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Caracol Blues Saem da garagem 30 anos depois pág. 12
SEXTA-FEIRA, 18 NOVEMBRO 2011 | Diretor: Paulo Barriga Ano LXXIX, N.º 1543 (II Série) | Preço: € 0,90
Mandato terminou em dezembro e administrador mostra-se indisponível para continuar
págs. 4 e 5
JOSÉ SERRANO
Henrique Troncho quer sair da administração da EDIA
Quem assumir a Ambaal é candidato a Beja Manuel Narra considera que o elemento designado pelo PCP para presidir às associações intermunicipais será o próximo candidato comunista à Câmara de Beja. As eleições para estes organismos são já nos próximos dias. João Rocha e o próprio Manuel Narra não estão na corrida. pág. 8 PUB
A Guarda Nacional Republicana tem em marcha a operação “Azeitona Segura”. Até fevereiro de 2012, patrulhas da GNR vão percorrer os olivais da região de Moura para proteger aquela que é, por certo, a maior riqueza da região: a azeitona. Para além de evitar os furtos nos olivais, esta operação é igualmente preventiva contra a imigração e o trabalho ilegais. págs. 16 e 17
GNR na apanha da azeitona Ouro alentejano na mira Sines e Beja com alto de empresas estrangeiras poder de compra O Governo assinou recentemente com diferentes empresas contratos de prospeção e pesquisa mineira. Vários são no Alentejo. Empresas estrangeiras estão já no terreno a avaliar a riqueza do subsolo. E já há “excelentes resultados” em Grândola. Barrancos e Moura também estão na mira. pág. 6
Os dados são anteriores à crise. Mas em 2009, segundo o INE, os concelhos de Sines e de Beja estavam acima da média nacional quanto ao poder de compra dos seus residentes. Sines era, aliás, o único concelho do Baixo Alentejo no top 10 do índice do Instituto Nacional de Estatística. pág. 11
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Editorial Luzes
Vice-versa Luís Pita Ameixa acusou Mário Simões de “promover um serviço de cunhas”. No encerramento da convenção autárquica do PS/Beja, o presidente da Federação do Baixo Alentejo do PS acusou ainda o deputado do PSD de trazer diretores regionais e governantes “a toque de caixa”.
Paulo Barriga
Na resposta, o presidente da distrital de Beja do PSD lembrou que Pita Ameixa “utilizava o governo civil para reuniões partidárias”, e, como tal, só poderia “estar a ver-se ao espelho”. Mário Simões garante que vai continuar a resolver problemas, ao contrário do que acontecia durante o Governo PS em que o deputado socialista apenas “era uma figura decorativa”.
S
ou a favor das luzes de Natal, o meu pai era eletricista. Eletricista da Câmara. De Beja. No tempo em que ainda era vivo, “faziam-se” as luzes numa breve oficina de eletricistas que havia na rua da Misericórdia. Faziam-se as luzes no Natal, na feira de Maio e na feira de Agosto. Agora já não há feiras destas com luzes, em Beja. Que era a terra do meu pai eletricista. Não há feiras, nem há Natal com luzes. Acho que as luzes de Natal eram uma chatice para o meu pai e para os outros eletricistas que com ele as preparavam. Uma trabalheira. Mas ficavam mesmo bonitas. Chamavam-lhes grinaldas, às luzes. Acho que era porque, depois de milimetricamente enrolados os cabos de onde pendiam as lâmpadas coloridas, o efeito era, de facto, a de uma grinalda. De uma coroa. De um diadema preciosíssimo. Os eletricistas tinham escadas grandes, de madeira, às vezes duas atadas umas às outras com fios de eletricidade, claro, que lhes permitia passar as luzes por cima das árvores, dos postes ou assim. E espalhá-las pela cidade, pelas ruas, por entre as varandas, engraçadas. Como isto das grinaldas custava pouco dinheiro, e era coisa caseira, provinciana, a Câmara, as câmaras, começaram a contratar boas empresas, especializadas em caras adjudicações, impecáveis no desenho e na tecnologia, para iluminar o Natal. Camiões cheios de luzes. Mas agora que falta o arame, a primeira coisa que a austeridade e a demagogia obrigam é ao fim das luzes de Natal. Um desperdício, isso das luzes de Natal. Um esbanjamento. Sou a favor das luzes de Natal, porque me lembram o meu pai, eletricista, é verdade. Mas gosto das luzes de Natal não apenas porque são um bom presente para quem pouco tem para oferecer. E o principal para quem sabe que nada mais vai receber. No Natal. Do que as luzes.
Fotonotícia Beja, ano dois. O executivo camarário de Beja fez esta semana a revisão dos dois primeiros anos de mandato. Jorge Pulido Valente diz que as bases dos pilares do seu programa eleitoral estão bem firmes no terreno. E que daqui para a frente os resultados vão aparecer. Apesar de não indicar o valor atual da dívida da autarquia, JPV tornou a falar na pesada herança financeira que recebeu. E deixou cair, por falta de dinheiro, a remodelação do multiusos, a criação de uma piscina coberta e a criação de uma pista de atletismo. Medidas que já foram “urgentes”. PB. PB Foto de José Ferrolho
Voz do povo Concorda com a realização de praxes académicas?
Hélder Azevedo, 21 anos, estudante de educação e comunicação multimédia
Concordo, faz parte da vida académica. Passa-se alguma humilhação, mas é assim mesmo. É isso que nos faz sentir mais integrados porque ficamos expostos e todos são vistos de forma igual. Há ali um quebrar do gelo entre todos. É uma forma de entrar no grupo e ser aceite. Eu participei e gostei, foi divertido das duas partes, como caloiro e como veterano.
Inquérito de Ângela Costa
Mónica Reis, 21 anos, estudante de turismo
Cátia Neto, 20 anos, estudante de desporto
Concordo. É uma boa maneira de inserção na universidade, uma forma de conhecer a cidade e fazer novos amigos. Nas praxes criam-se laços de amizade muito fortes. A experiência que tive foi muito positiva e não senti qualquer tipo de discriminação, foram muito boas as minhas praxes. Em Beja são muito comedidas. Não praxei porque fiz um período no âmbito do programa Erasmus e não estive presente este ano, mas se pudesse tinha participado.
Sim, concordo com as praxes e já participei como caloira. Veterana só para o ano. As praxes são uma tradição e fazem sentido. É verdade que há praxes mais violentas mas também temos que nos impor e estabelecer regras, não podemos fazer tudo o que nos mandam. Pelo menos aqui na nossa escola acho que não há qualquer tipo de problema. Acho que é mesmo uma forma de integrar os estudantes.
Tiago Lima, 20 anos, estudante de educação e comunicação multimédia
Concordo, mas isso depende do ponto de vista de cada um. Em termos de integração acho que sim, mas há sempre aqueles que abusam um bocadinho… Já participei como caloiro e como veterano e gostei. Serviu para me integrar, conhecer pessoas novas e para me divertir. Basicamente as praxes servem para isso. Aqui na escola as praxes são tranquilas.
Semana passada QUARTA-FEIRA, DIA 9 DE NOVEMBRO BEJA ASSOCIAÇÕES COMERCIAIS BEJENSE, DO ALGARVE E ANDALUZA UNEM ESFORÇOS A melhoria da competitividade das Pequenas e Médias Empresas (PME) da área do comércio, através do fomento da cooperação empresarial, é o principal objetivo da recémcriada Euro Associação Alentejo-Algarve e Andaluzia, cuja constituição foi assinada em Sevilha. A nova entidade é fruto de uma parceria entre a Associação de Comércio, Serviços e Turismo do Distrito de Beja, a Associação do Comércio e Serviços da Região do Algarve e a Confederação Empresarial de Comércio da Andaluzia, em Espanha. As três organizações afirmam-se “conscientes da complexa situação atual do mercado”, apostando em estreitar os laços de cooperação” para impulsionar projetos transfronteiriços entre as suas empresas associadas.
SEXTA-FEIRA, 11 PORTEL UMA MORTE POR DESCARGA ELÉTRICA Dois acidentes de trabalho provocaram um morto e um ferido grave no Alentejo. Em Portel, um homem de 41 anos foi vítima de uma descarga elétrica quando executava trabalhos de pedreiro. Em Serpa, no monte do Carepetal, um homem de 67 anos ficou gravemente ferido na sequência de um capotamento de um trator.
DOMINGO, DIA 13 DE NOVEMBRO SERPA HOMEM DETIDO POR TENTATIVA DE FURTO EM RESIDÊNCIA Um homem de 34 anos foi detido pela GNR por tentativa de furto no interior de uma residência na aldeia de Brinches, no concelho de Serpa. Segundo a GNR, o suspeito foi “apanhado” no interior da residência, debaixo de uma cama, depois de um vizinho ter alertado para barulhos estranhos vindos da casa, cujos proprietários se encontram emigrados.
DOMINGO, 13 DE NOVEMBRO BEJA PRESIDENTE DO SPORTING ANUNCIA VISITA Godinho Lopes, presidente do Sporting, vai visitar o Núcleo Sportinguista de Beja, no próximo dia 3 de dezembro. A visita ao Baixo Alentejo é uma das poucas que falta ao dirigente dos “Leões” para concluir o périplo pelo País, conforme prometido durante a campanha eleitoral.
SEGUNDA-FEIRA, DIA 14 DE NOVEMBRO ALVITO VENTO FORTE ARRANCA PELA RAIZ 30 SOBREIROS Cerca de 30 sobreiros foram arrancados pela força do vento, numa herdade do concelho de Alvito. Os sobreiros foram arrancados pela raiz na herdade das Barras, perto de Vila Nova de Baronia. Também devido ao mau tempo que fustigou a região do Alentejo, a Estrada Nacional (EN) 383 esteve cortada ao trânsito, na zona de Vila Nova de Baronia, devido à queda de um sobreiro para a via.
TERÇA-FEIRA, 15 BEJA BISPO DEFENDE “PRINCÍPIOS BÁSICOS DE DIGNIDADE HUMANA” As políticas de contenção impostas pela conjuntura financeira não podem pôr em causa “os príncipios básicos de dignidade humana”, defendeu o bispo de Beja, na sua nota semanal difundida pela Rádio Pax. O “aumento explosivo do desemprego e a falta de meios para proteger os mais frágeis” põem em perigo o direito ao trabalho e à assistência social, realça Vitalino Dantas, considerando que o problema está numa sociedade que coloca “o dinheiro e a economia acima do direito à realização das pessoas”.
Rede social 4 perguntas a José Pedro Oliveira Presidente da CDT de Beja
Com a extinção dos governos civis verificaram-se alguns constrangimentos no funcionamento da Comissão para a Dissuasão da Toxicodependência de Beja (CDT)? Está prevista uma mudança de instalações?
Os maiores constrangimentos prendem-se com a execução de sanções decididas pela Comissão de Dissuasão, uma vez que, nos termos da legislação, “a execução das sanções ou medidas de acompanhamento é da competência do governo civil…” (artigo 30.º do Decreto Lei n.º 130/A/2001 de 23 de Abril). No presente, e por enquanto, embora já não exista a figura do governador civil, os governos civis ainda funcionam. Estas competências terão que ser atribuídas a outra entidade, que ainda não foi definida. No que diz respeito às instalações, no caso da CDT de Beja, julgo que não se porá essa situação. Sabemos, no entanto, que essa situação se coloca em relação a outras CDT.
Esta é a exposição que democratizou a arte no Alentejo Na Galeria dos Escudeiros, em Beja, há 17 anos que os artistas plásticos do Alentejo se juntam, dos mais consagrados aos novatos, na coletiva Galeria Aberta.
Eles lá arranjaram 50 toneladas de velhos eletrodomésticos A Escola Secundária de Serpa é a “campeã nacional” na recolha de resíduos elétricos e eletrónicos. E por isso foi esta semana reconhecida como a vencedora da “Escola Eletrão”.
Cabe às CDT aplicar a lei da descriminalização do consumo de droga. Como está a decorrer este processo? Verificam-se incumprimentos, uma vez que a CDT de Beja só tem o poder de decidir a sanção?
De uma forma geral, julgo que se pode afirmar que o processo de aplicação da lei no nosso distrito tem decorrido de forma muito positiva. A estreita articulação da CDT, quer com as forças de segurança, responsáveis pela abertura dos processos, quer com as respostas de tratamento (Equipa de Tratamento de Beja do CRI/antigo CAT de Beja), quer ainda com outras instituições, que asseguram um adequado encaminhamento dos “casos”, tem vindo a permitir uma forte percentagem de êxito na nossa intervenção. Este êxito, medido quer pelos encaminhamentos para tratamento de pessoas dependentes, quer pela muito baixa taxa de reincidência no caso de pessoas com consumos não dependentes, só é possível graças à boa articulação inter-serviços antes referida. Para que organismo deveria passar a execução destas competências?
As castanhas estavam boas e o vinho não era mau O novíssimo Museu da Ruralidade, em Entradas, celebrou o São Martinho à boa maneira do Campo Branco. Com cante alentejano, despiques e violas campaniças. E, obviamente, vinho novo e castanhas assadas. Uma visita a não perder.
Dentro de momentos começa a assembleia distrital do PSD Mário Simões, António Sebastião e o líder parlamentar dos social-democratas, Luís Montenegro, na abertura dos trabalhos de uma assembleia onde se analisou o Orçamento do Estado.
Essa é a questão mais difícil de responder. Que outro organismo/instituição de âmbito distrital tem uma “centralidade” capaz de recorrer a diferentes entidades para promover a execução de sanções decididas pela comissão? No distrito a aplicação de sanções é um recurso muito ou pouco utilizado?
É um recurso só utilizado em última instância. O princípio de “antes tratar que punir” mantém-se atual, pelo que a aplicação de sanções corresponde a menos de 10 por cento das decisões proferidas. Bruna Soares
Não estão todos a olhar para o António José Seguro Que estava doente e não pode participar na convenção autárquica do PS. Quem apareceu foi Miguel Laranjeiro, do secretariado nacional, para lançar um “laboratório de ideias”.
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❝ Entrevista
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Reconheço que não tenho capacidade para o paleio, mas tenho seguramente boa capacidade de diálogo…” sobre o diálogo com os agricultores
“Acredito, como é óbvio, naquilo que, a esse respeito, tem vindo a ser dito pelo acionista”. sobre as palavras da ministra
Administrador acredita que as obras do Alqueva vão derrapar para lá de 2013
Henrique Troncho indisponível para continuar na EDIA Após declarações da ministra da Agricultura quanto ao “reescalonamento” do proJá lhe foi anunciado quando aconteceria a sua saída do conselho de administração da EDIA?
A forma como a pergunta é formulada sugere que o facto do governo ter deixado de ser do PS acarreta, por si só, a minha saída da administração da EDIA. É uma tese totalmente falsa como o demonstra o facto de eu ter sido o principal responsável pela Segurança Social do distrito de Évora durante todos os governos do professor Cavaco Silva. Na verdade, entre 1984 e 1995, desempenhei na Segurança Social funções idênticas às que desempenho atualmente na EDIA, tendo sido durante esse período sempre (e foram quatro vezes) nomeado por diferentes governantes, mas todos do PSD. Confirma-se mais uma vez que, nem por ser muitas vezes repetida, uma mentira se torna verdade. Voltando à questão, gostaria de esclarecer que este meu segundo mandato na EDIA terminou em 31 de dezembro do ano passado. Contudo, nos termos da legislação em vigor, “embora designados por prazo certo, os administradores mantêm-se em funções até nova designação”. É por isso que, não obstante há vários meses ter tomado a iniciativa de informar o acionista da minha indisponibilidade, por razões de índole estritamente pessoal, para um eventual novo mandato, continuo a assegurar a gestão da EDIA. Que perfil gostaria de ver no seu sucessor?
Quem sou eu para definir o perfil desejável do meu sucessor?! Prefiro desejar-lhe boa sorte e disponibilizar-me para uma passagem de testemunho digna e tranquila, que foi o que sempre fiz nos diversos cargos que desempenhei ao longo dos últimos 35 anos. A EDIA tem quadros técnicos e chefias de grande qualidade, bem preparados, novos, mas já experientes, que possibilitaram que, nestes seis anos de mandato, todos os objetivos fossem atingidos. Graças a eles conseguimos que os habituais especialistas na matéria deixassem de dizer que “não se rega um hectar com a água de Alqueva” e passassem a afirmar que a EDIA transformou-se numa empresa de construção”. De facto, passar dos 6 500 hectares concluídos até 2005 para os atuais 51 700 hectares foi obra. Mas obra coletiva e não particularmente minha ou da minha administração. Em que pé está o Empreendimento de Fins Múltiplos do Alqueva (EFMA)?
Concretizámos o reforço do abastecimento público a todas as albufeiras previstas no projeto: Monte Novo, Alvito, Roxo e Enxoé; concluímos a instalação das centrais mini-hídricas: Pisão, Alvito, Odivelas, Roxo e Serpa; estão concluídos cerca de 52 mil hectares de regadios, 17 mil
jeto Alqueva para lá de 2013 começaram a correr rumores sobre a eminente saída de Henrique Troncho da administração da Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva (EDIA). Isto apesar de o segundo mandato do administrador ter terminado em dezembro de 2010 e de, desde então, Troncho se ter demonstrado “indisponível” para prosseguir. Cauteloso nas respostas que dá ao “Diário do Alentejo”, o antigo governador civil de Évora afirma acreditar no que diz a ministra quanto à conclusão das obras. Já no que se refere às discordâncias com os agricultores quanto à gestão da água do Alqueva, Troncho responde com ironia: “Não tenho capacidade para o paleio, mas sim para o diálogo”. E defende a “partilha integrada” dessa gestão com os regantes. Quanto a “despesismos” na EDIA, nem vê-los. Texto Paulo Barriga
dos quais na margem esquerda do Guadiana, e temos em curso mais cerca de 14 mil hectares, isto a par das ligações primárias em curso no sub sistema de Pedrógão, incluindo a sua principal estação elevatória e as ligações Alvito/Vale de Gaio e Pisão/Beja. Ainda acredita que ficará concluído em 2013?
Acredito, como é óbvio, naquilo que, a esse respeito, tem vindo a ser dito pelo acionista. Como recebeu as palavras da ministra da Agricultura quando esta falou em “reescalonamento da execução do projeto até 2015”?
Recebi essas palavras com respeito e com a compreensão de quem reconhece os constrangimentos financeiros do País e as consequentes dificuldades de quem tem de fazer opções de fundo relativamente a investimentos vultuosos, na situação atual. Depois de um tão elevado investimento do Estado num empreendimento deste género não considera algo miserabilista um governante afirmar que “não tem 200 milhões de euros no bolso” para acabar a obra?
Desculpe, mas 200 milhões não são propriamente 200 tostões…
Seguramente nem tudo neste projeto terá sido perfeito no passado nem será no futuro. É sempre possível e desejável introduzir melhorias que permitam uma melhor relação custo/beneficio nos recursos postos à disposição dos agricultores. É o que temos procurado fazer. Aliás, basta comparar os custos e os problemas que tivemos com o primeiro bloco de rega concluído com os que temos tido com os blocos de rega que estamos a terminar para perceber quanto temos vindo a evoluir nessa matéria. Suponho que a ministra se tivesse a referir a certas áreas, como a de Beringel ou Trigaches, onde os hidrantes foram colocados em áreas muito pequenas e que, por certo, não terão grande aproveitamento…
Obviamente que onde predomina a pequena propriedade, como é o caso que mencionou, os custos são necessariamente maiores e a adesão menor. Mas a filosofia do projeto nunca foi a de excluir os pequenos agricultores dos benefícios que o EFMA traz à região… Como encara as críticas dos agricultores que, induzidos pelo calendário de execução da obra até 2013, investiram, plantaram e agora se veem a braços com os bancos?
Com muito respeito e total compreensão. Aceita a ideia que, no passado, foi negligenciado o aproveitamento dos recursos e que foi “plantada ao desbarato tecnologia à porta dos agricultores”?
Quando prevê que as obras da margem direita do Pedrógão estejam concluídas?
No sub sistema do Pedrógão, na margem direita
do Guadiana, estão em curso empreitadas de construção da rede primária e da rede secundária. No que diz respeito à rede primária (estação elevatória, adutor de Pedrógão e barragem de São Pedro) estarão concluídas no início do outono de 2012. Quanto à rede secundária, estão em curso os blocos de rega 1 e 3 de Pedrógão e 2 e 5 de Selmes, os quais deverão estar concluídos no verão de 2012. Faz algum sentido que sejam as associações de regantes a gerir a água de Alqueva?
Faz sentido que a água de Alqueva seja gerida de forma a tornar o empreendimento viável e a não potenciar o aumento do preço deste fator de produção. A complexidade de todo o sistema e a diferença de custos da água, devido à bombagem, de sub-sistema para sub--sistema, aconselha a uma gestão integrada. A partilha desta responsabilidade é, em meu entender, a melhor solução. E quando falo em partilha falo mesmo em partilha. Defendo que os agricultores participem ativamente na gestão do empreendimento e não apenas ao nível dos chamados “conselhos consultivos”. É acusado de alguma falta de diálogo com os agricultores. Por que razão não aceitou a criação de um conselho consultivo para estas áreas?
Os agricultores sabem que isso não é verdade. Não só recebi, sempre prontamente, todos os que me solicitaram que os recebesse como, não poucas vezes, tomei a iniciativa de dialogar com associações que os representam. Posso de facto não ter, e reconheço que não tenho, capacidade para o paleio, mas tenho seguramente boa capacidade de diálogo… Quanto à questão do conselho consultivo, a EDIA não tem competência legal para o criar e da única vez que um governante me auscultou sobre essa possibilidade manifestei-me favoravelmente embora entenda, e já o disse publicamente mais de uma vez, que a representação dos agricultores não deve ficar por aí e deve chegar à gestão. Afinal eles são os principais interessados no sucesso do empreendimento no que respeita ao regadio. A sua administração é igualmente acusada de despesismo. As pessoas falam que cada funcionário da EDIA tem um carro ao seu serviço…
Quanto ao despesismo da minha administração só posso dizer-lhe que os gastos totais com a administração passaram de 36 171 euros por mês em 2005 para 21 154 euros por mês em 2011. Quanto às viaturas, a afirmação de que cada funcionário da EDIA tem um carro ao seu
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dispor é de tal forma ridícula que dispensa comentários. A empresa tem a frota adequada a um empreendimento com uma área de abrangência de 10 mil quilómetros quadrados e obras em curso a grandes distâncias e ainda delegações e infraestruturas que chegam a distar mais de 100 quilómetros da sede da empresa. A EDIA tem cerca de 30 cargos de direção, não acha excessivo nos tempos que correm, quando a empresa apenas tem 191 efetivos?
O sociólogo da água
H
enrique Troncho nasceu em Évora, em outubro de 1950. É licenciado em Sociologia pela Universidade de Évora. Militante do PS, ocupa cargos de grande relevo regional desde 1977. Foi diretor distrital da Segurança Social; coordenador do grupo de gestão da Casa Pia de Évora; presidente do conselho diretivo do Centro Regional de Segurança Social de Évora; vogal do conselho diretivo do Centro Regional de Segurança Social do Alentejo; deputado à Assembleia da República na X Legislatura, eleito pelo PS na lista de Carlos Zorrinho. Foi presidente da Federação de Évora do PS. Vereador na comissão administrativa da Câmara de Évora. E era governador civil do distrito quando, em finais de 2005, por indicação do então ministro da Agricultura, Jaime Silva, substitui Marques Ferreira na EDIA, enquanto presidente do conselho de administração e presidente da assembleia geral da Gestalqeva. Atualmente é presidente da assembleia geral da Turismo do Alentejo.
