Ediçao N.º 1596

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ILUSTRAÇÃO PAULO MONTEIRO

Já há vinho novo

Jazz

Em Ervidel abrem-se as talhas

Um pianista virtuoso que veio da Hungria

pág. 30

pág. 29

SEXTA-FEIRA, 23 NOVEMBRO 2012 | Diretor: Paulo Barriga Ano LXXXI, N.o 1596 (II Série) | Preço: € 0,90

Ceia da Silva é candidato à presidência da futura mega Região de Turismo do Alentejo

FRANCISCO SILVA CARVALHIO

Polos de turismo do Alqueva e do Alentejo Litoral vão ser extintos Entrevista nas págs. 6/7

JOSÉ FERROLHO

Fazer ou não fazer teatro no Alentejo, eis a questão

ILUSTRAÇÃO PAULO MONTEIRO

Há cogumelos e medronho em S. Barnabé É a freguesia mais recôndita do concelho de Almodôvar. Em plena serra do Caldeirão. Mas é lá, dizem, que se produz a melhor aguardente de medronho do mundo. É tempo de a provar, neste fim de semana. págs. 4/5

Cercibeja inaugura novo lar-residência Reportagem nas págs. 16/17

Vidigueira é a Cidade do Vinho em 2013 Entrevista na pág. 9

Ferreira aposta no empreendedorismo pág. 8

Reciclagem de aviões no aeroporto de Beja pág. 10

Maior radiotelescópio do mundo em Moura pág. 12

As companhias profissionais de teatro do distrito de Beja avançam para 2013 quase sem rede. A DGArtes abriu o concurso para apoiar a criação artística tarde e a más horas. E os valores anunciados não permitem grandes sorrisos aos agentes culturais do Alentejo. Serão apenas 470 mil euros a atribuir a somente sete projetos oriundos das várias disciplinas artísticas. As companhias teatrais temem o pior. pág. 13


Diário do Alentejo 23 novembro 2012

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Editorial Jornalistas

Vice-versa (…) 1.3 Nenhumas das freguesias situadas no território do município de Moura tem menos de 150 habitantes. (…) 1.5 A Assembleia Municipal de Moura pronunciou-se contra a agregação de quaisquer freguesias (…) 3.0 Atendendo a que a freguesia de Santo Aleixo da Restauração é a segunda freguesia de menor população (…) a Utrat propõe a agregação das freguesias de Santo Aleixo da Restauração e de Safara (…) In Proposta Concreta de Reorganização Administrativa do Território

Paulo Barriga

O movimento “Por Santo Aleixo da Restauração” considera que a agregação da sua junta de freguesia com a de Safara “resvala na mais profana das tomadas de decisão” e considera que os habitantes das duas localidades “em nada se complementam”. Isabel Balancho, presidente da JF de Santo Aleixo da Restauração, que se reuniu na passada quarta-feira com o secretário de Estado da Administração Local, Paulo Júlio, defende a continuidade da freguesia com base no passado histórico e no potencial de “desenvolvimento económico a nível agrícola, pecuário, cinegético e turismo rural”.

E

screvo estas palavras com tristeza e sem uma pontinha sequer de júbilo: o “Diário do Alentejo” é dos raros jornais em toda a região que ainda mantém uma redação ativa, dinâmica e plural. Entendendo redação como aquele lugar único onde os jornalistas, em equipa, discutem a atualidade, separam o lombo informativo das gorduras dos dias, transformam em bifes noticiosos os acontecimentos com mais sabor e melhores nutrientes. A redação é isso mesmo: uma sala de desmancha da inconsumível carcaça noticiosa que, posteriormente, é colocada nas vitrinas dos jornais, das rádios, das televisões, pronta a consumir. O jornalista é o talhante do acontecimento. E o seu cutelo afina apenas pela pedra de esmeril que resulta do seu compromisso ético e deontológico para consigo próprio e, essencialmente, para com os seus leitores, ouvintes, telespetadores. E é esta e apenas esta a única forma de aferir a qualidade do jornalista e dos produtos que serve: a manutenção imaculada e absoluta da relação de confiança que estabelece com os seus interlocutores. A montante e a jusante da notícia. E por isso escrevo com palavras desconsoladas que o “DA” terá das poucas, talvez a última, redação em todo o Alentejo. Que é a menos brutal das maneiras de dizer que a comunicação social atravessa uma crise sem precedentes na nossa região. Muitos órgãos locais e regionais fecharam nos últimos tempos, outros estão em vias de encerrar, outros diminuíram drasticamente as tiragens e as edições, outros, em desespero de subsistência, fazem os jornalistas derrapar nas areias movediças da publicidade, da lavagem política, da promiscuidade. A juntar a tudo isto, outra desgraça: os órgãos de comunicação social de matriz nacional, públicos e privados, estão a desinvestir fortemente no Alentejo. O que nos deixa em plena antecâmara da orfandade noticiosa. Uma região sem uma comunicação social forte, dinâmica, livre, independente, isenta, é uma região doente e enfraquecida do ponto de vista social, cultural e, claro, económico. As notícias são a proteína, a boa proteína, de toda e qualquer sociedade, principalmente nas comunidades de vizinhança, num mundo globalizado. É na comunicação de proximidade que irrompe o direito à diferença. É aqui que nos reconhecemos uns aos outros. Que nos relacionamos uns com os outros. Que a nossa voz se faz ouvir com mais estrondo. E isso os jornalistas do Alentejo sempre perceberam. E você?

Fotonotícia

É Natal, é Natal, vinde sem demora. Num ano verdadeiramente escabroso para a economia local e nacional – e especialmente para o comércio tradicional – os comerciantes da baixa bejense estão dispostos a apostar tudo na campanha natalícia. Mas, para tanto, é necessário que as obras nas Portas de Mértola cheguem ao fim. A autarquia prometeu “terreno livre” para os primeiros dias de dezembro. Mas o demorar das obras de requalificação nas principais artérias comerciais da cidade estão a colocar os comerciantes à beira de um ataque de nervos. Será que o Pai Natal descerá este ano ao centro nevrálgico de Beja? Será que haverá embrulhos no sapatinho? Ou apenas escolhos? PB Foto de José Serrano

Voz do povo Vai ter saudades do subsídio de Natal?

Inquérito de José Serrano

Teresa Neves, 49 anos, professora desempregada

Maria Antónia, 54 anos, artesã

Helena Almeida, 37 anos, professora

Cora Moreira, 53 anos, doméstica

Muitas saudades não terei, pois raramente o recebi. Sou professora, e a falta de hipóteses de emprego na minha profissão raramente me permitiu que dele usufruísse. Mas ver serem perdidos direitos, conseguidos a tanto custo, é inglório para qualquer um. Este estado de coisas não pode durar para sempre. Um dia o povo vai ter de ir à luta. E esse dia não demorará muito.

Trabalho por conta própria. Nunca tive essa benesse. Mas parte da minha família vai com certeza sentir falta do 13.º mês. Sinto que estamos a perder muitas das conquistas ganhas depois do 25 de Abril. Estamos a voltar atrás no tempo, e isso é revoltante. Este subsídio era importante para compensar o que durante o resto do ano não se podia comprar.

Vou sentir muitas saudades. Não para o consumismo inerente ao Natal, mas para extras importantes. Como o seguro do carro que tenho de pagar em dezembro. Ou reserva para um qualquer imprevisto que pudesse surgir. Mas acredito que brevemente vamos dar a volta a esta crise que estamos a viver. Há quem me diga que sou demasiado otimista.

Nunca tive subsídio de Natal porque não estou empregada. Mas sei que fará falta a muitas famílias. Ainda mais nesta época difícil que estamos a atravessar. Este era um dinheiro extra importante, com que se contava para equilibrar o orçamento familiar. E para fazer a consoada. Tanta austeridade é demais. E com os políticos que temos não acredito em grandes melhorias.


Rede social DR

Semana passada QUINTA-FEIRA, DIA 15 ALBERNOA DETIDAS OITO PESSOAS POR FURTO DE AZEITONA

SEXTA-FEIRA, DIA 16 BEJA MAU TEMPO DEIXOU MARCAS NA REGIÃO O mau tempo registado no Alentejo provocou inundações, a maioria em vias públicas, a queda de árvores e a obstrução de algumas estradas, disseram à Lusa fontes dos bombeiros. Segundo fonte do Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Beja, registaram-se sete “pequenas” inundações no distrito, a maioria em vias públicas, mais precisamente nos concelhos de Alvito, Ferreira do Alentejo e Ourique. No concelho de Alvito, algumas estradas ficaram também obstruídas e com o trânsito condicionado devido à formação de lençóis de água, provocados pela chuva intensa, indicou a fonte. No distrito de Beja, segundo o CDOS, caíram três árvores, uma em Aljustrel, uma em Ferreira do Alentejo e outra em Odemira.

ODEMIRA 150 PESSOAS NO ENCONTRO IBÉRICO DE ORÇAMENTOS PARTICIPATIVOS O secretário de Estado da Administração Local e Reforma Administrativa, Paulo Júlio, presidiu a abertura do I Encontro Ibérico de Orçamentos Participativos, que aconteceu no Cineteatro Camacho Costa, em Odemira. O encontro contou com a presença de cerca de 150 participantes de Portugal e Espanha, entre autarcas, técnicos e investigadores. A organização encontrou-se a cargo do município de Odemira, da Associação In Loco e da Associação de Cidades Participativas (Espanha).

DOMINGO, DIA 18 ALJUSTREL CADÁVERES DE DOIS HOMENS ENCONTRADOS A BOIAR NUM CANAL Os cadáveres de dois homens foram encontrados a boiar num canal de água no concelho de Aljustrel, junto a um veículo submerso, alegadamente na sequência de um acidente, disseram fontes dos bombeiros e da GNR. Fonte do Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Beja adiantou à Lusa que os dois homens, de 50 e 55 anos, estavam desaparecidos há dois dias e os corpos foram encontrados por um popular que deu o alerta aos bombeiros.

O povo de Rio de Moinhos, concelho de Aljustrel, saiu à rua para dizer não à extinção da sua freguesia, e foram muitos os que se juntaram à sua luta, vindos de várias terras do município. Todos a uma só voz.

