Reportagem
Entrevista
Em busca do Cabeço da Vida
Fernanda Cunha revisita José Saramago
págs. 16/17
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SEXTA-FEIRA, 2 NOVEMBRO 2012 | Diretor: Paulo Barriga Ano LXXXI, N.o 1593 (II Série) | Preço: € 0,90
Rui Marreiros diz que a situação financeira da empresa é “robusta”
EMAS de Beja pretende manter tarifário da água em 2013 JOSÉ FERROLHO
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Começou o jogo das cadeiras nas autarquias alentejanas pág. 9
A verdade ou a mentira segundo o bispo de Beja pág. 12
Câmara vota extinção da ExpoBeja sem avisar a ACOS pág. 11
Oito comerciantes do Mercado de Beja não pagam renda pág. 10
Pereiras-Gare fica lá onde já ninguém se lembra. Nos confins do concelho de Odemira. Sem transportes públicos, rede de comunicações móveis, escola primária… e muito em breve junta de freguesia. Esta é uma das quatros freguesias de Odemira que deixarão de existir ao abrigo da reorganização territorial que está em curso. págs. 4/5
Pereiras-Gare: A estação do fim do mundo
Diário do Alentejo 2 novembro 2012
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Editorial Refundação Paulo Barriga
Vice-versa “É preciso adequar as funções do Estado àquilo que a sociedade portuguesa e o sistema político português são capazes de, de forma sustentável, financiar. O nosso grande desafio é mostrar em Portugal o que é possível, quais são as funções do Estado que são prioritárias, quais são as funções do Estado que são financiáveis, qual é o custo que está associado com essas funções do Estado”. Vítor Gaspar, ministro das Finanças
“Queremos mais Estado ou mais iniciativa particular, mais impostos para alimentar um Estado absorvente e omnipresente ou menos carga fiscal com cidadãos mais intervenientes e corresponsáveis pelo bem comum? (…) Muita gente deixou de acreditar e confiar nos políticos, porque, uma vez no poder, fazem leis para se protegerem e deixam-se dominar por lobbies poderosos, que lhes prometem segurança, uma vez deixada a vida política”.
É
a palavra do momento: refundação. Foi o primeiro-ministro que a reinventou, a refundação. Quando já não resta pedra sobre pedra no edifício social do Estado, quando o garrote da austeridade já não consegue fazer expelir mais uma única gota de sangue dos corpos ressequidos dos portugueses, Passos Coelho relembrou-se dela, da refundação. Da refundação do próprio Estado. Que é uma forma muito simpática e muito habilidosa de dizer demolir. Já que demolição é uma palavra que fica muito mal quando a ideia que se quer passar, como frequentemente acontece no discurso político, é inversamente proporcional à intenção que lhe subjaz. E Coelho tem-se revelando um verdadeiro mestre do ilusionismo das palavras. Um requintado Houdini da metáfora. Mas será que tem escapa este escapista da gramática? Será que o truque semântico da refundação do Estado social passará despercebido aos olhos do público como costumam passar as pombas brancas nas mangas dos mágicos de pacotilha? Terá Coelho cartola para tanto? Não é fácil. Nem o inigualável David Copperfield se atreveria a tamanha patranha. Fazer desaparecer da vista um avião Concorde ou até um prédio de 20 andares ainda é como o outro. Mas dar sumiço a um povo inteiro, de uma só penada, é coisa a que até hoje ninguém se atreveu. E o que Passos Coelho, mágico de segundo plano, se propõe fazer perante o seu público de tecnocratas, financeiros e outros garganeiros estrangeiros, é precisamente isso: fazer desaparecer o povo de Portugal. A maga Ferreira Leite, em tempos, demonstrou intenção semelhante. Mas os seus desígnios não iam além da interrupção da democracia. Mas apenas por seis meses. Coelho é muito mais ambicioso. Quer não apenas interromper a democracia por tempo indeterminado, como também passar o manto por todas as funções sociais do Estado. Como a proteção social, a educação ou até mesmo a saúde. É esta a sua refundação. Que tem muito mais a ver com afundar do que com refundar. Com o afundar da própria Constituição da República Portuguesa, essa bíblia vermelha. Com o afundar da própria democracia, esse luxo faraónico. Com o afundar do próprio povo, essa cambada de pedintes. Já se percebeu que este Governo não pode ser refundado. Mas será que demora muito tempo a ser afundado?
D. Vitalino Dantas, bispo de Beja
Fotonotícia
Todos juntos pelas juntas. Decorreu no último sábado, em Beja, uma manifestação contra a reorganização territorial em curso e contra a extinção de juntas de freguesia em meio rural. Centenas de manifestantes, oriundos das sete paragens do distrito de Beja, concentraram-se no jardim fronteiro ao tribunal da cidade para exigir… justiça. Justiça que, aqui, passa pela manutenção das autarquias locais de proximidade que, em muitos casos, são as únicas instituições existentes em localidades longínquas, envelhecidas e absolutamente esquecidas. PB Foto de José Serrano
Voz do povo Tem hábitos de poupança?
(Dia 31 de outubro, comemorou-se o Dia Mundial da Poupança) Inquérito de José Serrano
Henrique Belchior, 60 anos, reformado (motorista de pesados)
Francisco Varela, 63 anos, reformado (operador de máquinas)
Poupo no que posso. Na alimentação não gasto mais que o necessário. Na roupa a mesma coisa, só compro quando preciso. E informo-me acerca dos preços mais económicos. Nesta altura não podem existir desperdícios. Amealhar já não consigo. Já consegui já, à custa de muito trabalho. Agora e por enquanto vai chegando para as despesas. O que já não é mau.
Tenho de ter. A vida está difícil, não está para brincadeiras. Sendo razoável, a minha reforma não é grande. Ainda assim vou tentando aforrar um dinheirinho por mês, numa conta. Mas às vezes tenho que ir lá mexer. Basta haver uma despesa imprevisível, qualquer coisa que avarie. Gostava de economizar para passear com a minha mulher. Sair de casa de vez em quando.
Alcimar Dias, 30 anos, rececionista
Ana Cristina Arocha, 43 anos, educadora de infância
Procuro poupar o máximo. Não tenho luzes acesas nem torneiras abertas desnecessariamente. Nos supermercados procuro comprar produtos mais baratos e durante as promoções. Compro o vestuário durante a época de saldos. No combustível uso os vales de desconto. Mesmo assim não consigo economizar nada. Se pudesse, juntava para pagar a faculdade da minha filha.
Tomo atenção à poupança de energia. Procuro gastar só em bens essenciais. No supermercado é difícil. Tenho duas crianças, e acabo por ir ao encontro das suas preferências. No vestuário reciclo. Modifico, crio a partir do velho. Ainda consigo amealhar alguma coisa. A pensar em férias, viagens, dias em sítios agradáveis com os meus filhos, com a minha família.
Rede social
Semana passada QUINTA-FEIRA, DIA 25 VIDIGUEIRA CÂMARA COMPARTICIPA MEDICAMENTOS A IDOSOS A Câmara de Vidigueira procedeu, nos dias 25, 26 e 29, em várias localidades do concelho, à entrega de comparticipação financeira na compra de medicamentos para idosos. As primeiras entregas foram em Selmes e Alcaria da Serra; depois em Vila de Frades e Vidigueira; e, por último, em Pedrógão do Alentejo e Marmelar. A iniciativa surge no âmbito “de uma estratégia de combate às desigualdades sociais” e de apoio aos “idosos do concelho com baixos rendimentos e encargos pesados com despesas de saúde”.
SEXTA-FEIRA, DIA 26 ODIVELAS E VIDIGUEIRA MULTIBANCO E BOMBA DE GASOLINA ASSALTADOS A madrugada de sexta-feira, 26, foi pródiga em assaltos no distrito. Uma caixa multibanco, instalada na sede da Junta de Freguesia de Odivelas, Ferreira do Alentejo, foi assaltada com explosão por injeção de gás. Segundo as autoridades, que estão a investigar o ocorrido, o roubo terá sido levado a cabo por três indivíduos encapuzados que conseguiram levar o dinheiro contido na caixa. Em Vidigueira, foi a vez de um posto de abastecimento de combustíveis, de onde os assaltantes levaram tabaco e produtos alimentares.
DOMINGO, DIA 28 BEJA HOMEM MORTO EM ACIDENTE COM VELOCÍPEDE Um homem de 47 anos morreu no último domingo, na sequência de uma colisão entre um veículo ligeiro de passageiros e um velocípede, na EN 260, próximo de Nossa Senhora das Neves, Beja, disse fonte da GNR à Lusa. A vítima é um homem que seguia de bicicleta, cujo corpo foi encaminhado para a morgue do Hospital de Beja, para ser efetuada a autópsia.
SEGUNDA-FEIRA, DIA 29 SERPA APOSTA NA MÚSICA REVISITADA EM LIVRO A novíssima Casa do Cante acolheu esta segunda-feira, 29, a apresentação do livro Serpa, Cidade da Música, numa sessão que contou com a participação de Pedro Roseta, ex-ministro da Cultura, e do cartunista Luís Afonso. A obra, editada pela Câmara Municipal de Serpa, pretende fazer uma retrospetiva do trabalho realizado na área da cultura, ao longo dos últimos 30 anos. Período durante o qual, sublinha a autarquia, o concelho se tem “reinventado através da música, celebrando os talentos próprios e a diversidade da cena musical, combinando a tradição com a criatividade e aproximando os seus habitantes dos sons do mundo”.
TERÇA-FEIRA, DIA 30 BEJA INALENTEJO E CEBAL ASSINAM CONTRATOS O Inalentejo e o Centro de Biotecnologia Agrícola e Agroalimentar do Baixo Alentejo e Litoral (Cebal) assinaram, na terça-feira, os contratos de financiamento dos projetos GenoSuber e WaterTre&Val. Os projetos aprovados, com a duração de 30 meses, enquadram-se num programa de investigação multi e interdisciplinar para a valorização de dois recursos naturais - o sobreiro e a água. O total do investimento previsto é de 1,311 milhões de euros e os projetos serão financiados em 85 por cento por fundos comunitários.
QUARTA-FEIRA, DIA 31 ALVITO SEMINÁRIO DISCUTE ENVELHECIMENTO A Câmara de Alvito promoveu na quarta-feira, primeiro dia de mais uma Feira dos Santos, o seminário “Igualdade de oportunidades no envelhecimento”. Um encontro que, “para além da abordagem ao envelhecimento ativo”, pretendeu “reforçar as competências técnicas dos que operam nas áreas sociais, conciliando a vida profissional com a vida privada, saúde e direitos, poder e tomada de decisão, pobreza e exclusão”. Distribuído entre dois painéis – “Saber + para agir melhor” e “Medidas e iniciativas na prática do envelhecimento ativo” – o seminário contou com cerca de duas dezenas de oradores.
3 perguntas a Rita Mira Coroa
Coordenadora do Grupo de Apoio de Beja da Liga Portuguesa Contra o Cancro
Termina no domingo, 4, mais um peditório nacional da Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC). Como costuma caracterizar-se o contributo dos bejenses?
Poucas pessoas recusam dar. A grande maioria dá nem que seja alguns cêntimos, os trocos que tem na carteira. Isso para nós, enquanto voluntários, é muito valioso. Por um lado, significa que essas pessoas são solidárias com a LPCC; por outro, ao fim dos quatro dias, pode representar o valor de uma prótese. Os bejenses têm sido sempre generosos; confiam na LPCC e sabem que o peditório é a sua principal fonte de receita.
Do produto ao prato, do prato ao produto Beja também esteve na rota do ciclo de conferências Escolha Portugal, uma forma de promover o setor agrícola, levada a cabo pelo Continente, “Correio da Manhã” e “Jornal de Negócios”. No Teatro Pax Julia, discutiu-se “A cadeia de valor da indústria agrícola”.
Distrito abrandou a marcha por melhores estradas Tem sido quase um exclusivo do êxtase futebolístico mas, nos dias que correm, é simbólico de resistência nacional. Como este, com as cores portuguesas, andaram em Beja, no sábado, 27, mais cerca de 200 veículos, pela construção do IP2 e do IP8.
Que tipo de serviços presta o Grupo de Apoio de Beja (GAB) da LPCC e que importância têm para o doente com cancro?
O GAB, que está integrado no Núcleo Regional Sul, tem neste momento duas valências principais. Por um lado, o voluntariado hospitalar junto à sala de quimioterapia, que é um apoio sobretudo emocional. Estamos ali a tentar reconfortar, a conversar, a oferecer chá, leite, umas bolachinhas, um sorriso. A mínima atitude que possa minorar o sofrimento e a ansiedade das pessoas já é um ganho. Por outro lado, temos o “Vencer e Viver”, que é o movimento de apoio à mulher com cancro da mama, prestado apenas por mulheres que já venceram a doença. Este voluntariado age a nível hospitalar – junto à consulta de senologia e no pós-operatório – assim como no gabinete do GAB, onde temos uma sala disponível exclusivamente para atender a mulher recém-operada. Aí, temos também próteses capilares, para quando são necessárias, qualquer que seja o tipo de cancro, naturalmente. É de extrema importância este tipo de voluntariado, pois estas mulheres já passaram por todo esse processo e são testemunhas de que é possível “vencer” o cancro e “viver” com qualidade.
Cebal deixa Governo bem impressionado A secretária de Estado da Ciência deixou o Cebal, que visitou a 29, com uma “excelente impressão”. E garantiu que o Governo está “disponível” para apoiar novos projetos, sem prejuízo dos já aprovados. Boas notícias para a ciência que se faz em Beja.
Alunos da Estig na linha de montagem das notícias locais Alunos de Turismo, quase 60, passaram pelo “Diário do Alentejo” na segunda-feira, 29, de onde levaram um “cheirinho” de como se faz jornalismo por estas bandas. Uma visita do ensino superior que, pela raridade, merece registo.
Quais são as principais carências do GAB?
Atualmente, são os voluntários. Infelizmente, há poucas pessoas dispostas a dar duas horas por semana do seu tempo. Se tivéssemos mais voluntários, poderíamos certamente prestar mais apoio a doentes com outro tipo de cancro, como por exemplo a ostomizados ou a laringectomizados. Também poderíamos fortalecer o trabalho ao nível das escolas, pois é precisamente junto dos mais jovens que se tem que iniciar aquele que é o melhor meio de luta contra o cancro: a prevenção. Carla Ferreira
Feira da Ladra à moda de Ferreira do Alentejo Os bens em segunda mão são uma excelente opção em tempo de crise, além de uma forma de consumo que poupa recursos e resíduos à mãe natureza. Ferreira, como outras localidades da região, já o percebeu e cumpriu a sua II Feira da Ladra no sábado, 27.
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Pereiras-Gare Pereiras-Gare é uma das quatro freguesias do concelho de Odemira que deverá ser extinta no âmbito do processo de reorganização administrativa territorial autárquica, voltando a pertencer a Santa Clara-a-Velha, de onde foi desanexada em outubro de 1985. A população contesta a sua extinção, apontando, entre outras razões, as distâncias à sede de concelho e a Santa Clara-a-Velha e a inexistência de uma rede de transportes públicos. Texto Nélia Pedrosa Fotos José Ferrolho População A freguesia de Pereiras-Gare tem actualmente cerca de 270 habitantes
Aldeia fica situada a 48 quilómetros da sede de concelho, Odemira
População contesta extinção da freguesia
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inte e sete anos após ter sido criada, a freguesia de Pereiras-Gare, no concelho de Odemira, corre o risco de ser extinta ao abrigo do processo de reorganização administrativa territorial autárquica, voltando a pertencer a Santa Clara-a-Velha. A proposta de extinção foi apresentada e aprovada pelo Partido Socialista na Assembleia Municipal de Odemira do passado dia 10 de outubro. Uma bandeira negra já foi hasteada no edifício da junta de freguesia em sinal de protesto e entre a população circula um abaixo-assinado. A concretizar-se a extinção, dizem os habitantes, será “a machadada final” numa aldeia que já viu partir o médico de família e fechar as portas da escola primária e onde os comboios “deixaram de parar há 10 meses”. Para Joaquim Rodrigues, que encontramos ao final da manhã num dos pontos de encontro mais concorridos de Pereiras-Gare para dois dedos de conversa – a paragem do autocarro –, a extinção da freguesia é algo inevitável. E se não for agora, “será daqui a quatro anos”, diz resignado. A aldeia “vai perdendo o eleitorado, por isso isto termina, temos trinta e tal pessoas com mais de 80 anos e temos 216 eleitores, o que é que a gente está à espera?”, questiona-se. A anexação à freguesia de Santa Clara-a-Velha, acrescenta o ferroviário aposentado, vai obrigar agora a grandes deslocações, e a grandes despesas, uma vez que quem não tem viatura própria, “seja motorizada ou carro”, “tem de ir de táxi”, dado que “só há um autocarro” por dia. E são precisamente as distâncias que separam Pereiras-Gare da sede de concelho – 48 quilómetros – e das freguesias mais próximas – a 17 quilómetros de Santa Clara-a-Velha e a 14 de Saboia –, que têm levado a população ao
longo dos anos “a pender” para o Algarve, deslocando-se com frequência a São Marcos da Serra (que fica a menos de 10 quilómetros) ou a Messines para as compras de maior vulto ou para uma simples ida à farmácia. “Enquanto vai um para o lado de Odemira vão 99 para o Algarve”, refere o antigo ferroviário. Francisco Guerreiro, um dos companheiros de tertúlia de Joaquim Rodrigues, não tem dúvidas de que a possível extinção da freguesia não passa de “uma questão política”. E entre os seus conterrâneos haverá mesmo quem fique “satisfeito” com a decisão, acusa o septuagenário. “Mas isso é um erro deles, porque isto abrange toda a gente. Uma pessoa tem aqui uma casa e quer vendê-la, assim passará a render menos dinheiro ou não há quem a compre. Temos falta de desenvolver isto, não de tirar tudo quanto temos”. O ex-funcionário da Câmara de Odemira acredita que se o bairro municipal projetado para uns terrenos situados nas imediações do edifício da junta tivesse sido concluído “na altura devida” – o processo arrasta-se há mais de duas décadas – a aldeia teria agora “mais famílias”, não se colocando o atual problema do decréscimo populacional. “Nesse tempo o Algarve dava trabalho a toda a gente e tínhamos para lá bons acessos. Agora [a construção do bairro] já não resolve nada porque o Algarve também já está ruim, mas também não vamos pensar que a crise não passa, estou convencido que isto melhora”. “É mais um prejuízo para as pessoas que cá moram”, acrescenta Idálio Tomé, de 65 anos, outro dos “frequentadores” habituais da paragem do autocarro. Uma decisão que vai “desvalorizar” a aldeia, as “casas”. “As pessoas dizem que pode ser por motivos políticos, mas há uma
determinação no sentido de se extinguirem freguesias e começam pela que tem menos população, que é isso que conta mais para a extinção, apesar de sermos a freguesia que fica mais distante de Odemira”, salienta. Mas se “houvesse opção” no que diz respeito à freguesia que irá acolher a aldeia, diz o ex-manobrador de máquinas, a sua escolha recaía em Saboia e não em Santa Clara-a-Velha, dado que a primeira “fica mais próxima, tem um agrupamento de escolas, uma Caixa Agrícola e um posto da GNR”. “Ficávamos favorecidos porque Santa Clara não tem nada disto”, diz, frisando que a extinção dependerá dos critérios que “a classe política lá em Lisboa” irá utilizar: “Se for pela distância então não é extinta, se for por uma questão de eleitores pois é natural que sim”. A realidade atual é bem diferente daquela que levou Rodrigo Silva, natural de Silves, a fixar-se em Pereiras-Gare já lá vai quase meio século. Ferreiro à semelhança do pai e do irmão, que na ocasião trabalhavam em Odemira e Saboia, viu “nas lavouras trabalhadas com juntas de bois ferrados” uma boa fonte de rendimento. “Isto aqui era uma área em que era tudo trabalhado com juntas de bois e eram ferrados. A agricultura era o que fazia movimentar aqui esta zona toda, as sementeiras do trigo, aveia, cevada. Tinham grão, feijão, criavam porcos, borregos, vacas, tinham isso tudo”, diz, recordando ainda que em 1965, no ano em que chegou a Pereiras-Gare “acabado de sair da tropa”, “havia vinte e tal casas comerciais” na aldeia, entre “mercearias, drogarias, talho, taberna, serração, carpintarias e armazéns de materiais”. Sapateiros, que “faziam daquelas botas de sola de pneu cosidas à mão, para o pessoal
que trabalhava aí no campo”, eram quatro; barbeiros, “por acaso bons barbeiros”, eram dois. A rua 25 de Abril, que albergava grande parte dos estabelecimentos comerciais, “era toda habitada”. Atualmente contam-se pelos dedos das mãos “as pessoas que vivem aqui [na rua 25 de Abril]”, diz Rodrigo Silva, adiantando que pela linha de caminho de ferro que liga Lisboa ao Algarve – e cujos trabalhos de construção terão dado origem à aldeia no início do século XX – passavam comboios “que davam ligação até Luzianes, a Saboia”. “Agora já acabou tudo. O comboio era uma coisa maravilhosa, quem tivesse, por exemplo, uma consulta em Faro, por exemplo, ia de manhã e vinha à tarde. Paravam aqui cinco comboios regionais por dia, três comboios para o Algarve e dois para o Alentejo, já serviam o povo muito bem. Que só ficassem dois, um de manhã para o Algarve e outro de regresso à tarde, já era muito bom, mas tiraram tudo, sem pena nem dó, foi uma coisa horrível”, diz revoltando, recordando os investimentos que “a CP e a Refer” fizeram “há meia dúzia de anos” na remodelação das linhas e na construção de gares novas, que agora estão ao abandono. Se não tivessem suprimido o serviço regional, o ferrador continuaria a prestar apoio aos antigos clientes que tem no Algarve, “ferrando cavalos de turismo”, um segmento que começou a explorar “quando se acabou a agricultura, o pessoal do campo desapareceu e os montes da região ficaram abandonados”. “A extinção da freguesia é uma parvoíce, porque as pessoas, na sua maioria idosas, não têm transportes, não tem médico, não tem condições nenhumas, e agora acaba a freguesia? É um problema muito grande”, conclui.
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É com tristeza que Aníbal Simão, o primeiro presidente da Junta de Pereiras-Gare, eleito pela APU – Aliança Povo Unido em maio de 1986, vê a possível extinção da freguesia e sua reanexação a Santa Clara-a-Velha. “Vai ser uma coisa muito prejudicial para os habitantes desta terra, que até agora estavam bem servidos”, adianta o ex-autarca de 80 anos, gerente comercial, lembrado que o processo de constituição da freguesia “foi longo e complicado”, uma vez que a “junta-mãe [Santa Clara-a-Velha] não foi a favor da sua criação”. A sua constituição como freguesia, refere o também poeta popular, justificava-se “pela distância a que estava de Santa Clara, pelo sacrifício que eram os 17 quilómetros, pelo incómodo que era para as pessoas, e o prejuízo, de terem de se deslocar à sede da junta de freguesia por uma vacina de um cão ou uma licença, sem transportes. Era um incómodo muito grande para os habitantes desta terra e foi isso que me levou a avançar”. Num dos vários livros de que é autor, o ex-presidente de junta refere que “criada a sua autonomia própria em 1985, herdou-se uma aldeia sem estradas, sem pontes, água, esgotos, etc… Foi abraçar um problema que tinha de ser urgentemente resolvido de forma a evitar a desertificação da região”, e foi nesse sentido que “a então junta de freguesia se moveu a envidar esforços junto da câmara municipal para que fossem criadas condições dignas de se poder viver nesta aldeia em igualdade de circunstâncias com as outras localidades do concelho”. Aníbal Simão, natural de Aljustrel, foi ainda fundador da Associação de Caçadores de Pereiras-Gare e do Futebol Clube Pereirense.
Diário do Alentejo 2 novembro 2012
Processo de constituição de freguesia “foi longo e complicado”
Leonel Rodrigues Presidente da Junta de Freguesia de Pereiras-Gare
Existe a possibilidade de a freguesia de Pereiras-Gare poder vir a ser extinta. Que repercussões poderão advir dessa decisão?
Andamos a lutar para que isso não aconteça mas, enfim, eles é que mandam. Se isso se concretizar será um desastre, porque já nos tiraram a escola, não temos comboio, o posto médico também fechou. Irá ter muitas implicações na vida das pessoas, porque se precisam de alguma coisa dirigem-se à junta, para pagarem a água, para fazerem pedidos, qualquer coisa, é a junta que as pessoas têm à mão, sempre. E ficamos a 17 quilómetros de distância de Santa Clara-a-Velha, sem acessibilidades quase nenhumas, transportes só o próprio e temos um autocarro de manhã e outro de regresso à tarde. Implica que as pessoas fiquem um dia inteiro fora de casa, que tenham de pagar almoço, todas as despesas, e estamos a falar de uma população um pouco envelhecida. Para além do abaixo-assinado, que outras medidas foram tomadas no sentido de evitar a extinção?
Temos tido várias reuniões com a Anafre – Associação Nacional de Freguesias. No edifício da junta já hasteámos uma bandeira preta e vamos ainda colocar faixas pretas à entrada da aldeia e na junta. Participámos também na manifestação de sábado passado em Beja [promovida pela Plataforma Nacional Contra a Extinção de Freguesias e pela estrutura regional da Anafre] e vamos reunir-nos com a CDU [partido pelo qual foi eleito] para fazermos chegar uma proposta à Assembleia da República mostrando que as pessoas precisam da freguesia. Quantos habitantes tem Pereiras-Gare?
