Ediçao N. 1562

Page 1

PUB

Siga o “DA” durante a semana em www.diariodoalentejo.pt

D. António Vitalino Dantas Bispo de Beja critica empreendimento do Alqueva pág.9

SEXTA-FEIRA, 30 MARÇO 2012 | Diretor: Paulo Barriga Ano LXXX, No 1562 (II Série) | Preço: € 0,90

Comissão Nacional da Unesco recusa-se a entregar dossiê em 2012

Governo fecha portas ao cante Num volte-face de última hora, e depois de concluída a candidatura do cante alentejano a Património Cultural Imaterial da Humanidade em tempo recorde, a própria Comissão Nacional da Unesco, por

indicação do ministério de Paulo Portas, recusa-se a entregar o dossiê alentejano em Paris. Os argumentos da recusa prendem-se com o timing da candidatura e com a falta de tempo para ativar a

rede diplomática portuguesa. Justificação que não colheu junto dos proponentes do cante que se manifestaram, na quarta-feira, frente ao Palácio das Necessidades, cantando a uma só voz. págs. 16/17

José Maria Pós-de-Mina em entrevista ao “DA”

O “Diário do Alentejo” é para manter na esfera dos municípios Miguel Relvas lidera uma equipa que, nos próximos 60 dias, estudará e proporá uma reforma com o objetivo de identificar “eventuais áreas de sobreposição de atividades do Estado e da administração local”, com vista a “eliminar redundâncias e ineficiências”. Há municípios que terão que se juntar. E serviços públicos – tribunais, hospitais, finanças – que serão suprimidos. Os autarcas “estão condenados a entender-se”, diz. pág.8

O atual presidente da Câmara de Moura (CDU) é o novo homem forte do associativismo intermunicipal no distrito. No passado dia 16 foi eleito presidente do conselho executivo da Comunidade Intermunicipal do Baixo Alentejo. E agora, a sua principal tarefa é proceder à extinção da outra entidade a que preside, a Associação de Municípios do Baixo Alentejo e Alentejo Litoral. págs. 6/7

Os 80 habitantes de Albergaria dos Fusos

Passos Coelho “arruma” TGV em Sines

Fica no concelho de Cuba. Mas muitos pensam que pertence ao vizinho município de Alvito. É que durante muitos anos se deu o nome de Alvito à barragem que foi construída mesmo aos pés de Albergaria dos Fusos. Um empreendimento que, ao contrário do esperado, ainda não trouxe as riquezas do desenvolvimento. E hoje, a localidade está reduzida a 80 habitantes. Os outros partiram para Lisboa ou foram a caminho de Vila Ruiva. Onde fica o cemitério. págs. 4/5

Mas anunciou a possibilidade da ligação ferroviária a partir de Sines vir a integrar a rede ferroviária transeuropeia para o transporte de mercadorias. “Arrumado” o projeto do TGV, diz Coelho, esta rede é “prioritária para o governo português”. É que o porto de Sines é “essencial” para a internacionalização da economia portuguesa, uma vez que representa “uma janela extraordinária no Atlântico” e coloca Portugal “numa nova centralidade comercial”, disse. pág. 10

PUB

JOSÉ SERRANO

Governo avança para a fusão de municípios


Diário do Alentejo 30 março 2012

02

Editorial A mar

Vice-versa Miguel Relvas quer identificar “eventuais áreas de sobreposição de atividades do Estado e da administração local” com vista a “eliminar redundâncias e ineficiências”. O ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares, em declarações ao “Jornal de Notícias”, diz querer dar “um abanão” na forma de olhar para os serviços públicos do Estado.

Paulo Barriga

“A clarificação das competências é importante. O que vemos, no entanto, é que isso é utilizado como pretexto não para resolver os problemas, mas para ainda sobrecarregar mais o Poder Local e para criar uma situação perversa que é criar autarquias de primeira e de segunda”, afirma José Maria Pós-de-Mina em entrevista ao “Diário do Alentejo”

N

ão gosto de Lloret del Mar. Nunca lá fui. Mas não gosto. Dizem que é a melhor praia da Catalunha. A quinta estância de veraneio espanhola em termos de capacidade hoteleira. E de rendimentos com o turismo. Mas não gosto. Boa parte do dinheiro que lá entra provém das visitas de alunos finalistas do ensino secundário. Que lá vão tentar viver a vida toda em três ou quatro dias. De uma só vez. Intensamente. Livremente. Abruptamente. Arrebatadamente. Não gosto de Lloret del Mar. Talvez por inveja deles. Por inveja de já não ser como eles agora são. E de ter gostado tanto de ter sido como eles agora são. Excessivamente jovens e descontroladamente sonhadores. Não gosto de Lloret del Mar por ciúmes. Ou talvez não. Não gosto de os ver a abanar o capacete. Beber como marujos velhos. Fumar umas coisas. Fazer umas baboseiras. E morrer. Não gosto de Lloret del Mar, de facto. Nem das viagens de finalistas impostas aos pais sob chantagem e às escolas sob indiferença. Esta semana morreu em Lloret del Mar um aluno da Escola Secundária de Castro Verde. Um aluno brilhante. Amante das ciências e apaixonado pela química. Um colega exemplar. Um rapaz às direitas. Filho único. Caiu de uma varanda de um quinto andar. Talvez por acidente. Castro Verde está de luto. Melhor, está em transe. Incapaz de conviver com a falta, com a culpa, com a frustração que a toda a hora é relembrada pelos jornalistas que sitiam a vila. Ao contrário do recato, da decência e da precisão com que o presidente da câmara local repatriou e assistiu psicologicamente os sobrevivos. A escola colocou na parede uma cinta negra em memória do rapaz. Em memória da sua juventude. Em memória de todos os que lá foram e não ficaram. Em memória de todos os que tenham a vontade de lá ir. Amar. E morrer um pedacinho em Lloret.

(ver páginas 6 e 7)

Fotonotícia A poesia anda à solta. A Biblioteca Municipal de Beja “vestiu-se” de poesia e pendurou-a na rua, para que quem passa, seja a pé ou de carro, a possa descobrir. Para que até os mais distraídos, os mais apressados e até os que dizem não ter tempo, a possam, por breves momentos que seja, desfrutar. Para que esteja ao alcance de todos. E ela, seja dentro da biblioteca ou nas fachadas, por lá vai permanecer até ao fim do mês. Pendurada, rua fora, à espera de quem a queira ler. BS Foto de José Serrano

Voz do povo Já pensaste em emigrar?

Inquérito de Ângela Costa

Leonor Pãozinho, 22 anos, estudante de Animação Sociocultural

Ana Filipa Guedes, 21 anos, estudante de Animação Sociocultural

Ana Figueiredo, 20 anos, estudante de Educação e Comunicação Multimédia

André Mira, 22 anos, estudante do curso de Engenharia Agronómica

Não pensei ainda muito nisso, mas talvez para trabalhar, não por Erasmus, mas como saída profissional. Depois de acabar o curso, para ter também alguma experiência lá fora porque, se calhar, ir para o estrangeiro abre-nos várias portas quando voltarmos para Portugal. Ainda nem pensei em países para onde ir, mas emigrar é uma hipótese.

De momento ainda não pensei em emigrar, mas assim que terminar o curso é uma grande hipótese e se calhar é até um dos meus objetivos. Em Portugal há pouco emprego, até mesmo na minha área, e os jovens sentem mesmo necessidade de emigrar. Ainda não pensei num país em concreto, mas ainda falta um ano para acabar o curso.

Já pensei já. Coloquei essa hipótese porque acho que Portugal não tem muito futuro para os jovens. Se tiver mesmo que emigrar será talvez para Inglaterra ou para o Luxemburgo. A fazê-lo não será logo assim que acabar o curso. Vou tentar em Portugal primeiro, mas como não sei se vou ter muito sucesso…

Sim, por acaso já tinha pensado em emigrar para Angola. Talvez para explorar lá um outro tipo de mercado, talvez porque paguem lá melhor… Vou acabar o curso agora em julho e assim que surgir uma proposta que me agrade vou-me embora. Se calhar consigo ir para lá nos primeiros tempos e depois investir em Portugal no futuro.


Rede social

Semana passada QUINTA-FEIRA, DIA 22 BEJA ESCOLAS E CÂMARAS FECHADAS E TRANSPORTES AFETADOS NO DISTRITO Escolas e câmaras fechadas, serviços públicos “a meio gás”, lixo por recolher e alguns transportes parados foram os efeitos mais visíveis da greve geral no distrito de Beja, disseram à Lusa dirigentes sindicais. Segundo Casimiro Santos, coordenador distrital da CGTP, a central sindical que convocou a greve, as taxas de adesão no distrito de Beja são “boas”, sobretudo em serviços públicos, alguns “a meio gás”, e nas áreas da educação e da administração local. De acordo com o coordenador distrital de Beja do Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local, Vasco Santana, as câmaras municipais de Alvito e Serpa estiveram fechadas e houve taxas de adesão à greve superiores a 80 por cento em algumas autarquias, como Castro Verde (87 por cento), Moura (82 por cento) e Aljustrel (88 por cento). Na área da educação, segundo o Sindicato dos Professores da Zona Sul, houve vários estabelecimentos de ensino abertos mas sem aulas, outros “a meio gás” e pelo menos seis fechados. Na área da saúde, a adesão dos enfermeiros à greve nos hospitais de Beja e Serpa foi de 57,6 por cento no turno da noite e de 44,2 por cento no turno da manhã, disse o coordenador no Alentejo do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses, Edgar Santos.

LITORAL FIM DO TGV “É MÁ NOTÍCIA” MAS LIGAÇÃO PARA MERCADORIAS DESDE SINES É “POSITIVA” O presidente da Comunidade Intermunicipal do Alentejo Litoral (Cimal), Carlos Beato, considerou “um sinal positivo” a “janela” aberta pelo Governo de uma ligação ferroviária de mercadorias desde Sines, mas lamentou a “má notícia” do abandono do TGV. “Tanto quanto julgo saber, o Governo deixou aberta uma ‘janela’ para o transporte ferroviário de mercadorias [a partir de Sines] numa modalidade transeuropeia, o que é um sinal positivo”, afirmou à Lusa Carlos Beato (PS). Contudo, acentuou o autarca de Grândola, que preside à Cimal e ao Conselho Regional do Alentejo, órgão consultivo da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCR), “é bom e necessário que se deem passos nesse sentido”.

SÁBADO, DIA 24 ODEMIRA HOMEM DE 75 ANOS MORRE ATROPELADO, CONDUTOR PÔS-SE EM FUGA Um homem de 75 anos morreu atropelado por um veículo cujo condutor se pôs em fuga, na Estrada Nacional 262, na freguesia de Bicos, no concelho de Odemira, disse fonte da GNR. A mesma fonte indicou que o acidente ocorreu cerca das 20 e 30 horas de sábado e que a vítima mortal, que residia na freguesia de Bicos, foi atropelada alegadamente por um veículo ligeiro de passageiros. Segundo a GNR, o homem, que supostamente seguia a pé na berma da estrada, foi encontrado pela condutora de um veículo que circulava naquela via.

DOMINGO, DIA 25 CASTRO VERDE JOVEM DE 17 ANOS MORRE EM QUEDA DE JANELA EM LLORET Um jovem de 17 anos, aluno do 12.º ano da Escola Secundária de Castro Verde, morreu depois de cair da janela do 5.º andar do empreendimento hoteleiro onde estava alojado na localidade de Lloret del Mar (Espanha). Uma fonte dos Mossos d’Esquadra, a polícia autonómica da Catalunha, disse à Lusa que as duas hipóteses avaliadas pelos investigadores eram queda acidental ou suicídio. O jovem partiu na sexta-feira, dia 23, ao final do dia para a viagem de finalistas do ensino secundário, que teve como destino aquela localidade espanhola, com cerca de 20 colegas da mesma escola. O diretor daquele estabelecimento de ensino adiantou à Lusa que a escola não esteve envolvida na organização da viagem e que os alunos não foram acompanhados por professores. Entretanto os colegas do jovem regressaram na noite de segunda-feira a Lisboa, em dois voos provenientes de Barcelona, sendo que as viagens de 20 deles foram pagas pela Câmara de Castro Verde. A informação sobre as investigações policiais e sobre os resultados da autópsia estão ainda em segredo de justiça.

3 perguntas a Luís Pita Ameixa

Deputado do PS eleito pelo círculo de Beja

Como comenta a retomada dos trabalhos na A26, que faz a ligação de Sines e Beja, e cuja suspensão criticou?

A autoestrada de Beja é essencial para vencer a interioridade e para dar ligação, coerência e sinergia a outros investimentos, que fazem parte de uma estratégia para o Baixo Alentejo, como o porto marítimo e zona industrial de Sines, os investimentos turísticos na costa alentejana, o aeroporto de Beja e o Alqueva, principalmente. Por isso conseguimos que ela avançasse e – atenção – em comum com outras vias como é o caso do IP2 que liga, ao mesmo tempo, Beja para norte e para sul. O Governo PSD+CDS impôs uma renegociação do contrato às empresas construtoras e foi isso que parou e atrasou a obra e veio dar mais uma achega para desacreditar o território. A obra faz-se sem dispêndio público atual e gerará receitas para se pagar, pelo menos em parte, mas com a alteração agora feita ficará mais cara ao Estado, a prazo!

História, animação, pão e laranjas Feiras históricas há muitas, mas esta, para o povo de Vidigueira, tem sabor especial. É que para além das recriações e das lutas, há pão e laranjas e muitos, muitos produtos regionais para degustar. Um fim de semana de barriga cheia.

Porco alentejano apresentou-se em Ourique O porco alentejano andou na boca do mundo. E se as esculturas do animal fizeram as delícias dos visitantes, a carne, a de porco alentejano, fez ainda mais. Que o digam todos os que se sentaram nas tasquinhas. Foi de comer e chorar por mais.

E as notícias que dão quase como certa a escolha de Sintra ou do Montijo para receber companhias low cost em detrimento do aeroporto de Beja?

O aeroporto de Beja pode e deve ter uma parte da sua valência nos passageiros mas essa não é a sua principal mais-valia imediata. Principalmente deve servir como polo de atração e instalação de empresas aeronáuticas em terra que criem emprego em número e qualidade apreciáveis. É já exemplo a Aeromec, empresa em processo de instalação que criará 100 postos de trabalho. O principal problema é que o Governo PSD+CDS em vez de dar continuidade ao impulso do projeto tem procurado desacreditá-lo, não tem qualquer estratégia de intervenção, nem quer ter pois já afirmou expressamente que é contra o mesmo!

Pomarão sentou à mesa locais e forasteiros O rio calmo, mas a agitação nas suas margens foi muita. Pomarão recebeu locais e forasteiros e deu a provar as suas iguarias. O muge, a lampreia, a saboga, as enguias, entre outros peixes do Guadiana, foram os “reis e senhores”da festa.

Homens que falam como mulheres Por que é que acusa a ministra da Agricultura de “desenvolver um discurso falacioso” e de proferir “obscuras declarações” em relação a Alqueva?

O Governo tem estado a retirar as verbas dos fundos comunitários agrícolas que estavam adjudicadas ao prosseguimento das obras do Alqueva, destinando-as a outros fins. Ao mesmo tempo diz que não vai prosseguir as obras porque não há dinheiro. Diz que os agricultores não aproveitam o regadio. Diz que o Alqueva vai ser concluído mas recusa falar em prazos. Claro… É, assim, um discurso falacioso e – mais – deturpa a realidade do aproveitamento do regadio, despreza a importância para a produção nacional e para o combate às secas que este projeto dará, humilha os agricultores e os alentejanos e desinteressa-se do desenvolvimento de toda uma região! É demais! Nélia Pedrosa

A Biblioteca Municipal de Beja recebeu “Homens que Falam Como Mulheres”. O berço da poesia portuguesa, através dos cantares dos trovadores galego-portugueses da Idade Média. Uma performance pela companhia de teatro Arte Pública.

Sopa da Pedra com Paulo Abreu de Lima e João Maria A iniciativa Universos de Poesia deu as boas-vindas a Paulo Abreu de Lima e a João Maria. Sopa da Pedra, uma mistura de poesia e música. Diz, quem assistiu a esta “sopa”, que provou e gostou. Beja a celebrar, em março, a poesia. Beja a dar música.

Diário do Alentejo 30 março 2012

03


Diário do Alentejo 30 março 2012

04

“Se houvesse desenvolvimento na barragem podia desenvolver-se a aldeia. Estava previsto um hotel, mas parece que isso está em stand by”. Francisco Gonçalves

Albergaria dos Fusos

Pouco mais de 80 pessoas em Albergaria dos Fusos

À espera do desenvolvimento da barragem A barragem é de Albergaria dos Fusos, mas houve tempo em que tinha o nome de Alvito. Mas tenha que nome tiver as gentes da aldeia gostavam é que a ela chegasse o desenvolvimento, e que com ele viessem mais forasteiros e até possíveis habitantes. De boca em boca só se ouve um número: 80. “Já só somos uns 80”. Texto Bruna Soares Fotos José Ferrolho

“S

omos uns 80 a viver aqui”. É este o número que sai, sem indecisão, das bocasdasgentesquehabitamAlbergaria dos Fusos, no concelho de Cuba, até porque a conta, essa, não é difícil de fazer. Basta ir subtraindo os que vão deixando a aldeia. Todos se conhecem e a margem para erro é, assim, mínima. “Há para aí umas 80 pessoas, se chegar. Dos que partiram uns estão ali a caminho de Vila Ruiva (cemitério) e outros abalaram para Lisboa”, diz Francisco Batista, que se apresenta de camisa aos quadrados para dentro das calças, boina na cabeça e com uma bolsa milimetricamente colocada no cinto para o telemóvel. Habitantes, não restam dúvidas, são cada vez menos. Mas, ainda assim, o que melhorou ao longo destes anos? “As calçadas e as ruas”, responde sem hesitação. Francisco Gonçalves, por sua vez, diz que “as melhorias foram muitas” e que “a terra tem muito mais condições”. No largo não há carros a circular e o som dos pássaros, que vieram com a primavera ou que nunca chegaram a partir, é o que mais se ouve. As aves de António Pomares ajudam à festa. Dentro da sua pequena drogaria apetrechada de tudo e mais alguma coisa, em pleno largo, são elas que se ouvem, ainda que dentro das gaiolas. “Gosto muito dos passarinhos e trago-os aqui para a loja, assim estou sempre a ouvir alguma coisa”, conta. Até porque a voz dos clientes escuta-a cada vez menos. “Tinha um comércio alimentar do outro lado e tive de fechar, porque as pessoas vão-se aviar aos supermercados, às superfícies grandes”, afirma. Quem também espera pelos clientes é Cidália Ferreira, no seu café, atrás do balcão. “Estou aqui há 20 anos. Esta terra está muito velhota. A maioria das pessoas tem entre os 60 e os 70 anos. Malta jovem há pouca e está cada vez menos gente na aldeia”, afirma. Há, no entanto, os forasteiros, quase sempre ao fim de semana, que procuram a barragem e a casa de turismo, que se instalou na aldeia, aproveitando todas as potencialidades da terra. “Quando há movimento lá, nota-se aqui no café”, assegura Cidália Ferreira. Na aldeia toda a gente comenta o turismo rural. “Foi uma coisa boa que veio para aqui”, consideram os homens, que se sentam nos bancos, abrigados do sol.

A barragem de Albergaria dos Fusos, que tanta luta deu a estas gentes, uma vez que a batizaram de barragem de Alvito, é o que ainda faz renovar a esperança, embora o tão aguardado progresso insista em não chegar. “Se houvesse desenvolvimento na barragem podia desenvolver-se a aldeia”, diz Francisco Gonçalves, adiantando: “Estava previsto um hotel, mas parece que isso está em stand by. Aquilo não vai ser feito. Dizem que não têm dinheiro para fazer o hotel. Isso poderia trazer até habitantes, porque há aí muita casa à venda e podia ser que alguém viesse para aqui morar”. Manuel Reguengos senta-se num dos bancos, abrigado pelo alpendre, enquanto vão chegando os seus companheiros de prosa e explica como trocaram as voltas à barragem, atribuindo-lhe o nome de Alvito. “A barragem de Alvito era para ser ali em baixo. Começaram a construir, mas como o terreno não deu, mudaram para aqui. Ali já era barragem de Alvito e aqui continuou a ser barragem de Alvito à mesma, mas sem o ser”. Os homens acenam positivamente com cabeça e Manuel Reguengos lamenta: “Nos papéis já está barragem de Albergaria. Mas as pessoas passam aí nos carros e perguntam onde é a barragem de Alvito”. Ao lado dos homens repousa a antiga escola primária e crianças não se avistam. A escola há muito que fechou. Apenas se avista Jacinto Batata a pular o muro, do alto dos seus mais de 70 anos. Antes parou o seu veículo motorizado de três rodas e caixa aberta, que carregava duas couves, junto ao alpendre. “Crianças há muito poucas. Só o que há aqui é malta velha e eles não fazem crianças”, conta o homem, entre sorrisos. Jacinto não se senta e recorda: “No tempo em que era rapaz havia aí muita malta nova, faziam-se grandes bailes. Agora não há nada. Não está aí ninguém. Só se forem os velhos bailar com as velhas. A mocidade abalou toda”. E o espaço multiusos, perguntamos. “Às vezes fazem lá casamentos e batizados”, diz Francisco Batista. Jacinto senta-se no seu veículo. Aquece o motor, dá a conhecer as virtudes da máquina e arranca rua acima. Vai ver o seu “hortejo”. Com o barulho Umbelina Cabanas assoma-se à porta. E resume: “Aqui é como nos outros sítios. Uns dias são melhores, outros são piores”.


Diário do Alentejo 30 março 2012

05

Luís Pôla Presidente da Junta de Freguesia de Vila Ruiva

Em sua opinião, quais são as principais potencialidades de Albergaria dos Fusos?

Penso que as potencialidades de Albergaria dos Fusos passam pelo turismo rural e, inclusive, já existe uma casa de turismo rural na aldeia. A barragem de Albergaria dos Fusos, no entanto, representa uma das suas mais valiosas atrações turísticas. Qual é a relação desta terra com a barragem de Albergaria dos Fusos?

A relação desta terra com a barragem deve-se, sobretudo, à sua proximidade. Situa-se a cerca de três quilómetros da aldeia.

Turismo rural dinamiza aldeia

Ponte romana

A Casa do Alto da Eira instalou-se em Albergaria dos Fusos e hoje é apontada como uma das principais dinamizadoras da vida da aldeia. São vários os turistas que a procuram ao longo do ano e a terra acaba sempre por beneficiar. A Casa do Alto da Eira tem ainda levado o nome de Albergaria dos Fusos além-fronteiras. O turismo rural é apontado como uma das principais potencialidades da terra.

Antes de se entrar na povoação de Albergaria dos Fusos er gue -se uma ponte r omana, considerada uma das mais monumentais ainda exis tentes no País. A ponte está classif ic ada como Monumento Nacional e tudo indica que por ela passava a antiga estrada romana, que de Faro e Beja seguia para Évora e Mérida.

Ermida e igreja de Nossa Senhora do Outeiro

Barragem de Albergaria dos Fusos

A ermida de Nossa Senhora do Outeiro ou de Nossa Senhora da Visitação ergue-se fora da aldeia. Conta a lenda que nas primeiras sextas-feiras de março a imagem da padroeira do lugar chorava e suava tanto que tinha ensopado vários lenços e que o azeite da sua lamparina nunca diminuía, aumentando sempre. Ainda hoje, junto à igreja, existe o cemitério da aldeia. A igreja de Nossa Senhora do Outeiro, por sua vez, ergue-se dentro de Albergaria dos Fusos e foi construída no século XX. O traço arquitetónico é moderno de formas geométricas simples – círculo, quadrado e ângulos retos.

A barragem de Albergaria dos Fusos fica a escassos quilómetros da aldeia. Tem uma área aproximada de 1 480 hectares e tem sido apontada a sua aptidão para o desenvolvimento de atividades relacionadas com o turismo. É conhecida por ter boas condições para atividades ao ar livre, tais como desportos náuticos e pesca desportiva. Fala-se ainda da possibilidade de poder vir a ter uma praia fluvial. Abastece os concelhos de Cuba, Alvito, Portel e Viana do Alentejo. A forma da albufeira, o plano de água, a paisagem natural e a existência de alguns pontos de interesses têm atraído ao longo dos anos vários visitantes.

Esta aldeia pode no futuro atrair mais visitantes?

Julgo que esta terra poderá atrair mais visitantes, nomeadamente através de diversas atividades, como desportos náuticos, pesca desportiva, entre outros. É, sem dúvida, uma área com excelentes aptidões para o desenvolvimento do turismo. Não se pode esquecer ainda a existência de boas condições ambientais, bem como os recursos naturais e também as excelentes condições para a prática de atividades ao ar livre. Estão previstos novos projetos para a aldeia?

Sim. Existe um projeto para a aldeia. Trata-se de um complexo turístico, que será implementado a cerca de dois quilómetros de Albergaria dos Fusos. Neste momento particularmente difícil para todo o País, devido à sentida e conhecida crise, quais são as principais dificuldades desta terra?

A população desta terra é envelhecida e essa é, sem dúvida, neste momento, a principal dificuldade que se sente em Albergaria dos Fusos. Em ano de seca como está o caudal da barragem de Albergaria dos Fusos?

O caudal da barragem de Albergaria dos Fusos mantém-se. Já existe a ligação entre a barragem de Albergaria dos Fusos e a barragem de Alqueva e, neste sentido, o caudal está dentro dos níveis esperados. E a agricultura, sustento de muitas das pessoas que habitam esta terra?

A agricultura acaba por sofrer as consequências do ano que se vive. A seca traz a estas terras, mas também a toda a região, um impacto negativo.


06 Diário do Alentejo 30 março 2012

A própria lei dos compromissos, mais do que dificuldades financeiras, cria constrangimentos complicados ao desenvolvimento e que podem levar à paralisação completa da atividade municipal”.

Entrevista

“As assembleias distritais perderam a sua capacidade de intervenção de natureza política. O que deveria acontecer era a extinção dessas entidades por via da extinção dos próprios distritos, num processo de criação das regiões administrativas”.

José Maria Pós-de- Mina é o novo presidente da Cimbal e da Ambaal

Um candidato quase “natural” às próximas Autárquicas O atual presidente da Câmara Municipal de Moura (CDU) é o novo homem forte do asNeste momento preside à Ambaal e à Cimbal. Faz sentido existirem duas entidades, de alguma forma redundantes, representativas do associativismo municipal no distrito de Beja?

Neste momento não faz sentido! Tanto assim é que foi tomada a decisão de proceder à extinção da Ambaal. E por isso mesmo é importante que a mesma pessoa ocupe as duas presidências, para facilitar a tarefa de migração de algumas estruturas da Ambaal para a Cimbal. Um dos nossos objetivos para os próximos tempos é trabalhar para a extinção da Ambaal, para que persista apenas a Cimbal. Em que moldes se vai processar essa “migração”?

A primeira questão prende-se com a composição das duas entidades. A Ambaal é composta por 18 municípios e a Cimbal por 13. Há aqui cinco municípios com quem temos que aclarar e definir um ponto de partida para a sua possível saída da Ambaal. Isso facilitaria o processo. Esse é o primeiro problema que interessa resolver.

sociativismo intermunicipal no distrito de Beja. No passado dia 16 foi eleito presidente do conselho executivo da Comunidade Intermunicipal do Baixo Alentejo. E agora, a sua principal tarefa é proceder à extinção da outra entidade a que preside, a Associação de Municípios do Baixo Alentejo e Alentejo Litoral. Uma ambição espinhosa e complexa. Que passa também pelo futuro do próprio “Diário do Alentejo”. Título que Pós-de-Mina quer manter na esfera dos municípios. Nesta grande entrevista, o autarca defende ainda a extinção das assembleias distritais e acredita que a atual forma de comparticipação das autarquias no orçamento do Museu Regional de Beja é a mais correta. Quanto a uma eventual candidatura pela CDU à Câmara de Beja nas próximas Autárquicas, uma vez que atingiu o limite de mandatos em Moura, responde com ironia: “Costumo dizer que

E quanto ao “Diário do Alentejo”?

sou candidato desde 1979”. O futuro ao partido pertence.

O “Diário do Alentejo” deve prosseguir na esfera pública. O que os municípios fizeram nos anos 80 foi relevante. Salvaram um título com o património e o prestígio que tem o “Diário do Alentejo” e penso que os municípios, hoje, têm a responsabilidade de garantir a continuidade desse património na sua esfera de ação. Neste processo de transição penso que não deve haver nenhuma intervenção que perturbe esta evolução normal. O “Diário do Alentejo”, neste momento, é dos municípios e deve continuar a sê-lo. No futuro poderá haver outras reflexões sobre outras formas de participação, mas sempre salvaguardando a importância do papel dos municípios no passado, no presente e naquilo que será o futuro do “Diário do Alentejo”.

Texto Paulo Barriga Fotos José Serrano

Já começaram essas negociações?

Estamos neste momento a fazer o levantamento da situação da Ambaal. Ver qual é o seu ativo e o seu passivo. Esta é uma questão fundamental que se coloca quando alguém entra ou sai de uma entidade. Penso que durante o mês de abril será possível clarificar essa ideia, para que todo o processo possa prosseguir. Vai depender de todos, mas gostava que houvesse um processo de transição pacífico das atividades, do património e do pessoal da Ambaal para a Cimbal. Sem que isso implique acrescentar mais problemas de ordem financeira a estas instituições, para lá dos que elas já têm. Quais são os grandes entraves a essa fusão? A Ambaal, para além do património, também tem participações noutras entidades, nomeadamente no aeroporto…

Já foi decidida a extinção da Empresa de Desenvolvimento do Aeroporto

essas atividades devem passar diretamente para a Cimbal, independentemente de outras soluções que possam ser encontradas para cada um dos casos. É evidente que não podemos esconder o problema do pessoal que estava na antiga gráfica. Estamos a falar de cerca de uma dezena de pessoas, para as quais estamos a desenvolver um processo de nova consulta às câmaras municipais para saber se estão disponíveis para acolher algum destes nossos colaboradores. Penso que encontraremos propostas e soluções para garantir a salvaguarda dos direitos dos trabalhadores desta casa e para que eles desempenhem uma atividade útil à sociedade.

