Ediçao N.º 1590

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Beja, três anos depois PS faz balanço positivo CDU acusa executivo de cruzar os braços pág. 10

SEXTA-FEIRA, 12 OUTUBRO 2012 | Diretor: Paulo Barriga Ano LXXXI, N.o 1590 (II Série) | Preço: € 0,90

O desemprego é o maior problema do Alentejo e do País JOSÉ SERRANO

Entrevista nas págs. 6, 7 e 8

PCP propõe “visita urgente” ao IP8 Bernardino Soares, líder da bancada comunista, anunciou no final das Jornadas Parlamentares do PCP que vai propor à Comissão de Obras Públicas uma visita urgente ao IP8. pág. 9

RTS continua com ordenados em atraso O empresa mãe dos investimentos de João Paulo Ramôa pagou esta semana parte dos ordenados em atraso, mas continua com dívidas aos seus trabalhadores. pág. 11

Alojamento para estudantes em alta Apesar da crise e da diminuição do número de alunos, os senhorios de Beja mantêm os preços dos alojamentos em alta. Um quarto pode custar entre 110 e 175 euros. pág. 12

Uma mulher entre homens na arbitragem Maria Sousa tem 23 anos. É natural de São Matias, Beja. E chegou esta época ao quadro nacional de arbitragem da Federação Portuguesa de Futebol. pág. 20 PUB

Os trilhos do Brasil no Alentejo Esta edição do “DA” é dedicada ao Ano Luso-Brasileiro. Fomos até São Miguel do Pinheiro, Mértola, à descoberta das origens de António Raposo Tavares, o Bandeirante. E andámos por Beja à conversa com cidadãos brasileiros que escolheram o Alentejo para se fixarem. Uns por necessidade. Outros por opção de vida. Reportagens nas págs. 4/5 e 16/17

JOSÉ SERRANO

Carlos Moedas, secretário de Estado Adjunto do Primeiro-Ministro, em entrevista ao “DA”


Diário do Alentejo 12 outubro 2012

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Editorial Aldeias

Vice-versa O executivo do PS [na Câmara de Beja] faz um balanço “muito positivo” dos três anos de mandato, “apesar de todas as contrariedades e de todos os obstáculos” por parte do Governo e da oposição municipal da CDU, que “adotou uma estratégia de terra queimada, não ajudando a resolver, mas sim procurando criar novos problemas”. Jorge Pulido Valente, presidente da Câmara de Beja

Paulo Barriga

“O trabalho desenvolvido pela maioria PS tem demonstrado, ano após ano, que as promessas eleitorais não passaram de vãs expetativas e, sucessivamente, tem-se assistido a práticas contrárias. [Jorge Pulido Valente] é um mestre na arte da culpabilização” e “tende, frequentemente, a escamotear as suas responsabilidades e a procurar atribuir aos outros a responsabilidade dos seus fracassos”

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á já largos meses que o “Diário do Alentejo” se aventurou numa verdadeira demanda pelas aldeias da região. Avançámos com o propósito primeiro de assinalar o Ano Europeu do Envelhecimento Ativo e da Solidariedade entre Gerações, que este ano se celebra. Ainda esta semana proporcionamos aos nossos leitores uma visita a São Miguel do Pinheiro, Mértola. A terra onde nasceu e foi batizado António Raposo Tavares. O Bandeirante. E o que fomos nós lá encontrar? Precisamente o mesmo que descobrimos um pouco por todas os pequenos povoados rurais do Alentejo: uma população envelhecida, entregue ao seu próprio destino, abandonada, sem grandes perspetivas futuras. Em Lisboa – ou mesmo em Beja – não será difícil descobrir quem olhe para estes pequenos aglomerados de casas obstinadamente tisnadas de branco e diga: “isto sim é qualidade de vida”. Mas essa é uma perigosa e saloia visão do território, da coesão territorial. Na qual o pitoresco se sobrepõe à mingua, o folclórico apaga os problemas reais das pessoas e o cante dos passarinhos emudece o desespero. A não ser que “qualidade de vida”, para a gente das cidades, queira dizer isolamento, solidão, desemprego, falta de assistência médica, de apoio social, de uma palavra de ânimo, tão apenas. A grande riqueza do Alentejo são as pessoas. A grande riqueza das aldeias são as pessoas que as habitam. Os verdadeiros guardiões do campo são as pessoas que habitam as aldeias. E quando estas, as pessoas, estão física, emocional, social e economicamente moribundas, é o Alentejo que está agonizante, são as aldeias e os campos que fenecem. E é contra essa morte anunciada, contra esse fatalismo, contra essa suposta irreversibilidade que o “DA” irá prosseguir a sua vereda de aldeia em aldeia. Todas as semanas. Escutando as pessoas. As suas queixas e aspirações. Os seus sonhos e desaires. A sua maneira de viver e de ver o mundo. Seja em São Miguel do Pinheiro, em Sobral da Adiça, na Zambujeira do Mar ou em Baleizão. Onde ainda esta semana assaltaram a escola primária. E de onde levaram leite e iogurtes. Apenas isso. Esses malandros que não sabem dar valor à qualidade de vida.

Vítor Picado, vereador da CDU

Fotonotícia

Grão a grão... São poucos os habitantes de Vila Azedo, mas quando toca a comer grão o panorama muda de figura. É caso para dizer: grão a grão enche-se a terra de gente. E a culpa, essa, é de um festival gastronómico dedicado à leguminosa. Já é a quinta vez que população e forasteiros se juntam à mesma mesa. O almoço? “Grão com todos”. E foram muitos os que, entre garfadas e danças, fizeram a festa. Sim, porque aqui, para além de se degustar um dos produtos da terra, brinda-se ao que de melhor a terra tem e com muita animação, com várias atividades, para que agradem a pequenos e graúdos. Uma festa. Em honra do grão, claro. BS Foto de José Ferrolho

Voz do povo O que pensa deste novo aumento de impostos?

Inquérito de José Serrano

Lenice Santos, 42 anos, desempregada

Vanda Machado, 45 anos, engenheira geógrafa

Barbara Peste, 51 anos, agricultora

Paulo Maria, 35 anos, advogado comercial

É uma medida errada. A crise já é enorme e este aumento vai contribuir para que Portugal se afunde ainda mais. Quem ainda tem trabalho arrisca-se a ficar sem ele. E quem está desempregado não tem hipóteses de alterar a situação. As dificuldades são muitas. Depois de oito anos em Portugal tenho de regressar ao Brasil.

É excessivo. A consequência será a diminuição do poder de compra. E as empresas vão perder competividade. Vão reduzir-se postos de trabalho e o desemprego irá aumentar. Eu até concordo com uma reestruturação da administração pública, mas não desta forma. Falta sentido moral aos governantes para dar o exemplo. Espontaneamente, sem ser por legislação.

Este aumento de impostos vai traduzir-se em fome. No passado não devíamos ter usufruído de muitas coisas. Agora vamos ter que as pagar todas de uma só vez. E dói sempre aos mesmos, a classe média e baixa. Aos grandes ninguém lhes toca. E os políticos são todos uns gatunos. Da esquerda à direita não se aproveita nenhum.

Este aumento levará a uma diminuição do consumo, à estagnação da economia. Trabalho com vendas e as notícias que têm surgido impedem os negócios. Julgo que este esforço adicional não trará quaisquer benefícios ao País. Ao impedir a evolução económica, conduzirá ao efeito de andarmos de austeridade em austeridade. Permanentemente.


Rede social VÍTOR BESUGO

Semana passada QUINTA-FEIRA, DIA 4 MÉRTOLA HOTEL SÃO DOMINGOS PODERÁ FECHAR A sociedade gestora do Hotel São Domingos, na Mina de São Domingos, no concelho de Mértola, deverá avançar com um processo de insolvência, noticiou a Rádio Pax. A La Sabina, proprietária da unidade hoteleira, “pondera fechar o hotel na época baixa e abrir apenas na época alta, devido aos prejuízos”, apurou a rádio junto da Câmara Municipal de Mértola. “Em rico estão 11 funcionários”. O presidente da autarquia, Jorge Rosa, afirmou à Pax que “dispõe de poucas informações e mostra-se preocupado com os trabalhadores que deverão ficar no desemprego”.

OURIQUE APROVADOS PLANOS DE URBANIZAÇÃO DAS FREGUESIAS A Câmara de Ourique aprovou a execução dos planos de urbanização das freguesias do concelho, que irão permitir reorganizar os perímetros urbanos das freguesias, “valorizando uma melhor e mais eficaz regeneração” dos territórios e da paisagem. “A execução dos planos de urbanização é da mais fundamental importância para uma reorganização urbanística que responda às necessidades estratégicas de coesão demográfica e territorial, constituindo um novo instrumento de reforço da competitividade”, explica o município. Segundo a autarquia, os planos “promovem ainda a facilitação dos processos de construção por parte de cidadãos, empresas e instituições até à conclusão definitiva do Plano Diretor Municipal”.

DOMINGO, DIA 7 ODEMIRA HOMEM RESGATADO POR HELICÓPTERO APÓS QUEDA EM ZONA DE ROCHAS Um homem de 23 anos foi resgatado por um helicóptero do INEM numa praia do concelho de Odemira, após uma queda em zona de rochas, de difícil acesso, tendo sofrido ferimentos leves, disse fonte dos bombeiros. Fonte do Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Beja acrescentou à Lusa que o acidente ocorreu na praia da Amália, na freguesia de São Teotónio. A vítima, residente em Oeiras, foi transportada para o Hospital do Litoral Alentejano, em Santiago do Cacém. Estiveram envolvidos na operação de resgate, para além do helicóptero, elementos da Polícia Marítima e seis bombeiros da corporação de Odemira, apoiados por duas viaturas.

SEGUNDA-FEIRA, DIA 8 FERREIRA DO ALENTEJO HOMENAGEM AO MÉDICO ANÍBAL COELHO COSTA Aníbal Coelho Costa, antigo deputado do PS falecido há pouco mais de um ano e conhecido como “o médico de Ferreira”, foi homenageado em Ferreira do Alentejo, através de uma cerimónia promovida pela Assembleia Municipal. A cerimónia juntou amigos e população do concelho e incluiu a atuação de um grupo coral, leitura do curriculum e passagem de um documentário alusivo ao homenageado, testemunhos e a inauguração do busto de Aníbal Coelho Costa no Jardim Público da vila. Aníbal Coelho Costa, que era pai do atual presidente da Câmara de Ferreira do Alentejo, Aníbal Reis Costa, radicou-se na vila, onde exerceu a sua atividade desde 1958, tendo-se destacado como “um grande homem, médico, político e cidadão exemplar”, explica o município. Militante do PS desde 1974, Aníbal Coelho Costa foi deputado à Assembleia da República e presidente da Assembleia Municipal de Ferreira do Alentejo e da Administração Regional de Saúde de Beja e foi distinguido com o título da Ordem da Liberdade pelo antigo Presidente da República Jorge Sampaio.

OURIQUE COLISÃO ENTRE AUTOMÓVEL E CAVALO PROVOCA FERIDO GRAVE Um homem ficou ferido com gravidade na sequência de uma colisão entre o veículo ligeiro onde viajava e um cavalo na Estrada Nacional 383, na freguesia de Garvão, Ourique. A operação de socorro envolveu duas ambulâncias e sete elementos dos Bombeiros de Ourique, uma ambulância de Suporte Imediato de Vida (SIV) e a GNR.

3 perguntas a André Cláudio

Veterinário e um dos promotores das comemorações do Dia do Animal em Beja Beja assinalou o Dia Mundial do Animal com um conjunto de iniciativas da responsabilidade de várias entidades privadas e públicas. O que é que se pretendeu com esta comemoração?

Tentámos reunir as forças vivas da cidade que trabalham para o bem-estar animal. O objetivo foi o de organizar uma série de atividades que pudessem proporcionar momentos de convívio e divertimento tanto aos animais como aos seus donos. Participaram também no evento os animais que esperam ser adotados no canil do Cantinho (muitos deles há anos) e que foram passeados por muitos voluntários e também por um grupo muito especial dos Escoteiros de Beja. Podemos considerar a iniciativa um verdadeiro sucesso, tanto ao nível do número de participantes, como pelo ambiente de festa que se sentiu no parque. Foi muito recompensador poder proporcionar a tantos animais a oportunidade de passearem numa tarde de sol, rodeados de afeto e mimos. Continuaremos certamente a organizar mais atividades em torno desta temática. A região tem vindo a assistir, à semelhança de outras zonas do País, a um aumento de animais abandonados devido ao agravamento das condições económicas das famílias?

O problema do abandono sempre existiu e é nossa convicção que as condições económicas são apenas mais um dos fatores que podem conduzir à decisão de abandonar um animal. Preferimos centrar-nos nas causas de abandono que podemos minimizar, aconselhando pessoas que pensam ter um animal de companhia sobre quais são as espécies e raças mais adequadas ao seu estilo de vida e personalidade. Acreditamos que se conseguirmos este “casamento perfeito” entre animal e proprietário, quem opta, no final, por levar um animal para casa tem menos probabilidade de o abandonar. E que repercussões está a ter o contexto de crise nos tratamentos veterinários?

Os nossos clientes sentem a crise mas também um grande amor pelos seus animais. São muito exigentes quanto ao nível de cuidados de saúde que lhes são prestados e querem, naturalmente, sempre o melhor para eles com o menor custo possível. Atualmente atendemos um maior número de casos relacionados com doença clínica em detrimento dos atos de profilaxia, que têm vindo a decrescer refletindo, quanto a nós, o panorama económico atual. No entanto, está comprovado que a despesa associada ao tratamento de doenças é sempre maior do que com a sua prevenção e é essa a mensagem que passamos diariamente a quem nos procura. NP

A favor da Cercibeja, de Nuno Carvalho e de Luís Belchior A praça de touros José Varela Crujo, em Beja, recebeu mais um festival taurino de solidariedade social promovido pela Cercibeja. Um festival que, mais do que uma festa para amantes desta arte, se assume como uma oportunidade para se apoiarem causas.

“O médico de Ferreira” foi homenageado “Um grande homem, médico, político e cidadão exemplar”. Aníbal Coelho Costa, antigo deputado do PS falecido há um ano e conhecido como “o médico de Ferreira”, foi homenageado na terra que o acolheu, numa cerimónia que juntou amigos e população.

Fotógrafos de Beja na Casa da Cultura Até ao final do mês, e numa organização da Bedeteca de Beja, a Casa da Cultura “veste-se de mil imagens” e “abre várias janelas” sobre o mundo da fotografia. Entre as mostras patentes, destaca-se a coletiva “Fotógrafos de Beja”, que reúne imagens de 37 fotógrafos.

Beja marcha contra o desemprego Foram muitos os que marcharam em vários concelhos do distrito de Beja “contra o desemprego”, numa iniciativa da CGTP/IN. O protesto chega amanhã ao fim, na capital do País, onde se juntam as duas cordas da marcha, uma vinda do Norte e outra do Sul.

Bandeirante alentejano evocado em Beja e Mértola António Raposo Tavares, o bandeirante alentejano que contribuiu de “maneira fundamental para a formação territorial do Brasil”, foi evocado em Beja e na sua terra natal, São Miguel do Pinheiro, numa altura em que se comemora o ano de Portugal no Brasil e do Brasil em Portugal.

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Nesse tempo, todas as semanas cozíamos o pão; íamos comprar a farinha ao moinho e à fábrica. Porque houve também aqui uma fábrica, mas já fechou há muito tempo” Adélia Castilho

São Miguel do Pinheiro

Cerca de 700 pessoas vivem na freguesia, dispersas entre 19 povoações

A terra do bandeirante desconhecido

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esmo sem fazer ideia de quem é o conterrâneo que vai ser homenageado lá no alto, Adélia Castilho faz-se à estrada, a pé, sob o sol baixo de outono. Vista de longe, é uma figura quase romântica: de traje domingueiro, avança solitária, pelo asfalto que rasga a plantação de jovens pinheiros, resguardada por um frágil guarda-chuva. Será a primeira a chegar ao largo da igreja paroquial. E ainda terá que esperar um bom bocado até que a cerimónia se concretize, com o descerramento de uma placa em memória de António Raposo Tavares, ali batizado nos finais do século XVI, e o mesmo que ficou imortalizado numa estátua junto à gare rodoviária da capital de distrito. Mas quem é, afinal, este homem que fez um punhado de universitários brasileiros atravessar todo um oceano para lhe prestar tributo? Adélia, 76 anos, não sabe e quase que aposta que, em toda a freguesia, não há quem saiba. “Há dias ouvi falar sobre isso, mas não sei de nada. Vou ver”, confessa, enquanto observa o largo ainda vazio. Ao que parece, terá sido um importante bandeirante português que, no século XVII, expandiu as fronteiras brasileiras para além da linha de Tordesilhas acordada com os espanhóis. Veremos mais tarde o que desvenda a placa ainda tapada com os panos das bandeiras nacionais de Portugal e do Brasil, sobrepostas num abraço transatlântico. Chegam ao cimo os primeiros carros. Entretanto, enquanto a romagem não engrossa, fala-se tão-só de São Miguel do Pinheiro, localidade serrana do concelho de Mértola, e do que mudou com os anos. E Adélia, que sempre cuidou da casa, com uns trabalhos de costura pelo meio, não duvida que o que mudou foram as pessoas. “Há cada vez menos, vão morrendo, e os mais novos têm que se ir embora daqui para longe”. Disso fala com propriedade, porque tem as duas filhas a residir no Algarve e uma delas até já passou pela Suíça e pelo Luxemburgo. O que não mudou, ou pelo menos não tanto, foi a tradição de fazer pão, numa terra cujo ex líbris é um moinho de vento, hoje todo recuperado e transformado em núcleo museológico. “Nesse tempo, todas as semanas cozíamos o pão; íamos comprar a farinha ao moinho e à fábrica. Porque houve também aqui uma fábrica, mas já fechou há muito tempo”, lembra, sublinhando que o “bom pão, caseiro”, ainda é imagem de marca da freguesia. De uma carrinha de caixa aberta saem duas mulheres que logo se abeiram do muro do cemitério. Nota-se-lhes familiaridade no gesto, o que se confirma. “Faz hoje oito dias que estive aqui no cemitério. Temos aqui familiares”, explica Fernanda Filipe que, com 60 anos, é uma das mais jovens habitantes de Monte da Corcha, povoação a sete

São Miguel do Pinheiro só há pouco tempo teve conhecimento da existência de um conterrâneo notável, cuja ação terá sido decisiva para a definição das fronteiras do Brasil que conhecemos hoje. Foi aqui, nesta freguesia serrana do concelho de Mértola, dispersa entre 19 povoações quase sem gente e sangue novo, que António Raposo Tavares, o bandeirante, nasceu e foi batizado. Pouco se sabe sobre o assunto mas, em dia de homenagem, o povo não quis faltar, acreditando que “algum benefício” isso trará à terra. Texto Carla Ferreira Fotos José Serrano

Descanso Num sábado de fim de semana prolongado, a tarde é para passear na aldeia

Romagem O povo subiu até à igreja para prestar homenagem ao conterrâneo Raposo Tavares

quilómetros da sede de freguesia que hoje não terá muito mais que 20 habitantes. Um isolamento que não apoquenta Fernanda, já que nunca residiu em nenhum outro lugar. “Sinto-me bem no lugar onde nasci”, diz, orgulhosa, não sem lamentar a decadência da atividade agrícola numa freguesia que não vivia de outra coisa. “Há uns anos atrás, a grande atividade económica era a agricultura. Agora isso já não existe. Quem tinha as terras plantou pinheiros, e azeitonas, também já não há quem as apanhe”. As amigas também não conhecem Raposo Tavares mas vieram “ver o que se vai passar”. Maria Luísa Costa, a residir na Cruz de Pau, no concelho do Seixal, aproveitou o feriado nacional para mais uma visita mensal à terra natal do marido. Em Monte da Corcha, na casa que os sogros lhes deixaram, “o meu marido vem arranjar a terra, porque temos ali umas árvores. Para o mês que vem, se calhar já vimos apanhar azeitonas. Isto aqui é um sossego, sossega-nos a cabeça e apanhamos ar puro”, conta. Mas como o romantismo também limites, Maria Luísa apressa-se a esclarecer que está fora de questão uma mudança de ares, a título definitivo. “É muito isolado. Passar aqui um mês, 15 dias, de vez em quando, quando estivermos reformados, tudo bem, mas vir viver para cá nem pensar”, declara. Chega finalmente a comitiva promotora da homenagem. E descerra-se uma placa onde se descobre a real dimensão deste conterrâneo desconhecido, nas palavras do historiador Jaime Cortesão: “Como Vasco da Gama em relação ao Índico, ou Fernão de Magalhães ao Pacífico, Raposo Tavares mediu a sua grandeza por dois dos maiores padrões da natureza: os Andes e o Amazonas”. Sucedem-se então os discursos, mas Francisco Vaz, 75 anos, prefere ouvi-los cá de fora, com vista para o pinhal em volta. É natural de Serranos, mais uma das 19 povoações da freguesia, e trabalhou como podador de árvores, quase sempre para os “proprietários das herdades”, aqueles que ainda hoje, e apesar da crise, “vivem bem”. Trouxe-o a filha, que já há anos trabalha numa fábrica de automóveis no distrito de Setúbal, ela e o marido. Diz ele que “as pessoas novas têm desabelhado daqui todas” e lamenta ver “tudo desprezado” nos campos. Aponta para o que em tempos foi uma horta próspera: “Trabalhava aí um casal que tinha 10 filhos. Criaram-se aí, trabalharam aí toda a vida. Os patrões morreram, os trabalhadores morreram e a horta está morta”. E Raposo Tavares? Francisco Vaz pouco sabe do assunto mas quer acreditar que “algum benefício trará” à terra. Por que outro motivo andaria “tanta gente envolvida nisso?”, pergunta-se.


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Joaquim Nobre Presidente da Junta de Freguesia de São Miguel do Pinheiro

Quantos são atualmente os habitantes de São Miguel do Pinheiro?

Sei que são menos, no último Censos ficámos cá por aí abaixo. Andamos à volta de 700 pessoas, entre 19 povoações, algumas delas até grandes, como são os casos de Alcaria Longa, Góis, Penedos, Espargosa, Diogo Martins… Desde 2001, a população deve ter baixado cerca de 30 por cento. Ao que é que isso se deve?

Ao facto de não haver trabalho. A mina da Somincor é quem ainda vai empregando alguém e também a Câmara de Mértola. Mas é para a mina que vão as pessoas mais novas. Posso dizer-lhe que, anualmente, morrem 30 a 40 pessoas. Há anos em que nasce um ou dois, outros anos não nasce nenhum e algum novo que está capaz de trabalhar vai-se embora. Para todo o lado, é onde há trabalho. Eu tenho dois filhos: ela trabalha em Chaves e ele trabalha em Barcelona. Se houver trabalho, há pessoas; e o pessoal que está fora volta com certeza para cá. Não havendo trabalho, o que é que o pessoal vem fazer para aqui? Têm as suas razões, não é porque não gostem da terra. Historicamente é uma freguesia muito ligada ao pão. O que é que resta dessa atividade?

São poucas mas são algumas as pessoas que estão empregadas nesse ramo. Aqui na freguesia, entre a sede e outras localidades, há pelo menos umas três padarias. Curiosamente não têm desaparecido; têm é vindo a crescer. Havia muitos moinhos. Em São Miguel há três; na Corredoura, havia mais dois e depois havia os moinhos de água. Havia também uma moagem de farinha, aqui na sede de freguesia, que também já desapareceu. E os moinhos praticamente não temos nenhum a funcionar. Temos um, da freguesia, que está pronto a funcionar. Foi recuperado há aí uns 16 anos e é o único que, se lhe pusermos velas, ele funciona. É muito visitado, sobretudo por parte das escolas do concelho. Faz parte do Ciclo do Pão. Há aqui a funcionar, na herdade das Pereiras, a Central Fotovoltaica de Olva. Foi importante este investimento, do ponto de vista da criação de emprego?

Não teve impacto nenhum. Estão lá um funcionário ou dois, mas não dá para se notar. O que é que se sabe aqui na freguesia sobre António Raposo Tavares, o bandeirante?

É uma coisa de que se tem vindo agora a falar, porque isto não era sabido. Sabíamos daquela estátua, em Beja; e em Beja, que é Beja, as próprias pessoas não sabem quem é. Mas depois veio a descobrir-se que ele nasceu em São Miguel e isso é o porquê de agora se estar a dar os primeiros passos. Vamos ver onde isto vai chegar. Hoje temos aí os nossos amigos brasileiros e não há muito ainda a dizer porque estamos nos primeiros passos.

