Ediçao Nº 1560

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Seca assola barros de Beja como nunca antes pág. 9 Solução para o Museu Regional pode passar pela Cimbal pág. 11 Um jardim para apreciar borboletas em Beja pág. 13 Herdade da Contenda protege lince e abutre-preto pág. 12

SEXTA-FEIRA, 16 MARÇO 2012 | Diretor: Paulo Barriga Ano LXXX, No 1560 (II Série) | Preço: € 0,90

Faltam menos de 15 dias para apresentar documentos junto da Unesco

Autarcas à desgarrada na candidatura do cante JOSÉ SERRANO

RAFAEL RODRIGUES

pág. 6/7

Joaquim Leandro Grosso

Um Minuto com muitas horas

A aldeia da estação onde o comboio já não para Em cada uma destas imagens há um relógio. Público. Um, em Amareleja, Moura, marca as horas de um homem que na sua vida não parou um minuto sequer. O outro, na estação de Luzianes, Odemira, assinala cada instante em que os comboios deixaram de parar nesta aldeia ferroviária. Para uns, o tempo é o que passa. Para outro, é o que falta. págs. 4/5 e 16/17

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Diário do Alentejo 16 março 2012

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Editorial Ainda

Vice-versa Jorge Pulido Valente, presidente da Câmara de Beja, considera que houve precipitação no lançamento da candidatura do cante a Património Imaterial da Humanidade “com a Câmara de Serpa a querer aparecer isolada como promotora” da iniciativa.

Paulo Barriga

João Rocha diz que não está só: “Está envolvida a Moda e a Confraria do Cante que são as entidades representativas do cante alentejano (…) a Entidade Regional de Turismo, a Casa do Alentejo e a maioria das câmaras” da região.

F

altam apenas alguns dias para dar entrada na Unesco a candidatura do cante alentejano a Património da Humanidade. São os dias mais difíceis para a nossa maneira de cantar. Desde que temos esta maneira de cantar.

Porque são dias de aperto, de grande ansiedade, de indefinição e, antes de tudo, de divisão.

Neste instante o cante está entrincheirado. Está partido, perdido, entre duas forças que o disputam mais no campo da batalha política do que nas suas searas de nascença. A Câmara de Serpa, certamente por ter trabalho adiantado na matéria, decidiu avançar repentinamente para esta candidatura. Sozinha, de início. Agregando outras autarquias, entidades, grupos corais, agentes culturais ao longo do processo. Mas não todos.

Não o cante todo. Todo o cante do mundo. Pelo que é repetidamente acusada de desmedido e despropositado protagonismo numa matéria que diz respeito a um território muito mais vasto que o seu. Os detratores desta candidatura acusam-na, à Câmara de Serpa, de se estar a apropriar indecorosamente do mais valioso bem comum que o Alentejo tem. Que o Alentejo todo, em todas as partidas do mundo, tem. Embora saibamos que o cante costuma acontecer numa área de influência muito coincidente com o distrito de Beja. Mais cuidadosos, ou realistas, talvez, os cientistas acham que a candidatura sofre de insanáveis lacunas técnicas e metodológicas, enfermidades que deveriam ser sanadas em tempo próprio. E que esta candidatura, que é unânime, afinal, deveria sofrer um adiamento de, pelo menos, um ano. Para não se correr o risco de vir de Paris recusada. E o curioso desta questão é que todos parecem ter razão. Sem que haja qualquer razão para dizimar a unidade, ainda que diversa, que nos faz cantar a todos, lado a lado, ombro a ombro, geração após geração. É que o cante já é património da Humanidade. A Unesco é que talvez não saiba. Ainda.

Fotonotícia

Luzianes-Gare a ver passar os comboios. O cartaz não engana. Esta gente quer o comboio de volta. Porque cresceu com os olhos postos nele e a vê-lo parar na estação da sua aldeia, levando os filhos da terra rumo ao sul, ao centro, ao mundo. Luzianes-Gare é apenas uma das muitas aldeias estação que vê a máquina, que lhe trouxe a esperança, a promessa de desenvolvimento e o rompimento da interioridade, ser-lhe retirada. Ninguém se conforma em ficar a ver passar os comboios, sem que neles possa entrar. O povo unese e luta pela sua defesa. Que é a defesa da sua terra. BS Foto de José Serrano

Voz do povo Concorda com a candidatura do cante alentejano a Património da Humanidade?

Francisco Soares, 78 anos, reformado da função pública

Concordo. Se o fado foi, o nosso cante também deve ser. Cheguei a ir a sítios cantar com os meus companheiros e quando sabiam, principalmente os estrangeiros, que eramos alentejanos, obrigavam-nos a cantar. Acho que isso é um bom exemplo.

Inquérito de Ângela Costa

Maria do Carmo Carapeto, 63 anos, funcionária pública

Andreia Bonito, 27 anos, animadora sociocultural

Isaura Santos, 63 anos, reformada

Concordo. Os alentejanos cantam muito bem e é um cântico mesmo do Alentejo e é diferente dos outros, por isso temos que elevá-lo a património. Temos que puxar por aquilo que é nosso, mesmo que haja quem não concorde.

Concordo. Faz parte da nossa cultura e acho que tem capacidade para ser Património da Humanidade, porque não? Se o fado já é…

Sim. Como sou alentejana gosto do cante alentejano. Gostava de o ver reconhecido no mundo inteiro. Como o fado é património gostava que o cante alentejano também fosse.

Rede social

Semana passada QUARTA-FEIRA, DIA 7 ALCÁCER DO SAL ANULADA HASTA PÚBLICA PARA A VENDA DE SECADORES DE ARROZ A hasta pública para a venda dos secadores de arroz de Alcácer do Sal que estava a ser contestada pelos produtores de arroz foi anulada, anunciou a Associação de Agricultores do Distrito de Setúbal. “Não recebemos nenhuma informação oficial, mas já sabemos que a hasta pública prevista para o dia 14 de março para a venda dos secadores de arroz de Alcácer do Sal foi anulada”, disse Avelino Antunes. “Estamos satisfeitos com a anulação da hasta pública, que iria ter consequências muito graves para centenas de pequenos e médios produtores de arroz”, acrescentou. Avelino Antunes garantiu, no entanto, que os orizicultores vão continuar a lutar pela cedência dos centros de secagem de Alcácer e Águas de Moura, tal como lhes foi prometido por anteriores governos. A associação considera que a luta dos produtores de arroz que não possuem secadores e as tomadas de posição das assembleias municipais de Grândola e Alcácer foram determinantes para a decisão de anulação da hasta pública.

QUINTA-FEIRA, DIA 8 CASTRO VERDE GNR DETÉM HOMEM POR SUSPEITA DE TRÁFICO E APREENDE 102 DOSES DE HEROÍNA A GNR deteve um homem, de 52 anos, por suspeita de tráfico de droga e apreendeu 102 doses de heroína, perto de Castro Verde, disse à Lusa fonte da força de segurança. A detenção, a cargo do Núcleo de Investigação Criminal de Almodôvar no âmbito de um processo-crime, foi efetuada na quinta-feira à tarde, após a GNR ter intercetado, perto de Castro Verde, a viatura onde o homem seguia. O homem, que “tem antecedentes criminais”, foi presente ao Tribunal de Almodôvar.

SEXTA-FEIRA, DIA 9 VILA VERDE DE FICALHO CENTRO DE CULTURA E MULTIMÉDIA INAUGURADO O Centro de Cultura e Multimédia de Vila Verde de Ficalho (Serpa) foi inaugurado após um investimento de quase 294 mil euros para facilitar aos cidadãos acesso gratuito a tecnologias de informação e atividades culturais e lúdicas. O novo equipamento, que tem uma vertente pedagógica, através de ações de formação específicas na área das tecnologias de informação, foi construído pela Câmara de Serpa com cofinanciamento comunitário e vai ser gerido pela Junta de Freguesia de Vila Verde de Ficalho. O centro, que dispõe de uma rede de acesso gratuito à Internet sem fios, está equipado com três salas, uma polivalente e duas de tecnologias de informação e comunicação, sendo que uma tem nove postos públicos de ligação à Internet e ligados em rede.

DOMINGO, DIA 11 ALJUSTREL MUNÍCIPES RECOLHEM UMA TONELADA DE LIXO NO CERRO DA MINA DO MOINHO Cerca de uma tonelada de lixo foi recolhida pelos participantes de uma ação de limpeza, que se realizou no domingo no cerro da Mina do Moinho, junto ao Parque de Exposições e Feiras da Vila Mineira. Promovida pela Câmara Municipal de Aljustrel, no âmbito da iniciativa “Março, mês do Ambiente”, esta ação visava “sensibilizar o público para a problemática dos resíduos deixados ao abandono e consequentemente apostar na mudança de comportamentos e na reeducação ambiental da população”.

TERÇA-FEIRA, DIA 13 OURIQUE CATORZE PRIVADOS INTERESSADOS EM REABILITAR CASAS NO CENTRO HISTÓRICO Catorze proprietários privados já se mostraram interessados em requalificar as fachadas e coberturas dos seus edifícios no âmbito do projeto da Câmara de Ourique para reabilitação urbana do núcleo histórico da vila alentejana, anunciou o município. As primeiras reuniões individuais entre os proprietários dos edifícios e uma equipa técnica da Câmara de Ourique, constituída por um elemento do Gabinete de Apoio ao Desenvolvimento, um engenheiro civil e um arquiteto, realizaram-se esta semana. Os projetos de reabilitação dos edifícios, no âmbito do projeto, vão contar com o apoio da autarquia na elaboração das candidaturas ao Programa de Desenvolvimento Rural (Proder), através do qual serão financiados em 60 por cento.

3 perguntas a Mário Simões

Deputado do PSD eleito pelo círculo de Beja

Qual é o balanço que faz do I Roteiro Social no distrito de Beja, que chegou ao fim na segunda-feira?

O balanço é extremamente positivo.

Apesar de ainda persistirem desigualdades profundas e com níveis de pobreza significativos, o distrito já dispõe de uma rede de oferta social de elevada qualidade, embora ainda insuficiente para as necessidades. Visitei 25 instituições de solidariedade, sem preconceitos ideológicos, mas sim com o pragmatismo de que devemos ajudar a resolver os problemas das pessoas. Recebi manifestações de preocupação pelo aumento galopante dos pedidos de socorro, de novos casos sociais e encontrei uma resposta de elevado mérito. Persistem injustiças e desigualdades que não são aceitáveis. Não concebo que quem nasce pobre tenha poucas expetativas de abandonar essa condição. Não aceito que tantas pessoas portadoras de deficiência se vejam excluídas da sua participação na sociedade e que ainda tenhamos pessoas que não conseguem ter duas refeições por dia.

Temos pois muito para fazer. E no atual contexto é necessário que as IPSS introduzam métodos de gestão e de organização e que rentabilizem as valências sociais de que dispõem, com a prestação de serviços à comunidade, como novas fontes de receita. Foi reconfortante ter constatado a riqueza humana e solidária que encontrei.

“Fuga” no Pax Julia Teatro Municipal Maria Rueff e José Pedro Gomes divertiram o público bejense.

Esta comédia de enganos onde “nem tudo o que parece é” subiu ao palco do Pax Julia, na sexta-feira passada. “Fuga” foi de chorar a rir e de pedir por mais.

Borboletas na Casa do Lago A Casa do Lago recebeu, na semana passada, todos os interessados em perceber o novo projeto da Câmara Municipal de Beja para o Jardim Público. Trata-se de um borboletário. Jorge Pulido Valente, presidente da Câmara de Beja, fez as honras da casa.

Por essa estrada fora...

A caminhada foi a propósito do Dia da Mulher, mas, esse, até poderia ter sido só o pretexto. Homens e mulheres aproveitaram o sol de inverno, que mais parece de primavera, e foram esticar as pernas. O corpo agradece.

No decorrer do contacto com as instituições sociais disse ter detetado situações “absurdas”. Que situações foram essas e como podem ser resolvidas?

O Programa de Emergência Social, implementado pelo Governo, pretende rentabilizar os equipamentos e recursos já existentes. Ou seja, fazer mais e melhor com menos recursos. Por isso não entendo, e reputei de “absurdo”, como é que, por exemplo, o Centro Social do Bairro da Esperança está limitado na sua estratégia de melhorar a oferta social porque o edifício onde desenvolve a sua ação não é sua propriedade e condiciona o recurso à banca para candidaturas a fundos comunitários; ou a Caritas não dispor de um centro de dia, com todas as condições de qualidade e espaço de que dispõe; ou os edifícios da Refer em Beja e na Funcheira não serem aproveitados para reforçar e melhorar a oferta por instituições sociais e humanitárias; ou os lares residenciais para pessoas com deficiência (e deficiência mental) que estão concluídos e não têm ainda os acordos com o Estado para funcionarem…

Entre muitas outras naturalmente!

O deputado do PCP com o povo de Luzianes-Gare João Ramos, deputado do PCP, juntou-se à luta do povo de Luzianes-Gare, no concelho de Odemira. Viu passar o comboio, que já não para na estação, e juntou-se ao grupo de vozes indignadas. “A luta vale sempre a pena”, disse.

Presidente de Odemira na defesa do seu concelho Tem agendados outros roteiros?

Sim. O próximo será dedicado às questões agrícolas e retomarei o Roteiro Social em abril/maio. Pretendo visitar todas as IPSS do distrito. Nélia Pedrosa

Quem também não faltou ao protesto, em Luzianes-Gare, foi José Guerreiro, presidente da Câmara de Odemira. Na histórica estação, ao lado do povo, reinvindicou melhores acessibilidades para o seu concelho. O comboio, esse, tem de parar.

Diário do Alentejo 16 março 2012

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Diário do Alentejo 16 março 2012

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Luzianes-Gare

No interior do concelho de Odemira

A aldeia estação Jovens há poucos. A escola abre graças aos filhos dos cidadãos estran-

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caminho leva a um vale. De um lado da estrada ergue-se a aldeia de Luzianes-Gare, que parece ter-se encostado à linha de caminho de ferro, prevendo que a chegada da máquina a vapor lhe desse condições para crescer. E deu. A uma casa juntou-se outra e mais outra. Uma comunidade, no interior do concelho de Odemira.

O comboio deu esperança aos filhos da terra, mas trouxe, sobretudo, a quebra dos caminhos que levavam ao isolamento, à solidão. Trouxe uma ligação ao exterior, para lá dos vales repletos de arvoredo.

A manhã apresenta-se soalheira e a ribeira com pouco caudal. As copas das árvores permanecem imóveis. A aldeia, à primeira vista, parece deserta. Mas para lá da ponte, lá no cimo, avista-se a linha férrea e junto a ela uma pequena multidão a lutar pela paragem dos comboios. A aldeia habituou-se a vê-los parar na sua estação e, agora, não se conforma de só os ver passar, sem que neles alguém possa entrar.

Um c a r ta z não dei xa dúv id a s: “Queremos o comboio regional de volta”.

“Tenho 70 anos e desde pequenina que conheço o comboio a parar na minha terra. Arranjaram a linha, as estações, e deixamos de ter comboio para andar.

Acho que é uma injustiça”, conta Cecília Martins.

O sol aquece. O povo não dispersa.

Espera pela passagem do comboio, para acenar ainda mais as bandeiras pretas que carrega. Nos altifalantes Zeca Afonso continua a ouvir-se.

Cá em baixo, junto à ribeira, uma mulher passeia os cães de pelo eriçado. Não foi ao protesto. Outra, de luvas de borracha envergadas, limpa as portadas das janelas. Também não foi, mas “concorda”.

Pelo caminho também ficaram os que não tiveram forças para subir, e que se sentaram nos bancos de madeira, junto aos balneários públicos, ouvindo, ora a música, ora os discursos.

Para Lisete Nobre, o que falta a Luzianes-Gare “é o comboio e a médica”.

“A juventude está a ir-se embora. Não tem garantias nenhumas. Não têm trabalho, não têm nada…fogem. Estou aqui porque já sou velha. Se fosse nova já me tinha ido embora também”, garante.

A agricultura ainda é o sustento desta terra, mas, segundo os habitantes, “está a acabar-se”. “Aqui já não se semeia nada

geiros que vivem em montes. A agricultura já teve melhores dias e o comboio passa, mas não para. Valha o futebol, ao domingo, para animar as gentes de Luzianes-Gare. “E o interior, que será feito do interior?”, perguntam.

Texto Bruna Soares Fotos José Serrano

e já não se colhe nada. As pessoas trabalhavam na terra, mas está tudo parado.

Não há fábricas. Não há nada”, argumenta Lisete Nobre.

O comboio avista-se na linha. As bandeiras negras erguem-se. O maquinista abranda a marcha, mas não para. O povo mostra o seu descontentamento, à espera que alguém o oiça, entre os vales de Luzianes-Gare. “E o interior, que será feito do interior?”, pergunta um dos homens, enquanto outro responde: “Qualquer dia fecham o interior”.

Na zona baixa da aldeia, mesmo junto à ponte, Célia Matias apressa-se em direção ao grelhador. A carne, para o almoço de domingo, está a assar sobre as brasas.

“Casei e fiquei em Luzianes-Gare. Gosto de viver aqui”, conta, lamentando, no entanto, “a falta de desenvolvimento da freguesia”. “Se a escola fechar ainda mais isolada fica a aldeia, mas são os estrangeiros que fazem a escola estar aberta”. A mulher refere-se aos vários cidadãos que vivem em montes na freguesia e nas freguesias vizinhas. O número de crianças é diminuto e os filhos dos cidadãos estrangeiros, que frequentam a escola em Luzianes-Gare, para já, ajudam a garantir o número mínimo de alunos.

“Acho que a minha terra se está a tornar numa terra como as outras. Está a tornar-se num deserto. Não é por nada que estas manifestações acontecem. Temos de mostrar a nossa indignação. Qualquer dia não temos crianças…só temos velhos”, considera Paulo Luz. O homem fixa o olhar na ribeira e nas casas pintadas de branco. Ao longe avista-se a igreja, onde está a padroeira da terra, Santa Rita. E comenta: “Ainda assim a minha terra evoluiu nos últimos anos, passou a ser freguesia. Passámos a ter uma série de coisas que são fundamentais”. Quanto à fixação dos jovens na aldeia, Paulo Luz diz: “Com este tipo de atitudes, não se pode pensar nisso”.

Nuno Filipe, porém, gostava de ficar na sua terra, mas acha que é “difícil”.

“Não há aqui empregos. Estou a tirar um curso e pode ser que consiga ir para fora”.

Jovens da sua idade, garante, “há poucos”.

“Há mais é moços estrangeiros, que vivem em montes”.

O dia segue com um petisco no centro cultural. É domingo e só há um motivo de alegria na aldeia estação: “Daqui a pouco vamos ver a bola?”.

Diário do Alentejo 16 março 2012

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José Valério Presidente da Junta de Freguesia de Luzianes-Gare A que se deve este protesto na estação?

Em defesa do comboio regional

Deve-se à não paragem dos regionais, que serviam as populações de Luzianes e das aldeias e freguesias vizinhas. Passados mais de 100 anos, temos o imenso desgosto de não parar um único comboio nesta histórica estação de Luzianes, velha estação de Odemira.

O protesto, que aconteceu no domingo, em Luzianes-Gare, no concelho de Odemira, em defesa da paragem do comboio regional na freguesia, contou com a participação de João Ramos, deputado do PCP, e de José Guerreiro, presidente da Câmara Municipal de Odemira. Para o deputado comunista, “as populações da serra têm toda a razão”, até porque, em sua opinião, “não faz sentido que o comboio passe no concelho de Odemira e só pare numa estação”.

“Como é que o País pode produzir se as populações são afastadas? A isto soma-se o encerramento das estações, das unidades de saúde, das freguesias. As pessoas não têm condições de viver no interior no País”. “O País tem é de fazer o percurso contrário, de trazer pessoas para aqui”, diz o deputado. José Guerreiro, como não poderia deixar de ser, está solidário com esta luta, até porque ela também é sua.

“O concelho de Odemira não pode ser visto como um concelho qualquer, mas, permitam-me o abuso, como um distrito. É por isso que tem quatro estações ferroviárias na linha do Sul e que tem um troço bastante extenso”, afirma o autarca, considerando: “É fundamental que, passando esta linha férrea pelo interior, se mantenha um transporte de cariz social nesta área”. “Temos aqui uma população muito rural, muito dispersa, muito envelhecida e com um cariz socioeconómico muito particular e muito débil, que precisava de facto do comboio regional”, lembra José Guerreiro.

O que representa a não paragem de comboios?

É uma perda muito importante para as pessoas que precisam de se deslocar a Setúbal, onde há um grande Centro de Diagnóstico de Saúde, ao Barreiro, a Lisboa, ao Pinhal Novo e ao Algarve. É uma perda enorme. As populações estão indignadas. Queremos que todos tenham conhecimento da nossa indignação.

A saúde também é motivo de preocupação?

O centro social foi criado para fixar os serviços de saúde, que agora nos retiraram de uma forma abrupta, sem qualquer aviso prévio. Isto constitui um grande desrespeito pelas populações e não podemos compactuar com isso. Temos de manifestar a nossa indignação, nomeadamente a forma como estamos a ser tratados.

O que faz falta à freguesia?

Era uma zona essencialmente agrícola e verificou-se uma queda brutal da agricultura, que não se verificou só no concelho de Odemira e no Alentejo, mas em todo o País. O interior ao perder essa vertente agrícola fez com que as aldeias ficassem cada vez mais despovoadas. A desertificação é cada vez maior. Já tivemos aqui fábricas de cortiça, moagens de farinha e de trigo e celeiros, e era importante o nosso stock nos celeiros, que neste momento, se calhar, não têm um bago de trigo. Se a natureza e São Pedro continuarem assim, com esta seca intensa que aí está a chegar, se calhar um dia quem manda vai pensar: fizemos mal em não ter um stock.

A agricultura era a grande força para termos mais pessoas na região e se não existe, atrás dela muita coisa se vai embora. Lutamos como temos podido para conservar com vida estas aldeias, mas com a forma que os governos de Portugal têm conduzido este processo, é muito difícil e não sei onde isto vai parar. É possível fixar os jovens?

Grupo Desportivo e Recreativo dinamiza aldeia O Grupo Desportivo e Recreativo de Luzianes-Gare, fundado em 1978, é um dos dinamizadores da freguesia. O seu intuito é desenvolver o desporto e a cultura na freguesia e, até agora, a tarefa parece ter sido cumprida. Para além do futebol, impulsiona provas de BTT, jogos tradicionais e passeios pedestres, entre outros. É ainda um elemento ativo nas festividades da freguesia.

Património e festividades Luzianes-Gare conta com uma capela construída, recentemente, em honra de Santa Rita, padroeira da freguesia. As festas religiosas de homenagem à padroeira realizam-se no primeiro domingo do mês de junho. A feira anual acontece a 15 de julho. O Moinho das Verdugueiras, em funcionamento, e a Fonte das Heras são outros dos pontos emblemáticos da freguesia.

Com muita dificuldade, porque os jovens, hoje em dia, já exigem outras condições de vida. É difícil porque não têm emprego, não há indústrias, e as que havia desapareceram. As acessibilidades cada vez estão piores, e a comprová-lo está esta paragem dos caminhos de ferro. É tudo a contribuir para uma maior desertificação no País, nomeadamente no meu concelho de Odemira, que é o maior de Portugal.

Quantos habitantes vivem na freguesia?

Cerca de 500 habitantes. É a sétima freguesia em área do concelho de Odemira, mas, mercê das políticas que atrás referi, estamos reduzidos a este número de habitantes.

Cimbal apoia candidatura do cante a Património da Humanidade

Diário do Alentejo 16 março 2012

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A Assembleia Intermunicipal da Cimbal – Comunidade Intermunicipal do Baixo Alentejo, aprovou, no final da semana passada, uma declaração de apoio à candidatura do cante alentejano a Património Cultural Imaterial da Humanidade da Unesco. A proposta foi aprovada “com 21 votos a favor (bancada da CDU e MIM – Movimento Independente) e 21 abstenções (bancadas do PS, PSD e

Atual

Candidatura entregue no final do mês

Os altos e os baixos do cante Tal como no cante alentejano, onde os altos e os baixos soam de forma diferente, com timbres e tons distintos, também o processo de candidatura do cante alentejano a Património Cultural Imaterial da Humanidade da Unesco tem conhecido cadências diferentes entre quem tomou a dianteira e quem pensa que foi deixado para trás.

Texto Marco Monteiro Cândido Ilustração Paulo Monteiro

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entro de duas semanas joga-se o futuro do cante alentejano. Ou, pelo menos, o princípio de uma nova etapa no que ao cante diz respeito. No dia 30 de março apresentar-se-á a candidatura a Património Cultural Imaterial da Humanidade da Unesco, verdadeira bifurcação no caminho do cante.

Posto isto, dois caminhos possíveis estão no horizonte: a candidatura é aprovada e começará o verdadeiro trabalho de salvaguarda, dinamização e transmissão do cante; ou a candidatura é reprovada e, com ela, todos os esforços da Câmara Municipal de Serpa, da Entidade Regional de Turismo do Alentejo, das comissões que constituem a candidatura e de todos quantos estão envolvidos no processo. Ou não será bem assim?

O presidente da Câmara de Serpa, João Rocha, ao fazer o ponto de situação dos trabalhos em torno da candidatura, considera que está tudo a correr muito bem. “A maior parte dos grupos corais está a apoiar a candidatura de forma calorosa”. Mesmo sobre as vozes discordantes do processo, desvaloriza esse facto. “Nos municípios não são muitos. São dois ou três que não apoiaram. E os outros todos? E a quantidade de grupos? Quiseram transformar isto numa questão política e o que estão a fazer é a prejudicar o cante alentejano e isso é mau para o Alentejo”.

Segundo os dados oficiais da candidatura, os números de câmaras municipais e juntas de freguesia onde existem grupos corais ativos, de responsáveis de grupos corais e de cidadãos individuais têm vindo a aumentar. No Baixo Alentejo, Beja e Cuba são os municípios que ainda não declararam apoio à candidatura (até ao fecho da presente edição ainda não se conhecia a posição da Câmara Municipal de Cuba, que levou esta questão à última reunião de câmara).

No que diz respeito à Câmara Municipal de Beja, esta aprovou na passada semana um documento com as condições necessárias para dar o seu apoio à candidatura do cante, onde sobressaem duas ideias: a alteração da data de entrega do projeto e a forma como a candidatura está a ser organizada, com um maior envolvimento

dos intervenientes na sua formulação, como os grupos corais e as autarquias. “Essa candidatura é tão importante que temos que ter garantias do seu sucesso à primeira vez e consideramos que há um grande risco de ser reprovada, fruto do que tem vindo a acontecer com os apoios a essa candidatura”. Para o autarca de Beja, Jorge Pulido Valente, a forma de minimizar os riscos de reprovação são os apontados no documento, ou seja, o adiamento da entrega e a forma como a candidatura está a ser organizada “para que se possam ultrapassar os problemas que têm surgido, como grupos corais que foram excluídos, câmaras que foram excluídas, entidades que já saíram da comissão organizadora e o próprio presidente da comissão científica que já se demitiu”. “Se uma pessoa como o dr. Rui Nery, que esteve à frente da candidatura do fado e conhece bem as dificuldades que uma candidatura tem que ultrapassar, diz que não estão reunidas as condições, nós também não queremos correr esse risco atendendo à importância dessa candidatura”.

Jorge Pulido Valente considera que houve alguma precipitação na forma como as coisas avançaram, reconhecendo o voluntarismo e a iniciativa da autarquia de Serpa. No entanto, “o que falhou foi o envolver de outras entidades, com a Câmara de Serpa a querer aparecer isolada como a promotora da candidatura”.

Em Serpa, João Rocha não vê as coisas desta forma. “Na altura quando avançámos com Serpa, Cidade Criativa da Música, fomos desafiados a promover o cante alentejano como património da humanidade e assim fizemos.

Mas só com Serpa não. Está envolvida a MODA e a Confraria do Cante, que são as entidades representativas do cante alentejano. Está a Entidade Regional de Turismo, a Casa do Alentejo e a maioria das câmaras que aderiram e são subscritoras deste processo”.

Independentemente do que acontecer com esta candidatura, João Rocha considera que Serpa tem um papel importante no cante, com os seus grupos corais, pelo que já fez pelo cante e onde, inclusivamente, vai nascer a Casa do Cante. “Porque a Câmara

Colig.)”. Na declaração, a assembleia intermunicipal refere a importância da candidatura para “a autoestima e o reforço da identidade do povo alentejano e para a salvaguarda e difusão de um importante elemento cultural representativo da maneira de estar dos alentejanos” e diz que com este ato “formaliza o seu apoio à referida iniciativa e manifesta o seu regozijo à apresentação da referida candidatura”.

Câmara de Beja impõe duas condições para apoiar candidatura

A

Câmara de Beja só apoiará a candidatura do Cante Alentejano a Património da Humanidade se a entrega à Unesco for adiada e o projeto reestruturado para garantir a participação dos grupos corais e autarquias do concelho.

As condições do município para apoiar a candidatura do cante alentejano a Património Cultural Imaterial da Humanidade surgem num documento enviado à comunicação social e que foi aprovado na última reunião de câmara pelos quatro eleitos do executivo PS e os votos contra dos três vereadores da oposição CDU.

No documento, a Câmara de Beja condiciona o seu apoio à candidatura ao “adiamento” da data prevista para a entrega do dossiê na sede da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco) em Paris (França), ou seja, o próximo dia 30.

O município de Beja justifica o adiamento com a necessidade de se fazerem algumas “alterações estruturais e orgânicas” na candidatura e que considera “indispensáveis”.

A autarquia exige ainda a “reestruturação orgânica e funcional do projeto”, para que seja “garantida a participação efetiva” das autarquias e dos grupos corais do concelho de Beja

de Serpa tem apoiado o cante e alguns falam, num documento em tudo igual ao que foi aprofalam, falam e não apoiam nada. Às vezes pode vado em Castro Verde, “menos a parte final”. perder-se uma grande oportunidade. Se mudaFrancisco Duarte considera que o entrerem os protagonistas já a coisa funciona bem? gar da candidatura é o começar de um novo Alguns nem sequer têm crédito. Devem di- trabalho, não o final da candidatura do cante, nheiro em tanto lado, que não têm crédito para e que, por isso, é fundamental o empenho e o fazer nada”. trabalho de todos, autarquias e grupos corais.