Os cargos de direção que existem são os necessários para garantir o bom funcionamento da empresa e dar resposta às exigências do empreendimento. Não posso, no entanto, deixar de esclarecer que os colaboradores da EDIA, cuja tabela de vencimentos está publicada no site da empresa, são remunerados pela categoria profissional que detêm e não pelo cargo de direção que eventualmente desempenhem. Logo, em termos de custos, é praticamente irrelevante que haja mais ou menos cargos de direção. Mas já que falamos em chefias e em quadros da empresa, não posso deixar de realçar que, apesar do esforço gigantesco que todos os colaboradores tiveram de fazer, para conseguirmos antecipar significativamente todos os prazos previstos, ninguém recebeu qualquer prémio de produtividade. Pelo que é de uma chocante injustiça insinuar que estamos perante uma empresa que remunera principescamente quem nela trabalha. A EDIA ainda tem capacidade para captar empréstimos junto da banca, para pagar a obra, a dívida e o serviço da dívida?
Acredito que sim. Não tem sido fácil e seguramente, no futuro ainda menos fácil será. Mas, com o empenhamento da empresa e do acionista, a EDIA conseguirá fazer face aos seus compromissos financeiros. As câmaras têm pago atempadamente a água para abastecimento público?
A EDIA não fornece diretamente água às câmaras. O reforço do abastecimento público é feito nas albufeiras já citadas e cada uma tem a sua gestão (Águas do Centro Alentejo, Águas Públicas do Alentejo ou associação de municípios). Como é que está o projeto hidroelétrico? Estão a ser construídas mais turbinas? A EDP paga o preço justo pela eletricidade ali produzida?
O contrato de concessão celebrado entre a EDIA e a EDP, para além do encaixe financeiro inicial, garante à EDIA um rendimento mensal e o comprometimento da EDP em construir uma nova central em Alqueva, duplicando a sua potência instalada, o que está a acontecer. Registe-se que após o fim do contrato a nova central integrará os ativos da EDIA. Esse dinheiro é reinvestido no projeto?
Todas as receitas obtidas são para fazer face a despesas do projeto. O que pensa fazer quando abandonar a EDIA?
“O que ainda não foi feito”. Por mim, claro. Esta entrevista foi efetuada por email
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A saga do ouro na Boa Fé, em Évora
A Colt Resources, empresa que obteve a concessão experimental de ouro, nos próximos três anos, no subsolo da freguesia de Nossa Senhora da Boa Fé, em Évora, pretende igualmente explorar os concelhos em redor, na busca do mesmo minério, tendo obtido uma concessão de exploração para uma área de 728 quilómetros quadrados. Em Boa Fé o investimento será de cerca de três milhões de euros ao longo do período experimental, criando 150 postos de trabalho. A prospeção vai incidir numa área de 47 quilómetros quadrados.
Fizeram recentemente pesquisas em Lagoa Salgada, em Grândola. A empresa anunciou os resultados da primeira fase de prospeção, que revelaram excelentes resultados ao nível do chumbo, zinco, ouro e prata.
Atual
Setor mineiro ganha novo fôlego no Alentejo
Vidigueira entregou prémios de mérito A Câmara Municipal de Vidigueira, à semelhança de anos anteriores, entregou, na semana passado, prémios de mérito aos 11 melhores alunos dos 2.º e 3.º ciclos, do Agrupamento de Escolas de Vidigueira, no ano letivo 2010/2011 (Beatriz Carrujo, Carolina Maldonado, Daniela Araújo, Gonçalo Geraldo, Ilda Doce, Inês Mendes, João Varanda, João Vargas, Luís Pereira, Mariana Estrela e Mariana Maldonado). Este ano, e pela primeira vez, a autarquia contemplou também, com prémio de mérito, o melhor aluno da Escola Profissional Fialho de Almeida, José Neto.
“Põe-te em forma no Rossio”, em Beringel O Externato António Sérgio promove amanhã, sábado, entre as 10 e as 17 horas, no rossio de Beringel, a quinta edição da feira “Põe-te em forma no Rossio”. O espaço propõe “um vasto leque de atividades físicas, rastreios de saúde, torneios digitais e petiscos no bar saudável ou na tasca tradicional”. Será possível ainda “adquirir produtos da horta, provar os doces tradicionais ou comprar alguns presentes de Natal no espaço de artesanato”.
Licores e Aguardentes em São Barnabé Espetáculos musicais, degustações, venda de produtos locais, oficinas e uma conferência vão marcar o 1.º Festival Internacional dos Licores e Aguardentes Tradicionais, que vai decorrer nos próximos dias 26 e 27 na aldeia de São Barnabé (Almodôvar). O festival, que vai decorrer em simultâneo com a quinta Feira do Cogumelo e do Medronho, irá dar a conhecer e a provar licores e aguardentes de vários países, como Brasil, Cabo Verde e Espanha. O evento é organizado pela Associação de Defesa do Património de Mértola e pela Câmara Municipal de Almodôvar no âmbito do projeto “Valorização dos Recursos Silvestres do Mediterrâneo – uma estratégia para as áreas rurais de baixa densidade do sul de Portugal”, que pretende contribuir para a “valorização económica” dos recursos endógenos.
Em busca do ouro perdido No passado dia 2 de novembro o ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira, assinou 10 contratos para prospeção e pesquisa mineira um pouco por todo o País. Um dos mais relevantes foi assinado com a empresa canadiana Colt Resources para concessão experimental de ouro no concelho de Évora durante os próximos três anos. Mas a região alentejana viu também serem atribuídas concessões de prospeção e pesquisa à empresa Minaport – Minas de Portugal para os concelhos de Barrancos e Moura. Texto Marco Monteiro Cândido Ilustração Susa Monteiro
A
Minaport, cuja sede está registada na freguesia de Moledo, no concelho de Caminha (distrito de Viana do Castelo), é uma empresa detida por investidores estrangeiros, com os contratos celebrados com o Ministério da Economia a serem assinados por Luís Cortez, advogado do escritório lisboeta Coelho Ribeiro & Associados e nomeado por esses mesmos investidores. Sobre a prospeção que foi agora concedida à ere que “ainda não há Minaport, Luís Cortez refere muito a adiantar”, uma vezz que foram assinados dois contratos de pesquisaa e prospeção “como nados, todos os anos, tantos outros que são assinados, m sondagens e, basicaem Portugal para se fazerem mente, para se ver o que é quee há nessas áreas”. mbém m que “ainda não O advogado sublinha também fica relativamente r lativamente ao re há nenhuma ideia específica as áreas”, árreas”, sendo uma conteúdo geológico dessas ara es eestar tar com grandes “fase muito preliminar para expectativas”. paarte da Minaport Minaporrt O pedido de prospeção por parte foi publicado em “Diário daa República” a 4 de jaente a um uma ár área e ddee 97 neiro de 2011, correspondente iame ment nte quilómetros quadrados, maioritaria maioritariamente s, com m um ma no concelho de Barrancos, uma Mouraa. parte menor no concelho dee Moura. speçãão e Segundo o pedido de prospeção rá so obr be pesquisa, o estudo incidirá sobre r ta. cobre, zinco, chumbo, ouroo e pra prata. ara Mun un nicipal all ddee O presidente da Câmara Municipal no, afirma afi f rm ma não não ter tr te Barrancos, António Tereno, situaaçãão na n conhecimento nenhum da situação altura da assinatura dos contratos, naquele que é o concelho com a maior área para prospeção, sen ngundo o pedido que deu entrada na Direção Geral e Energia e comu co muniiGeologia (DGEG). “Tudo o que sei é pela comunieno sublinha não ão ssaber abber cação social”. António Tereno em foi concessi sion on nadda nada sobre a empresa a quem concessionada esseellee a prospeção e considera que foi “uma des deseleno, que não con o tacgância por parte do Governo, contacsidentee”. “As A coi issaas tou a autarquia e o seu presidente”. coisas
não devem ser feitas desta forma, até porque, em tempos de crise, o poder central e local devem dar as mãos”. Para o autarca barranquenho, esta poderá ser uma “mais-valia para o concelho em termos de desenvolvimento económico”, apesar de preferir não embarcar numa onda de otimismo desmesurado. “Estivemos um pouco ligados ao setor mineiro durante séculos e sabemos o que há por aqui, por isso não vamos entrar em euforias”. No concelho vizinho de Moura, o autarca local, José Maria Pós-de-Mina, considera que teria sido importante qualquer tipo de abordagem e que “as câmaras dos territórios abrangidos deviam ter sido convidadas e contactadas” a estarem presentes na assinatura dos contratos. “Não temos conhecimento do contrato. Houve um pedido de concessão para prospeção, fomos informados em maio deste ano, mas nunca houve contacto com a empresa, nem temos conhecimento da empresa”. Para José Maria Pós-de-Mina a perspetiva de benefícios para o seu concelho é encarada com cautela. “Julgo serem empresas mais viradas para os estudos que depois não têm sequência”. O advogado Luís Cortez refere que ainda é muito cedo para dar informações, uma vez que a empresa ainda vai estudar o subsolo das duas áreas previstas, “em termos de quantidade e da natureza do minério”. “É natural que possam
começar alguns trabalhos preparatórios já no primeiro semestre do próximo ano. Mas nem vale a pena estar a alimentar grandes expectativas porque, normalmente, para passar para uma fase de exploração é preciso uma série de estudos e uma perspetiva de existência geológica significativa e, normalmente, na maioria dos contratos de pesquisa, isso não se verifica”. Luís Cortez não soube adiantar os valores envolvidos nos estudos de prospeção para os próximos três anos, acrescentando, no entanto, que “não se trata de um investimento significativo”. Prolongamento da prospeção da Portex Minerals
No concelho de Grândola, a empresa canadiana Portex Minerals, com sede em Toronto, viu, em outubro passado, ser prolongada a extensão do contrato de prospeção da Lagoa Salgada até setembro de 2012. Mas já em abril deste ano, através de carta da DGEG, foi permitido um prolongamento suplementar da duração da prospeção por mais dois anos após setembro de 2012, ou seja, até 2014. Este prolongamento da prospeção vem também ao encontro da análise que os responsáveis da Portex Minerals fizeram recentemente das pesquisas em Lagoa Salgada. Sallga gada d A empresa anunciou os resultados da pr pprimeira ime fase de prospeção, que revelaram excelentes excel elen el e t resultados ao nível do chumbo, zinco, ouro e prata. Contactado pelo “Diário do Alentejo”, o representante da Portex Minerals Min em Portugal, João FFernando e na er nando Barros, eng engenheiro civil, não respon onde deeu às questões colo respondeu colocadas, até ao fecho destaa ed dição ã , a propósito dda prospeção efetuedição, ada pe pela la Portex Minerals em e Lagoa Salgada, em Grândola. Grrâânddola. No entanto, é de referir que este mesm mo re epr p esentante da P mesmo representante Portex Minerals é o direto or de uuma ma empresa de consultoria e prodiretor jetos na as áreas á eas do ambiente, ár ambien geotecnia, renas cursoss hhídricos ídricos e sociedade íd sociedade, a TerraPlus, com sede ddee em em Braga. Brraga. Empresa essa es que pertence ao me esm smo grupo g upo de uma outra, gr outra a Minerália, tammesmo bbém bé m dedicada a minas, m geotecnia e construções, também com sede em Braga e com os mesmos números de telefone e fax da Terra Plu Plus. A curi curiosidade deste facto aumenta com a leitura do pedido de atribuição de dir direitos de prospeção e pesquisa efetuado à DGEG ár de Barrancos e para as áreas Moura. Se, ppor um lado, a emppresa pr esa prospetora é a Minaport – Minas de P de or tuugal, no pedido surge or su Portugal, a Minerália – Minas, Geotecnia e Const Construções como titular. João Fernando Barros, em e conversa telefónica, afirmou não ter qualq qualquer relação com a Mi inaapo p rt r ou com a Minerál Minaport Minerália.
A Junta de Freguesia de Cabeça Gorda promoveu esta semana uma reunião entre a população e os eleitos para recolher opiniões e debater as prioridades do orçamento para o próximo ano. Segundo os eleitos da Junta de Freguesia de Cabeça Gorda, o orçamento para 2012 está bastante condicionado pelas constantes diminuições de verbas provenientes do Orçamento do Estado e da Câmara Municipal de Beja.
Por dívidas à antiga operadora das carreiras urbanas
Turitaléfe processa câmara
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antiga concessionária da rede urbana de transportes públicos de Beja vai avançar com um processo em tribunal contra a câmara para reclamar uma alegada dívida de 110 mil euros. Segundo o sócio-gerente da empresa, António Oliveira, 50 mil euros são relativos aos aumentos dos percursos da rede feitos em 2008 e 2009 e 60 mil euros de reparações de viaturas municipais afetas à rede, que “são da responsabilidade da câmara”. A Turitaléfe apresentou várias propostas para a autarquia efetuar o pagamento faseado da dívida, mas “as repostas foram sempre negativas”, já que o presidente do município, Pulido Valente,
Beja-Londres de novo em 2012
Manutenção de aviões em Beja
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ANA – Aeroportos de Portugal assinou um contrato com a TAP para a manutenção de aeronaves no aeroporto de Beja. Pormenores sobre o mesmo deverão ser divulgados pela ANA na próxima segunda-feira, dia 21. O presidente da Agência Regional de Promoção Turística do Alentejo (Arpta), Vítor Silva, revelou, entretanto, que a operação de 31 voos charter semanais prevista para 2012 entre os aeroportos de Dusseldorf e Beja, para transportar turistas da Alemanha para o Alentejo, deverá realizar-se entre abril e novembro. A operação, que deverá ser efetuada pelo operador turístico alemão Olimar, através de um avião fretado de 86 lugares, deverá realizar-se entre 15 de abril e 18 de novembro. O Olimar “está disposto” a fretar o avião e a comercializar parte dos 86 lugares de cada voo da operação, que envolve a ANA – Aeroportos de Portugal, a Arpta e o Grupo Vila Vita, disse. Segundo o responsável, 50 dos 86 lugares disponíveis em cada voo serão ocupados por funcionários do Grupo Vila Vita e os restantes 36 por turistas alemães que comprarem as viagens, que deverão ser comercializadas pelo Olimar. A Arpta está a negociar com o Olimar “a partilha dos riscos” dos lugares que não forem comercializados do lote de 36 de cada voo, disse Vítor Silva, referindo que está “convencido” que as entidades vão “chegar a acordo”. O responsável revelou ainda que o operador turístico britânico Sunvil poderá retomar os voos charter semanais entre Londres e Beja em 2012, no âmbito de uma nova campanha de promoção turística do Alentejo no Reino Unido. O Sunvil “está interessado” e “existe uma grande probabilidade” de se realizar uma nova operação de “pelo menos 22 operações” de voos entre Londres e Beja em 2012, disse Vítor Silva. A concretizar-se, a operação, semelhante à que o Sunvil promoveu entre maio e outubro deste ano, irá decorrer no âmbito da campanha de promoção turística do Alentejo no Reino Unido em 2012 e cujo contrato já foi assinado entre a Arpta e o operador britânico. À semelhança do que ocorreu em 2010, a Arpta lançou um concurso público internacional para escolher o operador responsável pela campanha e o vencedor foi, outra vez, o Sunvil, disse. “Tal como aconteceu este ano, o objetivo é que a campanha de promoção em 2012 possa também ser complementada com ligações aéreas” entre Londres e Beja, o que “não é obrigatório, mas é desejável”, disse. A campanha de 2012, “um pouco mais ambiciosa” do que a deste ano, deverá custar “430 mil euros” e será financiada quase no total por fundos comunitários, sendo que a Arpta deverá assegurar 20 por cento, precisou. Para os 430 mil euros serem aplicados no total, além da campanha, “tem que haver, pelo menos, 22 operações aéreas” entre Londres e Beja, disse.
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“não reconhece e não quer pagar a dívida”, disse. Por isso, lembrou, a Turitaléfe, “em desespero” e porque não tinha condições para continuar a prestar o serviço, pediu a rescisão amigável do contrato de concessão da rede, que foi aceite. Contactado pela Lusa, Pulido Valente escusou-se a reagir à decisão da Turitaléfe, mas, em declarações anteriores, tinha dito que a câmara “não reconhece” a dívida. Devido à rescisão do contrato, o município vai lançar um concurso público internacional para adjudicar a concessão a outra empresa. Entretanto adjudicou, provisoriamente e por ajuste direto, o serviço à Rodoviária do Alentejo.
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Cabeça Gorda debate orçamento
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Sindicatos do distrito de Beja apoiam greve geral
A União dos Sindicatos do Distrito de Beja decidiu manifestar “toda a sua solidariedade e apoio à greve geral” marcada pela CGTP/IN para o próximo dia 24 “e tudo fazer para que esta iniciativa seja mais um momento de extrema importância na luta dos trabalhadores e uma afirmação da sua disponibilidade para tudo fazer no sentido de impedir a continuação das
Comerciantes da baixa de Beja criticam câmara Os comerciantes da baixa de Beja, sob proposta da associação do setor, reuniram esta terça-feira para fazerem o ponto da situação sobre o avanço das obras naquela zona da cidade. Para além das diferentes críticas à câmara municipal por falta de fiscalização aos trabalhos em curso e pelo constrangimento
Danças tradicionais em Castro Verde Os ateliês de danças tradicionais estão de regresso ao Fórum Municipal de Castro Verde. As sessões, ministradas pela formadora da associação Pédexumbo, Marta Guerreiro, têm lugar às quartas-feiras, pelas 18 horas. Até ao mês de julho, os participantes “podem embarcar numa viagem pelo mundo das danças, aprendendo coreografias, movimentos e passos de danças tradicionais, preparando-se, assim, para os bailes deste ano, ao som das valsas, do scotish, do regadinho e do chapelloise, entre muitos outros”. As inscrições, limitadas, podem ser feitas no Fórum Municipal.
que os mesmos irão provocar na época natalícia, o grande momento emotivo da sessão sucedeu-se após ter sido tornado público que parte do dinheiro previsto para a dinamização do projeto de reabilitação da zona das portas de Mértola fora gasto na organização da Beja Wine Night e Vinipax. O vereador do pelouro, Miguel Góis, promete esclarecimentos para breve.
Município rescinde protocolo
IPBeja promove “História recente” O Instituto Politécnico de Beja está a promover um conjunto de seminários, com o objetivo de “possibilitar aos discentes do curso de Serviço Social – Unidade Curricular História Económica e Social, assim como a toda a comunidade educativa e da cidade, um contacto direto com protagonistas e agentes ativos da nossa História recente”. O próximo seminário terá lugar na próxima segunda-feira, dia 21, será subordinado ao tema “Portugal no salazarismo” e contará com a participação de Cláudio Torres, diretor do Campo Arqueológico de Mértola que, na qualidade de antigo preso e exilado político, “vai certamente partilhar a sua vivência muito intensa”. Segue-se, a 28, Andrade da Silva, que na noite de 24 de Abril de 1974 comandou a coluna de carros de combate que se deslocaram de Vendas Novas para, a partir do Cristo-Rei, no Pragal, dar cobertura às operações de Salgueiro Maia, e o docente e investigador António Ramos que irá descrever a sua vivência social e política durante o PREC – Período Revolucionário em Curso – entre 1974 e finais de 1975. Em dezembro será a vez de Fernando Caeiros, ex-presidente da Câmara de Castro Verde, e de Lopes Guerreiro, que relatará “sua vivência enquanto ativista sobre questão agrária”. Os dois antigos governadores civis João Paulo Ramôa e Manuel Macaísta Malheiros são os convidados do último seminário.
políticas de exploração, empobrecimento e ataque aos direitos sociais e laborais dos trabalhadores e do povo, desenvolvidas pelos sucessivos governos, ao longo de 35 anos e agravadas pelo Governo do PSD/CDS-PP e da troika estrangeira (EU, BCE e FMI)”. Em comunicado acrescenta que esta “é uma política de terra queimada que precisa de ser denunciada, combatida e derrotada”.
Moura e Amareleja de candeias às avessas Na sequência de uma reunião, na passada sexta-feira, entre os executivos da Câmara Municipal de Moura (CMM) e da Junta de Freguesia de Amareleja (JFA), em que, segundo o gabinete de comunicação e relações públicas da CMM, não foram cumpridas as “mais elementares regras de educação, correção e de urbanidade”, por parte do presidente da junta, o município resolveu “apresentar uma proposta de rescisão do protocolo até agora em vigor”. Na resposta, o executivo da junta de freguesia acusou José Maria Pós-de-Mina, presidente da Câmara de Moura, de “fugir às responsabilidades” e de referências inqualificáveis e caluniosas à conduta de António Valadas Gonçalves, presidente da junta.
