Ediçao nº 1537

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5 bilhetes duplos para novos assinantes verem O Melhor de La Féria MANUEL DA FONSECA – DESENHO DE VICTOR PALLA

Publicação integral do conto “O retrato” e um passeio pág. 14/17 a Cerromaior

SEXTA-FEIRA, 7 OUTUBRO 2011 | Diretor: Paulo Barriga Ano LXXIX, N.º 1537 (II Série) | Preço: € 0,90

A não existência de cantinas nos novos centros escolares leva ao sobrelotamento das existentes nas EB 2,3

Alunos não cabem nos refeitórios anos do primeiro ciclo almoçam numa sala polivalente. Em Santiago Maior, são os pais que levam os filhos para ATL, onde acabam por almoçar. E em Santa Maria da Feira a regra é

JOSÉ SERRANO

Os “centros educativos foram pensados numa base economicista”, acusa o vice-diretor do agrupamento de escolas de Mário Beirão, João Godinho, onde cerca de 100 alunos do 1.º e 2.º

fomentar horários alternados para que todas as crianças possam aceder à refeição do meio-dia. Em número reduzido, os auxiliares educativos não têm mãos a medir.

pág. 10

O voo dos Canários chegou ao fim

A celebração total do vinho em Beja Este é o ano em que a Vinipax deixou, definitivamente, de ser apenas uma feira profissional de vinhos. Este fim de semana, no Parque de Feiras e Exposições de Beja, há festa em toda a linha: vinhos, azeites, gastronomia, tauromaquia e muita animação para a infância. Tudo isto enquanto prossegue, no Pax Julia, o festival internacional das gastronomias mediterrânicas. pág. 8

Entre junho e setembro esteve estacionada em Ourique uma Força Especial de Bombeiros, os chamados Canários. Com o fim da “fase charlie”, o helicóptero de apoio aos incêndios florestais levantou voo, apesar de este estar a ser o outubro mais quente dos últimos anos. Com a ajuda desta força, o distrito de Beja teve o menor número de área ardida nos últimos cinco anos: 534 hectares. Os Canários participaram em 32 missões. págs. 4/5

Hemodialisados aumentam Zona Azul procura novos na unidade de Beja talentos no ténis A unidade de hemodiálise do Hospital José Joaquim Fernandes trata atualmente 131 pacientes com deficiências renais. Mas apesar do número de utentes ter vindo a aumentar nos últimos anos, este equipamento está com uma ocupação abaixo da sua capacidade máxima de atendimento, que é de 160 doentes. Segundo dados na NephroCare, empresa que gere a unidade. pág. 6

“Open Day do Ténis ZA” foi o título genérico que os organizadores encontraram para relançar a prática e o ensino desta modalidade em Beja. Um dia preenchido com vários torneiros, clínicas para crianças e um encontro entro dois tenistas consagrados: Tiago Ferreira, o primeiro classificado no ranking nacional de juniores, e Diogo Soares, 16.º nos seniores. pág. 20


Vice-versa

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Editorial

A democracia é muito bonita, mas quando todos cumprem. Agora quem não paga, mandar e ditar o rumo [das associações] em cima do dinheiro dos que pagam tem de acabar. Manuel Luís Narra, presidente da Câmara de Vidigueira

Outubro Paulo Barriga

Essa é uma posição que não se deve colocar de forma tão simplista. Os sucessivos conselhos diretivos das associações é que tinham o dever de assumir as suas responsabilidades, obrigando os municípios devedores a pagar, mas nunca se vê ninguém tomar decisões. Varrem-se sempre estes assuntos para debaixo do tapete. Sabemos que temos uma dívida à Ambaal, mas é inadmissível estarem a cobrar dívidas com 20 anos.

O

5 de Outubro está para esta nova geração de políticos, como a Farinha 33 está para as minhas filhas. São assuntos que nem a eles, nem a elas lhes assistem. Os primeiros, formados no aviário das juventudes partidárias, minadas pela cartilha da cunha e do amiguismo, têm tanto de sensibilidade social ou de comunismo ou de fraternidade como a vontade que os miúdos de hoje têm para sorver uma colherada de óleo de fígado de bacalhau: nenhuma! Na quarta-feira correram 101 anos sobre a queda do regime monárquico em Portugal. Para as minhas filhas, um momento triste e deveras deselegante, esse, o de acabar com a época das princesas e dos bailes de debutantes e dos bobos da corte e das bruxas ruins. Mas para a leva de políticos que nos governam, não seria nada má ideia dar uma voltinha pelos acontecidos de Outubro. Não para o desnorte, muito nosso, folclórico, que se sucedeu em termos de rotativismo governamental e parlamentar. Festival tragicómico, aliás, que já vinha do Liberalismo e que ainda hoje, a seu jeito, se mantém. Mas para os ideais revolucionários, modernos, humanistas que ficaram por cumprir. E que passaram para Abril, igualmente como os cães passam quando as vinhas estão vindimadas: a correr, com o rabo entre as pernas. Ou muito me engano, ou outubro, este nosso outubro, será mesmo o outono da nossa desgraça. As malfeitorias que nos querem oferecer floriram na primavera, amadureceram no verão e aí estão elas prontinhas para cair da rama. Perante a total impunidade dos culpados pela crise, seremos nós, todos nós, com as devidas exceções dadas aos impunes, a sofrer as consequências de um regime cujo único mandamento é o do capital. O ultimato britânico de 1890 foi muito menos humilhante que a corda de náilon que a Alemanha e os bancos nos enfiaram no pescoço. E isto não vai lá, já se viu, com papas de aveia. Temo que isto apenas se resolva na Rot Rotunda, lá onde, há 101 anos, as princesa princesas disseram o seu se último adeu adeus.

António Sebastião, presidente da Câmara de Almodôvar

Fotonotícia BejaAquática Que belo jeito dava, neste verão que resolveu aparecer tardiamente em outubro, dar uma boa escorregadela nos “tubos das Neves”. Que era como os moços de Beja e das aldeias em redor chamavam a um complexo de tobogãs e piscinas que abriu no início dos anos 1990, mesmo junto ao cruzamento das Neves. E espanhóis? Era vê-los às rebanhadas a caminho do oásis alentejano. Passados alguns anos, o assunto está como está. Os tanques secaram. Os tubos criaram lascas. As estruturas foram vandalizadas. E a coisa mais parecida com animação é o rebanho de ovelhas que um pastor costuma levar lá para dentro, ao fim do dia, para se apascentar do que ainda resta da relva. PB Foto de José Ferrolho

Voz do povo Qual é a sua opinião sobre a extinção de freguesias?

Inquérito de Ângela Costa

Manuel Afonso 62 anos, ex-emigrante

Maria Campos 42 anos, escriturária

Eduardo Mestre 51 anos, escriturário

Miraldina Seco 41 anos, contabilista

Ainda não sei muito bem o que vão fazer. Mas isso vai trazer benefícios? Vai ser melhor? Aqui em Beja está tudo concentrado mas nas aldeias não. Depois as pessoas, principalmente as mais velhas, para tratar de qualquer coisa, uma pequena coisa, têm que se deslocar. Acho mal. Mas o povo não faz nada… No meu tempo não era assim. O povo lutava pelos seus direitos. E se toda a vida estivemos assim vamos mudar agora para quê?

Penso que não deviam extinguir as freguesias. Acho que é uma má medida. As pessoas devem estar mais ligadas às próprias freguesias do que tentar centralizar os serviços só num sítio. Será mais difícil. As pessoas idosas e dos meios rurais vão ter que se deslocar até às freguesias maiores, às cidades. Em Lisboa têm outros meios de mobilidades, de transporte, que não temos aqui na nossa cidade.

Não sei. A extinção trará algum desemprego mas em contrapartida poderá trazer benefícios económicos. Sei que há freguesias com 300 ou 400 habitantes; será que faz sentido essas freguesias existirem? Pode haver numa área geográfica pequena duas freguesias muito próximas e isso tem custos, o pessoal que lá está a trabalhar, o espaço. Se uma só conseguir resolver os assuntos dos dois lugares pode ser benéfico para o País.

Depende da área onde estão inseridas. Se forem muito distantes acho que não faz sentido. Duas terras muito distantes uma da outra, como fazem? Não sei se irão fazer isso pela distância ou pelo número de pessoas, mas penso que pelo número de pessoas. Se a freguesia ficar muito grande as pessoas depois também não conseguem tratar das coisas. Mas temos que pensar em nos reorganizarmos porque se calhar as despesas não compensam.


Semana passada

Rede social

QUINTA-FEIRA,29 OURIQUE SUSPEITO DE AMEAÇAS COM ARMAS CONSTITUÍDO ARGUIDO Um homem, de 43 anos, suspeito do crime de ameaças com armas, foi constituído arguido, em Ourique, durante uma busca à residência e viaturas efetuada pela GNR, que apreendeu três armas de caça, uma pistola e munições. Fonte policial explicou que o homem é “um indivíduo violento e que tem sido alvo de várias queixas”. Nas buscas os militares apreenderam três armas de caça de calibre 12, uma pistola de calibre 6,35 mm e várias munições.

ODEMIRA GNR DETÉM DOIS SUSPEITOS DE TRÁFICO DE DROGA E APREENDE 1 500 DOSES DE HAXIXE Dois homens, de 32 e 37 anos, foram detidos pela GNR, em Vila Nova de Milfontes (Odemira), por tráfico de estupefacientes, tendo os elementos policiais apreendido cerca de 1 500 doses de haxixe. Os dois suspeitos foram constituídos arguidos e interrogados, tendo sido, depois, libertados sob Termo de Identidade e Residência.

SEXTA FEIRA, 30 PARLAMENTO PSD APRESENTA PROJETO DE RESOLUÇÃO PARA O REGADIO Mário Simões, deputado do PSD por Beja, é um dos subscritores do projeto de resolução para o Desenvolvimento do Regadio em Portugal. Os deputados social democratas querem que o Governo “considere a expansão do regadio em Portugal, público e privado, uma prioridade para o desenvolvimento económico e social do País, inclusive a conclusão das obras do Alqueva”. Lembre-se que a ministra Assunção Cristas, recentemente, disse em Montes Velhos que 2015 é um “horizonte viável” para terminar Alqueva.

DOMINGO, 30 BEJA DOIS CAÇADORES DETIDOS Dois caçadores foram detidos no fim de semana no distrito de Beja, um por caçar em dia não permitido, e o outro por utilizar uma arma modificada, disse à Lusa fonte da GNR. A mesma fonte indicou que um homem com cerca de 70 anos foi detido no sábado, na zona de Garvão, Ourique, por estar a caçar em dia não permitido, tendo-lhe sido apreendida a arma. No domingo de manhã foi detido um homem, de 23 anos, na zona de Pias, Serpa, por estar a caçar com arma modificada.

VIDIGUEIRA ENCONTRADO CADÁVER EM ADIANTADO ESTADO DE DECOMPOSIÇÃO Um cadáver em adiantado estado de decomposição foi encontrado no domingo de manhã, por caçadores, numa herdade perto de Selmes, no concelho de Vidigueira, Beja. Fonte da GNR adiantou que o cadáver foi encontrado entre as 11 e 30 e as 12 horas, “não se conseguindo apurar se o corpo é de um homem ou de uma mulher”. SEGUNDA-FEIRA, 31

ALMODÔVAR GNR DETÉM HOMEM POR ALEGADO TRÁFICO DE HEROÍNA A GNR de Almodôvar deteve um homem de 50 anos, alegadamente por tráfico de droga, que tinha em sua posse 240 doses de heroína. Residente em Corte do Pinto, concelho de Mértola, o homem foi detido pelo Núcleo de Investigação Criminal da GNR de Almodôvar. De acordo com a GNR, esta foi “uma das maiores apreensões de heroína” efetuada nos últimos meses no distrito de Beja.

ODEMIRA ARRANQUE DAS OBRAS DE REQUALIFICAÇÃO URBANA Tiveram início as obras que visam a requalificação urbana de Odemira. Com a duração de um ano, os trabalhos vão ser realizados por zonas e de forma faseada. As obras incluem a requalificação dos espaços públicos, infraestruturas viárias e redes de abastecimento de água e drenagem de águas residuais. Numa segunda fase está prevista a renovação de iluminação pública e colocação de sistema wi-fi. O investimento global do projeto, que inclui três fases, conta com mais de dois milhões e meio de euros comparticipados pelo QREN.

3 perguntas a Ceia da Silva Presidente da ERT

Quais os objetivos a alcançar com o 2.º Festival Internacional Alentejo das Gastronomias Mediterrânicas?

O objetivo é trabalhar e consolidar a gastronomia e o vinho como um produto de referência no Alentejo, a segunda motivação de visita por parte dos turistas, e, portanto, entendemos que há um esforço enorme a fazer na requalificação da oferta deste produto. Aquilo que pretendemos foi, em primeiro lugar, ter um grande evento de referência nesta área, mas também trazer especialistas internacionais que permitissem que o Alentejo pudesse entrar na primeira linha da candidatura da dieta mediterrânica como Património Mundial… De facto, Portugal não acompanhou a Itália, a Espanha, a Grécia e Marrocos nessa candidatura…

Tão amigos que eles são, não parece mesmo? Pedro do Carmo convidou Mário Soares para uma almoçarada em Ourique. Diz-se que falaram da crise e de outros bons petiscos.

Fernando Nobre na Biblioteca Municipal de Beja Após breve período de nojo político, Nobre veio falar da AMI, sob o olhar atento do nosso colaborador Geada de Sousa.

Portugal não esteve nessa primeira linha dessa candidatura, mas entendíamos que era importante que o Alentejo estivesse neste processo. Para além disso quisemos consolidar os programas de enoturismo e olhar para as experiências de Mendonza, de La Rioja, ou da Cidade do Cabo, locais que se podem traduzir em referências para os nossos operadores dessa área. 2011 é apontado como o melhor ano do turismo no Alentejo. Qual é a estratégia para o futuro?

Temos procurado seguir de forma objetiva o plano estratégico aprovado há dois anos. As políticas avulsas não resultam em termos da operacionalização no terreno. Neste momento temos 17 projetos aprovados e financiados que começam a ser implementados e vão criar dinâmicas muito fortes no setor nos próximos anos. Desde a questão da identidade, com a candidatura do montado e do cante alentejano; ou projetos como o “Alentejo Bom Gosto” ou o “Alentejo Património do Tempo”, que vai operacionalizar a criação de rotas do património; dotar o território com locais de salvaguarda da Unesco; criação de rotas, por exemplo, do Barroco, mais ligadas ao nosso património histórico ou mais específicas como, por exemplo, o turismo mineiro. Na área do atendimento turístico, estamos a implementar a rede de informação turística do Alentejo que vai apetrechar todos os postos de turismo da região com mesas interativas, o que permitirá a articulação de funcionamento em bloco no destino, fundamental para a coesão territorial e para uma informação turística mais adequada. Os agentes locais são decisivos nesta interligação em relação ao setor. Temos de trabalhar com as autarquias e os empresários. Só assim é que se consegue estabelecer as linhas de um trabalho em cooperação. AF

Manuel Fialho numa pausa das gastronomias mediterrânicas Por vezes, não há nada melhor que uma boa conversa para fazer a digestão de uma grande almoçarada, diria o confrade “Fialho”.

Na praxe, os que estão no chão são para humilhar É mesmo assim: todos riem. Mas também há quem considere que as praxes não têm gracinha nenhuma. E agora estamos na altura delas.

Mais vale uma boa câmara que um mau governo Estas raparigas foram as melhores alunas de Santiago do Cacém no ano passado. O Governo cortou-lhes o prémio, a câmara não foi nisso.

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Há sempre aquela expectativa de saber como é que será, como é que não será. Mas já encaramos as coisas com normalidade porque as missões vão fazendo parte do nosso dia a dia. Mas é claro que quando avistamos a coluna de fumo começa a subir a adrenalina”. Francisco Clérigo

hectares de área ardida em 2011 – 3 044 bombeiros envolvidos e 786 veículos

Terminou oficialmente a época alta dos incêndios, mas outubro parece não dar tréguas

Os canários que apagam fogos Na passada sexta-feira, 30 de setembro, terminou o período mais crítico de combate a incêndios, a “fase charlie”. De junho a setembro, tempo que durou esse período, um helicóptero esteve estacionado em Ourique e, com ele, nove operacionais da Força Especial de Bombeiros (FEB): os Canarinhos. Texto Marco Monteiro Cândido Fotos José Serrano

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quadrado vermelho marca o local. O H desenhado a letras brancas indica o ponto de aterragem. Por agora, o helicóptero, negro, repousa na pista do Centro de Meios Aéreos de Ourique, mas poucos dias antes esteve em missão na zona de Santana da Serra, área mais a sul do concelho de Ourique, já a tocar as serras algarvias. Os nove Canarinhos, como são conhecidos devido ao amarelo forte das suas fardas, já fizeram os exercícios físicos matinais e preparam-se para treinar o embarque e desembarque do helicóptero, rotina diária para manter e eficácia e rapidez da atuação. A equipa que ainda está estacionada no Centro de Meios Aéreos de Ourique faz parte do grupo de Beja, que, por sua vez, pertence à 2.ª Companhia da Força Especial de Bombeiros, que engloba, para além do distrito de Beja, os distritos de Setúbal e Évora. A FEB é constituída por 270 operacionais, divididos em três companhias: a 1.ª (Guarda e Castelo Branco), a 2.ª e a 3.ª (Santarém e Portalegre).

No ar com os olhos no chão Em 2011 os Canarinhos participaram em 32 missões no Alentejo

Os procedimentos diários desta FEB são bastante iguais todos os dias, não havendo ocorrências. Tendo por missão primária o combate inicial a combates florestais, os Canarinhos começam os dias com exercício físico. Com o pequeno-almoço tomado, é hora do treino de embarque e desembarque no meio aéreo de combate a incêndios, vulgo, helicóptero. Neste treino, é o chefe de brigada quem lidera as ações, comunicando, maioritariamente, através de gestos. De fardas amarelas e

máscaras postas, fazem o procedimento habitual. Entram por ordem no helicóptero, lugares marcados consoante a função do dia. Cada lugar, uma função e cada homem, uma ação. Ensaiam o desembarque, colocam-se frente ao helicóptero, equipados com os mais diversos materiais: ancinhos, enxadas ou extintores. Dois homens avançam e engatam o balde com capacidade para 800 litros de água e voltam à posição inicial. De seguida, fazem o processo inverso, entrando novamente no

helicóptero. O treino está feito e o chefe de brigada dá o sinal de que o mesmo acabou e de que correu bem: polegar para cima. Não sendo chamados, a tarde será ocupada com formação. Vânio Sousa, 30 anos, é o chefe da brigada estacionada em Ourique, bombeiro há 12 e na FEB desde o início da estrutura, há quatro anos. Para este homem de Felgueiras, o combate a incêndios é algo que encara com muita normalidade e com elevado sentido de profissionalismo, havendo

Área ardida no distrito de Beja

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egundo dados do Comando Distrital de Operações de Socorro do distrito de Beja (CDOS) da Proteção Civil, 2011 está a ser o ano, dos últimos cinco, com menos área ardida no distrito de Beja. Apesar de ter mais situações contabilizadas em relação a 2010 (328 contra 318), os 534 hectares de área ardida são os valores mais baixos desde 2007, com 2 881 hectares nesse ano e 1 367 em 2009. Desde o início do ano até ao passado dia 30 de setembro, último dia da “fase charlie”, os 534 hectares de área ardida significaram 3 044 bombeiros e 786 veículos envolvidos. Os concelhos com mais área ardida foram os da Vidigueira (167 ha), com incêndios em povoamento, e Castro Verde (93 ha) e Beja (63 ha), com incêndios em terreno agrícola. No que diz respeito à atuação do Centro de Meios Aéreo de Ourique, segundo o relatório do CDOS, houve 32 missões de combate a incêndios florestais, traduzidas em 23 horas de voo e 146 descargas. Marco Monteiro Cândido


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pouco espaço ou nenhum para emoções no momento em que a sua brigada é chamada para uma ocorrência. “Há sempre algo que está entranhado nas nossas mentes, mas nunca é nada de muito relevante”. Prova disso são os passos dados a partir do momento em que é requerida a intervenção dos Canarinhos, como refere Vânio Sousa. “É execução. Imagine-se um protocolo que é executado. É-nos dado o alarme, todos os elementos sabem o que têm a fazer e não é preciso dizer a ninguém quais as suas funções. Aliás, no nosso treino diário de embarque e desembarque fazemos a verificação diariamente de todo o equipamento. É só proceder quando há ocorrências”. Os elementos que estão nos Canarinhos são todos bombeiros que já o eram muito antes da criação da FEB. A chegada a uma equipa deste género significa o atingir de um patamar superior, altamente profissionalizado, dentro da própria estrutura. Francisco Clérigo é um desses exemplos. Oriundo de Moura e com 33 anos, é bombeiro desde os 14 anos. “Isto é como chegar a uma etapa maior, um grande orgulho por ter chegado ao topo do que queria”. Para Francisco Clérigo, o momento de uma ocorrência gera sempre um sentimento de surpresa, apesar de estes homens preverem os cenários que vão encontrar. “Há sempre aquela expectativa de saber como é que será, como é que não será. Mas já encaramos as coisas com normalidade porque as missões vão fazendo parte do nosso dia a dia. Mas é claro que quando avistamos a coluna de fumo começa a subir a adrenalina”. O sentido de profissionalismo anda sempre de mãos dadas com a ação dos Canarinhos, havendo pouco espaço para emoções que possam interferir com o sucesso das missões. Poucas são as imagens que ficam marcadas de forma vincada no desfiar de memórias, mas para Francisco Clérigo houve uma situação que o impressionou. “No ano passado quando o chefe Vânio levou com a baldada do helicóptero. Fui eu que vi a primeira descarga de água e, quando vejo o helicóptero a apanhá-lo, marcou-me muito. Quando cheguei junto dele, estava a deitar sangue do nariz, inconsciente. Ele foi evacuado, correu tudo bem, mas nessa noite custou-me um bocadinho a dormir por ver um colega meu quase a ficar ali no terreno”. O chefe de brigada desvaloriza o episódio, uma vez que são situações que podem acontecer e que

fazem parte do risco inerente à profissão. Situações que o marcam são aquelas maiores que o próprio ser humano, como a missão no Haiti, depois do terramoto que arrasou o país, ou na Madeira, depois da intempérie de 2010. “No Haiti foi das melhores experiências da minha vida. Fez-me crescer muito. Ao pensar nisso, sinto um calor imenso pelo trabalho que lá fizemos e pelos sorrisos e pela alegria na cara das pessoas. No meio de tanto caos vem sempre ao de cima o melhor das pessoas com o espírito de entreajuda. E é impressionante ver a capacidade de resistência do ser humano”. Uma mulher entre homens A equipa estacionada em Ourique, constituída por nove elementos da FEB, um helicóptero e um Veículo Ligeiro de Combate a Incêndios (VLCI) tem uma particularidade: um dos elementos é do sexo feminino. Teresa Parreira, de 34 anos, começou a sua função nos bombeiros há 19 anos, em Serpa, de onde é natural. “Eu não faço nada que não tivesse já feito nos bombeiros. É uma questão de impor a posição. Uma mulher séria é cega, surda e muda. Mas leva-se bem: os meus colegas são muito simpáticos, compreensivos e companheiros. É fácil trabalhar com os homens, mais do que com mulheres, desde que consigamos impor a nossa posição”. Com uma filha de nove anos, Teresa é um elemento igual aos outros dentro dos Canarinhos, e só lamenta a falta de ocorrências como vê noutras zonas, nomeadamente no norte do País. “Isto é muito parado e levar aqui dias sem ocorrências, mexe connosco”. O equilíbrio entre o não haver fogos, situação que consideram ideal, e o serem chamados para intervir é algo difícil de fazer: se por um lado, não querem que haja ocorrências, por outro desejam entrar em ação e fazer aquilo para que foram treinados. “Nós não esquecemos o que aprendemos e o que treinamos, é como andar de bicicleta”. “Infelizmente, por um lado, não têm havido ocorrências e acaba por se tornar monótono”, refere Teresa com um sorriso na cara. A “fase charlie” já teminou, tendo começado a “fase delta”, que dura até final do mês de outubro. Em Ourique, o helicóptero já partiu, assim como cinco elementos dos Canarinhos. Os restantes quatro ficam com o VLCI, pelo menos, até 15 de outubro, tentando cumprir aquele que é o lema da FEB: do desafio ao triunfo.


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Cercibeja angaria fundos com festival taurino

A recolha de fundos para a construção de um lar residencial e para a aquisição de equipamentos de saúde é o grande objetivo do IV Festival Taurino de Beneficência, que decorre, amanhã, sábado, em Beja, numa iniciativa promovida pela Cercibeja e pelos bombeiros locais. Luís Rouxinol, Tito Semedo, Sónia Matias, Ana Batista, Pedro Salvador e

Brito Paes são os cavaleiros que atuam no festival, assim como o Grupo de Forcados Amadores de Cascais, enfrentando touros cedidos por vários ganadeiros. O festival taurino pretende ajudar a Cercibeja – Cooperativa de Educação e Reabilitação de Cidadãos Inadaptados de Beja a angariar fundos para construir o seu Lar Residencial Vidas Coloridas II.

