Chefe António Nobre
Estreias
Hoje há maionese de frango
As novas da Baal 17 e do Teatro Fórum
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SEXTA-FEIRA, 16 NOVEMBRO 2012 | Diretor: Paulo Barriga Ano LXXXI, N.o 1595 (II Série) | Preço: € 0,90
O “DA” paralisou na passada quarta-feira, pelo que os assinantes receberão o jornal um dia mais tarde
Mais de 85 por cento dos trabalhadores autárquicos aderiram à greve JOSÉ SERRANO
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D. António: O bispo que defende uma Igreja incómoda
Governo apaga 25 freguesias no distrito
A crise na comunidade cigana do Alentejo
Eram 100. E vão passar a ser apenas 75, as freguesias do distrito de Beja. Isto se o Parlamento aprovar a “proposta concreta” apresentada pelo Governo. Os protestos contra a revisão do mapa de Portugal não se fizeram esperar. E não olham a cores políticas e partidárias. págs. 10/11
Muitas vezes autoexcluem-se. A maior parte das vezes são marginalizados. A comunidade cigana do Alentejo não está em crise. A crise está permanentemente entranhada no seu próprio modo de vida e de subsistência. Uma reportagem entre os mediadores ciganos do distrito de Beja. págs. 16/17
A Igreja deve ser sempre incómoda para os poderes instituídos. Quem o afirma é D. António Vitalino Dantas, bispo de Beja, numa entrevista onde ataca frontalmente os políticos que fazem leis para se protegerem, que exigem austeridade ao povo mas que não dão o exemplo, que fazem asneiras mas não têm humildade para as reconhecer. Alertas que batem também à porta dos padres incumpridores. págs. 6/8
Cavaleiro: a aldeia mais ocidental do Alentejo Hoje é dia Nacional do Mar. E para o celebrar, o “Diário do Alentejo” foi revisitar a aldeia do Cavaleiro. O pequeno povoado que fica encostado ao farol do Cabo Sardão, Odemira, o ponto mais ocidental da costa alentejana. Uma terra de 600 habitantes que passou ao lado do turismo de massas. págs. 4/5
Diário do Alentejo 16 novembro 2012
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Editorial Semana Paulo Barriga
Vice-versa O líder da CGTP-IN disse que “lamenta profundamente” os confrontos ocorridos entre a polícia e manifestantes em frente ao Parlamento, e recusou deixar uma mensagem a quem provocou os confrontos, dizendo que não dá “lições de moral a ninguém”, negando qualquer relação entre estes conflitos, e o facto de ter dito que os portugueses “estão a perder o medo”. O sindicalista destacou ainda a greve “exemplar” da CGTP, que classificou como “um ato de coragem e de grande dignidade”. Arménio Carlos
O primeiro-ministro optou por “elogiar todos aqueles que, independentemente de gostarem ou não do Governo, se esforçam para ajudar a acrescentar valor à economia portuguesa e vencer as dificuldades”, e recusou avançar justificações sobre a existência de polícia de intervenção em piquetes de greve, esclarecendo que “não tinha informações” sobre alegados incidentes.
Q
uanta vida cabe numa semana apenas? Tanta vida cabe. Esta foi uma semana de muita vida. Ou de muita morte. Sendo que a morte é a única certeza que assiste à vida. Esta foi a semana em que a nossa principal credora, ao melhor jeito do cobrador do fraque, nos veio bater à porta de mão alongada. E nós, o nosso primeiro-ministro, estendemos-lhe a nossa mais fina passadeira vermelha. Tesos, mas exuberantes, como costumamos e gostamos de ser. A receção a Angela Merkel foi no terraço do forte de S. Julião da Barra. Mas a única imagem que me acudiu nesta segunda-feira foi a do terraço do forte vizinho de Santo António, no Estoril. Onde Salazar caiu da cadeira. Ideias, apenas isso, no preciso dia em que Vale e Azevedo voltou para o xadrez. Sozinho. Embora conheçamos tanta gravata que lhe ficava bem por companhia. Talvez algumas das gravatas dos que se lembraram de ampliar, em Beja, desnecessariamente, contra a vontade da própria instituição, uma escola que nem alunos tem. Foi também na vida longa desta semana que o secretário Carlos Moedas inaugurou a nossa mais recente anedota, de um anedotário regional que parece não ter fim. Cristas, a ministra, também por cá se passeou. Gosta tanto de cá vir que até já apanhou alguns dos nossos tiques antigos. Não tarda, temos em marcha uma nova reforma agrária à maneira do CDS. Isto no dia em que Pulido Valente, muito discretamente, foi anunciado como candidato do PS à “refundação” da Câmara de Beja. Isto nas vésperas da greve geral que parou um país parado, deprimido, despedaçado, desesperançado. Isto na semana em que o País parado acordou para a violenta e demagógica restruturação do mapa de freguesias. Tudo isto numa semana repleta de vida num país parado à beira do seu próprio cadafalso. Da sua própria morte. A um simples passo de sentir o vibrar da corda grossa que lhe adorna o pescoço. Mas tudo isto numa semana em que a esperança se traduziu numa breve aula aberta para os alunos da Escola Profissional de Cuba. Uma lição de vida, essa sim, ministrada por Rui Nabeiro (Delta Cafés) e António Silvestre Ferreira (Vale da Rosa). Uma preleção sobre empreendedorismo onde a vida, a experiência de vida, se sobrepôs ao desânimo e ao imobilismo. Num País, como diria Nabeiro, onde as coisas acontecem sempre tarde demais, “quando os outros decidiam ir, já eu vinha de regresso”. É a homens destes que temos de perguntar quanta vida cabe numa semana apenas.
Pedro Passos Coelho
Fotonotícia
Greve sem reflexo nas ruas. Ao contrário do que aconteceu noutras cidades do País, nomeadamente em Lisboa, a concentração bejense promovida no dia da greve geral não refletiu, nem de perto nem de longe, a adesão que a própria greve obteve junto dos trabalhadores. Segundo os sindicatos, a paralisação fez-se sentir com grande intensidade nas autarquias e noutros serviços públicos. Já em Lisboa estalou o verniz, por fim: 48 feridos, sete arguidos e 15 detidos após intervenção da PSP junto ao Parlamento. PB Foto de José Ferrolho
Voz do povo É importante fazer greve?
Maria Lourenço 65 anos, empregada doméstica
Ana Fernandes 34 anos, farmacêutica
Francisco Feliciano 60 anos, motorista
Sim, porque isto está tudo mal. O País está muito mal. As pessoas ganham mal. As reformas são muito baixas. Eu, por exemplo, meti os papéis para a reforma, vamos lá ver se me dão alguma coisa. As pessoas têm de lutar pelos seus direitos.
Sim. Porque as coisas estão bastante mal. Tem de haver uma outra forma de se remediar o problema antes que as pessoas entrem em rutura total. Vejo pessoas a passar fome. Trabalho numa farmácia e há pessoas que não aviam os medicamentos porque não têm dinheiro, e os medicamentos estão baratíssimos. Portanto acho que é importante mostrarmos o nosso desagrado.
Acho que sim. As pessoas estão saturadas com o que se passa no País e é uma maneira de manifestarem o seu desagrado porque as coisas estão complicadas.
João Guerreiro, 21 anos, estudante de Engenharia do Ambiente
Claro que é, temos que mostrar que estamos descontentes com tudo o que está a acontecer. Mas acho que se deve parar o que é importante, o que mexe, como os camiões ou os portos, tudo o que esteja relacionado com a entrada de mercadorias no País, para atrasar as coisas, não é parar os serviços públicos, que isso só prejudica o povo e não afeta o Estado.
Rede social
Semana passada SEXTA-FEIRA, DIA 9 SINES TRABALHADORES DA REFINARIA PROTESTAM CONTRA DESCONTOS NOS SALÁRIOS Várias dezenas de trabalhadores da refinaria de Sines protestaram, na manhã da passada sexta-feira, junto à empresa contra aquilo que consideram uma “usurpação ilegítima” dos seus salários por parte da Galp Energia. Na sequência da greve de três dias realizada pelos trabalhadores em meados de setembro, a empresa descontou dos seus salários 6,75 dias, alegadamente por contabilizar o tempo “que a refinaria demora a arrancar” após a paragem, explicou Hélder Guerreiro, dirigente do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Atividades do Ambiente do Sul (SITE/SUL). O sindicalista adiantou que irá ser interposta uma providência cautelar para impedir esta medida, esclarecendo que não se trata da primeira vez que a Galp Energia procede desta forma, tendo já sido “condenada quatro vezes por tribunais”, desde 2010, por esta prática. Os trabalhadores da Galp Energia levaram a cabo uma paralisação de três dias em meados de setembro, que se repetiu por mais seis dias em outubro. As causas das greves relacionaram-se com a redução de salários, de valores dos feriados e das horas extraordinárias, resultantes da aplicação do novo Código do Trabalho, e ainda com o aumento da comparticipação dos trabalhadores no regime do seguro de saúde.
SÁBADO, DIA 10 MOURA ENCONTRADO CADÁVER DE HOMEM DE 57 ANOS DESAPARECIDO O cadáver de um homem de 57 anos, desaparecido desde o dia 4, no concelho de Moura, foi encontrado no sábado, cerca das 12 e 30 horas, dentro de uma ribeira naquela zona, disse fonte da GNR. A mesma fonte acrescentou à Lusa que o alerta do desaparecimento do homem só na sexta-feira, 9, foi dado no posto na GNR de Amareleja, tendo militares da força de segurança e bombeiros da corporação de Moura iniciado buscas para o encontrar. A fonte da força de segurança adiantou que o corpo foi encontrado na sequência das buscas, dentro de uma ribeira, próximo de Póvoa de São Miguel, concelho de Moura, na zona onde o homem residia, e “não há suspeita de homicídio”. “Pelos indícios que o corpo apresentava e pelos vestígios recolhidos no local, deveria ter sido um acidente, alegadamente causado por uma queda do homem, que deveria ter escorregado e caído na ribeira”, acrescentou a mesma fonte.
SÁBADO, DIA 10 S. MIGUEL DO PINHEIRO RECEBE ASSOCIAÇÕES CULTURAIS DE MÉRTOLA As associações culturais e recreativas do concelho de Mértola juntaram-se em S. Miguel do Pinheiro para discutir e trabalhar sobre o plano de atividades da divisão de cultura, desporto e turismo da Câmara Municipal de Mértola. Após os trabalhos, os participantes visitaram o Moinho de S. Miguel.
ALMODÔVAR PROMOVE FEIRA DO DESPORTO O Complexo Desportivo Municipal de Almodôvar recebeu durante todo o dia de sábado a Feira do Desporto. Uma iniciativa que contou com diversas demonstrações desportivas, massagens e rastreios médicos. Durante a feira decorreu também uma ação de formação em gerontomotricidade.
TERÇA-FEIRA, DIA 13 BEJA DEBATE ENVELHECIMENTO ATIVO O auditório da Escola Superior de Educação recebeu o seminário Envelhecimento Ativo – Novos desafios após a reforma. Uma iniciativa da Associação de Defesa do Património de Mértola em articulação com o Centro Europe Direct do Baixo Alentejo.
3 perguntas a Rui Proença
Coordenar em Beja do Movimento Nacional da Restauração
Taxa mínima para o IVA da restauração
Aprender a empreender com os melhores mestres A Câmara de Cuba promoveu na passada semana uma aula aberta sobre empreendedorismo. Uma belíssima iniciativa que se enquadra no projeto de fundo “Cuba Empreende”, onde cabem também o novo parque empresarial e o gabinete de apoio ao empresário.
Qual é a principal bandeira deste movimento?
A principal bandeira é a descida imediata do IVA na restauração para a taxa mínima, pois defendemos que o aumento da eficácia e eficiência nas cobranças destas verbas beneficiará a equidade fiscal e, consequentemente, o aumento da receita fiscal para o Estado em sede de IVA (mais empresas saudáveis, mais imposto apurado e liquidado).
Delegação da Letónia visita Ferreira do Alentejo Uma delegação política e empresarial da Letónia, de Riga, visitou o concelho de Ferreira do Alentejo. Dar a conhecer os setores olivícola e vinícola, estimulando as relações comerciais entre os dois países, foi um dos objetivos principais.
Já realizaram várias e diferentes ações de protesto. Que novas formas de luta têm previsto colocar em prática?
Foram realizadas várias ações tais como o dia nacional sem TPA (terminais de pagamento automático), a mobilização e concentração geral do setor em frente à Assembleia da República e a presença de muitos empresários da restauração nas galerias da Assembleia aquando de várias propostas de lei para a redução imediata do IVA na restauração, apresentadas por todos os partidos politícos da oposição. Foram feitas diversas reuniões sobre esta problemática, com todos os partidos políticos e diversos deputados, quer individualmente quer em grupo. Agora iremos agendar outro tipo de protestos, a realizar durante a próxima semana, tais como o dia nacional sem restauração e vigílias à porta dos partidos do Governo, entre outras. Qual é o atual panorama da restauração no distrito de Beja e no Alentejo?
Temos assistido a um encerramento acelerado de empresas do setor, a um aumento vertiginoso do ritmo de insolvências, a uma tendência no aumento de despedimentos e a um aumento também na economia paralela e, consequentemente, a uma grande concorrência desleal. Verificou-se também uma diminuição da receita fiscal em sede de IVA. Tem vindo a perder-se competitividade e qualidade quer no serviço quer nos produtos, estando posto em causa a destruição lenta da nossa gastronomia regional. Paulo Barriga
Pedro Abrunhosa encheu Pax Julia Casa cheia para ver e ouvir Pedro Abrunhosa que acompanhado pela sua nova banda, Comité Caviar, apresentou no Pax Julia Teatro Municipal, em Beja, o espetáculo “Canções”, em digressão por todo o País.
Carlos António expõe nos Escudeiros “Quietude”. Assim se chama a exposição de pintura de autoria de Carlos António, inaugurada no último sábado na Galeria dos Escudeiros, em Beja. O artista coordenada, há mais de 10 anos, o ateliê de pintura do NAVA, em Aljustrel.
“Dou mais tempo à vida” Dezenas de bejenses caminharam “contra o cancro da mama”, numa iniciativa da Sociedade Portuguesa de Senologia apelidada de “Dou mais tempo à vida” e integrada numa campanha de sensibilização de âmbito nacional.
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Diário do Alentejo 16 novembro 2012
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Cavaleiro
Aldeia é vizinha do Cabo Sardão e do seu farol, a alumiar a costa desde 1915
Com ou sem turismo, “vai-se vivendo” Para assinalar o Dia Nacional do Mar - hoje, sexta-feira – o “Diário do
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um dia em que, para o interior, o céu parece ter desabado, a manhã oferece-se radiosa para os lados da costa alentejana. Uma espécie de verão de São Martinho antecipado, recebido de bom grado pelos poucos turistas que visitam a aldeia litoral por estes dias outonais. Uns galgam de bicicleta o caminho até ao farol do Cabo Sardão, ladeado por numerosas moradias de férias, debruçando-se sobre a magnífica janela natural sobre o mar; outros, a pé, regressam já ao Cavaleiro, onde deverão pousar, nalgum banco aquecido pelo sol, as pesadas mochilas. Antigo faroleiro, que conheceu alguns pontos da costa ocidental, entre Peniche, Berlengas e Cabo da Roca, António Maria do Rosário não podia morar em melhor sítio. Todos os dias visita o vizinho Cabo Sardão, onde curiosamente nunca chegou a trabalhar, e fá-lo desde que regressou à terra natal, devido a um acidente que o deixou “inapto”. Esta manhã não foi exceção: “Todos os dias ali vou, quando não chove. Dou uma voltinha pela orla; vou até lá acima, ando dois a três mil metros. E quando encontro turistas, por vezes paro a falar com eles. Vou dando umas explicações, sobre o farol, sobre as falésias, sobre estes ninhos de cegonhas bastante antigos, que têm servido para tantas gerações de cegonhas”. O mais recente par de inquilinos ali está, imperturbável, no cimo da falésia. Nem o vento, que lhes despenteia as penas, nem a presença humana, tão próxima, os faz desmanchar o olhar contemplativo sobre o mar. António do Rosário orgulha-se do seu cabo, “um ponto turístico muito importante”, e vai avisando que o promontório já teve até honras de “reportagens televisivas”. À beira mar e de praias renomadas, como a recentemente premiada Zambujeira do Mar, Cavaleiro tem também o seu quinhão de visitantes na época balnear, entre os que se instalam em casas alugadas e os que vêm dar uso às suas moradias de férias. Mas se houve tempos em que as “casas não chegavam”, hoje em dia e desde há dois anos, lembra, “elas já vão sobejando, devido à carestia de vida”. Depois do almoço, a aldeia reúne-se no largo que leva o nome da própria terra. Os homens arrumam-se debaixo de uma árvore ali próxima, entre bancos públicos e cadeiras trazidas de casa. Raquel e Maria Otília, preferem dar dois dedos de conversa numa mesa de bancos corridos. Raquel Matos, 69 anos, nasceu no vizinho Almograve mas veio para o Cavaleiro ainda “criança” e foi por aqui que manteve, até
Alentejo” rumou até ao ponto mais ocidental da costa alentejana, o Cabo Sardão, e foi visitar a aldeia vizinha, Cavaleiro. Uma povoação com cerca de 600 habitantes que, por se ter mantido à margem do turismo mais massificado, aprendeu a apostar na diversificação da economia. Ali, as gentes vivem do comércio, da pesca e da agricultura, com relevo para a produção de batata-doce, e beneficiam também, sazonalmente, de quem os visita. Por isso não há tempo para “hibernar” nos meses de inverno. Texto Carla Ferreira Fotos José Ferrolho
Largo As vizinhas Raquel e Maria Otília põem a conversa em dia, aproveitando o sol
Casario Muitas das habitações da aldeia são casas de férias ou de fim de semana
2007, um “comércio” que juntava minimercado e café. Com a idade a pesar e o marido doente, decidiu-se pelo fecho. Mas não foi a única. “Isto aqui tinha muitas casas mas já fechou quase tudo”, garante. Feitas as contas, sobraram dois minimercados, dois cafés, um deles também bar noturno, e ainda um restaurante. Mas, asseguram as vizinhas, animação não falta por ali. Maria Otília Rato, 57 anos, tem as duas filhas a trabalhar numa pastelaria em Almograve, uma delas em horário noturno, e é por isso conhecedora das duas dinâmicas. “Se for ao Almograve às 9 ou 10 da noite, não encontra ninguém. Se vier aqui, encontra o café e o restaurante cheios. Eu acho que isso significa que há mais gente por aqui e também mais juventude”, exemplifica. Além disso, adianta, “há bailes todas as semanas”. Uma “matiné para a quarta infância”, como lhe chama, e “um baile ao sábado à noite, para a juventude”. Exemplo desse vigor é o Festival do Sardão, a decorrer amanhã, sábado, no centro social local, com o intuito de “promover o trabalho desenvolvido pelas bandas rock do concelho de Odemira”. São esperadas quatro bandas: Zumbidos, os cabeça de cartaz, Sentola (Vila Nova de Milfontes), Since Today (Odemira) e Rock Never Ends (Boavista dos Pinheiros). Celeste Guerreiro, de 48 anos e dona da única papelaria da terra, confessa-se pouco apreciadora de rock – ao contrário da filha, com 17, que “está muito empolgada” com mais uma edição do festival – mas congratula-se “com tudo o que é feito para trazer visitantes”. Num sítio pequeno, que apenas mexe “um pouquito” à conta do movimento turístico, o comércio limita-se a sobreviver. Há, por isso, que juntar-lhe outra atividade. No caso de Celeste, a agricultura. “Planto também um pouco de batata-doce, mas não me considero produtora. Trabalho com a minha mãe e sempre vendemos alguma coisa”, confessa, adiantando que é uma “tradição” da terra, que recentemente até vem recebendo honras de festa, no último sábado de outubro, juntando-se à feira tradicional (ver caixa). Para Celeste, a grande vantagem de o Cavaleiro estar fora das rotas do turismo mais massificado, é que não se tornou dependente de uma única atividade. Por isso mantém-se “vivo” também no inverno, ao contrário, por exemplo, da badalada Zambujeira do Mar. “Vai-se vivendo, vamos rodando, uns trabalham na agricultura, outros trabalham na pesca, outros no comércio… Tem que se fazer alguma coisa. O que é que é bom num sítio pequeno?”, conclui, desempoeirada.
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José Manuel dos Reis Guerreiro Presidente da Junta de Freguesia São Teotónio Como tem evoluído em termos populacionais a aldeia de Cavaleiro? Segundo o último Censos, de 2011, houve uma diminuição ou um aumento demográfico?
Cabo Sardão, um tesouro natural É necessariamente um ponto de visita obrigatório para quem se aproxima do ponto mais ocidental da costa alentejana, entre Almograve e Zambujeira do Mar. Do Cabo Sardão, cujo farol entrou em funcionamento em 1915, abre-se uma janela privilegiada para o mar e suas falésias, onde as cegonhas brancas construíram o seu
“reino”, sobre ninhos aparentemente indestrutíveis. A partir da primavera, começam a chegar as caravanas com os primeiros turistas, sobretudo “estrangeiros”, dizem as gentes, e o movimento mantém-se estável ao longo dos meses de verão. Da chamada Ponta do Cavaleiro, a praia mais próxima é a da Carraca, cujo acesso – uma escadaria com “120 degraus” – acaba por fazer uma seleção natural de frequentadores. “É quase só a juventude”, diz o povo.
Em termos populacionais, a aldeia do Cavaleiro teve uma ligeira diminuição demográfica, segundo o Censos de 2011, embora alguma população seja estrangeira e não tenha sido contabilizada por se tratar de trabalhadores sazonais. Atualmente, o Cavaleiro tem cerca de 600 habitantes. São Teotónio é a maior freguesia, em área e em população, do concelho de Odemira, com 13 localidades. Neste contexto, que lugar ocupa Cavaleiro?
De entre as várias localidades da freguesia, o Cavaleiro encontra-se em segundo lugar. Qual o principal ganha-pão das gentes que aqui vivem?
As principais atividades económicas são a agricultura, a pesca e o comércio. Houve recentemente aqui a Festa da Batata-Doce, o que é revelador da importância que este produto tem para a economia local. Em que medida é que isso acontece: quantos produtores existem e quais as possibilidades de escoamento?
Não dispomos de dados para quantificar, mas por conhecimento pessoal sabemos que parte da população produz batata-doce, não só os grandes produtores mas também os que produzem para consumo próprio. Alguns dos produtores já dispõem de meios para o escoamento do produto para todo o País, destacando-se Lisboa, Faro e Beja. Segundo os especialistas na área, que justificam o grande escoamento, a batata-doce do Cavaleiro é reconhecida pela sua elevada qualidade. Até que ponto o turismo é uma fonte de rendimento para as famílias locais?
A beleza natural da zona atrai muitos turistas, o que beneficia o comércio local e faz com que os alojamentos sejam muito procurados para arrendamento.
O culto da batata-doce Sendo a batata-doce um dos produtos agrícolas com mais forte potencial no litoral do concelho de Odemira, em particular na aldeia de Cavaleiro, o centro desportivo e cultural da terra decidiu dedicar-lhe uma festa, associando-a à feira tradicional, que decorre sempre no último fim de semana de outubro. Recentemente, decorreu a segunda edição do certame, com os apoios do município de Odemira e da Junta de Freguesia de São Teotónio, mantendo o objetivo de “apoiar os produtores locais”. Para além da exposição de artesanato, da venda de batata-doce e de vários doces regionais que têm como ingrediente principal este tubérculo de origem sul-americana, durante o evento os visitantes tiveram também oportunidade de degustar batata-doce assada e cozida. Em nome da batata-doce, houve também atuações de vários grupos de música tradicional e um baile, para celebrar e queimar calorias.
