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JOSÉ FERROLHO
Há mãos que fazem milagres Viagem ao misterioso mundo dos “endireitas”
págs. 12/13
SEXTA-FEIRA, 18 MAIO 2012 | Diretor: Paulo Barriga Ano LXXX, No 1569 (II Série) | Preço: € 0,90
Governo quer retirar cinco por cento do imposto sobre os imóveis aos municípios
Autarcas a uma só voz contra cortes no IMI O novo presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Alentejo, António Dieb, revela em entrevista exclusiva ao “Diário do Alentejo” que vai fazer uma profunda avaliação dos investimentos públicos efetuados na região nos últimos 26 anos. É necessário, afirma, encontrar uma estratégia de desenvolvimento que passe pelo “investimento produtivo e gerador de mão de obra qualificada”. págs. 16/17
António Dieb: “O nosso grande falhanço tem sido a incapacidade de atrair investimento” PUB
o corte de cinco por cento nas verbas do IMI. Jorge Pulido Valente, presidente da Câmara de Beja, ameaça mesmo levar o Governo a tribunal em reação a uma medida que é “ilegal” e um “abuso de poder”. pág. 8
JOSÉ SERRANO
“O Governo não tem respeito nenhum pela autonomia do Poder Local”. É com estas palavras duras que o presidente da Comunidade Intermunicipal do Baixo Alentejo, José Maria Pós-de-Mina, reage ao anúncio governamental que prevê
Marmelar: Aldeia ribeirinha mas nem tanto págs. 4/5
Passaporte dá descontos nos museus alentejanos
Roquete ameaça parar projeto em Alqueva
Celebra-se hoje o Dia Internacional dos Museus. E a Rede de Museus do Distrito de Beja, que engloba cerca de 50 espaços musealizados, lança nesta data um passaporte que dá direito a descontos e um guia com todos os locais museográficos da rede. págs. 6/7 e 24
José Roquete está a “ponderar” desistir do megaprojeto turístico que detém junto ao Alqueva. Por dificuldades de financiamento, o ex-presidente do Sporting necessita de 35 milhões de euros para concluir a primeira fase da obra. pág. 10
Diário do Alentejo 18 maio 2012
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Editorial Caracóis
Vice-versa “A situação do Núcleo Visigótico é uma vergonha para a cidade de Beja”, dizem os vereadores da CDU que, em visita ao núcleo, “constataram as consequências para este espaço do facto de a câmara ter reduzido drasticamente o financiamento da Assembleia Distrital, menos 70 por cento que em 2011, para além dos apoios pontuais”. Miguel Ramalho, vereador da CDU
Paulo Barriga
“Após nova visita ao local, acompanhado pelo diretor do Museu Regional, (…) o executivo da câmara pôde constatar a necessidade de pequenas intervenções de manutenção e conservação que têm que ser realizadas anualmente devido às características do espaço, em nada correspondendo ao alarmismo lançado”.
A
única certeza que a natureza nos dá, faça sol ou borrasca, é que por esta altura nunca nos faltam. Os caracóis. Os belos caracóis que deambulam pelas ervas tenras no fresco da noite. E que de dia se apegam com assinalável alento às folhas dos cardos. Protetoras, estas. Previdentes, contra a violência do astro. Dissuasoras, contra a voracidade dos homens. Se bem que, desde o advento dos viveiros, os caracóis, os nossos belos e viçosos caracóis, andam com vidas muito mais tranquilas. Apanhar caracóis dá trabalho, muito trabalho. Requer empenho, persistência, empreendimento. Que são três das palavras que os estrangeiros que nos emprestam dinheiro acham que não sabemos conjugar. Ou que, pelo menos, não gostamos de conjugar. Estão enganados, no que toca ao caracol. É que comê-los também dá um trabalho do caneco. E não há neste Alentejo quem não se empenhe com afinco nessa ágil função. Mas já no que toca à apanha e aos preparos do petisco, a coisa muda de figura. Ainda há bem pouco tempo não havia café, taberna, venda ou casa de pasto que não preparasse os seus próprios caracóis. Alterando aqui e ali, em segredo, uma receita que não vai muito além de um simples caldo de orégãos. Mas conferindo-lhes sempre um toque muito pessoal, muito próprio. Uma tarde de caracolada, daquelas à séria, exigia uma espécie de procissão por, pelo menos, meia-dúzia de catedrais. A poder de minis ou de copos de branco. Hoje, não apenas são os bichos alimentados em estufas como, imagine-se, são confecionados no mesmo local e distribuídos industrialmente pelas diferentes esplanadas e balcões. Nunca estão mais salgados uns que os outros. Mais ou menos picantes. Mais ou menos limpos. Melhor ou pior lavados. Não são maiores nem mais pequenos. Nem mais ou menos amargos, dependendo das ervas que lhes serviram de dieta. São apenas aparentemente caracóis, com casca e tudo, gémeos uns dos outros. Caros por igual. A massificação do caracol de aviário veio, por fim, dar razão à velha piada taberneira que põe os caracóis ao nível do marisco. Marisco do restolho.
Pulido Valente, presidente da Câmara Municipal de Beja
Fotonotícia Trânsito em Beja. O aparato é muito maior do que as consequências foram. Neste caso foi apenas lata amolgada. E um verdadeiro número de circo, não anunciado, entre duas viaturas automóveis. Mas este acidente dá boa imagem da imprudência de muitos automobilistas a circular nas ruas de Beja. E revela também que, na cidade, existem verdadeiros pontos negros ao nível do trânsito. Este cruzamento, bem perto da antiga Metalúrgica Alentejana, é um deles. Mas o que por aí não falta são verdadeiras armadilhas para os condutores mais desatentos. PB Foto de Rui Eugénio
Voz do povo Costuma visitar museus?
Inquérito de José Serrano
Francisco Pesseguina, 81 anos, reformado do comércio.
Hermes Picamilho, 50 anos, bibliotecário.
Maria Amélia, 49 anos, técnica de biblioteca.
Jessica Estevens, 18 anos, estudante.
Quando chego a uma cidade pela primeira procuro logo informar-me se aí existem ou não museus. Para ir visitar. Admiro muito as antiguidades. As ferramentas e a arte dos povos antigos. É muito importante uma cidade ter um museu. Para que a juventude saiba como era dantes.
Quando faço turismo. Chego a certas cidades e tenho curiosidade de ir visitar os museus. E igrejas. Assim ficamos a saber mais sobre a cultura de uma região. Um museu pode atrair turistas a uma localidade. Mas com as dificuldades que hoje existem, penso que os bilhetes não deviam ser tão caros. Isso pode afastar as pessoas dos monumentos.
Eu gosto de visitar museus. Gosto daqueles espaços e do que lá podemos aprender. Já visitei muitas vezes o nosso museu [Museu Regional de Beja]. E fico triste com as notícias que tenho lido sobre ele. Ir a museus enriquece-nos. Não vivemos sem a nossa história. Preservar o museu da nossa cidade é muito importante.
Fui a alguns através da escola. Quando era mais nova. Agora vou menos. Não quer dizer que não goste de museus. Gosto. Mas como as entradas são pagas torna-se mais difícil ir. Um museu deve contar a história do sítio onde está. Isso é importante. São pouco divulgados. Deviam ter atividades que cativassem mais público. Workshops, por exemplo.
Rede social ANA VIEIRA JOSÉ
Semana passada DIA 12, SÁBADO GRÂNDOLA PRAIAS DO CONCELHO TÊM MENOS LIXO DO QUE EM ANOS ANTERIORES
DIA 13, DOMINGO CUBA DOIS DETIDOS EM ASSALTO A RESIDÊNCIA CUJO PROPRIETÁRIO FICOU EM ESTADO GRAVE A GNR deteve na madrugada de domingo em Cuba dois homens que assaltaram uma residência, tendo furtado dinheiro e agredido o proprietário, que ficou ferido em estado grave, disse fonte da força de segurança. A fonte da GNR adiantou à Lusa que a vítima, um homem de 65 anos, que vivia sozinho, foi transportado para o Hospital Distrital de Beja. O assalto registou-se cerca das 5 e 30 horas, tendo sido furtado 200 euros em dinheiro, recuperando a GNR 150 euros que estavam ainda na posse dos assaltantes. Os dois homens, de 21 e 32 anos, foram detidos depois de tentarem assaltar outra residência, em Cuba, tendo a proprietária alertado as autoridades. O Tribunal Judicial de Cuba decretou a prisão preventiva aos dois homens.
BEJA V ACAMPAMENTO DISTRITAL DA JUVEBOMBEIRO Realizou-se no fim de semana, na barragem de Odivelas, no concelho de Ferreira do Alentejo, o V Acampamento Distrital da JuveBombeiro de Beja, uma iniciativa que contou com a presença de meia centena de jovens bombeiros do distrito. O programa do acampamento incluiu uma prova de orientação, uma ação de sensibilização de incêndios florestais, assim como a entrega de lembranças e um almoço convívio. A iniciativa teve como objetivo “fomentar o convívio e a camaradagem entre os jovens bombeiros do distrito de Beja assim como carregar baterias para o período crítico de incêndios florestais” que teve início no passado dia 15.
DIA 14, SEGUNDA-FEIRA MÉRTOLA DOIS SUSPEITOS DE PASSAGEM DE MOEDA FALSA Duas pessoas são suspeitas de um crime de passagem de moeda falsa na compra de queijos em Vale do Poço, concelho de Mértola, disse à Lusa fonte da Guarda Nacional Republicana (GNR). Segundo a mesma fonte, um homem e uma mulher entregaram 10 notas falsas de 50 euros numa queijaria da localidade, para pagamento da compra de 50 quilos de queijos. A GNR apreendeu as notas contrafeitas e montou um dispositivo para tentar localizar as duas pessoas. A Polícia Judiciária está a investigar.
DIA 16, QUARTA-FEIRA BEJA EDIÇÃO EM PAPEL DO ALENTEJO POPULAR SUSPENSA A edição semanal em papel do jornal “Alentejo Popular” está suspensa temporariamente. A suspensão deve-se a “razões económicas”, como o explica o comunicado enviado ao “Diário do Alentejo”. “Num contexto económico de enormes e generalizadas dificuldades, diminuíram substancialmente as receitas de publicidade e vendas, pelo que se tornou impossível continuar a suportar as despesas de impressão do jornal”, explica a cooperativa. A direção da CCA anunciou ainda que “espera que a medida permita em alguns meses o saneamento das contas da cooperativa de forma a que o “Alentejo Popular” em papel volte aos seus leitores no mais curto espaço de tempo possível”. O site do jornal manter-se-á on line.
3 perguntas a Margarida Chícharo
Depois da bênção é que começa a fita Os finalistas do IPBeja tiveram no último sábado a sua bênção das pastas. Momento marcante na vida dos alunos que juntou milhares de familiares e amigos no Parque de Feiras e Exposições de Beja.
Empresária O que é que se pretende com o No Stress Night II, um evento organizado por 11 empresárias bejenses e que terá lugar no próximo dia 26, em Beja?
A ideia da No Stress Night surgiu, como não podia deixar de ser, de uma conversa de amigas. O objetivo era fazer uma troca de experiências profissionais num serão bem passado só entre mulheres, ideia essa que se revelou um sucesso em 2010. Pensámos, discutimos ideias e voltámos a discutir – sim porque nós mulheres gostamos destas coisas –, e desta feita surgiu a primeira edição. Este é um evento que reunirá localmente diferentes empresas parceiras que em conjunto vão promover experiências, dicas e serviços pensados para o público feminino, convidando cada entidade um grupo seletivo de mulheres. Assenta no modelo de marketing das parcerias, que permitirá potenciar as trocas de contatos e associação de valores entre os parceiros locais de várias áreas. O evento falará no feminino, no seu papel tripartido de mãe, profissional e consumidora. As expectativas são apenas de uma noite bem passada e da lembrança dos nossos produtos/serviços aquando da necessidade de adquirir qualquer um deles. A No Stress Night não é nada mais do que uma ação de charme para potenciais clientes. Que produtos serão divulgados?
Serão divulgados automóveis Toyota, representados por Margarida Chícharo; estética por Célia Palma, do salão Cristal Azul; vinhos e espumantes Monte Novo e Figueirinha, por Cristina Cameirinha; bombons pelo Mestre Cacau, representado por Célia Dias; decoração de bolos 3D, elaborados por Carmen Alvalade; AC Condomínios com representação de Alexandra Cortez; bijuteria por Manuela Nascimento; arranjos florais a cargo de Emília Silva; e a divulgação do espaço Karas e La Taska, da responsabilidade de Carla Dionísio. Contamos ainda com uma passagem de modelos com jovens vestidas pela loja El Futuro, com gerência de Luísa Guerreiro. O evento contará com apresentação e fotografia de Madalena Palma. Tudo ao som da música dos anos 80, que marcou uma época, a nossa geração.
Estes tipos não se fartam de ganhar prémios O filme “Lugar do Tempo”, um retrato coletivo da vila de Aljustrel, acaba de ganhar o Prémio PrimeirOlhar dos XII Encontros de Viana. Prudêncio, Ramos Lopes e Manuel Guerra de parabéns, outra vez.
Calma que o festival é só para o ano A Câmara Municipal de Mértola apresentou esta semana mais uma edição da bienal do mundo árabe e mediterrânico, o Festival Islâmico, que leva dezenas de milhar de visitantes ao coração da vila, sempre que acontece. FRANCISCO FRADINHO
Centenas de alunos de cinco escolas de Grândola recolheram dezenas de sacos de resíduos durante a limpeza da praia Troiamar promovida pela Associação Bandeira Azul, mas encontraram a praia mais limpa do que no ano passado.”Ficámos satisfeitos. A praia não estava muito suja, porque o inverno deste ano foi menos rigoroso e também porque se trata de uma praia que é limpa frequentemente”, disse à Lusa o vereador do ambiente da Câmara de Grândola, Paulo Carmo. “As pessoas também estão cada vez mais conscientes de que é importante para todos manter as praias limpa”, acrescentou o autarca salientando que a ação de limpeza se estendeu algumas centenas de metros além dos limites da praia. A maré humana promovida pela Associação Bandeira Azul decorreu em duas dezenas de praias de todo o País.
Beja tem um quartel há 206 anos E no passado dia 11 fez uma festa para assinalar o dia da unidade. E também para dar as boas-vindas ao novo comandante, o coronel de infantaria João Carlos Sobral dos Santos, que está acabadinho de chegar à cidade.
Para além da No Stress Night, que vai na sua segunda edição, prevê-se a realização de outras iniciativas pelo referido grupo de empresárias?
Este tipo de iniciativa é sem dúvida para continuar. Há que contornar a crise, arregaçar as mangas e abraçar o futuro e se é para o fazer que seja com um sorriso no rosto, proporcionando às mulheres alentejanas uma noite inesquecível. Este ano contamos com a presença de caras bem conhecidas do meio artístico nacional e local, pelo que pensamos vir a ser um verdadeiro sucesso. NP
Há pequenos gestos tão valiosos A Câmara de Aljustrel entregou esta semana às instituições de solidariedade social e misericórdias do concelho mais de 150 peças de material ortopédico. Uma prenda no valor de 17 500 euros.
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Pensámos que a água ia chegar aqui mas não chega. Chega ali ao monte da Casa Branca, à ribeira de Marmelar, e está ali dois, três dias. Depois despejam-na e baixa outra vez. E como a água não se mantém, as pessoas não pendem para aqui; vão para onde há água. Pedrógão sempre tem mais uma vidazinha, porque está mesmo ali pegado”. José Fernando Marques
Marmelar N
a informação oficial do município de Vidigueira, nada consta de concreto sobre as origens de Marmelar, umas das 16 aldeias ribeirinhas do Alqueva. Parece, no entanto, tratar-se de uma povoação muito antiga, como sublinha o povo, orgulhoso, apoiado no muito que já viram e ouviram as paredes da velhinha igreja de Santa Brígida, tida com uma das mais bonitas das redondezas. “Dizem que isto é mais velho que a Vidigueira 600 anos mas depois passou por aqui uma serpente ou uma doença muito má, que deram todos em morrer e os que iam escapando abalavam com medo”, conta José Fernando Marques, de 76 anos. Na fachada da igreja não se menciona a lenda, mas ficaram eternizadas numa placa as comemorações dos 808 anos da carta de foral dada a Marmelar por D. Sancho I, em 1194, apenas meio século passado sobre a fundação do reino de Portugal. Hoje parte-se, não por doença ou por bichos ameaçadores, mas porque a terra não oferece alternativas a quem se encontra em plena idade ativa. “Os que não têm morrido, têm abalado. Eu tenho três filhos e já não está cá nenhum”, desabafa José Fernando Marques, sentado na fiada de escadas que dá para a escola primária, onde já há alguns anos não soa a música das correrias e brincadeiras infantis. Ir para a escola passou a ser sinónimo de saídas diárias rumo à sede de concelho, Vidigueira, num transporte municipal. Não há alternativas mais próximas, nem na sede de freguesia, Pedrógão. Do lado direito, o cemitério, vizinho da igreja, também tem histórias para contar. Só por sua conta, ao longo dos 20 anos em que esteve ao serviço da Câmara de Vidigueira, José Fernando Marques diz ter enterrado “cento e tal pessoas”. “Veja lá, numa terra tão pequenina. E nesses 20 anos, não sei se terão nascido 10 crianças”, acrescenta. Resultado: hoje não são mais do que 241 os habitantes de Marmelar, entre eles uma “meia dúzia de famílias jovens, com idade para ter filhos”, calcula o antigo coveiro. Para esses, as opções não são muitas, como lembra a vizinha Maria Trole, de 65 anos, dando o exemplo da filha, que está em casa desempregada, apesar de contar apenas 42 anos. “Fez a campanha da azeitona ali no monte da Ribeira, foi para a poda e quando acabou mandaram-na para casa. Agora só na altura da vindima”, concretiza. Nuno Costa, 33 anos, está na mesma situação. Ao colo, traz a pequena Jessica, de nove meses, que cumprimenta os estranhos com um sorriso rasgado. Foi um dos que andou a plantar oliveiras na herdade da Casa Branca, campanha que entretanto terminou. Atualmente está em casa “com o dinheiro do desemprego”. Tem sido assim o trabalho em Marmelar. “Umas vezes vai, outras vezes volta, é conforme”, conta, resignado, confessando que, mesmo assim, não pensa sair da aldeia, “uma boa terra” onde tem família e amigos. Com as crianças a contarem-se pelos
Em Marmelar, Vidigueira, contam-se as crianças pelos dedos das mãos
Ribeirinha mas não tanto
Marmelar goza de uma localização geográfica privilegiada. Está praticamente paredes meias com a barragem do Pedrógão, inaugurada em 2006, e dista aproximadamente 15 quilómetros do grande lago do Alqueva. Mas nem isso a faz atrair e fixar população. “Os que não têm morrido, têm abalado”, desabafa o antigo coveiro. Dos atuais 241 habitantes, apenas restam “meia dúzia de famílias jovens” que sobrevivem de trabalhos sazonais na agricultura. E vão gerando as poucas crianças que ali vivem. Texto Carla Ferreira Fotos José Serrano
dedos das mãos, a gente mais velha está apreensiva, sim, mas nem todos acreditam na extinção. Ao cenário catastrófico de José Fernando Marques – “quando os velhotes morrerem, vêm para aqui os coelhos, as lebres, os veados e os javardos” – opõe-se o otimismo de Florinda Calado, octogenária ainda rija, que cruza o largo com um molho de coentros para as favas que há de fazer para o almoço. “Eu penso que as famílias novas, essas com os pais que são daqui, ainda cá hão de vir recolher. Eu tenho uma filha em Beja, mas tenho aqui a minha casa e uma terra ali com um montesinho. Aquilo vai ficar para ela. Tenho esperança, acho que as pessoas têm que tomar conta daquilo que os pais deixam”. Sandra Charrito, de 22 anos, representa esse movimento contrário que dá esperança a Florinda Calado. Chegou de Arraiolos há um mês e uma semana para explorar um dos dois cafés da terra, juntamente com o namorado, e ainda não se arrependeu. “Na zona onde eu estava o trabalho estava escasso e então apareceu-nos esta oportunidade. Tem sido bom. E nós também estamos apostados em ajudar um pouco a população a ter mais ânimo”, confessa, do lado de dentro do balcão, enquanto vai aviando minis a dois clientes. Tem aqui família e também amigos, “uns quantos jovens que ainda estão cá” e com quem se junta à noite “para pôr as novidades em dia”. Marmelar goza de uma localização geográfica privilegiada. Está praticamente paredes meias com a barragem do Pedrógão, inaugurada em 2006, e dista aproximadamente 15 quilómetros do grande lago do Alqueva, o mesmo que a separa da sede do concelho, Vidigueira. Além do estatuto de “ribeirinha”, a aldeia está também integrada no circuito Rota do Fresco, da Associação de Municípios do Alentejo Central (Amcal), nomeadamente por conta do importante conjunto de pinturas murais que a sua igreja paroquial alberga. Tudo parecia conspirar para que houvesse aqui um movimento regular de visitantes que desse alento ao comércio local, mas não parece ser essa a realidade da povoação. “Acontece de vez em quando. Não se pode dizer que é frequente. Chegam aí alguns turistas, portugueses e estrangeiros, que vêm ver a barragem e dão uma volta pelas aldeias ribeirinhas, para ver com as pessoas vivem, a sua cultura e gastronomia”, lembra Sandra. Para José Fernando Marques, pouco mudou na aldeia com a inauguração da barragem do Pedrógão. Até porque de ribeirinha Marmelar parece ter muito pouco, conclui: “Pensámos que a água ia chegar aqui mas não chega. Chega ali ao monte da Casa Branca, à ribeira de Marmelar, e está ali dois, três dias. Depois despejam-na e baixa outra vez. E como a água não se mantém, as pessoas não pendem para aqui; vão para onde há água. Pedrógão sempre tem mais uma vidazinha, porque está mesmo ali pegado”.
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Igreja de Santa Brígida Ocupa o centro da vila e é, por excelência, o seu ex-líbris. Calcula-se que terá sido erguida na primeira metade de Quinhentos, conservando ainda a estrutura original, do reinado de D. Manuel. A sua feição representa um exemplo claro do estilo manuelino-mudéjar que então constituía o modelo corrente na região. Sobre ela foi lançado, em 2004, o livro As pinturas
murais de Marmelar – Vestígios de um passado, da historiadora Catarina Vilaça, onde se exalta este conjunto pictórico como “testemunho da importância da pintura mural no quadro dos revestimentos murários do final da Idade Média e Época Moderna em Portugal, nomeadamente no Alentejo – capital da pintura mural no final do século XVI e primeiras décadas de centúria seguinte”. Marmelar e a sua igreja paroquial são, por isto, parte do circuito da Rota do Fresco, promovido pela Amcal.
