Ediçao N.º 1559

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Além A poesia e a ilustração todos os meses no “Diário do Alentejo” pág. 15

Erasmus Chegaram a Beja para estudar e para um pouco mais pág.6 Museu do Relógio Os ponteiros que teimam em não parar pág. 11 Francisco Guerreiro Um treinador bejense em Genebra pág. 20

O “DA” está no canal 475 5 3 3 do MEO SEXTA-FEIRA, 9 MARÇO 2012 | Diretor: Paulo Barriga Ano LXXX, N.º 1559 (II Série) | Preço: € 0,90

Autarquia depara-se com severas dificuldades de tesouraria e pondera rever orçamento municipal

Falta de pagamento do Beja Wine Night e Vinipax leva Câmara de Beja a tribunal Rio de Moinhos

Plantada à beira da autoestrada

Transporte de doentes comprometido no Alentejo A política de cortes imposta pela troika ao transporte de doentes não urgentes coloca os utentes e as corporações de bombeiros “numa situação gravíssima”. As palavras são de Rodeia Machado, presidente da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Beja, que acusa o Governo de baixar a qualidade e de querer prestar um serviço low-cost. Pág. 9

Rio de Moinhos é a mais pequena das freguesias do concelho de Aljustrel. Plantada à beira da autoestrada que liga Lisboa ao Algarve, restam na aldeia os velhos e aqueles que amam realmente a sua terra. Ou como diria um habitante de Rio de Moinhos “até os passarinhos gostam de viver no sítio onde nascem”. O problema é que cada vez nascem menos. págs. 4/5

JOSÉ SERRANO

JOSÉ FERROLHO

pág. 7

No Dia da Mulher o “DA” descobriu em Castro astro Verde

A ama da família Patiño PUB

págs. 16/17

Diário do Alentejo 9 março 2012

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Editorial

Vice-versa Em novembro fui nomeado vencedor da XVII edição do concurso de artes plásticas “Galeria Aberta”, organizado pela Câmara de Beja.

Contudo, até ao presente, ainda não foram entregues os prémios de valor monetário que tanto aliciaram a participação de 350 indivíduos.

Papel Paulo Barriga

André Lança, artista plástico, em carta ao “Diário do Alentejo”

Não temos tesouraria para corresponder aos compromissos assumidos. Mas não queremos deixar nada por pagar.

O

jornal “Público” completou esta semana 22 anos. Que é a precisa idade do jornalismo moderno em Portugal. Do jornalismo de profundidade, enquadrado, arejado. E fê-lo reinventando-se. Revolvendo a edição imprensa de uma ponta à outra.

Percebendo que, hoje, os jornais, os de papel, se não têm os dias contados, para lá caminham. A passos largos. A profusão de informação no espaço mediático é agora de tal forma avassaladora que não vale a pena pensar que um jornal, ainda que diário, possa sobreviver à voracidade dos dias. Das milhentas possibilidades eletrónicas. Da televisão e da rádio, até. O “Público” mudou, quis mudar, tornando ao essencial do jornalismo. Àquilo que é verdadeiramente substancial. À espessura dos acontecimentos. Numa palavra: à reportagem. Que é onde reside a verdadeira natureza da prática jornalística. O filósofo José Gil, que foi diretor do “Público” por um dia, nesse preciso dia, reconheceu que agora o jornal está mais “limpo” e liberto das “bugigangas”. Sendo que terá entendido por bugigangas os fait-divers, assim como toda e qualquer notícia batida e rebatida pelos abastecedores de informação em tempo real. Em simultâneo, ou em simbiose, o “Público” reforçou a sua edição eletrónica e incrementou edições para os novos suportes tecnológicos. O “Diário do Alentejo” celebra a 1 de junho o seu octogésimo aniversário.

São 80 anos de verdadeiro compromisso com a região em que se insere. Com os seus leitores. E também a nós, ao fim de oito décadas, se coloca a mesma questão de fundo: qual o papel do papel? Nos últimos meses reforçámos de forma efetiva a nossa presença na Internet. O sítio do “DA” é visitado diariamente por centenas de seguidores. Na nossa página no Facebook estamos a disponibilizar com assinalável sucesso parte do nosso arquivo fotográfico. E também estamos no Meo com um canal (475533) onde oferecemos as nossas reportagens videográficas. E o papel? Numa altura em que os órgãos de comunicação nacional dispensam os seus colaboradores na periferia, o papel dos jornais locais é cada vez mais o papel principal. Único.

E insubstituível. Saibamos nós refundá-los. Tornando à essência do jornalismo: a reportagem.

Que é a palavra que utilizamos para dizer: gente.

Miguel Góis, vereador da cultura da Câmara Municipal de Beja

Fotonotícia A nova gare rodoviária de Beja. Nos tempos das vacas gordas foi uma das mais nobres zonas de expansão urbana da cidade de Beja. Por ali se construíram prédios e condomínios privados, cujos apartamentos T1 ou T2 chegaram a ser comercializados acima dos 250 mil euros. Hoje, boa parte dos prédios ainda estão por estrear. E nos lotes de terreno que ainda sobram nas traseiras do antigo complexo desportivo da cidade já não há construtora que pegue. São os sinais dos tempos. Mas como por antecipação foram construídos acessos e estacionamentos nos descampados, a Rodoviária do Alentejo decidiu transferir para o espaço público o seu parque de estacionamento privado. Com o mal de alguns, podem outros bem. PB Foto de José Ferrolho

Voz do povo Faz sentido continuar a celebrar o Dia da Mulher?

Cristina Afonso, 28 anos, animadora sociocultural

Odete Filipe, 57 anos, funcionária pública

Acho que sim. Apesar do que se está a passar no País, o Dia da Mulher sempre tem sido comemorado. Acho que é importante, porque foi a emancipação da mulher, a igualdade perante o homem. Vou celebrar o Dia da Mulher à minha maneira e não como costumam fazer as mulheres que se juntam.

Há 35 anos participava ativamente na comemoração do Dia da Mulher. Hoje, penso que embora muitas conquistas tenham tido um fim feliz, há outras em que temos um grande retrocesso. Do meu ponto de vista continua a fazer sentido, mas talvez para a geração da minha idade, não para os jovens de hoje.

Inquérito de Ângela Costa

Cláudia Palma, 39 anos, auxiliar de serviços gerais

Angela Campaniço, 21 anos, estudante de Engenharia Alimentar

Sim. Toda a vida tenho comemorado o Dia da Mulher. É um dia especial para nós. As mulheres têm o dia a dia ocupado com os filhos, a família e o trabalho. Este dia é mais para saírem e se divertirem. No Dia da Mulher podemos deixar os maridos em casa a tratar dos filhos.

Faz. As mulheres são uma força que temos aqui no nosso país, e são elas que podem ajudar a ultrapassar esta crise. Até nos salários os homens ganham mais que as mulheres, por isso deve-se continuar a comemorar. Não sei ainda se vou comemorar, mas acho importante continuarem a celebrar o Dia da Mulher.

Semana passada

Rede social

QUINTA-FEIRA, DIA 1 MOURA OPERAÇÃO “AZEITONA SEGURA” DA GNR REGISTA APENAS UM FURTO A GNR registou “apenas uma ocorrência de furto”, de 360 quilogramas de azeitona na zona de Sobral da Adiça, durante a Operação “Azeitona Segura” 2011/2012, que patrulhou olivais da região de Moura, anunciou a força de segurança. Durante a operação, que decorreu entre os meses de novembro e fevereiro, a GNR identificou 427 trabalhadores, dos quais 157 estrangeiros, “todos em situação legal”. A operação envolveu 400 elementos da GNR, que efetuaram 156 patrulhas em olivais da zona de ação do Destacamento Territorial de Moura, onde policiaram 212 locais, visitaram 79 olivicultores e 25 compradores de azeitona e realizaram várias ações conjuntas com a Autoridade para as Condições do Trabalho, Serviço de Estrangeiros e Fronteiras e Segurança Social.

DOMINGO, DIA 4 MÉRTOLA EQUIPA HÚNGARA TREINA NO CENTRO DE ESTÁGIO DO GUADIANA O Centro de Estágio do Guadiana, em Mértola, acolheu os treinos da equipa de canoagem de um clube da Hungria, o Ute Kayak.

O Clube Náutico de Mértola adianta que este estágio surgiu na sequência de um protocolo estabelecido com a Federação Húngara de Canoagem, sendo reconhecidas ao rio Guadiana “excelentes condições” para a prática da modalidade. No total, a comitiva húngara integrou 12 pessoas, sobretudo atletas que são candidatos a integrar as equipas nacionais daquele país, “referência da canoagem mundial”.

SEGUNDA-FEIRA, DIA 5 FERREIRA DO ALENTEJO COMEMORAÇÕES DO FERIADO MUNICIPAL O município de Ferreira do Alentejo celebrou mais um feriado municipal. A nova carta de foral foi atribuída à vila a 5 de março de 1516, no reinado de D. Manuel I. O programa para este ano, que arrancou no dia 1, termina no dia 11 e inclui um vasto conjunto de iniciativas promovidas pela câmara municipal em colaboração com as juntas de freguesia do concelho.

TERÇA-FEIRA, DIA 6 ALCÁCER DO SAL AGRICULTORES CONTESTARAM VENDA DE SECADORES DE ARROZ Meia centena de agricultores participaram em Alcácer do Sal, numa concentração de protesto contra a venda em hasta pública dos secadores de arroz da região, prevista para 14 de março.

“Estamos a falar de um atentado social e de um crime contra os pequenos e médios agricultores”, disse à Lusa Avelino Antunes, da Associação de Agricultores do Distrito de Setúbal, durante o desfile de dezenas de viaturas e de tratores pelas ruas de Alcácer do Sal. “O anterior governo estava a avançar com o processo de cedência dos secadores aos agricultores por um prazo de 20 anos, mas o novo executivo anunciou a intenção de vender aquele equipamento em hasta pública”, disse. Avelino Antunes garante que a venda dos secadores põe em causa a sobrevivência de muitos pequenos e médios agricultores da região, que acabariam por se ver obrigados a vender o arroz a um preço mais baixo.

QUARTA-FEIRA, DIA 7 SANTIAGO DO CACÉM ABERTURA AO MAR DA LAGOA DE SANTO ANDRÉ A lagoa de Santo André (Santiago do Cacém) foi aberta ao mar, num ritual cumprido anualmente. Segundo a câmara, trata-se de uma ação “necessária para assegurar a continuidade do habitat do maior sistema lagunar da costa alentejana e que, por norma, desperta a curiosidade de muitos munícipes e outros visitantes”.

A abertura artificial da lagoa ao mar repete-se anualmente nesta época do ano, numa tradição que remonta ao século XVII, na altura com a força dos homens, que usavam pás, mas hoje com recurso a máquinas. O processo permite a renovação das águas e a exportação de matéria orgânica e nutrientes para a faixa costeira, assegurando a entrada de sedimentos arenosos e organismos (peixes e invertebrados).

3 perguntas a Beja Santos

Assessor da Direção-Geral do Consumidor

Como está Portugal em termos de proteção dos direitos do consumidor, cujo dia mundial é celebrado a 15?

A legislação europeia tem sido transposta para o direito português de uma forma que eu classifico como irrepreensível. Dentro daquilo que se designa pela subsidiariedade (isto é, a faculdade de legislar para o direito interno sem colidir com as disposições do Tratado da União Europeia) temos diplomas de inegável interesse, como é exemplo o livro de reclamações. A defesa jurídica é importante.

A execução dos direitos do consumidor é um imperativo do Estado e um dever cívico. Aqui deteta-se um grande desequilíbrio: o Estado legisla e é frequente a legislação não ser reivindicada pelos cidadãos. É o nosso défice cultural na participação pelo consumo. O movimento cívico é insignificante e enquanto não adquirirmos a capacidade de observar e fazer observar a legislação, de saber reclamar e exigir dialogar com os reguladores que têm um papel fundamental (energia, água, banca…) é escusado criticar o Estado pelas suas ineficiências. São poucas as autarquias que possuem serviços de atendimento e informação aos consumidores. O sistema educativo é praticamente um deserto e os meios de comunicação social vivem desinteressados da problemática.

Beja internacional com estudantes europeus Chegaram na terça-feira. E, para já, parecem estar satisfeitos com o que o encontraram. Escolheram a cidade para se enriquecerem a nível curricular e pessoal. Beja agradece.

Noites desassossegadas na Galeria Na Galeria do Desassossego, lá para os lados da rua da Casa Pia, no sábado passado, houve festa noite dentro e o povo dançou que se fartou. Vira o disco e não toca o mesmo.

A música antiga foi ao Museu de Arte Sacra O consumidor português é conhecedor dos seus direitos?

Alguns extratos das classes médias sim, sabem tirar partido dos direitos, evitar litígios, comprar a bom preço, bens e serviços seguros. Mas a partir do momento em que o sistema educativo é indiferente à sensibilização para a gestão orçamental, para o viver melhor respeitando a preservação ambiental, quando não há espaço público nem uma consciência para a descentralização efetiva da política dos consumidores, a sua assimilação como vertente cívica é muito reduzida. Ser interveniente é ser solidário, denunciar uma fraude é tornar o mercado mais transparente, mais competitivo.

A que tipo de riscos estão sujeitos os consumidores no atual contexto de crise económica?

Recomendo a todos que zelem pelo seu dinheiro e pela liberdade de escolha. Não façam contratos de telecomunicações sem perceber exatamente o que estão a comprar, o mesmo com o crédito em que há bancos que impõem uma empresa de seguros. Quando não sabe, quando está hesitante, pergunte: a uma associação de consumidores, a um centro de arbitragem de conflitos de consumo, a um centro de informação autárquico ao consumidor. Faça perguntas à Direcção-Geral doConsumidor,aviaeletrónicaégratuita.

Desconfie sempre do grátis e não aceite as práticas comerciais agressivas. NP

O Circuito de Música Antiga da Renascença e do Barroco passou por Mértola. O grupo galego Resonet ecoou no Museu de Arte Sacra. Quem ouviu, gostou.

O Governo veio falar com os autarcas da Cimbal O secretário de Estado da Administração Local e Reforma Administrativa, Paulo Júlio, veio a Beja, para reunir-se com os autarcas da Cimbal, que lhe disseram o que lhes ia na alma.

Socialistas em defesa do interior António José Seguro, líder do PS, sentou-se à mesa com os socialistas alentejanos, no Beja Parque Hotel. A visita deveu-se à iniciativa “Roteiro em Defesa do Interior”.

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Rio de Moinhos A mais pequena freguesia de Aljustrel

A aldeia plantada à beira da autoestrada Em Rio de Moinhos encontram-se sobretudo os que estão bem na sua

O

dia está cinzento. O sol resolveu dar tréguas ao Alentejo, mas a chuva insiste em não cair. A terra, a caminho de Rio de Moinhos, pede água, mas os solos enxutos descansam à espera de melhores dias.

Uma placa assinala a proximidade à autoestrada que passa a escassos quilómetros da pequena aldeia. O movimento, quer a caminho do Algarve, quer a caminho de Lisboa, contrasta com a modorra da mais pequena freguesia do concelho de Aljustrel. Aqui, depois da hora de almoço, apenas se avistam os homens que descem ao largo nas suas bicicletas, porque as pernas, essas, felizmente, ainda dão para as curvas.

“Umas vezes estou neste banco e outras vezes estou ali naquele. É assim que me entretenho”, conta Joaquim Rosa. E as mulheres?

Perguntamos. Como matam as mulheres o tempo em Rio de Moinhos? “Vão dar caminhadas. Fazem ginástica. Mas não são todas. Só as mais velhas. A malta nova é má de aparecer. A malta nova é só por os cafés é que se vê, mas é pouco. Há pouca mocidade”, explica.

No banco ao lado senta-se José Paulino. “A minha senhora está em casa a fazer o comer, ou a lavar a loiça ou a limpar as casas”, conta, entre sorrisos. Mas garante: “Eu ajudo-a. Esta manhã estive a fazer a cama com ela, mudando os lençóis e as mantinhas. E ao almoço estive a ajudála a pelar as batatas”. José Paulino considera-se um “bom marido” e afirma: “Há 43 anos que

terra, até porque a maioria não sabe como é viver no outro lugar. “Até os passarinhos gostam de viver no sítio onde nasceram”, diz um dos homens, que chega de bicicleta ao largo, que é o centro do mundo da freguesia.

Texto Bruna Soares Fotos José Ferrolho

estamos juntos e ainda não discuti com ela em tempo nenhum e agora ainda muito menos. Já estou velhote e agora tenho de ter carinho e de ser acarinhado”.

E o tema de conversa encaixa na perfeição nas comemorações do Dia da Mulher, que Rio de Moinhos, anos após ano, não deixa passar em branco. “Concordo que exista esse dia.

Todos temos direitos, tanto as mulheres como os homens”, diz Joaquim Rosa, enquanto afasta a boina que traz na cabeça.

Isolete Fernandes caminha em passo acelerado em direção à sua casa. Cumprimenta quem encontra na rua, mas ainda assim pega no assunto: “Para mim o dia da mulher é todos os dias”, considerando: “Ainda não existem totalmente os mesmos direitos entre homens e mulheres, mas já estamos bem diferentes do que há uns anos atrás”.

“No outro tempo era 30 vezes pior. Agora é tudo mais livre e fazem o que querem e lhes apetece”, considera Alzira Figueira, sentada na esplanada do seu café, à espera

que os clientes resolvam aparecer.

Rosa Pestana, nascida e criada em Rio de Moinhos, por sua vez, demora-se a falar com uma vizinha. Gosta de estar na sua aldeia e “não se vê a morar noutro lugar”, até porque, como diz, este é o seu “ninho”. Já a sua vizinha, Natércia Fatana, garante que preferia “morar no estrangeiro”, onde esteve tantos anos. Isolete se pudesse talvez fosse para “Aljustrel”.

“Esta é uma terra que tem evoluído um bocadinho. Temos muitas coisas que são interessantes. Podiam ainda haver mais, mas como não há condições…”, diz Rosa.

“Mas no tempo da fome era bailes todas as noites e agora no tempo da fartura não há bailes nenhuns. Não nos divertimos nada. Quando era moço bailava descalço e agora nem calçado bailo. Está aí um pavilhão grande, está ali outro e nada”, completa José Paulino.

O Baile da Pinha, tradição que já perdeu a conta à idade, porém, é sagrado na freguesia.

“Ainda temos esse e a tradição ainda se mantém. A malta nova é que já não dança tanto.

Têm de vir pessoas de fora para dançar e pode acontecer que seja uma rapariga ou um rapaz de fora que abra a pinha e que no outro ano não queira fazer despesa”.

Embora as danças já não sejam tão intensas nem tão rotineiras, as gentes de Rio de Moinhos falam das particularidades da sua terra. “Estão aí umas casas jeitosas”, diz Alzira. “Isto pior não está, mas há sempre qualquer melhoramento a fazer”, considera Joaquim, enquanto José Paulino afirma: “Há uns 40 anos isto aqui era só lama. Agora está alcatroado, mal, mas não sujamos os sapatinhos. E temos o comer e no tempo da ‘outra senhora’ queríamos e não havia”.

Os homens garantem que estão bem na sua terra, até porque a maioria não conhece como é viver em outra. “Até os passarinhos gostam de viver no sítio onde nasceram”, diz Joaquim Rosa.

O País e as condições de vida preocupa-os mais: “Se isto continua assim é outra Grécia”, diz Carlos Agostinho, acrescentando: “Quem vê olhos não vê corações e os corações estão tristes. As pessoas não ganham para comer”. Por momentos o silêncio instala-se nos bancos do largo, mas José Paulino volta à conversa e com ele volta otimismo: “Graças a Deus até sou feliz.

Melhor que isto não pode haver”.

Os carros continuam a passar rumo à autoestrada que se encostou à aldeia que sobressai entre os campos, ora verdes, ora castanhos. O dia cinzento e a chuva não cai.

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Duarte Patrício, presidente da Junta de Freguesia de Rio de Moinhos

Cocaria e o seu papel social na aldeia

Baile da Pinha, a maior tradição

A Cocaria - Associação de Solidariedade Social de Rio de Moinhos ainda hoje continua a desempenhar um papel crucial na freguesia, através do seu Centro de Dia e do apoio domiciliário. A associação foi buscar o nome à expressão usada pelos trabalhadores rurais que se juntavam num local para fazer e aquecer a sua comida.

As gentes de Rio de Moinhos gostam de dança e de bailes e o seu mais característico momento cultural acontece pela altura da Páscoa, onde moços e moças se vestem a rigor para comemorar o Baile da Pinha. Todos os anos, sem exceção, há rei, rainha, vassalos e vassalas a desfilar pelo salão. Uma autêntica corte que desce à terra por uma noite e que atrai locais e forasteiros. Esta é também a mais antiga tradição da aldeia, que perdura há cerca de 70 anos.

Quais são as principais dificuldades desta terra?

Um pouco por todo o Alentejo existe falta de pessoas e as poucas que há, se não conseguem arranjar empregos fixos e condições de vida mínimas, têm de procurar outros sítios para viver.

Tem-se perdido muita população?

Entre 2001 e 2011 houve um ligeiro decréscimo. De facto nota-se que a população mais jovem, quando termina os estudos e se depara com a falta de emprego no concelho e na região, tem de procurar outros locais. Temos uma população envelhecida.

Quais são os meios de subsistência das pessoas que vivem em Rio de Moinhos?

Há uns anos tínhamos a mina e a agricultura.

Neste momento, a agricultura, infelizmente, tem cada vez menos pessoas a trabalhar as terras. A mina está de novo a trabalhar e tem sido o escape de alguns dos nossos jovens. Temos também algum comércio e alguns pequenos empresários, designadamente na área da construção. E, claro, há pessoas empregadas em diversos serviços.

Há a possibilidade de atrair mais gente para a terra?

Esse é um dos nossos objetivos, apesar das nossas dificuldades e das nossas limitações. E deveria também de ser um dos objetivos do governo central, e isso não acontece só aqui, mas em todo o Alentejo. Tem de se criar medidas que incentivem o pessoal a ficar por cá, e essas medidas passam, acima de tudo, pela criação de emprego estável e com condições, porque se não houver emprego é normal que as pessoas saiam da região e do País à procura de melhores condições de vida.

Rio de Moinhos é uma freguesia que tem sabido manter as suas tradições?

Penso que sim. Apesar de ser a freguesia de constituição mais recente, temos algumas tradições que se têm mantido. Julgo que a mais significativa é o Baile da Pinha, que se faz anualmente, onde cada ano é melhor que o outro. As pessoas apostam bastante neste baile, porque a nível cultural é a nossa maior tradição.

O que é que os jovens podem encontrar numa freguesia como a de Rio de Moinhos?

A terra de Brito Camacho Manuel de Brito Camacho, médico, escritor, publicista, político, entre outros cargos de relevo, nasceu em fevereiro de 1862, no Monte das Mesas, na freguesia de Rio de Moinhos, concelho de Aljustrel. Foi na freguesia que o republicano aprendeu as suas primeiras letras e o seu apego à terra ficou patente nos seus escritos: “Que bom tempo aquele! Pela meia tarde, na época da ordenha, a horas certas, ainda vinha longe o alavão, logo eu corria para o aprisco, sem chapéu, e punha-me a tocar o búzio com muita força até que o roupeiro chegasse, quase sempre furioso por o terem chamado antes do tempo. Que feliz eu era então”. Foi no Monte das Mesas que “brincou, fisgou pardais e foi aos grilos”.

Temos tentado dotar a freguesia de melhores condições de vida e de alguns equipamentos, como é o caso do recente jardim Dr. Brito Camacho, onde foi colocado um parque infantil e onde estamos a ponderar criar um lago biológico e um quiosque, que sirva de apoio às instalações, a toda a zona desportiva e de lazer. Temos também pensado para os mais idosos a abertura e a remodelação do nosso centro de convívio e a passagem da sede da junta de freguesia para um piso térreo. Em colaboração com a Câmara Municipal de Aljustrel, abrimos um polo da biblioteca municipal, o que ajuda a dinamizar um pouco a cultura da nossa freguesia. Temos ainda previsto, também através da câmara municipal, a disponibilização de lotes e também a expansão da área das atividades económicas.

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Eleitos lutam contra a extinção de freguesias

Os eleitos das freguesias do distrito de Beja deliberaram “manter a posição contra a extinção de freguesias, continuar a contestação e o esclarecimento das populações e às câmaras e assembleias municipais que, em caso de agendamento da discussão, recusem ser cúmplices da extinção de freguesias nos seus concelhos”.

Decidiram ainda “defender que a realidade e o número de freguesias existentes

em cada concelho do distrito estão em conformidade com as nossas necessidades”.

Foi também decidido participar no Encontro Nacional de eleitos das freguesias, agendado para amanhã, sábado, em Lisboa, assim como participar na manifestação nacional a ter lugar em Lisboa a 31 de março e “promover uma ação distrital em Beja, no dia 28 de abril com mobilização de eleitos, trabalhadores e populações”.

Atual São 40 e vieram de Espanha, Polónia, República Checa, Brasil, Lituânia ou Suécia

Politécnico acolhe alunos estrangeiros

P

etr Dedicik, de 22 anos (completará os 23 dentro de duas semanas), é um desses alunos. Proveniente da República Checa, vem da Universidade Tomas Bata da cidade de Zlin, berço de uma conhecida marca de calçado cujo fundador deu o nome à universidade. As razões que levaram Petr a escolher Beja para estudar durante um semestre não são óbvias, nem sequer fáceis de explicar. “Não é uma resposta fácil de dar. Não tinha muitas escolhas para onde ir por ter um programa de estudos muito específico. Na República Checa estudo gestão de sistemas de segurança e esta é a universidade que tem o plano de estudos mais parecido com o do meu curso. Talvez essa tenha sido a principal razão para ter vindo”.

No entanto, as questões de ordem social surgem logo de seguida, quase em catadupa. “Gosto muito do clima, de poder conhecer novas pessoas, enfim, de poder desfrutar do estilo de vida Erasmus”.

Fatores como o apoio académico, a integração sociocultural, as condições climatéricas e a localização privilegiada, são, para a coordenadora do Gabinete de Mobilidade e Cooperação, Cristina Palma, motivos que têm levado à escolha cada vez mais frequente do IPB pelos estudantes estrangeiros. “Muitos destes estudantes escolhem-

O auditório da Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Beja (IPB) foi palco da receção oficial a cerca de 40 alunos na passada terça-feira. Os estudantes estrangeiros, que vão passar este semestre em Beja, fazem parte, na sua maioria, do programa de intercâmbio estudantil Erasmus e provêm dos mais diferentes países como Espanha, Polónia, República Checa, Bélgica, Bulgária, Alemanha, Brasil, França, Lituânia e Suécia.