Inaugura-se no fim de semana, em Ferreira do Alentejo, um quadro da sua autoria…

Foi-me encomendada pelo sr. padre Rui, de Ferreira do Alentejo, a pintura de um episódio referente à Ressurreição de Cristo. Escolhemos a “Descida aos Infernos”. Considero o episódio dos mais iconicamente tocantes. Há uns vinte e tal anos a esta parte tem-se acentuado o meu interesse por temas em que figuras humanas, tratadas sem pretensão realista, porque imaginadas, se inserem em contextos cujo sentido se suspende no enigma. Geralmente composições de cunho mítico, alegorias tratadas de modo anacrónico. Condenso nelas as mais constantes inquietações inerentes ao meu estar no mundo para serem vividas na intimidade do imaginário. O episódio da “Descida aos Infernos” é uma visão do sobrenatural que me desafia e entusiasma. Em exposição apresenta ainda os estudos que fez até chegar à obra final…

DR

Pintor

Sutas dão música em Encontro Ibérico Odemira acolheu o I Encontro Ibérico de Orçamentos Participativos. Cento e cinquenta pessoas marcaram presença e a noite acabou em festa, com a música dos bejenses Virgem Suta a brindar a iniciativa. DR

Um jovem de 20 anos, de nacionalidade romena, foi morto com uma facada no peito alegadamente desferida por um compatriota, na casa em que ambos residiam em Salvada, no concelho de Beja, informou a GNR. “Os dois homens residiam na mesma casa na Salvada, juntamente com outras pessoas romenas, e o homicídio aconteceu após uma discussão que terá tido por base um maço de tabaco”, relatou a fonte. Naquela casa “residem vários romenos contratados, nesta altura do ano, para a apanha da azeitona, e que chamaram a GNR e disseram o que tinha acontecido”, acrescentou.

Todos contra a extinção da freguesia

Não pensava encontrar tantas dúvidas. Imaginei Cristo de vários modos, enquanto corpo prestes a ressuscitar. E como representar “os infernos”, o “Sheol”? Um lugar como era concebido na Idade Média? Um estado de alma? Um escuro degredo em permanente desespero? Um desvanecimento no nada? Para atender à finalidade da obra – um convite à devoção –, procurei experimentar sentimentos e imagens que me parecessem ajustadas à composição mais simples e direta. 90 anos de Jorge Viera A Câmara Municipal de Beja prestou homenagem a Jorge Viera, assinalando os 90 anos do escultor. Em destaque, como não poderia deixar de ser, esteve a obra de um dos artistas incontornáveis da história de arte portuguesa.

Como se pode conjugar, em sua opinião, a arte com a fé cristã?

Na arte da Antiguidade Ocidental a figura humana inseria-se num contexto de religiosidade pagã, e continuou a sê-lo após o advento do cristianismo enquanto religião dominante no espaço europeu. O judaísmo não aceita, no foro religioso, a elaboração de imagens. Mais drástico, ainda, é o islamismo. No protestantismo encontram-se alguns interditos. Mas quem salvaguardou e prolongou a prática das imagens na arte ocidental foi o cristianismo. Naturalmente, a imagem de Cristo tinha o maior protagonismo, embora as primeiras imagens fossem decalcadas de Apolo ou de Hermes. Após dois breves períodos de iconoclastia, o concílio de Niceia, em meados do século IX, estabeleceu definitivamente o culto das imagens. Daí em diante a arte ocidental foi cristã, promovida pela Igreja, a grande mecenas até ao século XIX, ou por aqueles que gozavam de poder, normalmente educados em ambientes cristãos. O dogma da encarnação do Filho do Homem sustentou a legitimidade da sua representação e, por extensão, de toda a arte figurativa. No século XIX, e principalmente no século XX, o racionalismo e as ideologias positivistas e materialistas alentaram o “livre pensamento” e promoveram o afastamento do peso político e ideológico da Igreja. A arte moderna, ciosa da sua autonomia, e várias das suas correntes, que se reclamavam intervenientes nas áreas política e social, fizeram o seu curso, se não com total afastamento de preocupações espirituais, pelo menos fora da alçada institucional da religião católica. Mas os radicalismos modernistas passaram. Só não dá por isso quem teima em descobrir pólvoras já queimadas. Hoje a arte vive em mil derivas e morre de mil mortes. Cremos que, para sobreviver dignamente, terá de transcender-se. Na vida intensa do nosso inconsciente coletivo aguarda-nos sempre a imagem de um Deus. Quem a procura, encontra-a. Bruna Soares

DR

SALVADA JOVEM ROMENO MORTO POR COMPATRIOTA

3 perguntas a António Paisana

Isabel Montes apresentou o seu novo livro A escritora Isabel Montes esteve na Biblioteca Municipal de Ferreira do Alentejo para falar do seu mais recente livro, O homem sem alma. A Paulo Barriga, jornalista, coube a missão de apresentar a obra. DR

A GNR deteve oito pessoas, em flagrante delito, por furto de azeitona num olival perto de Albernoa (Beja) e apreendeu 1 105 quilogramas de azeitona, num valor estimado de 345 euros, e duas viaturas, anunciou a Guarda. A detenção das pessoas foi efetuada pelo Posto Territorial de Beja e no âmbito da Operação “Azeitona Segura” que a GNR está a promover em todo o País. O produto do furto foi devolvido ao proprietário do olival e os oito detidos foram constituídos arguidos e aguardam o decorrer do processo em liberdade e mediante Termo de Identidade e Residência.

Livros à solta em Mértola Continua a decorrer a Feira do Livro de Mértola e, durante o certame, tem havido atividades para todos os públicos, para pequenos e graúdos. Tudo em prol da leitura. A feira só encerra amanhã.

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São Barnabé

Aldeia recebe este fim de semana a VI Feira do Cogumelo e do Medronho

Interior “pode ajudar a resolver a crise”

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m dia de chuva quase ininterrupta não se avista vivalma nas ruas da pacata aldeia de São Barnabé, no interior da serra do Caldeirão, com exceção de alguns funcionários autárquicos que procedem a trabalhos de requalificação na entrada norte da localidade. O mau tempo também afastou os apanhadores de medronho das encostas da serra – os que trabalham por conta própria, os que trabalham por conta de outrem e os furtivos. Com o incêndio de grandes proporções que atingiu a serra do Caldeirão há oito anos, e que teve repercussões devastadoras na economia daquela freguesia do concelho de Almodôvar, até então bastante dependente da extração da cortiça, a cultura do medronho passou a assumir um papel preponderante. “Pode chover agora, desde que não chova no fim de semana da feira [do Cogumelo e do Medronho]”, diz a jovem produtora de aguardente de medronho Sónia Cabrita, enquanto nos encaminha para o seu alambique, situado nas imediações da aldeia e onde são visíveis algumas marcas deixadas pelas fortes chuvadas e ventanias que se fizeram sentir bem cedo pela manhã. “A coisa foi grande, parecia que o chão ia abaixo”, recorda. Sónia gere há cerca de quatro anos o negócio de família criado pelos pais em 1993. O seu avô, João Guerreiro, foi o detentor do alvará número um do concelho de Almodôvar para a destilação de medronho, datado de 1962. “Esta é uma atividade que nos é tradicional. A aguardente de medronho é produzida no sul do País desde o século IX, foram os árabes que trouxeram a tecnologia da destilação, o alambique”, salienta a jovem de 32 anos, acrescentando que a cultura do medronho “sempre foi um complemento” à economia local, para além de servir como forma de socialização. Sónia lembra-se “perfeitamente” de as pessoas “há uns anos” conviverem no alambique “enquanto o destilador fazia a sua aguardente”, algo que nos dias de hoje está “completamente interdito”, devido à legislação em vigor: “Não havia cinema, não havia centros comerciais, não havia televisão e então as pessoas divertiam-se nas noites de inverno nos alambiques. Hoje não pode haver comes e bebes numa unidade de produção alimentar”. Com clientes um pouco por todo o País, a produtora dá agora os primeiros passos em direção à internacionalização. Fruto de participações em feiras realizadas em Nuremberga (Alemanha) e Turim (Itália), no âmbito da estratégia Provere – Valorização dos Recursos Silvestres do Mediterrâneo, já exportou para a Alemanha e está em negociações com um potencial cliente do Canadá. Também já estabeleceu contactos com uma empresa de jovens empreendedores que procuram “bons produtos com uma boa história de jovens e produtores da Europa”, para fazerem cabazes de Natal, sendo o primeiro

São Barnabé, aldeia do interior da serra do Caldeirão atualmente habitada por pouco mais de seis dezenas de pessoas, prepara-se para receber durante o fim de semana cerca de quatro mil visitantes, entre forasteiros e filhos da terra, em mais uma edição da Feira do Cogumelo e do Medronho e do Festival Internacional dos Licores e Aguardentes Tradicionais. Certames realizados no âmbito do Provere – Valorização dos Recursos Silvestres do Mediterrâneo, “uma estratégia para as áreas rurais de baixa densidade do Sul de Portugal” que pretende “promover e divulgar essa tipologia de recursos”. Texto Nélia Pedrosa Fotos José Ferrolho

destino o mercado holandês. “Já têm produtos do chefe Adria Ferran [reconhecido mundialmente como um dos grandes nomes da gastronomia contemporânea]. Aguardente de medronho ao lado do caviar dele, isto é muito à frente [risos]”. A expansão do seu negócio além-fronteiras surgiu como forma de contornar a “concorrência fortíssima” do “mercado paralelo de aguardente de medronho [não legalizado]” existente na região. Sónia diz que não é possível competir “com quem vende o garrafão da água do Luso cheio de aguardante de medronho”. “Nós temos que pagar o imposto [especial do álcool], temos que pagar outros fatores de produção como garrafas, rótulos, é claro que o preço não pode ser o mesmo”. Acresce a esta “concorrência” o atual contexto económico e social vivido em território nacional. “As pessoas em crise não vão comprar álcool, então pensou-se que a internacionalização podia ser uma saída, fomos lá fora e resultou. Lá fora o mercado ilegal não compete comigo, então temos essa vantagem”, diz.