Proximamente vai decorrer no Cavaleiro o Festival do Sardão, que é uma mostra de bandas rock do concelho de Odemira. Porquê aqui?
Vai decorrer mais uma edição do Festival do Sardão, realizando-se nesta localidade, não apenas pela expressividade desta faixa etária, mas principalmente pela união destes jovens. Como se tem tentado aliciar a juventude para que não rume para outras paragens?
A Freguesia de São Teotónio tem vindo sempre a apoiar os jovens da freguesia, nomeadamente a nível desportivo e cultural, permitindo assim a ocupação dos seus tempos livres.
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A Igreja tem de estar presente na sociedade e não pode, embora tenha uma mensagem e uma esperança que ultrapassa os limites do material e do económico, deixar subjugar-se pelas contrariedades, pela crise”.
Entrevista Direto, cru, incisivo, o bispo de Beja não economiza nos adjetivos quando se refere à atual crise económica e social. E muito menos quando classifica a classe política portuguesa. D. António Vitalino Dantas acredita que a Igreja tem que ser sempre incómoda para os poderes instituídos; diz que a Constituição da República é para ter
em conta e que ela própria prevê a substituição dos governantes quando estes defraudam as expetativas do seu povo; que os políticos se fartam de fazer asneiras, mas que não têm humildade para o reconhecer; que fazem leis para se protegerem; que exigem austeridade mas que não dão o exemplo; e que as privatizações são o
primeiro caminho para a perda total da liberdade nacional. Numa entrevista esclarecedora e mordaz, D. António aponta ainda baterias aos próprios padres incumpridores. E crê que o papel da Igreja é no seio da sociedade, a “colocar” esperança na vida das pessoas. Texto Paulo Barriga
D. António Vitalino Dantas, o bispo que defende uma Igreja incómoda para os poderes instituídos
“Quem quer servir o povo tem que dar o exemplo” Enquanto pastor da Igreja e grande conhecedor do território em que estamos inseridos, que retrato faz da atual realidade social e económica da nossa região?
A realidade económica não é tanto a minha especialidade, embora viva neste Alentejo que vai desde a Espanha até ao Atlântico e desde a serra do Caldeirão até à serra do Mendro. É uma área muito extensa e com realidades económicas, sociais e demográficas muito diferentes. Diria que o Alentejo interior está mais envelhecido, nalgumas zonas, e as pessoas estão muito deprimidas. Esta crise agravou, de alguma forma,, essa situação?
No Alentejo, sobretudo os jovens, vão ão encontrando trabalho lá fora e emigram. O que querr dizer que ficam cá os idosos e aqueles que, de certo modo, se acomodam mais um bocadinho às coisas, que não têm grandes amdimento mínimo ou bições. Muitos deles vivem do rendimento então de baixas reformas. Sinto umaa certa depressão devido também à crise económica, à falta de trabalho, à os para a juventude. falta de empregos que sejam atrativos stão presentes é semUma sociedade onde os jovens não estão pre um bocado mais deprimida. No entanto, penso que, pela nossa mentalidade e pela nossa fé, não podemos deiessões, ou pelas conxar-nos resignar ou levar pelas depressões, mos sempre que viver trariedades ou pelos problemas. Temos na esperança de dias melhores. Qual deve ser o papel da Igreja nos tempos empos que correm?
Creio que a Igreja tem de estar presente sente na sociedade e nsagem e uma espenão pode, embora tenha uma mensagem rança que ultrapassa os limites do material e do econtrariedades, nómico, deixar subjugar-se pelas contrariedades, pela crise, seja ela económica, seja, por vezes, na área cultural ou social. Não noss podemos deixar deprimir, ir abaixo. A Igreja tem de ser isso: tem de colocar a esperança na vida das pessoas, o que é muito importante nestes tempos de dificuldades. De qualquer das formas a Igreja, neste momento, já ajuda de forma direta e não espiritual, os que têm fé e os que não têm fé…
Sim, claro, por princípio sabemos
que não podemos criar exceções entre as pessoas. Isso é um princípio bíblico e da nossa fé. Temos de ajudar a todos os que precisam e claro que sabemos que a caridade e o amor bem ordenado começa em casa, por aqueles que nos são mais próximos, mas infelizmente, hoje em dia, todos estão muito próximos daqueles que sofrem, daqueles que estão com dificuldades em pagar os seus medicamentos, em ter refeições suficientes. As instituições da Igreja atendem diariamente pessoas e não deixam, por
assim dizer, ninguém ir de barriga vazia. Mas claro que não podemos responder a todas as necessidades e temos é, sobretudo, que ajudar as pessoas a encontrarem caminhos de solução para os seus problemas. Essa é também a nossa grande missão. As nossas instituições não podem ser apenas caritativas, de dar de comer, mas também de dar o anzol para que as pessoas possam lutar pela vida. Embora, numa sociedade idosa, deprimida, isso se torne muito difícil. Ao contrário do que sucedeu com a Igreja Ortodoxa grega, que, no início da crise naquele país, chegou mesmo a ser acusada de silenciar os factos e até de ser despesista, a Igreja Católica portuguesa tem tido uma posição cívica e política muito acentuada nos últimos tempos. Podemos falar de uma Igreja de intervenção atualmente em Portugal?
A Igreja respeita todo o poder democrático que foi instituído e que provém de eleições. Mas, por vezes, sabemos que esses poderes não conseguem resolver todos os problemas. A Igreja tem uma presença social e espiritual nesta sociedade. Muitas das vezes, os cidadãos que vivem os problemas são os mesmos que frequentam as igrejas e não podemos deixar de ter isso em consideração. Por vezes é necessário fazer uma ou outra observação à maneira de governar e de resolver os problemas políticos, sociais e económicos deste nosso país. Sobretudo quando se trata da área do trabalho, quando sabemos que isso é um direito fundamental para que a pessoa possa prover ao seu sustento e para ter uma vida digna. Quando isso não acontece, a Igreja tem de chamar a atenção, à luz da sua doutrina social, para estes problemas e apontar caminhos diferentes que não podem ser os caminhos de um capitalismo selvagem, de um liberalismo económico selvagem, nem de uma ditadura. Têm de ser soluções que respeitem a dignidade da pessoa humana, a sua liberdade, mas que estimulem o ser interventivo e corresponsável. A Igreja tem sempre de ser um pouco incómoda para os poderes instituídos, sobretudo quando eles não olham tanto ao bem
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A Igreja tem de chamar a atenção, à luz da sua doutrina social, para estes problemas e apontar caminhos diferentes que não podem ser os caminhos de um capitalismo selvagem, de um liberalismo económico selvagem, nem de uma ditadura. Têm de ser soluções que respeitem a dignidade da pessoa humana, a sua liberdade. comum mas mais a alguns compadrios. A Igreja aí não pode pactuar. Portanto, a Igreja grega, não me quero pronunciar sobre ela, mas é uma igreja muito mais ligada ao poder, porque basta dizer que recebem do erário público os seus vencimentos e uma igreja que esteja assim enfeudada, e que depende economicamente do Governo, essa igreja perde um bocadinho a sua liberdade. Ao contrário do cardeal patriarca de Lisboa, que afirmou que os problemas do País não se resolvem com manifestações, D. António diz que as manifestações populares de desagrado mostram ao País e ao mundo que as pessoas são mais importantes que os cifrões. É correto afirmar que dentro da própria Igreja, hoje em dia, há pelo menos duas visões distintas da sociedade e em confronto uma com a outra?
Não! Diria que não há confronto. Às vezes depende muito do contexto em que se dizem as coisas. Dou razão ao cardeal patriarca. Não resolvemos os problemas só com demonstrações de rua. As inteligências, os políticos, os economistas, e tudo mais, têm de se juntar, têm de refletir, têm de procurar soluções. É claro que as pessoas têm o direito a manifestar os seus sentimentos, a sua situação, desde que o façam sem recurso à violência. Estamos numa sociedade democrática em que temos uma constituição que prevê a substituição até dos governantes quando eles não atuam de acordo com aquilo que está nas expetativas do povo. Diria que as demonstrações e as manifestações de descontentamento dão a entender aos políticos e a quem está no poder que não podem ir apenas pela via de impor austeridade. Têm é que encontrar soluções em que as necessidades fundamentais das pessoas sejam satisfeitas. Portugal evoluiu muito depois do 25 de Abril. E o povo habituou-se a um certo bem-estar, sem saber se ele era sustentável ou não. Depois, quando nos cortaram o crédito, tivemos um bocadinho de dificuldade em ficar mais austeros, em restringir o nosso bem-estar. E creio que é isto que aconteceu: uma parte do descontentamento dos portugueses advém de que estávamos a viver acima das nossas possibilidades. Mas também temos direito a ter um bem-estar igual ao dos outros europeus, por isso estamos na Comunidade Europeia, por isso a Comunidade Europeia tem de ser mais solidária, tem de, sem querer impor uma cultura uniforme, respeitar o pluralismo. E não pode agora uns viverem o seu poderio económico à custa dos outros. Há pouco falou de que a Constituição da República previa que os políticos pudessem também mudar quando defraudavam as expetativas daqueles que os elegeram, de qualquer das formas a Constituição da República, neste momento, está a ser posta em causa em muitas áreas, nomeadamente com esta chamada refundação
do Estado social. Acha que, de facto, a Constituição é um documento que deve ser respeitado integralmente ou que a democracia ainda tem espaço para este tipo de intermitências?
Mais do que mudar a Constituição há que mudar certos procedimentos que, no fundo, esses sim são anticonstitucionais. Procedimentos de um certo egoísmo, de uma certa proteção a alguns grupos e a algumas classes, não digo contra outras, mas pondo de parte as outras, e essas desigualdades progressivas e constantes é que o nosso país não comporta e, essas sim, são contra a Constituição. Certos bispos, como D. Januário Torgal Ferreira, exprimem publicamente opiniões que vão muito além de meros avisos à navegação. O bispo das Forças Armadas chegou mesmo a afirmar que o Governo era corrupto. Acha que houve aqui algum excesso de linguagem?
Cada um fala com a sua linguagem, cada um tem a sua maneira de falar. Temos que considerar sempre o contexto em que as coisas são ditas. Mas temos de ter muito cuidado com as comparações. Porque, infelizmente, os políticos e os partidos vão-se sucedendo no governo e todos fazem algumas asneiras e todos tomam decisões que não são as melhores para o País. Agora o que eu não compreendo é que os políticos, sejam estes ou sejam outros, nunca reconheçam as suas asneiras. Ao longo dos tempos foram tomadas decisões apressadas ou, às vezes, até erradas. Agora, os políticos dificilmente reconhecem que erram. Creio que a nossa humildade está em sabermos PUB
que somos bastante limitados e que, hoje em dia, as coisas são muito complexas ao nível mundial. O mundo não é um só, há muitos mundos, e por vezes certos blocos ou países resolvem caminhar num determinado sentido e deturpam a realidade. Portanto, não estou de acordo que se façam comparações, achar que uns são melhores do que outros, creio que todos têm cometido erros que muitas das vezes apenas se observam posteriormente. O que critico é que não haja capacidade nos políticos de reconhecer os seus erros e, sobretudo, de explicar com clareza, com transparência, os seus procedimentos em ordem à assunção dos problemas. Quando a gente nota que a solução não vai por ali, temos de ter a humildade de procurar outros caminhos alternativos. É simplesmente isso. Pessoalmente, evito sempre fazer comparações. Nos tempos de abundância é muito fácil de governar, em tempos de dificuldade é muito difícil. Quando a gente vive acima das nossas possibilidades, quando não temos crédito e temos de pagar juros elevados e tudo mais, temos de ver como proceder, mas as soluções nunca podem ser à custa da dignidade das pessoas e sobretudo daqueles que estão mais frágeis, dos mais pobres. Não há muito tempo fez publicar um comentário onde referia que o povo só voltaria a confiar nos políticos quando os seus procedimentos se tornassem mais transparentes. Sente que este divórcio entre as pessoas e a política, esta descrença, está a aproximar as pessoas da fé, entendendo aqui a fé quase como um último reduto da esperança?
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Como homem da Igreja, e como bispo desta diocese, acho e penso e estou convencido que a fé, quer em tempos de abundância, quer em tempos de crise, é muito importante. Na abundância, como diria São Paulo, para não exorbitar e não pensar que agora a nossa vida depende só dos bens materiais. A fé é importante em tempos de crise e de abundância, precisamente para podermos viver de acordo com princípios, de acordo com a dignidade da pessoa humana e não apenas com as coisas que são efémeras, passageiras. Agora se, neste tempo de crise, as pessoas se voltam mais, não digo para a fé, mas pelo menos para instituições ou pessoas que têm mais credibilidade, que vivem de acordo com outros princípios, que não fundamentam a sua ação apenas no material, no ter mais, no possuir mais, no custe o que custar, é uma realidade. Mas a Igreja tem de estar sempre atenta, porque também ela é composta por homens e pessoas humanas que podem, também, não ser tão cumpridores daquilo que deveria de ser a sua norma, que é o Evangelho e a pessoa de Jesus Cristo. O próprio cardeal patriarca apelou, muito recentemente, à frugalidade dos padres.
Sim, creio que as pessoas estão muito atentas e quando algum membro da Igreja é irresponsável, quando a sua vida não é adequada, sobretudo os seus consumos não são adequados à realidade do seu povo, então as pessoas vão pedir responsabilidades por tais condutas. E, então, creem em Deus mas não acreditam na Igreja. Acho que nós, bispos e padres, temos também de saber partilhar, PUB
e que há situações de injustiça e de desigualdades gritantes, de empobrecimento e de falta de dignidade das pessoas. A comunicação social tem aqui um grande papel a desempenhar. Mas acha que, neste momento, não está a desempenhar esse papel? Acha que ela está infiltrada e está a contaminar o sistema de alguma forma?
Infelizmente, os políticos e os partidos vão-se sucedendo no governo e todos fazem algumas asneiras e todos tomam decisões que não são as melhores para o País. Agora o que eu não compreendo é que os políticos, sejam estes ou sejam outros, nunca reconheçam as suas asneiras.
de prescindir de algumas coisas que poderíamos ter antes, quando havia alguma abundância. Quer concretizar melhor a sua opinião sobre o facto de os políticos fazerem leis para se protegerem?
Isso tem a ver com a credibilidade. Por vezes, os políticos, quer o Governo, quer a Assembleia, fazem leis e decretos-lei que nunca implicam sobre si próprios. Pode até nem ser por aí que o País está em crise, mas os stafs dos políticos, os carros, os choferes, os seus vencimentos não terem cortes, mas aos outros imporem cortes, enfim… quem quer servir o povo tem de começar por dar o exemplo. E portanto, quando se fazem essas leis, se impõe a restrição e a austeridade e não se começa também por cima, e se fazem exceções, algo vai mal. Quando eles saem do poder levam consigo uma proteção tal que mantêm a sua situação segura para o resto da vida, enquanto os outros não sabem se amanhã vão ter o seu trabalho, o seu vencimento. O que se vê é que deixam a vida política, alguns ainda antes do tempo para que foram eleitos, e já têm grandes soluções empresariais, económicas e com grandes vencimentos. Está a falar de uma certa promiscuidade entre os diferentes poderes?
Os três poderes, como nós dizemos, que são os poderes democráticos, não se deviam misturar dessa maneira, que uns passem de um lado para o outro e depois, claro, influenciam sempre os outros para que as leis se façam de acordo com os seus benefícios. Sendo o D. António um homem da comunicação e das novas tecnologias e até dos jornais considera que a comunicação social se infiltrou para enfraquecer os poderes tradicionais. Quer concretizar melhor esta ideia que vem esta semana no “Notícias de Beja”?
Desde que seja livre e não enfeudada pelo poder político e económico, a comunicação social desempenha um grande papel. Pelo menos para manifestar que a sociedade não está toda tão bem regulamentada
Creio que os outros poderes tentam realmente miná-la. Porque os jornalistas, quando escrevem, sabemos que não são totalmente livres. As redações e as direções, quando pertencem a determinados grupos, não permitem que se ataque esses grupos, ou que se desvende alguma corrupção que possa existir nesses grupos. Mas acho que é uma grande arma que ainda temos. A arma da Igreja é também a profecia, a palavra, portanto, a liberdade de expressão, por motivos de fé, mas também por motivos de crença da pessoa humana como criatura de Deus. E os jornalistas, desde que acreditem na liberdade de expressão e ponham o dedo nas feridas, sociais, económicas, políticas, estão a prestar um grande serviço à sociedade, porque ela estando mais transparente é mais justa. O que lhe ia na alma quando afirmou que não podemos vender a nossa liberdade, a nossa dignidade por um prato de lentilhas?
Isso é uma expressão clássica da Bíblia. Embora estando a sofrer alguma austeridade, e tendo que restringir o nosso consumo em algumas áreas, não queremos ficar aqui num feudo, seja da Europa, da Comunidade Europeia, seja dos grandes poderes económicos. Ao vendermos, por assim dizer, as nossas empresas, aquelas que prestam um serviço nacional, estamos a vender a nossa liberdade. Não queria dizer que estou de acordo que o Estado seja o grande administrador das maiores empresas, mas vemos que, ao vendermos, sobretudo a poderes económicos que são estranhos, a possibilidade de ainda termos alguma liberdade também económica e social neste país estamos, com o tempo, a vender a nossa própria liberdade. E temos aí grandes empresas que prestam serviços, como a água, que é um dos bens essenciais para qualquer país. Opõe-se, portanto, às privatizações?
Privatizações de certos bens que são essenciais, porque têm é de ser bem administrados. Infelizmente mudamos as administrações das empresas públicas apenas por questões partidárias. Vivi na Alemanha durante 10 anos, onde os poderes se alternavam, o partido socialista, e os liberais, e os cristãos democratas, e as grandes empresas, mesmo aquelas que eram públicas, não mudavam assim as administrações por causa da mudança de governo. Se estavam a administrar bem, continuavam. É isso que eu defendo.
A Empresa Municipal de Água e Saneamento de Beja (EMAS) conseguiu obter, no contexto da empreitada de Remodelação da Rede Pública de Distribuição, um financiamento do Banco Europeu de Investimento (BEI) no valor de 152 mil euros, com taxa de juro, segundo a EMAS, “bastante atrativa face às condições contratuais atualmente praticadas pela banca comercial”.
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EMAS consegue financiamento do Banco Europeu de Investimento
Jornalistas do Alentejo constituem associação Um grupo de jornalistas alentejanos reuniu-se na passada quarta-feira, em Évora, para refletir sobre os problemas que assistem ao bom desempenho da profissão na região. Nesta primeira reunião informal, os profissionais da comunicação decidiram avançar para a criação de uma associação cujo objetivo primordial passa por reforçar junto dos poderes instituídos o papel fundamental que uma comunicação social livre e robusta tem para o desenvolvimento económico, social e cultural do Alentejo. Os jornalistas promotores deste primeiro encontro regional decidiram ainda avançar com uma campanha multimédia denominada “se nos calarem, são vocês que perdem o pio”.
Atual
Greve com “expressão fundamental” nos serviços públicos
Adesão nas autarquias acima dos 85 por cento Na quarta-feira, dia de greve geral, municípios como os de Serpa e Castro Verde encerraram mesmo as portas, e outros, os casos de Beja (96 por cento), Aljustrel (95 por cento), Moura (91 por cento) e Mértola (84 por cento) praticamente não funcionaram.
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oi uma “grande greve” em todo o distrito, a de quarta-feira, 14. Segundo Casimiro Santos, coordenador distrital da CGTP, a ação de luta teve “uma expressão fundamental” na área dos serviços da administração pública, com valores de adesão, concretamente nas autarquias locais, “acima dos 85 por cento”. Serpa e Castro Verde encerraram mesmo as portas, e municípios como os de Beja (96 por cento), Aljustrel (95 por cento), Moura (91 por cento) e
Mértola (84 por cento), praticamente não funcionaram, de acordo com a coordenação distrital do Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local (STAL). Houve também, lembra Casimiro Santos, uma “adesão fortíssima”, por parte dos trabalhadores dos serviços de limpeza e recolha de lixo, que paralisaram em 12 dos 14 concelhos do distrito, concretizou o STAL. Ontem, quinta-feira, ainda faltavam apurar números respeitantes ao setor da saúde, mas Casimiro Santos falava de uma baliza de “entre 80 e 85 por cento” de adesão, concretamente no caso do Hospital de Beja. “Não temos ainda dados finais, mas sabemos que, em alguns turnos, andou-se à volta dos 75 por cento, 81 por cento, em alguns centros de saúde e hospitais”, acrescentou o dirigente.
No que toca à educação, o Sindicato dos Professores da Zona Sul dava conta de várias escolas abertas, mas sem aulas, e do encerramento, na quarta-feira, de pelo menos 41 estabelecimentos de ensino, sobretudo jardins de infância e escolas básicas, nos concelhos de Aljustrel, Beja, Castro Verde, Mértola, Moura, Odemira, Ourique, Serpa e Vidigueira. Em Beja, concelho, “encerrou o agrupamento de Santa Maria e, de uma maneira geral, não houve aulas, apesar de algumas escolas estarem abertas”, informou Casimiro Santos. O dirigente acrescenta ainda que a secção de Finanças “fechou em Beja e em alguns concelhos do distrito”, e que a taxa de adesão no setor dos transportes em todo o distrito “ficou acima dos 30 por cento”. “A maior parte das interurbanas
não funcionou” e esperava-se a mesma “adesão fortíssima” nas carreiras urbanas em Beja, tendo em conta a “mobilização” sentida na véspera. O que acabou por não se verificar, denuncia Casimiro Santos, referindo-se “a pressões que foram exercidas sobre os trabalhadores por parte da empresa responsável”. A nível nacional, estima Casimiro Santos, esta greve “foi uma das maiores convocadas pela CGTP”. Mas a “luta vai ter que continuar” e por isso a central sindical já convocou, para o próximo dia 27, “uma grande iniciativa frente à Assembleia da República de protesto contra este orçamento que, a ser aprovado nas condições em que está, implica mais sacrifícios, para os trabalhadores e para as populações, que, como se vê, não estão a dar resultado”. Carla Ferreira
Concelhia de Beja do PS apoia autarca
Pulido Valente recandidata-se à Câmara de Beja
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orge Pulido Valente, presidente da Câmara Municipal de Beja, vai recandidatar-se ao cargo nas eleições autárquicas de 2013. O anúncio foi feito pela Comissão Política Concelhia de Beja do Partido Socialista na quarta-feira, 14. “A recandidatura do atual presidente da Câmara de Beja mereceu a total confiança dos eleitos da comissão política, num claro sentido de apoio ao projeto ‘Beja Capital”’, sempre colocando os interesses do concelho de Beja acima de quaisquer outros de índole meramente políticopartidária, como tem sido prática desde o início
do mandato”, referiu a concelhia do PS. Recorde-se que o autarca já tinha anunciado estar disponível para se recandidatar, no entanto, a decisão estava dependente da votação favorável da concelhia de Beja do PS. “Espero que a população mantenha a confiança no nosso projeto. Recordo que sempre dissemos que este era um projeto para dois mandatos e que estamos a cumprir o que tínhamos definido à partida. Queremos que o segundo mandato constitua um novo impulso. Estamos no rumo certo”, defendeu Jorge Pulido Valente.
