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Centenário do Turismo em Aljustrel Ceia da Silva quer “excelência” e “qualidade” no turismo do Alentejo
ANTÓNIO CARRAPATO
págs. 10 e 16/17
SEXTA-FEIRA, 25 MAIO 2012 | Diretor: Paulo Barriga Ano LXXX, No 1570 (II Série) | Preço: € 0,90
Lei aprovada pelo Governo é “perversa”, “aberrante e paralisante da atividade das autarquias”
Autarcas não aceitam “compromissos”
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págs. 4/5
Brincar a sério aos jornais pág. 11
DIREITOS RESERVADOS
Baleizão, terra de Catarina
Viver para contá-las. As histórias. Que os jornais guardam nas suas páginas. E que o “DA” hoje oferece em abundância. Desde os acordes roqueiros do barbeiro de Panoias, passando pelas novas canções dos Virgem Suta ou pela memória de Catarina Eufémia. Histórias que os jornalistas contam mesmo quando são jovens, como as repórteres do Clube de Jornalismo da Mário Beirão.
Virgem Suta de regresso pág. 12
O barbeiro rocker de Panoias pág. 13
JOSÉ SERRANO
JOSÉ FERROLHO
JOSÉ SERRANO
pág. 7
Diário do Alentejo 25 maio 2012
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Editorial
Vice-versa “O caminho está no reforço institucional da cooperação entre municípios para permitir ganhos de escala e, por consequência, a redução nas despesas inerentes ao exercício das competências que serão transferidas”.
Cooperar
Miguel Relvas, na apresentação do estudo “Descentralização e Cooperação Intermunicipal: Um novo rumo para o futuro”
Paulo Barriga
As autarquias vivem “tempos muito preocupantes e desafiantes”. O Poder Local está a ser afetado pela diminuição das receitas próprias, “fruto da recessão da economia”, mas também “por força de decisões do poder central tendentes a restringir os apoios financeiros que seriam devidos ao Poder Local nos termos da legislação em vigor”. O “Governo poderá “ficar para a História como o maior adversário do Poder Local”.
O
ultraliberalismo venceu – está a vencer – em toda a linha. A globalização económica e financeira, ao inverso do que vaticinaram os seus teóricos fundadores, não arrastou consigo a melhoria da qualidade de vida do Homem. Nem trouxe à tona o “homem novo” pós-moderno, pós-marxista, independente, livre, ativo e participante na sociedade, como seria de prever. Pelo contrário, o capitalismo desaçaimado, sem regras que não as da concentração obscena da riqueza, revelou-se o cadafalso da própria Humanidade. Implementou a pobreza ao mesmo tempo que foi espalhando ilusoriamente a boa-nova da abundância. Contaminou o planeta, talvez de forma irreversível, enquanto apregoava as boas práticas ambientais. Substituiu a democracia e a independência dos Estados pela ditadura férrea dos mercados. Engordou até estoirar, com a fome das populações e as riquezas naturais do dito “terceiro mundo”. Mesmo no seu próprio terreno, no terreno dos negócios, das empresas, a voracidade da concentração tem-se mostrado indomável. O comércio de proximidade e a pequena revenda, por exemplo, perderam por completo o interesse das multinacionais. Por cada microempresa que fecha no tecido urbano das cidades há uma canada de foguetes lançada ao ar pelos tubarões do retalho. É a festa pela concorrência que se esbate. E cada desempregado, apesar da sua frágil condição, acaba por se manter um potencial cliente. É assim que sobrevive o atual sistema: desunindo para reinar. Cada homem quer-se um átomo isolado numa mole amorfa, obediente, sem vontade própria. O curioso é que o apelo desenfreado ao individualismo não afeta apenas o fulano consumidor. Afeta todo o tecido e qualquer organização social. Hoje em dia, excluindo o fenómeno futebolístico, assiste-se ao colapso completo do associativismo. E principalmente à implosão do cooperativismo. Que foi a melhor invenção alguma vez alcançada para combater precisamente a ganância do individualismo capitalista. Mas este movimento que apela à participação de todos os associados para atingir o bem comum – ao nível da produção, do comércio ou da cultura – também fracassou. Porque, ao contrário dos seus princípios fundamentais, coletivistas e democráticos, a primeira ambição dos seus dirigentes, que se quiseram perpetuar nas diferentes direções, foi precisamente jogar de igual para igual no tabuleiro do adversário ao jogo do um por todos e cada qual por si. E acabaram por perder, claro.
António Capucho, ex-presidente da Câmara de Cascais eleito pelo PSD e ex-conselheiro de Estado.
Fotonotícia Obras de Santa Engrácia. Não ficaram concluídas pelo Natal, como era inicialmente suposto, e, segundo os comerciantes e moradores da zona, parece não terem fim à vista, as obras nas Portas de Mértola, em Beja. Os trabalhos intensificaram-se nos últimos dias, tornando praticamente intransitável algumas zonas do coração da cidade. Sendo que os comerciantes são aqueles que mais sentem na pele o prolongar das obras. É que para eles existem duas crises ao mesmo tempo: a do buraco nas contas do Estado e a do buraco que se mantém a céu aberto mesmo defronte das suas lojas. PB Foto de José Ferrolho
Voz do povo O que pensa das obras nas Portas de Mértola?
Inquérito de José Serrano
Luís Campaniço, 28 anos, comerciante
Maria Teresa, 44 anos, comerciante
Erica Fonseca, 32 anos, comerciante
Maria Luísa, 53 anos, comerciante
Em relação à canalização, penso que será benéfica. Mas tanto tempo de obras prejudica-nos muito. Isto dificulta muito os acessos aos nossos clientes. Por isso vêm muito menos. Pelas nossas contas acredito que só daqui a dois anos fiquem prontas.
Espero que o transtorno que estas obras nos causa todos os dias sirva para alguma coisa. Que tragam mais pessoas à rua. Por agora há muito menos clientes. As pessoas não têm passagem. Temos buracos ao pé da porta. Concluídas? Lá para o dia de são nunca à tarde.
A minha esperança é que estas obras tragam mais pessoas para esta zona da cidade. Agora não passa aqui quase ninguém. Está tudo muito parado. O comércio está todo a fechar. Talvez daqui a dois aninhos estejam finalizadas. Talvez. Tenho sérias dúvidas.
Penso que trarão benefícios para a baixa da cidade. A minha expetativa é grande. Mas neste momento sinto uma quebra nas vendas. Uma parte é devido às obras. Era bom que estivessem prontas até ao fim do ano. Mas vão entrar por 2013. Está tudo atrasado. Tudo muito enleado.
Rede social
Semana passada QUARTA-FEIRA, DIA 16 OURIQUE ELSA ROMBA É A NOVA PRESIDENTE DA COMISSÃO DE PROTEÇÃO DE CRIANÇAS A Comissão de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ) de Ourique tem uma nova presidente. Elsa Romba, advogada, foi eleita para presidir os destinos da comissão para o biénio 2012-2014, anunciou a Câmara Municipal de Ourique. A composição da comissão, nas suas modalidades restrita e alargada, sofreu também alterações, visto que alguns dos seus membros atingiram o limite do mandato previsto na lei (seis anos), adianta a autarquia, que recorda que a comissão “é uma das mais interventivas da região, tendo vindo a desenvolver um trabalho positivo no que diz respeito à defesa das crianças e jovens em risco”.
DOMINGO, DIA 20 OURIQUE DETIDO POR POSSE ILEGAL DE ARMA Um homem de 57 anos foi detido pela GNR de Ourique, na manhã de domingo, durante uma fiscalização rodoviária, por posse ilegal de arma, informou a força de segurança. Segundo a GNR, o homem foi constituído arguido, sujeito a termo de identidade e residência (TIR) e notificado para comparecer em tribunal.
SEGUNDA-FEIRA, DIA 21 CANHESTROS ASSOCIAÇÃO DE BEM ESTAR SOCIAL DOS REFORMADOS E IDOSOS FEZ 14 ANOS A Associação Bem Estar Social dos Reformados e Idosos de Canhestros, que contempla as respostas sociais centro de dia, serviço de apoio domiciliário e lar, comemorou o seu 14.º aniversário, informaram os seus responsáveis. O Lar de Idosos Professor Mariano Feio, que contemplou no passado mês de abril, um ano de atividade, “contempla 36 camas” e está dotado “de equipamentos geriátricos de qualidade visando o conforto, harmonia e estabilidade dos nossos idosos”. “Queremos continuar a ser reconhecidos como uma unidade que tem como objetivo principal a prestação de cuidados e serviços por uma equipa qualificada, responder às necessidades básicas individuais dos clientes, respeitar a sua independência, privacidade e individualidade; proporcionar contactos com o exterior e o convívio no interior do lar e promover a continuação do reforço dos laços familiares”, adiantam os responsáveis.
BEJA “SEMANA ABERTA” EM SANTA VITÓRIA A Câmara de Beja deu início à quinta edição da iniciativa “Semana Aberta” nas freguesias rurais do concelho, que decorre na freguesia de Santa Vitória, com várias iniciativas lúdicas, culturais e sociais. A iniciativa visa “uma aproximação cada vez mais efetiva” entre o executivo e os serviços da autarquia e os munícipes, explica o município, referindo que a quinta edição inclui iniciativas desenvolvidas por serviços da câmara em colaboração com a junta de freguesia e a população de Santa Vitória.
TERÇA-FEIRA, DIA 22 MÉRTOLA CÂMARA APOIA BANCO ALIMENTAR A Câmara Municipal de Mértola entregou na sede de Beja do Banco Alimentar Contra a Fome, no âmbito da campanha Papel por Alimento, uma tonelada de papel recolhido em várias instituições e escolas do concelho. A tonelada recolhida “representa um apoio de 100 euros”. A iniciativa contou também com a colaboração do Núcleo de Voluntariado de Mértola.
BARRANCOS NOUDAR RECEBE CERTIFICAÇÃO O Parque de Natureza de Noudar recebeu a certificação “Wildlife Estates”, tornando-se uma das primeiras propriedades portuguesas a usar a marca, que distingue as boas práticas de gestão rural em interação com a conservação da natureza na Europa. Segundo a Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva (EDIA), que gere o parque, a certificação “vem confirmar o reconhecimento da qualidade da gestão” realizada numa área integrada na Rede Natura 2000 e onde se prepara a reintrodução do lince ibérico em Portugal. A marca “Wildlife Estates”, criada pela ELO – European Landowners Association, “estabelece critérios e indicadores de certificação nas áreas ambiental, económica e sociocultural, sendo uma marca de excelência na gestão agrícola, florestal e do turismo associados à conservação da natureza”, explica a EDIA.
3 perguntas a José Baguinho
Presidente da direcção da Cooperativa Cultural Alentejana A Cooperativa Cultural Alentejana suspendeu temporariamente, por razões económicas, a edição semanal em papel do jornal “Alentejo Popular”. Qual é a situaçãofinanceiradacooperativa?
A situação financeira é difícil, uma vez que a receita com publicidade tem vindo a diminuir ao longo dos últimos meses; as famílias e as empresas atravessam graves dificuldades financeiras, que as obrigam a cortar nas suas despesas, considerando naturalmente as que não são de primeira necessidade, logo, cortam na imprensa e na publicidade, entre outras. Tendo havido edições do jornal em que a receita não dá para a despesa, globalmente, se considerarmos o dinheiro que temos a receber de publicidade já editada, dos assinantes e outros créditos a nosso favor, podemos pagar aos nossos fornecedores e equilibrar a situação financeira. Tivemos que suspender a edição do jornal uma vez que a despesa com o mesmo corresponde a cerca de 85 por cento das despesas de funcionamento da cooperativa e não podíamos chegar a uma situaçãoincontrolável.
Ervas e chás de todo o mundo uni-vos Decorreu este fim de semana a derradeira etapa do I Festival de Chás e Ervas do Mundo. Uma iniciativa que levou milhares de visitantes à pequena aldeia de Amendoeira da Serra, Mértola. E que teve como único ponto negativo a chuvada que caiu no domingo.
Mercado medieval com guarda-chuvas É um dos principais eventos de rua que se realiza anualmente no Baixo Alentejo, este Mercado Medieval de Almodôvar. Uma iniciativa que atrai multidões e que tem como principal objetivo celebrar a doação da Carta de Foral à Vila de Almodôvar por D. Dinis, em 1285.
A suspensão da edição em papel é suficiente para equilibrar as contas? E quando é que será retomada?
A suspensão não resolve a situação, uma vez que perdemos a receita da publicidade das vendas e dos assinantes; no entanto, pesando todos os fatores, uma vez que a tendência recessiva do País se vai acentuar, é de bom senso tomarmos esta medida. Não há data prevista para voltarmos a reeditar, temos recebido apelos dos nossos leitores para que a suspensão não seja demorada e é gratificante constatar que o “Alentejo Popular” tem o seu espaço, os seus leitores; mas ainda é cedo para fazer previsões quando à retoma da edição, ela depende de quanto tempo vamos demorar a equilibrar as finanças, após o que reavaliaremos a situação. Nesta fase vamos dar prioridade a receber de quem nos deve, vamos participar no Mercado Cultural em Serpa em junho, temos em preparação algumas edições de livros para as quais já temos apoio e vamos fazer um apelo extraordinário aos nossos assinantes.
Florbela Espanca segundo Vicente do Ó Na terça-feira à tarde foi apresentado em Beja, no Pax Julia, a celebradíssima visão de Vicente Alves do Ó sobre a intensa vida da poetisa alentejana Florbela Espanca. Que tem uma interpretação assinalável de Dalila Carmo. Ana Paula Figueira fez as honras da casa.
Não há notícia de alguém ter caído ao rio Esteve a abarrotar de malta nova o III Festival da Juventude de Mértola que este sábado aconteceu no cais do Guadiana. E não era para menos com o balanço que os Virgem Suta e os Pontos Negros levaram até à vila museu. Os DJ François e Arroja trataram da desnoite.
Que futuro antevê para a cooperativa, tendo em conta o agravamento da situaçãoeconómica?
Apesar da situação financeira grave que as famílias atravessam e que se reflete na nossa atividade, vamos tentar encontrar formas de ultrapassar este momento difícil, uma vez que a cooperativa, para além das 448 edições do “Alentejo Popular” já publicadas, faz um balanço de trabalho altamente positivo da sua atividade, de onde destacamos a publicação de um conjunto de livros de autores da região. Não desistimos perante as dificuldades. E – fica o compromisso – também nesta frente, a luta continua. NP
Três encalhadas e uma barrigada de rir Helena Isabel, Maria João Abreu e Rita Salema riram e fizeram rir o público bejense que no último sábado acorreu ao Pax Julia. Para assistir à comédia musical “As Encalhadas”. Que satiriza as conversas entre mulheres quando estas estão precisamente… encalhadas.
Diário do Alentejo 25 maio 2012
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Diário do Alentejo 25 maio 2012
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Baleizão
Camponesa foi morta há 58 anos
A terra que não esquece Catarina António Cochilha, membro do Grupo Coral de Baleizão, não falha uma romagem. “A Catarina Eufémia é um símbolo do passado e continua a estar viva”, diz, salientado, no entanto, que “com o tempo” o movimento em torno das comemorações tem “vindo a diminuir”. “Há 30, 40 anos, havia fartura de pessoal aqui, agora já vai diminuindo”, diz o cantador, sem, contudo, conseguir avançar razões para este decréscimo. Texto Nélia Pedrosa Fotos José Serrano
A
romagem em homenagem a Catarina Eufémia, morta há 58 anos em Baleizão pela Guarda Republicana, está agendada para as 11 horas da manhã. Mas pouco passa das 10 e há já quem visite a sepultura da camponesa, aproveitando o facto de estar a dois passos do cemitério, na casa mortuária, a velar o corpo de uma filha da terra que partiu na tarde do dia anterior. Por esta altura, Maria Cândida Fernandes, de 79 anos, sobe apressada a rua que desemboca no largo do cemitério. Nas mãos leva o ramo de flores que o secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, há de depor no túmulo de Catarina, num ritual que se repete todos os anos. Apesar de estar dentro da hora – o líder do Partido Comunista só chegaria cerca de meia hora depois – mostra-se relutante em abrandar o passo para responder a algumas perguntas e deixar-se fotografar. Insistimos. “Ela [Catarina] morreu na sua luta e a gente faz-lhe uma homenagem. Participo todos os anos, desde o 25 de Abril. Vou entregar este ramo de flores ao camarada Jerónimo e o camarada Jerónimo deposita-o na campa de Catarina, mas Catarina já lá tem um ramo que fui pôr esta manhã. Todos os anos faço isto”, diz aquela que é também a “guardiã” das chaves do centro de trabalho local do PCP, lembrando que no “tempo da Reforma Agrária participavam mais pessoas”: “A vida estava melhor, agora cada vez está mais ruim e às pessoas custa-lhes mais, mas vêm sempre muitas excursões”. A poucos metros do cemitério, na única barbearia “da aldeia de cima”, por estes dias praticamente inativa devido aos problemas de saúde do seu proprietário e por isso agora usada como entrada principal da casa de habitação, a mulher do barbeiro e a cunhada trocam dois dedos de conversa.
Bárbara Lopes não tem por hábito participar na romagem promovida anualmente pela direção da Organização Regional de Beja do PCP e pela Comissão de Freguesia de Baleizão, e agora que está doente, “com uma dor numa perna”, ainda menos. Mas temendo ser mal interpretada avisa logo que está “do lado” de Catarina: “Dizem que é do Partido Comunista, não é?” Com uma vista privilegiada para a rua por onde passa em romaria quem presta homenagem à camponesa, Bárbara Lopes diz que “o movimento já não é o que era”. “Vêm menos pessoas, vai-lhes acontecendo o mesmo que me acontece a mim, vão estando velhas, coxas e doentes”, justifica. Chegam as 11 horas e com elas o início da romagem ao cemitério e depois até ao largo Catarina Eufémia, para as habituais intervenções políticas, romagem essa este ano ameaçada por um céu cinzento, carregado. Já no largo que recebeu o nome e o busto da camponesa, o discurso de Jerónimo de Sousa acaba por ser encurtado devido à forte chuvada que se abateu sobre a aldeia. “Este ano não fui ao cemitério, fiquei só aqui [largo], porque estava de chuva, mesmo assim apanhámo-la aqui toda”, lamenta Mariana David. Passadas quase seis décadas sobre a morte de Catarina, esta antiga proprietária de uma padaria, de 62 anos, defende que “devia haver muita gente” como a camponesa. “Precisávamos de fazer o mesmo que ela fez, porque o nosso país está arruinado de um todo. Não sabemos para onde nos havemos de voltar. O futuro dos nossos filhos está em questão, as pessoas que se meteram em muita responsabilidade é que vão agora sofrer. Temos que enfrentar a luta”. E é precisamente “devido à situação” em que o País está mergulhado, que este ano, adianta, “há mais gente” nas comemorações. “As
pessoas agora querem-se unir mais”. Também Mariana Caixinha, de 53 anos, que reside a escassos metros do largo, considera que “nos tempos que correm, que são tempos difíceis”, faz todo o sentido lembrar a “grande mulher” que foi Catarina. “Trabalho no Instituto do Emprego, sou contínua. Graças a Deus nunca quis trabalho que não tivesse, mas também tenho feito de tudo um pouco, tenho o meu trabalho no instituto, tenho trabalhado no campo, a dias, aos fins de semana. Mas em Baleizão falta mais trabalho para as pessoas que não têm”, diz, adiantando que o desemprego na aldeia atinge “mais os jovens” e que algumas pessoas acabam por abandonar a aldeia, indo para Lisboa ou para o estrangeiro, “para a Suíça”. Aproxima-se a hora de almoço. As ruas começam a ficar desertas. Na Sociedade Filarmónica 24 de Outubro, cujo bar é explorado há nove meses por Teresa Beldroegas, de 27 anos, um grupo de homens conversa juto ao balcão. Entre eles está o “irmão de criação” de Catarina Eufémia que, algo emocionado, prefere não ser entrevistado, e António Cochilha,
membro do Grupo Coral de Baleizão, que não falha uma romagem. “A Catarina Eufémia é um símbolo do passado e continua a estar viva”, diz, salientado, no entanto, que “com o tempo” o movimento em torno das comemorações tem “vindo a diminuir”. “Há 30, 40 anos, havia fartura de pessoal aqui, agora já vai diminuindo”, diz o cantador e motorista de pesados numa empresa de Beja, sem, contudo, conseguir avançar razões para este decréscimo. Atrás do balcão da sociedade, Teresa serve copos de vinho. Acede a ser substituída por breves momentos para conversar connosco. Depois de “um ano e tal em casa sem fazer nada”, sem direito a subsídio de desemprego, – à semelhança de muitos jovens seus conterrâneos –, decidiu arriscar com o namorado, que é eletricista, na exploração do bar. E até ao momento, “está a correr tudo bem”, afirma. Quanto às romagens à camponesa, recorda os tempos de miúda em que participava ativamente vendendo bolos em barraquinhas instaladas no largo: “Isso acabou. Mas é bom comemorarmos para os jovens saberem o que aconteceu, porque há muita gente que não sabe”.
Diário do Alentejo 25 maio 2012
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Silvestre Troncão Presidente da Junta de Freguesia de Baleizão
Festas em honra da padroeira realizam-se em agosto Quantos habitantes tem Baleizão, de acordo com o Censos 2011, e como se caracteriza em termos demográficos?
A população de Baleizão é atualmente de 904 habitantes, sendo que 65 por cento da população tem mais de 65 anos e os restantes 35 por cento são adultos e jovens.
As tradicionais festas em honra de Nossa Senhora da Graça, a padroeira de Baleizão, realizam-se no início do mês de agosto, atraindo à aldeia visitantes oriundos da região e de outras partes do País e também os filhos da terra emigrados, que muitas vezes se fazem acompanhar de amigos estrangeiros. Segundo o presidente da junta, Silvestre Troncão, estas festas revestem-se de grande importância “uma vez que servem para juntar as famílias e ao mesmo tempo ajudam o comércio local”. As cerimónias religiosas estão a cargo da Igreja (comissão fabriqueira) e a componente pagã “de associações ou grupos de pessoas da aldeia”. Os seus programas são compostos “essencialmente por bailes, touradas, espetáculos com artistas do panorama pop nacional e as cerimónias religiosas com missas e procissões em honra da padroeira”, diz o autarca.
A que setores de atividade se dedica atualmente a população em idade ativa?
A principal atividade a que a população se dedica é a agricultura. A construção de um lar de terceira idade, em complemento ao centro de dia existente, é uma reivindicação antiga da população. Em que fase está o processo?
O processo, segundo a dra. Mariana, assistente social do centro, está parado, ou seja, nada mais há que o projeto exigido aquando da última candidatura. Para além da inexistência do lar, que outros equipamentos/ /infraestruturas/serviços fazem faltam em Baleizão?
Uma creche, como forma de mantermos na aldeia os casais jovens e com filhos, assim como um pavilhão multiusos que serviria de apoio/substituição à Casa do Povo em atividades/iniciativas que agora se realizam ali e não é aquele o espaço mais adequado. E quais são as principais potencialidades da aldeia?
Somos uma aldeia muito bem situada (entre Serpa e Beja), a nossa história (Catarina Eufémia), a persistência e valentia das nossas gentes, as nossas terras muito férteis e a existência de grandes áreas cultiváveis, as quais são verdadeiros polos de atração para grandes empresas, sobretudo espanholas que se encontram já na nossa aldeia. A juntar a tudo isto, o espírito e a dedicação a uma só causa, Baleizão.
Grupos corais ajudam a manter tradições A aldeia de Baleizão tem dois grupos corais, um masculino e outro feminino – Grupo Coral de Baleizão e Grupo Coral Terras de Catarina –, fundados há sensivelmente uma década. Segundo o site da junta de freguesia, Baleizão faz questão em “manter a sua própria cultura e algumas tradições”, contando para tal com o apoio e colaboração dos dois grupos corais. “Com a sua ajuda foram já recuperadas algumas modas tradicionais e também algumas práticas e danças. Estes grupos corais acabam assim por levar um pouco da nossa cultura por todo o País por onde vão cantar”, lê-se ainda na página da autarquia.