A desvantagem é o total desconhecimento do produto, o que obriga a explicações adicionais: “O que é, como é que é feita, por que é que o preço é tão alto. A apanha do medronho é feita manualmente na serra, qualquer pessoa que aqui chegue consegue ver que é um trabalho árduo, mas quem está lá fora não tem essa perceção”. Sónia convida todos os seus clientes a estarem presentes na Feira do Medronho, “que foi sem dúvida nenhuma uma das melhores coisas que aconteceu aqui”. É uma forma “de eles conhecerem também o outro lado da produção”. Alguns acabam por voltar nos anos seguintes, “porque para eles já não se trata apenas de uma garrafa de aguardente, percebem que é um produto de grande interesse para a comunidade, para a economia local”, refere a jovem produtora, que está convicta de que “o interior pode ajudar a resolver a crise”: “As pessoas têm que voltar à terra, ver o que é que podemos extrair dela que seja inovador, que seja um bom produto, temos coisas são

boas. O interior tem muito para dar ao País”. Atualmente, pelas suas contas, são quatro os produtores da freguesia legalizados com aguardente de medronho colocada no mercado. Artur Martins, 76 anos, em tempos um fabricante de aguardente “com quantidades muito escapatórias”, recorda que “na freguesia, nos anos 60, 70, havia mais de 100 alambiques, uns maiores, outros mais pequenos, e vendia-se tudo”. Há uns 15 anos que não fabrica “nem uma pinga”, devido à falta de “mão de obra” para a apanha. Há quem lhe diga para recorrer “à planície”, onde “há aldeias com muita gente e não há trabalho”. Mas o pequeno agricultor, como se denomina, e antigo secretário da junta de freguesia local, defende que o medronho deve ser apanhado “por pessoas que conhecem o fruto e a zona, uma zona íngreme, muito acidentada”. “Uma pessoa da planície que venha para as encostas se calhar não se adapta”, diz. Há “30, 40 anos” não tinha “qualquer dificuldade” em arranjar “14, 15” pessoas de montes das redondezas “para apanharem medronho”. Mas “a pouco e pouco” a mão de obra foi escasseando: “Os mais velhos faleceram, houve depois aí a emigração nos anos 60, 70, e a partir daí foi a juventude que saiu daqui, como estamos à beira do Algarve, as pessoas não tinham aqui emprego e foram embora, trabalhar na construção civil e na hotelaria”, esclarece, ao mesmo tempo que admite que é “com muita pena” que não continua a produzir aguardante: “O medronho é uma coisa belíssima”. Numa terra onde escasseia o trabalho, à semelhança do que acontece em muitas outras aldeias do interior, Manuel Reis, 56 anos, pedreiro de profissão, tenta, por sua vez, complementar o rendimento familiar com a produção de mel. Neste momento tem “duzentas e tal” colmeias, “o que é pouco para se viver só disso”, garante: “É só para passar o tempo, porque também não há serviço de pedreiro, não há serviço nenhum”. Quase toda a sua produção é vendida “em bruto” a “grossistas”, que depois exportam o mel, nomeadamente para a Alemanha. O ideal seria aumentar o número de colmeias, diz, mas há todo um conjunto de exigências e situações que dificultam a tarefa: “O que acontece é que às vezes não temos instalações suficientes e em condições. Depois é um trabalho em que é preciso pessoas especializadas e, por vezes, mesmo que a gente queira pagar não há quem queira trabalhar no ramo. E uma pessoa sozinha também não consegue, pelo menos na época da primavera e do verão, que precisa de muito trabalho”. Aguardente de medronho também produz alguma, recorrendo a caldeiras de vizinhos ou amigos, mas unicamente para consumo da casa, como já fazia o seu pai. “Sempre tenho conhecido essa atividade, o hábito é esse”.


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Sérgio Palma Presidente da Junta de Freguesia de São Barnabé

Que peso tem atualmente a cultura do medronheiro e a transformação do medronho na economia local?

Movimenta a freguesia inteira, toda a gente tem um bocado de terra e toda a gente apanha os medronhos para vender. Neste momento temos três ou quadro produtores legalizados. As pessoas estão a legalizar os alambiques e assim podem ir para o mercado com a aguardente de medronho certificada. Antes do incêndio de 2004 a cortiça era, a par do medronho, a base do rendimento da freguesia. O medronho ficou assim a ser a atividade principal. Cerca de 70 por cento da cortiça ardeu e se calhar já nunca mais se recupera toda a cortiça perdida. Mas se o medronho fosse devidamente aproveitado, se as terras estivessem limpas [de mato], possivelmente seria mais rentável. Uma árvore dá cortiça de nove em nove anos, o medronheiro dá todos os anos. Mas as pessoas têm outros empregos e por isso tratam dos medronheiros só ao fim de semana. Também fica muito caro pagar a pessoas para fazerem a apanha, assim como a alguém que vá com uma máquina limpar os terrenos. Apanhar mato à mão debaixo das árvores é já um bocado complicado e tudo isso faz com que as pessoas abandonem as terras e com que a produção baixe também um pouco. Realiza-se este fim de semana mais uma edição da Feira do Cogumelo e do Medronho e do Festival Internacional Licores e Aguardentes Tradicionais. Qual é o impacto destes dois certames?

Estes certames são uma grande aposta da nossa freguesia. Tentamos que as pessoas percebam que não podemos perder os nossos produtos, que precisamos de promover a nossa terra, o que temos de bom. Vem muita gente. Tem melhorado de ano para ano. Recebemos à volta de quatro, quatro mil e tal pessoas. É um número bastante gratificante. Para além do medronho, a que outras atividades se dedica a população em idade ativa?

Trabalham também na cortiça, nos dois meses da tiração da cortiça. A apanha do medronho faz-se em outubro e novembro. É este o serviço da serra. Depois temos pessoas a trabalhar no Algarve, na construção civil e na hotelaria, que agora também já são poucas. Algumas estão a voltar à terra, à casa dos pais, porque o trabalho está a acabar. Semeiam a horta, como não têm trabalho tanto faz estarem num lado como noutro. Tínhamos aqui muito gado, cabras, ovelhas, suínos, e as pessoas também viviam disso, agora não há porque os velhos estão cada vez mais velhos e os novos foram-se embora. Quantos habitantes tem a freguesia de São Barnabé de acordo com o Censos 2011?

Segundo o Censos 2011 são mais ou menos 530 pessoas. Menos 100 pessoas, sensivelmente, em relação ao Censos anterior. A maior percentagem tem mais de 65 anos. Jovens temos muito poucos. Quais sãos os principais problemas da freguesia?

Pessoas com muita idade e falta de trabalho. Não havendo trabalho as pessoas esmorecem ainda mais. Quando não há emprego surgem todos os problemas e mais algum, tudo se complica.

VI Feira do Medronho aguarda quatro mil vistantes Mais de quatro mil visitantes, entre forasteiros e filhos da terra, são esperados este fim de semana em São Barnabé durante a VI Feira do Cogumelo e do Medronho e o II Festival Internacional Licores e Aguardentes Tradicionais, uma inicitiva da Câmara Municipal de Almodôvar e da Associação de Defesa do Património de Mértola (ADPM) e que conta com o apoio/cofinanciamento de um conjunto de entidades. Durante dois dias “recheados de atividades”, a serra do Caldeirão, “os seus recursos endógenos, as suas gentes e tradições voltam a estar em destaque no certame que pretende mostrar e valorizar os produtos do território, numa perspetiva de desenvolvimento sustentado e sustentável”, esclarece a autarquia. Do vasto programa destaque para

a conferência subordinada ao tema “Medronheiro – novos usos, novas oportunidades e novos mercados” (sábado, 10 horas), para o lançamento do Manual para a Gestão dos Recursos Micológicos Silvestres do Baixo Alentejo (domingo, 12 e 30 horas) e para as demonstrações de destilação de medronho e de plantas aromáticas (a primeira no sábado, pelas 12 e 30 horas, e a segunda no domingo, às 14 e 30 horas). Será realizado ainda um workshop de cocktails (sábado, 16 e 30 horas) e um passeio micológico (domingo, 10 e 30 horas). Venda e prova de licores e aguardentes de vários países, bailes, tasquinhas e restaurantes de gastronomia regional, animação de rua e vários espetáculos musicais são outras das propostas da organização.


06 Diário do Alentejo 23 novembro 2012

Estou disponível para liderar a futura região de turismo do Alentejo, se for esse o entendimento dos autarcas e dos empresários do setor”.

Entrevista António Ceia da Silva, atual presidente da

antecâmara do processo de regionalização

presidência da futura entidade de turismo

Entidade Regional de Turismo do Alentejo,

do País. A criação da nova Região de Turismo

do Alentejo que manterá a sede em Beja. Já

é das poucas vozes que se levanta em de-

do Alentejo implica a extinção dos polos do

quanto aos resultados do setor, Ceia da Silva

fesa da revisão do mapa turístico português.

Alqueva e do Alentejo Litoral, por agregação.

revela que 2012 foi um ano “menos mau”.

Uma refundação que prevê a manutenção de

Uma medida positiva, na opinião de Ceia da

Com uma perda “leve” de cinco por cento no

apenas cinto regiões em Portugal continen-

Silva, que nesta entrevista demonstra in-

número de visitantes.

tal. E que muitos veem como uma espécie de

teira disponibilidade para se candidatar à

Entrevista Paulo Barriga Fotos Francisco Silva Carvalho

Governo extingue polos turísticos de Alqueva e do Litoral Alentejano

Turismo no Alentejo abranda cinco por cento em 2012 É correto afirmar que esta redução das regiões de turismo é mais política e menos técnica? Ou seja, que é uma espécie de tubo de ensaio para uma futura regionalização com base nas NUT II?

Nesse aspeto posso estar um bocadinho em contraciclo: defendo esta reorganização. Defendo, do ponto de vista genérico. Há quatro anos atrás, quando se começou a discutir a reforma que acabou por dar nas entidades regionais de turismo, com a extinção das então regiões de turismo, já nessa altura defendia cinco regiões apenas. Sou um regionalista convicto. Defendo claramente que Portugal, em termos globais, terá a ganhar muito se as regiões do interior tiverem aqui um poder efetivo e eleito democraticamente. Mas isto é quase uma espécie de antecâmara de um processo de regionalização do País.

Se for esse o objetivo, não acho mal. Repito, sou um regionalista. Agora em relação à própria lei da reorganização das regiões de turismo, sempre defendi que deviam existir apenas cinco entidades. Isto tem a ver com as marcas das próprias regiões, marcas fortes. O turismo é cada vez mais competitivo, o mercado é cada vez mais exigente. Hoje, o mundo muda muito rapidamente, os turistas estão muito mais informados e tem de haver marcas, marcas com força, com expressão, com capacidade de criar dinâmicas de mercado, quer do lado da oferta quer do lado da procura. Portanto, sempre defendi claramente as cinco regiões que estão consubstanciadas nesta reforma. A sua posição baseia-se essencialmente na necessidade de reforçar as marcas?