Somos cerca de 270 habitantes, sendo que 70 ou 80 por cento são idosos. A população tem decaído muito, porque uns vão envelhecendo e outros abalam. Os jovens abalam porque não há emprego. Há um projeto de um bairro municipal em Pereiras, mas como ainda não foi feito as pessoas novas não se fixam na aldeia. É um projeto que se arrasta há vinte e tal anos. Nós estamos aqui muito pertinho do Algarve, estamos a 25 minutos de Albufeira, as pessoas podiam viver aqui e trabalhar fora. Mas as minhas esperanças em relação ao bairro já são muito poucas, porque a câmara tem aquilo sempre em processo de espera, de espera e de espera, e nunca mais sai. Temos depois vinte e tal habitações em montes da freguesia habitadas por estrangeiros. A que setores de atividade se dedica a população em idade ativa?
Alguns trabalham no Algarve, na horticultura; outros trabalham na construção civil em Pereiras, mas agora também não há muito trabalho nessa área; e outros ainda na agricultura também na freguesia, que é já muito pouca. Temos aqui uma padaria que emprega cerca de meia dúzia de pessoas e alguma indústria do mel, que emprega uma pessoa ou duas. Mas agora também já há menos pessoas a trabalhar no Algarve, porque as empresas fecharam, por isso alguns estão no fundo de desemprego. Está tudo à espera a ver se este governo melhora um pouco.
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Estávamos a gastar 60 por cento de água a mais, água que se perdia nas redes. Para além do impacto no meio ambiente, já que estamos a gastar um recurso desnecessariamente, existe também um impacto económico brutal, porque tínhamos de comprar mais 60 por cento do volume de água do que aquele que distribuíamos. Rui Marreiros
Entrevista
Apesar das obras de remodelação da rede de Beja
Fatura da água não aumenta em 2013 A Empresa Municipal de Águas e Saneamento de Beja (EMAS) vai
Como estão a decorrer as obras de remodelação da rede pública de distribuição de águas de Beja?
-delegado de uma empresa muni-
Estão a correr bem e a bom ritmo. Estávamos preocupados porque tivemos um problema com o primeiro empreiteiro. Mas isso deixou-nos de sobreaviso e mais atentos à maneira como os trabalhos decorrem. Neste momento temos cerca de oito frentes ativas na cidade. Em relação ao plano de trabalhos que está traçado, o empreiteiro está a cumprir e a fiscalização continua no terreno. Portanto, os trabalhos estão a decorrer a bom ritmo e dentro do previsto. Atualmente, temos datas chave ao longo das várias fases da empreitada. A primeira foi agora esta semana e estamos com dois dias de atraso, o que, na prática, significa que não há atraso nenhum.
cipal que se diz financeiramente
Quanto tempo falta para acabar as obras?
terminar o exercício de 2012 com um volume de negócios superior aos seis milhões de euros. E um balanço em termos de receitas “significativamente superior” em relação às despesas. Quem o afirma é Rui Marreiros, administrador-
“robusta”. Apesar dos investimentos em curso e numa altura em que existem oito frentes de obra na remodelação da rede de águas de Beja, que apenas estará concluída
Esta é uma empreitada para durar sensivelmente um ano. Pensamos que no final do mês de agosto, início de setembro de 2013, as obras estejam todas concluídas. Este é um tipo de obra que tem uma dinâmica diferente. Como há intervenções praticamente em todas as zonas da cidade, seguramente que muito antes disso há de haver zonas que vão ficar concluídas. A rua Cidade Dili ou a rua Cidade de São Paulo, por exemplo,
já foram intervencionadas. Já têm o equipamento e a tubagem toda instalada e praticamente só falta pavimentar. É um setor da cidade que a muito curto prazo fica liberto. O grosso da empreitada não vai ficar para o fim, vai terminando gradualmente ao longo do tempo. As pessoas queixam-se de a cidade estar completamente esventrada numa altura bastante chuvosa…
Costumo ir para o terreno para falar com as pessoas que estão a circular de carro ou a pé e tenho visto com algum satisfação que há uma perceção por parte da maioria das pessoas de que os trabalhos estão a correr depressa. Inicialmente havia alguma preocupação. Não se sabia exatamente quando é que aquilo iria estar pronto. Agora, vê-se em determinadas zonas a abertura de vala, a colocação do tubo e o tapamento acontece num dia ou dois. As pessoas percebem isso e compreendem. Há zonas em que agora se complicou um bocadinho com a questão das chuvadas, mas há um grande cuidado também na reposição da zona da vala que ficou afetada e acho que a população está a lidar bem com estes constrangimentos. Costumo dizer que o que estamos a fazer agora devia ter sido feito, se calhar, há 30 anos atrás. Não o foi por uma série de razões. Portanto,
no verão de 2013, Marreiros prevê que o tarifário da água possa não ser alterado no próximo ano. Isto porque a EMAS diversificou as suas fontes de receita, nomeadamente prestando serviços laboratoriais. E porque espera poupar perto de 60 por cento com a modernização da rede urbana, tal como aconteceu com as recentes obras na rede de Beringel.
Texto Paulo Barriga Fotos José Serrano Robustez financeira A EMAS prevê ultrapassar os seis milhões de euros de faturação em 2012
temos de o fazer e acho que as pessoas compreendem isso. Qual é o valor desta empreitada?
Estamos a falar de uma empreitada na ordem de um milhão e 800 mil euros. A renovação da rede de Beringel também já está concluída e foi agora inaugurada. Já se percebem melhorias no fornecimento de água?
Estivemos a fechar os números depois de um mês completo de consumos de água após a nova rede estar em funcionamento e verificámos uma redução de perdas na ordem dos 60 por cento, que é uma coisa perfeitamente brutal. Estávamos a gastar 60 por cento de água a mais, água que se perdia nas redes. Para além do impacto no meio ambiente, já que estamos a gastar um recurso desnecessariamente, existe também um impacto económico brutal, porque tínhamos de comprar mais 60 por cento do volume de água do que aquele que distribuíamos. São melhorias desta natureza e desta dimensão que esperamos aqui em Beja. A EMAS tem conseguido financiar-se nos mercados?
Na região Alentejo devemos ter sido a única entidade que conseguiu obter financiamento
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desmistificar esse mito da água da torneira que hoje é um bem de qualidade perfeitamente controlável sem qualquer problema, incentivar à utilização eficiente da água. Não deixa de ser curioso que uma empresa que disponibiliza água às populações, que vende água, faça campanhas no sentido da poupança da água.
Laboratório As análises realizadas no EMAS geram receitas que evitam onerar as tarifas da água
do Banco Europeu de Investimentos, isso também demonstra um bocado a robustez financeira da empresa. Na empreitada de Beja há uma percentagem do investimento que já é financiada pelo Banco Europeu de Investimentos, que é uma linha que foge muito à linha habitual dos fundos comunitários, com juros obviamente mais requisitos. O BEI normalmente apenas financia projetos de caráter produtivo, portanto temos de demonstrar que aquela intervenção gera alguma receita significativa ou tem um grau de eficiência importante para poder ser financiada. Falou em robustez financeira. Como é que está a situação financeira da EMAS?
Robusta, salvaguardando a situação atual. A EMAS é, acima de tudo, uma empresa municipal. Portanto, o nosso objetivo primeiro não é visar o lucro, muito pelo contrário. O nosso objetivo é prestar um serviço de qualidade, tendendo para a recuperação integral de custos que é aquilo que o regulador nos obriga. Esta é uma condição essencial e é para aí que nós caminhamos. Atingimos um patamar em que temos condições para recuperar a maior parte dos custos que temos e ainda obter alguma margem para apoiar investimento. Desse ponto de vista, não dependemos da receita de terceiros, receitas do município. Temos autonomia para nos salvaguardar. Agora temos de gerir isto também em função da situação económica do País e da região. A EMAS é uma empresa que está em contraciclo com aquilo que está a acontecer no País?
Em contraciclo, nesta fase, não diria. Diria antes que houve uma preocupação, principalmente a partir do final de 2009, com a mudança da administração que foi coincidente com a mudança do executivo, de ajustamento financeiro numa fase em que até nem se sabia bem que isto ia acontecer. A empresa estava numa situação financeira muitíssimo complicada e, se não tivesse havido um esforço de ajustamento, com o que aconteceu posteriormente em termos de crise, diria que a EMAS estaria numa situação dificilmente ultrapassável. Qual é volume de negócios previsional para 2012?
Para 2012 não temos já grandes dúvidas que
vamos ultrapassar os seis milhões de euros, naquilo que tem a ver com as nossas atividades principais, abastecimento de água, saneamento de águas residuais e depois na prestação de serviços, saneamento, laboratório… Vamos ter resultados positivos superiores ao ano passado. O balanço em termos das receitas é significativamente superior em relação às nossas despesas. A adesão da EMAS à Águas Públicas do Alentejo foi uma aposta ganha?
São processos que levam alguns anos até atingirem a sua estabilidade. A expectativa que a administração tem, de acordo com os resultados que vamos obtendo, é que a adesão foi positiva. Na mediada em que, independentemente do modelo, gerir negócios desta natureza de forma isolada não faz muito sentido. Em termos das economias de escala e economias de gama consegue-se gerar um efeito bastante positivo havendo um ganho de dimensão. Esta adesão à Águas Públicas do Alentejo foi negociada pelo anterior executivo. Sem fazer juízos de valor, aquilo que achamos é que Beja, em relação a todas as outras entidades gestoras que integraram a Águas Públicas do Alentejo, não tem uma posição dominante. A posição da entidade gestora EMAS ou da Câmara de Beja na Águas Públicas devia ter sido salvaguardada doutra forma. Beja, no fundo, contribui com uma parcela maior em termos de clientes e a EMAS de Beja é o cliente da Águas Públicas do Alentejo que compra mais água, portanto tem mais clientes para servir, tem mais água para distribuir. O laboratório da EMAS está a trabalhar a 100 por cento? Que tipo de serviços presta? A quem é que presta esses serviços?
Posicionarmo-nos no mercado como uma empresa de prestação de serviços na área do laboratório puro e duro. Os nossos principais clientes são outras entidades gestoras, nomeadamente outras câmaras municipais, a própria Águas Públicas do Alentejo a quem nós prestamos serviço. O laboratório está perfeitamente acreditado, está reconhecido pelo regulador, temos tido várias etapas de acreditação até chegarmos ao ponto onde estamos agora. Havia uma última fase de adaptação que tinha a ver com o processo de recolha das amostras que era preciso também acreditar, também já o conseguimos, portanto, neste momento, já prestamos serviços para um conjunto de municípios.
Estamos a fazer todos os esforços para não onerar mais a fatura da água e do saneamento em 2013. Tudo indica que vamos conseguir manter o tarifário em 2013.
Costumo dizer que somos o único tipo de empresas que apela ao não consumo. Mas isso decorre um bocado do nosso posicionamento, para já, enquanto empresa municipal e depois também temos responsabilidade ambiental. Aquilo que a nós nos interessa é captar a água suficiente para depois, com o mínimo de perdas na rede, conseguirmos entregá-la ao consumidor para satisfazer as suas necessidades. Não temos interesse em criar um impacto acrescido no meio ambiente nem criar impacto acrescido em termos financeiros. Costuma beber água da torneira?
Bebo. Não comecei a beber no início quando vim para a EMAS, precisei de conhecer isto, mas há pessoas que bebem água em Beja já há muito tempo sem qualquer problema. O sabor da água não é bem a mesma coisa...
É mais uma fonte de receita?
É mais uma fonte de receita e foi o que nos permitiu no fundo convencer o regulador de como é que uma empresa municipal estava na disposição de se posicionar no mercado e prestar serviços desta natureza. Nós já tínhamos a infraestrutura criada, já tínhamos as pessoas no laboratório, não contratámos mais pessoas para prestar este serviço. Aquilo que conseguimos foi com a infraestrutura que já existia, com o investimento relativo do processo de acreditação, gerar mais receita. Se tivermos outras atividades paralelas que nos gerem receita, evitamos onerar os consumidores sobre tudo isso. Quanto mais receita o laboratório der, menos temos de aumentar a fatura da água. E agora somos usados como exemplo de uma entidade que conseguiu maximizar a receita por outras vias sem ser diretamente pelo aumento da fatura. No que consiste o projeto educativo Os Heróis da Água?
Aquilo que decidimos foi envolver a comunidade escolar praticamente de forma transversal e temos ofertas de colaboração do pré-escolar até ao politécnico. Vamos dinamizar uma série de idas à escola onde envolvemos os professores e os miúdos de uma forma muito ligeira com teatros, com ações educativas e sensibilizá-los muito para a utilização da água, o consumo da água da torneira,
A água é um produto alimentar. Às vezes também brinco um bocadinho com isso, mas é verdade. Há pessoas que não gostam da água do Luso, outras não gostam da água de Monchique, ainda que a nossa água tenha melhorado muito em termos de sabor e hoje é uma água perfeitamente aceitável. Há pessoas que não gostam não é? Mas a nossa maior preocupação é em termos de qualidade da água e aí é comprovadamente boa. Digamos que é uma das vantagens de também ter um laboratório nosso a trabalhar para nós. Temos a capacidade de controlar a água muito melhor que uma entidade gestora que não tem laboratório. Em tempo real temos programas de controlo operacional muito densos e temos o índice da qualidade da água acima da média nacional. Está previsto algum aumento das tarifas da água para 2013, em virtude das obras que estão em curso?
É sempre uma questão mais ou menos polémica. Estamos neste momento a fechar os documentos previsionais para o ano que vem, a fechar os orçamentos de exploração, os planos de investimento, e a expectativa que estamos a tentar perseguir é pelo menos durante o próximo ano não haver aumento das tarifas de água. O objetivo será esse. Isto fruto do ajustamento que fizemos. Digamos que a chave de poder agora, no fundo, estagnar aqui um bocadinho o ajustamento de tarifário e fazer face à crise foi de facto as adaptações que se fizeram essencialmente em 2010 e em 2011. Estamos a fazer todos os esforços para não onerar mais a fatura da água e do saneamento em 2013. Tudo indica que vamos conseguir manter o tarifário em 2013.
COTR promove sessão sobre uso da água no olival
Atual Empreendedorismo debatido em Cuba O município de Cuba promove na próxima quinta-feira, dia 8, um colóquio subordinado ao tema “Empreendedorismo: Um pilar para o desenvolvimento”. A iniciativa, que tem início pelas 9 e 45 horas, no centro cultural local, enquadra-se no plano de atividades do projeto “Cuba Empreende”, visando “promover e fomentar o espírito do empreendedorismo junto da população, em especial dos mais jovens”, refere a autarquia. Salientam-se, entre os oradores presentes, os comendadores Rui Nabeiro e António Silvestre Ferreira, “empresários de sucesso que irão dar um testemunho na primeira pessoa”, bem como Pedro Beja Neves, da ANA – Aeroportos de Portugal, e António Cebola, do Iapmei.
Tomé Pires sucede a João Rocha em Serpa A concelhia de Serpa do PCP sublinha o “importante contributo” de João Rocha, presidente cessante do município local desde ontem, dia 1, “ao longo de mais de 30 anos na construção e concretização do projeto autárquico da CDU” e também “o seu empenho em dar corpo à sua dimensão democrática e participativa em defesa do poder local democrático, do interesse público e das aspirações dos trabalhadores e das populações, em Serpa e na região Alentejo”. Na mesma nota enviada à comunicação social, os comunistas de Serpa informam que a presidência da Câmara de Serpa será agora assumida por Tomé Pires, até então vereador e vice-presidente. Por seu turno, Miguel Valadas, 31 anos, natural de Vila Nova de São Bento e quinto candidato da lista da CDU à autarquia, assumirá a responsabilidade de vereador, acrescentam, convictos também de que João Rocha, “militante comunista, continuará a dar o seu forte contributo em defesa dos valores de Abril”.
Estepes cerealíferas é tema de seminário em Castro Verde O Cineteatro Municipal de Castro Verde acolhe, entre os próximos dias 7 e 8, o seminário “Conservação das Estepes Cerealíferas”, organizado pela Liga para a Proteção da Natureza (LPN), no âmbito do Projeto LIFE Estepárias, com o objetivo de atualizar e promover o intercâmbio de conhecimentos sobre estes ecossistemas e as aves ameaçadas associadas. O encontro tem como público-alvo biólogos, técnicos de conservação da natureza, investigadores na área da Biologia da Conservação e Agronomia, agricultores, agentes locais, técnicos de desenvolvimento local e funcionários das autoridades nacionais, regionais e locais, e público em geral. E é composto por três painéis principais: Ecologia das Espécies, Projeto LIFE Estepárias e Gestão do Habitat.
O Centro Operativo e de Tecnologia de Regadio (COTR) promove na terça-feira, 6, nas suas instalações (Quinta da Saúde), em Beja, uma sessão técnica sobre o uso eficiente da água no olival. A sessão tem início pelas 10 horas e pretende “divulgar as mais recentes inovações no âmbito da tecnologia da gestão da rega adaptadas ao olival”. Destina-se a técnicos gestores de explorações agrícolas, olivicultores ou futuros olivicultores e a técnicos comerciais de campo, enquadrando-se nas ações de divulgação de boas práticas agrícolas no âmbito do projeto Rede para a Monitorização e Divulgação das Melhores Práticas Agroambientais (Remda) para o Olival.
Vereadores da CDU defendem Outeiro do Circo Os vereadores da CDU na Câmara Municipal de Beja pretendem que o município assuma o projeto arqueológico do Outeiro do Circo, num território entre as freguesias de Mombeja e Beringel, “como um projeto importante para a valorização do património histórico e um contributo para o desenvolvimento do concelho”. Recorde-se que as escavações, que decorrem desde 2008, foram suspensas em 2012, por falta de uma verba de cerca de quatro mil euros, que serviria para pagamento das despesas de alimentação da equipa de oito voluntários. A iniciativa dos eleitos da CDU surge na sequência de uma reunião realizada no dia 24 de outubro, com a presidente da Junta de Freguesia de Mombeja e um representante da empresa de arqueologia Palimpseto.
Regime Jurídico das Autarquias Locais
Eleitos locais consideram lei “inoportuna e desadequada” Aconteceu no sábado passado, em Beja, um encontro de eleitos locais, promovido pela Comunidade Intermunicipal do Baixo Alentejo (Cimbal). Em debate esteve o Regime Jurídico das Autarquias Locais e o Estatuto das Entidades Intermunicipais.
JOSÉ SERRANO
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e acordo com José Maria Pós-de-Mina, presidente do conselho executivo da Cimbal, “este foi um encontro útil que permitiu discutir ideias e tomar uma posição sobre as matérias em discussão, possibilitando uma reflexão sobre a proposta de lei em análise”. As conclusões do encontro foram aprovadas por maioria, com um voto contra, e defendem que “qualquer reforma administrativa do território deve incluir como um dos elementos essenciais a criação das regiões administrativas”. Na verdade, durante o encontro, concluiu-se ainda que “a proposta de Lei-Quadro – Atribuições e Competências das Autarquias Locais e Estatuto das Entidades Intermunicipais – é inoportuna e desadequada e deverá ser suspenso o correspondente processo legislativo”. Considerou a maioria dos eleitos
Pós-de-Mina Contra reforma administrativa
presentes que “esta proposta de lei articulada com outras medidas legislativas que têm vindo a ser tomadas se insere numa estratégia de centralização de recursos e meios a pretexto da crise económica e financeira, quando o que se impõe neste momento é o respeito pela Constituição da República Portuguesa e dos seus princípios relativos ao Poder Local”.
Durante o encontro, concluíram também: “No âmbito da cooperação intermunicipal o princípio que deve prevalecer é o do voluntariado e da livre associação. As estruturas intermunicipais não devem ter competências próprias, mas sim as que lhes forem delegadas pelo município”. Condenando a maioria, deste modo, “o esvaziamento de competências das câmaras e assembleias municipais que está implícito na proposta de lei”. “Qualquer alteração de competências, entre os diversos escalões das administrações, deve ser acompanhada da transferência dos correspondentes meios”, consideraram os eleitos. E ainda que “a estrutura de governação deve ter por base o papel de direção dos eleitos das câmaras municipais e a participação dos eleitos das assembleias municipais no órgão deliberativo das CIM”, até porque sublinharam “a importância do respeito pela autonomia das autarquias locais nos seus diversos níveis”. Por fim, adiantaram “a sua disposição e determinação de continuar a intervir nos órgãos onde estão eleitos na defesa da valorização do Poder Local como instrumento essencial de resolução dos problemas das populações e de promoção do desenvolvimento local”.
Entidades da região reuniram-se com EP
IP2 requalificado e aproveitada parte da obra do IP8
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Comunidade Intermunicipa l do Baixo Alentejo (Cimbal), a Entidade Regional de Turismo do Baixo Alentejo (ERT) e a Associação Empresarial do Baixo Alentejo e Alentejo Litoral (Nerbe – Aebal), enquanto representantes de um grupo de 21 entidades da região, reuniram-se, na segunda-feira, 29, com o presidente da Estradas de Portugal (EP), com o objetivo de dar a conhecer, mais uma vez, a sua preocupação em relação às acessibilidades da região, destacando-se a intervenção no IP2 e a requalificação do IP8. As entidades reiteram, assim, “a sua preocupação em que a região tenha acessibilidades que sejam garantes de segurança rodoviária e propícias ao seu desenvolvimento”. Recorde-se que as entidades
em questão defendem a conclusão da intervenção no IP2 e a requalificação do IP8, através da plataforma de obra já construída e num formato de quatro faixas. De acordo com um comunicado enviado, aquando da reunião, foi transmitido às entidades, pelo presidente da Estradas de Portugal, que “a preocupação mais premente é a da conclusão das obras do IP2 e do IC2”, uma vez que, na opinião da EP, “são as que mais problemas de segurança rodoviária oferecem”. Foi ainda veiculado, segundo o mesmo comunicado, que “a renegociação com o consórcio que permitirá o desenvolvimento da empreitada não está ainda concluída, mas que se pretende resolvida nos moldes conhecidos e apresentados pela EP”. Após concluída esta fase de
negociação, a EP apresentará “um programa de proximidade, que terá como objetivo aproveitar parte da obra iniciada, de acordo com uma relação custo/benefício, que se considere possível e adequada”. Não foram, deste modo, dadas garantias no sentido de se vir a aproveitar toda a extensão da obra iniciada, nem que o aproveitamento a executar seja na sua total extensão, e em perfil de quatro faixas. A Estradas de Portugal informou ainda que quando o plano estiver pronto a apresentar, o que se espera que venha a acontecer no fim do ano, discuti-lo-á com as entidades da região, que entretanto já agendaram uma reunião para dia 19, às 11 horas, na sede da Cimbal, com o intuito de discutir o tema, bem como o seguimento a dar ao mesmo.
A Assembleia Municipal de Ferreira do Alentejo aprovou, por unanimidade, na sua última reunião, a 24 de setembro, duas moções em que se pronuncia a “A favor da Televisão Digital Terrestre de Qualidade” e “Contra o abandono de obras da autoestrada do Baixo Alentejo (A26/IP8)”. No primeiro documento, é sugerido que se manifeste junto da entidade reguladora Anacom e da Portugal Telecom o “desagrado pelo facto de não estar a ser fornecido um serviço com a qualidade mínima que a TDT pressupunha e
PCP de Mértola contra o encerramento do tribunal “Insensível e tecnicamente injustificável”. É deste modo que a concelhia de Mértola do PCP classifica a proposta de reorganização do mapa judicial, que determina o encerramento do tribunal naquele território. Um propósito governamental, considera a estrutura em comunicado, que representa
09 a que os seus destinatários tinham direito”, situação que “é prejudicial ao bem-estar pessoal” e contrária “ao direito de fruição de um serviço universal e gratuito como o é o da televisão”. Na segunda moção é manifestado “um repúdio público” diante do abandono das obras da A26/IP8, entre Santa Margarida do Sado e o acesso ao aeroporto de Beja, e exorta-se o executivo municipal a utilizar os meios legais à disposição para contestar “este ato gravoso para o futuro dos ferreirenses e do Baixo Alentejo”.
“um sério obstáculo dos cidadãos do concelho à justiça”, além de “uma das mais sérias afrontas à memória cultural deste território que, durante séculos, praticamente desde a fundação da nacionalidade, manteve o seu tribunal a funcionar ininterruptamente”. Os comunistas, que apelam “a um forte movimento de cidadania cívica e política de todos, que leve o Governo a
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Assembleia Municipal de Ferreira pronuncia-se sobre TDT e IP8
retroceder nesta proposta”, lembram ainda que Mértola já perdeu a representação do Ministério da Agricultura, viu diminuído o horário de atendimento no centro de saúde, bem como o número de efetivos da GNR, e assistiu ao encerramento de escolas, além de ter sido, na última década, o concelho do distrito de Beja que mais população perdeu.