Texto Marco Monteiro Cândido Foto José Ferrolho

nos como primeira e única opção. Julgo que não é alheia a questão climatérica e a localização. A maior parte vem de países do norte da Europa, com

outras características climatéricas e geográficas, e nesta oportunidade escolhem um contexto completamente diferente. E tem acontecido uma coisa muito

interessante, que é o passa-palavra, onde a ideia que passamos é boa: para os estudantes, de que é agradável estar em Beja; e para os parceiros académicos, que reconhecem em nós qualidade para enviarem os seus alunos”.

A vinda de estudantes de outros países, ao abrigo de programas de intercâmbio, para o IPB é coordenada pelo Gabinete de Mobilidade e Cooperação, que tem recebido, em média, 35 a 40 estudantes por semestre, um número que tem vindo a aumentar, resultado dos cerca de

Acabados de chegar Quatro dezenas de alunos de todo o mundo escolheram Beja por seis meses

88 acordos de cooperação com instituições de ensino superior. “É com grande satisfação que temos vindo a verificar que cada vez mais um maior número de estudantes escolhe o IPB para desenvolver o seu período de mobilidade internacional”.

Maria Dolores Toro, espanhola, vem da Universidade da Extremadura, onde estuda engenharia agrónoma. Residente em Badajoz, Portugal não é um país desconhecido para ela, onde ainda há perspetivas de futuro na sua área de formação. “Eu gostava de vir para conhecer a cultura e, sobretudo, a língua. E é um país que está a apostar na inovação na agricultura. Em Espanha, na agricultura, está tudo feito. Em Portugal ainda há espaço para inovar, principalmente com Alqueva”.

Lena Kamrowski, de 23, é alemã, proveniente da Universidade de Hildesheim, sendo a primeira aluna estrangeira de mestrado no IPB através de Erasmus.

“Há dois anos viajei com duas amigas pela costa, entre Faro e Lisboa, e, nesse momento, decidi que queria conhecer o interior do País”. Como todos os outros alunos, quer aprender a língua, conhecer novas pessoas, para além de viajar e aproveitar o clima. E aproveitar, também ela, para comemorar os seus 24 anos ainda este mês numa terra muito diferente da fria Alemanha.

Autarquia desafia privados a recuperar edifícios com fundos comunitários

Câmara de Ourique reabilita centro histórico

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Câmara Municipal de Ourique está a promover um projeto para reabilitar o centro histórico da vila, que “desafia” privados a recuperar edifícios com fundos comunitários e incentivos da autarquia e prevê intervenções municipais em espaços e edifícios públicos.

O projeto pretende reabilitar o centro histórico da vila para o tornar “mais atrativo” e, assim, “dinamizar o repovoamento” e “promover a melhoria da qualidade de vida” dos cidadãos, explicou o vereador da Câmara de Ourique, Fernando Romba.

“No fundo”, o projeto, através da reabilitação de edifícios, que pertencem a privados e à autarquia, e de espaços públicos pretende “promover a regeneração do centro histórico e melhorar a sua inserção funcional na vila”, frisou.

Segundo o autarca, o Projeto de Reabilitação Urbana do Centro Histórico da Vila de Ourique vai decorrer em duas fases, sendo que as intervenções da primeira serão promovidas por privados e as da segunda fase pela autarquia.

Numa primeira fase, a autarquia

está a “desafiar” os proprietários privados, que residem no centro histórico de Ourique, a efetuarem obras de reabilitação dos seus edifícios, como recuperação de fachadas e coberturas e substituição de portas e janelas.

As intervenções, “balizadas” segundo o Plano Diretor Municipal de Ourique e “no sentido de se manterem a traça e os materiais originais dos edifícios”, serão cofinanciadas em 60 por cento por fundos comunitários, sendo a verba restante assegurada pelos promotores privados. No entanto, cada intervenção terá que implicar

um investimento mínimo de cinco mil euros para ser cofinanciada pelo Programa de Desenvolvimento Rural (Proder), frisou o autarca.

Os promotores vão também beneficiar do apoio técnico da autarquia para a elaboração dos projetos e das candidaturas a fundos comunitários e realização das obras e de incentivos municipais, como isenção de taxas de ocupação do domínio público municipal e para obras particulares que abranjam a construção dos edifícios devolutos.

“Vários proprietários já demons-

traram interesse” em efetuar intervenções no âmbito do projeto e com os quais a autarquia vai “marcar reuniões individuais” para preparar os projetos técnicos das intervenções e as candidaturas ao Proder, disse.

A segunda fase do projeto prevê intervenções a cargo da autarquia, num investimento de 500 mil euros e cofinanciado em 85 por cento por fundos do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN). As intervenções incluem pavimentação, alterações ao trânsito, limites ao estacionamento e criação de percursos pedonais.

A Câmara de Ferreira do Alentejo criou um centro para prestar informação e apoio aos consumidores, nomeadamente em assuntos do âmbito do direito do consumidor e relacionados com empréstimos bancários, seguros e conflitos de consumo. O novo Centro de Informação e Apoio ao Consumidor foi apresentado

Presidente da Turismo do Alentejo recebe Troféu Consagração Turística O presidente da Turismo do Alentejo, ERT, Ceia da Silva, foi galardoado com o Troféu Consagração Turística pela Associação de Jornalistas Portugueses de Turismo (Ajopt), numa cerimónia realizada na Bolsa de Turismo de Lisboa. Nas palavras do presidente da Ajopt, Salvador Alves Dias, “o admirável trabalho e empenho do responsável máximo da

durante um workshop no auditório da Biblioteca Municipal de Ferreira do Alentejo, no qual a autarquia apresentou também iniciativas que pretende implementar durante este ano na área do empreendedorismo. Entre as iniciativas, figura a construção de um ninho de empresas e sistemas de financiamento de projetos.

07 Diário do Alentejo 9 março 2012

Ferreira cria centro de apoio ao consumidor

Entidade de Regional de Turismo do Alentejo no sentido de afirmar e posicionar a região como um destino turístico de qualidade motivaram a atribuição do troféu”. Ceia da Silva fez questão de “declinar a individualidade do prémio partilhando-o com todos os profissionais, dos agentes privados aos públicos, passando pelos técnicos de turismo, que o têm acompanhado na constante missão de projetar o Alentejo como um destino turístico de excelência”.

Regadio “seriamente ameaçado”

Por falta de pagamento da Vinipax e do Beja Wine Night

Essência do Vinho executa Câmara de Beja As empresas do Porto responsáveis por organizar o evento Beja Wine Night e a feira Vinipax moveram esta semana, junto do Tribunal de Beja, duas ações de execução comum contra o município bejense, num valor total que ascende aos 98 mil euros. Para o vereador Miguel Góis, trata-se de uma iniciativa “previsível”, numa altura em que a Câmara de Beja fecha mensalmente as contas com um saldo negativo de tesouraria de mais de 200 mil euros.

“Infelizmente o dinheiro não está a chegar para tudo”, lamenta o autarca.

O

s processos movidos pelas empresas Essência do Vinho e Comunicar Essência contra a autarquia de Beja não são inéditos. Miguel PUB

Góis assume que, por falta de liquidez, pesam sobre a câmara “vários processos de injunção”.

Só ao consórcio Tecnovia está a autarquia a dever mais de um milhão e meio de euros. “Não queremos deixar nada por pagar”, acrescenta Miguel Góis, “simplesmente não temos tesouraria para responder aos compromissos assumidos, para fazer face às despesas”.

Situação que, nas palavras do vereador, se deve em grande parte à quebra de receitas próprias por parte do município.

“Em 2011 e face a 2010”, prossegue, “perdemos cerca de cinco milhões de euros em receitas, isto a juntar ao corte de meio milhão de euros imposto pelo Estado”.

Neste momento, sem contar com as dívidas anteriores, a Câmara de Beja tem dinheiro apenas, segundo Góis, para as despesas

decorrentes do funcionamento, como é o caso dos vencimentos, energia ou consumíveis.

Face ao cenário de repetidos incumprimentos, Miguel Góis acredita que, “muito em breve, será necessário proceder a uma revisão orçamental”.

Principalmente se a nova lei dos compromissos entrar em vigor.

“Aí”, revela o vereador da cultura, “a Câmara Municipal de Beja ficará apenas com cerca de um milhão de euros disponíveis para todo o ano. O que é impossível e não daria sequer para pagar às juntas de freguesia”.

Em qualquer dos cenários, a autarquia prevê incrementar novas “medidas de contenção” que passam por “não assumir novos compromissos e deixar cair toda e qualquer iniciativa não cabimentada. E mesmo algumas que tenham financiamento não

se realizarão porque não temos forma de assumir a contrapartida nacional”, assegura o autarca.

E é precisamente na cultura, no desporto e no apoio ao associativismo em geral que se levantam os maiores protestos. Na última Assembleia Municipal, o executivo foi confrontado pela companhia de teatro Lendias d’Encantar pelo atraso no pagamento de quatro tranches do contrato programa que a autarquia tinha assumido com este grupo. O mesmo aconteceu com o jovem pintor bejense, André Lança, que, em novembro de 2011, foi consagrado com o primeiro prémio do concurso de artes plásticas “Galeria Aberta”, no valor de 1 600 euros. Verba que, até ao momento, segundo carta dirigida ao “Diário do Alentejo”, ainda não foi paga.

Paulo Barriga

A próxima campanha de regadio no Alentejo começa a estar “seriamente” ameaçada devido à pouca chuva registada, segundo o primeiro relatório do grupo de acompanhamento e avaliação dos impactos da seca em 2012. Divulgado no final da semana passada pelo Ministério da Agricultura, o documento, que faz um balanço até 15 de fevereiro, indica não ser muito preocupante a situação dos sistemas de rega coletivos estatais, ao contrário das barragens privadas. Nesta região, também algumas explorações estão há algum tempo a comprar palhas e fenos no exterior e alimentos compostos. As culturas forrageiras anuais têm tido um desenvolvimento muito fraco, “comprometendo a possibilidade de pastoreio e a obtenção de massa verde”. O grupo notou que o mau estado das searas poderá tornar-se irreversível se continuar a faltar chuva. Nesta região do País, as geadas intensas têm afetado bastante os pomares de citrinos e provocaram a queda dos frutos e fraca qualidade da produção. “O volume de produção deverá ser semelhante ao do ano anterior, mas com frutos de menor calibre”, lê-se no documento.

O relatório foi feito com base na situação até 15 de fevereiro quando 70 por cento do território do continente estava em seca severa e cinco por cento em seca extrema em zonas do Litoral Norte e Douro.Entretanto, antes da divulgação do documento, o Observatório da Seca do Instituto de Meteorologia indicou que a 29 de fevereiro estas taxas eram já de 68 por cento e 32 por cento, respetivamente.

Diário do Alentejo 9 março 2012

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Hospital de Serpa na agenda de “Os Verdes”

O Partido Ecologista “Os Verdes” entregou na Assembleia da República um projeto de resolução que recomenda ao Governo “a revogação do encerramento de serviços no Hospital de São Paulo, em Serpa”, nomeadamente a reabertura do laboratório de patologia clínica, e o “cumprimento do compromisso assumido de instalação do Serviço de Urgência Básica em Serpa”. Em comunicado, “Os Verdes” adiantam

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que “o Governo tem vindo a esvaziar este hospital de um conjunto de serviços e de valências, prejudicando as populações no seu direito à saúde”. Uma situação “que se torna ainda mais grave, por se tratar de populações, na sua generalidade, com elevada média etária, com uma maior necessidade de cuidados de saúde, e também com dificuldades económicas, decorrentes das baixas pensões”.

“Estamos a contactar todos os agentes públicos e privados para identificar preocupações e procurar simplificar o trabalho formal a que a Ccdra está obrigada, mas satisfazendo expetativas de celeridade” António Dieb

Presidente da Comissão de Coordenação do Alentejo atento às especificidades da região

Ccdra quer regulamentos adaptados

O

novo presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Alentejo (Ccdra), António Dieb, pretende incutir “celeridade” no trabalho do organismo e “sensibilizar” o Governo para adaptar os regulamentos de fundos comunitários às “especificidades” da região.

O responsável assumiu à Lusa que vai “sensibilizar os decisores políticos para a necessidade de adaptar os regulamentos, nomeadamente do quadro comunitário”, às “preocupações e especificidades do Alentejo”.

António Dieb também realçou que vai procurar simplificar o tra-

balho da Ccdra. “Estamos a contactar todos os agentes públicos e privados para identificar preocupações e procurar simplificar o trabalho formal a que a Ccdra está obrigada, mas satisfazendo expetativas de celeridade”, afirmou.

Contactados pela Lusa, autarcas do Alentejo reivindicam uma nova dinâmica na aprovação e distribuição das verbas do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN), que querem ver aplicado “em pleno”.

Os três presidentes de câmara (PSD, PCP e PS) também reclamam a simplificação da burocracia ligada

ao QREN e o aumento das taxas de comparticipação do programa.

“Espero, de uma vez por todas, que o QREN funcione em pleno, uma vez que se têm verificado atrasos. É um programa com muitas exigências no momento da candidatura por parte dos municípios”, afirmou Pedro Lancha, presidente do município de Fronteira (PSD).

Já o aumento da comparticipação, seria importante para “dinamizar” a economia local”, defendeu, dizendo esperar que a Ccdra venha “a contar mais” com os municípios.

Hoje e “mais do que nunca”,

afiançou também o presidente da Câmara de Moura, José Maria Pósde-Mina (PCP), o “importante” é “o aumento da taxa de comparticipação” dos fundos comunitários.

“A questão central será a gestão dos fundos” para permitir, “nesta fase extremamente complicada e de redução de recursos, a transferência de meios financeiros para as autarquias cumprirem os seus planos e propósitos”, frisou.

Já o autarca de Évora, José Ernesto Oliveira (PS), que reconheceu a António Dieb – vereador da oposição no município – “preparação para garantir uma gestão

correta dos interesses do Alentejo”, disse esperar que a Ccdra seja “uma voz ativa” na defesa da região e “um parceiro” das autarquias.

O mesmo presidente de câmara insistiu na necessidade de “aperfeiçoar” a gestão dos fundos comunitários, “diminuindo a carga burocrática exigida aos municípios” e “uma maior solidariedade” na “aprovação e execução” dos mesmos.

Em resposta à reclamação de um aumento das taxas de comparticipação, António Dieb argumentou que, primeiro, é preciso concluir “o processo de reprogramação e redefinição das verbas comprometidas”.

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Os jovens interessados em adquirir a custo reduzido lotes para construção de habitação em Serpa podem candidatar-se durante este mês à primeira fase do Programa Municipal de Habitação Jovem, promovido pelo município para fixar população jovem. As candidaturas à primeira fase do programa estão abertas até ao próximo dia 31 e os interessados poderão aceder ao sítio de

Rendimento médio versus rendimento per capita As novas regras impõem um teto de 628 euros mensais como rendimento máximo para ter direito à isenção no transporte de doentes. “Quem ganha 700 euros e tiver de ir três vezes num mês a Lisboa fica sem dinheiro para

Internet da Câmara de Serpa, no qual estão disponíveis as normas do concurso e o requerimento necessário para a candidatura. Na primeira fase, o programa, que “visa estimular a fixação da população, melhorar as condições de habitação e rentabilizar os terrenos para construção de habitação nos loteamentos municipais”, incide sobre o loteamento municipal de Santa Iria.

09 Diário do Alentejo 9 março 2012

Lotes para jovens a “custo reduzido” em Serpa

comer”, diz Rodeia Machado. Mas, pior do que isso, é que não é considerada a hipótese do rendimento apurado ser dividido pela totalidade do agregado: numa família de quatro pessoas (pai, mãe e dois filhos em idade escolar), a soma dos ordenados dos pais é apenas dividido por dois…

Novas regras para o transporte de doentes muito contestada

Governo cria serviço low-cost O Governo estabeleceu, através de portaria, que quem tiver rendimentos superiores a 628 euros por mês, ou menos de 60 por cento de incapacidade, perde o direito ao transporte gratuito nas deslocações de e para hospitais, centros de diagnóstico ou de tratamentos, como, por exemplo, sessões de fisioterapia ou hemodiálise.

R

odeia Machado, presidente da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Beja, vê a situação com muita preocupação e acusa, ainda, o Governo de, ao querer “alargar o serviço de transporte de doentes às viaturas ligeiras” ,estar a criar “um serviço low-cost e a baixar o nível do serviço prestado” aos cidadãos.

Ao longo dos anos “os bombeiros PUB

Transporte Novas regras criam problemas a doentes e corporações

foram sempre considerados um parceiro essencial para o Serviço Nacional de Saúde (SNS)”, relembra o dirigente dos Bombeiros de Beja, que diz terem as corporações “feito grandes investimentos, quer em meios humanos, quer em meios materiais”, que, com esta política de financiamento, não estão em condições de “manter”.

Apesar de o distrito de Beja ser, em proporção, um dos que tem mais gente sem atingir o valor estipulado pelo Governo para perder a isenção, Rodeia Machado considera que a política de cortes imposta pela troika coloca as famílias e as corporações de bombeiros “numa situação gravíssima”.

Em 2010 o transporte de doentes custou ao Estado 168 milhões de euros, mas em 2012 o programa de ajustamento negociado com FMI/BCE/ EU impõe um corte de 30 por cento desse valor, qualquer coisa à volta de

50 milhões de euros.

Fernando Esteves, presidente da Liga Portuguesa de Ambulâncias, também se insurgiu contra as novas regras ditadas pelo Ministério da Saúde. Em declarações à comunicação social, acusa o Governo de “querer liberalizar o transporte de doentes para aumentar a concorrência e baixar os preços”, conduzindo a que cerca de 80 empresas encerrem, levando para o desemprego 1600 profissionais qualificados.

Para Rodeia Machado, tudo isto “é uma questão de opção política”, que em última análise pode “pôr em causa socorrer Portugal”. Até porque, já há corporações de bombeiros que fecharam, como, por exemplo, os Bombeiros de S. Mamede de Vila Tua, em Alijó, e aqui mais perto, no distrito de Évora, há corporações em sérias dificuldades”. Aníbal Fernandes

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Odemira promove visitas turísticas pelo concelho

A Câmara de Odemira vai promover visitas turísticas pelo concelho, “com o objetivo de aprofundar os conhecimentos dos empresários e técnicos do setor turístico sobre o concelho, para que possam prestar um melhor serviço informativo aos seus hóspedes e clientes, sobretudo no que respeita à ocupação

Comeres de Azeite em Ferreira do Alentejo abrem o apetite Pratos confecionados à base de azeite enriquecem este mês as ementas de restaurantes do concelho de Ferreira do Alentejo, durante a mostra gastronómica integrada na iniciativa anual do município

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do tempo de permanência na região”. A primeira visita está agendada para a próxima terça-feira, dia 13, e decorrerá na vila de Odemira. Os empresários e técnicos interessados em participar poderão efetuar a sua inscrição até hoje, sexta-feira, através do setor de turismo do município. A iniciativa é gratuita.

Comeres de Azeite. Para “valorizar a gastronomia regional”, a Câmara de Ferreira do Alentejo, através da mostra Março – Mês de Azeite, “desafiou” restaurantes do concelho a dedicarem este mês aos pratos tradicionais e à reinvenção de receitas típicas em que o azeite seja “o

ingrediente de ouro” e “uma evidência no paladar”. Além da mostra, a iniciativa “Comeres de Azeite” inclui também o I Concurso Receitas de Azeite, cujos prémios serão entregues no próximo dia 30 no Centro Cultural Manuel da Fonseca, em Ferreira do Alentejo.

Promoção do Alentejo em França poderá resultar em voos entre Paris e Beja A companhia aérea francesa Aigle Azur e a Agência Regional de Promoção Turística do Alentejo (Arpta) vão fazer uma campanha para promover a região em França, que poderá resultar na criação de voos entre Paris e Beja. A campanha, que arranca em maio deste ano e irá durar 31 semanas, visa “um aumento substancial da notoriedade do destino turístico Alentejo no mercado francês”, explica a ANA – Aeroportos de Portugal, em comunicado de imprensa.

Numa fase inicial, a campanha, que conta com o apoio da ANA e envolve um “leque restrito” de operadores turísticos franceses e a agência portuguesa Citur, vai “comunicar as facilidades no acesso ao Alentejo” através do aeroporto de Lisboa. Segundo a ANA, a Aigle Azur irá bloquear, já a partir deste mês, 80 lugares por semana nos seus voos entre França e Lisboa para a venda de pacotes de sete noites em unidades de alojamento no Alentejo, onde “se espera virem a resultar mais cerca de 16 mil noites”.

Se o fluxo de procura, que, eventualmente, venha a resultar da campanha, apresentar “resultados que o justifiquem”, a Aigle Azur “está disponível” para criar “um conjunto de voos diretos entre Paris e Beja”, no âmbito de uma parceria com o Aeroporto de Beja, refere a ANA. Na semana passada, o presidente da Arpta, Vítor Silva, já tinha adiantado que a Aigle Azur está interessada em realizar voos para o aeroporto de Beja, o que deverá acontecer no próximo verão.

Segundo o responsável, a Aigle Azur vai começar a fazer voos dedicados ao Alentejo e para trazer turistas de França para a região, “mas a partir do aeroporto de Lisboa”. No entanto, “se os voos começarem a correr bem”, a Aigle Azur admite “deslocar a operação” de voos do aeroporto de Lisboa para o de Beja “no próximo verão”, frisou.

“M” Fortified Wine é 3.º produto da MingorraGourmet “M” Fortified Wine, um vinho tinto fortificado, é o terceiro produto da Linha MingorraGourmet a ser lançado no mercado pela herdade da Mingorra, produtor vitivinícola localizado no concelho de Beja. Segundo a empresa, trata-se de um “novo vinho tinto fortificado, generoso, licoroso, que estagia um ano em cascos velhos de carvalho francês, anteriormente utilizados, pelo menos durante 10 anos, na produção de Cognac, em França”. Produzido a partir das castas Touriga Nacional e Sousão, o “M” Fortified Wine vem, assim, juntar-se aos outros dois produtos da Linha MingorraGourmet: o “M” Late-Harvest e o “M” Espumante.

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11 Diário do Alentejo 9 março 2012

Propriedade de uma família “orgulhosamente serpense”, o Museu do Relógio “jamais sairá de Serpa”, garante Eugénio Tavares d’Almeida, para quem o investimento em Évora é uma forma de levar o nome da Cidade Branca “mais longe e com mais força, mesmo que sem qualquer apoio ou patrocínio por parte das entidades locais”.

É o número de peças do espólio do Museu do Relógio que agora “rodam” entre Serpa, a casa-mãe, e Évora, onde está instalado o novo polo.

Abertura de polo em Évora para levar o nome de Serpa “mais longe”

Museu do Relógio expande-se apesar da crise O Museu do Relógio de Serpa perdeu recentemente o seu fundador, António Tavares d’Almeida, e ressente-se com os dias de crise que fizeram abrandar a procura turística.

Mas a abertura de um novo polo em Évora, em dezembro último, faz pensar na “internacionalização” deste projeto museológico, muito provavelmente o único em Portugal a funcionar segundo um modelo de autossustentabilidade.

Texto Carla Ferreira Foto José Serrano

A

conjuntura não é das mais favoráveis mas o Museu do Relógio de Serpa está a viver um dos períodos mais desafiantes do seu percurso, que já dura desde 1995, ano da abertura de portas no Convento do Mosteirinho, edifício do século XVI. Depois da morte de António Tavares d’Almeida, em finais de

janeiro, pouco mais de um mês passado sobre a inauguração de um novo polo em Évora, o projeto mantém-se “com o verdadeiro intuito de eternizar o bom nome e o legado deixado pelo fundador”, explica o filho, Eugénio Tavares d’Almeida, que gere o espaço desde 2006. Instalado no Palácio Barrocal, junto à praça do Giraldo, o polo eborense é fruto de um contrato de arrendamento e de parceria com a Fundação Inatel e, nesta fase inicial, tem disponível ao público um espólio de cerca de 400 relógios mecânicos, representando um período que vai de 1780 até 2011. Mas, recorda o responsável, “o espólio total do museu é de 2300 peças que irão ‘rodar’ entre Serpa e Évora”.

A presença do Museu do Relógio - único do género na Península Ibérica – na cidade Património Mundial era “um sonho de longa data” do fundador, posteriormente acarinhado pelos próprios eborenses. “Desde 2006 até 2010 o museu realizou quatro exposições

temporárias e temáticas na cidade alto-alentejana, tendo estas um fluxo de centenas de visitantes em poucos dias”, recorda Eugénio Tavares d’Almeida, salientando os objetivos que nortearam esta estratégia de expansão. Por um lado, “estimular o fluxo turístico da região, uma vez que o visitante que vai ao polo de Évora fica imediatamente curioso de ir visitar a ‘casa-mãe’, em Serpa”; por outro, “internacionalizar a imagem do museu, através do fluxo turístico que passa por Évora”, dando assim à região “mais um cartão de visita a constar nos guias turísticos internacionais”.

Propriedade de uma família “orgulhosamente serpense”, o Museu do Relógio “jamais sairá de Serpa”, garante, no entanto, Eugénio Tavares d’Almeida, para quem o investimento em Évora é uma forma de levar o nome da Cidade Branca “mais longe e com mais força, mesmo que sem qualquer apoio ou patrocínio por parte das entidades locais”.

Essa é outras das particularidades deste núcleo museológico. É autossustentável e talvez seja o único em Portugal a funcionar nestes moldes. Conta com três fontes de receita: as entradas; uma loja própria, onde estão à venda artigos exclusivos de artesanato regional e relógios da marca “Museu do Relógio”, que vêm homenageando várias cidades e regiões de Portugal; e uma oficina de restauro, que “dá vida” a muitos velhos exemplares, em relação aos quais, em muitos casos, já se tinha perdido a esperança de conserto.

