Ediçao N.º 1568

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Capricho de nível mundial José e Solange Mata nos mundiais de danças de salão

pág. 11

SEXTA-FEIRA, 11 MAIO 2012 | Diretor: Paulo Barriga Ano LXXX, No 1568 (II Série) | Preço: € 0,90

Demoras aumentaram 24 por cento no último ano. Apenas três câmaras encurtaram prazos de pagamentos

Municípios do Baixo Alentejo levam perto de 130 dias a pagar aos fornecedores pág. 7

O ministro da Defesa confirmou esta semana que o Governo está em negociações com uma empresa sul-coreana para a instalação de uma escola de formação de pilotos de aviões de combate na Base Aérea de Beja. pág. 6

Jovens de Castro Verde descobrem Campaniça

MARCO MONTEIRO CÂNDIDO

Aviões sul-coreanos na Base Aérea de Beja

Chás de todo o mundo em Amendoeira da Serra Os 73 habitantes de Amendoeira da Serra recebem por estes dias a chegada dos visitantes do I Festival de Chás e Ervas do Mundo. Uma iniciativa que procura precisamente estancar a desertificação humana. págs. 4/5

PAULO MONTEIRO

págs. 16/17

Vamos à espiga!

Calha este ano a 17 de maio, o feriado municipal de Beja. Quinta-feira da Ascensão. O dia em que Cristo ascendeu finalmente aos céus e que a capital do Baixo Alentejo escolheu para celebrar e descansar. Manda a tradição que, nesse dia, se vá para o campo juntar um molho de espigas de trigo, ramos de oliveira e flores silvestres. Para trazer bonança para o resto do ano. pág. 6 e editorial

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promotores

CAPITAL DO PORCO ALENTEJANO

Feira de Garvão 11.12.13 Maio 2012 Garvão

MOSTRA E DEGUSTAÇÃO DE PRODUTOS

UNIÃO EUROPEIA

Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional


Diário do Alentejo 11 maio 2012

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Editorial Espiga

Vice-versa Devido à situação económica e financeira do País, os investimentos “não puderam ocorrer como planeado” e o Governo teve de “fazer a reprogramação do investimento no Alqueva” e, “por essa razão, em vez do próximo ano ser o ano de referência para a conclusão das obras, esse ano está referenciado para 2015”. Pedro Passos Coelho, na Ovibeja, citado pelo “Jornal de Negócios”

Paulo Barriga

Sem financiamento da banca não tenho outra hipótese a não ser parar de forma definitiva. (…) Nas atuais circunstâncias tem de haver uma decisão estratégica, pois não é normal, nem aceitável, que eu seja o único responsável pela criação de um novo destino turístico em Portugal.

B

eja é uma cidade muito particular. Especial até quando é para o folguedo e para os festejos. Na próxima quinta-feira celebra-se o Dia da Cidade. Quinta-feira da Ascensão. Exatamente 40 dias após a Páscoa. O tempo preciso que o Nazareno despendeu com os seus semelhantes depois de o terem pregado numa cruz de pau. O tempo suficiente, mais do que razoável, para perceber que daqui não levava grande coisa. Pois Beja festeja a sua glória precisamente no dia em que Jesus foi visto pela última vez entre o comum dos mortais. Nesse misto de esperança e de desalento. De espetativa e de pânico. De júbilo e de melancolia. Não há terra que tenha assimilado tão profundamente os impulsos psicológicos e emotivos que estão na origem do seu próprio dia. É essa a sua matriz, esse bipolarismo mal resolvido e indisfarçável. Qualquer lugarejo deste mundo exulta pela chegada das suas festas. Em Beja, assim-assim. Se calha a haver bailarico e cantoria, é porque os malandros que mandam nisto esturram o dinheirinho todo em bombas e bichaninas. Se não há pé de dança, é porque os malandros que mandam nisto esturraram o dinheirinho todo saiba-se lá onde. Beja não se importa com as suas festas. Importa-se mais com a ressaca das suas festas. Com o dia seguinte. Com o varrer dos despojos. Em tempos passados, as pessoas da cidade costumavam ir para o campo colher a espiga. Que é o símbolo maior da fertilidade e da abundância. Hoje compram espigas no Facebook aos vizinhos que têm na farmville. Beja é uma cidade agrícola que, envergonhada, se acantonou nos subúrbios mal-amanhados que resultaram da miserável expansão urbana das últimas duas décadas. Beja é um monte no meio da planície. Um monte grande e belo e vistoso. Ainda. Sitiado por searas, vinhedos e olivais. Mas as pessoas que habitam os prédios da cidade renegam essa dádiva. A sua ruralidade não vai além da zona de frutas e legumes do Pingo Doce. Pelo que naturalmente deixaram de juntar as espigas, as papoilas e os ramos de oliveira. Num ramo de esperança, fartura e alegria que durava o ano inteiro. Dependurado por detrás da porta da rua. Só nesta terra que se rejeita a si própria poderia ter nascido a mais sonsa das expressões populares que este país conhece: não há espiga!

José Roquete, in “Público, 9 de maio 2012, sobre projeto turístico de Alqueva

Fotonotícia O Politécnico dava um filme. Melhor, o Politécnico deu um filme. Esta semana perto de duas mil pessoas, principalmente alunos, participaram na rodagem de um novo filme promocional do IPBeja. Uma multidão que, com a ajuda do humorista bejense Jorge Serafim, pretende contribuir para captar novos alunos para o único estabelecimento de ensino superior do Baixo Alentejo. O argumento é simples, mas ambicioso: mostra que o IPBeja ainda é a primeira preferência para milhares de alunos e que, tomando como metáfora o aeroporto de Beja, estes podem ambicionar a mais altos voos. Uma mensagem positiva numa altura em que o otimismo deixou de fazer parte do léxico português. PB Foto de José Serrano

Voz do povo Costuma “ir à espiga” no dia do feriado da cidade de Beja?

Manuel Ribeiro, 68 anos, reformado do Hospital de Beja.

Quando era mais novo ia. Agora há já uns anos que não vou. Vai-se à espiga para que o pão não acabe, para que haja sustento para a família. Um ramo de espiga tem trigo, papoilas, raminhos de oliveira e verduras do campo.

Inquérito de José Serrano

Rita Lopes, 17 anos, estudante.

Regina Santos, 65 anos, reformada de comércio.

Francisco Vicente, 40 anos, comerciante.

Costumo ir todos os anos. Infelizmente não sei o significado desta tradição. Um ramo de espiga tem flores de romã, papoilas e trigo.

Dantes ia. Agora não. A espiga é um sinal de abundância. E a oliveira é paz. Um ramo de espiga tem o trigo, a papoila, a oliveira. E outra flor amarelinha de que eu agora não me lembro o nome.

Costumava ir à espiga. Com os meus pais. Nos últimos anos não tenho ido. Julgo que é um costume que se tem vindo a perder. É uma tradição religiosa. E a comemoração da chegada da primavera. Um raminho de espiga tem o trigo, as papoilas e um raminho de oliveira.


Rede social

Semana passada SEXTA-FEIRA, DIA 4 BEJA GRUPO VILA GALÉ LANÇA-SE NO SETOR AGROPECUÁRIO O Grupo Vila Galé anunciou que está a expandir a sua área de negócio para o setor agropecuário com a plantação de pera rocha e a criação de gado bovino, na zona de Beja. Além do setor hoteleiro, o grupo empresarial tem agora uma plantação de pera rocha com 15 hectares e outros 30 hectares reservados para serem brevemente plantados com a mesma espécie, na herdade da Figueirinha, em Beja. A Vila Galé está também a fazer a introdução experimental de 23 espécies de fruta, numa área de três hectares, entre as quais se destacam o pêssego paraguaio, o damasco e a ameixa. Para a criação de gado bovino, o grupo garante que aposta no “método tradicional” que está a resultar na “diferenciação das carnes”, estando já a fornecer uma cadeia nacional de hipermercados.

DOMINGO, DIA 6 ALENTEJO VOTAÇÃO DAS SETE MARAVILHAS – PRAIAS DE PORTUGAL ARRANCOU A votação das Sete Maravilhas – Praias de Portugal arrancou no domingo, dia em que a organização divulgou as 21 finalistas a concurso. O Alentejo é a região mais representada na lista das finalistas candidatas às sete melhores praias do País, com quatro praias (Furnas e praia da Zambujeira do Mar, ambas em Odemira; Troia-Mar e Carvalhal, em Grândola). A lista de finalistas, escolhida por um conjunto de 21 personalidades que selecionou três praias por cada categoria, tem, no mínimo, uma praia de cada uma das 10 regiões administrativas do País. A votação irá decorrer até ao dia 7 de setembro e quem quiser participar pode fazê-lo através do site oficial (www.setemaravilhas. pt), de uma página da rede social Facebook ou por chamada telefónica. Será eleita uma praia por cada uma das sete categorias definidas pela organização. A 8 de setembro terá lugar em Troia a Declaração Oficial das 7 Maravilhas – Praias de Portugal, numa cerimónia transmitida em direto pela RTP1.

SEGUNDA-FEIRA, DIA 7 BEJA JOÃO PEDRO CAEIRO LIDERA CONCELHIA DO PSD João Pedro Caeiro é o novo presidente da concelhia de Beja do Partido Social Democrata, sucedendo a João Paulo Ramôa. As eleições realizaram-se na segunda-feira, dia 7, e contaram com uma única lista. João Pedro Caeiro, que liderou a concelhia de Beja do PSD entre 2006 e 2008 e foi vice-presidente entre 2004 e 2006, foi eleito com 93,7 por cento dos votos. Dos 94 militantes em condições de votar, votaram 68 por cento. Em declarações à Rádio Pax, o novo presidente prometeu um “trabalho de continuidade”.

SANTIAGO DO CACÉM COSTA DE SANTO ANDRÉ E FONTE DO CORTIÇO VÃO TER APOIOS DE PRAIA As praias do concelho de Santiago do Cacém, Costa de Santo André e Fonte do Cortiço, voltaram a ser galardoadas com a Bandeira Azul, que irá ser içada entre 15 de junho e até 15 de setembro, anunciou a Câmara Municipal de Santigo do Cacém. A autarquia divulgou ainda que este ano as duas praias vão contar com apoios de praias. O equipamento na praia da Costa de Santo André vai ter bar, espreguiçadeiras e abrigos de sol, com puffs. O promotor prevê ainda a realização de festas e animação desportiva. Prevê-se que em julho esteja a funcionar em pleno. Na praia da Fonte do Cortiço, como o apoio de praia “vai contemplar a área da restauração, só no verão de 2013 é que deverá estar a funcionar a cem por cento”, diz a câmara. Os equipamentos vão funcionar durante todo o ano.

3 perguntas a Neuza Cabeça Gestora de produto Em que consiste o projeto Terras Pulo do Lobo, cujo lançamento teve lugar em Mértola no início da semana, e quem são os seus promotores?

Trata-se do lançamento de um portal, www.terraspulodolobo. com, que é propriedade e iniciativa da empresa Escapa-te Comigo, Viagens e Turismo Lda. Esta plataforma funciona de forma completamente autónoma, mas em interligação com o portal que a empresa há mais de três anos lançou para intervir em todo o Alentejo, www.alentejotours.pt. O portal www.terraspulodolobo.com corresponde a um conceito inovador, pois não queremos ser nós a convidar o visitante, mas sim ser o próprio território a fazê-lo através dos recursos que oferece. No mesmo vamos ter os pontos de interesse da região para o visitante e através do portal poderá inscrever-se em experiências únicas como, por exemplo, ser apicultor por um dia. Não esquecendo os produtos regionais – pois o território é rico em mel, enchidos, queijos, ervas aromáticas, vinho, artesanato e aromas – damos oportunidade ao visitante de adquirir estes produtos diretamente do produtor, esteja onde estiver. A inovação deste portal serão as experiências do dia, pois quem visita Mértola terá todos os dias experiências que poderá usufruir sem pré-inscrição.

Ora venha de lá o dinheirinho do prémio, por fim! Esta semana, sem qualquer tipo de glória, foram finalmente pagos os prémios da última Galeria Aberta. A Liberty Seguros, por falta de capacidade financeira da autarquia bejense, acabou por se chegar à frente. Numa cerimónia que ia dando para o torto.

Terras Sem Sombra iluminou matriz de Grândola O Festival Terras Sem Sombra, que costuma levar música aos quatro cantos da Diocese de Beja, passou este fim de semana por Grândola. Aqui estava tudo a postos para ouvir o concerto e no dia seguinte foram para o campo cantar aos sobreiros.

Nunca as vespas foram tão acarinhadas em Mértola Este fim de semana decorreu em Mértola a 16.ª edição da Iberovespa. Um encontro que juntou na Vila Museu algumas dezenas de apreciadores destas simpáticas motorizadas que o cinema italiano imortalizou.

Qual é a área geográfica abrangida e o que justifica a sua escolha?

A área abrangida pelas iniciativas do nosso portal tem como explicação o Pulo do Lobo, o mesmo que dá nome ao portal, e o baixo Guadiana. Serpa e Mértola porque são os concelhos do Pulo do Lobo e Alcoutim porque é para nós a princesa do rio Guadiana. Estes concelhos foram escolhidos para serem pioneiros neste tipo de projetos porque têm muitos recursos naturais e históricos, entre outros, e o visitante reconhece-o pelo número de visitas que faz todos os dias ao território.

Sim, ainda há paraísos na terra A herdade do Vau, que esteve em ruínas durante largos anos, está a ser recuperada. Numa das zonas mais remotas, inacessíveis e belas do Guadiana, para cá de Alqueva, esta propriedade foi visitada esta semana pelo executivo de Beja.

A que públicos se destina?

Nós queremos ter todo o tipo de públicos, desde as crianças, criando campus de férias, aos jovens, ao descobrirem o grande rio do Sul em canoa, passando pelos mais velhos, oferecendo experiências como descobrir a cidade de Serpa ou a vila de Mértola. Nélia Pedrosa

Ora vamos fá falar em inovação na educação Esta quarta-feira decorreu na escola Secundária D. Manuel I, em Beja, um workshop sobre “Inovar em educação”. Uma iniciativa do Centro de Paralisia Cerebral de Beja que, a julgar pela boa disposição das intervenientes, foi bem produtivo.

Diário do Alentejo 11 maio 2012

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Amendoeira da Serra tem movimento na primavera e no verão. Isto até tem visitantes, por causa do Pulo do Lobo”. Amália Conduto

Amendoeira da Serra

Amendoeira da Serra é habitada por 73 pessoas

A caminho do Pulo do Lobo

O

caminho estreito e às curvas deixa para trás montes e vales. Nas bermas inclinam-se estevas e rosmaninhos. O campo salpica-se de flores brancas, de flores roxas, de arbustos e poucas árvores. Na estrada passam poucos carros, embora nestes dias o corrupio seja maior a caminho de Amendoeira da Serra, pequena aldeia do concelho de Mértola, que se encosta ao Pulo do Lobo, a famosa queda de água no rio Guadiana. A terra prepara-se para receber o maior evento de que tem memória. E o caminho, salpicado de estevas e rosmaninho, até já poderia ter deixado adivinhar do que se trata, tanto pelos cheiros que invadem o campo, como pela abundância das plantas endógenas que rodeiam o lugar. Mas só quando se chega à pequena localidade é que se percebe, até porque a conversa na terra é só uma: o I Festival de Chás e Ervas do Mundo. “Aqui devem viver umas 60 ou 70 pessoas. Dizem que vai vir muita gente. Imagine você o que isto será”, conta com os olhos arregalados, deixando transparecer o entusiasmo, Sebastião Luz. O homem, de boina enfiada na cabeça, descansa junto à sala de convívio da aldeia. Avista os campos e os homens que trabalham nas hortas. Os dias, garante, aqui, “são quase sempre iguais”. “Ora estamos aqui sentados, ora vamos a casa. É de casa para aqui e de casa para a horta. Às vezes jogamos ao dominó ou à carta”, descreve. Sebastião Luz, enquanto o corpo lhe permitiu, foi pastor. Conhece os campos como as palmas das mãos e conheceu também mais gente a viver por estas paragens. E a explicação, essa, é rápida: “Viviam aqui umas 300 pessoas. Uns morreram e outros abalaram para fora”. O homem faz uma pausa para ver passar um carro que segue em direção ao Pulo do Lobo e avisa: “Deve ser algum turista”. “Aqui só passa gente a caminho do Pulo do Lobo. Chegam lá e voltam para trás, porque não tem saída para outro lado. Se não fosse o Pulo do Lobo não passava aqui ninguém”. Mas a esperança, essa, reside agora no festival que a terra vai acolher. “Primeiro começa em Beja e depois muda-se para aqui. São três dias de festa em Amendoeira da Serra. É capaz de meter muita gente. Os cafés sempre fazem um dinheirinho e a gente ao menos vê pessoas novas e a aldeia com povo”, diz Sebastião Luz. No largo, quase dentro da paragem dos autocarros, embora não estejam de partida nem de chegada para lado nenhum, está um grupo de mulheres. “Viemos meter a conversa em dia”, diz Giorgete Silvestre. “Aqui é quase como estarmos em casa. Isto é tudo

Amendoeira da Serra, a terra que normalmente é conhecida por ficar a caminho do Pulo do Lobo, desta vez é conhecida por ser o palco do I Festival de Chás e Ervas do Mundo. E o povo, que é o mesmo que dizer as 73 pessoas que a habitam, já anda de pincel em punho, pintando as paredes das poucas casas que compõem a aldeia. Amendoeira da Serra sofre do mesmo mal que a maioria das aldeias alentejanas. Falta-lhe gente. Crianças há poucas e jovens ainda menos. Texto Bruna Soares Fotos José Ferrolho

pequenino. Damos uma volta aqui e pronto. Está a terra vista”, conta, alertando: “Não precisam de ir ali para cima que não encontram ninguém”. Insistimos em percorrer as ruas, mas Giorgete tinha razão. Voltamos ao largo e à conversa. Perguntamos pelos comércios, visto quase não se avistarem. “Há um restaurante a caminho do Pulo do Lobo e a casa de convívio”, afirma Giorgete. Restaurante, este, que em tempos já pertenceu a Amália Conduto, outra das mulheres que se encontra junto à paragem. A antiga proprietária entra na conversa e explica: “Amendoeira da Serra tem movimento na primavera e no verão. Isto até tem visitantes, por causa do Pulo do Lobo. Quando tinha o restaurante, dei cartões da casa a vários estrangeiros. Ingleses, espanhóis, alemães, franceses”. E estrangeiros no festival? “Podem aparecer, até porque o festival tem ervas do mundo”, afirma. As casas brancas, muitas de barra amarela, alinham-se sobretudo em três ruas. “Vão dar ao largo, à antiga escola, que em tempos já funcionou. Chegaram a estar aqui duas professoras”, explicam as mulheres. E as crianças? “São muito poucas”, avança Sebastião Luz. “Há aí um rapaz, que é pedreiro, que tem logo três crianças. Depois há mais dois ou três”. Os jovens são ainda menos. “Tenho dois filhos e espero que assim que terminem os cursos que consigam orientar a sua vida fora daqui. Aqui não há trabalho para ninguém”, concluí Amália. As mulheres que se sentam nos bancos de madeira, de bata envergada e com os seus cães de pelo branco, falam de tudo e mais alguma coisa. Falam da vida e do tempo que ora passa rápido de mais, ora demorado. “Tem dias. Às vezes há aí cinema e é bom. A gente sempre distrai. Por vezes também há um baile ou outro e sempre dá um bocadinho mais de animação à aldeia”, conta Giorgete. Mas a conversa volta sempre ao mesmo. Três dias, três dias de festival. O tempo suficiente para encher as gentes da terra de contentamento e, consequentemente, de esperança. “Nós sabemos receber muito bem. Os alentejanos sabem receber. E o povo vai gostar de estar cá. Se isto for para continuar é muito bom”, assegura Maria do Carmo. As mulheres continuam a conversa e falam das jornadas de caiação que vão existir na aldeia. Giorgete precisa de tirar umas manchas negras da fachada. “Amanhã vou já tratar disso”, até porque amanhã não é longe de mais. É o tempo suficiente para que o dia amanheça e para que com ele cheguem os voluntários que vão ajudar no embelezamento da terra e, como não poderia deixar de ser, na brancura das paredes.


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Maria Fernanda Romba Presidente da Junta de Freguesia de Mértola

Monte do Vento É possível atrair e fixar gente em Amendoeira da Serra?

É difícil, mas com o apoio e parcerias de muita gente julgo que é possível. Temos bons recursos e julgo que é sempre possível atrair gente. Aliás, o trabalho que tem sido feito pelas freguesias e pela própria câmara tem sido todo nesse sentido. Iniciativas como a que vai acontecer em Amendoeira da Serra – o I Festival de Chás e Ervas do Mundo – podem contribuir para que tal aconteça?

É uma iniciativa da Associação de Defesa do Património de Mértola (ADPM). Julgo que todo o trabalho, quer das entidades públicas, quer do movimento associativo, quer dos privados, é vantajoso. Todos podemos dar o nosso contributo. Se todos cooperaram é possível inverter essa tendência de despovoamento, que é visível um pouco em todo o Alentejo. Temos património, belíssimas paisagens e muitos bons produtos. Temos de apostar no turismo. Temos de fazer a diferença por aí. A freguesia, apesar dos seus escassos meios, apoiou esta iniciativa desde o início. Dissemos à ADPM que estávamos disponíveis para colaborar dentro daquilo que são as nossas possibilidades. Esperamos que esta iniciativa traga muitos visitantes e movimento. Trazendo movimento traz desenvolvimento. Aos restaurantes, aos alojamentos, entre outros. Qualquer evento dessa natureza faz a diferença e é bem-vindo, desde que respeite o ambiente e que se integre na nossa cultura e nos nossos costumes. Queremos, sobretudo, preservar o que é nosso. Queremos continuar a preservar o que temos de melhor e faz parte da identidade deste povo.

A Associação de Defesa do Património de Mértola (ADPM) é a proprietária de uma exploração agrossilvo-pastoril. O Monte do Vento tem aproximadamente 200 hectares e é classificado como Sítio de Interesse Biológico. Localiza-se numa das áreas do Parque Natural do Vale do Guadiana com maior interesse para a conservação da natureza. Segundo a ADPM, “o Monte do Vento assume-se atualmente como uma área experimental e demonstrativa onde se desenvolvem estudos e projetos que promovem uma correta gestão dos recursos naturais presentes e conciliam a conservação da natureza com o desenvolvimento sustentado da região”.

Pulo do Lobo O Pulo do Lobo encontra-se no concelho de Mértola, no rio Guadiana. Trata-se da mais alta queda de água do Sul do País. Aqui o Guadiana vê as suas águas apertadas, onde as rochas quartzíticas determinam um desnível com cerca de 14 metros de altura. O Pulo do Lobo é ainda conhecido por ser um local de lendas e de estórias de contrabando. De acordo com a Câmara Municipal de Mértola, “é um dos locais mais bonitos do vale do Guadiana”. Em épocas de cheia este desnível é reduzido, permitindo que várias espécies piscícolas subam a montante para desovar. O local é muito visitado, sendo uma das atrações turísticas do concelho, recebendo a visita de muitos cidadãos portugueses e estrangeiros.

O que é que distingue esta aldeia?