Como encara a opinião de alguns colegas seus que defendem a privatização do jornal ou a abertura do jornal ao capital privado?

de Beja, um processo que deverá ser resolvido rapidamente. Essa é uma das nossas reclamações neste momento. Mas também temos participações noutras entidades e tudo isto tem que ser muito bem avaliado, caso a caso. Depois, temos a questão

do património, a questão do passivo, a questão do pessoal… com três situações bem diferentes umas das outras: o pessoal dos serviços de carater geral da Ambaal, o pessoal que transitou da antiga gráfica e a situação do próprio “Diário do Alentejo”,

que são tudo situações atípicas em relação àquilo que é uma comunidade intermunicipal. O que vai acontecer a toda esta gente?

A posição que defendo é que todas

Não é essa a minha opinião. Neste momento não há nenhuma razão para deixar de manter o “Diário do Alentejo” na esfera dos municípios. Em qualquer intervenção de privatização, a região perderia uma capacidade de defender um título que é importante do ponto de vista da nossa imprensa e até corríamos o risco de alguém vir a interessar-se


Diário do Alentejo 30 março 2012

07

pela compra do título apenas para o extinguir. E nós precisamos de um bom jornal com intervenção ao nível dos interesses da região. Sobre matérias editoriais do jornal não me pronuncio. Qual a sua opinião em relação à integração do Museu Regional de Beja na Cimbal?

No quadro da cooperação intermunicipal faz sentido refletir sobre tudo e equacionar todas as hipóteses, independentemente daquilo que seja a opinião de cada um de nós. O problema não está em pegar no museu, tirá-lo da Assembleia Distrital e mudá-lo para a Cimbal. Isso não é resolver o problema, é mudar o sítio onde está o problema. O que se tem que encontrar para o museu é uma opção de sustentabilidade e de financiamento. Que, a meu ver, passará por se manter o que existe agora: uma participação efetiva dos municípios. A distribuição que atualmente está a ser feita é correta. O museu está situado em Beja e o município local deve assumir a responsabilidade principal pelo seu financiamento. Por outro lado, o Ministério da Cultura não se pode desligar dessa responsabilidade. Este museu deve fazer parte da rede de museus e deve ter também financiamento do Estado. Mas se vamos mudar o museu da Assembleia Distrital para a Cimbal para desonerar uma câmara da responsabilidade que tem no processo, isso não. Sou claramente contra essa questão. No limite poderíamos mudar o museu para a Cimbal, mas o financiamento dos municípios teria que se manter igual. Mas essa questão deve ser feita com ponderação e na defesa dos interesses dos diversos intervenientes no processo e não apenas para fazer valer os interesses conjunturais deste ou daquele município que pretende ver-se livre desta ou daquela obrigação. Há também quem defenda a assunção do Museu Regional pela Câmara de Beja.

A atual distribuição dos financiamentos, incluindo uma vertente importante que deveria ser a participação do Orçamento do Estado, parece-me correta. Não faz sentido estar a criar roturas neste processo. O que deveríamos estar aqui a discutir, e nessa matéria não me envolvo, é qual a política cultural de um determinado município. Se quer apostar no património, na valorização dos museus que tem ou se quer passar ao lado. Mas isso é uma opção de âmbito municipal. Concorda com a extinção das as-

Quando me perguntam se sou candidato, costumo dizer que o sou desde 1979. Pode ser natural que, no próximo mandato, volte a ser candidato e volte a assumir funções autárquicas. Neste momento não há nenhuma razão para deixar de manter o “Diário do Alentejo” na esfera dos municípios. Em qualquer intervenção de privatização, a região perderia um título importante. Mas se vamos mudar o museu da Assembleia Distrital para a Cimbal para desonerar uma câmara da responsabilidade que tem no processo, isso não. Sou claramente contra essa questão.

sembleias distritais?

As assembleias distritais perderam a sua capacidade de intervenção de natureza política. O que deveria acontecer era a extinção dessas entidades por via da extinção dos próprios distritos, num processo de criação das regiões administrativas. As assembleias distritais são estruturas transitórias, tal comos os distritos, que existem nos termos da Constituição até serem criadas as regiões. As assembleias distritais, hoje, têm uma importância reduzida em relação ao que foi o seu papel nos anos 80, quando eram presididas pelo governador civil e eram importantes fóruns de discussão e de debate político e de reivindicação. Um órgão onde o poder central e o poder local se podiam confrontar e chamar a atenção para determinadas questões. Neste momento, a Cimbal é suficientemente representativa dos interesses da região. E tudo isto pode cair de repente em cima da Cimbal. Não se tornará demasiadamente oneroso para a instituição?

Assim de repente criará dificuldades. Por isso mesmo, todas estas matérias têm que ser avaliadas com a devida prudência e têm que ser concretizadas de uma forma faseada. E em comum acordo com os municípios envolvidos. Que metas traçou para este seu mandato? Quais as prioridades?

A primeira é tratar do processo gradual, prudente e tranquilo da migração da Ambaal para a Cimbal. E depois fazer com que a Cimbal se assuma como uma importante estrutura de representação dos municípios da região, que assuma o seu papel do ponto de vista da intervenção e da defesa das grandes questões para a região, que se assuma como um instrumento de cooperação entre os municípios, que desenvolva um trabalho cada vez melhor na gestão dos fundos comunitários. Numa altura de profunda crise, em que muitas das câmaras associadas estão em evidentes dificuldades, que papel pode a Cimbal desempenhar neste quadro?

A passagem de atividades da Ambaal

para a Cimbal que não estejam ancoradas em fontes de receitas poderão criar dificuldades. Temos que ir sempre trabalhando no ponto de vista da otimização dos recursos, reduzindo os nossos custos para que o nosso nível de comparticipação possa ser inferior. Neste momento há uma grande dificuldade do ponto de vista daquilo que é a capacidade de cada um dos municípios assumir as suas obrigações. Acha que as reformas governamentais para o Poder Local podem agravar ainda mais a situação financeira das autarquias?

Acho que sim. A própria lei dos compromissos, mais do que dificuldades financeiras, cria constrangimentos complicados ao desenvolvimento e que podem levar à paralisação completa da atividade municipal. E isto constitui uma afronta à autonomia do Poder Local. Uma câmara municipal não pode ser comparada a uma direção regional qualquer, porque fomos eleitos, lidamos diretamente com as pessoas, temos legitimidade democrática. Não vamos fazer 308 repúblicas, mas temos que ter espaço de manobra para concretizar as nossas opções. O que se tem vindo a assistir é uma machadada enorme na autonomia e na capacidade de intervenção do Poder Local. A assunção destes cargos deixa-lhe menos tempo para Moura. Não teme que a CDU possa ficar ali fragilizada?

A assunção de responsabilidades intermunicipais é um dever e uma responsabilidade. Não podemos fazer estruturas intermunicipais se não houver presidentes ou vereadores que sejam responsáveis. Qualquer um de nós tem que assumir essas responsabilidades. É evidente que isso tira algum tempo, mas isso é uma questão de ajustamento interno. Moura é sempre um concelho muito disputado eleitoralmente…

O concelho de Moura não fica descurado pelo facto de o seu presidente assumir responsabilidades no campo intermunicipal. Não vai poder recandidatar-se a Moura. Lamenta?

A nossa vida também é feita de ciclos

e de períodos… Não estou de acordo com a limitação administrativa dos mandatos. Mas também sou da opinião que haja modificações e renovação de quadros. Há sempre coisas que não conseguimos concluir, mas por essa lógica ficaríamos eternamente presidentes de câmara de um sítio e isso não poder ser. Há um período e esse período está a terminar. Acho que foi importante e há mais vida para além dessa questão. Este é o tempo de Santiago Macias assumir a Câmara de Moura?

Essa é uma questão que o partido a que pertenço terá que definir e que discutir e equacionar. Não falo sobre isso, naturalmente são matérias que serão objeto de análise e de avaliação e sobre as quais não lhe posso adiantar detalhes. O PCP tem no concelho de Moura, felizmente, quadros em condições de darem continuidade a este trabalho, que tem sido um trabalho colegial, coletivo, de envolvimento dos diversos quadros. É candidato à Câmara Municipal de Beja, como vaticinou o presidente Manuel Narra para o elemento da CDU que assumisse a Ambaal e a Cimbal?

Não! Eu sou neste momento presidente da Cimbal e estou focalizado na intervenção ao nível do município de Moura. A Ambaal e a Cimbal não têm legitimidade para indicar candidatos. Há indicadores que são importantes. Entendeu-se no quadro interno da CDU, no âmbito do acordo de rotatividade nestas instituições, que seria eu a assumir. E nesse sentido aceitei este desafio… E se o seu partido, neste momento, o propuser para Beja?

Sobre isso não respondo e apenas faço dois comentários: quando me perguntam se sou candidato, costumo dizer que o sou desde 1979. Até agora, tirando um mandato, fui sempre candidato a órgãos autárquicos e assumi sempre funções. Pode ser natural que, no próximo mandato, volte a ser candidato e volte a assumir funções autárquicas; a segunda nota é que a minha intervenção política, que é feita desde os 15 anos, não se esgota na intervenção autárquica. Há mais vida política e associativa e de intervenção cívica do que aquela que decorre da intervenção autárquica. Essa questão acontecerá naturalmente, no futuro, quando for colocada e das análises e das avaliações que se fizerem em função do cruzamento entre as vontades e os interesses de quem tem a decisão e as motivações pessoais.


Sistema da EDIA recebe prémio de inovação

Diário do Alentejo 30 março 2012

08

Um sistema da Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas de Alqueva (EDIA), que permite determinar a aptidão para várias culturas de solos na área de influência do projeto, foi distinguido com o prémio “Inovação” da “AcqualiveExpo” deste ano. A distinção “é mais um incentivo no sentido de afirmar o empreendimento de fins múltiplos de Alqueva num projeto de excelência ao serviço

da agricultura e do desenvolvimento da região”, frisa a EDIA, em comunicado. No âmbito da “AcqualiveExpo”, certame organizado pela Associação Industrial Portuguesa, o prémio é atribuído a produtos, serviços ou equipamentos inovadores com o objetivo de promover e distinguir empresas que “apostam no desenvolvimento de produtos relevantes para o desenvolvimento sustentável”.

Atual

Freguesias manifestam-se em Lisboa contra reforma administrativa

Governo quer forçar fusão de municípios Miguel Relvas, ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares, lidera uma equipa de quatro secretários de Estado que nos próximos 60 dias estudará e proporá uma reforma com o objetivo de identificar “eventuais áreas de sobreposição de atividades do Estado e da administração local” com vista a “eliminar redundâncias e ineficiências”.

e Reforma Administrativa, da Economia e Desenvolvimento Regional e o secretário de Estado do Ambiente e Ordenação do Território.

E

Freguesias Sempre convocou uma manifestação nacional para amanhã, 31, em Lisboa, para protestar contra a reforma administrativa em discussão no Parlamento, onde são esperadas “pelo menos 50 mil pessoas”, segundo a organização. No início da semana, Armando Vieira, presidente da Associação Nacional de Freguesias (Anafre), deslocou-se à Assembleia da República para conversações com o

ntre 2001 e 2011, o Alentejo perdeu cerca de 25 mil habitantes, com a região do Baixo Alentejo a ser responsável por 8 503. Baseando-se na crueza dos números da demografia, o Governo pretende empurrar os municípios para entendimentos no que à manutenção de serviços públicos diz respeito. E nada escapa à intenção redutora do executivo: serviços de finanças, hospitais ou tribunais serão alvo

desta análise. Miguel Relvas disse ao “Jornal de Notícias” que quer dar “um abanão” na forma de olhar para os serviços públicos do Estado. O ministro está convencido que os autarcas estão condenados a entenderem-se para manter alguns serviços em troca de outros que poderão perder. Da comissão fazem parte os secretários de Estado da Administração Pública, da Administração Local

Freguesias contra reforma administrativa Entretanto, o Movimento

PSD mas, apesar de revelar “alguma esperança”, confessou sair do encontro com Luís Montenegro “sem aquilo que se deseja” para alterar uma lei “injusta e inaplicável”. Já o PSD, em declarações proferidas pelo presidente do grupo parlamentar, anunciou que vai propor alterações à proposta do Governo que visa a diminuição de freguesias com vista a “flexibilizar” a decisão das assembleias municipais. Luís Montenegro explicou que durante a discussão na especialidade vão propor alterações “para valorizar mais a capacidade de decisão dos órgãos locais”. Armando Vieira referiu a disponibilidade dos sociais-democratas para a “flexibilização dos

indicadores, na constituição da unidade técnica e nas pronúncias das assembleias municipais”, mas não deu as mudanças como certas. Os autarcas pretendem uma maior representação das suas associações na unidade técnica que avaliará as propostas dos municípios quanto às freguesias a extinguir e “maior margem de flexibilidade para as decisões das assembleias municipais, tendo em conta a especificidade do local”. Referiu o presidente da Anafre que deverá voltar a falar com o PSD na próxima semana. No entanto, as “conversações” não serão capazes de impedir a manifestação de sábado, convocada por um movimento independente da associação.

Pós-de-Mina diz que clarificação é “pretexto para não resolver problemas” O ministro Miguel relvas anunciou esta semana a criação de uma equipa para eliminar redundâncias e para identificar sobreposições entre os serviços do Estado e da administração local, tendo por base os índices demográficos. Que comentário lhe merece esta situação?

Há uma ideia que se poderia tirar daí que até é correta: uma das coisas que se tem defendido sempre é a necessidade de uma delimitação clara daquilo que são as competências da administração central e da administração PUB

local. O que assistimos neste momento é que quem não cumpre as suas obrigações não é o Poder Local. Temos casos de câmaras municipais que contratam médicos, subsidiam medicamentos… isso não é competência do município. Quando o poder central não resolve problemas, o primeiro sítio onde as pessoas vão é às câmaras, aos seus presidentes, às juntas, porque conhecem as pessoas. Quando devíamos fazer o contrário. Quem tem responsabilidade nessa matéria é o Governo, então vamos lá incomodar com as pessoas para

assumir as suas responsabilidades. A clarificação das competências é importante. O que vemos, no entanto, é que isso é utilizado como pretexto não para resolver os problemas, mas para ainda sobrecarregar mais o Poder Local e para criar uma situação perversa que é criar autarquias de primeira e de segunda. Depois temos a questão da lei das finanças locais que privilegia os municípios com mais habitantes em detrimento de outos com menos habitantes. Qualquer cidadão, resida onde for, tem o direito a ser tratado da mesma forma.


O deputado do PSD eleito pelo círculo de Beja defendeu esta semana “a produção de forragens e erva para alimentação dos animais, fazendo uso de pivôs de rega e da água disponibilizada pela EDIA através do sistema de rega de Alqueva”. Isto, adianta Mário Simões, “num momento em que o Ministério da Agricultura negoceia com Espanha e França o fornecimento de rações para animais, com os

Ministra anuncia investimento de 411 milhões de euros no âmbito do Proder O novo concurso do Programa de Desenvolvimento Rural (Proder) vai apoiar 667 projetos agrícolas, num investimento global de 411 milhões de euros, anunciou na terça-feira a ministra da Agricultura, Assunção Cristas. “O 6.º concurso traz, na sua globalidade, um

custos inerentes à sua aquisição e transporte”. O deputado refere ainda, em comunicado, que “assim, os agricultores que o pretendam e disponham de pivôs de rega ou canhões de rega fariam a sua utilização no regadio de produções de erva. As condições climatéricas revelam-se propícias e, de tal forma, que no próximo mês de maio já seria possível fazer a primeira colheita do primeiro pasto”.

09 Diário do Alentejo 30 março 2012

Simões quer Alentejo a produzir alimentos para animais

investimento na agricultura na ordem dos 411 milhões de euros. É um investimento apoiado pelas verbas comunitárias e nacionais, mas também com uma forte componente privada”, realçou. “Por cada euro do Estado, estamos a falar de 25 euros de investimento”, sendo “cinco de dinheiros comunitários” e os restantes “19 de dinheiros dos agricultores”, sublinhou.

Em artigo publicado no semanário “Ecclesia”

Bispo de Beja critica atraso de Alqueva

O

bispo de Beja está preocupado com a falta de aproveitamento do projeto Alqueva, que entrou em funcionamento há mais de uma década mas pouco efeito tem tido em termos de dinamização social e agrícola da região. Num texto publicado na edição desta terça-feira do “Semanário Ecclesia”, D. António Vita lino realça que “os grandes projetos agrícolas e de turismo rural” nascidos com a barragem de Alqueva “não têm contribuído para a fixação da população, pois são de baixa PUB

empregabilidade, quando muito de trabalho sazonal”. Por outro lado, aquela que foi uma das grandes bandeiras do empreendimento, desenvolver a cultura de regadio no Alentejo, permanece por hastear, já que “as águas ainda não chegam a todas as zonas agrícolas e onde chegam pouco mais servem do que para aumentar o olival e a vinha com irrigação gota a gota”, diz o prelado citado pela agência ecclesia. O bispo de Beja recorda ainda que, em virtude da construção do empreendimento, “muitas

zonas de sequeiro foram abandonadas ou transformadas em montado, coutadas de caça ou também de criação de gado”. Uma decisão que “quando o clima não é favorável, como este ano com a falta de chuva, se reveste de grande risco económico”. Para D. António Vitalino Dantas, a fraca aplicabilidade do projeto Alqueva, que recentemente viu a sua conclusão final ser adiada até 2015, tem contribuído para o êxodo populacional que atingiu a diocese, sobretudo nas regiões do interior.

Nos últimos 10 anos, “Sines foi o único concelho que aumentou significativamente” o seu número de habitantes, mais por causa dos “investimentos industriais”, que atraíram “mão de obra proveniente de outras partes” do País. É também “a única terra onde praticamente não há desemprego”, sustenta o bispo D. António Vitalino Dantas, sublinhando que a Igreja está a “trabalhar em rede e parceria com todas as entidades e instituições de modo a minorar os efeitos” da crise.


10 Diário do Alentejo 30 março 2012

Terminal de Contentores de Sines aumenta capacidade

A

730 metros, permitindo a acostagem de dois mega porta-contentores em simultâneo, e da área de armazenagem de contentores de 20 para 25 hectares. O terminal está equipado com cinco pórticos de cais de última geração e 12 gruas de parque, sendo o sexto pórtico de cais e mais três gruas de parque esperados até ao final deste ano. Em 2014, quando a atual fase de investimentos estiver concluída, o investimento total neste terminal atingirá mais de 200 milhões de euros. Em paralelo com a empreitada da PSA, a Administração do Porto de Sines tem em curso obras para a expansão do molhe leste da infraestrutura portuária. Num investimento de 40 milhões de

euros, a obra deverá estar pronta no final deste primeiro semestre e envolve a construção de mais 400 metros do molhe, cuja extensão final será de 1.500 metros. Trata-se de uma obra considerada pela APS como fundamental para a “melhoria da acessibilidade marítima” ao Terminal XXI, ao garantir condições de abrigo e de operacionalidade, através do aumento da proteção marítima e da regularização dos fundos. O contrato de concessão do Terminal XXI foi celebrado em setembro de 1999, entre a Administração do Porto de Sines e a PSA Sines (cuja empresa mãe é a Port of Singapore Authority), por um período de 30 anos.

DR

ampliação do Terminal de Contentores do Porto de Sines (Terminal XXI), em que a concessionária PSA Sines investiu cerca de 78 milhões de euros, está concluída, aumentando a capacidade da infraestrutura para 1 milhão de TEU por ano. Esta expansão, designada oficialmente 1B e que já está terminada, possibilita ao Terminal XXI passar a acolher 1 milhão de TEU anuais (medida para contentores de 20 pés), quando, até agora, tinha capacidade para 250 mil TEU ano. Desde o início das operações em 2004, a PSA tem realizado diversos investimentos no Terminal, compreendendo a ampliação do cais de 380 para

Pedro Passos Coelho Primeiro-ministro

Era importante concluirmos a ligação até 2014 Qual é a importância de Sines para a economia nacional?

Terminal de Contentores de Sines Passos Coelho considera a infraestrutura “essencial para a internacionalização da economia portuguesa”

“Arrumado” o TGV

Ligação de Sines à Europa é prioritária O primeiro-ministro Passos Coelho anunciou, em Sines, a possibilidade da ligação ferroviária a partir desta cidade alentejana vir a integrar a rede ferroviária transeuropeia para o transporte de mercadorias. “Arrumado” o projeto do TGV, nas palavras de Passos Coelho, esta rede é “prioritária para o governo português”. Texto Carlos Júlio

P

ara o primeiro-ministro, o porto de Sines é “essencial” para a internacionalização da economia portuguesa, uma vez que representa “uma janela extraordinária no Atlântico” e coloca Portugal “numa nova centralidade comercial”. “Sines é um dos poucos portos de todo o continente europeu que pode atrair navios de grande dimensão, o que significa que temos desde logo condições naturais para podermos ser centrais neste movimento comercial entre o Ocidente, o Oriente e a Ásia”, disse.

Passos Coelho falava na terça-feira no decurso de uma visita ao Terminal de Contentores de Sines que assinalou a conclusão das obras da segunda fase de ampliação do cais de acostagem de grandes navios, que passou de 380 para 730 metros, quadriplicando a sua capacidade para receber contentores. Para o Governo é necessário tirar um maior partido desta infraestrutura, ligando-a a todo o espaço ibérico e europeu. Findo o projeto do TGV, o esforço do Governo é tentar “colocar a ligação ferroviária em bitola europeia de Sines nas ligações transeuropeias suscetíveis de serem apoiadas pela União Europeia”, disse Passos Coelho, acrescentando: “Estamos convencidos, depois do último conselho europeu que teve lugar na semana passada em Bruxelas, que temos boas razões para acreditar que a ligação que nos interessa – e que no que respeita a Sines é a ligação via Madrid, seguindo pelo norte de Espanha, por Irún, para França – é uma das que será observada pela União Europeia”.

“Sines é bem o exemplo de como a vida dá muitas voltas. Houve aqui um investimento grande realizado há várias décadas que durante muitos anos foi designado como um grande elefante branco. Foi a fase em que o investimento foi dimensionado para a petroquímica e em que dificilmente se esperaria uma grande rentabilidade desse tipo de investimento. Mas a verdade é que, ao longo dos anos, foi possível encontrar outras oportunidades para trazer a Sines novamente um pólo de investimento e de desenvolvimento muito importante para Portugal”, disse o primeiro-ministro. Antes, Lídia Sequeira, presidente do conselho de administração do porto de Sines tinha dito que “entre o primeiro trimestre de 2011 e o primeiro trimestre de 2012” o movimento comercial do porto de Sines cresceu 20 por cento, salientando a importância da parceria com a PSA, concessionária do Terminal XXI, alvo de investimentos no valor de 200 milhões de euros quando a totalidade das obras estiverem concluídas em 2014.

Sines é um dos portos de águas profundas mais importantes e com maior capacidade na Europa. E o facto de estarmos num processo de internacionalização e de abertura da economia ao exterior exige que este tipo de investimento possa ser muito bem sucedido. Uma parte importante das ligações comerciais feitas por via marítima, quer do oriente para o ocidente, quer do outro lado do Atlântico para o oriente, passa por aqui e Sines é um porto privilegiado para acolher esse tipo de movimento. Por isso, o investimento que aqui está a ser feito é essencial não só para colocar Portugal no centro físico dessas ligações, mas também para poder valorizar toda a exportação que é feita a partir daqui para o resto da Europa. Daí também a insistência que o Governo tem feito em conseguir a ligação ferroviária em bitola europeia a partir de Sines para o resto da Europa. Quanto é que o Governo vai disponibilizar para esse projeto?

Essa é uma questão que terá que ser vista com outros países e também no seio da União Europeia, uma vez que se trata de uma ligação transeuropeia e não de uma ligação estritamente nacional. Esses contactos com os nossos vizinhos espanhóis já se iniciaram em meados de outubro do ano passado. Tivemos agora oportunidade de trocar algumas impressões com o governo francês e ainda no último conselho de ministros, em Bruxelas, foi possível falar com o comissário europeu sobre esta matéria. Portanto é um processo que se tem vindo a processar, que agora se vai desenvolver, mas não é uma coisa que se consiga decidir e fechar de um dia para o outro. Mas quanto tempo vai demorar para que esta ligação se concretize?

Nós gostaríamos que Sines pudesse ter a perspetiva dessa ligação poder estar a ser executada até 2014, porque é o ano em que o alargamento do Canal do Panamá tornará ainda mais relevante a posição de Sines no Atlântico. Seria uma cronologia boa para Portugal conseguir que durante este ano essa matéria ficasse decidida e que pudéssemos depois começar a concretizar essa ligação. Carlos Júlio


11 Diário do Alentejo 30 março 2012

Domingo à uma Dom

da manhã, adian

Hugo Lucas

te os relógios uma

ira que pinta O artista de Ferre oa os vidrões de Lisb

hora

PUB

PUB

pág. 13

Barriga | Diretor: Paulo 23 MARÇO 2012 € 0,90 o 1561 (II Série) | Preço: SEXTA-FEIRA, Ano LXXX, N

O fim do celeiro da nação

pág. 7

um jornal para toda a região

bas Santana de Cam rias terra de mil histó passagem

SUSA MONTEIRO

existe agora uma No fim do mundo , Mértola, Santana de Cambas de São para o lado de lá. a às antigas minas terra raiana agarrad ponto de referência para um ional Domingos, é hoje a na ponte internac fronteir a cruza quem 4/5 El Granado. págs. entre Pomarão e ira dá entrada Na próxima sexta-fe , em Paris, a Unesco nos serviços da cante a Património candidatura do A Humanidade. Imaterial da das expressões mais emblemática vai mostraro culturais do Alentej de A quase totalida -se ao mundo. com ranchos corais dos municípios deram mentos e mais de 130 agrupa iniciativa. Apesar o seu aval a esta discordantes, de algumas vozes m cantare todos de agora é tempo 16/17 em uníssono. págs.

Europa avança s ões de euro com 300 milh 16 de ia vai antecipar para

Cante alentejano Património da Humanidade

de A União Europe nto de 300 milhões ores outubro o pagame tárias aos agricult euros de ajudas comuni da seca que se faz virtude portugueses, em estas verbas são apenas sentir. Normalmente nal do ano. pág. 6 no fi disponibilizadas

o, Peixe do rio, porc pão e laranjas feiras e

de todas as Este é o fim de semana Mértola, há peixe do rio o, interpetiscos. No Pomarã pescar. Em Ourique para provar e para do Porco Alentejano. E nacionaliza-se a Feira se os 500 anos do foral em Vidigueira celebra- . págs. 10/11 laranjas da vila com pão e

PUB

Onde estiver, quando quiseral

www.diariodoalentejo.pt


Almodôvar associa-se à “Hora do Planeta”

Diário do Alentejo 30 março 2012

12

O município de Almodôvar associa-se à “Hora do Planeta”, iniciativa que pretende “combater as alterações climáticas e estimular a consciência de todos para esta problemática”, preparando-se para desligar amanhã, sábado, pelas 20 e 30 horas, e durante 60 minutos, “todas as luzes dos edifícios e monumentos

“+ Produção” e “PAC pós 2013” em debate na Ovibeja Com o programa dos colóquios já fechado, a 29.ª edição da Ovibeja, que decorre entre 27 de abril e 1 de maio, coloca em debate o tema central deste ano “+ Produção”. Organizado pela ACOS – Agricultores do Sul, o colóquio, agendado para o dia 28 de abril, será moderado por Sevinate Pinto e conta com a

emblemáticos do concelho”, adianta a autarquia. Na sua sexta edição, “o apagão global nascido em Sidney deixou de ser uma iniciativa local, abrangendo já um total de 135 países e territórios em todos os continentes e colocando às escuras monumentos como a Torre Eiffel, o Palácio de Buckingham e a ponte Golden Gate”.

participação da gestora do Proder, Gabriela Ventura, e de João Basto, presidente da EDIA. A ACOS promove ainda neste dia a discussão aberta sobre “PAC pós 2013”. Moderado por Raul Jorge, do Instituto Superior de Agronomia, o debate deverá contar com a participação do deputado ao Parlamento Europeu, Luís Capoulas Santos, e de Eduardo Diniz, do Gabinete de Planeamento e

Políticas. O programa inclui ainda debates sobre variados temas, nomeadamente “Azeite e azeitonas – benefícios para a Saúde”, “O porco de raça alentejana – desafios do presente e do futuro”, “Fé nos burros – uma nova dinâmica do mundo rural”, “Touros em Portugal” e “O presente e o futuro das cooperativas portuguesas”, entre outros.

António Sebastião quer transferir a tutela do museu regional para a câmara de Beja

Assembleia Distrital “não serve para nada” A viver problemas financeiros, devido a dívidas de municípios, a Assembleia Distrital de Beja (ADB) “não serve para nada” a não ser gerir o Museu Regional de Beja, cuja tutela quer transferir para a câmara local. Após a criação da associação de municípios, a ADB “perdeu a razão de existir e não serve para nada, a não ser gerir o museu”, reconhece o presidente do órgão, António Sebastião.

A

lém do espólio do museu, instalado no Convento de Nossa Senhora da Conceição, propriedade do Estado, a ADB tem, como património, o edifício sede, que alberga várias entidades, e outro imóvel, onde funciona o Arquivo Distrital de Beja. O “melhor caminho” seria o museu e os seus 12 funcionários “passarem para a tutela da Câmara de Beja”, cidade onde está o museu, defende o também autarca de Almodôvar (PSD). “Se tal acontecer, a ADB deixará, em definitivo, de ter razão de existir e poderá ser extinta, o que carece de legislação própria”, realça, em declarações à Lusa.

