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Domingo à uma da manhã, adiante os relógios uma hora Dom
Hugo Lucas O artista de Ferreira que pinta os vidrões de Lisboa
pág. 13
SEXTA-FEIRA, 23 MARÇO 2012 | Diretor: Paulo Barriga Ano LXXX, No 1561 (II Série) | Preço: € 0,90
O fim do celeiro da nação SUSA MONTEIRO
pág. 7
Santana de Cambas terra de mil histórias No fim do mundo existe agora uma passagem para o lado de lá. Santana de Cambas, Mértola, terra raiana agarrada às antigas minas de São Domingos, é hoje um ponto de referência para quem cruza a fronteira na ponte internacional entre Pomarão e El Granado. págs. 4/5 Na próxima sexta-feira dá entrada nos serviços da Unesco, em Paris, a candidatura do cante a Património Imaterial da Humanidade. A mais emblemática das expressões culturais do Alentejo vai mostrar-se ao mundo. A quase totalidade dos municípios com ranchos corais e mais de 130 agrupamentos deram o seu aval a esta iniciativa. Apesar de algumas vozes discordantes, agora é tempo de todos cantarem em uníssono. págs. 16/17
Europa avança com 300 milhões de euros
Cante alentejano Património da Humanidade PUB
A União Europeia vai antecipar para 16 de outubro o pagamento de 300 milhões de euros de ajudas comunitárias aos agricultores portugueses, em virtude da seca que se faz sentir. Normalmente estas verbas são apenas disponibilizadas no final do ano. pág. 6
Peixe do rio, porco, pão e laranjas Este é o fim de semana de todas as feiras e petiscos. No Pomarão, Mértola, há peixe do rio para provar e para pescar. Em Ourique internacionaliza-se a Feira do Porco Alentejano. E em Vidigueira celebra-se os 500 anos do foral da vila com pão e laranjas. págs. 10/11
Diário do Alentejo 23 março 2012
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Editorial Velhos
Vice-versa O “cenário número um” para o financiamento das obras de Alqueva é a transição para o Fundo de Coesão, disse a ministra da Agricultura, esta semana, em Beja. Caso tal não seja possível é que Assunção Cristas admite trabalhar “com outros cenários”.
Paulo Barriga
A Federação do Baixo Alentejo do PS, presidida por Pita Ameixa, acusou o Governo de ter um discurso “falacioso” e de secundarizar Alqueva. Para os socialistas, a forma como se está a tratar o financiamento para concluir as obras é “irresponsável”, e leem as declarações da ministra como uma “confirmação da retirada” das verbas do Proder, quando a sua substituição ainda “nem está garantida”.
H
á já um bom par de meses que o “Diário do Alentejo” anda em excursão pelas aldeias da região. Ainda esta semana fomos a Santana de Cambas, Mértola. E sempre que de lá voltamos, das nossas aldeias, chegamos mais abastados. Muito mais ricos interiormente do que anteriormente éramos quando para lá fomos. Porque é lá que habitam, de facto, os últimos resistentes. Os guardiães da nossa cultura, da nossa memória coletiva. Ancestral. É lá que residem os mais rijos e vigorosos alentejanos. Ainda que tal vigor e rijeza possam, de forma enganosa, aparente, estar pendidos num cajado ou enrodilhados debaixo de um xaile negro. A desertificação humana do Alentejo é uma realidade inquestionável. Assustadora, até. Mas o envelhecimento das comunidades rurais não é em si um problema. Ou “o problema”. O abandono, o isolamento, o esquecimento a que estão votadas estas populações é que é aflitivo. Envelhecer é a coisa mais natural desta vida. Conviver com a solidão e com o silêncio que o corte geracional faz é que mata. As nossas aldeias estão pejadas de velhos. E são eles, os sábios da nossa terra, os nossos anciãos, os primeiros a sofrer na pele as consequências dos disparates que os doutores que habitam os gabinetes das cidades praticam. Para estes, viver numa aldeia do Alentejo é sinónimo de qualidade de vida. Ainda que por lá possa não existir médico, emprego, transportes públicos, ruas pavimentadas, ambulância ou até um simples telefone. Qualidade de vida. Ainda que os que por ali teimam em sobreviver paguem os mesmos impostos, a eletricidade ao mesmo preço, os medicamentos sem descontos, tal como nas grandes cidades acontece. E onde, supostamente, não existe qualidade de vida. São os velhos das nossas aldeias, persistentes e firmes, que ainda fazem de Portugal um todo. Um país por inteiro. E não uma barcaça cada vez mais entornada para o litoral. Com uma cidade colossal na proa que se afunda. E onde dizem que até nem existe qualidade de vida.
Fotonotícia Primavera. Estamos na primavera desde terça-feira última. Oficialmente. Porque, de facto, a primavera durou o inverno inteiro. Ameno e impávido que ele, o inverno, se passeou disfarçado de primavera. De vez em quando, no Alentejo, costuma ser assim: invernos mascarados de primaveras e primaveras armadas em verões. A esta transformação chamam os agricultores seca. E os locutores de rádio “bom tempo”. Certo é que sempre que o inverno se apruma de primavera, a coisa costuma dar para o torto. E nem as florzinhas que polvilham os campos escondem a depressão que a falta de chuva costuma causar. PB Foto de José Ferrolho
Voz do povo É sócio de algum clube da região? Vai aos jogos? O que acha da situação atual dos clubes de Beja? Inquérito de Ângela Costa
Leopoldo Santos, 66 anos, reformado
José Serra, 53 anos, desempregado
Nídio Tareco, 50 anos, pintor
José Silva, 45 anos, motorista
Não estou a par da situação dos clubes. Estou um pouco afastado do desporto da cidade porque tive um problema de saúde. Mas sou sócio de todos os clubes da terra e apoio-os todos. Agora que estou a melhorar, aos poucos vou voltar aos jogos.
Sou sportinguista mas aqui em Beja não “vou muito à bola” com nenhum dos clubes. Nem com o Despertar nem com o Desportivo. Não simpatizo. Não é por nenhum motivo em especial, mas não costumo ir à bola. Também não estou a par da situação dos clubes. Antigamente ia ver o Desportivo, mas há anos que não vou.
Não vou ver jogos. Não gosto do futebol do distrito. Aquilo não vale nada. Para ir ver jogos do Inatel não vale a pena. Gosto mais de ficar a jogar à carta. Apoio o Despertar, não sou sócio, mas já joguei lá. Sei da situação dos clubes através dos jornais. Se fossem equipas mais fortes… mas são só moços pequenos, nem vale a pena ir.
Sou sócio do Trindadense e costumo ir ver os jogos. Agora estou um pouco afastado, mas joguei nas primeiras distritais, no Ferrobico, que agora vai em primeiro na primeira distrital. De resto oiço falar por alto e estou preocupado principalmente com o Desportivo de Beja, que era o clube da cidade e agora está na mó de baixo. Até há quem diga que a melhor solução era acabar com ele e começar com um novo nome.
Rede social
Semana passada QUINTA-FEIRA, DIA 15 MILFONTES GNR DETÉM DOIS HOMENS POR SUSPEITA DA PRÁTICA DE LENOCÍNIO A GNR deteve dois homens, de 38 e 41 anos, na zona de Vila Nova de Milfontes (Odemira), por suspeita da prática do crime de lenocínio (favorecimento à prostituição), disse à Lusa fonte da guarda. A detenção dos homens, de nacionalidade portuguesa, foi efetuada na madrugada de quinta-feira durante uma busca a uma casa, onde as autoridades suspeitavam que havia prática do crime de lenocínio, explicou o oficial de relações públicas do Comando Territorial de Beja da GNR, tenente-coronel José Candeias. Durante a busca à casa, a GNR identificou ainda sete mulheres estrangeiras, uma delas sem situação ilegal em Portugal, e que seriam exploradas sexualmente pelos dois detidos, acrescentou. Segundo o oficial, durante a busca à casa, a GNR também apreendeu vários objetos e centenas de euros, alegadamente, relacionados com a prática de lenocínio. A busca foi efetuada na sequência de um mandado judicial no âmbito de um processo-crime, que estava a ser investigado pela GNR de Vila Nova de Milfontes. A casa, onde a força de segurança “já tinha efetuada uma rusga há semanas”, foi selada por ordem judicial e “encontra-se à guarda da GNR de Milfontes”.
SÁBADO, DIA 17 SINES OITO PESSOAS DETIDAS EM DUAS OPERAÇÕES DE COMBATE AO TRÁFICO DE DROGA Oito pessoas foram detidas no sábado, no decorrer de duas operações de combate ao tráfico de estupefacientes na região de Sines, disse à Lusa fonte da GNR. A primeira operação, que decorreu na localidade de Barbuda, resultou na detenção de cinco homens, com idades compreendidas entre os 19 e 27 anos. Durante a operação os militares da GNR apreenderam 45,7 gramas de heroína, 80,3 gramas de cocaína, 20,5 gramas de crack, cinco telemóveis, uma pistola calibre 6.35 e munições e 1 175 euros em dinheiro. Três dos homens foram detidos por tráfico de estupefaciente e dois por permanência ilegal em território nacional. Na sequência desta operação, a GNR desencadeou depois uma outra ação na área de Sines, tendo detido três homens com idades compreendidas entre os 19 e 33 anos, por tráfico de estupefacientes. No decorrer desta diligência, a GNR apreendeu 6,4 gramas de heroína, 1,6 gramas de cocaína, uma viatura ligeira de passageiros e 735 euros em numerário.
ODEMIRA DETIDO HOMEM POR CAÇA ILEGAL AO JAVALI A GNR deteve um homem, de 55 anos, em flagrante delito, por crime de caça ilegal ao javali, no concelho de Odemira, e apreendeu uma arma de caça e vários cartuchos.O homem, residente no Algarve, foi detido perto de São Teotónio quando estava numa plataforma, que tinha sido montada num sobreiro. Na altura da detenção, que foi efetuada pelo Serviço de Proteção da Natureza e do Ambiente da GNR de Odemira, o homem “tinha isco espalhado pelo solo” e já tinha efetuado “disparo sem êxito”.
SEGUNDA-FEIRA, DIA 19 VIDIGUEIRA RUÍNAS DE SÃO CUCUFATE ACOLHEM PEÇA TEATRAL A Direção Regional de Cultura do Alentejo deu início a um programa que tem como objetivo sensibilizar as crianças e jovens para a importância da preservação e valorização do património cultural edificado. A primeira iniciativa do Programa de Sensibilização para a Educação Patrimonial decorreu nas Ruínas Romanas de São Cucufate, no concelho de Vidigueira, com a representação da peça “Vêm aí os Cómicos – A História do Teatro em Comprimidos”, pelo Pim Teatro. O programa conta com a parceria dos municípios e de agrupamentos de escolas dos concelhos abrangidos.
BEJA CADÁVER DE HOMICIDA RECLAMADO HÁ MAIS DE UMA SEMANA, FUNERAL JÁ REALIZADO O cadáver do triplo homicida de Beja foi reclamado há mais de uma semana por uma pessoa das suas relações, que realizou o funeral, revelou na segunda-feira à Lusa fonte do Instituto Nacional de Medicina Legal. “O corpo foi reclamado há cerca de uma semana e meia por uma pessoa das relações próximas” do homicida, que se responsabilizou pelo funeral, disse a fonte. O homem, suspeito de ter assassinado à catanada a mulher, a neta e a filha, suicidou-se a 17 de fevereiro no Estabelecimento Prisional de Lisboa.
3 perguntas a João Ramos
Deputado do PCP eleito pelo círculo de Beja
Iniciou em fevereiro um conjunto de contactos com entidades da região ligadas ao setor agrícola, contactos esses subordinados aos temas Alqueva e regadio. Que preocupações lhe foram transmitidas até ao momento e que balanço faz desses encontros?
Fazemos um balanço positivo quer pela aceitação quer pelo aprofundamento de conhecimentos. As preocupações mais sentidas foram a rentabilidade da atividade agrícola quer pelo aumento crescente dos custos de produção, quer pela asfixia em termos de preços que são praticados pela comercialização e pela grande distribuição, a necessidade de organização dos agricultores para poderem resistir a estas ofensivas, as ajudas à produção, o preço da água e a inexistência de seguros. Verificamos também a necessidade de acompanhamento e apoio a pequenos e médios agricultores, uma vez que estas explorações são fundamentais para a vitalidade social das nossas aldeias e vilas uma vez que estes agricultores têm um papel fundamental na dinamização das economias locais, quer pela aquisição local de produtos quer pela contratação local de trabalhadores, o que muitas vezes não acontece com explorações de grande dimensão.Sentimos ainda duas grandes necessidades: a instalação de indústria transformadora como forma de garantir que fica na região uma parte substancial da riqueza produzida a partir de Alqueva; e a inexistência de uma entidade com competência na promoção da utilização da terra disponível e na promoção da diversificação de culturas, como forma de aumentar a empregabilidade e garantir a solidez do projeto.
O mais famoso taberneiro de Beja tem novo balcão Vovó Joaquina é o nome da nova taberna que Jorge Benvinda, dos Virgem Suta, abriu na rua do Sembrano. Depois da Galeria do Desassossego, o músico que gosta de servir copos apostou num espaço cheio de bom gosto e de bom vinho.
O rock vivinho da silva no palco de Os Infantes Os Caracol Blues, banda roqueira de Beja, fizeram no último sábado a primeira apresentação do seu primeiro trabalho discográfico. E a sala encheu para escutar como a guitarra elétrica, apesar de velhinha, ainda continua a mandar lá em casa.
Assim é que se apaga um fogo que nunca existiu No Dia Mundial da Floresta os meninos das escolas primárias e do pré-escolar andaram a brincar aos incêndios com os bombeiros. Mas a ideia é mesmo não atear fogo a coisa nenhuma e muito menos à floresta. Estão a perceber?
Como comenta as notícias vindas a público que dão quase como certa a escolha de Sintra ou do Montijo para receber companhias low cost em detrimento do aeroporto de Beja?
Desconheço uma decisão oficial mas continuo a afirmar que Beja tem um aeroporto já construído que pode ficar a uma distância aceitável de Lisboa, assim se gaste uma parte daquilo que se investiria na adaptação de uma base aérea, na qualificação das ligações ferroviárias entre Beja e Lisboa. A coesão territorial e o investimento feito com base em estudos estratégicos têm de sobrepor-se a outros interesses menos claros.
Muita gente importante para homenagear Mattoso José Mattoso, pensador da História, ofereceu a sua gigantesca biblioteca ao Campo Arqueológico de Mértola. E por causa deles, dos muitos livros, se fizeram na passada sexta-feira umas jornadas de arquivismo e uma merecida homenagem ao mestre.
Que outros temas pretende abordar nos tempos mais próximos?
Abordaremos no decorrer da legislatura todas as matérias a que nos propusemos no manifesto eleitoral da CDU, mas destaco já as questões da agricultura de sequeiro, incluindo a pecuária e o montado, questões sociais e o emprego, a atividade mineira, a mobilidade, as questões do turismo e as energias, entre outras. Nélia Pedrosa
Agora sim foi de vez e para os próximos dois anos Na última sexta-feira, por fim, a Cimbal entrou no acordado ciclo de rotatividade. Jorge Pulido Valente, do PS, cedeu a cadeira a José Maria Pós-de-Mina, eleito pela CDU em Moura. Esperam-se mudanças em tempos de vacas magras.
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“Só duas pessoas é que não têm casa própria. Não se pode dizer que se vive bem, porque sabemos bem que em todo o lado é a mesma miséria, mas é uma terra onde mais ou menos está tudo composto, tudo equilibrado, e não se olha ao que os outros têm”. António Gomes, comerciante
Santana de Cambas
Nova ponte para Espanha abre possibilidades de reencontro e de negócio
A piscar o olho aos “primos” espanhóis Terra raiana e de antigos contrabandistas, outrora ancorada no empreen-
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o limite do concelho de Mértola com a fronteira espanhola, Santana de Cambas já foi terra de mineiros, quando a jazida de São Domingos ainda estava a laborar em pleno. E de contrabandistas, quando não restavam muitas mais alternativas de sobrevivência na raia ao longo desses anos miseráveis das ditaduras de Franco e Salazar. Já viu chegar e partir gente, sobretudo a partir de meados dos anos 60, período de grande boom migratório, e ser-lhe interposta a barragem do Chança no caminho para Espanha. Em 2009, mais de 20 anos passados sobre essa construção, que absorveu os trilhos calcorreados pelos vizinhos e primos ibéricos, para lá e para cá, eis que uma nova ligação, a ponte internacional do Baixo Guadiana, encurtou para 12 quilómetros o caminho entre Pomarão e El Granado. As expetativas de maior dinamismo económico eram muitas mas o que contam as gentes no largo Dr. Serrão Martins é que as visitas de nuestros hermanos estão a passar ao lado de Santana de Cambas. Manuel José dos Santos, um septuagenário de olhar doce e porte elegante, faz as honras da casa junto à fachada do Centro de Convívio Cultural e Recreativo, já vazio depois da hora de ponta pósalmoço. Diz ele, que chegou a tentar o contrabando “mas não quis saber dessa vida”, que a aldeia não tem o que os visitantes procuram: “Chegam aqui, não há nada, não há aqui uma casa onde façam comida, e então vão para Moreanes, para os Corvos. Aqui só temos o café e aquela mercearia além”. Chamar mercearia ao estabelecimento de António Gomes, de 70 anos, é no mínimo redutor. Fruta, frigideiras, trelas para cães, meias, pacotes de batatas fritas e pastilhas elásticas compõem o cenário em que se movimenta há 38 anos, sempre atrás daquele balcão e com um olho de esguelha na taberna, que funciona atrás de si. Uma porta aberta em cada lado do mesmo quarteirão. “É mercearia, é taberna, também tenho roupas… é uma miscelânea. E nestas terras pequenas, se não for assim, não nos governamos, e mesmo assim governamo-nos mal”, desabafa, lembrando a perda de poder de compra, o predomínio dos velhos na balança demográfica e as escassas oportunidades de trabalho para os novos. “Dois lares, dois pedreiros de construção civil e a Câmara de Mértola. Não há aqui mais nada”, acrescenta. E confirma o desvio dos espanhóis, em busca de sítios “onde comer bem”. “Vão ali a Mértola e aos Corvos e os portugueses vão à procura de gasolina e gás; outras coisas já não trazem porque já não dá resultado. A mercearia já é cá mais barata”. Mas apesar dos dias difíceis, Santana de Cambas ainda é um sítio onde se vai levando a vida com alguma calma e harmonia, remata o comerciante: “Só duas pessoas é que não têm casa própria. Não se pode dizer que se vive bem, porque sabemos bem que em todo o lado é a
dimento mineiro de São Domingos, Santana de Cambas guarda uma história de resistência ímpar que talvez explique o forte espírito comunitário que ali se sente. Em nome dos que vivem da terra, deu-se por encerrada há dias uma novena para pedir chuva aos céus. Também é o povo que cuida com afeto da sua igreja paroquial, na falta de um padre em exclusividade. Para breve, está a abertura do primeiro restaurante da aldeia. E todos esperam que seja um bom isco para as visitas de Espanha, agora mais frequentes desde a inauguração da ponte que liga o Pomarão a El Granado. Texto Carla Ferreira Fotos Serrano
mesma miséria, mas é uma terra onde mais ou menos está tudo composto, tudo equilibrado, e não se olha ao que os outros têm”. À porta de casa, a desembocar para o largo principal da aldeia, Rosa Maria, de 68 anos, é da mesma opinião. Por isso não se arrepende de ter deixado para trás a cidade de Haia, na Holanda, onde esteve emigrada 33 anos, a trabalhar “oito horas por dia, numa fábrica e depois em limpezas nuns escritórios”. “Gosto muito de estar aqui. Gosto do convívio. Há muitas mulheres, juntamo-nos aqui todas, fazemos costura, quando alguma faz anos, fazemos uma festa na Casa do Povo”, descreve, satisfeita. Com as vizinhas espanholas já se estabeleceu um novo ritual desde que foi inaugurada a nova ponte, há três anos. Em cada Dia da Mulher, há festa feminina. Ora do lado de cá, ora do lado de lá da ribeira do Chança. “Este ano vieram elas cá, no ano que vem vai a gente lá. Antes da ponte não havia contactos, porque era difícil. Para ir a Espanha, tínhamos que ir por Serpa ou pelo Algarve. Agora está tudo à mão”. Rosa Maria e Manuel dos Santos são os nossos pontos de contacto com o “grupo da novena”. Em poucos minutos, rodeia-nos uma agremiação de mulheres de roupas coloridas, viçosas na sua madurez. Conversamos sob as arcadas do ponto dos Correios, onde se alinham as caixas de apartado. Maria Júlia Carrasco, de 73 anos, é a portavoz. Em poucas horas, cumprir-se-á a sexta noite de prece pela chuva, que é “o elemento da natureza de que mais precisamos”, explica. O grupo, maioritariamente feminino, concentra-se à porta da igreja e depois segue para um ponto diferente da aldeia em cada serão. “Não sou seareira, não tenho gados, mas tenho pena. Fui um dia destes ao Pomarão, passei ali à estrada e vi uns borreguinhos andarem com a boquinha em cima da terra sem uma ervinha para comer”, esclarece Maria Júlia. A compaixão é unânime e a fé também, pelo que não foi difícil juntar à volta de duas dezenas de habitantes para as peregrinações noturnas que terminavam dali a três dias. Um encerramento com direito à presença do pároco de Mértola, que só costuma aparecer para uma missa mensal porque tem a seu cargo um concelho inteiro. “Coitado, ele faz o que pode. É uma pessoa já com mais de 60 anos”, salvaguarda Ana Maria Pereira, de 79 anos, que guarda e mostra às visitas a igreja paroquial, templo que deverá datar do século XVII, como se fosse a sua própria casa. Descendo à terra, fala-se de um novo negócio, um restaurante que está prestes a abrir num espaço de que é proprietária Maria Júlia Carrasco, com exploração a cargo de familiares próximos. “Neste momento, parece que há margem para negócio, por causa das visitas dos espanhóis. Moreanes tem dois restaurantes, a Mina tem dois ou três, Corvos também tem um. Por que é que Santana não há de ter o seu?”, remata.
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Luís dos Reis Presidente da Junta de Freguesia de Santana de Cambas
Em termos demográficos, como se caracteriza Santana de Cambas, tendo em conta o contexto global do concelho de Mértola?
Embora se verifique um decréscimo populacional na freguesia, não é um decréscimo tão elevado quanto noutras do concelho. Temos atualmente 800 habitantes. E é óbvio que, dentro das possibilidades da junta de freguesia tudo tem sido feito para que se possa viver condignamente numa freguesia que é “amiga” das pessoas. Como se tem vindo a recompor a freguesia depois do fecho das minas de São Domingos, no final da década de 60, que dava trabalho a grande maioria da população?
No final da década de 60, com o encerramento das minas de São Domingos e com a diminuição da atividade piscatória, é evidente que muita população teve que ir para outras paragens e todos aqueles que ficaram se foram adaptando a novas atividades.
Objetos e testemunhos do contrabando num museu Inaugurado em 2009, o Museu do Contrabando regista em objetos e testemunhos escritos e filmados o que foi este fenómeno de sobrevivência na zona raiana, durante mais de três décadas e especialmente intenso nos três anos (1936-1939) da Guerra Civil de Espanha. Nas vitrinas expõem-se latas de café, um exemplar do clássico moinho de zinco e latão, alpercatas e sapatos de borracha, muito procurados pelos mineiros de São Domingos, a saca de serapilheira, que servia de mochila para transportar as cargas clandestinas, ou ainda a temida farda
da Guarda Fiscal. Instalado bem no centro da localidade, no largo onde se encontram a igreja e o centro de convívio, o núcleo museológico “é pequenino mas muito visitado por gente de fora”, garante, orgulhoso, Manuel José dos Santos (na foto), um dos muitos que por esses dias tentou a sua sorte a caminho de Espanha. “Noites e noites andando, para depois perder a carga antes de chegar ao destino. Vinha para trás e não ganhava nada. Desisti, não quis saber dessa vida”, conta. O museu, que se quer em permanente construção, alberga ainda um mapa no qual vão sendo assinalados, mediante as informações que forem chegando, todos os trilhos do contrabando na raia ibérica.
Quais são as principais fontes de riqueza e emprego para quem vive aqui atualmente?
Atualmente a construção civil, a agricultura, a pecuária, os produtos tradicionais como o mel, queijo e pão, o turismo rural e algum comércio são as principais fontes de riqueza da nossa freguesia. Santana de Cambas tem uma antiga relação com Espanha, nomeadamente através do contrabando. Como se carateriza essa relação hoje, com a existência da nova ponte sobre o rio Chança?