Amendoeira da Serra fica muito perto do Pulo do Lobo. O rio Guadiana estreita ali e tem uma beleza rara. Amendoeira da Serra, desde logo, beneficia desta proximidade com a famosa queda de água, que atrai muitos turistas. Tem o Monte do Vento, também da ADPM, e, inclusive, este festival vem ao encontro das próprias atividades que se realizam no monte, designadamente no que diz respeito às ervas aromáticas e às culturas biológicas. É uma terra pequenina e com uma cultura própria. O povo alentejano é gente boa, com quem apetece estar e conversar e as gentes de Amendoeira da Serra não são exceção. Qual é a principal dificuldade de Amendoeira da Serra?

São várias as dificuldades. Desde logo o despovoamento, as questões da interioridade. Depois há pequenos problemas que nós, felizmente, vamos resolvendo. Temos uma boa relação com a população de Amendoeira da Serra e, aliás, com a população de toda a freguesia de Mértola. Acho que isso tem a ver com a forma como comunicamos. Tem a ver com a nossa história de vida, com o nosso percurso. Não podemos ser, depois de eleitos, diferentes daquilo que fomos a vida toda. Porque perde-se autenticidade e credibilidade.

Centro de interpretação em Amendoeira da Serra O Centro de Interpretação da Paisagem da Amendoeira da Serra (Cipas) brotou no âmbito do Projeto Integrado de Mértola, iniciado nos anos 80, surgindo com a proposta de constituição de uma rede de centros ao nível do concelho de Mértola, a qual é posta em prática no ano 2000, com a recuperação da antiga escola primária de Amendoeira da Serra, sendo inaugurado em 2003. Da responsabilidade da ADPM, “a sua área de influência, devido à grande diversidade natural e patrimonial e à proximidade do Pulo do Lobo, contem alguns pontos – chave, particularmente adequados à interpretação da paisagem, tanto na sua dimensão temporal como espacial”.


RI3 comemora o seu 206.º aniversário

Diário do Alentejo 11 maio 2012

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O Regimento de Infantaria n.º 3 (RI3), situado em Beja, comemora hoje, sexta-feira, o seu 206.º aniversário, tradicionalmente denominado de Dia da Unidade. As comemorações, com início pelas 8 horas, incluem celebração eucarística, homenagem aos mortos, uma sessão solene com alocução, palestra e imposição de condecorações e um almoço convívio. As raízes históricas do RI3, lembram os responsáveis

Novo comandante do RI3 tomou posse O novo comandante do Regimento de Infantaria n.º 3, coronel de Infantaria João Carlos Sobral dos Santos, tomou posse na quinta-feira da semana passada, dia 3. Natural de Moçambique, onde nasceu em 1963, foi promovido ao atual posto em dezembro de 2010 e desempenhava as funções de subdiretor da Direção de Obtenção de Recursos Humanos do Comando do pessoal desde janeiro de 2011. Ao longo da sua carreira prestou serviço na Escola Prática de Infantaria, no Regimento de Infantaria do Porto, no Quartel-General da Região Militar do Norte, na Direção de Recrutamento, na Unidade de Apoio do Comando do Pessoal e na Direção de Obtenção de Recursos Humanos, desempenhando diversas funções de instrução, direção técnica, comando e estado-maior. Da sua folha de serviços constam 10 louvores.

Atual

Ministro da Defesa confirma negociações

Beja comemora feriado municipal

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Coreanos voam para Beja

SUSA MONTEIRO

Maio é o mês da cidade de Beja e no dia 17 comemora-se o feriado municipal. A Câmara Municipal de Beja não quis deixar passar a data em branco e preparou várias iniciativas para assinalar a data. O dia começará, assim, com uma caminhada que se integra na iniciativa Passeios na Natureza – “Entre Ribeiras – entre Terges e Cobres” e à tarde, pelas 15 horas, tem lugar o peddy-paper “A família visita o jardim”. De acordo com a autarquia local, “o objetivo é preservar valores relacionados com o meio ambiente, promover a formação integral das equipas (netos e avôs, pais e filhos) e fomentar o sentido de entreajuda e cooperação”. Pelas 15 horas acontece o momento mais solene das comemorações. O município entrega as medalhas de mérito e de bons serviços municipais. A sessão realiza-se no salão nobre da Câmara Municipal de Beja. Recorde-se que foi aprovada a proposta de atribuição de 17 medalhas municipais a entidades e pessoas, sendo entregues 16 medalhas de mérito municipal em diversas áreas e uma medalha de honra. Na quinta-feira, 17, começa também o Festival One (Wo) Man Band. Os artistas subirão ao palco da sala-estúdio de Pax Julia Teatro Municipal, pelas 22 horas. No dia da cidade atuará, assim, Terry Lee Hale e Rita Braga. Este festival, porém, prolongar-se-á até ao dia 18 e, à mesma hora, subirá ao palco Emmy Curl, Nicotine’s Orchestra e Zoe Boekbinder. No dia 18 comemora-se o Dia Internacional dos Museus e estão agendados, no Museu Jorge Vieira, ateliers de desenho e pintura com notas de música. A atividade conta com o apoio do Conservatório Regional do Baixo Alentejo. Na sexta-feira, 18, pelas 21 e 30 horas, na biblioteca municipal, acontece a iniciativa “Universos de poesia portuguesa e contemporânea III”. À conversa com António Carlos Cortez estará Maria Teresa Horta e Nuno Júdice. No mesmo dia, inaugura-se, na Biblioteca Municipal de Beja, a exposição “Gonçalves Correia – a utopia de um cidadão”.

em comunicado, “remontam a 1806, aquando da reorganização militar operada por D.João VI, data em que os regimentos passam, pela primeira vez, a ser remunerados”. Ao longo da sua história secular, o RI3 “incorporou o legado patrimonial de outras unidades como os regimentos de infantaria 16 e 17, mais tarde, o Regimento de Infantaria de Beja, decorrente das reorganizações que foram acontecendo no Exército”.

O

ministro da Defesa, Aguiar Branco, confirmou esta semana que o Governo Português está em negociações com uma empresa sul-coreana de capitais maioritariamente públicos, para a instalação de uma escola de formação de pilotos de aviões de combate na Base Aérea de Beja. Tal como o “Diário do Alentejo” tem vindo a noticiar, a estrutura aeroportuária de Beja apresentou-se como alternativa aos asiáticos depois de falhada a tentativa de se instalarem na base espanhola de Talavera la Real.

José Pedro Aguiar Branco confirmou que os ministérios da Defesa e das Finanças estão a estudar a pretensão sulcoreana, que poderá passar por uma parceria ou até mesmo pela concessão. A intenção é utilizar a pista de Beja para dar formação no T50 – um caça de fabrico sul-coreano, do mesmo tipo do F16, a aeronave que a Força Aérea Portuguesa utiliza – a pilotos de vários países da América Latina, a quem a Coreia do Sul vende este tipo de avião. No caso do projeto se concretizar, cerca

de 300 famílias passarão a viver em Beja, o que leva Jorge Pulido Valente a congratular-se, já que a região “vai ter contrapartidas indiretas”, visto tratar-se de gente “com um poder de compra significativo”, disse o presidente da Câmara de Beja ao “Sol”. Na sequência destas notícias, Luís Pita Ameixa, deputado do PS, apresentou na Assembleia da República uma série de considerandos e perguntas ao ministro da Defesa. Pita Ameixa, que lembra ter este processo sido “iniciado pelo anterior executivo”, reconhece que “a instalação de três centenas de famílias, com tudo o que isso implica para a economia local” é uma “vantagem”, mas reclama que as “autoridades civis locais”, nomeadamente o município de Beja, participe na “preparação dos impactos” socioeconómicos e culturais junto da população. O deputado do PS quer saber por “quantos anos vigorará o acordo”, se estão “previstas salvaguardas ambientais da utilização da utilização do espaço aéreo” e se existe alguma “incompatibilidade” com a utilização do aeroporto civil e o seu desenvolvimento no futuro. Num outro documento, com sete perguntas – estas para o ministro de Economia – Pita Ameixa tenta descobrir “quando fica concluída a certificação do aeroporto de Beja” e se o Governo vai ou não “promover a constituição do grupo de trabalho que propôs há seis meses atrás”. O deputado pretende ainda saber “qual a visão estratégica que o Governo pode afirmar para o futuro do aeroporto” alentejano e se o “vai incluir no Plano Estratégico de Transportes”.


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O “M” Espumante Rosé Bruto 2010 – Método Clássico é o quarto produto da Linha Mingorra Gourmet a ser lançado no mercado pelo produtor vitivinícola Henrique Uva, da herdade da Mingorra, no concelho de Beja. Este espumante, assinado pelo enólogo Pedro Hipólito, é feito a partir da casta Aragonez e, segundo a empresa, tem um “sabor fresco, frutado e intenso”. Trata-se do quarto produto da Linha Mingorra Gourmet, depois de Henrique Uva já ter apresentado o “M” Late Harvest (branco de colheita tardia), o “M” Espumante Bruto – Método Clássico e o “M” Fortified Wine (tinto fortificado).

Diário do Alentejo 11 maio 2012

“M” Espumante Rosé é quarto produto da Migorra Gourmet

Concelhos do litoral todos acima dos 90 dias Nos quatro concelhos do Alentejo Litoral, Grândola destaca-se pela negativa tendo mais do que quadruplicado o prazo de pagamento a fornecedores de 20 para 92 dias, sendo, no entanto, o município onde as faturas demoram menos tempo a ser pagas. Sines aumentou de 173 para 190; Alcácer do Sal de 52 para 104; e Santiago do Cacém, apesar de ter reduzido o prazo, ainda demora 145 dias (159 em dezembro de 2010).

I Jornadas de Saúde Materno-Infantil em Moura O Cineteatro Caridade de Moura acolhe nos próximos dias 18 e 19 as I Jornadas de Saúde Materno-Infantil da Margem Esquerda do Guadiana, organizadas pelos centros de saúde de Moura, Barrancos e Serpa. O evento tem como temática principal “Nascer&Crescer” e irá abordar temas como “vida in útero, o nascer, o bebé hoje, a amamentação, crescer em segurança e estruturas de apoio à criança”.

Vidigueira promove ação sobre igualdade de género

Apenas três câmaras encurtaram prazos de pagamentos

Municípios demoram mais tempo a pagar O prazo de pagamento a fornecedores pelas autarquias do distrito de Beja é, em média, de 126,7 dias, um aumento de 24 por cento em relação ao ano anterior. Texto Aníbal Fernandes

A

lmodôvar é o concelho do distrito de Beja que tem o prazo de pagamento a fornecedores mais curto (nove dias). No fim da tabela aparece Ourique com 311 dias. Estes são dados disponibilizados pelos municípios através da aplicação informática PUB

Siial, e divulgados pela Direção-Geral das Autarquias Locais no final do mês de abril, referindo-se a 31 de dezembro de 2011. A Câmara de Alvito foi aquela que, neste período, apresentou o maior aumento percentual (540 por cento) passando dos 20 dias – a 31 de dezembro de 2010 – para os 108 dias, entrando no “clube” das autarquias que pagam a mais de 90 dias: Ourique (311), Barrancos (280), Beja (238), Aljustrel (178), Moura (160), Ferreira do Alentejo e Cuba (100) e Vidigueira (91). Almodôvar manteve o mesmo prazo

de pagamento de 2010, seguida por Odemira (22), Castro Verde (36), Serpa (48) e Mértola (52). Apenas três municípios lograram baixar os prazos de pagamento: Ourique (417/311), Castro Verde (40/36) e Odemira (57/22). O s e c re t á r i o d e E s t a d o d a Administração Local, Paulo Júlio, estimou a dívida total dos municípios (curto, médio e longo prazo) em 7,8 mil milhões de euros, e anunciou que o Governo está a trabalhar num programa de ajuda às autarquias com maiores dificuldades, para pagarem as dívidas a 90 dias.

A Câmara de Vidigueira assina terça-feira, dia 15, pelas 17 e 30 horas, um protocolo de cooperação com a Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género, numa sessão que terá lugar no salão nobre dos paços do concelho. Durante os dias de 14 e 15 terá lugar também um workshop formativo sobre igualdade de género, cidadania e não discriminação.

2º. Fórum de Empresários da Sub-região Vitivinícola A Câmara Municipal de Vidigueira promove hoje, sexta-feira, a partir das 9 e 15 horas, na herdade do Sobroso, o 2º. Fórum de Empresários da Sub-região Vitivinícola de Vidigueira.

Em defesa da água como direito humano fundamental A direção regional de Beja do STAL – Sindicado dos Trabalhadores da Administração Local levou a cabo esta semana um conjunto de ações de contacto com as populações “reafirmando a defesa da água como direito humano fundamental e serviço público essencial, contra a privatização”.


08 Diário do Alentejo 11 maio 2012 PUB

I Encontro Ibérico

Aromáticas e Medicinais (EIPAMs)

BEJA

(Auditório do IPB)

18 de Maio

MONTE DO VENTO (Mértola)

19 de Maio 2012

facebook.com/adpmmertola PROMOTOR

ORGANIZAÇÃO

APOIO / CO-FINANCIAMENTO

ALOJAMENTO OFICIAL

H O T E L

S Ã O

D O M I N G O S

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O cartaz musical da Feira de Maio deste ano propõe atuações com o Grupo Coral da Casa do Povo de Santo Amador (hoje, 19 e 30 horas), 5.º Beatle/Tribute a Beatles (hoje, 22 horas), Grupo de Música Popular Ardila (amanhã, sábado, 18 horas) e Barbas de Oro (amanhã, sábado, 22 horas). No último dia de feira sobem ao palco os grupos Coral da Sociedade Recreativa Amarelejense (18 horas) e Rastolhice (18 e 30 horas). Para além das iniciativas sobre

Jardim das Oliveiras “Miguel Hernadez” Outro dos momentos altos da Feira de Maio, segundo o vereador Santiago Macias, é a inauguração do Jardim das Oliveiras “Miguel Hernadez”, junto ao Lagar de Varas, em homenagem ao poeta espanhol (amanhã, sábado, 11 e 30 horas), já que foi no concelho de Moura que, em 1939, as autoridades

temas ligados à olivicultura, caça e pesca, haverá ainda exposições e passeios equestres, batismos de equitação, demostrações de falcoaria, tasquinhas de petiscos regionais exploradas por associações e coletividades locais e uma corrida de touros. Paralelamente decorre até domingo, em 14 restaurantes de Moura, Safara e Amareleja, a semana gastronómica “O rio e o campo na cozinha do sul”, que a comissão organizadora da Feira de Maio decidiu retomar.

portuguesas o prenderam e entregaram à polícia espanhola, quando andava fugido dos franquistas no final da Guerra Civil Espanhola. Viria a morrer em 1942, aos 31 anos, nas prisões franquistas.“Miguel Hernandez tem um poema muito bonito sobre a apanha da azeitona e nós achamos que é uma forma de o homenagearmos e de perpetuarmos a sua memória

09 Diário do Alentejo 11 maio 2012

Música, exposições e semana gastronómica

através deste jardim de oliveiras, que fica mesmo em frente ao Lagar de Varas. Tiramos assim partido da presença desse monumento e ligamos a componente lúdica, por assim dizer, do jardim à componente pedagógica do espaço museológico. É também uma forma de Moura reparar o que aconteceu neste concelho com Miguel Hernandez”, esclarece o autarca.

Feira de Maio, de Moura, “tem vindo a ganhar importância crescente”

Setor olivícola em destaque até domingo

I

naugurada ontem pela ministra da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território, Assunção Cristas, prossegue até domingo, no Parque Municipal de Feiras e Exposições de Moura, a Feira de Maio, que integra a XII Olivomoura – Feira Nacional de Olivicultura e o I Salão de Caça e Pesca, e cuja presente edição “se centra no potencial olivícola e em outras questões que andam à volta dos azeites”. São exemplos disso, adianta Santiago Macias, vereador na câmara local, a entidade coordenadora da comissão organizadora do evento, as tão apreciadas demonstrações PUB

culinárias ao vivo, a cargo dos chefes Chakall (“Cozinha com azeite”, amanhã, 12 horas) e António Melgão (“Bombons confecionados à base de azeite e azeitona”, amanhã, 16 horas) e o colóquio “Azeites, modos de ver e de sentir”, que reúne especialistas de diferentes áreas, como o bejense Joaquim Caetano, conservador do Museu de Arte Antiga, de Lisboa, e José Quitério, crítico gastronómico do semanário “Expresso” (hoje, sexta-feira, 17 horas). “O nosso esforço vai no sentido de criar elementos de diferenciação em cada uma destas iniciativas. Não podemos copiar o que se faz noutras feiras”, diz o autarca, que

destaca ainda, do vasto programa, a entrega do prémio de mérito académico, uma novidade, “destinado a distinguir uma tese universitária no âmbito da olivicultura”; a apresentação do habitual Concurso Nacional de Azeite Virgem da Olivomoura; e o I Salão de Caça e Pesca, “uma iniciativa que tem a ver com atividades muito importantes para os mourenses”. “Queremos que o salão seja um espaço de encontro dos pescadores e dos caçadores e queremos também que seja uma primeira tentativa de tornar este evento mais regular”, diz Santiago Macias, adiantando que as expetativas para esta Feira de Maio “são francamente muito boas”.

O certame regista este ano “uma ocupação máxima da sua capacidade”, com uma centena de expositores em 150 stands e três pavilhões – a organização alugou uma tenda adicional para fazer face às solicitações. Mas mais do que frisar o aumento do número de expositores em relação aos anos anteriores, diz o autarca, “é importante frisar a presença na Olivomoura de entidades ligadas à olivicultura de vários cantos do País”, o que resulta da tal decisão “de dar maior ênfase ao setor”. “O facto de termos participantes de todos os cantos do País significa que as pessoas têm confiança de poderem vir a fazer bons negócios nesta feira

ou, pelos menos, que a participação na Olivomoura seja útil”. Por outro lado, diz Santiago Macias, “as feiras em Moura são sempre um grande momento de encontro das pessoas”. E a Feira de Maio, “curiosamente, tem vindo a crescer em termos de importância”, diz. “A Feira de Maio, que era uma feira considerada há uns anos claramente secundária em relação à Feira de Setembro, por via de iniciativas como a Olivomoura, a feira empresarial e agora esperamos que também com o Salão de Caça e Pesca, tem vindo a ganhar uma importância crescente e isso nota-se no número de visitantes”, conclui. NP


Mértola apresenta Festival Islâmico de 2013

Diário do Alentejo 11 maio 2012

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Mickael Carreira e programa da TVI “Somos Portugal” animam Feira de Garvão Arranca hoje, sexta-feira, mais uma edição da secular Feira de Garvão, que integra a XVIII Exposição Agropecuária, numa organização da Câmara Municipal de Ourique e da Associação de Criadores de Porco Alentejano. Fernando Correia Marques (amanhã, a partir das 22 horas) e Mickael Carreira (domingo)

A Câmara Municipal de Mértola apresenta amanhã, sábado, às 21 horas, no cineteatro Marques Duque, o 7.º Festival Islâmico de Mértola, que terá lugar em maio de 2013. Na ocasião será divulgado o cartaz e algumas das novidades do próximo ano. A apresentação conta com a atuação do Grupo Coral Guadiana de Mértola e do fadista Francisco Sobral.

são alguns dos destaques no plano musical. A atuação de Mickael Carreira terá lugar no âmbito da transmissão em direto, a partir do recinto da feira, do programa da TVI, “Somos Portugal”, entre as 14 e as 20 horas de domingo. O vasto programa da feira, cuja inauguração está agendada para as 18 e 30 horas de hoje, reserva ainda demonstrações equestres e de dressage, encontro de produtores e leilão de reprodutores

de porco alentejano, uma corrida de touros com Joaquim Bastinhas, Tito Semedo, João Moura Caetano, o praticante Alexandre Gomes, os grupos de forcados de Cascais, Alenquer e Beja e sete touros Varela Crujo (amanhã, 17 horas), música popular com Arlindo Costa, Projeto Alentejo e Grupo Toques da Terra Branca “O Cante da Tradição”, baldão e despique e bailes.

Evento divide-se entre Beja e Amendoeira da Serra

I Festival de Chás e Ervas do Mundo O I Festival de Chás e Ervas do Mundo vai dividir-se entre Beja e Amendoeira da Serra. O evento arranca já na segunda-feira e as plantas aromáticas vão estar em destaque.