Começou a pré-campanha para as Autárquicas 2013
Autarcas agitam-se Apesar de as eleições autárquicas estarem previstas apenas para daqui a um ano, em outubro de 2013, começaram esta semana a revelar-se os primeiros candidatos a diferentes municípios do Baixo Alentejo. O PSD anunciou Manuel Maria Barroso, para Alvito, e foi surpreendido pela autoproposta de Ricardo Colaço para Almodôvar. Em Beja é apresentado amanhã o manifesto de um movimento cívico que pretende “atacar” a autarquia. Em Cuba, o atual presidente eleito pelo PS, que está impedido legalmente de se recandidatar, deixa um sucessor: Carlos Almeida. Texto Paulo Barriga
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anuel Maria Barroso é, formalmente, o primeiro candidato oficial às próximas eleições autárquicas no distrito de Beja. Quadro da Presidência do Conselho de Ministros, Manuel Barroso é atualmente assessor da presidente da Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género. O PSD, com acordo expresso do CDS-PP, avança assim com uma figura de peso para uma das autarquias mais voláteis do País em termos eleitorais. Alvito já fez eleger autarcas da CDU, PSD, PS e até de um movimento de cidadãos. Pelo que se adivinha uma eleição disputada ao voto num dos menos populosos concelhos do Baixo Alentejo. Tanto
Lopes Guerreiro é o principal rosto do movimento “Por Beja com todos”.
mais que Manuel Maria Barroso é um natural da terra. Já em Almodôvar, um tanto à revelia da própria direção distrital de Beja do PSD, o atual presidente da junta de freguesia e da concelhia laranja, Ricardo Colaço, anunciou a sua disponibilidade para se candidatar à presidência da Câmara Municipal. Colaço, de 38 anos, disse esta semana na comunicação social que tem apoios ao nível da concelhia de Almodôvar e da própria distrital do PSD. No entanto, esta autoproposta pode representar um forte embaraço para a direção distrital social-democrata que, numa eleição a realizar num ano que será certamente adverso para a popularidade do Governo e dos partidos da coligação, estaria em busca de um nome de maior “peso” para suceder a António Sebastião, que não pode recandidatar-se em Almodôavar devido à lei de limitação de mandatos. António Sebastião, que é dado como “muito provável” candidato à Câmara de Beja pelo Partido Social Democrata. Numa eleição que terá contornos bastante diferentes da anterior. Logo pelo aparecimento de um novo movimento de cidadãos com intenções eleitorais, o “Por Beja com todos”, que amanhã à tarde apresenta o seu manifesto e principais subscritores. Um “movimento independente, de pessoas comuns, que quer envolver a população na construção de um projeto para o concelho”, segundo palavras de Lopes Guerreiro,
Manuel Maria Barroso é o candidato do PSD para Alvito, inaugurando a “época” das Autárquicas 2013.
que é o principal rosto do movimento e putativo candidato à presidência da Câmara de Beja. Tudo indica que o atual presidente da autarquia de Beja, o socialista Jorge Pulido Valente, tornará a candidatar-se. Com os dados baralhados à esquerda, com o aparecimento deste novo movimento, aguarda-se com grande expetativa qual será o candidato a apresentar pela CDU. Os nomes mais falados são os dos atuais presidentes de Moura, José Maria Pós-de-Mina, e Serpa, João Rocha. Rocha, aliás, que pediu a 17 de outubro a suspensão do seu mandato, com efeitos a partir de ontem. E que já se mostrou disponível para “novos desafios”. A visita que Jerónimo de Sousa realiza amanhã a Beja poderá ser esclarecedora quanto à escolha dos candidatos comunistas. Nomes que, por certo, apenas serão anunciados após o XIX Congresso do PCP que se realiza em Almada entre 30 de novembro e 2 de dezembro próximos. Numa semana politicamente agitada na região, Francisco Orelha, atual presidente de Cuba, anunciou que cumprirá o seu mandato até ao final. Também ele abrangido pela lei de limitação de mandatos, o autarca do PS não poderá recandidatar-se àquela autarquia local. No entanto, em recente entrevista à Rádio Pax, não deixou de relembrar que estava acordado com o seu atual vice-presidente, Carlos Almeida, a sua candidatura à Câmara Municipal de Cuba.
João Rocha suspendeu o mandato em Serpa, desde ontem, dia 1, e já se mostrou disponível para “novos desafios”.
Jerónimo amanhã em Beja O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, é esperado em Beja amanhã, sábado, no âmbito de um comício promovido pela organização regional de Beja do partido cujo lema é “Pôr fim ao desastre. Rejeitar o pacto de agressão. Com o PCP por uma política e um governo patrióticos e de esquerda!”. A iniciativa, que tem início pelas 16 horas, na Casa da Cultura, encontra-se integrada na “campanha de esclarecimento e contacto com os trabalhadores e as populações” que o PCP está a realizar em todo o País, no momento em que se discute o Orçamento do Estado para 2013 e se prepara a greve geral para o próximo dia 14. O comício contempla ainda um momento musical a cargo de Paulo Colaço.
Mário Simões visita Inatel Em visita na segunda-feira, 29, à delegação distrital de Beja da fundação Inatel, o deputado Mário Simões reconheceu o papel “muito importante” desenvolvido pela instituição, nomeadamente “num quadro de emergência nacional”, e realçou a atividade da delegação de Beja, que dispõe de um orçamento de 200 mil euros, e onde “é possível fazer muito com poucos recursos”. O deputado social-democrata eleito por Beja destacou ainda a importância da delegação na divulgação do cante alentejano, que este ano assinala com um evento inovador em Beja, Serpa e Almodôvar, associando-se também às comemorações do Ano Europeu do Envelhecimento Ativo.
Defesa da Cultura em Beja A representação de Beja do Manifesto em Defesa da Cultura concentrou-se ontem, dia 1, junto à Casa da Cultura, numa iniciativa de luta contra a austeridade e de defesa de “1 por cento para a cultura no Orçamento do Estado”. Estavam previstas, até ao fecho desta edição (dia 31), as intervenções de André Gregório, Andreia Egas, António Revez, Cantoria, Jorge Feliciano, José Baguinho, Mariana Goinhas, Marisa Caraça, Paulo Ribeiro, Jorge Serafim e Vítor Alegria.
OE “não augura nada de bom” para Beja O Orçamento do Estado para 2013 é um documento que “é contrário aos interesses do País e do distrito de Beja”, afirmou João Ramos, deputado do PCP por Beja, numa conferência de imprensa dada na segunda-feira, 29. João Ramos sublinhou que no relatório e na proposta de lei “não existe qualquer referência ao distrito de Beja” e que o que se conhece das transferências para a saúde e ensino superior “não augura nada de bom”: “O IPBeja tem uma redução de mais um milhão e 400 mil euros nas transferências, relativamente a 2011, e a ARS do Alentejo vê as transferências reduzidas, de 2012 para 2013, em mais de 28 milhões de euros”.
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Jantar de solidariedade pela Casa do Povo de Penedo Gordo
Beja abre candidaturas para bolsas de estudo A Câmara de Beja já abriu o processo de candidaturas a bolsas de estudo para o ensino superior, respeitantes ao ano letivo 2012/2013. Este apoio municipal tem a natureza de uma comparticipação nos encargos
A Casa do Povo de Penedo Gordo, Beja, está a organizar um jantar de solidariedade cujo objetivo é angariar verbas que permitam a continuidade do trabalho que vem desenvolvendo. O jantar está agendado para o próximo dia 10, pelas 20 horas, no pavilhão do Jardim de Infância de Penedo Gordo, e as inscrições devem ser formalizadas até à próxima segunda-feira, dia 5.
normais dos estudos, sendo que os interessados deverão comprovar a sua residência no concelho de Beja há mais de três anos e a falta de recursos económicos para a continuação dos estudos, entre outros requisitos. O formulário de candidatura e a informação sobre
As crises no Litoral Alentejano
Gregg Simpson no Museu
O Centro Cultural Emmerico Nunes, em Sines, recebe entre amanhã e domingo, 4, o V Encontro de História do Alentejo Litoral, que tem como tema geral “Alentejo litoral: Espaço e tempo de crises”. Na sessão de abertura, agendada para as 10 horas de amanhã, vão usar da palavra Luís Raposo, diretor do Museu Nacional de Arqueologia, e Fernando Branco, do Departamento de História da Universidade de Évora. No primeiro dia, a discussão, distribuída por três salas, centrar-se-á em três períodos: épocas Moderna e Contemporânea, da Pré-história ao Romano, e época Medieval. No segundo e último dia discutem-se as épocas Moderna e Contemporâneo e o património. Ao todo, serão apresentadas 20 comunicações.
O Museu Regional de Beja inaugura, já no próximo dia 8, a exposição “The Atlantean Years: 1970-1975”, do pintor canadiano Gregg Simpson. A mostra, de entrada gratuita, mantém-se patente até 31 de janeiro de 2013, resultando de uma parceria com o Museu Municipal de Estremoz Prof. Joaquim Vermelho. Compõem-na pinturas e colagens que denunciam uma forte influência mística e do “neo-surrealismo”, na tradição das colagens pintadas à mão pelo surrealista belga René Magritte. Gregg Simpson, autor por diversas vezes premiado, já fez inúmeras exposições um pouco por todo o mundo.
Arte Pública no Pax Julia A companhia Arte Pública apresenta na terça-feira, dia 6, pelas 21 horas, no Pax Julia Teatro Municipal, a performance poética “Homens que falam como mulheres”, inspirada nos cantares dos trovadores galego-portugueses da Idade Média. Trata-se de uma reinterpretação poética e musical de Gisela Cañamero e José Manhita, através da qual o público poderá ter acesso, em português contemporâneo – com retroversão de Natália Correia e de Gisela Cañamero – a poemas e autores que fazem parte do início da história da literatura portuguesa (século XII), como João Garcia de Guilhade, Pero Viviães, João Airas de Santiago ou Martim de Guinzo, entre outros. PUB
Fotos da Mina em Vidigueira Inaugurada ontem, quinta-feira, mantém-se patente até 2 de dezembro, no Museu Municipal de Vidigueira, a exposição de fotografia “Min’Arte”, de Jorge Salvador, sobre a Mina de São Domingos. O fotógrafo aborda “a herança da exploração mineira na Mina de São Domingos” nos seus aspetos “histórico, social e paisagístico”, uma mão humana que transformou a “desconcertante beleza da paisagem alentejana num laboratório de metamorfoses, de elementos e matérias que evidenciam de forma ímpar as contradições e mutações da era industrial”. Com a duração de dois anos, o projeto fotográfico pretende, justamente, “promover a reconciliação do homem com a sua ação”.
os documentos a anexar estão disponíveis no sítio do município de Beja (www.cm-beja.pt), devendo ser entregues até 30 de novembro, nos serviços administrativos da divisão de Educação, localizados na Biblioteca Municipal de Beja.
Planos de pagamento não foram cumpridos
Rendas em atraso no Mercado de Beja Alguns comerciantes do Mercado Municipal de Beja têm as rendas em atraso há alguns anos. A Câmara de Beja estabeleceu aos devedores planos de pagamento, mas tais não foram cumpridos. A via judicial é agora equacionada, embora a autarquia esteja disposta a receber propostas apresentadas pelos devedores, de modo a que o problema possa ser solucionado. Texto Bruna Soares Foto José Serrano
O
ito concessionários do Mercado Municipal de Beja encontram-se em situação de incumprimento, nomeadamente com várias rendas em atraso. Situação, esta, que se arrasta há alguns anos e que tem vindo a piorar. “A dívida no total ronda os 87 mil euros”, avança o executivo. “Até agora não se conseguiu solucionar o problema e, inclusive, a dívida agravou-se”, explica ao “Diário do Alentejo” Jorge Pulido Valente, presidente da Câmara Municipal de Beja. “A autarquia já traçou planos de pagamento, de modo a que os concessionários fossem amortizando as dívidas, mas os mesmos não foram cumpridos. Estamos perante uma situação bastante complicada”, afirma o autarca. A autarquia, na última reunião de câmara, admitiu recorrer à via judicial, mas, de acordo com Jorge Pulido Valente, está disponível para ouvir os concessionários devedores, esperando que estes possam “apresentar propostas alternativas”. “Estamos a procurar formas que nos permitam resolver este problema. A Câmara de Beja, porém, tem de ser ressarcida destas
dívidas”, diz, acrescentando: “Sabemos que as pessoas estão a passar por uma fase muito complicada, mas é impossível continuar tudo como está”. “Estamos a falar de montantes muito elevados. Não podemos deixar esta situação arrastar-se por mais tempo. E, inclusive, não se pode correr o risco de abrir-se precedentes”, avança o autarca, lembrando que “esta dívida afeta o orçamento camarário”, até porque são “receitas que revertem para o bem da comunidade”. “O País está a passar por uma fase muito complicada. Os negócios estão com sérias dificuldades. Temos plena consciência disso, no entanto, estas são dívidas que se prolongam há vários anos e que, tendo em conta a situação que se verifica, tendem a acumular-se”. O autarca lembrou ainda que a Câmara Municipal de Beja está a fazer os possíveis para, dentro das suas possibilidade, “dinamizar o mercado”, nomeadamente através das obras de requalificação do espaço da peixaria. “Estamos ainda a tentar ocupar o piso superior das lojas com entidades e serviços”, avançou Jorge Pulido Valente, dando como exemplo a Loja Social e o Serviço de Informação Autárquica ao Consumidor. O objetivo? Levar cada vez mais gente ao mercado. “Sabemos que é necessária uma reestruturação maior, mas temos falta de financiamento para todas as intervenções necessárias”, avançou, considerando que é preciso “dotar, assim, o mercado de novos usos, mantendo a componente do mercado tradicional, de compra e venda de produtos de qualidade”.
O secretário-geral, António José Seguro, e vários dirigentes do PS estão a desdobrar-se em plenários por todo o País, para discutir e apresentar as suas propostas para o Orçamento do Estado que está atualmente em discussão na Assembleia da República. Hoje mesmo, sexta-feira, António Serrano, ex-ministro da Agricultura, estará em Serpa, na Junta de Freguesia de Salvador (21 horas), e Carlos Zorrinho, líder da bancada socialista, é esperado amanhã, sábado, em Sines, numa sessão que decorre no salão nobre da câmara municipal, a partir das 16 e 30 horas.
Inserção Profissional Imigrante já funciona em Beja Já se encontra a funcionar em Beja o Gabinete de Inserção Profissional (GIP) Imigrante. O serviço, disponível na Associação Solidariedade Imigrante (rua Mestre Manuel, n.º 13), é reconhecido pelo Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) e está inserido numa rede
criada pelo Alto Comissariado para a Imigração e Diálogo Intercultural, que se pretende dinamizada pela sociedade civil. O GIP Imigrante tem como objetivo promover uma maior igualdade de oportunidades no acesso ao trabalho, prevenir e combater a formação de bolsas de desemprego, prevenir as vulnerabilidades específicas que afetam
Decisão ainda vai à Assembleia Municipal
Câmara aprova extinção da ExpoBeja A Câmara Municipal de Beja, na sua última reunião, aprovou a extinção da ExpoBeja, entidade gestora do Parque de Feiras e Exposições de Beja, em virtude dos resultados negativos apresentados pela empresa nos últimos três anos. Uma decisão que apanhou de surpresa o sócio minoritário, a ACOS, que diz “temer pelo futuro” do recinto onde anualmente decorre a Ovibeja.
A
decisão da autarquia, segundo palavras do presidente Jorge Pulido Valente, “deveu-se a imperativos legais” e por ser essa a “vontade expressa” do município perante “uma empresa que apenas gera prejuízos para os sócios”. A ExpoBeja, que tem um capital social de 75 mil euros, é detida em 60 por cento pela Câmara de Beja, pertencendo os restantes 40 por cento à ACOS – Agricultores do Alentejo, entidade que promove a Ovibeja. Ao abrigo de um novo imperativo legal criado pelo Governo, a ExpoBeja encontra-se entre as empresas com capitais municipais que são obrigadas a encerrar, em virtude de acumularem três exercícios negativos consecutivos. E, de facto, o saldo das contas da ExpoBeja é deficitário desde 2009, ano em que o balanço foi negativo em mais de nove mil euros. As contas agravaram-se em 2010 com a perda de mais 27 mil euros, a que se juntam outros 19 mil euros em 2011. De acordo com Manuel Castro e Brito, presidente da ACOS, estes resultados devem-se não apenas ao momento económico e financeiro atual, mas “sobretudo à prática que foi imposta pela autarquia na gestão da empresa, uma prática que revela uma visão política e de Estado, que não se coaduna com o mundo empresarial. O Parque de Feiras e Exposições de Beja foi uma grande conquista e deve funcionar em prol do desenvolvimento da região e não para fazer política”, sustenta Castro e Brito. O presidente da ACOS afirma mesmo que “a ExpoBeja não teria problemas financeiros, nem de liquidez, se a Câmara de Beja pagasse o que deve e o que é devido”. O “Diário do Alentejo” conseguiu apurar junto da autarquia que esta, apesar de recentemente ter efetuado um pagamento de 40 mil euros à ExpoBeja, ainda tem em dívida mais de 60 mil euros, relativos à última
Vinipax, aos pagamentos dos mercados quinzenais e à comparticipação do município no resultado negativo dos últimos três anos. Os principais credores da ExpoBeja são, à presente data, a empresa de segurança PSD (13 mil euros), a EMAS (oito mil euros) e a própria ACOS (60 mil euros) que paga por conta as faturas da eletricidade. “Fechámos o exercício de 2011 com pouco mais de 19 mil euros de prejuízo. Mas se a autarquia pagasse pelo uso do espaço, como a ACOS ou qualquer outra entidade paga, a ExpoBeja teria lucro”, assegura Castro e Brito, revelando que a autarquia nada paga pela realização do mercado abastecedor diário e apenas paga metade do que está estipulado pela tabela pelo mercado quinzenal. Mesmo assim, o presidente da ACOS concorda com a extinção da ExpoBeja. “Era importante e simpático que nos avisassem, enquanto sócios, que querem acabar com a empresa. A ACOS não aceita a política do facto consumado, como se nada tivesse a ver com aquilo. E também não se opõe que a câmara fique com a gestão exclusiva do Parque de Feiras e Exposições. Mas isso tem de ser acordado”, adianta Castro e Brito. O modelo de gestão futura do Parque de Feiras e Exposições de Beja, após a extinção da ExpoBeja, que terá de ser consumada nos próximos seis meses, ainda vai dar muito que falar. A Câmara Municipal de Beja, segundo Jorge Pulido Valente, “está ainda a estudar o modelo a seguir”. Mas Castro e Brito recusa liminarmente participar numa gestão conjunta: “Ou avançam eles, ou avançamos nós. Já percebemos que em conjunto não vamos a lado nenhum”. Pulido Valente não exclui a hipótese de passar a gestão para a ACOS, mas teme que tal decisão não obtenha a aprovação da Assembleia Municipal. Pelo que o mais provável será que seja a própria câmara a assegurar a gestão daquela infraestrutura, ressarcindo a ACOS da sua quota no capital social da empresa e liquidando as dívidas que permanecem em aberto. A ExpoBeja assegura, atualmente, o ordenado a dois auxiliares de serviços gerais. O diretor da empresa, José Lopes Guerreiro, está destacado pela ACOS e a Câmara de Beja destacou para o Parque de Feiras e exposições um técnico administrativo. PB
11 Diário do Alentejo 2 novembro 2012
Socialistas discutem OE em Serpa e Sines
os imigrantes e jovens descendentes de imigrantes no acesso ao mercado de trabalho e à formação, e ainda combater atitudes discriminatórias e xenófobas. Em todos os GIP Imigrante o atendimento é feito por um mediador, que procurará fazer a ligação entre os utentes, as empresas e os centros de formação, entre outras entidades.
Hortas Urbanas em Beja
Odemira observa educação
Vão ser inauguradas, já no próximo dia 10, as obras da primeira fase do projeto Hortas Urbanas – Cidade de Beja, que se localiza entre a Quinta d`El Rei e o Bairro do Pelame. Nesta primeira fase, o município de Beja disponibilizou 62 talhões, sendo que “a procura superou a oferta, com a totalidade dos talhões a terem inscrições”, informa a autarquia, que continua a aceitar inscrições, quer “para colmatar eventuais desistências”, quer tendo em vista a segunda fase do projeto, através da qual serão disponibilizados mais 76 talhões, “cumprindo-se assim o objetivo de 138 talhões”. A autarquia recorda também que nestas hortas apenas se prevê a produção em modo biológico, ou seja, sem a utilização de produtos químicos de síntese, sublinhando que este projeto permitirá “obter alimentos de qualidade de forma rápida, segura e económica”.
O município de Odemira vai implementar um Observatório das Políticas Educativas do Concelho de Odemira – Opeco, que visa a recolha e análise de dados que permitam um melhor acompanhamento do percurso da população local, desde o ensino pré-escolar até à conclusão do ensino superior, e contribuir para a definição de respostas para o desenvolvimento e a melhoria dos indicadores de educação e formação superior do concelho. Este recurso permitirá uma maior transparência na monitorização da aplicação das medidas e atividades previstas no âmbito do Projeto Educativo Municipal (PEM), uma melhor aferição de impactos e uma mais acessível e transparente leitura da utilização dos recursos públicos.
Beja nas “cidades inteligentes” A equipa de consultores da Cisco Portugal visitou recentemente o município de Beja, no âmbito do projeto Smart + Connected Communities (Starnet Alentejo – rede colaborativa do Alentejo), do qual a câmara é parceira. No decorrer da visita, foram realizadas várias reuniões de trabalho com o executivo e serviços, no sentido de promover a apresentação do projeto e, conjuntamente, abordar a aplicação de tecnologias de informação na sustentabilidade e desenvolvimento da cidade e região. A iniciativa é promovida pela Agência de Desenvolvimento Regional do Alentejo (Adral) e pela Cisco Portugal, que irão aplicar em conjunto um projeto de cidades inteligentes e interligadas – Smart + Connected Communities (S+CC) – em cidades de média dimensão do Alentejo. Para além de Beja, estão também envolvidos os municípios de Évora e Portalegre. PUB
Almodôvar atribui bolsas Os alunos do concelho de Almodôvar que frequentam o ensino superior e não dispõem de meios financeiros suficientes para suportar os encargos com os estudos podem candidatar-se, durante este mês, a bolsas de estudo do município. Através da atribuição das bolsas, a Câmara de Almodôvar “pretende auxiliar os alunos economicamente mais carenciados, que, de outra forma, teriam dificuldade em prosseguir os seus estudos”, explica o município. Segundo a autarquia, as bolsas destinam-se a alunos naturais ou que residam há mais de três anos no concelho e que estão inscritos num curso do ensino superior e não sejam detentores de curso equivalente, nem tenham reprovado no ano anterior. Cada bolsa, cujo valor será definido caso a caso, pode ser de “até um terço do salário mínimo nacional”. Terá uma duração máxima de 10 meses e será depositada mensalmente na conta indicada pelo bolseiro.
Diário do Alentejo 2 novembro 2012
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Câmara de Beja adera às faturas eletrónicas
O Município de Beja, no âmbito do processo de Modernização Administrativa, anunciou que pretende arrancar com a fatura eletrónica, explicando que “está em desenvolvimento uma solução tecnológica e os respetivos procedimentos que permitam a receção e o tratamento de faturas de forma digital, evitando, de forma gradual, o uso do papel”. Na lista das prioridades encontra-se a integração de faturas eletrónicas entre a EMAS, EDP, PT e GALP.
Alentejo no top 3 dos destinos de férias A Homelidays, especialista europeu em alojamentos para férias entre particulares, aponta o Alentejo como a região que registou o segundo maior crescimento de procura turística no último verão, com um aumento na ordem dos 41 por cento em relação a 2011. De acordo com a empresa, “em matéria de
Igreja do Convento de São Francisco reabriu em Moura A Igreja do Convento de São Francisco, em Moura, reabriu ao público, ontem, 1 de novembro, após obras de reabilitação e conservação levadas a cabo pela Câmara Municipal de Moura. A intervenção, que custou mais de meio milhão de euros, foi cofinanciada em 45 por cento pelo Programa de Intervenção do Turismo, e, numa segunda fase, irá centrar-se na recuperação e preservação dos retábulos das diversas capelas da igreja, em articulação com a Direção Regional de Cultura do Alentejo e o Centro Hércules, da Universidade de Évora.
Câmara de Aljustrel entrega material a bombeiros A Câmara de Aljustrel entregou material de imobilização e estabilização aos bombeiros do concelho para poderem “responder com mais eficácia” a situações de emergência médica, anunciou o município. A entrega de seis
oferta disponível, a região do Alentejo superou a tendência verificada a nível nacional e registou um aumento no volume de novos anúncios publicados no portal de 34 por cento”. Em média, os turistas nacionais passaram oito dias de férias na região, enquanto que os turistas estrangeiros permaneceram até 10 dias, sendo que Vila Nova de Milfontes, Comporta,
Troia, Melides e Zambujeira do Mar foram as localidades alentejanas que receberam mais pedidos de reserva, informa também a empresa. A Homelidays tem uma oferta de 80 mil anúncios em 120 países e cerca de cinco mil relativos a alojamentos em Portugal. O portal é visitado por mais de seis milhões de pessoas por mês.
planos rígidos de adultos e pediátricos, três imobilizadores de cabeça, 10 colares cervicais reguláveis para adultos e três coletes de extração pediátricos, “lacunas já identificadas há muito pelo comando da corporação”, foram entregues no âmbito de um protocolo assinado entre as duas entidades.
Informação ao consumidor reativada em Beja A Câmara Municipal de Beja vai reativar o Serviço de Informação Autárquica ao Consumidor (SIAC), “de forma continuada e permanente”. O SIAC será inaugurado no próximo dia 9 (na loja n.º 6 do rés do chão do mercado municipal), passando a contar com os serviços de um técnico superior e, sempre que for necessário, com apoio jurídico. A atuação deste serviço centra-se essencialmente na formação, informação dos consumidores e na mediação de conflitos de consumo, “com o intuito de promover e proteger os interesses dos cidadãos consumidores”.