Um alentejano no processo de formação territorial do Brasil Foram dois dias de homenagem, em Beja e em Mértola, as terras de origem de António Raposo Tavares. No sábado, 6, o dia começou com o seminário “A Formação Territorial do Brasil – O Contributo de António Raposo Tavares” e culminou com uma romagem à igreja paroquial de São Miguel do Pinheiro, onde o bandeirante foi batizado. Uma cerimónia promovida pelo Departamento do Património Histórico e Artístico (DPHA) da Diocese de Beja e pela Agência Regional de Promoção Turística do Alentejo, à qual se associaram também a Câmara de Mértola e o Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, bem como a Embaixada do Brasil. António Raposo Tavares nasceu em 1598, em São Miguel do Pinheiro, de pais oriundos de Beja e perseguidos pela Inquisição pela sua condição de cristãos-novos (judeus convertidos ao cristianismo), o que explica que viesse a nascer na recatada localidade serrana do concelho de Mértola. Parte para o Brasil, em 1618, com o pai, nomeado governador da capitania de São Vicente. E em 1627 comanda a sua primeira bandeira (expedição militar) atingindo o Rio Grande do Sul, de onde expulsou os jesuítas espanhóis, “que representavam uma guarda-avançada do país vizinho, contrária aos portugueses, apesar de se estar ainda numa monarquia dual, sob a égide de Filipe III”, tal como explicou José António Falcão,

diretor do DPHA da Diocese de Beja. Desta ampliação de fronteiras resulta o que hoje são os estados brasileiros do Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul. Em 1647, já após a restauração da independência, Raposo Tavares é chamado a Portugal e é-lhe confiada a missão de avançar até aos limites do Peru, com “o pretexto oficial de buscar prata”, mas com o verdadeiro intuito de “definir, sem despertar as desconfianças dos espanhóis, os interesses de Portugal na região”. Será a sua última expedição, antes da morte em São Paulo, em 1658. O que se recordou em Mértola, disse ainda o responsável, foi o “papel decisivo deste bandeirante na definição das fronteiras do Brasil” e a sua ação enquanto “símbolo das vontades indómitas que formaram aquele que se veio a tornar, após a independência, o maior estado-nação da América do Sul, nunca desmentindo as suas raízes portuguesas”. Apesar de resgatado do esquecimento nos anos 60, graças a um estudo de Jaime Cortesão (Raposo Tavares e a Formação Territorial do Brasil), a sua existência continua a ser praticamente desconhecida localmente. Jorge Rosa, presidente da Câmara de Mértola, confessou-o na ocasião: “Foi há bem pouco tempo que tomámos conhecimento da história e vida de Raposo Tavares”. E disse ainda esperar que o que agora se celebrou seja o “início de uma sucessão de acontecimentos e parcerias, não só para aproximar estes dois povos irmãos, como também para benefício desta freguesia e para desenvolvimento da região”.


06 Diário do Alentejo 12 outubro 2012

A TSU na minha opinião teria sido uma boa medida. É complexa e foi mal compreendida, certamente também por nossa culpa. Podia aliviar a tesouraria de muitas empresas, impedir que algumas fechassem, estancar o crescimento do desemprego e promover o investimento daquelas que estão numa fase de crescimento. E repare que a economia é feita de empresas”.

Entrevista Redigiu o programa eleitoral do PSD. Fez-se eleger deputado por Beja na presente legislatura. Passos Coelho chamou-o para o governo. E entregou-lhe as negociações com a Troika. É o único

Carlos Moedas, secretário de Estado Adjunto do Primeiro-Ministro, em entrevista ao “DA”

“O desemprego é o maior problema do País”

secretário de estado com asE é repetidamente apontado para substituir o atual ministro da Economia. Carlos Moedas, natural de Beja, diz ao “Diário do Alentejo” que tem “muito orgulho” em representar a terra onde nasceu e cresceu. Mas que está a trabalhar para Portugal num todo e a ajudar o País a sair da crise “de cabeça erguida”. Sublinha que o “desemprego é o maior problema que o País enfrenta” e que “todos os portugueses estão a ser chamados” para contribuir. Continua a sustentar que a TSU “teria sido uma boa medida” e não esconde que o próximo Orçamento do Estado contempla novos aumentos de impostos. Quanto ao Alentejo, sublinha que as suas maiores potencialidades são a agricultura e o turismo; que a região, no caso da A26, está a ser afetada por erros do passado; e que Alqueva estará concluído em 2015. Texto Paulo Barriga

O Governo está a falhar as metas impostas para o défice a para a consolidação das contas públicas, mesmo num ano de extrema austeridade. Estas derrapagens surpreendem-no? Onde é que o Governo falhou?

Um programa de ajustamento tem múltiplas dimensões. Portugal não tinha apenas um problema de défice. Portugal foi obrigado a recorrer a ajuda externa por causa de múltiplos problemas e desequilíbrios. Endividamento excessivo, tanto público como privado, um setor financeiro sob stress, um défice externo insustentável – repare que todos os anos a diferença entre o que se importava e exportava era negativa, de cerca de 10 por cento do PIB, aumentando a nossa dívida externa em cerca de 17 mil milhões de euros em cada ano. Portugal estava também com uma economia estagnada não só por causa destes desequilíbrios mas também porque sucessivos governos foram tímidos nas reformas estruturais necessárias para promover o crescimento. É verdade que tivemos que rever as metas, mas isso deveu-se a menores receitas e não por falta de controlo da despesa. Tivemos menos receitas em parte porque o ajustamento está a ser mais rápido do que o esperado. As pessoas estão a poupar mais, o que é positivo mas afeta a receita do IVA. E as exportações estão a surpreender pela positiva, o que mais uma vez é positivo mas que também afeta a receita – ao importarmos menos carros, por exemplo, estamos a

caminhar para uma economia mais sustentável, mas isso implica menos receita de impostos. Por outro lado, o desemprego está a surpreender pela negativa e tal tem também consequências para a arrecadação fiscal. Estes fatores explicam a revisão das metas. Mas repare que aquilo que está no controlo do governo, a despesa, tem evoluído muito bem e até acima das expectativas. Poucos governos terão reduzido tanta despesa pública em tão pouco tempo. A nossa despesa primária passou de 83 mil milhões em 2010 para 70 mil milhões em 2012. Uma queda de 13 mil milhões de euros.

medida. É complexa e foi mal compreendida, certamente também por nossa culpa. Podia aliviar a tesouraria de muitas empresas, impedir que algumas fechassem, estancar o crescimento do desemprego e promover o investimento daquelas que estão numa fase de crescimento. E repare que a economia é feita de empresas. Não podemos ser um país próspero sem empresas saudáveis. Mas o Governo teve a humildade de compreender que não estavam reunidas as condições mínimas para executar a medida. Estamos já a trabalhar noutras medidas de promoção da competitividade e de apoio às empresas. Temos, por exemplo, a grande ambição de fazer com que Portugal tenha um dos melhores ambientes de negócios da Europa mas para tal há muito trabalho pela frente: temos que ter estabilidade regulatória, temos que eliminar barreiras burocráticas, simplificar o licenciamento e melhorar a justiça.

Considera que a proposta de aumento da TSU para os trabalhadores foi um verdadeiro “tiro no pé” para este governo?

Não, não posso concordar com isso. A TSU, na minha opinião, teria sido uma boa

JOSÉ FERROLHO

sento no Conselho de Ministros.

O que quis dizer quando afirmou que “a TSU tem gerado equívocos”?

Exatamente pelo que lhe acabei de dizer. Esta medida não foi bem compreendida. O Governo a que pertence ainda tem margem de manobra para fazer subir os impostos? Isso vai acontecer neste orçamento do Estado? De que forma?

O Orçamento do Estado ainda não está fechado, mas como foi já anunciado


Diário do Alentejo 12 outubro 2012

JOSÉ FERROLHO

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Aceitará mais esse desafio, caso lhe seja colocado?

Estou muito focado e entusiasmado no meu trabalho e na missão que me confiou o senhor primeiro-ministro. É uma missão de grande importância para o País e que desempenho com grande dedicação e trabalho. É o próprio Carlos Moedas que afirma que “o dia tem 24 horas e a troika 25”. Ou seja, não temos um minuto para respirar…

É verdade, não temos um minuto para respirar, não temos um minuto a perder. Temos muito trabalho pela frente, não tenho dúvida disso, mas também não duvido que se o fizermos bem, dentro de algum tempo vamos ter um país muito melhor. pelo senhor ministro das Finanças, o OE contém subidas nos impostos. Nunca escondemos aos portugueses que os graves problemas acumulados na economia portuguesa não se resolviam de um dia para o outro. Em 2010 tivemos um défice de cerca de 10 por cento. Reduzimos a despesa primária em cerca de 13 Mil Milhões de Euros, que é uma redução de cerca de 16 por cento. Mas infelizmente há ainda um caminho a percorrer. Em 2013 continuará a baixar-se o défice, pelo lado da despesa mas também pelo lado da receita. Quando Pedro Passos Coelho fala que o futuro do País “depende muito da nossa vontade coletiva” está a insinuar que os trabalhadores e os pensionistas vão novamente ser penalizados?

O que eu entendo das palavras é que todos, mas todos, os portugueses estão a ser chamados a contribuir para as mudanças que estão a ser feitas no país. O Governo sabe que os portugueses estão a fazer um grande esforço para que as dificuldades do país sejam ultrapassadas. O Governo está muito consciente dos sacrifícios que pede e acredite que nenhum governo gosta de o fazer. Mas este é o caminho, não há outro. Por isso, é necessário um esforço coletivo em nome de uma causa comum. Este governo é amplamente acusado de fazer incidir as suas políticas de austeridade sobre os rendimentos do trabalho e das pensões e de deixar de fora as grandes fortunas e o capital. Não estará na hora de inverter esta marcha?

Não posso concordar com o que está a dizer. Já está a ser exigido um esforço acrescido aos contribuintes com rendimentos PUB

mais elevados. Os impostos sobre os rendimentos de capitais e mais-valias já sofreram aumentos e vão continuar a aumentar. As empresas com maiores lucros vão ter uma tributação sobre o capital agravada. O património de elevado valor e os bens de luxo também pagam impostos mais altos. E posso dar-lhe exemplos: os proprietários de prédios urbanos de elevado valor serão sujeitos a tributação agravada através de uma nova taxa em sede de Imposto do Selo, a que acresce um agravamento no pagamento do IMI em 2013 e os detentores de veículos ligeiros de alta cilindrada, as embarcações de recreio e as aeronaves de uso particular sofrem um novo aumento significativo. Como encara as manifestações do dia 15 de setembro? Não teme que o Governo esteja refém do Programa de Ajustamento Económico e Financeiro e que, aos olhos da opinião pública, tenha caído em desgraça?

O PAEF é um programa nosso, é um programa dos portugueses. É um programa exigente, com múltiplos sacrifícios, mas a alternativa era a insustentabilidade do Estado e a incapacidade de pagar as suas funções sociais. Quanto às manifestações entendo-as e sei as dificuldades que as pessoas estão a passar. O Governo está a fazer o seu trabalho, mas não desconhece as dificuldades que as pessoas enfrentam. Sabe uma coisa, eu também tenho pessoas da minha família no desemprego. Não estou de forma alguma alheado dessa realidade. A privatização da totalidade ou de parte dos ativos da Caixa Geral de Depósitos é inevitável?

Quando chegámos ao governo muitas pessoas diziam que não devíamos privatizar.

Quanto às manifestações entendo-as e sei as dificuldades que as pessoas estão a passar. O Governo está a fazer o seu trabalho, mas não desconhece as dificuldades que as pessoas enfrentam. Sabe uma coisa, eu também tenho pessoas da minha família no desemprego. Não estou de forma alguma alheado dessa realidade. Achámos que era muito importante cumprir o programa de privatização acordado com os nossos parceiros internacionais do FMI e da União Europeia. Estamos a ser bem-sucedidos neste dossiê. É importante atrair capital e gerar atividade e como tal o Governo continuar atento a novas oportunidades de privatização. No entanto não foi tomada nenhuma decisão sobre a Caixa Geral de Depósitos. A generalidade dos analistas políticos prevê como inevitável uma profunda revisão governamental. Carlos Moedas é repetidamente apontado para a pasta da Economia.

Como é que encara o futuro da região que o elegeu? Tem-lhe sobrado algum tempo para olhar para a sua terra?

O Alentejo é uma região com um enorme potencial a nível da agricultura e também do turismo. Infelizmente vou ao Alentejo menos vezes do que gostaria porque o meu trabalho não o permite. Mas sempre que vou ganho nova energia e ainda mais vontade de trabalhar. Numa das últimas vezes que lá fui pude ver de perto o que tem evoluído a nossa agricultura. Conversei com vários agricultores que estão a ser muito bem-sucedidos, o que me enche de orgulho. Que comentário lhe merece o abandono do projeto da autoestrada entre Beja e Sines? Acha que deve ser o interior, neste caso o Baixo Alentejo, a pagar as dívidas que não contraiu?

Infelizmente Portugal teve que desacelerar fortemente o investimento em obras públicas. Sabemos que foram feitos muitos erros no passado, erros que explicam a crise e a austeridade que vivemos agora. Houve um excesso de construção. É triste que certas regiões sejam agora afetadas por erros que se fizeram, porventura noutro domínios, mas a verdade é que todo o País está a passar por isto. A renegociação da concessão rodoviária do Baixo Alentejo mantém no terreno o mesmo consórcio de obras públicas. Não acha arriscado avançar com empresas que já demonstraram não se encontrarem financeiramente de saúde. Isso não pode colocar em causa a conclusão das obras tal como foram renegociadas?

Não sou a pessoa indicada para me pronunciar em detalhe sobre esta matéria.


Diário do Alentejo 12 outubro 2012

JOSÉ SERRANO

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Julgo saber que até à data não temos conhecimento de que tenha ocorrido qualquer incumprimento material do contrato de subconcessão que justifique a adoção de medidas mais drásticas por parte da EP, enquanto concedente. Parece-nos, assim, não existirem razões que permitam antever que este consórcio não esteja em condições de concluir as obras desta subconcessão, nos termos renegociados. Mas como referi, não sou a pessoa certa para discutir este tema.

setores protegidos da concorrência, em mercados alimentados por endividamento insustentável das famílias. Temos que caminhar para uma economia assente na livre-concorrência, no setor exportador, na criatividade dos portugueses. O caminho não se faz de um dia para o outro mas está já a ser feito. E veja os setores tradicionais, algo relevante aqui no nosso Alentejo. Há uns anos, muitos diziam que estes setores estavam condenados ao desaparecimento. Mas hoje vemos que muitas empresas conseguiram dar a volta por cima, subir na cadeia de valor, exportar produtos com maior valor acrescentado. Esse é o caminho para gerar novamente emprego. O Governo, com as reformas estruturais em curso, está a contribuir para este processo. Estamos a eliminar barreiras ao crescimento da economia para que a economia possa crescer, para que as empresas criem mais postos de trabalho e para que dessa forma a taxa de desemprego comece a descer.

Em tempos afirmou ao “Diário do Alentejo” que não era o Alentejo que precisava do País, era o País que precisava do Alentejo. Pelos vistos é isso mesmo que parece estar a acontecer mas pelos piores motivos…

O País precisa do Alentejo e precisa de todas as regiões do País. Neste caminho que estamos a percorrer é necessário o esforço de todos. O Governo, depois de conhecido o relatório sobre o aeroporto de Beja, tem algum projeto para aquela infraestrutura? Existem empresas interessadas no tal “aeroporto empresa”?

O relatório do grupo de trabalho sobre o aeroporto de Beja foi muito útil porque permitiu finalmente um consenso em torno da vocação daquela infraestrutura. De facto, mais do que procurar passageiros para o terminal civil, a estrutura deve estar focada em fazer parte do cluster nacional aeronáutico. Este consenso é relevante, porque se demonstrou este ano que a vertente de passageiros nunca permitiria a rentabilização dessa infraestrutura. É importante não descurar a visão local e regional desta infraestrutura, mas deve ser olhada sobretudo como parte de um todo integrante da realidade nacional. Obviamente, o Governo terá isto em consideração no âmbito do processo de privatização da ANA que está em curso.

a conclusão do projeto até 2015.

Pode garantir que o Governo conseguirá financiamento para concluir o projeto Alqueva até 2015? Como o fará?

O Alentejo continua a liderar os índices de desemprego no País. Como é que olha para esta realidade? Que saídas existirão para esta região quando o desinvestimento do Estado é notório e a economia está pelas ruas da amargura?

O projeto do Alqueva é muito importante e ainda há poucos meses visitei mais uma vez o projeto. Andei nos campos, vi muitas terras transformadas em campos de cultivo e conheci agricultores de sucesso, e posso dizer-lhe que fiquei muito satisfeito com o que vi. Posso dizer-lhe que 80 por cento do investimento promovido pela EDIA já está concretizado. São cerca de 2,5 mil milhões e os 520 milhões que ainda faltam serão lançados durante 2012 e 2013 de forma a permitir PUB

Pode confirmar oficialmente que a ligação ferroviária entre Beja e Casa Branca vai ser eletrificada? Existe alguma candidatura a fundos estruturais nesse sentido?

O governo anterior chegou a fazer um despacho para encerrar esta linha, por considerar que tinha pouca procura e era altamente deficitária. O atual governo, na prática, salvou esta linha, revertendo essa decisão e mantendo a intenção de a manter, reformulando os horários das ligações regionais e intercidades Lisboa – Beja/Évora e oferecendo hoje um serviço melhor do que o que existia antes, com menores custos para a CP e para o erário público.

O desemprego é o maior problema que o País enfrenta. E requer respostas de curto prazo e respostas mais estruturais. Apenas teremos criação de emprego sustentada quando tivemos a casa em ordem, as contas públicas equilibradas e as empresas a investir. Havia muito emprego que era pouco sustentável: em obras públicas de duvidosa utilidade, em

Sou alentejano, sou de Beja e tenho muito orgulho na minha região. Sou naturalmente um representante da região e não me esqueço disso. Mas faço parte deste governo, do governo de Portugal e portanto estou a trabalhar para todos os portugueses, estou a trabalhar para o País.

Na altura da campanha eleitoral afirmou repetidamente que, com a sua eleição, o Baixo Alentejo teria alguém que o representasse a nível nacional. Considera que esse “alguém” continua a ser o Carlos Moedas?

Claro que sim. Sou alentejano, sou de Beja e tenho muito orgulho na minha região. Sou naturalmente um representante da região e não me esqueço disso. Mas faço parte deste governo, do governo de Portugal e, portanto, estou a trabalhar para todos os portugueses, estou a trabalhar para o País. Enquanto membro do Governo, e bejense, que mensagem quer deixar às pessoas que o elegeram e aos alentejanos em geral?

Que tenho muito orgulho em representar a terra onde nasci e onde cresci. Que estou a trabalhar de forma determinada, com uma grande equipa, para que Portugal consiga sair desta crise de cabeça erguida, com melhores contas públicas e, portanto, com melhores condições de autonomia, e com uma economia mais forte e dinâmica, e, portanto, com mais oportunidades. As perguntas desta entrevista foram enviadas a Carlos Moedas a 28 de setembro. Pelo que, neste espaço de tempo, outros assuntos da atualidade governativa se impuseram e acabaram por não ser aqui abordados. A entrevista foi efetuada por email. O que invalidou, necessariamente, qualquer tipo de réplica às respostas do nosso entrevistado, bem como qualquer pedido de aprofundamento dos temas agora focados. PB


Atual

O município de Cuba deliberou, em reunião de câmara, que a taxa de IMI a cobrar no concelho no próximo ano, no que respeita aos prédios urbanos avaliados nos termos do CIMI, é de 0,3 por cento. Esta tomada de decisão, adianta a autarquia, “teve como pressuposto minimizar as dificuldades financeiras que a esmagadora maioria da população do concelho atravessa em virtude da atual crise que a todos nos afeta”.

Câmara de Beja promove “Semana aberta” na freguesia de Baleizão Termina hoje, sexta-feira, na freguesia de Baleizão, mais uma “Semana aberta” promovida pela Câmara Municipal de Beja. A iniciativa visa “uma aproximação cada vez mais efetiva” entre o executivo e os serviços da autarquia e os munícipes, explica a câmara. O programa para este último dia prevê, entre outras ações, a apresentação do projeto “Baleizão

09 Diário do Alentejo 12 outubro 2012

Câmara de Cuba aprova IMI aplicando a taxa mínima

Aldeia Amiga das Pessoas Idosas” (Luís Rosa, enfermeiro), um debate sobre a importância dos projetos comunitários na comunidade (Cristina Palma, enfermeira) e a apresentação dos resultados do projeto Ginástica Sénior (Edgar Calhau). Terá lugar ainda uma preleção sobre os valores naturais da freguesia de Baleizão, com apresentação de imagens, por Dinis Cortes, e a atuação de grupos corais, a que se seguirá um lanche convívio.

Jornadas Parlamentares comunistas decorreram em Beja

PCP propõe “visita urgente” ao IP8 O Partido Comunista Português vai propor à comissão parlamentar de Economia e Obras Públicas “uma visita urgente” ao IP8, “com a observação das condições desta via e o encontro com autarquias e outras entidades”. A proposta foi anunciada na última terça-feira, em Beja, no encerramento das Jornadas Parlamentares do PCP. O líder da bancada comunista evidenciou na ocasião “o estado precário e perigoso em que foi deixada esta via estruturante” e que a parceria público-privada “constituída em torno deste projeto confirmou-se como uma opção ruinosa para o interesse público”. Texto Paulo Barriga Foto José Serrano

Bernardino Soares Aeroporto de Beja é um instrumento essencial para o desenvolvimento da região

ernardino Soares frisou ainda que a interrupção da obra do IP8, e a anunciada renegociação da parceria com o consórcio Estradas da Planície, “resume-se afinal ao cancelamento substancial de investimento, viadutos inacabados e deixados ao abandono, movimentações de terras não estabilizadas, caminhos rurais danificados ou até intransitáveis, ameaças à segurança de pessoas e bens”. O deputado comunista denunciou que esta situação é “resultado de uma parceria que perma-

B

nece em vigor, com pagamento de centenas de milhões de euros do Estado à subconcessionária ao longo das próximas décadas”. O que é “insustentável”, acrescentou Bernardino Soares. Já em relação ao aeroporto de Beja, Bernardino Soares referiu que se trata de um projeto que, “tal como a região, é vítima da falta de estratégia e da falta de vontade política de sucessivos governos”. O PCP defende que o aeroporto “faz parte de um todo coerente” e é “um instrumento essencial para

o desenvolvimento da região”. Pelo que os acessos rodoviários e ferroviários são fundamentais para esta estrutura. Bernardino Soares defendeu a criação de um interface ferroviário que ligue o aeroporto à rede já existente. Outro dos temas locais abordados pelos deputados comunistas foi o Alqueva. Após visita ao empreendimento, Bernardino Soares disse aos jornalistas que era necessário “concluir este projeto e garantir que ele é posto ao serviço do interesse nacional”.

Almodôvar baixa impostos municipais a aplicar em 2013

Mário Simões questiona EDIA sobre pagamentos do Proder

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A Assembleia Municipal de Almodôvar aprovou a proposta da câmara municipal de aplicar novos valores em 2013 referentes ao imposto municipal sobre imóveis (IMI) e à derrama. No que respeita ao IMI, adianta a autarquia, passa a ser aplicado o valor mínimo do imposto sobre o valor tributável dos prédios. “Para os prédios urbanos ainda não avaliados baixará de 0,6 por cento para o mínimo de 0,5 por cento em 2013, e para os prédios urbanos já avaliados a descida será de 0,35 por cento para o mínimo de 0,3”. No que respeita aos prédios urbanos degradados “foi ainda aprovada uma majoração de 30 por cento e para os prédios em ruínas o triplo do valor do respetivo imposto”. Quanto à derrama, que incide sobre o lucro tributável e não isento do imposto sobre o rendimento de pessoas coletivas (IRC), “a taxa a aplicar baixará de um por cento para 0,5 por cento, nos casos de empresas que apresentem um volume de negócios inferior a 150 000,00 euros”.

O deputado do PSD eleito pelo círculo de Beja vai questionar o presidente o concelho de administração da EDIA – Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva no seguimento de uma denúncia feita por alguns dirigentes de associações de agricultores relativamente a financiamentos no âmbito do Proder. Mário Simões ficou surpreendido, lê-se em nota de imprensa, “com a revelação veiculada por alguns dirigentes de associações de agricultores que estranhavam o facto de a EDIA em ano e meio não ter solicitado qualquer pagamento ao Proder para financiamento de blocos de regadio em Alqueva, apesar de o dinheiro estar disponível para esse fim”. O deputado solicita “que tanto os agricultores como os baixo alentejanos em geral sejam informados sobre o que passa” e exige “que os financiamentos já aprovados para o projeto sejam acionados para que a obra não sofra uma maior derrapagem”.

“Viemos aqui e penso que o tempo foi muito bem aproveitado para demonstrar que este país e esta região têm grandes potencialidades e que, apesar de ainda haver algumas insuficiências na sua concretização, há aqui um potencial de produção agrícola de grande valor”. Já na abertura das Jornadas Parlamentares do PCP, Jerónimo de Sousa se tinha referido ao Alqueva e à questão da posse e do uso da terra no Alentejo. O secretário-geral do PCP defendeu uma “política de revitalização dos campos”, concretizando a criação de “uma reforma agrária que liquide a propriedade fundiária”. Uma revisão territorial para entregar “a terra a quem a trabalha a título de propriedade ou de posse” e que “ponha fim à cultura do subsídio”. Em relação ao Alqueva, Jerónimo de Sousa pediu ao Governo “investimento, envolvimento e empenhamento” no seu integral aproveitamento, com a elaboração de “um plano estratégico” para o perímetro irrigado. “O Alqueva”, disse o dirigente comunista, “pode e deve contribuir para reduzir o défice agroalimentar português e para potenciar o valor das suas produções com uma política de apoio e incentivo à industrialização e transformação da produção agrícola, criando novas indústrias e novos postos de trabalho”.


Câmara de Aljustrel alerta munícipes para estilos de vida saudáveis

Diário do Alentejo 12 outubro 2012

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Freguesia de Santo Agostinho apoia idosos A Junta de Freguesia de Santo Agostinho, em Moura, deu início no final da semana passada a uma ronda de contactos telefónicos para as residências dos idosos da freguesia “de forma a conhecer a realidade de cada agregado, cada idoso, as suas dificuldades diárias, os problemas com os quais têm de lidar

Para assinalar o Dia Mundial da Alimentação, a Câmara Municipal de Aljustrel promove na próxima terça-feira, dia 16, pelas 15 horas, nas Oficinas de Formação e Animação Cultural, um colóquio subordinado ao tema “Alimentação e estilos de vida saudáveis”. Destinada à população em geral e aos alunos da Universidade Sénior de Aljustrel, a conferência “irá abordar as alterações dos padrões de nutrição provocadas essencialmente pelas modificações do consumo alimentar e do modo de vida das pessoas”.

diariamente”. Do contacto com este público-alvo, os serviços pretendem também “colher contributos na primeira pessoa sobre que medidas poderão ser acrescentadas à oferta social da freguesia de Santo Agostinho” atualmente prestada. Os idosos que não possuem telefone em casa serão visitados por colaboradores devidamente identificados. Recorde-se que através do

PS faz balanço positivo, CDU nem por isso

Beja, três anos depois Três anos após a conquista da Câmara de Beja pelo Partido Socialista, Jorge Pulido Valente, presidente do executivo, faz um balanço “bastante positivo”. No entanto, a CDU, que dirigiu o concelho durante 33 anos, pela voz do vereador Vítor Picado, acusou os socialistas de estarem de “braços cruzados”.