Atual

João Rocha

Unidade de Hemodiálise do hospital trata 131 utentes

Doentes dialisados aumentam em Beja Apesar de um acréscimo de 110, em 2007, para os atuais 131 utentes, a Unidade de Hemodiálise do Hospital José Joaquim Fernandes tem, mesmo assim, uma ocupação abaixo da sua capacidade máxima de atendimento, que é de 160 doentes. Texto Carla Ferreira Ilustração Paulo Monteiro

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esde 2007, ano da sua inauguração, até ao momento presente a Unidade de Hemodiálise do Hospital José Joaquim Fernandes, em Beja, registou um aumento de 21 utentes. De 110 para os atuais 131, com um acréscimo acentuado sobretudo “nos últimos dois anos”, informa Vítor Ramalho, diretor clínico da NephroCare, empresa que gere a unidade. Beja acompanha a tendência nacional de um “aumento da incidência da doença renal crónica” e tal justifica-se, entre outros fatores, com “o avançar da esperança média de vida”. “As pessoas vivem mais anos e então a doença renal manifesta-se até mais tarde, havendo um maior número de doentes que necessita de tratamento substitutivo da função renal”, concretiza. À idade juntam-se algumas

patologias como as doenças cardiovasculares, a diabetes e a hipertensão. Se há uns anos atrás, a maioria dos doentes insuficientes renais era na generalidade mais jovem e portadora de doenças primárias do rim, agora o que se verifica é que a diabetes “é a causa de doença renal crónica em cerca de um terço desta população e a tendência é para aumentar”, ao mesmo tempo que “entre 50 e 70 por cento dos doentes têm mais de 65 anos de idade”, fator que se reforça no distrito de Beja. “Aqui temos doentes mais idosos do que nos grandes centros urbanos”, sublinha Vítor Ramalho.

Com 131 utentes em tratamento, cinco dos quais vindos do distrito de Évora (chegaram a ser 15), a Unidade de Hemodiálise do Hospital José Joaquim Fernandes tem, mesmo assim, uma ocupação abaixo da

sua capacidade máxima de atendimento, que é de 160 doentes. “Existem 25 postos de diálise, o que dá para 150 doentes, mas existe alguma capacidade para ampliar, em termos de

monitores, das máquinas de diálise. No entanto, penso que não vai ser necessário”, considera Vítor Ramalho. Até porque não se

perspetiva que a unidade venha a receber doentes de outros territórios, dadas as peculiaridades

da própria doença. Uma sessão convencional de hemodiálise, processo artificial que substitui a função do rim, tem, em média, uma duração de quatro horas e a frequência de três vezes por semana. Ao desconforto do tratamento, junta-se o do transporte, pelo que, sempre que possível, prevalece o critério da proximidade. “Neste momento tratamos alguns doentes de Évora porque lá não existem vagas suficientes mas já está em construção outro centro com capacidade para dialisar mais doentes em Évora”, conclui o responsável.

Projeto está em fase de licenciamento na câmara

11 milhões de euros num retail park em Beja

U

m grupo empresarial quer investir 11 milhões de euros na construção de um parque de comércio a retalho (retail park) em Beja, junto ao sítio onde deverá “nascer” o primeiro grande centro comercial do distrito, o Vivaci Beja. A “intenção” é construir um retail park para disponibilizar terrenos para a instalação de unidades industriais, comerciais

e de serviços de grandes dimensões, previamente “selecionadas”, disse à Lusa João Moreira, responsável do Grupo Manzaca, com sede no Alentejo, o promotor do projeto. O Beja Retail Park está “em fase de licenciamento”, a decorrer na Câmara de Beja, e o grupo ainda não tem uma data prevista para o início da construção do empreendimento

imobiliário, disse. “A data de arranque da construção depende de encontrarmos parceiros adequados à estratégia do empreendimento”, o que, devido ao “atual cenário da economia”, “não está a ser fácil”, explicou. Segundo João Moreira, os retail parks “normalmente aparecem agregados a espaços de grandes centros comerciais” e,

por isso, o Beja Retail Park deverá ser construído na estrada das Apolinárias, junto ao local para onde está projetada a construção do Vivaci Beja, o primeiro grande centro comercial do Baixo Alentejo. O Beja Retail Park terá uma área total de 33 467 metros quadrados, onde serão criados três lotes e 654 lugares de estacionamento.

Presidente da Câmara Municipal de Serpa

Deve existir uma forte colaboração e solidariedade entre os municípios, nomeadamente no que diz respeito à colocação dos funcionários e também ao pagamento das dívidas É candidato à Câmara Municipal de Beja? Está disponível para um convite da CDU nesse sentido?

Neste momento a minha preocupação é com Serpa, com a concretização de todos os projetos que estão a decorrer e que concorrem para o desenvolvimento do concelho e também para a sua projeção e prestígio, como é o caso da candidatura à rede de cidades criativas da Unesco e do Cante Alentejano a Património Imaterial da Humanidade. Isto é o que quero fazer; quanto às outras questões ainda não chegou a hora de haver decisões. Concorda com a extinção da Ambaal? Em que termos?

Estou de acordo com uma solução de fusão entre a Ambaal e a Cimbal. Deve existir uma forte colaboração e solidariedade entre os municípios, para fomentar uma maior eficiência do trabalho desenvolvido, nomeadamente no que diz respeito à colocação dos funcionários e também ao pagamento das dívidas existentes. Qual é a sua proposta para o futuro e sustentabilidade do “Diário do Alentejo”?

Penso que deve ser criada uma empresa maioritariamente dos municípios para o “Diário do Alentejo”. Deve ser promovido o aumento das vendas e também deverá haver uma grande ligação ao que se passa a nível dos vários concelhos, ser muito ativo na relação com os problemas da região. Deve ser a voz do que se passa, deve divulgar, deve estar nos acontecimentos. PB


O conselho distrital de Beja da Ordem dos Médicos assinala na próxima quarta-feira, dia 12, pelas 21 e 30 horas, o segundo aniversário da inauguração da sede distrital, que se situa na rua Manuel António Brito, 2. O evento comemorativo integrará uma preleção pelo diretor geral da Saúde, Francisco George, subordinada ao tema “Plano Nacional de Saúde 2011-2016-Estratégias”, que será seguida de uma audição de guitarra clássica, por João Manuel Nunes, e convívio.

Odemira coloca a votação 27 propostas para orçamento participativo A população do concelho de Odemira já pode escolher e votar as propostas finalistas do orçamento participativo. São 27 as propostas “que apresentam projetos de investimento no território odemirense, de interesse coletivo,

que vão desde construção e recuperação de equipamentos desportivos e sociais, projetos educativos e rede de pontos wireless, até iniciativas de sustentabilidade ambiental”. Os interessados poderão votar durante todo o mês. As propostas vencedoras serão incluídas no Orçamento Municipal de 2012, no valor global de 500 mil

euros, sendo que cada proposta não pode ir além dos 200 mil euros. No primeiro ano de lançamento, o orçamento participativo de Odemira superou, de acordo com a autarquia, “todas as expectativas, tendo sido apresentadas 63 propostas, prova que a população está atenta e interessada na gestão dos dinheiros públicos”.

População exige manutenção do laboratório

S. Francisco da Serra sem saúde

Serpa sem análises

Não há médicos

A

manutenção do laboratório de análises do Hospital de Serpa, que foi convertido em posto de colheitas, voltou a ser exigida através de uma resolução aprovada numa reunião pública que decorreu no final da semana passada. “A decisão de ‘reestruturar’” o laboratório de análises “mais não é do que a continuação do processo em curso de redução progressiva dos vários serviços prestados” no Hospital de Serpa, como o bloco operatório, a farmácia, as consultas de especialidade e o internamento, refere a resolução. A resolução foi aprovada numa reunião pública, convocada pela câmara, pela Assembleia Municipal e pelas juntas de freguesia do concelho de Serpa, e que juntou população, representantes de instituições, autarcas e partidos políticos. Na resolução é também exigida a continuidade de todos os serviços exisPUB

tentes no Hospital de Serpa e a reposição dos que já foram retirados, a “prometida” instalação do Serviço Urgência Básica (SUB) e a continuação, “com qualidade”, de todas as extensões de saúde existentes no concelho. A Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo (Ulsba) já esclareceu que o laboratório de análises do Hospital de Serpa não vai fechar, mas ser convertido em posto de colheitas e as análises serão asseguradas 24 horas por dia. Segundo a Ulsba, que gere os hospitais de Beja e Serpa, o laboratório vai passar “a ser utilizado como posto de colheita de análises clínicas aos utentes referenciados” no concelho de Serpa e nos concelhos limítrofes. “A medida surge num quadro de reestruturação do funcionamento dos serviços da Ulsba”. As análises são asseguradas no local por pequenos aparelhos portáteis.

A

07 Diário do Alentejo 7 outubro 2011

Aniversário da Ordem dos Médicos de Beja

extensão de saúde de São Francisco da Serra (Santiago do Cacém) deixou de funcionar esta semana. O encerramento da unidade deve-se à necessidade de “reorganização dos serviços de saúde” no concelho, provocada por “problemas graves ao nível da falta de médicos”, explicou o diretor do Agrupamento de Centros de Saúde do Alentejo Litoral, Paulo Espiga. Atualmente, cerca de seis mil utentes do Serviço Nacional de Saúde em Santiago do Cacém não têm médico de família, pelo que é necessário “concentrar os recursos”, reforçou. Segundo o responsável, a extensão de saúde da localidade alentejana funcionava uma vez por semana, às quintas-feiras de manhã, e tinha “poucos inscritos”, cerca de 200. Além disso, não reunia as

“condições para a prestação dos cuidados de saúde primários”, como a informatização, que dificultava a prescrição de medicamentos, análises e exames de diagnóstico, disse. As comissões de utentes do concelho de Santiago do Cacém já se manifestaram “contra mais este encerramento”, após o posto de saúde da localidade de Deixa-o-Resto também ter deixado de funcionar, há cerca de dois meses. Em comunicado, os utentes salientaram o facto de a população de São Francisco da Serra ser maioritariamente idosa, “com baixos rendimentos e sem viatura própria”, além de não existirem transportes públicos. Paulo Espiga reconheceu que se trata de “um problema grave” e adiantou estar a “tentar encontrar soluções em conjunto com a junta de freguesia”.


Diário do Alentejo 7 outubro 2011

JOSÉ SERRANO

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A len t ejo das Gas t r ono mias Mediterrânicas A 2.ª Conferência Internacional das Gastronomias Mediterrânicas, que começou na segunda-feira, abriu um conjunto de iniciativas que culminam este fim de semana durante a Vinipax.

BejaBrava Decorre desde quarta-feira, 5, e vai prolongar-se até domingo. Esta primeira edição contempla um pavilhão temático com dezenas de expositores em torno do universo tauromáquico e ainda colóquios, concursos e exposições, nomeadamente de cartéis de corridas realizadas em Beja, pinturas de António Inverno e fotografias de Nelson Lampreia e Vitor Besugo. O programa prevê ainda uma arena instalada no Parque de Feiras e Exposições de Beja, onde decorrerão demonstrações de arte equestre e de grupos de forcados amadores e amanhã, sábado, o festival taurino CerciBeja, na praça de touros José Varela Crujo, com a presença do Grupo de Forcados Amadores de Cascais.

Alentejo das Gastronomias Mediterrânicas A Festa das Gastronomias Mediterrânicas, agendada para amanhã, sábado, e domingo, é um dos momentos mais aguardados deste festival internacional que arrancou na segunda-feira, 3, com uma conferência no Pax Julia Teatro Municipal. Nesse âmbito, estão agendados aulas de culinária, cozinha de degustação e ações de showcooking, além da Semana Gastronómica das Comidas de Pão, que envolve mais de 90 restaurantes alentejanos. Estão também previstos almoços e jantares assinados por chefs conceituados que se realizam nas principais unidades hoteleiras da cidade.

Beja Gourmet

BejaKids

Olivipax

Já a partir de hoje, sexta-feira, e até domingo, este evento permite degustar, no mesmo espaço, alguns dos melhores sabores alentejanos. Tapas e petiscos de oito restaurantes das redondezas: Herdade da Malhadinha Nova, Pousada de S. Francisco, Herdade dos Grous, Champanheira (Vinhos da Península de Setúbal), Vila Galé Clube de Campo, Chefe Igor Martinho (Vinhos do Tejo) e Marradinhas.

Amanhã, sábado, a animação do público mais novo começa com três sessões do espetáculo “Lazy Town – Vila Moleza”: 11 e 30 horas, 15 e 30 horas e 17 horas. Segue-se, no domingo, a outra das grandes atrações do festival infanto-juvenil, o espetáculo “Ruca”, agendado para as 15 e 30 horas. Matraquilhos humanos, insufláveis gigantes, pistas de radio-modelismo, camas elásticas, paredes de escalada, ateliês, workshops e serviço de baby-sitting são outras das opções disponíveis no parque de diversões montado no pavilhão multiusos.

Espaço onde se concentram, e estão à disposição do provador entre hoje e domingo, 9, alguns dos melhores azeites portugueses e europeus, nascidos e produzidos em território alentejano, concretamente das denominações de origem protegida (DOP) do Norte Alentejano, Alentejo Interior e Azeites de Moura.

Vinho, azeite, gastronomia, tauromaquia e animação para a infância

Vinipax promete edição de “consagração” Além do produto vinho ao seu mais alto nível, a Vinipax oferece este ano mais cinco sugestões de experiências em Beja. Para os mais novos, os aficionados, os amantes do azeite, os apreciadores de petiscos e para quem queira saber mais sobre cozinha mediterrânica. Uma edição, a quinta, que promete ser a da “consagração” do evento no panorama nacional e internacional dos certames enogastronómicos. Entre hoje, sexta-feira, e domingo, no parque de feiras da cidade. Texto Carla Ferreira

C

om arranque agendado para hoje, sexta-feira, no Parque de Feiras e Exposições de Beja, a 5.ª Vinipax – Vinhos e Sensações do Sul apresenta-se com um formato “renovado e mais ambicioso” e promete ser a edição da “consagração” do evento. É que, além de ponto de encontro entre especialistas, curiosos e apreciadores de vinho, montra e mesa de prova de mais de 100 produtores vitivinícolas da faixa territorial entre o Algarve e

o Tejo, o certame apresenta algumas novidades no que toca a eventos paralelos, ganhando um caráter “multidisciplinar” que o torna único. Às já conhecidas Olivipax e Beja Gourmet, juntam-se até ao próximo domingo, 9, os estreantes BejaBrava, semana taurina, festival internacional Alentejo das Gastronomias Mediterrânicas e BejaKids, festival infanto-juvenil. “O nosso objetivo, ao lançarmos a Vinipax com este conjunto de outros eventos, é potenciar e

acrescentar valor a este produto, o vinho, que Beja já tinha”, afirma Miguel Góis, vereador bejense, realçando algumas presenças importantes nesta edição. Nomeadamente representantes da Federação Internacional dos Jornalistas e Escritores de Vinho, instituição sob cuja égide será eleito O Melhor Vinho Vinipax, delegações estrangeiras de importadores, os grandes compradores nacionais e cerca de uma dezena de sommeliers (escanções) profissionais. “Tudo isto é um sinal claríssimo de que esta feira vai afirmar-se definitivamente este ano no panorama nacional e internacional das feiras do vinho”, concretiza o responsável. No seu conjunto, o que se convencionou chamar Beja – Experiências a Sul distingue-se pelo facto de ser um evento, “não para as pessoas verem, mas para as pessoas experimentarem, para fazerem parte

dele”. Característica que, adianta Miguel Góis, estará patente nas “provas de vinhos, nos espetáculos interativos e no parque de diversões do BejaKids, nos workshops propostos pelo BejaBrava ou ainda nos sabores do Beja Gourmet”. Transversal a todos os certames, o programa musical sugere para o serão de hoje, a partir das 22 e 30 horas, a atuação do agrupamento de música tradicional espanhola Sonido Andaluz, seguida de um espetáculo noturno no picadeiro central do parque de feiras. Amanhã, sábado, Marco Rodrigues, considerado uma das mais recentes revelações do fado, pisará o palco do recinto também a partir das 22 e 30 horas, num concerto ancorado no álbum “Tantas Lisboas”. Ranchos folclóricos, grupos corais da região e outras vozes do fado compõem o restante da componente musical do evento

que este ano terá entradas pagas, mas a um “valor simbólico”. Por três euros, o visitante poderá adquirir um bilhete individual, e por 10 euros um familiar, revertendo 50 cêntimos a favor da CerciBeja e do seu projeto de construção de um lar. “Esperamos algumas dezenas de milhares de visitantes. Vamos ver, é a primeira vez que este evento surge neste formato multidisciplinar”, espera Miguel Góis. Para já, há um bom prenúncio vindo da hotelaria local, “completamente esgotada a 10 dias do evento”, o que, conclui o vereador, “prova que a nossa aposta nestes eventos de qualidade vem de facto dinamizar o tecido económico, social e turístico da cidade”. A Vinipax – Vinhos e Sensações do Sul 2011 é uma organização da Câmara Municipal de Beja com os apoios do Turismo de Portugal e do Turismo do Alentejo.


O refeitório social da Câmara de Vidigueira, a funcionar no centro social polivalente desta vila, abriu na segunda-feira. O equipamento vai servir refeições, de segunda a sexta-feira, entre as 11 e 30 e as 14 horas, a funcionários e colaboradores da autarquia e ainda a famílias carenciadas . O centro é, de acordo com a câmara, “uma estrutura multifuncional de

vocação social dinamizada pelo município, com a finalidade de organizar respostas integradas, face às necessidades da população, numa função de caráter preventivo e minimizador, assumindo-se também como agente dinamizador da solidariedade social, da participação das pessoas, famílias e grupos sociais, como fator de desenvolvimento local”.

09 Diário do Alentejo 7 outubro 2011

Vidigueira inaugurou refeitório social

Encontro de reformados, pensionistas e idosos em Mértola A Câmara Municipal de Mértola promove amanhã, sábado, o XV Encontro de Reformados, Pensionistas e Idosos do concelho, que inclui um almoço convívio e animação musical para centenas de idosos. O encontro irá decorrer no pavilhão desportivo municipal e tem como principal objetivo “promover o convívio entre os que vivem mais isolados, proporcionando um dia diferente com os residentes de todas as localidades”, esclarece a autarquia. À iniciativa do almoço juntam-se a muitas outras que decorrem ao longo do ano e cujos destinatários são os mais idosos. A realização deste evento conta com a colaboração das juntas de freguesia do concelho.

A memória da aldeia

Almodôvar oferece bolsas de estudo

Museu da Luz já atraiu 115 mil pessoas O Museu da Luz, da responsabilidade da Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva (EDIA), já recebeu, segundo a direção do museu, “cerca de 115 mil pessoas desde a sua abertura, em 2003”.

O objetivo do Museu da Luz é “promover a salvaguarda e estudo do património material e imaterial desta região, assim como valorizar a nova paisagem”. Os habitantes, que em 2002 foram realojados, dizem que sentem “saudades da antiga aldeia”, mas que já se habituaram à nova vida, “até porque não há outro remédio”. Gostam do museu que tem a missão de preservar a memória e gostam que ele atraia gente à terra. Os homens que se cruzam no largo dizem que “por vezes se avistam

R

ecorde-se que o Museu da Luz interpreta e divulga o inédito processo da deslocalização da aldeia de Luz, no quadro da implementação do projeto de Alqueva.

camionetas de excursões”, o que “sempre dá mais vida à aldeia”, que padece dos mesmos males de muitas outras povoações: “falta de emprego e de jovens”. O Museu da Luz, para a EDIA, “é um espaço de reencontro com o passado, procurando ser, no presente, um espaço de dinâmicas culturais e sociais e de formação para as mais novas gerações. Na medida em que atrai públicos exógenos”. É também, segundo a direção, “um lugar de orgulho para a comunidade, projetando a sua aldeia em

outras dimensões e públicos”. São portugueses os que mais o visitam; no entanto, são vários os estrangeiros que também o procuram. “A grande maioria dos visitantes quer conhecer o lugar exato da antiga aldeia (submerso) e saber os contornos exatos do processo de mudança da comunidade”, garantem os responsáveis pelo Museu da Luz. Segundo informações da EDIA, “as pessoas da terra identificam-se com o museu e deverão identificar-se tanto mais no futuro”. Bruna Soares

Decorre em Almodôvar, ao longo do mês, o período de candidaturas às bolsas de estudo para alunos do ensino superior, estando definida a atribuição de um mínimo de 15 bolsas com um montante correspondente a um terço do ordenado mínimo nacional. Podem requerer a atribuição de bolsas “os estudantes que residam no concelho há mais de três anos; não disponham, por si ou através dos seus encarregados de educação, de meios suficientes para suportar os encargos correspondentes à frequência do ensino superior; frequentem ou se encontrem inscritos em cursos do ensino superior; não serem detentores de licenciatura ou qualquer curso equivalente; não terem reprovado no ano anterior, salvo por motivos de força maior, devidamente comprovados”.

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uições de Beja Razia nas instit

e Baixo Alentejo Municípios do em Associação de associados liquid que por ata- Alentejo Litoral, assim os instituição. E, apesemana, quase de s para com a ipal, Nesta última iado o fim da Empresa as suas dívida Assembleia Munic cado, foi anunc do Aeroporto de Beja, den- sar do voto contrário da o da Desenvolvimento proposto o encerrament Foi tro de 60 dias.

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um jornal para toda a região

Quando o Bairro ainda era Alemão... gem Fotorreporta ho de José Ferrol o João Espinh e crónica de

Os dias negros Planície o. da Rádio Voz da popular do Alentej cia radiofónica do

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Hélder Guerreiro pelo PS entra na corrida

Alentejo Federação do Baixo mais a As eleições para a a são apenas daqui do Partido Socialist já se perfigrelha de partida Hélder de um ano. Mas na Pedro do Carmo e lam dois candidatos: Odemira. Entrevista ao r em vereado ro, nas Guerrei se quer deixar atrasar candidato que não pág. 6 ento. voltas de aquecim

tinha o anos 1960 Beja No final dos cial do bairro residen mais refinado o. Ou dos Bairro Alemã vam. Alentejo. O os locais lhe chama uída alemães, como constr habitacional Uma área militares os r recebe de raiz para da base destacamento em s escolas alemãe Um sítio com aérea de Beja. e jardins s espaço s, personalizada recolha biónicas com públicos, torres Ciclovias. lizado. Hotel. tivos. de lixo centra s. Parques despor Zonas florestai central. e aquecimento diria, Gás canalizado de 40 anos. Quem Foi há mais 14/15 ainda hoje. págs.

Últimos voos entre outubro em Beja e Londres

Alentejo” no a do “Diário do Reportagem exclusivmundo que aparece e desaparedo , único aeroporto agora, aos domingos de manhã Até ce num só dia. Londres, que logo proveniente de e chegava um avião a capital britânica. Mas o vai para largar a se verá o fututornava em outubro. E depois vem acaba agora 4/5 págs. . ro da aerogare bejense

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nacional Moio é campeão TT de Promoção em

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Onde estiver, quando quiseral

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Diário do Alentejo 7 outubro 2011

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Auxiliares “nos mínimos dos mínimos” em Santiago

Flexibilização parece ser também a solução para o número atual de auxiliares que prestam apoio nos centros escolares. Em Santiago Maior, os auxiliares “estão nos mínimos dos mínimos”, diz o diretor, adiantando que “os horários dos funcionários foram feitos tendo em conta os intervalos e as horas de almoço”. Joaquim Cabecinha salienta ainda que o rácio em vigor “contempla

Segurança garantida No Centro Escolar de Mário Beirão o número de auxiliares “é o mínimo que permita um funcionamento normal”, diz o vice-diretor. “Neste momento o número de pessoas é considerado o suficiente para garantir a segurança dentro da escola e dar garantia de qualidade de serviço. Agora se me perguntar se com mais auxiliares poderia oferecer um serviço melhor, claro que sim”, acrescenta. E respondendo a algumas queixas

um funcionário para 48 crianças, só que a escola a tempo inteiro agora requer mais”: “Requer que se assegure o funcionamento durante a hora do almoço, o fornecimento da alimentação e o prolongamento até às 17 e 30 com as atividades de enriquecimento curricular e isto implica mais recursos. Esse rácio era quando a escola cumpria apenas as funções de administrar aulas, sem almoço”.

de pais que consideram o número de auxiliares insuficiente para as cerca de 400 crianças do 1.º ciclo, João Godinho garante que “é rigorosamente o mesmo do ano anterior” e que “a quantidade de alunos é similar”. “A grande alteração é que o agrupamento tinha duas escolas a funcionar na cidade que foram desativadas, tendo os alunos e os auxiliares sido transferidos para o novo centro. Como existem mais alunos juntos e o edifício tem outras características,

eventualmente os encarregados de educação terão uma perspetiva diferente do caso”, conclui. Já em Santa Maria, onde a falta de pessoal auxiliar se fez sentir nos primeiros dias do novo ano letivo, a situação está “regularizada”. Domingas Velez diz que o número de auxiliares “é suficiente”, embora admita que seriam necessários “mais para vigilância exterior”. “ Isto é muito relativo. Quando o mau comportamento se instala às vezes nem com 20 auxiliares”.