Entre 1995 e 2008, o Museu do Relógio recebeu cerca de 300 mil visitantes, contabilizando uma “média entre 21 e 25 mil visitantes por ano”, revela Eugénio Tavares d’Almeida. 2009 marca depois o início de um período de “baixa em flecha” na procura turística, o que leva o museu a apresentar prejuízo em 2010, fechando 2011 com um volume de visitantes que não chega aos 14 mil. “No entanto, pela honra

e orgulho da família, o Museu do Relógio sempre continuou aberto, procurando atrair turismo a Serpa e ao Alentejo, e fá-lo em parceria com inúmeras empresas de alojamento, agências ou operadores”, assegura o responsável.

Ao contrário do que seria óbvio, os visitantes padrão do Museu do Relógio não são apaixonados pela relojoaria ou colecionadores. Além do público escolar, vindo de todo País, e que garante parte significativa das visitas, a título gratuito, “o perfil do visitante comum do Museu do Relógio são pessoas entre os 50 e 70 anos, grande parte oriundos da região de Lisboa e do norte de Portugal, e com uma grande sede de cultura”. São pessoas que procuram nas máquinas do tempo registos históricos de como viviam e se comportavam os seus antepassados.

E o novo lema do museu, lembra Eugénio Tavares d’Almeida, frisa isso mesmo: “Mais do que uma coleção… um viver de histórias… que queremos partilhar”.

Diário do Alentejo 9 março 2012

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É o “diktat” das finanças. Para a banca, tudo de bom e do melhor. Nada para a economia, o emprego e os Estados.

Entretanto a crise aprofunda-se. Octávio Teixeira, “Jornal de Negócios”, 7 de março de 2012

Opinião

Ã

O Instituto Politécnico de Beja recebeu esta semana 40 alunos oriundos de vários países do mundo. Chegaram ao abrigo de diferentes programas internacionais de ensino, nomeadamente o ERASMUS. É muito interessante, importante até, perceber que há jovens das sete partidas que querem abrir os seus horizontes. Em Beja. PB

O Alqueva ficou parado, porquê?

Estádio Dr. Flávio dos Santos

Novos artesãos do efémero

Marcos Aguiar Licenciado em Psicologia

Luís Covas Lima Bancário

Cristina Taquelim Mediadora de leitura

A É V

9 de junho de 2011, o “Diário do Alentejo” publicou uma crónica da minha autoria com o título “O Alentejo não está para modas!”. Nesse artigo, publicado quatro dias após as eleições legislativas, referia-me ao Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva (EFMA) e aos vários investimentos estruturantes no Alentejo, dizendo: (…) A verdade é que foram aplicados no Baixo Alentejo milhões e milhões de euros de investimento público, num esforço sem paralelo no passado. No EFMA, mas também na construção do IP8 (Sines/Beja) e IP2 (Évora/Ourique), expansão do Porto de Sines, construção do Aeroporto de Beja, modernização do Parque Escolar, reativação das Minas de Aljustrel, ampliação das redes de Centros de Saúde, de Unidades de Cuidados Continuados e de Lares de Idosos, entre outras iniciativas de grande monta, que fazem do Baixo Alentejo o território nacional que mais investimento per capita recebeu do Estado na última meia dúzia de anos (…).

Pois bem, é hora de pedir desculpa a todos os que leram essa crónica aldrabona, em que assumia que todos esses investimentos estariam garantidos e seriam inevitavelmente concretizados. Puro engano! Resta-me fazer mea culpa e contradizer o que dei então como certo. Afinal, a rede secundária de Alqueva, que até final de 2013 levaria a preciosa água às explorações agrícolas, deixou de ter financiamento garantido. Afinal, o Aeroporto de Beja, de projeto estratégico na rede de transportes, passou a motivo de chacota nacional. Afinal, as obras do IP8, que nos colocariam “mais perto” do Porto de Sines, sem ninguém explicar porquê, foram suspensas. O mesmo sucedeu a tantas outras iniciativas e projetos em todo o Alentejo.

Passado menos de um ano da Ovibeja 2011, é hoje intelectualmente repulsivo recordar “o rebanho” de promessas deixadas em nossa própria casa, em contraste com o que efetivamente (não) está a ser feito. Conclui-se, lamentavelmente, que Passos Coelho, Paulo Portas, Carlos Moedas e outros nos pediram confiança (e votos) e agora querem pagar-nos com logros. Não nos chega - não nos pode chegar!

Este é o momento de nos mobilizarmos e de exigirmos respostas: Porque foram suspensas as obras de conclusão do Alqueva se este investimento foi considerado estratégico para o País, até pela própria troika? Porque motivo estão paradas as obras do IP8, se as mesmas até nem significam encargos relevantes para o erário público?

Porque motivo continua o próprio Governo a descredibilizar o Aeroporto de Beja, quando se sabe que Portugal, cancelada a construção do novo aeroporto em Alcochete, precisa urgentemente de alternativas à Portela? Quais são os verdadeiros motivos que levam os governantes de Portugal a desviar para outras paragens milhões de euros destinados ao Alentejo, depois de terem vindo assegurar, na nossa própria casa, que jamais o iriam fazer?

Aceitaremos indolentemente voltar às mesmas modas do passado, adiando, outra vez, um futuro que já deveria ser presente? Afinal, se o Alentejo está ressequido, está cheio de sede, o Alqueva ficou parado porquê?

com saudade que lembro tempos antigos. Recordo autênticas romarias do centro de Beja ao Estádio Dr. Flávio dos Santos.

Gentes e raízes deste Alentejo, concentravam-se nos mais diversos lugares, partilhavam pontos de vista, nem sempre convergentes mas a convergência empurrava-os para o lugar de culto, o verdadeiro campo da bola em Beja. A avenida Vasco da Gama era um corrupio de vontades e emoções sempre à f lor da pele. Era o pronúncio de uma vivência, em que as pessoas acreditavam e tinham prazer em desfrutar aquilo que o fim de semana lhes permitia compensar na sequência de uma semana árdua de trabalho.

Nos meus tempos de menino e moço, estava o plantel sénior do Desportivo de Beja, com recurso maioritariamente à prata da casa, muito bem representado nos Campeonatos Nacionais (tanto na 3.ª Divisão Nacional, como mais tarde na 2.ª Divisão Nacional) e os jogos eram realizados aos domingos, às três ou quatro horas da tarde, conforme a estação do ano. O estádio enchia e na bancada central ou peão o cheiro dos fósforos que se acendiam, o fumo dos cigarros, os rádios de pilhas encostados ao ouvido, eram sinónimo do nervosismo que se sentia enquanto o jogo decorria e o resultado não aparecia.

Na bancada havia uma verdadeira conjugação de esforços no apoio à equipa anfitriã, mas também havia uma adepta especial que era um nome de Beja, fosse no Carnaval, no Natal, na bola e na forma de estar e de sentir, sempre com a sua dignidade e bondade, era uma bandeira da cidade, que dava sem qualquer retribuição uma felicidade especial àqueles que com elam privavam e acompanhavam. Lembro a sua bandeira de Beja, encarnada e preta, e os balões que a Benvinda enchia em função do desenrolar da marcha do marcador.

Não me esqueço também do roupeiro, agora nos tempos modernos designado por Técnico de Equipamentos, o Vítor Matur. Era um homem bom, que vivia e sentia o seu “Desportivo” como ninguém.

O compromisso das gentes de Beja com o Estádio Dr. Flávio Santos, verdadeiro espaço de lazer, era genuíno.

Não interessavam os escalões. Encontro de futebol juvenil, sénior ou até de veteranos era motivo de união, de convívio e de amizade. Nas camadas jovens não esqueço a importância do preenchimento dos tempos livres, o complemento à educação e a formação enquanto homens.

Estive há umas semanas atrás no bar do Estádio, o único espaço que insiste e proclama em sobreviver.

Tudo o resto é desolador.

Propostas para programas de intervenção no Estádio Dr. Flávio Santos e área envolvente (piscinas e parque de campismo), deveriam recuperar em definitivo um espaço outrora grande agregador de vontades e opiniões. O campo da bola deveria regressar a um sítio de onde nunca deveria ter saído.

ivem-se tempos de grandes mudanças nas políticas públicas, também na cultura que em Portugal até perdeu o estatuto de Ministério.

Sucessivos cortes orçamentais têm vindo a tornar ingovernáveis equipamentos e serviços culturais. As novas leis laborais reduzem o tempo de lazer para o cidadão comum e podem vir a comprometer os horários alargados de prestação dos serviços públicos. Todos os dias chegam às organizações catadupas de decretos que, em nome da eficiência da gestão e da transparência, não fazem mais do que parar a máquina, mas não a transformam.

Sem orçamentos compatíveis com o papel social que devem cumprir na sua comunidade, com redução de recursos humanos, documentais, muitas bibliotecas, muitos equipamentos culturais, todos os serviços públicos, ficam reféns do poder, da contabilidade analítica, do rácio por utilizador, calculadamente impedidos de cumprir a sua missão: serem instrumentos de transformação social. A instrumentalização do ser humano Sem orçamentos ao serviço do lucro é assustadoracompatíveis com mente bárbara. A instrumentalio papel social que zação do caráter ao serviço do podevem cumprir na der, absoluta.

Entendo que uma biblioteca sua comunidade, como um teatro, um museu – com redução de enquanto serviços públicos, são recursos humanos, instrumentos de transformação documentais, social poderosos: pela emoção esmuitas tética que a experiência cultubibliotecas, muitos ral proporciona, o sujeito ganha mundo, flexibiliza seu modo de equipamentos pensar, torna-se mais disponível – culturais, todos quer do ponto de vista da receção, os serviços quer do da criação – empreende. públicos, ficam Entendo que um sujeito ou reféns do poder, uma comunidade culturalmente da contabilidade ativa gera à sua volta uma maisanalítica, do rácio valia social, que se repercute na economia dos lugares, no reforço por utilizador, desse caráter empreendedor que, calculadamente assente na sua identidade, o imimpedidos de pulsiona para a mudança. cumprir a sua Se continuarmos pelo camimissão. nho dos poucos recursos, a fazer o culto do efémero, a fazer dos trabalhadores da cultura os novos artesãos do efémero, se não desenvolvermos uma visão integrada da cultura, corremos o risco de hipotecar o desenvolvimento do país, a um tal ponto, que nem o defendido um por cento para a cultura, chegará para deixarmos de ser uma espécie de jardim zoológico dos mundos do dinheiro. Privados da liberdade – económica, politica, de expressão, de criação, de pensamento. Todos reféns. Até os que habitam as jaulas mais ou menos douradas deste zoo.

Sairá muito caro a Portugal ignorar o papel da cultura enquanto instrumento transformador do sujeito e do mundo que o rodeia.

Sairá muito caro a todos nós esquecermos que os lugares de cultura das nossas comunidades só continuarão a ser lugares de cultura se forem habitados.

No sábado houve em Serpa uma reunião preparativa da candidatura do CANTE a património da Humanidade. Numa altura em que era importante todos os agentes estarem envolvidos em torno deste intento, o encontro foi muito pouco participado. O que levanta, novamente, a questão do adiamento por um ano da entrega da proposta alentejana. PB

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A CÂMARA DE BEJA está em plena rutura financeira. Todos os meses, as contas da tesouraria indicam um saldo negativo de 200 mil euros. Esta semana entrou no tribunal mais uma ação judicial contra a autarquia por incumprimento. Os municípios estão à beira da falência. E necessitam urgentemente de um plano de resgate. PB

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Há 50 anos Dias finais da guerra da Argélia

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ra março de 1962 e viviam-se os últimos dias da guerra de libertação do povo argelino, iniciada em 1954 e liderada pela Frente de Libertação Nacional (FLN) de Ben Bella, contra o colonialismo francês. O general De Gaulle, apesar dos terroristas da OAS (Organização do Exército Secreto, de extrema-direita, dirigida por oficiais franceses, que se opunha à independência da Argélia) e dos pieds noirs (os colonos franceses no território norte-africano), era forçado a reconhecer os direitos do povo argelino à autodeterminação.

Portugal enfrentava um problema semelhante ao de França, já que a luta armada independentista alastrava em Angola e anunciava-se na Guiné e em Moçambique. Na edição de 9 de março, o “Diário do Alentejo” comentava, com as devidas cautelas, em artigo de primeira página, intitulado “Argélia sangrenta” e assinado por M.A.S., os dias finais da guerra de libertação naquele país: “(...) Pode compreender-se a violência dos rebeldes argelinos e das tropas francesas no decorrer de uma guerra trágica que dura há mais de sete anos.

Também se pode compreender a indignação de um milhão de franceses com interesses criados e enraizados na Argélia e que se sentem ameaçados com a independência que vai ser dada a este país. Ainda se pode compreender a paixão nacionalista manifestada por uma parte do exército francês, a que se chama agora ‘exército secreto’...

Tud o s e p o d e c ompre e nd e r, até mesmo a impossibi lidade do Presidente De Gaulle resolver o problema da Argélia a contento de todos e sem as injustiças que são uma realidade inevitável.

O que não se compreende é a onda de crimes sangrentos praticados na Argélia nos últimos dias, sangue de inocentes derramado sem que alguma causa nobre aproveite com tal sacrifício, sem que as violências praticadas, com tirania, possam aproveitar á França ou á Argélia. Esse sangue derramado é uma nódoa que mancha os responsáveis e não aproveita á justiça que reclamam franceses e argelinos.

Os argelinos reclamam a independência numa terra que é sua embora o seu progresso seja obra dos franceses. Há muitos direitos esmagados e muitas injustiças a recalcar.

A solução que se aproxima, qualquer que seja, é difícil e nunca será aceite por todos. (...)”.

Carlos Lopes Pereira

Base de cantaria da abside da Conceição

Iconografia pacense O podium de cantaria da abside da igreja conventual da Conceição de Beja

A

o longo dos anos, sempre que observávamos o exterior da magnífica capela-mor da igreja do convento da Conceição ficávamos com a sensação de que algo estava incompleto, de que lhe faltava mais alguma coisa para a enaltecer e dignificar, justificando o belíssimo trabalho de cantaria operado nos esbeltos contrafortes e na platibanda gótico-manuelina que a remata e glorifica.

Em 1990, aquando da abertura de umas valas para passagem de cabos elétricos, na área da sacristia demolida em 1895, demos pelo que nos pareceu ser um pavimento de calçada à portuguesa, bastante irregular, a cerca de 60 centímetros de profundidade do adro atual; e, mais tarde, no site da Dgemn (Direção Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais), encontrámos duas fotos, datadas de 1961 e 1962, de obras de aformoseamento do adro e valorização do edifício, nas quais se podem identificar, além de uma importante e extensa base de blocos de cantaria justapostos e salientes do prumo da abside medieval, através da aplicação concordante de toro e escócia, troços do pavimento empedrado do adro antigo. É de lamentar que há 50 anos atrás os serviços da Dgemn não tivessem restaurado essa mais-valia arquitetónica, optando por deixá-la soterrada. A sua recuperação, por certo pouco problemática, teria contribuído para a leitura visual e correta de uma capela-mor mais robusta e imponente, assente num podium de mármore à medida da dignidade da sua fundação principesca e ducal. Mas não fica por aqui a transformação apontada por este alicerçamento, escondido sob o atual adro da igreja conventual, ela vai mais longe nas consequências ao indicar-nos uma cota menos elevada para o adro antigo na ordem dos 50 ou 60 centímetros. O adro mais baixo implicaria a necessidade de, pelo menos, três ou quatro degraus no acesso ao portal ogival da igreja (pormenor que de algum modo se pode observar na foto), tornando-o mais monumental; do mesmo modo, o patamar superior semioitavado, da escadaria em leque que dá para o largo dos Duques, estaria nivelado com o adro antigo (aliás, a reconstituição desta escadaria, realizada em meados do século passado, não pôde seguir corretamente o traçado e o volume anterior, dado que o muro

Base esbarro do Convento da Conceição, calçada antiga

do terrapleno onde assenta a igreja conventual está atualmente muito mais recuado, cerca de quatro a cinco metros).

Nos documentos fotográficos de 1890 relativos ao convento contam-se nesta escadaria 17 degraus, contra os 16 atuais, e o patamar, quase em rampa, era servido somente por um degrau, contra quatro atuais – se acatarmos que houve também uma subida do nível do pavimento do largo dos Duques, o adro da Conceição, em consequência, terá sofrido mais uma ligeira subida. A elevação do adro ter-se-á refletido também na arquitetura do Paço dos Infantes, conforme podemos ver nas fotos de 1890, da autoria de Francisco Camacho, onde nos primeiros e segundos pisos existem vários vãos entaipados, de grande dimensão, provavelmente de portais e janelas geminadas que teriam sido reaproveitados noutras salas a construir ou já construídas no palácio.

O próprio passadiço mudéjar utilizado na ligação, sobre a rua dos Infantes, entre o paço e o convento, terá ficado mais perto do pavimento da rua, transmitindo um ar atarracado que evidentemente não possuiria nos séculos XV e XVI. Não é fácil datar com precisão estas transformações, mas cremo-las do final do século XVI ou do início do século XVII, poucos anos depois da conclusão, em 1567, do retábulo pintado de Cristóvão de Morais, encomendado para a capela-mor pelo rei D. Sebastião. Julgamos que os grandes painéis de fundo, então recentemente pintados, terão alimentado um violento incêndio que destruiu grande parte da capela-mor, fazendo estalar a abóbada nervurada policromada, ainda visível, mas escondida pela talha barroca seiscentista que a envolve, assim como as edículas tumulares góticas, de entre elas a do fundador do convento, o infante D. Fernando, e uma cripta, cuja abóbada “rebentou” e que, até agora, permanece entulhada, sem qualquer prospeção que hipoteticamente contribua para um melhor conhecimento da história do notável monumento. Para quem não leu os artigos anteriores é indispensável que saiba que se encontraram fragmentos do túmulo do fundador no enchimento das paredes da sacristia, adossada à capela-mor, no lado do Evangelho (o mesmo do túmulo), no final do século XIX, e outros, mais tarde, em 1990, nos alicerces da mesma, altura em que também vimos, como dissemos, o pavimento primitivo do adro. A descrição do túmulo do fundador feita, em 1609, por Vasco Freire, nas suas “Antiguidades de Beja”, já nos refere uma obra mais recente, razão por que situamos o incêndio e as consequentes transformações do adro, com a construção de uma sacristia exterior, o entaipamento de alguns dos vãos do palácio, etc., na transição do século XVI para XVII. São estes, portanto, alguns dos indícios que, devidamente observados, nos ajudam a compreender a evolução urbana da cidade e a conhecer melhor a sua história.

Leonel Borrela

Diário do Alentejo 9 março 2012

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Onde está o cadastro das centenas e centenas de empresas municipais, às vezes organismos fantasmas que só têm conselhos de administração para dar cargos a amigos ou à máquina partidária, outras vezes estruturas de conveniência criadas para maquilhar as contas camarárias? Áurea Sampaio, “Visão”, 1 de março de 2012

Todos nós, desde que nos levantamos até que nos deitamos, estamos a fazer política e a fazer teatro. Os políticos – como os advogados ou os padres – são excelentes atores. Guida Maria, atriz, ao “Diário de Notícias”, 7 de março de 2012

Álvaro Santos Pereira foi colocado por Pedro Passos Coelho no enxame das abelhas lusitanas. E o resultado está à vista. Os zângãos não gostaram que um emigrante canadiano pusesse em causa os privilégios, as mordomias, as prebendas e a péssima qualidade do mel produzido. António Ribeiro Ferreira, “I”, 7 de março de 2012

Cartas ao diretor Cante a património – emendar os erros José Francisco Colaço Guerreiro Jurista, autor do programa “Património” da Rádio Castrense

O nosso cantar, também chamado de cante, moda, terno, ou canto às vozes, é mais do que uma interpretação vocal.

Representa o sentir profundo da nossa identidade, moldada por vivências, emoções, realidades ásperas e olhares bucólicos, acumulados e fundidos no ser e no modo que faz de nós gente diferente.

Por essa razão, o seu tratamento seja em que sentido for, qualquer que seja o propósito, tem de ser cauteloso e assentar no pressuposto de que se está a manusear a alma de um povo inteiro. E para fazer mal feito, melhor será deixar estar assim.

Malgrado toda a valia que esta prática encerra, a dignidade de que se reveste e a importância que ainda tem na nossa memória coletiva presente, a sua fragilidade é evidente. Desaparecida há décadas a sua ambiência natural, o espaço onde germinava e se desenvolvia, o cante passou a viver quase e exclusivamente do alento que os corais generosamente lhe dão, emprestando-lhe as sonoridades, as vaias, as letras e os estilos aprendidos no orfeão da vida e guardados nos seus peitos, já quase todos eles com um arfar custoso.

E neste contexto, depois de se terem gorado pelo menos duas anunciadas candidaturas do cante a património da humanidade, cavalgando a onda da classificação do fado, foi publicamente anunciada no último trimestre de 2011 uma nova tentativa de levar o cante ao mais alto patamar do reconhecimento internacional.

De Serpa, e sobre Serpa, as televisões, as rádios e os jornais falaram abundantemente focalizando as atenções numa associação local, nos grupos de lá e num edil daquele concelho.

Não questionamos o protagonismo dado a quem ousou erguer, de novo, a bandeira da classificação do cante. Aliás, a excelência dos corais de Serpa e a forma intensa como a moda é quotidianamente vivenciada naquele concelho são merecedoras do destaque dado.

Porém, a sensação de grande júbilo criada pela perspetiva de que, finalmente, o cante poderia beneficiar de uma maior atenção, com vista a ser dignificado o seu presente e garantido o seu futuro, depressa se nublou quando nos apercebemos que o processo de construção da candidatura se centrava exclusivamente num gabinete longe do Alentejo e donde era intencionalmente banida a intervenção ativa dos principais protagonistas do cante, os nossos grupos corais, bem assim como os nossos autarcas, cuja participação era, obviamente, essencial à elaboração de um projeto credível, coerente e com substância.

Passados meses, já em finais de dezembro, a MODA – Associação do Cante Alentejano foi convidada a subscrever um protocolo de apoio à candidatura e integrou a sua comissão executiva. Depois disso, vai recebendo alguns telefonemas avulsos, integrou duas ou três comitivas de contactos com entidades, mas nunca lhe foi dado o direito de se pronunciar sobre qualquer questão concreta, até porque, ao que sabemos, ainda não se realizou uma única reunião formal com todos os membros deste órgão.

Por outro lado, as autarquias veem, silenciosa e rapidamente, aproximar-se o dia 30 de março, data agendada pelos promotores para a entrega em Paris da candidatura do cante.

Sabemos que o desconforto é grande na generalidade

dos municípios alentejanos que não se podem conformar com o seu papel de meros subscritores, há meses atrás, de uma intenção de apoio à candidatura que lhes foi pedida pela organização.

Como é óbvio, quase todas as autarquias assinaram, como lhes competia, o dito impresso de boa vontade. Esperavam, contudo, que, numa fase seguinte, fossem ouvidas e integradas como parte ativa e interessada no desenrolar da candidatura.

E no momento presente, se outra tivesse sido a lógica que preside à elaboração deste processo, ao invés do cada vez maior descrédito, o Alentejo estava a vibrar com a possibilidade do seu cante vir a ser património da humanidade.

A esta hora, as autarquias estavam a promover reuniões de análise e de debate sobre a moda com os seus corais, apontavam-se caminhos para resolver as fragilidades, firmavam-se compromissos, faziam-se pontes, estreitavam-se laços, na perspetiva da valorização desta nossa marca identitária e a desejada classificação do cante seria, depois, o culminar de um trabalho de fortalecimento das estruturas atualmente existentes.

Mas assim não acontece e todos nos sentimos defraudados, porque entendemos que de nada serve estar a prometer classificar, para que depois tudo fique na mesma.

Aliás, numa eventual hipótese de sucesso desta candidatura, assim construída à margem dos agentes do cante, como se podem envolver os grupos e comprometer as autarquias com um “plano de salvaguarda” que os ignorou, ao qual não deram o seu saber, a que não somaram a sua experiência, mas que, pelo contrário, foi escrito a sós, algures num gabinete e numa corrida contra o tempo, de empreitada, para cumprir um curtíssimo calendário de apresentação marcado não sabemos por que agenda?

Receamos que por este caminho, traçado pelo voluntarismo e marcado pela indiferença face aos autores do cante, estejamos a perder a oportunidade de darmos a verdadeira valia a este património nosso.

E a nossa apreensão aumentou mais ainda com a demissão do indigitado presidente da comissão científica da candidatura, Rui Vieira Nery, que alegou nomeadamente que: “… todo o processo de preparação dos conteúdos desta candidatura foi até agora conduzido exclusivamente pela comissão executiva, tendo a comissão científica sido confrontada, na sua recente primeira e única reunião até hoje realizada, com um formulário já em fase final de preenchimento”. E ainda: “…face à intenção reiterada dos respetivos proponentes de apresentarem a candidatura até 31 de março deste ano, não vejo que a comissão científica possa sequer ter a oportunidade de introduzir até lá atempadamente no processo em curso as correções de fundo que me pareciam indispensáveis”. E mais disse: “A apresentação exclusivamente pela Câmara de Serpa de uma candidatura de um género cuja prática transcende largamente o âmbito geográfico deste concelho levantará certamente dúvidas justificadas sobre a legitimidade do proponente para o efeito”.

E mais adiante, Rui Nery acrescentou: “A preparação da candidatura do cante não foi acompanhada de um processo amplamente participativo envolvendo as comunidades que praticam o género (o que não pode ser substituído por um almoço isolado de confraternização entre grupos), designadamente na identificação das características do género e do seu património, o que será inevitavelmente questionado pelo Secretariado, pelos peritos do Corpo Subsidiário e pela Comissão Intergovernamental”.

Neste contexto, e sendo certo que uma não aprovação da candidatura do cante pela Unesco inviabiliza a submissão de um novo projeto durante vários anos, entendemos que se impõe suspender a projetada entrega do dossiê em Paris no próximo dia 30 de março.

Subsequentemente, pela organização, deve ser prontamente redefinida uma nova metodologia de trabalho que integre a participação ativa dos autarcas do Alentejo e incorpore todo o saber, experiência e vontade dos nossos grupos corais, nomeadamente naquilo a que ao “plano de salvaguarda” diz respeito.

Assim, e numa via de diálogo, de partilha e de responsabilização de todos os atores que neste território vivenciam, suportam e dão corpo à tradição do cante, estamos certos que será possível construir uma candidatura de sucesso e com real interesse para este valioso bem que é nossa pertença coletiva.

Meditemos José Ramos Caparica – Almada

“Na verdade vos digo que aquele que crê em mim tem a vida eterna e eu o ressuscitarei no último dia”.