Ministra apela à rentabilização da terra A ministra da Agricultura afirmou na passada segunda-feira, em Beja, que a lei da bolsa de terras “não vai resolver todos os problemas, mas vai dar instrumentos para a agricultura que permitem estimular o bom uso da terra e colocá-la em produção”. Assunção Cristas, que falava durante uma missão empresarial à região do Alqueva, disse ainda que é preciso trabalhar “numa lógica de fileira”, para que a “produção cresça”, mas sabendo “para onde vão os produtos”. A governante adiantou que o Governo está a pedir aos agricultores que “arrendem, vendam (…) ou que façam parcerias com outros agricultores e com a indústria que permitam mobilizar as terras” e considerou que na região do Alqueva a Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva (EDIA) “tem condições” para se juntar a associações e criar “uma verdadeira gestão delegada” de bolsa de terras. Assim será possível “mobilizar, convencer e estimular os agricultores para retirarem rendimento das suas terras”. As terras que integrarem a referida bolsa, adiantou Assunção Cristas, terão “rendimento” e futuramente um “benefício fiscal relevante”.
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E acrescentou: “Esperamos que a população nos dê a possibilidade de continuar este projeto para que se concretizem todos os pilares de desenvolvimento do projeto ‘Beja Capital’”. O atual presidente da Câmara Municipal de Beja considera que “à partida este vai ser um combate renhido, mas que o PS está preparado, nomeadamente com a ajuda de todos os que se revejam neste projeto”. Mas defende: “O combate mais difícil, em minha opinião, aconteceu há quatro anos, quando demonstrámos que era possível e necessário mudar. Admito, porém, que
este combate vai ser delicado, uma vez que o PCP tem concentrado todos os seus esforços na recuperação da Câmara de Beja, bastião comunista por mais de 30 anos”. Jorge Pulido Valente acredita que “as pessoas reconhecem o trabalho que tem vindo a ser desenvolvido” e, neste sentido, brevemente vão ser lançados “um conjunto de debates sobre o estado do concelho”, de modo a que se possa fazer um “ponto de atualização do projeto ‘Beja Capital’”. Debates, estes, que vão marcar ainda o arranque do projeto “Beja Capital Novo Impulso”.
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Cortes em Évora e Portalegre
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o distrito de Évora, que tem 14 concelhos, as 91 freguesias são “cortadas” para apenas 68. A proposta da Utrat prevê as maiores alterações nos concelhos de Évora (menos sete), Estremoz (menos quatro) e Montemor-o-Novo (menos três). Também perdem freguesias os municípios de Alandroal, Reguengos de Monsaraz, Arraiolos, Vila Viçosa e Portel, não havendo lugar a alterações em Redondo, Mora, Mourão, Vendas Novas e Viana do
Alentejo. A sede de distrito, Évora, segundo a proposta da Utrat, passa de um total de 19 para 12 freguesias, sendo sugerida a criação de seis uniões de freguesias. Já o conjunto dos 15 concelhos do distrito de Portalegre, com 86 freguesias, vai perder, no mínimo, 13, uma vez que o “mapa” relativo a um dos municípios, o de Elvas, ainda não foi disponibilizado pela Utrat.
Portalegre e Nisa são os que perdem mais freguesias, três cada, sofrendo ainda alterações Avis, Crato e Ponte de Sor, duas em cada um deles, e Gavião (uma). O concelho da sede de distrito perde três das atuais 10 freguesias, uma das quais freguesia urbana. Alter do Chão, Arronches, Campo Maior, Castelo de Vide, Fronteira, Marvão, Monforte e Sousel não são abrangidos pela reorganização administrativa.
Governo deixa cair 25 juntas no distrito de Beja
Freguesias ao fundo O corte de 25 por cento de freguesias foi levado à letra pela Unidade Técnica para a Reorganização Administrativa do Território (Utrat). Na “proposta concreta”, entregue no dia 5 ao Parlamento, este organismo reduz de 100 para 75 o número de freguesias no distrito de Beja.
Já na cidade, as freguesias urbanas de Santiago Maior e São João Batista, bem como as de Salvador e Santa Maria da Feira, darão lugar a duas uniões de freguesias, cumprindo o objetivo de reduzir a metade “o número de freguesias cujo território se situe, total ou parcialmente, no mesmo lugar urbano”.
Texto Aníbal Fernandes Ilustração Susa Monteiro
Odemira apresentou proposta Em Odemira, o
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lvito, Barrancos, Cuba e Vidigueira, por terem quatro ou menos freguesias, são poupadas à “fúria reducionista”. Beja, com menos seis autarquias, Odemira (quatro) e Moura (três) são os concelhos mais visados por esta medida. Almodôvar, Ferreira do Alentejo, Mértola, Ourique e Serpa perdem, cada um, duas freguesias, enquanto Castro Verde e Aljustrel ficam com menos uma. O concelho da capital de distrito, Beja, passa de 18 para 12 freguesias, mantendo seis e agregando as restantes 12 em seis uniões de freguesias. A Proposta Concreta de Reorganização Administrativa do Território, elaborada pela Utrat, fundamenta cada uma das fusões: no caso de São Brissos, o documento aponta o “número de habitantes inferior a 150” como motivo suficiente para a sua fusão com Trigaches (464 habitantes), já que “a distância entre as sedes é inferior a quatro quilómetros e existe uma adequada ligação entre estas freguesias”, passando a designar-se por União de Freguesias de Trigaches e São Brissos. Na freguesia de Quintos (255 habitantes) a argumentação é a mesma. Assim, a proposta aponta para a criação de uma nova autarquia denominada União de Freguesias de Salvada e Quintos. No entanto, neste caso, para além do motivo já exposto, o documento constata “uma certa homogeneidade na orografia e ocupação” dos territórios a fundir. A Junta de Freguesia de Salvada, num comunicado assinado pelo presidente Sérgio Engana, repudiou esta proposta, considerando necessário “prosseguir na luta contra esta reorganização administrativa das freguesias”. As freguesias de Trindade (274 habitantes) e Mombeja (386), distantes cerca de oito quilómetros de, respetivamente, Albernoa e Santa Vitória, também serão alvo de fusão, passando as novas autarquias a denominarem-se União das Freguesias de Albernoa e Trindade e União de Freguesias de Santa Vitória e Mombeja. Pulido Valente, presidente da Câmara de Beja, mostra-se contrário a qualquer proposta sem que haja um estudo aprofundado sobre a realidade do território do concelho, não compreendendo as razões para que a freguesia de Mombeja seja integrada em Santa Vitória e Quintos na freguesia de Salvada.
maior concelho do País, a proposta da Utrat levou em consideração a proposta aprovada em assembleia municipal, conforme noticiámos na nossa edição de 19 de outubro, reduzindo de 17 para 13 o número de freguesias. Na altura, a estrutura local do PCP acusou os socialistas de “critérios eleitoralistas”, no desenho do novo mapa. Também o PSD de Odemira, em comunicado datado de 12 de novembro, “repudia a proposta apresentada e aprovada em assembleia municipal, relativamente à freguesia de Bicos” que tem “como único propósito o favorecimento político do PS de Odemira”.. om a proposta que deu entrada De acordo com o, em Odemira, São Salvador e no Parlamento, rão lugar a uma única freguesia, Santa Maria darão sediada na sedee do concelho; Vale de Santiago “agregará” partee da freguesia de Bicos, e manterá a designação. O resto do território de Bicos será uesia de Colos, onde se manterá a anexado à freguesia se também as freguesias de Santaa sede. Agregam-se Clara-a-Velha e Pereiras-Gare numa única fresed e e Santa Clara-a-Velha, guesia que terá como sede ónioo ficará r sediada a Uni n ão de e em São Teotónio União ão Teot o ón ó io e Zambujeira Zam ambuje jeira Freguesias de São Teotónio do Mar. frreEm Moura,, às duas frenas (Santo ( anto (S guesias urbanas Agostinho e São João r-se-á a Batista) juntar-se-á a to freguesia de San Santo nião Amador, na União as de Freguesias sde Santo Agostinho, São João Batista e Santo Amador, enquanto que as freguesias de Safara e Santo Aleixo daa amRestauração tamgadas. bém serão agregadas. Em Serpa, ass duas freguesias urbanas (Santaa Maria e Salvador) ma, o mesmo acondão lugar a uma, tecendo com Vila Nova de São Bento e Vale de Vargo. erreira do Ale entejo, o Também Ferreira Alentejo, tola e Almodôv var fica-Ourique, Mértola Almodôvar rão com menoss duas autarquias. No prifundão e Peroguarda Perogguarda unemmeiro caso, Alfundão m sucede sucedde -se numa únicaa freguesia e o mesmo
com as freguesias de Ferreira do Alentejo e Canhestros. Em Ourique, as freguesias de Panoias e Conceição dão lugar a uma única freguesia, o mesmo acontecendo com as freguesias de Garvão e Santa Luzia. O município de Ourique, através de um comunicado, manifestou a sua discordância face à proposta de extinção, considerando que “desrespeita as funções das juntas de freguesias, o apoio constante, e, muitas vezes, único às populações isoladas com base em critérios de economia que não correspondem à verdade”. Em Mértola, São Miguel do Pinheiro une-se a São Pedro de Sólis e São Sebastião dos Carros. No concelho de Almodôvar, a Assembleia Municipal aprovou, em setembro, a redução de freguesias, contra a vontade da oposição. Assim, as freguesias de Almodôvar e Senhora da Graça de Padrões juntar-se-ão, mantendo Almodôvar a sede, surgindo ainda a União das Freguesias de Santa Clara-a-Nova e Gomes Aires, cuja
futura sede ficará localizada em Santa Clara-aNova. Em Aljustrel, a agregação de Rio de Moinhos à freguesia da sede do concelho já originou os protestos do município e da comissão concelhia do PCP. A câmara municipal, em comunicado, discorda da proposta da unidade técnica por “considerar que o concelho de Aljustrel está perfeitamente estabilizado e harmonizado em termos territoriais e administrativos, não carecendo de qualquer modificação”. A autarquia aljustrelense já se reuniu com os presidentes das juntas de freguesia visadas e pôs a circular um abaixo-assinado que “servirá para que os munícipes expressem a sua discordância em relação a este processo”, e que será entregue ao Presidente da República, à presidente da Assembleia da República, ao primeiro-ministro e ao ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares. Também os comunistas de Aljustrel consideram a “decisão decisão les lesiva dos interesses dos habitantes e igualmente igualment uma afronta relativa às decisões expressas unanimemente u pelos órgãos representativos do concelho, assembleia municipal, câmara m municipal, junta e assembleia de freguesia de Rio de Moinhos”, o que, para os comunista comunistas, “vem agravar, ainda mais, a situação de is isolamento dos habitantes da freguesia. Por fim, Castro V Verde assistirá à fusão da freguesia da sede do concelho com Casével, dando origem à União Uniã de Freguesias de Castro Verde e Casével. Sines, Santia Santiago, Alcácer e Grândola com men menos seis Quanto aos qua-
c tro concelhos alentejanos do di distrito de Setúbal, onde e existem 24 freguesias, passam a constar apenas 18. Sines é o único concelho sem alterações. Já Santiago do Cacém é o que perde mais freguesias (três, passa de 1 para oito), seguindo-se 11 Al Alcácer do Sal (menos duas) e Grâ Grândola (menos uma). pre O presidente da Câmara de Saantiago do Cacém, V Santiago Vítor Proença, declarou à “frontalm Lusa estar “frontalmente contra” a proposta de extinção de três fregu freguesias no concelho, consi“af derando ser uma “afronta” aos órgãos autárq icos democraticam qu quicos democraticamente eleitos. freguesia a excluir têm uma im“As três freguesias incalculá para a vida das poportância incalculável p lações”, defendeu o autarca comunista, pu pulações”, concluin i do que “isto é um ato de autêntica diconcluindo tadura relativamente ao processo de extinção freeguesias”. de freguesias”.
O executivo municipal de Beja, eleito pelo PS, realizou na passada semana um encontro de trabalho para preparar o orçamento municipal e as grandes opções do plano para o próximo ano. Na reunião com os grupos políticos representados na assembleia municipal apenas compareceram os eleitos socialistas e do Bloco de Esquerda. Os elementos fundamentais do documentam visam “a
Álvaro Nobre Presidente da Junta de Freguesia de Cabeça Gorda e coordenador da Anafre no distrito de Beja
“As populações poderão ter que impedir que as suas freguesias morram” Ficou surpreendido com a decisão da Unidade Técnica, em relação ao distrito de Beja?
De acordo com a lei para a extinção de freguesias era aquilo que se esperava. A proposta de diploma prevê que 25 por cento das freguesias rurais e 50 por cento das urbanas fossem extintas e, fazendo as contas, foi aquilo que foi proposto. O que nos preocupa é que o Governo continue com a intenção de reduzir freguesias quando, na realidade, não há qualquer justif icação para o
fazer. Nem tão pouco o fator financeiro porque, como todos sabemos, não há uma redução com significado e impacto no Orçamento do Estado. Portanto, esta lei, para além de ser inconstitucional, porque não prevê a vontade das assembleias de freguesia e municipais, revela-se apenas como uma reforma encapotada. Quer dizer que do ponto de vista financeiro não existe qualquer poupança para o Estado?
Os valores que o Estado vai poupar nesta reforma não têm qualquer significado. Aliás, acreditamos que em termos reais haverá um aumento da despesa, na medida em que as freguesias que ficarem com a sede terão mais custos, em consequência da deslocalização dos serviços. É por isso que temos dito que os custos aumentarão. No entanto, se calhar, para o Orçamento do Estado não, porque o que o Governo prepara-se para transferir as mesmas verbas, ou até diminui-las, como tem vindo a
A freguesia que vale por muitos concelhos
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freguesia de São Teotónio, em Odemira, gerida com 600 mil euros, tem mais área e habitantes do que nove concelhos alentejanos e poderá ter mais do que outros dois, geridos por câmaras com orçamentos de milhões de euros. Com 305 quilómetros quadrados e 5 527 habitantes, a freguesia de São Teotónio tem mais área e habitantes do que cinco concelhos do distrito de Portalegre (Castelo de Vide, Fronteira, Gavião, Marvão e Sousel), três do de Beja (Alvito, Barrancos e Cuba) e um do de Évora (Mourão). A concretizar-se a proposta de reorganização administrativa do concelho de Odemira, a freguesia de São Teotónio vai agregar a de Zambujeira do Mar e, desta forma, ganhar 40 quilómetros quadrados e 912 habitantes, ficando com 345 quilómetros quadrados e 6 439 habitantes. Assim, a futura freguesia de São Teotónio terá também mais área e habitantes do que os concelhos de Vidigueira (Beja), que tem 315 quilómetros quadrados e 5 932 habitantes, e de Arronches (Portalegre), que tem 314 quilómetros quadrados e 3 119 habitantes. “O problema é que recebemos muito menos [verbas do Orçamento do Estado] do que qualquer um dos concelhos” com menos área e habitantes, disse à Lusa o presidente da Junta de Freguesia de São Teotónio, José Guerreiro (PS). Segundo o autarca, o orçamento deste ano da junta “ronda os 600 mil euros”, enquanto o da Câmara de Barrancos, o concelho mais
pequeno do Alentejo, que tem só uma freguesia, 168 quilómetros quadrados e 1 834 habitantes, é de cinco milhões de euros. Os orçamentos deste ano das restantes câmaras dos concelhos com menos área e habitantes do que São Teotónio variam entre os quase 5,8 milhões de euros (Alvito) e os 9,5 milhões de euros (Sousel), segundo informações recolhidas pela Lusa. Trata-se de “um daqueles casos sem fundamento”, disse à Lusa o presidente da Junta de Freguesia de Zambujeira do Mar, Hélder António (CDU), referindo que “algo está mal”. Segundo os autarcas, numa altura em que o Governo quer extinguir, agregar ou fundir freguesias por razões financeiras, “não faz sentido” haver câmaras, que têm “estruturas mais pesadas e mais custos” do que juntas, para gerir concelhos com menos área e habitantes do que uma freguesia. Em São Teotónio, “ninguém pensa” em elevar a freguesia a concelho, mas a junta devia “receber mais verbas” do Estado e “o facto de receber menos” do que câmaras com menos área e habitantes “devia ser pensado”, disse José Guerreiro, defendendo uma “distribuição equilibrada das verbas” e a revisão da diferença entre concelho e freguesia. O caso da freguesia de São Teotónio “desmonta o argumento da poupança” para justificar a reforma administrativa do território, que “perde completamente o sentido”, disse José Guerreiro.
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Bloco de Esquerda contra “Lei da RATA” A Coordenadora Distrital de Beja do Bloco de Esquerda (BE), em comunicado datado de 8 de novembro, considera que “nenhum governo, nenhum órgão e nenhum partido tem legitimidade” para aprovar a extinção de freguesias (Reorganização Administrativa Territorial Autárquica), “até porque ninguém o propôs nas eleições autárquicas de 2009”. O BE lembra que desde sempre condenou este propósito, que mais não é do que “um golpe na democracia local e acelera a desertificação do País”.
fazer até aqui. Aliás, o próprio governo já reconheceu que a questão não é essa. E isso é que é absurdo. O que o Governo pretende é fazer crer à chamada troika que fez uma reforma ao nível da reorganização do território, quando isto não é reforma nenhuma.
junto da Assembleia da República. É aí que iremos protestar para que a proposta da Unidade Técnica não se torne efetiva, uma vez que, neste momento, a “bola” está na mão dos deputados.
Qual é a resposta que se pode esperar por parte das freguesias?
E se esta proposta técnica passar a ser uma decisão política? Já há quem fale na hipótese de boicotes nas próximas autárquicas…
As freguesias, quer as que são apontadas para ser extintas, quer as que irão receber outros territórios, estão completamente em desacordo. Várias já nos comunicaram que vão realizar ações de protesto. Estas últimas, como não vão receber a soma das verbas das duas freguesias, vão ficar com muito menos meios, quer financeiros, quer técnicos, para fazer face à gestão do território aumentado. Ao nível do conselho diretivo da Anafre, e nomeadamente na estrutura distrital de Beja, iremos nos próximos dias reunir-nos, e, certamente, serão decididas formas de luta contra estas medidas, que deverão passar por manifestações
A informação disponível no distrito ainda não aponta nesse sentido. O que se tem equacionado em algumas freguesias é interpor providências cautelares, para que a extinção não se consuma. Em relação às eleições autárquicas, poderá haver movimentações, mas isso será num momento posterior. As eleições serão só daqui a um ano, e até lá ainda há outras lutas para travar. Temos a esperança que o Tribunal Constitucional decida pela inconstitucionalidade da lei, mas, mais perto das autárquicas, as populações poderão ter necessidade de encontrar formas de impedir que as suas freguesias morram. AF
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São Teotónio
melhoria da qualidade de vida, a requalificação urbana na cidade e nas freguesias rurais, coesão social, aceleração económica, dinamização de eventos de promoção dos produtos e riquezas do concelho, participação dos cidadãos na gestão municipal e desburocratização da Câmara de Beja”. O documento irá proximamente a reunião camarária e descerá à assembleia municipal em dezembro.
Diário do Alentejo 16 novembro 2012
PCP e PSD recusam debater orçamento de Beja
Vaivém do Oceanário de Lisboa visita Mértola
Diário do Alentejo 16 novembro 2012
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O vaivém do Oceanário de Lisboa vai estar em Mértola até amanhã, sábado, 17. A ideia é desenvolver atividades de educação ambiental ligadas à preservação dos oceanos, dirigidas à população escolar, aos idosos e à população em geral. O vaivém está estacionado na avenida Aureliano Mira Fernandes.
Educação de adultos na Escola Profissional Fialho de Almeida Decorre até hoje, sexta-feira, organizado pela Escola Profissional Fialho de Almeida, em Vidigueira, um encontro europeu ao abrigo do projeto Grundtvig – Parcerias Multilaterais. Trata-se de um encontro que visa fomentar e partilhar “boas práticas junto da população adulta, na área da educação para a saúde, bem como criar um conjunto de atividades para a ocupação de tempos livres” para os idosos. Participam nesta iniciativa técnicos e especialistas oriundos da Itália, Alemanha, Roménia e Turquia.
Protocolo assinado em Évora
Politécnico comemorou 33 anos
Centro de Estudos Geológicos em Aljustrel
Cortes preocupam IPBeja
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a passada segunda-feira, 12, foram assinados, no Colégio do Espírito Santo, da Universidade de Évora, os contratos de financiamento que vão permitir a implementação dos projetos integrados no Sistema Regional de Transferência de Tecnologia (STRR), e que prevê a instalação em Aljustrel do Centro de Estudos Geológicos Mineiros do Alentejo. A sessão que contou com a presença de António Almeida Henriques, secretário de Estado Adjunto da Economia e do Desenvolvimento Regional, e de Nelson Brito, presidente da Câmara de Aljustrel, foi o culminar das negociações entre o executivo aljustrelense e o Laboratório Nacional de Engenharia e Geologia, e que prevê a PUB
construção, em Aljustrel, de uma litoteca para arquivar as centenas de quilómetros de amostras de subsolo recolhidas ao longo dos anos. Para uma segunda fase, ficou a construção dos escritórios e do Centro de Investigação. A candidatura do programa estratégico do STRR foi apresentado pela Agência de Desenvolvimento Regional do Alentejo, que lidera um consórcio que integra a Universidade de Évora, os institutos politécnicos de Beja, Portalegre e Santarém, as câmara municipais de Beja, Évora, Cartaxo, Portalegre e Nisa, para além de associações empresariais, como, entre outras, a Associação Nacional de Jovens Empresários (ANJE) e o Nerbe-Aebal.
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Instituto Politécnico de Beja (IPBeja) assinalou na sexta-feira passada 33 anos de existência. O dia foi assinalado com uma cerimónia alusiva à data e com diversas atividades. Cortes orçamentais são motivo de preocupação. O orçamento da instituição para 2013 poderá sofrer um corte de 10,48 por cento, nas transferências do Estado, e Vito Carioca, presidente do IPBeja, em declarações aos jornalistas após a cerimónia, disse: “Neste momento, é com preocupação que encaramos a dotação orçamental”. O eventual corte de 10,4 por cento nas transferências do OE, que representam cerca de dois terços do orçamento total do IPBeja, que este ano foi de 15 milhões de
euros, alertou, será “complicado” e irá implicar “muitas mexidas” e medidas para reduzir despesas, sobretudo ao nível da organização da estrutura da instituição, que tentará, “a todo o custo, manter” os funcionários. O responsável frisou que o corte de 10,4 por cento “não é definitivo”, e disse acreditar que o Governo irá “recuar” e fazer “reajustes”, pelo que acredita que a redução “não irá ser tão significativa” e deverá “situar-se no valor inicialmente previsto, ou seja, 5,3 por cento”. Segundo Vito Carioca, a redução nas transferências do OE 2013, os requisitos da lei de 2010, que alterou o estatuto dos docentes do ensino superior politécnico, e as exigências de acreditação de cursos são “três grandes motivos de preocupação” para o IPB.
A Câmara Municipal de Aljustrel está a receber, até ao dia 30, questionários onde os munícipes dizem de sua justiça quanto ao orçamento para 2012. Segundo a autarquia local, trata-se de “uma forma de os munícipes poderem participar ativamente nas decisões” da câmara. Os aljustrelense podem assim alertar o executivo municipal para as áreas de intervenção e os investimentos considerados prioritários. Ao mesmo tempo que é feita uma avaliação do trabalho da câmara e aferido o grau de satisfação em relação ao trabalho até agora desenvolvido.