Segundo o autarca, “muitos” dos 14 municípios que integram a ADB “entendem que o museu, apesar de ser regional, é da cidade de Beja e, por isso, deve ser gerido” pela câmara local. O presidente da Câmara de Beja, Jorge Pulido Valente (PS), argumenta que a autarquia “não pode assumir a tutela do museu, porque não tem condições financeiras e é obrigada por lei a reduzir pessoal e despesas” e “não pode aceitar” os 12 funcionários. “O museu deve ser transferido para a Comunidade Intermunicipal do Baixo Alentejo” (Cimbal), cujo orçamento depende do Orçamento do Estado e não dos municípios, defende o autarca de Beja. António Sebastião contrapõe que o museu “não deve ser transferido para a Cimbal, porque irá sobrecarregar e trazer problemas financeiros” à instituição e “os municípios terão de continuar a financiar o museu”. Os municípios, via Cimbal, “poderiam contribuir para o museu, mas em valores muito inferiores aos atuais”, considera Pulido Valente. Devido a atrasos nas contribuições de “alguns” municípios, como

O “melhor caminho” seria o museu “passar para a tutela da Câmara de Beja” António Sebastião

“O museu deve ser transferido para a Comunidade Intermunicipal do Baixo Alentejo” Jorge Pulido Valente

o de Beja, o maior contribuinte, a ADB atravessa “problemas financeiros”, que têm provocado atrasos no pagamento de salários aos 14 funcionários, dois administrativos e 12 ao serviço do museu, recorda António Sebastião. Segundo o autarca, o museu “não corre risco de fechar”, já que o eventual encerramento “não resolverá o problema, porque os trabalhadores continuam a existir e a ADB terá de continuar a pagarlhes os salários”. Devido ao museu, os municípios também divergem sobre as contribuições de cada um para o orçamento da ADB e o deste ano,

de 600 mil euros, só foi aprovado em fevereiro e obteve o voto contra do município de Beja, que é responsável por 48,5 por cento, cabendo o resto às outras 13 câmaras do distrito. Segundo Pulido Valente, a Câmara de Beja votou contra porque “não aceita, nem tem condições financeiras para pagar a contribuição pretendida, que é incomportável”. “O museu é regional e cada município deveria pagar consoante o que recebe do Orçamento do Estado”, defende o autarca, referindo que a Câmara de Beja vai fazer um plano para pagar a dívida de 2011 à ADB e “tentar ter as contribuições deste ano em dia”. O orçamento deste ano “foi reduzido para garantir os serviços mínimos da ADB e houve uma reformulação das contribuições que beneficiou a Câmara de Beja”, que antes era responsável por 60 por cento, lembra António Sebastião. A ADB “fará todos os esforços para que o orçamento seja cumprido e irá acionar os mecanismos possíveis, até recorrer à justiça, para que as transferências dos municípios incumpridores sejam asseguradas”, garante.

Governo quer “esvaziar” assembleias distritais até ao fim do ano

A

s assembleias distritais não serão extintas no âmbito da reforma da administração local, por estarem previstas pela Constituição, mas até final do ano deverão ser “totalmente esvaziadas” de competências e património, assegurou o secretário de Estado da Administração Local. “Não podemos verdadeiramente extinguir as assembleias distritais, porque estão na Constituição. Mas é para esvaziar de competências e de problemas: hoje, não fazem sentido nenhum”, explicou Paulo Júlio. Em declarações à Lusa, o governante acrescentou que já foram enviados ofícios conjuntos, das secretarias de Estado da Administração Local e da Administração Interna, a cada uma das assembleias distritais do País no sentido de promover a contabilidade do património destas entidades. “Dos ativos e também dos passivos, para se analisar cada caso, no sentido de esvaziar completamente as assembleias distritais”, assegurou. As assembleias distritais são autarquias locais supra-municipais, com capacidade deliberativa, constituídas pelos presidentes de câmara e

da assembleia municipal e um presidente da junta por cada um dos municípios do distrito, em mandatos que correspondem ao ciclo autárquico. A Constituição da República Portuguesa refere que o fim das assembleias distritais depende da regionalização do País. Apesar de terem autonomia administrativa, financeira e patrimonial, as assembleias distritais vivem das contribuições das autarquias que as constituem e estão impedidas de contrair empréstimos, mesmo perante graves problemas de tesouraria, o que dificulta a gestão e a recuperação do património que possuem, maioritariamente herdado das estruturas equivalentes anteriores, como as juntas distritais, extintas em 1976. Até 1991, as assembleias distritais eram presididas pelo governador civil e serviam como plataforma de encontro entre os autarcas e o representante do Governo no distrito, para esclarecimentos e sugestões sobre os projetos governamentais. Atualmente o seu papel está reduzido e até já houve distritos que decidiram esvaziar estas estruturas, como Faro e Santarém.

Quanto a património, a de Lisboa foi a mais rica e está atualmente a inventariar e a tentar recuperar o património que uma lei de 1991 transferiu para o Estado. Lisboa, com um orçamento total de 200 mil euros anuais, comparticipado pelos municípios do distrito, tem cinco funcionários que dão apoio a uma biblioteca aberta ao público, fazem investigação à volta dos arquivos documentais deixados pela Junta de Província e pela Junta da Estremadura e produzem um boletim cultural anual. Os distritos de Beja e de Setúbal continuam a gerir museus regionais com o espólio distrital herdado, enquanto que Viseu e Bragança, por exemplo, têm revistas e boletins culturais. A Assembleia Distrital de Castelo Branco é dona de uma colónia balnear na Areia Branca e os autarcas da Assembleia Distrital de Santarém, proprietária de uma outra colónia na Nazaré, já votaram pelo fim desta, de forma a criar uma estrutura mais ágil que permita recuperar esta estrutura, considerando que as assembleias distritais estão “caducas”.


Diário do Alentejo 30 março 2012

13

De certeza que este fim de semana vamos ter aqui quase metade da Espanha aqui ao lado. É uma feira que já quase tem a mesma importância do que a feira de agosto. Isabel Sabino

Entre hoje e domingo cumpre-se a sexta edição do certame

ExpoBarrancos é já uma nova festa de agosto Numa feira cuja importância já se vai aproximando das tradicionais festas de agosto, em honra de Nossa Senhora da Conceição, os famosos presunto e enchidos DOP continuam a ser reis. Mas este ano dividem as atenções com os recursos silvestres, setor que começa a ganhar espaço na economia local. Texto Carla Ferreira Foto José Serrano

P

resuntos e enchidos, que são o grande cartão de visita da vila raiana, vão este ano dividir as atenções com os recursos silvestres, ao longo dos três dias da VI ExpoBarrancos, que arranca já hoje, sexta-feira, no parque de feiras e exposições local, terminando no primeiro dia de abril. Ao todo, serão 64 os expositores presentes, 26 dos quais especialmente dedicados à promoção deste setor, que começa agora a ganhar espaço na economia local. A Mostra de Recursos Silvestres, inte-

grada naquela que já é considerada “a grande feira da raia”, vai contemplar demonstrações ao vivo das várias aplicações de ervas aromáticas e medicinais, degustação de produtos desenvolvidos a partir de recursos silvestres e enchidos de Barrancos, além de um showcooking gastronómico, com a presença do chefe Hélio Loureiro, agendado para o dia de encerramento, domingo, pelas 17 e 30 horas. Hoje mesmo, logo pelas 11 e 40 horas, os visitantes poderão assistir ao processo de destilação de óleo essencial de esteva, repetindo-se a iniciativa com o rosmaninho (pelas 16 horas de amanhã, sábado) e com o alecrim (pelas 14 horas de domingo). “Talvez ainda não se note de uma forma tão evidente como no caso das fábricas de enchidos que temos, mas já há pessoas interessadas em poder trabalhar nestas áreas, das ervas aromáticas, da recolha dos cogumelos. Claro que isto são produtos que só existem em determinadas épocas do ano, pelo que é um bocadinho complicado viver única e exclusivamente

Festival Músicas do Mundo

Sines no top mundial da world music

A

revista britânica “Songlines”, publicação de referência na área da world music, escolheu o FMM Sines – Festival Músicas do Mundo “como um dos melhores festivais internacionais do género em 2012”, anunciou a Câmara de Sines. Depois de 2010 e 2011, “é a terceira vez consecutiva que a ‘Songlines’ integra o festival de Sines na sua escolha de 25 festivais internacionais de world music realizados no mundo”. O FMM Sines “é o único festival português e ibérico escolhido pela equipa editorial da revista e um entre apenas 12 festivais europeus fora do Reino Unido, que é objeto de uma seleção à parte”, adianta a autarquia. Todos os festivais internacionais contemplados serão objeto de um perfil a publicar na edição de junho da revista. Organizado pela Câmara de Sines, o FMM “é um festival de serviço público em que a qualidade da programação, desenhada com critérios estritamente artísticos, se alia a palcos montados em cenários de grande beleza e a um público aberto e disponível como poucos”, conclui. A edição de 2012 realiza-se nos dias 19, 20, 21, 26, 27 e 28 de julho.

PUB

destes produtos”, considera Isabel Sabino, vereadora do município de Barrancos. Para os que queiram iniciarse neste tipo de produção ou trocar experiências e percursos, será de grande utilidade assistir à reunião de produtores sobre “Valorização dos recursos silvestres do Mediterrâneo – Uma estratégia para as áreas densidade do Sul de Portugal”, agendada para hoje, pelas 14 e 30 horas, no cineteatro municipal. Uma hora meia mais tarde, já na área de exposições, arranca a mesa redonda “Tradição e inovação: Potencialidades dos recursos silvestres”, estando agendado no domingo, a partir das 10 e 40 horas, um passeio interpretativo com identificação de recursos silvestres sob o título “Aromas e sabores da terra”. Num certame cuja importância já se vai aproximando das tradicionais festas de agosto, em honra de Nossa Senhora da Conceição, atraindo os barranquenhos ausentes, vindos dos grandes centros urbanos ou de paragens além-fronteiras, os famosos presunto e enchidos de Denominação de

Origem Protegida (DOP) continuam a ser reis, ou não fossem eles uma das principais fontes de riqueza e do concelho. No total, serão 14 os produtores representados, quatro deles locais e os restantes maioritariamente da vizinha Espanha. “Entre estes quatro, estão as duas grandes empresas: a Barrancarnes e a Boleta. A seguir à câmara municipal são os maiores empregadores do concelho, nomeadamente a Barrancarnes, que tem um número total de trabalhadores que ronda os 40. A Boleta terá à volta de 12”, justifica a responsável, adiantando que é por aí que passa o futuro de Barrancos: “Por este produto, que é já reconhecido, não só a nível local como também nacional e internacional, e por outros que se possam também associar, como os silvestres”. Ao longo dos três dias, e sempre pelas 17 horas, nas arcadas centrais da área destinada ao produto rei, decorrem demonstrações de corte, com provas de degustação de presunto DOP de Barrancos. O programa de animação musical arranca com o espetáculo “Jovens

Talentos da Música Portuguesa”, que reúne hoje, a partir das 22 horas, vozes como as de Rui Andrade, Petra Camacho, Raquel Guerra, Carlos Costa e Gerson Santos, todos ex-concorrentes de programas televisivos. De Espanha, chegam as Alazán, uma dupla de cantoras ciganas, herdeiras da família Salazar, com créditos firmados no universo do flamenco, para um concerto que terá lugar amanhã, sábado, a partir das 22 e 30 horas. A última tarde será animada com cante alentejano, a partir das 18 horas, com as atuações do grupo coral Os Camponeses de Vale de Vargo e do feminino Madrigal, de Vila Nova de São Bento. Pelas 20 horas atua a banda filarmónica local Fim de Século, dando por encerrada mais uma ExpoBarrancos. “De certeza que este fim de semana vamos ter aqui quase metade da Espanha aqui ao lado. É uma feira que já quase tem a mesma importância do que a feira de agosto. Essa frase tenho-a eu ouvido muitas vezes na boca dos barranquenhos”, conclui Isabel Sabino.


Diário do Alentejo 30 março 2012

14

O canto e a religiosidade popular são a expressão mais artística e genuína da cultura de um povo. Por isso não admira que todos estes fatores se expressem na singularidade daquilo a que chamamos o cante alentejano e na religiosidade popular dos alentejanos. Por isso regozijo-me com a candidatura do cante alentejano a património imaterial da humanidade. D. António Vitalino Dantas, 23 de março de 2012

O primeiro-ministro foi a SINES esta semana inaugurar as ampliações feitas ao porto de águas profundas. E no dia em que anunciou formalmente o enterro do projeto do TGV, abriu portas à construção de uma linha férrea de transporte de cargas e mercadorias com ligação à Europa. Do dito triângulo de desenvolvimento para o Alentejo – onde se juntam o aeroporto de Beja e a complexo de Alqueva – o Governo concluiu o primeiro vértice. Falta o resto. Falta quase tudo. PB

Opinião

Cemitério Luís Covas Lima Bancário

É

um tema sobre o qual habitualmente ninguém escreve. Sempre fez parte da nossa sociedade, lugares e quotidiano. No cemitério não existe a obrigação de visitar quem quer que seja. Só lá vai quem quer. Faz parte de uma rotina assente no reconhecimento de quem merece. É uma visita ao domicílio, sempre revestida de um clima de ansiedade e de saudade por quem o faz. É normal rogar a Deus e pedir o descanso eterno do ente querido, seja família e/ou amigo(a). Um lugar, um espaço, nem sempre reservado, cheio de confidências e inconfidências, que nos permite evocar quem sempre nos desejou o bem, e que mais não fez porque mais tempo não teve. Por falar do tempo, temporal e por vezes intemporal, recordo uma “lengalenga” que aprendemos na nossa infância. “O tempo pergunta ao tempo, quanto tempo o tempo tem? O tempo responde ao tempo, que o tempo tem tanto tempo quanto o tempo tem”. Tanto o tempo que pergunta como o tempo que responde são convictos na questão como na afirmação. Só que tanto a pergunta como a resposta são relativas. Não têm uma verdade absoluta. Verdade absoluta é que o tempo vai escasseando. O tempo é de mudança, e a mudança tem sempre um efeito no Homem – o receio, o anseio, o medo do desconhecido... O desconhecido, esse desconhecido assente numa Europa onde estamos inseridos e enterrados até ao tutano, a mesma que já não tem tempo para defender, não os seus autores, mas os seus subscritores. Como será daqui para a frente? Aguarda-se a qualquer momento a renúncia da Grécia que não aguentará muito mais. É uma questão de tempo. E depois? Outros lhe seguirão. Inertes e com um esgar até mais não aguentar. A Europa, além de cruel, é cínica. Não vale a pena escrever ou falar mais da sua forma de governo. Programas baseados na adoção de medidas severas com recurso a austeridade sem limites, enfeitados por planos de ajuda financeira que são mascarados por prazos de pagamento apertados e influenciados ao mesmo tempo por taxas de juro proibitivas. Em contrapartida, não se vislumbram ações estratégicas para o aumento da competitividade, do emprego e do crescimento económico. Qual será o lugar da velha Europa e do nosso país? Como se comportarão as novas democracias? Como lidaremos com as chamadas economias emergentes? Estamos perante uma nova ordem económica mundial? Que novo ciclo se inicia? Será que é um novo ciclo? Tudo isto, apesar de um paradigma que por vezes nos fez pensar que pertencíamos à elite. Olhando para trás, deixáramos de ser um país periférico e orgulhosamente só. Falando de um retrocesso que não se quer e não se pretende, não quero crer na ocorrência de um figurino de reversão ao nosso “querido” e velho escudo. Seria qualquer coisa com consequências nefastas, como ativos em escudos, passivos em euros. O desnorte da balança comercial. Importações nem vê-las. Exportações na maioria dos setores de atividade, só a prazo. A dívida pública dispararia para números impensáveis. O não cumprimento motivaria um quadro degenerativo. Com investimentos comprometidos e ausência de quaisquer dividendos. Não seria minimamente atrativo, nem este seria o caminho. Chegou o momento e o tempo de parar para uma reflexão. A dinamização de movimentos de reflexão dentro dos próprios estados-membro deveria gerar inputs para uma espécie de conselho superior supranacional. Para momento de reflexão, apetece-me usufruir de um espelho! Olho para o espelho. Em função do momento e do estado de espírito, vejo no seu reflexo o imaginário. Do início até ao final do mês. Sou um vagabundo na primeira semana, sou um empreendedor na

segunda, sou um empresário na terceira e sou um político na quarta. Chego ao final do mês e caio em mim. Afinal, sou eu próprio. O espelho revela finalmente aquilo que sou. Eu próprio! Chego à conclusão que não quero o imaginário. Quero ser simplesmente eu, até porque só sendo eu posso resolver aquilo que é meu. Falei de cemitério, tempo e Europa, por outro lado, de austeridade, ajuda, compromisso, reflexão e sonho… Numa altura de austeridade, no âmbito de uma Europa sem tempo, esperemos que os nossos sonhos se concretizem… a tempo…

Cante(mos) no mundo

aplaudir demasiado facilmente qualquer nova experimentação, sem antes cuidarmos de avaliar com justeza aquilo que nos é apresentado. É o que, em parte, está a acontecer com o fado, sujeito agora a uma dose de mediatização que se arrisca a afastar mais gente do que aquela que conquista. E é isso que, de todo, não se deseja para o cante. Património do mundo? Pois sim, desde que não deixe de ser nosso. *Por opção do autor, este texto não segue o novo acordo ortográfico.

O elogio do thriller Beja Santos Defesa do consumidor

A S

Viriato Teles Jornalista

e tudo correr como previsto, a candidatura do cante alentejano a Património Imaterial da Humanidade concretiza-se esta sexta-feira com a entrega formal do processo respectivo, na sede da Unesco. Em Paris, França, imagino que com pompa e circunstância dimensionadas à realidade, já que amar o cante, como bem sabemos, não significa necessariamente ir em cantigas. Do lado dos proponentes, ressalta a muito legítima vontade de salvaguardar um património construído a partir de muitas gerações de trabalhadores assalariados do campo – afinal, os inventores do cante, pois foi do seu engenho que nasceram as modas que lhe dão forma. Naturalmente, levar o cante para o mundo não é uma ideia consensual. Os mais cépticos argumentam que não é oportuna, pois se ainda agora foi o fado, e só o de Lisboa, alevantado a tal condição, talvez a quota lusitana nestas pequenas grandezas do mundo já esteja preenchida. Para outros, mais ferozes na detracção, era só o que faltava virem agora os alentejanos pôr em risco o monopólio lisboeta em matéria de imaterialidade patrimonial. Ouçam um fadinho e bebam um copo, a ver se lhes passa. Para os cínicos, tanto se lhes faz, e será uma boa ideia se daí vier algum bom proveito. Os mais cínicos dos cínicos pensam mesmo que, com o fado e o tango já imaterializados e o cante a tentar fazê-lo, um dia destes alguém se lembra de propor também o fandango, provavelmente o único género musical do mundo com uma única composição no cardápio. E é inevitável: os que são apenas vaidosos ficarão muito contentes por mais esta oportunidade para dar largas ao patriotismo de fim-de-semana. E os da política pensarão rapidamente na melhor maneira de traduzir a hipotética distinção em número de votos. Como diz a cantiga, “faz parte”. Eu, que sou do mundo e em boa parte sou também da música, acho que ela, a música, é em si mesma, e por definição, património da Humanidade. Daí que, à primeira, tendo a encarar estes actos como algo redundantes e, frequentemente, dados sobretudo a alimentar as vaidades particulares e colectivas, dos indivíduos e das comunidades. Mas é um facto que o cante alentejano possui uma história de muitas dignidades por trás. E é esse legado, acima de tudo, que deve ser preservado. Pela difusão do conhecimento, pela transmissão afectiva de proximidade, pela vontade de fazer mais, desde que melhor. Oficializar o cante como parte do espírito do mundo não é uma ideia descabida, mas terá sobretudo um significado positivo na autoestima de quem dele está mais próximo. E isso é bom, mas insuficiente. Ideal será que essa distinção, ou o sonho dela, seja um impulso para que o cante passe a fazer parte da vida de um maior número de pessoas, mas também que se mantenha fiel àquilo que é. E que não se banalize a ponto de um grupo de cantadores poder confundir-se alguma vez com um vulgar coral etílico – como já pude observar em certas ocasiões, felizmente poucas e com cidadãos de alentejanidade duvidosa. É verdade que, por tolice, generosidade ou pudor, às vezes tendemos a

s indústrias do entretenimento geram produtos culturais e de distração veiculados pelos meios escritos, audiovisuais e digitais, em turbilhão. Com a literatura, ao longo do século XX, a ramificação de subgéneros atingiu um nível surpreendente (romance histórico, de amor, lírico, de aventuras…), havendo a juntar o teatro, a poesia, a trama policiária, toda a sorte de ensaios, correspondência, memórias, autobiografia, mas a lista é muito extensa. As indústrias contaminam os géneros: muito do que é bom na literatura passa para o cinema e televisão, a comunicação dos blogues não deixa os outros meios insensíveis, e fazem-se filmes para passarem nos ecrãs digitais. Imperou durante muito tempo o preconceito de que estes produtos eram destituídos de qualidade, eram bolhas que rapidamente rebentavam no ar, sucedâneos atrás de sucedâneos, com propósitos alienantes ou embrutecedores. O preconceito, diga-se de passagem, vem de longe, mesmo com a colaboração de gigantes literários como Balzac ou Camilo Castelo Branco no género folhetinesco, mesmo com artistas plásticos como Carlos Botelho que fazia desenhos de humor. O preconceito hoje está esbatido: John Le Carré é muito mais do que um talentoso criador de thrillers, afinal Fernando Pessoa fez muito mais do que publicidade, escritores e artistas plásticos intrometem-se frequentemente no cinema, rádio e televisão, escrevendo guiões ou oferecendo os seus préstimos para a trama cenográfica. E aquilo que começa por ser idealizado como entretenimento, pelas razões secretas ou mágicas do poder criador, pode redundar em obra-prima. Clive Cussler é um escritor norte-americano com créditos firmados nos thrillers onde a atmosfera subaquática está sempre presente, ele é um nome inconfundível do thriller marítimo, amplamente traduzido e publicado em Portugal desde os anos 80. Cussler é mais do que um escritor de ficção, dedica-se à investigação da história marítima e naval, é fundador da NUMA (National Underwater & Marine Agency), uma organização sem fins lucrativos com o objetivo de descobrir navios afundados e igualmente membro da Real Sociedade de Londres. O controlo da trama é absoluto: há sempre um perigo de altíssimo rico (neste caso a iminência de uma quantidade colossal de droga inundar o mercado norte-americano); há um arrancar da história que tem de ser eletrizante, não pode dar tréguas a quem pega no livro. Há um avião mítico que nenhum radar capta; anda-se à caça de um peixe pré-histórico, o Teaser, há momentos em que a balança parece pender para o lado do mal, mas o herói façanhudo e expedito desenvencilha-se bem quando tudo parece perdido; no final, mesmo com o corpo feito num oito, a Interpol tem um sucesso de que não havia memória na captura de droga; e para retirar o leitor do sufoco do tropel de tanta aventura encadeada tudo acaba em bem e o herói recebe como recompensa um carro raríssimo, o Maybach-Zepplin de 1936, o maior rival do Rolls-Royce Phantom III. O público que pede aventuras sai recompensado, Clive Cussler não defrauda ninguém, construiu uma narrativa vibrante e não é por acaso que a crítica o considera como o melhor contador de histórias do subgénero.


Há 50 anos Funcionários públicos não podem ir a Espanha

N

esse março de 1962 decorriam em Lisboa grandes manifestações de estudantes, que lutavam pela autonomia universitária e contra a repressão fascista. O “Diário do Alentejo”, apesar da Censura, conseguiu publicar uma pequena notícia dos acontecimentos na capital, sob o título “Uma moção universitária sobre os incidentes registados ultimamente com estudantes”. Em meia dúzia de linhas pouco esclarecedoras, a uma coluna, na primeira página: “Em face dos últimos incidentes com motivo na realização do ‘Dia do Estudante’, o Senado Universitário aprovou uma moção na qual, entre outros pontos, se manifesta profundo desgosto pelos acontecimentos, ‘fazendo votos veementes por que sejam evitadas as intervenções que atinjam a dignidade universitária e se mantenha o princípio de que nas instalações escolares os elementos policiais só possam ingressar em casos em que as autoridades escolares o requeiram ou autorizem’. A moção exorta também os universitários a regressar ás aulas”. Dias antes, o jornal transcrevia em “Nota do Dia” um “apontamento” do “prezado colega” “Linhas de Elvas”, “por nos merecer total concordância e pela sua actualidade”. Intitulado “Os funcionários públicos não podem ir a Espanha porquê?...”, o artigo do jornal elvense, transcrito parcialmente em Beja, vale a pena ser lido meio século mais tarde: “(...) Dado o sentimento de fraternidade e até de gratidão para com a Espanha, chega a ser descortesia a proibição da entrada, ali, de certos portugueses – os funcionários públicos – que na precisa frase governamental, ao ser-lhes exigido certo sacrifício, têm a honra de serem funcionários públicos. Pois, os honrados cidadãos não podem ir a Espanha! Tem-se dito que a proibição assenta numa exigência da economia nacional, para que eles não vão ali deixar divisas que nos fazem falta, nesta época atormentada e de necessárias e compreensíveis restrições. (...) Mas se a intenção do legislador foi essa, parece-nos que mais proveitosa seria a proibição áqueles que sendo, notoriamente, ricos, avançam pela Espanha, em todas as direcções, e por ali se demoram, largas temporadas, em alegre e despreocupada digressão, dissipando escudos, aliás, pesetas. (...) O pobre funcionário público limita-se à visita, por poucas horas, das povoações raianas, do lado de lá, onde, geralmente, em dias feriados, vai ver caras diferentes e se limita a comprar, pacatamente, o ‘ABC’ e a pasta ‘La Toja’, para a barba...”. Carlos Lopes Pereira

Quando ninguém faria esperar, a candidatura do CANTE ALENTEJANO a Património Cultural Imaterial da Humanidade foi rejeitada. Antes de ser entregue. Antes mesmo de ser avaliada. O Ministério dos Negócios Estrangeiros deu indicações para que a Comissão Nacional da Unesco não levasse a pretensão alentejana a Paris, hoje, sexta-feira. Um golpe rude e inesperado para o reconhecimento internacional da nossa mais emblemática expressão cultural. PB

15 Diário do Alentejo 30 março 2012

No fim de semana morreu um jovem estudante de Castro Verde em LLORET DEL MAR, na Catalunha. Já antes outro estudante português ali tinha perdido a vida no decurso de uma viagem de finalistas do ensino secundário. Mas, desta vez, tudo indica que se terá tratado de um acidente. O certo é que estas viagens sem vigilância nem monitorização estão a matar jovens. E é tempo de fazer alguma coisa para que eles regressem com vida. A casa. PB

A Candidatura do Cante Alentejano reúne as condições para ter sucesso, quer pelos requisitos científicos exigidos pela (…) quer pelo suporte dos grupos e municípios apoiantes, independentemente de um maior amadurecimento dos projetos e iniciativas a desenvolver futuramente e, assim sendo, tem todas as condições para ser entregue no próximo dia 30 de Março. João Ranita da Nazaré, 27 de março de 2012

Cartas ao diretor Barragem do Roxo Vitorino da Palma Cavaco Ervidel

A barragem do Roxo fica situada, para quem não a conhece, a sueste da aldeia de Ervidel, concelho de Aljustrel, no distrito de Beja, a quatro quilómetros de distância de Ervidel e construída na ribeira do Roxo na cota 105, elevando-se o seu dique a uma altitude de 34,5 metros. A construção do dique, com o comprimento total de 864 metros, é constituído numa extensão de 604 metros em aterro e 260 metros em betão, dividido este em 16 blocos, teve início no ano de 1964 e terminou em 1968. Na época de 1968/69 atingiu a capacidade máxima, por ter sido um ano de abundantes chuvas, embora a engenharia calculasse que só encheria nuns quatro anos. Segundo rumores correntes, a barragem foi construída num local de frouxidão no subsolo e em virtude de ter enchido no primeiro ano, após o seu acabamento, apareceu-lhe uma grande rotura, que não pôde ser reparada sem que fosse parcialmente demolida. No ano de 1970 recomeçaram as obras, só tendo o seu término em setembro de 1982. No interior do dique tem uma galeria, com cerca de 35 metros de comprimento, com dois poços nas extremidades, um com entrada vertical e o outro com entrada oblíqua, em degraus, ambos com cerca de 40 metros de profundidade, isto é, mais fundos que a altura do próprio dique. Num desses poços estão montadas duas eletrobombas automáticas, tendo estas a finalidade de esgotarem toda a água da nascente que existe no subsolo onde esta barragem foi construída. Estas bombas trabalham intermitentes durante cerca de três minutos, com intervalos idênticos e tiram cada uma delas cerca de 20 litros por segundo, isto para evitar que a nascente danifique o dique com novas roturas. A barragem ocupa uma extensão de 1 400 hectares, em planície, na sua maior parte na freguesia de Ervidel e a restante nas freguesias de Aljustrel e Santa Vitória, esta no concelho de Beja. Rega 5 046 hectares nas freguesias de Ervidel, S. João de Negrilhos,

Ferreira do Alentejo e Alvaiade do Sado. O ponto mais afastado atingido pela albufeira dista a cerca de oito quilómetros do dique. A sua capacidade é de 96 800 000 metros cúbicos, embora os técnicos afirmem que atualmente não terá essa capacidade, em virtude do lodo e outros inertes se irem acumulando no fundo da albufeira. Em anos anteriores mais secos surgiram algumas dificuldades no abastecimento de água, chegando a ser cancelada a rega em benefício do consumo humano. Isso já não irá acontecer, visto que já está canalizada a e receber água de Alqueva desde julho de 2010. Esta barragem abastece de água potável, quase na sua totalidade, as povoações dos concelhos de Aljustrel e Beja, a partir da estação de tratamento das águas, situada junto à barragem. Muito em breve também irá regar os terrenos da freguesia de Ervidel e freguesias limítrofes, cujos trabalhos se encontram em curso. Esta famosa albufeira tem sido muitas vezes escolhida para concursos de pesca, pois é rica em achigâs e carpas. Em alguns anos têm aparecido com abundâncias lagostins de água doce. Junto às extremidades do dique, existem duas matas convidativas aos visitantes que ali acorrem, especialmente aos fins de semana na época primaveril, onde fazem os seus piqueniques, vendo-se aqui e acolá as crianças a brincar nos balouços que os pais ou os amigos lhes prepararam para o seu passatempo. Ali têm sido também organizadas as cerimónias das comemorações do 1.º de Maio que normalmente têm muita concorrência. NOTA: Após a sua construção ficou designada como “ barragem Arantes e Oliveira”, tendo herdado o nome do então ministro das Obras Públicas, designação essa que continuou até ao 25 de Abril de 1974, data em que passou a designar-se por “ barragem do Roxo”.

