João Carlos Pronto O chefe moçambicano que aprendeu em Beja o cheiro dos coentros pág. 12
SEXTA-FEIRA, 7 SETEMBRO 2012 | Diretor: Paulo Barriga Ano LXXXI, N.o 1585 (II Série) | Preço: € 0,90
Judiciária investiga incêndio que deflagrou por volta das duas da madrugada
AGRADECIMENTO ESPECIAL A JOÃO OLIVEIRA VIA FACEBOOK
Fogo no Mendro sob suspeita
Vale do Poço, terra de fronteiras Encaixada entre dois concelhos e administrada por duas freguesias, Vale do Poço não se rende ao desaparecimento do mundo rural. Continua a fazer da sua condição de terra de passagem, e de fronteira, um precioso trunfo e, hoje mesmo, abre portas à 10.ª edição da Feira Agropecuária Transfronteiriça. págs. 4/5 PUB
É o maior incêndio florestal deste verão no Baixo Alentejo. Na madrugada de domingo deflagrou na freguesia de Selmes, Vidigueira, um fogo de proporções gigantescas que consumiu mais de 700 hectares de floresta. A Polícia Judiciária suspeita de fogo posto e continua a investigar a ocorrência. pág. 9
Menos mas melhores tintos e brancos
Luís Filipe Vieira com os benfiquistas de Serpa
Começaram esta semana as vindimas na Vidigueira. Até ao final do mês, a Adega Cooperativa de Vidigueira, Cuba e Alvito está a receber o fruto de uma produção bastante afetada, em quantidade, pela seca. Mas cuja qualidade promete ser das melhores dos últimos anos. Quer nos tintos, quer nos brancos. págs. 16/17
O presidente do Sport Lisboa e Benfica inaugurou no passado domingo, em Serpa, a mais recente casa do clube encarnado. Uma instituição modelo, segundo Luís Filipe Vieira, que servirá de exemplo a futuros núcleos benfiquistas a inaugurar pelo País. A instituição é presidida pelo autarca João Rocha e conta com Nicolau Breyner na assembleia-geral. pág. 21
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Editorial Acontecer
Vice-versa “Pela primeira vez a troika acabou por colocar alguma enfâse no crescimento como forma de ultrapassar os problemas do País (…). Mas falou de crescimento à custa da concretização deste plano, que gera precisamente o contrário: desemprego e recessão”. Miguel Tiago, deputado do PCP
Paulo Barriga
Os representantes do Fundo Monetário Internacional, Banco Central Europeu e Comissão Europeia defenderam “que a correção dos desequilíbrios macroeconómicos ao longo dos vários anos é o único caminho para fazer regressar o crescimento económico sustentado e reduzir o flagelo do desemprego”.
M
ais de um milhão de euros depois do que seria lógico e aceitável, a Empresa de Desenvolvimento do Aeroporto de Beja (EDAB) vai ser extinta. Por fim e ao fim de um sem-fim de adiamentos. A EDAB surgiu para implementar na periferia da Base Aérea de Beja um aeroporto. Uma das mais tresloucadas ideias de que há memória na inaudita história do Baixo Alentejo. Um aeroporto novinho em folha, construído a tempo e horas, sem grandes derrapagens orçamentais e sem qualquer tipo de planificação futura, rumo, rota ou seja lá o que for. A EDAB construiu um aeroporto e pronto. Está feito o dito. Enquanto empresa de obras públicas, e apenas nesse patamar, o trabalho desenvolvido pela EDAB foi notório. Entre recuos e avanços, mas sempre debaixo de grande demagogia e de muito ilusionismo por parte do acionista Estado, concluiu-se o aeroporto que, na verdade, ninguém queria. A não ser o bom povo. Que, mais uma vez embusteado, acreditou que desta é que seria de vez. Desta é que as asas do desenvolvimento sobrevoariam a região. Enquanto isso, os grandes investimentos aeronáuticos financiados pelo Governo estavam a ser marotamente aninhados em Évora. Bom, mas agora chegou ao fim o folhetim da EDAB. Dentro de um mês a empresa desaparece, o Estado devolve o valor do investimento inicial aos pequenos acionistas (Ambaal e Nerbe) e trata das rescisões com os trabalhadores que ainda subsistem na empresa. Entretanto, esgota-se por estes dias o prazo dado pelo Governo a um grupo de trabalho que se propôs estudar a viabilidade do aeroporto de Beja. Não é necessário fazer grande futurologia para adiantar as grandes linhas de ação que sairão de tal relatório. É necessário que indústrias ligadas à aeronáutica se instalem em Beja, que haja formação no setor nas diferentes escolas profissionais e politécnicas da região, que se convençam companhias de aviação a voar para Beja. Carregando pessoas ou mercadorias lá dentro. Afinal, estamos a falar de um aeroporto. E é isso mesmo que se faz num aeroporto: amanhar aviões, estacionar aviões, receber mercadorias e gente que vem dentro dos aviões. A questão é saber que gente e que carga estará disponível para ser despejada numa região economicamente moribunda, desprovida de parque hoteleiro, sem estratégia turística, despojada de vias de transporte, viárias ou ferroviárias, rápidas e seguras e condignas. O aeroporto foi a melhor coisa que aconteceu à região de Beja nos últimos anos. Falta apenas que a própria região de Beja aconteça nos próximos anos. Falta quase tudo, portanto. Só não nos falta um aeroporto. O que já não é nada mau.
Miguel Frasquilho, deputado do PSD
Fotonotícia
Morrer na praça. Decorreram durante a passada semana as festas de Barrancos. Outrora centro de todas as atenções devido à polémica em torno dos touros de morte, hoje, depois de legalizadas as lides à espanhola, estes são dos festejos mais pacíficos, entusiasmantes e bem-sucedidos do distrito de Beja. E muito se engana quem pensar que ali apenas se lida com as lides. Muito pelo contrário. Sem o foco mediático a pender sobre os festeiros, Barrancos tornou ao elementar das suas festas: à boa disposição, à fraternidade, à alegria. Durante quatro dias. Que parece durarem uma vida toda. PB Foto de estadodebarrancos.blogspot.pt
Voz do povo Porque é que Portugal arde todos os anos?
Odete Fabela 65 anos, professora aposentada
Sem querer ser maldosa, penso que muitos dos fogos têm origem criminosa. Pessoas com menos boas intenções. Portugal está a ficar despido de floresta. É importante a formação escolar e familiar. Para incutir nas crianças procedimentos que contrariem situações de risco. Deveríamos investir mais na prevenção.
Francisco Pacheco 57 anos, empresário
Penso que as modificações climáticas contribuem para que haja mais incêndios. As temperaturas são cada vez mais altas. Mas muitos outros serão fogos postos. Muitos negócios estarão por detrás dessas mãos criminosas. Seria importante limpar as matas, existirem melhores caminhos, haver mais vigilantes. Se não arde tudo.
Inquérito de José Serrano
Catarina Carvalho 21 anos, estudante de Biologia
Francisco Carvalho 32 anos, porteiro
Há falta de cuidado nalguns comportamentos. E as instituições que tutelam a floresta deviam assumir um papel mais ativo na prevenção. As matas não são limpas e a agricultura está ao abandono. Deviam existir penalizações para quem tem terrenos agrícolas e não cuida deles corretamente. A melhor prevenção é a formação cívica da sociedade.
Acho que a maioria dos incêndios tem proveniência criminosa. Julgo que haja interesses económicos por detrás destes fogos. Para este tipo de crime as penas deveriam ser mais pesadas. Existir uma justiça mais rápida e eficaz. Os nossos bombeiros dão tudo por tudo, mas faltam-lhes meios mais eficientes e modernos para o combate às chamas.
Rede social
Semana passada QUINTA-FEIRA, DIA 30 ALJUSTREL TENTATIVA DE AGRESSÃO A MILITARES DA GNR A GNR anunciou a detenção de dois homens, em Aljustrel, distrito de Beja, por tentativa de agressão a militares daquela força de segurança. Fonte da GNR adiantou à agência Lusa que os dois homens foram detidos ao fim da tarde de terça-feira, “por resistência e coação a agentes da autoridade”, sendo que um deles se encontrava a conduzir sem habilitação legal e em estado de embriaguez. Segundo a mesma fonte, os incidentes ocorreram na sequência de uma alteração da ordem, tendo os homens reagido mal à presença da patrulha da GNR, cujo veículo chegou a estar cercado por uma dezena de pessoas, o que obrigou os militares a pedir reforços. Os dois detidos foram presentes a tribunal para primeiro interrogatório judicial e aplicação de eventuais medidas de coação.
VIDIGUEIRA MOTARDS SOLIDÁRIOS A Câmara de Vidigueira, através do Núcleo de Voluntariado, durante a 14.ª Concentração Motard de Vidigueira, promoveu uma campanha alimentar para “ajudar quem mais precisa”. A intenção foi que os participantes na concentração motard pudessem contribuir através da compra de vales, sendo que cada vale estava associado a um produto alimentar. A campanha foi dinamizada por vários voluntários.
SEGUNDA-FEIRA, DIA 3 ALMODÔVAR GNR IDENTIFICA DUAS PESSOAS POR FURTO DE COBRE A GNR de Almodôvar identificou duas pessoas, com idades compreendidas entre os 29 e os 50 anos, suspeitas de furto de cobre e apreendeu cerca de 800 quilos daquele metal, revelou a força de segurança. Segundo a GNR, o cobre terá sido furtado de postes telefónicos e estava escondido junto a Monte Bentes, no concelho de Almodôvar.
BEJA “SEMANA ABERTA” EM BERINGEL A Câmara de Beja iniciou a 8.ª edição da “Semana Aberta” nas freguesias rurais do concelho, que, desta feita, decorre na freguesia de Beringel, com várias iniciativas lúdicas, culturais e sociais. A iniciativa visa “uma aproximação cada vez mais efetiva” entre o executivo e os serviços da autarquia e os munícipes, explica a câmara. A exposição “Património Natural do Concelho de Beja”, na sede da Junta de Freguesia de Beringel, visitas do executivo a empresas e atendimento a munícipes, conferências, uma sessão sobre os valores naturais da freguesia e uma visita guiada ao património religioso da vila foram as opções da autarquia.
ODEMIRA SEMANA GASTRONÓMICA COM PRATOS À BASE DE CAVALA Pratos de cavala alimada, em molho escabeche, de cebolada ou cozida com orégãos enriquecem as ementas de sete restaurantes do concelho de Odemira, durante a Semana Gastronómica da Cavala. O evento, promovido pela Câmara de Odemira, começou na segunda-feira passada e envolve restaurantes de Boavista dos Pinheiros, Cavaleiro, Odemira, Vila Nova de Milfontes e Zambujeira do Mar. O município pretende “incentivar a utilização gastronómica da cavala, um produto com enormes potencialidades no concelho”.
TERÇA-FEIRA, DIA 4 CASTRO VERDE COLISÃO ENTRE COMBOIO E TRATOR A colisão de um comboio de carga com um trator agrícola, que atravessava a linha ferroviária, provocou um morto no ramal de Neves Corvo, concelho de Castro Verde, disseram fontes dos bombeiros e da GNR. Fonte do Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Beja adiantou à Lusa, que a vítima mortal é um homem de 75 anos que conduzia o trator, tendo o corpo sido encaminhado para a morgue do hospital de Beja, para ser efetuada a autópsia. Segundo a mesma fonte, o comboio de carga transportava minério. O alerta foi recebido no CDOS de Beja e foram mobilizados para prestar socorro ao acidente quatro bombeiros da corporação de Castro Verde, apoiados por duas ambulâncias, e uma viatura médica de emergência e reanimação (VMER), de Beja.
3 perguntas a Palmira Guerreiro
Representante da Comissão de Utentes de Saúde e outros Serviços Públicos do Concelho de Serpa Como e porque surgiu a Comissão de Utentes de Saúde e Outros Serviços Públicos do Concelho de Serpa?
Se os serviços de saúde funcionassem bem no concelho, como deviam e a população tem direito, esta Comissão de Utentes de Saúde e Outros Serviços Públicos não teria razão para existir. Surge porque um grupo de cidadãos sentiu a necessidade de dar continuidade à luta da população do concelho de Serpa pelo direito à saúde, após a realização de várias iniciativas. A primeira aconteceu o ano passado, organizada pelos presidentes da câmara municipal, assembleia municipal e juntas de freguesia. Seguiram-se outras promovidas pela Plataforma Saúde.
Estas palmas não são para o ministro da Saúde Na passada sexta-feira, juntaram-se na praça da república de Serpa algumas centenas de pessoas em protesto contra o encerramento do serviço de urgência do Hospital de São Paulo. Uma luta que, segundo a organização, promete continuar.
Uma noite nas mais improváveis Palavras Andarilhas Pela primeira vez na sua história, as Palavras Andarilhas decorreram este fim de semana no Jardim Público de Beja. Sem dinheiro, mas com muita imaginação e muito empenho dos trabalhadores da biblioteca, Beja voltou a ter Palavras.
Neste momento, quais são as reais necessidades do concelho no que à saúde diz respeito?
É necessária a instalação em Serpa do Serviço de Urgência Básica (SUB).O não encerramento das urgências do Hospital de Serpa. A reposição dos serviços de transporte de doentes não urgentes. A continuação do Hospital de São Paulo com todas as suas valências: serviço de RX, análises, ortopedia, cardiologia, pediatria, fisioterapia, entre outras.
Os rapazes lá do fundo tocam bem que se fartam E chamam-se King Mokadi. E mostraram as suas misturadas de música folclórica com influências nas sete partidas do mundo ao público que, religiosamente, gosta e costuma frequentar o espaço cultural Oficinas, em Aljustrel.
Na passada sexta-feira aconteceu uma concentração na praça da República. Qual o balanço desta iniciativa? O que se segue?
O balanço é positivo. Juntaram-se na praça da República, em Serpa, cerca de mil pessoas para apoiar esta Comissão de Utentes da Saúde e outros Serviços Públicos. Disseram estar disponíveis para apoiar todas as iniciativas que fossem necessárias na defesa do SNS e, em especial, na defesa do Hospital de Serpa e do seu concelho. Vamos continuar a lutar para que o serviço de Urgência em Serpa continue a funcionar 24 horas por dia, e não apenas durante o dia, como defende o deputado do PSD por Beja, Mário Simões, e para que seja instalado o Serviço de Urgência Básico prometido. Vamos também lutar para que continue a existir o Hospital de São Paulo em Serpa, sendo para isso necessário que os serviços retirados nos últimos anos regressem ao hospital. A defesa da existência do transporte de doentes não urgentes e a continuação do funcionamento regular das extensões do Centro de Saúde de Serpa irão merecer também a nossa atenção. Bruna Soares
Tragam um casaquinho para o Moniz que hoje está fresco Sob um sol tórrido e temperaturas a condizer com a época, trintas e muitos, decorreu nas Piscinas Municipais de Beja mais uma etapa do programa televisivo Verão Total. A coisa até esteve animada, não fosse a confusão que se arranjou com os convites.
E esta aqui é dedicada ao Ricardo Landum que é de Cuba Foi uma verdadeira chuva de estrelas a última edição da feira de Cuba. A autarquia resolveu homenagear o cubense Ricardo Landum, verdadeira vedeta na composição de letras para cantores populares. E os seus amigos não quiseram faltar à festa.
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Vale do Poço
Aldeia recebe Feira Agropecuária Transfronteiriça entre hoje e domingo
Com um pé em Serpa e outro em Mértola
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ão pouco mais de uma centena aqueles que habitam o “coração” da serra de Serpa e Mértola. Vale do Poço é como se chama este aglomerado encaixado entre dois concelhos vizinhos, cujas ruas dispensam nomes e o recreio das crianças é o próprio empedrado público. Em pleno Parque Natural do Vale do Guadiana, Vale do Poço ainda é terra de pastores, produtores florestais, apicultores e agricultores mas esse mundo rural é uma realidade muito frágil que os eleitos querem proteger da extinção. Por isso, vai para 10 anos criaram um evento, a Feira Agropecuária Transfronteiriça, cuja próxima edição arranca hoje, sexta-feira, tentando reproduzir um pouco das vivências serranas e dar visibilidade aos recursos locais. Sendo o momento mais alto da vida da povoação, a sua preparação é feita a preceito. A uma semana da inauguração, Maria do Rosário Fernandes, de 63 anos, alinda a fachada da sua casa ornamentada com flores viçosas, estranhamente alheias aos rigores do verão. Varre com vigor, apanha esta e aquela folha, até que o pequeno pátio dianteiro mais pareça uma imaculada sala de visitas. “Moro num monte aqui perto, no concelho de Mértola, mas não resido aqui. Comprámos aqui esta casinha para um dia quando não pudermos trabalhar. Estava a dar aqui uma limpeza, porque vem aí a feira e tem de ser”, informa, comentando algumas das desvantagens de viver com um pé em Serpa e outro em Mértola. A distribuição do correio, por exemplo. “Ainda agora fui tirar o cartão de cidadão e pus a caixa postal pertencendo a Serpa mas o computador não aceitou. Tiveram que pôr lá Corte de Sines mas eu não pertenço à Corte de Sines”. De resto, nada a assinalar: “O concelho de Serpa será como o de Mértola”. O mesmo definhamento da agricultura, o mesmo envelhecimento da população, a mesma fuga dos novos. Para a sexagenária, nos dias que correm dedicam-se à lavoura “aqueles que não têm mais rumo nenhum”, salvando-se a criação de gado, alternativa que tem demonstrado alguma viabilidade. Fala-se em juventude e desperta-se a ironia dos mais velhos, oito representantes da terceira idade que se alinham em dois bancos junto à fachada de uma casa onde se lê, numa das portas, “aluga-se para feira”. Um deles trauteia “Grândola, Vila Morena”, indiferente aos visitantes, e Francisco Guerreiro Santos, de 71 anos, aponta para os companheiros matinais indicando que “é esta a juventude que temos aqui com
Encaixada entre dois concelhos e administrada por duas freguesias (São Salvador e Santana de Cambas) Vale do Poço não se rende ao desaparecimento do mundo rural, tal como o conhecemos. Continua a fazer da sua condição de terra de passagem, e de fronteira, um precioso trunfo e, hoje mesmo, abre portas à 10.ª edição da Feira Agropecuária Transfronteiriça, que se prolonga até domingo. Texto Carla Ferreira Fotos José Serrano
mais produção”. Os outros riem-se e lembram “a falta que faz um lar” na povoação, mas Francisco nem quer ouvir falar no assunto. “Deus queira que quando os meus filhos pensarem em levar-me para um lar eu morra na véspera”, sentencia, sem perder o bom humor. Prefere antes falar na feira que há de chegar dentro de dias, dos familiares que regressam, do reencontro, do convívio, dos visitantes que chegam “de muitos lados”. “Vem tudo à feira. Para mim é uma coisa boa. Toda a vida conheci feiras, e esta parece-se com as feiras antigas. É por isso que eu gosto dela. As feiras de Serpa e de Mértola também eram assim. Agora, a gente vai à feira de Serpa e só o que vê é gente junta; não dá ares a nada”. Para trás, Francisco leva 35 anos de trabalho na herdade de Vale Formoso, campo experimental
estatal inaugurado em 1930, que ainda se mantém em funções a escassos dois quilómetros da povoação, centrando agora o seu estudo na problemática da erosão dos solos. Reformado desde há um ano, mudou-se para “umas casinhas” que recuperou na aldeia onde quer “passar o resto da vida”. “Quando abro a porta e ponho os pés no alcatrão, já estou no concelho de Serpa, mas a minha casa está no concelho de Mértola”, conta, fazendo notar que “não há diferença nenhuma” entre as duas administrações. O que aliás se nota na organização da própria feira agropecuária: “Um ano organiza Mértola, outro ano faz Serpa e não temos tido razões de queixa”. Paredes meias com os bancos onde se senta a “juventude” pelas manhãs está a queijaria Sota, gerida por um dos “dois ou
três casais novos” que ainda se mantêm no coração da serra, e posto de trabalho de, pelo menos, quatro pessoas. Tocando à campainha, roubamos Fátima por instantes à sua rotina diária, entre a sala de fabrico, a câmara de cura e o balcão de atendimento. Tudo branco, impecável. Dez dos seus 29 anos têm sido passados ali, o tempo suficiente para entender qual o grande trunfo da terra. “Não nos podemos esquecer que estamos à beira de uma estrada, num local de passagem. Aquela estrada ali dá muita vida. É um sítio muito procurado pelo queijo, pela fábrica de enchidos aqui em baixo (SerpoCarnes), pelo pão de Vales Mortos. Ou seja, a pessoa quando passa não é só pelo queijo, é por isto tudo”. Entre os visitantes, gente das redondezas ou visitantes a caminho da praia fluvial da Mina de São Domingos ou do Pulo do Lobo, estão também os vizinhos espanhóis, cujo acesso está agora facilitado com a nova ponte até Paymogo. Mas antes disso, já os havia. E fiéis, garante a empresária. “Tenho clientes certos espanhóis, mesmo desde o tempo em que chegavam por aquela passagem aqui pela Corte do Pinto”. Com uma área de distribuição que vai de Beja até às serranias de Almodôvar, a queijaria Sota não vê na feira transfronteiriça uma oportunidade significativa de negócio, até porque esta é uma altura de “pouco stock”, confessa Fátima. O mesmo já não acontece com os cafés e o restaurante da terra que, mal começa o processo de montagem dos expositores, “e eles já têm trabalho, a vender almoços aos trabalhadores”. Manuel, de 42 anos, filho dos proprietários do café Ribeiro, que leva o apelido da família, confirma o reforço da afluência no verão e a melhoria do negócio nos dias de feira: “Entre julho e agosto, estão de férias os que trabalham fora, em Lisboa, no Seixal, e também fora do País, na França, Espanha, Suíça”. Quanto aos vizinhos do outro lado da fronteira, cúmplices dos tempos do contrabando, é notória a maior frequência de visitas “desde que o acesso é mais fácil e melhor. Passam sempre a beber qualquer coisa, a comer um petisco. É gente de Paymogo, Puebla [de Guzmán], Santa Bárbara [de Casa]”. As atrações turísticas são, sem dúvida, a praia f luvial próxima e aquela que é tida como a mais alta queda de água fluvial do sul de Portugal, conhecida por Pulo do Lobo. E que, por isso, lamenta Manuel, “deveria estar em melhores condições de visita, mais arranjado; teria outro movimento”.
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Luís Reis Presidente da Junta de Freguesia de Santana de Cambas
Em termos demográficos, verificam-se alterações significativas entre os dois últimos Censos, o de 2001 e o de 2011?
Atualmente, Vale do Poço tem pouco mais de 100 pessoas. Embora não de forma muito acentuada, verificou-se um decréscimo populacional desde 2001. O que significa esta circunstância de estar entre dois concelhos? É vantajoso?
Para os residentes da localidade existem aspetos positivos e menos positivos relacionados com a distribuição de correio, acessibilidades e alguns serviços que, estando a cobrir a mesma localidade, são prestados e cobrados de maneira diferente pelos dois concelhos. No que respeita à intervenção desta junta na localidade, é uma intervenção idêntica à que existe nas outras localidades de Santana de Cambas e, nalguns aspetos, partilhada com a Junta de Salvador, com a qual temos as melhores relações pessoais e institucionais. No geral, penso que há uma dinâmica diferente, uma vez que a informação e alguns apoios chegam à população por mais vias. E a proximidade com Espanha, agora que existe uma nova ponte entre o concelho de Serpa e Paymogo, é relevante?
É evidente que é sempre uma mais-valia para a região e para a população em geral, pelo que penso que a Feira Agropecuária Transfronteiriça terá este ano mais visitantes do que as edições anteriores, tal como tem acontecido com o Festival do Peixe do Rio, desde a construção da Ponte Internacional do Baixo Guadiana. Como subsiste aqui a atividade agrícola nos dias que correm e através de que setores?