D. António Vitalino critica falta de “valores morais”
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Bispo de Beja diz que não se pode “servir a Deus e ao dinheiro” “
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e vez em quando os políticos e a comunicação social lançam para a praça pública palavras e expressões para alimentar polémicas e distrair-nos dos reais problemas da nossa sociedade”. É assim, que D. António Vitalino, se refere à proposta de “refundação” do memorando da troika, lançada esta semana pelo primeiro-ministro Passos Coelho, durante a apresentação, à Assembleia da República, do Orçamento de Estado para 2013. O bispo de Beja questiona, na sua crónica semanal, se o País precisará de uma “refundação ou de uma organização mais transparente, participada e responsável; de mais Estado ou mais iniciativa particular; mais impostos para alimentar um Estado absorvente e omnipresente ou menos carga fiscal com cidadãos mais intervenientes e corresponsáveis pelo bem comum?” O prelado chama a atenção para a falta de “valores morais que fomentem mais humanidade, mais verdade, mais respeito e amor uns pelos outros, mais igualdade e empenho pelo bem dos concidadãos”, o que
impede “a construção dum país fraterno, com mais igualdade e livre de estruturas pesadas e escravizantes”. Os poderes legislativo, judicial e executivo também não escapam à crítica de D. António Vitalino, lembrando que “as democracias se baseiam na autonomia destes três poderes”. No entanto, o bispo de Beja, constata que “hoje surgiram outros poderes, que se infiltram e os enfraquecem, como é o caso dos meios de comunicação, que alguns denominam de quarto poder. Mas, ainda mais forte, é hoje o poder financeiro, muitas vezes anónimo, sem atenção pela dignidade das pessoas e corrosivo dos valores morais”. O bispo recorre à Bíblia para lembrar que “Jesus dizia que não podemos servir a dois senhores, a Deus e ao dinheiro, à verdade e à mentira, ao poder e ao serviço, à solidariedade e à corrupção”, e aponta o dedo aos políticos que “uma vez no poder, fazem leis para se protegerem e deixam-se dominar por lobbies poderosos, que lhes prometem segurança, uma vez deixada a vida política”.
Diário do Alentejo 2 novembro 2012
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Estágio profissional para seis mil jovens na área da agricultura
Ministra da Agricultura garante 300 milhões de euros
Apoios à seca chegam aos agricultores
A
ministra da Agricultura, Assunção Cristas, garantiu, na terça-feira, que os agricultores receberiam na quarta-feira cerca de 300 milhões de euros de apoios diretos autorizados pela Comissão Europeia no contexto das medidas de apoio à seca. “Estarão na conta dos agricultores aproximadamente 300 milhões de euros. PUB
Estes 300 milhões de euros correspondem à antecipação de 50 por cento dos pagamentos diretos autorizados pela Comissão Europeia, no contexto das medidas de apoio à seca num ano de grandes dificuldades para o setor, este pagamento resulta de um enorme esforço do Governo que lutou desde a primeira hora para a necessidade de se olhar para o problema que se
viveu em Portugal devido à seca”, disse a governante. Assunção Cristas, que fez uma intervenção já na fase final do primeiro dia de debate da proposta de Orçamento do Estado para 2013, deu conta ainda das dificuldades em executar este pagamento devido ao “sistema informático desajustado” que estará a provocar várias dificuldades na operacionalização destes pagamentos.
O secretário de Estado da Agricultura anunciou que seis mil jovens da área da agricultura vão ter estágios profissionais remunerados durante seis meses. Os estágios destinam-se a jovens com idades entre os 18 e 35 anos, que vão receber entre 420 e 691 euros, em função do grau académico que tiverem. Vão ainda receber formação profissional, através das organizações de agricultores e das empresas agrícolas, para o exercício de funções no setor agrícola. As empresas receberão um prémio de integração desde que, no final, decidam contratar o formando. A medida representa “um investimento da ordem dos 20 milhões de euros, financiado pelo Fundo Social Europeu, e faz parte do Programa Impulso Jovem que prevê um investimento de 344 milhões de euros para um universo de 90 mil formandos”.
Diário do Alentejo 2 novembro 2012
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Neste momento, as políticas públicas vão atrás do mercado. Se não há gente, fecha-se. Em vez de ser o Estado a comandar o mercado, a dar sinais de como quer as coisas, o Estado vai a reboque do mercado. Silva Peneda, “Pessoas e Lugares”, outubro de 2012
Opinião
Este governo é um Sporting! Marcos Aguiar Licenciado em Psicologia
Ao fim de ano e meio Passos Coelho descobriu que o PS fazia falta. Apetece dizer como naquela série de humor da SIC – “cabecinha pensadora!”. 18 meses passados, descobriram que o país não se endireita sem um acordo de regime, que vá para lá dos quatro anos de ciclo eleitoral, que ultrapasse em muito a politiquice e que devolva a Política (assim com P grande) ao seu devido lugar. Henrique Monteiro, “Expresso online”, 30 de outubro de 2012
não existe porque está, ele próprio, sem governo. E quem não se sabe orientar a si mesmo não tem condições para dirigir outros. Entretanto, no meu Sporting, Sá Pinto e Oceano já foram. Que Passos lhes siga o caminho sem demora!
Revolta-te Beja
O O
Governo de Portugal, coitado, demonstra analogias muito preocupantes com o meu clube – o Sporting Clube de Portugal. Escolhido o treinador para o novo ciclo – um jovem ambicioso e feito no clube – rapidamente se começou a preparar o plantel, contratando 11 jogadores para as diferentes posições, recorrendo à prata da casa, ao mercado nacional e, inclusivamente, ao mercado internacional. Passos Coelho prometia como treinador. Apesar do curriculum vitae curto (curtíssimo), era ambicioso e de sangue quente, como os adeptos gostam. Os 11 eleitos foram: guarda-redes (Portas) – jogador do plantel com mais cartel no estrangeiro, foi resgatado ao clube satélite onde era figura de proa. Lateral direito (Paulo Macedo) – lento mas eficiente. Trataria da saúde a quem lhe surgisse pela banda. Lateral esquerdo (Nuno Crato) – apesar de inexperiente, gozava de uma boa imagem junto dos adeptos. Defesas centrais (Aguiar Branco e Miguel Macedo) – dois caceteiros com larga experiência no clube. Trinco (Teixeira da Cruz) – uma velha raposa especialista em anular os adversários atuando nos limites da lei do jogo. Extremos (Cristas e Mota Soares) – oriundos da cantera do clube satélite, prometiam trazer juventude e irreverência ao grupo. Médio volante (Gaspar) – o box-to-box por excelência. Metódico, pequeno mas com uma resistência colossal. Foi descoberto no estrangeiro onde gozava de algum prestígio. Médio criativo (Relvas) – um filho da casa. Capitão de equipa e extensão do treinador em campo. O mestre da técnica. Ponta de lança (Álvaro) – foi contratado no Canadá. Um predestinado. Veio para fazer golos. Pouco depois de entrar em funções, o técnico desta equipa de estrelas decadentes está de malas aviadas. A sua imaturidade e impreparação é mais que evidente. Nenhum dos seus pupilos cumpriu com o que prometia. O guarda-redes andou sempre com a cabeça no estrangeiro. O lateral direito, de tão mau jogador, começou a afetar a saúde dos adeptos. Crato, por sua vez, revelou-se um péssimo aluno e conseguiu virar contra Passos a fação de adeptos que mais tinha feito pela contratação do mister. Os centrais, supostamente durões, são, afinal, mansos. Teixeira da Cruz deu “porrada” a mais e esqueceu-se que o jogo tem leis. Os dois jovens extremos são, afinal, vazios de criatividade. Gaspar, sonso, foi ganhando cada vez mais preponderância na manobra da equipa, ao ponto de anular o colega de meio campo e de se substituir ao treinador, jogando mais para os olheiros estrangeiros do que para a equipa. Relvas, infeliz, começou por se agarrar demasiado à bola e, depois de algumas atuações desastradas, que tiveram eco na comunicação social, desapareceu de campo ofuscado por Gaspar. E, finalmente, o ponta de lança. Caros/as adeptos/as, o que dizer deste ponta de lança? O Álvaro não marcou um único golo, à exceção, claro, dos que marcou na própria baliza. É um pastel de nata esquecido na área dos adversários. Esta paródia futebolística pretende ilustrar o estado de um governo que já não o é. Esgotada rapidamente a confiança dos seus adeptos por via do incumprimento obsceno do programa eleitoral, primeiro, e do programa de governação, logo a seguir, restou-lhes a fé das pessoas em Gaspar e na sua putativa aptidão para a coisa. Agora, que já toda a gente percebeu que o Gaspar, para além de individualista, é um incompetente que falhou em toda a linha, o que resta? Um primeiro-ministro sem capacidade para desenvolver uma tática para o País? Um Paulo Portas que se sente melhor a jogar no estrangeiro do que em casa? Um Relvas que é um flop monumental? Um clube de amigos chamado PSD, em que todos criticam todos? Ou um PP amarrado a uma marcação da qual não se livra? Este governo já
Por fim começou a roda eleitoral para as AUTÁRQUICAS 2013. E isso, a propaganda, traz logo outro ânimo ao inestimável mundo da política local. O PSD, que está no Governo e que vai levar pancada como nunca antes levou, foi a primeira força partidária a lançar candidaturas. Uma oficial, em Alvito, outra por conta própria, em Almodôvar. Em Beja, um movimento de independentes exibe o rosto, finalmente. E em Serpa, despede-se um autarca que está cheio de vontadinha de se atirar a Beja. A coisa promete. PB
Filipe Nunes Arqueólogo
sentimento de revolta que percorre este país assenta em Beja num lento fervilhar que – ainda assim – serve de ânimo aos inquietos espíritos e às desesperadas contas feitas à vida de quem se encontra nas calendarizadas iniciativas apartidárias na praça pública ou na partilha de indignações nesse confortável mundo das “redes sociais” virtuais. Para lá desse pano de fundo do sistema ao fundo em que nos encontramos, as condições hoje vividas no distrito de Beja parecem finalmente reunir as condições para contrariar esse ar de apatia, resignação e profundo conservadorismo que se pega ao corpo na calina dos calores dormentes desta planície. O abandono das obras rodoviárias, já depois de sangrados os bons barros de Beja, acabou por ser o reconhecimento que faltava ao sentimento de orfandade que esta cidade e distrito sempre sentiram, seja com o Terreiro do Paço ou com a praça do Giraldo. Caíram os pés de barro de quem perspetivara o progresso à boleia da autoestrada e aeroporto. O movimento “Revolta-te por Beja” criado no Facebook – com a inerente perspetiva de poder agregar à partida todo o tipo de pessoas – apelou à “revolta” contra a paragem das obras no IP8 e IP2. Exigir a “reposição da segurança e qualidade dos acessos a Beja” não merece sequer discussão, mas apenas a constatação da indiferença a que estão votadas as pessoas, secundarizadas pela preocupação primeira em assegurar os lucros aos consórcios do betão e em como dar a volta ao embuste das Parcerias Público Privadas, sem que ninguém se responsabilize obviamente pelas pessoas, a região ou os danos ambientais já causados. Terá felizmente merecido alguma discussão, isso sim, o próprio sentido das obras, mas é lamentável que sejam os outrora vendilhões do progresso a virem agora dar o dito por não dito quanto à indispensabilidade de uma autoestrada, mantendo-se ao invés uma ideia de que tantos milhões investidos não podem ser deitados fora (“fora” entenda-se nas PPP) pelo que o que há a fazer é arranjar maneira de continuar a recompensar com ouro o bandido. Essa discussão arriscou-se a ser ferida de morte quando “Revolta-te por Beja” passou de uma iniciativa espontânea a uma marcha lenta de protesto organizada e mobilizada pela mesma trupe política, partidária e institucionalizada que antes aceitou sem discussão o sentido, ou pelo menos o modelo, dessas obras. “Revolta-te por Beja” passou das pessoas para os políticos. Não assisti a mais ninguém a falar para câmaras que os suspeitos do costume, inusitadamente juntos pela circunstância, pois os “likes” do Facebook também são votos nas urnas cujo “partilhar” se avizinha. E uma vez mais repousará o ânimo da mobilização para a rua e para a ação na mesma lógica bafienta da representatividade do sistema, impedido os seus hábeis atores de dar palco ao sentimento apartidário ou enojado do pé de chinelo da disputa camarária que se aproxima. E no entanto há motivos para crer que uma outra forma de lidar com o que nos aflige existe, como ilustra o espírito “andarilho”, lição dada pelas pessoas da cidade. Urge pegar nesse “desassossego” e dar-lhe expressão nas ruas sem ter de pedir licença à política de que nos queixamos todos os dias. Por outro lado a questão das acessibilidades de Beja, é por isso mesmo, e como nunca foi até aqui, um momento chave para discutir o que está em causa em termos de “desenvolvimento”. Para que serve uma autoestrada e inarráveis viadutos de usos duvidosos e
gastos evidentes, quando uma melhoria dos traçados rodoviários e necessárias circunvalações servem perfeitamente. E no quadro mais vasto como não pensar se realmente faz sentido persistir na mesma lógica de progresso delineada nos conselhos de ministros fascistas de 1971, caucionado sucessivamente até ao recente PROT Alentejo, num plano de acessibilidades no Alentejo que obedece tão somente ao escoamento portuário de Sines para a Europa. O aeroporto de Beja é nessa história um episódio marginal e falhado, evidente quando o eixo escolhido à larga escala da finança mercantil é Sines-Badajoz, pelo caminho cabendo a Évora a passagem de ligação dos projetados eixos de mercadorias (ferroviárias incluídas). Por essa razão a autoestrada do Baixo Alentejo ficou-se agora por Santa Margarida do Sado, não inviabilizando o projeto do IC33 que daí para Évora estaria pronto a rasgar impunemente o ainda intocado montado do Sado, à semelhança das paisagens que para trás condenou nas serras de Santiago do Cacém e Grândola. Recordemos a esse propósito as povoações de Aracena e Aroche que do lado espanhol negaram a pretensão de uma autoestrada para preservar a riqueza natural de uma região, cuja destruição veria como no caso português a imensa vantagem de “ver o progresso a passar”. As últimas duas décadas de betão em Portugal manifestamente produziram as vias rápidas que afastam não apenas as pessoas do interior, mas interiorizam nas pessoas a ideia de que somente a larga escala do progresso nos irá trazer o bem-estar. Será assim? Que “revolta” é afinal pedida? Servirão os protestos simplesmente para pedir mais massa betuminosa, ou termos finalmente alguma massa crítica a mexer-se por estes lados…
Melhorar a democracia Manuel António Guerreiro do Rosário Padre
É
quase um refrão repetido até à exaustão o do distanciamento entre eleitos e eleitores, ou, se quisermos, entre cidadãos e partidos políticos, o que estará na base, segundo algumas leituras, do aumento crescente da abstenção e do descrédito generalizado da política e da atividade partidária. Talvez precisemos de nos lembrar que a atividade política e a democracia exigem a participação dos cidadãos, a qual não se resume ao voto nos atos eleitorais, mas supõe outras formas complementares e inovadoras de fazer política. As democracias, apesar de todas as suas limitações, podem ser aperfeiçoadas e é missão de todos nós, de forma individual ou organizada, darmos o nosso contributo. Por outro lado, talvez necessitemos de uma nova geração de políticos, que, animados de um espírito novo, movidos por ideais nobres, e empenhados na defesa e construção do bem comum, se entreguem com generosidade e sentido de serviço ao bem das pessoas. Não podemos deixar o campo da política entregue aos “profissionais” e depois ou criticamos, dizendo que é “mais do mesmo”, ou baixamos a cabeça e desinteressamo-nos, e passivamente deixamos que decidam por nós e hipotequem o nosso futuro. No distante século XIII, S. Tomás de Aquino não tinha dúvidas em afirmar a nobreza e a crucial importância da política, pelo que a ela se deveriam dedicar “os melhores”. Como necessitaríamos hoje, em Portugal e no mundo, de meditar nestas sábias palavras! A democracia possui virtualidades que a tornam não apenas um sistema, mas um processo que pode renovar-se, regenerar-se e repropor-se. Como diria o saudoso Papa João Paulo II, é necessário encontrar caminhos e propostas para melhorar as nossas democracias, para que elas retornem à sua essência e a essência da democracia é um regime no qual os cidadãos se sintam representados, identificados, comprometidos, e onde aqueles que governam não se esqueçam que foram eleitos para dar corpo à realização da res publica.
Há 50 anos Houvesse em cada vila ou cidade um corvo...
A
ssinado por Cândido Marrecas, a abrir a edição do “Diário do Alentejo” de 31 de outubro de 1962, um bem escrito artigo sobre “A utilidade dos corvos...” utilizava a ironia para criticar, não aqueles pássaros, mas os homens. Alguns excertos: “Aos corvos, desde a fábula, atribuem-se certas qualidades de instinto claro que são como que vislumbres de inteligência. Astutos e chocarreiros, com a casaca negra e luzidia, a sua presença tem o que quer que seja de académico... Até nas falas – ou naquilo que os homens cuidam descortinar de expressivo no seu grasnar – têm seu ar de sentencioso e de profético. (...) Como símbolo destas qualidades de inteligência, de astúcia e de prevenção cautelosa, o corvo é de uma utilidade imensa! Aquilo que os homens não se atrevem, por acomodação, por temor de represálias, ou por simples timidez, di-lo o corvo catando a asa e baloiçando-se desdenhosamente sobre o ramo em que poisou... Em cada cidade ou vila, se do alto de algum campanário cimeiro ou de um beiral desafrontado houvesse sempre um corvo ou dois que dissesse de sua justiça sobre o desacerto das gentes, ou sobre os seus erros, é possível que, por receio desse grasnar atilado e repassado de mofa, se prevenissem faltas e se evitassem muitas das suas desastrosas consequências. Nada para chamar à razão como estes palratórios de ave que paira muito acima das nossas cabeças e que mimoseia os incautos com três ou quatro das suas falas descompassadas, das tais que ninguém gosta de ouvir, quando alguma coisa lhe está pesando no ânimo intranquilo... Aos que têm a consciência ligeira, e embotado o sentido das responsabilidades, um corvo ‘que lh’as cante bem alto’ tem uma serventia impagável! E não há torre de marfim, nem telhado blindado onde não penetre o som daquela voz que tem a agudeza subtil da razão! E para as pessoas impantes, cheias de suficiência e surdas às vozes do bom-senso, ou para aqueles que se intrincheiram por detrás de certos lugares públicos como ao abrigo de muralhas espessas, o grasnar do corvo, que em seu discorrer sagaz tem ressaibos escarninhos, possui o valor penetrante que não conseguem quaisquer advertências humanas... Eu confesso a minha simpatia por esses pássaros! Admiro-os pelo seu aspecto pulcro e brilhante, pelo ar altivo com que vivem a seu modo, ora nas serras petiscando do que por lá podem encontrar, ora nas cidades onde o seu feitio civilizado se acomoda, sem perder a liberdade de ave do Céu. Mas, sobretudo, o que mais neles me seduz, é justamente a independência altiva com que fazem os seus comentários atilados dizendo, do bem e do mal, aquilo que se antolha ao seu conspícuo entendimento! (...)”. Carlos Lopes Pereira
A extinção da EXPOBEJA, empresa que até aqui vinha gerindo o Parque de Feiras e Exposições de Beja, ainda vai fazer correr muita tinta. A câmara, que é sócia maioritária, decidiu avançar com o fim de uma empresa que, em abono da verdade, nunca chegou propriamente a sê-lo. O problema é que avançou sem avisar o outro sócio, a ACOS, que detém 40 por cento do capital. Tão amigos que eles eram. PB
15 Diário do Alentejo 2 novembro 2012
Segundo o bendito calendário dos festejos imposto pela troika, celebrou-se ontem com feriado nacional o derradeiro DIA DE TODOS OS SANTOS. Uma festa que a Igreja assinala há séculos em honra de todos os santos “conhecidos e desconhecidos”. Daqueles que se conhecem, já percebemos que pouco nos podem valer. Resta-nos ter uma ponta de fé nalgum santo anónimo que apareça para redimir os pecados destes impuros vilões que desgovernam a Nação. PB
Pessoas como Manuela Ferreira Leite, Ângelo Correia e Bagão Félix, que no seu tempo usaram foleiríssimas mariconeras, repudiam agora a mariconera de Gaspar. Cavaco Silva está tão transtornado com a mariconera que já lhe teceu críticas no Facebook e num jornal espanhol. A paciência do Presidente está a esgotar-se e, se o Governo continuar a irritá-lo, Cavaco pode mesmo perder as estribeiras e cometer a loucura de prestar uma declaração a um jornal português. Ou, Deus nos livre, de fazer alguma coisa. O Governo está a brincar com o fogo. E de mariconera à cintura. É uma combinação muito perigosa. Ricardo Araújo Pereira, “Visão”, 25 de outubro de 2012
Cartas ao diretor cadastro e brasão próprios, e isto em Pereirasdetrimento de outras situadas a menos de cinco quilómetros, que nem infra-Gare – 1 estruturas completas ainda possuem, Aníbal Mendes Simão Pereiras-Gare
Naturalmente está na iminência a sua extinção. O PS na Assembleia Municipal de Odemira, a 10 de outubro, votou em parte favoravelmente à extinção de quatro freguesias, incluindo Pereiras-Gare. Estranhamente, todas elas da CDU. Isso obriga-nos a fazer uma minuciosa apreciação à freguesia de Pereiras-Gare, vista por um prisma humano e democrático, não se encontrando razões de maneira alguma para que aconteça a extinção da freguesia. O que daria ainda mais um contributo para a desertificação de toda esta área. Neste caso concreto, lamentamos não termos ouvido uma voz bastante alta para segurar a freguesia e explicar as vantagens de a manter. Seria por todas as circunstâncias uma obra digna para as suas gentes. Agora não podemos ficar sem dizer que a aldeia está sem médico, sem farmácia, sem rede de cobertura para telemóveis, sem transportes rodoviários, nem ferroviários, a 48 quilómetros da sede do concelho, a 17 quilómetros de Santa Clara-a-Velha. Esta decisão é um ato de abandono total.
Pereiras-Gare – 2 José António Dias Pereiras-Gare
Destruir uma freguesia é fácil nestes tempos de incertezas, apesar de estas serem o elo mais forte e perto das populações. As câmaras municipais que estão a salvo desta situação deveriam ter um papel principal na defesa das populações, pugnando para que a desertificação não se acentuasse. Contudo, não é assim. A Câmara de Odemira, por exemplo, fez precisamente o contrário, apostando na decapitação das freguesias e, assim, movida por interesses pessoais e políticos, não olhou a meios para atingir os fins, eliminando aquelas cujas cores políticas não lhe agradam. Em reu nião da Assembleia Municipal, alguns membros (…) decidiram, quais coronéis brasileiros, riscar do mapa as freguesias de que não gostavam. Assim, pura e simplesmente, foi votado e aprovado, com os votos do PS e do PSD, a extinção da freguesia de Pereiras-Gare, situada a 50 quilómetros da sede do concelho, e que até tem
dada a pouca existência de vida. É evidente que já se vinha notando um certo mal-estar da câmara para com a freguesia desde há algum tempo a esta parte com o abandono que se observava. Foi, em primeiro lugar, a supressão da paragem dos comboios na estação local, obrigando a população a deslocar-se 12 quilómetros, quase sempre de táxi, para se servir deste meio de transporte, dada a ausência de outro. Depois, foi o fecho da escola, que funcionava desde 1937, apesar de ainda existirem crianças a atingir brevemente a idade escolar. Foram assim colocados os alunos longe dos pais, em qualquer dos casos sem que a câmara se impusesse. Neste particular até as mobílias foram retiradas e armazenadas noutra freguesia, e isto para não se falar em obras que não têm fim à vista, ou que não deixam executar. Esta é uma freguesia situada no Alentejo profundo, mas apenas a cinco quilómetros do Algarve, e que alguns, até eleitos por nós, não gostam agora, talvez porque nos tornámos numa localidade airosa, decidiram destruir primeiro aquilo que era bonito para depois votar a extinção. E assim, o que foi a criação de uma freguesia que tem tudo para o bem-estar e serviço da população, depois de uma luta titânica com a aprovação na Assembleia da República, vêm agora uns senhores feudais decretar de moto próprio a morte da freguesia.
medidas de austeridade, enquanto economista, está a perder a sua credibilidade nas instâncias internacionais. Passos Coelho não deu a cara, mas vai dar o corpo. Este orçamento e o desemprego em alta transformam-no num cadáver político a curto prazo. E a Grécia é já ali…
Beja, ontem e hoje Reinaldo Amador Rebelo Almada
Recordo a Beja do ano de 1666. Com efeito, ainda hoje existe o conhecido Convento da Conceição onde, segundo a lenda, o marquês de Chamilly, oficial francês durante as guerras da Restauração, consta ter mantido, em segredo, um “romance” de amor com soror Mariana Alcoforado, mais conhecida pela “freira de Beja”. Recuando nos tempos, recordo D. Manuel I, “O Venturoso”, duque de Beja, e grande impulsionador do domínio lusitano na Índia. Séculos mais tarde, precisamente no último dia do ano de 1961, ouviu-se o rebentar de “um foguete” aqui, na Cova da Piedade, assinalando a partida de um grupo de revoltosos que pretendiam assaltar o antigo Quartel de Infantaria 3 (hodiernamente pousada de S. Francisco) como revolta contra o regime político em vigor. Se a memória me não atraiçoa, entre os revoltosos contava-se o general Humberto Delgado, tendo a iniciativa resultado em fracasso. Estas linhas são apenas uma pequena “ajuda” para os historiadores fazerem a história da cidade.