Para o presidente da autarquia serpense, as “Eu acredito que a candidatura será aprovada. vozes discordantes que se têm ouvido são pou- Independentemente de algumas coisas terem cas e mesmo essas desvaloriza-as, aborrecido sido menos bem conduzidas, fiquei extremacom a situação. “Alguns queriam estar à frente mente desagradado por ter verificado que o doe não estão, ficam aborrecidos. Mas quais são as cumento apresentado aqui na reunião de câvozes? São quatro ou cinco. Essas vozes que di- mara foi o mesmo apresentado em Beja, por zem que os protagonistas não têm apoio popu- alguém que é vereador aqui e alguém com allar, temos o apoio de perto de 120 grupos, isso guns pergaminhos nesta área: o doutor José não é apoio? Não queiram arranjar problemas Francisco Colaço”. Para Francisco Duarte, esonde não há. Assim não saímos da cêpa torta, tará a haver algum aproveitamento partidário, porque quando alguém quer fazer alguma coisa algo que tem “sido evitado pelos subscritores e não deixam”. pela própria candidatura” para evitar clivagens Em Serpa, João Rocha não tem dúvidas. “O de natureza partidária numa “matéria que encante faz parte da nossa memória coletiva. O volve toda a gente”. cante nunca vai acabar. A gente é que acaba. A Opinião distinta tem o presidente da gente anda nas câmaras, sai de lá e há alguns que Câmara Municipal de Cuba, Francisco Orelha, vão ser recordados como num comunicado que não pessoas que não apoiaram. vincula a autarquia a que Independentemente do “Alguns queriam preside, sendo a sua persque acontecer, Serpa será petiva pessoal. Para o ausempre uma referência no estar à frente e tarca, que está a favor da cante”. candidatura, os problemas não estão, ficam Para além de Rui Vieira surgem no que diz respeito Nery, que saiu da comis- aborrecidos. Mas ao método e aos seus prinsão científica, a musicóloga cípios, levantando quesSalwa Castelo-Branco re- quais são as vozes? tões como o fraco envolvicusou assumir a presidên- São quatro ou cinco. mento dos intervenientes cia dessa mesma comissão. do cante; o momento em A investigadora partilha Assim não saímos da que é realizada; o protagoda opinião de que deve ser nismo de Serpa em detripromovido um maior en- cêpa torta”. João Rocha mento da participação de volvimento dos praticanoutras entidades; e quais tes do cante, para além de os critérios para elaboraum trabalho paralelo de ção e promoção da candocumentação, investididatura e como foi escogação e divulgação em torno do mesmo, o que lhida a empresa que está a realizar esse serviço. lhe parece inviável até final de março, conforme Ouvido pelo “Diário do Alentejo”, Francisco consta na carta dirigida ao presidente da comis- Orelha considera que o processo da candidasão executiva, Carlos Medeiros, a que o “Diário tura deixa muitas interrogações. “Eu penso que do Alentejo” teve acesso. Ao mesmo tempo, e quando foi para avançar, o presidente da Câmara segundo os dados fornecidos pela Candidatura de Serpa deve ter tentando encontrar sinergias do Cante Alentejano, mais de 130 autarquias para avançar com a candidatura através de entisubscreveram e apoiam a mesma, com o muni- dades, autarquias e grupos corais da confiança e cípio da Amadora a juntar-se a outros 14 onde criar uma base de sustentação. Depois dessa base o cante está classificado como Património de estar criada, tentou alargar a todos os município, Interesse Municipal. a todos os grupos. É muito degradável sermos parceiros e não sabermos de nada”.

Outras vozes, outras perspetivas Mais a sul, O autarca da terra que se assume como a de em Castro Verde, o presidente da câmara lo- Cristóvão Colom, sublinha que há boa vontade cal, Francisco Duarte, considera que a candida- em colaborar em tudo o que sirva para valorizar tura tem mérito, como o têm também os seus o cante alentejano, mas que é “muito degradápromotores. “Relativamente à candidatura vel trabalhar com um parceiro desta natureza”. como ela está, e tivemos oportunidade de o di- “O que vejo aqui é que a intenção é tirar todo o zer quando estivemos reunidos em Serpa, apro- protagonismo desta candidatura. Que seja aprovámos aqui, por proposta dos vereadores do PS, vada ou não, pouco interessa, segundo me aperuma posição que era a de sugerir à comissão cebo, porque toda a gente sabe que não vai ser executiva que ponderasse as razões apresenta- aprovada. Depois vamos estar mais uma década das por Vieira Nery e se essa ponderação con- sem poder candidatar, vai criar divisões nos gruduziria à necessidade, ou não, de alterar o ca- pos corais e isto não é bom para o cante alentelendário”. Apesar desse pedido de reflexão, a jano. Devíamos estar todos no mesmo barco. Isto autarquia de Castro Verde não condicionou “o é uma candidatura que visa promover Serpa e o apoio à candidatura por essa situação, como o seu presidente de câmara. Quem quer promover fez, pelos vistos, a Câmara de Beja”, com base o cante alentejano não tem este tipo de atitude”.

na “elaboração e acompanhamento” da candidatura.

O anúncio da preparação da candidatura foi “naturalmente bem recebido” por todos os que “valorizam” o cante alentejano e “gerou-se uma justa expetativa” em relação ao “benefício” que o projeto “poderia trazer para o fortalecimento” daquele “traço identitário” da região, lembra o município.

No entanto, acusa, o desenvolvimento do processo de organização da candidatura “ostracizou” as autarquias e os grupos corais do concelho de Beja, que “não foram ouvidos na feitura do projeto, nem sequer na elaboração do plano de salvaguarda”.

Candidatura do cante Francisco Orelha Presidente da Câmara Municipal de Cuba

A

opinião que aqui partilho convosco é da minha inteira e única responsabilidade e em nada vincula uma tomada de posição da Câmara Municipal de Cuba. Que fique bem claro!

Quanto à candidatura do cante alentejano a Património Cultural Imaterial da Humanidade – Unesco, registo que sou a favor. Como sou a favor de todos os projetos e de todas as iniciativas que sirvam para promover e valorizar o cante alentejano. No entanto, especificamente no que concerne à candidatura apresentada por Serpa, permito-me discordar quer do método, quer dos princípios que estiveram inerentes à sua execução.

Mais do que uma convicção é um facto.

Comungam da minha opinião variadas personalidades com uma palavra relevante sobre esta matéria, como o são o musicólogo dr. Rui Viera Nery, que chegou a exercer o cargo de presidente da comissão executiva da candidatura e apresentou a sua demissão por não se rever na metodologia do projeto, o dr. Francisco Colaço, presidente da assembleia-geral da Moda, e ainda o dr. Luciano Caetano da Rosa, natural de Beja, e ex-diretor do jornal “Alentejo Popular”.

Esta é uma candidatura fragilizada, pouca democrática, em que muitos dos seus intervenientes não foram ouvidos ou foram-no tardiamente e sem informação suficiente.

Disso é exemplo a conduta para com os municípios que supostamente a devem integrar.

Não houve anuência de várias das autarquias.

Estamos a falar “em apanhar um comboio já em andamento” em que muitas das coisas a decidir já estão decidas, mesmo antes de ouvir parte daqueles que têm que decidir. Esse facto levará muito provavelmente ao insucesso da mesma, o que levará à inviabilização de nova candidatura na próxima década, se persistirem na sua apresentação nos moldes atuais.

Se tal vier a ocorrer cada um terá que assumir as suas responsabilidades, junto dos parceiros, das entidades, das populações, dos alentejanos, dos portugueses.

Tenho dificuldade em perceber o porquê deste projeto ter sido há muito despoletado pela Ambaal e por todos os municípios que a integram e agora surgir Serpa, e só Serpa, como o seu proponente. O cante alentejano é da região e não de uma localidade, é património de todos os alentejanos, de todos os portugueses, e não só de alguns.

Por estes fatores e outros mais proponho que a apresentação provisória da candidatura para 30 de março seja suspensa. Não compreendo o porquê da urgência quando sabemos

Diário do Alentejo 16 março 2012

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que a candidatura do Fado levou sete anos. É no mínimo estranho. Espero que esse porquê não resulte de razões meramente político-partidárias.

Porque não ponderar a possibilidade da candidatura ser apresentada pela Cimbal, substituta da Ambaal, entidade que originariamente despoletou este processo? Terá uma representatividade muito mais abrangente e envolverá muitos daqueles que terão uma palavra a dizer neste processo, resolvendo assim questões que na conjuntura atual surgem como lacunas. Uma delas, que aqui registo, é a ausência absoluta de grupos femininos. É verdade que o cante tem mais expressão através da voz masculina, mas existe cante, e muito, na voz das nossas mulheres, que não podem e não devem ser marginalizadas. Existem vários grupos femininos de cante alentejano que não podem ser esquecidos, ignorados e descriminados neste processo.

Discordo também da metodologia de constituição quer da comissão de honra, quer da comissão executiva. E discordo porque desconheço em absoluto, e provavelmente como eu muitos, quais os critérios que a ela presidiram.

Também não concordo com a seleção dos grupos. Qual a razão porque Serpa tem três grupos e os restantes concelhos só um, que no caso de Cuba se restringe aos Ceifeiros? Receio que esta tomada de posição de selecionar grupos possa vir a criar divisionismo nos restantes. Modéstia à parte, Cuba sempre foi considerada “catedral do cante alentejano”. Pela forma de cantar muito própria, isso é um facto por todos reconhecido. Os outros concelhos envolvidos outros argumentos terão, pelo que importa rever esta disparidade.

Tenho também alguma dificuldade em entender o método, os meios e os procedimentos inerente à apresentação e gestão da candidatura ao QREN-InAlentejo que suporta a candidatura à Unesco. Os outros municípios, a título oficial, disso nada sabem. À luz dos princípios de ética e de cordialidade entre parceiros a informação a prestar tem que ser conclusiva, até agora... apenas dúvidas. Vamos lá saber porquê.

No que concerne às verbas envolvidas no projeto, nem uma palavra. Igual postura nos procedimentos adotados junto das empresas que estão a elaborar a candidatura, muitas questões, poucas informações.

Só um ano depois ficámos a saber o total global da mesma, isto é 341 325 euros. Quais os critérios que foram considerados para a promoção e elaboração da candidatura e como foram escolhidas as empresas que estão a prestar esse serviço? Interrogo-me se por essas opções responde apenas o proponente ou todos os parceiros envolvidos.

Estas minhas interrogações e sugestões são certamente comuns a muitas das entidades envolvidas, e, inquestionavelmente, dificultam a existência dos consensos necessários a um projeto desta dimensão.

Apelo à reflexão de todos, devemos procurar coerência e tentar encontrar os consensos ainda não conseguidos... a bem do cante alentejano.

08 Diário do Alentejo 16 março 2012 Diário do Alentejo nº 1560 de 16/03/2012 Única Publicação

Diário do Alentejo nº 1560 de 16/03/2012 Única Publicação

Diário do Alentejo nº 1560 de 16/03/2012 Única Publicação

MISERICÓRDIA NOSSA SENHORA DE ASSUNÇÃO DE MESSEJANA

ASSEMBLEIA GERAL Ao abrigo do Artigo 25 dos Estatutos da Irmandade da Misericórdia de Nossa Senhora de Assunção de Messejana, eu Dr. José Duarte Brando Albino, Presidente da Assembleia-geral, convoco uma reunião ordinária para o dia 29 de Março de 2012, pelas 19 horas, nas instalações da Misericórdia, com a seguinte ordem de trabalhos: Ponto 1 – Leitura e aprovação da acta da última assembleia geral.

Ponto 2 – Discussão e apreciação do relatório de contas do ano 2011.

Ponto 3 – Outros assuntos de interesse desta instituição.

Se à hora marcada não houver o número de irmãos suficientes, a Assembleia funcionará uma hora depois, com o número de irmãos presentes, de acordo com o artigo 26 – 1.° do referido Estatuto.

Messejana, 13 de Março de 2012.

O Presidente da Assembleia-geral Dr. José Duarte Brando Albino

COOPCASTRENSE – Cooperativa de Consumo Popular Castrense, CRL COOPERATIVA AGRÍCOLA DE VIDIGUEIRA, CRL.

CONVOCATÓRIA Nos termos do artigo 23.º, parágrafo 2.º dos Estatutos, convoco a Assembleia Geral desta Cooperativa, para reunir em sessão ordinária, na sede desta Cooperativa, sita no Bairro Industrial, para o dia 30 de Março de 2012 pelas 17.30 horas, com a seguinte ordem de trabalhos: 1. Apreciar, discutir e votar o Relatório e Contas da Direcção e o Parecer do Conselho Fiscal referentes ao exercício de 2011; 2. Outros assuntos de interesse para a Cooperativa.

Vidigueira, 09 de Março de 2012.

Diário do Alentejo nº 1560 de 16/03/2012 Única Publicação

O Presidente da Mesa da Assembleia-Geral José António Batuca Pereira

CONVOCATÓRIA Nos termos do estabelecido no Código Cooperativo e nos Estatutos, convoco a Assembleia-Geral da COOPCASTRENSE – Cooperativa de Consumo Popular Castrense, CRL, para reunir em sessão ordinária, no dia 30 de Março de 2012 – sexta-feira – pelas 21:00 horas, na sua sede, sita na Rua Alexandre Herculano, n.° 11, em Castro Verde, com a seguinte ordem de trabalhos: 1.° – Apreciação, discussão e votação do Relatório, Balanço e Contas da Direcção e Parecer do Conselho Fiscal, referentes ao exercício de 2011.

2.° – Outros assuntos de interesse.

Nota: A Assembleia encontra-se legalmente constituída, quando se encontrarem presentes à hora marcada, o número legal de cooperadores estatutariamente previsto, ou trinta minutos depois, com a presença de qualquer número de cooperadores.

Castro Verde, 12 de Março de 2012.

O Presidente da Mesa da Assembleia-Geral

NOTA: Art.° 26.°, n.° 2 – Se à hora marcada para a reunião, não estiverem presentes a maioria dos cooperadores, a assembleia reunirá, com qualquer número, uma hora depois da indicada.

ASSOCIAÇÃO HUMANITÁRIA DOS BOMBEIROS VOLUNTÁRIOS DE MÉRTOLA

CONVOCATÓRIA

Sebastião Colaço Canário

Diário do Alentejo nº 1560 de 16/03/2012 Única Publicação

Diário do Alentejo nº 1560 de 16/03/2012 Única Publicação

ASSOCIAÇÃO DE BENEFICIÁRIOS DO ARDILA E ENXOÉ

COOPCASTRENSE – Cooperativa

Em conformidade com o disposto no n.° 1 do art° 41 dos Estatutos da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Mértola, CONVOCO, todos os Associados no pleno gozo dos seus direitos a reunirem-se em Assembleia Geral Ordinária no próximo dia 30 de Março de 2012, pelas 20:00 horas, na Sede da Associação com a seguinte: ORDEM DE TRABALHOS 1. Informação; 2. Apreciação, discussão e votação do Relatório e Contas da Gerência do ano 2011 e do parecer do Conselho Fiscal; 3. Outros assuntos de interesse colectivo; Se, à hora marcada não se verificar o número de presenças previstas nos Estatutos, a Assembleia Geral poderá deliberar 30 minutos depois da hora inicial, com qualquer número de presenças, desde que não inferior a três associados efectivos.

Nota: Informo que os documentos para análise estarão disponíveis na Secretaria desta Associação, a partir do dia 20 de Março.

Mértola, 09 de Março de 2012.

Conforme o disposto no art.º 9.º dos Estatutos desta associação, convoco os associados, no pleno gozo dos seus direitos a reunirem-se em Assembleia Geral em sessão ordinária, no dia 27 de Março de 2012, nas instalações da Caixa Agrícola do Guadiana Interior, agência de Serpa, pelas 16.30 horas, com a seguinte ordem de trabalhos: 1. Apreciação e aprovação do relatório de contas de gerência do ano de 2011.

2. Outros assuntos de interesse para a assembleia.

Se à hora marcada não estiverem presentes mais de metade dos Associados, a Assembleia reunirá meia hora depois, com qualquer número de sócios presentes.

Serpa 13 de Março de 2012

Nos termos do estabelecido no Código Cooperativo e nos Estatutos, convoco a Assembleia-Geral da COOPCASTRENSE – Cooperativa de Consumo Popular Castrense, CRL, para reunir em sessão extraordinária, no dia 30 de Março de 2012 – sexta-feira – pelas 20:00 horas, na sua sede, sita na Rua Alexandre Herculano, n.° 11, em Castro Verde, com a seguinte ordem de trabalhos: PONTO ÚNICO – Análise da situação da Cooperativa.

Nota: A Assembleia encontra-se legalmente constituída, quando se encontrarem presentes à hora marcada, o número legal de cooperadores estatutariamente previsto, ou trinta minutos depois, com a presença de qualquer número de cooperadores.

Castro Verde, 12 de Março de 2012.

O Presidente da Assembleia Geral Manuel Romba Ruas

O Presidente da Mesa da Assembleia-Geral Pedro Manuel Rocha Líbano Monteiro

O Presidente da Mesa da Assembleia-Geral Sebastião Colaço Canário

CONVOCATÓRIA DA ASSEMBLEIA-GERAL

de Consumo Popular Castrense, CRL

CONVOCATÓRIA

09 Diário do Alentejo 16 março 2012

ACOS quer coordenação política ao mais alto nível

U

ma delegação da ACOS – Agricultores do Sul solicitaram esta semana, no decorrer de uma reunião com a ministra da Agricultura, Assunção Cristas, e com o secretário de Estado Adjunto do Primeiro-Ministro, Carlos Moedas, “um envolvimento e uma coordenação política ao mais alto nível” no que toca à estratégia, apresentada pelo ministério, de afetação ao QREN dos investimentos da rede de rega. Durante o encontro, solicitada pela ACOS, os agricultores “transmitiram grande preocupação perante o avolumar das dúvidas sobre o financiamento da última fase de Alqueva que envolve os melhores solos do País e incide sobre um conjunto muito vasto de investimentos já efetuados”. A delegação, “documentada com informação concreta”, demonstrou ainda a Carlos Moedas “que dos acuais 52 mil hectares equipados, foram regados, em 2011, cerca de 25 mil, o que representa aproximadamente 50 por cento”. “Considerando que 27 mil hectares entraram em exploração em março do último ano, e que mais de nove mil correspondem a pequena propriedade”, os agricultores “atestam que a adesão é a todos os níveis notável”. “Mais notável ainda se considerarmos os mais de seis mil hectares que estão a ser regados fora dos perímetros de Alqueva, através de captações diretas na rede primária”, acrescentam.

A seca nos “barros” de Beja

“Nunca tinha regado trigo no inverno”

C

om 180 hectares, Condeço Pereira tem na propriedade 17 furos. “Estão todos a regar trigo, papoilas (uma cultura experimental para a produção de morfina) e cebola. Nunca tinha regado trigo nesta altura. Usávamos a água sobretudo mais para a frente, quando havia um atraso numa chuva ou se queríamos manter produções mais elevadas. Mas sempre a partir da primavera, nunca no inverno”.

Olhando em redor, Condeço Pereira diz: “Só aqui na zona, numa área de não mais de mil hectares, existem 200 furos e estão todos a regar. Mesmo que chova já não vai haver reposição e dentro de seara manas não vai haver água nenhuma para regar”.

Esta zona junto a Beja continua à espera da água de Alqueva – é um dos rever gadios que falta fazer – apesar de haver am já muitas culturas regadas que ali foram implantadas. “E mais para a frente vão v z ve ser as oliveiras as precisarem cada vez ejjo” mais de água”, diz ao “Diário do Alentejo” olilCondeço Pereira que, apesar de não ter olidoss do val, aponta os muitos hectares já plantados em toda a região. ar a “Para além da água dos furos se estar stos esgotar temos tido também muitos custos de. acrescidos, a começar pela eletricidade.

Só para bombar a água estou a gastar em ros energia elétrica cerca de quatro mil euros pois por mês”, desabafa. E faz contas: “Depois ara de tudo isto, se não tivermos água para regar na primavera o prejuízo poderá ser total”. ona A alguns quilómetros de Beja, na zona do Campo Branco, em que as terras são ntes mais frágeis e as culturas menos exigentes emem água, os maiores problemas prendem-se com a alimentação do gado. ças José da Luz tem cerca de 200 cabeças orade gado bovino para carne numa explorardee. ção agrícola no concelho de Castro Verde. icca“Para além da falta de água, os pastos ficauas ram completamente queimados com duas ssso geadas negras que caíram aqui. Por isso os e tenho estado a recorrer a concentrados que u a fenos e palhas que tinha em stock e que mo me garantia praticamente até ao próximo inverno. A continuar assim dentro de dois meses tenho o stock esgotado. O meu problema agora é como é que vou arranjar alino”, mentação para o verão e para o inverno”, diz ao “Diário do Alentejo”.

Para este agricultor, que é também presidente da Associação de Agricultores do

Há mais de um mês que os campos à volta de Beja estão a ser regados. A falta de chuva obrigou os agricultores a recorrerem aos sistemas de rega, habitualmente apenas usados na primavera, o que está a levar ao esgotamento do aquífero. “Neste momento, a água dos furos está já a 50 por cento e, se continuarmos a regar, dentro de um mês as reservas vão estar esgotadas”. O alerta é de Condeço Pereira, proprietário da exploração agrícola Fernando Espanha, junto à estrada que liga Beja a Quintos.

Texto Carlos Júlio Ilustração Susa Monteiro

“Se não tivermos água para regar na primavera o prejuízo poderá ser total”.

Campo Branco, a situação é “muito grave e o cenário para o futuro não é melhor”, uma vez que os concentrados têm vindo a subir de preço e os fenos e palhas, para além de estarem também a aumentar, são cada vez mais escassos.

“As searas aqui nesta zona ainda estão ‘agarradas ao chão’, como se costuma dizer, e a precisarem muito de água. Estão no limite. Se não chover nestes dias mais próximos arde tudo. E, mesmo que chova, a água já vem um pouco tarde e é natural que as searas comecem a espigar. Quando espigam deixam de crescer e não produzem feno. Com o cenário que temos à frente, e numa base realista, não v i haver feno nem palha para va vai enfardar”, admite.

Por isso, muitoss produtores pecuários encaram a possibilidade de vendderem parte das venderem cabeças de gado que possuem.

“Essa é uma possibilidade que está no horizonte de muitos agricultores. E uma das stá a ser reclam mada é posmedidas que já eestá reclamada o es a venda d de anisibilitar aos agricultor agricultores man ntendo as quo u tas que mais, embora mantendo quotas d riiam ret tomar daqui possuem e que pode poderiam retomar ação mea um ano ou dois, quandoo a situa situação lhorasse. Não sei se isso será possível, mas já há essa linha de pensamento nalguns produtores”, conclui o presidente da Associação de Agricultores do C mpo Branco.

Ca Campo

Carlos Moedas Secretário de Estado Adjunto do Primeiro-Ministro

Agricultura e turismo para desenvolver o Alentejo O secretário de Estado Adjunto do Primeiro-Ministro, Carlos Moedas, esteve esta semana em Beja onde participou no colóquio sobre desenvolvimento regional “A Soma das Partes”, organizado pela OTOC (Ordem dos Técnicos Oficiais de Conta), TSF e “Diário de Notícias”.

Em que áreas pode assentar o desenvolvimento do Baixo Alentejo?

Antes de tudo devemos pensar o desenvolvimento de “dentro para fora” e não “de fora para dentro”, de maneira a que as regiões possam ajudar a que o País cresça. O Alentejo tem duas grandes características.

Uma é um grande potencial na área agrícola, que é essencial para o futuro do País, uma vez que temos de passar da situação de um país que não exporta para a de um país que exporta mais e os produtos e derivados agrícolas são parte dessa narrativa da saída da crise. E o que é importante é passarmos de uma agricultura assente apenas no produto agrícola para uma agricultura que contemple também o marketing e a distribuição. Temos aqui bons produtos que depois passam para os nossos vizinhos espanhóis, que é quem lhes dá esse outro valor seja através de um rótulo ou de uma marca. É passando desse paradigma do produto para a distribuição e para a inovação que podemos chegar a uma região que ajuda o País a desenvolver-se.

E qual é a segunda característica?

Temos a mesma situação no turismo. Temos aqui no Alentejo um tipo de turismo que é muito diferente do do Algarve, mas a região tem um grande potencial no chamado turismo rural, no turismo de descanso e lazer que nada tem a ver com o turismo algarvio. Cada uma das regiões tem as suas grandes valências e é nelas que tem de apostar para conseguir diversificar a economia.

Economias diversificadas são muito importantes e essa diversidade para o País tem a ver com a capacidade das regiões em o fazerem.

Alqueva pode ter um papel nestas duas áreas do turismo e da agricultura?

Com certeza. Tudo o que signifique a passagem de uma agricultura que não é de regadio para o regadio implica também uma formação e uma capacidade dos próprios agricultores se adaptarem a um novo modelo de produção que levará também a uma diversificação no tipo de agricultura e no tipo de produtos. Carlos Júlio

Diário do Alentejo 16 março 2012

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Aljustrel promove boas práticas ambientais

Dia Mundial da Água será promovido um peddy-paper sobre esta temática junto das crianças das escolas do 1.º ciclo do concelho. Os jovens frequentadores do Centro de Animação Infantil Municipal irão, por sua vez, visitar a Estação de Tratamento de Águas da Barragem do Roxo. A terminar o mês, dos dias 26 a 28, terá lugar em todas as freguesias a ação de sensibilização para a reciclagem “O que fazer com o meu lixo”.

Fundada em maio de 1884, com a constituição de uma comissão executiva presidida por João de Sousa Tavares, e denominada Centro Infantil Coronel Sousa Tavares desde 1974, a instituição acolhe atualmente 517 crianças/jovens: 116 na resposta social creche, 175 no pré-escolar, 160 no centro de atividades de tempos livres, 28 no Centro de Acolhimento Temporário A Buganvília e 38 na Casa Pia. Colaboradores são 110.

Instituição prepara qualificação

JOSÉ FERROLHO

517

No âmbito do projeto ECOAljustrel, implementado pela Câmara Municipal de Aljustrel, os alunos do pré-escolar e 1. º ciclo irão visitar, nos próximo dias 19 e 20, o Centro Ambiental dos Gasparões. No dia seguinte, 21, no âmbito do Dia Mundial da Floresta, decorrerá a atividade “Vamos plantar uma árvore”, dirigida às crianças das escolas do concelho, bem como a toda a população. Para assinalar o

Coronel Sousa Tavares põe fim às filas para inscrições Ordem de chegada deixou de ser um critério prioritário na seleção de crianças candidatas ao Centro Infantil Coronel Sousa Tavares. Alterações nas inscrições decorrem do processo de qualificação da instituição em curso desde 2010.

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Centro Infantil Coronel Sousa Tavares, em Beja, introduziu este ano alterações no processo de inscrição para as suas várias respostas sociais – creche, pré-escolar e centro de atividades de tempos livres –, colocando assim fim às longas filas que pais e familiares formavam à entrada da instituição nos primeiros dias de janeiro com o objetivo de garantir uma vaga para os seus filhos.

Esta é uma das muitas alterações inseridas no processo de qualificação do Centro Infantil Coronel Sousa a decorrer no âmbito do projeto QUAL-IS – Qualificar a Intervenção Social desde maio de 2010 e que visa, como explica Maria José Naia, uma das técnicas envolvidas no processo e membro da direção da instituição, “melhorar a qualidade dos serviços prestados em prol dos clientes do centro, que são os pais e os meninos, e em prol da comunidade onde está inserida”.

A ordem de chegada deixou assim de “ser um critério prioritário para a seleção” dos candidatos, passando a ser critérios de priorização “a ausência ou indisponibilidade dos pais em assegurar cuidados básicos; filho de colaborador; irmão de cliente; filho de mãe menor estudante; órfão; e famílias numerosas”. Segundo Maria Ana Venâncio, a técnica pivot do Centro Infantil Coronel Sousa Tavares no âmbito do QUAL-IS, alguns destes critérios já eram tidos em conta, “mas não havia uma ponderação atribuída” a cada um deles. “Agora será em função dessa ponderação que é atribuída uma pontuação a cada candidato e criada uma lista ordenada”, diz.

“Anteriormente, depois de fazermos entrar os manos dos meninos que frequentam o centro, os filhos dos colaboradores e as crianças que vinham sinalizadas pela Segurança Social, o que pesava a seguir era o número de inscrição, de entrada. Agora não, cada critério tem uma percentagem”, reforça Maria José Naia, recordando que no último ano alguns pais e familiares chegaram a passar “duas noites e dois

dias na fila”. A preparação para a qualificação do Centro Infantil permitiu ainda, no que toca ao processo das inscrições, ter toda a informação “registada”, acessível a todos, evitando assim “deturpações”, diz.

Helena Amaro, outra das técnicas envolvidas, salienta, por sua vez, que os atuais critérios de priorização “transparecem um pouco os valores defendidos pela instituição” e que o processo “é mais justo e mais transparente”.

As inquirições decorrem até ao dia 15 de abril. Nos 15 dias seguintes será feita a verificação de admissibilidade ou não admissibilidade do candidato – são condições de admissibilidade “ter entre os quatro meses e os 12 anos; estar isento de doenças infecto-contagiosas; e o cumprimento do programa de vacinação obrigatório”. As candidaturas serão analisadas por uma equipa técnica entre os dias 1 e 15 de maio, sendo as aprovações comunicadas nas duas semanas posteriores.

Em relação ao processo de qualificação ainda a decorrer, e que tem o apoio da EAPN Portugal – Rede Europeia Anti Pobreza, Maria Ana Venâncio salienta como um dos aspetos mais inovadores o facto de a “redefinição da missão, da visão e dos valores” da instituição – “que não é muito diferente daquilo que já estava definido” – ter contado com a colaboração de todos os elementos. “Isso cria um espírito diferente. Se as pessoas estiverem envolvidas, participarem, as mudanças são completamente diferentes. Esta foi a grande inovação, a grande ajuda do projeto QUAL-IS: colocar a instituição a trabalhar, mas alinhada”, conclui. NP

A preparação para a qualificação do Centro Infantil permitiu ainda, no que toca ao processo das inscrições, ter toda a informação “registada”, acessível a todos, evitando assim “deturpações”, diz.