Tem sido a principal fonte de rendimento deste território. Nos dias que correm, mesmo com o gigantesco esforço dos agricultores e com todas as dificuldades que o setor atravessa, é evidente que a população teve também que se virar para outras atividades. Nomeadamente a pastorícia e a pecuária, que são neste momento as atividades económicas com maior relevo. A Feira Agropecuária Transfronteiriça tem como objetivo não deixar morrer o mundo rural e as atividades que lhe são próprias. Isso tem sido conseguido?
É uma feira que já está no roteiro cultural da freguesia. Além de ponto de encontro de gerações e culturas, dá também a conhecer aos visitantes algumas atividades e produtos do mundo rural produzidos na região. As gentes de Vale do Poço e aglomerados circundantes merecem a realização deste evento porque, para além de valorizar o seu esforço diário, dá a conhecer os sabores e costumes desta terra. O pão, o mel, o queijo, os enchidos, o vinho, o artesanato, as iguarias tradicionais, a música regional, etc.
Há feira na serra Por três dias, entre hoje e domingo, 9, Vale do Poço volta a ser palco da Feira Agropecuária Transfronteiriça, um evento que já vai na décima edição e que, segundo a organização, este ano a cargo do município de Mértola, tentará “reproduzir um pouco da ambiência que se vive naquele território”, onde ainda se reúnem pastores, produtores florestais, apicultores e agricultores. Além das mostras gastronómicas, dos jogos tradicionais e das exposições de gado, a programação aposta fortemente na animação musical, reservando para as 18 e 30 horas de hoje, hora da inauguração oficial, uma “animação circulante” com os Trigo Roxo, grupo que atuará mais tarde em palco, pelas 21 e 30 horas,
antecedendo o baile popular que terá como timoneiro Silvino Campos. Amanhã, logo pelas 10 e 30 horas, debate-se “A influência da troika na nova política agrícola”, tema com especial pertinência para esta povoação que ainda se mantém fortemente ligada ao trabalho da terra. À tarde, há nova animação de rua pelos Carambolas (14 horas), uma vacada (19 horas), um espetáculo musical com Tucha (22 horas) e um baile para finalizar o serão, ao som da Banda M@is. A programação de domingo começa com um passeio de BTT, logo pelas 8 horas, cabendo ao grupo Pilha Galinhas a animação circulante, a partir das 14 horas. Pelas 19 horas é dado o apito da partida para os Jogos Transfronteiriços, seguindo-se um concerto pelo grupo Nova Aurora e, para encerrar, um baile com Tiago Catarino.
Promover a esperança contra o suicídio
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“Prevenção do suicídio no mundo: promover os fatores protetores e a esperança” é o tema de um debate que vai ter lugar no Auditório Municipal de Santiago do Cacém, no próximo dia 10, a partir das 14 e 30 horas. A iniciativa é organizada pela Sociedade Portuguesa de Suicidologia, no âmbito
das comemorações da Organização Mundial de Saúde e da Associação Internacional para a Prevenção do Suicídio, que escolheram esta temática para 2012. Um debate que pretende “contribuir para um melhor esclarecimento e prevenção dos comportamentos suicidários em Portugal”.
Atual
PS reuniu secretariado da Federação de Beja
Privatização da ANA preocupa socialistas
O
Secretariado da Federação do Baixo Alentejo do PS decidiu na passada terça-feira, em Beja, pedir uma reunião “com caráter de urgência” ao Grupo de Trabalho do Aeroporto de Beja. Os socialistas dizem temer que a privatização da ANA – Aeroportos de Portugal possa ter “implicações diretas no desenvolvimento do projeto de dinamização e promoção” da estrutura aeroportuária. As “incertezas e indefinições” que resultam do processo de privatização, bem como a interrupção das obras na A26 e IP2, “constituem uma afronta à dinâmica de desenvolvimento regional”, causando “prejuízos enormes para o Estado Português”, agravam as “condições de segurança rodoviária”, e “geram mais desemprego”, afirmam em comunicado. PUB
A direção socialista do Baixo Alentejo debruçou-se, ainda, sobre aquilo que consideram ser “ataques do Governo à escola pública”. O PS acusa a coligação PSD/CDS-PP de fazer “opções ideológicas e economicistas” com prejuízo para “a formação dos jovens” e com uma marca hostil para os professores. No dia em que se soube que, na Assembleia da República, os partidos da maioria não tinham chegado a acordo para apresentarem a proposta de Lei Autárquica, deixando, assim, cair uma das reformas mais contestadas por autarcas dos vários quadrantes políticos, Paulo Arsénio, porta-voz dos socialistas alentejanos, reafirmou a intenção de apresentarem os nomes dos candidatos a presidente de câmara dos 14 concelhos do distrito de Beja até ao fim do ano em curso.
Consenso O documento, a apresentar no dia 10, concilia pela primeira vez as várias vontades
Grupo de trabalho apresenta ao Governo soluções para o aeroporto
Voar sobre um ninho de ideias Fez-se fumo branco em torno do relatório do grupo de trabalho para o aeroporto de Beja. Mas só na próxima segunda-feira, 10 de setembro, é que as entidades envolvidas na redação do documento tornarão públicos os resultados obtidos nos três meses de trabalho em busca de soluções de viabilidade para a aerogare bejense. João Paulo Ramôa, sem levantar o véu sobre as propostas que ontem foram apresentadas ao secretário de Estado das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, refere apenas que “houve convergência entre as entidades representadas no grupo”.
O
coordenador do grupo de trabalho não esconde, no entanto, “a grande satisfação” pelo facto de “pela primeira vez, e de forma surpreendente, as diferentes entidades que estiveram ligadas ao processo conseguirem sentar-se à mesma mesa e chegar a um consenso”. À partida, prossegue o empresário bejense, “cada qual tinha as suas ideias, aparentemente inconciliáveis, mas que afinal apontavam todas para o mesmo lado”. Uma coisa é certa, refere Ramôa, “conseguimos o que até aqui nunca se tinha concretizado, um relatório que aponta estratégias de desenvolvimento para o aeroporto, um consenso alargado entre as entidades da região e essa unidade traz, com certeza, um maior envolvimento da ANA em todo este processo”. “Depois de tantas frustrações”, reconhece João Paulo Ramôa, “podemos agora afirmar que o futuro será por certo melhor do que o passado”.
O grupo de trabalho para o aeroporto de Beja reuniu representantes da ANA, da Força Aérea Portuguesa, da Ambaal, do Nerbe/Aebal, da Entidade Regional de Turismo e da Comissão de Coordenação de Desenvolvimento Regional do Alentejo. Algumas autarquias e entidades locais manifestaram publicamente o seu desacordo em relação à constituição do grupo. Como foi o caso da Câmara Municipal de Beja que, na última semana, avançou com um comunicado em que expunha os seus objetivos para o aeroporto. No curto prazo, segundo Jorge Pulido Valente, a autarquia pensa que a infraestrutura bejense deve receber indústrias aeronáuticas e que, no futuro, a aposta deverá recair nos voos comerciais de passageiros e mercadorias. E os resultados de relatório não andarão, por certo, muito longe destes objetivos. O fim da EDAB Entretanto, os acionistas da Empresa de Desenvolvimento do Aeroporto de Beja decidiram-se finalmente pela extinção da entidade construtora do aeroporto. Por fim, segundo o autarca Jorge Pulido Valente, “o Estado, enquanto principal acionista, apresentou uma proposta que, não sendo a ideal, foi aceite pelos restantes membros”. Esta proposta prevê a devolução do investimento inicial aos acionista Nerbe/Aebal e Ambaal. E dá carta-branca ao administrador liquidatário para, durante o próximo mês, pagar todas as dívidas aos credores, rescindir os contratos com os trabalhadores e preparar o relatório e orçamento de extinção da EDAB, empresa que só nos últimos 10 meses teve um prejuízo que ascende ao milhão de euros. PB
O conselho executivo da Comunidade Intermunicipal do Baixo Alentejo (Cimbal) reuniu-se recentemente com o secretário de Estado das Obras Públicas, a quem fez saber as suas preocupações a propósito da suspensão das obras do IP2 e do IP8, que considera “prejudicial para a
Comunistas contra “golpe” no setor do turismo A Direção Regional do Alentejo (DRA) do PCP manifesta, em comunicado, “a sua mais viva preocupação perante as intenções do atual Governo, expressas na proposta
região”. Em comunicado assinado pelo presidente, José Maria Pós-de-Mina, o organismo sublinha a necessidade do “prosseguimento urgente das obras, entendendo ao mesmo tempo que qualquer alteração a efetuar no âmbito do traçado deve ter em conta a opinião das autarquias respetivas”.
de lei de Alteração do Regime Jurídico das Áreas Regionais de Turismo e das Entidades Regionais de Turismo”, afirmando que se trata de “mais um golpe” no setor. Os comunistas alentejanos, que defendem a existência de uma única região
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Cimbal preocupada com suspensão de IP2 e IP8
de turismo “polinucleada para o Alentejo”, consideram que tal proposta tem como objetivo fundamental “a centralização das políticas, das decisões e dos meios do Governo central, em detrimento das estruturas e dos agentes locais”.
Caçadores ficam reduzidos a metade numa década
A época de caça abriu no passado dia 19 de agosto, mas os caçadores são cada vez menos e queixam-se de serem vítimas de perseguição pelo Serviço de Proteção da Natureza e Ambiente (Sepna) da Guarda Nacional Republicana.
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Federação Nacional de Caçadores considera “inútil, abusivo e sem base legal” o levantamento de autos de contraordenação aos caçadores que não se façam acompanhar de guias de transporte da caça abatida. Em causa está a alteração, por parte do Sepna e do Instituto de Conservação da Natureza e Floresta (ICNF), da “interpretação” do art.º 108 do decreto regulamentar da caça, sem prévia informação às estruturas representativas dos caçadores. No protesto apresentado a Daniel Campelo, secretário de Estado das Florestas e Desenvolvimento Rural, a Fencaça lamenta que esta força militarizada tenha optado pela “repressão”, descurando a “informação” dos caçadores, acusando ainda os militares de substituírem a “fiscalização que deveriam efetuar juntos dos locais de caça” por ações que “facilmente efetuam numa qualquer estrada nacional do País, onde sem esforço conseguem aumentar o número de autos”. PUB
ARQUIVO “DIÁRIO DO ALENTEJO”/ANTÓNIO MELÃO
Abriu a caça à multa Entretanto, num comunicado enviado à agência Lusa, no passado dia 28 de agosto, o Sepna/GNR refere que, “no âmbito das suas competências e na qualidade de entidade fiscalizadora, faz a sua interpretação da aplicação das normas referentes às infrações para as quais tem competência para atuar, consultando, em caso de dúvida, a entidade administrativa com competência para decidir sobre as contraordenações verificadas”. Metade dos caçadores em dez anos A época
Guias de transporte Caçadores estão sob a mira do Sepna
O “Diário do Alentejo” apurou junto de uma fonte da GNR que, até agora, aquela disposição legal era apenas utilizada em ações de fiscalização fora da época de caça, por exemplo, em soltas de perdizes ou faisões, ou batidas aos javalis, devidamente
autorizadas, de forma a evitar a caça furtiva. A mesma fonte justificava esta prática com o facto de os caçadores serem portadores de um cartão de identificação da reserva a que pertencem, o que seria suficiente para provar a origem da caça morta.
cinegética, que está agora no início, conta com 137 mil indivíduos autorizados a caçar, cerca de metade do efetivo que existia há uma década atrás. A causa para este recuo no número de caçadores, pode ser encontrada, segundo a Fencaça, nos “custos elevados” e nos “exames obrigatórios” a que os novos candidatos têm de se submeter. Como consequência do desaparecimento de caçadores a Federação Portuguesa de Caça aponta o risco de, “a breve prazo, o abandono dos campos conduzir a novo desordenamento do território”. Também os elevados custos com as licenças e a carta de caçador, os critérios e a calendarização dos exames, e o reduzido número de locais onde é possível prestar provas, são apontados por António Jacinto Amaro, presidente da Fencaça, como fatores que levam à redução do número de praticantes. AF
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Diário do Alentejo 7 setembro 2012
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Beja Dezenas de professores deslocaram-se ao IEFP
Sindicato diz que situação afeta “qualidade do ensino”
Mais professores no desemprego Setembro chegou amargo para muitos docentes. Saíram os resultados do concurso de colocação de professores nas escolas para o ano letivo 2012/2013 e muitos dos que concorreram ficaram sem colocação.
O
concurso, a nível nacional, deixou de fora mais professores face ao anterior ano letivo e na região o Sindicato de Professores da Zona Sul (SPZS) está a avaliar a situação, de modo a perceber quantos docentes não ficaram colocados. No entanto, de acordo com Mária da Fé Carvalho, do SPZS, “numa ação realizada pela Fenprof na segunda-feira, junto ao Centro de Emprego, em Beja, pôde-se constar que, em relação ao ano letivo anterior, há muitos mais professores no desemprego”. Para a sindicalista, “milhares de professores que são necessários às escolas ficaram este ano sem emprego”. “Há, inclusive, docentes com muitos anos de serviço que ficaram nesta situação”, docentes que contam com “15 anos de serviço (15 contratos) e que este ano não ficaram colocados”. Situação, esta, que, segundo o SPZS, “afeta a qualidade do ensino” e “cria maiores dificuldades à organização e ao funcionamento das escolas”. “Estas são as consequências das várias medidas implementadas pelo Governo”, considera Maria da Fé, lembrando que “Beja é um distrito que por tradição sempre teve muitos professores contratados”.
Os docentes apontam o dedo ao Governo e dizem que “está à vista o resultado das políticas economicistas”. “Esta reforma deixou milhares sem emprego”, garantem. “A diminuição de professores, a criação de mega agrupamentos, o aumento de alunos por turma, entre outras medidas, inevitavelmente contribuem para a degradação do ensino. Os professores não estavam a mais nas escolas e são, efetivamente, necessários. Estamos perante uma situação preocupante que põe em causa a qualidade do ensino em Portugal”, afirma a sindicalista. A juntar a toda esta situação são ainda de destacar “os professores que ficaram com horários reduzidos” e os que “ficaram com horários zero”. E, neste sentido, para Maria da Fé, “é preciso continuar a lutar” para que vinguem “os direitos dos profissionais e dos cidadãos” e para que se prossiga com uma “escola pública” e “de qualidade”. Na segunda-feira foram muitos os professores que se deslocaram ao Centro de Emprego de Beja para “meter os papéis” para o subsídio de desemprego. Os contratos acabaram no dia 31, com a saída dos resultados do concurso. O SPZS garante que “está a acompanhar toda esta situação” e que “têm sido muitos os pedidos de informação, bem como de ajuda que têm sido solicitados”, porque há “muita gente com anos de serviço que nunca se viu nesta situação”. Bruna Soares
Diário do Alentejo 7 setembro 2012
AGRADECIMENTO ESPECIAL A JOÃO OLIVEIRA VIA FACEBOOK
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Fogos florestais Muitos dos incêndios têm origem criminosa
Arderam 711 hectares na freguesia de Selmes em Vidigueira
Fogo sob suspeita Suspeita-se que o incêndio que deflagrou na freguesia de Selmes, Vidigueira, na madrugada de domingo para segunda-feira, pelas 2 horas e 39 minutos, tenha tido origem criminosa. A Polícia Judiciária de Faro confirmou ao “Diário do Alentejo” que está a investigar a ocorrência. PUB
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combate ao incêndio que teve início no lugar da Cabeça de Miguel, no concelho de Vidigueira, consumiu mais de 700 hectares de floresta, na sua grande maioria eucaliptal e mato. À hora do fecho desta edição, na quarta feira, os Bombeiros Voluntários da Vidigueira ainda
se encontravam no local em ação de vigilância, com uma viatura. No entanto, para dar luta ao incêndio foram necessários mais de 150 voluntários dos distritos de Beja e Évora, um pelotão do Regimento de Infantaria 3, de Beja, meia centena de veículos, e duas aeronaves ligeiras e uma pesada.
O incêndio de Vidigueira, que chegou a ter três frentes ativas, foi dado como extinto às 23 horas de segunda-feira, por Carlos Pica, 2.º comandante distrital do CDOS. A comandante dos Bombeiros da Vidigueira, Noémia Ramos, disse ao “DA” que do incêndio não há a lamentar quaisquer
danos, quer pessoais, quer em pat r i món io e d i f ic ado. Questionada acerca da possibilidade do incêndio ter tido início através de mão criminosa, a comandante recusou-se a comentar, mas o “Diário do Alentejo” confirmou junto da Polícia Judiciária de Faro que o caso está a ser investigado. AF
Vidigueira entrega manuais escolares
Diário do Alentejo 7 setembro 2012
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A Câmara de Vidigueira entrega até hoje, dia 7, manuais escolares a todos os alunos das escolas dos 1.º, 2.º e 3.º ciclos do ensino básico do concelho. Hoje, sexta-feira, pelas 18 horas, no Centro Multifacetado de Vidigueira são entregues manuais a alunos do 2.º e 3.º ciclos.
Encontro de Teatro Amador anima Odemira Seis grupos de teatro do concelho de Odemira participam no Encontro de Teatro Amador, que vai decorrer entre os dias 15 e 30 deste mês, no Cineteatro Camacho Costa e no jardim Sousa Prado, naquela vila do litoral alentejano. O encontro, no âmbito da iniciativa ‘Odemira Cultural’, arranca com a ‘Comédia à La Fontes’ (dia 15), pelo Teatro Rústico, de Vila Nova de Milfontes.
Foram detetados 22 casos nos últimos dois meses
Pneumonia em Vila Nova de São Bento Vinte e dois casos de pneumonia foram diagnosticados nos últimos dois meses na freguesia de Vila Nova de São Bento, em Serpa, a maioria em julho, um número considerado “anormal” pela autoridade local de saúde.
“O
pico maior deu-se em julho”, quando foram diagnosticadas 16 pneumonias, disse terça-feira à Agência Lusa a delegada de Saúde de Beja, Felicidade Ortega. Segundo a também coordenadora da Unidade de Saúde Pública de Beja, “houve uma diminuição clara do número de casos em agosto”, quando foram diagnosticadas seis pneumonias, as duas últimas na passada sexta-feira. Não se trata de “um surto de pneumonia”,
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mas “pode-se falar de um número exagerado e anormal de casos e maior do que o esperado para uma população tão pequena e em pleno verão”, explicou. “Não existe uma característica própria” entre os doentes - de várias idades e de ambos os sexos, a maioria tratada sem internamento e “é natural” que os casos diagnosticados tenham tido origem em “vários micro-organismos”, disse. Segundo a médica, “dificilmente” se ficará a saber qual o agente na origem da maioria dos casos, já que, na altura dos diagnósticos, não foram feitas as análises necessárias, porque “não é habitual” serem feitas. “A pessoa tem uma infeção respiratória, é tratada e, muitas vezes, não sabemos o agente” que provoca a doença e, para obter essa informação, “é preciso pesquisar”, explicou.
A Unidade de Saúde Pública de Beja foi alertada para o número “exagerado” de casos no início de agosto e, desde então, começou “a procurar vários agentes” causadores. “A partir de agora, vai haver uma atenção redobrada com todos os casos que vierem a ser diagnosticados” e “irão ser pesquisados os micro-organismos”, disse, rejeitando “alarmismos”. Questionada sobre a hipótese de os casos poderem ter tido origem na água da rede pública, Felicidade Ortega disse que foram feitas análises e os resultados indicam que “está em condições perfeitas de se consumir”. No entanto, explicou, “como é normal, nas redes de água existem bactérias, que se multiplicam quando se registam temperaturas entre 20 e 40 graus, as adequadas ao seu crescimento”. “Para quem não tem problemas de saúde,
não haverá grandes problemas”, mas as bactérias podem provocar pneumonia se forem inaladas por um imunodeprimido ou um doente crónico, explicou. Em comunicado, a Câmara de Serpa confirmou que os resultados das análises à água “não comprometem o consumo” e aconselha à população três medidas preventivas, recomendadas pela autoridade de Saúde. Fazer a purga semanal da rede de água de casa e de equipamentos, como o esquentador e depósitos, abrindo válvulas e torneiras por 10 minutos para garantir a circulação da água e evitar a sua estagnação é uma das medidas. As outras são rejeitar diariamente ou em cada utilização a primeira água dos chuveiros, por um período não inferior a dois minutos, e proceder, mensalmente, à submersão dos chuveiros em lixívia, pelo menos por 24 horas.
A Beteca de Beja anunciou na sua página de Facebook que a fanzine “Venham + 5” n.º 8 da Bedeteca de Beja foi premiada na categoria de Melhor Publicação Independente pelos X Troféus Central Comics. É caso para dizer: a BD em Beja soma e segue.
Gala equestre em Serpa Música, batismo a cavalo, atividades equestres, circuitos de charrete, romaria ao campo, stands e tasquinhas vão animar a segunda Gala Ibérica Equestre, que vai decorrer entre os próximos dias 14 e 16 no centro histórico de Serpa. O evento, promovido pela Câmara de Serpa, inclui também, no dia 15, o lançamento do 1.º Concurso Ibérico de Modelo e Andamentos da Raça Lusitana, com desfile e apresentação de criadores de Puro-sangue Lusitano do distrito de Beja. As atuações dos fadistas Fernanda Oliveira e Manuel Martins (dia 14) e do grupo “Sonido Andaluz” (dia 15) vão marcar a banda sonora do evento, que inclui ainda a Gala Ibérica, na noite de dia 15. PUB
Postos de trabalho 688 pessoas trabalham na mina
68 mil toneladas de concentrado de cobre
Quase 80 milhões em Aljustrel
O
grupo I’M Minning já investiu 78,7 milhões de euros e produziu quase 68 mil toneladas de concentrado de cobre desde 2010 nas minas alentejanas de Aljustrel, onde trabalham 688 pessoas. O anunciou foi feito por Humberto Costa Leite, presidente da concessionária das minas de Aljustrel, a Almina, detida a 100 por cento pelo grupo I’M Minning, durante uma visita do ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira, ao complexo mineiro. Segundo Humberto Costa Leite, desde 2010 e até final de julho, o grupo I’M Minning já investiu 78 milhões e 778 mil euros nas minas de Aljustrel, dos quais 74 milhões e 513 mil euros foram investidos através de um projeto cofinanciado pelo Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN). Do investimento total de 129 milhões e 783 mil euros contratado no âmbito do projeto, o I’M Minning já investiu 59 milhões e 544 mil euros através da Almina e 14 milhões e 969 mil euros através da Empresa de Perfuração e Desenvolvimento Mineiro (EPDM), também detida a 100 por cento pelo grupo. Do total de 39 milhões e 70 mil euros de incentivos previstos no âmbito do investimento total do projeto, o grupo já recebeu 26 milhões e 971 mil euros relativos ao investimento já executado. Fora do projeto financiado pelo QREN, o grupo investiu mais 4 milhões e 265 mil euros, tendo sido 3 milhões e 865 mil euros através da Almina e 400 mil euros através da EPDM.
De acordo com Humberto Costa Leite, desde 2010 e até final de julho foram extraídas 1.334.776 toneladas de minério e produzidas 67.940 toneladas de concentrado de cobre, num volume de vendas de 82 milhões e 915 mil euros. No âmbito do projeto apoiado pelo QREN, precisou, o grupo tinha contratado a criação de 295 postos de trabalho nas minas de Aljustrel, 150 na Almina e 145 na EPDM, mas já criou 470 postos de trabalho, 284 na Almina e 186 na EPDM. Além dos 470 postos de trabalho criados, nas minas de Aljustrel trabalham mais 218 pessoas, entre prestadores de serviços e subcontratados, num total de 688 trabalhadores, disse. Desde o início deste ano e até final de julho, já foram criados 76 postos de trabalho nas minas de Aljustrel, número que poderá ultrapassar os 100 até ao final deste ano, com a entrada em funcionamento em pleno do jazigo do Moinho, disse Humberto Costa Leite. Na concessão do complexo mineiro de Aljustrel, já estão em exploração os jazigos de Feitais e do Moinho, dos quais a Almina prevê extrair cobre, zinco, chumbo e prata. Também no âmbito da concessão de Aljustrel, a Almina, num consórcio com a EPDM, pretende arrancar com os trabalhos de prospeção do depósito de Gavião entre o fim de setembro e o início de outubro e fazer um estudo de viabilidade económica do jazigo, com o objetivo de vir a explorar, em princípio, cobre e zinco, estimou Humberto Costa Leite.