O

Alentejo acolhe, entre Beja e Amendoeira da Serra, no concelho de Mértola, o I Festival de Chás e Ervas do Mundo. O evento arranca já na segunda-feira, 14, em Beja, e prolongar-se-á até ao dia 20. A iniciativa é organizada pela Associação de Defesa do Património de Mértola (ADPM), no âmbito

do projeto Ações Estratégicas para a Valorização, Promoção e Internacionalização dos Recursos Silvestres do Sul de Portugal e insere-se na Estratégia de Eficiência Coletiva Provere “Valorização dos Recursos Silvestres do Mediterrâneo”. “Apostámos desde sempre na fileira das plantas aromáticas e medicinais e estamos a trabalhar muito afincadamente. Temos vindo a estruturar toda esta fileira e a desenvolver projetos com promotores. Neste momento, há várias pessoas a implementar projetos de plantas aromáticas e medicinais e, inclusive, há pessoas que já produziam e que já estão na fase de se

organizarem e associarem”, explica Jorge Revez, presidente da ADPM. E acrescenta: “Queríamos fazer um evento que servisse de consolidação a todo este trabalho que temos vindo a desenvolver e que, ao mesmo tempo, fosse um ponto de encontro entre empresas que comercializam estes produtos, produtores, consumidores e interessados na matéria”, assegura o dirigente da ADPM. São esperadas algumas dezenas de produtores no evento e também do estrangeiro vão chegar representantes. “O festival tem duas componentes fundamentais. Tem uma

componente muito de festival, que decorre em Amendoeira da Serra, entre os dias 18 e 20. E depois tem uma componente técnico-científica, que começa já no dia 14 e se prolonga até ao dia 18, em Beja. Decidimos organizar esta parte do festival em Beja em parceria com o Cebal e o IPBeja”, afirma Jorge Revez. São muitas as atividades que se encontram agendadas, destacando-se o I Encontro Ibérico de Plantas Aromáticas e Medicinais, laboratórios de rua, exposições, conversas em torno das aromáticas, workshops, tertúlias, projeção de documentários, meditação para crianças, jovens

e adultos, entre outros. Em Amendoeira da Serra acontece ainda um mercado de rua e há espaço para tasquinhas, visitas a monumentos, espetáculos musicais, momentos de animação, cante alentejano, yoga, percursos pedestres, oficinas de cozinha e semana gastronómica das ervas aromáticas, entre muitas outras atividades. “Os alojamentos em Mértola já estão há algum tempo quase cheios. Em termos de visitantes é sempre uma incógnita. Podem vir umas centenas, como podem vir uns milhares”, concluí o presidente da ADPM. Bruna Soares

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Diário do Alentejo 11 maio 2012

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José e Solange Mata chegaram à final do WDSF Senior II Open Latin, em Espanha

Dançarinos da Capricho entre os melhores do mundo Começaram a pisar os salões ainda a escola de dança da Sociedade Capricho Bejense estava a dar os primeiros passos. Hoje estão no topo da dança desportiva a nível nacional, tendo desbravado caminho para que outros seniores como eles se aventurem na dança, sem vergonha. José e Solange Mata acabam de chegar à final num campeonato mundial em Espanha e já pensam em voos mais altos. Texto Carla Ferreira Fotos José Serrano

É

ainda com alguma incredulidade que admitem que estão entre os melhores do mundo nas danças de salão. “Sim, é verdade”, reconhecem em uníssono, com um sorriso um tanto embaraçado. Os bejenses José e Solange Mata, par de dança a rodopiar nos pavilhões desportivos e marido e mulher fora deles, acabam de chegar de Palma de Maiorca, onde disputaram dois campeonatos mundiais, com resultados francamente prestigiantes para Portugal. Um 28.º lugar (em 88 pares) no Mundial Senior II Latin, que é, para já, recorde nacional numa prova que acolhe os dois melhores pares de cada país. E o 6.º lugar no WDSF Senior II Open Latin, competição aberta a todos os que quiserem inscrever-se. Pode parecer que ainda não acordaram de um sonho bom, mas não é caso para afirmar que a surpresa é total. Este era um dos objetivos do par “maravilha” da escola de Danças de Salão da Sociedade Capricho Bejense, atualmente o melhor nacional no seu escalão, o Seniores II Open. “Quando saímos do aeroporto, em Lisboa, foi com o objetivo de chegar à final”, confessa José Mata, que ao longo do último mês e meio, e aproveitando o facto de ter estado desempregado, tem cumprido uma média diária de cinco a seis horas de treino, entre o ginásio e o salão da Capricho Bejense. Foi aqui que tudo começou há oito anos atrás, graças a uma mentirinha estratégica da companheira. “Uma vez eu ia a passear por Beja e vi um cartaz que falava de danças de salão aqui na Capricho. E

como eu sempre gostei de dançar, informei-me, andei a sondá-lo, ele não mostrava muito interesse e então tive que mentir. Disse que me tinha inscrito por um mês e, como tinha pago, ele tinha que me fazer a vontade, pelo menos por um mês”, lembra Solange, professora de profissão. O contágio foi imediato e, muito pela cumplicidade e pela admiração que entretanto desenvolveu com o professor Bruno Branco, dançarino ligado à escola lisboeta Alunos de Apolo desde 2000, José Mata, que entretanto voltou ao mercado de trabalho como vendedor, não só foi ficando, como também passou a assumir responsabilidades na direção da coletividade bejense, “dando a cara pelas danças de salão”, secção que então encetava os primeiros passos. Hoje, a escola bejense tem 13 pares a competir e, ao todo, contando com as vertentes social e de iniciados, meia centena de dançarinos a pisar o seu salão semanalmente. A d a nç a tor nou-se u m “grande vício”, confessa Solange. Neste caso um vício partilhado que acabou por aproximá-los

mais enquanto casal, apesar das discussões “quando não acertamos o passo”, ri-se. Ambos sentem a dança de uma forma muito visceral; o salão mexe com eles, transforma-os. “Vejo a dança como uma representação, é como encarnar uma personagem. Quando danço, dá-se um clique e deixo de ser eu. Quando entro num pavilhão cheio de pessoas, desligo completamente. É como se não estivesse lá ninguém, só eu e ela”, descreve José Mata. O mesmo tipo de “transe” acomete a companheira mal soam os primeiros acordes de um samba ou de uma rumba. “Sinto medo, às vezes pânico, mas ao mesmo tempo tenho necessidade de ir em frente. Às vezes, saio da pista e nem sei que música dancei; só sei que na altura soube-me bem e gostei. Eu não sei explicar como é que isto acontece mas acontece. Dou tudo o que tenho e o que não tenho, estou atenta à música, mas se for preciso saio da pisto e penso ‘qual era o samba?’ e não me consigo lembrar”. Foi exatamente isto que o dançarino experiente Bruno Branco viu no casal quando, há seis anos, os convidou a integrar a componente competitiva da escola, que acabava de arrancar. Não basta ser bom de pé e ter jogo de cintura para competir. Há qualquer coisa que transcende a mera capacidade técnica e o sentido rítmico. “É preciso ver-se no olhar a vontade de fazer mais, a garra e o querer mostrar, todos os dias, que se consegue fazer melhor, e o José e a Solange são um desses pares”, elogia Bruno Branco, que destaca dois elementos chave para a sua progressão a olhos vistos. “Além de gostarem de dançar, eles estabeleceram objetivos precisos: ser um dos melhores pares nacionais, mostrar que os seniores têm tantas condições para dançar como os mais novos, e que podem colocar Portugal como nunca foi colocado a nível mundial. E estão a conseguir”. Tendo começado a dançar

aos 40 e 38 anos respetivamente, José e Solange Mata são o que se chama “seniores puros”, e por isso tiveram que vencer preconceitos no meio nacional da dança desportiva, que até há bem pouco tempo não dava crédito aos pares maduros. As coisas mudaram entretanto, graças à ação pioneira de pares como este de Beja, e hoje em dia a competição sénior “é já um caso sério” em Portugal, orgulha-se José Mata. Com 25 a 30 competições por ano, a grande maioria a norte do Tejo, José e Solange têm a sua vida familiar e profissional organizada em torno da dança. Um esforço que é também monetário (aulas, deslocações, vestuário, custos próprios das PUB

competições) e que, dada a falta de apoios, vem sendo minorado através da venda de espetáculos de dança, ao ritmo de uma apresentação por mês. Para já, e porque nunca viram a cara quando Bruno Branco lhes eleva a fasquia, já ponderam a hipótese de ir à próxima edição do German Open, em Estugarda, Alemanha, em agosto próximo, um dos mais importantes campeonatos do mundo de dança desportiva. “Eu tenho quase a certeza que o José e a Solange fariam a final no seu escalão, o que lhes daria uma projeção mundial monstruosa. Mas para isso é preciso o triplo ou o quádruplo do trabalho que temos tido até aqui”, sentencia o professor.


Diário do Alentejo 11 maio 2012

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Festival Terras sem Sombra presta homenagem ao sobreiro

O dia em que a ministra da Agricultura foi ao campo

Ministra da Agricultura Assunção Cristas associou-se a uma ação de salvaguarda da biodiversidade do montado

O Festival Terras sem Sombra estabelece uma triangulação entre música, património e biodiversidade. De acordo com a prática iniciada em 2011, o dia 6 de maio foi consagrado à salvaguarda da biodiversidade e teve por alvo o montado de sobro, em plena serra de Grândola. Como este domingo coincidiu com a celebração do Dia da Mãe, cerca de duas centenas de voluntários quiseram associar-se à ação e homenagear, de maneira muito concreta, a natureza, a “mãe de todas as coisas”, como ensinavam os filósofos antigos. Texto Ema Pimenta Fotos Alfredo Rocha/FTSS

Maestro Paolo da Col foi padrinho de um sobreiro centenário

A

presidente da câmara municipal, Carlos Beato. Para as mais de 80 crianças que participaram na jornada, distribuídas em atividades tão diversas como a observação de aves, a organização de um herbário ou a observação dos parâmetros biofísicos de rãs e peixes, tratou-se de um dia inesquecível, marcado pela imersão num espaço natural de certo modo único. Para finalizar, os músicos de Odhecaton cantaram às árvores, ao Sol, ao vento, às aves e aos peixes, agradecendo-lhes a vida que dão ao mundo.

classificação pela Assembleia da República do sobreiro como Árvore Símbolo Nacional levou a fazer desta espécie, sustentáculo de um ecossistema de grande importância ambiental, socioeconómica e cultural, o centro do projeto, levada a cabo em parceria com o Instituto de Conservação da Natureza e Biodiversidade, o WWF – World Wide Fund for Nature, a mais inf luente instituição de conservação da natureza ao nível mundial, o município, a Misericórdia e a Paróquia de Grândola e as ONG que promoveram aquela pioneira classificação – as associações Árvores de Portugal e Transumância e Natureza. O local escolhido, a herdade das Barradas da Serra, é um exemplo de preservação da biodiversidade, conservando um trecho significativo do bosque mediterrânico. Assunção Cristas, ministra da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território, e a sua família juntaram-se, como voluntários, aos alunos da Eco-Escola das Ameiras e aos demais participantes neste projeto para a realização de atividades como a colocação, em sobreiros, de ninhos construídos com canudos

de cortiça virgem; a verificação das caixas-ninho instaladas, em 2011, pelo Terras sem Sombra; e a exploração da biodiversidade do montado (flora e fauna), sem esquecer os cursos de água da serra. Tudo isto envolveu, ainda, o resgate de uma parcela esquecida do mundo rural, incluindo as profissões associadas à extração da cortiça e à exploração dos outros recursos do montado, como a pastorícia, a caça, a colheita de cogumelos ou o agroturismo. Das palavras pronunciadas na ocasião por Assunção Cristas, retira-se o seu enorme apreço pelo Alentejo que, segundo a ministra, é uma região “com um forte e crescente dinamismo, onde se criaram oportunidades e pontes entre as várias estruturas, num casamento perfeito entre a agricultura, o ambiente, a preservação e a dimensão económico-social”. A simbiose perfeita entre património cultural e património natural e o diálogo entre o canto e o ambiente foram, pois, evidentes nesta passagem do Festival Terras sem Sombra por Grândola, que se afirma “não só pelo valor do território, mas também pela vontade dos seus agentes”, segundo rematou o

Grândola, a Vila Morena No primeiro fim de semana de maio, a música chegou a Grândola pela mão do Festival Terras sem Sombra, em parceria com as principais instituições da vila. A igreja Matriz de Nossa Senhora da Assunção abriu as portas, na noite de 5, para acolher as vozes de Odhecaton, dirigido pelo maestro Paolo da Col. Num silêncio absoluto, entre o hipnótico e o místico, a plateia que enchia por completo o monumento – ficaram ainda algumas centenas de pessoas no adro – absorveu, maravilhada, as melodias dos compositores Arvo Pärt, Wolfgang Rihm, Salvatore Sciarrino e

Para as mais de 80 crianças que participaram na jornada tratou-se de um dia inesquecível, marcado pela imersão num espaço natural de certo modo único.

Gesualdo da Venosa. Este concerto, que teve por fio condutor a voz na música, foi marcado pelas tensões expressivas e emocionais, pondo lado a lado, numa lógica de complementaridade, o mestre cimeiro da polifonia renascentista italiana, Carlo Gesualdo (1566 -1613), e três figuras de proa da vanguarda contemporânea, Rihm (1952), Sciarrino (1947) e Pärt (1935). Todos eles evocam,

de modo sensorial, os últimos momentos de Cristo na cruz, explorando a dimensão antropológica da morte e da ressurreição como uma janela aberta sobre o destino humano. O ensemble Odhecaton, famoso pelo caráter inovador da sua interpretação histórica dos repertórios renascentista e barroco, é considerado uma referência, ao nível internacional, nestes domínios. Em Grândola, a sua prestação foi impecável, aliando a excelência técnica ao virtuosismo expressivo, o que deu uma nota muito atual às páginas densas de Carlo Gesualdo, impregnadas de um sentimento deveras profundo. Dir-se-ia que, diante dos olhos maravilhados dos espectadores, o senhor de Venosa expiava eternamente um crime que assombrou a sua juventude. Curiosamente, este momento musical, de uma beleza impar, desenhou um paralelo com a tradição deixada pelos cantares alentejanos e que contribuíram para a fama da Vila Morena. E assim terminou, num ambiente fraterno – ou não fosse a música uma linguagem universal, capaz de romper todas as fronteiras –, um dos concertos culminantes da temporada musical de 2012.


Diário do Alentejo 11 maio 2012

JOSÉ FERROLHO

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Perfil O presunto de porco alentejano ou ibérico, também conhecido como “pata-negra”, é um produto de alta gastronomia. No entanto, para os seus sabores sejam plenamente apreciados é preciso saber cortá-lo. O alentejano Joaquim Mário Ferreira, cuja presença em feiras

Joaquim Mário Ferreira

como a Ovibeja já se tornou ha-

Com a faca e o presunto na mão

bitual, é um dos raros portugueses mestres no corte de presunto. Texto Alberto Franco

“C

os sabores que o presunto encerra. Se mastigarmos, ativamos as glândulas salivares, cujos sucos podem minimizar os ditos sabores. Outra vantagem de um bom corte é o aproveitamento da peça, melhorando a relação aproveitamento/peso”. Quais as qualidades de um bom cortaFundamentalmente é preciso gostar dor? “Fundamentalmente

JOSÉ SERRANO

omer não é engolir alimentos. É uma experiência sensorial”, defende Joaquim Mário Ferreira. Partindo deste princípio, decidiu há alguns anos especializar-se num ofício com o qual os portugueses estão pouco familiarizados, mas que em Espanha originou uma profissão reconhecida: cortador de presunto. idade veio-lhe da ligação O gosto pela atividade a Espanha por via doo casamento. No país viecimento com uma arte zinho tomou conhecimento totalmente nova e desconhecida para si. “Como em casa doss meus pais, e agora na ve presunto, fui-me iniminha, sempre houve ciando lentamente. E o meu entusiasmo auescobri que ele é tanto mentou quando descobri nto bem cortado”. mais saboroso quanto nde reside, fez “vários Em Badajoz, onde o, uns de iniciação, oucursos de formação, mento”, que lhe permititros de aperfeiçoamento”, cnicas de corte do afaram conhecer as técnicas mado presunto de porco ibérico. A partir daí, “foi praticar e tentar aprender tosto “como hobby”, dos os dias”. Tudo isto rio, de 58 anos, pois Joaquim Mário, nado e criado em Amareleja, traesa espanhola balha numa empresa veis, onde inde energias renováveis, tegra uma equipa de manutenvoltaicas. ção de centrais fotovoltaicas. oa pode Qualquer pessoa as nem cortar presunto, mas todas o sabem fazer. Aquela que é a partee mais valorizada do porco em fideve ser cortada “em nas lascas, nunca com mais do que cinco centímetros, para evitarr a masporcionar um tigação”. Para proporcionar prazer equivalente ao seu preço, “devemos colocar uma lasca de presunto na boca e deixá-la fundir paraa impregnar as papilas gustativas e assim poder disfrutar de todos

da arte”, diz Joaquim Mário. “Não pode haver distrações, porque os utensílios de trabalho são de fino corte e não podemos correr o risco de ser surpreendidos. Depois, é preciso dominar as técnicas e as matérias-primas. Saber ouvir para poder esclarecer quaisquer dúvidas. E estar disponível para contínua . uma aprendizagem contínua”. Em Espanha, “cortador de ppresunto é já uma profissão”, salienta. “L “Levam ded senvolvendo essa cultura há dezenas de anos, existem associações profi profissionais e nac concursos a nível regional e nacional. Em Portugal ainda não é possível viver só e na diversas apenas cortando presunto”. Se nas fases de produção tudo é feito se segundo as regras, “no momento do corte da peça mais nobre do porco existe uma lacu lacuna”, o que Joaquim Mário lamenta, tendo em conta que o nosso país, e particula particularmente o presunt tão bom Alentejo, produz presunto ou melhor que os espan espanhóis. As várias etapas do processo de produção compr comprovam-no. “Damos aos porco porcos de raça alentejana as ppérolas do montado, as bolotas, e q obtemos qualidade, excelênci e praexcelência Che zer. Chegada a altura do sacrifício, sabemos sab que os animais an estão bbem preparad parados para fornec fornecerem matéria-p téria-prima de qualidade superior, mérito da Associação de Criadores do Porco Alentejano, Alente que gere a produção e ce certifica os presuntos. Ao longo long de dois anos, e mais, os me mestres presunteiros acompanh acompanham as peças durante todas aas fases de

evolução, colocando-as no mercado quando os índices de sabor e aroma atingirem níveis de excelência. Logo a seguir, porém, temos o ‘patinho feio’ do processo, que é o corte. Aí há um vazio, porque não há profissionais que o possam dignificar”. Joaquim Mário, que também é formador, “abraçaria de bom grado um projeto de formação de cortadores de presunto, com matérias teóricas, mas sobretudo práticas, desde a origem do porco até ao empratamento”. Se o porco “é o aristocrata do montado, o presunto é a nobreza à nossa mesa. Deve ser dignificado com um bom corte, ainda mais sabendo que desde que o animal nasce até à finalização do presunto medeiam entre três a quatro anos. Tanto labor, tanta canseira e tanta dedicação não devem ser ignorados no momento do corte”. O cortador amarelejense já quase perdeu a conta aos eventos em que participou. “Já cortei presunto na Feira da Gastronomia de Santarém, na Bolsa de Turismo de Lisboa, na Ovibeja, na Feira do Porco Alentejano, em Ourique, no Centro Cultural de Belém, no Instituto Politécnico de Beja, na Feira do Vinho, em Amareleja, no Congresso Internacional para a Valorização dos Produtos Tradicionais, em Ponte de Lima, na Feira de Produtos Gourmet, no Campo Pequeno, etc.”. A presença de Joaquim Mário na edição de 2012 na Ovibeja integrou-se na divulgação do VII Congresso Mundial do Presunto, que se realizará em Ourique, entre 28 e 30 de maio de 2013. Joaquim Mário realça a importância da escolha da vila alentejana para palco deste congresso. Tal escolha “é mérito de todos aqueles que estiveram envolvidos no processo de uma forma ou de outra, mas o mérito agiganta-se se dissermos que será a primeira vez que o congresso sai de Espanha. E é ainda maior se nos lembrarmos que a candidatura de Ourique ganhou às de Parma e de Bruxelas”, conclui.


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A única medida relevante tomada até agora pela padeirazinha do CDS [Assunção Cristas, ministra da Agricultura] foi suspender as obras de Alqueva. Que é uma medida não de incentivo, mas de desincentivo da modernização, da produtividade e da produção”. António Murteira, “Alentejo Popular”, 3 de maio de 2012

Opinião

Pedro Caixinha

TNT na TDT

Luís Covas Lima Bancário

Bruno ferreira Humorista

D E

esde menino e moço sempre fez por merecer o crédito de quem o acompanhou. Nasceu em Beja a 15 de novembro de 1970. Da infância à adolescência foram tempos de educação, de convívio e de afinidade com tudo aquilo que reclamava. Essa foi a sua preparação. De lá para cá cimentou o gosto por aquilo que o preenchia e o realizava. Família, amigos, tauromaquia e desporto. A sua família é conhecida e foi um pilar decisivo que contribuiu para um homem de causas, valores e sentimentos. Sem nunca descurar os estudos, teve competência para abraçar e conciliar os compromissos da sua vida. Como forcado e de caras distinguiu-se na década de 90. Fardou-se pela primeira vez na praça de toiros de Beja a 12 de maio de 1990. A técnica, o jeito e a vocação permitiram-lhe fazer parte da elite. Esteve sempre no Grupo de Forcados de Montemor-o-Novo, onde permaneceu 12 anos. Nunca hesitou em referir que se tem medo quando se vê o touro a avançar, mas diz que a maior virtude de um forcado é enfrentar esse receio. Com a experiência, os detalhes de uma atuação são assimilados como de uma antevisão do resultado final. A premonição de um objetivo assente num querer e numa vontade que só um verdadeiro forcado sabe explicar e que não se esgota em si, mas no grupo. A sua formação académica foi realizada com uma licenciatura em Educação Física e com um mestrado em Metodologia Desportiva. A ambição de uma valorização levou-o a fazer estágios para interiorização, aprendizagem e contacto com o alto rendimento desportivo. Esteve nos Estados Unidos, Inglaterra, Espanha e França. Aí consolidou as suas ideias sobre o treino e sobre o jogo. Há um momento marcante que não esquece e que coincide com a sua entrada na Academia do Sporting. Integrado posteriormente na equipa técnica do futebol profissional e com responsabilidades bem definidas, foi competente e solidário. Por essa via esteve no Sporting Clube de Portugal, na Grécia, Roménia e Arábia Saudita. Este percurso foi feito de 2004 a 2009. Reconhecido o seu mérito, 2010 foi o ano da sua estreia como técnico principal na 1.ª Liga Profissional de Futebol. Após uma primeira volta sensacional conduz a União de Leiria ao 10.º lugar. Atualmente encontra-se no Nacional da Madeira, onde pegou de estaca e fixou a equipa num honroso 7.º lugar. Os processos de trabalho, a análise ao adversário, uma identidade muito própria e a componente técnico-tática resultaram num futebol com posse de bola, um bloco compacto e pressionante, em suma um trabalho mais coletivo que permite um futebol alegre e francamente gerador de resultados positivos. A sua carreira desportiva ainda vai no princípio, mas este homem da nossa região enche-nos de orgulho. Começou no Desportivo de Beja (1999 a 2002) e esteve no Vasco da Gama da Vidigueira na época seguinte. Com garbo e pujança. Sabe estar e faz-se respeitar. Recordo que a 20 de agosto de 2010, numa entrevista em direto na estação televisiva SIC, fizeram questão de evocar uma frase sua: “Ninguém vence nada sozinho, nas touradas ou no futebol”. Outros que aprendam!

Ã

Parece que foi ontem que se iniciaram as aulas de dança de salão na Sociedade Filarmónica Capricho Bejense. Uma modalidade que veio dar uma nova vida e um novo ânimo à velhinha coletividade da rua da Moeda. E, em apenas oito anos, aquilo que começou como uma brincadeira tornou-se num caso sério. A Capricho é hoje uma das mais fortes escolas de dança do País e não para de fazer história: pela primeira vez Portugal chegou a uma final do Campeonato do Mundo. Com os passos certeiros e os rodopios de SOLANGE E JOSÉ MANUEL MATA. Parabéns! PB

stá concluído o processo. O dia da mudança da Televisão Analógica, a pedais, para a tecnológica Digital Terrestre foi assinalado com pompa e circunstância, e com direito à presença do ministro dos Assuntos Parlamentares e tudo. Ao ver a cerimónia da inauguração da TDT pela TDT, parecia que o Homem estava a chegar outra vez à lua, quando Armstrong a proferiu as históricas palavras “That’s one small step for man, one giant leap for mankind”. No momento do apagão do transmissor de Palmela, Miguel Armstrong Relvas atirou a épica frase para os jornalistas: “Acabámos de dar um passo importante em termos de desenvolvimento tecnológico no nosso país”. E nós sabemos o que o País é dado à tecnologia. Por falar em passos, o governo de Coelho nada fez para que se alterasse a fórmula da TDT em Portugal gizada pelo anterior governo. Se fosse um cidadão português, a TDT podia concorrer ao subsídio de inserção, tal é a sua pobreza. Comparado com o modelo aplicado noutros países, como em Espanha, que integra 27 canais, o bom do tuga tem de se aguentar com quatro do costume. Pior que nós, só os dois canais oferecidos pela TDT de Malta. O que nos leva ao problema maior, que é a malta (de cá) ainda ter de pagar por isso. Ou pagamos pelo serviço da MEO ou da ZON (que nem sequer fornece a boazona que aparece com o Nicolau) e outros afins, ou compramos uma televisão nova, ou adaptadores, e scarts, e cabos e mais um par de botas. De astronauta. Pergunto se se mantém a taxa do audiovisual e se, nesse caso, não haverá dupla tributação. Ou coisa que o valha que implique pagar duas vezes pela mesma coisa. É que por acaso estava ainda há pouco a fazer um avião de papel com uma fatura da EDP e reparei que na asa esquerda da aeronave dizia: “Contribuição Audiovisual: 2,25€”. Um dado perturbador que ninguém pensou ainda é que com o fim das emissões analógicas se põe termo à abreviatura que serviu de inspiração à banda de António Manuel Ribeiro, os UHF. Mas há pior. Outra notícia triste é o fim daqueles cartões azuis, com letras brancas por cima, que apareciam entre o “Interlúdio” da RTP e o “Tempo dos Mais Novos”, a informar que se encontravam em manutenção os bons e velhos emissores da Foia, ou do Mendro, especificando a frequência UHF em que devíamos sintonizar os nossos televisores a preto e branco. Também as tão elegantes antenas que sempre brotaram dos nossos telhados perderam a razão de ser. Deixámos de ter de trepar ao topo da casa para, com uma mão agarrada à antena e um bico do pé equilibrado no corta-fogo, perguntar aos gritos, lá para baixo, se assim já se vê melhor. Mas nem tudo são más notícias com a chegada da TDT. Se não está para pagar pelos serviços pagos de cabo, ou pelos adaptadores, esta é a derradeira oportunidade para o leitor deixar de ter a Júlia Pinheiro a gritar uma manhã inteira na SIC, ver 17 novelas umas a seguir às outras ou os noticiários que a cada dia aproximam mais o estado do País ao do Burundi. Alternativas, caro leitor? Vá ver uma boa fita ao cinema, como diria o Mário Augusto. Vai ver que a sétima arte… Bem, o IVA do bilhete de cinema também aumentou… Deixe lá! Vá assistir a um concerto!