Com a construção da nova ponte transfronteiriça e, após termos tomado conta dos destinos da freguesia, temos intensificado as relações luso-espanholas, com os mais variados intercâmbios culturais nas áreas do lazer, do desporto e de parcerias em diferentes atividades. Quais são os momentos altos da vida social e cultural da freguesia e qual o vigor do movimento associativo aqui?
É, sem dúvida, a freguesia onde o movimento associativo é mais intenso; quase todas as localidades da freguesia têm as suas festas de verão. Existem três instituições particulares de solidariedade social (a Casa do Povo de Santana de Cambas, o Centro de Apoio a Idosos de Moreanes e o Centro Social de Montes Altos) que contribuem, quer para a criação de emprego, quer para o bem-estar da população mais idosa. Para os mais jovens, existe o Centro Educativo de Santana de Cambas que inclui as valências do pré-escolar e 1.º ciclo. A própria junta realiza ao longo do ano, em parceria com a população da freguesia, inúmeras atividades de âmbito cultural, lúdico e desportivo, como por exemplo passeios de BTT, passeios pedestres, comemorações festivas, cinema itinerante, passeios no Guadiana, entre outras. A junta de freguesia apoia também as atividades realizadas pelas associações locais. Realizam-se ainda nesta freguesia três grandes eventos culturais, sendo eles a Feira da Aldeia de Santana de Cambas, a Feira Agropecuária Transfronteiriça de Vale do Poço e o Festival do Peixe do Rio, que terá lugar nos próximos dias 24 e 25 do presente mês, e que convido, desde já, todos os leitores a visitar.
Um “complexo” de solidariedade social em Montes Altos Entre as três instituições particulares de solidariedade social da freguesia, o Centro Social de Montes Altos foi a que ganhou maior notoriedade nacional, pelo volte face que provocou nesta pequena povoação, onde se contavam apenas 11 pessoas na fase de arranque do equipamento, em 1993. A partir do velho edifício da escola primária, criou-se primeiro um centro de convívio, depois o centro de dia e o apoio domiciliário e, mais tarde,
a valência de lar de terceira idade, tendo entretanto também sido criadas três empresas de inserção (construção civil, higiene habitacional e lavandaria). Segundo dados do sítio eletrónico da instituição, são 37 os seus atuais colaboradores e 94 os utentes que beneficiam dos seus serviços. Por lá passou o Presidente da República, em 2006, no âmbito do Roteiro para a Inclusão, e ficou surpreendido com o que viu, quatro anos depois de o fundador da instituição, António Diogo Sotero, ter sido distinguido com o Prémio Nacional Nunes Corrêa Verdades de Faria, pelo seu trabalho no apoio a idosos desprotegidos.
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Exposição interativa “Vinhos e Azeites” na 29.ª Ovibeja
Atual Alentejo produz 33 mil toneladas de azeitona Os lagares do Alentejo, a região portuguesa que mais azeite produz, realizaram 33 mil toneladas na última campanha olivícola, o que representa um aumento de 19 por cento em relação à anterior. Na campanha de 2011/2012, segundo “dados provisórios”, foram apanhadas “cerca de 210 mil toneladas” de azeitona nos 165 mil hectares de olival da região, adiantou à Lusa Henrique Herculano, do Centro de Estudos e Promoção do Azeite do Alentejo. Trata-se de uma quantidade “ligeiramente superior” à registada na anterior campanha de 2010/2011, quando tinham sido apanhadas “cerca de 200 mil toneladas” de azeitona, disse. A partir da azeitona apanhada, precisou, os cerca de 60 lagares do Alentejo produziram “33 mil toneladas de azeite, um aumento de 19 por cento” em relação à campanha de 2010/2011.
Cooperativa de Moura regista maior produção de sempre O maior produtor português de azeite, a Cooperativa Agrícola de Moura e Barrancos (CAMB), registou “a maior produção de sempre” na última campanha, tendo recebido 37,5 mil toneladas de azeitona e produzido 7 000 toneladas de azeite. “Foi a maior produção de sempre da cooperativa”, que “é o maior produtor de azeite de Portugal”, já que, até à última campanha olivícola, “nenhum outro lagar” do País “recebeu os volumes de azeitona e produziu a quantidade de azeite que recebemos e produzimos”, disse João Ribeiro, da CAMB.
Alqueva depende de “todas as formas de financiamento” A ministra da Agricultura revelou no final da semana passada que a conclusão de Alqueva vai depender do estudo de “todas as formas de financiamento” das obras, frisando que “o cenário número um” é a transição para o Fundo de Coesão No caso de não se concretizar o cenário de transição do financiamento das obras do Programa de Desenvolvimento Rural (Proder) para o Fundo de Coesão, o Governo irá trabalhar “com outros cenários”, mas não vai “desistir” daquele antes de saber se o consegue “efetivamente concretizar”, disse Assunção Cristas. A ministra da Agricultura falava aos jornalistas em Beja, depois de se ter reunido com a nova administração e com trabalhadores da Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva (EDIA). Segundo Assunção Cristas, há verba no Proder “para se poder lançar os concursos para continuar” as obras “depois do que está a ser feito”, mas o Governo tem “a ambição de poder fazer” a transição do financiamento para o Fundo de Coesão, porque “há várias razões positivas”.
A exposição interativa “Vinhos e Azeites”, dedicada “a dois dos mais preciosos néctares” em “grande desenvolvimento e modernização” no Alentejo, é uma das novidades da 29.ª Ovibeja, que decorre entre 27 de abril e 1 de maio. A mostra, criada “a pensar no consumidor”, além de promover vinhos e azeites de qualidade reconhecida aos níveis nacional e internacional, terá um espaço multimédia com “uma forte
componente didática e interativa”. Através de várias ações, como workshops de ciência, degustações, provas comentadas, demonstrações culinárias e tertúlias, o visitante será convidado a participar em experiências sensoriais vínicas e gastronómicas e irá obter respostas a perguntas como “O que é um bom azeite?” ou “Quais os diferentes tipos de vinhos e em que ocasiões devem ser consumidos?”.
PS contra posição do Governo sobre Alqueva A Federação do Baixo Alentejo do PS acusou o Governo de secundarizar e menorizar o Alqueva e de ter um discurso “falacioso” e uma conduta de “irresponsabilidade” em relação ao financiamento para concluir as obras. Na passada sexta-feira, em Beja, a ministra da Agricultura “confirmou” que “a retirada” de verbas destinadas ao Alqueva do Programa de Desenvolvimento Rural (Proder) e “a sua propalada substituição por verbas do Fundo de Coesão é apenas um cenário cuja concretização não é, nem está garantida”, refere o PS.
UE antecipa pagamento de ajudas comunitárias devido à seca
Europa avança com 300 milhões A União Europeia vai antecipar para 16 de outubro o pagamento de 300 milhões de euros de ajudas comunitárias – que normalmente são pagas no final de dezembro – aos agricultores portugueses. O anúncio foi feito pelo secretário de Estado da Agricultura, José Diogo Albuquerque, no final do Conselho de Ministros da Agricultura, em Bruxelas, esta terça-feira, onde foi apresentado o ponto da situação relativamente à seca no nosso país. Texto Carlos Júlio*
“P
ortugal recebe de ajudas diretas, no todo, cerca de 600 milhões de euros. Estamos a falar de uma antecipação de 50 por cento – 300 milhões de euros – já para outubro”, disse o secretário de Estado, salientando que essa antecipação “é muito importante porque apoia os agricultores mais cedo”. As verbas não podem chegar antes de outubro, adiantou o governante, porque têm que ser feitos controlos, assegurados pelos estados-membros. “Para podermos adiantar apoios comunitários temos que ter os controlos todos feitos. Temos que trabalhar nisso”, referiu o secretário de Estado, lembrando que “durante dois ou três anos não houve controlos em Portugal e tivemos que pagar multas”. “Estamos a trabalhar já, muito de antemão,
com a questão dos controlos para não termos esses problemas. Vamos identificar, com as várias direções-regionais, onde possa haver limitação a nível de controlos, para fazermos reforços”, disse. Um outro montante de 45 milhões será antecipado, a nível nacional, para abril e maio, ao abrigo do Programa de Desenvolvimento Rural, para pagamento de medidas agroambientais e para regiões desfavorecidas, tendo o secretário de Estado adiantado aos jornalistas que neste Conselho de Ministros da Agricultura houve também o reconhecimento da necessidade de “derrogações para que os agricultores possam trabalhar em modo de seca”. Do lado dos agricultores, a Faaba – Federação das Associações de Agricultores do Baixo Alentejo –, pela voz do seu presidente, Castro e Brito, disse ao “Diário do Alentejo” que o que “era preciso era que fossem pagos os 120 milhões de ajudas relativas a 2011 que estão por pagar” e que a federação a que preside ainda “não conhece quaisquer medidas” que possam atenuar os prejuízos da seca. Também o anterior ministro da Agricultura do PS, António Serrano, através do Facebook, considerou que “os regulamentos comunitários incluem esta disposição de antecipação de pagamentos das ajudas comunitárias para 16 de outubro desde que o estado membro possa garantir, antes dessa data, ter concluído o processo de controlos in loco, junto dos agricultores constantes das amostras. Ora
tal nunca aconteceu, mas pode ser que exista um milagre e como este é um governo de fé, quem sabe!!!! Mais propaganda... infelizmente para os agricultores...”. A CAP – Confederação da Agricultura Portuguesa – mostrou-se satisfeita com este anúncio, mas avisa o Governo de que é preciso avançar “imediatamente” no processo de candidaturas, de modo a não prejudicar esse prazo. Segundo João Machado, presidente da CAP, para que as ajudas comunitárias cheguem efetivamente em outubro, as 220 mil candidaturas dos agricultores portugueses têm de dar entrada nos gabinetes de Bruxelas até final de maio, havendo, por isso, muito trabalho a fazer. Por seu turno, a CNA – Confederação Nacional da Agricultura – disse “não entender a satisfação do Governo” por ter conseguido de Bruxelas a antecipação para outubro de apoios que normalmente só chegam em dezembro. Para o dirigente da CNA, João Dinis, em declarações à comunicação social, “até outubro há centenas de animais que vão morrer e milhares de explorações agrícolas que vão falir”. João Dinis considerou que o Governo está a vender “gato por lebre” quando anuncia a antecipação do pagamento das ajudas para fazer face aos problemas da seca, acrescentando que o executivo “parece não estar consciente de que estamos a viver uma das crises mais graves de que há memória”. * com Lusa
Novo presidente da EDIA preocupado com a falta de chuva
Alqueva disponibiliza água para todos
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empresa gestora do Alqueva vai disponibilizar aos agricultores água para o gado e rega de culturas fora das áreas equipadas pelo projeto, para contribuir para minimizar o impacto da seca no Alentejo. A decisão de disponibilizar água, enquadrada pelas orientações do Ministério da Agricultura, reflete a “preocupação muito grande” da empresa “com a questão da seca” no Alentejo, disse o novo presidente da Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva (EDIA), João Basto. “São as medidas que vamos e poderemos tomar dentro daquilo que são as competências da empresa”, frisou João Basto, que falava aos jornalistas em Beja, depois de uma reunião entre a ministra da Agricultura, Assunção Cristas, e a nova administração e trabalhadores da EDIA. Num comunicado distribuído aos jornalistas no final da reunião, a EDIA frisa que, através das medidas, “pretende contribuir para a minimização dos impactes” da seca na agricultura
da região, “respondendo às solicitações dos agricultores”. Segundo João Basto, o acesso à água não está limitado aos agricultores da área de influência do Alqueva, que ainda não está equipada, mas também abrange o regadio precário, ou seja, todas as parcelas contiguas àquela área. As medidas vão permitir o acesso dos agricultores à água de Alqueva, através da flexibilização de procedimentos e da autorização de captações de água nas infraestruturas do empreendimento, sempre que for “técnica e ambientalmente possível”, refere a EDIA. Desta forma, explica a empresa, os agricultores com necessidade de água para o gado poderão recolher água em qualquer albufeira, canal ou boca de rega do empreendimento e nos perímetros já instalados em pontos pré-identificados pela empresa. A água para o gado será disponibilizada de forma gratuita, mas o transporte da água será da responsabilidade do agricultor, explica
a EDIA, lembrando que “o abeberamento de gado diretamente nas albufeiras está interdito por lei”. Por outro lado, a EDIA vai facilitar acesso a água do empreendimento aos agricultores que não estão servidos pelo sistema global de rega de Alqueva, mas que tenham necessidade de água para regar as suas culturas. O acesso à água será facilitado através do licenciamento de captações diretas ou disponibilizando bocas de rega pré-definidas pela EDIA e situadas nas zonas limítrofes dos blocos de rega já equipados, explica a empresa, referindo que a água disponibilizada para rega será cobrada segundo o tarifário em vigor para cada caso. No caso das captações diretas em albufeiras ou canais da rede primária do Alqueva, o agricultor deverá instalar a respetiva bomba e contador, explica a EDIA, referindo que os editais para efetivação das medidas vão ser afixados nos locais habituais “até ao próximo dia 23”.
EDIA quer aumentar a taxa de adesão ao regadio
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nova administração da empresa gestora do Alqueva quer “rentabilizar o investimento” feito no empreendimento e “trazer riqueza para a região”, sobretudo através do aumento da taxa de adesão e utilização do regadio já instalado. “Independentemente do programa de obra que esperamos cumprir, claramente o nosso objetivo é rentabilizar o investimento e trazer riqueza para a região”, disse à Lusa o novo presidente da Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva (EDIA), João Basto. No fim do atual mandato, de três anos, frisou, a nova
administração da EDIA espera “ter uma região em Alqueva com uma taxa de ocupação do território e de utilização do regadio muito superior” à atual. João Basto disse que tem estado a “conhecer” o empreendimento do Alqueva e a “inteirar-se” dos “problemas principais” que a nova administração da EDIA “vai ter pela frente” para “poder começar a tomar um conjunto de decisões”. Além do presidente, o novo conselho de administração da EDIA é constituído por duas pessoas que faziam parte da estrutura da empresa, Augusta Cachoupo, que transitou da
anterior equipa administrativa, e Jorge Vasques. Desta forma, frisou João Basto, o novo conselho de administração da EDIA consegue “decidir mais rápido” e ter uma “capacidade acrescida de intervenção, o que já se tem notado no levantamento das questões que são prementes e na apresentação de algumas soluções”. A primeira medida apresentada publicamente pela nova administração, na passada sexta-feira, prevê disponibilizar aos agricultores água para o gado e rega de culturas fora das áreas equipadas pelo projeto para contribuir para minimizar o impacto da seca no Alentejo.
Diário do Alentejo 23 março 2012
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Algumas áreas de cereal deram lugar a olival regado
O que foi feito do “celeiro” da nação? A produção de cereais tem vindo a decrescer nas zonas de sequeiro, mas a aumentar nas zonas de regadio. Ainda assim importantes áreas de cereais deram lugar a olival regado. Atualmente estima-se que existam 80 a 100 mil hectares semeados e muitas preocupações na cabeça dos homens que trabalham a terra. Texto Bruna Soares Ilustração Paulo Monteiro
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o percorrer-se os campos do Alentejo facilmente se percebe que a paisagem, outrora marcada maioritariamente por searas, foi-se alterando. A cultura cerealífera de sequeiro diminuiu e a esperança de água, anunciada por Alqueva, abriu novas perspetivas aos agricultores da região. E o que foi feito do “celeiro” da nação? Para Bernardo Albino, presidente da Associação Nacional dos Produtores de Cereais (Anpoc), “Alqueva e todos os investimentos privados de regadio, bem como as vastas áreas de sequeiro, vão sempre continuar a produzir cereais”. E explica: “A produção de cereais no Baixo Alentejo tem vindo a decrescer nas zonas de sequeiro e a aumentar nas de regadio. Os agricultores, como empresários que são, atentos aos elevados custos culturais dos cereais atuais, optaram por se exporem menos ao risco do sequeiro, optando mais pelo regadio”. Francisco Palma, presidente da Associação dos Agricultores do Baixo Alentejo (AABA), lembra, porém, que ainda “existe uma área significativa” de sementeiras de cereal na região. E Bernardo Albino completa: “Não dispomos de dados exatos e desagregados, mas se considerarmos que a média nacional tem sido de, aproximadamente, 200 mil hectares, nas últimas campanhas agrícolas, a área que estimamos no Baixo Alentejo é de, aproximadamente, 80 a 100 mil hectares”. O presidente da Associação Nacional dos Produtores de Cereais, considera, no entanto, que a “ausência de uma política agrícola europeia e nacional, que deveria ser incentivadora destas culturas, tem vindo a afastar os agricultores dos cereais”, sobretudo “no sequeiro”, onde, em sua opinião, “existem poucas outras alternativas, senão mesmo o abandono”. Francisco Palma, por sua vez, afirma
que “houve áreas que foram sendo reconvertidas para outras culturas com mais rentabilidade”. No entanto, considera que não pode existir aquilo a que chama “efeito carneirada”, onde toda a gente vai atrás, produzindo e fazendo o mesmo que o outro está a fazer, porque supostamente está a dar. Até porque, defende: “O Alentejo tem todas as condições para ter uma agricultura diversificada”. Enunciando, por exemplo, “a qualidade dos solos”. Poderá futuramente o Alentejo voltar a aumentar a produção de cereais? “Claramente”, responde o presidente da Associação Nacional dos Produtores de Cereais, argumentado: “É necessário que
“Os agricultores, como empresários que são, atentos aos elevados custos culturais dos cereais atuais, optaram por se exporem menos ao risco do sequeiro, optando mais pelo regadio”. Bernardo Albino
os produtores se unam em torno das organizações de produtores, que a fileira dos vários produtos funcione de forma mais efetiva, eventualmente reduzindo o número de variedades semeadas por cada cereal, e que o mercado remunere devidamente o investimento do agricultor”. Investimento, esse, que é uma das preocupações dos homens que trabalham a terra. “Ninguém mantém um negócio que não seja rentável. A agricultura profissional também tem de ser rentável”, afirma o presidente da Associação dos Agricultores do Baixo Alentejo. Bernardo Albino aponta ainda outro fator que contribuiu para uma quebra na produção de cereais. “Entre os anos de 2003 e 2007 houve, sobretudo no Baixo Alentejo, uma transformação de importantes áreas de cereais em olival regado”. Em ano de seca, no que à produção de cereais diz respeito, as preocupações dos agricultores também aumentam e, de acordo com Francisco Palma, “embora as contas só se possam fazer no fim, as coisas não estão nada fáceis para os agricultores”. “No sequeiro do Baixo Alentejo os efeitos da seca estão a sentir-se de forma diferente, consoante os tipos de solos. Nas zonas de barro, onde choveu alguma coisa, ainda existe alguma esperança de aproveitamento das culturas, nomeadamente se chover nos próximos 10 a 15 dias, e se o calor não for exagerado. São expectáveis produtividades menores que num ano médio devido ao stress hídrico que foi imposto às searas. Nas zonas de solos mais delgados já existem muitas searas perdidas, pelo que, este ano, vai haver um decréscimo de produção muito importante nessas zonas”, conclui o presidente da Associação Nacional dos Produtores de Cereais.
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AVALIADORES IMOBILIÁRIOS Empresa do ramo imobiliário pretende recrutar avaliadores imobiliários, no regime de prestação de serviços, para os distritos de Évora, Beja, Portalegre e Santarém. Os interessados deverão enviar o seu curriculum vitae, com indicação da sua morada e dos distritos/concelhos a que se candidatam, para o seguinte endereço electrónico: recursos.humanos@netvisao.pt
Ordem dos Médicos de Beja debate ética e medicina
Diário do Alentejo 23 março 2012
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José Maria Pós-de-Mina é novo presidente da Cimbal O presidente da Câmara Municipal de Moura, o comunista José Maria Pós-de-mina, é o novo presidente do conselho diretivo da Comunidade Intermunicipal do Baixo Alentejo (Cimbal), sucedendo ao autarca socialista de Beja, Jorge Pulido Valente. O socialista António José Ventinhas, da Assembleia Municipal de Moura, é o novo presidente da mesa da
Assembleia Intermunicipal da Cimbal, sucedendo ao comunista Rodeia Machado, da Assembleia Municipal de Beja. A eleição dos novos elementos os órgãos da Cimbal, na qual há um empate entre PS e CDU, que lideram seis câmaras cada, surge no âmbito da rotatividade acordada entre os autarcas e que resultou na troca entre socialistas e comunistas dos cargos de presidente do conselho diretivo e da mesa da assembleia intermunicipal.
APG exige que o Governo cumpra a lei
Faltam soluções para a aerogare de Beja
GNR quer aeroporto de Beja
Câmaras e empresas querem grupo de trabalho
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Associação dos Profissionais da Guarda (APG/GNR) exigiu ao Governo que cumpra a lei orgânica da GNR e atribua a segurança do aeroporto de Beja à guarda, criticando o “duplo policiamento” GNR/PSP da infraestrutura. “O que exigimos, unicamente e de imediato, é que a tutela faça o cumprimento da lei orgânica da GNR”, que atribui à guarda a competência de segurança do aeroporto de Beja, disse o coordenador da zona sul da APG/GNR, António Barreira. A atual lei orgânica da GNR, que entrou em vigor em novembro de 2007, atribui à força de segurança, entre outras, a competência de “manter a vigilância e a proteção de pontos sensíveis”, como infraestruturas aeroportuárias. PUB
“Ética, medicina e sociedade plural” é o tema de uma palestra proferida por Rui Nunes, da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, que terá lugar na próxima quinta-feira, dia 29, pelas 21 horas, na sede distrital de Beja da Ordem dos Médicos. A palestra insere-se na iniciativa “Conversas na Ordem”, que o conselho distrital de Beja tem vindo a organizar este ano.
O aeroporto de Beja situa-se na freguesia rural de São Brissos, uma área da responsabilidade da GNR, e, por isso, a APG/GNR “nunca teve dúvidas de que o policiamento” da infraestrutura “deveria ficar a cargo” da guarda, como “determina” a lei orgânica da GNR, lembrou. “Não faz qualquer sentido que seja de outra forma”, frisou, criticando o atual “duplo policiamento” GNR/PSP do aeroporto de Beja, que é “contraproducente” e “carece de lógica”. O diretor da infraestrutura, Pedro Beja Neves, explicou que a segurança do aeroporto “é assegurada pela PSP e pela GNR”, já que “estão elementos das duas forças na portaria e quando há voos a GNR zela pela segurança no lado terra e a PSP no lado ar”.
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s associações de municípios e de empresas do Baixo Alentejo e Alentejo Litoral exigiram ao Governo “urgência” na criação do grupo de trabalho que irá definir soluções para o desenvolvimento do aeroporto de Beja. A exigência surge numa posição conjunta sobre o aeroporto de Beja tomada pela Associação de Municípios do Baixo Alentejo e Alentejo Litoral (Ambaal) e pela Associação Empresarial do Baixo Alentejo e Litoral (Nerbe/Aebal). No documento, as associações “lamentam os atrasos na confirmação do compromisso assumido pelo secretário de Estado dos Transportes”, Sérgio Monteiro, de criar, até
final de 2011, “um grupo de trabalho para estudo e avaliação das oportunidades de aproveitamento e utilização do aeroporto de Beja”. As associações “reclamam urgência na designação do grupo de trabalho” e “reiteram” o seu interesse e a sua disponibilidade para “participarem, de forma empenhada e criativa, na apresentação de soluções para o cabal aproveitamento” do aeroporto de Beja. No passado dia 19 de dezembro, numa reunião em Beja com autarcas, deputados e agendes económicos do Baixo Alentejo, Sérgio Monteiro lançou o desafio de criar um grupo de trabalho para definir “soluções de consenso” para o desenvolvimento do aeroporto de Beja.