Diário do Alentejo 25 maio 2012
Atual
O Coro de Câmara de Beja organiza este domingo, a partir das 17 horas, no Pax Julia, o XXIV Encontro de Coros de Beja. Participam nesta edição o Coral Vila Forte (Porto de Mós), Coro Ninfas Lis (Leiria), Grupo Coral de Tancos e o agrupamento anfitrião, o Coro de Câmara de Beja. A entrada no espetáculo é livre e tem o apoio do município bejense.
Amigos do concelho de Odemira juntam-se em Lisboa O Núcleo de Amigos do Concelho de Odemira celebra o seu 23.º aniversário com um almoço convívio, na Casa do Alentejo, em Lisboa. O encontro está marcado para o dia 2 de junho e será animado pelo Grupo Coral de Odemira.
CARLA RODRIGUES
Encontro de Coros de Beja no domingo
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Festival de BD de Beja arranca amanhã na Casa da Cultura
Quem não tem cão... Ao contrário do que supunham os rumores, o VIII Festival Internacional de BD de Beja vai ser uma realidade. Entre amanhã, sábado, e o próximo dia 10 de junho. Uma edição com apenas 10 exposições e duas mostras, concentradas num único núcleo, a Casa da Cultura, foi o que a Bedeteca de Beja conseguiu pôr no terreno sem um tostão de orçamento. Mas o que faltou em dinheiro parece ter sobrado em voluntarismo. Texto Carla Ferreira
“S
em orçamento” mas com uma grande dose de voluntarismo associada, o VIII Festival Internacional de Banda Desenhada de Beja vai, afinal, ser uma realidade, ao contrário do que muitos chegaram a pensar. A sessão de inauguração está agendada já para amanhã, sábado, pelas 15 horas, abrindo portas para duas semanas de iniciativas em torno da nona arte, desta feita apenas circunscritas à Casa da Cultura – sem outros núcleos espalhados pela cidade – onde se manterão patentes, até 10 de junho, uma dezena de exposições e duas mostras. Sensivelmente metade da oferta habitual e sem a presença física de autores estrangeiros de grande nomeada, como já vinha sendo tradição. Longe de ser o festival de sonho da Bedeteca de Beja, que já começava a ser “ponto de visita obrigatório para as pessoas que gostam de BD, não apenas em Portugal mas em toda a Europa”, este será o festival possível, tendo em conta que apenas são asseguradas, pelo município bejense, as despesas básicas, com seguros, transportes e montagem. Paulo Monteiro, diretor PUB
daquele equipamento bejense além de ilustrador premiado, não se perde em lamentações e agradece a onda de solidariedade que se gerou à volta do evento, mal soou o rumor de que o festival poderia não ter lugar. “Apareceu aqui muita gente a oferecer ajuda no que fosse preciso. Recebemos muitos emails de gente de todo o País e até do estrangeiro. É que chegámos a abril sem dar uma única notícia do festival e as pessoas começaram a suspeitar que qualquer coisa estava mal. Mas foi um boato. Nunca chegámos a pensar em interromper o percurso do festival. Quando não se tem cão, caça-se com gato”. Uma das soluções encontradas foi a
criação de “uma espécie de bolsa de alojamento” garantida por vários colaboradores do festival, “quer colegas nossos da Câmara de Beja, quer pessoas exteriores ao próprio município”, permitindo aos autores ficar acomodados a custo zero. “Uma ideia que todos acharam fantástica”, explica o responsável, referindo ainda o insólito do jantar de boas vindas agendado para amanhã, sábado, nas arcadas exteriores da Casa da Cultura, que será pago pelos próprios interessados e para o qual, curiosamente, já há 80 inscrições. A seguir, há serão com o espetáculo “Modas Campaniças e outras Músicas”, pela dupla bejense Paulo Colaço e Zé Emídio, e uma programação que se estende até às quatro da madrugada. “É uma vaidade nossa mas é um facto que este é o festival de BD do País de que as pessoas gostam mais, pela sua atmosfera familiar, pelo que faz sentido esta informalidade. Então, decidimos agarrar um pouco nas características da própria região, os petiscos, as modas, e não fazer uma coisa igual ao que se faz em Lisboa, Paris ou em qualquer outra grande cidade, onde tudo é igual”. Quanto às exposições, mantém-se o mesmo critério do “equilíbrio” entre a componente alternativa e a mais comercial ou mainstream. “Somos um festival de banda desenhada, com todos os tipos de BD, desde os super-heróis até ao autor mais deprimido”, declara Paulo Monteiro, consciente da inevitável descida do número de visitantes – o ano passado foram mais de oito mil – perdido o isco dos grandes autores estrangeiros. De futuro, há a esperança de “encontrar outras parcerias e apoios, uma vez que a troika veio mesmo para ficar”, conclui Paulo Monteiro.
Do alternativo ao mainstream
D
os autores mais alternativos, como Pepedelrey, até Eliseu Gouveia, que trabalha para o mercado norte-americano; dos galardoados, como Maria João Worm, que conquistou recentemente o Prémio Nacional de Ilustração, até aos nomes que começam agora a emergir na área, os casos de Carla Rodrigues e Diogo Carvalho, passando pelo brasileiro Júlio Shimamoto, conhecido como o “samurai dos quadrinhos”. O Festival Internacional de BD de Beja volta a apostar numa oferta eclética, trazendo este ano para a ribalta, pela primeira vez, o trabalho de um argumentista de BD, no caso André Oliveira. Quanto às exposições coletivas, além da que reúne originais e serigrafias da Bedeteca de Beja, merecem visitas obrigatórias “Corto Maltese no século XXI”, com a contribuição de 43 autores, na maioria portugueses, que se inspiraram na personagem de Hugo Pratt, e “Traços Comuns”, um conjunto de originais dos mais destacados autores da BD mundial (Alberto Breccia, Dave McKean ou Harold Foster, que desenhou Tarzan) da coleção de Domingos Isabelinho.
Talegos e aventais tradicionais do Alentejo, peças feitas de retalhos de panos e ligadas às tradições da gastronomia alentejana, vão poder ser apreciados na 2.ª Feira do Talego e Avental, que decorre hoje, sexta-feira, em Ferreira do Alentejo. A feira, promovida pela Junta de Freguesia de Ferreira do Alentejo no âmbito do projeto de animação de idosos, vai decorrer na praça Comendador Infante Passanha, a partir das 19 horas. O programa da feira inclui também uma peça de teatro, o desfile “O talego e o avental na passerelle”, a atuação do grupo Ventos Alentejanos e uma mostra gastronómica.
07 Diário do Alentejo 25 maio 2012
Talegos e aventais tradicionais em Ferreira do Alentejo
João Ramos preocupado com Museu de Beja João Ramos questionou esta semana a Secretaria de Estado da Cultura sobre o atual estado do Museu Regional de Beja. O deputado eleito pela CDU, que visitou o Museu na passada sexta-feira, pretende saber se o Governo está ao corrente das reais necessidades de manutenção quer do Convento Nossa senhora da Conceição, quer da Igreja de Santo Amaro, onde funciona o Núcleo Visigótico. E se está prevista alguma intervenção imediata para solucionar os problemas de infiltrações e a manutenção em geral destes equipamentos.
Autarcas protestam contra lei
Compromissos cegos A Lei dos Compromissos, pensada para disciplinar as despesas e os pagamentos em atraso das entidades públicas em geral, apanhou os municípios por tabela. Os autarcas, em uníssono, protestam de norte a sul do País, reclamando e exigindo que a regulamentação do diploma, aprovado no dia 21 de fevereiro, tenha em conta a especificidade do Poder Local.
A s so c i aç ão Na c iona l dos Municípios Portugueses (ANMP) reuniu-se com o ministro das Finanças Vítor Gaspar, mas do encontro apenas saiu a criação de uma comissão técnica para avaliar que medidas podem ser tomadas para defender a sustentabili-
dade financeira das autarquias. A ANMP, que lembra que o total da dívida dos municípios apenas corresponde a quatro por cento do total da dívida do Estado, diz que a Lei dos Compromissos é “claramente limitativa da autonomia administrativa e financeira dos municípios”, e o seu vice-presidente, Rui Soalheiro, afirmou que “não é possível aplica-la à gestão das autarquias”. Entre os autarcas que o “Diário do Alentejo” ouviu, a recusa da lei é unânime, bem como a perceção de que a sua aplicação poderá levar os municípios à paralisia, com obras suspensas e serviços como os transportes e as refeições escolares afetados. À hora do fecho desta edição, a comissão que, para além da ANMP, integra técnicos dos ministérios das Finanças e dos
Assuntos Parlamentares e das secretarias de Estado do Orçamento, Assuntos Fiscais e Administração Local, encontrava-se reunida em Lisboa, numa sessão de trabalho de onde devem sair propostas não só sobre a Lei dos Compromissos, mas também sobre pretensão de o Governo reter cinco por cento das receitas provenientes do IMI (Imposto Municipal sobre Imóveis) e sobre o Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN), cuja execução se encontra suspensa. O que os autarcas pretendem é que, à semelhança dos hospitais e das universidades, o Governo abra uma exceção para as autarquias, caso contrário as câmaras deixarão de ter dinheiro “para pagar o gasóleo, e, em última análise, até os salários dos funcionários poderão estar em causa”.
Jorge Rosa
Manuel Narra
João Penetra
“Uma asneirada tremenda”
“Até salários podem “Uma lei estar em causa” perversa”
Texto Aníbal Fernandes
A
Presidente da Câmara de Mértola
A
Lei dos Compromissos é “uma asneira tremenda. É irreal e não tem aplicabilidade”, diz Jorge Rosa, presidente da Câmara de Mértola. O autarca lembra que a lei foi feita para disciplinar os gastos de organismos que não os municípios, que acabam por levar por tabela com constrangimentos que podem pôr em causa serviços básicos como “as refeições, os transportes escolares e os apoios sociais”. Rosa lembra que o município que preside está a fazer “pagamentos a fornecedores à volta de 35 dias e a dívida de longo prazo está dentro dos limites aceitáveis”. No entanto, se o Governo não recuar a situação tenderá a “complicar-se cada vez mais”. O autarca pediu aos serviços financeiros do município para anteciparem o cenário, e, apesar de o estudo não estar terminado, tudo leva a crer que no segundo semestre de 2013 a situação possa ser insustentável. “Ou há uma remodelação da lei ou o Poder Local vai passar mal”, conclui.
Presidente da Câmara de Vidigueira
“S
e levarmos à risca a Lei dos Compromissos vai chegar uma altura em que não haverá dinheiro nem para pagar gasóleo, e, em última análise, até os salários dos funcionários poderão estar em causa”. É assim que Manuel Narra, presidente da Câmara de Vidigueira, antevê o futuro se o Governo não recuar. Atualmente, o concelho de Vidigueira tem obras a decorrer no valor de 1,5 milhões de euros suportadas em grande parte por fundos comunitários. “Basta um grão de areia” no processo de transferência das verbas nos meandros da burocracia “para os pagamentos aos fornecedores atrasarem”, diz Manuel Narra. “Como a economia não está a funcionar” os fornecedores, sem possibilidade de se financiarem, começam a “ameaçar com a paragem das obras”, o que pode levar a situações complicadas. O presidente da autarquia de Vidigueira promete “estar na linha da frente” na luta contra a lei e, se for caso disso, irá “violar a lei” e arriscar-se “a ir parar à cadeia”, de forma a não paralisar a vida do município, promete.
Presidente da Câmara de Alvito
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m Alvito, a obra de reparação da estrada municipal que liga Vila Nova de Baronia a Viana do Alentejo é uma das vítimas da Lei do Compromisso. Segundo disse ao “Diário do Alentejo” João Penetra, presidente do município, os trabalhos já não vão avançar, por culpa de uma lei “perversa e paralisante da atividade das autarquias”. O autarca alvitense diz que estão “a fazer todos os esforços para cumprir a lei”, mas que tal acarreta “prejuízos enormes para as populações”, afirma, explicando que com estas regras podem ficar inviabilizadas as candidaturas ao QREN. O município do Alvito, com “uma gestão financeira apertada e sem dívidas de curto prazo”, fica assim constrangido a “juntar primeiro as verbas e só depois realizar alguma obra ou evento”, lamenta.
Hélder Guerreiro avança com “Afirmar o Baixo Alentejo” A moção “Afirmar o Baixo Alentejo”, apresentada por Hélder Guerreiro, candidato à presidência da Federação Regional do Baixo Alentejo do Partido Socialista, aos militantes, propõe, entre outras ideias, “a concretização de um protocolo de colaboração com a federação de Setúbal para participação politica das concelhias PS do Litoral no desenho do Baixo Alentejo; a realização de um encontro bimestral entre os 18 presidentes de câmara e vereadores na oposição do PS do Baixo Alentejo, para coordenação da ação politica autárquica; a construção de protocolos de trabalho conjunto entre as comunidades intermunicipais do Baixo Alentejo (Cimal e Cimbal); e a construção de um conselho de cooperação (representantes de toda a sociedade civil do Baixo Alentejo) de pilotagem do Baixo Alentejo com uma agenda semestral de reuniões que permitam construir sinergias de atuação regional, que potenciem o desenvolvimento da região e crie nos parceiros sociais o reconhecimento, que o Partido Socialista, é uma organização credível”.
Pedro do Carmo apresenta moção aos militantes Pedro do Carmo, candidato à presidência da Federação Regional do Baixo Alentejo do Partido Socialista, iniciou ontem, quinta-feira, a segunda ronda de reuniões nas secções do PS, para apresentar a moção de orientação política “Força PS! Somos o Baixo Alentejo!”, que “resultou da opinião e dos contributos dos militantes”. Em nota de imprensa pode ler-se que “a apresentação da moção aos militantes é o cumprimento de uma promessa do candidato, que defende o envolvimento de todos na construção de um projeto político de modernidade para a federação, a favor do PS e da região”. Entre as ideias gerais da moção “estão a modernização da organização da federação, a criação do fórum da governação para o Baixo Alentejo e da agenda do Baixo Alentejo, visando o estímulo à participação dos militantes e simpatizantes socialistas, bem como da sociedade civil”. As reuniões decorrem nas 16 estruturas locais do PS entre até ao dia 14 de junho, realizando-se as eleições diretas para a eleição do presidente da federação e candidatos a delegados no dia seguinte, 15. O congresso terá lugar no dia 1 de julho.
I Jornadas Ibéricas sobre olival tradicional
Diário do Alentejo 25 maio 2012
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Cumpre-se hoje, sexta-feira, o segundo dia das I Jornadas Ibéricas sobre o Olival Tradicional, a decorrer desde ontem em Vila Verde de Ficalho. A iniciativa é da responsabilidade da Rota do Guadiana, em colaboração com o Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária e a junta de freguesia daquela localidade. As jornadas contam também com a participação de investigadores e agentes económicos da vizinha Andaluzia (Espanha).
Campanha de recolha de alimentos no fim de semana O Banco Alimentar Contra a Fome de Beja promove este fim de semana, dias 26 e 27, mais uma campanha de recolha de alimentos nas superfícies comerciais de todos os concelhos do distrito. A ação mobiliza a nível distrital, segundo os responsáveis, 1 700 voluntários “que, através da sua dedicação, possibilitam melhores condições de vida a cerca de 2 800 pessoas através das 32 instituições beneficiárias em todo o distrito”.
Instituições da região reúnem-se no Nerbe
Serpa descobre o Guadiana em canoa A Câmara Municipal de Serpa promove este ano, pela primeira vez, o programa “Rota das Azenhas”, que inclui quatro viagens fluviais em canoa para descobrir o rio Guadiana e as paisagens do concelho. A primeira viagem da rota vai decorrer no domingo, entre Brinches (Moinhos Velhos) e Serpa (Moinho da Misericórdia), e as restantes três irão realizar-se a 17 de junho e a 16 e 30 de setembro. Cada viagem fluvial da rota, com um nível técnico e físico de grau 2 e limitada a 25 participantes, durará cerca de três horas e passará pelos vales e pelas gargantas lendárias do “Grande Rio do Sul”, com as planícies longínquas da região no horizonte. PUB
Beja é a melhor alternativa à Portela
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aeroporto de Beja “constitui a melhor alternativa” para complementar os serviços aeroportuários de Lisboa. Foi esta a principal conclusão de uma reunião promovida esta semana por nove instituições do Alentejo. Um encontro que decorreu em Beja, na sede do Nerbe/ /Aebal, e onde foi decidido realizar uma conferência para apresentar “experiências interessantes que aconteceram noutros países com aeroportos do tipo e da dimensão do aeroporto de Beja”, referiu José
Maria Pós-de-Mina, presidente da Associação de Municípios do Baixo Alentejo e Alentejo Litoral (Ambaal). O autarca de Moura sublinhou ainda a necessidade de “convencer o Governo, a sociedade em geral, as empresas e os investidores de que o aeroporto de Beja é importante, não só para a região, mas sobretudo para o País”. Pós-de-Mina acredita que cabe agora ao grupo de trabalho que irá definir soluções para o aeroporto de Beja “passar das palavras às ações”. As nove instituições que se reuniram
em torno do aeroporto esperam que a escola de pilotos que a Coreia do Sul prevê instalar na Base Aérea n.º 11 não “entre em conflito” com o projeto civil, nem venha a “prejudicar a valorização do potencial do aeroporto de Beja”. Além do Nerbe/Aebal e da Ambaal, o encontro juntou a Turismo Alentejo, a Agência Regional de Promoção Turística do Alentejo, O Instituto Politécnico e a Câmara de Beja, a Associação do Comércio, Serviços e Turismo do Distrito de Beja, a Federação
das Associações de Agricultores do Baixo Alentejo e a ACOS – Agricultores do Sul. Entretanto, na passada terça-feira, foi suspensa a assembleia-geral que supostamente iria extinguir a Empresa de Desenvolvimento do Aeroporto de Beja. A suspensão foi reclamada pelo acionista maioritário, o Estado, com votos contra da Ambaal e do Nerbe que responsabilizam o acionista Estado “por todas as consequências deste novo adiamento do processo de liquidação da empresa”.
Várias instituições do concelho de Beja, num total de cerca de uma centena de voluntários, organizam amanhã, no parque de merendas de Beja, um piquenique para cerca de 400 idosos. O programa matinal inclui aulas de ginástica e jogos tradicionais. Já o almoço é o resultado de um concurso para a melhor feijoada
alentejana que por ali se confecionar. Para rematar a digestão está programado um espetáculo musical com os Adiafa, Trigo Limpo, Trigo Limpinho e Em Tons de Fado. Uma iniciativa coletiva sob o mote “um dia florido” para assinalar o Ano Europeu do Envelhecimento Ativo e da Solidariedade Entre Gerações.
09 Diário do Alentejo 25 maio 2012
Piquenique para os idosos do concelho de Beja
Câmara de Beja “quase em dia” com os Bombeiros de Beja A Câmara Municipal de Beja já pagou aos Bombeiros Voluntários de Beja os 25 mil euros em atraso, e, este mês, liquidou os dois primeiros duodécimos dos 90 mil euros contratualizados para 2012, disse ao “Diário do Alentejo” o presidente dos Bombeiros Voluntários de Beja. “Se a faturação se mantiver vamos conseguir manter os postos de trabalho”, afirma Rodeia Machado, ressalvando que, a ir para frente a intenção do Governo para os transportes de doentes não urgentes, a situação pode “complicar-se”.
Dia do Bombeiro Português comemora-se este fim de semana
Transporte de doentes de novo em causa Comemora-se este fim de semana, em Vila do Conde, o Dia do Bombeiro Português. Mas a data não é de festa. Para os soldados da paz é “iminente o colapso” das associações de bombeiros, muito por culpa das novas regras que o Ministério da Saúde quer impor para o transporte de doentes não urgentes. Texto Aníbal Fernandes
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ndignação”. É com esta palavra que Rodeia Machado, presidente da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Beja e membro da PUB
direção da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP), define o sentimento resultante do “Governo ter deixado de reconhecer os bombeiros como parceiro essencial” nos mais de 30 anos do Serviço Nacional de Saúde. Sábado passado, em Fátima, a LBP reuniu-se com as federações distritais para discutir o novo regime de transporte de doentes não urgentes, e o seu presidente, Jaime Marta Soares, disse à Lusa que equacionam “abandonar totalmente” este serviço prestado às populações. Na base desta posição está a decisão do Ministério da Saúde de abrir esta atividade a “viaturas simples
– tipo low cost – sem necessidade de lugar para cadeiras de rodas, sem níveis de desinfeção exigidos aos carros dos bombeiros, e operados por motoristas sem a qualificação exigida aos soldados da paz e que não correspondem aos mínimos aceitáveis”, explicou ao “Diário do Alentejo” Rodeia Machado. O presidente dos Bombeiros Voluntários de Beja (BVB) acrescentou que, a juntar a esta questão, o ministério exige que a partir do próximo ano os bombeiros sejam obrigados a concorrer a um concurso público, apesar da Liga “ter apresentado um estudo que mostra tal não ser necessário”, à semelhança do que
acontece com a Associação Nacional dos Municípios Portugueses. Este procedimento poderá levar, a curto prazo, “à degradação e falência das associações de corpos de bombeiros”, avisa Jaime Soares, adiantando que “para que as populações não fiquem ao abandono” vão procurar “formas de sustentabilidade”, mas teme que o colapso seja “iminente” e ponha em causa todos os outros serviços prestados pelas corporações. Neste momento, as verbas arrecadadas pelas associações com o transporte de doentes permitem que os efetivos ligados ao setor da saúde também atuem noutras áreas, nomeadamente no combate a incêndios,
mas o concurso público vai baixar os preços pelos serviços prestados e acentuar as assimetrias regionais. É quase certo que os privados apenas concorrerão ao “ filet mignon” nos grandes centros urbanos, e deixarão as zonas rurais “deficitárias” e o interior para as corporações dos bombeiros, prevê Rodeia Machado. A portaria, publicada esta semana em “Diário da República”, para regular o transporte de doentes não urgentes, abre a atividade a “veículos de transporte simples de doentes” (VTSD) a par das ambulâncias, mas tal terá de ser justificado pelo médico assistente.