Abane o capacete no Pavilhão Atlântico e… Pois, os espetáculos ficaram todos mais caros… Olhe, cante. Cante no duche! Mas não cante durante muito tempo que as pilhas do esquentador são daquelas gordas, mais caras, e o Pingo Doce não faz 50 por cento de desconto todos os dias. Enfim, como diria o engenheiro Sousa Veloso, “senhores telespectadores, despeço-me com amizade, até ao próximo programa”. Que saudades da mira técnica.

Cooperativas Júlio Raimundo Aposentado

P

orque as cooperativas também merecem, com esta crónica pretendemos voltar ao convívio com os leitores do “Diário do Alentejo”. Contudo, um compromisso ficará subjacente: continuar a coabitar com a identidade e especificidade cooperativa, assim como com os princípios cooperativos. Já por aqui passaram duzentas e tal crónicas, 150 compactadas em dois livros, na Rota das Cooperativas e Textos Cooperativos, estando na fila de espera outras 50, cujo livro já tem nome e prefaciador, não tendo sido ainda publicado por “razões que a própria razão desconhece”. 2012 foi declarado pela ONU como Ano Internacional das Cooperativas, no entanto, passados quase quatro meses, pouco ou nada se tem dito e/ou escrito na comunicação social, nacional, regional ou local, sendo também por isso que sentimos como dever imperioso e de consciência debitar algumas linhas na imprensa regional; tanto é o material que temos em carteira, que seria injusto e pouco ético mantê-lo apenas debaixo dos nossos olhares. Mais de mil milhões de pessoas são detentoras de partes de capital cooperativo no mundo. Há três vezes mais membros de cooperativas que acionistas de empresas privadas no mundo. Nas Nações Unidas estimaram, em 1994, que a vida de três mil milhões de pessoas está dependente da atividade cooperativa. É de mais para ser escamoteado. Tendo como fonte a Conta Satélite da Economia Social (trabalhos preparativos) – Cases, INE em finais de 2010, encontravam-se em atividade, em Portugal, 2 349 cooperativas, distribuídas pelos 12 ramos que estruturam o setor cooperativo e com uma cobertura territorial que permite afirmar não haver lugar ao chamado “deserto cooperativo”. O Alentejo está presente com um total de 219 cooperativas. No passado dia 28 de abril decorreu em Beja (auditório da Expobeja), no âmbito da Ovibeja, um encontro cooperativo, cujo programa, intervenções e outros detalhes já são conhecidos publicamente. Este encontro foi organizado pela Cases/Confagri/ Confecoop e deriva do compromisso governamental, plasmado na Resolução do Conselho de Ministros n.º 48/2011, “Diário da República”, 1.ª série – n.º 227 – 25 de novembro de 2011, que para além de aderir à proposta da ONU de declaração de 2012 como Ano Internacional das Cooperativas determina a execução a nível nacional das atividades que lhe estão associadas. Gostaria de me enganar ao ref letir sobre o teor do preâmbulo da resolução, não ser difícil concluir que “das palavras aos atos vai uma grande distância”.


Esta semana, todo este mês, Beja está em festa. Há iniciativas para todos os gostos. Mas o mais importante é que as pessoas saiam para a rua e que vivam a sua terra com alegria. E que vão para o campo. Que é no campo que Beja redescobre a sua personalidade e a sua matriz, juntando um simples molho de ESPIGAS, ramos de oliveira e flores silvestres. Mas, ou muito me engano, ou esta quinta-feira de Ascensão será igual a tantas outras: uma romagem a Monte Gordo. PB

Há 50 anos Do Museu de Beja à agitação estudantil

É

de hoje a crise do Museu Regional de Beja provocada pela intransigência dos atuais responsáveis do município bejense em cumprir os seus compromissos financeiros e pela sua recusa em ouvir a opinião da generalidade dos cidadãos interessados. Mas há meio século a instituição já tinha problemas e o “Diário do Alentejo” comentava o assunto na primeira página da edição de 11 de maio de 1962, em “Nota do Dia” intitulada “O Museu de Beja encerrado desde há semanas”. Assim: “Um museu constitui sempre um dos grandes motivos de interesse que qualquer terra pode oferecer aos seus visitantes. Para mais, quando se trata de um museu de inegável valor como o de Beja que pode “pecar” – “peca” mesmo – por deficiências de arrumação mas que, no seu conjunto, é um eloquente atestado do passado histórico, artístico e arqueológico da cidade. Por isso, poucos serão os turistas que não procurem conhecê-lo. Por isso, não se pode compreender que o Museu esteja encerrado durante largos períodos, inacessível a quem deseje visitá-lo. Ora é isto que mais uma vez está a verificar-se, precisamente numa época em que começa a ser mais intenso o afluxo de turistas, nacionais e estrangeiros. Dizem-nos que essa prolongada interdição é provocada por obras já efectuadas ou ainda em realização. Neste caso, teríamos que censurar a inoportunidade e o arrastamento das alegadas obras que, de resto, não terão sido duma importância ou dum volume tão grande que determinassem o total encerramento do Museu. Pretende-se, e justificadamente, que Beja se torne um verdadeiro centro de turismo. Mas para tal não se pode insistir em falhas como esta a que nos estamos a referir (...)”. Logo ao lado deste comentário, a edição dessa tarde publicava uma pequena notícia oficiosa relativa à agitação estudantil que abalava sobretudo a capital do País: “A pedido do Ministério da Educação Nacional, após publicação de um comunicado do Senado Universitário de Lisboa, o Ministério do Interior tomou as medidas julgadas necessárias para evacuar das Instalações Universitárias os estudantes que, com o pretexto de reivindicações, ali se instalaram”. Era assim a governação ditatorial do País nesses tempos: desprezo pela Cultura e repressão sobre o povo. Tal como agora... Carlos Lopes Pereira

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A notícia é alarmante. As autarquias do distrito de Beja, no geral, estão cada vez com mais DIFICULDADES para assegurar os seus compromissos financeiros. Só no último ano, em média, o prazo de pagamento aos fornecedores aumentou mais de 24 por cento. Uma situação que, a juntar às medidas de austeridade impostas pelo memorando da troika, está a asfixiar por completo as pequenas e médias empresas locais. PB

15 Diário do Alentejo 11 maio 2012

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“O trabalho é um direito da pessoa e faz parte da realização da sua dignidade. A evolução económica e o desemprego estão a desumanizar a nossa sociedade. Temos de encontrar outras políticas de desenvolvimento socioeconómico, que criem emprego, postos de trabalho. De contrário, estamos a fomentar uma sociedade injusta, porque priva muitas pessoas dos seus direitos fundamentais”. D. António Vitalino Dantas, “Notícias de Beja”, 3 de maio de 2012

Cartas ao diretor com bolotas e os restantes alimentos, tais Casa como os vegetais e as frutas, eram cultivados na antiga quinta. O reitor desse tempo do Alentejo via-se coagido a pedir aos latifundiários Rui Maurício Amadora

Fazendo anos no dia 23 de abril, fui à Casa do Alentejo no dia 21, onde almocei e ao mesmo tempo fiz uma marcação de mesa para 15 pessoas, meus convidados, e pedi que fosse na Sala da Lareira. Ficou tudo tratado, fizeram a inscrição e disseram-me que ficava tudo em ordem. No próprio dia dos meus anos tive o cuidado de telefonar a dizer que estava tudo em ordem e que lá estaríamos por volta das 20 horas. A senhora que me atendeu disse-me que estava tudo em ordem e que ficasse descansado. Qual não é o meu espanto quando lá chegámos e vemos a respetiva sala completamente cheia. Fui reclamar, como é óbvio, este caso. Disseram-me que não podiam responder a esta situação. Pedi para falar com algum responsável e disseram-me que não havia ninguém para tratar do assunto. Depois de me ter exaltado e barafustado, perante tal situação, tivemos que nos retirar e procurar outro restaurante onde pudéssemos jantar. Desde já agradeço a vossa atenção, esperando que casos destes não se repitam, para bem do bom nome do nosso Alentejo.

Recordar é viver Reinaldo Amador Rebelo Laranjeiro – Almada

Já sou octogenário, sou natural de Milfontes, fui colega de seminário dos padres Gaudêncio, Alcides e Manso Prata e estive ontem [dia 29 de abril] na Ovibeja. Frequentei o seminário na década de quarenta, quando era bispo o saudoso D. José do Patrocínio Dias. Na altura tinha apenas a idade de 12 anos. Permaneci no seminário até 1948. (…) No meu modesto entender, um dos fatores que contribuiu para o desenvolvimento da cidade foi a Base Aérea, que teve bastante tempo ao serviço da RFA. Recordar é viver! Nos anos quarenta estamos em plena II Guerra Mundial e muito pouco havia para comer. Assim, ao pequeno-almoço era dada uma bebida que atualmente poucos conhecem, chamada “banacau”. A merenda era composta por pão com azeitonas ou

da altura (recordo as famílias Almodôvar, Passanhas e Brito Pais), que lá iam fornecendo o azeite, o pão, a farinha e demais produtos alimentares. Recordo ainda que o meu falecido pai pagava apenas 80$00 mensais. Não existiam pessoas do sexo feminino. Tanto o cozinheiro (Tio João) como o sapateiro eram trazidos do norte do País pelo bispo D. José. Para irmos do seminário à Sé nem podíamos atravessar o jardim, pois eramos apedrejados e apelidados de “corvos”, face às capas negras que nos obrigavam a usar. Quando havia visitas pastorais, desde Vidigueira a Odemira, ficávamos alojados nas casas dos lavradores mais abastados. Após o regresso ao seminário, se alguma filha ou familiar dos mesmos tinha “a ousadia” de nos escrever, os que recebiam tais missivas eram chamados ao senhor bispo e expulsos de imediato. Um dia, ao chegar perto da Sé, uma rapariga de Milfontes, telefonista nos CTT, em Beja, teve a ousadia de me vir beijar. Se a memória me não atraiçoa, teria talvez 13 ou 14 anos. O senhor reitor e o senhor bispo quiseram saber de quem se tratava! Era assim nesses tempos. Recordar é viver!

Caros camaradas da terra! António Manuel Bento por email

Sou natural do distrito de Beja, residente há muitos anos nos arredores da capital do País, por força das circunstâncias numa altura passada, que muito se assemelha a esta que vivemos agora. Leitor assíduo do “Diário do Alentejo”, como se essa fosse apenas mais uma forma de me aproximar às origens, não posso deixar passar esta (boa) fase do jornal para vos apresentar os meus parabéns. As reportagens, quais pedaços de escrita da boa, levam-nos pelas terras alentejanas, de mãos dadas e olhos fechados, de tão descritivas que são. É isto que se quer quando se lê um jornal regional! Que as palavras sirvam para nos aproximarem das nossas raízes, sem esforço, e que nos mostrem as coisas boas, mesmo as que não são notícias. Sou, para além de leitor assíduo do “DA”, leitor atento e grato às reportagens do jornalista Marco Monteiro Cândido. Não conheço o senhor, não sei se é novo, se velho, mas escreve bem. De

uma forma que me satisfaz por inteiro e que me permite um contacto com a terra que não esqueço. São páginas de escrita profunda, não é só o diz que aconteceu e a forma (como tanta vezes vemos nas reportagens por aí), aquilo sim é contar a história de uma terra, de uma pessoa ou de um acontecimento. Faz com que pareça que estamos mesmo lá, seja nas Amoreiras-Gare ou em Vila Verde de Ficalho. Por tudo isto, não posso deixar passar esta altura para dar os parabéns ao diretor e a toda a equipa, sobretudo a este jornalista, pelo excelente trabalho. Continuem, camaradas. Continuem a fazer sempre com que os alentejanos se sintam em casa, mesmo que estejam a umas centenas de quilómetros. Bem hajam.

Câmara Municipal de Ourique Diamantino António Funcheira

É de louvar o senhor presidente da Câmara Municipal de Ourique, Pedro do Carmo, do Partido Socialista, e os seus colaboradores, pela forma como têm desempenhado os trabalhos na câmara municipal e nas juntas de freguesia da sua área, com toda a dedicação e brilho. (...) Em tão pouco tempo que o senhor presidente está à frente do município, já se vê máquinas novas para as obras e também novos carros de turismo e outros carros para transporte de pessoal dos serviços da câmara e escolas, o que não acontecia aquando da governação anterior da câmara, liderada pelo Partido Social Democrata, que só tinha máquinas velhas e viaturas de transporte de pessoal em mau estado, que não mereciam ser reparadas. O mais grave foi a câmara ficar empenhada pela má orientação dos anteriores presidentes. Nem sequer os fornecedores já fiavam um só quilo de pregos. Tenho falado com várias pessoas de algumas freguesias do concelho de Ourique a respeito das qualidades do senhor presidente da Câmara de Ourique. Todas as pessoas me deram boas informações. Que era uma pessoa boa e gostava de falar com as pessoas e resolver os problemas delas. Notei nos olhos das pessoas que tinham um brilho de alegria, na altura em que eu as encontrei, por se ter falado de um grande presidente de câmara, portador de um grande coração de bondade, como não é fácil de encontrar nos dias de hoje.


16 Diário do Alentejo 11 maio 2012

A viola campaniça tem nestes jovens mais um fôlego de vida, mais um rejuvenescimento. Sorri a viola, sorriem os novos tocadores e, principalmente, sorriem os velhos que se habituaram a esquecê-la, mas que agora a ouvem com renascido e redobrado prazer.

Reportagem

Escola Secundária de Castro Verde ensina a construir instrumentos

O renascimento da viola campaniça Na Escola Secundária de Castro Verde, jovens aprendem a construir e a tocar a viola campaniça, um instrumento que esteve em risco de desaparecer,

B

ancadas de madeira gastas e usadas. Em cima das mesas, as violas ainda por nascer. Os corpos ocos ainda por selar. Os braços, numas, ainda por abraçar. Noutras, já abraçados ao corpo delgado e esguio das violas. Um corpo de rapariga nova, de cintura bem vincada e regaço marcado. Uma inspiração campaniça de outros tempos e que campaniça ficou, pois que é do imenso campo a sul do Alentejo que ela é. Numa oficina de mesas de madeira, onde se esculpe a madeira, as máquinas e as violas contrastam com as roupas coloridas e as mochilas de aspeto desportivo e descontraído. Aquela que em tempos foi de velhos é agora de novos. A viola campaniça que cantava na mão de velhos tocadores cuja memória de aprendizes remontava quase aos primórdios dos tempos, tem agora um novo fôlego, de contente que anda nas mãos de moços novos. São oito rapazes os que estão em torno das mesas, das violas e das partes que delas fazem parte. Uns lixam, outros dão forma às ilhargas, outros tocam. Quase poderia ser a linha de montagem de uma qualquer fábrica. Mas não é. E as diferenças são notórias. Cada viola tem as suas particularidades próprias, como as tem o adolescente que a constrói. Cada um debruça-se sobre o instrumento com amor por aquilo que está a fazer. E no fim, a satisfação da criação física dará lugar ao prazer da criação imaterial, com a unha crescida a rasgar modas no pontilhado harmónico das cordas prontas a estrear. Esta é a terceira vez que na Escola Secundária de Castro Verde está a funcionar um projeto de construção de violas campaniças. Numa parceira que junta a escola à Câmara Municipal de Castro Verde e à Cortiçol – Cooperativa de Informação e Cultura, o projeto tem associada a componente de aprendizagem musical da viola. Não sendo propriamente uma turma, são vários alunos de 15 e 16 anos, de várias turmas, que compõem o projeto, onde José Abreu, professor de Educação Tecnológica, é o responsável por ensinar os segredos da construção aos mais novos. Ele, que há uns anos fez parte do primeiro curso de construtores de violas promovido pela Cortiçol. “É um processo mais simples, mas, no essencial, tem tudo o que a campaniça tem, menos os embutidos, porque só mesmo quem já tem muita experiência é que consegue fazer. E nós simulamos”. A entrada dos alunos neste processo começou pelo querer aprender a tocar o

mas que conheceu um novo fôlego. Um instrumento de velhos nas mãos de gente nova. Texto e fotos Marco Monteiro Cândido

instrumento. Uma vez por semana têm aulas na escola com Paulo Colaço, músico alentejano que se tem dedicado à música tradicional e à campaniça. E foi por aí que o bichinho despertou. Apesar de serem mais a tocar do que a construir, cerca de oito alunos quiseram fazer das violas os seus projetos nas aulas de Educação Tecnológica. E neste momento, dois deles já terminaram as suas. Renato Marques, com 15 anos, é um desses alunos. “Para mim, o mais difícil foi o braço. Tem muito que lixar”. Tendo começado a sua viola em setembro passado, no início do ano letivo, em fevereiro já estava terminada, com direito a uma personalização: um R de Renato entre as cravelhas que afinam as cordas, branco e vistoso, no fim do braço, como marca de uma conquista sobre a madeira, a lixa e o trabalho. “E para o ano vou fazer outra”. Tímido, Renato gosta de dar uso à campaniça construída por si. Diz que o tocar já vai bem e que têm ido tocar a alguns sítios. Por trás, os colegas vão falando nas raparigas e no sucesso que podem fazer com elas por saberem tocar. Renato, entre um sorriso e outro, lá confessa: “Às vezes”. “Os nossos colegas gostam de nos ver. Já tocámos nas jornadas culturais aqui da escola e gostaram. Isto hoje já não é um instrumento para velhos, já há muitas pessoas a fazê-lo. Mas nem todas as pessoas gostam disto”. Os novos princípes da viola campaniça Muito do tempo disponível destes alunos, enquanto estão na escola, é passado entre as quatro paredes da oficina. O entusiasmo é constante, assim como o bom ambiente. Se não estão a aperfeiçoar as suas construções, estão a tocar modas que facilmente soam familiares a quem as ouve; ou simplesmente a dedilhar nas cordas, num vício quase incontrolável de ouvir o som característico da campaniça. Miguel e Jorge, Madeira de sobrenome, são irmãos. Gémeos de 16 anos. Como gémeas vão sendo as suas violas. Não o serão em características próprias, mas pelo menos em fase de construção andam a par e passo. Ambos se dedicam com afinco à tarefa de recriar a campaniça. Jorge, mais calado, trabalha concentrado no corpo da sua viola. Miguel pede a atenção do professor José Abreu permanentemente insatisfeito com a perfeição da sua construção. Por agora vai lixando os contornos do corpo da viola, a cintura. Como os seus colegas, Miguel e Jorge começaram por aprender a tocar e só depois


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se decidiram pela construção. Miguel considera que, por ser um instrumento tradicional da sua terra, teve “vontade em aprender a tocar” e depois construir um exemplar para si mesmo. Jorge também achou engraçado a primeira vez que tomou contacto com os sons da viola e daí a tocar, e depois construir, foi um pequeno passo. Residentes em Viseus, pequena aldeia do concelho de Castro Verde, os irmãos Miguel e Jorge tocam em casa, juntos. Não admitem qual dos dois toca melhor. “Umas vez toca um, outras vezes toca outro”. Mas Miguel lá acrescenta. “Vou ser sincero: sou eu”. E Jorge replica: “Depende dos dias”. Os risos soltam-se na oficina, com o dedilhar das cordas em pano de fundo. Sempre. Constante. A oficina é um espaço de confraternização e crescimento para estes jovens alunos, mais do que um simples local de trabalho artesão. As máquinas, cedidas pela Câmara Municipal de Castro Verde, e os instrumentos de gente grande são encarados com responsabilidade e cuidado. Cuidado que tem que estar sempre presente no trabalho de corte, moldagem e tratamento das madeiras. Sentado, Miguel Jorge, de 16 anos, também já tem a sua viola concluída. Toca, toca e não se cansa de tocar. A “Mariana Campaniça” sai-lhe dos dedos e das cordas da viola com o mesmo nome. “A primeira moda que aprendi foi a ‘Ribeira Vai Cheia’. Isto não é muito difícil de aprender a tocar. O pior é aprender as primeiras. Depois de se aprenderem as primeiras é mais fácil”. Miguel não sabia tocar qualquer instrumento antes de se dedicar à campaniça. E foi por aí que começou o seu percurso, como todos os outros: aprender a tocar, primeiro, e depois construir. “O mais difícil de fazer foi o braço. É uma peça que se tem que lixar muito”. Para Miguel, tocar este instrumento de origens antigas e quase desconhecidas significa “manter a tradição”. “Eu acho que é fácil cativar mais pessoas”. Em

pulgas para tocar, rapidamente Miguel dedilha “Oh Rama, Oh Que Linda Rama”. O braço da viola é a peça da construção mais difícil de fazer, opinião generalizada entre todos os jovens construtores. E também a mais importante. Segundo José Abreu, é uma peça que tem que estar perfeita. “É onde se trabalha mais, é onde a mão percorre tudo. Um braço defeituoso é como uma moça bonita com os dentes todos tortos”. O riso é geral. João Marques, do oitavo ano e com 15 anos, nunca tinha construído qualquer instrumento. “Nas jornadas culturais da escola, o nosso professor Paulo Colaço, que ensina a tocar, veio fazer um atelier. Quis aprender a tocar e depois tive a ideia de construir”. João também é de Viseus e na véspera ele e os seus colegas tocaram na sua aldeia. “Sinto-me bem a tocar. Senti mais ansiedade do que nervosismo. E tocar a campaniça significa tudo. Faz parte da nossa cultura alentejana e temos que preservar o que é nosso”. Sobre o futuro da viola, João acha que será bom por haver mais gente a interessar-se. Quanto a si, no futuro, o desejo é simples: “Gostava de ainda tocar”. José Abreu está entusiasmado com o futuro da viola campaniça porque sente uma mudança em relação ao passado. “Há uns anos julgávamos isto perdido. E agora, como se costuma dizer, a viola está de saúde e recomenda-se. Nota-se muito interesse, não só pelos novos, mas de pessoas de idade”. Para o responsável pelo ensino da construção da viola campaniça na Escola Secundária de Castro Verde, o ideal seria a popularização e disseminação do instrumento entre os jovens como acontece noutros casos. “Um desejo que eu tenho é que, daqui a uns anos, qualquer jovem tivesse uma viola destas como tem uma clássica qualquer. Aí poderíamos dizer que a viola campaniça está segura”. Cristiano Luz anda no oitavo ano. Veio

parar à construção das violas por sugestão do professor José Abreu, para que fosse esse o seu projeto de Educação Tecnológica. Cristiano aceitou o desafio e começou a construção. Só depois se iniciou na aprendizagem do toque. “Este instrumento representa, basicamente, o Alentejo. É um símbolo do Alentejo e sempre foi uma tradição tocar este instrumento. E se formos deixar só para os homens de mais idade acho que não vai continuar, vai acabar por desaparecer”. Rodrigo Valentim tem 16 anos, tal como Cristiano. Deste grupo, é o único da sede de concelho, Castro Verde. A dar os primeiros passos na construção, Rodrigo está mais à vontade no toque. E tudo começou por acaso. “Isto foi engraçado. Eu um dia vinha do treino de pingue-pongue e vi os meus colegas estarem tocando. Comecei a dar umas notas na viola de um dos meus colegas. O professor Paulo Colaço disse-me para passar na aula seguinte e assim foi. PUB

Comecei por aprender a ‘Ribeira Vai Cheia’ e por aí a fora”. José Abreu faz uma analogia entre a viola e os contos de fadas. “Lembra-se da história da Bela Adormecida, que teve que ser beijada por um príncipe para acordar? À viola campaniça aconteceu-lhe a mesma coisa. Teve que ser beijada por um príncipe para acordar, que foi o Pedro Mestre, e agora estes são os novos príncipes. É um pouco poético”. A viola campaniça tem nestes jovens mais um fôlego de vida, mais um rejuvenescimento. Sorri a viola, sorriem os novos tocadores e, principalmente, sorriem os velhos que se habituaram a esquecê-la, mas que agora a ouvem com renascido e redobrado prazer. Rodrigo considera que “depois de se começar a aprender é fácil”. “Mas exige muita dedicação”. Em casa, todos os dias, Rodrigo toca a campaniça. E explicação mais simples e sincera não podia haver. “É que eu gosto mesmo muito do toque”.