Boletim Municipal de Odemira é o melhor do País
Grândola simplifica e arrecada medalha de ouro O município de Grândola foi distinguido pela Agência para a Modernização (AMA) com a medalha de ouro pelos resultados obtidos na 3.ª edição do programa Simplex Autárquico que contou com a participação de 125 autarquias e um total de 748 medidas, anunciou a câmara municipal. De acordo com o relatório apresentado pela AMA, “a Câmara de Grândola registou uma taxa de
Trabalhadores param por tempo indeterminado
Metalomecânica de Beja em greve
O
s trabalhadores da empresa Metalomecânica Projetos Industriais Beja, que têm pagamentos de salários e subsídios em atraso, estão em greve “por tempo indeterminado” desde terça-feira, dia 20. A decisão foi tomada em plenário realizado na sexta-feira da semana passada. Em causa está, diz a direção do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Atividades do Ambiente do Sul, a falta de pagamento do subsídio de Natal de 2011, metade do salário de janeiro, o salário de fevereiro e o subsídio de alimentação aos trabalhadores. Na nota, o sindicato refere ainda que 86 PUB
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dos trabalhadores disseram aceitar suspender a greve e voltar ao trabalho “quando forem pagos todos os salários em atraso”. Os trabalhadores lamentam que o administrador da empresa “não dialogue com os trabalhadores nem com os seus representantes” e repudiam a sua pretensão de “transferir 12 trabalhadores da empresa a laborar na Lisnave para as instalações de Beja com a intenção de substituírem os trabalhadores que vão entrar em greve”. Foi ainda decidido pedir a intervenção da Autoridade para as Condições do Trabalho de Beja, devido à “violação da lei na substituição dos trabalhadores grevistas”.
Diário do Alentejo 23 março 2012
“Odemira em notícia”, a revista editada pela Câmara Municipal de Odemira, conquistou o 1.º lugar no Concurso Nacional de Boletins Municipais, no âmbito do 22.º Encontro de Marketing e Comunicação Autárquica, revelou a autarquia. O encontro foi promovido, este mês, pela ATAM – Associação dos Técnicos Administrativos Municipais e pelo município de Torres Vedras. Mais de uma centena de edições, em formatos de revista e jornal, de todo os distritos do País, incluindo as regiões autónomas, participaram no concurso, que Odemira ganhou pela segunda.
execução de 100 por cento das medidas propostas com vista a alterar processos e simplificar ou eliminar procedimentos dispensáveis”. O programa Simplex Autárquico tem como objetivo “a simplificação administrativa e legislativa que pretende tornar mais fácil a vida dos cidadãos e das empresas na sua relação com a administração e, simultaneamente, contribuir para aumentar a eficiência interna dos serviços públicos”.
Muralhas de Serpa às escuras na Hora do Planeta
Percursos pedestres no Vale do Guadiana
A Câmara Municipal de Serpa associa-se este ano à Hora do Planeta, que ocorre no próximo dia 31, entre as 20 e 30 e as 21 e 30 horas, ao desligar a iluminação cénica das muralhas durante os 60 minutos da iniciativa, “como forma de mostrar o seu apoio à ação ambientalmente sustentável”. A iniciativa Hora do Planeta decorre anualmente através da rede World Wildlife Found, “pretendendo colocar às escuras edifícios de todo o planeta como a Torre Eiffel, o Palácio de Buckingham, a estátua do Cristo Redentor e do Cristo Rei, num panorama global pelo único bem que é de todos – o Planeta”, adianta a autarquia. Assim, durante uma hora, “irá ocorrer o desligamento globalizado de todas as luzes – interiores e exteriores – dos edifícios e monumentos emblemáticos das cidades, assim como o desligamento das luzes interiores e exteriores das residências particulares, com vista à promoção do compromisso de cada um com o planeta e com as pessoas de todo o mundo”.
Os apreciadores de passeios pela natureza dispõem de nove novos percursos pedestres na área do Parque Natural Vale do Guadiana. Os percursos foram criados pela Fundação Serrão Martins em parceria com a Merturis e o Parque Natural Vale do Guadiana. O percurso “PR1 Guadiana - O grande rio do Sul”, permite passear entre o Poço dos Dois Irmãos e a Ribeira de Carreiras, o “PR2 Os canais do Guadiana” entre a Corte Pequena e os Canais do Guadiana, o “PR3 As margens do Guadiana” entre a Corte Gafo de Baixo e a proximidade do Carvoeiro e o “PR4 À volta do Montado” entre o Monte do Guizo e a Mina de São Domingos. O “PR5 – Ao ritmo das águas do Vascão” permite passear entre a Mesquita e aquela ribeira, o “PR6 Entre a estepe e o montado” é um percurso circular na zona do Azinhal, o PR7 permite uma subida à Senhora do Amparo, o PR8 é um percurso ribeirinho entre os moinho do Alferes e das Relíquias e o PR9 permite passear entre o Escalda e o Pulo do Lobo.
Qualifica reúne-se no Pomarão e reconhece membros honorários
Diário do Alentejo 23 março 2012
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Na sexta-feira, no Centro Interpretativo do Pomarão, no concelho de Mértola, realiza-se a 10.ª assembleia-geral da Qualifica – Associação Nacional de Municípios para a Valorização e Qualificação dos Produtos Tradicionais Portugueses. Em discussão vai estar o relatório de atividades e contas, mas também as novas condições de adesão. Por fim, numa cerimónia simples, mas revestida de grande significado, serão publicamente reconhecidas como membros honorários Maria Antonieta Mestre Quinta Queimada e José Estevam de Matos.
Dez anos a promover a gastronomia e atividade piscatória
Festival do Peixe do Rio em Pomarão
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aldeia ribeirinha de Pomarão, no concelho de Mértola, recebe este fim de semana, dias 24 e 25, a décima edição do Festival do Peixe do Rio. Um certame que continua a pretender “cativar pessoas para junto do rio, a interessá-las pela temática do rio, não só pelas questões ligadas à pesca, mas também numa visão até de estratégia futura de utilização do rio para fins turísticos, sem esquecer a recuperação de memórias passadas, ligadas ao porto mineiro de Pomarão, um local histórico”, explica o presidente da Câmara Municipal de Mértola, a entidade promotora. “Todo este investimento que é feito pela autarquia, quer monetário, quer em tempo, e toda esta logística, na realização
do festival, é importante, assim como outros investimentos como a nova ponte que liga Pomarão a Espanha, porque temos tido um retorno bastante significativo para o concelho de Mértola”, diz Jorge Rosa. Dos “quatro a cinco mil“ visitantes que habitualmente passam pelo festival durante os dois dias, “40 a 50 por cento” são espanhóis. Uma adesão que permite transformar, por estes dias, Pomarão “num sítio de conf luências de culturas” e que pesa na feitura do programa, que integra sempre momentos musicais a cargo de grupos do outro lado da fronteira. “Sublinho a importância que tem para nós o facto de haver esta ligação, que nós procuramos promover, e os
nossos vizinhos do outro lado também procuram fazer o mesmo, que é a ligação Portugal/Espanha, neste caso freguesia de Santana de Cambas/El Granado”, adianta o autarca. O 1.º Simpósio sobre o Património ictiológico do Rio Guadiana, que decorre amanhã, sábado, no Centro de Interpretação da aldeia, numa organização da autarquia em parceria com o Parque Natural do Vale do Guadiana e a Escola Profissional “Alsud”, é um dos destaques da edição deste ano, segundo refere Jorge Rosa. O encontro será constituído por dois painéis, um dedicado às espécies exóticas e outro às autóctones, e os trabalhos terminam com um passeio pelo rio Guadiana a bordo do barco
“Vendaval”. “Reis e senhores” do festival serão também a lampreia, o muge, a saboga, as enguias e outros peixes do Guadiana, “confecionados em vários pratos, alguns ancestrais”, e “que se constituem talvez como o maior atrativo” de todo o certame, diz o presidente. Além da gastronomia e do simpósio sobre o Património Ictiológico do Rio Guadiana, o programa integra o tradicional concurso de pesca desportiva, espetáculos de música, com destaque para a atuação de Mónica Sintra (dia 24, pelas 22 horas), uma descida do rio em canoa, passeios e o Bar Azul, no Centro de Interpretação do Pomarão, com a presença do DJ Érre Mira.
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Diário do Alentejo 23 março 2012
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Internacionalização do porco alentejano
500 anos do foral de Vidigueira
Feira do porco em Ourique
A Pão e Laranjas na Terra dos Gamas
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edição deste ano da Feira do Porco Alentejano/VI Jornadas Gastronómicas do Porco Alentejano, que decorre entre hoje e domingo, dia 25, em Ourique, marca o arranque dos trabalhos preparativos do Congresso Mundial do Presunto, que terá lugar naquela vila em maio do próximo ano e que se assume como um evento de grande importância, dado que “é primeira vez que Portugal recebe uma iniciativa desta envergadura”. Nesse contexto realiza-se hoje, a partir das 14 horas, no auditório da biblioteca, um encontro ibérico que reunirá dirigentes e produtores, e a partir do qual se “delineará a comissão científica para que se comece a organizar o Congresso Mundial do Presunto em maio de 2013, já com as datas definidas”, esclarece o presidente da câmara municipal, entidade responsável pela organização da feira em parceria com a Associação de Criadores de Porco Alentejano. Inserido “num projeto mais alargado de internacionalização do porco alentejano, cofinanciado pelo QREN, INAlentejo e União Europeia, que visa dar maior abrangência à estratégia de afirmação de Ourique, capital do porco alentejano, junto de mercados fundamentais para a dinamização económica e social do setor”, o certame deste ano fica ainda marcado pelo “aumento significativo – entre 30 a 40 por cento – do número de expositores de empresas oriundas do concelho que comercializam porco de raça alentejana”, numa clara demonstração de que “o investimento feito na promoção e valorização” do setor “está a ter retorno”, diz Pedro do Carmo. PUB
“Vamos ter já este ano algumas pequenas empresas agroindustriais que entretanto foram criadas no concelho e que estão em condições de comercializar os seus produtos, e esse foi desde sempre o principal objetivo, a criação de microindústrias, que trazem algum desenvolvimento ao concelho”, adianta o autarca, acrescentando que “as pessoas aperceberam-se que há aqui toda uma estratégia municipal, todo um apoio político e das instituições, para potenciar este tipo de atividade, e que neste momento de dificuldade e de crise é uma oportunidade”. No total, entre expositores de produtos de porco de raça alentejana e outros, participam 50 a 60 stands e são esperadas “mais de 10 mil pessoas” A par do encontro ibérico, dos espaços de venda de produtos (este ano vai ser criada uma nova área coberta de 300 metros quadrados destinada a expositores de pão e pastelaria tradicional) e do colóquio “A economia e o mundo rural em tempos de crise”, Pedro do Carmo destaca do vasto programa “toda a componente lúdica”, dos showcookings a cargo da Fundação Odemira e do chefe Carlos Capote aos bastante “participativos e apreciados” concursos Miss Piggy e de grunhidos, sem esquecer os diversos momentos musicais – espetáculos com Berg e Bandidolos (hoje, 22 horas), Dj TóZé, vocalista dos Per7ume (hoje, 24 horas) e Grupo Musical Banza (dia 24, 22 e 30 horas), desfile de grupos corais (dia 24, 17 e 30 horas) e baile com Tó Romão (dia 24, 21 e 30 horas). NP
É
em “ambiente de recriação histórica”, evocando a época quinhentista, mais concretamente a entrega do foral à Terra dos Gamas, que decorre em Vidigueira, entre hoje, sexta-feira, e domingo, mais um Festival Gastronómico A Pão e Laranjas. Um certame que pretende promover “os produtos de excelência do concelho, em particular o pão, a doçaria e as laranjas, divulgar a riqueza da cozinha tradicional local e oferecer aos visitantes e população local atividades lúdicas de recriação histórica”. Há quase meia dúzia de edições que a entidade organizadora – a câmara municipal – adota “uma temática assente na história do território, onde se pretende recriar a atmosfera e o ambiente próprios de um período histórico que tenha sido fulcral para a sua memória”. Uma aposta que se revelou “uma grande mais-valia”, segundo diz o vereador Luís Pestana: “As recriações são uma vantagem. As pessoas gostam de ver este tipo de espetáculo, temos tido sempre muita gente a deslocar-se à Vidigueira no fim de semana do festival e cada ano que passa temos mais”. E este ano, apesar “de a crise afetar os orçamentos familiares”, o autarca acredita que não será diferente, admitindo, contudo, “uma diminuição no volume de vendas”. Durante os três dias do certame, “que preenche todo o centro da Vidigueira, do largo da Cascata à praça da República”, para além da exposição e venda de produtos agroalimentares, haverá artesanato,
tasquinhas com gastronomia local, um mercado medieval, animação de rua, espetáculos de música e ateliês para famílias. À semelhança das edições anterinos, o programa reserva ainda eventos paralelos, nomeadamente o colóquio “Internacionalizar o setor agroalimentar”, no auditório do Crédito Agrícola (dia 23, 14 e 30 horas); exposições; oficinas de chocolate com laranja para pais e filhos, avós e netos, com a colaboração da empresa Mestre Cacau (dia 24); o Sabores Gastronómicos a Pão e Laranjas, uma mostra gastronómica que decorre nos restaurantes aderentes que apresentam ementas com pratos confecionados à base de pão e/ou laranjas; e a “Orange party” (dia 24, 24 horas). “Este é um festival único, porque feiras quinhentistas ou feiras medievais, ou de outras épocas, existem muitas. Mas um festival em que é associada a recriação histórica à divulgação dos produtos locais não há muitos, e esta aliança penso que é para continuar porque tem dado muitos bons resultados. Ao divulgarmos os produtos, as pessoas quando passam pelo IP desviam para a Vidigueira para virem ao pão ou às laranjas ou pela nossa gastronomia, que é uma das coisas boas que o Alentejo tem para oferecer. E as pessoas deslocam-se cada vez mais pela gastronomia”, conclui Luís Pestana. A inauguração oficial do festival está agendado para as 19 horas de hoje, “com arruada pelas ruas e praças dos burgos, abertura do arraial e bênção pelo prelado”.
Chás e ervas do mundo em Beja e Mértola
A cidade de Beja e a vila de Mértola vão acolher, em maio, o 1.º Festival de Chás e Ervas do Mundo, numa iniciativa organizada pela Associação de Defesa do Património de Mértola (ADPM). O festival decorre entre 14 e 20 de maio, sendo realizado em parceria com o Instituto Politécnico de Beja e o Centro de Biotecnologia e Agroalimentar do Baixo Alentejo e Litoral. A iniciativa surge ao abrigo da Estratégia de Eficiência Coletiva do Provere – Valorização dos Recursos Silvestres do Mediterrâneo, cofinanciada pelo InAlentejo.
DR
Diário do Alentejo 23 março 2012
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Festival internacional de dimensões gigantescas
Alqueva ao som da música eletrónica Alqueva recebe, entre 20 de julho e 26 de agosto, Kazantip, festival ucraniano, que já percorreu vários países e que tem uma dimensão gigantesca. A música eletrónica e o desporto em terras do grande lago.
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unto às margens serenas de Alqueva vai erguer-se um dos maiores festivais de música eletrónica do mundo. Kazantip, festival ucraniano, que já percorreu vários países, chega este verão pela primeira vez a Portugal. De 20 de julho a 26 de agosto assenta arraias no grande lago, que é o mesmo que dizer no Alentejo. Segundo a organização, “Kazantip é culto, é fantástico, é de tirar o fôlego, é alucinante”, reforçando: “É simplesmente o paraíso na terra”. É, sem dúvida, um festival incomum, que junta a música ao desporto. “Kazantip é um resort gigantesco, situado no lindo lago de Alqueva. O areal possui pistas de dança, com design incrível,
bares e lounges, um parque para X Sports, áreas para os alojamentos e espaço separado para o estacionamento”, pode ler-se no site do festival. De acordo com a organização, “milhares de jovens, principalmente entre os 20 e os 35 anos, reúnem-se no Kazantip Party Land, vindos de toda a Europa e do mundo para viver o sonho de festejar pacificamente dia e noite, ao som de DJ”, até porque a prioridade máxima de quem procura este festival “é ouvir boa música, dançar, conhecer gente nova e divertir-se”. A organização propõe ainda umas verdadeiras férias aos festivaleiros, disponibilizando área de alojamento e de campismo, um parque de atividades desportivas, local de estacionamento, mas também uma área de aterragem de helicópteros, lembrando ainda a possibilidade de se aportar na marina. Apenas podem entrar no festival maiores de 18 anos e o bilhete para múltiplas entradas é chamado de “multipass”, que é individual e que pode ser comprado
durante o processo de reserva. Os preços variam entre os 70 euros (por quarto-sete dias), 120 euros (por oito-14 dias) e 160 euros (por mais de 15 dias). O bilhete diário, por sua vez, conhecido por “Viza”, custa 25 euros e o bilhete para dois dias tem um preço de 40 euros. Para evitar confusões, a cada bilhete ou “multipass” é associada uma foto do seu proprietário, assim como o seu nome, data de nascimento e nacionalidade. Este cartão é ainda o único método de pagamento disponível em todo o recinto, podendo ser carregado nas caixas centrais disponíveis no local. O festival contará com a presença de DJ de todo o mundo; no entanto, não serão anunciados muito antecipadamente, até porque o efeito surpresa é uma das regras do festival. Há ainda espaço para atividades desportivas como kiteboarding, wakeboarding, skimboarding, dirt jump, mountain boarding, BMX, skateboardinge e parkour, entre outros.
Aljustrel prepara certame
Feira do Campo regressa em junho
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A Feira do Campo Alentejano, que anualmente se realiza em Aljustrel, já tem data agendada. De acordo com a Câmara Municipal de Aljustrel, entidade organizadora do evento, realizar-se-á em junho, entre os dias 8 e 10, antecipando o feriado municipal, que se comemora no dia 13. O certame, à semelhança das edições anteriores, decorrerá no Parque de Feiras e Exposições, contando com áreas reservadas para expositores, pavilhões institucionais, tasquinhas e restauração, entre outros.
A Feira do Campo caracteriza-se por ser um ponto de encontro, juntando em Aljustrel locais e forasteiros, e pretende continuar a atrair muitos visitantes. O certame marca a agenda cultural da região e tem apostado na sua internacionalização e, este ano, não será exceção, até porque a autarquia mineira está apostada “em estreitar ainda mais as parcerias, já anteriormente estabelecidas, com municípios espanhóis da região de Andaluzia”. A dinamização da agricultura e da agroindústria é um dos objetivos, uma
vez que Aljustrel quer tirar ainda mais partido do regadio; no entanto, a vila mineira também não esquece a agricultura tradicional e os seus produtos, dando-lhes destaque no seu mais importante evento. A Feira do Campo, um espaço de cultura, tradição, convívio e de negócio, regressa em junho e, até lá, são muitos os preparativos, de modo a que Aljustrel mostre todas as suas potencialidades. O programa do evento ainda não é conhecido.
Diário do Alentejo 23 março 2012
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Perfil
Os desenhos do ferreirense Hugo Lucas andam à solta por Lisboa
Há monstros simpáticos nos vidrões Os desenhos do alentejano Hugo
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Lucas são uma festa. Povoados por simpáticos “monstros” que parecem saídos de um conto infantil, por humanos deliciosamente imperfeitos, uma vezes ícones da música ou do cinema, outras vulgares transeuntes com que o autor se cruza na rua, podem ser vistos em publicações, cartazes e até em vidrões. Texto Alberto Franco
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ascido em Ferreira do Alentejo, Hugo Lucas, 35 anos, vive e trabalha em Lisboa. “Saí do Alentejo há oito anos. Não noto muito a diferença porque vivo perto do emprego, consigo até deslocar-me a pé para lá. Estou numa empresa gráfica, que me dá um ordenado certo. Depois trabalho como free-lancer nas áreas da ilustração, pintura e fotografia”, explica o artista ao “Diário do Alentejo”. As suas produções artísticas, tipicamente urbanas, adaptam-se mais ao ambiente em que vive. “Em Lisboa temos um contato diário com grafiti, paredes pintadas, e a inspiração surge mais naturalmente. No Alentejo seria mais difícil, embora tudo seja uma questão de moda”. A intervenção nos vidrões “foi incluída no projeto de arte urbana Reciclar o Olhar, promovido pela Galeria de Arte Urbana (GAU) da Câmara Municipal de Lisboa”. Hugo Lucas candidatou-se e foi um dos selecionados para colorir alguns dos vidrões-iglô que se encontram nas ruas de Lisboa. Os recetáculos verdes destinados à recolha de vidro ganharam vida e novas tonalidades. “Para o vidrão do largo D. Estefânia inspirei-me na estátua de Neptuno que decora a fonte que está no centro da rotunda”. O resultado foi um Neptuno bem mais cool, rodeado por coloridos elementos marítimos e por uma sereia, a Estefânia, de pose sedutora. No vidrão da rua D. Filipa de Vilhena o motivo foi a história do Capuchinho Vermelho, com a protagonista do conto a dar lume a um lobo de cigarro entre os dentes. Finalmente, “no caso do vidrão da rua Alexandre Herculano, como ali perto há uma casa de hambúrgueres, pintei as figuras do Elvis e da Marylin Monroe”. O trabalho dos vidrões “foi gratuito, nenhum dos artistas ganhou nada, mas funciona como cartão de visita para mostrar o nosso trabalho na cidade”, diz. O que pretende Hugo Lucas transmitir com as suas obras? “Tento dar a minha visão das coisas, um pouco como se fosse uma criança. Pinto coisas bonitas animadas, às vezes com alguma crítica social à mistura. Isto não significa que queira impor a minha visão, pelo contrário. Prefiro que as pessoas, ao verem os meus trabalhos, puxem pela imaginação e inventem a história. É por isso que raramente dou títulos ao que faço, gosto de dar liberdade a quem observa.” O seu estilo é “uma mistura entre fantasia e realidade”. “Ando sempre com um
O traço do artista alentejano sofreu diversas influências. “Picasso, em primeiro lugar. Depois Paula Rego.
caderninho no bolso, às vezes vejo uma pessoa na rua que me agrada e transfiguro-a através do desenho”. Dando sequência a um gosto pelas artes visuais que se manifestou logo na infância, Hugo Lucas fez um curso tecnológico de design no Liceu de Beja, um curso de cerâmica artística no Museu Rural de Beringel e uma licenciatura em Artes Plásticas na Universidade de Évora. Frequentou ainda o mestrado em Artes Visuais, na mesma universidade. Como a fotografia é outra das suas paixões, Hugo começou por conciliar esta arte com a expressão pictórica. Produziu uma obra fotográfica assinalável, que pode ser parcialmente vista, a par dos desenhos, no site http://hugolucas.net/ e no blogue http://blog.fotoalternativa.net/ blog.asp?Autor=252. Sobre o paralelismo entre fotografia e desenho, lê-se no site do artista: “A fotografia é, para mim, a impulsão espontânea de uma atenção visual perpétua, que capta o instante e sua eternidade”. O traço do artista alentejano sofreu diversas influências. “Picasso, em primeiro lugar. Depois Paula Rego e vários outros autores”. E influências alentejanas? “Vivi muitos anos no Alentejo, vivi em Ferreira, em Évora, era um pouco ‘emigrante’ dentro da nossa região. Ficam sempre inf luências que se podem manifestar numa obra”. Há cerca de quatro anos que Hugo Lucas aposta fundamentalmente na ilustração e na pintura. Nessas áreas, admite que a ilustração de livros seria para ele um grande desafio, que talvez se venha a concretizar em breve. “Tenho contatos com o Jorge Serafim, contador de histórias bejense, e talvez dentro de algum tempo surja a oportunidade de trabalharmos em conjunto”.
Diário do Alentejo 23 março 2012
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Já se esgotaram os argumentos em relação à candidatura do CANTE a Património Imaterial da Humanidade. A documentação sobre a pretensão alentejana vai ser entregue em Paris, na próxima sexta-feira, na sede da Unesco. Por muito que, para alguns, esta iniciativa possa conter defeitos ou omissões, a partir deste instante as vozes, todas as vozes da região, devem estar em uníssono e a cantar bem alto, como se fossem apenas uma. É também isto o cante, não é? PB
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Este é dos tais fim de semana que ninguém deve parar um segundo sequer em casa. Há FESTAS, feiras e romarias um pouco por toda a região. E ementas para todos os gostos. A começar pelo peixe do rio que torna, ano após ano, à aldeia ribeirinha do Pomarão, Mértola, passando pela Feira do Porco Alentejano que de abre os apetites em Ourique e terminando com uma bela laranja de Vidigueira, no ano em que se celebra meio século do foral da Vila dos Gamas. PB
Opinião
Confesso: é cansaço!... Há limites ou vale tudo? Ana Paula Figueira Docente do ensino superior Manuel António Guerreiro do Rosário Padre
A sua discreta simplicidade de Homem Grande, Sábio e Bom já marcou a história da Igreja em Portugal e no Alentejo, e D. Manuel integra hoje, sem margem para dúvidas, a plêiade dos grandes bispos do Século XX.