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orge Pulido Valente disse à Lusa que quando o executivo PS tomou posse, em outubro de 2009, a dívida total do município, entre empréstimos e fornecedores, era de “cerca 34 milhões de euros” e, em setembro deste ano, era de “28 milhões de euros”. O autarca faz um “balanço positivo” dos três anos de mandato, mas queixa-se de não ter tido apoio por parte do Governo, e de ter lidado com uma oposição municipal que “adotou uma estratégia de terra

queimada, não ajudando a resolver, mas sim procurando criar novos problemas”. Vítor Picado, vereador da CDU, recusa a acusação e diz que Jorge Pulido Valente “é um mestre na arte da culpabilização” e “tende, frequentemente, a escamotear as suas responsabilidades e a procurar atribuir aos outros responsabilidade dos seus fracassos”, considerando ainda que as promessas eleitorais “não passaram de vãs expetativas goradas”. Pulido Valente aponta como pontos positivos da sua gestão o “equilíbrio” da autarquia “em termos financeiros”; a “modernização muitíssimo significativa dos serviços”; o papel que o município desempenhou para “algum desenvolvimento de projetos estruturantes, como Alqueva e o aeroporto”; e a requalificação urbana de que destacou as obras no bairro da Mouraria e na baixa da cidade.

No entanto, para o vereador comunista Vítor Picado, se não fossem as obras de projetos que transitaram do anterior executivo CDU, como a requalificação do bairro da Mouraria, o trabalho do executivo tinha sido “completamente nulo”. E quanto à acusação, por parte do executivo, de entrave à atividade da câmara, o vereador da oposição afirma que a CDU tem feito “um trabalho construtivo”, apresentando “propostas muito concretas”, mas que têm sido “vedadas” pelo executivo PS. Confrontado com estas afirmações, Jorge Pulido Valente afirma que o executivo PS “não está de braços cruzados, tem obra feita e um projeto para 10 anos”, que está a “cumprir”. “Não fizemos promessas, mas sim propostas, que estamos a realizar, embora algumas com um ligeiro atraso em relação ao prazo inicial”, admite Pulido Valente.

Guarda recebeu 65 praças na segunda-feira

Novos militares da GNR em Beja

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Comando de Beja da GNR está a ser reforçado com novos militares, tendo já recebido 82, entre sargentos, praças e oficiais, e deverá receber mais nas próximas semanas, revelou à Lusa fonte da Guarda. Após ter recebido 12 sargentos na semana passada, o Comando Territorial de Beja da GNR recebeu na última segunda-feira 65 praças, “essencialmente guardas”, e cinco oficiais, precisou o oficial de relações

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públicas do comando, o tenente-coronel Carlos Belchior. Dentro de “algumas semanas”, o comando deverá receber “mais dois oficiais”, adiantou, referindo que os novos militares vão reforçar o dispositivo operacional da GNR no distrito de Beja, que, “a nível nacional e em termos de números absolutos”, é “um dos distritos que maior reforço de militares recebe”. Os novos militares vão ser distribuídos por vários postos da GNR no

distrito de Beja, sobretudo os situados nas sedes de concelho, explicou. Os postos reforçados vão ter “uma maior autonomia em termos de resposta policial” e poder apoiar os postos que têm efetivos menores e que, para já, “não é possível” serem reforçados, explicou. Segundo Carlos Belchior, o reforço vai permitir “repor efetivos” no Comando Territorial de Beja da GNR, que, desde “há dois ou três anos”, tem vindo a sofrer “uma baixa significativa” de militares.

programa “Freguesia porta-a-porta”, a junta leva a cabo “pequenas reparações sem custos nas residências dos idosos mais desfavorecidos, presta apoio nas deslocações a entidades bancárias e CTT para levantamento das pensões de reforma, empresta equipamentos ortopédicos (cadeiras de rodas, canadianas, andadeiras, etc...), entre outros.

Nerbe/Aebal lamenta a não adesão ao PAEL O Nerbe/Aebal – Associação Empresarial do Baixo Alentejo e Alentejo Litoral lamenta que “as autarquias que apresentam um elevado endividamento” não se candidatem ao Programa de Apoio à Economia Local (PAEL). A entidade assume assim “uma atitude crítica face aos intervenientes políticos regionais que impossibilitem as candidaturas”, porque “se trata de inviabilizar que as autarquias cumpram com os seus compromissos e injetem dinheiro na economia local, que enfrenta grandes problemas de tesouraria”. O Nerbe/ /Aebal adianta ainda que, embora não seja “indiferente a implicações que surjam do incumprimento do empréstimo”, considera que “o financiamento à economia é imprescindível à sobrevivência de muitas empresas da região”. A associação apela assim “a todos os intervenientes que ponderem a sua posição e que num esforço de última hora ainda seja possível viabilizar as candidaturas, que, repetimos, são essenciais ao tecido empresarial da região”.

PCP questiona Governo sobre contribuições dos agricultores Os deputados do PCP João Ramos e Rita Rato questionaram o Ministério da Solidariedade e da Segurança Social sobre as contribuições dos pequenos empresários e agricultores. O PCP, referem os deputados no requerimento, “teve conhecimento que alguns pequenos empresários e agricultores do distrito de Beja, tendo sempre pago as suas contribuições para a Segurança Social, são agora informados que têm dívidas para com esta entidade, uma vez que houve um erro no cálculo do valor da prestação”. A agravar o problema, adiantam os deputados, “está a situação de alguns beneficiários que, tendo direito a receber apoios estatais, como por exemplo os agricultores, ficam inibidos de receber estes apoios por terem dívidas à Segurança Social”. O PCP quer assim saber “com caráter de urgência”, se “o Governo confirma esta situação; que enquadramento justifica uma situação desta natureza; por que razão estão a ser imputados aos beneficiários erros dos serviços; e se o Governo tem noção de que o erro dos serviços está a prejudicar a vida destas pessoas”.

Autarca de Santiago convida Governo a visitar obras suspensas da A26 O presidente da Câmara de Santiago do Cacém revelou esta semana ter convidado o secretário de Estado das Obras Públicas para visitar o “cemitério de obras e infraestruturas” deixado no seu município pela suspensão da construção da A26. Vítor Proença manifestou também a intenção de “reclamar”, aquando da eventual visita do secretário de Estado, Sérgio Silva Monteiro, que a estrada que atravessa o concelho seja “reposta no estado inicial”, observando que “ficou pior do que estava”. Vítor Proença considerou que a suspensão das obras da A26 entre Relvas Verdes e Grândola, determinada pela renegociação do contrato de concessão entre a Estradas de Portugal e a Estradas da Planície, subconcessionária do Baixo Alentejo, é um “golpe de morte numa ligação segura em perfil de autoestrada” naquela região, deixando um “cemitério de obras e infraestruturas”. O autarca afirmou que existe “perigo para vidas humanas”, apontando as “bermas com alturas extraordinariamente perigosas”, algumas “quase com um metro de altura”.


A Empresa Municipal de Água e Saneamento (EMAS) de Beja lançou o novo serviço balcão digital, disponível na Internet e que disponibiliza a fatura eletrónica, para “ir ao encontro das necessidades” dos clientes. Segundo a EMAS, o balcão digital é um portal on line que permite ao cliente gerir, “de uma forma simples, cómoda e segura”, o contrato de água e toda a informação associada, como enviar a leitura do consumo de água, consultar faturas e históricos de consumo ou aderir ao débito

Municípios debatem sustentabilidade O Instituto Politécnico de Beja recebe hoje, sexta-feira, a partir das 9 e 30 horas, o seminário “Urbes fórum by Assecos”, promovido pela Assecos – Associação para a Competitividade e Inovação da Energia e Construção Sustentáveis, com o apoio da Inovobeja EEM, entre outras

direto. Para poder utilizar o balcão virtual, o cliente terá apenas que se registar em http://balcaodigital.emas-beja.pt, associar o contrato de água correspondente e proceder à ativação do serviço. Com o lançamento do balcão virtual, a EMAS passa a disponibilizar também a fatura eletrónica e, através de uma campanha “muito especial”, vai doar um euro a uma instituição de solidariedade social do município de Beja por cada adesão à fatura eletrónica.

entidades. O evento pretende “dar a conhecer o que de melhor se faz em sete municípios que fazem parte da Rede ECOS (rede essa dinamizada pela Assecos) sob o tema da sustentabilidade”. São eles Moura (líder do projeto), Serpa, Beja, Silves, Torres Vedras, Óbidos e Peniche. Para além da presença dos presidentes dos sete municípios envolvidos, o

11 Diário do Alentejo 12 outubro 2012

EMAS lança serviço balcão digital

seminário deverá contar com a participação do diretor-geral da Adene, em representação do secretário de Estado da Energia. Estará ainda patente uma exposição com alguns trabalhos desenvolvidos por empresas locais e escolas da cidade no âmbito da sustentabilidade, com especial enfoque para a energia solar.

João Paulo Ramôa ausente em Moçambique

RTS continua com salários em atraso Os 27 trabalhadores da RTS, empresa de prefabricados de Betão, continuam com futuro incerto. Os funcionários têm salários em atraso desde agosto último e ainda não receberam o subsídio de Natal de 2011 nem o subsídio de férias do presente ano. E sobre eles pende um processo de despedimento coletivo que o Sindicato da Cerâmica do Sul garante ser “ilegal e infundamentado”. Um dos administradores da empresa, João Paulo Ramôa, prometeu regularizar a situação dos trabalhadores. Na passada quarta-feira liquidou os ordenados de julho e pagou por conta 600 euros referentes aos salários de agosto.

J

oão Paulo Ramôa, que o “Diário do Alentejo” tentou contatar sem sucesso ao longo da semana, estará neste momento

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em Moçambique, onde detém outra sociedade do ramo, a Premap Prefabricados de Maputo, na qual a RTS mantém uma posição dominante. A ausência de Ramôa é fortemente criticada pelos trabalhadores que se dizem “abandonados ao seu próprio destino”. Fátima Messias, do Sindicato da Cerâmica do Sul, refere mesmo que o administrador não comparece na sede da empresa, em Montemor-o-Novo, “há mais de um ano. A fábrica está em autogestão”. A RTS tem 21 trabalhadores em Montemor-o-Novo e seis em Beja. E é sobre eles que a administração da empresa avançou com um processo de despedimento coletivo. Fátima Messias garante que se trata de um “processo ilegal e imoral”. A sindicalista revela que “os fundamentos para o despedimento foram apresentados em meia dúzia de linhas, numa

folha A4, e não têm qualquer credibilidade. Uma empresa não pode avançar para um despedimento coletivo com ordenados em atraso, a lei não o permite”. Esta representante do Sindicato da Cerâmica do Sul acusa João Paulo Ramôa de estar a “fugir às suas responsabilidades. Há dinheiro e os trabalhadores estão sem receber. Este empresário tem dinheiro que investe noutros locais e deixa os trabalhadores nesta situação aflitiva”. Na quarta-feira, João Paulo Ramôa terá pago o ordenado de julho e parte do de agosto aos trabalhadores. O antigo governador civil de Beja disse à Lusa que a redução do número de empregados “dispensáveis” passaria de 27 para 11, seis em Montemor e cinco em Beja, onde a RTS ficaria apenas com um fiel de armazém. Ramôa justificou esta decisão com o facto de a empresa

ter deixado de fabricar as pontes para a subconcessão rodoviária do Baixo Alentejo: “Não só nos ficaram a dever imenso dinheiro, como parou tudo. É um reajuste que a empresa precisa de fazer, tendo em conta que o mercado caiu a pique e não conseguimos ter uma massa salarial que comporte mais do que 18 funcionários”, assegurou Ramôa. A RTS, para além de deter em Maputo a Premap, também tem uma posição dominante na Alentubo. Uma fábrica de tubos de betão de grandes dimensões que está sediada no parque industrial de Beja e que, neste momento, se encontra parada por falta de encomendas do seu único cliente, a empresa de desenvolvimento de Alqueva. No arranque da Alentubo, em outubro de 2010, a RTS cedeu três funcionários para a fábrica de Beja. Que agora também estão com o futuro incerto. PB


Diário do Alentejo 12 outubro 2012

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Comissão de acompanhamento técnico/científico avalia Cebal

O Cebal – Centro de Biotecnologia e Agroalimentar do Baixo Alentejo recebe na próxima segunda-feira, dia 15, a segunda visita da comissão de acompanhamento técnico/científico (CATC) que irá avaliar as atividades técnico-científicas desenvolvidas e em curso. A comissão é constituída João Lopes Batista (presidente da CATC, professor jubilado da Universidade de Aveiro); Alexandre Quintanilha

Certificação e qualidade em debate em seminário promovido pela Taipa “Importância de um sistema de qualidade” é o nome do seminário que a Taipa – Organização Cooperativa para o Desenvolvimento Integrado do Concelho de

(presidente do conselho dos laboratórios associados); Renato Araújo (ex-reitor da Universidade de Aveiro); Lélio Lobo (Universidade de Coimbra); Pedro Queiroz (diretor-geral da Federação de Indústrias Portuguesas Agroalimentares); Armando Sevinate Pinto (assessor da Presidência da República); e Júlio Pedrosa (Universidade de Aveiro, ex-reitor e ex-ministro da Educação).

Odemira vai promover o próximo dia 26, a partir das 9 e 30 horas, no auditório da Biblioteca Municipal de Odemira. O evento, destinado a abordar a temática da certificação para a qualidade, com especial enfoque nos processos de certificação de instituições

particulares de solidariedade social (IPSS), associações de desenvolvimento local (ADL) e empresas, deverá contar com a presença de representantes do IPQ – Instituto Português da Qualidade e de consultores com experiência comprovada na área.

Senhorios não alteraram valores apesar da crise

Ensino superior “cada vez mais elitista” Mesmo face à crise e à diminuição do número de alunos no ensino superior, os preços do alojamento para estudantes em Beja parecem não ter sofrido grandes alterações. A baliza está entre os 110 e 175 euros mensais. Texto Carla Ferreira Ilustração Susa Monteiro

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s alunos deslocados que frequentam o ensino superior em Beja estão a pagar por alojamento entre 110 e 175 euros mensais. As experiências são múltiplas, as condições que vão encontrar também mas, numa breve ronda pelas associações de estudantes das escolas do Instituto Politécnico de Beja, foram estes os valores mínimos e máximos apurados. Ao que parece, numa análise global, as importâncias não se alteraram muito, ou seja, os senhorios bejenses não parecem estar dispostos a fazer grandes cedências, mesmo diante da diminuição do número de alunos ou do manifesto emagrecimento do rendimento mensal das famílias. “O conhecimento que eu tenho é que os preços mantêm-se. Acho que os senhorios ainda não interiorizaram bem que temos que nos ajudar todos uns aos outros”, explica António Sardinha, presidente da Associação de Estudantes da Escola Superior Agrária, confirmando que há menos alunos a ingressar no estabelecimento de ensino, o que faz com que “haja mais casas a não serem ocupadas e mesmo as que estão ocupadas estão a ficar com quartos livres, com um aumento das despesas para os próprios estudantes”. Entre 110 e 160 euros é o palpite de António Sardinha, de acordo com os casos que conhece e a sua própria experiência. Isto “por um quarto individual dentro de um apartamento

com três ou quatro quartos e com despesas à parte”, esclarece. Sónia Dias, dirigente da Associação de Estudantes da Escola Superior de Saúde e natural da Covilhã, tem a mesma impressão. “Os preços não se alteraram. Mantêm-se desde há dois anos e eu estou cá há três”, afirma, mas apressa-se a esclarecer que são poucos os alunos deslocados a frequentar esta escola superior. “A maior parte das pessoas é aqui da zona e faz uso dos transportes públicos”. Porém, os que têm que recorrer ao aluguer de quartos deparam-se com uma baliza que vai dos 150 aos 175 euros, excetuando despesas com água, luz e gás. “Na zona do IPBeja, nomeadamente nos apartamentos mais próximos da Escola de Saúde, os preços variam entre 170 e 175 euros. Mas, por exemplo, na zona do Parque da Cidade os valores já baixam. Ficam entre os 140 e os 150 euros, porque já é mais distante. Mais baixo do que isto não se encontra”, garante. Representante dos alunos numa escola com uma grande percentagem de deslocados – do Algarve à Madeira, passando pela zona de Lisboa ou pelo norte do País – Hugo Santos, dirigente da Associação de Estudantes da Escola Superior de Educação, foi o único dos contactados a dar conta de uma diminuição dos preços. Pela primeira casa onde viveu – está em Beja há quatro anos – pagava 175 euros mensais. “Só tinha que atravessar a rua

para ir para a escola mas o apartamento não tinha sala comum; a sala estava transformada em quarto”, diz, adiantando que hoje, em média, em toda a zona do campus universitário, “paga-se à volta de 150 euros”. Mais longe, junto ao Parque da Cidade, onde os valores “rondam os 120, 130 euros”, ou na zona do Carmo/Bairro Alemão, “os preços são mais acessíveis”, esclarece. O arrendamento é geralmente feito de uma “forma informal”, raramente passando pelas imobiliárias, e também são “muito raros os senhorios que passam recibos”, informa ainda Hugo Santos. Mesmo sem dispor ainda de números concretos, no que todos concordam é no “aumento significativo” dos pedidos de apoio social por parte dos alunos, face ao que sucedia há uns anos atrás. Se às despesas com alojamento, comida, livros e transportes juntarmos um montante anual de cerca de 800 euros em propinas, o que se conclui, alerta Hugo Santos, é que “o ensino superior está a ficar cada vez mais elitista. Já não é toda a gente que tem oportunidade de estudar, o que é muito infeliz visto que temos uma Constituição que diz uma coisa e o que acontece na prática é outra”. O “Diário do Alentejo” tentou também obter informações junto da Associação de Estudantes da Escola Superior de Tecnologia e Gestão mas, até ao fecho da edição, tal contacto não foi possível.


O Centro Cultural Manuel da Fonseca, em Ferreira do Alentejo, acolhe hoje, sexta-feira, entre as 14 e 30 e as 17 horas, as VI Jornadas Ambientais, organizadas pela câmara municipal local. A iniciativa, que tem como tema “Economia do Baixo Carbono – Desafio Inovador para as PME”, vai centrar “as atenções nas alterações climáticas, bem como na forma de minimizar os seus efeitos”. As jornadas contam com a participação de várias individualidades e entidades ligadas ao setor. Ainda no âmbito das VI Jornadas Ambientais, será apresentado o Plano Estratégico de Alterações Climáticas para Ferreira do Alentejo.

Beja recebe I Festa Azul

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cidade de Beja recebe entre hoje e amanhã, dias 12 e 13, a I Festa Azul, um evento da responsabilidade da Real Associação do Baixo Alentejo e que deverá contar com a presença de Duarte Pio de Bragança, entre outras “personalidades da vida pública portuguesa”. A festa, que tem como principais objetivos “a defesa e preservação dos costumes e tradições da região alentejana”, terá como um dos momentos altos a recriação do batizado do embaixador do rei do Congo, ocorrido no século XV na igreja de Santa Maria, em Beja. A cerimónia, agendada para as 17 horas de hoje, estará a cargo de um grupo de atores e de alunos da Escola D. Manuel I e contará igualmente com a participação de um grupo de cavaleiros alentejanos. No mesmo espaço haverá ainda interpretação

Aljustrel e Castro recebem espetáculo de teatro sobre a gravidez na adolescência No âmbito do projeto IGualaRTe, a Baal17 e a Esdime, em parceria com as escolas secundárias e municípios de Aljustrel e Castro Verde, apresentam nos próximos dias 15 e 16 o espetáculo de Teatro participativo “16_Dezasseis”. Dirigido aos alunos dos 10.º, 11.º e 12.º anos, o debate final destes espetáculos deverá contar com as presenças de Magda Alves, da UMAR (União de Mulheres Alternativa e Resposta), e de Cristina Santos, da Associação para o Planeamento Familiar. Produzido pela Baal17 com e a partir dos alunos da Escola Secundária de Serpa, em 2008, o espetáculo “16_dezasseis” tem percorrido escolas e auditórios do País e regressa agora numa última incursão pelas escolas do distrito. “16_dezasseis” aborda temas “que refletem alguns dos problemas da vida agitada da juventude de hoje.

“Flora grega e cultura clássica” no Museu Botânico de Beja No ano em celebra o seu décimo aniversário, o Museu Botânico do Instituto Politécnico de Beja vai levar a cabo um conjunto de iniciativas, nomeadamente um ciclo de workshops, cursos breves, seminários e exposições. Na próxima quarta-feira, dia 17, o museu promove um workshop sobre “Flora grega e cultura clássica”, que decorrerá entre as 15 e as 17 horas. De acordo com os responsáveis, “a flora grega é a que, no continente europeu, apresenta maior diversidade de espécies e muito terá influenciado os Gregos na sua cosmogonia”.

ANA – Aeroportos concede uma bolsa de estudo em Beja A ANA – Aeroportos de Portugal vai conceder no presente ano letivo 11 bolsas de estudo a alunos carenciados, sendo uma delas destinada a Beja. Com um valor de 3 000 euros anuais, pagos em 10 prestações mensais, as bolsas ANA Solidária destinam-se a alunos do 12.º ano das escolas circundantes dos aeroportos, “apoiando-os durante a frequência do 1.º ciclo de Bolonha”. São candidatáveis os alunos que “tenham tido bom aproveitamento, com média igual ou superior a 14 valores, que residam numa freguesia limítrofe de um aeroporto da ANA e que tenham frequentado o último ano do secundário numa escola pública com sede num concelho limítrofe de um desses aeroportos”. Os alunos terão ainda que “ter até 20 anos e serem economicamente carenciados, com um rendimento per capita do agregado familiar não superior ao salário mínimo nacional”. O prazo de candidatura termina no dia 31 deste mês.

Comando de Operações de Socorro de Beja apresentou o livro Nós e os riscos O Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Beja apresentou esta semana o livro Nós e os riscos, que pretende informar os mais jovens sobre medidas a adotar em caso de catástrofes. A apresentação do livro integra-se nas comemorações do Dia Internacional para a Redução das Catástrofes, que se assinala hoje, sexta-feira. Concebido pelo CDOS da Guarda, Nós e os riscos é um livro interativo, que pretende, de “uma forma divertida”, “informar os mais jovens sobre as medidas que devem adotar quando ocorrem catástrofes”, como inundações, terramotos ou incêndios, para poderem “proteger-se a si e aos que os rodeiam”.

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de temas da época pelo Coro de Câmara da Igreja do Carmo e de canções populares pelos alunos que atuam como figurantes. Uma missa, concelebrada pelo bispo de Beja e pelo pároco de Santa Maria, e um jantar com Duarte Pio de Bragança, dão por encerradas as festividades. Do programa para amanhã, sábado, o destaque vai para o espetáculo Festa Azul, que decorrerá a partir das 21 e 30 horas no pavilhão da Escola de Santa Maria, e cujas receitas reverterão a favor da Liga dos Amigos do Hospital de Beja. O concerto contará com as atuações do fadista António Pinto Basto, do grupo de música tradicional alentejana A Moda da Mãe, do Grupo Coral Etnográfico da Casa do Povo de Serpa e de diversas tunas académicas.

13 Diário do Alentejo 12 outubro 2012

Ferreira do Alentejo recebe VI Jornadas Ambientais


Diário do Alentejo 12 outubro 2012

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Um 5 de Outubro sem povo, não faz sentido nenhum. É próprio de uma ditadura, não de um regime que ainda se diz democrático (…) Quando os governantes (…) manifestam medo do povo – e fogem dele – algo vai muito mal. Mário Soares, “Diário de Notícias”, 9 de outubro de 2012

Opinião

Temos direito ao sal da vida Beja Santos Defesa do consumidor

O PCP realizou em Beja as suas jornadas parlamentares prévias ao Orçamento de Estado. Os deputados comunistas aproveitaram os dois dias de trabalho não apenas para definir as suas estratégias parlamentares futuras, como também para tomarem conhecimento dos problemas da região. De louvar a descentralização deste tipo de reuniões que colocam as regiões, neste caso o Baixo Alentejo, na agenda mediática. PB

[Passos Coelho] resolveu pôr o ministro das Finanças a dizer na Assembleia, com a sua voz tão peculiar, que os impostos vão aumentar imenso e em conjunto a vida dos portugueses – com destaque para a classe média – ia piorar muito. Que falta de sensibilidade política e de vergonha! Mário Soares, “Diário de Notícias”, 9 de outubro de 2012

mais rica e muito mais interessante do que aquilo que se pensa. E, sobretudo, sabe muito bem que nada disso lhe poderá alguma vez ser roubado”.