Supertaça Distrito de Beja em juniores

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A Supertaça Distrito de Beja na categoria de juniores disputa-se amanhã, sábado, pelas 16 horas, no Complexo Desportivo Manuel Baião, em Serpa, entre as equipas do Moura (campeão e vencedor da Taça Distrito) e o Piense (2.º classificado do campeonato e finalista vencido da Taça Distrito).

Desporto

Taça Dr. Covas Lima A final da Taça Dr. Covas Lima, na categoria de infantis, disputa-se amanhã, às 11 horas, no Complexo Desportivo Fernando Mamede (sintético n.º 2), entre as equipas do Castrense e do Santo Aleixo da Restauração.

Futebol juvenil Campeonato Distrital de Iniciados (26.ª jornada): Ourique-Serpa, 0-4; Bairro da Conceição-Amarelejense, 4-0; Ferreirense-Odemirense, 0-9; Moura-Des portivo de Beja, 1-0; Guadiana-Despertar, 4-0; Negrilhos-Almodôvar, 0-2. Classificação final: 1.º Desportivo de Beja, 67 pontos. 2.º Odemirense, 62. 3.º Moura, 56. 4.º Serpa, 48. 5.º Despertar, 39. 6.º Almodôvar, 35. 7.º Guadiana, 33. 8.º Amarelejense, 29. 9.º Milfontes, 24. 10.º Bairro da Conceição, 21. 11.º Ferreirense, 19. 12.º Ourique, oito. 13.º Negrilhos, sete. Campeonato Distrital de Infantis 2.ª fase (7.ª jornada): Odemirense -Despertar, 2-6; Moura-Guadiana, 5-1; Rio de Moinhos-Vasco da Gama, 6-1. Classificação: 1.º Despertar, 17 pontos. 2.º Odemirense, 13. 3.º Moura, 11. 4.º Operário, nove. 5.º Guadiana, cinco. 6.º Vasco da Gama, três. Próxima jornada (12/5): Despertar-Rio de Moinhos; Moura-Odemirense; Vasco da Gama-Guadiana. Campeonato Distrital de Benjamins 2.ª fase (7.ª jornada): Renascente-Castrense, 0-4; Aldenovense-Sporting de Cuba, 8-2; Despertar-Ferreirense, 3-0. Classificação: 1.º Despertar, 19 pontos. 2.º Ferreirense, 13. 3.º Sporting de Cuba, 12. 4.º Aldenovense, 12. 5.º Castrense, seis. 6.º Renascente, zero. Próxima jornada (12/5): Castrense-Despertar; Aldenovense-Renascente; Ferreirense-Sporting de Cuba. Taça Dr. Covas Lima Infantis (7.ª jornada): Sporting de Cuba-Aldenovense, 3-4; Alvito-Beringelense, 7-3; Santo Aleixo-Núcleo Sportinguista de Beja, 7-1. Classificação final: 1.º Santo Aleixo, 18 pontos. 2.º Núcleo Sportinguista de Beja, 15. 3.º Sporting de Cuba, nove. 4.º Despertar, nove. 5.º Alvito, seis. 6.º Aldenovense, seis. 7.º Beringelense, zero.

Nacional da 3.ª Divisão O Despertar lutou mas consentiu derrota pesada com os Pescadores

Pescadores da Caparica fizeram a faina em Beja

Lagoa vem lutar pelos pontos O Despertar recebe na tarde do próximo domingo, dia 13, na cidade de Beja, a equipa do Lagoa, um dos clubes que ainda luta pela permanência no Campeonato Nacional da 3.ª Divisão. Texto e foto Firmino Paixão

N

ão é fácil a tarefa do Despertar no próximo domingo, como já não tinha sido no último fim de semana quando recebeu os Pescadores da Caparica. É que estamos a falar de equipas que lutam ponto a ponto pela manutenção neste patamar competitivo, enquanto que os bejenses já têm a sorte traçada. Os Pescadores vieram a Beja impor uma derrota pesada ao Despertar, num jogo de paciência em que esperaram pelos erros do adversário para construir o resultado que lhe interessava. Ainda assim, apesar dos pontos conquistados, mantiveram-se em zona de descida. Idêntica será a estratégia do Lagoa, a primeira equipa acima da linha de despromoção, com a diferença de os algarvios terem uma dinâmica superior, com o bejense

Márcio Candeias a distribuir jogo no miolo e o nosso bem conhecido Juelson a fazer estragos na frente de ataque. Esperamos que o técnico do Despertar encontre o antídoto perfeito para o favoritismo dos lagoenses, o mesmo que funcionou eficazmente contra a formação do Redondense, a quem o Despertar ganhou os dois jogos desta fase de manutenção. Entretanto o União de Montemor (derrotou o Redondense) assumiu o primeiro lugar da prova mas ainda não assegurou a manutenção, podendo mesmo acontecer que venha a festejar esse objetivo na penúltima jornada, quando receber o Despertar. Aljustrelense afastado dos lugares de subida, Quarteirense é teste decisivo O Mineiro

Aljustrelense joga no domingo, em casa, com o Quarteirense, a antepenúltima partida da fase de subida do Campeonato Nacional da 3.ª Divisão. A derrota em Sesimbra esbateu as cores do sonho de uma hipotética subida do Aljustrelense à segunda divisão nacional, acompanhando o Farense, que já garantiu esse objetivo. Mas a legitimidade do

sonho resulta da qualidade evidenciada pela equipa mineira que, em nenhum momento, demonstrou ter menor valor ou capacidade que as outras equipas desta fase da competição, de entre as quais sairá a segunda promoção. Só o histórico Farense mostrou estar a um nível competitivo superior, sobretudo da primeira fase da prova, onde amealhou pontos suficientes para conseguir antecipadamente a subida de divisão. Assim, é o Quarteirense, equipa que atua no domingo no Municipal de Aljustrel, quem se colocou em posição privilegiada para a subida e, ganhando ao Aljustrelense, pode até dar isso como garantido, porque os restantes resultados hão de conjugar-se para assegurar a festa dos quarteirenses. Compete, por isso, aos aljustrelenses vencerem o jogo do próximo domingo, jogando com a mesma garra com que o têm feito até aqui, porque na jornada seguinte têm novo jogo em casa (com o Messinense) e o emblema merece colocar-se entre os primeiros. Convém recordar que o objetivo de manutenção do Mineiro na 3.ª Divisão Nacional já fora conseguido durante a primeira fase da prova e com inquestionável justiça.

Taça Joaquim Branco Benjamins Série A (7.ª jornada): Serpa-Núcleo Sportinguista de Beja, 1-3; Desportivo de Beja-Casa do Benfica de Beja, 1-5; Moura-Beringelense, 3-1; Alvito-Bairro da Conceição, 3-1. Classificação: 1.º Núcleo Sportinguista de Beja, 18 pontos. 2.º Alvito, 18. 3.º Bairro da Conceição, 15. 4.º Moura, 15. 5.º Vasco da Gama, sete. 6.º Serpa, quatro. 7.º Beringelense, três. 8.º Casa do Benfica de Beja, três. 9.º Desportivo de Beja, zero. Próxima jornada (12/5): Núcleo Sportinguista de Beja-Vasco da Gama; Casa do Benfica de Beja-Serpa; Beringelense-Desportivo de Beja; Bairro da Conceição-Moura. Série B (6.ª jornada): Milfontes-Odemirense, 2-3; Figueirense-Almodôvar, 1-6; Guadiana-Aljustrelense, 1-4; DespertarOurique, 6-0. Classif icação: 1.º Aljustrelense, 18 pontos. 2.º Despertar, 13. 3.º Odemirense, 13. 4.º Almodôvar, nove. 5.º Milfontes, nove. 6.º Guadiana, seis. 7.º Ourique, três. 8.º Figueirense, zero. Próxima jornada (12/5): Ourique-Milfontes; Odemirense-Figueirense; Almodôvar-Guadiana; Aljustrelense -Despertar.

Nacional 3.ª Divisão – Subida 7.ª jornada Messinense-Quarteirense.................................................1-2 Sesimbra-Aljustrelense .................................................... 2-0 Esp. Lagos-Farense .............................................................1-2 Farense Quarteirense Sesimbra Aljustrelense Esp. Lagos Messinense

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7 7 7 7 7 7

4 5 3 3 1 0

1 1 2 2 3 1

2 1 2 2 3 6

12-9 12-5 6-4 9-6 6-8 5-18

41 34 29 28 25 18

Próxima jornada (13/5/2012): Aljustrelense-Quarteirense, Farense-Sesimbra, Esp. Lagos-Messinense. Nacional 3.ª Divisão – Manutenção 7.ª jornada Lagoa-Fabril Barreiro .........................................................4-1 U. Montemor-Redondense .............................................. 3-0 Despertar SC-Pescadores ................................................. 0-3 U. Montemor Fabril Barreiro Lagoa Pescadores Redondense Despertar SC

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4 4 4 4 0 2

2 0 1 1 2 0

1 3 2 2 5 5

15-7 14-16 15-9 14-8 4-14 9-17

29 29 28 25 12 8

Próxima jornada (13/5/2012): Redondense-Fabril Barreiro, Pescadores-U. Montemor, Despertar SC-Lagoa.


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A Seleção Nacional de Futsal joga na próxima semana em Serpa (terça-feira) e Aljustrel (quarta-feira) frente à sua congénere da Bélgica. Os jogos têm caráter de preparação para a fase final do Campeonato do Mundo e iniciam-se às 20 e 15 horas.

Até um dia destes, Zé... Firmino Paixão

Castrense recebe faixas O troféu e as faixas de Campeão Distrital da 1.ª Divisão da AFBeja serão entregues ao Castrense amanhã, sábado, no Estádio 25 de Abril, em Castro Verde, em cerimónia que antecede um jogo de futebol com uma seleção do distrito orientada pelos técnicos Carlos Simão e Fernando Piçarra.

Contas fechadas no Distrital de Beja

O campeão em fato de gala Já está. Acabou mais um Campeonato Distrital da 1.ª Divisão da AFBeja, cumprindo-se a premonição de que era o ano do Castrense sagrar-se campeão. Texto Firmino Paixão

U

m campeonato competitivo? Nem por isso. Tinha um vencedor anunciado, uma equipa que apostou na subida de divisão e que se apossou do primeiro lugar na primeira jornada da prova para não mais o largar. Uma equipa que perdeu apenas um (em Odemira) dos 26 jogos da maratona competitiva, que marcou o maior

número de golos (66), que sofreu menos que todas as restantes (12) e que teve uma série de 23 jogos sem perder. Eis o Castrense, campeão distrital da temporada 2011/2012. Mas uma equipa que também revelou fragilidades, sobretudo ao nível das exibições, pois nem sempre se apresentou de acordo com as performances dos seus atletas e até abandonou prematuramente a Taça Distrito de Beja (por certo outro dos objetivos iniciais), eliminado pelo Cabeça Gorda (2.ª Divisão) no Campo José Agostinho de Matos. Uma equipa tem sempre um rosto, e a face deste êxito da formação de Castro Verde foi o treinador Francisco Fernandes, um gestor

de sucessos que acrescentou ao seu vasto e valioso currículo mais um título (e ainda falta a Supertaça). O Milfontes foi quem mais ameaçou a hegemonia Castrense, mas foi o primeiro dos últimos e até perdeu em Beja na derradeira jornada, dilatando para seis a diferença de pontos para o campeão. O Ferreirense fechou o pódio, a 15 pontos do líder. Cá por baixo, sem surpresas as despromoções do Cuba e do Guadiana, a manutenção do São Marcos e o campeonato regular (melhor na 1.ª volta) do Panoias. As restantes equipas posicionaram-se, mais degrau, menos degrau, nos lugares de tradição.

Distrital 1.ª Divisão 26.ª jornada Rosairense-Panoias .....................................3-1 S.Marcos-FCSerpa ........................................0-1 Odemirense-Guadiana ...............................1-0 Sp.Cuba-Castrense ......................................0-4 Aldenovense-Almodôvar...........................5-0 Desp.Beja-Milfontes ....................................3-2 Ferreirense-Vasco da Gama .......................2-1 J

Castrense 26 Milfontes 26 Ferreirense 26 Vasco da Gama 26 Odemirense 26 Aldenovense 26 FCSerpa 26 Almodôvar 26 Rosairense 26 Panoias 26 Desp.Beja 26 S.Marcos 26 Guadiana 26 Sp.Cuba 26

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20 19 15 14 12 13 11 11 10 8 8 6 5 2

5 2 5 1 4 1 6 5 7 6 5 4 3 2

1 5 6 11 10 12 9 10 9 12 13 16 18 22

66-12 59-28 48-40 65-40 38-35 47-32 34-34 51-42 45-41 29-45 32-42 31-72 24-61 19-64

65 59 50 43 40 40 39 38 37 30 29 22 18 8

Cabeça Gorda subiu, Piense vai a caminho

Ferrobico já está promovido O campeonato vai entrar nas últimas três jornadas. O Cabeça Gorda já subiu e o Piense entrou na reta final com vantagem suficiente para seguir idêntico caminho. O título ainda se discute. Texto e foto Firmino Paixão

O

líder, e novo primo divisionário, ganhou em São Luís e manteve os cinco pontos de vantagem sobre o Piense. Três diluem-se na jornada em que o Cabeça Gorda descansa, mas sobram dois. O Piense venceu à justa em Ervidel e manteve a segunda posição. Tem ainda três partidas para disputar, espreitando um deslize do Ferrobico para chegar ao primeiro lugar. Cabeça Gorda (já promovido), Bairro da Conceição e Amarelejense folgam em cada uma destas três jornadas. Os bejenses estão a um ponto da zona de subida, ficam a quatro, mais a desvantagem de duas derrotas com o Piense. Os amarelejenses estão a dois, ficam a cinco, perderam um jogo com o Piense e empataram o outro. Saboia e Renascente, mais distantes dos da frente, não devem constituir ameaça. Da última ronda sobressai a goleada do Amarelejense ao Renascente

2.ª Distrital Rato (Vale de Vargo) e Paulo Ferreira (Sabóia) lutam pela posse da bola

(8/0), o triunfo do Saboia em Vale de Vargo, num terreno difícil para a prática desportiva (0/3), e a resistência do Ourique no recinto do Bairro da Conceição, onde sofreu apenas um golo. O Negrilhos amealhou mais um ponto. Resultados da 23.ª jornada: Negrilhos-Messejanense, 2-2; Sanluizense-Cabeça Gorda, 3-4; Vale de

Vargo-Saboia, 0-3; Alvorada-Piense, 1-2; Amarelejense-Renascente, 8-0; Bairro da Conceição-Ourique, 1-0. Folgou o Barrancos. Classificação: 1.º Cabeça Gorda, 51 pontos. 2.º Piense, 46. 3.º Bairro da Conceição, 45. 4.º Amarelejense, 44. 5.º Saboia, 42. 6.º Renascente, 32. 7.º Ourique, 27. 8.º Alvorada, 24. 9.º Vale de Vargo, 20. 10.º Sanluizense,

20. 11.º Barrancos, 19. 12.º Messejanense, 19. 13.º Negrilhos, cinco. Próxima jornada (12/5): Cabeça Gorda-Barrancos; Saboia-Sanluizense; Negrilhos-Vale de Vargo; Piense-Messejanense; Renascente-Alvorada; Ourique-Amarelejense. Folga o Bairro da Conceição.

Vítima de doença prolongada, faleceu na passada segunda-feira, no Hospital José Joaquim Fernandes, na cidade de Beja, José António Castilho, de 59 anos, antigo funcionário da Chapelaria Modelo. O gosto que desde muito jovem nutria pelo desporto, e a facilidade com que se relacionava neste meio, proporcionaram que abraçasse a actividade de repórter desportivo, primeiro no jornal “O ÁS”, como correspondente na Cabeça Gorda, clube onde foi atleta e dirigente. Mais tarde surgiu a oportunidade de colaborar no programa “Desportivamente” da Rádio Pax, onde relatou sempre com grande paixão os sucessos do seu Ferrobico. José António participou também como repórter no antigo jornal desportivo “Topo Sul”, de Castro Verde, e a sua última paixão foi a presença entusiástica nas tardes desportivas da Rádio Castrense no programa “Antena Desportiva”, onde se tornou presença assídua, comentando a actualidade desportiva um pouco por todos os campos deste distrito, onde soube granjear amizade, respeito e admiração. O futebol e o ciclismo (acompanhou algumas voltas ao Alentejo) eram as actividades que lhe despertavam maiores emoções. Verdadeiro autodidacta do jornalismo desportivo, fez da humildade e do respeito pelos valores humanos ferramentas indispensáveis à sua crescente valorização nesta área. No topo da hierarquia das suas preferências clubistas estava o Cabeça Gorda (certamente já não teve lucidez suficiente para saber que o clube regressou à 1.ª divisão na véspera da sua morte), também o Castrense (acompanhava regularmente, mas faltou à festa do título), mas esgotava os tempos livres à volta do campo onde jogam os miúdos do Despertar, para encher o olho com as exibições do seu neto futebolista. Descansa em paz, que já sentimos a tua falta. Até um dia destes, Zé...

Diário do Alentejo 11 maio 2012

Seleção Nacional de Futsal joga em Serpa


Diário do Alentejo 11 maio 2012

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Taça de Portugal de Maratona em canoagem

A Taça de Portugal de Maratona em canoagem, realiza-se no próximo domingo, a partir das 9 e 30 horas, na Tapada Grande da Mina de São Domingos, com organização da Federação Portuguesa de Canoagem e do Clube Náutico de Mértola.

Atletismo – Realizam-se na tarde de amanhã, na pista Fernando Mamede, em Beja, os XV Campeonatos do Alentejo de Pista, competição que integra atletas das associações regionais do Alentejo. Fernando Mota, presidente da Federação Portuguesa de Atletismo, vai estar presente e pronunciar-se sobre as condições da pista de atletismo bejense.

Regionais de Patinagem Artística em Cuba

Crescimento de qualidade é notório

O

s Campeonatos Distritais de Patinagem Artística nas variantes de patinagem livre, pares dança e pares artísticos realizaram-se no Pavilhão Municipal de Cuba. Meia centena de patinadores de 10 clubes do Alentejo e Algarve disputaram esta competição obrigatória no acesso às provas nacionais, destacando-se a presença do jovem serpense Emanuel Salvadinho (SCSerpa), campeão nacional de figuras obrigatórias e recente medalha de ouro em “quartetos” no Europeu de Show e Precisão 2012, em Espanha. Carlos Colaço, vice-presidente da Associação de Patinagem do Alentejo, adiantou, em declarações ao “Diário do Alentejo”: “Este ano contámos com

Regionais de Patinagem Artística Atletas do Alentejo e Algarve juntaram-se em Cuba

os atletas do Algarve porque aquela associação regional, devido a problemas administrativos, não pode organizar os campeonatos e então nós acolhemos esses patinadores”. E salientou: “Estes campeonatos têm já um nível elevado e a presença dos atletas algarvios também veio valorizar estas provas, que são obrigatórias, porque se não participarem nos campeonatos regionais não têm acesso às provas nacionais de apuramento”. Segundo o dirigente associativo, “a patinagem artística tem crescido em número de atletas mas o crescimento mais evidente é na qualidade”: “Não se vê tão grande número de atletas como no passado, mas temos mais qualidade”, salientou. Firmino Paixão

Juniores do Moura ganham campeonato e taça

Uma época brilhante

O

s juniores do Moura Atlético Clube ganharam a Taça Distrito de Beja batendo a formação do Piense por 4-0, em partida disputada em Vila Nova de São Bento. A equipa mourense já tinha conquistado o campeonato distrital. Hugo Relíquias, treinador vencedor, confessou no final: “Foi uma época muito trabalhosa mas acabou de uma

forma muito agradável. Trabalhámos muito, nem sempre tudo corre bem, mas quando chegamos a estes dias esquecemos tudo”. E acentuou: “Conseguimos uma vitória estrondosa, vencemos por quatro a zero, acho que não sobram dúvidas para ninguém que somos os justos campeões e que fomos a melhor equipa na taça e sobretudo nesta final”.