Dadores de Sangue de Beja em almoço de confraternização

Aljustrel acolhe Jornadas Ibéricas de Resgate Mineiro Vários especialistas, nacionais e estrangeiros, em salvamentos em minas vão participar na primeira edição das Jornadas Ibéricas de Resgate Mineiro, que vão decorrer no próximo dia 31 na vila

mineira de Aljustrel. O encontro, que vai decorrer no auditório da Biblioteca Municipal, a partir das 9 horas, contará com especialistas de Portugal, Espanha e Reino Unido para debater o resgate mineiro, “um assunto que se reveste de importância vital para a indústria

P

JOSÉ SERRANO

Governo quer Museu na Cimbal

aulo Júlio, no encontro que teve em Beja com os autarcas do distrito, sustentou a sua opinião com o facto de, em todo o País, existirem casos de assembleias distritais que transferiram competências para associações de municípios, indo, assim, ao encontro da posição defendida por alguns presidentes, que defendem a integração do Museu Rainha D. Leonor na Cimbal.

Mas a solução não é pacífica. Há um mês, António Sebastião, presidente da Câmara de Almodôvar, defendeu no “Diário do Alentejo” a passagem da gestão do museu para as mãos da Câmara de Beja, solução que, na mesma ocasião, Jorge Pulido Valente recusou, defendendo a sua integração na Cimbal.

O agora diretor-geral do Património Cultural (secretário de Estado de Gabriela Canavilhas no anterior governo) não está

Convento de N. Sra. da Conceição O edifício está classificado como Monumento Nacional

por dentro da problemática atual, mas já se cruzou com o assunto em várias ocasiões. Mesmo antes de fazer parte do Governo, enquanto diretor do Igespar, esteve em Beja numa reunião, com o objetivo de se estudar uma candidatura a fundos europeus.

“Na altura, para evitar recorrer a privados, o Igespar ofereceu-se ajudar, tecnicamente, através do gabinete de obras, nomeadamente para a elaboração do caderno de encargos”, lembra Summaviele ao “DA”.

No entanto, já como secretário de Estado, “a questão foi morrendo”, e nunca mais teve notícias do Sul. Para o diretor-geral do Património Cultural, este “é um problema que só se pode resolver, no quadro regional, com a articulação entre os municípios, para uma candidatura a fundos comunitários”. A Secretaria de Estado da Cultural, apesar de

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Diário do Alentejo 16 março 2012

extrativa”, explica o município de Aljustrel. Segundo a câmara municipal, o encontro “surge numa altura em que o desenvolvimento da indústria mineira revela uma evolução muito positiva, depois de anos de total estagnação”.

Solução para o monumento passa por um entendimento regional

O Governo “não vê entraves” a que o Museu de Beja deixe a tutela da Assembleia Distrital e passe para a órbita da Comunidade Intermunicipal do Baixo Alentejo (Cimbal), afirmou Paulo Júlio, secretário de Estado da Administração Local, numa reunião, em Beja, com autarcas do distrito.

Elísio Summaviele, diretor-geral do Património Cultural, em declarações ao “Diário do Alentejo”, está convencido que a solução para os problemas financeiros do museu passa pela vontade dos municípios chegarem a um “consenso” para a apresentação de uma candidatura a fundos europeus, com vista à recuperação e valorização da coleção e das instalações.

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A Associação de Dadores de Sangue de Beja promove no dia 24, no âmbito das celebrações do seu 40.º aniversário, um almoço/convívio, que terá lugar no Instituto Politécnico de Beja e “no qual podem participar todos os dadores de sangue”. De acordo com a direção, “a todos os participantes será cobrada previamente a importância de cinco euros”. As inscrições, obrigatórias, decorrem até à próxima segunda-feira, dia 19.

não tutelar o museu, “mas tendo em conta que é um monumento nacional”, poderá “apoiar tecnicamente todo o processo”, promete. Para Summaviele tem de haver vontade política por parte dos autarcas da região para “garantir a comparticipação nacional, já que os fundos comunitários, neste momento, cobrem entre 80 a 85 por cento do investimento. Dividindo o mal pelas aldeias, penso que se conseguiria… é uma questão de vontade política”, afirma, garantindo que da sua parte está “disponível para se sentar à mesa e ajudar”.

Questionado sobre se nas presentes condições o museu e o seu património não estará em risco, Elísio Summaviele diz estar convencido que “a segurança” não está em causa. “As condições de fruição pública é que podem estar ameaçadas, pelas próprias limitações orçamentais, que possam não garantir a abertura ao público”. AF

Vítor Gonçalves cria “teia” com recurso a impressoras Vítor Gonçalves, aluno finalista do curso Artes Plásticas e Multimédia do Instituto Politécnico de Beja, está a desenvolver uma instalação no jardim daquele estabelecimento de ensino, intitulada “A teia”, que pretende “estabelecer interação com o público, em duas vertentes”. “Uma relação imediata e de entretenimento, através do seu efeito visual” e neste sentido “a transformação de impressoras em ‘aranhas gigantes’, assim como a ligação entre elas, através de um tecido vermelho, pretende criar um efeito visual de perceção imediata, pelo seu impacto na paisagem com um carácter apelativo e de alguma ‘estranheza’”. O outro tipo de interação “corresponde à capacidade de ampliação que esta peça pretende”, diz Vítor Gonçalves, explicando que “o espectador será convidado a participar, no sentido de ampliar a instalação”, sendo que para isso “poderá ele próprio colocar uma peça feita por si, ligada às que já estejam no local, ou entregar a sua impressora velha, para que o autor a transforme e a ‘ligue’ à peça”.

Odemira dinamiza e valoriza comércio e produtos locais Durante os meses de março, abril e maio a Câmara Municipal de Odemira vai promover diversas atividades de dinamização e valorização do comércio e dos produtos locais, através de campanhas para o Dia do Pai (até dia 19) e Dia da Mãe (de 1 a 6 de maio) no comércio local de Odemira e de São Teotónio, da iniciativa Páscoa no Mercado Municipal (6 e 7 de abril), da realização de um fim de semana gastronómico do cabrito charnequeiro e do mel (6, 7 e 8 de abril) e de uma exposição e venda de produtos e artesanato local durante as comemorações do 25 de Abril.

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Odemira é “top 20” dos mais eficientes a nível financeiro

Odemira ocupa a 19.ª posição no Ranking Global dos 20 Melhores Municípios de Média Dimensão em Termos de Eficiência Financeira, de acordo com o Anuário Financeiro dos Município Portugueses 2010, agora apresentado, divulgou a autarquia. “Este resultado vem provar o rigor na gestão financeira do município e a sua preocupação em definir

Esdime promove sessão de divulgação do Eixo 3 do Proder A Esdime – Agência para o Desenvolvimento Local do Alentejo Sudoeste promove na próxima quarta-feira, dia 21, pelas 18 horas, no Fórum Municipal de Castro Verde, uma sessão de esclarecimento sobre o Eixo 3 do Programa de Desenvolvimento Rural (Proder). O Proder, recorda a Esdime, “é

um instrumento estratégico e financeiro de apoio ao desenvolvimento rural”. A sessão tem como objetivo “a divulgação das medidas de apoio previstas no âmbito do Eixo 3 deste programa – ‘Dinamização das Zonas Rurais’ – enquadrados na Estratégia Local de Desenvolvimento”. O referido eixo “apresenta-se num total de cinco ações, sendo três delas dirigidas às atividades

Alentejo lidera na separação de resíduos

Recursos Silvestres em destaque na ExpoBarrancos

O Alentejo é a região do País que lidera a prática da separação de resíduos, segundo os resultados do estudo “Hábitos e Atitudes face à separação de resíduos domésticos 2011”, desenvolvido pela Intercampus para a Sociedade Ponto Verde. Ainda segundo o mesmo estudo, divulgado recentemente, “apesar de se registarem bons resultados nesta área, 94 por cento dos inquiridos nesta região não têm ecoponto doméstico em suas casas”; dos inquiridos no Alentejo, “57 por cento são separadores totais, ou seja, separam todos os tipos de lixo/embalagens usadas atualmente passíveis de separação”; 21 por cento dos inquiridos “são separadores parciais, ou seja, separam apenas parte do lixo”; dois por cento “são ex-separadores (interromperam a prática da separação)”; e “apenas 21 por cento nunca separou os resíduos de embalagens”.

Os recursos silvestres, como plantas aromáticas e medicinais, cogumelos, frutos silvestres e cortiça, vão estar em destaque na ExpoBarrancos deste ano, que vai decorrer entre 30 de março e 1 de abril na vila raiana de Barrancos. Além da tradicional Feira do Presunto e dos Enchidos de Barrancos, a sexta edição da feira, que vai decorrer no Parque de Feiras e Exposições da vila, inclui uma mostra de recursos silvestres, “projetando as grandes potencialidades” destes produtos. O concurso gastronómico “Barrancos à Mesa”, a mesa redonda “Tradição e Inovação: Potencialidades dos Recursos Silvestres”, workshops, atividades de educação ambiental, sessões de degustação, compra e venda de produtos e espetáculos de música são outras ofertas da feira, promovida pelo município de Barrancos.

Comporta é “Praia + Acessível” do País

Projeto “Reino dos Dentes” vai às escolas de Santiago

A praia da Comporta, no concelho de Grândola, venceu a 3.ª edição do Prémio “Praia + Acessível”, relativo à época balnear de 2011, anunciou o município, realçando que este galardão se junta “às inúmeras distinções” já atribuídas à mesma zona balnear. O Prémio “Praia + Acessível”, segundo a autarquia, distingue as práticas desenvolvidas pelos concessionários para promover condições de acessibilidade às pessoas com mobilidade condicionada. O município refere ainda que o concelho possui “outras duas praias” (Carvalhal e Troia Mar) com o galardão Praia Acessível, que atesta o empenho das políticas municipais de promoção da mobilidade para todos como base de um turismo sustentável.

“Reino dos Dentes” é a designação de um projeto da câmara e do centro de Saúde de Santiago do Cacém que pretende esclarecer as crianças do 1.º ciclo do ensino básico para a importância da saúde oral e de uma alimentação saudável. A ação de sensibilização, que está a decorrer junto dos alunos das escolas do concelho, conta com a participação da higienista oral do Centro de Saúde, de duas técnicas da Biblioteca Municipal, da nutricionista e de uma técnica de ação social do município.

Estas especialistas “vão junto das crianças promover, através da leitura de contos – um sobre saúde oral e outro sobre alimentação saudável – os bons hábitos de saúde”, explica a autarquia.

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políticas públicas que promovam o desenvolvimento socioeconómico do concelho, sem comprometer o equilíbrio financeiro da autarquia”, congratulou-se a câmara. O Anuário, editado pela Ordem dos Técnicos Oficiais de Contas, apresenta uma análise económica e financeira às contas das autarquias, a nível nacional, para o exercício económico de 2010.

económicas, uma relativa à preservação e promoção do património e, por último, uma referente aos serviços básicos”. A agência pretende “convocar todos os possíveis beneficiários deste incentivo, a fim de lhes ser prestado esclarecimento sobre o processo de formalização das candidaturas, os avisos de abertura dos concursos e os regulamentos a que está sujeita cada ação do Eixo 3”.

Paisagem natural A Contenda é o habitat para espécies como o lince e o abutre-preto

Herdade da Contenda

Moura protege vida selvagem

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o âmbito do projeto LIFE Habitat Lince Abutre, a Câmara Municipal de Moura e a Liga para a Proteção da Natureza (LPN) estão a desenvolver na Herdade da Contenda diversas ações com vista à melhoria das condições de sobrevivência, reprodução e alimentação do lince-ibérico e do abutre-preto. “Estão a ser (ou serão em breve) implementadas ações de gestão do habitat para promoção do coelho-bravo (alimento de ambas as espécies e em especial do lince-ibérico), medidas para fomentar a reprodução das espécies alvo, tais como ninhos artificiais para abutre-preto e um campo de alimentação para aves necrófagas dirigido ao abutrepreto”, explicou Eduardo Santos, da LPN, ao “Diário do Alentejo”.

Esta colaboração tem por base um protocolo assinado entre a autarquia, proprietária da Herdade da Contenda, e a LPN, como beneficiária do projeto LIFE Habitat Lince Abutre. Segundo Eduardo Santos, “a Contenda possui alguns dos habitats melhor conservados e menos perturbados da região da Margem Esquerda do Guadiana, sendo por isso uma área essencial para a conservação da biodiversidade da região, e em particular do lince-ibérico e do abutre-preto no Sul de Portugal”.

Não existe atualmente qualquer lince-ibérico na Contenda. Porém, sublinha Eduardo Santos, “esta herdade é um dos locais de ocorrência recente desta espécie na região. Sabe-se que a espécie ocorreu

no interior da herdade até bastante tarde durante o séc. XX e já em 2010 foi um dos locais por onde passou o lince Caribú proveniente de Espanha, de acordo com informação do Instituto de Conservação da Natureza e da Biodiversidade. Atendendo à proximidade com a serra Morena (Andaluzia, Espanha) e a áreas fronteiriças com adequabilidade para a existência da espécie, é um dos locais com maior probabilidade de ocorrência de indivíduos provenientes de Espanha, e devido ao bom habitat existente, também um dos locais onde no futuro a espécie se poderá tentar estabelecer”.

Diferente é a situação do abutre-preto.

“Na região envolvente da Contenda estima-se que possam ocorrer regularmente cerca de 20 abutres-pretos, sendo esta herdade regularmente visitada por vários indivíduos desta espécie, que inclusivamente chegam a pernoitar no seu interior.

Por outro lado, atendendo à proximidade de uma colónia reprodutora de abutrepreto em Espanha com mais de 100 casais e cujos ninhos mais próximos da fronteira (e da Contenda) se situam a menos de 15 quilómetros, esta herdade faz parte da área de alimentação das aves desta colónia, fazendo parte da distribuição regular da espécie na região. É também um dos locais com maior probabilidade para o estabelecimento de casais reprodutores no Sul de Portugal, algo que esperamos conseguir fomentar com as medidas a implementar pelo projeto”. Alberto Franco

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U borboletário é descrito como “um jardim de Um pplantas mediterrânicas habitado por várias espécies e bborboletas onde poderão ser observadas as várias fases ddo seu ciclo de vida: ovo, lagarta, crisálida e adulto”.

MEMÓRIA DESCRITIVA/CMBEJA

Programa do 8.º Festival Terras Sem Sombra é apresentado hoje

Estudo prévio do futuro borboletário apresentado

Um jardim para apreciar borboletas em Beja A Câmara de Beja apresentou publicamente o estudo prévio do projeto de um borboletário, que será a âncora da requalificação da zona poente do jardim público da cidade, contígua à Pousada de São Francisco. O município pretende candidatar o projeto a fundos comunitários e procura uma entidade parceira para a gestão e dinamização do espaço, além de um patrocinador oficial.

Texto Carla Ferreira

A

Câmara Municipal de Beja pretende proceder à requalificação da zona poente do jardim público, um projeto que tem como âncora um borboletário, espaço que é descrito como “um jardim de plantas mediterrânicas habitado por várias espécies e borboletas onde poderão ser observadas as várias fases do seu ciclo de vida: ovo, lagarta, crisálida e adulto”. Partindo de uma sugestão de duas jovens da cidade, técnicos dos serviços da autarquia foram visitar outros projetos nacionais congéneres, nomeadamente no Jardim Botânico de Lisboa, e chegaram a um estudo prévio que foi alvo de uma apresentação pública no último dia 8. Na ocasião, o presidente do município, Jorge Pulido Valente, afirmou que o que se pretende é que “toda a área do jardim que está degradada, nomeadamente o edifício da Casa do Lago, possa ter um aproveitamento que constitua mais uma atração para dinamizar” o equipamento.

O edifício do borboletário, o único a construir de raiz, foi concebido à imagem da própria borboleta, prevendo-se uma estrutura de madeira laminada, revestida interiormente com telas de malha apertada e protegido, no exterior, por um par de “asas”, “cuja função é estética mas sobretudo de sombreamento, uma vez que ficará virada para poente,” explicou Francisca Romão, arquiteta, que procedeu à explicação do estudo. O projeto pressupõe quatro linhas de ação, nomeadamente a criação de borboletas autóctones e de plantas hospedeiras, nectaríferas e aromáticas, onde estas vivem e se reproduzem, bem como a promoção da educação ambiental e do turismo científico-ecológico.

Do quadro funcional do borboletário constam várias estruturas pré-existentes, que serão alvo de remodelação. Como a Galeria do Jardim, atual Casa do Lago, futuro espaço de acolhimento ao visitante, onde se fará a explicação da rota da visita, prevendo-se igualmente outras valências (galeria de exposições ou sala de conferências, com capacidade para no máximo 50 pessoas), na época em que o borboletário estiver fechado, entre 15 de novembro e 21 de março. Na estufa, atualmente desativada, será criado um viveiro de plantas, indispensável enquanto fonte de alimento para as borboletas.

Entrando pela Galeria do Jardim, sucedem-se depois as hortas pedagógicas e o Jardim Mediterrânico, dois dos elementos que compõem a componente prática do programa de educação ambiental do espaço, o primeiro

relacionado com a produção de alimentos e o segundo direcionado para o conhecimento da flora autóctone, “de modo a realçar a sua importância no equilíbrio ecológico”. Assim, continua a memória descritiva, a requalificação da zona poente, “além de beneficiar toda esta área contígua à Pousada de São Francisco, tanto do ponto de vista funcional como ambiental, apresenta-se como um complemento às atividades e tipologias de espaços existentes no atual jardim público”.

Jorge Pulido Valente realçou que o projeto se insere numa estratégia que o município deve “trabalhar e aprofundar” e que se prende com a “necessidade de aumentarmos a biodiversidade em meio urbano”. Algo aliás que já está a ser considerado na revisão do plano de urbanização de Beja, atualmente em fase de conclusão, e que tem como enquadramento “a nossa ideia de Beja – Ecopolis”, acrescentou. A autarquia, que pretende patrocinar uma candidatura a fundos comunitários, chegou a contactar a Quercus no sentido de lhe entregar a gestão e a dinamização do borboletário, mas a associação declinou o convite por considerar não ter condições de momento para assumir esta responsabilidade. Entretanto, concluiu Pulido Valente, “vamos continuar à procura de parceiros, embora a câmara municipal fique sempre na retaguarda. E de um patrocinador oficial, entre as grandes empresas – como a Galp, a Brisa, a EDP – para tentar completar o esquema de financiamento”.

A música, o património e a biodiversidade são os eixos dinamizadores do Festival Terras Sem Sombra que apresenta hoje, sexta-feira, pelas 11 e 30 horas, no Centro Cultural de Belém, em Lisboa, o programa da sua 8.ª edição. Este é um festival de música sacra, promovido pelo Departamento do Património Histórico e Artístico da Diocese de Beja desde 2003, que “cedo cativou a atenção pela qualidade do seu repertório, pela abrangência temática da sua programação e pelo nível dos intérpretes, colocando o Alentejo no mapa internacional de festivais”.

A apresentação do programa contará com a intervenção do diretor artístico do festival, Paolo Pinamonti, antigo diretor do Teatro Nacional de São Carlos e atual diretor do Teatro de la Zarzuela (Madrid) e docente de Musicologia na Universidade Ca’ Foscari (Veneza), e do diretor-geral do festival, José António Falcão, historiador de arte e responsável pelo Departamento do Património Histórico e Artístico da Diocese de Beja. O festival arranca com a programação a 24 deste mês, que inclui a realização de seis concertos itinerantes (entre março e junho).

Física de partículas cativa mais de uma centena de alunos O Instituto Politécnico de Beja recebe amanhã, durante todo o dia, um conjunto de paletras e de sessões laboratoriais que vão envolver mais de 100 alunos do ensino secundário, em torno da física de partículas. Uma iniciativa que decorre em simultâneo em 31 países do mundo e que envolve 120 universidades e institutos de investigação. E que pela primeira vez decorre em Beja.

Delegação de Itália visita Escola Profissional Fialho de Almeida Uma delegação de Itália está de visita à Escola Profissional Fialho de Almeida (EPFA), de Vidigueira, no âmbito do Projeto Comenius – Parcerias Bilaterais, financiado pela Agência Nacional para o Programa de Aprendizagem ao Longo da Vida (Proalv), cujo tema é “As diferenças são recursos”. O projeto “pretende dar a conhecer e valorizar as riquezas linguísticas, culturais e gastronómicas existentes nos dois países, mais precisamente nas regiões em que as duas escolas parceiras se inserem”, esclarecem os responsáveis. No próximo mês de abril será a vez dos alunos e professores da EPFA participarem num intercâmbio cultural com o Istituto Professionale di Stato per I Servizi Alberghieri e della Ristorazione G. Cipriani, situado em Itália, na cidade costeira de Adria, na região de Veneto.

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AVALIADORES IMOBILIÁRIOS Empresa do ramo imobiliário pretende recrutar avaliadores imobiliários, no regime de prestação de serviços, para os distritos de Évora, Beja, Portalegre e Santarém. Os interessados deverão enviar o seu curriculum vitae, com indicação da sua morada e dos distritos/concelhos a que se candidatam, para o seguinte endereço electrónico: recursos.humanos@netvisao.pt

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Este segundo mandato [de Cavaco Silva] repete, agravando-os, os dislates do primeiro. E alguém, dos círculos íntimos do senhor, devia ajudá-lo a rematar, com dignidade e piedosa lástima, o tempo que lhe resta para sair de Belém.

Baptista-Bastos, “Diário de Notícias”, 14 de março de 2012

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A Câmara de Moura e a Liga para a Proteção da Natureza estão a desenvolver na HERDADE DA CONTENDA diversas atividades conjuntas para a preservação de espécies animais em risco, como o lince-ibérico e o abutre-preto. Em tempos de crise severa e de cortes orçamentais em toda a linha é importante saber que ainda há quem se interesse pela Natureza. PB

Há 50 anos Grito de protesto

Opinião

A arte de desertificar Ruy Ventura Poeta e ensaista

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á cerca de uma dezena de anos participei em Castelo de Vide numa tertúlia que teve como pretexto uma obra de José Luís Peixoto, publicada havia pouco tempo. Em dado ponto da conversa, o conteúdo do romance levou os presentes a refletirem sobre o estado do interior, em geral, e do Alentejo em particular. Estávamos nós tecendo considerações, quando um cidadão lisboeta, com ar de hippie fora de prazo, resolveu afirmar com sobranceria: “Eu cá gosto muito do Alentejo porque é deserto... tem pouca gente... Assim é que é bom!” Todos entendemos que não se referia ao deserto simbólico dos místicos. Com visível incómodo, olhámos uns para os outros. O silêncio imperou. Até que um dos presentes respondeu ao indivíduo: “O senhor diz isso porque é um gajo bem amanhado.

Tem dinheiro suficiente para ir à capital a bons médicos, para encontrar naquelas bandas o que aqui falta. Mas, e quem cá mora e de cá não pode sair?” O forasteiro nada retorquiu – nem poderia retorquir. E o colóquio informal continuou, ignorando-o, sobre as causas do suicídio no Alentejo. Chegámos à conclusão de que o alentejano se mata, se sacrifica, quando perde a dignidade. (E quanta dignidade lhe têm retirado, uns que “gostam muito do Alentejo” mas só sabem espezinhar quem por lá habita, outros que, sendo alentejanos, gostam de fomentar um viver social pequenino e dependente, o melhor meio para exercerem o seu caciquismo político, económico, social e/ou cultural.)

De vez em quando vêm-me à memória os dilates do hippie fora de prazo, sobretudo quando me confronto com algumas medidas que os últimos governos têm vindo a pôr em prática. Quem as vê de longe – e nenhuma estima ou compreensão o liga às distantes terras da “província”, às suas necessidades e à sua cultura – pode até vislumbrá-las como benéficas, redutoras da despesa do Estado e fomentadoras do desenvolvimento tecnológico. (Encerrar escolas é bom, segundo afirmam, pois colocará todos os alunos num só edifício com condições para atingir o seu sucesso. Obrigar homens e mulheres a deslocarem-se, em plena noite, a um centro de saúde fora da sua área de residência pode até ser positivo, pois terão cuidados médicos que na sua terra não teriam. Obrigar as elvenses, por exemplo, a terem os seus filhos na maternidade de Badajoz é porreiro, pois assim ficarão com a cidadania espanhola, que os seus pais já vão adotando quando fazem nas localidades extremenhas. Extinguir freguesias e concelhos rurais até está bem visto – pois que falta faz uma junta ou uma câmara municipal à porta, se a podem ter a trinta ou quarenta quilómetros de distância...). Quem conhece o interior português e lhe tem amor sabe que essas medidas são uma machadada fatal na dignidade de quem lá vive.

Concretizadas ou pensadas pelos mais recentes gestores da coisa pública, mas idealizadas por decisores que são peças da sinistra engrenagem da desumanização, são um veneno que aniquilará a vida de muitas aldeias e vilas.

Claro que nada disto interessa a quem vê as aldeias apenas como fontes de rendimento. Gente dessa (indígena ou forasteira) tem pena quando uma aldeia começa a ser muito habitada, pois nesse momento as casitas baratas passarão a ter um justo preço. Não se preocupa quando uma localidade deixa de ser autarquia, quando perde o médico, o posto de correios, a farmácia ou a escola, quando os centros de saúde deixam de oferecer atendimento permanente, quando as maternidades passam a ser ambulâncias paradas na berma da estrada... As pequenas terras são, para essa turma de patos-bravos, pavilhões de caça ou campos de férias, lugares de passagem transformados em não-lugares, em locais sem vida, cenários para turista ver ou áreas de serviço.

Os reis dos primeiros tempos da nossa história pelo menos legislavam favorecendo a fixação das populações. Os nossos governantes fizeram e fazem o contrário. Primeiro esqueceram os habitantes do interior, não pondo em prática quaisquer estratégias que contrariassem o êxodo, adubando antes os caciques locais (que, diligentemente, pela

sua passividade, pela sua mediocridade e pelo seu fechamento, obrigaram à fuga da população residente, sobretudo a mais jovem). Agora, retiram aos portugueses que restam no interior condições mínimas de dignidade – para que o esvaziamento se complete e mais facilmente cerquem a sua coutada com arame farpado, real ou simbólico.

Não tenhamos dúvidas: para muitos cidadãos sem raízes nem moralidade (que veem na “província” apenas uma terra de cafres e de broncos), a atração do mundo rural será tanto maior quanto mais rapidamente se transformar num deserto. Então poderão reinar – e, talvez, passear com ligeireza a sua cáfila.

As letras do meu afecto Viriato Teles Jornalista

P

or acordo com a direcção do “Diário do Alentejo”, as crónicas que a partir de agora partilharei nestas páginas não seguem o novo Acordo Ortográfico. Não por caturrice cinquentenária ou porque seja avesso à inovação, mas muito simplesmente porque este (des)Acordo é desonesto nos princípios que proclama, inútil nos fins a que se propõe e criminoso na forma como pretende alcançá-los.

Destina-se a coisa a unificar o que não pode nem deve ser unificado, e o facto de não conseguir fazê-lo é a razão primeira da sua inutilidade. Com ou sem o AO, um facto em Portugal continua a ser um fato no Brasil. E o fato que eu use não há-de ser diferente do terno que vestem os meus amigos do Rio e de São Paulo. Tal como, se lá for, não duvido que continuarei a ter boa recepção. Mas se os receber em minha casa, por vontade do AO não poderei proporcionar-lhes mais do que uma modesta receção.

De disparate em disparate, nem o nome dos meses escapa à fúria alegadamente normalizadora. Querem com isto que Abril passe a ser apenas abril, haja vinho novo em setembro e o Natal seja celebrado em dezembro. E o qual é a utilidade de tal gesto?

Não é por os ingleses subirem de lift e os americanos de elevator que ambos deixam de chegar ao mesmo destino. Os espanhóis viajam de coche e os cubanos andam de carro, eventualmente da mesma marca, mas com certeza de anos diferentes. E entendem-se muito bem.

O AO não serve porque não presta, e não presta porque não faz sentido. A Língua defende-se preservando a sua diversidade, porque ela reflecte a história dos povos que a falam. As palavras não são meros conjuntos de letras e fonemas, são também a memória que trazem dentro delas. Memória delas e das coisas que designam, e das mulheres e dos homens que a falam. Não basta, pois, conhecer as palavras todas, é preciso saber como se usam.

O AO confunde muito mais do que simplifica, por exemplo ao promover o uso facultativo de uma ou de outra variante. Mas ninguém perguntou aos espectadores se queriam ser transformados em espetadores.

E é o que se vê: tolejar converteu-se num desporto alternativo, a comunicação tornou-se mais difícil e a Língua ficará seriamente ferida se a prossecução do crime não for interrompida. E ainda pode sê-lo: uma iniciativa legislativa de cidadãos está presentemente em curso e as hipóteses de ser bem sucedida dependem apenas da vontade de todos nós.

As línguas têm o seu próprio tempo, as palavras crescem, vivem, e às vezes morrem, mas isso deve acontecer no respeito pelo ciclo natural do desenvolvimento humano. Uma língua amputada artificialmente e sem rigor nem sabedoria torna os povos que a usam inevitavelmente mais pobres, porque menos cultos. E um povo menos culto é um povo menos livre.

No apontamento sobre os lugares de Zeca Afonso que aqui publiquei há duas semanas, o AO retirou o c da palavra afecto. E eu gosto dele, entre outras razões porque me ajuda a abrir a vogal anterior. E porque aquele c é parte do código genético daquela palavra, e não há razão para que seja eliminado. No que depender de mim, farei tudo para poder continuar a usar todas as letras do meu afecto. * Por opção do autor, este texto não segue o novo Acordo Ortográfico.

E

m “Nota do Dia” a abrir a edição do “Diário do Alentejo” de 17 de março de 1962, um sábado, a transcrição de “um criterioso apontamento” do “Jornal do Fundão”, intitulado “Panorama”. Justificada pelo vespertino bejense por o texto “defender pontos de vista por diversas vezes emitidos” nas suas colunas e por “confirmar a validade de opiniões” também por si expostas: “Diz-se que a Província está cada vez mais pobre de valores intelectuais. A afirmação não carece, aliás, de provas, evidentes como são as razões que a abonam.

Causas, há várias: limitações a quem deseja fazer, sem tutela, alguma coisa de novo; desinteresse de largas camadas que aceitam passivamente tudo o que acontece; coisas que todos sabemos e não vale a pena repetir. Mas a fenda maior por onde a Província sangra é a deserção para Lisboa.

A par dos que vão por encargos de ofício, outros procuram, legitimamente, uma vida melhor. E outros ainda, que um dever moral obrigaria a viver na Província, cientes da força do centralismo todo poderoso, querem ser roda da engrenagem em vez de massa destinada á trituração.

Enfraquecida por tantos desgastes, a vida local não estagna apenas, apouca-se e é cada vez mais difícil preencher com gente capaz as vagas que se abrem.