Manifestação e mudança

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ma antropóloga de renome mundial recebe um postal de um outro cientista, algures nas Hébridas (Escócia), referindo que ali estava numa semana “roubada” de férias. Mordida pela curiosidade, interrogou-se: quem rouba o quê? E disse para os seus botões: não podemos escamotear a cada dia aquilo que faz o sal da vida. E decidiu, para surpresa de quem conhece os seus escritos antropológicos, enumerar numa frase quase interminável, que se vai soltando aos repelões, um grande monólogo murmurado, como se estivesse a empilhar, no devir da consciência, sensações, emoções, pequenos prazeres, grandes alegrias, profundas desilusões, momentos luminosos da existência. Assim surgiu o contagiante e belíssimo O sal da vida (por Françoise Héritier, Círculo de Leitores e Temas e Debates, 2012). Agora, em que a cultura não esconde a tentação de atuar predominantemente ao serviço do entretenimento, não deixa de surpreender ver uma intelectual quase octogenária chamar a atenção para as pequenas coisas de que fugimos falar, como se as compras, os preparativos das refeições, os arranjos da casa, o conversar com os filhos, as relações sociais não se cruzassem com o descanso, a escrita, o devaneio, a amizade, o namoro, a reflexão. Essas coisas que constituem o sal da vida, julgamos nós, não devem ser contadas, tal o risco de serem tomadas como uma forma de ligeireza, imprópria das sofisticações do prazer intelectual. A lista desta antropóloga é um misto de intimidade e de sensualidade, um registo de insignificâncias que a põem de bem com o mundo, aliás é com esse pensamento que ela se despede do leitor: “O mundo existe através dos nossos sentidos antes de existir de forma ordenada no nosso pensamento e é preciso fazermos tudo para conservarmos ao longo da existência esta faculdade criadora dos sentidos: ver, escutar, observar, ouvir, tocar, acariciar, sentir, cheirar, provar, ter gosto por tudo, pelos outros, pela vida”. Esta enumeração é uma fantasia, um hino a celebrar a vida, como ela aliás escreve: “Ter consciência da fugacidade das coisas e da necessidade de as aproveitar”. Tudo lhe parece importar, tudo lhe diz respeito: os cheiros dos bolos, os gritos alegres das crianças, ouvir Mozart e os Beatles, ficar à espera do eclipse, esquecer-se de ver o correio, instalar-se regaladamente num sofá demasiado profundo, ficar na penumbra sem fazer nada, ler romances policiais ou boa ficção científica, ouvir a Callas ou o vento a gemer ou o granizo a crepitar, ver ao luar um casal de leões a atravessarem silenciosamente a picada, observar o andar de quem passa e fazer psicologia barata, atirar seixos à água e contar os ressaltos, descobrir uma metáfora, retorquir secamente se for preciso, puxar o lustro aos cobres, cabecear numa conferência aborrecida, abrir um presente, estar curiosa e ávida pelo dia seguinte. Ao agradecer a ideia daquele cientista que lhe enviara um postal e que aludia ao roubo das férias, a autora deste avassalador monólogo onde pesam as insignificâncias e os signos leves de que os intelectuais fazem discrição, escreve com ternura: “Não se trata aqui de elevadas especulações metafísicas, nem de reflexões muito profundas sobre a futilidade da existência, nem da intimidade abrasadora de cada um de nós. Trata-se simplesmente de fazer de cada episódio da sua vida um tesouro de beleza e de graça que cresce sem cessar, por si, e onde nos podemos renovar todos os dias. Nada de tudo isto é inteiramente misterioso, pois não? Existem decerto entre esta confusão heteróclita sentimentos, sensações, emoções, felicidades que já experimentou e que há de sempre experimentar. E tem a sua provisão de recordações próprias que apenas pedem para ressurgir e lhe fazerem companhia e o sustentarem em todos os seus atos futuros. Eu aprendi a reconhecer aquilo que verdadeiramente são: os saborosos marcos da nossa vida. De repente, ela torna-se muito

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Ruy Ventura Poeta e ensaísta

e queres que os portugueses se mexam, vai-lhes aos víveres”. Não sei bem quem é o autor desta frase. Há quem diga que foi escrita por Eça de Queirós – e é bem possível. Muito nos faz palrar ou falar, pouco nos move. Mas quando se trata de defender o nosso rendimento, não hesitamos. E fazemos bem – embora façamos pouco. Muito pouco. Raramente participo em manifestações. Mesmo quando concordo com as motivações que levam os meus compatriotas a desfilar pela rua. Não tenho feitio nem paciência para ajuntamentos e, além disso, julgo que são mais eficazes outras estratégias ardilosas de exposição da opinião coletiva ou da indignação de uma comunidade ou de um grupo profissional. Tal não significa, contudo, que rejeite ou reprove esta forma de luta – desde que seja expressão de uma ânsia de justiça social, em prol da dignidade da pessoa humana. Quando tal acontece (e nem sempre acontece…), emociono-me, mesmo à distância. Os portugueses vêm manifestando de muitas e variadas formas o seu repúdio contra as medidas “de austeridade” postas em prática por este Governo, impulsionado pelas organizações internacionais que nos emprestaram dinheiro para que o Estado cumprisse as suas obrigações, nomeadamente o pagamento de salários e de pensões. Não têm feito mal. É até proveitoso, interna e externamente, pois assim se sublinha que a estratégia não pode ser aplicada “custe o que custar” e que há outras vias – mais equilibradas e mais dignificantes – para chegar ao mesmo lugar. Temo, contudo, que estes episódios de comoção coletiva não passem de explosões de alma sem consequências na mudança de vida e de mentalidade, de atos de rebeldia que não chegam a uma verdadeira epifania da liberdade. Infelizmente, se circularmos pela Internet e por outros espaços de discussão aberta, chegamos à conclusão de que as palavras do escritor espanhol Miguel de Unamuno, escritas há um século, continuam atuais, infelizmente. Uma boa parte dos portugueses é submissa “até quando se rebela. […] Têm a cólera do veado ou do carneiro, que os leva a atos de violência frenética. Quando o ovino se irrita, arremete contra o primeiro que encontra, e depois tudo fica como dantes. Por aí se explica o regicídio e as suas consequências. Rebeldia, sim; independência, não. Aqui, como na Galiza, pode florescer o anarquismo, mas não o sentimento de verdadeira liberdade. E a anarquia é servidão.” Acredito e acreditarei na justiça das manifestações surgidas e a surgir, se elas forem expressão de independência de espírito e de um olhar poliédrico sobre os erros que nos trouxeram até aqui. Passos Coelho e o seu governo merecem palavras indignadas sempre que não tomarem decisões certas e patrióticas, mas igualmente devem ser alvo da nossa voz exaltada Sócrates e os seus auxiliares no regabofe dos últimos anos, os cidadãos que se deixaram deslumbrar por autarcas e governantes fazedores de obra a todo o custo, os portugueses que nunca hesitaram em pedir “um jeitinho” (e são tantos), os nossos compatriotas que corromperam e foram corrompidos, aqueles para quem não há vida além do subsídio, quantos têm contribuído para o desemprego por atos e por omissões, os agentes que têm transformado a justiça em injustiça, a União Europeia que engulosou meio mundo com dinheiro fácil “a fundo perdido”

e pagou para não se produzir, etc., etc.. Tirando uma curta faixa de jovens e de crianças, todos somos um pouco ou muito culpados… Na encruzilhada em que estamos, uma manifestação tem de ser um ato de protesto, mas também um momento de catarse, de contrição e de propósito de mudança. “Uma pancada nos olhos faz ver”, como afirmava uma frase inscrita num armazém de Cacilhas? Fará ver se abrirmos os olhos e virmos quem e o que nos bateu. Há, no entanto, algo que nos devemos recusar a aceitar. Custe o que custar. São os ataques à dignidade humana, expressos no desemprego injustificado, nos salários indignos, nos horários de trabalho iníquos, nas políticas antifamiliares, nos ardis que visam estupidificar os cidadãos, na erosão do direito à saúde, à educação e à cultura, no esvaziamento calculado do interior, nas estratégias promotoras do êxodo e da emigração. Contra eles, devemos lutar por todas as vias, sem tréguas, sem hesitações. Esta tarefa árdua merece a manifestação das nossas convicções, do nosso empenho e do nosso trabalho.

O meu bairro Francisco Pratas Jornalista

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epois de mim, quantas gerações por ali passaram? É uma interrogação que me coloco, certo de que já foram demasiadas. Numa destas últimas tardes, um familiar amigo facultou-me uma visita ao bairro onde nasci e vivi até à idade adulta, que caminhos daqueles já não são para as minhas pernas. E gostei do que vi. O bairro da Mouraria está a ser alvo de obras de reabilitação que não lhe desvirtuam o cunho original e isso, para mim, o saúdo, como vitória das consciências. Na visita, porém, chorou-me a alma, já que na soleira das portas, como outrora era hábito, nem um rosto conhecido a saudar a minha passagem. Pessoas e coisas, obedecendo também à imutável lei da vida, há muito deixaram estes lugares que só a saudade tende em manter, onde se geraram sonhos, se carpiram mágoas e viveram vidas, uma outra continuidade se repete, embora com outras gentes, outros gostos e outros costumes. E é ainda a rua da Mouraria, a rua onde eu nasci, e que atravessa o bairro de um extremo ao outro. Da casa da prima Augusta Gargulha à mercearia do senhor Galamba, uns quantos metros bem contados, tantos como a curta distância que separa as duas extremidades. Por tudo isto, ao acordar em mim os caminhos da minha infância, pretendendo reviver coisas e gentes, como neste caso o antigo bairro mouro “com o seu casario fechado cegante de cal”, como o escreveu algures Urbano Tavares Rodrigues, vejo ainda nele, ou quero ver, as casas baixas do meu tempo, o asseio dos seus interiores, os seus dramas e as suas paixões. Senti falta ali do velho “cantinho da cabina”, extinto que foi com o desaparecimento, por mor do camartelo camarário, que se encarregou de demolir a velha casa de dois pisos que, durante muitos anos, me serviu de segunda residência, e me dava via de acesso ao secular bairro. A construção ali da velha casa dava, ao tempo, lugar a uma estreita “travessa”, que outro nome nunca lhe conhecemos (talvez a travessa da muralha) e que obrigava, por força da sua construção, a criar ali um pequeno “canto” que servia de refúgio à maralha mais jovem. A coberto daquele improvisado resguardo, muitos dos moços fumaram ali o seu primeiro cigarro e sentiram o despertar de proibidas cobiças. Era o “cantinho da cabina”, já que próximo estava instalada, em casa própria, a central elétrica que controlava todo o consumo público na vasta zona das Portas de Moura. Enfim, um punhado de saudades que não deixaram de me incomodar!


Celebra-se em 2012 o ANO LUSO-BRASILEIRO. Em Beja e em Mértola e em São Miguel do Pinheiro a efeméride foi assinalada relembrando os feitos de António Raposo Tavares, o Bandeirante. Mas o “DA” quis ir mais longe e foi saber como sobrevive em Beja a comunidade brasileira. E ficámos a saber que a crise bate à porta com violência na maior comunidade estrangeira no Alentejo. Tudo normal, portanto. PB

Há 50 anos Pílulas, minhocas canibais e Relvas

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“Diário do Alentejo” dos começos dos anos Sessenta publicava nas suas quatro enormes páginas, quase sem fotografias, diversas notícias (regionais, nacionais e do estrangeiro), textos de opinião, publicidade (muita) e, também, artigos “científicos”. Numa das edições dos primeiros dias de outubro de 1962, com honras de primeira página, havia um “recorte” (o jornal não explicava de onde era a transcrição) que pode ainda hoje interessar ao ministro Miguel Relvas, o tal braço direito de Passos Coelho e senhor de múltiplas habilidades, ligações e saberes que tem a seu cargo, entre outros dossiês, os negócios com angolanos e brasileiros, a abertura de portas, a educação dos jornalistas e a explicação ao povo ignaro dos “sacrifícios” que os mandantes a soldo das tríades nacional e estrangeira impõem dia após dia. Intitulado “Ingere a pílula e fica com um curso”, a transcrição, com origem em Londres, anunciava: “O estudante do futuro não precisará de estudar para tirar um curso universitário – bastar-lhe-á tomar uma pílula, assegura um psicólogo norte-americano que investiga sériamente a teoria defendida pelos canibais de que se adquirem as faculdades e aptidões da pessoa que devoram”. E prosseguia o interessante texto “científico”: “O cientista, cujo nome não foi revelado, e os seus colaboradores iniciaram as pesquisas com experiências efectuadas em minhocas, segundo revela o último número de ‘The Practicioner’. Começaram por treinar uma série de minhocas a reagir à luz por meio de reflexos condicionados por choques eléctricos. Depois, alimentaram as minhocas ‘educadas’”. As minhocas canibais – prossegue o artigo – “reagiram aproximadamente duas vezes melhor durante os primeiros dias do que as minhocas que haviam devorado”. A publicação salienta que se for descoberta a diferença molecular entre as minhocas treinadas e não treinadas encontrar-se-á, talvez, a chave para a memória. “O que os cientistas têm em mente é que alguma empreendedora fábrica de produtos farmacêuticos consiga sintetizar os processos bioquímicos envolvidos e que os estudantes venham a tomar pílulas em vez de lições” – escreve. “É possível que muitos não considerem particularmente utópica tal perspectiva, mas é óbvio que ela seduzirá os admiradores do admirável mundo novo de Aldous Huxley.” Carlos Lopes Pereira

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O Governo, numa manobra meramente ilusória e propagandística, 15 recomendou a extinção de diversas FUNDAÇÕES por este País afora. Muitas destas propostas, como é o caso da Casa das Histórias Paula Rego ou do Côa Parque, são verdadeiras aberrações. Tal como o são as propostas de extinção das fundações Odemira e Serrão Martins, em Mértola. Ambas sob a alçada do poder local. Ambas de grande utilidade para as comunidades onde se inserem. PB

Diário do Alentejo 12 outubro 2012

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(…) é o povo quem mais ordena. Não é uma simples frase. E agora que se habituou a ir à rua – e o medo mudou de campo – é preciso que continue nos seus protestos pacíficos e não deixe de lutar por mais democracia, mais dignidade no trabalho, maior intervenção social, apontar os corruptos, de modo a não ficarem impunes, exigir uma justiça eficaz e rápida, e, sobretudo, reclamar contra a austeridade, que não tem sentido, lutar contra o desemprego, esse flagelo do nosso tempo, e combater a pobreza e os salários de miséria. Mário Soares, “Diário de Notícias”, 9 de outubro de 2012

Cartas ao diretor pertencendo ao Algarve, (fica na fronVila Nova teira entre o Alentejo e o Algarve) também na sua categoria. de Milfontes Acho que estamos todos de parabéns. Carlota Santos Milfontes

É com grande orgulho que escrevo: vivo em Vila Nova de Milfontes. Há 29 anos atrás, vim morar para esta terra que era ainda um pouco selvagem e que se transformou naquilo que é hoje. Tivemos uma grande senhora, a D. Graciete, que junto com outras pessoas conseguiram melhorar a terra, ao ponto que está hoje. Bem-haja o vosso sacrifício e disponibilidade. Gosto de viver cá, é cativante, acolhedor. Terra de gente simpática que está sempre pronta para ajudar quem solicite, mesmo que seja só para informação de algo. Vila Nova de Milfontes tem uma grande história, desde há muitos séculos e bastante interessante. O senhor professor e grande historiador António Martins Quaresma sempre se interessou por esta terra, pesquisou e conseguiu saber muito; escreveu vários livros, que eu aconselhava que lessem: Vila Nova de Milfontes, História ou Rio Mira, Moinhos de Maré. Obras muito interessantes em que nos explica tudo. Todos os milfontenses, turistas, deviam ter estes livros consigo. Porque muita gente nem sabe das suas raízes. O rio Mira nasce na serra do Caldeirão, em Monchique, e a sua foz é em Milfontes. Aqui respira-se saúde, temos três componentes muito importantes: serra, rio, mar. Milfontes tem muitos turistas, que a vêm descobrir, e outros que voltam pelos seus encantos, paz e tranquilidade. Até mesmo os “artistas” se sentem bem aqui, porque não há paparazzi a fotografar cada passo que dão. São pessoas iguais às outras, que vão às compras, aos cafés, aos bares. O peixe é a especialidade de quase todos os restaurantes, grelhado ou em caldeirada. O marisco também é prato forte. É uma vila bonita que tem quase de tudo. O castelo e a barbacã são pontos de referência. Praias dentro de Milfontes, e arredores, muito boas e bastante procuradas. Agora vamos falar da praia premiada: as Furnas, primeira das 7 Maravilhas de Portugal, na categoria de praia de rio. A madrinha é a Sofia Duarte Silva. A sua beleza natural, águas límpidas, areia fina e água temperada. Foi uma grande distinção que o Baixo Alentejo, e nós por cá, recebemos. Também a Zambujeira do Mar, na sua categoria, e Odeceixe, já

Não é todos os dias que nos é revelada tanta alegria. Em tantas terras nomeadas, nós todos recebemos três grandes nomeações.

Fim de férias Reinaldo Amador Henrique Rebelo Almada

Já sou octogenário e até à idade de 13 anos, data em que vim residir para Setúbal (já era aluno do Seminário de Beja), vivi na terra onde nasci, a terra dos três bês da Costa Vicentina, pertencente ao maior concelho do País, há dias premiada em Troia, na gala destinada à entrega de prémios do concurso realizado pelo canal 1 da TV, como sendo a melhor “praia de rio” do País. Como é natural, conheço bem o rio Mira, onde aprendi a remar e a pescar, cujo percurso se realiza, hodiernamente, em pouco mais de três horas, mesmo com almoços no Moinho da Asneira e na Zambujeira, com regresso a Milfontes, após algumas horas de passeio fluvial. Quando fiz exame de instrução primária era examinadora a falecida professora D. Maria Camacho, mãe do falecido e conhecido ator Camacho Costa. Milfontes, considerada a “joia” do nosso Alentejo, está diferente dos meus tempos de infância e puerícia. Com efeito, as tabernas do meu tempo são agora pubs e o custo de vida, especialmente durante o pedido estival, subiu com o advento dos holandeses e de outros cidadãos estrangeiros. De dois em dois anos desloco-me a Beja para participar nos “encontros dos antigos alunos”. Ainda há poucos meses me desloquei, com outros antigos colegas, à Ovibeja, tendo constatado que a terra do Lidador, Diogo Fernandes de Beja, Jacinto Freire de Andrade, Frei Amador Arrais e José Agostinho de Macedo, pouco mais evoluiu desde que na cidade de Pax Julia foi instalada a base alemã ou da NATO.

O Coreto Ex.mo senhor diretor Já me esqueci do ano em que aqui me colocaram com promessas de destaque e de grande atividade. Durante anos fui ponto de referência neste jardim. Vinha bastante gente ouvir as bandas de música tocar no coreto. Sentia-me bastante lisonjeado com toda essa gente à minha

volta. Havia muitas pessoas que vinham de propósito visitar o jardim só para me verem. Mas com o decorrer do tempo foram-se esquecendo de mim, pois as bandas de música deixaram de vir tocar. Haverá pessoas na cidade que não saibam da minha existência? Jovens que não saibam o meu nome e para que estou aqui? Crianças há que ao subirem as minhas escadas dizem virem brincar para o mirante. Sobre a música há opiniões divergentes: mas dizem que estou habitado por uma filarmónica fantasma, pois ouvem mas não veem. Outros, que talvez seja a alma penada de alguma banda de música que por aqui passou, sem conseguir atuar. Já me ia sentindo um pouco velho, mas pela remodelação do jardim, meteram-me na forja e fiquei como novo e para me animarem dão-me música durante todo o dia. Há pouco tempo, os das Palavras Andarilhas vestiram-me de novo. Mas tudo isso não basta, sinto-me triste e desesperado, já ninguém olha para mim, as pessoas (poucas) passam como se eu não existisse. Gostava de voltar aos “meus” tempos em que me julgava vedeta, rodeado por muita gente. Senhor diretor, peço-lhe: manifeste às filarmónicas e bandas de música que se lembrem de mim. Quando quiserem venha usufruir de todo o meu espaço e ao mesmo tempo animar este belo jardim que, tal como eu, parece que foi abandonado e votado ao esquecimento. Nota: a banda de música da cidade ainda existe? Sem mais e atentamente, o Coreto

Agora é que barragem de Alqueva foi descoberta Diamantino António Funcheira

Em 21 de setembro foi publicada uma grande entrevista nas páginas do “Diário do Alentejo”, o entrevistado foi o senhor João Basto. Este senhor é uma pessoa muito engraçada, só fala bem agora, depois de as outras pessoas terem principiado os trabalhos, como foi o caso do governo de José Sócrates, que deixou tudo planeado para melhorar o País, como seja a barragem de Alqueva, as estradas e também as pontes. Assim que o governo do Partido Social Democrata tomou posse, por inveja, mandou parar todas as obras por terem sido principiadas por um governo socialista. Agora vem um senhor com pezinhos de lã, o senhor João Basto, como se fosse ele que tivesse descoberto o caminho marítimo para a Índia.


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É o número de brasileiros que se julga viver no distrito de Beja atualmente.

Reportagem

Lincoln Pinheiro Procura trabalho para poder estudar História

José Brito Trabalhava na construção da A26. Espera por melhores dias

Damila da Silva Espera regressar ao Brasil daqui a três anos

Ivone Sousa Trabalha na Cáritas de Beja e espera ficar em Beja com a sua família

Histórias de quem escolheu a região para viver

Alentejo brasileiro “

N

ão entendo esta mania de os brasileiros escolherem nomes americanos”. É assim que Lincoln Pinheiro começa por falar de si. Lincoln, que “herdou da América”, Pinheiro, que herdou do pai, português. Brasileiro de nascença, 33 anos, cabelo aos caracóis, barba semifeita e óculos redondos. Chegou de São Paulo. Viveu em Lisboa, mas não gostou. Veio para Beja. “Resolvi sair de Lisboa para procurar uma cidade mais pequena, mais acolhedora”. Encontrou-a: Beja. Ele e tantos outros cidadãos brasileiros que resolveram imigrar em busca de uma vida melhor. De uma oportunidade em solo alentejano. Já foram mais, hoje são menos. Este percurso não satisfez todos. A situação do País alterou-se e muitos regressaram ao país de origem, tantos outros tentaram a sorte por essa Europa fora. Lincoln Pinheiro ficou. “Está a ser uma experiência gratificante, apesar das dificuldades”, diz. E não esmorece, embora agora esteja sem

Abraçados pelo idioma, pela história, Portugal e Brasil assinalam o ano Luso-Brasileiro. O Alentejo, à semelhança de muitas outras regiões do País, também é destino de imigração e local de acolhimento de muitos cidadãos brasileiros, que vieram à procura de uma oportunidade. De uma mudança de vida. Eles, por cá, contam a sua história, o que os faz ficar ou ter vontade de regressar. Texto Bruna Soares Fotos José Ferrolho Ilustração Susa Monteiro

trabalho e com o seu grande objetivo por satisfazer: estudar. “Quero muito estudar. Quero formar-me em História. Foi para isso que vim. Apenas preciso de encontrar um part-time que me permita fazê-lo. Tenho boas referências de historiadores em Portugal, os quais admiro. José Mattoso, por exemplo, é uma referência”. Mas até agora ainda não conseguiu. Ou trabalha a tempo inteiro para se sustentar, ou procura trabalho

novamente. O futuro historiador já fez um pouco de tudo. Passou por pastelarias, por hotéis, por arquivos de bancos e está disposto a continuar a fazê-lo, assim lhe surja uma oportunidade, seja em que área for. Mas o que o fez sair do seu país? “A violência”, responde sem hesitar. Para rapidamente acrescentar: “É tudo muito complicado no Brasil. O

desemprego é muito alto, independentemente de o país estar ou não em crise”. Entre Portugal e Brasil encontra algumas diferenças. No entanto, considera: “Há coisas, porém, em que são muito parecidos, por exemplo na área da política. Vendo o que acontece por cá dá para entender porque tem muito erro também no Brasil”. Garante que encontrou no Alentejo “um povo mais parecido com o brasileiro”. “O alentejano é bem mais acolhedor”, considera. Lincoln já pensou, porém, em regressar muitas vezes. Mas, neste momento, nem pode pensar em fazê-lo. “Não teria dinheiro para comprar a passagem de volta. Penso, mas na verdade eu quero ficar. Espero conseguir ficar”, afirma. Quanto aos tempos de prosperidade que o Brasil vive, Lincoln considera que “as coisas não são bem assim”. “Se for visto pelos números do PIB, de renda per capita de algumas regiões, é verdade. Há muitas regiões pobres que cresceram, que melhoraram um pouco, mas a