Curiosamente é uma posição muito técnica e pouco política. É ao nível daquilo que acho que deve ser o Plano de Desenvolvimento Turístico Nacional e as perspetivas de desenvolvimento das regiões. E as regiões só têm a ganhar com esta restruturação. O Alentejo tinha agora os

polos do Alentejo Litoral e do Alqueva e tinha a Entidade Regional de Turismo. O que, na minha opinião não fazia sentido. O que faz sentido é que haja a aposta em áreas estratégicas que até podem e devem ser o Alqueva e o litoral. Mas daqui a 10 anos as nossas atenções poderão estar centradas, por exemplo, no Vale do Guadiana ou no Parque de São Mamede. Mas sempre dentro de uma entidade regional de turismo que será o Alentejo. Qual é a grande vantagem para esta região com a extinção, por exemplo, do polo do Alqueva e do polo do Alentejo Litoral?

Não digo que isso traga vantagens. Quase que poderia devolver a pergunta. Que desvantagens é que isso traz? Se falarmos com os operadores, com os hoteleiros, com as câmaras, com os agentes privados, com os empresários. Não vejo nisso uma desvantagem. Principalmente se a nova entidade continuar a trabalhar essas zonas como áreas estratégicas de desenvolvimento turístico. Não necessita de existir necessariamente uma estrutura, porque repito, daqui a 10 anos podemos pensar que o Baixo Guadiana deve ser nesse momento uma área prioritária de desenvolvimento turístico estratégico, como podemos pensar que pode ser toda a zona do Parque de São Mamede ou podem ser outras zonas do Alentejo. E se tivermos estruturas não vamos desloca-las. Subscrevo é que o investimento feito nos últimos anos ao nível do Alqueva e do Alentejo Litoral deve ser continuado. Foi dito pela própria secretária de Estado do Turismo, Cecília Meireles, que esta é uma medida economicista que visa reduzir anualmente, só em ordenados, cerca de um milhão de euros. Isto vai refletir-se nos quadros desta região? Pode garantir que não existirão despedimentos na estrutura que atualmente dirige?

Naquilo que depender de mim, e naquilo


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que eu li do documento, não existirão despedimentos. Sou o primeiro, e sempre fui ao longo destes anos que levo de presidente da Entidade Regional de Turismo, a defender os técnicos e os trabalhadores da região. Aliás, acho que nenhum dirigente, seja de que instituição for, pode trabalhar sem os seus quadros. Para mim, que sou um técnico da área, apenas faz sentido trabalhar todos os dias com os nossos colaboradores e com os nossos técnicos. E isso é algo que vai continuar. Defendê-los-ei sempre e será sempre esta uma condição para continuar à frente dos destinos da região.

Ganhou?

A atual equipa é suficiente para garantir a marca Alentejo?

O que posso garantir ao presidente José Calixto, e aos outros presidentes da zona do Alqueva, como sempre o fiz, é que caso seja o presidente da futura entidade regional de turismo tudo farei para que o Alqueva tenha a preponderância que merece e se justifica para que seja devidamente acompanhado do ponto de vista da estratégia turística.

É suficiente. Temos feito um trabalho ajustado, dinâmico, tem havido uma valorização muito grande dos quadros. Eles próprios têm procurado evoluir ao nível das suas qualificações profissionais e académicas. Hoje temos os mesmos técnicos, mas estão muito mais habilitados e muito mais qualificados do que estavam há quatro ou cinco anos atrás. E em relação à sede da futura região de turismo? Será em Évora, como há tanto tempo se apregoa?

Não há motivo nenhum para que haja qualquer espécie de alteração. A sede é e será em Beja. E aqui deve continuar. Tudo o que seja alterar e mudar é estarmos a criar problemas e a gerar problemas onde eles não existem. Acho que se há uma coisa que provámos ao longo destes quatro anos é que funcionamos em todo o Alentejo. A questão da sede é importante, obviamente, mas o que é importante é que possamos estar em todos os concelhos numa atividade permanente. Neste quadro acha que faz sentido manter, a par das regiões de turismo, as atuais agências regionais de promoção turística? Não é um bocado redundante?

Elas têm o seu papel a desempenhar. No Alentejo temos um entendimento perfeito com os empresários. Aliás, é importante dizer que, na nova lei, os sócios da agência vão ter maioria. Ou seja, os empresários, os sócios da agência, vão ter maioria na definição dos novos estatutos, vão ter um peso muitíssimo importante na definição de qual vai ser a nova composição da assembleia-geral. A questão de haver duas instituições ligadas ao turismo, a Agência e a Entidade Regional, não tem levantado qualquer problema. Porque trabalhamos em conjunto. Há um entendimento perfeito com os empresários. Adequamos as nossas estratégias aos empresários do setor. Há uma articulação perfeita. Não se trata de uma redundância. É uma questão de poder dar aos empresários uma maior participação naquilo em que eles mais querem participar que é na promoção externa do destino Alentejo. O Polo Turístico do Alqueva vai perder visibilidade neste novo quadro?

Aquilo que é importante discutir é se ganhou visibilidade ao longo destes quatro anos.

Não sei. Posso garantir que caso seja eu o presidente da futura entidade regional de turismo, o Alqueva vai ter um tratamento muito especial. Posso adiantar que a primeira medida que penso propor aos agentes locais e aos autarcas daquela zona é que haja um Plano Estratégico de Desenvolvimento Turístico do Alqueva, a definir já em 2013, para ser implementado nos próximos anos. José Calixto, presidente da Câmara de Reguengos de Monsaraz, afirma que esta nova lei é mais uma machadada no desenvolvimento turístico da região…

Alqueva foi apresentado, há alguns anos a esta parte, como uma espécie de eldorado do turismo do Alentejo, o que não veio a concretizar-se. Pensa que Alqueva se transformou numa espécie de flop turístico?

Não, de maneira nenhuma. Repare, o mundo mudou. Os pressupostos em que estava montada toda a atividade económica mudaram. Obviamente que o Alqueva não é uma ilha, no que respeita ao turismo. Os pressupostos que existiam com base num turismo residencial, com uma componente imobiliária muito forte, hoje não se colocam. As perspetivas e as dinâmicas económicas do sector são hoje completamente distintas. Obviamente que a maior parte dos operadores daquela zona, que tinham grandes investimentos, estão a reestruturar os seus projetos. Antes apostava-se numa componente muito forte da dinâmica imobiliária, hoje mais na componente turística. São novos tempos. Não quer dizer que daqui a 10 ou 15 anos PUB

Diário do Alentejo 23 novembro 2012

Tivemos quebras que devem andar à volta dos cinco por cento. Mas atendendo que tivemos três anos consecutivos a subir, diria que o turismo foi dos sectores que melhor resposta teve no Alentejo neste ano de 2012.

Dependemos em 83 por cento do mercado português e espanhol, que estão em profunda crise. Nos próximos anos é necessário avançar fortemente para a internacionalização. não haja uma alteração. O Alqueva tem potencialidades enormes. Temos de ir ao encontro dos agentes e dos promotores e perceber quais são os novos caminhos a trilhar. Esta reorganização está a ser feita sem escutar os agentes...

Não somos nós que desenvolvemos a lei. A nossa atitude no turismo do Alentejo tem sido essa. Tem sido de ouvir os parceiros, os autarcas, os empresários e acho que nos temos dado bem com esse formato. Bem ou mal, é imperioso que se feche o quadro regional de turismo para 20 anos, porque em Espanha, por exemplo, não estão sempre a mudar as regiões turísticas de quatro em quatro anos. Ou no Brasil, na França, na Croácia… Que se discuta em sede da Assembleia da República, onde ainda a lei vai, mas que haja um entendimento global para no mínimo duas décadas, porque no turismo não se pode estar a brincar com marcas. Repito, nos países concorrenciais de Portugal não se está sempre a mexer na lei regional do turismo. Algumas das suas respostas demonstram já um discurso de campanha eleitoral. Está disponível para se candidatar à nova região de turismo do Alentejo?

Estou disponível para liderar a futura região de turismo do Alentejo, se for esse o entendimento dos autarcas e dos empresários do setor. Nestes

casos, a hipocrisia funciona ao contrário: se trabalhar todos os dias de forma dinâmica pode ser entendido como campanha eleitoral. Diria que a estou a fazer campanha há quatro anos, desde o primeiro dia que entrei para a Entidade Regional de Turismo. Os unanimismos são sempre difíceis, mas penso que há um grande consenso em torno do trabalho que temos desenvolvido. Qual é o estado atual das finanças da ERT?

Temos as nossas dificuldades, mas controladas. Não estamos no estado em que Portugal está. Vivemos de dificuldades, como vivem todas as instituições, mas temos tido alguma saúde financeira, resultante de uma grande dinâmica que temos criado ao longo destes anos. Somos, se calhar, a entidade que melhor aproveitou os fundos estruturais e os fundos comunitários ao longo destes últimos quatro anos e continuamos a fazê-lo. Já é possível fazer uma espécie de balanço do ano turístico no Alentejo?

É um ano complicado, difícil. O turismo vive muito da capacidade financeira dos cidadãos. Dependemos em 83 por cento do mercado português e espanhol, que estão em profunda crise. Nos próximos anos é necessário avançar fortemente para a internacionalização do destino Alentejo, para ganharmos novos mercados e mais competitivos. Esta dependência muito forte do mercado português e espanhol leva a que, quando há uma quebra de consumo nestes países, as quebras tornam-se visíveis. Não nos podemos esquecer que tivemos três anos seguidos como os melhores anos turísticos de sempre. Apesar de tudo, apesar dessa quebra, é um ano que acabou por ser menos mau. Pode quantificar o “menos mau”?

Tivemos quebras que devem andar à volta dos cinco por cento. Mas atendendo que tivemos três anos consecutivos a subir, diria que o turismo foi dos setores que melhor resposta teve no Alentejo neste ano de 2012.


Diário do Alentejo 23 novembro 2012

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IX Encontro de Empresários em Mértola

A Câmara Municipal de Mértola promove amanhã, sábado, pelas 14 e 45 horas, no Monte do Guizo, o IX Encontro de Empresários. Este ano o encontro conta com a participação do comendador Rui Nabeiro, que irá falar do sucesso da sua empresa, a Delta. Espaço ainda para um debate sob o tema “Desenvolvimento económico, perspetivas de futuro”, que será moderado pelo jornalista António José Brito.

Atual CDU de Beja promove debates A CDU de Beja promove até ao final deste ano um ciclo de debates para iniciar a reflexão e a discussão alargadas e aprofundadas sobre o presente e o futuro do concelho. O associativismo, o desenvolvimento integrado e o território são os temas a abordar nos debates do ciclo, que a CDU vai promover no âmbito da sua intervenção autárquica e que terminará em dezembro com a realização do Encontro Concelhio Autárquico de Beja da CDU.