Palavras de Jesus.

Há muitas respostas para as perguntas – Por que estou aqui? Ou para onde vou? A verdade é que ninguém pode provar de forma cabal que as suas respostas estão certas.

Aceitamos a resposta do ateu ou do hindu tanto na base da sua fé, como aceitamos a de qualquer pessoa que se diz cristão?

A resposta que diz que nós somos um animal altamente desenvolvido que se encontra aqui por mero acaso e que diz que tudo termina quando morremos é bastante confortável.

Dá ao homem liberdade de agir como muito bem lhe apetece.

Respondem assim os criminosos, os mentirosos, os fornicadores, falsos políticos, etc., todos os que são incrédulos.

Na verdade, não haveria razões para o homem caminhar no mau sentido. Temos moral ou uma consciência. Temos um sentido do certo e do errado. E em tempos de aflição, todos nos voltamos para um poder mais alto.

Se o homem tivesse aplicado o seu dom de livre arbítrio para escolher Deus, a vida nesta terra teria sido muito mais feliz. Mas o primeiro casal desobedeceu, rebelou-se contra o seu Criador, e a sua descendência se tornou má, pecadora e injusta. “Não há um justo, nem um sequer… Não há temor de Deus diante de seus olhos”, escreveu o apóstolo Paulo.

Assim herdámos o que nossos primeiros pais nos deixaram: imperfeição, egoísmo, iniquidade, presunção, soberba, vaidade, crueldade, avareza, etc., etc…

Importante que o mesmo apóstolo, escrevendo a seu discípulo Timóteo, profetisa que sobreviriam tempos trabalhosos e difíceis (em dias futuros) e aqueles erros morais aumentariam com a aproximação dos últimos dias (ou tempos finais).

Em certo sentido, cada um de nós é aquilo que pensa ser.

Se se convence que é um simples animal, irá viver de acordo com isso. Se porém, aceitar pela fé o que Deus diz na Sua Palavra, na Bíblia Sagrada, reconhecerá que foi criado à imagem de Deus e que não tem só um corpo, mas tem também alma e espírito. Reconhecerá igualmente o grande abismo que o pecado cavou entre Deus e o Homem e aceitará Jesus Cristo, o filho de Deus como seu redentor, mestre e salvador, a sua mente e coração.

Sim, porque na Bíblia nos diz (I Tim. 2: 5-6) que só Cristo, o Messias ungido por Deus para o seu povo, é o único mediador e intercetor entre Deus e os seres humanos. Não os santos e santas como diz o catolicismo.

Porque o Senhor Deus recusou-se a ver a Sua criação a terminar em fracasso e providenciou um meio pelo qual o homem pode readquirir a sua posição de verdadeiro ser humano. Esse meio é pela fé. Jesus é o Deus-Homem que pagou o castigo pela nossa rebelião, pelos nossos erros e injustiças.

Por isso, há que arrepender-nos sinceramente e aceitarmos o Rei que voltará.

E o já crente dirá: “Venha a nós o Vosso reino”.

Diário do Alentejo 20122 9 março 20

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Além …, pode ser longe ou perto além pretende ser 1 “intervalo” na leitura deste Jornal. Pode pois, ser visto com calma. É nossa intençãoo mostrar aqui alguns trabalhos, de pessoas ligadas a este Sul. Gostávamos que, uma vezz por mês, esta página fosse vista como quem recebe uma carta desenhada. Para além disto, que seja simples como respirar: além ...pode estar alguém

Barquinhos de Papel Era um pequeno rapaz chamado País, que há muitos muitos anos, num dia de verão, fez uns barquinhos de papel e lançou-os num pequeno lago.

Os barquinhos andaram de ponta a ponta pelas margens do pequeno lago.

Mas como era um dia quente de verão, o lago começou a secar ficando só uma pequena poça de água.

Era fácil pegar nos barquinhos e levá-los para outro lago que havia ali por perto.

No entanto o pequeno País preferiu ficar a olhar para esta poça até os barquinhos deixaram de flutuar.

O pequeno rapaz chamado País continua parado a olhar para a lama a recordar que havia ali um lago onde os barquinhos balouçavam.

Provavelmente se andarmos ao acaso (e pode ser tão agradável) tudo o que deixamos pela nossa passagem são meras pegadas que o vento ou o tempo apaga. e no entanto são elas as marcas que deixamos ao caminhar Porém, se percorrermos o mesmo lugar com muito sentido deixamos um Caminho

deixa sempre a porta da gaiola aberta não se dê o caso, de por momentos os pássaros quererem voltar

além n.º 2: TEXTO Henrique Matos; IMAGENS Carlos Apolo; Irene Blanco; José Pedro Silva; Rui A. Pereira.

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A fortuna Patiño

A

Perfil Durante quase 30 anos conviveu de perto com a mulher de Antenor Patiño, o “rei do estanho” e um dos homens mais ricos do mundo. Maria Ana Mestre acompanhou Beatriz Patiño nos últimos anos de vida e, mesmo no momento da morte, estava a segurar-lhe na mão. Empregada da família, esta alentejana de Castro Verde foi a sua grande companhia entre 1982 e a sua morte em 2009.

ntenor Patiño (1896-1982), nasceu na Bolívia, onde a família possuía minas de estanho e de cobre. Detentor de uma fortuna fabulosa, avaliada em muitos e muitos milhões de euros, o “rei do estanho” era considerado um dos homens mais ricos do mundo. Construiu no Estoril um palácio imponente, no meio de uma grande quinta, e teve residências sumptuosas em Paris, Suíça e Nova Iorque, onde sempre trabalharam muitas portuguesas, fosse nas cozinhas, nas limpezas ou no apoio aos filhos e netos.

Na Quinta do Estoril realizou-se em princípios de setembro de 1968 uma grande festa, que ficou na história. Com mais de mil convidados, Portugal entrava na agenda dos multimilionários de todo o mundo que foram chegando em aviões particulares ou em iates. Foi um deslumbramento para a época, com notícias nos jornais, apesar dos fotógrafos terem sido proibidos de entrar no recinto da Quinta e muitos famosos não terem conseguido convite para estarem presentes.

Depois da morte de Antenor, a viúva vendeu a Quinta do Estoril, reservando para si um talhão onde construiu uma residência “mais modesta, só com 40 divisões”. Com a morte também de Beatriz Patiño, em 2009, quase com 99 anos, esta “nova” casa está hoje à venda por 10 milhões de euros.

No momento da morte, Beatriz agarrava a mão de Maria Ana Mestre, uma alentejana de Castro Verde, que a acompanhou nos últimos 30 anos de vida. CJ

Texto Carlos Júlio Fotos José Serrano

Maria Ana Mestre

Uma alentejana na “corte”da família Patiño

O

s familiares de Maria Ana Mestre nunca imaginariam a vida que esta pequena alentejana, acabada de nascer, iria ter quando a batizaram em 1938 na igreja matriz de Colos. Quanto muito, pensariam que iria dedicar-se aos trabalhos do campo.

E foi por aí que tudo começou. Não em Colos, mas em Castro Verde, “para onde a minha mãe me trouxe quando tinha um ano de idade. Em Castro fiz a escola, tirei a quarta classe, fiz a comunhão, trabalhei no campo, fui à monda, apanhei azeitona, andei nesses trabalhos todos, de tal maneira que Castro Verde é que é a minha terra”, diz

ao “Diário do Alentejo”.

E a conversa talvez tivesse ficado por aqui se, aos 18 anos, não tivesse ido trabalhar para Lisboa, “para casa do doutor Carrusca”: “Foram eles que me levaram daqui e estive oito anos em casa da filha do doutor Carrusca a tratar dos meninos. Já era um ambiente um bocado diferente do daqui de Castro, da minha vida no campo. Mas eu tive sempre a ideia de sair do País e ir para França. Sonhava em ir para o estrangeiro”.

Na casa cheia de fotografias, na avenida António Sérgio, em Castro Verde, Maria Ana, agora com 74 anos, vai desfiando memórias. Tinha, então, 18 anos e muitos sonhos.

“Lá em casa havia um jardineiro, que tratava de vários jardins de gente rica, na zona do Estoril, onde o meu patrão tinha também uma casa de férias. E eu resolvi perguntar-lhe se ele sabia de algum estrangeiro que precisasse de uma empregada. Isto passou-se no mês de agosto e em setembro já eu estava trabalhar na casa Patiño”. Corria o ano de 1967.

E tudo aconteceu depressa. “O jardineiro lá falou com uma senhora que era amiga das filhas da madame Patiño que andavam à procura de alguém para tomar conta dos meninos. Eles tinham uma ama, mas queriam alguém para ajudar a tratar deles. Fui eu e uma colega minha, que trabalhava na mesma casa”.

Primeiro a surpresa. Depois o contacto com uma realidade totalmente diferente daquela que Maria Ana, aos 26 anos, conhecia. “Eu não fazia ideia nenhuma de quem eram os Patiño. Fomos à quinta deles, de táxi, chegámos e eu fiquei extasiada com aquilo tudo, com o palácio e com as roupas da madame Patiño que nos mandou entrar para um salão muito grande. Ela e as filhas começaram a falar, sabiam falar português e começaram logo a simpatizar connosco.

Eu fui contratada para cuidar das meninas de seis e oito anos, que eram netas da madame Patiño”.

E logo ali, também em termos salariais,

Uma queen nas ruas de Castro Verde

P

Herança Maria Ana Mestre e Queen, o legado de madame Beatriz Patiño

tudo se alterou. “Naquela altura ganhávamos talvez 500 ou 800 escudos, não me lembro bem. Eles ofereceram-nos logo 10 contos (10 mil escudos). Foi tudo muito rápido, trataram-nos rapidamente dos passaportes e em setembro estávamos já em França.

Aquilo era uma maravilha de casa, num dos bairros mais ricos de Paris, e era onde passávamos mais tempo, apesar de irmos muitas vezes para a Suíça ou aqui para Portugal”, diz Maria Ana Mestre.

Foram anos a viver em Paris até que casou com um português também emigrado.

Nessa altura deixou a família Patiño e começou a trabalhar como empregada externa para outras famílias, também importantes, na capital francesa. A vida deu voltas e voltas e oito anos depois, já separada, voltou a trabalhar, agora diretamente, para madame Patiño, com quem estreitou laços, sobretudo depois da morte de Antenor Patiño, em 1982.

“Acompanhava-a em tudo, ia com ela aos cabeleireiros, aos médicos, ia com ela para Nova Iorque, para a Suíça. Vínhamos a Portugal e passávamos dois ou três meses em cada um dos sítios, conforme calhava.

A madame gostava muito de sair, não podia estar muito tempo em França porque não tinha lá a residência oficial. Só lá podia estar seis meses”, diz Maria Ana.

Pergunto-lhe se a fortuna dos Patiño era tão grande como se dizia. “Era mesmo assim: uma grande fortuna. A casa de Paris era uma moradia toda ajardinada, com muitos empregados. Só maîtres de hotel eram três. Dois eram efetivos e o outro era o mordomo. E havia muitos outros empregados e empregadas. Esta moradia foi depois vendida ao Xá da Pérsia e transformada em embaixada”.

Maria Ana ainda hoje tem um acento francês. “Os Patiño falavam muitas línguas, alemão, italiano, português, inglês, mas a língua que usavam habitualmente era o francês. A mim foram as miúdas que me ensinaram, eram as minhas professoras”.

Peço-lhe para recuarmos um pouco no tempo. Até à festa de setembro de 1968, que juntou no Estoril um milhar de convidados de entre a “nata” dos multimilionários de todo o mundo, naquela que muitos consideram como a primeira e grande festa realizada em Portugal. Ana Maria estava nessa altura na quinta. “Eram muitos convidados, foi uma grande festa, e lembro-me que não quiseram deixar entrar fotógrafos, nem ninguém que não fosse convidado. Era um luxo muito grande”, diz.

Sobre Beatriz Patiño, de quem se tornou muito próxima, Maria Ana guarda boas recordações. “A madame era muito simpática.

Nunca me tratou por tu. Morreu quase aos 99 anos, mas nos últimos três anos em que já estava doente dizia-me muitas vezes, agarrada a mim, ‘ai se não fosse você o que seria de mim… você para mim é uma filha….’. E, de facto, estava mais com ela do que as filhas, era eu que a acompanhava sempre, tanto que ela morreu na minha mão, as duas de mãos dadas”.

Hoje os álbuns de fotografia acompanham-na nas memórias. Há as fotografias em Nova Iorque, na neve na Suíça, nas férias nas Bahamas. “As pessoas aqui, às vezes, têm dificuldade em imaginar todo aquele luxo, todas aquelas pessoas, toda aquela vida”, conclui Maria Ana, dizendo que se adaptou bem neste regresso ao Alentejo.

“Eu já vinha aqui todos os anos de férias.

A minha mãe depois morreu e arranjei esta casa aqui da Cooperativa. Agora é bom estar descansada. Mas durante os anos em que estive com a família Patiño criei uma grande ligação com a madame. Quando o marido era vivo e ela era mais nova a proximidade comigo não era tão grande. Mas, depois, para onde ela ia eu ia também”, diz entre memórias e recordações, mostrando dezenas e dezenas de fotografias, muitas revistas, numa evocação de um passado que está ainda bem presente.

Sobre Beatriz Patiño, de quem se tornou muito próxima, Maria Ana guarda boas recordações.

“A madame era muito simpática. Nunca me tratou por tu. Morreu quase aos 99 anos, mas nos últimos três anos em que já estava doente dizia-me muitas vezes, agarrada a mim, ‘ai se não fosse você o que seria de mim…”.

Queen Uma verdadeira rainha a viver em Castro Verde

ara além de outras recordações, Maria Ana Mestre herdou de Beatriz Patiño uma cadelinha, de raça inglesa, a Queen, que hoje vive consigo em Castro Verde.

“Foi a madame que lhe pôs o nome. É uma cadela muito fina, fez 10 anos agora. Ela adorava a madame e a madame adorava-a a ela. Como a cama em que ela dormia era muito alta, a madame mandou fazer um pequeno banco para eles (a Queen e um cão da mesma raça, que morreu antes da madame) poderem saltar para a cama e eu andava sempre a pôr toalhas para os “meninos” não sujarem os lençóis”, conta Maria Ana Mestre.

Mas a Queen traz outra história consigo. “Dois anos antes de morrer, a madame, que já sentia a morte a chegar, chegou-se ao pé de mim e disse: ‘ó Ana, quero-lhe pedir um grande favor e você tem que mo fazer. Quando eu já não estiver cá, você leva a cadelinha ao veterinário, para que ele lhe dê uma injeção e meta-ma no caixão’.

Respondi-lhe: ‘madame, je ne peux pas faire ça!....’.

O argumento dela era que não queria deixar a cadelinha abandonada e que se as filhas ficassem com ela depressa a iriam dar a ‘n’importe qui’…

Então jurei-lhe que trataria da cadelinha. Ela ficou muito contente e só me disse ‘embrasse me moi’ e deu-me uma porção de beijos e abraços. E foi o acordo que fizemos e ela, com medo de me tirarem a cadelinha, deixou escrito no testamento que ela me deveria ser entregue”.

A Queen vive hoje, de facto, como uma pequena rainha. Tem uma pequena cama, mesmo ao lado da de Maria Ana. O cesto que lhe serve de dormida está forrado com pequenos casacos de lã de caxemira, bem quentes para os dias de inverno mais frios.

“Estes casaquinhos eram da madame e eram caríssimos, a preços de hoje, cada um deve rondar os 160 euros. A Queen é muito friorenta. Trouxe-os e dorme neles. Quando sai à rua tem também um casaquinho castanho e uma gabardina para quando chove”, sublinha Maria Ana. CJ

Diário do Alentejo 9 março 2012

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Campeonato Nacional da 2.ª Divisão de Juniores

Diário do Alentejo 9 março 2012

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Desporto

O Despertar e o União de Montemor jogam amanhã à tarde, na cidade de Beja, a ronda inaugural da Fase de Manutenção do Campeonato Nacional da 2.ª Divisão de Juniores. O Atlético, Oeiras, Lusitano de Évora, Desportivo Portugal, Imortal e Farense são as restantes equipas que disputam esta fase de manutenção na segunda divisão nacional.

22.º Jogos Concelhios de Aljustrel Estão a decorrer desde o passado dia 4, e prolongam-se até 18 de abril, os 22.º Jogos Concelhios de Aljustrel, certame em que a organização prevê uma abrangência de 500 participantes e a quem são propostas 14 modalidades desportivas.

Moura regressa ao seu palco

Esperança ainda se mantém...

Já a seis pontos da linha de despromoção, o Moura ainda luta por um lugar na classificação mais condicente com a sua ambição e prestígio. No domingo recebe a equipa do Pinhalnovense.

Texto Firmino Paixão

O

Moura recebe no próximo domingo, 11, a equipa do Pinhalnovense em jogo relativo à 23.ª jornada do Nacional da 2.ª Divisão.

A equipa do Pinhal Novo, face à sua posição na tabela (4.º lugar), será mais um adversário complicado para os mourenses. Mas enquanto for matematicamente possível o

Moura lutará pela manutenção.

Faltam oito jogos, estão 24 pontos em disputa e tudo é possível. Assim a equipa consiga inverter a tendência do passado recente em que os resultados lhe têm sido adversos (não ganha desde 29 de janeiro) nas últimas cinco jornadas. A equipa terá ainda quatro jogos em casa, outros tantos

fora do seu terreno e com equipas do seu campeonato, mas seria preciso vencê-los para que o objetivo, que agora parece tão distante, ficasse à mercê do inabalável querer e vontade das gentes de Moura. A derrota tangencial (1-0) sofrida há oito dias no campo do Torreense pode ser sinónimo de melhoria. Vamos ver...

Com os ouvidos noutros campos

Raça para vencer o Sesimbra Será inglório se o Mineiro Aljustrelense não assegurar a manutenção na primeira fase do campeonato, que se conclui no domingo com a equipa a receber o Sesimbra.

conseguir essa meta mesmo na segunda fase da prova.

Vem aí o Sesimbra, terceiro classificado, para mais um jogo difícil em que só o triunfo interessa aos mineiros.

Mas como a equipa não depende de si, em caso de vitória é preciso saber se o Messinense, que recebe o Quarteirense, ou o Fabril do Barreiro, que joga em Montemor, não ganharam os respetivos jogos.

Nesta ronda final da primeira fase, o Despertar desloca-se ao terreno do Lagoa, outra das equipas que vai concluir esta etapa preliminar na zona de despromoção.

Recorde-se que as duas equipas alentejanas encontraram-se no último domingo em Beja, com o resultado final de uma bola a zero, favorável ao Aljustrelense.

Texto e foto Firmino Paixão

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epois da notável recuperação operada pelo Mineiro Aljustrelense, a que não é alheia a competência do técnico Eduardo Rodrigues e a raça e determinação com que os jogadores entram em campo, será de todo injusto que não se qualifique já para a manutenção.

E o que falta? Ganhar ao Sesimbra e esperar que o Fabril ou o Messinense não ganhem aos seus adversários.

Mas se o apuramento não for já conseguido, também não há nada a perder, porque a equipa já mostrou valor para

Nacional da 3.ª Divisão O Aljustrelense lutou muito para levar os três pontos da cidade de Beja

Nacional 2.ª Divisão 22.ª jornada

Nacional 3.ª Divisão 21.ª jornada

Distrital 1.ª Divisão 20.ª jornada

Monsanto-1.º Dezembro ...................................................1-1 Pinhalnovense-Juventude Évora ................................... 1-0 Fátima-Mafra ........................................................................1-1 Louletano-Caldas............................................................... 0-0 At. Reguengos-Est. Vendas Novas ................................. 2-0 Carregado-Oriental ........................................................... 2-6 Sertanense-Tourizense ..................................................... 0-0 Torreense-Moura ............................................................... 1-0

U.Montemor-Farense .........................................................1-2 Sesimbra-Fabril ...................................................................2-1 Quarteirense-Redondense ...............................................1-1 Pescadores-Messinense ....................................................1-3 Despertar-Aljustrelense ....................................................0-1 Esp.Lagos-Lagoa ................................................................ 0-2

Desp.Beja-Odemirense .....................................................4-2 Milfontes-Vasco da Gama .................................................2-1 Aldenovense-Rosairense ................................................. 2-0 Ferreirense-Sp.Cuba .......................................................... 1-0 Almodôvar-Guadiana ........................................................1-1 FCSerpa-Panoias .................................................................1-1 S.Marcos-Castrense ........................................................... 0-4

Torreense Oriental Fátima Pinhalnovense Carregado Mafra Sertanense Louletano Est. Vendas Novas 1.º Dezembro Juventude Évora At. Reguengos Monsanto Tourizense Moura Caldas

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22 22 22 22 22 22 22 22 22 22 22 22 22 22 22 22

13 13 12 13 11 9 8 8 9 6 7 5 4 4 5 2

7 3 6 2 6 10 7 7 4 6 3 7 9 8 3 6

2 6 4 7 5 3 7 7 9 10 12 10 9 10 14 14

38-17 43-16 33-21 33-23 42-29 26-15 26-24 20-21 29-24 21-22 21-30 23-36 18-29 17-30 17-44 11-37

46 42 42 41 39 37 31 31 31 24 24 22 21 20 18 12

Próxima jornada (11/3/2012): Moura-Pinhalnovense, Juventude Évora-Fátima, Mafra-Louletano, Caldas-At. Reguengos, Estrela Vendas Novas-Monsanto, 1.º Dezembro-Carregado, Oriental-Sertanense, Tourizense-Torreense.

Farense Esp.Lagos Quarteirense Sesimbra Fabril Messinense Aljustrelense U.Montemor Lagoa Pescadores Redondense Despertar

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21 21 21 21 21 21 21 21 21 21 21 21

16 11 11 9 10 9 9 8 7 6 5 0

5 3 2 6 2 5 4 6 6 5 3 3

0 7 8 6 9 7 8 7 8 10 13 18

47-16 34-23 25-23 29-24 33-29 26-23 32-31 22-20 15-17 24-30 18-29 5-45

53 36 35 33 32 32 31 30 27 23 18 3

Próxima jornada (11/3/2012): Fabril-U.Montemor, FarensePescadores, Lagoa-Despertar, Redondense-Esp.Lagos, Messinense-Quarteirense, Aljustrelense-Sesimbra.

Castrense Milfontes Ferreirense Aldenovense Vasco da Gama FCSerpa Odemirense Rosairense Panoias Almodôvar Desp.Beja S.Marcos Guadiana Sp.Cuba

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20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20

16 15 10 11 10 8 9 8 8 7 6 4 4 2

4 2 5 0 1 6 2 4 4 5 4 4 2 1

0 3 5 9 9 6 9 8 8 8 10 12 14 17

47-7 39-16 34-30 32-19 46-29 27-25 30-29 31-29 24-31 36-32 24-28 18-53 21-51 16-46

52 47 35 33 31 30 29 28 28 26 22 16 14 7

Próxima jornada (18/3/2012): Odemirense-Ferreirense, Rosairense-Desp.Beja, Castrense-Aldenovense, Vasco da Gama -Almodôvar, Guadiana-FCSerpa, Panoias-S.Marcos, Sp.Cuba -Milfontes.

Quartos-de-final da Taça Distrito de Beja Taça cheia de emoções A terceira eliminatória (quartos-de-final da Taça Distrito de Beja) joga-se no próximo domingo, com o atrativo de entre os oito eleitos para disputarem esta fase adiantada da prova ainda se encontrar uma equipa da segunda divisão, o Cabeça Gorda. Quatro jogos, cada um com o seu motivo de interesse. Um derby na foz do Mira entre o Milfontes e o Odemirense; outro derby na Margem Esquerda entre o Aldenovense e o Serpa; o Almodôvar a jogar no Campo José Agostinho de Matos, local onde o Cabeça Gorda fez tombar o líder do campeonato; e o jogo de Vidigueira, em que o Vasco da Gama recebe o Rosairense, atual detentor do troféu. Uma jornada em cheio.

As seleções de Lisboa, Braga, Porto e Setúbal qualificaram-se para a fase final do Torneio Interassociações Sub-20, em que participou uma representação da AFBeja.

A equipa sul alentejana venceu o grupo em que competiu (ganhou 4-3 a Santarém e perdeu por 3-4 com Castelo Branco), mas foi derrotada pela AFSetúbal (2-1) no jogo de qualificação para a segunda etapa do torneio que se realiza nos próximos dias 17 e 18.

BTT em Odemira O Clube BTT de Odemira organiza no próximo dia 25 o 7.º Passeio BTT “A Caminho da primavera”, evento que terá dois percursos: 25 e 50 quilómetros, desenhados pelas margens do Rio Mira. Simultaneamente disputa-se o 1.º Troféu Primavera-Odemira BTT. As inscrições decorrem até ao dia 19 e serão limitadas a 450 participantes.

Futebol juvenil Taça Distrito de Beja Juniores (2.ª eliminatória): Moura-Castrense, 2-0; Piense-Aljustrelense, 2-0; Desportivo de Beja-São Domingos, 4-1; Vasco da Gama-Almodôvar, 3-2. Equipas apuradas: Moura, Piense, Desportivo de Beja e Vasco da Gama.

Campeonato Distrital de Juvenis (8.ª jornada): Desportivo de Beja-Aljustrelense, 9-0; Castrense-Aldenovense, 5-1; Sporting de Cuba-Despertar, 1-6; Boavista-Moura, 0-8. Classificação: 1.º Despertar, 24 pontos. 2.º Moura, 18. 3.º Desportivo de Beja, 18. 4.º Aldenovense, 13. 5.º Castrense, 12.

6.º Aljustrelense, seis. 7.º Boavista, três. 8.º Sporting de Cuba, um. Próxima jornada (11/3): Aldenovense-Desportivo de Beja; Aljustrelense- -Boavista; Despertar-Castrense; Moura--Sporting de Cuba.

Campeonato Distrital de Iniciados (18.ª jornada): Desportivo de Beja-Despertar, 5-1; Odemirense-Almodôvar, 1-1; Amarelejense-Milfontes, 1-2; Serpa-Negrilhos, 5-1; Ourique-Guadiana, 0-2; Bairro da Conceição-Moura, 0-3. Folgou o Ferreirense. Classificação: 1.º Desportivo de Beja, 49 pontos. 2.º Odemirense, 46. 3.º Moura, 37. 4.º Serpa, 37. 5.º Despertar, 27. 6.º Amarelejense, 27. 7.º Guadiana, 20. 8.º Almodôvar, 19. 9.º Milfontes, 17. 10.º Ferreirense, 13. 11.º Bairro da Conceição, 12. 12.º Ourique, seis. 13.º Negrilhos, 5. Próxima jornada (11/3): Despertar-Odemirense; Almodôvar-Amarelejense; Milfontes-Serpa; Negrilhos-Ourique; Guadiana-Bairro da Conceição; Moura-Ferreirense. Folga o Desportivo de Beja.

