 5 de Outubro e a rua do Hospital, rua Dr. Miguel Bombarda. Mais tarde, por proposta do vereador dr. Pedro Sequeira Feio, é decretado 1 de maio, dia do trabalhador, feriado municipal” (1). (1)
PIÇARRA, Constantino, Beja Republicana, 1910/1926, 100 Luz, Castro Verde, 2010, p. 29-30.. Constantino Piçarra
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No Festival Islâmico de Mértola conheci um bando de “idiotas” que andava pelo mundo em busca de sinais da poesia e da vida de AL-MUTAMID. Ouviram falar que havia um recente monumento em Beja que celebrava o poeta medievo. Disse-lhes que a coisa estava transformada em urinol público. Voltaram para França, apertados. PB
Continuamos intransigentes contra o encerramento de escolas, de postos médicos e de outros serviços públicos de proximidade, bem como eventuais extinções de freguesias. Tudo fizemos, tudo fazemos e tudo faremos para que o nosso concelho [Ferreira] continue a beneficiar de uma disponibilidade de bens e serviços que verdadeiramente honram o nosso estado social. Aníbal Reis Costa, “Jornal de Ferreira”, setembro de 2011
Cartas ao diretor Quando as desgraças do mundo não bastam Dália Reis Martins Beja
O ministro das Finanças diz que o pior ainda está para vir. E embora eu ainda não tenha compreendido muito bem o que é que isto significa, acredito na palavra dele. Estamos metidos num atascadeiro! E não é só a nível de finanças. Doenças bizarras, que nos arrastam para tratamentos intermináveis que só adiam o fim. Pais que matam filhos. Filhos que matam pais. Outros que não se contentam só com matar. Outros que matam por qualquer coisa. E outros ainda que se suicidam. Eu no fundo acredito que sempre houve disto (e houve!). Que não foi agora assim de repente só porque ficamos sem dinheiro, até porque tempos houve em que tínhamos muito menos. O certo é que graças aos media, no presente temos noção da taradice e desgraça que anda pelo mundo. E tal conhecimento deveria servir para nos aperfeiçoar enquanto humanos, para fazer crescer em nós a vontade de mudar e melhorar naquilo que está ao nosso alcance. Todos nós temos um pequeno raio de acção no qual podemos inf luir positivamente. Há todo um sem número de pequenas coisas que podemos fazer para tornar a vida melhor para os que nos cercam, como deixar passar à frente, na fila do supermercado, a mulher que não se queixa mas que apoia o peso do corpo num pé e noutro, inquieta. E por outro lado, nunca deixar passar a que exige prioridade porque com certeza está mal habituada e pode tornar-se numa tarada em potência, se já não for. Acho que toda a gente conhece alguém que, como se a desgraça que vai no mundo não fosse em dimensão suficiente, tenta por si próprio criar mais. O mal destas pessoas é terem nascido a achar que são especiais e ao longo da vida terem conseguido sempre levar a sua avante. E o problema surge quando num belo dia de sol alguém lhes diz que não pode ser! Imagine o leitor que não deixa passar uma vizinha na fila do supermercado e que a partir desse dia ela começa a persegui-lo. Primeiro rouba-lhe o tapete que diz bem-vindo. Depois mija-lhe à porta de madrugada. A seguir atropela-lhe o gato (não o mata mas deixa-o coxo para sempre). Mais tarde acusa-o de ser barulhento e chama a GNR. E ao mesmo tempo inventa coisas a seu respeito (imagine o horror que isto é se viver num meio pequeno). Devia então ter deixado passar esta senhora à frente? Não. Porque como já lhe disse, o mal é terem-lhe feito sempre as vontadinhas todas. Deverá pegar numa caçadeira e acabar com o problema? Também não, até porque se mete noutro. Então para além do atasqueiro mundial ainda tem que viver com a raiva gratuita de uma pessoa doente? Sim. Se uma pessoa destas se atravessar na sua vida, deixe-a espernear, ignore-a e sobretudo nunca perca a calma porque é isso que se pretende. Mas prepare-se porque enquanto ela não se cansar, e mesmo o que o governo diga o contrário, o pior estará sempre para vir!
Há 50 anos “Tempos escassos” em novidades e em dinheiro
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s pequenas peças jornalísticas de opinião, no “Diário do Alentejo” de há meio século, eram do mais interessante que o vespertino oferecia aos seus leitores. Bem escritas pelos jornalistas da casa, alguns dos quais procurando por essa via “contornar” a Censura fascista, abordavam temas locais e davam uma ideia – ainda dão, lidas hoje – do ambiente desses tempos. Na edição de 26 de setembro, M.G. (provavelmente, Melo Garrido) cronicava no “Varandim da Cidade” sobre o Totobola, acabado de surgir. Ouçam-no, na íntegra: “O ‘Totobola’ é, presentemente, a ‘coqueluche’ da população citadina. E o fenómeno não ocorre apenas em Beja mas sim em quase todas as terras do País. É uma novidade. Uma novidade que traz, consigo, a promessa de dinheiro! E os tempos vão escassos tanto em novidades agradáveis como em dinheiro!... Segundo informações oficiais, na ‘jornada inaugural’ foram recolhidos nas quatro agências que funcionam nesta cidade 2.345 boletins, que totalizaram 6.578 apostas, números estes que não ficaram nas posições cimeiras em relação a outras cidades, mas que também não figuram nas mais baixas. O primeiro prémio, como já largamente se divulgou, foi arrebatado por um estudante de Vila Real de Trás-os-Montes, único totalista no acerto dos 13 resultados e que embolsará 224 contos. O 2.º prémio, do mesmo montante, será dividido por 53 concorrentes, que ‘adivinharam’ 12 resultados. Cada um receberá mais de 4 contos. Registe-se, como curiosidade, que neste lote figura um concorrente de Beja, o sr. José Martins Rocha, chefe dos escritórios duma firma desta cidade. Para começo, não foi mau, convenhamos...” Dois dias depois, M.G. voltava a deixar a sua marca no “Varandim da Cidade”, criticando o município bejense da altura: “Há tempo, há muito tempo, lançámos o alvitre de que, a exemplo de uma útil prática seguida em tantas outras [cidades] do País e do estrangeiro, fossem colocadas em Beja placas indicando os locais onde se situam os seus monumentos de maior interesse ou valor. (...) Aguardou-se mas aguardou-se em vão. Está quase no termo mais uma temporada de maior afluxo turístico a Beja. E tudo continua na mesma. Mais uma vez diremos, pois, que esta nossa cidade é uma terra de muitos turistas mas de nenhum turismo. E é pena.” Carlos Lopes Pereira
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As autarquias associadas à Associação de Municípios do Baixo Alentejo e Alentejo Litoral decidiram acabar com ela. Com a associação. O que acontecerá quando os respetivos integrantes pagarem na integra o milhão de euros que devem em comparticipações. Ou seja: a AMBAAL está para acabar, nunca!PB
❝ Fotorreportagem
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Foi nestas andanças que dei os meus primeiros passos na língua alemã, ora arranhando o que ouvia, ora tentando ler as páginas das revistas que, também elas, vinham da Alemanha, recheadas de notícias e ilustradas com mamas e rabos, que me eram oferecidas, as revistas pois claro, para aprofundar o conhecimento da língua”.
Texto João Espinho Fotos José Ferrolho
Memórias de um Bairro Pergunta-me o director do “Diário do Alentejo” se sou moço para fazer uma crónica sobre o “Bairro Alemão”, uma crónica de memórias pessoais e históricas. Não sei se tenho engenhoparaverternumacrónicaaslembrançasdeum bairro da minha cidade que, dizem, é um exemplo de como deveriam ser todos os bairros das nossas urbes. Aqu i f ica o que conseg u i relembra r. O Bairro Alemão traz-me à memória episódios e vivências diversas, espaçadas em tempos distintos e com intensidades desiguais. Num primeiro tempo – estou a falar de 1969, princípios de 70, o Bairro Alemão era um sítio onde viviam cidadãos estrangeiros cujas casas tinham
aquecimento em todas as assoalhadas, onde não faltavam tapetes largos e, nos quartos de dormir, camas gigantescas desprovidas de lençóis mas abastecidas com umas coisas cheias de penas, de pato diziam eles. Do que eu mais gostava, nesse meu tempo com pouco mais de 10 anos de idade, era poder deitar-me nas alcatifas, junto a armários onde tudo cabia, e desfrutar das aparelhagens de som que faziam ecoar a estereofonia que me entrava pela cabeça através de auscultadores, uma coisa criada para, também, não incomodar os vizinhos. Foi nestas andanças que dei os meus primeiros passos na língua alemã, ora arranhando o que ouvia, ora tentando ler as páginas das revistas que, também elas, vinham da Alemanha,
recheadas de notícias e ilustradas com mamas e rabos, que me eram oferecidas, as revistas pois claro, para aprofundar o conhecimento da língua. É em 1973, no Bairro Alemão, que apanho boleia para ir, pela primeira vez, visitar a Alemanha. Lá chegado, percebi que o bairro em Beja tinha sido “copiado” de tantos outros existentes na Alemanha e que a estereofonia, afinal, não habitava em todos os lares alemães. Os seios e corpos despidos, esses sim, estavam em todas as bancas de revistas. Assim como o cheiro dos produtos para as máquinas de lavar roupa e a possibilidade de assistir, ao vivo, ao “Dark Side” dos Pink Floyd. Por razões irrelevantes para esta crónica, o Bairro
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Alemão passa a década de 1970 quase desocupado de alemães. A política externa alemã e o 25 de Abril ditam a redução de habitantes no bairro. Em 1980 a comunidade alemã regressa a Beja e o bairro toma uma nova vida. A Casa Alemã é o centro de tudo o que é novo, a discoteca é o ponto de atracção nocturna, a cerveja começa a fazer parte dos hábitos bejenses e a típica gastronomia alemã entra nos lares da nossa cidade. As festas e hábitos alemães são, nessa década, uma marca do Bairro Alemão: o Carnaval, com cinco dias de folia, a tentar reviver as festividades carnavalescas de Colónia; o baile de Maio, com mesas recheadas e orquestras germânicas; a Oktoberfest faz da cerveja
uma festa e do pernil de porco uma estranha iguaria; o Bazar de Natal, com multidões a contribuir para associações carenciadas, numa forma de estar a que, ainda hoje, não nos habituámos, passou a fazer parte do calendário bejense. A Cultura também regressou ao bairro, com iniciativas nas diversas áreas. Foi também no Bairro Alemão que Beja viu, em directo, a cerimónia da reunificação da Alemanha, decorrente da queda do Muro e do fim da Alemanha comunista. O Bairro Alemão deixou de existir em 1994. Hoje é o Bairro da Força Aérea Portuguesa. A história do Bairro Alemão está por fazer, assim como por fazer está a história da presença alemã em Beja. esta crónica não respeita a nova ortografia
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Campeonato Nacional de Basquetebol da 2.ª divisão
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Desporto
O Campeonato Nacional de Basquetebol da 2ª Divisão-CNB2, competição disputada pelo Beja Basket Clube, vai iniciar-se a 6 de novembro de 2011. Na primeira ronda a equipa bejense jogará em casa com os Salesianos de Évora.