Refeitórios das EB 2,3 sem capacidade

Base economicista nos centros educativos

A

inexistência de refeitórios nos novos centros escolares e a falta de capacidade dos existentes nas EB 2,3 obrigou as direções dos agrupamentos escolares de Beja a encontrarem alternativas que permitam “o normal funcionamento” dos estabelecimentos. No caso do Centro Escolar de Mário Beirão, os alunos do 1.º e 2.º anos do primeiro ciclo do ensino básico, cerca de uma centena, almoçam na sala polivalente do novo edifício, enquanto os restantes (alunos do 3.º e 4.º anos) tomam as refeições no refeitório da EB 2,3, que também dá resposta ao segundo e terceiro ciclos. PUB

João Godinho, vice-diretor do agrupamento, reconhece que a situação não é a ideal, até porque a sala polivalente, “por definição, é uma sala que deveria servir para várias valências” e neste momento “boa parte já está definitivamente ocupada com as mesas para as refeições”. “Mas é a situação possível”, adianta, garantindo que as crianças que almoçam na sala polivalente “sentam-se todas ao mesmo tempo, têm o tempo todo para almoçar assim como o apoio de cinco ou seis auxiliares, o que é um privilégio, comparando com outras escolas”. O responsável afirma ainda que os “centros educativos foram

pensados numa base economicista, ou seja, pensados para pendurar as escolas primárias nas valências que existiam dentro das escolas do 2.º e 3.º ciclos”, mas “o grande problema é que estas escolas foram construídas há 15, 20 anos, quando o número de refeições escolares nada tinha a ver com o atual”. “Neste momento o refeitório existente é escasso para a própria escola, portanto era impensável fornecer lá mais cento e tal refeições”, reforça. Joaquim Cabecinha, diretor do agrupamento de Santiago Maior, adianta, por sua vez, que o novo ano letivo está a funcionar “dentro

da normalidade”, no que diz respeito ao refeitório, graças também à colaboração de alguns pais, que optaram por colocar os filhos nos ATL – Atividades de Tempos Livres, onde tomam as refeições, ou dar-lhes o almoço em casa. Para dar resposta aos restantes alunos do 1.º ciclo, que almoçam no refeitório existente na EB 2,3, foi necessário “flexibilizar os horários, saindo primeiro os alunos do 1.º e 2.º anos, e meia hora depois os do 3.º e 4.º”, explica o diretor, relembrando que estava prevista a remodelação do refeitório, cujas obras deviam ter tido início em junho último, mas tal não foi

possível. “As coisas estão a funcionar, de qualquer maneira continuamos a fazer sentir a necessidade de ampliar o refeitório, e já colocámos o problema à nova equipa da direção regional, porque o refeitório, e o equipamento de cozinha, têm 25 anos e tal e requerem uma intervenção”. No agrupamento de Santa Maria, de acordo com a diretora Domingas Velez, também se “estabeleceu um horário alternado para o refeitório da EB [que dá resposta aos alunos dos três ciclos] de maneira a que as crianças não estejam muito tempo à espera”. Nélia Pedrosa


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A Câmara Municipal de Alcácer do Sal divulgou que vai manter, em 2012, as taxas de imposto reduzidas que já estiveram em vigor este ano. Apesar de perspetivar a redução das suas receitas, “face às medidas de austeridade anunciadas”, o município realça a necessidade de continuar a “aligeirar a carga fiscal dos munícipes nos impostos” camarários.

JOSÉ FERROLHO

Câmara de Alcácer mantém impostos mais baixos

Esperávamos há muito tempo por este anúncio. Este não é considerado um grande projeto a nível nacional, mas é um grande projeto para este concelho e para esta região”. Jorge Rosa

Condições de navegabilidade no Guadiana

Por este rio acima

As condições de navegabilidade do rio Guadiana vão ser melhoradas. O projeto que pretende estabelecer um canal navegável no rio entre a ponte internacional da A22 e a povoação do Pomarão mereceu parecer favorável condicionado. A Câmara Municipal de Mértola considera que “esta é uma boa notícia para o concelho e para a região”. Esperam-se mais investimentos em torno do Guadiana.

O

projeto de melhoria das condições de navegabilidade do rio Guadiana entre a foz e o Pomarão recebeu, na semana passada, parecer favorável condicionado. Para a Câmara Municipal de Mértola, “esta é uma importante notícia”, uma vez que “vai permitir o desenvolvimento PUB

do concelho”. “Esperávamos há muito tempo por este anúncio. Este não é considerado um grande projeto a nível nacional, mas é um grande projeto para este concelho e para esta região”, afirma Jorge Rosa, presidente da autarquia. O projeto pretende criar um canal navegável no rio

Guadiana, nomeadamente entre a ponte internacional da A22 e Pomarão, povoação do concelho de Mértola. Para o presidente da vila museu, contudo, é preciso não esquecer que “Mértola é o sítio que acaba também por justificar este investimento” e que “tinha todo o interesse poder chegar-se via rio à sede de concelho”. “Deveria ser considerada a possibilidade de reabilitar o canal que liga o Pomarão a Mértola”, considera o autarca. Jorge Rosa, embora satisfeito com o anúncio, defende que “o troço Pomarão/Mértola é uma mais-valia que se justifica” e que

“é preciso ter em atenção”, adiantando que a autarquia vai reunir-se com as entidades competentes para “alertar para esta situação”. A melhoria das condições de navegabilidade do rio Guadiana, segundo o presidente da Câmara de Mértola, “vai possibilitar o surgimento de vários investimentos em torno do Guadiana”, lembrando que, inclusive, há investimentos que apenas aguardam a aprovação da obra para avançar. O acesso às localidades via rio é muito importante para a dinamização deste território e perspetivam-se vários investimentos,

designadamente no que diz respeito ao transporte de pessoas e passeios turísticos no Guadiana, entre outros. O Ministério do Ambiente, Agricultura, Mar e Ordenamento do Território refere em comunicado que “o projeto pretende potenciar a interação com outras atividades terrestes”. O objetivo é potenciar o fortalecimento das atividades socioeconómicas da região, contribuindo para a diminuição da atual sazonalidade das atividades turísticas. Segundo o comunicado, estes fatores “poderão potenciar a criação de emprego na região”. BS


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A ANA, entidade gestora dos aeroportos nacionais, afirma que o aeroporto de Beja continuará sem viabilidade económica durante um “período longo de tempo”. Quantos anos? Um? Cinco? Dez? O 31 da Armada [31daarmada. blogs.sapo.pt] calculou que o investimento estará pago no ano de 17876. Santiago Macias, avenidadasaluquia34.blogspot.com, 2 de outubro de 2011

Opinião

O escritor Miguel Urbano Rodrigues vaticina que “o século XXI será o século das grandes revoluções” em que haverá uma alternativa positiva a este sistema de exploração do homem plantado em todo o mundo, citado de alvitrando.blogs.sapo. pt, 3 de outubro de 2011

A festa do vinho João Mário Caldeira Provedor do leitor

E

Sim, é verdade, os tempos não estão para festarolas, mas este fim de semana somos todos obrigados a pecar com tanto e tão bom descaminho que vai haver em BEJA: vinhos, azeites, comidinhas feitas por especialistas, brincadeiras para as crianças se fartarem. Deus nos perdoe o descaminho. PB

ra o vinho, meu bem, era o vinho ouvi cantar mil vezes, desde menino, na minha aldeia. Talvez que a cantiga seja vulgar no nosso país, mas sempre ali a ouvi, repetidamente cantada. Coisa que parece de raiz, de tão corriqueira. Era a coisa que eu mais adorava, prosseguia, rematando com convicção que só por morte, meu bem, só por morte, o vinho eu deixava. O vinho mais do que tudo uma paixão. Desde gregos e romanos, que lhe consagraram deuses e o veneraram com sentimento, reconhecendo-lhe virtudes escondidas. In vino veritas, diziam. O vinho é coisa santa, faz o cantar miudinho emparelham, com eles, as nossas gentes, intentando o caminho do sagrado. Todavia o Baixo Alentejo só agora desperta de um sono que deixou a vinha reduzida a pequenas ilhas, pouco mais que Vidigueira e Vila de Frades, Alvito, Cuba, Amareleja e Pias. A filoxera? A apetência alternativa pelo olival? O país vinhateiro que somos, só o era do Tejo para cima até há pouco. Entretanto, o hábito de beber vinho não se perdeu no sul alentejano. Se queres que eu cante bem, dá-me gotinhas de vinho. Mesmo no tempo da fome, as tabernas foram locais de ajuntamento, de desabafo, de conversas mais arrastadas que o usual. De revolta. Os taberneiros incentivando o consumo (ou talvez não, só querendo fazer bonitos) proclamando em papéis amarelos espetados nas paredes Bebe à vontade, sem medo/E se ficares de grão na asa/Nós guardamos segredo e vamos levar-te a casa. Só que muitos não iam. Alguns malhavam com os ossos no Posto. A GNR tinha ordens para prender aqueles a quem se desatava a língua com o vinho. Salazar, que gostava de vinho, parecia não gostar de ver nos outros os efeitos, especialmente os que punham em causa o seu regime. O camelo é o animal que passa mais tempo sem beber: não seja você camelo tornavam os papéis da parede, sujos pelas moscas, ao lado da gaiola do pintassilgo. Se vires um homem caído na rua, respeita-o, pode ser um bêbado referiam os singulares prospetos, agora com acento filosófico. Tabernas antigas como templos, de balcão de mármore carcomido pelo vinho, sombrias, em ruas escusas. Lugares de perdição, algumas. O consumo dos rurais alentejanos sempre foi diferente dos do norte. No norte o vinho estava ligado ao trabalho, fazia parte das contrapartidas pagas aos jornaleiros. Supunha-se que aumentava o rendimento da enxada. Homens e mulheres bebiam, em quantidade, vinhos de graduações geralmente baixas. Até crianças, nas sopas de cavalo cansado. No sul, o vinho estava (e ainda está) ligado ao lazer. Desde que me entendo é coisa de homens, que nem em casa o bebem, quanto mais cheirá-lo no trabalho. Consomem-no nas vendas. Mais que menos, conforme as posses. Em grupo. Em rodadas. Criando laços. Uma espécie de cimento. Incendiando o rastilho do cante. Em tempos de escuridão, até o proibido: Há lobos sem ser na serra/Eu ainda não sabia... As talhas alinhadas junto à parede das adegas da Cuba e da Vidigueira. O barro tentando baixar temperaturas nas ardentes fermentações. Momentos de ansiedade. As abóbadas dando uma mão. Mais tarde o cante ao disfarce: Quando eu vejo vir no campo/Carros à meia ladeira/Lembram-me as moças da Cuba/E o vinho da Vidigueira... O humor à solta, parodiando vinho. Os dois de Vila Alva que, à beira de uma ribeira, só de verem um achigã saltar na água beberam cinco litros. O caleiro de Moura que prendeu o macho na argola da adega e que, enfrascando-se de vinho novo, não deu por uma trovoada que se abateu sobre Alvito e lhe derreteu a cal. Mas que já na rua, no meio da desgraça, ainda conseguiu glorificar o vinho novo com um grito tão forte que os mais velhos ainda recordam. Quem bebe sem consciência, num contínuo, não lhe chamam uma pipa mas uma talha. Da Aldeia do Mato vinham essas grandes unidades de cerâmica, de quinhentos litros ou talvez mais. Aí fervia

o vinho, espreitado continuamente pelo adegueiro. O Zé Amante, o Pera, da Amareleja. Nunca abriram um livro de teoria. Viveram uma vida inteira encostados à tradição. Reverenciando a uva de pendura, de vinhas velhas. O vinho branco saído por uma cana mais fina que o dedo meiminho, atacada de junça, espetada no batoque de cortiça por onde as talhas se aliviavam para alguidares. Mesas esconsas recebendo os acólitos, que degustavam o vinho novo com um prato de azeitonas, também novas, retalhadas ou pisadas. A linguiça da matança recente, assada na brasa. O vinho ainda doce, aflorando espuma, em copos pequenos, de vidro muito lavado. Vila de Frades que hoje já não tem abades/mas adegas que são catedrais/onde os palhetes fazem brilharetes/que são de beber e chorar por mais como lhe cantam os de Ficalho, é outro local mítico onde cai gente de toda a região logo que alguém, no distrito de Beja, passa a palavra de vinho novo. Fialho, filho da terra e o seu O País das Uvas, glorificando tempos de produção passada. Vinho e amigo, o mais antigo. E o ano em que, dentro de uma talha, caiu um rato lá na Vidigueira e em que o vinho foi tão barato já não há quem queira, como ainda hoje se recorda numa moda de Entrudo. A gente do sul presa no bálsamo que vem da uva. O vinho como adubo da alma. Felizmente que, sobre ele, novos tempos despontam no Baixo Alentejo. A quantidade, mas especialmente a qualidade, vieram ao de cima. O vinho continua uma festa.

A escola construtora de humanidade Manuel António Guerreiro do Rosário Padre

O

início de um novo ano escolar traz consigo um conjunto de justas expectativas e, decerto, algumas apreensões. Deixo esta tarefa para os especialistas. Nesta breve reflexão partirei tão só de uma constatação que me parece óbvia em qualquer Continente e Cultura: a maior riqueza de um país são as pessoas, e a Escola é a instância estruturante deste potencial humano. Há países com imensos recursos mas sem pessoas preparadas para os rentabilizar; outros, porém, com poucas matérias primas mas com uma elevada aposta na Educação, conseguiram tremendos sucessos que os catapultaram para a ribalta mundial. Cito a título de exemplo dois países: a Suíça e o Japão. Lembro a este propósito uma intervenção do Papa Paulo VI, nos anos 60, na ONU, onde afirmou que o analfabetismo, em todas as suas expressões, é uma forma de pobreza, pois, um analfabeto é um espírito subalimentado. Não será, por isso, possível inverter a situação de subdesenvolvimento vivida em muitos países, sem uma aposta clara na Educação. A importância da Escola no desenvolvimento dos povos exige que em qualquer país, logo também em Portugal, se gerem consensos, para além de uma legislatura, abrangendo professores, alunos, pais, funcionários, Estado e todas as forças vivas da sociedade, para que seja possível levar a cabo um verdadeiro projeto educativo. Na Educação, contudo, há um valor que importa defender e promover: a liberdade de educação. O Estado, com efeito, não pode menosprezar as legítimas convicções e aspirações das famílias, bem como os valores que elas entendem transmitir aos seus filhos. A existência do ensino particular e cooperativo não pode, por isso, ser entendido como uma concessão por especial favor, mas antes um direito que o Estado deve garantir, tutelar e verificar, sem penalizações, mas também sem favores, apostando sim no rigor, na competência, na excelência e nos resultados. Um bom ano letivo.

Há 50 anos Da “ânsia desenfreada de liberdade” do cornúpeto

H

á meio século, este “jornal da tarde” de Beja e “porta-voz regionalista” incluía nas suas quatro páginas notícias locais, nacionais, das colónias e do estrangeiro, artigos de opinião, informação desportiva e anúncios. E também peças jornalísticas “ligeiras”, como a que a seguir se transcreve, na íntegra, publicada na primeira página da edição de 9 de outubro de 1961: “A movimentada zona das ‘Portas de Mértola’ esteve ontem, cerca das 18,30 horas, em verdadeiro e inédito sobressalto, fazendo lembrar Vila Franca de Xira num dia tradicional de largada de toiros... Fugida do Matadouro Municipal, talvez já no pressentimento certo de que o seu fim estava bastante próximo, uma novilha aparentemente mansa (mas que o alvoroço dos populares fez irar e enraivecer) surgiu, inesperadamente, na ‘Baixa’ citadina, dando origem a várias peripécias, das quais, felizmente, não resultaram quaisquer consequências. A vaca vagueou, durante certo tempo, nas ruas de Mértola, do Vale, Praça Diogo Fernandes e rua Capitão João Francisco de Sousa, levando na sua esteira uma pequena multidão curiosa e divertida. Na rua Capitão João Francisco de Sousa alguns populares tentaram ‘pegas’ e o animal chegou a ser dominado. Porém, conseguiu ainda livrar-se (ou deixaram-no fugir...) e, numa ânsia desenfreada de liberdade, o cornúpeto embraveceu, colhendo, então, vários transeuntes, enquanto outros na precipitação da fuga caíam dos ‘próprios pés’... Ante a natural hilariedade de muitos (bem situados) e o medo e a atrapalhação de outros (buscando atarantadamente abrigo...) decorreram alguns momentos até que, de novo, a novilha foi apanhada e conduzida ao seu fatídico destino, terminando, assim, a inesperada e involuntária ‘largada’ ao uso de Vila Franca. Como se calcula, o ‘caso’ foi depois alegremente comentado pela noite fora.” * Na semana anterior, o jornal não se publicara a 5 de Outubro, “por ser feriado oficial, comemorativo da implantação da República Portuguesa”. Na véspera, uma breve “Nota do Dia” assinalava a efeméride: “(...) Os homens que mais contribuíram para o advento da República no nosso País agiram sob impulsos sinceros e afirmaram os mais nobres sentimentos de patriotismo, generosidade e desinteresse pessoal. A História já lhes reconheceu essas virtudes, prestando-lhes a justiça a que tinham pleno direito. Quase todos eles a morte já levou. É a sua honrada memória que hoje queremos evocar, assim como os relevantes serviços que prestaram á Pátria, mesmo nos momentos mais difíceis ou delicados em que por ela tiveram que se sacrificar.” Carlos Lopes Pereira


Parece que está instalada alguma intolerância (talvez rigidez seja a palavra melhor empregue) no acesso dos pais aos novos centros escolares da cidade de Beja, nomeadamente ao agrupamento de MÁRIO BEIRÃO. Um pedacinho de bom senso nunca fez mal a ninguém. E aqui também não fará. PB

A comunicação social vai tentar desvalorizar e remeter o assunto para um qualquer canto, mas na verdade hoje milhares, muitos milhares, saíram à rua para protestar contra o declínio do País que as políticas de PS, PSD e CDS querem conduzir Portugal, numa clara mentira com a teoria de sentido único. Rafael Rodrigues, rentearelva.blogspot.com, 1 de outubro de 2011

Efeméride

Cartas ao diretor Afronta na Mário Beirão Renato Coelho Beja

Venho por este meio dirigir-me respeitosamente junto do jornal “Diário do Alentejo” para denunciar uma afronta, da qual eu e algumas centenas de pais estamos a ser alvo por parte da escola que os nossos educandos frequentam. Refiro-me ao Agrupamento n.º 2 Mário Beirão, em Beja, na pessoa da sua diretora. Como pode verificar (...), aos pais passou a ser vedada a entrada na escola para acompanhar os seus educandos até à entrada da escola propriamente dita. Acrescento também que estamos a falar de crianças do 1.º ciclo, com idades entre os cinco e os nove anos, muitas delas a iniciarem a sua vida escolar. Adianto também que do portão da instituição até à entrada da escola distam pelos menos 400 metros com a agravante de a porta da escola não ser visível desde o portão de entrada.

Pergunto-me, como será quando precisar de falar com a professora para lhe comunicar/transmitir alguma necessidade relativa à minha filha? Dou o recado ao funcionário? E quando chover, estes funcionários vão vestir os casacos a crianças de cinco e seis anos e levá-las uma a uma debaixo de guarda-chuvas até ao portão? E estamos a falar de mais ou menos 400 crianças. Nada de invulgar se passou, esta decisão é unilateral, não fomos contactados para dar a nossa opinião. Aquilo que pude verificar, logo no primeiro dia, é que a minha filha me perguntou porque tem de vir sozinha até ao portão da escola, algo que refuta aquilo que foi transmitido aos pais através do comunicado que afirma que as crianças serão acompanhadas pelos funcionários. Pergunto também qual será a melhor forma de garantir a segurança destas crianças e se o acompanhamento individual e personalizado de cada pai ou mãe ao seu filho/a não resolverá o problema. Perante esta situação, sinto-me indignado por não poder acompanhar a minha

filha até à escola. Sou eu e os demais pais tratados como criminosos só porque pretendem levar os seus filhos à escola. Não posso calar a minha revolta e tudo farei para reverter esta situação. (…) A senhora diretora da escola não sabe certamente o que é o sorriso de uma criança quando sai da escola e percebe que o seu pai ou mãe ali está à sua espera.

D. Manuel Falcão Ana Falcão Centeno Lisboa

No “Diário do Alentejo” de 23 de setembro, surge uma reportagem/entrevista em que fala o senhor bispo emérito de Beja, D. Manuel Falcão. O meu nome é Ana Falcão Centeno e sou uma das muitas sobrinhas do senhor bispo. Gostaria de lhes agradecer esta entrevista que publicaram. Muito interessante e com temas de que o meu tio raramente fala. Apesar da idade que tem, é sempre um gosto ouvi-lo, com a sua lucidez característica.

Direito de resposta I Ao abrigo da Lei de Imprensa, vem José António Serra Bacala Ferreira exercer o direito de resposta e retificação à carta publicada na página 13 do “Diário do Alentejo”, de 16 de setembro de 2011, e da autoria de Francisco Fradinho. Na referida carta são feitas afirmações que, por serem falsas, exigem um público desmentido. O ora signatário é sócio de uma conhecida sociedade de mediação imobiliária, a Liderinveste – Sociedade de Mediação Imobiliária, Unipessoal, Lda. A Liderinveste, como aliás qualquer sociedade de mediação imobiliária, tem como único objeto social a mediação na compra e venda de propriedades. Não é

construtora de imóveis nem responde por quaisquer conflitos que possam surgir entre vendedores e compradores. Quaisquer eventuais reclamações que os compradores tenham a fazer devem dirigi-las apenas e só aos vendedores e/ou construtores porque só a estes cabe, a serem procedentes, a obrigação de resolver as reclamações. Antes de vir para um jornal lançar atoardas, devem os cidadãos primeiro que tudo saber os seus direitos e como ou a quem reclamá-los para que não venham, indevidamente, responsabilizar na praça pública quem nada tem a ver com o conflito. E tanto mais quanto é certo que o autor da carta refere estar representado por advogado. E já agora, em jeito de desabafo,

permita-me senhor diretor que lamente a publicação de uma carta que uma leitura, mesmo superficial, permitiria verificar não ter qualquer fundamento. Bastaria uma pesquisa na Internet para verificar que a Liderinveste é uma sociedade unipessoal, isto é, de um único sócio, o ora signatário. A afirmação contida na carta publicada de que a sociedade é propriedade dos irmãos Amílcar e José Bacala é por isso falsa. A liberdade de proferir afirmações termina quando essas afirmações, sendo falsas, ofendem os seus destinatários. E é apenas a reposição da verdade o objetivo desta carta. Beja, 26 de setembro de 2011

Direito de resposta II A Voz da Planície não tem “um problema político” com a Câmara de Beja. A Voz da Planície não se considera devedora de qualquer valor à autarquia. A Câmara rasgou unilateralmente um contrato de comodato que mantinha com esta Cooperativa, impondo, também de forma unilateral, um valor exorbitante de renda que não foi por nós aceite. Recorrer, em tom de ameaça, à figura da “ação de despejo”, demonstra o espírito presente, desde a primeira hora, no tratamento desta matéria.