Taça Distrito de Beja Seniores Femininos (4.ª jornada): Serpa-Benfica Almodôvar, 15-0; Odemirense-Aljustrelense, 2-3; Benfica Castro Verde-Ourique, 5-0. Classificação: 1.º Benfica de Castro Verde, 12 pontos. 2.º Aljustrelense, 12. 3.º Serpa, seis. 4.º Odemirense, três.

5.º Ourique, um. 6.º Benfica Almodôvar, um. Próxima jornada (17/3): Ourique -Serpa; Benfica de Almodôvar-Odemirense; Aljustrelense-Benfica de Castro Verde.

Distrital da 1.ª Divisão O Desportivo de Beja venceu tranquilamente o Odemirense

Já afastado da Taça Distrito de Beja

Líder goleou em São Marcos Quando faltam seis jogos para o termo do campeonato, e em vésperas de nova interrupção na prova para dar entrada a mais uma eliminatória da Taça Distrito de Beja, o cenário mantém-se inalterado.

Texto e foto Firmino Paixão

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Castrense goleou o vizinho São Marcos e mantém a liderança, o Milfontes ganhou tangencialmente ao Vasco da Gama e preservou o se-

gundo lugar. O resto resume-se à definição das duas equipas que serão despromovidas ao segundo escalão para o que se perfilam como principais candidatos o Sporting de Cuba, que dificilmente abandonará o último lugar, e depois Guadiana e São Marcos lutam entre si para escaparem da probabilidade de ocuparem a outra vaga.

O Guadiana foi uma das equipas em evidência no fim de semana, com o empate conseguido em Almodôvar, a par do Panoias, que também pontuou em Serpa, sendo ainda de registar a magnífica vitória

do Desportivo de Beja sobre o Odemirense.

Milfontes, Aldenovense e Ferreirense cumpriram com o favoritismo que lhes era atribuído, mantendo-se acesa a luta pelo terceiro lugar, onde o Ferreirense leva vantagem, sob pressão do Aldenovense.

Esta semana jogam-se os quartos-de-final da Taça Distrito de Beja, prova de onde o Castrense já está afastado, mantendo-se apenas em prova metade das equipas desta divisão.

O campeonato regressa no próximo dia 18.

É um dos heróis da Taça

Ferrobico segura o comando Um triunfo folgado em Ourique permitiu ao Cabeça Gorda manter a liderança do campeonato. O Piense goleou em casa e ainda é segundo, mas está em risco de perder esse estatuto.

Texto Firmino Paixão

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arcaram-se 25 golos na jornada 17 do distrital da segunda divisão. Goleadas em Ervidel (onde o Vale de Vargo foi surpreendentemente castigado), em Amareleja, em Pias e no Bairro

da Conceição. Nesta ronda sobressaiu, por isso, o magro triunfo do Renascente sobre o vizinho Saboia, que ficou agora mais longe dos lugares de eleição.

A Taça vai interromper esta prova por uma semana e depois vem aí uma jornada de acrescido interesse e de prováveis mexidas nos lugares de topo da tabela classificativa, onde o Piense tem em risco o segundo lugar que ainda ocupa.

Resultados da 17.ª jornada: Alvorada-Vale de Vargo, 7-0; Amarelejense-Sanluizense, 5-0; Bairro da Conceição-Barrancos, 4-1; Ourique-

-Cabeça Gorda, 0-3; Renascente-Saboia, 0-1; Piense-Negrilhos, 4-0. Folgou o Messejanense.

Classificação: 1.º Cabeça Gorda, 36 pontos. 2.º Piense, 34. 3.º Amarelejense, 33. 4.º Bairro da Conceição, 33. 5.º Saboia, 31. 6.º Renascente, 26.

7.º Ourique, 21. 8.º Alvorada, 20. 9.º Messejanense, 17. 10.º Vale de Vargo, 14. 11.º Sanluizense, 13. 12.º Barrancos, nove. 13.º Negrilhos, quatro.

Próxima jornada (17/3): Vale de Vargo-Messejanense; Sanluizense-Alvorada; Barrancos-Amarelejense; Cabeça Gorda-Bairro da Conceição; Saboia-Ourique; Negrilhos-Renascente. Folga o Piense.

Campeonato Distrital de Infantis – Série A (21.ª jornada): Sporting de Cuba-Sporting de Beja, 3-5; Operário-Vasco da Gama, 1-18; Alvito-Ferreirense, 4-2. Classificação: 1.º Despertar, 45 pontos. 2.º Vasco da Gama, 40.

3.º Alvito, 28. 4.º Sporting Cuba, 23. 5.º Sporting de Beja, 22. 6.º Ferreirense, 16. 7.º Bairro da Conceição, 13. 8.º Beringelense, 13. 9.º Operário, três. Próxima jornada (10/3): Sporting de Beja-Beringelense; Despertar-Sporting de Cuba; Ferreirense-Bairro da Conceição. Série B (17.ª jornada): Moura-São Domingos, 21-2; Piense-Guadiana, 0-5; Santo Aleixo-Serpa, 11-0; Barrancos-Aldenovense, 10-2. Classificação: 1.º Moura, 41. 2.º Guadiana, 34. 3.º Santo Aleixo, 31. 4.º Barrancos, 28. 5.º Despertar, 20.

6.º Aldenovense, 16. 7.º Piense, 14. 8.º Serpa, 10. 9.º São Domingos, três. Próxima jornada (10/3): Guadiana-Moura; Serpa-Piense; Aldenovense-Santo Aleixo; Despertar-Barrancos. Série C (17.ª jornada): Ourique-Almodôvar, 1-6; Odemirense-Aljustrelense, 9-3; Castrense-Milfontes, 7-2; Renascente-Rio de Moinhos, 0-8. Classificação: 1.º Rio de Moinhos, 39. 2.º Castrense, 36. 3.º Almodôvar, 34. 4.º Odemirense, 34. 5.º Milfontes, 27. 6.º Aljustrelense, 15. 7.º Ourique, seis. 8.º Boavista, cinco. 9.º Renascente, 4. Próxima jornada (10/3): Aljustrelense-Ourique; Milfontes-Odemirense; Rio de Moinhos-Castrense; Boavista-Renascente.

Campeonato Distrital de Benjamins (17.ª jornada): Série A: Ferreirense-Sporting de Cuba, 6-3; Beringelense-Vasco da Gama, 5-0; Benfica de Beja-Figueirense, 9-0; Alvito-Sporting de Beja, 3-6. Classificação: 1.º Ferreirense, 42 pontos. 2.º Sporting de Cuba, 37. 3.º Sporting Beja, 34. 4.º Alvito, 30.

5.º Despertar, 20. 6.º Vasco da Gama, 16. 7.º Desportivo de Beja, 16. 8.º Beringelense, seis.

9.º Figueirense, zero. Próxima jornada (10/3): Vasco da Gama-Ferreirense; Figueirense-Beringelense; Sporting Beja-Benfica Beja; Despertar-Alvito. Série B: Despertar-Bairro da Conceição, 8-1; Aldenovense-Serpa, 5-2; Amarelejense-Desportivo de Beja, 8-2; Moura-Piense, 4-4. Classificação: 1.º Despertar, 45.

2.º Bairro da Conceição, 37. 3.º Aldenovense, 36. 4.º Serpa, 26. 5.º Moura, 21. 6.º Guadiana, 14. 7.º Amarelejense, nove. 8.º Piense, sete.

9.º Desportivo Beja, quatro. Próxima jornada (10/3): Serpa-Despertar; Desportivo de Beja-Aldenovense; Piense-Amarelejense; Guadiana-Moura. Série C: Milfontes-Odemirense, 0-4; Panoias-Almodôvar, 1-18; Renascente-Castrense, 4-2; Aljustrelense-Rosairense, 15-1. Classificação: 1.º Renascente, 40 pontos. 2.º Castrense, 36. 3.º Aljustrelense, 34. 4.º Almodôvar, 24. 5.º Odemirense, 24.

6.º Milfontes, 18. 7.º Ourique, 15. 8.º Panoias, seis. 9.º Rosairense, zero. Próxima jornada (10/3): Almodôvar-Milfontes; Castrense-Panoias; Rosairense-Renascente; Ourique -Aljustrelense.

19 Diário do Alentejo 9 março 2012

Torneio Inter-associações sub-20 de Futsal

Diário do Alentejo 9 março 2012

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BTT: “Pelos Trilhos Mineiros” em Aljustrel

A Junta de Freguesia de Aljustrel organiza no dia 1 de abril o 1.º Passeio BTT “Pelos Trilhos Mineiros”, evento que além da saudável prática desportiva pretende mostrar o riquíssimo património da secular atividade mineira desenvolvida no concelho. As receitas deste passeio destinam-se aos Bombeiros Voluntários de Aljustrel.

Caminhada da mulher em Beja A Divisão de Desporto da Câmara Municipal de Beja realiza no domingo, 11, pelas 9 horas, uma iniciativa de pedestrianismo denominada “Caminhada da Mulher”. O evento insere-se no projeto Caminhar com + Saúde, terá a extensão de 10 quilómetros e concentração junto ao Parque de Merendas da cidade de Beja.

O desporto como veículo de sucesso

Andebol Zona Azul em Lagos A Zona Azul joga amanhã no Pavilhão da Escola Gil Eanes, em Lagos, frente ao Costa d’Oiro, uma partida importante para a sua manutenção na liderança do Campeonato Nacional da 3.ª Divisão de Seniores Masculinos e consequente qualificação para a segunda fase. A duas jornadas do termo desta primeira fase da prova, os bejenses lideram com dois pontos de vantagem sobre a formação do Boa Hora e quatro sobre o Torrense, equipa que recebem na última ronda. O Andebol Clube de Sines desloca-se ao recinto do Almada.

Um bejense a treinar em Genebra Tido como um dos grandes embaixadores além-fronteiras, o futebol português tem nos seus jogadores e treinadores espalhados pelos quatro cantos do mundo agentes potenciadores dessa brilhante representação nacional.

Texto e foto Firmino Paixão

Serpa recebe Portalegre O Pavilhão Carlos Pinhão, em Serpa, recebe amanhã mais uma jornada do Campeonato Nacional da 1.ª Divisão de Iniciados Masculinos, ronda em que o Centro de Cultura Popular de Serpa receberá o Ginásio Andebol de Portalegre, equipa que está no 6.º lugar com mais 12 pontos que os serpenses, que ocupam o último lugar. O CCPSerpa perdeu na última ronda no pavilhão do Passos Manuel (34/26).Outros resultados – Torneio Complementar do Alentejo de Iniciados Masculinos (2.ª jornada): Vasco da Gama-Ponte Sor, 29-28; Zona Azul-Redondo, 48-13. Campeonato Nacional de Infantis Masculinos (3.ª jornada): GA Portalegre-Zona Azul, 17-30; Ponte Sôr-Évora, 23-10. Campeonato Nacional de Juvenis Masculinos 2.ª Divisão (1.ª jornada): Redondo-Évora, 29-17; Zona Azul-Vasco da Gama, 25-22.

Futsal Os Independentes jogam em Sines O Campeonato Nacional da 3.ª Divisão de Futsal prossegue amanhã, sábado, com a realização da 17.ª jornada, ronda que leva o Grupo Desportivo de Baronia ao Pavilhão do Quinta do Conde, depois de ter sido derrotado em casa pelo Rangel (2/3), segundo classificado da prova. Os Independentes de Sines, ainda com o sabor do triunfo folgado conseguido em Viana do Alentejo (3/12), jogam em Sines com a formação do Atalaia, adversário acessível para que possam manter o terceiro lugar do campeonato. O líder é o Portela e o Baronia ocupa o 12.º lugar, em zona de despromoção.

Francisco Guerreiro Um emigrante, desportivamente, bem sucedido

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osé Romão e Nelo Vingada são dois exemplos (existirão outros) de técnicos sul alentejanos que prosperaram levando o seu conhecimento a outras partes do mundo, muitas vezes por não lhes terem sido concedias oportunidades de vingar no seu torrão natal, pela via do deficiente enquadramento existente no futebol nacional, onde, invariavelmente, se subverte o espírito da máxima de que “o que nacional é bom”.

A história que hoje lhe contamos é a de um bejense sobre quem os holofotes não incidem tão intensamente como sobre Romão e Vingada, mas que tem feito obra no país que o acolheu quando deixou o Alentejo para dar um novo rumo à sua vida.

Francisco Manuel Porfírio Guerreiro nasceu em Beja, em finais de setembro de 1956, há cerca de 55 anos, onde passou a sua infância e deu os primeiros passos no futebol. “Fui apanhado aos 14 anos na Escola Comercial, pelo

professor Manuel Fonseca, e de imediato joguei nos iniciados e nos juvenis do Despertar e depois passei para os juniores do Desportivo de Beja. Fui campeão pelos dois clubes, estive nos nacionais dessa altura e fui duas vezes pré-selecionado para as seleções do distrito de Beja”, conta. Depois veio a emigração: “Emigrei com 28 anos, depois de ainda ter jogado em três clubes na 3.ª Divisão: Cabeça Gorda, Desportivo de Beja e Serpa.

Entretanto surgiu uma oportunidade proporcionada por familiares, fui experimentar a emigração e acabei por ficar”.

O futebol, sublinha, foi uma segunda oportunidade: “Ainda joguei numa equipa de veteranos suíça, tinha 29 anos, e fazia a diferença relativamente aos outros jogadores.

Depois fui para Genebra e convidaram-me para uma associação de portugueses onde fui duas vezes campeão, numa prova semelhante ao Inatel português. Representámos a Suíça no Campeonato da Europa

desse escalão, ficámos em terceiro lugar, em França, e apurámo-nos para o campeonato do mundo que acabou por não se realizar por falta de verbas”.

Manteve-se alguns anos nessa associação mas a evolução na vida profissional abriu-lhe novas oportunidades: “Consegui um lugar de auxiliar de farmácia no Hospital de Genebra, formei-me como treinador e recebi convites para alguns clubes locais onde desenvolvi vários projetos de formação, nomeadamente em Carrouge, onde ganhei alguma visibilidade e tive contactos para trabalhar com seniores”. Um convite irrecusável: “Aceitei trabalhar como adjunto de Bravo, antigo jogador do Benfica, numa equipa de uma associação de portugueses que estava na 3.ª Divisão, mas durou pouco tempo, porque o que eu realmente gostava de fazer era trabalhar na área da formação”.

O bejense relata que tirou o curso de treinador e que está habilitado com o diploma B, da Suíça, “que dá para treinar em Portugal e em toda a Europa”: “Pedi à FPF a equivalência do meu curso para tentar chegar mais além, ainda não foi aceite, não sei porquê”. Valências que lhe permitiram ser diretor técnico de um projeto de formação no distrito de Genebra: “Formei dois grupos de juniores que foram campeões e que me deram bastantes alegrias, acabei por sair por falta de tempo, mas ainda trabalhei várias vezes em provas nacionais”.

Então surgiu o atual clube, o F.C.City: “Estou no City há cerca de um ano e meio, com uma equipa de juvenis que na época passada ficou a três pontos de subir ao nacional e, este ano, estamos de novo a apostar.

Estamos nas meias-finais da Taça, as competições são diferentes daqui. Esta equipa foi campeã do distrito de Genebra, ficou em segundo lugar do nacional e estamos a lutar pelo título”, sublinha o técnico.

Longe da terra, perto do coração, Francisco Guerreiro vive as emoções do futebol alentejano: “Sempre, sou um doido pelo nosso futebol distrital, sempre que posso deito um olhar pelo ‘Diário do Alentejo’, de que sou assinante”.

Derby José Saúde

Assisti no pretérito domingo ao derby regional de Beja entre o Despertar e o Aljustrelense, um jogo a contar para a 21.ª jornada do Nacional da 3.ª Divisão. Longe dos palcos constatados do passado onde a multidão impunha as regras de um clubismo global que se traduzia, por vezes, em exacerbadas discussões, eis-me agora perante outras auréolas que o tempo fez o favor de ultrapassar. Na verdade os jogos que ditavam encontros entre as gentes mineiras e bejenses eram normalmente precedidas de conversas que originavam um outro fulgor no interior das quatro linhas. Recordo, por exemplo, na época 1969/70 um jogo no velhinho campo das Minas que opôs o Mineiro e o Desportivo de Beja, sendo o resultado final 1-0 a favor da equipa de Beja e onde eu próprio fiz parte do 11 treinado então pelo espanhol Suarez, e lembro-me que as barreiras do velhinho campo abarrotavam de gente que incentivava a rapaziada no retângulo de jogo. Recordo, com saudade, que o Suarez me incumbiu em “tapar” o Garcia, já falecido, que se afirmava, na altura, como o verdadeiro estratega do meio campo mineiro. O Garcia era um jogador experiente e conhecedor profundo dos terrenos que pisava. Diz-nos a realidade constatada que longe vão esses tempos.

As atuais infraestruturas com as quais os clubes se deparam sofreram profundas alterações e o jogo da bola ganhou outras dimensões. No derby do último fim de semana assistimos, de facto, a um jogo em que o objetivo das equipas impunha estatutos diferentes, ou seja, o Despertar, último da tabela com quatro pontos a lutar, apenas, para honrar o bom nome despertariano, e o Aljustrelense, sétimo com 31 pontos, empenhado, justamente, na manutenção. Resta enaltecer a lealdade manifestada pelas massas associativas que honraram eficazmente o bom nome dos seus emblemas. O Mineiro ganhou (1-0) com justiça e o Despertar foi um digno vencido!

A edição 2012 do Vodafone Rally de Portugal realiza-se entre 29 deste mês e 1 de abril, terá uma extensão de 1 564 quilómetros e 22 provas de classificação, sete das quais se realizarão no concelho de Almodôvar (troços de Gomes Aires, Vascão, Santa Clara e Almodôvar).

Testes com País de Gales – Sub/19 Femininos no Baixo Alentejo A Seleção Nacional Feminina de Sub/19 estará durante a próxima semana no Baixo Alentejo para disputar dois jogos de caráter amigável com a sua congénere do País de Gales. O primeiro dos jogos da equipa orientada por José Paisana disputa-se na próxima terça-feira, pelas 15 horas, no Estádio Municipal 25 de Abril, em Castro Verde. A segunda partida está marcada para quinta-feira, 15, no Complexo Desportivo Fernando Mamede, na cidade de Beja, com início às 11 horas.

Caminhada do Dia da Mulher em Neves

A secção de Marcha P’ra Saúde da Juventude Desportiva das Neves organiza no próximo domingo, 11, naquela freguesia, pelas 8 e 30 horas, a 2.ª Caminhada do Dia Internacional da Mulher, passeio que terá a extensão de 10 quilómetros em trilhos de terra batida.

21 Diário do Alentejo 9 março 2012

Rally de Portugal volta a Almodôvar

Volta ao Alentejo – Partida em Castelo de Vide e final em Grândola A edição deste ano da Volta ao Alentejo em bicicleta, que vai estar na estrada de 22 a 25, arranca em Castelo de Vide e termina em Grândola. A 30.ª edição da prova, que vai ser apresentada hoje, sexta-feira, em Santiago do Cacém, inclui quatro etapas. A prova, de categoria 2.2 da União Ciclista Internacional (UCI), está a cargo da Lagos Sports e da Cimac – Comunidade Intermunicipal do Alentejo Central. No ano passado, a Volta ao Alentejo arrancou em Mora e terminou em Redondo e foi ganha pelo lituano Evaldas Siskevicius.

Hóquei em patins Grândola lidera a prova, Castrense e Mineiro jogam em casa

Rugby Equipa que renasce em Beja

Guilherme Gaivão Treinador da equipa

Um novo projeto relança a modalidade

Ressurreição do rugby bejense O rugby está de regresso à cidade.

Dois anos depois de ter esmorecido o projeto que associou a modalidade ao Desportivo de Beja, surge uma nova tentativa de a ressuscitar.

Texto e fotos Firmino Paixão

U

ma equipa velha, com um novo líder e um diferente conceito. Um projeto ainda pouco definido, que será tanto mais sustentável quanto o queira o grupo de jogadores que, há cerca de dois meses, vem treinando semanalmente no Complexo Desportivo Fernando Mamede, em Beja.

O novo projeto tem um forte impulsionador, Guilherme Gaivão, de 31 anos, natural de Cascais, comissário de bordo da aviação civil, atualmente a residir em Ferreira do Alentejo. Um apaixonado da modalidade.

O que move este atual jogador do Rugby Clube de Montemor para trazer o rugby de volta a uma cidade aonde nunca se enraizou?

Simplesmente estou a fazer uma coisa que aprendi e estou a tentar que os jogadores locais agarrem isto, porque eu, mais cedo ou mais tarde, terei que ir embora, mas gostava de deixar este projeto de pé para que eles o possam agarrar. Eu adoro o rugby e quero que eles voltem a adorar a modalidade.

Conhece o projeto anterior ligado ao Desportivo de Beja?

Não tenho qualquer conhecimento do clube ou do projeto que existiu, simplesmente sou um apaixonado pelo rugby e soube através de uma página no Facebook da existência de jogadores que deixaram de jogar e eu, como tenho agora alguma disponibilidade de tempo, decidi, por vontade própria, reiniciar aqui o desporto que adoro.

O rugby vai manter-se enquadrado pelo Desportivo de Beja?

A única coisa que tenho feito é aceder à página do Facebook do Rugby do Clube Desportivo de Beja e, por aí, contactei alguns jogadores e tem sido de boca em boca que tenho vindo a conquistar outros mais. Vivo em Ferreira do Alentejo e já consegui trazer de lá quatro jogadores. E assim, devagarinho, tenho estado a recrutar cada vez mais atletas, mas não sei nada do que se passou anteriormente. Isto é uma coisa que estou a fazer de novo e para a qual tenho tido alguma ajuda destes atletas, de quem gosto muito, porque todas as sextas-feiras tenho podido contar com eles e acredito que seja um projeto para ir em frente.

Então estamos perante um novo clube?

Pode ser uma coisa nova. O clube de facto já existe, mas o projeto será novo, uma nova ideia e uma forma de estar diferente.

Vejo aqui mais de 20 atletas...

Teve muita sorte porque hoje foi o primeiro dia em que apareceram mais de 16 jogadores. Foi, sem dúvida, o melhor treino que fizemos até ao momento nestes dois meses de atividade.

E que objetivos perseguem?

O objetivo inicial era criar escolas, uma estrutura de baixo para cima, mas estou a ver que não será possível, porque não estou a conseguir recrutar atletas mais novos. Os que têm vindo são atletas que já jogavam na outra equipa de Beja. Vamos optar pelo rugby de 7, porque é uma estrutura mais fácil de criar. Existem torneios quinzenais, sem necessidade de inscrição na federação, porque será mais fácil aparecer sem o compromisso de não podermos falhar. Criando uma equipa federada precisamos de 30 jogadores que nunca falhem, porque à mínima falta de comparência temos graves problemas com a federação, entidade

com a qual eu não quero ter problemas porque ando a fazer isto por amor à modalidade.

A modalidade não tem tradição na cidade, não teme que isto esmoreça...

Não estou a criar expetativas, portanto, se isso acontecer, a desilusão também não será grande.

Que apoios tem atualmente?

Apenas o município de Beja na cedência de instalações, o que é muito bom, porque joguei muitos anos em Évora e nós nem um campo tínhamos. Constatar a existência destas condições, que são excelentes, e não ver atletas, faz doer um bocado a alma.

Tem em mente apresentar a equipa na próxima Ovibeja?

Gostava muito, sobretudo depois desta surpresa de ter tido aqui já 26 atletas. A manter-se esta assiduidade já me permitirá criar um segundo treino semanal, mas vamos devagar, não tenho sonhos que não sejam reais, tenho a plena consciência da realidade desta região e estou a caminhar cautelosamente. O que estamos a fazer aqui é puro amadorismo. Todos têm a consciência disso. Se continuarmos com esta assiduidade podemos pensar em qualquer coisa para a Ovibeja.

Mas existem poucos clubes na região?

Nem por isso, temos o Évora, o Montemor, onde eu jogo, temos o Sines, com o antigo treinador da equipa de Beja, o Henrique Jonatas, que está disponível a novas ajudas e apoios para que se consiga fazer aqui qualquer coisa.

Agora é preciso que os jogadores queiram, que tenham vontade. Eu quero e posso ajudá-los.

O grupo não tem uma base muito boa, mas tem pessoas com amor a este desporto, que é uma modalidade muito física, exigente, mas de que eles gostam imenso.

Joga-se a amanhã a 17.ª jornada do Campeonato Nacional da 3.ª Divisão de Hóquei em Patins, ronda em que o Aljustrelense recebe o Estremoz e o Castrense joga em casa com Os Lobinhos.

Nesta jornada o Hóquei de Grândola jogará em Azeitão e o Hóquei de Santiago desloca-se ao pavilhão do Seixal. Do passado fim de semana vêm as derrotas pesadas sofridas pelo Aljustrelense, no recinto do líder (12/1), e pelo Castrense, no pavilhão do Salesiana (11/4), enquanto o Hóquei de Santiago venceu o Azeitonense (5/3) e segurou o quinto posto da tabela.

Na 2.ª Divisão Nacional o Hóquei Vasco da Gama veio de uma jornada de descanso e amanhã jogará em Sines com o Alenquer e Benfica. Outros Resultados – Nacional de Juvenis (2.ª jornada): H.Santiago-Stuart Carvalhais, 2-4; Sesimbra-Seixal, 3-9: Benfica-CPBeja, 11-2. Nacional de Iniciados (2.ª jornada): Estremoz-Paço D’arcos, 7-9; CPBeja-Cascais, 3-3; Benfica-Vasco da Gama, 8-0. Nacional de Infantis (2.ª jornada): Oeiras-H. Grândola, 6-1; Sporting-Boliqueime, 14-1; Paço d’Arcos-Estremoz, 11-0.