11 Diário do Alentejo 7 setembro 2012
“Venham + 5” da Bedeteca de Beja premiada
Diário do Alentejo 7 setembro 2012
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Perfil
Cozinheiro do mundo, nasceu em Moçambique mas aprendeu o cheiro dos coentros em Beja
O petisco está Pronto! João Pronto é um promissor chefe de cozinha, nascido em Moçambique, mas criado em Beja. Já trabalhou com chefes de grandes hotéis e restaurantes, ao lado dos quais adquiriu o saber e a maturidade imprescindíveis na arte de seduzir os paladares. Nas ervas aromáticas com que perfuma os seus pratos está um pouco do Alentejo onde cresceu. Texto Alberto Franco
A
sua primeira fineza culinária foi a meias com a avó. “Julgo que teria uns 10 anos. Estava a ver a minha avó preparar um cozido de grão, um prato que ela fazia especialmente bem. Preparou os ingredientes, pôs o grão na panela de pressão, mas a certa altura teve que sair. Então disse-me: ‘ficas aqui e quando a panela apitar desligas’. Assim fiz. No fim do almoço, estava todo contente porque o cozido tinha saído bem.”
À data deste ingénuo “cozinhado”, João Pronto estava longe de imaginar que o seu futuro passaria pelo mundo dos tachos. “Sempre gostei de rondar pela cozinha lá de casa, para ver o que se fazia. A minha avó tinha imenso jeito, foi cozinheira em casas particulares, e a minha mãe chegou a trabalhar num restaurante. Mas confesso que não me passava pela cabeça vir a ser cozinheiro”. João Pronto, 42 anos, nasceu em Moçambique. Após a descolonização, a família regressou a Portugal, tendo-se fixado em Beja, em 1979. “Os meus bisavôs, pelo lado paterno, eram de Ourique. Além disso, tinha um tio que vivia em Beja”, explica. Estudou, trabalhou na construção e numa oficina de móveis, até que decidiu apostar numa área diferente. “Em 2000, inscrevi-me num curso de cozinha na delegação do Centro de Formação Profissional do Setor Alimentar, em Loulé”. O curso abriu-lhe novas perspetivas. Foram nove meses de aulas e três de estágio, no Hotel Le Méridien Penina, durante os quais apreendeu os conhecimentos básicos da profissão de cozinheiro. Por fora, procurava saber mais sobre gastronomia e alta cozinha, lendo muito ou assistindo a programas televisivos. “Após o estágio, trabalhei mais dois meses no Méridien, com o chefe Bernard Lussiana. Depois, juntamente com um colega, fui abrir o restaurante do Aparthotel Bay Side, na Galé. Estive lá sete meses, mas a minha mulher estava a estudar em Lisboa e eu sentia-me um pouco cansado de andar para cima e para baixo. Por isso decidi mudar-me para Lisboa. Tive sorte, pois ao fim de dois dias comecei a trabalhar no Hotel Lisboa Plaza, onde estive algum tempo.” A alta cozinha espanhola, do célebre Ferran Adrià, de Andoni Aduriz e outros, é a preferida de João Pronto. Como ta l, quando lhe surgiu a oportunidade de estagiar em Barcelona não pensou duas vezes.
“Lançaram-me o desafio de abrir em Cascais uma casa de tapas do grupo espanhol Lizarran e para isso fiz um estágio em Barcelona.” Na cidade catalã especializou-se na confeção de saborosas tapas e continuou a aprofundar os seus conhecimentos. “Regressei a Portugal e chefiei a cozinha do Lizarran de Cascais durante oito meses.” Um internamento de dois meses, por doença, levou-o sair e a experimentar novos locais de trabalho. Passou pelos restaurantes Eleven, Terreiro do Paço e pela Tasca da Esquina, pelo Hotel Tivoli e pelo Hotel da Estrela, nos quais trabalhou com os conhecidos chefes Joachim Koerper, Vítor Sobral e Luís Baena. “Com os chefes aprendi não apenas a técnica, mas também a estar numa cozinha. O chefe Joachim Koerper ensinou-me a precisão, o tempo das coisas, que é muito importante na cozinha. O Vítor Sobral mostrou-me como se trabalham e combinam sabores de diferentes origens. Com o Luís Baena aprendi, entre outras coisas, algumas noções sobre a cozinha molecular em que ele é especialista. Por fim, com todos eles, aprendi a ser paciente, eu que era extremamente nervoso.” O Alentejo está presente na cozinha de João Pronto, através das ervas aromáticas. “Coentros, poejos, hortelã da ribeira, procuro utilizar tudo nisso nos meus cozinhados”, diz. Quanto a inf luências, elege os nomes de Vítor Sobral e do espanhol Andoni Aduriz. Na sua opinião, “o futuro da cozinha passa pela simplicidade, embora as técnicas possam ser complicadas. Vão aparecer mais casas de petiscos e bares que oferecem petiscos de qualidade a preços acessíveis, os chamados gastrobares.” Desde abril que João Pronto é chefe de cozinha do restaurante 2 à Esquina. “Foi outro desafio que me lançaram, desta vez para fazer cozinha tradicional portuguesa. O 2 à Esquina serve refeições e petiscos como ovos de tomatada, passarinhos fritos, fígados de cebolada, caracoletas assadas, burras de porco estufadas, pataniscas, secretos de coentrada.” Porém, o cozinheiro só se sentirá realizado no dia em que abrir o seu próprio restaurante, para realizar os pratos que idealiza. “É o meu grande sonho, que espero concretizar um dia. E de preferência no Alentejo, embora tenha consciência das dificuldades que se colocam.” Até lá, João Pronto vai dando o seu melhor noutros fogões, homenageando o Alentejo através das ervas com que perfuma cada prato.
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É muito boa a iniciativa da Câmara Municipal de Beja de descentralizar, por uma semana, o executivo e os serviços para as freguesias rurais. Esta semana andam por BERINGEL. E é lá que a vereação despacha, é lá que os eleitos tomam conhecimento da realidade local, é lá que os técnicos tentam resolver os pequenos (grandes) problemas de todos os dias. O ofício da política é esse mesmo: estar por perto daqueles a quem a política é dirigida. PB
13 Diário do Alentejo 7 setembro 2012
Hoje o programa da RTP, Canal 1, foi direto de Évora. Foi bonita a entrevista que, durante a manhã, o Sr. Presidente da Câmara deu. Foi só vender banha-da-cobra, pois ele só fala na Embraer, aquela fábrica que está em pleno funcionamento e farta de enviar asas de aviões para o Brasil. (…)Tenham vergonha com aquilo que dizem que até envergonham alguns Cidadãos. Manoelinho, http://maisevora.blogspot. pt/, 4 de setembro de 2012
Opinião
O envelhecimento da sociedade portuguesa Beja Santos Defesa do consumidor
O
Envelhecimento da Sociedade Portuguesa, por Maria João Valente Rosa (Fundação Francisco Manuel dos Santos, 2012), é um ensaio em que esta conhecida demógrafa se questiona acerca das razões que conduziram à singularidade em que nos encontramos, em que nos explica a incapacidade da sociedade, até ao presente, em adaptar com rapidez as suas estruturas sociais e mentais à evolução dos factos; e, por último, propõe um rumo alternativo de organização social em perfeita sintonia com as realidades sociodemográficas da sociedade portuguesa. A autora parte de uma constatação que muita gente pretende iludir: “Em 1980 Portugal apresentava uma população menos envelhecida do que a maioria dos atuais países da UE 27. Hoje, é um dos países mais envelhecidos do espaço europeu, e como tal, do mundo”. O que lança desafios terríveis ao sistema educativo, às políticas sociais, à solidariedade entre as gerações. No tocante aos conceitos do envelhecimento, explica o que distingue o envelhecimento individual do coletivo. No primeiro, as situações de envelhecimento cronológico e envelhecimento biopsicológico e, no segundo, trata as noções de envelhecimento demográfico e envelhecimento da sociedade. Enquanto o envelhecimento cronológico se reporta exclusivamente à idade, o envelhecimento biopsicológico, sendo um reflexo do envelhecimento cronológico, é menos linear do que este, é vivido por cada um de nós de modo diferente. É nesta dimensão do envelhecimento biopsicológico que se pode apurar o nível do desalento ou de frustração daqueles que enfileiram na visão negativa da falta de préstimo de que são alvo os seniores e há igualmente uma posição mais positiva onde se enquadra o chamado envelhecimento ativo. O envelhecimento demográfico obedece a fronteiras impostas pelas principais fases do ciclo de vida, os indivíduos com 65 ou mais anos aparecem como os idosos, os reformados, a terceira idade, assim se chega à percentagem de idosos, atualmente perto dos 20 por cento em Portugal. O envelhecimento da sociedade aparece em articulação com o envelhecimento demográfico mas tem a ver com as atitudes mentais e culturais em que uma faixa da sociedade pode dar sinais de depressão ou sentir-se ameaçada. Para enquadrar este envelhecimento demográfico é preciso encarar a verdade dos números. Entre 1960 e a atualidade, o número de jovens diminuiu um milhão e o número de idosos aumentou 1,3 milhões. No momento presente, o grupo “65 e mais anos” contém mais pessoas que o grupo dos jovens, situação que aconteceu pela primeira vez, na história de Portugal, no ano de 2000. Como explicar este fenómeno do envelhecimento demográfico? Por duas causas: a redução da mortalidade e a redução da fecundidade. O envelhecimento demográfico é acompanhado de receios: de perda de saúde, do aumento das doenças crónicas ou degenerativas, acréscimo das dificuldades de mobilidade, de visão e audição, como se espalha a solidão e o isolamento familiar, há o medo da pobreza, de que a pensão ou rendimento não cubram as necessidades básicas e os cuidados de saúde. Este envelhecimento demográfico carateriza-se pela estagnação da população, pela não renovação das gerações, pela diminuição da produtividade e pela permanente ameaça à sustentabilidade financeira da Segurança Social. A Segurança Social está confrontada com o constante agravamento devido às despesas com as pensões de velhice ou reforma, e a autora recorda dados incómodos, que mostram a impressionante evolução do número de pensionistas: “De cerca de 56 mil, em 1960 (e de 187 mil, em 1970), passa-se para um milhão, em 1976, e para dois milhões,
em 1987. Atualmente, o número de pensionistas já está muito próximo dos três milhões de indivíduos, valor que atinge os três milhões e meio se acrescentarmos os pensionistas da Caixa Geral de Aposentações. Em contrapartida, o número de ativos (empregados e desempregados) não está a aumentar na mesma proporção: passou de quatro milhões, 1976, para pouco mais de cinco milhões e meio, em 2010”. Depois, a autora espraia-se em considerações sobre o seu entendimento de uma sociedade mais inteligente que entronca numa proposta de modelo de vida que abrange as três fases do ciclo de vida (formação, produção e lazer/descanso). Trata-se de uma proposta com uma revisão mais radical do ciclo de vida em que a autora avança com quatro grandes períodos: a fase de formação de base; a fase de carreira principal, a fase de transição para a segunda carreira; e a fase de segunda carreira. Isto significaria que a produção poderia envolver várias carreiras, atividades, profissões ou vários tipos de trabalho ou tarefas. Teríamos então várias fases sequenciais: produção em estágio profissional; produção numa carreira principal; produção numa segunda carreira; uma fase com atividades de utilidade social. Levar à prática a construção desta sociedade mais inteligente seria também derrubar vários tabus e criar novas mentalidades. Por exemplo, observa a autora, Portugal é um país de trabalhadores por conta de outrem, o grau de empreendedorismo é muitíssimo baixo. Em termos de conclusão, o envelhecimento está a ganhar visibilidade e nunca a população em idade ativa apresentou sinais tão visíveis de envelhecimento. Há uma história de sucesso deste envelhecimento populacional mas as apreensões são enormes: o que será no futuro a nossa identidade cultural; estamos presos a modelos disfuncionais e não sabemos sair deles, há como que uma impotência coletiva para obstar ao desperdício real que se verifica em termos de capital humano, por exemplo. Para a autora é preciso avançar para novos conceitos em que a multiplicação de carreiras obrigue a um reforço da formação ao longo da vida, requisito fulcral para que o futuro da sociedade garanta pessoas de todas as idades mais felizes e produtivas.
Homens do lixo Luís Covas Lima Bancário
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empre admirei os homens do lixo. O trabalho árduo que nem todos querem é feito por homens e mulheres que existem. Não abdicam de uma postura e comportamento que os dignifica. Sempre que o seu turno começa, não desistem, e lutam por uma causa maior. Andam a pé, correm, transpiram e fazem como ninguém a desparasitação daquilo que nos “empesta”. Estes homens, os homens do lixo, são abnegados e persistentes na sua função. O sacrifício não os demove. É a sua obra. Trabalham habitualmente quando todos os outros dormem. À margem, os tais que dormem, já não dormem, usufruem do descanso possível. Têm cada vez menos sonhos, cada vez mais pesadelos e muitas insónias. As preocupações são o novo paradigma desta sociedade, incomodam, chateiam e são persistentes. Uma (in)consciência que se revolta, e que insiste em nos perturbar, seja acordado ou a dormir. Na brisa da noite, seja por cansaço físico ou mental, as horas do descanso são violadas por flashs ou episódios que não queremos recordar. Custa agora adormecer mais do que nunca. Voltando ao tema desta crónica, os homens do lixo, aqueles que são gente como nós, têm família, dificuldades e também choram. Valorizam as pequenas coisas como ninguém, porque aprenderam à sua própria custa que aquilo que muitos consideram pequeno, também pode ser generoso. De pequenas coisas e
de pequenos gestos se faz a diferença. É esse hiato que a todos nos distingue. Os homens do lixo limpam, reciclam e encaminham para quem precisa tudo aquilo que os outros deitam fora. Aquilo que uns acham supérfluo, para outros serve para suprir carências de uma vida cada vez mais adversa e ingrata, nem sempre entendida e muitas vezes humilhada e até devastada. Na minha terra, em qualquer bairro, rua ou lugar, a sua assinatura é firme. O compromisso não engana. São os homens do lixo!
O pessoal de Beja Luís Godinho Jornalista
B
em sei que o pessoal de Beja diz que em Évora é que é, que a cidade é levada nas “palminhas” por sucessivos governos do PS e do PSD e que por mérito de uma gestão autárquica empreendedora por aqui não faltam equipamentos, infraestruturas, enfim, o que de melhor se pode ter numa cidade do interior. Lamento desiludi-los. As nossas piscinas municipais, por exemplo, foram inauguradas por um ministro de Salazar, Arantes de Oliveira. Completaram 48 anos no passado dia 5 de setembro e acusam os problemas da idade. Estádio municipal não temos nenhum. Foi-nos prometido pela atual gestão socialista um estádio grandioso com meios de TV e tudo para animar a malta aos fins de semana. Já passaram 13 anos e outros 13 poderão passar sem relvado, nem pista de atletismo e, pelos vistos, até sem clubes de futebol (o histórico Lusitano encostou as chuteiras). Bom, argumentará o pessoal de Beja, mas é uma cidade de cultura! Olhem que já foi mais, não pensem que temos por aqui um Pax Julia ao virar de cada esquina. Aliás, não temos nenhum. Na véspera das últimas eleições autárquicas foi criada uma empresa municipal para recuperar o Salão Central Eborense, majestoso edifício do centro histórico. A empresa já fechou e o edifício lá se encontra entregue à ruína e ao abandono. No Teatro Garcia de Resende, o Centro Dramático de Évora continua a mexer, com dificuldades cada vez maiores, mas por estas bandas não há uma única sala de cinema. As duas que existiam acabaram em 2009 quando o Centro Comercial Eborim fechou à pressa para ali ser instalado o comando da PSP. Resultado: nem cinema, nem novo edifício de polícia. Nem piscinas, nem estádio, nem sala de espetáculos, nem cinema, nem edifício de polícia. Falemos então de urbanismo. Pensará o pessoal de Beja que por aqui haverá um parque de feiras e exposições assim à semelhança daquele onde se realiza a Ovibeja ou, talvez, um pouco maior? Estão enganados, como é obvio. A promessa de o construir já tem barbas e a autarquia chegou a anunciar negociações com proprietários para aquisição dos terrenos onde seria construída a nova infraestrutura. Foi em 2003. Não existindo maior calamidade do que o descontentamento – como se aprende num dos mais antigos livros chineses, Tao Te Ching (O Livro do Caminho e da Sua Virtude) – evito a calamidade de aumentar a lista de promessas não cumpridas neste cantinho da Terra. O que nos vale é a situação geográfica – com uma autoestrada à porta por estarmos no caminho entre Lisboa e Madrid – a classificação como Património Mundial (com a devida vénia ao então presidente Abílio Fernandes), o património propriamente dito, embora cada vez mais desprezado, e a reabertura da Universidade em 1973 por decreto de Veiga Simão. É o que nos tem valido. Por muito que o pessoal de Beja pense o contrário.
Diário do Alentejo 7 setembro 2012
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Esta semana, mais de um milão de euros para lá do que era necessário, foi decidida a extinção da EMPRESA DO AEROPORTO DE BEJA. E as respetivas compensações aos acionistas minoritários e aos trabalhadores da empresa que construiu o aeroporto. Na segunda-feira terá voz o grupo de trabalho que, nos últimos três meses, andou a pensar sobre o aeroporto. Vamos a ver se desta é que é mesmo de vez. PB
O apoio e investimento ao turismo por parte do poder local da cidade de Beja é tão pouco (não digo nenhum porque a Câmara investiu na vinda do programa Verão Total da RTP 1, nas piscinas municipais), que nestes 3 programas de turismo: Escapadela a dois, Férias em Família e Seniores Ativos, do Turismo do Alentejo, aparecem 17, 21 e 19 localidades, respetivamente, e nenhuma é a cidade de Beja. http://maisbeja.blogs.sapo.pt/, 3 de setembro de 2012
Muito se tem falado em consensos entre os partidos da chamada troika, PS, PSD e CDS, dois no governo e o outro que negociou, aprovou e assinou o memorando que arrasta o país para a desgraça. Ouvindo esta insistência, recordei-me de uma frase de Tony Judt, no seu «Um tratado sobre os nossos atuais descontentamentos», publicado em 2010, uma análise à crise que começou em 2008: «Uma democracia de consensos permanentes, não continuará a ser democracia por muito tempo». Rafael Rodrigues, http://rentearelva.blogspot.pt/, 4 de setembro de 2012
Poemário Um país para ter fartura
Deixaram a minha terra (Anos 50, 60)
Manel Martins Nobre
Francisco José Parreira
Um país para ter cultura E o seu povo não viver mal Tem que ter agricultura E um bom setor industrial
I Partiram primeiro os aventureiros Porque a miséria não domina dores Saindo depois destes cativeiros Outras famílias levando rancores.
I O país que aproveitar Os seus recursos naturais Pode sempre crescer mais Sem o país se endividar A nossa vida pode melhorar Com economia sã e pura Sem cair na aventura De um dia andar para trás É com um governo capaz Um país para ter fartura
II Esquecendo rostos de tristes coveiros Das almas que foram de lindos amores No gérmen da terra deixaram canteiros Brotando craveiros tão rubros nas cores.
II Os países que têm mar As pescas são uma riqueza Para ter comida na mesa E não ter que a importar Os pescadores vão pescar Ganham a sua vida normal Com o seu esforço natural Levam o barco para a frente Dão trabalho a muita gente E o seu povo não vive mal
O vento a zumbir na palmeira do quintal A chuva a bater na vidraça da janela Parecia uma melodia Os pardais a chilrearem à procura de guarida Faziam com que a música Fosse mais bonita ainda Estava triste e cinzento o dia Mas o vento, com a sua teimosia Fazia bailar tudo ao som da melodia
III Não temos que ser doutores Para ter-mos esta visão Só pode haver produção Onde há bons produtores Só com bons agricultores Temos economia segura Numa sociedade futura Sermos nós a produzir O que vamos consumir Tem que ter agricultura IV Nós sabemos que é riqueza A terra o mar e a sabedoria A inteligência e que cria Um mundo de amor e beleza Todos temos a certeza Onde não há forças do mal Temos o que é essencial Para um país desenvolvido Com o seu povo instruído E um bom setor industrial
III Calados no cais antes da partida Emigrantes nomes de muitos casais Passaram no Tejo mudanças de vida. IV Chegando por grupos como nos corais Perante aquela terra prometida Saudades de gentes que foram rurais.
O vento Feliciana
Sob a Luz da Lua Rita Nascimento
Sob a luz da Lua, Caminho sem querer… Seguindo as pegadas Do meu renascer. Caminhos estreitos, Escuros? Talvez. Retiros escondidos Sublime timidez. Procurando cada passo deixado Para trás, mergulho inconsciente No íntimo da paz. Parada no tempo, caminho sem chão Olho o futuro e o passado em vão. Estrelas que brilham, luar desigual; Na noite esquecida, na noite animal. Quebro o silêncio, Gritando sem voz, Pelo rio da vida, Pelo tempo atroz.
Agarro as pegadas, Guardo-as para mim. Recordações magoadas, Neste rio que não tem fim. Parada no tempo e olhando o céu, Procuro o caminho, oculto num véu. Estrelas que brilham, luar desigual, Renasço das cinzas; renasci igual! (Igual a ti, igual a todos; Nadando no rio De uma vida de lodos!)