A brutalidade dos impostos Diamantino António Funcheira

Pergunta-se ao inteligente deste nosso governo como é que as pessoas desempregadas pagam os seus impostos. Não conseguindo, os seus bens são penhorados e revertem a favor do Estado,

para ficar cada vez mais rico e para entregar depois o dinheiro à troika. Com tal situação, as pessoas passam à fase de loucura, resultando em seguida o aumento de suicídios. É uma vergonha o que se está a passar com este governo, procurando a mortalidade.

Um alentejano genuíno João Mimoso Fernandes Beja

Faleceu em Lisboa, no passado dia 5, Álvaro Afonso Oliveira Henriques. Os breves comentários que se seguem destinam-se a recordar um alentejano, nascido em Moura, estudando no Liceu de Beja, na década de 1940, e completando o curso de professor do ensino primário na Escola do Magistério Primário em Évora. Radicado em Lisboa, por lá ter sido colocado no Banco de Portugal, nunca esqueceu as suas raízes, inscrevendo-se como sócio da Casa do Alentejo e tornando-se assinante do “Diário do Alentejo”. Estas duas referências permitiam-lhe manter-se atualizado com o triângulo da sua vida alentejana: Moura-Beja-Évora. Em Évora foi guarda-redes do Lusitano. Era grande adepto do voluntariado e dispondo de uma bela voz alentejana integrou-se nos coros de Santo Amaro de Oeiras e do Grupo Desportivo do Banco de Portugal. No núc le o d e L i s b o a d a Associação dos Antigos Alunos do Liceu de Beja desempenhou papel ativo na organização dos almoços anuais de confraternização. Sempre que se realizava, em Beja, a “Festa do Galo”, cá estava o Afonso Henriques com a sua jovialidade e a sua veia artística, acompanhando os mais novos (ou das gerações mais novas). Quando nos encontrávamos em Lisboa queria saber tudo o que se passava em Beja e recordava, em álbuns, os momentos aqui vividos com os companheiros de então, Xico Vieira, Escoval Lopes, Ivone Perpétua, Fernanda Martins, os irmãos Pratas (o Xico e o Fernando), o Galego, etc. etc.. A sua vida é exemplo tanto na parte cultural como recreativa e atravessou várias gerações, permanecendo jovem e amigo de todos eles. O teu amigo.


16 Diário do Alentejo 30 março 2012

Chumbar É um verbo tramado, este. Tem significados que nunca mais acabam. E, no Alentejo, tem um muito especial. O cante foi chumbado antes mesmo de ter sido chumbado. Foi chumbado logo em Portugal. E não há nada mais perverso que se ser chumbado dentro de casa. Não deixar que a candidatura do cante a Património Cultural Imaterial da Humanidade chegue ao seu destino, à Unesco, em Paris, com o receio de aí ser chumbada é de um paternalismo depravado nunca antes visto. E inaceitável. É evidente que esta candidatura, como todas, como tudo na vida, terá os seus defeitos e as suas virtudes. Mas não deixar que os especialistas internacionais na matéria os identifiquem ou reconheçam é a maior das chumbadelas que se poderia alguma vez ter ou imaginar. E o ministro Paulo Portas, que superentende a Comissão Nacional da Unesco, ainda terá muito que justificar nesta sua decisão quase… incestuosa. PB

Na capa

Ministério de Paulo Portas recusa entregar dossiê na Unesco

Perto de cinco centenas de cantadores de vários ranchos corais do Alentejo

DR

Candidatura do cante morre na praia juntaram-se, na passada quarta-feira, ao final da manhã, frente ao Ministério dos Negócios Estrangeiros, em Lisboa. Numa manifestação de protesto a várias vozes contra a decisão da Comissão Nacional da Unesco se recusar, à última hora, entregar em Paris a candidatura do cante a

DR

“não foram colocados entraves do ponto de vista técnico ou científico”. A única questão levantada prendeu-se com o “timing diplomático”. É de salientar que, em tempo recorde, esta candidatura juntou a quase totalidade dos grupos corais alentejanos espalhados pelo mundo e, excetuando a Câmara de Beja, o apoio de todas as autarquias onde existem ranchos a cantar à alentejana. A candidatura do cante a Património Cultural Imaterial da Humanidade não é invenção recente. Já em 2001 o ministro Augusto Santos Silva realçou essa possibilidade e, em 2008, outra ministra socialista, Isabel Pires de Lima, referiu em Cuba a importância de se avançar com o reconhecimento internacional do cante. Mas foi apenas em maio do ano passado que, em Paris, e por proposta do então embaixador Fernando Andresen Guimarães, a ideia avançou, pelas mãos da Câmara Municipal de Serpa. O atual embaixador português junto da Unesco, Francisco Seixas da Costa, disse ao “Diário do Alentejo” que continua a existir, por parte do ministério de Paulo Portas, um grande empenhamento em que a candidatura do cante alentejano seja apresentada, desde que nas melhores condições e com sólidas garantias de sucesso”. Paulo Lima, que também esteve ligado à candidatura do fado, contrapõe afirmando que a pretensão alentejana demonstra maior eficácia, uma vez que a do fado tinha “um século de investigações a menos”. Confrontada com a hipótese de a candidatura vir a ser apresentada para o ano, fonte da comissão executiva garante que não haverá condições efetivas para a concretizar: “Quer por ser ano de eleições autárquicas, quer pela duplicação dos dinheiros investidos, quer pela mobilização que foi feita junto dos grupos corais e que não se tornará a repetir, quer pela própria Unesco que, desde a desvinculação financeira dos Estados Unidades, nem se sabe se continuará a existir”.

DR

A

s justificações avançadas pela Comissão Nacional da Unesco, dirigida pelo embaixador António de Almeida Ribeiro, prendem-se com a suposta “falta de tempo” para a “ativação da rede de embaixadores, no sentido de promover a candidatura”. Já antes, o gabinete de Almeida Ribeiro tinha sustentado esta decisão com o facto de Portugal apresentar já este ano a candidatura da dieta mediterrânica e pela inconveniência de duplicar, em prejuízo próprio, este tipo de iniciativas. Mas o “Diário do Alentejo” sabe que a saída de Rui Vieira Nery da comissão científica e as reservas processuais e científicas levantadas pela etnomusicóloga Salwa Castelo-Branco também pesaram nesta recusa. Assim mesmo, o dossiê da candidatura do cante acabou por ser entregue em mãos a António de Almeida Ribeiro e à chefe de gabinete de Paulo Portas, Madalena Fisher. O Ministério dos Negócios Estrangeiros garantia, para o final da tarde de quarta-feira, já depois do fecho desta edição do “Diário do Alentejo”, uma declaração política sobre o assunto. O prazo para entrega da candidatura termina hoje. Mas sem a assunção da mesma por parte do Governo, cai por terra a intenção de o cante vir a ser reconhecido internacionalmente como Património da Humanidade. Nicolau Breyner, que na manhã de quarta-feira foi o porta-voz da candidatura numa conferência de imprensa realizada na Casa do Alentejo, em Lisboa, afirmou que “adiar a entrega de um excelente e bem fundamentado documento é exigir aos portugueses que continuem a desbaratar dinheiros públicos durante não se sabe quanto tempo”. Já Paulo Lima, que integrou a comissão científica desta candidatura, diz não entender as razões para a recusa da entrega dos documentos na sede da Unesco, em Paris: “Existem certamente outros interesses por detrás desta decisão”. Carlos Laranjo Medeiros, presidente da comissão executiva da candidatura, reconheceu também que

DR

Património Cultural Imaterial da Humanidade.


A árvore e a floresta José Francisco Colaço Guerreiro

E

m 7 de maio de 2011 foi feita a apresentação pública do projeto “Serpa Cidade Criativa”, uma iniciativa liderada pela Confraria do Cante Alentejano e apoiada pelo município local, que visava a integração do mesmo na Rede das Cidades Criativas da Unesco. Tinha como principal argumento a temática das músicas, em particular o cante e as sonoridades ibero-americanas, sendo, então, anunciado como o responsável pelos contactos junto da Unesco o professor Carlos Laranjo Medeiros Por este projeto se ter gorado, ou por cedo se ter concluído pela sua inviabilidade, começou-se logo a esboçar, localmente, uma alternativa capaz de servir de suporte a outra nova candidatura junto da Unesco que aproveitasse os contactos estabelecidos, os conhecimentos existentes, os caminhos já trilhados e valorizasse qualquer recurso endógeno existente e suscetível de reconhecimento por aquela instância internacional. E logo, o “cante de Serpa” passou a ser o alvo dos propósitos de uma equipa que se desdobrou em palavras e ações visando este louvável desiderato. Assim, de novo, o professor Carlos Laranjo Medeiros, a Confraria do Cante e o município de Serpa, juntando o engenho e a vontade, lançaram mãos à obra, visando construir uma boa razão para distinguir aquele potencial cultural de tão elevada valia. A sós, gerindo o tempo e o modo a seu gosto, avançaram com escolhas, pediram as ajudas e receberam os apoios que entenderam, alheados do mundo em redor, pois não tinham que dar satisfações a ninguém, nem careciam de opiniões alheias, visto trabalharem com um bem concelhio. Porém, certo dia, foram advertidos para o facto de que uma candidatura do “cante de Serpa” a Património da Humanidade, por mais insigne que o mesmo seja, por maior distinção que o mesmo mereça, não seria suscetível de ser aprovada pela Unesco que tem como regra, não classificar a parte de um todo, olhando a árvore sem ver a floresta. Perante esta contrariedade, a equipa já no terreno não esmoreceu e depressa encontrou a melhor solução aparente: a candidatura deixava de intitular-se “cante de Serpa”, passando a designar-se “cante alentejano”. Quanto ao mais, nada havia a mudar, para além de uns pequenos ajustes. E é aqui que começa e acaba a nossa discordância, tanto com o modo gestionário, como com os objetivos a alcançar em resultado da candidatura. Ora, entendemos que o atual corpo decisório não merecia qualquer reparo, se estivesse em causa a elaboração de uma proposta para a classificação de um bem concelhio. Porém, já que se trata da candidatura do cante alentejano, de um bem coletivo de toda uma região, não vemos como se pode prescindir, na organização, da palavra, das ideias, da ação e das opiniões dos autarcas do Alentejo onde se canta a moda. Parece-nos, por conseguinte, completamente inadequado e insuficiente o papel das autarquias ter sido limitado à mera subscrição de uma declaração de apoio ao cante a património. Como principio, independentemente, da génese da candidatura, todos os autarcas

deviam ter sido, em pé de igualdade, convidados a integrar ativamente o processo, diretamente ou através de uma sua associação representativa. Assim, e só assim, estariam por dentro, sentindo a motivação e o envolvimento, necessários para agirem, localmente, junto dos seus grupos corais e com eles criarem os compromissos necessários à aprovação dos “seus próprios planos de salvaguarda” do cante. Aliás, mais do que o galardão que a Unesco poderá atribuir ou não ao nosso cantar, o que importava, efetivamente, era o aproveitamento do presente ensejo para se traçarem novos compromissos e criarem outras dinâmicas que visassem retirar os seus interpretes, os nossos grupos corais, do marasmo onde, na sua grande maioria, sobrevivem. Mas, curioso é notar que no contexto presente, a comissão executiva da candidatura, na propaganda que de si própria faz, tem tido o cuidado de transformar esta sua fragilidade num motivo de corpulência e brio, apregoando incessantemente que praticamente todos os corais e os municípios estão consigo, apoiando e sendo subscritores da sua intenção. Não conhecemos quem não deseje ver o cante promovido a Património da Humanidade. Nós próprios, desde há vários anos, a propósito da classificação do cante como património de interesse municipal, temos escrito e pugnado. Aliás, a MODA – Associação do Cante Alentejano de que fomos fundador e presidente da direção e da qual somos e seremos presidente da assembleia geral até ao próximo dia 15 de abril, desenvolveu, já faz tempo, junto dos municípios onde se canta a moda, uma campanha visando o reconhecimento do cante alentejano como património e os grupos corais como seus parceiros culturais privilegiados. Desse afã resultou uma declaração de reconhecimento do cante como património concelhio, por parte de quase todas as autarquias das terras do cante, sendo, talvez por acaso, Serpa uma raras das exceções. Apesar da insistência pessoal da direção da MODA, tendo em vista a sensibilização daquele município para as vantagens recíprocas da dita declaração, só já a meio do percurso breve desta candidatura e por imperativo óbvio, é que Serpa cedeu. Cedeu, mas, agora, embora seja evidente a necessidade de se fortalecer a candidatura do cante, dotando-a de outro crédito, fulgor e envolvimento, não pretende suspender a sua entrega em Paris, na data inicialmente prevista. De nada serviram algumas recomendações próximas, nem as opiniões abalizadas de dois membros da comissão científica, o presidente que se demitiu e uma outra ilustre estudiosa do cante alentejano que se recusou depois a substitui-lo. Achamos que esta precipitação é um erro que o cante vai pagar caro, por isso nos temos insurgido contra quem destina e quem cala e permite que este processo avance sem ter a consistência desejável. E não vai ser um ano inteiro de folclore em torno da moda, centralizando televisões e eventos no concelho promotor que nos vai compensar da oportunidade perdida de se fazer mais e melhor pelo cante alentejano. Todavia, caso se cumpra o desígnio da agenda, calaremos a partir dessa data o eco do nosso desconforto e seremos, até à decisão final, em novembro de 2013, apoiantes silenciosos do cante a Património, porque o tempo útil da contestação, pela nossa parte, acaba aqui.

Comissão executiva da candidatura do cante lamenta adiamento para 2013 Comunicado lido por Nicolau Breyner

A

comissão executiva da candidatura do cante alentejano à inscrição na lista representativa do Património Cultural Imaterial da Humanidade, da Unesco, lamenta que a Comissão Nacional da Unesco tenha recomendando o seu adiamento para 2013. Quase um ano depois de iniciada uma tarefa exaustiva e profissional, um grupo de trabalho constituído por académicos e técnicos, suportados por instituições públicas e apoiados pela quase totalidade dos grupos corais e dos municípios alentejanos, concluiu a sua tarefa: preencher o formulário de candidatura do cante alentejano a Património Imaterial da Humanidade da Unesco e preparar os documentos adicionais: fotografias, filme e declaraçõesde apoio. A candidatura está pronta, tem qualidade inquestionável e é tecnicamente inatacável, aproveitando trabalho de campo anteriormente realizado e não apenas os contributos agora recolhidos. A candidatura claramente assumida, desde o início, para ser entregue em 30 de março de 2012, partiu da iniciativa de três promotores: Confraria do Cante Alentejano, associação Moda (as associações mais representativas de grupos corais) e Casa do Alentejo, com o patrocínio da Câmara Municipal de Serpa e do Turismo do Alentejo, após sugestão do anterior presidente da Comissão Nacional da Unesco, embaixador Andresen Guimarães, em 19 de maio de 2011. Foram constituídas uma comissão executiva, integrando os promotores, e uma comissão científica, com 10 personalidades escolhidas pelo seu conhecimento do cante alentejano e pelas suas habilitações académicas relevantes. A preparação da candidatura contou ainda com os contributos do cineasta internacionalmente consagrado Sérgio Tréfaut e do premiado fotógrafo Augusto Brázio. Esta candidatura contou, ao mais alto nível, com o apoio formal do Presidente da República, da presidente da Assembleia da República, do primeiro-ministro, do bispo do Porto, do bispo de Beja, do presidente da Fundação Calouste Gulbenkian, do presidente do Grupo Nabeiro e de muitos outros. Na passada semana, já após os membros da comissão científica terem dado por concluído e por bom o seu trabalho, cuja revisão final foi feita pela professora Salwa Castelo Branco, o embaixador António Almeida Ribeiro, em nome da Comissão Nacional da Unesco, deu conhecimento dos resultados de um processo inédito de consulta por email apenas aos membros da comissão cientifíca, questionando-os sobre o estado de situação

da candidatura. Dois desses membros manifestaram reservas, falando na necessidade de amadurecimento da proposta. O embaixador António Almeida Ribeiro, baseando-se apenas e só no depoimento dessas duas pessoas, e escudado numa argumentação débil, desconhecendo os pareceres que recebeu de outros seis membros, decidiu tentar matar esta candidatura, propondo a recusa de a entregar no 30 deste mês, na sede da Unesco. A comissão executiva da candidatura não concorda, nem com a opinião do embaixador António Almeida Ribeiro nem com as razões por ele evocadas, pois ignora as opiniões, não menos válidas, dos grupos corais, de eminentes académicos, de um cineasta de renome, de um fotógrafo premiado (nem um nem outro consultados), desconsiderando as instituições, personalidades e os milhares anónimos que se empenharam e apoiaram uma tarefa já antes tentada em anteriores governações (2001 e 2008) e nunca conseguida. Adiar a entrega de um excelente e bem fundamentado documento é exigir aos portugueses que continuem a desbaratar dinheiros públicos durante não se sabe quanto tempo, parar e elaborar documentos que estão feitos, fotografias que estão tiradas e filmes que estão realizados. É desconsiderar os alentejanos e especialmente os elementos dos grupos de cante de que a sua arte e a sua região não merece mais do que um até amanhã com sabor a nunca. Mas tudo isto valeria a pena se quem quer parar este processo coletivo que emana do Alentejo pudesse garantir que, daqui a um ano, daqui a 10 anos ou daqui a 50 anos, o cante alentejano seria reconhecido como Património Imaterial da Humanidade da Unesco. Mas isso ninguém o pode fazer. A comissão executiva, a comissão científica e todos os outros colaboradores desta candidatura fizeram o seu trabalho, sem luxos e sem contornos ou interesses políticos. Fizeram apenas o seu trabalho, assumindo perante os alentejanos e perante os portugueses a responsabilidade pelo eventual insucesso da mesma. Mas não aceitam que o seu trabalho não seja julgado por quem de direito: a Unesco. Uma avaliação que estão a tentar substituir pela de quem, no silêncio palaciano de gabinetes e em jogos de sombras, se recusa a misturar com os alentejanos e com os cantadores, negando convites para estar presente em manifestações de cante alentejano. Que fique claro: quem agora decidiu parar este processo fica responsável se o cante alentejano nunca mais chegar a património da Humanidade. E essa responsabilidade, que os alentejanos jamais esquecerão, é uma responsabilidade pessoal, mas é também uma responsabilidade política. Viva a candidatura, viva o cante, viva o Alentejo!

Diário do Alentejo 30 março 2012

17


Campeonato Distrital de Seniores Femininos

Diário do Alentejo 30 março 2012

18

Campeonato Distrital de Seniores Femininos (13.ª jornada): Ourique-Benfica Castro Verde, 3-6; Aljustrelense-Benfica de Almodôvar, 5-1; Odemirense-Serpa, 2-3. Classificação: 1.º Aljustrelense, 34 pontos. 2.º Serpa, 28. 3.º Benfica Castro Verde, 25. 4.º Odemirense, 22. 5.º Ourique, sete. 6.º Benfica de Almodôvar, um. Próxima jornada (31/3): Benfica Castro Verde-Serpa; Almodôvar-Ourique; Aljustrelense-Odemirense.

Futebol juvenil Campeonato Nacional de Juniores Fase de permanência série D (3.ª jornada): Atlético-Oeiras, 2-1; Desportivo Portugal-Lusitano, 1-2; Imortal-União de Montemor, 1-1; Despertar-Farense, 0-2. Classificação: 1.º Atlético, 31 pontos. 2.º Oeiras, 25. 3.º Farense, 18. 4.º Lusitano, 16. 5.º Imortal, 12. 6.º Despertar, 12. 7.º Desportivo Portugal, 11. 8.º União Montemor, oito. Próxima jornada (31/3): Oeiras-Despertar; Lusitano-Atlético; União de Montemor-Desportivo Portugal; Farense-Imortal. Campeonato Distrital de Juniores (15.ª jornada): Castrense-Amarelejense, 3-0; Piense-Aljustrelense, 6-0; Desportivo de Beja-Vasco da Gama, 1-2; Moura-São Domingos, 3-2; Almodôvar-Odemirense, 0-4. Classificação: 1.º Moura, 40. 2.º Castrense, 34. 3.º Odemirense, 33. 4.º Desportivo de Beja, 25. 5.º Piense, 20. 6.º São Domingos, 17. 7.º Aljustrelense, 15. 8.º Vasco da Gama, 13. 9.º Almodôvar, 10. 10.º Amarelejense, nove. Próxima jornada (31/3): Amarelejense-Almodôvar; Aljustrelense-Castrense; Vasco da Gama-Piense; São Domingos-Desportivo de Beja; Odemirense-Moura.

Desporto

Um triunfo abençoado

Mais uma final em Marvila

O

bairro de Marvila é o destino do Moura no próximo domingo, para jogar com a equipa do Oriental, mais uma das cinco finais que lhe restam para saber se consegue o milagre da manutenção. A vitória abençoada e difícil sobre a formação do Fátima reanimou as hostes e, mercê de alguns

resultados de outros jogos que lhe foram favoráveis, colocou a turma mourense a três escassos pontos da zona limite de manutenção. O Oriental, que é segundo classificado, vem de um empate caseiro com o Tourizense, pelo que o Moura pode e deve acreditar na conquista de pontos.

Juventude e Reguengos empataram entre si, o 1.º de Dezembro também empatou em casa e o Monsanto ganhou um ponto em Mafra. Estes foram desfechos favoráveis à equipa sul alentejana que ainda acredita na manutenção na 2.ª Divisão Nacional. Assim traga um bom resultado de Marvila. Firmino Paixão

Mineiro pontuou em Lagos

Uma vez mais o Sesimbra...

Despertar estreou-se a ganhar O Despertar jogou

Campeonato Distrital de Benjamins 2.ª Fase (1.ª jornada): Aldenovense-Castrense, 9-4; Renascente-Ferreirense, 0-6; Despertar B-Sporting de Cuba, 5-0. Classificação: 1.º Ferreirense, três pontos. 2.º Despertar B, três. 3.º Aldenovense, três. 4.º Castrense, zero. 5.º Sporting de Cuba, zero. 6.º Renascente, zero. Próxima jornada (31/3): Castrense-Renascente; Sporting de Cuba-Aldenovense; Ferreirense-Despertar B.

3.ª Divisão Despertar conseguiu a primeira vitória no Nacional

em casa com o Redondense e “matou o borrego” vencendo por uma bola a zero. Os três pontos ganhos, somados aos dois que traziam da primeira fase, não retiram a equipa do último lugar, mas uma vitória é sempre uma vitória, moraliza

as hostes, abre perspetivas de novos êxitos. Há muito que os jovens do Despertar tinham assumido como meta ganhar uma partida, agora, conquistados os três pontos, podem reformular objetivos e partir para outra. Não nos parece que vão a tempo de assegurar a manutenção, mas

“grão a grão enche a galinha o papo”. Na luta pela manutenção está também o União de Montemor, que derrotou o Fabril do Barreiro. No domingo o Despertar desloca-se à Costa da Caparica para defrontar os Pescadores e o Montemor viaja para o Redondo. Firmino Paixão

Nacional 2.ª Divisão 25.ª jornada

Nacional 3.ª Divisão – Subida 1.ª jornada

Distrital 1.ª Divisão 22.ª jornada

Moura-Fátima ......................................................................3-2 Pinhalnovense-Louletano ............................................... 5-0 Juventude Évora-At. Reguengos ................................... 0-0 Mafra-Monsanto .................................................................1-1 Caldas-Carregado ...............................................................2-2 Est. Vendas Novas-Sertanense ........................................0-1 1.º Dezembro-Torreense....................................................1-1 Oriental-Tourizense ............................................................1-1

Sesimbra-Quarteirense .................................................... 1-0 Esp. Lagos-Aljustrelense .................................................. 0-0 Messinense-Farense .......................................................... 0-4

Ferreirense-Rosairense..................................................... 5-3 Almodôvar-Milfontes .........................................................4-1 Desp.Beja-Castrense ......................................................... 0-5 Odemirense-Sp.Cuba .........................................................2-1 FCSerpa-Vasco da Gama ...................................................3-1 S.Marcos-Guadiana ........................................................... 4-0 Aldenovense-Panoias ........................................................5-1

Torreense Oriental Carregado Pinhalnovense Fátima Mafra Sertanense Louletano Est. Vendas Novas Juventude Évora At. Reguengos 1.º Dezembro Tourizense Monsanto Moura Caldas

J

V

E

D

G

P

25 25 25 25 25 25 25 25 25 25 25 25 25 25 25 25

13 14 13 14 13 9 10 10 10 8 5 6 5 4 6 3

10 5 7 3 6 12 7 7 4 4 10 7 10 10 4 8

2 6 5 8 6 4 8 8 11 13 10 12 10 11 15 14

40-19 46-17 49-33 40-26 37-27 28-18 29-27 22-26 32-27 24-32 25-38 24-28 20-32 19-33 22-49 15-40

49 47 46 45 45 39 37 37 34 28 25 25 25 22 22 17

Próxima jornada (1/4/2012): Monsanto-Juventude Évora, Louletano-Fátima, At. Reguengos-Pinhalnovense, Carregado-Mafra, Sertanense-Caldas, Torreense-Estrela Vendas Novas, Tourizense-1.º Dezembro, Oriental-Moura.

Campeonato Distrital de Iniciados (21.ª jornada): Desportivo de Beja-Amarelejense, 8-0; Despertar-Serpa, 2-1; Almodôvar-Ourique, 7-0; Milfontes-Bairro da Conceição, 3-1; Negrilhos-Ferreirense, 1-3; Guadiana-Moura, 1-4. Folgou o Odemirense. Classificação: 1.º Desportivo Beja, 55 pontos. 2.º Odemirense, 49. 3.º Moura, 43. 4.º Serpa, 41. 5.º Despertar, 30. 6.º Guadiana, 26. 7.º Amarelejense, 26. 8.º Almodôvar, 25. 9.º Milfontes, 22. 10.º Ferreirense, 16. 11.º Bairro Conceição, 15. 12.º Ourique, oito. 13.º Negrilhos, seis. Próxima jornada (1/4): Amarelejense-Odemirense; Serpa-Desportivo de Beja; Ourique-Despertar; Bairro da Conceição-Almodôvar; Ferreirense-Milfontes; Moura-Negrilhos. Folga o Guadiana. Campeonato Distrital de Infantis 2.ª Fase (1.ª jornada): Moura-Despertar A, 1-2; Odemirense-Vasco da Gama, 4-1; Rio de Moinhos-Guadiana, 3-1. Classificação: 1.º Odemirense, três pontos. 2.º Rio de Moinhos, três. 3.º Despertar, três. 4.º Moura, zero. 5.º Guadiana, zero. 6.º Vasco da Gama, zero. Próxima jornada (31/3): Despertar A-Odemirense; Guadiana-Moura; Vasco da Gama-Rio de Moinhos.

O

Sesimbra foi a equipa que o Aljustrelense teve que vencer, há apenas duas semanas, para assegurar a manutenção automática na 3.ª Divisão Nacional. Com a memória ainda fresca dessa vitória tangencial, os tricolores abrem de novo as portas do seu campo à turma da “Costa Azul”. Sem pressões, com o primeiro objetivo já assegurado pelos dois conjuntos, o jogo será, necessariamente, diferente e o resultado imprevisível. Da semana anterior sublinha-se o importante empate em Lagos, confirmando que o recinto do Esperança é talismã para os mineiros. O objetivo agora é chegar ao segundo lugar da série – o primeiro pertence ao Farense de forma categórica – para conquistar uma eventual subida de divisão. Não nos parece que se pense muito nisso em Aljustrel, de onde vêm sinais de dificuldades, mas como a equipa entra sempre em campo para vencer sabe-se lá.

Campeonato Distrital de Juvenis (11.ª jornada): Moura-Desportivo de Beja, 1-2; Despertar-Aljustrelense, 6-0; Boavista-Aldenovense, 0-0; Sporting de Cuba-Castrense, 2-1. Classificação: 1.º Despertar, 33 pontos. 2.º Desportivo Beja, 24. 3.º Moura, 21. 4.º Castrense, 15. 5.º Aldenovense, 14. 6.º Aljustrelense, nove. 7.º Sporting Cuba, 7. 8.º Boavista, 7. Próxima jornada (1/4): Desportivo de Beja-Sporting de Cuba; Aljustrelense-Moura; Aldenovense-Despertar; Castrense-Boavista.