Excursão a Guimarães O Moura Atlético Clube está a promover entre os sócios e adeptos do clube uma excursão a Guimarães, nos dias 15 e 16 de outubro, tendo em vista o jogo da 3.ª eliminatória da Taça de Portugal que levará a equipa mourense à cidade berço.
Campeonato Nacional da 2.ª Divisão
Moura quer pontuar em Mafra “
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s jogos são todos complicados, não há coisas fáceis, o nosso trabalho visa superar essas dificuldades, com a atitude e o empenho que temos demonstrado até aqui”. Esta é a receita do treinador Fernando Piçarra para justificar o quinto lugar que a equipa ocupa atualmente. Na antevisão do jogo de domingo, Piçarra afirma: “Vamos a Mafra explorar o contra ataque, não entraremos em campo para defendermos nada”. E reitera: “Jogaremos o jogo pelo jogo, é isso que faremos em todos os campos, temos que sair dos campos com a consciência que demos tudo o que estava ao nosso alcance para obtermos sucesso”. Da jornada do passado fim de semana fica o registo do triunfo tangencial sobre o Carregado, numa partida em que o Moura desperdiçou inúmeras oportunidades de golo, capazes de construir um volumoso resultado. Contudo, foram os golos de Kata e Nuno Moreira, ambos no período complementar, que asseguraram os três pontos à equipa mourense, que até ao momento tem assinado um campeonato extremamente meritório. Nos restantes jogos da terceira ronda, surpreende a goleada sofrida pelo Juventude, em Vendas Novas, equipa que continua a reforçar o seu plantel, e mais uma derrota pesada sofrida pelo
2 .ª D i v i s ã o N a ci o n al d e Juniores Série D/3.ª jornada:
Internacional, 3-Despertar, 2; Farense, 1-U. Montemor, 1; Lusitano, 2-Atlético, 3; Imortal, 2-Estoril, 3; Oeiras, 0-BM Almada, 1; Desp. Portugal, 1-Olhanense, 4. Classificação: 1.º Estoril, nove pontos. 2.º Beira Mar Almada, 7. 3.º Atlético, 6. 4.º Farense, 5. 5.º Lusitano Évora, Olhanense e Internacional, 4. 8.º Imortal e Oeiras, 3. 10.º Despertar, 2. 11.º U. Montemor e Desportivo Portugal, 1. Próxima jornada (1/10): Despertar-Desp.Portugal; U. Montemor-Internacional; AtléticoFarense; Estoril-Lusitano Évora; Beira Mar Almada-Imortal; Olhanense-Oeiras.
Nacional de Juvenis Série D/7.ª jornada: Olhanense, 1-O Elvas, 3;
Odemirense, 1-Barreirense, 0; U. Montemor, 0-V. Setúbal, 1; Casa Pia, 2-Imortal, 3; Estoril, 0-Oeiras, 0; C. Piedade, 2-Amora, 0. Classificação: 1.º Casa Pia, 18 pontos. 2.º Imortal, 16. 3.º Estoril, 15. 4.º V. Setúbal e Oeiras, 13. 6.º Odemirense, 11. 7.º Olhanense, 10. 8.º Barreirense e O Elvas, 6. 10.º Amora e U. Montemor, 4. 12.º Cova da Piedade, 3. Próxima jornada (2/10): O Elvas-Cova da Piedade; Barreirense-Olhanense; V. Setúbal-Odemirense; Imortal-U. Montemor; Oeiras-Casa Pia; Amora-Estoril. Reguengos. O Vendas Novas lidera, o Moura está na quinta posição, o Juventude e o Reguengos fecham a tabela dos pontos. Resultados da 3.ª jornada: Caldas, 2-Mafra, 0; Vendas Novas, 5-Juventude, 0; 1.º Dezembro, 0-Pinhalnovense, 2; Oriental, 2-Fátima,1;Tourizense,1-Louletano,
1; Torreense, 3-Reguengos, 0; Sertanense, 1-Monsanto, 1; Moura, 2-Carregado, 1. Classificação: 1.º Vendas Novas, Torreense e Sertanense, sete pontos. 4.º Pinhalnovense, 6. 5.º Moura, 5. 6.º Carregado, Tourizense, Caldas, Oriental e 1.º Dezembro, 4. 11.º Monsanto e Fátima, 3.
13.º Louletano e Mafra, 2. 15.º Juventude, 1. 16.º Reguengos, 0. Próxima jornada (2/10): Mafra-Moura; JuventudeCaldas; Pinhalnovense-Vendas Novas; Fátima-1.º Dezembro; Louletano -Oriental; Re guengos-Tourizense; Monsanto-Torreense; Carregado-Sertanense.
Despertar e Mineiro jogam em casa
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Despertar recebe o Desportivo de Portugal
Odemirense tem saída difícil para Setúbal
Nacional da 3.ª Divisão
eria desejável que a jornada de domingo marcasse, quer para o Despertar quer para o Aljustrelense, o abandono do ciclo de resultados menos conseguidos que as equipas têm assinado nesta fase inicial do campeonato. Não é desejável que se mantenham no rodapé da tabela classificativa. Urge pontuar e os próximos compromissos podem assinalar essa reviravolta.
Futebol Juvenil
O Aljustrelense recebe a formação do Messinense, que veio a Beja vencer o Despertar mas que sabemos ser adversário perfeitamente ao alcance dos mineiros. O Despertar será anfitrião do União de Montemor, formação que na última época escapou por pouco à despromoção e que nem por isso está melhor apetrechada. Acreditamos que os bejenses terão argumentos para conseguirem os primeiros pontos. No
rescaldo da jornada anterior, assinalam-se as duas derrotas sofridas pelas duas equipas sul alentejanas. O Despertar trouxe três bolas de Faro e o Mineiro outras tantas do Redondo, mas deixou lá o tento de honra. Resultados da 3.ª jornada: Pescadores, 1-Quarteirense, 0; U. Montemor,1-,Esp.Lagos,3;Farense, 3-Despertar, 0; Messinense, 1-Sesimbra, 1; Redondense, 3-Aljustrelense, 1; Fabril, 4-Lagoa, 0.
Classificação: 1.º Farense, nove pontos. 2.º Sesimbra, 7. 3.º Pescadores, Esp. Lagos, Redondense e Fabril, 6. 7.º Messinense, 7. 8.º Quarteirense e U. Montemor, 3. 10.º Aljustrelense e Lagoa, 1; 12.º Despertar, 0. Próxima jornada (2/10): Quar teirense-Fabri l; Esp. Lagos-Pescadores; Despertar-U. Montemor; Sesimbra-Farense; Aljustrelense-Messinense; Lagoa-Redondense.
Despertar em casa, Castrense fora Nacional de Iniciados Série F / 4 .ª J or nada: Olhanense,
2-Lusitano VRSA, 1; Esp. Lagos, 2-Despertar, 3; Barreirense -Louletano (adiado 4/12); V. Setúbal, 2-Lusitano Évora, 0; Imortal, 1-Odeáxere, 0; Juventude, 2-Castrense, 2. Classificação: 1.º Olhanense, 12 pontos. 2.º V. Setúbal, 10. 3.º Barreirense, 9. 4.º Imortal, 7. 5.º Odeáxere, Despertar e Esp. Lagos, 7. 8.º Castrense, 5. 9.º Lusitano VRSA, 4. 10.º Louletano, 3. 11.º Juventude, 1. 12.º Lusitano de Évora, 0. Próxima jornada (2/10): Ol ha nense-E sp. L a gos; De sper t a r - -Ba r rei rense; Louletano-V Setúbal; Luistano Évora-Imor ta l; Odeá xere -Juventude; Lusitano VRSA-Castrense.
Termina hoje, sexta-feira, o prazo de inscrições para o curso de candidatos a árbitros de futebol de 11, que a Associação de Futebol de Beja vai realizar no próximo mês de outubro.
Futsal: Baronia na Taça de Portugal A equipa de futsal do Grupo Desportivo e Cultural de Baronia, representante da AF Beja nas competições nacionais da modalidade, inicia amanhã oficialmente a temporada desportiva com a participação na 1.ª eliminatória da Taça de Portugal. A equipa de Vila Nova de Baronia desloca-se ao Pavilhão Municipal de Tavira para defrontar os Sonâmbulos. Na mesma
Hoje palpito eu... João Rosa
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oi um “ponta de lança” de eleição. Nasceu há 60 anos, em 15 de novembro de 1950, em Santa Clara de Louredo. Fez todo o percurso formativo no Despertar (ainda hoje se confessa um despertariano de gema), mas aos 19 anos ingressou no Desportivo de Beja. Aliás, a sua carreira foi salteada entre estes dois clubes, com um intervalo para vestir a camisola do Lusitano de Évora quando esteve a cumprir serviço militar naquela cidade. Desenhador projetista, aposentado da função pública, quer andar um pouco à margem do futebol.
competição pontificam outras equipas alentejanas, como os Independentes, de Sines, que jogam na Quinta do Conde, a Associação Évora Futsal, que receberá os Indefetíveis, e o Sporting de Viana do Alentejo, que tem deslocação ao Pavilhão do Sassoeiros. Os jogos estão marcados para as 16 horas. O Campeonato Nacional da 3.ª Divisão de Futsal começará no dia 8 de outubro.