Há 50 anos São devidos a culpa própria os males da Lavoura
E
xcertos do artigo “O êxodo dos rurais”, de Caetano Mestre, na primeira página do “Diário do Alentejo” de 7 de Setembro de 1962, sobre os problemas da agricultura dessa época: “De uma maneira geral não somos muito atreitos a auscultar os problemas na altura própria e com sentido de oportunidade. Preferimos deixar correr o marfim e quando vemos o caso perdido levamos as mãos á cabeça como um macaco, gritando ‘aqui d’el rei’! A maior parte das vezes é tarde de mais! Há quantos anos vem a verificar-se o êxodo de trabalhadores rurais para os grandes centros, especialmente para Lisboa e arredores, onde a construção civil tem absorvido todos os braços que a procuram, assegurando-lhes trabalho certo e melhor remunerado? Que se tem feito para evitar esse êxodo? Alguém mexeu uma palha até agora, no sentido de evitar um mal que num futuro próximo poderá trazer sérias apreensões? Verificamos o facto e encolhemos os ombros, fingindo ignorar as consequências que daí possam advir. (...) O retorno desses trabalhadores, quando se tornar necessário, não constituirá grande óbice, pois estes não poderão sentir-se felizes nas condições em que vivem. Bastará que lhes possam garantir condições de trabalho semelhantes e o seu regresso estará assegurado. Perguntar-se-á, assim, como poderão garantir essas melhores condições de trabalho, se a Lavoura vive praticamente em regime deficitário! Esse é outro aspecto do problema. Eu pelo menos tenho a convicção que os males da Lavoura são mais devidos a culpa própria que a factores estranhos. No dia em que ela se resolva a organizar e tomar consciência do seu valor e força muitos dos problemas com que se debate resolver-se-ão por si. (...) Em todos os países pequenos que dispõem duma agricultura evoluída, a razão da sua prosperidade reside, essencialmente, no poder associativo das suas empresas cooperativas, que actuando com o maior sentido de unidade e coordenação, não raro se ultrapassam e excedem, criando actividades secundárias, puramente industriais, para transformação dos seus produtos, pondo-se assim a coberto de interveniências estranhas e atingindo uma posição de auto-independência que, doutro processo, não lograriam alcançar. Entre nós, atenta a mesma necessidade associativa, deram á Lavoura uma organização quase oficial – que só não é perfeita por culpa da classe! – e há mais de uma dezena de anos que lhe vêm mostrando a conveniência das Cooperativas Agrícolas, mas a Lavoura vestiu-se de mártir, preferindo carpir mágoas a servir-se dos instrumentos de associação que, obstinadamente, prefere sustentar a utilizar!”. Carlos Lopes Pereira
Esta semana tem sido um verdadeiro corrupio às portas do Centro de Emprego de Beja. Centenas de PROFESSORES CONTRATADOS que não tiveram colocação no concurso nacional foram obrigados a dobrar-se perante a infâmia do desemprego. Muitos deles estão na profissão há mais de 20 anos. Resta saber quanto custará este despedimento coletivo aos cofres do Estado. E quais as ondas de choque que daqui advirão. PB
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Não, não aumentou nem se prevê que aumente o tráfego aéreo no nosso querido aeroporto. Porém, este mês será recheado de boas notícias ali para as bandas de S. Brissos. A EDAB extingue-se até final do mês. Também nas próximas horas serão conhecidas as recomendações do Grupo de Trabalho criado pelo Governo . Podemos, portanto, dizer que o futuro do aeroporto de Beja começa agora mesmo. Urra! João Espinho, http://www.pracadarepublicaembeja.net/, 4 de setembro de 2012
O medo é a forma de controlo social e individual mais instalada, disseminada, usada no planeta. Tolhe-nos os movimentos, quebra-nos o pensamento, limita-nos a liberdade. Medo de quê? Pode ser da CRISE, da DOENÇA, do TERRORISMO, ou de outra coisa qualquer. Se houver medo, as pessoas estarão controladas. Um centro de sondagens tentou apurar, a pedido do National Geographic Channel, de que é que as pessoas têm mais medo. Os resultados confirmam que “está tudo sob controlo”. As pessoas têm de facto medo daquilo com que big brothers de hoje as assustam. (Como big brothers leia-se os sistemas de domínio e controlo vigentes). Aqui no Alentejo deve poder escrever-se num qualquer paredão “libertemo-nos porra”! Dores Correia, http://acincotons.blogspot.pt/, 4 de setembro de 2012
Cartas ao diretor Esta cidade que eu amo José Dias Horta Beja
Conheci um comandante militar que ao iniciar uma revista ao quartel preveniu o oficial de dia que não lhe interessava ver as coisas que estavam bem, mas apenas as que estavam mal. Dizia ele que, o que estava bem, estava bem e o que estava mal podia remediar-se. Se o leitor achar que só falo do que está mal, responder-lhe-ei com a sabedoria do velho comandante militar. Quem do polémico aeroporto descolasse e subindo, subindo, sob as nuvens parasse, avistaria a planície imensa, agora em setembro, forrada pelos restolhos amarelecidos, pelo acastanhado dos pousios nus, ou ainda pelo prateado dos olivais No meio a cidade, de cambiantes grenats e brancos onde vão desembocar vários traços negros que não são, senão, os caminhos vindos da periferia. No seu interior recortada por ruas, becos e travessas, sobram estranhas figuras geométricas que a objetiva do João Espinho excelentemente captou. Mas a cidade que eu amo é uma cidade de contradições. Aquilo que lá do alto parece, cá em baixo adormecido e em profunda letargia, é tão só a f luidez dum trânsito intenso, e a alta velocidade a que se desenrola nas ruas largas e de bom pavimento dos Falcões e Mira Serra. Locais não aconselhados a pessoas com dificuldades de locomoção, pois aqui o excelentíssimo automobilista, ou atropela ou descompõe o desprotegido peão. Caminhamos, agora, no pedonal e numa rua que tem o nome dum frade de má fama. Mais meia dúzia de passos e eisnos de frente para o Mercado Municipal,
local que já foi ponto nobre da cidade, onde o dia começava mesmo que não houvesse sol, familiares e amigos marcavam encontro, bifanas se consumiam, juníperas e ginjas se bebiam e negócios se fechavam. Empurraram-nos para as abundâncias do sr. Belmiro, e outros que disputam o primeiro lugar dos homens mais ricos do país., com a promessa da recuperação do espaço. E tudo o vento levou! Parámos mais adiante, junto ao edifício mais rico e mais belo que, porventura a cidade tem. Fortaleza inexpugnável pedra, cimento e ferro. Para pombal não seria necessário tanto. Uma pequena pausa e um pequeno desvio para percorrer a rua mais fria da cidade, para trás ficou o Luís da Rocha, onde médicos e engenheiros espreitam para fora. Um bom dia aos resistentes barbeiros e na nossa frente o jardim do Bacalhau com a mesma poça de há anos e os mesmos vergonhosos sanitários Retornamos à esquina do Banco de Portugal e caminhamos para norte, sempre subindo e pelo pedonal, à nossa direita, a precisar urgentemente de obras o convento da Conceição, que já albergou 200 almas e agora é Museu Regional, onde para Borrela e a quem Mariana deve muitos obrigados, pelo rigor e pela verdade da vida da freira apaixonada. Ao fim da rua dos carros de praça, o Pax Julia limita o largo d e S. João, que mais parece uma picada armadilhada. Duas ruas velhinhas conduzem-nos à mais bela e mais bonita praça da cidade e onde foi permitido que o mau gosto do Pólis desse azo à sua imaginação. Por detrás da praça, a parte velha da cidade – ruas estreitinhas, becos e vielas – um vaso de manjericos uma barra caiada – a travessa da Condessa, a rua da Mouraria, da Guia e dos Pintores. Na minha cidade não gostam de monumentos, nem de estátuas, já devem
estar esquecidos, que durante 14 anos a juventude deste país participou numa guerra onde perderam a vida milhares de jovens entre os quais alguns desta cidade. E do monumento prometido? Nada! Que ingratidão! Contaram-me que há uma comissão de nomes sonantes para obviar tamanha lacuna, mas ao tempo que isto aconteceu, tal comissão deve ser fantasma ou de fantasia. É curto mas vai longo este roteiro, vamos terminá-lo na torre de menagem do altivo castelo, da qual Miguel Torga disse, que se avista meio Portugal.
A crise no desporto José A. Ramos Monte da Caparica
Há que reconhecer que a crise que se vive, não só afeta a vida social em todos os setores, como também tem prejudicado o desporto, principalmente o futebol. No desporto rei temos visto que, através dos anos, muitos clubes têm desistido da competição, e, pior ainda, outros têm acabado fechando suas portas. E isto em todo o País e certamente em toda a Europa porque a crise vai alastrando. Por exemplo, nos distritais de Setúbal e Beja (mais perto de nós) esta situação que altera o curso ordinário das coisas (nas nossas vidas) não pode deixar de se notar também no futebol. E não só no futebol profissional, como pasmemo-nos, no futebol amador onde tudo devia ser muito mais barato. O caso mais recente passou-se na Trafaria. Na última assembleia do clube desta localidade (clube histórico, porque há dezenas de anos disputava a I Divisão da Associação de Setúbal) os associados saíram de lá desgostosos e
chorosos porque o clube não tinha 25 mil euros para disputar mais um campeonato! Tanto dinheiro para um clube amador! Num campeonato de clubes pobres e amadores! Mas, hoje em dia, onde está o amadorismo? Vejamos, e desde há poucos anos, o número de clubes que eram, e quantos são presentemente, só nestes dois distritos e filiados nas associações: nos distritais da AFS (I e II divisões) desde a época de 1990/91, participaram até hoje nos campeonatos, 50 clubes. No próximo campeonato, 2011/12, jogarão na I divisão 16 clubes, como anteriormente, mas somente dez clubes na II Divisão, obrigando a maiores viagens, visto tão pequeno número participar numa só zona. Vemos, assim, que cerca de metade dos clubes desistiram, ou acabaram, ou foram outros para o Inatel (com tudo mais barato). Panorama semelhante, vemos nos distritais da Associação de Futebol de Beja: desde a época 1995/96 (quando as vitórias passaram a valer três pontos) já estiveram na I divisão, 34 clubes. Na II divisão, na época passada, eram 17 os clubes em duas zonas A e B (9+8). Na próxima época serão apenas 13 clubes numa só zona, obrigando os clubes desta divisão, tal como os de Setúbal, a maiores viagens, mais demoras e mais gastos. Ora se vão participar apenas 27 clubes (14+13), o que terá acontecido aos outros clubes? Realmente cada ano que passa não só temos menos cabelo, como cada vez existem menos clubes, principalmente nos distritais da II divisão de Setúbal e Beja. Que estas duas associações possam rever o que não está bem, e facilitem mais os clubes com mais problemas financeiros. Não deixem acabar as II divisões distritais! Nota: Amador quer dizer apreciador, práticas por gosto. Não profissional.
Haja saúde ambiental Desta água não beberei Projeto de educação para a saúde no âmbito do curso de Saúde Ambiental do IPBeja
ESTOU CHEIO DE SEDE, VOU PEDIR UMA ÁGUA. EU VOU BEBER ALI À FONTE. SABE MESMO BEM!
À FONTE? MAS ESTÁ LÁ UM SINAL QUE DIZ IMPRÓPRIA PARA CONSUMO!
MAS QUAL É O PROBLEMA? TODA A GENTE VAI LÁ BEBER!
Coordenação Raquel Santos e Rogério Nunes Texto Ana Machado e Stephanie Gouveia Desenho Patrícia Correia
NÃO SABIA QUE PODIA FAZER ASSIM TANTO MAL À SAÚDE!
É VERDADE JOÃO! POR ISSO É PREFERÍVEL BEBER ÁGUA DA TORNEIRA QUE É MAIS SEGURA.
Diário do Alentejo 7 setembro 2012
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Reportagem
Adega Cooperativa Uvas são entregues todos os dias até ao final do mês. Os bagos estão cheios e esperam-se vinhos de grande qualidade
Seca diminui produção na região de Vidigueira, Cuba e Alvito
Era o vinho, meu bem, era o vinho... Já se vindima no Alentejo e a festa da colheita deverá ficar nos campos até
O
dia quente não impede que homens e mulheres, apetrechados de roupa, chapéus e lenços, porque, como diz o ditado, “o que tapa o frio, tapa o calor”, saiam para o campo. Em solo alentejano já se vindima e os cachos são retirados maioritariamente pelas mãos de quem tem a tradição vincada no corpo. Por quem avança entre as entrelinhas à procura do fruto, que dará o melhor líquido, que é o mesmo que dizer o melhor vinho. Por momentos esquece-se a seca, causadora de estragos na vinha. As uvas atingiram o grau de amadurecimento indicado e é preciso levá-las para a Adega Cooperativa de Vidigueira, Cuba e Alvito, que conta com mais de 300 sócios. Obra que nasceu do sonho de vários viticultores da região. O início da atividade produtiva remonta ao ano de 1963. Viticultores que têm mantido nos seus efetivos vitícolas as melhores castas autóctones. Destaque para “Antão Vaz”, produtora de um vinho branco ímpar, e para “Alfrocheiro”, produtora de um vinho tinto muito aromático. A época de vindima está enraizada nas gentes da região e há famílias inteiras que saem para o campo. O trabalho durante a colheita aumenta e as pessoas, embora temporariamente, ganham um rendimento extra. Apesar das máquinas, que já auxiliam e substituem muitos vindimadores, nos campos ouve-se a voz de homens e mulheres, porque a tradição e o gosto, neste caso, é quem mais ordena.
ao fim do mês. A Adega Cooperativa de Vidigueira, Cuba e Alvito já está a receber uva e, este ano, espera-se uma quebra na produção, que deverá oscilar entre os 10 e os 20 por cento. A culpa é da seca. O entusiasmo, porém, é grande. Esperam-se vinhos de grande qualidade. As uvas analiticamente estão muito corretas e os bagos estão cheios. Um bom ano para os brancos e para os tintos. Texto Bruna Soares Fotos José Serrano
O sol queima. Na serra, no concelho de Vidigueira, o fogo que deflagrou não dá tréguas aos bombeiros e o fumo propaga-se. À porta da Adega Cooperativa de Vidigueira, Cuba e Alvito os homens, que trouxeram os tratores carregados de uva, aguardam pela sua vez. À entrada um letreiro avisa: “Fila única”. Os tratores avançam um a um. Por vezes o tempo de espera é grande e os homens matam a sede encostados a uma roulotte, propriedade de quem perspetivou a necessidade e se instalou para o efeito à porta da adega. A azáfama, mal se entra, percebe-se que é grande. É preciso pesar, atestar a qualidade da uva, ver a acidez, a cor, entre tantas outras coisas. Até ao fim da vindima, segundo Luís Leão, enólogo da Adega Cooperativa de Vidigueira Cuba e Alvito, deverão ser recebidos “oito milhões de quilos de uva”. “Três
milhões e meio de tinto e quatro milhões e meio de branco”, adianta. Mas este ano espera-se uma quebra na produção. “Estamos à espera de uma diminuição entre os 10 e os 20 por cento. No que à qualidade diz respeito, contudo, temos uma enorme expetativa. Apesar de ter sido um ano muito seco, muitas das vinhas estão em regadio e os viticultores têm melhorado qualitativamente as uvas”. A quebra na produção deve-se, como já se pode adivinhar, sobretudo à seca. Luís Leão, enquanto aprecia a qualidade da uva que está a entrar na adega, explica como a falta de água afetou a produção. “As vinhas precisam de uma média de 500 milímetros de água para viverem bem. Tivemos cerca de 320 milímetros. O que significa que tivemos menos 30/40 por cento de água do que num ano normal”. Em vinhas de sequeiro
as consequências foram inevitáveis. Menos produção e bagos mais pequenos. O calor insiste em não dar tréguas. O dia na adega começou às 8 horas. A recolha da uva só deverá terminar às 20 e depois há que preparar tudo para o novo dia. A cooperativa está empenhada em continuar a fazer vinho de qualidade e todos os cuidados são poucos, até porque o costume manda que nesta casa se concluam vinhos que façam jus à fama da região. “Há já alguns viticultores que vindimam à máquina. Essas uvas têm de chegar à adega até às 10 horas. Estes viticultores fazem a colheita de noite. A uva tem de chegar fresca. A colheita que é feita manualmente tem de ser feita no dia e entra durante todo o dia. Temos depois, claro, muitos outros parâmetros. Tem de se ter em atenção o grau alcoólico, a maturação da uva, os reboques têm de ser isolados, entre tantas outras coisas”. Mas o segredo para que a uva chegue em condições à adega muito se deve ao trabalho que é desenvolvido durante todo o ano no campo. “Com o grande acompanhamento da Associação Técnica dos Viticultores do Alentejo (Ateva) as vinhas são bem controladas. Os viticultores entregam toda a produção. Não há assim desperdícios e as uvas estão em excelentes condições. Se um viticultor chegar à adega, por exemplo, com uvas podres, o que não acontece, a própria sonda (primeira fase da entrada da uva na adega) indica-o”. É nesta fase que a quantidade de fruto é pesada, que se analisa o teor
Diário do Alentejo 7 setembro 2012
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Queremos efetivamente que esta casa se afirme como uma casa de excelência de produção de vinhos brancos para aproveitar toda a energia que já existe. Porque não voltar a dizer que vinhos brancos são os de Vidigueira? José Miguel Almeida
José Miguel Almeida Presidente da Adega Cooperativa de Vidigueira, Cuba e Alvito
Crescer, aumentar a notariedade e pagar melhor as uvas A nova direção da Adega Cooperativa de Vidigueira, Cuba e Alvito foi eleita recentemente. Quais são as suas principais apostas?
Vindima Deverão ser recebidos oito milhões de quilos de uva
alcoólico e que se estabelece o pagamento, diferenciando-se as uvas. As doenças, nomeadamente o míldio, não afetaram as vinhas e a uva está cheia. Desperdícios? “Não os há”, garante Luís Leão. “O trabalho é feito durante todo o ano, para que nesta altura tal não se verifique”. As uvas são descarregadas no tegões, depois de devidamente diferenciadas. É preciso que fermentem à temperatura ideal e que passem por controlos muito rigorosos, sempre debaixo de olho de técnicos especializados. “Em termos de vinhos brancos, nas gamas mais baixas, esperamos lançar a colheita deste ano no princípio de 2013. No que diz respeito aos tintos, também nas gamas mais baixas, em meados de 2013. Os
“Não há dúvidas de que a zona de Vidigueira em vinhos brancos, especialmente da casta ‘Antão Vaz’, é rainha. Não há igual. São vinhos muito suaves e muito frescos. Nos tintos a grande casta é a ‘Trincadeira’, se bem que existe uma mudança e já se plantam outras castas. A qualidade distingue os vinhos da zona”.
casos dos vinhos de reserva, de colheitas selecionadas e garrafeiras exigem outro trabalho. Há a parte das barricas, do estágio em garrafa e isso leva muito mais tempo”, conta o enólogo. A aceitação dos vinhos, de acordo com Luís Leão, “é muito boa”, até porque os vinhos da zona de Vidigueira têm fama. “Sempre teve uma tradição muito grande em vinhos brancos. Vidigueira pode considerar-se a mãe dos vinhos brancos no Alentejo. Houve, no entanto, uma grande diminuição no consumo de vinho branco. Os viticultores e a adega foram obrigados a adaptar-se. A adega há 15 anos tinha 90 por cento de branco e 10 por cento de tinto. Começou a vender-se muito tinto e pouco branco. Teve de acontecer, naturalmente, uma mudança. Equilibraram-se as produções”, lembra o enólogo. No entanto, defende: “Não há dúvidas de que a zona de Vidigueira em vinhos brancos, especialmente da casta ‘Antão Vaz’, é rainha. Não há igual. São vinhos muito suaves e muito frescos. Nos tintos a grande casta é a ‘Trincadeira’, se bem que existe uma mudança e já se plantam outras castas. A qualidade distingue os vinhos da zona”. Este será, na opinião do enólogo, um “bom ano” para os vinhos da adega. “As uvas têm muito bom aspeto e analiticamente estão muito corretas”, avança. E por onde passa o futuro dos vinhos desta região? “O grande desafio da adega é colocar, especialmente o vinho branco, como um dos melhores do País. Esta tem de ser uma zona de referência. É aqui que a casta ‘Antão Vaz’ se dá em excelentes condições”. E por isso não restam dúvidas. A intenção é colocar o branco de Vidigueira nas bocas do mundo, porque embora já se aposte na internacionalização, há muito mercado para explorar. Lá fora, mas também cá dentro. Esta é a segunda semana de vindima. A festa da colheita deverá estar nos campos do Alentejo até ao final de setembro.
Para além de ser uma direção recente, tomámos posse em janeiro, também é uma direção jovem, na idade e no posto. É constituída por pessoas que nunca tinham estado ligadas aos órgãos sociais da adega e por pessoas cuja faixa etária ronda os 30 e poucos anos. Queremos que esta casa ganhe notoriedade. Queremos que comercialize cada vez mais vinhos de qualidade e queremos remunerar melhor as uvas dos nossos associados. Tendo em conta a conjuntura atual acha que é possível?
Sim. Quando tomámos posse pensámos: “Vamos entrar em 2012. Um ano terrível, com a retração do consumo nacional e a nossa cota de exportação é só de dois por cento”. Prevíamos um ano muito mau e complicado. Na análise dos resultados do primeiro semestre crescemos 4, 8 por cento. Temos indícios de que é possível, apesar destas condições e desta envolvente micro e macro económica, crescer. Agora é preciso saber para onde queremos crescer. E a adega quer crescer cá dentro e não só pela via da internacionalização. É claro que qualquer coisa que façamos para o exterior significa muito. Recordo que só temos dois por cento. Queremos, assim, crescer no mercado nacional e no exterior. PUB
A “Vidigueira” é uma marca já bastante conhecida a nível nacional…
A sub-região vitivinícola de Vidigueira tem mais de uma dezena de produtores de grande renome. O único cooperativo somos nós. Esta marca é mais reconhecida quanto mais e melhor cada agente fizer o seu trabalho. A zona é tradicionalmente conhecida pela qualidade dos vinhos brancos, embora os tintos sejam também uma grande aposta…
A nível nacional Vidigueira é entendida como uma região tradicionalmente produtora de vinhos brancos. As castas produtoras de vinho branco, nomeadamente “Antão Vaz”, têm uma belíssima adaptação nesta região. Nas últimas duas décadas, com a mudança dos hábitos de consumo para o vinho tinto, a região adaptou-se. Esta casa teve de reestruturar-se. Uma das nossas apostas de marketing, em termos de direcionamento do produto, vai precisamente para os vinhos brancos. Queremos efetivamente que esta casa se afirme como uma casa de excelência de produção de vinhos brancos para aproveitar toda a energia que já existe. Por que não voltar a dizer que vinhos brancos são os de Vidigueira? O que não quer dizer que não tenhamos os tintos. E novos investimentos?
Uma nova linha de engarrafamento e uma nova zona de armazenamento. Por onde passa o futuro desta casa?
Passa por apostas acertadas no que diz respeito ao incremento da notoriedade dos seus vinhos. A região já tem fama e, neste sentido, a Vidigueira tem que reaparecer ainda mais e ganhar mais cota de mercado e mais dinamismo. Penso que este é o único caminho. Crescer, aumentar a notoriedade e valorizar e pagar melhor as uvas aos seus associados. Bruna Soares
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3.ª Divisão – Série F 1.ª jornada
Diário do Alentejo 7 setembro 2012
Juventude Évora-At. Reguengos ................................... 0-2 Lagoa-Esp. Lagos ................................................................1-3 Monte Trigo-Aljustrelense ................................................0-1 Castrense-Vasco da Gama ................................................2-3 Moura-Sesimbra ................................................................. 2-0 U. Montemor-Lusitano VRSA ...........................................2-1 Esp. Lagos At. Reguengos Moura Vasco da Gama U. Montemor Aljustrelense Castrense Lusitano VRSA Monte Trigo Lagoa Juventude Évora Sesimbra
Desporto
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3-1 2-0 2-0 3-2 2-1 1-0 2-3 1-2 0-1 1-3 0-2 0-2
3 3 3 3 3 3 0 0 0 0 0 0
Próxima jornada (23/9/2012): At. Reguengos-U. Montemor, Esp. Lagos-Juventude Évora, Aljustrelense-Lagoa, Vasco da Gama-Monte Trigo, Sesimbra-Castrense, Lusitano VRSAMoura.