Matar o doente com a cura O desemprego José Fernando Batista Aljustrel
Diamantino António Funcheira
O povo está mais que assustado. Cada vez que o Governo fala é como se usasse choques elétricos e a todos nos atordoasse. Com as medidas do Orçamento de 2013 é anunciado o enterro dos mais pobres e a morte lenta e agoniante da classe média portuguesa. E dizem-no sem um pingo de vergonha, sem sensibilidade, com a arrogância do posso, quero e mando, porque tem de ser assim, mas que daqui a uns anos virá a bonança e, quiçá, o paraíso ressuscitado e por eles inventado. (…) Querem curar o doente com a doença de que padece. Todos sabemos que é uma estupidez. Todos, menos os iluminados do Governo. Vítor Gaspar, o rosto destas
A 12 de outubro foi publicada uma grande entrevista no “Diário do Alentejo”. O entrevistado foi o senhor Carlos Moedas, secretário de Estado do Primeiro-Ministro, que reconheceu que há desemprego no nosso país. Eu digo ao senhor Carlos Moedas que o desemprego tem aumentado por culpa do seu governo. Explique o senhor Carlos Moedas, como é que este país vai sair da crise? Com a brutalidade de impostos? Obrigando a fecharem fábricas todos os dias? Senhor Carlos Moedas, este governo é tresloucado e não sabe o que anda a fazer. O melhor é fazer as malas e ir embora (…).
16 Diário do Alentejo 2 novembro 2012
Foram gastos cerca de oito mil contos, talvez um bocadinho mais, para descobrir a idade da água, mas não estamos repesos. Tem um pouco mais de três mil anos”. Manuel Fontainhas
Reportagem
Cientista da NASA veio ao Alentejo estudar bactéria única na terra
Em busca do Cabeço da Vida Os cientistas da NASA só agora descobriram as termas de Cabeço de Vide. Mas naquela vila do norte alentejano as águas sulfurosas há mais de dois
“P
or algum lado deve ter começado”. É assim que Armando Beleza, um pedreiro que por estes dias anda a trabalhar no antigo balneário das Termas da Sulfúrea, reage às notícias que dão como provável a origem da vida na Terra em Cabeço de Vide. Joaquim Pinga, companheiro de jornada nas obras que pretendem trazer à luz do dia as antigas banheiras romanas, também concorda. Se é inquestionável que a vida começou em algum lugar, por que não acreditar que foi ali? O assunto está na ordem do dia. Desde que a informação foi tornada pública, quer pela junta de freguesia, quer pelas reportagens das televisões, a “origem da vida” é o principal tema das conversas na vila. Manuel Fontainhas, presidente da autarquia cabeçovidense há mais de três décadas, acha que “isto pode ser uma coisa boa para o País e para a região”, e revela que já começaram a receber telefonemas de forasteiros para saberem se se pode visitar as termas, e a pedir indicações acerca de locais para pernoitar.
Qualidade de vida Maria António Nave, médica a exercer nas termas vai para 20 anos, também nota que “tem aparecido mais gente”, e considera o facto “muito positivo”. Não se incomoda que o assunto já tenha entrado no anedotário nacional, quer nas redes sociais, quer, principalmente, através de uma rábula que Ricardo Araújo Pereira
milénios que tratam das maleitas de vários povos. Estudos sobre a geologia local, liderados por investigadores do Instituto Superior Técnico, chamaram a atenção de cientistas do outro lado do Atlântico que identificaram, nos dados recolhidos, semelhanças com dezenas de meteoritos chegados à terra vindos de Marte. Acresce que as rochas alentejanas são responsáveis pela composição e cheiro únicos da água, que apresenta um pH elevado, e bactérias só detetáveis numa montanha americana e nos indícios de água do planeta vermelho. Razões mais do que suficientes para se crer que o mistério da origem da vida na terra possa ter aqui uma explicação. Texto Aníbal Fernandes
protagonizou na Rádio Comercial. Onde o humorista, na pele de um habitante local, garante que há muito que se sabia que “a vida no planeta tinha nascido” em Cabeço de Vide, transformando a localidade “na vulva do mundo”. De uma coisa tem a certeza Maria António Nave: ao longo da sua vida profissional tem acompanhado centenas de doentes com patologias respiratórias, reumatológicas e dermatológicas, e é testemunha de francas melhoras na sua qualidade de vida.
Joaquim e Armando “Por algum lado deve ter começado...”
Nem que seja só por isso, para ela, a vida passa por ali. Na vila, no café Rossio, os clientes também não se fazem rogados a falar do assunto. Barradas, o dono, não tem dúvidas. Pragmático, entre o avio de uma mini e um “canudinho” de tinto da região, acredita que “tem de haver alguma coisa para a água ser tão boa”. António Alpalhoeiro, encostado ao balcão, a matar o tempo até ir fisgar uns achigãs, antevê um futuro risonho para
a freguesia. “Ainda vamos ter aqui uma grande cidade”, diz esperançado no desenvolvimento da terra que, hoje em dia, tem nas termas administradas pela junta de freguesia o seu maior empregador. Outro António, mais conhecido por Borlinhas, eleva o assunto ao nível da fé. “É como acreditar em Jesus. Mas respeitam-se todas as opiniões”, diz, deixando perceber que existem céticos na comunidade, o que, apesar dos esforços, o “Diário do Alentejo” não conseguiu confirmar. Aliás, o padre Rui não vê que a fé possa ser posta em causa, nem admite “conceitos contraditórios” entre as teorias evolucionistas e a Bíblia. “A Igreja não está de costas voltadas para a ciência. Uma coisa não invalida a outra. Não será a descoberta de uma bactéria em Cabeço de Vide que vai colocar em questão Deus Criador, que olha por nós, e que nos acompanha, em tudo o que criou”, disse-nos o pároco da freguesia. A solução para a crise Menos assertivo é o presidente da junta. “O futuro a Deus pertence, mas se se vier a certificar que o início da vida está aqui, então…”. Então pode ser a saída para o marasmo em que o território se encontra. A agricultura está parada, e o turismo não deu aquilo que se esperava. O Hotel da Candelária está fechado, e a estalagem na antiga estação ferroviária, com o respetivo restaurante mesmo ao lado, está na mesma situação. Francisco Vasco, Laranjinha para os
Alpalhoeiro e Borlinhas “Ainda vamos ter aqui uma grande cidade”
Um americano no Alentejo
O
Manuel Fontainhas O homem que quis saber a idade da água
amigos, é o tesoureiro da junta de freguesia, e cliente do Barradas. À conversa com o “Diário do Alentejo”, fala do anteprojeto de ampliação das termas, que inclui um hotel, três espelhos de água, um parque de merendas, e outro de campismo. Ideias adiadas por causa da crise. As obras do novo edifício das termas ficaram concluídas quando os mercados começaram a dar sinais de falência. Dos 3.700 utilizadores anuais, registados há três anos atrás, as termas passaram para cerca de dois milhares de aquistas. Para isso contribuíram “os cortes nas comparticipações dos frequentadores” impostos pelos últimos orçamentos do Estado, diz o tesoureiro, que tem acompanhado com interesse todo o trabalho realizado pelos cientistas. O empenho da junta de freguesia na valorização das termas é evidente. Desde sempre que tem sido a autarquia o motor de arranque de sucessivos estudos sobre este valioso património. Ainda agora, revela Francisco Vasco, foi a autarquia que custeou a estadia do cientista da Nasa em terras portuguesas. E valerá bem a pena, se a descoberta da tal bactéria que consegue fazer a fotossíntese, tal como as plantas, e que motivou a vinda de um cientista americano até ao Alentejo, vier confirmar que o território que hoje é conhecido por Cabeço de Vide, foi em tempos Cabeço de Vida, como o povo diz.
Barradas “Tem de haver alguma coisa...”
A idade da água
M
anuel Fontainhas, presidente da Junta de Freguesia de Cabeço de Vide, é a pessoa certa para falar das Termas da Sulfúrea. Ao leme da autarquia, quase interruptamente, desde 1977, tem acompanhado e promovido o seu desenvolvimento e apoiado todos os estudos realizados. Depois de, em 1939, o professor Orlando Carvalho ter realizado o estudo de todas as águas de Portugal, e de ter classificado a que corria em Cabeço de Vide como “única no País”, em 1977, confrontado com o caudal disponibilizado aos aquistas, “que era pouco para desenvolver as termas”, a junta de freguesia intercedeu junto da Direção-Geral de Geologia e Minas”, para “se arranjar mais água”. “Quem não sabe é como quem não vê”, diz o presidente. “A ideia era esgravatar a ver se se encontrava mais água, como se faz num poço. Se não desse aquela altura, escavava-se mais um bocado”. No entanto, de Lisboa, alertaram para a necessidade de se fazer um estudo geológico, indicação que foi seguida pela autarquia. “Ainda bem que não fomos atrevidos”, reconhece Manuel Fontainhas. O estudo - o primeiro do género efetuado em Portugal - liderado pelos professores José Martins Carvalho e João Mendonça, iniciou-se no ano seguinte e demorou três anos. Após a marcação e abertura do furo, passou-se de uma capacidade de 900 litros por hora para três litros por segundo. Estava-se nos anos 80 do século XX. “Ia aparecendo gente, e nós tínhamos de ir aumentando a casa velha”, diz o presidente, garantindo que “todas as pedras e areias retiradas durante os furos de prospeção estão guardadas, e têm servido para vários estudos universitários”. Anos passados, a curiosidade de Manuel Fontainhas levou-o a tentar saber a idade da água. Depois de uma tentativa falhada no Laboratório de Energia Nuclear, em Sacavém, o professor Aires de Barros, do IST, telefonou-lhe a dizer que a sua instituição dispunha das condições técnicas para fazer essa avaliação. “Foram gastos cerca de oito mil contos, talvez um bocadinho mais, mas não estamos repesos”, diz o autarca. O estudo isotópico da água ficou a cargo de uma equipa que integrava dois geólogos americanos, de outras tantas universidades, e do professor José Manuel Marques, coordenador do Centro de Petrologia e Geoquímica do IST. A conclusão foi clara: a água servida aos aquistas, tem “um pouco mais de três mil anos”. AF
astrofísico Seve Vance, do Jet Propulsion Lab, da NASA, veio a Portugal motivado pela singularidade das rochas de Castelo de Vide, que conferem à água um pH de 11.5, único na Europa, apenas semelhante à de uma nascente em The Cedars, uma zona termal americana, e às dos indícios de água e rochas de Marte. Em conjunto com investigadores do Cepgist, pretende analisar, comparar e relacionar as rochas e as águas dos três locais, o que, segundo o cientista americano, poderá trazer respostas sobre a origem da vida na Terra. Para isso, conta com a preciosa ajuda da sonda Curiosity (na foto) , que se encontra neste momento em Marte, a recolher e a analisar amostras que poderão completar a investigação. O mesmo pode acontecer em relação a uma bactéria comum aos três locais, que, mesmo não passando de suspeitas, José Manuel Marques acredita “poderem vir a confirmar-se”, já que está provado que houve água em Marte, e existem fortes probabilidades de ainda existir no subsolo. A colaboração entre os cientistas portugueses e americanos resulta da publicação de um estudo, numa revista científica internacional, que após ser lido por Steve Vance, deu origem a um convite para o autor, José Manuel Marques, apresentar na NASA uma palestra sobre as águas termais de Cabeço de Vide e a sua relação com a astrobiologia. Os investigadores estão convencidos de que a geologia do local é a ideal para gerar as condições para o desenvolvimento de vida na Terra e em Marte, mas também na lua de Júpiter, Europa.
Francisco Laranjinha A crise impede novos investimentos
Diário do Alentejo 2 novembro 2012
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Campeonato Nacional de Futsal da 3.ª Divisão
Diário do Alentejo 2 novembro 2012
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Os Independentes, de Sines, golearam (7-2) a formação do Pedro Mourinha (Portimão) em jogo da 3.ª jornada do Nacional de Futsal da 3.ª Divisão. O Sporting de Viana perdeu na Cova da Piedade (9-7) e o União de Montemor foi derrotado em Loulé por 2-0. A série é liderada pelo Fonsecas e Calçada, com nove pontos, o Montemor é o quinto (seis), o Sporting de Viana é o sétimo (quatro) e Os Independentes estão no décimo lugar (três). O campeonato será retomado apenas em 10 de novembro.
Desporto
Futebol juvenil
Taça Armando Nascimento Um sempre apetecível derby bejense entre Desportivo e Despertar assinala o início da Taça Armando Nascimento, em juvenis, cuja ronda inaugural terá ainda os jogos, todos marcados para domingo às 11 horas: Juventude Boavista-Aljustrelense; Castrense-Moura; Serpa-Almodôvar. O campeonato distrital deste escalão inicia-se apenas em 23 de dezembro.
3.ª Divisão – Série F 6.ª jornada Aljustrelense-U. Montemor ............................................. 0-0 Vasco da Gama-Esp. Lagos ...............................................2-2 Sesimbra-At. Reguengos ..................................................1-1 Lusitano VRSA-Juventude Évora .................................... 0-2 Moura-Lagoa........................................................................1-1 Castrense-Monte Trigo ..................................................... 2-0
Moura Esp. Lagos U. Montemor At. Reguengos Juventude Évora Aljustrelense Sesimbra Vasco da Gama Lagoa Lusitano VRSA Castrense Monte Trigo
3.ª Divisão José Feio lutou muito com os defesas do Esperança de Lagos
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6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6
4 3 3 3 3 2 2 2 1 1 1 1
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1 0 0 1 2 2 2 3 2 4 4 5
15-5 8-3 6-3 7-4 7-6 5-3 6-8 11-11 7-11 7-15 6-13 9-12
P
13 12 12 11 10 8 8 7 6 4 4 3
Próxima jornada (4/11/2012): Aljustrelense-Vasco da Gama, Esp. Lagos-Sesimbra, At. Reguengos- Lusitano VRSA, Juventude Évora-Moura, Lagoa-Castrense, U. Montemor-Monte Trigo.
Numa ronda de empates o Castrense obteve a sua primeira vitória
Um novo derby em Aljustrel Quatro equipas do distrito a disputar o mesmo campeonato originam um interessante quadro de derbies durante a temporada. Aljustrelense e Vasco da Gama são os protagonistas do próximo. Texto e foto Firmino Paixão
S
eparados por um ponto, mas em metades diferentes da classificação, e isto é importante porque influencia os objetivos finais, Mineiro Aljustrelense e Vasco da Gama da Vidigueira, vindos de
uma jornada em que tiveram resultados semelhantes, encontram-se no próximo domingo na Vila Mineira. O Castrense, embalado pela primeira vitória da temporada, desce até ao terreno do Lagoa, recinto onde os algarvios já ganharam e empataram, mas também já perderam, pelo que não surpreenderia que a turma de Castro Verde lá pontuasse. O Moura, que lidera a série, sobe para Évora e apresenta-se no campo do Juventude, onde os eborenses também já assinaram os três resultados possíveis. E também não será de todo surpreendente que
os mourenses regressem a casa com pontos. Surpreendente foi o empate consentido no seu terreno, perante a equipa do Lagoa, que impediu a equipa de Joaquim Mendes de ganhar um avanço mais confortável no topo da tabela. A ajuda para o Moura não perder a liderança veio de Aljustrel, onde o Mineiro empatou com o Montemor, e de Vidigueira, onde o Vasco da Gama empatou com o Esperança de Lagos. Assim, o verdadeiro triunfador da jornada anterior foi o Castrense, com o primeiro triunfo da época, sobre a formação do Monte Trigo.
Serpa segura 3.º lugar com triunfo no terreno do Aldenovense
Texto Firmino Paixão
A
“Terra Forte” recebe o jogo grande da próxima jornada: Serpa e Odemirense, atuais segundo e terceiro classificados do campeonato, têm pela frente uma jornada muito competitiva. Ao mesmo tempo, o Desportivo de Almodôvar estará no terreno do Bairro da Conceição para ali tentar ganhar e manter a liderança da prova, que agora reparte com a turma de Odemira. O Rosairense (recebe o Amarelejense) e o Piense (joga na Cabeça Gorda), que
completam o quinteto da frente, ficam na expectativa de uma possível aproximação aos lugares de comando. Tal como o Milfontes, a jogar em casa com um Aldenovense com o orgulho ferido pelo castigo imposto pelo vizinho de Serpa. Magoado estará também o Guadiana (pela pesada derrota sofrida em Pias), a quem cabe receber o Sporting de Cuba, vindo da vitória tangencial ante o Bairro da Conceição. O Desportivo de Beja, fortemente castigado em casa pelo Rosairense, viaja para São Marcos. A jornada anterior teve uma história, a dos golos, apesar de quatro equipas não terem marcado, mas o Piense estabeleceu o recorde da prova (8/0) e o máximo por jornada (29), ficando com o melhor ataque (16 golos). As melhores defesas moram em Odemira e Serpa (dois golos).
1.ª Divisão – AF Beja 5.ª jornada Aldenovense-Serpa ........................................................... 0-2 Amarelejense-Praia Milfontes ........................................ 2-4 Desp. Beja-Rosairense ...................................................... 1-4 Almodôvar-São Marcos .................................................... 4-0 Sp. Cuba-Bairro da Conceição......................................... 1-0 Piense-Guadiana ................................................................ 8-0 Odemirense-Cabeça Gorda..............................................2-1 Almodôvar Odemirense Serpa Rosairense Piense Praia Milfontes Aldenovense São Marcos Sp. Cuba Cabeça Gorda Bairro da Conceição Guadiana Desp. Beja Amarelejense
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12-4 9-2 9-2 12-6 16-5 9-7 5-6 7-10 3-7 5-9 4-6 4-17 2-8 3-11
Campeonato Distrital de Infantis (3.ª jornada): Série A: Despertar A-Vasco Gama, 5-0; Sporting Cuba-NS Beja, 0-5; Alvorada-Alvito, 2-9; Ferreirense-Bairro Conceição, 6-0. Folgou o Desportivo Beja. Líder: Despertar A, nove pontos. Próxima jornada (3/11): Vasco Gama-Alvorada; NS Beja-Despertar; Alvito-Ferreirense; B.ºConceição-Desportivo Beja. Série B: Piense-Amarelejense, 4-6; Aldenovense-Ope rário, 11-2; Serpa-Guadiana, 3-5; Moura- -Despertar B, 3-3. Folgou a CB Beja. Líder: Guadiana, nove pontos. Próxima jornada (3/11): Amarelejense-Serpa; Operário-Piense; Guadiana-Moura; Despertar B-CB Beja. Série C: Castrense A-Aljustrelense, 5-4; Milfontes A-Renascente, 1-11; Boavista-Mil fontes B, 0-7; Odemirense-Castrense B, 20-0. Folgou o Almodôvar. Líder: Milfontes B, sete pontos. Próxima jornada (3/11): Aljustrelense-Boavista; Renascente-Castrense A; Milfontes B-Odemirense; Castrense B-Almodôvar. Campeonato Distrital de Iniciados (2.ª jornada): Ourique-Odemirense, 0-6; Vasco Gama-B.º Conceição, 4-0; Serpa-Despertar, 1-2; Milfontes-Rio Moinhos, 3-5; Moura-Sporting Cuba, 2-0. Folgaram Amarelejense e Guadiana. Líder: Odemirense, seis pontos. Próxima jornada (4/11): Amarelejense-Ourique; Odemirense-Vasco Gama; B.º Conceição-Serpa; Despertar-Milfontes; Rio Moinhos-Moura; Folgam Guadiana e Cuba. Campeonato Distrital de Juniores (1.ª jornada): Vasco Gama-Despertar, 3-1; Cabeça Gorda-Aldenovense, 2-5; Sobral da Adiça-Castrense, 1-2. Desportivo Beja-Odemirense, 0-4. Líder: Odemirense, três pontos. Próxima jornada (3/11): Despertar-Cabeça Gorda; Odemirense-Vasco da Gama; Aldenovense-Sobral da Adiça; Castrense -Desportivo Beja. Campeonato Nacional de Iniciados (8.ª jornada): Despertar-São Luís, 4-1; Imortal-Desportivo Beja, 7-0. Líder: V Setúbal, 21 pontos. 7.º Despertar, 10. 9.º Desp. Beja, três. Próxima jornada (4/11): Louletano -Despertar; Desportivo Beja-Lusitano VRSA. Campeonato Nacional de Juvenis (7.ª jornada): Odemirense-Lusitano, 3-3; DespertarLouletano, 2-4. Líder: Louletano, 18 pontos. 9.º Despertar, quatro. 10.º Odemirense, dois. Próxima jornada (4/11): Odemirense-C Piedade; V Setúbal-Despertar.
Guadiana separa as emoções Beja e Serpa recebem jogos importantes para a manutenção do atual pódio do campeonato. Mas na “margem esquerda”, entre o Serpa e o Odemirense, pode jogar-se algo mais.
Campeonato Distrital de Benjamins (3.ª jornada): Série A: Bairro Conceição -Ferreirense A, 1-16; Alvito-Desportivo Beja, 4-2; Vasco Gama-Figueirense, 10-0; Despertar A-Sporting Cuba, 10-1. Folgou o Bairro Conceição. Líder: Ferreirense, nove pontos. Próxima jornada (3/11): Ferreirense A-Vasco da Gama; Desportivo Beja-B.º Conceição; Figueirense-Despertar; Sporting Cuba-Aljustrelense. Folga o Alvito. Série B: CB Beja-Sobral da Adiça, 18-0; Santo Aleixo-Moura, 4-1; Ferreirense B-Serpa, 1-2; NS Beja-Piense, 20-0. Folgou o Despertar B. Líder: Santo Aleixo, nove pontos. Próxima jornada (3/11): Despertar B-Santo Aleixo; CB Beja-NS Beja; Moura-Ferreirense B; Serpa-Piense;. Folga o Sobral da Adiça. Série C: Milfontes A-Odemirense, 0-16; São Marcos-Almodôvar, 1-8; Ourique-Boavista, 18-0; Castrense-Milfontes B, 11-0; Renascente-Rosairense, 12-2. Líder: Castrense, nove pontos. Próxima jornada (3/11): Odemirense-Ourique; Almodôvar-Milfontes A; São Marcos-Renascente; Boavista-Castrense; Milfontes B-Rosairense.
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Próxima jornada (4/11/2012): Serpa-Odemirense, Praia Milfontes-Aldenovense, Rosairense-Amarelejense, São Marcos-Desp. Beja, Bairro da Conceição-Almodôvar, Guadiana-Sp. Cuba, Cabeça Gorda-Piense.
Campeonato Nacional de Juniores (7.ª jornada): Oeiras-Moura, 3-0. Líder: Oeiras, 21 pontos. 9.º Moura, quatro. Próxima jornada (3/11): Moura-Farense. Campeonato Distrital de Futsal (3.ª jornada): Vasco Gama-Politécnico Beja, 4-2; NS Moura-Desportivo Beja, 1-4; Vila Ruiva-Ferreirense, 2-11; ADVNS Bento-Luzerna, 5-6; Alcoforado-Safara, 8-2; Baronia -Barrancos, 11-0. Folgou o Almodovarense. Líder: Baronia, nove pontos. Próxima jornada (2/11): Desportivo Beja-Vasco Gama; Ferreirense-NS Moura; Luzerna-Vila Ruiva; Safara-ADVNS Bento; Barrancos-Alcoforado; Almodovarense-Baronia. Folga o IP Beja. Campeonato Distrital de Seniores Femininos (2.ª jornada): Serpa-Vasco Gama, 1-2; CB Castro Verde-Almansor, 3-1; Odemirense-Almodôvar, 23-0. Folgou o Ourique. Líder: CB Castro Verde, seis pontos. Próxima jornada (3/11): Almansor-Serpa; Vasco Gama-Ourique; CB Almodôvar-CB Castro Verde.
O Castrense bateu a equipa do Estremoz (3-2) em jogo relativo à 3.ª jornada do Nacional da 3.ª Divisão de hóquei em patins, numa ronda em que o Hóquei de Santiago folgou. Na próxima jornada, folga a equipa de Castro Verde, o Santiago joga em Azeitão e o Estremoz recebe o Marítimo. Na 2.ª Divisão Nacional jogou-se a 4.ª jornada com o Hóquei de Grândola derrotado em casa pelo Sesimbra (3-3) e o Vasco da Gama goleado em Sines pelo Mealhada (0-8). Amanhã os grandolenses recebem o Campo de Ourique e o Vasco da Gama joga em Sintra (Nafarros).