Referindo-se ao mérito da sua equipa disse também: “Não quero deixar de ser humilde, mas acho que fomos simplesmente os melhores, sofremos apenas uma derrota e um empate no campeonato, chegámos à final da taça e ganhámos com esta clareza, mas para termos uma época perfeita ainda nos falta vencer a Supertaça”. Relíquias adiantou ainda: “Outra

vitória que tive é que três jogadores desta equipa, e pela primeira vez na história do Moura, já assinaram pelo plantel sénior e vão na próxima época disputar o nacional da 3.ª Divisão. Essa é a prova que a nossa equipa tem muita qualidade e mostra que fomos os melhores”. Moura e Piense reencontramse amanhã, sábado, para disputar a Supertaça. FP

Vitória da Casa do Benfica de Castro Verde

Supertaça em tons de vermelho

A

equipa de seniores femininos da Casa do Benfica de Castro Verde conquistou a Supertaça 2012 batendo a formação do Aljustrelense por 6/1, em jogo realizado no Estádio José António Guerreiro Pinto, em Vidigueira. Recorde-se que a equipa “mineira” venceu o Campeonato Distrital e a Taça Distrito de Beja. As benfiquistas de Castro Verde participaram na qualidade de

segundas classificadas do campeonato e acabaram por arrebatar o troféu. O treinador da equipa vencedora, Gonçalo Nunes, realçou: “A equipa estava bem estruturada, pecava um pouco pela juventude, faltava-lhes maturidade, isso ganha-se a competir e em alguns momentos uma estrelinha, mas hoje estivemos muito bem”. O técnico dedicou a vitória a quem apostou nestas miúdas, justificando: “É difícil apostar no futebol feminino

numa vila do interior do Alentejo. Há clubes a tentarem fazer formação mas não têm verbas para isso, por isso, a minha dedicatória para todas essas pessoas e para o município de Castro Verde, que dá um forte apoio ao desporto e ao futebol feminino”. Olhando já para o futuro adiantou: “Espero que esta equipa se mantenha, é um grupo belíssimo, pratica um futebol fantástico”. E recordando a recente passagem de três atletas

da equipa pela seleção distrital que competiu no Jamor, revelou: “Ana Capeta é uma das grandes jogadoras da linha de 14/15 anos que nós temos, é uma jogadora excecional, mas a Carolina Silva e a Jeka Pacheco são igualmente, são jogadoras que é preciso ter em conta para o futuro”. A preceder o jogo da Supertaça realizou-se o encontro regional O Jogo das Raparigas Alentejo, ação promocional de futebol feminino. FP

O “Cortiço” José Saúde

Beja teve, outrora, um café onde as tertúlias desportivas regionais marcavam os amantes de modalidades que rejubilavam no palco distrital. Esse local aprazível, repleto de emoções, e sempre cortês para dois dedos de conversa, chamava-se “Cortiço”. Situado em plenas Portas de Mértola, na rua Capitão João Francisco de Sousa, aquele nostálgico café afirmava-se como um dos ex-libris da cidade quando a temática abordada era, em síntese, o futebol. Em pé, ou sentados em mesas que puxavam o cliente à saudade, o pessoal dissecava os mais diversificados assuntos, independentemente do teor da cavaqueira. Atrás do balcão a dupla de irmãos Caetano e Marcelino prezavam por bem servir uma infindável clientela que fazia jus à sua presença no “romântico Cortiço”, considerado, então, como fonte privilegiada para a recolha das últimas novidades. Recordo que o futebol, à época, superava o elevo da rapaziada. Falava-se das transferências de jogadores; acicatava-se fulano para concorrer a presidente de uma determinada coletividade; comentava-se a arbitragem e o comportamento dos juízes de campo com o evoluir da prova; discutiam-se os resultados do fim de semana; a forma como os treinadores trabalhavam as equipas; enalteciam-se os valores dos craques; os treinos; as classificações distritais e nacionais; enfim, uma panóplia de temas que cunhavam o “Cortiço” como uma rota imperdível. O “Cortiço” foi, literalmente, palco de homens que se notabilizaram ao serviço do futebol. Marcelino, o “velho capitão”, espalhou em campo o perfume da sua inexcedível classe. Veiga Trigo, antigo árbitro internacional, bebeu no “Cortiço” um divinal conhecimento para uma arte que tanto o dignificou. Hoje, resta-nos recordar púlpitos desportivos em Beja que se esvaziaram por completo no tempo. Assumo, com convicção, que o “Cortiço”, paraíso onde se juntavam os homens do desporto de antigamente, jamais será esquecido! O seu nome permanecerá incólume na história da velha Pax Julia.


Politécnico venceu Alcoforado em futsal

O Hóquei Clube Patinagem de Grândola foi derrotado no pavilhão do Sobreira (3/4) em jogo da 1.ª jornada da fase de apuramento do campeão da 3.ª Divisão. Na jornada de amanhã a equipa alentejana joga no recinto do Alcobacense (18 horas).

Futsal: Os Independentes estão no pódio O Grupo Desportivo da Baronia, já despromovido aos regionais, joga amanhã no recinto do Évora Futsal, numa altura em que o campeonato vai entrar nas três derradeiras jornadas. Na jornada anterior os alentejanos foram goleados (9/1)

O Instituto Politécnico de Beja venceu o Grupo Desportivo do Alcoforado, por 8/3, em jogo relativo à 1.ª mão do play-off final do Campeonato Distrital de Futsal da AFBeja.

21 Diário do Alentejo 11 maio 2012

Hóquei Clube Patinagem de Grândola derrotado

no pavilhão do Portela, líder da prova. No topo superior da classificação estão os Independentes de Sines, que amanhã estarão em Tavira para jogar com os Sonâmbulos. Na ronda anterior a equipa de Sines venceram (6/4) a equipa do Louletano, consolidando o terceiro lugar.

Hóquei em patins Resultados

Final da Taça Distrito de Beja em Castro Verde

Os pormenores que decidam

A

final da Taça Distrito de Beja joga-se no próximo domingo, dia 13, no Estádio Municipal 25 de Abril, em Castro Verde, opondo as equipas do Futebol Clube de Serpa e da Associação Desportiva Rosairense, atual detentora do troféu, após ter derrotado o Despertar na final realizada em Beja. Perspetiva-se um jogo equilibrado entre duas equipas que concluíram o campeonato na mesma zona da tabela (Serpa em 7.º com 39 pontos e Rosairense em 9.º com 37), que empataram os dois jogos realizados nessa prova, e cujos técnicos projetam o jogo de forma a

Guarda-redes Marcos Borges Defesas João Veiga Zé Ferreira Zé Miguel Bruno Rebocho Médios Vasques Rui Macarrão Hugo Evaristo Avançados João Vilão Adriano Luís Carrega

Guarda-redes Joel Defesas Pedro Pacheco Nuno Costa Hugo Augusto Nuno Guerreiro Médios Ruben Vaz Daniel Antão Vítor Real Avançados Marcelo Jorginho Mário Saleiro (cap.)

deixar perceber que o mesmo será decidido nos pormenores. Para atingirem esta final de uma prova que esta época contou com um reduzido número de equipas, os dois finalistas tiveram o seguinte percurso: o Serpa, isento da primeira eliminatória, eliminou sucessivamente o Messejanense (3/2), o Aldenovense (0/2) e o Almodôvar (5/1); quanto ao Rosairense, afastou o São Marcos (1/0), o Amarelejense (2/0), o Vasco da Gama (0/1) e o Milfontes (3/2). O jogo inicia-se às 16 horas e a equipa de arbitragem designada era ainda desconhecida no fecho desta edição. Firmino Paixão

As projeções dos treinadores

Hugo Felício “Queremos muito este troféu”

Hugo Felício, treinador do Serpa, diz esperar um jogo equilibrado entre duas equipas que procuram praticar bom futebol e lembra que os dois empates em jogos do campeonato “confirmam o equilíbrio que existe”, no entanto, sublinha: “Estamos a falar de uma competição diferente, onde se joga tudo num só jogo e a balança pode desequilibrar para um dos lados”. Felício promete que “o Serpa tentará contrariar a motivação do adversário com a forte motivação” que também os anima, sublinhando que têm “um grupo jovem mas muito ambicioso”. “Queremos muito ganhar este troféu, por isso preparámos esta final com muita seriedade sabendo que o nosso adversário é forte e persegue o mesmo objetivo”, disse. O treinador explicou que analisou o adversário, que a sua equipa treinou com elevados níveis de concentração e que espera ser bem sucedido. Hugo Felício lembrou ainda que a equipa “fez um campeonato muito tranquilo, com grande dedicação de todo o grupo”: “Valemos pelo coletivo e procurámos ter todos os jogadores disponíveis porque todos eles merecem estar nesta final”, conluiu.

David Guerreiro “As finais são para ganhar”

O técnico do Rosairense, David Guerreiro, comunga também da opinião de que “será um jogo bastante complicado, entre duas boas equipas”. “Será uma partida muito equilibrada e a equipa que estiver melhor no domingo será a que vai ganhar”, disse o treinador, acentuando: “Espero que seja o Rosairense, vamos a Castro Verde com grande atitude e com grande vontade de trazermos mais um troféu para casa”. O treinador da equipa que detém o troféu realçou que “as finais foram feitas para se ganhar”. “Sabemos o que tivemos que trabalhar para lá chegarmos, é uma responsabilidade disputar a final de um troféu que faz parte do nosso calendário e vamos lá estar com enorme motivação e com a ideia, não poderia ser outra, de trazermos a taça para o Rosário”. Quanto ao plantel, adiantou: “Aproveitei as últimas duas jornadas do campeonato para gerir algumas lesões e castigos de jogadores, fazendo também descansar alguns jogadores que se apresentavam mais fatigados, com a ideia de nos apresentarmos no domingo em Castro Verde com a equipa na máxima força”.

Campeonato Nacional de Infantis (10.ª jornada): Oeiras-Sporting, 1-3; Boliqueime-Paço d’Arcos, 1-8; H.Grândola-Estremoz, 8-2. Classificação final: 1.º Paço d’Arcos, 27 pontos. 2.º Sporting, 27. 3.º Oeiras, 15. 4.º H.Grândola, 15. 5.º Estremoz, quatro. 6.º Boliqueime, um. Campeonato Nacional de Iniciados (9.ª jornada): Benfica-Estremoz, 7-1; Vasco da Gama-Cascais, 0-2; CPBeja-Paço d’Arcos, 2-5. Classificação: 1.º Benfica, 27 pontos. 2.º Paço d’Arcos, 19. 3.º Estremoz, 13. 4.º Vasco da Gama, oito. 5.º Cascais, seis. 6.º CPBeja, três. Próxima jornada (13/5): Estremoz-CPBeja; Cascais-Benfica; Paço d’Arcos-Vasco da Gama. Campeonato Nacional de Juvenis (10.ª jornada): H.Santiago-Sesimbra, 5-3; Seixal-Benfica, 3-29; Stuart Carvalhais-CPBeja, 1-2. Classificação final: 1.º Benfica, 30. 2.º Stuart Carvalhais, 19. 3.º CPBeja, 18. 4.º Seixal, nove. 5.º Sesimbra, sete. 6.º H.Santiago, seis.

Torneio de Beja em hóquei em patins O XVI Torneio Cidade de Beja decorre amanhã, sábado, no Pavilhão Municipal de Beja, com a participação das equipas de benjamins do CPBeja, Oeiras, Sporting Tomar e Hóquei de Santiago. Os jogos iniciam-se às 10 e 30 horas (CPBeja-Oeiras).

Andebol Zona Azul visita o líder A Zona Azul joga amanhã à tarde em Lisboa, no pavilhão do Boa Hora, no segundo de três jogos fora de casa que esta fase do Nacional da 3.ª Divisão lhe proporcionou. A equipa bejense empatou na última ronda com o Módicus de Sandim (26/26) e caiu para último lugar da tabela, mas com diferenças de pontos muito reduzidas para as restantes equipas, deixando em aberto uma possível recuperação na segunda volta, quando o calendário lhe é mais favorável. Classificação: 1.º Boa Hora, 15 pontos. 2.º Módicus, 10. 3.º Samora Correia, nove, 4.º A.D.Monte, nove. 5.º Ílhavo, nove. 6.º Zona Azul, oito. Outros resultados: Nacional da 3.ª Divisão Fase de Manutenção: ACSines-Náutico, 26-32. Próxima jornada (12/5): Lagoa-ACSines. Nacional 1.ª Divisão Iniciados Masculinos: Portalegre-CCPSerpa, 35-12. Próxima jornada (12/5): CCPSerpa-Samora Correia (16 horas).


saúde

22 Diário do Alentejo 11 maio 2012

Análises Clínicas

Medicina dentária ▼

Psicologia

Fisioterapia

Dr.ª Heloisa Alves Proença Médica Dentista

Centro de Fisioterapia S. João Batista

Directora Clínica da novaclinica

Laboratório de Análises Clínicas de Beja, Lda. Dr. Fernando H. Fernandes Dr. Armindo Miguel R. Gonçalves Horários das 8 às 18 horas; Acordo com beneficiários da Previdência/ARS; ADSE; SAMS; CGD; MIN. JUSTIÇA; GNR; ADM; PSP; Multicare; Advance Care; Médis FAZEM-SE DOMICÍLIOS Rua de Mértola, 86, 1º Rua Sousa Porto, 35-B Telefs. 284324157/ 284325175 Fax 284326470 7800 BEJA

Cardiologia

RUI MIGUEL CONDUTO Cardiologista - Assistente de Cardiologia do Hospital SAMS CONSULTAS 5ªs feiras CARDIOLUXOR Clínica Cardiológica Av. República, 101, 2ºA-C-D Edifício Luxor, 1050-190 Lisboa Tel. 217993338 www.cardioluxor.com Sábados R. Heróis de Dadrá, nº 5 Telef. 284/327175 – BEJA MARCAÇÕES das 17 às 19.30 horas pelo tel. 284322973 ou tm. 914874486

MARIA JOSÉ BENTO SOUSA e LUÍS MOURA DUARTE

Cardiologistas Especialistas pela Ordem dos Médicos e pelo Hospital de Santa Marta Assistentes de Cardiologia no Hospital de Beja Consultas em Beja Policlínica de S. Paulo Rua Cidade de S. Paulo, 29 Marcações: telef. 284328023 - BEJA

Exclusividade em Ortodontia (Aparelhos) Master em Dental Science (Áustria) Investigadora Cientifica - Kanagawa Dental School – Japão Investigadora no Centro de Medicina Forense (Portugal)

FERNANDA FAUSTINO Técnica de Prótese Dentária

FAUSTO BARATA

ALI IBRAHIM Ginecologia Obstetrícia Assistente Hospitalar Consultas segundas, quartas, quintas e sextas Marcações pelo tel. 284323028

HELENA MANSO

Rua General Morais Sarmento. nº 18, r/chão Telef. 284326841 7800-064 BEJA

CIRURGIA VASCULAR TRATAMENTO DE VARIZES

CLÍNICA MÉDICA DENTÁRIA

JOSÉ BELARMINO, LDA. Rua Bernardo Santareno, nº 10 Telef. 284326965 BEJA

DR. JOSÉ BELARMINO Clínica Geral e Medicina Familiar (Fac. C.M. Lisboa) Implantologia Oral e Prótese sobre Implantes (Universidade de San Pablo-Céu, Madrid)

CONSULTAS EM BEJA 2ª, 4ª e 5ª feira das 14 às 20 horas

CONSULTÓRIOS: Beja Praça António Raposo Tavares, 12, 7800-426 BEJA Tel. 284 313 270 Évora CDI – Praça Dr. Rosado da Fonseca, 8, Urb. Horta dos Telhais, 7000 Évora Tel. 266749740

Oftalmologia

EM BERINGEL Telef 284998261 6ª e sábado das 14 às 20 horas

Neurologia

Oftalmologista pelo Instituto Dr. Gama Pinto – Lisboa

JORGE ARAÚJO Assistente graduado de ginecologia e obstetrícia ULSB/Hospital José Joaquim Fernandes

Estomatologia

CONSULTAS DE OBESIDADE

Consultas de 2ª a 6ª

Rua Capitão João Francisco

Generalista

Marcações pelo tm. 919788155

Dermatologia

Fisioterapia

Medicina dentária ▼

Luís Payne Pereira

Urologia

Consultas em Beja Clínica do Jardim

UROLOGISTA

Praça Diogo Fernandes, nº11 – 2º Tel. 284329975

Clínica Dentária

Urgências Prótese fixa e removível Estética dentária Cirurgia oral/ Implantologia Aparelhos fixos e removíveis

Consultas :de segunda a sexta-feira, das 9 e 30 às 19 horas

MÉDICO DENTISTA

Marcações pelo telefone 284321693 ou no local

Psiquiatria

Rua António Sardinha, 3 1º G 7800 BEJA

Hospital de Beja Doenças de Rins e Vias Urinárias Consultas às 6ªs feiras na Policlínica de S. Paulo Rua Cidade S. Paulo, 29 Marcações pelo telef. 284328023

BEJA Terapia da Fala

TERAPEUTA DA FALA

CATARINA CHARRUA

Tel. 284 321 304 Tm. 925651190 7800-475 BEJA

Consultas e domicílios de 2ª feira a sábado Tm: 967959568

Otorrinolaringologia

CLÍNICA MÉDICA ISABEL REINA, LDA.

Obstetrícia, Ginecologia, Ecografia CONSULTAS 2ªs, 3ªs e 5ªs feiras Rua Zeca Afonso, nº 16 F Tel. 284325833

FERNANDO AREAL

Urologia

DR. J. S. GALHOZ

MÉDICO

FRANCISCO FINO CORREIA

Consultor de Psiquiatria

MÉDICO UROLOGISTA RINS E VIAS URINÁRIAS

Consultório Rua Capitão João Francisco Sousa 56-A 1º esqº 7800-451 BEJA Tel. 284320749

Rua de Mértola, nº 43 – 1º esq.

Prótese/Ortodontia

AURÉLIO SILVA

Dr. José Loff

CONSULTAS às 3ªs e 4ªs feiras, a partir das 15 horas MARCAÇÕES pelos telfs.284322387/919911232 Rua Tenente Valadim, 44 7800-073 BEJA

Marcações pelo tel. 284311790 Rua do Canal, nº 4 - 1º trás 7800-483 BEJA

HORÁRIO: Das 11 às 12.30 horas e das 14 às 18 horas pelo tel. 218481447 (Lisboa) ou Em Beja no dia das consultas às quartas-feiras Pelo tel. 284329134, depois das 14.30 horas na Rua Manuel António de Brito, nº 4 – 1º frente 7800-544 Beja (Edifício do Instituto do Coração, Frente ao Continente)

Médico Dentista

DR. MAURO FREITAS VALE

2ªs, 4ªs, 5ªs e 6ªs feiras, a partir das 14 e 30 horas

DRA. TERESA ESTANISLAU CORREIA Marcação de consultas de dermatologia:

VÁRIOS ACORDOS

Consultas e ecografia

Rua do Canal, nº 4 7800 BEJA

DOENÇAS DO SISTEMA NERVOSO

Cirurgia Maxilo-facial

Médico Especialista pela Ordem dos Médicos e Ministério da Saúde

Marcações pelo telef. 284325059

HELIODORO SANGUESSUGA

Rua Dr. Aresta Branco, nº 47 7800-310 BEJA Tel. 284326728 Tm. 969320100

DR. A. FIGUEIREDO LUZ

de Sousa, 56-A – Sala 8

Consultório Centro Médico de Beja Largo D. Nuno Álvares Pereira, 13 – BEJA Tel. 284312230

Marcações de consultas de 2ª a 6ª feira, entre as 15 e as 18 horas

Chefe de Serviço de Oftalmologia do Hospital de Beja

Acordos com: ACS, CTT, EDP, CGD, SAMS.

Neurologista do Hospital dos Capuchos, Lisboa

DR. JAIME LENCASTRE Estomatologista (OM) Ortodontia

Especialista pela Ordem dos Médicos

DRª CAROLINA ARAÚJO

CÉLIA CAVACO

Obesidade

Médico oftalmologista

Consultas de Neurologia

Assistente graduada do serviço de oftalmologia do Hospital José Joaquim Fernandes – Beja

Acordos com A.D.S.E., ACSPT, CGD, Medis, Advance Care, Multicare, Seguros Minis. da Justiça, A.D.M.F.A., S.A.M.S. Marcações pelo 284322446; Fax 284326341 R. 25 de Abril, 11 cave esq. – 7800 BEJA

Convenções com PT-ACS

Rua António Sardinha, 25r/c dtº Beja

(Diplomada pela Escola Superior de Medicina Dentária de Lisboa)

Ginecologia/Obstetrícia

Assistente graduado de Ginecologia e Obstetrícia

Cirurgia Vascular

Oftalmologia

JOÃO HROTKO

Fisiatria Dr. Carlos Machado Psicologia Educacional Elsa Silvestre Psicologia Clínica M. Carmo Gonçalves Tratamentos de Fisioterapia Classes de Mobilidade Classes para Incontinência Urinária Reeducação dos Músculos do Pavimento Pélvico Reabilitação Pós Mastectomia

Rua Manuel Antó António de Brito n.º n.º 6 – 1.º 1.º frente. 78007800-522 Beja tel. 284 328 100 / fax. 284 328 106

Vários Acordos

Marcações de 2.ª a 6.ª feira a partir das 14 horas Rua Capitão João Francisco de Sousa, n.º 20 7800-451 BEJA Tel. 284324690

Ouvidos,Nariz, Garganta Exames da audição Consultas a partir das 14 horas Praça Diogo Fernandes, 23 - 1º F (Jardim do Bacalhau) Telef. 284322527 BEJA


saúde

23 Diário do Alentejo 11 maio 2012

PSICOLOGIA ANA CARACÓIS SANTOS – Educação emocional; – Psicoterapia de apoio; – Problemas comportamentais; – Dificuldades de integração escolar; – Orientação vocacional; – Métodos e hábitos de estudo GIP – Gabinete de Intervenção Psicológica Rua Almirante Cândido Reis, 13, 7800-445 BEJA Tel. 284321592

Clínica Médico-Dentária de S. FRANCISCO, LDA. Gerência de Fernanda Faustino Acordos: SAMS, ADMG, PSP, A.D.M.E., Portugal Telecom e Advancecare Rua General Morais Sarmento, nº 18, r/chão; TEL. 284327260 7800-064 BEJA

_______________________________________ Manuel Matias – Isabel Lima – Miguel Oliveira e Castro – Jaime Cruz Maurício Ecografia | Eco-Doppler Cor | Radiologia Digital Mamografia Digital | TAC | Uro-TC | Dental Scan Densitometria Óssea Nova valência: Colonoscopia Virtual Acordos: ADSE; PT-ACS; CGD; Medis, Multicare; SAMS; SAMS-quadros; Allianz; WDA; Humana; Mondial Assistance. Graça Santos Janeiro: Ecografia Obstétrica Marcações: Telefone: 284 313 330; Fax: 284 313 339; Web: www.crb.pt Rua Afonso de Albuquerque, 7 r/c – 7800-442 Beja e-mail: cradiologiabeja@mail.telepac.pt

CENTRO DE IMAGIOLOGIA DO BAIXO ALENTEJO ECOGRAFIA – Geral, Endocavitária, Osteoarticular, Ecodoppler TAC – Corpo, Neuroradiologia, Osteoarticular, Dentalscan Mamografia e Ecografia Mamária Ortopantomografia Electrocardiograma com relatório António Lopes – Aurora Alves – Helena Martelo – Montes Palma – Maria João Hrotko – Médicos Radiologistas –

Dr. Sidónio de Souza – Pneumologia/ Alergologia/Desabituação tabágica – H. Pulido Valente Dr. Fernando Pimentel – Reumatologia – Medicina Desportiva – Instituto Português de Reumatologia de Lisboa Dr.ª Verónica Túbal – Nutricionismo – H. de Beja Dr.ª Sandra Martins – Terapia da Fala – H. de Beja Dr. Francisco Barrocas – Psicologia Clínica/ Terapia Familiar – Membro Efectivo da Soc. Port. Terapia Familiar e da Assoc. Port. Terapias Comportamental e Cognitiva (Lisboa) – Assistente Principal – Centro Hospitalar do Baixo Alentejo. Dr. Rogério Guerreiro – Medicina preventiva – Tratamento inovador para deixar de fumar Dr. Gaspar Cano – Clínica Geral/ Medicina Familiar Dr.ª Nídia Amorim – Psicomotricidade/Educação Especial e Reabilitação (dificuldades específicas de aprendizagem/dislexias) Dr. Sérgio Barroso – Especialista em Oncologia – H. de Beja Drª Margarida Loureiro – Endocrinologia/ Diabetes/Obesidade – Instituto Português de Oncologia de Lisboa Dr. Francisco Fino Correia – Urologia – Rins e Vias Urinárias – H. Beja Dr. Daniel Barrocas – Psiquiatria – Hospital de Évora Dr.ª Lucília Bravo – Psiquiatria H.Beja , Centro Hospi-talar de Lisboa (H.Júlio de Matos). Dr. Carlos Monteverde – Chefe de Serviço de Medicina Interna, doenças de estômago, fígado, rins, endoscopia digestiva. Dr.ª Ana Cristina Duarte – Pneumologia/ Alergologia Respiratória/Apneia do Sono – Assistente Hospitalar Graduada – Consultora de Pneumologia no Hospital de Beja Dr.ª Isabel Santos – Chefe de Serviço de Psiquiatria de Infância e Adolescência/Terapeuta familiar – Centro Hospitalar do Baixo Alentejo Dr.ª Paula Rodrigues – Psicologia Clínica – Hospital de Beja Dr.ª Luísa Guerreiro – Ginecologia/Obstetrícia Dr.ª Ana Montalvão – Hematologia Clínica / Doenças do Sangue – Assistente Hospitalar – Hospital de Beja Dr.ª Ana Cristina Charraz – Psicologia Clínica – Hospital de Beja Dr. Diogo Matos – Dermatologia. Médico interno do Hospital Garcia da Orta. Dr.ª Madalena Espinho – Psicologia da Educação/Orientação Vocacional Dr.ª Ana Margarida Soares – Terapia da Fala - Habilitação/Reabilitação da linguagem e fala. Perturbação da leitura e escrita específica e não específica. Voz/Fluência. Dr.ª Maria João Dores – Técnica Superior de Educação Especial e Reabilitação/ Psicomotricidade. Perturbações do Desenvolvimento; Educação Especial; Reabilitação; Gerontomotricidade. Enfermeira Maria José Espanhol – Enfermeira especialista em saúde materna/Cuidados de enfermagem na clínica e ao domicílio/Preparação pré e pós parto/amamentação e cuidados ao recémnascido/Imagem corporal da mãe – H. de Beja Marcações diárias pelos tels. 284 322 503 Tm. 91 7716528 | Tm. 916203481 Rua Zeca Afonso, nº 6, 1º B, 7800-522 Beja Clinipaxmail@gmail.com

Terapia da Fala

Convenções: ADSE, ACS-PT, SAD-GNR, CGD, MEDIS, SSMJ, SADPSP, SAMS, SAMS QUADROS, ADMS, MULTICARE, ADVANCE CARE

Horário: de 2ª a 6ª feira, das 8 às 19 horas e aos sábados, das 8 às 13 horas

Terapeuta da Fala VERA LÚCIA BAIÃO

Av. Fialho de Almeida, nº 2 7800 BEJA Telef. 284318490

Consultas em Beja CLINIBEJA – 2.ª a 6.ª feira Rua António Sardinha, 25, r/c esq.