3.ª Divisão O Moura Atlético Clube, mesmo em inferioridade numérica durante 45 minutos, conseguiu vencer o Sesimbra (2-0)
Vasco da Gama de Vidigueira deu a volta ao marcador no final do jogo
Os jogos têm noventa minutos... Um bom arranque de campeonato para o Aljustrelense, Vasco da Gama e Moura. Os dois primeiros triunfaram em terreno alheio, os mourenses ganharam em casa. O Castrense foi surpreendido no seu próprio reduto. Texto e foto Firmino Paixão
Q
uando se quer explicar o inexplicável é frequente ouvir-se a expressão “é o futebol...”. Pois é! O futebol é um jogo com três resultados possíveis, mas como jogo que é começa e acaba quando o árbitro determina. As equipas não podem sair, virtual e mentalmente, do terreno antes do apito final, deixando os adversários a jogar sozinhos. Parece ficção? Mas é a realidade. No primeiro derby desta histórica época desportiva, o Castrense recebeu a formação do Vasco da Gama de Vidigueira, estreante neste patamar competitivo. O facto de jogar em casa e de ter um plantel com
maior solidez abonava ao favoritismo da equipa de Castro Verde, que confirmou essa ideia até aos 85 minutos de jogo, altura em que ganhava à formação de Vidigueira por 2-0. Nos cinco minutos finais da partida, e nos três de crédito para compensações, o Castrense excluiu-se da partida e permitiu uma já inesperada reação do adversário, com três golos que lhe deram a vitória. Inexplicável? “É o futebol”, terá dito quem assistiu a este eclipse da equipa local que nos dois primeiros jogos oficiais da temporada averbou duas derrotas, com o afastamento da Taça de Portugal e a entrada no campeonato com uma derrota perante um adversário direto. Mais feliz, pelo menos mais eficaz, foi o Mineiro Aljustrelense que viajou até Monte Trigo e ali ceifou os três pontos em disputa. Era um terreno que oferecia algumas dificuldades, com uma equipa que vinha de um trajeto bem-sucedido. Carlos Piteira, técnico dos tricolores, estava prevenido e soube
montar a estratégia que o avançado Semedo (23 anos, ex-Algés) coroou de sucesso, com o golo solitário que garantiu a vitória da equipa sul alentejana no campo D. Manuel II, último rei de Portugal e duque de Beja, por isso, um bom talismã para os mineiros. O relvado do Moura Atlético Clube emana um perfume a futebol de segunda divisão, mas Joaquim Mendes, tem algum trabalho ainda pela frente para consolidar a qualidade do seu plantel. A equipa começou o campeonato em casa, com a formação do Sesimbra, e quando o médio brasileiro André Tonon (20 anos) abriu o marcador com um golo de superior qualidade, criou-se a expectativa de uma partida de crescente interesse e maior espetáculo. A expulsão do guineense Ibraíme, quase em cima do intervalo, deu algum fôlego ao Sesimbra e a estratégia dos locais foi, necessariamente, diferente, retirando qualidade ao futebol praticado no período complementar. Ainda assim, o Moura Atlético Clube, mesmo em inferioridade numérica,
ainda elevou para os 2-0. Quanto aos restantes alentejanos, recorde-se que a Série F tem, este ano, oito equipas da região, o Atlético de Reguengos venceu o derby no terreno do Juventude e a União de Montemor conseguiu uma vitória tangencial no seu campo, ante o Lusitano de Vila Real. O Nacional da 3.ª Divisão vai parar durante duas semanas, a próxima devido a compromissos da Seleção Nacional, a segunda para introdução de mais uma eliminatória da Taça de Portugal, da qual três das quatro equipas representantes da Associação de Futebol de Beja já estão afastadas, mantendo-se apenas o Vasco da Gama de Vidigueira. Fica, no entanto, a nota para os compromissos da próxima ronda, com o Aljustrelense a receber o Lagoa e o Vasco da Gama a jogar em casa com o Monte Trigo, enquanto o Moura viaja para o sotavento algarvio (Vila Real de Santo António) e o Castrense para Sesimbra.
Diário do Alentejo 7 setembro 2012
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Título Nacional para o pescador Ivo Figueira O jovem pescador bejense Ivo Figueira, do Clube de Amadores de Pesca do Baixo Alentejo, sagrou-se Campeão Nacional de Pesca Desportiva de Água Doce, na categoria de juvenis, após a realização da 3.ª e 4.ª provas do campeonato, que decorreram no último fim de semana, na Ribeira do Sorraia, em Coruche. O júnior Luís Fernandes, do mesmo clube, classificou-se na terceira posição do respetivo escalão. O campeonato disputou-se num conjunto de quatro provas, em que as duas primeiras se realizaram no Rio Mondego, Penacova, concluindo-se agora com as duas etapas disputadas na Pista de Santa Justa, em Coruche.
AF Beja – Taça Distrito de Beja e 2.ª Divisão com sorteios adiados
Os campeonatos da transição A Associação de Futebol de Beja já realizou os sorteios de alguns dos campeonatos que organizará na época 2012/2013, mas o planeamento competitivo ainda está longe de ficar definitivamente fechado. Texto e foto Firmino Paixão
A
desistência de algumas equipas que disputavam os campeonatos distritais de futebol organizados pela AF Beja provocou sérias dificuldades no planeamento normal da época desportiva. Ao nível da divisão principal, como se sabe, desistiram as formações do Ferreirense, Panóias e Despertar,
e o Vasco da Gama ocupou uma vaga na 3.ª Divisão. Em face destas deserções, o Sporting de Cuba e o Guadiana de Mértola, que tinham sido despromovidos, voltaram ao escalão principal, bem como o Bairro da Conceição e o Amarelejense, estes a convite do organismo associativo, por terem terminado o Distrital da 2.ª Divisão nos lugares imediatos ao Cabeça Gorda e Piense, as duas equipas que conseguiram o mérito da promoção (o Renascente de São Teotónio, também convidado, declinou, deixando a vaga em aberto ao Amarelejense). Só assim foi possível completar o quadro de 14 equipas que o regulamento prevê para disputa da prova principal, esvaziando o já
exíguo leque que se propunha competir na 2.ª Divisão. Assim, a prova secundária ficou limitada a cinco clubes, pelo que o executivo da AF Beja tem vindo, ao longo dos últimos dias, a promover contactos com clubes que são potenciais concorrentes naquele escalão, para completar o número mínimo legal para realização da prova (oito). Por esse motivo não se realizaram ainda os sorteios da Taça Distrito de Beja em Seniores e 2.ª Divisão. Este quadro de constrangimentos surge num ano em que estão quatro equipas do distrito a competir na 3.ª Divisão Nacional, sendo que, pelo menos, duas delas regressam na próxima época aos regionais. O quadro de jogos já sorteados é o que a seguir se apresenta.
Taça de Portugal Vasco da Gama recebe o Santa Clara O Clube de Futebol Vasco da Gama, de Vidigueira, única equipa do distrito de Beja que se qualificou para a 2.ª eliminatória da Taça de Portugal (afastando os Caçadores de Taipas), vai receber a formação do Santa Clara, equipa de Ponta Delgada/Açores, que disputa a 2.ª Liga do futebol português, onde ocupa o 12.º lugar, com cinco pontos. O jogo realiza-se no Estádio Municipal da Vidigueira no próximo dia 16 de setembro, pelas 16 horas. As outras equipas alentejanas que permanecem em prova também já conhecem os seus adversários: Atlético de Reguengos-Grijó; Monção-Elétrico Ponte Sôr e Ribeirão-União de Montemor.
AF Beja Direção empenhada na realização dos sorteios dos diversos campeonatos
agenda, resultados e classificações Campeonato Distrital da 1.ª Divisão
Campeonato Distrital de Juvenis
Campeonato Nacional de Juniores – Série E
Campeonato nacional de iniciados – Série G
1.ª jornada (30/9) Desportivo de Beja-Amarelejense Almodôvar-Aldenovense Sporting de Cuba-Serpa Piense-Milfontes Cabeça Gorda-Rosairense Guadiana-São Marcos Odemirense-Bairro da Conceição
1.ª jornada (23/12) Desportivo de Beja-Despertar Boavista-Aljustrelense Castrense-Moura Serpa-Almodôvar
1.ª jornada Louletano-Oeiras, 1-2 Olímpico de Montijo-Farense, 3-2 Lusitano de Évora-Barreirense, 1-1 Moura-Beira Mar de Almada, 0-1 Atlético-Lusitano VRSA, 4-0
1.ª jornada (9/9) Olhanense-Desportivo de Beja Lusitano VRSA-São Luís Imortal-Louletano Despertar-Esperança de Lagos Odiáxere-V.Setúbal
Próxima jornada (8/9) Oeiras-Atlético Farense-Louletano Barreirense-Olímpico de Montijo BM Almada-Lusitano de Évora Lusitano VRSA-Moura
Campeonato de Futsal
1.ª eliminatória (4/11) Desportivo de Beja-Despertar Boavista-Aljustrelense Castrense-Moura Serpa-Almodôvar
Campeonato Distrital de Iniciados
Campeonato nacional de juvenis – Série E
1.ª jornada (21/10): Odemirense-Amarelejense Bairro da Conceição-Ourique Despertar-Vasco da Gama Operário Rio Moinhos-Serpa Sporting de Cuba-Milfontes Guadiana-Moura Folga o Aljustrelense
3.ª jornada (9/9) Beira Mar de Almada-Imortal V. Setúbal-Odemirense Louletano-Lusitano de Évora Estoril Praia-Oeiras Despertar-Cova da Piedade
Campeonato Distrital de Juniores 1.ª jornada (27/10) Vasco da Gama-Despertar Cabeça Gorda-Aldenovense Sobral da Adiça-Castrense Desportivo de Beja-Odemirense
Taça Distrito de Beja em Juniores 1.ª eliminatória (1/12) Sobral da Adiça-Desportivo de Beja Cabeça Gorda-Aldenovense Vasco da Gama-Castrense Odemirense-Despertar
Taça Armando Nascimento em Juvenis
1.ª jornada (12/10) N. Sp. de Moura- Vasco da Gama Vila Ruiva-Politécnico de Beja AD V.N. São Bento-Desp. Beja Alcoforado-Ferreirense Baronia-Associação Luzerna Almodovarense-Safara Folga o Barrancos Futsal
Taça de Beja em Futsal 1.ª Eliminatória (23/11) Polit. de Beja-AD V. N. São Bento Baronia-Alcoforado Vasco da Gama-Desp. de Beja Ferreirense-Vila Ruiva N. Sp. de Moura-Ass. Luzerna Isentos: Safara, Almodovarense e Barrancos Futsal
Nacional de Juniores Moura estreia-se com derrota A equipa de juniores do Moura Atlético Clube, que na época passada venceu em todas as frentes (campeonato, Taça Distrito e Supertaça), não teve estreia feliz no Campeonato Nacional de Juniores da 2.ª Divisão, perdendo em casa com a equipa do Beira Mar de Almada. Na jornada de amanhã cabe-lhe uma deslocação a Vila Real de Santo António.
Ginástica na Zona Azul A Associação Cultural e Recreativa Zona Azul, de Beja, abriu inscrições para as suas modalidades gímnicas na época 2012/2013, atividades que incluem ginástica geral, rítmica, acrobática, trampolins, dança, hip-hop e fitness. Na última temporada o clube teve em atividade cerca de 130 ginastas.
Gala do atletismo amanhã em Beja
Diário do Alentejo 7 setembro 2012
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Os putos José Saúde
As virtualidades do futebol juvenil sempre me extasiaram. Os putos, qual “bando de pardais à solta”, têm hoje uma escola enriquecida pelos anos que levam de aprendizagem. Sabemos que mal a criança começa a traçar os primeiros passos da vida, logo a sua indumentária desportiva ocasional estabelece uma aproximação ao emblema que o progenitor partilha. Segue-se uma filiação no clube da terra – escolinhas – e, depois, uma lógica evolução nos escalões de formação. Os putos, aqueles mais dotados, começam a engendrar sonhos. Sonham com um futuro risonho. Recusam a complexidade dos escombros do futebol que, para eles, parece não ter cabimento. E lá seguem os putos enrolados em mistérios até ao dia em que se deparam que o pecúlio do sonho da sua tenra idade não os encaminhou para o mundo do sucesso. Todavia, este futebol dos mais novos sempre me encaminhou para outras temáticas onde prezo pela entrega dos técnicos que se dedicam à descoberta de novos talentos. Conheço inquestionáveis verdades que elevaram ao púlpito jovens treinadores que beberam no futebol dos putos ensinamentos relevantes e que os transportaram à nata da bola nacional e internacional. Pedro Caixinha é um dos exemplos sobejamente conhecido. Recordo que a sua estreia foi a liderar uma equipa jovem no Desportivo de Beja. Atualmente é treinador principal do Nacional da Madeira – Liga Zon Sagres -, sendo que o seu passado regista um auspicioso caminho. Recentemente, Paulo Paixão, também licenciado em Educação Física e com o mestrado em Treino Desportivo, treinador da equipa de juvenis do Desportivo de Beja, esteve a integrar um estágio no FC Porto, acompanhando os trabalhos técnicos dos sub-17, orientados pelo professor José Guilherme. Uma aprendizagem que levou o jovem técnico bejense a tomar conhecimento real com a verdade do futebol de formação portuense. Bemhaja a vossa dedicação!
A Associação de Atletismo de Beja vai atribuir diplomas de Sócios de Mérito aos seguintes técnicos e dirigentes: Carlos Gradiz, Luciano Conceição, João Parente, José Silveira, Carlos André, Joaquim Patrício e Amílcar Pereira. A cerimónia está inserida na Gala dos Campeões que amanhã decorre no Clube dos Sargentos da Força Aérea, em Beja (15 horas).
Canoagem Da esquerda para a direita, Vladimir Parfenovich (da Russia), Carlos Viegas (de Mértola) e Zdzislaw Szubski (do Chile)
Seleção nacional de canoagem da Rússia pondera estagiar em Mértola
Canoagem mundial prepara olimpíadas no Alentejo O selecionador nacional de canoagem da Rússia esteve em Mértola a avaliar as condições oferecidas pelo Rio Guadiana para a equipa daquele país ali preparar o próximo ciclo olímpico. Texto e foto Firmino Paixão
V
ladimir Parfenovich, detentor de três medalhas de ouro olímpicas, responsável pela canoagem no seu país, dedicou as suas primeiras palavras, de uma entrevista exclusiva ao “Diário do Alentejo”, para mostrar apreço pela nossa região: “O Alentejo é muito bonito, tem muita água, durante os dois dias que aqui passámos fomos muito bem recebidos e as pessoas foram muito simpáticas”. Parfenovich revelou que “a Rússia é um grande país, mas no inverno é muito frio, por isso, estamos em Portugal à procura de um lugar onde a nossa equipa consiga fazer uma boa preparação durante o próximo ciclo olímpico. A temperatura aqui é muito boa, tem bons planos de água, também gostámos muito da qualidade da alimentação e dos alojamentos que visitámos”. O facto de a região ter um clima ameno e muitas horas de sol, levou o técnico a dizer que “isso é muito importante para os atletas, claro que o clima que encontramos aqui no Alentejo, mesmo em fevereiro ou março, não se encontra nem sequer no norte de Portugal, muito menos noutros países da Europa”. Acompanhado pelo presidente do Clube Náutico de Mértola, Carlos Viegas, e pelo treinador polaco Zdzislaw Szubski (atual selecionador do Chile), pormenorizou a avalização das infraestruturas que visitou: “Fomos à Mina de São Domingos e gostámos muito da qualidade dos alojamentos, no entanto, o plano de água é pequeno
para as nossas necessidades. Para colocarmos simultaneamente 30 atletas na água a fazerem 25 a 35 km por dia é difícil, mas o Rio Guadiana, esse sim, tem belíssimas condições, oferece tranquilidade, a água é limpa e tem pouca corrente”. Quanto ao Centro de Estágio do Náutico de Mértola, Parfenovich comentou da seguinte forma: “Gostámos, são instalações muito boas, com bons equipamentos, um bom ginásio, salas de musculação, temos condições para preparação de atletas de alto nível”. A conclusão final, confessou o técnico russo, é que “Mértola cumpre com aquilo que são as necessidades para preparação da nossa equipa, contudo ainda temos algum trabalho pela frente, precisamos falar de outros detalhes, acertar condições financeiras, há pormenores que ainda temos que conversar com o Carlos Viegas”. A decisão final “será tomada ainda durante este mês. Não deve ser um processo demorado porque precisamos de tempo para que os nossos planos sejam superiormente aprovados, e para que a preparação possa ser feita durante os meses de fevereiro, março e abril”. Parfenovich aproveitou a nossa presença para deixar “um grande abraço para todos os atletas portugueses e desejo de felicidades, porque na canoagem somos todos uma grande família”. Perspetivando os Jogos Olímpicos de 2016, referiu que “a minha mensagem tem sido a de que precisamos de ganhar sete medalhas de ouro, em Munique/72 ganhámos seis, porque não podemos agora lutar por esse objetivo, eu próprio, sozinho, ganhei três”, ironizou. Carlos Viegas, líder do Náutico de Mértola, mostrou-se entusiasmado com a ideia de conseguir fixar ali a equipa nacional da Rússia, dizendo: “Mostrámos todas as condições que dispomos no concelho, quer em São Domingos, quer em
Mértola”. Adiantou depois que “o projeto da Pista de Velocidade na Mina ainda não é uma realidade, o tipo de preparação requer outras condições que a Mina dificilmente conseguirá responder em termos de plano de água, em contrapartida, Mértola acaba por ter esses requisitos, apesar das condições de alojamento serem menores, na perspetiva de quantidade”. Viegas especificou ainda que “estamos a falar de um grupo de 50 a 60 pessoas, requer um conjunto de detalhes que são fundamentais, nomeadamente a existência de plataformas para os atletas entrarem na água, precisamos de alguns barcos a motor, vamos ainda reunir e listar quais as necessidades fundamentais e se nós conseguirmos responder positivamente dentro de uma ou duas semanas, cumpriremos aquilo que é a nossa parte”. Concordando que estando a começar um novo ciclo olímpico se abrem novas janelas de oportunidade para o Clube Náutico ali receber equipas estrangeiras, Viegas considerou que “esta é a primeira, mas podem surgir outras e há um facto importante, a canoagem em Portugal ganhou uma dinâmica muito importante com a medalha olímpica que conseguiu em Londres, a única ganha pelos atletas portugueses”. O dirigente entende que “ficámos numa situação diferente de há quatro anos atrás, estamos já em condições de exigir dos poderes alguma atenção para esta modalidade e estamos a fazer o nosso papel que é trazer algumas mais-valias”. Concluiu, lembrando que “muitas das medalhas olímpicas que a canoagem mundial ganhou em Londres foram para atletas que treinaram em Portugal, são mais-valias financeiras que a modalidade traz para o País, potenciando o turismo e a economia local. Portugal é o país da canoagem, toda a gente quer vir para cá, temos que aproveitar”.
Geração Radical do Penedo Gordo
21 Diário do Alentejo 7 setembro 2012
O Grupo BTT Geração Radical, do Penedo Gordo, realiza amanhã a 7.ª Maratona de BTT, prova com três percursos com a extensão de 35 (familiar), 50 (meia maratona) e 90 km (maratona) cuja partida será às 9 horas, em simultâneo para todos os percursos.
Grande Prémio de Alvito O 1.º Grande Prémio de Pesca Desportiva Vila de Alvito realiza-se no próximo domingo, pelas 9 e 30 horas, na Barragem Trigo Morais, com organização do Clube de Amadores de Pesca Desportiva do Baixo Alentejo. A concentração está marcada para as 6 e 30 horas, no paredão da barragem e as inscrições devem ser endereçadas para a sede do clube organizador.
Luís Filipe Vieira inaugurou oficialmente a Casa do Benfica
Serpa tem o coração vermelho Um símbolo com a dimensão universal que tem o Sport Lisboa e Benfica, numa cidade com um movimento associativo tão qualificado como o de Serpa, só pode justificar o epíteto de uma “Terra Forte”. Texto e foto Firmino Paixão
O
presidente do Spor t Lisboa e Benfica, Luís Filipe Vieira, veio ao Alentejo presidir à inauguração da Casa do Benfica de Serpa, uma nova representação do clube encarnado, dirigida por dois notáveis, o ator Nicolau Breyner (presidente da Assembleia Geral) e o autarca João Rocha da Silva (presidente da Direção). A comitiva encarnada incluía também os vice-presidentes Alcino António e Domingos Almeida Lima (responsável pelas casas do Benfica), o antigo internacional Fernando
Chalana e a equipa feminina de Futsal. Cerca de duas centenas e meia de benfiquistas alentejanos exultaram o seu fervor clubista ouvindo o líder encarnado dizer que “podemos cair na tentação de dizer que a força do Benfica está no seu património físico ou até na sua história. É claro que tudo isso é, seguramente, muito importante, mas a verdadeira força do SLB são os seus adeptos e os seus sócios”. Luís Filipe Vieira assegurou que “as casas do Benfica continuam a ter uma importância fundamental na estratégia que traçámos para o Benfica. Queria por isso expressar, na pessoa do presidente João Rocha, uma palavra de reconhecimento a todos quantos em Serpa trabalharam para levar por diante o projeto que acabámos de inaugurar”. E sublinhou: “Permitam-me que destaque a figura do presidente
Casa do Benfica Luís Filie Vieira inaugura a Casa do Benfica em Serpa
João Rocha que, apesar de todas as responsabilidades que tem pela frente na Câmara Municipal de Serpa, foi também o grande dinamizador desta Casa do Benfica. É justo destacar esta sua vontade de liderar a embaixada do Benfica em Serpa”. O líder encarnado lembrou também que “esta casa representa aquilo que queremos para o futuro das mesmas, a uniformização da sua imagem, a prestação de novos serviços e dinamização de novas parcerias comerciais, essa é a nossa aposta, é por aqui que vamos seguir”. Em nome da Casa do Benfica de Serpa, falou um filho da terra, Nicolau Breyner, para dizer que “Serpa ficará hoje no mapa dos concelhos portugueses onde figuram oficialmente as casas do Benfica”, e salientou que “este momento não ocorre por mero acaso, é o nosso imenso benfiquismo,
As casas do Benfica continuam a ter uma importância fundamental na estratégia que traçámos para o Benfica. Queria por isso expressar uma palavra de reconhecimento a todos quantos em Serpa trabalharam para levar por diante o projeto que acabámos de inaugurar. Luís Filipe Vieira
esta chamada de quando o Benfica diz – vamos unir-nos – nós estamos sempre juntos”. O ator e realizador, que propôs ao líder encarnado a realização de um filme sobre o Benfica, referiu “O nosso concelho, em termos desportivos, tem o coração vermelho, quando há jogos do Benfica realmente tudo para, nenhuma instituição nacional tem esta força, nenhum dos nossos rivais consegue nada que se aproxime”. E foi mais longe: “o Benfica é conhecido em todo o mundo porque é, indiscutivelmente, o maior clube do mundo e, provavelmente, será a marca portuguesa mais conhecida do planeta, talvez com alguma exagero ou imodéstia, eu acho que rivaliza mesmo com a palavra Portugal”. Uma mais valia para o concelho
João Rocha da Silva, intervindo na qualidade de presidente do Município de Serpa, lembrou à plateia que “tem sido política da Câmara Municipal de Serpa promover e apoiar a cultura e o desporto, enquanto pilares do desenvolvimento equilibrado do concelho”, pelo que “a existência de uma rede qualificada de equipamentos em todas as freguesias tem permitido a prática de ações de dinamização desportiva e de lazer com as populações, cabendo aqui um papel preponderante ao movimento associativo forte e dinâmico que sempre caracterizou este concelho e que tem conseguido manter uma atividade regular e eficaz nas várias vertentes de atuação”. João Rocha acentuou que o movimento associativo local “tem sido sempre exemplar, conseguindo níveis de participação elevados e mantendo uma atividade regular e equilibrada com resultados visíveis também a nível nacional e internacional”. A concluir, e aludindo à estrutura a que também preside, disse que “a criação da Casa do Benfica em Serpa é, sem dúvida, uma mais-valia para o concelho, porque estamos a falar de um grande clube, cuja importância se manifesta na enorme capacidade de mobilização e capacidade territorial de representar Portugal e os portugueses por todo o mundo”.
saúde
22 Diário do Alentejo 7 setembro 2012
Análises Clínicas
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Médico oftalmologista
Médico
Especialista pela Ordem dos Médicos
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Rua General Morais Sarmento. nº 18, r/chão Telef. 284326841 7800-064 BEJA
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Fisioterapia
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7800-073 BEJA
pelo tm. 919788155
Dermatologia ▼
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Dr. Carlos Machado Drª Ana Teresa Gaspar Psicologia Educacional
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e das 14 às 18 horas
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Medicina dentária
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Rua Cidade S. Paulo, 29
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2ªs, 4ªs, 5ªs e 6ªs feiras, a partir das 14 e 30 horas Marcações pelo tel. 284311790 Rua do Canal, nº 4 - 1º trás 7800-483 BEJA
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Hospital de Beja Doenças de Rins e Vias Urinárias
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Doenças do Sangue
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Marcações pelo telefone 284321693 ou no local
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Rua de Mértola, nº 43 – 1º esq.
