Ediçao M.º 1550

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No Alentejo ainda há quem cante pela chegada dos Reis Magos págs. 4/5 Assembleia da República eleva sobreiro a símbolo nacional pág. 12 Fotorreportagem A última viagem entre Beja e Funcheira págs. 16/17

SEXTA-FEIRA, 6 JANEIRO 2012 | Diretor: Paulo Barriga Ano LXXX, N.º 1550 (II Série) | Preço: € 0,90

António Serrano teme que atrasos possam comprometer investimentos já realizados pelos agricultores

Ex-ministro da Agricultura exige conclusão do regadio de Alqueva PAULO MONTEIRO

pág. 7

2012

“Diário do Alentejo” comemora 80 anos


Vice-versa

Diário do Alentejo 6 janeiro 2012

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Editorial

Jorge Pulido Valente admite apresentar uma nova versão do orçamento à Assembleia Municipal (AM). Esta decisão está dependente do “parecer [da Associação Nacional de Municípios Portugueses] e da disponibilidade de todos os membros da AM para que seja encontrada uma solução”.

80 Paulo Barriga

A mesa da AM encontra-se “disponível para reunir e tomar decisões, em qualquer momento, sobre os documentos que a câmara lhe envie para deliberação”, aguardando “sobretudo novas propostas por parte da Câmara de Beja, procedimento a que está obrigada”.

V

ai uma apostinha? Ou uma adivinhazinha? Saberá o estimado leitor qual foi a primeira manchete do “Diário do Alentejo”? Não é fácil. Nem demasiadamente difícil. Já lá vão 80 anos, é certo, e bem se sabe como o tempo costuma varrer os recantos à memória. Mas existem certos temas, certos assuntos, certas fatalidades que atravessam a História de Portugal desde os tempos da formação da Nacionalidade. “A Crise”. Pois é: “A Crise”. A 1 de junho correm 80 anos sobre o nascimento do “Diário do Alentejo”, por iniciativa de Carlos Marques e edição de JJ Corôa. E então, como hoje, o País estava a receber de peito aberto a onda de choque provocada pela quebra na bolsa de Nova Iorque e pela chamada “Grande Depressão”. O “Diário do Alentejo” surge, então, em pleno maremoto financeiro e económico. O maior de todos os tempos, dizem os economistas, agora com mais dúvidas do que antes tinham. Mas surge o “Diário do Alentejo” com uma vitalidade e uma capacidade de ironizar a toda a prova. A primeira manchete do jornal, já o sabemos, foi “A Crise”. Que o editor fez ilustrar com um desenho de três meninas dondocas a perguntar umas às outras se os respetivos “papás” sempre tinham comprado um Packard. Que era assim a grande máquina automóvel da época. E também a mais cara. A mais luxuosa. Por medo da crise, o pai de uma das meninas não comprou o carro. Por medo da crise, o pai de outra adquiriu-o: “teve medo da crise de nervos da mamã”. São os de hoje, os mesmos tiques de ontem. E para quem tinha prometido, ainda na semana passada, abolir a palavra crise das páginas deste jornal, encontrou minhoca logo na primeira cavadela. Mas não poderíamos deixar de mencionar a “nossa” crise de há 80 anos. Foi assim que nasceu este jornal. E este é um ano de data redonda e bonita para o “Diário do Alentejo”. Estamos de parabéns e queremos festejar. Mesmo que não possamos oferecer a todos os nossos fiéis leitores um Packard, embora saibamos que o merecem. Um bom ano para todos, nos 80 anos que o “Diário do Alentejo” faz.

Fotonotícia Bebé do ano. Deu uma boa última noite à sua mãe, o Alexandre, que foi a primeira criança a nascer no Hospital de Beja em 2012. Não quis ser madrugador, mas veio em boa hora. Passavam 37 minutos das nove da manhã do primeiro dia do ano, quando Maria Margarida Garcia Reis, de Vila Verde de Ficalho, deu à luz este lindo bebé que nasceu com mais de três quilogramas e cheio de saúde. A obstetra Graça Janeiro e a enfermeira Ana Martins assistiram àquela que foi a primeira boa notícia do ano de 2012. Que deixaria de ser notícia se o Governo extinguisse esta maternidade. E vontade, ao que parece, infelizmente não lhe falta. PB Foto de José Serrano

Voz do povo Que desejos formulou para 2012?

Inquérito de Ângela Costa

José Henrique, 65 anos, reformado

Edelson Silva, 24 anos, instalador de gás natural

Maria do Carmo Carvalho, 52 anos, empregada de limpeza

Carolina Castilho, 52 anos, professora

Nenhum, nem tive tempo para pensar nisso. Se fosse para fazer os desejos agora… desejava saúde e um bocadinho mais de dinheiro. O que é que podemos desejar mais do que isso? Se tivermos saúde o resto vamos conseguindo.

Muita paz, saúde e tudo de bom para todos. Para mim desejo saúde. Acho que tendo saúde já estamos bem. E também um dinheirinho a mais, porque todos nós precisamos.

Desejei que este ano tenha trabalho com fartura para ter mais dinheiro; muita saúde para os meus filhos e para os meus netos; e que as condições de vida melhorem, por que as coisas estão muito difíceis.

Desejo que aquilo que nós conseguimos com o 25 de Abril não se perca e que este governo se preocupe menos com aqueles que têm muito e mais com aqueles que têm pouco. Pessoalmente, desejo saúde e que os meus filhos arranjem emprego.


Semana passada

A Câmara Municipal de Vidigueira anunciou que está a decorrer, até ao dia 8 de fevereiro, o período de candidaturas à atribuição de comparticipação financeira na compra de medicamentos a idosos do concelho. Os interessados devem entregar a respetiva candidatura nas juntas de freguesia de Vidigueira, Vila de Frades, Pedrógão e Selmes e nos Centros de Convívio de Alcaria da Serra e Marmelar.

TERÇA-FEIRA, DIA 3 OURIQUE ADMINISTRAÇÃO REGIONAL DE SAÚDE EM VISITA DE TRABALHO O presidente da Administração Regional de Saúde do Alentejo (ARSA), acompanhado dos vogais da administração, participaram numa reunião de trabalho em Ourique a convite do presidente da câmara. O autarca “aproveitou a reunião para apresentar projetos relacionados com a melhoria dos cuidados médicos à população do concelho, nomeadamente o projeto do novo centro de saúde a candidatar aos fundos comunitários, aproveitando a oportunidade de financiamento até 95 por cento”. No âmbito da reunião teve ainda lugar uma visita à Unidade de Cuidados Continuados de Garvão, a inaugurar brevemente. Promovida pela Associação Futuro de Garvão, beneficiará 30 utentes em regime de internamento, criando cerca de 27 postos de trabalho diretos.

TERÇA-FEIRA, DIA 3 PORTALEGRE HOMEM FALECIDO HÁ DOIS ANOS CONVOCADO PARA CONSULTA Os familiares de um homem, que morreu há mais de dois anos, mostraram-se indignados ao receberem uma carta a marcar uma consulta para o falecido na Unidade de Saúde Familiar (USF) Portus Alacer, em Portalegre. “O meu pai morreu há cerca de dois anos e sete meses e agora recebemos uma carta a marcar uma consulta para o médico de família, no dia 17 deste mês”, relatou à Lusa o filho do falecido, Francisco Cordeiro.“É uma falta de consciência, uma incompetência. Isto é brincar com os sentimentos das pessoas”, desabafou. Contactado pela Lusa, o gabinete de comunicação da Unidade Local de Saúde do Norte Alentejano, que tutela a USF Portus Alacer, assegurou que o conselho de administração vai “averiguar a situação”.

ÁLVARO BARRIGA

Será que o rapaz lá do fundo não gosta de pirotecnia?

Considera que o novo memorando de entendimento com a troika afeta o papel das associações sindicais na negociação coletiva?

Em sua opinião, neste ano particularmente difícil, qual deve ser o papel dos sindicatos?

Os sindicatos da CGTP/IN têm a sua raiz e a sua força nos trabalhadores unidos e organizados nos locais de trabalho, que promovem e efetivam os seus direitos e lutam pelas suas legítimas aspirações e por melhores condições de vida e de trabalho. Os sindicatos têm um papel indispensável na sociedade e o seu papel é inseparável da justiça, da solidariedade, da liberdade e da democracia. A USDBeja garante que luta por uma região com futuro. Acha que, neste momento, isso pode estar em risco?

Sinceramente acho que não. Não pode estar, porque, mais cedo ou mais tarde, é inevitável a mudança. O Alentejo há de ter futuro. Os sindicatos têm apresentado um conjunto de propostas às entidades oficias, que continuamos a acreditar que são fundamentais para a dinamização da região. Destaco, entre outras, o desenvolvimento da agricultura e do regadio, o racional aproveitamento das riquezas do subsolo, o melhoramento das acessibilidades rodoviárias e ferroviárias, o reforço do investimento no setor público. Bruna Soares

ÁLVARO BARRIGA

O memorando de entendimento com a troika insere-se numa estratégia delineada ao longo dos anos, por sucessivos governos com políticas de direita, prosseguidas pelos partidos do “centrão” (PS, PSD e CDS-PP, separados ou em coligação), viradas para o retrocesso dos direitos e da valorização do trabalho, da dignificação e, consequentemente, dos trabalhadores. A concertação social é governamentalizada para, a pretexto da competitividade das empresas, legitimar medidas repressivas dos direitos laborais, como ocorreu com o Código do Trabalho, o direito à segurança social e a redução dos direitos dos trabalhadores. A negociação exige que se faça de forma séria a todos os níveis, desde logo nos setores e empresas, sem imposições ou chantagens de ordem governamental ou patronal e tendo em conta as posições sindicais para a solução dos problemas. Consideramos que o memorando da troika veio afetar de forma muito negativa toda a sociedade portuguesa, impondo sacrifícios intoleráveis ao fator trabalho, aprofundando a proteção do capital, financeiro e económico.

À falta de passas, passou-se a meia-noite, na praça da República, em Beja, acendendo luzinhas de esperança. Por esta altura adensava-se o mistério: mas quem será o raio do pai da criança?

Tão contentes que elas ficaram quando souberam a notícia Ano novo, vida nova. E nada como um belo sorriso para entrar com alma grande numa nova jornada. Vamos ver até quando é que o ministro Gaspar e a troika resistem a cobrar-lhes IVA. ÁLVARO BARRIGA

SEGUNDA-FEIRA, DIA 2 VIDIGUEIRA COMPARTICIPAÇÃO DE MEDICAMENTOS A IDOSOS

Coordenador da USDBeja

Será que é mesmo ele, o pai da criança? Praça cheia para escutar a banda Chave de Ouro. Não sabemos se por esta altura se perguntava quem era o pai da criança. Mas pelo menos havia um braço afirmativo bem erguido no ar. ÁLVARO BARRIGA

Pulido Valente, presidente da Câmara de Beja, deixou a direção da Associação de Municípios do Baixo Alentejo e Alentejo Litoral (Ambaal), conforme previsto no acordo de rotatividade entre o PS e a CDU. Para o seu lugar entrou José Maria Pós-de-Mina, presidente da Câmara de Moura. Pulido Valente, citado pela Rádio Pax, considerou que o mandato teve vários “aspetos positivos”, referindo, em par ticular, o trabalho de transição da Ambaal para a Comunidade Intermunicipal do Baixo Alentejo (Cimbal) e a reestruturação do “Diário do Alentejo”. Em sentido contrário, e motivo de preocupação, é a situação financeira da associação, que padece de problemas devido, em grande par te, ao “grande peso da dívida” dos municípios associados. Durante os próximos dois anos a Ambaal será dirigida por José Maria Pós-de-Mina (presidente); Manuel Narra, presidente da Câmara de Vidigueira; Nelson Brito, presidente da Câmara de Aljustrel; Aníbal Costa, presidente da Câmara de Ferreira do Alentejo; e António Sebastião, presidente da Câmara de Almodôvar.

3 perguntas a Casimiro Santos

Esta gaita de beiços é minha e só minha e não a empresto Não foi apenas no palco que se fez a animação da passagem do ano em Beja. Não faltaram também os repentistas do costume para esgalhar uma bela gaitada. Para alegrar o raio da criança. JOÃO CORREIA

SEGUNDA-FEIRA, DIA 2 AMBAAL PULIDO VALENTE PASSA PASTA A PÓS-DE-MINA

Rede social

O fotógrafo passou o ano lá para os lados do bairro das Pedreiras E registou esta bela imagem do fogo preso a rebentar mesmo por cima do castelo. Será que ele não sabia que na praça da República tocavam os tipos que não desconfiam quem é o pai da criança?

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Diário do Alentejo 6 janeiro 2012

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Cantar os Reis por estes dias

Na capa A 6 de janeiro, a tradição cristã atribui a visita dos reis Magos a Jesus Cristo, que havia nascido dias antes. É também hoje que termina o chamado Ciclo de Doze Dias, que Michel Giacometti, etnólogo da Córsega e que estudou os cantares alentejanos, documentou na década de 1970 na sua série televisiva “Povo Que Canta”. Um período ao longo do qual se canta ao Menino, as Janeiras e aos Reis, e que culmina no dia de hoje, 6 de janeiro, Dia de Reis.

P

or todo o distrito de Beja muitos são os locais onde se canta aos Reis neste final de semana. Hoje, em Brinches, festejam-se os Reis, depois de ontem se terem cantado em Serpa, com um desfile pelas ruas. Também em Castro Verde, na Basílica Real, pelas 21 e 30 horas há um Concerto de Reis. No concelho vizinho de Ourique decorre o cantar das Janeiras e Reis na igreja Paroquial de Santana da Serra a partir das 21 horas. Amanhã, dia 7, é a vez da igreja Paroquial do Santíssimo Salvador, pelas 21 horas, encerrando uma semana dedicada ao Cante Alentejano – Janeiras e Reis. Almodôvar recebe também, amanhã, pelas 21 horas, na igreja Matriz, o Cante ao Menino. Em Figueira dos Cavaleiros, Ferreira do Alentejo, a Associação Grupo Coral Os Rurais organiza o Cante dos Reis, às 19 horas, na igreja Matriz. A freguesia de Ervidel, em Aljustrel, recebe o Cantar aos Reis no próximo domingo, dia 8, pelas 17 horas, no centro cultural local, com as participações dos grupos As Margens do Roxo e Flores da Primavera. E, no momento em que a candidatura do cante alentejano a Património Cultural Imaterial da Humanidade da Unesco está a ser preparada, a Confraria do Cante Alentejano, a Casa do Alentejo e a Associação MODA promovem o primeiro encontro de grupos corais no próximo dia 8, na Casa do Alentejo, em Lisboa. Uma oportunidade para se discutir a importância da candidatura, o ponto de situação da mesma e a relevância da participação dos grupos corais na sua razão de ser e desenvolvimento. MMC

Texto Marco Monteiro Cândido

O tempo em que os cantares do Alentejo entram pelas igrejas dentro

Quer que cante ou quer que reze? O

cimo da estrada termina na igreja de Santa Bárbara de Padrões, freguesia do concelho de Castro Verde. No adro do templo, homens e mulheres, principalmente homens, juntam-se em torno dos madeiros que ardem e dão os tons laranjas à noite. Os rostos, alumiados pela luz da criação, da origem dos tempos, retesam-se e mexem-se devido ao frio, tentando enganá-lo. Os chapéus, as samarras, os capotes, as pelicas e os cajados compõem o cenário. E os lenços, os habituais lenços, que aconchegam as gargantas de onde, daí a pouco, vai brotar o cantar aos Reis, mas também ao Menino e as Janeiras. Na rua, para disfarçar o frio, bebe-se e come-se. As crianças correm e brincam e a brancura da igreja torna-se mais alva na noite escura. No interior, está quase cheia. Mais cheia do que em dias de missa. De paredes irregulares, teto de madeira, os bancos estão preenchidos de novos e velhos. Silenciosamente, em fila, o primeiro grupo coral dirige-se ao altar. São os Camponeses de Valvargo, compenetrados e ordeiros, carregando nos ombros a tradição de um Alentejo inteiro e, na voz, a dureza da origem dessa tradição. Na assistência, os olhos fechados compadecem-se com o ouvir do canto, uma das tradições natalícias mais profundamente alentejanas. Os braços cruzados, apoiados nos cajados, dão o balanço e o equilíbrio aos timbres secos e fortes que soam na noite fria de inverno. Começou o Cantar ao Menino, Janeiras e Reis. Por estes dias, muitos são os locais espalhados por terras do Baixo Alentejo que dedicam as suas noites a cantar e a ouvir os Reis. Este tipo de cantar aparece, por esta altura do ano, associado aos cantares ao Menino e às Janeiras, começando na altura do Natal e prolongando-se, muitas vezes, até meados de janeiro. E se a

tradição se mantém acesa por estes dias, como as candeias que saíam à rua para alumiar o caminho dos que cantavam pelas ruas antigamente, essa mesma tradição teve que ser reinventada, tal como as candeias, que só estão presentes por motivos icónicos e ornamentais. O tocador de viola campaniça, dinamizador e ensaiador de diversos grupos corais, Pedro Mestre, é da opinião que estes tipos de cantares estão a perder-se um pouco ao longo dos tempos, desde os tempos em que eram transmitidos “à roda do lume”. “Tradição é transmissão e, hoje, este tipo de cantes não se transmite. E são poucos os grupos corais que os cantam, da quadra que vai do Natal até aos Reis”. Esta realidade é um reflexo das origens, onde

“Havia até alguma recusa em participar neste tipo de cantares. Só muito recentemente é que os grupos corais, pouco a pouco, começaram a entrar nesta lógica dos cantares tradicionais”.

este tipo de cantares era feito de forma espontânea, “por homens e mulheres, moços e moças que saíam para a rua”, refere Pedro Mestre. “Não havia grupos corais, sequer. Nos últimos anos é que tem sido hábito os grupos corais fazerem concertos de cante ao Menino, Janeiras e Reis”. José Francisco Colaço, anfitrião do “Património”, programa emblemático da Rádio Castrense, aponta para esse mesmo sentido, o de que os grupos corais sempre estiveram alheados deste tipo de cantos, sendo um fenómeno relativamente recente. “Havia até alguma recusa em participar neste tipo de cantares. Só muito recentemente é que os grupos corais, pouco a pouco, começaram a entrar nesta lógica dos cantares tradicionais”. Os cantares de antigamente Em meados do

século passado, bem antes dos grupos corais adotarem estes cantares tradicionais como parte dos seus repertórios e das suas identidades, quase sempre na lógica tripartida que é apresentada atualmente, Menino, Janeiras e Reis, estas manifestações musicais surgiam de forma espontânea, por populares que se juntavam ao acaso, cantando de porta em porta, como refere José Francisco Colaço. “No entanto, há que distinguir duas situações: o Cante ao Menino, completamente religioso, que só seria cantado nas igrejas, em ambientes mais litúrgicos e completamente afastado do mundo pagão onde se desenrolavam os outros cantares, as Janeiras e os Reis”. Se o cantar ao Menino acontecia em celebrações religiosas, na quadra do Natal, muitas vezes na própria Missa do Galo, as Janeiras e os Reis eram cantados, normalmente, na rua, após essa data, entre o final de ano e o Dia de Reis. Aliás,

as Janeiras nunca se cantavam dentro das igrejas “até pelas características das próprias quadras que eram cantadas, as chamadas chacotas, que tinham que ver com o desejo de sorte e saúde para os donos da casa, com a situação de pobreza, de miséria, de fome e de frio que as pessoas passavam”. Era um cantar que visava, única e exclusivamente, o arranjar de algumas ofertas, desde o bocado de pão à linguiça, passando pelo queijo ou um bocado de presunto. “O que viesse ia para um saco comum que depois era repartido pelo grupo de cantadores. Por isso, Cante ao Menino, cante religioso. Cante às Janeiras e Reis, cantar espontâneo e de rua”. Pedro Mestre, apesar de não ter vivido esses tempos, relembra os hábitos de outrora por ouvir contar, onde nas Janeiras e nos Reis, nas friezas de princípio de inverno, os grupos andavam de rua em rua, batendo de porta em porta, procurando reconfortar alma e estômago. “Um grupo que saía para cantar, antes de cantar, batia a uma porta e perguntava: quer que cante ou que reze? E do lado de dentro respondiam para cantar, para rezar ou não respondiam. Mas era hábito, nessas noites, os lavradores, que davam a esmola, mandarem ficar alguém de sentinela. Até me lembro de ouvir dizer que no monte tal mandou-se fazer uma amassadura de pão porque é noite de Janeiras”. Apesar de serem manifestações para as pessoas arranjarem alguma coisa que reconfortasse o estômago, bem vazio a maior parte das vezes tal era a miséria dos trabalhadores rurais, Pedro Mestre aponta ainda um outro cenário, onde outros interesses apareciam. “Havia ainda aqueles mais sacrificados, que ganhavam as esmolas e depois, no dia seguinte, faziam um leilão no adro da igreja e o lucro revertia para a Igreja. Na


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JOSÉ SERRANO/ARQUIVO “DA”

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Cantar aos Reis Magos Na igreja de Santa Bárbara de Padrões a tradição voltou a cumprir-se

freguesia de São João dos Caldeireiros, em Mértola, muitos dizem que isso acontecia no tempo mais antigo”. O ressurgimento dos últimos anos Pedro

Mestre, ele que também é ensaiador de grupos corais, como os Cardadores, as Papoilas ou a Academia Sénior de Serpa, sublinha que a assimilação do repertório típico do Ciclo dos Doze Dias, apresentado por Giacometti em 1971/1972, é, também ela, uma forma de manter os grupos ativos durante o período de inverno. “Os grupos corais no inverno acabavam por ficar um bocadinho parados, porque não tinham repertório e não tinham concertos. Estas iniciativas fizeram com que os grupos reavivassem a memória sobre estes cantes, procurassem e recolhessem os temas”. E é nesse trabalho de recolha e estudo do repertório do cancioneiro popular alentejano que Pedro Mestre tem-se deparado com a particularidade dos cantares fazerem-se de formas diferentes entre terras, sejam elas próximas ou

“Os grupos corais no inverno acabavam por ficar um bocadinho parados, porque não tinham repertório e não tinham concertos. Estas iniciativas fizeram com que os grupos reavivassem a memória sobre estes cantes, procurassem e recolhessem os temas”.

afastadas. O próprio dá um exemplo num típico tema dos Reis. “Apesar de se encontrar a mesma letra em todos, nos ‘Três Cavalheiros’ é onde se percebe melhor, porque aquilo é um romance e, do princípio ao fim, as palavras são as mesmas. Mas tem dezenas de melodias. Cada terra que canta os Reis, canta com uma melodia própria”. A explicação das variadas formas que chegaram até hoje relaciona-se com a transmissão que faz a tradição.”As pessoas iam ouvindo, trauteando essas melodias e assim é que iam modificando as várias versões. Hoje em dia, os grupos corais conhecem esses temas e trabalham-nos de forma diferente”. A maneira como passaram a ser encarados estes “cantos tradicionais”, como refere José Francisco Colaço, é que foi preponderante para o seu ressurgimento nos últimos anos através dos grupos corais. O acolhimento tardio por parte dos grupos corais aconteceu porque estes nasceram, inicialmente, para o cante, aponta o fundador do grupo das Camponesas de

Castro Verde. “Esses cantares tradicionais nada têm a ver com o cante alentejano, com as ditas modas. E os grupos recusavam tudo o que tivesse uma génese mais próxima dos bailes e dos cantares à campaniça”. Mas então, o que mudou com o passar dos anos? “Pouco a pouco foi-se introduzindo no pensamento que a cultura é um todo, que deve ser preservada, porque as pessoas, dos grupos espontâneos de outrora, foram desaparecendo e a única forma de preservar esta tradição seria através dos grupos corais. Mesmo assim, nem todos os grupos cantam estes cantares tradicionais”. Atualmente, para além do Menino, o cantar das Janeiras e dos Reis também já se faz nas igrejas, tendo saído do palco primordial, as ruas. E, como na igreja de Santa Bárbara de Padrões, pode ouvir-se alguém cantar: “Toda esta noite aqui ando/Com os pés pela geada/A barriga vem vazia/E a talega não traz nada”. Mesmo que antes não perguntem se é para cantar ou para rezar.