Barragem do Pedrógão
Festas de agosto
Foi inaugurada em 2006, ainda por José Sócrates, e apresenta-se como a segunda maior das 15 barragens do Sistema Global de Rega de Alqueva, com capacidade para alimentar os subsistemas de rega do Pedrógão e do Ardila. Situa-se a 22 quilómetros a jusante da barragem mãe e tem como missão recuperar os caudais turbinados na central de Alqueva, bombeando-os de volta, numa operação de reutilização da água. Está equipada com uma pequena central hidroelétrica e é também utilizada para atividades desportivas e de lazer, como a canoagem e a pesca. Em Pedrógão, sede de freguesia, decorre todos os anos o Festival Gastronómico Sabores do Rio, através do qual se dá a conhecer aos visitantes as múltiplas possibilidades de se desfrutar da beira-rio.
Marmelar presta homenagem à sua padroeira, santa Brígida, no mês do emigrante. E calha bem porque não há melhor pretexto para umas merecidas férias na terra natal. Aos residentes, juntam-se os ausentes e ainda a população das aldeias vizinhas. Durante dois dias, organizam-se procissões, bailes, espetáculos, garraiadas e quermesse. A aldeia enche-se de vida como em mais nenhuma outra altura do ano.
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Câmara de Moura promove hábitos de vida saudáveis
Atual
“Maio mês do coração” é o tema da Semana da Saúde que a Câmara Municipal de Moura está a promover até amanhã, sábado, em colaboração com o Centro de Saúde de Moura e as farmácias do concelho. O objetivo do evento, adianta a autarquia, “é promover comportamentos e estilos de vida saudáveis, valorizando a atividade física e uma alimentação saudável”. Para dar o exemplo, “a câmara
Associação dos Antigos Alunos do Liceu de Beja promove convívio O núcleo de Lisboa da Associação dos Antigos Alunos do Liceu de Beja promove no próximo dia 26 mais uma jornada de convívio, extensivo a todos os que frequentaram aquele estabelecimento de ensino. O evento terá lugar no restaurante Flor da Mata, em Fernão Ferro. As inscrições terminam hoje, sexta-feira, 18.
Hoje é Dia Internacional dos Museus
Ferreira do Alentejo cria Conselho Municipal para o Empreendedorismo
Passaporte dá descontos DR
A Câmara de Ferreira aprovou a criação do Conselho Municipal para o Empreendedorismo, um órgão de consulta, apoio e participação na definição das linhas gerais de atuação do município nas áreas do empreendedorismo. O conselho, que foi aprovado na última reunião do executivo camarário, terá funções de análise e avaliação do mérito das ideias de projeto que vierem a ser propostas para incubação no Ninho de Empresas de Ferreira do Alentejo.
promoveu iniciativas destinadas aos seus funcionários, designadamente um teste de avaliação física para verificar o índice de massa corporal”. O programa reserva ainda para o dia de amanhã, no jardim de Santa Justa, a partir das 16 horas, o II FitMoura (atividade física realizada ao ar livre) e avaliação corporal (peso, altura, IMC, pressão arterial e IMG – Índice de Massa Gorda) para a população em geral.
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Cerca de meia centena de espaços museológicos de 12 concelhos integram atualmente a Rede de Museus do Distrito de Beja, apresentada formalmente ontem, quinta-feira, em Almodôvar. Hoje serão lançados o Passaporte da Rede, que dá descontos na compra de ingressos, e o “Guia de Museus”. Texto Nélia Pedrosa
A
Rede de Museus do Distrito de Beja, apresentada form a l me nt e o nt e m , e m Almodôvar, lança hoje, sexta-feira, Dia Internacional dos Museus, um passaporte para visitantes que permite usufruir de descontos na compra de ingressos. “O Passaporte da Rede, como lhe chamamos, é um documento que vai ser disponibilizado em todos os museus que aderiram à rede. Imaginemos que um visitante vai ao Museu de Mértola, que é um desses museus, paga a sua entrada e ao pagar fica com um desconto de 50 por cento nos outros museus por onde vier a passar. É uma vantagem”, explica ao “Diário do Alentejo” Maria João Pina, diretora do Museu Municipal de Ferreira do Alentejo e uma das coordenadoras do grupo de trabalho da rede para 2012, grupo esse que integra as câmaras de Ferreira do Alentejo, Aljustrel e Alvito. Também a partir de hoje os espaços museológicos da rede passarão a ostentar “finalmente”, na porta de entrada, “uma placa que os vai
identificar como pertencendo à rede distrital de Beja”, adianta a responsável. Será ainda lançado o “Guia dos Museus”, um folheto descritivo de todos os museus que integram o projeto. “Avançámos com estas iniciativas para já, que parecem ser um passo pequeno mas que para nós é muito importante. Vai ser importante podermos trabalhar finalmente em rede, porque muitas vezes não conhecíamos os museus do concelho ao lado, não sabíamos como é que funcionavam, não sabíamos o que é que estavam a fazer. É claro que há divulgação, mas uma coisa é a divulgação, outra coisa é conhecer a orgânica do museu, é conhecer como é que estão a trabalhar e essa partilha passou a ser possível”, diz Maria João Pina. Em desenvolvimento está ainda a criação de um site da rede, ainda sem data prevista de lançamento, e a preparação de uma exposição itinerante, que “congrega peças dos diferentes museus que integram esta rede” e “que seguramente estará pronta até ao final do ano”, revela a coordenadora. “Estamos agora a fazer os textos para a exposição. Já elencámos as peças com que cada um dos museus vai contribuir. Existem materiais muito diversificados, há também materiais etnográficos, trajes”, esclarece. Os responsáveis decidiram ainda “fazer alusão à rede nos sites dos museus integrantes ou dos próprios municípios”, colocando também “links para cada um dos espaços”. A Rede de Museus do Distrito de Beja, que integra atualmente
unidades museológicas de 12 concelhos do distrito, num total de cerca de meia centena de espaços, foi criada em 2011, “da vontade de um grupo de técnicos que trabalhavam em diferentes museus do distrito”. “Começou a falar-se da necessidade de conjugar esforços no sentido de começarmos a trabalhar em rede, de trocarmos impressões, de nos podermos auxiliar, de podermos trocar recursos, ideias para exposições, permitir que houvesse itinerâncias de diferentes exposições”, esclarece a diretora do Museu de Ferreira do Alentejo, adiantado que se chegou à conclusão que esse trabalho teria que ser feito através das “tutelas institucionais, neste caso dos municípios para os quais os técnicos trabalhavam e que integravam os museus”. Posteriormente a rede foi alargada a outras entidades, incluindo atualmente museus “que não são municipais”. Maria João Pina diz ainda que o balanço de quase um ano e meio de funcionamento da rede “é sem dúvida positivo”. “Colocámos uma série de técnicos em contacto e isso é sempre muito positivo. Houve muita troca de experiências, de ideias, de conhecimentos de diferentes realidades. Tenho grandes expetativas relativamente a esta rede, acho que pode sair daqui algo ainda mais benéfico e frutífero para a nossa realidade museológica, a realidade museológica do distrito de Beja”, acrescenta a coordenadora, realçando o facto de todos os municípios contactados até ao momento “terem visto vantagens nesta conjugação de esforços”. E embora “não seja fácil lidar com o número de pessoas que a rede já abarca”, diz a responsável, o próximo passo “será ir buscar os outros [museus] que ainda não fazem parte”: “Obviamente que nós queremos mais, queremos ir mais além, e esta rede estará sempre aberta”. Está ainda prevista a realização de ações de formação para os técnicos que fazem parte da rede, ações essas “que obviamente depois serão abertas a outros técnicos que se queiram agregar”, diz Maria João Pina, e que se prendem “com algumas das lacunas que sentimos no nosso dia a dia enquanto conservadores ou diretores de museus, nomeadamente ao nível da gestão, conservação e restauro, serviços educativos e sistema de inventário”.
Odemira fomenta prática do xadrez nas escolas O município de Odemira quer fomentar a prática do xadrez nas escolas do concelho, modalidade que está a promover nos estabelecimentos de ensino, ao longo deste mês e até final de junho, através da realização de workshops, formações e torneios. As ações abrangem os agrupamentos de escolas de Saboia, Colos, Odemira, São Teotónio e Vila Nova de Milfontes, assim como as escolas
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A Câmara da Vidigueira, através do seu núcleo de voluntariado, vai promover nos dias 26 e 27, em supermercados locais, uma campanha de recolha de alimentos para pessoas carenciadas. Os interessados em participar na campanha, desenvolvida no âmbito do Banco Alimentar Contra a Fome, podem inscrever-se no Serviço de Ação Social da Câmara, no Centro Social e nas juntas de freguesia da Vidigueira.
Diário do Alentejo 18 maio 2012
Vidigueira promove campanha de recolha de alimentos
secundária e profissional de Odemira e o Colégio Nossa Senhora da Graça. O projeto quer dar “maior impulso” ao xadrez, tanto ao nível formativo como da sua prática, para que a modalidade seja efetivamente praticada pelas crianças e jovens. Este jogo, sublinhou o município, “constitui um importante complemento à educação escolar”, uma vez que estimula o desenvolvimento do raciocínio e das competências cognitivas.
Infografia José Serrano
Em defesa do aeroporto de Beja
Diário do Alentejo 18 maio 2012
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Nove entidades representativas de diversos setores do Baixo Alentejo, que defendem o aeroporto de Beja como alternativa a considerar para complemento ao aeroporto de Lisboa, promove na próxima segunda-feira, dia 21, a partir das 10 horas, no auditório da Expobeja, um encontro sob o lema “Todos juntos pelo aeroporto de Beja”. O encontro surge no seguimento da entrega ao primeiro-ministro, aquando da sua visita à Ovibeja, de um documento em defesa
Cimbal e Ambaal defendem poder local democrático O apoio à realização de “um encontro nacional de autarcas e/ou congresso extraordinário” para apreciar “a atual situação, a estratégia e política do Governo para a administração local” é uma das resoluções que saíram das reuniões ordinárias do conselho executivo da Comunidade Intermunicipal do Baixo Alentejo
do aeroporto de Beja. São promotores do encontro a Associação Empresarial do Baixo Alentejo e Litoral, Associação de Municípios do Baixo Alentejo e Alentejo Litoral, Turismo do Alentejo – ERT, Agência Regional de Promoção Turística do Alentejo, Instituto Politécnico de Beja, Câmara Municipal de Beja, Associação do Comércio, Serviços e Turismo do Distrito de Beja, Agricultores do Sul e Federação das Associações de Agricultura do Baixo Alentejo.
(Cimbal) e do conselho diretivo da Associação de Municípios do Baixo Alentejo e Alentejo Litoral (Ambaal), realizadas na passada segunda-feira, em Beja. Em nota à comunicação social, a Cimbal exige ainda a “rápida conclusão” do Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva, “um imperativo para o desenvolvimento do Alentejo e do País”, nomeadamente através da clarificação das
fontes de financiamento; e a revogação da “Lei dos Compromissos, que subverte a autonomia do Poder Local e paralisa os municípios e freguesias”. Os dois organismos fizeram a avaliação dos problemas existentes nos projetos financiados pelos fundos comunitários e reivindicam “a necessidade de viabilização dos empréstimos do Banco Europeu de Investimento”.
Portaria do Governo retira cinco por cento do IMI às autarquias
“O Governo não tem respeito nenhum pela autonomia do Poder Local” Através de uma portaria o Governo prepara-se para retirar aos municípios cinco por cento do IMI. Os autarcas falam a uma só voz e preparam-se para fazer valer em tribunal a autonomia administrativa e financeira do Poder Local. Texto Aníbal Fernandes
O
anúncio da retenção pelas Finanças de cinco por cento das verbas do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) mostra que o Governo “não tem nenhum respeito pela autonomia adminis-
PUB
trativa e financeira do Poder Local”, disse ao “Diário do Alentejo José Maria Pós-de-Mina, presidente da Câmara de Moura e da Comunidade Intermunicipal do Baixo Alentejo (Cimbal). Mais do que uma questão financeira “é de uma questão política”, acrescenta o autarca, que acusa o Governo de “tratar as autarquias como um qualquer departamento estatal” ao arrepio do que está consagrado na lei. Reunida na passada segunda-feira, o conselho executivo da Cimbal alinhou a sua posição pela Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP), que
enviou a todos os municípios uma minuta de uma providência cautelar para que possam contestar a intenção do Governo que, através de uma portaria publicada em abril, estipula uma retenção de cinco por cento do IMI para 2011 e 2012, com a justificação de fazer face a despesas de reavaliação dos prédios urbanos. No entanto, Jorge Pulido Valente, presidente da Câmara de Beja, garante que a verba que o Estado pretende retirar é “superior” à que vai gastar. O autarca bejense anunciou que a Câmara de Beja irá avançar com uma ação em tribunal contra esta medida, que é “ilegal” e um “abuso de poder”.
Os municípios podem também avançar para a cobrança do serviço prestado às Finanças, visto que muitas das avaliações estão a ser feitas por técnicos municipais, avançou Pós-de-Mina ao “Diário do Alentejo”. Na terça-feira, dia 15, Fernando Ruas, presidente da ANMP, foi recebido por Cavaco Silva, em Belém, e à saída da audiência informou os jornalistas de que o Presidente da República “está preocupado que, eventualmente, por falta das receitas adequadas, os municípios não possam exercer uma das suas ações mais importantes: a componente social”.
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O Grupo Coral de Baleizão assinala amanhã, sábado, na casa do povo, o seu 11.º aniversário, com um encontro de grupos corais. O evento tem início pelas 16 horas na rua José Vargas com um desfile a cargo dos grupos Coral Feminino Terra de Catarina, Coral e Desportivo da Freguesia de Monsaraz, Instrumental União Alentejana, Coral Alentejano O Sobreiro, Coral Feminino de Mombeja e Coral Masculino de Baleizão.
Diário do Alentejo 18 maio 2012
Grupo Coral de Baleizão comemora o 11.º aniversário
Jerónimo de Sousa participa em homenagem a Catarina Eufémia Jerónimo de Sousa, secretário-geral do PCP, participa no próximo domingo, dia 20, pelas 11 horas, em Baleizão, na tradicional romagem em homenagem a Catarina Eufémia, assassinada há 58 anos. O programa inclui uma ida ao cemitério para deposição de flores na campa de Catarina Eufémia, uma romagem a pé até ao largo que vai receber a atuação de grupos corais de Baleizão e o comício que vai ter como ponto alto a intervenção do secretário-geral.
Miguel Macedo anuncia decisão no Parlamento
Jornalista pede insolvência da Voz da Planície O jornalista Teixeira Correia, que pertenceu aos quadros da rádio Voz da Planície nos últimos 10 anos, interpôs a 24 de abril, junto do Tribunal de Beja, um pedido de insolvência coerciva da estação emissora bejense. Teixeira Correia e outros dois profissionais da Voz da Planície foram dispensados no início do ano. E segundo declarações do próprio, até à data ainda não lhe foram pagas as remunerações vencidas, nem a respetiva indeminização, num montante global que rondará os 12 mil euros. Justino Engana, diretor executivo da rádio Voz da Planície, reconhece a dívida e os direitos do trabalhador, mas garante que a situação atual não permite que a estação emissora possa cumprir os seus compromissos no imediato. Aliás, Justino Engana refere que este é um caso laboral que deve ser resolvido em acordo de partes no Tribunal de Trabalho, situação que até ao momento ainda não foi requerida pelo jornalista. “Avançar com uma ação deste género”, prossegue Engana, “serve apenas para criar mais um problema à rádio e não para resolver seja o que for”.
Recolha de resíduos no Terreiro dos Valentes impedida temporariamente Devido às obras de requalificação das Portas de Mértola, a Câmara Municipal de Beja diz que “temporariamente não é possível efetuar a recolha de resíduos no Terreiro dos Valentes”. “Dadas as características do local, torna-se inviável a colocação de contentores alternativos e respetiva recolha nos próximos meses”, pode ler-se num comunicado de imprensa. “Em alternativa, até que esta situação esteja solucionada, previsivelmente no início do mês de julho”, adianta a autarquia, poderão ser utilizados, entre outros, os moloks instalados junto à praça Diogo Fernandes de Beja, pousada de São Francisco, Liceu de Beja ou largo dos Correios.
EMAS introduz melhoria no tarifário de famílias numerosas A EMAS de Beja, no quadro da sua responsabilidade social, criou em 2011 um tarifário específico para famílias numerosas. “Da experiência deste primeiro ano de implementação”, adianta a empresa, “foi possível identificar e introduzir as melhorias necessárias que deram origem à implementação do novo tarifário, em vigor desde o início deste ano”. De acordo com a EMAS “trata-se de uma medida há muito ambicionada e que atinge agora um grau de maturidade importante, numa altura em que o número de famílias que beneficia desta medida está prestes a atingir as 50”. A empresa refere ainda que, “muito mais que um apoio direto, este tarifário destina-se essencialmente a garantir que as famílias numerosas não sejam penalizadas por terem consumos mais elevados, não por um uso pouco eficiente da água, mas por serem constituídas por um agregado familiar mais alargado”. Para o efeito, “são considerados todos os agregados familiares que tenham três ou mais filhos em residência comum com os seus ascendestes”.
Pessoal do STM Guiné 1962-1964 em almoço-convívio Realiza-se no próximo dia 26, em Beja, o almoço-convívio do pessoal do STM Guiné 1962-1964. O programa inclui missa de sufrágio “pelos camaradas já falecidos” (10 e 30 horas), uma visita à cidade de Beja acompanhada por uma técnica dos serviços da Comissão de Turismo, de Beja (11 e 30 horas), e o almoço-convívio no restaurante do Nerbe (13 e 30 horas). As inscrições poderão ser feitas até domingo, dia 20.
PSP no aeroporto de Beja
M
iguel Macedo, ministro da Administração Interna, anunciou esta semana no Parlamento que “em todos os aeroportos onde haja PUB
voos internacionais, a segurança passa a ser assegurada pela PSP”. O ministro da tutela afirmou aos deputados da comissão parlamentar dos
Assuntos Constitucionais, Liberdades e Garantias que esta clarificação de competências se colocou por causa do aeroporto de Beja, que está situado numa área da
responsabilidade da GNR. A decisão ministerial foi tomada no âmbito da alterações orgânicas que estão a ser feitas nas forças de segurança do País.
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Segurança no trabalho em debate em Beja
A Associação do Comércio, Serviços e Turismo do Distrito de Beja e a Centro-K promovem na próxima quinta-feira, dia 24, na Biblioteca Municipal José Saramago, em Beja, um seminário subordinado ao tema “Segurança no trabalho – atividades principais e obrigações dos empregadores”. Os trabalhos terão início pelas 14 e 30 horas, sendo a sessão de abertura presidida pelo secretário-geral da associação, Rui Matos, e pelo diretor regional sul da Centro-K, Álvaro Viegas. Seguem-se as intervenções
Jornadas Sénior animam concelho de Serpa O concelho de Serpa acolhe entre os dias 21 e 25 mais uma edição das Jornadas Sénior. Trata-se de uma iniciativa destinada à população sénior do concelho, que tem como áreas de atividade o desporto, o bem-estar, a saúde, a cultura e a cidadania. Durante a
Mina de S. Domingos vai ter pista de canoagem O Clube Náutico e a Câmara de Mértola vão construir uma pista de canoagem de velocidade na praia fluvial da Mina de São Domingos, num investimento de 300 mil euros para que o plano de água possa receber competições de velocidade. Segundo a Câmara de Mértola, o clube náutico e a autarquia já têm “financiamento garantido” do Programa de Desenvolvimento Rural (Proder) para “lançar a implantação” da pista de canoagem de velocidade na praia da Tapada Grande. O projeto, além da implantação das infraestruturas técnicas na água, prevê também melhorar as condições existentes em terra para a prática desportiva e usufruto da praia fluvial. A praia fluvial da Tapada Grande “é um local privilegiado” para a prática de canoagem. PUB
de Carlos Graça, inspetor principal da Autoridade para as Condições de Trabalho de Beja, José Pinela Gonçalves, presidente da delegação de Beja da Ordem dos Advogados, Rogério Nunes, professor no IPBeja, e Joana Nobre, técnica superior de segurança no trabalho do Centro-K. Já o encerramento do seminário estará a cargo do administrador da Centro-K, Gilberto Pedrosa, do presidente da Associação do Comércio de Beja, Francisco Carriço, e do presidente da Ambaal, José Maria Pós-de-Mina.
próxima semana serão desenvolvidas atividades em todas as freguesias, que incluem caminhadas, música, ateliês, sessões de sensibilização, desporto, TIC, peddypaper, exposições, teatro, cinema, yoga do riso, estética e cosmética e um baile da pinha, entre outras. A sessão de abertura terá lugar na segunda-feira, dia 21, com
uma mega aula de ginástica, às 9 e 30 horas, na praça da República, em Serpa, seguida da cerimónia oficial que dará início às dezenas de iniciativas promovidas pela câmara municipal, juntas de freguesia e movimento associativo concelhio, Hospital de S. Paulo e Ulsba – Centro de Saúde de Serpa.
Bancos não aceitam “repartição do risco”
Roquete ameaça parar com projeto turístico em Alqueva
A
s dificuldades de financiamento junto da banca, nomeadamente junto do BPI e da CGD, estão a levar José Roquete a “ponderar” desistir do megaprojeto turístico junto ao Alqueva, disse o empresário à comunicação social. O ex-presidente do Sporting e dono da herdade do Esporão precisa de 35 milhões de euros para concluir a primeira fase da obra, que já absorveu 55 milhões de euros, metade dos quais em capitais próprios.
Roquete lamenta que “apesar do Parque Alqueva ter sido classificado pelo Governo como Projeto de Interesse Estratégico Nacional em agosto de 2011, não foi ainda possível concluir o modelo de financiamento com adequada repartição de risco com os bancos financiadores”, o que o impede de “continuar a suportar esses custos, sem um modelo de financiamento aprovado”. Recentemente, em declarações ao “Público”, José Roquette contabilizou os custos com a paralisação da obra: “Este projeto está a
custar 12 mil euros por dia, o que em cada três meses perfaz um milhão. Tenho de fazer as contas e saber até onde é que os anéis podem ir, sem pôr em risco o fundamental. Esgotei a capacidade de intervenção e se não conseguir encontrar uma solução não tenho outra hipótese a não ser parar e parar de forma definitiva, com grande pesar meu”, afirmou. No entanto, José Roquete mostra-se otimista, pois, embora esteja “muito preocupado”, ainda acredita “ser possível chegar a um
acordo que permita continuar o projeto com adequada repartição do risco entre todos os intervenientes”, afirmou. Recorde-se que o investimento turístico de Roncão d’El Rei, nas margens do Alqueva, no concelho de Reguengos de Monsaraz, é visto como um projeto âncora do destino Alqueva e, em velocidade cruzeiro criará cerca de 200 empregos diretos e 300 indiretos. José Calixto, presidente do município, disse à Lusa estar a acompanhar o processo “com muita preocupação”.