Comunidade brasileira em maioria na região

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desigualdade, o desemprego, ainda são muito grandes. Portugal está sofrendo um dos maiores índices de desemprego, cerca de 15 por cento. Em São Paulo, que é a cidade de onde eu vim, mesmo com o país crescendo, melhorando, o desemprego é quase de 12 por cento. A vossa crise é, assim, a nossa alegria”. Quem também escolheu o Alentejo para viver, em detrimento da sua pátria mãe, foi José Brito. De camisola laranja envergada, puxa do telemóvel, enquanto espera que os números avancem na placa que indicará a chegada da sua vez. A senha, com o seu algarismo, prendea-a na outra mão. À porta da delegação regional do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) espera com toda a paciência do mundo. Veio de Vila Nova de Milfontes. “Tratar dos papéis”, como diz. O sotaque brasileiro denuncia-o. Homem de poucas palavras e muitos sorrisos. “Estou sem trabalho, infelizmente. Entretanto estou a receber o subsídio e à espera de melhores dias”. José Brito estava a trabalhar na construção da A26. “As obras pararam. Não há o que fazer lá. Espero que recomecem em breve. Tenho essa esperança. Estava entre Sines e Grândola”, diz. “Aqui encontram-se imigrantes de todos os sítios. Há muita gente a trabalhar no Alentejo”, avança. No que diz respeito a brasileiros, diz que na sua zona de residência também “existem muitos”, até porque no litoral alentejano “há algum trabalho”. E enuncia: “Na construção, embora esteja mais parada, e na agricultura, nomeadamente nas estufas”. “Não posso dizer que estava bem no meu País e até gosto de estar em Portugal. Por enquanto, não penso voltar para o Brasil, só para passear. Sei que este país está em crise, que é mais difícil de encontrar trabalho, contudo, penso que tudo isto irá passar e que melhores dias virão. Temos de ser otimistas”, avança. Volta a desviar o olhar, perde-se em sorrisos, e as palavras escasseiam. Pega na bolsa que traz, onde guarda religiosamente todos os papéis, para que nada se perca, para que nada ponha em risco a sua permanência no país de acolhimento. Olha para os números que avançam. E enxerga que está quase a chegar a sua vez. “Não pensei de a situação em Portugal estar tão ruim, mas ainda não me arrependi. No Brasil também não é fácil”, diz. Os números avançam e José senta-se na cadeira. Tira os papéis para fora. Suspira para que esteja tudo em ordem e termina a conversa. Coisas mais importantes há a tratar. Coisas, tantas coisas que já passaram pela cabeça de Damila da Silva, sendo que a mais forte que tem em mente é a certeza de querer voltar para o Brasil. Está em Beja há sete anos. “Desci do avião e vim direta para esta cidade”. Casou, PUB

a região são várias as entidades que prestam apoio à imigração e o “Diário do Alentejo” chegou à conversa com duas delas. Com a Solim – Solidariedade Imigrante e com o Centro Local de Apoio ao Imigrante da Cáritas Diocesana de Beja (Claii). De acordo com Alberto Matos, da Solim, devem viver no distrito “cerca de 1500 brasileiros”. Número, este, que já foi maior. “O povo brasileiro é menos qualificado. Trabalha essencialmente na agricultura, na construção civil, embora tenha sofrido uma grande queda, nas limpezas, na restauração e na hotelaria”, afirma. E, embora o Brasil esteja em fase de crescimento, segundo Alberto Matos, “sobretudo há oportunidades para gente qualificada. Pessoal de baixa formação, como são a maioria dos imigrantes brasileiros que vieram para cá, ao regressaram para o seu país, voltam para situações complicadas”. A Solim garante que “embora muitos tenham ido embora, como foram de todas as nacionalidades, o que ainda se nota na região é uma prevalência de brasileiros”. O Claii também pretende dar apoio aos imigrantes e minimizar situações mais complicadas e, segundo Ana Soeiro, coordenadora do Centro Local de Apoio ao Imigrante da Cáritas Diocesana de Beja, “a comunidade brasileira é a que mais recorre aos atendimentos da instituição. E o que se tem vindo a notar é que se há um tempo os atendimentos estavam mais relacionados com questões burocráticas, neste momento centram-se mais na questão do apoio social”. “A comunidade brasileira tem especificidades muito diferentes de outras comunidades. Os brasileiros são muito aventureiros, por exemplo, às vezes imigram sem terem noção da real situação do país para que vêm. Houve famílias que vieram por inteiro e, neste momento, está a ser um pouco difícil reorganizarem-se. No entanto, esta comunidade é muito alegre. Apesar de poder estar a passar por vários problemas, por vezes, não transmite isso. É uma comunidade muito unida que se entreajuda e que não se recusa a trabalhar”, considera Ana Soeiro. De acordo com a coordenadora, apesar de o seu país estar a prosperar, “a maioria não pensa regressar, tenta manter-se”. BS

divorciou-se e voltou a ficar por cá. “Tem sido uma aventura com muitos altos e baixos. Com muitas coisas boas e coisas más. É uma experiência. É assim em qualquer lado que estejamos e por isso só tenho de pensar positivamente”. Otimismo é algo que não lhe falta e o pessimismo dos portugueses, por vezes, até a assusta. “Encontramos uma pessoa na rua e perguntamos se está tudo bem, mas a resposta é sempre mais ou menos, está tudo péssimo. Ficamos ainda mais para baixo”. O espírito brasileiro, na

verdade, não lhe sai do corpo, por mais anos que viva ausente do seu torrão natal. Damila trabalha e estuda. Investe em si, procura um equilíbrio, uma base sólida. Para si e para as suas filhas, para a sua família. “Já fiz um pouco de tudo. Faço o que seja necessário. O povo brasileiro é assim. Agarra qualquer coisa. Os portugueses reclamam mais. Somos diferentes nisso, faz parte da cultura de cada um”, afirma. Ajeita o cabelo pintado, a realçar a cor violeta. Dispersa o olhar e dá gargalhadas fartas. “Temos

de ser alegres não é? É o que levamos desta vida. Mesmo estando longe do meu país gosto de um churrasco e morro de saudades desses momentos passados em família”. Volta a ficar séria. O sorriso esmorece. “Ultrapassamos a questão da comida, do tempo, mas este não é o nosso país. As pessoas são mais fechadas. Nem sempre é fácil para nós”, explica. E por tudo isto e até muito mais não tem dúvidas: quer regressar. “Daqui a três anos. Ainda falta algum tempo. Estabeleci esse tempo. Estou a tirar um curso no IPBeja, Assistente Social, a minha filha ingressou no 10.º ano, então julgo que seja o tempo necessário para termos uma base sólida”. E quando chegar ao Brasil? “Acontecerá o que tiver de acontecer. Sem planos. Não tenho grandes expetativas. Não espero muito. É viver”, conclui. Com mais ou menos dificuldades, estes imigrantes continuam a sua busca por uma vida melhor. Muitos admitem ter escolhido o País pelo idioma, à partida uma barreira quebrada, outros pela forte ligação que existe entre as duas nações. “Estamos ligados pela história, pela língua”, diz Ivone Sousa, outra das cidadãs brasileiras que encontrou no Alentejo um lar. “Sinto-me cá muito bem. Gosto do que faço”. Trabalha na Cáritas. Ajuda no que é necessário, tanto pode lavar as escadas como dar uma ajuda na cozinha. Ajeita os óculos e apruma a bata que enverga. Em Beja conheceu o seu atual marido, também de nacionalidade brasileira. “Foi obra do destino”, garante. “Os meus filhos estão ligados também a esta cidade. Tenho cá seis netos. Só Deus saberá se um dia regressamos ao Brasil definitivamente”, conta, enquanto aguarda pela hora de almoço, que não tardará em chegar. Delicia-se com a comida portuguesa. “É gostosa. Os portugueses comem muito peixe. No Brasil não é bem assim. A carne não tem o mesmo sabor da nossa, mas também nos habituamos”, diz. Queixas? As rendas das casas em Beja. “São muito altas”, afirma. Os ponteiros avançam no relógio e a hora que tem para almoço começa a encurtar. É preciso dar alimento ao corpo, que a tarde, essa, voltará a ser de trabalho, felizmente. “É uma bênção termos trabalho, sustento”, confessa. Lincoln continua a sua busca por emprego, por um emprego que lhe permita estudar. José regressa a Vila Nova de Milfontes com os papéis tratados e só deseja um trabalho e, se possível, que as obras da A26 tenham outro destino. Damila continua no seu emprego, continua a estudar no IPBeja e daqui a três anos espera poder regressar ao Brasil. Ivone continua com a sua família grande, grata por estar na Cáritas. Grata por poder continuar, até que Deus queira, neste Alentejo brasileiro.


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Futebol juvenil

Diário do Alentejo 12 outubro 2012

13/10 - Campeonato Distrital de Benjamins (1.ª jornada) Série A: Desportivo de Beja-Ferreirense A; Alvito-Figueirense; Bairro Conceição-Sporting Cuba; Vasco da Gama-Aljustrelense. Folga o Despertar A. Série B: Sobral da Adiça-Despertar B; CB Beja-Moura; São Domingos-Serpa; Santo Aleixo-Piense; Ferreirense B-NS Beja. Série C: Almodôvar-Odemirense; São Marcos-Boavista; Milfontes A-Milfontes B; Ourique-Rosairense; Castrense-Renascente. 13/ 10 – Campeonato Distrital de Infantis (1.ª jornada) Série A: NS

Beja-Vasco da Gama; Sporting Cuba-Alvito; Despertar A-Bairro Conceição; Alvorada-Desportivo Beja. Folga o Ferreirense. Série B: Operário-Amarelejense; Aldenovense-Guadiana; Piense-Despertar B; Serpa-CB Beja. Folga o Moura. Série C: Renascente-Aljustrelense; Milfontes A-MilfontesB; Castrense A-Castrense B; Boavista-Almodôvar. Folga o Odemirense. 12/10 – Campeonato Distrital de Futsal (1.º jornada)N.S.Moura-Vasco da Gama; Vila Ruiva-Politécnico de Beja; AD VNSBento-Desportivo de Beja; Alcoforado-Ferreirense; Baronia-Luzerna; Almodovarense-Safara.

Desporto J

orge Costa é mais um antigo jogador do Desportivo de Beja, clube onde completou todo o seu percurso de formação. Tendo atingido a idade de sénior, iniciou um périplo por diversos clubes, começando pela Zona Azul, seguindo para o Baleizão e daí para o Vasco da Gama da Vidigueira. No regresso a Beja, vestiu a camisola do Penedo Gordo e do Desportivo das Neves e concluiu a carreira de jogador na equipa de futsal do CCD Bairro da Conceição, onde foi campeão distrital. O seu percurso de treinador começou ao lado de Luís Figueira, no Desportivo das Neves. Mais tarde foi adjunto de José António Lindeza nos juvenis do Despertar e de Carlos Guerreiro nos seniores do Despertar, Ferreirense e Castrense. Habilitado com o curso de treinador de 2.º grau da FPF, é atualmente o treinador principal do Bairro da Conceição, clube onde vai cumprir a sua terceira época.

Beja Basket Clube O Campeonato Nacional de Basquetebol da 2.ª Divisão (fase inter-regional) vai iniciar-se no dia 9 de novembro, com a formação do Beja Basket Clube incluída na Zona Sul B. O calendário da jornada inaugural é o seguinte: Ferragudo-Tubarões; Reguengos-Imortal Basket e Portimonense-Beja Basket Clube.

Castrense mudou de treinador mas foi goleado em Moura

Hoje palpito eu... Jorge Costa

Resultados Campeonato Nacional de Iniciados Série G (5.ª jornada): São Luís-Louletano, 0-5; Desportivo de Beja-Lagos, 0-5; Olhanense-V.Setúbal, 2-1; Lusitano VRSA-Despertar, 5-0; Odiáxere-Imortal, 0-6. Classificação: 1.º Olhanense, 15 pontos. 2.º V. Setúbal, 12. 3.º Imortal, 12. 4.º Lagos e Louletano, nove. 6.º. São Luís, quatro. 7.º Lusitano VRSA. 8.º Despertar e Desportivo de Beja, três. 10.º Odiáxere, um. Próxima jornada (14/10): Louletano-Odiáxere; Lagos-São Luís; V. Setúbal-Desportivo Beja; Despertar-Olhanense; Imortal-Lusitano VRSA.

O declínio de um candidato... O treinador é sempre o elo mais fraco, nem sempre o único rosto do insucesso. Não era expectável que o Castrense ganhasse em Moura, mas que não saísse vergado a uma derrota tão humilhante. Texto Firmino Paixão

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ronda do próximo domingo, no Nacional da 3.ª Divisão, não será fácil para as equipas o distrito de Beja. Senão vejamos. O Aljustrelense desce até Lagos para o campo da equipa com a melhor defesa e uma das duas que ainda não perderam nas quatro jornadas. O Vasco da Gama, fragilizado pela derrota caseira do passado domingo, vai para Reguengos de Monsaraz bater-se contra uma equipa que, sendo difícil, vem moralizada do triunfo em Aljustrel. O Castrense, esperemos que

com as feridas de Moura já saradas, visita o União de Montemor, líder do campeonato e a segunda equipa que ainda não perdeu. Finalmente o Moura, também a jogar fora de casa, visita o Monte Trigo embalado pelo folgado triunfo conquistado no Algarve há oito dias. Na jornada anterior, que marcou a estreia de Mário Tomé ao leme do Castrense, assinalada com uma volumosa derrota em Moura, diremos que são jogos, não para esquecer, mas para sempre recordar. O Aljustrelense sofreu a primeira derrota em casa para o campeonato, frente ao Reguengos, adversário que no mesmo recinto os tinha afastado da Taça de Portugal. O Vasco da Gama fraquejou frente ao Juventude e sofreu a segunda derrota no seu terreno. O Moura, em segundo lugar, é a nossa melhor equipa na tabela de pontos.

(1) ODEMIRENSE/GUADIANA Uma equipa que joga para o título, com outra que joga pela manutenção. Vitória do Odemirense que, a jogar no seu terreno, não irá facilitar.

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4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4

3 3 2 2 2 2 2 1 1 1 1 0

1 0 2 1 1 1 0 1 1 0 0 0

0 1 0 1 1 1 2 2 2 3 3 4

6-3 12-4 5-1 4-2 5-5 5-2 8-7 3-6 4-8 9-8 5-11 4-13

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10 9 8 7 7 7 6 4 4 3 3 0

Próxima jornada (14/10/2012): Esp. Lagos-Aljustrelense, At. Reguengos-CF Vasco da Gama, Juventude Évora-Sesimbra, Lagoa-Lusitano VRSA, Monte Trigo- Moura, U. Montemor-Castrense.

Rosairense Odemirense São Marcos Almodôvar Piense Bairro da Conceição Aldenovense Praia Milfontes Serpa Desp. Beja Amarelejense Sp. Cuba Cabeça Gorda Guadiana

(X) ALMODÔVAR/MILFONTES Equipas muito bem orientadas e constituídas por bons jogadores. Ambas procuram os lugares cimeiros da tabela. Mais um jogo de empate.

(2) CABEÇA GORDA/B. DA CONCEIÇÃO Para ser coerente comigo e com a motivação que tenho que transmitir aos jogadores, quero acreditar que a minha equipa vai vencer o Ferróbico.

U. Montemor Moura Esp. Lagos At. Reguengos Sesimbra Aljustrelense CF Vasco da Gama Juventude Évora Lagoa Monte Trigo Lusitano VRSA Castrense

Amarelejense-Odemirense ............................................. 0-2 Aldenovense-Desp. Beja .................................................. 1-0 Serpa-Almodôvar................................................................1-1 Praia Milfontes-Sp. Cuba .................................................. 3-0 Rosairense-Piense...............................................................3-2 São Marcos-Cabeça Gorda................................................1-1 Bairro da Conceição-Guadiana........................................3-1

(X) DESPORTIVO DE BEJA/SERPA São duas equipas que procuram a primeira vitória. O fator casa poderá ser importante, até pelo tapete de relva natural, mas o Serpa tem mais-valias individuais que justificam o meu prognóstico de empate.

(1) PIENSE/SÃO MARCOS O São Marcos tem uma equipa com jogadores muito experientes. O relvado natural do 1.º de Maio e a equipa aguerrida que o Piense apresenta justificam o triunfo dos locais.

Esp. Lagos-U. Montemor .................................................. 0-0 Aljustrelense -At. Reguengos ..........................................0-1 CF Vasco da Gama-Juventude Évora ..............................1-2 Sesimbra-Lagoa ..................................................................1-1 Lusitano FC VRSA-Monte Trigo ....................................... 1-6 Moura-Castrense.................................................................7-1

1.ª Divisão – AF Beja 2.ª jornada

(2) AMARELEJENSE/ALDENOVENSE O Amarelejense tem no fator casa a sua grande motivação, mas a qualidade dos jogadores do Aldenovense será decisiva para que a balança penda a seu favor.

(2) SPORTING DE CUBA/ROSAIRENSE O Rosairense tem um percurso extraordinário deste há três ou quatro épocas. Mudou de treinador, mas isso não fragilizou a equipa, que será capaz de conquistar os três pontos em Cuba.

3.ª Divisão – Série F 4.ª jornada

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2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2

2 2 1 1 1 1 1 1 0 0 0 0 0 0

0 0 1 1 0 0 0 0 2 1 1 1 1 0

0 0 0 0 1 1 1 1 0 1 1 1 1 2

7-2 3-0 3-2 3-2 5-4 3-2 2-2 4-3 1-1 0-1 0-2 0-3 1-5 2-5

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6 6 4 4 3 3 3 3 2 1 1 1 1 0

Próxima jornada (14/10/2012): Amarelejense-Aldenovense,

Distrital O Bairro foi para o intervalo a perder mas no segundo tempo deu a volta ao marcador

Desp. Beja-Serpa, Almodôvar-Praia Milfontes, Sp. Cuba-Rosairense, Piense-São Marcos, Cabeça Gorda-Bairro da Conceição, Odemirense-Guadiana.

O jogo mais importante da jornada opõe o Almodôvar ao Milfontes

O primeiro milho é dos pardais

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jogo entre o Desportivo de Almodôvar e o Milfontes, no próximo domingo, no terreno dos almodovarenses, é, indiscutivelmente, uma das partidas de maior interesse da 3.ª jornada do distrital da 1.ª divisão. São dois conjuntos muito bem apetrechados e com grandes ambições para este campeonato. O Odemirense, um dos líderes, recebe o Guadiana e é favorito; o São Marcos, que ainda não perdeu, tem difícil deslocação ao 1.º de Maio em Pias; o Desportivo recebe o Serpa, equipa que até ao momento averbou dois empates. O Aldenovense

é favorito na sua deslocação a Amareleja e o Rosairense terá um teste difícil em Cuba. O Cabeça Gorda receberá o Bairro da Conceição, num confronto que os visitados podem vencer. No passado fim de semana marcaram-se 19 golos, com três equipas em branco, Amarelejense, Desportivo e Cuba, que ainda não marcaram qualquer golo neste campeonato. O Odemirense é a única formação cujas redes não foram violadas e o Rosairense (um pouco à pala dos 4-0 na Cabeça Gorda) é a equipa mais realizadora (sete golos). O Odemirense venceu no

difícil Campo das Cancelinhas, na Amareleja, naquele que foi o único triunfo em casa alheia. A jornada produziu também dois empates, ambos a uma bola, um em Serpa e penalizador para os locais, outro em São Marcos, moralizador para o Cabeça Gorda. O Aldenovense ganhou tangencialmente ao Desportivo de Beja, o Milfontes venceu o Cuba com facilidade e o Rosairense superou o Piense. Finalmente, em Beja, o Guadiana foi para o intervalo em vantagem, mas o Bairro da Conceição deu a volta. Firmino Paixão


A seleção nacional de futebol de rua, que está no México a disputar o Campeonato do Mundo e que tem na equipa técnica o jovem treinador bejense Francisco Seita, está imparável. Depois de vencer os jogos com a Áustria (6-2), Roménia (10-2), Filipinas (13-2) e Suécia (5-2) bateu ainda a Escócia, campeã do Mundo em 2011, por 6-3. Portugal tem hoje, sexta-feira, um jogo com o Brasil, decisivo para a qualificação para a fase final.

Fardas vão à pesca em Santa Clara de Louredo

Realiza-se no próximo domingo, dia 14, na barragem de Santa Clara de Louredo, o primeiro convívio piscatório para elementos das forças de segurança e bombeiros. A concentração terá lugar pelas 6 e 30 horas, na sede do Clube de Pescadores de Beja, e os pescadores, com licença de pesca, podem inscrever-se pelos números 961327814 e 962076136 até ao meio-dia de amanhã, sábado. O evento terminará com um almoço aberto a familiares.

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Futebol de Rua: seleção nacional no México

Almodôvar já tem voleibol A Associação de Voleibol do Alentejo anunciou a filiação do Clube Desportivo de Almodôvar nesta modalidade, tendo em vista a participação em competições federadas e oficiosas na época desportiva 2012/2013, sobretudo ao nível da formação.

Troféu Município de Beja 2012 Em três palcos distintos realizou-se a primeira fase do Troféu Município de Beja, competição dirigida às equipas do concelho que vão competir na Taça Fundação Inatel. Os resultados foram os seguintes: Série A (jogos em São Matias): São MatiasBeringelense, 3-1; Albernoense-São Matias, 1-1; Beringelense-Albernoense, 0-1. Série B (jogos em Neves): Salvadense-Louredense, 0-0; Desportivo das Neves-Penedo Gordo 0-2; Louredense-Desportivo das Neves, 2-0; Salvadense-Penedo Gordo, 2-0. Série C (jogos em Mombeja): Trindade-Mombeja 2-0; Quintos-Trindade 0-1; Mombeja-Quintos 1-0. A fase final disputa-se na tarde de amanhã no Campos de Jogos do Bairro da Conceição e no Complexo Desportivo Fernando Mamede (sintéticos 1 e 2). Copa Alentejo Santa Vitória foi a equipa com a melhor claque

1.ª Copa Alentejo – Torneio de Futebol Infantil terminou em Beja

Os miúdos foram todos campeões As equipas de formação do Lusitano de Évora dominaram a 1.ª Copa Alentejo – Torneio de Futebol Infantil, cujo quadro competitivo encerrou em convívio e festa no Complexo Desportivo Fernando Mamede, em Beja. Texto e foto Firmino Paixão

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Copa Alentejo voltou à cidade de Beja para o encerramento de um torneio que envolveu centenas de crianças, potenciais grandes futebolistas, ou não, mas todos unidos num espírito de missão e convívio, troca de experiências, melhorando competências pelo contacto com realidades distintas. E se estes eram os grandes objetivos da organização, tem que se dizer que as metas foram superadas, porque as famílias, o público anónimo e as claques deram o toque final de qualidade. Não admira que na hora da avaliação final, Florival Graça, um dos rostos da organização, tenha dito que “a Copa Alentejo teve um sucesso excecional, as pessoas que estão neste mundo do futebol juvenil não esperavam um sucesso tão elevado, tanta adesão do público, os miúdos conviveram, divertiram-se, foi um sucesso para os clubes alentejanos que se empenharam na organização”. O dirigente do Desportivo de Beja desvalorizou os resultados competitivos e sublinhou que “os principais ganhadores foram todos os jovens que participaram no

evento”. E lembrou: “Estes pequenos grandes jogadores viveram estas jornadas em que foram eles os principais protagonistas, foi pensando neles que a organização trabalhou e, naturalmente, que são eles que ganham competências ao nível social e ao nível desportivo, com a presença em eventos desta dimensão”. Florival Graça quis ainda “sublinhar a ajuda e o empenho dos pais e outros familiares dos miúdos e de todos os técnicos que, diariamente, colaboraram”. Numa oportuna alusão aos restantes parceiros da organização, Florival Graça confirmou a realidade que foi sempre visível: “Foram parceiros extraordinários, empenharam-se muito neste mundialito alentejano, sobretudo a Imagem 4, que foram inexcedíveis, mas também o Grupo Desportivo Afeiteira e o Lusitano de Évora”, realçou. O dirigente recordou também que “além do processo desportivo, esta Copa Alentejo permitiu que se estabelecessem boas relações entre as pessoas, que se proporcionassem vivências diferentes aos miúdos, o que está aqui em causa é o futuro deles no plano desportivo e social e também o futuro do futebol nesta região”. Não será por isso de admirar que o olhar do dia seguinte tenha sido logo dirigido para a Copa 2013: “A segunda edição da Copa Alentejo já está a ser preparada, já iniciámos o diálogo com as pessoas, já temos equipas empenhadas em participar no próximo ano e a efetuar já a sua

pré-inscrição, o que significa que fomos bem-sucedidos e que as pessoas ficaram satisfeitas”, revelou o responsável. Acolhendo esta inédita e bem-sucedida realização, o Clube Desportivo de Beja dá sinais de uma grande afirmação do seu trabalho no futebol juvenil. Florival Graça não tem dúvidas disso: “O Desportivo de Beja, desde há dois anos, ganhou uma nova dinâmica na sua vertente de formação, e com a participação nesta Copa Alentejo sem dúvida que vamos ter mais visibilidade, mas temos que agradecer aos pais dos miúdos e aos membros da comissão administrativa que se empenharam, porque sem eles nada seria possível, tanto nesta copa como no dia-a-dia das nossas equipas, e congratulamo-nos por termos triplicado o número de miúdos do ano passado”, concluiu o dirigente bejense. Classificações: Petizes: 1.º Lusitano Évora. 2.º Desportivo de Beja A. 3.º Casa do Benfica de Beja. 4.º Desportivo de Beja B. Traquinas: Desportivo de Beja A. 2.º Lusitano Évora. 3.º Afeiteira A. 4.º Desportivo de Beja B. 5.º Afeiteira B. Benjamins: 1.º Lusitano Évora. 2.º Ferreirense. 3.º Afeiteira A. 4.º Casa do Benfica de Beja. 5.º Ferreirense B. 6º. Desportivo de Beja B. 7.º Alvito. 8.º Afeiteira B. 9.º Desportivo de Beja A. 10.º Santa Vitória. Infantis: 1.º Lusitano Évora. 2.º Ferreirense. 3.º Alvito. 4.º Afeiteira. 5.º Desportivo de Beja B. 6.º Desportivo de Beja A.

Centro de Marcha e Corrida A Câmara Municipal de Castro Verde inaugura amanhã, sábado, o Centro Municipal de Marcha e Corrida com uma caminhada e um passeio de bicicleta. A concentração para o evento está marcada para a praça da Liberdade, pelas 15 e 30 horas, e conta com a presença da atleta Ana Dias e do antigo atleta Ezequiel Canário. Trata-se de uma organização do município de Castro Verde com a colaboração da Associação 100 Trilhos – Clube BTT.

Dia Mundial do Coração A Juventude Desportiva das Neves comemora o Dia Mundial do Coração com uma caminhada a realizar no próximo domingo, pelas 8 e 30 horas, com partida do largo Catarina Eufémia. O lema da iniciativa, grátis e aberta à população, é “Todos juntos por um coração saudável”.

Os Independentes de Sines O Campeonato Nacional de Futsal da 3.ª Divisão começa amanhã, sábado, sem representantes da AF Beja uma vez que o Politécnico de Beja (campeão distrital) renunciou à sua participação. A região está representada pelos Independentes e pelo União de Montemor, equipas que amanhã se defrontam no litoral, e pela formação do Sporting de Viana do Alentejo, que se desloca ao recinto dos Salesianos (Lisboa).