Futebol do Inatel A delegada regional da Fundação Inatel, Leontina Bastos, saudou os delegados dos 47 clubes presentes no sorteio
A grande festa do futebol amador começa já este fim de semana
Futebol vai chegar às aldeias Um invulgar número de equipas, que não o recorde absoluto, e com oito coletividades estreantes, começa amanhã a disputar a Taça Fundação Inatel em Futebol. Texto e foto Firmino Paixão
Quadro competitivo Época 2012/2013
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uarenta e sete equipas, salteadas por quase todo o distrito de Beja (e três de outros distritos), enquadrando mais de 850 jogadores amadores, de várias nacionalidades, começam na tarde de amanhã a competir no vulgarmente denominado Campeonato Distrital do Inatel. Uma competição que a Fundação Inatel quer ver desenvolvida “em observância com os princípios da ética e da verdade desportiva e da formação integral dos participantes”. A um elevado número de centros de Cultura e Desporto, que incorporam o espírito do histórico “desporto para trabalhadores”, juntaram-se, nesta temporada desportiva, algumas das equipas que, em passado recente, competiam no segundo escalão sénior da Associação de Futebol de Beja, campeonato inviabilizado por inexistência do número regulamentar de clubes inscritos. São elas o Messejanense, o Alvorada de Ervidel, o Saboia, e o Juventude Boavista de Pinheiros. Do anterior quadro competitivo federado, apenas o Negrilhos e o Ourique não consideraram a opção de participarem na Taça Fundação Inatel. Àquelas equipas concorrentes juntam-se outros estreantes como o Vale de Oca (Aljustrel), Vila Nova de Milfontes, Associação de Combatentes de Cuba e o Serrano Futebol Clube (São Marcos da Serra). Recorde-se que está vedada a participação nestas provas aos atletas inscritos na mesma época em clubes filiados nas associações regionais de futebol e que tenham tomado parte ativa em qualquer jogo particular ou oficial, sendo que a interpretação de tomar parte ativa implica a sua menção no boletim de jogo, tenha, ou não, sido utilizado. A primeira fase da competição (que inclui cinco grupos com sete equipas, e dois grupos com seis) decorre entre amanhã, sábado, e o dia 17 de fevereiro de 2013. Para a segunda fase passarão as 20 melhores equipas, até ao apuramento final do campeão distrital (cetro que na última época pertenceu ao Luzianes Gare), sendo que as restantes 27 manter-se-ão em atividade numa competição denominada Troféu Agência de Beja (em três grupos de cinco equipas e dois grupos de seis equipas). A distribuição das equipas por concelho revela que Odemira está representado pelo maior número de coletividades (15), seguindo-se Beja (11) e Aljustrel (4). O Soneguense (Sines) e o Cercalense (Cercal do Alentejo), ambos do distrito de Setúbal, a par do Serrano (São Marcos da Serra), do distrito de Faro, são ilustres convidados, por falta de competição nas respetivas áreas geográficas. No termo das competições serão premiados os vencedores e finalistas vencidos da Taça Fundação Inatel e do Troféu Agência de Beja, atribuída a Taça Disciplina e distinguidos, na fase final, o melhor marcador, o melhor jogador e o melhor guarda-redes. Amanhã, pelas 15 horas, soarão os apitos que dão início à grande maratona de jogos (80 minutos, com 10 de intervalo), dirigidos por árbitros retirados dos quadros federados e sem policiamento obrigatório.
Série A Pedrógão do Alentejo Brinches Quintos Luso Morense UAI Ficalho Sobral da Adiça Salvadense 1.ª jornada (3/4/novembro) UAI Ficalho-Salvadense Quintos-Pedrogão Sobral da Adiça-Brinches Folga o Luso Morense Série B AC Cuba Faro do Alentejo São Matias Beringelense Neves Penedo Gordo Louredense 1.ª jornada (3/4 novembro) São Matias-Louredense Faro do Alentejo-Penedo Gordo Neves-AC Cuba Folga o Beringelense Série C Messejanense Vale da Oca (Aljustrel) Jungeiros Alvorada Figueirense Santa Vitória Mombeja 1.ª jornada (3/4 novembro) Messejanense-Vale da Oca Alvorada-Figueirense Jungeiros-Mombeja Folga o Santa Vitória
Série D Desportivo Sete Albernoense Sanjoanense Trindade Alcariense Fernandes 1.ª jornada (3/4 novembro) Albernoense-Alcariense Fernandes-Sete Trindade-Sanjoanense Série E Luzianes Gare Cercalense Sonega (Sines) Colos Santa Luzia Relíquias Amoreiras Gare 1.ª jornada (3/4 novembro) Cercalense-Luzianes Sonega-Colos Relíquias-Santa Luzia Folga o Amoreiras Gare Série F Milfontes Cavaleiro Malavado Boavista Pinheiros Campo Redondo Saboia Bemposta 1.ª jornada (3/4 novembro) Bemposta-Malavado Cavaleiro -Milfontes Saboia-Campo Redondo Folga o Boavista Série G Santaclarense Pereirense; Naveredondense Serrano (S. Marcos da Serra); Santa Clara-a-Nova Almodovarense 1.ª jornada (3/4 novembro) Sta Clara-a-Nova-Pereirense Serrano-Naveredondense Santaclarense-Almodovarense
Hoje palpito eu...
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Joaquim Jorge Gonçalves Rodeia
Diário do Alentejo 2 novembro 2012
Nacional da 3.ª Divisão em hóquei em patins
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oaquim Rodeia, hoje com 33 anos, nasceu na Alemanha, num tempo em que os seus progenitores eram emigrantes naquele país, mas as suas verdadeiras raízes estão divididas pelas freguesias de Peroguarda e Faro do Alentejo, sendo, por isso, natural que a sua formação como futebolista, de elevada aptidão específica para guarda-redes, tenha sido realizada no Sporting Clube de Cuba, emblema com o qual percorreu todos os escalões etários. Terminado o percurso formativo, foi também entre os postes da baliza daquela filial do Sporting Clube de Portugal que fez a sua primeira época de sénior. Deixou o Estádio Amado de Aguilar, na vila de Cuba, para vestir a camisola da União Desportiva e Cultural Beringelense e dali para o Sporting Clube Ferreirense cumpriu apenas um pequeno passo. Antes de abandonar a sua carreira jogou ainda pelo Desportivo de Portel e pelo Futebol Clube de Serpa. Já como treinador passou pelo Desportivo de Beja, treinando a formação de juvenis. Há cerca de três anos voltou a “casa” para orientar os seniores do Sporting Clube de Cuba, subindo a equipa à 1.ª Divisão Distrital depois de um interregno de cinco anos em que o futebol sénior do clube não teve atividade. Lá se mantém e são dele os vaticínios para a próxima ronda do “Distritalão”.
(X) SERPA/ODEMIRENSE Jogo de empate, entre duas equipas bem organizadas do nosso futebol distrital. Julgo que será uma partida pautada pelo equilíbrio. (X) MILFONTES / ALDENOVENSE São dois candidatos ao título, mas penso que o Aldenovense irá pontuar em Milfontes, ou mesmo trazer os três pontos para a “margem esquerda”. (1) ROSAIRENSE/AMARELEJENSE Vitória da equipa do Rosairense que tem vindo a mostrar que quer ter uma palavra na luta pelo pódio do campeonato. (X) SÃO MARCOS/DESPORTIVO DE BEJA O fator casa pode prevalecer, mas o Desportivo de Beja não se deixará surpreender e pontuará em São Marcos da Ataboeira. (X) BAIRRO DA CONCEIÇÃO/ALMODÔVAR Confesso ter gostado da equipa do Bairro no confronto de há oito dias com o Sporting de Cuba, razão para arriscar na divisão de pontos na cidade de Beja. (2) GUADIANA/SPORTING DE CUBA Vitória da minha equipa em Mértola e a conquista dos primeiros três pontos fora de casa. (1) CABEÇA GORDA/PIENSE Vai ser um jogo equilibrado que pode pender para o triunfo do “Ferrobico”.
“Beja em Movimento” este fim de semana
Diário do Alentejo 2 novembro 2012
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A Associação Portuguesa “Movimento Contra a Obesidade” realiza, no próximo fim de semana, a segunda edição da iniciativa “Beja em Movimento”. O certame, dirigido a toda a população, inclui a 2.ª maratona BTT “Luta conta a Obesidade” e a 1.ª corrida “Pelos valores da vida”. O evento decorre no multiusos da ExpoBeja e inclui atividades radicais, um passeio pedestre, um ateliê de culinária e feira de bicicletas usadas.
Meeting Jovem em Castro Verde A pista simplificada do Estádio Municipal 25 de Abril recebe na tarde de amanhã (15 horas) o III Meeting Jovem de Castro Verde, uma prova desportiva organizada pelo município local, com a colaboração da Associação de Atletismo de Beja, e destinada a atletas, populares e federados, nas categorias de benjamins, infantis, iniciados e juvenis.
Centro de Cultura Popular de Serpa regressou ao andebol sénior
O objetivo é manter esta equipa Sete anos depois da sua última participação no Campeonato Nacional de Seniores Masculinos, o Centro de Cultura Popular (CCP) de Serpa voltou, esta época, a apresentar uma equipa naquele escalão. Texto Firmino Paixão
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ma decisão bem-sucedida, a avaliar pelos primeiros resultados no Nacional da 3.ª Divisão: dois jogos e duas vitórias. A equipa pretende ser uma espécie de porto de abrigo que permita a continuidade da prática desportiva aos jovens saídos da formação. Manuel Ramos começou a praticar andebol aos seis anos no CCP de Serpa, e hoje, com 37, assumiu a liderança técnica da equipa sénior. O treinador confessa que “o andebol, para mim, é uma paixão, e o Centro de Cultura é e será sempre o clube do meu coração”, afirmando que este projeto de seniores é para ter continuidade. Esta equipa dá sequência ao bom trabalho na formação?
Há alguns anos que o Centro de Cultura Popular de Serpa não fazia equipa de seniores, e era de extrema importância aproveitarmos as camadas jovens que têm feito o seu percurso na formação, sobretudo os juvenis que, há muitos anos, participam em campeonatos nacionais. É também um incentivo para que esses atletas, quando atingem o escalão de juniores e seniores, se mantenham em competição. Num clube que tem tratado bem dos seus alicerces …
Na verdade, os nossos jovens têm sido muito bem tratados, não lhes falta nada em termos de condições para a sua formação e para o seu desenvolvimento desportivo. O que, às vezes, temos sentido é falta de recursos humanos para darmos continuidade a esse trabalho, sobretudo ao nível dos escalões mais jovens, em infantis e iniciados. Serpa tem uma oferta variada em termos de modalidades e eles dividem-se entre o andebol e o futebol; fazem normalmente esse percurso entre as duas modalidades,
Serpa Equipa senior de andebol do Centro de Cultura Popular (CCP)
mas aqueles que gostam mesmo de andebol acabam por ficar. O CCP de Serpa tem um lugar de relevo na comunidade desportiva local?
Penso que sim. O andebol, o futebol e a patinagem são as modalidades mais importantes aqui em Serpa, todas elas têm uma boa visibilidade e dão uma excelente imagem da cidade de Serpa. O campeonato começou bem, com uma vitória em Sines…
Foi uma vitória importante. É sempre bom entrar com o pé direito, mas, este ano, não temos grandes objetivos, vamos tentando fazer o melhor em cada jogo. Em termos de classificação, naturalmente, procuraremos a melhor possível, mas sabemos que há três equipas que estão num nível superior. A Zona Azul, o Lagoa e o Redondo são equipas que estão num nível muito superior ao nosso, mas em cada jogo procuraremos o equilíbrio. Mas procuram a permanência nesta divisão?
Exatamente. O objetivo principal é garantirmos a permanência, tentando concluir o campeonato no melhor lugar possível, porque para o próximo ano continuaremos
também a ter esta equipa de seniores. Esse sim, é o nosso grande objetivo mais imediato. A primeira jornada da prova foi suspensa. Isso alterou alguma coisa na programação da sua equipa?
Em termos de planeamento teria sido bom começarmos o campeonato em casa, era um fator importante jogarmos a primeira partida em Serpa, porque há muito tempo que não jogávamos neste escalão e isso teria sido motivador, tanto para a equipa como para o público. Por outro lado, como ganhámos em Sines naquele que acabou por ser o nosso primeiro jogo, essa questão foi ultrapassada. Um triunfo em Sines, outro em casa com o Costa D’Oiro. E amanhã no Redondo?
O Sines e o Costa d’Oiro são equipas do nosso campeonato. Amanhã com o Redondo é que vamos avaliar o nosso nível competitivo, saber em que ponto está o nosso rendimento relativamente àquele trio que antes referi e que considero serem as equipas mais fortes da nossa série. Não estaremos muito distantes, no entanto, os resultados é que o dirão. Quais são os grandes argumentos
da sua equipa?
Principalmente o facto de termos uma boa defesa, um bloco coeso e depois tentarmos jogar bem no contra-ataque e em velocidade, mas o mais importante, de facto, é defendermos bem. Há muitas equipas alentejanas nesta série…
O campeonato desta época tem essa particularidade. Pela primeira vez, é organizado por uma associação, neste caso a do Algarve, e estão em prova apenas as equipas do Alentejo e Algarve. Para nós é mais aliciante e, em termos financeiros, é bom para o clube porque não temos deslocações muito longas. Campeonato Nacional de Seniores Masculinos 3.ª Divisão, 1.ª Fase – Zona 5 Resultados da 4.ª jornada: CCP Serpa-Costa d’Oiro, 22-19; AC Sines-NA Redondo, 19-38; Lacobrigense-Zona Azul, 19-68; Náutico do Guadiana-Olhanenses, 28-21. Classificação: 1.º NA Redondo, nove pontos. 2.º Zona Azul, nove. 3.º Costa d’Oiro, sete. 4.º CCP Serpa, seis. 5.º Náutico do Guadiana, cinco. 6.º Lagoa, quatro. 7.º Andebol Clube de Sines, três. 8.º Lacobrigense, três. 9.º Os Olhanenses, dois. Próxima jornada (3/11): Lagoa-Náutico, Olhanenses-Lacobrigense, Zona Azul-AC Sines (adiado para 15/12), NA Redondo- CCP Serpa.
Ordenamento José Saúde
Com cinco jornadas disputadas, o campeonato distrital da 1.ª Divisão da Associação de Futebol de Beja deixa antever um ordenamento das equipas na tabela, que pressupõe uma luta pela conquista do título 2012/2013. Constatando a verdade por enquanto exposta, é-me perfeitamente credível que os virtuais candidatos ao rótulo se coloquem em posições ancestrais que fazem prever alguma segurança no futuro. Confesso que, numa leitura prévia à evolução da competição, retiro conclusões que me deixam algo surpreso. Mas a procissão ainda vai no adro. Nada de embandeirar em arco e entregar o ouro ao pressuposto malfeitor. Neste contexto, admito que, literalmente, nada está decidido. Todavia, diz-me a vivência destas andanças desportivas que é de início que se estabelecem metas que traçam, a priori, algumas das complementações finais. Na frente da tabela estão o Desportivo de Almodôvar e o Odemirense, ambos com 13 pontos. Se porventura a posição da equipa das margens do rio Mira não levanta dúvidas, já o conjunto de Almodôvar é o reforçar de opiniões adquiridas quando em causa está a evolução paulatina da turma almodovarense. No terceiro lugar surge, justamente, o FC Serpa com 11 pontos. Não me surpreende, confesso. A equipa da margem esquerda é, indiscutivelmente, um dos expoentes máximos do futebol regional de Beja. A surpresa, se por acaso existe, vem do Rosário. É o quarto. Surpreendente é a quinta posição do Piense. De Pias surgem laivos de esperanças. O Milfontes trilha velhos caminhos conhecidos. Segue-se o Atlético Aldenovense. Alvitrava-se uma entrada na prova imaginariamente forte. Tal não aconteceu. Porém, a equipa não está longe dos objetivos almejados. Coloca-se a seis pontos do líder, tal como o São Marcos. Numa segunda linha estão um conjunto de formações que lutarão em campo para honrar com justeza os seus emblemas. Este é, por ora, o ordenamento do futebol primodivisionário bejense.
institucional diversos Diário do Alentejo n.º 1593 de 02/11/2012 Única Publicação
21 Diário do Alentejo 2 novembro 2012
Diário do Alentejo n.º 1593 de 02/11/2012 Única Publicação
Diário do Alentejo n.º 1593 de 02/11/2012 Única Publicação
CÂMARA MUNICIPAL DE CUBA
No âmbito da abertura do Lar Residencial “Vidas Coloridas II” pretende a CERCIBEJA admitir os(as) seguintes profissionais: Ajudante de Acção Directa (2 vagas - contrato a tempo completo e a termo resolutivo incerto); Ajudante de Acção Directa (2 vagas - contrato a tempo completo); Trabalhador(a) Auxiliar (Serviços Gerais) (contrato a tempo inteiro); Licenciado(a) em Serviço Social (contrato a tempo parcial). Requisitos: 1. Formação adequada lugar a que se candidata (preferencial, excepto no caso da Licenciatura); 2. Experiência profissional comprovada (preferencial); 3. Idade inferior aos 40 anos (preferencial); 4. À procura de primeiro emprego ou em situação de desemprego de longa duração (preferencial); 5. Carta de condução (preferencial); 6. Espírito de equipa; 7. Disponibilidade imediata. O prazo de candidatura decorre nos 5 dias úteis a partir da publicação Deverão os(as) interessados(as) enviar Curriculum vitae para: Por correio: Cercibeja – Quinta dos Britos, Apartado 6115 – 7801(908) Beja ou por e-mail: recrutamento@cercibeja.org.pt.
VENDA BEJA Falência de JOSÉ MARIA DA COSTA MIRA ALMODÔVAR FLORENTINO MATOS LUIS, Liquidatário Judicial, com escritório na Avenida Almirante Gago Coutinho, 48-A - 1700-031 LISBOA, nomeado nos Autos de Falência n°. 254/04.3TBBJA a correr termos pelo 2°. Juízo do Tribunal Judicial de Beja, em que foi declarado falido JOSÉ MARIA DA COSTA MIRA ALMODÔVAR, faz saber que, ouvida que foi a Comissão de Credores, vai proceder à venda no estado fisico e jurídico em que se encontram, por negociação particular e por meio de propostas que serão remetidas em carta fechada, dos seguintes imóveis: Verba n.º 1 1/2 do prédio “misto” denominado “Monte Adiante”, sito na freguesia de Cabeça Gorda, descrito na Conservatória do Registo Predial de Beja sob a ficha n°. 00251/190689, composto por uma parte rústica (art°. matricial n°. 3 da Secção G1) e outra urbana (art°. matricial 595), com a área total de 150.4750 ha., pelo valor (base de licitação) de 158.900,00 € Verba n.º 2 1/2 do prédio misto – Herdade do Picamilho, sito na freguesia de Santa Clara de Louredo, descrito na Conservatória do Registo Predial de Beja sob a ficha n°. 00084/190689, composto por uma parte rústica (art°. matricial n°. 7 da Secção E) e outra urbana (art°s. matriciais n°s. 233 e 234), com a área total de 229,93 89 ha., pelo valor (base de licitação) de 243.600,00 € Verba n.º 3 1/3 do prédio “urbano” denominado “Moinho do Poço”, sito na freguesia de Santiago Maior, descrito na Conservatória do Registo Predial de Beja sob a ficha n°. 00729/070292, c/ a s.c. de 1237 m2 e s.d. de 65 m2., pelo valor (base de licitação de 3.150,00€ Verba n.º 4 1/3 do prédio “urbano” denominado “Herdade do Monte Carril”, sito na freguesia de Santiago Maior, descrito na Conservatória do Registo Predial de Beja sob a ficha n°. 00730/070292, c/ a área de 246 m2., pelo valor (base de licitação) de 630,00 € Verba n.º 5 1/3 do prédio “urbano” situado à “Herdade do Monte Carril”, sito na freguesia de Santiago Maior, descrito na Conservatória do Registo Predial de Beja sob a ficha n°. 00733/070292, c/ a área de 146 m2., pelo valor (base de licitação) de 350,00 € Verba n.º 6 1/3 do prédio “misto” denominado “Herdade da Almocreva”, (no qual se situa “O Sítio Arqueológico de Pisões”, classificado de interesse público pelo Dec.-Lei n°. 251/70, publicado no Diário do Governo n°. 129, de 3 de Julho), sito na freguesia de Santiago Maior, descrito na Conservatória do Registo Predial de Beja sob a ficha n°. 00726/070292, composto por uma parte rústica (art°s. matriciais n°. 3 da Secção C e 28 da Secção E – c/ 657,5725 ha) e outra urbana (art°s. matriciais 209, 2057, 2058, 2059 e 2060 – c/ 2.928 m2)., pelo valor (base de licitação) de 950.000,00 € Consigna-se que deste prédio foi, pela Universidade de Évora, destacada a área de 125,878 ha, encontrando-se tal destaque registado na Conservatória do Registo Predial de Beja sob a ficha n°. 2537/20090921, da freguesia de Santiago Maior, pelo que a área efectiva do prédio, no que à parte rústica diz respeito, é de 531,6975 ha e não 657,5725 ha. Verba n.º 8 1/3 do prédio “urbano” situado à “Herdade do Monte Carril”, sito na freguesia de Santiago Maior, descrito na Conservatória do Registo Predial de Beja sob a ficha n°. 00732/070292, c/ a área de 172 m2., pelo valor (base de licitação) de 420,00 € Verba n.º 9 1/3 do prédio “urbano” situado à antiga “Herdade da Torre de Carrilho”, sito na freguesia de Santiago Maior, descrito na Conservatória do Registo Predial de Beja sob a ficha n°. 00727/070292, c/ a área de 189 m2., pelo valor (base de licitação) de 455,00 € Verba n.º 10 1/3 do prédio “urbano” denominado “Herdade da Chanoca”, sito na freguesia de Santa Vitória, descrito na Conservatória do Registo Predial de Beja sob a ficha n°. 00327/070292, c/ a área de 200 m2., pelo valor (base de licitação) de 490,00 € Para efeito da apresentação das propostas, os bens podem ser vistos mediante marcação pelos telefones 218406953 ou 917247040. REGULAMENTO: – As propostas serão remetidas, até ao dia 12/11/2012, que inclui a data do registo de expedição dos CTT, remetidas em envelope fechado, por sua vez introduzido em carta registada, dirigida ao Liquidatário Judicial da falência de JOSE MARIA DA COSTA MIRA ALMODOVAR, Florentino Matos Luis, com escritório na Avenida Almirante Gago Coutinho, n°. 48-A, 1700-031 LISBOA, Telef. 218406953. – As propostas deverão ser de valor igual ou superior ao de base de licitação e deverão conter: nome ou denominação completa da entidade proponente; morada ou sede social; número de contribuinte ou de pessoa colectiva; representante, em caso de pessoa colectiva, indicação de telefone e/ou fax de contacto e valor oferecido por extenso, bem como a identificação da(s) verba(s) a que se reporta(m). – A abertura das propostas realizar-se-á no dia 15/11/2012, pelas 15H00, no Tribunal Judicial de Beja, perante o Liquidatário Judicial e a Comissão de Credores, onde deverão comparecer os proponentes, condição para que as s/ propostas sejam aceites. Serão excluídas as propostas que não contenham todos os elementos solicitados. – Desde que exista mais que um proponente com propostas válidas serão os mesmos convidados a licitarem entre si a compra dos bens, cujo valor base de licitação será o da melhor proposta recebida, o que se fará nas mesmas instalações pelas 15H30 do referido dia 15/11/2012. – Se os bens identificados sob as verbas n.°s 1, 2, 3, 4, 5, 8, 9 e 10 forem adjudicados, o promitente comprador entregará um cheque no valor de 20% do preço, devendo fornecer no prazo de 8 (oito) dias os seguintes documentos: Certidão do Registo Comercial (caso de pessoa colectiva); fotocópia do cartão de pessoa colectiva ou n°. fiscal de contribuinte; Bilhete de Identidade do comprador ou do representante da pessoa colectiva; – No que concerne às verbas n.°s 1, 2, 3, 4, 5, 8, 9 e 10, também se recebem propostas por valor inferior ao anunciado, no entanto, caso tal se venha a verificar, estas ficam condicionadas à aceitação da Comissão de Credores. – A competente escritura de compra e venda será realizada no prazo máximo de 60 dias, após a data da licitação, em dia, hora e local a notificar ao comprador, devendo este, até 10 dias antes da celebração da mesma depositar à ordem da massa falida na C. G. D. o valor remanescente ainda em falta. – Se não for possível realizar a escritura por razões imputáveis ao promitente comprador, este perderá o sinal entregue. – Serão de conta do comprador todos os encargos legais decorrentes da compra, designadamente o IMT, escritura e registos. São igualmente por conta do comprador os encargos de emolumentos com o cancelamento dos ónus existentes. – Caberá ao Meritíssimo Juíz do processo de falência, a resolução de todas e quaisquer questões surgidas, que não estejam contempladas no presente regulamento. O Liquidatário Judicial Florentino Matos Luís
AVISO Nos termos do n.° 2 do artigo 78.° do Decreto-Lei n.° 555/99, de 16 de Dezembro, na redação que lhe foi conferida pelo Dec-Lei n.° 26/2010, de 30 de março, torna-se público que a Câmara Municipal de Cuba emitiu, em 24 de outubro de 2012, o alvará de Licenciamento de Loteamento n.° 1/2012, em nome de José Francisco Relíquias Marques e outros, contribuinte n.° 104620749, através do qual é licenciado o loteamento que incide sobre o prédio urbano sito na Rua Nova, n.°(s) 11,13, 15, lugar de Albergaria dos Fusos, da freguesia de Vila Ruiva, descrito na Conservatória do Registo Predial de Cuba sob o n.° 959, e inscrito na matriz predial urbana sob o art.° n.° 761, da respetiva freguesia. A operação de loteamento cujo licenciamento foi aprovado por deliberação de Câmara de 26/09/2012, respeita o disposto no Plano Diretor Municipal e apresenta, de acordo com a planta que constitui o anexo 1, as seguintes características: Área total de terreno a lotear 935,10m2 Área total dos lotes: 935,10m2 Área total de construção: 202,40m2 Número de lotes constituídos: 2, Número de pisos acima da cota de soleira: 1 Número de lotes para habitação: 2 Alvará de loteamento sem obras de urbanização. Paços do Município de Cuba, 24 de Outubro de 2012. O Presidente da Câmara Municipal Francisco António Orelha
Diário do Alentejo n.º 1593 de 02/11/2012 Única Publicação
Diário do Alentejo n.º 1593 de 02/11/2012 Única Publicação
SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DE ALJUSTREL
CONVOCATÓRIA Nos termos do disposto no n.º 1 do Artigo 30º do Compromisso da Santa Casa da Misericórdia de Aljustrel e n° 2 do Artigo 59 do Decreto Lei 119/83 de 25 de Fevereiro, convoco os Irmãos a reunirem em Assembleia Geral Ordinária, no dia 15 de Novembro de 2012, pelas dezanove horas e trinta minutos , no Edifício do Lar do Jardim sito na Avenida 1° de Maio, em Aljustrel, com a seguinte ordem de trabalhos: 1 - Período de antes da ordem do dia. 2 - Apreciação e votação da Conta de Exploração Previsional e Orçamento de Investimentos, para o ano de 2013. 3 - Outros assuntos de interesse para a SCMA. Nos termos do n.° 2 do Artigo 28.° do Compromisso da Misericórdia, se à hora marcada não estiver presente maioria legal, a sessão terá lugar meia hora depois, em segunda convocatória, com qualquer número de irmãos. Nota: Os documentos a apreciar, respeitantes ao ponto 2 da ordem de trabaIhos poderão ser consultados na sede Social da Instituição a partir de 12/11/2012 das 9h00 às 17h00. Aljustrel, 30 de Outubro de 2012. O Preidente da Assembleia Geral Luís Maria Bartolomeu Afonso da Palma
UNIÃO DOS SINDICATOS DO DISTRITO DE BEJA/CGTP-IN
CONVOCATÓRIA Nos termos do número 1 do artigo 29º e para efeitos do disposto na alínea d) do artigo 25º.dos Estatutos e conforme deliberação da Direcção já comunicada aos Sindicatos filiados, convoca-se o Plenário Eleitoral da União dos Sindicatos do Distrito de Beja/CGTP-IN, para reunir, em sessão ordinária, no dia 08 de Dezembro de 2012 pelas 09,00 horas, nas instalações do SINDICATO DA INDUSTRIA MINEIRA, Largo do Mineiro, nº 15 – 7600 ALJUSTREL com a seguinte: ORDEM DE TRABALHOS 1. Discussão e deliberação sobre o regulamento de funcionamento do Plenário Eleitoral; 2. Discussão e deliberação sobre o Programa de Acção para o quadriénio 2012/2016; 3. Eleição dos Órgãos Dirigentes da USDBEJA/ CGTP-IN para o quadriénio 2012/2016. Beja, 13 de Agosto de 2012 A Direcção
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saúde
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Análises Clínicas
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Dr.ª Heloisa Alves Proença Médica Dentista Directora Clínica da novaclinica
Laboratório de Análises Clínicas de Beja, Lda. Dr. Fernando H. Fernandes Dr. Armindo Miguel R. Gonçalves Horários das 8 às 18 horas; Acordo com beneficiários da Previdência/ARS; ADSE; SAMS; CGD; MIN. JUSTIÇA; GNR; ADM; PSP; Multicare; Advance Care; Médis FAZEM-SE DOMICÍLIOS Rua de Mértola, 86, 1º Rua Sousa Porto, 35-B Telefs. 284324157/ 284325175 Fax 284326470 7800 BEJA
Cardiologia
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RUI MIGUEL CONDUTO Cardiologista - Assistente de Cardiologia do Hospital SAMS CONSULTAS 5ªs feiras CARDIOLUXOR Clínica Cardiológica Av. República, 101, 2ºA-C-D Edifício Luxor, 1050-190 Lisboa Tel. 217993338 www.cardioluxor.com Sábados R. Heróis de Dadrá, nº 5 Telef. 284/327175 – BEJA MARCAÇÕES das 17 às 19.30 horas pelo tel. 284322973 ou tm. 914874486
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Assistente graduado de ginecologia e obstetrícia
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Consultas às 6ªs feiras na Policlínica de S. Paulo Rua Cidade S. Paulo, 29 Marcações pelo telef. 284328023
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DR. J. S. GALHOZ
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meio aquático
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Luís Payne Pereira
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Medicina dentária
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Dermatologia
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Clínica Geral
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Médico pela Ordem
Chefe de Serviço de Oftalmologia do Hospital de Beja
Técnica de Prótese Dentária
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Obesidade
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Vários Acordos
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23 Diário do Alentejo 2 novembro 2012
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24 Diário do Alentejo 2 novembro 2012
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“Num contacto de serviço que tive hoje, pelas três horas da manhã, com a estação, recebi a triste notícia da inesperada morte do meu Mestre, Camarada e Amigo António Simenta de Carvalho. Iniciou a sua actividade na Corporação de Pilotos do Douro e Leixões em 20 de Maio de 1958. Foi o Piloto nomeado pela Comissão Central para iniciar os serviços da Secção de Pilotagem no futuro Porto de Sines, em 1976, por ter manifestado vontade para tal. M a n teve - s e n o a c t i vo a té a o d i a 2 2 d e Ju l h o d e 19 9 1 , a l t u r a e m q u e c o m p l e to u 6 5 a n o s d e i d a de e, muito contra a sua vontade, teve de se reformar. Foi um Homem bom, extremamente educado, sério e de trato fácil, com quem tive o privilégiode aprender os primeiros passos na actividade, sempre pronto a esclarecer as inúmeras dúvidas com que se depara quem está a iniciar uma carreira. Foi-se o Homem, ficou o legado. Não tenho a mínima dúvida que a ‘escola’ Simenta de Carvalho prevalece e prevalecerá nesta PLT. A ‘arte’ tem sido passada aos que se lhe tem seguido. Este Porto deve-lhe muito. Mantinha a vontade de estar actualizado. Sempre que nos encontrávamos, o que acontecia inúmeras vezes, o tema principal da conversa era a Pilotagem. Queria ter conhecimento de tudo que se passava ao nível das novas tecnologias, dos desenvolvimentos das ‘ajudas’ à actividade, dos relatórios dos congressos internacionais. Ainda há poucos dias, quando o vi pela última vez, me lembrou que estava em falta com ele por não lhe ter feito chegar as conclusões do Congresso da International Maritime Pilots Association, que se realizou em Londres no início deste mês. Foi meu ‘conselheiro’ nas horas más que a Pilotagem nacional passou, com a sua experiência de largos anos. Nunca o esquecerei. Paz à sua alma” João Francisco de Amorim Carvalho Chefe dos Pilotos de Sines. de Sines. A família agradece todas as manifestações de solidariedade e pesar neste momento de dor.