(2) – PANOIAS-SPORTING DE CUBA Depois da pesada derrota sofrida há oito dias, os visitados não terão ânimo para vencer um Sporting de Cuba aguerrido e moralizado. (2) – GUADIANA-CASTRENSE Triunfo natural do Castrense, seguramente uma das melhores equipas deste campeonato. (1) – VASCO DA GAMA-ROSAIRENSE Ganha a Vidigueira, e se outras razões não existissem seria pelo facto de o meu sobrinho Pedro ser jogador da equipa. (X) – MILFONTES-ODEMIRENSE É um derby interessante. Para além de estarmos em presença de duas equipas equilibradas e bem apetrechadas. (1) – ALMODÔVAR-FERREIRENSE O Almodôvar é favorito, porque é uma equipa que, tradicionalmente, perde poucos pontos a jogar em casa. (2) – SERPA-DESPORTIVO DE BEJA O Desportivo é favorito em todos os jogos que disputa. Não terá uma tarefa fácil mas reúne o meu favoritismo
Distrital No derby de Vila Nova de São Bento o Serpa lutou mas o Aldenovense marcou nos descontos
Distritalão já mexe
Há derby na foz do Mira
O
s vizinhos Milfontes e Odemirense protagonizam no domingo, no Campo da Foz do Mira, palco dos visitados, mais um derby da edição 2011 do campeonato distrital da AF Beja. Trata-se do jogo mais empolgante da jornada, depois da abertura desta competição no último fim de semana, numa jornada que confirmou o potencial do candidato Castrense que construiu o resultado mais volumoso da jornada. Marcaram-se 27 golos, em seis dos sete jogos venceram as equipas da casa, o outro foi o esperado empate entre
Ferreirense e Milfontes. Como balança desta ronda inaugural, acentua-se a elevada produtividade das equipas em matéria de finalização. Só o Guadiana, Vasco da Gama e o Serpa se ficaram em branco. Aldenovense e Serpa foram protagonistas do primeiro derby da época, num jogo emotivo resolvido pelos visitados já em período de compensação. Resultados da 1.ª jornada: Castrense, 6-Panóias, 1; Rosairense, 1-Guadiana, 0; Odemirense, 2-Vasco Gama, 0; Ferreirense, 3-Milfontes, 3; Desportivo de Beja, 3-Almodôvar, 2; Aldenovense,
1-Serpa, 0; Sporting Cuba, 4-São Marcos, 1. Classificação: 1.º Castrense, Sporting de Cuba, Odemirense, Desportivo de Beja, Rosairense e Aldenovense, três pontos. 7.º Milfontes e Ferreirense, 1. 9.º Serpa, Guadiana, Almodôvar, Vasco da Gama, São Marcos e Panoias. Próxima jornada (2/10): PanoiasSporting de Cuba; Guadiana-Castrense; Vasco da Gama-Rosairense; MilfontesOdemirense; Almodôvar-Ferreirense: Serpa-Desportivo Beja; São Marcos-Aldenovense. Firmino Paixão
Distrital da 2.ª Divisão
Barrancos regressa em Pias
C
om um reduzido número de equipas que justificaram a formação de uma única série, arranca amanhã, sábado, o Campeonato Distrital da 2.ª Divisão da AF Beja. No lote de concorrentes estão o Piense e o Bairro da Conceição despromovidos
na última época do escalão principal, prováveis candidatos a um brilharete que lhe permita o regresso ao convívio dos grandes. Destacamos o jogo do 1.º de Maio em Pias, onde os locais recebem o Barrancos, este ano de regresso ao futebol sénior. O calendá-
rio completo da jornada é o seguinte: Amarelejense-Alvora da; Bairro da Conceição -Messejanense; OuriqueVale de Vargo; Renascente-Sanluizense; Piense-Barrancos; NegrilhosCabeça Gorda. Folga o Saboia. Os jogos iniciam-se às 15 horas.
(1) – SÃO MARCOS-ALDENOVENSE O São Marcos, a jogar no pelado, tem argumentos suficientes para derrotar o Aldenovense.
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19 Diário do Alentejo 30 setembro 2011
Curso de árbitros da AF Beja em outubro
Diário do Alentejo 30 setembro 2011
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Campeonato nacional de pesca às carpas
A terceira e última prova do Campeonato Nacional de Pesca às Carpas (Carpfishing/2011) realiza-se entre os dias 6 e 10 de outubro na barragem de Odivelas. A prova contará com a participação de 20 duplas de pescadores nacionais e inicia-se pelas 14 horas de sexta-feira, 6 de outubro.
Tanga José Saúde
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BTT em Santiago do Cacém A Associação BTT “Os Chaparros”, de Santiago do Cacém, anunciou a realização do seu 12.º passeio de BTT para o dia 13 de novembro, com dois percursos com a extensão de 40 e 70 quilómetros, de dificuldades média e média alta.
Team MoioMotorsportTT
Bejenses foram campeões nacionais
I
danha-a-Nova foi palco de mais um pódio para a dupla bejense, constituída por Edgar Moio e João Penedo, ao volante do Nissan Terrano II. Um excelente 3.º lugar que lhes garantiu o título de campeões nacionais da Promoção A e a subida ao 3.º lugar na Taça TT Pré Clássicos. A equipa MoioMotorsportTT subiu três vezes ao pódio em quatro provas, conquistando um total de seis tro-
féus, o mais importante deles, o 1.º lugar na Baja Carmim, em Tavira. No Ervideira Rali TT foi 1.º classificado na Promoção, 1.º classificado na classe Nissan Terrano e 2.º classificado na Taça. Em Proença-a-Nova foram desclassificados por excesso de tempo e, no último fim de semana, na Baja de Idanha-a-Nova, 3.º classificados na Taça e 1.º da classe. “Foi uma época bastante difícil
para nós em termos financeiros, tivemos que nos esforçar bastante para conseguirmos realizar todas as provas, mas conseguimos levar o barco a bom porto e conquistar o nosso objetivo de ser campeões”, revelou Edgar Moio, sublinhando o caráter amador do projeto e o facto de competirem pela primeira vez neste campeonato. Moio referiu: “O balanço para esta equipa foi bastante positivo pois o nosso
veículo, apesar de ser fiável, é bastante limitado, mas levou-nos três vezes ao pódio, sobretudo no último fim de semana, em Idanha, onde, depois de vários azares, a sorte acabou por nos sorrir e vimos o nosso objetivo alcançado”. A MoioMotorsportTT estará presente nos próximos dias 27 a 29 de outubro na 25.ª BAJA TT de Portalegre, para encerrar a época e também tentar conquistar mais um troféu.
Andebol
Zona Azul recebe o Almada
J
oga-se amanhã, sábado, no Pavilhão de Santa Maria, na cidade de Beja, o jogo entre a Zona Azul e o Almada, relativo à terceira jornada do Campeonato Nacional da 3.ª Divisão em Seniores Masculinos. Um jogo importante para os bejenses depois do excelente triunfo conse-
guido há oito dias no Pavilhão do Oriental. Os resultados completos da jornada foram os seguintes: Andebol Sines,27-Redondo,28; Lagos,17-Loures,15; Oriental,25Zona Azul,30; Boa Hora,37-Costa D’Oiro,18; Almada,43-Náutico Guadiana,23. Folgou o Torrense. A Zona Azul ocupa o quinto lu-
gar da tabela. Próxima jornada (1/10): Torrense-Boa Hora; Costa D’Oiro-Oriental; N.Guadiana-Lagoa; Loures-A.C.Sines; Zona Azul-Almada. Serpa joga em casa com o Lagoa No
Pavilhão Carlos Pinhão, na cidade de Serpa, a equipa de iniciados
do Centro de Cultura Popular de Serpa recebe amanhã, sábado, pelas 14 e 30 horas, a formação do Lagoa, para cumprir aquela que é a segunda jornada do Campeonato Nacional da 1.ª Divisão. Na ronda inaugural a equipa alentejana perdeu no Pavilhão do Vela de Tavira (24/13).
O futebol, tal como o País, está de tanga! A troika, esse vil condado, liderado por gentes estrangeiras, comanda literalmente os euros que nos caem nos bolsos. Tecnocratas, de olhos azuis e envergando fatos da última geração, ordenam as migalhas de pão que teimam chegar às nossas bocas. Tudo feito em prol de um povo há muito… de tanga. Num ápice, recuo no tempo e, numa conclusão diametralmente adversa, repenso na ilusão constatada, em tempos, no futebol regional de Beja. Os clubes, então considerados ricos, fabricavam plantéis cujos valores mensais iam para além do minimamente aceitável. Não existia a troika mas os mentores dessas agremiações aventureiras trabalhavam com verbas exorbitantes. Craques de primeira linha engrossavam o rol das ambições. Alvitrava-se, então, um futuro comprometedor. Claro que esse tipo de análise não era universal. Os adeptos, sempre sequiosos de vitórias, aplaudiam. Os mais requintados duvidavam. O dirigente, soberbo, orgulhava-se dos feitos desportivos alcançados pelo seu clube. E assim se construiu uma fútil irrealidade. Entretanto, o diretor que outrora botou palavra e criou falsas ilusões ao povo da bola, permanece imune. Hoje, vejo e revejo, a inflação sofrida pelo futebol distrital. Conheço casos que, nessa altura, me deixaram completamente abismado. Perplexo. Jogadores que, à época, recebiam mais dos clubes onde jogavam do que propriamente da entidade empregadora a quem debitava oito, ou mais, horas de trabalho diário. As verbas requeridas pelos craques duplicavam, ou triplicavam, consoante o imaginativo mundo dos emblemas. Agora, refastelado no meu sofá, sustento a opinião que nada se fez para arrepiar um caminho cujas repercussões futuras são por ora sobejamente reconhecidas. Há clubes que atingiram o auge e que extinguiram, depois, o futebol sénior; outros que se arrastam pelas ruas da amargura. Este o cenário atual do futebol cá do sítio. De tanga e… incompreendido!
Sexta-feira, 30 SETEMBRO 2011 Nº 1536 (II Série)
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ANÚNCIO Tribunal Judicial de Mértola – Secção Única Acção Executiva Processo n.° 103/06.5TBMTL Exequente: Caixa Geral de Depósitos, S.A. Executados: Ana Maria Pereira Pinheiro Romão e António Correia Romão Pereira.