A nossa denúncia de falta de sensibilidade da autarquia para as questões dos meios de comunicação social de proximidade é uma constatação e uma realidade. A afirmação, por parte do vereador Miguel Góis, de tratamento “igualitário” na aquisição de serviços nesta área, é, como o vereador bem sabe, falsa. As dificuldades que a Voz da Planície atravessa, são, infelizmente, as mesmas que a larga maioria das empresas do setor, e não só, vivem. Ainda bem que há

operadores a quem a “crise” não afeta. Não é a falta de compra de serviços, por parte da autarquia, à Voz da Planície que veio criar as dificuldades que sentimos, mas não o fazendo contribui para a debilidade das empresas do setor. Esta rádio vai continuar a ser a “Voz da Planície”. Não serão ameaças de ações de despejo que nos calarão a “Voz”. Saberemos, como sempre, encontrar o caminho que nos permitirá continuar a ser uma voz de liberdade. Justino Engana

Outubro de 1918 A epidemia pneumónica dizima parte da população de Beja e do distrito

A

pneumónica que, segundo a imprensa de Beja, ter-se-ia desenvolvido no quartel de Infantaria 17, sedeado nesta cidade, “ataca” em força a população da capital do Baixo Alentejo e da região, em outubro de 1918. O número de óbitos é tão grande que o governador civil ordena aos administradores dos catorze concelhos do distrito que proíbam os “sinais”, as badaladas em sinal de morte, enquanto não esteja extinta a pneumónica, na medida em que estas badaladas são um autêntico terror para todos aqueles que se encontram tocados pela epidemia. O impacto psicológico da doença é tão forte que, em finais de Outubro de 1918, alguém afixa na estação de caminho de ferro de Serpa o seguinte aviso: “Previnem-se os senhores passageiros que em virtude da epidemia reinante, não lhes é permitida a entrada em Serpa. Aqueles que aqui tiverem família ser-lhes-á permitida [a entrada] desde que se queiram sujeitar ao isolamento que o médico indicar” (1), tabuleta entretanto removida por ordem directa do governador civil. Num quadro de carestia, de falta de géneros, de fome e de doença, em Outubro de 1918, uma das queixas recorrentes apresentadas pelas pessoas tem a ver com o que consideram ser uma atitude de exploração praticada pelos condutores de automóveis de Beja em relação aos doentes que habitam as freguesias rurais. Estas queixas consistem na denúncia dos preços elevadíssimos que estes condutores cobram aos doentes por até eles levarem os médicos que vivem na cidade. A isto acresce outro facto, também ele alvo de censura. Como nestas localidades para onde é chamado o médico há mais que um doente, acontece que o clínico, aproveitando a sua estada no povoado, vê também outros doentes e não só aquele que o tinha chamado. Nestes casos, os condutores de automóveis, para além de cobrarem o frete ao doente que tinha solicitado o médico, cobram ainda um escudo por cada doente também alvo de consulta médica, facto criticado por configurar uma tentativa de ganhar dinheiro com base na desgraça alheia. Ao grassar da epidemia juntam-se ainda os problemas relacionados com o abastecimento de água a Beja. Agora, em Outubro de 1918, uma das dificuldades maiores prende-se com a falta de aguadeiros, uma vez que os poucos que existem estão a ser apanhados pela epidemia. Com a comissão administrativa da câmara paralisada, a solução encontrada pelo governador civil é a de solicitar aos proprietários agrícolas, possuidores de carros com pipas, que ajudem no fornecimento diário de água à população, a que respondem positivamente alguns destes lavradores, casos, por exemplo, das casas agrícolas Gomes Palma e viúva Almodôvar. – Cf. O Porvir, n.º 642, 2 de Novembro de 1918. Constantino Piçarra

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Não é muito o que podemos fazer por ele, mas relembrá-lo e celebrá-lo, lendo-o, parece-me uma boa ajuda. No dia 13 correm 100 anos sobre o nascimento do poeta, romancista e contista MANUEL DA FONSECA. Na edição de hoje seguimos-lhe os passos e damo-lo a ler. É o que se pode. PB


“Cidade D’Escrita” patente até ao fim de Dezembro

Diário do Alentejo 7 outubro 2011

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Até ao fim de dezembro, na Biblioteca Municipal Manuel da Fonseca, em Santiago do Cacém, vai estar patente a exposição “Cidade D’Escrita”. A mostra consubstancia a memória gráfica de “Viagem por Cerromaior”, passeio histórico-literário em que participou o coletivo de desenhadores urbanos Urbansketchers – Portugal.

Texto integral Páginas Esquecidas

O retrato

(Santiago do Cacém, 15-X-1911/Lisboa, 11-III-1993) No centenário de Manuel da Fonseca, um dos seus contos antológicos

C

erta manhã, meu pai ordenou-me inesperadamente: – Diz a tua mãe que te vista o fato novo para ires tirar o retrato. Admirei-me: – Mas hoje não é o dia dos meus anos... – Pois não. Mas lá em Beja precisam de dois retratos teus. É para te identificarem.

– Identificarem? – Sim. Para saberem que és tu e não outro. – Não percebo – recomecei, desconfiado. – Como podem e eles supor que vai outro em meu lugar? Daqui por diante, a conversa complicou-se de tal modo que meu pai perdeu a serenidade; gritou-me: – Faz o que te digo, rapaz! Fiz. Nada mais havia a replicar quando meu pai me chamava rapaz. Era uma regra que, à custa de alguns sopapos, eu acabara por introduzir nas nossas relações. Respeitando a regra, fui, pois, a minha mãe que me vestiu de ponto em branco. Daí a pouco, com grande escândalo dos meus amigos, passei pelo largo, a caminho de casa do senhor Rodrigo. Passei vestido “à mamã”, expressão que entre nós designava não apenas o fato mas certos rapazitos, medrosos e tímidos, quase sempre vestidos daquele modo e que por isso achávamos que não sabiam brincar nem prestavam para nada. A peça de roupa que mais caracterizava um “mamã” era o colarinho gomado aberto sobre o casaco e tapando-o até aos ombros. E eu, tido e respeitado como um rapaz às direitas, lá ia de enorme colarinho da goma, ao lado de meu pai. Nem olhava para ninguém. E, ainda hoje, após tantos anos, sinto vergonha. Não já pela gola, mas pelo rosto de estarrecido espanto com que fiquei no retrato. As coisas são como são – não temos que nos queixar. A horrível fotografia aí está na primeira folha da minha caderneta de aluno do liceu. Sempre é um documento que gostamos de mostrar às pessoas conhecidas, e eu estou impedido de fazê-lo. Não quero que vejam aquela cara. Principalmente depois que, por um acaso infeliz, Dèlinha, a rapariga que eu amo, a folheou: – Como tu eras...! – exclamou ela, surpreendida. Ora esta impressão a meu respeito não corresponde à verdade. A culpa de tudo foi de eu ter crescido muito, de ter ido a Beja fazer exame e de o senhor Rodrigo, o fotógrafo viver uma vida de loucos sobressaltados. Foi isso e mais nada. Daí, o espanto que ficou na minha fotografia tirada no momento preciso em que se desencadeou qualquer coisa como um terramoto, e a mim me pareceu que tudo se ia modificar na face da Terra. De facto, as coisas modificaram-se; depois que entrei para o liceu, o mundo deixou de ser o que era. Tornou-se imenso e agreste. E, como agora já não posso reviver os doces dias da infância, aborrece-me a desolada expressão com que a abandonei. Mas basta olhar o retrato para ver quanto é triste deixar de ser criança. Fui, pois, fazer exame a Beja. Ao terminar, todos acharam que sim, que ficara bem. A professora disse:

– Apenas erraste duas coisas. Mas, não deve ter importância... Meu pai, que me acompanhou, foi da opinião que eu podia ter respondido certo. Repetiu as perguntas, e eu respondi certo. – Ora vês como sabias? Hum... acho que te não vão reprovar por isso... Estava pois assente que eu ficara bem. Mas só quando daí a um imenso quarto de hora afixaram os resultados, desapareceu de vez aquele retraimento que pesava sobre nós. A professora beijou-me, exclamando: – Eu não disse! Pois claro que foi um belo exame! Só tiveste um defeito: falaste demasiado, nunca te calavas. Olha que quem muito fala... Mas, enfim, já podes entrar para o liceu. Meu pai passava-me os dedos pelo cabelo. Pusera-se muito sério e pálido. Só então vi quanto era profunda a sua alegria; tive vontade de chorar. Subitamente, ele disse, erguendo a mão: – Vou mandar um telegrama! E correu para a estação. Ao ver-me rodeado de caras risonhas, os dias anteriores, tão enervantes e difíceis, perderam o sentido. Da minha memória desapareceram as regras da Gramática, os problemas, os rios, as linhas dos comboios e as grandes figuras históricas. E as guerras, com datas e heróis, decorados um a um, sumiram-se-me da cabeça. Senti-me límpido e feliz, de novo criança. A vida era bela, e diante de mim, abriam-se caminhos radiosos: ia voltar a ser um pequeno rei na minha vila. Como estava bem longe de pensar que, meses depois, uma grande tristeza me assombraria! Saímos de Beja na manhã seguinte. Estrada fora, olhando através da janela do carro para a imensidão dos plainos, reparei que o mundo era bem maior do que eu imaginava. E a Geografia, que tanto trabalho me dera a decorar, começou a ter para mim um certo jeito de coisa, afinal, verdadeira. “Talvez que a Terra seja redonda, e tão grande como o livro diz”, pensei eu, resignado. Quando chegámos, minha mãe chorou; a avó comoveu-se um pouco. Depois, apesar de os dias correrem, todos os meus falavam ainda do exame e de Beja. Mas falavam de tal modo que, por fim, me pareceu que era meu pai, minha mãe e a avó que iam para o liceu cursar o primeiro ano. Cá por mim só pensava no jogo da bola e nas

Manuel da Fonseca aos 49 anos

correrias pelo largo. Veio pois aquela manhã, quase no fim do verão, em que meu pai me levou a casa do senhor Rodrigo. Até aí, eu só tirara retratos no dia do meu aniversário. Meu pai escrevia a data na parte de trás; dava um à avó outro aos meus padrinhos, e guardava os restantes. Às vezes, mostrava-os às visitas. Eram todos eu, desde a idade dos cueiros até ao horrível colarinho de goma, tirado no ano anterior. Em nenhum havia nada de especial: apenas a cara que eu tinha quando os tirei. Agora, ia para Beja, para longe da família; meu pai já me tinha dito varias vezes que a minha vida ia levar uma grande volta, que estava um homenzinho e tinha de proceder de outro modo: passar a ter juízo. Ter juízo! Naquele mesmo instante, rua fora, me ia repetindo tais palavras. Claro que eu não caminhava com o à-vontade do costume; o fato vincado e a gola dura em volta do pescoço faziam-me caminhar contrafeito. Tinha que conservar o tronco hirto, de modo a adaptar o corpo à solenidade do vestuário. – Pai... – murmurei eu – lá em Beja tenho de andar sempre assim? – Pois claro que tens! Pensei ainda repetir a pergunta de modo a saber se, além de andar daquela maneira, teria que vestir sempre aquele fato. Mas achei inútil. Pois não ia eu para o liceu, não ia eu tirar o retrato para que gente estranha visse bem se era eu ou não o tal que já era um homenzinho e estava em Beja, distante de tudo que me era querido, e cheio de juízo? Entrei com graves suspeitas em casa do fotógrafo. Na verdade, o senhor Rodrigo ia tirar o retrato ao fim da minha infância. Era como se alguma parte de mim morresse, e a fotografia viesse a ser o meu rosto nesse momento de morte. Tudo isto, mais o que depois aconteceu, foi a origem daquela expressão que tanto alarmou Dèlinha. Felizmente que há coisas que se podem remediar; e eu creio ter apagado já da memória da minha noiva a desgraçada imagem dos meus últimos dias de menino. O senhor Rodrigo recebeu-me com cara de poucos amigos, que era a que tinha para quem quer que fosse. Alto e magro, de bigode com as pontas reviradas para cima, os olhos abriam-se-lhe desmesuradamente por detrás dos óculos de aro ouro, e o rosto, envelhecido, parecia sempre carregado de espanto e de ira contra tudo que via à sua volta. Falava aos gritos, abrindo ainda mais, se é possível, os olhos negros e redondos. Tinha chegado à vila, havia muitos anos, com uma máquina fotográfica às costas. Ia a casamentos, a batizados e às feiras. Um dia, tais manobras fez em volta da máquina e por debaixo do enorme pano preto ao fotografar, de corpo inteiro, a família do lavrador da Chancuda, que a filha deste ficou apaixonada. Casaram. E, quando o senhor Rodrigo já estava habituado a viver dos rendimentos do sogro, o lavrador e a filha enlouqueceram quase ao mesmo tempo. Foi a avarenta da sogra quem passou a mandar em tudo. E que mão de ferro ela tinha! Desde aí a vida do senhor Rodrigo transformou-se num inferno. Pai e filha levavam o tempo a fazer tropelias. Partiam loiça, móveis; corriam pela casa, atirando cadeiras ao chão. Só depois de muito cansados se aquietavam. Então, adquiriam a expressão, entre medrosa e


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É inaugurada hoje, sexta-feira, no Auditório Municipal António Chainho, em Santiago do Cacém, a exposição “Uma Voz de Revolta”, que retrata a obra literária de Manuel da Fonseca. A exposição faz parte das comemorações do centenário do nascimento do escritor alentejano.

Diário do Alentejo 7 outubro 2011

A obra literária de Manuel da Fonseca em destaque

Saímos de Beja na manhã seguinte. Estrada fora, olhando através da janela do carro para a imensidão dos plainos, reparei que o mundo era bem maior do que eu imaginava. E a Geografia, que tanto trabalho me dera a decorar, começou a ter para mim um certo jeito de coisa, afinal, verdadeira. “Talvez que a Terra seja redonda, e tão grande como o livro diz”, pensei eu, resignado.

inocente, de duas pobres crianças que apenas haviam andado a divertir-se um pouco. Mas, quando o senhor Rodrigo pensava que ia passar o resto do dia em sossego, recomeçavam as correrias, os desatinos. Muita vez vi o lavrador da Chacunda, de grandes suíças brancas, a cantar alegremente, à janela: “Oh Rodrigo, com quem dormes tu?” Depois, a filha aparecia na varanda e, imitando a voz do marido, acabava o verso. E riam com tanto gosto, na cara do senhor Rodrigo, que nem pareciam doidos. Também a vila achava imensa graça àquela cantiga. O senhor Rodrigo, esse esfalfava-se, correndo o dia inteiro atrás da mulher e do sogro, a fechar portas e janelas. De vergonha, quase que não saía à rua. Insensível a tudo, a sogra recebia os feitores, dava-lhes ordens, e arrecadava os dinheiros a sete chaves. Teve de voltar, desalentado, à antiga profissão, o fotógrafo. E lá ia esperando. Mas os anos corriam, a mulher e o sogro estragavam-lhe os dias, e a sogra parecia cada vez mais fresca e cheia de saúde. Tais factos, por certo, influíram na maneira como o senhor Rodrigo encarava o mundo. Posto isto, reparem que estou sentado na cadeira fatídica, diante da complicada máquina cujo fole foi esticado ao máximo, como de propósito para não perder nada da minha atrapalhação. É pois este homem, que espera com raiva a morte da mulher, do sogro e da sogra, principalmente da sogra, quem vai, sem se aperceber, fotografar a morte da minha infância... Ponho-me quieto, não há que fugir, e componho uma expressão de circunstância. Assim uma cara de acordo com aquela seriedade que meu pai exige de mim, lá em Beja. De resto, a goma endurecida da gola facilita muito esta atitude; um ar formalizado, rígido; boca séria, olhos graves. Até o cabelo, sempre revolto, está cuidadosamente penteado. Sou, pois, uma criança cheia de infinita amargura, especada e sem jeito, diante do olho redondo e sinistro que me vai matar. Ferozmente, o senhor Rodrigo analisa-me. Acima de tudo, ele é um artista que não consente que qualquer fedelho o deixe mal colocado. Quase nem respiro; O senhor Rodrigo avança para mim; torce-me a cabeça com dureza, puxa-me o queixo, empurra-me a testa para trás. Recua, e ordena-me brutalmente: – Sorria com naturalidade! Sucumbi num esgar contrafeito de choro. Mas o senhor Rodrigo exclamou: – Exactamente! Quieto! Olhe para aqui! Revirei os olhos, numa agonia. – Um...! Dois...! Três! Nesse momento, tive a impressão que a casa desabava: o estuque caiu do teto, numa chuva branca; um ruído enorme abanou as paredes – oscilei na cadeira, como se fosse cair para sempre. Ouvia-se uma correria desordenada, gritos. patadas contra o soalho, risos dementes. – Já está! – berrou num nervosismo feroz o senhor Rodrigo, avançando para mim. Pulei da cadeira, e saí dali tão desnorteado que mal ouvi meu pai desculpar os “pobres de Deus”, como ele chamou à mulher e ao sogro do fotógrafo. Por muito tempo, andei sorumbático, alheado. Ao chegar a hora da partida, senti que me afastavam de tudo quanto amava; já longe, no alto das Cumeadas, voltei-me para as casas, para o largo, para as estradas em volta da vila. Os olhos arrasaram-se-me de lágrimas, e chorei longamente. Chorei como se nunca mais voltasse. Depois, quando dei por mim, estava em Beja, sozinho, estranho no meio daquela gente, e os professores gabavam-me o juízo e a aplicação ao estudo. Foi uma alegria para meus pais. Dela não comparticipei, pois não podia esquecer os meus amigos de infância, livres e felizes, lá no largo! [In O Fogo e as Cinzas, contos. Lisboa, col. Os Livros das Três Abelhas, sd. (1953): 2.ª edição, Lisboa, Portugália, 1965] Recolha Luís Amaro

Manuel da Fonseca (desenho de Victor Palla,

um dos dois directores da colecção “Os Livros das Três Abelhas” )


Prémio Manuel da Fonseca anunciado este mês

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Este mês é anunciado o Prémio Nacional de Conto Manuel da Fonseca. Na ocasião, será lançado o livro Caixa Baixa, da autoria de Eduardo Palaio, vencedor da 8.ª edição do Prémio Nacional de Conto, que homenageia o escritor de Seara de Vento.

Museu de Neorrealismo homenageia Manuel da Fonseca Os escritores neorrealistas Manuel da Fonseca e Alves Redol, cujos centenários do nascimento este ano se comemoram, serão celebrados no Museu do Neorrealismo, em Vila Franca de Xira, com exposições, congressos internacionais, leituras encenadas e filmes. A grande Exposição do Centenário de Manuel da Fonseca aí estará patente até ao dia 9, no museu vila-franquense.

Roteiro

Cerromaior de Manuel da Fonseca

No Largo que já foi o centro do mundo Dezena e meia de pessoas responderam, no sábado passado, ao convite da Câmara Municipal de Santiago do Cacém para uma visita pelos locais

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MÁRIO LINHARES

ouco passa das 10 da manhã quando o pequeno grupo se junta no jardim fronteiro ao atual Museu Municipal, onde antigamente funcionava a cadeia, mesmo frente ao edifício da Câmara, dois locais importantes de afirmação do poder e, também eles, próximos na ação narrativa de Cerromaior, editado em 1943 e transposto para o cinema por Luís Filipe Rocha, em 1980. É na cadeia que o romance começa e acaba, como se de um círculo fechado se tratasse. A receberem-nos estão Gentil Cesário, técnico municipal do serviço de Museus e Património, e Paula Cusati, técnica superior do serviço de Bibliotecas e Arquivo Municipal. São os dois – excelentes, como veremos a seguir – nossos guias, um mais especializado nas questões da história, outro nos aspetos literários, nesta viagem de muitos olhares e perspetivas, sempre com Manuel da Fonseca e a sua obra no horizonte. Logo de início, Paula Cusati chama a atenção para o facto do passeio deste sábado integrar as Jornadas Europeias do Património, dando uma maior visibilidade e dimensão a esta visita, “guiada pela mão da história e da literatura, aos lugares ligados à vida de Manuel da Fonseca e à sua obra Cerromaior”, romance em que, “como em nenhum outro, Manuel da Fonseca utiliza a sua cidade natal como palco da sua ficção”, sublinha.

mais ligados à obra de Manuel da Fonseca, que nasceu na cidade – então vila – há um século atrás. A pretexto do centenário do nascimento de Manuel da Fonseca, estas viagens levam-nos por “Cerromaior”, a vila em que se desenrola o primeiro romance do escritor e que este identifica claramente como Santiago do Cacém, no próprio prefácio do livro. “Cercado de cerros, que vão de roda em anfiteatro com o lugar do palco largamente aberto sobre a planície e o mar, o cerro de Santiago é de todos o mais alto. Daí o título: Cerromaior. Vila que me propus tratar...” Texto Carlos Júlio

“Manuel da Fonseca nasceu a 11 de outubro de 1911 aqui em Santiago do Cacém, era oriundo de uma família abastada, fez aqui a instrução primária e depois partiu para Lisboa, onde frequentou diversas escolas, chegando a frequentar as Belas Artes, mas regressava todos os anos a Santiago do Cacém, pois era aqui e em Sines que passava as férias. Começou a escrever muito cedo, desde criança, e em 1925 foi publicado o primeiro poema da sua autoria por uma tia que foi à sua gaveta e que o publicou num semanário da província”. Estão, pois,

as apresentações feitas. Caminhamos umas centenas de metros, com duas ou três paragens. O grupo não é grande, mas vem disperso. Mais uns tantos metros, outra paragem. Desta vez no miradouro da Senhora do Monte, onde antigamente existiu a igreja do mesmo nome, que foi demolida nos anos 20 e em seu lugar construída uma escola primária, por uma vereação republicana. Santiago do Cacém foi, em finais do século XIX e início do século XX, uma vila muito ligada às ideias republicanas e com uma importante

A paisagem de todo o casario que se avista daqui do alto do Miradouro sobre a zona antiga de Santiago do Cacém é muito bonita. Foi neste local que terá começado a ainda existente feira da Senhora do Monte e foi também aqui junto a este bairro, de características eminentemente populares, que Manuel da Fonseca nasceu e cresceu, numa casa que hoje já não existe.

influência anarquista, para quem a Igreja significava “as trevas, a escuridão” e a Escola “a luz e a cultura”. A paisagem de todo o casario que se avista daqui do alto do Miradouro sobre a zona antiga de Santiago do Cacém é muito bonita. Foi neste local que terá começado a ainda existente feira da Senhora do Monte e foi também aqui junto a este bairro, de características eminentemente populares, que Manuel da Fonseca nasceu e cresceu, numa casa que hoje já não existe. “Onde estão estes prédios altos ficava a casa da família Fonseca, por isso ele terá brincado nestas ruelas e, além disso, bastava-lhe descer estas escadas, que também iremos descer, para chegar ao Largo, que ele considerava o ‘Centro do Mundo’”, diz Gentil Cesário, passando a palavra a Paula Cusati que aproveita para ler alguns textos do escritor, nomeadamente o prefácio de O Fogo e as Cinzas, em que Manuel da Fonseca explica o seu processo de escrita e de criação. “As pessoas de quem escrevo são as que houve na minha vida. Gente de família ou conhecida. Nelas me fui descobrindo e sendo eu próprio as vidas que contei. É isso, eu até quando escutava a vida de algum desconhecido, logo descobria que esse desconhecido era dois ou três indivíduos que já conheci, um dos quais, com o tempo, começava a ser eu…”. Descemos então ao Largo, lá em baixo, onde já foi o “Centro do Mundo”. “Este


Cidade D’ Escrita”, exposição de cadernos gráficos

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Carlos Júlio EDUARDO SALAVISA

largo era o sítio onde desde o início do século XX, desde os tempos em que o pai de Manuel da Fonseca foi sócio da Empresa Automobílistica Santiaguense, que teve o primeiro autocarro a vir de Sines, o autocarro parava e seguia depois para o Poçeirão onde fazia ligação ao comboio. Até à construção do terminal rodoviário sempre foi aqui a paragem dos autocarros e, antes disso, no século XIX, também paravam aqui as diligências. Este era o sítio onde chegavam os viajantes e, com eles, as novidades. Manuel da Fonseca, em Cerromaior fala da paragem de um autocarro aqui. Adriano e o padrinho descem do autocarro e sobem uma rua para entrarem na vila, que é a rua Camilo Castelo Branco”, conta, no meio do Largo, Gentil Cesário, apontando um outro edifício onde viveu “o avô materno, farmacêutico, que também tinha ali a farmácia e onde Manuel da Fonseca viveu alguns anos, quando os pais foram para Lisboa”. Estamos pois no “Centro do Mundo”. No Largo. Com os Correios também ali ao lado. Aqui juntavam-se os homens à conversa. Chegavam as novidades. Mas eram aqui também as “praças de jorna”, referidas em Cerromaior por Manuel da Fonseca e recordadas, no local, por Paula Cusati. “As chuvas iam rareando e o verão aproximava-se com dias de calor. Era a época em que todos os anos começavam a aparecer grupos sentados pelo lancil do Largo da vila. Os homens raramente falavam. Uma que outra frase lá de quando em quando. A esperança tornava-os graves, concentrados, mas ao fim da tarde voltavam mais taciturnos. Nenhum feitor aparecera a oferecer-lhes trabalho. Então, aguardavam o domingo. Nesses dias, logo pela manhã, o Largo ganhava animação. Grupos de camponeses subiam para a vila. As mulheres, que faziam toda a caminhada a pés nus desde os montes, antes de entrarem nas ruas, paravam para calçarem os sapatos lustrosos e de grandes laços…”.

oi inaugurada a 1 de outubro, na Biblioteca Manuel da Fonseca, em Santiago do Cacém, uma exposição de desenho urbano, realizado por vários urbansketchers (desenhadores urbanos), que a convite da Câmara Municipal de Santiago do Cacém acompanharam, em maio passado, um dos passeios histórico-literários em torno da vida e da obra de Manuel da Fonseca. Intitulada “Cidade D’Escrita”, a exposição reúne trabalhos de diversos artistas que estiveram em Santiago do Cacém a convite da autraquia. Também no sábado, e diretamente relacionada com esta exposição, teve lugar na biblioteca Manuel da Fonseca uma mesa-redonda acerca das potencialidades do diário gráfico enquanto instrumento de análise e de experimentação da paisagem urbana. Com a presença do Urbansketchers-Portugal e do professor João Seixas.