Diário do Alentejo 25 maio 2012
Maias, a festa da primavera
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epois de um tempo cinzento, triste e depressivo, voltou o sol, cheio de uma luz que preenche todos os espaços do campo, do corpo e, até, da alma. Renasce a luz tão importante para os olhos como para alimentar o riso que, agora, aparece rasgado nos rostos de todos. A luz e o corpo tornam-se uma fonte de vida fundamental para continuar a olhá-la com esperança, com vontade de brincar e jogar às mais pequenas felicidades quotidianas da vida. A luminosidade, que a primavera traz, consegue fazer sorrir até as mais tristonhas pessoas, que continuamente pensam que tudo nas suas vidas é um pesadelo. A luz, que nós no Alentejo temos para comer e vender, é a criadora de todas as cores que as flores têm e que atapetam os corpos. Os malmequeres, as papoilas, os lírios, são o fruto de uma relação amorosa da luz e do calor do sol com a terra... o germinar de toda a vida. Talvez por esta razão, e também seguramente por outras, os romanos e outros povos celebravam a primavera, porque daí sairia o resultado da sua futura alimentação e alegria. A própria vida era uma enorme elegia aos tributos da natureza e às suas dádivas. Para a compensar e, principalmente aos próprios homens e mulheres, nada melhor do que a exaltar com grandes festas, às vezes mesmo umas loucas festas, que fariam corar a própria natureza desabrochada. As Maias nascem dessa grande louvor à primavera, porque esta se realiza verdadeiramente quando o manto de cores cobre os campos e os trigos enchem as suas cabeças com os cereais. Maio. A abertura do mês inaugurava o início das festividades em Roma, porque são as romanas que nos ligam umbilical e culturalmente. Talvez não seja por acaso que a última povoação a celebrá-la seja a cidade de Beja, já que tem uma tradição agrícola genética, que atravessa todas as gerações, de alguns milhares de anos. Uma tradição de dois mil anos a festejar as Maias... acabar com ela seria mais um crime de lesa património, lesa pátria, lesa cultura, lesa... Talvez por esta razão, há uns anos a adpBEJA revigorou a tradição organizando concursos de Maias, tendo tido junto das escolas, ruas, pessoas, um enorme sucesso, porque todas sentiam na alma cultural essas pequenas criaturas, crianças, que sentadas num trono brando pediam um tostãozinho para a Maia que não tem saia. Todos, os mais velhinhos, se lembram de encontrar, nas esquinas das ruas mais movimentadas, uma criança sentada numa cadeira pequena, toda enfeitada com grinaldas de malmequeres e outras flores silvestres, com um pano branco a cobrir como se fosse um vestido rico. O branco da pureza e virgindade. As flores simbolizando a elegia à primavera e à natureza, o pequeno cesto da fortuna e, por trás, um trono com duas folhas de palmeira cruzada, associadas à noção de fecundidade. É evidente que estas já não são as festas romanas, aquelas descaradas que até o grande imperador Augusto teve, numa política moralista, que controlar, porque, segundo parece, aquilo era um pedacinho demais para o bom ambiente social/sexual. Em Portugal chegou a haver legislação, no século XIV, que só permitia às franjas marginais, isto é aos não cristãos, de as fazer, pois, mesmo aí, crê-se que as coisas eram também um pouco abusivas. Às vezes vale a pena perguntarmo-nos como pode uma festa, como estas Maias, sobreviver dois mil anos, muito embora mudem figurinos e atores e, de repente, parece abandonar o palco, não porque sejamos indiferentes a ela, mas porque parece sair de um pensamento do deixar ir e que se “lixe”, como se os traços que compõem o nosso rosto não interessassem a ninguém e que nada nos afeta culturalmente, porque a barriga não come cultura. Que coisa mais bizarra esta. Deixar morrer mais uma coisa que só nós temos, que nós festejamos, que pode ser utilizado pela família e pela escola pedagogicamente. Ai, se a Bona Dea ou Maia cá aparecesse de novo deveria dar bons recados a esta gente pacensia ou bejense, como queiram. Protestamos pelo comboio, pelo aeroporto, pelo preço do feijão, pela imperial – que está cara e não é acompanhada de alcagoitas – e elimina-se do calendário a festa mais antiga do País, as Maias. Boa! Florival Baiôa Monteiro ARQUIVO FOTOGRÁFICO DA
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António Zambujo
Ana Vieira
Espetáculo na Pedreira do Plano
Centenário do Turismo em Aljustrel Aljustrel acolhe, amanhã, o encerramento das comemorações do Centenário do Turismo em Portugal. A festa será grande e, entre outras iniciativas, destaque para o Espetáculo das Minas – Raiz Alentejana, que conta com a participação de António Z ambujo, Vitorino, A na Vieira, Francisco Naia, Nova Aurora e Luís Saturnino. Texto Bruna Soares
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ljustrel foi o concelho escolhido a nível nacional para receber o encerramento das comemorações do Centenário do Turismo em Portugal e a festa, essa, acontece já amanhã, sábado, com um espetáculo musical, um desfile de grupos corais, uma conferência e muita gastronomia. “Justifica-se a opção pelo crescimento interessante dos níveis de investimento turístico e de procura na região alentejana e pelo facto de Aljustrel ter um património humano e físico de grande potencial para o turismo e o desenvolvimento”, explica ao “Diário do Alentejo” Jorge Mangorrinha, presidente da Comissão Nacional do Centenário do Turismo em Portugal, lembrando ainda que esta terra “foi o berço de Brito Camacho, o ministro que pela primeira vez em Portugal teve a pasta do turismo”. Recorde-se que o município de Aljustrel entrou na corrida desde a primeira hora, candidatando-se a receber o encerramento das comemorações, contando com a parceria da Entidade Regional de Turismo do Alentejo. “A vontade de colaboração da Entidade Regional de Turismo do Alentejo e da Câmara Municipal de Aljustrel deram a maior confiança à Comissão Nacional. É verdade que havia interesse por parte da cidade do Porto em realizar esta festa. A Comissão Nacional colocou a hipótese de se efetivar uma festa polinucleada, apesar de considerar a proposta do Alentejo mais singular. A Câmara Municipal do Porto entendeu, então, apoiar o programa defendido pela Câmara Municipal de Aljustrel e pela Entidade Regional de Turismo do Alentejo. Cremos que foi uma atitude interessante”, afirma Jorge Mangorrinha. Em Aljustrel rematam-se, agora, os últimos pormenores. A vila está a preparar-se a rigor para receber o evento, até porque, como explica Nelson Brito, presidente da Câmara Municipal de Aljustrel,
“trata-se de um evento de nível nacional com enorme significado”. “Esta é uma iniciativa que nos honra”, considera. Para o autarca, “esta distinção vem premiar o esforço e empenho do município e dos seus parceiros”, diz, lembrando que no concelho estão a desenvolver-se vários projetos turísticos, nomeadamente um hotel de cinco estrelas, em fase de análise de candidatura ao Turismo de Portugal, um hotel de três estrelas, em construção, e vários projetos de turismo rural, sendo que um deles será inaugurado precisamente no dia 26. O autarca recorda ainda o projeto de um parque de campismo, entre outros. “Esta espetacular dinâmica articula-se com a estratégia do município de Aljustrel, que tem trabalhado em estreita sinergia com os vários agentes públicos e privados do setor do turismo, de forma a tirar proveito do impar património mineiro, ambiental, arquitetónico e cultural que caracteriza o concelho de Aljustrel”, garante Nelson Brito. Amanhã, sábado, a festa será grande e o destaque, esse, vai para o Espetáculo das Minas – Raiz Alentejana, em pleno parque mineiro, na Pedreira do Plano, pelas 21 horas. António Zambujo, Vitorino, Ana Vieira, Francisco Naia, Nova Aurora e Luís Saturnino abrilhantarão a festa. Mas o programa é vasto e durante o dia terá lugar ainda a cerimónia de abertura, um desfile de grupos corais alentejanos, uma conferência e um show cooking e degustação de vinhos do Alentejo. A Entidade Regional de Turismo do Alentejo (ERT) é parceira da iniciativa e, segundo Ceia da Silva, presidente da ERT, “este é um evento que prestigia e dignifica o Alentejo”. “Marca e ficará registado, como se costuma dizer, de forma dourada. Não é qualquer região que acolhe um evento deste género. É o reconhecimento do trabalho que tem sido desenvolvido por todos, agentes públicos e privados”, considera Ceia da Silva, garantindo que toda a candidatura foi gerida com muito “empenho” e “disponibilidade”. “Aljustrel é uma terra fantástica, que tem um património riquíssimo e um grande potencial de crescimento e desenvolvimento. É a terra de Brito Camacho e faz todo o sentido que estas comemorações tão importantes para o setor terminem neste concelho. Este encerramento tem um simbolismo muito grande e ficará na memória”, concluí o presidente da Entidade Regional de Turismo do Alentejo.
Diário do Alentejo 25 maio 2012
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Jornal escolar, da bejense Mário Beirão, conquista alunos para o jornalismo
O melhor de Beja nas páginas de “O Pião” Às terças-feiras um grupo de cinco alunas reúne-se na sala de informática da Escola Mário Beirão para analisar a atualidade “social e cultural” bejense e aí retirar temas para reportagens e entrevistas. É a jovem e entusiasta equipa de redatoras de “O Pião”, que teve na última Ovibeja a sua primeira prova de fogo e elege como grande causa do momento a defesa do Museu Regional de Beja. Texto Carla Ferreira Fotos José Ferrolho
E
m vésperas do concerto com António Zambujo, no Teatro Pax Julia, e das comemorações do Dia Internacional dos Museus na cidade de Beja, há muito que fazer na redação de “O Pião”. Adriana e Alexandra já alinharam no papel as perguntas que hão de fazer ao fadista bejense umas horas antes de este subir ao palco, tal como combinado previamente. As restantes dividem-se entre as pesquisas para uma conversa com elementos da equipa do Museu Regional de Beja e o trabalho de pôr por escrito o que lhes contou ao gravador Pedro Jonas, jovem músico local e antigo aluno da Escola Mário Beirão. Um ex-colega, portanto. É às terças-feiras que o núcleo duro do Clube de Jornalismo da escola bejense se reúne para duas horas de intenso trabalho. Um projeto que foi encetado no início do ano letivo e através do qual o velho “O Pião” em papel, ainda dos tempos do “ciclo” pré-fabricado, chegou à modernidade em formato de blogue (mb-clubedejornalismo.blogspot.pt), neste momento já com perto de 2 000 visitas registadas. Ana Albuquerque, uma lisboeta que chegou a Beja há oito anos para ensinar Língua Portuguesa em Beja, é a professora responsável. Mas, antes de mais, “uma grande amiga e conselheira”, concordam as cinco aprendizes de jornalistas. E foi aí que tudo começou. Com saídas informais para ver concertos, visitar museus, conhecer um pouco mais sobre a história da cidade onde vivem. “Comecei a perceber que a maior parte delas não conhecia aquilo que existia em Beja. Nunca tinham entrado no Museu Regional, não conheciam sequer a existência da Bedeteca e eu achei que era exatamente por aí que deveríamos começar, aproveitando o interesse particular que demonstram pela língua portuguesa e pelas manifestações culturais, principalmente pela música, que é algo que me toca também
a mim particularmente”, lembra a docente. Desde então, Adriana Neves, Beatriz Cardoso, Ana Eufrásio, Alexandra Matos e, mais recentemente, Joana Dourado, têm andado numa roda-viva de pesquisas, reportagens e entrevistas, com a missão de acompanhar a par e passo a atualidade bejense e de dar visibilidade ao seu património e eventos. “Acho que é importante que as pessoas que moram nesta cidade conheçam a sua história, saibam como ela já foi, tenham conhecimento sobre o sítio onde vivem”, defende Beatriz, com a mesma alegria e desinibição com que falou com as fãs de Tony Carreira em júbilo no concerto que o cantor levou à última edição da Ovibeja. A grande feira do sul foi, aliás, a primeira prova de fogo da jovem redação que por lá esteve em permanência, todos os dias entre as quatro da tarde e a uma da manhã. Dois exclusivos com os cabeças de cartaz, Aurea e Tony Carreira, entrevistas com alguns profissionais do jornalismo reunidos no gabinete de imprensa da feira, a experiência de estar nos bastidores de um direto no estúdio móvel da rádio Voz da Planície, entre outros “furos” jornalísticos. Cinco dias vertiginosos que “as obrigou a um trabalho mais intenso, para elas perceberem esta dinâmica de ter que entrevistar e passar a entrevista, às vezes num curto espaço de tempo, com algum stress, porque nos tínhamos comprometido que ia ser assim, perante a escola e o resto da comunidade”, lembra Ana Albuquerque. Mas “O Pião” é também um jornal de causas “sociais e culturais”. Assim como contribuiu para divulgar as iniciativas do movimento “Beja Merece”, em defesa das ligações ferroviárias diretas entre a cidade alentejana e a capital do País, está agora empenhado em “apelar para que as pessoas tenham consciência do que a perda de um museu como o de Beja pode significar para a cidade”, sublinha Ana Albuquerque. Uma missão que terá continuidade certamente mas, “com muita pena” da professora, já não com a participação da redação maravilha, que está a um passo de deixar para trás o 9.º ano e a Escola Básica Integrada Mário Beirão. Para o ano, “O Pião” terá outra equipa a começar do zero e as cinco redatoras estarão, cada uma delas, a trilhar o seu próprio caminho. Beatriz não tem dúvidas: “Vou para Humanidades e depois espero seguir jornalismo. O sonho da minha mãe é ver-me a apresentar o ‘Jornal da Noite’. E acho que também é uma coisa que sempre quis. Gosto muito de televisão e sou
A Ovibeja foi a primeira prova de fogo: dois exclusivos com os cabeças de cartaz, Aurea e Tony Carreira, entrevistas com alguns profissionais do jornalismo reunidos no gabinete de imprensa da feira, a experiência de estar nos bastidores de um direto no estúdio móvel da rádio Voz da Planície, entre outros “furos” jornalísticos.
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das poucas pessoas da minha idade que gosta de ver telejornais”. Adriana tem um leque mais vasto de opções. Gosta de escrever, como a “Bia”, mas também tem a paixão da música, do canto, que partilha com a colega Alexandra. No entanto, confessa, a rir: “Acho que vou enveredar mesmo pelas Ciências. Quero ser médica legista. Os mortos ao menos não se vão queixar de mim”. Mais tímida e “envergonhada” que as amigas, Ana teme que isso a possa prejudicar como jornalista. O plano é “ir para Humanidades para mais tarde seguir teatro porque aí consigo desinibir-me mais”. Esse é também o sonho de Alexandra – a música primeiro, o teatro depois – e o jornalismo, admite, é para já uma forma de “ir conhecendo artistas para saber um pouco mais sobre o que eles fazem”. Joana, por seu turno, “ainda” não sabe o que quer mas entretanto vai cultivando interesses. Pelo teatro e também pelo jornalismo, porque “gosto de ler”, confessa. Antes de dizerem adeus à redação de “O Pião”, as cinco repórteres preparam-se para acompanhar a jornada de montagem do Festival Internacional de BD de Beja, que arranca amanhã, sábado, na Casa da Cultura, e, por último, terão como missão a cobertura do seu próprio baile de finalistas, no início de junho. Mas o “adeus” será mais um “até logo”, prometem. “Eu vou para o liceu mas não quero deixar de estar presente num clube tão interessante como este”, garante Beatriz.
Cultura alentejana em Alverca do Ribatejo
Diário do Alentejo 25 maio 2012
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O grupo coral Unidos do Baixo Alentejo organiza no próximo dia 2 de junho, a partir das 15 horas, a XXV Festa Cultural Alentejana. O encontro de grupos de cantadores está agendado para o Centro Cultural do Bom Sucesso, em Alverca do Ribatejo, e conta com as participações dos seguintes ranchos: Os Ausentes do Alentejo (Palmela), Os Mineiros (Aljustrel), As Papoilas (Santo Aleixo da restauração), As Douradas Espigas (Albernoa), Os Pastores do Alentejo (Torre de Coelheiros) e Estrelas do Guadiana (Tires).
Virgem Suta, banda bejense, tem
13 anos, no Campo de Férias Património, que arranca a 15 de julho, em Alvito. A iniciativa, que se prolonga nos meses de agosto e setembro, é promovida pela empresa Spira e pretende transmitir às crianças, de maneira divertida e didática, a forma de estar e de conviver, as
tradições, as atividades económicas e o património do Alentejo. Cada campo de férias dura sete dias e recebe, no máximo, 40 crianças de qualquer nacionalidade, desde que falem português, inglês, francês ou espanhol.
DR
Campos de férias em Alvito mostram a crianças que o “património é divertido” A agricultura, a natureza, as tradições culturais e a gastronomia, entre outras áreas, vão dar origem a “mil e uma” atividades para entreter as crianças, dos seis aos
um novo álbum. Chama-se “Doce Lar” e foi feito entre viagens, depois de muitas horas, partilhas e vivências. O nome pareceu-lhes perfeito, pois esta imagem de “lar, doce lar” e o “viveram felizes para sempre” acompanha-os a todos, desde as histórias da infância. Texto Bruna Soares
Banda bejense tem novo álbum
O “Doce Lar” dos Virgem Suta
O
s Virgem Suta encontraram o seu “Doce Lar”. É este o nome do novo álbum da banda bejense, que surge depois de muitos quilómetros, muitas horas na estrada e vários concertos na bagagem. É, por isso, “um disco que acaba por surgir entre viagens”, como explica Jorge Benvinda, um dos elementos da dupla que extravasou as fronteiras da região. Este é o segundo disco dos Virgem Suta, depois do álbum de estreia, que contava em 12 letras originais estórias quotidianas. “Neste espaço de tempo conhecemos e tivemos contacto com muita gente. Vimos e conhecemos muita coisa, muitos modos de vida, muitas formas de estar. Tivemos uma visão mais ampla da nossa sociedade e isso mexeu connosco”, explica Jorge Benvinda. Enquanto Nuno Figueiredo, o outro elemento da dupla criativa, completa: “Os últimos anos, após a edição do nosso disco de estreia, fizeram-nos crescer bastante. Foram muitos concertos, muitas viagens. Conhecemos tanta gente, tantos modos de vida diferentes daquele que levávamos até então, que, inevitavelmente, nos fizeram mudar, e ver o mundo e a música de outro modo”. No entanto, as vivências antigas, aquelas que lhes estão entranhadas no corpo, na memória e no seu modo de estar também transparecem neste novo álbum. “As historietas fazem parte de nós, da nossa maneira de ver as coisas. E, tal como no primeiro disco, também
não as quisemos por de lado. São intrínsecas”, diz Jorge Benvinda. Uma coisa é certa, para os Virgem Suta, este disco é o resultado de “muito trabalho, muita dedicação e empenho”. “Colocamos sempre o melhor de nós em tudo o que fazemos. Precisávamos de fazer este disco e dedicámos-lhe muito tempo”, avança Jorge Benvinda. Nuno Figueiredo, por sua vez, considera: “O novo disco parece-nos algo mais maduro. Uma visão da vida e do mundo mais ampla, mais contemplativa e, do ponto de vista musical, essa evolução também aconteceu”. E, neste sentido,
“O novo disco parece-nos algo mais maduro. Uma visão da vida e do mundo mais ampla, mais contemplativa e, do ponto de vista musical, essa evolução também aconteceu”.
não tem dúvidas: “Atualmente tocamos melhor do que há três anos e temos uma visão da música que queremos bem mais coerente e mais determinada”. Mas, afinal, o que representa este “Doce Lar”? “O nome surge da constatação de que a maioria das músicas apontam para um ideal a alcançar pelo narrador. A procura da sua zona de conforto, que tanto pode ser o lar, como o beijo da pessoa amada, ou um vão de escada”, diz Nuno Figueiredo. “Este é um disco que fala de diferentes modos de vida. De como cada um pode alcançar a sua felicidade, e à sua maneira”, completa Jorge Benvinda. E felicidade é algo que os acompanha há muito. “Nós somos felizes a fazer isto e é isto que queremos continuar a fazer”, diz Jorge Benvinda. “É essa felicidade que levamos e queremos continuar a levar para os concertos. Até agora, a reações a este disco têm sido muito boas e, para já, as expetativas são elevadas. Temos a perfeita noção que as coisas podem correr muito bem, mas que também pode correr mal. Mas este é o disco que nós quisemos fazer. Tem as músicas que achámos que eram as melhores de todas as que tínhamos. É esperar para ver”, conclui o músico. “O feedback que temos tido do público tem sido muito bom, mas a prova de fogo vai ser ao vivo e aí acredito mesmo que vamos superá-la bem”, diz Nuno Figueiredo, até porque já o mostraram em Mértola e o resultado não
poderia ter sido melhor. “O povo gostou”, garantem, com um sorriso. E já são muitas as datas agendadas para novos espetáculos, por essa estrada fora, por esse país adentro. Aquela que foi a apresentação oficial deste álbum ao vivo aconteceu na quarta-feira, dia 23, em Lisboa, mas muitas mais datas se seguem, até porque os concertos é que são o seu verdadeiro “doce lar”. “É aqui que as músicas ganham a sua verdadeira dimensão. O concerto que preparámos para esta digressão vai ser um misto dos dois discos. A preocupação principal é proporcionar um grande espetáculo aos espetadores. Vamos preparar nova cenografia e um alinhamento muito forte”, adianta Nuno Figueiredo. É em palco que os Virgem Suta fazem a festa e, neste sentido, a cidade de Beja, o seu torrão natal, não poderia passar ao lado. “Queremos fazer um grande concerto em Beja. É a nossa cidade e queremos partilhar este novo álbum. Temos várias coisas em mente, que ainda estão a ser estruturadas. Não sabemos se faremos um concerto ao ar livre, na praça da República, se no Teatro Pax Julia. Estamos a ver. É um prazer enorme tocar em Beja, junto de quem nos conhece. Seja onde for, será, certamente, uma grande festa”, diz Jorge Benvinda. Os Virgem Suta colecionaram canções e ideias e “Doce Lar” junta 13 temas. Depois de dois meses em estúdio, o CD já está à venda e os “Sutas” estão na estrada.
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Perfil A
única cadeira do salão de barbearia está ocupada por um miúdo de sete anos. Leandro é o seu nome. Quer um corte da moda, à futebolista. Por trás, uma televisão sem som passa imagens que ninguém vê. O que interessa realmente é a música. Como som de fundo, os AC/DC tocam na aparelhagem. “Highway to Hell”, um dos maiores temas da banda rock australiana, entoa as quatro paredes da única barbearia de Panoias, freguesia do concelho de Ourique. À porta, numa tabuleta de madeira, com letras vermelhas e verdes, assinala-se: salão de barbearia. Não fosse este sinal e o estabelecimento de João Maria Mestre passaria despercebido na rua de casas baixas. Ao fundo da rua, o Campo das Eiras, pelado de futebol da equipa da terra. É neste eixo, neste pequeno mundo, pequeno demais para as aspirações de João Maria, que estão as três coisas que lhe guiaram o destino: a barbearia, a música e o futebol. Para além da família. João Maria Mestre, de 52 anos, é barbeiro há 40. Por acaso ou talvez não. “Nasci dentro de uma barbearia”. O estabelecimento do pai era uma divisão da casa de infância, tal como é agora o salão de João. Se por um lado, o pai já era barbeiro, por outro, a paixão de João era o futebol. Uma paixão de infância, uma vontade que nasceu com ele, cresceu com ele e hoje, passados tantos anos, ainda lhe mexe nos fios emaranhados das emoções, como se fossem marionetas. Entretanto, e um pouco mais tarde, surgiu-lhe outra paixão arrebatadora: a música. “Hoje é difícil escolher uma. É como a música do Marco Paulo: eu tenho dois amores”. O salão de barbearia de João Maria é uma pequena pérola a ser descoberta. A mais evidente particularidade é que está relacionada com a música. Na maior parte do tempo, das colunas da aparelhagem saem os sons rasgados de guitarras elétricas, numa rockalhada das antigas. As duas guitarras encostadas à parede, uma delas cinzenta e gasta do tempo e do uso, estão ao dispor dos clientes e de quem quiser tocar enquanto espera pela vez para cortar o cabelo ou fazer a barba. João Maria, de camisola roxa sem mangas, calções e brinco na orelha esquerda também não tem a imagem típica de barbeiro. É mais um rockeiro que corta cabelos e barbas do que o contrário. João Maria Mestre é um homem cujas medidas do corpo quase que são apertadas demais para lhe conter a vontade criativa. Se hoje em dia é nas barbas e nos cabelos que trabalha, é na música que se refugia e
João Maria Mestre
O barbeiro rocker As tesouras estão espalhadas por cima da bancada. As máquinas de cortar cabelo também. Ao lado, pó de talco, espuma de barbear, gel para o cabelo. Um som repetitivo, mas numa cadência própria, marca o ritmo. O corte da tesoura, combinado com o barulho mecânico da máquina de cortar cabelo, compõe uma verdadeira sinfonia, ritmada e afinada, de desbaste capilar. Os espelhos e um sofá de napa castanha coçada, onde espera a clientela, pintam o resto da tela. Texto Marco Monteiro Cândido Fotos José Serrano
pelo futebol que suspira. Tudo começou com 11 anos, quando decidiu deixar a escola e esteve um ano sem fazer nada. “Acha que com 11 anos queria começar a trabalhar? Mas o meu pai levou-me à certa. Não tinha dinheiro e, cada vez que lhe pedia, ele dizia-me para trabalhar”. Foi então que, aos 12 anos, decidiu “chegar-se à tesoura”, seguindo as pisadas do pai ou trilhando o seu próprio caminho, dependendo do ponto de vista. “E ao fim de poucos meses já estava a trabalhar no Montijo”. Pouco tempo depois, voltou para casa. As saudades eram mais que muitas, o dinheiro que ganhava não era muito e no
futebol as coisas não correram tão depressa como desejava. Os oito anos seguintes foram a trabalhar com o pai. E ele, que quase não precisou de aprender com o pai a arte de ser barbeiro, depressa se tornou homem na sua profissão, apesar de ainda ser um jovem. Desde aí nunca mais largou a profissão, trabalhando um pouco por todo o lado. Com o futebol a não ter o desenvolvimento que queria, numa Panoias de há 30 anos, decidiu seguir pela música. Foi com a guitarra que enveredou por este mundo e, mais tarde, com a voz, mas o seu sonho primeiro era ser baterista. “Comigo foi tudo ao contrário.