Atletismo Campeonato Distrital de Estrada Papacinza e Ana Dias lideraram Cerca de 120 atletas em representação de 11 clubes disputaram o Campeonato Distrital de Estrada organizado pela Associação de Atletismo de Beja, em parceria com a Câmara Municipal de Ferreira do Alentejo. Os atletas Carlos Papacinza (Clube Natureza de Alvito) e Ana Catarina Dias (NDCOdemira), seguramente os melhores fundistas regionais da atualidade, venceram as provas principais. Coletivamente destacou-se o CNAlvito, com títulos em infantis, juvenis, seniores masculinos e absolutos femininos; o Piense venceu em veteranos; o Castrense em infantis femininos e iniciados masculinos; e a JDNeves ganhou em juvenis femininos. Os campeões individuais foram os seguintes: masculinos – benjamins A: Filipe Pardal (BAC); benjamins B: Mário Batalha (NARM); infantis: João Santos CNA); iniciados: João Silva (NARM); juvenis: Mussa Djau (BAC); juniores masculinos: João Caeiro (CNA); veteranos: Fernando Santos (CNA); Seniores: Carlos Papacinza (CNA).

Femininos – benjamins A: Beatriz Pardal (BAC); benjamins B (Patrícia Pardal (BAC); infantis: Ana Braga (BAC); iniciados: Tatiana Lampreia (JDN); juvenis: Sara Inácio (JDN); absolutos: Ana Catarina Dias (NDCO).

saúde

Sexta-feira, 9 MARÇO 2012 Nº 1559 (II Série)

22

Análises Clínicas

▼

Medicina dentária ▼

Psicologia

Neurologia

▼

Consultas de Neurologia

Dr.ª Heloisa Alves Proença Médica Dentista

Dr. Fernando H. Fernandes Dr. Armindo Miguel R. Gonçalves Horários das 8 às 18 horas; Acordo com beneficiários da Previdência/ARS; ADSE; SAMS; CGD; MIN. JUSTIÇA; GNR; ADM; PSP; Multicare; Advance Care; Médis FAZEM-SE DOMICÍLIOS Rua de Mértola, 86, 1º Rua Sousa Porto, 35-B Telefs. 284324157/ 284325175 Fax 284326470 7800 BEJA

Cardiologia

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RUI MIGUEL CONDUTO Cardiologista - Assistente de Cardiologia do Hospital SAMS CONSULTAS 5ªs feiras CARDIOLUXOR Clínica Cardiológica Av. República, 101, 2ºA-C-D Edifício Luxor, 1050-190 Lisboa Tel. 217993338 www.cardioluxor.com Sábados R. Heróis de Dadrá, nº 5 Telef. 284/327175 – BEJA MARCAÇÕES das 17 às 19.30 horas pelo tel. 284322973 ou tm. 914874486

MARIA JOSÉ BENTO SOUSA e LUÍS MOURA DUARTE

Cardiologistas Especialistas pela Ordem dos Médicos e pelo Hospital de Santa Marta Assistentes de Cardiologia no Hospital de Beja Consultas em Beja Policlínica de S. Paulo Rua Cidade de S. Paulo, 29 Marcações: telef. 284328023 - BEJA

Exclusividade em Ortodontia (Aparelhos) Master em Dental Science (Áustria) Investigadora Cientifica - Kanagawa Dental School – Japão Investigadora no Centro de Medicina Forense (Portugal)

Assistente graduado de Ginecologia e Obstetrícia

ALI IBRAHIM Ginecologia Obstetrícia Assistente Hospitalar Consultas segundas, quartas, quintas e sextas Marcações pelo tel.

284323028

CLÍNICA MÉDICA ISABEL REINA, LDA.

Obstetrícia, Ginecologia, Ecografia

DR. A. FIGUEIREDO LUZ Médico Especialista pela Ordem dos Médicos e Ministério de Saúde

CONSULTAS DE OBESIDADE

Consultas de 2ª a 6ª

Rua Capitão João Francisco

Generalista

de Sousa, 56-A – Sala 8

Vários Acordos

Terapia da Fala

(Diplomada pela Escola Superior de Medicina Dentária de Lisboa)

▼

HELIODORO SANGUESSUGA

TERAPEUTA DA FALA

DOENÇAS

Marcações pelo tm. 919788155

Dermatologia

Fisioterapia

▼

Rua Bernardo Santareno, nº 10 Telef. 284326965 BEJA

DR. JOSÉ BELARMINO Clínica Geral e Medicina Familiar (Fac. C.M. Lisboa) Implantologia Oral e Prótese sobre Implantes (Universidade de San Pablo-Céu, Madrid)

CONSULTAS EM BEJA 2ª, 4ª e 5ª feira das 14 às 20 horas EM BERINGEL Telef 284998261 6ª e sábado das 14 às 20 horas

Marcação de consultas de dermatologia:

CONSULTAS às 3ªs e 4ªs feiras, a partir das 15 horas MARCAÇÕES pelos telfs.284322387/919911232 Rua Tenente Valadim, 44 7800-073 BEJA

Consultas e domicílios de 2ª feira a sábado Tm: 967959568

JOSÉ BELARMINO, LDA.

Fisioterapia

▼

Centro de Fisioterapia S. João Batista Fisiatria Dr. Carlos Machado Psicologia Educacional Elsa Silvestre Psicologia Clínica M. Carmo Gonçalves Tratamentos de Fisioterapia Classes de Mobilidade Classes para Incontinência Urinária Reeducação dos Músculos do Pavimento Pélvico Reabilitação Pós Mastectomia

Medicina dentária ▼

Luís Payne Pereira Médico Dentista

▼

JORGE ARAÚJO Assistente graduado de ginecologia e obstetrícia ULSB/Hospital José Joaquim Fernandes

Doenças do Sangue

ANA MONTALVÃO Assistente Hospitalar

Clínica Dentária

▼

2ªs, 4ªs, 5ªs e 6ªs feiras, a partir das 14 e 30 horas Marcações pelo tel. 284311790 Rua do Canal, nº 4 - 1º trás 7800-483 BEJA

Dr. José Loff

Marcações pelo 284322446; Fax 284326341 R. 25 de Abril, 11 cave esq. – 7800 BEJA

▼

FERNANDO AREAL

Urgências Prótese fixa e removível Estética dentária Cirurgia oral/ Implantologia Aparelhos fixos e removíveis

Consultas :de segunda a sexta-feira, das 9 e 30 às 19 horas

MÉDICO Consultor de Psiquiatria

Rua de Mértola, nº 43 – 1º esq.

Tel. 284 321 304 Tm. 925651190

Consultório Rua Capitão João Francisco Sousa 56-A

MÉDICO DENTISTA

Marcações pelo telefone 284321693 ou no local Rua António Sardinha, 3 1º G 7800 BEJA

Urologia

▼

AURÉLIO SILVA UROLOGISTA

Hospital de Beja Doenças de Rins e Vias Urinárias Consultas às 6ªs feiras na Policlínica de S. Paulo Rua Cidade S. Paulo, 29 Marcações pelo telef. 284328023

BEJA

Tel. 284320749

Otorrinolaringologia Urologia

DR. MAURO FREITAS VALE

Terreiro dos Valentes, 4-1ºA 7800-523 BEJA Tel. 284325861 Tm. 964522313

7800-475 BEJA

1º esqº 7800-451 BEJA

Estomatologia Cirurgia Maxilo-facial ▼

Marcações de 2ª a 6ª feira, das 15 às 19 horas

VÁRIOS ACORDOS

Consultas e ecografia

▼

HEMATOLOGIA CLÍNICA

Praça Diogo Fernandes, nº11 – 2º Tel. 284329975

Acordos com A.D.S.E., ACS-PT, CGD, Medis, Advance Care, Multicare, Seguros Minis. da Justiça, A.D.M.F.A., S.A.M.S.

Psiquiatria

HORÁRIO: Das 11 às 12.30 horas e das 14 às 18 horas pelo tel. 218481447 (Lisboa) ou Em Beja no dia das consultas às quartas-feiras Pelo tel. 284329134, depois das 14.30 horas na Rua Manuel António de Brito, nº 4 – 1º frente 7800-544 Beja (Edifício do Instituto do Coração, Frente ao Continente) Hematologia

Consultas em Beja Clínica do Jardim

DR. JAIME LENCASTRE Estomatologista (OM) Ortodontia

DRA. TERESA ESTANISLAU CORREIA

NERVOSO

CATARINA CHARRUA

CLÍNICA MÉDICA DENTÁRIA

▼

Rua do Canal, nº 4 7800 BEJA

DO SISTEMA

Rua General Morais Sarmento. nº 18, r/chão Telef. 284326841 7800-064 BEJA

▼

DR. J. S. GALHOZ

FRANCISCO FINO CORREIA MÉDICO UROLOGISTA RINS E VIAS URINÁRIAS

Prótese/Ortodontia CONSULTAS 2ªs, 3ªs e 5ªs feiras Rua Zeca Afonso, nº 16 F Tel. 284325833

▼

Marcações pelo telef. 284325059

Rua António Sardinha, 25r/c dtº Beja

Obesidade

Chefe de Serviço de Oftalmologia do Hospital de Beja

Acordos com: ACS, CTT, EDP, CGD, SAMS.

Técnica de Prótese Dentária

Ginecologia/Obstetrícia

FAUSTO BARATA

Especialista pela Ordem dos Médicos

Consultório Centro Médico de Beja Largo D. Nuno Álvares Pereira, 13 – BEJA Tel. 284312230

FERNANDA FAUSTINO

▼

Médico oftalmologista

Neurologista do Hospital dos Capuchos, Lisboa

Rua Manuel Antó António de Brito n.º n.º 6 – 1.º 1.º frente. 78007800-522 Beja tel. 284 328 100 / fax. 284 328 106

Oftalmologia

JOÃO HROTKO

DRª CAROLINA ARAÚJO

Directora Clínica da novaclinica

Laboratório de Análises Clínicas de Beja, Lda.

▼

Marcações de 2.ª a 6.ª feira a partir das 14 horas Rua Capitão João Francisco de Sousa, n.º 20 7800-451 BEJA Tel. 284324690

Ouvidos,Nariz, Garganta Exames da audição Consultas a partir das 14 horas Praça Diogo Fernandes, 23 - 1º F (Jardim do Bacalhau) Telef. 284322527 BEJA

▼

saúde PSICOLOGIA ANA CARACÓIS SANTOS – Educação emocional; – Psicoterapia de apoio; – Problemas comportamentais; – Dificuldades de integração escolar; – Orientação vocacional; – Métodos e hábitos de estudo GIP – Gabinete de Intervenção Psicológica Rua Almirante Cândido Reis, 13, 7800-445 BEJA Tel. 284321592

Clínica Médico-Dentária de S. FRANCISCO, LDA. Gerência de Fernanda Faustino Acordos: SAMS, ADMG, PSP, A.D.M.E., Portugal Telecom e Advancecare Rua General Morais Sarmento, nº 18, r/chão; TEL. 284327260 7800-064 BEJA

_______________________________________ Manuel Matias – Isabel Lima – Miguel Oliveira e Castro – Jaime Cruz Maurício Ecografia | Eco-Doppler Cor | Radiologia Digital Mamografia Digital | TAC | Uro-TC | Dental Scan Densitometria Óssea Nova valência: Colonoscopia Virtual Acordos: ADSE; PT-ACS; CGD; Medis, Multicare; SAMS; SAMS-quadros; Allianz; WDA; Humana; Mondial Assistance.

Graça Santos Janeiro: Ecografia Obstétrica Marcações: Telefone: 284 313 330; Fax: 284 313 339; Web: www.crb.pt Rua Afonso de Albuquerque, 7 r/c – 7800-442 Beja e-mail: cardiologiabeja@mail.telepac.pt

CENTRO DE IMAGIOLOGIA DO BAIXO ALENTEJO ECOGRAFIA – Geral, Endocavitária, Osteoarticular, Ecodoppler TAC – Corpo, Neuroradiologia, Osteoarticular, Dentalscan Mamografia e Ecografia Mamária Ortopantomografia Electrocardiograma com relatório António Lopes – Aurora Alves – Helena Martelo – Montes Palma – Maria João Hrotko – Médicos Radiologistas – Convenções: ADSE, ACS-PT, SAD-GNR, CGD, MEDIS, SSMJ, SADPSP, SAMS, SAMS QUADROS, ADMS, MULTICARE,

Dr. Sidónio de Souza – Pneumologia/Alergologia/ Desabituação tabágica – H. Pulido Valente Dr. Fernando Pimentel – Reumatologia – Medicina Desportiva – Instituto Português de Reumatologia de Lisboa Dr.ª Verónica Túbal – Nutricionismo – H. de Beja Dr.ª Sandra Martins – Terapia da Fala – H. de Beja Dr. Francisco Barrocas – Psicologia Clínica/Terapia Familiar – Membro Efectivo da Soc. Port. Terapia Familiar e da Assoc. Port. Terapias Comportamental e Cognitiva (Lisboa) – Assistente Principal – Centro Hospitalar do Baixo Alentejo.

Dr. Rogério Guerreiro – Medicina preventiva – Tratamento inovador para deixar de fumar Dr. Gaspar Cano – Clínica Geral/ Medicina Familiar Dr.ª Nídia Amorim – Psicomotricidade/Educação Especial e Reabilitação (dificuldades específicas de aprendizagem/dislexias) Dr. Sérgio Barroso – Oncologia – H. de Beja Drª Margarida Loureiro – Endocrinologia/ Diabetes/Obesidade – Instituto Português de Oncologia de Lisboa Dr. Francisco Fino Correia – Urologia – Rins e Vias Urinárias – H. Beja Dr. Daniel Barrocas – Médico Interno de Psiquiatria – Hospital de Santa Maria Dr. Carlos Monteverde – Chefe de Serviço de Medicina Interna, doenças de estômago, fígado, rins, endoscopia digestiva.

Dr.ª Ana Cristina Duarte – Pneumologia/ Alergologia Respiratória/Apneia do Sono – Assistente Hospitalar Graduada – Consultora de Pneumologia no Hospital de Beja Dr.ª Isabel Martins – Chefe de Serviço de Psiquiatria de Infância e Adolescência/Terapeuta familiar – Centro Hospitalar do Baixo Alentejo Dr.ª Paula Rodrigues – Psicologia Clínica – Hospital de Beja Dr.ª Luísa Guerreiro – Ginecologia/Obstetrícia Dr.ª Ana Montalvão – Hematologia Clínica / Doenças do Sangue – Assistente Hospitalar – Hospital de Beja Dr.ª Ana Cristina Charraz – Psicologia Clínica – Hospital de Beja Dr. Diogo Matos – Dermatologia. Médico interno do Hospital Garcia da Orta.

Dr.ª Joana Freitas – Cavitação, Lipoaspiração não invasiva,indolor e não invasivo, acção imediata, redução do tecido adiposo e redução da celulite Dr.ª Ana Margarida Soares – Terapia da Fala - Habilitação/Reabilitação da linguagem e fala.

Perturbação da leitura e escrita específica e não específica. Voz/Fluência.

Dr.ª Maria João Dores – Técnica Superior de Educação Especial e Reabilitação/Psicomotricidade.

Perturbações do Desenvolvimento; Educação Especial; Reabilitação; Gerontomotricidade.

Enfermeira Maria José Espanhol – Enfermeira especialista em saúde materna/Cuidados de enfermagem na clínica e ao domicílio/Preparação pré e pós parto/amamentação e cuidados ao recémnascido/Imagem corporal da mãe – H. de Beja

ADVANCE CARE

Horário: de 2ª a 6ª feira, das 8 às 19 horas e aos sábados, das 8 às 13 horas Av. Fialho de Almeida, nº 2 7800 BEJA Telef. 284318490 Tms. 924378886 ou 915529387

Marcações diárias pelos tels. 284 322 503 Fax 284 322 503 Tm. 91 7716528 Rua Zeca Afonso, nº 6, 1º B, 7800-522 Beja clinipax@netvisao.pt

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Diário do Alentejo 9 março 2012

institucional diversos

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Diário do Alentejo 9 março 2012

Diário do Alentejo nº 1559 de 09/03/2012 Única Publicação

No âmbito do Programa Operacional Potencial Humano (tipologia 6.2. Qualificação de Pessoas com Deficiências ou Incapacidade) pretende a CERCIBEJA admitir um(a) colaborador(a) para o desempenho de funções na área da Psicologia Clínica, na UPS - Qualificação e Emprego.

ASSOCIAÇÃO DE MUNICÍPIOS DO BAIXO ALENTEJO E ALENTEJO LITORAL

EDITAL

Requisitos: 1.

2.

3.

4.

5.

6.

Diário do Alentejo nº 1559 de 09/03/2012 2ª Publicação

Licenciatura, ou equivalente, em Psicologia Clínica; Experiência profissional, comprovada, na área da reabilitação; Possuir CAP; Espírito de equipa; Experiência na apresentação de candidaturas e desenvolvimento de projectos; Disponibilidade imediata.

O prazo de candidatura decorre nos 5 dias úteis a partir da publicação.

Deverão os(as) interessados(as) enviar Curriculum vitae para: Por correio: Cercibeja – Quinta dos Britos, Apartado 6115 – 7801(908) Beja ou, Por e-mail: recrutamento@cercibeja.org.pt.

Diário do Alentejo nº 1559 de 09/03/2012 Única Publicação

CÂMARA MUNICIPAL DE ALMODÔVAR

EDITAL N° 35/2012 ANTÓNIO JOSÉ MESSIAS DO ROSÁRIO SEBASTIÂO, Presidente do Município de Almodôvar.

FAZ SABER que, no decurso do 2.° semestre do ano de 2011, o Município concedeu as seguintes transferências correntes e de capital:

Alienação, através da apresentação de propostas para as seguintes viaturas: Skoda Pick-Up e Renault Kangoo Dando cumprimento ao deliberado por esta Associação na reunião do Conselho Diretivo de 13 de fevereiro de 2012, faz-se público, a alienação, através da apresentação de propostas em carta fechada, dos veículos Skoda Pick-Up e Renault Kangoo, nos seguintes termos: 1. O veículo de marca Skoda, modelo Pick-Up (1.9 a gasóleo), registado em 01-101999, na categoria de ligeiro de mercadorias, sem inspeção realizada, será alienado pelo valor mínimo líquido de 1.230,00€ (mil duzentos e trinta euros), iva incluído; O veículo de marca Renault, modelo Kangoo (1.1 Gasolina/GPL), registado em 10-04-2000, na categoria de ligeiro de passageiros, com inspeção realizada, será alienado pelo valor mínimo líquido de 1.845,00€ (mil oitocentos e quarenta e cinco euros), iva incluído; 2. Os veículos serão alienados livres de quaisquer ónus ou encargos; 3. Poderão ser apresentadas propostas até às 15 horas do dia 16 de março de 2012, na sede da AMBAAL – Praceta Rainha D. Leonor, apartado 70, 7800-953 Beja.

As propostas poderão ser entregues pessoalmente ou remetidas pelo correio, sob registo e devem ser apresentadas em sobrescrito fechado, identificando no exterior do mesmo o proponente e o veículo, que, por sua vez, é encerrado num sobrescrito dirigido ao Presidente do Conselho Diretivo da AMBAAL. 4. A abertura das propostas será realizada em acto público que terá lugar no dia 19 de março de 2012, às 15 horas, no edifício-sede da AMBAAL, sito na direção referida no ponto 3; 5. As restantes condições de alienação e instrução das propostas estão clausuladas em regulamento, que deverá ser consultado pelos proponentes nos serviços administrativos da AMBAAL, durante as horas de expediente; 6. Os veículos poderão ser vistos, durante as horas de expediente (09h00:12h30/14h00:17h30), na direção referida no ponto 3.

Para constar se elaborou o presente EDITAL e outros de igual teor que vão ser afixados nos lugares de estilo.

AMBAAL, 13 de fevereiro de 2012.

O Presidente do Conselho Diretivo José Maria Prazeres Pós-de-Mina

Diário do Alentejo nº 1559 de 09/03/2012 Única Publicação

Associação de Mulheres Do Concelho de Moura

ASSOCIAÇÃO DE MULHERES DO CONCELHO DE MOURA

A presente informação destina-se a dar cumprimento ao disposto na Lei n.° 26/94, de 19 de Agosto.

Para constar, publica-se, este e outros de igual teor, os quais vão ser publicados nos locais públicos do costume Eu, assinatura ilegível. Chefe da Divisão Administrativa e Financeira o subscrevo.

Paços do Município de Almodôvar, aos 29 de Fevereiro de 2012.

O Presidente do Município António José Messias do Rosário Sebastião

CONVOCATÓRIA ASSEMBLEIA GERAL Ao abrigo do art. 28º dos Estatutos desta Associação, convocam – se todas as associadas, para reunirem em Assembleia Geral, que se realizará na Sede da Associação, dia 28 de Março de 2012, pelas 20.30h.

Ordem de trabalhos: 1. Apreciação e aprovação do relatório de contas do ano de 2011; 2. Outros assuntos de Interesse da Associação Moura, 22/02/2012 A Presidente da Mesa da Assembleia Geral Maria Celeste Barata Diário do Alentejo nº 1559 de 09/03/2012 Única Publicação

ASSEMBLEIA GERAL DO CORO DE CÂMARA DE BEJA

CONVOCATÓRIA Ao abrigo da alínea a) do artº 4º dos Estatutos, convoco a Assembleia Geral dos associados do Coro de Câmara de Beja, para se reunir em sessão ordinária e em 1ª convocatória no próximo dia 19 de Março, pelas 20 horas, na Sala de Ensaios, sita na ex-Escola Alemã, com a seguinte ORDEM DE TRABALHOS: 1- Assuntos de interesse para a Colectividade .

2- Discussão e votação do Relatório e Contas de 2011 Se, à hora indicada, não existir «quorum», a Assembleia reunirá 1 hora mais tarde, com qualquer número de presentes.

Beja e Sede Social, 01 de Março de 2012.

O Presidente da Mesa da Assembleia Geral Pedro Camilo de Araújo Lima de Vasconcelos

ALGARVE Senhor de 50 anos deseja conhecer senhora de 45/50 anos, para futuro compromisso.

Assunto sério.

Contactar pelo tm. 916962609

ALUGA-SE BEJA Apartamento T3, sem mobília. 2 varandas.

2º andar.

Contactar pelo tm. 924022304

institucional diversos

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Diário do Alentejo 9 março 2012

Diário do Alentejo nº 1559 de 09/03/2012 Única Publicação

CERTIFICO Para efeitos de publicação que, por escritura de Justificação, lavrada em seis de Dezembro de dois mil e onze, de folhas quarenta e cinco a folhas quarenta e sete verso do Livro de Notas número Cento e Noventa e Um-A, no meu Cartório Notarial, sito na Rua Galileu Saúde Correia, número nove-C, Pragal, em Almada: ANTÓNIO JOSÉ NEVES BATINHA, natural da freguesia de Quintos, concelho de Beja, e mulher JUDITE FERREIRA DA SILVA BATINHA, natural da freguesia de Fraião, concelho de Braga, casados sob o regime de comunhão geral de bens, residentes na Rua Direita de Massamá, n° 149, Massamá, Sintra, intitularam-se donos e legítimos possuidores, com exclusão de outrem, do Prédio Rústico, denominado Moinho, sito na freguesia de Corte do Pinto, concelho de Mértola, composto de cultura arvense, com a área de catorze mil setecentos e cinquenta metros quadrados, confrontando de Norte com Sebastião Muarício, Sul e Poente com José Domingos Ribeiro e Nascente com Henrique Zarcos Palma e Herdeiros de Dionísio Rodrigues Guerreiro, inscrito em nome de José Manuel Rebelo – Cabeça de casal da herança de, NIF 708 992 862, na matriz rústica da dita freguesia, sob o artigo 51 – Secção D, descrito na Conservatória do Registo Predial de Mértola sob o número duzentos e oitenta e nove de dezassete de Agosto de mil novecentos e oitenta e sete, com inscrição em comum e sem determinação de parte ou direito: Ap. Um da mesma data, a favor de: a) Isabel Maurício Domingues, viúva, residente em Corte Pinto, Mértola, já falecida; b) José Manuel Maurício, casado com Ermelinda de Jesus Comenda Coelho Maurício, sob o regime da comunhão de adquiridos, residente na Rua de Aljubarrota, Lote 4, Palmela; c) Francisco Maurício Rebelo, casado com Maria do Carmo Moleira Gonçalves Rebelo, sob o regime da comunhão de adquiridos, residente na Praceta das Magnólias, Lote 3, 3° esquerdo, Massamá, já falecido; d) Isabel Maurício Paulino Seno, casada com António Medeiros Seno, sob o regime da comunhão de adquiridos, residente na Rua Viana do Castelo, no 12, 2° esquerdo, Carcavelos, Cascais.

Que adquiriram este prédio rústico por compra e venda verbal que realizaram com os supra identificados titulares inscritos, em dia que não sabem precisar do mês de Setembro de mil novecentos e noventa; e, não se lembram se foi realizada a escritura pública de compra e venda, apesar das buscas efectuadas em cartórios notariais mais próximos, não conseguiram por este meio obter documento formalmente válido que lhes permitisse realizar o registo para reatamento do trato sucessivo na competente conservatória do registo predial.

Que, desde a indicada data, vêm possuindo este prédio rústico, cultivando-o e colhendo os seus frutos, de forma ostensiva e à vista de toda a gente, em nome próprio, usufruindo ainda de todas as suas utilidades e suportando os respectivos impostos e encargos, tendo adquirido e mantido a sua posse em nome próprio, em termos ininterruptos e exclusivos, sem a menor oposição de quem quer que seja e com conhecimento de toda a gente, agindo sempre por forma correspondente ao exercício do direito de propriedade, tendo por isso uma posse pública, pacífica, contínua e de boa fé, que dura há mais de vinte anos, pelo que o adquiriram por usucapião, não tendo, todavia, dado o modo de aquisição, documento algum que lhes permita fazer aprova do seu direito de propriedade.

Que, desta forma, justificam a aquisição do direito de propriedade do dito prédio rústico, por usucapião, por não possuírem documento com validade formal que lhes permita efectuar o registo na Conservatória do Registo Predial.