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Aljustrelenses convidados a participar no orçamento
Posto de observação costeira em Milfontes A Ponta da galhofa, em Vila Nova de Milfontes, vai receber um posto de observação e vigilância para ajudar a GNR a detetar “atividades ilícitas na zona marítima e orla costeira”. Para a implementação deste posto do Sistema Nacional Integrado de Vigilância, Comando e Controle (Sivicc), o Governo autorizou a suspensão de parte dos planos de ordenamento do território que regulam a zona de Milfontes. O Sivicc tem como objetivo o reforço da defesa da costa e permitirá a deteção de embarcações de oito metros a cerca de 20 quilómetros da costa e a visualização por imagens de vídeo do que se passa no interior das mesmas.
Orçamento do Estado 2013
Odemira recebe 1.º Encontro Internacional
Municípios alentejanos a uma só voz
Orçamentos participativos
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s presidentes da Associação de Municípios da Região de Setúbal, e das comunidades intermunicipais do Alentejo Central (Cimac), Alentejo Litoral (Cimal), e Baixo Alentejo (Cimbal) consideraram que o Orçamento do Estado (OE) para 2013 “é mais uma peça de uma ofensiva contra a autonomia do Poder Local, a sua capacidade criadora e o serviço público autárquico”. O comunicado conjunto divulgado no passado dia 7 denuncia a sistemática penalização das autarquias locais “não obstante as mesmas terem reduzido o seu endividamento e terem apresentado nos últimos anos um superavit”. Para os autarcas o OE, agora em
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discussão na Assembleia da República, não respeita o “princípio constitucional da proporcionalidade na participação das autarquias nas recietas do Estado”, mantendo os valores transferidos ao nível de 2012, o que significa “uma nova diminuição das disponibilidades financeiras dos municípios”. A imposição de redução do número de trabalhadores, dos custos salariais e a proibição ou limitação de novas contratações também é criticado no documento, que, segundo os autarcas, “é caracterizado por um significativo aumento da carga fiscal sobre os cidadão e pela inexistência de medidas que promovam o crescimento e a dinamização da economia”.
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em início hoje, e termina amanhã, em Odemira, o 1.º Encontro Ibérico de Orçamentos Participativos, um evento que terá a participação de municípios de Portugal e Espanha, mas também de Moçambique, Brasil e Colômbia. A sessão de abertura, que terá início às 10 e 30 horas, no Cineteatro Camacho Costa, contará com a presença de Paulo Júlio, secretário de Estado da Administração Local e Reforma Administrativa, de Pedro del Cura, alcaide de Rivas e presidente da Associação Cidades Participativas, de José Alberto Guerreiro, presidente do município anfitrião, e de Nélson Dias, Presidente da Associação In Loco. Este encontro tem como objetivo a
apresentação de modelos de Orçamento Participativo (OP) em vários países, testemunhos de boas práticas e de participação pública, e exemplos de OP entre crianças e jovens. No primeiro dia serão ainda apresentados “Modelos de Participação e de Deliberação no Contexto Ibérico”, com a participação de autarcas de Lisboa, Cascais, Odemira, Archidona e Casabermeja (Málaga). O dia fechará com o painel sobre experiências internacionais, com a colaboração de laura Parruque, de Maputo, Moçambique; Neiara Morais, de Fortaleza, e Rafael Sampaio, Bahia (Brasil); e Katherine Velasquez Silva, de Medellín, Colômbia.
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Dentro de um copo [de vinho] está o Alentejo todo: a história das gentes, a identidade de uma região, as tabernas, o sol teimoso, a lonjura, montados, cortiça, botas cardadas, noites perdidas, modas, restolho, cal. Vítor Encarnação, “Correio Alentejo”, 9 de novembro de 2012
Opinião
Sou do Sporting B desde pequenino
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No final da passada semana decorreu em Cuba, no Centro Cultural, um colóquio em torno do EMPREENDEDORISMO. A sala estava repleta de alunos das escolas profissionais de Cuba e de Alvito. Uma plateia atenta para escutar duas histórias de vida e de empreendimento notáveis: a de Rui Nabeiro, da Delta Cafés, e a de António Silvestre Ferreira, do Vale da Rosa. Grande aula, grandes lições de vida, por dois professores notáveis. PB
Neste momento, não temos polos dinamizadores de atividades em Beja e começa a ser muito perigoso quando também não temos maneira de atrair, não só empresários, mas também turistas para as nossas unidades hoteleiras. Por exemplo, houve um investimento do Governo no turismo rural, mas está tudo às moscas. Não há uma política que seja capaz de dinamizar todas as estruturas setoriais no Baixo Alentejo. Francisco Carriço ao “Diário do Sul”, 8 de novembro de 2012
Avós precisam-se Mário Beja Santos Jurista
do que nunca), superam as agruras do desemprego, da redução do salário, são a âncora de todos, emitem uma influência tranquilizadora. Lê-se este livro tocado pela magia, pelo sentido prático e pela libertação que é própria dos avós que se entreguem pelos netos, até sentimos o halo maravilhoso em querer perceber aquele tempo em que os avós eram netos.
O A P
Bruno Ferreira Humorista
prende-se nos mais tenros anos de escola, pelo B-A bá, que o B vem antes do A. E assim é com o meu Sporting. Se não fosse a brilhante ideia da FPF de, este ano, os clubes principais terem uma equipa B na Segunda Liga já teria desistido do mundo do esférico. Se ser português no atual estado do País já é difícil, ser sportinguista ainda custa mais. E não andam muito longe um do outro, o meu clube e o meu país. Se o primeiro se entregou à dívida ao FMI, o outro hipotecou-se à dívida aos bancos. Se um se vende aos chineses, o segundo procura desesperadamente que um chinês lhe pegue. E lhe pague. Apenas durante um ano, quatro treinadores já sentaram o redondo no banco de Alvalade. Mas para as suas equipas a bola foi tudo menos redonda. O Domingos teve azar aos domingos. E aos sábados. Quando todos pensavam que era a vez de Sá Pinto, Sá (be-se lá porquê) também não conseguiu. Seguiu-se-lhe a prata da casa, mas com Oceano continuou o mar de desinspiração. O novo treinador, Franky Vercauteren, tem quase o nome do antirreumatológico Voltaren. Resta saber se conseguirá levar a equipa às costas e curar as maleitas que têm afetado as articulações e os músculos dos jogadores do Sporting. À oitava jornada o Sporting tem sete pontos. O mesmo é dizer que conquistou a hilariante soma de 0,875 pontos por jogo. Está um ponto acima da linha de água, a 12 dos primeiros e tem mais dois do que o último classificado. A equipa toda junta tem tantos golos marcados quantos os de Eder, do Braga, ou Cardoso, do Benfica. Na Taça de Portugal o Sporting já foi eliminado pelo portentoso Moreirense. Na Liga Europa é o último classificado do grupo mais acessível, e na Taça da Liga calhou no já chamado grupo da morte. Sim, porque para mal dos pecados sportinguistas o clube de Alvalade está mesmo ao nível de Rio Ave, Paços de Ferreira e Marítimo. Mas mais grave do que tudo isto, e do enxovalho que este estado de coisas provoca no brio de sportinguista, é ver em benfiquistas e portistas uma espécie de pena. Aliás, não é espécie nenhuma, é mesmo pena! E há pouca coisa mais enervante do que ter amigos destes dois clubes com pena nossa. Mas felizmente existe um Sporting B. Uma equipa de lagartinhos que consegue inverter por completo o cenário dos colegas grandes e mais caros. O Sporting B, treinado por José Dominguez (e não é Dominguês, como se tornou moda dizer, porque se fosse assim, o famoso rato mexicano seria o Speedy Gonzalês. E não é), está a fazer uma época de luxo. Com 13 jornadas é líder isolado e conta apenas com uma derrota e um empate. E é por isso mesmo que daqui endereço o meu pedido à FPF, a fim de permitir a subida das equipas B, da Segunda para a Primeira Liga. O raciocínio é muito simples: Pelo andar da carruagem, o Sporting vai acabar por descer de divisão. Como o Sporting B se mostra como um sério candidato ao título, um subia e o outro descia. Não é pedir muito. É troca por troca. E por falar em troca, também trocava de presidente. Não que Godinho Lopes não se esforce. Mas é que com um presidente pudico e bonzinho não vamos lá. Todos sabemos que o clima do nosso futebol é tudo menos casto – e reparem que nunca mencionei a palavra “máfia” – por isso se houvesse hoje eleições, o meu voto ia para o Bruno de Carvalho. E isto não é de forma alguma um elogio ao ex-candidato. É apenas uma urgência.
título prende à atenção, ninguém põe em dúvida que há benefícios em receber afeto e muita dedicação dos avós, eles são sempre um porto de abrigo e acompanham-nos, mesmo na saudade, pela vida fora. Mas qual o retrato dos avós de hoje? E aí a leitura de Avós precisam-se – A importância dos laços entre avós e netos (por Gabriela Oliveira, Arte Plural Edições, 2012) revela-se estimulante e muito útil. É um livro confecionado para ouvir depoimentos de avós e netos que têm notoriedade pública, como Lídia Jorge, Alice Vieira ou Júlio Machado Vaz, e os mais novos como Bárbara Guimarães, Mafalda Veiga ou Nuno Markl. Os primeiros exultam com a experiência, sentem-se marcados pelos ancestrais, sentem-se maravilhados, contadores de histórias, cúmplices e têm a lucidez em reconhecer que quem forma os filhos são os pais, não os avós. Os netos não regateiam adjetivos, é largo e farto o património de bênçãos recebidas, há lições para a vida que nunca se esquecem. Em que é que mudaram os avós? Mudaram em função da estrutura do trabalho, da família, do valor do tempo, até pelo facto de que o envelhecimento permite o diálogo de quatro gerações. Temos avós cuidadores, avós envolvidos e avós distantes, fenómeno que não é novo, assumem novos contornos. Os avós cuidadores responsabilizam-se pelo acompanhamento da criança, são um efetivo prolongamento dos pais; os avós envolvidos são um apoio complementar aos pais, é uma presença sempre caraterizada pelo lúdico e em função das disponibilidades que são negociadas com os filhos; os avós distantes vivem longe ou marcam distância porque não querem mexer no menu da sua existência ou porque houve desavenças. O número de netos está a diminuir e dos avós a aumentar, há divórcios e novos casamentos, convive-se com diferentes progenitores, pela banda do pai e da mãe e também dos avós. E depois há de tudo, como na botica: o marido da avó que acaba por se revelar um verdadeiro avô; temos a casa só habitada por mulheres porque o avô já morreu e os pais estão separados, neste domicílio estabelecem-se relações primorosas que parcialmente suprem as ausências dos homens. A autora destaca depoimentos nessa direção, favoráveis a que a criança permaneça pelo menos até aos três anos recebendo ternura dos avós, sempre que possível, e aponta as vantagens para a criança: recebe atenção individualizada; está menos exposta a doenças e situações de stresse; desenvolve vínculos afetivos perduráveis; fortalece laços familiares; adquire um vocabulário mais rico e diversificado; e é mais económico. A ternura e a atenção são fundamentais, tal como a disciplina: não ter a televisão sempre ligada com o pretexto de entreter e distrair a criança; há que saber lidar com desentendimentos, o mesmo é dizer comunicar bem com os filhos para não se substituírem os papéis. E vêm depois aspetos práticos a ter em conta: como programar a rotina e até estar atento à evolução da criança e perceber quais são as brincadeiras apropriadas, a autora estabelece uma cronologia em que os avós e os pais devem estar bastante atentos. Há avós de serviço, há avós discretos, há avós que podem ter um papel determinante quando há uma rotura entre os pais, os avós são o espelho da sociedade, o sal da terra é as conversas que estabelecem com os netos, ninguém substitui os avós a contar histórias, a construir as memórias da família. Mas há também os avós que são a locomotiva familiar (agora mais
Palavras que fazem ver Ruy Ventura Poeta e ensaísta
rojetos de investigação diferentes, que nos últimos tempos me têm ocupado, levaram-me ao encontro de vozes e pensamentos diversos, mas confluentes. Têm todos eles um centro – a perceção das relações sociais e políticas em tempos de crise e de desigualdade entre os homens. Há cerca de dois mil anos, alguém escreveu numa carta: “[…] ricos, chorai em altos gritos por causa das desgraças que virão sobre vós. As vossas riquezas estão podres, e as vossas vestes comidas pela traça. […] Olhai que o salário que não pagastes aos trabalhadores que ceifaram os vossos campos está a clamar; e os clamores dos ceifeiros chegaram aos ouvidos do Senhor do universo! Tendes vivido na terra, entregues ao luxo e aos prazeres, cevando assim os vossos apetites… para o dia da matança!” No século XII, houve por sua vez quem dissesse sem hesitações nem medos: “Os ricos e poderosos roubam aos pobres os seus haveres, adquiridos com suor e lágrimas. Ainda por cima, chamam-lhes seus vilãos, quando eles é que são vilãos do diabo. […] O rico deste mundo perverte a justiça, roubando os pobres ou não lhes dando o que é seu.” E acrescenta com igual ousadia e firmeza: “É sacrilégio dar a pertença dos pobres a quem o não é. Se dás a um parente, deves dar não por ser parente mas por ser pobre. […] Não dês, portanto, sangue ao sangue, mas dá ao peregrino e ao pobre.” Já muito mais perto de nós, um dos gigantes da nossa literatura portuguesa e da literatura de qualquer parte do mundo afirmou: “[…] um novo e inesperado ator calcou o tablado. […] Ao pé dele tudo é mesquinho: homens de estado, negociações, guerreiros e príncipes. Salvou-nos. E logo que nos salvou sumiu-se na mesma estúpida resignação […]. Mas nem tudo se perde: alguma coisa de amargo – dúvida ou cólera – ficou na consciência coletiva, que há de desentranhar-se no futuro em novos gritos. Esperemos o que a noite vai gerando…” Acrescento a estas erupções verbais, tão oportunas, as palavras ditas por um homem do povo mais humilde, ou seja, mais próximo do húmus, da terra fértil: “Quem trabalha e mata a fome / Não come o pão de ninguém; / Mas quem não trabalha e come, / Come sempre o pão de alguém!” “Entre grandes e pequenos / Ficávamos quase iguais, / Dando a uns um pouco menos / E a outros um pouco mais.” “Vós que lá do vosso império / Prometeis um mundo novo, / Calai-vos, que pode o povo / Q’rer um mundo novo a sério.” Que interessa que estes textos tenham sido escritos em momentos distintos da História da Humanidade? É importante sabermos que eles saíram da mão e/ou do pensamento de Tiago-o-Justo, Santo António de Lisboa, Raul Brandão ou António Aleixo? Parece-me que não. Importa a sua justiça, a clarividência que nos dão e a mudança de atitudes que possam propor ou proporcionar. Assim eles fiquem na nossa memória, na memória de quem os lê, e empurrem para aquilo que interessa nestes tempos conturbados, de transição: a mudança e o avanço.
A boa notícia é que no INSTITUTO POLITÉCNICO DE BEJA entraram mais alunos do que no ano letivo anterior. Vito Carioca, na cerimónia do 33.º aniversário daquela instituição, reforçou a importância crescente do IPBeja na região. Servindo-se de resultados preliminares de um estudo sobre o impacto efetivo na atividade económica do concelho, Carioca referiu que o politécnico faz rodar anualmente cerca de 50 milhões de euros. O que é “muita fruta”. PB
Há 50 anos A Televisão e a juventude
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á meio século o “Diário do Alentejo” debatia a qualidade da Televisão e a sua influência sobre os jovens. Na edição de 7 de novembro de 1962 (não havia qualquer referência à Revolução de Outubro...), uma “Nota do Dia” a abrir a primeira página abordava o tema “A Televisão e a juventude”. Muitas das considerações podiam ter sido escritas hoje e o artigo é interessante também porque mostra como evoluíram nos últimos 50 anos as mentalidades nesta área: “O problema não é novo mas nem por isso merece menos a nossa atenção. Enquanto é proibido aos jovens com menos de dezassete anos assistir a certas sessões de cinema e a determinados espectáculos, porque os mesmos são considerados prejudiciais para a sua formação moral, a televisão fez tábua rasa dessa proibição e leva à casa de cada um programas que, em muitos casos, são francamente impróprios para a juventude. Poderá argumentar-se que aos pais cabe seleccionar os programas a que os filhos poderão assistir. Mas para quem tenha presente o lado prático das coisas verifica facilmente que não é possível aos pais uma tal selecção, pois entre outras avulta a razão de que eles mesmo não conhecem, em geral, o ‘conteúdo’ dos programas que vão ver. O certo é que aos jovens é mostrada, através da televisão, toda a trama do crime, da violência e os atraentes aspectos duma vida fácil e de grandezas falsas e impossíveis (pelo menos para a maioria) mas que nem por isso deixam de ser menos aliciantes e tentadoras para espíritos inexperientes, dotados de pouco discernimento, portanto incapazes de distinguir o real do que é mera fantasia. O roubo, o crime de morte, a duplicidade de carácter, etc., são muitas vezes apresentados com a maior naturalidade, como acidentes decorrentes da vida diária e próprios da luta pela vida, sem consequências ou perigo sério. É só questão de evitar este ou aquele pormenor comprometedor e ser ‘esperto’ bastante para não se deixar apanhar. E não é preciso ter grandes conhecimentos de psicologia juvenil para saber o quanto faz parte da natureza do jovem tentar fazer aquilo que outros não conseguiram, ou que outros se salientaram em conseguir. Cremos que a televisão, como a rádio-telefonia, são meios de um extraordinário alcance educativo, capazes de contribuir largamente não só para a formação moral da juventude como também para a instrução e cultura dos adultos. Mas – e neste mas é que nos devemos deter – é indispensável que os seus programas sejam estabelecidos com esse objectivo e que alguém, para isso capacitado, exerça sobre eles estreita vigilância. Oxalá assim aconteça, aproveitando-se das enormes capacidades daqueles meios para tornar a vida mais alegre, mais sã e mais bela, em todos os seus aspectos.” Carlos Lopes Pereira
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ANGELA MERKEL esteve esta segunda-feira em Lisboa 15 para almoçar com o bom aluno Passos Coelho. E que país observou ou deveria ter observado a chanceler alemã? País nenhum. O Portugal que Merkel não viu estava (e está) de luto, sem rumo, sem perspetivas futuras, asfixiado pela dívida e pelas medidas de austeridade. Um país que, se continuar a darlhe ouvidos, caminha literalmente para o cadafalso. PB
Diário do Alentejo 16 novembro 2013
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Se é verdade que somos produtos da sociedade, também somos nós, cidadãos, os produtores da sociedade que almejamos. Não somos meras marionetas de um jogo de forças, nem meros espetadores dos embates dos diversos poderes. Cada um de nós é coautor da trama em que os poderes se tecem. E, portanto, o nosso silêncio e passividade, ou a nossa ação decidida irão contribuir para manter ou alterar o estado das coisas. Manuel Veiga, “Seara Nova”, outono de 2012
Cartas ao diretor que provém da crise de valores, não só Um homem no nosso país mas já em toda a velha Europa que já foi mais cristã. de Deus A Igreja Católica (IC) afirma que José Ramos Almada
O apóstolo Paulo, escrevendo a seu discípulo Timóteo, entre outras coisas diz: “Sabe porém isto; nos últimos dias virão tempos difíceis, pois os homens serão egoístas, avarentos, arrogantes, blasfemadores, desobedientes aos pais, ingratos, sem respeito algum, desafeiçoados, implacáveis, caluniadores, sem domínio de si ou descontrolados, cruéis, traidores, atrevidos, soberbos, mais amigos dos prazeres do que amigos de Deus, tendo forma de piedade ou de fé, mas negando a eficácia da religião. Procura evitar essa gente. São desses, alguns que se introduzem nas casas e cativam mulheres mundanas, carregadas também de pecados e vícios, que estão sempre a aprender mas são incapazes de chegar algum dia à verdade cristã. Estes perversos e impostores irão de mal a pior, enganando e sendo enganados”. E o grande instrutor das gentes, apresenta na sua II carta a Timóteo: “Desde a infância conheces as sagradas escrituras que podem fazer-te sábio para a salvação, pela fé que há em Cristo Jesus. Toda a escritura é divinamente inspirada para ensinar refutar, corrigir e educar na justiça, para que o homem seja perfeito e preparado para toda a boa obra”. São Paulo encontrava-se preso em Roma, na época do imperador Nero, por volta dos anos 66 ou 67 d.C.. Estudiosos da Bíblia afirmam que esta carta ou epístola foi a última que o apóstolo escreveu. Ele mesmo diz que as condições do seu cativeiro eram agora tão duras (preso várias vezes por ser cristão ativo) que sendo tratado “como malfeitor”, estava sujeito a “algemas”. Em condição tão difícil e angustiante, sua tristeza era ainda maior por ver-se esquecido por alguns que se diziam crentes e pelo mau comportamento de outros… Certamente com sua saúde debilitada na prisão, pede a Timóteo que lhe leve a capa por causa do frio e alguns pergaminhos (antes que chegasse o inverno). Sabe-se que o ímpio Nero mandou incendiar Roma, dando as culpas aos cristãos. Muitos deles foram mortos juntamente com o apóstolo São Paulo. Mas só mortos fisicamente. Como dizem os sábios teólogos, a alma e o espírito de um crente não morre! De espírito exaltado e inspirado por Deus, o apóstolo também foi um profeta. Ele profetizou, como vimos acima, os males do nosso tempo, a degradação, os vícios, a imoralidade, a crise total
o apóstolo Pedro foi o primeiro papa. Mas como se não há provas históricas que este apóstolo esteve alguma vez em Roma? O apóstolo Paulo, sim (sabemo-lo pelo livro Atos dos Apóstolos, incluído na Bíblia), esteve em Roma (considerada nas escrituras como a nova Babilónia) e foi decapitado. Além disso a IC que é contra o casamento de clérigos, podia ter dado a primazia a Paulo, homem solteiro para ser o primeiro papa, em detrimento de Pedro, homem casado! Este era pastor de almas em Jerusalém. No tempo dos dois apóstolos só havia judeus, cristãos e gentios. Três séculos mais tarde, aparecia o catolicismo…
Fundações António Bento Martins Mina de São Domingos
(...)Viram há poucos dias, na TV, o antigo presidente Mário Soares e ouviram bem o que ele disse? Ponha-se o Governo na rua ou, se não se pode, ponham-se eles mesmos, sem demora, como antigamente: a rua já, antes que acabem de destruir o País, pelas mãos do apóstolo Pedro que planeia derrubar o meu templo (leia-se fundação), uma das tais (...) Deixem estar o Governo e a troika; não o tivessem eleito, não a tivessem achado que nós, os pobres deste país, aguentamos, como desde sempre, que remédio? Será verdade que este ano aquela dita fundação gastou ou vai gastar qualquer coisa como um milhão e oitocentos mil euros? Se é verdade, onde está a vergonha? Enfim, a propósito de fundações – existem tantas e tão beneméritas! Vem a “talhe de foice” referir uma, na minha aldeia, a Mina de São Domingos – a Fundação Serrão Martins, tão pobre, mas mesmo tão pobre, que não tem onde pernoitar isto é: não tem sede!
Não vou por aí Manuel Dias Horta Beja
Não! Não vou por aí. Só vou por onde Me levam meus próprios passos Se ao que busco nenhum de vós responde Por que me repetis vem por aqui? (José Régio) Nunca tive e não tenho particular fascínio pela política ou por quem à volta
dela se ajoelha e reza. Sinal de falso cristão! Pertenço ao grupo dos que dela pouco ou nada percebem, no entanto sigo-a, como quem segue uma novela na televisão, em episódios. Produzidos e realizados conforme o fim em vista. Os intérpretes são recrutados não pela seriedade ou pela competência, mas pela verbosidade, pela presença em cena ou até pelo palminho de cara. São impercetíveis os desígnios de um político que ambiciona o poder, confundindo-se o sério com o vigarista, sendo que este último nos convence sempre mais, porque lhe conhece as manhas, embora sujeito à ditadura do partido, que a princípio o embala docemente, mas que a qualquer momento, em nome dos superiores interesses da agremiação, o faz vender a alma ao diabo. Não! Por aqui não é caminho! Irra o clientelismo imbecil e inútil! Abaixo o embuste!