Mini basquetebol em Serpa A Casa do Benfica de Serpa está a promover uma ação de captação de jovens, com idades compreendidas entre os seis e os 11 anos, para a prática de mini basquetebol. Os treinados realizam-se às terças e sextas-feiras, pelas 18 horas, no pavilhão da Escola Secundária de Serpa. A organização oferece o seguro desportivo.


20 Diário do Alentejo 12 outubro 2012

Futsal José Saúde

Marisa Sousa jogou futebol informalmente e hoje é árbitra nacional

Um sonho com asas para voar Iniciou-se na arbitragem de futebol na época 2007/2008 e fez todo um percurso ascendente até atingir, esta época, o quadro feminino do Conselho Nacional de Arbitragem da Federação Portuguesa de Futebol.

de Beja a atingir os quadros nacionais. É verdade que a Ana já esteve neste quadro, mais ela veio de outra associação. Isso orgulha-me muito.

Texto e foto Firmino Paixão

Considero que sim, apesar de ainda estarmos numa fase muito embrionária, mas estamos a progredir a passos largos. A Federação Portuguesa de Futebol também tem um papel importante, porque acolhe bem as mulheres, aposta nelas e proporciona-lhes muita formação. Trabalho muito para conciliar a arbitragem com a minha vida académica, o estudo das leis e o treino físico ocupam-me muitas horas semanais, mas quando se tem gosto no que se faz as coisas tornam-se mais fáceis.

M

aria Alexandra Piriquito Sousa nasceu em São Matias, Beja, no dia 7 de março de 1989 (23 anos) e a sua estreia ocorreu em Beja, no jogo do Campeonato Nacional de Iniciados, entre o Despertar e o Imortal de Albufeira. Um momento especial, confessa a árbitra alentejana: “Não digo que me senti emocionada, mas foi importante. Foi o primeiro passo de uma carreira que espero que seja bem-sucedida”. Espera viver momentos ainda mais importantes do que a estreia no quadro nacional?

Claro, tenho objetivos como qualquer árbitro. O principal, para esta época, é manter-me no quadro nacional. Sou nova, ainda tenho muito para aprender e quero fazer essa aprendizagem com todos aqueles que já fazem parte deste quadro há mais tempo, mas a minha meta é ir sempre melhorando e chegar o mais longe possível. Tem orgulho do seu percurso na arbitragem?

Posso dizer que sim, o maior orgulho é ter sido a primeira árbitra do quadro na Associação de Futebol

As mulheres estão a invadir um terreno que era quase exclusivo dos homens?

A responsabilidade pelos seus êxitos, ou os insucessos, é repartida com os seus árbitros assistentes?

Quando fazemos a preparação dos jogos ficamos com essa noção. Sou eu que dou a cara mas nós somos uma equipa. Se eu errar, são eles que erram, se eles errarem, também sou eu a errar, somos uma equipa, não podemos fugir disto. Como estou dentro do campo sou eu que tenho que assumir a responsabilidade, se existir discussão é comigo que o fazem, mas se tivermos que sofrer sofremos os três. Ouve o que se passa à sua volta ou procura abstrair-se dos comentários dos espectadores?

Tento ao máximo ignorar esses comentários, mas é óbvio que quando estamos mais perto das linhas se nos mandarem uma “boca” temos noção disso, mas normalmente abstraio-me e nunca isso me influenciará na tomada de decisões. Já ouviu algo que a tivesse levado a pensar em desistir deste caminho?

Já ouvi algumas coisas desagradáveis, sobretudo no início da minha carreira. Nessa altura talvez me tivesse levado a refletir bem se era isto que eu queria, mas quando fazemos aquilo que gostamos, e quando o fazemos com tanta paixão, podem dizer o que quiserem que nada nos vai abalar. Sente-se um exemplo de uma mulher bem-sucedida no desporto que pode trazer outras mulheres para a arbitragem?

Não sei se sou um exemplo, mas gostaria que algumas raparigas olhassem para mim e pensassem “se ela conseguiu nós também vamos conseguir, porque temos tanta capacidade como a Marisa ou ainda mais”. Com estudo, trabalho e, acima de tudo, muita dedicação, todas conseguirão. Tenho pena de estar sozinha neste quadro, gostaria de ter mais colegas para trocarmos experiências e novas aprendizagens. Que objetivos persegue na arbitragem?

Temos que pensar num passo de cada vez. Nesta época o que desejo é manter-me no quadro nacional.

Depois, naturalmente que o sonho é ir subindo os diversos patamares, e se conseguisse um dia atingir a internacionalização seria o concretizar de um grande sonho. Esse sonho tem asas para voar longe?

Da minha parte farei tudo o que estiver ao meu alcance, naturalmente que exigirá muito da minha vida pessoal, mas o meu objetivo é mesmo ir por esse caminho. Tenho visto o exemplo das minhas colegas internacionais que nos dizem que é muito difícil, que exige muito trabalho, mas é gratificante. Mas esse é o meu objetivo principal. O que a trouxe para o mundo da arbitragem?

Sempre estive ligada ao desporto, sobretudo ao futebol, foi sempre a minha paixão. Como aqui em Beja não havia muita aposta no futebol feminino, vi na arbitragem um caminho para manter essa ligação a um desporto de que gosto. Nunca fui futebolista federada, jogava na minha terra, jogava no desporto escolar, sempre tive esse bichinho pelo futebol. Mas existe outra Marisa para além da arbitragem?

Claro, licenciei-me em Educação Física, na especialidade de Natação, estou no último ano do mestrado em Évora, a ideia é seguir a via do ensino, mas continuar na arbitragem, conciliar as duas atividades, progredir não só na arbitragem como a nível pessoal e tornar-me uma grande mulher.

Longe vão os tempos em que o futebol de salão enchia de prazer a rapaziada que, em épocas veraneantes, se dedicava a torneios infindáveis que levavam ao rubro o prazer da bola. Recordo com saudade as noites de canícula neste nosso Alentejo e do público, em massa, que marcava a sua inquestionável presença no evento. Torneios populares onde proliferavam equipas de índole bem diferentes. Bairros, ruas, clubes e empresas davam cor a recintos em que as claques assinalavam a sua comparência. O ringue do jardim municipal de Beja, e mais tarde o pavilhão gimnodesportivo, por exemplo, foram palcos de infindáveis emoções. Acontece que o futebol de salão, com as suas regras, acabou por dar origem à atual modalidade do futsal. Uma modalidade que criou profundas raízes nacionais e que se dimensionou ao recôndito lugarejo desta pátria lusa. Olho, atentamente, a verdade da AF Beja. O futebol sénior, a nível da 2.ª divisão distrital, deparou-se, na presente época, com uma pausa forçada. Falharam os apoios, afirmam os dirigentes. Alguns clubes primodivisionários enveredaram pelo mesmo diapasão. Face ao constatado, diz-nos a realidade que o futsal ganhou um maior espaço no órgão da bola de Beja. São 13 os emblemas regionais que estão prontos para participarem num campeonato – 2012/13 – que terá o seu início no próximo fim de semana. Atendendo ao número de filiados, prevê-se um campeonato atrativo e deveras emotivo. Na minha opinião, a modalidade de futsal ultrapassou o fenómeno da futilidade e é, agora, uma prova que levará aos pavilhões adeptos sequiosos de elevar bem alto o emblema do qual é, afinal, aderente. Sabendo-se que a visibilidade do futsal tende a dimensionar-se no tempo, é lógico que vejamos o futuro campeonato como uma mola real de uma modalidade que assume, finalmente, um lugar próprio na competitividade distrital bejense.


institucional diversos

21 Diário do Alentejo 12 outubro 2012

Especialista de problemas de amor

Diário do Alentejo n.º 1590 de 12/10/2012 Única Publicação

Astrólogo Curandeiro

CÂMARA MUNICIPAL DE BARRANCOS

EDITAL N.º 15/2012 (Publicitação das transferências concedidas pela Câmara Municipal de Barrancos no 1.º Semestre/2012)

ANTÓNIO PICA TERENO, Presidente da Câmara Municipal de Barrancos, torna público, nos termos e para cumprimento do disposto na Lei n.º 26/94, de 19 de Agosto, os benefícios concedidos no 1.º semestre de 2012 Listagem das transferências concedidas BENEFICIÁRIO Agrupamento de Escolas de Barrancos Agrupamento de Escolas de Barrancos Assembleia Distrital de Beja Associação Barranquenha p/ Desenvolvimento Associação Barranquenha p/ Desenvolvimento Associação Municípios Baixo Alentejo e Alentejo Litoral Associação Municípios Baixo Alentejo e Alentejo Litoral Associação de Defesa do Património de Mértola Associação de Defesa do Património de Mértola Associação de Defesa do Património de Mértola Associação de Reformados de Barrancos Associação Humanitária B. V. Barrancos

MONTANTE TRANSFERIDO 2.574,22 1.995,00 2.238,00 59.498,04 8.000,00 1.849,33 16.161,00

Refeições Escolares Protocolo Pavilhão Comparticipação Protocolo Ação Social Projeto EEAGRANTS Projetos em parceria – comparticipação Comparticipação

Associação Humanitária B. V. Barrancos Associação Humanitária B.V. Barrancos Associação Humanitária B.V. Barrancos

14.250,00 12.000,00 3.140,00

Associação Nacional de Municípios Portugueses Barrancos Futebol Clube

1.862,00 5.000,00

Projeto -“Tradições Orais” Deliberação n.º 25/CM/12, de 14/3 Projeto EEAGRANTS Banco de Medicamentos Protocolo – Equipa de Intervenção Permanente Protocolo de Colaboração Contrato-Programa (Apoio Saúde) Contrato.Programa - Deliberação n.º 43/CM/12, de 20/4 Encargos c/seguros BVB Contrato – Programa n.º13/11

…….............................. 4.585,87 20.138,65

€177.129,28 Projecto – Comparticipação Projecto - Comparticipação

10.800,00 19.611,64 29.000,00 ……...........................

Protocolo POVT Protocolo Protocolo Obras Pares €84.136,16

TOTAL DAS TRANSFERÊNCIAS CORRENTES Aguas Públicas do Alentejo, SA Associação de Municípios Alentejanos p/ Gestão do Ambiente Associação Humanitária B.V.B. Junta de Freguesia de Barrancos Lar Nossa Sr.ª da Conceição de Barrancos TOTAL DAS TRANSFERÊNCIAS CAPITAL TOTAL: (CORRENTES + CAPITAL)

8.418,00 11.708,00 6.348,19 7.837,50 14.250,00

OBSERVAÇÃO

…….......................

Recrutamento de um Técnico Superior de Gestão de Empresas M/F A Terras Dentro – Associação para o Desenvolvimento Integrado, pretende recrutar em regime de contrato a termo certo, pelo período de 8 meses, um Técnico Superior Licenciado em Gestão de Empresas para desempenhar funções no Projeto Contrato local de Desenvolvimento Social de Vidigueira. Perfil Solicitado: Licenciatura em Gestão de Empresas Portador de CAP (certificado de aptidão profissional) Experiência de intervenção em territórios envelhecidos Experiência de contacto com o público Conhecimentos de programas de apoio a desempregados e empresas Boa capacidade de comunicação Carta de condução e disponibilidade para deslocações Disponibilidade para entrada imediata Preferencialmente residência no concelho de Vidigueira Local de trabalho Concelho de Vidigueira

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Candidaturas As candidaturas devem ser enviadas até 18 de Outubro de 2012, para: Terras Dentro – Associação para o Desenvolvimento Integrado (Projeto Contrato Local de Desenvolvimento Social de Vidigueira), Rua Rossio do Pinheiro s/n, 7090-049 Alcáçovas ou por email para clv@terrasdentro.pt, integrando carta de apresentação, Curriculum Vitae e outros elementos considerados pertinentes para a análise da candidatura. Método de Seleção: análise curricular e entrevista

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Câmara Municipal de Barrancos, 10 de setembro de 2012 O Presidente da Câmara Dr. António Pica Tereno

rega do Alqueva na última fase de construção. Diário do Alentejo n.º 1590 de 12/10/2012 Única Publicação

Contactar pelos tms. 968589504 ou 917824571

Diário do Alentejo n.º 1590 de 12/10/2012 Única Publicação

ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE SERPA

EDITAL JOSÉ FILIPE NOGUEIRA ESTEVENS, 1.º SECRETÁRIO DA ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE SERPA: TORNA PÚBLICO: de acordo com o estipulado no n.º 1 do artigo 50.º da Lei n.º 169/99, de 18 de setembro, com a redacção dada pela Lei n.º 5-A/2002, de 11 de janeiro e artigo 10.º do Regimento da Assembleia Municipal de Serpa, que no próximo dia 12 de outubro de 2012 pelas 18:00 Horas, na Sala de Sessões da Câmara Municipal realizar-se-á uma sessão extraordinária deste Órgão Deliberativo, cuja ordem de trabalhos é a seguinte: 1. PERÍODO DE “ORDEM DO DIA” 1.1. Reorganização Administrativa Territorial Autárquica 1.2. Impostos Municipais 1.3. Revisão ao Orçamento e Plano Plurianual de Investimentos 1.4. Plano de Urbanização de Serpa 2. PERÍODO DE INTERVENÇÃO DO PÚBLICO E, para constar, se publica o presente edital e outros de igual teor, que vão ser afixados nos locais públicos do costume. Serpa, 4 de outubro de 2012 O Primeiro-Secretário da Assembleia Municipal José Filipe Nogueira Estevens

AUTORIZAÇÃO PROVISÓRIA DE FUNCIONAMENTO N.° 2/2012 REGIME DE INSTALAÇÃO E FUNCIONAMENTO DE ESTABELECIMENTOS DE APOIO SOCIAL

1. Identificação do estabelecimento Denominação do estabelecimento: Casa Maria Luisa Cordes da Ponte Localização do estabelecimento: Travessa do Mercado, s/n C. Postal: 7630-033 Boavista dos Pinheiros Localidade: Boavista dos Pinheiros Distrito: Beja Concelho: Odemira Freguesia: Boavista dos Pinheiros Telefone: 283 322 246 Fax: 283 322 288 e-mail: jardimdeinfancia@sapo.pt 2. Identificação da entidade gestora Nome completo: Jardim de Infância Nossa Senhora da Piedade Morada: Rua Dr. João de Paiva, n°6 C. Postal; 7630-161 Odemira Localidade: Odemira 3. Actividade exercida no estabelecimento Centro de Atividades de Tempos Livres 4. Lotação máxima O estabelecimento pode abranger o número máximo de 20 (vinte) utentes em simultâneo 5. Condições a satisfazer (Não aplicável a instituições particulares de solidariedade social ou equiparadas ou outras instituições sem fins lucrativos a abranger por acordo de cooperação) 6. Emissão e prazo de validade Documento válido de 2012/09/26 a 2013/03/25 (180 dias renováveis até à celebração do acordo de cooperação) Data 2012/09/26 Assinatura ilegível

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saúde

22 Diário do Alentejo 12 outubro 2012

Análises Clínicas

Medicina dentária

Psicologia

Dr.ª Heloisa Alves Proença Médica Dentista

Dr. Fernando H. Fernandes Dr. Armindo Miguel R. Gonçalves Horários das 8 às 18 horas; Acordo com beneficiários da Previdência/ARS; ADSE; SAMS; CGD; MIN. JUSTIÇA; GNR; ADM; PSP; Multicare; Advance Care; Médis FAZEM-SE DOMICÍLIOS Rua de Mértola, 86, 1º Rua Sousa Porto, 35-B Telefs. 284324157/ 284325175 Fax 284326470 7800 BEJA

Cardiologia

RUI MIGUEL CONDUTO Cardiologista - Assistente de Cardiologia do Hospital SAMS CONSULTAS 5ªs feiras CARDIOLUXOR Clínica Cardiológica Av. República, 101, 2ºA-C-D Edifício Luxor, 1050-190 Lisboa Tel. 217993338 www.cardioluxor.com Sábados R. Heróis de Dadrá, nº 5 Telef. 284/327175 – BEJA MARCAÇÕES das 17 às 19.30 horas pelo tel. 284322973 ou tm. 914874486

MARIA JOSÉ BENTO SOUSA e LUÍS MOURA DUARTE

Cardiologistas Especialistas pela Ordem dos Médicos e pelo Hospital de Santa Marta Assistentes de Cardiologia no Hospital de Beja Consultas em Beja Policlínica de S. Paulo Rua Cidade de S. Paulo, 29 Marcações: telef. 284328023 - BEJA

Exclusividade em Ortodontia (Aparelhos) Master em Dental Science (Áustria) Investigadora Cientifica - Kanagawa Dental School – Japão Investigadora no Centro de Medicina Forense (Portugal)

Assistente graduado de Ginecologia e Obstetrícia

ALI IBRAHIM Ginecologia Obstetrícia Assistente Hospitalar Consultas segundas, quartas, quintas e sextas Marcações pelo tel. 284323028

Clínica Geral

Técnica de Prótese Dentária Vários Acordos

Fisioterapia

Centro de Fisioterapia S. João Batista

Rua General Morais Sarmento. nº 18, r/chão Telef. 284326841 7800-064 BEJA

CLÍNICA MÉDICA ISABEL REINA, LDA.

Obstetrícia, Ginecologia, Ecografia CONSULTAS 2ªs, 3ªs e 5ªs feiras Rua Zeca Afonso, nº 16 F Tel. 284325833

JOÃO HROTKO

Clinipax Rua Zeca Afonso, nº 6-1º B – BEJA Oftalmologia

Drª Elsa Silvestre

CÉLIA CAVACO

Psicologia Clínica

Rua Bernardo Santareno, nº 10 Telef. 284326965 BEJA

Drª M. Carmo Gonçalves

DR. JOSÉ BELARMINO Clínica Geral e Medicina Familiar (Fac. C.M. Lisboa) Implantologia Oral e Prótese sobre Implantes (Universidade de San Pablo-Céu, Madrid)

Tratamentos de Fisioterapia Classes de Mobilidade Classes para Incontinência

Oftalmologista pelo Instituto Dr. Gama Pinto – Lisboa Assistente graduada do serviço de oftalmologia do Hospital José Joaquim Fernandes – Beja Marcações de consultas de 2ª a 6ª feira, entre as 15 e as 18 horas Rua Dr. Aresta Branco, nº 47 7800-310 BEJA Tel. 284326728 Tm. 969320100

Urinária Reeducação do Pavimento Pélvico

CONSULTAS EM BEJA 2ª, 4ª e 5ª feira das 14 às 20 horas

Reabilitação Pós Mastectomia Hidroterapia/Classes no

EM BERINGEL Telef 284998261 6ª e sábado das 14 às 20 horas

meio aquático

Multicare, Allianze,

de trabalho, A.D.M., S.A.M.S.

Fax 284326341 R. 25 de Abril, 11 cave esq. – 7800 BEJA

Assistente graduado de ginecologia e obstetrícia

Consultas às 6ªs feiras na Policlínica de S. Paulo Rua Cidade S. Paulo, 29 Marcações pelo tel. 284328023 BEJA

Estomatologia

Cirurgia Maxilo-facial

DR. MAURO FREITAS VALE

Consultas e ecografia 2ªs, 4ªs, 5ªs e 6ªs feiras, a partir das 14 e 30 horas Marcações pelo tel. 284311790 Rua do Canal, nº 4 - 1º trás 7800-483 BEJA

Praça Diogo Fernandes, nº11 – 2º Tel. 284329975

UROLOGISTA

Hospital de Beja Doenças de Rins e Vias Urinárias Consultas às 6ªs feiras na Policlínica de S. Paulo Rua Cidade S. Paulo, 29

BEJA

Terapia da Fala

MÉDICO DENTISTA

Terapeuta da Fala VERA LÚCIA BAIÃO

Prótese/Ortodontia Marcações pelo telefone 284321693 ou no local

Consultas em Beja CLINIBEJA – 2.ª a 6.ª feira Rua António Sardinha, 25, r/c esq.

Rua António Sardinha, 3 1º G 7800 BEJA

Urologia

MÉDICO

FRANCISCO FINO CORREIA

Consultor de Psiquiatria

MÉDICO UROLOGISTA RINS E VIAS URINÁRIAS Marcações de 2.ª a 6.ª feira a partir das 14 horas Rua Capitão João Francisco de Sousa, n.º 20 7800-451 BEJA Tel. 284324690

DRA. TERESA ESTANISLAU CORREIA

Tm. 962557043

HORÁRIO: Das 11 às 12.30 horas e das 14 às 18 horas pelo tel. 218481447 (Lisboa) ou Em Beja no dia das consultas às quartas-feiras Pelo tel. 284329134, depois das 14.30 horas na Rua Manuel António de Brito, nº 4 – 1º frente 7800-544 Beja (Edifício do Instituto do Coração, Frente ao Continente) ▼

Dr. José Loff

Médico Dentista Consultas em Beja Clínica do Jardim

Marcações pelo telef. 284328023

ULSB/Hospital José Joaquim Fernandes

Dermatologia

Clínica Dentária

Luís Payne Pereira

AURÉLIO SILVA

Psiquiatra no Hospital de Beja

Marcações pelo 284322446;

PARADELA OLIVEIRA

Medis, Advance Care,

Seguros/Acidentes

JORGE ARAÚJO

Consultório Rua Capitão João Francisco Sousa 56-A 1º esqº 7800-451 BEJA Tel. 284320749

Medicina dentária

Urologia

Estomatologista (OM) Ortodontia

FERNANDO AREAL

Psiquiatria

Acordos com A.D.S.E., CGD,

DR. JAIME LENCASTRE

Psiquiatria

Psicologia Educacional

JOSÉ BELARMINO, LDA.

Médico Especialista pela Ordem dos Médicos e Ministério da Saúde Generalista

Marcação de consultas de dermatologia:

Marcações a partir das 14 horas Tel. 284322503

Drª Ana Teresa Gaspar

DR. A. FIGUEIREDO

CONSULTAS DE OBESIDADE

Dr. Carlos Machado

CLÍNICA MÉDICA DENTÁRIA

Rua Capitão João Francisco de Sousa, 56-A – Sala 8 Marcações pelo tm. 919788155

Acordos com: ACS, CTT, EDP, CGD, SAMS. Marcações pelo telef. 284325059 Rua do Canal, nº 4 7800 BEJA

Fisioterapia

Obesidade

LUZ

Médico oftalmologista

Consultas de 2ª a 6ª

MÉDICO ESPECIALISTA EM CLÍNICA GERAL/ MEDICINA FAMILIAR

Fisiatria

Rua António Sardinha, 25r/c dtº Beja

Chefe de Serviço de Oftalmologia do Hospital de Beja

GASPAR CANO

Oftalmologia

Especialista pela Ordem dos Médicos

CONSULTAS às 3ªs e 4ªs feiras, a partir das 15 horas MARCAÇÕES pelos telfs.284322387/919911232 Rua Tenente Valadim, 44 7800-073 BEJA

FERNANDA FAUSTINO

Ginecologia/Obstetrícia

FAUSTO BARATA

DOENÇAS DO SISTEMA NERVOSO

Rua Manuel Antó António de Brito n.º n.º 6 – 1.º 1.º frente. 78007800-522 Beja tel. 284 328 100 / fax. 284 328 106

(Diplomada pela Escola Superior de Medicina Dentária de Lisboa)

HELIODORO SANGUESSUGA

Directora Clínica da novaclinica

Laboratório de Análises Clínicas de Beja, Lda.