Não sonhava ser cantor, nem guitarrista. Baterista é que era. Mas não me via no ambiente próprio aqui em Panoias e não havia ninguém que me ensinasse”. Foi a ler o jornal “A Bola” que a música ganhou novo rumo. “Vi um anúncio no jornal de um curso por correspondência. Pedi informações ao jornal. Não era barato, nem caro: tinha 20 anos e eram 20 contos”. Como não tinha dinheiro para comprar o curso, juntou-se com alguns amigos de Panoias para aprender a tocar e fazerem um conjunto. Arranjaram metade do dinheiro. “Mandou-se vir aquilo, arranjou-se dinheiro entre todos. Foram 10 contos, veio a viola e uma cassete. Pensei: uma parte já cá está”. A partir daí, o interesse e o entusiasmo de João Maria pela música foram crescendo. À medida que os colegas se fartavam, João ganhava redobrado gosto pela música e começou a fazer uns bailaricos. Hoje em dia vai a caminho de formar o quinto grupo de música. Gosta de tudo, não é fundamentalista em relação ao que ouve, apesar de haver “som mais indigesto que outro”. O salão de barbearia de João Maria é uma casa onde a máxima “o cliente tem sempre razão” assenta que nem uma luva. Pelo menos, o cliente tem quase sempre razão. “Normalmente, faço sempre o que eles querem. Às vezes, dá-lhes na cabeça e querem cortar o cabelo às 10 ou 11 da noite. Quando há possibilidades, faz-se isso na boa”. E quanto ao tocar guitarra, pode-se tocar à vontade. “Os rapazinhos é que vinham para aí tocar, partiam-me as cordas e não as queriam pagar”. Mais a sério lá vai dizendo que foi sempre uma casa de gente nova, de juventude, que lhe “deram força para trabalhar”. Inovador para a época e para o local onde nasceu, João Maria é um homem de criar. No futebol, nos cabelos ou na música, o fio condutor é sempre o mesmo: criar e inovar. Não culpa ninguém, a não ser, talvez, ele próprio, pelas opções que fez na vida. Muitas delas por querer e saber que podia fazer mais, ir mais além. Nem sequer lamenta o facto de, depois de ter andado por outros sítios, ter regressado há 20 anos a Panoias. O último barbeiro da terra, a trabalhar de portas abertas, sem hora para fechar, porque o importante é trabalhar, considera-se um resistente, “o último moicano”, como no filme. Fundamentalmente, acredita que nasceu “no sítio errado, à hora errada”, limitado que foi e que continua a ser pelo tempo e pelo espaço. Tal como é escrever sobre ele neste espaço, uma vez que fica muito mais por contar sobre João Maria Mestre, o barbeiro rocker.
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O maior engano reside em que a inteligência e a criatividade necessitam de doses massivas de trabalho, tal como a locomotiva a vapor necessita de um enorme vagão de carvão que, quanto maior, mais longe e rápido se chega. (…) Assim chegámos ao Estado Social, ao qual tudo exigimos e para o qual temos muito pouco ou nada para dar. Luís Dargent, “Correio Alentejo”, 18 de maio de 2012
Aljustrel recebe este fim de semana as comemorações do CENTENÁRIO DO TURISMO EM PORTUGAL. Uma iniciativa cultural de grande envergadura, que está agendada para o belíssimo cenário da Pedreira do Plano, e que, para lá de muitas outras iniciativas, contará com um elenco musical de luxo: António Zambujo, Vitorino, Ana Vieira, Francisco Naia, Nova Aurora e Luís Saturnino. O Alentejo no seu melhor! PB
Opinião
Terra com sombra Ruy Ventura Poeta e ensaísta
S
e no princípio do Universo esteve – como creio – a aliança entre o Pensamento e Palavra, só pela Palavra e pelo Pensamento cresceremos no confronto e na aceitação do mistério que nos transcende e nos rodeia. Só com a ajuda da sabedoria nascida do Verbo (encarnado há cerca de dois mil anos) poderemos reconciliar-nos com o Mundo, com o Outro e, sobretudo, connosco – neste tempo tão complexo, de sociedade em crise, à procura de um novo paradigma civilizacional. Não interessa se a Sabedoria nos chega por palavras, por imagens, por sons, por movimentos ou pela contemplação do “jardim do mundo”. Vale a pena tão só aceitar, entender e praticar com humildade os seus atributos: “há nela um espírito inteligente e santo, / único, múltiplo e subtil, / ágil, penetrante e puro, / límpido, invulnerável, amigo do bem e perspicaz, / livre, benéfico e amigo dos homens, / estável, firme e sereno, / que tudo pode e tudo vê, / que penetra todos os espíritos, / os inteligentes, os puros e os mais subtis” (Sabedoria, 8: 22 – 23). Verdade seja dita que há também palavras que nos salvam ou que, pelo menos, nos consolam. Lembro, por exemplo, quanto me pacificou, há uns anos, a dedicatória inscrita por José António Falcão numa das suas mais belas obras (A a Z – Arte Sacra da Diocese de Beja, 2006): “Este livro é dedicado a todos os que, saindo do Alentejo, não o abandonaram”. Alentejano exilado por vontade alheia, na comovente Península da Arrábida, tão simples frase teve a capacidade de cauterizar feridas ainda recentes de alguém que continuava a martelar a letra de um velho fado: “Abalei do Alentejo, / olhei para trás chorando. / Alentejo da minh’ alma, / tão longe me vais ficando”. Já tive oportunidade de manifestar a minha integral admiração pelo trabalho desenvolvido no Baixo Alentejo pelo Departamento do Património Histórico-Artístico da Diocese de Beja. Não vale a pena repetir razões, tantas elas são. É contudo, importante, sublinhar o seu exemplo clarividente, em áreas só aparentemente separadas da preservação e divulgação dos bens artísticos da Igreja Católica. Bastará recordarmos a sua abertura ao Outro e ao mundo poliédrico da Cultura contemporânea, a revitalização dos Caminhos de Sant’ Iago no sul de Portugal ou o Festival “Terras sem Sombra”, neste momento a decorrer na sua oitava edição. Mesmo no “exílio”, penso que todos os alentejanos se sentirão serenamente felizes ao verem a sua terra como palco de um evento musical com ecos espalhados pelo mundo fora. É belo o seu nome, “Terras Sem Sombra”. E ainda mais belo ao revelar, aos ouvidos de quem o saiba entender, a essência da espiritualidade do Alentejo – proposta ao Mundo. Para compreendermos esta “terra sem sombra”, tão minguada de gentes, é preciso meditar os dois primeiros versos da quadra que deu origem ao título: “O Alentejo não tem sombra, / senão a que vem do Céu.” Não tem sombra material. É quase um deserto (aquele deserto que tanto aproximou os homens de Deus, no confronto com o interior e o exterior do seu ser). Tem apenas a sombra “que vem do Céu” (como diriam os místicos islâmicos heterodoxos). Ou seja, o Alentejo possui a terra inteira dentro de si, porque toda a criação, aos olhos do crente, é uma “sombra de Deus”, uma manifestação da realidade divina. Abdicou – e transformou-se em rei de si próprio (como diria Fernando Pessoa por Ricardo Reis). Sem sombra divina, não teria alma. Por isso me permito afirmar que a música do espírito apresentada pelo Festival “Terras sem Sombra” revela, na ausência de matéria, uma outra sombra que é, no fundo, um símbolo da Vida, daquela que transcende a existência. Tem pois José António Falcão toda a autoridade para espicaçar os ouvintes do festival com um texto claro e perturbador na sua análise e nas suas propostas. Interpretando a espiritualidade alentejana como proposta e exemplo, afirma no programa do evento:
“Se o ‘tempo dos guerreiros’ e o ‘tempo dos agricultores’ souberam reconhecer até que ponto a benevolência apaziguada e a violência extrema se podem cruzar na natureza, o ‘tempo dos mercadores’ entregá-la-ia a uma pilhagem sem precedentes, exacerbada pela industrialização , que conduz o planeta até à fronteiras do descalabro. […] Depois do caçador, do lavrador, do metalurgista, do comerciante, emerge cada vez com maior nitidez a imagem do cuidador de um jardim que, como arquétipo, se projeta sobre os quatro pilares da sustentabilidade: ambiente, economia, sociedade, cultura. […] Este jardineiro […] vislumbrado [por Charles Péguy] não será, afinal, o mesmo que apareceu a Maria Madalena, junto ao túmulo, após a Ressurreição […]?” Ameaçado e em grande perigo, o planeta só salvará se os homens de boa vontade souberem interpretar “a sombra que vem do Céu” e cuidarem do “jardim do mundo” em paz e harmonia. É, para isso, necessário, acolhermos o mistério da Vida e percebermos que esse acolhimento só acontecerá se abrirmos no nosso interior o espaço necessário, entrevendo – como refere J. A. Falcão – “a essência criadora do nada”, tão próxima quando vivemos a boa, a bela e a verdadeira terra do nosso Alentejo.
Toneladas de velas João Mário Caldeira Professor aposentado
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ma notícia dada pela TV no dia 13 do presente mês de maio deixoume verdadeiramente impressionado: no dia anterior tinham sido vendidas no Santuário de Fátima 18 toneladas de velas! Para meu espanto, ainda no dia 13, o mesmo canal de televisão acrescentava ao fim da tarde que as velas consumidas já perfaziam trinta e uma toneladas, o quádruplo do verificado em anos anteriores! Reportavam-se as notícias às comemorações levadas a efeito pela Igreja Católica em Fátima a que acorrem muitos milhares de peregrinos que têm como ponto de fé o aparecimento da Virgem Maria naquele local e na data referida. Se a quantidade de velas vendidas, e agora o seu aumento, é já coisa de espantar, também não deixa de o ser a forma como as mesmas são lançadas às braçadas para uma grande pira, na notícia nomeada de tocheiro, onde o fogo as consome sem piedade. No respeito pelas convicções religiosas dos que participam nas celebrações, faz impressão que se contabilizem assim velas, não às dúzias como antigamente, mas a peso. Às toneladas! E mais se estranha que se não possa ver a sua luz, essa sim, a verdadeira vocação das velas, cuja claridade é consolo de todos e, penso que prova da maior reverência para com o Céu em que se acredita. Oferecer luz, nada de mais honroso para quem dá e mais gratificante para quem recebe. A luz das velas cortou a escuridão ao longo da história. Trouxe o dia para o meio da noite. Foi milagre aceso oferecido à pequenez dos homens. Que maior homenagem pode prestar o crente a Deus que devolver-lhe um pouco da luz que dele recebeu? Sempre as velas arderam nos altares, nos oratórios, frente às imagens dos santos venerados em cada casa. Jogar velas para o braseiro mesmo tendo em mente a Quem se destinam, parece-me coisa pouco honrosa ou, pelo menos, pouco bonita de se ver. Dirão os responsáveis pelo Santuário que não há maneira mais expedita de acorrer à solicitação dos crentes. O exagero também se educa, a não ser que haja por detrás interesses pouco consentâneos com a devoção que não quero admitir. Mas para além de tudo, o que me faz mais espécie é o aumento do número de peregrinos que este ano afluiu a Fátima no dia das comemorações dos acontecimentos ali ocorridos há sessenta e cinco anos. A elevação do fervor religioso dos portugueses em tão pouco espaço de tempo não parece justificar o acréscimo das presenças. Só nas dificuldades por que passam se pode encontrar uma explicação.
O desemprego, o encurtamento dos salários, o aumento dos preços dos consumíveis atira muita gente para o desespero. Há muito para pagar e cada vez menos dinheiro para o fazer. Quando todas as portas se fecham e a aflição é grande, uma está sempre aberta, a do incógnito, de Alguém superior que pode acudir. Sempre assim foi. Nessa esperança se aplacam medos. Até descrentes têm voltado com a palavra atrás em alturas de maior aperto. A fé que arrasta multidões a Fátima para solicitar ajuda tem quase sempre motivos particulares, mas hoje parece irem muitos com um problema comum, o da miséria a bater à porta. Coisa que dá que pensar. Está na altura dos nossos políticos virarem os olhos para Fátima, pugnando para que não se derreta mais cera.
Abril em maio Cristina Taquelim Mediadora de leitura
E
stou de ressaca emocional! Dizem-me que é pior altura para escrever. A adrenalina dos últimos dias, as lágrimas e os risos, as palavras das centenas que fizeram este ano, mais uma “LEITURA FURIOSA” – em Beja, Amien, Porto e Lisboa – desembocam hoje naquela certeza de que é possível viver em maio, aquilo que de mais precioso nos vai ficando de abril – a liberdade do pensamento e dos afetos – é um privilégio. Dou graças. Não sei quando comecei a dar graças. Talvez quando a certeza da finitude me encheu os dias, quando o tempo me consolidou, para o melhor ou para o pior, a natureza. Talvez quando tomei consciência de que aquilo que nos separa, a todos , do abismo é um linha ténue, frágil, que pode quebrar-se num piscar de olhos. Dou graças por ainda não me ter perdido no desconsolo dos dias e continuar a lutar, a viver abril todos os dias. Sobre essa linha ténue que nos separa do abismo poderiam falar melhor que eu, todos os que em Beja, tecem os dias em torno do invisível: o trabalho social. Todos conhecem a fragilidade da linha. Só eles podem contar com propriedade como aguardam: meses para ver um centro de dia para idosos aprovado, meios para pôr a funcionar um lar de transição. Só eles podem contar da frustração das esperas infinitas de respostas do estado a situações de emergência social. Só eles podem contar da angústia de trabalhar terapeuticamente com um sujeito e depois vê-lo partir para a rua sem apoio, porque o estado acabou com o programa vida emprego…uma luta permanente. Continuamos, também nas políticas sociais, a trabalhar sem pensar na sustentabilidade dos projetos, a tratar as pessoas como dados estatísticos, a olhar para o lado. Há até quem faça o marketing do desemprego como uma grande oportunidade social. Merecemos todos mais que isso. Tenho a certeza. Trabalhar com a palavra, com a leitura, com as narrativas, com a criação anónima, com a memória e a identidade, é uma forma, mais uma, de trabalhar a coesão social, valorizar o sujeito, possibilitar-lhe o encontro com a sua própria história, com a organização da sua narrativa, de dar voz a quem não tem voz: da primeira à última infância. Essa é a minha ferramenta, o meu instrumento e também a minha perdição: a palavra e deixemo-nos de “rodriguinhos”, a luta das bibliotecas, por mais meios, mais livros, melhores orçamentos, pela prestação de melhores serviços, não pode ser uma luta de uma elite especializada, ganha para a leitura, tem de ser uma luta de todos: os visíveis e os invisíveis, dos cidadãos anónimos que as usam, dos mídia que divulgam o que nelas acontece, dos cidadãos com mais ou menos notoriedade que as fazem suas, os leitores e os não leitores, os autores, os livreiros, porque nas bibliotecas se joga todos os dias o direito à liberdade. As bibliotecas não servem credos, nem ideologias, poderes. Servem apenas os seus utilizadores.
Há 50 anos Fraternal convívio entre Beja e Barreiro
N
a íntegra, a “Nota do Dia” da edição de 23 de maio de 1962, intitulada “Desporto e Turismo” e provavelmente da autoria do jornalista Melo Garrido: “Termina no próximo domingo o Campeonato Nacional da 2.ª Divisão de Futebol da presente temporada. Jogará nesse dia em Beja a equipa do F. C. Barreirense que, vencedora ‘inevitável’ do torneio, tem, por isso, assegurado o seu reingresso no ‘Campeonato Maior’ da próxima época. Informações que nos merecem bom crédito dizem-nos que o prestigioso clube do Barreiro, vivendo um momento de natural euforia, deslocar-se-á á nossa cidade acompanhado de grande falange de entusiastas, entre os quais se contarão numerosos bejenses ali residentes, aproveitando o ensejo para uma visita á terra natal. Uma vez mais o Desporto estará ao serviço do Turismo e do estreitamento de relações de amizade ou simples simpatia. Beja e Barreiro são dois centros que de há muito mantêm intenso e fraternal convívio. Tanto no desporto como noutros campos de actividade. A jornada que parece estar em preparação para o próximo domingo será, estamos certos, mais uma confirmação desse bom entendimento e desse mútuo apreço. Os desportistas bejenses saberão, mais uma vez, receber cordialmente os desportistas do Barreiro, compreendendo e associando-se mesmo ás manifestações de alegria a que eles se entregarão pelo êxito que o seu clube favorito acaba de alcançar. No rectângulo de jogo, as duas equipas disputarão a partida com brio e aplicação, tanto mais eu o resultado interessa não só aos visitados (para uma possível melhoria de classificação) como aos visitantes (para que terminem a prova em beleza, confirmando a plena justiça do primeiro posto que têm já garantido). Mas, independentemente desse despique ardoroso que está em perspectiva, haverá acima de tudo uma jornada de boa confraternização desportiva entre Beja e Barreiro. Será este o pensamento da população ao saber da visita que lhe vai ser feita pela massa de sócios e adeptos do F. C. Barreirense. Não haverá que ter dúvidas a tal respeito.” Adiante-se que, no domingo seguinte, nessa última jornada do campeonato, o Desportivo de Beja derrotou o Barreirense por 4 a 2. Os do Barreiro foram campeões e subiram à primeira divisão, os bejenses ficaram em 11.º lugar e permaneceram na divisão secundária. Carlos Lopes Pereira
Não há nada a fazer. Os cortes na saúde e nos apoios aos mais necessitados são uma evidência que não pode deixar de passar em claro. E, como por estes tempos se celebra o DIA NACIONAL DO BOMBEIRO, não deixa de ser lamentável a situação financeira a que chegaram estas corporações. Muitas delas já nem dinheiro têm para o gasóleo. E quem sofre com isto, claro, são os idosos e os acamados que deixaram de ter transporte para se deslocarem aos serviços de saúde. PB
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SÃO PEDRO, por estes dias, não tem dado tréguas. Oferecendo-nos um clima de quatro estações no mesmo dia. O que tem afugentado as pessoas das muitas e variadas iniciativas que em maio decorrem um pouco por todo o Alentejo. Como aconteceu com o sempre motivador Mercado Medieval de Almodôvar, com as diferentes comemorações do Dia dos Museus ou com a romagem a Baleizão em memória de Catarina Eufémia PB
Ver um português entusiasmado, risonho e loquaz, só de garfo em punho e copo em frente, pronto para “limpar” uma travessa de bacalhau albardado, uma dúzia de sardinhas assadas com uma salada de pimentos. O português grita: Não se vive para comer!” – Mas logo de seguida despeja um ou dois pratos de sopa de feijão com couve lombarda. Joaquim Palminha da Silva, “A Defesa”, 16 de maio de 2012
Cartas ao diretor entrar pela cerca, por ninguém abrir Casa o portão, estou a cometer o crime de invasão de propriedade. E que crime do Alentejo está a cometer a pessoa que tem o Direção da Casa do Alentejo Lisboa
A direção da Casa do Alentejo lamenta o incómodo havido com o senhor Rui Maurício, quando no dia do seu aniversário, dia 23 de abril, pretendeu jantar com os seus convidados na Casa do Alentejo. Ao lermos a notícia averiguámos de imediato junto dos nossos funcionários a ocorrência. Foi confirmado que havia uma marcação em nome do referido senhor desde o dia 21, assim como a confirmação no dia 23. Porém, o funcionário, aquando da marcação, alertou-o para a circunstância de, por razões de organização e funcionamento, existir uma orientação para marcação de jantares de grupo na “sala dos azulejos” (“sala Velez Conchinhas”). No dia 23, cerca das 20 horas, o senhor Rui Maurício foi informado pelo chefe de sala que a sua mesa estava posta e pronta na referida “sala dos azulejos”. Tal facto não consta da carta enviada por este senhor ao “Diário do Alentejo”, o que prefigura uma atitude estranha e lamentável. Por outro lado, quando solicitado a ocupar a mesa com os seus convidados dirigiu-se ao responsável em termos muito pouco corretos, o que não o dignifica como cidadão. Esta direção reaf irma que a Casa do Alentejo está aberta para servir todos e em particular os alentejanos. Saudações alentejanas.
Barragem da Cata Vítor Martins Beja
Queria saber uma informação acerca da barragem da CATA, situada entre Cabeça Gorda e Santa Clara de Louredo. Gostaria de saber se esta barragem se encontra sob reserva de pesca e, caso contrário, como fazer para poder pescar na mesma já que tentei várias vezes entrar e nunca consegui. Existe um número de telefone à entrada do portão e nunca ninguém responde. Mas desde já avanço que pelo que sei a pesca nesta barragem não está interdita e se
portão fechado, já que não pode impedir o acesso à barragem, nem pode interditar as estradas, porque as estradas que estão por detrás do portão são bens do Estado e não da propriedade?
A ditadura do capitalismo político José Fernando Batista Aljustrel
Longe vão os tempos da ditadura, em que não havia margem de manobra para viver com liberdade de opinião, com censura e sem possibilidade de escolher uma via alternativa. O povo era domado pela força das armas, pela PIDE, pelo terror da prisão e do exílio. Veio a Revolução dos Cravos, no dia 25 de Abril de 1974 (encontrava-me em Moçambique a cumprir o ser viço militar), que libertou o povo da ditadura e da guerra, dando-lhe possibilidade de escolha, a homens e mulheres, de forma livre, para votar em quem mais confiavam para liderar os destinos de Portugal. Muita coisa mudou entretanto, e é por todos conhecido o estado a que o País chegou, por culpa exclusiva dos governos do PS/PSD/ CDS. O buraco onde nos meteram é revelador do estado da democracia. Um vasto grupo de interesses instalados tem saqueado a nação com negócios ruinosos para os contribuintes, que somos todos nós, mas muito lucrativos para os grandes tubarões, que navegam impunes na “costa portuguesa”. Como foi possível chegar a este ponto, em que o País está mergulhado em impostos, para pagar o despesismo de alguns, é a pergunta que todos fazemos. O elevadíssimo nível de f iscalidade é o responsável pela maior taxa de desemprego de sempre, pelo aumento terrível de empresas e famílias a declarar falência. A história está mal contada, e, com esta democracia, quem está no poder pode fazer o que muito bem entender, dar as justificações
que quiser, para proteger os lobbies instalados em detrimento dos trabalhadores e dos mais fracos e desfavorecidos. É uma nova forma de ditadura, um capitalismo político, que é responsável pela falência das nações. A ditadura antes 25 de Abril dominava o povo pela força das armas. A atual domina o povo com hipocrisia, branqueando com palavras os maiores atropelos de que há memória.
25 de Abril sempre! Dormir descansado nunca mais! Pedro Gualter Lampreia Lopes Beja
Este direito adquirido que é poder trabalhar num feriado e não conseguir dormir decentemente por causa dos festejos da liberdade é um direito do qual abdicava de boa vontade. Não que seja contra a liberdade mas porque a liberdade de um acaba onde começa a liberdade do outro. Num momento em que tanto se fala de crise e de uma ditadura disfarçada de democracia, com cortes nos orçamentos das autarquias, dos hospitais, das IPSS, etc., etc., dá-me que pensar por que é que as pessoas que trabalham em dias em que o descanso merecido de muitos ocorre são pura e simplesmente esquecidas. Pagarão menos impostos do que as outras? Ou pura e simplesmente são “parvos” que não conseguiram arranjar um “emprego” decente onde possam descansar nos dias pós-farra comunitária? Mas não são só os que trabalham, são os idosos, as crianças e todos os outros que por um motivo ou por outro não tem o direito de dormir descansados. Não sei responder a este paradigma abrasileirado... Mas uma coisa sei: o preço da gasolina aumenta, do tabaco também, da alimentação, das taxas moderadoras... mas o preço do decibel, esse, parece que anda ao preço da uva mijona! É boa altura para investir no decibel.
Diário do Alentejo 25 maio 2012
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Penso que é importante na revisão do Plano Estratégico Nacional do Turismo (PENT), que consagra que o Alentejo apenas pode trabalhar quatro mercados – Portugal, Espanha, França e Inglaterra e excecionalmente os Países Baixos –, definir uma nova política estratégica que permita que o Alentejo possa promover-se junto de outros mercados, como o Brasil, a China ou os mercados nórdicos”.