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FAZEM-SE SABER que nos autos acima identificados se encontra designado o dia 13 de Outubro de 2011, pelas 13:30 horas, no Tribunal acima identificado, para abertura de propostas que sejam entregues até esse momento na Secretaria do mesmo, pelos interessados na compra dos seguintes bens: Verba 1) - Prédio urbano descrito sob o número 452/19871027, da freguesia de Santana de Cambas, concelho de Mértola, artigo matricial n.° 1518 - Santana de Cambas, situado em Bens. Verba 2) - Prédio urbano descrito sob o número 453/19871027, da freguesia de Santana de Cambas, concelho de Mértola, artigo matricial n.° 2178 - Santana de Cambas, situado em Bens. Os bens pertencem aos Executados: ANA MARIA PEREIRA PINHEIRO ROMÃO, NIF: 185772943 E ANTÓNIO CORREIA ROMÃO PEREIRA, NIF: 143468200. VALOR BASE: 35.000,00 € Será aceite a proposta de melhor preço acima do valor de 24.500,00€, correspondente a 70% do Valor Base [ou verba 1) 70% de 5.000,00€ - verba 2) 70% de 30.000,00€] Nos termos do artigo 897° n.° 1 do CPC, os proponentes devem juntar à sua proposta, como caução, cheque visado à ordem do agente de execução, no montante correspondente a 20% do valor base do bem, ou garantia bancária, no mesmo valor. É Fiel depositário que o mostrará a pedido os executados Ana Maria Pereira Pinheiro Romão e António Correia Romão Pereira, residentes em Bens, Santana de Cambas, Mértola. O Agente de Execução, Céd Prof. 3877 Pedro Brandão
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Diário do Alentejo nº 1536 de 30/09/2011 Única Publicação
CARTÓRIO NOTARIAL DE SETÚBAL DO NOTÁRIO LICENCIADO JOÃO FARINHA ALVES Certifico narrativamente que, por escritura de vinte e um de Setembro do ano de dois mil e onze, lavrada de folhas noventa e oito e seguintes, do livro de notas para escrituras diversas número cento e cinquenta-A, deste Cartório JOSÉ FERNANDES SIMÃO e mulher MARIA ANA MARTINS SIMÃO, ambos naturais da freguesia de Santana de Cambas, do concelho de Mértola, que declararam ser casados sob o regime da comunhão geral de bens, residentes habitualmente na Rua José dos Santos Mateus, lote quinze, terceiro andar direito, em Prior Velho, freguesia do concelho de Loures, contribuintes fiscais, respectivamente, números 118769766 e 129520047, justificam ser donos e legítimos possuidores, com exclusão de outrém, de um prédio urbano composto de quintal, com a área de cem metros quadrados, situado em Moreanes, na freguesia de Santana de Cambas, do concelho de Mértola, que confronta do Norte com Via Pública, do Sul com Maria Bárbara Sebastião e Quintal José Jacob; do Nascente com Maria Bárbara Sebastiâo, e do Poente com Quintal José Jacob, que se encontra inscrito sob o artigo 3.017, da freguesia de Santana de Cambas, com o valor patrimonial de 160,00€, constando como titular do referido artigo matricial Maria Martins (cabeça-de-casal da herança de), tia da ora justificante mulher. Que, no tocante ao registo predial, não se encontra descrito na Conservatória do Registo Predial de Mértola. ESTÁ CONFORME. Cartório Notarial de Setúbal, do Notário Lic. João Farinha Alves, aos vinte e um de Setembro do ano de dois mil e onze. O Notário, Lic. João Farinha Alves
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Diário do Alentejo 30 setembro 2011
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Diário do Alentejo 30 setembro 2011
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Dr. Sidónio de Souza – Pneumologia/Alergologia/ Desabituação tabágica – H. Pulido Valente Dr. Fernando Pimentel – Reumatologia – Medicina Desportiva – Instituto Português de Reumatologia de Lisboa Dr.ª Verónica Túbal – Nutricionismo – H. de Beja Dr.ª Sandra Martins – Terapia da Fala – H. de Beja Dr. Francisco Barrocas – Psicologia Clínica/Terapia Familiar – Membro Efectivo da Soc. Port. Terapia Familiar e da Assoc. Port. Terapias Comportamental e Cognitiva (Lisboa) – Assistente Principal – Centro Hospitalar do Baixo Alentejo. Dr. Rogério Guerreiro – Naturopatia Dr. Gaspar Cano – Clínica Geral/ Medicina Familiar Dr.ª Nídia Amorim – Psicomotricidade/Educação Especial e Reabilitação (dificuldades específicas de aprendizagem/ dislexias) Dr. Sérgio Barroso – Oncologia – H. de Beja Drª Margarida Loureiro – Endocrinologia/Diabetes/ Obesidade – Instituto Português de Oncologia de Lisboa Dr. Francisco Fino Correia – Urologia – Rins e Vias Urinárias – H. Beja Dr. Daniel Barrocas – Médico Interno de Psiquiatria – Hospital de Santa Maria Dr. Carlos Monteverde – Chefe de Serviço de Medicina Interna, doenças de estômago, fígado, rins, endoscopia digestiva. Dr.ª Ana Cristina Duarte – Pneumologia/Alergologia Respiratória/Apneia do Sono – Assistente Hospitalar Graduada – Consultora de Pneumologia no Hospital de Beja Dr.ª Isabel Martins – Chefe de Serviço de Psiquiatria de Infância e Adolescência/Terapeuta familiar – Centro Hospitalar do Baixo Alentejo Dr.ª Paula Rodrigues – Psicologia Clínica – Hospital de Beja Dr.ª Luísa Guerreiro – Ginecologia/Obstetrícia Dr.ª Ana Montalvão – Hematologia Clínica /Doenças do Sangue – Assistente Hospitalar – Hospital de Beja Dr.ª Ana Cristina Charraz – Psicologia Clínica – Hospital de Beja Dr. Diogo Matos – Dermatologia. Médico interno do Hospital Garcia da Orta. Dr. José Janeiro – Medicina Geral e Familiar – Atestados: Carta de condução; uso e porte de arma e caçador. Dr.ª Joana Freitas – Cavitação, Lipoaspiração não invasiva,indolor e não invasivo, acção imediata, redução do tecido adiposo e redução da celulite Dr.ª Ana Margarida Soares – Terapia da Fala - Habilitação/ Reabilitação da linguagem e fala. Perturbação da leitura e escrita específica e não específica. Voz/Fluência. Dr.ª Maria João Dores – Técnica Superior de Educação Especial e Reabilitação/Psicomotricidade. Perturbações do Desenvolvimento; Educação Especial; Reabilitação; Gerontomotricidade. Enfermeira Maria José Espanhol – Enfermeira especialista em saúde materna/Cuidados de enfermagem na clínica e ao domicílio/Preparação pré e pós parto/ amamentação e cuidados ao recém-nascido/Imagem corporal da mãe – H. de Beja Marcações diárias pelos tels. 284 322 503 Fax 284 322 503 Tm. 91 7716528 Rua Zeca Afonso, nº 6, 1º B, 7800-522 Beja clinipax@netvisao.pt
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institucional diversos
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Diário do Alentejo 30 setembro 2011
Diário do Alentejo n.º 1536 de 30/09/2011 Única Publicação
Diário do Alentejo n.º 1536 de 30/09/2011 Única Publicação
Assembleia de Freguesia de Santa Clara de Louredo A Assembleia de Freguesia de Santa Clara de Louredo, reunida em 27 de Setembro de 2011, DELIBERA: 1. Manifestar a sua convicção de que, pela exiguidade dos recursos públicos que lhe são afectos e pela forma exemplar como são aplicados a) As autarquias locais têm um importante papel na promoção das condições de vida local e na realização de investimento público, indispensáveis ao progresso local, no combate às assimetrias regionais e, no presente quadro, às acções que contribuam para atenuar os efeitos da crise e em particular aos reflexos sociais mais negativos que a aplicação do actual programa de ingerência externa está a impor aos portugueses; b) A extinção de autarquias que em quase nada contribuirá para reduzir a despesa pública, só não acarretará novos e maiores gastos para um pior serviço às populações como constituirá um factor de empobrecimento da vida democrática local; 2. Repudiar a intenção de extinguir as autarquias existentes, seja pela sua pura eliminação seja por recurso a qualquer forma de engenharia política, que lhes retire o que têm em essencial, a saber, os seus órgãos democraticamente eleitos, as sua atribuições próprias e a parte dos recursos públicos essenciais à sua existência e funcionamento nas condições de autonomia previstas na Constituição da República. Aprovado por maioria com 4 votos a favor, dos eleitos da CDU e 3 abstenções dos eleitos do PS O Presidente da Assembleia de Freguesia Evaristo José Guerreiro Amaro
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ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE SERPA
EDITAL SARA DE GUADALUPE ABRAÇOS ROMÃO, PRESIDENTE DA ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE SERPA. TORNA PÚBLICO: de acordo com o estipulado no n.° 3 do artigo 84° da Lei n.° 169/99, de 18 de Setembro, com a redacção dada pela Lei n.° 5-A/2002, de 11 de Janeiro e artigos 16.° e 38.° do Regimento da Assembleia Municipal de Serpa, que no próximo dia 30 de Setembro de 2011, pelas 18:00 Horas, na Sala de Sessões da Câmara Municipal realizar-se-á uma sessão ordinária deste Órgão Deliberativo, cuja ordem de trabalhos é a seguinte: 1. PERÍODO DE “ANTES DA ORDEM DO DIA” 1.1. Apreciação e votação da acta nº 4/2011 1.2. Resumo do Expediente 1.3. Intervenção dos membros da Assembleia Municipal 2. PERÍODO DE “ORDEM DO DIA” 2.1. Relatório da Actividade Municipal (Artigos 53º e 68º da Lei nº 169/99, de 18/09, com a redacção da Lei nº 5-A/2002, de 11 de Janeiro) – Relatório nº 4/2011 2.2. Segunda revisão ao Orçamento e Plano Plurianual de Investimentos 2.3. Impostos Municipais 2.4. Encerramento de serviços do Hospital de S. Paulo, em Serpa 2.5. Moção da Assembleia de Freguesia de Vila Nova de S. Bento sobre o encerramento/privatização do Posto dos CTT naquela freguesia 2.6. Tomada de posição da Assembleia Municipal de Beja – “Pela Defesa dos Comboios em Beja” 3. PERÍODO DE “INTERVENÇÃO DO PÚBLICO” E, para constar, se publica o presente edital e outros de igual teor, que vão ser afixados nos locais públicos do costume. Serpa, 21 de Setembro de 2011.
A Presidente da Assembleia Municipal Sara de Guadalupe Abraços Romão
necrologia Vila Nova de S. Bento
Serpa
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Diário do Alentejo 30 setembro 2011
Rua da Cadeia Velha, 16-22 - 7800-143 BEJA Telefone: 284311300 * Telefax: 284311309
Brinches
PARTICIPAÇÃO E AGRADECIMENTO
www.funerariapax-julia.pt E-mail: geral@funerariapax-julia.pt Funerais – Cremações – Trasladações - Exumações – Artigos Religiosos
Manuel Correia Faleceu o Exmo. Sr. António Rosa Abril Paixão, de 67 anos, casado com Eugénia Jesus Ferreira Paixão Abril, natural de Vila Nova de S. Bento. O funeral a cargo desta Agência, realizou-se no passado dia 28 de Setembro da Casa Mortuária de Vila Nova de S. Bento para o cemitério local. Na impossibilidade de agradecer pessoalmente a todas as pessoas que compareceram ao funeral e manifestaram o seu pesar, a família, vem por este meio expressar o seu agradecimento a todos os que estiveram presentes. AGÊNCIA FUNERÁRIA BARRADAS, LDA. Rua do Outeiro nº 21 Vila Nova de S. Bento Telm: 967026828 - 967026517
Esposa, filho, irmãos, sobrinhos e restante família cumprem o doloroso dever de participar o falecimento do seu ente querido ocorrido no dia 22/09/2011, e na impossibilidade de o fazer individualmente vêm por este meio agradecer a todas as pessoas que o acompanharam à sua última morada ou que de qualquer forma manifestaram o seu pesar. AGÊNCIA FUNERÁRIA SERPENSE, LDA Gerência: António Coelho Tm. 963 085 442 – Tel. 284 549 315 Rua das Cruzes, 14-A – 7830-344 SERPA
Nossa Senhora das Neves MISSA
BERINGEL
†. Faleceu o Exmo. Sr.
†. Faleceu a Exma. Sra. D. MARIA AUGUSTA LAMPREIA, de 78 anos, natural de Rosário - Almôdovar. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 22, das Casas Mortuárias de Beja, para o cemitério desta cidade.
†. Faleceu a Exma. Sra. D. MARIA CUSTÓDIA, de 87 anos, natural de Quintos Beja, viúva. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 23, da Capela do Lar de Salvador - Polo II, para o cemitério de Beja.
†. Faleceu a Exma. Sra. D.
FRANCISCO ANTÓNIO CAROCINHO, de 86 anos, natural de Nossa Senhora das Neves - Beja, viúvo. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 21, das Casas Mortuárias de Beja, para o cemitério de Nossa Senhora das Neves.