Farense Sesimbra Esp. Lagos Aljustrelense Quarteirense Messinense

J

V

E

D

G

P

1 1 1 1 1 1

1 1 0 0 0 0

0 0 1 1 0 0

0 0 0 0 1 1

4-0 1-0 0-0 0-0 0-1 0-4

31 21 20 18 18 17

Próxima jornada (1/4/2012): Quarteirense-Messinense, Aljustrelense-Sesimbra, Farense-Esp. Lagos. Nacional 3.ª Divisão – Descida 1.ª jornada U.Montemor-Fabril .............................................................4-2 Lagoa-Pescadores ..............................................................2-1 Despertar-Redondense .................................................... 1-0 U.Montemor Lagoa Fabril Pescadores Redondense Despertar

J

V

E

D

G

P

1 1 1 1 1 1

1 1 0 0 0 1

0 0 0 0 0 0

0 0 1 1 1 0

4-2 2-1 2-4 1-2 0-1 1-0

18 18 17 12 10 5

Próxima jornada (1/4/2012): Redondense-U.Montemor, Pescadores-Despertar, Fabril-Lagoa.

Castrense Milfontes Ferreirense Aldenovense Vasco da Gama FCSerpa Odemirense Rosairense Almodôvar Panoias S.Marcos Desp.Beja Guadiana Sp.Cuba

J

V

E

D

G

P

22 22 22 22 22 22 22 22 22 22 22 22 22 22

18 16 12 12 11 9 10 9 8 8 6 6 5 2

4 2 5 0 1 6 2 4 5 4 4 4 2 1

0 4 5 10 10 7 10 9 9 10 12 12 15 19

57-9 42-20 41-34 39-25 50-34 30-27 33-32 36-34 42-36 26-39 25-54 24-35 22-55 17-50

58 50 41 36 34 33 32 31 29 28 22 22 17 7

Próxima jornada (1/4/2012): Rosairense-Odemirense, Castrense-Ferreirense, Panoias-Desp.Beja, Milfontes-FCSerpa, Vasco da Gama-S.Marcos, Guadiana-Aldenovense, Sp.CubaAlmodôvar.

Taça Dr. Covas Lima – Infantis (1.ª jornada) Série A: Aldenovense-Despertar B, 0-3; Beringelense-Sporting de Cuba, 1-9; Sporting de Beja-Alvito, 4.1. Folgou o Santo Aleixo. Classificação: 1.º Sporting de Cuba, três pontos. 2.º Despertar B, três. 3.º Sporting de Beja, três. 4.º Santo Aleixo, 5.º Alvito, zero. 6.º Aldenovense, zero. 7.º Beringelense, zero. Próxima jornada (31/3): Despertar B-Beringelense; Sporting de Cuba-Sporting de Beja; Alvito-Santo Aleixo. Folga o Aldenovense. Série B: Almodôvar-Bairro da Conceição, 13-3; Ourique-Milfontes, 4-3; Castrense-Aljustrelense, 11-4. Classificação: 1.º Almodôvar, três pontos. 2.º Castrense, três. 3.º Ourique, três. 4.º Milfontes, zero. 5.º Aljustrelense, zero. 6.º Bairro da Conceição, zero. Próxima jornada (31/3): Bairro da Conceição-Ourique; Aljustrelense-Almodôvar; Aljustrelense-Milfontes. Taça Armando Nascimento – Benjamins (1.ª jornada) Série A: Benfica de Beja-Sporting de Beja, 2-5; Beringelense-Vasco da Gama, 2-4; Bairro da Conceição-Serpa, 7-1; Alvito-Desportivo de Beja, 5-2. Classificação: 1.º Bairro da Conceição, três pontos. 2.º Sporting de Beja, três. 3.º Alvito, três. 4.º Vasco da Gama, três. 5.º Beringelense, zero. 6.º Desportivo de Beja, zero. 7.º Benfica de Beja, zero. 8.º Serpa, zero. Próxima jornada (31/3): Sporting de Beja-Beringelense; Vasco da Gama-Bairro da Conceição; Serpa-Alvito; Desportivo de Beja-Moura. Série B: Figueirense-Milfontes, 3-10; Guadiana-Odemirense, 4-8; Despertar A-Almodôvar, 4-2; Aljustrelense-Ourique, 12-1. Classificação: 1.º Aljustrelense, três pontos. 2.º Milfontes, três. 3.º Odemirense, três. 4.º Despertar A, três. 5.º Almodôvar, zero. 6.º Guadiana, zero. 7.º Figueirense, zero. 8.º Ourique, zero. Próxima jornada (31/3): Milfontes-Guadiana; Ourique-Fi guei rense; Odemirense-Despertar A; Almodôvar-Aljustrelense. Campeonato Distrital de Seniores Femininos (13.ª jornada): Ourique-Benfica Castro Verde, 3-6; Aljustrelense-Benfica de Almodôvar, 5-1; Odemirense-Serpa, 2-3. Classificação: 1.º Aljustrelense, 34 pontos. 2.º Serpa, 28. 3.º Benfica Castro Verde, 25. 4.º Odemirense, 22. 5.º Ourique, sete. 6.º Benfica de Almodôvar, um. Próxima jornada (31/3): Benfica Castro Verde-Serpa; Almodôvar-Ourique; Aljustrelense-Odemirense.


A Associação de Atletismo de Beja organiza no próximo fim de semana, na Pista do Complexo Desportivo Fernando Mamede, o Torneio Atleta Completo Fase Distrital e o Campeonato Distrital de Provas Combinadas para Juvenis.

Torneio de Futebol Sub-17 Feminino

A Federação Portuguesa de Futebol organiza entre 11 e 15 de abril, em Lisboa, o Torneio de Futebol 7 Feminino Sub/17, prova que conta com as 18 associações do País. A seleção de Beja ficou enquadrada no grupo A, jogando com as suas congéneres de Lisboa e do Porto.

Vodafone Raly de Portugal A edição 2012 do Vodafone Raly de Portugal, que está na estrada desde ontem, visita mais uma vez o concelho de Almodôvar, em cujos troços se disputam sete provas especiais de classificação, num total de 100 quilómetros. Vascão, Santa Clara, Gomes Aires, Almodôvar e Sambro são designações dos troços onde se realizam provas cronometradas no sábado e no domingo.

Hoje palpito eu...

19

António Hilário Marques Lança

Diário do Alentejo 30 março 2012

Atletismo em Beja no fim de semana

A

ntónio Lança iniciou a sua carreira desportiva como atleta juvenil do Lusitano do Lobito (Angola), evoluindo diretamente para os seniores. Disputou o campeonato provincial e o nacional de Angola. Foi chamado a várias seleções e recorda um jogo contra o Barreirense, cuja baliza era defendida por Bento. Representou o Belenenses que tinha na baliza Feliz Mourinho, numa época em que os azuis ficaram em 3.º lugar no campeonato nacional. De regresso à terra natal, vestiu a camisola n.º 1 do Desportivo de Beja, clube que ajudou a subir à 2.ª Divisão Nacional. Tornou-se numa das boas referências da época entre os postes dos bejenses, mas terminou a carreira de jogador no Despertar, na equipa que ficou conhecida por “Cosmos”, e subiu à 3.ª Divisão Nacional. Treinou o Desportivo, o Cabeça Gorda, o Serpa, o Aljustrelense e o Despertar. Conquistou quatro títulos distritais e quatro taças distrito de Beja. Olhando o futebol à distância, aos 58 anos, António Lança dedica-se agora em exclusivo à sua vida empresarial.

Distrital Castrense goleou em Beja e ficou mais perto do título

O Castrense até pode festejar no domingo

E o título está ali tão perto... A quatro jornadas do termo do campeonato, o Castrense aumentou a vantagem sobre o Milfontes, que não perdia há 10 jornadas e foi goleado em Almodôvar. Texto e foto Firmino Paixão

D

ois jogos em casa, com o Ferreirense e o Rosairense, e dois jogos fora, em Odemira e Cuba, são os compromissos da equipa de Francisco Fernandes até final do campeonato. Estão em disputa 12 pontos, o que significa que o Castrense, vencendo o jogo do próximo domingo com o Ferreirense, pode festejar o título com o

seu público, desde que o Milfontes não ganhe ao Serpa. Caso as duas equipas vençam, a festa será adiada para Odemira. O Castrense venceu em Milfontes e empatou em casa, pelo que em caso de igualdade pontual a vantagem é da turma de Castro Verde, ou seja, oito pontos que valem por nove. Vamos ver que efeito terá sobre a formação do Milfontes a pesada derrota sofrida em Almodôvar e que motivação levará para os jogos com o Serpa (nada fácil) e com o São Marcos (a atravessar um bom período anímico) que luta tenazmente pela fuga à despromoção. Numa altura em que tudo parece decidido nos dois polos da tabela, fica a ideia

de que falta apenas cumprir calendário. A jornada do fim de semana tem dois ou três jogos, mais ou menos, apetecíveis. Em Castro Verde, pela hipotética festa do título, em Milfontes e, porventura, em Vidigueira. De resto parece-nos que a prova já perdeu qualquer réstia de emoção ou alguma da pouca competitividade que ainda subsistia. Mas importa sublinhar a elevada produção da última ronda, em que foram marcados 35 golos, ou seja, cinco por jogo. Um índice notável num domingo em que só o Guadiana e o Desportivo de Beja ficaram em branco. Os jogos (seniores) deste fim de semana já terão início às 16 horas.

Campeonato continua empolgante

Amarelejense já é segundo As equipas que ocupam a primeira metade da tabela reagruparam-se cada vez mais e tornam difícil os prognósticos quanto ao título e às equipas a promover. Texto Firmino Paixão

A

equipa de Amareleja joga amanhã em Saboia uma partida decisiva para saber de mantém, ou não, o segundo lugar que alcançou na última semana, em face do triunfo tangencial sobre o líder Cabeça Gorda, beneficiando também, de forma indireta, de outros resultados. Mas o Saboia é outra das equipas na corrida pelos lugares de promo-

ção, adivinhando-se um jogo de emoções elevadas. O Ferrobico, derrotado na última jornada, viu diminuir a sua vantagem para dois pontos e vai receber a formação do Alvorada num jogo em que é favorito. O Piense foi derrotado em São Teotónio e jogará em casa com o Ourique. O Bairro da Conceição obteve importante vitória sobre o Saboia, agora é terceiro e viaja para Montes Velhos. O campeonato está, de facto, empolgante, como, aliás, tem sido durante toda a temporada e ainda é preciso ter em conta que as primeiras três equipas – Cabeça Gorda, Amarelejense e Bairro da Conceição – têm mais um jogo que os seus seguidores – Piense e Saboia –, pelo que nada está decidido.

Resultados da 19.ª jornada: Messejanense-Sanluizense, 1-1; Alvorada-Barrancos, 1-3; Amarelejense-Cabeça Gorda. 1-0; Bairro da Conceição-Saboia, 1-0; Ourique-Negrilhos, 2-1; Renascente-Piense, 2-1. Classificação: 1.º Cabeça Gorda, 39 pontos. 2.º Amarelejense, 37. 3.º Bairro da Conceição, 36. 4.º Piense, 34. 5.º Saboia, 34. 6.º Renascente, 32. 7.º Ourique, 24. 8.º Alvorada, 20. 9.º Messejanense, 18. 10.º Vale de Vargo, 17. 11.º Sanluizense, 17. 12.º Barrancos, 13. 13.º Negrilhos, quatro. Próxima jornada (31/3): Sanluizense-Vale de Vargo;Barrancos-Messejanense;CabeçaGorda-Alvorada; Saboia-Amarelejense; Negrilhos-Bairro da Conceição; Piense-Ourique.

(2) SPORTING DE CUBA/ALMODÔVAR O Sporting de Cuba não ganha há 12 jornadas, um dado sintomático para atribuir o favoritismo aos visitantes. (1) MILFONTES/SERPA A equipa de Milfontes tem feito um bom campeonato, está no segundo lugar e a jogar em casa é favorita. (1) VASCO DA GAMA/SÃO MARCOS O São Marcos procura manter-se neste escalão mas o Vasco da Gama no seu campo não vai deixar escapar pontos. (X) GUADIANA/ALDENOVENSE Outra equipa que precisa muito de pontuar é o Guadiana, por isso irá contrariar o maior poderio da equipa de Vila Nova de São Bento. (2) PANOIAS/DESPORTIVO DE BEJA A formação do Panoias entrou bem no campeonato e tem a seu favor o piso pelado do seu campo, mas o Desportivo será capaz de vencer. (1) CASTRENSE/FERREIRENSE O líder não pode perder pontos. Joga em casa com uma equipa que lhe fará alguma oposição mas não deixará de ganhar. (X) ROSAIRENSE/ODEMIRENSE Duas equipas de valor muito equilibrado, pelo que o empate será o desfecho mais provável.


Diário do Alentejo 30 março 2012

20

Columbofilia: Campeonato de Meio Fundo de Beja

A localidade espanhola de Ciudad Real será pelo segundo fim de semana consecutivo o local de solta de uma prova do Campeonato de Meio Fundo da Associação Columbófila do Distrito de Beja. A solta é feita para as zonas centro leste e sul e tem uma linha de voo de 360 quilómetros.

A comitiva do Alentejo no Inter-regiões de Hóquei Jogadores: Pedro Bravo (Estremoz), Filipe Carapeta (Estremoz), Luís Guerreiro (CPBeja), Augusto Cachucho (Estremoz), Luís Cebola (Estremoz), Joaquim Piteira (Estremoz), Pedro Brazão (CPBeja), Luís Godinho (Diana de Évora), Sérgio Rita (Diana de Évora) e Gonçalo Martins (CPBeja). Equipa técnica: António Castilho e João Catrapona (adjunto). Delegados:

Manuel Franco e José Costa. Apoio médico: enfermeira Maria Rita. Enquadramento: Grupo A: AP Lisboa, AP Aveiro, AP Ribatejo, AP Setúbal e AP Açores. Grupo B: AP Minho, AP Porto, AP Alentejo, AP Leiria, AP Coimbra. Calendário: AP Alentejo-AP Coimbra (29/3 18 horas); AP Minho-AP Alentejo (30/3 10horas); AP Alentejo-AP Porto (30/3 19 horas); AP Leiria-AP Alentejo (31/3 19 horas). A fase final realiza-se a 1 de abril.

Andebol Zona Azul recebe o Boa Hora A fase final do Campeonato Nacional da 3.ª Divisão Seniores Masculinos inicia-se amanhã, sábado, com a Zona Azul a jogar em Beja, no Pavilhão de Santa Maria, pelas 16 horas, frente à equipa da Boa Hora, formação que estava na sua série na fase anterior. Os restante jogos são: ACDMonte-Samora Correia e Ílhavo-Modicus. Na fase de apuramento (manutenção da 3.ª Divisão) também se joga a jornada inaugural, com o Andebol Clube de Sines a receber o Almada e o Redondo a viajar para Lagos. Outros resultados – Nacional Iniciados Masculinos 1.ª Divisão: CCP Serpa-Benavente, 25-27. Nacional de Infantis Masculinos: Évora-Zona Azul, 23-40; Redondo-Portalegre, 26-22; Ponte Sor-Inijovem, 11-21. Torneio Complementar Alentejo Iniciados Masculinos: Vasco Gama-Zona Azul, 26-18; Ponte Sor-Redondo, 46-15.

BTT Maratona de Grândola G100 Realiza-se no próximo domingo, na serra de Grândola, mais uma edição da Maratona BTT Grândola G100, importante evento desportivo organizado anualmente pelo Rodas Clube, constituído por uma “maratona de crosse country” com a extensão de 90 quilómetros e uma versão complementar de caráter lúdico com um percurso de 50 quilómetros. Simultaneamente, e em exclusivo para atletas com licença desportiva de competição, realiza-se o Campeonato Regional XCM da Associação de Ciclismo de Setúbal. As provas iniciam-se pelas 9 horas.

Passeio de BTT a favor dos Bombeiros A Junta de Freguesia de Aljustrel leva a efeito no próximo domingo, 1 de abril, o 1.º Passeio BTT – Trilhos Mineiros. O evento tem como objetivo “divulgar o riquíssimo património resultante da secular atividade mineira desenvolvida no concelho de Aljustrel, proporcionando ao mesmo tempo uma manhã de desporto ao ar livre, de convívio e troca de experiências”. As receitas provenientes da realização do passeio revertem na sua totalidade a favor dos Bombeiros Voluntários de Aljustrel.

Alentejo no Inter-regiões de hóquei em patins

O objetivo é “dignificar o Alentejo” A seleção de hóquei em patins (iniciados) da Associação de Patinagem do Alentejo joga hoje no Estoril com as suas congéneres do Minho (10 horas) e do Porto (19 horas). Texto Firmino Paixão Foto João Zeverino

O

36.º Torneio Inter-regiões de Hóquei em Patins, na categoria de iniciados, começou ontem no Pavilhão da Juventude Salesiana, no Estoril, com a participação de 10 seleções regionais, entre elas a representação da Associação de Patinagem do Alentejo (Algarve e Madeira estão ausentes). Os miúdos alentejanos – de Beja, Estremoz e Évora – levaram na bagagem uma boa dose do realismo próprio de quem vive numa região com pouca margem para recrutamento, apesar do contexto geográfico de grande dimensão. O treinador do conjunto alentejano, António Castilho, perspetivou a presença da sua equipa dizendo: “As expectativas que temos são as de conseguirmos fazer um bom torneio, dignificarmos a nossa região, sem pensarmos muito em termos de resultados, porque será complicado, mas queremos ter uma boa postura, uma boa atitude e demonstrar que estamos lá para

darmos alguma luta”. O enquadramento das equipas e o respetivo sorteio mereceram do técnico o seguinte comentário: “Ficámos enquadrados no grupo mais difícil, o sorteio foi feito com base na classificação no torneio do ano passado e calharam-nos as equipas mais poderosas”. E justificou: “O Minho tem ganho a prova nos últimos anos, o Porto tem sempre uma equipa forte, Leiria fica sempre entre os quatro ou cinco primeiros e Coimbra, nos últimos anos, tem ficado atrás de nós, mas é uma equipa equilibrada como a nossa”. Castilho, porém, assegurou: “Vamos ver o que é que dá, vamos divertir-nos, tentaremos praticar um bom hóquei, aprender, também, e fazermos o melhor possível”. Sem objetivos em concreto, o responsável explicou: “Não podemos levar metas, temos que ser realistas, temos duas equipas de iniciados, temos 20 miúdos para escolhermos 10, e se formos para a realidade aqui mais próxima, que é Setúbal, com quem competimos no campeonato regional, numa prova que teve 10 equipas, oito eram de Setúbal e duas do Alentejo. Eles têm 80 miúdos para escolherem 10 e nós temos 20”. Castilho lembrou ainda: “Temos duas equipas no nacional, o trabalho tem sido bem feito, temos jovens com algum

valor, mas são muitos jogos seguidos, temos que ver como reagem os miúdos. O primeiro jogo será importante, se ganharmos esse pode ser que tenhamos outro dia bom e que outro adversário tenha o seu dia mau”. A dispersão geográfica dos clubes que têm jogadores na seleção alentejana não facilitou a preparação da equipa, ainda assim, revelou Castilho: “Conseguimos fazer alguns treinos, menos do que tínhamos planeado e era expectável, tivemos dificuldades porque as distâncias são enormes, as duas equipas que estão no nacional competem ao domingo e têm deslocações que dificultam, conseguimos fazer alguma coisa, devia ter sido mais mas não foi possível”. Sobre os efeitos da reestruturação da orgânica federativa, que prevê a diminuição do número de associações, o treinador bejense concordou que pode ser benéfica neste tipo de competições para a área da formação e acentuou: “Existem muitas associações. O Alentejo é enorme mas temos pouquíssimas equipas, poderíamos abranger o litoral alentejano, onde existem boas equipas que seriam uma ajuda importante para a nossa associação. Vamos ver como é que esta reestruturação vai ser feita, mas certamente que será benéfica para a modalidade”, concluiu.

Campeão José Saúde

Pulverizando as dúvidas, para mim certezas, julgo que o novo campeão da primeira divisão da AFBeja – época 2011/12 – está encontrado. Trouxe à estampa no início da campanha que o FCCastrense se apresentava como o melhor conjunto do lote de equipas, 14, que integram o escalão principal regional. Analisei os prós e os contras; o valor global que o grupo detinha; a forma mágica que levou o treinador Francisco Fernandes a assumir o cunho de um risco previamente calculado; o objetivo talhado pelos responsáveis que defendem o regresso da formação do Campo Branco ao futebol nacional; enfim, um conjunto de promessas que levaram naturalmente o mais incauto amante do futebol distrital a lançar achas para a fogueira constatando, então, que muito dificilmente a sua convicção seria levada por água abaixo. Conhecendo a realidade atual dos nossos clubes, as suas apostas, associando também o facto das potenciais carências que cada emblema se depara, afirmo convictamente que coloquei o Castrense na primeira linha de partida numa grelha onde, a meu ver, não vislumbrei eventuais adversários natos para travar uma potencial luta a dois pelo título. Uma certeza porém existe: a oposição próxima levada a cabo pelo surpreendente Milfontes (menos oito pontos), segundo classificado. É evidente, e não sou leigo, que o panorama do futebol bejense tem contornos já conhecidos. Francisco Fernandes é um técnico ganhador. Constrói os seus plantéis na base de jogadores da primeira água regional. Tem a perceção do seu valor. Jogadores que ocupam posições estratégicas. O grupo é inteiramente coeso. Não deixa antever eventuais carências. Procura-se o jogador na base do ideal. Da competência. Existe na verdade uma competitividade saudável no seio do plantel. Os jogadores, no seu conjunto, formam um 11 por norma vencedor. E é neste conjunto de ideias competitivas que Francisco Fernandes se prepara para averbar mais um título para enriquecer a sua brilhante carreira.


Nacional de Kayak Polo na Piscina de Beja

Fundada em 30 de março de 1925, a Associação de Futebol de Beja comemora amanhã, sábado, o seu 87.º aniversário. Como prenda de aniversário a AFB viu recentemente aprovadas algumas alterações estatutárias e a proposta de alienação da antiga sede e aquisição ou construção de uma nova sede social.

Etapas 1.ª Castelo de Vide/Redondo (165,8 quilómetros): 1.º Jorge Montenegro (Louletano/ /Dunas Douradas): Equipas: Rabobank. Camisola amarela: Jorge Montenegro (Louletano). 2.ª Portel/Santiago do Cacém (191,3 quilómetros): 1.º Alexey Kunshin (Lokosphinx); Equipas: Lokosphinx. Camisola amarela: Alexey Kunshin (Lokosphinx). 3.ª Odemira/Ourique (168,6 quilómetros): 1.º Sergey Shilov (Lokosphinx); Equipa: Onda/Boavista; Camisola amarela: Samuel Caldeira (Carmin Prio/Tavira). 4.ª Mértola/Grândola (151 quilómetros): 1.º Filipe Cardoso (Efapel/ /Glassdrive); Equipa: Burgos/BH/Castilha; Camisola amarela: Alexey Kunshin (Lokosphinx).

A Piscina Municipal de Beja recebe este fim de semana (sábado e domingo, a partir das 9 horas) uma etapa da 1.ª fase do Campeonato Nacional de Kayak Polo nas categorias de sub/16, absolutos e veteranos (masculinos e femininos). Trata-se de uma organização conjunta da Associação Juvenil Pagaia Sul, de Beja, da Federação Portuguesa de Canoagem e do respetivo conselho nacional de arbitragem. Cada jogo terá a duração de duas partes de 10 minutos com intervalo de três minutos.

Palmarés GERAL INDIVIDUAL: 1.º Alexey Kunshin (Lokosphinx), 16.16.32 h. 2.º Filipe Cardoso (Efapel), mt. 3.º Samuel Caldeira (Carmin/Brio), a 1s. 4.º Jon Aberasturi (Orbea), a 8s. 5.º Marco Cunha (Liberty), a 9s. 6.º José Gonçalves (Onda/Boavista), a 9s. 7.º António Carvalho (Mortágua), a 9s. 8.º Hugo Sabido (LA/Antarte), a 9s. 9.º Marc Goos (Rabobank), a 10s. 10.º Daan Olivier (Rabobank). a 11s. PONTOS: 1.º Samuel Caldeira (Carmin/Prio). JUVENTUDE: 1.º Marc Goos (Rabobank). MONTANHA: 1.º Darren Lill (Team Bonitas). EQUIPAS: 1.º Rabobank (HOL).

Um novo vencedor na 30.ª Alentejana

Futsal Baronia recebe Sporting de Viana

Tal tá a moenga... O ciclista russo Alexey Kunshin, de 25 anos, da Lokosphinx, venceu a 30.ª Volta ao Alentejo Crédito Agrícola/ /Costa Azul e foi consagrado na “Terra da Fraternidade”. Texto e fotos Firmino Paixão

T

rinta edições da Volta ao Alentejo, 30 vencedores diferentes. Manteve-se a tradição. Kunshin, o vencedor de 2012, fala russo e já tinha ganho a segunda etapa disputada entre Portel e Santiago do Cacém (191,3 quilómetros), a mais extensa da prova. Os dois ciclistas que rolaram no pelotão desta Alentejana capazes de bisar o triunfo, Sérgio Ribeiro e David Blanco, ambos da Efapel/Glassdrive, cedo ficaram fora das cogitações por não estarem em bom momento de forma, como as primeiras classificações comprovaram. As atenções viraram-se então para Filipe Cardoso, da mesma equipa, e para o algarvio Samuel Caldeira (Carmin/Prio/Tavira), dois roladores à altura das exigências da prova que, sem contra relógio, nem montanha “a doer”, seria decidida nas bonificações de final da etapa e dos pontos quentes intermédios (metas volantes). Mas Alexey Kunshin, que foi quarto na última tirada da prova, entre Mértola e Grândola (151 quilómetros), ganha pelo português Filipe Cardoso (Efapel), beneficiou de uma avaria mecânica de Samuel Caldeira a 30 metros do risco de chegada, que o impediu de disputar o sprint final e provavelmente ganhar a Volta ao Alentejo. O algarvio Samuel Caldeira, inconformado com o incidente que lhe retirou a vitória, revelou: “Aceitamos melhor estas situações quando há uma incapacidade física ou quando a equipa não corresponde bem, mas não foi o caso, eu estava bem fisicamente, a equipa também, terminar com um azar destes a 50 metros da meta é frustrante. Mas o desporto é assim, temos que contar com estes imponderáveis”, desabafou o corredor da equipa tavirense, rejeitando por completo

Meta final Em Grândola. O vencedor (2.º à esquerda) e Samuel Caldeira

30.ª Volta ao Alentejo Os laureados consagrados no “palco da fraternidade”

O vencedor Alexey Kunshin (Logosphinx)

a vitória moral: “Eu sairia daqui de cabeça levantada se tivesse conseguido ganhar a Alentejana, mesmo sem ganhar nenhuma etapa, pois o meu objetivo era a geral, mas assim não me sinto nada vencedor”. Filipe Cardoso, que triunfou na última etapa e terminou

21 Diário do Alentejo 30 março 2012

Aniversário da Associação de Futebol de Beja

a prova com o mesmo tempo de Alexey Kunshin, e que perdeu a Volta para o russo no desempate da classificação por pontos, confessou: “Sabia que a prova se discutira nas bonificações, não consegui bonificar em dois momentos da corrida, por avaria mecânica, vinha com o objetivo

de ganhar etapas e vencer a geral”, disse o corredor da equipa de Santa Maria de Feira que nesta edição da Alentejana “morreu na praia…”. Alexey Kunshin, da Lokosphinx, natural de São Petersburgo, vencedor inesperado na Volta ao Alentejo 2012, e que este ano já correu a Vuelta Ciclista a Múrcia (Espanha) e La Roue Tourangelle (França), mostrou natural satisfação por esta primeira vitória na sua carreira. No rescaldo da 30.ª Volta ao Alentejo/Crédito Agrícola Costa Azul dir-se-á que foi uma prova bem sucedida, desportivamente correta, com quatro etapas ganhas por quatro corredores diferentes (um argentino, dois russos e um português), com constantes fugas e com esse desígnio que foi a inscrição de um novo vencedor, mantendo-se a tradição de um vencedor diferente por cada prova. Joaquim Gomes, antigo ciclista e representante da Lagos Sports e diretor-geral da prova, disse no final: “Gostei do que vi, as expectativas eram enormes e legítimas. A Volta Alentejo é mesmo um grande evento desportivo, porventura o maior do Alentejo e um dos maiores nacionais e temos sempre receio que algo corra mal. Foram quatro dias exemplares, estamos recetivos às críticas mas era difícil endurecer mais esta prova. A Volta ao Alentejo tem características próprias que acabam sempre por ditar a lei. Desportivamente foi um êxito e as premissas que permitiram concluir esta 30.ª edição da Volta ao Alentejo mantém-se intactas para podermos continuar já a apostar na edição do próximo ano”. E, porventura, a grande vitória da Volta ao Alentejo terá sido este “casamento” entre a Lagos Sports/Cimac – Comunidade Intermunicipal do Alentejo Central/Crédito Agrícola Costa Azul, que deixou em todos os que viveram de perto o grande evento desportivo a certeza de que a prova está mais dinâmica e capaz de voltar à estrada nos próximos anos.

O Grupo Desportivo de Baronia e o vizinho Sporting de Viana disputam amanhã, pelas 17 horas, a 20.ª jornada do Campeonato Nacional da 3.ª Divisão, ronda em que Os Independentes de Sines se deslocam ao pavilhão da Malagueira para defrontarem o Évora Futsal. Na jornada anterior Os Independentes venceram o Baronia por 3/0.

IPBeja perto do título Campeonato Distrital de Futsal (13.ª Jornada): Sporting de Moura-IP Beja, 2-8; Alfundão-Almodovarense, 4-4; AdvnsBento-Alcoforado, 7-8; A.Surdos Beja-Vila Ruiva, 0-4. Classificação: 1.º IPBeja, 28 pontos. 2.º Alcoforado, 26. 3.º Almodovarense, 25. 4.º Sporting de Moura, 23. 5.º AdvnsBento, 22. 6.º Alfundão, 17. 7.º Vila Ruiva, nove. 8.º A.Surdos Beja, 0. Próxima jornada (30/3): IPBeja-A.Surdos Beja; Almodovarense-Sporting Moura; Alcoforado-Alfundão; Vila Ruiva-AdvnsBento.