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Centro de Convívio de Olhas reabre

No âmbito do Provao – Programa de Valorização Ambiental e Urbanística de Aldeia de Ruins e Olhas decorre amanhã, sábado, a partir das 9 horas, um conjunto de atividades que assinalam a reabertura ao público da sede social do Centro de Recreio e Convívio de Olhas. De acordo com a Câmara Municipal de Ferreira do Alentejo “esta reabertura

Atual

Direções regionais de Educação vão ser extintas As cinco direcções regionais de Educação vão ser extintas sendo as suas atribuições integradas na Direcção-Geral da Administração Escolar, segundo a lei orgânica do Ministério da Educação e Ciência (MEC) publicada em “Diário da República”. De acordo com o MEC, esta medida “permitirá aprofundar a

Partidos desconhecem ainda as regras do jogo A menos de dois anos das eleições autárquicas, os partidos já afinam estratégias para conquistar ou manter as suas posições no Poder Local. No entanto, as regras que irão presidir a esse ato eleitoral ainda não estão definidas. Até ao fim do semestre o Parlamento deve pronunciar-se sobre várias leis em torno desta matéria. O “Diário do Alentejo” antecipa aquilo que poderá estar em discussão. Texto Aníbal Fernandes

Ninho de Empresas de Ferreira em 2012 O Cedec – Ninho de Empresas de Ferreira do Alentejo deverá entrar em funcionamento em 2012. Segundo a Câmara Municipal de Ferreira do Alentejo, as obras de construção do espaço decorrem normalmente e “a bom ritmo”. O Ninho de Empresas fica situado no parque de empresas de Ferreira do Alentejo com o objetivo de apoiar os empresários do concelho e potenciar o desenvolvimento económico local.

Centro Social de Vidigueira recebe oficina de chocolate O Centro Social de Vidigueira recebe hoje, sexta-feira, pelas 10 horas, uma oficina de chocolate, ministrada pelo Mestre Cacau. A oficina é promovida pela câmara municipal local. As inscrições são limitadas. Mestre Cacau é uma conceituada fábrica de chocolates com sede em Beja. Os seus produtos, para além da originalidade em que são apresentados, têm a particularidade de juntar ao cacau ingredientes regionais.

Ginástica de manutenção no Inatel de Beja A agência de Beja da fundação Inatel tem abertas inscrições para aulas de ginástica de manutenção. As aulas têm lugar às terças e quintas-feiras, das 18 às 19 horas (classe feminina) e das 19 às 20 horas (classe masculina). O Inatel quer assim proporcionar à população de Beja mais condições para manter a boa forma física e a prática desportiva.

autonomia das escolas, implementando modelos descentralizados de gestão e apoiando a execução dos seus projetos educativos e organização pedagógica”. No entanto, as cinco direcções regionais de educação extintas (Lisboa e Vale do Tejo, do Norte, do Centro, do Alentejo e do Algarve) mantém-se, transitoriamente, até 31 de dezembro de 2012, com a natureza de direções-gerais.

Autárquicas são daqui a dois anos

Aljustrel ensina como agir em caso de sismos e incêndios O CAIM – Centro de Animação Infantil Municipal de Aljustrel promove na próxima terça-feira, dia 10, pelas 18 horas, uma ação de sensibilização sobre sismos e incêndios, dirigida às crianças que frequentam este equipamento municipal, encarregados de educação e comunidade em geral. A ação “pretende ensinar quais os procedimentos a adotar, antes, durante e depois de um sismo”. Será ainda abordada a questão da prevenção de incêndios, “de como atuar durante um e quais as medidas a tomar no rescaldo”. A iniciativa conta com a participação dos agentes da Escola Segura de Aljustrel, representantes do Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) e do Serviço Municipal de Proteção Civil e do Serviço de Proteção Civil Municipal.

é possível após a realização de importantes obras de requalificação deste espaço de cultura e recreio”. A intervenção, “há muito esperada pela população”, resulta de uma parceria entre a câmara, Junta de Freguesia de Ferreira do Alentejo e Centro de Recreio e Convívio de Olhas e contou com o financiamento do Inalentejo – eixo 4.

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arlos Abreu Amorim, vice-presidente do grupo parlamentar do PSD e responsável pelo grupo de trabalho dos social democratas que está a preparar os documentos, confirmou ao “DA” que até ao fim de junho a Assembleia da República terá de legislar as várias matérias, mas como são leis que obrigam a uma maioria qualificada, o entendimento com o PS é essencial. Confrontado com a possibilidade de a nova lei de limitação de mandatos vir a impedir a candidatura de presidentes com três mandatos a outras autarquias que não aquelas onde tenham desempenhado funções, Abreu Amorim confirmou que “há quem fale nisso”, mas recusou-se a admitir que essa disposição possa fazer parte da proposta do PSD. “É muito cedo”, para dizer o que irá ou não mudar, disse o deputado. “O deputado Manuel Meirinho está neste momento a coordenar um estudo” que servirá de base às propostas do PSD. Luís Pita Ameixa, deputado do PS eleito por Beja, embora dizendo que a matéria ainda não está em discussão, é da opinião de que, quanto a esta matéria, a “lei existente está bem”: “Esta limitação de mandatos é suficiente, para impedir que a mesma pessoa se eternize no poder”, deixando antever que,

Limitar a participação dos presidentes de junta nas assembleias municipais é um passo atrás na democracia. João Ramos

A lei existente está bem. Esta limitação de mandatos é suficiente, para impedir que a mesma pessoa se eternize no poder. Luís Pita Ameixa

Carlos Abreu Amorim diz que a troika obriga a que a legislação seja aprovada durante o primeiro semestre de 2012.

neste ponto, dificilmente haverá consenso para uma mudança. Já quanto à constituição do executivo camarário a partir dos resultados obtidos pelas listas candidatas à assembleia municipal, o deputado socialista não parece ver grandes inconvenientes. A ideia de que “quem ganha governa” e é fiscalizado por uma “assembleia com poderes deliberativos” pode ter pernas para andar. Bem como a perda de direito a voto dos presidentes das juntas de freguesia em algumas matérias, como por exemplo o orçamento municipal. “O último projeto” [do PS] previa essa alteração, de forma a evitar “distorções” em relação aos resultados eleitorais, mas a matéria “não voltou a ser discutida”, afirmou Pita Ameixa, que acrescentou estarem os socialistas à espera que o PSD apresente as suas propostas para decidir a sua posição. João Ramos, deputados do PCP eleito por Beja, mostra “grande preocupação” quanto ao pouco que se sabe sobre o assunto. No texto do Documento Verde defende-se uma “maior proximidade” de eleitos e eleitores, mas para o deputado comunista o que se está a tentar fazer “é exatamente o contrário”. Tal como na limitação de mandatos, “limitar a participação dos presidentes de junta nas assembleias municipais” é um passo atrás na democracia, defende João Ramos, que entende que “cada vez mais quem decide não são as pessoas eleitas para isso”. A título de exemplo, o deputado do PCP refere que com a atual lei os eleitores podem escolher, nas câmaras municipais, o poder executivo e fiscalizador, em listas diferentes, e “muitas vezes o fazem”. Com um modelo de lista única de onde emana, a convite do líder da lista mais votada, o executivo municipal, a tendência é para que os dois órgãos tendam a ser da mesma cor, com prejuízo para a fiscalização democrática da vereação.

Novo orçamento de Beja em fevereiro

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presidente da Câmara de Beja, Pulido Valente, considera a hipótese de apresentar um novo orçamento na Assembleia Municipal (AM), em fevereiro próximo, tal como determina a legislação. A mesa da AM, em comunicado enviado às redações, mostra-se disponível “para reunir e tomar decisões, em qualquer momento, sobre os documentos que a câmara lhe envie para deliberação”.

Entretanto, o executivo municipal de Beja pediu um parecer à Associação Nacional dos Municípios Portugueses para saber quais os procedimentos a observar em face da reprovação do orçamento. Já antes, a câmara tinha anunciado a intenção de apresentar uma queixa junto do Ministério Público contra a Assembleia Municipal. Agora, Pulido Valente explica que o município é “obrigado legalmente a apresentar o problema ao

Ministério Público” e, para além disso, “a câmara não poderia ficar com o ónus legal de não ter o orçamento em vigor no dia 1 de janeiro”, cabendo a quem chumbou o documento “assumir a responsabilidade”. Em resposta, a mesa da Assembleia Municipal, que considera “absurda” a apresentação da queixa, reiterou em comunicado que “não aceita ser limitada ou condicionada no seu normal e democrático funcionamento”.


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António Serrano, ex-ministro da Agricultura e atual deputado do PS

O governo tem que se comprometer com uma data para concluir Alqueva “É urgente que o Governo se comprometa com uma data para a conclusão do regadio de Alqueva. Há muitos investimentos já feitos e os agricultores têm que saber para quando está previsto o fim das obras”, diz António Serrano ao “Diário do Alentejo”. Texto Carlos Júlio Foto José Serrano

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ex-ministro da Agricultura e atual deputado do PS na Assembleia da República considera que o facto de “não haver uma data definida” está a prejudicar todo o projeto e a comprometer as expectativas dos agricultores. “Há muitos agricultores que já fizeram os seus investimentos, gastaram muito dinheiro tendo como meta 2013 para verem chegar a água às suas propriedades, e que hoje estão perdidos, nomeadamente os que investiram nos 12 mil hectares a serem regados a partir da barragem do Pedrogão. Esta indefinição só vem confundir os agricultores, sobretudo numa altura em que tanto se fala de aumentar a produção nacional, reduzindo importações e aumentando as exportações”, refere. O antigo governante, natural do distrito de Beja, considera que esta situação “infelizmente vai manter-se já que, pelo que se sabe, a Empresa de Desenvolvimento e Infra-estruturas de Alqueva (EDIA) tem ordens para não avançar com qualquer concurso. O empreendimento de Alqueva, depois de concluído, pode aumentar muito a produção agrícola e é paradoxal estar parado. Numa altura em que se pretende dinamizar a produção

nacional está a inviabilizar-se um projeto que tem também uma grande capacidade técnica. É triste ver que não há uma perspetiva de futuro”. Para António Serrano, no entanto, a questão de se avançar ou não com uma obra é sempre uma questão política e de decisão de quem governa. “O dinheiro é sempre pouco. O anterior primeiro-ministro tinha-se comprometido com a conclusão do regadio de Alqueva para 2013, manteve esse compromisso até ao fim do seu mandato e sabíamos que durante este ano iríamos lançar os últimos dois concursos. Poderia haver

alguma derrapagem, mas não muito grande. Admitíamos que a conclusão das obras pudesse acontecer apenas em 2014, se alguma coisa corresse mal”. O atual deputado socialista refere que “este governo tem o direito de definir outras prioridades e decidir que a conclusão do projeto de Alqueva não é uma prioridade absoluta e que, por isso, vai adiá-la. Mas tem que se comprometer com um prazo de finalização das obras. Ainda por cima tem havido contradições nas palavras da ministra da Agricultura, que já falou de várias datas e hoje ninguém

sabe para que ano aponta a conclusão das obras nem com que data este governo se compromete”. António Serrano salienta, por outro lado, que “o mais estranho é que para além de não haver uma data, o Governo utilize um argumento que não é verdadeiro acerca da eventual baixa utilização do regadio por parte dos agricultores. Isso não é verdade”. Ou seja, segundo este ex-governante, “o número que a ministra tem referido tem a ver apenas com uma pequena mancha de regadio, cerca de dois mil hectares, que não tem sido utilizada. É uma pequena área,

ACOS critica “indefinição” do Ministério da Agricultura

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ACOS veio esta semana exigir ao Governo que aponte uma data para a conclusão das obras de Alqueva. O anterior executivo de José Sócrates tinha definido 2013 como o ano em que o regadio estaria concluído. Por dificuldades orçamentais, a nova ministra Assunção Cristas já veio dizer que há um adiamento da conclusão do projeto, mas não avançou ainda qualquer data concreta. Em nota de imprensa, a ACOS – Agricultores do Sul manifesta “grande preocupação relativa à indefinição do Ministério da Agricultura em relação ao término das obras de Alqueva”, uma vez que já foram feitos muitos investimentos, “nomeadamente novas plantações de olival e vinha, a contar com a rápida conclusão das obras”. Para esta associação de agricultores “só no perímetro de rega de Pedrogão (que aguarda a conclusão das obras) foram plantados cerca de 12 mil hectares de culturas de regadio que podem vir a ser comprometidos”,

acrescentando que “neste momento começa a ser preocupante a falta de chuva que, ao longo de cerca de dois meses, já retirou às barragens e charcas das explorações, bem como aos furos, a normal capacidade de irrigação”. Anteriormente, em declarações ao programa radiofónico da ACOS “Agricultores do Sul”, o ex-ministro da Agricultura, António Serrano, tinha criticado o facto de não existir ainda uma data para o fim das obras. “Quando se faz campanha política a dizer que a agricultura é importante para reduzir as importações e aumentar as exportações, essa bandeira política eleitoral tem de ser traduzida em atos concretos quando se está no poder. É isso que se espera na hora da verdade. O Governo deve comprometer-se com um prazo e deixar de adiar a questão. Este é um projeto que pode ajudar Portugal a sair da crise”, disse António Serrano, em declarações que a ACOS, afirma, neste comunicado, subscrever.

quando comparada com os 60 mil já concluídos. Aliás, a taxa média de regadio de Alqueva que está a ser usado pelo agricultores ultrapassa já os 40 por cento e o próprio empreendimento já tem uma média de utilização equivalente ou mesmo superior à média de utilização do regadio a nível nacional”. António Serrano critica também o “argumento infeliz, político e ético, por parte da ministra, quando critica os agricultores alentejanos e levanta a hipótese de terem que ir agricultores ribatejanos, ou de outros pontos do País, ensinarem-nos a usar o regadio”. “Os agricultores alentejanos – e eu vi isso enquanto fui ministro – têm feito um esforço enorme, têm conseguido modernizar-se, e lançar sobre eles um libelo de suspeita, de que é gente que não é capaz, é muito injusto”, conclui o ex-ministro. Embora não faça parte do grupo de trabalho parlamentar sobre Agricultura, António Serrano diz que “o PS está a trabalhar nesta matéria e a ministra Assunção Cristas pode ser chamada brevemente ao Parlamento para esclarecer as suas afirmações sobre Alqueva e comprometer-se com uma data para a conclusão do projeto”. O antigo ministro da Agricultura diz que existe a possibilidade de o Governo “pretender reafectar verbas comunitárias já aprovadas para o empreendimento de Alqueva a outros projetos”, o que iria atrasar ainda mais a conclusão do empreendimento, “mas isso tem tudo que ser esclarecido o mais brevemente possível”, uma vez que “esta indefinição está a prejudicar muitos agricultores”.


Diário do Alentejo 6 janeiro 2012

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Assembleia Municipal de Alcácer na luta pelos comboios

Os eleitos na Assembleia Municipal de Alcácer do Sal aprovaram recentemente, por unanimidade, duas moções de crítica ao Governo e reivindicação pela reativação do transporte ferroviário neste concelho. Em paralelo, aquele órgão autárquico decidiu criar uma comissão para que, em conjunto com a população, “vá junto da administração da CP mostrar o seu descontentamento pela forma como estas decisões foram tomadas, sem auscultar as populações”.

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O concelho de Alcácer do Sal “viu-se totalmente privado de transporte ferroviário desde o dia 11 de dezembro, o que já motivou vários protestos, nomeadamente uma manifestação, pedidos de reunião à CP e à tutela e um abaixo-assinado que ainda decorre”. Para os deputados municipais, Alcácer foi vítima de mais uma das “medidas que o Governo faz no gabinete, sem primeiro se inteirar da realidade das populações do interior”.

milhões de euros é o valor que o grupo LENA investe na construção da central de gaseificação de biomassa no concelho de Ferreira do Alentejo

Fileira agroindustrial em destaque em Ferreira do Alentejo

Central de biomassa com caráter de inovação No primeiro trimestre do próximo ano Ferreira do Alentejo deverá ter a sua central de gaseificação de biomassa concluída. O investimento, que de acordo com o presidente da câmara “tem caráter de inovação“, deverá criar entre “15 a 20 postos de trabalho”. A central vai recorrer à biomassa para produzir eletricidade para injetar na rede elétrica nacional.

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stá em construção, em Ferreira do Alentejo, no Parque Agroindustrial do Penique, uma central de gaseificação de biomassa, que deverá estar pronta, de acordo com a Câmara Municipal de Ferreira do Alentejo, no “primeiro trimestre do próximo ano”. O investimento de 17 milhões de euros, da responsabilidade do grupo LENA, poderá criar, segundo o presidente da Câmara Municipal de Ferreira do Alentejo, Aníbal Costa, “entre 15 a 20 postos de trabalho”. Para o autarca, “este é um investimento que mostra a grande dinâmica que o concelho de Ferreira do Alentejo está a ter na fileira agroindustrial”, lembrando que a autarquia “apostou no desenvolvimento sustentado do concelho”, mostrando às empresas as vantagens de se instalarem no Parque Agroindustrial do

Penique. “Ferreira do Alentejo, nesta altura, está um pouco em contraciclo com o que está a acontecer no resto do País, que passa por grandes dificuldades. O concelho continua a atrair alguns investimentos privados”, garante Aníbal Costa, lembrando que “esta é uma unidade com grande caráter de inovação”. “Esta central tem a particularidade de utilizar um processo altamente inovador e que ainda não é usado em Portugal, recorrendo à utilização de biomassa através de um processo de gaseificação”, diz. A central terá uma potência instalada de 6,5 MW e um potencial de injeção na rede até 57 Gwh/ /ano. Na verdade, a unidade irá recorrer à biomassa para produzir eletricidade para injetar na rede elétrica nacional. O autarca frisou ainda “a importância que o concelho está a ganhar na área do regadio”, lembrando que “muita da matéria-prima usada nesta central de biomassa deve-se à existência de culturas de regadio”, que “permitem que se possam utilizar os desperdícios na produção de energia”. Esta central, na opinião de Aníbal Costa, “vem valorizar a freguesia de Odivelas, o concelho de Ferreira do Alentejo, mas também a região, uma vez que se trata de um investimento de grande monta”. BS

“Esta central tem a particularidade de utilizar um processo altamente inovador e que ainda não é usado em Portugal, recorrendo à utilização de biomassa através de um processo de gaseificação”

Branco e espumante já estão no mercado

Leonel Cameirinha dá o seu nome a novo vinho

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“Comendador Leonel Cameirinha” é o novo vinho produzido na herdade do Monte Novo e Figueirinha, propriedade de Leonel Cameirinha, que oferece o nome ao novo néctar. Já estão no mercado quatro mil garrafas de vinho branco, bem como de espumante. O vinho

tinto, com a mesma denominação, ainda está em fase de maturação. Prevê-se, no entanto, que chegue ao mercado na primavera. O vinho branco é produzido a partir da casta Chardonnary, que se encontra plantada na herdade das Fontes, próximo de Vidigueira. Nesta propriedade, a sociedade

agrícola de Leonel Cameirinha já tem cerca de 30 hectares de vinha. O vinho tinto, esse, é produzido a partir da casta Touringa Nacional. O vinho branco “foi vinificado pelo processo tradicional em cubas de inox, com final de fermentação em barricas de carvalho francês, a cerca de 18º centígrados”.

É descrito como um vinho que apresenta “cor amarelo citrino, aroma frutado, amanteigado, frutos secos, baunilha, toque de madeira de boa qualidade, boa acidez, untuoso, fresco e com final persistente”. Classificado como vinho regional alentejano reserva, deve ser

servido à temperatura de 12º e é indicado para acompanhar pratos de peixe e marisco. O “Comendador Leonel Cameirinha” pretende conquistar o mercado e projetar a adega em 2012, apostando, neste sentido, a sociedade agrícola fortemente neste novo produto.


Cercal do Alentejo, no concelho de Santiago do Cacém, comemora hoje, sexta-feira, o Dia de Reis com uma iniciativa aberta à população, que irá decorrer nas ruas da localidade. O cortejo é organizado pela Associação dos Amigos da Banda Lira Cercalense, com o apoio da Junta de Freguesia do Cercal e da Casa do Povo do Cercal. A saída do cortejo dos Reis está marcada para as 20 horas na Casa do Povo.

Restaurante de Alpalhão oferece apostas no Euromilhões Um restaurante de Alpalhão, no distrito de Portalegre, oferece apostas no Euromilhões e Totoloto, aos clientes que gastarem mais de 20 euros no jantar. João Junceiro, gerente do restaurante “A Regata”, pretende com esta iniciativa combater a crise e a subida do IVA na restauração, explicou

à Lusa. O empresário, que emprega uma dezena de funcionários, teme “que a clientela venha a baixar devido à crise e à subida do IVA, o que é um problema bastante grave”. Por isso, às terças e sextas-feiras são oferecidas duas apostas no Totoloto e às quartas e quintas-feiras e aos domingos uma aposta no Euromilhões. Resta saber se é uma boa aposta.