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Consultório Rua Capitão João Francisco Sousa 56-A 1º esqº 7800-451 BEJA Tel. 284320749
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Rua Manuel Antó António de Brito n.º n.º 6 – 1.º 1.º frente. 78007800-522 Beja tel. 284 328 100 / fax. 284 328 106
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Directora Clínica da novaclinica
Laboratório de Análises Clínicas de Beja, Lda.
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Terreiro dos Valentes, 4-1ºA 7800-523 BEJA Tel. 284325861 Tm. 964522313
Tel. 284 321 304 Tm. 925651190 7800-475 BEJA
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DR. J. S. GALHOZ Ouvidos,Nariz, Garganta Exames da audição Consultas a partir das 14 horas Praça Diogo Fernandes, 23 - 1º F (Jardim do Bacalhau) Telef. 284322527 BEJA
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saúde
23 Diário do Alentejo 7 setembro 2012
PSICOLOGIA ANA CARACÓIS SANTOS – Educação emocional; – Psicoterapia de apoio; – Problemas comportamentais; – Dificuldades de integração escolar; – Orientação vocacional; – Métodos e hábitos de estudo GIP – Gabinete de Intervenção Psicológica Rua Almirante Cândido Reis, 13, 7800-445 BEJA Tel. 284321592
_______________________________________ Manuel Matias – Isabel Lima – Miguel Oliveira e Castro – Jaime Cruz Maurício Ecografia | Eco-Doppler Cor | Radiologia Digital Mamografia Digital | TAC | Uro-TC | Dental Scan Densitometria Óssea Nova valência: Colonoscopia Virtual Acordos: ADSE; PT-ACS; CGD; Medis, Multicare; SAMS; SAMS-quadros; Allianz; WDA; Humana; Mondial Assistance. Graça Santos Janeiro: Ecografia Obstétrica Marcações: Telefone: 284 313 330; Fax: 284 313 339; Web: www.crb.pt Rua Afonso de Albuquerque, 7 r/c – 7800-442 Beja e-mail: cradiologiabeja@mail.telepac.pt
CENTRO DE IMAGIOLOGIA DO BAIXO ALENTEJO ECOGRAFIA – Geral, Endocavitária, Osteoarticular, Ecodoppler TAC – Corpo, Neuroradiologia, Osteoarticular, Dentalscan Mamografia e Ecografia Mamária Ortopantomografia
António Lopes – Aurora Alves – Helena Martelo – Montes Palma – Maria João Hrotko – Médicos Radiologistas –
Dr. Sidónio de Souza – Pneumologia/Alergologia/ Desabituação tabágica – H. Pulido Valente Dr. Fernando Pimentel – Reumatologia – Medicina Desportiva – Instituto Português de Reumatologia de Lisboa Dr.ª Verónica Túbal – Nutricionismo – H. de Beja Dr.ª Sandra Martins – Terapia da Fala – H. de Beja Dr. Francisco Barrocas – Psicologia Clínica/Terapia Familiar – Membro Efectivo da Soc. Port. Terapia Familiar e da Assoc. Port. Terapias Comportamental e Cognitiva (Lisboa) – Assistente Principal – Centro Hospitalar do Baixo Alentejo. Dr. Rogério Guerreiro – Medicina preventiva – Tratamento inovador para deixar de fumar Dr. Gaspar Cano – Clínica Geral/ Medicina Familiar Dr.ª Nídia Amorim – Psicomotricidade/Educação Especial e Reabilitação (dificuldades específicas de aprendizagem/dislexias) Dr. Sérgio Barroso – Especialista em Oncologia – H. de Beja Drª Margarida Loureiro – Endocrinologia/Diabetes/ Obesidade – Instituto Português de Oncologia de Lisboa Dr. Francisco Fino Correia – Urologia – Rins e Vias Urinárias – H. Beja Dr. Daniel Barrocas – Psiquiatria – Hospital de Évora Dr.ª Lucília Bravo – Psiquiatria H.Beja , Centro Hospitalar de Lisboa (H.Júlio de Matos). Dr. Carlos Monteverde – Chefe de Serviço de Medicina Interna, doenças de estômago, fígado, rins, endoscopia digestiva. Dr.ª Ana Cristina Duarte – Pneumologia/ Alergologia Respiratória/Apneia do Sono – Assistente Hospitalar Graduada – Consultora de Pneumologia no Hospital de Beja Dr.ª Isabel Santos – Chefe de Serviço de Psiquiatria de Infância e Adolescência/Terapeuta familiar – Centro Hospitalar do Baixo Alentejo Dr.ª Paula Rodrigues – Psicologia Clínica – Hospital de Beja Dr.ª Luísa Guerreiro – Ginecologia/Obstetrícia Dr. Jorge Araújo – Ecografias Obstétricas Dr.ª Ana Montalvão – Hematologia Clínica /Doenças do Sangue – Assistente Hospitalar – Hospital de Beja Dr.ª Ana Cristina Charraz – Psicologia Clínica – Hospital de Beja Dr. Diogo Matos – Dermatologia. Médico interno do Hospital Garcia da Orta. Dr.ª Madalena Espinho – Psicologia da Educação/ Orientação Vocacional Dr.ª Ana Margarida Soares – Terapia da Fala - Habilitação/Reabilitação da linguagem e fala. Perturbação da leitura e escrita específica e não específica. Voz/Fluência. Dr.ª Maria João Dores – Técnica Superior de Educação Especial e Reabilitação/Psicomotricidade. Perturbações do Desenvolvimento; Educação Especial; Reabilitação; Gerontomotricidade. Enfermeira Maria José Espanhol – Enfermeira especialista em saúde materna/Cuidados de enfermagem na clínica e ao domicílio/Preparação pré e pós parto/amamentação e cuidados ao recémnascido/Imagem corporal da mãe – H. de Beja Marcações diárias pelos tels. 284 322 503 Tm. 91 7716528 | Tm. 916203481 Rua Zeca Afonso, nº 6, 1º B, 7800-522 Beja Clinipaxmail@gmail.com
medicina geral e familiar Dr. Luís Capela
endocrinologia|diabetes|obesidade Dr.ª Luísa Raimundo
pneumologia|consulta do sono Dr.ª Eulália Semedo
ginecologia|obstetrícia|colposcopia Dr.ª Ana Ladeira
otorrinolaringologia|ORL pediátrica ;ǀĞƌƟŐĞŵͮŽŶĐŽůŽŐŝĂ ĚĂ ĐĂďĞĕĂ Ğ ƉĞƐĐŽĕŽͿ
Dr.ª Dulce Rocha Nunes
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psiquiatria e saúde mental Dr. Daniel Barrocas
psicologia clínica Dr.ª Maria João Póvoas
psicologia educacional Dr.ª Silvia Reis
terapia da fala Terapeuta Vera Baião
ĮƐŝŽƚĞƌĂƉŝĂͮƌĞĂďŝůŝƚĂĕĆŽ ;ƉſƐͲ s ͬ ƉſƐͲĐŝƌƵƌŐŝĂͬ ƚƌĂƵŵĂƚŽůŽŐŝĂͬ ĐŝŶĞƐŝŽƚĞƌĂƉŝĂͬ ĐŽůƵŶĂͿ
Terapeuta Fábio Apolinário
cirurgia vascular Dr.ª Helena Manso
ŵĞĚŝĐŝŶĂ ĞƐƚĠƟĐĂ Dr.ª Nídia Abreu
podologia Dr. Joaquim Godinho
medicina dentária Dr. Jaime Capela (implantologia) ƌ͘ǐ ŶĂ ZŝƚĂ ĂƌƌŽƐ ;ŽƌƚŽĚŽŶƟĂͿ Dr. António Albuquerque
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Convenções: ADSE, ACS-PT, SAD-GNR, CGD, MEDIS, SSMJ, SAD-PSP, SAMS, SAMS QUADROS, ADMS, MULTICARE, ADVANCE CARE Horário: de 2ª a 6ª feira, das 8 às 19 horas e aos sábados, das 8 às 13 horas Av. Fialho de Almeida, nº 2 7800 BEJA
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institucional diversos
24 Diário do Alentejo 7 setembro 2012 Diário do Alentejo n.º 1585 de 07/09/2012 Única Publicação
Diário do Alentejo n.º 1585 de 07/09/2012 Única Publicação
Diário do Alentejo n.º 1585 de 07/09/2012 Única Publicação
JUSTIFICAÇÃO
JUSTIFICAÇÃO
JUSTIFICAÇÃO
Cartório Notarial de Beja, Rua Conde da Boavista, nº 20 Notária: Lic Mariana Raquel Tareco Zorrinho Vieira Lima
Cartório Notarial de Beja, Rua Conde da Boavista, n° 20 Notária: Lic. Mariana Raquel Tareco Zorrinho Vieira Lima
Cartório Notarial de Beja, Rua Conde da Boavista, n° 20 Notária: Lic Mariana Raquel Tareco Zorrinho Vieira Lima
Certifico narrativamente, para efeito de publicação que, neste cartório e no livro de notas para escrituras diversas número 94-A, de folhas 82 a folhas 84, se encontra exarada uma escritura de justificação notarial, outorgada hoje, na qual José Marujo Colaço Malveiro, NIF 133777286 devidamente autorizado por sua mulher Maria Custódia Rosa da Palma Malveiro, NIF 114427704, naturais da freguesia de Cabeça Gorda, concelho de Beja, casados sob o regime da comunhão de adquiridos, residentes na Rua António José de Almeida, nº 1, na aldeia e freguesia de Cabeça Gorda, concelho de Beja, titulares dos Cartões de Cidadão, respetivamente números 05403415 9ZZ5, válido até 21 de Junho de 2016 e 06216558 5ZZ5, válido até 17 de Novembro de 2015, ambos emitidos pela República Portuguesa, se declarara com exclusão de outrem, donos e legítimos possuidores do seguinte imóvel: Prédio rústico denominado “Às Assarias”, sito na freguesia de Cabeça Gorda, concelho de Beja, cultura arvense, com a área de oito mil centiares, inscrito na respetiva matriz sob o artigo 8 da Secção C; Que o referido prédio está descrito na Conservatória do Registo Predial de Beja sob o número vinte e um mil seiscentos e sessenta, a folhas catorze do Livro B-cinquenta e nove, com a aquisição aí registada nas seguintes proporções: Um sexto a favor de Mariana Custódia Palha, divorciada, residente em Beja; e Cinco sextos a favor de Manuel Maria Lampreia, casado, residente em Beja, sobre o qual impendem: Um arrendamento a longo prazo constituído em dois de abril de mil oitocentos e noventa e quatro a favor de Deodato Guerreiro, com última residência conhecida na aldeia e freguesia de Salvada; e Uma sublocação de arrendamento a longo prazo, constituída em oito de Setembro de mil novecentos e treze a favor de Maria Ana Colaço, viúva, atualmente registada em comum e sem determinação de parte ou direito, a favor do justificante e de sua mãe Custódia Jerónima Colaço, viúva, residente na aldeia e freguesia de Cabeça Gorda; Que o identificado prédio veio à posse do justificante, José Marujo Colaço Malveiro, por adjudicação em partilha verbal com sua identificada mãe, por óbito de seu pai, João Marujo Malveiro, no ano de dois mil, tendo o casal adquirido o direito ao arrendamento assim como a sublocação, respetivamente, por partilha verbal e por partilha formal efetuadas em mil novecentos e cinquenta e oito, por óbito do avô materno do justificante, José Colaço Silvério ou José Colaço, e por doação subsequente de sua avó materna Mariana Antónia ou Mariana Antónia Mâncios, lavrada em quatro de Fevereiro de mil novecentos e sessenta e cinco a folhas trinta e quatro verso do livro dezassete-B do Primeiro Cartório Notarial da extinta Secretaria Notarial de Beja, entretanto já falecidos, e com última residência habitual na mencionada aldeia e freguesia de Cabeça Gorda, sendo que o direito ao arrendamento foi adquirido inicialmente, por contrato verbal por José Colaço Silvério e mulher Mariana Antónia Mâncios aos herdeiros do referido Deodato Guerreiro em mil novecentos e quarenta e dois; Que a partir da data da realização das mencionadas partilhas o requerente, na convicção de que era único titular do direito de propriedade do referido imóvel, não pagou qualquer renda referente à sublocação, tal como os anteriores possuidores, tendo usufruído o aludido prédio rústico, livre de quaisquer ónus ou encargos, no pleno gozo das utilidades por ele proporcionadas, pagando os respetivos impostos, considerando-se e sendo considerado como seu único dono, certo de que não lesava quaisquer direitos de outrem, tendo a sua atuação e posse sido de boa fé, sem violência e oposição de quem quer que seja e com conhecimento de toda a gente, há mais de vinte anos; Está conforme o original na parte a que me reporto. Beja, vinte e oito de Agosto de dois mil e doze. A Notária Mariana Raquel Tareco Zorrinho Vieira Lima
Certifico narrativamente, para efeito de publicação que, neste cartório e no livro de notas para escrituras diversas número 94-A, de folhas 88 a folhas 90, se encontra exarada uma escritura de justificação notarial, outorgada hoje, na qual José Marujo Colaço Malveiro, NIF 133777286 devidamente autorizado por sua mulher Maria Custódia Rosa da Palma Malveiro, NIF 114427704, naturais da freguesia de Cabeça Gorda, concelho de Beja, casados sob o regime da comunhão de adquiridos, residentes na Rua António José de Almeida, nº 1, em Cabeça Gorda, concelho de Beja, titulares dos Cartões de Cidadão, respetivamente números 05403415 9ZZ5, válido até 21 de Junho de 2016 e 06216558 5ZZ5, válido até 17 de Novembro de 2015, emitidos pela República Portuguesa, se declarara com exclusão de outrem, dono e legítimo possuidor do seguinte imóvel: Prédio rústico denominado “Bom Dia”, na freguesia de Cabeça Gorda, concelho de Beja, cultura arvense e oliveiras, com a área total de oito mil e oitocentos centiares, inscrito na matriz sob parte do artigo 175 da Seção A, conforme requerimento solicitando a discriminação cadastral na Repartição de Finanças de Beja, em 3 de março de 1994, e certidão de pendência do respetivo Processo nº 25/94, emitida pelo Serviço de Finanças de Beja em 23 de abril de 2012, descrito na Conservatória do Registo Predial de Beja sob o número quinhentos e vinte e cinco de treze de outubro de mil novecentos e noventa e cinco, com a aquisição de: treze dezoito avos registado a favor do justificante; e a aquisição de cinco dezoito avos aí registada a favor de Maria Francisca de Matos, viúva, com última residência conhecida na aldeia e freguesia referida de Cabeça Gorda; Que cinco dezoito avos do identificado prédio vieram à posse do justificante, José Marujo Colaço Malveiro, por doação verbal, em dia e mês que não sabe precisar no ano de mil novecentos e oitenta e sete, feita por sua tia Emília Mâncios Colaço e marido José de Matos Cercas, entretanto falecidos, que em data desconhecida, adquiriram a fração, por contrato igualmente verbal, à titular inscrita; Que a partir do ano de mil novecentos e oitenta e sete o outorgante varão entrou na posse da referida fração, tendo usufruído do aludido prédio rústico, livre de quaisquer ónus ou encargos, no pleno gozo das utilidades por ele proporcionadas, pagando os respetivos impostos, considerando-se e sendo considerado como seu único dono, na convicção que não lesava quaisquer direitos de outrem, tendo a sua atuação e posse sido de boa fé, sem violência e oposição de quem quer que seja e com conhecimento de toda a gente, sem oposição de ninguém, há mais de vinte anos; Está conforme o original na parte a que me reporto. Beja, vinte e oito de Agosto de dois mil e doze. A Notária Mariana Raquel Tareco Zorrinho Vieira Lima
Certifico narrativamente, para efeito de publicação que, neste cartório e no livro de notas para escrituras diversas número 94-A. de folhas 85 a folhas 87, se encontra exarada uma escritura de justificação notarial, outorgada hoje, na qual José Marujo Colaço Malveiro, NIF 133777286 devidamente autorizado por sua mulher Maria Custódia Rosa da Palma Malveiro, NIF 114427704, naturais da freguesia de Cabeça Gorda, concelho de Beja, casados sob o regime da comunhão de adquiridos, residentes na Rua António José de Almeida, nº 1, em Cabeça Gorda, concelho de Beja, titulares dos Cartões de Cidadão, respetivamente números 05403415 9ZZ5, válido até 21 de Junho de 2016 e 06216558 5ZZ5, válido até 17 de Novembro de 2015, ambos emitidos pela República Portuguesa, se declarara com exclusão de outrem, dono e legítimo possuidor do seguinte imóvel: Prédio rústico sito “Ao Tojal”, na freguesia de Cabeça Gorda, concelho de Beja, cultura arvense e Oliveiras, com a área de um hectare quatro mil e quinhentos centiares, inscrito na respetiva matriz sob o artigo 16 da Secção C; Que o referido prédio está descrito na Conservatória do Registo Predial de Beja sob o número mil duzentos e cinquenta e cinco de um de junho de dois mil e nove, com a aquisição aí registada a favor de Maria Manuela Félix da Lança Cordeiro, solteira, maior, com a última residência conhecida na Rua Barata Salgueiro, 1, 2º direito em Lisboa, sobre o qual impende um arrendamento de trezentos anos, com início em dezoito de janeiro de mil novecentos e sessenta e cinco, constituído a favor de António Mâncios ou António Mansos e esposa Maria Jerónima Narciso, falecidos, com última residência na aldeia e freguesia de Cabeça Gorda, e atualmente registado o subarrendamento em comum e sem determinação de parte ou direito, a favor do justificante e de sua mãe, Custódia Jerónima Colaço; Que o identificado prédio veio à posse do justificante, José Marujo Colaço Malveiro, por doação verbal feita por seus pais José Marujo Malveiro e Custódia Jerónima Colaço no ano de mil novecentos e oitenta e dois; Que a partir desta data o requerente entrou na posse, tendo usufruído do aludido prédio rústico, livre de quaisquer ónus ou encargos, no pleno gozo das utilidades por ele proporcionadas, pagando os respetivos impostos, considerando-se e sendo considerado como seu único dono, na convicção que não lesava quaisquer direitos de outrem, tendo a sua atuação e posse sido de boa fé, sem violência e oposição de quem quer que seja e com conhecimento de toda a gente, sem oposição de ninguém, há mais de vinte anos; Está conforme o original na parte a que me reporto. Beja, vinte e oito de Agosto de dois mil e doze. A Notária Mariana Raquel Tareco Zorrinho Vieira Lima
OFICINA RECTIFICAÇÕES DE CABEÇAS E DE BLOCOS (Novos preços) TESTAGENS z SERVIÇO DE TORNO z SOLDADURAS EM ALUMÍNIO z z
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Diário do Alentejo n.º 1585 de 07/09/2012 2.ª Publicação Diário do Alentejo n.º 1585 de 07/09/2012 Única Publicação
JUSTIFICAÇÃO Cartório Notarial de Beja, Rua Conde da Boavista, nº 20 Notária: Lic Mariana Raquel Tareco Zorrinho Vieira Lima
Certifico narrativamente, para efeito de publicação que, neste cartório e no livro de notas para escrituras diversas número 94-A, de folhas 72 a folhas 73 verso, se encontra exarada uma escritura de justificação notarial, outorgada hoje, na qual a sociedade comercial por quotas “Sociedade Agrícola do Canal, Lda”, com sede em Beja, na Avenida Fialho de Almeida, nº 29, freguesia de S. João Batista, concelho de Beja, matriculada na Conservatória do Registo Comercial de Beja com o número único de matrícula e de identificação fiscal quinhentos e um milhões oitocentos e noventa mil quinhentos e cinco, com o capital social de cinco mil euros, se declara com exclusão de outrem, dona e legítima possuidora do seguinte imóvel: Prédio rústico denominado “São Lourenço”, sito na freguesia de Ervidel, concelho de Aljustrel, cultura arvense, com a área de setecentos e cinquenta centiares, inscrito na respetiva matriz sob o artigo 67 da Secção D; Que o referido prédio está descrito na Conservatória do Registo Predial de Aljustrel sob o número seiscentos e sessenta e um, de vinte e dois de dezembro de mil novecentos e noventa e cinco, com a aquisição aí registada a favor de José Ramires Saraiva, pela inscrição resultante da apresentação quatro de vinte e cinco de março de mil novecentos e oitenta e um; Mais certifico, que a justificante alega na referida escritura ter adquirido o dito prédio por usucapião, por compra que dele fizeram, há mais de vinte anos a José Ramires Saraiva, e de que não existe título, sendo porém certo que tem sempre exercido no prédio os poderes de facto correspondentes ao direito de propriedade, sem interrupção, fruindo como donos as utilidades possíveis à vista de todos e sem discussão nem oposição de ninguém. Está conforme o original na parte a que me reporto. Beja, vinte e sete de Agosto de dois mil e doze. A Notária Mariana Raquel Tareco Zorrinho Vieira Lima
PEDRO BRANDÃO Agente de Execução C.P. 3877
ANÚNCIO
Tribunal Judicial de Cuba – Secção Única Acção Executiva Processo n.° 22/09.6TBCUB Exequente: Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Guadiana Interior, CRL Executados: Maria Catarina Calhau Carraça Santos e outros. FAZEM-SE SABER que nos autos acima identificados se encontra designado o dia 19 de Setembro de 2012, pelas 14:30 horas, no Tribunal acima identificado, para abertura de propostas que sejam entregues até esse momento na Secretaria do mesmo, pelos interessados na compra do seguinte bem: Prédio Urbano, propriedade total, sito na Praça da República, em Vila Alva, em cuja matriz se acha inscrito sob o artigo 453, descrito na Conservatória do Registo Predial de Cuba sob a ficha 1163/20030530, Vila Alva. O bem pertence aos Executados: JOAQUIM ANTÓNIO ESTEVENS DOS SANTOS, NIF: 120899921 e MARIA CATARINA CALHAU CARRAÇA DOS SANTOS, NIF: 184243491 VALOR BASE: 67.500,00 € Será aceite a proposta de melhor preço acima do valor de 47.250,00€, correspondente a 70% do Valor Base. Nos termos do artigo 897° n.° 1 do CPC, os proponentes devem juntar à sua proposta, como caução, cheque visado à ordem do agente de execução, no montante correspondente a 20% do valor base do bem, ou garantia bancária, no mesmo valor. É Fiel Depositário que o mostrará a pedido o executado Joaquim António Estevens dos Santos, residente na Rua Afonso Costa, n.° 7, em Vila Alva. O Agente de Execução, Céd Prof. 3877 Pedro Brandão
EXPLICAÇÕES – Dou explicações de Espanhol – Faço traduções com o par Português/ Espanhol Contacto: 934047165 linguas.iberia@gmail.com
institucional diversos Diário do Alentejo n.º 1585 de 07/09/2012 1.ª Publicação
25 Diário do Alentejo 7 setembro 2012 Diário do Alentejo n.º 1585 de 07/09/2012 Única Publicação
JUSTIFICAÇÃO Tribunal Judicial de Moura Secção Única
ANÚNCIO Processo: 79/11.0TBMRA Ação de Processo Sumário Autor: Manuel Coelho Calisto e outro(s)... Réu: Francisco Baleizão Coelho Nos autos acima identificados, correm éditos de 30 dias, contados da data da segunda e última publicação deste anúncio, citando: Réu: Francisco Baleizão Coelho, filho(a) de José Coelho Miguel e de Maria Jorge Baleizão Coelho, nascido(a) em 11-10-1944, freguesia de São Sebastião da Pedreira [Lisboa], NIF 118920189, domicílio: Rua da República, Nº 17, 7885-039 Amareleja com última residência conhecida na(s) morada(s) indicada(s) para, no prazo de 20 dias, decorrido que seja o dos éditos, contestar, querendo, a ação, com a cominação de que a falta de contestação importa a confissão dos factos articulados pelo(s) autor(es) e que em substância o pedido consiste tudo como melhor consta do duplicado da petição inicial que se encontra nesta Secretaria, à disposição do citando. O prazo acima indicado suspende-se, no entanto, nas férias judiciais. Fica advertido de que Não é obrigatória a constituição de mandatário judicial. N/Referência: 655335 Data: 17-02-2012 O Juiz de Direito, Dr(a) Rui Miguel Fonseca Machado O Oficial de Justiça, Rosália Infante
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ORAÇÃO INFALÍVEL Ao Divino Espírito Santo, ao Menino Jesus e à Sua Santíssima Mãe e a Santo António. Oh! Jesus que disseste: pede e receberás, procura e acharás, bate e a porta se abrirá. Por intermédio de Maria Vossa Mãe Santíssima eu bato,procuro e Vos rogo que a minha prece seja atendida – Menciona-se o pedido. Oh! Jesus que disseste: tudo o que pedires ao Pai, em meu nome, ele atenderá, com Maria Vossa Santa Mãe, humildemente rogo ao Pai em Vosso Nome que a minha prece seja ouvida. Jesus que disseste o Céu e a Terra passarão, mas a minha palavra não passará.Com Mãe Vossa Mãe Bendita, eu confio que a minha oração seja ouvida. Rezar 3 Avés Marias e 1 Salvé Rainha durante 9 dias. Publicar a oração assim que receber as graças. A.P.
