Ediçao N. 1564

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Este país é para velhos Três histórias de vida no Ano Europeu para o Envelhecimento Ativo Págs. 6/7

O “DA” está no canal 475 5 3 3 do MEO SEXTA-FEIRA, 13 ABRIL 2012 | Diretor: Paulo Barriga Ano LXXX, No 1564 (II Série) | Preço: € 0,90

Grupo multinacional suíço quer vender peças para aviões em Beja

Apenas 2 600 passageiros utilizaram o aeroporto de Beja no último ano JOSÉ FERROLHO

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Vila Verde de Ficalho

Uma terra no fim do caminho

Concurso seleciona oito praias alentejanas Troia, Comporta, Carvalhal, Ilha do Pessegueiro, Almograve, Zambujeira do Mar, Furnas e Tapada Grande são as praias da região selecionadas para o concurso “7 maravilhas de Portugal”. Infografia nas págs. 16/17 PUB

Vila Verde de Ficalho. Mesmo junto à fronteira com Espanha, no concelho de Serpa, subsiste uma das mais tradicionais aldeias do Baixo Alentejo. Em tempos terra de negócios e de contrabandos, hoje Ficalho luta contra a desertificação humana e pela fixação dos jovens. Há um mês inauguraram um centro de cultura e multimédia. Para manter os resistentes ligados ao mundo. págs. 4/5

PS disputa sucessão de Pita Ameixa

Obras paradas na unidade de biomassa de Ferreira

Pedro do Carmo e Hélder Guerreiro andam há vários meses a contar espingardas para a eleição da Federação do Baixo Alentejo do PS. Uma corrida ombro a ombro de dois candidatos que querem romper com o passado. pág. 8

Há já várias semanas que as obras na unidade de gaseificação de biomassa de Ferreira do Alentejo estão paradas. Diferendo entre os dois investidores estará na origem da interrupção. Projeto ronda os 17 milhões de euros. pág. 11


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Editorial Abril

Vice-versa O processo para a atribuição das medalhas do município está a ser “consensualizado quer na autarquia, quer na Assembleia Municipal para que seja evitada a reprovação da proposta de atribuição de medalhas. Existem vários nomes em cima da mesa, alguns que a CDU não aceita e outros com que o PS não concorda [mas] este processo está a ser tratado de forma tranquila”. Jorge Pulido Valente, citado pela Rádio Planície

Paulo Barriga

“O presidente da câmara não levou em consideração o que foi aprovado neste encontro [reunião de câmara dia 2], decidindo reunir, no dia a seguir, com os grupos políticos da Assembleia Municipal. Não está a proceder corretamente, uma vez que a reunião informal, com os seis vereadores, foi altamente construtiva, muito consensual, tendo os autarcas que estiveram presentes manifestado a preocupação de que não se banalizasse o processo” [mas entretanto] Jorge Pulido Valente [está] a “alterar o procedimento” e a “desrespeitar” os vereadores.

E

m nome do equilíbrio das contas públicas e da competitividade da economia nacional, o Governo, nesta sua assumida versão de marioneta obediente, anda com vontade de abolir do calendário alguns feriados. Quatro. Dois que a Igreja há de escolher de entre o seu rosário pessoal. Outros dois provenientes do paganismo histórico ou cultural. Destes últimos, aqueles que parecem mais em risco são o dia em que celebramos o fim da realeza. O outro, o dia em que sovámos os espanhóis em definitivo e selámos a nossa independência. Ou seja, em nome da mais comovedoramente patética das medidas inscritas no memorando de desentendimento entre a troika e os povo de Portugal, vamos deixar cair dois dos principais padrões que nos recordam a nossa identidade, a nossa revolta, a nossa soberania, a nossa diferença e o direito que a ela temos: à diferença. Qualquer mancebo de Belém ou de São Bento sabe que a extinção destes feriados é uma medida do campo da sonsice e da hipocrisia. Mero show-off. Que não acrescenta nem mais um único parafuso à nossa máquina produtiva. E apenas nos apequena em termos de soberania. Não deixa de ser curioso o facto de o Governo, embora cheio de vontadinha, ter colocado logo de parte a possibilidade de apagar o 1.º de Maio ou o 25 de Abril. O povo é – tem sido – sereno. Mas a governança não sabe até que ponto pode ir a sua brandura. No fundo, explora-o, expolia-o, mas receia-o. E teme-o porque sabe que, de quando em vez, quando espremido para lá do tolerável, o povo, a candura lusitana, acaba por ser ferozmente fatal para os seus oprimentes. Tal como aconteceu a 1 de dezembro de 1640. Tal como aconteceu a 5 de outubro de 1910. Tal como aconteceu a 25 de abril de 1974. Tal como poderá muito bem acontecer num destes dias. E aí, em vez de nos livrarmos de alguns feriados, teremos de acrescentar nova data aos festejos da nação. Com direito a foguetório, bombos e a bonecos cabeçudos. Titanic Acontece sempre que o homem tenta dar a passada mais larga do que a sua própria perna. O precipício não faz parte dela, é a própria História da Humanidade. E os passos em frente são, afinal, meros episódios, simples alegorias, dessa mesma História. O Titanic naufragou há 100 anos.

Miguel Ramalho, citado pela Rádio Planície

Fotonotícia

Fronteira. Não se vê na foto. Mas até podemos adivinhar. Do outro lado da estrada existe uma placa exatamente igual a esta que anuncia Portugal. A única diferença é que diz Espanha. E qualquer viajante que por lá passe pode ler: Espanha. Tal como não acontece com a desolação da entrada em Portugal pela fronteira de Vila Verde de Ficalho. Onde símbolos hitelerianos substituem o nome do nosso País. Isto para não falar das ruínas das antigas instalações alfandegárias. Isto para não falar na qualidade da estrada. Isto para não dizer que a nossa vocação europeia está aqui otimamente espelhada: não existe! PB Foto de José Ferrolho

Voz do povo O que pensa dos cortes dos subsídios de férias e Natal até 2014?

Ana Paula Santos, 50 anos, escriturária

Que quer que lhe diga? Não é uma boa medida, para ninguém. O bom era que todos vivêssemos bem, que tivéssemos um ordenado cada vez melhor e com todas as regalias a que temos direito, porque com esta medida o País não anda para a frente. Não é com pobreza que se resolve as questões económicas dos países e muito menos num país da Europa.

Lídia Coelho, 47 anos, proprietária de uma loja de vinhos

Não concordo. Não é tirando a quem tem pouco que vão conseguir alguma coisa. Deviam começar por eles. Reduzir os subsídios que ministros, deputados e secretários de Estado têm e não precisam… eles diminuíram os ministérios mas depois aumentaram não sei quantos secretários de Estado. Se o Governo começasse por aí os nossos cortes talvez servissem para alguma coisa.

Evanuza Lima, 31 anos, desempregada

Está mal, está muito mal. Se os trabalhadores trabalham todos os dias têm direito aos seus ordenados e ao subsídio de férias e de Natal. Não é com essas medidas que vão conseguir melhorar o País. Assim desanimam ainda mais o povo. As pessoas que trabalham têm que ganhar. E depois as pessoas estão à espera desse dinheiro para orientarem a vida e ele não vem.

Inquérito de Ângela Costa

Maria Alegria, 61 anos, reformada da função pública

Eu falo por experiência própria. Em 36 anos que trabalhei na Segurança Social nunca senti uma coisa destas, nem no tempo do fascismo. Comecei a trabalhar em 1971 e sempre recebi subsídio de férias e de Natal. O que se passa em Portugal é que são todos uns mafiosos que só querem é tirar. Enquanto não acabarem com esta corrupção e com esta máquina de Estado pesada e começarem do zero não vamos a lado nenhum.


Rede social

Semana passada DIA 9, SEGUNDA-FEIRA ODEMIRA GNR DETÉM SUSPEITOS DE TRÁFICO DE DROGA E APREENDE HEROÍNA E COCAÍNA Três suspeitos de tráfico de droga, com idades entre os 38 e os 50 anos, foram detidos pela GNR em Odemira e Setúbal, tendo os militares apreendido 300 doses de heroína e 77 de cocaína. Em comunicado, o Comando Territorial de Beja da GNR adiantou que as detenções foram efetuadas no âmbito de duas buscas domiciliárias nos concelhos de Odemira e de Setúbal. As buscas foram realizadas pelo destacamento Territorial de Odemira, “no seguimento de uma investigação no âmbito de um processo-crime por tráfico de estupefacientes”, acrescenta a força de segurança. Os detidos são duas mulheres, uma delas portuguesa, de 38 anos, e a outra estrangeira, com 45 anos, e um homem português, de 50 anos. Na operação, os militares da GNR apreenderam 300 doses de heroína, 77 doses de cocaína, 945 euros em dinheiro, 12 telemóveis e uma arma de fogo ilegal, assim como “diversos artigos relacionados com o crime em investigação”.

BEJA 94.º ANIVERSÁRIO DA BATALHA DE LA LYS O Regimento de Infantaria n.º3, em conjunto com o Núcleo de Beja da Liga de Combatentes e outras entidades militares e civis de Beja, assinalou o 94.º aniversário da Batalha de La Lys, também conhecida como Dia do Combatente. Os militares homenagearam “todos aqueles que ao longo da História Pátria perderam a vida ao serviço de Portugal”. O evento teve lugar no talhão do combatente do Cemitério de Beja.

MÉRTOLA ESTAÇÃO DE SERVIÇO PARA AUTOCARAVANAS NA MINA DE SÃO DOMINGOS A Mina de São Domingos, no concelho de Mértola, dispõe desde o início da semana de uma estação de serviço multiusos para autocaravanas. Eletricidade, água e esgotos são os serviços que são disponibilizados nesta estação. Com a instalação desta estrutura, a Fundação Serrão Martins e a Câmara Municipal “pretendem melhorar as condições e os serviços básicos para as centenas de autocaravanistas que durante o ano visitam a Mina de São Domingos e o concelho de Mértola, e simultaneamente contribuir ativamente para a proteção e respeito pelo ambiente”, adianta a autarquia. O investimento, da responsabilidade da Fundação Serrão Martins e da câmara, rondou os 5 000 euros.

DIA 10, TERÇA-FEIRA

3 perguntas a Filipe Palma

Vogal executivo do InaAlentejo– Programa Operacional do Alentejo Como encara a nomeação para o cargo de vogal executivo do InAlentejo, em substituição de Fernando Caeiros?

A proposta de nomeação resulta de votação que os municípios alentejanos e da Lezíria efetuaram no dia 3, em Castro Verde, por forma a promover a substituição de Fernando Caeiros. Tal facto deveu-se às regras de gestor público implementadas pelo Governo que obrigam ao detentor do cargo ser portador de grau académico de licenciatura. Como é óbvio sou completamente alheio a estas medidas e “a talhe de foice” a minha licenciatura é da mesma escola onde se licenciou o atual Presidente da República. É pois com grande responsabilidade que encaro o resultado desta votação: por um lado, por substituir o Caeiros, meu amigo, que sabemos desempenhou o cargo com saber e profissionalismo, por outro, porque irei trabalhar para o desenvolvimento da nossa região, integrado num órgão colegial e em diálogo com as comunidades intermunicipais, autarquias e demais promotores/beneficiários do programa regional.

Calha-me sempre a mim fazer a serenata São dezenas de milhar os visitantes que todos os anos acorrem a Serpa para, no domingo de Páscoa, assistirem ao Cortejo Histórico e Etnográfico. É, claramente, o momento alto dos festejos tradicionais da Cidade Branca.

O carvão é da Amareleja, mas o burro é meu Centenas de figurantes desfilam pelas artérias principais de Serpa recriando antigas profissões, hábitos e costumes locais. Aqui segue o carvoeiro, apregoando carvão de azinho, e o animal até nem fez birra. Ajudou à festa.

Quais são as suas prioridades?

Contribuir para a boa execução do programa regional. Para tal é necessário que os projetos já aprovados e a aprovar visem o nosso desenvolvimento e reforcem a coesão, tanto económica como social e territorial. Não basta executar, é preciso validar a despesa efetuada, uma vez que a não validação se torna muitas vezes um obstáculo ao sucesso do programa.

Ó mestre, as botas têm pelo menos um número a menos O tempo também ajudou ao defile e até exigiu abrigo para as cabeças. Este cliente de sapateiro não se importou de levar para a rua uma carapuça marroquina. E, pelos vistos, não houve quem se divertisse tanto como ele.

BEJA DESIDÉRIO VILAS LEITÃO DEIXA COMANDO DO RI3 O coronel de Infantaria Desidério Vilas Leitão deixou o comando do Regimento de Infantaria n.º 3, em Beja. Vilas Leitão tomou posse a 26 de Junho de 2010 substituindo no comando o coronel Fernando Figueiredo. Desidério Vilas Leitão foi nomeado para uma missão em Angola onde vai trabalhar na assessoria ao Chefe de Estado-maior do Exército num projeto de cooperação entre os dois países, noticiou a Rádio Pax. Vilas Leitão garante que “foi uma honra servir o Regimento de Infantaria n.º3” e que deixa Beja com “a serenidade do dever cumprido”.

DIA 12, QUINTA-FEIRA BEJA SEMINÁRIO “PREVENÇÃO DO PERIGO – (IN)DEPENDÊNCI@AS” As “(in)dependências” informáticas, alimentares e de substâncias de crianças e jovens e o percurso de “vítima a agressor” foram debatidos no seminário “Prevenção do Perigo –(In)Dependênci@as”. O seminário, promovido pela Comissão de Proteção de Crianças e Jovens em Perigo de Beja, destinou-se a professores, estudantes, pais e encarregados de educação e profissionais e técnicos interessados. Através do seminário, a organização pretendeu “divulgar os meios e formas de atuar conjuntamente para proteção dos direitos da criança e do jovem” e “proporcionar uma troca de experiências com especialistas das várias áreas de intervenção” das comissões de proteção de crianças e jovens.

E que tipo de desafios pensa encontrar no desempenho das novas funções, tendo em conta as várias sensibilidades envolvidas e o atual contexto de crise?

A região Alentejo, juntamente com as regiões Centro e Norte, mantém-se como região convergência, o que nos traz benefícios em termos de acesso aos fundos comunitários, embora tal signifique que ainda não atingimos um patamar de desenvolvimento que todos ambicionamos. Aliás, esta é a razão para a integração, para este fim, da Lezíria do Tejo na região Alentejo. Também não devemos esquecer que os municípios e suas associações são parceiros e atores estratégicos no território, nomeadamente para a promoção do desenvolvimento regional, crescimento e emprego, necessitando para tal de meios financeiros apropriados e de elevado montante que os fundos comunitários disponibilizam. Dizer ainda que não me preocupa a questão da administração central versus administração local, nem tão pouco as variadíssimas sensibilidades territoriais e políticas deste nosso vastíssimo território. E exatamente por estarmos em contexto de crise bastante grave, permito-me terminar com um lema que me acompanha: “Unir para avançar, nunca dividir para reinar”. NP

A malta foi trajada de Alentejanos para não ser reconhecida Estes é que não faltam a uma. Haja festa que as guitarras jamais de cansarão. Nem as vozes. O mais viajado dos grupos musicais do Alentejo, que por acaso até se chama Alentejanos, cantou e cantou e cantou. E fartou-se de fazer cantar.

Quem é que nos está a assobiar aí atrás? São o grosso da coluna, as mulheres que antes da mecanização faziam os trabalhos duros do campo. Ceifeiras e mondadeiras é vê-las aos molhos no cortejo de Serpa. Estas três vão bem aconchegadinhas debaixo de xailes de lã de ovelha.

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A malta mais nova vai toda para o estrangeiro. Não há trabalho. Nessas fazendas, onde punham muito pessoal a trabalhar, agora está lá uma pessoa por causa das cercas e do aramado”. Bento Figueirinha

Vila Verde de Ficalho O

dia é de azáfama. São muitas as pessoas que se vão vendo pelas ruas. Apesar de ser feriado municipal no concelho de Serpa, em Vila Verde de Ficalho não parece dia de descanso. A terra prepara-se para receber mais uma edição das festas em honra de Nossa Senhora das Pazes e São Jorge. A decoração e a iluminação das ruas estão a ser postas, o palco está a ser montado, o carrocel por trás da igreja matriz está por agora parado, mas pronto a receber as crianças da terra e as visitantes durante os cinco dias de festa. É quase hora do almoço. Apesar da instabilidade do dia, ainda não choveu. Algumas ameaças, aqui e ali, mas nada que assuste quem ande na rua a esta hora. Mesmo antes da pausa para almoçar, os homens de Ficalho reúnem-se para beber um copo ou petiscar qualquer coisa. Sem denunciar, à primeira vista, que se trata de um lugar de reunião masculino, o entra e sai de homens em conversas animadas, ou para vir fumar um cigarro à rua, adivinha o que vai lá dentro. É a Taberna do Valério, assim se chama o espaço. O nome herdou-o do antigo dono. Taberna, continua a sê--la. Quem está hoje à frente do espaço, “desde que começou o euro”, é Bento Figueirinha, 66 anos e antigo guarda-fiscal. Apesar de ter a casa quase cheia, com 12 homens que se dividem entre o balão e as mesas, os petiscos e o vinho, lamenta-se da crise. “Sente-se a crise. Tem sido pior. Às vezes azeda o vinho, e eu agora não posso beber, tá o baile armado”. O balcão de pedra corrida é um desfilar de copos de vinho e pratos de petisco. As conversas vão surgindo entre torresmos e batatas com sal, num espaço que parou no tempo, como todas as tabernas pararam e como Ficalho parou. “Esta terra está mais ou menos igual ao que era. As pessoas são as mesmas. Não mudou nada”. Mas se a terra está igual, para Bento Figueirinha “há pouca gente”. “A malta mais nova vai toda para o estrangeiro. Não há trabalho. Nessas fazendas, onde punham muito pessoal a trabalhar, agora está lá uma pessoa por causa das cercas e do aramado”. Apesar de haver pouca gente, o negócio não vai correndo mal e os copos de vinho vão-se vendendo. “A 25 cêntimos cada um chamam-lhe um figo. E isto ao fim de semana sempre mexe um bocadinho”. Quanto ao futuro, o antigo guarda-fiscal não vê nada de bom. “Nada para melhor. Não há trabalhos. Algum fundo de desemprego é que aguenta isto”. Nuno Fortunato fez o percurso inverso dos jovens de Vila Verde de Ficalho. Dono de um restaurante do outro lado da fronteira até há pouco tempo, abriu uma papelaria há cerca de uma semana. Apesar de ser recente, o negócio está a ser bem recebido pelas gentes da terra. “Em todo o lado a gente envelhecida é um facto. Mas os novos têm que mover um bocadinho a terra e fazer alguma coisa pela terra. Penso que, cada vez mais, temos que ser nós jovens a dinamizar estes locais senão ficam esquecidos com a idade avançada das pessoas. O pessoal jovem vai-se embora, aqui não há trabalho, mas vamos tentando dar um pouco mais de vida a estes locais”. O dono da recente papelaria defende o regresso dos mais jovens a estas terras. Para Nuno Fortunato “se o pessoal novo voltasse e tentasse apostar e criasse algum movimento, algum trabalho e algumas iniciativas” as coisas poderiam melhorar. “Penso que está a

Espanha é mesmo ali ao lado

O lugar dos que partem e dos que voltam

Bem junto à fronteira com Espanha fica Vila Verde de Ficalho, freguesia de Serpa. Tendo sido inaugurado há pouco mais de um mês um centro de cultura e multimédia, com acesso às novas tecnologias para manter as pessoas ligadas ao mundo, os que por aqui ficam e regressam são cada vez mais velhos, com os mais novos a partirem. Texto Marco Monteiro Cândido Fotos José Ferrolho

acontecer um pouco, mas é algo que leva tempo, porque as oportunidades são poucas e há muita dificuldade financeira”. Quanto ao futuro, Nuno Fortunato está esperançado. “Se houver iniciativa, apoio e vontade das pessoas, pode ser que a vida melhore um pouco”. Vila Verde de Ficalho é a freguesia do concelho de Serpa mais longe da sede concelhia. São 30 quilómetros, mais alcatrão, menos alcatrão. Com a serra da Adiça sobranceira e silenciosa, figura dominante sobre Ficalho, a vida corre, apesar das dificuldades, com vigor pelas ruas da terra. As festas estão a chegar e, com elas, as visitas e há que ter tudo pronto. Maria de Lurdes Almeida pinta a frente da sua casa para ter tudo impecavelmente imaculado. Com 70 anos, viveu mais de 40 fora, no Barreiro, onde ainda mantém a sua morada permanente. Hoje, encontra a sua terra diferente. “Nalguns aspetos, melhor. Mas há pouca juventude. A maioria vive das reformas e dos postos de trabalho que são poucos. Nos trabalhos do campo começaram a dar dinheiro às pessoas para não semearem, para não pescarem. É muito complicado”. De conversa fácil, Maria de Lurdes vai desfiando o que pensa da sua terra. E o que vê é que as pessoas não conseguem manter a qualidade de vida. “Se for um reformado com 400 ou 500 euros, e tiver a casa paga, ainda consegue sobreviver. Pessoas que pagam rendas de casa, com dois filhos, se ganharem 500 euros, como é que vivem? É complicado. Já esteve melhor enquanto os mais novos podiam trabalhar. Agora envelheceu tudo”. Quando saiu de Ficalho, Maria de Lurdes foi em busca de melhores condições de vida. Hoje, os tempos são parecidos, apesar da mentalidade das pessoas ser diferente. “As pessoas hoje, em vez de fazerem uma casa, fazem um palacete, e, daqui a nada, estamos outra vez todos a viver num quarto. A explosão foi de uma maneira e agora está a voltar atrás de outra”. Francisco Albino Valente é sargento reformado da guarda-fiscal. Com 68 anos, lembra-se que, antigamente, havia muito mais gente em Vila Verde de Ficalho. “Quando eu era moço, raras eram as pessoas que emigravam, que saíam daqui. Eu tenho dois filhos, são os dois professores, nem um, nem outro, estão cá. As pessoas vão à procura de melhores condições de vida”. Quanto ao futuro da sua terra, os palpites são incertos, mas Francisco lá reconhece que “a coisa não está boa”. “Isto é uma zona totalmente rural, agrícola e, em qualquer parte do mundo, quanto mais agrícola for, mais pobre é. Pior. Ainda para mais, este ano, temos esta desgraça de não chover”. Sónia Caraça espera pelas duas filhas que brincam no parque infantil. Com 33 anos, considera que a sua terra está envelhecida, podendo estar melhor se houvesse mais trabalho. Para Sónia, o principal problema é a falta de trabalho e a consequente saída das pessoas. “Os jovens vão-se todos embora daqui. Eu não trabalho, o meu marido não trabalha. Estou aqui há 10 anos, vivo do rendimento mínimo e isto é muito complicado”. Sair de Ficalho é uma hipótese, mas com filhos é sempre mais complicado. “Tenho visto pessoas que emigram e que depois voltam por causa dos filhos. Se fosse sozinha com o meu marido talvez fosse mais fácil”. De mãos dadas com as duas filhas lá vai, entre as risadas das mais pequenas.


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Palmira Guerreiro Presidente da Junta de Freguesia de Vila Verde de Ficalho

Considera que os presidentes de junta têm mais responsabilidades e menos margem de atuação?

Temos mais responsabilidades e menos recursos financeiros. E menos capacidade de nos ouvirem. Neste momento somos muito mal tratados. Nós, os autarcas de freguesia, principalmente nas freguesias rurais, temos um papel fundamental em termos sociais. No meu primeiro mandato achava que fazíamos parcerias e conseguíamos resolver as situações. Neste momento as coisas estão muito complicadas. Há muitas necessidades na parte social, os recursos financeiros são cada vez menos e cada vez nos é exigido mais. De qualquer forma, penso que somos o elo e a parte que mais favorece as populações em questões de proximidade e de apoio, principalmente nestas freguesias rurais, com populações idosas.