N O D
o dia 12 de Março teve lugar, em Beja, a 11.ª conferência promovida pela Ordem dos Técnicos Oficiais de Contas em parceria com a TSF e o “Diário de Notícias”, inserida no ciclo “Portugal – A Soma das Partes: as economias como factor de desenvolvimento”. O tema, o facto de estas conferências estarem a ser realizadas em todo o país, os conferencistas e o moderador anunciados fizeram-me decidir assistir. Contudo, pouco me acrescentou! A iniciativa – e reitero – tinha uma intenção deveras interessante, mas o modelo utilizado pecou por não permitir a interacção com o público. Ou seja, quem estava a assistir limitou-se a ouvir sem ter a possibilidade de colocar algumas dúvidas ou interrogações. Por outro lado, e para além de um discurso bem estruturado e “diplomaticamente” político do sr. secretário de Estado Carlos Moedas, as intervenções dos deputados das três forças partidárias eleitos pelo círculo de Beja limitaram-se à troca de “piropos” de génese partidária aliada aos eternos temas: aeroporto de Beja, Alqueva, porto de Sines e acessibilidades. Não pretendo retirar a importância que os mesmos têm ou poderão vir a ter no cenário de desenvolvimento que se espera para esta região, mas antes de tudo o mais, pergunto: e qual é esse cenário? Projectos âncora, estruturantes? Mas estruturantes de quê, se nem os representantes das nossas forças políticas no Parlamento se conseguem entender a propósito do que queremos que venha a ser o nosso Alentejo nos próximos anos? E não é a eles que cabe dar a voz aos bejenses no espaço onde são decididas muitas das regras pelas quais temos de nos orientar e que os “projectos” têm de respeitar? A agricultura foi o tema que conseguiu reunir algum consenso… mas, assim mesmo, sem acções estruturadas e a desenvolver… já! Confesso: é cansaço!... Estou cansada de ouvir pessoas cheias de “boas” intenções, com “boas” palavras, mas sem acções concretas, pragmáticas, que demonstrem ao Zé Povinho que estamos a querer andar para a frente, a antecipar o futuro, e a assumir o ónus da decisão! Numa altura tão complicada para o País, se decidir mal faz cair as sondagens e arrisca a que os votos sejam insuficientes para uma eleição posterior, muito pior (para o País) é manter um status quo confortável e demagógico de boas e sábias intenções. Deixem, pois, governar quem foi eleito legitimamente para o fazer! A democracia – o governo do povo e pelo povo – permite o contraditório traduzido, não apenas na acusação, mas na colocação de alternativas… exequíveis, tendo em conta as variáveis externas e internas com que nos defrontamos! “Conversa de quem está ‘de fora’ e não tem experiência políticopartidária. Não sabe como é que isto funciona”! – dirão alguns. Reconheço que não deixam de ter razão. Nem todos podem saber muito de tudo, mas todos podem, e devem, ter uma opinião sobre o que se passa à sua volta. Esta é minha voz mas, decerto, também a voz de muitos cidadãos comuns, atentos – e não vulgares “treinadores de bancada” com as suas receitas milagrosas – que querem viver e trabalhar num (e para construir um) país – e região – que tem de dar algumas contrapartidas e estímulo para aqui, no mínimo, os manterem. Apesar do cansaço que este jogo do gato e do rato já me provoca, permitam-me fazer um apelo que não pude fazer no referido encontro: de certeza que é mais o que nos une do que o que nos separa! Caros amigos – e com todo o respeito pela vossa missão – encontrem pontos de entendimento que permitam Beja falar a uma só voz nos locais de decisão! Procurem restituir-nos a confiança e a vontade de acreditar no desenvolvimento desta região. Foi por isso, e para isso, que os elegemos! Por decisão pessoal, a autora do texto não escreve segundo o Novo Acordo Ortográfico
s tempos em que vivemos são profundamente contraditórios: fizemos progressos na defesa e promoção dos direitos humanos a nível global; encontrámos solução ou caminhos de solução para debelar doenças até aqui incuráveis; esbateram-se barreiras e caíram muros que separavam povos e sociedades; alargou-se o conceito de democracia ainda a outras realidades e comunidades humanas… E, por paradoxal que pareça, também crescemos nas ameaças aos mais frágeis da sociedade: os idosos, as crianças, os doentes, os mais pobres, as pessoas com deficiência. E o paradoxo chegou ao ponto de se defender, com argumentos pretensamente racionais e científicos, o infanticídio. É caso para dizer, mas onde é que eu já vi este filme? E a resposta é simples: basta regressar ao nosso vizinho século XX para aí encontrar disseminadas algumas práticas, então condenadas, mas parece que, afinal não são tão erradas, a julgar pelas declarações feitas há dias por dois cientistas. Por mais que as queiram maquilhar e apresentar como sinal de evolução da sociedade, de emancipação do obscurantismo, de liberdade própria das democracias, nada justifica o indefensável. A vida humana tem um início e o primeiro dos direitos humanos, sem o qual nada existe, é o direito à vida. Se ontem se quis justificar o aborto, hoje o infanticídio, o que virá amanhã? Será que podemos impunemente alterar valores estruturantes da sociedade, movidos apenas por conveniências, ideologias e lobbies? Bastará, para o efeito, legislar em sede parlamentar, ou sujeitar a opinião pública a campanhas de pressão, levadas a cabo por minorias que dominam alguns dos grandes meios de comunicação? Não estaremos, se seguirmos por este caminho, condenados a cair na ditadura dos mais fortes, desprotegendo os mais frágeis que não se podem defender nem manifestar? Ainda estamos a tempo de dizer não a estas e outras formas de eugenia, mascaradas de democracia! Tributo a um Homem, Grande, Sábio e Bom A morte de D. Manuel Falcão (21 de fevereiro de 2012), bispo emérito de Beja, gerou em mim a firme convicção e obrigação de que deveria escrever algumas linhas sobre ele. Conheci o sr. D. Manuel na minha juventude e admirei-o logo desde a primeira hora. À medida que fui amadurecendo como homem e cristão, e depois como padre, mais passei a admirar o Homem e a Obra. A sua grande, imensa, sabedoria transversal e eclética, a sua humildade e discreção, própria dos homens grandes, a sua delicadeza com todos, sem exceção, a sua proximidade às pessoas concretas, aos problemas concretos, no Alentejo, granjearam-lhe a admiração de gente das mais diversas ideologias e perspetivas de vida. D. Manuel foi também uma espécie de visionário da Igreja em Portugal. Alguns apelidaram-no de “pai da Sociologia Religiosa”; outros preferiram afirmar que da sua pena saíram alguns dos documentos mais emblemáticos da Conferência Episcopal Portuguesa; outros ainda não se coibiram de dizer que poderia ter sido patriarca de Lisboa, mas veio para Beja... Sobre um homem da estatura e da craveira do sr. D. Manuel tudo o que se disser é pouco e assaz incompleto. No entanto, nenhuma das afirmações reconhecendo as suas imensas capacidades e extraordinárias missões prestadas ao serviço da Igreja em Portugal e no Alentejo perturbava a sua fina sensibilidade e delicadeza, nem o levava a exaltar-se ou a alimentar o culto da personalidade. A sua fé era sólida e o amor à Igreja indiscutível.
Não “troiko” isto por nada Daniel Mantinhas Empresário
e volta a esta nossa tertúlia mensal, e depois do meu regresso à pátria amada, apraz-me cumprimentar todos com lusitanas saudações e com o desejo de um inverno tardio que traga chuva para alagar de esperança todos aqueles que vivem da terra, só porque também vivemos e nos alimentamos dela, porque sinceramente está um tempo do caraças. A grande depressão está instalada, não só a económica, a social e a financeira mas também a psicológica... já repararam certamente no semblante que todos nós tugas carregamos com a passagem da malfadada crise. Se parecia mal dizer que se estava bem quando encontrávamos um amigo, hoje o lema é dizer que isto está muito mau. Mau porque o banco não empresta dinheiro, mau porque subiu a gasolina, mau porque não há emprego, mau porque alguém perdeu o emprego, enfim todos os maus que existem. A única boa notícia, segundo o Governo, é o nosso comportamento no cumprimento do pacto de estado que assinamos com aqueles senhores do nome esquisito, que ao que parece nos vão continuar a emprestar dinheirinho para pagar os ordenados dos funcionários públicos e as reformas, sim, porque o restante é devolvido a esses mesmos senhores em forma de juros. Os projetos estruturantes pararam, as grandes obras públicas pararam, as autarquias pararam, tudo parou por falta de verbas. Se bem percebo isto, o objetivo é aguentar o País em funcionamento mínimo garantido até que os mercados acreditem em nós para que num tal dia de setembro de 2013 possamos regressar a esses mesmos mercados e emitir uma quantidade enorme de dívida pública para continuar os projetos megalómanos e as obras públicas de País de 1.º mundo para português ver, e isto tudo até às próximas eleições legislativas. Ufa, que desafio enorme tem este governo e que paciência tem o nosso povo. Enquanto deprimimos há sempre alguém que nos diz para termos cuidado. Curiosamente os próprios banqueiros que, apesar de alterarem os spreads dos empréstimos à habitação das famílias de forma unilateral, para manter e até subir os resultados anuais, têm medo do descalabro. Assiste-se hoje a um desenfrear de vendas em hasta pública de casas, património de famílias que não aguentam a pressão da banca e finanças que a todo o custo tentam travar as dívidas e incumprimentos de contribuintes e clientes. O mercado nacional recuou como era de esperar e as insolvências e falências de todos aqueles que por um motivo ou outro não resistem à pressão. O que fazer à geração mais qualificada de sempre para travar a emigração forçada, e por vezes irrefletida, à espera de oásis noutras paragens, que por vezes se transformam em verdadeiros infernos? O que fazer com famílias destroçadas cheias de dificuldades e ameaças? Eis as questões que mais me preocupam. Por fim, e porque não é de meu tom falar tão friamente das coisas, gostaria de exprimir uma última preocupação legítima a qualquer cidadão alentejano. Por que é que ainda não há caracóis e quanto custa o bilhete para o Tony Carreira na Ovibeja?
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Carta ao diretor O túmulo das Novas Oportunidades Luís Miguel Ricardo Investigador na área de Educação e Formação de Adultos
(...) Volvido quase um ano de governação e de polémicas em torno da iniciativa Novas Oportunidades, ainda não se ouviu um elemento do PSD ou do CDS-PP falar do assunto com conhecimento de causa. Constantemente confundem iniciativa Novas Oportunidades com Centro de Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências (RVCC). Julgam a primeira pelas metodologias dos segundos, sem entenderem o que são uma e outro na estrutura educativa-formativa portuguesa. A iniciativa Novas Oportunidades divide-se em duas valências. A vertente formativa, onde são englobados cursos de educação e formação de adultos, cursos de educação e formação de jovens e formações modelares. E a componente de centro RVCC, que permite aos cidadãos, impossibilitados de estudar no devido tempo, demonstrar, validar e certificar as competências adquiridas ao longo da vida em contextos formais, não-formais e informais. Será a esta segunda valência que os senhores deputados da maioria atribuem a responsabilidade de distribuírem “diplomas a granel” ou de dar “diplomas da ignorância”, fundamentando tais posições no tempo de duração de um processo de RVCC. Uma vez mais sobressai a falta de informação dos mesmos opinantes com responsabilidades, revelando um desconhecimento abissal do que é um processo de RVCC, confundindo-o com a escola conceptual e com sistemas de aprendizagem. Em seis meses (tempo médio de duração de um processo de RVCC de nível secundário) o candidato não pode aprender o mesmo que aprende um aluno em três anos de liceu. Mas um processo de RVCC não é um processo de aprendizagem. É um processo de demonstração de saberes, resultantes de processos de aprendizagem de uma vida. Os seis meses são o tempo que o candidato tem para demonstrar, por diversas vias, os conhecimentos adquiridos ao longo da sua existência. Conhecimentos feitos e sólidos que o centro RVCC mais não faz do que verificar, validar e certificar, posicionando o candidato nos trilhos da aprendizagem ao longo da vida, bandeira de uma União Europeia promotora da igualdade de oportunidades entre os cidadãos. Se estes senhores deputados fizessem o trabalho para o qual são pagos: investigar, pesquisar e documentar-se sobre os assuntos em debate, de maneira a puderem participar de forma construtiva na discussão dos temas propostos, não se assistiria ao degradante cenário de quarta-feira à tarde (29 de fevereiro de 2012) na casa da democracia portuguesa, no qual o senhor Michael Seufert do CDS-PP foi o expoente máximo da arrogância e da ignorância, tecendo comentários balofos, porque vazios de fundamentação, e insultuosos para milhares de técnicos que sempre contribuíram com profissionalismo para dignificar a iniciativa, e para muitos mais milhares de cidadãos que recorreram a Rede de CNO para certificaram o esforço de uma vida, para concretizarem um sonho que a adversidade de regimes pouco-democráticos lhes castraram à nascença. Os centros de RVCC não são uma invenção do antigo governo socialista, nem são uma invenção portuguesa. Os centros de RVCC fazem parte dos sistemas educativos/formativos de países de vanguarda no capítulo das qualificações, de que são exemplos os Estados Unidos da América, a França ou a Inglaterra. Haja coragem para se ignorar as quezílias partidárias e para se avaliar, sem preconceitos, o legado deixado pelos antecessores. A democracia é incompatível com saberes totalitários.
Diário do Alentejo 23 março 2012
São os sinais dos tempos. A cada dia que passa há empresas que são obrigadas a FECHAR PORTAS, a suspender a atividade, a dispensar funcionários. É uma tragédia coletiva que alastra pelo País, pela Europa, mas que se sente grandemente em regiões como a nossa, onde o emprego é, já antes era, um bem escassíssimo. Pelo que é sempre com redobrado pesar, aqui, entre nós, quando temos que dar essas notícias. Como hoje é o caso, apenas exemplificativo, da Metalomecânica Projetos Industriais Beja. PB
Há 50 anos A caminho da independência da Argélia
“O
acordo de tréguas entre a França e os rebeldes da Argélia” era o título principal da primeira página da edição do “Diário do Alentejo” de 23 de março de 1962, precisamente há meio século. Num pa ís a mordaçado pela Censura fascista e já mergulhado na guerra colonial, na frente angolana, o vespertino bejense relatava com destaque os acordos de Evian, entre a França do general De Gaulle e a Argélia de Ben Bella e da Frente de Libertação Nacional: “Após mais de sete anos de luta sangrenta em que morreram milhares de franceses e argelinos, acaba de ser firmado acordo de tréguas entre os representantes da França e os rebeldes da Argélia, na última conferência dos trabalhos respectivos que se realizou em Evian e na qual ficou assente que a determinação de cessar-fogo entrava em vigor ao meio-dia do dia 19 do corrente, o que se verificou.” O artigo, assinado por M.A.S., transcrevia os termos do acordo sobre cinco pontos: tréguas, período intermédio, autodeterminação, exército (a França tinha 240.000 soldados na colónia) e Sahara (onde havia sido descoberto petróleo...). E depois comentava: “O primeiro grande passo para a pacificação e futura independência da Argélia acaba de ser dado com este acordo; mas grandes dificuldades ainda surgirão e muito sangue será derramado antes de ser fixado o novo estatuto constitucional da Argélia. A França firmou tréguas com os rebeldes argelinos; mas outro adversário se ergue intransigente de armas na mão – o ‘Exército Secreto’, que representa uma parte do Exército francês descontente e cerca de um milhão de franceses residentes na Argélia [os colonos, conhecidos pelos pieds-noirs] que não se conformam com o cessar-fogo e o acordo firmado pelos representantes da França e dos rebeldes argelinos. O general Salan [um dos chefes do ‘Exército Secreto’, o OAS, organização de índole fascista] interrompeu, em Orão, o discurso do Presidente De Gaulle, em que este comunicava e defendia o acordo de tréguas, utilizando a rádio e a televisão. O general Salan disse que ‘o cessar-fogo representa uma retirada sem desculpa e um crime’ e afirmou que o ‘Exército Secreto’ continua o combate. A França, mesmo depois de assinar o acordo com os rebeldes, enfrenta terríveis dificuldades e inquietações.” Carlos Lopes Pereira
Iconografia pacense Um panfleto postal da vila de Cuba em 1946 – retrato breve de um país não só de então…
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miséria que se vive em Portugal neste momento, com muito poucas variantes, além da perda de conforto geral e do recrescimento da fome, pois são sempre os mesmos a pagar a crise económica – nomeadamente todos aqueles que ganham pouco, até menos que o ordenado mínimo que já não dá para quase nada, e aqueles outros cujos remediados rendimentos, controlados pelas empresas privadas e pelo Estado, não podem escapar ao sorvedouro vergonhoso dos impostos estatais e, claro, também dos desempregados sem qualquer rendimento –, não é só de agora, portanto, esta desgraça, ainda bem viva e consentida, já era vivida por uma maioria que viu agravada a sua condição social na 2.ª Guerra Mundial e nos anos subsequentes. No intuito de debelar o mal maior, mais visível, sempre houve troicas admitidas pelo Estado, ora internacionais, como agora, ora nacionais, como então, e não seria esse o único ano calamitoso, em 1946, de que nos “fala” este “postal ilustrado”, da vila alentejana de Cuba, que não é propriamente para turista ver. Os historiadores bem se fartam de pôr o dedo na ferida, apontando os porquês da evolução mais ou menos positiva das nações e indicando o que deve ser curado de vez, mas os políticos, a grande maioria deles, eleitos ou não, têm sido os maiores transgressores (quase nunca responsabilizados) do bem-estar dos povos. Este pseudo-postal ilustrado de 1946, no anverso com uma reprodução fotográfica da entrada do Hospital da Misericórdia de Cuba – instalado no antigo convento do Carmo, de raízes seiscentistas, quase todo refeito no século XVIII a expensas do morgadio da família Baraona –, destinava-se a avisar a população residente e não só, tal como hoje se faz com a distribuição de fleyrs (pequenos panfletos) para publicitar os eventos mais díspares, de que iria ter lugar no dia 25 de agosto de 1946, em Cuba, um cortejo de oferendas para a referida instituição hospitalar. O caso era sério, não havia dinheiro e também não haveria muita coisa para comprar, mas a junção de vontades, a conjugação de esforços, poderia resolver os problemas mais prementes (não esquecemos um outro postal do hospital de Beja, da década anterior ao de Cuba, intitulado “Auxiliai os doentes pobres” – o fim era o mesmo). Acreditamos que o “postal” de Cuba também servisse para angariar algum dinheiro, embora nele não conste qualquer valor, porquanto o de Beja o manifestasse. Todavia, nesse tempo de infortúnio, especialmente para os pobres, e de ditadura política para quase todos, dois poemas de Campos de Figueiredo (1895-1965), dizendo muito mais do que aquilo que se lê sem pensar, e sem sair do espírito indulgente do cortejo, expunham no reverso do “postal” os verdadeiros significados, como só os poetas conseguem fazer, de “Amor e Caridade” e das “Esmolas de Pobres”. O conjunto dos poemas, mais a ilustração e o cortejo anunciado, constituíram então a mini-troica possível de auxílio ao hospital de Cuba, contributo a que responderam, obviamente, sempre os mesmos. Imploramos ao leitor que atente nas entrelinhas dos poemas e que na sua reinterpretação insista, não vá alguém um dia destes dizer, se é que não se disse noutro lado qualquer, que o poeta é fascista… Leonel Borrela
Diário do Alentejo 23 março 2012
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ARQUIVO “DIÁRIO DO ALENTEJO”
Quem está, está. Quem vai, vai. Na próxima sexta-feira, 30, é apresentada em Paris, na sede na Unesco, a candidatura do cante a Património Imaterial da Humanidade. Uma iniciativa que partiu da Câmara de Serpa, mas que ao longo do seu percurso conseguiu reunir a quase totalidade das autarquias com grupos corais. E, mais importante, obteve a adesão de 132 ranchos em torno do mesmo objetivo: chamar a atenção do mundo para a mais emblemática expressão cultural do Alentejo. Agora, é tempo para que os próprios críticos se juntem ao grupo. E que cantem em uníssono. Porque é essa a essência do próprio cante: a voz de muitos é uma só. PB
Diário do Alentejo 23 março 2012
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Diário do Alentejo 23 março 2012
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(2) ALMODÔVAR/ /MILFONTES Jogo muito difícil para as duas equipas, mas atribuo o favoritismo ao Milfontes, que não quererá dilatar a diferença de cinco pontos para o líder.
(X) SERPA/ /VASCO DA GAMA Será uma partida muito bem disputada, entre duas equipas que se equivalem, o Serpa joga em casa mas o Vasco está moralizado. Empatam.
Desporto
(1) SÃO MARCOS/ /GUADIANA Jogo entre as duas equipas que estão em risco de despromoção. O fator casa e a motivação da vitória em Panoias leva-me a apostar no triunfo do São Marcos.
(1) ALDENOVENSE/ /PANOIAS A jogar em casa o Aldenovense é francamente favorito, apesar de alguma oposição que os visitantes certamente exercerão.
Hoje palpito eu... João Capristano Silva “Jones”
(2) DESPORTIVO/ /CAS TRENSE Será um jogo complicado pela motivação dos bejenses em jogarem com o líder do campeonato. Apesar disso, o Castrense ganhará.
(1) FERREIRENSE/ /ROSAIRENSE A recente vitória em Odemira significa uma fase ascendente da equipa de Ferreira do Alentejo que nesta partida reúne o meu favoritismo.
(1) ODEMIRENSE/ /SPORTING DE CUBA O Odemirense não vai deixar escapar os três pontos num jogo em que o adversário é o último classificado do campeonato...
Quem se recordar do período áureo do Desportivo de Beja na 2.ª Divisão Nacional, nos anos oitenta, recordará quatro grandes jogadores oriundos de Aljustrel, determinantes em muitas jornadas de glória: Ameixa, Formoso, Jones e Pinheiro. João Capristano Silva, ou Jones, como ficou conhecido no mundo da bola, nasceu em Cabo Verde, onde se iniciou no futebol, no Grémio Desportivo Castilho, de São Vicente. Já em Portugal, Jones representou o Sport Clube Mineiro Aljustrelense durante oito épocas, de onde saiu para o Desportivo de Beja, acabando a carreira desportiva em Castro Verde. Hoje, com 60 anos, este antigo mineiro já está aposentado.
Futebol juvenil Campeonato Nacional de Juniores Fase de permanência série D – (2.ª jornada): Atlético-Despertar, 8-1; Oeiras-Des portivo Portugal, 3-0; Lusitano de Évora-Imor tal, 1-1; União de Montemor-Farense, 2-0; Classificação: 1.º Atlético, 28 pontos. 2.º Oeiras, 25. 3.º Farense, 15. 4.º Lusitano Évora, 13. 5.º Despertar, 12. 6.º Imortal, 11. 7.º Desportivo Portugal, 11. 8.º União de Montemor, 7. Próxima jornada (24/3): Atlético-Oeiras; Desportivo Portugal-Lu sitano de Évora; Imortal-União de Montemor; Despertar-Farense.
Mineiro Aljustrelense União foi a base do sucesso da equipa
Milfontes ganhou A equipa do litoral não desiste de perseguir o Castrense
Campeonatos entram na reta final
Moura reza por milagre Nacional 2.ª Divisão 24.ª jornada Fátima-Pinhalnovense ...................................................... 1-0 Louletano-Juventude Évora ............................................ 1-0 At. Reguengos-Mafra .........................................................1-1 Monsanto-Caldas ................................................................0-1 Carregado-Est. Vendas Novas..........................................2-1 Sertanense-1.º Dezembro .................................................2-1 Torreense-Oriental ............................................................ 0-0 Tourizense-Moura.............................................................. 1-0 Torreense Oriental Carregado Fátima Pinhalnovense Mafra Louletano Sertanense E. Vendas Novas Juventude Évora At. Reguengos 1.º Dezembro Tourizense Monsanto Moura Caldas
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24 24 24 24 24 24 24 24 24 24 24 24 24 24 24 24
13 14 13 13 13 9 10 9 10 8 5 6 5 4 5 3
9 4 6 6 3 11 7 7 4 3 9 6 9 9 4 7
2 6 5 5 8 4 7 8 10 13 10 12 10 11 15 14
39-18 45-16 47-31 35-24 35-26 27-17 22-21 28-27 32-26 24-32 25-38 23-27 19-31 18-32 19-47 13-38
48 46 45 45 42 38 37 34 34 27 24 24 24 21 19 16
Próxima jornada (25/3/2012): Moura-Fátima, Pinhalnovense -Lou letano, Juventude Évora-At. Reguengos, Mafra-Monsanto, Caldas-Carregado, Estrela Vendas Novas-Sertanense, 1.º Dezembro-Torreense, Oriental-Tourizense.