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Certifico narrativamente, para efeito de publicação que, neste cartório e no livro de notas para escrituras diversas número 94-A, de folhas 76 a folhas 78, se encontra exarada uma escritura de justificação notarial, outorgada hoje, na qual Maria Cecília Marques Pinhão, NIF 142226114 e marido António Mestre Franco Costa, NIF 110036620, naturais da freguesia de Salvada, concelho de Beja, casados sob o regime da comunhão geral, residentes na Rua Manuel Martins Lourenço, nº 31, na aldeia e freguesia de Salvada, concelho de Beja, titulares dos Bilhetes de Identidade, respetivamente números 6101530 de 14 de Junho de 2000 e 1046888 de 11 de Dezembro de 1997, ambos emitidos em Beja pelos SIC, se declararam com exclusão de outrem, donos e legítimos possuidores do seguinte imóvel: Prédio rústico sito “Ao Tojal”, na freguesia de Cabeça Gorda, concelho de Beja, cultura arvense em Olival, com a área de sete mil duzentos e cinquenta centiares, inscrito na respetiva matriz em nome de Maria Manuela Félix da Lança Cordeiro, sob o artigo 14 da Secção C; Que o referido prédio está descrito na Conservatória do Registo Predial de Beja sob o número mil duzentos e cinquenta e quatro de um de Junho de dois mil e nove, com a aquisição aí registada a favor de Maria Manuela Félix da Lança Cordeiro, solteira, com a última residência conhecida na Rua Barata Salgueiro, 1, 2º direito em Lisboa, pela inscrição resultante da apresentação seis de vinte e quatro de Junho de mil novecentos e setenta e um, anteriormente descrito na Conservatória do Registo Predial de Beja sob o número dezoito mil e trinta e sete, a folhas cem verso, do Livro B-quarenta e oito, com a aquisição aí registada a favor de Maria Manuela Félix da Lança Cordeiro, pela inscrição trinta e cinco mil quinhentos e três, a folhas nove verso do Livro G-quarenta e oito, sobre o qual impende um arrendamento de trezentos anos, a findar em quinze de agosto de vinte e dois mil e vinte, feito por Manuel Sant’Ana da Lança Cordeiro e esposa Amália Teotónio de Sant’Ana da Lança Cordeiro, entretanto falecidos, desconhecendo-se se com herdeiros legítimos ou legitimários, e com última residência conhecida em Beja, a favor de João Amaro Brissos, casado, igualmente falecido, através da inscrição três mil setecentos e sessenta e cinco, a folhas cento e quarenta e nove do Livro F-nove; Mais certifico, que os justificantes alegam na referida escritura que o referido prédio veio à posse dos pais da justificante senhora, António Maria Pinhão e esposa Maria José Marques, residentes que foram na aldeia de Salvada, quando em mil novecentos e trinta e oito, o tomaram de sublocação, por contrato verbal com João Amaro Brissos e esposa Luísa Cadeireira, o direito ao arrendamento do identificado prédio, a quem por óbito daqueles, respetivamente nos anos de mil novecentos e quarenta e nove e mil novecentos e noventa e três, a justificante lhes sucedeu na posse, como única e universal herdeira; Que a partir do ano de mil novecentos e setenta e seis os requerentes não pagaram qualquer renda referente à sublocação, tendo usufruído o aludido prédio rústico, livre de quaisquer ónus ou encargos, no pleno gozo das utilidades por ele proporcionadas, pagando os respetivos impostos, considerando-se e sendo considerados como seus únicos donos, na convicção que não lesavam quaisquer direitos de outrem, tendo a sua atuação e posse sido de boa fé, sem violência e oposição de quem quer que seja e com conhecimento de toda a gente, sem oposição de ninguém, há mais de trinta anos. Está conforme o original na parte a que me reporto. Beja, vinte e sete de Agosto de dois mil e doze.
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26 Diário do Alentejo 7 setembro 2012
Diário do Alentejo n.º 1585 de 07/09/2012 Única Publicação
Concurso para Exploração do Restaurante Encontra-se aberto o período para a apresentação de proposta para exploração do restaurante do NERBE/AEBAL: • Localização: Restaurante do NERBE/AEBAL, sito na Rua Cidade S.Paulo em Beja, • Espaço completamente remodelado, mobilado e equipado • Composto por: sala de refeições, bar, cozinha, sanitários e arrecadações • Facilidade de estacionamento • Data prevista de entrada em funcionamento: 15 Outubro 2012 Os interessados deverão até ao dia 30 de Setembro, entregar a sua proposta financeira, em carta fechada dirigida à Direção. Par além da proposta financeira, será considerado o melhor projeto de exploração e dinamização do espaço. NERBE/AEBAL-Associação Empresarial do Baixo Alentejo e Litoral Rua Cidade de S.Paulo Apartado 274 7801-904 Beja Telef: 284311350 Fax: 284311351 http://www.nerbe.pt e-mail: nerbe@mail.telepac.pt
Diário do Alentejo n.º 1585 de 07/09/2012 Única Publicação
ASSOCIAÇÃO DE DESENVOLVIMENTO, ACÇÃO SOCIAL E DEFESA DO AMBIENTE
CONVOCATÓRIA José Sebastião Fonte Santa Roque , Presidente da Assembleia Geral da ADA - Associação de Desenvolvimento, Acção Social e Defesa do Ambiente, ao abrigo do artigo 19º dos Estatutos da Associação, convoca os sócios para uma Reunião Extraordinária da Assembleia Geral que se realizará no dia 19 de Setembro do corrente ano pelas 17:00 horas nas instalações do Centro Comunitário de Portel, e que terá a seguinte ordem de trabalhos: - Ponto Único - Aprovação de Empréstimo Bancário Não comparecendo o número de sócios suficientes à 1ª Convocatória, a Assembleia Geral reunirá em 2ª Convocatória passados 30 minutos da 1ª com o número de sócios presentes. Portel, 05 de Setembro de 2012 O Presidente da Assembleia Eng.º José Sebastião Fonte Santa Roque
MUNICÍPIO DE ALJUSTREL CÂMARA MUNICIPAL
AVISO Para efeitos do disposto no n.º5 do artigo 6º do Decreto-lei n.º212/2009, de 3 de Setembro, conjugado com a Lei n.º12-A/2008, de 27 de Fevereiro, torna-se público que, por deliberação tomada em reunião de Câmara de 05/09/2012 e a ratificar na próxima sessão da Assembleia Municipal, se encontra aberto, pelo prazo de 3 dias úteis, procedimento concursal comum para constituição de relação jurídica de emprego público por tempo determinado – contrato a termo resolutivo certo, a tempo parcial, ao abrigo do disposto no Decreto-lei n.º212/2009, de 3 de Setembro, para os seguintes postos de trabalho: - 1 Professor de Inglês, com horário de trabalho de 17 horas semanais e remuneração mensal de 816 €; - 1 Professor de Ensino de Inglês, com horário de trabalho de 13 horas semanais e remuneração mensal de 624 €; - 1 Professor de Expressão Musical, com horário de trabalho de 12 horas semanais e remuneração mensal de 576 €; - 2 Professores de Expressão Musical, com horário de trabalho de 10 horas semanais cada e remuneração mensal de 480 €; - 1 Professor de Expressão Plástica e Visual, com horário de trabalho de 10 horas semanais e remuneração mensal de 480 €; - 1 Professor de Expressão Plástica e Visual, com horário de trabalho de 9 horas semanais e remuneração mensal de 432 €. 1 - Data da divulgação da oferta de trabalho: a presente oferta de trabalho decorrerá nos dias 10, 11 e 12 de Setembro, e será publicitada na página da Internet da Câmara Municipal de Aljustrel em www.mun-aljustrel.pt. 2 - Caracterização dos Postos de Trabalho e Local de trabalho: Ensino de Inglês, Expressão Musical e Expressão Plástica e Visual, nas escolas básicas do 1º ciclo do concelho de Aljustrel, no âmbito das atividades de enriquecimento curricular. 3 - Requisitos de admissão: os determinados no artigo 9º do Regulamento de acesso ao financiamento do programa das atividades de enriquecimento curricular no 1º ciclo do ensino básico aprovado pelo Despacho n.º 14460/2008, da Ministra da Educação, alterado e republicado pelo Despacho n.º8683/2011, do Gabinete do Secretário de Estado Adjunto e da Educação, publicado no Diário da República, 2ª Série, N.º122, de 28 de Junho de 2011, no caso dos Professores de Inglês e os determinados no artigo 18º-B no caso dos Professores de Expressão Musical e Expressão Plástica e Visual. 4 - Duração dos contratos: os presentes contratos terão início após a conclusão do presente procedimento concursal e até ao termo do ano escolar 2012/2013. 5 - Critérios e procedimentos de seleção: avaliação curricular. Em caso de empate serão realizadas entrevistas profissionais de seleção. 6 - Formalização das candidaturas: as candidaturas deverão ser formalizadas até ao termo do prazo acima fixado, mediante preenchimento do formulário eletrónico, disponível na página eletrónica da Direção Geral de Recursos Humanos da Educação, em https://sigrhe.dgae.min-edu.pt/. 7 - É constituída reserva de recrutamento até ao final do ano letivo 2012/2013, nos termos do disposto no n.º3 do artigo 7º do Decreto-lei n.º212/2009, de 3 de Setembro. Aljustrel, 5 de Setembro de 2012, A Vereadora, M.ª da Conceição Parreira
necrologia
27 Diário do Alentejo 7 setembro 2012
Serpa PARTICIPAÇÃO
Vidigueira PARTICIPAÇÃO E AGRADECIMENTO
Francisco Manuel Farinho do Rosário Josefa do Carmo Amarelinho Faleceu a 29.08.2012 É com pesar que participamos o falecimento da Sra. D. Josefa do Carmo Amarelinho, de 98 anos, viúva, natural da freguesia de Salvador em Serpa. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no dia 30/08/2012 pelas 16.00 horas, da Casa Mortuária de Serpa para o cemitério local. Apresentamos à família as cordiais condolências.
1º Ano de Eterna Saudade Sua mulher e irmãos recordam com muito amor e profunda saudade o seu ente querido, falecido em 4 de Setembro de 2011.
Cabeça Gorda MISSA
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PARTICIPAÇÃO
Gualdino Manuel da Silva 1º Ano de Eterna Saudade
Esposa, filhos, netos e restante família, participam a todas as pessoas de suas relações e amizade que será celebrada missa pelo eterno descanso do seu ente querido, no dia 13/09/2012, quinta-feira, às 18.00 horas na Igreja de Cabeça Gorda, agradecendo desde já a todos os que se dignarem comparecer ao acto religioso.
D. Angelina Bárbara N: 17/05/1932 - F: 23/08/2012 Seu marido, filhas, genros, netos, irmãs, cunhados e sobrinhos na impossibilidade de o fazer individualmente vêm por este meio agradecer a todas as pessoas que acompanharam a sua ente querida à sua última morada ou que de qualquer forma manifestaram o seu pesar.
AGRADECIMENTO E MISSA DE 30º DIA
AGÊNCIA FUNERÁRIA POPULAR BEJENSE, LDA Rua António Sardinha, nº 12 7800-447 Beja Tm. 965217456 – Tel. 284 323555
Filhos, nora, genros, netos e restante família cumprem o doloroso dever de participar o falecimento da sua ente querida ocorrido no dia 31/08/2012, e na impossibilidade de o fazer individualmente vêm por este meio agradecer a todas as pessoas que a acompanharam à sua última morada ou que de qualquer forma manifestaram o seu pesar.
Vale de Açor PARTICIPAÇÃO E AGRADECIMENTO
Lembrar-te é fácil Esquecer-te nunca Há 1 ano que já não estás entre nós Mas permanecerás sempre nos nossos corações.
Vimos participar o falecimento do Exmo. Sr. José de Jesus Palma, de 79 anos de idade, casado com a Exma. Sra. D. Maria Baião Evangelista Palma, natural de Sobral da Adiça, Moura. O funeral realizou-se no passado dia 04.09.2012 da casa mortuária do Sobral da Adiça para o cemitério local.
Maria Joaquina Palula Alhinha
Vila De Frades AGRADECIMENTO
MISSA
Esposa e filhos de Joaquim Custódio Marques Alexandre, Jacinta das Dores Vidinha Nasceu 24.08.1916 Faleceu 31.08.2012 Sua família na impossibilidade
Carlos da Silva Sousa 6º Mês de Eterna Saudade Pai, Faz 6 meses que partiste, a dor não passa e a saudade aumenta.
de o fazer pessoalmente agradecem por este meio a todas as pessoas que a acompanharam á sua última morada ou de outro modo manifestaram o seu pesar.
agradecem reconhecidamente a todos os que se dignaram acompanhar o funeral do seu familiar, bem como a todas as pessoas que demonstraram o seu carinho e amizade. Participam que será celebrada uma missa em sua homenagem no dia 12 de Setembro, quarta-feira, pelas 19.00 horas,
Será celebrada missa pelo teu eterno descanso no dia 1009-2012, pelas 18.30 horas na Igreja do Salvador, em Beja. Da tua esposa, filhas, genros, netos e restante família.
AGÊNCIA FUNERÁRIA ESPÍRITO SANTO, LDA. Tm.963044570 – Tel. 284441108 Rua Das Graciosas, 7 7960-444 Vila de Frades/Vidigueira
na Igreja do Salvador, agradecendo antecipadamente a todas as pessoas que se dignarem assistir a esta celebração.
Diário do Alentejo 7 setembro 2012
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Workshop de Escrita Criativa na Biblioteca Municipal de Odemira
Pais
Este workshop de Escrita Criativa pretende mostrar aos mais novos como é fácil construir frases, rimas, contos, textos, de uma forma divertida. Recorrendo a um variado número de ferramentas é possível dar asas à imaginação. Criar novos mundos, histórias, personagens, brincar e jogar com as palavras, são uma forma de estimular a capacidade criativa das crianças e jovens, incutindo-lhes de uma forma divertida o prazer pela leitura e pela escrita. Inscrições até 20 de setembro para jovens entre os 10 e os 18 anos.
A páginas tantas ... Num tempo de recomeço “Migrando”, embora tenha sido editado em 2010 pela editora Orfeu, adapta-se bem a esta altura. Duas capas, dois pontos de partida, mas é indiferente por onde se começa a viagem.
Com o regresso à escola a preocupação sobre o que os filhos comem redobra, por isso é tempo de repensar no que se coloca nas lancheiras deles. Um lanche variado e ao mesmo tempo divertido ajuda mesmo quando a brincadeira fala mais alto.
À solta
Pela tua mão
Neste livro, aves e pessoas cruzam os céus. Fazem as malas, abrem as asas e lançam-se à aventura… Dedicada aos que deixaram a sua terra para recomeçarem noutro lugar. Um livro que nos mostra como a palavra migrante pode ser sinónimo de sofrimento e fragilidade, mas também de coragem e futuro. As ilustrações de Mariana Chiesa dão espaço às tuas vivências.
Dica da semana A Dica desta semana baseia-se no blog “Michele made me” onde vais encontrar fantásticas ideias para grandes projetos. Na secção de tutoriais ou mesmo na sua loja tens passo a passo como materializar algumas das ideias apresentadas. Perdete no mundo de Michele e já agora envia-nos imagens de alguns desses trabalhos. http://www.michelemademe.com/
Vê mais em http://marianachiesa.blogspot.pt/
Uma ideia para aproveitares os lápis que sobraram da escola.
Fácil esta ideia para decorares uma parede do teu quarto e se te arrependeres basta descolar.
Se a imagem acima ainda não te despertou interesse (pouco provável), dou-te duas palavras: One Direction. Pois é! A boysband mais falada do momento. Desde que libertaram o seu primeiro single ‘What Makes You Beautiful’, estes cinco rapazes, Liam Payne, Louis Tomlinson, Zayn Malik, Niall Horan e Harry styles, nunca abandonaram as luzes da ribalta nem por um segundo, tornando-se assim das celebridades mais cobiçadas particularmente pelas raparigas adolescentes. Nos últimos meses, os meninos têm-nos comunicado via Twitter que estão a trabalhar arduamente num novo álbum e desde então a curiosidade só tem apertado. Quando as directioners (fãs dos One Direction) já não suportavam a longa espera, a banda fez um vídeo (disponível no Youtube), no qual anunciava o nome do seu novo single ‘Live While We’re young’. Na passada quinta-feira, um dos membros, Louis Tomlinson, publicou na sua página no Twitter: ‘Estou tão contente por vos contar que o nosso novo álbum chamase ‘Take Me Home’ Mal posso esperar para que vocês o oiçam! Mais noticias brevemente! ‘Take Me Home’. O lançamento do álbum está previsto para Novembro nos EUA e na Europa.As novidades rapidamente se dispersaram pelas redes sociais e desde então os fãs não se têm abstido de demonstrar o seu contentamento face às divulgações. Mafalda, 15 anos
Boa vida Comer Línguas de bacalhau com molho verde Ingredientes para 4 pessoas: 500 gr de línguas de bacalhau salgadas, 120 gr de farinha de trigo, 3 ovos, q.b. de óleo, 3 dl de azeite, 1 dl de vinagre, 1 cebola média, 2 dentes de alho, 1 molho de salsa médio, 1 ovo cozido, q.b. de sal fino, q.b. de pimenta branca moída. Confeção: Comece por demolhar as línguas durante 24 horas mudando a água várias vezes ao dia, para retirar o excesso de sal. Leve um tacho ao lume com água e coza-as. Retire-as para um passador de rede e escorra-as. Passam-se por farinha, ovo batido e fritam-se em óleo bem quente. Coloque-as sobre papel absorvente. Entretanto faça um molho com azeite, vinagre, sal, pimenta, ovo picado, cebola picada, alho picado e salsa picada. Coloque o molho sobre as línguas e bom apetite…
Beber Prémios para o vinho
N
a próxima semana começo a contagem decrescente para os prémios W de 2012 que serão revelados em janeiro, comemorando o terceiro ano de contacto com os meus W-amigos, através de www.w-anibal.com. O formato da newsletter semanal dedicada ao vinho e a outros líquidos alimentares com história, emoção, procura e interesse social, foi muito bem acolhido pelos internautas, a quem envio o meu sincero agradecimento. O trabalho de um jornalista especializado neste setor combina duas áreas fundamentais: a crítica sobre os eventos que vão ocorrendo e, ainda mais importante, sobre a organização, as tendências e a estratégia das instituições e dos agentes económicos. A segunda área é a proposta de produtos de consumo, com valor seguro, e de ações ou eventos que contribuam para a elevação do nível formativo e técnico dos leitores. Optei por propor todas as semanas uma seleção das 10 melhores referências relativas a um determinado tema relacionado com o mundo do vinho. Como resumo do trabalho anual de intensa relação diária com este setor enraizado na sociedade e na geografia portuguesas, começo hoje a nomeação dos melhores representantes que, em 19 categorias (com a novidade do Melhor Blog do Ano) se destacaram pela qualidade Vinho Vi h de d dos seus produtos e atos durante Calendário o ano de 2012. A toda a fileira do Já se encontra on line vinho nacional presto a minha e de acesso gratuito homenagem: à dedicação, à sao novo guia Copo & Alma, 319 Melhores gacidade e inteligência dos seus Vinhos para 2012. milhares de representantes, hoSó tem de entrar em mens e mulheres que amam os www.w-anibal.com e seus vinhos e vinhedos, honconferir. No Alentejo rando os antepassados e a nossa tem sempre brilhado o produtor do vinho tinto história coletiva. IG Alentejano, Monte do Pintor, de 2009.
Nota: As línguas de bacalhau normalmente encontram-se à venda em salmoura.
Vinho Diário António Nobre Chefe executivo de cozinha – Hotéis M’AR De AR, Évora
Um dos vinhos que mais me impressionou na recente prova cega que irá dar origem ao meu Guia Popular de Vinhos, edição 2013, disponível em setembro nas livrarias e nos supermercados, foi o branco IG Alentejano Paulo Laureano, Clássico de 2011. Compra segura em qualquer prateleira.
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Ferreira do Alentejo acolhe, na quinta-feira, 13, o Encontro Nacional do Setor do Azeite – Da produção aos mercados. A iniciativa é promovida pela Câmara Municipal de Ferreira do Alentejo em colaboração com diversas empresas e cooperativas. O encontro decorre no Centro Cultural Manuel da Fonseca e a cerimónia de encerramento será presidida pela ministra da Agricultura, Assunção Cristas.