O Município, que foi e deveria ser o baluarte das nossas prerrogativas, é mera delegação do Poder Central. A capacidade de iniciativa, o gosto de trabalhar a prol do comum, a união de esforços que noutros tempos ergueram maravilhas – morrem diante das ‘ordens superiores’. A participação de todos nos assuntos de verdadeiro interesse colectivo reduziu-se a vagas fórmulas que nada representam. Não estamos a falar de política, entenda-se, mas apenas das circunstâncias que decidem, longe, os problemas que a nós interessam mais que a ninguém.

A coisa desce a pormenores que do mesmo modo são trágicos e ridículos.

Passa numa terra provinciana um senhor e escolhe, segundo a disposição do momento, um edifício ou um local para instalar serviços que dirige. Tem de ser ali, ou há mosquitos por cordas. Que diz a população interessada, que pensam os representantes dela? Não importa conhecer tais miudezas. Para evitar prejuízos maiores há quem faça a vontade ao senhor que passou, que talvez nunca mais volte e para quem os problemas locais são menos que pó de tabaco.

Isto aconteceu algumas vezes. E há quem não desculpe o desânimo, o cansaço, a indiferença de tantos perante os problemas da vida local...”.

Ora aqui está, cheio de atualidade, com meio século, um grito de protesto do interior contra os senhoritos de Lisboa – os coelhos, os portas, os gaspares, os relvas de então.

Carlos Lopes Pereira

A 15 dias da apresentação da candidatura do CANTE ALENTEJANO a Património Imaterial da Humanidade prossegue a discórdia entre algumas autarquias e agentes culturais em torno da viabilidade desta proposta. Assim, com cada qual a desafinar para seu lado, é quase impossível pensar que esta proposta tenha viabilidade. Ou que chegue sequer ao seu destino. PB

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15 A SECA prossegue com grande sagacidade em todo o País e no Alentejo em particular. Os primeiros a sofrer com a falta de chuva são os animais domésticos, que não têm pastagens para se alimentarem. Mas a carência de água está já a complicar toda a atividade agrícola e, não tarda, começará a afetar os consumos humanos. PB

Carta ao diretor Candidatura do cante alentejano do Baixo Alentejo a Património Cultural Mundial da Humanidade Luciano Caetano da Rosa Berlim

Iconografia pacense Um barco de pedra em Quintos

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ra uma estranha visão. Um barco de pedra estava ancorado na margem direita do rio, para lá de Quintos, entre os Vaus de Cima e de Baixo. A proa apontada para montante cortava com segurança a impetuosa corrente. Se não tivéssemos como referência o resto da paisagem, aparentemente imutável, terraços milenares e um relevo pouco acentuado e quase despido de vegetação, diríamos que o barco avançava de forma estranha... sem gente, sem remos, sem velas, sem leme, sem motor. Um barco de pedra que seduzia o nosso olhar iludindo-o num movimento impossível. Na sua investida contra o aparelho incerto daquela estranha construção, a água produzia aquele estalar característico das embarcações que a sulcam com rapidez deixando um rasto de espuma para lá da popa. A ilusão quase perfeita, de um navio fantasma, fossilizado, vivida por breves segundos.

Um encanto interativo, difícil de repetir, subsistia, contudo, numa verdade fantasiada: a do navio fantasma que de navio tinha quase tudo e de fantasma quase nada. Nunca se deslocou do local onde o construíram, mas teve vida, cumpriu a sua função durante provavelmente duas centenas de anos e, hoje, com pouco mais de 300 anos de existência, encontra-se tristemente e paradoxalmente à deriva, abandonado.

Tentámos traçar-lhe um rumo que valorizasse o seu passado e que o integrasse na História como um bem patrimonial autêntico a preservar e a divulgar, pois a sua raridade exige essa distinção formal tão consequente para a sua memória.

Todavia, essa não é uma memória singular, pertença de um só navio de pedra. Há mais, ancorados ao longo da margem direita do rio Guadiana, no concelho de Beja – os do concelho da Vidigueira, assim como os moinhos, ficaram submersos na barragem de Pedrógão.

Teria havido outros que não chegámos a identificar ou que “naufragaram” bem antes dos nossos olhos os sondarem. Eram cerca de oito fortins, sendo maior o de Quintos, abobadado e com troneiras, todos possuindo amurada, popa e proa, como os barcos. Constituíam a linha defensiva do rio durante a Guerra da Restauração de Portugal e também eram até há pouco menos de 20 anos totalmente desconhecidos1 do meio histórico e militar, para grande surpresa dos oficiais do Regimento de Infantaria n.º 3.

Esperemos que chegue o dia em que a Direção Geral do Património Cultural classifique como monumento nacional – após o pedido devidamente elaborado pelo município bejense – o que resta desta original linha defensiva seiscentista do Guadiana, à qual dedicou o nosso amigo major-general Adelino Matos Coelho, logo que dela teve conhecimento, em 1998, uma atenção especial, definindo-a, mais tarde e muito apropriadamente, como “Fortificação do rio Guadiana”, título de um opúsculo policopiado, ilustrado e razoavelmente documentado, divulgado, com a nossa colaboração, pelo Regimento de Infantaria n.º 3, sediado em Beja.

1

BORRELA, Leonel – “Fortins do rio Guadiana” e “A linha defensiva do rio Guadiana durante a Guerra da Restauração de Portugal”, in “Diário do Alentejo” de 29 março de 1996 e 17 de maio de 1996; ibidem, “A defesa abaluartada da cidade e os fortins do Guadiana” in “Diário do Alentejo” de 11 de outubro de 1996.

Leonel Borrela

O título em epígrafe traduz, em minha opinião, a correção metodológica que devia ter sido seguida pela candidatura do cante a Património da Humanidade. Contrariamente ao processo em curso a que falta alguma legitimidade democrática e cultural, a candidatura deveria indicar inequivocamente a proveniência exata do cante alentejano, da sua área ou contexto vital, o Baixo Alentejo cultural, que não coincide com o Baixo Alentejo administrativo. Já indiquei, em artigo anterior, publicado no “Alentejo Popular”, a configuração desse território, ou seja, o distrito de Beja, os concelhos alentejanos do distrito de Setúbal, quatro concelhos administrativo-politicamente situados no Alto Alentejo, mas culturalmente baixo alentejanos no que diz respeito ao cante. Os fenómenos culturais nem sempre coincidem nas suas fronteiras com as divisas administrativas.

A este território pode-se eventualmente juntar franjas algarvias que acusem influência do cante por contacto ou proximidade geográfica. E, finalmente, não se pode esquecer toda a diáspora do Baixo Alentejo, tanto interna como no estrangeiro. (...) O cante é alentejano, sim, mas não faz parte da cultura de todo o Alentejo nem da identidade de todo o Alentejo.

Infelizmente, é preciso sublinhar bem esta questão. Só depois de isto ser reconhecido, é que o cante pode ser também de todo o País e de toda a Humanidade. Que alguns o desprezassem e agora o queiram instrumentalizar porque, vá-se lá saber, lhes cheira a património, a honrarias, a dinheiro, tal nunca poderá, todavia, constituir matéria de prémio por parte da Unesco. (...) No atual processo em curso não reconheco nenhuma legitimidade a várias personalidades que não sei como foram escolhidas nem por quem. São elas o PR, o PM, o bispo do Porto, o representante da Gulbenkian, Rui Nabeiro, o presidente da Câmara Municipal de Serpa (desde que isolado e fora do quadro coletivo da Ambaal), o representante do Turismo que figura na Comissão de Honra. A legitimidade democrática para nomear fosse quem fosse deveria ter partido das autarquias da Ambaal e dos ranchos corais da área do cante.

Assim é que o cante estaria com toda a sua legitimidade democrática e cultural. Pela mesma ordem de ideias, não reconheço legitimidade a Carlos Laranjo Medeiros para estar à frente da Comissão Executiva e Técnica. No Portugal de Abril tudo tem de ser escrutinado. (...) A Confraria do Cante Alentejano tem base muito reduzida, só Serpa. Nos estatutos folclorizam-se as relações de trabalho típicas do latifúndio, com, por exemplo, o feitor no executivo (Casa da Ganharia). Só faltou dar um cargo ao agrário, mais uma vez absentista, desta feita. Uma confraria do cante alentejano deve assentar numa vasta base de concelhos da área do cante para ser representativa. Nos seus órgãos representativos deveria haver lugares para o “ponto”, o “alto”, o “coro”, o ensaiador, o representante dos corais masculinos, femininos, mistos, infantis e não para feitores, alguns de muito má memória, ligados para sempre à repressão dos trabalhadores.

Fiquei contente por saber que o professor doutor Ranita da Nazaré entrou para a Comissão Científica, pois ele é o cientista que definiu “o estado da arte” no que diz respeito ao cante do Baixo Alentejo. Por outro lado, li no “Diário do Alentejo” on line que o professor doutor Rui Vieira Nery se demitiu da Comissão Científica da candidatura e não só por razões de saúde. Sao claras e contundentes as observações deste eminente musicólogo: demite-se “por razões inerentes à própria candidatura”, “todo o processo...foi até agora conduzido

Diário do Alentejo 16 março 2012

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exclusivamente pela Comissão Executiva, tendo a Comissão Científica sido confrontada, na sua recente primeira e única reunião até hoje realizada, com um formulário já em fase final de preenchimento”. Com a pressa de apresentar a candidatura já em 31 de março de 2012, o professor não vê que a Comissão Científica tenha tempo ou oportunidade para “introduzir...as correções de fundo que lhe parecem... indispensáveis”. A candidatura “enferma de vários problemas”, “a apresentação da candidatura exclusivamente pela Câmara Municipal de Serpa de um género cuja prática transcende largamente o âmbito geográfico deste concelho... levantará certamente dúvidas justificadas sobre a legitimidade do proponente para o efeito”, “falta um processo amplamente participativo”, faltam as “características do género e seu património”, etc., etc. (citações in “Diário do Alentejo” on line, a 20.02.2012).

Continuo a achar estranho que D. António Vitalino Dantas, bispo de Beja, quer dizer, bispo da capital da área do cante, não figure em nenhum órgao. Acho que se há um bispo do Porto metido na Comissao de Honra, os autarcas da área do cante deveriam reparar a deselegância imediatamente em relação ao bispo de Beja, enderecando-lhe sem demoras um convite.

Quanto a um artigo de Paulo Lima no “Diário do Alentejo”, onde aparece citado um extrato do meu artigo publicado pelo “Alentejo Popular” (considerandos...), devo dizer o seguinte.

Primeiro, prezo a pessoa de Paulo Lima. Segundo, não me agrada o tom do seu artigo pela deriva autoritária que representa, do tipo “magister dixit…” e o pior é que Paulo Lima “non dixit…”, não disse nada de importante ou relevante nem num português vernáculo da melhor qualidade.

O protagonismo voluntarista da Câmara Municipal de Serpa e da autodesignada Confraria do Cante Alentejano é inaceitável e coloca a candidatura em risco. Causa divisões onde devia reinar a união. Há quem se queixe com razão que a Comissão Executiva provoca fraturas em vez de ser fator de união. Um concelho não se pode armar em elite no quadro do cante para em seguida pensar que vai ser escolhido para digressões ao estrangeiro ou cerimóniaseapresentações,“ignorandoosdemaisoufazendodosrestantes lídimos representantes do cante figuras menores do processo”, conforme ecos de mal-estar vindos dos lados de Castro Verde. No filme rodado há pouco em Serpa há um cantor vestido de capote alentejano, coisa que só os agrários usavam antigamente, até pelo preço proibitivo que equivalia a muitos meses de salário de um pobre trabalhador rural, e outros cantores de “papillon” (veja-se foto na Internet), enfim, um conjunto de etno-elementos esquisitos, estranhos à indumentária dos que pratica(va)m o cante. Às autarquias da área legítima do cante, lanço um segundo repto: comecem de imediato com a Ambaal a fazer ouvir a vossa voz. A legitimidade e representatividade deste processo está nas vossas mãos e nos ranchos corais dos vossos concelhos. Deveis ser vós a nomear as comissões, os comissários e mais ninguém.

A fuga para a frente sem legitimidade e representatividade pode acabar mal. E nós somos pelo reconhecimento internacional deste nosso tesouro único, o cante do Baixo Alentejo cultural!!!

Assim, faço uma proposta metodológica para salvar a atual candidatura: – Autarquias e ranchos da área do cante reivindicam a soberania no processo de candidatura, com a Ambaal a assumir as suas responsabilidades. Chega de tutela menorizante das gentes do Baixo Alentejo.

– Escolha de todos os membros das comissões: de honra, científica, executiva, técnica, comissários; algumas personalidades poderiam apenas ser confirmadas, outras talvez não, mas seria a Ambaal e os representantes dos ranchos a decidir...

– Satisfação dos critérios técnicos exigidos pela Unesco.

– Aproveitamento de tudo o que de válido tiver sido feito até à data.

– Ampla base representativa de grupos corais da área legítima do cante.

– Dilatação do prazo de entrega da candidatura e não a 31 de março de 2012.

A todos os meus cumprimentos e votos de muito sucesso nas tarefas que se avizinharem...

16 Diário do Alentejo 16 março 2012

Leandro pertenceu à Junta de Freguesia de Amareleja, da qual foi presidente, da assembleia municipal, até que “se aborreceu da política”. Do que não se aborreceu foi do cante coral. “Com o mestre Chico Grázio fizemos um grupo coral no PCP, tinha umas modas tão bonitas, porque nessa altura o da Casa do Povo estava muito adormecido, até que acabou e nós viemos para cá e ficou só um”.

Perfil

Joaquim Leandro Grosso

Um Minuto com muitas horas Aportar a Amareleja e perguntar por Joaquim Leandro Grosso pode represen-

C

orria o dia 5 de maio de 1934 quando, sob o calor já intenso de um verão antecipado, a Maria Rabita, que mais tarde havia de ser sua madrinha, mas já lá vamos, ajudou a nascer Joaquim Leandro Grosso, popularmente conhecido como Minuto, hoje com 77 anos. “Antigamente não se procurava hospital ou parteira, onde estavam os nossos pais era onde se nascia”. E foi assim que começou a sua vida na herdade da Aviadeira, no concelho de Barrancos, este filho de amarelejenses. O pai, moiral, encontrou ali trabalho – “na altura era o que se arranjava” – a tratar de uma vara de porcos.

Minuto diz que foi “um parto abençoado” porque a “esposa do patrão, o dr. Manuel Agostinho, foi lá benzer a malhada e depois queria ser a minha madrinha, mas os meus pais entenderam que deveria ser a parteira”. A Maria Rabita, mulher do pastor, que já antes falámos.

A infância passou-a atrás dos pais, um autêntico mapa das herdades das freguesias de Amareleja e Granja, nos concelhos de Moura e Mourão: da Aviadeira foi para Rabo Toureiro, Coutada dos Frades, Valhascos, Guisos, “do Dominguito”, uma casa grande, a maior herdade aqui da zona, e com um ano foi para a herdade da Ordem, do Barreto, até aos 12 anos.

Quando chegou aos 10 anos já eram cinco irmãos e à medida que “íamos crescendo começávamos a tomar conta dos bichos, razão pela qual a minha instrução só foi feita depois de casado”. Joaquim Leandro Grosso diz: “Fui para a escola já tinha dois filhos, falámos com a D. Joaquina dos Reis, filha do mestre Félix, eu e o Pedro Deca, o Manuel Agulhas, pagávamos 100 mérreis. Quando chegou o S. João tirei a quarta classe”.

“Comecei por ganhar três alqueires de trigo, três litros de azeite e três litros de grão, enquanto o meu pai, que era ‘eguariço’ (tratador de éguas) cinco alqueires de trigo, cinco litros de azeite e cinco litros de grão e cem mérreis em dinheiro”. E assim se estipulava a hierarquia nas relações laborais.

Minuto adianta: “O meu pai despediu-se do Barreto e viemos para a aldeia tomar conta da adua, juntámos mais de 200 cabeças, 10 tostões por semana, porcos, cabras e ovelhas”. A adua é um rebanho comunitário, em que um indivíduo se propõe guardar os animais dos seus vizinhos, e assim decorria a vida, até que “com 12 anos comecei a ir para pequenos trabalhos, principalmente mondas, aos 15 comecei a fazer a minha vida, o meu primo Moças era encarregado dos cortes e foi aprender a limpar azinheiras”, até que aos 17 anos foi para a herdade dos Machados, perto de Moura, e saiu dali para o Monte Branco, propriedade encostada à

tar uma procura de horas. Se disser Minuto terá um resposta em segundos. E encontrará um homem seco, enérgico, dinamizador e com uma vida que o levou a todos os cantos do País. Com uma passagem por França. O cante coral alentejano tem-lhe ocupado, parece, o resto do tempo dos seus dias.

Texto e Foto Rafael Rodrigues

serra da Adiça, na freguesia do Sobral da Adiça, Moura. Por esta altura, já o pai não trabalhava, estava doente em casa, e Joaquim Leandro Grosso foi ter com o irmão que integrou as brigadas que foram colonizar os sapais de Pegões no concelho do Montijo. Com Domingos Bode fazia as ceifas em Bucelas, às portas de Lisboa, cidade onde se ocupava também em trabalhos de construção civil, passando o inverno na “azeitonada no concelho de Moura”. “E assim andava. Isto aqui era muito pobre de trabalho e tínhamos que nos virar à procura”. Algo muito similar aos dias de hoje.

Por altura dos seus 26 anos, Minuto viu abrir-se as portas do trabalho no Baldio das Ferrarias, área da freguesia de Amareleja que os serviços florestais da altura submeteram ao regime florestal. “Mais o meu compadre Chouriço fui para ajudante de máquinas de uma empresa da Abrigada. Vieram para aí uns dois senhores, com umas máquinas e fomos para ajudantes deles”.

Com as máquinas veio a possibilidade de ir para o Algarve, terras mais amenas, mas o caminho que levou terminou em Arcos de Valdevez, zona mais agreste em termos de temperaturas: “O meu pai não gostou muito, mas já estava com 29 anos e arranquei”.

Por terras do Norte diz ter corrido “toda aquela fronteira” agarrado à máquina durante mais de um ano. A escassez de recursos da administração central obrigou a que o governador civil de Castelo Branco solicitasse os serviços florestais para desbravar aquele território nas fraldas da serra da Estrela. “Uma miséria, pior que o Alentejo, lugares perdidos naqueles cabeços, sem estradas ou qualquer acesso. O presidente da câmara de então era médico, de nome Paizana, diretor do hospital, e era o homem que montado numa garranita (designação para cavalo pequeno) prestava assistência aos doentes”, realça Joaquim Leandro Grosso.

O ditado diz que longe da vista longe do coração, mas este não se aplica a Minuto que nunca esqueceu a Amareleja de nascimento, e quase a entrar nos 30 anos, aproveita o casamento do Zé Pires, com quem tinha trabalhado no Monte Branco, e disse à Maria da Silva: “Vou pedir uma mulher para me casar. Fui falar com a minha mulher à porta, como era hábito”.

A aproximação foi curta e Leandro teve que esperar longe pela resposta ao namoro, porque “no outro dia recebi um telegrama para me apresentar em Castelo Branco”. Na motorizada, “uma zundapp de três velocidades”, lá derivou novamente a terras serranas. Minuto sabe ainda de cor as povoações – “a seguir a Castelo Branco, Taberna Seca, Monte das Senhoras, Sobreira Formosa” –, itinerário que a desertificação do interior fez desaparecer.

Cansado de estar sozinho, escreveu à pretendida para que lhe desse uma resposta ao pedido, que chegou na volta do correio, positiva e começaram a namorar. De longe, está bom de ver, apesar de Joaquim, de quando em quando, ir “à aldeia na motorizada, 300 e tal quilómetros”.

Quando casou Joaquim Leandro Grosso estava na Sertã. A cerimónia foi às 10 horas, e rápido que se faz tarde. Partiram os dois na automotora de Moura até ao Entrocamento, com passagem por Tomar e dali num carro de praça para a Sertã, mais propriamente a Chão da Força, onde morava. “Cheguei a casa às duas da manhã, tive uma lua de mel muito boa, de manhã veio um colega meu dizer que a máquina estava avariada e como o motor era americano, muito forte e o resto do material não aguentava, não havia peças para o substituir pelo que tive 15 dias sem trabalho”.

Joaquim Leandro Grosso ainda tem em casa o búzio que utilizava para convocar as reuniões dos trabalhadores agrícolas em cada uma das herdades onde se deslocava: “Escolhia-se uma boa azinheira, num alto, tocava-se o búzio e o pessoal juntava-se para se fazer a reunião”

O novo casal não se afeiçoou à Sertã, porque “ao fim de pouco tempo recebi um telegrama para ir para Arcos de Valdevez, para a freguesia de Cabana Maior, lugar de Boim, ocupar a casa do guarda. A minha mulher engravidou” e porque não queria um filho do Norte, “fui deixá-la ao Porto e veio de comboio rápido até Santa Apolónia, onde o meu cunhado a esperou.

Veio para a aldeia e o meu Joaquim Zé nasceu no hospital em Moura. Quando vi o meu filho já tinha três meses”. O seu percurso de vida levou-o a Ansiães, acima de Amarante, Melgaço, Serra de Arga, em Viana do Castelo, zona a partir da qual a mulher veio em definitivo para Amareleja, enquanto Joaquim só aguentou até à Páscoa, quando terminou uma estrada entre Ponte de Lima e Valença do Minho. “Ainda tive de ir a Viana buscar o dinheiro” do vencimento, acrescenta Joaquim Leandro Grosso.

“Vim para a aldeia trabalhar para o sociedade agrícola Couto de Fornillhos, onde o Américo Tomaz vinha caçar, onde precisavam de alguém que conseguisse andar com uma máquina industrial. Ganhava 70 mérreis diários com um dia de descanso, enquanto os outros ganhavam 22 e os tratoristas 40”, contextualiza Minuto, que conta que na primeira caçada em que participou o então Presidente da República mataram-se 1 008 perdizes, criadas na propriedade.

A máquina foi vendida, ia ser despachada para terras da Costa da Caparica, e Minuto estava fadado para se deslocar com ela. “Estava assim combinado: vinham-me buscar no domingo. No sábado à noite fui beber uns copos ao fim da tarde ao Chico Navalhas, que me propôs, vamos embora para a França, mais o Bento, e fomos a salto. Chegámos a Andaya e arranjámos um contrato de trabalho por um ano na construção civil”.

Nos lugares mais remotos e distantes é uso dizer-se há sempre um português ou alguém com ligação ao país, e assim aconteceu com Leandro que, para tratar dos documentos de legalização, teve a sorte de encontrar “uma rapariga que tinha estado em Angola e uma irmã dela tinha casado com um rapaz que tinha sido criado ao pé de mim, o Zé Macarro. Ela tratou dos documentos e ainda tivemos de pagar cada um 1.200$00 de taxas militares”.

Joaquim Leandro não levou a mulher que ficou em Amareleja “a cuidar dos rapazes”, ao contrário do Chico Navalhas que “levou a mulher e a filha e ainda por lá andam”.

A aventura por terras de França terminou após a Revolução de Abril em Portugal: “Quando se deu o 25 de Abril estava em França.

Foi um dos dias mais aborrecidos que nós tivemos. Ouvimos na rádio falar na grande revolta que se estava a dar em Portugal. Tinha cá

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a mulher e os filhos, pelo que depois do trabalho fomos ao café dos portugueses e no jornal já falavam que os revoltosos tinham ganho. Em maio vim para Portugal”.

A partir daí começou a sua atividade política, sempre ligado ao PCP, desde logo no sindicato agrícola, tendo sido delegado concelhio e pertencido à direção distrital de Beja. Foi responsável da Reforma Agrária: “Fizemos uma UCP, a Trabalho e Paz, com mais de 11 000 hectares e que ocupava mais de 200 pessoas”.

Joaquim Leandro Grosso ainda tem em casa o búzio que utilizava para convocar as reuniões dos trabalhadores agrícolas em cada uma das herdades onde se deslocava: “Escolhia-se uma boa azinheira, num alto, tocava-se o búzio e o pessoal juntava-se para se fazer a reunião, discutir os problemas dos trabalhadores e as atividades próximas”.

“Era um hábito que a gente tinha de outros tempos”, conta Minuto: “Quando no tempo dos cortes, em janeiro, tocava-se o búzio às quatro da manhã, tínhamos que estar no trabalho ao nascer do sol, para o pessoal se levantar e fazer o café, e tocava-se novamente às cinco para nos juntarmos e arrancarmos para o trabalho. Usava-se este método porque havia poucas pessoas com relógio. Havia um búzio aqui no mano francês e outro nas tapadas, e eram tocados para se juntar o pessoal”.

Leandro pertenceu à Junta de Freguesia de Amareleja, da qual foi presidente, e à assembleia municipal, até que se aborreceu da política. Do que não se aborreceu foi do cante coral. “Com o mestre Chico Grázio fizemos um grupo coral no PCP, tinha umas modas tão bonitas, porque nessa altura o da Casa do Povo estava muito adormecido, até que acabou e nós viemos para cá e ficou só um. Ainda trouxe o Pechicho, mas não gostavam dele e fiquei como mestre. Formei também um grupo de mulheres, a Maria Francisca, a Lina e Maria Custódia,

elas andavam à escola de noite e ouviram dizer que havia grupos. Foram ter com o dr. José Pepe, que tinha um grupo instrumental, mas não quis e fizemos em 1999 o grupo e ainda continua”.

Este Minuto, como se viu, já deu muitas horas e percorreu muitos quilómetros: “A alcunha de Minuto surgiu com 11 anos. Estava na cabana da Ordem e havia um homem aqui na terra, o tio Luís Perico, que fazia brincadeiras de Carnaval, danças, as Estudantinas. Um dia chegou ao pé de mim e disse-me: ‘tenho aqui uns versos que eram bons para ti, para participares, ias lá no meio do grupo’. Comecei a ensaiar, e eles cantavam: ‘triste do pobre do minuto; não tem azeite nem pão; se por acaso reclama; não lhe damos razão’; e eu fazia assim triste. E assim surgiu a alcunha. Depois isto caiu um pouco no esquecimento, mas quando começou a política, após o 25 de Abril, voltou. Na Amareleja é raro conhecerem-me pelo meu nome. Quando me chamam pelo meu nome até fico espantado”.

Alcunha é condição de amarelejense: “Todos temos”, garante Joaquim Leandro Grosso.

Futebol feminino: Taça Distrito de Beja

Diário do Alentejo 16 março 2012

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Disputa-se amanhã, sábado, a quinta e última jornada na Taça Distrito de Beja em seniores femininos, ronda decisiva para atribuição do troféu. Casa do Benfica de Castro Verde e Aljustrelense repartem o comando, com 12 pontos, e jogam entre si amanhã, às 15 horas, no Municipal de Aljustrel.

Futebol juvenil Campeonato Nacional de Juniores – Fase de permanência (1.ª jornada): Desportivo Portugal-Atlético, 1-2; Imortal-Oeiras, 1-1; Farense-Lusitano Évora, 3-2; Despertar-União Montemor, 4-2. Classificação: 1.º Atlético, 25 pontos. 2.º Oeiras, 22. 3.º Farense, 15. 4.º Despertar, 12.

5.º Lusitano de Évora, 12. 6.º Desportivo Portugal, 11. 7.º Imortal, 10. 8.º União Montemor, quatro. Próxima jornada (17/3): Atlético-Despertar; Oeiras-Desportivo Portugal; Lusitano Évora-Imortal; União Montemor-Farense.

Sub/19 femininos – Portugal venceu a sua congénere do País de Gales por 1-0 no jogo disputado na tarde de terça-feira em Castro Verde.

As duas equipas voltaram a encontrar-se ontem, quinta-feira, na cidade de Beja, para o segundo encontro amigável que serve de preparação para a etapa de qualificação do Euro 2012.

Desporto

Um ponto é melhor que nenhum

Moura empata e segue para Touriz Depois do empate a duas bolas com o Pinhalnovense, a formação do Moura joga neste domingo no terreno do Tourizense, um adversário do seu campeonato.

Texto Firmino Paixão

O

Tourizense é o adversário que precede o Moura na classificação, com mais dois pontos que a turma alentejana. E que bom seria uma vitória na

vila de Touriz (Tábua) perante esta equipa da Associação de Futebol de Coimbra…

Como teria sido excelente a vitória sobre o Pinhalnovense, e não o empate a duas bolas.

Afinal a manutenção está ali apenas à distância de cinco pontos, com mais sete jornadas para cumprir.

Quanto às outras equipas alentejanas, o Juventude ganhou brilhantemente ao Fátima e está quase em porto seguro e o Reguengos empatou nas Caldas da Rainha e posicionou-se na zona intermédia entre

a manutenção e a despromoção. O Vendas Novas bateu o Monsanto, e ainda bem, porque não deixou a equipa ribatejana escapar ao alcance do Moura.

No domingo, para além da saída do Moura para Touriz, o Estrela de Vendas Novas viaja para o Carregado, o Juventude jogará em Loulé e o Reguengos recebe o Mafra. Esperemos então por um brilharete da equipa mourense no Estádio Visconde do Vinhal, porque no seu terreno o Tourizense só venceu por três vezes (seis empates e duas derrotas).

Aljustrelense assegurou a manutenção

Um Diamant(e)ino na mina O triunfo sobre o Sesimbra e o desfecho do jogo entre o Fabril e o Montemor permitiram ao Aljustrelense assegurar já a manutenção na 3.ª Divisão Nacional.

o sucesso da equipa tricolor que, nos últimos jogos, evidenciou forte determinação para conseguir atingir o objetivo de terminar a primeira fase da prova entre as primeiras seis equipas, entrando agora na luta por uma eventual promoção ao escalão superior.

A série F concluiu-se com o Farense na frente (única equipa em campeonatos nacionais que ainda não perdeu esta época), com 56 pontos, uma vantagem de 19 sobre o Esperança de Lagos (37). Para a segunda fase, cujo sorteio se realizou esta semana, as equipas levam metade dos pontos desta 1.ª fase, no caso do Mineiro serão 17. Ao mesmo tempo que os mineiros conseguiam o seu brilharete, o Despertar sofria uma pesada derrota (6/1) no terreno do Lagoa.

Os bejenses estarão na segunda fase com dois pontos mas a jogar pela não despromoção aos campeonatos regionais. O campeonato retomase, apenas, no próximo dia 25.