Parque de Ciência e Tecnologia do Alentejo

IPBeja investe na investigação

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IPBeja formalizou no passado dia 28 de dezembro, em Évora, através do seu presidente Vito Carioca, a entrada no capital social da Sociedade Gestora do Parque de Ciência e Tecnologia do Alentejo (PCTA). O capital social ascende a 575 mil euros, repartidos pelos sócios que são a Universidade de Évora, o Banco Espírito Santo, as empresa Glintt e Decsis, a Agência de Desenvolvimento Regional do Alentejo (Adral), a Associação Nacional de Jovens Empresários e os institutos politécnicos de Portalegre e Santarém. Em comunicado o IPB informa que “a criação da sociedade gestora constitui a última fase intermédia do processo de dinamização do Sistema Regional de Transferência de Tecnologia, candidatado ao eixo 1 do InAlentejo”. Após a apresentação das candidaturas individuais, durante este ano, seguir-se-á “a dinamização de uma rede de ciência e tecnologia e de incubadoras de empresas de base tecnológica no Alentejo”. O Instituto Politécnico de Beja será o promotor da rede no Baixo Alentejo, em parceria com o Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEG), a Lógica,

575 mil euros É o capital social do Parque de Ciência e Tecnologia do Alentejo

SA/Parque Tecnológico de Moura, Cebal, COTR, Câmara Municipal de Beja e Nerbe. São três as candidaturas: Valorização das Estruturas de I&D associadas ao Centro de Agricultura, Tecnologia Alimentar e Ambiente (unidades de hortofrutícola, análise de semantes e matérias-primas vegetais, ciência e tecnologia de alimentos e tecnologias do ambiente); Construção e Apetrechamento dos Laboratórios Associados ao Centro

de Sistemas Computacionais e Criatividade Multimédia (laboratórios de artes e comunicação multimédia, animação territorial, redes e computação ubíqua e sistemas de informação e interatividdae); e, por último, um espaço dedicado a uma incubadora de empresas de base tecnológica. As áreas do Desporto e Saúde serão objeto de um projeto apresentado em parceria com o Instituto Politécnico de Santarém.

Câmara de Moura não tem verbas para construir cemitério

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Bispo de Beja lamenta êxodo de jovens Na última semana de janeiro a Diocese de Beja irá promover umas jornadas sobre o tema “Doutrina Social da Igreja: perspetivas atuais”. No seguimento da mensagem de ano novo do papa Bento XVI, dedicada à educação e juventude, o bispo de Beja convidou “as empresas da região a abrirem a suas portas aos jovens” para que “não abandonem o Alentejo” durante o ano que agora começa. Vitalino Dantas alertou para o facto de ser necessário “inverter o caminho” para que as “as atitudes materialistas, egoístas e relativistas dos adultos” não lancem “sombras e trevas nos horizontes das novas gerações”. O bispo de Beja lamentou que “na nossa região há cada vez menos jovens e os que atingem a idade adulta optem muitas vezes pela emigração”. No entanto, acredita que “aqueles que conseguem resistir” são “fundamentais para revitalizar a região”.

Palma Rita é o novo delegado regional do IEFP

Investimento de quase 3,2 milhões de euros

Câmara Municipal de Moura quer construir um novo cemitério para complementar o atual, mas está com “dificuldades” em financiar a obra, que custa quase 3,2 milhões de euros e não é comparticipada por fundos comunitários. Apesar de o sistema de rotação permitir a utilização sucessiva de gavetões, o atual cemitério “já quase não responde às necessidades” e, por isso, terá que ser construído um cemitério complementar, disse à Lusa o vereador da Câmara de Moura Santiago Macias.

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Cercal do Alentejo comemora Dia de Reis

O sistema “permite remediar, mas não resolve a longo prazo o problema do atual cemitério”, explicou, frisando que o município “terá mesmo que construir um novo cemitério”, mas, pelo menos durante este ano, não pode avançar com a obra, porque “está com dificuldades de financiamento”. Os projetos de cemitérios “não são comparticipados por fundos comunitários” e, por isso, “terá que ser só a câmara a arcar com o financiamento” da obra, que é “bastante significativo” para o município, frisou. “Só poderemos considerar o

lançamento da obra a partir de 2013”, estimou o autarca, referindo que o novo cemitério deverá ser construído por fases e o atual não vai ser desativado e continuará a funcionar. O novo cemitério é “uma necessidade efetiva” e, por isso, o município já fez e aprovou a proposta final do projeto, que está “pronto” e “em carteira” para o município poder avançar com a obra “quando houver a possibilidade de a financiar”, disse Santiago Macias. O novo cemitério vai ser construído na Estrada da Barca, nos arredores de Moura.

José Joaquim Palma Rita é o novo delegado regional do Alentejo do IEFP, cargo que já tinha ocupado entre 2004 e 2005. Natural de Alandroal, José Palma Rita é licenciado em Sociologia pela Universidade de Évora e mestre pela mesma universidade em Sociologia, variante de Recursos Humanos e Desenvolvimento Sustentável. Faz parte dos quadros da delegação regional do Alentejo do Instituto do Emprego e Formação Profissional desde 1988, e desempenhou funções como diretor do Centro de Emprego de Évora, chefe da divisão de certificação profissional. PUB


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O Coro do Carmo de Beja assinala a quadra dos Reis com o seu tradicional Concerto de Reis, que terá lugar no próximo domingo, dia 8, pelas 16 horas, na igreja do Carmo. O concerto contará ainda com as participações do coro infantil e juvenil da paróquia e de um grupo de instrumentistas.

Cante aos Reis em Ervidel A Junta de Freguesia de Ervidel (Aljustrel) promove no próximo domingo, dia 8, pelas 17 horas, no auditório do Centro Cultural, o tradicional Cante aos Reis. “Divulgar e preservar a tradição através da

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Concerto de Reis pelo Coro do Carmo de Beja

música, das letras e dos trajes” é o objetivo desta iniciativa, que conta com a participação dos grupos corais da freguesia – As Margens do Roxo e Flores de Primavera – e do cantor e tocador de viola campaniça Paulo Colaço.

Alentejo reforça aposta no mercado externo

Turismo lança portal “interativo”

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Turismo do Alentejo lançou um novo site promocional da região, considerado “inovador”, numa parceria com a Agência Regional de Promoção Turística. O portal, com uma “forte componente de interatividade”, está localizado em www.visitalentejo.pt. De acordo com a Entidade Regional de Turismo (ERT) do Alentejo, no novo site “os visitantes têm acesso à vasta oferta turística, mas o principal fator de diferenciação é o facto de poderem interagir com o destino, seja criando os seus roteiros de visita ou partilhando

com outros utilizadores ou com os amigos das redes sociais as suas experiências e sugestões”. Para além do português, o site apresenta conteúdos em mais cinco idiomas, nomeadamente inglês, francês, espanhol, alemão e holandês, com o objetivo de dar a conhecer a diversidade e a excelência da região a todos os mercados emissores. O presidente da ERT, Ceia da Silva, destaca ainda que o portal possui uma versão mobile para todos os interessados em receber informação por telemóvel. Entretanto, a cerca de um mês do lançamento oficial, a campanha

“O Alentejo Dá-lhe Tudo” conta já com mais de duas centenas de adesões, entre restaurantes, alojamentos, empresas de animação, enoturismos e lojas de artesanato, anunciou Ceia da Silva na página pessoal do Facebook. O presidente da ERT Alentejo, revelou ainda que em janeiro estará presente na região a nata mundial dos praticantes de “orientação”, uma modalidade em grande expansão e que encontra no Alentejo o cenário ideal para a sua prática. Aposta no mercado externo O

Alentejo registou este ano, em

comparação com 2010, um crescimento de “25 por cento” das dormidas de turistas estrangeiros, pelo que, numa altura de crise nacional, o mercado externo é aposta para 2012. “Nenhum país em que o turismo tenha importância sobrevive sem o seu mercado interno, mas o externo é o único que traz divisas”, destacou à Lusa Vítor Silva, presidente da Agência Regional de Promoção Turística do Alentejo, com sede em Grândola. O mercado interno, disse, é “fundamental na época baixa ou mesmo para contrariar a sazonalidade”, sobretudo no Alentejo, em que “cerca

de 75 por cento dos turistas são portugueses”, mas, com a crise, é preciso captar mais estrangeiros. “Obviamente que a crise que afeta o País e os bolsos dos portugueses, inevitavelmente, vai ter consequências”, admitiu, reconhecendo que “já se está a verificar” na região. Nos últimos anos, lembrou, “o Alentejo cresceu nos mercados interno e externo”, só que, no segundo semestre de 2011, verificouse “um decréscimo do mercado interno”. O número de dormidas do mercado interno em 2011 é “praticamente igual ao que tivemos em 2010”, continuou.

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milhões de anos estima-se ser a idade do sobreiro. Que atualmente ocupa uma área de cerca de 737 mil hectares de floresta.

Assembleia da República eleva sobreiro a símbolo nacional

A árvore de todos nós Desde o passado dia 22 de dezembro que o quercus suber, mais conhecido como sobreiro, foi classificado símbolo de Portugal, como o hino “A Portuguesa” ou a bandeira nacional, tornando -se a Árvore Nacional de Portugal. O provedor da Confraria do Sobreiro e da Cortiça, com sede em Portel, João Posser de Andrade, considera que esta foi uma ótima iniciativa para o sobreiro e que já podia ter sido feita há muito mais tempo, apesar da pouca repercussão que teve na comunicação social. “Mas não é pelo facto em si que as coisas se vão alterar, vamos lá ver o que vai acontecer”. Texto Marco Monteiro Cândido Foto José Ferrolho

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s reticências levantadas por João Posser de Andrade baseiam-se no passado recente e no que tem sido a história dos montados de sobro em Portugal. Tendo proteção legal desde 2001, o sobreiro continuou a ser abatido ao longo dos anos invocando-se variadíssimas exceções. “Se tivermos em conta o que se tem passado ao longo dos últimos anos, este é um ato que não significa nada. Agora, e eu espero que tenha havido uma modificação nos objetivos da política agrícola em Portugal, tenho esperança que isto conduza a alguns atos efetivos para a melhoria da questão, que é muito mais grave do que se pensa”.

Com esta aprovação por unanimidade na Assembleia da República do sobreiro como árvore nacional, espera-se que alguns erros do passado possam ser corrigidos e terminados. Segundo o provedor da confraria, atualmente produz-se cerca de menos 50 por cento de cortiça do que se produzia na década de 60 do século passado. “E ninguém fala nisso. E como é que isto aconteceu, já que há muito mais área plantada? É que a densidade das árvores nos montados é muito menor e, portanto, a produção desceu muito, sendo necessário dar a volta a isto”. Para João Posser de Andrade, a sustentabilidade do sobreiro, e

João Posser de Andrade, produtor de cortiça, é o provedor da confraria dedicada ao sobreiro e à cortiça “que nasceu no sentido das pessoas que gostam e que podem produzir alguma coisa em favor do sobreiro”. alteração do caminho que trouxe o montado ao estado em que está, só pode acontecer havendo racionalidade económica. “Eu não estou a dizer que os preços têm que aumentar. O que digo é que os benefícios que o montado de sobro produz têm que ser pagos por alguém”. O sequestro de carbono, a amenização do clima e todo o ecossistema em torno do sobreiro são alguns dos maiores benefícios gerados por esta árvore, que Posser de Andrade defende terem

que ser reconhecidos e valorizados. “Todos os pagamentos dos bens que o sobreiro produz, que de certa maneira até já são quantificados, têm que ser feitos. Isto para haver investimento, porque só um louco é que investe a 30 anos, com retorno a 30 anos. Não há ninguém no mundo que faça um investimento com um princípio de retorno passado tanto tempo”. O provedor da confraria criada em 2004 defende que deve haver mais benefícios e incentivo a quem se dedica a esta árvore, nomeadamente através da fiscalidade e dos impostos diretos e indiretos, tornando mais atrativo o investimento no montado de sobro. “Esta é uma árvore completamente adaptada ao nosso clima mediterrânico, o único onde não chove no verão no mundo, e temos que a proteger de qualquer maneira”. João Posser de Andrade, produtor de cortiça, é o provedor da confraria dedicada ao sobreiro e à cortiça “que nasceu no sentido das pessoas que gostam e que podem produzir alguma coisa em favor do sobreiro”. Todos os anos promovem debates em torno do sobreiro

e entronizam novos confrades na Feira do Montado, tendo, neste momento, cerca de 40 membros. O processo que transformou o sobreiro, também conhecido como sobro, sobreira, sovereiro, sôvero ou chaparro, em símbolo nacional, resultou de uma petição iniciada em 2010 pelas associações Árvores de Portugal e Transumância e Natureza. O novo símbolo de Portugal é uma árvore mediterrânica com mais de 60 milhões de anos de existência, ocupando cerca 737 mil hectares de área florestal no País, tendo em conta o último Inventário Florestal Nacional, realizado em 2006. Com a cortiça a ocupar lugar de destaque na economia nacional, Portugal é o maior produtor mundial, com cerca de 200 mil toneladas anuais, mais de metade do que é produzido mundialmente. Recurso renovável e utilizado para diversos fins, a cortiça já foi apelidada de “petróleo verde”, tendo o montado de sobro ajudado a evitar, ao longo dos tempos, uma maior desertificação dos solos no Alentejo, constituindo, ainda, o habitat natural e perfeito para diversas espécies autóctones.


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Cante a Património da Humanidade em debate

Nova grafia chegou obrigatoriamente aos serviços públicos

Estado entra de Acordo em 2012 A aplicação do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa é obrigatório, desde o dia 1, nas entidades públicas e, esteja-se ou não de acordo, esta é uma regra que já não se contesta. Cumpre-se. É um facto, até porque esta é uma das palavras que se mantém igual na nova grafia e não há motivos para confusões. Texto Bruna Soares Ilustração Paulo Monteiro

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om a entrada no novo ano chegou a obrigatoriedade, de acordo com a resolução do Conselho de Ministros n.º 8/2011, de 25 de janeiro, de aplicação da grafia do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa em toda a atividade do Governo e dos serviços, organismos e entidades na sua dependência. E a regra, essa, cumpriu-se. Desde o dia 1 que é utilizada a nova grafia em todos os documentos de organismos com superintendência e tutela do Governo. Na região, estejam as entidades de acordo ou não, a nova grafia já não se questiona. Os serviços contactados pelo “Diário do Alentejo” admitem que os primeiros dias vão ser, sem dúvida, os mais complicados, embora a maioria tenha começado a prepararse há algum tempo, com ações de formação e materiais e manuais disponibilizados, de modo a possibilitar aos trabalhadores uma melhor adaptação à nova ortografia. No Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP), segundo informações do gabinete de comunicação dos serviços centrais, “ao longo do ano de 2011 foram desenvolvidas várias iniciativas com vista à sensibilização e preparação dos serviços e trabalhadores, a nível central, regional e local, para a utilização do Acordo Ortográfico”. No IEFP, entre outras medidas,

começou-se pela partilha de alguns documentos estruturantes como, por exemplo, modelos de matrizes, manuais, organogramas, mapeamento de processos ou formulários, entre outros. O objetivo, de acordo com o IEFP, foi “favorecer as condições de disseminação das regras a adotar”. As principais dificuldades, de acordo com o IEFP, “relacionam-se com a problemática inerente a uma ampla disseminação da nova grafia por toda a rede de serviços do instituto”, embora “alguns trabalhadores tenham participado em ações de formação sobre a temática do novo Acordo Ortográfico, com o objetivo de revestir o papel de multiplicadores em relação aos restantes, atendendo à necessidade de contenção orçamental”. A Associação de Municípios do Baixo Alentejo e Alentejo Litoral (Ambaal), por sua vez, para além de apostar na formação dos seus funcionários, esteve também ao serviço das autarquias da região, disponibilizando uma formação apropriada sobre as regras a aplicar na nova grafia. De acordo com Orlando Pereira, coordenador da Ambaal, “a associação

As principais dificuldades, de acordo com o IEFP, “relacionam-se com a problemática inerente a uma ampla disseminação da nova grafia por toda a rede de serviços do instituto”.

começou por fazer um planeamento e, em 2011, organizou um conjunto de ações de formação, que contaram com a participação de cerca de 100 trabalhadores das autarquias, da Ambaal e da Cimbal”, sendo certo que, durante este ano, ainda se irão realizar mais ações de formação sobre esta matéria. A primeira formação do ano deverá ocorrer já em fevereiro. “Enquanto sentirmos que continuam a existir carências nesta área iremos promover esta formação”, afirma o responsável. Até porque, para a associação, “é importante promover as competências linguísticas”, de modo a que possa “ser transmitida a qualidade da informação aos associados”. Na Ambaal, uma vez que os trabalhadores já estavam familiarizados com a nova grafia, de acordo com o coordenador, “não se notaram grandes dificuldades”. Aqui, tal como na maioria das entidades públicas, a nova grafia só entrou em vigor no primeiro dia do ano. Na Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva (EDIA) a aplicação do Acordo Ortográfico de Língua Portuguesa também não teve qualquer problema, até porque, desde dezembro de 2011, que todos os documentos enviados para publicação em “Diário da República” respeitam as novas normas. A transição para a nova grafia começou, assim, a fazer-se antecipadamente. Segundo informações do gabinete de relações públicas e comunicação da EDIA, a empresa tem várias ferramentas disponíveis que auxiliam os trabalhadores em caso de dúvidas, destacando-se, “aplicações do Office, instaladas no sistema informático da empresa, que incluem no seu dicionário a nova grafia pelo que, qualquer documento é automaticamente corrigido segundo o novo acordo”.

Os promotores da candidatura do cante alentejano a Património Cultural Imaterial da Humanidade (Unesco) – Confraria do Cante Alentejano, Casa do Alentejo e Associação MODA – realizam no próximo domingo, dia 8, pelas 11 horas, na Casa do Alentejo, em Lisboa, uma reunião de grupos corais. Durante o encontro serão abordados os temas “A importância da candidatura”, a cargo do presidente da Câmara Municipal de Serpa, João Rocha; “O ponto de situação da candidatura”, pelo presidente da comissão executiva, Carlos Medeiros; e “Os Grupos Corais e a candidatura”, numa discussão moderada pelo presidente da Casa do Alentejo, João Proença, com intervenções do presidente da Confraria do Cante Alentejano, Francisco Torrão, e do presidente da Associação MODA, Joaquim Soares. No final haverá um almoço convívio.

Extensão do DocLisboa 2011 leva filmes a Castro Verde O Fórum Municipal de Castro Verde recebe até ao dia 25 duas longas-metragens e quatro curtas em português, no âmbito de uma extensão da edição de 2011 do festival de cinema documental DocLisboa, que teve início na quarta-feira, dia 4. Depois da projeção da longa-metragem “Orquestra Geração”, de Filipa Reis e João Miller Guerra, segue-se na próxima quarta-feira, dia 11, pelas 21 e 30 horas, a segunda sessão, que irá mostrar as curtas “Tio Rui”, de Mário Macedo, e “A Máquina”, de Miguel Guimarães Correia e Daniel P. Sousa. Na terceira sessão, dia 18, vai poder ser vista a longa-metragem “Kolá San Jon É Festa Di Kau Berdi”, de Rui Simões. Na quarta e última sessão, dia 25, também às 21 e 30 horas, serão projetadas as curtas “Minas da Borralha”, de Fábio Oliveira, Luís Brandão, Teresa Pinto e Tiago Afonso, e “Golden Dawn”, de Salomé Lamas.

Nova Escola Básica n.º 1 de Sines inaugurada amanhã A nova Escola Básica n.º 1 de Sines é inaugurada amanhã, sábado, às 15 e 30 horas. Localizada junto à Escola EB 2,3 Vasco da Gama, passa a integrar o Centro Escolar Vasco da Gama, que abrange o ensino pré-escolar e os 1.º, 2.º e 3.º ciclos do ensino básico num espaço partilhado. Destinada a acolher 240 alunos do 1.º ciclo e 100 crianças da educação pré-escolar, a nova escola substitui os edifícios centenários da antiga escola n.º 1, que serão reconvertidos para outros fins públicos. O novo equipamento inclui 10 salas para 1.º ciclo do ensino básico e quatro para pré-escola, uma sala para refeições, uma biblioteca, salas de apoio, salas técnicas e arrumos.


Diário do Alentejo 6 janeiro 2012

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Passei uma boa parte da vida a dizer que as manipulações da informação a que assistimos na imprensa – e, com maior razão, na televisão – eram na sua maioria acidentais, fruto de incompetências, desleixos. Seria demasiado complicado orquestrar tudo isto, José Vítor Malheiros, “Público”, 3 de janeiro de 2012

Opinião

Malhas que os impérios tecem: Como refletir hoje sobre os libelos anticoloniais do século XX Beja Santos Defesa do consumidor

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É tempo de REIS. E no Alentejo mais ao sul há uma forma muito particular de mencionar a chegada dos magos do Oriente, cantando a muitas vozes a sua chegada para adorar o Menino. Os cantes de Natal, Janeiras e Reis são uma, mais uma, das férteis expressões das polifonias alentejanas que querem ser Património da Humanidade. PB

As populações, que cada vez comunicam melhor e mais rápida e facilmente entre si (…), sentem um vazio e uma ausência de rumo – e de valores – a par de um certo desespero, quanto ao futuro, que parece poder vir a ser extremamente perigoso. Porque o vazio de ideias conduz com facilidade às revoltas e à violência”, Mário Soares, “Diário de Notícias”, 3 de janeiro de 2012

conceito de civilizado, de assimilado e de indígena e como esta categorização exacerbou conflitos étnicos aproveitados pela potência colonial. Enfim, temos aqui uma antologia que assegura uma grande latitude para conhecer alguns dos documentos básicos do pensamento anticolonial que, ao triunfar, mudou radicalmente a geografia política do século XX.

O Ano Novo e o Homo Pirotecnicus Bruno Ferreira Humorista

inverno, com resultados muito idênticos aos do verão: houve gente que ficou sem casa e bombeiros que trabalharam de noite, quando as labaredas se atearam no pasto seco. E parece que o pirómano responsável, que que desta vez acabou por não ir de cana, também sofria, alegadamente, de perturbações mentais. Na Idade Média, os alquimistas acreditavam que o fogo tinha a capacidade de transformar a matéria alterando propriedades químicas das substâncias, e permitindo converter em ouro um vulgar minério. Em pleno séc. XXI, Alberto João Jardim acredita que o fogo de artifício tem a capacidade de transformar uma noite da sua ilha, convertendo em cinzas 750 000 euros em apenas oito minutos.

Professores em Portugal?