Tms. 924378886 ou 915529387

Tm. 962557043


institucional diversos

24 Diário do Alentejo 11 maio 2012

Diário do Alentejo nº 1568 de 11/05/2012 2.ª Publicação

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Processo: 164/10.5TBCUB Ação de Processo Ordinário N/Referência: 557208 Data: 24-04-2012 Autor: Etelvina Maria Correia Sacristão Guerra Réu: Vítor Manuel Janeiro Guerra Nos autos acima identificados, correm éditos de 30 dias, contados da data da segunda e última publicação do anúncio, citando: Réu: Vítor Manuel Janeiro Guerra, domicílio: Rua da Pereira, N° 4, 7920-039 Alvito com última residência conhecida na morada indicada para, no prazo de 30 dias, decorrido que seja o dos éditos, contestar, querendo, a ação, com a cominação de que a falta de contestação importa a confissão dos factos articulados pela autora e que em substância o pedido consiste: – Se reconheça e declare que a Autora adquiriu por usucapião, ou seja, por exercer a posse pública, pacífica e de boa fé durante mais de 15 anos o direito de propriedade sobre o prédio urbano sito na Rua do Espírito Santo, n° 13 em Alvito, descrito na Conservatória do Registo Predial de Alvito sob o n° 00492/171290; – Se condene o Réu a reconhecer o direito da Autora; – Se condene e ordene o cancelamento no registo predial, com referência à descrição n° 00492/171290 da Conservatória do Registo Predial de Alvito, dos registos referentes à inscrição/aquisição - G1-Ap.10/171290 por Vítor Manuel Janeiro Guerra, lavrada em 17/12/90 e ao averbamento n° 1 a tal inscrição. tudo como melhor consta do duplicado da petição inicial que se encontra nesta Secretaria, à disposição do citando. O prazo acima indicado suspende-se, no entanto, nas férias judiciais. Fica advertido de que é obrigatória a constituição de mandatário judicial. A Juiz de Direito, Dr(a). Celine Alves A Oficial de Justiça, Ana Maria N. Sota C. Ildefonso

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25 Diário do Alentejo 11 maio 2012

Vila Nova de S. Bento

Vila Nova de S. Bento

Faleceu no dia 4 de Maio de 2012 a Senhora Dona Mariana Bárbara Teresa de 87 anos de idade, natural de Quintos. Era casada com o Senhor João António Dias, Natural de Cabeça Gorda, os quais fixaram residência em Vila Nova de S. Bento, em Julho de 1952. A falecida tinha 2 Filhas, 1 Genro, 2 Netos e 5 Bisnetos. O funeral, a cargo desta Agência realizou-se da casa mortuária de Vila Nova de S. Bento para o cemitério local.

Faleceu a Exmo. Sr. Manuel de Mira Monge de 86 anos casado com Exma. Sra. Maria do Rosário Carrasco, natural de Aldeia Nova de S. Bento. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 07 de Maio da casa mortuária de Vila Nova de S. Bento para o cemitério local. À família enlutada apresentamos as nossas cordiais condolências.

Vidigueira AGRADECIMENTO

Funerais – Cremações – Trasladações - Exumações – Artigos Religiosos

TRIGACHES

BEJA

†. Faleceu o Exmo. Sr. JACINTO RAMOS MONTINHOS, de 75 anos, natural de Beringel - Beja, casado com a Exma. Sra. D. Mariana José Faias Casaca. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 7, da Casa Mortuária de Trigaches, para o cemitério local.

†. Faleceu a Exma. Sra. D. MARIA DOMINGUES DA CONCEIÇÃO CORREIA, de 84 anos, natural de Castro Marim, solteira. O funeral a cargo desta Agência realizouse no passado dia 07, da Capela da Mansão de São José em Beja, para o cemitério desta cidade.

†. Faleceu a Exma. Sra. D.

BEJA

CABEÇA GORDA

ALBERNÔA

†. Faleceu a Exma. Sra. D. MARIA MANUELA PETAS FAIAS, de 41 anos, natural de Santiago Maior - Beja. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 08, do Hospital de Beja, para o cemitério desta cidade.

CUBA

PIAS / BEJA

†. Faleceu o Exmo. Sr. JOSÉ ANTÓNIO CASTILHO, de 60 anos, natural de Cabeça Gorda – Beja, casado com a Exma. Sra. D. Maria Custódia Ventura Ferreira Castilho. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 08, da Casa Mortuária de Cabeça Gorda, para o cemitério local.

MARIA DE FÁTIMA DE JESUS ROCHA, de 62 anos, natural de São Julião Setúbal. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 07, das Casas Mortuárias de Beja, para o cemitério desta cidade.

†. Faleceu o Exmo. Sr. FRANCISCO JORGE POMBINHO DOS SANTOS CAROCHINHO, de 50 anos, natural de Beringel – Beja, casado com a Exma. Sra. D. Maria de Fátima Raposo Pires Carochinho. O funeral a cargo desta Agência realizouse no passado dia 08, da Casa Mortuária de Albernôa, para o cemitério local.

†. Faleceu o Exmo. Sr. ANTÓNIO MANUEL ESPARTEIRO, de 84 anos, natural de Salvador - Serpa, viúvo. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 07, da Casa Mortuária de Cuba, para o cemitério local.

Às famílias enlutadas apresentamos as nossas mais sinceras condolências.

AGÊNCIA FUNERÁRIA BARRADAS, LDA.

ENFERMEIRA (O) Exige-se: - Mais de seis anos de experiência efectiva; - Capacidade de organização e coordenação de equipa; - Facilidade de comunicação doentes e familiares; - Disponibilidade imediata. Oferece-se: - Horário Diurno - Vencimento compatível, segundo Acordo Colectivo das IPSS; - Subsídio de férias e de Natal; - Coordenação de equipa jovem e motivada. Respostas, com CV: Fundação Joaquim António Franco R. 5 de Outubro, 10 Casével 7780-020 Castro Verde Ou fjoaquimantoniofranc@sapo.pt

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Comunidade Intermunicipal Alentejo Litoral

EDITAL Alexandre António Cantigas Rosa, Presidente da Mesa da Assembleia Intermunicipal da CIMAL – Comunidade Intermunicipal do Alentejo Litoral, faz saber, nos termos do art.º 4 do Dec.Lei 54-A/99, de 22 de Fevereiro, que em reunião de 30 de Abril do ano de 2012, foi aprovado o Relatório e Contas 2011. Para constar, se publica o presente que vai ser afixado nos lugares públicos do costume. Grândola, 30 de Abril de 2012. O Presidente da Assembleia Intermunicipal Alexandre Rosa

Sua família na impossibilidade de o fazer pessoalmente agradecem por este meio a todas as pessoas que a acompanharam à sua última morada ou de outro modo manifestaram o seu pesar.

Vidigueira AGRADECIMENTO

AGRADECIMENTO

Maria Bernardina Chora Marcelino Laboxa Nasceu 20.02.1945 Faleceu 06.05.2012

José Eduardo Carvalho Borralho Sua esposa, filhas, genros e netos vêm por este meio participar o seu falecimento no dia 14/04/2012, e na impossibilidade de o fazer pessoalmente, agradecem desta forma, reconhecidos, a todas as pessoas que o acompanharam à sua última morada e que de qualquer modo manifestaram o seu pesar. Mais agradecem ao Dr. Sérgio Barroso e Dr. Pedro Costa e à Equipa de Enfermagem do Hospital de Dia de Beja, pelo apoio e ajuda prestados durante a sua doença. Expressam também a sua gratidão para com a Equipa de Cuidados Paliativos e Continuados, e Equipa de Enfermagem do 6º Piso do Hospital José Joaquim Fernandes pelos cuidados prestados ao seu ente querido.

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Diário do Alentejo nº 1568 de 11/05/2012 Única Publicação

Nasceu 06.06.1920 Faleceu 07.05.2012

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Natália Fialho e família, agradecem a todas as pessoas que tão carinhosamente, estiveram junto de nós e da nossa ente querida, Fátima Francisca Parreira Fialho de 49 anos, falecida em 21 de março de 2012, em Vidigueira, demonstrando todo o seu pesar pela sua partida e pela nossa dor. E também àqueles que, não podendo estar presentes, o fizeram de um modo diferente, mas pleno de solidariedade. À multidão de amigos e amigas de Vidigueira, pessoal não docente da Escola Fialho de Almeida de Cuba, Câmara Municipal de Constância, Câmara Municipal de Cuba, amigos e amigas de Cuba, e a todos os familiares, o nosso reconhecimento e gratidão para sempre.

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Sua família na impossibilidade de o fazer pessoalmente agradecem por este meio a todas as pessoas que a acompanharam á sua última morada ou de outro modo manifestaram o seu pesar. AGÊNCIA FUNERÁRIA ESPÍRITO SANTO, LDA.

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Joaquim Afonso dos Reis 4.º Ano de Eterna Saudade Há já quatro anos que partiste, mas continuas mais vivo do que nunca nos nossos corações e memórias. Tua mulher, teus filhos e nora recordam-te todos os dias e têm cada vez mais saudades da tua presença. Será rezada missa pelo seu eterno descanso no próximo domingo, dia 13 de Maio, pelas 11h30, na Igreja Paroquial de Salvada.

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26 Diário do Alentejo 11 maio 2012

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ou a, que termin A 29.ª Ovibej eira, voltou na passada terça-f milhares de Beja a juntar em r da crise, da visitantes. Apesa grande feira a chuva e do frio, mostrar que é a tornou do Sul a do Alentejo. a grande montr nas páginas Fotorreportagem reportagem e centrais do jornal da na página fotográfica alarga “Diário do do do Facebook 16/17 págs. jo”. Alente

ção Turismo e inova ja em debate no IPBe

conferêno segundo dia da Cumpre-se hoje inovação – sobre turismo e atório cia internacional iniciativa do Observ USUS 2012. Uma o que pretende alardo Turismo do Alentej to fator o turismo enquan gar o debate sobre regional. pág. 7 nto de desenvolvime

ção Alfundão no cora l de um grande oliva

do “Diário do ão, O roteiro das aldeias semana visitar Alfund Alentejo” foi esta a do Alentejo. Uma no concelho de Ferreir regadio, cercada por pelo localidade tocada e cujos noos, sem médico vinhed e 4/5 olivais tailandeses. págs. vos habitantes são

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Maçã (os dentes podem ser feitos com pedacinhos de maçã ou com amêndoas peladas)

Se aí por casa as mães já aderiram a estas sugestões para tornar os lanches ou as refeições mais divertidas, pedimos que nos enviem fotos para podermos partilhar.

Como a sugestão acima envolve dentes, nada melhor do que te dar a conhecer o site “My milk tooth” (O meu dente de leite), em que a autora conta pequenas histórias em que os protagonistas são, claro, dentes de leite. Esta ideia surgiu porque quando era pequena também ela colocou o seu primeiro dente debaixo da almofada. Depois de ter ganho uma moeda ficou a pensar para onde teria ido aquele dente. Anos depois surge http://mymilktoof.blogspot.pt

27 Diário do Alentejo 11 maio 2012

Agora que o bom tempo está de regresso tens de aproveitar, e a melhor maneira é visitares uma das quatro praias do Alentejo que são finalistas no concurso “7 Maravilhas de Portugal”. A saber: praia das Furnas, em Vila Nova de Milfontes; praia da Zambujeira do Mar; e praia Troia-Mar e praia do Carvalhal, em Grândola.

Bom tempo é sinónimo de praia

A páginas tantas ... Greve é o livro de estreia da ilustradora Catarina Sobral e também o primeiro título de uma autora portuguesa na colecção Orfeu Mini. Greve fala-nos de um dia em que os pontos decretaram greve. Os pontos? Quais pontos? TODOS os pontos! Primeiro, foi a escrita a entrar em alvoroço... Nas escolas, nos museus, nas fábricas, nos hospitais, ninguém se entendia. O ponto de fuga desapareceu. E o ponto verde. E o ponto de encontro. Tudo e todos chegavam atrasados. E era impossível fazer o ponto da situação. Até que... Podes visualizar um pouco deste livro aqui http://www.youtube.com/ watch?feature=player_ embedded&v=MUju5VD5gsA#!

Dica da semana Já que falamos tanto de livros, e muitos deles são escolhidos pelas fantásticas ilustrações, nada melhor que dar-te a conhecer alguns dos muitos e bons ilustradores que temos por esse mundo fora. Hoje falamos-te de uma dupla, dupla porque são casados e ambos ilustradores, mas com estilos bastante distintos. Falamos de Amir Alaei e Naghmeh Salehi, ambos iranianos da província de Teerão.

http://herzensart.blogspot. com

Podes conhecer um pouco mais dos seus trabalhos nas suas páginas no facebook https://www.facebook.com/amiralaei63 https://www.facebook.com/naghmeh.salehi


28 Diário do Alentejo 11 maio 2012

O Óscar e a Fofinha são dois irmãos que já sofreram muito, apesar de muito novos. Estes cachorros, com três meses, estão a recuperar a olhos vistos e procuram uma família onde possam crescer em segurança e serem felizes. Não conseguem crescer com saúde no canil. Vão ficar de porte médio. Venham conhecê-los e deixem-se encantar por estas ternuras. Contactos: 962432844; sofiagoncalves.769@hotmail.com

Filatelia Os paquetes Príncipe Perfeito, Santa Maria e Funchal em novos selos

Boa vida Comer Feijoada de pato Ingredientes: 1 kg. de feijão branco (demolhado em 24 horas), 1 pato grande, 2 cenouras médias, 2 cebolas médias, 4 dentes de alho, 1 dl. de azeite, 1 molho de salsa, 1 folha de louro, 500 gr. de tomate maduro sem pele e sem grainhas, 3 dl. de vinho branco, q.b. de sal, q.b. de pimenta, q.b. de piripiri. Confeção: Coza o feijão em água com um pouco de sal. Reserve. Corte o pato em pedaços e tempere com sal e pimenta. Leve a corar numa frigideira para retirar o excesso de gordura que contém. Entretanto, num tacho, faça um refogado com o azeite, cebola picada, alho picado e a folha de louro. Junte o pato, o vinho e leve ao lume até o vinho evaporar metade. Adicione água, as cenouras cortadas às rodelas, o tomate aos bocados e deixe cozer tudo. Quando o pato estiver cozido junte o feijão com um pouco de caldo onde este cozeu e a salsa picada. Deixe cozer em lume brando e retifique os temperos. No final adicione um pouco de piripiri a seu gosto. Bom apetite… Nota: Quando corar o pato na frigideira não necessita de juntar gordura visto esta ave conter muita e com este processo vamos retirar o excesso. Se conseguir adquirir um pato fresco esta receita resulta melhor.

António Nobre Chefe executivo de cozinha – Hotéis M’AR De AR, Évora

Jazz Simon Rose “Schmetterling”

C

inco anos depois de “Procession” (Future Music Records), disco a solo em saxofone alto, Simon Rose regressa com “Schmetterling”, nova aventura solitária, desta feita usando como veículo de expressão outro instrumento da família patenteada por Antoine-Joseph Sax (mais conhecido por Adolphe), o barítono. Saxofonista, compositor, teórico e pedagogo na área da livre improvisação – cujo trabalho se estende do solo a formações mais alargadas – deu que falar sobretudo a partir de meados dos anos 1990 por via do trio Badland, que integrou juntamente com outros nomes fortes da improvisação nas ilhas britânicas, o contrabaixista Simon H. Fell e o baterista Steve Noble (numa fase inicial Mark Sanders). Inf luenciado por luminárias da improvisação livre dos dois lados do Atlântico, sendo particularmente evidentes as de Evan Parker e Peter Brötzmann, preSimon Rose para agora o doutora– “Schmetterling” Simon Rose (saxofone mento sobre o potenbarítono). cial da improvisação em Editora: Not Two Records diversas áreas (perforAno: 2011 mance, educação, etc.), ao mesmo tempo que vai desenvolvendo o seu interesse pela história dos instrumentos de palheta, em todo o mundo mas sobretudo na Ásia. “Schmetterling” foi gravado em apenas duas horas e meia (entre as 10 e as 12 e 30 horas de um dia de abril de 2010) no hospital psiquiátrico de St. Joseph Krankenhaus Berlin-Weissensee, numa sala em forma de barco, com uma estrutura em madeira no teto alto. Rose contou com a ajuda de Elmar Susse, responsável pela judiciosa disposição de microfones e pela captação. Com uma sonoridade espessa e que se revela como um espelho do espectro emocional, o músico explora até ao âmago as potencialidades criativas do seu instrumento, não só através do uso de multifónicos, da respiração circular ou das combinações com a sua própria voz (como em “At 14th”), mas também tirando real partido da acústica e da ambiência característica daquele espaço. Trata-se de um disco intimista e poderoso, ao longo do qual Rose nos oferece uma música primordial, despida de ornamentos supérfluos e reduzida à sua verdadeira essência (seja nos momentos de maior intensidade de “Panopticon”, “South on Squirrel” e “Boxhagener” ou nos mais contemplativos “Winterfelt” e “Crater Lake”). Um belo disco, que o melómano atento a um jazz mais complexo e exigente não deverá ignorar. António Branco

O

s correios puseram em circulação na passada quarta-feira, dia 9, a emissão “Europa”. A emissão tem três selos e dois blocos, respetivamente com as franquias de 0,68 e 1, 36 €, e mostram-nos três das joias da Marinha Mercante Portuguesa, do terceiro quartel do século XX, os paquetes Príncipe Perfeito, Santa Maria e Funchal. O Santa Maria, paquete da Companhia Colonial de Navegação, entrou em atividade em 1953 e fazia a carreira do Brasil e Américas. Nestas viagens, habitualmente, fazia escala no Funchal. O Príncipe Perfeito, em viagens de ida e volta que tinham a duração de mês e meio, ligava Lisboa a Angola e Moçambique. Entrou ao serviço da Companhia Nacional de Navegação, em 31 de maio de 1961. O Funchal foi entregue pelos seus construtores dinamarqueses à Empresa Insulana de Navegação, em 5 de novembro de 1961. Ainda hoje mantém a sua atividade de transporte de passageiros, nomeadamente no setor turístico, em cruzeiros de curta duração no mar mediterrâneo. Sobre o paquete Santa Maria, recorde-se que em 22 de janeiro de 1961, quando navegava ao largo da Venezuela, foi tomado de assalto por Henrique Galvão, capitão do exército português que se opunha ao regime salazarista. Repare-se na coincidência dos acontecimentos desta ação com o que ocorreu em Angola. O sequestro foi planeado para acontecer em simultâneo com a revolta da população residente na Baixa do Cassange, território dominado pela Cotonang – Companhia de Algodão de Angola. A 4 de fevereiro o Santa Maria é formalmente entregue pelas autoridades brasileiras ao coronel Joaquim da Luz Cunha, adido militar e naval de Portugal no Brasil. Foi também neste dia que os nacionalistas angolanos atacaram a prisão de São Paulo. Geada de Sousa

Letras Imagens apesar de tudo

Q

uatro fotografias tiradas clandestinamente por um membro dos sonderkommando (grupo de judeus prisioneiros que trabalhavam nos campos de extermínio nazis, encarregados da remoção dos corpos) motivaram a escrita de um ensaio, polémico, por Didi-Huberman, em que o historiador de arte e antropólogo francês afirma que é necessário imaginar o inferno que foi Auschwitz para poder conhecê-lo. Imagens apesar de tudo divide-se em duas partes. A primeira é a do texto publicado originalmente no catálogo “Mémoires des camps. Photographies des camps de concentration et de extermination nazis (1933-1944)” e questiona a ideia dominante de que o holocausto é irrepresentável, que não pode ser pensado ou imaginado. As fortes críticas que esta questionação suscitou motivaram a reedição do texto complementada com uma segunda parte que é resposta às críticas que o ensaio gerou mas tamGeorge Didi-Huberman bém uma reflexão soKKYM bre o conhecimento PVP: 24 euros 256 págs. humano como montagem, à semelhança do que acontece no cinema. A imagem impõe-se, neste processo, como agitadora e dinamizadora do conhecimento. A posição de DidiHuberman é frágil – ou não fosse o grupo dos seus detratores defensor da posição sustentada por Claude Lanzmann, autor do extraordinário e doloroso inventário de memórias do Holocausto que é Shoah, que rejeitou o recurso à imagem de arquivo [não totalmente, na verdade] e o próprio Lanzmann afirmou como o inventário definitivo – mas absolutamente pertinente e bem argumentada. Se após o início da fixação, em imagens, do Holocausto consumado autores como Adorno declararam que a poesia se tinha tornado impossível, afirma-se hoje a urgência de devolver a humanidade aos que foram colocados fora da condição humana, pelo que Hannah Arendt chamou “a banalidade do mal”. O autor não questiona a validade da palavra dita – sobre a qual foi construído Shoah – mas realça o poder das imagens como instantes de verdade, conforme a proposta de Walter Benjamin nas suas Teses da História. Não se trata de estetizar o horror – uma das acusações feitas a Didi-Huberman – mas de recuperar a imagem e o seu estatuto no âmbito do processo do conhecimento humano. Maria do Carmo Piçarra