O futuro da educação Manuel José Felício Vargas Aljustrel
Educar é algo que compete a todos. Mas o que dizer quando responsáveis de um país resolvem cortar na educação, tendo como justificação um conjunto de medidas de austeridade, em vez de cortarem nas gorduras do Estado? Não tenho a menor dúvida que esse comportamento irá aumentar o fosso das desigualdades, numa sociedade onde pulverizam novas leis de valor que contribuem inevitavelmente para um conceito de família cada vez mais disfuncional. Por tudo isto, inerente à conjuntura atual, permitam-se que valorize o papel tão dignificante e essencial dos professores, que têm sido o bode expiatório de uma situação social, onde não houve ainda o bom senso para encontrar uma solução alternativa, a fim de não comprometer o futuro. Vivemos numa sociedade cheia de “promiscuidades educacionais” e o amanhã espera por nós. Presentemente, o modelo educacional está desajustado da realidade, não proporcionando um caminho de progresso e sucesso tanto ao nível pessoal como profissional. Importa, por isso, acautelar o “futuro” numa base de clarificação de conceitos e competências que permitam vislumbrar dias melhores, num mundo complexo que se chama “educação”.
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O mediador tem de ter a confiança das duas partes para poder fazer um bom trabalho de acompanhamento. Logo ao princípio as pessoas pensavam que o mediador era a solução para todos os problemas e isso não é bem assim. O mediador só faz o que pode”. Prudêncio Canhoto
Reportagem
Existem quatro mediadores no distrito de Beja
A eterna crise dos ciganos Quatro mediadores na região, embora um esteja no desemprego, fazem a ponte entre a comunidade cigana e as instituições públicas. Têm o dom de estabelecer uma relação de confiança e comunicação aberta com os representantes das partes e procuram entender a situação de forma a refletir os pontos de vista, os fundamentos das opiniões, os sentimentos, as atitudes e as ações. Quatro cidadãos ao serviço das comunidades cigana e não cigana, que falam de integração e exclusão social, da crise, da mudança de mentalidades, mas também de sonhos e de esperança. Texto Bruna Soares Ilustração Susa Monteiro
A
chuva chegou sem hora marcada e encharca as ruas da cidade de Beja. Prudêncio Canhoto espreita-a pela janela. Enverga uma gabardina preta, embora não esteja a pensar sair do edifício dos serviços técnicos da Câmara Municipal de Beja. Trá-la vestida porque o aconchega e porque se a tirasse ficaria em mangas de camisa, que sobressai pela sua cor: rosa forte. Entramos e sem que pronunciemos uma palavra Prudêncio Canhoto apressa-se: “Sou eu o mediador cigano”. E rapidamente vai ao assunto que nos trouxe. O seu trabalho, a integração da comunidade de etnia cigana, a crise, o presente, o futuro, os sonhos… “Neste momento em Beja, infelizmente, só dois mediadores ciganos estão no ativo. Espero que esta situação mude rapidamente. Faz falta mais gente a trabalhar nesta área”, começa por explicar, e encolhendo os braços, como se não fossem necessárias mais explicações, diz: “A crise toca a todos”. Interessa-lhe, porém, para início de
conversa, falar do seu trabalho ho e de como idade de tirar aqui chegou. “Tive a oportunidade um curso de formação, através da Associação Sementes de Vida. A Escola dee Santa Maria, emática e tranessa altura, era a mais problemática balhavam lá pessoas que me conheciam e que achavam que fazia todo o sentido eu ir mbora não tipara lá trabalhar também. E, embora diação, acabei vesse formação na área da mediação, s. Foi uma expor ir, mas com muitos receios. rabalho foi reperiência muito boa. O meu trabalho ciga g na e não conhecido pelas comunidadess cigana unidade de vir cigana. Depois surgiu a oportunidade para a Câmara Municipal de Beja e por cá me tenho mantido”. E satisfação no trabalho não lhe falta, embora garanta que este é um trabalho mais complicado do que aquilo que parece. “A situação do País agravou-se e na região e na cidade também. Tudo se tem agravado. Sou a ponte entre a comunidade cigana e a pomaraa de Beja, pulação em geral, ou seja, a Câmara mas não é uma tarefa fácil”. ação, garante, Calma, paciência e ponderação, “não lhe faltam”. “O mediadorr tem de ter a ara poder faconfiança das duas partes para mpanhamento. zer um bom trabalho de acompanhamento. Logo ao princípio as pessoas pensavam que o mediador era a solução para todos os prom. O mediador blemas e isso não é bem assim. só faz o que pode”, explica. ios problemas Tem bem presentes os vários gana. Saberia, que afetam a comunidade cigana. -los um a um, caso lhe pedíssemos, enumerá-los mas há um que sobressai entree todos os ouo. tros: o problema da integração. “Sempre houve ciganos em Beja e a maioos, mas não se ria vivia em barracas, em toldos, fez, em minha opinião, um realojamento ão se trabalha para a integração. Quando não para o futuro não se podem esperar bonss resultados. Não posso dizer que a comunidade de etnia cigana em Beja está bem integrada. Mas também não se pode só dizerr cul u pa que os ciganos são isto e aquiloo e que a culpa é só sua. Há, como em todas as comunidades, gente boa e gente má. O cigano para guém que remudar necessita que exista alguém oportuusolva apostar em si, precisa dee uma oportuente-se dis scrinidade, porque, na verdade, sente-se discrio, o que leva levva a minado, isolado, abandonado, ar”, considera sentir-se inferior e a não confiar”, enta: “A intePrudêncio Canhoto. E acrescenta: nião, convívio, gração acontece quando há união, quando se repartem as tarefas entre a população cigana e a população nãoo cigana”. mbém residem No concelho de Moura também a. E, tal como vários cidadãos de etnia cigana. ra Municipal em Beja, também a Câmara v iço. de Moura tem um mediadorr ao serv serviço. Adérito Oliveira, 27 anos, faz a ligação entre
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Os ciganos estão em Portugal há séculos, mas a exclusão social tem-nos acompanhado sempre. Temos uma identidade, uma cultura muito própria, que faz confusão à maioria. Se calhar existe falta de conhecimento de parte a parte”. João Barão
“A população de etnia cigana tem menos estudos, o que também a prejudica. Hoje em dia as mentalidades já estão diferentes. Os trabalhos que davam sustento aos ciganos estão a desaparecer a uma velocidade incrível. Os pais apostam na formação dos filhos cada vez mais, para que estes possam ter um futuro melhor. Eu acredito que é possível”. Jesus Silva
a autarquia e a comunidade. “Sou novinho mas tenho a confiança dos membros da comunidade. Sou reconhecido. Tenho também a confiança da autarquia. Condições essenciais a um mediador”, diz. Está ao serviço há quatro anos. “Sempre vivi em Moura e tinha conhecimento acrescido sobre a realidade local. Conheço bem a nossa cultura, cresci com ela. Tenho cá as minhas raízes e sou bem aceite na comunidade”, começa por explicar, enquanto deixa safar um sorriso largo.
“No princípio existiam várias dúvidas em relação ao que era a profissão de mediacigan pendor cigano. As pessoas de etnia cigana savam que iam ter um representante na câu o med mara municipal. Acontece que mediador é apenas um elo de ligação. Mas o po povo de etnia cigana está contente com o me meu trapositiv para balho, que julgo que está a ser positivo ambas as partes”. Aqui, contrariamente ao que aconse tece em Beja e noutros concelhos, segundo Adér é ito Oliveira, “nota-se uma melho Adérito melhor integração”. “As coisas têm mudado. Not Notam-se dife f renças. Existe relacionamento e comdiferenças. preens n ão. É preciso respeitarm preensão. respeitarmo-nos mutuamente, somos diferentes entre cultur ouiguais. Temos a nossa cultura, m a sua. Temos a nossa identros têm tidade, outros têm a sua. Exi Existindo tud funconfiança e consideraçãoo tudo em ciona melhor”, explica, embora d não exclua que, sem dúvida, aindaa , infelizin “existem ainda, mente, grandes as assimetrias”, nomeada nomeadamente no que diz respei respeito “às oportunidades”. exe “Há, por exemplo, ma uma grande marginarelaç ao lização em relação trab mercado de trabalho. diz que É muito fácil dizer os ciganos querem viver do Rendimento Social de Inserção (RSI) (RSI), mas esquecem-se que ninguém lhes dá ver verdadeiras oportunidades. oportunidad O povo cigano sempre semp trabalhou no comérc comércio, na agricultura, mas aas dificuldades são sentid sentidas por todos. O trabalho na n agricultura tem de esapaar desaparecido, as vendas em mer mercados ambulantes e feiras estão fracas. Antigament n e as pesnt Antigamente soas conseguiam co comprar roupa mais barata aos ao ciganos, atualmente compram com --na na loja dos chi chineses. As feiras têm desaparecido. desapar Tudo isto leva muito muitos para situações complicad complicadas. As pessoas têm de viver, como qualquer um, com condic ções mínimas de dign dignidade. É preciso ver caso a caso e não generalizar”, de defende Adérito Oliveira. Quem sente na pele o pproblema pr oblema do desemprego desem é Jesus Silva. Traba Trabalhava como mediador ciga cigano na Escola de Santa Maria, Mar em Beja, mas o contrato terminou. “Estou a receber o subsídio su de desemprego, mas espe espero que não seja por muito mais tempo. t Quero trabalhar, tenho h uma famíli família para
sustentar e pretendo dar o melhor aos meus filhos. Tenho procurado, mas infelizmente as coisas não estão fáceis e, como se não bastasse, os ciganos têm de contar ainda com a discriminação. É uma tristeza”. Garante que, na vida, já fez muitas coisas. “Apanhei muita azeitona. Fiz muitos trabalhos no campo, mas a agricultura para os ciganos também está ruim. Empregam muita gente de vários países, mas os ciganos não. Andávamos, muitas vezes, na apanha do tomate, mas também pouco tomate já há. Andei na venda ambulante, que também está bastante fraca. Mas, sem dúvida, o trabalho que mais gostei de desenvolver foi o de mediador. Trabalhava diariamente com crianças e não é qualquer pessoa que o pode fazer. É preciso ter jeito, feitio e a confiança
“Há, por exemplo, uma grande marginalização em relação ao mercado de trabalho. É muito fácil dizer que os ciganos querem viver do Rendimento Social de Inserção (RSI), mas esquecem-se que ninguém lhe dá verdadeiras oportunidades. O povo cigano sempre trabalhou no comércio, na agricultura, mas as dificuldades são sentidas por todos. Adérito Oliveira
da escola e dos pais. Espero poder voltar rapidamente a desenvolver este trabalho, que me dava grande satisfação. Tenho esperança de ainda o vir a fazer, mas entretanto já fui dar o meu nome à Delta, pode ser que me chamem. A esperança é a última a morrer”. Para Jesus Silva, “todos sentem a crise e de que maneira”. “Há cortes e mais cortes. As coisas aumentam e as condições diminuem. É bastante complicado”. E lembra ainda: “A população de etnia cigana tem menos estudos, o que também a prejudica. Hoje em dia as mentalidades já estão diferentes. Os trabalhos que davam sustento aos ciganos estão a desaparecer a uma velocidade incrível. Os pais apostam na formação dos filhos cada vez mais, para que estes possam ter um futuro melhor. Eu acredito que é possível”, afirma, enquanto observa o movimento que passa pelas ruas da cidade, que depois da chuva é finalmente brindada pelo sol. Enquanto isso, João Barão desenvolve o seu trabalho de mediação no Hospital José Joaquim Fernandes, em Beja. É conhecido por estas paragens e o seu trabalho reconhecido. Está ao serviço há cinco anos, cinco anos, garante, “repletos de aprendizagem e conhecimento”. “Todos nós precisamos de aprender diariamente para evoluir”. João Barão garante que “é necessário estar por dentro da cultura cigana e da sua lei para a entender”. E lembra: “Os ciganos estão em Portugal há séculos, mas a exclusão social tem-nos acompanhado sempre. Temos uma identidade, uma cultura muito própria, que faz confusão à maioria. Se calhar existe falta de conhecimento de parte a parte. Mas se não houver relacionamento nunca ninguém se vai entender devidamente”, defende o mediador. A cultura, as vivências ciganas, diz, “não são escritas de livro em livro”, passam antes “de geração em geração”. “Somos assim”, conclui, para rapidamente realçar traços da sua cultura: “Somos, sem dúvida, um povo alegre e que se entreajuda. Vivemos de sentimentos, de amor, de perdas, de amizade. Sentimos muito a família e gostamos do convívio, da partilha. Sentimos a dor da nossa comunidade e juntamo-nos para a tentar minimizar. Somos unidos”. E, neste sentido, apela: “É preciso que se deixe o preconceito de lado e que as pessoas se relacionem”. O mediador do Hospital de Beja, como muitas vezes é tratado, sonha com o dia em que chegue a igualdade de oportunidades para todos. “No dia em que isso acontecer sou um homem muito feliz. No dia em que todos tivermos os mesmos deveres e direitos”. E mais: “Quando se referirem aos ciganos e retirarem o ‘s’ do fim também o sou. Se há um cigano que faz algo de errado, não foi o cigano, foram os ciganos. Nós temos cinco dedos numa mão e nenhum é igual ao outro. Tem de deixar de existir repetidamente este apontar de dedo a uma comunidade inteira”. Por fim, a pergunta: “E muitas vezes não se autoexcluem também”? “Sim, por isso dizemos é preciso ver caso a caso. Não generalizar”.
4.ª Caminhada do Dia Mundial do Não Fumador
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A 4.ª Caminhada do Dia Mundial do Não Fumador é uma organização da secção de marcha da Juventude Desportiva das Neves que se realizará no próximo domingo, pelas 8 e 30 horas, a partir do largo Catarina Eufémia, naquela localidade. As inscrições são gratuitas e feitas na hora. O percurso tem a extensão de 12 quilómetros.
Taça Distrito de Beja A primeira eliminatória da Taça Distrito de Beja disputa-se no próximo domingo, 18, com o seguinte quadro de jogos, com início marcado para as 15 horas: Odemirense-Piense; Amarelejense-Almodôvar; Aldenovense-Bairro da Conceição; Guadiana-Sporting de Cuba; Milfontes-São Marcos; Cabeça Gorda-Serpa.
Desporto 3.ª Divisão – Série F 8.ª jornada
Clube sobreviveu a uma jornada fatídica para os sul alentejanos
Vasco da Gama-U. Montemor ..........................................1-3 Sesimbra-Aljustrelense .....................................................2-1 Lusitano VRSA-Esp. Lagos.................................................1-1 Moura-At. Reguengos....................................................... 2-0 Castrense-Juventude Évora..............................................1-2 Monte Trigo-Lagoa ............................................................ 4-0
Moura não desarma
U. Montemor Moura Esp. Lagos Juventude Évora At. Reguengos Sesimbra Aljustrelense Vasco da Gama Castrense Monte Trigo Lagoa Lusitano VRSA
J
V
E
D
G
8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8
5 5 4 4 3 3 2 2 2 2 1 1
3 2 4 2 3 2 3-3 2 1 0 3 3
0 1 0 2 2 3 6 4 5 6 4 4
16-4 18-6 16-6 10-8 8-7 10-16 5 12-14 9-16 13-19 8-17 9-17
P
18 17 16 14 12 11 9 8 7 6 6 6
Próxima jornada (25/11/2012): Vasco da Gama-Sesimbra, Aljustrelense-Lusitano VRSA, Esp. Lagos-Moura, At. Reguengos-Castrense, Juventude Évora-Monte Trigo, U. Montemor-Lagoa.
1.ª Divisão – AF Beja 7.ª jornada Serpa-Praia Milfontes ........................................................1-1 Aldenovense-Rosairense ..................................................1-1 Amarelejense-São Marcos ............................................... 4-0 Desp. Beja-Bairro da Conceição ..................................... 0-0 Almodôvar-Guadiana ........................................................2-1 Sp. Cuba-Cabeça Gorda.....................................................3-1 Odemirense-Piense ............................................................1-3 Almodôvar Serpa Piense Odemirense Praia Milfontes Rosairense Sp. Cuba Aldenovense Amarelejense São Marcos Desp. Beja Cabeça Gorda Bairro da Conceição Guadiana
J
V
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D
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19 15 14 13 11 11 11 8 7 7 6 5 5 3
7 7 7 7 7 7 7 7 7 7 7 7 7 7
6 4 4 4 3 3 3 2 2 2 1 1 1 1
1 3 2 1 2 2 2 2 1 1 3 2 2 0
0 0 1 2 2 2 2 3 4 4 3 4 4 6
16-6 11-3 19-6 10-6 12-8 13-8 9-9 6-9 8-11 7-17 5-8 6-12 5-8 6-22
Vasco da Gama e Castrense foram derrotados no seu próprio terreno, o Aljustrelense perdeu em Sesimbra e o Moura “salvou a honra do convento”. Texto Firmino Paixão
À
beira de mais uma interrupção do Nacional da 3.ª Divisão, para se cumprir uma eliminatória da Taça de Portugal onde o distrito de Beja já não tem qualquer representante, só o Moura Atlético Clube conseguiu conquistar os três
pontos e manter o segundo lugar na tabela. Os mourenses são precedidos pelo União de Montemor, que foi à Vidigueira derrotar o Vasco da Gama e segurar a liderança da série F. A formação de Fernando Piçarra já não vence há seis jogos consecutivos, ainda que, pelo meio desta série menos conseguida, tenha pontuado em casa com o Lagos e no terreno do Aljustrelense. Os Mineiros foram a Sesimbra, onde averbaram mais uma derrota, igualando os vascaínos na lista de meia dúzia de jogos arredados do triunfo. O Castrense vinha de duas vitórias consecu-
tivas e conseguiu adiantar-se no marcador, mas não evitou que o Juventude de Évora desse a volta e arrebatasse os três pontos. Em Moura, depois de dois empates consecutivos, voltou a cantar-se vitória e a equipa mantém-se a um ponto do líder Montemor, curiosamente, a única equipa que lhe conseguiu ganhar. Aljustrelense, Vasco da Gama e Castrense são os primeiros entre os últimos seis da tabela classificativa. O campeonato retoma-se no próximo dia 25, com uma ronda de elevada dificuldade para quase todas as equipas da região.
Próxima jornada (25/11/2012): Praia Milfontes-Odemirense, Rosairense- Serpa, São Marcos-Aldenovense, Bairro da Conceição-Amarelejense, Guadiana-Desp. Beja, Cabeça Gorda-Almodôvar, Piense-Sp. Cuba.
Basquetebol O Beja Basket Clube recebe no próximo domingo a formação do Atlético de Reguengos em jogo a contar para a 2.ª jornada do Nacional da 2.ª Divisão de Basquetebol. O jogo realiza-se no Pavilhão João Serra Magalhães, pelas 17 horas. Na ronda inaugural o Beja Basket Clube foi derrotado no recinto do Portimonense por 61-57.
Andebol O Nacional da 3.ª Divisão de Andebol, em seniores masculinos, cumpre amanhã a 7.ª jornada, com a Zona Azul a jogar em casa com os seguintes jogos: Zona Azul-Costa D’Oiro; Olhanenses-CCPSerpa; Lagoa-AC Sines. Na última ronda A Zona Azul ganhou em Serpa por 31-17 e o Sines bateu o Olhanense por 31/24. O Redondo lidera.
Atletismo O atleta Mussá Djau, do Beja Atlético Clube, competiu no XXIII Corta-Mato de Amora, prova nacional e de observação para composição da seleção nacional que disputará o Europeu no início de 2013. O atleta guineense fez um registo de 16,57’ nos 5 000 metros, classificando-se no 3.º lugar do escalão de juvenis, a escassos 9’’ do vencedor.
1.ª divisão AFBeja Candidato Milfontes conquistou um ponto precioso em Serpa
Almodôvar venceu o Guadiana e ganhou pontos em vários campos
Piense chegou ao pódio Quatro das equipas que estão nos primeiros seis lugares perderam pontos e o Almodôvar aumentou a vantagem sobre o segundo classificado. Texto e foto Firmino Paixão
A
maior surpresa da jornada foi a vitória do Piense no terreno do Odemirense, permitindo que o conjunto de José Manuel Rações atingisse
o terceiro lugar da tabela, logo atrás, e a um escasso ponto, do vizinho Serpa, ele próprio incapaz de vencer o Milfontes e, por isso, perdendo também terreno para o líder. O Almodôvar bateu, tangencialmente, o Guadiana de Mértola e, mercê dos resultados já aqui revisitados, mas também do empate entre o Aldenovense e o Rosairense, conseguiu dilatar a sua vantagem e consolidar a liderança da prova. Entre as equipas da segunda metade da
tabela, destaque para o triunfo gordo do Amarelejense, para a vitória, aparentemente fácil, do Sporting de Cuba, e o empate, sem golos, entre as duas equipas de Beja. Marcaram-se 19 golos, três equipas ficaram em branco, a melhor defesa mora em Serpa e o melhor ataque é o do Piense. Na próxima semana disputa-se a 1.ª eliminatória da Taça Distrito de Beja. O campeonato prossegue a 25 do corrente mês.
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20.º Cross dos Cavaleiros em Vale de Santiago
A 20.ª edição do Cross dos Cavaleiros, em Vale de Santiago, realiza-se no domingo em simultâneo com o 6.º Percurso Pedestre dos Cavaleiros e o corta-mato de abertura da Associação de Atletismo de Beja. As provas iniciam-se pelas 9 e 30 horas, sendo o passeio destinado a toda a população e o cross dirigido a atletas populares e federados de todos os escalões. A iniciativa é do Núcleo Desportivo e Cultural de Odemira e conta com o apoio do município local e da AABeja.
Canoagem O vice-presidente do Clube Náutico de Mértola, Ricardo Machado, integra os corpos sociais da Federação Portuguesa de Canoagem, eleitos para o ciclo olímpico 2012/2016, que esta semana tomaram posse em Gaia. Ricardo Machado foi uma das escolhas do presidente reeleito Mário Santos, sendo que, por incompatibilidade, suspenderá as suas funções no Náutico de Mértola. Ricardo Machado terá os pelouros das seleções nacionais/alta competição.