Festas de Vila Verde de Ficalho Começaram ontem, quinta-feira, e duram até ao próximo dia 16, segunda-feira, as festas de Vila Verde de Ficalho em honra de Nossa Senhora das Pazes e São Jorge. Sendo dias que muita gente trazem às ruas da terra, o destaque deste ano vai para a noite de sábado com um concerto de homenagem ao letrista, descendente de Ficalho, João Monge. O concerto vai contar com as presenças de Rui Veloso, Tim, Nuno Guerreiro, João Gil, Paulo Ribeiro, Nancy Vieira e Manuel Paulo. No domingo acontece também a muito celebrada procissão em honra de Nossa Senhora das Pazes.

E com uma população envelhecida as questões sociais ainda se tornam mais complicadas…

A população aqui é muito envelhecida porque nascem poucas crianças e depois porque mesmo as pessoas que tinham saído da nossa freguesia para Lisboa ou para os arredores estão a regressar. E estão a regressar as pessoas mais velhas. Além da população que tínhamos, temos também os que estão a regressar às origens. O que é que ainda não conseguiu fazer em Ficalho?

Ainda não consegui mas ainda estou na luta. Porque acho que é uma necessidade premente e estamos na luta para a construção do lar. Essa, independentemente de eu continuar como autarca, vai ser um arregaçar de mangas e temos que construir. Penso que faz todo o sentido. Como é que vê o futuro da sua freguesia?

Eu acredito que risonho. Não vamos baixar os braços. Temos um percurso muito grande, temos raízes que não nos deixam parar. Acredito que estamos todos a passar por uma fase muito complicada a nível nacional. As freguesias não ficam de lado, porque já estão a sofrer na pele. A freguesia de Vila verde de Ficalho é muito importante, tem uma história muito antiga, tem raízes muito profundas. Penso que estamos preparados para a luta e vamos vencê-la.

As memórias guardadas Estando o seu acesso condicionado pelos dias de funcionamento da junta de freguesia, uma vez que é lá que está guardada a chave do mesmo, o Museu de Vila Verde de Ficalho, instalado na igreja de São Jorge, tem um acervo dividido em têm conjuntos: o arqueológico, com materiais recolhidos na freguesia em escavações, do Paleolítico até ao início do século XX; o etnográfico, com a presença de objetos ligados às atividades agrícolas da região e que caíram em desuso; e o de arte sacra, com objetos e alfaias religiosas provenientes da igreja de São Jorge e da ermida de Nossa Senhora das Pazes. No espaço que rodeia o museu é possível observar ruínas de várias épocas, desde o Neolítico final até ao século XV.

O aumento de população Estão a poucos quilómetros de Espanha. Como é a relação com os vizinhos espanhóis?

É excecional. Até tenho um genro que é espanhol. Rosal de la Frontera e Vila Verde de Ficalho têm uma relação quase de irmãos. Agora, é diferente, são notórias as diferenças. Apesar de estarem também com uma crise profunda, estão sempre melhores do que nós. Basta olharmos ao salário mínimo, à saúde e à educação.

A freguesia de Vila Verde de Ficalho, caso raro no panorama regional no que diz respeito às freguesias rurais, aumentou a sua população entre 10 a 20 pessoas, segundo a presidente da junta de freguesia Palmira Guerreiro. Este aumento, de acordo com a autrca, deve-se às pessoas originárias da freguesia que saíram para trabalhar e que agora, depois de reformadas, regressam à sua terra de origem. Segundo os dados provisórios dos Censos 2011, Vila Verde de Ficalho tem uma população residente de 1 459 pessoas, entre 738 homens e 721 mulheres.


Diário do Alentejo 13 abril 2012

JOSÉ FERROLHO

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Reportagem

Ano Europeu do Envelhecimento Ativo

Parar é morrer Em 2012 comemora-se o Ano Europeu do Envelhecimento Ativo e da Solidariedade entre Gerações. O “Diário do Alentejo” dá-lhe a conhecer as histórias de quem escolhe viver positivamente até ao fim, deixando o seu contributo, independentemente da sua idade. Este país é para velhos. Texto Bruna Soares

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Ano Europeu do Envelhecimento Ativo e da Solidariedade entre Gerações pretende chamar a atenção para a importância do contributo dos mais velhos na sociedade. O “Diário do Alentejo” foi à procura e encontrou quem resolve continuar a participar plenamente na sociedade, aproveitando da melhor forma o seu potencial e também o seu tempo livre. Correia das Neves apresenta-se com 82 anos e muita vontade de continuar a trabalhar. É um bom exemplo de quem não se resigna perante a idade. No seu escritório, em plena praça da República, em Beja, encontram-se livros, muitos livros e papéis, muitos papéis, espalhados pelas mesas. É aqui que passa grande parte do seu tempo, enriquecido com as pesquisas, com as leituras e as suas escritas. Homem que dedicou grande parte da sua vida ao Direito, à política, à investigação. A explicação para se manter tão ativo surge facilmente. E não existe nenhum segredo. Para Correia das Neves, “a resposta é mais científica do que meramente teórica” e afirma: “Está mais ou menos assente que a longevidade média nas mulheres é superior à dos homens. A das mulheres ronda os 82 anos e a dos homens, salvo erro, anda à volta 78 anos. Por outro lado, está assente que, apesar disso, o homem mantém-se ativo mais tempo. A vida ativa do homem é em média mais longa do que a da mulher, deixando concluir que o fator essencial é genético, é biológico”. Lembra, no entanto, que “é preciso juntar outros fatores”, nomeadamente “o modo de vida e a necessidade, por temperamento, de se ocupar psicologicamente e mentalmente”. Perante todos estes fatores Correia das Neves não tem dúvidas: “É possível que eu tenha mais essa ansiedade e até necessidade, para equilíbrio psicológico, mental e emocional, de continuar ocupado”. O costume, esse, também se lhe encontra vincado no corpo. “Habituamo-nos

desde cedo, designadamente quem tem uma carreira académica, ao estudo, à meditação, à reflexão. É um hábito que se cria. Também se trabalha por hábito. Há quem diga que é por vício, mas eu não gosto de usar essa palavra em relação ao trabalho, porque o trabalho é uma atividade útil”. Correia das Neves garante ainda que “há um problema de consciência”. “A vida é complexa, os mistérios da vida mantêm-se; a criação, quer da vida vegetal e animal, quer do universo, continua a incomodar-nos a todos, daí a tendência para refletir e para estudar. Esse é um problema que nos acode muito quando estamos nesta idade”. Encontra-se a escrever um livro. Tem outro pronto para ser editado, à espera que estejam reunidas todas as condições, uma vez que já existe vontade para que tal aconteça, e espera ainda fazer muitas coisas mais. “Existindo saúde, somática e psíquica, nós, mesmo sem querer, estamos sempre a ser solicitados para o estudo, para a meditação, para a leitura e até para a escrita. O escrever, quando não se faz profissionalmente, faz-se, pelo menos, por necessidade. Eu escrevo por gosto e por necessidade, que resulta da necessidade de ocupação, do sentir do dever de ser útil, não quer dizer que se seja, ou que se seja muito”, até porque, em sua opinião, “não é mau exemplo conseguir ser-se útil”. Correia das Neves não se queixa da idade, apenas da velhice. “Pode trazer limitações, doenças, fragilidades”. E, em relação a si e ao que quer para a sua vida, resume: “Costumo dizer que não quero morrer morto”. José Alfredo, 64 anos, reformado, por sua vez, encontrou no voluntariado o mote para participar ativamente na vida da sua comunidade. Encontrámo-lo de bata amarela envergada, percorrendo os corredores do Hospital José Joaquim Fernandes, em Beja. E longe já vão os tempos em

“Existindo saúde, somática e psíquica, nós, mesmo sem querer, estamos sempre a ser solicitados para o estudo, para a meditação, para a leitura e até para a escrita. O escrever, quando não se faz profissionalmente, faz-se, pelo menos, por necessidade. Eu escrevo por gosto e por necessidade, que resulta da necessidade de ocupação, do sentir do dever de ser útil. Costumo dizer que não quero morrer morto”. Correia das Neves

que percorria os vários montes da região, e não só, prestando apoio no setor da agropecuária. Agora o apoio que dá é outro. Auxilia, como pode, quem chega ou está internado no Hospital de Beja, contribuindo para ajudar a melhorar e a passar o tempo dos utentes. Fornece pequenos lanches, esclarece dúvidas, encaminha e conforta quem precisa. Foi esta a maneira que arranjou para se ocupar e garante: “É muito compensador”. É que afinal esta atividade também o reconforta a si, porque no jogo do

dar e receber, muitas vezes, o que se ganha é superior ao que se oferece. É voluntário há seis anos e a atividade, confidencia, “é para durar”. “Sou uma pessoa ainda das antigas. Vivemos hoje num mundo materialista. Mas a minha parte humana sempre esteve e continua a estar muito vincada. Na altura em que me reformei, por acaso, vim a uma consulta ao hospital e vi vários papéis sobre o voluntariado. Nesse momento pensei que tinha chegado a altura certa”, explica. Tem quase todos os dias da semana ocupados e sente, sobretudo, que continua a ser útil. “Se não estivesse aqui, não estava a fazer nada. Se calhar estava como muita gente está, por exemplo, nas Portas de Mértola [Beja], encostada às paredes e a ver quem passa, mas sobretudo a ver se o tempo passa”, afirma, entre sorrisos. José Alfredo dedica quatro dias da sua semana ao Hospital José Joaquim Fernandes. Dedica, na verdade, quatro dias aos outros. Sobra-lhe o fim de semana e um dia para tratar dos assuntos da família. “Estou aqui à segunda, à terça, à quinta e à sexta e sinto-me muito bem”. Nos corredores continuam a deambular os utentes em busca das salas de consulta. À porta os bombeiros esperam por quem foi ao médico. José Alfredo já conhece muitas das pessoas que chegam ao hospital. Troca uma palavra ou outra. Pergunta a quantas anda a saúde. Se as maleitas do corpo têm dado tréguas e com uma palavra e um sorriso encoraja a caminhada de quem se dirige ao balcão, para marcar exames ou para agendar uma nova ida ao médico. “Encontramos aqui pessoas que têm uma força de vontade impressionante. As pessoas agarram-se à vida com uma força comovente e nós acabamos por aprender com isso. São um exemplo e sinto-me um privilegiado por poder conhecer essa realidade. Claro que também existe o contrário, mas é para isso que nós cá estamos,


Elisabete Antónia

para encorajar, para dar uma palavra e um carinho. Esta é, sem dúvida, a melhor maneira para ocupar o meu tempo livre e para me sentir ativo. É bom estar aqui para ajudar quem precisa e, às vezes, até se recebe mais do que aquilo que se dá”. Quando se reformou nunca imaginou que a sua vida pudesse passar por aqui. Pensou em ir para Barrancos, sua terra natal, mas a vida trocou-lhe as voltas. Os filhos ficaram pela cidade e os netos, por consequência, também. E o apelo da família, embora ainda tenha uma parte em

Barrancos, acabou por falar mais alto. “Pensei em arranjar um bocadinho de terra e em me entreter por lá. Mas sinto-me bem e hei de acabar os meus dias por cá e, enquanto puder, estou no hospital. Vejo-me a fazer isto por muitos mais anos”. Quem nunca deixou de sentir o apelo da terra foi Elisabete Antónia. Numa tarde em que o tempo se embrulhou e o céu se pintou de cinzento encontrámo-la em Montes Velhos, concelho de Aljustrel, a tratar as suas couves, para posteriormente serem vendidas numa carrinha pelas terras vizinhas. Elisabete faz tudo, desde a plantação à comercialização, e no tempo livre, que é pouco, ainda arranja vagar para organizar excursões. “Levo muita gente a passear e a conhecer Portugal e não só”, conta com orgulho, enquanto caminha pela terra lavrada. “Se parasse, morria”, garante. É assim que encara a vida. Sempre a mexer. “Há mais de 20 anos que me dediquei à horticultura e não me imagino a deixar esta atividade, até porque a reforma que tenho é muito baixa e não dá quase para nada. Faço-o por gosto, mas também por necessidade”. Ainda assim, não se queixa, até porque garante que não tem tempo “a perder em lamentações”. No campo avistam-se várias couves plantadas. Outra das suas terras já está lavrada e futuramente lá nascerá melão, meloa e melancia. Tudo para vender com a chegada do verão. A abóbora já lhe ocupou grande parte do tempo e a época do tomate também está a chegar. “Avizinha-se muito trabalho pela frente e ainda tenho de organizar uma excursão aos Picos da Europa”, conta, entre sorrisos, a mulher que desde cedo se habituou a rir da vida. “Esta é uma forma de me entreter. Cada um tem a sua. Eu tenho esta. Toda a gente me conhece e toda a gente acaba por me comprar as coisas. Passo a vida assim. Nunca estou parada. É uma opção, mas

“Encontramos aqui pessoas que têm uma força de vontade impressionante. As pessoas agarram-se à vida com uma força comovente e nós acabamos por aprender com isso. São um exemplo e sinto-me um privilegiado por poder conhecer essa realidade. Claro que também existe o contrário, mas é para isso que nós cá estamos, para encorajar, para dar uma palavra e um carinho”. José Alfredo

acho que é uma boa escolha. Pelo menos no meu entender é”, considera. Chega à horta de manhã. Normalmente reserva as tardes para a venda, depende da época do ano. “Tenho tanta coisa para fazer que às vezes não tenho tempo para pensar. Vivo a vida de forma muito positiva e ainda bem que sou assim, isso ajuda-me muito”. Elisabete não se vê a deixar de trabalhar, embora já conte com 69 anos. “Sei que há muitas atividades para as pessoas que deixam de trabalhar, mas a minha vida é isto. Sou uma pessoa muito ativa

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JOSÉ FERROLHO

JOSÉ SERRANO

“Esta é uma forma de me entreter. Cada um tem a sua. Eu tenho esta. Toda a gente me conhece e toda a gente acaba por me comprar as coisas. Passo a vida assim. Nunca estou parada. É uma opção, mas acho que é uma boa escolha. Pelo menos no meu entender é. Tenho tanta coisa para fazer que às vezes não tenho tempo para pensar. Vivo a vida de forma muito positiva e ainda bem que sou assim, isso ajuda-me muito”.

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e faz-me confusão não estar ocupada, nomeadamente com o trabalho. Quando tiver de ser sei que não terei alternativa, mas hei de continuar até o corpo me deixar”. Paralelemente ao trabalho no campo, faz telefonemas para agências, é convidada a organizar passeios e o povo da zona agradece. “Toda a gente gosta de ir nas excursões da Elisabete. As pessoas gostam do meu feitio. Sou divertida. Apanhei o hábito de fazer excursões para ganhar mais algum, mas acabo por passear e por levar os outros a passear também”, diz despachada. Primeiro foi uma ida a Fátima, depois seguiram-se outras e a rota foi sempre aumentando e as distâncias também. “Já fiz viagens aos Açores, à Madeira, a Espanha, a tantos, tantos sítios, que já lhe perdi a conta”. Em média faz dez excursões por ano. “Ainda a semana passada fiz uma. Dez euros por pessoa, apesar da crise, toda a gente pode ir passear”, propagueia. O ditado “parar é morrer” parece assentar perfeitamente em Elisabete Antónia e confessa, enquanto vislumbra toda a sementeira: “Se o corpo me obrigar a ficar em casa sei que me vai custar muito. Tenho duas hérnias discais, quando me atacam mais tomo vários comprimidos. Acabam sempre por me passar as dores. Quando estou em casa sinto-me pior, tenho mais dores. Quando estou a trabalhar passa mais rápido. Gosto muito do campo”, confessa e, pela sua experiência, conclui: “Conheço pessoas que não estão ativas e que estão piores do que eu. Não oiço ninguém que não se queixe, quer trabalhe ou não. Por isso é melhor trabalhar”. Os fins de semana chegam-lhe para repousar. “Quando morrer tenho todo o tempo do mundo para descansar”, conclui, e de tão esclarecedor que é não há mais motivos para explicações. As histórias de quem não se imagina a parar. Depois dos 60 a vida continua. Ativa, como sempre.


Odemira debate cante alentejano

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O município de Odemira vai promover amanhã, sábado, a partir das 15 horas, uma tarde dedicada ao cante alentejano, com a realização de um colóquio e atuação de cinco grupos corais, no Cineteatro Camacho Costa, a propósito das comemorações do 25 de Abril. Sob o mote “Cante Alentejano – aspetos da sua preservação

Atual

e transmissão”, o encontro terá como convidados José Francisco Colaço Guerreiro, Antero Silva, e Pedro Mestre. Ao palco do Cineteatro Camacho Costa subirão os grupos corais de São Luís, de Odemira e de Vila Nova de Milfontes, para além do Grupo Coral e Etnográfico da Academia Sénior de Serpa e de Os Mineiros de Aljustrel.

“Porque a nossa proposta pretende ser inclusiva, porque é aberta a todos os baixo alentejanos, inovadora, porque os jovens são determinantes para uma região com futuro, e mobilizadora porque a implicação de todos num mesmo caminho é a base de hoje e amanhã”.

“A força do PS está na força de cada militante. (…) Só com as pessoas é possível construir soluções e combater problemas. E este é o momento para nos unirmos num projecto comum para o futuro do PS e da região Baixo Alentejo”. Pedro do Carmo, in Facebook

Hélder Guerreiro, in Facebook

Pedro do Carmo e Hélder Guerreiro contam espingardas

PS escolhe sucessor de Pita Ameixa Pedro do Carmo e Hélder Guerreiro são os candidatos à presidência da Federação do Baixo Alentejo do Partido Socialista. As eleições, que terão lugar a meados de junho, já mexem com o aparelho do PS e os dois autarcas acabaram agora um primeiro périplo pelo distrito para contactar os militantes do partido. Texto Aníbal Fernandes

N

o discurso é mais o que os une do que o que os separa. Para além disso, ambos são eleitos do Poder Local: Pedro do Carmo é presidente da Câmara de Ourique, Hélder Guerreiro é vice-presi-

dente no município de Odemira; o primeiro nasceu a 30 de abril de 1971 e o outro seis meses antes, a 21 de outubro de 1970. Guerreiro estudou no Politécnico de Beja, na Escola Superior Agrária, enquanto Carmo frequentou Direito na Universidade Moderna. São os dois casados. O autarca de Odemira foi o primeiro a apresentar a candidatura ao cargo, mas, ao tempo, ouviu críticas de Luís Pita Ameixa, atual presidente da federação socialista, que achou extemporâneo o seu anúncio. Por outro lado, Hélder Guerreiro apresentou-se a jogo com o apoio de uma lista de notáveis onde pontuam os nomes de Pita Ameixa e os presidentes de

câmara de Aljustrel, Beja, Mértola e Odemira. Pedro do Carmo disse ao “Diário do Alentejo” que a sua candidatura nasceu “debaixo para cima”, mas não deixa de se sentir “honrado” com o recente apoio de Francisco Orelha e de José Luís Ramalho, um ex-independente, que se inscreveu no PS para nele poder votar. Hélder Guerreiro não se incomoda com o facto de poder ser conotado com a elite socialista. Na pré-campanha percorreu o distrito, organizando sessões em todos os concelhos para se “dar a conhecer e recolher informações”. Contactou com cerca de três centenas de militantes e com as estruturas das mulheres

e dos jovens socialistas, tendo recolhido o apoio de Rui Faustino, líder da JS distrital. Do ponto de vista partidário, no centro dos debates esteve “a proximidade entre as três estruturas federativas” e a forma de “dignificar o papel dos políticos e dos partidos políticos” aos olhos dos cidadãos. Pedro do Carmo também se reuniu em todos os concelhos do Baixo Alentejo. “Uma conversa franca e aberta”, de onde trouxe “centenas de apoios e opiniões” que irão consubstanciar-se na moção a ser apresentada durante o mês de maio. A primeira tarefa que se apresentará a quem for eleito será, certamente, as eleições autárquicas.

Ambos defendem a realização das diretas para a designação dos candidatos socialistas. Pedro do Carmo vê esta nova prática com “agrado” e acha que isso “irá mobilizar os militantes e abrir o partido à sociedade civil”. No mesmo sentido vai Hélder Guerreiro que, apesar de reconhecer “riscos” neste processo, descortina “vantagens fantásticas” e considera ser “um avanço democrático e um exemplo que o PS dá ao País”. Os dois candidatos mostram-se “otimistas” quanto à vitória, e seja qual for o vencedor, no dia a seguir à eleição, contará “com todos”, independentemente dos apoios que tenham manifestado, para as tarefas eleitorais que se avizinham.

Câmara de Beja não chega a acordo

A difícil tarefa de atribuir medalhas

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discussão sobre os nomes das personalidades e instituições a serem distinguidas pelo município de Beja no Dia da Cidade foi adiada para a reunião do executivo, a realizar no próximo dia 18. O presidente da câmara, Pulido Valente, em declarações à comunicação social, considera que se pretende criar “à volta das medalhas um problema que não existe”, mas Miguel Ramalho, da oposição, acusa o autarca de “alterar o procedimento” acordado e de

“desrespeitar” os vereadores. A história conta-se assim: no início do mês, durante uma reunião informal do executivo, foram apresentados e discutidos, pelo PS e pela CDU, nomes de personalidades e instituições a serem distinguidas. Apesar de não ter havido entendimento entre as duas forças políticas, Miguel Ramalho considerou a reunião como “positiva e consensual”. No entanto, “a situação complicou-se porque o presidente

da câmara não levou em consideração o que foi aprovado neste encontro, decidindo reunir, no dia a seguir, com os grupos políticos da Assembleia Municipal”, disse o vereador comunista. Por seu lado, Jorge Pulido Valente explicou que o processo está a ser “consensualizado” quer ao nível da vereação, quer da Assembleia Municipal, para “evitar” o chumbo dos nomes, à semelhança do que aconteceu em 2011. O presidente da Câmara de Beja,

diz estarem vários nomes em cima da mesa, alguns dos quais a CDU não aceita, e outros que não recolhem a concordância do PS, mas que o processo vai continuar a ser tratado “tranquilamente e sem alvoroço”. Entretanto, os eleitos da CDU não participarão em “mais nenhuma reunião informal” e, segundo Miguel Ramalho, estão disponíveis para debater a questão numa reunião extraordinária da câmara, para que na reunião

ordinária de dia 18 “apenas fossem os nomes que merecessem consenso”. O vereador comunista acusa o presidente da câmara de não estar “a proceder corretamente”, já que a reunião entre os seis vereadores foi “altamente construtiva, muito consensual e onde os autarcas estiveram preocupados em que não se banalizasse o processo”. A lista de nomes que sair da câmara carece de aprovação posterior em sede de Assembleia Municipal.