Empreendedorismo Jovens empresários de Ferreira do Alentejo já têm local para iniciarem os seus negócios

Fomentar o empreendedorismo e atrair investimento

Ninho de Empresas inaugurado em Ferreira

Mário Simões visita distrito Mário Simões, deputado do PSD, avançou com um novo roteiro de visita. “14 semanas, 14 concelhos” arrancou na segunda-feira, 19, e durante toda a semana o deputado esteve em Moura. Este mês segue-se ainda a visita ao concelho de Alvito.

Câmara de Ferreira absolvida O Tribunal Administrativo e Fiscal de Beja negou, segundo a Câmara Municipal de Ferreira do Alentejo, “provimento ao pedido do procedimento cautelar interposto por Paulo Conde, absolvendo autarquia”. Recorde-se que em causa está a decisão da Câmara de Ferreira de suspender a distribuição de água a montes isolados do concelho.

Cimal debate opções do plano A Assembleia Intermunicipal da Comunidade Intermunicipal do Alentejo Litoral (Cimal) reúne-se na próxima quinta-feira, pelas 21 horas, na sala de sessões do Município de Grândola. Em debate vão estar as grandes opções do plano, bem como o orçamento da Comunidade Intermunicipal.

Já está a funcionar o Ninho de Empresas de Ferreira do Alentejo, com o intuito de fomentar o empreendedorismo, principalmente entre os mais jovens, e atrair investimento para o concelho e até já existem interessados em instalar-se.

F

erreira do Alentejo já conta com um Ninho de Empresas. A infraestrutura, que pretende contribuir para o desenvolvimento económico do concelho e da região, foi inaugurada na passada terçafeira. De acordo com Aníbal Costa, presidente da Câmara Municipal de Ferreira do Alentejo, “o Ninho de Empresas insere-se dentro de uma estratégia maior do município, que tem vindo a ser desenvolvida ao longo dos últimos anos, e que pretende atrair cada vez mais investimento privado para o concelho”. E realça: “Temos reforçado que Ferreira do

Alentejo está no centro do que é importante e, ao mesmo tempo, temos dotado o concelho de infraestruturas que proporcionem todas as condições à instalação de empresas”, dando como exemplo o Parque de Empresas, o Parque Agroindustrial do Penique e o Parque de Feiras e Exposições. O Ninho de Empresas, de acordo com o autarca, “pretende dar um incentivo e um contributo ao empreendedorismo”, até porque, em sua opinião, “é fundamental que cada vez mais se pense neste setor como uma alternativa, uma vez que o chamado ‘emprego público’ não pode ser hoje considerado como uma solução”. “O desemprego que afeta os mais jovens é preocupante e é necessário proporcionarmos-lhes condições, de modo a que possam criar o seu próprio emprego, o seu próprio negócio”, defende Aníbal Costa. E, neste sentido, avança: “Iremos ter no Ninho de Empresas a presença permanente

de uma equipa especializada em desenvolvimento económico, com o intuito de prestar apoio a todos os interessados”. A promoção do desenvolvimento económico surge como uma questão de importância maior no concelho de Ferreira do Alentejo e a câmara municipal avança que o “Ninho de Empresas tem ainda a vantagem de proporcionar a todos os interessados um espaço a custo zero”. O autarca garante que “já existem interessados em instalar o seu negócio” e que “esta é uma oportunidade para todos os que têm Ferreira do Alentejo no coração e que aqui gostariam de desenvolver a sua atividade”. Este é um projeto de médio/longo prazo e as expetativas da autarquia, segundo Aníbal Costa, “são as melhores”, uma vez que existem parcerias com várias entidades de modo a garantir o sucesso da infraestrutura. Bruna Soares

Proposta para reforma da organização judiciária

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Aljustrel discorda da integração em Ourique

O

Rua da Liberdade, 36 - BEJA

município de Aljustrel discorda da sua integração na Comarca de Ourique. Recorde-se que na sequência da proposta para a reforma da organização judiciária, a Câmara Municipal de Aljustrel foi informada que o concelho passaria a ficar abrangido pela referida comarca, quando, até à data, a maioria das freguesias têm vindo a ser servidas pela Comarca de Beja. A Câmara Municipal de Aljustrel, em comunicado, frisou o que considera

serem “os evidentes constrangimentos desta proposta”, referindo “a ausência de transportes públicos que façam a ligação Aljustrel/Ourique”. Situação, esta, que, na opinião do município, “coloca em causa os direitos dos cidadãos, bem como o equilíbrio e coesão territoriais”. A Câmara Municipal de Aljustrel adiantou que já solicitou uma reunião à ministra da Justiça, com o objetivo de expressar a sua total discordância relativamente a esta situação.


A X Semana Aberta, uma iniciativa da Câmara Municipal de Beja, está até hoje, sexta-feira, em Cabeça Gorda. O executivo tem dedicado, durante toda a semana, a atenção à freguesia. “Uma aproximação cada vez mais efetiva do executivo e dos serviços aos seus munícipes” é um dos objetivos da ação. À semelhança do que aconteceu em outras freguesias, a semana foi ainda marcada por diversas atividades de âmbito cultural e social.

Manuel Narra Presidente da Câmara Municipal de Vidigueira

Câmara de Sines tem PAEL A Câmara Municipal de Sines aderiu formalmente ao Programa de Apoio à Economia Local (PAEL), através do qual terá acesso a um empréstimo de três milhões 823 mil e 306 euros para pagamento de dívidas vencidas a fornecedores. O contrato de financiamento do programa foi assinado com o Governo numa cerimónia realizada em Lisboa no passado dia 16, juntamente com outros 81 municípios cujas candidaturas já foram aprovadas.

A fileira do vinho é o principal pilar económico da Vidigueira O que significa para a Vidigueira ter sido eleita Cidade do Vinho 2013?

Qual a importância da fileira do vinho no concelho de Vidigueira?

Nós apresentámos esta candidatura porque é importante para a região vitivinícola da Vidigueira ter um espaço alargado para a promoção contínua dos seus vinhos. Assim, a partir de 2013 haverá um conjunto de iniciativas que terão como tema central o vinho, a sua produção e a sua promoção. Esta distinção permitirá um investimento financeiro considerável, desde logo na promoção dos nossos vinhos e produtores, mas também na realização de uma série de iniciativas. Nomeadamente marcando uma forte presença em feiras internacionais, principalmente em Espanha, para mostrar a qualidade dos nossos vinhos, e apoiar os nossos produtores e os seus negócios na conquista de novos mercados externos, visto o mercado nacional dar mostras de estar saturado.

É sem sombra de dúvida o principal pilar económico. A organização económica do concelho, principalmente nas freguesias de Vidigueira e Vila de Frades, assenta em inúmeras explorações de pequena dimensão, o que para muitas famílias funciona como um complemento que, ano após ano, lhes permite mais desafogo financeiro. Se atendermos que a estes produtores de vinho engarrafado aliamos mais de 150 produtores de vinhos de talha, podemos então perceber a real dimensão que a vinha e o vinho têm na economia local.

Santander apoia estudantes carenciados

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O Santander Totta e o Instituto Politécnico de Beja assinaram um acordo que visa lançar um programa de apoio para estudantes carenciados daquela instituição de ensino superior e também a atribuição de prémios de mérito para os melhores alunos do IPBeja. O acordo é válido por três anos.

Contratos de financiamento na Esdime A Esdime promoveu, ontem, quinta-feira, em Ourique, uma sessão de entrega de novos contratos de financiamento Leader. No quadro do 3.º concurso, segundo a Esdime, “foram aprovados 17 pedidos (seis empresariais e 11 de instituições)”, que representam “um apoio total de cerca de 1,5 milhões de euros, estando prevista a criação de 11 postos de trabalho”.

Conselho Económico e Social em Beja Realiza-se, na segunda-feira, no Monte da Diabrória, em Beja, o segundo encontro do Conselho Económico e Social (CES), promovido pelo executivo municipal da Câmara de Beja, com o objetivo de promover a participação dos agentes económicos e sociais nos processos de reflexão e tomada de decisão incluídos no âmbito das áreas que representam.

IPBeja valoriza infraestruturas científicas O Instituto Politécnico de Beja assinou contratos de financiamento das candidaturas apresentadas ao InAlentejo/QREN no âmbito do Sistema Regional de Transferência de Tecnologia, que permitirão a valorização e o apetrechamento de vários laboratórios do instituto. O IPBeja anunciou ainda que será criada uma Incubadora de Empresas de Base Tecnológica, que ficará instalada no edifício da Escola Superior de Tecnologia e Gestão (Estig).

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X Semana Aberta em Cabeça Gorda

Quais são os parceiros com que a autarquia conta para a organização da Cidade do Vinho 2013?

Os principais parceiros são as adegas, mas também contamos com o apoio da Comissão Vitivinícola da Região

do Alentejo e do Instituo Politécnico de Beja, cuja maisvalia científica é importantíssima. Para além destes, todas as instituições de referência do concelho já se disponibilizaram para participar nas suas áreas de atuação, nomeadamente na organização de eventos, encontros ou congressos. Se é certo que a iniciativa vai ter um retorno, principalmente na divulgação dos vinhos da região, também é verdade que este conjunto de iniciativas obriga a algum investimento. Qual é o orçamento previsto e de onde vem o dinheiro?

O orçamento previsto ronda os 700 mil euros, e vamos, desde já, partir à conquista de apoios financeiros candidatando este projeto ao QREN, para que tudo isto possa ser financiado a uma taxa de 85 por cento. Já pode adiantar alguma coisa sobre o programa?

Podemos desde já anunciar que as feiras temáticas da caça e da pesca, que terão lugar nas freguesias de Selmes e de Pedrogão, serão parte do evento. Para além disso, o conhecido Festival Pão e Laranjas irá ter uma nova filosofia e será transformado numa grande feira do vinho. Em setembro teremos a festa das vindimas, que integrará o concurso Miss Vindimas, promovido pela Associação dos Municípios Portugueses do Vinho, e, por fim, o encerramento com a Vitifrades e o histórico vinho de talha. Aníbal Fernandes


Aeroporto de Beja em destaque em Sevilha

Extinção de freguesias de Serpa

Realizou-se em Sevilha um “Networking Meeting”, que reuniu parceiros de Sevilha, Rzeszów e Beja, regiões que partilham a importância dos clusters aeronáuticos para o seu desenvolvimento. Várias entidades da região marcaram presença e o aeroporto de Beja, como âncora de desenvolvimento, foi um dos assuntos em debate.