O complexo petroquímico da Repsol Polímeros, instalado em Sines, encontra-se em paragem geral para manutenção, representando um investimento de 35 milhões de euros, divulgou a empresa. Durante a paragem da produção irão realizar-se “inspeções regulamentares a equipamentos e instalações, trabalhos de manutenção e implementação de investimentos para aumento da eficiência energética, redução de emissões e melhoria de segurança”, pode ler-se numa nota de imprensa.
Câmara de Aljustrel entregou material técnico e ortopédico a instituições socias do concelho A Câmara de Aljustrel entregou no final da semana passada à loja social, às instituições particulares de solidariedade social (IPSS) e misericórdias da rede social do concelho mais de 150 objetos de material técnico e ortopédico avaliados em 17 500 euros. No atual contexto de crise, “temos que agir mais do que nunca
De acordo com o mesmo documento, participam neste investimento em manutenção cerca de 70 empresas, tendo sido “privilegiadas, de forma significativa”, empresas da zona, “com um peso equivalente a 60 por cento do orçamento dos contratos de serviços”. Além dos funcionários do complexo petroquímico, estarão envolvidos na manutenção, segundo a empresa, mais de 1 500 trabalhadores “adicionais”. Os trabalhos deverão decorrer até ao início do mês de junho.
em termos sociais”, disse à Lusa o presidente do município, Nélson Brito, explicando que o material foi entregue no âmbito do projeto da autarquia “Aljustrel Concelho Solidário”. Além de ter entregado o material, a autarquia assinou protocolos com as misericórdias de Aljustrel e de Messejana e a Associação de Solidariedade Social de São João de Negrilhos, que preveem apoios do município a projetos das três instituições.
Operadores não se mostram animados com meses de verão
Costa alentejana perde turistas
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turismo na costa alentejana, que se estende desde Troia até ao limite sul do concelho de Odemira, está a sofrer com a crise e alguns empresários não acreditam em melhorias significativas nos meses de verão. Para Filomena Valério, diretora do Hotel Apartamento Porto Covo, situado em Porto Covo (Sines), as perspetivas para a época balnear que se avizinha são “preocupantes”. “A taxa de ocupação de junho a setembro costuma situar-se nos 80 por cento, pelo que prevemos um decréscimo de dois a quatro pontos percentuais”, explicou à Lusa. Segundo a responsável, os receios prendem-se com as medidas de austeridade já anunciadas pelo Governo: “O nosso mercado, a classe média, será certamente aquele que PUB
mais sofre com esta crise”. Efigénia Migueis Cachadinha, administradora do Comporta Village, disse que as receitas deste empreendimento localizado na Comporta (Alcácer do Sal) nos primeiros quatro meses deste ano decresceram 50 por cento relativamente ao mesmo período do ano passado. A gestora admitiu que se “mantenha a ocupação do mês de agosto”, com uma taxa de 98 por cento, mas em julho a taxa de ocupação não deverá ir além dos 65 por cento. Os receios dos responsáveis são corroborados pelos números disponibilizados à Lusa pelo presidente do Pólo Turístico do Litoral Alentejano, Carlos Beato. Neste primeiro trimestre, incluindo a Páscoa, a região registou
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Repsol investe 35 milhões em manutenção do complexo petroquímico
uma quebra de 15 a 16 por cento na procura interna e de 25 por cento entre os turistas espanhóis. Contudo, “os indicadores são ao contrário a nível dos mercados internacionais”, com um aumento entre 7,5 e 9 por cento de turistas oriundos de países como a Alemanha, Bélgica, França e Reino Unido. Carlos Beato afirmou-se “menos otimista” do que em 2011, mas disse continuar a “manter a esperança” para a época balnear que se avizinha, de 1 de junho a 15 de setembro. António de Sousa, proprietário do Camping Milfontes, em Vila Nova de Milfontes (Odemira), revelou uma tendência positiva na ocupação do seu parque de campismo. O empreendimento, “ao longo das últimas épocas balneares, tem registado consecutivamente um
ligeiro aumento da procura” e, segundo o empresário, este ano não deverá ser exceção. Tal pode ser explicado por “uma procura de alojamento a preços mais acessíveis, como os que oferecem o campismo, comparando com o alojamento hoteleiro”, disse. O Aqualuz Suite Hotel Apartamentos, localizado em Troia (Grândola), prevê uma taxa de ocupação em agosto de “83 por cento, ligeiramente acima da ocupação do ano anterior”. Para Agustin Macedo, diretor comercial do complexo, apesar de 90 por cento dos clientes serem portugueses, “a política de promoção do Aqualuz Suite Hotel Apartamentos está ajustada ao mercado e às vicissitudes desta fase económica adversa que todas as famílias atravessam”.
Deputados do PSD de Setúbal contra proposta para comarca do Alentejo Litoral Os deputados do PSD eleitos por Setúbal afirmam estar “preocupados com eventuais alterações no funcionamento da comarca do Alentejo Litoral”, tendo pedido esclarecimentos à ministra da Justiça no sentido de saber “se a proposta de alteração para esta comarca irá ser revista”. A comarca do Alentejo Litoral, com sede em Santiago do Cacém e abrangendo também os concelhos de Alcácer do Sal, Grândola, Odemira e Sines, faz parte do grupo de três comarcas-piloto que arrancaram em 2009, juntamente com Baixo Vouga e Grande Lisboa Noroeste. No Ensaio para a Reorganização da Estrutura Judiciária, documento que está em discussão pública, prevê-se a transferência das grandes instâncias cível e criminal para Setúbal e a extinção do tribunal de Sines.
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“Penso que não consigo ensinar isto a ninguém. Têm vindo enfermeiras e pessoas com estudos ter comigo. Passam cá um tempo. Observam, tento explicar qualquer coisa, mas não adianta. Não conseguem aprender”. Manuel Silva
Reportagem Endireitas. Toda a vida os houve e continuam a existir, embora a comunidade médica não os veja com bons olhos. O “Diário do Alentejo” esteve com três amanhas, que ganharam fama pelo seu jeito para encanar e compor ossos deslocados ou fraturados. Pelas mãos de Jorge Lota (dr. Jorge), Manuel Chaíça (Manuel barbeiro) e Manuel Silva (Ferreirinha) passam as dores de gentes que chegam de vários sítios do País, e até de Espanha, à procura de quem as ponha no lugar. Texto Bruna Soares Fotos José Ferrolho
Os amanhas de Ferreira, Serpa e São Luís
Os verdadeiros ossos do ofício O
termómetro deixa adivinhar um dia quente. Às 10 horas já marca 25 graus. Os homens que se avistam nas pastagens, de mangas arregaçadas e camisas abertas, não escondem o calor, até porque lhes transparece nas gotas de água que lhes escorrem pela cara, que se enrugou pelo sol. O gado passeia-se no campo e junto a ele está Jorge Lota. Tem o seu rebanho por companhia, mas à sua espera, no monte de barra amarela que se abeira à estrada, perto de Ferreira do Alentejo, já estão umas quantas pessoas, doídas pelas maleitas e desarranjos do corpo. Pelos maus jeitos. Uma mulher pergunta pela casa do endireita, enquanto o marido estaciona o carro, embora seja ele que tenha aquela maldita pontada nas costas, que insiste em não desaparecer. Quem está acena positivamente com a cabeça. No chão repousam vários cães, pachorrentos como a manhã que acordou. Jorge Lota, corpulento, de boina na cabeça e calças sujas pelo trabalho na terra, chega na sua carrinha de caixa aberta. O cigarro trá-lo aceso, mas rápido o repousa no cinzeiro. “Bom dia minha gente”. É assim que cumprimenta quem está. Sem desacelerar o passo segue em direção ao banco que acolherá todos aqueles que estão doloridos. Lembra-se do homem que estacionava
Isto de “consertar” pessoas tem muito que se lhe diga. Não é qualquer um que pode fazer isto. Mexer no corpo de uma pessoa é uma tarefa muito delicada e de muita responsabilidade. Não se explica, não se ensina. Ou se tem aptidão ou não se tem”. Jorge Lota
Manuel Silva (Ferreirinha) Neto e filho de amanhas desde cedo percebeu o jeito de endireitar
o carro? É o primeiro a sentar-se. Jorge Lota passa-lhe os dedos pelas costas. Uma e outra vez. Pensa e não diz uma palavra, enquanto a mulher do homem dolente explica todas as quedas que o marido deu, mesmo que já tenham sido há mais de 20 anos. Um puxão, outro, e, por fim, uma palavra. “Você custa-lhe a respirar, cansa-se muito?”, pergunta Jorge Lota. A mulher antecipa-se e responde. “Sim é verdade, se for para levantar pesos fica logo branco. Agora, a andar não se cansa. Isso anda melhor do que eu”. A conversa prossegue. Mais um esticão. Está pronto. Pode seguir viagem. O próximo magoado senta-se. “Este é um desmancho fácil. Só aqui um jeitinho e está bom”, afirma. Mas como começou esta vida de endireita? “Há 40 anos que faço isto. Não aprendi praticamente com ninguém. Quando era rapaz a nossa vida era difícil, ainda mais do que é hoje, e uma pessoa precisa de ter ideias. Comecei a fazer isto e pegou, mas pegou porque sabia o que fazia”, conta Jorge Lota. E acrescenta: “Pegou tanto, que me alcunharam de ‘dr. Jorge’”. Isto de “consertar” pessoas, segundo o endireita, “tem muito que se lhe diga”. “Não é qualquer um que pode fazer isto. Mexer no corpo de uma pessoa é uma tarefa muito delicada e de muita responsabilidade. Não se explica, não se ensina. Ou se tem aptidão ou não se tem”, assegura.
Entretanto, já tem entre mãos as dores de mais uma mulher. É uma picada debaixo do peito que a incomoda. Jorge Lota volta a passar a mão pelas costas. Abraça a mulher e dá-lhe um aperto no peito. “Já me passou de tudo pelas mãos”, diz. Mas, de acordo com Jorge Lota, “há também quem chegue aqui e não tenha nada”. “Vejo logo quando estou perante um caso desses. Às vezes o mal está na cabeça das pessoas. Tenho de ser um bocadinho de tudo. De endireita, de psicólogo”, conta. Garante que não recusa ajuda a ninguém e que, por esse motivo, mal tem tempo para si. E reforça: “Como é que eu posso deixar isto se me aparecem aqui pessoas de todos os sítios do País? Até espanhóis aqui chegam”. De Serpa também chegam notícias de um endireita. De Ferreira do Alentejo à Cidade Branca são 54 quilómetros de distância. As temperaturas às 14 horas já subiram. O termómetro fixa-se agora nos 32 graus. Nas ruas pouca gente se avista. Perguntamos pelo endireita da terra e rapidamente respondem: “É o Manuel barbeiro”. Trata-se, na verdade, de Manuel Chaíça, que, como já se pode adivinhar, para além das técnicas de corte de cabelo e barba, sabe da arte de meter pessoas no lugar. Não há letreiro algum que anuncie a barbearia, tal como não existe nenhum que apregoe o seu dom para tratar lesões ósseas.
Manue Chaíça (Manuel barbeiro) Corta cabelos e endireita pessoas na sua barbearia
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Jorge Lota (dr. Jorge) Há mais de 40 anos que lhe passam pelas mãos as dores de quem o procura
Apenas uma porta verde aberta. Uma cadeira de barbeiro, bem como a bancada repleta de pincéis, navalhas, aftershave e afins. E no topo um quadro com uma fotografia da equipa do seu coração, o Benfica. Quem o vê assim, vestido de bata branca e com os óculos pendurados, bem lhe pode parecer que está na frente de um médico. “Não sou. Não sou médico. Tenho este dom e tenho a obrigação de ajudar as pessoas, embora existam médicos que reconhecem este meu jeito”. É assim que começa a conversa Manuel Chaíça, que dá jeito às dores dos outros há pelo menos 13 anos. “Passo os dedos e sinto. Isto não se aprende. Isto é um dom”. Insistimos e explica: “Chega aqui uma pessoa qualquer. Basta-me jogar, por exemplo, as mãos às costas. A pessoa diz-me onde lhe dói e eu consigo apanhar o mal. Melhor, os meus dedos é que o apanham”. Na fila de espera apenas clientes para cortar o cabelo, mas a explicação, essa, surge rapidamente. “Desde há uma semana que não posso amanhar ninguém. Fui contra um bico de um móvel e tenho uma dor no peito. Quase não posso comigo, quanto mais com os outros. Enquanto isto não passar não posso atender ninguém, com muita pena minha, porque eu não gosto de recusar”. É aqui, na sua barbearia, que atende quem chega. “Tanto os posso sentar ali naquela cadeira, como nesta de cortar cabelo, consoante o que for preciso fazer. Às vezes até no chão. Isto depende muito. Tenho dias que tenho aqui mais gente cheia de dores do que clientes para cortar o cabelo”, garante Manuel Chaíça. Um dos filhos, garante, “já se encantou por este dom”. “Pede-me várias vezes para o ensinar, mas eu não o posso ensinar. Isto não se ensina”. Ao fundo o rádio debita músicas. Manuel Chaíça continua a cortar cabelos, uns cortes mais audazes, outros apenas à máquina zero. “As pessoas começaram a perceber que tinha este dom e foram aparecendo. A palavra transmitiu-se de boca em boca e chega-me aqui gente de todo o lado”, conta o
endireita. Tanto é que não esquece o dia em que um autocarro cheio de gente lhe chegou à porta vindo dos lados de Cascais. “Uma excursão. Quando vi o que tinha à porta nem queria acreditar”, conta. Quem acreditou bem cedo no dom que tinha foi Manuel Ferreira Silva, mais conhecido por “Ferreirinha”. Seguimos viagem. Desta vez em direção a Castelão, freguesia de São Luís, Odemira. Nascido numa família de endireitas, filho e neto da arte de saber amanhar, cedo se apercebeu que o dom de alinhar os ossos também o tinha. Em pequeno observava, mas foi no dia que partiu uma perna em dois sítios, depois de ter levado a marrada de um boi, que despertou para a arte de meter no lugar. “O meu pai é que me amanhou. Meteu-me os ossos no lugar. Meteu talas e meias cheias de areia. Mais tarde parti um braço e estes problemas despertaram-me para este dom”, conta Manuel Silva. À sua porta vão parando carros, uns atrás dos outros. Um homem, com a mão no peito, abeira-se. “Sr. Ferreirinha tem de ver o que eu tenho”, avisa. “Certamente”, responde o endireita. “Sente-se ali no banco”, acrescenta. “Andei a carregar umas caixas de feijão. Dei um jeito e quase não me dou mexido”, conta o homem, que ora fecha, ora arregala os olhos. O endireita pega nos pulsos do mal amanhado. Estica-lhe os braços. Um puxão e diz: “Já está no lugar”. A conversa prossegue. “Isto não é aprendido. Isto é inato. Nasce connosco. Há os cantadores, os poetas e depois há os que têm este dom e há os que têm tantos outros”, explica Ferreirinha, concluindo: “Penso que não consigo ensinar isto a ninguém. Têm vindo enfermeiras e pessoas com estudos ter comigo. Passam cá um tempo. Observam, tento explicar qualquer coisa, mas não adianta. Não conseguem aprender. Julgo, então, que não conseguirei ensinar isto a ninguém”. Um novo carro aproxima-se do portão. Mais um candidato ao banco do sr. Ferreirinha. Não tarda que chegue outro. “Isto, normalmente, é sempre assim. Há
“Passo os dedos e sinto. Isto não se aprende. Isto é um dom”. Chega aqui uma pessoa qualquer. Basta-me jogar, por exemplo, as mãos às costas. A pessoa diz-me onde lhe dói e eu consigo apanhar o mal. Melhor, os meus dedos é que o apanham”. Manuel Chaíça
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sempre alguém a precisar”, explica o endireita, que só não alinha gente aos feriados e aos domingos à tarde. Manuel Silva há 20 anos que se dedica a esta atividade. “O meu pai faleceu e depois fiquei eu. Depois do meu pai morrer as pessoas nunca mais me deixaram”. Antes, no entanto, já fazia qualquer coisa. “Amanhei uns quantos moços. Trabalhava com eles e quando era preciso metia-os no lugar”, conta. Mais um carro, mais um desarranjo. “Tenho casos difíceis, mas estes que estão a ver são coisas muito fáceis graças a Deus. Com um jeitinho e as pessoas ficam boas”, conta o homem. Castelão fica a meio caminho. Entre São Luís e Odemira. E o caminho há muito que é procurado por muitos doídos à procura de cura. Chegam de norte a sul. Jorge Lota (dr. Jorge), Manuel Chaíça (Manuel barbeiro) e Manuel Silva (Ferreirinha). Três endireitas que garantem que não cobram nada a ninguém. Aqui, asseguram, “só dá algo quem quer e se entender que o deve dar”.
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Não abandonei o PSD e não estou cansado nem desiludido (…) Não saio nem desiludido, nem magoado, nem ferido, nem cansado, nem aborrecido, absolutamente nada! João Paulo Ramôa ao “Correio Alentejo”, 11 de maio de 2012
Celebra-se hoje o DIA INTERNACIONAL DOS MUSEUS. Numa altura em que se agiganta a guerra partidária em torno do Museu Regional de Beja, em prejuízo único desta instituição e dos seus colaboradores, não deixa de ser louvável que a Rede de Museus do Distrito de Beja, que junta cerca de meia centena de espaços museológicos em 12 concelhos diferentes, apareça agora cheia de vitalidade e com novas e boas ideias para levar as pessoas aos museus. PB
Opinião
Bernardo e Beatriz José Filipe Murteira Professor
A
o longo dos quase 15 anos em que trabalhei na área da Cultura da Câmara Municipal de Beja, e em particular nos últimos cinco e meio, na programação do Pax Julia, uma das coisas que mais me agradava era o contacto que tinha com os artistas (da música, do teatro, da dança) que aqui se deslocavam para apresentar os seus trabalhos. Esse conhecimento, rico do ponto de vista pessoal e profissional, serviu também para comprovar algo que, não existindo apenas do setor das Artes, se aplica neste, de uma forma bem visível: com algumas exceções, é claro, os melhores distinguem-se dos outros não só pelas suas qualidades artísticas, mas, sobretudo, pelas suas qualidades humanas. Em vez da distância, cultivam a simpatia e a proximidade, no lugar da arrogância, a simplicidade de quem sabe que é o talento que conquista o público e não essas posturas de pseudo vedetas. Conheci, assim, o Bernardo (Sasseti) e a Beatriz (Batarda), artistas dos melhores nas suas áreas (música e teatro/cinema) e que, nas horas que partilhavam connosco no teatro (nos ensaios e nos momentos de descompressão após os espetáculos), demonstravam as suas intrínsecas qualidades humanas. A Beatriz esteve por duas vezes no Pax Julia. Na primeira interpretou um monólogo – “De homem para homem” –, a 17 de junho de 2009, no 4.º aniversário da reabertura desse espaço. Um texto forte, uma interpretação arrebatadora, de uma grande entrega, que deixou a todos, atriz e público, sem fôlego. Em julho de 2010, não estando presente fisicamente, deixava essa sua marca, como encenadora da peça “Olá e Adeusinho”. O Bernardo visitou-nos três vezes. A primeira em maio de 2008, a solo, num espetáculo integrado no InJazz, festival descentralizado por várias localidades. A segunda, em fevereiro de 2011, com o Trio a quem dava o nome, composto ainda por outros dois excelentes músicos, o Carlos Barreto e o Alexandre Frazão. Estes dois espetáculos tiveram em comum duas outras das paixões do Bernardo, a fotografia e o cinema, já que ambos incluíram fotos suas, incluídas em apresentação multimédia e em curtas metragens. A terceira apresentação deu-se ainda não há um ano, em junho de 2011. Tal como na segunda já eu não trabalhava no Pax Julia, ainda que tivesse programado ambas (a terceira foi mesmo o último espetáculo que programei). Nesta última o Bernardo compôs e interpretou as músicas que acompanharam as coreografias dos mais importantes nomes da dança nacional, como Olga Roriz, Rui Horta ou Paulo Ribeiro. Tratou-se de uma produção da Companhia Nacional de Bailado, com o título “Uma coisa em forma de assim”, onde foi possível assistir de novo ao seu grande virtuosismo, através de músicas criadas para estilos bem diferentes, para um, dois ou vários bailarinos. Ficou na memória de todos a que assistiram o “diálogo” entre o pianista e dois bailarinos que, invadindo o seu espaço, fizeram do piano o seu palco, numa magnífica fusão de corpos e sons. Foi apenas quando esteve em Beja o Bernardo Sasseti Trio que soube que era casado com a Beatriz, já que esta e as duas filhas de ambos o acompanharam na sua deslocação à nossa cidade. E foi também no final desse espetáculo, quando conversávamos sobre vários temas, desde a reação dos espectadores aos momentos menos bons que a Cultura já nessa altura atravessava, que o Bernardo disse algo que me (nos) deixou atónitos e satisfeitos: que gostava muito de atuar no Pax Julia, onde era sempre bem acolhido, pelos profissionais e pelo público, tendo este uma postura de atenção, respeito e afeto que lhe agradava, e que, graças a
isso e às excelentes condições acústicas do espaço, talvez um dia viesse aqui gravar um disco a solo. Não sei se, com tantos projetos em que estava sempre envolvido, o Bernardo se iria lembrar dessas palavras e se o tal disco não passaria apenas de mais um momento de entusiasmo tão próprio dele. Sei é que, numa sexta-feira, à hora do almoço, a notícia chegou pela TV. Notícia cruel, bruta, estúpida: o Bernardo não gravaria mais, nem esse nem outros discos, não viria uma quarta vez ao Pax, não encantaria os bejenses com os acordes que saíam, qual passe de magia, das suas mãos únicas, a Beatriz e as filhas não o acompanhariam mais, alegrando os seus momentos, antes e após os espetáculos. O Bernardo partira. Em memória do Bernardo. Em solidariedade com a Beatriz.