JOSÉ FERROLHO

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“O Museu tem sido usado contra a CM Beja”

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Mário Simões propõe gestão empresarial para o monumento

O Museu não pode ser arma de arremesso político “Deixo um apelo ao presidente da Câmara de Beja para que se focalize neste problema e que, com bom senso, ajude a encontrar uma solução para o Museu Regional de Beja”. As palavras são do deputado do PSD, Mário Simões, depois de uma visita que efetuou esta quarta-feira ao Museu Rainha D. Leonor, acompanhado por António Sebastião, presidente da Assembleia Distrital, José António Falcão, diretor do Departamento Histórico e Artístico da Diocese de Beja, e António Inverno, membro da Academia das Belas Artes. Texto Carlos Júlio

A

atravessar uma profunda crise financeira, o Museu Regional de Beja, tutelado pela Assembleia Distrital, tem 12 funcionários com salários em atraso e com uma situação muito complexa. António Sebastião, que preside à Assembleia Distrital de Beja, considera que “a melhor solução” seria a transferência da sua tutela para a Câmara de Beja, uma opção que tem sido recusada pelo município, por falta de “condições financeiras”. Mário Simões, em declarações ao “Diário do Alentejo”, defende que é preciso agir em duas frentes. “Uma a curto prazo e que depende do bom senso dos responsáveis autárquicos – sobretudo do presidente da Câmara de Beja, que é uma das figuras centrais em todo este processo –, que têm que compreender que o museu e os seus trabalhadores não podem servir de armas de arremesso político e que têm que assumir as

suas responsabilidades”. Para o deputado social-democrata, é “estranho que Pulido Valente quando era presidente da Câmara de Mértola se recusasse a pagar a sua quota-parte para o museu, dizendo que essa responsabilidade era da Câmara de Beja, e agora defenda que essa mesma responsabilidade deve ser diluída pelos outros parceiros”. Em causa está também a decisão tomada recentemente pela Câmara de Beja, com os votos contra da CDU, de diminuir a sua contribuição para a Assembleia Distrital em 70 por cento relativamente ao ano passado. “É preciso que a Câmara de Beja reponha o orçamento que aprovou e que previa apenas uma redução de 25 por cento das transferências para a Assembleia Distrital”, defende Mário Simões, sublinhando que “aquilo de que estamos a falar são trocos”. “No ano passado a câmara transferia 16 mil euros mensais, este ano, com a redução de 25 por cento proposta no orçamento, ficaria em 12 mil euros. Ora a câmara pretende apenas transferir 4 700 euros por mês, o que não faz sentido”, diz, uma vez que “o museu localiza-se em Beja e grande parte das suas mais-valias ficam em Beja”. Para além “do curto prazo” é preciso “pensar uma solução mais definitiva para o museu”, diz Mário Simões, que preconiza a constituição de “uma estrutura de base, eventualmente associativa, em que a Câmara de Beja tivesse uma parte do capital, mas que associasse a ela outras entidades” que pudessem ajudar a viabilizar o projeto, “criando sinergias, numa lógica de gestão empresarial, que poderia ter mesmo

uma dinâmica internacional, uma vez que o museu tem peças de muito valor que empresta, regularmente, para o estrangeiro”. Confrontado pelo “Diário do Alentejo” com a possibilidade, desejada por muitos, de o Museu Regional de Beja poder vir a integrar a Rede de Museus do Estado, Mário Simões disse que o diretor do museu, José Carlos Oliveira, esteve recentemente reunido com o secretário de Estado da Cultura, Francisco José Viegas, tendo esta solução sido afastada. “Num momento em que a estratégia do Governo passa por entregar, mediante acordos diversos, vários museus aos municípios, considerando que é a gestão mais correta, não faz sentido encarar essa possibilidade”, refere o deputado social-democrata. Mário Simões destaca ainda “o amor, o voluntarismo e a dedicação dos trabalhadores” do museu, que, apesar das dificuldades, estão “muito motivados”. E dá como exemplo o facto de serem eles próprios a assegurarem a limpeza do museu, uma vez que a empresa contratada para o efeito rescindiu o contrato por falta de pagamento. O deputado do PSD revela ainda que “nos próximos dias virá a Beja o presidente da Academia Nacional de Belas Artes para conhecer a situação concreta do museu e ajudar a preparar uma estratégia de futuro” e que “existem condições, aliás sublinhadas por José António Falcão, para um maior envolvimento da sociedade civil e de outros parceiros, como a Igreja ou a Misericórdia, etc., na procura de soluções de fundo para o Museu de Beja”, que é preciso saber aproveitar.

uvido pelo “Diário do Alentejo”, o presidente da Câmara de Beja contra-ataca e devolve as acusações a Mário Simões. “A situação do Museu Regional tem sido utilizada por alguns presidentes em fim de mandato, putativos candidatos a Beja, contra o atual executivo camarário. Isso é o que tem acontecido. Eu gostaria de ter condições financeiras e legais para resolver o problema do museu, mas infelizmente não tenho. Sempre defendi, de facto, que o museu passasse para a tutela da câmara. Por que é que isso não foi feito quando havia meios financeiros suficientes? Mesmo que hoje quisesse colocar na câmara nem que fosse apenas um funcionário do museu não podia. A lei impede que o faça e obriga a uma redução entre dois a três por cento do pessoal da câmara”, diz Pulido Valente. Sobre a redução em 70 por cento das transferências para o Museu Regional, decididas pela autarquia, Pulido Valente diz: “Pelas contas que fizemos é esse o valor máximo que podemos transferir este ano para a Assembleia Distrital e, neste momento, não podemos afetar mais do que essa verba”, até porque a “câmara está impedida, pela chamada lei dos compromissos [que obriga as administrações públicas à assunção de compromissos com base em previsões de receitas], a fazer transferências para as quais não tenha receitas previstas. Os cortes que fizemos nas transferências acontecem com o museu, como com tudo o resto”. O presidente da Câmara de Beja considera que “não está em causa a importância do museu ou da sua necessidade para a cidade e para a região”, mas que é preciso que o “seu orçamento seja totalmente reformulado, encontradas outras formas de financiamento, que podem passar pela rentabilização do seu património, e feita uma nova distribuição dos encargos do museu diferente da que tem existido até aqui”. Pulido Valente defende ainda que a melhor opção, neste momento de contração económica e financeira, é a passagem do museu para a tutela da Comunidade Intermunicipal do Baixo-Alentejo (Cimbal) e revela que pediu ao presidente da Assembleia Distrital, António Sebastião, para convocar “com caráter de urgência” uma reunião daquela entidade “para debater e discutir o futuro do Museu Regional”. Esta reunião vai ter lugar já esta segunda-feira e o presidente da Câmara de Beja espera “que do debate e da reflexão conjunta possam aparecer respostas para este problema, que não foi a Câmara de Beja que criou, mas que é preciso que seja resolvido com o contributo de todos”. CJ

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Aquilo de que estamos a falar são trocos. No ano passado a câmara transferia 16 mil euros mensais, este ano, com a redução de 25 por cento proposta no orçamento, ficaria em 12 mil euros. Ora a câmara pretende apenas transferir 4 700 euros por mês, o que não faz sentido”. Mário Simões


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Suíços da Jetlease querem vender peças de aviões em Beja

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grupo multinacional suíço Jetlease está interessado em instalar um hangar para venda de peças de aviões em segunda mão certificadas no aeroporto de Beja, adiantou à Lusa o diretor da infraestrutura aeroportuária alentejana. A intenção do grupo Jetlease é construir no aeroporto da cidade alentejana um hangar, que, “em última instância”, servirá para “venda de peças em segunda mão certificadas”, revelou Pedro Beja Neves. Segundo o responsável, a venda das peças poderá envolver “um negócio de desmantelamento de aviões”, mas o grupo quer, sobretudo, dinamizar no aeroporto de Beja “um local de venda por excelência de peças de aviões em segunda mão, devidamente certificadas”. O grupo Jetlease tem estado em “conversações preliminares” com a ANA – Aeroportos de Portugal desde agosto de 2011 e, agora, as duas entidades vão começar a “aprofundar as conversas” para “verificar em que medida é possível viabilizar o negócio”, disse Pedro Beja Neves. Na terça-feira, uma delegação do grupo Jetlease visitou o aeroporto de Beja e reuniu-se com a ANA, disse o responsável, referindo tratar-se de uma “primeira reunião de negociação”. O projeto do grupo Jetlease é o segundo da aérea da indústria aeronáutica previsto para o aeroporto de Beja, após o da empresa Aeromec, que prevê construir um hangar para manutenção de aviões, num investimento de cinco milhões de euros.

Aeromec constrói hangar de manutenção ainda este ano A empresa portuguesa Aeromec deverá começar a construir no segundo semestre deste ano um hangar de manutenção de aeronaves no aeroporto de Beja, num investimento de cinco milhões de euros. O projeto “já foi apreciado pelas diversas entidades” competentes e há “firmes expetativas” de que a construção do hangar de manutenção de aeronaves comece “no decorrer do segundo semestre” deste ano, adiantou o diretor do aeroporto de Beja, Pedro Beja Neves. Segundo o responsável, o projeto poderá criar “cerca de 150 postos de trabalho”. A construção e a exploração do hangar de manutenção de aeronaves estão previstas num acordo assinado entre a ANA – Aeroportos de Portugal e a Aeromec, que se apresenta como “uma das maiores empresas de manutenção de aeronaves executivas no sul da Europa”. “Trata-se de uma importante aposta da iniciativa privada no desenvolvimento do aeroporto de Beja”, considera a ANA, segundo a qual a Aeromec irá ocupar o hangar por um período inicial de 30 anos. PUB

2 600 passageiros no primeiro ano de atividade

Tráfego no aeroporto de Beja cresce a partir de 2017 O aeroporto de Beja recebeu quase 2 600 passageiros no primeiro ano de atividade, o que permite “acalentar”, a médio/longo prazo, um “bom desempenho” no tráfego de passageiros, que deverá começar a crescer a partir de 2017.

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esde que começou a operar, a 13 de abril de 2011, e até ao passado dia 31 de março, o aeroporto de Beja processou 2 568 passageiros e 104 movimentos de aeronaves, entre aterragens e descolagens, de 14 companhias aéreas e voos privados e executivos. A atividade do aeroporto de Beja no primeiro ano “permite acalentar, no que respeita ao movimento de passageiros, fundadas expetativas quanto a um bom desempenho a médio/longo prazo, desde que se mantenha o intenso esforço de promoção do Alentejo

no exterior”, disse à Lusa o diretor da infraestrutura aeroportuária alentejana, Pedro Beja Neves. A confirmar-se “a retoma da economia nacional, nos termos que têm vindo a ser anunciados”, a ANA acredita que, “a partir de 2017, poderão estar reunidas condições para um crescimento moderado, mas sustentado do tráfego de passageiros” no aeroporto de Beja, afirmou. Serão, sobretudo, turistas que “procurarão o Alentejo como destino de férias”, disse, referindo que o tráfego de passageiros também “poderá crescer noutros segmentos, por força do dinamismo da economia”. “Sobretudo do impacto que poderá advir do desenvolvimento” do setor agrícola, do turismo residencial e do complexo industrial de Sines, onde “cresce um importante parque empresarial, que poderá induzir um

ainda mais significativo impulso à aviação executiva”, explicou. No entanto, segundo Pedro Beja Neves, até ao momento, a ANA “ainda” não obteve, de companhias aéreas, “manifestações de interesse” em operar a partir do aeroporto de Beja, mas acredita que “far-se-ão sentir com a evolução das operações”. Atualmente, o aeroporto de Beja tem uma única operação de voos charters, a segunda promovida pelo Grupo Vila Vita para transportar turistas alemães até Portugal e que arrancou no passado dia 8 de março e decorre até 28 deste mês. Os próximos oito voos da operação, entre os aeroportos de Hannover e Beja, via Estugarda, realizam-se entre 14 e 28 deste mês, lembrou, referindo que o Vila Vita deverá promover uma terceira operação do género em outubro e novembro deste ano.

Por outro lado, “mantém-se em aberto” a hipótese de uma operação entre Paris e Beja em julho e agosto deste ano, a cargo da companhia aérea francesa Aigle Azur, e o aeroporto de Beja espera “continuar a corresponder a uma interessante procura por parte da aviação executiva”. Segundo Pedro Beja Neves, decorrem “promissores contactos no sentido da dinamização de operações com os mercados alemão e inglês” em 2013, o que irá depender do “grande esforço de promoção do Alentejo no exterior”. O aeroporto de Beja, que implicou um investimento de 33 milhões de euros e resulta do aproveitamento civil da Base Aérea n.º 11, começou a operar a 13 de abril de 2011, quando se realizou o voo inaugural até Cabo Verde.


Centro de Apoio ao Endividado desloca-se a Beja

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População de Odemira pode apresentar propostas para investimentos públicos A Câmara Municipal de Odemira desafiou a população local a apresentar propostas para investimentos públicos, no âmbito do orçamento participativo, num montante global de 500 mil euros, que serão integrados no orçamento

municipal do próximo ano. A fase de apresentação de propostas decorre desde o início deste mês e prolonga-se até ao final de junho, sendo em outubro a votação das propostas finalistas. O orçamento participativo de Odemira tem por objetivo contribuir para uma maior aproximação entre as políticas públicas e os cidadãos e potenciar

Diário do Alentejo 13 abril 2012

O Centro de Apoio ao Endividado desloca-se a Beja, ao Centro Social do Lidador, no próximo dia 27, a partir das 10 horas, para prestar esclarecimentos às populações sobre restruturações e insolvências. As sessões de esclarecimentos são gratuitas, mas é necessário marcar hora (213 156 265 ou através do site: www.vivafelizsemdividas.com).

o exercício da cidadania participada, ativa e responsável, com vista à melhoria da qualidade de vida no concelho. O orçamento participativo de Odemira é deliberativo, pois são os cidadãos a apresentar propostas e a decidir, através de votação, as propostas a incluir no orçamento municipal do ano seguinte.

Investidores disputam central de gaseificação de biomassa

Obras mal paradas em Ferreira do Alentejo

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s obras da central de gaseificação de biomassa de Ferreira do Alentejo estão paradas há várias semanas em virtude de um suposto desentendimento entre as empresas envolvidas na sua construção: a Resipower, do grupo LENA, e uma firma espanhola responsável pela instalação das tecnologias do grupo internacional Westman. Em causa parece estar o total desinvestimento por parte da Resipower, que detém a licença de exploração, ao contrário do parceiro espanhol que já avançou com a totalidade da sua parte PUB

do capital. Entretanto, vários subempreiteiros locais estão sem receber pelos seus serviços desde a interrupção das obras. De salientar que os pavilhões para a instalação da unidade estão praticamente concluídos e que, no local, se encontram vários contentores com o equipamento destinado a transformar biomassa em energia elétrica. E é por isso mesmo que o presidente da câmara local, Aníbal Reis Costa, acredita que as empresas vão tem que se entender: “Já existe um grande investimento no terreno,

as empresas candidataram com sucesso o projeto ao QREN, pelo que a obra avançará com uma ou com a outra empresa”. Situada no Parque Agroindustrial do Penique, em terrenos vendidos pela autarquia, a central de gaseificação de biomassa de Ferreira do Alentejo envolve um investimento global de 17 milhões de euros. A unidade, cujo início de funcionamento estava previsto para o primeiro trimestre deste ano, utiliza um processo tecnológico inovador e único em Portugal que terá a capacidade de

transformar mais de 60 mil toneladas de resíduos vegetais em energia que será injetada na rede elétrica nacional. Em comunicado datado de 2011, Agostinho Ribeiro, administrador da Resipower, referia a “forte inovação tecnológica” que a central “representa para a região e para o País”, permitindo a criação de 15 a 20 postos de trabalho diretos, sem qualquer tipo de impactes ambientais, “nomeadamente os que pudessem resultar da emissão de gases”. O “Diário do Alentejo” con-

frontou a administração do grupo LENA com um conjunto de perguntas às quais, até ao fecho desta edição, não tinha obtido resposta. Fonte ligada ao investidor espanhol, que pediu o anonimato, garante que “a obra apenas será retomada quando o grupo LENA começar a colocar dinheiro no projeto ou, caso não tenha capacidade para isso, ceda a licença de exploração”. Aníbal Costa não toma partido por nenhuma das empresas, mas garante que “elas estão destinadas a entender-se agora ou num futuro próximo”.


Festejos do 25 de Abril em todas as freguesias de Moura

Diário do Alentejo 13 abril 2012

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O 38.º aniversário da Revolução dos Cravos vai ser festejado em Moura, através de um conjunto de atividades organizadas pela câmara municipal, em conjunto com coletividades e juntas de freguesia do concelho. O programa, com iniciativas em todas as freguesias do concelho de Moura, inclui um espetáculo musical, torneios de malha, de xito e de voleibol, um passeio motorístico e arruadas com as bandas filarmónicas do concelho. Na cidade de Moura, destacam-se, na noite de 24, às 21 e 30 horas, na praça Sacadura Cabral, um concerto com a Brigada 14 de Janeiro, e, na tarde de 25, às 17 horas, no mesmo local, uma animação musical com o grupo 70 Volts.

Vila Morena comemora 25 de Abril em vários espaços Uma prova de atletismo, a inauguração de uma exposição e atuações musicais são alguns dos destaques das comemorações dos 38 anos do 25 de Abril em Grândola, que se vão concentrar no edifício dos paços do concelho, na biblioteca municipal e no coreto da vila. A Corrida da Liberdade dá o “pontapé de saída” para os festejos, às 21 horas de dia 24, à mesma

Governo aprovou linha de crédito para a agricultura

“O PCP e a Revolução de Abril” em debate “O PCP e a Revolução de Abril” é o tema de uma tertúlia que o organismo da cidade de Beja do Partido Comunista promove na próxima terça-feira, dia 17, pelas 21 horas, no Centro de Trabalho de Beja do PCP. Domingos Abrantes, membro do Comité Central do PCP, “é o convidado especial desta conversa”, aberta “a militantes e democratas”. Em comunicado de imprensa, o PCP lembra que “Domingos Abrantes foi privado da sua liberdade durante 11 longos anos do regime fascista e integrou o conjunto de oito militantes comunistas que a 4 de dezembro de 1961 protagonizaram a célebre fuga do Forte de Caxias, num velho Mercedes à prova de bala, oferecido por Hitler ao ditador Salazar”. O organismo da cidade de Beja do PCP promove também, na mesma data, uma exposição de livros e jornais à entrada do Centro de Trabalho de Beja. As iniciativas enquadram-se nas celebrações do 38.º aniversário do 25 de Abril.

hora a que, nos paços do concelho, começam as visitas guiadas à Galeria dos Presidentes. Na biblioteca é inaugurada a exposição de pintura “Memórias de Abril”, decorrendo, às 22 e 45 horas, um concerto de tributo a Zeca Afonso, seguido de um espetáculo de fogo de artifício. A inauguração do espaço requalificado da Adega António Inácio da Cruz, ao som do fado, e um baile no coreto são outros dos atrativos da programação.

50 milhões contra a seca

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Governo aprovou no final da semana passada em Conselho de Ministros a criação de uma linha de crédito de 50 milhões de euros dirigida a agricultores, no âmbito do programa de combate à seca. De acordo com um comunicado, a linha de crédito aprovada, “em execução do programa de combate à seca já adotado pelo Governo, tem como objetivo compensar o aumento dos custos de produção resultantes da seca, nomeadamente os custos relativos à alimentação animal devido à escassez de pastagens e de algumas espécies vegetais”. O financiamento, “com juros bonificados”, dirige-se “prioritariamente a

operadores que exerçam atividade no setor da pecuária extensiva, nomeadamente bovinicultura, caprinicultura, ovinicultura, equinicultura e suinicultura, bem como para operadores em outras atividades agrícolas”. A ministra da Agricultura, Mar, Ambiente e Ordenamento do Território, Assunção Cristas, esclareceu que, dos 50 milhões, 30 destinam-se ao setor pecuário e os restantes 20 “poderão ser para outras atividades que serão muito brevemente definidas”. Numa conferência de imprensa, que decorreu no ministério, em Lisboa, Assunção Cristas referiu que as “outras atividades” estão relacionadas com a produção

agrícola. “Será muito rapidamente emitida uma portaria para alargar os 20 milhões de euros a estas áreas”, garantiu. A ministra anunciou ainda que a partir desta semana o IFAP [Instituto de Financiamento da Agricultura e Pescas] começa a receber as candidaturas, mesmo antes de o diploma estar publicado. “Assim aproveitamos este tempo até à promulgação e publicação para ir fazendo a recolha das candidaturas, a triagem, e para saber se no final precisamos de fazer algum rateio ou não e podermos, mal haja a publicação, permitir que os agricultores vão junto das instituições de crédito para fazer a contratualização”, disse.

(até 31 de Maio de 2012)

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O Prémio Nacional de Conto Manuel da Fonseca, promovido pelo município de Santiago do Cacém desde 1995, regressa este ano, estipulando o regulamento que as obras a concurso têm de ser apresentadas à autarquia até dia 30 deste mês. Este prémio tem caráter bienal e visa distinguir uma coletânea de contos originais, escritos em língua portuguesa por autor maior de idade natural de qualquer país que integre a comunidade lusófona. O valor pecuniário do Prémio Nacional de Conto Manuel da Fonseca foi estipulado em cinco mil euros e será atribuído à obra selecionada pelo júri. O prémio é entregue em outubro, em cerimónia pública, podendo também o júri decidir atribuir até um máximo de três menções honrosas

Assembleia de Freguesia de Safara (Moura) exige reabertura dos correios A Assembleia de Freguesia de Safara (Moura) aprovou uma moção a exigir a reabertura da estação de correios da aldeia com a “totalidade” dos serviços que prestava até 26 de setembro de 2011, dia em que foi encerrada. A moção, que foi aprovada “por unanimidade” dos eleitos da CDU e do PS, numa reunião extraordinária da Assembleia de Freguesia de Safara, terá sido

13 Diário do Alentejo 13 abril 2012

Prémio Nacional de Conto regressa este ano

entregue ontem, já depois do fecho desta edição, ao Ministério da Economia, à administração dos CTT e à presidente e aos grupos parlamentares da Assembleia da República. Por decisão dos CTT, a estação de correios da aldeia de Safara fechou e foi substituída por um posto de atendimento numa papelaria, o que provocou polémica na aldeia e motivou um abaixo-assinado de protesto, que foi entregue no Ministério da Economia.

Vencedores revelados este sábado em Mora

Fotojornalistas disputam Estação Imagem

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uase 150 fotojornalistas, que apresentaram um total de 452 reportagens, disputam este ano o Prémio de Fotojornalismo Estação Imagem/Mora, cujos vencedores são anunciados amanhã, sábado. “São números praticamente iguais aos do ano passado, o que prova que este prémio é apelativo para os fotógrafos”, afiançou Luís Vasconcelos, da associação Estação Imagem. Segundo o responsável, esta adesão é ainda um sinal de que, embora “tenha havido ultimamente alguma razia na fotografia nos distintos órgãos de comunicação social, os profissionais querem participar e fazer reportagens”. O concurso, dedicado à reportagem, é

promovido pela Estação Imagem, com sede em Mora e centrada no estudo e promoção da imagem, sobretudo da fotografia documental, e pelo município alentejano. O prémio já vai na terceira edição, apresentando a concurso “147 fotógrafos, com um total de 452 reportagens, que envolvem mais de 4 500 fotografias”, realçou. Nas duas primeiras edições, a iniciativa foi aberta apenas a fotojornalistas portugueses e dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (Palop), mas este ano também os fotógrafos da região espanhola da Galiza puderem concorrer. “E, das 452 reportagens apresentadas às várias categorias, há 12 trabalhos

vindos da Galiza”, congratulou-se à Lusa Luís Vasconcelos. O galardão principal a atribuir é o Prémio Internacional de Fotojornalismo, a que se juntam mais seis categorias: Notícia, Vida Quotidiana, Desporto, Artes e Espetáculo, Ambiente e Série de Retratos. Além disso, foram apresentados outros 18 projetos, que vão disputar a bolsa integrada no Prémio de Fotojornalismo Estação Imagem/ /Mora. O júri está reunido, em Mora, desde ontem, quinta-feira, sendo os prémios anunciados amanhã, sábado, no auditório municipal. “No sábado é também inaugurada a exposição do Paulo Alegria, vencedor da bolsa

no ano passado, que vai estar patente na Casa da Cultura de Mora, durante 15 dias”, disse o organizador. Paulo Alegria desenvolveu um projeto intitulado “Cultura Magra”, que aborda “as associações recreativas e culturais do concelho de Mora”, explicou. A exposição ruma depois ao Porto, ao Centro Português de Fotografia, onde fica patente de 5 de maio a 2 de julho. O júri do concurso, nesta terceira edição, é presidido por Emilio Morenatti, eleito fotojornalista do ano em 2010, pela National Press Photographers Association, e melhor fotojornalista da imprensa em 2008, pela Pictures of the Year International (POYi).