JOSÉ SERRANO

Diário do Alentejo 23 novembro 2012

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A Câmara Municipal de Serpa, mais uma vez, manifesta-se totalmente contra a Lei 22/2012 e a subsequente proposta da unidade técnica para a Reorganização Administrativa do Território. Considera a autarquia que “esta reforma não resolve em nada os problemas económicos nacionais e é contrária aos interesses das populações, porque vai dificultar ainda mais o acesso aos serviços públicos, sobretudo quando se trata de populações idosas, com pouca mobilidade e poucos recursos económicos, associando-se às várias manifestações de repúdio que venham a ser realizadas”.

Manifesto pelas freguesias Os eleitos de freguesias do distrito de Beja reuniram-se, a pedido da Delegação Distrital de Beja da Anafre, e aprovaram um manifesto contra a extinção de freguesias, mantendo firme a sua oposição às propostas de liquidação de freguesias do distrito de Beja. Exigem a revogação imediata da Lei 22/2012 e apelam às assembleias municipais que recusem a proposta de extinção de freguesias do seu concelho. Ficou ainda decidido solicitar à direção da Anafre que organize uma grande manifestação nacional contra a extinção de freguesias.

PS contra desinvestimentos na região O PS de Beja apresentou a sua posição sobre o Orçamento de Estado (OE) para 2013, acusando o Governo de desinvestir no Baixo Alentejo ao abandonar projetos “âncora”, como a A26 e o aeroporto de Beja, alertando que a região levará “gerações a recuperar” o desinvestimento do executivo PSD/CDS-PP. Segundo Pedro do Carmo, o Baixo Alentejo tem sido “ridicularizado na capital com esta nova política centralista do Governo”, o qual afirma que a região tem investimentos “desnecessários”, como o aeroporto de Beja, “que não serve para nada”, e quer estradas, mas “não tem pessoas”. De acordo com o deputado socialista eleito por Beja, Luís Pita Ameixa, o OE para 2013 é “irreformável”, porque “insiste nas mesmas medidas de austeridade, que já levaram ao deteriorar da situação económica, financeira e social do país”. PUB

Projetos à espera de documentos

Privatização da ANA atrasa aeroporto de Beja A privatização da ANA está a “atrasar” a instalação de duas unidades industriais no aeroporto de Beja, uma para manutenção e outra para desmantelar aeronaves, num investimento total de 16 milhões de euros, segundo o presidente do município.

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rata-se de projetos de duas empresas portuguesas, um da Aeromec, para instalar um hangar de manutenção de aeronaves, num investimento de cinco milhões de euros, e o outro da AeroNeo, em parceria com a multinacional suíça JetLease - Geneva, para instalar uma unidade para desmantelar aeronaves e reciclar ativos aeronáuticos, num investimento de 11 milhões de euros. A banca, para “desbloquear” financiamento para os projetos, exige uma série de documentos relativos à forma como os terrenos para a instalação das

unidades vão ser cedidos às empresas, mas “a ANA, estando num processo de privatização, não está a avançar com a emissão dos documentos”, disse à Lusa o presidente da Câmara de Beja, Jorge Pulido Valente. Trata-se de uma situação “complicada”, porque está a “atrasar” os projetos da Aeromec e da AeroNeo, que são “dois investimentos fundamentais como âncora” para o desenvolvimento da indústria aeronáutica no aeroporto de Beja, disse. A situação pode “comprometer” os projetos e a instalação das unidades no aeroporto de Beja, o que “seria dramático”, alertou o autarca. A Lusa contactou o diretor do aeroporto de Beja, Pedro Beja Neves, que se escusou a comentar as informações prestadas por Jorge Pulido Valente. Segundo o autarca, o projeto da Aeromec “está mais avançado”, porque o processo de licenciamento junto da Câmara de Beja já está “concluído”

e, por isso, “tem todas as condições para avançar no terreno assim que tenha o fincamento assegurado”. O projeto da AeroNeo está “um bocadinho mais atrasado” em relação ao da Aeromec, o que “rapidamente se resolve”, porque “o processo de licenciamento é muito rápido”, já que o plano diretor do aeroporto de Beja prevê a instalação de unidades industriais. Ana prevê aumento de passageiros

Entretanto, a ANA prevê, ainda para este ano, um aumento do movimento de passageiros neste equipamento. Em 2011, desde a inauguração em abril até ao fim do ano, passaram pelo aeroporto 2.281 pessoas, e a empresa acredita num aumento no movimento entre cinco e dez por cento, em 2012. No último sábado, o terminal esteve mais uma vez em funcionamento, aquando da receção de um voo proveniente da Alemanha.


A Cocas Produções, em parceria com os clubes de futebol da cidade de Beja (Despertar Sporting Clube, Centro de Cultura e Desporto do Bairro da Nossa Senhora da Conceição, Clube Atlético Operário, Núcleo do Sportinguista de Beja e Casa do Benfica de Beja), apresenta hoje, sexta-feira, 23, uma coleção de “Cromos da bola – Beja”. A caderneta abrange quatro escalões dos diversos clubes e é composta por 259 cromos. Estará disponível em várias tabacarias, papelarias e cafés da cidade de Beja.

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Os Cromos da Bola de Beja

JOSÉ SERRANO

Abertas inscrições para estágios Leonardo da Vinci Encontram-se abertas, até ao dia 31 de janeiro do próximo ano, as candidaturas aos estágios Leonardo da Vinci-Get a Placement in Europe, destinados a licenciados e mestres pelo IPBeja. O início dos estágios está previsto para abril. Segundo o IPBeja, “o projeto Get a Placement in Europe (GaPE) proporcionará a sete diplomados do Instituto Politécnico de Beja a participação numa experiência profissional de qualidade em contexto internacional, favorecendo o desenvolvimento de competências profissionais e pessoais, a mobilidade e a sua integração no mercado de trabalho europeu”.

Semana da Igualdade em Ferreira

Novo site de Entradas

A Câmara Municipal de Ferreira do Alentejo está a promover mais uma edição da Semana da Igualdade, que decorre até segunda-feira, dia 26. A iniciativa conta com a colaboração da Associação de Desenvolvimento Terras do Regadio, das juntas de freguesia e do Agrupamento de Escolas de Ferreira do Alentejo.

A Junta de Freguesia de Entradas vai colocar on line, na próxima segunda-feira, dia 26, a sua página eletrónica na Internet. Acessível em www.jf-entradas.pt, apresenta, segundo a autarquia, “uma nova dinâmica, com mais informações institucionais, mas também sobre turismo, cultura, ação social e educação”.

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Nova marcha lenta é uma possibilidade

Em defesa do IP8 e do IP2 As entidades representativas da região analisaram, na segunda-feira, 19, as iniciativas realizadas em defesa da qualificação do IP2 e IP8, nomeadamente a visita às obras, a marcha lenta e a reunião com o presidente da Estradas de Portugal.

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urante a reunião sublinhou-se “a valorização da marcha lenta pela sua ampla expressão, reveladora da preocupação dos cidadãos”, no entanto, reafirmou-se a opinião de que “a região tem direito à melhoria das acessibilidades” e que “a qualificação do IP2 e a construção do IP8 são também interesse de todo o País”. As entidades consideram, assim, que “de forma alguma deve ser desperdiçado o investimento já realizado” e que “devem ser adotadas medidas que garantam no imediato a segurança do tráfego”. Decidiu-se ainda “realizar um conjunto de ações que têm em vista a sensibilização e a mobilização das populações”, sendo que “o objetivo é também sensibilizar os decisores, no sentido de tomarem medidas para o prosseguimento imediato das obras do IP2 e para a qualificação do IP8”. As entidades vão, deste modo, renovar o pedido de audiência ao secretário de Estado dos Transportes e Obras Públicas e solicitar ao presidente da Estradas de Portugal que, por escrito, atualize a informação relativa ao processo, bem como sobre as consequências da paralisação das obras. Vão também solicitar uma reunião ao concessionário das Estradas da Planície. A reunião serviu ainda para convidar todas as entidades da região a tomarem posição sobre esta matéria. O envolvimento neste processo dos municípios e entidades do Alentejo Litoral também esteve em discussão. Será ainda, segundo um comunicado de imprensa, lançada uma petição à Assembleia da República, que será entregue até meados de janeiro. As entidades representativas da região admitem, por fim, a hipótese de, caso não haja até final do ano uma resposta clara, promover a realização de novas iniciativas, incluindo uma marcha lenta.


Diário do Alentejo 23 novembro 2012

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Câmara de Castro promove concurso de fotografia

A Câmara Municipal de Castro Verde, através do seu Gabinete de Apoio ao Desenvolvimento, está a promover, entre os dias 24 de novembro e 8 de dezembro, o concurso de fotografia “Castro e o Comércio”. A iniciativa integra uma ação de promoção e valorização do comércio local de Castro Verde, a desenvolver durante a época de Natal, e encontra-se aberto a todos os interessados, profissionais e amadores.

Conversas sobre astronomia em Vidigueira A Câmara Municipal de Vidigueira organiza hoje, sexta-feira, a iniciativa “Conversas sobre Astronomia”, no Centro Multifacetado de Novas Tecnologias de Vidigueira, a partir das 16 horas. Às 17 horas poderá ser observada a lua através de binóculos e telescópios e, a partir das 17 e 45 horas, está agendada a identificação dos pontos cardeais a partir da Estrela Polar, bem como a observação de Júpiter através de telescópios. A iniciativa é dirigida ao público escolar e a todos os interessado no tema. PUB

Parlamento Europeu financia maior radiotelescópio do mundo

Moura vai olhar para os confins do universo Os trabalhos para a instalação das 10 estações de antenas ao maior telescópio do mundo vão arrancar, em Moura, já em janeiro.