A acompanhar esta viagem por Cerromaior de Manuel da Fonseca esteve também Filomena Barata, antiga diretora regional do Ippar e uma das responsáveis pelas escavações em Miróbriga que, a propósito das “praças de jorna”, contou um episódio que afirma tê-la marcado “profundamente”. “Ainda há poucos anos, quando estávamos a escavar Miróbriga, havia reflexos das ‘praças de jorna’ e da necessidade de garantir o trabalho para o dia seguinte. Os arqueólogos quando acabam um dia de trabalho gostam de deixar o campo todo limpo e bem lisinho, por questões também técnicas, e dizíamos isto sempre aos homens que trabalhavam connosco. Mas, ao fim do dia, havia sempre umas moitinhas de terra, via-se

que o trabalho não estava acabado. Uma dia perguntei a razão daqueles montinhos de terra. Percebi que para eles – e isto é arrepiante e ainda vem do tempo da jorna – se ficasse um bocadinho por fazer era a garantia de que no dia seguinte ainda teriam trabalho. E há 10 anos atrás ainda se continuava a fazer isto com medo de não terem trabalho”, diz a arqueóloga. Começamos então a subida até ao Castelo, com várias paragens pelo caminho. Aqui as referências à obra de Manuel da Fonseca são mais raras. Quanto mais se sobe, mais perto se está da Santiago fidalga e nobre, que o escritor não frequentava, a não ser o edíficio da Sociedade Harmonia que ocupa todo um capítulo de Cerromaior. “Manuel da Fonseca escreve que

as janelas da Sociedade Harmonia Cerromaiorense derramavam luz sobre as ruas. A vila era então mal iluminada, a narrativa passa-se à noite, os salões da ociedade estavam iluminados e pode-se imaginar a luz a jorrar de lá de dentro”, explica Gentil Cesário, frente à enorme fachada do edifício, salientando que “também aqui há uma metáfora: a sociedade era muito elitista, mas havia aqui um grupo de teatro, uma biblioteca e a sociedade derramava, de facto, cultura sobre Santiago do Cacém”. Esta sociedade teve uma grande importância para Manuel da Fonseca, que aqui escreveu várias páginas e é aqui, também ,que ele contacta com o teatro, que vai utilizar como palco e instrumento narrativo noutros livros e noutros escritos. “No livro de contos Aldeia Nova aparece-nos o Mestre Finezas, que existiu mesmo. Era um ator amador aqui deste teatro, chegou a ser entrevistado em 1961 por um jornalista do Jornal de Letras e Artes. Era barbeiro, tocava violino e também era ator. É nele que Manuel da Fonseca se baseia para criar o seu Mestre Finezas”, diz Paula Cusati, que não resiste a ler meia-dúzia de linhas mais. “Era pelo inverno. Jantávamos à pressa e nessas noites minha mãe penteavame com cuidado. Calçava uns sapatos rebrilhantes e umas peúgas de seda que me enregelavam os pés. Saíamos. E, no negrume da noite que afogava as ruas da vila, eu conhecia pela voz famílias que caminhavam na nossa frente e outras que vinham para trás. Depois, ao entrar no teatro, sentia-me perplexo no meio de tanta luz e gente silenciosa. Mas todos pareciam corados de satisfação. Daí a pouco, entrava num mundo diferente. Que coisas estranhas aconteciam! Ninguém ali falava como eu ouvia cá fora. E mesmo quando calados tinham outro aspeto; constantemente a mexerem os braços. Mestre Finezas era o que mais se destacava. E nunca. Que me recorde, o pano desceu, no último ato, com Mestre Finezas ainda vivo. Quase sempre morria quando a cortina principiava a descer e, na plateia, as senhoras soluçavam alto...”. Subimos um pouco mais alto, até ao Castelo, passando pelos palácios ricos de Santiago, entre os quais o dos condes de Avillez. Para trás ficam duas horas de conversa em torno dos lugares e da obra de Manuel da Fonseca. Estes passeios estão a ser organizados pela Câmara Municipal de Santiago do Cacém desde maio passado. O próximo realiza-se já no domingo, dia 9, no âmbito do Encontro Internacional sobre Manuel da Fonseca, que vai decorrer em Lisboa, Vila Franca de Xira e Santiago do Cacém.


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Independentes de Sines na Taça de Portugal em Futsal

O Baronia foi a Tavira perder por duas bolas de diferença e ficou eliminado da Taça de Portugal. Sorte comum a quase todas as equipas alentejanas, com exceção dos Independentes de Sines que, mercê de um triunfo em Quinta do Conde, seguem para a segunda eliminatória. Resultados da 1.ª eliminatória: Sonâmbulos, 4-Baronia, 2; Évora Futsal, 1-Os Indefetíveis, 7; Messines, 6-Casa do Benfica VRSA, 2; Atalaia, 1-Portela, 5; Quinta do Conde, 3-Os Independentes, 7; Sassoeiros, 2-Sporting Viana, 1; Louletano, 2-Rangel, 5.

Futebol Juvenil Ganhar ao União de Montemor Nacional de Juniores – 4.ª jornada:

Desporto

Distrital de futsal O Campeonato Distrital de Futsal inicia-se no dia 28 e a primeira jornada terá os seguintes jogos: Almodovarense-Politécnico de Beja; Alcoforado-N.S. Moura; Vila Ruiva-Alfundão e A.D.V.N. São Bento-A. Surdos de Beja.

Despertar, 4-Desp.Portugal, 2; U. Montemor,1-Internacional,4;Atlético, 0-Farense, 0; Estoril, 0-Lusitano, 1; Beira Mar Almada, 3-Imortal, 1; Olhanense, 2-Oeiras, 0. Classificação: 1.º BM Almada, 10 pontos. 2.º Estoril, 9. 3.º Atlético, Internacional, Olhanense e Lusitano, 7. 7.º Farense, 6. 8.º Despertar, 5. 9.º Imortal e Oeiras, 3. 11.º U. Montemor e Desp. Portugal, 1. Próxima jornada (8/10): Despertar-U. Montemor; Internacional-Atlético; Farense-Estoril; Lusitano-Beira Mar Almada; Imortal-Olhanense; Desp. Portugal-Oeiras.

Líder joga em Odemira Nacional de Juvenis – 8.ª jornada: O Elvas, 0-Cova Piedade,

3.ª divisão Nacional O ponta de lança do Despertar foi sempre um homem só no meio da muralha defensiva do Montemor

Nacional da 3.ª Divisão

Uma pobreza franciscana Aljustrelense e Despertar viajam no domingo para duas cidades do litoral, de onde dificilmente vão trazer pontos, tal a modesta prestação que têm vindo a mostrar nestes primeiros jogos do campeonato. Texto e foto Firmino Paixão

O

Aljustrelense apresenta-se no recinto do Farense, líder da prova que aspira a outros patamares; o Despertar jogará na Costa da Caparica com

a sempre difícil formação dos Pescadores. No rescaldo do último fim de semana registam-se duas derrotas caseiras, ante formações teoricamente acessíveis à conquista de pontos, mas a pobreza é tal que eles foram para Montemor e Messines, locais de origem dos respetivos visitantes. Em Aljustrel anunciam-se reforços, mas ao mesmo soam campainhas de alarme nas finanças do clube. O Despertar mantém-se fechado sobre si próprio somando insucessos. As duas equipas estão nos últimos lugares da tabela. Resultados da 4.ª jornada: Quarteirense,

3-Fabril, 1; Lagos, 3-Pescadores, 0; Despertar, 0-U. Montemor, 3; Sesimbra, 2-Farense, 2; Aljustrelense, 0-Messinense, 1; Lagoa, 1-Redondense, 0. Classificação: 1.º Farense, 10 pontos. 2.º Esp.Lagos, 9. 3.º Sesimbra, 8. 4.º Messinense, 7. 5.º Quarteirense, Pescadores, U. Montemor, Redondense e Fabril, 6. 10.º Lagoa, 4. 11.º Aljustrelense, 1. 12.º Despertar, 0. Próxima jornada (9/10): Quarteirense-Lagos; Pescadores-Despertar; U.Montemor-Sesimbra; Farense-Aljustre lense; Messinense-Lagoa; Fabril-Redondense.

Nacional da 2.ª Divisão

E a vitória ali tão perto

V

em da Sertã o adversário que o Moura recebe no domingo no seu terreno. Uma equipa desconhecida que está um ponto à frente do Moura e que vem de uma derrota tangencial no Carregado. O fator casa, a motivação dos jogadores e o apoio dos adeptos podem conduzir a formação alentejana a mais uma importante vitória. Mas soube a pouco o ponto trazido de Mafra pela formação de Fernando Piçarra. A equipa alentejana adiantou-se no marcador no início da segunda parte, mas não conseguiu preservar a vantagem, ainda

assim trouxe mais um ponto de um reduto alheio, mantendo-se na sexta posição. O Vendas Novas reparte a livrança com a equipa de Torres Vedras, o Juventude ganhou facilmente ao Caldas e o Reguengos, após a mudança de treinador, já ganhou um ponto. Resultados da 4.ª jornada: Mafra, 1-Moura, 1; Juventude, 3-Caldas, 0; Pinhalnovense, 1-Vendas Novas, 2; Fátima, 1-1.º Dezembro, 0; Louletano, 0-Oriental, 1; Reguengos, 1-Tourizense, 1; Monsanto, 2-Torreense, 5; Carregado, 2-Sertanense, 1.

Classificação: 1.º Torreense e Vendas Novas, 10 pontos. 3.º Carregado, Oriental e Sertanense, 7. 6.º Moura, Pinhalnovense e Fátima, 6. 9.º Tourizense, 5. 10.º Juventude, 1.º Dezembro e Caldas, 4. 13.º Mafra e Monsanto, 3. 15.º Louletano, 2. 16.º Reguengos, 1. Próxima jornada (9/10): Mafra -Juventude; Caldas-Pinhalnovense; Vendas Novas-Fátima; 1.º Dezembro-Louletano; O r i e nt a l-R e g u e n go s ; Tou r i z e n s e -Monsanto; Torreense-Carregado; Moura-Sertanense.

3; Barreirense, 1-Olhanense, 4; V. Setúbal, 3-Odemirense, 2; Imortal, 3-U. Montemor, 1; Oeiras, 2-Casa Pia, 0; Amora, 1-Estoril, 2. Classificação: 1.º Imortal, 19 pontos. 2.º Casa Pia e Estoril, 18 pontos. 3.º V. Setúbal e Oeiras, 16. 6.º Olhanense, 13. 7.º Odemirense, 11. 8.º Cova da Piedade, Barreirense e O Elvas, 6. 11.º Amora e U. Montemor, 4. Próxima jornada (9/10); Cova Peidade-Barreirense; V. Setúbal-O Elvas; Imortal-Olhanense; Oeiras-Odemirense; Amora-U. Montemor; Estoril-Casa Pia.

Castrense em Évora e Despertar em casa Nacional de Iniciados – 5.ª jornada:

Olhanense, 0-Lagos, 2; Despertar, 2-Barreirense, 2; Louletano, 3-V. Setúbal, 2; Lusitano, 0-Imortal, 1; Odeáxere, 1-Juventude, 0; Lusitano VRSA, 4-Castrense, 0. Classificação: 1.º Olhanense, 12. 2.º Barreirense, V. Setúbal e Imortal, 10. 5.º Odeáxere e Lagos, 9. 7.º Despertar e Lusitano VRSA, 7. 9.º Louletano, 6. 10.º Castrense, 5. 11.º Juventude, 1. 12.º Lusitano Évora, 0. Próxima jornada (9/10): Lagos-Barreirense; Olhanense-V. Setúbal; Despertar-Imortal; Louletano-Juventude; Lusitano-Castrense; Lusitano VRSA-Odeáxere.

Distrital de Infantis 1.ª jornada: Despertar A, 19-Beringelense, 2; Vasco da Gama, 6-Sp. de Cuba, 3; Alvito, 3-Bairro da Conceição, 2; Ferreirense, 21-Operário, 0; Folgaram o Núcleo Sportinguista de Beja e o Desportivo de Beja. Classificação: 1.º Ferreirense, Despertar A, Vasco da Gama e Alvito, três pontos. 5.º N.S. Beja, Desportivo Beja, Bairro da Conceição, Sporting de Cuba, Beringelense e Operário. Próximajornada(8/10):B.ºConceição-Operário; Alvito-Desportivo de Beja; Ferreirense-Sp. de Cuba; Vasco da Gama-N.S. Beja. Folgam o Beringelense e o Despertar.


Moura AC reforça-se O defesa André Oliveira, jogador formado na Academia do Sporting que na última época representou a Académica de Coimbra, é o mais recente reforço do Moura Atlético Clube.

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A Gala do Campeões de Atletismo da época desportiva 2010/2011 realiza-se amanhã, sábado, no auditório do Cineteatro Municipal de Castro Verde, pelas 15 e 30 horas, numa organização da Associação de Atletismo de Beja com o apoio da Câmara Municipal de Castro Verde.

Diário do Alentejo 7 outubro 2011

Gala do Atletismo amanhã em Castro Verde

Maratona BTT Realiza-se no próximo dia 23 a Maratona de BTT de Castro Verde, organização da Associação 100 Trilhos, como apoio da câmara local. A prova terá um percurso familiar 25 quilómetros, uma meia maratona de 45 e a maratona com 85 quilómetros.

A.F. Beja – 1.ª Divisão – 2.ª Jornada

Castrense marca que se farta Joga-se neste domingo a terceira ronda do Distrital da 1.ª Divisão da A.F. Beja, da qual elegemos como jogo da jornada a deslocação do Milfontes ao recinto do Rosairense, onde a turma da foz do Mira tentará destronar a formação local do lugar cimeiro que ocupa na tabela.

ciou a aguarda-se nomeação do substituto). Marcaram-se 21 golos, aos cinco do Castrense junta-se outra mão cheia no jogo de Vidigueira, onde os locais desiludiram. O Desportivo foi a Serpa pontuar e embora esteja a passar por uma fase de aparente anonimato parece possuir potencial para entrar na decisão do título. Resultados da 2.ª jornada: Panoias, 0-Sporting Cuba, 0; Guadiana, 0-Castrense, 5; Vasco da Gama, 2-Rosairense, 3; Milfontes, 1-Odemirense, 0; Almodôvar, 1-Ferreirense, 2; Serpa, 1-Desportivo Beja, 1; São Marcos, 2-Aldenovense, 1. Classificação: 1.º Castrense e Rosairense, seis pontos. 3.º Ferreirense, Milfontes, Sp. de Cuba e Desportivo de Beja, 4. 7.º São Marcos, Odemirense e Aldenovense, 3. 10.º Serpa e Panoias, 1. 12.º Almodôvar, Vasco da Gama e Guadiana, 0. Próxima jornada (9/10): Panóias-Guadiana; Castrense-Vasco da Gama; Rosairense-Milfontes; Odemirense-Almodôvar; Ferreirense-Serpa; Desportivo Beja-São Marcos; Sporting Cuba-Aldenovense.

Texto e foto Firmino Paixão

O

outro líder joga em casa com o Vasco da Gama, não se pode dizer que será um jogo fácil, porque todos querem vencer o supremo candidato ao título. A jornada do passado domingo ficou marcada pela segunda goleada do Castrense, que já tem 11 golos marcados. Foi uma ronda em que sobressaiu o triunfo do Milfontes perante o vizinho Odemirense, também o triunfo do Ferreirense em Almodôvar, de onde chegam as primeiras queixas à arbitragem e a primeira demissão de um treinador (Pedro Camões renun-

2.ª Divisão Filipe Costa (Serpa) sentiu forte oposição da barreira defensiva bejense

A.F. Beja – 2.ª Divisão – 1.ª Jornada

Piense discute liderança com Cabeça Gorda

D

epois da goleada que impôs ao Barrancos na jornada de abertura do campeonato, a formação do Piense vai estar amanhã, sábado, no Campo José Agostinho de Matos para discutir a liderança com o Cabeça Gorda, outra das equipas que saíram vencedoras da primeira ronda. Aliás, o Ferrobico até foi a única equipa a vencer fora de casa (em Montes Velhos), já que nas restantes partidas os pontos ficaram todos com as equipas da casa. Resultados da 1.ª jornada. Amarelejense, 2-Alvorada, 1; Bairro da Conceição, 2-Messejanense, 0; Ourique,

1-Vale de Vargo, 0; Renascente, 2-Sanluizense, 0; Piense, 5-Barrancos, 0; Negrilhos, 2-Cabeça Gorda, 3. Folgou: Saboia. Classificação: 1.º Piense, Bairro da Conceição, Renascente, Ourique, Amarelejense, Cabeça Gorda, 3 pontos. 7.º Saboia, Negrilhos, Alvorada, Vale de Vargo, Sanluizense, Messejanense, Barrancos, 0. Próxima jornada (8/10): Messejanense-Amarelejense; Vale de Vargo-B.º Conceição; Sanluizense-Ourique; Barrancos-Renascente; Cabeça Gorda-Piense; Saboia-Negrilhos. Folga: Alvorada.

Hoje palpito eu... Francisco Pardal

S

eguramente uma das maiores reservas vivas da velha “mística do rasga”. Como jogador recreou-se no Inatel com a camisola do Louredense, mas a sua ligação de várias décadas ao futebol foi como treinador. Quase sempre na área da formação do seu clube de eleição onde, além de dirigente, treinou quase todos os escalões. A outra paixão para além do futebol é a fotografia. Orienta a objetiva com a mesma estratégia com que lançava um avançado para a frente de ataque. Nasceu há 64 anos, corria o dia 14 de junho de 1947. Mantém a sua ligação ao futebol como vogal do executivo da A.F. Beja.

Campeões mundiais em Mora

A

de Amadores de Pesca de Lisboa onde vão estar os pescadores italianos Jacopo Falsini e Mauro Fini, antigo e atual campeões do mundo da modalidade.

(1) – CASTRENSE/VASCO DA GAMA O Castrense tem uma boa equipa e aposta na subida de divisão, é o meu favorito. (1) – ROSAIRENSE/MILFONTES O Rosairense fez uma grande época no ano passado. Vem de uma vitória moralizadora na Vidigueira e no seu campo é difícil de bater. (1) – ODEMIRENSE/ALMODÔVAR O Odemirense é uma equipa que vem de outro campeonato, essa experiência e o facto de jogar em casa justificam a vitória. (X) – FERREIRENSE/SERPA Estamos em presença de duas equipas que são do mesmo campeonato. Parece-me ser jogo de empate. (1) – DESPORTIVO DE BEJA/SÃO MARCOS O Desportivo de Beja ainda não perdeu e joga no seu campo, daí a meu prognóstico na vitória dos bejenses.

Pesca desportiva Pista de Pesca Desportiva da Ribeira do Cabeção, em Mora, recebe nos próximos dias 29 e 30 a 1.ª Copa Colmic, competição organizada pelo Clube

negativos dos quais se quererá redimir.

(2) – PANOIAS/GUADIANA O Guadiana foi campeão da 2.ª divisão na última época e vem de dois resultados

(1) – SPORTING CUBA/ALDENOVENSE Moralizado com o regresso ao primeiro escalão e com o ponto ganho em Panoias, o Sporting de Cuba tem argumentos para vencer.


Diário do Alentejo 7 outubro 2011

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Andebol: Nacional da 1.ª Divisão de Iniciados

Campeonato Nacional da 1.ª Divisão Iniciados – Zona 6 2.ª jornada: CCP Serpa, 24-Lagoa, 39; Vela Tavira, 27-Quinta Nova, 25; Almada, 22-Torrense, 30; Alto do Moinho, 28-V. Setúbal, 30. Classificação: 1.º V. Setúbal, Vela Tavira e Torrense, seis pontos. 4.º Lagoa e Quinta Nova, 4. 6.º Alto do Moinho, Almada e CCP Serpa, dois pontos. Próxima jornada (8/10): CCP Serpa-Almada; Quinta Nova-V. Setúbal; Alto do Moinho Lagoa; Vela Tavira-Torrense.

Andebol Campeonato Nacional da 3.ª Divisão Seniores Masculinos – Zona Sul 3.ª jornada: Torrense, 22Boa Hora, 27; Costa D’Oiro, 23-Oriental, 19; N. Guadiana, 16-Lagoa, 24; Loures, 28-A.C. Sines, 20; Zona Azul, 30-Almada, 25. Folgou o Redondo. Classificação: 1.º Boa Hora, nove pontos. 2.º Lagoa, 8. 3.º Zona Azul e Almada, 7. 5.º Costa D’Oiro, Oriental, Redondo e Loures, 5. 9.º Torrense, 4. 10.º N.Guadiana, 3. 11.º A.C.Sines, 2. Próxima jornada (8/10): Redondo-Loures; AC. Sines-N. Guadiana; Almada-Costa D’Oiro; Oriental-Torrense; Lagoa-Zona Azul. Folga o Boa Hora.

Escola de Ténis da Zona na Azul já trabalha

Outras ideias e novos conceitos A Escola de Ténis da Zona Azul reabriu a época desportiva com um conjunto de iniciativas que designou de “Open Day do Ténis ZA”. Texto e fotos Firmino Paixão

U

m dia preenchido com clínicas para crianças, um torneio juvenil, um torneio aberto e os jogos de exibição dos tenistas Tiago Ferreira (1.º do Ranking Nacional de Juniores da FPT) e Diogo Soares (n.º 16 do Ranking Nacional de Seniores). Pela segunda época consecutiva a escola tem a coordenação de Tiago Salgueiro que aqui explica o novo conceito de funcionamento, as ideias e os projetos que alimenta para desenvolvimento sustentado da modalidade. A iniciativa decorreu nos Campos de Ténis da Zona Azul, na cidade de Beja, onde só faltou o público para assistir a esta jornada desportiva. O coordenador da escola avaliou a ação dizendo: “A adesão ficou um pouco aquém daquilo que pretendíamos. Realizámos a atividade porque achámos que era importante divulgar e promover a Escola de Ténis, porque o projeto foi alterado no ano letivo anterior. Estamos no segundo ano de funcionamento com a nova coordenação e achámos que era essencial logo no mês de setembro realizarmos uma atividade promocional como esta”.

Enumerando os objetivos, riu: “Pensámos Tiago Salgueiro referiu: dirigir este evento a toda a população e não apenass para aqueles que já estãoo lieríagados ao ténis, queríaranmos uma grande abrangência trazendo aqui tando ligadas pessoas que não estando ssem vir assisà modalidade pudessem sta sublinhou: tir a jogos”. O tenista lvência que ti“Para além da envolvência os alunos, quevemos com os nossos ação em geral ríamos que a população os de ténis de assistisse a encontros nal, porque os um bom nível nacional, oram convidadois jogadores que foram em já têm um dos para participarem al”. nível de topo nacional”. ecordou ainda O responsável recordou ojetos do ténis que “em Beja os projetos nuidade, tem não têm tido continuidade, ários modelos havido percalços, vários stão das escode coordenação e gestão do uma contilas e isto não tem tido nuidade desejada e isso reflete-se

Temos dois ou três jogadores entre ntre os nove e os 12 anos, que consideramos ramos poderem serr jogadores de e topo regional al

Balanço “Adesão ficou aquém daquilo que pretendíamos”, diz Tiago Salgueiro

na qualidade e quantidade dos jogadores que se vão formando”. Quantificando os alunos do projeto, Tiago Salgueiro assegurou: “Quando arrancámos no ano passado apareciam poucos miúdos, depois levámos o mini ténis à Rede Escolar do 1.º Ciclo em Beja. Esse programa teve alguns resultados. No início inscrevemos seis ou sete miúdos e quando terminou o ano letivo estávamos próximo das 60 inscrições. Este ano queremos desenvolver todos os índices, manter os alunos que temos, captar novos, iniciar um percurso competitivo em alguns miúdos e, em paralelo, a formação e o desenvolvimento dos treinadores que estão a colaborar connosco, porque os projetos são

muito dependentes de quem está no campo com os jovens”. Quanto ao potencial dos tenistas da Zona Azul para integrarem o ranking nacional, sublinhou: “Temos dois ou três jogadores entre os nove e os 12 anos, que consideramos poderem ser jogadores de topo regional e provavelmente um deles, dependendo do trabalho que seja feito nos próximos anos e do interesse dele nesse sentido, poderá atingir um patamar médio ou bom a nível nacional. Salvaguardo o nome do atleta porque tem apenas nove anos e é muito cedo e arriscado fazer este tipo de previsões. Digo apenas quem tem um bom potencial e que é importante para a escola que exista um miúdo bem integrado no contexto nacional e leve o nome da Zona Azul às competições regionais e nacionais”.