O longo inverno dos mineiros de Aljustrel
nos agride. Não, não estamos satisfeitos, estamos em apatia, observando, distantes, a forma como o País se carcome a si mesmo. Não, não estamos felizes, estamos em desesperança profunda, simplesmente ainda não conseguimos ter, nem por um momento, a mesma valentia dos mineiros de Aljustrel daquele longo inverno de há 90 anos.
O plano tecnológico esqueceu-se do YouTube? António Ceia da Silva Presidente da Turismo do Alentejo
A N
Marcos Aguiar Licenciado em Psicologia
a passagem de 1922 para 1923, os mineiros da minha terra – Aljustrel – estiveram quatro meses em greve. Quatro meses que figuram na história do movimento anarcossindicalista como uma das mais longas paralisações de sempre, que colheu solidariedade em todo o País e, inclusivamente, além-fronteiras, junto do operariado do mundo industrializado de então. Muitos se identificaram com a causa dos mineiros de Aljustrel, documentada diariamente no jornal “A Batalha”, destacando-se um episódio, em particular, que me entusiasma e comove sempre que o evoco. Tendo-se a greve arrastado por tanto tempo, a CGT (Confederação Geral do Trabalho) apelou ao proletariado nacional para que apoiasse os mineiros, ajudando os filhos dos grevistas. Assim, durante a greve dos mineiros de Aljustrel, mais de 200 crianças foram colocadas em comboios para serem recebidas e alimentadas pelos operários de Lisboa. A cargo do operariado de Beja ficaram 25 crianças e no Barreiro mais 50. Imagine-se um cortejo de centenas e centenas de pessoas em sofrimentos profundo, percorrendo o percurso que separa Aljustrel da estação de comboios do Carregueiro, para expedir voluntariamente os filhos da terra para as mãos de estranhos. Afigure-se o desespero que levou esta gente a tomar medidas tão extremas para proteger as suas crianças da miséria que a greve pressupunha. Invoque-se o medo que esta gente foi obrigada a dominar, tratando-se de tempos em que as greves eram reprimidas através do despedimento sumário e, não poucas vezes, pela violência e prisão. Como é possível correr assim o risco de perder o pouco que se tem? Quem eram estas pessoas anónimas que afrontaram a todo-poderosa empresa mineira estrageira? Mas o que moveu os meus conterrâneos para este gesto de afirmação social que envolveu tantos perigos? A resposta é complexa e ao mesmo tempo muito simples – a desesperança! Foi a desesperança perante as horríveis condições de trabalho e os baixos salários que levou esta gente simples a agir de forma tão radical. Em Aljustrel, no inverno de 1922/1923, da desesperança, nasceram heróis que, vencida a luta contra a prepotência do patrão estrageiro, foram aclamados em todo o mundo industrializado como um exemplo a seguir. Hoje, em Portugal, o desânimo é generalizado, ao ponto de alguns confundirem a “paz podre” que vivemos com a aceitação social das indignidades que nos são impostas. Não, não estamos em paz, estamos em torpor, incapazes de reagir a quem
ssistimos em Portugal, nos últimos anos, a um esforço significativo em colocar o País na rota dos descobrimentos das novas tecnologias, esforço que obviamente reconheço como muito positivo. Mas curiosamente ou não há ainda muito a fazer. Há dias falava com um empresário que mostrava a sua preocupação em gerir com eficácia as redes sociais, o Trip Advisor e a facilidade e velocidade com que a informação circula. Hoje não basta ter qualidade, é necessário transportar essa qualidade em termos de imagem e de comunicação. Não basta ser bom, é preciso transmiti-lo ao mercado. Nós, na Turismo do Alentejo, fizemos o nosso caminho, a primeira página oficial das ERT no Facebook com tratamento personalizado e fortemente atualizado, investimento nas redes sociais, rede de informação turística regional, georeferenciação, informação nos telemóveis, enfim, o nosso plano tecnológico. Também para a nossa campanha “O Alentejo Dá-lhe Tudo” investimos num ambicioso plano de comunicação on line, com trabalho de posicionamento do site visitalentejo, anúncios no Facebook e em sites especializados de viagens associados ao Google. Mas deixem-me contar-vos a história do canal YouTube, sim, não é uma anedota, é mesmo verdade. Na linha do que vos falei preparávamo-nos para ter um canal personalizado no YouTube. No entanto, o Alentejo e qualquer outra região de Portugal não pode ter um canal personalizado na rede social YouTube – o chamado Brand Channel – porque não existe até à data ambiente legal em Portugal que permita essa disponibilização na Internet. Só para terem uma ideia, os canais personalizados do You Tube em Espanha constituem uma realidade há três anos. Dá para perguntar se de facto temos encarado a importância do mundo on line para a promoção turística de Portugal. Definimos a necessidade e o objetivo, na linha das melhores práticas internacionais, construímos um bom produto, elogiado pelos nossos empresários, mas deparámo-nos com as típicas barreiras que atrapalham o nosso desenvolvimento. Registo com enorme satisfação as recentes palavras da secretária de Estado do Turismo que elevou ao estatuto de prioridade a promoção turística através do on line e particularmente pelo recurso às redes sociais, sim este tem de ser o caminho. Mas para terem uma noção mais global verifiquem que não é só a Espanha que tem um canal personalizado no YouTube, o Brasil tem, e até o Vaticano, mas a Turismo do Alentejo não pode ter. Não vamos desistir. Como dizia Churchill, “nunca, nunca desistas”. E vamos claramente assumir mais uma vez a importância do posicionamento on line e tudo faremos para que seja possível em Portugal, em breve, apresentarmos este canal.
Há 50 anos Da escassez de comboios à luta feroz entre burros
A
edição de 17 de maio do “Diário do Alentejo” abordava um assunto recorrente nesse tempo... tal como agora: os deficientes caminhos-de-ferro servindo Beja. Intitulada “Para quando a melhoria das ligações ferroviárias entre o Baixo-Alentejo [assim mesmo, com hífen] e o Algarve?”, a “Nota do Dia” era muito crítica. Aliás, essa era uma regra: sujeito à censura do regime fascista, o jornal “vingava-se” nos dois ou três espaços de opinião que mantinha regularmente e, aí, tinha posições mais abertas sobretudo em relação a questões locais e regionais. Leia-se, então, como há meio século já se protestava contra a discriminação do distrito de Beja, neste caso no setor dos transportes: “Com a proximidade da época balnear, voltam a ter a maior actualidade e a oferecer aspectos mais graves as deficiências das ligações ferroviárias entre o Baixo-Alentejo e o Algarve, províncias de ‘fronteiras’ comuns e naturalmente ligadas por estreitas ligações comerciais e turísticas. É problema que se arrasta desde há longo tempo, sem solução conveniente e perante uma passividade que impressiona, sobretudo pelo significado que tem que se lhe dar. Nem ao menos foi ventilado, nos últimos tempos, na Assembleia Nacional, onde qualquer intervenção nesse sentido talvez tivesse o mérito de despertar a atenção dos poderes governativos, levando-os a forçar as providências que flagrantemente se impõem. Melhoraram-se há cerca de dois anos os serviços ferroviários entre Lisboa e o Algarve, pelo Vale do Sado, sem que a nossa região tirasse qualquer benefício desses novos horários, quando bastava que fosse assegurada uma fácil ligação entre a Estação da Funcheira e Beja! Práticamente, as comunicações entre este distrito e o de Faro continuam a ser as mesmas de há mais de 20 anos! Quando terminará esta anacrónica e prejudicial situação?”. A primeira página do jornal trazia, nesse dia, notícias da região, do País e do estrangeiro, mais um texto sobre “O estado das culturas” e informação desportiva. E contava “O caso invulgar de dois asininos que morreram após luta feroz de corpo a corpo!...”, em Santo Aleixo da Restauração. O artigo descrevia o episódio ocorrido na herdade da “Cabeça de Porco”, naquela freguesia do concelho de Moura, e, filosoficamente, explicava o destaque dado aos burros “(...) não porque os homens não sejam capazes de fazer ainda pior, mas porque é raro os animais procederem como a maioria dos ‘homens lobos dos homens’”. Carlos Lopes Pereira
A Câmara Municipal de Beja avançou esta semana com uma ação em tribunal para impedir o Governo de reter cinco por cento do IMI. Após esta deliberação, dezenas de outras autarquias do País encetaram ações semelhantes. Abrindo um verdadeiro braço de ferro entre o poder executivo e autárquico. Com vantagem à partida, pelo menos em termos morais, para aqueles que defendem a autonomia do poder de proximidade. PB
15 Diário do Alentejo 18 maio 2012
E por falar em guerras partidárias, vãs, em torno do nosso património, é tristemente assinalável a batalha que a CDU e o PS bejense estão a travar em torno do núcleo museológico da igreja de SANTO AMARO. Lá onde reside um dos mais importantes espólios de arte visigótica da Europa. O edifício está em muito más condições de uso. Mas os políticos da terra estão mais interessados em esgrimir responsabilidades, em vez de resolver definitivamente os problemas. PB
A troika não conhece o País nem a sua história milenar. Não conhece os problemas sociais deste povo. Não conhece as vilas e aldeias do interior. Não conhece a nossa população envelhecida; não conhece as reformas de miséria de mais de um terço dos portugueses (…) O País acorda todos os dias com mais falências e mais desempregados. O sussurro da revolta ouve-se já como sinal de graves consequências de um momento para o outro. Madeira Piçarra, “Diário do Sul”, 16 de maio de 2012
Cartas ao diretor sempre a considerou um sanatório e o Morreu coração da cidade de Beja. campo da ação cultural foi, duo Zé Silvestre ranteNomuitos anos, um dedicado coManuel Dias Horta Beja
Nada! É nada! Tudo passa! Tudo morre! Morreu o Zé Silvestre. Nascido e criado na Cabeça Gorda. Na mesma se findou. Durante muitos anos empregado na loja dos irmãos Figueira. Poderia ter sido um Zé, entre tantos Zés da aldeia ou da cidade, mas as manifestações de pesar, o número de amigos e conhecidos que acorreu a acompanhá-lo à última morada significa que era um Zé e mais qualquer coisa. A expressão da pureza dos sentimentos tem um valor muito mais elevado do que a distribuição de uma medalha mereça ela consenso ou não. Conheci bem o Zé Silvestre. Ou à esquina da Casa do Povo, lá na aldeia, a contar anedotas e a falar do Ferrobico ou do Castrense, a eterna paixão que tinha pelo futebol regional. Ou a tagarelar com os vizinhos barbeiros, no outro lado da rua, a quem todas as manhãs dava os bons dias. Num dia diferente dos outros dias chegou a morte, implacável, estúpida e brutal, marcou-lhe a hora e o que era vida, agora, é nada. Paz à sua alma.
Dr. Augusto Luiz Pinheiro Luciano Raimundo Beja
O dr. Pinheiro durante muitos anos exerceu a profissão de médico de clínica geral, com muita dedicação e competência, no antigo edifício antituberculoso, no centro de saúde e no seu consultório particular. A sua especialidade era o tratamento da doença da tuberculose, tendo sido ele próprio um tuberculoso que foi internado num sanatório. Conseguiu curar algumas pessoas desta terrível doença (felizmente, nos nossos tempos, já há cura para esta doença). Acontece que presentemente esta doença está a alastrar assustadoramente neste país. Um dia, o dr. Pinheiro foi visto cerca das sete horas da manhã, ao longo da mata municipal, numa caminhada. Alguém lhe perguntou o que fazia àquela hora na mata. Ele respondeu: “Muitas vezes à mesma hora venho fazer a caminhada, para respirar o ar puro da mata”, porque esta mata
laborador na Casa da Cultura e no Conservatório Musical. Na Capricho, onde era associado, fez grandes conferências, sendo ele o conferencista com a assistência de entidades oficiais, sócios da coletividade e seus familiares, sempre com a sala cheia. Organizou uma triunfal embaixada à Sociedade Incrível Almadense, fazendo deslocar em dois autocarros a banda de música, composta de 40 músicos, e o grupo coral com um numeroso grupo de figurantes. Estavam muito bem ensaiados, atuando com muito agrado da numerosa assistência. Na assistência viam-se muitos alentejanos que se entusiasmaram a acompanhar o grupo coral. Foi de facto um grande dia para a Capricho, que deu bom nome à cidade de Beja. No final do espetáculo, a direção da Sociedade Incrível Almadense ofereceu um abundante jantar a todos os elementos. O dr. Pinheiro, na qualidade de presidente da direção da Sociedade Filarmónica Capricho Bejense, conseguiu uma atuação do grupo coral dirigido pelo famoso maestro Lopes Graça, que foi recebido com muito agrado pela numerosa assistência. Deslocou-se algumas vezes a Lisboa para convidar a famosa fadista Amália Rodrigues para dar um espetáculo no salão da Capricho, ou talvez no cinema Pax Julia, mas ela nunca apareceu, o que lhe pareceu muito mal, com o propósito de arranjar fundos para a compra de novos fardamentos e instrumentos para a banda. O dr. Pinheiro ofereceu à Capricho, para a biblioteca, muitas valiosas obras, porque gostaria que os sócios se interessassem pela sua leitura, mas não tiveram interesse na leitura. O dr. Pinheiro, como presidente da direção da Capricho, ordenou ao contínuo a imediata retirada da sala de jogos, a mesa onde era disputado o jogo de azar, o chamado jogo do “burro”, porque estava informado de que alguns jogadores perdiam os ordenados mensais, deixando as famílias sem dinheiro para o governo da casa. Os jogadores do chamado jogo do “burro” chegavam a jogar até ao dia seguinte, até aparecer o sol. A maioria dos sócios apoiou esta acertada decisão do presidente da direção. Devia ter sido há mais tempo. Ele e a esposa selecionavam os espetáculos de caráter cultural que se realizavam no cinema Pax Julia. O dr. Pinheiro convenceu a esposa a criar um grupo coral infantil, mas os
ensaios pouco tempo duraram, apesar de ser oferecidas nos ensaios guloseimas às crianças. Elas pretendiam mais as brincadeiras de rua e não queriam estar em recintos fechados. Não temos a menor dúvida em afirmar que o dr. Augusto Luiz Henriques Pinheiro foi um grande amigo da Sociedade Filarmónica Capricho Bejense, onde deixou obra feita que é para sempre recordar. Nota: Curiosamente o dr. Pinheiro pedia sempre que quando escrevesse o seu nome Luís fosse escrito com “z” e não com “s”. Foi satisfeito o seu desejo. Por fim só nos resta prestar uma merecida e justa homenagem ao falecido e saudoso dr. Augusto Luiz Henriques Pinheiro, que tanta falta faz à cidade de Beja.
Terras Sem Sombra Rui Guedes Lisboa
Li com grande interesse a peça dedicada à presença do Festival Terras Sem Sombra em Grândola. Este festival está a afirmar-se como uma das iniciativas mais válidas da cultura portuguesa nos últimos anos e presta brilhantes serviços ao Alentejo. Conseguir reunir uma programação musical de altíssimo nível, a cargo de um diretor artístico com o gabarito internacional do maestro Paolo Pinamonti, é um feito. Associar-lhe uma plêiade de figuras ilustres, com o ex-ministro Armando Sevinate Pinto à cabeça do conselho de curadores, é uma atitude integradora ao serviço da região, que revela grande inteligência. Estabelecer um triângulo extremamente ativo entre música, património cultural e salvaguarda da biodiversidade é dar um passo pioneiro, ousado mas seguro, que denota vistas largas. O nosso território encontra no trabalho discreto e eficiente – sem alardes políticos, sem proselitismos – do Departamento do Património Histórico e Artístico da Diocese de Beja um dos seus melhores embaixadores. O diretor deste organismo, formado quase totalmente por voluntários, professor doutor José António Falcão, é indiscutivelmente um dos rostos mais destacados da cultura e da sociedade não só do Alentejo, mas também do País. Saber combinar caráter, competência, formação e raízes familiares é algo pouco usual entre nós. Suscita, naturalmente, respeito e admiração.
16 Diário do Alentejo 18 maio 2012
Chegamos agora a 2012 e dizemos: queríamos evitar a perda de população, continuamos a tê-la; queríamos reduzir o problema do envelhecimento, continuamos a tê-lo; queríamos mais investimento económico e não o temos; queríamos mais emprego e não o temos.
Entrevista O presidente da Comissão de
António Dieb é o novo presidente da Ccdra
Coordenação e Desenvolvimento
“Temos sido incapazes de atrair investimento”
Regional do Alentejo (Ccdra), que gere a atribuição dos fundos comunitários do InAlentejo, tomou posse há três meses. Em entrevista exclusiva ao “Diário do Alentejo”, revela que vai fazer uma “avaliação dos investimentos públicos na região” nos últimos 26 anos e procurar uma estratégia de desenvolvimento que passa por “investimento produtivo e gerador de mão de obra qualificada”. Texto Carlos Júlio Foto Nuno Veiga
Quando as comissões de coordenação foram criadas tinham em vista dar conteúdo a um patamar intermédio, de nível regional, centrado no planeamento e na coordenação dos vários aspetos da administração do território. Hoje essa é uma característica que parece ter perdido importância.
Acho que sim e na minha perspetiva isso foi negativo, mais para os próprios territórios e para
as populações, do que para as comissões de coordenação. Muitas vezes nota-se que não existe uma articulação entre os níveis de planeamento local e nacional. Os projetos podem ser excelentes, mas é preciso que as vontades locais se articulem ao nível regional e tenham em conta aquilo que é o planeamento nacional. Por isso, as comissões de coordenação terão que ganhar muito rapidamente, de novo, este papel. O PROT (Plano Regional de Ordenamento do Território) Alentejo está a funcionar, mas tem sido alvo de muitas críticas, sobretudo por parte dos autarcas. Prevê-se alguma revisão deste programa?
O Alentejo pode orgulhar-se de ter sido a primeira região a ver aprovado o seu PROT, que é um programa que continua a exigir muito esforço e grande necessidade de conciliação de vontades. Este PROT marcou também o início da concretização de um instrumento de gestão do território novo e inovador. Por isso mesmo foi difícil de negociar e de concretizar. Tem com certeza muitas insuficiências, algumas delas ficaram bastantes claras nas críticas que foram feitas na altura, mas tem pelo menos um grande mérito que é o de todos sabermos com o que contamos. Falar da revisão de um instrumento que está em vigor há tão pouco tempo não faz qualquer sentido. O quadro de pessoal da Ccdra é considerado por muitos excessivo.Vai haver redução de pessoal?
Não. As reduções que se vão verificar têm exclusivamente a ver com aquilo que forem as passagens à aposentação ou com aquilo que for a vontade de algum colaborador de iniciar nova fase de vida. O InAlentejo está a correr, na sua opinião, como devia, ou há afinações a fazer?
É reconhecido por todos os promotores que o InAlentejo não e st á a correr como devia e como ambicionávamos. Isso tem
a ver com a taxa de execução muito baixa?
Estávamos com uma taxa de execução em abril de 26 por cento, com um baixíssimo valor de certificação de despesa, com grandes incertezas ao nível da capacidade de muitos compromissos que foram assumidos por vários promotores virem a ser cumpridos e temos apenas cerca de dois anos e meio para recuperar tudo isto. É de facto um problema que temos em mãos. Vamos ter que aumentar significativamente a execução, vamos ter que aumentar a certificação e a validação da despesa junto das autoridades comunitárias, vamos ter que levar os nossos promotores (câmaras municipais, empresas e outros) a perceberem que não vale a pena comprometerem-se com tudo, mas apenas com aquilo que seja absolutamente essencial e que tenham capacidade para realizar. O que é preciso mudar no InAlentejo?
Duas notas. Primeiro, as câmaras municipais, que são um dos agentes primordiais destes investimentos e que têm um programa próprio com a contratualização junto das comunidades intermunicipais, vão ter que fazer neste tempo que nos resta um esforço maior de racionalidade. Têm que perceber que não podem ter uma carteira de seis, 10, 12 projetos para executar até ao fim deste quadro comunitário. Têm que se concentrar em três ou quatro prioridades que levem até ao fim. Isto porque não há tempo nem há dinheiro. E a segunda nota?
As empresas têm sido pouco atraídas pelos mecanismos postos à sua disposição no InAlentejo, mas neste último aviso que terminou em finais de abril, aberto sobre o sistema de incentivos às empresas, tivemos um número recorde de candidaturas, quer em número de empresas, quer em número de projetos propostos, excedendo em cerca de 30 por cento os últimos avisos que tinham sido abertos e a verba que o InAlentejo tinha disponibilizado foi ultrapassada em 28 milhões de euros. E tudo porque andámos, no bom sentido, atrás das associações e das empresas, divulgámos a iniciativa e conseguimos este nível de adesão. Vão acabar as chamadas obras feitas para “fogo de vista” por muitas autarquias, sobretudo em períodos eleitorais? Rotundas, jardins, entre outros?
Esse tempo, se ainda não acabou, tem que acabar já. Não é possível continuar a duplicar investimentos e não é possível continuar a gerir o nosso território como se em cada localidade
17 Diário do Alentejo 18 maio 2012
Avaliar 26 anos de apoios comunitários
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A
ntónio Dieb espera nos próximos meses ter constituída uma comissão para fazer uma avaliação das políticas públicas seguidas no Alentejo desde há 26 anos, ou seja, desde que chegaram à região os primeiros apoios comunitários. O presidente da Ccdra considera que essa avaliação “nunca” foi feita e que é “essencial” para “corrigir os desvios” existentes e para a definição das “prioridades e das necessidades concretas” da região. Esta comissão, que deverá iniciar o trabalho de avaliação em setembro, “coincidindo com um primeiro contributo de reflexão global que vamos propor para o próximo quadro comunitário de apoio (2014-2020), vai ter seis meses para concluir o seu diagnóstico”, disse ao “Diário do Alentejo” António Dieb. Para o presidente da Ccrda, todo este diagnóstico e o plano de ação futuro terá que envolver a participação das entidades públicas e privadas da região, permitindo a definição clara das áreas e setores prioritários de investimento e caracterizando com detalhe as vantagens competitivas que cada empresa ou setor de atividade poderá ter ao instalar-se no Alentejo. CJ
tivéssemos que ter tudo. Temos que ser capazes de articular os equipamentos e, de uma forma inteligente, desenvolvermos o nosso território para outras dimensões, nomeadamente a económica e a da criação de emprego qualificado. Têm existido também críticas fortes à burocracia em todos estes processos de candidatura. Está pensada alguma alteração nesta matéria?