BEJA
7 anos já se passaram e a saudade não diminui, tua mulher e teus filhos não conseguem esquecer-te “Rui” Esposa, filhos, pais, irmão e restante família informam que será celebrada missa pelo seu eterno descanso no dia 02/10/2011, domingo, pelas 18 e 30 horas na Igreja da Sé em Beja, agradecendo desde já a todos os que se dignarem comparecer.
AGÊNCIA FUNERÁRIA POPULAR BEJENSE, LDA.
Rui Miguel Escalinha Fragoso 7.º Ano de Eterna Saudade Sua mãe, tio e restante família participam a todas as pessoas de suas relações e amizade que mandam celebrar missa por alma do seu ente querido no dia 02/10/2011, domingo, pelas 11 e 30 horas na Igreja de Nossa Senhora das Neves, agradecendo desde já a todos os que se dignarem comparecer.
MIRALDINA DA CONCEIÇÃO GAMITO, de 88 anos, natural de Beringel Beja, viúva. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 23, da Casa Mortuária de Beringel, para o cemitério local.
(Rectifica-se porque por lapso e erradamente na anterior publicação foi colocado o titulo académico de Doutor, pelo que pedimos desculpa à família) CUBA
BEJA
AMENDOEIRA DO CAMPO / VALE DE AÇOR
†. Faleceu a Exma. Sra. D.
†. Faleceu a Exma. Sra. D. MARIA CAROLINA GARRIDO PEREIRA, de 53 anos, natural de Santiago Maior Beja. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 24, do Hospital de Beja, para o cemitério desta cidade.
†. Faleceu o Exmo. Sr. ANTERO DIAS, de 79 anos, natural de Alcaria Ruiva Mértola, casado com a Exma. Sra. D. Manuela Inácia Dias. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 27, da Casa Mortuária de Amendoeira do Campo, para o cemitério de Vale de Açor, Alcaria Ruiva.
BERINGEL
NOSSA SENHORA DAS NEVES
CÂNDIDA AUGUSTA PENEDO CORREIA VASCO, de 74 anos, natural de Cuba, casada com o Exmo. Sr. António Francisco Maltez Vasco. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 23, da Casa Mortuária de Cuba, para o cemitério local. BEJA
7.º Ano de Eterna Saudade
Seus filhos, netos e restante família cumprem o doloroso dever de participar o falecimento do seu ente querido ocorrido no dia 20/09/2011, e na impossibilidade de o fazer pessoalmente, agradecem por este meio a todas as pessoas que o acompanharam à sua última morada ou que de outro modo manifestaram o seu pesar.
BEJA
Funerária Central de Serpa, Lda.
Rua Nova 31 A 7830-364 Serpa Tlm. 919983299 - 963145467
Rui Miguel Cascalheira Colaço da Costa Francisco António Carocinho
BEJA
h
É com enorme pesar e solidários na dor da família que participamos o falecimento da Sra. Ana Gertrudes Passinhas, de 94 anos, viúva. O funeral a cargo desta Funerária realizou-se no passado dia 24 de Setembro da Casa Mortuária de Brinches para o cemitério local. A família enlutada na impossibilidade de o fazer individualmente, agradece a todas as pessoas que pela sua presença ou de outra forma manifestaram o seu pesar.
Nossa Senhora das Neves MISSA
PARTICIPAÇÃO E AGRADECIMENTO
NOSSA SENHORA DAS NEVES
†. Faleceu o Exmo. Sr. JOÃO
†. Faleceu o Exmo. Sr.
†. Faleceu o Exmo. Sr. JOSÉ
AUGUSTO MALDONADO, de 84 anos, natural de Vidigueira,viúvo. O funeral a cargo desta Agência realizouse no passado dia 28, das Casas Mortuárias de Beja, para o cemitério desta cidade.
JOAQUIM DA COSTA FIGUEIRA TAVARES, de 76 anos, natural de Beringel Beja, viúvo. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 28, da Casa Mortuária de Beringel, para o cemitério local.
AUGUSTO PIÇARRA GUERREIRO, de 62 anos, natural de São João Baptista - Moura , casado com a Exma. Sra. D. Maria José Duro Mestre Piçarra. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 28, da Casa Mortuária de Nossa Senhora das Neves, para o cemitério local.
†. Faleceu a Exma. Sra. D. MARIA OLINDA TRINDADE RAMOS, de 78 anos, natural de Paranhos - Seia, viúva. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 27, da Capela do Bairro da Esperança, para o cemitério de Beja.
Às famílias enlutadas apresentamos as nossas mais sinceras condolências.
Consulte esta secção em www.funerariapax-julia.pt
MISSA
Castro Verde PARTICIPAÇÃO E AGRADECIMENTO
António Francisco Moisão Gaspar
Seus filhos, netos e restante família participam o seu falecimento aos 89 anos, no dia 19/09/2011, e agradecem desta forma a todas as pessoas que compareceram no seu funeral ou que lhes manifestaram o seu pesar.
PARTICIPAÇÃO E AGRADECIMENTO
Rua António Sardinha, nº 12, 7800-447 BEJA Tel. 284323555 Tm. 965217456
Maria da Encarnação Rosa
Baleizão PARTICIPAÇÃO, AGRADECIMENTO E MISSA
9.º Ano de Eterna Saudade
José Augusto Gonçalves (Sabala)
Inácio José Charrua Garrido Honrado Esposa e filhos cumprem o doloroso dever de participar o falecimento do seu ente querido ocorrido no dia 25/09/2011, e na impossibilidade de o fazer individualmente vêm por este meio agradecer a todas as pessoas que o acompanharam à sua última morada ou que de qualquer forma manifestaram o seu pesar. Mais informam que será celebrada missa do seu 7º dia, no dia 02/10/2011 na Igreja Paroquial de Baleizão pelas 10.00 horas.
Esposa, filhos e restante família cumprem o doloroso dever de participar o falecimento do seu ente querido ocorrido no dia 18/09/2011, e na impossibilidade de o fazer pessoalmente, agradecem por este meio a todas as pessoas que o acompanharam à sua última morada ou que de outro modo manifestaram o seu pesar.
Oiço-te no vento que me vem falar Quando em tua ausência, teimo em te esperar Vejo-te na espuma branquinha do mar Quando sou areia e me vens beijar Mãe, avó, irmãos, cunhadas e sobrinhos, mandam celebrar missa no dia 4 de Outubro pelas 19 horas na Igreja do Salvador – Beja. Agradecem desde já a todas as pessoas que assistirem ao piedoso acto.
CAMPAS E JAZIGOS DECOR AÇÃO CONSTRUÇÃO CIVIL “DESDE 1800” Rua de Lisboa, 35 / 37 – Beja Estrada do Bairro da Esperança Lote 2 Beja (novo) Telef. 284 323 996 – Tm.914525342
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26 Diário do Alentejo 30 setembro 2011
“Esse mergulho mexeu comigo. No fundo do mar não temos quaisquer limitações. Exploramos, vamos onde qualquer outra pessoa sem limitações vai. E aí vivi o meu sonho”.
Vidas
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Poderei tentar ingressar numa equipa de mergulho da Autoridade Nacional de Proteção Civil. Isso é uma luta que tenho. Acredito que seja difícil, mas ao mesmo tempo acho que se as pessoas dentro das estruturas virem para além do bombeiro que anda de cadeira de rodas, pode ser possível.
Luís André é o primeiro bombeiro paraplégico com certificação de mergulho
Luís André, paraplégico e bombeiro em Ourique, concluiu no passado mês de agosto o curso de mergulhador de recreio. É o primeiro bombeiro paraplégico com certificação de mergulho e a segunda pessoa com mobilidade reduzida a consegui-lo em Portugal.
DR
O homem que nasceu de novo
Texto Marco Monteiro Cândido
A
vida de Luís André sofreu um enorme contratempo em 1995. Um acidente de mota deixou-o paraplégico aos 22 anos e com 80 por cento de incapacidade física. Com a mudança que sofreu na sua vida, Luís André teve que reaprender a viver de outra forma, deixando muitos dos seus sonhos de parte. “Tentei refazer a minha vida. Após um acidente destes a vida muda. É morrer e nascer outra vez e é começar dali para a frente”. Um dos sonhos era o de praticar mergulho, tornar-se mergulhador. “Este é um velho sonho que eu tinha. Mas, após o acidente, tive que o pôr de parte. Falei ainda com mergulhadores na altura para saber se, mesmo sendo paraplégico, conseguiria mergulhar. Aí disseram-me que não e eu coloquei de parte essa hipótese”. Desde o acidente, o desejo de mergulhar foi posto completamente de parte por Luís André. Até ao ano passado, quando foi desafiado pela associação internacional de mergulhadores com limitações, a Disabled Divers International (uma associação dinamarquesa sem fins lucrativos e com representação em Portugal), e a Associação Salvador, uma instituição que pretende promover a integração de pessoas com deficiência motora e melhorar a sua qualidade de vida, para fazer umas provas em Lisboa. “Prestei as provas, não tive qualquer dificuldade e disseram-me que não havia problema nenhum em fazer um mergulho. Em agosto de 2010 convidaram-me para fazer um mergulho no mar, em Sesimbra, acompanhado por dois instrutores por não ter ainda experiência”. Esta primeira experiência no fundo do mar provocou algo em Luís André, como se tivesse nascido uma terceira vez. “Esse mergulho mexeu comigo. No fundo do mar não temos quaisquer limitações.
Sonho concretizado Batismo de megulho no mar
Exploramos, vamos onde qualquer outra pessoa sem limitações vai. E aí vivi o meu sonho”. Ao falar desse momento, Luís André emociona-se visivelmente, como se o mar lhe banhasse os olhos. “Foi a liberdade total. Uma grande emoção. Quando o
nosso espírito entra naquele mundo, esquecemos tudo”. Daí para cá, mais do que nunca, o chamamento do mergulho foi ainda mais forte. Incentivado pelos instrutores da DDI-Portugal, Luís André começou a acreditar na possibilidade
de cumprir o seu velho sonho: ser mergulhador. Desse momento e até ao início do curso de mergulhador foi uma questão de tempo e disponibilidade, o que aconteceu no passado mês de agosto. Passada a parte teórica do curso, Luís André passou
três dias em piscina e um dia e meio no mar, tendo concluído o curso com aproveitamento. “Na piscina é tudo muito mais fácil, mas no mar as coisas são completamente diferentes”. Apesar de tudo, não sentiu quaisquer dificuldades no fundo do mar e foi mais fácil do que estava à espera. “Punha muitos obstáculos e tinha muitos porquês, mas depois, ao viver os momentos, correu tudo bem”. O primeiro mergulho de Luís André, já depois da certificação, aconteceu no passado dia 17 de setembro, numa limpeza subaquática em Sesimbra e “sem instrutores”, afirma o mesmo com visível orgulho. “Só fui acompanhado por uma pessoa, mas isso é a lei que obriga, sempre, duas pessoas a mergulharem no mar ”. O sonho que Luís André tinha posto de parte, e que agora recuperou, é um exemplo das muitas coisas que as pessoas portadoras de deficiência podem e conseguem fazer. De tudo o que fazia, antes de sofrer o acidente de mota, ser bombeiro foi a única coisa da qual não desistiu. Em 1989, com 16 anos, Luís André entrou para a corporação dos Bombeiros Voluntários de Ourique, onde está até hoje e onde trabalha na central telefónica. E hoje, saltar de para-quedas também está mais perto. Se fosse possível, Luís André mergulharia todos os dias. Por agora, e já com a certificação, vai fazendo-o quando é possível. Para o futuro, há que arranjar equipamento próprio, já que o custo do material ainda não permitiu a Luís adquiri-lo. E, se possível, conjugar o mergulho com a vida de bombeiro. “Como sou o primeiro bombeiro paraplégico certificado em Portugal neste nível, poderei tentar ingressar numa equipa de mergulho da Autoridade Nacional de Proteção Civil. Isso é uma luta que tenho. Acredito que seja difícil, mas ao mesmo tempo acho que se as pessoas dentro das estruturas virem para além do bombeiro que anda de cadeira de rodas, pode ser possível”. E por agora, 16 anos depois do acidente que o deixou paraplégico, sempre com o mar no horizonte, Luís André é um homem em paz, como a paz que se vive no fundo do mar. “Hoje posso dizer que sou uma pessoa que se consegue deitar em paz”.