Sexta-feira, 7 OUTUBRO 2011 Nº 1537 (II Série)

classificados diversos

Diário do Alentejo nº 1537 de 07/10/2011 1.ª Publicação

Diário do Alentejo nº 1537 de 07/10/2011 1.ª Publicação

MINISTÉRIO DAS FINANÇAS

MINISTÉRIO DAS FINANÇAS

DIRECÇÃO-GERAL DOS IMPOSTOS SERVIÇO DE FINANÇAS DE BEJA-0248

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VENDA E CONVOCAÇÃO DE CREDORES N.º da Venda: 0248.2011.89 - Prédio urbano destinando a habitação, situado na Rua General Humberto Delgado, 41 e Rua Dr. Mário Beirão nº. 2, constituído em regime de propriedade horizontal, formado por duas fracções A e B, rés do chão e 1º. andar. São comuns a ambas fracções as instalações e peças do edifício descritas no artigo 1421º. do Código Civil. Fracção A - composto por três divisões, cozinha, casa de banho, corredor, marquise, arrecadação, e quintal, sito na Rua General Humberto Delgado, nº 41 - Beja , com o valor patrimonial de € 36.340,00, com a área do terreno integrante 108,4900 m2, área bruta privativa 60,3500 m2,inscrito na Freguesia de Beja (S. João Baptista), sob o Artigo 1627. Manuel José Borracha Pólvora, Chefe de Finanças do Serviço de Finanças BEJA-0248, sito em PRACA DA REPUBLICA, BEJA, faz saber que irá proceder à venda por meio de leilão electrónico, nos termos dos artigos 248.º e seguintes do Código de Procedimento e de Processo Tributário (CPPT), e da portaria n.º 219/2011 de 1 de Junho, do bem acima melhor identificado, penhorado ao executado infra indicado, para pagamento de divida constante em processo(s) de execução fiscal. É fiel depositário(a) o(a) Sr(a) JOSE LUIS CABAÇA RAMALHO, residente em BEJA, o(a) qual deverá mostrar o bem acima identificado a qualquer potencial interessado (249.º/6 CPPT), entre as 14:00 horas do dia 2011-10-07 e as 12:00 horas do dia 2011-12-06. O valor base da venda (250.º CPPT) é de € 25.438,00. As propostas deverão ser apresentadas via Internet, mediante acesso ao “Portal das Finanças”, e autenticação enquanto utilizador registado, em www.portaldasfinancas.gov.pt na opção “Venda de bens penhorados”, ou seguindo consecutivamente as opções “Cidadãos”, “Outros Serviços”, “Venda Electrónica de Bens” e “Leilão Electrónico”. A licitação a apresentar deve ser de valor igual ou superior ao valor base da venda e superior a qualquer das licitações anteriormente apresentadas para essa venda. O prazo para licitação tem início no dia 2011-11-21, pelas 16:00 horas, e termina no dia 2011-12-06 às 16:00. As propostas, uma vez submetidas, não podem ser retiradas, salvo disposição legal em contrário. No dia e hora designados para o termo do leilão, o Chefe do Serviço de Finanças decide sobre a adjudicação do bem (artigo 6.º da portaria n.º 219/2011). A totalidade do preço deverá ser depositada, à ordem do órgão de execução fiscal, no prazo de 15 dias, contados do termo do prazo de entrega das propostas, mediante guia a solicitar junto do órgão de execução fiscal, sob pena das sanções previstas (256.º/1/e) CPPT). No caso de montante superior a 500 unidades de conta, e mediante requerimento fundamentado, entregue no prazo de 5 dias, contados do termo do prazo de entrega de propostas, poderá ser autorizado o depósito, no prazo mencionado no parágrafo anterior, de apenas uma parte do preço, não inferior a um terço, e o restante em até 8 meses (256.º/1/f) CPPT). A venda pode ainda estar sujeita ao pagamento dos impostos que se mostrem devidos, nomeadamente o Imposto Municipal sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis, o Imposto de Selo, o Imposto Sobre o Valor Acrescentado ou outros. Mais, correm anúncios e éditos de 20 dias (239.º/2 e 242.º/1 CPPT), contados da 2.ª publicação (242.º/2), citando os credores desconhecidos e os sucessores dos credores preferentes para reclamarem, no prazo de 15 dias, contados da data da citação, o pagamento dos seus créditos que gozem de garantia real, sobre o bem penhorado acima indicado (240º/CPPT). Teor do Edital: Identificação do Executado: N.º de Processo de Execução Fiscal: 0248200501020021 (e apensos) NIF/NIPC: 158316630 Nome: JOSE LUIS CABAÇA RAMALHO Morada: R ANTÓNIO SARDINHA 43 2º FTE - BEJA – BEJA 2011-09-15 O Chefe de Finanças Manuel José Borracha Pólvora

VENDA E CONVOCAÇÃO DE CREDORES N.º da Venda: 0248.2011.91 - Prédio urbano destinado a habitação, composto por um piso e duas divisões, com a área total do terreno 82,5000 m2, área implantação do edifício 82,5000 m2, área bruta de construção - 82,5000 m2, área bruta dependente - 46,0000 m2, área bruta privativa - 36,5000 m2, com o valor tributário - € 9.070,00, sito na Rua do Poço dos Frades, Ervidel, inscrito sob o artº nº 388, Freguesia de Ervidel , concelho de Aljustrel , distrito Beja. Manuel José Borracha Pólvora, Chefe de Finanças do Serviço de Finanças BEJA-0248, sito em PRACA DA REPUBLICA, BEJA, faz saber que irá proceder à venda por meio de leilão electrónico, nos termos dos artigos 248.º e seguintes do Código de Procedimento e de Processo Tributário (CPPT), e da portaria n.º 219/2011 de 1 de Junho, do bem acima melhor identificado, penhorado ao executado infra indicado, para pagamento de divida constante em processo(s) de execução fiscal. É fiel depositário(a) o(a) Sr(a) MANUEL ANTONIO SARAMAGA MIRA DA SILVA - CABEÇA DE CASAL DA HERANÇA DE, residente em SANTA VITORIA, o(a) qual deverá mostrar o bem acima identificado a qualquer potencial interessado (249.º/6 CPPT), entre as 14:00 horas do dia 2011-10-07 e as 16:00 horas do dia 2011-12-06. O valor base da venda (250.º CPPT) é de € 6.439,00. As propostas deverão ser apresentadas via Internet, mediante acesso ao “Portal das Finanças”, e autenticação enquanto utilizador registado, em www.portaldasfinancas.gov.pt na opção “Venda de bens penhorados”, ou seguindo consecutivamente as opções “Cidadãos”, “Outros Serviços”, “Venda Electrónica de Bens” e “Leilão Electrónico”.A licitação a apresentar deve ser de valor igual ou superior ao valor base da venda e superior a qualquer das licitações anteriormente apresentadas para essa venda. O prazo para licitação tem início no dia 2011-11-22, pelas 10:00 horas, e termina no dia 2011-12 07 às 10:00. As propostas, uma vez submetidas, não podem ser retiradas, salvo disposição legal em contrário. No dia e hora designados para o termo do leilão, o Chefe do Serviço de Finanças decide sobre a adjudicação do bem (artigo 6.º da portaria n.º 219/2011). A totalidade do preço deverá ser depositada, à ordem do órgão de execução fiscal, no prazo de 15 dias, contados do termo do prazo de entrega das propostas, mediante guia a solicitar junto do órgão de execução fiscal, sob pena das sanções previstas (256.º/1/e) CPPT). No caso de montante superior a 500 unidades de conta, e mediante requerimento fundamentado, entregue no prazo de 5 dias, contados do termo do prazo de entrega de propostas, poderá ser autorizado o depósito, no prazo mencionado no parágrafo anterior, de apenas uma parte do preço, não inferior a um terço, e o restante em até 8 meses (256.º/1/f) CPPT). A venda pode ainda estar sujeita ao pagamento dos impostos que se mostrem devidos, nomeadamente o Imposto Municipal sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis, o Imposto de Selo, o Imposto Sobre o Valor Acrescentado ou outros. Mais, correm anúncios e éditos de 20 dias (239.º/2 e 242.º/1 CPPT), contados da 2.ª publicação (242.º/2), citando os credores desconhecidos e os sucessores dos credores preferentes para reclamarem, no prazo de 15 dias, contados da data da citação, o pagamento dos seus créditos que gozem de garantia real, sobre o bem penhorado acima indicado (240º/CPPT). Teor do Edital: Identificação do Executado: N.º de Processo de Execução Fiscal: 0248200801045830 NIF/NIPC: 703785028 Nome: MANUEL ANTONIO SARAMAGA MIRA DA SILVA - CABEÇA DE CASAL DA HERANÇA DE Morada: R BOA VISTA 28 - SANTA VITORIA - SANTA VITORIA 2011-09-20

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Diário do Alentejo 7 outubro 2011

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Diário do Alentejo 7 outubro 2011

PSICOLOGIA ANA CARACÓIS SANTOS – Educação emocional; – Psicoterapia de apoio; – Problemas comportamentais; – Dificuldades de integração escolar; – Orientação vocacional; – Métodos e hábitos de estudo

RINS E VIAS URINÁRIAS

Dr. Sidónio de Souza – Pneumologia/ Alergologia/Desabituação tabágica – H. Pulido Valente Dr. Fernando Pimentel – Reumatologia – Medicina Desportiva – Instituto Português de Reumatologia de Lisboa Dr.ª Verónica Túbal – Nutricionismo – H. de Beja Dr.ª Sandra Martins – Terapia da Fala – H. de Beja Dr. Francisco Barrocas – Psicologia Clínica/ Terapia Familiar – Membro Efectivo da Soc. Port. Terapia Familiar e da Assoc. Port. Terapias Comportamental e Cognitiva (Lisboa) – Assistente Principal – Centro Hospitalar do Baixo Alentejo. Dr. Rogério Guerreiro – Naturopatia Dr. Gaspar Cano – Clínica Geral/ Medicina Familiar Dr.ª Nídia Amorim – Psicomotricidade/Educação Especial e Reabilitação (dificuldades específicas de aprendizagem/dislexias) Dr. Sérgio Barroso – Oncologia – H. de Beja Drª Margarida Loureiro – Endocrinologia/ Diabetes/Obesidade – Instituto Português de Oncologia de Lisboa Dr. Francisco Fino Correia – Urologia – Rins e Vias Urinárias – H. Beja Dr. Daniel Barrocas – Médico Interno de Psiquiatria – Hospital de Santa Maria Dr. Carlos Monteverde – Chefe de Serviço de Medicina Interna, doenças de estômago, fígado, rins, endoscopia digestiva. Dr.ª Ana Cristina Duarte – Pneumologia/ Alergologia Respiratória/Apneia do Sono – Assistente Hospitalar Graduada – Consultora de Pneumologia no Hospital de Beja Dr.ª Isabel Martins – Chefe de Serviço de Psiquiatria de Infância e Adolescência/Terapeuta familiar – Centro Hospitalar do Baixo Alentejo Dr.ª Paula Rodrigues – Psicologia Clínica – Hospital de Beja Dr.ª Luísa Guerreiro – Ginecologia/Obstetrícia Dr.ª Ana Montalvão – Hematologia Clínica / Doenças do Sangue – Assistente Hospitalar – Hospital de Beja Dr.ª Ana Cristina Charraz – Psicologia Clínica – Hospital de Beja Dr. Diogo Matos – Dermatologia. Médico interno do Hospital Garcia da Orta. Dr. José Janeiro – Medicina Geral e Familiar – Atestados: Carta de condução; uso e porte de arma e caçador. Dr.ª Joana Freitas – Cavitação, Lipoaspiração não invasiva,indolor e não invasivo, acção imediata, redução do tecido adiposo e redução da celulite Dr.ª Ana Margarida Soares – Terapia da Fala - Habilitação/Reabilitação da linguagem e fala. Perturbação da leitura e escrita específica e não específica. Voz/Fluência. Dr.ª Maria João Dores – Técnica Superior de Educação Especial e Reabilitação/ Psicomotricidade. Perturbações do Desenvolvimento; Educação Especial; Reabilitação; Gerontomotricidade. Enfermeira Maria José Espanhol – Enfermeira especialista em saúde materna/Cuidados de enfermagem na clínica e ao domicílio/Preparação pré e pós parto/amamentação e cuidados ao recémnascido/Imagem corporal da mãe – H. de Beja

Marcações de 2.ª a 6.ª feira a partir das 14 horas Rua Capitão João Francisco de Sousa, n.º 20 7800-451 BEJA Tel. 284324690

Marcações diárias pelos tels. 284 322 503 Fax 284 322 503 Tm. 91 7716528 Rua Zeca Afonso, nº 6, 1º B, 7800-522 Beja clinipax@netvisao.pt

GIP – Gabinete de Intervenção Psicológica Rua Almirante Cândido Reis, 13, 7800-445 BEJA Tel. 284321592

_______________________________________ Manuel Matias – Isabel Lima – Ana Frederico Hugo Pisco Pacheco – Miguel Oliveira e Castro Ecografia | Eco-Doppler Cor | Radiologia Digital Mamografia Digital | TAC | Uro-TC | Dental Scan Densitometria Óssea Acordos: ADSE; PT-ACS; CGD; Medis, Multicare; SAMS; SAMS-quadros; Allianz; WDA; Humana; Mondial Assistance. Graça Santos Janeiro: Ecografia Obstétrica Marcações: Telefone: 284 313 330; Fax: 284 313 339; Web: www.crb.pt

Rua Afonso de Albuquerque, 7 r/c – 7800-442 Beja E-Mail: cradiologiabeja@mail.telepac.pt

CENTRO DE IMAGIOLOGIA DO BAIXO ALENTEJO ECOGRAFIA – Geral, Endocavitária, Osteoarticular, Ecodoppler TAC – Corpo, Neuroradiologia, Osteoarticular, Dentalscan Mamografia e Ecografia Mamária Ortopantomografia Electrocardiograma com relatório António Lopes – Aurora Alves – Helena Martelo – Montes Palma – Maria João Hrotko – Médicos Radiologistas – Convenções: ADSE, ACS-PT, SAD-GNR, CGD, MEDIS, SSMJ, SADPSP, SAMS, SAMS QUADROS, ADMS, MULTICARE, ADVANCE CARE

Horário: de 2ª a 6ª feira, das 8 às 19 horas e aos sábados, das 8 às 13 horas Av. Fialho de Almeida, nº 2 7800 BEJA Telef. 284318490 Tms. 924378886 ou 915529387 Urologia

FRANCISCO FINO CORREIA MÉDICO UROLOGISTA

Clínica Médico-Dentária de S. FRANCISCO, LDA. Gerência de Fernanda Faustino Acordos: SAMS, ADMG, PSP, A.D.M.E., Portugal Telecom e Advancecare Rua General Morais Sarmento, nº 18, r/chão; TEL. 284327260 7800-064 BEJA


institucional diversos

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Diário do Alentejo 7 outubro 2011

Valorfito

Diário do Alentejo nº 1537 de 07/10/2011 Única Publicação

Diário do Alentejo nº 1537 de 7/10/2011 Única Publicação

CÂMARA MUNICIPAL DE ALMODÔVAR EDITAL N.º 153/2011 VENDA DE LOTES DE TERRENO SITOS NA ZONA INDUSTRIAL DE ALMODÔVAR António José Messias do Rosário Sebastião, Presidente da Câmara Municipal de Almodôvar, faz saber, que de harmonia com a deliberação da Câmara Municipal de Almodôvar de 21.SET2011, que se encontra aberto procedimento para a venda dos seguintes lotes de terreno, sitos na Zona Industrial de Almodôvar, na Freguesia e Concelho de Almodôvar: Identificação do Lote Lote n.º 1 Lote n.º 2 Lote n.º 3 Lote n.º 6 Lote n.º 7 Lote n.º 8

Área 1.004,10 m2 1.043,90 m2 840,65 m2 1.927,80 m2 1.756,90 m2 1.706,00 m2

Venda de Bens Imóveis Por Meio de Carta Fechada

Preço Base/m2 €30,00 €30,00 €30,00 €30,00 €30,00 €30,00

A CCAM de Aljustrel e Almodôvar, CRL, com sede em Aljustrel, tem para vender os seguintes imóveis, por proposta à carta fechada:

1 – Os lotes de terreno referidos no número anterior destinam-se aos fins especificados no Plano Pormenor do Espaço Industrial da vila de Almodôvar; 2 – Ao presente procedimento, poderão concorrer quaisquer pessoas singulares ou colectivas, nacionais ou estrangeiras – desde que cumpram as normas e a legislação nacional em vigor – residentes ou não no Município de Almodôvar; 3 – As candidaturas, redigidas em língua portuguesa, deverão ser apresentadas em envelope fechado, identificando no exterior o nome do concorrente, dirigidas ao Presidente da Câmara Municipal de Almodôvar, e deverão dar entrada na Câmara Municipal até às 17H00, do dia 31 de Outubro de 2011. 4 – As candidaturas devem ser devida e objectivamente instruídas com os seguintes elementos, de acordo com o Anexo I ao Regulamento de Venda de Lotes na Zona Industrial de Almodôvar: a) Declaração de acordo com o disposto no artigo 6.º do referido Regulamento; b) Descrição sumária do projecto a desenvolver, contendo designadamente: Indicação do fim pretendido com a instalação; Número previsível de postos de trabalho a criar ou a manter; Demonstração sumária de viabilidade económica e financeira do investimento; Número(s) do(s) lote(s) e área de construção pretendidas; Estimativa do investimento a realizar. 5 – As candidaturas deverão ser entregues no Serviço de Património da Câmara Municipal Almodôvar ou remetidas pelo correio, sob registo e com aviso de recepção. 6 – As candidaturas apresentadas serão hierarquizadas de acordo com os seguintes factores: a) Reinstalação de actividades localizadas na malha urbana da vila ou noutros aglomerados populacionais do concelho, bem como novas instalações, com uma ponderação de 25%; Critério Reinstalação de actividades localizadas na malha urbana da vila ou noutros aglomerados populacionais do concelho Instalação de novas actividades localizadas

Igual ou superior 5 postos de trabalho Entre 3 e 4 postos de trabalho Até 2 postos de trabalho

Superior a €150.000,00 Entre €100.000,01 e €150.000,00 Até €100.000,00

Cuba

147,6 m2

Aljustrel

276,1 m2

Área Descoberta

Observações

Loja - Padaria

Urbano

Rua dos Moinhos nº 3 / Ervidel

Urbano

Lote 52 - Estrada Municipal 12 / Almodôvar

Almodôvar

Urbano

Rua das Eiras nº 22 / Almodôvar

Almodôvar

89,9 m2

Urbano

Rua 5 de Outubro, nº 77 / Aljustrel

Aljustrel

78 m2

16 m2

Loja

Rua de Castro Verde / Entradas

C. Verde

222 m2

Armazém

366 m2

Lote para construção de 6 fogos

Apartamento T2

Restaurante

8,3 ha

Vinha

Rústico

Quinta do Vale da Rosa / Ervidel

Aljustrel

1,025 ha

Vinha

Rústico

Quinta do Vale Côvo / Ervidel

Aljustrel

0,9 ha

Vinha

Rústico

Quinta do Vale Côvo / Ervidel

Aljustrel

Urbano

Largo do Sapal / Ervidel

Aljustrel

Rústico

Monte Acima / Ervidel

Aljustrel

1,45 ha

Rústico

Rústico

Mudarra ou Monte Acima / Ervidel

Aljustrel

2,4375 ha

Rústico

Rústico

Monte Acima ou Rabo de Lobo / Ervidel

Aljustrel

2,425 ha

Rústico

Valoração 20 pontos 15 pontos 10 pontos

Urbano

Rua Marquês de Pombal / Montes Velhos

Aljustrel

138,1 m2

Armazém

Urbano

Estrada de Aljustrel / Montes Velhos

Aljustrel

Urbano

Rua Vaco da Gama, nº 47 / Aljustrel

Aljustrel

Valoração 20 pontos 15 pontos 10 pontos

Urbano

Rua Luís de Camões, nº 94 / Aljustrel

Urbano

Rua Dr. Egas Moniz nº 5 / Ourique

Urbano

Rua Eugénio de Andrade, lote 17 / C. Verde

Urbano Urbano Urbano

Valoração 20 pontos 10 pontos

Valoração 20 pontos 10 pontos

Valoração 20 pontos 18 16 14 12

pontos pontos pontos pontos

7 – A avaliação das candidaturas, bem como o peso de cada critério, dos factores e subfactores a utilizar na selecção das propostas, por cada processo de alienação, obedecerá à seguinte fórmula: 8 – As restantes condições constam do Regulamento de Venda de Lotes na Zona Industrial de Almodôvar, que poderá ser consultados todos os dias úteis, durante as horas normais de expediente, no Serviço de Património da Câmara Municipal de Almodôvar, ou no site do Município de Almodôvar na Internet (www.cm-almodovar.pt). Município de Almodôvar, 30 de Setembro de 2011 O Presidente da Câmara Municipal António José Messias do Rosário Sebastião

Urbano

507,6 m2

2528 m2

e) Diversificação da base económica local, designadamente pela instalação de indústrias transformadoras, energias alternativas, componentes electrónicas e tecnologias de informação, comércio, manutenção e reparação de veículos, e outras que por força do dinamismo económico e da inovação tecnológica se venham a identificar como tal, com uma ponderação de 15%. Critério Indústrias transformadoras, em especial as relacionadas com a agro-alimentar e a agro-indústria que privilegiem a transformação de produtos locais Energias alternativas Componentes Electrónicas e Tecnologias de Informação Comércio, manutenção e reparação de veículos Outras

Rua do Carmo nº 16 / Cuba

Área Coberta

Aljustrel

d) Volume de investimento a efectuar, com uma ponderação de 15%; Critério

Concelho

Quinta do Vale Côvo / Ervidel

c) Número de postos de trabalho líquidos a criar, com uma ponderação de 20%; Critério

Urbano

Morada / Localidade

Rústico

b) Localização da sede social da empresa no Concelho de Almodôvar devendo a sede corresponder à sede real e efectiva e não apenas à sede estatutária, com uma ponderação de 25%; Critério Sede real e efectiva da empresa localizada no Concelho de Almodôvar Sede real e efectiva da empresa localizada fora do Concelho de Almodôvar

Imóvel

5,125 ha

Rústico

300 m2

205,1 m2

Armazém

305,34 m2

Lote para construção

60 m2

6 m2

Café

Aljustrel

91,6 m2

39,7 m2

Moradia

Ourique

89,83 m2

48,7 m2

Loja

C. Verde

232,3 m2

Lote para construção

Rua Eugénio de Andrade, lote 22 / C. Verde

C. Verde

201,8 m2

Lote para construção

Rua Eugénio de Andrade, lote 16 / C. Verde

C. Verde

232,3 m2

Lote para construção

Rua de Algares nº 5 A / Aljustrel

Aljustrel

3,1 m2

Moradia

93,5 m2

Regras para venda dos imóveis: Consultar a CCAM de Aljustrel e Almodôvar através do telefone 284601455 Prazo: 18 de Outubro de 2011 A CCAM de Aljustrel e Almodôvar reserva-se o direito de não vender, caso nenhuma das propostas seja considerada com interesse.


institucional diversos Diário do Alentejo nº 1537 de 07/10/2011 Única Publicação

Diário do Alentejo nº 1537 de 07/10/2011 1.ª Publicação

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Diário do Alentejo 7 outubro 2011 Diário do Alentejo nº 1537 de 07/10/2011 Única Publicação

MINISTÉRIO DAS FINANÇAS

EDITAL A Direcção Regional de Florestas do Alentejo faz público que, nos termos do art.º 6.º do Regulamento da Lei n.º 2097, de 6 de Junho de 1959, aprovado pelo Decreto n.° 44623, de 10 de Outubro de 1962, o Clube de Pesca da Barragem dos Grous requereu, pelo prazo de 10 anos, a renovação da concessão de pesca na albufeira dos Grous, Herdade dos Grous, freguesia de Albernoa, Concelho de Beja. Todas as pessoas singulares ou colectivas que se julguem prejudicadas nos seus direitos devem apresentar a sua reclamação, por escrito e devidamente justificada na Unidade de Gestão Florestal do Baixo Alentejo – Rua S. Sebastião – Apartado 6121 – 7801-908 Beja, no prazo de 30 dias a contar da data de divulgação deste Edital. Para consulta dos Interessados encontra-se nos referidos serviços o projecto de Regulamento, proposto pela entidade requerente para vigorar na área a concessionar.