E O D

ntre 1961 e 1974 Portugal esteve envolvido numa guerra colonial, tendo mobilizado tanto a opinião pública em geral como os combatentes em particular com o argumento de se tratar de uma guerra ao sabor das ambições soviéticas e de grupos armados que operavam do estrangeiro, provocavam terror nas províncias ultramarinas e prontamente se retiravam. Toda esta argumentação iludia um longo historial de reivindicações a favor da autodeterminação e a independência das colónias. Malhas que os Impérios Tecem – Textos Anticoloniais, Contextos Pós-Coloniais, com organização de Manuela Ribeiro Sanches (Edições 70, 2011), é uma investigação aturada e de enorme valor para conhecer o historial do anticolonialismo, com profundas raízes nos EUA, Caraíbas e teóricos africanos formados nas universidades dessas colónias. É um livro que oferece o enquadramento desse processo histórico e designadamente destaca o significado de documentos teóricos que desvendam a importância da negritude e da afirmação da entidade africana no contexto de toda a descolonização europeia. Uma das riquezas desta antologia é permitir um olhar abrangente que abarca os direitos cívicos e a consciência das diferenças raciais, no início do século XX nos Estados Unidos, o significado dos protestos afro-americanos, a emergência da entidade negra que abrirá as portas ao conceito de negritude definidos por Aimé Césaire e Léopold Senghor e a sua influência na cultura ocidental. A antologia dá voz a Mário Pinto Andrade, Eduardo Mondlane e Amílcar Cabral, três dos principais teóricos nacionalistas das colónias portuguesas. O leitor irá encontrar textos seminais sobre a situação colonial no final da II Guerra Mundial quando os colonizados, através das suas elites, educadas nas metrópoles coloniais, lançaram o seu grito de protesto e foram conseguindo obter a independência. Aparecem igualmente textos a denunciar os artifícios da potência colonial para continuar a manter as suas prerrogativas junto da antiga colónia (neocolonialismo) ou como essa potência colonial usou a arma doutrinária para cavar divisões na sociedade colonizada: Kwame Nkruhmah e Eduardo Mondlane desmontam tais astúcias. Nkruhmah escreve: “O maior perigo que África enfrenta atualmente é o neocolonialismo, cujo principal instrumento é a balcanização. Este termo define de modo particularmente correto a fragmentação de África em estados pequenos e fracos; foi inventado para designar a política das grandes potências que dividiram a parte europeia do antigo Império Turco e criaram na Península Balcânica vários estados dependentes e rivais entre si”. Mondlane observou que administradores coloniais com a dimensão de António Enes ou de Mouzinho de Albuquerque não se preocuparam em esconder a base de desigualdade e racismo contida nos seus pontos de vista sobre a questão colonial. Mondlane, à semelhança de Amílcar Cabral, denunciou o

fogo foi a maior conquista do ser humano na pré-história. Não é, pois, estranho concluir que o fascínio pelo fogo que o homem português sente ainda hoje em dia o aproxime mais do Homo Erectus do que do Homo Sapiens. Se o homem português fosse hoje estudado pela mais exigente equipa de paleoantropólogos, certamente teria lugar um dos maiores cortes epistemológicos da história do conhecimento científico, e um novo lugar na tabela da evolução humana seria criado para o português: o Homo Pirotecnicus. Portugal é um país marcado pelo fogo. Todos os verãos as notícias de abertura dos noticiários dão conta da quantidade de campos de futebol (a unidade de medida dos incêndios) lavrados pelas chamas nas matas e florestas do País. Há gente que fica sem casa, e bombeiros que trabalham sem descanso, mesmo de noite, quando as labaredas se ateiam no pasto seco. Algumas vezes encontra-se o pirómano responsável que acaba por ir de cana. A maioria das vezes é alguém que sofre de perturbações mentais e que queria apenas ver o seu fogo, a sua criação flamejante, nos mesmos noticiários de verão. Só ao fim das primeiras chuvas a coisa acalma e todos respiram de alívio. Os habitantes que viram as suas casas rodeadas pelo fogo, e os telespetadores a quem durante dois meses foi impingida a atualização hora-a-hora do mapa dos incêndios do território nacional. Mas o português tem uma relação umbilical com o fogo. E se com o fim do calor termina a época de incêndios, depressa se encontra forma de dar continuidade ao processo termoquímico exotérmico de oxidação. Ou seja, ao fogo. E que melhor desculpa do que passagem de ano? Pois é. Desta forma, de norte a sul do País, é ver quem consegue o maior, mais brilhante e barulhento espetáculo pirotécnico. O fogo de artifício do Porto pede meças ao de Gaia, Almada concorre com Lisboa, que tenta reluzir mais do que o de Alcochete, que quer fazer mais estardalhaço do que o do Montijo, que garante foguetes com mais cores que o fogo do Samouco. Mas a ironia das ironias aconteceu na ilha da Madeira (registe-se a curiosidade, assaz importante, do fogo de artifício madeirense constar no livro dos recordes como o maior do mundo, a par de outros grandes feitos detidos pelo nosso país no prestigiado anuário, como por exemplo o maior tacho de caracóis do mundo. E nem era preciso meter os caracóis à história. Também temos por cá dos melhores tachos do mundo, e não estou a falar dos de inox. E com isto termino este pequeno parênteses). Mal soaram as primeiras badaladas de 2012 e os céus da ilha de Jardim encheram-se de estrelas coloridas de todas as formas. Mas como tudo o que sobe acaba por descer – excetuando o valor do IVA –, o fogo de artifício caído do firmamento ateou vários focos de incêndio pela ilha fora. É o desígnio do fogo no nosso país. E assim se mataram saudades das sirenes dos bombeiros, tendo sido aberta, oficialmente, a temporada de fogos de

Francisco Marques Músico

epois de ter ouvido o conselho que foi dado recentemente aos professores desempregados, como professor que sou, apesar de não estar desempregado, não podia ficar indiferente e não podia deixar de reagir. Ainda pensei seriamente em seguir o conselho e ter uma atitude pró-ativa, fazendo uma pesquisa na Internet com vista a escolher um país que pudesse oferecer aos professores outras possibilidades e melhores condições de trabalho. Decerto não seria difícil encontrar um em que os professores se sintam motivados e interessados em contribuir para a aquisição de conhecimentos e para o domínio de capacidades por parte dos seus alunos. Talvez também não fosse difícil encontrar um dos países sugeridos que, mesmo com paus de giz e quadros de ardósia, no lugar dos tão modernos computadores Magalhães e quadros interativos, oferecesse condições de trabalho dignas para que os professores consigam preparar devidamente as suas aulas. Mas, para além de tudo isto, parece-me mesmo que não devia ser complicado encontrar um em que os seus dirigentes valorizassem a sério o importante papel dos professores na construção do saber e, consequentemente, na formação integral dos indivíduos. Porém, refletindo melhor sobre o que tinha sido dito, decidi que a atitude mais correta deveria ser outra. Parece-me que é urgente fazer ver a quem nos dirige que não há qualidade em qualquer que seja o serviço sem profissionais competentes e que a competência é fruto de uma educação que possa gerar conhecimento e desenvolver capacidades. É importante que se comece a ter consciência da tarefa árdua que têm os professores na construção de mentalidades e no desenvolvimento dos povos. É necessário que todos comecemos a compreender que os professores são um pilar imprescindível para a formação e construção de seres humanos íntegros e saudáveis, sem os quais as sociedades se tornariam frias, computadorizadas e desumanizadas. Assim sendo, como é possível alguém fazer tais sugestões? E, ainda mais difícil de compreender, como é possível ser alguém com responsabilidades nas decisões do País? Se queremos um país melhor, temos que oferecer mais qualidade no trabalho que efetuamos e para isso não podemos descurar a importância dos professores no processo de construção de um país mais habilitado e competente. Assim, penso que deveríamos tentar manter os professores em lugar de os convidar a emigrar, assim como dar-lhes condições para que possam realizar um bom trabalho para que, consequentemente, possamos contribuir para voltar a dignificar a profissão que muito mal tratada tem sido ultimamente.


Nos próximos meses vão aparecer os novos diplomas que regularão os futuros atos eleitorais, nomeadamente os autárquicos. E uma dúvida de fundo continua a persistir: a LIMITAÇÃO DE MANDATOS dos eleitos a um topo máximo de três anos, indiferentemente do município onde este tenha sido exercido. PB

Há 50 anos “Dramática passagem de ano em Beja”

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primeira edição de 1962 do “Diário do Alentejo”, a 2 de janeiro, voltava, como no caso de Goa, dias antes, a trazer uma manchete à largura de toda a primeira página. “Dramática passagem de Ano em Beja: O quartel de Infantaria 3 foi assaltado na madrugada de ontem, por um grupo de insurrectos, que acabou por se render, ficando gravemente ferido o seu chefe, capitão Varela Gomes. Atingido quando observava a fase final do assalto, teve morte instantânea o subsecretário do Exército, tenente-coronel Jaime da Fonseca”, noticiava o vespertino bejense. A informação incluía notas oficiosas do Ministério do Exército e revelava que “o assalto, que teve a conivência de três oficiais do Regimento, durou cerca de cinco horas e foi frustrado pela acção decidida e corajosa do 2.º comandante Calapez Martins”. Segundo o jornal, que dava uma lista dos “assaltantes que foram presos”, tinham sido “apreendidos cinco dos automóveis em que os assaltantes se deslocaram” e “em várias localidades do Sul” “detidos alguns dos fugitivos”. Era dado destaque ao facto de o capitão Varela Gomes, ferido a tiro, ter sido “imediatamente operado no Hospital de Beja”, onde continuava “sob prisão”. O jornal, visado pela Comissão de Censura, não se coibia de abrir a “notícia” tomando posição contra a acção: “A inquietação que assinala o presente momento nacional teve, na madrugada de ontem, mais uma censurável e insólita expressão, com o ataque feito ao quartel do Regimento de Infantaria 3, desta cidade, por um grupo de militares e civis que se deslocaram aqui, sob as ordens do capitão Varela Gomes, oficial do Estado Maior, que encontrava no serviço activo em Lisboa. O acontecimento chocou profundamente a opinião pública, tanto mais que teve consequências funestas, custando a vida ao sr. subsecretário do Exército, que, no cumprimento dos seus deveres, viera até Beja, tendo também morrido dois assaltantes, além dos ferimentos sofridos pelo seu chefe e por um outro dos seus elementos. (...) Acima de todas as dissidências, deve pairar a preocupação de não ferir os altos interesses da Pátria, neste momento ameaçados grandemente por inimigos exteriores. Verberamos, por isso, os tristes e sangrentos sucessos que na madrugada de ontem ocorreram em Beja. E lamentamos que a nossa cidade haja sido escolhida para seu teatro.” Hoje, meio século depois, os participantes da acção de Beja, ligada à oposição protagonizada pelo general Humberto Delgado contra o salazarismo, “sentem-se felizes por poderem afirmar que a Revolta Armada de Beja insere-se, com honra, no processo histórico de luta e resistência do povo português contra a ditadura e o fascismo”. Carlos Lopes Pereira

Ä

Começam a intensificar-se os protestos e o mau estar em relação 15 à não conclusão atempada do sistema de regadio do ALQUEVA. Há grandes investimentos agrícolas feitos com base no pressuposto da conclusão da obra em 2013. E parece não haver, da parte do Governo, grande vontade de avançar para o terreno a todo o gás. PB

Não sou detentor da verdade ou mais verdadeiro do que qualquer outro, acho apenas que para enfrentar os desafios a que vamos ser submetidos, tudo será facilitado, se todos falarmos verdade, Luís Dargent, “Correio Alentejo”, 20 de dezembro de 2011

Cartas ao diretor As monarquias comunistas Pires dos Reis Beja

Faleceu, na Coreia do Norte, o “querido líder” Kim Jong-il, o qual recebeu o poder do seu pai e que agora, num legado quase monárquico, o deixa ao filho mais novo, demonstrando como funciona um regime comunista, que no presente caso até é entendido, por muitos, como o último estado “estalinista” do mundo. Dinheiro para armamento não falta, pois o estado gasta milhões e milhões num “esforço de guerra” quase inimaginável contra o mundo, mas a realidade, segundo as estatísticas não oficiais (claro), é que mais de oito milhões de pessoas sofrem de subnutrição e não têm acesso aos mais elementares cuidados de saúde, vivendo numa estado de absoluta miséria. Quanto a direitos humanos, liberdade de expressão, sindicatos, etc, o que é isso? E os exemplos não faltam ao longo do tempo. Na já extinta União Soviética (berço do comunismo) a revolução bolchevique pretendeu libertar o povo do jugo dos Czares, já que o rei Nicolau II também sabia demonstrar a sua tirania, de uma forma bastante cruel e bárbara. Com a primeira revolução bolchevique, o rei foi deposto e o poder foi assumido por um governo provisório chefiado por Kerenski que também pouco, ou nada, mudou na sociedade russa. Assim, os bolcheviques, liderados por Vladimir Leninne, organizaram uma nova revolução em que Lennine assumiu o poder e instaurou um governo socialista, no qual as terras foram redistribuídas para os trabalhadores do campo, os bancos foram nacionalizados e as fábricas passaram para as mãos do estado. No entanto, desde o início que os direitos humanos também foram literalmente esquecidos, tendo até sido criado um grupo paramilitar, denominado Tcheka, futura KGB, responsável por vários serviços de segurança, incluindo a vigilância e o controlo dos cidadãos. Nem sei se o povo não ficou pior com Leninne do que com o Czar, tal foi a violência e a repressão. Após a morte de Lennine, sucedeu-lhe (sem eleições, claro) Josej Estaline, o qual também aprendeu, e de forma muito rápida, a reprimir, a reeducar e a fazer “desaparecer” os cidadãos. Só à sua conta “desapareceram” milhões de cidadãos russos, entre poetas, cientistas, militares de alta patente, gestores de empresas e outros cidadãos que, por esta ou aquela razão, discordavam do regime comunista instituído. Na China é o que se vê. O Tibete já é deles e ninguém pode dizer o contrário, porque o imperialismo é uma palavra que só se aplica aos outros. Os governantes chineses só deixam o poder quando morrem e a sucessão, mais uma vez, é quase dinástica. Eleições democráticas para quê? E o que dizer das velhas políticas de repressão, do controlo da população e da exploração dos trabalhadores, que são pagos a preços de miséria. Para quem diz que os países comunistas são o paraíso dos trabalhadores, onde andam os sindicatos “livres”, as leis laborais “decentes”, os horários de trabalho, os salários justos, etc? Bom, afinal todos nós gostamos de produtos baratos, não é. Também em Cuba, terra do “El comandante” Fidel Castro, temos a mesma realidade, porque, por lá, eleições também são “coisa esquisita”. Quando este decidiu reformar-se, porque a saúde já não lhe permitiu continuar, o poder passou para o irmão. Muito democrático, sem dúvida. E, claro, quem não anda na “linha” e não venera os ditadores tem problemas certos com a polícia política, porque por lá coisas como “direitos humanos”, “liberdade de expressão”, “ordenados justos”, etc, também são expressões que não devem constar do dicionário. Quanto à Venezuela, temos Hugo Chaves, que até foi eleito por sufrágio direto em 1998 e cujas eleições subsequentes, bastante criticadas, o têm mantido no poder. Este democrata também procurou abraçar o coletivismo e a estatização mas com uma ânsia pelo poder, que não procura esconder, concentrando-o em si mesmo, sempre que pode. No ano de 2002, verificou-se uma greve geral que paralisou o país durante nove semanas e até chegou a ser despoletada uma revolução interna, cuja responsabilidade é controversa, mas que procurou depor Hugo Chavez. Este, num contragolpe, restaurou o poder e lá continua a controlar os órgãos de comunicação social, a reduzir o poder dos órgãos democráticos vigentes e a tentar ser o senhor do poder, alterando a constituição para poder ser reeleito eternamente, até ao dia em que consiga suprimir a necessidade de eleições. Bom, como vivemos num país livre e democrático e o ser humano possui o dom inestimável de pensar e de refletir sobre tudo o que o rodeia, devemos “cultivar” esse dom.

Diário do Alentejo 6 janeiro 2012

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Efeméride Efeméride Janeiro de 1914

A oposição democrática, em Beja, defende a jornada de trabalho de oito horas

“P

roposta: Propomos que a Câmara Municipal como demonstração de interesse pelas classes trabalhadoras e querendo no dia de hoje, em que o Partido Socialista português festeja em todo o país o aniversário da sua organização, dar um testemunho que lhe merecem as justas reivindicações operárias, manifestadas por milhões de trabalhadores em todos os países da Europa, organize os serviços dos seus assalariados de forma a garantir-lhes as 8 horas de trabalho, sem prejuízo do bom desempenho dos serviços camarários. Sala das sessões da Câmara Municipal de Beja, 10 de janeiro de 1914 Os vereadores José Alexandre da Costa António Pedro Nunes Ezequiel do Soveral Rodrigues Luíz Gonçalves Fialho Manuel Francisco Martins Cordeiro Pedro José da Conceição Rocha António Sousa Graça” (1) A esta proposta apresentada pelos vereadores do Partido Democrático responde o Partido Unionista, em maioria na Câmara, com a seguinte moção: “A Câmara Municipal de Beja: Considerando que os atuais serviços municipais não estão presentemente organizados de forma a poderem a estabelecer o dia normal de oito horas de trabalho. (…) [R]esolve deliberar: Não pôr em execução o dia normal de 8 horas, enquanto os serviços municipais não sejam de forma a intentar esse regime de trabalho. (…) Beja, Sala das Sessões da Câmara Municipal, 12 de janeiro de 1914 O Vereador, Filipe Fernandes” (1) Feita a votação, ganhou a moção apresentada pelo unionista Filipe Fernandes. O País teve que esperar até maio de 1919, data em que foi publicada a lei das 8 horas de trabalho, da qual se excluíam os chamados criados e os assalariados rurais, para que, após tantas lutas, o poder aceitasse uma das reivindicações centrais do movimento operário – 8 horas de trabalho; 8 horas de descanso; 8 horas de lazer. Cf. O jornal “O Operário” de 25 de janeiro de 1914. PS: Noventa e dois anos decorridos sobre a lei das oito horas, a conquista esvaiu-se e Portugal regrediu civilizacionalmente para patamares de fins do século XIX, inícios do século XX. Constantino Piçarra


Diário do Alentejo 6 janeiro 2012

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Fotorreportagem

Fotos José Ferrolho

silvo da automotora já não acorda o sossego dos campos entre Beja e a Funcheira. A CP, desde o primeiro dia do ano, decidiu suprimir esta linha “atendendo à conjuntura atual” e aos supostos prejuízos decorrentes do serviço em causa. Diz a empresa ferroviária, no comunicado que faz o funeral a esta importante ligação do interior do Alentejo, que o troço entre Beja e a Funcheira tem custos operacionais na ordem dos 605 mil euros por ano e uma média de quatro passageiros por comboio. Numa altura em que tudo se resume a cifras, o Alentejo torna a ficar mais pobre. E mais sossegado. Uma bela e gigante coutada, como eles, lá em Lisboa, tanto gostam. PB

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Diário do Alentejo 6 janeiro 2012

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A Funcheira é um dos mais emblemáticos entrepostos ferroviários do País. O fecho da ligação a Beja é o primeiro passo para a sua extinção. Isto apesar de os autarcas da região, em cima da hora, terem, para já, conseguido convencer a CP a fazer parar o Intercidades da linha do Sul. Até quando, Funcheira?


Natação: Torneio de Masters em Sines

Diário do Alentejo 6 janeiro 2012

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A Piscina Municipal de Sines Carlos Manafaia recebe amanhã, sábado, com sessões às 9 e 30 e às 16 horas, o 2.º Torneio de Masters do Litoral Alentejano, com a participação de alguns dos melhores atletas a nível nacional. A competição, primeira do calendário nacional do novo ano, é organizada pelo Clube de Natação do Litoral Alentejano.

Desporto

2.ª Divisão Nacional

Moura recebe o Reguengos

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campeonato naciona l da 2.ª Divisão regressa no próximo domingo, 8, com a formação do Moura a jogar em casa com o Atlético de Reguengos, outra equipa alentejana a quem a época não tem corrido de feição. Os mourenses estão no décimo lugar da tabela com 15 pontos. Mais três que a

primeira equipa em zona de despromoção e mais cinco que o seu adversário de domingo, o que faz reverter o favoritismo para a turma visitada, orientada pelo técnico Carlos Ventura. O Juventude tem jogo muito difícil em Torres Vedras e o Vendas Novas, melhor alentejano na tabela de pontos,

joga em Sintra com o 1.º de Dezembro. O calendário completo da jornada é o que se segue: Moura-Reguengos; Mo n s a nt o -L o u l e t a no ; C a r r e g a d o -Fátima; Sertanense-Pinha lnovense; Tor re e n s e -Ju ve nt ud e ; Tou r i z e n s e -Mafra; Oriental-Caldas; 1.º Dezembro -Vendas Novas.

Futebol e futsal TAÇA FUNDAÇÃO INATEL – 7 e 8/janeiro/12 Série A – 9.ª jornada: Bemposta-Campo Redondo; Soneguense-Cavaleiro; Malavado-Longueira. Série B – 8.ª jornada: NaveRedonda-Relíquias;Pereirense-Luzianes; Colense-Santaclarense; Garvão-Amoreiras Gare. Série C – 8.ª jornada: Figueirense-Faro do Alentejo; Penedo Gordo-Beringelense; Jungeiros-Santa Vitória; São Matias-Mombeja. Série D – 8.ª jornada: Neves-Ficalho; Serpense-Sobral D’Adiça; Salvadense-Louredense; Brinches-Quintos. Série E – 8.ª jornada: Santa Clara-a-Nova-Alcariense; Trindade-Aldeia de Fernandes; Almodovarense-Sanjoanense; Sete-Albernoense. FUTEBOL JUVENIL – 7 e 8/janeiro/12 Campeonato Nacional de Juniores (18.ª jornada): Atlético-U.Montemor; Estoril-Despertar; BM Almada-Internacional; Olhanense-Farense; Oeiras-Lusitano; Imortal-Desportivo Portugal. Campeonato Nacional de Juvenis (20.ª jornada): Barreirense-O Elvas; V.Setúbal-Olhanense; Imortal-Odemirense; Oeiras-U.Montemor; Amora-Casa Pia; Estoril-Cova Piedade. Campeonato Nacional de Iniciados (18.ª jornada): Barreirense-Lagos; V.Setúbal-Olhanense; Imortal-Despertar; Juventude-Louletano; Castrense-Lusitano; Odeáxere-Lusitano VRSA. Campeonato Distrital de Juniores (7.ª jornada): Almodôvar-Amarelejense; Castrense-Aljustrelense; Piense-Vasco da Gama; Desportivo de Beja-São Domingos; Moura-Odemirense. Campeonato Distrital de Juvenis (1.ª jornada): Aljustrelense-Desportivo de Beja; Aldenovense-Castrense; Despertar-Sporting de Cuba; Moura-Boavista. Campeonato Distrital de Iniciados (11.ª jornada): Amarelejense-Serpa; Odemirense-Ourique; Desportivo de Beja-Bairro da Conceição; Despertar-Ferreirense; A lmodôvar-Moura; Milfontes-Guadiana. Campeonato Distrital de Infantis – Série A (14.ª jornada): Operário-Bairro da Conceição; Sporting de Cuba-Ferreirense; Sporting de Beja-Vasco da Gama. Série B (10.ª jornada): São Domingos-Guadiana; Moura-Serpa; Piense-Aldenovense; Santo Aleixo-Despertar B. Série C (10.ª jornada): Almodôvar-Aljustrelense; Ourique-Milfontes; Odemirense-Operário; Castrense-Boavista.