Entrevista
Camas turísticas aumentaram mais do dobro numa década
83 por cento dos turistas no Alentejo são portugueses e espanhóis António Ceia da Silva, 49 anos, preside à Entidade Regional de Turismo do Alentejo (ERTA) desde a sua criação em 2008. Todos os dias percorre centenas de quilómetros. Reside em Portalegre e a ERTA tem a sede em Beja. Conhece as estradas e os empreendimentos turísticos da região um por um. Em entrevista ao “Diário do Alentejo”, diz que o Alentejo não pode estar só dependente dos mercados português e espanhol e defende uma promoção mais diferenciada da região. E o modelo que tem para o turismo regional é o da Toscânia (Itália), assente na “qualidade” e na “excelência”. Texto Carlos Júlio Fotos António Carrapato
Os números do turismo no Alentejo hoje já não são tão animadores como foram há dois, três anos…
É natural que assim seja. Numa década passámos de sete mil camas para 17 mil, incluindo o turismo em espaço rural e o campismo. Em três anos consecutivos subimos de uma forma acentuada e tivemos os melhores anos de tu turismo de sempre. O que sucedeu é que, apesar ap deste aumento, continuamos a depender depen de apenas dois mercados e isso ainda não foi alterado. Quais são?
O português e o espanhol. espan Temos uma dependência de cerca de 83 por cento destes dois mercados. Setente e cinco por cento do mercado nacional e oit oito por cento do mercado espanhol. Isto significa si que quando há mudanças signific significativas no poder de consumo em qualquer destes mercados o turismo do Alentejo re ressente-se. O que é preciso mudar? mudar
Penso que é importante na revisão do Plano Estratégico Nacional do d Turismo (PENT), que consagra que o Alentejo A apenas pode trabalhar quatro me mercados – Portugal, Espanha, França e In Inglaterra e excecionalmente os Países Ba Baixos –, definir uma nova política estratégica estratégi que permita que o Alentejo possa promover-se prom junto de outros mercados, como o Brasil, a China ou os mercados nórdicos nórdicos. E não o pode fazer hoje porque o P PENT não o permite. Outra quest questão importante é a promoç promoção integrada dos desti destinos. Nós hoje já temo mos um investimento sig significativo por parte dde privados na prom moção internacion nal, por exemplo, do vinho e do azeite e, na minha opinião, o turismo devia segui-los e estar sempre presente nas várias ações promocionais. É possível iden-
tificar em que áreas houve quebras?
Uma área em que se verificou que houve uma descida foi na do turismo de negócios, ligado à atividade comercial, às obras, às vendas... Estou muito expectante para ver se o verdadeiro turista, que vem de férias ou para passear, e que escolhe determinados períodos do ano, como o verão, também vai reduzir a sua procura. Só nessa altura se poderá ter uma ideia se esta quebra é efetiva ou não. O Observatório do Turismo do Alentejo tem estado a traçar o perfil do turista que vem à região. Quem é que nos visita?
Já fizemos cerca de duas mil entrevistas e os dados indicam, como já disse, que 75 por cento dos visitantes são portugueses, oito por cento são espanhóis; 77 por cento são casados ou vivem maritalmente; têm filhos… Uma indicação que este estudo nos dá é também a de que a primeira motivação de visita ao território já não tem a ver com a monumentalidade, mas sim com o descanso, ou seja, 25 por cento dos turistas que visitam o Alentejo dizem que vêm para descansar, o que é um número significativo. Mas há outros que se queixam da falta de animação. Ou não?
Claro, há vários segmentos. Um dos aspetos negativos que é apontado é a falta de animação noturna, outros destacam o birdwatching, há mesmo um segmento que vem para o Alentejo para ter atividades de natureza e acorda às cinco da manhã… O turista estrangeiro vem para ver e para conhecer. O turista nacional quer descansar e isso não significa que não queira ir ver o Cromeleque dos Almendres ou o Castelo de Marvão. Mas não o quer fazer às nove da manhã e gosta de ir pelos seus próprios meios. E é preciso ter tudo isto em conta. Há uma grande dicotomia entre o turismo no interior e no litoral do Alentejo?
Hoje em dia há mais complementaridade e vive-se mais o Alentejo, do ponto de vista turístico, do que anteriormente. Claro que há aspetos diferenciados e a sazonalidade no litoral é muito superior àquela
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que existe no interior, mas as distâncias hoje são muito relativas e os turistas podem estar em Évora e vão ao litoral um dia ou dois. Ou vice-versa. E o facto de termos uma faixa litoral com 150 quilómetros de praias fantásticas é uma mais-valia para todo o Alentejo. Todo o Alentejo tem hoje 17 mil camas. Só para a zona de Alqueva estavam previstas 22 mil que, sabe-se agora, nunca vão existir. Que credibilidade podem ter estudos e previsões deste tipo?
Só no concelho de Reguengos de Monsaraz eram 20 mil… Não faz sentido. Temos que considerar hoje que os PIN (Projetos de Interesse Nacional, criados no governo de José Sócrates) foram pensados e estruturados numa época e num momento que os torna hoje verdadeiramente anacrónicos. Eram projetos assentes no turismo residencial que, no futuro, vai ter pouco impacto, devido à mobilidade das novas gerações… Mas passar de 22 mil camas para zero camas é um salto muito grande. Mesmo José Roquette veio recentemente dizer que o seu projeto, que estava a avançar timidamente, poderá parar por falta de crédito bancário.
Há projetos que estão a avançar e mesmo José Roquete vai inaugurar o campo de golfe em breve. Em Mourão está a avançar o L’And Reserve, o projeto do grupo Sousa Uva está a avançar também em Reguengos de Monsaraz. No Alentejo litoral a Sonae avançou com a primeira parte do projeto de Troia, o grupo Amorim avançou com o casino e com o hotel, mais a sul o campo de golfe da Pelicano está quase a ser inaugurado, o que quer dizer que nem tudo ficou parado, mas a velocidade é muito diferente e, devido à crise que hoje a Europa atravessa, houve uma reestruturação global destes projetos para uma componente turística mais forte do que a componente imobiliária em que assentavam e muitos dependem da banca e de financiamentos que agora são mais difíceis. Nós, que tínhamos conseguido passar sempre por entre o intervalo da chuva, tínhamos que apanhar uma pequena molha derivada desta crise que está a acontecer em todo o lado. Uma questão polémica, que esteve acesa nos últimos meses, foi a candidatura do cante a Património da Humanidade. A ERTA é uma das promotoras da candidatura cuja apresentação foi adiada por um ano. Neste ano vão existir condições para limar as arestas e sarar as feridas que foram criadas?
Não tenho dúvidas. Acho que à boa maneira alentejana a catarse foi devidamente feita no primeiro ano. As pessoas disseram as suas razões e justificaram porque é que, na sua opinião, a candidatura não tinha sido bem conduzida. Acho que neste segundo ano há condições para juntar todos em torno da candidatura.
“O aeroporto não pode ser só viabilizado pelo turismo” Considerava-se que o aeroporto de Beja podia ser uma das portas para o turismo no Alentejo. Um ano depois de estar a funcionar que balanço faz?
Tivemos no início desta semana uma reunião sobre o aeroporto de Beja com várias outras entidades e tive ocasião de expressar algumas opiniões. Primeiro, julgo que o aeroporto de Beja tem que ter uma base regional e isso tem que ser ganho. A Comissão de Coordenação, a Adral, o Inalentejo têm que estar envolvidos no aeroporto de Beja, que não pode ser apenas um aeroporto sub-regional. Segundo, na reestruturação que está a ser feita do QREN é essencial que haja financiamentos para projetos privados que possam alocar o projeto do aeroporto de Beja nas mais diversas áreas. Terceiro, o aeroporto de Beja tem que ter uma estratégia. Não podem continuar a ser feitos estudos, conferências, conversas..., em que somos sempre os mesmos, e não termos uma estratégia específica que nos diga para que é que queremos o aeroporto. Em quarto lugar, temos que ser claros: o turismo não tem escala ainda para poder servir o aeroporto de Beja. É um dos fatores que pode ajudar, mas é preciso
Eu penso que o Alentejo tem um corpo e uma identidade muito forte, tem uma dinâmica muito específica do ponto de vista da sua imagem e do seu território. Penso que nos últimos anos ganhámos o Alentejo em termos turísticos e isso é um grande motivo de orgulho para todos os que trabalhamos nesta área.
calma e temos que ir devagar, até porque muitos dos projetos turísticos que se anunciavam ainda não existem. Por último, propus que se fizesse uma conferência com a presença do ministro e do secretário de Estado desta área para a qual trouxessemos a experiência de outros aeroportos do mesmo tipo para vermos como funcionam. Na vida está tudo inventado e podíamos beneficiar muito da experiência dos outros. Agora há o Portela+1. Por que é que não pode ser Beja? Defende essa hipótese?
Eu defendo todas as hipóteses e por que é que não há de ser Beja? A ideia de que o avião que chega a Beja só transporta pessoas para o Alentejo é profundamente errada. Têm que existir outras perspetivas. Mas tudo isto tem que ser definido muito rapidamente. A possibilidade que se avançava de uma low cost assumir o aeroporto como a sua base em Portugal parece -lhe afastada?
Não quero dizer que não fosse desejável, mas não acredito que essa possibilidade tenha condições para avançar. CJ
Têm sido dados passos nesse sentido ou tudo permanece idêntico ao que era a 31 de março?
Vão sendo dados passos e não tenho dúvidas que no próximo ano a candidatura será entregue e será reconhecida posteriormente pela Unesco. O Alentejo não é um território muito extenso para ser “vendido” em conjunto? Antigamente existiam quatro regiões de turismo no espaço agora gerido pela ERTA. Portalegre não está mais perto de Lisboa do que de Odemira?
Não, de maneira nenhuma. Eu penso que o Alentejo tem um corpo e uma identidade muito forte, tem uma dinâmica muito específica do ponto de vista da sua imagem e do seu território. Penso que nos últimos anos ganhámos o Alentejo em termos turísticos e isso é um grande motivo de orgulho para todos os que trabalhamos nesta área. E não foi fácil: em muitos casos havia divisões politico-partidárias e divisões administrativas, mas hoje há apenas uma região Alentejo do ponto de vista turístico e todos trabalhamos em conjunto.
A Entidade Regional de Turismo tem promovido diversas iniciativas e campanhas promocionais. Há quem diga que tem gasto muito dinheiro. Como estão os “cofres” da ERTA?
As dificuldades são imensas. Nós o que temos feito é definir uma estratégia e candidatá-la aos fundos estruturais nas diversas áreas. Este ano estamos a cumprir integralmente o nosso orçamento. No ano passado tivemos uma realização de orçamento de quase 60 por cento. Não acredito que nenhuma outra instituição do Alentejo tenha tido uma realização desta ordem de grandeza. Só para se ter uma ideia, este ano do orçamento do Estado recebemos, até este momento, apenas 200 mil euros. Temos depois de encontrar projetos e parcerias para financiar as nossas atividades. Qual é o quadro de funcionários da ERTA?
Temos três estruturas físicas. A sede em Beja e as delegações em Évora e Portalegre. No total temos cerca de 30 técnicos, a maioria licenciados. O que é que se sabe neste momento sobre a alteração ao funcionamento das regiões de turismo que o Governo prefere introduzir?
Nada. Sei que o Governo anunciou que passaria a haver cinco regiões de turismo apenas, que haveria um modelo diferenciado também em termos de funcionários e de quadros. Havia um timing para essas alterações que já passou e que era março. Neste momento desconheço por completo, do ponto de vista oficial, qualquer tipo de alteração à estrutura atual. Sei que o Governo pretende alterar, mas não sei em que termos ou em que moldes, nem quando. Daqui a 10 anos, na sua opinião, qual é que vai ser a situação do turismo no Alentejo? Vamos ter um aumento acentuado do número de turistas? Com que características?
Falar hoje em metas estratégicas de oito ou 10 anos é muito irresponsável. Aquilo que nós temos é um plano operacional turístico que visa qualificar o destino, tornar o Alentejo um destino de excelência e de grandíssima qualidade e torná-lo comparável à Toscânia (Itália). São esses níveis de desenvolvimento e de intensidade turística que queremos alcançar. Vamos a ver se é possível. E qual o objetivo em termos de número de turistas?
Não sabemos. Hoje recebemos cerca de dois milhões de turistas por ano, o que significa 1,7 milhões de dormidas, das quais 1,2 milhões na hotelaria normal, meio milhão no turismo rural, fora um milhão de dormidas em parques de campismo. Mantendo a qualidade e a excelência de que fala, o Alentejo suporta ainda mais turistas?
Aguenta mais turistas e tem que crescer paulatinamente, degrau a degrau, com calma e ponderação, mantendo os critérios de qualidade. Mas é claro que aguenta muitos mais turistas.
Andebol: Zona Azul recebe o Monte
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A Zona Azul e a Associação Desportiva do Monte jogam amanhã, sábado, às 17 horas, no Pavilhão da Escola de Santa Maria, em Beja, a partida correspondente à 8.ª e antepenúltima jornada da fase final do Campeonato Nacional da 3.ª Divisão. Na ronda anterior a equipa bejense empatou em Ílhavo (24/24) mantendo-se no último da tabela, que é liderada pelo Boa Hora. Até ao termo da prova, a Zona Azul ainda jogará em Samora
Desporto
Correia e fecha em casa com o Módicus de Sandim. Sem objetivos que não sejam a melhor classificação, um triunfo na tarde de amanhã pode projetar a equipa para o meio da tabela. Na fase de apuramento do Nacional da 3.ª Divisão, o Andebol Clube de Sines, vindo de um triunfo (23/20) com o Costa d’Oiro, de Lagos, que foi a sua primeira vitória na prova, jogará amanhã no Pavilhão Paz e Amizade frente ao Loures.
Casa do Benfica de Beja A Casa do Benfica de Beja vai promover entre os dias 1 e 15 de junho treinos de captação de atletas nas categorias de petizes, traquinas, benjamins, infantis e futebol feminino. As ações realizam-se no sintético n.º 1 do Complexo Desportivo Fernando Mamede, às segundas, quartas e sextas-feiras.
Na hora da despedida
Um empate com pouco encanto O Mineiro Aljustrelense joga no próximo domingo no Estádio de São Luís, na cidade de Faro, a última partida da fase regular do Campeonato Nacional da 3.ª Divisão. Texto Firmino Paixão
A
época já vai longa, é tempo de pendurar as botas. Os objetivos foram atempadamente assegurados e depois da despedida do seu estádio, um pouco pálida, refira-se, face ao empate consentido com o Messinense, o Mineiro viaja para a capital do Algarve, onde disputará a última partida da época frente ao Sporting Farense. Os algarvios já estão na 2.ª
Divisão Nacional, mas ainda têm pela frente mais uma fase competitiva, o apuramento do campeão nacional da 3.ª Divisão. Os mineiros irão apenas para cumprir o calendário. Da última jornada veio então esse inesperado empate caseiro, a duas bolas, com a turma de São Bartolomeu de Messines, a menos cotado do grupo que assegurou a manutenção
durante a primeira fase da prova. Dos restantes resultados dessa ronda sobressai o triunfo do Lagos em Sesimbra, que projetou a equipa do barlavento algarvio para o terceiro lugar da tabela, um lugar e dois pontos à frente do Aljustrelense. O Quarteirense, também regressado à 2.ª Divisão Nacional, empatou no seu terreno com o vizinho Farense.
União de Montemor garantiu manutenção
Nacional 3.ª Divisão – Subida 9.ª jornada
O Despertar goleado na festa
Aljustrelense-Messinense.................................................2-2 Quarteirense-Farense ........................................................1-1 Sesimbra-Esp. Lagos ......................................................... 0-2 Farense Quarteirense Esp. Lagos Aljustrelense Sesimbra Messinense
T
ermina no domingo, na cidade de Beja, esta autêntica odisseia do Despertar no Campeonato Nacional da 3.ª Divisão. O adversário para a última ronda da prova é o Fabril do Barreiro, com a manutenção já assegurada, ainda assim, com a necessidade de levar os três pontos do Baixo Alentejo para manter o primeiro lugar da série, ainda que isso não acrescente qualquer mais-valia. O Lagoa perdeu em Redondo e ainda não tem a manutenção assegurada, está a um ponto de a conseguir, e recebe o União de Montemor (e até pode perder, desde que mantenha o coeficiente de golos favorável em relação aos Pescadores). Vamos então esperar que os bejenses ao longo da semana consigam digerir os seis golos sofridos em Montemor-o-Novo e sejam capazes de se despedir deste patamar nacional com um resultado positivo para celebrarem a eleição do novo presidente do histórico emblema bejense. FP
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5 6 3 3 3 0
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18-10 15-6 11-8 11-10 6-11 7-23
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Próxima jornada (27/5/2012): Farense-Aljustrelense, Esp. Lagos-Quarteirense, Messinense-Sesimbra.
Nacional 3.ª Divisão – Manutenção 9.ª jornada Redondense-Lagoa ............................................................1-1 Fabril Barreiro-Pescadores .............................................. 2-0 U. Montemor-Despertar SC ............................................. 6-0 Fabril Barreiro U. Montemor Lagoa Pescadores Redondense Despertar SC
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16-16 21-8 18-11 15-10 5-15 10-25
33 32 32 28 14 8
Próxima jornada (27/5/2012): Pescadores-Redondense, Despertar SC-Fabril Barreiro, Lagoa-U. Montemor.
3.ª Divisão Despertar despede-se em Beja do Nacional
Futebol juvenil
Piense também já assegurou a manutenção
A 90 minutos do título
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vantagem é do Ferrobico, que está na frente e só depende de uma vitória em Saboia para aí celebrar o título distrital. O empate não chega, porque o Cabeça Gorda, em casa, ganhou 3/1 ao Piense e perdeu por 4/0 em Pias. Mas o Saboia é tão só o quarto classificado da prova e no seu terreno só perdeu um jogo (1/0 com o Renascente), portanto não será tarefa fácil para os visitantes. O Piense, que não depende apenas de si próprio, terá que vencer o Sanluizense e esperar que o Cabeça perca ou empate em Saboia. Estamos assim a 90 minutos de sabermos quem é o novo campeão deste escalão. Resultados da 25.ª jornada: Barrancos-Saboia, 1-5; Sanluizense-Negrilhos, 1-1; Vale de Vargo-Piense, 0-4; Messejanense-Renascente, 1-1; Alvorada-Ourique, 3-0; Amarelejense-Bairro da Conceição, 1-1. Folgou o Cabeça Gorda. FP
Campeonato Distrital de Infantis (9.ª jornada): Vasco da Gama-Despertar, 1-5; Rio de Moinhos-Moura, 2-1; Guadiana-Odemirense, 0-5. Classificação: 1.º Despertar, 23 pontos. 2.º Odemirense, 16. 3.º Moura, 14. 4.º Rio de Moinhos, 12. 5.º Vasco da Gama, seis. 6.º Guadiana, cinco. Próxima jornada (26/5): Despertar-Guadiana; Moura-Vasco da Gama; Odemirense-Operário. O Despertar já é campeão distrital. Campeonato Distrital de Benjamins (9.ª jornada): Ferreirense-Castrense, 5-0; Despertar-Aldenovense, 13-3; Sporting de Cuba-Renascente, 9-1. Classificação: 1.º Despertar, 25 pontos. 2.º Ferreirense, 19. 3.º Sporting de Cuba, 15. 4.º Aldenovense, 15. 5.º Castrense, seis. 6.º Renascente, zero. Próxima jornada (26/5): Castrense-Sporting de Cuba; Aldenovense-Ferreirense; Renascente-Despertar. O Despertar já é Campeão Distrital. Taça Joaquim Branco (benjamins) série A (8.ª jornada): Vasco da Gama-Casa do Benfica de Beja, 8-3; Serpa-Beringelense, 0-2; Desportivo de Beja-Bairro da Conceição, 1-11; Moura-Alvito, 1-1. Classificação final: 1.º Núcleo Sportinguista de Beja, 21 pontos. 2.º Alvito, 19. 3.º Bairro da Conceição, 19. 4.º Moura, 17. 5.º Vasco da Gama, 10. 6.º Beringelense, nove. 7.º Casa do Benfica de Beja, seis. 8.º Serpa, quatro. 9.º Desportivo de Beja, zero.
1.ª Divisão Piense já assegurou a subida à 1.ª Distrital
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Atletismo Castrense no primeiro lugar
Castrense marcou sobre o minuto 90
Um super Pepe na Supertaça O Castrense ganhou ao Serpa por uma bola a zero e conquistou a Supertaça de seniores 2011/12, troféu que junta ao título distrital desta temporada.
dos dois conjuntos, mas a qualidade do futebol praticado ficou aquém das expectativas. No final da partida, Rui Pepe, capitão do Castrense, e melhor marcador do campeonato distrital, ergueu a Taça.
Texto e foto Firmino Paixão
“Somos justos vencedores” Nos bastidoresdafinal,FranciscoFernandes,técnico do Castrense, justificou as dificuldades sentidas pela equipa: “Sabíamos que o Serpa viria para o jogo à espera do nosso erro, ou de um lance de bola parada, sem arriscar nada”. E afirmou: “Fomos a única equipa que mostrou ambição de vencer, do primeiro ao último minuto”. “Entrámos bem, controlámos, pressionámos o adversário, criámos muitas situações para marcar, mas só fizemos o golo no último minuto de jogo, quando já pensávamos no prolongamento, mas fomos a melhor equipa”, considerou ainda.
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m golo de João Pepe, apontado no último minuto da partida, foi suficiente para a sua equipa vencer a Supertaça. Uma vitória que assenta bem aos campeões distritais, porque foi a equipa mais ofensiva ao longo da partida. O Serpa, vencedor da Taça Distrito de Beja, encarou a final com justificadas cautelas defensivas, tendo em conta o valor e o percurso do adversário ao longo da época desportiva. O jogo realizou-se no Estádio Municipal de Mértola, com uma boa moldura de apoiantes
O técnico enumerou depois as atenuantes para a fraca qualidade da partida: “Estava calor, o campo tem dimensões reduzidas, pouco espaço para jogar, o adversário fechou-se muito, não tínhamos muito espaço, tivemos que ser pacientes, mas criámos oportunidades que não concretizámos”. E concluiu acentuando: “Fomos uns vencedores justos, fizemos uma boa época, com uma equipa que assumiu sempre as suas responsabilidades. Os meus jogadores estão de parabéns, tudo isto é mérito deles, do seu trabalho e da sua dedicação. Gosto de acabar as épocas e ver o meu grupo de trabalho feliz”. “Merecíamos o prolongamento” No lado oposto e, necessariamente, com opiniões divergentes, o treinador do Serpa,HugoFelício,lembrou:“Primeiro que tudo temos que comparar as duas
equipas, olharmos para o Castrense e assumirmos que é uma equipa fortíssima, que não é deste campeonato. Mas a verdade é que teve muitas dificuldades para vencer o Serpa”. Felício recordou: “Somos uma equipa de quem nada se esperava, porque, no princípio da época, ninguém dava nada por ela, temos uma equipa de miúdos, mas afinal o Serpa conseguiu equilibrar o jogo em alguns momentos e na segunda parte criou também algumas oportunidades”. A concluir, o técnico desabafou: “Sofremos o golo em cima da hora, num lance, no mínimo, duvidoso, isso deixa um gosto amargo na boca, porque pensámos que poderíamos ir ao prolongamento e aí quem tivesse mais força ganharia”. “Acho que merecíamos ter ido para prolongamento, seria mais justo, mas não conseguimos”, sustentou Hugo Felício.
Politécnico de Beja ganhou Taça Distrito de Beja
Um doutoramento em futsal A equipa do In s t i t u t o Politécnico de Beja venceu a Taça Distrito de Beja, em futsal, batendo o Núcleo Sportinguista de Moura em jogo realizado no Pavilhão Municipal de Despor tos Carlos Pinhão, na cidade de Serpa.