Texto e foto Firmino Paixão

U

m golo de Diamantino já em período de compensação da primeira parte do jogo valeu uma preciosa vitória sobre a difícil formação do Sesimbra. Depois, o empate cedido pelo Fabril ao União de Montemor foi “a cereja no topo do bolo”. O Aljustrelense assegurou, nesta primeira fase do campeonato, a manutenção na 3.ª Divisão Nacional, um campeonato que vai acabar, é certo, mas até lá “muita água vai correr debaixo da ponte”.

Depois de um início de época conturbado, a escolha do técnico Eduardo Rodrigues e alguns ajustes operados no plantel foram a receita para

Diamantino Lutou muito até conseguir o golo

Nacional 2.ª Divisão 23.ª jornada

Nacional 3.ª Divisão 22.ª jornada

Distrital 1.ª Divisão 20.ª jornada

Moura-Pinhalnovense .......................................................2-2 Juventude Évora-Fátima ...................................................3-1 Mafra-Louletano .................................................................0-1 Caldas-At. Reguengos........................................................1-1 Est. Vendas Novas-Monsanto ......................................... 2-0 1.º Dezembro-Carregado ..................................................1-3 Oriental-Sertanense .......................................................... 2-0 Tourizense-Torreense.........................................................1-1

Fabril-U.Montemor .............................................................1-1 Aljustrelense-Sesimbra .................................................... 1-0 Messinense-Quarteirense.................................................2-1 Farense-Pescadores ...........................................................5-1 Lagoa-Despertar .................................................................6-1 Redondense-Esp.Lagos.....................................................2-2

Desp.Beja-Odemirense .....................................................4-2 Milfontes-Vasco da Gama .................................................2-1 Aldenovense-Rosairense ................................................. 2-0 Ferreirense-Sp.Cuba .......................................................... 1-0 Almodôvar-Guadiana ........................................................1-1 FCSerpa-Panoias .................................................................1-1 S.Marcos-Castrense ........................................................... 0-4

Torreense Oriental Carregado Pinhalnovense Fátima Mafra Est. Vendas Novas Louletano Sertanense Juventude Évora 1.º Dezembro At. Reguengos Monsanto Tourizense Moura Caldas

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23 23 23 23 23 23 23 23 23 23 23 23 23 23 23 23

13 14 12 13 12 9 10 9 8 8 6 5 4 4 5 2

8 3 6 3 6 10 4 7 7 3 6 8 9 9 4 7

2 6 5 7 5 4 9 7 8 12 11 10 10 10 14 14

39-18 45-16 45-30 35-25 34-24 26-16 31-24 21-21 26-26 24-31 22-25 24-37 18-31 18-31 19-46 12-38

47 45 42 42 42 37 34 34 31 27 24 23 21 21 19 13

Próxima jornada (18/3/2012): Fátima-Pinhalnovense, Louletano-Juventude Évora, At. Reguengos-Mafra, Monsanto-Caldas, Carregado-Estrela Vendas Novas, Sertanense-1.º Dezembro, Torreense-Oriental, Tourizense-Moura.

Farense Esp.Lagos Messinense Quarteirense Aljustrelense Fabril Sesimbra U.Montemor Lagoa Pescadores Redondense Despertar

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22 22 22 22 22 22 22 22 22 22 22 22

17 11 10 11 10 10 9 8 8 6 5 0

5 4 5 2 4 3 6 7 6 5 4 3

0 7 7 9 8 9 7 7 8 11 13 19

52-17 36-25 28-24 26-25 33-31 34-30 29-25 23-21 21-18 25-35 20-31 6-51

56 37 35 35 34 33 33 31 30 23 19 3

Castrense Milfontes Ferreirense Aldenovense Vasco da Gama FCSerpa Odemirense Rosairense Panoias Almodôvar Desp.Beja S.Marcos Guadiana Sp.Cuba

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20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20

16 15 10 11 10 8 9 8 8 7 6 4 4 2

4 2 5 0 1 6 2 4 4 5 4 4 2 1

0 3 5 9 9 6 9 8 8 8 10 12 14 17

47-7 39-16 34-30 32-19 46-29 27-25 30-29 31-29 24-31 36-32 24-28 18-53 21-51 16-46

52 47 35 33 31 30 29 28 28 26 22 16 14 7

Próxima jornada (18/3/2012): Odemirense-Ferreirense, Rosairense-Desp.Beja, Castrense-Aldenovense, Vasco da Gama -Almodôvar, Guadiana-FCSerpa, Panoias-S.Marcos, Sp.Cuba -Milfontes.

Campeonato Distrital de Juniores (13.ª jornada): Desportivo de Beja-Amarelejense, 0-1; São Domingos-Aljustrelense, 3-0; Moura-Vasco da Gama, 7-1; Piense-Odemirense, 2-1; CastrenseAlmodôvar, 3-1. Classificação: 1.º Moura, 34 pontos. 2.º Castrense, 31. 3.º Odemirense, 27. 4.º Desportivo de Beja, 24. 5.º São Domingos, 17. 6.º Piense, 16. 7.º Aljustrelense, 14. 8.º Almodôvar, 10. 9.º Amarelejense, oito. 10º. Vasco da Gama, 7. Próxima jornada (17/3): Amarelejense-Piense; Aljustrelense-Desportivo de Beja; Vasco da Gama-São Domingos; Odemirense-Castrense; Almodôvar-Moura.

Campeonato Distrital de Juvenis (9.ª jornada): Aldenovense-Desportivo de Beja, 2-4; Aljustrelense-Boavista, 0-2; Despertar-Castrense, 4-1; Moura-Sporting de Cuba, 4-0.

Classificação: 1.º Despertar, 27 pontos. 2.º Moura, 21. 3.º Desportivo de Beja, 21. 4.º Aldenovense, 13.

5.º Castrense, 12. 6.º Boavista, 6. 7.º Aljustrelense, 6. 8.º Sporting de Cuba, 1. Próxima jornada (18/3): Desportivo de Beja-Despertar; Aljustrelense-Aldenovense; Castrense-Moura; Sporting de Cuba-Boavista.

Campeonato Distrital de Iniciados (19.ª jornada): Despertar-Odemirense, 0-1; Almodôvar-Ama relejense, 2-0; Milfontes-Serpa, 2-2; Negrilhos-Ourique, 1-1; Guadiana-Bairro da Conceição, 3-2; Moura-Ferreirense, 10-0. Folgou o Desportivo de Beja. Classificação: 1.º Desportivo de Beja, 49. 2.º Odemirense, 49. 3.º Moura, 40. 4.º Serpa, 38. 5.º Despertar, 27. 6.º Guadiana, 23.

7.º Amarelejense, 23. 8.º Almodôvar, dois. 9.º Milfontes, 18. 10.º Ferreirense, 13. 11.º Bairro da Conceição, 12. 12.º Ourique, sete. 13.º Negrilhos, seis. Próxima jornada (18/3): Odemirense-Desportivo de Beja; Amarelejense-Despertar; Serpa-Almodôvar; Ourique-Milfontes; Bairro da Conceição-Negrilhos; Ferreirense-Guadiana.

Campeonato Distrital de Futsal (12.ª jornada): I.P.Beja-Alfundão, 6-3; Almodovarense-ADVNSBento, 7-1; Alcoforado-Vila Ruiva, 8-3; Sporting Moura-Surdos Beja, 10-0. Classificação: 1.º I.P.Beja, 22. 2.º ADVNSBento, 22. 3.º Almodovarense, 21. 4.º Sporting de Moura, 20. 5.º Alcoforado, 20. 6.º Alfundão, seis. 7.º Vila Ruiva, seis. 8.º A.Surdos de Beja, zero. Próxima jornada (23/3): Sporting Moura-I.P.Beja; Alfundão-Almodovarense; ADVNSBento-Alcoforado: Surdos Beja-Vila Ruiva.

Campeonato Distrital de Infantis - Série A (22.ª jornada): Sporting Beja-Beringelense, 8-3; Despertar A-Sporting de Cuba, 6-1; Ferreirense-Bairro da Conceição, 3-2. Classificação: 1.º Despertar A, 48 pontos. 2.º Vasco da Gama, 40. 3.º Alvito, 28. 4.º Sporting de Beja, 25. 5.º Sporting de Cuba, 23. 6.º Ferreirense, 19. 7.º Bairro da Conceição, 13. 8.º Beringelense, 13. 9.º Operário, três. Despertar e Vasco da Gama passam à 2.ª fase. Série B (18.ª jornada): Guadiana-Moura, 2-2; Serpa-Piense, 4-1; Aldenovense-Santo Aleixo, 1-8; Despertar B-Barrancos, 3-6.

Classificação: 1.º Moura, 42 pontos. 2.º Guadiana, 35. 3.º Santo Aleixo, 34. 4.º Barrancos, 31. 5.º Despertar, 20. 6.º Aldenovense, 16. 7.º Piense, 14. 8.º Serpa, 13. 9.º São Domingos, três. Moura e Guadiana passam à 2.ª fase. Série C (18.ª jornada): Aljustrelense-Ourique, 4-0; Milfontes-Odemirense, 1-4; Rio de Moinhos-Castrense, 7-4; Boavista-Renascente, 2-0. Classificação: 1.º Rio de Moinhos, 42 pontos. 2.º Odemirense, 37. 3.º Castrense, 36. 4.º Almodôvar, 34. 5.º Milfontes, 27. 6.º Aljustrelense, 18. 7.º Boavista, oito. 8.º Ourique, seis. 9.º Renascente, quatro. Rio de Moinhos e Odemirense passam à 2.ª fase.

Campeonato Distrital de Benjamins (18.ª jornada): série A: Vasco da Gama-Ferreirense, 0-7; Figueirense-Beringelense, 1-10; Sporting de Beja-Benfica de Beja, 2-4; Despertar A-Alvito, 2-6. Classificação: 1.º Ferreirense, 45 pontos. 2.º Sporting de Cuba, 37. 3.º Sporting de Beja, 34. 4.º Alvito, 33. 5.º Despertar A, 20. 6.º Benfica de Beja, 19. 7.º Vasco da Gama, 16. 8.º Beringelense, nove.

9.º Figueirense, zero. Ferreirense e Sporting de Cuba passam à 2.ª fase. Série B: Serpa-Despertar B, 0-7; Desportivo de Beja-Aldenovense, 0-12; Piense-Amarelejense, 6-6; Guadiana-Moura, 3-5. Classificação: 1.º Despertar B, 48 pontos.

2.º Aldenovense, 39. 3.º Bairro da Conceição, 37.

4.º Serpa, 26. 5.º Moura, 24. 6.º Guadiana, 14. 7.º Amarelejense, 10. 8.º Piense, oito. 9.º Desportivo de Beja, quatro. Despertar B e Aldenovense passam à 2.ª fase. Série C: Almodôvar-Milfontes, 6-3; Castrense-Panoias, 19-0; Rosairense-Renascente, 1-8; Ourique-Aljustrelense, 4-0. Classificação: 1.º Renascente, 43 pontos. 2.º Castrense, 39.

3.º Aljustrelense, 34. 4.º Almodôvar, 27. 5.º Odemirense, 24. 6.º Milfontes, 18. 7.º Ourique, 18.

8.º Panoias, seis. 9.º Rosairense, zero. Renascente e Castrense passam à 2.ª fase.

Campeonato Distrital de Seniores Femininos (12.ª jornada): Benfica Castro Verde-Aljustrelense, 4-5; Odemirense-Benfica Almodôvar, 9-0; Serpa-Ourique, 3-1; Classificação: 1.º Aljustrelense, 31 pontos. 2.º Serpa, 25. 3.º Benfica de Castro Verde, 22. 4.º Odemirense, 22. 5.º Ourique, seis. 6.º Benfica de Almodôvar, zero. Próxima jornada (24/3): Ourique-Benfica Castro Verde; Aljustrelense-Benfica Almodôvar; Odemirense-Serpa.

A segunda volta do Nacional da 3.ª Divisão de Voleibol começa no próximo dia 24, com a deslocação do Moura Volei Clube ao pavilhão do Penafirme. Na primeira metade desta segunda fase da prova o Moura venceu o Penafirme (3/2) e perdeu com a equipas do Marinhense (3/0) e Albufeira (3/1).

Kayak polo – Seis atletas da Associação Juvenil Pagaia Sul, de Beja, participam no primeiro estágio das equipas nacionais de kayak polo, seniores, sub/21 e sub/18, que se realiza amanhã e domingo nas Piscinas Municipais de Ferreira do Alentejo. Os atletas eleitos são João Roque (sénior), Pedro Mestre, Miguel Janeiro e Sandro Guerreiro (sub/21), Alexandre Santos e Bernardo Espinho (sub/18).

Texto Firmino Paixão

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Ferrobico saiu da Taça. À terceira foi de vez. Depois de ter eliminado o Castrense, líder do campeonato, a equipa do Cabeça Gorda foi afastada, no seu próprio terreno, pelo Desportivo de Almodôvar. A prova segue para as meias-finais já sem equi-

Taça Distrito de Beja – Já são conhecidos os dois jogos das meias-finais da Taça Distrito de Beja, em seniores, eliminatória que se disputará a 22 de abril, pelas 16 horas, com o Rosairense a receber o Milfontes e Almodôvar a visitar o Serpa.

este na foz do Rio Mira, onde o Milfontes e o Odemirense lutaram por um lugar nos quartos-de-final. Foi mais forte a equipa da casa, finalista da edição do ano passado da Taça Distrito, justificando a boa época que tem vindo a realizar. A próxima eliminatória está marcada para o dia 22 de abril, com os jogos a iniciarem-se já às 16 horas.

Resultados da 3.ª eliminatória: Aldenovense-Serpa, 0-2; Vasco da Gama-Rosairense, 0-0 (0-1 ap); Milfontes-Odemirense, 3-1; Cabeça Gorda-Almodôvar, 0-2. Seguem para as meias-finais as equipas do Serpa, Rosairense, Milfontes e Almodôvar.

Aldenovense joga em Castro Verde

Almodôvar quer pontuar em Vidigueira

O

Campeonato Distrital da 1.ª Divisão regressa no próximo domingo, 18, para se cumprir a 21.ª jornada, uma ronda em que o comandante da prova jogará em casa, com um adversário que vem ferido pelo seu afastamento da Taça Distrito e que tem ainda o encanto de proporcionar o reencontro de Carlos Simão e Francisco

Fernandes, dois dos técnicos mais carismáticos que operam neste campeonato.

O Milfontes desloca-se para Cuba, onde jogará com o lanterna vermelha, e o São Marcos, equipa que também luta pela manutenção, terá missão difícil em Panoias. O Serpa desce o rio para jogar em Mértola, o Desportivo de Beja terá jogo complicado no Rosário, tal como

Mariano Martins Titão

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Serpa e Rosairense ganham fora pas do segundo escalão. No derby da Marquem Esquerda do Guadiana, a equipa do Aldenovense, que até tem tradição na Taça Distrito, acabou eliminada pelo vizinho Serpa, que ali venceu por duas bolas a zero. Foi um dos desfechos menos previsíveis, tendo em conta o comportamento recente da formação orientada por Carlos Simão.

Outro resultado menos esperado foi o triunfo do Rosairense, atual detentor do troféu, no terreno do Vasco da Gama. Foi necessário o recurso a prolongamento, período durante o qual a formação do concelho de Almodôvar marcou o golo solitário que lhe valeu a qualificação. Outro derby,

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Duas meias surpresas na Taça Distrito de Beja

Os triunfos do Rosairense em Vidigueira e do Serpa em Vila Nova de São Bento foram os resultados menos esperados da 3.ª eliminatória da Taça Distrito de Beja.

Hoje palpito eu...

Diário do Alentejo 16 março 2012

Nacional da 3.ª Divisão de voleibol em Moura

o Ferreirense na sua saída para Odemira. O Almodôvar tem vindo a crescer e apresentarse-á em Vidigueira disposto a pontuar.

O quadro completo da jornada é o seguinte: Sporting de Cuba-Milfontes; Vasco da Gama-Almodôvar; Guadiana-Serpa; Panoias-São Marcos; Castrense-Aldenovense; Rosairense-Desportivo de Beja; Odemirense-Ferreirense.

primeiro jogo of icial do Eusébio, em Portugal, foi contra o Sport Lisboa e Olivais e não contra o Setúbal como reza a história”.

Quem o diz estava na baliza da equipa lisboeta e ainda hoje, com 73 anos, se orgulha de ter jogado com o “pantera negra”. Mariano estreou-se em 1955 como guardaredes júnior dos Olivais e foi campeão regional. O serviço militar levou-o para Monte Real e tentou a sua sorte no Marinhense (treinado pelo ex-benfiquista Julinho).

Rumou ao Marrazes, que jogava no antigo estádio de Leiria, è época utilizado pelo Ateneu, equipa que viria a desaparecer dando lugar ao União. Em 1960 regressou ao S.L.Olivais, onde esteve mais quatro épocas, quando o seu passe foi comprado pelo Alhandra, onde se juntou a guarda-redes como Arsénio, Bastos (ex-Benfica), Ferreira (ex-Belenenses). Com a camisola do Alhandra foi a Beja vencer o Desportivo (de Suarez) por 3-1 e lembra que o Alhandra era a equipa com quem se treinava a seleção nacional, à época orientada por Otto Glória. Privou com Américo, Carvalho e José Pereira, com quem, num dos treinos, trocou a baliza do Alhandra pela da equipa das quinas. Em 1970 emigrou para a Alemanha, onde foi jogador, e mais tarde, já munido do cartão de treinador que exibe com orgulho, orientou uma equipa de Offembach e outras formações de emigrantes portugueses e espanhóis. Recorda o 1.º de Maio de 1999, quando na sua festa de despedida estiveram duas grandes glórias do futebol português: Hilário e Jesus Correia.

Piense folga nesta jornada

E o segundo lugar arrenda-se O Campeonato Distrital da 2.ª Divisão regressa amanhã, sábado, cumprindo a 18.ª jornada, uma ronda em que o Piense, atual segundo classificado, cumpre a jornada de folga.

(1) VASCO DA GAMA/ALMODÔVAR Será um jogo equilibrado mas a equipa da casa tem argumentos para vencer.

(X) GUADIANA/SERPA O treinador visitante é bem conhecido dos locais e isso pode empurrá-los para a vitória.

Texto e foto Firmino Paixão

(2) PANOIAS/SÃO MARCOS O São Marcos precisa de pontuar fora de casa para assegurar a manutenção.

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om os alvinegros de descanso, o ataque ao segundo lugar será inevitável.

O Piense tem mais um ponto que o Amarelejense, que joga em Barrancos e é favorito, e que o Bairro da Conceição, que joga a época no terreno do líder Cabeça Gorda. O Saboia está a três pontos do Pias, mas joga em casa com o Ourique e pode igualar o conjunto de José Manuel Rações. O Renascente ainda está matematicamente em condições de se aproximar, embora as hipóteses sejam remotas, joga em Negrilhos e reúne favoritismo na conquista dos três pontos, mas existem equipas melhor posicionadas para o

(2) SPORTING DE CUBA/MILFONTES Por aquilo que as duas equipas têm feito no campeonato o Milfontes é favorito.

(1) CASTRENSE/ALDENOVENSE O líder é sempre favorito seja em que jogo for e este não foge à regra.

Distrital 2.ª Divisão Luís Carlos (Cabeça Gorda) e Rubenilson (Almodôvar) lutam pela posse da bola

ataque ao segundo lugar. Em Cabeça Gorda o líder terá forte oposição dos bejenses, que apostam tudo nesta partida.

O quadro completo de jogos é o seguinte:

Vale de Vargo-Messejanense; SanluizenseAlvorada; Barrancos-Amarelejense; Cabeça Gorda-Bairro da Conceição; Saboia-Ourique; Negrilhos-Renascente.

(1) ROSAIRENSE/DESPORTIVO DE BEJA A equipa do Rosário tem bons motivos para vencer. Está motivada.

(X) ODEMIRENSE/FERREIRENSE Aposto na divisão de pontos entre duas equipas que muito se assemelham.

Atletismo em Beja no Fernando Mamede

Diário do Alentejo 16 março 2012

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Ao rubro José Saúde

Narram, literalmente, os historiais do desporto bejense que na Margem Esquerda do Guadiana os desafios entre o FCSerpa e o Aldenovense sempre ditaram resultados finais imprevisíveis e rigorosamente suscetíveis a potenciais surpresas.

Comenta-se, amiúde, que aquele derby concelhio foi sempre fértil de aclamadas claques que amimavam, e animam, uma forma muito própria de viver o fenómeno futebolístico, fazendo-se ouvir os seus ecos ao longo dos prélios.

Gosto, confesso, das suas hábeis conjeturas e a forma como as claques apoiam os seus craques no interior das quatro linhas, agora pomposamente revestidas com esplêndidos relvados, um selo fidedigno que merece honras de um concelho, Serpa, que foi, na verdade, pioneiro nesta arte de dotar as freguesias com excelentes infraestruturas que serviram de base para a evolução do desporto em toda a sua linha. Era jogo de Taça da AFBeja em seniores. O Parque Desportivo de Vila Nova de São Bento registou uma multidão que alguns dos clubes que militam no futebol primodivisionário nacional não ousam talvez gabar-se, tendo em conta a imensa massa humana que preencheu o redor do seu recinto. Em locais opostos estiveram as claques organizadas dos eternos rivais que entusiasticamente aplaudiram as jogadas mais entusiasmantes da sua equipa, sendo que os serpenses foram aqueles que justamente fizeram a festa. Aliás, a vitória do FCSerpa não mereceu constatação, foi inteiramente merecida e da ressalva sobra a contemplação de adeptos que vivem hoje o futebol de forma ordeira e sobretudo integrada num espírito de amizade.

Desportivamente coube ao Aldenovense ficar pelo caminho da competição e o FCSerpa a seguir em frente na rota da festa da taça. Acresce sublinhar, também, o movimento rodoviário que a Aldeia, hoje Vila, registou. Sinal que o futebol esteve ao rubro e que o público, na hora certa, não falha!

O Campeonato Distrital de Clubes e Individuais de Inverno disputa-se na tarde de amanhã, pelas 15 horas, na pista do Complexo Desportivo Fernando Mamede, na cidade de Beja. Trata-se de uma competição destinada às disciplinas de altura e comprimento, peso, 60 metros e 60 metros barreiras, 400, 800 e 3 000 metros planos.

Duatlo de Grândola – classificações – Campeonato Nacional Jovem – benjamins femininos: 1.º Carolina Campos (NSGolegã), 6.03’; benjamins masculinos: 1.º João Fragoso (NSGolegã), 5.54’; infantis femininos: 1.ª Margarida Lopes (Manique de Cima), 12.42’; infantis masculinos: 1.º Julian Espinoza (C.N.Torres Novas), 11,48’; iniciados femininos: 1.º Joana Ogura (G.O.Oeiras), 16,07’; iniciados masculinos: 1.º Vasco Vilaça (Os Belenenses), 14.50’; juvenis femininos: 1.º Alexandra Santos (Águias de Alpiarça), 31.57’; juvenis masculinos: 1.º Miguel Cassiano (Águias de Alpiarça), 27,52. Equipas absoluta: 1.º Núcleo Sportinguista da Golegã.

7.º GD Santo António Évora. 11.º Ginásio Clube de Sines. 13.º Amiciclo de Grândola. 23.º Clube Natureza de Alvito. Prova aberta: Absolutos femininos: 1.º Ana Sofia Henriques (GOOeiras), 32.14’. Absolutos masculinos: Custódio António (GOOeiras), 28.19’.

Andebol Zona Azul já qualificada A Zona Azul recebe amanhã a equipa do Torrense num jogo para cumprir calendário depois de ter assegurado, com o triunfo em Lagos por 22/31, a qualificação para a segunda fase do Nacional da 3.ª Divisão.

O Boa Hora é a segunda equipa apurada, mesmo na eventualidade da formação da Torre da Marinha ganhar em Beja (o jogo inicia-se às 18 e 30 horas). A Zona Azul lidera com 54 pontos, seguido do Boa Hora, com52, e do Torrense, com 50.

No Nacional da 1.ª Divisão de Iniciados Masculinos o CCPSerpa desloca-se amanhã a Samora Correia. Na jornada anterior a equipa foi derrotada em casa pelo Portalegre (19/26), complicando as contas de uma eventual permanência na 1.ª Divisão.

XVIII Duatlo de Grândola

Uma prova com tradição Cerca de 300 atletas participaram no XVIII Duatlo Jovem de Grândola, uma prova do campeonato nacional organizada pela Federação de Triatlo de Portugal, em parceria com o município da Vila Morena.

Texto e foto Firmino Paixão

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XVII Duatlo Jovem de Grândola, terceira etapa do Campeonato Nacional, reuniu cerca de 300 atletas nas categorias de benjamins, infantis, iniciados e juvenis. A prova é uma das competições do calendário nacional com maior historial, habitualmente privilegiada pelos atletas que ao longo de todos estes anos têm prestigiado a organização da Vila Morena, que resulta de uma parceira bem-sucedida entre a Federação Portuguesa de Triatlo e o município local.

O duatlo (prova de atletismo e ciclismo) decorreu em torno do Complexo Desportivo José Afonso e entre as inúmeras equipas presentes alinharam atletas do Grupo Desportivo do Bairro de Santo António, de Évora, Clube Natureza de Alvito, Ginásio Clube de Sines e Amiciclo – Amigos do Ciclismo de Grândola.

Fernando Correia, delegado técnico da Federação de Triatlo de Portugal (FTP), classificou o evento de uma forma positiva, recordando

que “o Duatlo de Grândola é uma prova histórica no calendário da Federação de Triatlo de Portugal e do município local”. “É uma prova muito apetecível para os atletas, não só para os jovens, porque quando existia a prova para os mais adultos também era muito participada, como, aliás, se viu hoje também na prova aberta que organizámos após os campeonatos. Cerca de 300 atletas numa prova destas, ainda por cima no início da época, foi muito bom”.

O dirigente federativo considerou que a prova foi tecnicamente perfeita: “Correu tudo muito bem, as infraestruturas estavam excelentes, do ponto de vista técnico correu tudo de uma forma excelente, aliás, é assim que este município nos habituou e o acolhimento também tem sido muito bom”. E deixou uma mensagem: “Esperamos que os responsáveis do município e as pessoas de Grândola também gostem do que aqui viram hoje para que esta prova se possa repetir nos próximos anos”.

No plano competitivo, o responsável técnico da federação referiu: “Estiveram aqui presentes os melhores atletas da modalidade.

Esta é a prova final do Campeonato Nacional de Duatlo, quem ficar melhor pontuado já é campeão nacional, pelo que a luta ainda foi mais renhida. Hoje já ficaram decididos os

campeões nacionais de duatlo nos quatro escalões jovens”, assegurou.

Entre os parceiros de organização além do município de Grândola esteve o Amiciclo – Amigos de Ciclismo de Grândola. “O Amiciclo é, de facto, um dos clubes antigos filiados na FTP, com o qual temos as melhores relações, e de há muitos anos a esta parte. Com a Câmara Municipal de Grândola também temos um aexcelente relação, pelo que esta tem sido uma parceria de sucesso que, pela nossa parte, se manterá no futuro”, acrescentou Fernando Correia.

Questionado sobre a expansão da modalidade, o dirigente revelou: “Ao longo dos anos temos tido um conjunto de incentivos para que a modalidade cresça, quer em dinamização de novos atletas e clubes, quer na organização de novas provas”. E explicou: “Em Portugal, neste momento, estamos representados em todos os distritos, exceto no distrito da Guarda, e agora é alargar o âmbito dessa ação”, disse, assumindo que “as condições financeiras, quer da Federação, quer das pessoas, não permitem grandes aumentos”: “Mas vamos mantendo um aumento sustentado do número de participantes e da diversidade de representação em todos o País, porque, apesar da crise, a modalidade em 2011 cresceu cerca de 40 por cento”, concluiu.

Outros resultados Torneio Complementar de Iniciados Masculinos (3.ª jornada): Ponte Sor-Zona Azul, 37-26. Nacional de Infantis Masculinos (4.ª jornada): Redondo-Ponte Sor, 9-20; Cruz de Malta-Portalegre, 18-14; Évora-Inijovem, 10-33. Nacional de Juvenis 2.ª Divisão (2.ª jornada): Portalegre-Zona Azul, 21-33.

Taças Inatel Taça Fundação Trindade-Santaclarense; FicalhoBeringelense; LouredenseSonenguense; Luzianes GareSanta Vitória. Taça Agência de Beja (2.ª jornada): Salvadense-Sete; Albernoense-Campo Redondo; Penedo Gordo-Relíquias; Jungeiros-Malavado; Figueirense-Quintos; São Matias- Santa Clara-a-Nova; Colense-Brinches; Alcariense-Almograve; Faro do Alentejo-Nave Redonda; Bemposta-Pereirense; Almodovarense-Amoreiras Gare; Cavaleiro-Neves; Fernandes-Sanjoanense; Sobral d’Adiça-Mombeja.

Columbófilia Campeonato no domingo Realiza-se no domingo, 18, a segunda prova do Campeonato de Velocidade e Yearlings da Associação Columbófila do Distrito de Beja.

As soltas ocorrem desde Siruela para a zona Centro/Leste (267 quilómetros) e desde Don Benito para a zona Sul (240 quilómetros).

Nacional da 2.ª Divisão de Basquetebol em Beja

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Realiza-se, amanhã, sábado, a 2.ª eliminatória da Taça de Portugal em hóquei em patins, jornada em que os clubes alentejanos terão o seguinte calendário: Salesiana-Aljustrelense, Estremoz-Campo d’Ourique, Castrense-Biblioteca e Boliqueime-H-Vasco da Gama. O H.Grândola já jogou e ganhou ao Lourinhã por 5/3.

O Beja Basket Club recebe no próximo domingo, dia 18, pelas 17 horas, no Pavilhão Municipal de Beja, a equipa do Clube de Basquete de Tavira, naquele que será o último jogo da 1.ª fase do Nacional da 2.ª Divisão.

Na jornada anterior os bejenses jogaram em Albufeira e ganharam por 51/64.

Diário do Alentejo 16 março 2012

Taça de Portugal de hóquei em patins

Alentejana Alfredo Barroso, João Lagos, Vítor Proença, Carlos Beato e Jorge Nunes

30.ª Volta ao Alentejo/Crédito Agrícola Costa Azul

Uma Volta que o Alentejo merece Quatro etapas, 660 quilómetros percorrendo transversalmente o Alentejo, do nordeste ao litoral, 10 equipas e um pelotão com mais de 150 corredores.