Hóquei Grândola à beira da 2.ª Divisão O Campeonato Nacional da 3.ª Divisão vai entrar nas últimas quatro jornadas e amanhã, com o Hóquei de Santiago de descanso, o Aljustrelense vai jogar em casa com Os Lobinhos, enquanto o Castrense se deslocará a Boliqueime. O líder da prova, o Hóquei de Grândola, jogará no pavilhão do Lisbonense. Na ronda anterior, o Grândola ganhou ao Seixal (6/2), o Aljustrelense no Estoril (10/11) e o Santiago empatou em casa com o Lisbonense (5/5). Folgou o Castrense. O Grândola está na frente com 46 pontos, mais 10 que o Lisbonense, e tem a promoção quase garantida. Na 2.ª Divisão Nacional o Hóquei Vasco da Gama, depois de ter sido derrotado pelo Biblioteca (8/3), receberá amanhã, em Sines, a equipa do Santa Cita. Outros resultados – Nacional de Infantis (5.ª Jornada): Estremoz-H. Grândola, 2-8. Próxima jornada (31/3): Paço d’Arcos-H.Grândola; Sporting-Estremoz. Nacional de Iniciados (5.ª jornada): CPBeja-Estremoz, 0-1; Vasco da Gama-Paço d’Arcos, 3-3. Próxima jornada (15/4): Estremoz-Cascais; CPBeja-Vasco da Gama. Nacional de Juvenis (5.ª jornada): Sesimbra-Santiago, 6-2. CPBeja-Carvalhais (25/4).


saúde

22 Diário do Alentejo 30 março 2012

Análises Clínicas

Medicina dentária ▼

Psicologia

Fisioterapia

Dr.ª Heloisa Alves Proença Médica Dentista

Centro de Fisioterapia S. João Batista

Directora Clínica da novaclinica

Laboratório de Análises Clínicas de Beja, Lda. Dr. Fernando H. Fernandes Dr. Armindo Miguel R. Gonçalves Horários das 8 às 18 horas; Acordo com beneficiários da Previdência/ARS; ADSE; SAMS; CGD; MIN. JUSTIÇA; GNR; ADM; PSP; Multicare; Advance Care; Médis FAZEM-SE DOMICÍLIOS Rua de Mértola, 86, 1º Rua Sousa Porto, 35-B Telefs. 284324157/ 284325175 Fax 284326470 7800 BEJA

Cardiologia

RUI MIGUEL CONDUTO Cardiologista - Assistente de Cardiologia do Hospital SAMS CONSULTAS 5ªs feiras CARDIOLUXOR Clínica Cardiológica Av. República, 101, 2ºA-C-D Edifício Luxor, 1050-190 Lisboa Tel. 217993338 www.cardioluxor.com Sábados R. Heróis de Dadrá, nº 5 Telef. 284/327175 – BEJA MARCAÇÕES das 17 às 19.30 horas pelo tel. 284322973 ou tm. 914874486

MARIA JOSÉ BENTO SOUSA e LUÍS MOURA DUARTE

Cardiologistas Especialistas pela Ordem dos Médicos e pelo Hospital de Santa Marta Assistentes de Cardiologia no Hospital de Beja Consultas em Beja Policlínica de S. Paulo Rua Cidade de S. Paulo, 29 Marcações: telef. 284328023 - BEJA

Exclusividade em Ortodontia (Aparelhos) Master em Dental Science (Áustria) Investigadora Cientifica - Kanagawa Dental School – Japão Investigadora no Centro de Medicina Forense (Portugal)

FERNANDA FAUSTINO Técnica de Prótese Dentária

Assistente graduado de Ginecologia e Obstetrícia

ALI IBRAHIM Ginecologia Obstetrícia Assistente Hospitalar Consultas segundas, quartas, quintas e sextas Marcações pelo tel. 284323028

Cirurgia Vascular

HELENA MANSO

Rua General Morais Sarmento. nº 18, r/chão Telef. 284326841 7800-064 BEJA

CIRURGIA VASCULAR TRATAMENTO DE VARIZES Convenções com PT-ACS

CLÍNICA MÉDICA DENTÁRIA

JOSÉ BELARMINO, LDA. Rua Bernardo Santareno, nº 10 Telef. 284326965 BEJA

DR. JOSÉ BELARMINO Clínica Geral e Medicina Familiar (Fac. C.M. Lisboa) Implantologia Oral e Prótese sobre Implantes (Universidade de San Pablo-Céu, Madrid)

CLÍNICA MÉDICA ISABEL REINA, LDA.

Obstetrícia, Ginecologia, Ecografia

CONSULTÓRIOS: Beja Praça António Raposo Tavares, 12, 7800-426 BEJA Tel. 284 313 270

Neurologia

Évora CDI – Praça Dr. Rosado da Fonseca, 8, Urb. Horta dos Telhais, 7000 Évora Tel. 266749740

Terapia da Fala

CONSULTAS EM BEJA 2ª, 4ª e 5ª feira das 14 às 20 horas

Oftalmologia ▼

JORGE ARAÚJO Assistente graduado de ginecologia e obstetrícia ULSB/Hospital José Joaquim Fernandes Consultas e ecografia 2ªs, 4ªs, 5ªs e 6ªs feiras, a partir das 14 e 30 horas Marcações pelo tel. 284311790 Rua do Canal, nº 4 - 1º trás 7800-483 BEJA

Estomatologia Cirurgia Maxilo-facial ▼

MÉDICO DENTISTA

Marcações pelo telefone 284321693 ou no local Rua António Sardinha, 3 1º G 7800 BEJA

Rua Capitão João Francisco de Sousa, 56-A – Sala 8 Marcações pelo tm. 919788155

Consultas de 2ª a 6ª

Dermatologia

Acordos com: ACS, CTT, EDP, CGD, SAMS. Marcações pelo telef. 284325059 Rua do Canal, nº 4 7800 BEJA

Fisioterapia

Medicina dentária ▼

DRA. TERESA ESTANISLAU CORREIA Marcação de consultas de dermatologia: HORÁRIO: Das 11 às 12.30 horas e das 14 às 18 horas pelo tel. 218481447 (Lisboa) ou Em Beja no dia das consultas às quartas-feiras Pelo tel. 284329134, depois das 14.30 horas na Rua Manuel António de Brito, nº 4 – 1º frente 7800-544 Beja (Edifício do Instituto do Coração, Frente ao Continente)

Oftalmologista pelo Instituto Dr. Gama Pinto – Lisboa Assistente graduada do serviço de oftalmologia do Hospital José Joaquim Fernandes – Beja Marcações de consultas de 2ª a 6ª feira, entre as 15 e as 18 horas Rua Dr. Aresta Branco, nº 47 7800-310 BEJA Tel. 284326728 Tm. 969320100

HEMATOLOGIA CLÍNICA

Marcações de 2ª a 6ª feira, das 15 às 19 horas

Consultas em Beja Clínica do Jardim

Terreiro dos Valentes, 4-1ºA 7800-523 BEJA Tel. 284325861 Tm. 964522313

Praça Diogo Fernandes, nº11 – 2º Tel. 284329975

Clínica Dentária

Clínica Geral

Dr. José Loff

CONSULTAS às 3ªs e 4ªs feiras, a partir das 15 horas MARCAÇÕES pelos telfs.284322387/919911232 Rua Tenente Valadim, 44 7800-073 BEJA

Urgências Prótese fixa e removível Estética dentária Cirurgia oral/ Implantologia Aparelhos fixos e removíveis VÁRIOS ACORDOS

FERNANDO AREAL

Consultas :de segunda a sexta-feira, das 9 e 30 às 19 horas

MÉDICO Consultor de Psiquiatria

Rua de Mértola, nº 43 – 1º esq. Tel. 284 321 304 Tm. 925651190

Consultório Rua Capitão João Francisco Sousa 56-A 1º esqº 7800-451 BEJA Tel. 284320749

7800-475 BEJA

ANA MONTALVÃO Assistente Hospitalar

Médico Dentista

DOENÇAS DO SISTEMA NERVOSO

Psiquiatria

Doenças do Sangue

Luís Payne Pereira

HELIODORO SANGUESSUGA

CÉLIA CAVACO

MÉDICO ESPECIALISTA EM CLÍNICA GERAL/ MEDICINA FAMILIAR Marcações a partir das 14 horas Tel. 284322503 Clinipax Rua Zeca Afonso, nº 6-1º B – BEJA

Urologia

UROLOGISTA

Hospital de Beja Doenças de Rins e Vias Urinárias Consultas às 6ªs feiras na Policlínica de S. Paulo Rua Cidade S. Paulo, 29 Marcações pelo telef. 284328023 BEJA

DR. J. S. GALHOZ

MÉDICO UROLOGISTA RINS E VIAS URINÁRIAS Marcações de 2.ª a 6.ª feira a partir das 14 horas Rua Capitão João Francisco de Sousa, n.º 20 7800-451 BEJA Tel. 284324690

AURÉLIO SILVA

Otorrinolaringologia

FRANCISCO FINO CORREIA

GASPAR CANO

Prótese/Ortodontia CONSULTAS 2ªs, 3ªs e 5ªs feiras Rua Zeca Afonso, nº 16 F Tel. 284325833

Médico Especialista pela Ordem dos Médicos e Ministério de Saúde Generalista CONSULTAS DE OBESIDADE

Consultório Centro Médico de Beja Largo D. Nuno Álvares Pereira, 13 – BEJA Tel. 284312230

Urologia

DR. MAURO FREITAS VALE

Médico oftalmologista

Chefe de Serviço de Oftalmologia do Hospital de Beja

Neurologista do Hospital dos Capuchos, Lisboa

DR. A. FIGUEIREDO LUZ

Especialista pela Ordem dos Médicos

DRª CAROLINA ARAÚJO

DR. JAIME LENCASTRE Estomatologista (OM) Ortodontia

Obesidade

JOÃO HROTKO

Consultas de Neurologia

Consultas e domicílios de 2ª feira a sábado Tm: 967959568

Hematologia

CATARINA CHARRUA

EM BERINGEL Telef 284998261 6ª e sábado das 14 às 20 horas

Oftalmologia

Acordos com A.D.S.E., ACSPT, CGD, Medis, Advance Care, Multicare, Seguros Minis. da Justiça, A.D.M.F.A., S.A.M.S. Marcações pelo 284322446; Fax 284326341 R. 25 de Abril, 11 cave esq. – 7800 BEJA

TERAPEUTA DA FALA

Rua António Sardinha, 25r/c dtº Beja

(Diplomada pela Escola Superior de Medicina Dentária de Lisboa)

Ginecologia/Obstetrícia

FAUSTO BARATA

Fisiatria Dr. Carlos Machado Psicologia Educacional Elsa Silvestre Psicologia Clínica M. Carmo Gonçalves Tratamentos de Fisioterapia Classes de Mobilidade Classes para Incontinência Urinária Reeducação dos Músculos do Pavimento Pélvico Reabilitação Pós Mastectomia

Rua Manuel Antó António de Brito n.º n.º 6 – 1.º 1.º frente. 78007800-522 Beja tel. 284 328 100 / fax. 284 328 106

Vários Acordos

Ouvidos,Nariz, Garganta Exames da audição Consultas a partir das 14 horas Praça Diogo Fernandes, 23 - 1º F (Jardim do Bacalhau) Telef. 284322527 BEJA


saúde

23 Diário do Alentejo 30 março 2012

PSICOLOGIA ANA CARACÓIS SANTOS – Educação emocional; – Psicoterapia de apoio; – Problemas comportamentais; – Dificuldades de integração escolar; – Orientação vocacional; – Métodos e hábitos de estudo GIP – Gabinete de Intervenção Psicológica Rua Almirante Cândido Reis, 13, 7800-445 BEJA Tel. 284321592

Clínica Médico-Dentária de S. FRANCISCO, LDA. Gerência de Fernanda Faustino Acordos: SAMS, ADMG, PSP, A.D.M.E., Portugal Telecom e Advancecare Rua General Morais Sarmento, nº 18, r/chão; TEL. 284327260 7800-064 BEJA

_______________________________________ Manuel Matias – Isabel Lima – Miguel Oliveira e Castro – Jaime Cruz Maurício Ecografia | Eco-Doppler Cor | Radiologia Digital Mamografia Digital | TAC | Uro-TC | Dental Scan Densitometria Óssea Nova valência: Colonoscopia Virtual Acordos: ADSE; PT-ACS; CGD; Medis, Multicare; SAMS; SAMS-quadros; Allianz; WDA; Humana; Mondial Assistance. Graça Santos Janeiro: Ecografia Obstétrica Marcações: Telefone: 284 313 330; Fax: 284 313 339; Web: www.crb.pt Rua Afonso de Albuquerque, 7 r/c – 7800-442 Beja e-mail: cardiologiabeja@mail.telepac.pt

CENTRO DE IMAGIOLOGIA DO BAIXO ALENTEJO ECOGRAFIA – Geral, Endocavitária, Osteoarticular, Ecodoppler TAC – Corpo, Neuroradiologia, Osteoarticular, Dentalscan Mamografia e Ecografia Mamária Ortopantomografia Electrocardiograma com relatório António Lopes – Aurora Alves – Helena Martelo – Montes Palma – Maria João Hrotko – Médicos Radiologistas –

Dr. Sidónio de Souza – Pneumologia/Alergologia/ Desabituação tabágica – H. Pulido Valente Dr. Fernando Pimentel – Reumatologia – Medicina Desportiva – Instituto Português de Reumatologia de Lisboa Dr.ª Verónica Túbal – Nutricionismo – H. de Beja Dr.ª Sandra Martins – Terapia da Fala – H. de Beja Dr. Francisco Barrocas – Psicologia Clínica/Terapia Familiar – Membro Efectivo da Soc. Port. Terapia Familiar e da Assoc. Port. Terapias Comportamental e Cognitiva (Lisboa) – Assistente Principal – Centro Hospitalar do Baixo Alentejo. Dr. Rogério Guerreiro – Medicina preventiva – Tratamento inovador para deixar de fumar Dr. Gaspar Cano – Clínica Geral/ Medicina Familiar Dr.ª Nídia Amorim – Psicomotricidade/Educação Especial e Reabilitação (dificuldades específicas de aprendizagem/dislexias) Dr. Sérgio Barroso – Oncologia – H. de Beja Drª Margarida Loureiro – Endocrinologia/ Diabetes/Obesidade – Instituto Português de Oncologia de Lisboa Dr. Francisco Fino Correia – Urologia – Rins e Vias Urinárias – H. Beja Dr. Daniel Barrocas – Médico Interno de Psiquiatria – Hospital de Santa Maria Dr. Carlos Monteverde – Chefe de Serviço de Medicina Interna, doenças de estômago, fígado, rins, endoscopia digestiva. Dr.ª Ana Cristina Duarte – Pneumologia/ Alergologia Respiratória/Apneia do Sono – Assistente Hospitalar Graduada – Consultora de Pneumologia no Hospital de Beja Dr.ª Isabel Martins – Chefe de Serviço de Psiquiatria de Infância e Adolescência/Terapeuta familiar – Centro Hospitalar do Baixo Alentejo Dr.ª Paula Rodrigues – Psicologia Clínica – Hospital de Beja Dr.ª Luísa Guerreiro – Ginecologia/Obstetrícia Dr.ª Ana Montalvão – Hematologia Clínica / Doenças do Sangue – Assistente Hospitalar – Hospital de Beja Dr.ª Ana Cristina Charraz – Psicologia Clínica – Hospital de Beja Dr. Diogo Matos – Dermatologia. Médico interno do Hospital Garcia da Orta. Dr.ª Joana Freitas – Cavitação, Lipoaspiração não invasiva,indolor e não invasivo, acção imediata, redução do tecido adiposo e redução da celulite Dr.ª Ana Margarida Soares – Terapia da Fala - Habilitação/Reabilitação da linguagem e fala. Perturbação da leitura e escrita específica e não específica. Voz/Fluência. Dr.ª Maria João Dores – Técnica Superior de Educação Especial e Reabilitação/Psicomotricidade. Perturbações do Desenvolvimento; Educação Especial; Reabilitação; Gerontomotricidade. Enfermeira Maria José Espanhol – Enfermeira especialista em saúde materna/Cuidados de enfermagem na clínica e ao domicílio/Preparação pré e pós parto/amamentação e cuidados ao recémnascido/Imagem corporal da mãe – H. de Beja Marcações diárias pelos tels. 284 322 503 Fax 284 322 503 Tm. 91 7716528 Rua Zeca Afonso, nº 6, 1º B, 7800-522 Beja clinipax@netvisao.pt

Terapia da Fala

Convenções: ADSE, ACS-PT, SAD-GNR, CGD, MEDIS, SSMJ, SADPSP, SAMS, SAMS QUADROS, ADMS, MULTICARE, ADVANCE CARE

Horário: de 2ª a 6ª feira, das 8 às 19 horas e aos sábados, das 8 às 13 horas

Terapeuta da Fala VERA LÚCIA BAIÃO

Av. Fialho de Almeida, nº 2 7800 BEJA Telef. 284318490

Consultas em Beja CLINIBEJA – 2.ª a 6.ª feira Rua António Sardinha, 25, r/c esq.

Tms. 924378886 ou 915529387

Tm. 962557043


institucional diversos

24 Diário do Alentejo 30 março 2012 Diário do Alentejo nº 1562 de 30/03/2012 Única Publicação

Diário do Alentejo nº 1562 de 30/03/2012 Única Publicação

Diário do Alentejo nº 1562 de 30/03/2012 Única Publicação

Notária de Ourique Maria Vitória Amaro

Notária Ana Filipa de Losada Marcelino Tomás

EDITAL MEDIDAS DE COMBATE À SECA NA ÁREA DE INFLUÊNCIA DO EFMA ABEBERAMENTO DE GADO Na sequência das medidas implementadas pela EDIA para auxílio aos agricultores no combate à seca climatérica que se instalou no território Português em 2012, e mais precisamente na área de influência do Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva (EFMA) informa-se que: 1. Os agricultores que desejem obter acesso à água para fins de abeberamento de gado deverão dirigir-se à sede da EDIA ou às delegações dos diferentes perímetros de rega para procederem à sua inscrição. 2. No ato da inscrição deverão declarar: • Localização da exploração; • Endereço e contacto telefónico; • Identificação do transporte da água (matrícula); • Número de efetivos pecuários e tipo de gado; • Estimativa do volume pretendido. 3. Com base na informação prestada, a EDIA analisará qual o ponto da rede e as condições em que os volumes requeridos poderão ser disponibilizados. Esta informação será prestada num prazo médio de 3 dias. 4. Para mais informações os agricultores poderão entrar em contacto com a EDIA através de: Telefone: 284 315 110; Endereço eletrónico: seca2012@edia.pt Site da EDIA: www.edia.pt Beja, 22 de março de 2012. O Presidente João Basto

Diário do Alentejo nº 1562 de 30/03/2012 Única Publicação

EDITAL MEDIDAS DE COMBATE À SECA NA ÁREA DE INFLUÊNCIA DO EFMA FORNECIMENTO DE ÁGUA PARA REGA Na sequência das medidas implementadas pela EDIA para auxílio aos agricultores no combate à seca climatérica que se instalou no território Português em 2012, e mais precisamente na área de influência do Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva (EFMA) informa-se que: 1. A EDIA simplificou os procedimentos administrativos para assegurar a flexibilização e facilitação de pontos de acesso à água para rega, a título precário, através de reservatórios, albufeiras do sistema primário e hidrantes periféricos da rede primária e secundária de rega. 2. Os agricultores que desejem obter acesso à água para rega deverão dirigir-se à sede da EDIA ou às delegações dos diferentes perímetros de rega para procederem à sua inscrição. 3. No ato da inscrição deverão declarar: • Localização da exploração; • Endereço e contacto telefónico; • Área a regar e cultura(s) instalada(s); • Estimativa do volume pretendido; • Equipamento de captação e mecanismo de controlo do volume captado. 4. Com base na informação prestada, a EDIA analisará qual o ponto da rede e as condições em que os volumes requeridos poderão ser disponibilizados. Esta informação será prestada num prazo médio de 3 dias. 5. O preço da água destinada a rega é fixado de acordo com o disposto no Despacho n.º 9000/2010, de 27 de Abril e poderá ser consultado no site da EDIA. 6. Para mais informações os agricultores poderão entrar em contacto com a EDIA através de: Telefone: 284 315 110 Endereço eletrónico: seca2012@edia.pt Site da EDIA: www.edia.pt Beja, 22 de março de 2012. O Presidente João Basto

Certifico para efeitos de publicação que, por escritura de Justificação Notarial, outorgada neste Cartório, hoje, dia dezassete de Fevereiro de dois mil e doze, lavrada a folhas 57, do Livro de notas para escrituras diversas número 110, Mariana da Consolação Espernega Sousa Bule Gonçalves, que também usou Maria da Consulação Espernaga Sousa Bule Gonçalves, titular do NIF 110110854, viúva, natural da freguesia e concelho de Serpa, residente na Rua Lino de Assunção, número 12, freguesia de Alfragide, concelho de Amadora, devidamente representada por Maria Alice Sota Bule Plácido Correia, titular do BI n.° 7017531 emitido em 20/02/2003 pelos SIC de Lisboa e do NIF 103073590, natural da freguesia de São Sebastião da Pedreira, concelho de Lisboa, casada residente na Travessa da Amoreira, Lote 1, freguesia de Algueirão – Mem Martins, na qualidade de procuradora; justificou ser dona e legítima possuidora, com exclusão de outrem, do prédio urbano, destinado a habitação, sito na Rua 5 de Julho ou Largo do Rocio, freguesia de Serpa (Salvador), concelho de Serpa, descrito sob o número 2815 da Conservatória do Registo Predial de Serpa, achando-se o prédio inscrito na matriz da referida freguesia sob o artigo 524, com o valor patrimonial tributário de € 699,68, a que atribuiu o valor de mil euros. Que o identificado prédio urbano se encontra definitivamente registado a favor de Ana de Jesus Sota pela inscrição com a Apresentação Dois, de cinco de Agosto de mil novecentos e cinquenta e sete, viúva, mãe da justificante; e que no dia doze de Janeiro de mil novecentos e setenta e cinco, faleceu a referida Ana de Jesus Sota, sem testamento ou qualquer outra disposição de última vontade sucedendo-lhe como seus únicos herdeiros, os filhos Eduardo Bule, Maria José Sousa Bule, José Sota Sousa Bule, Maria Ana Sota Bule, Mariana da Consolação Espernega Sousa Bule Gonçalves e António Sota Bule, conforme se atesta pela escritura de Habilitações, lavrada no Cartório Notarial de Oeiras a cargo da Lic. Ivone Maria Vieira Xavier Botelho Antunes, no dia catorze de Abril de dois mil e cinco, lavrada a folhas 58 do Livro de notas para escrituras diversas com o número 3 – A, que apresentou. À data da morte da referida Ana de Jesus Sota, em 12/01/1975, foi acordado por partilha verbal, entre todos os interessados e seus únicos herdeiros, os referidos Eduardo Bule, Maria José Sousa Bule, José Sota Sousa Bule, Maria Ana Sota Bule, Mariana da Consolação Espernega Sousa Bule Gonçalves e António Sota Bule, alguns deles já falecidos, que o supra identificado prédio urbano ficaria adjudicada à ora justificante Mariana da Consolação Espernega Sousa Bule Gonçalves; que à data da referida adjudicação a justificante era casada sob o regime da comunhão geral com Raul José Correia Gonçalves, já falecido, de quem é a sua única e universal herdeira, conforme escritura de habilitação outorgada neste cartório em 19/07/2011, lavrada a folhas 6 do Livro de notas para escrituras diversas número 102. Que, na data da partilha ficou acordado que a justificante iria pagando faseadamente e de acordo com as suas possibilidades económicas à data, as tornas aos restantes herdeiros seus irmãos; tendo nessa conformidade efectuado os seguintes pagamentos: 1) No dia 06/09/1983, pagou a seu irmão António Sota Bule a quantia de cento e vinte mil escudos; 2) No dia 08/01/1986, pagou a seu irmão Eduardo Bule a quantia de cento e vinte mil escudos; 3) No dia 01/11/1987, pagou a sua irmã Maria Ana Sota Bule a quantia de cento e vinte mil escudos; 4) No dia 12/06/1988, pagou a seu irmão José Sota Sousa Bule a quantia de cento e vinte mil escudos, e 5) No dia 29/09/1988, pagou a sua irmã Maria José Sousa Bule a quantia de cento e vinte mil escudos, conforme se atesta pelos recibos de quitação dos valores pagos, que apresentou e dos quais adiante se arquivam públicas – formas juntas no processo de notificações prévias. Que, em consequência da referida partilha e consequente adjudicação, a referida Mariana da Consolação Espernega Sousa Bule Gonçalves esteve na posse e fruição do supra identificado prédio, em nome próprio, desde 1975 até à presente data, pagando os respectivos impostos ao longo dos referidos anos, fazendo as necessárias obras de conservação e reparação, tudo isto ininterruptamente, sem violência ou oposição de quem quer que seja e à vista de toda a gente e que apenas por mero desleixo e confiança inequívoca entre irmãos e cunhados não formalizaram a escritura de partilha, a qual hoje não é possível realizar em virtude de não se conseguir reunir todos os interessados, nomeadamente alguns dos herdeiros dos já falecidos irmãos da justificante, por estarem ausentes em parte incerta. Que, em consequência da referida aquisição foi esta posse titulada, de boa fé, contínua, pacífica e pública, tendo conduzido à aquisição do direito de propriedade da identificada fracção autónoma por usucapião. Nestes termos, e não tendo qualquer outra possibilidade de levar o direito a registo vem justificá-lo nos termos legais. Está conforme o original. Alfragide, dezassete de Fevereiro de dois mil e doze.

CERTIFICADO Certifico, narrativamente, para efeitos de publicação que, no dia dezanove de Março do ano dois mil e doze, no Cartório Notarial de Ourique, a folhas cento e quinze e seguintes, do Livro de Notas Para Escrituras Diversas número Quarenta e Sete-D, se encontra exarada uma escritura de Justificação, na qual Piedade Maria Valério, solteira, maior, natural da freguesia de Santana da Serra, concelho de Ourique, onde reside no Monte Pequeno da Casa dos Fitos, N.I.F.135 416 353, se declara dona e legítima possuidora, com exclusão de outrem, do seguinte prédio: Urbano, sito no Monte Pequeno da Casa dos Fitos, Fitos, freguesia de Santana da Serra, concelho de Ourique, constituído por uma morada de casas térreas destinadas a habitação (T/3) e logradouro, com a superfície coberta de duzentos e quarenta e um vírgula cinquenta metros quadrados e a superfície descoberta de dois mil e setenta e quatro virgula cinquenta metros quadrados, confrontando do norte, nascente e poente com Vaga dos Carrapetos e do sul com caminho público, inscrito na respectiva matriz, em nome da justificante, sob o artigo 1747, com o valor patrimonial de €17.960,00, igual ao atribuído, omisso na Conservatória do Registo Predial de Ourique. Que a justificante não possui qualquer título para efectuar o registo a seu favor, deste prédio, na Conservatória, embora sempre tenha estado, há mais de trinta e dois anos, na detenção e fruição do citado prédio, tendo o mesmo vindo à sua posse por o ter adquirido por acto não titulado, por doação, meramente verbal, feita por Antónia Maria, solteira, maior, residente que foi no Monte Pequeno da Casa dos Fitos, freguesia de Santana da Sena, concelho de Ourique, em dia e mês que não pode precisar, mas por volta do ano de mil novecentos e oitenta, não tendo outorgado a respectiva escritura, mas tendo desde logo entrado na posse e fruição do prédio, em nome próprio, posse que assim detém há mais de trinta e dois anos, sem interrupção ou ocultação de quem quer que seja, de modo a poder ser conhecida por todo aquele que pudesse ter interesse em contrariá-la. Esta posse assim mantida e exercida, foi-o sempre em seu próprio nome e interesse, e traduziu-se nos factos materiais conducentes ao integral aproveitamento de todas as utilidades do prédio designadamente, utilizando-o, fazendo as necessárias obras de conservação, e pagando os respectivos impostos. É assim tal posse pacífica, pública e continua e durando há mais de vinte anos, facultando-lhe a aquisição do direito de propriedade do citado prédio por USUCAPIÃO, direito que pela sua própria natureza, não pode ser comprovado por qualquer título formal extrajudicial. Nestes termos, e não tendo qualquer outra possibilidade de levar o seu direito ao registo, vem justificá-lo nos termos legais. Está conforme o original Cartório Notarial de Ourique, da Notária, Maria Vitória Amaro, aos dezanove de Março de 2012. A Notária, Maria Vitória Amaro

Diário do Alentejo nº 1562 de 30/03/2012 Única Publicação

ASSOCIAÇÃO CULTURAL E RECREATIVA ZONA AZUL

CONVOCATÓRIA Ao abrigo do art.º 27.° dos Estatutos, venho por este meio convocar a Assembleia Geral Ordinária a realizar no dia 16 de Abril de 2012 na Sede do Clube, sita na Rua Frei Manuel do Cenáculo, n.° 17, em Beja, pelas 20.30 horas, com a seguinte: ORDEM DE TRABALHOS 1. Apreciação e votação do Relatório e Contas da Direcção referente ao exercício de 2011: 2. Apreciação e votação do Plano de Actividades e Orçamento para 2012: 3. Outros assuntos. De acordo com o art.° 31.° ponto 1 dos Estatutos, caso à hora marcada não estejam presentes 50% do número total de Associados, a Assembleia Geral reunirá em 2.ª CONVOCATÓRIA, 30 minutos mais tarde no mesmo local e dia, com igual ordem de trabalhos. O Presidente da Mesa da Assembleia Geral António Francisco Mestre Raposo

OFICINA

A Notária, Ana Filipa de Losada Marcelino Tomás

VENDE-SE Nossa Senhora das Neves Casa térrea a precisar de obras, com 80 m2 de construção e 198 m2 área descoberta. Bom preço. Contactar tms. 962786501/967318516

ALUGA-SE V2 EM VIDIGUEIRA Toda renovada, mobilada e equipada. Perto de escolas, comércio, piscinas, farmácia, etc.. Contactar pelo tm. 918462190

RECTIFICAÇÕES DE CABEÇAS E DE BLOCOS (Novos preços) TESTAGENS SERVIÇO DE TORNO SOLDADURAS EM ALUMÍNIO

Encamisar blocos orçamentos com ou sem material PREÇOS SEM CONCORRÊNCIA

CASADINHO Sítio Horta de St. António Caixa postal 2601 BEJA Tm. 967318516


institucional diversos

25 Diário do Alentejo 30 março 2012 Diário do Alentejo nº 1562 de 30/03/2012 Única Publicação

Diário do Alentejo nº 1562 de 30/03/2012 2.ª Publicação

AMBAAL – ASSOCIAÇÃO DE MUNICÍPIOS DO BAIXO ALENTEJO E ALENTEJO LITORAL

Concurso para cedência de exploração de espaço de restauração durante a 29ª Ovibeja 2012

CENTRO INFANTIL CORONEL SOUSA TAVARES

CONVOCATÓRIA Nos termos do Artigo 30.° dos Estatutos do Centro Infantil Coronel Sousa Tavares, convocam-se todos os Sócios para uma reunião da Assembleia Geral a realizar no dia 17 de Abril de 2012, pelas 20 horas, na sede da Instituição, Rua Pedro Álvares Cabral em Beja, com a seguinte ordem de trabalhos: 1 - Apreciar e votar as Contas de Gerência do Ano de 2011. 2- Alteração do Regulamento Interno da Casa Pia de Beja. 3- Angariação de Sócios. 4- Outros Assuntos. Se à hora marcada não estiver presente mais de metade dos associados com direito a voto a Assembleia reunirá uma hora depois com qualquer número de presentes. Beja, 19 de Março de 2012.