A companhia bejense Lendias d’Encantar realiza no fim de semana, dias 1 e 2, três ateliês de expressão dramática, que decorrerão na Casa da Cultura para diferentes públicos alvo. Entre as 10 e as 13 horas, a ação é orientada pela atriz Marisela Terra e dirigida a crianças com idades entre os seis e os nove anos. Os restantes destinam-se a jovens, dos 10 aos 14 anos, e a adultos, sendo dinamizados por Ana Ademar e António Revez, respetivamente.
Vitória, estória vitória conta a tua sos sorrisos
Dica Já demos aqui algumas dicas para reciclares as tampinhas de plástico, mas agora o desafio que te lançamos é para criares a partir das caricas ímans divertidos. Podes criar personagens inspiradas nos teus pais, irmãos ou amigos.
Leonardo Da Vinci nasceu em Itália em 1452. Pintou “Mona Lisa”, um dos quadros mais famosos do mundo, muito pelo enigmático sorriso da personagem. Leonardo não foi só pintor, foi também músico, escultor, inventor, engenheiro, cientista e matemático. Muitas das notas que escrevia nos seus livros aparecem escritas da direita para a esquerda sendo apenas decifráveis ao espelho. “Lets Make Some Great Art” lançou um livro dedicado a vários pintores, onde podes não só aprender técnicas como divertires-te recriando os quadros originais. A dica propõe-te desenhares um novo sorriso desta pintura de Leonardo Da Vinci ou como no vídeo (http://vimeo. com/26444180) criares a partir do desenho original personagens como Lady Gaga.
.otsi rel seugesnoC -esed atnet oãtnE ed osirros o rahn asiL anoM
A páginas tantas ... O Senhor Nicanor, de Ana Fernández-Abascal e ilustrado por Flávio Morais, é o mais recente livro editado pela Kalandraka. A autora junta três personagens como protagonistas de um conto, em que cada uma vai lendo sucessivamente um livro, após a enunciação de uma fórmula que se vai repetindo à laia de estribilho. – Que história tão má! É melhor esquecê-la já. E, como se queria rir, pegou num livro a seguir... Todas elas recorrem a um livro para satisfazer a dose de emoção, entretenimento ou aprendizagem que a televisão não lhes proporciona. As ilustrações muito iconográficas e de cores muito intensas produzem chamativos contrastes. Podemos sempre perguntar, televisão ou um livro?
27 D Diário do Alentejo 330 setembro 2011
Lendias promove ateliês para crianças e jovens
28 Diário do Alentejo 30 setembro 2011
A Mandy é uma cadela adulta, cruzada de pastor alemão, que está no canil há pouco tempo mas já conquistou todos. É simpática e muito dócil com todas as pessoas e cães. É mamã de sete lindos cachorrinhos que também procuram famílias de adoção. Venham conhecer a Mandy e os seus filhotes à associação. Depois de amamentar será esterilizada e vacinada. Contactos: 962432844; sofiagoncalves.769@hotmail.com
Boa vida Comer Frango do campo assado no forno Ingredientes: 1 frango do campo 4 dentes de alho picados q.b. colorau q.b. salsa picada 1 folha de louro q.b. sal e pimenta 1,5 dl de azeite 1 dl de vinagre q.b. de polpa de tomate 2 dl de vinho branco 1 dl de aguardente velha q.b. de Água Batatas fritas Salada mista
Confeção: Parta o frango em pedaços e tempere com todos os ingredientes, esfregue bem tudo no frango e reserve de um dia para o outro no frigorífico. Leve ao forno a assar a 170ºC, durante uma hora. Depois de assado sirva com as batatas fritas e uma salada a gosto. Bom apetite…
António Nobre Chefe executivo de cozinha – Hotéis M’AR De AR, Évora
Dois copos de conversa Alentejanar com Bom Gosto
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ortugal vinhateiro pode (e deve) dividir-se em três unidades territoriais, cada uma com forte tipicidade sensorial atribuída aos vinhos aí produzidos: Atlântico, Vales (ou Terras Altas) e Sul de Portugal. Nesta última grande região, a influência mediterrânica, a homogeneidade de castas e métodos culturais e a liderança tecnológica concorrem para a produção de vinhos maduros, gulosos, expressivos e com um amplo espectro de degustação que não se limita à mesa, precedendo-a por entre aperitivos ou, apenas, com dois dedos de conversa. As sensações cativantes e a versatilidade estão na origem da preferência de mais de 50 por cento dos consumidores nacionais pelos néctares do sul, onde marcam presença os vinhos do Tejo, Península de Setúbal, Alentejo e Algarve. Prepare-se para alentejanar até Pax Julia. Na capital do Baixo Alentejo realiza-se nos dias 7, 8 e 9 de outubro Vinho Diário a quinta edição da Vinipax, mostra de vinhos do sul de Um dos vinhos que mais me Portugal, com a presença dos impressionou na recente prova maiores produtores das recega que deu origem ao meu giões do Tejo, Península de “Guia Popular de Vinhos”, Setúbal, Alentejo e Algarve. edição 2012, já nas livrarias e Serão perto de uma centena de nos supermercados, foi o branco expositores, no pavilhão prinVinha do Monte, IG Alentejano cipal do parque ferial de Beja. de 2010. Uma das compras Se a temática do enoturismo seguras em qualquer prateleira. lhe interessa, saiba que na semana da Vinipax e no âmbito do food festival Alentejo das Gastronomias Mediterrânicas se realiza, no dia 3, uma conferência com o testemunho de técnicos estrangeiros que nos .explicarão os casos de sucesso da África do Sul, da Argentina e da Espanha. Celebrando o quinto aniversário da Vinipax, arrancam novos eventos para miVinho de Calendário údos (Beja Kids dinamizado pela organização do Canal Paulo Laureano é um dos enólogos Panda) e para graúdos (Beja nacionais mais conhecido e Brava, a mostra para amantes afamado. Autor de muitos dos da arte equestre e da taurograndes vinhos alentejanos, maquia). Juntam-se assim à tem vindo a apostar no Olivipax, Azeite e Sensações desenvolvimento da sua dimensão do Sul e ao Beja Gourmet como produtor, baseado em com a comida e o picoteio tão Vidigueira. Recentemente o vinho do agrado de todos os leitores branco Paulo Laureano, Reserve, que, assim, podem e devem DO Alentejo de 2010, brilhou numa deslocar-se em família. competição internacional para Reserve as datas e reúna decidir os melhores vinhos em toda a informação em www. prova durante as viagens de avião. vinipax.net e em www.turisCom os pés assentes na terra, pode modoalentejo-gastronomiasprovar este vinho na Vinipax. mediterranicas.com.
Filatelia Filapex
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o próximo dia 8 de outubro (sábado) realiza-se, em Beja, a Filapex 2011, exposição competitiva entre os filatelistas do Núcleo de Colecionismo do Centro Cultural e Desportivo do Hospital de Beja e os da Confraria Timbrológica Meridional de Évora. Cada uma das equipas tem sete elementos, apresentado cada um deles uma coleção de três quadros (48 folhas). Pela equipa de Beja, concorrem: dr. José da Costa Lemos com a coleção “Império Russo”; dr. Jorge da Costa Oliveira Bomba com “Os oito primeiros anos da filatelia em Israel”; Pedro Vaz Pereira com “Inteiros Postais da Monarquia, Açores e Madeira”; Francisco Geada Sousa, com “Expansão Portuguesa Ultramarina”; Francisco Matoso Galveias com “Aves, esses conquistadores dos ares”; José Marques Afonso com “O Dia do Selo em Portugal”; e José Geada Sousa com “Transfusão de sangue – um pouco de história”. Pela Confraria concorrem: António Cristóvão com “Emissão Camilo Castelo Branco”; Nuno Ferreira com “História Postal de Évora”; Rui Mendes com “Stationery of Great Britain – Queen Victoria – The registered envelopes”; João Soeiro com “Correio Aéreo Português”; Júlio Maia com “Esta Gesta Gloriosa”; Bento Grossinho Dias com “Uniformes Militares”; e Eduardo Oliveira e Sousa com “Do sonho à realidade”. Para avaliar e pontuar as coleções a Federação Portuguesa de Filatelia nomeou os jurados dr. Eurico Lage Cardoso e João Maria Violante. A exposição decorre na rua Poeta Afonso Lopes Vieira, n.º 15, local onde estará em funcionamento um posto de correio provido de um carimbo comemorativo que reproduz o escritor Manuel da Fonseca, escritor que já foi filatelizado num selo emitido em 14 de março último. Geada de Sousa
Aníbal Coutinho
BD Em cheio!...
A
o momento em que estas palavras se registam, a França ainda não foi torpedeada por essa coisa das agências de rating (odiosamente contra o euro e, sobretudo, contra a Europa). Sob o céu plúmbeo da “crise mundial”, a França caminha bem pela sua Cultura. Por exemplo: em curto espaço de tempo, fez e estreou duas belas adaptações da BD ao cinema (o que está muito em voga tanto em França como nos Estados Unidos). São elas: 1 – “Le Chat du Rabbin” (O Gato do Rabino), em cinema de animação, com base na popularíssima série homónima de Joann Sfar. A adaptação e conseguida feitura desta versão deve-se a Antoine Deslesvaux e ao próprio Sfar. Pena que, mesmo via álbuns BD, esta divertida série não esteja devidamente editada em português. Tem editora que é cega!... 2 – “´L’Élève Ducobu” (O Aluno Ducobu), criação original em BD pelos geniais Zidrou e Godi. A loucura popular e hilariante é tal que não se escapou ao cinema, mas aqui, com atores de carne e osso: Vincent Claude (Ducobu), Juliette Chappey (Léonie) e Elie Semoun ( prof. Latouche), com realização de Philippe de Chauveron. Repete-se: Que pena que esta série não esteja também devidamente editada em português! Tem editora que é cega!... Dââââh!... A esperança fica-se agora para que estes filmes passem nos nossos cinemas, nas nossas televisões ou, no mínimo, que sejam rapidamente editados em DVD. Haja Deus!...