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25 Diário do Alentejo 2 novembro 2012
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SANTA CLARA DE LOUREDO / BEJA
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†. Faleceu o Exmo. Senhor
†. Faleceu a Exma. Senhora
JOAQUIM ANTÓNIO BICHO, de 86 anos, natural de Salvador - Beja. O funeral a cargo desta Agência, realizou-se no passado dia 26 de Outubro, das Casas Mortuárias de Beja, para o cemitério desta cidade.
D. MARIANA VITÓRIA BRAVO PAQUETE, de 71 anos, natural de Ferreira do Alentejo, viúva. O funeral a cargo desta Agência, realizou-se no passado dia 27 de Outubro, da Casa Mortuária da Mina da Juliana, para o cemitério de Santa Vitória.
†. Faleceu a Exma. Senhora D. MARIA CUSTÓDIA SILVA, de 85 anos, natural de Trindade - Beja, viúva. O funeral a cargo desta Agência, realizou-se no passado dia 27 de Outubro, de Casa Mortuária da Trindade, para o cemitério local.
†. Faleceu a Exma. Senhora D. MARIA BOLOTINHA, de 91 anos, natural de Marrocos, viúva. O funeral a cargo desta Agência, realizou-se no passado dia 27 de Outubro, da Casa Mortuária de Santa Clara do Louredo, para o cemitério de Beja.
†. Faleceu a Exma. Senhora D. MARIA DE ALMEIDA MATOS, de 81 anos, natural de São Teotónio - Odemira, viúva. O funeral a cargo desta Agência, realizou-se no passado dia 27 de Outubro, da Casa Mortuária de Beringel, para o cemitério local.
MOMBEJA
VILA ALVA / ALFUNDÃO
FIGUEIRA DE CAVALEIROS
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†. Faleceu o Exmo. Senhor
†. Faleceu a Exma. Senhora
JOSÉ CARLOS INOCÊNCIO GONÇALVES, de 82 anos, natural de Mombeja - Beja, viúvo. O funeral a cargo desta Agência, realizou-se no passado dia 27 de Outubro, da Casa Mortuária de Mombeja, para o cemitério local.
D. MARIA JÚLIA SOARES, de 77 anos, natural de Alfundão Ferreira do Alentejo, viúva. O funeral a cargo desta Agência, realizou-se no passado dia 28 de Outubro, da Casa Mortuária de Vila Alva, para o cemitério de Alfundão.
†. Faleceu a Exma. Senhora D. CONCEIÇÃO DA GRAÇA SALGADO DOS SANTOS, de 80 anos, natural de Figueira dos Cavaleiros Ferreira do Alentejo, casada com o Exmo. Sr. João José Santana. O funeral a cargo desta Agência, realizou-se no passado dia 28 de Outubro, da Casa Mortuária de Figueira de Cavaleiros, para o cemitério local.
†. Faleceu a Exma. Senhora D. AURA DA GLÓRIA BARROS DA COSTA, de 80 anos, natural de São Sebastião - Lagos, viúva. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 30 de Outubro, das Casas Mortuárias de Beja, para o cemitério de Ferreira do Alentejo, onde foi cremada.
†. Faleceu o Exmo. Senhor SR. FRANCISCO JOSÉ TORRÃO, de 86 anos, natural de Beringel - Beja, casado com a Exma. Sra. D. Margarida D'Assunção Matias. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 30 de Outubro, da Casa Mortuária de Trigaches, para o cemitério local.
NOSSA SENHORA DAS NEVES
BEJA / CORTE DO PINTO
BEJA
NOSSA SENHORA DAS NEVES
†. Faleceu o Exmo. Senhor
†. Faleceu a Exma. Senhora
SR. JOSÉ CARLOS BARROCAS DUARTE, de 47 anos, natural de Nossa Senhora das Neves - Beja, casado com a Exma. Sra. D. Elisabete Maria Beirão Barbancho Duarte. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 30 de Outubro, de Casa Mortuária de Nossa Senhora das Neves, para o cemitério local.
D. BÁRBARA MARIA EUGÉNIO, de 66 anos, natural de Salvador - Serpa, solteira. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 31 de Outubro, das Casas Mortuárias de Beja, para o cemitério de Corte do Pinto - Mértola
†. Faleceu o Exmo. Senhor SR. JOAQUIM DOS SANTOS PAULINO CASACA, de 69 anos, natural de Beringel - Beja, viúvo. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 01 de Novembro, das Casas Mortuárias de Beja, para o cemitério desta cidade.
†. Faleceu o Exmo. Senhor SR. FLORÊNCIO ROSA DAVID, de 77 anos, natural de Santa Maria da Feira Beja, casado com a Exma. Sra. D. Custódia de Jesus das Neves. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 01, da Casa Mortuária de Nossa Senhora das Neves, para o cemitério local.
Às famílias enlutadas apresentamos as nossas mais sinceras condolências.
Moura PARTICIPAÇÃO
João Palma Gomes É com pesar que participamos o falecimento do sr. João Palma Gomes ocorrido no dia 28/10/2012, de 80 anos, casado com a sra. D. Georgina dos Santos Ricardo, natural da freguesia de Aldeia Nova de São Bento. O funeral a cargo desta agência realizou-se no dia 29/10/2012, pelas 12 horas, da Casa Mortuária de Moura para o cemitério local. Apresentamos à família as cordiais condolências.
AGÊNCIA FUNERÁRIA SERPENSE, LDA Gerência: António Coelho Tm. 963 085 442 – Tel. 284 549 315 | Rua das Cruzes, 14-A – 7830-344 SERPA
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AGRADECIMENTO MISSA
Aldeia de Ruins – Ferreira do Alentejo AGRADECIMENTO E MISSA DE 30.º DIA
Vidigueira AGRADECIMENTO
António Luís Teixeira N. 14/05/1923
Ana Maria Doutor Caetano
José Fernando Ravasco da Palma Guerreiro 3.º Ano de Eterna Saudade
A sua família participa a todos as pessoas de suas relações e amizade que será celebrada missa pelo eterno descanso do seu ente querido no dia 03/11/2012, sábado, pelas 18 e 30 horas, na Igreja do Carmo, em Beja, e agradece desde já a todos os que nela participarem.
Flora de Carvalho Sua filha, genro e netos agradecem reconhecidamente a todas as pessoas que se dignaram assistir ao funeral da sua ente querida ou que de outra forma manifestaram o seu pesar. Agradecemos de uma forma muito particular a todos os funcionários da Casa de Repouso Henry Dunant, em Beja (Cruz Vermelha Portuguesa), pelo apoio e carinho demonstrados de forma tão calorosa e humana durante a sua estadia na instituição. Será celebrada missa pelo seu eterno descanso no dia 08/11/2012, quinta-feira, às 18 e 30 horas, na Igreja do Carmo, em Beja.
Nasceu a 22.03.1929 Faleceu a 29.10.2012 Sua família, na impossibilidade de o fazer pessoalmente, agradece por este meio a todas as pessoas que a acompanharam à sua última morada ou que de outro modo manifestaram o seu pesar.
F. 12/10/2012
Agradecemos a todos os familiares e amigos que neste doloroso momento nos acompanharam e deram força. Emília Simenta de Carvalho Teixeira Maria Paula de Carvalho Teixeira
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É a percentagem de leitores de jornais que no distrito de Beja todas as semanas leem o “Diário do Alentejo” na sua versão papel. No Facebook, todos os dias, mais de 4 000 leitores seguem a atualidade regional na página do “DA”.
Fonte: Marktest. Relatório de resultados da imprensa regional no período compreendido entre abril de 2010 e março de 2011
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Há cerca de uma semana que o salão Laura Fish SPA, sediado em Beja, acolheu os chamados peixes Garra Rufa. Descobriu-se há uns anos atrás as propriedades curativas destes peixes que são procurados por gente de todo o mundo em busca de uma solução para os mais diversos problemas de pele. A sua função de descamação é instintiva e extremamente agradável. O Garra Rufa não possui dentes e alimenta-se exclusivamente das peles mortas por um efeito de sucção delicada. O salão Laura tem agora um amigo que cuida de si através de uma experiência única de tratamento e beleza que esta maravilhosa invenção da natureza oferece.
27 Diário do Alentejo 2 novembro 2012
Peixe Garra Rufa em Beja
Empresas Mercado automóvel enfrenta “a maior crise de sempre”
Nu N uma m aalturaa em q que uee os hip per erm meerrccad ados ados os se impu im pu p unh haam m com om fiirrme meza meza za, a eem mp prresa es fa es f miiliar ar asso soci so cio ou u-se -se à ceent ntra ral a d com de om o m as Cod mpras delpo or ((d det etent t to toraa d daa in nsígggn niaa Expe Ex xp peertt em Po Port rtu ugal al), perrm mit mit itind do sus do uste ust tent tent ntar ar on neegóci c o com um umaa ga gama ma ma maiss alaarg ma rgad ada de pro rod dutto du o oss a pr preç e os os co om mpetiti t vo os. s.
O empresário bejense António Chícharo considera que o mercado automóvel enfrenta atualmente a maior e a mais longa crise de que há memória, não sendo previsível a sua solução a curto prazo. “A crise ainda vai continuar, porque além de ser económica e financeira, é também uma crise política e de valores. Os nossos políticos não têm instrumentos nem capacidade de resolver a quebra que se sente nesta altura no mercado automóvel”, refere o responsável pela empresa concessionária da Toyota no distrito de Beja e presidente da Associação Nacional das Empresas do Comércio e da Reparação Automóvel (Anecra).
Adega de Vidigueira quer aumentar exportação de vinhos
As marcas ainda são importantes
É fundamental regressarmos ao comércio tradicional A Davide & Filhos, Lda, mais conhecida como a loja Expert, fundada há uma década com a abertura de uma loja em Ferreira do Alentejo, inaugurou em 2012 um novo espaço em Beja. A operar desde 1990, a empresa reagiu às exigências do mercado em 2003 com a abertura de um ponto de venda, separando assim o comércio da assistência técnica. Publireportagem Sandra Sanches
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Davide & Filhos, Lda, empresa familiar constituída por dois sócios e dois colaboradores, é especializada no comércio e assistência técnica de eletrodomésticos, informática, eletrónica de consumo e climatização, bem como ar condicionado e energias renováveis, frio industrial, equipamento hoteleiro e artigos para o lar. Atualmente é o elevado sentido de honestidade e responsabilidade com foco na satisfação da necessidade do cliente que sustenta um modelo de negócio com mais de 20 anos de experiência. O facto de ser também um concessionário de assistência técnica autorizada de várias marcas, segundo refere Ricardo Ribeiro Alves, gerente comercial e sócio, “permite-nos um serviço pós- venda de excelência com conhecimentos técnicos profundos sobre os artigos, o que se traduz numa vantagem diferenciadora para o cliente no momento da decisão de compra”. Considerando apenas as vendas,
atualmente a Expert concentra um maior número de clientes no concelho onde está sediada, Ferreira do Alentejo, onde é líder de mercado. No entanto, a proximidade dos concelhos de Aljustrel e Beja faz com que os mesmos surjam na segunda e terceira posição do volume de vendas, embora a recente inauguração da Expert em Beja esteja a inverter rapidamente esta ordenação. Por outro lado, considerando os clientes de assistência técnica, a concessão autorizada de algumas marcas fez com que o território geográfico de ação se alargasse, abrangendo clientes de Troia a Odemira, numa faixa que se prolonga por todo o interior até aos limites da fronteira. Detentores de vários canais de comunicação, têm também clientes do ramo privado, empresarial e imobiliário em todo o território nacional, com mais ênfase no Algarve, Grande Lisboa, Santarém e Grande Porto. A ameaça das grandes superfícies comerciais, parece não passar de um mito para a Expert. “A realidade é que os preços flutuam quase diariamente e é mais difícil ao comércio tradicional ou a retalho atualizá-los por uma questão de disponibilidade dos recursos humanos absorvidos nas tarefas de gestão”, afirma Ricardo Alves, adiantando que, “por outro lado, a demora na competitividade do comércio tradicional face à distribuição moderna fidelizou o consumidor às grandes superfícies, onde os ‘produtos âncora’ alavancam a compra por impulso de outros artigos muitas vezes mais caros que no comércio tradicional. Não há dúvida de que o surgimento da grande
distribuição em Portugal surpreende os clientes com a quantidade de artigos em exposição, bem como com as marcas brancas, mais baratas embora de qualidade inferior, mas que agarram o consumidor. No ramo dos eletrodomésticos, à semelhança dos automóveis, as marcas ainda são muito importantes”. Segundo o lema da Expert, a proximidade com o cliente permite oferecer um serviço de “valor acrescentado”, satisfazendo a sua real necessidade - a dificuldade reside, muitas vezes, em perceber qual o produto que melhor serve. Ricardo Alves refere que “a nossa experiência e posição no mercado permite-nos afirmar que as opções de investimento a médio ou longo prazo são mais inteligentes; mais do que nunca é importante preferir produtos com ciclos de vida longos de forma a valorizar o esforço de compra”. É inegável que, face à conjuntura económica do País, já se viveram dias melhores, mas, para esta empresa, há também muito alarmismo em torno deste assunto. A Expert acredita que existem grandes assimetrias sociais resultantes de uma gestão menos boa dos orçamentos familiares, entre outras variantes, o que provocou uma “morte lenta” do comércio de proximidade. E afirma ser importante, mais do que nunca, olhar-se para os restantes países da Europa e regressarmos ao comércio tradicional, mais sustentável, que promove empregos estáveis e melhor remunerados, e preserva a unidade familiar, numa lógica de protecionismo económico regional.
A Adega Cooperativa de Vidigueira, Cuba e Alvito (Acvca) quer aumentar a exportação de vinhos, reforçando vendas para mercados onde já atua, sobretudo Angola, e conquistando novos, como o Canadá, para onde prepara uma primeira encomenda. “O volume de vinhos exportados pela adega é baixo em relação ao desejável” e por isso “queremos, claramente, aumentar o volume de exportação dos nossos vinhos”, refere o presidente da Acvca, José Miguel de Almeida. Para tal, explicou, a adega, para já, quer “consolidar e reforçar” a presença nos mercados para os quais já exporta, nomeadamente Angola, o mercado “mais emblemático”, e “conquistar novos mercados”, como o Canadá.
I Encontro de Produtores de Vinho da Costa Alentejana Foi no passado dia 26 de outubro, na Herdade das Barradas da Serra, em Grândola, que se reuniram vários produtores de vinho da costa alentejana, com o objetivo de dar a conhecer a qualidade dos vinhos produzidos na região. O evento, promovido pela Entidade Regional de Turismo do Alentejo Litoral e pela Associação de Desenvolvimento do Litoral Alentejano, contou com a participação de um vasto leque de produtores vitivinícolas da região, nomeadamente Herdade do Brejinho, Herdade do Cebolal, Herdade da Comporta, Herdade das Cortes de Cima, Herdade da Monteira, Herdade dos Nascedios, Herdade do Porto Carro, Herdade das Soberanas, Monte da Serenada e Pinheiro da Cruz. Com o destaque da “Costa Alentejana”, o primeiro encontro sobre os vinhos produzidos no seu território revelará mais um segmento da sua vocação turística com ofertas de grande qualidade.
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Serpa revisita o mundo de Matilde Rosa Araújo
Pais
A páginas tantas... Já tínhamos falado de Shaun Tan a propósito dos livros A Árvore Vermelha e Contos dos Subúrbios, mas chegou recentemente às livrarias pelas mãos da editora Kalandraka um novo livro do mesmo autor que se chama A Coisa Perdida. Duas personagens um tanto bizarras, um rapaz e uma “coisa perdida”. O autor e ilustrador apresentanos uma diferente e melancólica narrativa sobre a diferença e a amizade, num cenário completamente futurista e industrializado. Em 2011 o autor ganhou o Óscar de Melhor Curta Metragem de Animação com o filme “The lost thing” a partir deste livro. Podes ver um pouco a partir deste link http://www.youtube.com/ watch?v=wExXAFx6dZQ
Como fazer um ovo cozido em forma de coração.
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É inaugurada no próximo dia 13 a exposição intitulada “Matilde Rosa Araújo – O Destino das Fadas”, que estará patente ao público até ao dia 15 de dezembro, na Biblioteca Municipal Abade Correia da Serra, em Serpa. A entrada é gratuita e convidam-se as escolas e os pais a aventurarem-se nesta viagem evocativa da vida e obra da escritora. A exposição foi cedida pela Sociedade Portuguesa de Autores. Para visitas guiadas é necessário uma inscrição prévia. O horário é de terça-feira a sábado, das 10 às 13 horas e das 14 e 30 às 19 horas.
À solta Agora que se aproxima o Dia de São Martinho as duas próximas páginas serão dedicadas a esta celebração que marca o início do outono. E porquê São Martinho? Conta a lenda que certo dia um soldado romano chamado Martinho estava a caminho da sua terra natal. O forte frio que se fazia sentir quase regelava os ossos. Ao ver um mendigo cheio de frio, Martinho rasgou a sua capa em duas partes oferecendo uma delas. Nesse mesmo instante o frio parou e o tempo aqueceu. Lenda ou não a verdade é que ainda hoje por essa altura o tempo brinda-nos com um sol morno que apetece tirar a roupa. A este tempo chamamos-lhe verão de São Martinho. É nesta altura que as castanhas e a água pé (vinho mais fraco) são ingredientes à mesa como manda a tradição.
Dica da semana Na semana passada prometemos falar um bocadinho da pintora Frida Kahlo a propósito da tradição mexicana do “Dia dos mortos”. Mas a obra desta pintora não se resume a isso, apesar de toda a sua vida estar envolta num grande dramatismo. Nasceu no México em 1907, vindo a falecer em 1954. Em criança foi vítima de uma doença que a obrigou a passar grande parte do tempo na cama e aos 18 anos sofreu um acidente gravíssimo que a deixou de novo sem poder andar. Toda esta angústia, tristeza e solidão acabaram por passar dos pincéis para as suas telas. Existe um livro (ainda não foi editado em português de Portugal) que explica aos mais pequenos a vida e obra desta artista. O livro foi escrito por Jonah Winter e ilustrado por Ana Juan. Podes conhecer mais um pouco desta ilustradora em http://www.anajuan.net/.
Letras O bairro da Estrela Polar
Boa vida Comer Sopa de bacalhau com ovos e ervas alentejanas
Filatelia Dia Mundial da Poupança com exposição
Ingredientes para 4 pessoas: 800 g. de bacalhau (de preferência postas e abas); 1,5 dl. de azeite; 1 pimento verde; 1,5 kg. de tomate maduro sem pele e sem sementes; 3 cebolas; 4 dentes de alho; q.b. de hortelã da ribeira; q.b. de poejos; 8 batatas grandes cortadas às rodelas não muito grossas; q.b. de sal grosso; 1 pão do dia anterior; 4 ovos. Confeção: Coloque um tacho ao lume com azeite, cebolas e alhos às rodelas e sal. Deixe alourar um pouco e junte o tomate esmagado com a mão. Adicione água suficiente para a sopa e quando começar a ferver junte as batatas. Quando estas estiverem quase cozidas, junte o pimento às tiras e o bacalhau. Por fim coloque os ramos de hortelã da ribeira e os poejos. Retifique o tempero a seu gosto. Retire um pouco de caldo para um tacho e escalfe os ovos. Numa terrina coloque o pão cortado às fatias finas. Tire para uma travessa o bacalhau e as batatas e na terrina coloque o caldo. Sirva de imediato e bom apetite.