Neurologia

Urgências Prótese fixa e removível Estética dentária Cirurgia oral/ Implantologia Aparelhos fixos e removíveis VÁRIOS ACORDOS Consultas :de segunda a sexta-feira, das 9 e 30 às 19 horas Rua de Mértola, nº 43 – 1º esq. Tel. 284 321 304 Tm. 925651190 7800-475 BEJA

Cirurgia Vascular

HELENA MANSO CIRURGIA VASCULAR TRATAMENTO DE VARIZES Convenções com PT-ACS CONSULTÓRIOS: Beja Praça António Raposo Tavares, 12, 7800-426 BEJA Tel. 284 313 270 Évora CDI – Praça Dr. Rosado da Fonseca, 8, Urb. Horta dos Telhais, 7000 Évora Tel. 266749740

Otorrinolaringologia

DR. J. S. GALHOZ Ouvidos,Nariz, Garganta Exames da audição Consultas a partir das 14 horas Praça Diogo Fernandes, 23 - 1º F (Jardim do Bacalhau) Telef. 284322527 BEJA


saúde

23 Diário do Alentejo 12 outubro 2012

PSICOLOGIA ANA CARACÓIS SANTOS – Educação emocional; – Psicoterapia de apoio; – Problemas comportamentais; – Dificuldades de integração escolar; – Orientação vocacional; – Métodos e hábitos de estudo GIP – Gabinete de Intervenção Psicológica Rua Almirante Cândido Reis, 13, 7800-445 BEJA Tel. 284321592

Clínica Médico-Dentária de S. FRANCISCO, LDA. Gerência de Fernanda Faustino Acordos: SAMS, ADMG, PSP, A.D.M.E., Portugal Telecom e Advancecare Rua General Morais Sarmento, nº 18, r/chão; TEL. 284327260 7800-064 BEJA

_______________________________________ Manuel Matias – Isabel Lima – Miguel Oliveira e Castro – Jaime Cruz Maurício Ecografia | Eco-Doppler Cor | Radiologia Digital Mamografia Digital | TAC | Uro-TC | Dental Scan Densitometria Óssea Nova valência: Colonoscopia Virtual Acordos: ADSE; PT-ACS; CGD; Medis, Multicare; SAMS; SAMS-quadros; Allianz; WDA; Humana; Mondial Assistance. Graça Santos Janeiro: Ecografia Obstétrica Marcações: Telefone: 284 313 330; Fax: 284 313 339; Web: www.crb.pt Rua Afonso de Albuquerque, 7 r/c – 7800-442 Beja e-mail: cradiologiabeja@mail.telepac.pt

CENTRO DE IMAGIOLOGIA DO BAIXO ALENTEJO ECOGRAFIA – Geral, Endocavitária, Osteoarticular, Ecodoppler TAC – Corpo, Neuroradiologia, Osteoarticular, Dentalscan Mamografia e Ecografia Mamária Ortopantomografia Electrocardiograma com relatório António Lopes – Aurora Alves – Helena Martelo – Montes Palma – Maria João Hrotko – Médicos Radiologistas –

Dr. Sidónio de Souza – Pneumologia/Alergologia/ Desabituação tabágica – H. Pulido Valente Dr. Fernando Pimentel – Reumatologia – Medicina Desportiva – Instituto Português de Reumatologia de Lisboa Dr.ª Verónica Túbal – Nutricionismo – H. de Beja Dr.ª Sandra Martins – Terapia da Fala – H. de Beja Dr. Francisco Barrocas – Psicologia Clínica/ Terapia Familiar – Membro Efectivo da Soc. Port. Terapia Familiar e da Assoc. Port. Terapias Comportamental e Cognitiva (Lisboa) – Assistente Principal – Centro Hospitalar do Baixo Alentejo. Dr. Rogério Guerreiro – Medicina preventiva – Tratamento inovador para deixar de fumar Dr. Gaspar Cano – Clínica Geral/ Medicina Familiar Dr.ª Nídia Amorim – Psicomotricidade/Educação Especial e Reabilitação (dificuldades específicas de aprendizagem/dislexias) Dr. Sérgio Barroso – Especialista em Oncologia – H. de Beja Drª Margarida Loureiro – Endocrinologia/ Diabetes/Obesidade – Instituto Português de Oncologia de Lisboa Dr. Francisco Fino Correia – Urologia – Rins e Vias Urinárias – H. Beja Dr. Daniel Barrocas – Psiquiatria – Hospital de Évora Dr.ª Lucília Bravo – Psiquiatria H.Beja , Centro Hospi-talar de Lisboa (H.Júlio de Matos). Dr. Carlos Monteverde – Chefe de Serviço de Medicina Interna, doenças de estômago, fígado, rins, endoscopia digestiva. Dr.ª Ana Cristina Duarte – Pneumologia/ Alergologia Respiratória/Apneia do Sono – Assistente Hospitalar Graduada – Consultora de Pneumologia no Hospital de Beja Dr.ª Isabel Santos – Chefe de Serviço de Psiquiatria de Infância e Adolescência/Terapeuta familiar – Centro Hospitalar do Baixo Alentejo Dr.ª Paula Rodrigues – Psicologia Clínica – Hospital de Beja Dr.ª Luísa Guerreiro – Ginecologia/Obstetrícia Dr. Jorge Araújo – Ecografias Obstétricas Dr.ª Ana Montalvão – Hematologia Clínica / Doenças do Sangue – Assistente Hospitalar – Hospital de Beja Dr.ª Ana Cristina Charraz – Psicologia Clínica – Hospital de Beja Dr. Diogo Matos – Dermatologia. Médico interno do Hospital Garcia da Orta. Dr.ª Madalena Espinho – Psicologia da Educação/Orientação Vocacional Dr.ª Ana Margarida Soares – Terapia da Fala - Habilitação/Reabilitação da linguagem e fala. Perturbação da leitura e escrita específica e não específica. Voz/Fluência. Dr.ª Maria João Dores – Técnica Superior de Educação Especial e Reabilitação/ Psicomotricidade. Perturbações do Desenvolvimento; Educação Especial; Reabilitação; Gerontomotricidade. Enfermeira Maria José Espanhol – Enfermeira especialista em saúde materna/Cuidados de enfermagem na clínica e ao domicílio/Preparação pré e pós parto/amamentação e cuidados ao recémnascido/Imagem corporal da mãe – H. de Beja Marcações diárias pelos tels. 284 322 503 Tm. 91 7716528 | Tm. 916203481 Rua Zeca Afonso, nº 6, 1º B, 7800-522 Beja Clinipaxmail@gmail.com

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24 Diário do Alentejo 12 outubro 2012 Diário do Alentejo n.º 1590 de 12/10/2012 Única Publicação

Diário do Alentejo n.º 1590 de 12/10/2012 Única Publicação

CÂMARA MUNICIPAL DE MÉRTOLA

EDITAL Nº 150/2012 Hasta Pública Para venda de Sucata JORGE PAULO COLAÇO ROSA, Presidente da Câmara Municipal de Mértola: TORNA PÚBLICO, que esta Câmara Municipal em sua reunião ordinária realizada no dia 3 de outubro de 2012, deliberou, por unanimidade aceitar propostas para a Oferta Pública de Venda de Sucata, propriedade do Município de Mértola. A sucata é constituída por: Lote 1 – 17 Veículos em fim de vida Lote 2 – Sucata Ferrosa Diversa Acessórios de Veículos, Outros materiais Lote 3 – Sucata Ferro/Tesoura Diverso Material Relativamente ao lote 1, poderá ser valorizado à unidade ou atribuído um valor global para o conjunto dos veículos, não sendo aceites propostas de valor inferior a 5.700,00€ (cinco mil e setecentos euros), para o conjunto dos 17 veículos. Todos os encargos relacionados com a recolha, tratamento, e demais procedimentos obrigatórios e inerentes ao próprio processo, são da responsabilidade da empresa a quem for adjudicado o concurso. Relativamente ao lote 2 e 3, deverá ser apresentado um valor unitário/kilo, considerando que não é possível proceder à pesagem dos materiais existentes, não sendo admissíveis valores inferiores a 0,25€/kilo (vinte e cinco cêntimos) para o lote 2 e 0,17€/kilo (dezassete cêntimos), para o lote 3. Todos os custos inerentes à recolha, tratamento, pesagem e demais procedimentos obrigatórios são da responsabilidade da empresa a quem for adjudicado o concurso. A sucata encontra-se depositada nos armazéns municipais, onde poderá ser verificada de segunda a sexta-feira, nas horas normais de funcionamento das 08h00 às 16h00. As propostas deverão ser entregues em sobrescrito fechado para que seja garantida a inviolabilidade das mesmas e que contenha no exterior a identificação do concorrente e a seguinte indicação: “ PROPOSTA PARA A COMPRA DE SUCATA, PROPRIEDADE DO MUNICÍPIO DE MÉRTOLA. As propostas poderão ser entregues em mão, na secção de expediente, da Câmara Municipal, sita na praça Luis de Camões em Mértola, ou enviadas para: Câmara Municipal de Mértola, Praça Luís de Camões, 7750 – 329 Mértola. Independentemente da forma como forem entregues, só serão aceites as propostas que deem entrada nos serviços até ao 10º dia útil, contado a partir da data de publicação no jornal oficial de índole regional, do edital que anuncie a presente oferta pública. As propostas serão abertas em ato público, no primeiro dia útil seguinte ao da data limite para a sua apresentação, pelas 11.00 horas, no Salão Nobre do Município, sito na praça Luís de Camões. Se entre as propostas apresentadas houver duas ou mais de igual valor, proceder-se-á, em ato contínuo à respetiva abertura, a licitação verbal entre os proponentes ou devidamente representados, presumindo-se que desiste o proponente que se recusar a licitar ou que não estiver presente ou devidamente representado. A venda será adjudicada à melhor proposta, entendendo-se esta como a que apresentar o preço mais elevado. A cotação atribuída a cada um dos lotes será analisada individualmente e poderão ser adjudicados a empresas diferentes, de acordo com o preço apresentado. Para constar se publica este e outros de igual teor, aos quais vai ser dada a devida publicidade. Câmara Municipal de Mértola, 9 de outubro de dois mil e doze. O Presidente da Câmara Municipal, Jorge Paulo Colaço Rosa

Diário do Alentejo n.º 1590 de 12/10/2012 Única Publicação

ALUGA-SE BEJA Apartamento

CÂMARA MUNICIPAL DE BEJA

T3, com ou sem

EDITAL

mobília.

CEMITÉRIO DE BEJA JAZIGO PARTICULAR ABANDONADO JORGE PULIDO VALENTE, Presidente da Câmara Municipal de Beja, faz saber que nos termos do artº 59 do Regulamento do Cemitério Municipal, os interessados no Jazigo Particular abaixo mencionado devem regularizar a sua situação no prazo de 60 dias a contar da data da publicação deste Edital, sob pena de ser considerada prescrita a respectiva concessão.

Contactar pelo tel. 284083312 ou tm.

Beja, 6 de Agosto de 2012. O Presidente da Câmara Municipal, Jorge Pulido Valente

967838838

ASSINATURA Praceta Rainha D. Leonor, Nº 1 – Apartado 70 - 7801-953 BEJA • Tel 284 310 164 • E-mail publicidade@diariodoalentejo.pt Redacção: Tel 284 310 165 • E-mail jornal@diariodoalentejo.pt Desejo assinar o Diário do Alentejo, com início em _______________, na modalidade que abaixo assinalo: Assinatura Anual (52 edições):

País: 28,62 €

Estrangeiro: 30,32 €

Assinatura Semestral (26 edições):

País: 19,08 €

Estrangeiro: 20,21 €

Envio Cheque/Vale Nº___________________ do Banco _____________________________________ Efectuei Transferência Bancária para o NIB 0010 00001832 8230002 78 no dia ___________________ Nome _______________________________________________________________________________ Morada ______________________________________________________________________________ Localidade ___________________________________________________________________________ Código Postal ________________________________________________________________________ Nº Contribuinte ________________________Telefone / Telemóvel ______________________________ Data de Nascimento __________________________________ Profissão _________________________

*A assinatura será renovada automaticamente, salvo vontade expressa em contrário* Cheques ou Vales Postais deverão ser emitidos a:

AMBAAL – Associação de Municípios do Baixo Alentejo e Alentejo Litoral


necrologia diversos Vidigueira PARTICIPAÇÃO E AGRADECIMENTO

MISSA

Sobral da Adiça Moura PARTICIPAÇÃO

25 Diário do Alentejo 12 outubro 2012

Rua da Cadeia Velha, 16-22 - 7800-143 BEJA Telefone: 284311300 * Telefax: 284311309 www.funerariapaxjulia.pt E-mail: geral@funerariapaxjulia.pt Funerais – Cremações – Trasladações - Exumações – Artigos Religiosos

José Francisco Estrela Antunes Mestre Mãe, filhos, irmãos e restante família cumprem o doloroso dever de participarem o falecimento do seu ente querido ocorrido no dia 07/10/2012 e na impossibilidade de o fazerem individualmente vêm por este meio agradecer a todas as pessoas que o acompanharam à sua última morada ou que de outra forma manifestaram o seu pesar.

Selmes AGRADECIMENTO

Brízida Maria Galrito Carocinho

BEJA

BEJA / NOSSA SENHORA DAS NEVES

SALVADA / TRINDADE

†. Faleceu o Exmo. Senhor

†. Faleceu o Exmo. Senhor

†. Faleceu a Exma. Senhora

JOSÉ MANUEL CIRÍACO RAPOSO, de 80 anos, natural de Sé - Portalegre, casado com Exma. Sra. D. Maria Eugénia Jorge Madeira Ciríaco Raposo. O funeral a cargo desta Agência, realizou-se no passado dia 05, da Igreja Paroquial do Carmo, para o cemitério de Beja.

SR. LUÍS MIGUEL CAROCINHO DA COSTA, de 41 anos, natural de São João Baptista - Beja, casado com a Exma. Sra. D. Ana Luísa Graça Palma. O funeral a cargo desta Agência realizouse no passado dia 06, das Casas Mortuárias de Beja, para o cemitério de Nossa Senhora das Neves.

D. FRANCISCA TERESA, de 90 anos, natural de Trindade Beja, viúva. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 06, da Casa Mortuária de Salvada, para o cemitério da Trindade.

BEJA

BEJA / MÉRTOLA

FERREIRA DO ALENTEJO

†. Faleceu a Exma. Senhora D. ROSA DE JESUS PEREIRA COELHO FALEIRO, de 76 anos, natural de Nossa Senhora das Neves - Beja, viúva. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 07, das Casas Mortuárias de Beja, para o cemitério desta cidade.

†. Faleceu o Exmo. Senhor

†. Faleceu a Exma. Senhora

MANUEL FILIPE ROSA, de 76 anos, natural de Mértola, casado com a Exma. Sra. D. Viriata dos Santos Baptista Rosa. O funeral a cargo desta Agência, realizou-se no passado dia 07, da Igreja Paroquial do Carmo em Beja, para o cemitério do Castelo em Mértola.

D. FLORA DE CARVALHO, de 86 anos, natural de Ferreira do Alentejo, viúva. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 09, da Casa Mortuária de Ferreira do Alentejo, para o cemitério local.

Manuel Menor Vitorino

10.º Ano de Eterna Saudade

Seus filhos, netos e restante família participam a todas as pessoas de suas relações e amizade que será celebrada missa pelo eterno descanso da sua ente querida, hoje, dia 12/10/2012, sexta-feira, às 19 horas, na igreja do Salvador, em Beja, e agradecem desde já a todos os que comparecerem ao piedoso acto.

MISSA

É com pesar que participamos o falecimento do Sr. Manuel Menor Vitorino ocorrido no dia 05/10/2012, de 81 anos, viúvo, natural de Sobral da Adiça, Moura. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no dia 06/10/2012, pelas 10 horas, da Casa Mortuária de Serpa para o cemitério local. Apresentamos à família as cordiais condolências.

AGÊNCIA FUNERÁRIA SERPENSE, LDA Gerência: António Coelho Tm. 963 085 442 – Tel. 284 549 315 Rua das Cruzes, 14-A – 7830-344 SERPA

MISSA DE 30.º DIA

Rafael Domingos Martins Nasceu 04.05.1928 Faleceu 09.10.2012 Sua família na impossibilidade de o fazer pessoalmente agradece por este meio a todas as pessoas que o acompanharam à sua última morada ou de outro modo manifestaram o seu pesar.

AGÊNCIA FUNERÁRIA ESPÍRITO SANTO, LDA. Tm.963044570 – Tel. 284441108 Rua Das Graciosas, 7 7960-444 Vila de Frades/Vidigueira

Francisco José Quintos Leandro 1.º Ano de Eterna Saudade

Irmãozinho querido Partiste para a eternidade Um dia vou juntar-me a ti Para matar tanta saudade Irmã, cunhado e restante família participam a todas as pessoas de suas relações e amizade que será celebrada missa pelo eterno descanso do seu ente querido no dia 17/10/2012, às 18 e 30 horas, na igreja de São Salvador, em Beja, e agradecem desde já a todos os que nela participarem.

BALEIZÃO

A fa m í l i a d e Fra n c i s c a Anastácia Gil participa a todas as pessoas de suas relações e amizade que será celebrada missa de primeiro mês pelo eterno descanso da sua ente querida no dia 17/10/2012, pelas 18 e 30 horas, na igreja da Sé, em Beja, e agradece desde já a todos os que comparecerem ao piedoso acto.

†. Faleceu a Exma. Senhora D. ANA MARIA GANHÃO CHOCA, de 73 anos, natural de Baleizão - Beja, viúva. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 10, da Casa Mortuária de Baleizão, para o cemitério de Baleizão local.

Às famílias enlutadas apresentamos as nossas mais sinceras condolências.

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26 Diário do Alentejo 12 outubro 2012

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O Pax Julia Teatro Municipal, em Beja, acolhe amanhã, sábado, pelas 21 e 30 horas, um desfile de moda com as modelos e finalistas do Miss European Portugal 2012. As modelos irão desfilar as últimas tendências de moda de alguns espaços comerciais da região que se associaram a esta iniciativa do European Fashion Tour, nomeadamente Marques Soares, Primus

Beja, PHAX Swimear Portugal e Salão Cabeleireiros Tânia Nobre. O evento conta ainda com o apoio da Câmara Municipal de Beja. O desfile conta ainda com a presença da dupla de cantores Denisa Figueira (Operação Triunfo 2007) e Bruno Correia (Operação Triunfo 2010). A apresentação do evento está a cargo da atriz e apresentadora de TV Maria Faleiro.

27 Diário do Alentejo 12 outubro 2012

Espaços comerciais mostram últimas tendências no âmbito do Miss European Portugal 2012

Empresas Portugal é o melhor destino de golfe europeu

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Portugal foi distinguido com o galardão de melhor destino de golfe da Europa e a região do Algarve foi considerada o melhor destino de praia europeu, na gala europeia dos World Travel Awards (WTA) 2012, realizada no Algarve no passado sábado. No que respeita às categorias disputadas apenas entre unidades portuguesas, o Algarve revelou-se o grande vencedor, arrecadando sete de oito galardões. A cerimónia de prémios WTA, aclamada como os “óscares” da indústria de viagens pelos órgãos de comunicação mundiais, premeia as marcas do setor do turismo que deram o maior contributo para a indústria ao longo do ano.

Expert tem nova filial na cidade de Beja

Experteoria dá emprego a 15 pessoas em São Barnabé

“Barato não é sinónimo de qualidade” Situado no concelho de Almodôvar, na freguesia de São Barnabé, encontra-se o Monte das Soeiras. Uma mistura de ideias entre a empresária Cristina Pascoal e Hélder Francisco deu origem a uma pequena/média empresa, a EXT (Experteoria, Serviços Especializados, Lda.). Fundada há dois anos, em março de 2010, a casa tem como lema a prestação de um serviço por excelência. Publireportagem Sandra Sanches

A

um passo do Algarve e com um pé no Alentejo situa-se o estaleiro da Experteoria, empresa dedicada a uma multivariedade de serviços, que vão das canalizações, pinturas, remodelações, eletricidade, impermeabilizações, construções civis e metálicas às grandes manutenções gerais. São estes os serviços a que a Experteoria se presta 24 horas por dia, garantindo honestidade e excelência na qualidade do serviço. A empresa nasceu através de um “mix de ideias”, afirma Hélder Francisco, cujo único e grande objetivo é prestar um trabalho honesto e despreocupar o cliente relativamente à conjuntura que, por exemplo, uma obra obriga. Desta forma, a Experteoria consegue

dar resposta a vários serviços solicitados e assegura várias construções desde a raiz de uma casa ou superfície de grande porte até ao seu acabamento. Ligada também em grande parte à construção civil, consegue garantir excelentes preços ao abranger um leque multifacetado de trabalhos prestados. Atualmente concentra o maior número de clientes na zona do Algarve (80 por cento), seguindo-se Beja, com 15 por cento. Hélder Francisco adianta que os alentejanos têm medo da inovação, pois estão muito enraizados ao que têm. Com uma satisfatória autossuficiência, a empresa conta atualmente com 15 funcionários, sendo que no verão justifica-se a admissão de mais “pessoal” e a respetiva formação das equipas de forma a responder com rapidez a um serviço de 24 horas por dia. Face à conjuntura económica do País, “crise” é palavra que passa bem aos ouvidos de Hélder Francisco, que admite estarmos perante uma crise, mas acrescenta que a mesma serve para aprendermos e, sobretudo, arriscar e não pensarmos em baixar os braços seja para o que for, pois melhores dias virão. O responsável adianta que sente a crise, mas que vai “sobrevivendo a ela”.

Hélder Francisco assemelha o serviço prestado pela Experteoria à história de “um menino que fazia biscates para ganhar o seu ganha-pão mas a sua preocupação era tanta que no fim do dia ligava para os clientes para se assegurar do serviço que tinha prestado”. Assim são os dias nesta empresa, cujo grande objetivo é a satisfação de um trabalho digno e honesto na execução. A Experteoria consegue garantir certificação a 100 por cento dos trabalhos executados, como é o caso das construções de soldaduras para refinarias, trabalhando com entidades certificadas como o ISQ e Rinave. “Barato não é sinónimo de qualidade” e Hélder Francisco garante que a população hoje em dia interessa-se mais pelos preços e não tanto pela qualidade. Concorrência é também uma palavra que não amedronta esta casa, pois o seu lema é a satisfação total do cliente. No entanto, o responsável apela à população em geral para que “quando gastarem dinheiro, seja ele em que serviço for, garantam a qualidade em primeiro lugar”. Aptos para todo o tipo de trabalho, os responsáveis pela Experteoria ponderam a médio prazo a sua expansão para o território estrangeiro, nomeadamente Espanha, França, Suíça e Alemanha.

Comércio de eletrodomésticos, climatizações, informática, som e eletrónica, fotografia e vídeo, 7 400 lojas distribuídas por 22 países em todo o mundo. É assim que se assume o grupo com maior expressão comercial no mundo do retalho de eletrodomésticos. Com uma excelente relação com multimarcas e vários acordos, os clientes gozam de uma vantagem modelo de negócio que reúne o melhor do retalho. A avaliação da necessidade do cliente mediante uma relação com profissionais honestos asseguram e oferecem uma gama completa de produtos e serviços aos preços mais competitivos. SS

CoopCastrense avança com pedido de insolvência A direção da CoopCastrense – Cooperativa Popular de Consumo de Castro Verde vai avançar com um pedido de insolvência. De acordo com a direção da cooperativa, “as dívidas superiores a meio milhão de euros, o incumprimento para com as Finanças e Segurança Social, as penhoras e as indemnizações devidas aos ex-trabalhadores” justificam esta decisão. A proposta do pedido de insolvência foi aprovada pela assembleia com 32 votos a favor, três contra e 10 abstenções.

I Encontro de Produtores de Vinho da Costa Vicentina A Entidade Regional de Turismo do Alentejo Litoral e a ADL – Associação de Desenvolvimento do Litoral Alentejano promovem no dia 26 deste mês, na herdade das Barradas da Serra, em Grândola, o I Encontro de produtores de Vinho da Costa Alentejana. O evento, que terá início pelas 16 horas, inclui a apresentação e provas de vinhos de 10 produtores da costa alentejana “que serão servidos acompanhados de degustação de acepipes da região”.


Diário do Alentejo 12 outubro 2012

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Projeto Cata Livros em Santiago do Cacém

Amanhã, sábado, entre as 10 e as 13 horas, haverá na Biblioteca Municipal Manuel da Fonseca, em Santiago do Cacém, uma sessão de apresentação Cata Livros para pais, animadores socioculturais, técnicos de biblioteca, educadores de infância e professores. Cata Livros é o novo projeto desenvolvido pela equipa Gulbenkian/Casa da Leitura, que utiliza a Internet para aproximar os jovens leitores de um conjunto de títulos essenciais da literatura para a infância e juventude, com destaque para a produção nacional, assentando no caráter lúdico e interativo das narrativas e desafios propostos. Nesta sessão serão abordados os conteúdos disponíveis e discutidas várias formas de os utilizar para promover a leitura.

Pais

A páginas tantas...

À solta

Uma sugestão para um bolo diferente, num dia que se quer diferente.

Uma ideia para enfeitares a tua noite de Halloween. Podes usar pasta de modelar, barro ou até plasticina, deixando na cor natural ou pintando no caso da pasta e do barro.

Dica da semana O trabalho que te mostramos esta semana podia ter a mão do Tim Burton, mas não. Pertence à designer gráfica e artista plástica Christine Phelps. A autora divide o seu tempo entre uma editora onde trabalha durante o dia e o seu papel de mãe-artista à noite. Vemos assim surgir uma coleção de bonecos de autor especialmente desenhados para o Halloween. Espreita o blogue em http://cphelpsdesigns.blogspot.pt/ ou ainda aqui http://pinterest.com/cphelpsdesigns/ my-creations/

O livro que te trazemos esta semana já foi editado há alguns anos pela Orfeu Mini, mas visto que o tema da página centra-se no Halloween achámos ser a melhor proposta. O Estranho Mundo de Jack, livro que inspirou o filme com o mesmo nome, conta-nos a história de um esqueleto na floresta de Halloween, em que uma noite muito entediado pelo espírito da terra acaba por descobrir uma porta que o transporta de Halloween para a Cidade do Natal. Jack, o esqueleto, descobre assim uma forma de dar a volta à sua cidade. Um mundo fantástico e irreverente que promete um sem número de sustos, mas também umas boas gargalhadas. Podes ver um pouco do filme aqui http://www.youtube.com/ watch?v=6bcTdX7sL6w&featu re=player_embedded

Para perceberes a importância de Tim Burton, O MOMA, Museu de Arte Moderna em Nova Iorque, organizou uma exposição em 2010, mas ainda podes ver o seu trabalho on line. Vale a pena ir espreitar até pelos efeitos de animação do site, e ainda vais ficar a conhecer personagens que nem sabias que eram dele. http://www.moma.org/interactives/exhibitions/2009/timburton/index.php


Letras Os monstros também amam

Boa vida Comer Ensopado de coelho à pastor

Filatelia Humoristas e engenharia em novos selos

C

Ingredientes: 1 coelho; q.b. de farinha de trigo; q.b. de sal; 1,5 dl. de azeite; 2 colheres de sopa com banha de porco; 4 cravinhos; 1 folha de louro; 2 cebolas picadas; 4 dentes de alho; 10 g r. de massa de pimentão; 1 molho de salsa; q.b. de vinagre; 3 dl. de vinho branco alentejano; q.b. de água; 1 kg. de batata; 1 pão alentejano do dia anterior. Confeção: Parta o coelho aos bocados e passe-o por farinha. Leve ao lume um tacho com o azeite e a banha. Quando esta estiver quente core o coelho de todos os lados. Reserve a carne. No mesmo tacho, coloque nas gorduras onde fritou o coelho o cravinho, alho picado, cebola picada, sal, massa de pimentão, ramos de salsa, vinagre e o vinho branco. Deixe ferver um pouco até evaporar o álcool. Ao longo da cozedura vá adicionando água aos poucos. Quando o coelho estiver quase cozido, junte as batatas cortadas às rodelas. Retifique os temperos e no final junte mais um pouco de vinagre. Sirva com fatias de pão cortadas f inas e bom apetite…

António Nobre Chefe executivo de cozinha – Hotéis M’AR De AR, Évora

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uas novas emissões de selos vão entrar em circulação na próxima semana. Na terça-feira, dia 16, é a emissão dedicada ao centenário da realização do 1.º Salão dos Humoristas Portugueses e na sexta-feira, dia 19, a dedicada à engenharia portuguesa. A primeira destas emissões tem quatro selos e uma folha miniatura com mais oito, enquanto a segunda tem oito selos e um bloco com mais um. Sobre o salão dos humoristas, a pagela da emissão diz-nos que foi “a 9 de maio de 1912 que se inaugurou o 1.º Salão dos Humoristas Portugueses, momento importante para a história da arte e da cultura portuguesa novecentistas. A exposição decorreu em Lisboa, no Chiado, onde o Grémio Literário abriu as portas para acolher as obras de vinte e oito artistas”. Sobre a outra emissão, diz-nos a mesma publicação que “os selos desta emissão filatélica representam as especialidades de Engenharia formalmente estruturadas na Ordem dos Engenheiros e, historicamente, as que reúnem maior representatividade no País, quer em termos do número de profissionais, quer ao nível das intervenções e realizações na Sociedade”. A filatelia em encontro de professores

Decorreu na Escola Secundária Quinta das Flores, em Coimbra, de 4 a 7 deste mês, a reunião anual de professores de matemática, organizada pela respetiva associação, a APM – Associação de Professores de Matemática. Um dos temas do encontro deste ano foi a educação matemática.