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Parlamento Europeu deu luz verde ao financiamento do Square Kilometre Array Telespcope (SKA), o que quer dizer que uma das bases de ensaio do maior radiotelescópio do mundo irá ter morada na Herdade da Contenda, no concelho de Moura. Domingos Barbosa, do Instituto de Telecomunicações, confirmou à revista “Exame Informática” que as verbas necessárias para o início do projeto fazem parte do novo Programa Quadro Europeu e dos investimentos da União Europeia para o período entre 2014 e 2020. Assim, já em janeiro do próximo ano, terão início os trabalhos que permitirão levar a energia elétrica ao local onde, em meados de 2013, arrancará a colocação da dezena de antenas que permitirão visualizar o universo. A escolha de Moura para esta instalação é explicada por Domingos Barbosa por “não haver outro local no nosso continente que tenha tanta exposição solar e tantas condições espetrais favoráveis”. A candidatura agora aprovada é liderada pelo Instituto

de Telecomunicações e pela Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, que assinaram protocolos com a Câmara Municipal de Moura e a Lógica, Empresa Municipal. A Universidade de Lisboa e o Instituto Superior Técnico também se devem associar em breve ao projeto. O orçamento previsto para a instalação e manutenção das antenas durante uma década é de 12 milhões de euros, dos quais já estão assegurados seis milhões provenientes de fundos europeus, o que garante energia elétrica durante três anos. Para além disso, os dinamizadores do projeto esperam que vários laboratórios e empresas portuguesas participem no SKA. Antes, porém, os proponentes da candidatura precisam que a Fundação para a Ciência e Tecnologia aprove uma verba de 100 mil euros para custear o mapeamento do local e a instalação de outros requisitos técnicos. No entanto, Domingos Barbosa disse à “Exame Informática” que “mesmo que não consigamos os 100 mil euros, a vinda da estação de ensaios para o Alentejo não fica ameaçada, mas para as entidades europeias ficará a ideia de que as autoridades e as empresas nacionais não estão interessadas. O que tornará mais difícil a participação nos diferentes projetos científicos”, concluiu.


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Recordar a Beja islâmica, através das coleções arqueológicas do Núcleo Museológico da rua do Sembrano e do Museu Regional de Beja/Núcleo Visigótico, por Abdallah Khawli, é o desafio que se coloca a todos os interessados. A iniciativa acontece amanhã, sábado, pelas 15 horas, junto ao Núcleo Museológico do Sembrano, em Beja.

Diário do Alentejo 23 novembro 2012

Passeios recordam a Beja islâmica

Gerações do cante – Alentejo solidário É este o mote para um espetáculo que a Fundação Inatel, em articulação com as autarquias de Beja, Serpa e Almodôvar, está a apresentar nestas localidades ao abrigo das celebrações do Ano Europeu do Envelhecimento Ativo e da Solidariedade Entre Gerações. Depois da passagem por Beja e Serpa, agora é a vez de Almodôvar receber este encontro de cantares do Alentejo, na quarta-feira, 5.

Concurso da DGArtes abriu com atraso e é parco em fundos para a região

Teatro quase sem rede em 2013 Prometido para setembro último, pelo ex-secretário de Estado da Cultura, o concurso público de apoio à criação artística só esta segunda-feira, 19, foi aberto pela Direção-Geral das Artes. E com valores anunciados que não permitem grandes expetativas por parte dos agentes culturais, pelo menos dos que desenvolvem a sua atividade em território alentejano. No bolo doo apoio quadrienal, bienal e anual, o número os é de máximo de projetos contemplados apenas sete, num montante totall de 470 -se por mil euros, que terá de distribuir-se es plásvárias áreas artísticas: das artes inares, ticas aos cruzamentos disciplinares, úsica. passando pelo teatro, dança e música.

fância, baseado no livro Sonhar ao Longe, dos bejenses Jorge Serafim e José Francisco. A companhia, adianta o ator, conta para já com “uma pequena rede”, que é a própria Câmara Municipal de Serpa, ao abrigo de um acordo, mas sofreu em 2012 “uma redução de perto de 75 por cento” relativamente à venda de espetáculos para as autarquias, que costumava ser “uma grande de financiamento para nós”. Deste modo, se a candidatura à DGArtes não for apro -

vada, “temos que arranjar apoios de outra forma qualquer”. Ideias sobre isso já existem, embora as “garantias sejam poucas”, mas não se pensa em reduzir pessoal, pelo menos para já. A Baal 17 mantém de momento oito postos de trabalho e pretende “aguentar até ao final do ano para perceber se haverá algumas novidades ao nível do panorama nacional”. “Vamos continuar como estávamos, com muito esforço, com alguns cortes, com salários em atraso”, sendo certo, conclui, que,

Texto Carla Ferreira Ilustração Paulo Monteiro

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ntretanto, a Baal 17 (Serpa) pa) e a Lendias d’Encantar (Beja), as duas rito (encompanhias de teatro do distrito tre perto de 20 de todo o País) que assinado, jusram recentemente um comunicado, bertura tamente a denunciar o atraso da abertura ão a dedo concurso de apoio à criação, estão ra 2013, linear o seu plano de atividades para osso praticamente sem rede. “Nós, com o n nosso uiremos o historial, acreditamos que conseguiremos ossa ser efetuar uma candidatura que possa m causa cau ausa aprovada. As quantias que estão em mas, teé que não sabemos. De todas as formas, dade; mos que avançar com a nossa atividade; ultaa não vamos ficar à espera desses resultaara dos para começar a trabalhar”, declara Rui Ramos, da Baal 17, informandoo que a primeira produção do novo ano será um espetáculo para a inPUB

“Mês da Música” arranca em Mértola com Arte das Musas Sete Lágrimas

Ana Mourato leva “Literacia na Primeira Infância” à biblioteca de Castro Verde

A iniciativa “Mês da Música”, da Câmara Municipal de Mértola, arranca amanhã, sábado, dia 24, com o concerto Arte das Musas Sete Lágrimas, no Cineteatro da Mina de São Domingos, pelas 17 horas. Em dezembro os espetáculos terão lugar em Mértola. No dia 1, pelas 21 e 30 horas, o Cineteatro Marques Duque é o palco escolhido para o concerto com Stockholm Lisboa Project, e no dia 21, na Igreja Matriz, pelas 21 e 30 horas, é a vez do concerto de Natal, com Carlos Guilherme, Filipa Lopes e Pedro Vieira de Almeida.

A Biblioteca Municipal Manuel da Fonseca, em Castro Verde, promove hoje, sexta-feira, um workshop com Ana Mourato, sob a temática “Literacia na Primeira Infância”. A ação é dirigida a pais, psicólogos, educadores, bibliotecários, mediadores de leitura, técnicos de educação, entre outros, e tem inscrições limitadas a 25 formandos. No mesmo dia, pelas 17 e 30 horas, o espaço da Bebéteca recebe uma sessão de contos para bebés, entre os 0 e os 36 meses, também dinamizada por Ana Mourato.

sendo “o bolo a ser distribuído tão pequeno, pouco calhará a cada um”. Para a bejense Lendias d’Encantar este apoio direto do Estado seria “fundamental”. Isto porque de momento não pode contar com outras fontes de receita, os casos do subsídio por parte da Câmara de Beja, que continua a “não se pronunciar sobre os apoios ao teatro”, ou a venda de espetáculos aos municípios, “que é irrisória, sofreu uma quebra brutal”, diz Ana Ademar. Ainda que tenha recebido este ano um apoio da fundação EDP, ele dirige-se a um projeto específico (no Estabelecimento Prisional de Beja), faltando a garantia de manutenção da estrutura teatral, em si. E “é para isso que serve a DGArtes”, avisa a atriz, confessando que “será muito complicado sobreviver em 2013”. Entretanto, e porque este “maravilhoso sistema” determina que se tenha um plano de atividades, apesar de toda a precariedade em que assenta, ele está a ser feito com a equipa que existe: três trabalhadores residentes e três estagiários, ao abrigo de um programa de estágios profissionais do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP). Para o ano, pretende-se estrear uma peça para a infância e um espetáculo para o público em geral, com texto de um dramaturgo português; e manter os ciclos “1 Ator, 1 Músico” e “Março em Teatro”. Planos que só serão concretizados, se uma série de “ses” forem cumpridos, concretiza Ana Ademar: “a DGArtes só nos apoia se nós provarmos que vamos conseguir vender um determinado número de espetáculos e que temos o apoio da Câmara Municipal do concelho em que estamos inseridos… É tudo um ‘se’ e às tantas é patético”.


Diário do Alentejo 23 novembro 2012

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Se falo do mercado, é por ser ele, nos tempos modernos, o instrumento por excelência do autêntico, único e insofismável poder realmente digno desse nome que existe no mundo, o poder económico e financeiro transnacional e pluricontinental, esse que não é democrático porque não o elegeu o povo, que não é democrático porque não é regido pelo povo. Ensaio inédito de José Saramago, escrito em abril de 2003 e publicado pelo “Diário de Notícias” a 16 de novembro de 2011

Opinião

O elogio de Salazar e o novo estado velho Marcos Aguiar Licenciado em psicologia

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repugnante que a figura de Salazar volte a ser recorrentemente invocada nos tempos conturbados que vivemos, quase sempre para justificar a bondade das opções de austeridade assumidas pelo atual governo. Dizem alguns, de forma mais ou menos velada, que Salazar era um homem sério – chegou à governança de Portugal de bolsos vazios e partiu de bolsos igualmente vazios. E depois? Sendo válida e relevante esta premissa, terão assim havido muitos milhões de portugueses melhores que Salazar, porque, esses sim, viveram na penúria e nem por isso são hoje recordados como “grandes portugueses”. Defende esta gente que para alcançar o “novo estado” bastaria retroceder 80 anos e aí encontraríamos milagrosamente a solução para todos os nossos problemas – imagine-se! E este ideário retrogrado tem seguidores – muitos seguidores – que perfilham os pressupostos ideológicos e propagandísticos que presidiram à fundação da ditadura que durou meio século. A metamorfose para o “novo estado”, proposta pelo Governo PSD/PP, que assume agora a designação sub-reptícia de “Revisão das Funções Sociais do Estado”, não é mais que o regresso ao Com o objetivo esvaziamento do estado sode promover este cial, à imagem do que Salazar preconizou durante o seu “novo estado velho” chega-se ao longo mandado de miséria, marcado por um conservadoponto de ensaiar rismo hipócrita e perverso, na reescrever a moral e nos costumes, e por História, omitindo, um falso liberalismo econóintencionalmente, mico, proveitoso apenas para meia dúzia de abastados e tráque foi no Estado gico para milhões e milhões Novo, com a de pobres. conivência de Com o objetivo de proSalazar e da Igreja, mover este “novo estado veque “a família” lho” chega-se ao ponto de enencheu as arcas saiar reescrever a História, omitindo, intencionalmente, às custas de uma que foi no Estado Novo, com colossal maioria a conivência de Salazar e da de famintos, Igreja, que “a família” encheu continuando, as arcas às custas de uma cono presente, lossal maioria de famintos, a monopolizar continuando, no presente, a monopolizar a economia naa economia cional – Mello, Espírito Santo, nacional – Mello, Champalimaud, Ulrich, etc. Espírito Santo, –e a viver como se a democraChampalimaud, cia nunca tivesse cá chegado. Ulrich, etc. – e Percebe-se o porquê da “faa viver como se mília” (e da gentinha ridícula que vive na espuma do seus a democracia dias) desejar ardentemente o nunca tivesse regresso a tão desditoso pascá chegado. sado, ainda que, no íntimo, todos saibam perfeitamente