1. (Objeto) A AMBAAL – Associação de Municípios do Baixo Alentejo e Alentejo Litoral instala anualmente no espaço dos Municípios, no Pavilhão Institucional, em cada edição da Ovibeja, uma pequena tasquinha, para fornecimento de bebidas, pequenas refeições e petiscos. Em área adjacente à tasquinha são colocadas várias mesas compridas, máximo (4), equipadas com bancos corridos, permitindo em média a existência de 24 lugares sentados. 2. (Horário de Funcionamento) O horário diário de abertura e encerramento da tasquinha coincidirá com o horário estabelecido pela organização da OVIBEJA para todo o Pavilhão Institucional (das 10h00 às 23h00). 3. (Concurso) O acesso à exploração da tasquinha é feito por concurso. 4. (Concorrentes) Podem concorrer à exploração da tasquinha, todos os estabelecimentos de restauração da área geográfica abrangida pela AMBAAL (Baixo Alentejo e Alentejo Litoral). Podem também concorrer em segunda linha, quaisquer outras pessoas coletivas ou singulares, com residência no território referido no parágrafo anterior. 5. (Propostas) As propostas dos concorrentes devem dar entrada na sede da AMBAAL até às 15h,30m do dia 5 de Abril de 2012 e deverão referir no exterior do envelope o concurso a que se destinam: “OVIBEJA 2012” – Tasquinha AMBAAL – 6. (Abertura das Propostas) A abertura das propostas terá lugar no dia 5 de Abril às 16h00. 7. (Júri) O Júri do Concurso será constituído da seguinte forma: Presidente – Orlando Pereira 1.º Vogal – Pedro Pacheco 2.º Vogal – Cristina Casadinho 8. (Critério de Adjudicação) O critério de adjudicação será o da proposta economicamente mais vantajosa. 9. (Casos Omissos) Os casos omissos no presente regulamento serão resolvidos pelo Conselho Diretivo da AMBAAL.

O Presidente da Assembleia Geral João da Silva Martins

Diário do Alentejo nº 1562 de 30/03/2012 Única Publicação

CENTRO DE APOIO A IDOSOS DE MOREANES

CONVOCATÓRIA

Diário do Alentejo nº 1562 de 30/03/2012 Única Publicação

RAINHA SANTA ISABEL, VIAGENS E TURISMO LDA RNAVT 2045

CIMBAL – COMUNIDADE INTERMUNICIPAL DO BAIXO ALENTEJO

EDITAL António João Rodeia Machado, Presidente da Mesa da Assembleia Intermunicipal da Comunidade Intermunicipal do Baixo Alentejo, faz saber, nos termos do artº. 91º da Lei nº. 169/99, que em reunião de 23 de fevereiro de 2012, foram aprovados os seguintes documentos: – Relatório e Contas da CIMBAL de 2011 Os documentos em causa, podem ser consultados nos serviços desta Comunidade das 9 h às 12h30m e das 14h às 17h30m, de segunda-feira a sexta-feira nos dias úteis. Para constar, se publica o presente que vai ser afixado nos lugares públicos do costume. Beja, 8 de março de 2012. O Presidente da Mesa da Assembleia Intermunicipal da CIMBAL António João Rodeia Machado

VENDE-SE Toyota Hiace, ano 1998, 137.000 kms, 6 lugares, em estado novo. Estofos de tecido sempre cobertos. Carro de garagem. Contactar pelo tm. 924199046

EDIFÍCIO DE SANTA CATARINA, 12 | 7000-516 ÉVORA TEL: 266 747 871 / FAX: 266 747 873 / MAIL: info.evora@rsi-viagens.com O SEU AGENTE LOCAL PARA RESERVAS: D-VIAGEM RUA DO VALE N.º 24 LOJA 1 | 7800-490 BEJA TEL: 284 325 688 MAIL: beja.1263@d-viagem.com ** Rota dos Castelos do Guadiana – Juromenha, Alandroal, Terena, Santuário da Boanova, Monsaraz, Mourão – Acompanhamento por um historiador – Dia 1 de Abril * O MELHOR DE LA FÉRIA – CASINO DO ESTORIL – DIA 1 DE ABRIL * PÁSCOA NO MINHO – SEMANA SANTA EM BRAGA, PÓVOA DE LANHOSO, CALDAS DO GERÊS, S. BENTO DA PORTA ABERTA, PENEDA-GERÊS, GUIMARÃES – De 6 a 9 de Abril * Jóias da Beira – Arganil, Piódão, Coja, Góis, Lousã, Arouce, Candal, Castanheira de Pêra, Pedrógão, Sertã, Dormes – Dias 14 e 15 de Abril * Visita a Mérida – Dia 15 de Abril *”JUDY GARLAND – FIM DO ARCOÍRIS” – Dia 15 de Abril – Teatro Politeama * ORA VIRA € TROIKA O PASSOS! – Dia 15 de Abril – Teatro Maria Vitória * Astúrias, Cantábria e Picos da Europa – 21 a 25 de Abril * Madeira – FESTA DA FLOR – De 21 a 25 de Abril * Excursão ao Santuário de Fátima – Dia 22 de Abril * Barcelona – Capital do Mediterrâneo – De 25 a 29 de Abril – Autocarro * Feira de Sevilha – Dia 28 de Abril * Nordeste Transmontano, Lagos de Senábria com Cruzeiro Ambiental no Rio Douro – De 28/4 a 1/5 * Arouca e São Macário – Dias 5 e 6 de Maio

* Sintra Monumental – Com visita ao Palácio da Pena – Dia 6 de Maio * Turquia – Visitando: Istambul; Ankara, Capadócia, Pamukkale e Éfeso – De 6 a 13 de Maio * Lourdes, Andorra e Zaragoza – Por ocasião da Peregrinação Militar – De 10 a 15 de Maio * Feira do Cavalo de Jerez de La Frontera – Dias 12 e 13 de Maio * Celebração do 13 de Maio em Fátima – Dias 12 e 13 de Maio * Galiza – 17 a 20 de Maio - Visitando: Sanxenxo - Grove - La Toja - Santiago de Compostela - Corunha - Pontevedra – Vigo * CRUZEIRO “FIORDES DO NORTE” – De 18 a 26 de Maio * Rota dos Judeus em Portugal – 19 a 20 de Maio - Visitando: Castelo de Vide - Sortelha - Sabugal - Serra da Malcata - Belmonte – Guarda * Cruzeiro no Alqueva – Dia 20 de Maio * Peñiscola e Gandia – De 26 a 31 de Maio - Visitando: Peñiscola – Morella Benicássim - Oropesa del Mar -Valência Gândia – Denia * MONTE SELVAGEM E FLUVIÁRIO DE MORA – Dia 27 de Maio * Cruzeiros no Douro – VÁRIOS PROGRAMAS DISPONÍVEIS TODO O VERÃO! * MOSCOVO E SÃO PETERSBURGO – De 13 a 20 de Julho * CRUZEIRO “LENDAS DO MEDITERRÂNEO” – De 28 de Setembro a 06 de Outubro

PARA OUTROS DESTINOS, AUTO-FÉRIAS OU DATAS, CONSULTE-NOS! ALUGUER DE AUTOCARROS VISITE-NOS EM: www.rsi-viagens.com

1 . Nos termos do art.º 29.º n.º 2 alínea b) dos Estatutos: CONVOCO Os associados do CAIM – Centro de Apoio a Idosos de Moreanes para a Assembleia Geral Ordinária, a realizar no dia 06 de Abril de 2012, pelas 16:00 horas, na Sede Social, em Moreanes, com a seguinte: ORDEM DE TRABALHOS Ponto 1. Informações. Ponto 2. Discussão e votação do Relatório e Contas de 2011, bem como do Parecer do Conselho Fiscal. Ponto 3. Discussão e aprovação do Regulamento Interno de Funcionários. 2. Caso à hora marcada não se encontrem presentes mais de metade dos associados com direito a voto, a Assembleia terá lugar meia hora depois, em conformidade com o disposto no art.º 31.º, n.º 1 dos Estatutos, com qualquer número de associados presentes. Moreanes, 14 de Março de 2012. O Presidente da Mesa da Assembleia Geral Dr. Domingos Viegas

Diário do Alentejo nº 1562 de 30/03/2012 Única Publicação

LIGA DOS AMIGOS DO HOSPITAL DE BEJA

CONVOCATÓRIA Nos termos dos art.º 28.º dos Estatutos da Liga dos Amigos do Hospital de Beja, convoco todos os Sócios para uma reunião da Assembleia-Geral a realizar no dia 10 de Abril de 2012, em primeira convocatória para as 16.30 h, com a duração estimada de uma hora, na sala de conferências do Hospital José Joaquim Fernandes – Beja, na Rua Dr. António Fernando Covas Lima, em Beja, com a seguinte ordem de trabalhos: 1. Informações; 2. Apreciação e votação do Relatório e Contas do Ano de 2011; 3. Outros Assuntos. Se não estiverem presentes, à hora indicada, mais de metade dos sócios com direito a voto, a Assembleia-Geral realizarse-á meia hora mais tarde, com os Sócios presentes. Beja, 21 de Março de 2012 O Presidente da Mesa da Assembleia-Geral, Dr. Joaquim Apolino Salveano de Almeida


26 Diário do Alentejo 30 março 2012 Diário do Alentejo nº 1562 de 30/03/2012 Única Publicação

diversos necrologia Vidigueira PARTICIPAÇÃO

Selmes PARTICIPAÇÃO

Selmes PARTICIPAÇÃO

MISSA

Fátima Francisca Parreira Fialho

Maria Antónia Delgado

João Pedro Marques Rosa

Nasceu 08.12.1962 Faleceu 21.03.2012

Nasceu 14.01.1929

Gertrudes Maria Oleiro Algarvio Mouchinho

Faleceu o Exma. Sra. Fátima Francisca Parreira Fialho, natural de Vidigueira, divorciada. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 24, da casa mortuária de Vidigueira para o cemitério local. À família enlutada apresentamos as nossas condolências.

Faleceu o Exma. Sra. Maria Antónia Delgado, natural de Selmes, casada com a Exmo. Sr. José Martins. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 24, da casa mortuária de Selmes para o cemitério local. À família enlutada apresentamos as nossas condolências.

EDAB – Empresa de Desenvolvimento do Aeroporto de Beja, S.A A EDAB – Empresa de Desenvolvimento do Aeroporto de Beja, S.A., sita na Av. Salgueiro Maia, Edifício Expobeja, 2º Andar, identificada com o NPC 505 292 343, vem por este meio proceder à venda de imobilizado. Tipo de Venda: Os bens serão vendidos à proposta de valor mais elevado. Tipo de Proposta: A proposta deve ser enviada em envelope fechado, com identificação na parte inferior esquerda do número do artigo sobre o qual é feita a proposta. Cada envelope deve conter uma única proposta relativa a um único bem. Cada interessado pode enviar as propostas que entender. Prazo para proposta: O prazo para a recepção da proposta é de 10 dias corridos após a publicação. Entrega da proposta: A proposta pode ser entregue via expedição postal (para a morada da empresa) ou em mão, até às 17h00 do último dia do prazo. Para entrega da proposta em mão, deverá ser contactado o número de telefone 961 362 599 para agendamento da entrega. Se a proposta for entregue fora do prazo não será considerada. Conteúdo da proposta: A proposta deve incluir os dados do proponente (Nome, Morada, Contacto Telefónico e NIF), o número de identificação do bem que se propõe a adquirir e o valor pelo qual pretende adquiri-lo. Visitação dos Bens: Para visitação dos bens a alienar deve ser feito contacto telefónico para o número 961 362 599, para se marcar dia e hora para a visita ao local. Notificação de Alienação: No prazo de 5 dias após a finalização do prazo de entrega de propostas, o júri notificará o proponente com a proposta de maior valor. Concretização da Alienação: A alienação efectivar-se-á no prazo máximo de 5 dias após a notificação de alienação. O pagamento dos bens deve ser feito impreterivelmente em numerário. Após este prazo, se a alienação não se concretizar, a EDAB, S.A. reserva-se o direito de alterar a decisão de alienação a favor de outra proposta, de acordo com o critério de adjudicação atrás referido. Lista de bens a alienar: Viatura Wolksvagen Passat, matrícula 26-96-XJ, identificada como artigo nº 1; Viatura Wolksvagen Passat, matrícula 26-97-XJ, identificada como artigo nº 2; Viatura Wolksvagen Passat, matrícula 27-50-XJ, identificada como artigo nº 3; Viatura Peugeot 206, matrícula 35-26-TT, identificada como artigo nº 4; Impressoras Brother, Laser, PB, identificadas como artigo n º 5 e artigo nº 55; Calculadora JET 1280 PD, identificada como artigo nº 6; Blocos Rodados identificados como artigos nº 7, 8, 50 e 51; Secretárias em “L”, identificadas como artigos nº 9 e 49; Conjunto de Computador, monitor e teclado, identificados como artigo nº 10, 57, 58, 59 e 60; Aquecedor a óleo identificado como artigo nº 11; Torre de CD’s identificada como artigo nº 12; Secretária simples identificada como artigo nº 13; Mesa de reuniões identificada como artigo nº 14; Quadro portátil de reunião identificado como artigo nº 15; Secretárias de Madeira, em “L”, identificadas como artigos nº 16 e 17; Cadeiras de secretária identificadas como artigos nº 18 e 19; Multifunções Brother, identificado como artigo nº 20; Móveis de escritório diversos, identificados como artigos nº 21, 22, 36, 39 e 40; Mesas de reunião redondas identificadas como artigos nº 23, 37 e 38; 10 Cadeiras de reunião identificadas como artigos nº 24; 3 sofás de 1 lugar identificados como artigo nº 25; Mesas de apoio identificadas como artigo nº 26 e 27; Cadeiras de Secretária identificadas como artigos nº 28, 29, 46, 47, 48, 53 e 54; Móvel de Apoio identificado como artigo nº 30; Frigorífico identificado como artigo nº 31; Micro-ondas identificado como artigo nº 32; Secretárias simples com bloco rodado identificadas como artigos nº 33 e 52; 10 cadeiras de mesa de reunião identificadas como artigo nº 34; Televisão marca Worten identificada como artigo nº 35; 2 Computadores portáteis identificados como artigos nº 41 e 42; Secretárias com Bloco rodado incorporado identificadas como artigos nº 43, 44 e 45; Relógio de ponto para registo de entradas e saídas, identificado como artigo nº 56; Televisão LCD marca Samsung, identificada como artigo nº 61; Central telefónica e diversos aparelhos telefónicos identificados como artigo nº 62; O Presidente da Comissão Liquidatária José Ernesto da Costa Queiroz

Faleceu 23.03.2012

Nasceu 14.09.1932 Faleceu 23.03.2012

Fa l e c e u o E x m a . S r a . Ger tr udes Mar ia Oleiro Algarvio Mouchinho, natural de Selmes, casada com o Exmo. Sr. José Joaquim Mouchinho. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 24, da casa mortuária de Selmes para o cemitério local. À família enlutada apresentamos as nossas condolências.

6.º Ano de Eterna Saudade

Seus pais, irmã e restante família, comunicam que se realiza missa pelo seu eterno descanso no dia 1 de Abril, domingo, pelas 12.00 horas, na Igreja do Carmo em Beja.

Alvito – Beja

MISSA

Às famílias enlutadas apresentamos as nossas condolências AGÊNCIA FUNERÁRIA ESPÍRITO SANTO, LDA. Rua das Graciosas, 7 7960-444 Vila de Frades/Vidigueira Tm.963044570 | Tel. 284441108 MISSA DO 30º DIA

António Viriato Silva 1º Mês de Eterna Saudade

Esposa, filhos, nora, netos, bisneto, irmãos e restante família, participam a todas as pessoas de suas relações e amizade que será celebrada missa pelo eterno descanso do seu ente querido no dia 01/04/2012, domingo, às 19.00 horas na Igreja de Nossa Senhora do Monte Carmelo, no Pólo 2 do Centro Paroquial e Social do Salvador em Beja, agradecendo desde já a todos os que comparecerem no piedoso acto.

VENDE-SE

Vila Nova de S. Bento

Faleceu a Exma. Sra. Rosa Candeias de 95 anos, viúva, natural de Aldeia Nova de S. Bento. O funeral a cargo desta Agência realizouse no passado dia 21 de Março da casa mortuária de Vila Nova de S. Bento para o cemitério local. À família enlutada apresentamos as nossas cordiais condolências.

Vila Nova de S. Bento

Fa l e c e u a E x m a . S r a . Constância Velhinho Santos de 72 anos casada com Exmo. Sr. Francisco Espicha Torrão, natural de Aldeia Nova de S. Bento. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 21 de Março da casa mortuária de Vila Nova de S. Bento para o cemitério local. À família enlutada apresentamos as nossas cordiais condolências.

Apartamento T3, sem mobília. 2 varandas. 2º andar. Contactar pelo tm. 924022304

5.º Ano de Eterna Saudade

Seu marido e restante família, participam a todas as pessoas de suas relações e amizade que será celebrada missa pelo eterno descanso da sua ente querida no dia 02/04/2012, segunda-feira, às 18.00 horas na Igreja Matriz de Alvito, agradecendo desde já a todos os que nela participem.

MISSA

AGÊNCIA FUNERÁRIA BARRADAS, LDA. Rua do Outeiro nº 21 Vila Nova de S. Bento Telm: 967026828 - 967026517

Vales Mortos PARTICIPAÇÃO E AGRADECIMENTO

Mariana Deonilde Marques 1.º Ano de Eterna Saudade

Carrinha Mitsubishi. 7 l u ga re s. Ca i xa aberta. Contactar pelo tm. 917217309

ALUGA-SE BEJA

Maria da Paz Amador Pires

Partiste no silêncio da dor sem ao menos dizeres adeus, deixaste-nos o teu amor que te garantimos, não se perdeu. Do teu esposo, filhas, genro e netos que jamais te esquecerão. Amigos de Francisco Medeiros Guerreiro, de 78 anos, cumprem o doloroso dever de participar o seu falecimento ocorrido no dia 25 de Março de 2012. Na impossibilidade de o fazerem pessoalmente vêm por este meio agradecer a todas as pessoas que a acompanharam à sua última morada ou de outra forma lhes expressaram o seu pesar.

Será celebrada missa no dia 05/04/2012, quinta-feira, às 19.00 horas na Igreja do Salvador em Beja.


necrologia diversos

27 Diário do Alentejo 30 março 2012

Rua da Cadeia Velha, 16-22 - 7800-143 BEJA Telefone: 284311300 * Telefax: 284311309

www.funerariapaxjulia.pt E-mail: geral@funerariapaxjulia.pt Funerais – Cremações – Trasladações - Exumações – Artigos Religiosos BEJA / SÃO MATIAS

BEJA

BALEIZÃO

NOSSA SENHORA DAS NEVES

BEJA

BEJA / CABEÇA GORDA

†. Faleceu a Exma. Sra. D. EDITE DE JESUS RAPOSO NUNES, de 78 anos, natural de São Matias - Beja. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 22, das Casas Mortuárias de Beja, para Jazigo de família no cemitério de São Matias.

†. Faleceu a Exma. Sra. D. MARIA AMÉLIA BARÃO GUERREIRO, de 76 anos, natural de Santiago Maior Beja. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 22, das Casas Mortuárias de Beja, para o cemitério desta cidade.

†. Faleceu o Exmo. Sr. JOSÉ FRANCISCO, de 90 anos, natural de Baleizão - Beja, viúvo. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 23, da Casa Mortuária de Baleizão, para o cemitério local.

†. Faleceu a Exma. Sra. D. CUSTÓDIA MARIA BARRIGA, de 79 anos, natural de Nossa Senhora das Neves - Beja, viúva. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 23, da Casa Mortuária de Nossa Senhora das Neves, para o cemitério local.

†. Faleceu a Exma. Sra. D. MARIANA LUÍSA DA SILVA, de 78 anos, natural de São Matias - Beja, casada com o Exmo. Sr. Cândido António da Rosa. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 24, das Casas Mortuárias de Beja, para o cemitério desta cidade.

†. Faleceu o Exmo. Sr. FRANCISCO CLÁUDIO MARQUES, de 77 anos, natural de Albernôa - Beja, casado com a Exma. Sra. D. Custódia Maria Serra Marques. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 24, das Casas Mortuárias de Beja, para o cemitério da Cabeça Gorda.

VILA NOVA DA BARONIA

ALBERNÔA

BEJA

BEJA

BEJA

LAGOA (ALGARVE)

†. Faleceu a Exma. Sra. D. MARIA JOAQUINA PEREIRA TRIPA, de 83 anos, natural de Vila Nova da Baronia - Alvito, viúva. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 25, da Casa Mortuária de Vila Nova da Baronia, para o cemitério local.

†. Faleceu o Exmo. Sr. FRANCISCO ROSÁRIO FEIO, de 94 anos, natural de Albernôa - Beja, viúvo. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 25, da Casa Mortuária de Albernôa, para o cemitério local.

†. Faleceu a Exma. Sra. D. ALBERTINA COELHO ROCHA, de 80 anos, natural de São Sebastião - Loulé, solteira. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 25, da Igreja Paroquial do Carmo, para o cemitério de Beja

†. Faleceu a Exma. Sra. D. MARIA CAROLINA GUERREIRO DAS FONTES FREIXO, de 89 anos, natural de Santa Maria da FeiraBeja, viúva. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 25, das Casas Mortuárias de Beja, para o cemitério desta cidade.

†. Faleceu a Exma. Sra. D.

†. Faleceu o Exmo. Sr. JOÃO TORRES DOS REIS, de 80 anos, natural de Lagoa, casado com a Exma. Sra. D. Maria de Lurdes Martins Vieira Reis. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 27, da Casa Mortuária de Lagoa, para o cemitério local.

BEJA

BEJA

BEJA

CANTINHO DA RIBEIRA / TRINDADE

TRAFARIA / ALMADA

†. Faleceu a Exma. Sra. D. MARIA BENEDITA ALMODÔVAR GUERREIRO DA CRUZ MARTINS, de 95 anos, natural de São João Baptista - Beja, viúva. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 27, da Igreja Paroquial do Carmo, para Jazigo de Família no cemitério de Beja

†. Faleceu o Exmo. Sr. RAÚL JOAQUIM PICADO JÚNIOR, de 94 anos, natural de Beja, viúvo. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 28, das Casas Mortuárias de Beja, para o cemitério desta cidade.

†. Faleceu o Exmo. Sr. ANTÓNIO MANUEL CAIXINHA, de 82 anos, natural de Beja, casado com a Exma. Sra. D. Maria de Lurdes Guerreiro. O funeral a cargo desta Agência realizouse no passado dia 28, das Casas Mortuárias de Beja, para o cemitério desta cidade.

†. Faleceu o Exmo. Sr. FRANCISCO MANUEL FIGUEIRA, de 71 anos, natural de Trindade - Beja, viúvo. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 29, da Casa Mortuária de Trindade, para o cemitério local.

ELVIRA AUGUSTA MARTINS SILVA SEBASTIÃO, de 84 anos, natural de Panoias Ourique, viúva. O funeral a cargo desta Agência realizouse no passado dia 26, da Igreja Paroquial do Carmo, para o cemitério de Ferreira do Alentejo, onde foi cremada.

†. Faleceu o Exmo. Sr. FILIPE JOÃO DOS SANTOS, de 89 anos, natural de Caparica Almada, viúvo. O funeral a cargo desta Agência realizouse no passado dia 29, da Casa Mortuária de Trafaria, para o cemitério do Monte da Caparica, Almada.

Às famílias enlutadas apresentamos as nossas mais sinceras condolências.

Consulte esta secção em www.funerariapax-julia.pt ALUGO T1 EM ALBUFEIRA CAMPAS E JAZIGOS DECOR AÇÃO

VENDE-SE

Areias de S. João, equipado e mobilado para 4 pessoas, com garagem, quintal e duas piscinas (adultos e crianças), alugo à semana ou à quinzena. Telf: 967318516

Preço 4000€. Mota em bom estado com apenas 170 km. Mota de Garagem. Cilindrada 250. Preço negociável. Contacto: 969797006

VENDO

CONSTRUÇÃO CIVIL “DESDE 1800”

Opel Corsa 1.2, gasolina, 2007. 59.000 kms. 9.000 €, negociáveis. Contacto: 919513265

Rua de Lisboa, 35 / 37 – Beja | Estrada do Bairro da Esperança Lote 2 Beja (novo) Telef. 284 323 996 – Tm.914525342

marmoresmata@hotmail.com

DESLOCAÇÕES POR TODO O PAÍS


28 Diário do Alentejo 30 março 2012

A Hippy é uma cadelinha muito pequena, encontrada abandonada e maltratada nas ruas de Beja. Tem uma pata partida mas o seu pequeno coração ainda acredita nos humanos e está cheio de carinho para dar. Precisa de um dono “cinco estrelas”. Será vacinada, desparasitada e esterilizada. Venham conhecê-la ao Cantinho dos Animais de Beja. Contactos: 962432844; sofiagoncalves.769@hotmail.com

Letras Sindrome E

Boa vida Comer Línguas de bacalhau com molho verde Ingredientes: 500 gr. de línguas de bacalhau salgadas, 120 gr. de farinha de trigo, 3 ovos, q.b. de óleo , 3 dl. de azeite, 1 dl. de vinagre, 1 cebola média, 2 dentes de alho, 1 molho de salsa médio, 1 ovo cozido, q.b. de sal fino, q.b. de pimenta branca moída. Confeção: Comece por demolhar as línguas durante 24 horas, mudando a água várias vezes ao dia para retirar o excesso de sal. Leve um tacho ao lume com água e coza-as. Retire-as para um passador de rede e escorra-as. Passam-se por farinha, ovo batido e fritam-se em óleo bem quente. Coloque-as sobre papel absorvente. Entretanto faça um molho com azeite, vinagre, sal, pimenta, ovo picado, cebola picada, alho picado e salsa picada. Coloque o molho sobre as línguas e bom apetite… Nota: As línguas de bacalhau normalmente encontram-se à venda em salmoura.