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mbos os autarcas, contactados pelo “Diário do Alentejo”, remeteram-nos para a leitura dos respetivos comunicados, dizendo nada ter a acrescentar sobre o sucedido. A Câmara de Moura acusa a Junta de
Amareleja de “desde há dois anos criar um clima de guerrilha com a câmara municipal”, mas admite “dificuldades” no “integral cumprimento do protocolo”. A junta, na resposta, diz que apenas adotaram “uma nova atitude na exigência e rigor na defesa intransigente dos interesses do povo da freguesia”. O comunicado, assinado pelos três membros do executivo de Amareleja, reclama, ainda, o pagamento de 131 000 euros, relativos a “obras e tarefas realizadas pela Junta de Freguesia”. Apesar da quebra do protocolo o município, no último ponto do comunicado, “mantém a sua total disponibilidade para continuar a estabelecer parcerias com a Junta de Freguesia de Amareleja noutro tipo de matérias”, nomeadamente a Feira do Vinho e da Vinha e a Feira do Livro. Histórias antigas O executivo em funções na freguesia de Amareleja resultou da vitória de uma lista independente, nas últimas autárquicas,
Cimbal diz que Orçamento do Estado “põe em risco postos de trabalho”
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conselho executivo da Comunidade Intermunicipal do Baixo Alentejo e Litoral (Cimbal), que reuniu na passada segunda-feira, considerou “desastrosa para o poder local e para os portugueses a proposta de Lei do Orçamento do Estado para 2012” e decidiu convocar os trabalhadores dos municípios para uma reunião, dia 28, às 10 horas, na praça da República, em Beja, para que os presidentes possam explicar aos seus funcionários, os “impactos negativos” do diploma em discussão na Assembleia da República. Jorge Pulido Valente, presidente da Cimbal, admitiu poder “estar em risco alguns postos de trabalho” e classificou a situação de “dramática” prevendo que os municípios irão ser obrigados a “cortar serviços e apoios” a várias entidades. Da reunião saiu uma tomada de posição sobre o Orçamento do Estado em que se exigem 14 correções ao documento. Entre outras reivindicações, exigem que não haja limites de financiamento para obras cofinanciadas pelo QREN; a não aplicação do aumento do IVA da eletricidade para os municípios; e o pagamento das dívidas da administração central aos municípios, que totalizam 102 milhões de euros. O conselho executivo debruçou-se ainda sobre os projetos estruturantes em curso – Alqueva, IP8 e aeroporto – considerando que o Governo “está a colocar dificuldades à sua concretização”. Vai ser pedida para breve reuniões com a ministra da Agricultura e com o secretário de Estado das Obras Públicas, Transportes e Comunicações para discutirem estes dossiê.
pela diferença de quatro votos (592/588 para a CDU). O “Diário do Alentejo” apurou que as relações entre a câmara e a junta nunca foram as melhores. Ainda antes das eleições, o agora presidente da junta foi um dos elementos mais ativos contra a ocupação da pista de aviação em terra batida ali existente por parte da empresa de exploração de energia solar. Apesar deste aeródromo estar desativado, não ter licenciamento, nem aparecer em qualquer mapa nacional de equipamentos aeronáuticos, Valadas Gonçalves sempre foi contra o seu “encerramento”, mesmo que isso significasse cerca de 70 000 euros a menos, por ano, nos cofres da junta. Apesar do ambiente pouco colaborante, o município não deixou de investir na freguesia, referindo as obras de regularização da ribeira, na conduta para melhorar o abastecimento de água, a piscina, o pavilhão multiusos e a área industrial, como prova do seu empenhamento no desenvolvimento da freguesia. AF
O próximo presidente da Ambaal será o futuro candidato da CDU a Beja, diz Manuel Narra
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uem assumir a presidência das associações intermunicipais deve ser candidato à Câmara de Beja”, diz ao “Diário do Alentejo” o presidente da Câmara Municipal da Vidigueira. Manuel Narra refere que não está disponível para assumir a presidência da Ambaal porque “não faz qualquer tipo de sentido ser agora o responsável pela sua extinção. Quem lá esteve tanto tempo, e que deveria ter acabado com aquela situação e não o fez, é que deve assumir esse lugar”. O autarca diz, no entanto, que “este é um assunto que ainda está a ser tratado no PCP, mas o acordo de rotatividade vai ser cumprido”. Até ao final do ano vão mudar os cargos dirigentes das associações intermunicipais do distrito de Beja, ao abrigo do protocolo de rotatividade assinado há dois anos entre o PS e a CDU. Os cargos agora ocupados por eleitos do PS vão ser ocupados pela CDU e vice-versa, quer na Ambaal, quer na Cimbal. Em declarações ao “Diário do Alentejo”, o atual presidente da Cimbal e da Ambaal, Jorge Pulido Valente, disse que “o protocolo vai ser cumprido” e que já estão marcadas assembleias nestas associações para a escolha dos novos representantes dos municípios. A da Ambaal no início de dezembro e a da Cimbal ainda este mês. No final de outubro, João Rocha, presidente da Câmara de Serpa e último presidente de câmara do PCP na presidência da Ambaal, afirmou, em entrevista exclusiva ao “Diário do Alentejo”, que não estava nos seus horizontes voltar a assumir a liderança desta associação. CJ
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Diário do Alentejo 18 novembro 2011
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Autarcas unem-se em defesa da estação da Funcheira Os presidentes das câmaras municipais de Almodôvar, Castro Verde e Ourique, acompanhados dos presidentes da junta e assembleia de freguesia de Garvão, reuniram-se com a administração da CP com o objetivo de “defender a funcionalidade da estação da Funcheira e a manutenção dos serviços do Intercidades que liga Lisboa ao Algarve, após rumores de que este serviço seria suprimido e posteriormente encerrada a estação”. Os autarcas, em representação dos seus municípios, defendem que “uma eventual supressão da paragem do Intercidades na estação da Funcheira agravaria o serviço de transportes públicos às populações dos seus concelhos provocando um total isolamento, argumentando com a centralidade da estação da Funcheira, bem como a sua capacidade de estação concentradora defendida pelos planos da CP”. Os autarcas recordam, em comunicado de imprensa, que a localização da estação da Funcheira “permite servir com eficácia os concelhos vizinhos com uma utilização significativa e garantir a viabilidade de um conjunto de investimentos em curso na região a partir das acessibilidades rodoviárias já existentes” e “como demonstração do interesse e importância desta infraestrutura” disponibilizaram meios para apoiar o melhoramento da estação.
Alienação de lotes do parque empresarial de Vidigueira Encontra-se aberta até ao dia 9 de dezembro a primeira fase de candidaturas para alienação de terrenos no Parque Empresarial de Vidigueira. Com o objetivo de “dotar o concelho com um espaço privilegiado de valorização das catividades económicas existentes, o Parque Empresarial e Industrial de Vidigueira tem como missão principal, por um lado, instalar em condições competitivas as empresas da região para aumentarem e dinamizarem os seus negócios e a sua forma de operação e, por outro, captar investimento de origem regional, nacional e internacional, aproveitando a rede viária existente e proximidade com o aeroporto de Beja, contribuindo assim para o aproveitamento da riqueza e recursos existentes, permitindo a criação de novos postos de trabalho e melhoria da qualidade de vida da população”, esclarece a câmara municipal local.
Câmara de Beja em edifício sustentável A Câmara Municipal de Beja e a Inovobeja EEM promoveram uma visita técnica ao edifício sustentável, que vai albergar todos os serviços técnicos da câmara e um “museu vivo”, que inclui o templo romano descoberto em 2008, num investimento superior a 3,5 milhões de euros. Inserido num quarteirão junto à praça da República, o edifício resultará da construção de um novo módulo na área do antigo edifício do departamento técnico da câmara, demolido após um incêndio em 2008, e do restauro e da reabilitação de outros dois edifícios, o que albergava a antiga tipografia do jornal “Diário do Alentejo” e as instalações da Liga dos Combatentes e um outro onde funcionava nos últimos tempos o departamento técnico da autarquia.
Diário do Alentejo nº 1543 de 18/11/2011 Única Publicação
LIGA DOS AMIGOS DO HOSPITAL DE BEJA
CONVOCATÓRIA Nos termos dos art.° 28°.dos Estatutos da Liga dos Amigos do Hospital de Beja, convoco todos os Sócios para uma reunião da Assembleia-Geral a realizar no dia 25 de Novembro de 2011, em primeira convocatória para as 16.30h, com a duração estimada de uma hora, na sala de conferências do Hospital José Joaquim Fernandes – Beja, na Rua Dr. António Fernando Covas Lima, em Beja, com a seguinte ordem de trabalhos: 1. Alteração do Regulamento do Banco de Ajudas Técnicas; 2. Apreciação e votação do Plano de Actividades
e Orçamento para o Ano de 2012; 3. Eleição dos Órgãos Sociais para o biénio 2012/2013; 4. Outros Assuntos. Se não estiverem presentes, à hora indicada, mais de metade dos sócios com direito a voto, a Assembleia-Geral realizar-se-á meia hora mais tarde, com os Sócios presentes. Beja, 9 de Novembro de 2011. O Presidente da Mesa da Assembleia-Geral, Joaquim Apolino Salveano de Almeida
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Diário do Alentejo 18 novembro 2011
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PSD “não vende ilusões”, diz líder parlamentar O líder parlamentar dos social-democratas, Luís Montenegro, que participou esta semana na assembleia distrital de Beja do PSD, disse que o partido “não vende ilusões nem facilidades”. Falando à comunicação social sobre os projetos estruturantes em curso na região, o líder frisou que o País “vive momentos de grande dificuldade que se refletem na capacidade que o Estado tem de desenvolver projetos de investimento público”. Luís Montenegro adiantou ainda que o Governo está a investir em projetos apontados como “prioritários” e disse que “aquilo que é verdadeiramente estruturante para o desenvolvimento económico e social das regiões, e no caso concreto do Alentejo e do distrito de Beja, está salvaguardado”. O líder parlamentar garantiu que tem acompanhado os deputados do PSD na “identificação destes problemas” e na capacidade de “persuasão do Governo” para reconhecer a importância destes investimentos.
PS vai lançar laboratório de ideias para construir “alternativa credível” A Federação do Baixo Alentejo do Partido Socialista promoveu no domingo a convenção distrital autárquica, que acabou por não contar com a presença do secretário-geral do partido, como estava previsto. António José Seguro, que esteve ausente por motivos de saúde, foi substituído por Miguel Laranjeiro, dirigente do secretariado nacional, que anunciou que o partido vai lançar a nível nacional o “Laboratório de ideias”, para construir uma “alternativa credível e uma plataforma de esperança” para Portugal. Miguel Laranjeiro disse ainda que “com o PS havia uma visão para o Alentejo e para o País, agora, com o Governo PSD/CDS-PP, há uma desilusão”.
Diário do Alentejo nº 1543 de 18/11/2011 Única Publicação
ASSOCIAÇÃO DE PAIS JARDIM DE INFÂNCIA SEARA NOVA
CONVOCATÓRIA Em conformidade com as disposições legais aplicáveis e os estatutos da Associação, convoco todos os sócios da Associação de Pais Jardim de Infância Seara Nova para se reunirem em Assembleia Geral, que terá lugar na sede, sita Rua de Jesus n° 14, em Beringel, pelas 20 Horas do dia 28 de Novembro de 2011, com a seguinte Ordem de Trabalhos: 1. Informações da Direcção; 2. Apreciação e aprovação do Orçamento Previsional para o ano de 2012;
3.Outros assuntos de interesse. Se à hora marcada não houver quórum, a Assembleia realizar-se-á meia hora depois no mesmo local, com qualquer número de sócios, e a mesma ordem de trabalhos. Beringel, 15 de Novembro de 2011. A Presidente da Assembleia Geral Ana Isabel de Barros Pimentel Rodrigues
João Ramos questiona Governo sobre minas de Aljustrel O deputado do PCP eleito pelo círculo de Beja, João Ramos, questionou, em sede de discussão do Orçamento do Estado para 2012, o ministro da Economia e do Emprego sobre “matérias relativas ao distrito de Beja”, nomeadamente sobre o que irá o Governo “fazer para que se cumpram os compromissos assumidos por uma empresa privada relativamente à mina de Aljustrel e à qual foram disponibilizados 135 milhões de euros, sem que a dita empresa tivesse cumprido o compromisso de colocar a laborar a mina e criado 900 postos de trabalho”. O deputado lembra que “foram entregues dinheiros públicos a um privado que tem de pôr a mina a laborar e criar, ainda, 500 postos de trabalho” e que o PSD tinha já este ano “aprovado um projeto de resolução do PCP, precisamente a exigir esse cumprimento”. O deputado questionou ainda o Governo sobre “a mobilidade no distrito de Beja, que foi completamente esquecido no Plano Estratégico de Transportes, nas vertentes ferroviária e aeroportuária”. Entretanto, nas respostas ao deputado, “os governantes nada disseram sobre as questões da mobilidade, sugerindo apenas o senhor ministro que se colocassem as questões por escrito”, o que o grupo parlamentar “já tinha feito”. Relativamente a Aljustrel, “referiu o senhor secretário de Estado que a Almina, concessionária da mina de Aljustrel, está a laborar, estando o compromisso e as questões laborais a ser acompanhadas”.
Sines recebe entre hoje, sexta-feira, e domingo, dia 20, o evento “Costa alentejana, turismo todo o ano”, destinado a apresentar a nova marca promocional comum aos cinco municípios do Alentejo litoral, “Costa alentejana”, e “promover o potencial turístico deste território ao longo de todo o ano”. O evento tem início hoje, pelas 9 e 30 horas, no auditório do Centro de
Requalificação de Vila Nova de Milfontes Apresentar e discutir a proposta de requalificação e valorização de Vila Nova de Milfontes, no âmbito do programa Polis Litoral Sudoeste, é o objetivo da sessão aberta à população que terá lugar hoje, sexta-feira, pelas 21 horas, na Casa do Povo de Vila Nova de Milfontes. A requalificação de Milfontes “abrangerá o núcleo antigo e a zona
ribeirinha, criando-se condições para a sua vivência e usufruto pela população local e visitantes, garantindo uma ligação de qualidade com o espaço natural envolvente”, refere a Câmara de Odemira, adiantando que o projeto “irá abranger o arranjo de espaços exteriores, infraestruturas de abastecimento de água, drenagem de águas residuais, resíduos sólidos urbanos, bem como a rede eletricidade e
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telecomunicações”. O projeto de execução tem a duração de 90 dias, seguindo-se o concurso público para as obras, previsto para o primeiro semestre de 2012. Este é um investimento que ultrapassa os 3 milhões de euros, com financiamento comunitário no âmbito das ações de Valorização e Qualificação Ambiental do Eixo IV do Programa Operacional do Alentejo (INAlentejo).
INE divulga índice referente a 2009
Promover a recuperação da floresta local
Sines e Beja com poder de compra
Montado avança em Ourique
Sines é o único concelho do Baixo Alentejo cujo Indicador per Capita do poder de compra (IpC) integra o top 10, referente a 2009. Acima da média nacional são referenciados 39 municípios, entre os quais só mais um da região: Beja.
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município de Sines deu um salto qualitativo de cinco pontos e passou do 14.º para o 10.º lugar no “Estudo sobre o poder de compra concelhio”, do Instituto Nacional de Estatística, subindo de 127,61 para 132,62, comparativamente à média nacional (100). Beja é o outro concelho do Baixo Alentejo que supera a média nacional, aparecendo com 112,74, na 21.ª posição. Os outros concelhos do top 10 são Lisboa (232,54), Oeiras (185,27), Porto (178,77), Cascais (150,63), Faro (146,06), Coimbra (144,88), Montijo (136,85), Aveiro (134,76) e Funchal (133,28), sugerindo a análise uma “associação positiva entre o grau de urbanização PUB
Artes de Sines (CAS), com uma conferência dedicada ao potencial turístico da costa alentejana para atenuar os efeitos da sazonalidade. A conferência pretende “debater e refletir sobre temas estratégicos para o turismo na região e servirá ainda para apresentar a estratégia de comunicação, marketing e marca da costa alentejana, bem como o filme promocional e o portal associados”.
Diário do Alentejo 18 novembro 2011
O melhor da costa alentejana em Sines
das unidades territoriais e o poder de compra aí manifestado quotidianamente”. Mértola é o concelho do distrito de Beja pior classificado neste estudo, aparecendo no 231.º lugar, com 58,95, entre os 308 municípios objeto do estudo. Santiago do Cacém (39.º), Grândola (41.º), Castro Verde (71.º), Alcácer do Sal (81.º), Aljustrel (110.º), Ferreira do Alentejo (114.º), Odemira (134.º) e Moura (147.º) aparecem na primeira metade da tabela, com este último a revelar 70,03 pontos, e todos abaixo da média nacional. Na segunda metade da tabela seguem-se Serpa (158.º/68,51), Almodôvar (162.º), Vidigueira (165.º), Cuba (170.º), Ourique (205.º), Barrancos (211.º), Alvito (216.º) e o já citado caso de Mértola. A leitura dos dados permite concluir que os concelhos do litoral, por via da sua aptidão turística, ainda que sazonal, refletem no resultado do índice o fruto dessa atividade. AF
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romover a recuperação e proteção do montado de sobro e azinho no concelho de Ourique. É este o objetivo do projeto idealizado pela Associação de Criadores de Porco Alentejano (ACPA), cujas primeiras candidaturas, no âmbito do Programa de Desenvolvimento Rural (Proder), estão a ser aprovadas, apesar da crise. “A lógica que tínhamos imprimido ao projeto, no sentido de ser coletivo, acabou por não se conseguir. Para não o deixar perder, e como a máxima era o montado do concelho de Ourique e o seu desenvolvimento, nós conseguimos que este projeto entrasse no âmbito do Proder, criador a criador”. Quem o afirma é o presidente da ACPA, José Cândido Nobre, um dos principais mentores e impulsionadores do projeto, que conta neste momento com cerca de 17 candidaturas aprovadas. “A ACPA acabou por contratar um gabinete de estudos e de projetos, reuniu um conjunto de criadores onde, cada um
por si, submeteu individualmente este projeto, estando-se já a receber alguns desses projetos aprovados”. Apesar das candidaturas individuais, o processo está assente numa estratégia comum e de unidade. Os diversos criadores celebraram um protocolo com a ACPA no sentido de terem o acompanhamento por parte dos técnicos da associação e do INRB para a implementação das práticas estudadas para a recuperação do montado. “O adensamento é pôr mais árvores onde já existem árvores. Depois há a lógica de pôr as árvores e continuar a fazer a pecuária, com as árvores a terem uma proteção metálica para serem protegidas dos animais enquanto jovens”. O projeto passa, igualmente, por uma gestão correta dos solos, tendo que ser feita a sua correção, tanto nos locais onde as árvores são plantadas, como nas restantes áreas, seja por implementação de culturas adequadas, por ação química ou outro tipo de intervenção. MMC
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A gravação faz-se nos estúdios Portal do Som, em Cuba, e o resultado final deixa bem evidente a fidelidade ao registo que moldou o ouvido musical destes amigos desde tenra idade. “O rock é o rock”, concordam, e invocam os mestres: Beatles, Rolling Stones, Supertramp; mais tarde, Police, Ramones, AC/DC.
Conhecem-se há mais de 30 anos e cresceram juntos, na vida e na música. “Caracol Blues”, disco de estreia homónimo que acaba de sair, é uma celebração da amizade e do rock e o resultado de muitos fins de semana de convívio, entre minis e guitarradas. Texto Carla Ferreira Foto José Ferrolho
Bejenses Caracol Blues lançam primeiro CD, que já soa nas rádios locais
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Amizade, minis e rock & roll
uase sempre, na história das bandas de garagem, há um fôlego que se perde com o fim da adolescência e a entrada no mundo adulto. Este é um caso atípico. Com um primeiro CD homónimo acabado de sair, os Caracol Blues, bejenses de nascimento e criação, celebram mais de 30 anos de “carreira” e de uma amizade que se foi cimentando em torno da música. Mas que podia muito bem existir sem ela. “Isto é como um casamento, só que não nos conseguimos divorciar”, ilustra Zé Condeça, o homem da bateria. À volta da mesa, ouvem-se risos. É dia de ensaio na casa de Toi Campos, que tem a seu cargo a viola solo, e o grupo reúne-se no quintal, antes de entrar no pequeno estúdio em que se transformou a garagem da moradia. Tem sido este o ritual nos últimos anos. Muito antes dos primeiros originais ou da ousadia de fazer sair um registo discográfico por conta própria. “Há os que vão à pesca ou à caça, há os
que jogam golfe. Nós tocamos numa garagem – é o que nos dá prazer”, resume Zeca Serrano, voz principal, viola ritmo e autor do grupo, cuja capacidade de criação é manifestamente motivo de orgulho para os compinchas. Das suas viagens de verão para Monte Gordo, como bom bejense que se preze, ou ao volante por outras paragens, saíram temas como “Rum”, “Abalar” ou “Faz de Conta”, três das seis faixas do disco que já roda nas rádios locais. “Fui eu”, que abre o CD, foi o tema que desprendeu o jorro criativo. “Um dia, fui sozinho daqui para Monte Gordo e não tinha rádio no carro. Costumo cantar à alentejana mas naquele dia não, comecei a inventar coisas e ia-me rindo. Quando cheguei a Monte Gordo estava a música feita, melodia e letra. Depois, foi só apontá-la”, lembra. Nas duas semanas seguintes, por desafio da banda, saíram mais quatro ou cinco temas e, inevitavelmente, seguiu-se o batismo. Uma
designação que surge mais pela “sonoridade das duas palavras juntas” – Caracol e Blues – do que propriamente por qualquer conceito que lhe possa estar subjacente, embora se reconheça alguma identificação com este bicho “simpático”, que leva a vida “sem pressas” com a casa às costas. Segue-se também a primeira atuação, no Pax Julia Teatro Municipal, em Beja, na primeira parte de um concerto dos Vollant, em 2008. “Achámos tanta piada àquilo que já não quisemos parar”, confessa Luís Dionísio, o baixista da banda. Em Beja, voltam a tocar no Pax Julia, apresentam-se também na Galeria do Desassossego e no Liceu e são convidados para primeira banda do concerto de José Cid, na edição de 2009 da Ovibeja. Faltava a cereja no topo do bolo, um trabalho que deixasse registado o fruto das horas de convívio ao fim de semana na garagem, entre minis e guitarradas, celebrando a amizade
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e o rock. E também o amor, que perpassa todos os temas do CD de estreia, quer na sua fase mais cínica e desencantada (“Fui eu”, “Faz de conta”, “Abalar”), quer no auge do período de enamoramento, que tem o seu hino em “A um metro do chão”. A gravação faz-se nos estúdios Portal do Som, em Cuba, e o resultado final deixa bem evidente a fidelidade ao registo que moldou o ouvido musical destes amigos desde tenra idade. “O rock é o rock”, concordam, e invocam os mestres: Beatles, Rolling Stones, Supertramp; mais tarde, Police, Ramones, AC/DC. Eram os tempos do “Rock em Stock”, programa conduzido na Rádio Comercial por Luís Filipe Barros e uma espécie de farol para os jovens aprendizes de rockeiros da década de 80. Longe de imaginar o que seriam coisas como a Internet, os downloads ou o youtube, estes “piratas” gravavam o programa para uma cassete e faziam-na circular entre todos. O mesmo se passava com os discos, na era do vinil. Foi assim que se fizeram músicos, ouvindo, partilhando dicas, testando sons na garagem de amigos. O único que “fez a pauta”, na Sociedade Capricho Bejense, foi Toi Campos mas, esclarece, “basicamente somos todos autodidatas”. “A minha primeira bateria foram caixas de Skip”, acrescenta Zé Condeça. Nos Rockestra, que surgiu em 1980 com três dos atuais elementos, fizeram a rodagem dos bailes de aldeia, com os poucos covers que constavam do repertório e que rendiam em prolongados slows, para contentamento dos pares de adolescentes. A banda de baile, “afilhada” dos míticos Hictal, dispersar-se-ia por volta de 1983 mas nunca chegou a arriscar um adeus. “Estudámos, começámos a trabalhar, casámos, criámos os filhos, mas nunca nos largámos”, conclui Luís Dionísio. Fotogaleria e vídeo em www.diariodoalentejo.pt/.
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❝ Perfil
O relógio deixou de ser um objeto utilitário, passou a ser um objeto de adorno, de luxo, e vive-se atualmente o melhor período de sempre na relojoaria”.