Pagaia Sul anseia melhorar o 5.º lugar do último nacional de kayak polo
“Queremos um lugar no pódio” A Associação Pagaia Sul, de Beja, organizou o 8.º Torneio Internacional de Kayak Polo, prova que teve a participação de seis equipas nacionais e de uma espanhola. Texto e foto Firmino Paixão
C
umprindo a tradição, não obstante os constrangimentos, a Pagaia Sul voltou à Piscina Municipal de Beja para realizar mais uma edição do seu torneio internacional de pré-temporada, competição que, este ano, contou apenas com a presença de uma equipa espanhola. Leonel Segurado, um dos novos dirigentes da associação, revelou ao “Diário do Alentejo”: “Estamos a atravessar um processo de reestruturação da associação e tivemos que redimensionar o torneio, foi um pouco mais apertado, a conjuntura económica não permite mais, vieram menos equipas do que em edições anteriores, mas não quisemos deixar de manter a prova no nosso calendário”. A ideia de reestruturação avançada pelo jovem dirigente passa um pouco pelo rejuvenescimento da equipa diretiva, pessoas que, sendo jovens, revelem alguma
capacidade para trabalhar no crescimento da associação, renovando a equipa e rodando os dirigentes pelos vários cargos numa estrutura presidida por Ricardo de Sousa. Referindo-se à competição que, durante dois dias, ocupou a piscina olímpica bejense, Leonel Segurado adiantou: “Tivemos aqui sete equipas em competição, foram muito menos do que no ano passado, entre elas uma formação da vizinha Espanha. Não conseguimos que viessem mais equipas estrangeiras, não as conseguimos convidar com a antecedência aconselhável para que pudessem programar a sua vinda ao Alentejo”. Na última época desportiva a Pagaia Sul conseguiu o quinto lugar do campeonato nacional da modalidade, uma classificação que “soube a pouco”, disse Leonel Segurado: “Podíamos ter ido além, penso que tínhamos capacidade para um lugar mais acima, provavelmente no pódio do campeonato, mas tivemos algumas dificuldades com os atletas para treinar. Nós tentamos sempre fazer o nosso melhor, mas nem sempre as coisas nos correm bem”. Atualmente o clube está a “tentar captar mais atletas para as
nossas equipas, sobretudo jovens, mas com as dificuldades que a crise gera, também não é possível disponibilizar material para toda a gente. Pode ser que no princípio do próximo ano consigamos ter mais material para podermos iniciar outros atletas na modalidade. É um desejo nosso, vamos ver se o conseguiremos concretizar”, adiantou o responsável. E acrescentou: “Para a próxima temporada a convicção é de que as coisas nos corram melhor. Vamos procurar, no mínimo, o terceiro lugar no campeonato, se conseguirmos algum lugar acima desse, tanto melhor”. A disponibilidade do plano de água da piscina municipal durante os meses de outono e inverno é essencial para esta atividade pelo que a associação está “a desenvolver esforços no sentido de o município disponibilizar a piscina, à semelhança do que sucedeu no ano passado”: “Estamos a dialogar, já nos foi permitido fazer este torneio, mas para nós será fundamental que se mantenha a disponibilidade durante os próximos meses”, adiantou o jovem. Será uma grande ajuda porque permite que preparem melhor a próxima temporada, “assim possamos contar também com a inteira
disponibilidade dos atletas”, concretizou Leonel Segurado, dirigente que assegurou que “a associação está a tentar dar um passo firme para conseguir mais afirmação na modalidade e assegurar o futuro”: “Estamos a manter um bom nível, mas com a falta de atletas e a exiguidade dos recursos receamos pelo futuro”. Por outro lado, a existência de mais equipas na região alentejana potenciaria o desenvolvimento da modalidade: “Teríamos mais competição e os atletas ganhariam mais experiência, mas, por enquanto, temos apenas equipas de kayak polo em Beja, Ferreira do Alentejo e Fronteira. Assim, para podermos competir, temos sempre que percorrer muitos quilómetros. O ideal seria que surgissem outras equipas”, assegurou o dirigente da Pagaia Sul, clube que, na época passada teve seis atletas nas seleções nacionais da modalidade e um deles (João Roque) no mundial disputado na Polónia. “Em termos de seleções, este ano, gostaríamos de manter a nossa representação pelo menos ao nível do que foi no ano passado e que, além de João Roque, outros possam também competir ao mais alto nível”, concluiu Leonel Segurado.
Arautos José Saúde
O mundo desportivo é complexo. Analistas, de bom e de mau tom, constroem cenários em mentes fortes ou débeis. Uns contraem verdades adquiridas; outros defendem causas sonhadas. Vibram com filosofias reais ou fictícias. Os irreais alvoram-se como falsários construtores do nada. Falta-lhes concordância na dialética. Uns são os arautos de êxitos abalizados, outros de imperecíveis desgraças. O fenómeno tornou-se gigantesco. Centralizo visões no passado e dou por mim a constatar as discrepâncias no presente. Como tudo mudou! Os clubes, onde proliferavam atletas com rótulo nacional, são agora sufocados com jogadores estrangeiros. No futebol, atrevo-me a espreitar uma linguagem poliglota onde o idioma de Camões é já raro entre os componentes da equipa. Noutros desportos rezam as calendas que o fenómeno da multiplicidade de castas humanas existe, mas com frequência moderada. Prima-se pela originalidade. Confesso que sempre fui um defensor acérrimo dos nossos valores. Vagueio no tempo e revejo uma plautina viragem de alguns dirigentes lusos, agora pomposamente envergando uma roupagem dúbia, a virarem-se para uma opulência de interesses individuais. Perdeu-se o princípio da filosofia clubística. Do coletivo. No auge surge a ambição particular. Retenho imagens que muito me entusiasmaram. Nós, povo do desporto, fomos exonerados de direitos para aclamar justiça. Defendem os arautos no seu austero púlpito que o futuro do clube é risonho. Esquecem que a falácia da sua retórica nem todos convencem. Numa assimilação ponderada ao mundo desportivo, creio que esta desmesurada filosofia terá que ser urgentemente repensada. Os tempos são outros e há que redimensionar a teoria dos orçamentos. Entretanto, os arautos da desgraça tentam ludibriar um povo que está desesperadamente à míngua. Resta alertar que nas contas do deve e do haver, mesmo a nível distrital, há que ser comedido. Nada de atropelos à realidade dos factos!
institucional diversos Diário do Alentejo n.º 1595 de 16/11/2012 Única Publicação
Associação de Mulheres Do Concelho de Moura
ASSOCIAÇÃO DE MULHERES DO CONCELHO DE MOURA
CONVOCATÓRIA Assembleia Geral Ao abrigo do art. 16º dos Estatutos desta Associação, convocam – se todas as associadas, para reunirem em Assembleia Geral, que se realizará na Sede da Associação, dia 5 de Dezembro de 2012 (quarta-feira), pelas 20.30h. Ordem de trabalhos: 1. Eleição dos novos corpos gerentes para o mandato de 2013/2015. Moura, 08 de Novembro de 2012. A Presidente da Mesa da Assembleia Geral Celeste Barata
Diário do Alentejo n.º 1595 de 16/11/2012 Única Publicação
2.° Juízo
CENTRO SOCIAL CULTURAL E RECREATIVO DO BAIRRO DA ESPERANÇA
CONVOCATÓRIA Em conformidade com o Art°. 29 alínea b) dos Estatutos que regem o Centro Social Cultural e Recreativo do Bairro da Esperança, convoco a Assembleia Geral, para uma reunião a realizar no dia 26 de Novembro (Segunda-Feira), nas Instalações do Centro Comunitário, pelas 17:00 horas, com a seguinte: Ordem de Trabalhos Ponto Um: Plano de ação e Orçamento Previsional para o ano 2013 Nota: Conforme o Art. 31 n°. 1, se á hora marcada não estiver presente o número legal de sócios, a Assembleia funcionará uma hora após com qualquer número de sócios presentes. Beja, 7 de Novembro de 2012. O Presidente da Mesa da Assembleia-geral António João Rodeia Machado
Diário do Alentejo n.º 1595 de 16/11/2012 Única Publicação
SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DE VILA DE FRADES
CONVOCATÓRIA DA ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA Nos termos do n.°2 do artigo 22° e do artigo 24° dos estatutos da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo, C.R.L. pessoa colectiva n° 501057188 matriculada na Conservatória do Registo Comercial de Ferreira do Alentejo, sob o mesmo número, com sede na Avenida General Humberto Delgado, N°.40, em Ferreira do Alentejo, com o capital social realizado de EUR 7.240.465,00 (variável), convoco todos os Associados desta CCAM, que se encontrem no pleno gozo dos seus direitos, a reunirem-se em Assembleia Geral Ordinária a realizar no dia 19 de Dezembro de 2012, quarta-feira, pelas 16.00 Horas, na sua sede social, para discutir e votar as matérias da seguinte Ordem de Trabalhos: 1. Discussão e votação da proposta de Plano de Actividades e Orçamento da Caixa Agrícola para o exercício de 2013; 2. Deliberação sobre a declaração de política de remunerações dos Orgãos de Administração e Fiscalização da Caixa Agrícola para o ano de 2013; 3. Eleição dos titulares dos cargos sociais da Caixa Agrícola para o triénio 2013/2015 (Mesa da Assembleia Geral, Conselho de Administração e do Conselho Fiscal); 4. Dispensa da prestação de caução pelos membros do Conselho de Administração e do Conselho Fiscal eleitos; 5. Designação do Revisor Oficial de Contas; 6. Outros assuntos de interesse para a CCAM. Se, à hora marcada para a reunião não estiverem presentes mais de metade dos associados, a Assembleia reunirá, com qualquer número, uma hora mais tarde. Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo, aos 09 de Novembro de 2012.
ANÚNCIO
Processo: 430/07.7TBBJA-B Incumprimento das Responsabilidades Parentais Requerente: Nelson João Carvalho Teixeira Requerido: Lisramber Patrícia de Jesus da Siveira Nos autos acima identiticados, correm éditos dc 30 dias, contados da data da segunda e última publicação do anúncio. notificando Requerido: Lisramber Patrícia de Jesus da Siveira, domicílio: Travessa Almeida Garret, N.º 2 – 2.° Andar, Beja., 7800-000 Beja, com última residência conhecida na morada indicada para no prazo de 10 dias, decorrido que seja o dos éditos, alegar, querendo, o que tiver por conveniente, nos termos e para os efeitos do art.° 181.° n°.2 da OTM. O duplicado da petição inicial encontra-se nesta Secretaria, à disposição do citando. Fica advertida de que não é obrigatória a constituição de mandatário judicial, salvo na fase de recurso. Beja, 09/12/2011. N /Referência: 2146575 A Juiz de Direito Dr. Ana Marta Crespo A Oficial de Justiça, Maria da Conceição Horta
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CONVOCATÓRIA Nos termos da alínea c) do número 2 do artigo 24° do Compromisso da Irmandade da Santa Casa da Misericórdia de Vila de Frades convoco a Assembleia Geral, para uma reunião ordinária, a realizar no dia 30 de Novembro pelas 19h30m (dezanove horas e trinta minutos), no Lar da Santa Casa da Misericórdia de Vila de Frades, em Vidigueira, com a seguinte ordem de trabalhos: Ponto 1 – Informações. Ponto 2 – Análise e votação do Plano de Actividades e Orçamento para 2013. Ponto 3 – Outros assuntos. NOTA: A Assembleia Geral reunirá à hora marcada, se estiver presente mais de metade dos associados com direito a voto ou uma hora depois com qualquer número de presentes (n.°1 do art.° 26). Vila de Frades, 5 de Novembro de 2012. A Presidente da Mesa da Assembleia Geral Domingas Iria Serrano Anacleto Ruivo
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O Presidente da Assembleia Geral Joaquim Pedro Gonçalves Grosso de Oliveira Notas: É admitido o voto por correspondência, sob a condição de o seu sentido ser expressamente indicado em relação ao ponto ou pontos da ordem de trabalhos e de a assinatura do Associado ser reconhecida nos termos legais. Advertem-se os Associados que pretendendo votar por correspondência, o poderão fazer através de carta fechada, dirigida ao Presidente da Mesa da Assembleia, com a indicação “Voto por correspondência para a Assembleia Geral da Caixa de Crédito Agrícola de Ferreira do Alentejo de 19 de Dezembro de 2012”, dentro do qual deverá ser introduzido: - Declaração de envio do voto por correspondência, com assinatura reconhecida nos termos legais. - Tantos envelopes fechados quanto os pontos da Ordem de Trabalhos. contendo o respectivo voto [expresso em boletins próprios que deverão ser levantados antecipadamente na CCAM] Só serão considerados os votos expressos e inequívocos que sejam recepcionados até às dezasseis horas do segundo dia útil anterior ao da Assembleia. Os votos por correspondência valem como votos negativos relativamente a propostas apresentadas posteriormente a data em que esses votos tenham sido emitidos.
Diário do Alentejo n.º 1595 de 16/11/2012 2.ª Publicação
TRIBUNAL JUDICIAL DE BEJA
Diário do Alentejo n.º 1595 de 16/11/2012 Única Publicação
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21 Diário do Alentejo 16 novembro 2012
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22 Diário do Alentejo 16 novembro 2012
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23 Diário do Alentejo 16 novembro 2012
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Dr. Sidónio de Souza – Pneumologia/Alergologia/ Desabituação tabágica – H. Pulido Valente Dr. Fernando Pimentel – Reumatologia – Medicina Desportiva – Instituto Português de Reumatologia de Lisboa Dr.ª Verónica Túbal – Nutricionismo – H. de Beja Dr.ª Sandra Martins – Terapia da Fala – H. de Beja Dr. Francisco Barrocas – Psicologia Clínica/Terapia Familiar – Centro Hospitalar do Baixo Alentejo. Dr. Rogério Guerreiro – Medicina preventiva – Tratamento inovador para deixar de fumar Dr. Gaspar Cano – Clínica Geral/ Medicina Familiar Dr.ª Nídia Amorim – Psicomotricidade/Educação Especial e Reabilitação Dr. Sérgio Barroso – Especialista em Oncologia – H. de Beja Drª Margarida Loureiro – Endocrinologia/Diabetes/ Obesidade – Instituto Português de Oncologia de Lisboa Dr. Francisco Fino Correia – Urologia – Rins e Vias Urinárias – H. Beja Dr. Daniel Barrocas – Psiquiatria – Hospital de Évora Dr.ª Lucília Bravo – Psiquiatria H.Beja , Centro Hospitalar de Lisboa (H.Júlio de Matos). Dr. Carlos Monteverde – Medicina Interna, doenças de estômago, fígado, rins, endoscopia digestiva. Dr.ª Ana Cristina Duarte – Pneumologia/ Alergologia Respiratória/Apneia do Sono Dr.ª Isabel Santos – Psiquiatria de Infância e Adolescência/Terapeuta familiar – Centro Hospitalar do Baixo Alentejo Dr.ª Paula Rodrigues – Psicologia Clínica – Hospital de Beja Dr.ª Luísa Guerreiro – Ginecologia/Obstetrícia Dr. Luís Mestre – Senologia (doenças da mama) – Hospital da Cuf – Infante Santo Dr. Jorge Araújo – Ecografias Obstétricas Dr.ª Ana Montalvão – Hematologia Clínica /Doenças do Sangue – Hospital de Beja Dr.ª Ana Cristina Charraz – Psicologia Clínica – Hospital de Beja Dr. Diogo Matos – Dermatologia – Hospital Garcia da Orta. Dr.ª Madalena Espinho – Psicologia da Educação/ Orientação Vocacional Dr.ª Ana Margarida Soares – Terapia da Fala Dr.ª Maria João Dores – Psicomotricidade/Educação Especial e Reabilitação Enfermeira Maria José Espanhol – Enfermeira especialista em saúde materna/Cuidados de enfermagem na clínica e ao domicílio/Preparação pré e pós parto/amamentação e cuidados ao recémnascido/Imagem corporal da mãe – H. de Beja Marcações diárias pelos tels. 284 322 503 Tm. 91 7716528 | Tm. 916203481 Rua Zeca Afonso, nº 6, 1º B, 7800-522 Beja Clinipaxmail@gmail.com www.clinipax.pt
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24 Diário do Alentejo 16 novembro 2012
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Diário do Alentejo n.º 1595 de 16/11/2012 Única Publicação
CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE BEJA E MÉRTOLA, C.R.L.
CONVOCATÓRIA DE ASSEMBLEIA-GERAL Nos termos do nº2 do artigo 22º e do artigo 24º dos Estatutos da Caixa de Crédito Agricola Mútuo de Beja e Mértola, C.R.L., pessoa colectiva nº 501064800, com sede em Largo Eng.º Duarte Pacheco, nº 12, em Beja, matriculada na conservatória do Registo Comercial de Beja sob o mesmo número, com o capital social realizado de € 11.060.210,00 (variável), convoco os associados, no pleno gozo dos seus direitos, a reunirem-se em Assembleia Geral, em sessão ordinária, no dia 21 de Dezembro de 2012, na Agência de Beringel, da Caixa de Crédito Agricola Mútuo de Beja e Mértola, CRL, sito na Praça Dr. Carlos Moreira, nº 14, em Beringel, pelas 16:00 horas, para discutir e votar as matérias da seguinte: Ordem de Trabalhos Discussão e votação do Plano de Actividades e Orçamento para o Exercício de 2013 Eleição dos titulares dos cargos sociais da Caixa Agricola para o Triénio 2013-2015 (Mesa da Assembleia Geral, Conselho de Administração e Conselho Fiscal); Tomada de posse dos Órgãos Sociais eleitos; Designação do Revisor Oficial de Contas por proposta do Conselho Fiscal para o Triénio 2013-2015; Tomada de Posse do Revisor Oficial de Contas; Deliberação sobre a Proposta da Politica de Remuneração dos Órgãos Sociais e Revisor Oficial de Contas para o Exercício de 2013 Outros Assuntos de interesse para a Assembleia O Plano de Actividades e o Orçamento para o Exercício de 2013, estarão à disposição dos Senhores Associados na sede da Caixa Agrícola às horas normais de expediente, durante os oito dias que antecedem a Assembleia-Geral. Se à hora marcada não estiverem presentes mais de metade dos Associados, a Assembleia reunirá uma hora depois, com qualquer número de sócios presentes. A Assembleia reunirá fora da sede social da Caixa devido à inexistência de sala com condições para a realização desta Assembleia. Notas: É admitido o voto por correspondência, sob a condição de o seu sentido ser expressamente indicado em relação ao ponto ou pontos da ordem de trabalhos e de a assinatura do Associado ser reconhecida nos termos legais. Advertem-se os associados que pretendendo votar por correspondência, o poderão fazer através de carta fechada, dirigida ao Presidente da Mesa da Assembleia, com a indicação “Voto por correspondência para a Assembleia-Geral da Caixa de Crédito Agricola de Beja e Mértola de 21 de Dezembro de 2012”, dentro do qual deverá ser introduzido: - Declaração de envio de voto por correspondência, com a assinatura reconhecida nos termos legais. - Tantos envelopes fechados quanto os pontos da Ordem de Trabalhos, contendo o respectivo voto (expresso em boletins próprios que deverão ser levantados antecipadamente na CCAM). Só serão considerados os votos expressos e inequívocos que sejam recepcionados até às dezasseis horas do segundo dia útil anterior ao da Assembleia. Os votos por correspondência valem como votos negativos relativamente a propostas apresentadas posteriormente à data em que esses votos tenham sido emitidos.
Beja, 09 de Novembro de 2012 O Presidente da Mesa da Assembleia-Geral Engº Rui Manuel Inácio Garrido
Contactar tm. 917515064
Diário do Alentejo n.º 1595 de 16/11/2012 Única Publicação
Diário do Alentejo n.º 1595 de 16/11/2012 Única Publicação
ASSOCIAÇÃO DE AGRICULTORES DO BAIXO ALENTEJO
CÂMARA MUNICIPAL DE BEJA DIVISÃO DE SERVIÇOS URBANOS
CONVOCATÓRIA Pela presente se convoca, nos termos dos artigos 22, 23 e 24 (Capítulo IV – Secção lI) dos Estatutos em vigor, uma Assembleia Geral Ordinária de Associados para o dia 26 de Novembro de 2012 (Segunda-Feira), pelas 16:30 horas, a realizar na Associação dos Agricultores do Baixo Alentejo, Rua Antiga Estrada da Vidigueira – Estação da Meteorologia – 7800-298 BEJA, com a seguinte: ORDEM DE TRABALHOS PONTO 1: Discussão e Aprovação do Relatório e Contas da Direção referente ao Ano de 2011; PONTO II: Outros assuntos de interesse. Não se verificando a maioria das presenças estabelecidas pelos Estatutos, a Assembleia Geral funcionará validamente nos termos do n.º 2 do Artigo 25, Capítulo IV, com qualquer número de associados e votos presentes, meia hora depois da hora fixada nesta “CONVOCATÓRIA” no que respeita à primeira convocação. Beja, 12 de Novembro de 2012 O Presidente da Assembleia Geral José Eduardo Mira Cruz
EDITAL CONCESSÃO DE TERRENOS A TÍTULO PERPÉTUO JOSÉ DOMINGOS NEGREIROS VELEZ, Vereador do Pelouro dos Serviços Urbanos da Câmara Municipal de Beja, faz saber que: Em reunião de Câmara de 24 de Outubro de 2012, foi deliberado autorizar a concessão do direito de ocupação, a título perpétuo, dos covais temporários existentes no Cemitério Municipal de Santa Clara, A e B, em Beja, nas seguintes condições: 1 – O período de candidatura ocorrerá entre o dia 1 e 30 de Novembro 2012. 2 – A concessão será atribuída aos responsáveis legais pelos restos mortais. Os interessados deverão dirigir-se á Secretaria do Cemitério Municipal de Santa Clara em Beja, onde darão cumprimento ás formalidades prescritas no Capítulo IX do Regulamento do Cemitério de Beja. Beja, 24 de Outubro de 2012. O Vereador do Pelouro, José Domingos Negreiros Velez
Diário do Alentejo n.º 1595 de 16/11/2012 Única Publicação
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Contactar tm. 924022304
SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DE OURIQUE
ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA CONVOCATÓRIA Nos termos do disposto nos n.ºs 1 e 2 do art.º 40.º e n.º 3 do art.º 39.º do Compromisso da Santa Casa da Misericórdia de Ourique, para os efeitos da alínea a) e c) do n.º 2 do art.º 39.º referido, convoco a Assembleia Geral Ordinária da Irmandade da Santa Casa, para uma reunião a realizar no próximo dia 29 de Novembro de 2012 (Quinta-Feira), pelas 19:00H, no salão do Centro Comunitário para a 3.º Idade, com a seguinte: Ordem de Trabalhos 1. Período de antes da ordem do dia. 2. Aprovação da acta da reunião extraordinária de 1/10/2012. 3. Apreciação e votação da Conta de Exploração Previsional e Orçamento de Investimentos para o ano 2013, assim como do Parecer do Conselho Fiscal. 4. Outros assuntos de interesse para a Instituição. Se no dia e à hora designados nesta convocatória não estiver presente mais de metade dos Irmãos com direito a voto, terá a mesma lugar uma hora depois, em segunda convocação, com qualquer número de presentes, nos termos do n.º 1 do art.º 41.º do Compromisso. Irmandade da Santa Casa da Misericórdia de Ourique, 12 de Novembro de 2012. O Presidente da Mesa da Assembleia Geral José Bartolomeu Drago de Oliveira Rato Nota: Os documentos a apreciar, respeitantes ao ponto 3 da ordem de trabalhos poderão ser consultados na sede social da Instituição a partir de 27/11/2012, das 9:00 às 17:00 horas.
necrologia diversos Rua da Cadeia Velha, 16-22 - 7800-143 BEJA Telefone: 284311300 * Telefax: 284311309 www.funerariapaxjulia.pt E-mail: geral@funerariapaxjulia.pt
25 Diário do Alentejo 16 novembro 2012
Serpa PARTICIPAÇÃO
Serpa PARTICIPAÇÃO
Ficalho PARTICIPAÇÃO
É com pesar que participamos o falecimento do sr. Marcus William Maia de Godoi ocorrido no dia 08/11/2012, de 19 anos, solteiro, natural de Guanhaes – Minas Gerais – Brasil. O funeral a cargo desta agência realizou-se no dia 09/11/2012, pelas 15 horas, da Casa Mortuária de Serpa para o cemitério local. Apresentamos à família as cordiais condolências.
É com pesar que participamos o falecimento do sr. José António Martins ocorrido no dia 11/11/2012, de 91 anos, casado com a sra. D. Conceição Maria do Nascimento, natural de Aldeia Nova de São Bento. O funeral a cargo desta agência realizou-se no dia 12/11/2012, pelas 14 horas, da Casa Mortuária de Serpa para o cemitério local. Apresentamos à família as cordiais condolências.