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Diário do Alentejo 13 abril 2012

14

Continuar com esta política de austeridade violenta fortemente recessiva em plena recessão económica, o que é contrária aos ensinamentos mais elementares da ciência económica, é conduzir a economia portuguesa para o abismo”. Eugénio Rosa, “Alentejo Popular”, 5 de abril de 2012

Há já vários meses que está na rua a pré-campanha eleitoral para a Federação Distrital de Beja do PARTIDO SOCIALISTA. Na luta pela sucessão de Pita Ameixa no cargo estão o atual presidente da Câmara de Ourique, Pedro do Carmo, e o vereador da Câmara de Odemira, Hélder Guerreiro. Que nesta altura contam espingardas para uma eleição onde, aparentemente e na essência política, quase nada separa os candidatos. PB

Opinião

Esta direita é burra Marcos Aguiar Licenciado em Psicologia

E

m tudo na vida existem duas faces da mesma moeda. Na escola, por exemplo, sempre existiram bons e maus alunos – em tempos apelidados de “burros”. Da mesma forma, em política, também existe uma direita esperta e uma direita menos esperta. Alguns países, em determinados momentos da sua história, deram-se bem com regimes políticos de direita e outros nem por isso. A nós, infelizmente, calhou-nos esta direita “burra”, na pior das alturas. Em conformidade com o seu ideário retrogrado, esta direita portuguesa, depois de chegar ao poder, começou imediatamente a agir contra o seu ódio de estimação – a escola pública. Recorde-se a campanha que descredibilizou a Iniciativa Novas Oportunidades, a interferência desastrada no modelo de financiamento e gestão do ensino superior, a hipocrisia que levou à morte do Plano Tecnológico, a proposta de revisão curricular atabalhoada e, mais recentemente, o ataque feito ao Programa de Modernização do Parque Escolar. Tudo isto com a complacência – e em alguns casos a cumplicidade – de uma comunicação social ávida de chupar o espólio da RDP/RTP privatizada. Mas centremo-nos apenas no Programa de Modernização do Parque Escolar. Esta direita recusa a aceitar que este é “só” o mais excecional investimento que Portugal fez na sua história ao nível da educação, favorecendo o acesso ao ensino público de qualidade a milhares e milhares de crianças e jovens, com a construção de dezenas de novas escolas e a recuperação de muitas outras já existentes. Pior: esta direita não percebe que este esforço não pressupôs apenas “uma revolução de betão”, mas sim uma mudança de paradigma educativo, em que pela primeira vez se articulou uma reforma do parque escolar com várias outras reformas no campo da educação e formação, trazendo, por exemplo, o ensino profissional para dentro da escola regular, alcançando objetivos que alguns consideravam irrealistas. Nos últimos seis anos Portugal melhorou a taxa de abandono escolar em 11 pontos percentuais. Estes são indicadores fabulosos em qualquer parte do mundo, nunca antes se tendo verificado uma melhoria tão evidente e tão rápida neste indicador crítico. Esta direita portuguesa limita-se a olhar as partes sem apreender o todo. Identifica os defeitos das políticas educativas dos últimos anos (e foram vários), mas não quer aceitar as virtudes. Não admite, por exemplo, que o investimento na educação é altamente reprodutivo e descentralizador. Seja a curto prazo, porque construir escolas contribui para impulsionar o País e as economias locais através da dinamização do setor da construção civil – gerando emprego e redistribuindo riqueza em todo o território; seja a médio/longo prazo, porque todas as evidências nos indicam que as sociedades qualificadas são também as mais prósperas. Vem-nos imediatamente à cabeça a célebre frase: “É a economia, estúpido!”. Esta direita portuguesa não consegue pensar em grande – e muito menos aceitar que outros o consigam fazer. Mas será que alguém concebe que um programa com a dimensão de investimento e de temporalidade do Programa de Modernização do Parque Escolar chegue ao fim sem derrapagens? Será possível ignorar que a meio da execução do programa se mudaram as regras de licenciamento na construção e que isso somou novos custos aos projetos? Será

aceitável encobrir que com o programa em andamento se decidiu o alargamento da escolaridade obrigatória de nove para 12 anos e que tal obrigou (e bem) a imensos ajustamentos com o intuito de adaptar os vários projetos a esta nova realidade? Esta direita não percebe que a mentira, porque tem perna curta, é ela própria sinónimo de burrice. Então o ministro da Educação foi ao parlamento enganar os deputados e a opinião pública ao garantir que o Programa de Modernização do Parque Escolar teve uma derrapagem de 447 por cento? Onde terá ele desencantado este número? Mas desconhecerá o ministro que a estimativa de alunos por escola aumentou de 800 para 1 230 alunos, exigindo, por isso, uma gigantesca expansão da intervenção que a Parque Escolar não poderia prever em 2008, antes do alargamento da escolaridade obrigatória ao 12.º ano? Perante tamanho desgoverno, somos obrigados a concluir que: ou o ministro está a ser mal informado – e isso deveria preocupá-lo; ou ele é mesmo mau a matemática – o que ainda o deveria preocupar mais, porque, pelo (des) andar da carruagem, ainda alguém se lembrará de lhe colocar um par de orelhas à antiga…

Financiamento europeu pode dinamizar a economia Maria da Graça Carvalho Eurodeputada

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ão é a primeira vez que a execução do Quadro de Referênc i a E st r até g ic a Nacional (QREN) assume um papel tão decisivo para Portugal. Este instrumento de financiamento europeu é hoje, praticamente, o único recurso à disposição do Governo português para investir na dinamização da economia. No passado, o governo de Durão Barroso fez a reprogramação estratégica do quadro comunitário em vigor no período 2000-2006. Para a segunda metade deste período Durão Barroso decidiu-se por uma aposta estratégica na ciência, na inovação e no conhecimento como fatores de desenvolvimento da economia. A execução dos fundos comunitários coube aos governos subsequentes e teve por consequência uma melhoria significativa dos indicadores de ciência e de inovação. Todavia, este resultado, em si próprio positivo, não teve o impacto desejado na economia portuguesa em virtude de a mesma se debater com várias ineficiências do mercado, a burocracia e os conhecidos custos de contexto. As condições macroeconómicas adversas determinaram, em boa medida, a incapacidade de absorção por parte da sociedade dos produtos e das ideias inovadores entretanto gerados. A política atual de saneamento das contas públicas, de reforma administrativa e de reorganização dos mercados deverá criar as condições para que o investimento na inovação se torne um fator de competitividade e de produção de riqueza. O governo atual deverá, urgentemente, reprogramar os fundos afetos ao QREN de forma a reorientá-los para o apoio às PME, ao emprego jovem, à inovação, à ciência e à inserção de especialistas no tecido empresarial.

Concomitantemente, deverá ser feito um grande esforço para simplificar, tanto quanto possível, o acesso aos fundos. O modelo escolhido pelo Governo para levar a cabo a desejada reprogramação do QREN é o adequado – com grande proximidade ao primeiro-ministro, coordenado pelo ministro das Finanças e com o envolvimento dos ministros sectoriais. Mas os prazos para a reprogramação são apertados. Urge pois reprogramar, simplificar e executar o QREN com a maior celeridade.

Uma visita Luís Covas Lima Bancário

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evocação da memória, histórias vividas, sentidas, lembradas e relembradas. O Batalhão de Caçadores n.º 596/1963 regressa a Beja, sim, porque se trata de um regresso. Agora com uma missão diferente. Uma visita ao seu médico, que, esteja onde estiver, continuará a sentir a amizade que sempre lhe quiseram dedicar. Um grupo de verdadeiros amigos, que há praticamente quase 50 anos embarcou no “Pátria”, para Moçambique. Primeiro, Vila Pery, agora Chimoio, depois destacados para o teatro de guerra, Mueda. Gente e costumes de locais diferentes e origens diversificadas apelou desde o primeiro instante à união que ao longo dos tempos se consolidou e tornou “todos em um”. Uma cena comum de um filme que não escolhe realizadores, atores e figurantes. Vale a pena reviver estes encontros, habitualmente com um cariz anual. Não se trata somente da CCS 596, mas de todos aqueles que serviram e deram a vida pela sua pátria na Guerra do Ultramar. O seu médico já cá não está, mas haverá anfitriões à altura. Desta região, desculpem-me os restantes que muito prezo, destaco o brigadeiro Ventura Lopes, homem bom, competente e dedicado, que defendeu os seus homens sempre na primeira pessoa, em prol dos superiores interesses de uma nação que sempre se quis reencontrar. A sua liderança foi o apanágio que sempre o caracterizou. Mereceu sempre a lealdade de quem aprendeu a considerá-lo e a reconhecê-lo. Havia um médico, mas também havia um capelão. O padre Esteves, além de camarada e amigo, empenhava-se na missão espiritual junto de quem estava longe dos seus. Muito terá contribuído para uma motivação na maior parte das vezes difícil de encontrar, ajudando na confissão todos sem exceção, fossem crentes ou não. O capelão que, pela relação umbilical que soube criar com os seus companheiros, foi distinguido mais tarde, e por diversas vezes, como o eleito para a consagração do matrimónio dos filhos dos homens do seu batalhão. Neste regresso a Beja, o ponto de encontro será no Jardim do Bacalhau, a visita será ao sítio do descanso eterno e a confraternização será no restaurante Alcoforado. Qualquer coisa, como sentir, o antes, o durante e o depois. Do passado reconheço a saudade, do presente a dignidade e do futuro a esperança. Meus bons amigos, é um prazer enorme recebê-los novamente nesta cidade de Beja. Tentaremos estar à altura de quem tanto dignificaram e que não se esquece de vós, o vosso médico.


Há 50 anos Estudantes em Lisboa e Benfica em Londres

Histórias de Abril (2) A professora rebelde Cartas ao diretor

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m meados de abril de 1962 o “Diário do Alentejo” publicava, apesar da Censura salazarista, duas pequenas notas sobre as grandes lutas estudantis que nesses dias se travavam em Lisboa. Na edição de 11 anunciava em seis linhas “A demissão do Reitor da Universidade de Lisboa, Prof. Marcello Caetano”, explicando que “foi aceite o pedido de demissão apresentado pelo reitor da Universidade de Lisboa, Prof. Marcello Caetano, em virtude dos incidentes registados pela proibição do ‘Dia do Estudante’”. Duas edições depois, em mais oito linhas intituladas “O Governo não aceita condições para termo de luto académico”, noticiava: “O Ministério da Educação Nacional declara, em nota oficiosa, que ‘o Governo não está disposto a aceitar nenhuma condição para terminar o chamado luto ou greve académica’. Afirma-se também que vão ser suspensas as direcções das Associações de Estudantes”. Se as manifestações estudantis em Lisboa, ferozmente reprimidas pelo fascismo, não conseguiam senão breves referências “oficiosas”, o Benfica abria a edição de 6 de abril, com honras de Nota do Dia, intitulada “Exemplo”, escrito onde um anónimo editorialista elogiava a polícia... de Londres! Treinado por Bella Gutman, o Benfica de Coluna e Eusébio – que semanas depois se sagraria bicampeão europeu, vencendo por 5 a 3, na célebre final de Antuérpia, o Real Madrid de Gento e Puskas – tinha jogado na véspera, em Londres, contra o Tottenham, a segunda mão das meias-finais da Taça dos Campeões Europeus. Embora perdendo por 2 a 1, os portugueses eliminaram os ingleses, pois haviam ganho no Estádio da Luz por 3 a 1. (Só para iniciados: contra os “Spurs”, em White Hart Lane, o Benfica alinhou com Costa Pereira; Mário João, Germano e Ângelo; Cavém e Cruz; José Augusto, Eusébio, Águas, Coluna e Simões). A propósito do encontro, o vespertino bejense enaltecia “a atitude calma, compreensiva, que os guardas da Polícia de Londres adoptaram para com os portugueses que assistiram ao jogo e que, mal este findou, no auge do entusiasmo e da alegria, invadiram o terreno para vitoriar os jogadores benfiquistas”. E comentava a atuação da polícia britânica em relação aos adeptos do Benfica, comparando-a implicitamente com a da polícia portuguesa na repressão dos estudantes em Lisboa: “A Polícia de Londres, apesar do malogro dos seus compatriotas, também saiu vencedora do ‘desafio’, demonstrando, uma vez mais, que a serenidade, a correcção de procedimento e a discreção de atitudes são as melhores e mais persuasivas ‘armas’ para a autoridade impor, dignamente... a sua autoridade. Em Londres, como em qualquer outro ponto do Mundo civilizado”. Carlos Lopes Pereira

Estão paradas há várias semanas as obras da mais inovadora central de transformação de BIOMASSA projetada para Portugal. A unidade, que está quase concluída e que envolve um investimento de 17 milhões de euros, está instalada em Ferreira do Alentejo, mas as duas empresas envolvidas no projeto parece não se entenderem quanto à posse da licença de exploração. Existem pequenos subempreiteiros locais que não recebem há meses.PB

Alqueva está parado Diamantino António Funcheira

Estou solidário com o ex-ministro da Agricultura António Serrano, do Partido Socialista. Tudo o que ele relatou na página número sete do jornal “Diário do Alentejo”, de 6 de janeiro do ano de 2012, acusando o Governo de não dar seguimento a todos os projetos já iniciados do anterior governo socialista, confirma-se com essa atitude se o Governo de direita do Partido Social Democrata não quer concluir as obras deixadas pelo anterior governo de José Sócrates por uma inveja de trabalho já começado e com toda a dedicação do então governo. Está ligada a este governo a senhora ministra da Agricultura Assunção Cristas, que não tem desenvolvido nada pelo Alentejo, por os alentejanos pertencerem à raça comunista. Corta as pernas aos alentejanos para eles andarem com fome. Pede-se à senhora ministra da Agricultura Assunção Cristas que vá frequentar um curso de formação para assim melhor conhecer as várias qualidades de couves e a época em que elas são plantadas.

Portugal e o futuro José Fernando Batista Aljustrel

Recentemente o desemprego bateu recordes, ouvimos as queixas do Cavaco sobre a sua “magra” reforma, também que Jardim “teve que se vergar”nas negociações com Lisboa (um balde de água fria sobre o “bailinho da Madeira”) e mais duas idosas foram encontradas mortas, entregues que estavam a si próprias no fim da vida, o que vem demonstrar o que é mais que óbvio que o Estado está mais vocacionado para atender os mais ricos e inf luentes do que para cuidar e valer os mais pobres e isolados. Na área dos transportes mais uma pedrada, com aumentos de toda a ordem, e ainda as alterações na legislação laboral, que prevê grandes penalizações para os trabalhadores. Destes últimos dias, pois, não há lembranças muito agradáveis para guardar. Saudades só mesmo do talento que Eusébio esbanjava nos relvados e que as televisões mostraram quando dos seus 70 anos. Ouvindo aquele que foi o melhor futebolista que Portugal gerou dá-se valor a outras coisas, como a simplicidade, a transparência e a verdade. Eusébio é o que parece, não engana ninguém, apesar de alguns ressabiados dizerem mal de si. De Portugal não me atrevo a dizer o mesmo. Nunca se sabe o que estará debaixo de uma pedra quando a levantamos…

L

iceu de Beja, abril de 1974. Mais um simples dia de aulas, ou talvez não? As notícias na rádio, a agitação entre as pessoas, rapidamente confirmam que esse não será um dia qualquer. Como ninguém, Sophia, poeta maior, o cantaria: “O dia inicial inteiro e limpo/Onde emergimos da noite e do silêncio”. Ironicamente, estava marcado para esse dia um teste da “disciplina oficial”: OPAN (Organização Política e Administrativa da Nação). De nada serviu a insistência com a professora M. para que não realizasse o teste, sobre um regime que estava a cair na rua, com um dos seus principais chefes cercado num quartel de Lisboa, pelo povo e pelas tropas de um tal capitão Salgueiro Maia. Jovem ainda, receosa por eventuais represálias, cumpridora dos seus deveres, a professora lá conseguiu convencer a turma a fazer o teste, ainda que de uma forma bastante menos formal que o habitual. Como se costuma dizer, apenas para “cumprir calendário”. No dia seguinte todos estavam à espera da aula da professora H. Igualmente jovem, recém chegada da faculdade, era uma autêntica lufada de ar fresco, numa escola conservadora que, à imagem e semelhança das suas congéneres, procurava incutir nos estudantes as virtudes de um Estado que se dizia Novo, mas que estava tão caduco como as folhas que ciclicamente caem no outono. A professora H. ensinava Sócrates, Aristóteles e Platão, o idealismo, o positivismo e o existencialismo. Mas não esquecia o marxismo e a luta de classes, nem deixava de incentivar os seus alunos a ler As mãos sujas, de Sartre, ou Os Justos, de Camus. Tal como, mais tarde, levaria um grupo a Lisboa, a ver teatro, na cave de uma cervejaria famosa, onde atuava uma companhia com um nome bem elucidativo: Comuna. Certo dia, um grupo dos seus alunos, que, timidamente e com os cuidados naturais para a época, começava a ler uns livros proibidos (que sabiam existir, escondidos, na livraria Carlos Marques, junto à redação e às oficinas do “Diário do Alentejo”), a discutir temas como a independência da Guiné-Bissau, quis fazer-lhe uma “provocação”, colocando à sua vista um livro que o irmão de desses alunos, estudante universitário em Lisboa, lhes emprestara: A História me absolverá, de Fidel Castro. No final da aula, a professora H. chamou à parte esses alunos e explicou-lhes a imprudência que era andarem com esse livro assim à vista, e que havia uns senhores, espalhados por todo o lado, cuja missão era descobrir quem lia livros desse tipo. Pois bem, nesse dia segundo da Liberdade, a aula com a professora H. era na sala 13, de cujas janelas se avistava o campo de futebol e, junto a este, a avenida Vasco da Gama. Cedo começou a haver um grande alvoroço junto a uma vivenda dessa avenida, onde se concentrava uma multidão cada vez maior, contida a custo por jovens militares. Só nessa altura, ao ouvirem os gritos de “morte à PIDE”, é que esses alunos “do contra” souberam que era ali que “trabalhavam” os tais senhores de que a sua professora lhes falara. O impulso para se juntarem à multidão foi enorme, exigir o castigo desses esbirros, que vigiavam, prendiam, torturavam a matavam os opositores da ditadura. É então que ouvem, surpresos, da professora H. , algo que os deixa incrédulos: aqueles que ali estavam e que subiam presos para as viaturas militares não eram os principais culpados do que acontecera em Portugal. Esses já cá não estavam, tinham ido para a Madeira. Por isso (e para que não acontecesse nada de mal), não havia razão para irem para a rua gritar contra a PIDE (na altura a DGS). Após alguns momentos de diálogo e de argumentos (e súplicas) a professora H. lá deixou o grupo dos seus alunos juntar-se aos bejenses que gritavam a sua repulsa à repressão e a sua adesão à democracia. Um mês depois souberam que os tais responsáveis tinham ido da Madeira para o Brasil. Um ano depois, a 30 de junho, dá-se a “fuga” de 88 antigos agentes da PIDE, transformada pelas palavras de Ary dos Santos e pela música de Fernando Tordo no “Fado de Alcoentre”. José Filipe Murteira

15 Diário do Alentejo 13 abril 2012

O MUSEU REGIONAL DE BEJA continua na ordem do dia pelos piores motivos: a falta de dinheiro para manter a porta aberta. A Câmara Municipal de Beja, que é o membro da Assembleia Distrital com maior peso orçamental para o museu, continua a não aceitar o pagamento integral da sua dotação. O que poderá mesmo colocar em perigo não apenas a abertura ao público deste equipamento, como a segurança do espólio e os ordenados dos técnicos. PB


Diário do Alentejo 13 abril 2012

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“7 Maravilhas de Portugal”

Região tem oito praias a concurso Oito praias da região são candidatas ao concurso “7 Maravilhas de Portugal”. O Alentejo está entre as regiões que mais pré-finalistas tem, concorrendo com Troia, Comporta, Carvalhal (Grândola), Ilha do Pessegueiro (Sines), Almograve, Zambujeira do Mar, Furnas (Odemira)

e Tapada Grande (Mértola). O objetivo do concurso é “continuar a promover os grandes valores da identidade nacional” e a eleição centra-se em três eixos estratégicos: “ambiente, turismo e mar”. A intenção é ainda contribuir para a preservação da beleza e unicidade das praias do País.

As 70 praias a concurso inserem-se em várias categorias, nomeadamente em Praias de Rios, Praias de Albufeiras e Lagoas, Praias Urbanas, Praias de Arribas, Praias de Dunas, Praias Selvagens e Praias de Uso Desportivo. A região só não se encontra representada nas categorias

Texto Bruna Soares Infografia José Serrano

Situada no concelho de Grândola, a praia de Troia conta com uma considerável extensão de areal, podendo contemplar-se a beleza da serra da Arrábida, mas também toda a envolvente das dunas. A paisagem inclui ainda o rio Sado e a excelência do seu estuário. O acesso pode ser feito por barco ou por terra. Em dias de sorte podem ainda avistar-se golfinhos.

Comporta é mais uma das praias pré-finalistas. Encontra-se no limite da Reserva Natural do Estuário do Sado e a sua beleza natural encontra-se muito bem preservada. É rodeada por um extenso pinhal e é dona de um grande areal, cativando muitos visitantes, principalmente nos meses de verão. Conta ainda com o galardão de praia mais acessível de Portugal.

A praia do Carvalhal, no concelho de Grândola, atrai cada vez mais visitantes e já conta com diversos melhoramentos, para que não falte nada aos banhistas. Tem excelentes condições para a prática de atividades aquáticas e é, assim, muito procurada por amantes do desporto, tando de verão como de inverno. A sua beleza natural cativa portugueses e estrangeiros.

A ilha do Pessegueiro ergue-se no concelho de Sines e, para além dos valores paisagísticos, é portadora de um grande legado histórico. As aves também a apreciam, pois continuam a usá-la como local de dormitório, mas também de nidificação. A ilha está acessível por barco e contém vários vestígios arqueológicos. Conta com diversas infraestruturas de apoio.


Diário do Alentejo 13 abril 2012

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de Praias Selvagens e de Praias de Uso Desportivo. Esta lista de pré-finalistas, que apurou as 10 melhores praias por cada uma das sete categorias, foi votada por um grupo de 70 especialistas indicado pelo conselho científico do projeto. Conselho, este, que é composto por

sete entidades, designadamente Marinha Portuguesa, Agência Portuguesa do Ambiente, Associação Bandeira Azul da Europa, Grupo de Estudos de Ordenamento do Território e Ambiente (Geota), Liga para a Proteção da Natureza, Quercus e Associação SOS – Salvem o Surf.

No princípio estavam nomeadas 294 praias. No dia 7 de maio as 70 praias pré-finalistas serão votadas por 21 personalidades que irão selecionar três praias por categoria. Posteriormente o público irá votar e escolher as sete praias vencedoras, que só serão conhecidas em setembro.

A lua já desceu sobre esta paz E reina sobre todo este luzeiro À volta toda a vida se compraz Enquanto um sargo assa no braseiro Carlos Tê, “Porto Covo”.

A praia de Almograve, no concelho de Odemira, apresenta-se com duas paisagens distintas: a praia de rochas e arribas de xisto e a praia de areia encostada às duas. A diversidade paisagística é, neste sentido, o que mais cativa os visitantes. É muitas vezes apresentada como uma das praias mais bonita da costa vicentina. O acesso à praia é fácil.

A praia de Zambujeira do Mar, no concelho de Odemira, fica em pleno Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina. Local de peregrinação no mês de agosto, devido à fama que ganhou com o festival Sudoeste, está rodeada de falésias, onde a vista alcança a povoação, mas também o imenso oceano. Tem excelentes condições para a prática de surf e bodyboard.

A praia das Furnas ergue-se na margem esquerda, junto à foz do rio Mira, no concelho de Odemira. Dona de um considerável areal, a ondulação, por vezes, é forte. A vista alcança o rio, mas também Vila Nova de Milfontes. A praia ainda hoje mantém as suas características naturais e até o parque de estacionamento é em terra batida. O acesso à praia é feito através de passadeiras de madeira.