Que desta pretensão requereram, nos termos do artigo noventa e nove do Código do Notariado, a notificação prévia pessoal ou edital, para o caso de ausência em parte incerta ou haverem falecido, dos titulares inscritos ou dos seus herdeiros. Que como herdeiros da titular inscrita, Isabel Maurício Domingos, que também usava, Isabel Maurício Domingues, falecida no estado de viúva de José Manuel Rebelo, em doze de Junho de mil novecentos e noventa e cinco, encontram-se habilitados por escritura lavrada neste Cartório Notarial no dia vinte e cinco de Janeiro de dois mil e doze, a fis. setenta e cinco do Livro cento e noventa-A, como únicos herdeiros, seus filhos, também já titulares inscritos: a) José Manuel Maurício; b) Francisco Maurício Rebelo, então casado com Maria do Carmo Moleira Gonçalves Rebelo sob o regime da comunhão de adquiridos; c) Isabel Maurício Paulino Seno.

Que por escritura lavrada a folhas setenta e oito do Livro Trinta e Seis-A do Cartório Notarial da Notária, Ana Maria Maia Taborda, em Queluz, em catorze de Novembro de dois mil e sete, encontram-se habilitados como únicos herdeiros do titular inscrito. Francisco Maurício Rebelo, falecido em quinze de Março de dois mil e dois, o cônjuge sobrevivo, Maria do Carmo Moleira Gonçalves Rebelo, sua viúva, residente na Praceta das Magnólias, n° 3, 3° esquerdo, Massamá, e três filhos, Francisco Maurício Gonçalves Rebelo, casado com Cristina Maria da Luz Gameiro Rebelo, sob o regime da comunhão de adquiridos, residente na Rua Jaime Cortesão, n° 9, 3°, direito, Paivas Amora, José Carlos Gonçalves Rebelo e Ana Isabel Gonçalves Rebelo, ambos solteiros, maiores, residentes com sua mãe.

Deferi a notificação prévia pessoal dos titulares inscritos e dos seus herdeiros, realizada através de cartas registadas com aviso de recepção expedidas em vinte e cinco de Janeiro do ano corrente É certificado que fiz extrair e está conforme o original.

Almada, aos um de Março de dois mil e doze.

A Notária Rita Magalhães

&

Diário do Alentejo nº 1559 de 09/03/2012 Única Publicação

ORGANIZAÇÃO DE PRODUTORES PECUÁRIOS PARA A DEFESA SANITÁRIA DOS RUMINANTES DE SERPA

CONVOCATÓRIA Convoco a Assembleia Geral Ordinária ao abrigo do n°2 do artigo 9 dos Estatutos da OPP, no auditório da Escola Profissional de Desenvolvimento Rural de Serpa, na H. da Bemposta, às 17:00 horas do dia 22 de Março de 2012, com a seguinte ordem de trabalhos: 1. Aprovação do Relatório e Contas de 2011 e Parecer do Conselho Fiscal.

2. Novos procedimentos para 2012.

3. Outros assuntos de interesse.

Se à hora marcada para a reunião não estiver presente mais de metade dos associados, esta realizar-se-á uma hora depois com qualquer número de associados.

Serpa, 2012-02-23.

O Presidente da Assembleia Geral Jaime Pascoal Braga

VENDE-SE Nossa Senhora das Neves Casa térrea a precisar de obras, com 80 m2 de construção e 198 m2 área descoberta. Bom preço.

Contactar tms. 962786501/967318516

VENDE-SE Propriedade agrícola com a área de 8.825 ha, composta por olival tradicional e superfície agrícola de exploração, vedada, detentora de água de nascente e servida pelos canais de Alqueva, sita no concelho de Vidigueira, freguesia de Selmes, bons acessos e próximo de estrada municipal entre Selmes e Beja.

Contacto: 962334688 Diário do Alentejo nº 1559 de 09/03/2012 Única Publicação

CCAM de Aljustrel e Almodôvar, CRL

RAINHA SANTA ISABEL, VIAGENS E TURISMO LDA RNAVT 2045

EDIFÍCIO DE SANTA CATARINA, 12 | 7000-516 ÉVORA TEL: 266 747 871 / FAX: 266 747 873 / MAIL: info.evora@rsi-viagens.com O SEU AGENTE LOCAL PARA RESERVAS: D-VIAGEM RUA DO VALE N.º 24 LOJA 1 | 7800-490 BEJA TEL: 284 325 688 MAIL: beja.1263@d-viagem.com * O melhor das Amendoeiras em Flor – Trás os Montes – PROGRAMA ESPECIAL Dias 03 e 04 de Março * NOVA OPORTUNIDADE – “ORA VIRA € TROIKA O PASSOS” – Dia 4 de Março no Teatro Maria Vitória * Fim de semana na Serra da Estrela – Visitando: Museu do Pão em Seia – Mangualde – Linhares da Beira – Almoço no “Albertino” em Folgozinho - Torre – Dias 10 e 11 de Março * DISNEY ON ICE – “MUNDOS DE FANTASIA” – DIA 25 DE MARÇO – PAVILHÃO ATLÂNTICO * Na Rota dos Templários – Visitando Vila do Rei – Ferreira do Zêzere – Tomar – Convento de Cristo – Castelo de Almourol – Dia 11 de Março * Fallas de Valência – A grande Festa de Espanha – De 17 a 21 de Março * Festival Internacional do Chocolate em Óbidos – Dia 18 de Março * “JUDY GARLAND – O FIM DO ARCO IRIS” – TEATRO POLITEAMA – DIA 18 DE MARÇO * Fim-de-semana em Coimbra – Com passeio de barco no Mondego e visita ao Mosteiro de Lorvão – De 24 a 25 de Março * Mariscada na Ericeira “Restaurante César” – Dia 25 de Março * Passeio à Serra da Estrela – Dia 25 de Março – NOVA OPORTUNIDADE! * Excursão ao Santuário de Fátima – Dia 25 de Março

* Entre Lendas e Tradições do Norte de Portugal, visita a Marco de Canavezes, Mosteiro de Vila Boa de Quires, Penafiel – De 31/3 a 1/4 * Rota dos Castelos do Guadiana – Juromenha, Alandroal, Terena, Santuário da Boanova, Monsaraz, Mourão – Acompanhamento por um historiador – Dia 1 de Abril * O MELHOR DE LA FÉRIA – CASINO DO ESTORIL – DIA 1 DE ABRIL * PARIS E EURODISNEY – De 4 a 10 de Abril – PROGRAMA DE AUTOCARRO * PARIS E EURODISNEY – De 5 a 9 de Abril – PROGRAMA DE AVIÃO * PÁSCOA EM AMESTERDÃO – De 5 a 9 de Abril * PÁSCOA NO MINHO – SEMANA SANTA EM BRAGA, PÓVOA DE LANHOSO, CALDAS DO GERÊS, S. BENTO DA PORTA ABERTA, PENEDA-GERÊS, GUIMARÃES – De 6 a 9 de Abril * Visita a Mérida – Dia 15 de Abril * Astúrias, Cantábria e Picos da Europa – 21 a 25 de Abril * Madeira – FESTA DA FLOR – De 21 a 25 de Abril * MOSCOVO E SÃO PETERSBURGO – DE 13 A 20 DE JULHO * CRUZEIRO “FIORDES DO NORTE” – De 18 a 26 de Maio * CRUZEIRO “LENDAS DO MEDITERRÂNEO” – De 28 de Setembro a 06 de Outubro

PARA OUTROS DESTINOS, AUTO-FÉRIAS OU DATAS, CONSULTE-NOS! ALUGUER DE AUTOCARROS VISITE-NOS EM: www.rsi-viagens.com

EXPLICAÇÕES – Dou explicações de Espanhol – Faço traduções com o par Português/ Espanhol Contacto: 934047165 linguas.iberia@gmail.com

CAIXA DE ALJUSTREL E ALMODÔVAR

CONVOCATÓRIA Conforme o disposto no artº 24º dos Estatutos desta Caixa, convoco a sua Assembleia Geral, para a reunião a realizar no dia 27/03/2012, pelas 15 horas, no auditório da Biblioteca Municipal de Aljustrel, junto às piscinas Municipais, em Aljustrel, com a seguinte ORDEM DE TRABALHOS: 1º Apreciação e votação do Relatório e Contas do Conselho de Administração e do Parecer do Conselho Fiscal, referentes ao Exercício de 2011; 2º Deliberação sobre a proposta de aplicação de resultados, referente ao Exercício de 2011; 3º Proceder à apreciação geral da administração e fiscalização da CCAM; 4º Discussão e aprovação de alteração à declaração sobre política de remuneração dos Órgãos de Administração e Fiscalização aprovada na Assembleia Geral ordinária reunida no dia 14 de Dezembro de 2011; 5º Outros assuntos de interesse associativo.

Se à hora marcada não estiverem presentes mais de metade dos Sócios, a Assembleia reunirá uma hora depois, com qualquer número de Sócios presentes.

Aljustrel, 27 de Fevereiro de 2012 O Presidente da Mesa da Assembleia Geral Dr. Francisco José Faleiro Baltazar Romano Colaço

necrologia diversos

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Diário do Alentejo 9 março 2012 Diário do Alentejo nº 1559 de 09/03/2012 1.ª Publicação

AGÊNCIA FUNERÁRIA POPULAR BEJENSE, LDA. Rua António Sardinha, nº 12, 7800-447 BEJA Tel. 284323555 Tm. 965217456

PARTICIPAÇÃO

Pelo presente torna-se público que já se encontram afixados nas Câmaras Municipais, Juntas de Freguesia e demais locais do estilo os Editais com o tarifário aplirega nos seguintes aproveitamentos hidroagrícolas do Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva: • Aproveitamento Hidroagrícola do Alvito-Pisão; • Aproveitamento Hidroagrícola do Monte-Novo;

Vimos participar o falecimento do Exmo. Sr. António Joaquim Jordão, de 96 anos de idade, natural de Ferreira do Alentejo, casado com a Exma. Sra. D. Inácia Juvenal de Jesus Correia.

O funeral, a cargo desta Agência, realizou-se no passado dia 28/02/2012 da casa mortuária de Alfundão para o cemitério local.

Seus filhos e restante família participam o seu falecimento e que será celebrada missa de 7º dia, segundafeira, dia 12, pelas 18 e 30 horas, na Igreja do Carmo em Beja.

AGRADECIMENTO

Diário do Alentejo nº 1559 de 09/03/2012 1.ª Publicação

• Aproveitamento Hidroagrícola de Orada-Amoreira, Brinches e Brinches-Enxoé; • Aproveitamento Hidroagrícola de Alfundão; • Aproveitamento Hidroagrícola de Ferreira, Figueirinha e Valbom.

Os Editais poderão igualmente ser consultados em www.edia.pt

Recrutamento p/ Estágio Profissional – Técnicos de Contabilidade – Técnicos Oficiais de Contabilidade Enviar Currículo vitae c/ foto para: Rua dos Marceneiros n.º 2 1 Andar Dto. – sala A 7800-009 Beja

VENDE-SE EM BEJA Apartamento T3, 2º andar com elevador, próximo do hospital, totalmente remodelado.

Contactar pelo tm. 962261927

PEDRO BRANDÃO Agente de Execução C.P. 3877

ANÚNCIO Tribunal Judicial de Beja - 1°Juízo Acção Executiva Processo n.° 1053/06.3TBBJA Exequente: Manuel José Executado: Jaime António Rafoto Lebre e Francisco da Silva Efigénio Lebre

FAZEM-SE SABER que nos autos acima identificados se encontra designado o dia 29 de Março de 2012, pelas 14:00 horas, no Tribunal acima identificado, para abertura de propostas que sejam entregues até esse momento na Secretaria do mesmo, pelos interessados na compra dos seguintes bens: Verba n.° 1 - Prédio urbano, situado na Rua 25 de Abril, n° 18 em Baleizão, composto de Rés-do-Chão, descrito na CRP de Beja sob o n° 348/19930219, e inscrito na matriz sob o n° 977 da freguesia de Baleizão concelho de Beja - 70% de 20.000,00€ (14.000,00€) Verba n.° 2 - Prédio urbano, situado em ‘Traseiras do Rocio” Baleizão composto de Rés-do-chão, descrito na CRP de Beja sob o n°385/19931112,e inscrito na matriz sob o n° 957 da freguesia de Baleizão, concelho Beja - 70% de 14.000,00€ (9.800,00€) Os bens pertencem ao Executado: Jaime António Rafoto Lebre, NIF: 126182493.

VALOR BASE: 34.000,00 € Será aceite a proposta de melhor preço acima do valor de 23.800,00€, correspondente a 70% do Valor Base.

Nos termos do artigo 897° n.° 1 do CPC, os proponentes devem juntar à sua proposta, como caução, cheque visado à ordem do agente de execução, no montante correspondente a 20% do valor base do bem, ou garantia bancária, no mesmo valor. É Fiel Depositário que o mostrará a pedido o executado Jaime António Rafoto Lebre, residente na Rua 25 de Abril, n.° 18, em Baleizão.

O Agente de Execução, Céd Prof. 3877 Pedro Brandão

Dar SANGUE Associação Humanitária

é dar

dos Dadores de Sangue de Beja

VIDA

INFORMA: SERVIÇO DE SANGUE DO HOSPITAL JOSÉ JOAQUIM FERNANDES BEJA – Tel. 284310200 ASSOCIAÇÃO DE AMIGOS E DOENTES HEMATO-ONCOLÓGICOS

Olívia das Dores Mata 3º Ano de eterna saudade

O Senhor te receba na Sua Paz! Pela Sua infinita misericórdia tenhas descanso eterno no Céu!

Seus sobrinhos participam que será celebrada missa pelo eterno descanso da sua ente querida, na próxima quinta feira, 15 de Março, pelas 18h30m, na Igreja da Sé - Beja, agradecendo desde já a todos os que nela participem.

• Aproveitamento Hidroagrícola do Pisão; • Aproveitamento Hidroagrícola de Serpa;

MISSA

Maria Sofia Pereira Lynce

AVISO

cável ao serviço público de fornecimento de água para

g

Nossa Senhora das Neves

Baltazar Francisco Farelo Efigénio Irmã, sobrinhos e restante família agradecem por este meio a todas as pessoas que estiveram presentes no dia 29 de Fevereiro e o acompanharam à sua última morada. Ficarás para sempre nos nossos corações.

PARTICIPAÇÃO E AGRADECIMENTO

Carlos Elóio 10/03/2012 1º Ano de Eterna Saudade

Partiste, mas ficarás para sempre nos nossos corações. Descansa em paz.

Esposa, filhos e netos recordam com profunda saudade o 1º ano de ausência do seu ente querido.

Penedo Gordo - Beja

MISSA

António Viriato Silva (Motorista reformado da Rodoviária) Esposa, filhos, nora, netos, bisneto, irmãos e restante família cumprem o doloroso dever de participar o falecimento do seu ente querido ocorrido no dia 02/03/2012, e na impossibilidade de o fazer individualmente vêm por este meio agradecer a todas as pessoas que o acompanharam à sua última morada ou que de qualquer forma manifestaram o seu pesar. Um agradecimento muito especial ao enfermeiro e primo Manuel André do Hospital de Beja pelo apoio e ajuda prestados neste momento difícil de dor e sofrimento.

Francisco da Conceição Lampreia Faleceu em 12/03/2011 1º Ano de Eterna Saudade

Esposa, filhos, netos, genro e nora participam a todas as pessoas de suas relações e amizade que será celebrada missa pelo eterno descanso do seu ente querido no dia 12/03/2012, segunda-feira, pelas 10.00 horas na Igreja do Penedo Gordo, agradecendo desde já a todos os que comparecerem.

necrologia

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Diário do Alentejo 9 março 2012

Rua da Cadeia Velha, 16-22 - 7800-143 BEJA Telefone: 284311300 * Telefax: 284311309

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Vidigueira AGRADECIMENTO

Funerais – Cremações – Trasladações - Exumações – Artigos Religiosos SALVADA

BEJA / PENEDO GORDO

BEJA

BERINGEL

BEJA

Faustino António Aleixo da Silva Nasceu 06.03.1955 Faleceu 26.02.2012

†. Faleceu a Exma. Sra. D.

†. Faleceu a Exma. Sra. D. CUSTÓDIA TERESA GONÇALVES FÉRIA, de 86 anos, natural de Salvada Beja, viúva. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 29 de Fevereiro, da Casa Mortuária de Salvada, para o cemitério local.

†. Faleceu o Exmo. Sr. FRANCISCO JORGE, de 85 anos, natural de Mombeja Beja, viúvo. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 01, da Casa Mortuária de Penedo Gordo, para o cemitério de Beja.

MARIANA D' ASCENÇÃO, de 83 anos, natural de Ferreira do Alentejo, viúva. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 01, das Casas Mortuárias de Beja, para o cemitério desta cidade.

BEJA

BEJA

TRIGACHES

†. Faleceu a Exma. Sra. D. ANA JOSÉ DE MATOS GUILHERME, de 78 anos, natural de Beringel - Beja, casada com o Exmo. Sr. Eurico José Pinheiro. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 01, da Casa Mortuária de Beringel, para o cemitério local.

BERINGEL

†. Faleceu a Exma. Sra. D. BÁRBARA MARIA MIRA, de 98 anos, natural de Entradas Castro Verde, casada com o Exmo. Sr. Mário de Brito Guerreiro. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 02, das Casas Mortuárias de Beja, para o cemitério desta cidade.

Sua esposa, filha e restante família na impossibilidade de o fazer pessoalmente agradecem por este meio a todas as pessoas que o acompanharam à sua última morada ou de outro modo manifestaram o seu pesar.

BEJA

Alcaria da Serra

PARTICIPAÇÃO

†. Faleceu a Exma. Sra. D.

†. Faleceu o Exmo. Sr.

†. Faleceu o Exmo. Sr.

†. Faleceu a Exma. Sra. D.

MARIA JÚLIA CANSADO CORVO, de 82 anos, natural de Santiago Maior - Beja, casada com o Exmo. Sr. José Augusto Caçolha. O funeral a cargo desta Agência realizouse no passado dia 03, das Casas Mortuárias de Beja, para o cemitério desta cidade.

ANTÓNIO VIRIATO SILVA, de 76 anos, natural de Quintos - Beja, casado com a Exma. Sra. D. Maria Luísa Andreza. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 03, das Casas Mortuárias de Beja, para o cemitério desta cidade.

JOAQUIM MANUEL DA COSTA, de 79 anos, natural de Beringel - Beja, viúvo. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 04, da Casa Mortuária de Trigaches, para o cemitério local.

FAUSTINA DA CONCEIÇÃO AMARO, de 86 anos, natural de Mombeja - Beja, solteira.

O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 04 da Casa Mortuária de Beringel, para o cemitério local.

BEJA

†. Faleceu o Exmo. Sr. JOSÉ ALVES LEAL, de 96 anos, natural de Baleizão - Beja, casado com a Exma. Sra. D. Margarida Pereira Aurélio. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 06, da Igreja Paroquial do Carmo em Beja, para o cemitério desta cidade.

QUINTOS

†. Faleceu o Exmo. Sr. FRANCISCO MANUEL PAULINO, de 76 anos, natural de Quintos - Beja, solteiro. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 07, da Casa Mortuária de Quintos, para o cemitério local.

BEJA

†. Faleceu a Exma. Sra. D.

✞

Às famílias enlutadas apresentamos as nossas mais sinceras condolências.

MARIANA CAROLINA TRINDADE LOURO VELHINHO, de 72 anos, natural de Salvador - Beja, viúva. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 07, das Casas Mortuárias de Beja, para o cemitério desta cidade.

EMPRESA MÁRMORES E GRANITOS Executa todo o serviço em campas, jazigos e cantarias.

Coronel Camílo José Delgado

Sua esposa, filhos, noras, netos e restante família veem por este meio participar a todas as pessoas de suas relações e amizade, que na próxima quinta-feira, dia 15, pelas 18,30 horas, na Igreja Paroquial do Carmo, será celebrada Missa de aniversário pelo seu eterno descanso, agradecendo desde já a todos quantos se dignarem assistir a este acto .

P.N. A.M

Mário Antunes Falé Nasceu 03.11.1922 Faleceu 01.03.2012

Consulte esta secção em www.funerariapax-julia.pt MISSA DE 1.º ANIVERSÁRIO

†. Faleceu a Exma. Sra. D. ADELAIDE LUDOVINA FERREIRA, de 84 anos, natural de Salvada - Beja, viúva. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 06, da Igreja Paroquial do Carmo em Beja, para o cemitério desta cidade.

PREÇOS COMPETITIVOS Contactar pelos tms. 963249252 ou 964206803

Faleceu a Exmo. Sr. Mário Antunes Falé, natural de Lisboa, casado com o Exma. Sra. Maria Gertrudes Trindade Patrocínio Falé.

O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 2, da casa mortuária de Alcaria da Serra para o cemitério local. À família enlutada apresentamos as nossas condolências.

AGÊNCIA FUNERÁRIA ESPÍRITO SANTO, LDA. Rua Das Graciosas, 7 \ 7960-444 Vila de Frades/ Vidigueira Tm.963044570 Tel. 284441108

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DESLOCAÇÕES POR TODO O PAÍS

28 Diário do Alentejo 9 março 2012

A Zuri é uma cadela adulta mas ainda jovem que procura uma família que lhe dê uma vida de maior liberdade e alegria do que aquela que tem no canil. A Zuri é de porte grande e tem pelo semilongo todo branco. É muito bonita. Está esterilizada e vacinada. Venham conhecê-la ao Cantinho dos Animais de Beja.

Contactos: 962432844; sofiagoncalves.769@hotmail.com

Boa vida Comer Bife de vitela recheado com queijo Serpa Ingredientes para 4 pessoas: 8 bifes da vazia com (100 g. cada), 4 fatias de queijo Serpa, 100 gr. de farinha de trigo, 100 gr. de pão ralado, 2 ovos inteiros, q.b. de pimenta, q.b. de sal, q.b. de azeite, 4 dentes de alho, Confeção: Bata os bifes com um martelo e tempere com sal e pimenta. Sobre cada um sobreponha uma fatia de queijo Serpa, de seguida ponha o outro bife por cima, apare os lados com uma faca e una com palitos. Siga esta operação na restante carne.

Passe os bifes por farinha, ovo batido e pão ralado.

Leve a fritar numa frigideira com azeite e alhos esmagados. Coloque os bifes sobre papel absorvente.

Acompanhe com esparguete e legumes cozidos.

E bom apetite...

Nota: Pode fazer este prato com outro tipo de carne, por exemplo peito de frango ou lombo de porco.

António Nobre Chefe executivo de cozinha – Hotéis M’AR De AR, Évora

O mundo do vinho em 10 artigos Temperaturas de serviço

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Quando se toma cerveja a regra de serviço na restauração e nas nossas casas é consensual: a cerveja bebe-se fria; e com razão: o frio faz com que o gás dissolvido se escape mais lentamente, possibilitando uma melhor degustação.

Tal como a cerveja, e ao contrário do que se pratica em Portugal, nenhum vinho deve ser consumido à temperatura ambiente. Os vinhos brancos e rosados devem ser servidos entre 9 e 11 graus e os tintos entre 16 e 18 graus, ou seja, os vinhos tintos devem ser refrigerados! (Atenção à temperatura dos próprios copos).

O vinho contém álcool e outros compostos que se evaporam facilmente. Ao servirmos a uma temperatura elevada, estamos a reduzir ou a instabilizar a maior parte dos compostos nobres que caracterizam o aroma e o gosto do vinho; é o que se passa à temperatura ambiente, que nos restaurantes e em casa, está quase sempre acima dos 22 graus.

O vinho torna-se plano na boca, quente no nariz, fazendo lembrar uma sopa; e eu até gosto muito de Vinho de sopas, mas o tempo das sopas de Calendário vinho – conhecidas por sopas de Já se encontra online cavalo cansado – já pertence à hise de acesso gratuito tória. Qualquer bebida alcoólica o novo guia Copo & deve ser bebida apenas por prazer Alma, 319 Melhores e com moderação.

Vinhos para 2012.

Só tem de entrar No verão o serviço do viem www.w-anibal. nho tinto e dos vinhos fortificacom e conferir. No dos, como o Porto, o Madeira ou Alentejo destacou-se os Moscatéis (servidos entre 12 e o vinho tinto 14 graus), é ainda mais sofrível. regional alentejano Solista, Touriga Peço ao leitor que contribua para Nacional de 2009. esta mudança de atitude: sempre que lhe propuserem uma garrafa de vinho tinto que não se encontre refrigerada para a temperatura de serviço, peça um recipiente com gelo e exija a colocação do seu tinto no gelo ou água gelada durante 5 a 10 minutos. Na maioria dos restaurantes nacionais, provavelmente terá que lidar com o sarVinho casmo e o discurso obsoleto de alDiário gum “professor encartado”, do Um dos vinhos mais ilustre entre os empregados, que mais me ou mesmo do próprio dono do esimpressionou na tabelecimento. Tente explicar com recente prova cega os argumentos que aqui lhe transque deu origem ao meu Guia Popular de mito e, se não se importar, propoVinhos, edição 2012, nha que o “professor” prove um já nas livrarias e nos pouco do vinho na temperatura supermercados, foi correta. Também pode propor o branco Regional que, nesse restaurante, passem a Alentejano Fonte da Serrana, de 2009. comprar este seu jornal e a ler esCompra segura em tas crónicas. qualquer prateleira.

Aníbal Coutinho

Letras A vida privada de Maxwell Sim

M

axwell Sim é um “herói” contemporâneo.

Quer isto dizer que o casamento dele falhou, que tem dezenas de amigos virtuais no Facebook mas que sofre de solidão, que se sente “em casa” em espaços franchizados por marcas globais apesar de ter apostado em trabalhar para uma pequena empresa que vende escovas de dentes ecológicas e socialmente responsáveis. A depressão que o acomete quando a mulher o deixa levando a filha adolescente não é superada quando tenta reaproximar-se do pai, com quem nunca teve grande contacto físico ou emocional. Na verdade, aprofunda-se quando aceita participar numa viagem de promoção mediática da sua empresa mas que se torna cada vez mais uma viagem à sua vida íntima, privada.

Uma viagem da qual corre o risco de não regressar...

Acreditem que a vida privada de Maxwell Sim não tem nada de especial. É um homem sem dons e inapto socialmente. Não é sedutor e chega a ser patético. Por isso Coe precisa de todo o seu engenho para, no seu novo romance, ir revelando a absoluta fraude que é a vida de Sim e manter o leitor interessado. Coe sabe escrever mas tem sobretudo consciência do mundo em que vive – um mundo em crise, ensombrado pelo desemprego, em que as relações interpessoais são cada vez mais difíceis, em que a comunicação e o conhecimento foram substituídas quase sempre pelo excesso de informação, em que o autoconhecimento é cada vez mais um ato de consumo e não de autoanálise e se procura evitar o sofrimento tomando comprimidos. A vida privada de Mawwell Sim questiona, de modo despretencioso, os valores de um mundo em que a felicidade se tornou sinónimo de poder de compra.