Petiscos O bom do tio Alexandre

O

conceito atual de produção de bens alimentares é muito recente. Antes de existirem as máquinas, fitofármacos e adubos de que dispomos hoje, quem lavrava e semeava a terra tinha a esperança, nem sempre concretizada, de dar de comer a si próprio, à sua família e guardar algum resto com que pagar os impostos que lhe eram exigidos. Comer era o que de mais importante um ser humano podia fazer, dedicando a esta atividade uma parte substancial do seu dia a dia. Antes de tudo, antes de procriar ou garantir um grau interessante de felicidade, comer era estar vivo. Quando a terra passou a ser utilizada doutra maneira, com técnicas e instrumentos modernos, passaram a existir excedentes que podiam ser vendidos. Para vender tinha que atinar com um preço. Não é fácil. Quanto custa um quilo de batata? Indiscutivelmente o preço da semente – são batatas cortadas aos bocados – depois os adubos e os produtos para matar ou evitar as pragas, os insetos e as ervas daninhas. E também o serviço de amanho da terra, envolvendo as regas, as sachas, a mobilização mais funda da terra, as custosas mondas, a apanha dos delicados tubérculos, enfim, tudo. Um dos fatores mais significativos a ter em conta é o trabalho que o proprietário ou o assalariado ou alguém empregou para atingir o desejado resultado: as ditas batatinhas. E agora? Deitam-se uns “pózes” para evitar que apodreçam, enchem-se uns sacos de rede próprios

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Estranhei tanta generosidade junta. Não lhe atribuí motivações políticas. É certo que tirou uns tantos às manifestações mas a verdade – não leve a mal, Arménio, isto é a vida – é que já ninguém conta quantos lá estão. Pois bem. Chegou dia cinco a fatura a casa dos senhores produtores. “Desculpem mas tem de ser, têm que pagar a nossa promoção, por acaso não dissemos nada nem avisamos mas é para o bem de todos”.

e cá vamos nós. Para que nos comprem o nosso produto tem que ter um preço e qualidade comparável com aquele que já existiu. Só que quem compra tem praticamente o monopólio da revenda e o grau de comparação para fazer o preço é feito a partir de produtores com fatores de produção incomparavelmente mais baixos. Chamam-se estas magnânimas entidades “hipermercados”. A que se acrescenta o pequeno truque monopolista: “Quem compra sou eu, portanto se não queres vender nas minhas condições, tens aí espaço com fartura para as deitares fora”. “Fique-me lá com as couves, oh! meu bom senhor.” “Está bem, ó Zé da Boina, mas só te pago daqui a quatro meses, desconto-te a porcaria das couves estarem nas prateleiras, constarem do folheto, ficarem ao pé das cenouras e também por serem verdes, que por acaso é a cor delas. Percebeste, oh saloio?” Agora, o generoso proprietário duma das maiores cadeias de hipermercados resolveu oferecer aos seus clientes, às suas custas, no dia primeiro de maio, um desconto de 50 por cento nas compras efetuadas, em certas condições, nas suas lojas. Estranhei tanta generosidade junta. Não lhe atribuí motivações políticas. É certo que tirou uns tantos às manifestações mas a verdade – não leve a mal, Arménio, isto é a vida – é que já ninguém conta quantos lá estão. Pois bem. Chegou dia cinco a fatura a casa dos senhores produtores. “Desculpem mas tem de ser, têm que pagar a nossa promoção, por acaso não dissemos nada nem avisamos mas é para o bem de todos”. Sabe o que é que o senhor é, senhor Soares dos Santos? Um pulha, assim, sem qualquer adjetivação. António Almodôvar

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Conto Suão é lançado na Casa do Alentejo

O livro Suão, que rendeu ao escritor Vítor Encarnação o Prémio Casa do Alentejo 2001 na área do conto, vai ser apresentado amanhã, sábado, pelas 15 e 30 horas, justamente na Casa do Alentejo, em Lisboa, com a presença do autor e do ilustrador, Joaquim Rosa. A sessão, que dá pelo nome “Ourique – As palavras e as vozes”, terá também uma componente musical garantida pelo Grupo Coral de Ourique, pelas violas campaniças de David Pereira e José Bento e pela guitarra e voz de Mafalda Giblott.

Fim de semana Espetáculo “The Other Women” amanhã no Pax Julia, em Beja

Rita Red Shoes em concerto de tributo ao feminino

A

cabadinho de estrear, simbolicamente a 8 de março, o novo espetáculo de Rita Red Shoes vai passar por Beja amanhã, sábado, pelas 21 e 30 horas, levando ao palco do Teatro Pax Julia alguns temas intemporais com assinatura e voz femininas. Chama-se “The Other Women – O mundo nas canções d’Elas”, já passou por Tomar, Sines, Leiria, Sesimbra, Torres Vedras e Porto, e chega à capital do Baixo Alentejo com a “homenagem e agradecimento” da cantora e compositora “a todas as mulheres que ao longo da história lutaram para que hoje também eu possa dar voz à minha voz”. Um repertório onde se alinham recriações dee temas de PJ Harvey, Loretta Lynn, Lhasa

de Sela, Joan Jett, Nina Simone, Dolly Parton, Joni Mitchell, Amélia Muge, Patti Smith ou Sheryl Crow, num leque bem eclético de temas emblemáticos como “Four Women”, “Man Size”, “Ring Of Fire”, “Bad Reputation” ou “Save Me”. “Ao descobrir-me enquanto música e compositora deparo-me sempre com a presença de inúmeras mulhe-

res que me servem de inspiração e que me fazem querer ouvir mais, revelar-me e superar-me, seja pela energia, profundidade, liberdade e a coragem que me transmitem”, confessa a menina dos sapatos vermelhos, a propósito deste concerto de tributo ao universo feminino.

Suecos Josef & Erika no espaço Oficinas Jazz, folk, pop e música experimental são as sonoridades que compõem o universo musical de Josef & Erika, a dupla sueca que visita o espaço Oficinas, em Aljustrel, amanhã, sábado, pelas 22 horas, numa das suas primeiras apresentações ao vivo em Portugal. Com três registos discográficos editados e uma década de carreira cumprida, a banda nórdica, considerada “uma das mais interessantes bandas da Suécia atualmente”, acaba de lançar “Floods”, que traz novas cores e instrumentos à sua pop minimalista. Oportunidade única para conhecer a “voz morna” e o contrabaixo de Josef Kallerdahl, lado a lado com “a doce mas intensa voz” de Erika Angell.

Cuca Roseta no Centro de Artes de Sines Colocada no top das melhores vozes da nova geração do fado, Cuca Roseta vai estar hoje no Centro de Artes de Sines, a partir das 22 horas, para um concerto em que se propõe “provar tudo aquilo que é dito sobre si”. Apenas no último ano, Cusa Roseta já participou em alguns dos mais importantes festivais nacionais – como o CoolJazz Fest ou o Sudoeste – tendo percorrido também os mais reconhecidos palcos nacionais e internacionais. O seu disco homónimo de estreia, editado em 2011, foi produzido por Gustavo Santaolalla, músico e compositor argentino vencedor de dois óscares na categoria de melhor banda sonora original para os filmes “O segredo de Brokeback Mountain” e “Babel”.

Pintura de Eduardo Santos Neves na Galeria dos Escudeiros A Galeria dos Escudeiros, em Beja, acolhe até ao próximo dia 29 a exposição “Narrativa do nosso Universo Pintado”, do artista plástico Eduardo Santos Neves. Uma mostra onde desfilam naturezas mortas, frutos, paisagens e objetos de uso, mas também “um corpo despido, morfologias do homem e mulher, os animais, uns sapatos vermelhos, a expressão corpórea do amor… mãos que se multiplicam, mãos magoadas em pintura, uma simples cadeira vazia”, como descreve o seu autor. Para visitar de terça a sábado, entre as 10 e as 13 horas e das 14 às 18 horas.


Um juiz de Portalegre decidiu que a entrega de uma casa ao banco liquida a dívida, decisão que provocou grande alarido e deu esperança à Câmara Municipal de Beja. Segundo apurámos, esta já pondera entregar o edifício onde se situa o Museu Regional se isso permitir livrar-se das dívidas junto da banca. Contudo, para que tal aconteça, tem de se seguir uma série de requisitos estabelecidos na lei. Nessa medida, a autarquia bejense já propôs ao Governo que a lei abranja edifícios onde freiras tenham tido romances com membros do exército napoleónico e localidades com um aeroporto que só funcione uma vez por semana.

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Espólio do Museu Regional de Beja vê com bons olhos transferência para a Vidigueira porque lhe permite dar o salto para um “grande museu da Europa” A última reunião da Assembleia Distrital de Beja ficou marcada por mais um acontecimento. Não, Pulido Valente e José Soeiro não voltaram a protagonizar um momento ao estilo de um dos filmes de Van Damme: Manuel Narra, presidente da Câmara da Vidigueira, apresentou uma proposta que visava a transferência do espólio do Museu Regional de Beja para o município a que preside. Quem ficou contente com esta possibilidade foi o próprio espólio, como nos confidenciou: “Acho que era uma grande oportunidade para a minha carreira. Já é tempo de mudar de ares. Pode ser a rampa de lançamento para outros grandes museus como o Rainha Sofia, o Louvre ou o Museu da Carris… Mas não me quero alongar muito. Só posso dizer que o futuro a Deus pertence, são 11 museus de cada lado e tudo pode acontecer, e o meu empresário está a tratar disso”. Por outro lado, fonte ligada ao processo garantiu-nos que Manuel Narra prometeu ao espólio um passe InterRail para percorrer a Europa, caso abandone Beja.

Estátua de touro com três mil anos: arqueólogos deram-se conta da idade do artefacto quando o cortaram ao meio e contaram os anéis A figura do touro milenar exposta na EDIA tem feito as delícias dos historiadores e do clube de fãs da Ganadaria Brito Paes. O artefacto representa um touro em descanso (prova evidente de que era alentejano) e a olhar para uma vaca escultural (facto que permite assegurar que o animal ainda não tinha sido capado). Quanto à idade do artefacto, apurámos que os arqueólogos seguiram o mesmo método que permite saber a idade das árvores: cortaram a peça em dois e contaram os anéis, sendo que cada anel representa um ano. Nas 1 300 intervenções arqueológicas realizadas pela EDIA foram descobertas outras peças surpreendentes como um touro em cerâmica a olhar para o mar, um touro em cerâmica a olhar para a refinaria de Sines e um touro em cerâmica a preencher um boletim do Totobola. Relegada para segundo plano ficou a estátua em cerâmica do primeiro touro metrossexual

Inquérito É católico/a?

MARIA CALDO DE GALINHA, 73 ANOS Dona de casa e pessoa que levou um colete à prova de bala ao Pingo Doce no 1.º de Maio Passos convoca os espíritos – só assim é possível ajudar agricultores!

Passos Coelho garante que “as obras da barragem do Alqueva estarão concluídas em 2015. Ou 2016. Ou 2017, mas às mijinhas. Pronto, em 2018. De certeza em 2034. Tão certo como o Miguel Relvas ser de outra espécie...” Pedro Passos Coelho, primeiro-ministro de Portugal e o mais africano dos políticos portugueses, esteve na última edição da Ovibeja, onde falou sobre a conclusão das obras do Alqueva. “O Governo fará tudo para que o empreendimento do Alqueva esteja concluído em 2015. Ou 2016. Ou 2017. Enfim, posso assegurar que será neste século. O mais tardar no próximo. Não, neste século, quase de certeza. Provavelmente coincidirá com o momento em que o País regressa aos mercados… Ou seja, algures entre hoje e um dia no futuro. Um projeto desta envergadura não pode ficar sem avançar por dá cá aquela palha. Será terminado em breve. Na mesma altura em que o Governo restituir os subsídios de férias e de Natal, o que coincidirá com a construção do primeiro T0 nos anéis de Saturno, portanto, mais depressa do que se julga”, foi o que nos disse um atrapalhado primeiro-ministro enquanto recebia choques elétricos à distância, por parte de Miguel Relvas, por cada resposta evasiva que dava. Quem também esteve presente no certame foi Assunção Cristas, a ministra da Agricultura, Ambiente, Mar e Ordenamento do Território, dos acepipes salgados, dos acepipes doces e das gomas de pêssego, que foi interpelada por agricultores. Estes pediram-lhe que parasse de rezar pois já tinha chovido o suficiente – há casos de campos que já estão alagados com quase um dedo de altura de água. A ministra tomou nota das preocupações dos agricultores, prometendo que vai deixar de rezar por chuva e vai passar a solicitar o aparecimento do sol fazendo uso exclusivo da força da sua mente.

Não, a minha religião é outra. Sou seguidora da IAG (Igreja dos Amigos do Goucha). Todos os dias acompanho as emissões do “Você na TV” e a minha Bíblia é o livro Doces de Café sem Açúcar. Pense bem, ele é um exemplo para todos nós: só alguém que usa um blazer que noutra vida foi um sofá é que percebe o verdadeiro significado da reciclagem e da importância que se deve dar ao espiritual e não ao material. Além disso, você tem ideia da quantidade de gente que o Goucha tem de salvar da surdez por causa da Cristina Ferreira? Ela é uma catástrofe humanitária! Os agudos dela provocam tsunamis no Pacífico e a extinção definitiva de algumas espécies do mundo animal.

BENTO TRAPATTONI ERIKSSON, 39 ANOS Adepto do Benfica e apreciador de sandes de ananás em calda Sou católico, mas só nos dias úteis. Nas quartas-feiras europeias e aos fins de semana a minha religião é o glorioso SLB!! O Barbas é uma espécie de Moisés da Costa da Caparica com jeito para fazer cataplanas. Toda a gente sabe que os apóstolos eram do Benfica! Como diria o nosso treinador, “não acardita”? Eu digo-lhe, veja pelos nomes: Pedro, André, Filipe, Mateus, Bartolomeu, Mantorras, Shéu, Coluna, Germano, Aimar, Eusébio e Maxi Pereira… Se Cristo voltasse à Terra, a primeira coisa que fazia era fulminar com um raio todos os árbitros que prejudicaram o Glorioso, pá! Já agora, acha que o facto de o Messias e o nosso treinador partilharem o mesmo nome é apenas uma coincidência?

LÚCIFER LUTERO ISCARIOTES, 36 ANOS Pessoa que é católica mas não gosta de algumas coisas da Igreja como Deus, Jesus, a Bíblia e o frei Hermano da Câmara Sou, mas não vou à missa. Sou um católico de esquerda! Acredito em Deus, mas acho revoltante o que se passa nas celebrações: é uma indecência que haja hóstias normais, e não haja hóstias de seitan ou soja para os católicos como eu. Não percebo aquela obsessão com o incenso quando se podia usar outras substâncias como a marijuana que ajudassem a “estimular” o ambiente e a curar o glaucoma de muitos fiéis! Não era algo que Jesus gostaria? Além disso, não gosto muito dos três reis Magos – ouro e incenso ainda percebo, agora mirra? Na antiguidade oferecer mirra era o equivalente a oferecer, nos dias de hoje, meias das raquetes e cuecas dos 300.


Nº 1568 (II Série) | 11 maio 2012

RIbanho

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FUNDADO A 1/6/1932 POR CARLOS DAS DORES MARQUES E MANUEL ANTÓNIO ENGANA PROPRIEDADE DA AMBAAL – ASSOCIAÇÃO DE MUNICÍPIOS DO BAIXO ALENTEJO E ALENTEJO LITORAL | Presidente do Conselho Directivo José Maria Pós-de-Mina | Praceta Rainha D. Leonor, 1 – 7800-431 BEJA | Publicidade e assinaturas TEL 284 310 164 FAX 284 240 881 E-mail comercial@diariodoalentejo.pt | Direcção e redacção TEL 284 310 165 FAX 284 240 881 E-mail jornal@diariodoalentejo.pt Assinaturas País € 28,62 (anual) € 19,08 (semestral) Estrangeiro € 30,32 (anual) € 20,21 (semestral) | Director Paulo Barriga (CP2092) | Redacção Bruna Soares (CP 8083), Carla Ferreira (CP4010), Nélia Pedrosa (CP3586), Ângela Costa (estagiária) | Fotografia José Ferrolho, José Serrano | Cartoons e Ilustração Luca, Paulo Monteiro, Susa Monteiro Colaboradores da Redacção Alberto Franco, Aníbal Fernandes, Carlos Júlio, Firmino Paixão, Marco Monteiro Cândido Provedor do Leitor João Mário Caldeira | Colunistas Aníbal Coutinho, António Almodôvar, António Branco, António Nobre, Carlos Lopes Pereira, Constantino Piçarra, Francisco Pratas, Geada de Sousa, José Saúde, Rute Reimão Opinião Ana Paula Figueira, Bruno Ferreira, Cristina Taquelim, Daniel Mantinhas, Filipe Pombeiro, Francisco Marques, João Machado, João Madeira, José Manuel Basso, Luís Afonso, Luís Covas Lima, Luís Pedro Nunes, Manuel António do Rosário, Marcos Aguiar, Maria Graça Carvalho, Martinho Marques, Nuno Figueiredo | Publicidade e assinaturas Ana Neves | Paginação Antónia Bernardo, Aurora Correia, Cláudia Serafim | DTP/Informática Miguel Medalha | Projecto Gráfico Alémtudo, Design e Comunicação (alemtudo@sapo.pt) Depósito Legal Nº 29 738/89 | Nº de Registo do título 100 585 | ISSN 1646-9232 | Nº de Pessoa Colectiva 501 144 587 | Tiragem semanal 6000 Exemplares Impressão Empresa Gráfica Funchalense, SA | Distribuição VASP

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Hoje, sexta-feira, o sol deverá brilhar em toda a região. A temperatura vai oscilar entre os 18 e os 33 graus centígrados. Amanhã, sábado, são esperadas algumas nuvens e no domingo o céu deverá estar encoberto.

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Melhor aluno da Universidade Técnica de Lisboa em 2011

Quatro vezes melhor aluno em cinco cursos

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om apenas 27 anos, Pedro Janeiro é um dos seis alunos recentemente distinguidos com o primeiro prémio Santander Totta para melhor aluno da Universidade Técnica de Lisboa (UTL) em 2011. Uma competição entre “os melhores dos melhores” da UTL e que valorizou, além da prestação académica, também as componentes de gestão emocional, criatividade, trabalho em equipa e liderança. Licenciado em Economia, Pedro Janeiro concluiu ainda duas pós-graduações e dois mestrados nesta área do saber.

Por quatro vezes, em cinco cursos, foi o melhor aluno. Este primeiro prémio Santander Totta, um dos seis atribuídos a alunos da UTL, tem, apesar disso, um significado especial?

Este é o prémio máximo atribuído pela UTL a um aluno. Tem um significado especial, porque fui eleito entre os melhores dos melhores, e ao todo estavam a disputar o prémio os 19 melhores alunos das sete faculdades que compõem a UTL. É uma distinção que não está ao alcance de todos; para a conseguir não basta ser-se o melhor. O primeiro prémio é apenas atribuído àqueles que, durante as provas do concurso, mais se distinguiram pelas suas componentes de gestão emocional, criatividade, trabalho em equipa e liderança. O prémio acaba principalmente por ser uma recompensa para a minha família, colegas e professores, que bastante me apoiaram durante todo o meu percurso académico. Sem eles, seria praticamente impossível alcançá-lo. É economista e tem construído a sua carreira nas áreas da consultoria, banca e tecnologias da informação. Como tem compatibilizado as exigências do mercado de PUB

trabalho com uma vida académica muito preenchida?

Pedro Janeiro,

27 anos, natural de Vidigueira Licenciado em Economia pelo Instituto Superior de Economia e Gestão da Universidade Técnica de Lisboa, concluiu ainda duas pós-graduações e dois mestrados, pelo mesmo estabelecimento de ensino e sempre na área das Ciências Económicas e Empresariais. Neste percurso académico, foi por quatro vezes o melhor aluno, tendo conquistado os prémios EDP e Santander Totta, para melhor aluno da pós-graduação em Prospetiva, Estratégia e Inovação, e melhor aluno da Universidade Técnica de Lisboa, respetivamente. É atualmente economista no Ministério da Educação e Ciência.

Foi-me extremamente difícil conseguir conjugar todas as minhas obrigações. Nos últimos três anos, fiz quatro cursos, e estive sempre a trabalhar a tempo inteiro no setor privado. Houve um ano em que fiz mesmo dois cursos ao mesmo tempo, e mesmo assim consegui ser o melhor aluno em todos eles, ao mesmo tempo que era promovido no meu trabalho. Esta fase foi muito desgastante, e sei que com isso magoei pessoas que eram muito importantes para mim. Mas hoje, quando olho para trás, reparo que não sou apenas um melhor profissional, mas sou também uma melhor pessoa. Ultrapassarmos os nossos limites leva-nos a um maior conhecimento sobre nós próprios. Sinto que hoje estou mais confiante, mais sereno e feliz. O conjunto de competências, técnicas e emocionais de que me muni são da maior importância para a minha vida pessoal e profissional. Este reconhecimento dá-lhe vantagens em termos profissionais?

O mercado profissional, neste caso os recrutadores, não selecionam prémios. O mercado seleciona competências e experiência. Trabalhar na área das ciências económicas e empresariais é um desafio bastante competitivo. Os profissionais desta área estão normalmente sujeitos a grandes pressões, em virtude da normal concorrência do mercado. Eu já trabalhei em empresas, e atualmente fui convidado para trabalhar no setor público, e posso dizer que, apesar de serem duas experiências muito distintas, são igualmente desafiantes. Mas o mais importante é sentirmo-nos felizes naquilo que fazemos. Carla Ferreira

Pablo Alborán encerra IX Encontro de Culturas em Serpa Com Pablo Alborán, o músico que mais discos vendeu em Espanha no ano passado, fica completo o cartaz do IX Encontro de Culturas, a decorrer em Serpa entre os próximos dias 2 e 17 de junho, tal como foi divulgado pela organização, a cargo da câmara municipal local, na última terça-feira, 8. O cantor que abriu portas à fadista Carminho no mercado vizinho, através de um muito aclamado dueto, vem assim juntar-se a um elenco de luxo, confirmadas que estão as presenças da espanhola Luz Casal (dia 16), do brasileiro Zeca Baleiro (dia 9), do fadista Camané (dia 15), dos norte-americanos Magic Slim and The Teardrops (dia 13), dos russos Otava Yo (dia 14) e dos bejenses Virgem Suta (dia 12). O desfile multicultural na praça da República, sempre pelas 21 e 30 horas e com entrada livre, tem início logo no dia 7, com mais um espetáculo da enRede – Rede Internacional de Municípios pela Cultura, juntando em palco músicos nacionais, de Espanha, Cabo Verde, Brasil e Argentina. Segue-se, a 8, uma homenagem a Cesária Évora, protagonizada por nomes como Tito Paris, Nancy Vieira, Maria Alice e Teófilo Chantre. E a 10, Dia de Portugal, um serão dedicado ao cante alentejano. A Pablo Alborán caberá encerrar o evento, na noite de 17. O Encontro de Culturas/ /Mercado Cultural, no qual participam municípios portugueses e de vários pontos do mundo, arranca este ano com a exposição de fotografia “Danças e Músicas do Mundo”, a inaugurar a 2 de junho no Musibéria – Centro Internacional de Danças e Músicas do Mundo Ibérico. O lema mantém-se o mesmo nesta nona edição, como reitera a Câmara Municipal de Serpa: “Promover a cultura enquanto fator de desenvolvimento e de união entre os povos”.


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