Eis a 30.ª Volta Ao Alentejo/ /Crédito Agrícola Costa Azul.

Texto e foto Firmino Paixão

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O

Alentejo merece e deve ter esta Volta”, disse Artur Lopes, presidente da Federação Portuguesa de Ciclismo, ilustrando a sua afirmação com a metáfora de que “uma bicicleta transporta em si mesmo o esforço, o trabalho, a dedicação e, sobretudo, a heroicidade que é andar de bicicleta 200 quilómetros, comparável somente ao calor a que é submetido o trabalhador alentejano, que sofre, de facto, essas agruras muitas vezes incompreendidas neste Portugal”.

O presidente federativo esteve na Biblioteca Manuel da Fonseca, em Santiago do Cacém, durante a apresentação da 30.ª Volta ao Alentejo, cerimónia que juntou promotores e patrocinadores do evento e inúmeros autarcas da região. Recordando o patrono do espaço onde decorreu a cerimónia, Artur Lopes evocou tertúlias que viveu “ouvindo a palavra sempre agradável do nosso Manuel, que punha em pé o Alentejo querido e o Alentejo bonito, criando e contando estórias umas vezes, outras vezes, inventando-as mesmo, mas sendo, de facto, o contador de estórias que este Alentejo precisava para continuar a reviver em mil e uma tertúlias que se possam passar aqui, para mostrar ao mundo que o Alentejo é único, é específico, e o Manuel da Fonseca era de facto uma grande imagem deste nosso Alentejo querido”.

Dirigindo-se aos autarcas presentes, o líder federativo deixou uma mensagem: “Os autarcas desta região têm a obrigatoriedade maior de defender os alentejanos, mas também de defender o ciclismo no Alentejo.

O ciclismo é uma imagem do povo da vossa terra, temos que mostrar quanto de importante esta terra tem para dar ao mundo e a Volta ao Alentejo permite isso”.

Joaquim Gomes, diretor técnico da prova, e seu vencedor em 1988, regozijou-se: “Trazemos boas notícias num ano de grandes dificuldades, a concretização desta 30.ª Volta ao Alentejo é uma das coisas boas que me

Hóquei Grândola com bons resultados As equipas alentejanas que disputam o Campeonato Nacional da 3.ª Divisão conseguiram resultados globalmente positivos na décima sétima jornada da prova, que antecedeu mais uma interrupção para dar lugar à realização de mais uma eliminatória da Taça de Portugal. Os resultados da ronda foram os seguintes: Seixal-H. Santiago, 2-2; Azeitonense-H. Grândola, 3-8; Aljustrelense-Estremoz, 7-6; Boliqueime-Salesiana, 6-3; Castrense-Os Lobinhos, 5-5. Folgou o Lisbonense. Na 2.ª Divisão, o Vasco da Gama perdeu em casa (2/3) com o Alenquer e Benfica.

Outros resultados

2.ª

1.ª

ETAPA

ETAPA

3.ª

ETAPA

4.ª

ETAPA

As 20 equipas: Carmin-Prio-Tavira (POR); Onda Boavista (POR); LA/Antarte/Rota Móveis (POR); Efapel Glassdrive (POR); Louletano/Dunas Douradas (POR); C.C. José Maria Nicolau (POR); Mortágua (POR); Liberty Seguros/Feira/Specialized (POR); ASC/KTM/Vitória (POR); Maia (POR); OFM Valongo (POR); Spol Nova Caixa Galícia (ESP); Burgos-BH-Castilla e Leon (ESP); Orbea Continental (ESP); Team Bonitas (RSA); Rabobank Continental (HOL); Itera Katusha (RUS); CCC Polsat (POL); Team NSP (GER); Team Lokosphink (RUS). aconteceram na vida”, disse, adiantando: “Vamos aumentar muito o número de equipas presentes na prova e, além disso, conseguimos, de forma inédita e no contexto destes três anos, abranger uma mancha que não tínhamos conseguido até aqui. A inclusão do norte alentejano e a região do litoral alentejano faz com que a riqueza desta Volta ao Alentejo seja muito superior ao das últimas duas edições”.

Acentuando a importância do evento, Vítor Proença, autarca do município anfitrião, insistiu: “Esta volta é um pergaminho da região. O melhor que nos pode acontecer é que o nosso Alentejo, que já perdeu muita coisa, mas que já ganhou outras

realidades, possa continuar a ter esta Volta ao Alentejo”.

Na mesma sintonia, Carlos Beato, autarca de Grândola e presidente da Entidade Regional de Turismo, reiterou: “Outros municípios deviam estar aqui representados e não estão, enquanto presidente do conselho da Região Alentejo posso dizer isto com algum à vontade. A Volta passa por Aljustrel, por Viana do Alentejo, por Alcácer do Sal, por Castro Verde, por Sines e por outros sítios, quem não pode dar 10, dará cinco, mas não se podem esquecer que este projeto precisa de estar cada vez mais vivo e mais fortalecido, porque o Alentejo ainda vai ter uma história a

reescrever ainda maior do que aquela que têm sido estes anos de dificuldades e até de alguns silêncios”. O autarca da Vila Morena reforçou uma ideia generalizada durante a apresentação da prova: “Estamos apostados em que este projeto ajude às oportunidades que este território e estas gentes precisam e merecem”.

Será com esta forte convicção que o multicolorido pelotão rolará nas estradas do Alentejo e um entre os muitos ciclistas, Sérgio Ribeiro (Efapel/Glassdrive), interiorizará o desejo de chegar à Vila Morena de amarelo, porque será o único em prova capaz de bisar um triunfo na Alentejana.

Nacional de Infantis (3.ª jornada): Estremoz-Oeiras, 4-11; H.Grândola-Boliqueime, 6-1; Sporting-Paço D’Arcos, 5-2.

Líder: Sporting, nove pontos.

4.º Grândola, três. 6.º Estremoz, zero. Próxima jornada (18/3): Oeiras-Paço d’Arcos; Boliqueime-Estremoz; H.Grândola-Sporting. Nacional de Iniciados (3.ª jornada): H.Vasco Gama-Estremoz, 3-4; Paço d’Arcos-Cascais, 7-4; C.P.Beja-Benfica, 1-6. Líder: Benfica, nove pontos.

3.º Estremoz, quatro. 4.º Vasco da Gama, três. 6.º C.P.Beja, um. Próxima jornada (18/3): Estremoz-Benfica; Cascais-Vasco da Gama; Paço d’Arcos-C.P.Beja. Nacional de Juvenis (3.ª jornada): C.P.Beja-H. Santiago, 6-4; S.Carvalhais-Seixal, 6-2; Sesimbra-Benfica, 2-9. Líder: Benfica, nove pontos.

3.º C.P.Beja, seis. 5.º H.Santiago, zero. Próxima jornada (17/3): H.Santiago-Benfica; Seixal-C.P.Beja; S.Carvalhais-Sesimbra.

Futsal Baronia luta pela manutenção O Baronia recebe amanhã à tarde a equipa dos Indefetíveis (Alhos Vedros) para cumprir a 18.ª jornada do Nacional da 3.ª Divisão de Futsal. Na mesma ronda os Independentes de Sines jogam no pavilhão do Messines. Na última jornada o Baronia perdeu (6/2) na Quinta do Conde e os sineenses venceram (1/0) ao Atalaia.

Os Independentes mantêm o terceiro lugar e o Baronia está em décimo segundo, lutando pela manutenção no escalão nacional.

saúde

22 Diário do Alentejo 16 março 2012

Análises Clínicas

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Medicina dentária ▼

Psicologia

Fisioterapia

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Dr.ª Heloisa Alves Proença Médica Dentista

Centro de Fisioterapia S. João Batista

Directora Clínica da novaclinica

Laboratório de Análises Clínicas de Beja, Lda. Dr. Fernando H. Fernandes Dr. Armindo Miguel R. Gonçalves Horários das 8 às 18 horas; Acordo com beneficiários da Previdência/ARS; ADSE; SAMS; CGD; MIN. JUSTIÇA; GNR; ADM; PSP; Multicare; Advance Care; Médis FAZEM-SE DOMICÍLIOS Rua de Mértola, 86, 1º Rua Sousa Porto, 35-B Telefs. 284324157/ 284325175 Fax 284326470 7800 BEJA

Cardiologia

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RUI MIGUEL CONDUTO Cardiologista - Assistente de Cardiologia do Hospital SAMS CONSULTAS 5ªs feiras CARDIOLUXOR Clínica Cardiológica Av. República, 101, 2ºA-C-D Edifício Luxor, 1050-190 Lisboa Tel. 217993338 www.cardioluxor.com Sábados R. Heróis de Dadrá, nº 5 Telef. 284/327175 – BEJA MARCAÇÕES das 17 às 19.30 horas pelo tel. 284322973 ou tm. 914874486

MARIA JOSÉ BENTO SOUSA e LUÍS MOURA DUARTE

Cardiologistas Especialistas pela Ordem dos Médicos e pelo Hospital de Santa Marta Assistentes de Cardiologia no Hospital de Beja Consultas em Beja Policlínica de S. Paulo Rua Cidade de S. Paulo, 29 Marcações: telef. 284328023 - BEJA

Exclusividade em Ortodontia (Aparelhos) Master em Dental Science (Áustria) Investigadora Cientifica - Kanagawa Dental School – Japão Investigadora no Centro de Medicina Forense (Portugal)

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Assistente graduado de Ginecologia e Obstetrícia

ALI IBRAHIM Ginecologia Obstetrícia Assistente Hospitalar Consultas segundas, quartas, quintas e sextas Marcações pelo tel.

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Rua General Morais Sarmento. nº 18, r/chão Telef. 284326841 7800-064 BEJA

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DR. JOSÉ BELARMINO Clínica Geral e Medicina Familiar (Fac. C.M. Lisboa) Implantologia Oral e Prótese sobre Implantes (Universidade de San Pablo-Céu, Madrid)

CLÍNICA MÉDICA ISABEL REINA, LDA.

Obstetrícia, Ginecologia, Ecografia

CONSULTÓRIOS: Beja Praça António Raposo Tavares, 12, 7800-426 BEJA Tel. 284 313 270

Neurologia

Évora CDI – Praça Dr. Rosado da Fonseca, 8, Urb. Horta dos Telhais, 7000 Évora Tel. 266749740

Terapia da Fala

CONSULTAS EM BEJA 2ª, 4ª e 5ª feira das 14 às 20 horas

Oftalmologia ▼

JORGE ARAÚJO Assistente graduado de ginecologia e obstetrícia ULSB/Hospital José Joaquim Fernandes Consultas e ecografia 2ªs, 4ªs, 5ªs e 6ªs feiras, a partir das 14 e 30 horas Marcações pelo tel. 284311790 Rua do Canal, nº 4 - 1º trás 7800-483 BEJA

Estomatologia Cirurgia Maxilo-facial ▼

MÉDICO DENTISTA

Marcações pelo telefone 284321693 ou no local Rua António Sardinha, 3 1º G 7800 BEJA

Rua Capitão João Francisco de Sousa, 56-A – Sala 8 Marcações pelo tm. 919788155

Consultas de 2ª a 6ª

Dermatologia

Acordos com: ACS, CTT, EDP, CGD, SAMS. Marcações pelo telef. 284325059 Rua do Canal, nº 4 7800 BEJA

Fisioterapia

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Medicina dentária ▼

DRA. TERESA ESTANISLAU CORREIA Marcação de consultas de dermatologia: HORÁRIO: Das 11 às 12.30 horas e das 14 às 18 horas pelo tel. 218481447 (Lisboa) ou Em Beja no dia das consultas às quartas-feiras Pelo tel. 284329134, depois das 14.30 horas na Rua Manuel António de Brito, nº 4 – 1º frente 7800-544 Beja (Edifício do Instituto do Coração, Frente ao Continente)

Oftalmologista pelo Instituto Dr. Gama Pinto – Lisboa Assistente graduada do serviço de oftalmologia do Hospital José Joaquim Fernandes – Beja Marcações de consultas de 2ª a 6ª feira, entre as 15 e as 18 horas Rua Dr. Aresta Branco, nº 47 7800-310 BEJA Tel. 284326728 Tm. 969320100

HEMATOLOGIA CLÍNICA

Marcações de 2ª a 6ª feira, das 15 às 19 horas

Consultas em Beja Clínica do Jardim

Terreiro dos Valentes, 4-1ºA 7800-523 BEJA Tel. 284325861 Tm. 964522313

Praça Diogo Fernandes, nº11 – 2º Tel. 284329975

Clínica Dentária

Clínica Geral

▼

Dr. José Loff

CONSULTAS às 3ªs e 4ªs feiras, a partir das 15 horas MARCAÇÕES pelos telfs.284322387/919911232 Rua Tenente Valadim, 44 7800-073 BEJA

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Urgências Prótese fixa e removível Estética dentária Cirurgia oral/ Implantologia Aparelhos fixos e removíveis VÁRIOS ACORDOS

FERNANDO AREAL

Consultas :de segunda a sexta-feira, das 9 e 30 às 19 horas

MÉDICO Consultor de Psiquiatria

Rua de Mértola, nº 43 – 1º esq.

Tel. 284 321 304 Tm. 925651190

Consultório Rua Capitão João Francisco Sousa 56-A 1º esqº 7800-451 BEJA Tel. 284320749

7800-475 BEJA

ANA MONTALVÃO Assistente Hospitalar

Médico Dentista

DOENÇAS DO SISTEMA NERVOSO

Psiquiatria

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Doenças do Sangue

Luís Payne Pereira

HELIODORO SANGUESSUGA

CÉLIA CAVACO

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▼

MÉDICO ESPECIALISTA EM CLÍNICA GERAL/ MEDICINA FAMILIAR Marcações a partir das 14 horas Tel. 284322503 Clinipax Rua Zeca Afonso, nº 6-1º B – BEJA

Urologia

UROLOGISTA

Hospital de Beja Doenças de Rins e Vias Urinárias Consultas às 6ªs feiras na Policlínica de S. Paulo Rua Cidade S. Paulo, 29 Marcações pelo telef. 284328023 BEJA

DR. J. S. GALHOZ

MÉDICO UROLOGISTA RINS E VIAS URINÁRIAS Marcações de 2.ª a 6.ª feira a partir das 14 horas Rua Capitão João Francisco de Sousa, n.º 20 7800-451 BEJA Tel. 284324690

▼

AURÉLIO SILVA

Otorrinolaringologia

FRANCISCO FINO CORREIA

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GASPAR CANO

▼

Prótese/Ortodontia CONSULTAS 2ªs, 3ªs e 5ªs feiras Rua Zeca Afonso, nº 16 F Tel. 284325833

Médico Especialista pela Ordem dos Médicos e Ministério de Saúde Generalista CONSULTAS DE OBESIDADE

Consultório Centro Médico de Beja Largo D. Nuno Álvares Pereira, 13 – BEJA Tel. 284312230

Urologia

DR. MAURO FREITAS VALE

Médico oftalmologista

Chefe de Serviço de Oftalmologia do Hospital de Beja

Neurologista do Hospital dos Capuchos, Lisboa

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DR. A. FIGUEIREDO LUZ

Especialista pela Ordem dos Médicos

DRª CAROLINA ARAÚJO

DR. JAIME LENCASTRE Estomatologista (OM) Ortodontia

Obesidade

JOÃO HROTKO

Consultas de Neurologia

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Consultas e domicílios de 2ª feira a sábado Tm: 967959568

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Hematologia

CATARINA CHARRUA

EM BERINGEL Telef 284998261 6ª e sábado das 14 às 20 horas

Oftalmologia

Acordos com A.D.S.E., ACSPT, CGD, Medis, Advance Care, Multicare, Seguros Minis. da Justiça, A.D.M.F.A., S.A.M.S. Marcações pelo 284322446; Fax 284326341 R. 25 de Abril, 11 cave esq. – 7800 BEJA

TERAPEUTA DA FALA

Rua António Sardinha, 25r/c dtº Beja

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(Diplomada pela Escola Superior de Medicina Dentária de Lisboa)

Ginecologia/Obstetrícia

FAUSTO BARATA

Fisiatria Dr. Carlos Machado Psicologia Educacional Elsa Silvestre Psicologia Clínica M. Carmo Gonçalves Tratamentos de Fisioterapia Classes de Mobilidade Classes para Incontinência Urinária Reeducação dos Músculos do Pavimento Pélvico Reabilitação Pós Mastectomia

Rua Manuel Antó António de Brito n.º n.º 6 – 1.º 1.º frente. 78007800-522 Beja tel. 284 328 100 / fax. 284 328 106

Vários Acordos

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Ouvidos,Nariz, Garganta Exames da audição Consultas a partir das 14 horas Praça Diogo Fernandes, 23 - 1º F (Jardim do Bacalhau) Telef. 284322527 BEJA

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saúde

23 Diário do Alentejo 16 março 2012

PSICOLOGIA ANA CARACÓIS SANTOS – Educação emocional; – Psicoterapia de apoio; – Problemas comportamentais; – Dificuldades de integração escolar; – Orientação vocacional; – Métodos e hábitos de estudo GIP – Gabinete de Intervenção Psicológica Rua Almirante Cândido Reis, 13, 7800-445 BEJA Tel. 284321592

Clínica Médico-Dentária de S. FRANCISCO, LDA. Gerência de Fernanda Faustino Acordos: SAMS, ADMG, PSP, A.D.M.E., Portugal Telecom e Advancecare Rua General Morais Sarmento, nº 18, r/chão; TEL. 284327260 7800-064 BEJA

_______________________________________ Manuel Matias – Isabel Lima – Miguel Oliveira e Castro – Jaime Cruz Maurício Ecografia | Eco-Doppler Cor | Radiologia Digital Mamografia Digital | TAC | Uro-TC | Dental Scan Densitometria Óssea Nova valência: Colonoscopia Virtual Acordos: ADSE; PT-ACS; CGD; Medis, Multicare; SAMS; SAMS-quadros; Allianz; WDA; Humana; Mondial Assistance.

Graça Santos Janeiro: Ecografia Obstétrica Marcações: Telefone: 284 313 330; Fax: 284 313 339; Web: www.crb.pt Rua Afonso de Albuquerque, 7 r/c – 7800-442 Beja e-mail: cardiologiabeja@mail.telepac.pt

CENTRO DE IMAGIOLOGIA DO BAIXO ALENTEJO ECOGRAFIA – Geral, Endocavitária, Osteoarticular, Ecodoppler TAC – Corpo, Neuroradiologia, Osteoarticular, Dentalscan Mamografia e Ecografia Mamária Ortopantomografia Electrocardiograma com relatório António Lopes – Aurora Alves – Helena Martelo – Montes Palma – Maria João Hrotko – Médicos Radiologistas –

Dr. Sidónio de Souza – Pneumologia/Alergologia/ Desabituação tabágica – H. Pulido Valente Dr. Fernando Pimentel – Reumatologia – Medicina Desportiva – Instituto Português de Reumatologia de Lisboa Dr.ª Verónica Túbal – Nutricionismo – H. de Beja Dr.ª Sandra Martins – Terapia da Fala – H. de Beja Dr. Francisco Barrocas – Psicologia Clínica/Terapia Familiar – Membro Efectivo da Soc. Port. Terapia Familiar e da Assoc. Port. Terapias Comportamental e Cognitiva (Lisboa) – Assistente Principal – Centro Hospitalar do Baixo Alentejo.

Dr. Rogério Guerreiro – Medicina preventiva – Tratamento inovador para deixar de fumar Dr. Gaspar Cano – Clínica Geral/ Medicina Familiar Dr.ª Nídia Amorim – Psicomotricidade/Educação Especial e Reabilitação (dificuldades específicas de aprendizagem/dislexias) Dr. Sérgio Barroso – Oncologia – H. de Beja Drª Margarida Loureiro – Endocrinologia/ Diabetes/Obesidade – Instituto Português de Oncologia de Lisboa Dr. Francisco Fino Correia – Urologia – Rins e Vias Urinárias – H. Beja Dr. Daniel Barrocas – Médico Interno de Psiquiatria – Hospital de Santa Maria Dr. Carlos Monteverde – Chefe de Serviço de Medicina Interna, doenças de estômago, fígado, rins, endoscopia digestiva.

Dr.ª Ana Cristina Duarte – Pneumologia/ Alergologia Respiratória/Apneia do Sono – Assistente Hospitalar Graduada – Consultora de Pneumologia no Hospital de Beja Dr.ª Isabel Martins – Chefe de Serviço de Psiquiatria de Infância e Adolescência/Terapeuta familiar – Centro Hospitalar do Baixo Alentejo Dr.ª Paula Rodrigues – Psicologia Clínica – Hospital de Beja Dr.ª Luísa Guerreiro – Ginecologia/Obstetrícia Dr.ª Ana Montalvão – Hematologia Clínica / Doenças do Sangue – Assistente Hospitalar – Hospital de Beja Dr.ª Ana Cristina Charraz – Psicologia Clínica – Hospital de Beja Dr. Diogo Matos – Dermatologia. Médico interno do Hospital Garcia da Orta.

Dr.ª Joana Freitas – Cavitação, Lipoaspiração não invasiva,indolor e não invasivo, acção imediata, redução do tecido adiposo e redução da celulite Dr.ª Ana Margarida Soares – Terapia da Fala - Habilitação/Reabilitação da linguagem e fala.

Perturbação da leitura e escrita específica e não específica. Voz/Fluência.

Dr.ª Maria João Dores – Técnica Superior de Educação Especial e Reabilitação/Psicomotricidade.

Perturbações do Desenvolvimento; Educação Especial; Reabilitação; Gerontomotricidade.

Enfermeira Maria José Espanhol – Enfermeira especialista em saúde materna/Cuidados de enfermagem na clínica e ao domicílio/Preparação pré e pós parto/amamentação e cuidados ao recémnascido/Imagem corporal da mãe – H. de Beja Marcações diárias pelos tels. 284 322 503 Fax 284 322 503 Tm. 91 7716528 Rua Zeca Afonso, nº 6, 1º B, 7800-522 Beja clinipax@netvisao.pt

Terapia da Fala

Convenções: ADSE, ACS-PT, SAD-GNR, CGD, MEDIS, SSMJ, SADPSP, SAMS, SAMS QUADROS, ADMS, MULTICARE, ADVANCE CARE

Horário: de 2ª a 6ª feira, das 8 às 19 horas e aos sábados, das 8 às 13 horas

Terapeuta da Fala VERA LÚCIA BAIÃO

Av. Fialho de Almeida, nº 2 7800 BEJA Telef. 284318490

Consultas em Beja CLINIBEJA – 2.ª a 6.ª feira Rua António Sardinha, 25, r/c esq.

Tms. 924378886 ou 915529387

Tm. 962557043

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institucional diversos

24 Diário do Alentejo 16 março 2012 Diário do Alentejo nº 1560 de 16/03/2012 2.ª Publicação

Recrutamento p/ Estágio Profissional – Técnicos de Contabilidade – Técnicos Oficiais de Contabilidade

AVISO

Enviar Currículo vitae c/ foto para:

Pelo presente torna-se público que já se encontram afixados nas Câmaras Municipais, Juntas de Freguesia

Rua dos Marceneiros n.º 2 1 Andar Dto. – sala A 7800-009 Beja

e demais locais do estilo os Editais com o tarifário aplicável ao serviço público de fornecimento de água para rega nos seguintes aproveitamentos hidroagrícolas do Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva: • Aproveitamento Hidroagrícola do Alvito-Pisão;

Diário do Alentejo nº 1560 de 16/03/2012 Única Publicação

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Os Editais poderão igualmente ser consultados em www.edia.pt

Diário do Alentejo nº 1560 de 16/03/2012 2.ª Publicação

PEDRO BRANDÃO Agente de Execução C.P. 3877

ANÚNCIO Tribunal Judicial de Beja - 1°Juízo Acção Executiva Processo n.° 1053/06.3TBBJA Exequente: Manuel José Executado: Jaime António Rafoto Lebre e Francisco da Silva Efigénio Lebre

FAZEM-SE SABER que nos autos acima identificados se encontra designado o dia 29 de Março de 2012, pelas 14:00 horas, no Tribunal acima identificado, para abertura de propostas que sejam entregues até esse momento na Secretaria do mesmo, pelos interessados na compra dos seguintes bens: Verba n.° 1 - Prédio urbano, situado na Rua 25 de Abril, n° 18 em Baleizão, composto de Rés-do-Chão, descrito na CRP de Beja sob o n° 348/19930219, e inscrito na matriz sob o n° 977 da freguesia de Baleizão concelho de Beja - 70% de 20.000,00€ (14.000,00€) Verba n.° 2 - Prédio urbano, situado em ‘Traseiras do Rocio” Baleizão composto de Rés-do-chão, descrito na CRP de Beja sob o n°385/19931112,e inscrito na matriz sob o n° 957 da freguesia de Baleizão, concelho Beja - 70% de 14.000,00€ (9.800,00€) Os bens pertencem ao Executado: Jaime António Rafoto Lebre, NIF: 126182493.

VALOR BASE: 34.000,00 € Será aceite a proposta de melhor preço acima do valor de 23.800,00€, correspondente a 70% do Valor Base.

Nos termos do artigo 897° n.° 1 do CPC, os proponentes devem juntar à sua proposta, como caução, cheque visado à ordem do agente de execução, no montante correspondente a 20% do valor base do bem, ou garantia bancária, no mesmo valor. É Fiel Depositário que o mostrará a pedido o executado Jaime António Rafoto Lebre, residente na Rua 25 de Abril, n.° 18, em Baleizão.

O Agente de Execução, Céd Prof. 3877 Pedro Brandão

* O melhor das Amendoeiras em Flor – Trás os Montes – PROGRAMA ESPECIAL Dias 03 e 04 de Março * NOVA OPORTUNIDADE – “ORA VIRA € TROIKA O PASSOS” – Dia 4 de Março no Teatro Maria Vitória * Fim de semana na Serra da Estrela – Visitando: Museu do Pão em Seia – Mangualde – Linhares da Beira – Almoço no “Albertino” em Folgozinho - Torre – Dias 10 e 11 de Março * DISNEY ON ICE – “MUNDOS DE FANTASIA” – DIA 25 DE MARÇO – PAVILHÃO ATLÂNTICO * Na Rota dos Templários – Visitando Vila do Rei – Ferreira do Zêzere – Tomar – Convento de Cristo – Castelo de Almourol – Dia 11 de Março * Fallas de Valência – A grande Festa de Espanha – De 17 a 21 de Março * Festival Internacional do Chocolate em Óbidos – Dia 18 de Março * “JUDY GARLAND – O FIM DO ARCO IRIS” – TEATRO POLITEAMA – DIA 18 DE MARÇO * Fim-de-semana em Coimbra – Com passeio de barco no Mondego e visita ao Mosteiro de Lorvão – De 24 a 25 de Março * Mariscada na Ericeira “Restaurante César” – Dia 25 de Março * Passeio à Serra da Estrela – Dia 25 de Março – NOVA OPORTUNIDADE! * Excursão ao Santuário de Fátima – Dia 25 de Março

* Entre Lendas e Tradições do Norte de Portugal, visita a Marco de Canavezes, Mosteiro de Vila Boa de Quires, Penafiel – De 31/3 a 1/4 * Rota dos Castelos do Guadiana – Juromenha, Alandroal, Terena, Santuário da Boanova, Monsaraz, Mourão – Acompanhamento por um historiador – Dia 1 de Abril * O MELHOR DE LA FÉRIA – CASINO DO ESTORIL – DIA 1 DE ABRIL * PARIS E EURODISNEY – De 4 a 10 de Abril – PROGRAMA DE AUTOCARRO * PARIS E EURODISNEY – De 5 a 9 de Abril – PROGRAMA DE AVIÃO * PÁSCOA EM AMESTERDÃO – De 5 a 9 de Abril * PÁSCOA NO MINHO – SEMANA SANTA EM BRAGA, PÓVOA DE LANHOSO, CALDAS DO GERÊS, S. BENTO DA PORTA ABERTA, PENEDA-GERÊS, GUIMARÃES – De 6 a 9 de Abril * Visita a Mérida – Dia 15 de Abril * Astúrias, Cantábria e Picos da Europa – 21 a 25 de Abril * Madeira – FESTA DA FLOR – De 21 a 25 de Abril * MOSCOVO E SÃO PETERSBURGO – DE 13 A 20 DE JULHO * CRUZEIRO “FIORDES DO NORTE” – De 18 a 26 de Maio * CRUZEIRO “LENDAS DO MEDITERRÂNEO” – De 28 de Setembro a 06 de Outubro

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CENTRO DE PARALISIA CEREBRAL DE BEJA

CONVOCATÓRIA Nos termos da lei e dos Estatutos, convoca-se a Assembleia Geral Ordinária do Centro de Paralisia Cerebral de Beja, para o próximo dia 30-03-2012, pelas 17h00 (dezassete horas), na sede do Centro de Paralisia Cerebral de Beja, na Rua Cidade de S. Paulo, com a seguinte ordem de trabalhos: 1. Aprovação do Relatório e Contas do ano 2011 Se às 17h00 (dezassete horas) não estiver presente a maioria dos sócios a Assembleia Geral fica desde Já convocada para as 18h00 (dezoito horas) do mesmo dia 30-03-2012, e no mesmo local, funcionando e deliberando com os sócios presentes conforme estabelecido nos estatutos.

Beja, 8 de Março de 2012.

O Presidente da Assembleia Geral José Pinheiro Monge

Diário do Alentejo nº 1560 de 16/03/2012 Única Publicação

CARTÓRIO NOTARIAL DE ALMODÔVAR Certifico, para fins de publicação que, por escritura exarada no dia vinte e sete de fevereiro de dois mil e doze, neste Cartório, no livro de escrituras diversas n.° 147-C, a fls 43 e seguintes, MANUEL GUERREIRO e mulher MARIA OTÍLIA DIAS GUERREIRO, casados na comunhão de adquiridos, naturais ele da freguesia de São Barnabé e ela da freguesia de Santa Clara-a-Nova, do concelho de Almodôvar, residentes na Rua 1° de Maio, n.° 28, Almodôvar, com os N.I.F. 142367788 e NIF 179690779 declararam: Que são donos e legítimos possuidores, com exclusão de outrem, do seguinte bem imóvel: Prédio urbano, situado no Monte do Canafixal, freguesia de São Barnabé, concelho de Almodôvar, composto de edifício de rés-do-chão para habitação, com a área total de cinquenta e sete metros quadrados, a confrontar do norte com António Guerreiro, sul e poente com via pública e nascente com Inácio Guerreiro, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 851, com o valor patrimonial e atribuído de € 715,19.