Nuno Matos, mestre relojoeiro que resiste em Beja na era do digital
Na oficina das “horas extraordinárias” Encoberto na sua insuspeita oficina de relógios com nome de uma balada de Sérgio Godinho, Nuno Matos tem habilitação legal para reparar exemplares da Longines, da Chronoswiss e de todo o grupo Swatch, o detentor das “melhores marcas mundiais de relógios”. Vive e trabalha há 12 anos em Beja e tem em construção aquele que supõe ser o primeiro relógio de fabrico alentejano. Texto Carla Ferreira Fotos José Serrano
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om um trocadilho inspirado num tema de Sérgio Godinho, Nuno Matos anuncia-se no letreiro da porta que dá entrada para a sua oficina, no centro histórico de Beja. “Horas extraordinárias”. Não tanto para “fazer de conta” que trabalha muito, o “que é mentira”, graceja, mas talvez mais para vincar o seu carácter “irrepetível”. Assim é, de facto, o tempo. E é com ele que trabalha diariamente, há 25 anos, este relojoeiro trasmontano de 48 anos que se fez alentejano pelo casamento. Em Beja, reside já há 12 e este é o espaço onde, pela primeira vez, consegue ter arrumadas e a funcionar, sem desnecessárias promiscuidades, as várias componentes do seu ofício. Aprendeu-o na muito seletiva Escola de Relojoaria da Casa Pia de Lisboa, que se rege pelos rigorosos padrões suíços e é, aliás, financiada pela indústria relojoeira daquele país, ainda a única grande referência na arte de medir o tempo em grande estilo. Logo à entrada, numa bancada imaculada, trata com pinças e lupa as entranhas dos mecanismos, quase todos de luxo. Hoje dedica o dia a um genuíno Audemars Piguet, pertença de uma “personalidade pública” que não desvenda, qualquer coisa para custar à volta de 30 mil euros. “É um prodígio técnico”, enaltece, apressando-se a explicar as virtudes do calendário perpétuo que marca a distinção deste exemplar. Se o dono não o deixar parar, este calendário pode manter-se quatro anos sem falhas, atualizando anos bissextos, colocando 30 ou 31 dias nos meses certos. O processo é todo ele
mecânico e é isso que o torna mais admirável. Mas hoje o “paciente” não está aqui por questões estruturais. “Só reparei que tinha aqui um desfasamento nos ponteiros mas o que ele veio fazer mesmo foi uma espécie de peeling”, ironiza de novo Nuno Matos, adivinhando a ocasião especial em que será ostentado, todo polido e lustroso. É esta, verdadeiramente, a principal vocação de um relógio na era do digital, em que para estar ao corrente das horas basta uma espreitadela no telemóvel, no micro-ondas, no tabliê do carro ou até no frigorífico. “As pessoas já não precisam de relógio; as pessoas transformaram-se em relógios, estamos sempre a ver as horas”, observa Nuno Matos. Por isso, quem os compra, fá-lo por simples vaidade, afirmação social, investimento – “Os bons relógios têm cotação, ao fim de 10 anos continuam a valer o mesmo, não desvalorizam” – ou por admiração pelo objeto enquanto máquina, por si só. “O relógio deixou de ser um objeto utilitário e passou a ser um objeto de adorno, de luxo”, considera Nuno Matos. E sobretudo masculino, a fazer as vezes das joias, sapatos e malas das mulheres. “Um homem pôr-se cheio de joias é feio, então opta-se por uma peça que além de ser bonita custe bastante dinheiro, dê prestígio e confira algum estatuto”, acrescenta, sublinhando o “contrassenso” de se viver atualmente “o melhor período de sempre na relojoaria”. Justamente nestes tempos em que ninguém já precisa de relógios e o dinheiro não é, definitivamente, o recurso mais abundante. Pelo menos, para o comum dos mortais.
Suíça é ainda a única grande referência na arte de medir o tempo Dito isto, adivinha-se
que não é em Beja que Nuno Matos tem a sua clientela. Duas vezes por mês, ruma até à capital para “recolher trabalho” em algumas ourivesarias de renome e clientes particulares fiéis que lhe confiam as suas coleções. “É um meio pequeno e quando adquirimos alguma reputação as pessoas vêm ter connosco, não é necessário fazer promoção”, diz, admitindo que nem isso lhe era conveniente: “Com o que tenho em Lisboa, já ando normalmente com o serviço atrasado”. Na escola onde Nuno Matos se formou, e depois também deu aulas, saem dois, no máximo três, relojoeiros por ano e não é raro que as melhores fábricas suíças venham depois recrutá-los. Nuno também por lá andou, em estágio, no final da sua formação e não esconde que foi esse o isco que o levou a escolher esta via profissional em detrimento de outras. “Há uma altura, na Casa Pia, em que temos que escolher uma profissão e eu escolhi relojoaria, porque ao melhor aluno era prometida uma viagem à Suíça no final do curso. E eu meti aquilo na cabeça e fui realmente porque tinha jeito para aquilo”. Entretanto, já regressou várias vezes, para formações e para obter certificados de diferentes marcas. É assim que, encoberto na sua insuspeita oficina de relógios com nome de balada de amor, Nuno Matos tem habilitação legal para reparar exemplares da Longines, da Chronoswiss e de todo
o grupo Swatch, o detentor das “melhores marcas mundiais de relógios”. Em Beja, abordam-no clientes com peças de elevada estima pessoal, como aquele relógio de pulso que receberam na quarta-classe ou o relógio de parede que está na família há várias gerações. Mas não são esses que lhe garantem o ganha-pão. “Dá-se um jeitinho, se for um amigo”, diz, apontando para um canto onde aguardam vez há vários anos relógios de cuco e despertadores. Além de reparar, Nuno Matos também já se aventurou na criação dos seus próprios exemplares usando os conhecimentos técnicos que foi afinando ao longo dos anos. No fundo, limita-se a reproduzir a lei do isocronismo do pêndulo, formulada por Galileu no século XVI, inovando no invólucro. “É uma vontade de reproduzir o que sei numa qualquer peça que tenha um cunho pessoal, uma interpretação minha”, confessa. E foi isso que fez para o ateliê de um amigo, em Lisboa, ou para os espetáculos do trio Mosto, por proposta de outros dois amigos, Paulo Ribeiro e César Silveira. Por inspiração própria, está neste momento em construção aquele que supõe ser o primeiro relógio de fabrico alentejano. Um exemplar de entranhas à vista que pensa colocar no arco que separa, na sua oficina, a relojoaria fina e a relojoaria grossa. Será um cartão de visita, um objeto sobretudo decorativo. “Mesmo que não trabalhe certo e até pode trabalhar mais devagar. Afinal de contas, é o primeiro relógio alentejano”, remata, satírico.
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Numa altura tão difícil e injusta, que os portugueses têm aguentado com uma paciência que eu considero inexcedível, em que vivemos num neofascismo capitalista, que afasta ainda mais as pessoas da cultura e dos livros, estar aqui hoje é, também, um ato de protesto”, António Lobo Antunes, em Faro, durante uma conversa com leitores a propósito do seu último livro Comissão de Lágrimas, Lusa, 12 de novembro de 2011
Opinião
Turismo pop
Francisco Martins Ramos Antropólogo
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diversidade da atividade turística e a riqueza desse fenómeno social total conduz-nos à descoberta e fruição de lugares ligados à música, ao cinema, à literatura e… a partir daí o céu é o limite. Turismo Pop é um segmento do Turismo Cultural, sendo verdade que todo o turismo é cultural. O exemplo paradigmático desta “modalidade” há muito que nos impressionava: Visitar o túmulo de Jim Morrison é apenas uma desculpa para fruir a cidade-luz, ser fotografado na passadeira de Abbey Road é “reviver” o mito dos Beatles, levados pela imaginação de “Afirma Pereira” é todo um périplo pessoano que nos ilumina. De tal modo que cabe aqui, também, a designação de Turismo do Imaginário. Sonhar em fazer a “Route 66” é homenagear Jack Kerouac e fazer turismo ao longo da estrada-mãe de todas as estradas da América. Não nos admiremos; a designação é apenas uma bandeira promocional orientada para conquistar novos turistas, dos seniores que querem matar saudades e dos jovens motivados pela cultura pop; assim, viaja-se a partir do cinema, da música, dos livros, de ídolos e de sítios marcados pela presença prolongada ou efémera de personagens mediBeja não áticos. E note-se que tais despode olvidar tinos nem sempre são criações Soror Mariana do marketing. São, em muitos Alcoforado e o casos, a matriz identitária, incontexto turístico ventada ou reinventada, de luenvolvente gares, espaços, pessoas, territórios, mitos e crenças, resíduos (...); Grândola é nostálgicos. potenciada pela Apesar de incipiente em célebre canção Portugal, o Turismo Pop ofede José Afonso rece, a nível doméstico e ine Santiago do ternacional, sugestões poCacém é território tenciadoras de novos fluxos. Considere-se o País e a “paa descobrir róquia” alentejana. Lisboa é, via Manuel da em termos de Turismo Pop, Fonseca (...). E Fernando Pessoa e Amália; assim por diante. o Porto pode rever-se em Agustina e Manuel de Oliveira (felizmente ainda vivos); o Ribatejo é território de Alves Redol; Trás-os-Montes é destino inseparável de Miguel Torga. Se associarmos a figura de Fialho de Almeida à realização da Vitifrades, em Vila de Frades, estamos a promover o Enoturismo e o Turismo Pop; Moura pode ser promovida turisticamente pela figura de Luís Piçarra; Arraiolos é destino turístico com a mais-valia das figuras de Nuno Álvares, Dordio Gomes e Cunha Rivara; Beja não pode olvidar Soror Mariana Alcoforado e o contexto turístico envolvente; Tomaz Alcaide é uma bandeira para descobrir Estremoz; Grândola é potenciada pela célebre canção de José Afonso e Santiago do Cacém é território a descobrir via Manuel da Fonseca; Portalegre pode potenciar o seu turismo através do envolvimento de José Régio na cidade alentejana. E assim por diante. Afinal, uma análise mais aprofundada poderá fornecer-
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Levaram mais de 30 anos a tocar em garagens, para os amigos, em pequenos espetáculos, mas sempre com um entusiasmo e uma persistência a toda a prova. Agora, e finalmente, os CARACOL BLUES acabam de lançar o seu primeiro disco, homónimo. São seis belos temas, apenas seis, que a banda bejense dedica… “à família e aos amigos”. A quem mais poderia ser? PB
Estamos num país onde existe um grave problema de corrupção. Não podemos dizer que estamos num país de corruptos. Marinho Pinto à “TSF”, 14 de novembro de 2011
nos elementos determinantes para a potenciação da atividade turística pela via de escritores, artistas, livros, canções, protagonistas e figuras históricas e mediáticas da nossa cultura popular (ou erudita).
O testemunho de um doente de esclerose lateral amiotrópica Beja Santos Defesa do Consumidor
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ony Judt (1948-2010) foi um grande pensador do nosso tempo, autor de textos indispensáveis para o entendimento da nossa contemporaneidade, caso das obras: Um Tratado Sobre os Nossos Atuais Descontentamentos, O Século XX Esquecido, História da Europa desde 1945. Foi várias vezes premiado pela singularidade e profundidade da sua investigação. Antes da sua morte, deixou-nos um testemunho notável, recentemente publicado entre a nós: O Chalet da Memória (Por Tony Judt, Edições 70, 2011). Começa por nos explicar do que vai morrer: “Sofro de uma doença motora neurológica, uma variante de esclerose lateral amiotrópica (ELA). O que é característico da ELA é que, primeiro, não há perda de sensação e, segundo, não há dor. Ao contrário de quase todas as outras doenças mais graves ou mortais, ficamos livres para contemplar à vontade, e com um desconforto mínimo, a progressão catastrófica na nossa própria deterioração”. Na doença, Tony Judt começou a escrever histórias completas na sua cabeça, depois deu-lhe uma ordem e numa onda de otimismo, cheio de coragem, não hesita em contar-nos: “Se temos de sofrer assim, é melhor ter uma cabeça bem apetrechada: cheia de reminiscências utilizáveis, facilmente acessíveis a uma mente de pendor analítico”. Logo à partida a primeira parte alude à austeridade em que foi criado, em pleno pós-guerra e comenta o que vê à sua volta: “A riqueza de recursos que aplicamos ao entretenimento apenas serve para nos escudar da pobreza do produto; também assim é na política, onde o tagarelar constante e a retórica infindável disfarçam um vazio que apenas suscita o bocejo… Se queremos governantes melhores temos de aprender a exigir mais deles e menos para nós próprios”. Declara-se um homem comprometido, educado no sionismo trabalhista, na utopia dos kibbutzim, considerou que a crise da meia-idade o tinha curado do solipsismo académico pós-moderno, foi aí que se tornou num intelectual público repudiando o intelectual servil que tem medo de pensar por ele próprio. Refletindo sobre o globalismo, chama a atenção para a identidade como a recusa e a censura daqueles que exclui. E adianta: “O Estado, longe de desaparecer, poderá tornar-se extremamente necessário: os privilégios da cidadania, a proteção dos direitos dos titulares de cartão de residência, serão ostentados como triunfos políticos”. Pouco tempo depois desta narrativa, Tony Judt falecia. Este pequeno excurso à volta da sua história é um testemunho notável para um homem da sua geração, a dos anos 60, é um hino de coragem de um doente com ELA. Leitura imperdível.
Há 50 anos Fazer da “horta” um país europeu
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esse ano de 1961, realizaram-se a 12 de novembro eleições de deputados à Assembleia Nacional fascista e, na edição do dia seguinte, o “Diário do Alentejo” garantia em manchete que “O acto eleitoral decorreu, no distrito de Beja, em ambiente de perfeita tranquilidade”. E noticiava, em linguagem “oficial” da época: “As eleições para deputados à Assembleia Nacional, ontem realizadas em todo o País, caracterizaram-se, no distrito de Beja, por um ambiente de grande tranquilidade, comprovando-se mais uma vez o civismo das populações desta região num momento considerado de excepcional gravidade para o País”. Os resultados e os deputados “eleitos”, segundo o vespertino bejense: “Na lista única que foi votada, proposta pela União Nacional, ficaram eleitos, como deputados pelo distrito de Beja, os seguintes srs.: dr. António de Castro e Brito Meneses Soares, médico e lavrador, antigo governador civil de Beja e actual vice-presidente da Federação Nacional dos Produtores de Trigo e presidente da comissão concelhia de Lisboa da União Nacional; Francisco António da Silva, proprietário em Cuba e presidente da Câmara Municipal daquela vila; dr. Francisco Lopes Vasques, médico, adjunto da Delegação de Saúde de Beja e presidente da comissão distrital de Beja da União Nacional; e dr. Quirino dos Santos Mealha, antigo delegado do I.N.T.P. em Beja e governador civil deste distrito e actual chefe dos Serviços de Acção Social do Ministério das Corporações e Previdência Social”. Passadas as eleições, dias depois, o grande destaque do jornal era para “A maior ponte do mundo”, que o regime salazarista se preparava para construir sobre o Tejo. Em artigo assinado por H. Boaventura, explicava-se que “Há oitenta anos que ocupa o pensamento e imaginação dos portugueses a aspiração de ver ligado, sobre o fosso do Tejo, em Lisboa, o Norte ao Sul do litoral metropolitano”. O texto, depois de descrever as características técnicas do projeto, terminava com um elogio às obras da ditadura: “Sem alardes, vai-se fazendo da ‘horta’ que éramos um país do Ocidente europeu, facto que se apercebe já na Siderurgia Nacional e nos Laboratórios de Energia Nuclear e de Engenharia Civil, nos complexos industriais, através dos quais nos apetrechamos para estar num Espaço Comum Português, quase igual a toda a Europa Livre”. Carlos Lopes Pereira
E, de repente, estalou a CORRIDA AO OURO. Primeiro, em ciclo com a crise, foram as casas de compra e venda de metais preciosos que se espalharam ao ritmo da desgraça alheia. Agora são os garimpeiros que, impelidos pela alta no mercado do vil metal, prometem esventrar o Alentejo até à última pepita. Vamos a ver o que cá fica e os que cá ficam. PB
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Por questões que são estritamente da política a Câmara de Moura e a Junta de Amareleja andam de CANDEIAS ÀS AVESSAS. Emitem comunicados e trocam acusações e, por vezes, até insultos. E há projetos importantes para as populações que vão ficando para trás. É tempo de acabarem com as birras. PB
Imagino o desfecho, faço uma aposta como, pelo menos, os mais mediáticos arguidos vão ver os seus processos prescritos. Isto se, antes, todo o processo não tiver caído por impossibilidade de se saber, através de escutas, o que é que o doutor Armando Vara combinou com o primeiro-ministro de então, engenheiro Pinto de Sousa, como se sabe, ausente para estudos. As ditas escutas foram desfeitas à martelada pelo doutor Noronha do Nascimento. António Almodôvar, “Diário do Sul”, 14 de novembro de 2011 vembro de 2011
Cartas ao diretor O primeiro silvo da locomotiva Manuel Dias Horta Beja
No ano da graça de 1864, domingo, dia 14 de fevereiro, pelas 13 e 30 horas, “o alegre silvo da locomotiva anunciou aos habitantes da vetusta Pax Julia a aurora da sua regeneração social”. Estava inaugurada a linha férrea que unia Lisboa à capital do Baixo Alentejo. O dia tão desejado pelos habitantes de Beja tinha chegado finalmente, o primeiro passo na senda da civilização, porém mais no caminho do progresso. À noite, populares iluminaram as suas habitações, houve beberetes e discursos. Uma comprida mesa, descrevendo uma curva, para 500 comensais que proclamavam para a locomotiva “salve rainha do progresso”. Enumeravam-se os dignitários vindos de Lisboa mais os que os esperavam. Podia ler-se, ainda “Os benefícios que do caminho de ferro resultarão para esta província são incalculáveis…”. Assim descrevia o jornal “O Bejense” tão importante acontecimento. Ao lado do velhinho jornal tenho o moderno “Diário do Alentejo”, que anuncia simplesmente a extinção da linha Beja-Lisboa. Foram os homens do passado que se enganaram, pois os do presente nunca se enganam. Para a história restará que, em tempos,
Beja esteve ligada a Lisboa pelo caminho de ferro, mas uma comissão de sábios, cumprindo orientações do Governo decidiu extinguir a linha que tantos benefícios traria para a região. Pobre país, onde a resolução dos problemas assenta na delapidação da riqueza nacional.
Escoval Lopes Guida Mouzaco Beja
Foi com o maior gosto que li a entrevista “Retalhos da vida de um médico”, com o dr. António Escoval Lopes. Um grande médico e uma grande pessoa! Obrigada por nos fazer lembrar que ainda há tão bons exemplos de pessoas verdadeiramente importantes e simples... como diria o meu pai: Bem haja!
Personagens de ficção José Fernando Batista Aljustrel
Se contássemos a um estrangeiro as vidas de certas figuras públicas da nossa praça, ou, numa outra hipótese, alguém as lesse num livro de história daqui por 50 anos, poderiam pensar que eram personagens de ficção. Se compararmos, por exemplo, a Madeira a um episódio de uma novela chegamos à conclusão de que Alberto Jardim é a sua personagem mais em evidência,
um megalómano com ideias um tanto ou quanto reacionárias, que escondeu uma dívida brutal e que, no seu jeito “gingão”, culpou os continentais e só não nos chamou “filhos da mãe” porque não calhou. Andou uns tempos calado, mas já voltou com as asneiras e disparates do costume. Ter dado tolerância de ponto aos funcionários regionais para o verem tomar posse na TV é mais um ato de irresponsabilidade. É visto como aquele que pode dizer e fazer tudo, como se este homem – e outros da sua laia – não tivessem feito mal ao País. Esfrangalharam um Portugal já de rastos, os Jardins (e todos os envolvidos no caso BPN), a dona Branca nos anos 80, aproveitando-se do facto de termos este mau hábito de olhar para as figuras públicas como de fossem personagens de novelas. Meus amigos, não é por acaso que subimos em flecha para o topo dos países mais corruptos da Europa. E isto não é ficção. Esta visão (ou falta dela) começou há longos anos. Há muito que nos alimentamos de ficções. O dom Sebastião, o Adamastor, figuras míticas que ainda hoje têm lugar cativo no nosso subconsciente são disso um exemplo. E, assim, a telenovela é, aos nossos olhos, vista como a realidade, o lugar onde a aldrabice e a chico-esperteza são recompensadas, e só nos libertaremos disto no dia em que o dom Sebastião, numa manhã de nevoeiro, regressar e nos fizer ver que vivemos todos num enorme engano…
Esclarecimento Estradas de Portugal Relativamente à “fotonotícia” publicada na vossa edição de 4 de novembro sobre os trabalhos de substituição do tabuleiro da ponte sobre a ribeira do Alvito, a Estradas de Portugal esclarece o seguinte: A EP está a executar uma empreitada de reabilitação da ponte sobre a ribeira do Alvito na EN258. De forma a poder prosseguir os trabalhos em totais condições de segurança e uma vez que esta obra implica a substituição do tabuleiro tornou-se imprescindível proceder ao corte temporário da circulação sobre a ponte. De modo a minorar os impactos que esta medida acarreta foram criados percursos alternativos. Tanto os trabalhos como os percursos alternativos estão corretamente sinalizados. Este condicionamento ao tráfego
teve início a 20 de setembro deste ano. De toda esta informação foi dado o devido e atempado conhecimento às mais diversas entidades da região, a saber: – Delegação Regional de Beja – GNR de Beja – Serviço Nacional de Proteção Civil – Rodoviária do Alentejo em Beja – Câmara Municipal de Alvito – Câmara Municipal de Cuba – Câmara Municipal de Vidigueira – Bombeiros Voluntários de Alvito – Bombeiros Voluntários de Cuba – Bombeiros Voluntários da Vidigueira. Decorrida que está boa parte da empreitada, estranhamos a legenda que é dada à fotografia uma vez que consideramos ter feito uma eficaz e ampla divulgação das restrições ao trânsito e das respetivas alternativas,
não só no local como em toda a região. Por outro lado gostaríamos de ter sido contactados previamente pelo vosso jornal, assim entendemos ser boa prática, a fim de esclarecer esta situação. Mais se informa que as obras de beneficiação da ponte sobre a ribeira do Alvito, localizada na EN258, visam a melhoria das condições de circulação e segurança dos utilizadores desta importante via que liga Alvito a Vila Ruiva e têm conclusão prevista para o próximo mês. ND: Como refere, e bem, a Estradas de Portugal, o artigo em causa é uma fotonotícia que, por ocasião da Feira de Alvito, fazia todo o sentido. Mais, a nossa equipa de reportagem constatou que a informação sobre o corte na ribeira de Alvito era no local… inexistente. PB
Efeméride Efeméride
18 de Novembro de 1918
Greve geral com forte impacto em Vale de Santiago, concelho de Odemira
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um contexto de forte agitação social contra a guerra e os seus efeitos, a que o governo da República responde com a suspensão das garantias constitucionais a 20 de maio de 1917 e a declaração do estado de sítio, em Lisboa, a 12 de julho, Sidónio Pais, a 5 de dezembro de 1917, avança para a revolução financiado pelos grandes proprietários agrícolas alentejanos, com o apoio do Partido Unionista. O povo de Lisboa e parte do operariado estão com Sidónio, o que lhe garante a vitória. No entanto, este apoio inicial vai-se esboroando à medida que o governo sidonista vai desenvolvendo a sua acção. De tal maneira é assim que, a partir de março de 1918, o movimento popular e o operariado afastam-se de Sidónio e a contestação popular generaliza-se. Toda esta contestação vai culminar na marcação, pela União Operária Nacional, da greve geral de 18 de novembro de 1918. Esta greve que, de uma forma geral, se salda num fracasso vai ter uma forte adesão no distrito de Beja, mais concretamente em Vale de Santiago, concelho de Odemira. Aqui, de 18 a 22 de novembro, os assalariados rurais, dando vivas aos sovietes e à revolução social, ocupam algumas herdades e assaltam os celeiros, dividindo entre si o trigo. A esta revolta sucede-se uma brutal repressão desenvolvida pelo exército e Guarda Nacional Republicana, em estreita articulação com os proprietários agrícolas. Dezenas de grevistas são presos e, posteriormente, deportados para África. No mesmo território em que ocorre este mov imento revolucionário está instalada uma comuna, a “Comuna da Luz”, mais concretamente na herdade das Fornalhas Velhas. Esta comuna tinha sido fundada em 1917 por António Gonçalves Correia, caixeiro viajante, natural de São Marcos da Ataboeira, concelho de Castro Verde. Guiado pelo seu ideal anarquista de raiz tolstoiana, Gonçalves Correia, acompanhado por 15 companheiros, incluindo mulheres e cria nças, f u nda esta comu na onde a subsistência é assegurada pela actividade agrícola e pelo fabrico de calçado. Acusado de ser um dos instigadores da sublevação dos grevistas em Vale de Santiago, Gonçalves Correia é preso dia 29 de novembro, em Beja, e enviado para a prisão do Limoeiro, em Lisboa, e a “Comuna da Luz” é dissolvida pelas forças militares que ocupam o território. Constantino Piçarra
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❝ Reportagem
A intenção é recolher o máximo de informações, de modo a que possamos ter a situação sempre controlada. O que queremos, essencialmente, é prevenir o furto”. Ferreira Costa
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milhões de quilos de azeitonas é o número que a Cooperativa Agrícola de Moura e Barrancos estima receber nesta campanha.