Maria do Carmo Piçarra

Jonathan Coe Dom Quixote PVP: 17,90 Euros 352 págs

Filatelia Saiu mais uma “Cábula”

A

caba de ser publicado ma is u m nú mero da rev ista “Cábu la Filatélica”, revista da secção filatélica da Associação Académica de Coimbra, cuja publ icação se i niciou em 1982 .

Para além do oportuno noticiário, este número apresenta aos seus leitores dois interessantes artigos: a “História Postal da Bósnia Herzegovina 1878 – 1918”, da autoria Joaão Batista, e “Evocando a memória do Doutor António Luiz Gomes”, cujo autor foi o seu trineto Pedro Luiz Gomes de Castro.

O primeiro dos temas é inédito na filatelia portuguesa, o que só por isso já justifica a sua publicação. Quanto ao segundo dos artigos, ele mostra-nos um pouco das várias facetas do que foi na universidade e na política António Luiz Gomes. Sobre ele, diz-nos o autor que “(...) cedo a sua personalidade e o seu prestígio intelectual e moral o distinguem de seus pares, sendo o principal organizador na cidade de Coimbra de um Centro Republicano.

No primeiro ano do curso é eleito presidente do Teatro Académico, que breve se tornou (...) na Associação Académica de Coimbra, sendo o seu primeiro presidente”. Ocupou o cargo durante todo o curso (1885 a 1892), o que é deveras invulgar pois a maioria dos elementos da direção da AAC era monárquica. Republicano convicto, recusou um importante prémio que a Casa Real lhe atribui por ter sido o melhor aluno do curso.

Em 2010, aquando da realização da sua II Gala, a AAC emitiu um selo personalizado, que reproduzimos, homenageando o seu antigo presidente, que também foi reitor da universidade.

A secção filatélica da AAC tem no seu seio um outro clube filatélico de apoio aos seus associados, o Clube de Colecionadores de Carimbos Comemorativos – CCCC, o único no País especializado neste tipo de marcas postais.

O seu catálogo de carimbos de comemorativos de Portugal é também o único que hoje se edita, em Portugal, sobre este tipo de marcofilia.

Neste mês de março, a secção filatélica abre as portas aos associados às quintas-feiras (15, 22 e 29) e aos sábados (17 e 24), das 16 às 18 horas, e no dia 24 haverá o lançamento do inteiro postal e carimbo comemorativo dos 50 anos do Dia do Estudante.

As atividades da secção podem ser acompanhadas em http://sfaac-filatelia.blogspot.com/ e na página http://filatelica.aac.uc.pt/ Geada de Sousa

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Diário do Alentejo 9 março 2012

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Os nossos chefes Árbitro

O

Carlos Moita é um ribatejano de rija cepa que há vinte e sete anos resolveu seguir até Beja o amor da sua vida. Maria José, a sua Mulher, companheira, sócia, colega e, naturalmente, cozinheira. Vieram para aqui e ele desde logo trabalhou na restauração, inicialmente no Luís da Rocha, mas sempre tendo em vista vir a abrir o seu próprio restaurante. Não demorou muito tempo, chama-se o “Árbitro” e faz esta semana vinte e cinco anos de existência.

Foi árbitro de futebol – daí o nome – mas não tinha disponibilidade para mais do que estar ligado aos distritais. Hoje tem pena. No tempo dele praticamente pagavase para ser árbitro, ele tinha uma casa aberta e as respetivas responsabilidades.

Tudo é diferente hoje, até isso. Qua ndo começou decidiu-se por comida alentejana, poucos restaurantes havia onde se cozinhassem os pratos e as receitas da região. É o que faz ainda hoje, tem orgulho nos seus pratos e na perfeição que acredita ter alcançado nalguns.

As paredes estão cobertas de diplomas, prémios e condecorações. Foram-lhes fazendo convites para estarem presentes em diferentes eventos e eles – sempre os dois, chefe de mesa e cozinheira – frequentemente aceitaram. Sobretudo em Toronto, Praia da Vitória, nos Açores, Vila do Conde e Santarém. É bom sinal a repetição, quer sobretudo dizer que gostaram deles, da sua forma de cozinhar, das suas apresentações e temperos.

Há um queijinho e um enchido fatiado para abrir e de seguida um cação bem-feito e avinagrado. Vem na forma de sopa, acompanhado com pão à parte, come-se como se entender. Eu prefiro o cação sem sopas, são hábitos. Em seguida

uns pezinhos de porco. Praticamente perfeitos mas acompanhados com batatas e não com o clássico pão frito. Na minha opinião fica muito carregado, talvez devesse ser permitida a escolha ao cliente.

Finalmente um ensopado de borrego.

Estamos no tempo dele. É feito à maneira do Alto Alentejo, leva batata. A hortelã perfuma-o, é talvez o nosso – nosso, do grande Alentejo – prato mais internacional, talvez mesmo o mais conhecido. O que se faz no Sul, no Baixo Alentejo, é mais rústico, leva o que o pastor tinha na choupana, louro, alho, sal e azeite. Nada mais, tirando, se necessário umas gotas de água. Mas para quem não está habituado, este que a Maria José faz é mais fácil de convencer o viajante.

Também fazem um cozido à portuguesa convincente, uma cabidela de galinha e um afamado pato com arroz. Tem porco preto para grelhar e mudam de prato com as estações. No inverno há umas especialidades, no verão outras.

Bebeu-se um tinto forte.

As sobremesas são as habituais, pudins feitos em casa e um bolo de amêndoa e ovos com forte personalidade. O Carlos fez-nos companhia, mais tarde com a Maria José e – mesmo debaixo de forte insistência – não nos deixaram pagar o almoço. – O “Diário do Alentejo” é da casa.

O argumento é forte, convenceram-nos.

António Almodôvar O Árbitro Encerra à terça-feira Rua Conselheiro Menezes, 4 (Castelo) – Beja Preço médio 12 € Não fumadores tel. 284 389 204 Net menu - Internet

Diário do Alentejo 9 março 2012

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Fotografia de Matteo Carnevali no Desassossego

“As musas silenciosas”, do fotógrafo italiano Matteo Carnevali, é a próxima exposição a inaugurar na Galeria do Desassossego, já amanhã, sábado. Patente até 13 de abril na sala bejense, trata-se de um trabalho fotográfico em série, “que articula o relato emotivo das diversas encarnações que a ideia de beleza encontra na (só) aparente banalidade dos lugares”. A figura feminina, sempre central em cada uma das imagens, “simboliza uma musa moderna, privada da possibilidade de fornecer inspiração”, o que explica o atributo de silenciosa.

Fim de semana

Mário Laginha no Fórum Eugénio de Almeida O Fórum Eugénio de Almeida, em Évora, convida o pianista Mário Laginha para protagonizar o próximo concerto do ciclo Melodea 2012, a ter lugar amanhã, sábado, pelas 21 e 30 horas. “Piano a solo” é o nome deste recital onde, para além de temas de sua autoria, como “Berenice” e “Um choro feliz”, Laginha apresenta alguns dos seus mais recentes projetos, em que homenageia dois vultos da história da música ocidental. Bach, em “Canções & Fugas”; e Chopin, em “Mongrel”.

Viola campaniça em exposição em Entradas

Filme “Florbela” exibido em Grândola

“Pão” despede-se no Cineteatro de Serpa

Patente desde 18 de fevereiro, no Museu da Ruralidade, em Entradas, a mostra “Viola campaniça e outros cordofones” vai manter-se aberta ao público até dia 30 de junho, expondo um conjunto de instrumentos que integram o acervo do músico Pedro Mestre. Fruto de “um inacabado trabalho de recolha de instrumentos tradicionais de corda”, esta coleção tem “intrínsecas as memórias dos seus tocadores e o evocar da sonoridade da campaniça com recurso a elementos multimédia”. Paralelamente,

Um dia depois da estreia nacional, o filme “Florbela”, do realizador sineense Vicente Alves do Ó, vai ser exibido em Grândola, no Cineteatro Granadeiro, numa sessão agendada para hoje à noite, a partir das 21 horas. Trata-se de uma iniciativa municipal para assinalar o Dia Internacional da Mulher, uma vez que a fita retrata um momento no tempo da vida de Florbela Espanca, poetisa alentejana. O realizador e Dalila do Carmo, a atriz que interpreta Florbela, vão estar presentes.

Depois de três anos a percorrer o País, a peça “Pão” – Teatro dos Sentidos, uma produção da companhia Baal 17, apresenta-se pela última vez em duas sessões – hoje, sexta-feira, e amanhã – no Cineteatro Municipal de Serpa, pelas 21 e 30 horas. À receita original, feita de “histórias”, “memórias”, “Alentejo” e “vida”, juntam-se desta feita as músicas e as vozes de Os Alentejanos, Grupo Coral da Academia Sénior de Serpa, César Silveira e Fátima Mestre. “Pão” é uma criação coletiva que pretende explorar a importância deste alimento,

ocorrerão diversos eventos sobre a temática, entre eles um concerto comentado com mestre Manuel Bento e Pedro Mestre, agendado para o próximo dia 17, pelas 21 horas.

“percorrendo e explorando dramaturgicamente o seu ciclo e envolvendo-o como personagem principal, numa viagem aos trabalhos da terra, ao homem e ao seu contexto político, económico, religioso, social e místico”, explica a companhia.

Hoje, no Teatro Municipal Pax Julia

“Fuga” com Maria Rueff e José Pedro Gomes em Beja

U

m ministro demite-se na sequência de um escândalo de corrupção que lhe destrói a carreira política. A sua mulher foge com o jornalista que revelou o caso. O caos instala-se na vida de Vicente Calado que considera tomar medidas definitivas quando uma vendedora ambulante lhe bate à porta. Eis as linhas mestras da trama de “Fuga”, peça que se apresenta hoje à

noite, a partir das 21 e 30 horas, no Teatro Municipal Pax Julia, em Beja, protagonizada por um elenco bem conhecido dos telespetadores: Maria Rueff, José Pedro Gomes, Jorge Mourato, João Maria Pinto e Sónia Aragão.

Escrita pelo catalão Jordi Galcerán e encenada por Fernando Gomes, “Fuga” teve estreia em outubro último, no Teatro Tivoli, e promete divertir o público be-

jense num registo de comédia de enganos onde “nem tudo o que parece é”. “Alegre e dinâmica”, apesar de um percurso especialmente duro, esta vendedora ambulante enviada pelo acaso vai transformar a vida do político em desgraça, colocando-o no centro das mais incríveis situações. Vicente acabará por conhecer um marido violento e infiel, um pai paralítico e mudo e uma prostituta.

Foi apresentado o cartaz de espetáculos da Ovibeja, com destaque para as presenças de Tony Carreira e Áurea. Apurámos, também, que a maior feira agrícola do País terá outros eventos de comer e chorar por mais, como o colóquio “Como evitar o coma alcoólico durante a feira?”, o “Festival da tosquia da ovelha” ou o stand dedicado à apanha da azeitona no FarmVille. Os mais entusiastas poderão acompanhar ainda o “Festival da tosquia da ovelha com coma alcoólico” e outro evento completamente diferente que é o “Festival da tosquia da ovelha com coma alcoólico na apanha da azeitona no FarmVille”.

31 Diário do Alentejo 9 março 2012

ovibeja 2012 elhor apresenta m Ão noturna programaÇ realizada alguma vez ja 2012 numa ovibe

facebook.com/naoconfirmonemdesminto

Governo quer reduzir função pública e abre época de caça ao funcionário do fisco Tem aumentado o número de funcionários do fisco alvo de agressões. Segundo uma investigação conjunta Não confirmo, nem desminto/Rei Midas/ Teixeira dos Santos, tal deve-se às dificuldades económicas da generalidade dos cidadãos, que, aliadas ao aumento do número de penhoras e multas por fugas ao fisco, torna estes funcionários em presas fáceis. A mesma investigação demonstra ainda que os funcionários do fisco são vistos pela generalidade dos portugueses como frequentadores do 8.º círculo do Inferno de Dante. O Governo, muito preocupado com a situação, está a tentar fazer deste problema uma oportunidade: em vez de despedir funcionários públicos, como é seu objetivo, decidiu abrir a época de caça ao funcionário do fisco. “Os trabalhadores serão libertados na natureza e capturados por contribuintes caçadores e/ou insatisfeitos...”,

Aeroporto de Beja: Voos de Dusseldorf adiados para 2013, só se farão em 2012 se devolvermos um submarino à Alemanha Os 31 voos charters previstos para 2012 vindos de Dusseldorf foram adiados para 2013, mas fonte ligada ao processo avançou que se Portugal devolver um dos submarinos comprados aos alemães com “a mudança de óleo feita e jantes de liga leve novinhas em folha” o processo pode ser revertido. Além disto, tudo poderá ser ainda mais facilitado se forem oferecidos bilhetes para o Festival Sudoeste em Zambujeira do Mar a Angela Merkel. Consta que a chanceler alemã ficaria nas nuvens se os Modern Talking pudessem atuar no festival, tendo em conta que se trata de uma das grandes referências musicais dos últimos 30 anos, ao lado de uns Diapasão ou mesmo dos Broa de Mel. Outra hipótese seria a participação de David Hasselhoff, que teve um grande êxito musical na Alemanha na década de oitenta e que se celebrizou como ator numa série em que mantinha uma relação homo-erótica com um carro que falava..

A nova modalidade já tem admiradores de toda a espécie

declarou-nos fonte do Ministério das Finanças, adiantando que “que o Alentejo será a área de excelência para esta modalidade, estando prevista a criação de um cluster de caça ao trabalhador do fisco”.

Esta notícia já foi recebida com grande entusiasmo pelos grifos libertados há poucas semanas, grandes apreciadores de funcionários públicos de fricassé.

Ao que apurámos, também aumentaram as vendas de produtos para a caça a este espécime, como as armadilhas com faturas de IMI por pagar como isco ou os bocados de pano ensopados em after-shave de Vitor Gaspar, desenhados para atrair os funcionários mais distraídos. Perante as críticas de que este processo poderá ser pouco ortodoxo e violento, fonte do Governo afirmou: “Fica mais barato despachá-los assim do que metê-los a ter formações com o Grupo de Operações Especiais da PSP”.

Beja: ANA prevê que na atividade aérea deste ano haverá predomínio de voos de cuecas e soutiens para o palco do concerto de Tony Carreira na Ovibeja Relatório apresentado pela ANA – Aeroportos de Portugal, empresa prestes a ser comprada por um empresário chinês ou angolano de média dimensão, afirma, e passamos a citar, que “em 2017 o aeroporto de Beja terá um crescimento mais forte já que vão vir uma porradaria de charters para ver isto e aquilo” e que “quando Beja estiver dotada das acessibilidades necessárias, nomeadamente a autoestrada com seis faixas para Varsóvia e a linha do comboio eletrificada até Dakar, é que vai ser um corrupio que não se pode...”. Para além destes factos surpreendentes, há que destacar também as conclusões da ANA já para este ano: a atividade aérea da região será fortemente marcada pelos incontáveis voos de cuecas e soutiens para o palco onde se vai realizar o concerto de Tony Carreira na Ovibeja. Segundo o relatório, 90 por cento das peças serão tangas e daqueles soutiens que arrepanham as maminhas para cima. Prevê-se, do mesmo modo, uma subida das chamadas “cuecas da avózinha” (também conhecidas como “paraquedas”...) que, apesar de muito grandes, ainda gozam de grande popularidade entre as entusiastas da aerodinâmica.

Reza a lenda que Tony Carreira engravidou duas fãs na sua última Ovibeja só por lhes ter espirrado para cima

Inquérito A Câmara Municipal de Beja aprovou orçamento para 2012. Já consegue dormir descansado?

PAUL KRUGMAN, 59 ANOS Nobel da Economia, pessoa que está ao nível das previsões económicas do prof. Fofana

HENRIQUE MEDINA CARREIRA, 81 ANOS Ex-ministro das Finanças que entrega apocalipses ao domicílio

RAINHA D. LEONOR Bejense de alma e coração que está petrificada com o estado do País

Estou quase descansado, até porque gostei muito de provar o presunto de Barrancos…

Na verdade queria ser mais simpático, mas isto está mau para o vosso lado: se Portugal tem 75 por cento de hipóteses de ficar no euro, o concelho de Beja só tem 50. Soluções? Podem fazer um franchising do Beja Wine Night por todo o mundo… Se fizerem em Nova Iorque vou de bom grado. Há quem me ache o máximo, só porque faço previsões, mas não sou nenhum deus, não transformo água em vinho. Agora peço desculpa, mas vou ali caminhar na água...

Ó filho, isso é uma coisa que não interessa nada.

Vocês, os jornalistas, andam a entreter-se com coisas que não interessam ao menino Jesus, só querem saber é do espetáculo, e para espetáculo já chegou este processo de aprovação do orçamento de Beja. Você já viu a imagem que isto passa lá para fora? Para as pessoas que nos emprestam dinheiro? O Poul Thomsen tem pesadelos com o Rodeia Machado e o Pulido Valente! Já não basta saber que vamos todos morrer na miséria envoltos em enxofre e vulcões em erupção?

Ainda bem que se entenderam, bolas que nunca mais acabava! Parecia uma novela da TVI, mas mais bem escrita e com melhores interpretações. Acho muito bem que haja orçamento e vejam lá se tratam bem do meu museu. Apesar de algum musgo e excremento de pombo, estou aqui muito bem localizada e não me apetece sair daqui. Não fechem isto, está bem? Sabem quanto é que pedem por um T2 ao pé do Continente?

Para um lar é que eu não vou!

Nº 1559 (II Série) | 9 março 2012

FUNDADO A 1/6/1932 POR CARLOS DAS DORES MARQUES E MANUEL ANTÓNIO ENGANA PROPRIEDADE DA AMBAAL – ASSOCIAÇÃO DE MUNICÍPIOS DO BAIXO ALENTEJO E ALENTEJO LITORAL Presidente do Conselho Directivo José Maria Pós-de-Mina | PRACETA RAINHA D. LEONOR, 1, 7800-431 BEJA | Publicidade e assinaturas TEL 284 310 164 FAX 284 240 881 comercial@diariodoalentejo.pt Direcção e redacção TEL 284 310 165 FAX 284 240 881 jornal@diariodoalentejo.pt | Assinaturas País € 28,62 (anual) € 19,08 (semestral) Estrangeiro € 30,32 (anual) € 20,21 (semestral) Director Paulo Barriga (CP2092) | Redacção Bruna Soares (CP 8083), Carla Ferreira (CP4010), Nélia Pedrosa (CP3586), Ângela Costa (estagiária) Fotografia José Ferrolho, José Serrano | Cartoons e Ilustração Luca, Paulo Monteiro, Susa Monteiro | Colaboradores da Redacção Alberto Franco, Aníbal Fernandes, Carlos Júlio, Firmino Paixão, Marco Monteiro Cândido | Provedor do Leitor João Mário Caldeira | Colunistas Aníbal Coutinho, António Almodôvar, António Branco, António Nobre, Carlos Lopes Pereira, Constantino Piçarra, Francisco Pratas, Geada de Sousa, José Saúde, Rute Reimão | Opinião Ana Paula Figueira, Bruno Ferreira, Cristina Taquelim, Daniel Mantinhas, Filipe Pombeiro, Francisco Marques, João Machado, João Madeira, José Manuel Basso, Luís Afonso, Luís Covas Lima, Luís Pedro Nunes, Manuel António do Rosário, Marcos Aguiar, Maria Graça Carvalho, Martinho Marques, Nuno Figueiredo Publicidade e assinaturas Ana Neves | Paginação Antónia Bernardo, Aurora Correia, Cláudia Serafim | DTP/Informática Miguel Medalha Projecto Gráfico Alémtudo, Design e Comunicação (alemtudo@sapo.pt) Depósito Legal Nº 29 738/89 | Nº de Registo do título 100 585 | ISSN 1646-9232 Nº de Pessoa Colectiva 501 144 587 Tiragem semanal 6000 Exemplares Impressão Grafedisport, SA – Queluz de Baixo | Distribuição VASP

RIbanho

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Hoje, sexta-feira, prevê-se sol em toda a região e a temperatura deverá oscilar entre os oito e os 21 graus centígrados. Amanhã, sábado, o céu deverá estar limpo e no domingo também não se esperam nuvens.

António Branco, crítico e divulgador

“Qualquer pessoa pode gostar de jazz”

C

omeçou por ser uma música “de puro entretenimento, a banda sonora dançante da América”. Depois, a partir da década de 40, com o advento do be-bop, o jazz entrou num processo de “intelectualização”, que o tem afastado do grande público.

Contrariar esta ideia feita tem sido a missão de António Branco, divulgador e crítico de jazz que já percorreu toda a região, através do Clube de Jazz do Conservatório Regional do Baixo Alentejo, dando a conhecer esta que considera a mais “rica, vibrante e emocional” das músicas.

iniciados. Temos percorrido o Baixo Alentejo de lés-a-lés, mas não só, a levar o jazz às pessoas. Realizámos cursos sobre a história do jazz, o ciclo “Vidas de Jazz”, mas também sessões fonográficas e videográficas, sessões com convidados especiais que ligam o jazz a outras temáticas, concertos ao vivo e sessões abertas em que os participantes fazem uma espécie de “autoscopia jazzística”. Tem sido uma experiência interessantíssima. O Clube de Jazz do CRBA está aberto a todas as pessoas que gostam de jazz, mas também a todos quantos pensam poder vir a gostar e que necessitam de mais informação para poder formar um juízo.

Recuando ao início. Quando e porquê começou a interessar-se pelo jazz?

Devo dizer que quanto ao jazz não fui particularmente precoce. O jazz entrou na minha vida já na casa dos 20 anos. Antes de chegar ao jazz, durante a juventude, passei por muitas fases, ouvi muita música diferente, muitos discos, muitos concertos. O certo é que sempre tive um gosto especial por “outras músicas”. Fiz todo um caminho que me capacitou e me trouxe ao jazz. Penso que tenha sido um processo natural, que acabou por me abrir as portas para uma música tão rica, tão vibrante, tão emocional – como nenhuma outra – como é o jazz.

Quem costuma frequentar os cursos livres que ministra, através do Clube de Jazz do CRBA, e do que vai à procura?

As sessões do Clube de Jazz do CRBA, criado em 2007, têm vindo a ser frequentadas por pessoas muito diferentes, mas com um evidente denominador comum: a vontade de saber mais sobre um género musical que, em meu entender, é aquele cuja diversidade melhor espelha o mundo em que hoje vivemos.

Têm comparecido jovens e pessoas mais velhas, músicos e não músicos, iniciados e não PUB

António Branco,

Como encara a generalidade das pessoas este género musical; persiste, de algum modo, a ideia de que se trata de uma música “difícil” e para elites?

Dinamiza, desde 2007, o Clube de Jazz do Conservatório Regional do Baixo Alentejo e colabora com diversos órgãos de comunicação, locais e nacionais, nomeadamente com o “Diário do Alentejo” e, desde a sua primeira edição, com a revista “Jazz. pt”, a única em Portugal especializada neste género musical. É autor das liner notes de vários discos de jazz e tem ministrado cursos livres e proferido diversas conferências sobre a temática. Colaborou igualmente em projetos pedagógicos, nomeadamente o “Jazz na Escola”, desenvolvido em parceria pela Associação Músicas no Sul e a Direção Regional de Educação do Algarve.

Sim, infelizmente ainda grassa a ideia de que o jazz é um género musical de audição difícil, que só alguns conseguem entender e apreciar. Um dos propósitos centrais do trabalho que temos vindo a realizar no Clube de Jazz do CBRA é precisamente contribuir para formar públicos e desmistificar essa ideia, que apesar de muito presente, é errada. Qualquer pessoa pode gostar de jazz, desde que tenha os ouvidos e a mente abertos. Não poderemos, contudo, negar que o jazz é uma música que se pode tornar mais complexa, por nela não se descortinar, muitas vezes, uma melodia simples para trautear ou um ritmo para dançar. Este processo de “intelectualização” do jazz, é preciso lembrar, iniciou-se na década de 1940, com o advento do be-bop. Até então, o jazz era música de puro entretenimento, a banda sonora dançante da América. O jazz é um género exigente, sim, mas ao mesmo tempo imensamente desafiante. Carla Ferreira

39 anos, natural de Beja

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8.º Festival Terras Sem Sombra arranca no fim do mês Música, património e biodiversidade vão ser os eixos dinamizadores da 8.ª edição do Festival Terras Sem Sombra, cuja programação arranca já no próximo dia 24, contemplando seis concertos, a um ritmo quinzenal, que se estendem até junho. A apresentação pública deste evento organizado pelo Departamento do Património Histórico e Artístico (DPHA) da Diocese de Beja tem lugar na próxima quarta-feira, 14, no Centro Cultural de Belém, em Lisboa, contando com as intervenções do diretor artístico do Festival, Paolo Pinamonti, e atual diretor do Teatro de la Zarzuela, em Madrid, e de José António Falcão, historiador de arte e responsável pelo DPHA da Diocese de Beja. Os concertos vão, mais uma vez, ter lugar em importantes igrejas históricas do território baixo alentejano, pretendendo esta edição reforçar o intuito de “construir pontes entre o património edificado religioso e a música, contribuindo, ao mesmo tempo, para a projeção internacional e integração do Alentejo no mapa dos festivais europeus”, refere José António Falcão. O Festival Terras Sem Sombra de 2012 conta com o Alto Patrocínio do Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, e do presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso.

Borboletário apresentado aos bejenses A Câmara Municipal de Beja procedeu ontem, quinta-feira, à apresentação pública do projeto de um borboletário, que integra a segunda fase de requalificação do jardim público da cidade. O projeto surge da necessidade de dar uso a uma estufa de plantas desativada naquele equipamento público bejense.

Mas porque “toda a zona poente do jardim carece de requalificação, de modo a permitir a sua fruição pela população em geral”, a autarquia convidou os munícipes a dar os seus contributos para este projeto.

Além de lugar de pesquisa, o futuro borboletário, que “não é mais do que um jardim de plantas hospedeiras”, pretende também ser um espaço aberto diariamente à população, com visitas guiadas, tendo como principal intuito a educação ambiental.