Beja, 18 de Maio de 2011. O Director Regional das Florestas Carlos de Sá Ramalho Eng.° Florestal

Diário do Alentejo nº 1537 de 07/10/2011 Única Publicação

CÂMARA MUNICIPAL DE ALJUSTREL Para efeitos do disposto no n.º5 do artigo 6º do Decreto-lei n.º212/2009, de 3 de Setembro, conjugado com a Lei n.º12-A/2008, de 27 de Fevereiro, torna-se público que, por deliberação tomada em reunião de Câmara de 10/08/2011 e por meu despacho de 10/08/2011, se encontra aberto, pelo prazo de 3 dias úteis, procedimento concursal comum para constituição de relação jurídica de emprego público por tempo determinado – contrato a termo resolutivo certo, a tempo parcial, ao abrigo do disposto no Decreto-lei n.º212/2009, de 3 de Setembro, para os seguintes postos de trabalho: - 1 Professor de Inglês, com horário de trabalho de 15 horas semanais e remuneração mensal de 720 €; - 1 Professor de Música, com horário de trabalho de 8 horas semanais e remuneração mensal de 384 €; - 1 Professor de Actividades Lúdico-Expressivas, com horário de trabalho de 8 horas semanais e remuneração mensal de 384 €; - 1 Professor de Actividades Lúdico-Expressivas, com horário de trabalho de 6 horas semanais e remuneração mensal de 288 €. No caso do Professor que for designado coordenador de cada actividade de enriquecimento curricular acresce o valor de 24 € por mês ao vencimento acima indicado. 1 - Data da divulgação da oferta de trabalho: a presente oferta de trabalho decorrerá nos dias 10, 11 e 12 de Outubro, e será publicitada na página da Internet da Câmara Municipal de Aljustrel em www. mun-aljustrel.pt. 2 - Caracterização dos Postos de Trabalho e Local de trabalho: Ensino de Inglês, Música e Actividades Lúdico-Expressivas, nas escolas básicas do 1º ciclo do concelho de Aljustrel, no âmbito das actividades de enriquecimento curricular. 3 - Requisitos de admissão: os determinados no artigo 9º do Regulamento de acesso ao financiamento do programa das actividades de enriquecimento curricular no 1º ciclo do ensino básico aprovado pelo Despacho n.º 14460/2008, da Ministra da Educação, alterado e republicado pelo Despacho n.º8683/2011, do Gabinete do Secretário de Estado Adjunto e da Educação, publicado no Diário da República, 2ª Série, N.º122, de 28 de Junho de 2011, no caso dos Professores de Inglês; os determinados no artigo 16º no caso dos Professores de Música e os determinados no artigo 18º-B no caso dos Professores de Actividades Lúdico-Expressivas. 4 - Duração dos contratos: os presentes contratos terão início após a conclusão do presente procedimento concursal e até ao termo do ano escolar 2011/2012. 5 - Critérios e procedimentos de selecção: avaliação curricular. Em caso de empate serão realizadas entrevistas profissionais de selecção. 6 - Formalização das candidaturas: as candidaturas deverão ser formalizadas até ao termo do prazo acima fixado, mediante preenchimento do formulário electrónico, disponível na página electrónica da Direcção Geral de Recursos Humanos da Educação, em www.dgrhe. min-educ.pt. 7 - É constituída reserva de recrutamento até ao final do ano lectivo 2011/2012, nos termos do disposto no n.º3 do artigo 7º do Decreto-lei n.º212/2009, de 3 de SetembroAljustrel, 4 de Outubro de 2011, O Vice-Presidente, Carlos Teles

DIRECÇÃO-GERAL DOS IMPOSTOS SERVIÇO DE FINANÇAS DE BEJA-0248

ANÚNCIO

VENDA E CONVOCAÇÃO DE CREDORES N.º da Venda: 0248.2011.96 - · Prédio rústico sito em Pedreira, com a qualidade de cultura - OL - OLIVAL e SSCAOL – CULTURA ARVENSE EM OLIVAL, com a área de 0,1500 ha, inscrito na respectiva matriz sob o artigo nº 97, Secção C, da Freguesia de Vila Verde de Ficalho, Concelho de Serpa, Distrito de Beja. Manuel José Borracha Pólvora, Chefe de Finanças do Serviço de Finanças BEJA-0248, sito em PRACA DA REPUBLICA, BEJA, faz saber que irá proceder à venda por meio de leilão electrónico, nos termos dos artigos 248.º e seguintes do Código de Procedimento e de Processo Tributário (CPPT), e da portaria n.º 219/2011 de 1 de Junho, do bem acima melhor identificado, penhorado ao executado infra indicado, para pagamento de divida constante em processo(s) de execução fiscal. É fiel depositário(a) o(a) Sr(a) SECUNDINO MILHANO DOMINGOS, residente em BEJA, o(a) qual deverá mostrar o bem acima identificado a qualquer potencial interessado (249.º/6 CPPT), entre as 09:00 horas do dia 2011-10-14 e as 16:00 horas do dia 2011-12-15. O valor base da venda (250.º CPPT) é de € 3.955,00. As propostas deverão ser apresentadas via Internet, mediante acesso ao “Portal das Finanças”, e autenticação enquanto utilizador registado, em www.portaldasfinancas.gov.pt na opção “Venda de bens penhorados”, ou seguindo consecutivamente as opções “Cidadãos”, “Outros Serviços”, “Venda Electrónica de Bens” e “Leilão Electrónico”. A licitação a apresentar deve ser de valor igual ou superior ao valor base da venda e superior a qualquer das licitações anteriormente apresentadas para essa venda. O prazo para licitação tem início no dia 2011-12-01, pelas 10:00 horas, e termina no dia 2011-12-16 às 10:00. As propostas, uma vez submetidas, não podem ser retiradas, salvo disposição legal em contrário. No dia e hora designados para o termo do leilão, o Chefe do Serviço de Finanças decide sobre a adjudicação do bem (artigo 6.º da portaria n.º 219/2011). A totalidade do preço deverá ser depositada, à ordem do órgão de execução fiscal, no prazo de 15 dias, contados do termo do prazo de entrega das propostas, mediante guia a solicitar junto do órgão de execução fiscal, sob pena das sanções previstas (256.º/1/e) CPPT). No caso de montante superior a 500 unidades de conta, e mediante requerimento fundamentado, entregue no prazo de 5 dias, contados do termo do prazo de entrega de propostas, poderá ser autorizado o depósito, no prazo mencionado no parágrafo anterior, de apenas uma parte do preço, não inferior a um terço, e o restante em até 8 meses (256.º/1/f) CPPT). A venda pode ainda estar sujeita ao pagamento dos impostos que se mostrem devidos, nomeadamente o Imposto Municipal sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis, o Imposto de Selo, o Imposto Sobre o Valor Acrescentado ou outros. Mais, correm anúncios e éditos de 20 dias (239.º/2 e 242.º/1 CPPT), contados da 2.ª publicação (242.º/2), citando os credores desconhecidos e os sucessores dos credores preferentes para reclamarem, no prazo de 15 dias, contados da data da citação, o pagamento dos seus créditos que gozem de garantia real, sobre o bem penhorado acima indicado (240º/CPPT). Teor do Edital: Identificação do Executado: N.º de Processo de Execução Fiscal: 0248200601037048 (e apensos) NIF/NIPC: 111762120 Nome: SECUNDINO MILHANO DOMINGOS Morada: PCT JOSE GONÇALVES JERONIMO AIVECA N 11 2 DT - BEJA - BEJA 2011-09-30 O Chefe de Finanças Manuel José Borracha Pólvora

Diário do Alentejo nº 1537 de 07/10/2011 Única Publicação

CARTÓRIO NOTARIAL DE MÉRTOLA

CÂMARA MUNICIPAL DE MÉRTOLA

EDITAL N°273/2011

CONCURSO PÚBLICO PARA ATRIBUIÇÃO DE CONCESSÃO DO DIREITO DE EXPLORAÇÃO DE ESPAÇOS COMERCIAIS NO MERCADO MUNICIPAL DE MÉRTOLA Jorge Paulo Colaço Rosa, Presidente da Câmara Municipal de Mértola, torna Público, em cumprimento da deliberação de Câmara tomada em reunião de 15/06/2011 e da Assembleia Municipal de 30/06/2011, que se encontra aberto concurso para atribuição de concessão do direito de exploração de espaços comerciais no Mercado Municipal de Mértola, designadamente: Bancas de Peixe: Banca n° 4, com (1,70m2) – Base de licitação 153,00€ (cento e cinquenta e três euros) Bancas de Produtos Frescos: Bancas n° 5, com (2,10m2) – Base de licitação 189,00€ (cento e oitenta e nove euros) Banca n.° 6, com (0,98m2) – Base de licitação 80,00€ (oitenta euros) Lojas para actividades compatíveis com o regulamento do mercado municipal: Loja n° 1 com (8,80m2) – Base de licitação 792,00€ (setecentos e noventa e dois euros) Loja n° 2 com (8,70m2) – Base de licitação 783,00€ (setecentos e oitenta e três euros) Loja n°3 com (7.85m2) – Base de licitação 706,50€ (setecentos e seis euros e cinquenta cêntimos) Loja para a actividade de Talho/Charcutaria: Loja n.°4 com (16,22m2) – Base de licitação 1.459,80€ (mil quatrocentos e cinquenta e nove euros e oitenta cêntimos) As propostas apresentadas deverão ser acrescidas de um lanço mínimo sobre o valor base de licitação, sendo que: Bancas: Lance mínimo de 25,00€ (vinte e cinco euros) Lojas: Lance mínimo de 50,00€ (cinquenta euros) A adjudicação será feita segundo o critério da proposta com o valor mais elevado. A licitação considera-se finda quando a comissão tiver anunciado por três vezes o lance mais elevado e este não for coberto. O pagamento do valor da arrematação, constitui receita camarária, a liquidar na tesouraria municipal, sita no edifício denominado “Casa Vargas”, no largo Vasco da Gama, e será efectuado do seguinte modo: - 25% do valor da adjudicação no 1° dia útil seguinte à arrematação provisória - 75% do valor nos cinco dias úteis após a notificação da adjudicação definitiva As propostas devem ser apresentadas em subscrito fechado, identificando-se no exterior do mesmo o proponente e o espaço comercial a que respeita, que por sua vez é encerrado num segundo subscrito, que explicite o endereço da seguinte forma: Exmo. Senhor Presidente da Câmara Municipal Praça Luis de Camões – 7750 - 329 Mértola As propostas poderão ser entregues pessoalmente junto do serviço de atendimento da Câmara Municipal, sito no Largo Vasco da Gama, ou por correio sob registo. As propostas poderão ser apresentadas até às 16.30h do vigésimo dia, após a publicação do edital num jornal regional. A hasta pública terá lugar no vigésimo primeiro dia após a publicação do edital, pelas. 10.30h no Salão Nobre dos Paços do Concelho, sito na Praça Luís de Camões em Mértola. O valor da concessão mensal, por cada espaço objecto de concurso, será de: Peixe: Banca n.° 4 – 25,50€ (vinte e cinco euros e cinquenta cêntimos) Produtos Frescos: Banca n.° 5 – 31,50€ (trinta e euros e cinquenta cêntimos) Banca n.° 6 – 14,70€ (catorze euros e setenta cêntimos) Lojas: Loja n.°1 – 74,80€ (setenta e quatro euros e oitenta cêntimos) Loja n.°2 – 73,95€ (setenta e três euros e noventa e cinco cêntimos) Loja n.° 3 – 66,73€ (sessenta e seis euros e setenta e três cêntimos) Loja n.° 4 –137,87€ (cento e trinta e sete euros e oitenta e sete cêntimos) O programa de concurso e o caderno de encargos podem ser consultados na Secção de Atendimento da Câmara Municipal, situada no Edifício denominado “Casa Vargas”, no largo Vasco da Gama, ou no sítio da Internet www.cm-mertola.pt Para constar se publica este e outros de igual teor, aos quais vai ser dada a devida publicidade. Câmara Municipal de Mértola, aos 03/10/2011

INSTRUMENTO DE REVOGAÇÃO No dia vinte e sete de Setembro de dois mil e onze, no Cartório Notarial de Mértola, perante mim, Vitor Manuel Soares Raposo, Segundo Ajudante do referido Cartório, compareceram como outorgantes: MARIA MANUELA MARQUES MENDONÇA, NIF 203839102, casada com Dirk Roelof Koster sob o regime da comunhão de adquiridos, natural da freguesia de Corte do Pinto, concelho de Mértola, residente em Overschiestraat 106, 1062 XJ, Amesterdão, Holanda. Verifiquei a identidade da outorgante pela exibição do seu Bilhete de Identidade n.° 6208360 de 18/02/2002, emitido no Ministério dos Negócios Estrangeiros em Lisboa. DECLAROU A OUTORGANTE: Que, pelo presente instrumento, revoga e considera nula e de nenhum efeito, a partir desta data, a procuração, que outorgou em onze de Novembro de dois mil e três no Cartório Notarial de Mértola, a favor de Maria Cecília Clemente Mendes Palma Salvador, casada, residente na Rua Doutor Senão Martins, número vinte e cinco, primeiro esquerdo, em Mértola. Este instrumento foi lido e feita a explicação do seu conteúdo. O Ajudante Vitor Manuel Soares Raposo

O presidente da Câmara, Jorge Paulo Colaço Rosa

OFICINA RECTIFICAÇÕES DE CABEÇAS E DE BLOCOS TESTAGENS SERVIÇO DE TORNO SOLDADURAS EM ALUMÍNIO

Encamisar blocos orçamentos com ou sem material PREÇOS SEM CONCORRÊNCIA

CASADINHO Sítio Horta de St. António Caixa postal 2601 BEJA Tm. 967318516


necrologia diversos

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Diário do Alentejo 7 outubro 2011

PARTICIPAÇÃO

Rua da Cadeia Velha, 16-22 - 7800-143 BEJA Telefone: 284311300 * Telefax: 284311309 www.funerariapax-julia.pt E-mail: geral@funerariapax-julia.pt

Vila Nova de S. Bento

Funerais – Cremações – Trasladações - Exumações – Artigos Religiosos

Faleceu no dia 20/09/2011, em Setúbal, a D. Ermelinda G e r t ru d e s d a s D o re s Dorotea Moreira. O funeral realizou-se no dia 21, da Casa Mortuária para o cemitério da Paz em Setúbal. Com um longo percurso de vida, foi no início de carreira (1952), professora de ensino primário em Ervidel, esteve alguns anos em Montes Velhos, depois muitos anos na Casa do Gaiato de Setúbal, e exerceu depois de lá sair na primária do Viso e Brejos do Assa. Foi uma grande mulher, com entrega total ao OUTRO, muito competente no desempenho das suas funções. Viveu em Beja muitos anos, o pai foi Inspector da CP, Manuel J.L. Dorotea, e o irmão Deodato Dorotea, funcionário do Banco de Portugal em Beja, e noutras agências do país. Tinha muita ligação com Alvito, de onde a família era natural.

Faleceu a Exma. Sra. Ana Abril dos Santos Baião, de 75 anos casada com José Francisco Machado, natural de Vila Nova de S. Bento. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 03 de Outubro da casa mortuária de Vila Nova de S. Bento para o cemitério local. Na impossibilidade de Agradecer pessoalmente a todas as pessoas que compareceram ao funeral e manifestaram o seu pesar, a família, vem por este meio expressar o seu agradecimento a todos os que estiveram presentes. AGÊNCIA FUNERÁRIA BARRADAS, LDA. Rua do Outeiro nº 21 Vila Nova de S. Bento Telm: 967026828 - 967026517

BEJA

BRINCHES

BALEIZÃO

†. Faleceu o Exmo. Sr. JOSÉ MANUEL ROMANA MARTINS, de 76 anos, natural de Corte do Pinto Mértola, casado com a Exma. Sra. D. Alaíde dos Santos Guerreiro. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 30 de Setembro, da Igreja Paroquial do Carmo, para Jazigo de Família no cemitério de Beja.

†. Faleceu a Exma. Sra. D. CRISTIANA BÁRBARA LOPES POUPINHA PIÇARRA, de 86 anos, natural de Brinches - Serpa, viúva. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 01 de Outubro, da Casa Mortuária de Brinches, para o cemitério local.

†. Faleceu a Exma. Sra. D.

BEJA

SALVADA

MARIA ELISA GOMES CANO, de 77 anos, natural de Baleizão - Beja, viúva. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 02 de Outubro, da Casa Mortuária de Baleizão, para o cemitério local.

Diário do Alentejo nº 1537 de 07/10/2011 Única Publicação

MINISTÉRIO DAS FINANÇAS DIRECÇÃO-GERAL DOS IMPOSTOS SERVIÇO DE FINANÇAS DE BEJA

EDITAL – ANÚNCIO

VENDA EXTRA JUDICIAL POR NEGOCIAÇÃO PARTICULAR MANUEL JOSÉ BORRACHA PÓLVORA, Chefe do Serviço de Finanças de Beja, faz saber que por despacho de 20-09-2011 foi ordenada a venda por negociação particular, nos termos do disposto no artº 252º do Código de Procedimento e do Processo Tributário e da alínea d) do nº 1 do artº 886º do Código do Processo Civil, do bem abaixo mencionado, penhorado no processo executivo nº 0248200901003844 e ap., instaurado contra Secundino Milhano Domingos NIF 111.762.120, residente em Pct José Gonçalves Jerónimo Aiveca, nº 11 – 2º Dtº em Beja, para pagamento da quantia de €12.005,62 (doze mil, cinco euros e sessenta e dois cêntimos) e acréscimos legais, por dívida de IVA, IMI e Coimas Fiscais. IDENTIFICAÇÃO DOS BENS A parte de 8000/49125, do Prédio Rústico inscrito na matriz predial Concelho de Serpa, Freguesia de Vila Verde de Ficalho, Secção C do Artigo Matricial nº 19, com a Área Total de (ha) 4,9125, composto por olival e área de depósitos de inertes não aproveitáveis de pedreira. Foi fixado o valor mínimo de venda em € 3.837,15 (três mil oitocentos e trinta e sete euros e quinze cêntimos ). É fiel depositário do bem penhorado o Sr Secundino Milhano Domingos, residente na Pct José Gonçalves Jerónimo Aiveca, nº 11 – 2º Dtº em Beja. É mediadora para a venda a firma: “SULCASA – Sociedade Mediação Imobiliária, Ldª”, com sede na Avª Marginal Silva Gomes, Centro Comercial E. LECLERC, LJ. 2 – AMORA, 2845-416 AMORA, telefone: 212259475. As propostas de compra devem ser apresentadas por escrito, pelos proponentes, à sociedade encarregada da venda, no prazo de 60 dias até às 16:00 horas do dia 21/11/2011. O (a) adquirente ficará sujeito (a) ao pagamento do Imposto Municipal Sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis, às taxas previstas nas alíneas d) do nº 1 do artº 17º do CIMT, caso não beneficie de isenção do mesmo. E para constar se lavrou o presente EDITAL e outros de igual teor que vão ser afixados nos lugares determinados por Lei. Serviço de Finanças de Beja, 30 de Setembro de 2011. O Chefe de Finanças Manuel José Borracha Pólvora

†. Faleceu a Exma. Sra. D. MARIA DA CONCEIÇÃO ESPADA, de 81 anos, natural de Santiago Maior - Beja, viúva. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 02 de Outubro, das Casas Mortuárias de Beja, para o cemitério desta cidade.

†. Faleceu o Exmo. Sr. ANTÓNIO FRANCISCO DAS CANDEIAS FRIEZA, de 65 anos, natural de Salvada Beja, casado com a Exma. Sra. D. Cesaltina Maria Palma do Sacramento Frieza. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 03 de Outubro, da Casa Mortuária de Salvada, para o cemitério local.

Consulte esta secção em www.funerariapax-julia.pt Amendoeira da Serra/Cabeça Gorda PARTICIPAÇÃO, AGRADECIMENTO E MISSA DE 30º DIA

CAMPAS E JAZIGOS DECOR AÇÃO CONSTRUÇÃO CIVIL

ARRENDA-SE

ARRENDA-SE

BEJA

T2 EM BEJA

Gualdino Manuel da Silva

Salão de cableei-

Mobilado, próximo da

Esposa, filhos, netos e restante família cumprem o doloroso dever de participar o falecimento do seu ente querido ocorrido no dia 13/09/2011, e na impossibilidade de o fazer pessoalmente vêm por este meio agradecer a todas as pessoas que o acompanharam à sua última morada ou que de outra forma lhes manifestaram o seu pesar. Será celebrada missa pelo seu eterno descanso no dia 13/10/2011, às 18.00 horas na Igreja de Cabeça Gorda.

reiro, a funcionar.

Rodoviária, a estudantes ou professores.

Contactar

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tm. 968030737

tm. 969088371

Às famílias enlutadas apresentamos as nossas mais sinceras condolências.

“DESDE 1800” Rua de Lisboa, 35 / 37 – Beja Estrada do Bairro da Esperança Lote 2 Beja (novo) Telef. 284 323 996 – Tm.914525342

marmoresmata@hotmail.com


Amanhã, sábado, pelas 15 e 30 horas, a hora do conto na Biblioteca Municipal Manuel da Fonseca, em Santiago do Cacém, tem uma surpresa. As histórias contadas serão acompanhadas por música ao vivo, no âmbito do Dia Mundial da Música.

27 D Diário do Alentejo 7 outubro 2011

Histórias ao ritmo dos sons em Santiago do Cacém

Vitória, estória vitória conta a tua

A páginas tantas ...

Colagens cabeludas

Dica da semana Com este calor não apetece nada apregoar “quentes e boas, quentinhas”, por isso sugerimos-te que peças algumas castanhas só para dar asas à tua imaginação.

Recortar cabelos e mais cabelos de folhas de revistas. Quanto mais variados, melhor. Aproveitar todas as texturas e cores para fazer uma colagem engraçada. Pode, por exemplo, desenhar-se a sala de espera de um cabeleireiro com várias pessoas à espera da sua vez. Exagerar nos cabelos compridos, embaraçados, espigados... mesmo, mesmo, a precisar de um corte!

Proposta da editora Planeta Tangerina

Enquanto o meu cabelo crescia é uma história à volta de cabeleireiros, penteados, conversas baixinhas e algumas frustrações. “É preciso compreender os cabelos. Porque só compreendendo os cabelos percebemos o que se passa dentro das cabeças. Falta de brilho indica falta de música; pontas espigadas: a necessidade de falar; cabelos embaraçados: problemas com os vizinhos”. Mas há mudanças súbitas que nem todos estamos preparados para aceitar. Um dia entre barulhos de secadores e conversas fiadas um mal entendido acontece entre as paredes do salão... Escrito por Isabel Minhós Martins e ilustrado por Madalena Matoso, este livro é acompanhado por um CD narrado por Sérgio Pelágio, no âmbito do projecto História Magnética criado em 2009 por este músico.


I Feira Gastronómica em Almodôvar

Diário do Alentejo 7 outubro 2011

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A praça da República, em Almodôvar, recebe amanhã, sábado, a primeira edição da Feira Gastronómica, um evento organizado pela câmara local que visa “promover a adoção de hábitos alimentares saudáveis e a cozinha tradicional da região”. O programa da feira, que arranca pelas 9 horas, inclui “a confeção e prova gratuita de saudáveis pratos tradicionais assim como animação musical”. No espaço da feira estarão ainda presentes vários expositores de artesanato e doçaria regionais.

Filatelia Filapex é amanhã

Boa vida Comer Lebre com grão e nabos Ingredientes (4 a 5 pessoas) 1 Lebre 1 linguiça de porco alentejano 150 g toucinho entremeado 80 g banha de porco 2 cebolas médias 4 dentes de alho 1 folha louro 3 unidades cravinho 4 dl vinho branco Sal marinho q.b. 600 g grão de bico 400 g nabos Preparação: Limpar e partir a lebre aos bocados (aproveite todo o sangue). Temperar com sal. Colocar um tacho ao lume com banha e fritar a linguiça às rodelas e o toucinho aos quadrados (retirar e reservar). No pingo fazer um refogado com cebolas e alhos picados, louro e cravinho. Adicionar o vinho branco e deixar evaporar o álcool. Juntar a lebre, cobrir com água. Deixar cozer lentamente e adicionar o sangue. Num outro tacho com água e sal cozer o grão (que ficou de molho no dia anterior). Quando a lebre estiver cozida, juntar o grão e os nabos já cortados às rodelas muito finas e deixar cozer mais um pouco sem se desfazerem. Servir a lebre com a linguiça e o toucinho frito.