GNR patrulha olivais
Azeitonas seguras em Moura Em Moura os olivais têm direito a patrulhamento da GNR. A olivicultura é uma das atividades económicas mais importantes do concelho e todo o cuidado é pouco. A operação “Azeitona Segura” está no terreno e
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a estrada de alcatrão duas viaturas da GNR seguem caminho. Três militares ocupam o jipe de cor verde, enquanto outro militar conduz um motociclo do Destacamento Territorial de Moura. A chuva que caiu em abundância durante a noite encharcou os terrenos e a lama pinta as rodas das viaturas de tonalidade barrenta. Os militares estudam o melhor caminho para chegar aos cumes dos montes. As marcas deixadas nas estradas de terra batida, transformadas em autênticos charcos, denunciam a passagem de veículos. Apesar do mau tempo, há gente a trabalhar no campo. O dia está cinzento, mas o fruto que origina um dos produtos mais aclamados da região, o azeite, reluz nas árvores e é preciso colhê-lo. Mas o que é que uma equipa da GNR faz entre os olivais? Patrulhamento. Na verdade, cumpre mais um dia da operação “Azeitona Segura”, que avançou há sete anos e que “tem sido um sucesso e um exemplo a nível nacional”, tendo sido agraciada, inclusive, com o prémio de Cooperação da 8.ª edição do Prémio de Boas Práticas do Setor Público. A operação “Azeitona Segura” é um projeto de policiamento de proximidade da Guarda Nacional Republicana do Destacamento Territorial de Moura, adaptado à atividade agrícola de olivicultura. O objetivo é prevenir a criminalidade associada ao furto de azeitona, através de ações dinâmicas de policiamento.
a Guarda Nacional Republicana não tem dado tréguas aos larápios. Até agora não se verificaram roubos. Os militares patrulham os campos até fevereiro, atentos a qualquer movimento estranho, controlando quem opera durante a campanha e, sobretudo, apelando à prevenção, até porque, como diz o ditado, é “a ocasião que faz o ladrão”. Texto Bruna Soares Fotos José Serrano
“Vamos ao local e falamos com as pessoas. Tentamos perceber se viram alguém estranho, se observaram movimentos fora do comum. A intenção é recolher o máximo de informações, de modo a que possamos ter a situação sempre controlada. O que queremos, essencialmente, é prevenir o furto”, explica Ferreira Costa, adjunto do comandante do Destacamento de Moura. Trabalhadores são maioritariamente romenos
Nos olivais de Villa Manantiz, uma das muitas propriedades que se dedica à olivicultura no concelho de Moura, na sua grande maioria, trabalham cidadãos romenos. Situação que se verifica praticamente em todo o concelho, no que à apanha da azeitona diz respeito, mas também em toda a região. São cada vez mais os estrangeiros que trabalham sazonalmente nos campos alentejanos e a GNR, para
além de querer combater o furto de azeitona, também quer lutar contra a imigração ilegal, até porque, em 2010, segundo dados divulgados pela GNR, “mais de 750 imigrantes ilegais foram identificados durante a apanha da azeitona”. Este ano, no entanto, devido ao reforço de patrulhamento na região, “ainda não foi identificado qualquer caso de imigração ilegal”. “Nos primeiros anos, quando chegávamos ao local onde estavam a decorrer os trabalhos agrícolas, percebia-se que as pessoas tinham receio. Os trabalhadores, muitos deles, até os que estavam legais, fugiam. Hoje já não se verifica isso. Existe o reconhecimento da importância deste trabalho, tanto para produtores como para trabalhadores. Existe uma atitude colaborante”, conta António Almeida, cabo da GNR do Destacamento Territorial de Moura.
“Temos uma base de dados no posto. Cada olivicultor tem uma série de trabalhadores a seu cargo. Este ano muitos destes trabalhadores são romenos. Nos patrulhamentos dirigimo-nos ao responsável pelos trabalhos agrícolas que estão a decorrer e anotamos o nome de todos os trabalhadores que estão no local. É uma maneira de controlar a situação, até porque trabalhamos com várias entidades (Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, Segurança Social, Direção Geral de Impostos, Polícia de Segurança Pública, Autoridade para as Condições do Trabalho e Cooperativa Agrícola de Moura e Barrancos, entre outras)”, reforça o adjunto do comandante do Destacamento de Moura. As patrulhas, sempre compostas no mínimo por dois homens, percorrem os olivais. Observam, tiram notas, conversam com produtores, com trabalhadores, mas também com compradores. Esta é, sobretudo, uma operação que trabalha em rede e que pretende envolver os vários interessados. A pretensão é que a campanha da azeitona decorra segura e tranquila. Produção deverá crescer na região de Moura
Os quatro guardas do Destacamento de Moura saem das viaturas. As botas pretas, rigorosamente engraxadas, ganham lama. As fardas, também elas aprumadas, acolhem as gotas da chuva que cai. Vários trabalhadores varejam as oliveiras. No chão as redes de cor verde estendidas
abrigam o fruto que cai dos ramos. As mulheres e homens dobram-se, separam e recolhem a azeitona. Todos os dias é assim, até fevereiro, e a presença da GNR já não intimida quem trabalha no campo por estas paragens, antes pelo contrário. “Acho esta operação espetacular. Toda a gente está muito satisfeita e de acordo. Transmite-nos segurança”, conta António Bate, que tem a seu cargo a responsabilidade de coordenar os trabalhos nos olivais de Villa Manantiz. O homem desce do trator que conduz. Desliga o motor e afirma: “Havia muito roubo de azeitona, era necessário fazer algo para combater este crime. Esta foi uma solução excelente e tanto os produtores, como os compradores, estão satisfeitos. Quem vive do que o campo dá sabe dar o valor a esta operação. É crucial para que as campanhas, ano após ano, corram pelo melhor”. A Cooperativa Agrícola de Moura e Barrancos (CAMB), este ano, estima que a produção vá crescer nesta região. Quem anda no campo garante que “as oliveiras estão carregadas” e que “a azeitona está boa”. Esta cooperativa recebe cerca de “35 milhões de quilos de azeitona” e, neste sentido, os militares têm muito fruto para proteger. Passar a mensagem da prevenção é, assim, essencial. Os militares cruzam-se com os trabalhadores que passam de corpos vergados a arrastar as redes. Esperam que os PUB
homens efetuem as suas tarefas. Chamam o responsável pela colheita e lembram, vezes sem conta, que a segurança depende de todos. O encarregado, como é conhecido por estas paragens, acena positivamente com a cabeça. Está totalmente de acordo e facilita, sem hesitar, o trabalho da guarda, solicitando a cada trabalhador que se dirija ao jipe. Neste dia ninguém verificou nada de estranho no olival. Não se avistaram desconhecidos. Tudo normal. O cabo António Almeida está nesta operação há sete anos. Já percorreu estes caminhos de terra batida vezes sem conta e recorda-se do tempo em que havia vários furtos de azeitona. “Existiam sempre várias queixas de furto na época da apanha da azeitona. Foi necessário desenvolver um projeto que pudesse dar uma resposta a esta situação, passando essencialmente pela prevenção”, lembra. Hoje, embora a situação esteja muito mais controlada, não deixa de alertar para os vários perigos, recordando, entre outras coisas, que “a ocasião faz o ladrão”. A equipa da GNR transmite, por exemplo, aos proprietários, encarregados e trabalhadores que é de “evitar deixar a azeitona colhida e utensílios no olival”, que deve “manter-se o contacto diário com os olivicultores vizinhos” e “informar a GNR de qualquer movimento estranho”. A operação “Azeitona Segura” começou no início deste mês e todos os dias são
“Nos primeiros anos, quando chegávamos ao local onde estavam a decorrer os trabalhos agrícolas, percebia-se que as pessoas tinham receio. Os trabalhadores, muitos deles, até os que estavam legais, fugiam. Hoje já não se verifica isso. Existe o reconhecimento da importância deste trabalho”. António Almeida planeados giros diferentes. “Cada patrulha faz o seu policiamento. Quando chega ao posto descarrega para uma base de dados todos os dados recolhidos”, refere o adjunto Ferreira Costa. A operação prossegue. Pelo caminho encontram-se varas, redes e atrelados no campo. Não se avista ninguém e o silêncio apenas é quebrado pelas pingas da chuva que insiste em cair sobre o jipe, que ora avança mais rápido, ora avaga, consoante o terreno o permite. O condutor que conduz
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A operação “Azeitona Segura”, policiamento de proximidade da GNR do Destacamento Territorial de Moura, foi distinguida na categoria de cooperação com o Prémio de Boas Práticas do Setor Público.
o motociclo, por sua vez, avança mais célere. Vai espreitar. Volta e informa o que se passa para lá do monte. É preciso inverter a marcha, encontrar um novo atalho. A água alagou as estradas que em tempos já estiveram secas. Os militares conversam entre si. Escolhem a melhor opção, olham pelo vidro e lamentam o facto de ainda haver quem deixe o material no campo, apesar de todos os avisos que são feitos diariamente. “São situações destas que nunca deverão acontecer. Todos os dias alertamos as pessoas para estas questões. O dia está muito chuvoso e não vieram trabalhar e o material, como diz o ditado, ficou aqui à mão de semear”, confessa o cabo António Almeida. Os futuros compradores desta azeitona são igualmente uma parte importante de todo este processo e a GNR também os envolve em toda esta operação. “Entregamos folhetos com informação, de modo a alertálos para as inúmeras situações. É preciso dizer--lhes para não comprarem azeitona vinda de pessoas que não tenham a certeza de que são produtores”, defende o adjunto do comandante do Destacamento de Moura. E conclui: “Mesmo que exista o furto, se não conseguirem vender é ótimo”. Em Moura, nos campos, salpicados de oliveiras, continuam os trabalhos. Nos lagares já descarregam os atrelados carregados de fruto. E os larápios, esses, não se têm aproximado dos olivais, até porque nunca se sabe quando pode estar um GNR à espreita.
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Vítor Costa é bi-campeão da Europa em judo
José Vítor Costa, do Judo Clube de Beja, sagrou-se campeão da Europa na categoria de - 66 quilos e faixa etária de M7, no Campeonato da Europa de Veteranos, que decorreu entre os dias 10 e 12 deste mês em Leibnitz, na Áustria. Na competição participaram 606 atletas de 36 países. Em representação de Portugal participaram oito atletas, em várias categorias de peso e idades, sendo dois do Judo Clube de Beja. Veríssimo Segurado, também do Judo Clube de Beja, classificou-se em quinto lugar, em - 66 quilos e categoria etária de M6. José Vítor Costa já tinha participado em 2009 na mesma competição, tendo sido também campeão da Europa em Lignano/Itália 2009, na mesma categoria de peso e faixa etária de M6.
Sporting de Cuba rescinde com Rolim A sucessão de resultados negativos da formação do Sporting de Cuba levou a direção do clube a rescindir com o treinador António Rolim. A formação cubense não pontuou nas últimas seis jornadas, ocupando o 12.º lugar a 18 pontos do líder. O clube está no mercado à procura de sucessor para Rolim.
Desporto
Moura em peregrinação
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domingo para Fátima, onde jogará no reduto do atual quarto classificado do campeonato. Não vai ser fácil, mas esperamos que se opere o milagre de Carlos Ventura conseguir ali pontuar. No segundo jogo à frente dos mourenses, o novo técnico conseguiu o primeiro triunfo, tangencial mas justo, na receção à difícil formação
do Tourizense. Mercê destes três pontos, a equipa voltou ao sétimo posto da tabela. Noutras latitudes continua a brilhar a estrela do Vendas Novas, o Juventude ganhou em casa e o Reguengos voltou a perder. Foi uma jornada positiva em 75 por cento. Firmino Paixão
Campeonato Nacional da 3.ª Divisão
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FIRMINO PAIXÃO
Um derby com sotaque alentejano indos de resultados relativamente positivos, os dois emblemas alentejanos encontram-se no Estádio Municipal de Aljustrel para o primeiro derby da temporada. Aljustrelense e Despertar jogam no domingo em casa dos mineiros. Um derby made in Alentejo que chega numa altura em que as duas equipas pareciam dar alguns sinais de melhoria na sua produção. Sinais disso são os resultados conseguidos na jornada anterior, em que os tricolores venceram em Lagos e destronaram os algarvios do primeiro lugar. O Despertar recebeu o Sesimbra e conquistou o seu primeiro ponto. Na produção dos restantes alentejanos contabilizou-se mais uma vitória do União de Montemor, que já atingiu o sexto lugar da tabela, e o Redondense foi derrotado na Caparica, passando a constituir, com o Aljustrelense e o Despertar, a troika que fecha a classificação da série
Despertar-Sesimbra Os bejenses conquistaram o primeiro ponto
F do campeonato que, tal como a segunda divisão, para uma semana para dar lugar
à realização de mais uma eliminatória da Taça de Portugal. Firmino Paixão
Nacional 2.ª Divisão 9.ª jornada:
Nacional 3.ª Divisão 9.ª Jornada
Distrital 1.ª Divisão 8.ª jornada
Pinhalnovense-Fátima .......................................................2-1 Juventude Évora-Louletano............................................ 2-0 Mafra-At. Reguengos ........................................................ 2-0 Caldas-Monsanto ............................................................... 0-0 Est. Vendas Novas-Carregado..........................................3-1 1.º Dezembro-Sertanense................................................ 1-0 Oriental-Torreense..............................................................0-1 Moura-Tourizense ...............................................................2-1
Fabril-Farense ..................................................................... 0-3 Despertar-Sesimbra ...........................................................1-1 Pescadores-Redondense ................................................. 2-0 U. Montemor-Messinense.................................................2-1 Esp. Lagos-Aljustrelense ...................................................1-2 Quarteirense-Lagoa .......................................................... 1-0
Desp. Beja-Rosairense ...................................................... 0-2 Milfontes-Sp. Cuba..............................................................3-1 Aldenovense-Castrense ....................................................0-1 Ferreirense-Odemirense .................................................. 1-0 Almodôvar-Vasco da Gama ..............................................1-5 FC Serpa-Guadiana .............................................................3-1 S. Marcos-Panoias .............................................................. 0-2
Torreense Est. Vendas Novas Pinhalnovense Fátima Oriental Carregado Moura 1.º Dezembro Sertanense Louletano Mafra Tourizense Juventude Évora Monsanto At. Reguengos Caldas
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1 2 2 3 2 2 3 4 4 4 2 3 5 3 6 6
19-7 18-7 16-9 12-9 12-7 11-9 11-16 5-7 9-10 6-9 8-7 10-11 8-12 7-12 4-17 5-12
20 19 19 16 15 13 12 11 11 11 11 10 10 8 5 5
Próxima jornada 27/11/2011): Fátima-Moura, Louletano-Pinhalnovense, At. Reguengos-Juventude Évora, Monsanto-Mafra, Carregado-Caldas, Sertanense-Estrela Vendas Novas, Torreense-1.º Dezembro, Tourizense-Oriental.
Farense Esp. Lagos Pescadores Quarteirense Fabril U. Montemor Sesimbra Messinense Lagoa Redondense Aljustrelense Despertar
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21-8 21-8 12-7 12-10 16-13 10-8 12-11 9-10 4-9 10-15 8-14 4-26
21 19 17 16 15 15 13 13 9 7 7 1
Castrense Milfontes Ferreirense Aldenovense Rosairense Panoias Odemirense Vasco da Gama FC Serpa Desp. Beja Almodôvar Sp. Cuba S. Marcos Guadiana
Campeonato Nacional de Juniores – 2.ª Divisão Série D – 10.ª jornada: Desp.Portugal-Estoril, 0-7; BM Almada-Atlético, 1-0; Olhanense-U. Montemor, 8-0; Oeiras-Despertar, 3-0; Imortal-Internacional, 0-1; Lusitano-Farense, 1-0. Líder: Beira Mar de Almada, 23 pontos; 10.º Despertar, 8. Próxima jornada (19/11): Despertar-Imortal. Campeonato Nacional de Juvenis – série D – 12.ª jornada: U.Montemor-Casa Pia, 0-2; Odemirense-Estoril, 3-2; Olhanense-Amora, 1-2; O Elvas-Oeiras, 0-3; Barreirense-Imortal, 0-3; V.Setúbal-Cova Piedade, 1-1. Líder: Casa Pia, 30 pontos. 6.º Odemirense, 17. Próxima jornada (19/11): Casa Pia-Odemirense. Campeonato Nacional de Iniciados – série F – 12.ª jornada: Despertar-Louletano, 0-4; Olhanense-Lusitano, 2-2; Lagos-Odeáxere, 0-0; Barreirense-Castrense, 5-1; V.Setúbal-Juventude, 8-0; Imortal-Lusitano VRSA, 4-0. Líder: Olhanense, 26 pontos. 10.º Despertar, 12. 11.º Castrense, 10. Próximajornada(20/11):LusitanoVRSA-Despertar; Castrense-V.Setúbal.
Campeonato Nacional da 2.ª Divisão
m vésperas de uma deslocação difícil, o Moura Atlético Clube reencontrou-se com as vitórias com um triunfo, magro mas proveitoso, ante a equipa de Touriz. O Moura Atlético Clube, aparentemente estabilizado após a mudança de orientação técnica, ruma no próximo
Futebol Juvenil
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23-3 23-11 13-10 11-7 11-8 12-11 14-8 19-13 8-9 9-11 14-19 10-19 6-22 9-31
22 16 16 15 14 14 13 12 12 9 5 4 4 3
Próxima jornada (27/11/2011): Farense-U. Montemor, Messi-
Próxima jornada (27/11/2011): Sp. Cuba-Odemirense, Rosai-
nense-Pescadores, Aljustrelense-Despertar, Lagoa-Esp. Lagos, Redondense-Quarteirense, Fabril-Sesimbra.
rense-Ferreirense, Castrense-Desp. Beja, Vasco da Gama-FC Serpa, Guadiana-S. Marcos, Panoias-Aldenovense, Milfontes-Desp. Beja. Descansa: Almodôvar.
Campeonato Distrital de Juniores – 3.ª jornada: São Domingos-Amarelejense, 1-1; Vasco da Gama-Aljustrelense, 3-9; Desportivo Beja-Odemirense, 2-0; Piense-Almodôvar, 3-1; Moura-Castrense, 4-1. Líderes: Moura e Desportivo de Beja, nove pontos. Próxima jornada (26/11): Amarelejense-Desportivo de Beja; Aljustrelense-São Domingos; Vasco da Gama-Moura; Odemirense-Piense; Almodôvar-Castrense. Campeonato Distrital de Iniciados – 5.ª jornada: Despertar-Desportivo. 0-8; Almodôvar-Odemirense, 0-5; Milfontes-Amarelejense, 0-1; Negrilhos-Serpa, 1-6; Guadiana-Ourique, 1-0; Moura-Bairro da Conceição, 6-0. Lideres: Desportivo de Beja e Odemirense, 15 pontos. Próxima jornada (20/11): Odemirense-Despertar; Amarelejense-Almodôvar; Serpa-Milfontes; Ourique-Negrilhos; Bairro da Conceição-Guadiana; Ferreirense-Moura. Campeonato Distrital de Infantis – série A – 8.ª jornada: N.S.Beja-CA Operário, 12-0; Despertar A-Bairro da Conceição, 11-0; Vasco da Gama-Alvito, 10-1. Líder: Despertar A, 18 pontos. Próxima Jornada (19/11): Sporting Cuba-Beringelense; CA Operário-Despertar A; Bairro da Conceição-Vasco da Gama. Série B (4.ª jornada): São Domingos-Despertar B, 0-7; Guadiana-Aldenovense, 5-0; Moura-Barrancos, 7-4; Piense-Santo Aleixo, 4-3. Líder: Moura, 12 pontos. Próxima Jornada (19/11): Barrancos-São Domingos; Despertar B-Guadiana; Aldenovense-Serpa; Santo Aleixo-Moura. Série C (4.ª jornada): Almodôvar-Boavista,3-0; Aljustrelense-Operário FC, 2-8; Ourique-Renascente, 3-2; Odemirense-Castrense, 6-0. Líder: Operário Rio Moinhos, 12 pontos. Próxima jornada (19/11): Renascente-Almodôvar; Boavista-Aljustrelense; Operário FC-Milfontes; Castrense-Ourique. Campeonato Distrital de Benjamins – 4.ª jornada – série A: Sporting Cuba-Despertar A, 6-2; Vasco Gama-N.S.Beja, 1-7; Ferreirense-Alvito, 8-3; Beringelense-CBBeja,1-2.Líder:Ferreirense,12pontos. Próxima jornada (19/11): Alvito-Sporting Cuba; Despertar A-Vasco da Gama; N.S.Beja-Figueirense; CB Beja-Ferreirense. Série B: Bairro da Conceição-Guadiana, 9-2; Serpa-Piense, 4-3; Despertar B-Moura, 10-0; Aldenovense-Amarelejense, 11-2. Líderes: Despertar B, Bairro da Conceição e Aldenovense, 12 pontos. Próxima Jornada (19/11): Moura-Bairro da Conceição; Guadiana-Serpa; Piense-Desportivo Beja; Amarelejense-Despertar B. Série C: Odemirense-Ourique, 12-1; Almodôvar-Rosairense, 19-0; Milfontes-Aljustrelense, 2-3; Panoias-Renascente, 1-10. Líder: Almodôvar e Renascente, nove pontos. Próxima jornada (19/11): Aljustrelense-Odemirense; Ourique-Almodôvar; Rosairense-Castrense; Renascente-Milfontes. Taça Armando Nascimento – juvenis – 2.ª jornada: Desportivo Beja-Boavista, 4-0; Sporting Cuba-Aljustrelense, 2-1; Castrense-Despertar, 3-5; Aldenovense-Moura, 2-6. Líderes: Despertar e Moura, 6 pontos. Próxima jornada (20/11): Despertar-Desportivo de Beja; Boavista-Aljustrelense; Moura-Castrense; Sporting Cuba-Aldenovense. Taça Distrito de Beja – seniores femininos – 1.ª jornada: Odemirense-Serpa, 2-3 ; Casa do Benfica de Castro Verde-Casa do Benfica de Almodôvar, 10-1; Aljustrelense-Ourique, 4-1. Líderes: CB Castro Verde, Aljustrelense e Serpa, 3 pontos. Próxima jornada (17/12): Serpa-CB Castro Verde; Ourique-Odemirense; CB Almodôvar-Aljustrelense. Taça Distrito de Beja em Futsal – seniores masculinos – 2.ª jornada: série A – N.S.Moura-I.P.Beja, 6-2; Alcoforado-Alfundão, 2-2. Líder: N.Sportinguista Moura, seis pontos. Próxima jornada (2/12): Alcoforado-N.S.Moura; I.P.Beja-Alfundão. Série B – V.N.São Bento-Almodovarense, 5-3; A.Surdos Beja-Vila Ruiva, 4-12. Líder: A.D.Vila Nova São Bento, 6 pontos. Próxima jornada (2/12): A.Surdos Beja-V.N.São Bento; Almodovarense-Vila Ruiva.