É verdade que há uma crítica generalizada e dando a minha opinião pessoal, que me vincula apenas a mim, considero que quem concebeu este quadro comunitário concebeu-o de uma forma difícil em termos burocrático-administrativos. É possível simplificar procedimentos, mas pensar em estar agora a alterar, a dois anos e meio do final do quadro comunitário, manuais certificados por Bruxelas, é uma loucura porque nos iria paralisar durante seis meses. O que temos que encontrar é, com estas regras, as melhores formas de organizar o trabalho, tornando-o mais eficaz e eficiente. Os diagnósticos, no entanto, parecem estar já todos feitos há 20, 30 anos. Alqueva, porto de Sines, aeroporto de Beja, indústria extrativa, eram as âncoras para o desenvolvimento da região. Mas a verdade é que todos os dias o Alentejo perde habitantes e a economia regional parece não dar o salto. Isto causa alguma frustração a quem aqui habita.
É verdade. E esse é o problema do Alentejo. Quando em 1986 se começam a receber os apoios da União Europeia dizia-se que esses apoios se destinavam a infraestruturas e coesão territorial. Nessa altura gastaram-se da União Europeia no Alentejo 100 milhões de euros. Em 1994/1999 gastaram-se 400 milhões de euros e continuou-se a dizer que era para promover a coesão territorial. Fizeram-se mais estradas, mais saneamento básico, mais escolas, etc.... Entre 2000 e 2006 gastaram-se
mil milhões da União Europeia e os objetivos continuaram a ser exatamente os mesmos, se bem que tenha havido uma pequena mudança de paradigma que era começar a avaliar resultados e dar aos programas operacionais regionais a autonomia de propor alguns apoios às empresas. Entre 2007 e 2013 só aqui para o Alentejo temos 870 milhões para gastar em incentivos à inovação, infraestruturas e equipamentos de saúde, vias de comunicação, rede escolar e outras… Chegamos agora a 2012 e dizemos: queríamos evitar a perda de população, continuamos a tê-la; queríamos reduzir o problema do envelhecimento, continuamos a tê-lo; queríamos mais investimento económico e não o temos; queríamos mais emprego e não o temos. Com tanto dinheiro investido a situação não devia ser diferente?
É verdade. Mas eu contraponho com outra ideia: temos boas estradas, bons hospitais, boas escolas, etc. Falta-nos uma coisa essencial que nunca conseguimos fazer que foi atrair investimento e criar emprego. E, de facto, aqui temos todos que reconhecer que desde 1986 até hoje esse foi o nosso grande falhanço. E é essa situação que temos que inverter, atraindo investimento produtivo e sendo capazes de criar emprego com qualificação. Este é o nosso desafio. Tudo o resto, apesar de algumas necessidades aqui e ali, está no terreno. Não é caso inédito, já tinha acontecido com o atual presidente da Câmara de Évora, mas o senhor mantém-se como vereador do PSD na Câmara de Évora. Tem sido fácil compatibilizar esse duplo exercício de funções?
Nunca tive por hábito parar a meio aquilo que iniciei e quando assumo compromissos com os outros, por muito que me custe, levo-os até ao fim. É minha vontade concluir o mandato de vereador na Câmara Municipal de Évora e aqui na Ccdra vou estar o tempo que o Governo entenda que devo estar. Em termos legais não há qualquer tipo de incompatibilidade e está provado ao longo destes três meses, quer pelo presidente da câmara quer pelos outros vereadores, que tenho a lucidez suficiente para saber separar de uma forma muito clara aquilo que são as duas funções. E usando, de novo, o caso de José Ernesto Oliveira, que passou de presidente da Ccdra para presidente da Câmara de Évora, este é também um passo para tentar chegar à presidência da câmara?
Este não é, com certeza, nenhum passo nesse sentido. Esta foi a primeira vez em 30 anos de atividade política, e apesar de ter tido diversos convites ao longo dos anos, como é público, que aceitei desempenhar uma função deste tipo. E aceitei porque senti, e perdoe-me a expressão, que já não havia mais desculpas. Este desafio era extraordinariamente aliciante e eu senti-me com capacidade, motivado e com disponibilidade para o desempenhar. Portanto, é um desafio que assumi por gosto e por responsabilidade e que quero levar da melhor forma possível até ao seu termo. E é só isto.
Moura ganhou a Supertaça em juniores
Diário do Alentejo 18 maio 2012
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Bruno Vieira foi o árbitro do ano
Depois de ter conquistado o título de campeão distrital e ter ganho a Taça Distrito de Beja, o Moura Atlético Clube ganhou a Supertaça de juniores batendo o Piense por 2/0, em jogo realizado no Complexo Desportivo Manuel Baião, em Serpa.
O árbitro Bruno Vieira foi eleito o “árbitro do ano” do Conselho Regional de Arbitragem da AFBeja. O juiz bejense obteve a classificação final de 19,08 pontos e será o candidato efetivo por Beja aos exames de acesso à terceira categoria nacional.
Último jogo da época disputa-se em Mértola: Serpa e Castrense na Supertaça O Estádio Municipal de Mértola recebe amanhã à tarde a Supertaça 2012, última competição desta temporada desportiva na categoria de seniores masculinos, num jogo que reunirá o Futebol Clube Castrense, Campeão Distrital da 1.ª Divisão 2011/2012 e o Futebol Clube de Serpa, vencedor da Taça Distrito de Beja. O jogo terá início às 17 horas.
Desporto
Aljustrelense joga a última partida em casa
Na hora da despedida...
O
Aljustrelense recebe amanhã à tarde a formação do Messinense e despede-se por esta época do Municipal de Aljustrel. Seria bom que a vitória sorrisse aos tricolores para que os seus adeptos deixem o recinto com a recordação de uma boa temporada desportiva. A manutenção na terceira divisão nacional foi uma realidade, o sonho de uma hipotética subida à segunda divisão esteve ali muito perto, mas o sonho esfumou-se. Nem se pode dizer que o Mineiro morreu na praia, porquanto a derrota sofrida no último domingo no seu terreno, com o Quarteirense, deitou por terra todas as
possibilidades, permitindo aos algarvios festejarem ali mesmo, eles sim, a subida de divisão, acompanhando a, também algarvia, formação do Farense. A equipa de Faro será o último adversário com que o conjunto mineiro terá que jogar, já no encerramento da temporada desportiva 2011/2012. Tudo está decidido, pelo que as últimas duas rondas desta prova servem apenas para cumprir calendário. Aconteça o que acontecer, Farense e Quarteirense estão na 2.ª Divisão Nacional, Sesimbra, Aljustrelense, Lagos e Messinense mantém-se neste escalão. Firmino Paixão
3.ª Divisão A habitual entrega dos mineiros não chegou para travar a superioridade do Quarteirense
Despertar no caminho da manutenção dos montemorenses
O União precisa dos pontos
N
ão será fácil a partida que o Despertar disputa na tarde de amanhã em Montemor-o-Novo. A luta das equipas pela manutenção está ao rubro, com diferenças muito curtas e aos montemorenses só a vitória interessa para manterem acesa a esperança de continuarem neste patamar. O Despertar pontuou já esta temporada no terreno do Montemor, pelo que a formação unionista deve estar avisada para as eventuais dificuldades que se lhe deparam frente a uma formação que, estando despromovida e a cumprir calendário, joga sem qualquer tipo de pressão. Depois porque
a campanha dos despertarianos frente às equipas do Alto Alentejo tem sido bem sucedida. Recorde-se, por exemplo, as duas vitórias conseguidas nesta fase frente à formação do Redondo. No último domingo o Despertar jogou em casa, recebeu o Lagoa, e perdeu (2/1) pela diferença mínima. O União de Montemor perdeu na Caparica, está em posição de se manter mas será crucial ganhar os três pontos na partida de amanhã. Face à realização da final da Taça de Portugal no próximo domingo, todos os restantes jogos oficiais disputam-se amanhã, com início às 17 horas. Firmino Paixão
Nacional 3.ª Divisão – Subida 8.ª jornada
Nacional 3.ª Divisão – Manutenção 8.ª jornada
Aljustrelense-Quarteirense ............................................. 0-2 Farense-Sesimbra .............................................................. 5-0 Esp. Lagos-Messinense ..................................................... 3-0
Redondense-Fabril Barreiro ............................................ 0-0 Pescadores-U. Montemor ................................................ 1-0 Despertar SC-Lagoa ............................................................1-2
Farense Quarteirense Sesimbra Aljustrelense Esp. Lagos Messinense
J
V
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G
P
8 8 8 8 8 8
5 6 3 3 2 0
1 1 2 2 3 1
2 1 3 3 3 7
17-9 14-5 6-9 9-8 9-8 5-21
44 37 29 28 28 18
Próxima jornada (20/5/2012): Aljustrelense-Messinense, Quarteirense-Farense, Sesimbra-Esp. Lagos.
Lagoa Fabril Barreiro U. Montemor Pescadores Redondense Despertar SC
J
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D
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8 8 8 8 8 8
5 4 4 5 0 2
1 1 2 1 3 0
2 3 2 2 5 6
17-10 14-16 15-8 15-8 4-14 10-19
31 30 29 28 13 8
Próxima jornada (20/5/2012): Redondense-Lagoa, Fabril Barreiro-Pescadores, U. Montemor-Despertar SC.
Cabeça Gorda espreita título de campeão
O Piense quase promovido
S
ó a vitória interessa na deslocação do Piense a Vale de Vargo na tarde de amanhã. Ganhando assegura a subida de divisão e fica a escassos dois pontos do Cabeça Gorda que folga nesta ronda. A decisão do título fica adiada para a última jornada do campeonato, obrigando-se o atual líder a ganhar em Saboia para aí fes-
tejar o título distrital. O empate não chega e o Piense fecha a prova com um jogo fácil no seu terreno. Da jornada do passado fim de semana realce para as goleadas em Pias e Cabeça Gorda. O jogo de Saboia não se concluiu porque o Sanluizense ficou sem o número mínimo legal de jogadores para a partida prosseguir.
Resultados da 24.ª jornada: Cabeça Gorda-Barrancos, 6-0; Saboia-Sanluizense; Negrilhos-Vale de Vargo, 0-3; PienseMessejanense, 12-0; Renascente-Alvorada, 3-0; Ourique-Amarelejense, 3-1. Folgou o Bairro da Conceição. Classificação: 1.º Cabeça Gorda, 54 pontos. 2.º Piense, 49. 3.º Saboia, 46. 4.º Bairro da Conceição, 45. 5.º Amarelejense, 44. 6.º
Renascente, 35. 7.º Ourique, 30. 8.º Alvorada, 24. 9.º Vale de Vargo, 23. 10.º Sanluizense, 21. 11.º Barrancos, 19. 12.º Messejanense, 19. 13.º Negrilhos, cinco. Próxima jornada (19/5): Barrancos-Saboia; Sanluizense-Negrilhos; Vale de Vargo-Piense; Messejanense-Renascente; Alvorada-Ourique; Amarelejense-Bairro da Conceição. Folga o Cabeça Gorda. FP
Diário do Alentejo 18 maio 2012
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O Serpa ganhou a Taça Distrito de Beja 2012
Vilão, o detalhe que fez a diferença O Futebol Clube de Serpa conquistou a Taça Distrito de Beja em seniores masculinos, batendo na final a equipa do Rosairense, num jogo equilibrado, decidido em pequenos detalhes. Texto e foto Firmino Paixão
A
final da taça é ainda a verdadeira festa do futebol distrital e isso acentua-se consoante o perfil das equipas finalistas. Por isso a moldura humana que enquadrou o Estádio 25 de Abril, em Castro Verde, palco onde o troféu foi discutido, foi enorme, ruidosa e colorida. De um lado o Rosairense, vencedor da edição an-
terior, no outro meio campo o Serpa, que procurava vencer pela primeira vez esta competição. Um auto golo do guardião do Rosário (Joel, 20 minutos) começou por dar vantagem ao Serpa, mas o Rosário empatou por Nuno Guerreiro (20). João Vilão, capitão da equipa de Hugo Felício, voltou a por a equipa em vantagem à beira do intervalo e o Rosairense equilibrou de novo o marcador aos 72 minutos. Com o prolongamento no horizonte e a dois minutos do final da partida, uma grande penalidade cometida por um defensor do Rosário pôs nos pés de João Vilão o detalhe que deu a vitória ao Serpa. Hugo Felício, técnico vencedor, considerou: “O jogo foi muito equilibrado, podia ter
pendido para qualquer dos lados porque o Rosairense tem uma belíssima equipa, tem mais soluções do que nós porque nós temos algumas limitações”. E lembrou: “Quando sofremos o golo do empate tivemos que nos encolher um pouco porque não tínhamos soluções para darmos profundidade ao jogo, o adversário aproveitou isso muito bem e encostou-nos um pouco atrás. Mas soubemos sofrer e gerir o jogo. Depois a grande penalidade foi muito bem marcada e conseguimos vencer”. O técnico concluiu dizendo: “Foi importante ganharmos esta taça, foi um prémio justo para a época de sofrimento que tivemos, um prémio para todos os que nos apoiaram e principalmente para o grupo de trabalho”.
Infantis do Santo Aleixo fazem história
Futebol juvenil
Os miúdos mereceram a taça
C
astrense e Santo Aleixo discutiram, em Beja, a final da Taça Dr. Covas Lima, competição disputada na categoria de infantis pelas equipas que não se apuraram para a fase final do respetivo campeonato. Dois clubes com recursos diferentes, sobretudo ao nível na capacidade de recrutamento, variantes contrariadas nesta final pelo grande empenho e maior qualidade dos jovens do Clube de Futebol de Santo Aleixo da Restauração, que assinaram uma exibição agradável dilatando progressivamente a vantagem no marcador até aos 5/3, resultado com que conseguiram este triunfo inédito em competições oficiais. O técnico da equipa, Sérgio Branquinho revelou: “Estes miúdos mereciam vencer a Taça Dr. Covas Lima por tudo aquilo que fizeram ao longo da época, e dos últimos três anos”. E explicou: “Não passámos à segunda fase do campeonato por um ponto e se calhar nunca mais teremos a nossa aldeia numa final desta natureza”. O treinador disse ainda: “Vamos manter esta equipa na próxima época, mas no escalão de iniciados,
No balneário dos vencidos, o técnico David Guerreiro fez uma análise muito sóbria da derrota sofrida pela sua equipa: “Tivemos sempre que andar à procura do prejuízo. Tivemos a infelicidade de fazer um autogolo e sofremos uma grande penalidade já nos últimos minutos, mas penso que o jogo foi equilibrado, foi um bom espetáculo entre duas boas equipas”. O treinador do Rosairense concluiu assim: “Hoje não tivemos a sorte do jogo, quando estávamos por cima aparecia sempre uma fatalidade, hoje não era o nosso dia, foi o dia do Serpa, parabéns aos vencedores e parabéns também à minha equipa pela forma como se bateram”.
Campeonato Distrital de Infantis 2.ª fase (8.ª jornada): Despertar-Rio de Moinhos, 4-1; Moura-Odemirense, 7-1; Vasco da Gama-Guadiana, 8-5. Classificação: 1.º Despertar, 20 pontos. 2.º Moura, 14. 3.º Odemirense, 13. 4.º Rio de Moinhos, nove. 5.º Vasco da Gama, seis. 6.º Guadiana, 5. Próxima jornada (19/5): Vasco da Gama-Despertar; Rio de Moinhos-Moura; Guadiana-Odemirense. O Despertar é Campeão Distrital de Infantis. Campeonato Distrital de Benjamins 2.ª fase (8.ª jornada): Castrense-Despertar, 4-7; Aldenovense-Renascente, 11-1; Ferreirense-Sporting de Cuba, 5-2. Classificação: 1.º Despertar, 22 pontos. 2.º Ferreirense, 16. 3.º Aldenovense, 15. 4.º Sporting de Cuba, 12. 5.º Castrense, seis. 6.º Renascente, zero. Próxima jornada (19/5): Ferreirense-Castrense; Despertar-Aldenovense; Sporting de Cuba -Renascente. O Despertar é Campeão Distrital de Benjamins.
Infantis Santo Aleixo ganhou a Taça Dr. Covas Lima
faremos também escolinhas, mas é muito difícil manter uma equipa em Santo Aleixo, temos que correr as aldeias todas ali à volta para conseguirmos reunir uma equipa. Já
trabalho com estes miúdos há três anos, é um grupo muito unido. Foi um êxito merecido”, concluiu. Firmino Paixão
Taça Joaquim Branco – Benjamins (8.ª jornada): Série A: Núcleo Sportinguista de Beja-Vasco da Gama, 2-1; Casa do Benfica de Beja-Serpa, 7-2; Beringelense-Desportivo de Beja, 6-1; Bairro da Conceição-Moura, 0-0. Classificação: 1.º Núcleo Sportinguista de Beja, 21 pontos. 2.º Alvito, 18. 3.º Bairro da Conceição, 16. 4.º Moura, 16. 5.º Vasco da Gama, sete. 6.º Beringelense, seis. 7.º Casa do Benfica de Beja, seis. 8.º Serpa, quatro. 9.º Desportivo de Beja, zero. Próxima jornada (19/5): Vasco da Gama-Casa do Benfica de Beja; Serpa-Beringelense; Desportivo de Beja-Bairro da Conceição; Moura-Alvito. Série B: Ourique-Milfontes, 4-1; Odemirense-Figueirense, 15-4; Almodôvar-Guadiana, 5-2; Aljustrelense-Despertar, 4-2. Classificação final: 1.º Aljustrelense, 21 pontos. 2.º Odemirense, 16. 3.º Despertar, 13. 4.º Almodôvar, 12. 5.º Milfontes, nove. 6.º Guadiana, seis. 7.º Ourique, seis. 8.º Figueirense, zero. O Aljustrelense estará na final.
Diário do Alentejo 18 maio 2012
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Final da Taça Distrito de Beja em futsal
A final da Taça Distrito de Beja em futsal entre as equipas do Núcleo Sportinguista de Moura e o Instituto Politécnico de Beja disputa-se amanhã, pelas 16 horas, no Pavilhão Municipal dos Desportos Carlos Pinhão, na cidade de Serpa.
Campeões do Alentejo 2012 – Altura masculinos: Henrique Água-Doce (BNSC),1,91m.Alturafemininos:AdrianaCarneirinho(Entradense),1,31m.Comprimento femininos: Liliane Amaro (JDNeves), 5,78m. Comprimento masculinos: Gonçalo Manteigas(VendasNovas),7.06m.Dardo800grs.masculinos:MicaelNóbrega(JDNeves), 46,56m. Dardo 600 grs. femininos: Elsa Patriarca (JDNeves), 31,39m. Disco 2 kg. masculinos: Daniel Dias (Cortiçadas), 31,52m. Disco 1 kg. femininos: Catarina Abreu (JDNeves), 26,51m. Martelo masculinos 7,260 kg.: Micael Nóbrega (JDNeves), 35,80. Martelo
Andebol Zona Azul joga em Ílhavo Mais uma deslocação da Zona Azul para a região centro do País, desta vez para o Ginásio Encarnação, em Ílhavo, onde jogará com a formação local a sétima jornada (segunda da segunda volta) da fase final do Nacional da 3.ª Divisão. A equipa da Associação de Aveiro está um lugar à frente dos bejenses, apenas com mais um ponto. Na última jornada na deslocação ao recinto do Boa Hora a Zona Azul voltou a perder (31/24). Classificação: 1.º Boa Hora, 18 pontos. 2.º Módicus, 13. 3.º Samora Correia, 11. 4.º Monte, 11. 5.º Ílhavo, 10. 6.º Zona Azul, nove. No mesmo campeonato, mas na fase de manutenção, o Andebol Clube de Sines (que se mantém no último lugar) jogará amanhã em casa com o Costa d’Oiro, de Lagos, depois de há oito dias ter sido derrotado em Lagoa (39/10). Outros resultados: Nacional 1.ª Divisão iniciados masculinos (11.ª jornada): CCPSerpa-Samora Correia, 11-31. Próxima jornada (19/5): Benavente-CCPSerpa.
VI Encontro de Escolas de Natação O VI Encontro de Escolas de Natação realiza-se amanhã, sábado, nas Piscinas Municipais de Santiago do Cacém, com início às 9 e 30 horas e provas de diversas distâncias nas variantes de livres, bruços, costas, mariposa e estilos. O encontro inclui uma demonstração de natação sincronizada pela Associação Desportiva Manuel Teixeira Gomes.
Raid BTT Alvalade/ /Porto Covo O 14.º Raid BTT Alvalade/ /Porto Covo realiza-se no próximo domingo, com organização do Grupo BTT Alvaladense. A prova tem dois percursos (Alvalade-Porto Covo, 70 quilómetros, ou Alvalade-Porto Covo-Alvalade, 120 quilómetros) e não tem caráter competitivo. Estão inscritos 2 167 bicicletas (1 638 só ida) 529 (ida e volta).
Patinagem: apuramento em Castro Verde
A Federação Portuguesa de Patinagem, em parceria com a Associação de Patinagem do Alentejo, promove no próximo fim de semana, em Castro Verde, as provas de apuramento aos campeonatos nacionais de patinagem artística nas categorias de infantis, cadetes e juniores.
femininos4kg.:MariaMestrinho(Cortiçadas),33,43m.100m/barreirasfemininos:Teresa Mestre (Entradense), 16,56. 400 m/barreiras masculinos: Henrique Matinhos (Pavia), 1.00,64. 100 m femininos: Liliane Amaro (JDNeves), 12,79. 100 m masculinos: João Gradiz (BNSC), 11,16. 200 m masculinos séries: Pedro Fontes (Zona Azul), 22,78. 400 m femininos: Liliana Paredes (GDDiana), 1.05,97. 800 m masculinos: Pedro Poeira (NDCOdemira), 2.06,48. 1500 m masculinos: Celso Graciano (BejaAC), 4.15,48. 1 500 m femininos: Raquel Trabuco(Elvense),4.52,67.5000mmasculinos:JoãoFigueiredo(CNAlvito),16.06,98.
Atletas do distrito de Beja dominaram a competição
Recordes dedicados a Fernando Mota Notável supremacia dos atletas bejenses na divisão dos títulos de campeão do Alentejo, com 14 primeiros lugares no pódio, contra cinco eborenses e um portalegrense. Texto e foto Firmino Paixão
O
s atletas Diogo Luz (juvenil) e Liliane Amaro (sub/23), ambos da Juventude Desportiva das Neves, destacaramse durante os XV Campeonatos do Alentejo de Pista, melhorando os recordes regionais de salto em altura e comprimento. As provas disputaram-se na pista Fernando Mamede com a participação de 130 atletas de 19 clubes e tiveram, entre o público assistente, a presença de Fernando Mota, presidente da Federação Portuguesa de Atletismo. A organização pertenceu à associação bejense com a colaboração das suas congéneres de Évora e de Portalegre. Foi uma reunião com uma
qualidade organizativa levada ao pormenor, premiada com os bons resultados dos atletas dos clubes sul alentejanos (70 por cento dos títulos) e com as excelentes marcas alcançadas pelos atletas Diogo Luz (com recordes regionais no salto em altura juvenil, 1,91m, e no salto em comprimento juvenil e júnior, 6,62m) e Liliane Amaro (5,78m no salto em comprimento), cuja primeira ilação deve ser o reconhecimento do
trabalho desenvolvido pelos técnicos regionais e pela estrutura que enquadra a modalidade. A Juventude Desportiva das Neves foi o clube com mais títulos (seis), seguido pelo Bairro da Conceição (dois), Entradense (dois) e Cortiçadas do Lavre (dois). Zona Azul, Núcleo de Odemira, CNAlvito, Elvense, Vendas Novas, Beja Atlético Clube, Diana de Évora e Pavia preencheram o quadro dos restantes campeões.