Foi uma das principais surpresas do concurso. A praia da Tapada Grande, em São Domingos, Mértola, em pleno Parque Natural do Guadiana, conta com areal, mas também com espaços relvados. Com o Guadiana aos pés é uma das principais atrações do concelho nos meses de verão. Uma praia no interior, rodeada de eucaliptos, com bons acessos e várias infraestruturas de apoio.


Atletismo em Beja amanhã à tarde

Diário do Alentejo 13 abril 2012

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A Associação de Atletismo de Beja realiza amanhã à tarde, pelas 14 horas, na pista do Complexo Desportivo Fernando Mamede, uma competição designada de provas de preparação, destinada a atletas nos escalões de benjamins, infantis, iniciados e juvenis.

Agenda desportiva – 14 e 15 de abril FUTEBOL: Campeonato Nacional de Juniores (Fase de descida) Série D (5.ª jornada): Oeiras-Lusitano Évora; Atlético União Montemor; Desportivo Portugal-Farense; Despertar-Imortal.

Columbófilia – A Associação Columbófila do Distrito de Beja realiza no próximo domingo a décima terceira prova do seu calendário, terceira da especialidade de meio fundo, com soltas desde a cidade espanhola de Aranjuez (430 quilómetros de linha de voo) para as zonas centro leste e sul.

Desporto

Campeonato Distrital da 2.ª Divisão (21.ª jornada): Vale de Vargo-Barrancos; Messejanense-Cabeça Gorda; Alvorada-Saboia; Amarelejense-Negrilhos; Bairro da Conceição-Piense; Ourique-Renascente.

Moura tem dois jogos fora de casa

E tudo o Louletano levou... Se alguma esperança ainda residia nas hostes mourenses, a última derrota em casa com o Louletano deve ter sido determinante para a despromoção da equipa à terceira divisão nacional. Texto Firmino Paixão

A

gora seguem-se dois jogos em terreno alheio, primeiro em Sintra, com o 1.º de Dezembro, equipa que está no limite da despromoção e não pode deixar sair pontos do seu reduto, ao contrário do que os alentejanos têm vindo a fazer; depois em Reguengos

de Monsaraz, com o Atlético local, outra equipa com o credo na boca, mas com três pontos a mais do que os mourenses. Ou seja, sendo matematicamente possível, o Moura teria que vencer os três jogos que lhe faltam disputar (fecha a prova em casa com o Vendas Novas) e esperar que os adversários mais diretos não pontuassem. Seria pedir em demasia, pelo que nos parece que está na hora de irem arrumando os trapinhos para regressarem ao patamar inferior. Na hora das grandes decisões a equipa não revelou qualidade, apesar de o executivo do Moura Atlético Clube, como já antes assinalámos, ter feito tudo para que o clube se mantivesse nesse

patamar histórico, para além desta época, que, por sinal, é o início de um período de transição face à anunciada remodelação dos campeonatos da 2.ª e 3.ª divisões. Pelo menos que até ao final deem tudo pela camisola que envergam e que bem merece sair de pé deste campeonato, com a mesma dignidade com que nele se estreou. Entre as outras equipas alentejanas está garantida a manutenção do Vendas Novas, porque já não tem campeonato para perder mais do que nove pontos, mas acaba com sinais evidentes de crise. O Juventude ainda está acima da linha de manutenção e vai jogar à Sertã. O Reguengos, aflito, recebe o Louletano, carrasco do Moura na última jornada.

Aljustrelense volta ao Algarve

Novo reencontro com o Montemor O União de Montemor, adversário que o Despertar recebe no próximo domingo, ainda não sofreu qualquer derrota nos três jogos disputados na fase de manutenção do campeonato. Se o Redondense foi o talismã para o

Despertar chegar à primeira vitória no campeonato, porque não esperar que a outra equipa do Alto Alentejo possa motivar os bejenses para um novo triunfo. Só o facto de o União de Montemor se manter invicto nesta etapa da prova, ocupando o segundo lugar da série a um ponto do Fabril do Barreiro, ambos em lugar que lhes permite pensar na manutenção. O Despertar vem de uma nova derrota em Lagoa, mas num campo onde a vendeu cara, com dois tentos marcados, num desfecho que teve algum equilíbrio. Depois da derrota em Beja, o Redondense foi perder ao Barreiro e, tendo um novo jogo fora em casa (Lagoa), parece afundar-se no rodapé da tabela para acompanhar os bejenses no regresso às competições regionais.

Nacional 2.ª Divisão 27.ª jornada

Nacional 3.ª Divisão – Subida 3.ª jornada

Distrital 1.ª Divisão 23.ª jornada

Moura-Louletano ................................................................1-2 Fátima-At. Reguengos .......................................................3-1 Pinhalnovense-Monsanto ................................................1-1 Juventude Évora-Carregado ........................................... 0-2 Mafra-Sertanense ...............................................................2-2 Caldas-Torreense .................................................................2-3 Est. Vendas Novas-Tourizense ........................................ 0-2 1.º Dezembro-Oriental...................................................... 0-0

Quarteirense-Aljustrelense ............................................. 1-0 Sesimbra-Farense .............................................................. 2-0 Messinense-Esp. Lagos......................................................1-2

Castrense-Ferreirense........................................................4-1 Sp.Cuba-Almodôvar .......................................................... 0-5 Panoias-Desp.Beja ..............................................................2-2 Rosairense-Odemirense.....................................................?-? Milfontes-FCSerpa ............................................................. 6-0 Vasco da Gama-S.Marcos ..................................................8-1 Guadiana-Aldenovense.....................................................1-1

Texto Firmino Paixão

N

esta fase da prova, e face à proximidade que existe entre as seis equipas, um ponto ganho ou um perdido fazem muita diferença, ainda que estejamos apenas à beira da quarta das 10 jornadas. A derrota tangencial do Mineiro na cidade de Quarteira fê-lo tombar do segundo para o quinto posto porque a diferença de pontos entre as equipas é bastante reduzida.

Torreense Oriental Fátima Carregado Pinhalnovense Mafra Sertanense Louletano E. Vendas Novas Tourizense Juventude Évora 1.º Dezembro Monsanto At. Reguengos Moura Caldas

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27 27 27 27 27 27 27 27 27 27 27 27 27 27 27 27

14 15 15 14 15 9 11 11 11 6 8 6 5 5 6 3

10 6 6 8 4 14 8 7 4 11 4 9 11 10 4 8

3 6 6 5 8 4 8 9 12 10 15 12 11 12 17 16

44-23 47-17 42-29 51-33 43-28 30-20 35-29 25-29 34-30 22-32 25-37 24-28 23-35 27-43 23-52 17-47

52 51 51 50 49 41 41 40 37 29 28 27 26 25 22 17

Próxima jornada (15/4/2012): At. Reguengos-Louletano, Monsanto-Fátima, Carregado-Pinhalnovense, Sertanense-Juventude Évora, Torreense-Mafra, Tourizense-Caldas, Oriental-Estrela Vendas Novas, 1.º Dezembro-Moura.

O Messinense, próximo adversário dos alentejanos, parece ser a equipa menos cotada desta fase complementar da prova, pelo que, a manter a postura que os tricolores têm vindo a exibir, só se pode esperar que tragam pontos de São Bartolomeu de Messines. Assinale-se a primeira e inesperada derrota do Farense, líder da série, no terreno do Sesimbra. A equipa de Faro era, até aqui, a única formação em campeonatos nacionais sem ter sofrido derrotas.

Farense Quarteirense Sesimbra Esp. Lagos Aljustrelense Messinense

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3 3 3 3 3 3

2 2 2 1 1 0

0 0 0 1 1 0

1 1 1 1 1 3

5-2 4-2 3-2 2-2 2-1 2-9

34 24 24 23 21 17

Próxima jornada (15/4/2012): Messinense-Aljustrelense, Farense-Quarteirense, Esp. Lagos-Sesimbra. Nacional 3.ª Divisão – Manutenção 3.ª jornada Fabril Barreiro-Redondense ............................................ 2-0 U. Montemor-Pescadores .................................................2-1 Lagoa-Despertar SC ...........................................................3-2 Fabril Barreiro U. Montemor Lagoa Pescadores Redondense Despertar SC

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3 3 3 3 3 3

2 2 2 1 0 1

0 1 0 0 1 0

1 0 1 2 2 2

6-5 6-3 6-5 4-5 0-3 4-5

23 22 21 15 11 5

Próxima jornada (15/4/2012): Lagoa-Redondense, Pescadores-Fabril Barreiro, Despertar SC-U. Montemor.

Castrense Milfontes Ferreirense Vasco da Gama Aldenovense FCSerpa Odemirense Almodôvar Rosairense Panoias Desp.Beja S.Marcos Guadiana Sp.Cuba

CampeonatoDistritaldeJuniores(17.ª jornada): Odemirense-Amarelejense; Almodôvar-Aljustrelense; Castrense -Vas co Gama; Piense-São Domingos; Moura-Desportivo Beja. Campeonato Distrital de Juvenis (13.ª jornada): Castrense-Desportivo Beja; Sporting Cuba-Aljustrelense; Moura-Aldenovense; Boavista-Despertar. Campeonato Distrital de Iniciados (23.ª jornada): Odemirense-Serpa; Desportivo Beja-Ourique; Despertar-Bairro Conceição; Almodôvar-Ferreirense; Milfontes-Moura; Negrilhos-Guadiana. Campeonato Distrital de Infantis 2.ª Fase (3.ª jornada): Rio de Moinhos-Des pertar A; Odemirense-Moura; Guadiana-Vasco Gama. Taça Dr. Covas Lima – Infantis (3.ª jornada) Série A: Sporting Beja-Despertar B; Beringelense-Aldenovense, Santo Aleixo-Sporting Cuba. Série B: Castrense-Bairro Conceição; Ourique-Almodôvar; Aljustrelense-Milfontes.

Empate em Quarteira era merecido

Depois da derrota tangencial e reconhecidamente injusta que o Aljustrelense sofreu há oito dias em Quarteira, no domingo volta ao Algarve para jogar em Messines.

Campeonato Distrital da 1.ª Divisão (24.ª jornada): Serpa-Almodôvar; São Marcos-Milfontes; Aldenovense-Vasco da Gama; Desportivo de Beja-Guadiana; Ferreirense-Panóias; Odemirense-Castrense; Rosairense-Sporting de Cuba.

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23 23 23 23 23 23 22 23 22 23 23 23 23 23

19 17 12 12 12 9 10 9 9 8 6 6 5 2

4 2 5 1 1 6 2 5 4 5 5 4 3 1

0 4 6 10 10 8 10 9 9 10 12 13 15 20

61-10 48-20 42-38 58-35 40-26 30-33 33-32 47-36 36-34 28-41 26-37 26-62 23-56 17-55

61 53 41 37 37 33 32 32 31 29 23 22 18 7

Próxima jornada (15/4/2012): Rosairense-Sp.Cuba, Odemirense-Castrense, Ferreirense-Panoias, S.Marcos-Milfontes, Aldenovense-Vasco da Gama, Desp.Beja-Guadiana, FCSerpa -Almodôvar.

Campeonato Distrital de Benjamins 2.ª Fase (3.ª jornada): Despertar B-Castrense; Renascente-Aldenovense; Sporting Cuba-Ferreirense. Taça Joaquim Branco – Benjamins (3.ª jornada) Série A: Bairro Conceição-Spor ting Beja; Beringelense-Benfica Beja; Alvito-Vasco Gama; Moura-Serpa. Série B: Despertar A-Milfontes; Guadiana-Figueirense; Aljustrelense -Odemirense; Ourique-Almodôvar. Troféu Agência de Beja Inatel – Quartos-de-final: Bemposta Campo Redondo; Jungeiros-Amoreiras-Gare; Cavaleiro-Longueira; Faro do Alentejo-Mombeja. HÓQUEI EM PATINS: Nacional de Infantis (7.ª jornada): H.Grândola-Oeiras; Boliqueime-Sporting; Estremoz-Paço d’Arcos. Nacional de Iniciados (6.ª jornada): Estremoz-Cascais; Banfica-Paço d’Arcos; CP Beja-H.Vasco da Gama. Nacional de Juvenis (7.ª jornada): S.Carvalhais-H.Santiago; Seixal-Sesimbra; C.P.Beja-Benfica. ANDEBOL Nacional da 1.ª Divisão Iniciados Masculinos (7.ª jornada): C.C.P.Serpa-Spor ting (14/4, às 14 e 30 horas). Nacional de Infantis Masculinos (8.ª jornada): Portalegre-Inijovem; Cruz de Malta-Redondo; Zona Azul-Ponte Sor. FUTSAL Nacional da 3.ª Divisão (21.ª jornada): Independentes Sines-Sassoeiros; Atalaia-G.D.Baronia; Sporting de Viana-Évora Futsal.


O 3.º Passeio BTT Em Terras da Baronia, organizado pelo grupo desportivo local e enquadrado nas Festas de Sant’Águeda, será composto por um passeio noturno de 15 quilómetros (amanhã, sábado, às 19 horas) e um passeio diurno de 35 quilómetros (domingo, às 9 horas).

BTT em Beringel no próximo domingo

A Associação de Cicloturismo de Beringel promove no próximo domingo uma prova de cicloturismo e um circuito BTT com percursos de 25 e 50 quilómetros. A partida está marcada para as 8 horas no largo do Rossio.

A decisão no litoral alentejano

O Castrense na orla do título Joga-se no domingo a antepenúltima jornada do Distrital(ão). O título está decidido a favor do Castrense, mas falta apenas conhecer o momento exato da coroação. Texto e foto Firmino Paixão

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Distritalão Castrense pode festejar vitória em Odemira

O Cuba joga em Rosário apenas a cumprir calendário porque está de regresso ao escalão inferior. O Ferreirense joga em casa com o Panoias e, vencendo, consolida o seu lugar no pódio, porque Vasco da Gama e Aldenovense jogam entre si e o desfecho

António Manuel Soeiro Rolim ais um antigo internacional que valoriza esta galeria de prognósticos. António Rolim estreou-se nos iniciados do Desportivo de Beja, mas prosseguiu a sua formação na Zona Azul. Em fevereiro de 1978, com esta camisola, assumiu o estatuto de internacional no escalão de juvenis. Uma grave lesão afastou-o durante algum tempo do futebol, regressando como sénior no FC Serpa, então na 3.ª Divisão Nacional. Regressou a Beja para ser campeão distrital pelo Despertar e na época seguinte voltou a Serpa para ganhar outro título e assinar outra época no patamar nacional. Os títulos seguintes ganhou-os sucessivamente, com a camisola do Desportivo de Beja e do Ferreirense, clubes que também representou na 3.ª Divisão. Por amizade ao treinador Pratas Palma representou o Beringelense e acabou a carreira de jogador com a camisola do Cabeça Gorda. Seguiu-se uma inevitável carreira de treinador, primeiro na formação do Desportivo e Despertar; já como sénior representou o Desportivo das Neves. Como adjunto de Francisco Fernandes esteve na subida do Vasco da Gama de Sines da 3.ª para a 2.ª Divisão Nacional e no Desportivo de Beja na terceira divisão. Também treinou o Salvadense, Ferreirense, Figueirense, Louredense e, no início desta temporada, o Sporting de Cuba. Um invejável currículo deste técnico que aos 51 anos se mantém ativo e, mais do que nunca, atento à carreira do filho Vítor, atleta do Castrense.

será imprevisível, mas tendente à divisão dos pontos. O Serpa, ferido com a goleada sofrida em Milfontes, recebe o Almodôvar e quer provar que se tratou de mero acidente. Teremos uma jornada decisiva na arrumação final das equipas.

O líder joga em Messejana

Bairro e Piense lutam pelo 2.º lugar O Campeonato Distrital da 2.ª Divisão está a entrar numa fase em que os verdadeiros candidatos ao título, e à subida de divisão, não podem perder mais pontos.

(2) SERPA/ALMODÔVAR Já vi as duas equipas jogarem e acho que o Almodôvar é mais forte. (X) SÃO MARCOS/MILFONTES Jogo entre uma equipa que foi candidata ao título no terreno de um aflito com o espectro da despromoção. (1) ALDENOVENSE/VASCO DA GAMA Resultado imprevisível entre duas equipas muito competitivas, mas o fator casa pode decidir o jogo a favor do Aldenovense. (1) DESPORTIVO DE BEJA/GUADIANA Estão os dois em situação muito difícil da tabela. Também aqui o fator casa pode ser determinante para o triunfo dos bejenses.

Texto e foto Firmino Paixão

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jogo mais importante da jornada disputa-se no Bairro da Conceição, na cidade de Beja, onde os visitados, atuais segundos classificados, recebem o Piense, posicionado no quarto posto e com menos dois pontos que os bejenses, mas também fortes candidatos a um dos dois lugares de eleição. O atual líder desloca-se a Messejana para uma partida em que é favorito e o Amarelejense, espreitando eventuais deslizes destes seus adversários, tem uma partida fácil no seu terreno, frente ao Negrilhos e pode sair desta jornada muito bem posicionado, ganhando pontos em diversos campos. O Saboia, ainda na corrida, recebe o Sanluizense e deve ser bem sucedido, tal como

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Circuito Vila de Odemira – O 32.º Circuito de Atletismo Vila de Odemira e a 6.ª Corrida para a Saúde realizam-se no próximo dia 22, pelas 9 e 30 horas, com organização conjunta do Núcleo Desportivo e Cultural de Odemira, município local e juntas de freguesia de Santa Maria e Salvador.

Municipal de Odemira pode ser, no domingo, o palco para o Castrense comemorar o título de campeão distrital da época desportiva 2011/2012. O Odemirense terá meia palavra a dizer no momento exato dessa celebração, o Milfontes terá a outra meia responsabilidade na entrega do cetro ao novo campeão. Sendo assim, são as equipas da orla do litoral alentejano que condicionam a celebração do título distrital no campeonato maior do futebol bejense. Conquistar um ponto em Odemira será suficiente para o Castrense se sagrar campeão, ou mesmo perdendo, desde que o Milfontes não pontue em São Marcos. O São Marcos até precisa de pontuar para fugir à despromoção, e o rival mais direto, o Guadiana, jogará em Beja com um Desportivo meio aflito e a quem só o triunfo pode interessar para sair dessa luta.

Hoje palpito eu...

Diário do Alentejo 13 abril 2012

3.º Passeio BTT em terras da Baronia

(1) FERREIRENSE/PANOIAS O Ferreirense é uma equipa que se transcende quando joga no seu terreno. (2) ODEMIRENSE/CASTRENSE O título está em jogo nesta partida pelo que o Castrense tudo fará para a vencer.

2.ª Divisão Saboia também entra nas contas do título

a equipa do Renascente, mais distante dos primeiros mas ainda em posição de poder brilhar. É preciso ter em conta que o Cabeça Gorda, o Bairro da Conceição e o Ama re-

lejense têm um jogo a mais que os restantes contendores, pelo que esta jornada pode ser importante para provocar algumas definições no topo da tabela.

(1) ROSAIRENSE/SPORTING DE CUBA O Rosairense em casa é uma equipa forte e competitiva, por isso a minha aposta é no sentido do seu triunfo.


Taça Distrito de Beja em futsal

Diário do Alentejo 13 abril 2012

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O segundo jogo das meias-finais da Taça Distrito de Beja em futsal disputa-se esta noite, pelas 21 e 30 horas, no Pavilhão Carlos Pinhão, em Serpa, entre as equipas da Associação Desportiva Vila Nova de São Bento e o Almodovarense.

Campeonato Distrital de Futsal – Apuramento de Campeão (play-off) 1.ª jornada (20/4-21 horas) Almodovarense-Politécnico de Beja Sporting de Moura-Alcoforado

2.ª jornada (25 e 28/4) Politécnico de Beja-Almodovarense (18 horas), Alcoforado-Sporting de Moura (20 horas)

3.ª jornada (29/4 horários a designar) Politécnico de Beja-Almodovarense Alcoforado-Sporting de Moura

A receita dos “senhores doutores” do futsal

O sucesso é o espírito de sacrifício A equipa de futsal do Instituto Politécnico de Beja está a realizar a melhor época desportiva desde a existência deste projeto desportivo e pedagógico.

primeiro lugar não abdicámos e lutámos por isso. Mas o objetivo inicial era a qualificação para o play-off, terminar no primeiro lugar foi melhor pela vantagem de jogarmos em casa.

da zona de Beja, todos são de fora, vêm todos treinar, são estudantes e quando vão de férias têm que vir cá para jogar sem pedirem nada em troca à equipa. É uma equipa muito unida.

Texto e foto Firmino Paixão

A taça era a meta prioritária?

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O nosso principal objetivo era a Taça Distrito de Beja, o campeonato nunca foi uma prioridade. No campeonato iremos até onde for possível, mas se o pudermos ganhar naturalmente que não excluiremos essa possibilidade.

A equipa tem alguns antigos praticantes?

equipa é liderada por Luís Ferreira, de 24 anos, natural de Sobral d’Adiça, aluno do último ano da licenciatura em Desporto, a realizar estágio pedagógico na função de treinador. A formação do Politécnico qualificou-se para as meias-finais da Taça Distrito de Beja e para a fase final (play-off) do Campeonato Distrital de Futsal, podendo apurar-se para, na próxima época desportiva, competir na 3.ª Divisão Nacional. O jovem técnico sublinha o espírito de grupo da sua equipa. O Politécnico tem feito uma grande temporada, em duas frentes, campeonato e taça, ambas bem sucedidas…

O nosso grande objetivo era a taça. No campeonato lutámos por um lugar entre os quatro primeiros, mas a partir do momento em que vimos que era possível concluir a primeira fase no

O Almodovarense não foi o melhor adversário para a meia-final da taça?

Sabíamos que seria um jogo muito complicado com o Almodovarense. É uma equipa muito matreira, as outras duas equipas talvez fossem mais fáceis, esta meia-final foi uma espécie de final antecipada. Fomos com a nossa força, encarámos essa meia-final como se se tratasse realmente de uma final, porque gostaríamos muito de ganhar esse troféu. O campeonato se vier, tanto melhor, será a cereja no topo do bolo. O que tem esta equipa para ter sido tão bem sucedida?

Essencialmente o espírito de sacrifício desta equipa, porque nenhum jogador é

Só um dos nossos atletas é que foi jogador de futebol de 11, todos os outros são apenas alunos do Politécnico. Essa é a condição para integrar essa equipa, alunos ou funcionários. Houve uma época em que a equipa integrou um funcionário, o Nelson Deodato, que atualmente é jogador do Baronia, mas este ano não. Se vencerem o campeonato assumirão o vosso lugar na 3.ª Divisão Nacional?

Se isso acontecer, se formos campeões e subirmos de divisão, e a questão já foi equacionada com os responsáveis do Instituto Politécnico de Beja, teremos que arranjar fundos para suportar essa campanha. Não podemos contar apenas com fundos do Instituto, teremos que arranjar outras formas de financiamento, por exemplo, através de patrocínios.

O Luís treina a equipa no âmbito do seu estágio pedagógico?

Estou no último ano da minha licenciatura e já na época passada fui adjunto do técnico principal, para ir ganhando alguns conhecimentos e assumir nesta época o papel principal. Na última temporada já fiquei sozinho com a equipa na altura dos play-off e isso foi um marco importante para mim. Tenho-me dedicado muito a este projeto e a esta equipa, não excluo alguma quota-parte de responsabilidade no sucesso da temporada, mas a equipa, os jogadores, eles é que são os intérpretes principais. Sou um jovem mas encaro isto com muito profissionalismo. Todos queremos ser bem sucedidos. Empenhamo-nos nos treinos e os resultados aparecem nos jogos. O futsal no distrito de Beja tem futuro?

Temos poucas equipas a competir e faz falta uma boa aposta na formação. Só temos seniores, e apoia-se muito mais o futebol de 11 do que estas modalidades. No plano financeiro, e nos tempos que correm, é muito complicado para os clubes terem mais equipas, mas a verdade é que para a modalidade evoluir tem que existir formação.