António Nobre Chefe executivo de cozinha – Hotéis M’AR De AR, Évora

Vamos lá saindo Fauna

A

s pessoas desabituaram-se de andar pelo campo. Nos dias de hoje, tirando um ou outro caçador de salto ou um pescador madrugador, já não se vê gente a desfrutar dum passeio fora de portas. Ver animais selvagens, em total liberdade, passou a ser um privilégio de muito poucos. Veem-se nas estradas e autoestradas, mas mortos, por vezes na companhia dum corvo ou dum milhafre. A última lontra que vi – já vi muitas – foi morta no caminho para a minha quinta. Uma lontra macho, enorme, linda, atropelada a menos de quinhentos metros do limite urbano da cidade. Procurava, sem dúvida, o refúgio de uma das várias charcas para rega que ali há. Vá, confessem lá, os meus estimados leitores aqui de Beja ou Évora ou Portalegre – já nem quero falar de Lisboa ou da margem esquerda do Tejo, em termos humanos o nosso maior Alentejo –, há quanto tempo, não veem no campo um ouriço, um sacarabos, uma gineta ou mesmo, para facilitar, uma raposa? E se cegonhas e garças brancas, os carraceiros, se veem muito é porque andam frequentemente perto das estradas. Tal como pardais, melros e andorinhas, por frequentarem a cidade e os nossos jardins. Ver e identificar uma calhandra ou um pintassilgo já é um bico de obra. Para os mais velhos: ainda se lembram como é e que cores . tem uma vulgaríssima toutinegra? Concordo, é mais fácil ficar a ver o espetáculo dos grandes felinos e paquidermes nos programas da natureza, na televisão. Mas não é a mesma coisa, nem parecido. Arriscamo-nos a que os nossos filhos ou netos conheçam melhor uma iguana da América Central do que um vulgar lagarto ou sardão, um animal nosso, enorme, completamente inofensivo, que na época de acasalamento tem na base do pescoço uma paleta de cores, desde o azul ao alaranjado, completamento inesquecível. Concordo também que os bichos são uma chatice, mexem-se, escondem-se, alguns são noturnos, receiam-nos demasiado para se mostrarem. É verdade, só insistindo. E isso faz-se andando pelo campo, tendo por aliado um par de binóculos e um guia de aves ou de outros animais silvestres. Um par de binóculos bom custa hoje uma ninharia. Mais um guia de campo e um par de botas, cómodo e próprio. O equipamento está pronto. No rio Guadiana ainda se veem peixes a saltar e guinchos de tainha a pescá-los. São umas aves de rapina pequenas mas o espetáculo é único. Vá ao campo. Leve os gaiatos. Mais que não seja, é saudável e é à borla. António Almodôvar

D

ecorre amanhã, durante todo o dia, na sede do CCD do Hospital de Beja, a já anunciada exposição Filapex. Este evento é de caracter competitivo e opõe filatelistas sócios do CCD e da Confraria Timbrológica Meridional, agrupamento filatélico de Évora. Esta é a retribuição do CCD à primeira mão, que se realizou em Évora a 7 dezembro de 2008 e que a Confraria venceu. Nessa ocasião, os jurados pontuaram as coleções da Confraria com 668 pontos, enquanto as do CCD obtiveram apenas 595. Prevê-se que amanhã irá acontecer idêntica situação. Para além da raridade, excelência do material, fio e desenvolvimento temático e apresentação visual do conjunto, o regulamento também impõe que cada filatelista apresente oralmente a sua coleção e a defenda, tendo um limite de tempo estabelecido para o efeito, que se não for cumprido é penalizado. Se por qualquer eventualidade o proprietário da coleção não estiver presente para fazer a sua defesa e apresentação, a coleção não pontua nesta variável, que tem um valor que vai de 0 a 25 pontos. CFP realiza mais um troféu Dias Ferreira O Clube

Filatélico de Portugal realiza de 22 a 29 deste mês a 5.ª edição do Troféu Comendador Dias Ferreira. Ao contrário das edições anteriores, onde as coleções eram classificadas pelo voto do público que as visitava, para esta edição a direção do CFP nomeou um corpo de jurados que fará a sua avaliação e pontuação, seguindo os critérios filatélicos estabelecidos para este fim. A avaliação pelo público mantém-se pelo que poderá haver duas coleções vencedoras, a escolhida pelos visitantes, alguns deles com poucos conhecimentos de avaliação filatélica, e a escolhida pelos jurados. Geada de Sousa


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Carlo De Rosa Cross-Fade – “Brain Dance” Carlo De Rosa (contrabaixo e baixo elétrico), Mark Shim (saxofone tenor), Vijay Iyer (piano e Fender Rhodes) e Justin Brown (bateria e percussão). Editora: Cuneiform Records. Ano: 2011

Jazz Carlo de Rosa Cross-Fade “Brain Dance”

A

pesar de ser um contrabaixista muito experimentado na condição de sideman (do seu percurso avultam colaborações com gente tão díspar quanto Chico O’Farrill, Jason Moran, Rudresh Mahantthapa e Yo-Yo Ma, entre muitos outros) só agora Carlo De Rosa vê editado o seu disco de estreia. Perante este estupendo “Brain Dance” é mesmo caso para nos questionarmos sobre os obscuros motivos que o levaram a só agora editar em nome próprio. Instrumentista particularmente dotado, De Rosa surpreende sobretudo por via da superior qualidade, sofisticação e urgência da sua escrita, que, ao longo dos anos, tem vindo a amadurecer no concorrido panorama nova-iorquino. Com ele, formam atualmente o quarteto Cross-Fade Vijay Iyer, um dos mais estimulantes e requisitados pianistas da atualidade, o infelizmente pouco gravado Mark Shim, no saxofone tenor, e o valoroso baterista, mas menos PUB

conhecido, Justin Brown. Torna-se evidente que esta escolha criteriosa de parceiros torna “Brain Dance” num disco coeso, vibrante e repleto de interações geradoras de ambiências em constante metamorfose, a potenciar as “danças cerebrais” a que se alude no título. O nome do projeto enquadra assim, na perfeição, o que se ouve: “cross-fade” é uma expressão muito empregue nos domínios da edição vídeo e áudio e que significa a entrada gradual de uma imagem ou som, à medida que outra/o progressivamente desaparece. “Circular Woes” dá o mote perfeito com as suas linhas sinuosas, o piano borbulhante de Iyer, a batida seca de Brown e as extraordinárias intervenções de Shim e De Rosa. Mais canónica é “Otto”, com o saxofonista a lembrar velhos mestres e Iyer hábil a escapar a tentadores lugares comuns. Ritmicamente poderosa, “Headbanger´s Bawl” sustenta-se num robusto riff de contrabaixo que lança piano e tenor a intrincados jogos. Verdadeiro “magnum opus”, “Terrane/A Phrase” mostra, ao longo dos seus mais de 13 minutos, todo o fôlego da pena de De Rosa, denotando um notável equilíbrio entre secções escritas e improvisações, entre coletivo e individual, passado e futuro. Muito bom. António Branco

Diário do Alentejo 7 outubro 2011

BD “Olivier Rameau”, Intégrale/3

E

m boa hora a editora belga Joker encetou a reedição, na versão integral, da tão popular série “Olivier Rameau”. No total serão quatro tomos, dos quais o último sairá em fevereiro de 2012. Agora saiu o terceiro, com textos de Greg e arte de Dany. Um dossiê de 13 páginas (com alguns desenhos inéditos) inicia este belo volume. Depois, sucedem-se as narrativas mirabolantes, típicas da série: “Le Miroir à Trois Faces”, “La Trompete du Silence” e “Le Canon de la Bonne Humeur”. Uma série belíssima que vivamente se aconselha, para conhecer, reler ou colecionar.

“La Comtesse Éponyme” Notabilizado sobretudo pela delirante série “O Gato do Rabino”, Joann Sfar traz-nos agora uma nova e irreverente série, cómica e deliciosamente libertina: “Les Lumières de la France”, sob edição Dargaud, cujo tomo primeiro é “La Comtesse Éponyme”. No contexto da França do século XVIII, que viu triunfar as ideias das Luzes, os seus personagens, embaraçados nas suas contradições e nos seus mais secretos desejos, recordam-nos as virtudes da liberdade do pensamento. Sfar apresenta-nos agora uma fantasia contagiosa, com um traço alegre, um prazer guloso das palavras e uma prática estimulante da filosofia. Luiz Beira


Diário do Alentejo 7 outubro 2011

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“Um céu de cegos” por Jorge Castanho

O artista plástico bejense Jorge Castanho inaugurou ontem, quinta-feira, mais uma exposição de trabalhos no espaço Art Research (rua dos Navegantes, em Lisboa) e no seu sítio na Internet, www. jorgecastanho.com, desta feita sob o título “Um céu de cegos”. A mostra, cujos trabalhos se baseiam num conhecido conto oriental sobre um desenhador que fica cego, é composta por desenhos sobre papel e por um conjunto de capturas de ecrã de figuras 3D. Estará patente até ao próximo dia 31.

Fim de semana

Virgem Suta em Mértola Os duo bejense Virgem Suta (Jorge Benvinda e Nuno Figueiredo) visita Mértola este fim de semana. O concerto está agendado para amanhã, sábado, no Cineteatro Marques Duque, a partir das 22 horas, e enquadra-se na programação do Mês da Música.

Companhia Lendias d’Encantar conquista “espaço próprio”

Noite de Fados em São Martinho Ana Valadas, Américo Palhinha, António Rosa, Luís Saturnino e Maria da Luz são as vozes que se farão ouvir amanhã, sábado, na Casa do Povo de São Martinho das Amoreiras, no concelho de Odemira, a partir das 21 e 30 horas. As receitas do serão, que também contará com as contribuições de António Ramos, na viola, e de António Correia e Manuel Marques, na guitarra, reverterão para o lar de idosos da localidade.

Os Infantes reaberto sob o signo da poesia

É

com o universo poético de Sophia de Mello Breyner que a companhia Lendias d’Encantar arranca com a segunda edição do ciclo “Um ator – Um músico”, desta feita no feminino, e, simultaneamente, inaugura a sua nova casa, o espaço Os Infantes, no centro histórico de Beja. A primeira sessão de “Ardente perfeição da tua ausência” decorreu ontem, quinta-feira, protagonizado por Ana Oliveira (performer) e Paulo Ribeiro (guitarra), mas o espetáculo sobe ao palco ainda hoje e amanhã, sábado, sempre pelas 22 horas. O conceito mantém-se. Cada uma das atrizes terá como ponto de partida as palavras de um poeta escolhido e com elas criará uma “nova narrativa dramatúrgica”. Sobre essa base, músico, atriz e luminotécnico trabalharão individualmente, só se encontrando uma única vez antes da estreia para adequar linguagens ou para, pelo contrário, confrontar leituras. “Através deste processo teremos, a cada apresentação, um espetáculo único e irrepetível”, explica a companhia. O ciclo segue até ao final do mês de outubro com os espetáculos “Luísa”, com Andreia Macedo e Carlos Baretto, no contrabaixo, sobre palavras de António Gedeão (13, 14 e 15); “Paradoxo ou desperdícios de vida num fundo amargo

de memória”, por Carolina Santos e André Penas, no violino, em torno da poesia de Nuno Júdice (20, 21 e 22); e ainda “Cartas de framboesa com azeitonas” sobre poemas de Adília Lopes e protagonizado por Anarita Rodrigues e Jorge Moniz, percussionista (27, 28 e 29). A direção e encenação está a cargo de António Revez sendo a iluminação de Ivan Castro. Paralelamente, a companhia escolheu um poema representativo de cada um dos autores e entregou-os a 64 criadores de Beja, inscritos nas várias famílias artísticas, das artes plásticas à performance, passando pela música. Assim, explica, “a cada semana, poderão ser vistos e ouvidos 16 desses trabalhos no espaço Os Infantes”. O ciclo “Um ator – Um músico (no feminino)” representa também, para o coletivo bejense, a abertura de um novo ciclo de vida. Depois de 14 anos enquanto companhia profissional de teatro, a Lendias d’Encantar concretiza um objetivo “perseguido há muito: ter o seu próprio espaço”. Com este sonho, materializado num espaço que nos anos 80 foi uma referência na vida cultural de Beja, a companhia diz avançar “contra a corrente com o objetivo de reforçar e estimular a atividade cultural da cidade”.

Congresso Internacional sobre Manuel da Fonseca Sobre Manuel da Fonseca, escritor alentejano e nome maior no neorrealismo literário português que este ano completaria um século de vida, decorre este fim de semana um congresso internacional com paragem em três cidades, que leva o título “Por todas as estradas do mundo”. Hoje, sexta-feira, na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa; amanhã, sábado, no Museu do Neorrealismo, em Vila Franca de Xira; e domingo, no Auditório Municipal António Chainho, em Santiago do Cacém, terra natal do autor. Neste espaço, o programa contempla duas conferências e um passeio literário por Santiago do Cacém, com visita aos espaços emblemáticos da obra de Manuel da Fonseca.

Alunos do IPB expõem na Galeria do Desassossego A Galeria do Desassossego acolhe desde ontem, quinta-feira, e até ao próximo dia 21, uma exposição coletiva de artes plásticas e multimédia, que reúne trabalhos de alunos do Instituto Politécnico de Beja (licenciatura em Artes Plásticas e Multimédia). As obras – ilustração, desenho, gravura e serigrafia – foram realizadas ao longo do ano letivo 2010/2011.


As obras nas Portas de Mértola revelaram mais uma descoberta arqueológica ao nível da cidade perdida de Atlântida: o amor dos bejenses pela sua cidade. Apurámos que esse amor estava em mau estado e algo combalido, tendo sido enviado para o Badoca Park onde será alimentado com pezinhos de coentrada e pão de rala por via intravenosa. “Tinha um olhar tão triste, como se tivesse descoberto que o castelo tinha sido coberto com azulejos de cozinha”, confidenciou um tratador.

31 Diário do Alentejo 7 outubro 2011

enses amor dos bejde da pela sua ci adofoi reencontr es nas escavaÇÕÉrtola das portas de m

Inquérito Às vezes sente mau cheiro em Beja? ADALBERTO FUSS FRISCH, 14 ANOS Pessoa viciada em croquetes de bacalhau e que, no fundo, sente saudades do Noddy Ya, às vezes a cidade manda cá um smell. A minha mãe diz que pior só o meu chulé. Ela diz que podiam usar o meu cheiro para gasear animais de porte médio.

JAIME AMBIPUR, 75 ANOS Stripper geriátrico e pessoa com um olfato ao nível de uma Lassie ou de um inspetor Rex Dizem que o mau cheiro vem de uma fábrica de Alvito. Uma vergonha, estamos tão mal que já temos de importar o pivete de outros concelhos. Antigamente o matadouro empestava a cidade. Sentíamo-nos importantes, pá! Parecia que Deus despejava maionese estragada junto à variante…

LARA SABÃO DE MARSELHA, 33 ANOS Maníaca da limpeza extrema e instrutora credenciada de FarmVille Estou desconfiada que o cheiro vem do Monumento a Al-Mutamid no Parque da Cidade. Tresanda a chichi e a perfume da loja dos chineses, o Famel n.º 5, da Coco Famel – Paris (não a de França, aquela ao pé de Sichuan). Eu própria já lavei aquilo com lixívia, ácido muriático e lágrimas de unicórnio com cheiro a aloe vera. E nada.

Caloiros da Agrária é que irão praxar veteranos, pois estarão em superioridade numérica Num total de 100 vagas apenas nove foram preenchidas na Escola Superior Agrária de Beja. Este facto não desmoralizou os responsáveis da escola que, estimulados pela visita de Cavaco Silva aos Açores, já criaram novas cadeiras no sentido de despertar o interesse pela instituição: Introdução à Poda das Anonas e a Metafísica do Sorriso das Vacas. Além disso, a qualidade no ensino só poderá melhorar já que o rácio de professores para alunos é dos melhores da história da humanidade – cerca de seis professores para cada aluno. Quem não está nada satisfeita é a Associação de Estudantes, pois vê os planos das praxes académicas defraudados. “Não vamos ter hipóteses, somos cinco veteranos para nove caloiros. Nem que os ameacemos com barrotes de madeira com pregos e besuntados com adubo. Com nove é impossível metê-los a jogar futebol com uma bola de arame farpado. Tinha que ser um número par. A única vantagem é que na viagem de finalistas em 2014 não teremos de alugar um autocarro mas sim um monovolume para irmos a Benidorm”, revelou-nos um membro da tuna que já disse que a mesma terá de passar a ser um trio de harmónicas por culpa da falta de alunos.

É UMA PENA OS ABBA SEREM SUECOS . . .

Merkel quer que Portugal cumpra obrigações financeiras e ameaça com a reocupação do antigo Bairro dos Alemães Angela Merkel, chanceler alemã, a mulher a quem Berlusconi num acesso de cavalheirismo chamou de “gorda”, lançou a ideia de os países incumpridores perderem soberania caso não cumpram as suas obrigações financeiras. O nosso correspondente em Colónia conhece uma senhora que conhece uma prima de uma mulher a dias da líder alemã e descobriu que Merkel já ameaçou Portugal com a reocupação do antigo Bairro dos Alemães, atual Bairro da Força Aérea Portuguesa. E, no caso de Portugal não cumprir, os germânicos admitem enviar os Scorpions para uma digressão em todos os concelhos do País, sinal evidente de que estão a falar a sério. “Estamos completamente contra mais essa investida imperialista”, afirmou Raúl Bisca, membro da associação Deixa-te estar Sossegado. “A última passagem por cá foi muito má: tirando um campo de futebol, um bairro com excelentes condições, uma ciclovia, uma piscina, cerveja alemã, uma base aérea, o aparecimento de novas culturas e mentalidades, o estímulo à economia regional e as revistas com mulheres nuas, que raio é que os alemães fizeram por Beja?”.

DESAPARECEU “Fugiu de casa dos seus pais, junto ao Jardim do Bacalhau, o Monumento ao Prisioneiro Político. Da última vez que foi visto estava envolto em tapumes e acompanhado de uma grua com ar suspeito. Vestia umas calças de ganga e umas botas caneleiras. Aparentemente estava de boa saúde, se bem que se sentia debilitado psicologicamente por estar sempre a ser enxotado de um lado para o outro. Pede-se aos cidadãos que saibam do seu paradeiro que contactem a Câmara Municipal de Beja ou a FAMA (Fundação dos Amigos dos Monumentos Anti-Fascistas).”


Nº 1537 (II Série) | 7 outubro 2011

FUNDADO A 1/6/1932 POR CARLOS DAS DORES MARQUES E MANUEL ANTÓNIO ENGANA PROPRIEDADE DA AMBAAL – ASSOCIAÇÃO DE MUNICÍPIOS DO BAIXO ALENTEJO E ALENTEJO LITORAL Presidente do Conselho Directivo Jorge Pulido Valente | PRACETA RAINHA D. LEONOR, 1, 7800-431 BEJA | Publicidade e assinaturas TEL 284 310 164 FAX 284 240 881 comercial@diariodoalentejo.pt Direcção e redacção TEL 284 310 165 FAX 284 240 881 jornal@diariodoalentejo.pt | Assinaturas País € 28,62 (anual) € 19,08 (semestral) Estrangeiro € 30,32 (anual) € 20,21 (semestral) Director Paulo Barriga (CP2092) | Redacção Bruna Soares (CP 8083), Carla Ferreira (CP4010), Nélia Pedrosa (CP3586), Ângela Costa (estagiária) Fotografia José Ferrolho, José Serrano | Cartoons e Ilustração Carlos Rico, Luca, Paulo Monteiro, Susa Monteiro | Colaboradores da Redacção Alberto Franco, Aníbal Fernandes, Carlos Júlio, Firmino Paixão, Marco Monteiro Cândido | Provedor do Leitor João Mário Caldeira | Colunistas Aníbal Coutinho, António Almodôvar, António Branco, António Nobre, Carlos Lopes Pereira, Constantino Piçarra, Francisco Pratas, Geada de Sousa, José Saúde, Luiz Beira, Rute Reimão | Opinião Ana Paula Figueira, Arlindo Morais, Bruno Ferreira, Carlos Félix Moedas, Cristina Taquelim, Daniel Mantinhas, Filipe Pombeiro, Francisco Marques, Francisco Martins Ramos, Graça Janeiro, João Machado, João Madeira, José Manuel Basso, Luís Afonso, Luís Covas Lima, Luís Pedro Nunes, Manuel António do Rosário, Marcos Aguiar, Maria Graça Carvalho, Nuno Figueiredo Publicidade e assinaturas Ana Neves | Paginação Antónia Bernardo, Aurora Correia, Cláudia Serafim | DTP/Informática Miguel Medalha Projecto Gráfico Alémtudo, Design e Comunicação (alemtudo@sapo.pt) Depósito Legal Nº 29 738/89 | Nº de Registo do título 100 585 | ISSN 1646-9232 Nº de Pessoa Colectiva 501 144 587 Tiragem semanal 6000 Exemplares Impressão Grafedisport, SA – Queluz de Baixo | Distribuição VASP

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POR LUCA

FOTO GENTILMENTE CEDIDA PELO JORNAL “A PLANÍCIE”

Hoje, sexta-feira, o sol deverá brilhar em toda a região. A temperatura vai oscilar entre os 18 e os 31 graus centígrados. Amanhã, sábado, esperam-se poucas nuvens. No domingo continua o tempo quente. O céu deverá estar limpo.

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Comunidades mineiras em Aljustrel até amanhã

Orlando Rosado ingressou na escola de ballet moscovita

Um mourense no Bolshoi

É

a grande referência do ballet clássico mundial, uma companhia e uma escola de elite onde só se entra mediante convite, por reconhecido talento. É Património Cultural da Humanidade e postal ilustrado de uma cidade que gela no inverno, a milhares de quilómetros de distância da sua Moura natal, capital da energia solar. Mas é para lá, para o Teatro Bolshoi, em Moscovo, que Orlando Rosado se encaminha, apesar da idade precoce, para frequentar um curso de três anos. Consciente de que será uma etapa “duríssima” mas também “um passo decisivo” num percurso que vem seguindo com a determinação de um adulto e que tem uma meta clara: “ser bailarino profissional”. Começaste a aprender ballet aos seis anos. Foi logo claro para ti que querias fazer disto a tua vida? O que te lembras de ter sentido?

Uma grande alegria. Ao mesmo tempo que fazia uma coisa de que gostava, fazia os outros felizes. PUB

Orlando Rosado,

15 anos, natural de Moura

Com apenas seis anos, iniciou-se no ballet clássico ainda em Moura e aos 13 já estava, por decisão própria, no Conservatório Nacional de Lisboa, conjugando a dança com o currículo regular, as semanas na capital do País e os fins de semana – nem todos – na terra natal. Recentemente, um curso de verão promovido pelo Teatro Bolshoi em Nova Iorque deu ao jovem aprendiz de bailarino a oportunidade de uma vida: ingressar na escola da mítica companhia. É importante referir que o teatro moscovita raramente promove audições. Os alunos são convidados a integrar a escola, por reconhecido talento.

Como descreves a experiência, ao nível pessoal e de crescimento como bailarino, no Conservatório Nacional de Lisboa?

A escola do Conservatório ajudou-me muitíssimo, abriu-me os horizontes, deu-me a ver como é a vida dos bailarinos por detrás dos palcos, aprendi quase tudo o que sei. É a única escola do género em Portugal, é por lá que passa a maioria dos bailarinos dos dias de hoje, é e será sempre a minha referência. Foste convidado a integrar a Escola do Teatro Bolshoi, em Moscovo, que é uma referência mundial. Como encaras este desafio e o que esperas desta nova etapa?

Tenho a certeza de que será duríssimo, mas ao mesmo tempo compensará, será um passo decisivo na minha carreira. E, caso consiga terminar o curso, que durará três anos, terei todas as condições de realizar o meu sonho: ser bailarino profissional. Entrevista de Carla Ferreira

Começou ontem, em Aljustrel, mais um Encontro das Comunidades Mineiras. Esta é a sexta edição da iniciativa e a Faixa Piritosa Ibérica, tendo por base o recém-criado Agrupamento Europeu de Cooperação Territorial (AECT), é o ponto de partida. Ontem foi feita a apresentação pública do documentário, feito em 1973, sobre o Grupo Coral do Sindicato Mineiro, da autoria de Francisco d’Orey. Hoje, sexta-feira, o dia será integralmente dedicado a um colóquio. Em debate está a situação e a perspetiva desta região mineira. De acordo com a Câmara Municipal de Aljustrel, anfitriã do evento, “de facto assiste-se à inversão da tendência desta atividade na região. De uma situação em que a atividade mineira quase desapareceu, com o sucessivo encerramento de minas (cuja única exceção foi a abertura de Neves-Corvo), anunciam-se, agora, novas concessões de extração para a faixa piritosa como consequência da valorização do mercado das matérias-primas e dos metais em particular”. Para a autarquia, esta realidade “marcará o futuro próximo desta região”. A recuperação ambiental e o aproveitamento patrimonial cultural e turístico das zonas mineiras também vão estar em destaque e, neste sentido, acontecerá ainda uma visita à zona mineira de Algares em Aljustrel. A noite será preenchida pela tradicional tertúlia “Vida Mineira”. Amanhã, sábado, 8, o dia será dedicado ao convívio entre as populações desta vasta zona mineira, quer do lado português quer do lado espanhol, com uma manhã desportiva. A tarde, essa, é dedicada ao convívio cultural. Recorde-se que a Faixa Piritosa Ibérica é uma realidade geológica que abrange um vasto território português e espanhol com fortes repercussões humanas. Recentemente foi criado o Agrupamento Europeu de Cooperação Territorial – Faixa Piritosa Ibérica, que reúne um conjunto de municípios portugueses e espanhóis. O VI Encontro das Comunidades Mineiras não poderia, assim, deixar de refletir esta vontade de unir esforços, juntando em Aljustrel os representantes desta região com um passado comum, mas que quer também construir um futuro comum.


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