Câmara de Beja e Federação de Atletismo unidas
A
Beneficiação da pista prioritária
necessidade de financiamento para a beneficiação ou substituição do piso sintético da pista de atletismo do Complexo Desportivo Fernando Mamede, na cidade de Beja, será objeto de uma exposição conjunta da Federação Portuguesa de Atletismo e da Câmara Municipal de Beja para o órgão central de tutela. A proposta, bem acolhida pelo vereador Miguel Góis, responsável pelo pelouro no município de Beja, foi avançada pelo presidente da federação, Fernando Mota, em reunião aberta realizada na própria infraestrutura durante o decorrer dos Campeonatos do Alentejo. O líder federativo acentuou que o problema ameaça “a segurança física dos atletas, impede o treino
regular e a realização de eventos que são um elemento estimulante na fidelização dos jovens às modalidades”. Estimou ainda uma verba entre os 300 e os 400 mil euros necessária às várias soluções que forem encontradas para o problema. Fernando Mota disse saber que o município “tem demonstrado entusiasmo na procura de uma solução” e lembrou que na federação “também não falta entusiasmo para esse objetivo”, preconizando a necessidade de se encontrar “um parceiro fundamental, seja nos órgãos da administração pública central ou através dos órgãos dos quadros comunitários de apoio”. O autarca Miguel Góis realçou, por sua vez, “o espírito de cooperação de pró atividade e de procura de
construir algo, mesmo em cima de todas as dificuldades que existem”. Lembrou ainda que o município tem procurado soluções ao nível dos instrumentos orçamentais que dispõe e regozijando-se com o reconhecimento da parte da federação da importância desta infraestrutura no contexto do desenvolvimento da modalidade. Miguel Góis concordou que se retomem todos os esforços para a solução deste problema, mas lembrou a necessidade de “incluir nessas ações a reivindicação de protocolos de animação, promoção e dinamização das modalidades e das infraestruturas” e sublinhou que “existe toda a disponibilidade e interesse em levar este projeto para a frente que continua a ser prioritário para o município de Beja”. FP
Saudade José Saúde
Cesária Évora deixou-nos um rol de mornas da sua terra que nos conduzem ao esconderijo da saudade. Oriunda de Mindelo, Cabo Verde, a saudosa cantora fez do crioulo um semântico hino à arte de evocar a sua substância vocal, trazendo até nós músicas e letras encantadoras. Do seu painel fonético ressalta, explicitamente, uma morna em que Cesária Évora entoava, com ênfase, a palavra saudade. Permitam-me evocar o respetivo vocábulo e trazer à estampa um companheiro que partiu recentemente para a eternidade, sabendo de antemão, confesso, que o seu último adeus já foi amplamente divulgado. Todavia sinto que moralmente era inaceitável remeter-me ao silêncio perante a infelicidade de um homem cujo destino lhe foi cruel. Zé António Castilho, parceiro das lides jornalísticas desportivas, deu o último suspiro na manhã do pretérito dia 7 de maio. Findou, mas a sua história de vida foi deslumbrante. Simples, amigo do seu amigo, sempre com uma vontade inexcedível em oferecer os seus préstimos e “desenrascar” um companheiro, o Zé foi uma figura incontornável no meio da comunicação social regional. Abdicou, com gentileza e saber, de inoportunos “saberes ancestrais” e fez uma vida isenta de conflitos. Diz-me também a saudade que o Zé foi portador de uma postura sociável invejável. Ninguém tinha nada a apontar-lhe. Com ele travei momentos onde o desporto foi rei. Momentos preponderantes que levaram à estampa crónicas desportivas no “Diário do Alentejo”. O Zé não renegava um pedido. Era um homem fiel. Diz-me a saudade que o Zé transportou com ele um mar de amizades. A encruzilhada da vida pregou-lhe uma partida. Da nossa última despedida, já no hospital, ficou um pressuposto compromisso: uma ida à taberna do Zé Correia, em Cabeça Gorda, e bebermos um copo. Um sinal de esperança que laqueou o seu caminho. Até sempre, amigo. Fica a saudade.
Diário do Alentejo 18 maio 2012
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Canoagem na Mina de São Domingos
Tripulações alentejanas no pódio A excelência da organização e a qualidade do plano de água contribuíram para o sucesso de uma prova dura em que brilharam algumas tripulações de clubes alentejanos. Texto e foto Firmino Paixão
A
Tapada Grande da Mina de São Domingos recebeu a Taça de Portugal de Maratona em Canoagem, prova que reuniu cerca de 300 atletas de 38 clubes nacionais. Uma organização do Clube Náutico de Mértola, cuja qualidade foi reconhecida pelos clubes presentes e pela Federação Portuguesa de Canoagem. Carlos Viegas, presidente do Náutico de Mértola, realçou: “Temos condições extraordinárias para realizar aqui a maratona, inclusivamente podemos aspirar a outro nível de organização. No futuro podemos candidatar-nos a um campeonato nacional e, eventualmente, se existirem condições financeiras para isso, temos aqui todas as condições reunidas para a realização de uma grande prova internacional”. Na hora de avaliar a prestação dos seus atletas, Viegas disse: “Tivemos o Bruno Afonso em primeiro lugar na classe de C1 júnior, um atleta que é velocista, está na seleção nacional a preparar a sua participação no Campeonato da Europa”. Mas a qualidade dos atletas alentejanos revelou-se também: “A Ana Guerreiro, que é igualmente velocista e está também na
seleção nacional, fez um brilhante segundo lugar. Depois tivemos o José Sebastião com um terceiro lugar. São resultados que demonstram a qualidade do trabalho que o Clube Náutico de Mértola tem vindo a fazer”, concluiu o histórico dirigente da canoagem alentejana, sem que antes recordasse: “Tivemos também aqui o Clube Fluvial Odemirense e o Clube Náutico de Milfontes, igualmente com bons resultados, e os nossos vizinhos de Alcoutim que são quase alentejanos”. Coletivamente venceu o Clube Náutico de Ponte Lima (241 pontos). O Náutico de Mértola foi 10.º (68 pontos), o Náutico de Milfontes foi 12.º (60 pontos) e o Fluvial Odemirense foi 28.º (10 pontos). Individualmente destacaram-se as seguinte tripulações: K1 júnior feminino – 2.º Ana Guerreiro (Mértola). C1 júnior – 1.º Bruno Afonso (Mértola); 3.º José Sebastião (Mértola). K2 veterano A – 3.º Pedro Rodrigues/José Duarte (Odemirense). K2 sénior – 4.º Sérgio Jesus/Nuno Silva (Milfontes); 9.º Filipe Correia/ Simão Bárbara (Odemirense). K1 sénior – 5.º Nuno Brandão (Milfontes), 23.º Carlos Parreira (Milfontes), 31.º Manuel Macias (Mértola), 39.º Roberto Santos (Odemirense). K1 sénior feminino – 7.º Maria Luís (Milfontes). C1 sénior masculino – 5.º Miguel Amador (Milfontes). K1 júnior masculino – 11.º André Jerónimo (Mértola), 14.º Pedro Penitência (Milfontes). K1 veteranos A – 17.º Sérgio Tavares (Milfontes), 21.º Nelson Bernardo (Milfontes).
Torneio de Hóquei em Patins Cidade de Beja
Beja perde final
O
XVI Torneio Cidade de Beja em Hóquei em Patins, na categoria de benjamins, revelou a grande dinâmica organizativa do Clube de Patinagem de Beja. Os bejenses asseguraram presença na final, ganhando ao Hóquei de Santiago, mas acabaram goleados pelo Oeiras que, tal
como o Sporting de Tomar, apresentaram recursos muito superiores às duas equipas alentejanas. Os jogos foram intercalados pela apresentação de diversas exibições de patinagem artística a cargo de patinadoras bejenses, conferindo um ambiente festivo e de grande qualidade ao certame. FP
Taça de Portugal Fosso Universal
Troféu foi para o Algarve
J
osé Manuel Faria, do Clube de Tiro de Loulé, venceu a Taça de Portugal de Tiro aos Pratos “Fosso Universal” (primeira contagem do Campeonato de Portugal e Taça Eduardo Ramos). A competição reuniu no Campo de Tiro João Rebelo, na cidade de Beja, mais de centena e meia de espingardas. O
triunfo de José Faria foi decidido no desempate com o bejense Loura Cardoso, depois de ambos terem concluído a prova com o registo de 194/200 pratos. O sineense Correia Sebastião, que defendia o título, nesta edição, não foi além do 15.º lugar (190/200). José Loura Cardoso (CCBA Beja) ganhou a 3.ª categoria. FP
XI Torneio de Tiro aos Pratos da ASPP A Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP) leva a efeito, amanhã, sábado, em Beja, no campo de tiro João Rebelo, o XI Torneio de Tiro aos Pratos. Em disputa estarão o VIII Troféu José Carreira (o malogrado dirigente sindical e um dos fundadores da ASPP) e a VIII Taça Alberto Torres (segundo presidente da ASPP). A prova inicia-se pelas 9 e 30 horas e é aberta à população em geral mediante a inscrição de 25 euros/50 pratos. Os elementos das forças de segurança (PSP, GNR e Guarda Prisional) no ativo ou aposentados disputarão uma montra de prémios. Para todos os outros participantes haverá uma segunda montra de prémios. Para esclarecimentos e inscrição pode ser usado o número 962 076 136. O objetivo desta prova é promover o convívio entre os elementos das várias forças de segurança e a população. PUB
Hóquei CPBeja derrotado O Clube de Patinagem de Beja foi derrotado em Estremoz (6/2) na 10.ª e última jornada do Nacional de Iniciados (Zona Sul D), não evitando o último lugar da tabela. A melhor equipa alentejana em prova foi o Estremoz (3.º lugar) à frente do Hóquei Vasco da Gama, de Sines. Resultados da 10.ª jornada: Cascais-Benfica, 1-2; Paço d’Arcos-H.Vasco da Gama, 6-3. Classificação final: 1.º Benfica, 30 pontos. 2.º Paço d’Arcos, 22. 3.º Estremoz, 16. 4.º HVasco da Gama, oito. 5.º Cascais, seis. 6.º C.P.Beja, três.
Futsal Independentes lutam pelo 2.º lugar A equipa de Os Independentes de Sines, amanhã joga no seu pavilhão com a formação do Rangel (Amadora), reforçou o terceiro lugar, depois de ter ganho, em Tavira, aos Sonâmbulos (3/6) e beneficiado da derrota de Os Indefetíveis (Alhos Vedros), que ocupam o quarto lugar. O Baronia joga em casa com os Sassoeiros (Cascais), depois de ter conseguido uma vitória (3/9) na casa do Évora Futsal.
saúde
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CONSULTAS EM BEJA 2ª, 4ª e 5ª feira das 14 às 20 horas EM BERINGEL Telef 284998261 6ª e sábado das 14 às 20 horas DR. JAIME LENCASTRE Estomatologista (OM) Ortodontia
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DOENÇAS DO SISTEMA NERVOSO
Assistente graduado de ginecologia e obstetrícia
Fisioterapia
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Marcação de consultas de dermatologia:
Marcações a partir das 14 horas Tel. 284322503 Clinipax Rua Zeca Afonso, nº 6-1º B – BEJA
MARCAÇÕES pelos telfs.284322387/919911232 Rua Tenente Valadim, 44 7800-073 BEJA
HORÁRIO: Das 11 às 12.30 horas e das 14 às 18 horas pelo tel. 218481447 (Lisboa) ou Em Beja no dia das consultas às quartas-feiras Pelo tel. 284329134, depois das 14.30 horas na Rua Manuel António de Brito, nº 4 – 1º frente 7800-544 Beja (Edifício do Instituto do Coração, Frente ao Continente)
Fisioterapia
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Centro de Fisioterapia S. João Batista Medicina dentária ▼
Fisiatria Dr. Carlos Machado Psicologia Educacional Elsa Silvestre Psicologia Clínica M. Carmo Gonçalves Tratamentos de Fisioterapia Classes de Mobilidade Classes para Incontinência Urinária Reeducação dos Músculos do Pavimento Pélvico Reabilitação Pós Mastectomia
Luís Payne Pereira Médico Dentista Consultas em Beja Clínica do Jardim
Clínica Dentária
UROLOGISTA
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Dr. José Loff
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DR. MAURO FREITAS VALE
2ªs, 4ªs, 5ªs e 6ªs feiras, a partir das 14 e 30 horas Marcações pelo tel. 284311790 Rua do Canal, nº 4 - 1º trás 7800-483 BEJA
Urgências Prótese fixa e removível Estética dentária Cirurgia oral/ Implantologia Aparelhos fixos e removíveis
Marcações pelo telefone 284321693 ou no local
Psiquiatria
Rua António Sardinha, 3 1º G 7800 BEJA
Consultas :de segunda a sexta-feira, das 9 e 30 às 19 horas
MÉDICO DENTISTA
Hospital de Beja Doenças de Rins e Vias Urinárias Consultas às 6ªs feiras na Policlínica de S. Paulo Rua Cidade S. Paulo, 29 Marcações pelo telef. 284328023
BEJA Terapia da Fala
Obstetrícia, Ginecologia, Ecografia CONSULTAS 2ªs, 3ªs e 5ªs feiras Rua Zeca Afonso, nº 16 F Tel. 284325833
FERNANDO AREAL
Urologia
Tel. 284 321 304 Tm. 925651190 7800-475 BEJA
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CATARINA CHARRUA Consultas e domicílios de 2ª feira a sábado Tm: 967959568
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DR. J. S. GALHOZ
MÉDICO
FRANCISCO FINO CORREIA
Consultor de Psiquiatria
MÉDICO UROLOGISTA RINS E VIAS URINÁRIAS
Consultório Rua Capitão João Francisco Sousa 56-A 1º esqº 7800-451 BEJA Tel. 284320749
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Rua de Mértola, nº 43 – 1º esq.
Prótese/Ortodontia
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AURÉLIO SILVA
Praça Diogo Fernandes, nº11 – 2º Tel. 284329975
Acordos com A.D.S.E., ACS-PT, CGD, Medis, Advance Care, Multicare, Seguros Minis. da Justiça, A.D.M.F.A., S.A.M.S.
Cirurgia Maxilo-facial
Urologia
VÁRIOS ACORDOS
Consultas e ecografia
DRA. TERESA ESTANISLAU CORREIA
CONSULTAS às 3ªs e 4ªs feiras, a partir das 15 horas
Estomatologia
ULSB/Hospital José Joaquim Fernandes
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MÉDICO ESPECIALISTA EM CLÍNICA GERAL/ MEDICINA FAMILIAR
Marcações pelo 284322446; Fax 284326341 R. 25 de Abril, 11 cave esq. – 7800 BEJA
JORGE ARAÚJO
Dermatologia Rua do Canal, nº 4 7800 BEJA
Otorrinolaringologia
CLÍNICA MÉDICA ISABEL REINA, LDA.
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Marcações pelo telef. 284325059
Rua António Sardinha, 25r/c dtº Beja
Consultório Centro Médico de Beja Largo D. Nuno Álvares Pereira, 13 – BEJA Tel. 284312230
Técnica de Prótese Dentária
Ginecologia/Obstetrícia
Assistente graduado de Ginecologia e Obstetrícia
Especialista pela Ordem dos Médicos
Neurologista do Hospital dos Capuchos, Lisboa
FERNANDA FAUSTINO
Obesidade
Médico oftalmologista
DRª CAROLINA ARAÚJO
Rua Manuel Antó António de Brito n.º n.º 6 – 1.º 1.º frente. 78007800-522 Beja tel. 284 328 100 / fax. 284 328 106
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JOÃO HROTKO
Directora Clínica da novaclinica Exclusividade em Ortodontia (Aparelhos) Master em Dental Science (Áustria) Investigadora Cientifica - Kanagawa Dental School – Japão Investigadora no Centro de Medicina Forense (Portugal)
Oftalmologia
Marcações de 2.ª a 6.ª feira a partir das 14 horas Rua Capitão João Francisco de Sousa, n.º 20 7800-451 BEJA Tel. 284324690
Ouvidos,Nariz, Garganta Exames da audição Consultas a partir das 14 horas Praça Diogo Fernandes, 23 - 1º F (Jardim do Bacalhau) Telef. 284322527 BEJA
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saúde PSICOLOGIA ANA CARACÓIS SANTOS – Educação emocional; – Psicoterapia de apoio; – Problemas comportamentais; – Dificuldades de integração escolar; – Orientação vocacional; – Métodos e hábitos de estudo GIP – Gabinete de Intervenção Psicológica Rua Almirante Cândido Reis, 13, 7800-445 BEJA Tel. 284321592
Clínica Médico-Dentária de S. FRANCISCO, LDA. Gerência de Fernanda Faustino Acordos: SAMS, ADMG, PSP, A.D.M.E., Portugal Telecom e Advancecare Rua General Morais Sarmento, nº 18, r/chão; TEL. 284327260 7800-064 BEJA
_______________________________________ Manuel Matias – Isabel Lima – Miguel Oliveira e Castro – Jaime Cruz Maurício Ecografia | Eco-Doppler Cor | Radiologia Digital Mamografia Digital | TAC | Uro-TC | Dental Scan Densitometria Óssea Nova valência: Colonoscopia Virtual Acordos: ADSE; PT-ACS; CGD; Medis, Multicare; SAMS; SAMS-quadros; Allianz; WDA; Humana; Mondial Assistance. Graça Santos Janeiro: Ecografia Obstétrica Marcações: Telefone: 284 313 330; Fax: 284 313 339; Web: www.crb.pt Rua Afonso de Albuquerque, 7 r/c – 7800-442 Beja e-mail: cradiologiabeja@mail.telepac.pt
CENTRO DE IMAGIOLOGIA DO BAIXO ALENTEJO ECOGRAFIA – Geral, Endocavitária, Osteoarticular, Ecodoppler TAC – Corpo, Neuroradiologia, Osteoarticular, Dentalscan Mamografia e Ecografia Mamária Ortopantomografia Electrocardiograma com relatório António Lopes – Aurora Alves – Helena Martelo – Montes Palma – Maria João Hrotko – Médicos Radiologistas – Convenções: ADSE, ACS-PT, SAD-GNR, CGD, MEDIS, SSMJ, SADPSP, SAMS, SAMS QUADROS, ADMS, MULTICARE, ADVANCE CARE
Horário: de 2ª a 6ª feira, das 8 às 19 horas e aos sábados, das 8 às 13 horas Av. Fialho de Almeida, nº 2 7800 BEJA Telef. 284318490 Tms. 924378886 ou 915529387
Dr. Sidónio de Souza – Pneumologia/ Alergologia/Desabituação tabágica – H. Pulido Valente Dr. Fernando Pimentel – Reumatologia – Medicina Desportiva – Instituto Português de Reumatologia de Lisboa Dr.ª Verónica Túbal – Nutricionismo – H. de Beja Dr.ª Sandra Martins – Terapia da Fala – H. de Beja Dr. Francisco Barrocas – Psicologia Clínica/ Terapia Familiar – Membro Efectivo da Soc. Port. Terapia Familiar e da Assoc. Port. Terapias Comportamental e Cognitiva (Lisboa) – Assistente Principal – Centro Hospitalar do Baixo Alentejo. Dr. Rogério Guerreiro – Medicina preventiva – Tratamento inovador para deixar de fumar Dr. Gaspar Cano – Clínica Geral/ Medicina Familiar Dr.ª Nídia Amorim – Psicomotricidade/ Educação Especial e Reabilitação (dificuldades específicas de aprendizagem/dislexias) Dr. Sérgio Barroso – Especialista em Oncologia – H. de Beja Drª Margarida Loureiro – Endocrinologia/ Diabetes/Obesidade – Instituto Português de Oncologia de Lisboa Dr. Francisco Fino Correia – Urologia – Rins e Vias Urinárias – H. Beja Dr. Daniel Barrocas – Psiquiatria – Hospital de Évora Dr.ª Lucília Bravo – Psiquiatria H.Beja , Centro Hospi-talar de Lisboa (H.Júlio de Matos). Dr. Carlos Monteverde – Chefe de Serviço de Medicina Interna, doenças de estômago, fígado, rins, endoscopia digestiva. Dr.ª Ana Cristina Duarte – Pneumologia/ Alergologia Respiratória/Apneia do Sono – Assistente Hospitalar Graduada – Consultora de Pneumologia no Hospital de Beja Dr.ª Isabel Santos – Chefe de Serviço de Psiquiatria de Infância e Adolescência/Terapeuta familiar – Centro Hospitalar do Baixo Alentejo Dr.ª Paula Rodrigues – Psicologia Clínica – Hospital de Beja Dr.ª Luísa Guerreiro – Ginecologia/ Obstetrícia Dr.ª Ana Montalvão – Hematologia Clínica / Doenças do Sangue – Assistente Hospitalar – Hospital de Beja Dr.ª Ana Cristina Charraz – Psicologia Clínica – Hospital de Beja Dr. Diogo Matos – Dermatologia. Médico interno do Hospital Garcia da Orta. Dr.ª Madalena Espinho – Psicologia da Educação/Orientação Vocacional Dr.ª Ana Margarida Soares – Terapia da Fala - Habilitação/Reabilitação da linguagem e fala. Perturbação da leitura e escrita específica e não específica. Voz/Fluência. Dr.ª Maria João Dores – Técnica Superior de Educação Especial e Reabilitação/ Psicomotricidade. Perturbações do Desenvolvimento; Educação Especial; Reabilitação; Gerontomotricidade. Enfermeira Maria José Espanhol – Enfermeira especialista em saúde materna/Cuidados de enfermagem na clínica e ao domicílio/ Preparação pré e pós parto/amamentação e cuidados ao recém-nascido/Imagem corporal da mãe – H. de Beja Marcações diárias pelos tels. 284 322 503 Tm. 91 7716528 | Tm. 916203481 Rua Zeca Afonso, nº 6, 1º B, 7800-522 Beja Clinipaxmail@gmail.com
23 Diário do Alentejo 18 maio 2012
institucional diversos
24 Diário do Alentejo 18 maio 2012 Diário do Alentejo nº 1569 de 18/05/2012 Única Publicação
Diário do Alentejo nº 1569 de 18/05/2012 Única Publicação
TRIBUNAL JUDICIAL DE FERREIRA DO ALENTEJO CÂMARA MUNICIPAL DE BEJA
Secção Única
DIVISÃO DE SERVIÇOS URBANOS
AVISO Exumação de Cadáveres Óbitos ocorridos entre Outubro/2005 e Março/2006 Sep. N°. Nomes 9261 Maria Lúcia de Oliveira 9266 Mariano dos Santos 9267 Desconhecido (sexo - masculino) 9268 Maria Otília Ricardo Martins Rodrigues 603 Maria Antónia da Cruz 604 Francisca Bárbara da Conceição Barradinhas 606 Joana Maria Soares Camadinho Bolinhas Nogueira 610 Augusta Rita Pinto 612 Custódia Teresa Urbano 613 Luzia da Conceição Mancinhos 614 Francisco Manuel Cruz 615 José Batista Rodrigues 617 José Francisco dos Santos 618 Esmeralda Benedito de Sousa Branco 622 Constantino Viegas da Conceição 628 Beatriz dos Santos do Rosário 630 José Cândido Rosando 631 Emília Teresa dos Santos Veloso 633 Maria do Carmo Galinha 635 Maria José Candeias dos Santos 404 Alzira Mariana Afonso 636 Domingas Henriqueta Palma Constantino 638 Etelvina Maria Janeiro 639 José Bernardo Marujo 640 Fernando José Balicha 641 Emília de Almeida Raposo 642 Catarina Eufémia Carrilho 644 Maria Luísa Delgado Mateus da Silva 646 Manuel Luís Parreira Rodrigues 648 Domingos António Baião Ramos Beja, 30/03/2012 O Coordenador Técnico do Cemitério António M. I. Barriga
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ANÚNCIO Processo: 108/12.OTBFAL Interdição / Inabilitação Requerente: Ministério Público Requerido: Custódia Bárbara Pereira N/Referência: 690375 Data: 09-05-2012 Faz-se saber que foi distribuída neste tribunal, a ação de Interdição/Inabilitação em que é requerido Custódia Bárbara Pereira, com residência em domicílio: Santa Casa da Misericórdia de Ferreira do Alentejo, 7900-000 Ferreira do Alentejo, para efeito de ser decretada a sua interdição por anomalia psíquica. A Juiz de Direito, Dra. Estela Vieira A Oficial de Justiça, Eulália Casaca
Diário do Alentejo nº 1569 de 18/05/2012 Única Publicação
EDITAL Faz-se saber por desconhecimento da residência do proprietário do imóvel sito na Rua Antero de Quental, s/n em Aldeia de Ruins, e de acordo com o disposto na alínea d) do n.º 1 do artigo 70º do Código do Procedimento Administrativo; Ficam por este meio “Notifi cados” os proprietários desconhecidos do prédio atrás referido e na sequência da vistoria realizada ao mesmo no dia 20 de setembro de 2011 e ao abrigo do n.º 1 do artigo 90º do Regime Jurídico de Urbanização e da Edificação, aprovado pelo Decreto Lei n.º 555/99, de 16 de dezembro, na sua atual redação, verifica-se que o prédio encontra-se em avançado estado de degradação. Nestes termos e ao abrigo do n.º 2 do artigo 89º do já citado Regime Jurídico, ficam por este meio notificados os proprietários do prédio para, no prazo de 30 (trinta) dias úteis a contar da data de publicação do presente Edital, efetuarem as obras de conservação na habitação, remoção de entulhos e a limpeza do local. Não sendo dado o cumprimento desta notificação no prazo indicado, a Câmara Municipal tomará a posse Administrativa do referido prédio, para proceder à sua execução coerciva das obras, correndo todos os encargos por conta dos proprietários nos termos previstos nos artigos 107º e 108º do Regime Jurídico de Urbanização e da Edificação. Ferreira do Alentejo, 19 de abril de 2012. O Presidente da Câmara Municipal, Dr. Aníbal Sousa Reis Coelho da Costa
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25 Diário do Alentejo 18 maio 2012
Nove entidades da região subscreveram e entregaram ao Sr. Primeiro-Ministro na sua visita à OVIBEJA, um documento a defender o aproveitamento do Aeroporto de Beja e a sua consideração como solução para a escolha do aeroporto complementar de Lisboa, designado como Portela +1. Considera-se, que seria importante envolver outras entidades quer na subscrição do documento, quer no envio de contributos para o melhorar.