Melhor Indicação Geográfica Protegida (Vinho Regional) – 10 de setembro. Melhor Denominação de Origem Protegida – 17 de setembro. Melhor Enoturismo sem Estadia – 24 de setembro.Melhor Enoturismo com Estadia – 1 de outubro. Melhor Serviço de Vinhos em Restaurante de Rua – 8 de outubro. Melhor Serviço de Vinhos em Restaurante Integrado – 15 de outubro. Melhor Produtor de Vinhos Tranquilos (vinho diário) – 22 de outubro. Melhor Produtor de Vinhos Tranquilos (vinho de calendário) – 29 de outubro. Melhor Produtor de Vinhos Fortificados – 5 de novembro. Melhor Produtor de Vinhos Efervescentes – 12 de novembro. Melhor Vinho Tranquilo Branco – 19 de novembro. Melhor Vinho Tranquilo Rosé – 26 de novembro. Melhor Vinho Tranquilo Tinto – 3 de dezembro. Melhor Vinho Fortificado –10 de dezembro. Melhor Jovem Enólogo – 17 de dezembro. Melhor Enólogo – 24 de dezembro. Blog do Ano – 31 de dezembro. Acontecimento do Ano – 7 de janeiro. Personalidade do Ano – 14 de janeiro. Gala Live on Internet – janeiro (data a anunciar). Aníbal Coutinho
Letras Os manuscritos de Aspern
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ublicado originalmente em fascículos na revista Atlantic Monthly, em 1888, este conto é de uma delicada perfeição. O suspense que Henry James cria é complementado e potenciado pelo retrato psicológico do anti-herói. Este é um editor corrompido pelo desejo de possuir os manuscritos que o seu poeta de eleição, Jeffrey Aspern, escreveu e que estão na posse de Juliana, senhora de idade muito avançada que foi uma das amadas de Aspern. Se é pela descrição da sucessão de acontecimentos – o aluguer, sob falso pretexto, de aposentos no velho palácio onde vivem as senhoras Bordereau; o reflorescimento do jardim decrépito (promessa de vida nova para Miss Tita?); a sedução da sobrinha, ingénua, da depositária das cartas; entre outros –, feita pelo editor, que o leitor é enredado na intriga, este “fio de Ariadne” acaba por desvendar , iluminando-a ora em função da ingenuidade ora da impecabilidade ética, e impôr Tita como a verdadeira heroína dos “manuscritos”. Depois há Veneza. A descrição das luzes da cidade ao longo dos dias e da sucessão de estações, a composição sobre a vida que flui nos canais e que converge para a praça de São Marcos ou se espraia até ao Lido, fazem de Veneza mais do que um cenário mas “circunstância” com implicações profundas na intriga. Este conto foi escrito por Henry James devido à confluência de dois factores – o dilema moral vivido enquanto biografava Nathaniel Hawthorne e uma “anedota” que lhe foi contada durante a sua permanência em Florença. Foi aí que soube que uma senhora mantinha guardadas várias cartas de Byron. Soube ainda que uma das amantes deste tinha vivido na cidade acompanhada por uma sobrinha e teve conhecimento das manobras de um tal Capitão Silsbee para apossar-se de cartas de Percy Shelley e Byron que a amante deste teria mantido em seu poder. A obra de Henry James é apresentada e traduzida por Aníbal Fernandes nesta edição da Sistema Solar, editora nova que herdou os mesmos responsáveis e o projecto que enformou a actividade da Assírio & Alvim. Longa vida. Maria do Carmo Piçarra Henry James Sistema Solar 13 euros 158 págs
Diário do Alentejo 7 setembro 2012
Encontro Nacional do Azeite em Ferreira
Filatelia Nª Srª d’Aires em selo, carimbo e postal
O
município de Viana do Alentejo, com a colaboração do Clube Nacional de Maximafilia (CNM) e os CTT – Correios de Portugal, vai levar a efeito, hoje, dia 7, a primeira Mostra Filatélica na sede deste concelho e que é simultaneamente comemorativa do 3.º aniversário do CNM. O evento é inaugurado às 15 horas e pode ser visitado até ao fim do dia do próximo domingo, na igreja da Misericórdia, sediada no interior do castelo de Viana do Alentejo. Para assinalar a efeméride, a organização põe hoje em circulação um selo personalizado, um postal ilustrado e um carimbo comemorativo. Todos estes produtos são ilustrados com a igreja de Nossa Senhora d’Aires, monumento que remonta ao século XVI e que é sobejamente conhecido pelas festividades em honra de Nossa Senhora d’Aires. O atual monumento, inaugurado em 1760, apresenta-se num estilo barroco-rococó. Sendo a primeira vez que Viana do Alentejo é cenário de uma manifestação filatélica, entendeu o município que devia mostrar aos forasteiros em geral e aos munícipes em particular os vários tipos de colecionismo derivados do selo postal. Assim, irão estar patentes ao público coleções de filatelia, marcofilia, temática e maximafilia, de onde podem ser recolhidos muitos conhecimentos culturais e pedagógicos, sendo esta uma razão acrescida para o município de Viana do Alentejo se congratular com esta exposição. O CNM foi fundado em 2009 e das suas atividades destaca-se a emissão de selos personalizados para a confeção de Postais Máximos. Os 34 selos já editados são dos mais variados temas. Veja-se a riqueza temática da listagem que se segue: Outubro de 2009 – Monumentos – Câmara Municipal Sintra/Ruínas do Carmo; dezembro de 2009 – Natal – Presépios – Sesimbra/ Monsaraz; março 2010 – Azulejos – Porto/Paço de Arcos; maio de 2010 – Trajes Regionais – Vilão dos Açores/Leiteira do Algarve; julho 2010 – Jogos de Mesa – Bilhar/Xadrez; setembro de 2010 – Frutos Silvestres – Amora/Medronho; outubro de 2010 – Boletineiros – Lisboa/Alentejo; dezembro de 2010 – Natal – Vitrais - Belém/Montemoro-Novo; março 2011 – Invertebrados – Escorpião/ Louva-a-Deus; maio de 2011 – Cruzeiros – Silves/S. Marta de Portuzelo; julho de 2011 – Pontes Romanas – Marvão/Seda; outubro de 2011 – Charretes Típicas – Vila Real de Santo António/ Cascais; dezembro de 2011 – Natal – Fuga para o Egito; Fevereiro de 2012 – Calçada Portuguesa – Angra do Heroísmo/Santarém; abril de 2012 – Paisagens – Casas de Pedra; julho de 2012 – Aves – Pintassilgo/Verdilhão; setembro de 2012 – Monumentos Religiosos – Basílica da Estrela/ Igreja Nossa Senhora d´Aires Viana do Alentejo. Geada de Sousa
O pop/jazz /jazz uísa de Luísa Sobrall no ulia Pax Julia
Diário do Alentejo 7 setembro 2012
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A Algures num território entre o jazz e o pop, “The cherry on my cake” é o primeiro álbum em nome próprio da cantora e compositora Luísa Sobral, que vai estar amanhã em Beja, para n um concerto no Teatro Municipal Pax Julia, a partir das 21 e 30 horas. Em palco, esta jovem u aadmiradora de Billie Holliday, Ella Fitzgerald ou Regina Spektor, vai apresentar 13 temas, 110 deles cantados em inglês, além de “O Engraxador”, “Xico” e “Saiu para a rua”, versão de um clássico de Rui Veloso. João Hasselberg (contrabaixo), Carlos Miguel (bateria) e Filipe u Melo (piano) acompanham a cantora, que também interpreta a guitarra e a harpa. M
Fim de semana
Festa da Juventude na barragem do Roxo, Aljustrel
Música e voluntariado no Roxo Summer Fest
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om o verão ainda em pleno, a barragem do Roxo, no concelho de Aljustrel, vai ser palco amanhã, sábado, de um dia de festa dedicado à juventude. Acampamento, atividades radicais, música e uma noite non stop são os ingredientes desta primeira Roxo Summer Fest, integrada no novo programa municipal “Aljustrel Jovem”. A partir das 18 horas, inaugura-se o Espaço Música, que promete 12 horas ininterruptas de música à beira da albufeira, a cargo dos DJ Christian F, Peter Lewis, Holly, Bruno Lopez, Tape, Paulo Vaz, Rui Miguel, Jesus del Souza, Philip Deepe e Escravo. O evento conta ainda com a participação da JuveBombeiro, que trará à barragem do Roxo cerca de 150 jovens bombeiros de todo o País, para acampar durante todo o fim de semana. Esta visita em massa surge na sequência de uma parceria estabelecida entre o município local e a Liga dos Bombeiros Portugueses, “procurando-se, por esta via, estimular os jovens do concelho de Aljustrel para o voluntariado e para o envolvimento em causas humanitárias”, esclarece a autarquia, informando que garantirá o transporte para o evento a partir de todas as freguesias do concelho. Assim, ao longo de todo o dia de amanhã todos os jovens participantes serão desafiados para atividades de descoberta da natureza (canoagem, tiro ao arco, ponte de cordas, provas de orientação e paintball), workshops nas áreas do combate a incêndios com extintores e do suporte básico de vida, e ainda para várias tipos de demonstrações. De busca e salvamento de pessoas pelo binómio homem/cão; de grande ângulo (resgate de vítimas em zonas de difícil acesso); e de mergulho com simulação de procura e resgate de vítimas. Ao longo do ano, o programa “Aljustrel Jovem” prevê apresentar várias iniciativas para ocupação dos tempos livres da juventude, em áreas como ambiente, empreendedorismo, cultura, desporto e turismo, no sentido de “poder atrair e fixar os jovens no concelho de Aljustrel, contribuindo para o seu desenvolvimento social, económico e cultural”.
Romaria da Senhora da Cola arranca hoje Tradicionalmente um dos lugares de peregrinação mais importantes do Baixo Alentejo, a ermida de Nossa Senhora da Cola vai receber mais uma romaria entre hoje e amanhã, sábado, numa organização da Santa Casa da Misericórdia de Ourique, com o apoio do município local. A festa é animada pelo acordeonista Ricardo Laginha e pela cantora Karmo Leal (hoje, a partir das 21 horas), seguindo-se amanhã, partir das 11 horas, uma missa solene e uma procissão que conta com as participações do Grupo Coral de Ourique e da Banda Filarmónica Lira Cercalense. A tarde prossegue com uma matiné musical animada por Ricardo Laginha e a romaria culmina com baile, a cargo da dupla Borges e Nelson.
Odemira celebra Dia do Município e Senhora da Piedade
Cante alentejano desfila na Festa do “Avante!”
Odemira celebra amanhã, sábado, a I Cerimónia do Dia do Município. A partir das 9 e 30 horas, no jardim Sousa Prado, estão previstas a atuação da Orquestra Sopro do Litoral Alentejano, da Escola de Artes de Sines, e uma sessão de entrega de diplomas de mérito a 42 entidades e/ou individualidades que se destacaram no último ano em diversas setores. Também por estes dias, entre hoje e amanhã, celebram-se as Festas de Nossa Senhora da Piedade, uma tradição antiga de homenagem à santa padroeira de Odemira de cujo programa fazem parte cerimónias religiosas, fogo de artifício e espetáculos musicais, entre eles o de Sebastião Nunes e os Quadrilha, agendado para o serão de amanhã.
O cante alentejano vai ser a grande temática deste ano do Espaço/Palco Alentejo na Festa do “Avante!”, cuja 36.ª edição arranca hoje, sexta-feira, na Quinta da Atalaia, Seixal. Além de um desfile de grupos corais, agendado para as 18 horas de amanhã, sábado, prevê-se, de seguida, uma sessão evocativa da candidatura a Património Cultural Imaterial da Humanidade, que culminará com a atuação de vários corais da região, entre eles Os Ganhões de Castro Verde, Os Ceifeiros de Serpa, o Grupo Coral de Ourique e as Estrelas do Alentejo, de Santa Vitória. O grupo Cruzeiro, de Vila Nova de São Bento, o contador de histórias Jorge Serafim, o Trio Cant’Alentejo, de Panoias, e o Teatro Fórum de Moura são outros dos convidados.
Segundo o jornal “i”, a Igreja da Cientologia realizou audições a atrizes para casarem com Tom Cruise. Como as mesmas não tiveram sucesso nos EUA, a Igreja decidiu ir para outras paragens... Nesse sentido, a “Não confirmo, nem desminto”, em parceria com a Igreja da Cientologia, decidiu lançar um passatempo exclusivo na região do Alentejo: Queres ser a próxima esposa de Tom Cruise, o ator mais famoso do mundo que, na realidade, é muito baixinho, mas no ecrã parece um latagão? Queres aninhar-te nos braços do homem mais alienado e, vá lá, ligeiramente chalupa de Hollywood? Então esta é a tua oportunidade! Comparece ao casting, a realizar nas casas de banho públicas junto ao Castelo de Beja entre as 22 e as 23 horas de amanhã, com o teu C.V., uma foto em lingerie, análises à urina, um litro de sangue, o teu NIB, cartão do Continente e uma marmita com carapaus fritos. Atenção: Cada candidata deve pagar 5000€. (Só a admitir a Vera Pereira.)
31 Diário do Alentejo 7 setembro 2012
casting o, nÃo confirm o/ t in nem desm logia: o t n igreja da cie r queres se sposa a prÓxima e e? u r de tom c is
facebook.com/naoconfirmonemdesminto
Alentejo: Utilizadores da TDT queixam-se de danos psicológicos por só se conseguir ver o Canal Parlamento
Inquérito
Vários autarcas da região manifestaram junto do Governo e da Anacom o seu desagrado pelo mau serviço prestado pelo serviço de TDT (Televisão Digital Terrestre), nomeadamente no que se refere ao fraco sinal de TV. Contudo, com o início das emissões da ARTV (Canal do Parlamento) as reclamações têm subido de tom: “Já temos queixas de idosos cuja única ligação ao mundo é a televisão. Como o único canal que apanham bem é a ARTV, há utilizadores do serviço que evidenciam claros sinais de distúrbios psicológicos, como stress pós-traumático, delírios persecutórios e tiques no olho como o José Rodrigues dos Santos tem no final do Telejornal”. A nossa página esteve a avaliar o canal e pode confirmar que a ARTV tem programação que deveria ter bolinha vermelha no canto do ecrã. Destaque
entusiasmado com o regresso às aulas?
para o programa de culinária de Pita Ameixa (na foto), com o título Top Pita, em que o deputado ensina a fazer pão pita e pudim de ameixa, entre outras iguarias, e para o programa em direto, com a duração de 8 horas, Homem Vs Serviços de Urgência, em
que o deputado Mário Simões passa horas de emoção em serviços de urgência de todo o país para concluir, em todos os episódios, que, provavelmente, “o melhor é fechá-los à noite desde que se reforce o efetivo durante o dia.”
ANTÓNIO QUADRO DE ZONA PEDAGÓGICA, 42 ANOS Pessoa que trabalha como cobaia das farmacêuticas Tenho sentimentos mistos: por um lado estou contente com o facto do meu moço já não estar de férias, pois assim não passa o dia na piscina com uma irritação provocada pelo cloro; por outro, tive de vender a minha coleção de moedas de ouro só para comprar os cadernos! Quanto aos livros, o ano passado vendi um rim para os comprar. Este ano acho que vou vender outro órgão… Pelos meus filhos faço tudo. Afinal, para que é que preciso de um pâncreas?
TATIANA CONTRATADA, 48 ANOS Professora de Matemática e candidata a empregada de limpeza na Alemanha
Luis Filipe Vieira em Serpa: Presidente do Benfica desejava conhecer o Lebrinha pois “todos os bons jogadores interessam ao Benfica”
Governo quer concessionar a A26 aos condutores idosos para que possam andar em contramão à vontade
No passado fim de semana, Luis Filipe Vieira esteve em Serpa para inaugurar a Casa do Benfica naquela cidade da margem esquerda: o presidente do clube encarnado foi recebido nos Paços do Concelho e, depois, deslocou-se para um almoço de convívio, onde, aproveitando o ambiente de descontração, o nosso correspondente em Brinches colocou algumas perguntas ao líder encarnado, nomeadamente se desejaria conhecer o Lebrinha. A resposta de Vieira não podia ser mais perentória: “Sim, claro, hhmmm. Todos os bons jogadores interessam ao Benfica, hhmmm. Estamos atentos ao mercado – se esse Lebrinha for canhoto, vai logo para lateral esquerdo. E com esse nome, deve ser rápido como uma lebre, não? O Benfica, hhmmm, oferece um milhão de euros pelo jogador, e empresta o Djaló, o Jardel, um dos 15 laterais esquerdos que o Jesus não quer e dois dos 345 extremos que estão a ganhar pó no banco e não se fala mais nisso…”. Mas os interesses do clube de Lisboa, na cidade, poderão não ficar por aqui... Ao que apurámos, os olheiros benfiquistas acreditam que a estátua de Abade Correia da Serra terá potencial para entradas a pés juntos ao nível de um Javi Garcia ou mesmo de um Fernando Seara, pelo que a sua contratação seria sempre uma mais-valia.
A polémica em torno da suspensão das obras na A26 (também conhecida pelos especialistas em transportes como a auto-estrada-que-era-para-seraté-Ficalho-e-já-não-é-e-depois-ia-ser-até-Beja-e-agora-não-se-sabe) parece não ter um fim anunciado. Uma investigação Nâo confirmo, nem desminto/Pedro Lamy/Cândida Almeida descobriu agora que o Governo pretende concessionar a estrada aos idosos de todo o país para que possam viver a experiência única e libertadora de conduzir em contramão durante mais de três quilómetros sem embater contra um camião TIR ou um poste de alta tensão. “É uma grande medida deste Governo!”, afirmou Gregório Fangio de 94 anos. “Já andava cansado de entrar em contramão na A2 com o meu Microcar, a abrir a mais de 53 km/h… Aí aparecem logo aqueles desmancha-prazeres da GNR. Um tipo nem pode atropelar um caracol ou chocar com uma área de serviço como antigamente… Assim já vou poder andar à maluca, como numa autobahn! Ali, ao despique com as carroças, os Ford Modelo T ou as Famel Zundapp!”, acrescentou o idoso, enquanto trocava as suas jantes de 12 polegadas por umas jantes ultra desportivas de 13 polegadas. Acrescente-se, todavia, que esta não será uma SCUT e que os idosos terão de pagar portagens cujo custo deverá rondar 50 por cento do subsídio de Natal.
Não estou nada contente, fui uma dos milhares de docentes que não ficou colocada. Vida de professor não é fácil. Depois de ter sido colocada em Barrancos, Chaves, Ponta Delgada, Maputo e Vilnius, estou sem trabalho. É uma injustiça! Investi muitos anos da minha vida para seguir a minha vocação! E agora, onde é que posso preencher burocracia sem fim, ministrar programas extensíssimos, ou fugir de pais com caçadeiras de canos cerrados? A sério, quem é que paga o colete de kevlar recomendado pelo Ministério da Educação para evitar facadas ou rajadas de Uzi dos alunos do 1º ciclo?
GUSTAVO ESCOLARIDADE OBRIGATÓRIA, 15 ANOS Jovem Ya, tou contente. Já tava uma beca cansado de estar em casa a jogar Playstation durante 76 horas consecutivas. Até curto a escola, tipo, os meus colegas, e os meus profs, nomeadamente a boazona da prof. de Educação Física, a boazona da prof. de Filosofia e a boazona da prof. de Inglês. Acho que vou seguir, tipo, letras, porque, tipo, curto bué línguas. Acho que é importante saber falar estrangeiro para poder trabalhar no estangeiro fora do país. O meu pai também insiste para eu seguir letras, para aprender tudo sobre letras… Diz que é melhor assim porque me vai deixar uma data delas para pagar! LOL
Nº 1585 (II Série) | 7 setembro 2012
RIbanho
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Hoje, sexta-feira, o sol deverá brilhar em toda a região e a temperatura oscilará entre os 21 e os 30 graus. Amanhã, sábado, o céu deverá estar limpo e no domingo pouco nublado.
Depois da Tanzânia, o Ruanda
O sonho de ser voluntário todos os dias
E
steve recentemente na Tanzânia onde, por duas semanas, integrou uma equipa de voluntários na área dos cuidados de saúde oral. Um trabalho cuja “dureza e cansaço” se esquecem, diz, quando se percebe o muito que se pode fazer por quem, por falta de ajuda médica, teve que resignar-se à dor. Filho de um lisboeta que veio parar a Beja para exercer medicina, Pedro, também médico, regressa à cidade pelo menos uma vez por ano para visitar “velhos amigos” e a família. Vive e trabalha no Reino Unido e tem na calha novas missões em África.
qual fizeram parte mais dois portugueses. Ninguém se conhecia antes mas foi como se fôssemos melhores amigos desde infância. Se as responsabilidades nesta sociedade materialista não fossem tantas facilmente faria deste programa o meu emprego diário. Contudo, se me conseguir manter um voluntário ativo já fico feliz. Com o know how da Bridge2Aid, a minha próxima missão será no Ruanda mas também gostava de passar pelos Palop. Que diferença podem fazer apenas duas semanas da vida de um profissional do mundo desenvolvido no quotidiano destas populações?
O que é que o levou ao trabalho voluntário e quais foram as suas primeiras experiências neste campo?
O trabalho voluntário surge quando gostamos de ajudar os outros e temos prazer em prescindir do nosso tempo livre para apoiar quem mais precisa. Os primeiros passos nesta área surgiram quando ainda estudava Medicina Dentária em Lisboa. Comecei com a “Ronda da Caridade” (apoio aos sem-abrigo) e mais tarde aderi ao programa “Sorriso Feliz”, ambos através da Legião da Boa Vontade. Já no Reino Unido, integrou a equipa da ONG Bridge2Aid, que presta cuidados médicos dentários em países como a Tanzânia nomeadamente. Que impressões guarda desta experiência?
As melhores impressões possíveis de imaginar! É um trabalho duro e muito cansativo, visto as limitadas condições de trabalho, a barreira da língua e o desconhecimento quase completo da população quanto a cuidados de saúde oral/tratamento dentário. No entanto, é uma experiência muito gratificante e só isso faz com que todos os obstáculos possam ser facilmente ultrapassados. Encontrei uma equipa fantástica da PUB
Pedro Fonseca
30 anos, natural de Lisboa Filho de um médico que acabava de ser colocado em Beja, chegou à cidade com apenas quatro anos, para só regressar a Lisboa, terra da família, quando decidiu frequentar Medicina Dentária. Por esta altura, teve as suas primeiras experiências como voluntário, apoiando sem-abrigo e crianças de bairros desfavorecidos. Já no Reino Unido, onde exerce há quatro anos e meio, voltou a pensar em doar o seu tempo livre e fê-lo por duas semanas na Tanzânia, prestando cuidados de saúde oral através da ONG Bridge2Aid. Da experiência guarda “as melhores impressões possíveis de imaginar” e já pensa na próxima missão: Ruanda.
Estas duas semanas que iria de férias para qualquer lado fazem toda a diferença numa população necessitada. Vi pessoas que viviam com dor há sete anos, simplesmente porque ninguém as podia ajudar. Depois de anunciada a nossa presença há pessoas que andam a pé durante dias até nos encontrarem. Estes são os verdadeiros heróis e ficam-nos gratos para a vida. Também damos formação e fornecemos um kit básico de material dentário a profissionais de saúde locais (com formação teórica prévia) para que a população continue a ter apoio no futuro. Que características deve reunir um candidato a voluntário?
Um voluntário deve ter espírito solidário e empatia, agir de livre e espontânea vontade e ser responsável. Psicologicamente, deve ser forte para saber lidar com a diferença. Quanto a países subdesenvolvidos, condições de vida extremas podem ser um desafio para os mais sensíveis. Água quente é um luxo, eletricidade nem sempre há e rede para telemóvel muito menos. Quanto à falta de telemóvel e Internet, para mim, foi uma vantagem... Carla Ferreira
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José António Falcão medalhado no Brasil José António Falcão, que dirige desde 1984 o Departamento do Património Histórico e Artístico (DPHA) da Diocese de Beja, foi recentemente condecorado com a Medalha Barão de Studart, a mais alta distinção científica e cultural do Ceará, Brasil. O galardão premeia o historiador de arte pelos seus “contributos para o conhecimento do fundador deste Estado brasileiro, o capitão-mor Martim Soares Moreno”, através dos estudos que o investigador português realiza, desde há uma década, sobre as origens deste natural do Alentejo que é também uma das figuras primordiais da história do Brasil. Aliado dos índios pitiguaras, que habitavam no litoral, sabe-se que estabeleceu laços matrimoniais com a célebre princesa Iracema, “a virgem dos lábios de mel”, heroína do romance homónimo, publicado por José de Alencar em 1865, e um clássico da literatura brasileira. Investigações que, explica o DPHA da Diocese de Beja em comunicado, têm permitido olhar, “sob uma ótica diferente, informada pelas novas metodologias das ciências humanas e sociais, a personalidade de Martim Soares Moreno, dentro do seu quadro histórico”. O mesmo organismo sublinha ainda “um fenómeno ainda pouco estudado” e que diz respeito à “presença de alentejanos no período da expansão territorial do Brasil, onde desempenharam, nos séculos XVII e XVIII, as mais diversas atividades, como funcionários da Coroa, militares, arquitetos, comerciantes, missionários ou simples lavradores”. Poucos, no entanto, terão atingido o destaque do capitão-mor do Ceará. José António Falcão é conservador-chefe de museus e professor universitário. Enquanto responsável pela arte sacra do Alentejo meridional, tem levado a cabo um trabalho de inventariação, restauro e dinamização das igrejas deste território. E foi ao fazer o levantamento dos arquivos locais, na busca de pistas para esclarecer a existência de monumentos de “torna-viagem”, realizados em Portugal por artistas do Brasil (como o santuário de Nossa Senhora da Assunção, em Messejana) que se pôs no encalço de Martim. “Soares e Moreno são apelidos frequentes na região; quando se ajustam as peças do puzzle, tendo por fundo o Alentejo anterior ao liberalismo, tornam-se percetíveis as intensas ligações com o Brasil, destino privilegiado para muitos alentejanos de então”, explica o investigador.