O Juventude de Évora, única equipa alentejana que ainda está em prova na Taça de Portugal, recebe este fim de semana o Marítimo, em jogo a contar para a 4.ª eliminatória da prova.
Taça Fundação Inatel agenda da 4.ª Jornada Série A – 19/11/11 – Bemposta-Malavado, Longueira-Cercalense, C. Redondo-Soneguense. Série B – 20/11/11 – N.Redonda-Garvão, Santaclarense-Amoreiras, Colense-Pereirense, Relíquias-Luzianes. Série C – 19/11/11 – Figueirense-São Matias, S.Vitória-Mombeja,
Taça Distrito de futebol feminino
O Campeonato Distrital de Futebol Feminino está de regresso após a realização de uma ronda da Taça Distrito. Na tarde de amanhã disputa-se a 4.ª jornada, com os jogos CB Castro Verde-Serpa, CB Almodôvar-Ourique e Aljustrelense-Odemirense.
Jungeiros-Penedo Gordo, Faro Alentejo-Beringel. Série D – 19/11/11 – Neves-Brinches, Louredense-Quintos, Salvada-Sobral D’Adiça, Ficalho-Serpense. Série E – 20/11/11 – S.Clara Nova-Sete, Sanjoanense-Albernoa, Almodovarense-Trindade, Alcariense-A. Fernandes.
Campeonato Distrital da 1.ª Divisão
O líder afasta a concorrência O Futebol Clube Castrense cavou um fosso de seis pontos para o segundo classificado e, um a um, vai afastando quem lhe possa dificultar a corrida para o inevitável título. Texto e foto Firmino Paixão
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Odemirense joga no domingo em Castro Verde e pode ser o senhor que se segue na gula devoradora do Castrense que, domingo após domingo, vai afastando a principal concorrência. A equipa do litoral que se apresentou, em conjunto com o Milfontes e o Ferreirense, como eventual candidato já está a nove pontos de distância do líder. E se perder no domingo as coisas pioram. Outro jogo curioso disputa-se em Panoias, onde o técnico Careca está a cumprir a promessa de andar nos lugares de cima da classificação e vai receber o Ferreirense, atual segundo classificado. Do fim de semana passado vêm notas positivas para a goleada que o Vasco da Gama foi impor ao Almodôvar e para o triunfo do Rosairense em Beja. A vitória do Ferreirense
Distrital da 1.ª Divisão O Odemirense não passou em Ferreira do Alentejo
sobre a equipa de Odemira também teve sabor especial para os comandados de Carlos
Neves. De Cuba vieram notícias da saída de António Rolim após seis jogos sem vencer.
Campeonato Distrital da 2.ª Divisão
Muitos galos para dois poleiros
O
Cabeça Gorda mantém a liderança da prova, ainda sem derrotas e perseguido por um respeitável lote de candidatos à segunda vaga para a subida de divisão. Sendo certo que o Cabeça Gorda é o mais forte candidato à vitória na prova, assim o tem provado o percurso da equipa nas sete jornadas já disputadas (cinco vitórias e dois empates), parece que falta encontrar quem acompanhe o Ferrobico na subida ao escalão principal no termo do campeonato. O Piense e o Bairro da Conceição travam uma luta quase titânica, mas perseguidos de muito perto pelo Amarelejense e pelo Renascente. As restantes equipas não parecem possuir argumentos para entrar nesta discussão. O campeonato sofre uma semana de interrupção e regressa com um empolgante Piense-Bairro da Conceição. Resultados da 7.ª jornada: Vale de Vargo --Sanluizense, 3-0; MessejanenseBarrancos, 1-2; Alvorada-Cabeça Gorda, 0-1; Amarelejense- -Saboia, 1-0; Bairro da Conceição-Negrilhos, 4-2; Ourique-Piense, 1-4; Folgou o Renascente. Classificação: 1.º Cabeça Gorda, 17
Hoje palpito eu... Joaquim da Graça Madeira
A
qui está um dos mais multifacetados desportistas bejenses. Teve o privilégio, sim privilégio, porque é disso que se travava, de frequentar as Escolas do Feliciano, o primeiro projeto de formação que surgiu em Beja. Chamado aos seniores do Desportivo, com 17 anos, fez duas épocas na 2.ª Divisão e na terceira a equipa desceu de escalão. O brasileiro Azumir, que foi técnico dos bejenses, levou-o para o Caldas e daí rumou a Moçambique com o irmão Honório, para representar o Textáfrica durante duas épocas. De regresso a Portugal treinou o Despertar e o Cuba, mas confessa que “não tinha jeito para técnico”. Acedeu a um convite de Armando Nascimento, dirigente da arbitragem, tirou o curso de árbitro e aí conseguiu um feito invulgar, ser auxiliar dos dois prestigiados internacionais bejenses, Rosa Santos e Veiga Trigo. Aos 69 anos, Joaquim Madeira olha para o futebol com nostalgia e tem o Desportivo no coração.
(1) ALMODÔVAR/SERPA Duas equipas de valor semelhante mas o fator casa e o desejo de retificar a pesada derrota de há oito dias leva-me a apostar nos visitados. (1) MILFONTES/SÃO MARCOS O favoritismo do Milfontes é evidente. Tem uma equipa muito bem apetrechada. (X ) VASCO DA G A M A /A L DENOVENSE A formação da Vidigueira tem um adversário difícil, está num momento de viragem emocional mas isso não chegará para vencer a partida. (2) GUADIANA /DESPORTIVO DE BEJA O Guadiana não parece ter uma equipa suficientemente moralizada para evitar que os três pontos venham na bagagem do Desportivo. (2) PANOIAS/FERREIRENSE Será um jogo muito interessante. O Panoias prometeu um bom campeonato e está a cumprir, mas o Ferreirense tem argumentos para ganhar. (1) CASTRENSE/ODEMIRENSE O líder, e principal candidato, está com a moral elevada e a jogar no seu campo não deixará escapar o triunfo.
Distrital da 2.ª Divisão Amarelejense luta por um lugar no pódio
pontos. 2.º Piense e Bairro da Conceição, 15. 4.º Amarelejense, 13. 5.º Renascente, 12. 6.º Messejanense e Ourique, 10. 8.º Alvorada, 8. 9.º Saboia, 7. 10.º Vale de Vargo, Barrancos e Sanluizense, 4. 13.º Negrilhos, 0.
Próxima jornada (26/11): BarrancosVa le de Va rgo; C ab e ç a G ord aMesseja nense; Saboia - -A lvorada; Negrilhos-Amarelejense; Piense--Bairro da Conceição; Renascente-Ourique. Folga o Sanluizense. FP
(X) SPOR TING DE CUBA / ROSAIRENSE Como se viu há oito dias, em Beja, o Rosairense está a subir de rendimento e, num campo de reduzidas dimensões como o de Cuba, dificilmente perderá o jogo.
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Taça de Portugal leva Marítimo a Évora
Beja Basket recebe o Atlético de Reguengos
Diário do Alentejo 18 novembro 2011
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Aniversário dos “leões” de Beja O Núcleo Sportinguista de Beja assinala no próximo dia 23 o 20.º aniversário da sua fundação. As comemorações ocorreram apenas a 3 de dezembro com um almoço para o qual está anunciada a presença de Godinho Lopes, atual presidente do Sporting Clube de Portugal.
A equipa principal do Beja Basket Clube recebe no próximo domingo a formação do Atlético de Reguengos, em jogo relativo à 3.ª jornada do Campeonato Nacional da 2.ª Divisão de Basquetebol. A partida disputa-se no Pavilhão Municipal de Beja, pelas 17 horas.
Campeonato Distrital de Futsal Disputa-se este fim de semana a terceira jornada do Campeonato Distrital de Futsal. Esta noite realizam-se os jogos Vila Ruiva-I.P.Beja e V.N.São Bento-N.S.Moura. Amanhã, sábado, completa-se a jornada com as partidas Alcoforado-Almodovarense e A.Surdos Beja-Alfundão.
Vítor Gamito e Celina Carpinteiro no “Beja em movimento”
A pedalar contra a obesidade Nasceu em Beja uma associação que promete lutar sem tréguas contra a obesidade. Filipe Matias, ex-“Peso Pesado”, que perdeu mais de 70 quilos, é o mentor deste projeto. Texto e foto Firmino Paixão
P
revenir a obesidade e as doenças dela decorrentes, estimular hábitos de vida saudáveis, com recurso à prática de atividades físicas desportivas, e uma alimentação cuidada são as linhas mestras da novel Associação Portuguesa Movimento Contra a Obesidade (Apmco). A associação apresentou-se à sociedade através da realização da “Beja em movimento”, evento com iniciativas diversificadas mas com o objetivo comum de prevenir para o que os seus promotores consideram a epidemia do século. Filipe Matias, presidente da Apmco, justificou a sua criação: “Depois da minha participação no programa “Peso Pesado” (SIC) sentime na obrigação de transmitir às
pessoas tudo aquilo que aprendi e a transformação que sofri, principalmente ao nível psicológico”. E acentua: “Hoje em dia a obesidade é a epidemia do século XXI, é um problema de saúde pública e temos que nos consciencializar e alertar a população portuguesa para esse facto e a forma que eu encontrei para isso foi a criação desta associação, criando ações de grande impacto”. O responsável revelou ainda que existirão gabinetes de nutrição, de psicologia e um terceiro de desporto, para ajudar as pessoas a combater a obesidade e a criar hábitos de vida saudáveis. “Temos que compreender que só dessa forma se pode controlar a obesidade”. A primeira edição do “Beja Movimento” foi a primeira ação de grande impacto da associação. “É a forma mais fácil de chegar às pessoas, mas esta foi a primeira de muitas ações já agendadas para o próximo ano, não só em Beja, como em mais cidades do País, porque a associação foi fundada em Beja, mas é para ajudar todos os portugueses”, sublinhou
o ex-concorrente ao “Peso Pesado”, que se mostra satisfeito com o resultado final do evento que considera ter conseguido passar a mensagem. Filipe Matias assume ainda: “A participação no programa mudou a minha forma de encarar a vida e ajudou sobretudo a grande transformação psicológica, porque a física só vem depois da psicológica, e passa por novos conceitos de vida. Sinto-me na obrigação de transmitir isso às pessoas, as coisas podem acontecer desde que tenhamos essa predisposição e sejamos ajudados, e é esse o contributo que eu pretendo dar”, nomeadamente com parcerias com o Ministério da Saúde, como revelou, ao mesmo tempo que reconhece já o apoio dado pela Câmara Municipal de Beja e pelo Instituto Politécnico de Beja. A primeira “Beja em movimento” dirigida, essencialmente, para apresentação da Apmco incluiu um ateliê de culinária e um colóquio sobre o tema obesidade que contou com a presença de vários técnicos, entre eles o diretorgeral de Saúde, Francisco George, mas
também atividades físicas e desportivas, um passeio pedestre e a maratona BTT “Luta contra a obesidade”. Vítor Gamito, antigo ciclista, vencedor da Volta a Portugal de 2000, foi uma das figuras de cartaz da maratona que, entre os 260 concorrentes, tinha ainda Celina Carpinteiro, campeã nacional de maratonas. Gamito veio “pedalar conta a obesidade” e revelou: “Não sou um exemplo disso, mas por ser magro não quer dizer que não necessite de fazer exercício físico, aliás, estou magro porque me preocupo muito com a saúde e, mais importante do que isso, tento educar os meus filhos, porque o grande problema da obesidade tem, sobretudo, a ver com a edução que os pais dão aos filhos, muitas vezes até os avós, enchendo os netos de guloseimas porque eles ficam muito contentes. Mas uma boa educação contra a obesidade começa por aí, por sermos equilibrados e razoáveis nessas atitudes, tudo deve ter conta, peso e medida, e é logo em pequeninos que se deve começar a educar as crianças nesse sentido”, concluiu.
Outros tempos! José Saúde
A irreversibilidade do tempo deixam-nos, por vezes, perplexos. Ousamos desafiar a memória e, num ápice, ressaltam para o patamar superior pedaços de uma vida onde o desporto traz-nos à tona momentos ímpares vividos no seio do fenómeno. Assisti no pretérito domingo ao jogo entre o Aldenovense e o Castrense, vitória (1-0) da equipa de Castro Verde obtida quando se jogava o segundo minuto do período de descontos (quatro minutos). Ao meu lado esteve um amigo de longa data cuja amizade se mantém intacta no tempo: o Diogo. Dissecámos o nosso passado no mundo do futebol. Contou-me ele pequenas histórias de quanto jogava no Aldenovense, quando o clube militou no campeonato da então FNAT, hoje Inatel. Histórias hilariantes que ainda hoje o enchem de prazer. Analisámos, depois, a evolução do futebol na nossa terra – hoje Vila Nova de São Bento. Viajámos no tempo e no espaço. Trouxemos à ribalta os anos 50 quando o Atlético, fundado em finais da década de quarenta (20/08/1948) pelo saudoso capitão Alcino Pires, jogava naquele retângulo de jogo. As bancadas em madeira, bem como os balneários, alindavam o campo considerado, na altura, invejável. Depois vieram os jogos no largo da feira. Lembro-me, à época, que quanto me entreguei desinteressadamente para que o Atlético se afirmasse no meio futebolístico regional (1974/75). Construímos uns balneários em madeira, com telha de zinco, e lá no alto colocámos um bidão que enchíamos com água, vinda do poço, para tomarmos o respetivo banho. Hoje a realidade é completamente adversa a esses princípios. O Aldenovense, tal como as agremiações desportivas no distrito de Beja, vive momentos de encanto. As autarquias investiram e os clubes evoluíram. Um campo relvado e um conjunto de infraestruturas condicentes colocaram o Aldenovense na ribalta. O seu historial conta com duas presenças no nacional da III Divisão. Outros tempos!
Diรกrio do Alentejo 18 novembro 2011
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saúde
Sexta-feira, 18 NOVEMBRO 2011 Nº 1543 (II Série)
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Análises Clínicas
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Medicina dentária ▼ Dr.ª Heloisa Alves Proença Médica Dentista Directora Clínica da novaclinica
Laboratório de Análises Clínicas de Beja, Lda. Dr. Fernando H. Fernandes Dr. Armindo Miguel R. Gonçalves Horários das 8 às 18 horas; Acordo com beneficiários da Previdência/ARS; ADSE; SAMS; CGD; MIN. JUSTIÇA; GNR; ADM; PSP; Multicare; Advance Care; Médis FAZEM-SE DOMICÍLIOS Rua de Mértola, 86, 1º Rua Sousa Porto, 35-B Telefs. 284324157/ 284325175 Fax 284326470 7800 BEJA
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saúde
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Diário do Alentejo 18 novembro 2011
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Dr. Sidónio de Souza – Pneumologia/ Alergologia/Desabituação tabágica – H. Pulido Valente Dr. Fernando Pimentel – Reumatologia – Medicina Desportiva – Instituto Português de Reumatologia de Lisboa Dr.ª Verónica Túbal – Nutricionismo – H. de Beja Dr.ª Sandra Martins – Terapia da Fala – H. de Beja Dr. Francisco Barrocas – Psicologia Clínica/ Terapia Familiar – Membro Efectivo da Soc. Port. Terapia Familiar e da Assoc. Port. Terapias Comportamental e Cognitiva (Lisboa) – Assistente Principal – Centro Hospitalar do Baixo Alentejo. Dr. Rogério Guerreiro – Naturopatia Dr. Gaspar Cano – Clínica Geral/ Medicina Familiar Dr.ª Nídia Amorim – Psicomotricidade/Educação Especial e Reabilitação (dificuldades específicas de aprendizagem/dislexias) Dr. Sérgio Barroso – Oncologia – H. de Beja Drª Margarida Loureiro – Endocrinologia/ Diabetes/Obesidade – Instituto Português de Oncologia de Lisboa Dr. Francisco Fino Correia – Urologia – Rins e Vias Urinárias – H. Beja Dr. Daniel Barrocas – Médico Interno de Psiquiatria – Hospital de Santa Maria Dr. Carlos Monteverde – Chefe de Serviço de Medicina Interna, doenças de estômago, fígado, rins, endoscopia digestiva. Dr.ª Ana Cristina Duarte – Pneumologia/ Alergologia Respiratória/Apneia do Sono – Assistente Hospitalar Graduada – Consultora de Pneumologia no Hospital de Beja Dr.ª Isabel Martins – Chefe de Serviço de Psiquiatria de Infância e Adolescência/Terapeuta familiar – Centro Hospitalar do Baixo Alentejo Dr.ª Paula Rodrigues – Psicologia Clínica – Hospital de Beja Dr.ª Luísa Guerreiro – Ginecologia/Obstetrícia Dr.ª Ana Montalvão – Hematologia Clínica / Doenças do Sangue – Assistente Hospitalar – Hospital de Beja Dr.ª Ana Cristina Charraz – Psicologia Clínica – Hospital de Beja Dr. Diogo Matos – Dermatologia. Médico interno do Hospital Garcia da Orta. Dr. José Janeiro – Medicina Geral e Familiar – Atestados: Carta de condução; uso e porte de arma e caçador. Dr.ª Joana Freitas – Cavitação, Lipoaspiração não invasiva,indolor e não invasivo, acção imediata, redução do tecido adiposo e redução da celulite Dr.ª Ana Margarida Soares – Terapia da Fala - Habilitação/Reabilitação da linguagem e fala. Perturbação da leitura e escrita específica e não específica. Voz/Fluência. Dr.ª Maria João Dores – Técnica Superior de Educação Especial e Reabilitação/ Psicomotricidade. Perturbações do Desenvolvimento; Educação Especial; Reabilitação; Gerontomotricidade. Enfermeira Maria José Espanhol – Enfermeira especialista em saúde materna/Cuidados de enfermagem na clínica e ao domicílio/Preparação pré e pós parto/amamentação e cuidados ao recémnascido/Imagem corporal da mãe – H. de Beja Marcações diárias pelos tels. 284 322 503 Fax 284 322 503 Tm. 91 7716528 Rua Zeca Afonso, nº 6, 1º B, 7800-522 Beja clinipax@netvisao.pt
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Diário do Alentejo 18 novembro 2011
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Diário do Alentejo nº 1543 de 18/11/2011 Única Publicação
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NÃO À EXTINÇÃO DE FREGUESIAS A Reforma Administrativa que visa extinguir e agregar freguesias é contrária ao desenvolvimento e ao progresso local e só contribuirá para o empobrecimento das camadas mais desfavorecidas. Hoje as Freguesias são células essenciais da vida e estabilidade da organização dos territórios com identidade, cultura, património e muitos anos de história que foram construídos ao longo dos tempos, que devem ser reforçados e aperfeiçoados e nunca exterminados. A extinção de Freguesias, não contribui para poupar recursos financeiros, a não ser que se privem as populações respectivas dos serviços e apoios prestados pela freguesia. Pelo contrário, acarretará novos e maiores gastos para um pior serviço às populações. A extinção de Freguesias provocará uma diminuição da democracia local através da redução da participação de muitos cidadãos nas decisões que lhes respeitam, ficando o poder cada vez mais distante e mais concentrado. Uma Reforma Administrativa deve assegurar a participação das populações, ir ao encontro das suas necessidades e expectativas, assentar na consulta popular, e envolver os órgãos representantes das Freguesias. As Freguesias representam no seu global 0,01% do orçamento de estado, sendo um valor ínfimo atendendo à actual conjuntura do país. A medida do Governo e da Troika vai contribuir em regiões mais desfavorecidas para o aumento da desertificação das camadas mais jovens. A Assembleia de Freguesia de Vila de Frades reunida em 9 de Novembro de 2011 delibera; – Contestar a Reforma Administrativa e a extinção de Freguesias imposta pelo Governo a não ser por vontade própria das populações e seus órgãos eleitos. – Que sejam dados poderes de decisão às Assembleias Municipais e Assembleias de Freguesia no que toca à extinção ou agregação de qualquer Freguesia. Que seja dado conhecimento deste documento ao Exmo. Sr. Presidente da República, Exma. Sr.ª Presidente da Assembleia da República, Exmo. Sr. Presidente do Tribunal Constitucional e bancadas parlamentares do PS, PSD, PCP, BE, Verdes e CDS. Que seja ainda publicado num jornal de âmbito regional. Vila de Frades, 9 de Novembro de 2011.
Diário do Alentejo nº 1543 de 18/11/2011 Única Publicação
TRIBUNAL JUDICIAL DE FERREIRA DO ALENTEJO Secção Única
ANÚNCIO
Processo: 303/11.9TBFAL Interdição / inabilitação Requerente: Ministério Público Requerido: Manuel Augusto Martins Verde dos Santos N/Referência: 652980 Data: 09-11-2011 Faz-se saber que foi distribuída neste tribunal, a acção de Interdição/Inabilitação em que é requerido Manuel Augusto Martins Verde dos Santos, com residência em:Aldeia de Ruins, Caixa Postal 4, 7900-000 Ferreira do Alentejo, para efeito de ser decretada a sua interdição por Anomalia Psíquica. A Juiz de Direito, Dra.Estela Vieira O Oficial de Justiça, Rogério Luís Simenta
Diário do Alentejo nº 1543 de 18/11/2011 Única Publicação
ASSOCIAÇÃO DE SOLIDARIEDADE SOCIAL “SEARA DE ABRIL”
CONVOCATÓRIA Manuel Fernandes Guerreiro, Presidente da Assembleia-Geral da Associação de Solidariedade Social “Seara de Abril”, vem convocar todos os Associados desta Associação para uma Assembleia-Geral, Extraordinária a realizar no próximo dia 25 de Novembro de 2011, (Sexta-feira), pelas 18:00 horas, no Centro Cultural de Santa Bárbara de Padrões, com a seguinte ordem de trabalhos. Ordem de Trabalhos: 1° Único - Alteração do Art.° 3 do Capítulo 1 dos Estatutos. Nota: Se à hora marcada não estiverem presentes o número legal de sócios, a Assembleia-Geral reunirá 1 hora depois com qualquer número de sócios. Santa Bárbara de Padrões, 11 de Novembro de 2011. O Presidente da Assembleia-Geral Manuel Fernandes Guerreiro
Diário do Alentejo nº 1543 de 18/11/2011 Única Publicação
Diário do Alentejo nº 1543 de 18/11/2011 Única Publicação
CÂMARA MUNICIPAL DE BEJA DIVISÃO DE PLANEAMENTO E ORDENAMENTO
EDITAL CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE FERREIRA DO ALENTEJO, C.R.L.