António Nobre Chefe executivo de cozinha – Hotéis M’AR De AR, Évora
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stá a decorrer na sede do CCD do Hospital de Beja uma exposição de literatura filatélica subordinada ao tema “Poupança”. Esta é uma temática que tem muitos seguidores, tanto a nível nacional como internacional, havendo até alguns agrupamentos filatélicos especializados neste tema. À poupança também algumas instituições bancárias dedicam especial atenção, promovendo a realização tanto de manifestações filatélicas como de edição de obras literárias desta temática. Tempos houve em que a Caixa Geral de Depósitos se integrava neste último grupo. A organização da exposição editou um catálogo e um sobrescrito comemorativos, sendo este último franquiado com uma Etiqueta de Impressão de Franquia Automática E-Post ou SMD, que foi obliterada com a marca de dia da estação (principal) de correios da Beja. Matoso Galveias assina um interessante artigo dedicado ao tema, tendo escolhido para o iniciar o velho provérbio da nossa sabedoria popular: “A grão gastador, o muito não basta; e a grão poupador, o pouco sobeja”. Sobre o assunto, diz Matoso Galveias: “Em Portugal, a dinamização deste dia surgiu em 1969 de uma forma contínua, embora viesse a ser comemorado com medidas avulsas quase sempre levadas a cabo, individualmente, por alguns bancos dedicados à pequena poupança (...)”. Diz o autor que “em termos filatélicos e, especificamente no que se refere a poupança em 31/10/1994, foi emitida uma série de um único selo de 100 escudos dedicada ao Dia Mundial da Poupança. Contudo, outras emissões há que poderão facilmente ser incluídas no tema, como sejam por exemplo: em 19/11/1946, o Centenário do Banco de Portugal; em 22/9/1954, a emissão do 150.º Aniversário da Fundação de Secretaria de Estado da Fazenda; em 19/5/1964, a emissão do Centenário do Banco Nacional Ultramarino; em 29/10/1976,
o Centenário da Caixa Geral de Depósitos; em 31/10/1994, a emissão do 150.º Aniversário da Caixa Económica Montepio Geral; em 12/11/1996, a emissão dos 150 Anos do Banco de Portugal; em15/3/1999, a emissão Euro – A Nova Moeda Europeia; em 2/1/2002, a emissão do Euro (...). A Caixa Geral de Depósitos (CGD) desde 1971 vem dedicando ao tema alguns carimbos, flâmulas e franquias mecânicas, tendo realizado até, nas suas instalações, algumas manifestações filatélicas. Durante o período compreendido entre fevereiro de 1978 e dezembro de 1990 publicou 99 pagelas dedicadas ao tema poupança, apresentando emissões filatélicas de todo o mundo. Publicou ainda a pagela n.º 100 em agosto de 1992, sendo esta a última das pagelas por si publicadas. Publicou ainda vários ‘comunicados’ aos órgãos de informação, iniciados em março de 1976, onde informava sobre os carimbos comemorativos e flâmulas emitidas pela CGD. Em outubro de 1978 publicou uma pequena brochura intitulada ‘Lista de Carimbos Portugueses do Tema Poupança’, que foi distribuída gratuitamente pelo Gabinete de Relações Públicas da CGD, onde apresentou todos os carimbos comemorativos e flâmulas que foram produzidos pelos CTT, tanto no continente como nas antigas colónias. Resta acrescentar que o distinto filatelista António Silva Gama foi o consultor filatélico da Caixa Geral de Depósitos e o grande impulsionador de toda esta produção filatélica”. Lubrapex 2012 De 10 a 18 deste mês vai decorrer no Brasil a Exposição Luso-Brasileira de Filatelia - Lubrapex 2012, que este ano tem como país convidado o Uruguai. Deste certame, que é o maior em terras de língua portuguesa, daremos pormenorizada notícia na próxima semana. Geada de Sousa
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autor mourense Francisco Moita Flores acaba de lançar um novo livro que é a versão mais elaborada do argumento da série televisiva “O bairro”, ainda sem data de estreia prevista. Produzida pela TVI e protagonizada por Maria João Bastos, a série tem como referência o aclamado filme “Cidade de Deus”, de Fernando Meirelles, e as séries policiais norte-americanas (como “The wire”). O bairro da Estrela Polar é uma daquelas ilhas de prédios degradados que se avistam de Monsanto, em Lisboa. Desempregados, pequenos criminosos, gente que nasceu virada para o lado errado da lua, habitam o bairro onde, de resto, só sobem os viciados em droga. Além da polícia, claro. Volta e meia, a polícia fecha as ruas da Estrela Polar e é dia de rusga. Com jeito prende-se alguém que ande a pisar o risco. Com sorte, angaria-se a informação que conduza a outras prisões, de maior vulto. Moita Flores criou uma heroína, Diana, a qual, servida de dotes como a beleza e a inteligência, não esquece o drama que a fez crescer sozinha, nas ruas, esperando a oportunidade para se vingar. É ela que lidera o bando de pequenos criminosos da Estrela Polar e faz frente ao Dragão, o líder de um bando rival, com ganas de tomar conta do negócio do bairro. É ela também quem ajuda os mais pobres e a quem o padre recomenda que vá ao médico para perceber quantas pessoas há dentro dela. Moita Flores escreve com o estilo fluído que lhe é característico sobre uma realidade que conheceu bem no âmbito da sua atividade na Polícia Judiciária. O jargão sai-lhe de modo fluído e os diálogos ganham com isso. Maria do Carmo Piçarra
Francisco Moita Flores Casa das Letras 332 págs. 16,90 euros
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A Xiquinha foi encontrada abandonada a criar uma ninhada de cachorrinhos…foi recolhida por uma senhora, provisoriamente, para poder criar os bebés. Todas as crias foram adotadas através do Cantinho dos Animais mas a Xiquinha ainda não teve a sorte de encontrar uma família. É uma cadela de porte pequeno, meiga e sociável e não quer voltar para a rua ou ir para o canil…Já está esterilizada e será vacinada antes da adoção. Contatem o Cantinho dos Animais para ajudarem esta doce menina. Contactos: 962432844 sofiagoncalves.769@hotmail.com
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Tempestade Misteriosa lançado em Alvito
Tempestade Misteriosa, de Sofia Fontelonga, residente em Vila Nova da Baronia, vai ser lançado hoje, sexta-feira, a partir das 18 horas, na Biblioteca Municipal de Alvito. A obra descreve um “futuro imaginário” e um “novo planeta”, centrando-se nas personagens de um professor que dedicou toda uma vida a desvendar “um passado misterioso de tecnologias desconhecidas”, e da sua filha temerária, “que se viu embrenhada na teia das suas descobertas”. Um livro com três ingredientes fortes: guerra, ambição e poder.
Fim de semana “Brincar” com o desenho arqueológico em Beja
Comédia “anticrise” no Pax Julia em Beja A atriz veterana Florbela Queiroz e o diseur Nuno Miguel Henriques vão estar amanhã em Beja, no Teatro Municipal Pax Julia, para apresentar, a partir das 21 e 30 horas, o espetáculo “Crise, riso e Facebook”, uma coprodução entre o Teatro Azul e A Voz das Ideias. A peça, descrita como uma “mistura de técnicas teatrais” e uma “simbiose entre a crítica social e o humor contemporâneo”, integra vários “números hilariantes”, dos quais vale a pena destacar uma entrevista a um teledependente, “uma alentejana instruída e mulher a dias”, um “fado em chinês” ou ainda “uma visita de açorianos ao continente”. “Crise, riso e Facebook” é uma criação de Nuno Miguel Henriques, que também divide o palco com Florbela Queiroz, atriz que já conta com mais de 50 anos de carreira e que recentemente foi agraciada com a medalha de ouro da Câmara de Lisboa. E por ser uma produção que pretende “contrariar a crise”, os preços dos bilhetes prometem ser, também eles, “populares e anticrise”.
“Funçanada” recriada em São Bartolomeu da Serra Tocadores de concertina, acordeão e realejo estão todos convidados a participar hoje à noite, em São Bartolomeu da Serra, Santiago do Cacém, na recriação de uma “funçanada”. Trata-se de um baile à moda antiga, com início pelas 21 horas, e tem lugar na sala de convívio da Associação de Moradores de São Bartolomeu da Serra.
A Galeria do Desassossego/ VovóJoaquina promove amanhã, sábado, um workshop gratuito de iniciação ao desenho arqueológico, que surge no âmbito de uma parceria com a Trienal de Desenho “Desenha ‘12”. A sessão, que decorre entre as 14 e as 18 e 30 horas, é orientada por Rui Pinheiro e pretende “permitir a um público mais lato ter um primeiro contacto, quer com a arqueologia, ou pelo menos uma parte do trabalho arqueológico, quer com o desenho arqueológico de material”. Segundo o dinamizador, não é sua intenção “criar desenhadores, já que isso não se consegue ensinar num só dia”, mas apenas “dar a oportunidade, a um público sem nenhuma ligação à arqueologia, de experimentar ‘brincar’ com o desenho arqueológico”.
Certame secular decorre até amanhã, em Alvito Adiafa dão concerto em Estremoz Os bejenses Adiafa vão estar amanhã, sábado, em concerto no Até Jazz Café, em Estremoz, a partir das 23 horas. Depois de várias formações e três álbuns em nome próprio (“Adiafa”, “Tá o balho armado” e “Nã há vagar”), os Adiafa apresentam-se agora em palco com José Emídio, Tói “Marreco” Santos, Luís Espinho e João Paulo Sousa. E prometem não defraudar o que esteve na sua origem, há perto de 15 anos: “a divulgação e interpretação do cante campaniço baixo alentejano e a recuperação do seu instrumento tradicional – a viola campaniça”.
“Aviar-se” para o inverno na Feira dos Santos
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epois de Castro Verde, no terceiro fim de semana de outubro, a Feira dos Santos, em Alvito, afigura-se como a última oportunidade de “fazer o avio” para os meses frios que se avizinham. E para provar os frutos secos da praxe, quando chega novembro e se celebra o Dia de Todos os Santos. Já com cinco séculos de vida, o certame cumpre mais uma edição até amanhã, sábado (arrancou na quarta-feira, 31), no parque de feiras e exposições da vila, junto à entrada Sul e bem próximo da igreja de Santo António, oferecendo o cardápio do costume – frutos secos, vestuário, utensílios agrícolas, artigos domésticos, música e gastronomia – e, por certo, os mes-
mos milhares de visitantes de vários pontos da região e do País. Como em anos anteriores, o mercado secular integra a Mostra de Produtos e Serviços Locais, que cumpre a sua 17.ª edição com cerca de quatro dezenas de expositores, entre o artesanato ao vivo e os produtos regionais. E propõe, para hoje ainda, música ao vivo com Abel Fava, na Tenda das Tasquinhas (21 horas). Amanhã, o dia derradeiro e também o mais forte em visitas, há atuação dos grupos corais do concelho, pelas 17 horas, seguindo -se, já noite feita (22 e 30 horas, na Tenda de Espetáculos) um concerto com Ana Malhoa. A noite prossegue com a festa After Hours, animada pelos DJ Vmax e Seven.
O Orçamento do Estado para 2013 (também conhecido como o Apocalipse em Excel) continua a ser alvo de discussão acalorada. Na última edição do “DA”, foi notícia o facto de, segundo o OE, cada habitante de Beja valer 300 euros. Contudo, segundo apurámos, esta é mais uma previsão inflacionada do Governo, como nos confirmou o especialista em economia paralela Alfredo Evasão Fiscal: “No mercado negro consegue-se arranjar um habitante de Beja a metade do preço. Na net também é fácil arranjar promoções excelentes. Ainda há dias era possível comprar dois bejenses pelo preço de um, ou comprar bejenses com pequenos defeitos como falar à sopinha de massa ou ter a pele encardida por andar à apanha da bolota”, afirmou, acrescentando que na época de saldos não é difícil encontrar a oferta de uma empregada de limpeza moldava na compra de quatro bejenses.
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a habitante oe 2013: cad e 300 euros de beja val cado negro (mas no mer e a metade arranjam-s eÇo) do pr
facebook.com/naoconfirmonemdesminto
Turismo do Alentejo avança com candidatura do porco doce do Luiz da Rocha a Património da Humanidade Há mais de duas horas que o Alentejo não manifestava a intenção de candidatar ícones da região a Património da Humanidade, até que a redação da nossa página foi surpreendida com um fax entregue por um pombo-correio dando conta da intenção de a Turismo do Alentejo avançar com mais uma candidatura junto da Unesco: depois do cante, do montado, da arte chocalheira das Alcáçovas, dos tapetes de Arraiolos, da tapeçaria de Portalegre, das festas do povo de Campo Maior, das jangadas de São Torpes, da imperial do Lebrinha, das ameijoas da Zambujeira, do pão de São Miguel do Pinheiro e da manteiga de cor de Ervidel, chegou a vez do porco doce do Luiz da Rocha. “O porco doce respeita a tradição de preservar a doçaria alentejana e contribui para o crescimento sustentável do pneu do alentejano. Disponível em tamanho pequeno e grande, esta iguaria terá em breve uma versão light e outra com sabor a tremoços e cerveja”, explica o relatório de candidatura do porco doce, todo feito em massapão e recheado com trouxas de ovos.
Media: Grupo angolano compra “Diário do Alentejo” e obriga Paulo Barriga a usar carapinha A vida continua difícil para os media portugueses que veem alguns dos seus títulos vendidos a empresas estrangeiras. Na passada semana foi anunciada a compra da Controlinveste por parte de um grupo angolano, do qual nunca se ouviu falar – a única coisa que se sabe realmente é que é dirigido por uma empresária cujo nome começa com um I, acaba em S, e no meio tem as letras, colocadas de forma aleatória, “sabel dos Santo”. Agora ficámos a saber que esta fúria compradora chegou também à nossa região – correspondente da nossa página no Bié apurou que este jornal irá ser comprado por angolanos e sofrerá duas transformações fundamentais: irá passar a chamar-se “Diário do Malanje” e Paulo Barriga será forçado a usar carapinha e a escrever editoriais laudatórios ao governo angolano, estando expressamente proibido de se referir a Cabinda. Além disso, estão previstas outras pequenas mudanças: o chefe Nobre só poderá fazer receitas de muamba, desde que não seja à moda de Cabinda; esta página passará a chamar-se Ripa na Rapaqueca e poderá fazer piadas sobre tudo menos o pau de Cabinda; a necrologia só poderá colocar fotos de falecidos da Unita, Bob Geldof e Pedro Rosa Mendes, desde que não tenham morrido em Cabinda; e a secção de filatelia fará uma evocação dos selos relativos aos caminhos de ferro angolanos, menos daqueles que passam por Cabinda. Tomámos, ainda, conhecimento de que as rádios de Beja serão igualmente compradas e rebatizadas: a Voz da Planicíe passará a designar-se Rádio Voz do Moxico e a Pax será renomeada Rádio Kuando-Kubango – ambas emitirão kizomba e o “Best of Bonga” 24 horas por dia.
Inquérito O aeroporto de Beja está sem voos há três meses. O que acha desta situação?
Cebal tenta descobrir o código genético do sobreiro: Comissão Nacional de Proteção de Dados já se insurgiu contra o que poderá ser uma devassa da vida privada de cada sobreiro É já a partir de 2013 que o Centro de Biotecnologia Agrícola e Agroalimentar do Baixo Alentejo (Cebal) irá fazer parte de um grupo de investigação que pretende descobrir o código genético do sobreiro. Todavia, este avanço científico está a ser visto com muita desconfiança e preocupação pela Comissão Nacional de Proteção de Dados (CNPD), que teme pela vida privada de cada árvore, e por alguns sobreiros, como nos revelou um exemplar que pediu anonimato: “Desde o abate ilegal de sobreiros relacionado com o caso Portucale – o nosso holocausto – que não andava tão nervoso… Se descobrirem o nosso código genético, como é que nos vamos proteger? O que é que esses cientistas têm a ver com o facto de eu enganar a minha mulher com um pinheiro-manso? Já viu se a máfia da cortiça tem acesso ao nosso código genético? O poder que vai ter sobre nós? As ameaças que nos faziam de nos contaminar com pragas de lagartas-do-sobreiro vão ser uma coisa de meninos…”, declarou-nos enquanto regava o seu eucalipto de estimação.
CLARISSE HOSSANA, 75 ANOS Colecionadora de helicópteros Puma Oh filho, fico muito triste! Eu ajudo da única maneira possível: rezando. A Assunção Cristas rezava por chuva para os agricultores… Eu rezo para que caia uma chuvada de aviões no nosso aeroporto – Antonov’s, Boeing’s, aviões de papel, Cessnas… Não neguem o poder da oração. Numa caminhada para Fátima senti-me com falta de açúcar no sangue, rezei e caiu uma chuvada de bombons Allegro. Agora ando a rezar por uma chuvada de Tonys Carreiras, mas até agora só cairam dois Davides Carreira. Tenho que insistir…
ROGÉRIO HEATHROW BARAJAS, 36 ANOS Blogger que acha que as pessoas fora de Lisboa só comem palha É por demais evidente que esse tipo de investimentos megalómanos dá sempre nestes buracos financeiros. Pelas minhas contas, cada passageiro do aeroporto de Beja fica mais caro do que uma sandes de caviar Beluga. Vejamos: se pegarmos no dinheiro investido e dividirmos pelo número de passageiros, e multiplicarmos pelo número de vezes que chamei ao aeroporto “elefante branco” e subtrairmos pelo número de vezes que lavei a boca no Elefante Azul na sequência das bacoradas que digo, verão que este empreendimento não tem pernas para andar!
CELESTINO INVESTIMENTO PÚBLICO, 28 ANOS Impulsionador do “Gangnam Style” na região É o resultado natural da falta de investimento na região. Isto só ia lá com uma autoestrada que ligasse Sines a Varsóvia, com seis faixas para cada lado, com uma linha de comboio integrada de bitola europeia, mais duas linhas de TGV, um teleférico de alta velocidade, sistema de teletransporte e carreiras recorrentes de neoliberais a transportar camponeses às cavalitas. Só assim se pode potenciar o aeroporto, o porto de Sines, o Alqueva e a indústria da sopa de alemece.
Nº 1593 (II Série) | 2 novembro 2012
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quadro de honra Fernanda Cunha retornou ao romance Levantado do Chão e fez encontrarem-se postumamente o escritor José Saramago e a filósofa Hannah Arendt. Num livro em que homenageia o Alentejo, através do seus “heróis improváveis”, gente comum, trabalhadora. Aqueles a quem, ontem como hoje, cabe tomar consciência do seu poder diante de uma nova ameaça de “um retorno ao chão”. A paisagem e a as palavras que lá estão – Levantado do Chão, um romance político foi lançado na Fundação José Saramago, em Lisboa, no início de outubro.
Bióloga faz incursão na literatura
“Do Alentejo restarão apenas as pessoas e o seu poder” Este seu livro apresenta uma “interpretação política” do romance Levantado do Chão (1980), de José Saramago. Porquê este livro e esta abordagem?
O livro nasce da leitura de um outro, Levantado do Chão (LC), o romance que lançou José Saramago definitivamente para um lugar distinto na literatura. LC é um livro de resistência, de reconstrução e de esperança, que destaca o valor do ser humano e convoca a consciência coletiva para a viabilidade do mundo. Tão fundamental nos dias de hoje. O escritor resgata do esquecimento os trabalhadores rurais alentejanos, esses heróis improváveis, expressão de Soromenho-Marques, tornando possível a todos nós conhecer e compreender tempos que, sendo outros, poderão vir a ser os nossos. Heróis improváveis, porque sendo a parte mais fraca, alvo fácil das injustiças e opressões, atreveram-se a erguer-se do chão para ganhar um lugar no mundo. Heróis, porque foram capazes de uma revolução. Não a dos Cravos, porque essa é devida aos capitães de Abril, mas a Revolução dos Nomes, assim tomo a liberdade de lhe chamar. Os trabalhadores rurais, desprovidos de propriedade e de identidade, negadas pelas regras do latifúndio, conseguiram desequilibrar o sistema, declarado eterno, e fazer valer os seus nomes. Esses nomes que a PIDE ferozmente perseguia e combatia. No mundo democrático, a questão dos nomes é fundamental, por isso o capítulo que encerra o meu livro é dedicado aos nomes e à importância da distinção. Nas parábolas, nas metáforas, nas alegorias, no sarcasmo, na intensidade do léxico, nos discursos intercruzados, até nos silêncios de LC, sente-se o respirar do Alentejo. PUB
Fernanda Cunha 48 anos, natural de Lisboa Lisboeta mas “alentejana de coração”, é licenciada em Biologia e mestre em Filosofia da Natureza e do Ambiente, interessando-se pelas questões filosóficas e políticas subjacentes à perceção da paisagem e à condição humana. Trabalha no Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, colabora com o Instituto de Estudos de Literatura Tradicional e é atual presidente da Assembleia de Freguesia de Garvão, Ourique. Saramago homenageia o Alentejo e eu, através dele, presto também a minha homenagem ao Alentejo. O que resta hoje desse Alentejo?
O Alentejo sufoca com o isolamento que toda a interioridade está a sofrer
neste momento. Tem perdido escolas, centros de saúde, transportes públicos e outros serviços sociais que garantem a igualdade na cidadania. Cai sobre o Alentejo nova ameaça, a extinção de freguesias, que virá ferir de morte a igualdade e representatividade políticas. Do Alentejo restarão apenas as pessoas. Mas são precisamente elas que têm o poder. A força do povo que Saramago e Arendt nos testemunham. É preciso reaprendermos a capacidade de fazer política pois as respostas, e cito Arendt, “são dadas diariamente no âmbito da política prática, sujeitas a acordo de muitos, jamais poderiam basear-se em considerações teóricas ou na opinião de uma só pessoa, como se se tratasse de problemas para os quais só existe uma solução possível”. Como e porquê se cruzam, nesta obra, a literatura de Saramago e o pensamento da filósofa alemã Hannah Arendt?
Saramago e Arendt são contemporâneos, embora nunca se tenham encontrado. Arendt morreu em 1975, no ano em que acontece o “dia levantado e principal” que encerra LC. Arendt refletiu sobre questões como a violência, a autoridade e o poder, e é autora de conceitos e categorias que ajudam a pensar a condição humana. Na perspetiva arendtiana, a paisagem de Saramago é o espaço da reconciliação política e LC a história de um milagre político. A comunhão clara entre o romance de Saramago e a filosofia de Arendt confirma a universalidade e a atualidade da obra de ambos e ajuda-nos a perspetivar a nossa própria capacidade perante a ameaça de um retorno ao chão, para utilizarmos a metáfora de Saramago. Carla Ferreira
O tempo será de chuva ao longo de todo o fim de semana. O sol não deverá espreitar e as temperaturas oscilarão entre um mínimo de oito e um máximo de 20 graus centígrados.
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Carlos Campaniço vence Prémio Literário Cidade de Almada O romance original Os demónios de Álvaro Cobra, de Carlos Campaniço, natural de Safara, Moura, venceu o Prémio Literário Cidade de Almada 2012, entregue há dias no Fórum Municipal Romeu Correia, com o valor pecuniário de cinco mil euros. Escolhido entre 51 obras literárias originais, o romance foi atribuído por maioria relativa por um júri constituído por Luísa Costa Gomes, José Correia Tavares e Violante de Magalhães, representantes, respetivamente, da Câmara Municipal de Almada, Associação Portuguesa de Escritores e Associação Portuguesa dos Críticos Literários. Situada numa aldeia alentejana do século XX, a intriga gira em torno de Álvaro Cobra, “uma raridade da natureza, tido ora por santo, ora por bruxo”, num retrato de um Alentejo “intemporal e do inusitado caráter de um povo que se inventa a si mesmo”. Carlos Campaniço nasceu em 1973 e em 2007 publicou Molinos, o seu primeiro romance. Em 2009, edita A Ilha das Duas Primaveras, um romance histórico que tem o Mediterrâneo como cenário.
Baal17 estreia “O entertainer” em Serpa Com estreia marcada para o próximo dia 14, pelas 21 e 30 horas, no Cineteatro Municipal de Serpa, “O entertainer”, a partir de “El animador” (1972), do venezuelano Rodolfo Santana, é a mais recente produção da companhia Baal17. Uma peça descrita como “uma comédia frenética que traz ao de cima o lado mais negro da ‘realidade’ que nos entra todos os dias casa adentro através da caixa que mudou o mundo – a TV”. Os protagonistas são Carlos e Marcelo. O primeiro cresceu em frente ao Canal 9 e conhece a sua programação melhor que ninguém; o segundo é o próprio diretor do Canal 9 e responsável pelos seus conteúdos. A ação desencadeia-se quando Carlos, o espetador, rapta Marcelo e, ameaçando-o com uma pistola, vai obrigá-lo a vivenciar as ficções que criou para salvar a própria vida. Entre elas, “um novo final para uma novela de grande audiência, filmes policiais e de cowboys, publicidades enganadoras e concursos onde os concorrentes são levados ao limite da humilhação”, desvenda a companhia. “O entertainer” mantém-se em cena, no mesmo espaço e à mesma hora, nos dias 15, 16 e 17.