Distrital 1.ª Divisão 21.ª jornada Rosairense-Desp.Beja ....................................................... 2-0 Sp.Cuba-Milfontes ............................................................. 0-2 Castrense-Aldenovense ....................................................5-2 Odemirense-Ferreirense ...................................................1-2 Vasco da Gama-Almodôvar ..............................................3-2 Guadiana-FCSerpa............................................................. 1-0 Panoias-S.Marcos ................................................................1-3 Castrense Milfontes Ferreirense Vasco da Gama Aldenovense Rosairense FCSerpa Odemirense Panoias Almodôvar Desp.Beja S.Marcos Guadiana Sp.Cuba
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17 16 11 11 11 9 8 9 8 7 6 5 5 2
4 2 5 1 0 4 6 2 4 5 4 4 2 1
0 3 5 9 10 8 7 10 9 9 11 12 14 18
52-9 41-16 36-31 49-31 34-24 33-29 27-26 31-31 25-34 38-35 24-30 21-54 22-51 16-48
55 50 38 34 33 31 30 29 28 26 22 19 17 7
Próxima jornada (25/3/2012): Odemirense-Sp.Cuba, Ferreirense-Rosairense, Desp.Beja-Castrense, FCSerpa-Vasco da Gama, S.Marcos-Guadiana, Aldenovense-Panoias, Desp.Beja-Milfontes.
Domingo, o Moura joga em casa uma das últimas cartadas na luta pela permanência na II Divisão. No Algarve, o Mineiro inicia a segunda fase da III Divisão Nacional frente ao Esperança de Lagos, com toda a tranquilidade. Já o Despertar, frente ao Redondense, em Beja, parte para uma missão (quase) impossível. No Distrital da I Divisão, o Castrense defronta o Desportivo, em Beja, como favorito, com os ouvidos em Almodôvar, à espera que o Milfontes perca pontos. Na II divisão, o Ferrobico tem na Amareleja uma prova difícil: se ganhar afasta um dos três segundos classificados, mas se perde, complica a luta pela vitória.
A
seis jornadas do fim, o Moura Atlético Clube, precisa mesmo de um milagre para fugir à despromoção. Depois do desaire fora, frente ao Tourizense, pela margem mínima, num golo sofrido através de uma grande penalidade, recebe o Fátima, que é o 4.º classificado. A equipa da cidade de Salúquia não ganha desde 29 de março, e dos 18 pontos que faltam disputar dava-lhe jeito ganhar todos. Reguengos e Juventude de Évora, respetivamente, nos 10.º e 11.º lugares, estão mesmo acima da linha de água, e vão medir forças num combate fratricida. Já o Vendas Novas, que subiu esta época, tal como o Moura, e está num “confortável” 9.º lugar, recebe o Sertanense e pode dar um pulo na tabela classificativa. III Divisão regressa Mineiro e Despertar vão regressar à competição, mas agora em circunstâncias diferentes: enquanto os aljustrelenses lutam pela vitória, sem o espectro da despromoção; o “rasga” vai ter de lutar até à exaustão pela permanência, já que parte apenas com dois pontos, menos
oito que o Redondense (5.º), exatamente o seu adversário de domingo, no Complexo Desportivo Fernando Mamede. Já o Mineiro inicia a segunda fase com 17 pontos, a 11 do Farense, mas será difícil anular a diferença e chegar ao título. Para começar tem de bater o Esperança de Lagos, no Algarve, o que, tendo em conta os resultados da primeira fase, não é de todo impossível. Castrense mais perto do título No “distritalão” o Castrense é favorito na deslocação a Beja para defrontar o Desportivo, mas não deixará de estar atento ao que se passa em Almodôvar, onde o Milfontes, segundo classificado, a apenas cinco pontos, irá ter um jogo difícil. O resto da concorrência já se encontra muito longe para incomodar, sendo o Sporting da Cuba, o “lanterna vermelha”, com apenas sete pontos. Na segunda divisão, a oito jornadas do termo do campeonato, o histórico Ferrobico desloca-se a Amareleja, um dos três clubes, juntamente com o Piense e o Saboia, que perseguem o líder a cinco pontos de distância. Mas o Bairro da Conceição, com menos um ponto, recebe o Saboia, e se não quiser hipotecar a subida tem de o bater. Futsal: Baronia joga em Sines Realiza-se ama-
nhã, sábado, a 19.ª jornada do Campeonato Nacional de Futsal da 3.ª Divisão, com o confronto entre os Independentes de Sines e o Desportivo da Baronia, numa partida marcada para as 18 horas. Com posições bem diferentes na tabela, os Independentes assumem o favoritismo, devido ao terceiro lugar, em contraste com a décima segunda posição do adversário. Os sineenses vêm de um triunfo em Messines (6/8) e o Baronia foi derrotado em casa pelos Indefetíveis de Alhos Vedros (2/5). Firmino Paixão
Campeonato Distrital de Juniores (14.ª jornada): Amarelejense-Piense, 1-1; Aljustrelense-Desportivo de Beja, 2-2; Vasco da Gama -São Domingos, 5-0; Odemirense-Castrense, 3-0; Almodôvar -Mou ra, 0-5. Classificação: 1.º Moura, 37 pontos. 2.º Castrense, 31. 3.º Odemirense, 30. 4.º Desportivo de Beja, 25. 5.º São Domingos, 17. 6.º Piense, 17. 7.º Aljustrelense, 15. 8.º Almodôvar, 10. 9.º Vasco da Gama, 10. 10.º Amarelejense, nove. Próxima jornada (24/3): Castrense-Amarelejense; Piense-Aljustrelense; Desportivo de Beja-Vasco da Gama; Moura-São Domingos; Almodôvar-Odemirense. Campeonato Distrital de Juvenis (10.ª jornada): Desportivo de Beja-Despertar, 1-4; Aljustrelense-Aldenovense, 3-1; Castrense -Mou ra, 3-1; Sporting de Cuba-Boavista, 5-1. Classificação: 1.º Despertar, 30 pontos. 2.º Moura, 21. 3.º Desportivo de Beja, 21. 4.º Castrense, 15. 5.º Aldenovense, 13. 6.º Aljustrelense, nove. 7.º Boavista, seis. 8.º Sporting de Cuba, quatro. Próxima jornada (25/3): Moura-Desportivo de Beja; Despertar-Aljustrelense; Boavista-Aldenovense; Sporting de Cuba-Castrense. Campeonato Distrital de Iniciados (20.ª jornada): Odemirense-Desportivo de Beja, 1-3; Amarelejense-Despertar, 3-1; Serpa-Almodôvar, 0-2; Ourique-Milfontes, 1-1; Bairro da Conceição-Negrilhos, 4-1; Ferreirense-Guadiana, 0-2. Classificação: 1.º Desportivo de Beja, 52 pontos. 2.º Odemirense, 49. 3.º Moura, 40. 4.º Serpa, 38. 5.º Despertar, 27. 6.º Guadiana, 26. 7.º Amarelejense, 26. 8.º Almodôvar, 25. 9.º Milfontes, 19. 10.º Bairro da Conceição, 15. 11.º Ferreirense, 13. 12.º Ourique, oito. 13.º Negrilhos, seis. Próxima jornada (25/3): Desportivo de Beja-Amarelejense; Despertar-Ser pa; Almodôvar-Ourique; Milfontes -Bairro da Conceição; Negrilhos-Ferreirense; Guadiana-Moura. Campeonato Distrital de Futsal (11.ª jornada): AdvnsBento-IP Beja, 4-5; Vila Ruiva-Al mo dovarense, 2-7; A.Surdos Beja-Al cofo rado, 1-3; Alfundão-Sporting de Moura, 1-3. Classificação: 1º I.P.Beja, 25 pontos. 2.º Almodovarense, 24. 3º Sporting de Moura, 23. 4.º Alcoforado, 23. 5.º AdvnsBento, 22. 6.º Alfundão, 16. 7.º Vila Ruiva, seis. 8.º A.Surdos Beja, 0. Próxima jornada (23/3): Sporting de Moura-I.P.Beja; Alfundão-Almodovarense; AdvnsBento-Alcoforado; A.Surdos Beja-Vila Ruiva. Taça Distrito de Beja Seniores Femininos – (5.ª jornada): Ourique-Serpa, 2-4; Benfica de Almodôvar-Odemirense, 2-9; Aljustrelense-Ben fica Castro Verde, 2-1. Classificação final: 1.º Aljustrelense, 15 pontos. 2.º Benfica Castro Verde, 12. 3.º Serpa, nove. 4.º Odemirense, seis. 5.º Ourique, um. 6.º Benfica Almodôvar, um. Taça Joaquim Branco A primeira jornada da Taça Joaquim Branco (Benjamins) disputa-se amanhã com a realização dos seguintes jogos (10 e 30 horas) – série A: Benfica de Beja-Sporting de Beja; Beringelense-Vasco da Gama; Bairro da Conceição Serpa; Alvito -Desportivo de Beja. Série B: Figueirense-Milfontes; Guadiana-Odemirense; Despertar A-Almodôvar; Aljustrelense-Ourique. Taça dr. Covas Lima A ronda inaugural da Taça Dr. Covas Lima (infantis) joga-se amanhã pelas 10 e 30 horas com o seguintes quadro de jogos – série A: Aldenovense-Despertar B; Beringelense --Sporting de Cuba; Sporting de Beja-Alvito. Série B: Almodôvar-Bairro da Conceição; Ourique-Milfontes; Castrense-Aljustrelense.
A fase final do Campeonato Distrital de Infantis tem início amanhã com o seguinte calendário de jogos: Moura-Despertar A; Odemirense-Vasco da Gama; Rio de Moinhos-Guadiana. As partidas iniciam-se às 11 horas.
Fosso olímpico O Campo de Tiro João Rebelo, em Beja, recebe no domingo, 25, a 3.ª Contagem Regional Sul do Campeonato de Portugal de Tiro aos Pratos na modalidade de fosso olímpico (75 pratos). A prova é organizada pelo Clube de Caçadores do Baixo Alentejo.
Fase final do campeonato distrital de benjamins
A fase final do Campeonato Distrital de Benjamins começa amanhã a disputar-se com o seguinte quadro de jogos, marcados para as 11 horas: Aldenovense-Castrense; Renascente-Ferreirense; Despertar B-Sporting de Cuba.
Columbófilia Realiza-se amanhã, sábado, a primeira prova do Campeonato de Meio Fundo da Associação Columbófila do Distrito de Beja. A solta ocorrerá na localidade espanhola de Ciudad Real, para as zonas Centro Leste e Sul (360 quilómetros de linha de voo).
Andebol Zona Azul festejou A equipa sénior de andebol da Associação Cultural e Recreativa Zona Azul, de Beja, concluiu a 1.ª fase do Nacional da 3.ª Divisão com uma vitória (23/17) sobre a equipa do Torrense e festejou com os seus adeptos o primeiro lugar conquistado na zona sul, com 57 pontos, depois de uma excelente série de 19 jogos sem conhecer a derrota. A segunda fase da prova, ou seja, a provável caminhada dos bejenses para a segunda divisão, vai iniciar-se no próximo dia 30, e os próximos adversários serão o Ílhavo, Modicus, Monte, Samora Correia e Boa Hora. Classificação final: 1.º Zona Azul, 57 pontos; 2.º Boa Hora, 55. 3.º Torrense, 51.
Mineiras a caminho da “dobradinha”
Outros resultados Nacional da 1.ª Divisão Iniciados Masculinos (5.ª jornada): Samora Correia-CCPSerpa, 28–15. Campeonato do Alentejo Minis Masculinos (5.ª jornada): CCP Serpa-Zona Azul, 18-17; Évora-Ponte Sor, 30-10. Torneio Complementar do Alentejo Iniciados Masculinos (3.ª jornada): Redondo-Vidigueira, 10-21; Ponte Sor-Zona Azul, 37-32. Nacional Infantis Masculinos (5.ª jornada): Zona Azul-Cruz de Malta, 30 -21; Portalegre-Évora, 23-22. Nacional de Juvenis Masculinos 2.ª Divisão (3ª jornada): Évora-Portalegre, 29-24.
Basquetebol Beja Basket venceu O Beja Basket Clube venceu o Clube de Basquetebol de Tavira (93/56) na jornada de encerramento da 1.ª fase do Nacional de Basquetebol da 2.ª Divisão. A equipa classificou-se no 2.º lugar com 20 pontos, menos três que os Salesianos de Évora, que se apuraram para a segunda fase do campeonato.
Atletismo Prémio Dr. Gradiz em Cuba Realiza-se amanhã, sábado, na vila de Cuba, o 10.º Grande Prémio de Atletismo Dr. Carlos Gradiz, prova de estrada destinada a todos os escalões etários, que terá início às 14 e 30 horas no largo Cristóvão Cólon.
Aljustrelense venceu Taça Distrito de Beja
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Sport Clube Mineiro Aljustrelense venceu a Taça Distrito de Beja em seniores femininos, depois de ter derrotado a formação da Casa do Benfica de Castro Verde, por 2-1, no Estádio Municipal de Aljustrel, naquela que foi a derradeira jornada da competição. Nas cinco jornadas da taça as “mineiras” conseguiram outras
tantas vitórias, marcaram 24 golos e sofreram oito, concluindo a prova com três pontos de avanço sobre a formação benfiquista de Castro Verde. Além destas duas equipas participaram o Odemirense, o Serpa, o Ourique e a Casa do Benfica de Almodôvar, as mesmas equipas que disputam o campeonato distrital de seniores femininos, que atualmente
é liderado pelo Aljustrelense, com seis pontos de avanço sobre o Serpa, quando faltam três jornadas para o final, sendo provável que as mineiras consigam a “dobradinha”. A equipa do Aljustrelense é treinada por Vera Costa e tem no seu plantel Ana Rita Nascimento, ambas ex-jogadoras da seleção nacional feminina. Firmino Paixão
Três etapas muito competitivas em Almodôvar
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5.ª Volta em Ciclismo
5.ª Volta ao Concelho de Almodôvar em Ciclismo, na categoria de masters (veteranos), disputa-se este fim de semana, dias 24 e 25, coincidentes com o período em que estará também na estrada a 30.ª Volta ao Alentejo. A prova é organizada pela Câmara Municipal de Almodôvar e pela Casa do Benfica local e conta com um percurso de 143 quilómetros, divididos em três etapas, entre elas uma crono escalada. No primeiro dia de prova (24) realiza-se uma etapa em linha na distância de 94,6 quilómetros, com saída de Almodôvar (15 horas) e passagem por Aldeia dos Fernandes
– meta volante (15 e 18 horas), A-doNeves (15 e 29), Almodôvar – meta volante (15 e 41), Dogueno – meta volante (16 e 01); Corte Figueira Mendonça (16 e 12), Atalaia – prémio montanha 3.ª categoria (16 e 25), Fontes Ferrenhas (16 e 33), Curvatos (16 e 41) Almodôvar (16 e 52); Santa Clara-a-Nova (17 e 07) e Santinha – prémio montanha 3.ª categoria (17 e 15). No domingo, 25, realizam-se duas tiradas, a primeira no sistema de crono escalada na distância de 3,4 quilómetros, com partida às 10 horas da praça da República, em Almodôvar, e passagem pela rua Serpa Pinto, estrada de São Sebastião, Azinhaga
do Poço de Ourique, variante do Poço de Ourique, antiga estrada de Ourique e meta em Santo Amaro (10 e 05). Pela tarde cumpre-se um circuito de 45 quilómetros, com 10 voltas a um percurso traçado na variante do Poço de Ourique. Esta etapa começa às 16 horas e tem chegada prevista para as 17 e 20 horas. Em tempo de preparação para a época, a equipa da Casa do Benfica de Almodôvar esteve no último fim de semana em Sintra, na prova de abertura, onde assegurou o segundo lugar por equipas, metendo quatro corredores entre os 12 primeiros. Firmino Paixão
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Tigres da rotunda José Saúde
São gentes que trabalham, outros aposentados. Não olhemos às idades que cada um ostenta, mas o espírito reinante que envolve o grupo em cada fim de semana. O desporto é a razão que os motiva a praticarem uma modalidade que lhes preenche a alma: o ciclismo. Um ciclismo amador, claro, mas onde se constatam pequenas maldades feitas a um companheiro que por ironia do destino se deparou com eventuais problemas físicos não conseguido superar a pedalada agreste imposta pelos mais fortes. O pelotão tem regras, dizem. Porém, com o evoluir da tirada, o grupo divide-se. Trabalha-se na ponta do elástico. Chovem as gargalhadas. Enaltecem-se as finezas. Uma pretensa avaria na bicicleta apresenta-se como uma opção para uma esfarrapada desculpa. Abelardo, Mestre de nome e mestre nestas andanças, não perde pitada destes delírios velocipédicos em que prolifera um puro amadorismo e sobretudo uma camaradagem entre gentes trabalhadoras cujo objetivo assenta na prática desportiva e no prazer em descobrir o odor da planície de um Alentejo que sonha com uma caixa de pandora iluminada. “A guarda já não quer isto”, confidenciava-me o Abelardo no passado domingo na altura do ajuntamento. “Manda-nos encostar e dividirmo-nos em grupos pequenos”, adiantou. “Isto já parece a Volta ao Alentejo, hoje somos trinta e tal”, concluiu. Abordei o grupo para dois dedos de conversa numa das rotundas principais de Beja, aquela que nos indica o destino para a Base Aérea. Confesso que fiquei entusiasmado com a dinâmica da rapaziada. Quem chegava era motivo para mais uma dica. Abelardo, com a máquina fotográfica em punho, registava a chegada dos craques atrasados. “Hoje isto está mesmo bom”, comentava Luís Água-Doce. Eu limitei-me a registar a azáfama desportiva entre gentes amadoras e conclui: “Aqui está a verdadeira casta dos tigres da rotunda!”. Fica o exemplo dos bravos desportistas.
Diário do Alentejo 23 março 2012
Fase final do campeonato distrital de infantis
Diário do Alentejo 23 março 2012
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Hóquei de Grândola sozinho na taça
Depois de uma ronda de Taça de Portugal desastrosa para a grande maioria das equipas alentejanas (só o Hóquei de Grândola prossegue em prova), regressam os campeonatos nacionais. Na 3.ª Divisão, numa ronda em que folga o Castrense, o Hóquei de Grândola receberá amanhã o Seixal e o Aljustrelense desloca-se ao pavilhão da Juventude Salesiana. O Estremoz joga em casa com o Azeitonense. Na 2.ª Divisão Nacional o H. Vasco da Gama jogará no recinto do Biblioteca. Resultados da 2.ª eliminatória da Taça de Portugal: Lourinhã-H.Grândola, 3-5; Castrense-Biblioteca, 3-13; Salesiana-Aljustrelense, 8-6; Estremoz-Campo de Ourique, 3-4; Boliqueime-Vasco da Gama, 5-4.
Outros resultados de hóquei em patins Nacional de Iniciados Sul D (4.ª jornada): Estremoz-Benfica, 2-6; Paço d’Arcos-CP Beja, 11-0; Cascais,3-Vasco da Gama, 5. Classificação: 1.º Benfica, 12 pontos. 2.º Paço d’Arcos, nove. 3.º H.Vasco da Gama, seis. 4.º Estremoz, quatro. 5.º Cascais, dois. 6.º C.P.Beja, um. Próxima jornada (24/3): CP Beja-Estremoz; Benfica-Cascais; H.Vasco
da Gama-Paço d’Arcos. Nacional de Juvenis Sul D (4.ª jornada): H.Santiago-Benfica, 2-13; Seixal-CP Beja, 7-5; S.Carvalhais-Sesimbra, 4-2. Classificação: 1.º Benfica, 12 pontos. 2.º S.Carvalhais, nove. 3.º Seixal, nove. 4.º CP Beja, seis. 5.º H.Santiago, zero. 6.º Sesimbra, zero. Próxima jornada (24/3): Sesimbra-H.Santiago; Benfica-Seixal; CP Beja-S.Carvalhais.
Seis atletas de Beja nas três seleções de kayak polo
Pagaia Sul com os olhos na Polónia As Piscinas Municipais de Ferreira do Alentejo acolheram o primeiro estágio das equipas nacionais de kayak polo, onde estão integrados seis atletas da Associação Juvenil Pagaia Sul, de Beja. Texto e foto Firmino Paixão
J
oão Ribeiro, técnico nacional da modalidade, referiu ao “Diário do Alentejo” que este foi o primeiro estágio do ano e que tem como objetivo “a preparação das equipas nacionais para o campeonato do mundo que se realizará em setembro deste ano na Polónia”. “Estamos a trabalhar com três equipas – seniores, sub/21 e sub/18 –, sendo que a participação no mundial será apenas para os seniores e, possivelmente, para os sub/21, que está ainda dependente da qualificação”, adiantou. O técnico da Federação Portuguesa de Canoagem justificou a presença das seleções no Alentejo sublinhando que “é sempre um prazer” estarem em Ferreira do Alentejo, até pela ajuda que têm do clube local (Ferreira Ativa)”: “Eles são inexcedíveis no apoio, o do município local também, nomeadamente com a cedência da piscina e do pavilhão”, disse. O técnico elogiou ainda as condições oferecidas para realização do estágio: “Temos umas condições ótimas, o campo
Kayak polo João Roque, da Pagaia Sul de Beja (n.º6) pode estar no mundial da Polónia em setembro
está montado, a piscina tem uma excelente zona verde envolvente, que nos permite fazer trabalho diferenciado, e é um sítio central e equidistante para os vários núcleos de kayak polo que temos no Sul do País: Beja, Fronteira, Setúbal, Lisboa”. O programa de preparação das seleções prosseguirá com a participação em torneios nacionais e internacionais e com a realização de estágios mensais, sendo de prever, segundo informação colhida junto dos responsáveis federativos, que a Piscina de Ferreira do Alentejo volte a ser escolhida para
receber uma segunda etapa de preparação das equipas nacionais. A presença de seis atletas da Associação Juvenil Pagaia Sul, de Beja, é, segundo o técnico nacional, o resultado do “desenvolvimento e da aposta que o clube tem feito, nomeadamente em equipas muito jovens, e é um facto que será uma das equipas mais representadas, este ano pela primeira vez com um atleta nos seniores [João Roque], que fez os escalões todos até sub/21”. Mas o clube, disse ainda João Ribeiro, “tem também atletas nos sub/21 e nos sub/18, uma aposta que o Pagaia Sul de
Beja tem feito na área da formação e cuja evolução está a dar frutos com a chegada desses atletas às seleções nacionais”. Ainda que este tenha sido o primeiro estágio da temporada, a perspetiva destes atletas estarem na Polónia a competir no europeu da modalidade é elevada, segundo o técnico federativo: “Neste momento estão todos em pé de igualdade”, disse. E lembrou: “No ano passado ao nível do sub/21 o Pagaia Sul teve três jogadores no europeu, em Espanha, com uma performance bastante interessante, e este ano, quer ao nível dos
sub/21, quer dos seniores, tem legitimidade para manter essa ambição. São jogadores que já ganharam hábitos de integração e representação da seleção, agora é uma questão de treinarem, porque ainda estamos a seis meses do campeonato do mundo”. Quanto às expectativas de crescimento do kayak polo para além dos núcleos já existentes, Ferreira Ativa e Pagaia Sul, João Ribeiro explicou: “Esta modalidade é um pouco complicada, pelo investimento que é preciso fazer em material, ou seja, não é apenas um barco, é preciso uma frota, 10 barcos, coletes, capacetes, pagaias específicas para a modalidade, o que origina um grande investimento dos clubes e, numa altura como a que vivemos, é sempre difícil, ou seja, os clubes que têm já o material conseguem ir mantendo a atividade, para os outros torna-se muito difícil”. O técnico revelou ainda: “Não sendo esta uma modalidade olímpica, é menos atrativa e depois depende da existência de planos de água muito específicos, piscinas ou planos de água parada, sem correntes nem marés, em Mértola ou Milfontes, onde temos outros clubes filiados, será sempre complicado montar um campo de kayak polo e muitas vezes não temos os clubes que desejávamos por termos essas limitações”, concluiu.