CONVOCATÓRIA DA ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA Em conformidade com o disposto no Artigo 22º dos Estatutos da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo, C.R.L. pessoa colectiva n° 501057188 matriculada na Conservatória do Registo Comercial de Ferreira do Alentejo, sob o mesmo número, com sede na Avenida General Humberto Delgado, N°.40, em Ferreira do Alentejo, convoco todos os associados desta CCAM, que se encontrem no pleno gozo dos seus direitos, a reunirem-se em Assembleia Geral Ordinária a realizar no dia 21 de Dezembro de 2011, quartafeira, pelas 16.00 Horas, na sua sede social, com a seguinte ordem de trabalhos: 1. Apreciação e votação do Plano de Actividades e Orçamento para o Exercício de 2012; 2. Política de remunerações e dos deveres instituídos pela Lei n.° 28/2009, de 19 de Junho e posteriormente regulamentados pelo Aviso n.°1/2010 do BdP e pela carta-circular n.°2/2010/DSB do BdP; 3. Outros assuntos de interesse para a CCAM. Se, à hora marcada para a reunião não estiverem presentes mais de metade dos associados, a Assembleia reunirá, com qualquer número, uma hora mais tarde. Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo, aos 09 de Novembro de 2011. O Presidente da Assembleia Geral Joaquim Pedro Gonçalves Grosso de Oliveira
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Jorge Pulido Valente, Presidente da Câmara Municipal de Beja, em cumprimento da deliberação do respectivo órgão executivo, de 24 de Outubro de 2011, faz saber, publicamente, que, em 23 de Novembro de 2011, pelas 18:00 horas, no Salão Nobre do Município de Beja, terá lugar uma hasta pública, para venda do seguinte imóvel: - prédio urbano, destinado à habitação, sito na Rua Dr. Jaime Palma Mira, 16, inscrito na matriz predial urbana sob o artigo 697 da Freguesia de Albernoa e descrito sob o nº 88/1200288, com a superfície coberta de 340,75 m2 e descoberta de 181 m2, com o valor patrimonial de € 36.480,77, composto de rés-do-chão, com 5 divisões, designadamente, cozinha, despensa, alpendre, garagem e logradouro, e 1º andar, com 6 divisões e um corredor. O procedimento de venda em hasta pública respeitará o disposto no Regulamento de Alienação de Terrenos Municipais do Município de Beja, aplicável ao presente processo com as necessárias adaptações, destacando-se as seguintes condições mais relevantes: I (HASTA PÚBLICA) a) – A arrematação é presidida pelo Presidente da Câmara ou em quem este delegar, que mandará anunciar a abertura da praça. b) – No acto da praça, depois de lido o presente edital, proceder-se-á à licitação verbal entre os concorrentes. c) – Os concorrentes devem ser os próprios ou outrem, com poderes especiais, ou na qualidade de gestores de negócios, nos termos do que dispõe o artigo nº 464 e seguintes do Código Civil, desde que o declare previamente. d) – Posto em leilão o referido prédio, o pregoeiro anunciará em voz alta o primeiro lanço que aparecer acima do valor de licitação de trinta mil euros (€ 30.000,00) e os que se sucederem, tomando nota dos respectivos licitantes. e) – Os lanços não poderão ser inferiores a € 250,00 f) – A licitação só se considera finda quando o pregoeiro tiver anunciado por três vezes, o lanço mais elevado e este não for coberto. g) – Se passado um ¼ de hora não houver lanço superior ao valor por que os lotes foram postos em praça é esta encerrada. II (PAGAMENTOS) a) – O arrematante depositará no acto da praça o valor da arrematação ou fracção, não inferior à décima parte. b) – Quando houver sido depositada apenas uma parte do valor da arrematação, será o restante depositado directamente pelo arrematante na tesouraria da Câmara Municipal, no prazo de trinta dias a contar da data da arrematação, sob pena de perder o direito ao prédio arrematado, não lhe sendo restituída a importância entretanto depositada. III (TRANSMISSÃO) a) – A escritura de venda do prédio não será outorgada sem que tenha sido paga ou depositada a totalidade do valor da arrematação. O presente processo será conduzido pela Divisão de Planeamento e Ordenamento desta autarquia. Para os devidos efeitos, se declara que foi observado o disposto no artigo 64º, nº 1, al. f) da Lei 169/99, de 18 de Setembro. Para constar se produziu este edital e outros de igual teor que serão afixados, publicamente, nos lugares de estilo deste Município, incluindo na Freguesia de Albernoa, durante 5 dias, nos 10 dias subsequentes à tomada da decisão, nos termos do artigo 91º, nº 1, da Lei 169/99, de 18 de Setembro. Paços do Concelho do Município de Beja, 2 de Novembro de 2011. O Presidente da Câmara Municipal de Beja Jorge Pulido Valente
institucional diversos Diário do Alentejo nº 1543 de 18/11/2011 Única Publicação
PROCURO Tractor usado entre 50
CARTÓRIO NOTARIAL DE MÉRTOLA
a 70 cavalos, de tracção
CERTIDÃO NARRATIVA
às 4 rodas, com alfaias
(Conforme Art.° 100 do Código do Notariado) Alexandre José da Silva Santos, Conservador em substituição do Cartório Notarial de Mértola, certifica: Que, para efeitos de publicação foi lavrada em quatro de Novembro do ano de dois mil e onze neste Cartório notarial e exarada a partir de folhas cinquenta e um a folhas cinquenta e duas verso do livro de notas para escrituras diversas número trinta – D, uma Escritura de Justificação Notarial, na qual Lúcia Raposo da Cruz, N.l.F.135.737.591 natural da freguesia e concelho de Mértola residente aos Corvos, declarou: Que, é dona e legítima possuidora, com exclusão de outrém do prédio urbano, localizado aos Corvos, freguesia e concelho de Mértola, composto de casa de dois compartimentos, com a área global de setenta e dois vírgula cinquenta metros quadrados, dos quais cinquenta e nove metros quadrados são de superfície coberta, e treze vírgula cinquenta são de logradouro, a confinar do norte com Júlio de Manuel Jacinto, do sul com Jacinto Dionísio, do nascente com João Romeira e José Dionísio e a poente com via pública, inscrito na matriz predial urbana em nome da justificante sob o artigo 3502 proveniente do artigo 1053 com o valor patrimonial e atribuído correspondente de 479,23 €. Que, o prédio não se encontra registado na Conservatória do Registo Predial de Mértola. Que, o prédio veio à posse da ora justificante por o haver comprado verbalmente, corria o ano de mil novecentos e oitenta e oito a Maria Antónia d’Assunção Rosa à data solteira, maior, tendo mais tarde vindo a casar com Sebastião Lourenço no regime da comunhão de adquiridos e actualmente já falecida, residente que foi aos Corvos, Mértola. Que, porém desde o ano de mil novecentos e oitenta e oito e sem interrupção, pelo que, continuadamente e em permanência a justificante entrou na posse e fruição do referido prédio, usufruindo de todas as utilidades por ele proporcionadas e suportando os respectivos encargos, contribuições e impostos e com ânimo de quem exercida direito próprio, ignorando lesar direito alheio, à vista e com conhecimento de todos, sendo reconhecida como sua dona. Que, sempre habitou, permaneceu e melhorou a casa, pagando as respectivas contribuições tendo portanto adquirido o prédio e, sem qualquer interrupção mantido a sua posse ostensivamente sem a oposição de quem quer que fosse e com conhecimento de toda a gente, agindo sempre por forma correspondente ao exercício do direito de propriedade, sendo por isso uma posse própria, pública, porque à vista de todos e sem a menor oposição de quem quer que seja, pacífica, porque exercida sem violência, contínua, porque mantida ao longo de todos estes anos e de boa fé, a qual dura há mais de vinte anos, pelo que se verificam todos as requisitos legais para a aquisição do referido prédio invocando para tanto a usucapião. Que, dado o modo de aquisição, sem documento algum que titule suficientemente o seu direito e lhe permita para efeitos de registo predial, fazer prova do seu direito de propriedade do aludido prédio justifica a aquisição do mesmo no presente acto por usucapião. É extracto certificado da escritura e vai conforme o original, declarando que, da parte omitida nada consta que altere, prejudique, modifique ou condicione a parte transcrita. Mértola, quatro de Novembro de dois mil e onze. O Conservador, em substituição Alexandre José da Silva Santos
ou sem alfaias. Contactar tms. 968761442 ou 917731026
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necrologia
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Selmes
Vidigueira
PARTICIPAÇÃO
PARTICIPAÇÃO
Rua da Cadeia Velha, 16-22 - 7800-143 BEJA Telefone: 284311300 * Telefax: 284311309
www.funerariapax-julia.pt E-mail: geral@funerariapax-julia.pt Funerais – Cremações – Trasladações - Exumações – Artigos Religiosos
Francisco Pedro Martins Nasceu 14.06.1929 Faleceu 09.11.2011 Faleceu o Exmo. Sr. Francisco Pedro Martins casado com a Exma. Sra. Maria Joaquina Amaro da Graça. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 10, da casa mortuária de Selmes para o cemitério local. AGÊNCIA FUNERÁRIA ESPÍRITO SANTO, LDA. Rua Das Graciosas, 7 7960-444 Vila de frades/Vidigueira Tm.963044570 – Tel. 284441108
PARTICIPAÇÃO E AGRADECIMENTO
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BEJA
BEJA / SELMES
SANTA CLARA DE LOUREDO
SANTA VITÓRIA
SANTA CLARA DE LOUREDO / ESPÍRITO SANTO
†. Faleceu o Exmo. Sr.
†. Faleceu o Exmo. Sr. MANUEL ANTÓNIO BÁRBARA, de 78 anos, natural de Aljustrel, casado com a Exma. Sra. D. Pulquéria Maria Aleixo Martins Bárbara. O funeral a cargo desta Agência realizouse no passado dia 10, das Casas Mortuárias de Beja, para o cemitério de Selmes, Vidigueira.
†. Faleceu a Exma. Sra. D. LUÍSA ROSA CORDEIRO, de 99 anos, natural de Santa Clara de Louredo - Beja, viúva. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 11, da Casa Mortuária de Santa Clara de Louredo, para o cemitério local.
†. Faleceu a Exma. Sra. D. BÁRBARA MARIA AFONSO, de 98 anos, natural de Santa Vitória - Beja, viúva. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 11, da Casa Mortuária de Santa Vitória, para o cemitério local.
†. Faleceu o Exmo. Sr. MANUEL PEREIRA, de 86 anos, natural de Espírito Santo - Mértola, viúvo. O funeral a cargo desta Agência realizouse no passado dia 11, da Casa Mortuária de Santa Clara de Louredo, para o cemitério de Espirito Santo, Mértola.
SANTA VITÓRIA
BEJA
BEJA
BEJA
BEJA
†. Faleceu o Exmo. Sr.
†. Faleceu o Exmo. Sr. JOSÉ
†. Faleceu a Exma. Sra. D. MARIA JOÃO ELIAS LANÇA, de 78 anos, natural de Santa Maria da Feira Beja, casada com o Exmo. Sr. Marcelino José Montez Lança. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 13, da Igreja Paroquial do Carmo, para o cemitério de Beja.
†. Faleceu a Exma. Sra. D.
†. Faleceu o Exmo. Sr. DOMINGOS JOSÉ GOMES, de 86 anos, natural de Salvador - Beja, casado com a Exma. Sra. D. Irene das Dores Tecedeiro. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 14, das Casas Mortuárias de Beja, para o desta cidade.
João Augusto de Jesus Nasceu 10.09.1941 Faleceu 16.11.2011 Faleceu o Exmo. Sr. João Augusto de Jesus casado com a Exma. Sra. Laurinda da Nazaré Poutra Cruz. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 17, da casa mortuária de Vidigueira para o cemitério local.
AGOSTINHO LOPES MONTEIRO, de 69 anos, natural de Amareleja - Moura. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 10, das Casas Mortuárias de Beja, para o cemitério desta cidade.
AGÊNCIA FUNERÁRIA ESPÍRITO SANTO, LDA. Rua Das Graciosas, 7 7960-444 Vila de frades/Vidigueira Tm.963044570 – Tel. 284441108
Alcaria da Serra
PARTICIPAÇÃO
ALEXANDRE RALHA CANENA CRISTINA, de 66 anos, natural de Baleizão Beja, casado com a Exma. Sra. D. Mariana Costa dos Santos Cristina. O funeral a cargo desta Agência realizouse no passado dia 12, da Casa Mortuária de Santa Vitória, para o cemitério loca.
MANUEL PINHEIRO DA SILVA, de 78 anos, natural de Alcântara - Lisboa, viúvo. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 12, das Casas Mortuárias de Beja, para o cemitério desta cidade.
BEJA
BEJA
MARGARIDA DE FÁTIMA BELARD DA FONSECA BRAVO, de 73 anos, natural de São João Baptista - Beja. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 13, das Casas Mortuárias de Beja, para o cemitério desta cidade.
BEJA
Vivelinda Condeça Ramos Filhos, nora e netos participam o falecimento da sua ente querida ocorrido no dia 08/11/2011, e agradecem a todos quantos se dignaram acompanhá-la à sua última morada ou de outro modo lhes manifestaram o seu pesar. Mais expressam o seu profundo reconhecimento a médicos, enfermeiros e pessoal auxiliar da Unidade de AVC’s do Hospital de Beja, pelo profissionalismo com que trataram a sua doente e por todo o apoio moral prestado aos seus familiares. A todos um muito obrigado.
MISSA
Dr. Jacinto Guerreiro Brito da Lança Sua mulher, filhos e netos participam que mandam celebrar missa no 3º aniversário da sua morte, dia 25 de Novembro, às 18.30 horas na Igreja do Carmo em Beja, agradecendo antecipadamente a todas as pessoas que com eles possam partilhar esse momento.
Manuel Amaro Nasceu 23.09.1916 Faleceu 13.11.2011 Faleceu o Exmo. Sr. Manuel Amaro natural de São Matias, viúvo. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 14, da casa mortuária de Alcaria da Serra para o cemitério local. AGÊNCIA FUNERÁRIA ESPÍRITO SANTO, LDA.
†. Faleceu o Exmo. Sr. JACINTO ANTÓNIO JOSUÉ, de 89 anos, natural de São Martinho das Amoreiras Odemira, casado com a Exma. Sra. D. Emília da Encarnação. O funeral a cargo desta Agência realizouse no passado dia 15, da Igreja Paroquial do Carmo, para o cemitério de Beja.
†. Faleceu o Exmo. Sr. FRANCISCO MANUEL MARTINS COELHO, de 48 anos, natural de Santiago Maior - Beja, casado com a Exma. Sra. D. Helena Maria Pimentel Lopes Coutinho. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 16, da Igreja Paroquial do Carmo, para o cemitério de Beja.
†. Faleceu a Exma. Sra. D. CRISTINA ALVITO PEREIRA, de 80 anos, natural de Alcaria Ruiva Mértola, viúva. O funeral a cargo desta Agência realizouse no passado dia 16, da Igreja Paroquial do Carmo, para o cemitério de Beja.
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MISSA
MISSA
Rua Das Graciosas, 7 7960-444 Vila de frades/Vidigueira Tm.963044570 – Tel. 284441108
Missa do 18º Mês N o p róx i m o d i a 2 2 d e Novembro, terça-feira, pelas 18.30 horas, será rezada na Sé de Beja missa pelo seu eterno descanso, agradecendo-se desde já a todos os que se dignarem assistir à celebração.
AGÊNCIA FUNERÁRIA POPULAR BEJENSE, LDA. A Agência mais antiga de Beja
Rua António Sardinha, 12 – 7800-447 Beja (frente ao balneário público)
Neves
Maria José Maruta
Às famílias enlutadas apresentamos as nossas mais sinceras condolências.
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Bernardino José Caixinha da Mata
António Manuel Gil Teixeira
5º Ano de Eterna Saudade
3º Ano de Eterna Saudade
O Senhor te receba na Sua Paz! Pela Sua infinita misericórdia tenhas descanso eterno no Céu! J.M.
Esposa, mãe, irmã, cunhado, sobrinhos, sogra e restante família par ticipam a todas as pessoas de suas relações e amizade, que será celebrada missa pelo eterno descanso do seu ente querido no dia 27/11/2011, domingo, às 18.00 horas na Igreja da Sé em Beja, agradecendo desde já a todos os que comparecerem no piedoso acto.
Sua família participa que será celebrada missa pelo seu eterno descanso na próxima terça-feira, 22 de Novembro, pelas 18h30m na Igreja da Sé - Beja, agradecendo desde já a todos os que nela participarem.
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Dica da semana eHoje damos-te a conheta cer o trabalho da artista japonesa Sachiko Kanaizumi, um mundo de pequenas personagens que nos transportam tam muito para o imaginário o da Alice no País das Maravilhas. Flores, animais, cogumelos, meninas do tamanho de um polegar e muita cor fazem das suas ilustrações verdadeiras as delícias. Podes ficar a conhecerr mais em (http://sachikokanaizumi. mi. com/)
27 D Diário do Alentejo 118 novembro 2011
A Biblioteca de Almodôvar, no âmbito da promoção da leitura iniciou em outubro o programa “No Encanto da Leitura”, tendo o seu término em junho. Ao longo do ano e nas diferentes salas, “O Bosque das Histórias”, Bebéteca, Leituras Partilhadas e 2.ª Viagem com Livros, vais poder usufruir de inúmeras actividades como, por exemplo, ateliês, encontros com escritores e ilustradores e comemoração de datas importantes. Informa-te em www.biblioleitura-almodovar.blogspot.com
Alguns dest destes cogumelos não são comestíveis, tenta identificá-los identificá-lo
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solução: 2, 5, 6
Biblioteca de Almôdovar com programação de sonho
A páginas tantas ... A Orfeu Mini traz-nos O Cavaleiro Coragem! de Chedru Delphine, uma ilustradora que se destaca pelos jogos de observação e cor. O mundo gráfico, rico e atraente, cheio de animais fantásticos. O mesmo se passa com o nosso cavaleiro todo vestido de azul, conhecido pelas suas façanhas, mas que, infelizmente, numa curva da estrada, perde a sua coragem. Para a recuperar, terá de entrar na árvore oca e enfrentar vários enigmas e labirintos, salamandras e sereias, ursos e leões vermelhos, até ao duelo final com o terrível dragão verde. A tua missão é ajudá-lo na sua busca, entrar em florestas mágicas, escadas, labirintos e tapeçarias medievais. Os jogos seguem-se uns aos outros para encontrar a chave escondida. Neste livro o herói também és tu!
28 Diário do Alentejo 18 novembro 2011
O Drambui é um cão adulto, de porte grande, que espera encontrar em breve uma família e uma casa com espaço onde possa viver com mais liberdade. Embora seja de raça indefinida tem alguns traços de pastor alemão. É um cão tímido com pessoas que não conhece, mas depois torna-se dócil e sociável. Está vacinado e desparasitado. Venham conhecê-lo ao Cantinho dos Animais de Beja. Contactos: 962432844; sofiagoncalves.769@hotmail.com
Boa vida
BD “Omaha Beach”
Ingredientes:
O belga Philippe Jarbinet, após uma breve pausa depois do êxito obtido com o primeiro díptico da série “Airborne 44”, regressa agora, também pelas edições Casterman, com um espetacular e emotivo terceiro tomo, “Omaha Beach”, um tanto autónomo dos dois primeiros. Um jovem franco-norte americano, agora incorporado no exército, regressa em 1944 ao local, na costa francesa, onde seis anos antes viveu românticos momentos muito felizes. Durante o tempo que entretanto foi passando, Gavin sempre manteve correspondência com a bela e valorosa Joanne, até que... Belíssimas, as sequências do heroico e dramático desembarque do famoso Dia D... na Omaha Beach.
“Sybile, Jadis” É o sexto tomo da série “Croisade”, sob edição Lombard e da autoria de Jean Dufaux (guião) e grafismo de Philippe Xavier. Em “Sybile, Jadis” prossegue toda a saga no tempo misterioso, heroico e sacrificado das históricas Cruzadas. Por aqui passa todo um clima de bravuras, mas também de crueldades, de erotismo escaldante e de alguns aspetos bizarros de encantamentos. O insólito de braço dado com a História, até certo ponto. De resto, tudo é ficção. Luiz Beira PUB
Comer Frango frito à moda da tia Matilde 1 frango, 1 kg. de batatinhas pequenas, 4 dentes de alho, 2 dl vinho branco alentejano, 100 g. de banha, vinagre q.b., 2 cebolas, colorau q.b., 1 folha de louro, sal q.b., pimenta branca q.b., piripiri q.b., 1 limão, 1 molho de salsa, azeitonas q.b. . Confeção: Depois do frango limpo, corte-o em bocados pequenos. Coloque-os num recipiente e tempere-os com o vinho branco, vinagre, cebola cortada em meias luas, louro, salsa, sal e pimenta. Deixe repousar durante duas horas. Descasque as batatinhas e coloque-as em água. Escorra o frango e aproveite a marinada. Numa frigideira antiaderente leve ao lume a banha e frite os bocados de frango misturados com a cebola. Depois de tudo frito, deite a marinada na frigideira, deixe ferver, de seguida regue o frango com o molho. Frite as batatas em óleo e misture com o frango envolvendo tudo muito bem. Espalhe umas azeitonas por cima, regue com um pouco de sumo de limão e salpique com salsa picada. Sirva bem quente e bom apetite… António Nobre Chefe executivo de cozinha – Hotéis M’AR De AR, Évora
Petiscos A caça dos caçadores
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oltamos à caça: estamos no tempo dela. Uma das espécies que maior reputação culinária tem – e justamente por que a carne é esplêndida – é a codorniz que por ser pequena se cozinha trivialmente como outros passarinhos de menor dimensão e se come da forma clássica, frita com alho e louro. Nada mais injusto. A codorniz consente formas de tratamento gastronómico tão elaborados como a perdiz e o resultado é igualmente admirável. Claro que dá trabalho depenar e arranjar pássaros de tão pequeno porte mas na cozinha, já se sabe, as coisas melhor conseguidas dão, normalmente, mais labuta e exigem maior dedicação. A codorniz é uma ave que permite um tipo de caça – refiro-me à caça com cães de parar – muito apreciado pelos verdadeiros caçadores. Assistir ao momento da paragem duma codorniz, por um “pointer”, um “setter” ou mesmo um perdigueiro português, nos silvados duma ribeira ou num restolho recente é uma ocasião única de ver “trabalhar” um cão, fazendo aquilo a que está condicionado geneticamente e aperfeiçoado pela aprendizagem que recebeu do seu dono. Mas vai faltando quem ensine os cães, a malta gosta mais de atirar do que caçar. E ainda que uma coisa complemente a outra, não são o mesmo, caçar é competir, está inscrito nos nossos genes ancestrais. Também se faz confusão entre as codornizes que estão à venda nos supermercados e as peças venatórias propriamente ditas. Aquelas são duma variedade japonesa, maiores e muito mais fáceis de criar em cativeiro, produzindo ovos – que igualmente estão vulgarmente disponíveis para compra – em quantidades assombrosas. Não confundamos pois duas coisas tão distintas: de facto só o nome é comum, o gosto e a textura são completamente diferentes. Passemos aos “comes”. Depenadas e arranjadas que estiverem as aves, vão para dentro de vinho branco durante um dia, ou mesmo dois, com umas rodelas de laranja. Secam-se com um pano e a seguir são lavadas, por dentro e por fora, com vinho da Madeira. Se não houver vinho da Madeira disponível, serve moscatel de Setúbal, seco. Faz-se então uma massa com nozes peladas – é uma chatice pelar as nozes? É, mas ninguém disse que isto dos tachos e panelas só dá alegrias sem trabalho – mais presunto entremeado bem migado, sal pimenta e o mesmo vinho com que se lavaram. Recheiam-se as codornizes com esta massa, cozem-se as aberturas e lardeiam-se. Isto é, envolvem-se em fatias finas, muito finas, de toucinho fresco. Atenção às banhas e toucinhos rançosos, já aqui disse mas vou repetir: uma colher de sopa de banha rançosa dá cabo dum almoço de casamento para duzentas pessoas. Vão ao forno, se estiver em lume médio ou médio/alto demoram a assar entre quarenta a sessenta minutos. Tem que se ir abrindo e cobrindo com o molho que entretanto pinga. Se for pouco – tem obrigação de não ser – junta-se mais um gole do vinho que se está a usar. Servem-se com puré de batata e legumes cozidos, especialmente feijão verde, bem escorrido e com uma noz de manteiga. Será que eu já disse que este prato está pensado para codornizes bravas? Já, já disse mas não faz mal repetir. António Almodôvar
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a próxima sexta-feira, dia 25, é apresentado ao público o livro Ouro Vermelho e Filatelia, obra do autor da rubrica de filatelia do “Diário do Alentejo”. O ato terá lugar no auditório da Biblioteca Municipal José Saramago, em Beja, pelas 21 horas, e o livro será apresentado pelo dr. Francisco Barbosa da Costa, presidente da assembleia geral da Federação das Associações de Dadores de Sangue – Portugal, e por Pedro Vaz Pereira, presidente da Federação Portuguesa de Filatelia APD. Neste trabalho, o primeiro na filatelia portuguesa a tratar desta temática, o autor pretende fazer um muito breve resumo do estudo do sangue, desde a antiguidade clássica até ao presente, realçando não só a descoberta dos grupos sanguíneos e fator Rh, ambos descobertos no século XX, mas também a contribuição portuguesa no sécu lo X V I, através dos estudos do albicastrense João Rodrigues, famoso médico e investigador mais conhecido por Amato Lusitano. No que se refere à história da dádiva de sangue em Portugal, o autor dá destaque a uma extensa entrevista aos responsáveis pelo Banco de Urgência do Hospital de S. José em Lisboa, publicada no “Diário de Notícias” de 6 e 7 de março de 1924. Faz também uma breve resenha da história do movimento da dádiva de sangue em Portugal, com particular destaque para a região de Vila Nova de Gaia, Castelo Branco e Beja. Numa segunda parte, toda ela dedicada à filatelia, são inventariadas, por ordem de emissão, todas as peças filatélicas emitidas pelos correios portugueses sobre esta temática e são apresentadas pistas para o tratamento deste tema numa coleção da chamada classe aberta. Nesta classe é permitida a inclusão de outro tipo de material não filatélico como, por exemplo, autocolantes e outros produtos de apelo à dádiva de sangue. Geada de Sousa
Diário do Alentejo 18 novembro 2011
Letras Nagasáqui
Filatelia Dádiva de sangue e filatelia em livro
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himura-San vive sozinho uma existência sem sobressaltos ou emoções, pautada pela rotina de um homem que já dobrou a meia idade, não casou, nem tão pouco tem distrações ou amigos. “Always being with you” – a promessa publicitária inscrita no frigorífico, que lhe soou ao tipo de relação estável e para a vida pretendido por ele, tornou-se subitamente ameaçadora quando descobre que pequenas coisas desaparecem do interior do eletrodoméstico. É, de novo, na tecnologia que confia, porém, quando decide averiguar o que se passa na cozinha enquanto está no emprego. Como esperado, na imagem da webcam transmitida para o escritório materializase uma figura, de mulher. Enquanto prepara a refeição ligeira, esta compraz-se com os raios de sol que entram pela janela, alheada da sua falta de juventude e de encantos. Entretanto, o homem chama a polícia e cumpre os preceitos legais para recuperar a paz. Impossível, constata. Um fait divers divulgado na imprensa japonesa inspirou o jornalista francês Éric Faye na escrita deste romance distinguido com Grande Prémio de Romance da Academia Éric Faye Francesa em 2010. Gradiva Desfiada com vagar e subtileza, a narraPVP: 9,5€ tiva, feita alternadamente na primeira pes100págs soa por Shimura-San e pela “clandestina” [a mulher sem nome que ocupa a casa não obstante esta ter um proprietário], desvenda o processo de desapropriação de um espaço por alguém enquanto uma assombração se apodera do lugar. Esta é também uma história que sublinha a desumanização gerada pelo capitalismo mas inclui uma “promessa” de reação, através de uma “ética” da propriedade definida pelos afetos.