Que o prédio está omisso na Conservatória do Registo Predial de Almodôvar e inscrito na respectiva matriz em nome do justificante marido.

Que ele e sua esposa, não têm qualquer título onde resulte pertencer-lhes o direito de propriedade do prédio, mas iniciaram a sua posse por volta do ano de mil novecentos e setenta e seis, ano em que o adquiriram por doação meramente verbal feita por seus pais e sogros, Inácio Guerreiro e mulher Maria Guerreiro, casados na comunhão geral, residentes que foram no mencionado Monte do Canafixal.

Que, desde essa data, sempre têm usado e fruído o referido prédio, procedendo a todas as obras de conservação e restauração, habitando-o e nele guardando os seus haveres, pagando todas as contribuições e fazendo essa exploração com a consciência de serem os seus únicos donos, à vista de todo e qualquer interessado, sem qualquer tipo de oposição há mais de trinta e cinco anos, o que confere à posse a natureza de pública, pacífica, contínua e de boa fé, razão pela qual adquiriram o direito de propriedade sob o prédio por usucapião, que expressamente invocam para efeitos de ingresso do mesmo no registo predial.

Está conforme.

Almodôvar, 27 de Fevereiro de 2012.

A Conservadora, em funções notariais Maria Joana Santos de Matos Garrido

institucional diversos

25 Diário do Alentejo 16 março 2012

Diário do Alentejo nº 1560 de 16/03/2012 Única Publicação

Diário do Alentejo nº 1560 de 16/03/2012 Única Publicação

Diário do Alentejo nº 1560 de 16/03/2012 Única Publicação

CARTÓRIO NOTARIAL DE SINTRA

CARTÓRIO NOTARIAL DE SINTRA

Notário Celso dos Santos

Notário Celso dos Santos

SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DE VILA DE FRADES

CERTIDÃO

CERTIDÃO

ASSEMBLEIA GERAL CONVOCATÓRIA

Celso dos Santos, notário do Cartório Notarial, sito na Rua João de Deus, 23-A, em Sintra: CERTIFICO, para efeitos de publicação, que por escritura de 2 de Março de 2012, exarada a folhas 105 do livro de notas nº 304, deste Cartório, os senhores ARNALDO DA LUZ MESTRE, viúvo, natural da freguesia de Santana de Cambas, concelho de Mértola, e ANDREIA PATRICIA COSTA MESTRE, solteira, maior, natural da freguesia de Oeiras e São Julião da Barra, concelho de Oeiras, residentes na Rua Vasco Santana, nº 90, R/C, Penedo, Parede, e ANA CRISTINA DA COSTA MESTRE, divorciada, natural da freguesia de Ervidel, concelho de Aljustrel, e residente na Rua Marquês de Pombal, nº 14, R/C, Porto Salvo, declararam serem donos e legítimos possuidores em comum e sem determinação de parte ou direito dos dez seguintes bens imóveis, todos eles situados no concelho de Mértola, em cuja Conservatória se encontram descritos: 1. Prédio urbano composto de casa de rés-do-chão com 36 m2, sito em Alves, freguesia de Santana de Cambas, descrito no registo sob o número 768, e inscrito na matriz sob o artigo 1629; 2. Prédio urbano composto de casa de rés-do-chão com 36 m2, sito em Alves, freguesa de Santana de Cambas, descrito no registo sob o número 1389 e inscrito na matriz sob o lugar 1632: 3. Prédio rústico de cultura arvense com 175 m2, em “Cerca dos Alves”, freguesia de Santana de Cambas, descrito no registo sob o número 1380 e inscrito na matriz sob o artigo 22 da secção N. 4. Prédio rústico de cultura arvense e leito de curso de água, com vinte e nove mil cento e vinte e cinco metros quadrados, em “Gil Carniceiro’, freguesia de Corte do Pinto, descrito no registo sob número 821 e inscrito na matriz sob o artigo 84 da secção G; 5. Prédio rústico de cultura arvense, com 36750 m2, em “Dona Maria”, freguesia de Mértola, descrito no registo sob o número 1866 e inscrito na matriz sob o artigo 201 da secção II. 6. Prédio rústico de cultura arvense com 51500 m2, em “Mata Moiros”, freguesia de Mértola, descrito no registo sob o número 1864 e inscrito na matriz sob o artigo 175 da secção II. 7. Prédio rústico de cultura arvense, com 47250 m2, em “Água de Peixe”, freguesia de Corte do Pinto, descrito no registo sob o número 820, e inscrito na matriz sob o artigo 59 da secção G; 8. Prédio rústico de cultura arvense, com 87875 m2, em “Malhadinha”, freguesia de Santana de Cambas, descrito no registo sob o número 1396 e inscrito na matriz sob o artigo 182 da secção D; 9. Prédio rústico de cultura arvense, com 62750 m2 em ‘Valongo”, freguesia de Santana de Cambas, descrito no registo sob o número 1394 e inscrito na matriz sob o artigo 114 da secção B; 10. Prédio rústico de cultura arvense com 39500 m2, em “João do Vale”, freguesia de Santana de Cambas, descrito no registo sob o número 1393 e inscrito na matriz sob o artigo 145 da secção A. Que invocaram a usucapião como causa da aquisição daqueles imóveis em virtude de posse contínua, pública e pacífica iniciada em 1966 pelo dissolvido casal do justificante Arnaldo e por eles continuada em resultado do falecimento da mulher deste.

Está conforme.

Sintra, dois de Março de 2012.

O Notário Celso dos Santos

Nos termos da alínea c) do artigo 24° do Compromisso da Irmandade da Santa Casa da Misericórdia de Vila de Frades convoco a Assembleia Geral, para uma reunião ordinária, a realizar no dia 28 de Março pelas 19 horas e 30 minutos, nas instalações do Lar Entardecer Solidário em Vidigueira, com a seguinte ordem de trabalhos: Ponto 1 – Apresentação e aprovação do Relatório e Contas de Gerência referentes a 2011.

Ponto 2 – Outros assuntos.

NOTA: A Assembleia Geral reunirá à hora marcada, se estiver presente metade dos associados com direito a voto, ou uma hora depois com qualquer número de irmãos (n.°1 do art.° 26º).

Vila de Frades, 8 de Março de 2012 A Presidente da Mesa da Assembleia Geral Domingas Iria Serrano Anacleto Ruivo

Celso dos Santos, notário do Cartório Notarial, sito na Rua João de Deus, 23-A, em Sintra: CERTIFICO, para efeitos de publicação, que por escritura de 2 de Março de 2012, exarada a folhas 99 do livro de notas n9 304, deste Cartório, os senhores ENGRÁCIA MARTINS HORTA, e marido AUGUSTO DA PALMA RAMOS, casados sob o regime da comunhão geral, naturais da freguesia de Santana de Cambas, concelho de Mértola, e aí residentes em Monte dos Alves, titulares dos B.l. n9s 104368, de 22/01/2001 e 104369, de 11/10/2002, emitidos em Beja, declararam serem donos e legítimos possuidores dos vinte e sete seguintes bens imóveis, todos eles situados no concelho de Mértola: (Registados na Conservatória do Registo Predial de Mértola) 1. Três quartos do prédio urbano composto de casa de rés-do-chão com 40 m2, situado em Alves, freguesia de Santana de Cambas, descrito no Registo sob o número 1390 e inscrito na matriz sob o artigo 1627; 2. Três quartos do prédio urbano de habitação, composto de casa de rés-do-chão com 32 m2, sito em João do Vale, freguesia de Santana de Cambas, descrito no Registo sob o número 1391 e inscrito na matriz sob o artigo 1841; 3. Três quartos do prédio urbano que serve de Arramada, composto de casa de rés-do-chão com 44 m2, com um logradouro com 44 m2, situado em Alves, freguesia de Santana de Cambas, descrito no Registo sob o número 1388, e inscrito na matriz sob o artigo 1625.

4. Três quartos do prédio urbano composto de casa de rés-do-chão com 24 m2, situado em Alves, freguesia de Santana de Cambas, descrito no Registo sob o número 1387 e inscrito na matriz sob o artigo 1621; 5. Três quartos do prédio urbano de habitação, composto de casa de rés-do-chão com 32 metros quadrados, sito em João do Vale, freguesia de Santana de Cambas, descrito no Registo sob o número 1386, e inscrito na matriz sob o artigo 189; 6. Três quartos do prédio rústico de cultura arvense com 33875 m2, em “Vale Pereiro”, freguesia de Santana de Cambas, descrito no Registo sob o número 1377 e inscrito na matriz sob o artigo 67 da secção A. 7. Prédio rústico de cultura arvense com 16750 m2, em “Palheirinhos” freguesia de Mértola, descrito no Registo sob o número 1867, e inscrito na matriz sob o artigo 185 da secção ll; 8. Metade indivisa do prédio rústico de cultura arvense, com 84875 m2, em “Eira Castelhana”, freguesia de Santana de Cambas, descrito no Registo sob o número 153 e inscrito na matriz sob o artigo 31 da secção O; 9. Três quartos do prédio rústico de cultura arvense e leitos de curso de água, com 15375 m2, em “Corga Funda”, freguesia de Mértola, descrito no Registo sob o número 1865 e inscrito na matriz sob o artigo 31 da secção O; 10.Três quartos do prédio rústico de cultura arvense, com 14500 m2, em “Corgas do Pocinho”, freguesia de Santana de Cambas, descrito no Registo sob o número 1383, e inscrito na matriz sob o artigo 52 da secção N. 11. Três quartos do prédio rústico de cultura arvense com 54000 m2, denominado “Courela do Cerro do Poço”, freguesia de Santana de Cambas, descrito no Registo sob o número 1381 e inscrito na matriz sob o artigo 30 da secção N. 12. Metade do prédio rústico de cultura arvense, com 10 hectares e 30 ares, em “Passadeiras” freguesia de Santana de Cambas, descrito no Registo sob o número 2825, e inscrito na matriz sob o artigo 25 da secção O. 13. Metade indivisa do prédio rústico de cultura arvense, com 17 hectares e 60 ares, em ‘Vale da Mera”, freguesia de Santana de Cambas, descrito no Registo sob o número 769 e inscrito na matriz sob o artigo 18 da secção O. 14. Um sexto indiviso do prédio rústico de prado natural, com 27 hectares e 2250 centiares, em “Vale Bernardo”, freguesia de Santana de Cambas, descrito no Registo sob o número 148 e inscrito na matriz sob o artigo 37 da secção O. 15. Três quartos do prédio rústico de cultura arvense, com 86500 m2, em “João do Vale”, freguesia de Santana de Cambas, descrito no Registo sob o número 1392 e inscrito na matriz sob o artigo 216 da secção B. 16. Três quartos do prédio rústico de cultura arvense, com 10125 m2, em “João do Vale”, freguesia de Santana de Cambas, descrito no Registo sob o número 1385 e inscrito na matriz sob o artigo 141 da secção A. 17. Um quarto indiviso do prédio rústico de cultura arvense com oliveiras, com 7125 m2, denominado “Hortinhas”, freguesia de Santana de Cambas, descrito no Registo sob o número 560 e inscrito na matriz sob o artigo 102 da secção R. 18. Três quartos do prédio rústico de cultura arvense, com 625 m2, denominado “Cerca dos Alves”, freguesia de Santana de Cambas, descrito no Registo sob o número 1379 e inscrito na matriz sob o artigo 20 da secção N. 19. Três quartos do prédio rústico de cultura arvense com oliveiras, com 6875 m2, denominado “Barrada da Corte”, freguesia de Santana de Cambas, descrito no Registo sob o número 1384 e inscrito na matriz sob o artigo 115 da secção R. 20. Três quartos do prédio rústico de cultura arvense, com 41750 m2, denominado “Alcaides”, freguesia de Corte do Pinto, descrito no Registo sob o número 819 e inscrito na matriz sob o artigo 187 da secção F. 21. Prédio rústico de cultura arvense, com a área de 59500 m2, denominado “Marmeleiros”, freguesia de Santana de Cambas, descrito no Registo sob o número 1395 e inscrito na matriz sob o artigo 32 da secção B. 22. Três quartos do prédio rústica de cultura arvense com 51125 m2, denominado “Palheirinho”, freguesia de Santana de Cambas, descrito no Registo sob o número 1382 e inscrito na matriz sob o artigo 48 da secção N. 23. Três quartos do prédio rústico de cultura arvense e leitos de curso de água, com 18750 m2, denominado “Corga Funda”, freguesia de Mértola, descrito no Registo sob o número 1863 e inscrito na matriz sob o artigo 173 da secção HH. (Não descritos) 24. Prédio urbano de habitação, composto de casa de rés-do-chão com 43 m2, no lugar de Alves, freguesia de Santana de Cambas – a confrontar do Norte com Augusto Palma Ramos e Francisco Ramos Sequeira e do Sul, Nascente e Poente com a via pública – inscrito na matriz sob o artigo 2482.

25. Prédio urbano composto de casa de rés-do-chão destinada a palheiro e arrecadação agrícola, com 80 m2, no lugar de Alves, freguesia de Santana de Cambas a confrontar do Norte e Nascente com a via pública e do Sul e Poente com Augusto da Palma Ramos – inscrito na matriz sob o artigo 2479.

26. Prédio urbano de habitação composto de casa de rés-do-chão com 45 m2, no lugar de Alves, freguesia de Santana de Cambas – a confrontar do Norte e Nascente com a via pública e do Sul e Poente com Augusto da Palma Ramos – inscrito na matriz sob o artigo 2479.

27. Prédio urbano de habitação, composto de casa de rés-do-chão com 36 m2, no lugar de Alves, freguesia de Santana de Cambas – a confrontar do Norte e Nascente com Augusto Palma Ramos e do Sul e Poente com a via pública – inscrito na matriz sob o artigo 2481.

Que invocaram a usucapião como causa da aquisição daqueles imóveis em virtude de posse contínua, pública e pacífica iniciada em 1966.

Está conforme.

Sintra, cinco de Março de dois mil e doze.

O Notário Celso dos Santos

Diário do Alentejo nº 1560 de 16/03/2012 Única Publicação

CASA DO ALENTEJO

CONVOCATÓRIA ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA Conforme o disposto no artigo 19, nº 1, alínea b) dos Estatutos da Casa do Alentejo, convoco a Assembleia Geral Ordinária, para o dia 27 de Março de 2012 pelas 18:00 horas com os seguintes pontos de ordem de trabalhos: 1. Aprovação do Relatório e Contas de 2011 2. Informações Diversas Se nos termos do Art.º 19, nº 2 dos Estatutos não comparecer o número suficiente de Sócios, a Assembleia reunirá em segunda convocatória, com qualquer número de Sócios presentes, uma hora depois da designada pela primeira convocatória.

Lisboa, 09 de Março de 2012.

O Presidente da Mesa da Assembleia Geral Manuel Macaísta Malheiros

SERVIÇO DOMÉSTICO 1/2 expediente para senhora de idade. Resposta por escrito com dados para Largo Escritor Manuel Ribeiro – 10 – 2ºB – 7800-421 BEJA

Diário do Alentejo nº 1560 de 16/03/2012 Única Publicação

CÂMARA MUNICIPAL DE BEJA Divisão de Serviços Urbanos

EDITAL FAZ-SE PÚBLICO, que no dia 23 Março de 2012, pelas 10 horas, na Sala de Sessões da Câmara Municipal, realizar-se-á uma Hasta Pública para concessão de lojas no Mercado Municipal, identificadas com os n°s. 6 e 16 do pátio interior, 6, 9 e 10 do Pavilhão de Hortaliças e n.º 4 do exterior respectivamente.

A loja 4 do exterior tem uma área total de 20,9 m2, incluindo uma casa de banho e pequena zona de arrumos. A sua base de licitação é de 400 €.

As lojas 6, 9 e 10 do interior do Mercado Municipal (Pavilhão de Hortaliça) tem uma área de 15,68 m2 cada, sendo a sua base de licitação de 200 €.

A loja 6 do pátio interior tem uma área de 20,9 m2, sendo a base de licitação de 225 €.

A loja 16 do Interior do Mercado Municipal tem uma área de 22,80 m2 e instalação de água, a sua base de licitação é de 250 €.

A atribuição será feita separadamente para cada uma das lojas.

Os lances terão o valor mínimo de 50 €.

O adjudicatário pagará 10% do valor da arrematação no acto da licitação e os restantes 90% até ao acto da escritura do contrato de concessão.

Ao valor da arrematação será acrescido o IVA à taxa de 23%.

O concessionário pagará uma renda mensal calculada de acordo com a Tabela de Preços em vigor.

Se a actividade precisar de algum licenciamento especial, a responsabilidade da mesma será do concessionário.

Nas lojas poderá ser exercida actividade comercial a especificar, sendo que o número de lojas que vendam o mesmo produto não poderá exceder três.

Quaisquer informações poderão ser solicitadas no Apoio Técnico e Administrativo da Divisão de Serviços Urbanos desta Câmara Municipal.

As dúvidas e omissões que surjam na aplicação do presente Edital, serão resolvidas mediante despacho do Vereador do Pelouro.

A actividade comercial a exercer deverá ser indicada no acto de arrematação, reservando a autarquia o direito de não concessionar a loja para o efeito pretendido.

Beja, 7 de Fevereiro de 2012.

O vereador do pelouro, Eng. José Domingos Negreiros Velez

SENHOR REFORMADO Oferece-se para guarda de monte ou quinta, sem remuneração.

Contactar António Baião, pelo tm.963183279

diversos necrologia

26 Diário do Alentejo 16 março 2012

Krefeld Alemanha Évora

Alcaria da Serra PARTICIPAÇÃO

PARTICIPAÇÃO

Luísa da Conceição Neves de Mira Carocinho Maria José Charneca Marreiros Campaniço Nasceu 10.12.1940 Faleceu 04.03.2012

Faleceu o Exma. Sra. Maria José Charneca Marreiros Ca m p a n i ç o, n a t u r a l d e Selmes, casada com o Exmo.

Sr. João Francisco Campaniço Marreiros.

O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 8, da capela mortuária de Krefeld para a casa mortuária dos Álamos em Évora seguindose o posterior funeral para o cemitério dos Remédios nesta mesma cidade. À família enlutada apresentamos as nossas condolências.

Mariana Teresa Havana Cachola Raminhos Nasceu 02.09.1929 Faleceu 08.03.2012

Faleceu o Exma. Sra. Mariana Teresa Havana Cachola Raminhos, natural de Selmes, Viúva.

O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 9, da Casa Mortuária de Alcaria da Serra para o cemitério local. À família enlutada apresentamos as nossas condolências.

AGÊNCIA FUNERÁRIA ESPÍRITO SANTO, LDA. Rua das Graciosas, 7 7960-444 Vila de Frades/Vidigueira Tm.963044570 Tel. 284441108

25º Ano de Eterna Saudade

Eterna saudade de seu filho, nora, netinha e restante família. Querida mãe, faz 25 anos que te despediste do teu filho, que tu tanto amavas e adoravas na vida, pois essa data para mim jamais será esquecida, nem um só momento. Mas recordo--te com muitas saudades, com muitos beijinhos de todos nós. Adeus e que a tua alma descanse em paz.

PARTICIPAÇÃO E AGRADECIMENTO

Vila de Frades AGRADECIMENTO E MISSA DO 30º DIA

José Vicente da Conceição Madeira

Balbina Maria de Brito Nasceu a 20 de Dezembro de 1919 Faleceu a 28 de Fevereiro de 2012

No passado dia 28 de Fevereiro de 2012 partiu a nossa ente querida, Balbina Maria de Brito, filha da terra de Baleizão. A família agradece a homenagem prestada por todas as pessoas que participaram nas cerimónias fúnebre.

ALUGO T1 EM ALBUFEIRA

Areias de S. João, equipado e mobilado para 4 pessoas, com garagem, quintal e duas piscinas (adultos e crianças), alugo à semana ou à quinzena.

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Francisco José Frade Parreira Nasceu em 15/03/1956 Faleceu em 23/02/2012

«Deixaste no coração de cada um de nós, uma lembrança viva e uma afeição que jamais se apagará das nossas vidas» Mãe, irmãos, cunhados, sobrinha e restante família, na impossibilidade de o fazer pessoalmente vêm por este meio, reconhecidos, agradecer a todos os que partilharam com gestos de afeto e solidariedade a tão profunda dor da partida do seu ente querido e o acompanharam à sua derradeira morada, e também aos que não podendo estar presentes, de outras formas, se associaram à nossa dor. A todos um Bem haja!

Participamos que no dia 25 de Março pelas 11h, será celebrada missa pelo seu eterno descanso na Igreja Matriz de Vila de Frades, agradecendo desde já a todos os que puderem estar presentes.

Esposa, filha e neto cumprem o doloroso dever de participar o falecimento do seu ente querido ocorrido no dia 12/03/2012, e na impossibilidade de o fazer individualmente vêm por este meio agradecer a todas as pessoas que o acompanharam à sua última morada ou que de qualquer forma manifestaram o seu pesar.

Manuel Luís de Mira Martins 19/03/2012 28 Anos de Profunda Saudade Querido filhinho do meu coração, mas que grande saudade, com apenas 22 anos de idade, amor, foste para a eternidade.

Quando nos despedimos de ti, meu filhinho, faz 28 anos meu amor, se pensaste alguns segundos nos paizinhos, naquela hora cruel que o destino te marcou e os pais ficaram no mundo sem te poderem salvar, mas se fosse possível meu filhinho os pais corriam os dois e não te deixavam abalar.

O mundo escureceu para nós, parece que enlouquecíamos, já não tínhamos o nosso filhinho querido, que nos deu tanto amor, os pais ainda cá ficaram a sofrer tão grande dor.

Tuas palavrinhas não esqueço, tuas roupas e pertenças guardo, que ilusão, todas as noites sonho contigo, mas tudo é recordação.

Quando sonho contigo, meu filhinho, parece que te estou a ver, mas depois quando acordo e entro na realidade, fico tão triste, por ver que não é verdade.

Quando olho para os teus retratos, levo os dias a chorar, foi o que me deixaste filhinho, para eu poder abraçar.

Tenho o cérebro tão cansado que penso não aguentar mais, já me vão faltando as forças de tanto chorar e sofrer, é uma dor tão custosa que mais vale a gente morrer.

Que Deus te guarde no Céu, é esta a nossa oração, como bom filhinho que foste te guardamos no coração.

Que recordações tão lindas nos deixaste meu amor, desde que nasceste até morrer, chorando por elas meu filhinho, é assim que temos de viver.

Os pais querem agradecer, do fundo do coração, a todas as pessoas que nos têm acompanhado neste desgosto tão grande e tamanha solidão.

A Mãe escreve o que sofre, a dor é no coração, perder-te meu querido filhinho, é viver na escuridão.

Nas minhas orações peço a minha Eternidade, que era ir para junto de ti matar tantas saudades.

Peço a Deus Nosso Senhor, te dê o descanso Eterno, como bom que foste nesta vida e para os paizinhos, foste o nosso maior amor.

Que a tua alma descanse em paz.

Um Adeus cheio de saudade, dos paizinhos, familiares e amigos.

Penedo Gordo/Aljustrel

Vila Nova de S. Bento

Vila Nova de S. Bento

Faleceu o Exmo. Sr. Manuel Palma Valente de 75 anos, casado com a Exma. Sra. Francisca Rosa Palminha Valente, natural de Aldeia Nova de S. Bento. Residente em Moura. O funeral, a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 08 de Março da Igreja Evangélica Presbiteriana de Vila Nova de S. Bento para o cemitério local. À família enlutada apresentamos as nossas cordiais condolências.

Faleceu o Exmo. Sr. Bento Brito Coelho de 74 anos, casado com a Exma. Sra. Ana Catar ina Coelho Serrano, natural de Aldeia Nova de S. Bento. O funeral, a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 11 de Março da casa mortuária de Vila Nova de S. Bento para o cemitério local. À família enlutada apresentamos as nossas cordiais condolências.

PARTICIPAÇÃO E AGRADECIMENTO

AGRADECIMENTO E MISSA DO 30º DIA

Manuel Joaquim Valentim Correia Inês Leandro Parreira 1926 – 2012

Filho, cunhados, sobrinhos e restantes familiares agradecem por este meio a todas as pessoas que estiveram presentes no dia 17 de Fevereiro de 2012 e a acompanharam à sua última morada. Será celebrada missa do 30º dia pelo seu eterno descanso no dia 17 de Março, sábado, na Igreja da Sé pelas 18.00 horas. A todos a nossa gratidão.

Esposa, filhos, noras e restante família cumprem o doloroso dever de participar o falecimento do seu ente querido ocorrido no dia 10/03/2012 e na impossibilidade de o fazer individualmente vêm por este meio agradecer a todas as pessoas que acompanharam o seu familiar à sua última morada ou que de qualquer forma lhes manifestaram o seu pesar.

AGÊNCIA FUNERÁRIA BARRADAS, LDA. Rua do Outeiro nº 21 Vila Nova de S. Bento Telm: 967026828 - 967026517

necrologia

27 Diário do Alentejo 16 março 2012

Rua da Cadeia Velha, 16-22 - 7800-143 BEJA Telefone: 284311300 * Telefax: 284311309

PARTICIPAÇÃO E AGRADECIMENTO E MISSA 30º DIA

www.funerariapax-julia.pt E-mail: geral@funerariapax-julia.pt Funerais – Cremações – Trasladações - Exumações – Artigos Religiosos VALE DE VARGO

CABEÇA GORDA

TRIGACHES

BEJA

†. Faleceu a Exma. Sra. D. MARIA DO ROSÁRIO LIMPO SEITA MACHADO, de 86 anos, natural de Vale de Vargo - Serpa, viúva. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 08, da Casa Mortuária de Vale de Vargo, para o cemitério local.

†. Faleceu a Exma. Sra. D. ISABEL MARIA CAETANO BATISTA SILVA, de 34 anos, natural de Cabeça Gorda Beja, casada com o Exmo. Sr. Alfredo Manuel dos Santos Silva. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 09 da Casa Mortuária de Cabeça Gorda, para o cemitério local.

†. Faleceu a Exma. Sra. D.

†. Faleceu o Exmo. Sr.

LUCINDA DA CONCEIÇÃO VIEIRA, de 85 anos, natural de Beringel - Beja, viúva. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 09 da Casa Mortuária de Trigaches, para o cemitério local.

BERNARDINO JOSÉ SIMÕES DOS SANTOS, de 71 anos, natural de Nossa Senhora das Neves - Beja, casado com a Exma. Sra. D. Maria Candeias Cecília dos Santos. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 10, das Casas Mortuárias de Beja, para o cemitério desta cidade.

QUINTOS

PENEDO GORDO

CASCAIS

BEJA

†. Faleceu o Exmo. Sr.

†. Faleceu o Exmo. Sr. MANUEL JOAQUIM VALENTIM CORREIA, de 70 anos, natural de Santiago Maior - Beja, casado com a Exma. Sra. D. Rosária Francisca Serrano Correia. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 11, da Casa Mortuária de Penedo Gordo, para o cemitério local.

†. Faleceu a Exma. Sra. D. MARIA ISABEL MOUTINHO DUARTE ILDEFONSO, de 77 anos, natural de São Sebastião da Pedreira Lisboa, solteira. O funeral a cargo desta Agência realizouse no passado dia 13, da Capela do Hospital de Beja, para o cemitério de Ferreira do Alentejo, onde foi cremada.

†. Faleceu o Exmo. Sr.

BEJA

BEJA

BEJA

QUINTOS

†. Faleceu a Exma. Sra. D. MARIA JOSÉ CAEIRO, de 88 anos, natural de Vila Nova da Baronia - Alvito, viúva. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 13, das Casas Mortuárias de Beja, para o cemitério desta cidade.

†. Faleceu a Exma. Sra. D. CONSTANÇA REVÉS VALENTE, de 78 anos, natural de Castro Verde, viúva. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 13, das Casas Mortuárias de Beja, para o cemitério desta cidade.

†. Faleceu o Exmo. Sr. JOÃO

†. Faleceu a Exma. Sra. D.

DA SILVA, de 94 anos, natural de Santa Vitória Beja, viúvo. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 14, das Casas Mortuárias de Beja, para o cemitério desta cidade.

ANA MARIA RALHA, de 74 anos, natural de Quintos Beja, viúva. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 15, da Casa Mortuária de Quintos, para o cemitério local.

BEJA

António Francisco Carapinha A família cumpre o doloroso dever de participar o falecimento do seu ente querido ocorrido no dia 18/02/2012, e na impossibilidade de o fazer pessoalmente agradece por este meio a todas as pessoas que o acompanharam à sua última morada ou de outro modo manifestaram o seu pesar.

Será celebrada missa pelo seu eterno descanso no dia 19/03/2012, segunda-feira, às 18.30 horas na Igreja do Carmo em Beja, agradecendo desde já a todos os que se dignarem comparecer.

†.

Faleceu o Exmo. Sr. CARLOS DA SILVA SOUSA, de 72 anos, natural de Santa Maria da Feira - Beja, casado com a Exma. Sra. D. Matilde Rosa Esperança Modesto. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 10, das Casas Mortuárias de Beja, para o cemitério desta cidade.

SALVADA

AGRADECIMENTO

ARMANDO MANUEL ROSA, de 82 anos, natural de Nossa Senhora das Neves - Beja, viúvo. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 10, da Casa Mortuária de Quintos, para o cemitério local.

Constância Revez Valente Sua filha e neta na impossibilidade de o fazer pessoalmente agradecem por este meio a todas as pessoas que acompanharam a sua ente querida à sua última morada ou que de outro modo manifestaram o seu pesar.

Mais expressam o seu profundo agradecimento ao Serviço de Ortopedia, à equipa de enfermagem e assistentes operacionais do Hospital de Beja pelo carinho demonstrado para com a sua familiar durante o seu internamento.

PARTICIPAÇÃO E AGRADECIMENTO

EVANGELISTA LEOQUÍCIO MARQUES, de 85 anos, natural de Beja, casado com a Exma. Sra. D. Idalina Augusta Leal. O funeral a cargo desta Agência realizouse no passado dia 13, da Igreja Paroquial do Carmo em Beja, para o cemitério desta cidade.

†.

Faleceu o Exmo. Sr. DEODATO MATIAS SARAGOÇA, de 80 anos, natural de Salvada - Beja, viúvo. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 13, da Casa Mortuária de Salvada, para o cemitério local.

BEJA/ALVOCO DA SERRA

†. Faleceu a Exma. Sra. D. MARIA JOSÉ CARDOSO, de 70 anos, natural de Alvoco da Serra - Seia, solteira. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 15, da Igreja Paroquial de Alvoco da Serra, para o cemitério local.