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Diário do Alentejo nº 1569 de 18/05/2012 Única Publicação
Diário do Alentejo nº 1569 de 18/05/2012 Única Publicação
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Aníbal Sousa Reis Coelho da Costa, Presidente da Mesa da Assembleia Intermunicipal da AMAGRA – Associação de Municípios Alentejanos para a Gestão Regional do Ambiente, faz saber, nos termos do art.° 4 do Dec. Lei 54-A/99, de 22 de Fevereiro, que em reunião de 20 Abril de 2012, foi aprovado o Relatório e Contas de 2011. Os documentos em causa podem ser consultados nos Serviços Administrativos e Financeiros das 09:00h às 17:00h, de segunda a sexta-feira, nos dias úteis. Para constar, se publica o presente que vai ser afixado nos lugares públicos do costume. AMAGRA, 30 de Abril de 2012.
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Em cumprimento do disposto no n.º1 do Art.17º dos estatutos em vigor, convocam-se todos os associados para uma reunião extraordinária da Assembleia-geral, a realizar no dia 1 de Junho de 2012, pelas 18.30 horas, na sede da Associação do Comércio, Serviços e Turismo do Distrito de Beja, sita na Rua Luís de Camões n.º37, em Beja, com a seguinte ordem de trabalhos: 1 – Análise, discussão e Aprovação das contas do ano de 2011; 2 – Período de discussão de outros assuntos de interesse para a Associação. Se à hora marcada não estiverem presentes ou representados a maioria dos seus membros, a Assembleia Geral funcionará meia hora mais tarde, com qualquer que seja o número de membros presentes ou representados. As contas do ano de 2011 encontram-se à disposição na sede da ACSTDB para qualquer associado que as pretenda consultar. Beja, 10 de Maio de 2012. O Presidente da Assembleia-geral da ACSTDB Luis Colaço Gomes Serrano
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26 Diário do Alentejo 18 maio 2012
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PARTICIPAÇÃO
www.funerariapaxjulia.pt E-mail: geral@funerariapaxjulia.pt Funerais – Cremações – Trasladações - Exumações – Artigos Religiosos
Esposa, filho, neto, nora e restante família, informam que no passado dia 29 de Março faleceu vitima de doença galopante, o seu ente querido José Manuel Moreira de Carvalho, natural de Beja, sendo velado nesse mesmo dia na Igreja dos Jerónimos e seguindo no dia seguinte para o Cemitério da Ajuda.
PENEDO GORDO
SANTA CLARA DE LOUREDO
NOSSA SENHORA DAS NEVES
CABEÇA GORDA
†. Faleceu o Exmo. Sr.
†. Faleceu o Exmo. Sr.
†. Faleceu o Exmo. Sr.
†. Faleceu o Exmo. Sr.
ANTÓNIO MANUEL BATISTA CATRAMPONA, de 63 anos, natural de Santiago Maior - Beja. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 11, da Casa Mortuária do Penedo Gordo, para o cemitério local.
MANUEL JESUS RAMIRES, de 66 anos, natural de Entradas - Castro Verde, casado com a Exma. Sra. D. Eufrásia da Conceição Rosa Ramires. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 12, da Casa Mortuária de Santa Clara de Louredo, para o cemitério local.
DANIEL ALMEIDA BARROSO, de 65 anos, natural de Ervidel - Aljustrel, solteira. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 12, da Casa Mortuária de Nossa Senhora das Neves, para o cemitério local.
MANUEL TOMÉ DA PALMA, de 74 anos, natural de Mértola, casado com a Exma. Sra. D. Natália Maria Gamito Simão. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 13, da Casa Mortuária de Cabeça Gorda, para o cemitério local.
SANTA CLARA DE LOUREDO
BEJA
BEJA
BEJA
†. Faleceu a Exma. Sra. D.
†. Faleceu o Exmo. Sr.
FRANCISCA GODINHO BELGA, de 96 anos, natural de Ervidel - Aljustrel, viúva. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 13, da Casa Mortuária de Santa Clara de Louredo, para o cemitério local.
DOMINGOS RODRIGUES PALMA, de 80 anos, natural de São João dos Caldeireiros - Mértola, viúvo. O funeral a cargo desta Agência realizouse no passado dia 14, das Casas Mortuárias de Beja, para o cemitério local.
†. Faleceu a Exma. Sra. D. CUSTÓDIA MARIA CABRITA PALMA, de 70 anos, natural de Salvada Beja, casada com o Exmo. Sr. Francisco António Manuel. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 15, das Casas Mortuárias de Beja, para o cemitério local.
†. Faleceu a Exma. Sra. D. JOSEFA JANEIRO COELHO, de 85 anos, natural de Baleizão - Beja, viúva. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 15, das Casas Mortuárias de Beja, para o cemitério local.
BEJA
SANTA CLARA DE LOUREDO / SELMES
BALEIZÃO
CABEÇA GORDA
†. Faleceu o Exmo. Sr.
†. Faleceu o Exmo. Sr.
†. Faleceu a Exma. Sra. D.
†. Faleceu o Exmo. Sr.
JOAQUIM MANUEL SENHORINHA RAMOS, de 54 anos, natural de Castro Verde, casado com a Exma. Sra. D. Maria Fernanda Gonçalves Martins Ramos. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 16, da Capela do Bairro de Nossa Senhora da Conceição, para o cemitério de Beja.
ANTÓNIO FRANCISCO PULQUÉRIA, de 82 anos, natural de Selmes Vidigueira, viúvo. O funeral a cargo desta Agência realizouse no passado dia 16, da Casa Mortuária de Santa Clara de Louredo, para o cemitério de Selmes.
MARIA JÚLIA BAIÃO CASCALHEIRA, de 88 anos, natural de Nossa Senhora das Neves - Beja, viúva. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 16, da Casa Mortuária de Baleizão, para o cemitério local.
ANTÓNIO FRANCISCO TOMÉ PIRES, de 77 anos, natural de Cabeça Gorda, casado com a Exma. Sra. D. Ana Gatinho Palma Pires. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 17, da Casa Mortuária de Cabeça Gorda, para o cemitério local.
MISSA AGRADECIMENTO
José Joaquim Batoque Vaquinhas 7º Ano de Eterna Saudade Partiste e não voltaste A saudade me deixaste No nosso coração Choramos de noite e dia Pedimos à Virgem Maria Que nos dê confirmação Pais, tios, primos e restante família participam a todas as pessoas de suas relações e amizade que será celebrada missa pelo eterno descanso do seu ente querido no dia 24/05/2012, quinta-feira, às 18.30 h na Igreja do Carmo em Beja, agradecendo desde já a todos os que nela participem.
Santa Clara de Louredo PARTICIPAÇÃO, AGRADECIMENTO E MISSA 7º DIA
É difícil expressar o sentimento que nos vai na alma, pelo carinho e força que nos foram dadas nestes dias. Sabíamos que o JAC era de um coração enorme, mas não sabíamos o quanto era enorme. De todos os cantos do Alentejo, Algarve, Lisboa e incluindo além-fronteiras, recebemos inúmeras mensagens e telefonemas de condolências. A todos os familiares, amigos, clubes, comunicação social e diversas entidades, um profundo muito OBRIGADO. Um obrigado muito especial a toda a equipa do SEC do hospital José Joaquim Fernandes, incluindo as funcionárias da receção. E não se esqueçam, até um dia, num sítio qualquer deste Alentejo profundo, que continuará a ser uma paixão. PS: Só morre quem é esquecido! Querido esposo, pai, sogro e avô, nunca serás esquecido. JMC
Cuba PARTICIPAÇÃO E AGRADECIMENTO
MISSA
Às famílias enlutadas apresentamos as nossas mais sinceras condolências.
Jacinto Inácio Galinha Esposa, filha, netos e restante família cumprem o doloroso dever de participar o falecimento do seu ente querido ocorrido no dia 12/05/2012, e na impossibilidade de o fazer individualmente vêm por este meio agradecer a todas as pessoas que o acompanharam à sua última morada ou que de qualquer forma manifestaram o seu pesar.
Inácio Em nós continuam vivendo aqueles que partiram, pois em nós deixaram algo de seu – a amizade que nos fez crescer –, e que permanece apesar de separação física.
Consulte esta secção em www.funerariapax-julia.pt
MISSA
Será celebrada missa pelo 2º ano do aniversário da sua morte, no dia 18-05-2012, às 18, 30 h na Igreja da Sé em Beja.
CAMPAS E JAZIGOS DECORAÇÃO CONSTRUÇÃO CIVIL “DESDE 1800”
MISSA DO 30º DIA
Manuel de Jesus Ramires Esposa, filhas, genros, netos e restante família cumprem o doloroso dever de participar o falecimento do seu ente querido ocorrido no dia 11/05/2012, e na impossibilidade de o fazer pessoalmente agradecem por este meio a todas as pessoas que o acompanharam à sua última morada ou de outro modo manifestaram o seu pesar. Mais informam que será celebrada missa pelo seu eterno descanso no dia 18/05/2012, sexta-feira, às 18.00 horas na Igreja de Santa Clara de Louredo, agradecendo desde já a todos os que se dignarem comparecer.
Mariana Gertrudes Ramos
Izaltina Maria dos Santos Maria José Maruta
Sua filha manda rezar no próximo dia 23, quarta-feira, pelas 18,30 horas na Sé de Beja, missa pelo seu eterno descanso, agradecendo-se desde já a todos os que se dignarem assistir à celebração.
Areias de S. João, equipado e mobilado para 4
Neves PARTICIPAÇÃO E AGRADECIMENTO
Missa do 2º Aniversário de Falecimento
ALUGO T1 EM ALBUFEIRA
1º Mês de Eterna Saudade Marido, filhas, genro e netos participam a todas as pessoas de suas relações e amizade, que será celebrada missa pelo eterno descanso da sua ente querida no dia 18/05/2012, sexta-feira, pelas 18.00 horas na Igreja de Santa Maria em Beja, agradecendo desde já a todos os que comparecerem no piedoso acto.
pessoas, com garagem, quintal e duas piscinas
21º Ano de Eterna Saudade
(adultos e crianças),
Por mais que o tempo passe jamais consigo esquecer a tua imagem, antes pelo contrário, lembro a mesma como se hoje estivesses comigo, e recordo com saudade a boa irmã que foste para mim. Na minha memória viverás sempre.
alugo à semana ou à
Participo a todas as pessoas das minhas relações e amizade que mando celebrar missa por alma da minha saudosa irmã no dia 23 de Maio, quarta-feira, pelas 18.00 horas na Igreja de Santa Maria em Beja, agradecendo desde já a todos os que se dignarem assistir ao piedoso acto.
Vivenda na Quintal D’el
Rua de Lisboa, 35 / 37 Beja Estrada do Bairro da Esperança Lote 2 Beja (novo) Telef. 284 323 996 – Tm.914525342 marmoresmata@hotmail.com
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Até ao dia 31 podes ver a exposição que os alunos da Escola Básica de Brescos preparam a partir do estudo da obra de um dos grandes pintores do século XX, Pablo Picasso. Como diz a professora responsável deste projeto, Margarida Brito, “estes meninos aprenderam e arriscaram voar ainda mais alto.” A imagem é do trabalho realizado por Mauro Carvalho a partir de uma pintura de Picasso
Pais...
melância e paus de gelado
Com o calor que se tem sentido sabe bem comer e beber coisas frescas. Para os pequenotes que são relutantes em comer fruta uma boa ideia de torná-la atrativa.
A páginas tantas... Duas ideias que facilmente podes pôr em prática. Vais precisar de uma caixa de fósforos, dois fosfóros, alguns pedacinhos de papel, tesoura e cola. Para a segunda sugestão vais precisar de cartolina, lápis e tesoura. http://krokotak.com/
Letras nos atacadores, recentemente editado pela Kalandraka, é um livro que evoca a infância, a família, a escola e o contacto inicial com os livros, a porta para o saber ou o passaporte para outros mundos imaginários. O texto descreve a experiência de uma família numerosa e humilde de uma forma tão doce, emotiva e sentimental. As ilustrações, de Marina Marcolin, têm um tom ocre que lhes confere um ar antigo e de uma grande delicadeza. Este álbum traz-nos memórias da infância, onde a relação entre gerações é uma constante e sempre tão presente no nosso dia a dia.
Dica da semana A dica desta semana centra-se no blogue da ilustradora de Letras nos atacadores, Marina Marcolin, onde consegues ver o processo criativo que está por trás de cada ilustração. É também um convite para tu começares a procurar sites e blogues de gente que por aqui falamos. Por agora a pista está dada e podes ir a http://www.marinasketch.blogspot. pt/ ou http://marinamarcolin.blogspot.com.es/
27 Diário do Alentejo 18 maio 2012
“Retratos: Uma mão cheia de Picassos”, em Vila Nova de Santo André
28 Diário do Alentejo 18 maio 2012
O Sharpy foi encontrado em Beja, este mês, desorientado. Tinha uma alergia muito grande e teve de ser atendido de urgência. É um cão muito jovem, de porte médio (12 quilos), muito brincalhão e bem disposto. Procura-se a família de onde se terá perdido ou uma nova família que o possa adotar e dar-lhe o carinho que merece. Já faz as necessidades na rua. Está desparasitado e será vacinado em breve. Contactos: 962432844; sofiagoncalves.769@hotmail.com
Letras Nada está escrito
Boa vida Comer Empadão de carne com cogumelos Ingredientes para 4 pessoas: 1 kg. de carne picada (porco e vaca), 200 gr. de cogumelos frescos aos cubos, 1,2 kg. de batatas para cozer, 100 gr. de bacon aos cubos, 4 dentes de alho, 2 dl. de vinho branco , 2 cebolas, 1 dl. de azeite, 4 tomates maduros, água q.b., 1 dl. de leite, 2 colheres (sopa) de manteiga sem sal, 2 gemas de ovo, sal q.b., pimenta q.b., noz-moscada q.b.. Confeção: Confeção: Descasque as batatas, lave e coza-as em água temperada com sal. Depois de cozidas escorra-as. Pique a cebola e os alhos e refogue-os no azeite, junte a carne picada e os cogumelos, tempere com sal e pimenta e deixe cozer lentamente. Adicione o vinho branco, deixe reduzir e junte o tomate picado, sem pele e sem sementes, e a água. Cozinhe por 10 minutos em lume brando. Retifique os temperos. Passe as batatas cozidas pelo passe-vite, junte leite, manteiga, sal, pimenta e a nozmoscada. Envolva bem. Coloque metade do puré no fundo de um pirex, junte a carne e disponha por cima o restante puré. Pincele com a gema, espalhe o bacon por cima e leve ao forno a tostar. Bom apetite... António Nobre Chefe executivo de cozinha – Hotéis M’AR De AR, Évora
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O mundo do vinho em 10 artigos Carne e vinhos
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As carnes sujeitas a um método culinário perdem água durante o processo e aumentam o teor dos outros componentes. Em média, podemos apontar para um conteúdo de lípidos ou gorduras que ronda os 10 por cento e para uma participação das proteínas em pouco menos de metade da composição final da carne que comemos, o que contribui para a sua textura sólida e compacta. Um naco de carne é uma proposta que nos preenche demasiado e que representa a comida mais opulenta. A opção adequada para a harmonização com vinhos é a escolha dos néctares mais sólidos e encorpados: os vinhos tintos. Os taninos são elementos naturais que a sábia flora colocou na casca das árvores e na película ou casca dos frutos com uma finalidade protetora. Estes taninos combinam-se com as proteínas lubrificantes dos mucos libertados pelas aves e insetos, anulando o seu efeito e, assim, impedindo o avanço destes predadores para o interior do corpo dos frutos ou dos troncos. Por isso, os taninos esVinho de tão concentrados na película da uva (tamCalendário bém nas suas graínhas) e contribuem para a cor e, sobretudo, para a sua solidez e densiJá se encontra on line dade. Devido à necessidade de extrair a cor e de acesso gratuito da película para a elaboração do vinho tinto, o novo guia “Copo & os taninos da uva migram para o vinho e Alma, 319 Melhores Vinhos para 2012”. combinam-se, na nossa boca, com uma proSó tem de entrar em teína lubricante: a saliva. Desta combinação www.w-anibal.com e surgem estruturas mais densas – que contriconferir. No Alentejo buem para a sensação de corpo sólido e esdestacou-se o vinho trutura do vinho – e surge a momentânea tinto IG Alentejano Tinto da Talha, Grande falta do efeito lubrificante da saliva sob as Escolha, de 2008. nossas mucosas, o que provoca a sensação de encortiçamento, secura ou adstringência, típica do vinho tinto. Sentimos esta sensação quando mastigamos frutos secos ou diospiros, muito ricos em taninos. Devemos nivelar a força do vinho com a força da carne eleita para a nossa mesa. Nas carnes de aves e de suíno, o teor de proteínas baixa e buscamos vinhos com taninos mais suaves e maduros, que respeitem as texturas mais ligeiras. Os vinhos tintos das regiões vinhateiras do Sul – Tejo, Alentejo, Península de Setúbal e Algarve – merecem primazia na sua mesa. Destas regiões também devem sair as opções de vinhos com taninos mais adocicados para aqueles leitores que gostam de comidas étnicas, como a italiana ou a chinesa. As carnes volumosas e com menor teor de humiVinho Diário dade, sobretudo as de ovino e bovino, em preparações de naco ou bife, anseiam pela mariUm dos vinhos que dagem com os vinhos tintos concentrados das mais me impressionou nossas serras do Interior. Para dimensões inna recente prova cega termédias de carne, sobretudo nas diluições de que deu origem ao meu “Guia Popular de tacho como o ensopado, a cabidela ou a chanVinhos”, edição 2012, fana, os tintos que as nossas zonas atlânticas já nas livrarias e nos propõem são a escolha acertada. Na caça aplisupermercados, foi que as mesmas recomendações mas escolha os o tinto IG Alentejano vinhos mais antigos da sua garrafeira. Terra d’Alter, Arinto de 2010. Compra segura em qualquer prateleira.