Jazz World Saxophone Quartet “Yes We Can”
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ravado ao vivo no final de março de 2009 na sala berlinense Kino Babylon, “Yes We Can” é o mais recente registo do World Saxophone Quartet (WSQ), verdadeira instituição saxofonística criada em 1977, com uma constituição instrumental decalcada do quarteto de cordas clássico. O disco celebra a chegada à Casa Branca do presidente Obama – a tomada de posse ocorrera dois meses antes – e adota o famoso slogan de campanha como mote e inspiração para esta exuberante jornada. Ao longo dos anos, o WSQ sofreu algumas alterações na sua composição: atualmente, aos fundadores Hamiet Bluiett e David Murray juntam-se o veterano de Nova Orleães, Kidd Jordan, para o lugar deixado vago por Oliver Lake, e o multifacetado James Carter, que herda o posto de John Purcell, que, por sua vez, havia sucedido a Julius Hemphill, falecido em 1995. Logo aos primeiros segundos torna-se evidente o júbilo e o otimismo dos quatro músicos. A função abre com esse vibrante festim chamado “Hattie Wall”, há três décadas tornado o emblema do grupo. Ancorados no groove proporcionado pelo barítono de Bluiett, os outros três entrelaçam as suas linhas numa densa mas irresistível teia. A alta rotação prossegue em “The River Nigger” (de Jordan) que conta com uma superior prestação de James Carter, em saxofone soprano. No título-tema o quarteto funciona como um sólido bloco, permitir a Carter voar de novo a grande altura. Curiosa a inclusão quase no final de uma citação a “Hail to the Chief”, famosa marcha associada aos presidentes dos Estados Unidos da América, tocada nomeadamente durante as suas aparições públicas. “The God of Pain” Yuri Daniel – World é uma balada de Saxophone Quartet Murray onde este, – “Yes We Can” num solo magníHamiet Bluiett (saxofone fico, faz uso das barítono, clarinete), Kidd técnicas de resJordan (saxofone alto), piração circular James Carter (saxofones e de overblowing. tenor e soprano) e David Se “The Guessing Murray (saxofone tenor, Game”, profundaclarinete baixo). mente espiritual, Editora: Jazzwerkstatt mostra um comoAno: 2011 vente diálogo entre Bluiett no clarinete e Murray no clarinete baixo, “Long March to Freedom” – com Carter exímio nos multifónicos – adquire contornos épicos. O tempo passa, mas sim, eles podem. António Branco
Maria do Carmo Piçarra
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Pintura de Gina Frazão em Aljustrel
Diário do Alentejo 18 novembro 2011
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“Simplesmente uma expressão de vida” é a proposta da artista plástica portuense Gina Frazão para ver no espaço Oficinas, em Aljustrel, a partir de hoje, sexta-feira, pelas 18 horas, e até ao próximo dia 10 de dezembro. Na sua pintura, como define o catálogo da mostra, “é mínima a existência dos motivos descritos e resume-se, quase sempre, a seres humanos e animais que, quando surgem em simultâneo, parecem um único corpo, uma existência harmoniosa onde confluem os peixes, as cabras, as avestruzes, os coelhos, os macacos; mas também a menina – amiga da bicharada”.
Fim de semana
Evento decorre em Beja ao longo do fim de semana
Praça da República vai ser mercado medieval por três dias
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rtesãos e atores vão ocupar, entre hoje e domingo, 20, a praça da República de Beja, naquele que será o primeiro mercado medieval da cidade. A organização do evento fica a cargo de uma jovem associação de artesãos de Vila do Conde, a Velha Lamparina, também especializada em recriações históricas, em parceria com a Associação para a Defesa do Património de Beja e o município de Beja. A partir das 10 horas de hoje fica assim instalado o bulício na sala de visitas da cidade, com vários artesãos trabalhando ao vivo em diversos materiais e peças, como peles, velas, bijutaria e joalharia, brinquedos em madeira, tecelagem, latão, arte sacra, olaria ou calçado. Para melhor recriar este regresso ao passado, atores profissionais terão a seu cargo a missão de encarnar personagens do quotidiano de então, encenando torneios, demonstrações de voo de aves de rapina, espetáculos musicais, de malabarismo e de fogo,
danças, vendas de escravos, rixas e cortejos. Em permanência, além da venda de artesanato produzido no local por artífices trajados como outrora, o Mercado Medieval de Beja terá a circular animadores de rua, disponibilizando vários ateliês e a degustação de iguarias gastronómicas, entre frutos secos caramelizados, pão em forno de lenha, doçaria tradicional, chás de ervas, licores, fumeiros trasmontanos e minhotos, pão de ló de Ovar ou fogaças de Santa Maria. Criada em 2009 mas composta por artesãos com muitos anos de experiência em feiras medievais, a Velha Lamparina assume a missão de “divulgar, promover e defender o artesanato”, além de “dar a conhecer produtos tradicionais, usos e costumes através da demonstração de vários extratos do quotidiano no passado”, proporcionando o “reencontro com as nossas raízes culturais e a herança de gerações passadas
Clã apresenta “Disco Voador” em Beja Os Clã vão animar o serão de hoje em Beja, num concerto em torno de “Disco Voador”, o novo álbum da banda, que será apresentado no Pax Julia Teatro Municipal, a partir das 21 e 30 horas. Lançado em abril último, “Disco Voador” é assumidamente um trabalho “inspirado no universo dos supernovos, integralmente composto por canções originais, lúdicas e irreverentes, cheias de histórias de crianças e para crianças”.
Casa da Cultura mostra “BD na Planície” Inaugura-se amanhã, sábado, na Casa da Cultura de Beja, a exposição “BD na Planície”, uma organização da Bedeteca de Beja e do Toupeira – Ateliê de Banda Desenhada. Espalhados pelo rés do chão e 1.º andar vão estar trabalhos de 20 autores da cidade, nomeadamente de Beatriz Caetano, Carlos Apolo Martins, Carlos Páscoa, Inês Freitas, João Lam, Maria João Careto, e ainda dos premiados Paulo Monteiro e Susa Monteiro, entre outros. A mostra vai estar patente até 7 de janeiro.
Esculturas para ver ao ar livre em Serpa A partir de amanhã, sábado, alguns espaços públicos de Serpa vão ter à mostra os trabalhos selecionados no âmbito da quarta edição do Prémio Ibérico de Escultura Cidade de Serpa. A exposição de rua vai estar visitável até 31 de dezembro no perímetro entre o Cineteatro Municipal e a Biblioteca Abade Correia da Serra, com extensão à rua que segue para o Parque de Campismo.
Teatro Fórum de Moura estreia nova produção Inspirada numa “cidade fábula” onde “tudo é permitido ao que tem dinheiro”, a companhia Teatro Fórum de Moura tem em cena até ao próximo dia 27, no Cineteatro Caridade, uma nova produção que dá pelo nome de “Ascensão e Queda da Cidade de São Cifrão”. A versão e encenação da peça, que se estreou ontem, quinta-feira, e se apresenta às quintas, sextas e sábados, sempre pelas 21 e 30 horas, é de Jorge Feliciano.
Sindicalista descontente, com mestrado em tipografia (especialização em avante verdana) e acesso a fotocopiadora do Estado, surripiador de viaturas de alta cilindrada com experiência de utilização de pé de cabra, cabecilha de quadrilha antiviolência, maquilhador profissional, estilista de fardamento militar estilo PREC e com experiência em barraca dos tiros. As funções incluem: realização de panfletos e faixas, desvio de avião no aeroporto de Beja, distribuição de propaganda anti-troika e antigoverno na capital. Se o seu perfil corresponde contacte assistente da Ana Avoila através de sinais de fumo.
Trabalhadores insurgem-se contra a contratação de trabalhadores temporários que se limitam a olhar para o boneco
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recruta-se 4 para o dia 2 o de novembr
Futuros lares serão construídos com tecnologia antiterramotos
Inventor da frase mais utilizada hoje em dia – “Estava-se mesmo a ver que o aeroporto de Beja ia dar barraca” – procura cobrar direitos de autor Trabalhadores do aeroporto de Beja aderem à greve geral de 24 de novembro por causa do stress no trabalho A greve geral do próximo dia 24 de novembro promete mobilizar trabalhadores de todo o País, destacando-se a adesão dos trabalhadores do aeroporto local como nos explicou o sindicalista Lucílio Adesão Maciça: “O que estão a fazer aos trabalhadores é vergonhoso e em Beja passaram dos limites. Qualquer dia têm de trabalhar mais do que dois dias por semana, um escândalo! Há dias em que são atendidas quase quatro pessoas que falam em idiomas estranhos, como o inglês! Tem noção do stress que isso representa? Além disso, só podem fazerr duas pausas para beber café, em vez das habituais três. Exigimos que numa ma dessas pausas um dos cafés possa ser servido com cheirinho! Senhores jornalistas, ornalistas, falem em ‘adesão à greve’ e não ‘aderência’ – até parece que oss grevistas podem ser jogados ao teto e ficarem lá colados ‘derivado à aderência’ rência’. Se não satisfazerem as nossas exigências, equacionamos outras formas mas de luta: os taxistas podem começar a imitar os taxistas do aeroporto de Lisboa e quando tiverem de levar os passageiros para Beja poderão fazer um pequeno desvio até a Amareleja”.
Possível encerramento de maternidade em Beja pode levar à inauguração de voos de cegonha desde Paris
Se a polémica fosse sinónimo de sucesso, o aeroporto de Beja tinha voos interplanetários todos os dias. Agora que a estrutura está toda feita, crescem as incógnitas à volta do empreendimento. Mas as oportunidades de negócio prometem ser infindáveis. Que o diga o senhor Diogo, natural de Beja e mirone especializado em trabalhos de construção civil, que reclama para si a autoria da frase que toda a gente diz: “Estava-se mesmo a ver que o aeroporto de Beja ia dar barraca”: “As pessoas não têm noção de que, no passado, outras frases fizeram história na nossa cidade, como, por exemplo, ‘Um castelo tão alto para quê? Vai ser uma chatice com as correntes de ar…’ ou ‘Aquela freira passa muito tempo a escrever cartas de amor e pouco tempo a fazer papos de anjo’. Na altura, não havia direitos de autor, mas hoje vou cobrá-los, que a vida está má e todo o dinheiro faz falta. Só a manutenção ç do meu aparelho p auditivo e da anca da minha mulher leva dois terços da minha reforma”, referiu.
Beja e Almodôvar: Obras interrompidas nos lares terão de ser concluídas pelos próprios idosos A declaração de insolvência da empresa Construsan deu origem à interrupção das obras nos lares lançados pela Fundação São Barnabé em Almodôvar e Beja. Todavia, a urgência na construção destes espaços poderá levar a medidas drásticas. Em muitos lares os idosos passam o tempo a jogar canasta, a descansar ou acamados, mas neste caso eles levam uma vida mais ativa do que as obras na A26. “É verdade, sim senhor”, relatou-nos um idoso que nos pediu anonimato para que ninguém soubesse que se trata do senhor Antunes, de 79 anos: “A nossa vida é muito ativa. E digo mais, para isto acabar mais depressa não me impporto de vir para aqui trabalhar na construção do lar, depois de acab acabar o meu segundo turno na mina”. Amélia Reticências, de 86 anos, reitera reite também a vontade dos utentes em terminar as obras: “Já estava farta de d ver o João Baião aos saltos e já sei todas as respostas do Trivial Pursuit, edi edição ‘Mais perto da cova Deluxe’. Desde que tome a medicação consigo acarretar aca 100 quilos de cimento às costas. Assim ajudo nas obras. Já nem me ddói o joelho da operação ao menisco…”.
Os rumores de que a maternidade de Beja pode encerrar por realizar menos de 1 500 partos por ano estão a causar grande consternação na região e nos empresários da indústria do Lamaze. Bombeiros de Barrancos e Odemira já começaram a ter formação para realizar partos dentro de ambulâncias a caminho de Évora, com destaque para os módulos “A utilização de forceps numa Ford Transit de 1992” ou “A cesariana nas estradas da serra da Adiça”. Do mesmo modo, já se começaram a recrutar cegonhas para efetuar voos desde Paris, os quais, segundo apurámos, são muito mal encarados pelos habitantes da região, mas são vistos com bons olhos pela deputada Inês de Medeiros.
Inquérito O IPBeja perdeu um milhão de euros do OE2012. Como podemos angariar dinheiro para a instituição? FÁBIO MAÇÃ DE ADÃO, 35 ANOS Viciado em produtos da Apple e empresário no ramo da farinha de mandioca
GENOVEVA BICICLETA DO BAIRRO, 23 ANOS Especialista internacional em multitasking e coreógrafa de invisuais
CÂNDIDO PASSOS DIAS AGUIAR, 50 ANOS Aluno do Politécnico que se gaba de ter entrado na instituição no mesmo ano do príncipe Al-Mutamid
Eu estou disposto a vender um dos meus seis Iphones ou mesmo o Ipad banhado com o mesmo ouro de 24 quilates das panelas da Filipa Vacondeus. Mas o Politécnico também podia facilitar no pagamento das propinas. O melhor negócio que consegui foi pagar as minhas em 360 suaves prestações mensais. Mas isso não é suficiente… Pelas minhas contas, vou acabar de pagar aos 70 anos, antes de arranjar o meu primeiro emprego e quando tiver uma próstata do tamanho de uma bola de rugby.
Posso arranjar mais um emprego em part-time para ajudar o IPBeja. Trabalho das 7 às 13 como operadora de call-center, das 14 às 18 lavo pratos num restaurante e das 19 às 23 sou uma loira sensual, fogosa e discreta. Tenho um buraco entre as 2 e as 6 da manhã. Ouvi dizer que estão a precisar de pessoal na padaria da minha rua. Com jeitinho, arranja-se tempo para estudar. Se tudo correr bem, devo fazer duas cadeiras por ano.
Pá, eu ajudo naquilo que posso. Acho que foi da 4.ª vez que fiz o 2.º ano que entrei em coma alcoólico seis vezes e uma vez estava tão bêbado que acertei na chave do totobola. Fiz um dinheirão e o Politécnico tem-me retido desde então. Só à minha pala fizeram metade da nova Estig. Se quiserem usar-me para experiências científicas, ainda acerto no joker. Quando acabar o pilim tenciono vender um rim. O meu amor pelo IPBeja é como a burrice na “Casa dos Segredos”: não tem limites.
Nº 1543 (II Série) | 18 novembro 2011
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RIbanho
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POR LUCA
Hoje, sexta-feira, 18, podem cair alguns aguaceiros na região. A temperatura vai oscilar entre os seis e os 17 graus centígrados. Amanhã, sábado, espera-se chuva moderada e no domingo prevê-se uma melhoria do estado do tempo.
“Arte numa perspetiva diferente”
Uva de mesa tem potencial no Alentejo regado
Mais uma vez os utentes do Centro de Paralisia Cerebral de Beja (CPCB) vão partilhar com a comunidade todo o trabalho artístico que produziram ao longo do último ano. A exposição “Arte numa perspetiva diferente”, inaugurada ontem, quinta-feira, na galeria da EDIA, cumpre este ano uma década de existência, tendo patentes até ao próximo dia 16 de dezembro 26 peças, cuja venda reverterá para o CPCB.
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Acaba de ser distinguido pelo governo francês com o grau de Cavaleiro da Ordem de Mérito Agrícola, devido ao trabalho de investigação que tem desenvolvido no campo agrícola. Como recebe esta distinção?
Foi para mim uma grande surpresa. Não estava de maneira nenhuma a contar com isso, nunca tal tinha sido feito a membros desta organização a que pertenço, a Organização Internacional da Vinha e do Vinho (OIV). É um organismo científico que elabora normas que são cumpridas pelos seus 44 estados membros. Portugal está representado na OIV, e eu neste momento sou o presidente da Subcomissão de Uva de Mesa, Uva Passa e Produtos não Fermentados da Videira. Esta condecoração resulta desse trabalho. O governo francês considerou que a atividade que tenho desenvolvido nesta área tem sido um trabalho relevante em termos do setor vitivinícola.
JOSÉ SERRANO
Docente do IPBeja distinguido pelo Estado francês
uís Peres de Sousa, docente da Escola Superior Agrária do IPBeja, acaba de ser distinguido pelo governo francês pelo seu trabalho de investigação na área da uva de mesa, nomeadamente enquanto presidente da respetiva subcomissão da Organização Internacional da Vinha e do Vinho (OIV). Um dos estudos que desenvolveu permite concluir que a cultura da uva de mesa, a concretizarem-se as alterações climáticas previstas, “poderá ter um papel importante, não só económico, como também em termos sociais, na nossa região” e sobretudo “na zona de regadio de Alqueva”.
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Em que tem consistido o seu trabalho de investigação?
Ao nível da OIV, começámos por estabelecer os limites técnico-científicos para a comercialização da uva de mesa. Foi um trabalho muito exaustivo para que pudéssemos estebelecer limites para a uva de mesa no comércio mundial. Outro aspeto muito importante foi ter saído o guia da OIV em termos de produção sustentável da uva de mesa. Estamos também a estudar o efeito na saúde humana do consumo destes produtos e a atualizar, em termos científicos, o guia para a produção de uvas passa. Qual é o peso deste setor em termos nacionais e concretamente na região alentejana?
Luís Peres de Sousa,
59 anos, natural de Arouca É investigador e docente na Escola Superior Agrária de Beja, em áreas como Viticultura e Climatologia. De momento estuda os impactos das alterações climáticas na cultura da uva de mesa em Portugal continental, de que já resultou um livro. Foi nomeado pelo Estado português para representar o País na Subcomissão de Uva de Mesa, Uva Passa e Produtos não Fermentados da Videira, da OIV, e posteriormente eleito presidente pelos seus países membros.
Este ano fizemos sair um livro sobre o impacto das alterações climáticas na cultura de uva de mesa em Portugal continental. Com uma previsão de um aumento de temperatura de mais ou menos dois graus centígrados, estudámos a evolução possível desta cultura na nossa região e no País. E se isso se concretizar, temos condições extraordinárias para que a cultura da uva de mesa se instale e tenha um aumento progressivo. Estou a falar essencialmente da zona do regadio de Alqueva. É uma cultura que poderá ter um papel importante, não só económico, como também em termos sociais, na nossa região. Hoje em dia o que nós queremos é arranjar janelas de oportunidade de mercados no exterior e também termos produções para abastecermos o mercado interno. É nesta dupla via que nós estamos a trabalhar. Carla Ferreira
Feira do Livro de Mértola no domingo Com sede no salão dos Bombeiros Voluntários, a Feira do Livro de Mértola arranca já este domingo, 20, prolongando-se até dia 26. Do programa constam, além da exposição e venda de livros “a preços convidativos”, também as exposições, o teatro, os filmes, os espetáculos, os colóquios e as sessões organizadas para escolas. Uma oportunidade de “escolher algumas prendas de Natal para miúdos e graúdos”, refere a câmara municipal local, que organiza o evento em colaboração com a Santa Casa da Misericórdia, Bombeiros Voluntários e Agrupamento de Escolas de Mértola.
Portel comemora 750 anos de foral Ao longo deste ano e de 2012 assinalam-se os 750 anos, respetivamente da fundação do castelo e do primeiro foral de Portel, efeméride que levou a câmara municipal local a criar um programa comemorativo, cujo primeiro encontro científico decorre entre hoje e amanhã, sábado, no auditório municipal da vila. O colóquio “A ocupação do território de Portel antes de D. João Peres de Aboim” tem abertura pelas 14 e 30 horas, com a apresentação do programa comemorativo.
Publicidade e assinaturas A partir da próxima segunda-feira, 21, todos os serviços do “Diário do Alentejo” estarão concentrados nas instalações situadas na praceta Rainha D. Leonor n.º 1, em Beja.