Marcha José Saúde

A marcha é uma das vertentes desportistas que paulatinamente tem enriquecido a modalidade de atletismo. Portugal tem sido um ilustre anfitrião de uma componente que marca inquestionavelmente uma geração de atletas que se dedicam com paixão à soberba arte de marchar. A nível nacional, e internacional, os nossos marchadores assumem-se como atletas de gabarito e vão justamente desbravando um universo onde as fronteiras se apresentam agora franqueadas a um lote de ilustres desportistas lusos que vão deixando as suas marcas em palcos mundiais nunca imaginados. Quando reflito a minha particular atenção sobre um intrínseco fenómeno que esbanja emoções, sendo o fator da corrida substituído pelo dom de marchar no seu verdadeiro deslumbramento, ocorre-me, por razões óbvias, trazer à estampa o atleta Dionísio Ventura, um alentejano de Ferreira do Alentejo que defende o emblema da agremiação Ferreira Ativa e que tanto tem feito em prol do desenvolvimento da marcha, em particular na nossa região. Conheço a sua devoção. A sua entrega. Dionísio Ventura é um marchador de renome. O seu historial contempla-nos com tempos verdadeiramente admiráveis. Aliás, o seu desarticulado marchar impõe respeito a um adversário próximo que vê nele qualidades natas na prática de uma modalidade onde o atleta alentejano se afirma convictamente. Recentemente, nos Campeonatos Nacionais de Marcha em Estrada, em Quarteira, Ventura conquistou a medalha de prata na distância de 20 quilómetros com o tempo de 1h 31’ 08’’, sendo que o registo averbado constitui um novo recorde distrital. Perante a verdade conhecida, esta leva-me a citar que Dionísio Ventura se assume subtilmente no púlpito de uma modalidade onde o seu caracter é simplesmente enriquecedor. Sintetizando, reafirmo que Dionísio Ventura é um atleta com valor que ergue bem alto o nome do Alentejo, a Ferreira Ativa e, naturalmente, a terra que o viu nascer, Ferreira do Alentejo.


No trilho dos Pisões no domingo em Beja

A secção de Marcha para a Saúde, da Juventude Desportiva das Neves, realiza no próximo domingo a 7.ª Caminhada do Dia Mundial da Saúde, iniciativa que se iniciará no largo Catarina Eufémia, pelas 8 e 30 horas.

A seleção sub/17 feminina da AFBeja: Jogadoras: Virgínia Guerreiro, Alice Coelho, Maria Marques e Ana Beja (todas do FC Serpa), Joana Assunção (Ourique DC), Marta Bernardo (SC Odemirense), Carolina Silva, Jessica

Pacheco e Ana Capeta (Casa Benfica Castro Verde), Marta Ferro, Joana Cataluna, Mónica Raposo, Elsa Patriarca e Isabel Peixeiro (todas do desporto escolar). Equipa técnica: Ruben Lança (Treinador), Vítor Nascimento (adjunto).

A Câmara Municipal de Beja organiza no próximo domingo a segunda prova de pedestrianismo do programa Passeios na Natureza, que terá a extensão de 16 quilómetros, em direção às ruínas romanas de Pisões. A concentração será junto ao Parque de Merendas, pelas 8 horas.

Coordenador técnico: Arlindo Morais. Programa de jogos: 12 de abril (9 e 30 horas): AFLisboa vs AFBeja; 13 de abril (9 e 30 horas) AFBeja vs AFPorto; 14 de abril – meias-finais; 15 de abril – finais.

Torneio Nacional dinamiza futebol feminino

A seleção bejense partiu otimista A seleção distrital de futebol de 7 feminino sub/17 está em Lisboa a participar num torneio interassociações organizado pela Federação Portuguesa de Futebol. Texto e fotos Firmino Paixão

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Torneio Nacional de Futebol de 7 Feminino decorre em Lisboa até ao próximo domingo e conta com a participação de 18 associações distritais, entre elas a representante do distrito de Beja. O enquadramento competitivo foi feito em seis grupos de três equipas, cabendo às bejenses defrontar as poderosas seleções de Lisboa e do Porto. Ainda assim, o técnico das alentejanas, Ruben Lança, de 25 anos, licenciado em Desporto pela Escola Superior de Educação, não exclui a hipótese de uma participação que dignifique a região.

A convocatória foi precedida de uma cuidada observação das atletas?

Foi um processo bastante rápido, mas como estou desde o ano passado ligado ao futebol feminino, e tive algumas conversas com os responsáveis da associação, conseguimos orientar as coisas de forma a ser possível observar algumas miúdas

Andebol Zona Azul recebe o Ílhavo A equipa da Zona Azul recebe amanhã à tarde a formação do Ílhavo Andebol Clube, em jogo relativo à 2.ª jornada da fase final do Nacional da 3.ª Divisão de Seniores. O jogo realiza-se no Pavilhão da Escola de Santa Maria, com início às 17 horas. Na ronda de abertura desta fase de qualificação para a 2.ª Divisão, o Ílhavo venceu em casa a equipa do Modicus, enquanto que a Zona Azul foi derrotada em Beja pelo Boa Hora. Na fase de manutenção o Andebol Clube de Sines jogará amanhã em Torrense da Marinha com a formação do Torrense, enquanto que o Núcleo de Andebol do Redondo receberá os lacobrigenses do Costa d’Oiro.

Kayak polo Ferreira recebe 2.º estágio

Torneio nacional Selecção sub-17 feminina da AF Beja

Há grandes dificuldades mas tendo em conta que há poucas miúdas na formação conseguimos arranjar um grupo coeso, pelo menos capaz de dignificar a associação

Que expectativas é que a seleção trouxe para este torneio?

As expectativas são as melhores. Reunimos um grupo de miúdas com capacidade, acho que algumas têm mesmo muito talento, apesar da pouca experiência que têm em termos de futebol, porque sabemos as dificuldades por que passamos aqui no distrito de Beja com o futebol feminino. Há grandes dificuldades mas tendo em conta que há poucas miúdas na formação conseguimos arranjar um grupo coeso, pelo menos capaz de dignificar a Associação de Futebol de Beja, entidade que tudo tem feito para desenvolver a modalidade, chegando mesmo a minimizar os encargos dos clubes para que o futebol feminino evolua.

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Dia Mundial da Saúde em Neves

e obter informação dos clubes. Como o campeonato é curto foi fácil acompanhar alguns jogos e trouxemos algumas jogadoras para observarmos nos treinos. Foi um processo rápido, mas pensado, e foi com alguma ponderação que esta seleção foi construída. O que pode valer esta seleção sub/17 da AF Beja no contexto de um torneio nacional?

Esta seleção vale pela muita amizade que existe entre todos nós, miúdas com muita vontade, ficando a certeza de que, tendo sido possível trabalhar um pouco mais, talvez pudéssemos chegar a outros patamares, mas pelo grupo em si já vale muito a pena esta etapa competitiva.

Integram a seleção algumas atletas oriundas do desporto escolar…

Não vejo grande problema nisso. Com o quadro que existe no distrito de Beja obrigámo-nos a recorrer a algumas jovens do desporto escolar, tendo em conta a idade que foi pedida para este torneio. Convocámos o maior número de jogadoras dos clubes que disputam os campeonatos oficiais, mas também o recurso ao desporto escolar é benéfico, tendo em conta que queremos mais atletas e mais clubes, e estas jovens ficam certamente mobilizadas para integrarem equipas de clubes. A seleção pode criar uma nova dinâmica que faça crescer o número de atletas e clu-

bes a participarem nas provas oficiais?

Concordo com essa ideia, é uma boa iniciativa, nunca tinha sido concretizada, nunca houve uma seleção sub/17 feminina no distrito e, pelo que tenho sentido, os clubes aceitaram muito bem esta iniciativa, por isso é muito possível que se crie essa nova dinâmica. Vejo algumas jovens que têm apenas andado pelo desporto escolar e que começaram a ver no futebol uma provável atividade desportiva para o seu futuro como atletas. Se for assim irão, necessariamente, surgir outras equipas a praticarem. Quem é Ruben Lança e como encarou este desafio?

Em primeiro lugar é um grande orgulho porque acho que estas miúdas merecem que se aposte nelas. O projeto deve continuar, mesmo que eu não fique acho que elas merecem que isto continue. Estive à frente da equipa feminina da Casa do Benfica de Castro Verde, estou ligado ao desporto desde jovem como praticante federado, faço parte do projeto do Jogo das Raparigas, da Associação Portuguesa de Mulheres para o Desporto e sou dinamizador do futebol feminino no distrito de Beja, então foi muito fácil para mim fazer este acompanhamento.

As Piscinas de Ferreira do Alentejo recebem no fim de semana o II Estágio das Equipas Nacionais de Kayak Polo, ação que se integra no plano de alto rendimento das equipas nacionais e que tem em vista a preparação para o campeonato do mundo da modalidade que se realiza em setembro na Polónia. O estágio contará com a participação de 33 atletas nas equipas de seniores, sub/21 e sub/18. João Ribeiro, selecionador nacional da modalidade, voltou a chamar sete atletas da Associação Pagaia Sul de Beja: João Roque (sénior), Pedro Mestre, Miguel Janeiro e Sandro Guerreiro (sub/21), Tiago Sobral, Alexandre Santos e Bernardo Espinho (sub/18).

Hóquei Aljustrelense fecha com Boliqueime A penúltima jornada do Nacional da 3.ª Divisão realiza-se na tarde de amanhã com a particularidade de o Aljustrelense, que recebe o Boliqueime no seu pavilhão, realizar o último jogo oficial da época, dado que folga na última ronda. O Castrense defronta a Juventude Azeitonense, o Estremoz joga em Santiago do Cacém e o Hóquei de Grândola, campeão de série (e já promovido à 2.ª Divisão), cumpre a sua jornada de descanso. Os jogos estão marcados para as 18 horas. Lidera o Grândola com 52 pontos, o Estremoz é quinto (24), o Hóquei de Santiago é sétimo (15), o Aljustrelense surge no nono posto da tabela com 15 pontos e o Castrense é o 11.º, e último, com seis. No escalão secundário, onde o campeonato ainda está mais distante do seu termo, a equipa do Hóquei Vasco da Gama joga amanhã, pelas 18 horas, em Sines, com o Parede.


saúde

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Análises Clínicas

Medicina dentária ▼

Psicologia

Fisioterapia

Dr.ª Heloisa Alves Proença Médica Dentista

Centro de Fisioterapia S. João Batista

Directora Clínica da novaclinica

Laboratório de Análises Clínicas de Beja, Lda. Dr. Fernando H. Fernandes Dr. Armindo Miguel R. Gonçalves Horários das 8 às 18 horas; Acordo com beneficiários da Previdência/ARS; ADSE; SAMS; CGD; MIN. JUSTIÇA; GNR; ADM; PSP; Multicare; Advance Care; Médis FAZEM-SE DOMICÍLIOS Rua de Mértola, 86, 1º Rua Sousa Porto, 35-B Telefs. 284324157/ 284325175 Fax 284326470 7800 BEJA

Cardiologia

RUI MIGUEL CONDUTO Cardiologista - Assistente de Cardiologia do Hospital SAMS CONSULTAS 5ªs feiras CARDIOLUXOR Clínica Cardiológica Av. República, 101, 2ºA-C-D Edifício Luxor, 1050-190 Lisboa Tel. 217993338 www.cardioluxor.com Sábados R. Heróis de Dadrá, nº 5 Telef. 284/327175 – BEJA MARCAÇÕES das 17 às 19.30 horas pelo tel. 284322973 ou tm. 914874486

MARIA JOSÉ BENTO SOUSA e LUÍS MOURA DUARTE

Cardiologistas Especialistas pela Ordem dos Médicos e pelo Hospital de Santa Marta Assistentes de Cardiologia no Hospital de Beja Consultas em Beja Policlínica de S. Paulo Rua Cidade de S. Paulo, 29 Marcações: telef. 284328023 - BEJA

Exclusividade em Ortodontia (Aparelhos) Master em Dental Science (Áustria) Investigadora Cientifica - Kanagawa Dental School – Japão Investigadora no Centro de Medicina Forense (Portugal)

FERNANDA FAUSTINO Técnica de Prótese Dentária

Assistente graduado de Ginecologia e Obstetrícia

ALI IBRAHIM Ginecologia Obstetrícia Assistente Hospitalar Consultas segundas, quartas, quintas e sextas Marcações pelo tel. 284323028

HELENA MANSO

Rua General Morais Sarmento. nº 18, r/chão Telef. 284326841 7800-064 BEJA

CIRURGIA VASCULAR TRATAMENTO DE VARIZES Convenções com PT-ACS

CLÍNICA MÉDICA DENTÁRIA

JOSÉ BELARMINO, LDA. Rua Bernardo Santareno, nº 10 Telef. 284326965 BEJA

DR. JOSÉ BELARMINO Clínica Geral e Medicina Familiar (Fac. C.M. Lisboa) Implantologia Oral e Prótese sobre Implantes (Universidade de San Pablo-Céu, Madrid)

CLÍNICA MÉDICA ISABEL REINA, LDA.

Obstetrícia, Ginecologia, Ecografia

CONSULTÓRIOS: Beja Praça António Raposo Tavares, 12, 7800-426 BEJA Tel. 284 313 270

Neurologia

Évora CDI – Praça Dr. Rosado da Fonseca, 8, Urb. Horta dos Telhais, 7000 Évora Tel. 266749740

Terapia da Fala

CONSULTAS EM BEJA 2ª, 4ª e 5ª feira das 14 às 20 horas

Oftalmologia ▼

JORGE ARAÚJO Assistente graduado de ginecologia e obstetrícia ULSB/Hospital José Joaquim Fernandes Consultas e ecografia 2ªs, 4ªs, 5ªs e 6ªs feiras, a partir das 14 e 30 horas Marcações pelo tel. 284311790 Rua do Canal, nº 4 - 1º trás 7800-483 BEJA

Estomatologia Cirurgia Maxilo-facial ▼

CÉLIA CAVACO Oftalmologista pelo Instituto Dr. Gama Pinto – Lisboa Assistente graduada do serviço de oftalmologia do Hospital José Joaquim Fernandes – Beja

MÉDICO DENTISTA

Marcações pelo telefone 284321693 ou no local Rua António Sardinha, 3 1º G 7800 BEJA

Rua Capitão João Francisco

Fisioterapia

Marcações pelo tm. 919788155

Marcações de consultas de 2ª a 6ª feira, entre as 15 e as 18 horas Rua Dr. Aresta Branco, nº 47 7800-310 BEJA Tel. 284326728 Tm. 969320100

DRA. TERESA ESTANISLAU CORREIA Marcação de consultas de dermatologia:

Medicina dentária ▼

Luís Payne Pereira

HORÁRIO: Das 11 às 12.30 horas e das 14 às 18 horas pelo tel. 218481447 (Lisboa) ou Em Beja no dia das consultas às quartas-feiras Pelo tel. 284329134, depois das 14.30 horas na Rua Manuel António de Brito, nº 4 – 1º frente 7800-544 Beja (Edifício do Instituto do Coração, Frente ao Continente)

Médico Dentista

Urologia

Consultas em Beja Clínica do Jardim

UROLOGISTA

Praça Diogo Fernandes, nº11 – 2º Tel. 284329975

Clínica Dentária

Urgências Prótese fixa e removível Estética dentária Cirurgia oral/ Implantologia Aparelhos fixos e removíveis ▼

VÁRIOS ACORDOS

FERNANDO AREAL

Consultas :de segunda a sexta-feira, das 9 e 30 às 19 horas

MÉDICO Consultor de Psiquiatria

Rua de Mértola, nº 43 – 1º esq. Tel. 284 321 304 Tm. 925651190

Consultório Rua Capitão João Francisco Sousa 56-A 1º esqº 7800-451 BEJA Tel. 284320749

7800-475 BEJA

Hospital de Beja Doenças de Rins e Vias Urinárias Consultas às 6ªs feiras na Policlínica de S. Paulo Rua Cidade S. Paulo, 29 Marcações pelo telef. 284328023

BEJA Terapia da Fala

CATARINA CHARRUA Consultas e domicílios de 2ª feira a sábado Tm: 967959568

DR. J. S. GALHOZ

FRANCISCO FINO CORREIA

Ouvidos,Nariz, Garganta

MÉDICO UROLOGISTA RINS E VIAS URINÁRIAS

Exames da audição

Marcações de 2.ª a 6.ª feira a partir das 14 horas Rua Capitão João Francisco de Sousa, n.º 20 7800-451 BEJA Tel. 284324690

TERAPEUTA DA FALA

Otorrinolaringologia ▼

AURÉLIO SILVA

Dr. José Loff

Prótese/Ortodontia CONSULTAS 2ªs, 3ªs e 5ªs feiras Rua Zeca Afonso, nº 16 F Tel. 284325833

Consultas de 2ª a 6ª

Generalista

Dermatologia

CONSULTAS às 3ªs e 4ªs feiras, a partir das 15 horas MARCAÇÕES pelos telfs.284322387/919911232 Rua Tenente Valadim, 44 7800-073 BEJA

Urologia

DR. MAURO FREITAS VALE

CONSULTAS DE OBESIDADE

Rua do Canal, nº 4 7800 BEJA

DOENÇAS DO SISTEMA NERVOSO

Psiquiatria

Médico Especialista pela Ordem dos Médicos e Ministério da Saúde

Marcações pelo telef. 284325059

HELIODORO SANGUESSUGA ▼

DR. A. FIGUEIREDO LUZ

de Sousa, 56-A – Sala 8

Neurologista do Hospital dos Capuchos, Lisboa

DR. JAIME LENCASTRE

Chefe de Serviço de Oftalmologia do Hospital de Beja

Acordos com: ACS, CTT, EDP, CGD, SAMS.

Consultório Centro Médico de Beja Largo D. Nuno Álvares Pereira, 13 – BEJA Tel. 284312230

Consultas e domicílios de 2ª feira a sábado Tm: 967959568

Estomatologista (OM) Ortodontia

Especialista pela Ordem dos Médicos

DRª CAROLINA ARAÚJO

Obesidade

Médico oftalmologista

Consultas de Neurologia

CATARINA CHARRUA

EM BERINGEL Telef 284998261 6ª e sábado das 14 às 20 horas

Acordos com A.D.S.E., ACSPT, CGD, Medis, Advance Care, Multicare, Seguros Minis. da Justiça, A.D.M.F.A., S.A.M.S. Marcações pelo 284322446; Fax 284326341 R. 25 de Abril, 11 cave esq. – 7800 BEJA

TERAPEUTA DA FALA

Rua António Sardinha, 25r/c dtº Beja

(Diplomada pela Escola Superior de Medicina Dentária de Lisboa)

Ginecologia/Obstetrícia

FAUSTO BARATA

Cirurgia Vascular

Oftalmologia

JOÃO HROTKO

Fisiatria Dr. Carlos Machado Psicologia Educacional Elsa Silvestre Psicologia Clínica M. Carmo Gonçalves Tratamentos de Fisioterapia Classes de Mobilidade Classes para Incontinência Urinária Reeducação dos Músculos do Pavimento Pélvico Reabilitação Pós Mastectomia

Rua Manuel Antó António de Brito n.º n.º 6 – 1.º 1.º frente. 78007800-522 Beja tel. 284 328 100 / fax. 284 328 106

Vários Acordos

Consultas a partir das 14 horas Praça Diogo Fernandes, 23 - 1º F (Jardim do Bacalhau) Telef. 284322527 BEJA


saúde

23 Diário do Alentejo 13 abril 2012

PSICOLOGIA ANA CARACÓIS SANTOS – Educação emocional; – Psicoterapia de apoio; – Problemas comportamentais; – Dificuldades de integração escolar; – Orientação vocacional; – Métodos e hábitos de estudo GIP – Gabinete de Intervenção Psicológica Rua Almirante Cândido Reis, 13, 7800-445 BEJA Tel. 284321592

Clínica Médico-Dentária de S. FRANCISCO, LDA. Gerência de Fernanda Faustino Acordos: SAMS, ADMG, PSP, A.D.M.E., Portugal Telecom e Advancecare Rua General Morais Sarmento, nº 18, r/chão; TEL. 284327260 7800-064 BEJA

_______________________________________ Manuel Matias – Isabel Lima – Miguel Oliveira e Castro – Jaime Cruz Maurício Ecografia | Eco-Doppler Cor | Radiologia Digital Mamografia Digital | TAC | Uro-TC | Dental Scan Densitometria Óssea Nova valência: Colonoscopia Virtual Acordos: ADSE; PT-ACS; CGD; Medis, Multicare; SAMS; SAMS-quadros; Allianz; WDA; Humana; Mondial Assistance. Graça Santos Janeiro: Ecografia Obstétrica Marcações: Telefone: 284 313 330; Fax: 284 313 339; Web: www.crb.pt Rua Afonso de Albuquerque, 7 r/c – 7800-442 Beja e-mail: cardiologiabeja@mail.telepac.pt

CENTRO DE IMAGIOLOGIA DO BAIXO ALENTEJO ECOGRAFIA – Geral, Endocavitária, Osteoarticular, Ecodoppler TAC – Corpo, Neuroradiologia, Osteoarticular, Dentalscan Mamografia e Ecografia Mamária Ortopantomografia Electrocardiograma com relatório António Lopes – Aurora Alves – Helena Martelo – Montes Palma – Maria João Hrotko – Médicos Radiologistas –

Dr. Sidónio de Souza – Pneumologia/Alergologia/ Desabituação tabágica – H. Pulido Valente Dr. Fernando Pimentel – Reumatologia – Medicina Desportiva – Instituto Português de Reumatologia de Lisboa Dr.ª Verónica Túbal – Nutricionismo – H. de Beja Dr.ª Sandra Martins – Terapia da Fala – H. de Beja Dr. Francisco Barrocas – Psicologia Clínica/Terapia Familiar – Membro Efectivo da Soc. Port. Terapia Familiar e da Assoc. Port. Terapias Comportamental e Cognitiva (Lisboa) – Assistente Principal – Centro Hospitalar do Baixo Alentejo. Dr. Rogério Guerreiro – Medicina preventiva – Tratamento inovador para deixar de fumar Dr. Gaspar Cano – Clínica Geral/ Medicina Familiar Dr.ª Nídia Amorim – Psicomotricidade/Educação Especial e Reabilitação (dificuldades específicas de aprendizagem/dislexias) Dr. Sérgio Barroso – Oncologia – H. de Beja Drª Margarida Loureiro – Endocrinologia/ Diabetes/Obesidade – Instituto Português de Oncologia de Lisboa Dr. Francisco Fino Correia – Urologia – Rins e Vias Urinárias – H. Beja Dr. Daniel Barrocas – Médico Interno de Psiquiatria – Hospital de Santa Maria Dr. Carlos Monteverde – Chefe de Serviço de Medicina Interna, doenças de estômago, fígado, rins, endoscopia digestiva. Dr.ª Ana Cristina Duarte – Pneumologia/ Alergologia Respiratória/Apneia do Sono – Assistente Hospitalar Graduada – Consultora de Pneumologia no Hospital de Beja Dr.ª Isabel Martins – Chefe de Serviço de Psiquiatria de Infância e Adolescência/Terapeuta familiar – Centro Hospitalar do Baixo Alentejo Dr.ª Paula Rodrigues – Psicologia Clínica – Hospital de Beja Dr.ª Luísa Guerreiro – Ginecologia/Obstetrícia Dr.ª Ana Montalvão – Hematologia Clínica / Doenças do Sangue – Assistente Hospitalar – Hospital de Beja Dr.ª Ana Cristina Charraz – Psicologia Clínica – Hospital de Beja Dr. Diogo Matos – Dermatologia. Médico interno do Hospital Garcia da Orta. Dr.ª Joana Freitas – Cavitação, Lipoaspiração não invasiva,indolor e não invasivo, acção imediata, redução do tecido adiposo e redução da celulite Dr.ª Ana Margarida Soares – Terapia da Fala - Habilitação/Reabilitação da linguagem e fala. Perturbação da leitura e escrita específica e não específica. Voz/Fluência. Dr.ª Maria João Dores – Técnica Superior de Educação Especial e Reabilitação/Psicomotricidade. Perturbações do Desenvolvimento; Educação Especial; Reabilitação; Gerontomotricidade. Enfermeira Maria José Espanhol – Enfermeira especialista em saúde materna/Cuidados de enfermagem na clínica e ao domicílio/Preparação pré e pós parto/amamentação e cuidados ao recémnascido/Imagem corporal da mãe – H. de Beja Marcações diárias pelos tels. 284 322 503 Fax 284 322 503 Tm. 91 7716528 Rua Zeca Afonso, nº 6, 1º B, 7800-522 Beja clinipax@netvisao.pt

Terapia da Fala

Convenções: ADSE, ACS-PT, SAD-GNR, CGD, MEDIS, SSMJ, SADPSP, SAMS, SAMS QUADROS, ADMS, MULTICARE, ADVANCE CARE

Horário: de 2ª a 6ª feira, das 8 às 19 horas e aos sábados, das 8 às 13 horas

Terapeuta da Fala VERA LÚCIA BAIÃO

Av. Fialho de Almeida, nº 2 7800 BEJA Telef. 284318490

Consultas em Beja CLINIBEJA – 2.ª a 6.ª feira Rua António Sardinha, 25, r/c esq.