Aníbal Coutinho
embrar Natália Correia e a “A defesa do poeta” a propósito de mais um livro de poesia de Manuel Alegre... O poema remata: “Sou uma impudência a mesa posta de um verso onde o possa escrever. Ó subalimentados do sonho! A poesia é para comer”. O 1.º de Maio deste ano e a saga vivida numa cadeia de supermercados ilustraram, de maneira brutal, a verdade da poesia de Natália na evocação aos “subalimentados do sonho”. A escrita de Alegre retoma a questão: pão ou poesia? Qual o alimento mais importante? Alegre sugere o pão mas dá o que tem: poesia. A escrita de Alegre é marcada pela crise profunda de um país em que cada um sabe do tamanho do buraco que tem na alma e/ou na carteira. Abre com a “Balada dos Aflitos”: “Irmãos humanos tão desamparados a luz que nos guiava já não guia somos pessoas – dizeis – e não mercados este por certo não é tempo de poesia gostaria de vos dar outros recados com pão e vinho e menos mais-valia.” Nada está escrito tem beleza, tem sonho e amor mas não deixa de sublinhar o desalento do período mais negro da vida de uma democracia demasiado jovem – precária, como muitos subalimentados que aqui sobrevivem? – para alimentar com sonho e esperança o que falta em pão. Escreve assim, o desalento: “Nas ruas cheias de gente vi as pessoas desertas”. O poeta-político dispensa apresentações. Fez teatro académico, foi campeão de natação, preso pela PIDE, membro da rádio “Voz da Liberdade” na Argélia, dirigente histórico do Partido Socialista e candidato à Presidência da República. Nada está escrito é um repto, de esperança, para escrever tudo de novo? Maria do Carmo Piçarra
Manuel Alegre Dom Quixote PVP: 11,90 euros 88 págs.
Filatelia Está a decorrer a 2.ª exposição Huelva Algarve
D
esde o dia 7, e até ao próximo dia 25, decorre em Huelva a “Onugarve” – 2.ª Exposição de Filatelia e Colecionismo. Das 27 coleções de filatelia em exposição, 18 são de filatelistas naturais ou residentes no Algarve, todos eles sócios de clubes de filatelia algar vios, nomeadamente a Secção de Colecionismo dos Bombeiros Voluntários de Vila Real de Santo António (Scbvvrsa), a Secção de Filatelia da Associação dos Trabalhadores Autárquicos de Faro (Sfataf), a AFAL – Associação Filatélica Alentejo-Algarve, o Lions Clube de Portimão e o Núcleo de Filatelia Juvenil da Escola EB1 de Estói (Faro). Tal como o nome do certame indica, também estão expostos os mais variados produtos de colecconismo: moedas, notas fiduciárias, medalhas, postais ilustrados, pines, dedais, relógios, carros (miniaturas) e bichos. Do programa cultural destacamos a realização na passada quarta-feira da conferência “Os Reis Católicos e a descoberta da América por Cristóvão Colombo”. Esta exposição é já a quarta resultante de um protocolo assinado entre a Scbvvrsa e o Círculo Filatélico y Numismatico de Huelva, que alterna estas exposições bilaterais entre o Algarve e Huelva. O agrupamento espanhol tem o patrocínio da Universidade de Huelva. O anterior certame realizado em Huelva aconteceu de 24 de maio a 10 de junho do ano passado. As duas exposições realizadas em Portugal foram em novembro de 2010 no Alvor e em dezembro de 2011 em Vila Real de Santo António. A próxima bilateral entre estes agrupamentos está agendado para setembro e será realizada pela Sfataf. Geada de Sousa
29 Diário do Alentejo 18 maio 2012 PUB
I Encontro Ibérico
Aromáticas e Medicinais (EIPAMs)
BEJA
(Auditório do IPB)
18 de Maio
MONTE DO VENTO (Mértola)
19 de Maio 2012
facebook.com/adpmmertola PROMOTOR
ORGANIZAÇÃO
APOIO / CO-FINANCIAMENTO
ALOJAMENTO OFICIAL
H O T E L
S Ã O
D O M I N G O S
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30 Diário do Alentejo 18 maio 2012
Espaço Oficinas celebra cinco anos de cultura
É com uma exposição coletiva de pintura, serigrafia, fotografia, escultura, cerâmica BD e cartoon que o espaço municipal Oficinas, em Aljustrel, assinala o seu quinto aniversário. A mostra, composta por obras de António Inverno, Roberto Chichorro, Stela Barreto, Hilário Teixeira Lopes, Eugénia Rosa, Roberto Santadreu ou Luís Afonso, entre outros, é inaugurada hoje, sexta-feira, pelas 18 horas, mantendo-se
Fim de semana
patente até 16 de junho. A festa prossegue amanhã, sábado, com uma sessão de yoga, agendada para as 14 e 45 horas, seguindo-se-lhe, pelas 16 horas, o concerto meditativo “Vibrasons”. “Foram cinco anos de cultura, a democratizar o acesso ao conhecimento, dando maior visibilidade aos talentos do concelho de Aljustrel, do Alentejo e do País que o espaço Oficinas vai festejar este fim de semana”, declara a organização.
Almodôvar regressa ao reinado D. Dinis Mercadores no e mesteiHistória do jazz no espaço Oficinasde Arranca hoje, sexta-feira, espaço rais, cavaleiros e peões, mouros plebeus, àdamas e donzelas vãode compor Oficinas, em Aljustrel, o curso livre dee iniciação história do jazz “Jazz A a Z”. oA cenáação, de mais até um 4Mercado de em Almodôvar, que decorre a partir de hoje ée miaté queriodecorrerá de maioMedieval estruturada oito sessões, sempre às sextas-feiras, domingo, 20, no centro histórico da vila. Organizado pela câmara municipal local, nistrada por António Branco, dinamizador do Clube de Jazz do Conservatório Regionalo que já vai na sua oitava edição, ao século do evento, Baixo Alentejo. A primeira sessão, pelas sugere 21 e 30 uma horas,viagem abordará o temaXIII, “Dosconcretacampos mente ao ano de 1285, altura da doação da Carta de Foral a Almodôvar por D. Dinis. de algodão a Nova Orleães”.
Peça de rua da Baal 17 estreia-se hoje, em Odemira
O que é o turismo para todos?
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om estreia agendada para hoje, sexta-feira, no Cerro do Peguinho, em Odemira, “Muito ajuda o que não atrapalha” é a mais recente produção da companhia de teatro Baal 17. Um espetáculo de rua, com encenação a cargo de Sofia Cabrita e dramaturgia coletiva, que coloca em palco quatro aspirantes a guias turísticos e as suas propostas “mirabolantes” de “autênticos especialistas na matéria”. Com várias reticências e hesitações, vão tentar responder à pergunta “O que é o turismo para todos?”, nesta peça que se insere no projeto de cooperação transnacional “Rotas sem Barreiras”, promovido em Portugal pelas associações de desenvolvimento local Esdime e Terras Dentro, e financiado pelos programas europeus Proder e Leader. “Rotas sem Barreiras” baseia-se nos pressupostos de que o turismo é um bem social e que deve estar ao alcance de todos os cidadãos, entre os quais as pessoas portadoras de deficiência. Depois da estreia, em Odemira, os quatro guias excêntricos (Filipe Seixas, Rui Ramos, Sandra Serra e Vânia Silva) vão passar por várias localidades da região até 2 de agosto, data da apresentação em Serpa, no espaço Nora. Almodôvar (praça da República, dia 25), Ferreira do Alentejo (praça Santa Maria Madaleno, dia 26) e Castro Verde (anfiteatro municipal, dia 1 de junho) são as próximas paragens.
Concerto de cravo e órgão em Alvito Patrizia Giliberti e Rafael Reis protagonizam o concerto de cravo e órgão agendado para amanhã, sábado, pelas 21 e 30 horas, na igreja Matriz de Alvito, encerrando assim a primeira fase do programa “Música nas Igrejas – Concertos de Órgão”. O ciclo, resultante de uma parceria entre a Direção Regional de Cultura do Alentejo, Fundação da Casa de Bragança e Cabido da Sé de Évora, contempla a realização de concertos de órgão em diversas igrejas da região e será retomado em setembro próximo.
Comédia musical “Encalhadas” passa por Beja As conhecidas atrizes Helena Isabel, Maria João Abreu e Rita Salema protagonizam em Beja a comédia musical “Encalhadas”, que sobe ao palco do Pax Julia Teatro Municipal amanhã, sábado, a partir das 21 e 30 horas. Nesta peça são satirizadas as “angústias e prazeres de mulheres de diferentes classes sociais que, em determinada altura das suas vidas, se encontram sós, privadas de amor, carinho e sexo”. Uma sequência de monólogos noturnos, através dos quais o espetador se aperceberá do “problema” que constitui para estas mulheres o facto de estar só, apesar das aparências indicarem o contrário.
Festival One Wo/Man Band encerra hoje no Pax Julia Cumpre-se hoje, sexta-feira, no Pax Julia Teatro Municipal, o segundo e último dia do Festival One Wo/Man Band, que se realiza pela segunda vez. Sobem ao palco bejense, a partir das 22 horas, a Nicotine’s Orchestra ou a orquestra “de um homem só” chamado Nick Nicotine (na verdade, Carlos Ramos), e Zoe Boekbinder, outra solitária em palco e autora do álbum “Artichoke Perfume” (2009), que foi já apresentado em várias paragens pelos EUA.
Juventude em festa no cais do Guadiana As bandas nacionais Pontos Negros e Virgem Suta vão ser a principal atração do III Festival da Juventude de Mértola, a decorrer no cais do Guadiana entre hoje e amanhã, sábado. Trata-se, segundo a organização, a cargo da câmara municipal local, de “uma iniciativa especialmente dedicada aos jovens”, que propõe “noites longas” no cais da Vila Museu, com animação diversa e os DJ François e João Arroja.
Vozes eslavas cantam Rachmaninov em Vila de Frades É no cenário setecentista da igreja Matriz de São Cucufate, em Vila de Frades, que o Coro de Câmara Filarmónico da Estónia entoará amanhã, sábado, a partir das 21 e 30 horas, as “Vésperas Op. 37”, de Sergei Rachmamninov, sob direção do maestro britânico Daniel Reuss. Mais um concerto da programação de 2012 do Festival Terras Sem Sombra, com organização do Departamento do Património Histórico e Artístico (DPHA) da Diocese de Beja. Além do valor patrimonial, esta igreja oferece a “acústica perfeita” para repertórios “cheios de contrastes e de coloridos”, como acontece com esta obra de Sergei Rachmaninov, a “mais surpreendente e a mais insólita das muitas que compôs – e também a mais autenticamente russa”.
Realizou-se no Instituto Politécnico de Beja um filme promocional com a participação de cerca de 2 000 pessoas, entre as quais o humorista Jorge Serafim. A maioria dos participantes foram alunos da instituição que viram com bons olhos esta iniciativa, já que significou a atribuição, a cada um, de créditos suficientes para fazer metade do ano letivo. “Acho bué da bem esta cena do processo de Bolonha, porque basta a gente entrar nestas cenas para fazer bué de cadeiras, e assim. Realmente, o processo Carbonara foi uma ganda ideia e a nossa escola fez bem em aderir. Já a semana passada, tive uma data de créditos só de lavar a carrinha da tuna, LOL! Abençoado sejas, processo Carpaccio!”, afirmou um aluno todo contente.
31 Diário do Alentejo 18 maio 2012
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Cartaz reformulado esteve prestes a ser impresso
Onda de calor: Organizadores equacionaram mudar o nome do I Festival de Chás e Ervas do Mundo para Festival do Ice Tea Os organizadores do I Festival de Chás e Ervas do Mundo, a decorrer até ao dia 20 entre Amendoeira da Serra e Beja, apanharam um susto que os obrigou a repensar o evento: a recente onda de calor que fez com que os alentejanos suassem mais do que Fernando Mendes a correr atrás de um cozido de grão. Segundo apurámos, a temperatura, pouco convidativa à prova de chás, colocou os organizadores de sobreaviso, chegando estes a equacionar a alteração do nome do evento para I Festival do Ice Tea, Panachés e Caracóis, o que acabou por não ser necessário. No certame poderá provar chás de todo o mundo, com destaque para o chá de hortelã da ribeira, chá de peixe do rio, chá com sabor a cobre da Mina de São Domingos, chá de sementes de papoila, chá de torrão de alicante e chá daquele café que o George Clooney bebe.
Clubes da região imitam Benfica e fazem acordos com agências funerárias O Benfica celebrou um acordo com uma conhecida agência funerária, o qual consiste em oferecer aos associados um desconto pelos serviços funerários, bem como a possibilidade de ouvir o hino do clube durante a cerimónia fúnebre. Os clubes da região estão a aproveitar esta dica e começaram a estabelecer acordos com agências locais, que encaram isto como uma grande oportunidade de negócio: “Os adeptos dos clubes locais são cada vez menos, é certo, mas caem que nem tordos, pois já não vão para novos. Antigamente ainda morriam de uma pneumonia por verem os jogos ao frio… Hoje é mais difícil, mas não hão de durar para sempre!”, relatou-nos fonte da agência funerária “Cá te espero”.
Inquérito Como é que festejou o feriado municipal em Beja?
VENÂNCIO TOLERÂNCIA DE PONTO, 35 ANOS Vencedor do concurso de poesia dedicado aos achigãs da barragem do Roxo Da melhor maneira – vesti o meu melhor fato de treino roxo e fiz uma caminhada pelos pontos de interesse da cidade: o Intermarché, o Continente e o LIDL, onde comprei um boião de litro de queijo Quark, que é muito bom para barrar nas tostas e fertilizar os terrenos da minha horta. Antigamente ainda ia à espiga, mas agora deixei-me disso. Diziam que isso dava sorte, mas é mentira: sorte é coisa de “homens sexuais” e de pessoas que não comem carne.
ELISETE HISTAMÍNICO, 58 ANOS Recordista nacional do lançamento da TV 7 Dias Fiquei por casa. As minhas alergias não me permitem sair muito. A minha mãe levava-me à espiga mas eu espirrava mais do que um bezerro preso num monte de feno. É uma chatice isto das alergias! Sou alérgica ao chocolate, à penicilina, ao níquel, à lactose, aos morangos, aos camarões, ao trabalho, ao aloé vera, aos detergentes da roupa de marca branca, ao Malato, ao oxigénio e às receitas do chefe Silva. Tirando isso, sou sã que nem um pero, menos quando tenho ataques epiléticos de cada vez que oiço o Trio Odemira.
Crise: Autarquias da região colocam anúncio nas páginas de “relax” do “Correio da Manhã” para sobreviver Na última edição do “Diário do Alentejo” (para quem não conhece, trata-se do suplemento da Não confirmo, nem desminto) foi notícia o facto de os municípios da região, salvo algumas exceções, demorarem mais tempo a pagar aos fornecedores devido a dificuldades financeiras. E foram essas mesmas dificuldades que levaram algumas das câmaras a recorreram a medidas “extraordinárias” para obterem mais receitas. Segundo apurámos, estas começaram a colocar anúncios no “Correio da Manhã”, na chamada página de “relax”, com mensagens tão sugestivas como: “Autarquia alentejana fogosa retém-te o IMI todinho!! Faço domicílios e assembleias municipais; Município baixo alentejano discreto e musculado chega ao céu com taxa de derrama, atendo em juntas de freguesia abandonadas; Câmara safada ajoelha-se e PDMa-te as áreas de interesse ambiental e patrimonial que tu quiseres, atendo em apartamentos e cabines de voto!”
DOMINGOS DA ASCENSÃO, 67 ANOS Fundador do Coro do Carmo Velho, arqui-inimigo do Coro do Carmo Aiii, foi um dia como outro qualquer!!! Fui mais os meus oito filhos às compras, onde fomos perseguidos pelos seguranças só por sermos da raça cigana. Até parece que os ciganos só fazem mal, mas isso é mentira… Lá por o meu sobrinho de três anos ter puxado fogo a um olival com um lança-chamas, não quer dizer que “sêramos” todos maus… Sou um cidadão exemplar! E fique sabendo que fui assistir à cerimónia de entrega das medalhas e confesso que me desiludiu um pouco: gostei muito mais do livro. Aiiiiiiiiiiiii!!!
Nº 1569 (II Série) | 18 maio 2012
RIbanho
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Hoje, sexta-feira, o céu deverá estar pouco nublado. A temperatura deverá oscilar entre os 12 e os 25 graus centígrados. Amanhã, sábado, o sol deverá brilhar em toda a região e no domingo são esperadas poucas nuvens.
Nova edição do município de Aljustrel e da Adral lançada ontem
Roma nas tábuas de Vipasca
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ela primeira vez, numa mesma edição, a legislação mineira contida nas famosas tábuas de bronze de Vipasca aparece traduzida do latim para português, castelhano, francês e inglês. Uma nova obra, lançada ontem em Aljustrel, a pretexto do Dia Internacional dos Museus, que vem lembrar a importância destes achados “para o conhecimento do mundo romano em toda a Europa”, como explica o seu coordenador, Artur Martins, e também diretor do Museu Municipal de Aljustrel.
para castelhano é de Genaro Chic Garcia (Universidade de Sevilha). A tradução francesa é de Claude Domergue (Universidade de Toulouse) e a tradução inglesa é do professor F. R. Tenney, da Universidade Johns Hopkins, nos EUA, e já falecido. Através destas tábuas de bronze, o que tem sido possível conhecer sobre esta povoação, Vipasca?
Que tipo de informação podemos encontrar na obra As Tábuas de Bronze de Vipasca, lançada ontem, em Aljustrel?
A obra agora lançada pretende, tão-só, divulgar os textos das duas placas que, pela primeira vez, aparecem numa mesma edição traduzidos para português, castelhano, francês e inglês. A obra não se limita às traduções mas possui ainda um texto sobre pormenores técnicos das placas e da história dos seus achados, e ainda outro texto que faz o seu enquadramento histórico. Que contributos reúne esta obra de divulgação?
O texto técnico é de minha autoria e o texto de enquadramento histórico teve como autor o professor Juan Aurelio Pérez Macias, da Universidade de Huelva (UH) e coordenador do projeto Vipasca, que resulta de uma parceria entre a UH e o município de Aljustrel, com o objetivo de estudar a evolução da mineração na região desde a Préhistória à Idade Média. No que respeita às traduções, optámos por utilizar textos já consagrados. Para a transcrição latina e tradução para português, os textos escolhidos são de José d’Encarnação, professor jubilado da Universidade de Coimbra; a tradução PUB
Artur Martins, 58 anos, natural de Lisboa
Foi um dos fundadores, ainda a cursar História, na Faculdade de Letras de Lisboa, da Unidade Arqueológica de Aljustrel, concelho para onde viria a mudar-se a partir de 1995. Aí continuou a investigação arqueológica no castelo e no âmbito da criação do museu municipal, tendo sido responsável pela musealização do núcleo sede e dos núcleos rural de Ervidel e da Central de Compressores da Mina de Algares. É coordenador do Projeto Vipasca, de investigação arqueológica, e, em 2008, tornou-se mestre em Arqueologia pela Universidade de Huelva com uma tese sobre o megalitismo da região de Ourique. Foi orador convidado, em dois colóquios em Itália, para falar, especificamente, sobre as placas de bronze de Aljustrel.
O facto de estarmos perante dois tipos de legislação, uma mais virada para aspetos técnicos e fiscais da mineração e outra centrada no quotidiano da povoação do couto mineiro, dá-nos informação suficiente sobre a importância da exploração mineira em geral, e de Aljustrel em particular, embora, presumivelmente, ambas estejam incompletas. Assim, enquanto a primeira nos elucida sobre as diferenças na exploração do cobre e da prata, das taxas que incidiam sobre a exploração mineira e da regulamentação das sociedades exploradoras, a segunda fala-nos dos direitos e deveres de diversas profissões existentes em Vipasca como, por exemplo, a do mestre-escola, que estava isento de impostos. Que importância têm estes achados para o conhecimento do período romano em Portugal?
São importantes, não apenas para Portugal, mas para o conhecimento do mundo romano em toda a Europa. A prova disso está no facto de elas aparecerem citadas em inúmeros trabalhos de investigação e de divulgação sobre o mundo romano, tanto nos seus aspetos jurídicos como económicos e sociais. Embora encontradas em Aljustrel, ainda hoje não existe uma certeza sobre se estas leis se aplicariam a todo o Império Romano ou apenas a Aljustrel. Carla Ferreira
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“Relação” entre D. João II e Colombo debatida em Cuba O auditório da Biblioteca Municipal de Cuba recebe amanhã, sábado, pelas 15 horas, o colóquio “D. João II e Cristóvão Colon – que relação?”, proferido por Maria Manuela Mendonça, presidente da Academia Portuguesa de História. O evento é organizado pela Associação Cristóvão Colon, com sede em Cuba, e prevê um programa complementar com início pelas 11 horas, que contempla duas visitas guiadas, uma ao painel de São Cristóvão e Portal do Paço, e outra ao Centro Cristóvão Colon. Sobre estas duas importantes figuras históricas, refere a historiadora tratar-se de “dois interessantes personagens contemporâneos” com “visões diversas sobre a hipótese de alcançar a Índia por mar”. Além das Descobertas, Maria Manuela Mendonça “não crê” que houvesse algo de pessoal a ligá-los, ao contrário de algumas teses que circulam sobre eventuais laços familiares. Quanto à possível origem portuguesa do navegador, a historiadora acredita que, ou Colombo “era português, ou veio muito novo para Portugal”, mas admite não ter dados para fundamentar nenhuma destas hipóteses. Recorde-se que entre a Associação Cristóvão Colon e a Academia Portuguesa de História foi estabelecido, em janeiro último, um protocolo de colaboração.
Museus da região festejam Dia Internacional Assinala-se hoje mais um Dia Internacional dos Museus, efeméride que será comemorada por várias unidades da região. O Museu da Luz, da EDIA, empresa gestora do Alqueva, aposta num programa para a infância, oferecendo amanhã, sábado, pelas 16 horas, o espetáculo de marionetas “O Romance da Raposa”, inspirado na obra homónima de Aquilino Ribeiro. Em Serpa, o Museu Etnográfico desafia o visitante a “ver os ofícios tradicionais ao vivo” (cadeireiro, ferrador, oleiro, sapateiro e roupeiro) num programa que decorre hoje, sexta-feira, entre as 10 e as 12 horas e das 14 às 16 horas. Beja propõe, por seu turno, a oportunidade de vivenciar um museu em ambiente nocturno. “À noite nos museus de Beja” decorre amanhã, sábado, em dois núcleos, a partir das 21 e 30 horas: Museu Jorge Vieira e Núcleo Museológico do Sembrano.