3.ª Divisão Nacional O Despertar, lanterna vermelha da prova, joga no terreno do Messines (segunda volta)

3.ª Divisão Nacional

Despertar e Aljustrelense no Algarve

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jornada 13 do Nacional da 3.ª Divisão marca o reatamento do campeonato e leva as duas equipas do distrito de Beja para sul. O Despertar, lanterna vermelha da prova, joga no terreno do Messines (0-2 na primeira volta), atual oitavo classificado e naturalmente fa-

vorito nesta partida embora se aguarde com alguma expectativa a melhoria da equipa bejense nesta fase complementar da prova. O Aljustrelense, atual décimo classificado, atravessa uma fase de melhoria competitiva e de recuperação na tabela e joga no terreno do Lagoa (1-1 em Aljustrel), equipa que pre-

cede os Mineiros e tem mais um ponto. Um jogo muito importante para o futuro das duas equipas. A jornada tem o seguinte calendário: Fabril-Pescadores; U.Montemor-Quarteirense; Farense-Lagos; Messinense-Desper ta r; Redondense-Sesi mbra; Lagoa-Aljustrelense.

Campeonato Distrital de Benjamins (10.ª jornada) – Série A: Sporting de Cuba-Vasco da Gama; Ferreirense-Figueirense; Beringelense-Sporting de Beja; Benfica de Beja-Despertar A. Série B: Bairro da Conceição-Serpa; Despertar B-Desportivo de Beja; Aldenovense-Piense; Amarelejense-Guadiana. Série C: Odemirense-Almodôvar; Milfontes- Cast rense; Pa noias-Rosa i rense; Renascente-Ourique. Campeonato Distrital de Futebol Feminino (7.ª jornada): Aljustrelense-Benfica de Castro Verde; Benfica de Almodôvar-Odemirense; Ourique-Serpa. FUTSAL Taça Distrito de Beja (4.ª jornada) Série A: Sporting de Moura-Alfundão; Alcoforado-I.P.Beja. Série B: V.N.São Bento-A.Surdos Beja; Vila Ruiva -Almodovarense.


A Associação de Futebol de Beja realiza no próximo dia 14, entre as 9 e 30 e as 17 e 30 horas, em Cuba, uma ação de formação para guarda-redes. As inscrições são gratuitas e podem ser efetuadas até ao próximo dia 11 na sede da A.F.Beja.

Corta Mato Escolar em Santo André Realiza-se no próximo dia 11, pelas 10 e 30 horas, em Santo André, a prova de Corta Mato Escolar do Concelho de Santiago do Cacém, numa organização daquele município em parceria com a Escola Secundária Padre António Macedo e a EB 2/3 de Santo André.

1.ª Divisão Distrital

Milfontes recebe o Ferreirense

N

o regresso do “Distritalão” cumpre-se a jornada 14, de onde se destaca a deslocação do Ferreirense ao terreno do Milfontes, segundo classificado, atrás do Castrense, campeão de inverno e anfitrião do Panoias na tarde do próximo domingo.

Em Serpa disputa-se um interessante derby entre a equipa local e o vizinho Aldenovense, duas equipas que têm estado a realizar uma prova interessante. O Sporting de Cuba, último classificado, vai disputar os pontos ao terreno do São Marcos, outra equipa em zona de aflitos.

Os jogos completos d a jor nad a são os seguintes: Panoias-Castrense; Guadiana-Rosairense; Vasco da Gama -Odemirense; Milfontes-Ferreirense; Almodôvar-Desportivo de Beja; Serpa -Aldenovense; São Marcos-Sporting de Cuba.

2.ª Divisão Distrital

Nova liderança joga-se em Beja e Pias

N

o segundo escalão chegou a vez da 12.ª jornada, aquela em que o Cabeça Gorda folga, face ao número impar de equipas em prova e, com essa inatividade, pode perder o primeiro lugar do campeonato. Um ponto é a vantagem do

Ferrobico para o Amarelejense e dois para o Piense. A turma da Amareleja tem deslocação difícil a Beja e o Piense recebe o vizinho Vale de Vargo que também não vai facilitar as contas aos alvinegros e o campeonato está cada vez mais emotivo.

A ronda completa tem amanhã as seguintes partidas: Saboia-Barrancos; Negrilhos-Sanluizense; Piense-Va le de Vargo; Renascente-Messejanense; Ourique-Alvorada; Bairro da Conceição-Amarelejense. Folga o Cabeça Gorda.

Hoje palpito eu...

19

António José Perdigão Mósca

Diário do Alentejo 6 janeiro 2012

Formação para guarda-redes em Cuba

I

niciei a carreira no Sporting de Cuba, como iniciado e depressa ingressei no Desportivo de Beja como juvenil, regressando novamente ao SC Cuba com idade de júnior para integrar a equipa principal. Na época de 1975/76 voltei ao Desportivo de Beja, na altura treinado por Carlos Torpes. Foram seis épocas inesquecíveis, com momentos de verdadeira amizade que fizeram do Desportivo de Beja uma equipa notável e só com este espírito conseguimos subir à 2.ª Divisão Nacional. Não sendo de Beja, sempre me senti acarinhado pelas pessoas da cidade. Em 1981/82 voltei ao S.C. Cuba como treinador/ /jogador, realizando aí uma época memorável, pondo o S.C.Cuba no 2.º lugar, tendo subido nesse ano o Despertar, equipa formada com os jogadores vindos do Desportivo. Passei alguns anos ajudando o S.C. Cuba na formação de atletas nas camadas jovens, descobrindo novos talentos, como foi o caso do Manuel Abundância. Já como técnico, passei pelas seleções distritais da formação A.F.Beja e assim conclui toda a minha atividade futebolística”.

(2) SÃO MARCOS/SPORTING DE CUBA Duas equipas do fundo da tabela classificativa. Acredito que o SC Cuba vai dar a volta por cima fugindo assim ao último lugar. (2) PANOIAS/CASTRENSE Jogo para o Castrense, embora vá sentir alguma dificuldade em impor o seu futebol devido às características do campo e à entrega dos jogadores do Panoias perante o líder. (1) GUADIANA/ROSAIRENSE O Guadiana, querendo fugir aos últimos lugares, pode dar aqui um passo importante nesse sentido. O fator casa vai abonar a seu favor. (1) SERPA/ALDENOVENSE O grande derby da Margem Esquerda. O fator casa será importante para a vitória do Serpa embora a surpresa possa acontecer. (X) MILFONTES/FERREIRENSE Jogo interessante, com algum equilíbrio, embora o ascendente possa pertencer ao Milfontes. Julgo que o Ferreirense com alguma dose de sorte consiga trazer o empate. (2) ALMODÔVAR/DESPORTIVO DE BEJA O meu favoritismo vai para o Desportivo de Beja apesar das duas equipas se encontrarem em igualdade pontual, mas penso que o Desportivo de Beja quer ir mais além. (1) VASCO DA GAMA/ODEMIRENSE O Vasco da Gama, com novo treinador, vai querer sair das exibições irregulares vencendo o Odemirense, equipa que vai vender cara a derrota.


Distrital de Pista de Inverno em Beja

Diário do Alentejo 6 janeiro 2012

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A Associação de Atletismo de Beja realiza no próximo dia 28, na Pista do Complexo Desportivo Fernando Mamede, em Beja, o Campeonato Distrital de Pista de Inverno.

A grande maioria ficou ao serviço do clube a custo zero e isso só demonstra que a camisola do Desportivo tem importância. Esse passo foi fundamental da parte do plantel sénior, temos que reconhecer esse contributo.

2012 poderá ser o ano do relançamento

“O Desportivo de Beja tem futuro” A equipa de seniores do Desportivo de Beja joga por amor à camisola, a formação floresce e a gestão é feita por uma comissão administrativa. Estas são as bases para a consolidação do clube.

com empresas da cidade que estamos a tentar resolver, já temos feito alguns acordos que minimizam esses problemas. Os sócios olham para o clube com alguma preocupação?

Os poucos sócios quem têm ido às assembleias sentem os problemas. O Desportivo, como a maioria dos clubes, sofre com as dificuldades do movimento associativo. Já não há carolas, mas as direções não precisam de ter dinheiro, precisam é de ter disponibilidade, capacidade e empenho para o arranjar.

Texto e foto Firmino Paixão

O

presidente da assembleia geral do Clube Desportivo de Beja, Rogério Palma Inácio, passou a liderar uma comissão administrativa que vai gerir o clube até ser encontrada uma solução de continuidade. A maioria dos jogadores da equipa principal aceitou jogar graciosamente e a formação tem duas equipas na frente dos respetivos campeonatos. O passivo está controlado pelo que o momento é de confiança no futuro, ainda que seja premente despertar os bejenses para o relançamento de um clube que é património da sua cidade. Rogério Palma Inácio analisa as principais incidências deste processo de reafirmação. O ano de 2012 será decisivo para a estabilização do Desportivo de Beja?

Será o ano em que o Desportivo vai definitivamente assentar ideias, adquirir um projeto que possa estabilizar e tranquilizar o clube, para que possa aproveitar o trabalho na formação, que já está a dar frutos. A aposta tem que ser essa. Estabilizar o clube, normalizar a formação e tranquilizar as pessoas, para poderem dar o melhor de si e trabalhar em prol do clube. 2012 será um ano de arranque de um novo Desportivo de Beja. Que medidas estão a ser tomadas?

Esta comissão administrativa tem a função estatutária de preparar eleições, embora isso não nos preocupe. Dentro de 60 dias haverá uma assembleia geral eleitoral, as perspetivas de

O cenário de suspensão das atividades, ou de dissolução do clube, está definitivamente afastado?

Rogério Palma Inácio Líder da comisão administrativa do Desportivo de Beja

aparecer uma lista fora do âmbito desta comissão, não diria que são nulas, mas conhecendo a realidade do clube, direi que uma futura direção terá que passar pelos componentes da atual comissão administrativa. Os atletas deram uma boa resposta prescindindo dos subsídios …

A grande maioria ficou ao serviço do clube a custo zero e isso só demonstra que a camisola do Desportivo tem importância. Esse passo foi fundamental da parte do plantel sénior, temos que reconhecer esse contributo, mesmo assim o clube tem despesas inerentes ao seu funcionamento e estamos a trabalhar para conseguirmos angariar algumas verbas com publicidade e outras iniciativas para ganhar alguma tranquilidade nesta parte final da época. Tem expectativas para o aparecimento de candidatos aos órgãos sociais?

As pessoas que aceitaram integrar esta comissão não o fizeram com um horizonte de dois meses, têm, isso sim, a ideia de estabilizar o clube e leválo até ao final da época. A altura ideal para surgir uma direção será nos meses de abril ou maio, no final desta época, de forma a podermos preparar a próxima temporada. Acredito que possa surgir uma direção que integre alguns ou a quase totalidade dos membros desta comissão

Está. Face à resposta positiva dada pelo plantel sénior já não se corre esse risco. As camadas mais jovens estão garantidas porque têm uma estrutura à parte em que os pais dos atletas têm uma influência fundamental. Que objetivo tem a equipa sénior para esta temporada?

Dignificar a camisola e terminar na melhor posição, a equipa respondeu muito bem e teve até o melhor período na época coincidente com o conturbado momento em que a continuidade do futebol sénior foi questionada. Os atletas deram uma boa resposta em campo e mostraram que gostam do clube.

Qual é o passivo do clube? Há transparência nas contas?

O Desportivo de Beja tem futuro?

O passivo do clube tem sido revelado em assembleias gerais e aponta para um valor entre os 30 e os 40 mil euros. Existem acordos com as Finanças e a Segurança Social, têm existido direções que infelizmente não cumpriram, depois ficam sem afeito e tem que se fazer novo acordo. Mas é preciso honrar os compromissos com estas entidades. O resto das dívidas é

Claro que tem, repare que as nossas equipas jovens estão muito bem, lideramos os campeonatos de iniciados e juniores, há muito anos que não conseguimos nenhum título na formação e isso será fundamental. O bom trabalho que está a ser feito na área da formação é que vai assegurar que o Desportivo de Beja tenha futuro.

Haja bom senso! José Saúde

Manda o bom senso que inicie esta minha opinião sobre o evoluir da patinagem a nível do Sul apelando, obviamente, que prevaleça a consensualidade no momento de definir as regras quanto ao futuro da nova associação que reunirá os clubes das suas áreas geográficas. Sei que a Federação Portuguesa de Patinagem solicitou a uma empresa um estudo sobre a quantificação de clubes e atletas filiados, tendo como finalidade a reorganização das associações nos tempos que se avizinham; sei, também, que o novo organigrama será implementado, em princípio, na próxima época desportiva, 2012/2013; reconheço, ainda, que a decisão final caberá irrepreensivelmente ao órgão máximo nacional que definirá as regras do jogo. Nas hostes da patinagem comenta-se que a expectativa é enorme. Aliás, uma expectativa que se estende aos dirigentes. A questão que se coloca, a priori, passa sobretudo pelo nome da novel agremiação, bem como os clubes a integrar: se porventura chamar-se-á Associação de Patinagem do Sul ou do Alentejo e que contemplará, ou não, os clubes da Associação de Setúbal residentes na Estremadura, ou se o Sul abrangerá os filiados do Alentejo (Sines, também) e o Algarve. Esta dualidade de opiniões atual resvala para uma multiplicidade de apreensões que esbarram, por ora, na dúvida. Uma dúvida que nos leva a opinar em sentido único e que se prende com a prática da modalidade no seu todo. Neste contexto importa salvaguardar a entrega dos atletas a uma modalidade à qual se dedicam de corpo e alma, a que acresce a sua evolução no ringue bem como a rendição ao emblema que defendem. No momento que implica futuras reestruturações federativas que visam, quiçá, uma redução de custos, protejam-se os atletas e os clubes e não disparemos as armas à toa visando um bem-estar individual. Haja bom senso!


“Que futuro para a arbitragem?” é o tema do colóquio que vai ter lugar hoje, sexta-feira, pelas 21 e 30 horas, na Biblioteca Municipal Manuel da Fonseca, em Santiago do Cacém. O colóquio, moderado pelo jornalista Paulo Sérgio, sub-diretor de informação desportiva da RTP, deverá contar com as presenças do árbitro

internacional Duarte Gomes, do presidente da Associação de Futebol de Setúbal, Sousa Marques, do treinador de futebol Daúto Faquirá e do ex-jogador de futebol do Sporting Nelson Pereira. A organização é da responsabilidade do núcleo de confraternização dos Árbitros de Futebol de Santiago do Cacém.

Essa questão da massa associativa passa por participarem nas assembleias e arranjarem mais formas de financiamento porque os que lá estão têm feito o trabalho que toda a gente vê, mas para quem está de fora é muito fácil criticar, fazer é que é mais difícil.

Filipe Felizardo tem discurso realista

“Dignificar um clube não passa pelo número de pontos” Um ponto ganho em 12 jogos e apenas cinco golos marcados em mais de 1 080 minutos de jogo. Apesar das expectativas iniciais serem reduzidas, a prestação do Despertar na 3.ª Divisão Nacional tem sido fraca.

se me quiserem mandar embora é diferente, mas entretanto vamos trabalhando todos os dias à procura da primeira vitória. Não lhe passou pela cabeça sair?

Passa sempre, mas tenho sido mais forte e tenho aguentado a pressão de não ceder a essa fraqueza. Para mim seria uma fraqueza. Não estou nada preocupado em ficar ligado a uma coisa muito negativa, porque não tenciono fazer nenhum percurso profissional do futebol. Isto simplesmente me vai fortalecer como homem, sei que estou a fazer o meu melhor e sei que a direção tem o mesmo pensamento.

Texto e foto Firmino Paixão

O

treinador Filipe Felizardo suaviza o insucesso da sua equipa no Nacional da 3.ª Divisão. Fala da escassez de recursos económicos para fortalecer a equipa, da imaturidade competitiva dos atletas e perspetiva uma segunda volta mais promissora, embora relativize a questão da manutenção no patamar nacional, sabendo que a posição na tabela é já muito desconfortável. O técnico revela que tem aguentado a pressão sem se demitir, considerando que isso seria uma fraqueza pela qual não quer passar, apesar de estar num projeto cuja fragilidade conhecia previamente.

Os sócios e adeptos aceitam essa argumentação?

O balanço da primeira volta será, naturalmente, negativo?

Filipe Felizardo Treinador suaviza o insucesso da sua equipa

Sim, não somos hipócritas, nem sequer pensávamos passar por este nível de dificuldades. Sabíamos que seria difícil, mas sempre pensámos ter mais pontos do que temos ao virar da primeira volta. Estávamos avisados das dificuldades que iríamos enfrentar, mas realmente, e por motivos vários, as coisas têm corrido pior do que aquilo que esperávamos.

plantel, passando depois, também, pelo poderio de algumas equipas do distrital a que não conseguimos fazer frente na contratação de jogadores.

Refletiu sobre as causas do insucesso?

A reflexão foi feita até antes de começarmos a prova. A decisão foi muito ponderada pela direção do Despertar, sabendo que teria que existir uma redução orçamental para o futebol sénior, face às contingências dos apoios que tínhamos para este campeonato nacional e face aos custos de organização de jogos. Tivemos que pensar numa redução da qualidade do

21 Diário do Alentejo 6 janeiro 2012

Futuro da arbitragem em Santiago do Cacém

Terá valido a pena dar continuidade ao projeto do futebol sénior?

A decisão passava por terminar um ciclo do futebol sénior que tinha começado contra tudo e contra todos, ou então ir para a 3.ª Divisão de cabeça levantada, tentar fazer o melhor e dignificar o clube com os recursos que tínhamos. Sabíamos que seria um ano difícil para todos, jogadores, treinador, direção. Não é fácil ter 10 derrotas em 11 jogos, mas o grupo tem sido forte nesse sentido. Para quem está de fora é fácil falar, perguntar por que é que não fizeram isto e aquilo… A expressão “ano novo, vida nova” não se aplica ao Despertar?

Não. Para nós vida nova só porque temos a noção de que nos últimos cinco jogos já estivemos melhor, não tivemos nenhuma derrota desnivelada, já perdemos três jogos nos descontos, mas falta-nos qualquer coisa, sabemos que os nossos jogadores estão a fazer os primeiros jogos na 3.ª Divisão Nacional, estão a evoluir em competição e estão alguns degraus abaixo face aos nossos concorrentes diretos. Treinador e direção estão em sintonia quanto ao percurso da equipa?

Claro. O mais fácil para mim tinha sido ir embora à 4.ª ou 5.ª jornada. Não me desgastava psicologicamente, mas eu não sou de voltar as costas às coisas, isso seria criar um problema à direção e não resolver um problema. Não fugirei às minhas responsabilidades,

Não tenho muito retorno do sentimento da massa associativa, os nossos jogos têm assistências fracas, mas entendo o associativismo a este nível como um clube que serve a população e refiro-me aos jogadores da terra, por isso é que no futuro é que temos de nos virar para a formação e para os jogadores da terra. Essa questão da massa associativa passa por participarem nas assembleias e arranjarem mais formas de financiamento porque os que lá estão têm feito o trabalho que toda a gente vê, mas para quem está de fora é muito fácil criticar, fazer é que é mais difícil. O clube tem 200 atletas, tem uma sede própria, uma frota de transportes, não tem dívidas e cumpre todas as suas responsabilidades. Acredita numa segunda volta mais promissora?

Será sempre melhor que a primeira, pior do que fazer só um ponto será impossível, mas nem olhamos para a manutenção como opção, não sendo matematicamente impossível será muito difícil, mas não é isso que nos move, queremos conseguir a primeira vitória, acabar de cabeça levantada, pois dignificar um clube não passa pelo número de pontos.

Andebol Zona Azul joga em Almada O líder do campeonato joga em Almada e só deve pensar em ganhar para segurar o primeiro lugar da prova, numa jornada em que Boa Hora e Torrense, principais concorrentes dos bejenses, jogam entre si. Em iniciados, o Serpa recebe a formação do Vitória de Setúbal. Campeonato Nacional da 3.ª Divisão – seniores masculinos zona sul (14.ª jornada): Boa Hora-Torrense; Oriental-Costa D’Oiro; Lagoa-Náutico; A.C.Sines-Loures; Almada-Zona Azul. Campeonato Nacional da 1.ª Divisão Iniciados Masculinos Zona 6 (2.ª jornada): C.C.P.Serpa-V.Setúbal; Alto Moinho-Almada; Quinta Nova-Torrense; Vela Tavira-Lagoa.

Hóquei em Patins Castrense joga derby em Aljustrel Dois derbys marcam a 9.ª jornada do Nacional da 3.ª Divisão, um será aquele que envolve a deslocação do Hóquei de Grândola, líder da prova, ao pavilhão do Hóquei de Santiago do Cacém; o outro joga-se no Pavilhão Armindo Peneque, em Aljustrel, com a presença do vizinho Castrense. O Hóquei Vasco da Gama de Sines joga em Oeiras. Campeonato Nacional da 3.ª Divisão Zona Sul (9.ª jornada): H.Santiago-H.Grândola; Lisbonense-Estremoz; SeixalSalesiana; Azeitonense-Lobinhos; Aljustrelense-Castrense. Campeonato Nacional da 2ª Divisão Zona Sul (10.ª jornada): Oeiras-Vasco da Gama Sines.