Futsal Baronia e Independentes O Campeonato Nacional da 3.ª Divisão de Futsal conclui-se na tarde de amanhã com a realização da 26.ª jornada, ronda em que o Baronia jogará no recinto da Casa do Benfica de Vila Real de Santo António, depois de ter ganho em casa aos Sassoeiros por 5/2. Os Independentes, derrotados na última jornada em casa pelo líder Rangel (2/3), terminam a prova na Quinta do Conde, já sem influência no terceiro lugar, onde se instalaram há várias jornadas.
Eleições no Despertar
Texto e foto Firmino Paixão
O Despertar Sporting Clube de Beja reúune esta noite a assembleia-geral para, entre outros assuntos, eleger os novos corpos sociais para o biénio 2012/2014. Luís Mestre, de 34 anos, encabeça a única lista apresentada a sufrágio dos sócios.
U
ma partida equilibrada entre duas das melhores equipas que estiveram em competição nesta temporada. O Politécnico, que venceu o campeonato, ganhou agora a Taça Distrito de Beja e parte para a conquista da Supertaça, ou seja, numa só época pode fazer “a licenciatura, o mestrado e o doutoramento” em futsal. A partida de Serpa chegou ao final do tempo regulamentar com um empate a cinco golos, mas no prolongamento o Politécnico assegurou o triunfo por 8/6. Fica agora
A fase final do Torneio Olímpico Jovem reuniu na pista Fernando Mamede, em Beja, um total de 138 atletas (que totalizaram 292 participações), em representação da Zona Azul de Beja (sete), Beja AC (14), Bairro da Conceição (12), CN Alvito (18), FC Castrense (32), JD Neves (oito), NAR Messejana (11), NDC Odemira (três), Ourique DC (17), SRD Entradense (nove) e GD Pavia (sete). Destaque para o triunfo coletivo do Castrense, com 206 pontos, e para os seguintes registos individuais: Jorge Madeira (Castrense), com a marca de 38,20 m no martelo 5 kg e 43,76 m no dardo 700 grs. (prova extra); Júlio Brissos (Zona Azul) com 16,5” nos 110 barreiras; Ana Braga (Beja AC), com 1,30 m no salto em altura; Isabel Braz (Beja AC), com 10,8” nos 80 m planos; Felipe Silva (BNSC), com 9,3” nos 80 m planos e 5,98 m no salto em comprimento; Sara Inácio (JD Neves) com 2´.21,5” nos 800 m; e Tatiana Lampreia (JD Neves) com 26´.11,5” nos 4 000 m em marcha atlética.
Taça Joaquim Branco Futsal Equipa do Instituto Politécnico de Beja que ganhou a Taça Distrito de Beja
por confirmar a presença da equipa bejense no próximo Campeonato Nacional da 3.ª Divisão de Futsal, lugar que conquistou com o título
distrital. A decisão dos responsáveis pelo Politécnico deve ser conhecida muito em breve. A Supertaça disputa-se amanhã,
sábado, às 20 horas, no Pavilhão Municipal de Vidigueira, de novo entre as equipas do Politécnico e do Núcleo Sportinguista de Moura.
A final da Taça Joaquim Branco, em benjamins, disputa-se amanhã, sábado, pelas 11 horas, no Estádio Municipal de Ferreira do Alentejo, entre as equipas do Aljustrelense e do Núcleo Sportinguista de Beja.
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Pesca desportiva em Santa Clara de Louredo
O XXIV Grande Prémio “Cidade de Beja “ em pesca desportiva realiza-se no próximo domingo, 27, na barragem de Santa Clara de Louredo, com organização do Clube Bejense dos Amadores de Pesca Desportiva e o apoio do município de Beja. As inscrições terminam hoje.
Ferreira do Alentejo recebeu a Taça de Portugal em Kayak Polo A Associação Juvenil Pagaia Sul, de Beja, ficou em terceiro lugar na Taça de Portugal de Kayak Polo, disputada na Piscina Municipal de Ferreira do Alentejo. A prova foi organizada pela Federação Portuguesa de Canoagem, com o apoio da
Atletismo: 4.ª Milha Cidade de Beja
Realiza-se amanhã, na pista Fernando Mamede, em Beja, o Meeting Jovem e a 4.ª Milha Cidade de Beja, duas competições que se integram nas comemorações do 25.º aniversário da Associação de Atletismo de Beja.
Ferreira Ativa – movimento associativo de Ferreira do Alentejo, e contou com a presença das 12 melhores equipas nacionais da especialidade, entre elas o Clube de Canoagem de Setúbal, o detentor do troféu, bem como as formações alentejanas Associação Pagaia Sul, de Beja, Fronteirense e o movimento Ferreira Ativa. A
vitória pertenceu ao Paço d’Arcos, que na final derrotou o CC Setúbal (4/1), e o terceiro lugar do pódio foi ocupado pela Pagaia Sul após ter ganho (2/0) ao Náutico de Valdevez. A equipa anfitriã classificou-se no 10.º lugar e o Fronteirense concluiu a prova um degrau acima dos ferreirenses.
ASPP promove tiro aos pratos e pesca desportiva
Reforçar laços de amizade e camaradagem A delegação de Beja da Associação Sindical dos Profissionais da Policia (ASPP) organizou no Campo de Tiro João Rebelo, em Beja, o XI Torneio de Tiro aos Pratos. Texto e foto Firmino Paixão
“M
ais uma vez juntamos aqui elementos de várias forças de
segurança e temos também a população connosco. Acima de tudo, impera um grande espírito de camaradagem, de entreajuda e união entre as forças de segurança e a população em geral”, referiu Francisco Passinhas, delegado da ASPP em Beja. Apesar dos tempos difícieis que se advinham, vamos “todos em conjunto, levar Portugal por um caminho melhor”, promete Passinhas, garantindo que “as
pessoas em Beja podem ficar descansadas que a PSP tudo fará para que o sentimento de insegurança não chegue até nós”. O dirigente lembrou ainda: “Esta foi a 11.ª edição deste convívio, VII Troféu José Carreira, o segundo presidente da ASPP. O primeiro foi o comissário Santinhos, um alentejano de Aljustrel”, que no próximo dia 2 de junho irá ser homenageado num “open de
pesca desportiva”, na barragem de Santa Clara de Louredo. Nas palavras do delegado da ASPP, “um homem que há 30 anos foi o primeiro oficial transferido de Lisboa para Bragança, porque não havia nada mais longe. Um homem impar na defesa da ASSP”, assegurou o agente Passinhas. O Torneio de Tiro aos Pratos contou com o apoio do Clube de Caçadores do Baixo Alentejo.
Francisco Passinhas
(até 31 de Maio de 2012)
CAMPANHA PRIMAVERA 2012
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Tel. 351284311410/12
Fax 351 284 311 419
jcctoyota@mail.telepac.pt FRANCISCO FERNANDES (chefe de vendas) Telemóvel +351 961 338 937
Realiza-se no próximo domingo, 27, o VII Raid BTT “Por Terras de Mato” (4.º Troféu João Bento), prova organizada pela Secção de BTT e Cicloturismo do Clube Recreativo e Desportivo de Cabeça Gorda, o popular Ferrobico. O raid inicia-se pelas 9 horas e tem percursos de 20, 45 e 75 quilómetros, com partida simbólica junto à sede do clube.
21 Diário do Alentejo 25 maio 2012
BTT “Por terras de Mato” no domingo
Campeonato da Europa de Patinagem Artística O Campeonato da Europa de Patinagem Artística, nas categorias de cadetes e juvenis, realiza-se entre os dias 17 e 22 de setembro no Pavilhão José Afonso, em Grândola. Trata-se de uma organização conjunta da Federação Portuguesa de Patinagem, Associação de Patinagem de Setúbal e Hóquei Clube Patinagem de Grândola, com o apoio do município local.
II Torneio Ibérico de Voleibol
Club Pacence venceu em Moura
O
Club Pacence de Badajoz venceu o II Torneio Ibérico de Voleibol “Cidade de Moura”, conquistando o primeiro lugar ao bater na final (3/1) a equipa da Escola Secundária de Albufeira. O Moura Volei Clube reuniu no pavilhão municipal da cidade tês equipas do país vizinho, Zulema (Aracena), Pacence (Badajoz) e Estuária (Huelva), para, em conjunto com o Volei Clube de Setúbal, a Escola
Patinagem artística
Três alentejanas nos nacionais
A
Federação Portuguesa de Patinagem realizou, no Pavilhão Municipal de Desportos de Castro Verde, as provas de apuramento para os Campeonatos Nacionais de Patinagem Artística 2012, na especialidade de patinagem livre e dirigidas aos escalões de infantis e cadetes femininos. A jovem Catarina Bicho (CPA Cuba) foi a melhor patinadora alentejana, numa prova que contou com a presença de mais de uma centena de atletas oriundos de todas as regiões do País, 54 patinadoras infantis e 53 no escalão de cadetes, proporcionando duas jornadas de elevada qualidade artística e competitiva, a que o público, local e acompanhantes de atletas, correspondeu com enorme adesão e entusiasmo. Estiveram presentes os clubes da área de jurisdição da Associação de Patinagem do Alentejo, que há cerca de 15 dias já tinham passado pela fase de apuramento regional (realizada no Pavilhão Municipal de Cuba), sem a qual não teriam acesso a esta etapa de apuramento nacional, apresentaram-se com sete atletas no escalão de infantis e seis em cadetes. Nos infantis concorreram Margarida Brito, Diana Real e Margarida Lança, todas do Futebol Clube Castrense; Margarida Garcia, do Patinagem Clube de Almodôvar; Carolina Cruz e Beatriz Felício, do Clube de Patinagem de Beja; e Margarida Lopes, do Sport Clube Serpa Patinagem Artística. A representação alentejana de cadetes foi constituída pelas patinadoras Catarina Dias, Carolina Augusto, Inês Baroa e Beatriz Clara, todas do Patinagem Clube de Almodôvar; também por Joana Caetano, do Diana de Évora; e Catarina Bicho, do Clube de Patinagem Artística de Cuba. Ainda na jurisdição da Associação de Patinagem de Setúbal estiveram em prova as atletas Micaela Silva e Joana Galambas, ambas do Clube Galp Energia de Vila Nova de Santo André. Em termos de resultados, o sucesso maior foi da cadete cubense Joana Bicho, com um brilhante quarto lugar, com 62,2 pontos, menos sete que a vencedora Mariana Mateus (Grupo Desportivo Vialonga). Ainda na prova de cadetes foi apurada a atleta Beatriz Clara, do Patinagem Clube de Almodôvar, com 44,1 pontos. Margarida Lança, do Futebol Clube Castrense, brilhou em casa na prova de infantis, conseguindo o apuramento com um 18.º lugar (59,3 pontos). Firmino Paixão
Secundária de Albufeira e a equipa anfitriã, disputarem a segunda edição do Torneio Ibérico “Cidade de Moura”, na categoria de juvenis femininos. A formação de Badajoz, uma das mais cotadas em prova, venceu com naturalidade. António Alvarinho, dirigente do Moura Volei Clube, referiu ao “DA” que o “grande objetivo do torneio é proporcionar às nossas jogadoras o contacto com outras experiências PUB
de voleibol e também o convívio com atletas oriundas de outras realidades, sempre com a perspetiva de engrandecer o voleibol a nível local”. Pra a história ficam os resultados: eliminatórias: Moura-Estuária, 0-2; Aracena-VCSetúbal, 1-2; Moura-Albufeira, 0-2; Aracena-Pacence, 0-2; Estuária-Albufeira, 0-2; VCSetúbal-Pacence, 0-2. Fase final: Moura-Aracena, 0-3; VC Setúbal, 0-3; Albufeira-Pacence, 1-3. FP
saúde
22 Diário do Alentejo 25 maio 2012
Análises Clínicas
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Medicina dentária ▼
Psicologia
Fisioterapia
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Dr.ª Heloisa Alves Proença Médica Dentista
Centro de Fisioterapia S. João Batista
Directora Clínica da novaclinica
Laboratório de Análises Clínicas de Beja, Lda. Dr. Fernando H. Fernandes Dr. Armindo Miguel R. Gonçalves Horários das 8 às 18 horas; Acordo com beneficiários da Previdência/ARS; ADSE; SAMS; CGD; MIN. JUSTIÇA; GNR; ADM; PSP; Multicare; Advance Care; Médis FAZEM-SE DOMICÍLIOS Rua de Mértola, 86, 1º Rua Sousa Porto, 35-B Telefs. 284324157/ 284325175 Fax 284326470 7800 BEJA
Cardiologia
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RUI MIGUEL CONDUTO Cardiologista - Assistente de Cardiologia do Hospital SAMS CONSULTAS 5ªs feiras CARDIOLUXOR Clínica Cardiológica Av. República, 101, 2ºA-C-D Edifício Luxor, 1050-190 Lisboa Tel. 217993338 www.cardioluxor.com Sábados R. Heróis de Dadrá, nº 5 Telef. 284/327175 – BEJA MARCAÇÕES das 17 às 19.30 horas pelo tel. 284322973 ou tm. 914874486
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2ªs, 4ªs, 5ªs e 6ªs feiras, a partir das 14 e 30 horas
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Rua António Sardinha, 3 1º G 7800 BEJA
Médico Especialista pela Ordem dos Médicos e Ministério da Saúde
CONSULTAS DE OBESIDADE
Consultas de 2ª a 6ª
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Medicina dentária ▼
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Dr. José Geraldo Dias
Urgências Prótese fixa e removível Estética dentária Cirurgia oral/ Implantologia Aparelhos fixos e removíveis VÁRIOS ACORDOS
Terreiro dos Valentes, 4 – 1-A – 7800-523 BEJA Consultório: Tel. 284325861 Tm. 964522313
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Hospital de Beja Doenças de Rins e Vias Urinárias Consultas às 6ªs feiras na Policlínica de S. Paulo Rua Cidade S. Paulo, 29 Marcações pelo telef. 284328023
BEJA Terapia da Fala
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TERAPEUTA DA FALA
CATARINA CHARRUA
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Doenças alérgicas
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AURÉLIO SILVA
Praça Diogo Fernandes, nº11 – 2º Tel. 284329975
Clínica Dentária
HORÁRIO: Das 11 às 12.30 horas e das 14 às 18 horas pelo tel. 218481447 (Lisboa) ou Em Beja no dia das consultas às quartas-feiras Pelo tel. 284329134, depois das 14.30 horas na Rua Manuel António de Brito, nº 4 – 1º frente 7800-544 Beja (Edifício do Instituto do Coração, Frente ao Continente) Urologia
Consultas em Beja Clínica do Jardim
DOENÇAS DO SISTEMA NERVOSO
DRA. TERESA ESTANISLAU CORREIA Marcação de consultas de dermatologia:
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HELIODORO SANGUESSUGA
Marcações pelo telefone 284321693 ou no local
DR. A. FIGUEIREDO LUZ
de Sousa, 56-A – Sala 8
Consultório Centro Médico de Beja Largo D. Nuno Álvares Pereira, 13 – BEJA Tel. 284312230
Prótese/Ortodontia
Marcações pelo tel. 284311790 Rua do Canal, nº 4 - 1º trás 7800-483 BEJA
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Chefe de Serviço de Oftalmologia do Hospital de Beja
Acordos com: ACS, CTT, EDP, CGD, SAMS.
Neurologista do Hospital dos Capuchos, Lisboa
Imunoalergologia
Consultas e ecografia
Especialista pela Ordem dos Médicos
DRª CAROLINA ARAÚJO
Marcações de consultas de 2ª a 6ª feira, entre as 15 e as 18 horas Rua Dr. Aresta Branco, nº 47 7800-310 BEJA Tel. 284326728 Tm. 969320100
Obesidade
Médico oftalmologista
Consultas de Neurologia
CÉLIA CAVACO
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Psiquiatria
Neurologia
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Oftalmologista pelo Instituto Dr. Gama Pinto – Lisboa Assistente graduada do serviço de oftalmologia do Hospital José Joaquim Fernandes – Beja
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Acordos com A.D.S.E., ACSPT, CGD, Medis, Advance Care, Multicare, Seguros Minis. da Justiça, A.D.M.F.A., S.A.M.S. Marcações pelo 284322446; Fax 284326341 R. 25 de Abril, 11 cave esq. – 7800 BEJA
Estomatologia Cirurgia Maxilo-facial ▼
Assistente graduado de ginecologia e obstetrícia ULSB/Hospital José Joaquim Fernandes
Rua António Sardinha, 25r/c dtº Beja
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(Diplomada pela Escola Superior de Medicina Dentária de Lisboa)
Ginecologia/Obstetrícia
Assistente graduado de Ginecologia e Obstetrícia
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Oftalmologia
JOÃO HROTKO
Fisiatria Dr. Carlos Machado Psicologia Educacional Elsa Silvestre Psicologia Clínica M. Carmo Gonçalves Tratamentos de Fisioterapia Classes de Mobilidade Classes para Incontinência Urinária Reeducação dos Músculos do Pavimento Pélvico Reabilitação Pós Mastectomia
Rua Manuel Antó António de Brito n.º n.º 6 – 1.º 1.º frente. 78007800-522 Beja tel. 284 328 100 / fax. 284 328 106
Vários Acordos
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Consultas e domicílios de 2ª feira a sábado Tm: 967959568
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Otorrinolaringologia ▼
CLÍNICA MÉDICA ISABEL REINA, LDA.
Obstetrícia, Ginecologia, Ecografia CONSULTAS 2ªs, 3ªs e 5ªs feiras Rua Zeca Afonso, nº 16 F Tel. 284325833
FERNANDO AREAL
Urologia
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GASPAR CANO
DR. J. S. GALHOZ
MÉDICO
FRANCISCO FINO CORREIA
Consultor de Psiquiatria
MÉDICO UROLOGISTA RINS E VIAS URINÁRIAS
MÉDICO ESPECIALISTA EM CLÍNICA GERAL/ MEDICINA FAMILIAR
Exames da audição
Marcações de 2.ª a 6.ª feira a partir das 14 horas Rua Capitão João Francisco de Sousa, n.º 20 7800-451 BEJA Tel. 284324690
Marcações a partir das 14 horas Tel. 284322503 Clinipax Rua Zeca Afonso, nº 6-1º B – BEJA
Consultas a partir das 14 horas Praça Diogo Fernandes, 23 - 1º F (Jardim do Bacalhau) Telef. 284322527 BEJA
Consultório Rua Capitão João Francisco Sousa 56-A 1º esqº 7800-451 BEJA Tel. 284320749
Ouvidos,Nariz, Garganta
saúde
23 Diário do Alentejo 25 maio 2012
PSICOLOGIA ANA CARACÓIS SANTOS – Educação emocional; – Psicoterapia de apoio; – Problemas comportamentais; – Dificuldades de integração escolar; – Orientação vocacional; – Métodos e hábitos de estudo GIP – Gabinete de Intervenção Psicológica Rua Almirante Cândido Reis, 13, 7800-445 BEJA Tel. 284321592
Clínica Médico-Dentária de S. FRANCISCO, LDA. Gerência de Fernanda Faustino Acordos: SAMS, ADMG, PSP, A.D.M.E., Portugal Telecom e Advancecare Rua General Morais Sarmento, nº 18, r/chão; TEL. 284327260 7800-064 BEJA
_______________________________________ Manuel Matias – Isabel Lima – Miguel Oliveira e Castro – Jaime Cruz Maurício Ecografia | Eco-Doppler Cor | Radiologia Digital Mamografia Digital | TAC | Uro-TC | Dental Scan Densitometria Óssea Nova valência: Colonoscopia Virtual Acordos: ADSE; PT-ACS; CGD; Medis, Multicare; SAMS; SAMS-quadros; Allianz; WDA; Humana; Mondial Assistance. Graça Santos Janeiro: Ecografia Obstétrica Marcações: Telefone: 284 313 330; Fax: 284 313 339; Web: www.crb.pt Rua Afonso de Albuquerque, 7 r/c – 7800-442 Beja e-mail: cradiologiabeja@mail.telepac.pt
CENTRO DE IMAGIOLOGIA DO BAIXO ALENTEJO ECOGRAFIA – Geral, Endocavitária, Osteoarticular, Ecodoppler TAC – Corpo, Neuroradiologia, Osteoarticular, Dentalscan Mamografia e Ecografia Mamária Ortopantomografia Electrocardiograma com relatório António Lopes – Aurora Alves – Helena Martelo – Montes Palma – Maria João Hrotko – Médicos Radiologistas –
Dr. Sidónio de Souza – Pneumologia/ Alergologia/Desabituação tabágica – H. Pulido Valente Dr. Fernando Pimentel – Reumatologia – Medicina Desportiva – Instituto Português de Reumatologia de Lisboa Dr.ª Verónica Túbal – Nutricionismo – H. de Beja Dr.ª Sandra Martins – Terapia da Fala – H. de Beja Dr. Francisco Barrocas – Psicologia Clínica/ Terapia Familiar – Membro Efectivo da Soc. Port. Terapia Familiar e da Assoc. Port. Terapias Comportamental e Cognitiva (Lisboa) – Assistente Principal – Centro Hospitalar do Baixo Alentejo. Dr. Rogério Guerreiro – Medicina preventiva – Tratamento inovador para deixar de fumar Dr. Gaspar Cano – Clínica Geral/ Medicina Familiar Dr.ª Nídia Amorim – Psicomotricidade/Educação Especial e Reabilitação (dificuldades específicas de aprendizagem/dislexias) Dr. Sérgio Barroso – Especialista em Oncologia – H. de Beja Drª Margarida Loureiro – Endocrinologia/ Diabetes/Obesidade – Instituto Português de Oncologia de Lisboa Dr. Francisco Fino Correia – Urologia – Rins e Vias Urinárias – H. Beja Dr. Daniel Barrocas – Psiquiatria – Hospital de Évora Dr.ª Lucília Bravo – Psiquiatria H.Beja , Centro Hospi-talar de Lisboa (H.Júlio de Matos). Dr. Carlos Monteverde – Chefe de Serviço de Medicina Interna, doenças de estômago, fígado, rins, endoscopia digestiva. Dr.ª Ana Cristina Duarte – Pneumologia/ Alergologia Respiratória/Apneia do Sono – Assistente Hospitalar Graduada – Consultora de Pneumologia no Hospital de Beja Dr.ª Isabel Santos – Chefe de Serviço de Psiquiatria de Infância e Adolescência/Terapeuta familiar – Centro Hospitalar do Baixo Alentejo Dr.ª Paula Rodrigues – Psicologia Clínica – Hospital de Beja Dr.ª Luísa Guerreiro – Ginecologia/Obstetrícia Dr.ª Ana Montalvão – Hematologia Clínica / Doenças do Sangue – Assistente Hospitalar – Hospital de Beja Dr.ª Ana Cristina Charraz – Psicologia Clínica – Hospital de Beja Dr. Diogo Matos – Dermatologia. Médico interno do Hospital Garcia da Orta. Dr.ª Madalena Espinho – Psicologia da Educação/Orientação Vocacional Dr.ª Ana Margarida Soares – Terapia da Fala - Habilitação/Reabilitação da linguagem e fala. Perturbação da leitura e escrita específica e não específica. Voz/Fluência. Dr.ª Maria João Dores – Técnica Superior de Educação Especial e Reabilitação/ Psicomotricidade. Perturbações do Desenvolvimento; Educação Especial; Reabilitação; Gerontomotricidade. Enfermeira Maria José Espanhol – Enfermeira especialista em saúde materna/Cuidados de enfermagem na clínica e ao domicílio/Preparação pré e pós parto/amamentação e cuidados ao recémnascido/Imagem corporal da mãe – H. de Beja Marcações diárias pelos tels. 284 322 503 Tm. 91 7716528 | Tm. 916203481 Rua Zeca Afonso, nº 6, 1º B, 7800-522 Beja Clinipaxmail@gmail.com
ADVANCE CARE
Horário: de 2ª a 6ª feira, das 8 às 19 horas e aos sábados, das 8 às 13 horas
Dr. Luís Capela
endocrinologia|diabetes|obesidade Dr.ª Luísa Raimundo
pneumologia|consulta do sono Dr.ª Eulália Semedo
ginecologia|obstetrícia|colposcopia Dr.ª Ana Ladeira
otorrinolaringologia|ORL pediátrica ;ǀĞƌƟŐĞŵͮŽŶĐŽůŽŐŝĂ ĚĂ ĐĂďĞĕĂ Ğ ƉĞƐĐŽĕŽͿ
Dr.ª Dulce Rocha Nunes
Diversos Acordos
psiquiatria e saúde mental Dr. Daniel Barrocas
psicologia clínica Dr.ª Maria João Póvoas
psicologia educacional Dr.ª Silvia Reis
terapia da fala Terapeuta Vera Baião
ĮƐŝŽƚĞƌĂƉŝĂͮƌĞĂďŝůŝƚĂĕĆŽ ;ƉſƐͲ s ͬ ƉſƐͲĐŝƌƵƌŐŝĂͬ ƚƌĂƵŵĂƚŽůŽŐŝĂͬ ĐŝŶĞƐŝŽƚĞƌĂƉŝĂͬ ĐŽůƵŶĂͿ
Terapeuta Fábio Apolinário
cirurgia vascular Dr.ª Helena Manso
ŵĞĚŝĐŝŶĂ ĞƐƚĠƟĐĂ Dr.ª Nídia Abreu
podologia Dr. Joaquim Godinho
medicina dentária Dr. Jaime Capela (implantologia) ƌ͘ǐ ŶĂ ZŝƚĂ ĂƌƌŽƐ ;ŽƌƚŽĚŽŶƟĂͿ Dr. António Albuquerque
prótese dentária Téc. Ana João Godinho
cirurgia maxilo-facial Dr. Luís Loureiro
pediatria do desenvolvimento ƌ͘ǐ ŶĂ ^ŽĮĂ ƌĂŶĐŽ Terapia da Fala
▼
psicomotricidade|apoio pedagógico Terapeuta Helena Louro
Convenções: ADSE, ACS-PT, SAD-GNR, CGD, MEDIS, SSMJ, SADPSP, SAMS, SAMS QUADROS, ADMS, MULTICARE,
medicina geral e familiar
Terapeuta da Fala VERA LÚCIA BAIÃO
Av. Fialho de Almeida, nº 2 7800 BEJA Telef. 284318490
Consultas em Beja CLINIBEJA – 2.ª a 6.ª feira Rua António Sardinha, 25, r/c esq.