“Os Campistas” Editora: Asa. Autores: Veerle Swinnen, Dugomier e Eric Maltaite. Obra: “Os Campistas”. Uma obra refrescante e cheia de humor, contando com boa paródia as alegrias e os desaires que acontecem aos amantes e praticantes do salutar campismo. Obra a ler folgadamente através das férias estivais. Luiz Beira
A decorrer deste o último dia 26, a Feira do Livro de Ourique cumpre amanhã, sábado, o seu último dia, na Biblioteca Municipal Jorge Sampaio. “Estórias de Encantar”, com o contador Jorge Serafim, e oficinas criativas para crianças dinamizadas no âmbito do Orika-te – Contrato Local de Desenvolvimento
Social do Concelho de Ourique são as atividades previstas para o dia de encerramento. A mesma equipa dinamiza hoje, sexta-feira, oficinas criativas também para idosos, prevendo-se, para completar o programa do dia, a apresentação, a partir das 21 horas, da performance “Mais noite menos dia”, pelo grupo Hedonistas.
Os nossos chefes O Bento no Nerbe, a arte da cozinha
À
s vezes as pessoas não se dão conta do melhor que têm na sua terra. É, infelizmente, assim em muitas artes e também na culinária. Temos entre nós um cozinheiro que só conseguia mostrar as suas obras ao público nos concursos de culinária temática da Ovibeja, patrocinados pela Confraria Gastronómica do Alentejo. Recebia, invariavelmente, a distinção de prémios, com frequência, o primeiro. Agora abriu um restaurante, ficou disponível para todos. O Bento – Bento Colaço Gomes Serrano, uma já antiga e respeitada família de Beja – começou a cozinhar cedo. Precisou de aprender. Em novo teve uma situação clínica difícil, com fortes limitações na sua dieta, que ele gostava de confecionar, frequentemente inovando, criando novas composições, especializando o seu gosto natural. O restaurante do Núcleo Empresarial da Região de Beja é contemporâneo da própria associação, no princípio dos anos noventa, mas nunca se tornou notória a sua presença entre nós. Está como estava, a mobília é discreta mas distinta, os instrumentos de uso são os normais e ainda restam alguns pratos originais,
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Restaurante Nerbe Encerra ao domingo (por enquanto) Rua Cidade de São Paulo – Edifício Nerbe – Beja Preço médio 15 € Tel. 284 329 168 | 964 121 182 | 917 096 895 serranobento@gmail.com
gravados com o símbolo do Nerbe. Restaurante discreto, no termo da cidade. Espaço para estacionar: o suficiente para um batalhão de infantaria reforçado. Tem uma lista fixa semanal onde se destaca à terça-feira o peixe, conforme o que vem de Sines, à quinta-feira o cozido à portuguesa e ao sábado a cabidela. Na carta variável acompanha-se as estações e a frescura dos produtos. Com a vertente regional sempre em vista. Há açorda, de pescada ou bacalhau, borrego, ou
assado ou em ensopado, sopas de toucinho, sopas de peixe – quase sempre à quarta-feira – e feijoadas. As feijoadas são tentadoras. Desde o clássico feijão branco com espinafres e pescada, ao feijão “cá de casa”, com rolas, se as houver, passando pelo feijão à “Tio Luís Lobito”, com galinha, arroz e um inesperado ovo estrelado a acompanhar. Há iscas e pratos de caça no seu tempo próprio. Comeu-se, na companhia do Luís Dargent e da Fátima Freire de Andrade – excelente consórcio –, um bacalhau à moda da casa, no forno, e um refrito de entrecosto com arroz de espinafres e miolos fingidos, uma espécie de migas secas com ovos. A Fátima comeu um bife de lombo com um molho original e muito gabado. Os miolos fingidos são um brilhante acompanhamento que pertence à mais antiga panóplia dos nossos pratos, receita hoje quase esquecida mas de imenso interesse gastronómico. A Catarina, filha, acompanha a sala, a Ana, mulher, confeciona as sobremesas. Comeu-se uma mousse, feita por ela é uma maravilha. Doces conventuais, como pão de rala, são mais lá para o inverno. A lista é de vinhos do Alentejo, não muito extensa mas criteriosa, bem arrumada. A Vidigueira está presente, o BS – Bons Sinais mas que podia ser Bento Serrano – e todos eles com preços muito razoáveis. Ainda não abre ao domingo, irá abrir lá mais para a frente, talvez ao almoço para começar. António Mira Almodôvar
29 Diário do Alentejo 30 setembro 2011
Feira do Livro de Ourique encerra amanhã
Diário do Alentejo 30 setembro 2011
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Hedonistas estreiam peça em Ourique
Os Hedonistas são um grupo de jovens de Ourique, inscritos em várias sensibilidades artísticas, que têm por hábito reunir-se com alguma regularidade para “cantar, falar, declamar, expor e projetar emoções sobre determinada época do ano”, quer seja uma nova estação ou uma data comemorativa. Resultado disso é o espetáculo multimédia “Mais noite menos dia”, que tem como tema central a chegada do outono, “o declínio da luz, as primeiras chuvas, as novas melancolias”, e como matéria-prima os poemas, a música e a fotografia. A estreia é hoje, sexta-feira, na Biblioteca Municipal Jorge Sampaio, pelas 21 e 30 horas.
Fim de semana
Dois clarinetes e um piano no Musibéria A dupla de clarineristas Esther Georgie e João Pedro Santos e a pianista Ana Zão protagonizam o concerto de música clássica com que Serpa celebra amanhã, sábado, o Dia Mundial da Música. O recital, com entrada livre, decorre a partir das 21 e 30 horas, no auditório do centro Musibéria.
Domingos Machado em Moura
Belle Dominique apaga 35 velas
N
ascido em Moura, criança fascinada pelo brilho e pelo colorido do mundo do espetáculo, Domingos Machado é o homem por detrás do travesti Belle Dominique, que este ano comemora 35 anos de palco com uma programação que passa pela cidade natal. Hoje mesmo, a partir das 22 horas, o espaço Sherazade recebe o espetáculo de café-concerto “‘Xê’ La Belle”, um musical com momentos de stand-up comedy atravessados por “alguma crítica social e política tão ao jeito do espetáculo de cabaret”, como descreve a sinopse. Miss Belle Dominique, “mulher extrovertida, exuberante, às vezes um bocadinho desbocada”, nas palavras do seu criador, surgirá no palco mourense acompanhada das artistas Veronique Divine, “exímia bailarina de cabaret burlesco”, e Celly C, “a voz quente e sensual do music-hall cabaret”. A data é também assinalada com uma exposição retrospetiva que abriu portas ontem, quinta-feira, no espaço Inovinter, com o apoio da câmara municipal local. Peças de guarda-roupa, fotografias, troféus, depoimentos, entrevistas, adereços de espetáculo, material de promoção e outras “curiosidades” fazem parte do espólio destes 35 anos de carreira. Belle Dominique foi “inventada” dois anos após a Revolução dos Cravos, no bar Memorial, em Lisboa, com uma recriação de Liza Minelli enquanto Sally Bowles no filme “Cabaret”. Meine damen und herren, mesdames et messieurs, ladies and gentlemen: Miss Belle Dominique.
Peixe Avião voam até Beja
FERNANDO FERN FER FFE ERN EER RRN N AN AND ANDO A ND VVEL VELUDO ELLU UDO UD DO D O
Os bracarenses Peixe Avião, grupo que se inscreve no universo do pop/rock e da eletrónica, vão estar amanhã, sábado, a partir das 21 e 30 horas, no Pax Julia Teatro Municipal. A banda tem dois álbuns no seu currículo, “40.02” e o recente “Madrugada”, de quem o poeta Valter Hugo Mãe disse tratar-se da “prova dos nove para um dos mais preciosos projetos nacionais. Reiterando o melhor de que são capazes, os Peixe Avião superam-se no mais caro dos sentidos, isto é, amadurecendo”. Uma boa sugestão para o Dia Mundial da Música.
Imagens do rio Mira na Biblioteca O rio Mira é o tema da exposição de fotografia que vai estar patente na Biblioteca Municipal José Saramago, entre amanhã, sábado, e 29 de outubro, como resultado de mais uma edição do concurso nacional de fotografia, promovido pelo município de Odemira e pela associação Sopa dos Artistas. A inauguração decorre pelas 12 horas, ocasião em que serão também entregues os prémios aos autores dos cinco melhores trabalhos a concurso. O vencedor é João Pedro Costa, pela imagem “Sereno Amanhecer” (na foto). O concurso foi aberto a fotógrafos amadores e profissionais, tendo contado com a adesão de mais de 60 participantes.
Lendias apresentam comédia de costumes no Pax Julia Cumpre-se hoje, sexta-feira, pelas 22 horas, a última das três sessões da peça “Grávida abandonada procura namorado”, pela companhia Lendias d’Encantar, no Pax Julia Teatro Municipal. A produção, que se apresenta pela primeira vez nesta sala bejense, tem texto de António Manuel Revez e consiste numa “comédia de costumes que evoca o imaginário inquietante e delirante dos encontros amorosos combinados on line, envolvendo de forma divertida os eternos temas da verdade e das máscaras, do ser e do parecer”.
Não bastasse já a quantidade assinalável de candidatos à liderança do PS/Beja – cuja eleições se realizam daqui a mais de um ano – soubemos agora que já existem oito candidatos para a mesma estrutura daqui a seis anos, entre os quais Pedrito de Portugal e o pequeno cantor Saúl, que nessa altura já estará na reforma.
31 Diário do Alentejo 30 setembro 2011
Última hora
Beja substitui o Dia Europeu sem Carros pelo Dia Europeu sem Comboio, Voos Internacionais e Autoestrada
Governo admite eletrificação da linha do comboio até Beja mas só se for quilómetro sim, quilómetro não
Parece que este ano foi o último em que se celebrou o Dia Europeu sem Carros na capital do Baixo Alentejo. Os responsáveis locais resolveram adotar um dia que diga mais aos alentejanos – praticamente todos têm carros e se não tivessem ficariam mais isolados do que Alberto João Jardim está no PSD. Neste sentido, será inaugurado o Dia Europeu sem Comboio, Voos Internacionais e Autoestrada, dia esse que será partilhado com outras grandes cidades do mundo como Zafra (Espanha), Diapaga (Burkina Faso) ou Cochabamba (Bolívia). “Estou certo que a iniciativa será um êxito, pois estamos cada vez mais isolados no que se refere a outros meios de transporte que não o carro”, como nos explicou um membro da organização, enquanto usava o ponto de carregamento de veículos elétricos para carregar o telemóvel e o portátil. “O Dia Europeu sem Carros poderá voltar quando Beja tiver alternativas, como um TGV, voos internacionais como o Caracas-Beja (com escala em Padrão, Porto Peles e Neves), ou mesmo uma ciclovia que ligue Beja a Kuala Lumpur. Neste momento, o carro faz-nos tanta falta como o oxigénio ou as empadas do Luiz da Rocha” .