É com pesar que participamos o falecimento da sra. D. Maria Custódia Gomes ocorrido no dia 11/11/2012, de 97 anos, viúva, natural de Aldeia Nova de São Bento. O funeral a cargo desta agência realizou-se no dia 12/11/2012, pelas 16 horas, da Casa Mortuária de Vila Verde de Ficalho para o cemitério de Vila Nova de São Bento. Apresentamos à família as cordiais condolências.
Funerais – Cremações – Trasladações - Exumações – Artigos Religiosos
VALE DE AÇOR DE BAIXO
BEJA
CASTRO VERDE
†. Faleceu a Exma. Senhora
†. Faleceu a Exma. Senhora
†. Faleceu a menina ERICA
D. MARIA CATARINA VARGAS, de 79 anos, natural de Alcaria Ruiva - Mértola, casada com o Exmo. Sr. Manuel Teixeira. O funeral a cargo desta Agência, realizou-se no passado dia 10, de Capela de Vale de Açor de Cima, para o cemitério local.
D. CASSILDA MARTINS MARQUES PARENTE, de 81 anos, natural de Ervidel Aljustrel, viúva. O funeral a cargo desta Agência, realizou-se no passado dia 10, das Casas Mortuárias de Beja, para o cemitério desta cidade.
FABIANA MENDES RODRIGUES, de 7 anos, natural de Santiago Maior Beja, solteira. O funeral a cargo desta Agência, realizouse no passado dia 12, de Casa Mortuária de Castro Verde, para o cemitério local.
BEJA
BALEIZÃO
OLHÃO
AGÊNCIA FUNERÁRIA SERPENSE, LDA Gerência: António Coelho Tm. 963 085 442 – Tel. 284 549 315 | Rua das Cruzes, 14-A – 7830-344 SERPA
Nossa Senhora das Neves MISSA †. Faleceu o Exmo. Senhor
†. Faleceu o Exmo. Senhor
†. Faleceu a Exma. Senhora
SR. FIRMINO JOSÉ DOS SANTOS LOBO, de 76 anos, natural de Santa Maria da Feira - Beja, casado com a Exma. Sra. D. Maria Custódia Hermosilha Parreira. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 13, das Casas Mortuárias de Beja, para o cemitério desta cidade.
SR. JOAQUIM BATISTA BUGIO, de 73 anos, natural de Baleizão - Beja, casado com a Exma. Sra. D. Maria da Luz Jacinto. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 14, da Casa Mortuária de Baleizão, para o cemitério local.
D. ALDA RIBEIRO ALVES PEREIRA, de 95 anos, natural de Vila Real de Santo António, viúva. O funeral a cargo desta Agência realizouse no passado dia 14, de Casa Mortuária de Olhão, para o cemitério de Olhão.
CABEÇA GORDA
h
Bernardino José Caixinha da Mata
ENTRADAS / BERINGEL
6.º Ano de eterna saudade
†. Faleceu a Exma. Senhora
†. Faleceu o Exmo. Senhor
D. DOMINGAS ROSA MILHANO, de 71 anos, natural de Cabeça Gorda Beja, casada com o Exmo. Sr. António Romão de Freitas. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 15, da Casa Mortuária de Cabeça Gorda, para o cemitério local.
SR. JOÃO DE BRITO SILVESTRE, de 87 anos, natural de Entradas - Castro Verde, viúvo. O funeral a cargo desta Agência realizouse no passado dia 15, de Casa Mortuária de Entradas, para o cemitério de Beringel.
Serpa
Às famílias enlutadas apresentamos as nossas mais sinceras condolências.
Dai-lhe, Senhor, o eterno descanso, por entre os esplendores da luz perpétua. Que a sua alma descanse em paz! Sua família participa que será celebrada missa pelo seu eterno descanso na próxima quinta-feira, 22 de novembro, pelas 18 horas, na Igreja Paroquial de Nossa Senhora das Neves, e agradece desde já a todos os que nela participarem.
A esposa, filhos, nora, genro, netos e bisnetos cumprem o doloroso dever de participar o falecimento do seu ente querido sr. Francisco Guilherme, de 84 anos, cujo funeral se realizou no passado dia 10 de novembro da Casa Mortuária de Serpa para o cemitério local. A família enlutada agradece a todos os que o acompanharam à sua última morada ou que de outra forma expressaram o seu pesar. Bem hajam.
Diário do Alentejo n.º 1595 de 16/11/2012 Única Publicação
AUTORIZAÇÃO PROVISÓRIA DE FUNCIONAMENTO N.° 4/2012
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ARRENDA-SE Moradia V5 (300m2) e apartamento T3 (100m2). Em Beja, ambos sem mobília. Contacto 963669904
REGIME DE INSTALAÇÃO E FUNCIONAMENTO DE ESTABELECIMENTOS DE APOIO SOCIAL 1. Identificação do estabelecimento Denominação do estabelecimento: Lar D. José Patrocínio Dias Localização do estabelecimento: Rua S. Sebastião, s/n | C. Postal: 7800-289 Beja Localidade: Beja | Distrito: Beja | Concelho: Beja | Freguesia: Santa Maria da Feira Telefone: 284 312 260 | Fax: 284 389 167 | E-mail: patronatostantonio@gmail.com 2. Identificação da entidade gestora Nome completo: Patronato de Santo António Morada: Rua S. Sebastião s/n C. Postal: 7800-289 Beja Localidade: Beja 3. Actividade exercida no estabelecimento Estrutura Residencial para Pessoas Idosas 4. Lotação máxima O estabelecimento pode abranger o número máximo de 40 (quarenta) utentes. 5. Condições a satisfazer (Não aplicável a instituições particulares de solidariedade social ou equiparadas ou outras instituições sem fins lucrativos a abranger por acordo de cooperação) 6. Emissão e prazo de validade Documento válido de 2012/11/08 a 2013/05/07 (180 dias renováveis até à celebração do acordo de cooperação) Data 2012/11/08 Assinatura ilegível
26 Diário do Alentejo 16 novembro 2012 PUB
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Diário do Alentejo n.º 1595 de 16/11/2012 Única Publicação
CÂMARA MUNICIPAL DE MÉRTOLA
AVISO Nº 36/2012 Sandra da Cruz Gonçalves, Vereadora da Câmara Municipal de Mértola, em regime de permanência, no uso da competência que me é atribuída pelo nº 3 do Despacho de Delegação e Subdelegação de Competências nº 257/2009, de 23 de outubro, torno público que, se encontra aberto concurso para renovação e primeira atribuição de bolsas de estudo para o ensino superior, conforme o respetivo regulamento municipal, aprovado pelo órgão deliberativo em sessão de 24 de setembro de 2010. 1. Data e entidade que determinou a abertura do Concurso: - Câmara Municipal de Mértola, em 25 de outubro de 2012; 2. Número total de bolsas de estudo: - 30 (Trinta); 2.1. Número de bolsas para renovação: - 28 (Vinte e oito); 2.2.Número de bolsas para primeira atribuição: - 2 (Duas); 3. Benefícios da bolsa: - 200,00 € (duzentos euros), por mês, durante 10 (dez) meses; 4. Prazo, local e endereço para entrega das Candidaturas: - De 26 de novembro a 21 de dezembro de 2012, na Divisão de Cultura, Desporto e Turismo da Câmara Municipal de Mértola, Rua Prof. Batista da Graça, nº 1, 7750-360 Mértola; 5. Documentos a entregar na candidatura: 5.1. Requerimento, segundo impresso a fornecer pela Câmara; 5.2. Fotocópias dos bilhetes de identidade, dos cartões de contribuinte e de eleitor de todos os elementos do agregado familiar; 5.3. Documento comprovativo do aproveitamento escolar do último ano; 5.4. Documento comprovativo da Inscrição e Matrícula para o ano letivo de 2012/2013, onde conste a identificação completa do aluno, identificação do curso, ano letivo e ano académico que o candidato pretende frequentar; 5.5. Documento comprovativo de candidatura a bolsa de estudo a conceder pelos serviços de ação social do estabelecimento de ensino que o candidato frequenta ou pretende frequentar; 5.6. Nota de Liquidação de IRS/IRC e última declaração do IRS/IRC relativa ao agregado familiar, traduzida no modelo em vigor e seus anexos ou, quando a ela não estiver obrigado, certidão da repartição de finanças disso comprovativa, bem como os documentos comprovativos desses rendimentos; 5.7. Nota de Liquidação do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI), traduzida no modelo em vigor e seus anexos ou, quando a ela não estiver obrigado, certidão da repartição de finanças disso comprovativa e donde constem os prédios e respetivo valor tributável; 5.8. Fotocópia dos recibos de vencimento dos membros do agregado familiar com rendimentos, referentes aos 3 meses imediatamente anteriores à data de abertura do concurso, recibos de pensões ou outros subsídios regulares (desemprego, formação, etc.); 5.9. Fotocópia dos comprovativos do pagamento da Segurança Social dos membros do agregado familiar com rendimentos, referentes aos 3 meses imediatamente anteriores à data de abertura do concurso; 5.10. Documentos comprovativos dos encargos de renda ou aquisição de habitação; 5.11.Outros documentos que o candidato repute necessários à comprovação das carências do seu agregado. Paços do Município de Mértola, 13 de outubro de 2012. A Vereadora com Competência Delegada Sandra da Cruz Gonçalves
A Câmara Municipal de Beja inaugurou no último sábado a primeira fase do projeto Hortas Urbanas, que registou um “êxito assinalável”, porque a “procura superou a oferta”. Foram entregues todos os 62 talhões disponíveis. Segundo o município, nas hortas urbanas de Beja irá produzir-se apenas em modo biológico, ou seja, o cultivo de produtos agrícolas sem a utilização de produtos químicos. As Hortas Urbanas, no âmbito do projeto Beja Eco-Polis 2020, irão permitir aos participantes “obter alimentos de qualidade de forma rápida, segura e económica, o que, para além de acrescentar valor ao rendimento familiar, constitui também um interessante espaço de lazer e coesão social”.
27 Diário do Alentejo 16 novembro 2012
Câmara de Beja inaugurou primeira fase do projeto Hortas Urbanas
Empresas O Gr Grup rup upo Créd réd édiitto Agrí Agrrííco Ag cola laa é um m grru upo fin nan nce ceir iro de iro d ââmb mb bit ito o naci na cciion cion onal naall iint nteg nt teg egra rado ra do por or um vasto nú núm mero de ban ncoss locai ncos occai aiss – Caixas Agrícolas – e p por orr empresas esp pecia eciaaliiza ec zada das, s, tten en ndo cco como om essttru utu turas ras ce ra cent cent n ra rais is a Cai aixa xa Centra Ce Cent ntra nt ral d dee Crréédi dito to A Agr gríc ícol ola Mútu Mú uo, o ins nsti t tuiç ição ão b ban ancá cárri ria do ria dota tada tada da ig gua ualmen nttee de co comp mpet eettên ê cias as as de sup de uper ervi visã são, ori rieen nta taç aççãão e acco om mpaanh ham men ento to o dass aattivi tiviida dadees daas ca d caix ixas aass aass sssoc ocia iaad daas, as, s, e a Fenac nacam am m – IIn nssttit itui uiiççãão de de Rep epre reese s nt n aaçção ã Co Co oop opeerrat op rat ativ iva e Pr Prres esta es tado tado dora dora ra de Seerv rviç viç iços o esp os pecializados ao grupo.
Em cinco escolas de Beja
Caixa de Crédito Agrícola distingue alunos de mérito A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Beja e Mértola entregou no passado dia 10, no auditório do Nerbe, prémios escolares, numa iniciativa que tem como objetivo “incentivar os alunos que melhores resultados obtiveram no ano transato”. Por cada escola foi atribuído um prémio monetário no valor de 2 000 euros, tendo como propósito premiar o mérito dos jovens estudantes. Publireportagem Sandra Sanches
D
esde 2007 que a Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Beja e Mértola tem vindo a entregar prémios de mérito escolar, através de protocolos estabelecidos com sete escolas dos concelhos de Beja e Mértola, integrando-se a iniciativa na “vertente missão social” que a entidade bancária assume há muito. Rui Conduto, presidente do concelho de administração da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo, considera um privilégio ser o quinto ano consecutivo em que a entidade bancária consegue proceder à entrega dos prémios aos alunos que mais se distinguiram. A cerimónia contou ainda com a presença de representantes da Câmara Municipal de Beja e das escolas premiadas, nomeadamente as secundárias Diogo de Gouveia e D. Manual I e as básicas Mário Beirão, Santa Maria e Santiago Maior. De uma forma simbólica, a Caixa de Crédito Agrícola Mútuo pretende motivar os alunos a prosseguirem estudos com o mesmo
entusiasmo e empenho que tiveram até à data, destacando-os pelo mérito de que são merecedores devido ao esforço e desempenho que relevaram durante o ano transato. Desta forma premeia os alunos identificados pelas cinco escolas presentes na cerimónia, com um cheque no valor de 2 000 euros e diplomas de mérito. O evento, para além de premiar os alunos ali presentes, pretendeu servir também de incentivo para os restantes alunos que até à data não conseguiram alcançar os objetivos propostos. É sem dúvida um estímulo para os colegas obterem melhores resultados escolares, e para estes alunos também ficaram algumas palavras de agradecimento com votos de um futuro risonho. João Godinho, vice-diretor do Agrupamento de Escolas de Mário Beirão, também se pronunciou sobre a construção do futuro destes jovens, felicitando desde logo os presentes, e agradeceu o trabalho desenvolvido por toda a comunidade escolar (funcionários, famílias e, sobretudo, aos pais pelo papel de valorização que dão às escolas). O responsável considerou ainda que atualmente as escolas estão perante uma encruzilhada em termos futuros e que o mundo da escola divide-se em vários submundos, sendo necessário cada vez mais que se mantenham as redes de parceria e que as escolas se autorregulem. João Godinho tem como referência uma frase de Nelson Mandela: “A educação é a arma mais poderosa do mundo” e é com base na mesma que alerta estes jovens para aproveitarem os incentivos para construirem os seus futuros, “semeando com sabedoria e colhendo
com paciência”. A entrega dos cheques e dos diplomas de mérito aos alunos do ano transato foi sem dúvida um momento marcante para pais, filhos e escolas, que não escondiam a alegria que lhes ia na alma. Francisco Correia, António Lorus e Rui Conduto, da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo, entregaram os cheques aos representantes de cada escola. José Adelino, também da entidade bancária, entregou os diplomas de mérito. João Caseiro, aluno da EB 2,3 da Mário Beirão, referiu que “é com muito orgulho” que vê o resultado do seu trabalho “atingindo este prémio”, que “é um sinal” de que conseguiu “alcançar o devido mérito”. O jovem referiu ainda que os colegas que não conseguiram alcançar o prémio têm de acreditar como ele e “darem o melhor para serem bem sucedidos para um dia poderem estar aqui”. Pulido Valente, presidente da Câmara de Beja, também teve uma palavra a dizer relativamente à iniciativa, referindo que “se deveria seguir o exemplo para outras entidades bancárias, de forma a evidenciarem-se os exemplos de mérito”. E adiantou: “Infelizmente a função pública muitas vezes não tem instrumentos capazes para premiar e evidenciar o mérito”, mas “reconhece os casos de mérito e que os jovens presentes estão a começar desde já uma carreira promissora”. Por vontade da Câmara de Beja continuará a existir uma ligação com a Caixa de Crédito Agrícola, “sendo que a mesma não colabora só com os alunos mas também com as escolas em tempos mais difíceis”, concluiu.
Convento do Espinheiro recomendado pelo “The New York Times” O Convento do Espinheiro – A Luxury Collection Hotel & Spa acaba de ser recomendado pelo jornal “The New York Times”, no livro 36 Horas – 125 fins de semana na Europa, como um ponto de visita obrigatório na cidade de Évora. A cultura, a história, a natureza, a gastronomia, a arte, o estilo e a arquitetura são escolhas apresentadas neste livro, o segundo da série 36 Horas. Nos 125 destinos europeus selecionados, em Portugal encontram-se as cidades de Évora, destacando-se o Convento do Espinheiro , Lisboa, Porto e a ilha da Madeira com locais de visita a não perder.
Beja recebe encontro anual de produtores de cevada Com as presenças de António Pires de Lima, presidente executivo da Unicer, e de José Diogo Albuquerque, secretário de Estado da Agricultura, a Unicer e a Maltibérica analisaram a situação da cultura da cevada dística em Portugal e fizeram o balanço da campanha agrícola deste ano, durante o encontro anual de produtores de cevada, que decorreu no passado dia 9 no Hotel Rural Vila Galé Clube de Campo, em Beja. Rui Lopes Ferreira, presidente do conselho de administração da Maltibérica, teve a oportunidade de fazer o balanço das atividades promovidas por esta empresa para assegurar a sustentabilidade da fileira perante o atual cenário macroeconómico. No sentido de reforçar o incentivo à produção de cevada dística para cerveja, foram anunciadas novas medidas de apoio e de estímulo aos produtores nacionais com quem a Maltibérica contratualiza, assim como perspetivas para a campanha do próximo ano. O projeto de incentivo à cultura da cevada dística em Portugal é uma iniciativa criada em 2000, que visa o desenvolvimento da cultura de variedades de cevada dística para malte devidamente adequadas ao clima nacional e à qualidade dos solos utilizados. Um projeto conjunto que pretende potenciar este cereal como uma alternativa na rotação de culturas de regadio em Portugal.
“Por vinhas e adegas” celebra enoturismo em Beja A Câmara de Beja, no âmbito do Dia Europeu do Enoturismo, como forma de celebração, promoveu um “passeio na natureza” desta vez “Por vinhas e adegas”. A caminhada decorreu na herdade da Malhadinha, num percurso de seis quilómetros, onde foi possível apreciar as vinhas e toda a envolvente da adega. Miguel Góis, vereador da Câmara de Beja, referiu que este passeio veio dar uma perspetiva “diferente” do Alentejo, do vinho e do azeite.
Diário do Alentejo 16 novembro 2012
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Exposição “Pessoa ao Cubo” em Ourique
Pais
Está patente na sala polivalente da Biblioteca Municipal de Ourique, até ao dia 30, a exposição “Pessoa ao Cubo”. Uma mostra de 24 ilustrações e retratos de Fernando Pessoa e seus heterónimos da autoria da jovem artista plástica Catarina Pinheiro.
A páginas tantas... Sonhar ao longe é o primeiro livro infantojuvenil de Jorge Serafim, conhecido humorista e contador de histórias, com ilustrações de José Francisco. Esta história fala-nos de um rapazinho que mora numa rua descaracterizada e sobretudo desumanizada. As horas que passa à janela do seu quarto vão-lhe dando ideias de transformar a rua num espaço apetecível, rua essa povoada por crianças que não brincam, vizinhos que não se falam, prédios construídos à pressa. Mas este rapaz tem uma arma poderosa que é a imaginação capaz de transformar o que até ali era triste. Podes ver um pouco do livro seguindo o link no youtube http:// www.youtube.com/ watch?v=ayfY0vLzX1M
Dica da semana A dica desta semana é sobre o trabalho de Erin, uma artista japonesa a viver na Austrália. Cada vez mais somos cidadãos não de uma terra, mas do mundo. O seu trabalho, essencialmente em porcelana, têxtil e papel, reflete o universo infantil, da natureza e dos cuidados maternais. Peças únicas que surgem das suas mãos criando e recriando uma forte ligação com estes materiais. Espreita um pouco do trabalho através da “Janela de Erin” http://www.etsy.com/shop/ erinswindow
À solta Começam a surgir aqui as primeiras dicas e imagens de uma época que se avizinha. As duas ilustrações pertencem à artista russa Dinara Mirtalipova. http://mirdinara.blogspot.pt/
Lanches para todos os gostos. Para os que gostam de comer. Para os que acham que só se perde tempo. Para os que olham para a comida e sonham.