Tms. 924378886 ou 915529387
Tm. 962557043
exames audiológicos Audiograma|Timpanograma
ƉƌſƚĞƐĞƐ ĂƵĚŝƟǀĂƐ Manutenção de todas as marcas Rua António Sardinha 23, 7800-447 Beja Telefone: 284 321 517 | Móvel: 961 341 105 | Fax: 284 327 331 clinibeja@gmail.com| www.facebook.com/clinibeja
www.clinibeja.com
institucional diversos
24 Diário do Alentejo 25 maio 2012
Diário do Alentejo n.º 1570 de 25/05/2012 Única Publicação
Diário do Alentejo n.º 1570 de 25/05/2012 Única Publicação
CARTÓRIO NOTARIAL
JUSTIFICAÇÃO
Maria Vitória Amaro Notária de Ourique
CERTIFICADO Certifico, para fins de publicação, que no dia vinte e seis de Abril do ano dois mil e doze, no Cartório Notarial em Ourique a folhas catorze e seguintes, do Livro de Notas Para Escrituras Diversas número Quarenta e Oito-D, se encontra exarada uma escritura de Justificação, na qual Jorge Manuel Guerreiro e mulher Adília da Silva Perpétua Guerreiro, casados segundo o regime de comunhão geral de bens, ambos naturais da freguesia de São Martinho das Amoreiras, concelho de Odemira, onde residem em Quintal, Aldeia das Amoreiras. N.I.F.s152 348 913 e 192 028 650, declaram que são donos e legítimos possuidores, com exclusão de outrem, do seguinte prédio: Urbano, sito na Rua da Ribeira, Aldeia das Amoreiras, freguesia de São Martinho das Amoreiras, concelho de Odemira, constituído por uma morada de casas de habitação com uma divisão, com a área coberta de quarenta e seis metros quadrados confrontando do norte com casas de José Jacinto Ledo, sul e nascente com casas de José Pratas e do poente com via pública, inscrito na matriz em nome de Manuel Anastácio Jorge, sob o artigo 1246, com o valor patrimonial de €4.330,00, a que atribuem igual valor, omisso na Conservatória do Registo Predial de Odemira. Que os justificantes não possuem qualquer título para efectuar o registo a seu favor, deste prédio, na Conservatória embora sempre tenham estado há mais de vinte e quatro anos na detenção e fruição do citado prédio, o qual veio à sua posse por doação, feita a ambos, pelos pais do justificante marido, Manuel Anastácio Jorge e mulher Maria Luísa Guerreiro Jorge, casados segundo o regime de comunhão geral de bens, residentes no Largo da Igreja, Aldeia das Amoreiras, freguesia de São Martinho das Amoreiras, concelho de Odemira, em dia e mês que não podem precisar, do ano de mil novecentos e oitenta e sete, não tendo tal doação sido reduzida a escritura pública, mas que desde logo entraram na posse e fruição do prédio, em nome próprio, posse que assim detêm há mais de vinte e quatro anos, sem interrupção ou ocultação de quem quer que seja, de modo a poder ser conhecida por todo aquele que pudesse ter interesse em contrariá-la. Esta posse assim mantida e exercida, foi-o sempre em seu próprio nome e interesse, e traduziu-se nos factos materiais conducentes ao integral aproveitamento de todas as utilidades do prédio designadamente utilizando-o, fazendo as necessárias obras de conservação, e pagando os respectivos impostos. É assim tal posse pacífica, pública e contínua e durando há mais de vinte anos, facultando-lhes a aquisição do direito de propriedade do citado prédio por USUCAPIÃO, direito que pela sua própria natureza, não pode ser comprovado por qualquer título formal extrajudicial. Nestes termos e não tendo qualquer outra possibilidade de levar o seu direito ao registo, vêm justificá-lo nos termos legais. Está conforme o original. Cartório Notarial em Ourique, da Notária Maria Vitória Amaro, aos 26 de Abril de 2012. A Notária, Maria Vitória Amaro
Cartório da notária Mariana Raquel Tareco Zorrinho Vieira Lima, sito na Rua Condes da Boavista, n°.20 em Beja Certifico narrativamente, para efeito de publicação, que neste Cartório e no livro de notas para escrituras diversas n.° 93-A, de folhas 5 a folhas 7, se encontra exarada uma escritura de justificação notarial, outorgada hoje, na qual Carlos José Fralda Desidério, NIF 139533567, casado com Rosa Maria Palma Espinho, NIF 139534402 sob o regime da comunhão de adquiridos, residentes habitualmente na Rua Luís de Camões, n.° 25, em Alfundão – concelho de Ferreira do Alentejo, se declara, com exclusão de outrem, dono e legítimo possuidor do seguinte imóvel: Prédio urbano de rés do chão, destinado a habitação, sito na Rua Sem Sol, n.° 7, freguesia de Alfundão, concelho de Ferreira do Alentejo, que se compõe de rés-do-chão com duas divisões, com a superfície total do terreno de cento e quarenta e sete metros e oitenta e cinco decímetros quadrados, correspondendo dessa área quarenta e três metros quadrados e setenta e cinco decímetros quadrados a superfície coberta, não descrito na Conservatória do Registo Predial de Ferreira do Alentejo, que é a competente e inscrito na respetiva matriz predial em nome do justificante sob o artigo 914, com o valor patrimonial tributável para efeitos de IMT e de IS de € 4.530,00, a que atribui igual valor; Mais certifico que o justificante alega na referida escritura, ter adquirido o dito prédio por usucapião, mediante doação verbal que lhe foi feita, por conta da quota disponível, a ele Carlos José Fralda Desidério, há mais de quarenta anos, por seus pais António Desidério e Laurinda Fernandes Fralda, residentes que foram em Alfundão, presentemente falecidos e de que não existe título, sendo porém certo que sempre tem exercido no prédio os poderes de facto correspondentes ao direito de propriedade, sem interrupção, fruindo como dono as utilidades possíveis, à vista de todos e sem oposição de ninguém. Está conforme com o original. Cartório Notarial de Beja aos 14 de Maio de 2012. A Notária Mariana Raquel Tareco Zorrinho Vieira Lima
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Diário do Alentejo n.º 1570 de 25/05/2012 1.ª Publicação
25 Diário do Alentejo 25 maio 2012
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26 Diário do Alentejo 25 maio 2012
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MISSA
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Manuel António Rebocho Parreira
António Nerval Entradas Parreira
4º Ano de Eterna Saudade
27º Ano de Eterna Saudade
O tempo passa, a dor fica, as saudades aumentam, Partiram…mas estarão sempre presentes na minha vida e no meu coração. Da mulher e mãe, Maria Alice Será celebrada missa pelo eterno descanso dos seus entes queridos no dia 05/06/2012, terça-feira, às 18 horas na Igreja do Salvador em Beja, agradecendo desde já a todas as pessoas que se dignarem assistir.
PARTICIPAÇÃO E AGRADECIMENTO
Custódia Maria Cabrita Palma Marido, filhos, noras, genro e netos cumprem o doloroso dever de participar o falecimento da sua ente querida ocorrido no dia 14/05/2012 e na impossibilidade de o fazer pessoalmente agradecem por este meio a todas as pessoas que a acompanharam à sua última morada, ou que de outra forma manifestaram o seu pesar. Mais expressam o seu reconhecimento a médicos, enfermeiros e auxiliares do 3º piso – Unidade de AVC’s do Hospital de Beja pelo apoio e ajuda prestados durante o seu internamento, e a sua gratidão também para todo o pessoal da Cáritas Diocesanas de Beja, e da sua filha Toninha, em particular, que agradece a todas as suas colegas do Apoio Domiciliário, Cozinha e Dra. Ana Soeiro da referida Instituição, pelo acompanhamento, solidariedade, carinho, apoio e ajuda prestados durante a sua doença e neste momento de dor e partida. A todos muito obrigado.
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TRIGACHES
†. Faleceu a Exma. Sra. D.
†. Faleceu a Exma. Sra. D.
†. Faleceu o Exmo. Sr.
†. Faleceu o Exmo. Sr.
MARIA FRANCISCA, de 84 anos, natural de Quintos Beja, viúva. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 17, da Casa Mortuária de Quintos, para o cemitério local.
MARIA DE LURDES DO CARMO LAMPREIA COELHO, de 64 anos, natural de Salvada - Beja, casada com o Exmo. Sr. Adelino Moreno Coelho. O funeral a cargo desta Agência realizouse no passado dia 18, das Casas Mortuárias de Beja, para o cemitério local.
ANÍBAL JOAQUIM ROSA GONÇALVES, de 72 anos, natural de Santiago Maior Beja, casado com a Exma. Sra. D. Teresa Maria Fernandes Gonçalves. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 20, da Casa Mortuária de Penedo Gordo, para o cemitério local.
ELÍSIO DOS SANTOS TANIÇA, de 75 anos, natural de Beringel - Beja. O funeral a cargo desta Agência realizouse no passado dia 20, da Casa Mortuária de Trigaches, para o cemitério local.
BALEIZÃO
TRIGACHES
BEJA
SALVADA
†. Faleceu a Exma. Sra. D.
†. Faleceu a Exma. Sra. D.
†. Faleceu o Exmo. Sr.
†. Faleceu o Exmo. Sr. JOÃO
ANA LUÍSA ALFUNDÃO DO CABO GRILO, de 68 anos, natural de Selmes Vidigueira, casada com o Exmo. Sr. António Manuel Morais Caçapo. O funeral a cargo desta Agência realizouse no passado dia 20, da Casa Mortuária de Baleizão, para o cemitério local.
MARIA JOAQUINA PEREIRA, de 79 anos, natural de Beringel - Beja, viúva. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 21, da Casa Mortuária de Trigaches, para o cemitério local.
JACINTO MANUEL PENACHO, de 72 anos, natural de Nossa Senhora das Neves - Beja, casado com a Exma. Sra. D. Maria de Fátima do Sacramento Penacho. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 21, da Casa Mortuária de Penedo Gordo, para o cemitério local.
MANUEL LOPES, de 74 anos, natural de Salvada Beja, casado com a Exma. Sra. D. Alzira Teresa Gatinho. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 24, da Casa Mortuária de Salvada, para o cemitério local.
Serpa PARTICIPAÇÃO
António Mangas Estradas Faleceu a 23.05.2012 É com pesar que participamos o falecimento do Sr. António Mangas Estradas, de 80 anos, natural de Serpa, casado com a Sra. D. Irene da Graça Correia Estradas. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no dia 24/05/2012 pelas 10.00 horas, da Casa Mortuária de Serpa para o cemitério local. Apresentamos à família as cordiais condolências.
Serpa PARTICIPAÇÃO
Idalina da Conceição Belchior Faleceu a 21.05.2012 É com pesar que participamos o falecimento da Sra. D. Idalina da Conceição Belchior, de 96 anos, natural de Serpa. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no dia 23/05/2012 pelas 10.00 horas, da Casa Mortuária de Serpa para o cemitério local. Apresentamos à família as cordiais condolências.
Às famílias enlutadas apresentamos as nossas mais sinceras condolências. Consulte esta secção em www.funerariapax-julia.pt Beringel - Cuba AGRADECIMENTO
Fernando Jorge dos Santos Ruivo 22/04/2012 1º Mês de Eterna Saudade
Sua mãe e irmão, cumprem o doloroso dever de participar o falecimento do seu saudoso filho e irmão ocorrido no dia 22/04/2012 e na impossibilidade de o fazer individualmente, vêm por
Apartamento T2 – 1º andar (vivenda). Mobilado,
QUINTOS
este meio agradecer a todas
AGÊNCIA FUNERÁRIA SERPENSE, LDA
Gerência: António Coelho Tm. 963 085 442 – Tel. 284 549 315 Rua das Cruzes, 14-A – 7830-344 SERPA
as pessoas que acompanharam o seu ente querido à sua ultima morada ou que de qualquer forma lhes testemunharam o seu pesar.
Marmelar AGRADECIMENTO
Baleizão PARTICIPAÇÃO E AGRADECIMENTO
Isabel Maria Filipe Francisco Caleiro Batista Nasceu 03.05.1944 Faleceu 16.05.2012
Sua família na impossibilidade de o fazer pessoalmente agradecem por este meio a todas as pessoas que a acompanharam á
Filhos, nora e netos cumprem o doloroso dever de participar o falecimento da sua ente querida ocorrido no dia 16/05/2012, e na impossibilidade de o fazer pessoalmente agradecem por este meio a todas as pessoas que a acompanharam à sua última morada ou que de outra forma manifestaram o seu pesar.
Santa Clara de Louredo
PARTICIPAÇÃO E AGRADECIMENTO
António Marujo Agostinho Filhas, genro e netos cumprem o doloroso dever de participar o falecimento do seu ente querido ocorrido no dia 18/05/2012, e na impossibilidade de o fazer individualmente vêm por este meio agradecer a todas as pessoas que o acompanharam à sua última morada ou que de qualquer forma manifestaram o seu pesar.
sua última morada ou de outro modo manifestaram o seu pesar. AGÊNCIA FUNERÁRIA ESPÍRITO SANTO, LDA. Rua das Graciosas, 7 7960-444 Vila de Frades/
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Pais...
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banana, kiwi, tangerina ou laranja.
Com a chegada do bom tempo também a variedade das frutas é outra e nada melhor que um lanche cheio de vitaminas e a cheirar a férias.
O Princípio de Paula Carballeira, ilustrado por Sonja Danowski e editado pela Kalandraka, conta-nos na voz de uma criança todos os efeitos cruéis de uma guerra e as suas consequências, no entanto, este é um livro onde a esperança é a mensagem predominante.Esta ilustradora já recebeu vários prémios internacionais, tendo tido o seu trabalho exposto em vários países, como Polónia, China, Alemanha e também em Portugal, tendo sido selecionado três vezes para a bienal Illustrarte de Portugal. Podes ver mais do seu trabalho em http://www.sonjadanowski. com/
Dica da semana O blog que te trazemos hoje é de uma professora, por acaso italiana, e do trabalho que desenvolve com os seus alunos. Uma ideia simples para quem acha que não sabe pintar. http://laclassedellamaestravalentina.blogspot.pt/2011/09/ un-pennello-un-po-speciale.html
27 Diário do Alentejo 25 maio 2012
Sabemos que adoras desenhos animados, com mais ou menos ação, por isso, e já no dia 2 de junho, chegou a vez de criares os teus desenhos. A empresa Sardinha em Lata está a organizar um workshop onde podes aprender como se faz cinema de animação, basta teres entre cinco e 10 anos e a companhia de um adulto. Sabe mais em info@sardinhaemlata.com
Workshop de cinema de animação para crianças
28 Diário do Alentejo 25 maio 2012
O Wolf foi encontrado em Beja, abandonado. É ainda um cachorro e estava muito assustado. Agora começa a recuperar a confiança nas pessoas e precisa de muito carinho e atenção. Vai ficar de porte grande. Está desparasitado e será vacinado em breve. Contactos: 962432844; sofiagoncalves.769@hotmail.com
Letras Sushi em casa
Boa vida Comer Bacalhau gratinado no forno com legumes Ingredientes: 6 postas de bacalhau demolhado, 3 cenouras, 3 batatas, 1 couve lombarda pequena, 2 cebolas médias, 1 dl. de azeite, q.b. de farinha de trigo, 3 dl. de leite, 2 gemas, sal, pimenta e noz-moscada q.b.. Confeção: Coza o bacalhau em água. Retire-lhe a pele e as espinhas, lasque-o grosseiramente e reserve. Descasque as cenouras e corte-as em palitos, corte a couve lombarda em pedaços e as batatas aos cubos. Coza tudo na água do bacalhau. Faça um refogado com a cebola e o azeite e junte a farinha. Adicione o leite quente, mexendo sempre, retire do lume e junte as gemas. Envolva o bacalhau e os legumes e retifique os temperos a seu gosto (sal, pimenta e noz moscada). Coloque num pirex e leve ao forno quente para gratinar. Sirva bem quente e bom apetite... Nota: cuidado com o sal visto o bacalhau conter sal.
António Nobre Chefe executivo de cozinha – Hotéis M’AR De AR, Évora
Jazz Nicole Mitchell Awakening
A
o longo da história do jazz têm sido poucos os músicos a dedicar-se exclusivamente à flauta. A maior parte – geralmente saxofonistas – utilizam-na como instrumento secundário, destinado a colorir com tons mais ou menos exóticos as suas telas musicais. Mas, felizmente, há exceções. Uma das mais brilhantes é Nicole Mitchell, que ocupa uma posição central no restrito rol de músicos que, nos últimos anos, mais têm contribuído para a elevação do estatuto da flauta a um outro patamar enquanto instrumento solista no jazz. Instrumentista notável, com um som ágil e fluente, tem desempenhado um papel verdadeiramente inovador, ao desenvolver novas técnicas que têm acrescentado pontos a essa história. Ao longo do seu percurso, Mitchell tem mostrado clara preferência por contextos musicais mais livres. Atesta-o as colaborações que manteve (algumas Nicole Mitchell prosseguem) com per– “Awakening” Nicole Mitchell (flauta), sonagens ilustres como Jeff Parker (guitarra), Anthony Braxton, Muhal Harrison Bankhead Richard Abrams, George (contrabaixo) e Lewis, Bill Dixon, Miya Avreeayl Ra (bateria). Masaoka, James Newton, Editora: Delmark Records Rob Mazurek e Hamid Ano: 2011 Drake, entre outros. Tem sido destacado membro da AACM – Association for the Advancement of Creative Musicians, com centro em Chicago. Em “Awakening” – acompanhada pelo guitarrista Jeff Parker, o contrabaixista Harrison Bankhead e o baterista Avreeayl Ra – a flautista oscila sem pruridos entre uma via mais ousada e experimental (aproximando-se das abordagens de Eric Dolphy) e um caminho mais acessível e melodista ligado à tradição hard-bop, trazendo à memória a doçura de Herbie Mann. Os diálogos estabelecidos entre a flauta e a guitarra são o elemento central da grande maioria do programa, apoiadas por uma secção rítmica em bom plano, sobretudo por via da segurança e do “groove” de Bankhead. Os melhores momentos acontecem em “Journey On A Thread”, com o seu maior pendor experimental, na solidez de “Center Of The Earth” (construído a partir de um motivo explorado pelo contrabaixo) e “Momentum”, a peça de maior fôlego e que parece funcionar como o centro de gravidade de todo o disco. Já em “Curly Top”, “F.O.C” e na peça-título trilha caminhos mais convencionais, pontuados por um plácida tendência “swingante”. Apesar dos pontuais desequilíbrios, este é mais um testemunho da relevância artística de Nicole Mitchell. António Branco
Q
ual a comida mais saborosa e engenhosa do mundo (além da alentejana, claro)? A japonesa. Se simplicidade é a chave da sua confeção há uma máxima de conhecimento obrigatório: é que para os japoneses a comida deve agradar a todos os sentidos. Assim, com este ensinamento, abre este receituário ilustrado com belíssimas fotos de Jorge Simão. Sashimi e sushi em breve introdução histórica e um glossário de produtos e utensílios seguem-se no B-A-BA fundamental para quem quer confecionar em casa as suas refeições japonesas. Se o sushi bar do Bica do Sapato, em Lisboa, (o projeto de viragem das carreiras de Anna Lins e Paulo Morais), é uma perdição a que ninguém pode escapar, o desejo de comer japonês em casa com ingredientes frescos e a preços mais acessíveis é, muito provavelmente, comum a todos os apreciadores. A resposta está neste livro, muito bem organizado – receitas base (o arroz; como escolher, arranjar e cortar peixes para nigiris, sashimi e rolos; como cortar legumes e frutas; etc.), decorações, sushi, variantes do sushi, sushi para crianças (irresistível), sashimi e ippin ryori (as pequenas entradas fundamentais para uma refeição japonesa). Sushi em casa vem preencher um vazio no mercado editorial português – foi há mais de 10 anos que comprei o meu primeiro livro para confecionar sushi, em castelhano, muito bonito mas, de longe, menos requintado, menos bem organizado e muito menos explicativo do que este. Fundamental. Maria do Carmo Piçarra
Anna Lins, Paulo Morais Matéria-prima edições PVP: 18,50 euros 188 págs.