Voleibol Moura Vólei Clube em Oeiras O Campeonato Nacional da 3.ª Divisão de Voleibol prossegue na tarde de amanhã, sábado, após uma prolongada interrupção, disputando a 5.ª e penúltima jornada da primeira fase da prova. O Moura Vólei Clube tem pela frente uma deslocação a Oeiras. O calendário completo da jornada é o seguinte: Penafirme-Moura Vólei Clube e Marinhense-Albufeira. No Campeonato Nacional de Juvenis Masculinos, Série C, joga-se a oitava ronda e a equipa alentejana tem o mesmo destino dos seniores, o Pavilhão de Oeiras.


saúde

Sexta-feira, 6 JANEIRO 2012 Nº 1550 (II Série)

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Análises Clínicas

Medicina dentária ▼ Dr.ª Heloisa Alves Proença Médica Dentista Directora Clínica da novaclinica

Laboratório de Análises Clínicas de Beja, Lda. Dr. Fernando H. Fernandes Dr. Armindo Miguel R. Gonçalves Horários das 8 às 18 horas; Acordo com beneficiários da Previdência/ARS; ADSE; SAMS; CGD; MIN. JUSTIÇA; GNR; ADM; PSP; Multicare; Advance Care; Médis FAZEM-SE DOMICÍLIOS Rua de Mértola, 86, 1º Rua Sousa Porto, 35-B Telefs. 284324157/ 284325175 Fax 284326470 7800 BEJA

Cardiologia

RUI MIGUEL CONDUTO Cardiologista - Assistente de Cardiologia do Hospital SAMS CONSULTAS 5ªs feiras CARDIOLUXOR Clínica Cardiológica Av. República, 101, 2ºA-C-D Edifício Luxor, 1050-190 Lisboa Tel. 217993338 www.cardioluxor.com Sábados R. Heróis de Dadrá, nº 5 Telef. 284/327175 – BEJA MARCAÇÕES das 17 às 19.30 horas pelo tel. 284322973 ou tm. 914874486

MARIA JOSÉ BENTO SOUSA e LUÍS MOURA DUARTE

Cardiologistas Especialistas pela Ordem dos Médicos e pelo Hospital de Santa Marta Assistentes de Cardiologia no Hospital de Beja Consultas em Beja Policlínica de S. Paulo Rua Cidade de S. Paulo, 29 Marcações: telef. 284328023 - BEJA

Exclusividade em Ortodontia (Aparelhos) Master em Dental Science (Áustria) Investigadora Cientifica - Kanagawa Dental School – Japão Investigadora no Centro de Medicina Forense (Portugal) Rua Manuel Antó António de Brito n.º n.º 6 – 1.º 1.º frente. 78007800-522 Beja tel. 284 328 100 / fax. 284 328 106

Assistente graduado de Ginecologia e Obstetrícia

ALI IBRAHIM Ginecologia Obstetrícia Assistente Hospitalar Consultas segundas, quartas, quintas e sextas Marcações pelo tel. 284323028

FRANCISCO BARROCAS

Psicologia Clínica Psicoterapeuta e Terapeuta Familiar Membro Efectivo da Sociedade Portuguesa de Terapia Familiar e da Associação Portuguesa de Terapias Comportamental e Cognitiva – Lisboa Beja: CLINIPAX, Rua Zeca Afonso, nº 6 - 1º-B, 7800-522 Beja Tel./Fax 284322503 TM. 917716528 Albufeira: OFICINA DOS MIMOS – CENTRO DE DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA E DA FAMÍLIA DO SUL, Quinta da Correeira, Lote 49, 8200-112 Albufeira Tel. 289541802 Tm. 969420725

FERNANDA FAUSTINO Técnica de Prótese Dentária Vários Acordos

(Diplomada pela Escola Superior de Medicina Dentária de Lisboa)

CLÍNICA MÉDICA ISABEL REINA, LDA.

Obstetrícia, Ginecologia, Ecografia

HELENA MANSO CIRURGIA VASCULAR TRATAMENTO DE VARIZES Convenções com PT-ACS CONSULTÓRIOS: Beja Praça António Raposo Tavares, 12, 7800-426 BEJA Tel. 284 313 270 Évora CDI – Praça Dr. Rosado da Fonseca, 8, Urb. Horta dos Telhais, 7000 Évora Tel. 266749740

Oftalmologia

JOÃO HROTKO

Obesidade

CLÍNICA MÉDICA DENTÁRIA

DR. A. FIGUEIREDO LUZ

Especialista pela Ordem dos Médicos Chefe de Serviço de Oftalmologia do Hospital de Beja

Médico Especialista pela Ordem dos Médicos e Ministério de Saúde

Consultas de 2ª a 6ª Acordos com: ACS, CTT, EDP, CGD, SAMS. Marcações pelo telef. 284325059 Rua do Canal, nº 4 7800 BEJA

CONSULTAS DE OBESIDADE

Generalista Rua Capitão João Francisco de Sousa, 56-A – Sala 8

Fisioterapia

Marcações

pelo tm. 919788155

Dermatologia

Rua Bernardo Santareno, nº 10 Telef. 284326965 BEJA

DR. JOSÉ BELARMINO Clínica Geral e Medicina Familiar (Fac. C.M. Lisboa) Implantologia Oral e Prótese sobre Implantes (Universidade de San Pablo-Céu, Madrid)

Marcação de consultas de dermatologia:

CONSULTAS EM BEJA 2ª, 4ª e 5ª feira das 14 às 20 horas EM BERINGEL Telef 284998261 6ª e sábado das 14 às 20 horas DR. JAIME LENCASTRE Estomatologista (OM) Ortodontia

JORGE ARAÚJO Assistente graduado de ginecologia e obstetrícia ULSB/Hospital José Joaquim Fernandes Consultas e ecografia 2ªs, 4ªs, 5ªs e 6ªs feiras, a partir das 14 e 30 horas Marcações pelo tel. 284311790 Rua do Canal, nº 4 - 1º trás 7800-483 BEJA

Estomatologia Cirurgia Maxilo-facial ▼

DR. MAURO FREITAS VALE MÉDICO DENTISTA

Marcações pelo telefone 284321693 ou no local Rua António Sardinha, 3 1º G 7800 BEJA

Medicina dentária ▼

Consultório Centro Médico de Beja Largo D. Nuno Álvares Pereira, 13 – BEJA Tel. 284312230

Fisioterapia

Consultas em Beja Clínica do Jardim

DOENÇAS DO SISTEMA

Praça Diogo Fernandes, nº11 – 2º Tel. 284329975

Clínica Dentária

HORÁRIO: Das 11 às 12.30 horas e das 14 às 18 horas pelo tel. 218481447 (Lisboa) ou Em Beja no dia das consultas às quartas-feiras Pelo tel. 284329134, depois das 14.30 horas na Rua Manuel António de Brito, nº 4 – 1º frente 7800-544 Beja (Edifício do Instituto do Coração, Frente ao Continente) Clínica Geral

Marcações pelo 284322446; Fax 284326341 R. 25 de Abril, 11 cave esq. – 7800 BEJA ▼

DOENÇAS PULMONARES ALERGOLOGIA Sidónio de Souza Ex-Chefe Serviço Hospital Pulido Valente

Dr. José Loff

CONSULTAS às 3ªs e 4ªs feiras, a partir das 15 horas MARCAÇÕES pelos telfs.284322387/919911232 Rua Tenente Valadim, 44 7800-073 BEJA

Psiquiatria

VÁRIOS ACORDOS Consultas :de segunda a sexta-feira, das 9 e 30 às 19 horas Rua de Mértola, nº 43 – 1º esq. Tel. 284 321 304 Tm. 925651190 7800-475 BEJA

FERNANDO AREAL MÉDICO Consultor de Psiquiatria

MÉDICO ESPECIALISTA EM CLÍNICA GERAL/ MEDICINA FAMILIAR Marcações a partir das 14 horas Tel. 284322503 Clinipax Rua Zeca Afonso, nº 6-1º B – BEJA

Urologia

AURÉLIO SILVA

Consultório

UROLOGISTA

Otorrinolaringologia ▼

Rua Capitão João Francisco Sousa 56-A

DR. J. S. GALHOZ

1º esqº 7800-451 BEJA

Ouvidos,Nariz, Garganta Exames da audição

Tel. 284320749

Oftalmologia

Urgências Prótese fixa e removível Estética dentária Cirurgia oral/ Implantologia Aparelhos fixos e removíveis

GASPAR CANO

NERVOSO

Acordos com A.D.S.E., ACS-PT, CGD, Medis, Advance Care, Multicare, Seguros Minis. da Justiça, A.D.M.F.A., S.A.M.S.

Consultas às 5ªs feiras Marcações: tel. 284 32 25 03 CLINIPAX Rua Zeca Afonso, nº 6 1º B - BEJA

Médico Dentista

HELIODORO SANGUESSUGA

Fisiatria – Dr. Carlos Machado Psicologia Educacional – Elsa Silvestre Psicologia Clínica – M. Carmo Gonçalves Tratamentos de Fisioterapia – Classes de Mobilidade – Classes para Incontinência Urinária – Reeducação dos Músculos do Pavimento Pélvico – Reabilitação Pós Mastectomia

Pneumologia

Luís Payne Pereira

Centro de Fisioterapia S. João Batista

DRA. TERESA ESTANISLAU CORREIA

Neurologista do Hospital dos Capuchos, Lisboa

JOSÉ BELARMINO, LDA.

Médico oftalmologista

DRª CAROLINA ARAÚJO

Prótese/Ortodontia CONSULTAS 2ªs, 3ªs e 5ªs feiras Rua Zeca Afonso, nº 16 F Tel. 284325833

Consultas de Neurologia

Rua António Sardinha, 25r/c dtº Beja

Cirurgia Vascular

Neurologia

Rua General Morais Sarmento. nº 18, r/chão Telef. 284326841 7800-064 BEJA

Ginecologia/Obstetrícia

FAUSTO BARATA

Psicologia

CÉLIA CAVACO Oftalmologista pelo Instituto Dr. Gama Pinto – Lisboa Assistente graduada do serviço de oftalmologia do Hospital José Joaquim Fernandes – Beja Marcações de consultas de 2ª a 6ª feira, entre as 15 e as 18 horas Rua Dr. Aresta Branco, nº 47 7800-310 BEJA Tel. 284326728 Tm. 969320100

Consultas a partir das 14 horas Praça Diogo Fernandes, 23 - 1º F (Jardim do Bacalhau) Telef. 284322527 BEJA

Hospital de Beja Doenças de Rins e Vias Urinárias Consultas às 6ªs feiras na Policlínica de S. Paulo Rua Cidade S. Paulo, 29 Marcações pelo telef. 284328023

BEJA

Hematologia

HEMATOLOGIA CLÍNICA Doenças do Sangue

ANA MONTALVÃO Assistente Hospitalar Marcações de 2ª a 6ª feira, das 15 às 19 horas Terreiro dos Valentes, 4-1ºA 7800-523 BEJA Tel. 284325861 Tm. 964522313


saúde

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Diário do Alentejo 6 janeiro 2012

PSICOLOGIA ANA CARACÓIS SANTOS – Educação emocional; – Psicoterapia de apoio; – Problemas comportamentais; – Dificuldades de integração escolar; – Orientação vocacional; – Métodos e hábitos de estudo GIP – Gabinete de Intervenção Psicológica Rua Almirante Cândido Reis, 13, 7800-445 BEJA Tel. 284321592

Clínica Médico-Dentária de S. FRANCISCO, LDA. Gerência de Fernanda Faustino Acordos: SAMS, ADMG, PSP, A.D.M.E., Portugal Telecom e Advancecare Rua General Morais Sarmento, nº 18, r/chão; TEL. 284327260 7800-064 BEJA

_______________________________________ Manuel Matias – Isabel Lima – Miguel Oliveira e Castro – Jaime Cruz Maurício Ecografia | Eco-Doppler Cor | Radiologia Digital Mamografia Digital | TAC | Uro-TC | Dental Scan Densitometria Óssea Nova valência: Colonoscopia Virtual Acordos: ADSE; PT-ACS; CGD; Medis, Multicare; SAMS; SAMS-quadros; Allianz; WDA; Humana; Mondial Assistance. Graça Santos Janeiro: Ecografia Obstétrica Marcações: Telefone: 284 313 330; Fax: 284 313 339; Web: www.crb.pt Rua Afonso de Albuquerque, 7 r/c – 7800-442 Beja e-mail: cardiologiabeja@mail.telepac.pt

CENTRO DE IMAGIOLOGIA DO BAIXO ALENTEJO ECOGRAFIA – Geral, Endocavitária, Osteoarticular, Ecodoppler TAC – Corpo, Neuroradiologia, Osteoarticular, Dentalscan Mamografia e Ecografia Mamária Ortopantomografia Electrocardiograma com relatório António Lopes – Aurora Alves – Helena Martelo – Montes Palma – Maria João Hrotko – Médicos Radiologistas –

Dr. Sidónio de Souza – Pneumologia/Alergologia/ Desabituação tabágica – H. Pulido Valente Dr. Fernando Pimentel – Reumatologia – Medicina Desportiva – Instituto Português de Reumatologia de Lisboa Dr.ª Verónica Túbal – Nutricionismo – H. de Beja Dr.ª Sandra Martins – Terapia da Fala – H. de Beja Dr. Francisco Barrocas – Psicologia Clínica/Terapia Familiar – Membro Efectivo da Soc. Port. Terapia Familiar e da Assoc. Port. Terapias Comportamental e Cognitiva (Lisboa) – Assistente Principal – Centro Hospitalar do Baixo Alentejo. Dr. Rogério Guerreiro – Naturopatia Dr. Gaspar Cano – Clínica Geral/ Medicina Familiar Dr.ª Nídia Amorim – Psicomotricidade/Educação Especial e Reabilitação (dificuldades específicas de aprendizagem/ dislexias) Dr. Sérgio Barroso – Oncologia – H. de Beja Drª Margarida Loureiro – Endocrinologia/Diabetes/ Obesidade – Instituto Português de Oncologia de Lisboa Dr. Francisco Fino Correia – Urologia – Rins e Vias Urinárias – H. Beja Dr. Daniel Barrocas – Médico Interno de Psiquiatria – Hospital de Santa Maria Dr. Carlos Monteverde – Chefe de Serviço de Medicina Interna, doenças de estômago, fígado, rins, endoscopia digestiva. Dr.ª Ana Cristina Duarte – Pneumologia/Alergologia Respiratória/Apneia do Sono – Assistente Hospitalar Graduada – Consultora de Pneumologia no Hospital de Beja Dr.ª Isabel Martins – Chefe de Serviço de Psiquiatria de Infância e Adolescência/Terapeuta familiar – Centro Hospitalar do Baixo Alentejo Dr.ª Paula Rodrigues – Psicologia Clínica – Hospital de Beja Dr.ª Luísa Guerreiro – Ginecologia/Obstetrícia Dr.ª Ana Montalvão – Hematologia Clínica /Doenças do Sangue – Assistente Hospitalar – Hospital de Beja Dr.ª Ana Cristina Charraz – Psicologia Clínica – Hospital de Beja Dr. Diogo Matos – Dermatologia. Médico interno do Hospital Garcia da Orta. Dr. José Janeiro – Medicina Geral e Familiar – Atestados: Carta de condução; uso e porte de arma e caçador. Dr.ª Joana Freitas – Cavitação, Lipoaspiração não invasiva,indolor e não invasivo, acção imediata, redução do tecido adiposo e redução da celulite Dr.ª Ana Margarida Soares – Terapia da Fala - Habilitação/ Reabilitação da linguagem e fala. Perturbação da leitura e escrita específica e não específica. Voz/Fluência. Dr.ª Maria João Dores – Técnica Superior de Educação Especial e Reabilitação/Psicomotricidade. Perturbações do Desenvolvimento; Educação Especial; Reabilitação; Gerontomotricidade. Enfermeira Maria José Espanhol – Enfermeira especialista em saúde materna/Cuidados de enfermagem na clínica e ao domicílio/Preparação pré e pós parto/ amamentação e cuidados ao recém-nascido/Imagem corporal da mãe – H. de Beja

Marcações diárias pelos tels. 284 322 503 Fax 284 322 503 Tm. 91 7716528 Rua Zeca Afonso, nº 6, 1º B, 7800-522 Beja clinipax@netvisao.pt Urologia Terapia da Fala

Convenções: ADSE, ACS-PT, SAD-GNR, CGD, MEDIS, SSMJ, SADPSP, SAMS, SAMS QUADROS, ADMS, MULTICARE, ADVANCE CARE

Horário: de 2ª a 6ª feira, das 8 às 19 horas e aos sábados, das 8 às 13 horas

Terapeuta da Fala VERA LÚCIA BAIÃO

Av. Fialho de Almeida, nº 2 7800 BEJA Telef. 284318490

Consultas em Beja CLINIBEJA – 2.ª a 6.ª feira Rua António Sardinha, 25, r/c esq.

Tms. 924378886 ou 915529387

Tm. 962557043

FRANCISCO FINO CORREIA MÉDICO UROLOGISTA RINS E VIAS URINÁRIAS Marcações de 2.ª a 6.ª feira a partir das 14 horas Rua Capitão João Francisco de Sousa, n.º 20 7800-451 BEJA Tel. 284324690


institucional diversos

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Diário do Alentejo 6 janeiro 2012

Diário do Alentejo nº 1550 de 6/01/2012 1.ª Publicação

Transportes de Serviços Urgentes Urgente diurno (recolhas e entregas no próprio dia) Urgente nacional (de hoje para amanhã) z Urgente Espanha (de hoje para amanhã, antes das 10H) z Urgente internacional (o mais urgente com cobertura mundial) z e-comerce – para empresas que comercializam os seus produtos através da Internet z Outros z z

MINISTÉRIO DAS FINANÇAS DIRECÇÃO-GERAL DOS IMPOSTOS Serviço de Finanças de BEJA-0248

ANÚNCIO VENDA E CONVOCAÇÃO DE CREDORES

Contactos: Beja, Évora – 284 321 760 | Sines – 269 636 087

OFICINA z

RECTIFICAÇÕES DE CABEÇAS E DE BLOCOS

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TESTAGENS

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SERVIÇO DE TORNO

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SOLDADURAS EM ALUMÍNIO

Encamisar blocos orçamentos com ou sem material PREÇOS SEM CONCORRÊNCIA

CASADINHO Sítio Horta de St. António Caixa postal 2601 BEJA Tm. 967318516

ASTRÓLOGO

PERDEU-SE MOCHILA

Na segunda-feira (2 de Janeiro), no período das 15h30 às 16h00, ficou perdida uma mochila junto a um poste eléctrico, na zona do LIDL, em Vidigueira. Dentro da mochila estava um computador e outros artigos pessoais que pertencem a um estudante universitário de Vila de Frades e que são imprescindíveis para o seu trabalho do dia-a-dia escolar (com trabalhos feitos para entregar na Universidade). Para ajudar o Duarte a recuperar os seus bens, agradecemos a colaboração de todos no sentido de divulgarem esta informação e apelamos ao bom senso de quem achou a mochila de entrar em contacto através dos telemóveis 969207866 e 969205902, ou entregá-la num posto da GNR.

GRANDE MESTRE SISSÉ Não há vida sem solução Africano, grande cientista espiritualista, com super magia negra e branca mais forte. Trata e ajuda a resolver com rapidez no máximo de 7 dias qualquer que seja o seu caso, mesmo que seja grande, grave ou de difícil solução. Exemplo: amor, saúde, negócios, prender e desviar, afastar e aproximar pessoas amadas, exame, jogo, doenças espirituais, impotência sexual, vício, alcoolismo, droga, maus-olhados, invejas, etc., etc.. Lê a sorte, dá previsão de vida e futuro pelo bom espírito e forte talismã. Faz trabalho à distância. Considerado um dos melhores profissionais em Portugal. Consulta das 9 às 20 horas, de segunda a sábado.

CURSO PANDA POR CARTA Praceta Carlos Oliveira, lote 3 – 1.º dtº 7800-432 BEJA – Tm. 911965289/966763732

N.º da Venda: 0248.2011.90 - Executado: Carlos Miguel Sousa Teixeira por reversão de Carlos Teixeira Unipessoal, Lda 1/2 indiviso da fracção autónoma designada pela letra “F” do prédio urbano destinado a habitação, sito na Rua Jorge de Sena nº8 1º andar F, em Beja, freguesia de Salvador, concelho de Beja, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 3104, composta por sala, três quartos, cozinha, marquise, duas instalações sanitárias, despensa, circulação, duas varandas e estacionamento na cave designado pelo nº12, com a área bruta privativa de 107,2000 m2 e área bruta dependente de 27,9000 m2. Manuel José Borracha Pólvora, Chefe de Finanças do Serviço de Finanças BEJA-0248, sito em PRACA DA REPUBLICA, BEJA, faz saber que irá proceder à venda por meio de leilão electrónico, nos termos dos artigos 248.º e seguintes do Código de Procedimento e de Processo Tributário (CPPT), e da portaria n.º 219/2011 de 1 de Junho, do bem acima melhor identificado, penhorado ao executado infra indicado, para pagamento de divida constante em processo(s) de execução fiscal. É fiel depositário(a) o(a) Sr(a) CARLOS MIGUEL SOUSA TEIXEIRA ANDRE, residente em BEJA, o(a) qual deverá mostrar o bem acima identificado a qualquer potencial interessado (249.º/6 CPPT), entre as 09:00 horas do dia 2012-01-06 e as 10:00 horas do dia 2012-03-06. O valor base da venda (250.º CPPT) é de € 30.274,49. As propostas deverão ser apresentadas via Internet, mediante acesso ao “Portal das Finanças”, e autenticação enquanto utilizador registado, em www.portaldasfinancas.gov.pt na opção “Venda de bens penhorados”, ou seguindo consecutivamente as opções “Cidadãos”, “Outros Serviços”, “Venda Electrónica de Bens” e “Leilão Electrónico”.A licitação a apresentar deve ser de valor igual ou superior ao valor base da venda e superior a qualquer das licitações anteriormente apresentadas para essa venda. O prazo para licitação tem início no dia 2012-02-20, pelas 10:00 horas, e termina no dia 2012-03-06 às 10:00. As propostas, uma vez submetidas, não podem ser retiradas, salvo disposição legal em contrário. No dia e hora designados para o termo do leilão, o Chefe do Serviço de Finanças decide sobre a adjudicação do bem (artigo 6.º da portaria n.º 219/2011). A totalidade do preço deverá ser depositada, à ordem do órgão de execução fiscal, no prazo de 15 dias, contados do termo do prazo de entrega das propostas, mediante guia a solicitar junto do órgão de execução fiscal, sob pena das sanções previstas (256.º/1/e) CPPT). No caso de montante superior a 500 unidades de conta, e mediante requerimento fundamentado, entregue no prazo de 5 dias, contados do termo do prazo de entrega de propostas, poderá ser autorizado o depósito, no prazo mencionado no parágrafo anterior, de apenas uma parte do preço, não inferior a um terço, e o restante em até 8 meses (256.º/1/f) CPPT). A venda pode ainda estar sujeita ao pagamento dos impostos que se mostrem devidos, nomeadamente o Imposto Municipal sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis, o Imposto de Selo, o Imposto Sobre o Valor Acrescentado ou outros. Mais, correm anúncios e éditos de 20 dias (239.º/2 e 242.º/1 CPPT), contados da 2.ª publicação (242.º/2), citando os credores desconhecidos e os sucessores dos credores preferentes para reclamarem, no prazo de 15 dias, contados da data da citação, o pagamento dos seus créditos que gozem de garantia real, sobre o bem penhorado acima indicado (240º/ CPPT). Teor do Edital: Identificação do Executado: N.º de Processo de Execução Fiscal: 0248200801025597 (e apensos) NIF/NIPC: 218908423 Nome: CARLOS MIGUEL SOUSA TEIXEIRA ANDRE Morada: R JORGE SENA 8 1º F URBANIZAÇÃO QUINTA D’EL REI - BEJA 2011-12-20 O Chefe de Finanças Manuel José Borracha Pólvora

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institucional diversos necrologia Diário do Alentejo nº 1550 de 6/01/2012 Única Publicação

CASA DO ALENTEJO

CONVOCATÓRIA ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA Conforme o disposto no artigo 19, nº 1, alínea b) dos Estatutos da Casa do Alentejo, convoco a Assembleia Geral Ordinária, para o dia 12 de Janeiro de 2012 pelas 18:30 horas com os seguintes pontos de ordem de trabalhos: 1. Apresentação dos Corpos Sociais Eleitos para o Triénio 2012/2014. 2. Aprovação do Plano de Actividades e Orçamento para o Ano de 2012 3. Informações Diversas Se nos termos do Art.º 19, nº 2 dos Estatutos não comparecer o número suficiente de Sócios, a Assembleia reunirá em segunda convocatória, com qualquer número de Sócios presentes, uma hora depois da designada pela primeira convocatória. Lisboa, 27 de Dezembro de 2011. O Presidente da Mesa da Assembleia Geral Manuel Macaísta Malheiros

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Diário do Alentejo nº 1550 de 6/01/2012 Única Publicação

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Diário do Alentejo 6 janeiro 2012

São Matias – Beja

Beja - Messejana

MISSA

PARTICIPAÇÃO E AGRADECIMENTO

ASSOCIAÇÃO HUMANITÁRIA DOS BOMBEIROS VOLUNTÁRIOS DE VIDIGUEIRA

ANÚNCIO TOMADA DE POSSE Em conformidade com o disposto no n.º 1 do artigo 25.º dos estatutos da Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Vidigueira, torna-se público que a posse dos novos Órgãos Sociais para o triénio 2012-2014 será conferida no dia 10 de Janeiro de 2012, pelas 21 horas, na sede da Associação. Vidigueira, 30 de Dezembro de 2011. O Presidente da Mesa da Assembleia Geral Nuno Alfredo Cordeiro Pelúcia

APARTAMENTO Vende-se ou arrenda-se, 120 m2 no Bairro dos Moinhos. Impecável. Contacto: 284329866, das 14 às 19 horas

SALAS Centrais, qualquer ramo, arrendam-se ou vendem-se. Contacto: 284329471 das 9 às 13 horas ou 284329866 das 14 às 19 horas

José Domingos Engrácio Coelho Tavares 10º Ano de Eterna Saudade

Neste momento, as palavras perdem o sentido diante das lágrimas contidas na Saudade que estamos a sentir. Na nossa memória, guardamos uma vida de lembranças queridas, pois permaneces no nosso coração onde também fica a Saudade desde o dia da tua partida.