Letras Jogo duplo
Boa vida Comer Maionese de frango gratinada com amendoins
Filatelia Mostra filatélica alusiva ao bombeiro
Ingredientes: 1 frango cozido; sumo de 1 lima; sumo de 1 laranja; 50 gr. de amendoins sem sal; q.b. de sal; q.b. de pimenta; q.b. de maionese; q.b. de queijo ralado. Confeção: Desfia-se o frango para uma tijela e tempera-se com o sumo de lima, o sumo de laranja, sal, pimenta e os amendoins picados. Envolva em maionese. Coloca-se numa taça que possa ir ao forno com queijo ralado por cima e vai a gratinar no forno. Sirva com salada a seu gosto e bom apetite…
António Nobre Chefe executivo de cozinha – Hotéis M’AR De AR, Évora
A
secção de colecionismo dos Bombeiros Voluntários de Vila Real de Santo António vai realizar mais uma mostra filatélica que decorrerá de 24 a 30 do corrente mês. Este é o 11.º certame do género que esta agremiação de colecionismo realiza. A sua primeira exposição de filatelia foi de 15 de maio a 1 de junho de 2008; seguiram-se três em 2009, duas em 2010 e três em 2011, sendo a atual a segunda deste ano. Colaborou ainda em mais duas mostras de filatelia, uma em Odemira, em 2010, e outra na cidade onde tem a sua sede, em 2011. O plano exposicional da secção tem seguido nos últimos anos um critério que quer manter – uma das exposições dedicadas à cidade e outra à causa dos bombeiros. Na exposição que vai ser inaugurada no dia 24 estarão expostas as seguintes coleções, todas elas do tema bombeiros: Manifestações Filatélicas organizadas pela Secção (três quadros); Postais dos Bombeiros de Vila Real de Santo António (um q.); e Autocolantes de Bombeiros (um q.), todas elas da secção de Colecionismo da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Vila Real de Santo António. De Albano Parra Santos, Bombeiros – Maximafilia (dois q.); Bombeiros – Sobrescritos (dois q.); Bombeiros – Filatelia (um q.); e Pins de Bombeiros (um painel). Américo Rebelo, Os Bombeiros na Filatelia Portuguesa (um q.); Francisco de Oliveira Matoso Galveias, Homenagem ao Bombeiro (cinco q.); Cartofilia – O Bombeiro (um q.); Maximafilia – O Bombeiro (um q.). José Geada Sousa, Os Bombeiros na Filatelia (cinco q.). Sandra Maria Santos, Bombeiros/Proteção Civil/ /Socorros a Náufragos – Pacotes de Açúcar – (um q.). De outros temas poderão ser apreciadas as seguintes exposições: Natal no Mundo (quatro q.) de Albano Parra Santos; Animais em vias de extinção (quatro q.) de Francisco Matoso Galveias; Pinturas Infantis (dois q.) de Sandra Santos; e Dedais de Porcelana (uma vitrina) de Sílvia Bento. Também a literatura filatélica marca o seu lugar com: “Filatelia”, revista oficial da secção filatélica da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Sintra; Catálogos de diversas exposições filatélicas da temática bombeiros e ainda noticiários filatélicos de carimbos comemorativos do mesmo tema. No dia da inauguração funcionará das 14 e 30 às 17 horas, no local onde decorre o evento (quartel dos bombeiros voluntários), um posto de correio provido de um carimbo comemorativo que reproduz a viatura Ford-
Willys pertença dos Bombeiros de Vila Real de Santo António. A organização emitirá um selo personalizado que nos mostra esta mesma viatura. Este é já o oitavo selo personalizado que este novel, mas muito ativo, agrupamento filatélico emite. Os sete anteriores foram, por esta mesma ordem, os seguintes: Casa da Câmara Municipal da cidade; Bomba manual dos bombeiros voluntários da cidade; Poeta António Aleixo; Ativista político e escritor Vicente Campinas; Forte de São Sebastião em Castro Marim; Farol da cidade; e Manuel Cabanas. Segundo escreve Matoso Galveias num interessante artigo dedicado ao Ford-Willys, viatura que ilustra o selo personalizado e o carimbo comemorativo, ele “é pertença da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Vila Real de Santo António desde o ano de 1967, tendo entrado ao serviço logo no ano seguinte e permanecendo no ativo durante 37 anos e ainda hoje está em plenas condições de funcionamento. Foi-lhe copulada na parte frontal um guincho ligado ao motor da viatura, com funções variadas e enquanto esteve ao serviço tinha uma capota amovível. Nela está uma pequena placa com a inscrição ‘António Manuel Sanches Horta Correia 15/1/968’, identificando-se assim aquele que foi o seu ‘padrinho’. Foi recuperada para peça de museu no ano de 2008, sendo ainda hoje considerada com orgulho entre os bombeiros de Vila Real de Santo António. Quem com ela trabalhou recorda-a com saudade. Segundo dados que nos transmitiram, mas que não podemos comprovar, a viatura serviu o Exército Português nas campanhas de África, mais concretamente na então Província Ultramarina de Angola tendo, depois de abatida do espólio militar, sido entregue à associação, que a reconverteu e transformou para viatura de comando. Numa das exposições organizadas pela secção dos Bombeiros de Vila Real de Santo António, e que esteve patente de 13 a 31 de maio de 2010 no Centro Cultural António Aleixo, considerado a sala de visitas da cidade, os vila-realenses puderam vê-la e apreciá-la, sendo considerada mesmo uma das atrações dessa exposição. Atualmente está em exposição em lugar de destaque, no rés-do-chão do corpo central do quartel dos bombeiros junto à secretaria”. A exposição poderá ser visitada diariamente das 10 às 12 horas e das 14 às 18 horas. Geada de Sousa
D
epois da Lisboa da II Guerra Mundial ter sido o palco de um best seller policial de Robert Wilson, Último ato em Lisboa, volta a ser palco de uma intriga internacional de espionagem. Jogo duplo, de Ben Macintyre, é uma história bem contada sobre os que, servindo a causa britânica, lograram enganar os alemães quanto ao verdadeiro local do desembarque das tropas americanas no Dia D fazendo os nazis crer que Calais e a Noruega, e não a Normandia, eram os locais onde desembarcariam 150 mil soldados americanos. Bronx, Brutus, Treasure, Tricycle, e Garbo. Um piloto de aviões polaco, uma peruana bissexual, um playboy sérvio, um espanhol criador de galinhas que ninguém leva a sério e se instala em Lisboa inventando histórias para entreter os alemães enquanto espera que os ingleses deem crédito às suas intenções de servir a causa aliada e uma francesa com uma paixão pelo seu cão que quase deita a perder toda a operação. Porque motivo os alemães confiaram neles – não obstante as suas nacionalidades e o não serem nazis – permanece um mistério. São eles os protagonistas da obra que encerra uma trilogia de Macintyre sobre a II Guerra Mundial. O autor de Jogo duplo esmerou-se para fazer a leitura do seu livro um entretenimento genuíno embora nada no enredo que relata seja, em termos históricos, uma novidade. O seu talento narrativo resgata uma certa caricaturização das personagens e o tom ligeiro com que a guerra é usada como fundo para a intriga. Maria do Carmo Piçarra
Ben Macintyre Dom Quixote 466 págs. 19,90 euros
29 Diário do Alentejo 16 novembro 2012
O Zorro é um cão adulto, muito dócil com as pessoas e com outros cães. É de porte grande e cruzado de labrador. Precisa de uma família que o adote e lhe dê condições de vida onde possa ser feliz… uma casa com espaço para correr e muito carinho e atenção. Está vacinado, desparasitado e tem chip. Venham conhecê-lo ao Cantinho dos Animais de Beja. Contactos: 962432844 sofiagoncalves.769@hotmail.com
Pequenos concertos de inverno em Castro Verde
O pianista português Domingos António é o primeiro convidado de um ciclo de cinco pequenos concertos de inverno, que tem início hoje, sexta-feira, no Cineteatro Municipal de Castro Verde, numa organização da câmara local. Domingos António, “conceituado pianista” nascido em Pittsburgh, EUA, em 1977, realizou os seus estudos no Conservatório Estatal de Moscovo “P.I. Tchaikovsky” e já atuou em salas como o Centro Cultural de Belém, Teatro São Carlos, Casa da Música do Porto ou Pavilhão
Fim de semana Serpa mostra exposição sobre Matilde Rosa Araújo A Biblioteca Municipal de Serpa tem patente ao público a exposição “O Destino das Fadas”, sobre a vida e a obra da escritora Matilde Rosa Araújo, falecida em 2010. A mostra, dedicada à escritora que dizia ter “a infância no coração”, pode ser apreciada até ao dia 15 de dezembro. Matilde Rosa Araújo, professora durante mais de 40 anos, poetisa, ficcionista e cronista, deixou uma vasta obra na área da literatura infantojuvenil e foi distinguida com numerosos prémios, como o Grande Prémio de Literatura para Crianças da Fundação Calouste Gulbenkian, realça a Câmara de Serpa. A obra de Matilde Rosa Araújo “mudou o modo” como a literatura infantojuvenil passou a ser encarada nas escolas, bibliotecas e famílias, refere a autarquia, indicando que a poesia e a prosa da escritora “estão presentes em grande parte dos manuais escolares de língua portuguesa” do ensino básico.
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Entertainer”, uma comédia “frenética”, que “traz ao de cima o lado mais negro da ‘realidade’, que nos entra todos os dias casa adentro” através da televisão, estreada ontem pela companhia de teatro Baal 17, mantém-se em cena entre hoje, sexta-feira, e o próximo domingo, dia 18, no Cineteatro Municipal de Serpa. A peça é criada a partir da obra “El Animador”, um dos textos mais representados do recém-falecido dramaturgo venezuelano Rodolfo Santana. Carlos e Marcelo “são os protagonistas desta tragicomédia escrita em 1972 e que mantém hoje uma qualidade atemporal”, adianta a companhia. Carlos cresceu em frente ao Canal 9 “e conhece a sua programação melhor do que ninguém. Alienado da realidade, a ficção televisiva é o seu Deus. Mas existem no Canal 9 alguns programas que, segundo Carlos, deveriam ser melhorados”. Entretanto, “Carlos, o espetador, rapta Marcelo, o diretor do Canal 9 e responsável pelos conteúdos”. Sob a ameaça de uma pistola, “Marcelo vê-se obrigado a vivenciar as ficções que criou para salvar a própria vida: um novo final para uma novela de grande audiência, filmes policiais e de cowboys, publicidades enganadoras e concursos onde os concorrentes são levados ao limite da humilhação”, revela a Baal 17. A peça tem início agendado para as 21 e 30 horas.
Atlântico, destaca a autarquia. Em 2005 gravou um disco nos míticos estúdios “Abbey Road”, em Londres, e em 2012 lançou o seu segundo disco, intitulado “Domingos António ao vivo em Braga”. O espetáculo terá início pelas 21 e 30 horas. Os outros quatro pequenos concertos contarão com a apresentação dos projetos de Joana Alegre e Diogo Santos (a 7 de dezembro), Anthony John (a 18 de janeiro), Antónia Osond Reinaas e José Coronado (a 23 de fevereiro) e Manuel Ferraz Trio (15 de março).
Vidigueira expõe pintura e escultura do Grupo 9 O átrio os paços do concelho de Vidigueira colhe até ao dia 6 de dezembro uma exposição de pintura e escultura que integra trabalhos do denominado Grupo 9, constituído pelos artistas Chi Pardelinha, Florentina Resende, Hermínia Cândido, Manuel Carvalho, Manuela Carmo, Manuela Taxa, Maria João Cunha, Maria Rafael, Paulo Medeiros, Sérgio Reis e Silvestre Raposo.
Teatro Fórum de Moura estreia amanhã “Os Infernos de Joane Parvo” A mais recente produção do Teatro Fórum de Moura, intitulada “Os Infernos de Joane Parvo”, tem estreia marcada para amanhã, sábado, pelas 21 e 30 horas, no Cineteatro Caridade de Moura. Nos próximos dias 21, 22 e 23 haverá sessões às 10 e 30 e às 14 e 30 horas para o público escolar. Joane O Parvo “é a famosa personagem de Gil Vicente particularmente conhecida pela sua burlesca prestação em ‘O Auto da Barca do Inferno’. Todavia, ao contrário das inúmeras personagens-tipo que participam nas peças de Gil Vicente, sabemos muito pouco sobre a vida e os interesses da classe que Joane o Parvo representa”, salienta o grupo, referindo que “é portanto a história dos ‘parvos’ que Joane O Parvo, agora nosso contemporâneo, nos irá contar nesta peça. Uma história que ‘vem quase desde o princípio do mundo’. Uma história cómicotrágica que colocará várias épocas, mitos e pontos de vista em confronto e da qual nem Gil Vicente sairá ileso”.
The Black Mamba atua em Aljustrel O espaço Oficinas em Aljustrel recebe hoje, sexta-feira, pelas 22 horas, o trio The Black Mamba. O grupo é formado por Pedro Tatanka (voz e guitarra), Ciro Cruz (baixista) e Miguel Casais (baterista). O primeiro encontro destes três músicos foi em 2010, “altura em que, da união dos seus talentos musicais, surge um som único”, adianta a câmara municipal local, acrescentando que “a química entre os três músicos foi imediata e as apresentações nos bares e clubes lisboetas não pararam de acontecer”. A “experiente secção rítmica” do baixista Ciro Cruz (Ed Motta, Gabriel O Pensador, Howard Levy, banda Rock In Rio, etc.), a bateria de Miguel Casais (Áurea, Mafalda Veiga, Nu Soul Family, etc.) e “a inconfundível voz e guitarra” de Pedro Tatanka (Richie Campbell, The Offshores, Kalibrados, etc.) “conduzem a uma viagem que mistura a soul music com o blues e o funk”.
“O Entertainer” é baseado na obra do venezuelano Rodolfo Santana
Baal 17 apresenta comédia “frenética” em Serpa
Um grupo farmacêutico escocês está a apostar na cultura da papoila no Alentejo para produzir morfina. Este investimento poderá implicar a criação de postos de trabalho, mas não é a perspetiva de um emprego que anima os locais. Os alentejanos pretendem deitar a mão à morfina para amenizar a dor provocada pela intervenção da troika em Portugal: “Acho que com a morfina iria ter muito mais qualidade de vida… Não sentiria nada. Isto são tempos muito difíceis… Dói muito ver o estado a que chegámos… Desde há um ano que bebo uma garrafa de amarguinha por dia – ando mais dormente que o Vítor Gaspar, e se me tem ajudado! Mas ao contrário do que possam imaginar, não estou bêbado: tenho perfeita consciência de tudo. Por exemplo, acho uma afronta que as duas Angelas Merkels tenham visitado o nosso país”, declarou um alentejano ofendido
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i produzir alentejo va a morfina: r papoilas pa s celebram o n alenteja ditam que pois acre a troika a com morfin oar tanto nÃo vai mag
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Menos nascimentos no Alentejo: Autoridades lançam kit de apoio à natalidade “Menos refundação, mais procriação”
Postos degradados da GNR usados por forças de segurança para treinar cenários pós-apocalípticos
Gostava de estimular a sua vida sexual mas não sabe como? Está interessado em terminar um ato sexual sem se deixar dormir a meio? Já não se excita com a imagem de George Clooney e/ /ou Uma Thurman completamente despidos e barrados com Nutella? Então os seus problemas podem estar a terminar. Para combater os dados revelados recentemente que dão conta de um decréscimo dos nascimentos no Alentejo, as autoridades locais irão lançar um kit de apoio à natalidade intitulado “Menos refundação, mais procriação”. O mesmo inclui os mais variados utensílios preparados para despertar a sua libido, como: o conto erótico “O Vai-Vem no Aeroporto Internacional de S. Brissos” (existe mesmo, vá a maisbolos.blogs.sapo.pt); algemas; uma tanga de pele de ovelha; uma embalagem de lubrificante (manteiga de cor); um CD da Bonnie Tyler; e uma edição do Kamasutra Alentejano, com prefácio de Maria de Lurdes Modesto, que inclui posições como “o camponês invertido”, “a postura da charrua” ou “a posição da osga no verão”. As nossas fontes confirmam que se apresentar este kit na receção da pensão Garganta Funda terá ainda direito a um desconto de 25 por cento no fim de semana e a um conjunto de toalhas lavadas.
Foi mais uma vez notícia a falta de condições registada em muitos postos da GNR da região. Alguns edifícios que albergam aquela força de segurança encontram-se em avançado estado de degradação: “Já não bastava as nossas viaturas só ligarem quando damos à manivela junto do para-choques, agora também temos esta chatice com os postos”, desabafou o cabo Torresmo. Mas, ao que parece, vislumbra-se uma luz ao fundo do túnel, e a degradação dos edifícios começa a ser vista, agora, como uma oportunidade: forças de segurança de todo o mundo pretendem usar aqueles espaços para treinar possíveis cenários pós-apocalípticos – recorde-se que segundo a previsão dos Maias, o mundo pode acabar em dezembro. “Os Maias são capazes de ter razão. Quando vou ao Continente comprar brinquedos em dezembro para o meu mais novo também fico com aquela sensação de fim do mundo…”, explicou o cabo Farinheira. Mesmo assim há quem defenda que os edifícios deviam ficar como estão: “São uma mais-valia para a nossa região”, explica o cabo Morcela. “O meu posto está tão degradado por fora que os turistas perguntam se se trata de uma réplica da Casa dos Bicos em Lisboa. Por outro lado, são locais muito mais seguros: um meliante que esteja preso nas nossas instalações e tente fugir não tem hipóteses. Nós nem temos de mexer uma palha! Basta esperar que lhe caia um bocado de teto em cima para ficar imobilizado...”.
Comunidade de abutres-pretos congratula-se com a criação de campos para alimentação: “Já estávamos fartos de só jantar Nestum!” A criação de campos para alimentar abutres-pretos por parte da Liga para a Proteção da Natureza (LPN) está a sensibilizar a comunidade destas aves necrófogas. “As pessoas não têm noção, mas nós também sofremos muito. Fizemos como a Isabel Jonet disse e começámos a adaptar o nosso estilo de vida empobrecendo bué… Temos de poupar, nunca se sabe quando terei de fazer um RX ao bico. Vejam lá, para meter comida na mesa das nossas crias até vendi os meus discos dos The Birds e os bilhetes para os The Eagles… O quê? Se estamos contentes por criarem os campos na Margem Esquerda do Guadiana? É claro que sim, estamos muito contentes… Agora podemos almoçar em Serpa e jantar presunto em Barrancos. Além disso, já estávamos fartos de só jantar Nestum, como muitos portugueses. Já era tempo de olhar para nós com outro respeito. Nós também estamos em extinção, não são só aqueles bandalhos dos linces… Mas pronto, como têm boa imprensa… Agora se não se importam, vou petiscar uns carapaus fritos com gaspacho. Abençoados sejam, bacanos da LPN!”, confidenciou-nos um abutre-preto.
Inquérito Cabrito do Alentejo passa a ser considerado produto protegido pela Comissão Europeia. Como vê esta decisão?
HERLANDER ADUBO, 82 ANOS Pastor e agricultor que acha que o FarmVille é uma conspiração extraterrestre Com muita alegria! Acho que deve ter sido a melhor decisão que o Durão Barroso patrocinou durante a sua vida política. Consta que ele ainda tentou inserir o Santana Lopes na lista de produtos de Denominação de Origem Protegida (DOP), mas disseram-lhe que não podia ser porque já lá estava o Rui Gomes da Silva. Mas o cabrito é muito bem reconhecido, sim senhor. É mais saboroso e come menos ração que o Gomes da Silva.
SALVADOR CAPRINO Fã de Justin Bieber Foi uma surpresa muito grande! Só o ter sido nomeado na categoria de “animal com a carne mais suculenta” já é uma honra… Ainda há meses mal me punha de pé, e hoje estou na mesma categoria do cordeiro mirandês ou da lebre de Vila Ruiva. Aproveito esta oportunidade para agradecer a Deus, à minha mãe, ao meu agente, aos meus seguidores no twitter e ao senhor que fornece ração sem gluten (sou alérgico!). Sem vocês estava condenado a emigrar! Muito obrigado!
BERNARDO SUÍNO Fã de Valentina Torres e Armando Gama Pois, uma tristeza... É o país que temos, uns são filhos das cabras e outros são filhos das porcas… O presunto de Barrancos é produto DOP, mas o porco preto há de ser sempre visto como um parente pobre. O meu pai acabou como presunto de Barrancos, o meu avô tornou-se presunto de Barrancos, o meu bisavô fugiu com uma vaca espanhola, e acabou como presunto de Aracena do lado de lá da fronteira… Eu gostava de seguir a tradição familiar mas não me dão condições. Não tenho compadrios na Comissão Europeia, nem bolsa de estudo para ir lá p’ra fora.
Nº 1595 (II Série) | 16 novembro 2012
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quadro de honra Após 26 anos de docência na Escola Superior Agrária de Beja, o professor João Canada foi jubilado, no passado sábado, dia em que completou 70 anos de vida. Depois de ter desempenhado na última década funções como professor coordenador, diz estar agora “disponível para colaborar nas atividades que a presidência do IPB, a direção da ESAB, o diretor de departamento ou os coordenadores dos cursos entenderem necessário desde que não afete a empregabilidade dos colegas”. O professor recém jubilado admite “vir a colaborar no desenvolvimento do Centro de Investigação em Agricultura, Tecnologia Alimentar e Ambiente”, que está em formação na ESAB.
Para hoje, sexta-feira, são esperados aguaceiros e temperaturas entre os 10 e os 16 graus centígrados. Para amanhã prevê-se chuva moderada e para domingo céu com períodos de muito nublado.
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Docente continuará a colaborar com a Escola Agrária de Beja
Professor João Canada foi jubilado Começou a lecionar na Escola Superior Agrária de Beja (ESAB) em 1986, então como assistente contratado. Aposentou-se no passado dia 10, depois de na última década ter desempenhado funções como professor coordenador. Qual é o balanço que faz destes 26 anos de docência?
É um balanço muito positivo para a minha realização profissional. Fui admitido na ESAB por concurso público e iniciei funções lecionando Microbiologia no curso de bacharelato em Produção Agrícola; dois anos mais tarde, considerando a experiência obtida com o meu anterior percurso profissional, fui convidado pelo professor Covas Lima para elaborar um plano de curso de Tecnologia das Indústrias Agroalimentares, curso que foi sofrendo diversos aperfeiçoamentos e que deu origem aos atuais cursos de licenciatura e de mestrado em Engenharia Alimentar. Durante este período lecionei algumas disciplinas destes cursos de que destaco as de Embalagem e Armazenagem, Conservas Vegetais, Lacticínios e Análise Sensorial. Colaborei em diversos cargos para que fui eleito como os de diretor de curso e o de diretor de departamento e participei em projetos de investigação e de apoio à comunidade com destaque para os trabalhos sobre a transformação de concentrado de tomate e a caraterização de Queijo Serpa. Que futuro antevê para a ESAB, tendo em conta o atual contexto económico e social?
Penso que a ESAB vai continuar como até agora, em 26 anos, a efetuar formação no âmbito da produção agrária, da transformação agroindustrial e do ambiente, onde obteve uma posição de PUB
João Canada 70 anos Natural de Azambuja Licenciado em Engenharia Agrónoma e doutorado em Tecnologia de Alimentos, é autor das obras Alimentos Tradicionais Alimentos Saudáveis e Rastreabilidade e Progress in Rheology of Biological and Synthetic Polymer Systems e de um vasto conjunto de artigos publicados em revistas de circulação internacional e de publicações em revistas técnicas. Extra ensino, desempenhou funções de diretor fabril, chefe de projeto e assessor em empresas ligadas aos laticínios e à transformação de concentrado de tomate. referência no ensino superior em Beja, quer pela qualidade das formações lecionadas, quer pela qualidade do seu
corpo docente e qualificação do pessoal não docente, assim como pela existência de excelentes estruturas de apoio e equipamentos, nomeadamente em laboratórios, oficinas tecnológicas, terrenos e instalações agrícolas. Aliás, esta situação tem vindo a ser mencionada quer pelos avaliadores dos conselhos de avaliação do ensino superior politécnico da Adispor (Associação dos Institutos Superiores Politécnicos Portugueses), quer pela Agência de Avaliação do Ensino Superior (A3ES). Alqueva ao garantir o abastecimento regular de água, e regar mais 120 000 hectares, cria novas oportunidades com a introdução ou ampliação de culturas na região do Baixo Alentejo e possibilita que a ESAB continue a prestar o seu contributo na formação, na investigação e no apoio à comunidade divulgando uma forma de produção agrícola sustentada, com transformação e comercialização destes produtos, privilegiando a formação de alunos provenientes da região e promovendo o desenvolvimento regional. Agora que foi jubilado que vínculo manterá com a ESAB e com o Instituto Politécnico de Beja (IPBeja)?
Estou disponível para colaborar nas atividades que a presidência do IPB, a direção da ESAB, o diretor de departamento ou os coordenadores dos cursos entenderem necessário desde que não afete a empregabilidade dos colegas. Admito vir a colaborar no desenvolvimento do Cataa – Centro de Investigação em Agricultura, Tecnologia Alimentar e Ambiente, que está em formação e resulta do financiamento, no âmbito do QREN, para apoiar as condições existentes de I&D da ESAB. Nélia Pedrosa
Ciclo “1 Ator 1 Músico” O ciclo “1 Ator 1 Músico”, promovido pela companhia Lendias d’Encantar desde 2009, estreou ontem, quinta-feira, a sua segunda performance da presente edição. A produção, que também estará em cena hoje, a partir das 22 horas, no espaço Os Infantes, em Beja, dá pelo nome de “Na curva onde os nossos corpos se projetam”, sendo interpretada por Mário Abel (ator) e Manuel Ferraz (guitarra), sob direção de António Revez.
Novembro, mês do vinho em Beja A iniciativa “Novembro, Mês do Vinho”, promovida pelo município de Beja como forma de celebrar o Dia Europeu do Enoturismo, assinalado no último fim de semana, prolonga-se até ao próximo dia 25 com o apoio de várias herdades produtoras de vinho do concelho de Beja. Hoje mesmo, pelas 21 e 30 horas, terá lugar, no museu homónimo, uma cerimónia de evocação dos 90 anos de Jorge Vieira, uma “sincera homenagem” que o município quer prestar ao artista plástico. Amanhã, sábado, segue-se, a partir das 15 horas, na cafetaria do castelo, um curso de iniciação à prova e, no próximo fim de semana (entre 23 e 25), decorrem os jantares vínicos, nos restaurantes da cidade.
Novo livro de Isabel Montes A escritora Isabel Montes apresenta publicamente o seu mais recente livro, O homem sem alma, numa sessão a ter lugar amanhã, sábado, pelas 15 horas, na Biblioteca Municipal de Ferreira do Alentejo. A obra, com o selo das Edições Vieira da Silva, será apresentada pelo jornalista Paulo Barriga.
“Medicina de qualidade” O conselho distrital de Beja da Ordem dos Médicos (OM) vai realizar mais uma sessão, no âmbito do ciclo “Conversas na Ordem”, e desta feita sob o tema “Medicina de qualidade/Qualidade em Medicina”. O encontro, aberto à população, está marcado para segunda-feira, 19, pelas 21 horas, na sede distrital da OM, tendo como palestrante João de Deus, presidente da Associação Europeia dos Médicos Hospitalares.