Às famílias enlutadas apresentamos as nossas mais sinceras condolências.

Consulte esta secção em www.funerariapax-julia.pt

José Gonçalves Dâmaso Sua esposa, filhas, genros, netos, irmãos e restante família, vêm por este meio participar o falecimento do seu ente querido, ocorrido no dia 02/03/2012 e agradecer a todos os que nos acompanharam neste momento difícil ou que de qualquer forma nos manifestaram o seu carinho.

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DESLOCAÇÕES POR TODO O PAÍS

28 Diário do Alentejo 16 março 2012

Este cachorrinho de três meses procura uma família que lhe possa dar o carinho e a atenção que um lindo e meigo amigo de quatro patas precisa.

Tem uma pelagem lindíssima. Vai ser de porte médio/grande.

Está vacinado e desparasitado. Venham conhecê-lo ao Cantinho dos Animais de Beja.

Contactos: 962432844; sofiagoncalves.769@hotmail.com

Boa vida Comer Caldeirada de peixe do rio à moda de Mértola Ingredientes para 6 pessoas: 3 kg. de peixe do rio (enguias, mugem, barbos, achigã, etc... ), 4 cebolas grandes, 4 dentes de alho, 1 colher de sopa de colorau, 2 dl. de azeite, 2 dl. de vinho branco, q.b. de água, 3 colheres de sopa de farinha de trigo, 1 pão caseiro duro, 1 folha de louro, q.b. de poejos, piripiri, coentros, sal e pimenta.

Confeção: Prepare um caldo com o vinho, a água e a farinha.

Numa tigela bata com uma varinha de arames e reserve.

Num tacho grande deite o azeite, as cebolas cortadas às rodelas e os alhos. Quando esta começar a ficar mole junte o colorau, um pouco de sal, o louro e o piripiri.

Entretanto o peixe já está limpo, cortado aos pedaços e temperado com sal.

Junte ao refogado e deixe cozer um pouco. Adicione o caldo anteriormente preparado. Deixe ferver muito lentamente e junte os ramos de coentros e poejos. Retifique os temperos.

Corte o pão em fatias para uma terrina e regue com o caldo. Coloque o peixe numa travessa com cuidado para não se partir muito.

Sirva muito quente.

E bom apetite.

António Nobre Chefe executivo de cozinha – Hotéis M’AR De AR, Évora

Jazz Uri Caine Trio “Siren”

D

esde os inícios do século XX são muitos os exemplos de interpenetração entre o jazz e a música dita “clássica”. Vários foram os compositores que trabalharam no cruzamento dos dois universos – mesclando os métodos clássicos de composição com a linguagem do jazz. Dvorák, Stravinksy, Debussy, Ravel e Milhaud, entre outros, incorporaram influências do jazz nas suas obras. No jazz, esta confluência adquire especial ênfase na chamada “thirdstream”, corrente surgida no final da década de 1950 com Gunther Schuller, George Russell, entre outros, que procurou levar o jazz para além das suas fronteiras, sem abdicar contudo das suas características fundamentais: a improvisação e o swing. A ligação entre o jazz e a música “clássica” continua a estar bem presente nos alvores do século XXI. Um dos nomes que para tal mais contribui é o pianista Uri Caine, um dos grandes “transformadores” no jazz do nosso tempo.

Parte significativa do traUri Caine Trio – “Siren” balho a que se tem dediUri Caine (piano), John Hébert (contrabaixo) cado na condição de líder e Ben Perowsky passa pela exploração da (baterista). obra alheia, e os resultados Editora: Winter & Winter estão à vista (e aos ouvidos) Ano: 2011 de todos. Poucos como ele têm sabido impregnar de elementos jazzísticos a música de Mahler ou Bach. Foi, aliás, nos Dias da Música em Belém de 2009, evento dedicado precisamente ao genial compositor nascido em Eisenach, que pela primeira vez escutei este trio, discograficamente exposto com “Siren”. Mas essa relação com os clássicos é biunívoca. Se leva formas do jazz para a música “clássica”, não é menos verdade que nas suas composições também são claramente percetíveis as influências dos mestres do passado. O pianista conhece bem a tradição do formato, mas não se deixa subjugar por ela, alimentando-a agora com o seu contributo muito pessoal. Caine é um virtuoso que aqui alia esforços com dois músicos superlativos: o versátil e cada vez mais requisitado contrabaixista John Hébert e o excelente baterista Ben Perowsky. Três personalidades musicais vincadas que atingem níveis de interação e dinamismo superiores. Essa fluidez de processos fica patente em peças como “Interloper” ou “Crossbow”, que destilam um swing não convencional, ou no travo latino-americano que perpassa em “Succubus”. Como píncaros de interesse da jornada destaco, porém, esse notável exercício rítmico que é “Tarshish”, a tranquilidade perturbadora da peça-título (com Hébert no centro, as notas esparsas do piano e a leveza de Perowsky), a mais angulosa “Smelly” e a liberdade de movimentos de “Free Lunch”. Também a desconstrução de “Green Dolphin Street”, velho standard de Bronislaw Kaper, resulta conseguida (atenção à doçura dos últimos 50 segundos).

António Branco

Filatelia P. Dias realiza mais um leilão

N

o dia próximo dia 24 a casa filatélica Leilões P. Dia realiza mais um leilão; trata-se do 55.º desta leiloeira.

O catálogo apresenta 1 290 lotes. Pela escassez de espaço de que dispomos referiremos unicamente o lote 487, peça soberba e única com cabimento na história de Portugal, Moçambique e África do Sul (guerra dos Bóeres). Passemos à sua descrição: 1899/1902: Inteiro Postal D. Carlos Mouchon de 10 rs verde cartolina Camurça, remetido do Forte de São Julião da Barra com marca de dia “18Mai02” e circulado para Oeiras (??-Mai02, datador do dia avariado), patrioticamente desenhado “1899 Zuid-Afrika 1902 + Transvaal und Orange” representando um Touro Bóer espezinhando o Leão Britânico, com assinaturas de 7 dos famosos 10 Prisioneiros vindos de Moçambique e Internados no Forte de S. Julião da Barra, denominados “os 10 Infames Bóeres” e considerados pelos Ingleses como muito perigosos. Foram considerados como Prisioneiros Políticos em Lourenço Marques por protestarem contra as Autoridades Portuguesas por estas terem acordado com os Britânicos o envio dos Bóeres para Portugal em vez de ficarem em L.º Marques. Sairam da Prisão a 9 de março de 1901, embarcando a 11 de março no navio Afonso de Albuquerque, cuja viagem durou 3 meses onde atracou em Alcântara a 12 de junho de 1901, O Navio fez a viagem propositadamente para o transporte dos 10 Prisioneiros de Guerra, sendo estes os seus únicos passageiros.

Chegados a Lisboa foram imediatamente transferidos para o Forte de São Julião onde ficaram detidos, contrariamente ao que aconteceu com outros Bóeres internados em Tomar, Caldas da Rainha ou Peniche, os quais se podiam mover livremente. As assinaturas são de Joachim Marthinus Grobbelaar; W. O. Hoinkiss; Georg Max Huebner; Stephanus Albertus Smit; J. Spandini; A. Tromp; Hendrick Bernardus van der Bijl; Daniel Jacobus van Tonder; Clifford de Creuse; e o 10.º o jovem J. E. Smit, filho de S. A. Smit, o qual foi enviado para as Caldas da Rainha para frequentar a Escola. O Comandante Português do Forte era o Coronel Gonçalves Brandão. Foram todos enviados para a África do Sul em julho de 1902 a bordo do Paquete Bavarian. Estes 10 foram os únicos Prisioneiros Políticos Bóeres em Portugal. Valor base 1 200 €.

O catálogo pode ser consultado em www.leiloespdias.pt Geada de Sousa

Letras Onde moram as casas

“A

s pessoas moram nas casas, mas o contrário também é verdade”. O desafio lançado encontra logo uma resposta.

Não é a resposta que importa verdadeiramente, porém, mas o modo como as casas moram nas pessoas. O percurso pelo modo como as casas nos habitam é que constrói o livro.

Este vai sendo ilustrado pelo Alexandre Esgaio enquanto as palavras da Carla Maia de Almeida vão explorando os alicerces destas casas habitadas com imaginação.

Onde moram as casas é um livro de imagens coloridas com as cores fortes da paleta da caixinha de cores do Alexandre e (d)escritas pela Carla com a sabedoria de quem domina o modo de mostrar sentimentos complexos – da alma e do coração – com simplicidade.

O Alexandre morou numa casa com vista para o mar e deixou um curso de psicologia clínica quando um dos quartos, o da secção infantojuvenil, de uma livraria passou a morar nele. Já a Carla teve uma casa com quintal e por isso nunca mais deixou de ser jardineira [tem um blogue onde vai semeando partilhas: O Jardim Assombrado].

Maria do Carmo Piçarra

Carla Maia de Almeida, Alexandre Esgaio Caminho PVP: 10 euros

Petiscos Da velha Goa

A

cozinha indiana está ligada à história portuguesa, que a trouxe pelos mares até Lisboa. Há pouco tempo, mais uma vez se lembraram séculos de vivência em comum, recordações que à custa de muito desmazelo, forretice nacional e deslealdade que baste, se vão perdendo debaixo das pazadas de terra que inexoravelmente nos consumirão. Lá e cá.

Foi de facto em Lisboa que uma parte significativa dos portugueses da Índia se estabeleceu.

Foram eles que nos ensinaram a comer “goês”, essa magnífica fusão de português e indiano, igualmente relevante na arte sagra, arquitetura, mobiliário e joalharia.

O prato mais conhecido é o caril. Há dezenas de diferentes caris e, invariavelmente, os seus executores reclamam para si a exclusividade da receita original. Que nem lá em Goa existia, quanto mais meio século depois e em Portugal.

O caril que hoje aqui trago, singelamente, não tem essas pretensões, tanto mais que é feito com “curry” preparado industrialmente. Foi-me ensinado pela neta, moça da minha idade, duma Senhora brâmane mas também descendente da mais antiga linhagem portuguesa. Esta, a neta, sempre com tantas saudades de Goa como a Avó tivera, no seu tempo, de Lisboa.

Os ingredientes a que me refiro são para quatro a seis pessoas, conforme os apetites. Uma galinha entre dois a três quilos. Cem mililitros de

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O caril que hoje aqui trago, singelamente, não tem essas pretensões, tanto mais que é feito com “curry” preparado industrialmente.

Foi-me ensinado pela neta, moça da minha idade, duma Senhora brâmane

leite de coco, meio pacote de açafrão, dois pêros com casca aos quartos sem sementes, dois tomates grandes aos quartos, limpos e descascados, malaguetas vermelhas, duas cebolas grandes e 10 dentes de alho, tudo bem picado, uma concha e meia, das grandes, de azeite.

Os produtos que a seguir lhe indico compram-se com facilidade em Lisboa, nomeadamente no Martim Moniz. São inevitavelmente estes, se não houver, não mude de marca, mude de receita, faça um frango no churrasco que também não é mau.

Cem gramas de pó de caril – Rijah Mild Madras – três colheres de “chutney” de manga – Mango Chutney Sharudoods Green Label – e bolachas pappadums – Pataks Original – para acompanhamento à mesa.

Tempera-se a galinha com sal grosso e corta-se aos bocados. Deita-se a galinha e o azeite num tacho grande e vai a fritar. Quando estiver quase frita, acrescentam-se as cebolas e os alhos e refoga mais 10 minutos. A seguir põem-se os pêros e os tomates. Mais 10 minutos. Junta-se então o leite de coco, o açafrão e o caril. Tapa-se com água e coze cerca de meia hora.

Acrescenta-se agora as malaguetas picadas. É preciso ter cuidado a dosear se não se aprecia o tempero muito picante. Este prato é acompanhado com arroz solto, com as bolachas, que foram antes fritas muito rapidamente em óleo fervente e o “chutney”.

Com caril bebe-se água, nunca vinho ou cerveja. Em alternativa – no meu caso em primeira escolha – chá de Ceilão (Sri Lanka) ou Lapsang Souchong (China) ou Darjeeling (Índia).

António Almodôvar

Diário do Alentejo 16 março 2012

29

30 Diário do Alentejo 16 março 2012

Cerâmica de Heitor Figueiredo nas Oficinas

O espaço Oficinas, em Aljustrel, recebe, a partir das 18 horas de hoje, sexta-feira, e até 7 de abril, uma exposição do ceramista Heitor Figueiredo. Artista minhoto, natural de Braga, Heitor Figueiredo está instalado em território alentejano há vários anos, tendo sido um dos fundadores do Núcleo de Artes Visuais de Aljustrel. Um dos resultados da sua

Fim de semana

estada na vila mineira, ao longo de sete anos, é o painel de azulejos que se encontra no poço d’Além (Casa da Horta). O autor tem participado em vários simpósios de escultura em terra e feiras internacionais de cerâmica em Portugal, Espanha, nos Países Baixos e Inglaterra. A mostra que hoje se inaugura propõe uma visita pelas suas últimas obras.

História do jazz no espaço Oficinas Arranca hoje, sexta-feira, no espaço Oficinas, em Aljustrel, o curso livre de iniciação à história do jazz “Jazz de A a Z”. A ação, que decorrerá até 4 de maio estruturada em oito sessões, sempre às sextas-feiras, é ministrada por António Branco, dinamizador do Clube de Jazz do Conservatório Regional do Baixo Alentejo. A primeira sessão, pelas 21 e 30 horas, abordará o tema “Dos campos de algodão a Nova Orleães”.

Performance poética e musical estreia-se amanhã pela Arte Pública

Cantigas de Amigo para celebrar poesia em Beja

N

o âmbito das celebrações do Mês da Poesia, promovidas pela Biblioteca Municipal de Beja, a companhia Arte Pública estreia amanhã, sábado, pelas 18 horas, a performance poética e musical “Homens que falam como mulheres”, assente nos cantares dos trovadores galego-portugueses da Idade Média, considerados o berço da poesia portuguesa. A reinterpretação, em português contemporâneo, é de Gisela Cañamero e José Manhita, que propõem uma viagem por poemas e autores que fazem parte do início da história da literatura portuguesa, nomes como João Garcia de Guilhade, Pero Viviães, João Airas de Santiago ou Martim de Guinzo, entre outros. A perspetiva adotada é a dos homens que se colocaram na pele de mulheres para sentirem, por

elas, as arrebatadas “coitas de amor”. Cantigas de Amigo que dão voz às mulheres nas mais diversas situações – da donzela apaixonada à mulher casada, do diálogo mãe/filha à fuga desta para o encontro amoroso, do amor correspondido à relação defraudada – e que são testemunho da existência de um lirismo, presente no noroeste da Península Ibérica, anterior às primeiras influências provençais.

Depois de Beja, a performance “Homens que falam como mulheres” é apresentada a 21, pelas 21 horas, na Biblioteca Municipal de Aljustrel, nas comemorações locais do Dia Mundial da Poesia.

Cinco mulheres em “Arte 5” em Serpa Carmo Faro, Helena Cordovil, Isabel Cano Valla, Luísa Quintela e Maria José Mimoso são cinco artistas plásticas que têm em comum a frequência do curso de pintura da Sociedade Nacional de Belas Artes, em Lisboa, e agora o facto de todas estarem representadas na coletiva “Arte 5”, que se inaugura amanhã, sábado, no Ateliê Galeria Margarida de Araújo, em Serpa. Com diferentes tipos de linguagem, cada elemento deste grupo “enriquece o resultado final com as suas cores, os seus temas de figuração, a sua vontade individual e coletiva de expressar através da pintura as suas escolhas, os seus caminhos”. A mostra encontra-se patente até 14 de abril.

Caracol Blues apresenta CD de estreia n’Os Infantes

Filme pioneiro sobre comunidade surda exibido no Pax Julia “Gesto”, um filme de António Borges Correia que pela primeira vez conjuga na tela o português e a língua gestual, vai ser exibido hoje, em Beja, no Pax Julia Teatro Municipal às 14 e 30 horas, para as escolas, e às 21 e 30 horas, para o público em geral. Pioneira, a película leva o espetador numa viagem ao interior de uma comunidade surda, numa “história de amor e superação”, interpretada por um elenco de jovens surdos, ao qual se juntam as participações especiais de Alexandra Lencastre, Adriano Luz e José Raposo.

A banda bejense Caracol Blues que, no último mês de novembro, fez sair o seu disco de estreia, homónimo, apresenta-se amanhã, sábado, no palco d’Os Infantes, em Beja, pelas 22 horas. Amantes do rock ‘n’ rol e companheiros de vida e de música há mais de 30 anos, Zeca Serrano (voz e viola ritmo), Toi Campos (viola solo e vozes), Luís Dionísio (baixo e vozes) e Zé Condeça (bateria e vozes) mostram em palco temas como “Fui eu”, “Curvas”, “Rum” ou “A um metro do chão”, alguns já bem conhecidos dos ouvintes radiofónicos, numa noite de guitarradas que servirá de apresentação oficial do primeiro EP.

Folclore da Bulgária mostra-se em Mértola O Circuito de Música Antiga da Renascença e do Barroco cumpre em Mértola o seu terceiro concerto, agendado para amanhã, sábado, no Museu Paleocristão, a partir das 21 e 30 horas. Desta feita subirá ao palco o Folklore Song and Dance Ensemble de Sliven, Bulgária, que existe como grupo profissional desde 1977, propondo um repertório constituído por temas e danças provenientes do rico folclore da região de Sliven, além de composições musicais folclóricas de outras regiões da Bulgária. A programação enquadra-se no projeto Oralities, uma parceria internacional entre os municípios de Évora, Idanha-a-Nova, Mértola, Ourense (Espanha), Ravenna (Itália), Birgu (Malta) e Sliven (Bulgária).

A empresa de estudos de mercado GFK tem estado no centro da polémica das audiências após ter divulgado relatórios que davam maus resultados à RTP: supostamente, durante largos períodos de tempo, ninguém via os canais da TV do Estado. O “Diário do Alentejo” também encomendou estudos que apresentam resultados duvidosos, como o facto de ninguém ter lido a página de necrologia do jornal – que está para alguns leitores como O Livro de Pantagruel está para Maria de Lurdes Modesto. Outros resultados, esses mais próximos da realidade, revelam que a Não confirmo, nem desminto foi considerada a página com mais piada do jornal logo a seguir à secção de filatelia e às receitas do chefe Nobre.

31 Diário do Alentejo 16 março 2012

studo polÉmica: e la que da gfk reve or do nenhum leittejo” viu len “diÁrio do a necrologia a pÁgina da

facebook.com/naoconfirmonemdesminto

Inquérito Agora que estão a cortar no transporte de doentes, como vai para consultas/ /tratamentos?

HÉLDER ALGÁLIA, 92 ANOS Pessoa que é presidente do clube de fãs do dr. Eduardo Barroso, do dr. House, do dr. Oz e do dr. Strangelove

Empresas que organizaram Beja Wine Night processam Câmara de Beja por esta não devolver vasilhame As empresas Essência do Vinho e Comunicar Essência decidiram processar a Câmara Municipal de Beja por dívidas relativas aos eventos Beja Wine Night e Vinipax, mas o nosso enviado Godofredo Antão Vaz descobriu as verdadeiras razões pelas quais a autarquia foi posta em tribunal. Fonte de vinho de mesa ligada ao processo afirmou que grande parte do prejuízo tem a ver com o facto de a câmara não ter devolvido o vasilhame utilizado. As empresas suspeitam que a autarquia está a reutilizar as garrafas para exames à urina dos

Alunos de Erasmus escolheram Beja porque sempre quiseram saber como era viver num país do 3.º mundo São aproximadamente 40 os alunos estrangeiros que escolheram o Instituto Politécnico de Beja (IPB) para prosseguirem os seus estudos no ensino superior. Consta que a maioria destes jovens escolheu a capital do Baixo Alentejo recorrendo à velha técnica científica de “fechar os olhos e apontar ao calhas para um mapa”. A chegada destes novos alunos encheu de satisfação os alunos do IPB, em particular os homens, que ficaram entusiasmados por verem uma loira no contigente estrangeiro, já que por estas paragens é quase tão raro encontrar uma loira como um emprego para a vida.

Estivemos à conversa com alguns alunos, como é o caso de Josef Kandowski, aluno A desilusão foi grande quando polaco: “Escolhi o IPB porque é o instituto se descobriu que afinal a aluna loira era um estudante com da Europa onde os curricula mais se aproproblemas de identidade ximam do curso de decorador de interiores do Second Life que estou a tirar em Varsóvia. Portugal foi o mais parecido que arranjei a um país do 3.º mundo na UE. Pelo que já percebi, vocês pagam impostos ao nível dos países nórdicos, mas vivem como na Tunísia de há 30 anos. Em mais nenhum sítio encontraria um local para viver uma experiência tão radical! Ouvi dizer que há pessoas aqui que preferem beber café nas áreas de serviço. Isso é verdade? Depois bebem um shot de sem chumbo 95 como digestivo, não? LOL Malucos, pá!”.

Quando vou fazer hemodiálise só quero paz e sossego. Já estou cansado de viajar em ambulâncias de 1954… Da última vez tive que ir segurando no alternador para a viatura funcionar. Agora só vou de rappel ou slide para o hospital, uma coisinha mais sossegada. Afinal de contas, já não tenho 86 anos, quando ainda estava na força da vida! Há que ter calma, que a prótese de titânio que tenho na anca não dura para sempre.

seus funcionários – para rastreio de “células do PCP no organismo” – e a vendê-las para reciclagem de modo a obter mais receitas. A câmara, todavia, já veio desmentir tais alegações: “De facto, ainda não devolvemos o vasilhame utilizado, mas tal deve-se apenas a problemas de tesouraria… Ainda não conseguimos arranjar dinheiro para pagar aos pombos-correio que ficaram de efetuar o transporte. Até já tentámos razoar com eles, mas o seu sindicato exige cinco euros em alpista”.

LEILA SERINGA, 75 ANOS Pessoa que toma um xarope para a tosse quando tem uma fratura exposta

Museu Regional de Beja vai rodar na Cimbal à experiência e afirma ser da instituição “desde pequenino” Envolto em polémicas de gestão, o Museu Regional de Beja admitiu na sua página do Facebook “estar farto de não ter dinheiro” e de se “sentir rejeitado pela autarquia bejense”. No seguimento de tais afirmações, e segundo apurámos, medidas estão já a ser tomadas. O empresário do museu está a negociar, como se de um jogador de futebol se tratasse, da transferência, à experiência, do museu para as mãos da Cimbal.

Farto de ser posto de lado, o Museu Regional de Beja declarou, em exclusivo à nossa página, e já a falar na terceira pessoa como qualquer futebolista: “O museu pode não ter o encanto daquela mariquice do borboletário, mas merece mais respeito pelo que fez por esta cidade!

Borboletário? O que é que vem a seguir? Um museu dedicado aos ácaros? O Museu do Relógio de Serpa expandese para Évora… E o Museu de Beja nem chega à Boavista?

Uma tristeza... O museu espera dignificar a camisola da Cimbal, já que sempre foi da Cimbal desde pequenino.

Até a Mariana Alcoforado tinha um poster da Cimbal na parede da cela...”.

Eu costumava ir ao Centro de Saúde de Moura de teleférico, mas acabaram com o serviço, como acabaram com o teletransporte. “Ah! Não sei quê, que era caro...”. Agora, só de táxi. É verdade que gasto metade do dinheiro da reforma com o taxista, mas veja lá que eu moro em Santo Amador e para ir ao hospital de Beja, ele, coitado, dá-se ao trabalho de fazer o desvio por Grândola. É uma joia! Enquanto houver pessoas assim o mundo é um sítio muito melhor...

CLARINDA SORO FISIOLÓGICO, 79 ANOS Pessoa que acha que uma embolia é uma “ambulância pequenina” Eu ainda vou com os bombeiros, mas não está fácil para eles. Outro dia a ambulância ficou sem gasolina e eu tive de ajudar a empurrá-la serra do Mendro acima… Só foi chato ter coincidido com um traumatismo craniano que tive. No verão passado até os ajudei com um incêndio ao pé de Vidigueira: ainda salvei a vida a dois bombeiros e resgatei um gatinho do alto de um eucalipto, apesar de ter regressado de um transplante hepático. Sempre fui muito rebiteza!

Nº 1560 (II Série) | 16 março 2012

RIbanho

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www.diariodoalentejo.pt POR LUCA

Hoje, sexta-feira, são esperadas poucas nuvens.

A temperatura vai oscilar entre os oito e os 20 graus centígrados. Amanhã, sábado, o céu deverá estar limpo e no domingo prevê-se sol em toda a região.

Mariana Mortágua, coautora do livro A Dívidadura

A

dívida contraída como contrapartida do plano de ajuda externa a Portugal é “impagável” e a sua reestruturação não é uma escolha, é uma “inevitabilidade”, defende Mariana Mortágua, coautora, com Francisco Louçã, do livro A Dívidadura – Portugal na crise do Euro, lançado há dias. Economista e também dirigente do BE, esta alentejana de Alvito fala de uma obra que é de “análise económica, mas também de proposta”, ao admitir recusar as políticas de austeridade impostas pela troika, que considera “antidemocráticas”.

No livro Dívidadura, defende-se que a dívida contraída por Portugal na sequência do resgate internacional é impagável e que, além disso, parte dela é ilegítima. Em que sustentam os autores esta tese?

A atual dívida pública requer amortizações de 134 biliões até 2023. No Orçamento do Estado para 2012 o montante previsto para juros equivale ao valor de todas as medidas de austeridade. É simples de compreender. Uma economia que não cria emprego, onde os rendimentos das famílias sofrem pesados cortes e onde não existe investimento, público ou privado, não tem como crescer. Sem crescimento não há como pagar a dívida, que se tornará cada vez maior. É um ciclo vicioso. Sustentamos que esta dívida é impagável. Não se trata de uma escolha, já que a reestruturação se tornará inevitável, mais tarde ou mais cedo, e o País ficará em melhores condições se for mais cedo.

Propomos ainda que seja anulada a dívida ilegítima: a que provém da especulação financeira, de contratos abusivos – como as PPP – ou cujos termos impõem medidas que representam um ataque aos direitos dos cidadãos. Estamos seguros de que a sobrevivência depende da combinação PUB

PAULETE MATOS

Reestruturar a dívida é “inevitável” entre uma reestruturação da dívida e a recusa da austeridade imposta pela troika.

Os autores são ambos economistas mas também dirigentes do BE. Até que ponto se pode esperar um esclarecimento isento sobre a situação de Portugal neste contexto de crise do Euro?

Mariana Mortágua,

25 anos, natural de Alvito Fez o ensino secundário na Escola D. Manuel I, em Beja, e ingressou no Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa (Iscte), onde hoje é investigadora associada, debruçando-se sobretudo sobre questões relacionadas com o funcionamento dos mercados financeiros ou o que chama de “financeirização” das economias. É docente de Economia no Iscal e colabora com o grupo parlamentar do BE, partido de que é dirigente, em matérias económicas e financeiras. Paralelamente, é ativista em vários movimentos sociais, nacionais e internacionais, sobretudo no âmbito da temática do endividamento e dos mercados financeiros.

Somos claros nos nossos propósitos. Este é um livro de análise económica, mas também de proposta. Informamos o leitor sobre a história da dívida, retratamos outros episódios de crise, para a partir daí analisar o contexto português. Dizemos com frontalidade que não concordamos com as políticas impostas. Para além de antidemocráticas, nada mais fazem senão aprofundar a recessão, o desemprego e a pobreza. É importante dizer que a narrativa que ouvimos todos os dias, vinda de outros economistas, sobre a inevitabilidade da austeridade, sobre termos “vivido acima das possibilidades” é tudo menos imparcial. Pelo contrário, tem uma fortíssima componente ideológica, que defende o desmantelamento do Estado Social e a precarização do trabalho.

Em que consiste a “democracia responsável” que propõem?

Assistimos na Europa à utilização da dívida enquanto instrumento de subjugação. É em seu nome que se acentua, através da austeridade, a depressão que força a mudança de regime social. É o instrumento de chantagem que justifica o rompimento do pacto social que sustenta a democracia portuguesa: os serviços públicos gratuitos e os direitos do trabalho. Defendemos o rompimento com esta chantagem e apresentamos propostas que coloquem a economia ao serviço das pessoas, do emprego e do crescimento. Carla Ferreira

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Peixe do Rio a 24 e 25 de março Lampreia, muge, saboga, enguias e outros peixes do Guadiana vão ser “reis e senhores” durante o 10.º Festival do Peixe do Rio, que vai decorrer nos próximos dias 24 e 25 na aldeia ribeirinha do Pomarão (Mértola).

O festival, organizado pela câmara municipal, visa promover as potencialidades do Guadiana, a atividade piscatória e a gastronomia da região e promete “fazer as delícias” de pescadores desportivos e apreciadores de pratos e petiscos à base de peixes do rio. Além da gastronomia, o festival inclui o 1.º Simpósio sobre o Património Ictiológico do Rio Guadiana, o tradicional concurso de pesca desportiva, espetáculos de música, com destaque para a atuação de Mónica Sintra no dia 24, descida do rio em canoa e passeios.

“Turismo e Fronteira” em Barrancos Especialistas portugueses e espanhóis participam no congresso “Turismo e Fronteira: perspetivas de desenvolvimento turístico do interior”, que decorre hoje, sexta-feira, no Cineteatro de Barrancos. O congresso, organizado pela Câmara de Barrancos e pela Comissão Nacional do Centenário do Turismo em Portugal, pretende reunir empresários, técnicos, investigadores e comunidade em geral para debater a importância do turismo no desenvolvimento do interior.

A Pão e Laranjas em Vidigueira A Câmara de Vidigueira promove nos próximos dias 23, 24 e 25 mais uma edição do Festival Gastronómico a Pão e Laranjas, que é realizado “num ambiente de recriação histórica, relativo à época quinhentista, e subordinado ao tema ‘Vidigueira, Terra dos Gamas – 500 anos de Foral’”. O certame pretende, de acordo com a autarquia, “promover os produtos de excelência do concelho, em particular o pão, a doçaria e as laranjas; divulgar a riqueza da cozinha tradicional local; e oferecer, aos visitantes e população local, atividades lúdicas de recriação histórica”. O programa para os três dias de festival inclui exposição e venda de produtos agroalimentares, artesanato, tasquinhas com gastronomia local, mercado medieval, animação de rua, espetáculos de música e ateliês para famílias.