Jorge da Silva Revez A família cumpre o doloroso dever de participar o falecimento do seu ente querido ocorrido no dia 28/12/2011, e na impossibilidade de o fazer pessoalmente agradece por este meio a todas as pessoas que o acompanharam à sua última morada ou que de outro modo manifestaram o seu pesar.

Vale de Vargo

Que a tua Alma descanse em Paz…. Será realizada missa no dia 13/01/2012, pelas 18 e 30 horas, na Igreja da Sé em Beja.

Vidigueira

PARTICIPAÇÃO

Elisabete Maria Maldonado Henriques Nasceu 17.02.1954 Faleceu 29.12.2011

Fa l e c e u o E x m a . S r a . Elisabete Maria Maldonado Henriques, natural de Alvito, casado com a Exmo. Sr. António Manuel Henriques Rocha Maldonado. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 30, da casa mortuária de Vidigueira para o cemitério local.

h É com enorme pesar e solidários na dor da família que participamos o falecimento da Sra. Benta Maria Salvadinho Rações Estradas de 37 anos, casada com o Sr. João Paulo Carrasco Estradas. O funeral a cargo desta Funerária realizou-se no passado dia 3 de Janeiro da Casa Mortuária de Vale de Vargo para o cemitério local. Á família enlutada expressamos os nossos sentidos pêsamos. Funerária Central de Serpa, Lda. Rua Nova 31 A 7830-364 Serpa Tlm. 919983299 - 963145467

Penedo Gordo

AGRADECIMENTO E MISSA

AGÊNCIA FUNERÁRIA ESPÍRITO SANTO, LDA. Rua Das Graciosas, 7 7960-444 Vila de Frades/Vidigueira Tm.963044570 – Tel. 284441108

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Faleceu em 02.01.2012

A família de CAROLINA DOS REIS REVÉS BAPTISTA, agradece a todos quantos expressaram as suas condolências e par ticiparam nas cerimónias fúnebres da sua familiar, acompanhando-a neste momento de dor e de partida. Informa ainda, que a missa do 7º Dia terá lugar na Igreja de Penedo Gordo, no próximo dia 9 de Janeiro, segunda-feira, pelas 19.30 horas.


necrologia

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Diário do Alentejo 6 janeiro 2012

Rua da Cadeia Velha, 16-22 - 7800-143 BEJA Telefone: 284311300 * Telefax: 284311309 www.funerariapax-julia.pt E-mail: geral@funerariapax-julia.pt Funerais – Cremações – Trasladações - Exumações – Artigos Religiosos

Cabeça Gorda

MISSA

TRIGACHES

BEJA

BEJA / SERPA / ESPANHA

BEJA

BEJA

†. Faleceu a Exma. Sra. D. MARIANA ROSA FAIAS, de 82 anos, natural de Beringel – Beja, viúva. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 29 de Dezembro, da Casa Mortuária de Trigaches, para o cemitério local.

†. Faleceu a Exma. Sra. D. CELESTINA DO ROSÁRIO ALMADA, de 90 anos, natural de Santa Maria da Feira – Beja, viúva. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 30 de Dezembro, da Igreja Paroquial do Carmo, para o cemitério de Beja.

†. Faleceu o Exmo. Sr. JOSÉ MARIA VAZ VAZ, de 63 anos, natural de Paymogo Huelva - Espanha, casado com a Exma. Sra. D. Maria Isabel Mira Afonso Vaz. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 30 de Dezembro, das Casas Mortuárias de Beja, para o cemitério de Serpa.

†. Faleceu o Exmo. Sr. JOSÉ MIGUEL MARTINS, de 66 anos, natural de Conceição Tavira, casado com a Exma. Sra. D. Beatriz Manuela Grade Parrinha Martins. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 31 de Dezembro, das Casas Mortuárias de Beja, para o cemitério desta cidade.

†. Faleceu a Exma. Sra. D. ADELINA DAS DORES SILVA, de 84 anos, natural de Alvito, viúva. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 02, da Capela da Mansão de São José, para o cemitério de Beja.

PENEDO GORDO

BEJA

BEJA

BEJA / VILA ALVA

BEJA

†. Faleceu a Exma. Sra. D. CAROLINA DOS REIS REVÉS BAPTISTA, de 68 anos, natural de Castro Verde, casada com o Exmo. Sr. Manuel Catarino Baptista Catrapona. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 03, da Casa Mortuária do Penedo Gordo, para o cemitério local.

†. Faleceu a Exma. Sra. D. JÚLIA TRINDADE GAITINHA DE OLIVEIRA, de 85 anos, natural de São João Baptista – Beja, viúva. O funeral a cargo desta Agência realizouse no passado dia 03, da Igreja Paroquial do Carmo, para o cemitério de Beja.

†. Faleceu a Exma. Sra. D. ANTÓNIA DA ENCARNAÇÃO COELHO GUERREIRO, de 71 anos, natural de Mombeja – Beja, casada com o Exmo. Sr. Francisco da Conceição Marques Romão. O funeral a cargo desta Agência realizouse no passado dia 03, das Casas Mortuárias de Beja, para o cemitério desta cidade.

†. Faleceu a Exma. Sra. D. NATÁLIA AUGUSTA TERESA MADEIRA DE MIRA, de 94 anos, natural de Cuba, viúva. O funeral a cargo desta Agência realizouse no passado dia 04, das Casas Mortuárias de Beja, para o cemitério de Vila AlvaCuba.

†. Faleceu a Exma. Sra. D. MARIA BERTA CAMACHO, de 81 anos, natural de Barreiro, viúva. O funeral a cargo desta Agência realizouse no passado dia 04, das Casas Mortuárias de Beja, para o cemitério desta cidade.

Maria Emília Neves Soeiro 1º Ano de Eterna Saudade

Filha e netos participam a todas as pessoas de suas relações e amizade que mandam celebrar missa por alma da sua ente querida no dia 08/01/2012, domingo, às 18.30 horas na Igreja da Sé em Beja, agradecendo desde já a todos os que comparecerem ao acto religioso.

Aljustrel

AGRADECIMENTO

Maria Amélia Santos Pascoal Teixeira Faleceu a 26/12/2011

Seu marido, filha, genro e netas vêm por este meio agradecer a todos quantos lhes testemunharam o seu pesar, bem como aqueles que a acompanharam à sua última morada. Muito obrigado.

Às famílias enlutadas apresentamos as nossas mais sinceras condolências. PARTICIPAÇÃO E AGRADECIMENTO

Consulte esta secção em www.funerariapax-julia.pt Serpa PARTICIPAÇÃO

Serpa PARTICIPAÇÃO

Ana Martins

Catarina Furtado Gaspar Ciríaco

Santo Aleixo da Restauração PARTICIPAÇÃO

Serpa PARTICIPAÇÃO

Serpa PARTICIPAÇÃO

Benilde das Neves Agostinho

João Batista Mestre

Maria Gorjão Banaco Faleceu a 02.01.2012 É com pesar que participamos o falecimento da Sra. D. Maria Gorjão Banaco, de 81 anos, viúva, natural de Santo Aleixo da Restauração. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no dia 03.01.2012 pelas 12.00 horas, da Casa Mortuária de Serpa para o cemitério de Santo Aleixo da Restauração. Apresentamos à família as cordiais condolências.

Faleceu a 29.12.2011 É com pesar que participamos o falecimento da Sra. D. Benilde das Neves Agostinho, de 78 anos, casada com o Sr. António Maria Cuiça, natural de Brinches. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no dia 30.12.2011 pelas 16.00 horas, da Casa Mortuária de Serpa para o cemitério local. Apresentamos à família as cordiais condolências.

José Miguel Martins Esposa, filhos, genro, nora e restante família cumprem o doloroso dever de participar o falecimento do seu ente querido ocorrido no dia 30/12/2011 e na impossibilidade de o fazer pessoalmente vêm por este meio agradecer a todas as pessoas que se dignaram acompanhálo à sua última morada ou de outro modo manifestaram o seu pesar. Mais expressam o seu profundo agradecimento ao Dr. Pedro Costa do Hospital de Dia de Beja, Serviço de Oncologia e ao Enfermeiro Luís Santiago do Centro de Saúde de Beja pelo carinho, dedicação, apoio, disponibilidade e ajuda prestados durante a sua doença e internamento.

Faleceu a 28.12.2011 É com pesar que participamos o falecimento da Sra. D. Ana Martins, de 86 anos, viúva, natural de Salvada. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no dia 29.12.2011 pelas 11.00 horas, da Casa Mortuária de Serpa para o cemitério de Cabeça Gorda. Apresentamos à família as cordiais condolências.

Faleceu a 31.12.2011 É com pesar que participamos o falecimento da Sra. D. Catarina Furtado Gaspar Ciríaco, de 103 anos, viúva, natural de Serpa. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no dia 01.01.2012 pelas 16.00 horas, da Casa Mortuária de Serpa para o cemitério local. Apresentamos à família as cordiais condolências.

Faleceu a 02.01.2012 É com pesar que participamos o falecimento do Sr. João Batista Mestre, de 87 anos, viúvo, natural de Serpa. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no dia 03.01.2012 pelas 11.00 horas, da Casa Mortuária de Serpa para o cemitério local. Apresentamos à família as cordiais condolências.

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DESLOCAÇÕES POR TODO O PAÍS


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Em janeiro e fevereiro o Serviço Educativo e Cultural do Centro de Artes de Sines leva às escolas o Bebés às Cores, um ateliê de pintura para os mais jovens (bebés de um a três anos) com utilização de ç tintas comestíveis. Mediante marcação.

D Diário do Alentejo 6 janeiro 2012

Bebés às Cores nas escolas de Sines

Dica da semana Esperamos que te divirtas não só a fazer estes labirintos como a jogar. Vais precisar de caixas de cd e massa “Fimo” ou outro material que te permita modelar. Depois é só ver quem é craque.

Não é preciso ser Carnaval para poderes disfarçar-te e brincar, por isso aproveita e diverte-te.

A páginas tantas ... A Gigantesca Pequena Coisa é um dos mais recentes livros editados pela Bags of Books da “gigantesca” Beatrice Alemagna. Dizemos gigantesca pela grandiosidade desta ilustradora-escritora que nos tem presenteado com livros absolutamente fantásticos, dos quais dois já falámos aqui, como O meu amor e recentemente Depois do Natal. Não só pelo tamanho do livro, que é bastante grande, este álbum é gigantescamente bonito, pela reflexão que faz da felicidade, esse sentimento que pode estar nos cheiros, nos olhares ou nos braços de outros, invisível, mas perseguido por todos.


28 Diário do Alentejo 6 janeiro 2012

A Buba é uma doce cadela cruzada de podengo que procura uma família que lhe possa dar uma vida melhor do que a que tem no canil. É adulta, de porte pequeno e tem o pelo curto. A Buba é muito sociável com cães e muito dócil com as pessoas. Já está esterilizada e vacinada. Venham conhecê-la ao Cantinho dos Animais de Beja. Contactos: 962432844; sofiagoncalves.769@hotmail.com

Boa vida Comer Coelho com coentros Ingredientes: 1 coelho bravo ou manso; 6 dentes de alho; 1 molho de coentros; 6 dl de vinho branco; 1 dl de azeite; 2 cebolas médias; 1 folha de louro; 200 gr. presunto inteiro; q.b. de sal grosso; e q.b .de pimenta.

Confeção: Corte o coelho aos bocados e tempere com os alhos picados, sal e pimenta. Cubra a carne com o vinho branco e os coentros picados. Deixe marinar no frigorífico de um dia para o outro. Leve um tacho ao lume com azeite, cebola picada, louro e o presunto aos cubos e dei xe refogar. Junte o coelho e deixe alourar um pouco a carne. De seguida adicione a marinada e um pouco de água. Tape o tacho e deixe cozer em lume brando. Retifique o tempero. Sirva com arroz branco e legumes cozidos. Bom apetite…

António Nobre Chefe executivo de cozinha – Hotéis M’AR De AR, Évora

Jazz

Flajazzados “Flajazzados”

Gonçalo M. Tavares Caminho PVP: 11,90 euros 160 págs.

É

em tempos de crise que mais se esgrimem argumentos sobre o papel da música enquanto meio de contestação e de intervenção social. Conhecidas as personalidades vincadas do contrabaixista, compositor e pedagogo Zé Eduardo – verdadeira consciência crítica do jazz nacional – e do docente, investigador na área das ciências da comunicação e homem de letras, Vítor Reia, somos capazes de ter uma ideia do que pode resultar quando, em boa hora, resolveram aliar as suas artes. A história destes Flajazzados começou em frequentes almoços entre os dois, em Faro, donde brotaram fecundos laços de cumplicidade artística. “Sempre fomos abordando a necessidade de formar um grupo de câmara (escura) de música (in)popular portuguesa, mas nunca chegámos tanto a vias de facto como agora”, disse Reia, há alguns meses, em entrevista à revista “jazz. pt”. Os “contrabandis“Flajazzados” tas da flajazzação”, como gostam de se apelidar, Pedro Gil (guitarra), nasceram em 2009, na Marco Martins (baixo ressaca da IV Residência elétrico e contrabaixo), Sónia Cabrita (bateria), Artística promovida Zé Eduardo (piano, teclas pela Associação Grémio e contrabaixo), Jesús das Músicas, quartelSantandreu (saxofone tenor), Toni Belenguer general de Zé Eduardo (trombone) e Vítor Reia na capital algarvia. (voz) + Viviane (voz e Chamaram alguns múflauta sopranino). Editora: Associação sicos mais experientes Grémio das Músicas (Jesús Santandreu, Toni Ano: 2011 Belenguer) e o resultado não deixa ninguém indiferente. Com humor afiado, os Flajazzados constroem ambientes de acesa crítica social, onde música e palavra, palavra e música, nunca se subjugam uma à outra, criando antes fortes sinergias. A música é um imenso caldeirão onde cabem referências múltiplas. Apesar dos excelentes apontamentos individuais, com destaque para a frente de sopros, com Santandreu e Belenguer em ótimo plano, é a força que emana do coletivo que sobressai, no requinte por vezes cruel dos arranjos, nas súbitas mudanças de direção, no sobressalto permanente incutido ao ouvinte. As palavras sobem de tom. “Ah… mas os pássaros… esses, voam livres”, ouve-se por entre o dinamismo pós-bop de “A Passarada Avoa Avoa”. Em “Triste Soldado” ecoam reminiscências “zappianas”, sobretudo por via da guitarra ácida de Pedro Gil. “Uma Luz no Escuro” injeta alguma tranquilidade, com piano e contrabaixo em íntima dança. “Lenda Mal Parida”, solenemente introduzida pela voz e pelo contrabaixo tocado com arco, é um portento de “non-sense”. Ouçam Viviane a desmultiplicar-se pelos vários registos. “Deus Anda de Lado” intercala palavras mordazes com erupções sónicas. “E o que é que isso tem a ver com Bagdad?” António Branco

Letras Short Movies

N

a sua 30.ª obra, o premiado escritor Gonçalo M. Tavares faz uma aproximação ao cinema através da escrita de dezenas de histórias muito curtas em que o olhar é o sentido central e o enquadramento cinematográfico é tão importante quanto a pontuação na literatura. Um excerto: “Ler, isto é: ver. Ou seja: deixar de ler. Tentativa de levar a escrita aos olhos e não a deixar sair daí. Evitar que se pense -- transferir tudo para uma questão ótica. Não penses, vê – e vê, não penses. Ver o que nos é mostrado – e também o resto. Ao lado, em cima, em baixo, antes, depois”. Um enquadramento mais fechado, o que pode esconder? Em que é que o plano geral pode revelar-se aterrador após uma promessa de beleza dada por um detalhe – o rosto de uma mulher bela e sorridente? O escritor joga com a linguagem técnica do cinema para dispôr o seu olhar, crítico, sobre a humanidade e a realidade vivida. Para além da perspicácia e da qualidade da escrita do Gonçalo M. Tavares, impõe-se, porém, perturbante, a estetização com o seu olhar crítico se aplica sobre o “quotidiano tantas vezes mais absurdo do que seria de crer” [como se escreve no comunicado da editora do livro à imprensa]. Após a leitura de cada história, imagino os filmes compostos pelas palavras do escritor transpostos para o ecrã de um qualquer telemóvel em que se fazem filmes a la minuta. É provável que o processo de criação do escritor se tenha feito ao contrário – ou seja, da noção que uma pequena câmara portátil poderia ter fixado estes “instantâneos” escolhendo apenas a partir de uma sucessão de cenas do real. Mas, como no cinema precisamente, a descrição fechada pelos enquadramentos e onde não há espaço para a imaginação do próprio leitor resulta numa fixação, fechada, crítica, da crise de valores e da falta de uma Moral, sem redenção possível. Circuito fechado.

Filatelia Já saiu o catálogo de selos da Afinsa

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om a regularidade a que já nos habituou, foi apresentada em meados de dezembro mais uma edição do catálogo de selos postais de Portugal Açores e Madeira e que, tal como havia sido anunciado há um ano atrás, respeita apenas ao 2.º volume, ou seja, os selos emitidos no século XXI. A orientação técnica do catálogo é da responsabilidade do Instituto de Expertização de Filatelia Portuguesa (Inexfip). Na continuação do trabalho dos últimos anos, e no sentido de o enriquecer, a comissão técnica introduziu-lhe novos elementos, nomeadamente novas variedades entretanto descobertas. Um dos novos elementos incluídos refere-se à numeração. Sempre que o número do selo está entre parêntesis significa que o selo a que corresponde esse número aparece agora emitido num produto diferente; situação que acontece com frequência com os selos incluídos nos blocos e emitidos também em folhas, quer em miniatura, quer normais de 50 selos. No que às cotações respeita foram tidas em conta as diversas variáveis que as influem, nomeadamente as leis do mercado, inflação, oferta e procura. Comparativamente ao ano de 2010, as cotações dos selos, blocos e folhas miniatura tiveram um aumento de 8,93 por cento. Curioso foi o aumento dos blocos emitidos no ano 2000, que valorizaram de há um ano para cá 40,59 por cento!!! Na pessoa do engenheiro José Manuel Miranda da Mota, damos os parabéns ao Inexfip pelo excelente trabalho com que presentearam os filatelistas, contribuindo assim para o enriquecimento da cultura filatélica, de todos aqueles que se dedicam ao colecionismo dos selos portugueses. O preço de venda é de 18 euros e pode ser pedido a Afinsa, rua de Santa Justa, 25; 1100-483 Lisboa: lisboa@afinsa.com.pt, ou à r. Ricardo Jorge, 53; 4050-514 Porto: porto@afinsa.com.pt

Maria do Carmo Piçarra Geada de Sousa


Petiscos No mais fundo da memória

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uando se fala de festas, Natal, Ano Novo, Carnaval, Páscoa e outras mais, bem como das gentes que em tempos as viveram, deve-se evitar as generalizações. Aquilo que hoje nos parece ser relativamente comum a todos, em tempos não o era. Já aqui foi dito, e creio que repetido, que muita fome se passou por esse mundo fora e que, mesmo que hoje já não seja tanta, ainda há uns milhões de pessoas que têm constantemente a sua vida em risco por não comerem por dia a quantidade suficiente de alimento que o corpo precisa para cumprir as funções mínimas de elementar sobrevivência. Também entre nós foi assim. Já não é. Mas ainda há gente que tem de recorrer à assistência para que assim não seja. É verdade mas são a curtíssima exceção que mal dá para confirmar a regra. No entanto, quando se descreve a forma gastronómica de se passar, em tempos idos, o Natal, o melhor é ter isso em mente: não era igual para todos. É portanto para mera facilidade do cronista que se utilizam fatores comuns que, na prática, não existiam. O que se comia então, aqui em terras alentejanas, no tempo dos nossos pais? O que havia, nomeadamente carne de porco. Lombos, carnes magras, entrecosto, miolos, carne do alguidar e demais variedades, dependendo às vezes se já se tinha ou não morto o porco. Nos meus tempos de criança já se comia às vezes leitão assado no forno mas raramente se abatia em muito novo um

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Quando se fala de festas, Natal, Ano Novo, Carnaval, Páscoa e outras mais, bem como das gentes que em tempos as viveram, deve-se evitar as generalizações. Aquilo que hoje nos parece ser relativamente comum a todos, em tempos não o era.

animal que se pudesse engordar. Também se comia peru, já aqui falámos nisso, na passada semana. E se as outras carnes, sobretudo de porco, se aguentavam com os frios e com as banhas onde eram cozinhadas, o mesmo não acontecia com o peru de cujos restos se fazia apressadamente picado para arroz, pastéis e croquetes. Em Beja fazia-se um cozinhado de restos de peru cujo nome era verdadeiramente singular: pirolito. Em todas as casas de família onde se tinha comido a dita ave se fazia este cozinhado, por outro lado não o conheço, pelo menos com este nome, em mais sítio algum. Os restos de carne destroçados – como disse, peru – coziam-se em pouca água com cebola picada, salsa, sal e pimenta. Não se cozia muito, a carne já tinha sido previamente assada no forno, estas seriam as partes mais rijas. A gordura era um pouco do molho que o acompanhara na sua versão protocolar, ao almoço de dia 25. Juntava-se massa larga, de cotovelo. Noutros tempos só havia uma variedade, agora há muitas de diferentes formas e – pasme-se – até de diferentes cores. Convêm trazer uma marca antiga, com o famoso sabor e aspeto das “velhas coisas”. Quando o cozinhado está pronto, não demora muito, envolve-se o conjunto, que deve estar ainda húmido mas sem caldo, em ovos bem batidos. Quatro ou cinco ovos por recipiente. Põe-se em tabuleiro de vidro, vulgarmente conhecido por “pirex”, espalha-se queijo de gratinar por cima, com abundância, vai ao forno e come-se muito quente. É simples? Mas era assim – meu Deus, que pressa deste a este Mundo – faz agora tantos, tantos anos! António Almodôvar

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Noite de Reis na Basílica Real de Castro Verde

A Banda Filarmónica 1.º de Janeiro e o coro da secção de Castro Verde do Conservatório Regional do Baixo Alentejo vão juntar-se hoje à noite, a partir das 21 e 30 horas, para um Concerto de Reis na Basílica Real de Castro Verde. A organização é de ambas as entidades, com a colaboração da paróquia de Castro Verde.