Alentejana termina no domingo em Grândola
Um final fraterno no palco da Vila Morena O pelotão da 30.ª Volta ao Alentejo em Bicicleta/Crédito Agrícola Costa Azul volta esta manhã à estrada para cumprir a segunda etapa, rolando mais de 190 quilómetros, a tirada mais extensa do certame, entre Portel e Santiago do Cacém. O cubense João Letras é o único alentejano em prova. Texto Firmino Paixão
P
ara trás já ficou o trajeto entre Castelo de Vide e a vila de Redondo, etapa corrida ontem na abertura desta edição da Alentejana. A caravana ruma hoje ao litoral e amanhã o início da etapa será em Odemira, percorrendo a costa alentejana até Sines, de onde
flete para o interior rumo a Ourique (rampa da avenida 25 de Abril), cuja chegada proporciona, habitualmente, excelente espetáculo. Domingo cumpre-se a quarta e última tirada, do rio Guadiana para as proximidades do mar, ou seja, de Mértola para a vila de Grândola, onde o palco fi-
nal será, estamos certos, suficientemente fraterno para laurear os vencedores desta edição de 2012 da Volta ao Alentejo e confirmará o recorde de um novo vencedor ou festejará a vitória inédita de um dos (agora) dois ciclistas a rolar no pelotão capazes de romper a tradição. Capitais de distrito fora da Volta As
três capitais de distrito ficaram fora do roteiro da prova. Num ano em que a corrida saiu da serra de São Mamede para a serra d’Ossa, deixa o sopé do Mendro para atravessar a planície até às ruínas de Miróbriga, larga da zona
ribeirinha de Odemira recortando o litoral, entrando na faixa piritosa até ao Campo Branco, esvaindo-se em Ourique. Por fim, deixa a zona ribeirinha de Mértola e, à vista do castelo de Beja, ruma de novo ao litoral, galgando a planície para concluir o seu desenho na vila que Zeca Afonso eternizou com “Terra de Fraternidade”. Beja, Évora e Portalegre veem a volta passar ao longe e o caso mais gritante é mesmo o de Beja, ausência que o diretor técnico da prova Joaquim Gomes, elegantemente, justificou: “A quilometragem da etapa não nos permite entrar em Beja”. Quando o que estava em
causa era um acréscimo de nove quilómetros para a caravana contornar a variante sul, em vez de “fugir” da cidade pela estrada das Cavadas, à falta de apoio financeiro do município. Um baixo alentejano no pelotão O
cubense João Letras, de 20 anos, a pedalar com a camisola do Centro de Ciclismo José Maria Nicolau, é o rosto do Baixo Alentejo no pelotão internacional desta Alentejana. “Terminar as etapas dentro dos 10 primeiros”, é a ambição revelada pelo corredor, “orgulhoso por participar pela segunda vez na Volta ao Alentejo”.
institucional diversos Diário do Alentejo nº 1561 de 23/03/2012 Única Publicação
Diário do Alentejo nº 1561 de 23/03/2012 Única Publicação
21 Diário do Alentejo 23 março 2012 Diário do Alentejo nº 1561 de 23/03/2012 Única Publicação
CARTÓRIO NOTARIAL NOTÁRIA Fátima Duarte
EXTRACTO Fátima de Jesus Lisboa Gonçalves, colaboradora, registada na Ordem dos Notários em trinta e um de Janeiro de dois mil e onze sob o número cento e trinta e sete/dois, por delegação de competências – nos termos do artigo 8° número 1 do Decreto-Lei 26/2004, de 4 de Fevereiro, de Maria de Fátima Catarino Duarte, Notária do Cartório Notarial de Montijo, sito no Edifício João XXIII, na Rua Joaquim Serra, número 249, em Montijo, CERTIFICO, para efeitos de publicação que por escritura de treze de Março de dois mil e doze, lavrada a folhas cento e quarenta e seis, do livro de escrituras diversas número cento e setenta-A, deste Cartório, – MANUEL RAPOSO CASTILHO MESTRE, natural da freguesia de Albernoa, concelho de Beja, e mulher AMÉLIA MARIA PÁSCOA GUERREIRO CASTILHO MESTRE, natural da freguesia de Santiago Maior, concelho de Beja, casados sob o regime da comunhão de adquiridos, residentes na Rua 25 de Abril, número 2-A, Albernoa, Beja, contribuintes números 110 318 552 e 146 601 475, declararam que, são donos e legítimos possuidores, com exclusão de outrem de: a) prédio rústico com a área de vinte e quatro mil setecentos e cinquenta metros quadrados, composto de cultura arvense, que confronta do norte com Vila Galé, do sul e nascente com Manuel Raposo Castilho Mestre e do poente com António Manuel Aguiã, sito no Montinho da Lagoa, freguesia de Albernoa, concelho de Beja, inscrito na matriz predial rústica em nome de herdeiros de Alexandre Mestre sob o artigo 86, da secção I, com o valor patrimonial tributário de 90,88 euros a que atribuem igual valor; b) prédio rústico com a área de nove mil e quinhentos metros quadrados, composto de cultura arvense e oliveiras, que confronta do norte com Manuel Raposo Castilho Mestre, do sul com Fernando da Conceição Palma, do nascente e poente com Manuel Raposo Castilho Mestre, sito no Montinho da Lagoa, freguesia de Albernoa, concelho de Beja, inscrito na matriz predial rústica em nome de herdeiros de Alexandre Mestre sob o artigo 86, da secção I, com o valor patrimonial tributário de 41,73 euros a que atribuem igual valor; c) prédio rústico com a área de treze mil duzentos e cinquenta metros quadrados, composto de cultura arvense, que confronta do norte, sul, nascente, poente com Manuel Raposo Castilho Mestre, sito no Montinho da Lagoa, freguesia de Albernoa, concelho de Beja, inscrito na matriz predial rústica em nome de herdeiros de Alexandre Mestre sob o artigo 83, da secção I, com o valor patrimonial tributário de 48,77 euros a que atribuem igual valor. Que os identificados prédios encontram-se omissos na Conservatória do Registo Predial de Beja. Está conforme. Montijo, aos treze de Março de dois mil e doze. A Colaboradora Fátima de Jesus Lisboa Gonçalves
Diário do Alentejo nº 1561 de 23/03/2012 Única Publicação
CARTÓRIO NOTARIAL NOTÁRIA Fátima Duarte
EXTRACTO Fátima de Jesus Lisboa Gonçalves, colaboradora, registada na Ordem dos Notários em trinta e um de Janeiro de dois mil e onze sob o número cento e trinta e sete/dois, por delegação de competências – nos termos do artigo 8º número 1 do Decreto-Lei 26/2004, de 4 de Fevereiro, de Maria de Fátima Catarino Duarte, Notária do Cartório Notarial de Montijo, sito no Edifício João XXIII, na Rua Joaquim Serra, número 249, em Montijo, CERTIFICO, para efeitos de publicação que por escritura de treze de Março de dois mil e doze, lavrada a folhas cento e quarenta e oito, do livro de escrituras diversas número cento e setenta-A, deste Cartório, – MANUEL RAPOSO CASTILHO MESTRE, natural da freguesia de Albernoa, concelho de Beja, e mulher AMÉLIA MARIA PÁSCOA GUERREIRO CASTILHO MESTRE, natural da freguesia de Santiago Maior, concelho de Beja, casados sob o regime da comunhão de adquiridos, residentes na Rua 25 de Abril, número 2-A, Albernoa, Beja, contribuintes números 110 318 552 e 146 601 475, declararam que, são donos e legítimos possuidores, com exclusão de outrem, do prédio rústico denominado “Vale Travessos” ou “Vale Travesseiros” sito na freguesia de Santa Vitória, concelho de Beja, descrito na Conservatória do Registo Predial de Beja sob o número oitocentos e um, da dita freguesia, e inscrito na respectiva matriz predial rústica sob o artigo 121, da secção L, com o valor patrimonial tributário de 65,36 Euros e a que atribuem igual valor. Que o identificado imóvel encontra-se registado na citada Conservatória, metade indivisa a favor de Luis Mestre e mulher Maria Augusta de Sousa Mestre ou Maria de Sousa Augusta Mestre, pela apresentação nove de vinte de Dezembro de mil novecentos e setenta e seis; e metade indivisa a favor de Joana Bárbara ou Joana Bárbara Santana e marido Pedro Domingos Colaço, de Maria das Dores ou Maria das Dores Santana e marido João Bento David, de Benvinda das Dores Santana ou Benvinda das Dores Sant’Ana Varela e marido Vasco Lopes Varela, e de Manuel Francisco Sant’Ana, pela apresentação onze de vinte de Dezembro de mil novecentos e setenta e seis. Está conforme. Montijo, aos treze de Março de dois mil e treze.
ASSOCIAÇÃO HUMANITÁRIA DOS BOMBEIROS VOLUNTÁRIOS DE VIDIGUEIRA
ASSEMBLEIA-GERAL ORDINÁRIA
CONVOCATÓRIA Nos termos da alínea c) do ponto 2 do art. 41 dos Estatutos, convoco a reunião da Assembleia Geral Ordinária, para o dia 27 de Março de 2012, Terça-Feira, pelas 20H00m na sede da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Vidigueira, com a seguinte ordem de trabalhos: 1. Discussão e aprovação da Acta da Reunião anterior. 2. Apreciação e votação do relatório e Conta de Gerência do ano 2011, bem como o parecer do Conselho Fiscal relativo ao exercício de 2011. 3. Outros assuntos de interesse Nota – Se à hora marcada, não houver o número legal de sócios, a Assembleia reunirá com qualquer número de associados trinta minutos depois. O Presidente da Mesa da Assembleia Geral Nuno Alfredo Cordeiro Pelúcia
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CONVOCATÓRIA Em conformidade com o Art.° 29 alínea b) dos Estatutos que regem o Centro Social Cultural e Recreativo do Bairro da Esperança, convoco a Assembleia Geral, para uma reunião a realizar no dia 12 de Abril (quinta-feira), nas Instalações do Centro Comunitário, pelas 17:00 horas, com a seguinte: Ordem de Trabalhos Ponto um: Apresentação e aprovação do relatório de contas do ano 2011. Ponto dois: Diversos. Nota: Em face do Art.º 31 n.º 1, não estando na hora marcada o número legal de sócios, a Assembleia funcionará uma hora após com qualquer número de sócios presentes. Beja, 15 de Março de 2012. O Presidente da Mesa da Assembleia Geral António João Rodeia Machado
Diário do Alentejo nº 1561 de 23/03/2012 Única Publicação
RAINHA SANTA ISABEL, VIAGENS E TURISMO LDA RNAVT 2045
ASSOCIAÇÃO HUMANITÁRIA DOS BOMBEIROS VOLUNTÁRIOS DE VIDIGUEIRA
ASSEMBLEIA-GERAL EXTRAORDINÁRIA
CONVOCATÓRIA Nos termos da alínea a) do ponto 3 do art.° 41 dos Estatutos, convoco a reunião da Assembleia Geral Extraordinária, para o dia 27 de Março de 2012, Terça-Feira, pelas 21H30m na sede da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Vidigueira, com a seguinte ordem de trabalhos: Ponto Único – Discutir a aprovar a admissão da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Vidigueira como sócio da Cooperativa Vitigéria. Nota – Se à hora marcada, não houver o número legal de sócios, a Assembleia reunirá com qualquer número de associados trinta minutos depois. O Presidente da Mesa da Assembleia Geral Nuno Alfredo Cordeiro Pelúcia
Diário do Alentejo nº 1561 de 23/03/2012 Única Publicação
CLUBE DE PATINAGEM DE BEJA
CONVOCATÓRIA Ao abrigo da alínea d) do art° 13° e alínea c) do Art° 17° dos Estatutos do Clube, venho por este meio convocar a Assembleia Geral Ordinária para o dia 30 de Março de 2012, pelas 20H30, na Sede do Clube, com a seguinte ordem de trabalhos: Ponto único: Apreciação e aprovação do Relatório e Contas 2011. De acordo com o art.° 15.° dos Estatutos, se à hora marcada para o início da reunião, não estiver presente o número legal de sócios, a Assembleia iniciará os seus trabalhos uma hora mais tarde. O Presidente Da Mesa Da Assembleia-Geral Ana Maria Marujo Bule Ramos
A Colaboradora Fátima de Jesus Lisboa Gonçalves
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HORÁRIO: Das 11 às 12.30 horas e das 14 às 18 horas pelo tel. 218481447 (Lisboa) ou Em Beja no dia das consultas às quartas-feiras Pelo tel. 284329134, depois das 14.30 horas na Rua Manuel António de Brito, nº 4 – 1º frente 7800-544 Beja (Edifício do Instituto do Coração, Frente ao Continente)
Assistente Hospitalar
Médico Dentista
Acordos com A.D.S.E., ACS-PT, CGD, Medis, Advance Care, Multicare, Seguros Minis. da Justiça, A.D.M.F.A., S.A.M.S.
Psiquiatria
Marcação de consultas de dermatologia:
Doenças do Sangue
Luís Payne Pereira
DR. JAIME LENCASTRE Estomatologista (OM) Ortodontia
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DRA. TERESA ESTANISLAU CORREIA
Hematologia
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DR. J. S. GALHOZ
FRANCISCO FINO CORREIA MÉDICO UROLOGISTA RINS E VIAS URINÁRIAS
Prótese/Ortodontia CONSULTAS 2ªs, 3ªs e 5ªs feiras Rua Zeca Afonso, nº 16 F Tel. 284325833
DR. A. FIGUEIREDO LUZ
Consultas de 2ª a 6ª
HELIODORO SANGUESSUGA
TERAPEUTA DA FALA
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JOÃO HROTKO
Marcações pelo telef. 284325059
(Diplomada pela Escola Superior de Medicina Dentária de Lisboa)
Obesidade
CONSULTAS DE OBESIDADE
Técnica de Prótese Dentária
Rua António Sardinha, 25r/c dtº Beja
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Chefe de Serviço de Oftalmologia do Hospital de Beja
Consultório Centro Médico de Beja Largo D. Nuno Álvares Pereira, 13 – BEJA Tel. 284312230
FERNANDA FAUSTINO
Oftalmologia
Especialista pela Ordem dos Médicos
Neurologista do Hospital dos Capuchos, Lisboa
Rua Manuel Antó António de Brito n.º n.º 6 – 1.º 1.º frente. 78007800-522 Beja tel. 284 328 100 / fax. 284 328 106
Ginecologia/Obstetrícia
FAUSTO BARATA
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Marcações de 2.ª a 6.ª feira a partir das 14 horas Rua Capitão João Francisco de Sousa, n.º 20 7800-451 BEJA Tel. 284324690
Ouvidos,Nariz, Garganta Exames da audição Consultas a partir das 14 horas Praça Diogo Fernandes, 23 - 1º F (Jardim do Bacalhau) Telef. 284322527 BEJA
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saúde PSICOLOGIA ANA CARACÓIS SANTOS – Educação emocional; – Psicoterapia de apoio; – Problemas comportamentais; – Dificuldades de integração escolar; – Orientação vocacional; – Métodos e hábitos de estudo GIP – Gabinete de Intervenção Psicológica Rua Almirante Cândido Reis, 13, 7800-445 BEJA Tel. 284321592
Clínica Médico-Dentária de S. FRANCISCO, LDA. Gerência de Fernanda Faustino Acordos: SAMS, ADMG, PSP, A.D.M.E., Portugal Telecom e Advancecare Rua General Morais Sarmento, nº 18, r/chão; TEL. 284327260 7800-064 BEJA
_______________________________________ Manuel Matias – Isabel Lima – Miguel Oliveira e Castro – Jaime Cruz Maurício Ecografia | Eco-Doppler Cor | Radiologia Digital Mamografia Digital | TAC | Uro-TC | Dental Scan Densitometria Óssea Nova valência: Colonoscopia Virtual Acordos: ADSE; PT-ACS; CGD; Medis, Multicare; SAMS; SAMS-quadros; Allianz; WDA; Humana; Mondial Assistance. Graça Santos Janeiro: Ecografia Obstétrica Marcações: Telefone: 284 313 330; Fax: 284 313 339; Web: www.crb.pt Rua Afonso de Albuquerque, 7 r/c – 7800-442 Beja e-mail: cardiologiabeja@mail.telepac.pt
CENTRO DE IMAGIOLOGIA DO BAIXO ALENTEJO ECOGRAFIA – Geral, Endocavitária, Osteoarticular, Ecodoppler TAC – Corpo, Neuroradiologia, Osteoarticular, Dentalscan Mamografia e Ecografia Mamária Ortopantomografia Electrocardiograma com relatório António Lopes – Aurora Alves – Helena Martelo – Montes Palma – Maria João Hrotko – Médicos Radiologistas – Convenções: ADSE, ACS-PT, SAD-GNR, CGD, MEDIS, SSMJ, SADPSP, SAMS, SAMS QUADROS, ADMS, MULTICARE,
Dr. Sidónio de Souza – Pneumologia/Alergologia/ Desabituação tabágica – H. Pulido Valente Dr. Fernando Pimentel – Reumatologia – Medicina Desportiva – Instituto Português de Reumatologia de Lisboa Dr.ª Verónica Túbal – Nutricionismo – H. de Beja Dr.ª Sandra Martins – Terapia da Fala – H. de Beja Dr. Francisco Barrocas – Psicologia Clínica/Terapia Familiar – Membro Efectivo da Soc. Port. Terapia Familiar e da Assoc. Port. Terapias Comportamental e Cognitiva (Lisboa) – Assistente Principal – Centro Hospitalar do Baixo Alentejo. Dr. Rogério Guerreiro – Medicina preventiva – Tratamento inovador para deixar de fumar Dr. Gaspar Cano – Clínica Geral/ Medicina Familiar Dr.ª Nídia Amorim – Psicomotricidade/Educação Especial e Reabilitação (dificuldades específicas de aprendizagem/dislexias) Dr. Sérgio Barroso – Oncologia – H. de Beja Drª Margarida Loureiro – Endocrinologia/ Diabetes/Obesidade – Instituto Português de Oncologia de Lisboa Dr. Francisco Fino Correia – Urologia – Rins e Vias Urinárias – H. Beja Dr. Daniel Barrocas – Médico Interno de Psiquiatria – Hospital de Santa Maria Dr. Carlos Monteverde – Chefe de Serviço de Medicina Interna, doenças de estômago, fígado, rins, endoscopia digestiva. Dr.ª Ana Cristina Duarte – Pneumologia/ Alergologia Respiratória/Apneia do Sono – Assistente Hospitalar Graduada – Consultora de Pneumologia no Hospital de Beja Dr.ª Isabel Martins – Chefe de Serviço de Psiquiatria de Infância e Adolescência/Terapeuta familiar – Centro Hospitalar do Baixo Alentejo Dr.ª Paula Rodrigues – Psicologia Clínica – Hospital de Beja Dr.ª Luísa Guerreiro – Ginecologia/Obstetrícia Dr.ª Ana Montalvão – Hematologia Clínica / Doenças do Sangue – Assistente Hospitalar – Hospital de Beja Dr.ª Ana Cristina Charraz – Psicologia Clínica – Hospital de Beja Dr. Diogo Matos – Dermatologia. Médico interno do Hospital Garcia da Orta. Dr.ª Joana Freitas – Cavitação, Lipoaspiração não invasiva,indolor e não invasivo, acção imediata, redução do tecido adiposo e redução da celulite Dr.ª Ana Margarida Soares – Terapia da Fala - Habilitação/Reabilitação da linguagem e fala. Perturbação da leitura e escrita específica e não específica. Voz/Fluência. Dr.ª Maria João Dores – Técnica Superior de Educação Especial e Reabilitação/Psicomotricidade. Perturbações do Desenvolvimento; Educação Especial; Reabilitação; Gerontomotricidade. Enfermeira Maria José Espanhol – Enfermeira especialista em saúde materna/Cuidados de enfermagem na clínica e ao domicílio/Preparação pré e pós parto/amamentação e cuidados ao recémnascido/Imagem corporal da mãe – H. de Beja
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23 Diário do Alentejo 23 março 2012
institucional diversos
24 Diário do Alentejo 23 março 2012 Diário do Alentejo nº 1561 de 23/03/2012 Única Publicação
CÂMARA MUNICIPAL DE CUBA
EDITAL Francisco António Orelha, Presidente da Câmara Municipal de Cuba, nos termos e para os efeitos do disposto no artigo 91º da Lei nº 169/99, de 18 de Setembro, com as alterações introduzidas pela Lei nº 5-A/2002, de 11 de Setembro, torna público que, se encontram abertos os seguintes Concursos Públicos: 1) CONCURSO PÚBLICO PARA CESSÃO DE EXPLORAÇÃO DO BAR DAS PISCINAS MUNICIPAIS DESCOBERTAS, EM CUBA 1.1. OBJECTO DO CONCURSO PÚBLICO: O concurso tem por objecto a cessão de exploração do Bar das Piscinas Municipais Descobertas, em Cuba, pelo período de 15 de junho a 31 de agosto de 2012. 1.2. VALOR BASE: O valor base de licitação deste arrendamento comercial é de € 250,00/mês. Ao valor referido acresce o IVA à taxa legal em vigor. 1.3. ADMISSÃO DE CONCORRENTES: Podem ser concorrentes pessoas singulares ou colectivas de reconhecida competência, solvibilidade e idoneidade, que cumpram as seguintes condições, sob pena de exclusão: a) Não serem devedores de impostos ao Estado português; b) Não serem devedores de contribuições para a Segurança Social, devidamente comprovada por certidão emitida pelo Instituto da Segurança Social, I.P.; c) Não serem devedores ao Município de Cuba. 1.4. PRAZO DE APRESENTAÇÃO DAS PROPOSTAS: O prazo para apresentação das propostas é até às 17 horas do 8º dia (dias contínuos, não se suspendendo aos sábados, domingos e feriados) contado da data de publicação deste Edital, sob pena de exclusão. 1.5. ACTO PÚBLICO: O acto público de abertura de propostas tem lugar no dia útil imediatamente subsequente ao termo do prazo fixado para a sua apresentação, perante o Júri designado para o efeito, no Salão Nobre do edifício dos Paços do Concelho, sito na Rua Serpa Pinto, 84, em Cuba, pelas 10h00. Ao acto público pode assistir qualquer interessado, mas nele apenas podem intervir os concorrentes e/ou os seus representantes, estes últimos desde que devidamente credenciados. 1.6. CRITÉRIO DE ADJUDICAÇÃO O critério de adjudicação é o da proposta economicamente mais vantajosa, atendendo aos seguintes factores, por ordem decrescente de importância: a) Valor mensal proposto (75%); b) Mérito da proposta (25%). A forma de ponderação destes factores encontra-se fixada no programa de concurso. 1.7. CONSULTA E FORNECIMENTO DO PROCESSO DE CONCURSO: As peças que integram o procedimento - o programa do procedimento e caderno de encargos - encontram-se disponíveis para consulta na Divisão de Administração Geral da Câmara Municipal de Cuba, sita na Rua Serpa Pinto, 84, 7940-172, em Cuba, das 9h00 às 12h30 e das 14h00 às 17h30, desde o dia da publicação do presente Edital até ao termo do prazo fixado para a apresentação das propostas. O programa do procedimento e o caderno de encargos encontram-se ainda patentes na página de Internet da Câmara Municipal de Cuba – www.cm-cuba.pt, onde podem ser consultados e copiados gratuitamente. Em alternativa, os interessados podem adquirir no serviço indicado no 1º parágrafo deste número, cópia das peças do procedimento, mediante o pagamento do respectivo custo, que é de € 1,44 + IVA. 1.8. PRAZO DE MANUTENÇÃO DAS PROPOSTAS: Os concorrentes obrigam-se a manter as suas propostas pelo prazo de 30 dias. Em caso de desistência antes do decurso deste prazo, fica o concorrente obrigado a pagar o valor da sua proposta, sendo a adjudicação, neste caso, feita ao concorrente que se classificar a seguir. 2) CONCURSO PÚBLICO PARA CESSÃO DE EXPLORAÇÃO DO BAR DO JARDIM DOS COMBATENTES, EM CUBA 2.1. OBJECTO DO CONCURSO PÚBLICO: O concurso tem por objecto a cessão de exploração do Bar do Jardim dos Combatentes, em Cuba, pelo período de 01 de junho a 31 de agosto de 2012. 2.2. VALOR BASE: O valor base de licitação deste arrendamento comercial é de € 250,00/mês. Ao valor referido acresce o IVA à taxa legal em vigor. 2.3. ADMISSÃO DE CONCORRENTES: Podem ser concorrentes pessoas singulares ou colectivas de reconhecida competência, solvibilidade e idoneidade, que cumpram as seguintes condições, sob pena de exclusão: a) Não serem devedores de impostos ao Estado português; b) Não serem devedores de contribuições para a Segurança Social, devidamente comprovada por certidão emitida pelo Instituto da Segurança Social, I.P.; c) Não serem devedores ao Município de Cuba. 2.4. PRAZO DE APRESENTAÇÃO DAS PROPOSTAS: O prazo para apresentação das propostas é até às 17 horas do 8º dia (dias contínuos, não se suspendendo aos sábados, domingos e feriados) contado da data de publicação deste Edital, sob pena de exclusão. 2.5. ACTO PÚBLICO: O acto público de abertura de propostas tem lugar no dia útil imediatamente subsequente ao termo do prazo fixado para a sua apresentação, perante o Júri designado para o efeito, no Salão Nobre do edifício dos Paços do Concelho, sito na Rua Serpa Pinto, 84, em Cuba, pelas 10h30.