Tms. 924378886 ou 915529387

Tm. 962557043


institucional diversos

24 Diário do Alentejo 13 abril 2012 Diário do Alentejo nº 1564 de 13/04/2012 2.ª Publicação

Diário do Alentejo nº 1564 de 13/04/2012 2.ª Publicação

PEDRO BRANDÃO Agente de Execução C.P. 3877

TRIBUNAL JUDICIAL DE CUBA

ANÚNCIO Tribunal Judicial de Almodôvar – Secção Única Acção Executiva Processo n.° 152/07.9TBADV Exequente: Sociedade Industrial Alentejo e Sado, S.A. Executados: Mário Pereira Inácio FAZEM-SE SABER que nos autos acima identificados se encontra designado o dia 16 de Abril de 2012, pelas 11:00 horas, no Tribunal acima identificado, para abertura de propostas que sejam entregues até esse momento na Secretaria do mesmo, pelos interessados na compra do seguinte bem: Direito inscrito (usufruto) a favor do executado, no prédio urbano, descrito sob a inscrição 1632/20010228, da freguesia de Santa Cruz, concelho Almodôvar, com o artigo matricial n° 1440, situado em Dogueno. O bem pertence ao Executado: MÁRIO PEREIRA INÁCIO, NIF: 193133890, residente em Dogueno, em Santa Cruz, Almodôvar. VALOR BASE: 7.500,00 € Será aceite a proposta de melhor preço acima do valor de 5.250,00€, correspondente a 70% do Valor Base. Nos termos do artigo 897° n.° 1 do CPC, os proponentes devem juntar à sua proposta, como caução, cheque visado à ordem do agente de execução, no montante correspondente a 20% do valor base do bem, ou garantia bancária, no mesmo valor. É Fiel Depositário que o mostrará a pedido o executado Mário Pereira Inácio. O Agente de Execução, Céd Prof. 3877 Pedro Brandão

Secção Única

ANÚNCIO Processo: 92-A/2001 Divórcio Sem Consentimento do Outro Cônjuge Autor: Etelvina Maria Correia Sacristão Réu: Vitor Manuel Janeiro Guerra Nos autos acima identificados, correm éditos de 30 dias, contados da data da segunda e última publicação do anúncio, citando o réu Vitor Manuel Janeiro Guerra, com última residência conhecida em domicílio: Rua da Parreira, N° 4, 7920-000 Alvito, para no prazo de 30 dias, decorrido que seja o dos éditos, contestar, querendo, a presente acção, com a indicação de que a falta de contestação não importa a confissão dos factos articulados pela autora e que em substância o pedido consiste tudo como melhor consta do duplicado da petição inicial que se encontra nesta Secretaria, à disposição do citando. Fica advertido de que é obrigatória a constituição de mandatário judicial. Cuba, 30-03-2012 N/Referência: 553607 A Juiz de Direito, Dr(a). Celine Alves A Oficial de Justiça, Ana Maria N. Sota C. Ildefonso

Diário do Alentejo nº 1564 de 13/04/2012 Única Publicação

Diário do Alentejo nº 1564 de 13/04/2012 2.ª Publicação

PEDRO BRANDÃO Agente de Execução C.P. 3877

ANÚNCIO Tribunal Judicial de Moura – Secção Única Acção Executiva Processo n.° 176/06.3TBMRA Exequente: Banco Bilbao Vizcaya Argentaria Portugal, S.A. Executados: Ana Luísa Valério Pato Infante e outros FAZEM-SE SABER que nos autos acima identificados se encontra designado o dia 29 de Abril de 2012, pelas 09:45 horas, no Tribunal acima identificado, para abertura de propostas que sejam entregues até esse momento na Secretaria do mesmo, pelos interessados na compra do seguinte bem: Prédio urbano, propriedade horizontal, descrito sob a inscrição 2224/20090811 fracção B, da freguesia de Moura (S. João Baptista), concelho Moura, com o artigo matricial n° 2484 - B, sito na Rua Eira dos Caeiros, n.° 37-B. O bem pertence aos Executados: JOAQUIM JOSÉ PATO, NIF: 174760841 e MARIA JOSÉ VALÉRIA, NIF: 174760833. VALOR BASE: 66.000,00€ Será aceite a proposta de melhor preço acima do valor de 46.200,00€, correspondente a 70% do Valor Base. Nos termos do artigo 897° n.° 1 do CPC, os proponentes devem juntar à sua proposta, como caução, cheque visado à ordem do agente de execução, no montante correspondente a 20% do valor base do bem, ou garantia bancária, no mesmo valor. É Fiel depositário que o mostrará a pedido os executados Joaquim José Pato e Maria José Valéria, residentes na Rua Eira dos Caeiros, n.° 37-A. O Agente de Execução, Céd Prof. 3877 Pedro Brandão

COOPCASTRENSE – COOPERATIVA DE CONSUMO POPULAR CASTRENSE, CRL

RECTIFICAÇÃO À CONVOCATÓRIA DA ASSEMBLEIA GERAL No aviso da convocatória de assembleia geral da COOPCASTRENSE – Cooperativa de Consumo Popular Castrense, CRL, publicado no jornal “Diário do Alentejo”, de 06-04-2012, onde se lê que a mesma terá lugar no dia 19 de Abril de 2012 (sexta-feira), deverá ler-se dia 19 de Abril de 2012 (quinta-feira). Castro Verde, 4 de Abril de 2012. O Presidente da Mesa da Assembleia-Geral Sebastião Colaço Canário

OFICINA RECTIFICAÇÕES DE CABEÇAS E DE BLOCOS (Novos preços) TESTAGENS SOLDADURAS EM ALUMÍNIO

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10 a 15 de Maio * Feira do Cavalo de Jerez de La Frontera – Dias 12 e 13 de Maio * Celebração do 13 de Maio em Fátima – Dias 12 e 13 de Maio * Galiza – 17 a 20 de Maio - Visitando: Sanxenxo - Grove - La Toja - Santiago de Compostela - Corunha - Pontevedra – Vigo * CRUZEIRO “FIORDES DO NORTE” – De 18 a 26 de Maio * Rota dos Judeus em Portugal – 19 a 20 de Maio - Visitando: Castelo de Vide - Sortelha - Sabugal - Serra da Malcata Belmonte – Guarda * Cruzeiro no Alqueva – Dia 20 de Maio * Peñiscola e Gandia – De 26 a 31 de Maio - Visitando: Peñiscola – Morella Benicássim - Oropesa del Mar -Valência - Gândia – Denia * MONTE SELVAGEM E FLUVIÁRIO DE MORA – Dia 27 de Maio * Cruzeiros no Douro – VÁRIOS PROGRAMAS DISPONÍVEIS TODO O VERÃO! * MOSCOVO E SÃO PETERSBURGO – De 13 a 20 de Julho * CRUZEIRO “LENDAS DO MEDITERRÂNEO” – De 28 de Setembro a 06 de Outubro

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institucional diversos necrologia Diário do Alentejo nº 1564 de 13/04/2012 Única Publicação

25 Diário do Alentejo 13 abril 2012

Rua da Cadeia Velha, 16-22 - 7800-143 BEJA Telefone: 284311300 * Telefax: 284311309 www.funerariapaxjulia.pt E-mail: geral@funerariapaxjulia.pt Funerais – Cremações – Trasladações - Exumações – Artigos BEJA

ALMADA / SALVADA

SALVADA

NOSSA SENHORA DAS NEVES

†. Faleceu a Exma. Sra. D. CUSTÓDIA MARIA PAULINA GUERREIRO, de 94 anos, natural de Salvada Beja, viúva. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 06, da Casa Mortuária de Salvada, para o cemitério local.

†. Faleceu o Exmo. Sr. ARMINDO MARIA AMEIXINHA BAIA, de 60 anos, natural de Santa Maria Serpa, casado com a Exma. Sra. D. Maria da Conceição Palama Báia. O funeral a cargo desta Agência realizouse no passado dia 06, da Casa Mortuária de Salvada, para o cemitério local.

†. Faleceu o Exmo. Sr. JOSÉ

SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DE BEJA

CONVOCATÓRIA Nos termos dos artigos 28.°, 29.° e 30.º n° 1 dos Estatutos da Santa Casa da Misericórdia de Beja, convoco todos os Irmãos desta Santa Casa para uma reunião Ordinária da Assembleia Geral, a realizar no dia 16/04/2012 (SegundaFeira) pelas 17 horas e trinta minutos, nas Instalações da mesma, sita na Rua D. Manuel 1, n.° 19, nesta cidade, com a seguinte: ORDEM DE TRABALHOS 1. Aprovação da Acta n° 2 da Assembleia Geral de 29 de Novembro de 2011. 2. Apreciação, Votação do Relatório e Contas do Ano de 2011. Se à hora marcada não estiverem presentes o número de Irmãos legalmente estabelecidos para seu funcionamento, a Assembleia Geral iniciar-se-á 30 minutos depois com qualquer número de presentes. Santa Casa da Misericórdia de Beja, 02 de Abril de 2012. O Presidente da Mesa da AssembIeia Geral Eng. João Paulo Ramôa

†. Faleceu a Exma. Sra. D. CASSILDA MARIA COVAS BATUCA, de 86 anos, natural de Vidigueira, viúva. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 05, das Casas Mortuárias de Beja, para o cemitério desta cidade.

MANUEL CORREIA CAIXINHA, de 72 anos, natural de Nossa Senhora das Neves - Beja, viúvo. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 07, da Casa Mortuária de Nossa Senhora das Neves, para o cemitério local.

BEJA

SALVADA

Diário do Alentejo nº 1564 de 13/04/2012 Única Publicação ASSOCIAÇÃO DE DESENVOLVIM ACÇÃO SOCIAL E DEFESA DO AMBIENTE

ADA – ASSOCIAÇÃO DE DESENVOLVIMENTO, ACÇÃO SOCIAL E DEFESA DO AMBIENTE

CONVOCATÓRIA José Sebastião Fonte Santa Roque , Presidente da Assembleia Geral da ADA - Associação de Desenvolvimento, Acção Social e Defesa do Ambiente, ao abrigo do artigo 19º dos Estatutos da Associação, convoca os sócios para uma Reunião Ordinária da Assembleia Geral que se realizará no dia 27 de Abril do corrente ano pelas 16:30 horas nas instalações do Centro Comunitário de Portel, e que terá a seguinte ordem de trabalhos: 1º Ponto - Aprovação das Contas de Gerência de 2011 2º Ponto – Diversos Não comparecendo o número de sócios suficientes à 1ª Convocatória, a Assembleia Geral reunirá em 2ª Convocatória passados 30 minutos da 1ª com o número de sócios presentes. Portel, 11 de Abril de 2012

†. Faleceu o Exmo. Sr. MANUEL RAPOSO CAVACO, de 90 anos, natural de Mértola, viúvo. O funeral a cargo desta Agência realizouse no passado dia 08, da Casa Mortuária de Salvada, para o cemitério local.

†. Faleceu o Exmo. Sr. FRANCISCO JOSÉ DOS SANTOS, de 81 anos, natural de São João Baptista - Beja, casado com a Exma. Sra. D. Mariana Firmina Casimiro dos Santos. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 11 , das Casas Mortuárias de Beja, para o cemitério desta cidade.

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Cabeça Gorda MISSA

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O Presidente da Assembleia Eng.º José Sebastião Fonte Santa Roque

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5º Ano de Eterna Saudade

36º Ano de Eterna saudade

Seu marido e pai e restante família participam a todas as pessoas de suas relações e amizade, que será celebrada missa pelo eterno descanso dos seus entes

ARRENDA-SE Apartamento com 3 quartos, 2 casas de banho, sala, cozinha, arrecadação, marquise e varanda, todo mobilado.

Às famílias enlutadas apresentamos as nossas mais sinceras condolências.

queridos no dia 19-04-2012, quinta-feira, às 18 horas na

Rua de Lisboa, 35 / 37 Beja Estrada do Bairro da Esperança Lote 2 Beja (novo) Telef. 284 323 996 – Tm.914525342

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Igreja Paroquial de Cabeça Gorda, agradecendo desde já a todos os que se dignarem comparecer ao acto de recordação.

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26 Diário do Alentejo 13 abril 2012

Comemorações 25 de Abril em Beja Dia 24 de Abril Na Praça da República • 20H00 – Concentração na Praça da República • Participação das Colectividades / Clubes com Tasquinhas • 22H30 – Actuação do Grupo “OPPOENTE” • 00H00 – Comemoração do 38.º Ano da Revolução de Abril • Fogo de Artifício •00H15 – Actuação da Banda Filarmónica Capricho Bejense • 01H00 – Actuação da Banda de Rock “CARACOL BLUES” • 02H30 – Continuação da Animação c/ o DJ TAPE

Dia 25 de Abril No Jardim Público • 9H00 – Caminhada Urbana com a participação de Grupos Musicais do Conservatório Regional do Baixo Alentejo (Ver programa próprio) • Organização: Zona Azul Exibições Desportivas: • 10H00 – Demonstração de Judo (Judo Clube de Beja)

• 10H50 – Patinagem Artística (Clube de Patinagem de Beja) • 11H30 – Ginástica (Zona Azul) • 12H00 – Andebol (Zona Azul)

Na Igreja da Misericórdia • 12H30 – Sessão Solene •Intervenções; •Intervenção Musical do Conservatório Regional do Alentejo; •Entrega do Prémio 25 de Abril – “Conta-me como foi”

Dia 28 de Abril No Complexo Desportivo Fernando Mamede “ XII – Grande Prémio de Pista – Beja Atlético Clube (Ver programa próprio)

Organização: • Assembleia Municipal de Beja (Comissão Organizadora das Comemorações do 25 de Abril) • Colaboração: Câmara Municipal de Beja, Conservatório Regional do Baixo Alentejo, Zona Azul, Beja Atlético Clube, Clube de Patinagem de Beja e Judo Clube de Beja • Apoios: Alentejo Popular, Diário do Alentejo, Rádio Pax, Rádio Voz da Planície e Correio Alentejo


Durante este mês a Biblioteca Municipal José Saramago, em Odemira, em parceria com as bibliotecas escolares do concelho, vai apresentar um vasto programa que conta com encontros com autores, leituras e dramatizações. Um mês cheio que de certeza não vais querer perder. Mais informações em cm-odemira.pt

No arame...

A páginas tantas ...

Apesar de a Páscoa já ter passado, esta é uma técnica de que certamente vais gostar. Mais do que um jogo é uma forma de construir ovos feitos de arame. Com a ajuda dos teus pais ou irmãos mais velhos vamos lá fazer estes ovos e usar de muita imaginação.

A editora Bruá já nos tinha presenteado com um livro da mesma dupla de autores, Anouck Boisrobert e Louis Rigaud, com Popville e que já mostrámos aqui. Hoje trazemos-te Na floresta da preguiça. É um livro que guia o leitor num processo de constantes descobertas. Com texto de Sophie Strady, o livro começa assim: “Tudo é verde, tudo é vida na floresta da preguiça. Gorjeiam os pássaros, enroscam-se os gatos à sombra das palmeiras, os papa-formigas aspiram insectos como que através de uma palhinha… e a preguiça – estás a vê-la? (…)”. Estás a vê-la? é a pergunta constante que vais encontrar em quase todas as páginas, a pergunta que ecoa e nos convida a entrar num jogo de descoberta de um verdadeiro mundo de detalhes da fauna e flora amazónica.

Dica da semana Já tinhas muitas boas razões para reciclares, mas o trabalho de Steven J. Wine vem dar-nos ainda mais vontade de olhar para o nosso “lixo” e transformá-lo em peças fantásticas. Diverte-te!

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Biblioteca José Saramago dinamiza leitura em Odemira


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O Danúbio é um cão adulto de porte pequeno/médio que vive no canil e procura uma família e uma casa onde possa ter uma vida feliz. Entrou no Cantinho dos Animais com problemas de saúde mas agora está pronto para adoção. É um cão que não é muito sociável com machos mas consegue lidar bem com fêmeas. Com as pessoas necessita de ganhar confiança, tornando-se depois um cão muito fiel ao seu dono. Venham conhecê-lo ao Cantinho dos Animais de Beja. Está vacinado e desparasitado. Contactos: 962432844; sofiagoncalves.769@hotmail.com

Filme “Linha Vermelha”

Boa vida Comer Chispalhada à moda do mestre Zé Ingredientes: 750 gr. de feijão manteiga, 1,5 kg. de carnes de porco (ex. barbela, chispe, rabo e orelha), 200 gr. de toucinho entremeado, 1 linguiça de porco alentejano, 500 gr. de couve-lombarda, 300 gr. de batata, 100 gr. de cenoura, q.b. de sal, q.b. de água, q.b. de salsa. Confeção: Lavam-se as carnes muito bem em água fria e deixam-se com sal durante 24 horas. Por o feijão de molho durante 12 horas. No dia seguinte cozer as carnes à parte, sendo estas lavadas antes para retirar o excesso de sal. Cozer também o feijão à parte. Quando tudo estiver cozido, escorre-se o caldo das carnes e do feijão para um tacho e nesses caldos cozem-se as cenouras, as batatas, o repolho e a linguiça cortada às rodelas. De seguida juntar o feijão e as carnes cortadas aos pedaços. Retificar temperos e polvilhar com salsa picada na altura de servir. Bom apetite… Nota: Se desejar comer uma sopa pode retirar um pouco de caldo, cozer uma massa grossa e juntar uns ramos de hortelã.

António Nobre Chefe executivo de cozinha – Hotéis M’AR De AR, Évora

Jazz Xan Campos Trio “Orixe Cero”

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an Campos (n. 1987) é um dos mais interessantes músicos saídos do Seminário Permanente de Jazz de Pontevedra (SPJ) – reputada casa de ensino da Galiza –, onde se iniciou nas artes do jazz pelas mãos do pianista Abe Rábade e do contrabaixista Paco Charlín. Apesar da sua juventude, o jovem pianista é também já considerado um dos nomes mais representativos do jazz galego, com participação em cerca de uma dezena de títulos. Foi no SPJ, aliás, que Campos cruzou o seu caminho com o do baterista Iago Fernández, iniciando então um conjunto de aventuras musicais em vários contextos, que resulta numa especial cumplicidade entre ambos. Mais tarde, os dois encontram o experiente contrabaixista Horacio G a rc í a no C e nt ro Superior de Música do País Basco, reunindo-se o Xan Campos Trio, formação que já conta com mais de meia década Xan Campos Trio de atividade, com pas– “Orixe Cero” Xan Campos (piano), sagem por alguns dos Horacio García mais importantes festi(contrabaixo) e Iago vais de jazz do país viziFernández (bateria). nho. Este “Orixe Cero”, Editora: Free Code editado pela Free Code Jazz Records Ano: 2011 Jazz Records – espécie de braço discográfico do SPJ – faz a súmula do conjunto de influências que o pianista foi absorvendo ao longo do seu percurso, do jazz ao rock, passando pela música tradicional. Se é certo que são por aqui reveladas ideias válidas – evidenciando margem de progressão –, ressalta claro que algumas delas acabam por soar demasiado rígidas e formatadas. Não obstante se detetar diversidade nas composições – todas, exceto uma, são da autoria do pianista –, a generalidade das mesmas parece não sair de uma redoma de conforto. A formação decerto ganharia se admitisse mais alguns graus de espontaneidade e liberdade na sua música. A função abre com a vibração rítmica de “Acrofobia”, seguindo-se “B16”, peça cujo apelo melódico remete para alguns mestres nórdicos (Bobo Stenson, Esbjörn Svensson). Entre os momentos mais interessantes está também “Árbore Imperialista”, com a sua solenidade, que, aos poucos, se vai transmutando em intensidade. O disco encerra com uma leitura de “Dulce Pepita”, valsa escrita por Juan Rial “Palleiro”, avô de Xan e um dos pioneiros do jazz na Galiza, na década de 1950. “Orixe Cero” é um disco que, apesar dos momentos de interesse que contém, acaba por nunca chegar a entusiasmar verdadeiramente. António Branco

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rémio para a melhor longa-metragem portuguesa no IndieLisboa 2011, “Linha Vermelha”, de José Filipe Costa, é um filme sobre outro – “Torre Bela” (1975), de Thomas Harlan – e um filme sobre a natureza do cinema e da relação deste com a realidade. O filme de Harlan fixou, após o 25 de Abril de 1974, a ocupação pelos trabalhadores da herdade da Torre Bela, a 80 quilómetros de Lisboa, assim como a subsequente criação de uma cooperativa. Certo é que o filme de Harlan passou a ser emblemático da ocupação e filme e realidade passaram a confundir-se. A abordagem de Costa é questionadora. Problematiza o filme de Harlan – o modo como a presença da câmara e a direção do filme contaminou momentos da ocupação em função da dramaturgia da obra filmada tal como, subjacente ao documentário de Costa, está a questão de como se faz história. Em perspetiva, a história não é tão ficcional quanto a que é disposta em cena em função de uma narrativa arrumada num guião? Harlan escolheu, para a sua obra, personagens principais na ocupação e elas comportaram-se como tal. “Linha Vermelha” volta a ouvi-las mas noutro registo. Procura ir além. Que sucedeu à Torre Bela, à sua cooperativa, aos que tiveram um sonho? Como vivem hoje? O que mudou nas suas vidas? Feito no âmbito de uma tese de doutoramento em cinema defendida, com êxito, em Inglaterra, “Linha Vermelha” questiona a memória individual e a coletiva bem como o modo como o cinema faz memória. A ocupação da Torre Bela ganhou uma nova perspetiva, disposta mas não fechada por Costa. Este “Linha Vermelha” abriu – como os camponeses na casa dos Bragança – as gavetas do filme de Harlan. Ficaram abertas a outros olhares, outras leituras. “Torre Bela” não mais poderá ser visto sem ser em diálogo. A não perder. Maria do Carmo Piçarra

José Filipe Costa – Terratreme Auditório Soror Mariana, 25 de abril, 18 e 30/21 e 30 horas

Filatelia Sugestões para os selos de 2013

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ste ano, e uma vez mais, os correios pediram às mais diversas entidades sugestões para os temas das emissões de selos a emitir no próximo ano. Tal como aconteceu no passado, também desta vez aqui deixamos os acontecimentos que nos parece serem de assinalar. – 800 anos da concessão do foral à cidade de Castelo Branco; – 750 anos do acordo sobre a posse definitiva do Algarve; – 650 anos da investidura do futuro rei D. João I como Mestre da Ordem de Avis; – 600 anos das Cortes de Lisboa; – 575 da morte de D. Duarte e da subida ao trono de D. Afonso V: – 525 anos da chegada de Pero da Covilhã e Afonso de Paiva a Adén; – 500 anos da publicação do volume II das Ordenações Manuelinas; – 450 anos da publicação dos Colóquios dos Simples e Drogas e Cousas Medicinais da Índia de Garcia de Horta; – 425 anos da criação da Diocese do Japão; – 300 anos do Tratado de Utreque; – 275 anos da Lotaria da Santa Casa de Misericórdia de Lisboa; – 225 anos da Secretaria de Estado dos Negócios da Fazenda; – 175 anos da 1.ª Exposição Industrial Portuguesa; – 150 anos da inauguração da Linha de Caminho de Ferro de Évora e da ligação a Espanha; – 125 anos da expedição ao Niassa, por António Maria Cardoso, e da publicação de Os Mais de Eça de Queirós; – 100 anos do Ministério da Instrução Pública; – 50 anos do incêndio do Chiado e das primeiras gémeas proveta em Portugal. Para além destes aniversários sugerimos ainda uma emissão que infelizmente tarda em aparecer, uma emissão de sensibilização para a dádiva de sangue e simultaneamente de homenagem ao dador de sangue. Geada de Sousa


Petiscos Pentecostes

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ara nós, católicos, e, até há pouco tempo, para a maior parte do povo, anónimo e proletário, o calendário das suas vidas era também o calendário litúrgico, da igreja que orientava e marcava os ritmos quotidianos da sua ingrata existência. A reforma que no norte da Europa tinha instruído o povo anónimo, obrigando-o a saber ler para puder colher da Bíblia, sem quaisquer intermediários, os ensinamentos da vida eterna, entre nós, no sul, tinha esbarrado com a vontade inf lexível dos poderes espiritual e temporal de manter os povos na mais implacável ignorância. Os reis, a aristocracia e o corpo eclesiástico. Só havia uma maneira de garantir a permanência do status quo: conseguir que as pessoas não lessem no original aquilo que, de acordo com a sua crença, tinha sido transmitido em primeira mão aos Discípulos. Em latim, não fosse algum curioso aprender, na escuridão das longas noites, o abecedário e o significado das palavras escritas. Assim havia a certeza, certezinha, que mesmo os mais curiosos, seriam, para tal, desmotivados. O resultado desta manha saloia, comum a nós, aos espanhóis, àqueles a que chamamos atualmente italianos e tantos mais, é que no norte da Europa se manteve a representação real

Estamo-nos a despedir da carne, matavam-se menos animais porque dificilmente se conservariam. Agora aguarda-se pelo calor estival: comem-se as últimas sopas quentes. O gaspacho já nos espera, ali ao rodar da esquina.