Filatelia O aniversário do “Diário do Alentejo” assinalado filatelicamente
O
s 80 anos do “Diário do Alentejo” ficam registados com vários eventos filatélicos, nomeadamente uma exposição de filatelia e a emissão de um selo e de um carimbo especial, produtos estes que irão dar origem a um sobrescrito de 1.º dia de circulação e de um postal máximo. A exposição é inaugurada no dia 29 e encerra no dia 1 de junho, dia do aniversário. Todas as coleções expostas versam a literatura portuguesa e são as seguintes: Vila Real de Santo António 18 de fevereiro de 1899 – António Aleixo; Manuel Cabanas e o seu tempo e António Vicente Campinas, de Francisco Matoso Galveias; Quadras de António Aleixo em Postais de Alberto de Sousa, de José Pedro Pinheiro da Silva; Literatura Portuguesa, de Albano Parra Santos; A Escrita, de José da Costa Lemos; História da Literatura Portuguesa, Luís de Camões e “Diário de Alentejo” (páginas escolhidas) de Geada Sousa. Nos dias 29, 30 e 31 o certame pode ser visitado das 20 às 23 horas; no dia 1, dia do aniversário, o seu horário será das 14 e 30 às 18, horas, sendo este também o horário do posto de correio que funcionará no local da exposição, o CCD do hospital de Beja. Do catálogo destacamos o artigo “Mais vale sê-lo” de Paulo Barriga, diretor do “Diário do Alentejo”, que nos diz: “O ‘Diário do Alentejo’ completa 80 anos a 1 de junho. Que é o dia que internacionalmente é dedicado à criança. Aos direitos da criança. Ao direito às crianças poderem sonhar. Brincar. O ‘Diário do Alentejo’ é avançado, em idade, mas uma criança, quanto ao espírito. Uma criança livre, alegre, como todas as crianças deveriam ser. Sempre. Pelo que, nas nossas páginas, habituámonos, nos últimos tempos, às coisas boas da vida, à alegria, às notícias positivas. Em detrimento das desgraças que costumam cavalgar a espuma dos dias. Somos colecionadores. Colecionadores inveterados de histórias esperançosas e animadoras. De pessoas interessantes e realizadas. Das suas histórias de vida. Colecionamos todos os pedacinhos da vida coletiva da nossa região e os seus melhores protagonistas: as pessoas. Ainda que, muitas vezes, anónimas”. Geada de Sousa
Petiscos
arcos visigóticos, paleocristãos, o que, entre nós, é relativamente raro. Os nomes são portugueses e a língua é uma espanholada com raiz claramente idêntica à nossa. E o mais notável é que os galegos prezam falar este velho galaico-português que nos liga. Dizem-se conhecidos, não só pelo peixe e marisco dos seus mares, como pela forma como o cozinham. Isto é o que eles – mais os pitorescos panfletos turísticos que distribuem em profusão – dizem, mas não é verdade. Bem lembrava o meu saudoso Tony Bruto da Costa que não se pode ter tudo e ter os olhos azuis. É este o caso. A paisagem é de facto um permanente espetáculo de cor e forma mas o peixe da nossa costa dá-lhes dez a zero, sendo que o pior é a forma como o cozinham. Grelham-no numa chapa, “a la plancha”, e só então nos damos conta dos prodígios que podem fazer num peixe – à nossa maneira – o calor das brasas do carvão de azinho. Também as amêijoas, que já de si são más, grossas, levam um inidentificável molho “à marinheira”, pavoroso. Só me lembrava das minhas, de Sines, ditas “cristãs” – comuns praticamente a toda a costa portuguesa. Amêijoas “à Bulhão Pato”, perante quem, à falta de tirar o chapéu, faço respeitosa vénia. Um quilo das cristãs, pretas, já limpas e sem areia. Aquece-se num tacho um decilitro de bom azeite e dois dentes de alho muito picado. Quando louros, põem-se as amêijoas, acompanhadas dum ramo de coentros, também finamente picado. Sacode-se vigorosamente o tacho ao lume. Ao abrirem, bem, verte-se o sumo dum limão pequeno. Peço desculpa aos nossos irmãos galegos mas o melhor é eles não provarem. Pelo desgosto que teriam.
Finisterra
A
li acaba a terra. Para aquele lado, à nossa frente, está a terra do bacalhau, a terra nova a que Eric O Vermelho chamou o país das uvas. Aqui passaram os veleiros que ligavam o Mediterrâneo aos mares gelados do Norte, donde vinha o estanho que casava com o cobre para fazer o bronze e os tecidos de lã, aconchegos das noites frias da Europa do Sul. Milhares de navios e de tripulações ali se afundaram aos olhos pasmados dos paisanos galegos que aguardavam ansiosos pelos despojos e náufragos carregados de ouro e joias. Tarde ou cedo os corpos arribavam às suas rias. Por todo o lado se misturam em conflito as águas do mar e o chão de solo granítico, carregado de florestas e clareiras, onde pastam tranquilas vacas de leite. Quando se faz uma curva na estrada, diante de nós pode estar uma colorida chata com os preparos marisqueiros ou um trator e respetiva charrua. Não se sabe. As povoações têm constantemente um fio de água que as atravessa. É o fim dum rio ou o princípio duma ria. Em ambos os casos cheira a maresia, a mexilhão ou a moliço. As casas são velhas – há também novas mas são inacreditavelmente feias – e, quando a traça é anterior aos caixotes modernos dos subúrbios, alinham-se janelas de vidro para fora das fachadas. É patente que, em muitos dias por ano, é este o processo de aprisionar os ténues raios, do que resta, de sol. As igrejas e monumentos são de granito e estilo românico. Nos mais antigos ainda se identificam
Por todo o lado se misturam em conflito as águas do mar e o chão de solo granítico, carregado de florestas e clareiras, onde pastam tranquilas vacas de leite. Quando se faz uma curva na estrada, diante de nós pode estar uma colorida chata com os preparos marisqueiros ou um trator e respetiva charrua. Não se sabe.
António Almodôvar
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JOSÉ FERROLHO
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milagres Há mãos que fazem ioso Viagem ao mister eitas” mundo dos “endir
um jornal para toda a região
págs. 12/13
Barriga | Diretor: Paulo 18 MAIO 2012 € 0,90 SEXTA-FEIRA, o (II Série) | Preço: Ano LXXX, N 1569
do imposto sobre
os imóveis aos
municípios
tes só voz contra cor Autarcas a uma Governo quer retirar
cinco por cento
da Comissão de O novo presidente Desenvolvimento Coordenação e Alentejo, António Regional do entrevista exclusiva Dieb, revela em vai Alentejo” que ao “Diário do avaliação dos fazer uma profunda públicos efetuados investimentos É últimos 26 anos. na região nos encontrar uma necessário, afirma, desenvolvimento estratégia de “investimento que passe pelo de mão de produtivo e gerador págs. 16/17 obra qualificada”.
António Dieb: “O nosso grande falhanço tem sido a incapacidade de atrair investimento”
no IMI
Jorge Pulido verbas do IMI. por cento nas mesmo levar o corte de cinco da Câmara de Beja, ameaça é “ilegal” e Valente, presidente em reação a uma medida que o Governo a tribunal pág. 8 um “abuso de poder”.
JOSÉ SERRANO
do pela autonomia tem respeito nenhum que o presidente da duras “O Governo não José Maria com estas palavras Poder Local”. É al do Baixo Alentejo, que prevê governamental Comunidade Intermunicip reage ao anúncio Pós-de-Mina,
Marmelar: a Aldeia ribeirinh mas nem tanto
págs. 4/5
descontos Passaporte dá nos nos museus alenteja
parar Roquete ameaça em Alqueva
projeto desistir do Roquete está a “ponderar” ao Museus. José que detém junto Internacional dos megaprojeto turístico Celebra-se hoje o Dia Distrito de Beja, que culdades de financiamendo Alqueva. Por difi E a Rede de Museus do Sporting necessita espaços musealizados, a to, o ex-presidente engloba cerca de 50 para concluir a direito passaporte que dá milhões de euros museo- de 35 lança nesta data um obra. pág. 10 com todos os locais primeira fase da descontos e um guia 6/7 e 24 gráficos da rede. págs.
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Diário do Alentejo 25 maio 2012
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Fingertips em Beja com voz feminina
Fundada em 2003, a banda que andou nas bocas do mundo com “Picture of my own” e “How do you know me”, chega hoje a Beja, ao palco do Teatro Pax Julia, para um concerto com a nova vocalista, Joana Gomes. Um ano depois de “Venice”, o primeiro álbum com voz feminina, os Fingertips avançam para “2”, que já está à venda desde 5 de março, e cujo single “Running out of time” já está a rodar nas rádios nacionais. O espaço bejense, que acolhe o grupo a partir das 22 horas, é uma das muitas paragens da digressão nacional da banda.
Fim de semana Espetáculos também em Alcácer, Santiago e Castro Verde
Santo André é capital do teatro até 17 de junho
U
ma dúzia de companhias nacionais e estrangeiras vão espalhar-se este ano entre Vila Nova de Santo André e mais três localidades alentejanas – Alcácer do Sal, Santiago do Cacém e Castro Verde – na 13.ª Mostra Internacional de Teatro de Santo André, que se inicia hoje, sexta-feira, com a peça “Bucha & Estica”, uma coprodução entre os anfitriões Ajagato e o coletivo Truta. A peça sobe ao palco da Escola Secundária Padre António Macedo, em Santo André, a partir das 22 horas, inaugurando um programa “com a mesma dimensão dos últimos anos e com uma significativa componente internacional”, isto apesar das “limitações financeiras”, sublinha o diretor da mostra, Mário Primo. Entre as companhias convidadas, a organização atribui especial destaque à visita dos colombianos Casa del Silencio, que aproveitarão a sua estada em Portugal para dinamizar um curso intensivo de formação em Teatro do Gesto, nos dias 4 e 5 de junho. “Woyzeck” é o espetáculo que trazem ao Alentejo, com sessões em Alcácer do Sal e em Castro Verde, respetivamente nos dias 1 e 3 de junho. No domingo, 27, o Auditório Municipal António Chainho, em Santiago do Cacém, re-
cebe, por seu turno, “Perdi a mão em Spokane”, de Salvador Sobral. Igualmente exaltada é a residência artística do Teatro Meridional, uma das mais prestigiadas companhias de teatro portuguesas, que aqui apresentará, a 15 de junho, em antestreia, o seu mais recente espetáculo, “O Senhor Ibrahim e as Flores do Corão”. Até 17 de junho, vão ainda passar pela região os Circolando, em “Paisagens em Trânsito” (amanhã, sábado); o espetáculo brasileiro “Viandeiros”, com o multifacetado ator, músico e bailarino Luiz Canoa (1 de junho); a veterana A Barraca, com Maria do Céu Guerra encarnando “D. Maria, a Louca” (3 de junho); o Teatro dos Aloés, que trazem na bagagem “Os Juramentos Indiscretos” (8 de junho); a Estação Teatral da Beira Interior, com “Volfrâmio” (9 de junho); o Chapitô, que apresenta “Édipo” (10 de junho); e “Yátra”, dos Propositário Azul, um espetáculo oferecido pelo Inatel/ /Teatro da Trindade (16 de junho).
História do jazz no espaço Oficinas Arranca hoje, sexta-feira, no espaço Oficinas, em Aljustrel, o curso livre de iniciação à história do jazz “Jazz de A a Z”. A ação, que decorrerá até 4 de maio estruturada em oito sessões, sempre às sextas-feiras, é ministrada por António Branco, dinamizador do Clube de Jazz do Conservatório Regional do Baixo Alentejo. A primeira sessão, pelas 21 e 30 horas, abordará o tema “Dos campos de algodão a Nova Orleães”.
A Revolta de Beja por José Hipólito Santos O sócio-economista e ativista político José Hipólito Santos (Porto, 1932) vai estar hoje, sexta-feira, pelas 18 e 30 horas, no auditório da Biblioteca de Beja, para apresentar o seu mais recente livro, A Revolta de Beja. A obra, que será introduzida por José Madeira, professor do Instituto de História Contemporânea, recorda o levantamento conjunto, civil e militar, planeado desde o exílio no Brasil por Manuel Serra e Humberto Delgado, três anos após as eleições presidenciais de 1958, que puseram a nu a debilidade do regime. “Beja foi escolhida para dar início à revolta que envolveu essencialmente civis e alguns militares, dentre os quais alguns do quartel de Beja. Falhou mas marcou as gerações seguintes”, considera o autor, um dos que esteve envolvido na insurreição de há 51 anos.
Projeto Aldeia Poema arranca em Santo Amador O projeto Aldeia Poema, dinamizado pelo artista plástico Pedro Penilo no âmbito festival cultural Ervançum, previsto para julho próximo (de 6 a 8), arranca já amanhã, sábado, com uma primeira oficina de conceção, agendada para as 17 horas. Trata-se de um projeto de intervenção artística no espaço público da aldeia de Santo Amador, concelho de Moura, aberto à participação de uma dezena de interessados, que “se fundará na arte da poesia, escrita e visual, podendo desdobrar-se em expressões de registo imediato e simples como as do desenho, pintura, fotografia, vídeo e canto”. A participação é gratuita e desenvolve-se em várias sessões de trabalho, às quintasfeiras, das 21 às 23 horas, e aos sábados, entre as 17 e as 20 horas. Aldeia Poema é uma iniciativa da junta de freguesia local.
Alunos de Castro em “As aventuras de João Sem Medo” Um grupo de alunos da Escola Secundária de Castro Verde sobe hoje ao palco do cineteatro municipal, em duas sessões (10 e 30 horas e 21 e 30 horas), com a peça “As aventuras de João Sem Medo”, uma adaptação da obra homónima de José Gomes Ferreira a cargo da professora Filipa Figueiredo, responsável também pela encenação e direção de atores. A iniciativa, integrada no projeto ALeR+ e no plano anual de atividades da escola, envolveu cerca de 50 alunos de várias turmas e anos de escolaridade, visando “promover a leitura de textos narrativos e dramáticos, a autoestima e participação na vida da comunidade escolar, com intervenção nas dinâmicas culturais da localidade”.
Livros e cante animam Cuba no fim de semana Entre hoje e domingo, 27, a vila de Cuba recebe a quarta edição da iniciativa Vivácuba – Livros & Companhia, com organização do município local e do agrupamento de escolas do concelho. Inserida no projeto Cuba En’cante, desenvolvido em parceria com associação Terras Dentro, esta edição terá um enfoque muito especial no cante alentejano, “um dos produtos culturais mais genuínos da região”. Ao longo dos três dias do evento, serão promovidas ações dispersas pelo espaço urbano, “onde o cante acontece, com caráter de ‘espontaneidade programada”, no seu ambiente natural, em adegas e restaurantes”. E também iniciativas em espaço exterior, como o largo da Bica, onde se localizarão expositores temáticos, representações dos agentes culturais, locais, nacionais e internacionais, espaços para ateliês artísticos, as tasquinhas e o palco principal.
As obras de requalificação nas Portas de Mértola têm criado grandes constrangimentos na circulação de peões, de automóveis e de dinheiro nas caixas registadoras dos comerciantes da zona. Recentemente, a Câmara Municipal de Beja anunciou a impossibilidade de recolher resíduos (termo fino sinónimo de “murraça”) naquela zona, mas já anunciou outras zonas alternativas onde despejar o seu lixo. Pode fazê-lo junto em moloks situados em Albernoa, Baleizão, Mombeja, Almodôvar, São Brás de Alportel, Tânger, Dakar e Guiné-Bissau.
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resÍduos recolha de os valentes: d no terreiro obrigados oa s e t n e id s e r bern o lixo em al r a j e p s e d a
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Cientistas alentejanos trabalham em combustível à base de manteiga de cor para submarinos Notícias recentes relataram o facto de os submarinos comprados à Alemanha, e que custaram para cima de um testículo de dinheiro, estarem parados por não haver verba para o combustível. Todavia, segundo apurámos, já foram tomadas medidas para auxiliar o Ministério da Defesa a este nível: foram contratados dois cientistas alentejanos para desenvolver um combustível derivado da manteiga de cor, com capacidade para alimentar motores potentes e com a vantagem adicional de se poder barrar no pão, em tostas e naquelas bolachas de arroz que sabem a esferovite. Numa notícia relacionada, descobrimos que a Marinha irá protagonizar espetáculos de angariação de fundos na barragem de Alvito: destaque para o número dos submarinos Arpão e Tridente que protagonizarão acrobacias mascarados de orcas do Zoomarine.
Tromba de água na romagem à campa de Catarina Eufémia: PCP acusa São Pedro de ser neoliberal Realizou-se em Baleizão a tradicional romagem à campa de Catarina Eufémia promovida pelo PCP. Este ano, porém, o evento ficou marcado pela tromba de água que se abateu sobre aquela freguesia e que obrigou ao encurtamento da visita de Jerónimo de Sousa. Os comunistas não ficaram contentes com estes acontecimentos e acusaram, em comunicado, São Pedro de estar por trás desta “tramoia imperialista e neoliberal que visa denegrir os valores de esquerda”. Os mesmos insinuaram ainda que o padroeiro da chuva também estaria por trás do relâmpago que atingiu o avião de François Hollande a caminho do “beija-mão à senhora Merkel, que nem sequer dá beijinhos de forma convincente, prova de que é uma neoliberal com carvão no lugar do coração”. Para além da romagem, estavam previstas outras iniciativas como a queima de efígies do tenente Carrajola, de Trotsky, de sos Coelho e de Miguel Góis. Sócrates, de Passos
Silva Carvalho enviou clippings de receitas do chefe Nobre para Miguel Relvas Silva Carvalho, o Panda do Kung-Fu da espionagem, o homem que fez pelas secretas portuguesas o que José Castelo Branco fez pelos vídeos caseiros, anda nas bocas do mundo. Alegadamente (vê, prezado leitor, também gostamos de evitar processos judiciais), Silva Carvalho terá usado meios do SIED para enviar informações secretas para grupos económicos e políticos da nossa praça. Investigação conjunta “Não confirmo, nem desminto”/revista “Ponto Cruz”/João Gobern descobriu que foram enviados clippings do “Diário do Alentejo” para Miguel Relvas, nomeadamente dezenas de receitas do chefe Nobre. Relatório a que tivemos acesso, revela que Silva Carvalho desconfiava do “uso abusivo – quase a roçar o terrorista – de chalotas, salsa e aquela mariquice do azeite virgem”. Destaque, também, para o clippng de páginas da necrologia em que foram identificadas fotos de pessoas com “bigodes estranhamente similares aos de Saddam Hussein e de Kadhafi – uma ameaça à segurança nacional!”, rematava o relatório.
Inquérito O Hospital de Beja não consegue contratar psiquiatras. Ó doutor, por que é que não quer vir para Beja?
DR. ABÍLIO XANAX, 63 ANOS Psiquiatra e imitador do Avô Cantigas em casas de alterne Meu Deus, como se fosse preciso explicar… Mas os senhores de Beja pensam que me enganam? Se fosse para o Alentejo ficava falido – eu bem sei que as caixas multibanco daquela zona não têm dinheiro suficiente para eu levantar. Além disso, estou a pensar reformar-me. Você já foi a um hospital? É só gente doente, perigoso à brava… E nos hospitais da zona há colegas que apanham vírus com muita facilidade, como a alentejanite.
DR. VIRGOLINO PROZAC, 32 ANOS Psiquiatra e cobaia de medicamento contra a calvície Pá, é uma cena que não me dá jeitinho nenhum. Ainda há pouco tempo comprei uma casa de 36 assoalhadas no Parque das Nações – foi o que se conseguiu arranjar com o meu salário – e não estou com grande disponibilidade para me mudar. Fica um bocado fora de mão, até porque depois não tenho onde fazer as revisões ao Jaguar da minha mulher e ao meu Maserati. Se abrirem um concessionário dessas marcas a 10 metros da minha habitação em Beja, podemos falar... Mas não prometo nada!
DR.ª LARA ZOLOFT, 28 ANOS Psiquiatra e assinante da revista “Sobremesas com antidepressivos” Nunca ninguém me falou dessa possibilidade. Até agora não tinha pensado nisso, mas se tivesse de responder, diria não – quero ficar mais uns tempos em Portugal e quem sabe se, no final da minha carreira, não emigrarei para essa tal de Beja. Falam português por lá? Outro dia fui ao Porto, onde me garantiram que se falava português, e não percebi nada. Eu que até me esqueci do passaporte. Agora se me permitem, tenho de receitar a este desempregado antidepressivos suficientemente fortes para deixar um rinoceronte inconsciente.
Nº 1570 (II Série) | 25 maio 2012
RIbanho
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Hoje, sexta-feira, 25, o sol vai brilhar em toda a região. A temperatura deverá oscilar entre os 16 e os 26 graus centígrados. Amanhã, sábado, não são esperadas nuvens e no domingo o céu deverá estar limpo.
Cantora Ana Vieira volta a Aljustrel para Espetáculo das Minas – Raiz Alentejana
Nova Antologia de Poetas Alentejanos apresentada hoje
DR
Boa filha à casa torna
T
em sido a voz principal do coletivo Cinema Ensemble, liderado pelo compositor Rodrigo Leão, emprestando uma marca indelével, entre o melancólico e o arrebatado, a temas como “Vida tão estranha”, “Voltar” ou “Sleepless Heart”. “Filha de filhos de Aljustrel”, como se define, Ana Vieira vai estar amanhã de regresso às origens familiares, enquanto artista convidada do Espetáculo das Minas – Raiz Alentejana, que encerrará as comemorações do Centenário do Turismo em Portugal. Uma oportunidade para partilhar com o público mineiro memórias musicais de outros verões, passados à “calma” alentejana. O que é que se pode esperar da sua prestação no espetáculo de amanhã em Aljustrel, que dá pelo nome de O Espetáculo das Minas – Raiz Alentejana? Que tipo de repertório tem preparado?
Acho que esta iniciativa foi muito interessante e vai ser um prazer cantar com os vários convidados que fazem parte deste espetáculo. A solo, levo uma canção que está relacionada com as músicas que costumava cantar quando vinha a Aljustrel. Espero sinceramente que as pessoas gostem. A Ana não nasceu em Aljustrel mas tem fortes raízes familiares no Alentejo. O PUB
que há em si desta identidade regional e de que forma a sente e vive?
Fiquei extremamente agradecida e agradada por ter sido convidada a integrar este espetáculo precisamente porque Aljustrel diz-me muito. Sou filha de filhos de Aljustrel, foi lá que vivi os verões da minha infância e adolescência... Tenho muito boas memórias e, sobretudo, tenho muito boas referências...
Ana Vieira,
36 anos, natural de Lisboa Aprendeu a tocar viola teria 10 ou 11 anos, mas não se lembra de quando terá começado a cantar. O certo é que, já no liceu, passou a fazer parte de um coro e, a partir dos 18 anos, lança-se na aventura de uma banda alternativa exclusivamente feminina, chamada Mary Jane, que lhe abriu portas para um universo muito mais vasto: o das múltiplas utilizações que poderia dar à sua voz, talentosa e versátil. Fez parte de um grupo de blues, deu voz a jingles de publicidade, cantou músicas para a Disney, participou em projetos nacionais, como os Mundo Cão e JP Simões, e integrou ainda as bandas sonoras da série televisiva “Liberdade 21” e da telenovela “Lua Vermelha”.
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Tem sido, até ao momento, um pouco o rosto do Cinema Ensemble, liderado por Rodrigo Leão. Como descreveria a experiência de integrar um projeto que é algo insólito em Portugal pela unanimidade que tem criado à sua volta, sendo apreciado por gente de várias faixas etárias e de vários gostos musicais, da música erudita à popular?
A música do Rodrigo Leão evoca vários géneros, tem uma sonoridade pop e recria vários ambientes (tango, etc.) e por isso mesmo chega a muitos públicos. Pessoalmente, aprecio e sinto-me muito confortável com a diversidade musical e linguística. Está nos seus horizontes, para já, um projeto a solo, sem Rodrigo Leão?
Fiz parte de vários projetos antes do Rodrigo Leão e continuo a ser convidada para integrar outros projetos de diferentes géneros musicais. Para já, a solo não tenho nada estruturado... Carla Ferreira
Hoje, pelas 18 e 45 horas, na Biblioteca Municipal Almeida Faria, em Montemor-o-Novo, será apresentada a Nova Antologia de Poetas Alentejanos, que conta com a participação de 50 poetas alentejanos e prefácio de Urbano Tavares Rodrigues. A direção encontra-se a cargo de Eduardo M. Raposo. Segundo um comunicado enviado ao “Diário do Alentejo”, a Nova Antologia de Poetas Alentejanos “tem como limites geográficos a região Alentejo e como protagonistas os naturais, vivendo cá ou na diáspora, e também os que no Alentejo se radicaram e se assumem como tal”. O comunicado explica que “esta antologia alia o rigor literário e a preservação da memória de um tempo histórico, ao entusiasmo e à entrega de ativamente contribuir para que seja reconhecido o valor e o espaço próprio aos poetas que dela fazem parte e a sua importância num Portugal e num Alentejo que se (re) constrói em cada dia”.
II Jornadas Literárias em Montemor-o-Novo Começam hoje, sexta-feira, em Montemor-o-Novo, as II Jornadas Literárias, com o mote “A poesia da terra em monte maior”. A sessão de abertura encontra-se agendada para as 14 e 20 horas e, para além de apresentações de livros, a organização preparou mesas redondas, debates e vários painéis. “Montemor-o-Novo e o Alentejo na Ficção” e “Montemor-o-Novo e o Alentejo na Poesia” são alguns dos assuntos em debate. As jornadas contam ainda, entre outras iniciativas, com uma exposição, com um espetáculo de canto e poesia, com uma homenagem a Manuel da Fonseca e com uma prova enogastronómica.
Música coral na basílica de Castro Verde A Basílica Real de Castro Verde acolhe, amanhã, sábado, pelas 21 e 30 horas, mais uma noite do II Encontro de Corais de Castro Verde. Está é a vez do Coro da Associação Sénior de Castrense, do Coro Lopes-Graça e os dos Cardadores da Sete ecoarem as suas vozes. A organização encontra-se a cargo da Associação Sénior Castrense.