Ao acto público pode assistir qualquer interessado, mas nele apenas podem intervir os concorrentes e/ou os seus representantes, estes últimos desde que devidamente credenciados. 2.6. CRITÉRIO DE ADJUDICAÇÃO O critério de adjudicação é o da proposta economicamente mais vantajosa, atendendo aos seguintes factores, por ordem decrescente de importância: a) Valor mensal proposto (75%); b) Mérito da proposta (25%). A forma de ponderação destes factores encontra-se fixada no programa de concurso. 2.7. CONSULTA E FORNECIMENTO DO PROCESSO DE CONCURSO: As peças que integram o procedimento - o programa do procedimento e caderno de encargos - encontram-se disponíveis para consulta na Divisão de Administração Geral da Câmara Municipal de Cuba, sita na Rua Serpa Pinto, 84, 7940-172, em Cuba, das 9h00 às 12h30 e das 14h00 às 17h30, desde o dia da publicação do presente Edital até ao termo do prazo fixado para a apresentação das propostas. O programa do procedimento e o caderno de encargos encontram-se ainda patentes na página de Internet da Câmara Municipal de Cuba – www.cm-cuba.pt, onde podem ser consultados e copiados gratuitamente. Em alternativa, os interessados podem adquirir no serviço indicado no 1º parágrafo deste número, cópia das peças do procedimento, mediante o pagamento do respectivo custo, que é de € 1,44 + IVA. 2.8. PRAZO DE MANUTENÇÃO DAS PROPOSTAS: Os concorrentes obrigam-se a manter as suas propostas pelo prazo de 30 dias. Em caso de desistência antes do decurso deste prazo, fica o concorrente obrigado a pagar o valor da sua proposta, sendo a adjudicação, neste caso, feita ao concorrente que se classificar a seguir. 3) CONCURSO PÚBLICO PARA ARRENDAMENTO COMERCIAL DO ESTABELECIMENTO DE RESTAURAÇÃO/BEBIDAS SITO NO PARQUE MANUEL DE CASTRO, EM CUBA. 3.1. OBJECTO DO CONCURSO PÚBLICO: O concurso tem por objecto o arrendamento comercial do estabelecimento de restauração/bebidas sito no Parque Manuel de Castro, em Cuba, cujas obrigações especificas constam do caderno de encargos. 3.2. VALOR BASE: O valor base de licitação deste arrendamento comercial é de € 300,00/mês. Ao valor referido acresce o IVA à taxa legal em vigor. A renda beneficiará de uma redução de 50% no valor base e respectiva incidência de IVA nos meses de outubro a março inclusive. 3.3. TIPO DE ACTIVIDADE A EXERCER: O estabelecimento objecto do presente concurso destina-se a restauração/bebidas. 3.4. PRAZO DO ARRENDAMENTO: O arrendamento comercial objecto do presente concurso é feito pelo prazo de 2 anos, sendo automaticamente renovado no seu termo por períodos sucessivos de 1 ano até ao máximo de 10 anos, salvo oposição à renovação por qualquer das partes. 3.5. ADMISSÃO DE CONCORRENTES: Podem ser concorrentes pessoas singulares ou colectivas de reconhecida competência, solvibilidade e idoneidade, que cumpram as seguintes condições, sob pena de exclusão: a) Não serem devedores de impostos ao Estado português; b) Não serem devedores de contribuições para a Segurança Social, devidamente comprovada por certidão emitida pelo Instituto da Segurança Social, I.P.; c) Não serem devedores ao Município de Cuba. 3.6. PRAZO DE APRESENTAÇÃO DAS PROPOSTAS: O prazo para apresentação das propostas é até às 17 horas do 8º dia (dias contínuos, não se suspendendo aos sábados, domingos e feriados) contado da data de publicação deste Edital, sob pena de exclusão. 3.7. ACTO PÚBLICO: O acto público de abertura de propostas tem lugar no dia útil imediatamente subsequente ao termo do prazo fixado para a sua apresentação, perante o Júri designado para o efeito, no Salão Nobre do edifício dos Paços do Concelho, sito na Rua Serpa Pinto, 84, em Cuba, pelas 11h00. Ao acto público pode assistir qualquer interessado, mas nele apenas podem intervir os concorrentes e/ou os seus representantes, estes últimos desde que devidamente credenciados. 3.8. CRITÉRIO DE ADJUDICAÇÃO O critério de adjudicação é o da proposta economicamente mais vantajosa, atendendo aos seguintes factores, por ordem decrescente de importância: a) Valor mensal proposto (60%); b) Mérito da proposta (40%). A forma de ponderação destes factores encontra-se fixada no programa de concurso. 3.9. CONSULTA E FORNECIMENTO DO PROCESSO DE CONCURSO: As peças que integram o procedimento - o programa do procedimento e caderno de encargos - encontram-se disponíveis para consulta na Divisão de Administração Geral da Câmara Municipal de Cuba, sita na Rua Serpa Pinto, 84, 7940-172, em Cuba, das 9h00 às 12h30 e das 14h00 às 17h30, desde o dia da publicação do presente Edital até ao termo do prazo fixado para a apresentação das propostas. O programa do procedimento e o caderno de encargos encontram-se ainda patentes na página de Internet da Câmara Municipal de Cuba – www.cm-cuba.pt, onde podem ser consultados e copiados gratuitamente. Em alternativa, os interessados podem adquirir no serviço indicado no 1º parágrafo deste número, cópia das peças do procedimento, mediante o pagamento do respectivo custo, que é de € 1,80 + IVA. 3.10. PRAZO DE MANUTENÇÃO DAS PROPOSTAS: Os concorrentes obrigam-se a manter as suas propostas pelo prazo de 66 dias. Em caso de desistência antes do decurso deste prazo, fica o concorrente obrigado a pagar 50% do valor da sua proposta e fica impedido de poder concorrer a outros procedimentos abertos pelo Município durante o período de 2 anos. Paços do Município, aos 23 de março de 2012. O Presidente da Câmara, Francisco António Orelha
Diário do Alentejo nº 1561 de 23/03/2012 Única Publicação
AMBAAL – ASSOCIAÇÃO DE MUNICÍPIOS DO BAIXO ALENTEJO E ALENTEJO LITORAL
Concurso para cedência de exploração de espaço de restauração durante a 29ª Ovibeja 2012 1. (Objeto) A AMBAAL – Associação de Municípios do Baixo Alentejo e Alentejo Litoral instala anualmente no espaço dos Municípios, no Pavilhão Institucional, em cada edição da Ovibeja, uma pequena tasquinha, para fornecimento de bebidas, pequenas refeições e petiscos. Em área adjacente à tasquinha são colocadas várias mesas compridas, máximo (4), equipadas com bancos corridos, permitindo em média a existência de 24 lugares sentados. 2. (Horário de Funcionamento) O horário diário de abertura e encerramento da tasquinha coincidirá com o horário estabelecido pela organização da OVIBEJA para todo o Pavilhão Institucional (das 10h00 às 23h00). 3. (Concurso) O acesso à exploração da tasquinha é feito por concurso. 4. (Concorrentes) Podem concorrer à exploração da tasquinha, todos os estabelecimentos de restauração da área geográfica abrangida pela AMBAAL (Baixo Alentejo e Alentejo Litoral). Podem também concorrer em segunda linha, quaisquer outras pessoas coletivas ou singulares, com residência no território referido no parágrafo anterior. 5. (Propostas) As propostas dos concorrentes devem dar entrada na sede da AMBAAL até às 15h,30m do dia 5 de Abril de 2012 e deverão referir no exterior do envelope o concurso a que se destinam: “OVIBEJA 2012” – Tasquinha AMBAAL – 6. (Abertura das Propostas) A abertura das propostas terá lugar no dia 5 de Abril às 16h00. 7. (Júri) O Júri do Concurso será constituído da seguinte forma: Presidente – Orlando Pereira 1.º Vogal – Pedro Pacheco 2.º Vogal – Cristina Casadinho 8. (Critério de Adjudicação) O critério de adjudicação será o da proposta economicamente mais vantajosa. 9. (Casos Omissos) Os casos omissos no presente regulamento serão resolvidos pelo Conselho Diretivo da AMBAAL.
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institucional diversos necrologia Diário do Alentejo nº 1561 de 23/03/2012 Única Publicação
ASSOCIAÇÃO HUMANITÁRIA DE BOMBEIROS VOLUNTÁRIOS DE ALMODÔVAR
CONVOCATÓRIA Nos termos da alínea a) do Art°. 37°. dos Estatutos desta Associação e para efeitos do disposto na alínea g) do n°. 2 do Art°. 36°. e da alínea c), n°. 2 do Art°. 40° dos mesmos Estatutos, convocam-se de harmonia com o n°. 1 do Art°. 41° dos já mencionados Estatutos, todos os associados efectivos no pleno gozo dos seus direitos, para a ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA a realizar no próximo dia 30 de Março de 2012, pelas 20,30 horas, na sede desta Associação, com a seguinte ORDEM DE TRABALHOS: Ponto único: APRECIAR E VOTAR O RELATÓRIO E CONTA DE GERÊNCIA DO ANO DE 2011 E PARECER DO CONSELHO FISCAL. Não estando presentes a maioria dos associados, no dia e hora designados, a Assembleia funcionará trinta minutos depois, com qualquer número de presenças, conforme determina o n°. 1 do Art°. 42°. dos mesmos Estatutos. Para constar se passou a presente convocatória e outras de igual teor que vão ser afixadas na sede da Associação e outros locais julgados de interesse para o efeito e publicitada conforme determina o já mencionado n°. 1 do Art°. 41°. dos Estatutos da Associação. Almodôvar, 19 de Março de 2012. O Presidente da Mesa da Assembleia Geral, João de Deus Lopes Pereira
Diário do Alentejo nº 1561 de 23/03/2012 Única Publicação
COOPCASTRENSE – Cooperativa de Consumo Popular Castrense, CRL
CONVOCATÓRIA Nos termos do estabelecido no Código Cooperativo e nos Estatutos, convoco a Assembleia-Geral da COOPCASTRENSE – Cooperativa de Consumo Popular Castrense, CRL, para reunir em sessão extraordinária, no dia 30 de Março de 2012 – sextafeira – pelas 20:00 horas, na sua sede, sita na Rua Alexandre Herculano, n.° 11, em Castro Verde, com a seguinte ordem de trabalhos: Primeiro – Análise da situação da Cooperativa; Segundo – Apreciação e votação de proposta de celebração de contrato de mútuo com hipoteca, nos termos do art.° 28.° dos Estatutos. Notas: – Esta convocatória altera e substitui a convocatória publicada neste jornal no dia 16 de Março de 2012. – A Assembleia encontra-se legalmente constituída, quando se encontrarem presentes à hora marcada, o número legal de cooperadores estatutariamente previsto, ou trinta minutos depois, com a presença de qualquer número de cooperadores. Castro Verde, 20 de Março de 2012. O Presidente da Mesa da Assembleia-Geral Sebastião Colaço Canário
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25 Diário do Alentejo 23 março 2012
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Filhos, genros, netos e restantes familiares da Sra. Luísa Pereira Nogueira Esparteiro, de 92 anos, cumprem o doloroso dever de participar o seu falecimento ocorrido no dia 16 de Março de 2012. Na impossibilidade de o fazerem pessoalmente vêm por este meio agradecer a todas as pessoas que a acompanharam á sua última morada ou de outra forma lhes expressaram o seu pesar.
Manuel Venâncio Carocinho Luís António Casteleiro de Góis
A sua filha participa a todas as pessoas de suas relações e amizade que no próximo dia 30, sexta-feira, pelas 18.30 horas será rezada missa na Sé de Beja pelo eterno descanso do seu ente querido, agradecendo-se já a todos os que se dignarem assistir à celebração.
No próximo dia 30, sexta-feira, pelas 18.30 horas, será rezada missa na Sé de Beja pelo seu eterno descanso, agradecendo-se já a todos os que se dignarem assistir à celebração.
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26 Diário do Alentejo 23 março 2012
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Funerais – Cremações – Trasladações - Exumações – Artigos Religiosos BEJA
SALVADA
†. Faleceu o Exmo. Sr. JOAQUIM ANTÓNIO LEAL SOEIRO, de 62 anos, natural de Salvada - Beja, solteiro. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 15, da Casa Mortuária de Salvada, para o cemitério local.
NOSSA SENHORA DAS NEVES
†. Faleceu a Exma. Sra. D. ALICE MARIA DO Ó RAPOSO LÚCIO, de 77 anos, natural de Santana de Cambas - Mértola, casada com o Exmo. Sr. Fernando Vinagreiro Lúcio. O funeral a cargo desta Agência realizouse no passado dia 16, das Casas Mortuárias de Beja, para o cemitério desta cidade.
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CABEÇA GORDA
†. Faleceu o Exmo. Sr. MANUEL JACOB, de 87 anos, natural de Cabeça Gorda - Beja, casado com a Exma. Sra. D. Custódia Lampreia dos Santos. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 16, da Casa Mortuária de Penedo Gordo, para o cemitério local.
LISBOA
SANTA CLARA DE LOUREDO
PENEDO GORDO
†. Faleceu a Exma. Sra. D. ANA BÁRBARA PÁSCOA, de 82 anos, natural de Santiago Maior - Beja, viúva. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 16, da Casa Mortuária de penedo Gordo, para o cemitério local.
†.
Faleceu o Exmo. Sr. JOAQUIM MARTINS CONDUTO, de 85 anos, natural de Santa Clara de Louredo - Beja, casado com a Exma. Sra. D. Mariana Caturra Martins. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 17, da Casa Mortuária de Santa Clara de Louredo, para o cemitério local.
Faleceu a Exma. Sra. Maria da Consolação Carrasco Mira de 79 anos Viúva, natural de Aldeia Nova de S. Bento. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 17 de Março da casa mortuária de Vila Nova de S. Bento para o cemitério local. À família enlutada apresentamos as nossas cordiais condolências. AGÊNCIA FUNERÁRIA BARRADAS, LDA. Rua do Outeiro nº 21 Vila Nova de S. Bento Telm: 967026828 - 967026517
SÃO MARCOS DA ATABOEIRA
MISSA
†. Faleceu a Exma. Sra. D. MARIA JOSÉ DA CONCEIÇÃO TOUCINHO, de 75 anos, natural de Nossa Senhora das Neves - Beja, casada com o Exmo. Sr. António Maria Baganha. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 20, das Casas Mortuárias de Nossa Senhora das Neves, para o cemitério local.
†. Faleceu a Exma. Sra. D. ROSA MARIA PEDRO, de 86 anos, natural de Lousa Loures, viúva. O funeral a cargo desta Agência realizouse no passado dia 21, das Casas Mortuárias de Beja, para o cemitério desta cidade.
†. Faleceu a Exma. Sra. D. MARIA IRENE DA SILVA PEREIRA DA SILVA, de 83 anos, natural de Tomar, casada com o Exmo. Sr. José Maria Bravo Pereira da Silva. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 21, da Igreja de São João de Deus em Lisboa, para o cemitério do Alto de São João na mesma cidade.
†. Faleceu a Exma. Sra. D. MARIA DOS ANJOS CORREIA, de 82 anos, natural de São Marcos da Ataboeira - Castro Verde, viúva. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 21, das Casas Mortuárias de São Marcos da Ataboeira, para o cemitério local.
Às famílias enlutadas apresentamos as nossas mais sinceras condolências. Amadeu Rodrigues Simenta 3º Ano de Eterna Saudade
Foste um Anjo na terra No céu és uma estrela Que vai guiando os meus passos Até que Deus me leve da terra
Consulte esta secção em www.funerariapax-julia.pt Vidigueira PARTICIPAÇÃO
Selmes PARTICIPAÇÃO
Vidigueira PARTICIPAÇÃO
Vidigueira PARTICIPAÇÃO
CAMPAS E JAZIGOS DECOR AÇÃO CONSTRUÇÃO CIVIL “DESDE 1800” Francisco António Delgado
Domingos Francisco Lança Coxinho
Nasceu 07.02.1924 Faleceu 15.03.2012
Nasceu 05.06.1926 Faleceu 15.03.2012
Nasceu 17.04.1924 Faleceu 16.03.2012
Faleceu o Exmo. Sr. Francisco Pedro Lança Oliveira, natural de Vidigueira, Viúvo. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 16, da casa mortuária de Vidigueira para o cemitério local. À família enlutada apresentamos as nossas condolências.
Faleceu o Exmo. Sr. Francisco António Delgado, natural de Selmes, casado com a Exma. Sra. Leopoldina da Ascensão Mouchinho Delgado. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia17, da casa mortuária de Selmes para o cemitério local. À família enlutada apresentamos as nossas condolências.
Faleceu o Exmo. Sr. Domingos Francisco Lança Coxinho, natural de Vidigueira, Viúvo. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 17, da casa mortuária de Vidigueira para o cemitério local. À família enlutada apresentamos as nossas condolências.
Francisco Pedro Lança Oliveira
Sebastião José Rosa Bastos Nasceu 24.09.1927 Faleceu 16.03.2012
Faleceu o Exmo. Sr. Sebastião José Rosa Bastos, natural de Vidigueira, Viúvo. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 17, da casa mortuária de Vidigueira para o cemitério local. À família enlutada apresentamos as nossas condolências.
Às famílias enlutadas apresentamos as nossas condolências AGÊNCIA FUNERÁRIA ESPÍRITO SANTO, LDA. Rua das Graciosas, 7 7960-444 Vila de Frades/Vidigueira Tm.963044570 | Tel. 284441108
Rua de Lisboa, 35 / 37 – Beja | Estrada do Bairro da Esperança Lote 2 Beja (novo) Telef. 284 323 996 – Tm.914525342
Sua esposa e restante família, participam a todas as pessoas de suas relações e amizade que será celebrada missa pelo eterno descanso do seu ente querido no dia 31/03/2012, sábado, às 18 horas na Igreja de Santa Maria em Beja, agradecendo desde já a todos os que nela participem.
Beja – Santa Clara de Louredo PARTICIPAÇÃO E AGRADECIMENTO
marmoresmata@ hotmail.com
DESLOCAÇÕES POR TODO O PAÍS ARRENDA-SE Em Mértola, na Parcela das Lojas, n.º 4, espaço com 58 m2 e wc, para escritório, consultório, loja, etc.. Contactar pelo tm. 933711570
Joaquim Martins Conduto Nasceu em 26/01/1927 – Faleceu em 16/03/2012
Esposa, filhas, netos e restante família cumprem o doloroso dever de participar o falecimento do seu ente querido, e na impossibilidade de o fazer individualmente vêm por este meio agradecer a todas as pessoas que o acompanharam à sua última morada ou que de outra forma manifestaram o seu pesar.
De 19 a 25 deste mês decorre o Festival de Animação de Lisboa, onde se vê o que de melhor se fez no cinema de animação. As atenções estão voltadas para o cinema alemão e pela primeira vez será atribuído um prémio para o melhor filme português. Dentro do festival tens a “Monstrinha”, dedicada a um público infanto-juvenil. Fala com a tua escola e aproveitem para ir a uma dessas sessões. Consulta o programa em http://www. monstrafestival.com/index.php/pt/escolas
Dica da semana Um vulcão de cor, mais do que um jogo é uma brincadeira. Para isso vais precisar de um recipiente, vinagre, corante para bolos, detergente da loiça e bicarbonato de sódio. Depois “esconde-te” porque vai entrar em ebulição.
Tem sabido muito bem este inverno soalheiro, tanto que até as flores são enganadas e estão a florir antes do tempo. Por muito que aches aborrecido os dias de chuva, a terra e nós próprios precisamos dela, por isso, e enquanto não somos brindados por umas valentes chuvadas, deixamos-te aqui uma nuvem muito particular.
http://www.minieco. co.uk/okido-craft/
A páginas tantas ... Hugo Cabret é um menino órfão que vive por entre as paredes de uma movimentada estação de comboios parisiense, onde a sua sobrevivência depende de segredos e do anonimato. Mas quando, repentinamente, o seu mundo se encaixa – tal como as rodas dentadas dos relógios que diariamente observa, ouvindo os seus compassos, vendo os seus enormes ponteiros –, com o de uma excêntrica rapariga amante de livros e o de um velho, dono de uma lojinha de brinquedos, a vida secreta de Hugo e o seu segredo mais precioso são colocados em risco. Um desenho misterioso, um bloco de notas pelo qual Hugo arrisca a sua vida, uma chave roubada, um autómato e uma mensagem escondida do falecido pai de Hugo formam o enredo deste terno e arrebatador mistério. O livro repleto de ilustrações acaba por sugerir uma visão cinematográfica ao leitor. Um filme e um livro a não perderem.
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A Monstra está mesmo à porta
28 Diário do Alentejo 23 março 2012
O Cookie é um cão de porte pequeno, muito dócil com as pessoas e com outros animais. Precisa de uma família que lhe dê carinho e que lhe preste os cuidados que qualquer animal de estimação necessita. Como é pequenito irá adaptar-se bem a um apartamento, desde que possa passear diariamente. Vai ser um amigo para toda a família. Venham conhecê-lo ao Cantinho dos Animais. Será vacinado e desparasitado antes da adoção.Contactos: 962432844; sofiagoncalves.769@hotmail.com
Boa vida Comer Codornizes fritas com coentros Ingredientes: 10 codornizes, 6 dentes de alho, 1 folha de louro, 2 dl. de vinho branco, 50 gr. de banha de porco, 1 dl. de azeite, q.b. de piri-piri, 1 molho de coentros, q.b. de sal grosso, 1 dl. de aguardente. Confeção: Corte as codornizes aos bocados e lave-as em água corrente. Tempere-as com sal, alhos esmagados, louro e vinho branco. Deixe marinar de um dia para o outro no frigorífico. Numa frigideira aqueça a banha e o azeite. Frite as codornizes de ambos os lados até ficarem douradas. Depois de fritas, junte a marinada e a aguardente. Deixe cozinhar durante alguns minutos para evaporar o álcool. Tempere com um pouco de piri-piri e no momento de servir polvilhe com coentros picados. Retifique o tempero a seu gosto. E bom apetite…
António Nobre Chefe executivo de cozinha – Hotéis M’AR De AR, Évora
O mundo do vinho em 10 artigos Picoteio e vinho
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Com tantas designações quantos os aromas e sabores, a finger food, o picoteio, as tapas, os aperitivos, as saladas ou as entradinhas têm uma função de agregação social. Do ponto de vista gastronómico, a comida de picoteio deve servir para predispor o organismo para o resto da viagem à mesa. Para acompanhar harmoniosamente estas iguarias leves escolha sempre as opções líquidas menos calóricas, ou seja, os vinhos mais leves, menos doces e menos alcoólicos. A selecção ideal é um espumante bruto (com muito pouco açúcar residual), que tem a vantagem de libertar gás carbónico e contribuir para a salivação, limpeza bucal e libertação de sucos gástricos. Como estamos na fase de receção dos convivas, e porque Vinho de todos (mesmo todos) os nosCalendário sos amigos chegam desidratados, a água e o vinho devem Já se encontra on line andar de mãos dadas: o vinho e de acesso gratuito contém álcool e, portanto, tem o novo guia “Copo & uma acção diurética e desidraAlma, 319 Melhores Vinhos para 2012”. tante; a água, por seu lado, é a Só tem de entrar bebida hidratante por excelênem www.w-anibal. cia e deve ser a primeira becom e conferir. No bida a ser consumida em qualAlentejo destacou-se quer refeição, mesmo antes do o vinho DO Alentejo Conde d’Ervideira, picoteio. reserva de 2010. Para comidas fáceis, descomprometidas, em espaços abertos, onde a cultura do grupo ganha ao individualismo das cidades, os vinhos brancos e rosés, quer nas versões tranquila como efervescente, são a escolha acertada que encontra em todas as regiões vinhateiras nacionais. Para quem não passa sem a cor tinta, a opção por vinhos macios e aromáticos do Sul de Portugal, sobreVinho tudo do Alentejo, vai revelar-se Diário surpreendente. Seja atrevido e refrigere toUm dos vinhos dos os vinhos que vier a conque mais me sumir, tal como faz com a impressionou na água ou os refrigerantes. Não recente prova cega que deu origem ao se preocupe com as velhas meu “Guia Popular modas: verá que é preferíde Vinhos”, edição vel beber um vinho tinto a 12 2012, já nas livrarias e graus do que a 35.A temperanos supermercados, tura ideal de serviço situa-se foi o branco regional alentejano Convento entre 16 e 18 graus, em qualda Vila, de 2010. quer circunstância. Compra segura em qualquer prateleira.