Depois do episódio da não-construção-do-TGV-que-afinal-não-ia-ser-construído-mas-afinal-já-vai-porque-é-um-TGV-pró-fraquinho, apurámos que o Governo admite rever a sua política em relação à rede ferroviária, incluindo a ligação a Beja. O executivo admite eletrificar a linha a curto prazo, mas apenas se for quilómetro sim, quilómetro não, para poupar dinheiro. Especialista em transportes públicos e letras de músicas do João Pedro Pais, explicou-nos como é que isto pode ser realizável: “Basta fazer uma puxada da rede elétrica da barragem de Alvito. Com jeitinho, os tipos da EDP nem se apercebiam. Nos troços eletrificados, era sempre a andar; nos troços sem eletricidade, bastaria desembraiar o comboio”. E acrescentou: “Agora todos falam na bitola ibérica e na bitola europeia, mas devíamos apostar na bitola Bombaim, muito praticada na Índia. Aquilo dá para meter umas 3 000 pessoas numa automotora, mais dois rebanhos de ovelhas e quatro capoeiras. Uma viagem entre Beja e Cuba pode levar 46 dias, mas imaginem o que se pouparia”.
Inquérito Quem é que acha que deve ser o candidato da CDU à Câmara de Beja? FÁTIMA FELGUEIRAS, 57 ANOS Ex-autarca, pessoa com pós-graduação em sacos azuis e cliente n.º 1 da Corporación Dermoestética Meus queridos vejenses, eu posso ser candidata da CDU, do PND ou do PH. Tudo o que bem à rede… Sei que não saviam, mas eu própria sou vejense desde pequenina, pois sempre gostei do Rivateijo. Comigo na presidência da Câmara de Veija, haberá bôos para o Vrasil todas as semanas, pois poderei ter que me ausentar algumas bezes, por causa duma… aahhh… maldita sinusite, é isso! Só aqueila água me faz vem… D. MANUEL FRANCO FALCÃO, 89 ANOS Bispo emérito de Beja, pessoa que acha que o comunismo é para os comunistas alentejanos uma cena que não lhes assiste Mas mais candidatos para quê? Faça-se como se fez na Bélgica que estão há 500 dias sem governo e têm crescimento económico. Na Igreja temos a mesma gestão há mais de 2 000 anos e a coisa tem corrido bem!
RODEIA MACHADO, 63 ANOS Presidente dos Bombeiros de Beja, pessoa que está mortinha por se candidatar A gestão de Pulido Valente foi a pior coisa que aconteceu a este concelho desde as invasões napoleónicas e a peste negra juntas. Ele é responsável pelas lesões do Fernando Mamede e pelo desaparecimento da Maria de Lurdes Modesto das televisões! Agarrem-me, agarrem-me que eu candidato-me!
Dificuldades financeiras podem levar funcionários do museu a receber em sestércios As dívidas de municípios estão a estrangular algumas instituições da região, como a Assembleia Distrital, responsável pelo Museu Regional de Beja. Os salários dos funcionários desta instituição estão em risco e podem obrigar ao recurso de medidas de emergência, como pagar em sestércios (moeda romana) ou mesmo em lápides funerárias. “Tive uma colega que recebeu o subsídio de férias em capitéis do Fórum da antiga Pax Julia”, confidenciou-nos uma funcionária. “São muito giros mas ocupam metade da sala de jantar. Um deles tem inscrito na parte de trás a frase ‘Mariana Alcoforado was here’ e outro tem a frase ‘Marquês de Chamilly, és cortes, desaparece’”. Mas a esperança é a última a morrer. As dificuldades do museu geraram uma onda de solidariedade. A própria estátua da Rainha D. Leonor já admitiu ir para a apanha do morango em Espanha para ajudar a pagar dívidas.
Equipa do CEBAL trabalha em medicamento para restaurar atividade cerebral dos concorrentes da Casa dos Segredos Depois de resultados prometedores na luta contra o cancro da mama, a equipa do Centro de Biotecnologia Agrícola e Agroalimentar do Baixo Alentejo e Litoral (Cebal) já está a trabalhar num projeto que pode revolucionar o mundo da medicina, como a penicilina ou a pulseira do equilíbrio. Uma investigação conjunta com a publicação on line Ábacos do Amanhã revelou que o centro está a preparar um medicamento baseado em hortelã da ribeira que permite restaurar a atividade cerebral dos concorrentes da Casa dos Segredos, reality show da TVI. “Já começámos com os testes – colocámos um concorrente e uma ovelha a serem alvo do tratamento experimental. De momento, podemos avançar que a ovelha leva vantagem: já distingue a esquerda da direita e resolve equações do exame de 12.º ano de matemática. O concorrente sabe realçar os atributos físicos, mas ainda continua a dizer frases que não fazem sentido como: ‘O teu segredo tem a ver com o mulherenguismo’ ou ‘És mesmo homem com dois agás’”.
Nº 1536 (II Série) | 30 setembro 2011
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RIbanho
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POR LUCA
Hoje, sexta-feira, o céu vai estar limpo e a temperatura vai oscilar entre os 16 e os 32 graus centígrados. Amanhã, sábado, o sol vai brilhar em toda a região e no domingo não são esperadas nuvens.
Fotógrafo alentejano expõe na Casa da Cultura de Beja
Ele e o seu “mata-velhos”
S
ão aqueles carros minúsculos, de apenas dois lugares, que não requerem carta de condução. Por causa do seu público preferencial e das manobras insólitas em que costumam andar envolvidos, chamam-lhes, em refinado sarcasmo alentejano, “mata-velhos”. Para o fotógrafo António Carrapato começaram por ser um enigma para se transformar num caso de afeto, não muito distante daquele que os seus dedicados donos costumam votar-lhes. Daí resultou uma exposição que é, antes de mais, uma experiência. Para chegar à sua apresentação, na Ermida de Nossa Senhora da Conceição, em Lisboa, o fotógrafo fê-lo desde Évora a bordo de um destes carros-brinquedo, ele que mede 1,90 metros. O vídeo “Eu e o meu mata-velhos”, sobre a heroica e barulhenta travessia, é parte da exposição que agora pode ser vista na Casa da Cultura de Beja. A Casa da Cultura de Beja tem patentes, até final do mês de outubro, quatro exposições de fotografia produzidas pela Estação Imagem, entre as quais “Mata-velhos”. Fala-me deste projeto – que história ou histórias quiseste contar aqui?
A história “Mata-velhos”, que faz parte da exposição colectiva da Estação Imagem que está na Casa da Cultura, fala da PUB
António Carrapato
44 anos, natural de Reguengos de Monsaraz Fez o debute como fotojornalista no jornal “Açoriano Oriental”, tendo passado por várias publicações na capital do País até decidir juntar o saber empírico a um curso de fotografia na AR.CO. É colaborador do “Diário do Alentejo” e fotógrafo oficial da Ovibeja há mais de uma década. Assinou também a mostra “Nós”, o culminar de um projeto maior que representa o olhar irónico que os alentejanos têm sobre si próprios e um ponto de viragem rumo à fotografia de autor, captada nos intervalos do fotojornalismo.
relação dos proprietários destes veículos com o espaço público e da minha relação com estes (carros) através de um vídeo que mostra uma pessoa com 1,90 metros (eu) dentro de um “mata-velhos” numa viagem entre Évora e a Galeria Ermida Nossa Senhora da Conceição, em Belém, Lisboa, onde o projeto foi apresentado pela primeira vez. O tom irónico, humorístico, é um traço importante da tua assinatura enquanto fotógrafo. De que forma o encontramos em “Mata-velhos”?
O tema já por si é cómico. Num país como Portugal, onde a sinistralidade rodoviária é elevadíssima, haver a possibilidade de alguém poder andar na estrada sem carta de condução é, de facto, irónico. Como vão os projetos de fotografia de autor nas pausas do fotojornalismo?
Neste momento, a fotografia de autor está mais presente desde a exposição “Nós”, que se inaugurou no Museu de Évora em novembro de 2009. Desde aí, tenho vindo a desenvolver vários projetos. Alguns já finalizados, como é o caso de “Mata-velhos”, e outros que estão em curso. É uma fase nova que estou a descobrir. Entrevista de Carla Ferreira
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Canto a Vozes debatido em Portel Portel acolhe entre hoje e amanhã, sábado, mais uma edição da iniciativa O Canto a Vozes, uma organização da câmara municipal local. O encontro contempla o Festival Artes da Fala, a partir das 21 e 30 horas de ambos os dias, que conjuga a música tradicional portuguesa, os poetas populares alentejanos, o repentismo italiano em ottava rima e o rap do litoral alentejano, com os Prazo & Label T, de Sines. Por seu turno, a mesa redonda “Património cultural imaterial: Identidade, turismo e estratégias locais” convida para o debate vários especialistas, entre eles o realizador Tiago Pereira, autor do documentário “Sinfonia Imaterial”, que será exibido pelas 18 horas de amanhã, sábado, no auditório municipal.
Comunidades Mineiras em Aljustrel Aljustrel volta a receber, entre os dias 6 e 8, o Encontro das Comunidades Mineiras. Esta é a sexta edição do encontro e a Faixa Piritosa Ibérica volta a estar em destaque. Recentemente foi criado o Agrupamento Europeu de Cooperação Territorial (AECT) cuja abrangência é a Faixa Piritosa Ibérica e, neste sentido, esta é a base geográfica para o encontro. O encontro começa na quinta-feira com a apresentação pública de um documentário, feito em 1973, sobre o Grupo Coral do Sindicato Mineiro, por Francisco d’Orey. Haverá uma conversa com a participação do autor, do antropólogo Paulo Lima e de um representante do grupo coral. Na sexta-feira, destaque para um colóquio que colocará em evidência a situação e as perspetivas desta região mineira. Segundo a Câmara de Aljustrel, “de facto assiste-se à inversão da tendência desta atividade na região. De uma situação em que a atividade mineira quase desapareceu com o sucessivo encerramento de minas, anunciam-se, agora, novas concessões de extração para a Faixa Piritosa”. Será ainda abordada a recuperação ambiental e o aproveitamento patrimonial cultural e turístico das zonas mineiras e haverá uma visita à zona de Algares. À noite tem lugar a tradicional tertúlia “Vida Mineira”. O último dia do encontro, sábado, será dedicado ao convívio entre as populações desta vasta zona mineira, quer do lado português quer do lado espanhol, com uma manhã desportiva. A tarde, essa, será dedicada ao convívio cultural.