– Inglaterra, Escócia, Gales, Irlanda, Holanda, Bélgica, Dinamarca, Noruega, Dinamarca, Suécia, Luxemburgo, mais os países colonizados pelos anglo saxões, Canadá, Nova Zelândia, Austrália – e no sul somos todos muito avançados e muito republicanos. Como me dizia, não há muito tempo um republicano dos quatro costados – pensando ser estruturalmente muito diferente dos frades dominicanos que queimavam pessoas no Terreiro do Paço – referindo-se aos povos citados: “Vê-se mesmo que é gente estúpida”. “Tá bem”, digo eu, “ficamos assim. É a vida!”. O calendário da igreja era portanto o guia e fio diretor da vida das gentes. Depois da Paixão e Ascensão vinha o tempo de Pentecostes: Jesus mostrou-se aos seus Apóstolos e disse-lhes: “Ide, ensinai o que Eu vos ensinei a vós”. Após Pentecostes surge o tempo comum até as primeiras neves de novembro trazerem de novo o Advento e o Natal. O ciclo fecha-se. O que se comia e quando era marcado por esta divisão do tempo. Que a Igreja, com os seus quase dois mil anos de vida, conhecia as pessoas e o seu pulsar, isso sim, era indiscutível. Estamo-nos a despedir da carne, matavam-se menos animais porque dificilmente se conservariam. Agora aguarda-se pelo calor estival: comem-se as últimas sopas quentes. O gaspacho já nos espera, ali ao rodar da esquina. Carpe diem, gozemos o momento presente, aproveitemos enquanto há. António Amodôvar

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Diário do Alentejo 13 abril 2012

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Diário do Alentejo 13 abril 2012

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Melech Mechaya fazem a festa no Pax Julia

“Banda incrível ao vivo”, segundo a crítica musical, os portugueses Melech Mechaya vão estar amanhã no Pax Julia Teatro Municipal, em Beja, a partir das 21 e 30 horas, para um concerto integrado no ciclo Novos Valores. André Santos, Francisco Caiado, João Graça, João Sovina e Miguel Veríssimo são um grupo de música klezmer com sede em Lisboa e Almada que atingiu notoriedade à conta dos seus concertos festivos, inspirados também pelas músicas cigana, árabe e balcânica.

Fim de semana

Jazz e poesia no Fórum Eugénio de Almeida O jazz de José Peixoto funde-se com a poesia de Eugénio de Andrade no espetáculo “Até que um pássaro me saia da garganta – Sete Canções, Sete Poemas”, que sobe amanhã ao palco do Fórum Eugénio de Almeida, em Évora, a partir das 21 e 30 horas, no âmbito da temporada Melodea 2012. O concerto, com uma forte composição cénica, nasce da ideia de sonorizar musicalmente sete poemas de Eugénio de Andrade, autonomizando cada um numa “peça de câmara” para duas guitarras clássicas e voz. A interpretação é de Teresa Macedo (voz) e Ana Cloe (atriz), acompanhadas à guitarra por José Peixoto e Luís Roldão.

Terras Sem Sombra apresenta “Luz da Luz”

História do jazz no espaço Oficinas Arranca hoje, sexta-feira, no espaço Oficinas, em Aljustrel, o curso livre de iniciação à história do jazz “Jazz de A a Z”. A ação, que decorrerá até 4 de maio estruturada em oito sessões, sempre às sextas-feiras, é ministrada por António Branco, dinamizador do Clube de Jazz do Conservatório Regional do Baixo Alentejo. A primeira sessão, pelas 21 e 30 horas, abordará o tema “Dos campos de algodão a Nova Orleães”.

João Monge homenageado nas Festas de Ficalho Arranca hoje, em Vila Verde de Ficalho, mais uma edição das Festas em Honra de Nossa Senhora das Pazes e São Jorge. Entre os vários momentos musicais previstos – desfile de grupos corais, um tributo aos Beatles, bailes e um concerto com Sebastião Antunes e Quadrilha, no domingo, 15 – destaca-se a homenagem ao letrista e compositor João Monge, nome da terra, que terá lugar amanhã, sábado, a partir das 22 horas. Participam Rui Veloso, Tim, Nuno Guerreiro, João Gil, Paulo Ribeiro, Nancy Vieira e Manuel Paulo, num espetáculo que antecede o fogo de artifício, à meia-noite.

Concerto na igreja Matriz de Almodôvar

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Cante alentejano ouve-se em Cascais A tarde de domingo, 15, vai ser de cante alentejano em Cascais. A organização do evento, que arranca pelas 17 horas, no Teatro Gil Vicente, é do Grupo Coral de Tires, que chama também para o palco o Rancho Coral Etnográfico de Vila Nova de São Bento e o Grupo 4 ao Sul, composto por José Barros (Navegante), Rui Vaz e José David (Gaiteiros de Lisboa) e Pedro Mestre, tocador de viola campaniça, além de ensaiador de corais alentejanos. O encontro musical dá pelo nome de “O Cante Alentejano – Matriz de um Povo” e tem o patrocínio da Câmara Municipal de Cascais.

o ano em que se comemoram os 250 anos do nascimento de Marcos Portugal (Lisboa, 1762; Rio de Janeiro, 1830), considerado “o mais famoso compositor português”, o Festival Terras Sem Sombra presta-lhe homenagem com o concerto “Luz da Luz”, agendado para amanhã, sábado, pelas 21 e 30 horas, na igreja Matriz de Almodôvar. Sob a direção de António Vassalo Lourenço, o Coro da Universidade de Aveiro e a Orquestra Filarmonia das Beiras interpretam um Te Deum composto por Portugal em 1802, o “Te Deum laudamus a quatro voci com piena orchestra”, que resultou de uma encomenda da Casa Real para o batismo do infante D. Miguel no palácio de Queluz. Será a primeira estreia moderna da obra, neste que é o segundo momento do festival de música sacra do Baixo Alentejo, organizado pelo Departamento do Património Histórico e Artístico (DPHA) da Diocese de Beja, que se prolongará até junho. Segundo a organização, o tributo ao mestre luso, “que brilhou com luz própria nos palcos europeus”, torna-se inevitável quando um dos propósitos do Terras Sem Sombra se prende com a valorização do património musicológico português. Deste modo, o concerto de Almodôvar é, segundo o italiano ao o Pinamonti, a o ti, d eto aartístico t st co do festival, est va , “extremamente e t e a e te Paolo diretor simbólico, uma vez que a exaltação de um dos mais famosos compositores portugueses de todos os tempos se alia à interpretação de atuais e promissores agrupamentos e intérpretes nacionais, numa perfeita união do passado ao presente”. Também Almodôvar goza do estatuto de “marco” na história da música alentejana. Acolhendo o Terras Sem Sombra desde o ano de fundação, 2003, no passado beneficiou da presença do convento de Nossa Senhora da Conceição, de frades terceiros franciscanos e influente polo musical. Do seu legado faz parte também um “magnífico órgão”, encomendado no século XVIII em Hamburgo, que se conserva, silencioso, no coro alto da igreja conventual, e cuja recuperação, “dentro de parâmetros rigorosos”, é um projeto acalentado pelo DPHA da Diocese de Beja “e que conta com o interesse do município”, parceiro do festival. Por sua vez, na manhã de domingo, 15, músicos e espectadores juntam-se à comunidade local para, com o Parque Natural do Vale do Guadiana e o Centro de Excelência para a Valorização dos Recursos Silvestres Mediterrânicos, realizarem uma ação de salvaguarda da biodiversidade na bacia do Guadiana, centrada na ribeira do Vascão e na sua ictiofauna.


A escalada dos preços dos combustíveis está a dificultar, e muito, a vida dos portugueses. Uns já começaram a vender partes do corpo para poderem comprar gasolina. “Afinal, para que é que precisamos das córneas?”, questionam. Mas até na nossa região estas dificuldades se fazem sentir. Prova disso é o crescimento do carpooling – sistema de partilha de transporte para ver se se poupa no “gasoil”. Já há várias personalidades locais que aderiram a esta prática, mesmo aquelas que andam desavindas: Pulido Valente e Rodeia Machado vão no mesmo carro para as reuniões da assembleia municipal, mas separados por uma rede eletrificada, enquanto que Miguel Góis vai numa carrinha de nove lugares com grupos de teatro da região que estão à espera dos subsídios desde as invasões visigóticas.

31 Diário do Alentejo 13 abril 2012

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Em Bom Alentejano: toino ou parvo?

Coveiros do Alentejo obrigados a ter licenciatura em Português/Inglês A notícia de que Fernando Caeiros não poderá ser reconduzido como gestor na InAlentejo por não ser detentor de uma licenciatura deixou os atores políticos da região de boca aberta. Afinal Caeiros foi presidente da Câmara de Castro Verde durante 30 anos e tem mais experiência no dedo grande do pé do que a maior parte dos consultores e assessores da administração pública juntos. Fonte da InAlentejo relatou-nos o desconforto vivido na instituição: “Foi uma situação chata... E tudo porque o sr. Caeiros não tinha um daqueles cursos tirados ao domingo… Nem sequer um curso de origami da CEAC. Mas é uma diretriz do Estado que temos de respeitar: têm de ser licenciados mesmo que escrevam frases como ‘Estás a ver o que fizes-te’ ou ‘Em ambas as três vezes que fiz a quarta classe...’”. Todavia, segundo apurámos, este não é um caso único, já que será obrigatório obter graus académicos para exercer outras profissões: os coveiros serão obrigados a ter uma licenciatura em Português/Inglês, para discutirem mais facilmente com aqueles médiuns estrangeiros que falam com os mortos, e os varredores deverão ter pós-graduação em Saneamento, Meio Ambiente e Recursos Hídricos pela Universidade de Oxford, Sorbonne ou de São Teotónio.

Inquérito

Fim das reformas antecipadas Governo proíbe trabalhadores de falecerem até aos 65 anos O Governo anunciou o fim das reformas antecipadas, sem dar cavaco a ninguém, exceto ao próprio Cavaco que promulgou esta decisão. Parece que a corrida às reformas antecipadas tem depauperado os cofres da Segurança Social mais depressa do que o Malato despacha uma caixa de azevias de grão. Contudo, o Executivo promete aplicar mais medidas duras e já decidiu proibir os trabalhadores portugueses de falecerem antes dos 65 anos – idade da reforma – nem que trabalhem ligados à máquina ou com um desfibrilador à mão. “Pode parecer uma medida fria, mas só pretendemos garantir a sustentabilidade da Segurança Social para que todos possam

continuar a usufruir da miséria que ela distribui”, confidenciou-nos fonte do Executivo que nos pediu anonimato enquanto mudava o óleo à sua Vespa. “E para aqueles que se armarem em espertos e se lembrarem de falecer antes dos 65, fiquem desde já a saber que o Governo irá obrigá-los a apresentar um impresso azul no Céu ou um impresso encarnado no Inferno para que possam continuar a pagar as suas contribuições… A não entrega do documento implica uma multa pecuniária e a deslocação por tempo indeterminado para um local onde se ouvem músicas do Vitorino com o Septeto Habanero 24 horas por dia, também conhecido como Purgatório”.

Está de regresso mais uma edição do Em Bom Alentejano, a rubrica linguística de maior sucesso na imprensa portuguesa (incha, Edite Estrela!). Muito obrigado às quase três pessoas que acharam alguma piada à primeira edição. Vamos debruçar-nos sobre o termo mais indicado a utilizar: devemos dizer “toino” ou “parvo”? Estes dois termos são muito aproximados já que significam quase a mesma coisa, ou seja, referem-se a alguém que tem o QI de um bloco de xisto ou que prefere comprar Panrico em vez de pão alentejano. Então como podemos distinguir? Do seguinte modo: o senhor vice-presidente da Ryanair que disse que em Beja “não há nada para além do aeroporto” e que o aeroporto “não deveria” ter sido construído está armado em “toino”, ainda mais quando esta afirmação vem de uma companhia aérea que é capaz de meter os passageiros num avião sem lugares sentados, agarrados a um varão como no metro, se isso representar uma poupança de 50 cêntimos; por outro lado, aqueles que acham que o aeroporto de Beja é a melhor coisa que se fez no mundo ocidental nos últimos 50 anos e que Beja é uma espécie de Tóquio caiada de branco também estão a ser um bocadinho parvos, porque isso significaria que em Beja haveria mais sítios onde comer sushi e andaríamos todos de Toyota, o que, segundo vi quando olhei pela janela, não acontece. Atenção: não confundir estes termos com a expressão “deslembrado” que pode significar “esquecido”, “parvo”, ou as duas coisas em simultâneo, dependendo do contexto: um tipo que se esquece das chaves em casa é “deslembrado” (esquecido); uma pessoa que faz uma açorda com salsa em vez de coentros é “deslembrado” (esquecido e parvo) e devia levar com um barrote nos queixos. Assim se escreve Em Bom Alentejano!

Uma empresa de manutenção de aviões vai investir cinco milhões de euros no aeroporto de Beja e criar 100 postos de trabalho. Está contente?

FIRMINO MARIA COCKPIT, 43 ANOS Pessoa que perdeu a virgindade com uma torta de morango

OLEGÁRIO FELICIDADE SUPREMA, 26 ANOS Apreciador de ovo mexidos com gomas

ALFREDOVELHO DO RESTELO, 76 ANOS Autor da frase “antigamente é que era”

Eu cá sou daquelas pessoas que precisa de ver para crer. Aqui o Firmino já está farto de promessas não cumpridas, como aquela do detergente da loiça em que basta uma gota para lavar 300 pratos. Ainda me lembro da história da fábrica de pilhas chinesa que depois não se concretizou, o que foi uma pena… Eu já só compro pilhas chinesas, são muito melhores do que as europeias… Os miúdos de Sichuan estão a trabalhar muito bem! Se há coisas de que o Firmininho percebe é de pilhas e do jogo Angry Birds. Só é pena que as senhoras não entendam o seu sex appeal…

Estou tão contente que quando soube da notícia até tomei banho. Foi a melhor coisa que aconteceu a esta cidade desde que as senhoras começaram a usar saia acima do joelho. Já estou a imaginar… O dinheiro vai jorrar por aí até mais não! Agora o que calhava bem em Beja era abrir uma espécie de Beja Aquática mesmo nas portas de Mértola. Os buracos já estão feitos e era de aproveitar. Podia montar-me no escorrega junto ao Pax Julia e descia ao pé do Luiz da Rocha. O que faz falta a esta cidade é pessoas como eu que pensam no futuro e que fumam coisas estranhas…

Contente? Mas precisamos daquilo para quê? Só para criar confusão, é o que é! O que é que querem? Deixem-se estar mas é sossegados e não arranjem moengas. Beja sempre foi uma cidade pacata, apesar do desemprego. Agora com 100 postos de trabalho é que esta cidade vai acabar de vez… Já estou a ver: carros a circular às oito da noite quando já deviam estar na cama; pessoas que vêm de fora para trabalhar por cá e só trazem coisas más como o dinheiro, as drogas ou a hepatite C. Eu estou a avisar...


Nº 1564 (II Série) | 13 abril 2012

RIbanho

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Hoje, sexta-feira, o céu deverá estar nublado. A temperatura vai oscilar entre os sete e os 17 graus centígrados. Amanhã, sábado, podem cair alguns aguaceiros na região e no domingo são esperadas poucas nuvens.

Serafim estreia-se na escrita para crianças

Sonhar o mundo que queremos

S

onhar ao Longe conta a história de um rapazinho que usa a capacidade transformadora da imaginação para tornar mais bela e acolhedora a rua feia e desumanizada onde vive. O livro, um projeto concebido a quatro mãos pelo contador Jorge Serafim e pelo ilustrador José Francisco, é hoje apresentado aos leitores, a partir das 21 horas, na Biblioteca Municipal de Beja. Uma obra para crianças “de todos os tamanhos”.

formas de transformar a rua aonde vive num local mais aprazível. É a história de alguém que, através do uso da imaginação, embeleza o mundo que habita, transformando-o num outro substancialmente mais apelativo. Afinal as casas fazem parte do corpo das pessoas e são todas para amar. E as casas, como as pessoas, têm direito à vida.

Este livro teve origem num simples texto, proposto em jeito de desafio. O que entretanto se passou para que os autores chegassem até aqui?

É possível perceber uma respiração própria quando lemos o texto. Um pensamento partilhado como um desabafo e que, como tal, joga com vários ritmos associados ao pulsar das emoções. Se se percebe alguma semelhança com a minha cadência enquanto narrador oral, deixo essa análise à consideração dos leitores. Enquanto livro, saliento a frescura das ilustrações. Criam uma dinâmica visual que complementa a densidade das palavras. É este todo que lhe assegura uma cadência própria.

Este texto nasce de uma solicitação do ilustrador José Francisco, quando estudava Artes Plásticas e Multimédia na Escola Superior de Educação de Beja. No âmbito de um trabalho de uma disciplina do curso, precisava de um texto para ilustrar e maquetar em forma de livro e montar uma exposição sobre o processo de construção do mesmo. Após a apresentação pública aos professores e a alguns amigos, recebemos palavras encorajadoras no sentido de dar um passo em frente. É um livro discutido passo a passo. Não há palavra escrita nem ilustração desenhada que não tenha sido discutida e aprovada pelos dois criadores. Sonhar ao Longe tem dois autores e dois ilustradores. Que história ou histórias se contam neste que define como um livro “para crianças de todos os tamanhos”?

É a história de um rapazinho que mora numa rua feia, vazia e desumanizada e através das muitas horas passadas à janela do seu próprio quarto, enquanto denuncia vizinhos desconhecidos, crianças que não brincam, prédios feitos à pressa e pássaros que fazem companhia a quem precisa, imagina PUB

É possível aqui encontrar a marca, a cadência, da narração oral, a atividade a que se dedica?

Jorge Serafim, 40 anos, natural de Beja

Como contador de histórias, tem percorrido o País de norte a sul, ilhas incluídas, protagonizando inúmeras sessões para públicos de todas as idades. Conta, diz, “para que as palavras regressem a casa mais cedo. Para que entre nós deixe de haver espaços vazios difíceis de habitar”. Vem também participando em encontros de narração oral, nomeadamente em Espanha, Argentina e Canadá, além de ser presença regular nas estações de televisão SIC e RTP1, em programas de humor. É autor dos livros A. Ventura, A Sul de Ti e Estórias do Serafim.

Foi uma editora de Guimarães, a Opera Omnia, que se interessou pela publicação de Sonhar ao Longe. Houve muitas recusas?

Praticamente todas. Houve uma que manifestou interesse em publicar, mas queria alterar o formato imaginado pelo ilustrador. Nunca abdicámos, Jorge Serafim/José Francisco, da matriz, do fio condutor nem do formato mais adequado a esta possibilidade de livro. Até que o José Manuel Costa, abençoado seja, da editora Opera Omnia, tomou conhecimento dele através de uma amiga e acreditou no nosso projeto. Mas nunca fechámos portas a conselheiros. Um agradecimento muito especial ao António Mateus, da Livraria Bichinho de Conto, que insistentemente, na área do design, nos ensinou a elegantizar, e de que maneira, o livro. Carla Ferreira

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Pax Julia Metal Fest em outubro O Pax Julia Metal Fest, festival de hard’n’heavy de Beja, regressa este ano à Casa da Cultura, local onde se estreou, cumprindo a sua terceira edição já no próximo dia 6 de outubro. A organização, a cargo da Zarcos – Associação de Músicos de Beja, já anunciou algumas das bandas presentes, nomeadamente os cabeças de cartaz Dawnrider, banda já com créditos firmados no panorama nacional e com um terceiro álbum na forja, bem como os Oker, de Espanha, que estão a fazer furor a nível ibérico, e os Midnight Priest, banda de puro heavy metal que está a ser muito bem recebida em Portugal e no estrangeiro. A representar as jovens promessas da cena heavy nacional estão os Nuklear Infektion, que vêm apresentar o seu EP de estreia, cabendo as honras de abertura aos Lunae Lumen, banda bejense “que começou a carburar no princípio deste ano”.

Feira das Profissões em Aljustrel Painéis informativos sobre profissões em várias áreas, um fórum dedicado ao emprego e à qualificação, uma tertúlia sobre orientação vocacional e animações musicais marcam a Feira das Profissões, que decorre até amanhã, sábado, no pavilhão do Parque de Exposições e Feiras de Aljustrel. A feira “pretende dar resposta aos ensejos e dúvidas dos jovens a nível académico e profissional”, explica a Câmara Municipal de Aljustrel. A realização da feira resulta de uma parceria entre a câmara, o Agrupamento Vertical de Escolas, a Escola Secundária e o Centro de Formação Profissional de Aljustrel e a Esdime – Agência para o Desenvolvimento Local do Alentejo.

Corrida de touros Ovibeja A Praça de Touros José Varela Crujo, em Beja, recebe no dia 28, pelas 17 horas, a tradicional corrida de touros da Ovibeja. Em praça estarão os cavaleiros João Moura, Rui Fernandes e João Moura Caetano, frente “a um imponente curro” da ganadaria Cunhal Patrício. Nas pegas estarão os Forcados Amadores de Cascais, que “fazem a passagem de testemunho do cabo Pedro Marques a Joel Zambujeira”, e os Forcados Amadores de Beja.


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