Aníbal Coutinho
Filatelia A pintura em novos selos
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intura sacra, de autores portugueses, é o tema da emissão que os correios puseram em circulação no dia 23 de fevereiro. Todos os exemplares – quatro selos e dois blocos – reproduzem quadros de arte sacra existentes em museus e igrejas portuguesas. São eles: “Criação de Eva”, de autor desconhecido do século XVI, existente na igreja de Santo Estevão em Lisboa (selo de 0,47 €); “Moisés no Deserto – A Apanha do Maná”, de André Gonçalves, quadro da igreja de Santa Catarina em Lisboa (0,68 €); “Adoração dos Reis Magos”, de Gregório Lopes, século XVI, do Museu Nacional de Arte Antiga em Lisboa (0,80 €); e “Última Ceia”, de Vasco Fernandes e Francisco Henriques, século XVI, do Museu de Grão Vasco em Viseu (1€). Os blocos têm ambos a franquia de 1,50 € e reproduzem o painel central do “Tríptico da Paixão de Cristo”, atribuído a Cristóvão de Figueiredo, século XVI, do Museu Nacional de Arte Antiga, e “Pentecostes” (predelas: Santa Luzia, Santa Catarina e Santa Margarida), de Vasco Fernandes, colaboração de Gaspar Vaz, século XVI, Museu de Grão Vasco. A pagela anunciadora da emissão também reproduz uma obra de arte sacra; neste caso trata-se da “Santíssima Trindade”, retábulo do Museu da Trindade, atribuído a Garcia Fernandes, século XVI, e que também pertence ao acervo do Museu Nacional de Arte Antiga. Esta emissão iconograficamente é riquíssima; trata-se, seguramente, de uma das ricas nos quase 160 anos de emissões dos correios portugueses. Geada de Sousa
Maria Teresa Horta D. Quixote PVP: 14,90 euros 296 págs.
Letras As palavras do corpo, antologia de poesia erótica A brasa do teu corpo, a queimar a palma acesa da mão do meu desejo.
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poesia erótica de Maria Teresa Horta – intensa, composta num olhar para dentro – foi toda reunida, numa antologia. As palavras do corpo dão voz à sensualidade e ao desejo escrito no feminino por uma escritora/poetisa que desde Minha senhora de mim (1971) não cessou de afirmar o erotismo feminino e cantar o seu corpo e o seu prazer mas também o corpo do homem amado e desejado. Vivia-se então a ditadura que enquadrava o puritanismo, o machismo ou o marialvismo dominantes, que negavam o direito à sexualidade pelas mulheres. A obra provocou um escândalo. Novas cartas portuguesas, publicado em 1972 pela autora com Maria Isabel Barreno e Maria Velho da Costa, alimentou a polémica e detonou mais uma crítica aguda ao regime, não só sobre a condição da mulher em Portugal mas também sobre o poder da Igreja Católica, a repressão, o colonialismo, a emigração e a situação dos refugiados políticos. Trinta anos depois, no mês em que ainda faz sentido um Dia da Mulher, em março que traz a primavera que antecipa abril da liberdade, o desejo escrito no feminino derrama-se, de novo, nas páginas de um livro. O ardor dos poemas é sempre belo. Continua estranhamente novo. Estranhamente porque, apesar da passagem do tempo e da democracia instalada, ainda é exceção. Na poesia, são ainda poucas as palavras do corpo olhado no feminino que se têm acrescentado às desenhadas por Maria Teresa Horta. Maria do Carmo Piçarra
Petiscos Borrego de alfitete
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stamos quase na Páscoa e antes de entrarmos nos grandes ensopados gostaria de vos trazer aqui uma história antiga. Nas mais antigas referências escritas da gastronomia portuguesa, as especiarias – ao tempo uma novidade muito recente – e o açúcar eram usados com a profusão e descontrole com que os novos-ricos, ainda hoje, põem e dispõem naquilo que fazem e, sobretudo, no que não fazem. Trata-se basicamente dum assado que leva açúcar. Esta forma de preparar o borrego é referenciada em velhos receituários conventuais e transporta uma mistura de gostos menos vulgares entre nós, atualmente. O seu eventual merecimento será sobretudo, na minha opinião, a valência histórica que lhe está inerente. Colhi notícia dela, nos seus detalhes de confeção, em livros recentes da especialidade (Manuel Fialho, Alfredo Saramago, Francisco Guedes) mas sei que – até há duas gerações – na minha família materna, em Beja, este prato era apresentado por altura das festas. Dele, só já recebi lembrança do nome; de que era utilizada carne de borregos mais velhos; de que a gordura empregue seria manteiga e que se comia depois de esfriar um pouco. Cozinhei-o pela primeira vez num concurso da Confraria Gastronómica do Alentejo. Foi para mim uma dupla estreia, fazê-lo e prova-lo. Utilize quilo e meio de perna de borrego, três decilitros de vinho branco, 150 gramas de
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Colhi notícia dela, nos seus detalhes de confeção, em livros recentes da especialidade (Manuel Fialho, Alfredo Saramago, Francisco Guedes) mas sei que – até há duas gerações – na minha família materna, em Beja, este prato era apresentado por altura das festas.
manteiga, quatro dentes de alho, uma colher de chá de colorau, sal e pimenta, 100 gramas de farinha, duas gemas de ovo, 70 gramas de açúcar e dois decilitros de leite. Limpe a carne cuidadosamente, desosse completamente e ate com fio de cozinha. Barre-a com uma massa de 100 gramas de manteiga, colorau, os alhos bem pisados, sal e pimenta. Regue com um decilitro de vinho. Vai a forno médio até a carne estar rosada. Entretanto prepare o polme. A farinha é diluída em dois decilitros de vinho, sem grumos. Bata as gemas, misture com o açúcar, o leite e 50 gramas de manteiga, que entretanto derreteu. Adicione essa massa à farinha diluída no vinho. Misture energicamente até total uniformidade. Retire a carne do forno – que não deve estar mais do que ligeiramente rosada – desate, deixe esfriar um pouco e envolva com o polme. Volta ao forno, desta vez muito quente, onde acaba de assar. O tempo de forno, nos dois casos, é fundamental. A carne deve ficar menos passada mas a massa bem cozida. A servir, morna, às fatias trinchadas medianamente. No meu caso, acompanhei batatas com natas no forno. As batatas são cozidas, pouco, depois cortadas à grossura dum lápis – assim, assim – e vão ao forno num pirex redondo, sujo com manteiga derretida, em forma de apfelstrudel (torta de maçã), recobertas de natas, um toque de noz-moscada e queijo ralado. Este prato come-se, também, com respeito: há quatro longos séculos já se fazia assim. É muita água debaixo das pontes! António Almodôvar
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Duo Pinto Ferreira hoje em Aljustrel
O espaço Oficinas, em Aljustrel, recebe hoje à noite, a partir das 22 horas, um concerto pela banda pop Pinto Ferreira, um duo composto por Filipe Valentim, nos sintetizadores, e Nuno Espírito Santo, no baixo. “Um é o Pinto, o outro o Ferreira. Ambos são colegas de escritório, e partilham o mesmo gosto pela música”. Assim se define esta dupla, cuja primeira fornada de nove músicas, com letras de Pedro Malaquias e produção de Flak (Rádio Macau), é descrita como uma viagem “por ambientes bipolares entre sentimentalismos ingénuos, amores obsessivos e a estupidez humana”. “Violinos no telhado”, o single de lançamento, é “uma história de não-amor”, a que se seguiu “Elogio da estupidez”.
Fim de semana
Festival de Teatro Escolar chega ao fim em Castro Verde Termina hoje, sexta-feira, o IV Festival de Teatro Escolar de Castro Verde, promovido pela junta de freguesia local. Para o encerramento está prevista a subida ao palco do espetáculo teatral “As Aventuras de João Sem Medo”, texto adaptado da obra de José Gomes Ferreira e encenado por um grupo de alunos da Escola Secundária de Castro Verde. A peça, que será apresentada no Cineteatro Municipal, destina-se aos públicos escolar e geral e acontece em dois horários distintos: 11 e 30 horas e 21 e 30 horas.
8.ª edição do festival de música sacra abre este fim de semana
Terras Sem Sombra em Sines
Laia visita o bejense Pax Julia O ciclo Novos Valores apresenta amanhã, sábado, no Pax Julia Teatro Municipal, a banda Laia, feita “a partir de coisas aparentemente naturais. Como o artesanato de aldeia. Como o rock de cidade”, tal como se autodefine. Compõem o coletivo que sobe ao palco pelas 22 horas Alexandre Bernardo, Cipriano Mesquita, Fred Ferreira, Luís Custódio e Pedro Trigueiro, um quinteto multi-instrumental, que se desdobra entre as guitarras elétrica e portuguesa, o adufe, o bombo, a bateria e a voz. Depois do álbum de estreia, “Viva Jesus e mais ninguém”, segue-se um novo disco gravado ao lado do Jardim Zoológico e dos seus habitantes. “Ao vivo, tudo isto é rock”, resumem.
Serrão Martins celebrado em Mértola A Câmara Municipal de Mértola volta a lembrar Serrão Martins com um conjunto de atividades culturais agendadas para os próximos dias 23 e 27. A iniciativa tem como propósito “homenagear o antigo edil e o seu contributo para a cultura do concelho”, refere a autarquia. Hoje, sexta-feira, o Musical da Mina de São Domingos é palco de um concerto de música antiga pelo Pax Antiqua Ensemble, que sobe ao palco pelas 21 e 30 horas. A encerrar a iniciativa, no dia 27, terá lugar a reabertura ao público do núcleo museológico Casa Romana.
A
igreja Matriz de Sines recebe já amanhã, sábado, pelas 21 e 30 horas, o concerto de abertura do Festival Terras Sem Sombra na sua edição de 2012, com uma obra-prima de Rossini, a “Petite Messe Solennelle” para solistas, dois pianos, harmónio e coro. Uma peça que, segundo a organização, a cargo do Departamento do Património Histórico e Artístico (DPHA) da Diocese de Beja, constitui “um arranque à altura das expetativas” do programa delineado pelo diretor artístico, Paolo Pinamonti, que pretende mostrar o papel do canto no universo da música religiosa, desde a polifonia do Renascimento até à vanguarda atual. Sob a direção de Giovanni Andreoli, um dos mais destacados maestros europeus da atualidade, bem conhecido pela atuação à frente do Coro da Arena de Verona, vão cantar em Sines algumas das mais belas vozes da ópera: a soprano María Bayo, a mezzosoprano María José Montiel, o tenor Alexandre Guerrero e o barítono Damián del Castillo. A este elenco associam-se os pianistas Marta Zabaleta e Miguel Borges Coelho, bem como Kodo Yamagishi na interpretação ao harmónio e, no papel de “poderosa moldura vocal”, o Coro do Teatro Nacional de São Carlos. Ingredientes que “fazem deste concerto um momento particularmente significativo da temporada musical portuguesa”. Seguem-se, até junho, Almodôvar, Beja, Grândola, Vila de Frades e Castro Verde, num programa em que mais uma vez “igrejas históricas, de grande beleza e excelentes condições acústicas” servem de palco à música de sacra interpretada por “nomes de peso”.
O Centro Infantil Coronel Sousa Tavares alterou as regras de inscrição de crianças naquela instituição, tornando o processo muito menos burocrático e até mais interessante. Ao que apurámos, os pais já não têm de acampar à porta do centro em novembro para inscrever os filhos em março. Todavia, têm de suplantar várias etapas para inscreverem os filhos: levantar uma senha no balcão da Segurança Social, na loja do cidadão em Serpa, de olhos vendados e, em seguida, dar uma volta na ciclovia em redor da cidade ao pé-coxinho. Por outro lado, os filhos deverão superar um de dois desafios: ser capazes de reproduzir em plasticina a estátua de Gonçalo Mendes da Maia enquanto recitam o poema “Castelo de Beja” de Mário Beirão em dinamarquês ou fazer um porco doce do Luiz da Rocha com meia dúzia de ovos e uma curgete. Os vencedores terão direito a inscrever-se.
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nÃo tÊm beja: pais jÁ novembro em de acampar ver os filhos para inscrerio em marÇo no infantÁ
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Inquérito Este fim de semana vai a alguma feira ou festival?
Unesco e o Cante: Não confirmo, nem desminto apresenta um excerto exclusivo da carta de candidatura
ADALBERTO ABLETE, 64 ANOS, Pessoa que quando morrer quer ser cremada e ter as cinzas despejadas no Fluviário de Mora Vou ao Festival do Peixe do Rio no Pomarão, se bem que a minha Maria é que aprecia aquele tipo de comida. No ano passado comi uma caldeirada de carpa e passei o tempo todo a cuspir espinhas e escamas para o lado espanhol. Só aprecio peixe de mar como os douradinhos, os rissóis de peixe e os filetes de pescada, tudo peixes que não dão muito trabalho a comer. Até estamos a pensar em fazer criação de medalhões de pescada no aquário lá de casa.
É já no final deste mês que será entregue, em Paris, a candidatura do cante a Património Cultural Imaterial da Humanidade. Apesar da polémica à volta da mesma, em especial pelas críticas dirigidas à Câmara de Serpa por esta se assumir como líder do processo, apresentamos este excerto para demonstrar que tal não corresponde à realidade e que a candidatura está bem e recomenda-se. A carta até foi em edição bilingue (português/francês), graças à ajuda do tradutor do Google, a pior invenção da história da humanidade a seguir ao programa de domingo à noite na TVI em que celebridades imitam outras celebridades porque era isso ou trabalhar no call-center.
FLORBELA CHISPE, 43 ANOS Pessoa que come que nem uma alarve e que afirma não ser gorda mas sim larga de ossos Vou à Feira do Porco Alentejano, em Ourique. Sempre será mais abrangente do que a Feira do Toucinho a que fui há uns anos. Foi um fim de semana em que comi sushi de toucinho, toucinho à Brás, toucinho de escabeche e toucinho gratinado numa cama de rúcula com redução de medronho. Mas o que me caiu mal foi o tiramisú de toucinho... Comecei a transpirar e fiquei mal disposta, mas gostei muito. Até o meu colesterol batia palmas... VIRIATO BROA DE MILHO, 59 ANOS Embalsamador de pirilampos
inho para o Bejensáriocons truído no jardim público da cidade. Borboletário abre camproj eto de um borb olet ário a ser
A câm ara beje nse apre sent ou o o emp reen dime nto: ser a ram pa de lanç ame nto para um outr ete prom eto proj este s, ámo apur ndo Segu se sobr e essa form a de cado a borb olet as, o segu ndo debr uçao Beje nsár io. Enqu anto o prim eiro é dedi lhes do Beje nsár io: deta ns a conf iden ciou à noss a pági na algu v que é o beje nse. Font e da auta rqui vida mos tra a evol uque o a evol ução do hom em, vam os ter um outr ““Tal com o exis te um gráf ico que mos tra que vai às com nse beje anos – na prim eira imag em vem os um çção do beje nse ao long o dos últim os 50 eira , a faze r terc iva; na um beje nse a faze r com pras na Coop erat ppras às port as de Mér tola ; na segu nda, ; e na últim a imag em ta, a com prar coisa s nas lojas dos chin eses com c pras nas gran des supe rfíci es; na quar vam os ter uma títo fiel do beje nse da atua lidad e. Tam bém retra , mão na as calç de em hom um os vvem os fora steir os veja m o, em exib ição 24 hora s por dia, para que vidr de ma redo a num nse beje ília fam ppica éstic a: a fam ília vai sio espe tácu lo notu rno de violê ncia dom ccom o vive mos . Dest aque para o mag nífic mais novo cheg ou bê‘o ue er deix ou quei mar as miga s’ ou porq mula r cena s de violê ncia , porq ue ‘a mulh dos visit ante s”. ias ‘Arra ial de porr ada nigh t’ e fará as delíc bado da Ovib eja’. O even to cham ar-se -á
MEMÓRIA ANTIFASCISTA
CD lança vinho “Memórias antifascistas” CDU pa para concorrer com o vinho “Memórias de Salazar” A CCâmara de Santa Comba Dão registou a marca “Salazar” e pretende comercializar produtos reg regionais com essa designação – destaque para o vinho “Memórias de Salazar” a ser lançado em breve, facto que muito indignou a esquerda portuguesa. A CDU no Alentejo já reagiu e vai lan lançar um vinho alentejano para combater a marca “Salazar”. Uma investigação conjunta Não con confirmo, nem desminto/Revista Jeropiga Weekly/Adegas de Ervidel conseguiu aceder a duas
Vou ao Festival Gastronómico A Pão e Laranjas, na Vidigueira, como faço todos os anos. É a única possibilidade que tenho de comer laranjas de qualidade, enquanto as laranjas que estão no Governo nos comem o resto do tempo. Eh, eh, estou a brincar... Como pode ver, passei ao lado de uma grande carreira no humor como o Nilton ou o José Lello. Gosto muito de pão e de todo o tipo de fruta fresca, como pêssegos em calda, ananás em calda, cerejas em calda, fruta cristalizada...
garrafas dos vinhos em questão e faz aqui uma crítica enológica: O vinho “Memórias de Salazar” liberta um certo aroma a bafio, fruto de 48 anos em barril. Trata-se de um vinho encorpado, com sabor a flor de Cerejeira e a brilhantina do António Ferro. Vê-se que as uvas foram criadas na ilha do Tarrafal e pisadas por agentes da PIDE; já o “Memórias antifascistas” tem um certo travo a Avante impresso em folha de bíblia, com laivos de suor dos camponeses que trabalharam sob o jugo opressor de grandes latifundiários. As uvas foram claramente cortadas com uma tesoura que pertencia a uma cooperativa agrícola e pisadas por ex-presidiários do Aljube e de Caxias. Trata-se de um vinho leve, que acompanha bem nacos de carne e liberdade, atingindo a temperatura ideal quando ouve qualquer poema de Ary dos Santos.
Nº 1561 (II Série) | 23 março 2012
RIbanho
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Hoje, sexta-feira, espera-se céu muito nublado em toda a região. A temperatura vai oscilar entre os nove e os 24 graus centígrados. Amanhã, sábado, também são esperadas algumas nuvens e no domingo podem cair alguns aguaceiros.
José Mattoso homenageado pelo Campo Arqueológico
Mértola é “um pequeno foco de ação correta”
O
h istor iador José Mat toso foi recentemente homenageado num encontro científico em Mértola sobre acervos patrimoniais, em que foi dado especial relevo ao tratamento documental de que está a ser alvo a sua biblioteca pessoal, doada ao Campo Arqueológico e que será em breve integralmente disponibilizada on line. Um trabalho que deixa o investigador “muito satisfeito” e convicto de ter deixado o seu legado no sítio certo. Despediu-se da vida académica em 2008, numa cerimónia aqui em Mértola. Abandonou em definitivo a investigação?
No sítio onde eu passei a viver não tinha livros e portanto não era sério que fizesse qualquer trabalho de investigação. Isso aconteceu de uma forma voluntária, sem nenhuma espécie de dramatismo. É muito simples que uma pessoa faça investigação enquanto pode; quando não pode, faz outras coisas. Como ocupa os seus dias?
Hesito em responder. A fórmula simples seria rezar. Mas esse termo provoca grande desorientação por parte das pessoas. Poderia dizer então meditar, apreender o real, e preparar a morte. Schopenhauer, por exemplo, disse que aquilo que é próprio do homem é enfrentar a morte, e PUB
acho que é isso que afinal dá sentido à vida. Mas é qualquer coisa de difícil encontrar as orientações certas nessa confrontação, para que não haja nem pessimismo, nem dramatismo. Para que seja qualquer coisa simples e clara, como é o destino de todas as pessoas que vivem. Neste momento desempenha alguma função na vida pública?
José Mattoso 79 anos, natural de Leiria Entrou para o mosteiro beneditino de Singeverga em 1950 e doutorou-se em História Medieval pela Universidade de Lovaina em 1966, tendo regressado à vida laica em 1970. Prémio Pessoa em 1987, dirigiu uma História de Portugal que ainda é uma referência, sobretudo para quem queira entender o processo de tomada de consciência da identidade nacional. Foi professor universitário, dirigiu a Torre do Tombo, e fixou residência em Mértola durante mais de uma década, na Horta da Malhadinha, propriedade que doou ao Campo Arqueológico, juntamente com a sua biblioteca pessoal, um fundo de cerca de 15 mil documentos especializado em História Medieval.
Não, felizmente. O último que tive foi na Fundação para a Ciência e Tecnologia, como presidente do conselho consultivo para as Ciências Sociais e Humanas. O professor Sentieiro acaba de me pedir mais uma colaboração, num campo mais simbólico do que real, e receio mesmo que não tenha condições de saúde para poder realizar qualquer função significativa. Doou a sua biblioteca pessoal ao Campo Arqueológico de Mértola sem impor quaisquer condições. Como vê o tratamento que lhe está a ser dado, tal como foi exposto neste encontro?
Fico surpreendido porque não me parecia que pudesse ser um caso assim tão exemplar. O tipo de biblioteca que eu construí é o normal para um investigador qualquer na área das ciências humanas. Mas, por outro lado,
fico realmente muito satisfeito, porque foi uma equipa que tomou essa tarefa muito a sério, com uma dinâmica e objetivos muitos firmes e muito combativos e não sei se isso teria sido possível noutro sítio se não aqui em Mértola, onde há uma tradição de militância, de gratuidade no trabalho que as pessoas fazem. Como faz o confronto entre os portugueses de hoje e esse reino medieval que estudou?
Confesso que tenho alguma pena que aquelas esperanças todas que tivemos no 25 de Abril tenham ficado frustradas em termos de capacidade intelectual, de difusão do conhecimento e do saber como base para a organização social, para a construção nacional, das instituições. Acho que houve uma deriva e que os níveis mais altos de participação no poder não souberam difundir, criar estratégias de generalização do rigor, da capacidade de organização. Mas iniciativas como esta aqui em Mértola mostram que talvez haja pequenos focos de ação correta, adequada, e a minha esperança é que eles se alarguem. A ligação afetiva a Mértola mantém-se, apesar de já não residir cá?
Absolutamente. Mantém-se e cresce, acho eu. Carla Ferreira
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Mostra de Sopas do Alentejo na Ovibeja Durante a próxima edição da Ovibeja vai decorrer a 1.ª Mostra de Sopas Tradicionais do Alentejo. A iniciativa encontra-se agendada para o dia 28, data em que cada participante revela a sua receita de eleição, que pode ir desde a tradicional açorda às sopas de tomate ou à poejada de bacalhau com feijão manteiga, entre muitas outras. A iniciativa encontra-se a cargo da Confraria Gastronómica do Alentejo, em colaboração com a organização da Ovibeja.
Câmara de Sines atribui apoio de 50 mil euros ao Teatro do Mar A Câmara Municipal de Sines aprovou o protocolo entre a autarquia e a Contra Regra – Associação de Animação Cultural/Teatro do Mar para o ano 2012 (março a dezembro). O protocolo estabelece um apoio de 50 mil euros da câmara à associação. A Contra Regra deverá garantir a estreia no concelho das novas produções da companhia, realizar um conjunto mínimo de apresentações dessas produções no concelho, promover várias atividades pedagógicas e de formação artística e participar nas atividades comemorativas organizadas pela autarquia.
Santa Clara-a-Nova cede Museu Etnográfico a Almodôvar A Câmara Municipal de Almodôvar e a Casa da Cultura de Santa Clara-a-Nova assinaram no final da semana passada o protocolo de colaboração que integrará o Museu Etnográfico Manuel Vicente Guerreiro na Rede de Museus de Almodôvar. Compete agora à autarquia “assegurar todos os aspetos relativos à gestão do museu, como a limpeza do espaço, a preservação do seu espólio, a renovação e divulgação das exposições patentes”, esclarece a câmara, adiantado que “com a integração deste museu, a Rede de Museus de Almodôvar passará a ser composta por três museus, o Museu da Escrita do Sudoeste, o Museu Severo Portela e o Museu Etnográfico Manuel Vicente Guerreiro, prevendo-se para um futuro próximo a abertura do Museu de Arte Sacra no Convento de Nossa Senhora da Conceição, que integrará também esta rede”.