A secção filatélica da Associação Académica de Coimbra (Sfaac), com o apoio da Associação de Professores de Matemática, a Escola Secundária Quinta das Flores, os CTT – Correios de Portugal e a Federação Portuguesa de Filatelia, organizou uma mostra filatélica dedicada ao tema “Matemática”. Além disso, o evento contou com um posto de correio que funcionou no dia 4 de outubro, e um carimbo comemorativo do evento, para obliterar toda a correspondência aí entregue e que reproduzimos. A Sfaac escolheu para ilustrar a educação matemática um autómato, no caso uma máquina de estados finitos que é um modelo matemático usado para representar um programa de computador ou um circuito lógico. Este exemplo mostra uma FSM (do inglês Finite State Machine) que determina se um número binário tem um número par ou ímpar de 0’s, onde S1 é um estado de aceitação. A mostra teve um conjunto de reproduções de selos de matemática do mundo inteiro, que representam as variadíssimas áreas desta ciência. Relembramos as últimas peças filatélicas editadas pelos CTT relacionados com a temática: selo para o público jovem, com a “Tabuada” (de 2009), emissão “Vultos da História e da Cultura” de 2008, com o professor Mira Fernandes (da Universidade de Coimbra), e os inteiros postais do Dia do Pi, deste ano, e o comemorativo do Centenário de Maria do Pilar Ribeiro (matemática) de 2011. Geada de Sousa

hega às livrarias portuguesas com a responsabilidade decorrente da condição de vencedor do Prémio Nadal 2010 e de já ter vendido mais de 500 mil exemplares. Acresce a isto o prestígio da autora, Clara Sánchez, ex-professora universitária, colaboradora do “El Pais” e autora de oito romances (um deles Prémio Alfaguara 2000). Neste thriller, a história é narrada alternadamente por Sandra, uma jovem grávida que não ama o pai do seu bebé e está em período de reflexão sobre o seu futuro, e por Julián, um octagenário que viaja da Argentina para a costa leste espanhola depois de receber uma carta do seu velho amigo Salva. É o terrível passado de Salva e Julián que alimenta o suspense de Os monstros também amam. Republicanos sobreviventes do campo de extermínio de Mathausen dedicaram a sua vida a procurar nazis. Salva, nos derradeiros dias da sua vida, vividos num lar de idosos na aldeia de uma zona de veraneio, descobre um autêntico ninho de nazis. Quanto a Sandra, o seu percurso vai cruzar-se com o de um casal de noruegueses com os quais começa a ter uma relação de afeto – ou não? O certo é que acaba por ajudar Julián a descobrir o que Salva terá descobrido antes de morrer sem ter, porém, deixado testemunho disso. Apesar do tema parecer extraordinário é um facto que vários nazis lograram viver em Espanha e é precisamente esta a circunstância que dá verosimilhança ao romance de Sánchez. Escrito de modo fluído, tem na figura de Julián a sua personagem mais conseguida embora o elenco de nazis seja convincentemente assustador. Maria do Carmo Piçarra

Clara Sánchez Matéria-prima edições 366 págs. 16,80 euros

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O Timba é um caniche com cerca de seis anos, meigo com as pessoas e de porte pequeno (cerca de seis quilos). Foi encontrado abandonado na rua, com dores… provavelmente foi atropelado. Consegue andar bem e não aparenta ter qualquer fratura…está a recuperar mas precisa de carinho e cuidados que são difíceis de dar no canil. Venham conhecê-lo ao Cantinho dos Animais. Será desparasitado e vacinado antes da adoção. Contactos: 962432844 sofiagoncalves.769@hotmail.com


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Teatro do Mar estreia nova produção

Um carrossel verdadeiro é o cenário metafórico do novo espetáculo da companhia Teatro do Mar, “Agonia”, que é apresentado hoje e amanhã, dias 12 e 13, pelas 22 horas, no Castelo de Sines. Da autoria de Julieta Aurora Santos, “Agnoia” é um espetáculo “com uma narrativa de caráter poético, físico e visual”, sendo que o seu título “tem uma dupla raiz: do grego, ignorância, e, do português, o estado do doente que não conhece nada

do que o cerca”. Tendo o cenário como base conceptual, “Agnoia” trabalha “as dicotomias consciência e realidade, humanidade e animalidade, inocência e perversidade, sonho e pesadelo” e reflete sobre “a natureza humana, numa permanente rotação onde o tempo – invenção humana – condiciona as ações e controla o pensamento”, conforme se lê no seu texto de apresentação. O espetáculo é uma produção Contra Regra/Teatro do Mar.

Fim de semana Projeto Cordis apresenta-se em Serpa com Ana Sofia Varela O projeto Cordis, piano e guitarra portuguesa, vai estar amanhã, sábado, em Serpa, para um concerto que contará com a participação especial da fadista Ana Sofia Varela. No espetáculo, que tem lugar no auditório da Musibéria pelas 21 e 30 horas, “o piano de Paulo Figueiredo e a guitarra portuguesa de Bruno Costa cruzam-se com paixão e intensidade, mostrando, através de uma nova abordagem estética, facetas desconhecidas de alguns clássicos da guitarra de Coimbra”. É desta forma que os dois instrumentos “se fundem num constante diálogo de cordas, divagando e explorando a riqueza harmónica e rítmica de peças de reconhecidos compositores”. O resultado é “uma fusão surpreendente de raízes e modernidade, tradição e inovação, traduzidos em pinturas musicais capazes de conduzir o ouvinte por novas e apaixonantes viagens”, adianta a organização, a câmara municipal local.

Em cena no espaço Os Infantes, em Beja

Lendias d’Encantar apresentam “Memórias aprisionadas”

Casa das Artes Mário Elias acolhe pintura de Gina Frazão Inaugurada na última quarta-feira, continua patente ao público, na Casa das Artes Mário Elias, em Mértola, uma exposição de pintura de Gina Frazão, intitulada “Simplesmente uma expressão de vida”. A artista, nascida no Porto em 1950 e licenciada em Pintura pela Esbal, lecionou na Fundação Ricardo Santo Silva, esteve ligada ao ensino especial na Escola Preparatória Quinta de Marrocos, em Lisboa, e foi professora na Escola EB2 Prof. Pedro D’Orey da Cunha, na Damaia. Tendo participado em inúmeras exposições individuais e coletivas, Gina Frazão foi distinguida com uma menção honrosa e com o segundo prémio no âmbito da Galeria Aberta Museu Jorge Vieira, respetivamente em 2007 e 2009.

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emórias aprisionadas”, a mais recente produção da companhia Lendias dÉncantar estreada ontem, está em cena até amanhã, sábado, no espaço Os Infantes, em Beja, com direção de António Revez e interpretação de Francisco Barradinhas. “Memórias aprisionadas” resulta, segundo a companhia, da junção de vários fatores. “Em primeiro lugar a vontade do Francisco [Barradinhas] de fazer teatro; em segundo a construção de um texto para uma performance e que rapidamente fugiu das mãos do autor e se tornou num texto teatral”. “Tentar agarrar o universo do José Luís Peixoto pode ter perigos, o mais óbvio é a sua composição altamente viciante, mas há nele uma autonomia que lhe permite ganhar pernas de um dia para o outro e tornar-se noutra coisa que não aquilo que se pensou fazer”, continua

a companhia, adiantando que “manter um espaço dinâmico cujas portas se querem abertas a quem queira trabalhar nas áreas artísticas nomeadamente no teatro, experimentar e arriscar tem também destas coisas: encontros como o do António Revez e do Francisco Barradinhas”. “(…) estou na casa onde as memórias se sentam nas cadeiras”, é assim “que este homem vive: emparedado no seu próprio destino, no sofrimento de quem não tem forças para superar a perda, na companhia dos seus fantasmas, ensombrado pelos bloqueios que se impõe, paralisado pelas definitivas indecisões. O tormento das memórias e a permanente incapacidade de reagir levam-no dia após dia, a lutar por um fim: o seu”, pode ler-se na sinopse. “Memórias aprisionadas” conta com desenho e operação de luz e som de Ivan Castro, grafismo de Ana Rodrigues e produção executiva de Ana Ademar.


No passado domingo, dia 7, um homem foi resgatado por helicóptero após uma queda na praia da Amália (Odemira). Felizmente, os seus ferimentos foram ligeiros, contudo, o pessoal do INEM não ganhou para o susto, como nos confidenciou um dos intervenientes no resgate: “Ao princípio o jovem parecia apenas desorientado… Quando lhe perguntámos onde estava, disse que estava na praia da Madalena Iglésias e que gostava muito de apanhar sol na praia da Simone de Oliveira. Mas o que nos preocupou mais nem sequer foi isso, mas sim as alucinações… Então não é que ele afirmou que estava a ver a Amália nas nuvens e que ela tinha uns óculos iguais aos do Bono dos U2! Depois, começou a cantar a ‘Casa da Mariquinhas’, agradeceu-nos em sete idiomas e disse que era uma honra estar a atuar no Olympia. Só quando lhe metemos a máscara de oxigénio é que acalmou”, acrescentou.

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facebook.com/naoconfirmonemdesminto

Tenho aqui um Rodeia Machado a 5 aérios! Queres?

Inquérito Criminalidade diminui em Beja. Acha que a cidade está mais segura?

RAÚL PÉ DE CABRA, 34 ANOS Empresário do ramo dos croquetes para fora

João Rocha suspende mandato na Câmara de Serpa e diz que quer aproveitar outras coisas da vida fora da política, como a arquitetura da Câmara de Beja, a decoração da Câmara de Beja e a Internet da Câmara de Beja A cerca de um ano das próximas eleições autárquicas, João Rocha, presidente da Câmara de Serpa, decidiu suspender o seu mandato. O homem que cumpriu nove mandatos consecutivos à frente dos destinos daquela autarquia da Margem Esquerda, e que teve como seu primeiro mandatário o Abade Correia da Serra, contou à nossa página o que o levou a tomar esta decisão: “Tive uma vida preenchida em Serpa, mas é tempo de seguir outros caminhos. Ainda me lembro quando mandei construir o Altinho e o Castelo, mas é tempo de mudar de ares”. Quando confrontado com a possibilidade de se candidatar à Câmara de Beja, João Rocha foi prudente: “Há outras coisas na vida para além da política... Gostava de aproveitar os próximos tempos para gozar outras coisas da vida, como a arquitetura da Câmara de Beja, a decoração da Câmara de Beja, a Internet da Câmara de Beja, o buffet da Câmara de Beja, o clima tropical da Câmara de Beja, o parque de diversões da Câmara de Beja, as correntes de ar da Câmara de Beja, etc. Agora, começarem com teorias e conjeturas sobre o meu futuro político e uma alegada candidatura a qualquer câmara parece-me uma leitura abusiva dos senhores jornalistas…”, afirmou João Rocha enquanto acabava de folhear o livro Candidatura à Câmara de Beja para totós!

Pulido Valente apanhado a vender membros da Assembleia Municipal no Mercado Livre As recentes polémicas em redor do PAEL (Plano de Apoio à Economia Local) trouxeram, mais uma vez, ao palco político regional as indisfarçáveis tensões entre a Câmara e a Assembleia Municipal. Recorde-se que Rodeia Machado (CDU) afirmou que a adesão da autarquia a este plano “significaria um retrocesso civilizacional até aos tempos das pragas de gafanhotos”; já Pulido Valente considera que o PAEL é a “melhor invenção da História da Humanidade, a seguir à botija de água quente”. Todavia, o auge da confrontação entre estes dois órgãos registou-se quando Pulido Valente foi apanhado no Mercado Livre (espécie de Feira da Ladra realizada no largo do Museu) a tentar vender elementos da Assembleia Municipal, como nos confirmou o próprio: “Olá a todos e a todas! Portanto, o objetivo era libertar-me de algumas forças de bloqueio e fazer mais algum para os cofres da autarquia. Confirmo que bem tentei vender o Rodeia Machado – até fiz uma promoção em que oferecia uma t-shirt com a mensagem ‘Eu, portanto, voei no aeroporto de Beja’, mas ninguém lhe tocou… Só consegui vender, portanto, uma gravata do Miguel Góis e uma madeixa de cabelo da Tonicha”, acrescentou.

Especialistas elogiam canal do YouTube da Entidade Regional de Turismo do Alentejo, apesar de ter poucos vídeos de ovelhas a fazer malabarismo A Entidade Regional de Turismo do Alentejo lançou um canal personalizado no YouTube com o objetivo de promover a região. O especialista naquela rede social, e autor da tese “A importância dos vídeos de gordos a dançar fandango na Revolução Industrial”, Dr. Amílcar Coisinho, elaborou um relatório de 3 500 páginas sobre o mesmo com as suas conclusões, no qual referencia, entre outras coisas muito interessantes, pouco interessantes e isto não lembra ao menino Jesus, alguns aspetos a melhorar, nomeadamente: – O canal tem vídeos com imagens espetaculares, mas ganhava bué em incluir umas ovelhas a fazer malabarismo ou uns bebés a tocar bateria; – É importante que se visualize um vídeo publicitário antes do vídeo principal, mas com conta, peso e medida – um vídeo promocional sobre o aeroporto de Beja com 26 minutos é capaz de desmotivar o espetador; – Os vídeos com comida de ótima qualidade são uma mais-valia, mas tinham a ganhar se fossem cozinhados por mulheres voluptuosas em biquíni e cobertas com azeite de Moura extravirgem; – Falta um vídeo inspirador com música da Vanessa Mae, imagens de planícies e frases que oscilem entre o intelectual e o domínio da autoajuda, como: “A vida é como um melão de Figueira dos Cavaleiros: só depois de aberto é que sabemos se comemos, sobrevivemos ou cuspimos pevides para a estrada que é a existência humana!”.

É normal que a cidade esteja mais segura… Com a fome que por aí anda, onde é que um gajo arranja energia para fugir da bófia? Diga-me lá, como é que, ao dividir uma lata de atum com seis pessoas, um tipo fica com pica para fugir com uma aparelhagem às costas? É uma vergonha, os pequenos e médios bandidos não têm apoios nenhuns, pá, só a grande bandidagem é que se governa. Dói ver um jovem que se quer iniciar na bandidagem e nem forças tem para correr com um autorrádio. Pudera, só com meio paposseco no bucho...

EFIGÉNIA ESTICÃO, 112 ANOS Pessoa com as ancas de uma serigaita de 90 anos Nunca me senti tão insegura. Sempre que o Vítor Gaspar fala fecho a porta de casa à chave, empurro o sofá e começo a rezar o terço. É uma violência – até tenho de meter o comprimido debaixo da língua! Ladroagem nem há muita por aí, mas estão-me a ir ao bolso de uma forma tão eficaz que só me dou conta do assalto quando abro a carteira. Oh filho, isto está tão mau que já tenho de pagar a aspirina às prestações.

GRACIANO RADAR DE VELOCIDADE, 41 ANOS Novo membro da GNR no distrito de Beja e bailarino exótico Ainda agora cheguei à região, com uma data de camaradas, mas sei que isto por aqui é muito calminho… Tenho muita vontade de ajudar os meus colegas. Nos últimos anos aprendi a ser um GNR do século XXI: ninguém como eu mete uma impressora a funcionar sem toner nem tinteiro e sou capaz de arranjar um Nissan Patrol com um elástico, um pacote de leite e uma embalagem de manteiga de alho. Também posso trabalhar como vigilante na praia de Quintos – ouvi dizer que os supertubos de lá são tramados!


Nº 1590 (II Série) | 12 outubro 2012

FUNDADO A 1/6/1932 POR CARLOS DAS DORES MARQUES E MANUEL ANTÓNIO ENGANA PROPRIEDADE DA AMBAAL – ASSOCIAÇÃO DE MUNICÍPIOS DO BAIXO ALENTEJO E ALENTEJO LITORAL | Presidente do Conselho Directivo José Maria Pós-de-Mina | Praceta Rainha D. Leonor, 1 – 7800-431 BEJA | Publicidade e assinaturas TEL 284 310 164 FAX 284 240 881 E-mail comercial@diariodoalentejo.pt | Direcção e redacção TEL 284 310 165 FAX 284 240 881 E-mail jornal@diariodoalentejo.pt Assinaturas País € 28,62 (anual) € 19,08 (semestral) Estrangeiro € 30,32 (anual) € 20,21 (semestral) | Director Paulo Barriga (CP2092) | Redacção Bruna Soares (CP 8083), Carla Ferreira (CP4010), Nélia Pedrosa (CP3586) | Fotografia José Ferrolho, José Serrano | Cartoons e Ilustração Paulo Monteiro, Susa Monteiro Colaboradores da Redacção Aníbal Fernandes, Firmino Paixão | Colunistas António Almodôvar, António Branco, António Nobre, Carlos Lopes Pereira, Francisco Pratas, Geada de Sousa, José Saúde, Rute Reimão Opinião Ana Paula Figueira, Beja Santos, Bruno Ferreira, Cristina Taquelim, Daniel Mantinhas, Domitília Soares, Filipe Pombeiro, Filipe Nunes, Francisco Marques, João Machado, João Madeira, João Mário Caldeira, José Manuel Basso, Luís Covas Lima, Manuel António do Rosário, Marcos Aguiar, Maria Graça Carvalho, Martinho Marques, Nuno Figueiredo, Ruy Ventura, Viriato Teles | Publicidade e assinaturas Ana Neves e Sandra Sanches | Paginação Antónia Bernardo, Aurora Correia, Cláudia Serafim | DTP/Informática Miguel Medalha | Projecto Gráfico Alémtudo, Design e Comunicação (alemtudo@sapo. pt) Depósito Legal Nº 29 738/89 | Nº de Registo do título 100 585 | ISSN 1646-9232 | Nº de Pessoa Colectiva 501 144 587 | Tiragem semanal 6000 Exemplares Impressão Empresa Gráfica Funchalense, SA | Distribuição VASP

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quadro de honra Em 2010, Pedro Ramos, um dos estagiários portugueses do 14.º programa de estágios internacionais no âmbito do INOV Contacto, decidiu criar um grupo no Facebook, destinado à partilha de experiências e troca de informação, o INOV Contacto – Ofertas de Trabalho no Estrangeiro (ICote). Em maio último João Guerreiro, que foi INOV Contacto em Maputo, avançou com a criação do site ICote, onde se agrega informação e ofertas de trabalho no estrangeiro. A plataforma conta atualmente com mais de 6 000 visitas diárias, mais de 8 000 pessoas no grupo e 17 000 fãs no Facebook.

Site criado por João Guerreiro recebe 6 000 visitas diárias

ICote ajuda a encontrar trabalho além-fronteiras

João Guerreiro

que tenham já tido experiências profissionais e académicas no estrangeiro (que constitui o perfil dos integrantes do INOV Contacto). Mas pessoas de todas as áreas, experiências, idades e qualificações constituem atualmente o público do ICote. As pessoas reconhecem o importante valor que a informação prestada tem, e o site tem crescido bastante sobretudo na referência boca a boca entre familiares, colegas e amigos. Se não existem oportunidades em Portugal é natural que as pessoas procurem lá fora. Temos ainda informação de como constituir um bom curriculum para o estrangeiro, como usar o LinkedIn e como melhorar as competências de forma gratuita.

27 anos, natural de Beja

Qual é o balanço que faz destes primeiros seis meses de atividade do site?

Em que contexto nasceu a plataforma ICote (INOV Contacto – Ofertas de Trabalho no Estrangeiro) e que tipo de informação disponibiliza?

O ICote nasceu na necessidade de networking entre os integrantes do programa INOV Contacto que se encontram espalhados pelos cinco continentes. Nasceu como um grupo no Facebook criado por Pedro Ramos (INOV Contacto em Madrid em 2010), depois eu (INOV Contacto em Maputo em 2010) decidi constituir um site onde se agregue informação e ofertas de trabalho no estrangeiro. Empresas, head-hunters [“caça-talentos”] e a partilha de ofertas constitui a origem das ofertas de trabalho publicadas, que já são mais de 400. Atualmente conta com mais de 6 000 visitas diárias, mais de 8 000 pessoas no grupo e 17 000 fãs no Facebook. Em termos de oferta e procura de trabalho, quais são as áreas profissionais e os países que mais se destacam?

Verifica-se uma tendência de oferta mais acentuada nas áreas de engenharia, informática, economia e gestão e em posições em que a língua portuguesa seja um requisito obrigatório, seja em posições de direção ou posições de júnior. Em termos de países, a Europa e os países lusófonos concentram um maior número de ofertas. Por outro lado, os países mais procurados são o Brasil, Moçambique, Reino Unido e Holanda. Em relação às áreas há uma grande procura nas áreas da educação, engenharia e arquitetura, áreas em que o desemprego mais tem afetado os portugueses. O site encontra-se em constante atualização com as informações que portugueses em todo o mundo partilham de forma a ajudar outros portugueses. PUB

João Guerreiro é licenciado em Gestão pelo Instituto Superior de Economia e Gestão (Universidade Técnica de Lisboa). Tem experiência na área financeira e esteve dois anos em Maputo, Moçambique, onde foi estagiário ao abrigo do INOV Contacto. Trabalha atualmente na Aicep – Agência para o Investimento e o Comércio Externo de Portugal, em Lisboa.

E quem é que acede ao site em busca de uma oportunidade de trabalho no exterior?

O público-alvo são pessoas licenciadas

Muito positivo, o grande contributo é o valor que transmite a todos os que usam as informações para obterem maiores possibilidades, seja diretamente ou indiretamente, de forma a obterem emprego na sua área e nos países onde pretendem trabalhar. Cada vez mais empresas, head-hunters usam o ICote para chegar a um maior número de pessoas, e é necessário realçar o importante networking realizado através do Facebook, LinkedIn e Twitter. Juntamos potenciais candidatos a potenciais recrutadores e felizmente várias dezenas de pessoas conseguiram arranjar emprego através desta forma. Temos tido um excelente feedback das empresas e de algumas pessoas que agradeceram pelas informações prestadas, contudo, de muitas pessoas não se recebe qualquer feedback. Nélia Pedrosa

Para hoje, sexta-feira, as previsões apontam para céu com períodos de muito nublado, devendo as temperaturas oscilar entre os 14 e os 21 graus. No sábado e domingo o céu deverá apresentar-se pouco nublado.

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Paulo Monteiro em destaque na Amadora BD Paulo Monteiro, diretor da Bedeteca de Beja e autor de O Amor Infinito que te Tenho e outras histórias, obra premiada em 2011 com o troféu Melhor Álbum Português do Amadora BD, assina a “ilustração original que serve de base à imagem global da edição deste ano” do festival. Segundo a organização, Paulo Monteiro estará em destaque no 23.º Amadora BD 2012 “com uma exposição sobre a sua obra e, sobretudo, com o álbum vencedor do troféu”. O Festival Internacional de Banda Desenhada da Amadora, que começa a 26, é dedicado à autobiografia e estende-se, pela primeira vez, a vários espaços em Lisboa. O evento decorre até 11 de novembro no Fórum Luís de Camões, em Amadora, onde estará concentrada a maioria das exposições. O Amor Infinito que te Tenho e outras histórias, publicado pela Polvo em 2010 e que ganhou ainda o prémio Melhor Publicação Independente Central Comics 2011, será publicado, em 2013, pela Blank Slate Books, no Reino Unido e na Irlanda, pela Balão Editorial, no Brasil, e pela Timof, na Polónia. Neste momento, o também diretor do Festival Internacional de Banda Desenhada de Beja, “encontra-se a trabalhar no segundo livro, que deverá estar concluído no final de 2015”.

Festival Islâmico de Moura até domingo “Uma fantástica viagem aos finais do século XII, período em que tiveram grande destaque em Moura o rei D.Sancho I de Portugal e a Dinastia al-Mhoáda (símbolo da presença árabe no concelho)” é a proposta do Festival Islâmico de Moura que decorre naquela cidade entre hoje, sexta-feira, e domingo, dia 14. O evento é organizado pela Comoiprel e pela Câmara Municipal de Moura, com o cofinanciamento do InAlentejo, e conta ainda com a participação da Ordem da Cavalaria do Sagrado Portugal. Para além da recriação histórica e da animação de época, estarão presentes espaços comerciais, artesãos e grupos culturais locais.


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