António Nobre Chefe executivo de cozinha – Hotéis M’AR De AR, Évora

Jazz Lupa Santiago Sexteto

C

ontinua a ser residual o jazz brasileiro que atravessa o Atlântico e chega aos melómanos portugueses. O guitarrista, compositor e pedagogo paulista Lupa Santiago é um dos que, ao longo da última década, tem vindo a erguer uma obra relevante na cena brasileira, com repercussões internacionais. Visitando a sua já significativa discografia, é possível encontrar um guitarrista conhecedor da tradição – na esteira de Jim Hall –, de que se apropria seguindo uma abordagem própria. Após a participação em diversas gravações de grupos por si liderados ou coliderados (Regra de Três, Sinequanon, Jazz em Dobro) ou como convidado em projetos alheios (nos MC4+, do saxofonista Marcelo Coelho, ou no quinteto do veterano baterista norte-americano Bob Kaufman), considerou ter chegado o momento de gravar em nome próprio. Para cumprir tal desiderato, reuniu um Lupa Santiago – Sexteto sexteto de músicos uniLupa Santiago dos por uma teia de ami(guitarra), Vinicius zades e cumplicidades Dorin (saxofones urdida ao longo dos anos. alto e tenor), Vitor Repartindo os créditos Alcântara (saxofones das composições com o alto e tenor), Daniel D´Alcântara (trompete baterista Nenê (que cone fliscorne), Alberto tribuiu com duas peças Luccas (contrabaixo) escritas especialmente e Nenê (bateria). para esta formação, enEditora: Tratore Records tre as quais a delicioAno: 2011 samente batizada “5 Músicos e 1 Baterista”) e os arranjos com o mesmo Nenê e Rodrigo Morte, Santiago concretiza o desejo de apresentar peças para formação mais alargada, gizando-as a partir de referências da tradição do jazz, assim como de elementos da música brasileira. Sem se afastar muito da corrente principal, apresenta uma música de indiscutível requinte e bom-gosto, feita do equilíbrio entre a frente de três sopros (infelizmente não é possível fazer o “quem é quem” dos saxofonistas) e da coesão do trio guitarra-contrabaixo-bateria, secção que revela particular empatia, ou não fosse esta uma das principais vias de expressão do líder. O melhor momento do disco acontece em “Madagascar” (a outra composição de Nenê), com toda a formação liberta e em perfeita união. Atente-se ainda na forma como é explorado pelos sopros o motivo central de “Helio & Heraldo” (dedicado a Helio Delmiro e Heraldo do Monte, que o guitarrista considera os “dois pais da guitarra brasileira”) ou no dinamismo, pontuado por um certo balanço sul-americano, de “Dolphy Dance”, óbvia homenagem ao gigante Eric Dolphy. Especialmente recomendado para os cultores de um jazz seguro e sem grandes sobressaltos. António Branco

C

om Sindrome E o escritor de policiais francês Franck Thilliez assina um enorme êxito editorial que, no seu país, já teve direito a sequela. Cinéfilo [“8mm”, de Joel Schumacher, é um favorito], Thilliez verteu para a intriga, densa e bem informada, não só muitos conhecimentos técnicos sobre realização e conservação de filmes como uma série de referências cinematográficas. Tal como em The Ring, há um personagem que cega após ver um filme. Lucie Hennebelle, a exnamorada deste que trabalha na polícia, começa a pesquisar o caso. Paralelamente, Franck Sharko, comissário de polícia veterano que tem feito trabalho de secretária desde que viveu uma tragédia familiar e começou a sofrer de esquizofrenia, investiga a descoberta de cinco cadáveres a quem os crânios foram cerrados e os olhos, vazados. Um telefonema misterioso relaciona os dois casos e põe Henebelle em contacto com Sharko. Começa então a definir-se uma atração entre estes – a que a obsessão de ambos pelo trabalho não é alheia. Uma viagem ao Egito e outra ao Canadá determinam os avanços na pesquisa. Autor prolixo mas nem por isso descuidado, Thilliez escreve de modo fluído, objetivo e surpreendente sobretudo pela quantidade de informação que desfia e que é relevante para a construção do enredo e para manter o leitor suspenso na leitura. Thilliez gosta de cinema mas certamente que o cinema gostará da sua escrita, muito visual e de adaptação visual fácil [o seu livro La Chambre des morts foi adaptado para cinema em 2007]. Maria do Carmo Piçarra

Franck Thilliez Sextante Editora PVP: 14,90 euros 400 págs.

Filatelia FPF realiza amanhã o seu congresso

A

Federação Portuguesa de Filatelia (FPF) realiza amanhã, sábado, o seu congresso para a apresentação e análise do que foi a sua atividade durante 2011. Os trabalhos iniciar-se-ão pelas 14 e 30 horas na Biblioteca da Escola Básica e Secundária de Barroselas. Da ordem de trabalhos destacam-se dois pontos: a atribuição da Ordem de Mérito Filatélico ao filatelista José Manuel Ribeiro Marques e a posição que a FPF deve tomar relativamente à sua presença na FIP – Federação Internacional de Filatelia. A FIP, nas suas últimas reuniões magnas, aprovou algumas regras que em nada beneficiam o desenvolvimento da filatelia. Durante o ano passado a FPF editou dois números da sua revista, a “Filatelia Lusitana”, e esteve presente no congresso anual da FEPA – Federação Europeia de Filatelia, que se realizou na Croácia. Com a federação de filatelia deste mesmo país a FPF estabeleceu um protocolo de cooperação, que foi assinado aquando das comemorações nacionais do Dia do Selo que tiveram lugar em Évora a 1 de dezembro. Nesta mesma ocasião a FPF fez a entrega dos Prémios de Mérito Filatélico – Literatura e realizou o Salão Filatélico Monarquia – República. Na documentação já distribuída aos congressistas, a FPF também dá destaque à presença de 17 coleções da classe juvenil na Exposição Nacional que se realizou em Póvoa de Varzim e às nove que participaram na Exposição Europeia de Filatelia Juvenil, que se realizou na Polónia em outubro, onde a participação portuguesa marcou presença positiva com a conquista do Prémio da Classe Maximafilia e de três medalhas de prata dourada. A ilustração mostra-nos a folha comemorativa emitida pelos correios, em 1979, por ocasião do 25.º aniversário da FPF. Geada de Sousa


Petiscos Recordações dum cozinheiro

U

ma das enormes desvantagens de já se ter dobrado o cabo dos 60 é olharmos por cima do ombro e todos os anos irmos ficando com mais gente para trás. Ficam deles inesquecíveis lembranças, é isso que sobra. Estêvão Simão Gonçalves, o Bom Ladrão, príncipe dos petiscos, indiscutível rei do pastel de bacalhau, casa aberta no mercado velho, mais tarde na Rodoviária. Nesta altura da Páscoa e da abstinência da carne – ainda há quem cumpra os preceitos – lembrei-me dele e da sua caldeirada de peixe de mar. Nos recuados anos 60, aqui em Beja, não havia demasiados acontecimentos e qualquer coisa que nos desafiasse a um passeio era bem-vinda. Surgiu-nos um convite para uma patuscada em Huelva. Os espanhóis tinham então várias manias – é fácil de saber, são mais ou menos as mesmas que têm hoje – e para nós a mais irritante era a de se darem como especialistas em cozinhar peixe. Ora o peixe que sabiam fazer era frito, o resto era um desconsolo. O Estêvão comprometeu-se a cozinhar e a levar daqui o que fosse necessário. Sabia como ninguém escolher e comprar peixe. Tudo o que tivesse barbatanas ou andasse dentro de água não tinha segredos para ele. Encomendou e levou peixe fresco.

PUB

O Estêvão comprometeu-se a cozinhar e a levar daqui o que fosse necessário. Sabia como ninguém escolher e comprar peixe. Tudo o que tivesse barbatanas ou andasse dentro de água não tinha segredos para ele. Encomendou e levou peixe fresco.

O peixe para dar corpo à caldeirada é o pargo e o cherne, em boa quantidade, talvez meio quilo de cada um. Também fazem falta, em menor quantidade – é mais para o gosto – tamboril, raia, safio e pata-roxa. Deve também levar lulas e amêijoas. A panela tem que ser grande, nada de panelas apertadas onde os ingredientes não têm espaço para “trabalhar”. Arranjam-se tomates e cebola cortada muito fina. Em boa quantidade, no conjunto, peso igual ao total dos peixes. Parece demais? Na cebola e no tomate estão previstos exageros. Mais umas tiras de pimentos verdes. Igual peso de batata, às boas rodelas. Uns bons decilitros de azeite. Vai tudo em cru para o lume. Arma-se o cozinhado com paciência. Cebola, tomate, peixe, batata; cebola, tomate, peixe e batata; repete sempre. Numa das camadas mais fundas, pode ser na primeira, dispõem-se as amêijoas e as lulas. Vai-se acompanhando com sal. Leva o azeite. Finalmente água, só até mal cobrir. Fogo lento, devagar. Aqui é que se nota a falta dos antigos fogões a lenha. Quando começa a ferver, deita-se meio litro de vinho branco. Tapa-se, mantém-se em lume brando e aguarda-se. Meia hora mais tarde começa-se a experimentar com um garfo, a caldeirada não pode ficar demasiado passada mas as batatas têm de estar cozinhadas. Sirva em prato fundo, com cuidado para não desmanchar o peixe. É excelente. E com vinho branco gelado, vista para o mar e uma brisa na cara, ainda consegue ser melhor. António Almodôvar

Diário do Alentejo 30 março 2012

29


Novo livro de António Murteira apresentado em Beja

Diário do Alentejo 30 março 2012

30

O escritor alentejano António Murteira tem um novo livro e vai apresentá-lo hoje à noite, em Beja, no espaço Os Infantes, a partir das 21 e 30 horas. Comeres com Poemas – Para Viver um Grande Amor tem a chancela das Edições Colibri e será introduzido numa sessão em que, para além do autor, estarão presentes Fernando Mão de Ferro, editor, António Revez, ator, José Baguinho, presidente da Cooperativa Cultural Alentejana, e Nuno do Ó, músico. Sobre ele disse a pintora Maria Cavas: “Um livro de histórias e de afetos. De reflexão. Viagem num Alentejo-mundo, de aquém e de além-mar em África, na América, na Ásia, na Europa. Nesses lugares onde o autor passou ou viveu. Na visão e no estilo peculiares do António Murteira, que do confronto dialético entre o local e o universal perspetiva um todo que faz sentido. Simplesmente delicioso”.

Fim de semana

Ganhões ensaiam no Museu da Ruralidade O Museu da Ruralidade, em Entradas, recebe hoje, sexta-feira, mais um ensaio de cante, a partir das 21 horas. Os convidados são os veteranos Os Ganhões de Castro Verde, nascidos em 1972 e com vários registos na sua discografia, entre eles “É tão grande o Alentejo” e “O círculo que leva a lua”. No mesmo espaço, ainda se mantém patente, até 30 de junho, a exposição “Viola campaniça e outros cordofones”, uma coleção de instrumentos tradicionais de corda do acervo do músico Pedro Mestre.

Endoenças de Safara registadas em livro

Os Elétricos vão à Galeria A Galeria do Desassossego, em Beja, vai receber amanhã, sábado, pelas 22 horas, um espetáculo de música que promete ser uma festa, com a atuação da banda Os Elétricos. Trata-se de uma nova banda pop, assumidamente portuguesa e orgulhosamente alfacinha, que permite ao público viajar até aos anos 40 e 50 e recordar ou conhecer as melhores canções daquela época. Tocam o swing, o fado, os blues, o ié ié, e até rock’n’roll e revivem nomes como Beatriz Costa, Francisco José, Júlia Barroso, Tony de Matos, João Villaret, Maria Clara, Elvis Presley, entre muitos outros. O grupo é composto por Maria João Silva (voz), Miguel Castro (guitarra), Nuno Faria (contrabaixo), André Lentilhas (banjo) e Luís Gaspar (bateria).

Autor de várias brochuras sobre o concelho de Moura, José António de Oliveira Correia apresenta amanhã, sábado, uma nova obra intitulada Semana Santa – Endoenças em Safara. O livro, uma edição da Câmara de Moura, vai ser lançado a partir das 17 horas, na Sociedade Grupo União Safarense, em Safara, na mesma ocasião em que procederá à inauguração de uma exposição fotográfica sobre o tema. O estudo será apresentado pelo padre Vítor Melícias, também autor do prefácio, que se refere à obra como um “trabalho de investigação aturado e persistente”, e uma coletânea de memórias e de dados históricos e culturais “de impressionante fidelidade e bom recorte literário”, através do qual o autor homenageia o povo safarense, registando a sua memória.

Poesia a várias línguas na Biblioteca Dando continuidade à celebração do mês da poesia, a Biblioteca Municipal de Beja propõe uma tertúlia para hoje à noite, a partir das 21 e 30 horas, que reunirá vários “amantes e amadores” deste género literário. Poesia de Língua Partilhada vai permitir ao público o contato com diferentes autores e estilos, através da leitura e interpretação de textos poéticos em línguas tão distintas como o castelhano, o esloveno, o changana e o “português com outros sotaques”. Gema Puntada, Dalida Smlatic, Filipa Guerreiro, Clemente Tsamba e Tiago Basilio são os animadores de serviço.

Pela Orquestra de Bandolins da Madeira

“Concerto de Aranjuez” no palco do Pax Julia

A

Orquestra de Bandolins da Madeira apresenta hoje à noite, no Pax Julia Teatro Municipal, a sua versão do “Concerto de Aranjuez”, uma composição do espanhol Joaquín Rodrigo que contará em Beja com a interpretação a solo do guitarrista Eudoro Grade. Neste concerto de Páscoa, produzido pela Associação

Cultural Música XXI, o agrupamento madeirense oferece à cidade, “numa versão absolutamente original”, uma peça musical que já serviu de inspiração a intérpretes tão distintos como Miles Davis, Paco de Lucia, Julio Iglesias, Andrea Bocelli ou Sarah Vaughan. A Orquestra de Bandolins da Madeira foi fundada em

1913 e tem já diversos registos discográficos editados. Atuou em Espanha, Áustria e também em Inglaterra, onde participou num concerto na capela de St. Georges, em Windsor, por ocasião das comemorações do jubileu da rainha Isabel II. Sobe hoje ao palco bejense, a partir das 21 e 30 horas.


A revista “Travelers Digest” divulgou uma lista das cidades com os homens mais bonitos, sendo de destacar a posição cimeira de Lisboa a nível mundial. Para além disso, descobrimos que a cidade de Beja ficou muito bem classificada neste parâmetro: a revista destacou “o magnetismo animal exibido pelos autóctones desta cidade a sul de Portugal” e a capacidade exibida “para engravidar mulheres só com o olhar, sobretudo em dias de céu limpo”. Os homens bejenses receberam uma menção honrosa por parte da revista e foram classificados como surpresa do ano e “encantadores, mesmo quando cheiram a cavalo”.

31 Diário do Alentejo 30 março 2012

evista segundo a rdigest”, “travelers ja sÃo os mais de be os “homens is e conseguem sensua uma engravidaro olhar” om mulher sÓ c

facebook.com/naoconfirmonemdesminto

Dia das mentiras Não confirmo, nem desminto apresenta as 10 mentiras mais utilizadas no Alentejo

Inquérito

Neste fim de semana celebra-se mais um dia das mentiras, ou como Vale e Azevedo lhe chama: “domingo”. Após um trabalho de pesquisa que levou para cima de 15 minutos, a Não confirmo, nem desminto apresenta as 10 mentiras mais utilizadas de todos os tempos no Alentejo durante esta data, e no resto do ano, e os seus criadores. Goze o 1 de abril com responsabilidade e não acredite em tudo o que lhe contam:

O Boletim Municipal de Odemira foi considerado o melhor do País. Costuma ler o boletim do seu município?

“Olha, parece que caiu a ponte de Serpa. Ou foi a Al-Qaeda ou foi da trepidação do comboio para Moura”. Autor: um residente na Margem Esquerda com sentido de humor retorcido.

do “DA” desde o primeiro dia e nostálgico dos velhos tempos na “meia laranja”. “Não estás gorda, podes continuar a empanturrar-te em popias e bolos da amassadura”. Autor: Pessoa que utiliza a variante para fazer caminhadas e cujo derrière cobre dois códigos postais. “O Fernando Mamede só não foi campeão olímpico porque deixou o arroz ao lume e ficou preocupado”. Autor: Especialista em tudo o que é desporto e participante do Fórum TSF.

“O aeroporto de Beja é um empreendimento de futuro. Vai vir charters de chineses a toda a hora”. Autores: alguns políticos que visitaram o aeroporto. “Compro sempre o ‘Diário do Alentejo’ mas não dou cavaco à necrologia”. Autor: Comprador

“A barragem de Aqueva é um desígnio nacional e será acabada”. Autor: Político em campanha eleitoral. “Será impossível acabar a barragem de Alqueva na data prevista já que as finanças se encontram depauperadas”. Autor: Político depois das eleições. “Peço o divórcio à minha mulher, casamos e vamos viver para o Brasil”. Autor: Marquês de Chamilly para Mariana Alcoforado. “Não, não perdi os estudos científicos. Deixei-os em cima da mesa no Lebrinha”. Autor: Abade Correia da Serra. “O autor da página de humor do ‘DA’ é um ser extremamente sensual e detentor de um magnetismo poderoso”. Autor: ah.. cof... cof... desconhecido, é isso...

Semana Académica: alunos mais alcoolizados confundiram Quim Barreiros com Lady Gaga

Rally de Portugal: Pilotos vão abastecer ao Rosal de la Frontera porque fica mais barato

Realizou-se mais uma Semana Académica do IPBeja e já se sabe que um certame deste tipo tem de contar com a presença de Quim Barreiros. Fonte do IPBeja afirmou que “uma semana académica sem Quim Barreiros é como um casamento sem copo de água ou uma Ovibeja sem Tony Carreira – é contra natura”. O nosso enviado à semana académica e crítico de música da revista “Linhas & Pontos” assistiu ao concerto do músico e descobriu um pequeno grupo de alunos mais alcoolizados que confundiram Quim Barreiros com Lady Gaga: “Ganda malha da organização trazerem a Lady Gaga. O buço fica-lhe bué da bem LOL!!! É uma artista com H grande, digote já!! Não sabia que dominava tão bem o acordeão. E mete palavras que rimam com ‘alho’ e ‘bacalhau’ como poucos! As músicas de que mais gostei foram ‘A Garagem do Alejandro’ e ‘Eu Sou o Mestre de Poker Face’, brutal men!!! Esta Lady Gaga mete a Madonna a um canto. Mete qualquer artista a um canto, menos a Tonicha. Na Tonicha ninguém toca, ouviram?” Ao sair do espetáculo, alunos do IPBeja alertaram ainda o nosso enviado para o facto de esses mesmos alunos terem achado que os Chave D’Ouro que atuaram na semana académica do ano passado eram os James.

De 29 de março a 1 de abril realiza-se, com passagens por Almodôvar, mais uma edição do Rally de Portugal, prova a contar para o Mundial de Ralis – trata-se de uma competição automobilística em que competem todos contra todos e no final ganha o Sébastien Loeb. A prova deste ano esteve, todavia, ameaçada por culpa do elevado preço dos combustíveis em Portugal, que obrigou as equipas a recorrer a áreas de serviço do país vizinho, em particular do mítico Rosal. Falámos com o campeão francês pedindo-lhe que nos explicasse o porquê desta medida: “Com os nossos carros a gastarem uma média de 60 litros de gasolina aos 100 vimo-nos obrigados a ir ao Rosal abastecer as viaturas. Mesmo com a deslocação compensa. O preço da gasolina é tão alto no vosso país que fica mais barato abastecer com plutónio. O único inconveniente no Rosal foi um tipo que não nos largava por nada deste mundo, mas não percebi o que é que ele queria: mas afinal quem era aquele tal de Emílio e por que é que é tão chato?”

LUDMILO BILTRE, 39 ANOS Pessoa residente na costa alentejana cujo grande sonho era um dia poder ver o mar Leio religiosamente o boletim do meu município. Como não tenho Internet, nem luz, nem água, nem telemóvel, nem TV, nem dinheiro para comprar jornais da região, o boletim é a minha janela para o mundo. Gosto muito de ler as notícias da região. Mas o que mais gosto do boletim do meu município é fazer as “sopas de letras”, o “descubra as nove diferenças” e as “1001 maneiras de fazer polvo”. Uma maravilha, o meu boletim. Toma e embrulha “Dica da Semana”!

BENTO BARBOSA BENTES, 31 ANOS Pessoa que se tornou vendedor de pentes e embalagens de brilhantina por ser uma profissão de futuro Leio o boletim municipal de Beja religiosamente. Tenho todas as edições desde as invasões muçulmanas. Foram passando de geração em geração na família. Até tenho uma com o autógrafo de Diogo Gouveia que diz: “Kisses. Diogo G. in the house!!” A edição que guardo com mais carinho tem 50 anos e foi aquela lançada na primeira semana de janeiro, logo após o ataque ao Quartel de Beja. A censura não deixou passar a notícia. Dizem que houve alvoroço no quartel por causa de um “cano da água que rebentou”. Tenho as minhas desconfianças, mas isto foi verdade, não foi? Deve ter sido uma passagem de ano bem animadita, olarila!

VANDA QUERCUS DA SILVA, 23 ANOS Pessoa que está a escrever a tese: “A importância da física quântica na repavimentação das portas de Mértola ao longo do séc. XIX” Curto bué boletins municipais, mas acho que só devia haver em versão digital. Sabem quantas árvores têm de ser destruídas para editar um boletim? O que irá acontecer se se fundirem municípios? Também fundem boletins? Ficamos com boletins do tamanho d’ Os Maias? Temos de ser mais amigos do ambiente e os boletins municipais são uns ávidos consumidores de árvores. Sem árvores onde é que vão viver espécies em vias de extinção como o esquilo venenoso de Sobral da Adiça ou a coruja hermafrodita de bico malhado?


Nº 1562 (II Série) | 30 março 2012

RIbanho

PUB

FUNDADO A 1/6/1932 POR CARLOS DAS DORES MARQUES E MANUEL ANTÓNIO ENGANA PROPRIEDADE DA AMBAAL – ASSOCIAÇÃO DE MUNICÍPIOS DO BAIXO ALENTEJO E ALENTEJO LITORAL | Presidente do Conselho Directivo José Maria Pós-de-Mina | Praceta Rainha D. Leonor, 1 – 7800-431 BEJA | Publicidade e assinaturas TEL 284 310 164 FAX 284 240 881 E-mail comercial@diariodoalentejo.pt | Direcção e redacção TEL 284 310 165 FAX 284 240 881 E-mail jornal@diariodoalentejo.pt Assinaturas País € 28,62 (anual) € 19,08 (semestral) Estrangeiro € 30,32 (anual) € 20,21 (semestral) | Director Paulo Barriga (CP2092) | Redacção Bruna Soares (CP 8083), Carla Ferreira (CP4010), Nélia Pedrosa (CP3586), Ângela Costa (estagiária) | Fotografia José Ferrolho, José Serrano | Cartoons e Ilustração Luca, Paulo Monteiro, Susa Monteiro Colaboradores da Redacção Alberto Franco, Aníbal Fernandes, Carlos Júlio, Firmino Paixão, Marco Monteiro Cândido Provedor do Leitor João Mário Caldeira | Colunistas Aníbal Coutinho, António Almodôvar, António Branco, António Nobre, Carlos Lopes Pereira, Constantino Piçarra, Francisco Pratas, Geada de Sousa, José Saúde, Rute Reimão Opinião Ana Paula Figueira, Bruno Ferreira, Cristina Taquelim, Daniel Mantinhas, Filipe Pombeiro, Francisco Marques, João Machado, João Madeira, José Manuel Basso, Luís Afonso, Luís Covas Lima, Luís Pedro Nunes, Manuel António do Rosário, Marcos Aguiar, Maria Graça Carvalho, Martinho Marques, Nuno Figueiredo | Publicidade e assinaturas Ana Neves | Paginação Antónia Bernardo, Aurora Correia, Cláudia Serafim | DTP/Informática Miguel Medalha | Projecto Gráfico Alémtudo, Design e Comunicação (alemtudo@sapo.pt) Depósito Legal Nº 29 738/89 | Nº de Registo do título 100 585 | ISSN 1646-9232 | Nº de Pessoa Colectiva 501 144 587 | Tiragem semanal 6000 Exemplares Impressão Empresa Gráfica Funchalense, SA | Distribuição VASP

FÉRIAS 2012 É COM RESERVAS ANTECIPADAS + OFERTA DESPESAS DE RESERVA EM ABRIL Tlf: 284361772 ou ana.moisao@palma-tours.com

www.diariodoalentejo.pt POR LUCA

Hoje, sexta-feira, são esperados aguaceiros em toda a região. A temperatura vai oscilar entre os 11 e os 18 graus centígrados. Amanhã, sábado, prevê-se que continue o tempo chuvoso e no domingo o céu deverá estar nublado.

António Murteira lança hoje novo livro, n’Os Infantes

De viagem por um “Alentejo-mundo”

N

ão é um livro de poesia, ao contrário do que sugere o título, Comeres com Poemas | Para viver um grande amor, hoje lançado em Beja. Mas, no seu conjunto, consubstancia um “texto poético”. Sobretudo pela “força das estórias e dos sentimentos que elas encerram”, descreve o autor, António Murteira, escritor e político alentejano que já correu meio mundo, deixando-se transformar a “cada lugar, cada nova amizade, cada novo amor, cada acontecimento”, embora mantendo esse lugar “mítico” chamado Alentejo.

nobres acontecimentos históricos, como a revolução libertadora de Abril ou a Reforma Agrária. O lugar onde germinam pensamentos novos e novas ações, que teremos de empreender para limpar o Alentejo e Portugal da porcaria que os asfixia. Mas na verdade nunca há uma rutura completa, nem na história, nem na vida das pessoas. Cada lugar, cada nova amizade, cada novo amor, cada acontecimento em que nos envolvemos, em Beja ou em Évora, no Maputo, em Luanda ou em Bissau, em Madrid ou Moscovo, em Berlim ou Paris, em Lisboa ou Havana, nas águas dos rios Guadiana ou Incomáti, vão-nos afirmando a convicção de agarrarmos na picareta e, ombro a ombro com os outros humanos, abrir caminho em direções que os velhos do Restelo dizem não ser possíveis…

Como descreveria ao potencial leitor Comeres com Poemas | Para viver um grande amor, que vai ser lançado hoje, em Beja?

Aproveitando as palavras da pintora Maria Cavas sobre esta obra, direi que é um livro de estórias e de afetos. De reflexão. Viagem num Alentejo-mundo, de aquém e de além-mar, em África, na América, na Ásia, na Europa. Nesses lugares onde o autor passou ou viveu. Numa visão e num estilo muito peculiares, em que do confronto dialético entre o local e o universal o autor perspetiva um todo que, apesar da nebulosa que é o mundo em que vivemos, desta espécie de limbo, de indefinição, em que vivemos, faz sentido. É um livro rebelde, por vezes irónico, alegre. Como faz aí o confronto entre o seu Alentejo natal e os vários continentes por onde passou?

Do confronto e da acumulação de vivências, o pensamento, o conhecimento, os conceitos de cultura e de civilização, a própria pessoa humana, vão evoluindo. Uma evolução permanente é fundamental, em cada ser humano como nas sociedades. O Alentejo é o lugar mítico, das referências primordiais da infância, da adolescência e de grandes e PUB

António Murteira Natural de São Manços, Évora Escritor, político e engenheiro técnico agrário, tem viajado e vivido em África e na Europa, em cidades como Luanda, Huambo, Maputo, Moscovo ou Paris. Foi um dos dirigentes no processo da Reforma Agrária, integrou o Comité Central do PCP e foi eleito deputado da nação nas legislaturas de 1983 e 1991/1995. Tem editadas várias obras, entre elas Azul e Branco e Ocre, Dias Felizes, Adeus, azules e Uma Revolução na Revolução | Reforma Agrária no Sul de Portugal, entre outras. É atualmente diretor executivo da “Revista Alentejo” e em Évora, onde reside, foi um dos criadores, em 2011, do espaço de debate “Aqui ninguém Dorme”.

O livro contém “80 receitas de paixão”. Falamos no sentido literal ou no sentido metafórico?

Apesar do título, este não é um livro de poesia. É um trabalho escrito num estilo em que o conjunto afirma um texto poético. Mas afirma-o, em minha opinião, não apenas pelo estilo do autor, mas também pela força das estórias e dos sentimentos que elas encerram, dizem ou traduzem. Pelo afeto, pela amizade, pelo amor, pela viagem, pelas certezas e pelas dúvidas que perpassam a vida do autor, pelos combates em que se envolve. Por uma certa aventura, por que não dizê-lo? E as 80 receitas estão lá, efetivamente. De paixão, sim, porque aprendidas e saboreadas em circunstâncias quase sempre carregadas de simbolismo, como poderá constatar quem ler o livro. É que, como digo numa nota introdutória, escrever pode ser a sublimação de tudo o que vivemos, quisemos ou julgámos viver. É a teimosia em não desistir, em continuar a percorrer o labirinto, com ou sem fio de Ariadne. Carla Ferreira

¹ ¹ ¹¹

Encontro de Culturas homenageia Cesária Évora Serpa vai homenagear Cesária Évora, a diva da música cabo-verdiana recentemente falecida, através de um espetáculo que integra a IX edição do Encontro de Culturas, a ter lugar no centro histórico da cidade entre os próximos dias 2 e 17 de junho. Tito Paris, Maria Alice, Nancy Vieira e Albertino Évora fazem parte do elenco de luxo já confirmado para este concerto de tributo. Também Zeca Baleiro (Brasil), Magic Slim & The Teardrops (EUA), Otava Yo (Rússia), os portugueses Camané e Virgem Suta e Luz Casal (Espanha) já confirmaram a sua presença nesta iniciativa promovida anualmente pela câmara municipal, com o intuito de promover a cultura “enquanto fator de desenvolvimento e de união entre os povos”. O encontro abre portas com um espetáculo multicultural pela enREDE – Rede Internacional de Municípios pela Cultura (Portugal, Espanha, Cabo Verde e Brasil) e, como em anos anteriores, contempla o cante alentejano na sua programação, que, ao longo de duas semanas, se distribui entre a praça da República e o Espaço Nora. O encontro, no qual participam municípios portugueses e estrangeiros, é também ponto de partida para a discussão do que é a cultura e as indústrias culturais e do que são as identidades locais e as diversidades culturais.

Alunos de Aljustrel, Ourique e Moura em convívio de boccia Alunos com necessidades educativas especiais dos agrupamentos das escolas de Aljustrel, Ourique e Moura participaram na semana passada num convívio de boccia, organizado pelo agrupamento de Aljustrel e “integrado no quadro de convívios do desporto escolar distrital”. A organização da iniciativa, que se destinou a alunos com idades entre os sete e os 15 anos, teve a colaboração do Grupo de Educação Especial. De acordo com os organizadores, “toda a Escola Básica do 2.º e 3.º Ciclos Dr. Manuel de Brito Camacho foi mobilizada para apoiar os atletas nas suas prestações”, tendo-se “vivido a verdadeira escola inclusiva pela comunidade educativa”. “Foi evidente a alegria dos participantes, foi contagiante, mobilizou os restantes alunos, assistentes operacionais e professores, para verem a prática da mobilidade de desporto adaptado, que só este ano começou a ser praticado nos agrupamentos”, concluem.


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.