Fim de semana Nova exposição de António Carrapato patente em Lisboa

“Vai um sofazinho?” “T Concerto de ano novo no Garcia de Resende O Teatro Garcia de Resende, em Évora, recebe amanhã, sábado, pelas 18 horas, um Concerto de Ano Novo, protagonizado pela Orquestra de Cordas do Conservatório Regional de Évora, sob a direção de Luís Rufo. Do programa constam obras de Vivaldi, Coreli, Pachelbel e Mozart, num espetáculo em que atuarão como solistas Susana Nogueira, Andreia Fernandes, Rita Lorga, Samuel Santos, Bruno Correia e Hugo Monteiro, além do próprio Luís Rufo. A iniciativa, com entrada livre, é da responsabilidade do Conservatório Regional de Évora, Associação Eborae Musica e Câmara Municipal de Évora.

anta gente mal sentada e tanto sofá vazio – é isso a tua nova exposição?”. A pergunta, feita distraidamente pela mulher ao passar pelos dois núcleos desgarrados de fotografias, determinou o que viria a ser a exposição “Vai um sofazinho?”, o mais recente trabalho do fotógrafo alentejano António Carrapato. A mostra, que abriu ao público na quarta feira, 4, vai manter-se patente em Lisboa, na Fábrica do Braço de Prata, até ao próximo dia 29, deixando claro, mais uma vez, que é no terreno do insólito e do irónico que Carrapato se move como peixe dentro de água. Lembremo-nos de “Mata-velhos”, sobre os emblemáticos veículos de dois lugares que não requerem carta de condução e cuja lentidão enfurece até o mais pachorrento dos condutores. Ao todo, são 30 imagens, captadas por todo o Alentejo. Por um lado, os “sentados”, gente que, nos sítios mais inusitados (na terra, nas ervas, em pedras, passeios públicos, eventos públicos, à espera dos transportes públicos), encontra total conforto e descontração. Gente sentada, inesperadamente bem sentada. Por outro, e sem intenção inicial de

ligar os dois universos, o fenómeno inverso: sofás, poltronas, cadeiras, bancos e outros assentos, abandonados junto a contentores ou em locais de habitual depósito de resíduos urbanos. Um cenário com duas possíveis abordagens, a do desperdício e da reciclagem, como o próprio autor descreve: “Nunca pensei que as pessoas deitassem fora tantos sofás, e outras peças com funções de assento, que ainda estão em tão bom estado, ou que o fizessem sem qualquer tipo de preocupação ambiental, criando lixo ao desbarato na via pública. Isto por um lado, porque, por outro lado, também notei um reaproveitamento espontâneo deste mobiliário deitado ao lixo. Muitas vezes avistava um sofá junto a um contentor e quando, apenas algumas horas depois, ia buscar a máquina para o fotografar, o sofá já lá não estava ou estava todo desmembrado”. “Vai um sofazinho?” é uma das cinco exposições que podem ser vistas até ao fim do mês na Fábrica do Braço de Prata (entre fotografia, pintura e ecodesign), quartas e quintas-feiras, das 18 às 2 horas; sextas e sábados, das 18 às 4 horas; e domingos, das 15 à meia-noite.

Cante ao Menino na igreja Matriz de Almodôvar

Corais celebram Natividade nas Neves

Caminhada “Feliz Ano Novo” em Casével

Amanhã, sábado, canta-se ao Menino na igreja Matriz de Almodôvar. O concerto, organizado pela câmara municipal local, tem início pelas 21 horas, fazendo desfilar os grupos corais Vozes de Almodôvar, As Andorinhas do Rosário, As Mondadeiras de Santa Cruz, o Rancho Coral Etnográfico de Vila Nova de São Bento, além da banda Os 4uatro ao Sul.

A dois passos de Beja, na Casa do Povo de Nossa Senhora das Neves, o serão de amanhã, sábado, é dedicado aos cânticos de boas vindas ao Menino que todos celebram na quadra natalícia. Atuam, a partir das 21 horas, os grupos corais As Ceifeiras de Entradas, da Casa do Povo de Safara e o anfitrião, da Casa do Povo de Nossa Senhora das Neves.

A chegada do ano novo também pode ser assinalada com exercício físico. Assim será amanhã, sábado, em Casével, com a caminhada e passeio de BTT “Feliz Ano Novo”, com concentração no largo da Igreja, pelas 15 horas.“Caminhar é uma das opções mais simples e práticas para quem quer fazer exercício físico, cuidar da saúde e combater o excesso de peso. Com o início de um novo ano, adote uma vida mais ativa e inicie-se na rotina das caminhadas. Pratique atividade física. Sinta-se bem!”, aconselha a organização, da Câmara Municipal de Castro Verde com a colaboração do centro de saúde local.

Presépios de Natal para ver na Biblioteca de Cuba A Biblioteca Municipal de Cuba mantém patente, até ao próximo dia 14, uma exposição de presépios de Natal. A mostra encontra-se aberta ao público desde meados de dezembro.

Fadista Ana Sofia Soares lança primeiro CD A fadista Ana Sofia Soares apresenta amanhã, sábado, no auditório da Biblioteca Municipal de Aljustrel, o seu primeiro álbum discográfico. O espetáculo, com início pelas 21 horas, tem como convidados António Barros, na guitarra portuguesa, António José Caeiro, na viola fado, Celeste Costa, no acordeão, e o vencedor da “Operação Triunfo” Jorge Roque, que acompanhará a cantora na viola baixo.


Cerca de 50 pessoas já seguem a “Não confirmo, nem desminto” no Facebook. O seguidor 100 habilita-se ao sorteio de uma magnífica viagem ao escorrega das Neves, com direito a vacina do tétano completamente grátis! Passe por lá e clique em “Gosto”. facebook.com/naoconfirmonemdesminto

31 Diário do Alentejo 6 janeiro 2012

mo, r i f n o c o à n “ to” n i m s e d m e n a n i g Á p m e t jÁ no facebook

Segundo previsões dos Maias, chumbo do orçamento da Câmara de Beja marca o início do fim do mundo para 2012 Não foi apenas em Beja que o chumbo do orçamento da câmara municipal caiu como uma bomba. Um pouco por todo o mundo as reações multiplicam-se – da Amareleja a Londres, da Trindade a Los Angeles, o pesar e a angústia são as notas dominantes. Especialistas em apocalipses de 2012 e celeiros do Farmville afirmaram que isto pode significar o princípio do fim anunciado pelos Maias. Ao que apurámos, se o orçamento chumbado estiver alinhado com Marte, Saturno, o Sol (o semanário), a Maria de Lurdes Modesto e a Tonicha, poderão começar a registar-se tremores de terra e uma chuva de pastéis de nata com gila nas zonas mais populosas da Beja equatorial. Consta que na previsão Maia se falava que tudo começaria com uma discussão sobre “moedas de ouro para distribuir por todos” – uma alusão claríssima ao orçamento – e que 2012 seria o “fim do Grande Ciclo” – uma referência, sem dúvida, à passagem da escola Mário Beirão de “ciclo” a mega-agrupamento.

O Í A M E V : O D A B M U H C A J E B E D A R A M Â C A D O T N E M A Ç OR

! E S P I L A C O AP

Abstenção de João Paulo Ramôa na votação do orçamento torna-o na Suíça da política alentejana

O nosso correspondente em Corte Sines e politólogo por correspondência Venscelau Berbequim defende que a abstenção de João Paulo Ramôa (JPR) “foi uma jogada de génio!”. “Isto coloca JPR como a Suíça da política alentejana: tem poder e influência mas é neutral e avesso ao conflito, como o país helvético. Se votasse contra ficaria ao nível de uma Libéria ou mesmo de uma Cova da Moura da política alentejana”.

Inquérito

TVI planeia nova novela em Beja: “Orçamentos de Paixão!”

Câmara apresenta queixa contra AM ao Ministério Público, à ONU, à Unesco, ao prof. Marcelo, ao provedor do espectador da RTP, à DECO, à Toys”R”Us e à troika

A TVI, sempre na vanguarda da ficção nacional, prepara uma nova novela – “Orçamentos de Paixão!”. Desta vez a ação vai desenrolar-se em Beja e terá como base o chumbo do orçamento da câmara. A história relatará a luta entre dois orçamentos gémeos, um bom e outro mau, que terão de lutar pelo amor de uma assembleia municipal, dividida entre o amor à cidade e o amor à família política. O genérico da novela contará com uma mulher nua enrolada em folhas de Excel com os números relativos à freguesia de Quintos. A música será da autoria de Mafalda Veiga, com o título “Restolho Orçamental”. Também estamos em condições de anunciar que, na sequência de uma tradição da televisão de Queluz, Pedro Granger morrerá algures entre o primeiro e o segundo episódio, vítima de afogamento no lago do jardim público, depois de ter comido migas com espargos.

A intenção da Câmara Municipal de Beja apresentar uma queixa contra a Assembleia Municipal na sequência do chumbo do orçamento para 2012 promete azedar, ainda mais, o ambiente entre o PS e a CDU. A queixa ao Ministério Público pode não ser suficiente e o executivo do PS já equaciona outras formas de luta, como nos referiu fonte da autarquia: “Foi a pior coisa que aconteceu a esta cidade desde que a dona Lucília Fortunato de 145 quilos começou a praticar danças de salão na Capricho. Não temos nada de pessoal contra as pessoas da CDU e do BE que votaram contra, mas acho que, em última análise, deviam ir a pé daqui até à Sibéria como forma de pagarem pelos seus erros. Chega de birras e criancices”. A CDU já respondeu afirmando que não alimenta infantilidades, acrescentando: “Quem diz é quem é, e lava a boca com chulé”.

Na possibilidade de haver eleições antecipadas para a Câmara de Beja, quem será o pai da crian… perdão… o próximo presidente?

RODEIA MACHADO, 63 ANOS Presidente dos Bombeiros de Beja e apreciador de empadas de lebre Parece-me evidente que o sr. Pulido é que não pode ser. Foi a pior coisa que aconteceu a esta cidade desde que os Da Vinci vieram tocar a Beja e deixaram a carreira musical no aterro mais próximo. Repito, todos menos o atual presidente, o homem tira-me do sério! Agarrem-me, agarrem-me que eu candidato-me! Porra, pá! Então ninguém me agarra?

DULCE AMARAL, 58 ANOS Ex-candidata à Câmara de Beja e kryptonite das lojas dos chineses Eu apostava numa presidente que encabeçasse um movimento dos cidadãos. Não quero enunciar nomes, mas lembro-me de uma pessoa cujo nome começa por “D”, acaba em “L” e no meio tem as letras “ulce Amara”. Beja tem de mudar! Pelo que depender de mim, nesta cidade nunca mais se abrirá uma loja dos chineses, nem sequer se servirá um pato à Pequim. E que fique claro: nada me move contra o PS. Desejo-lhes as maiores felicidades democráticas quando fizerem campanha no Tarrafal… Em Beja!! Queria dizer Beja…

JORGE PULIDO VALENTE, 56 ANOS Presidente da Câmara de Beja e mentor do fogo de artifício na p. da República, considerado o melhor do mundo num raio de 150 metros Olá a todos e a todas. Portanto, este projeto que tenho desenvolvido na autarquia precisa de três mandados de quatro anos. Ou então, seis mandatos de dois anos, contando já com reprovações nos orçamentos. Tenho ainda pilares para lançar, daqueles que prometi na campanha. Depois é tempo de lançar as traves e, se tiver vagar, portanto, ainda gostava de fazer uma marquise.


Nº 1550 (II Série) | 6 janeiro 2012

FUNDADO A 1/6/1932 POR CARLOS DAS DORES MARQUES E MANUEL ANTÓNIO ENGANA PROPRIEDADE DA AMBAAL – ASSOCIAÇÃO DE MUNICÍPIOS DO BAIXO ALENTEJO E ALENTEJO LITORAL Presidente do Conselho Directivo Jorge Pulido Valente | PRACETA RAINHA D. LEONOR, 1, 7800-431 BEJA | Publicidade e assinaturas TEL 284 310 164 FAX 284 240 881 comercial@diariodoalentejo.pt Direcção e redacção TEL 284 310 165 FAX 284 240 881 jornal@diariodoalentejo.pt | Assinaturas País € 28,62 (anual) € 19,08 (semestral) Estrangeiro € 30,32 (anual) € 20,21 (semestral) Director Paulo Barriga (CP2092) | Redacção Bruna Soares (CP 8083), Carla Ferreira (CP4010), Nélia Pedrosa (CP3586), Ângela Costa (estagiária) Fotografia José Ferrolho, José Serrano | Cartoons e Ilustração Carlos Rico, Luca, Paulo Monteiro, Susa Monteiro | Colaboradores da Redacção Alberto Franco, Aníbal Fernandes, Carlos Júlio, Firmino Paixão, Marco Monteiro Cândido | Provedor do Leitor João Mário Caldeira | Colunistas Aníbal Coutinho, António Almodôvar, António Branco, António Nobre, Carlos Lopes Pereira, Constantino Piçarra, Francisco Pratas, Geada de Sousa, José Saúde, Luiz Beira, Rute Reimão | Opinião Ana Paula Figueira, Arlindo Morais, Bruno Ferreira, Carlos Félix Moedas, Cristina Taquelim, Daniel Mantinhas, Filipe Pombeiro, Francisco Marques, Francisco Martins Ramos, Graça Janeiro, João Machado, João Madeira, José Manuel Basso, Luís Afonso, Luís Covas Lima, Luís Pedro Nunes, Manuel António do Rosário, Marcos Aguiar, Maria Graça Carvalho, Nuno Figueiredo Publicidade e assinaturas Ana Neves | Paginação Antónia Bernardo, Aurora Correia, Cláudia Serafim | DTP/Informática Miguel Medalha Projecto Gráfico Alémtudo, Design e Comunicação (alemtudo@sapo.pt) Depósito Legal Nº 29 738/89 | Nº de Registo do título 100 585 | ISSN 1646-9232 Nº de Pessoa Colectiva 501 144 587 Tiragem semanal 6000 Exemplares Impressão Grafedisport, SA – Queluz de Baixo | Distribuição VASP

RIbanho

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www.diariodoalentejo.pt POR LUCA

Hoje, sexta-feira, 6, o céu deverá apresentar algumas nuvens. A temperatura vai oscilar entre os 3 e os 12 graus centígrados. Amanhã, sábado, esperase céu pouco nublado e no domingo prevê-se sol.

Jovem realizador premiado por “Lugar do Tempo”, sobre Aljustrel

“Se pudesse teria nascido alentejano”

A

inda não terminou o curso de Cinema mas já é seu o prémio Património Imaterial, no âmbito da última edição do Concurso de Vídeo Fundação Inatel. Manuel Guerra é lisboeta mas facilmente se deixou arrebatar pela “muralha de aço” que para ele representam as vozes e o balanço dos corpos do Grupo Coral do Sindicato Mineiro de Aljustrel. É sobre eles, e sobre as memórias da mina, que fala “Lugar do Tempo”, o filme distinguido.

e os meus colegas iniciámos um longo processo à procura destes homens. Tudo reconfirmou o meu fascínio, já antigo, pelo Alentejo. Hoje até costumo comentar que se pudesse teria nascido alentejano. Define-o como “um retrato coletivo da vila de Aljustrel”. Em traços gerais, como descreveria esta realidade?

Como chegou a este tema e as estas pessoas?

Tudo começou na homenagem ao general Vasco Gonçalves, realizada na Aula Magna, após a sua morte. Houve um instante decisivo: o momento em que, no palco, entrou um grupo de reformados que vestia um fato de trabalho azul – eram todos ex-mineiros e representantes do Grupo Coral do Sindicato Mineiro de Aljustrel. A sala ficou num silêncio aterrador, ao ver este coletivo, imóvel no centro do palco. Era como se o tempo estivesse suspenso e eis que subitamente a célebre frase de Goethe (“O que está no interior, também está no exterior”) adquiriu um novo sentido: os vários corpos começaram a balançar-se de um lado para o outro. As vozes roucas cantavam o “Hino dos Mineiros”, uma canção de trabalho, de amor e memória, de luta e resistência, que nos faz recordar que foi o cante alentejano um dos símbolos da nossa Revolução. Observava, pela primeira vez, uma “muralha de aço”: humana e resistente a quaisquer adversidades. Foi a partir desta imagem-memória que eu PUB

Manuel Guerra,

20 anos, natural de Lisboa Finalista, no ramo de Realização, do curso de Cinema da Escola Superior de Teatro e Cinema, já conta com participações em diversos festivais, entre Portugal, Alemanha, Itália, Bélgica e Rússia. É também cofundador das associações de promoção cultural e cívica IN - Movimento Jovem Contra a INdiferença e a INtolerância e Cais dos Ossos, e tem mantido colaborações com autarquias e com o Grupo de Teatro do Oprimido, de Lisboa. Mais recentemente, integrou o júri escolas do Festival de Vídeo Dança INShadow e da Competição Internacional de Longas-Metragens do Festival DocLisboa’11.

Como diria Armindo Rodrigues: “Em cada instante cabe o Mundo”. Foi isso que eu e os meus colegas fizemos: ver e escutar, com responsabilidade e atenção, cada uma das histórias – histórias de vida de antigos mineiros, e das suas famílias, reflexo de um Portugal de outro tempo. Todas comungam, à sua maneira, de uma certa nostalgia. São também marcadas por um certo tom de abandono e sofrimento. Havia, e há, uma necessidade de falar. Estas memórias não podem morrer e cair no esquecimento. Nos resíduos do passado, também há futuro e esperança. De que forma a mina marcou (e marca) a vida das gentes de Aljustrel?

Tudo o que disser será sempre uma aproximação e próprio de alguém que vem da cidade. O próprio documentário apenas funciona como uma pequena reunião de “ecos”. Porém, arrisco-me a dizer que há um ponto transversal a todas as memórias: a mina marcou irreversivelmente a vida destas pessoas, quer a um nível físico, quer psicológico. Carla Ferreira

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António Nobre nos Gourmand World Cookbook Awards O livro Entre Coentros e Poejos – Uma Viagem pela Cozinha de António Nobre, da autoria do bejense e colaborador do “Diário do Alentejo” António Nobre, foi distinguido pelos Gourmand World Cookbook Awards na categoria Chef Cookbook “Melhor livro do chef”. O livro, uma edição da Caminho das Palavra, irá concorrer com as melhores escolhas literárias gastronómicas internacionais, cujo resultado será conhecido a 6 de março de 2012, no âmbito da Paris Cookbook Fair. Os prémios Gourmand World Cookbook nasceram em 1995 e distinguem anualmente os melhores livros de gastronomia e vinhos de todo o mundo em 41 categorias para livros de culinária e 18 para livros de bebidas.

Festival Músicas do Mundo de Sines já tem datas para 2012 A edição de 2012 do Festival Músicas do Mundo (FMM) de Sines, um dos mais conceituados ao nível da world music, acontecerá em julho, repartido por dois fins de semana. A 14ª edição do festival vai decorrer de 19 a 21 e de 26 a 28 de julho. O festival é organizado pela Câmara Municipal de Sines e acolhe todos os anos uma programação que pretende refletir a diversidade musical e cultural de várias regiões do planeta. O FMM, que decorre em vários espaços de Sines, foi incluído em 2011, pela revista inglesa “Songlines”, na lista dos 25 festivais internacionais de world music. No ano passado pelo festival passaram nomes como Congotronics vs Rockers (Congo, Europa e EUA), Cheikh Lô (Senegal), Ebo Taylor & Afrobeat Academy (Gana), o músico e ministro da Cultura de Cabo Verde Mário Lúcio, António Zambujo (Portugal), Le Trio Joubran (Palestina) e Mercedes Peón (Galiza).

Melhor acesso à Internet sem fios A Câmara de Ferreira do Alentejo instalou bancos para uso de computadores numa zona central da vila, para melhorar as condições de acesso à Internet sem fios e gratuita disponível na área. O espaço com os bancos, junto à praça Comendador Infante Passanha, “vem preencher uma lacuna e proporcionar aos utilizadores melhores condições” de acesso à Internet, diz.


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