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As autarquias do Alentejo despertaram, em boa hora, umas mais cedo do que outras, para a questão do desenvolvimento económico em cada concelho. Muitas vozes criticam a proliferação de parques industriais, de ninhos de empresas, de incentivos à instalação e à criação de negócios. Mas em pleno epicentro do tornado da crise, estas estão a revelar-se boas medidas. Como esta semana aconteceu em FERREIRA DO ALENTEJO, por exemplo. PB

Discutamo-la [a democracia] a todas as horas, discutamo-la em todos os foros, porque, se não o fizermos a tempo, se não descobrirmos a maneira de a reinventar, sim, de a re-inventar, não será só a democracia que se perderá, também se perderá a esperança de ver um dia respeitados neste infeliz planeta os direitos humanos. E esse seria o grande fracasso da nossa época, o sinal da traição que marcaria para todo o sempre o rosto da humanidade que agora somos. Ensaio inédito de José Saramago, escrito em abril de 2003 e publicado pelo “Diário de Notícias” a 16 de novembro de 2011

que tal não garantiria, como defendem publicamente, o fim da corrupção, da injustiça ou da apregoada “crise de valores” – bem pelo contrário! Tenham vergonha na cara, sejam corajosos (nem que seja só por uma vez na vida), assumam-se e digam: não acreditamos na democracia! Sim, somos antidemocratas e não sociais-democratas ou democratas-cristãos! O próprio Salazar, que vocês tanto admiram, nunca teve qualquer problema em assumir-se e, por isso, até ele (que a terra lhe seja pesada), consegue ser menos mau que vocês – cobardes!

O des-bloco da esquerda José Carlos Albino Agente de desenvolvimento local

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omo é possível que o novo partido que nasceu para unir a esquerda, nos duríssimos tempos atuais, o queira fazer apenas na base das suas posições e orientações, enquanto verdades absolutas, sendo que “os outros” só tem que a eles se juntar ? Diálogo de ideias diversas e divergentes para encontrar um caminho que “salve o País”, está fora de questão, pois quem não defende as verdades do Bloco não interessa. Compromissos programáticos para o futuro, imediato e de curto ou médio prazo, nem pensar. O programa já está feito – expulsar a troika, com um governo da “sua esquerda”. Sendo que esse governo responderá a todos os anseios e necessidades das pessoas, comunidades e grupos sociais atingidos pelas austeridades impostas pela troika. O Governo de Passos & Portas apenas obedece e só cairá quando nos livrarmos do FMI, da UE e do BCE. E alternativas aparecerão. Suponho que a esmagadora maioria das pessoas que fazem o país real, não acreditam neste milagre, nem na fé que o inspirará. Assim sendo, os bloquistas e seguidores auto-excluem-se duma solução realizável para Portugal, na Europa de que hoje somos parte. Mas pior: farão excluir algumas forças sociais necessárias para um caminho de superação da profunda crise em que vivemos. Felizmente um quarto dos delegados da Convenção do BE não apadrinham esta via, sendo que a questão da liderança bicéfala é um problema menor, embora o mais popularizado. Considerando que todos os democratas progressistas, centrados à esquerda, têm que saber aprender uns com os outros, passando, principalmente, pelos partidos e movimentos em que muitos se integram, faço votos para que o Bloco ainda mude ou as pessoas o façam mudar. “Donos da verdade” é o que menos precisamos nesta dura encruzilhada. Sabendo que o caminho é difícil e estreito, apenas “sei que não vou por aí”, ou seja, nem pelo empobrecimento das austeridades ultra liberais do Governo, nem pelo “rasgar do memorando com a troika”, sem alternativas para cumprir com as obrigações do Estado para com as pessoas. Unir, afirmar e mobilizar todos os democratas progressistas para um programa e forte liderança de convergência exige-se! Pois, só com um muito amplo “bloco social e político” venceremos as adversidades em presença, renegociando com firmeza responsável o memorando, no quadro dum combate por uma União Europeia solidária e democrática.

Vinculação de professores Francisco Marques Músico

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ive conhecimento na passada semana de alguns pressupostos que o Ministério da Educação e Ciência quer que venham a balizar o concurso extraordinário de vinculação de professores e, infelizmente, mais uma vez, não fiquei surpreendido. Porém, por mais paradoxal que possa parecer, também não posso dizer que fiquei desiludido. Na verdade, isso só podia acontecer se alguma vez tivesse pensado que o documento que ia servir de base ao concurso ia ser um documento justo e pretendia resolver a sério um problema. Mas, vejamos apenas alguns aspetos que me parecem poder classificar-se como incongruentes, sem consistência, e que me levam a ficar perplexo ao ponto de entender que devia partilhar com todos os leitores estas palavras. Comecemos por abordar o critério de que para concorrer é necessário ter 3 600 dias de trabalho no ensino básico e secundário. Mas é possível haver alguém que trabalha há 3 600 dias (cerca de 10 anos) para o mesmo patrão que ainda não tenha um vínculo à entidade empregadora? Mas ainda sobre este requisito é importante destacar que esse tempo tem que ser prestado no ensino básico e secundário. Será possível que o tempo de trabalho letivo prestado noutro nível de ensino, como por exemplo no ensino superior, não releve para essa contagem de tempo de serviço? Outro aspeto que merece ser mencionado prende-se com o facto de qualquer docente que pretenda ser opositor a este concurso tem que concorrer obrigatoriamente a nível nacional. Para além de me parecer que isto só revela a falta de dignidade com que estas políticas sem nexo têm olhado para o sistema de ensino, ainda se pode acrescentar que esta obrigação põe em evidência a precaridade com que infelizComecemos mente estes docentes se debatem por abordar o ano após ano, sem saber onde vão critério de que ficar colocados e sempre à espera para concorrer do ano em que o seu nome surja na lista dos “não colocados”. é necessário Entre muitos outros pontos ter 3 600 dias que me parecem de uma total de trabalho no falta de respeito por estes profisensino básico sionais, de quem o Ministério se e secundário. tem vindo a servir ao longo desMas é possível tes anos, sem mostrar a mínima haver alguém que consideração pelo seu trabalho, quero ainda salientar a desvaloritrabalha há 3 600 zação e a falta de reconhecimento dias (cerca de pelas suas capacidades e conhe10 anos) para o cimentos, ao não ter em conta o mesmo patrão que tempo de serviço que exige para ainda não tenha um concorrer como tempo de serviço vínculo à entidade para progressão na carreia àqueles que porventura conseguissem empregadora? ficar vinculados. Penso que está na hora de se alterar esta forma de pensar e se opte por outras políticas educativas que ajudem a fazer da escola uma escola melhor.


A Associação de Municípios Portuguese do Vinho elegeu VIDIGUEIRA como Cidade do Vinho 2013. Uma boa notícia para o Alentejo, para a região a que Fialho de Almeida apelidou de “país das uvas”, para um setor que, a nível regional, continua a criar riqueza como poucos outros o conseguem. Em 2013, Vidigueira é oficializada como a capital do vinho em Portugal, título que há muitos anos detêm por mérito próprio. PB

Há 50 anos Homenagem a um ilustre matemático de Mértola

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edição de 20 de novembro de 1962 abria com a notícia de uma “Homenagem póstuma a um ilustre alentejano”, acompanhada (o que era raro) de uma foto do homenageado, o matemático Aureliano Mira Fernandes. Ora leiam: “Na Academia de Ciências de Lisboa, em cerimónia que se revestiu da mais alta solenidade e expressão, foi recentemente feito o elogio histórico de um ilustre professor daquele estabelecimento, que, no ramo sempre difícil da Matemática, granjeou uma invulgar projecção internacional, mercê de profundos trabalhos de investigação em tão alta ciência. Prestou-se homenagem póstuma à figura do Prof. Aureliano Mira Fernandes e honrou-se, assim, o Baixo-Alentejo, pois o grande matemático nasceu na Mina de S. Domingos. É justo, portanto, que se dê aqui o devido relevo ao acto. Encarregou-se do elogio histórico de Mira Fernandes o sr. Prof. José Francisco Ramos Costa, director da Faculdade de Ciências de Lisboa, que descreveu a sua vida de estudante, referindo-se à sua brilhante carreira como tal, carreira que terminou pela obtenção sucessiva dos graus de bacharel, licenciado e doutor em Ciências Matemáticas pela Universidade de Coimbra, tendo alcançado em todos eles a classificação máxima de muito bom e louvor com 20 valores, o que constitui uma excepção tão rara como honrosa. Lembrou, depois, as homenagens de que, em vida, foi alvo o Prof. Mira Fernandes, e que constituíram a prova irrefutável de prestígio que aureolou a sua figura, e referiu, a seguir, a sua notável produção científica como investigador de altos méritos, aludindo a várias das suas descobertas no campo da Matemática, citadas sempre com merecidos encómios em grande número de revistas científicas quer nacionais, quer estrangeiras, com os mais lisonjeiros comentários de professores altamente cotados. A propósito de tais referências afirmou: ‘Quando um homem ilustra o seu nome pela inteligência e pelo saber fazendo passar para além fronteiras o seu prestígio, já se não pertence a si mas à sua Pátria’”. O autor do artigo evidenciou depois outras facetas do matemático alentejano – como por exemplo a de “cultor de belas letras” – e termina com uma sugestão: “E a talhe de foice poderemos relembrar agora uma tentativa frustrada de erigir ao ilustre cientista um busto na sua terra natal. Não seria boa oportunidade reacender novamente tão louvável intento? Mira Fernandes, como homem bom e como figura ilustre das Ciências, plenamente o justifica.” Carlos Lopes Pereira

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Um país sem CULTURA é um país sem alma, desenraizado, pobre. Portugal é hoje o reflexo desse desalento cultural. Muitos dirão que existem necessidades muitíssimo mais prementes que a cultura. E terão razão, em parte. Mas a cultura, os agentes culturais, os criadores, são o alimento indispensável para qualquer democracia crítica e informada. PB

15 Diário do Alentejo 23 novembro 2012

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O sistema de organização social que até aqui temos designado como democrático tornou-se cada vez mais numa plutocracia (governo dos ricos) e cada vez menos uma democracia (governo do povo). É impossível negar que a massa oceânica dos pobres deste mundo, sendo geralmente chamada a eleger, não é nunca chamada a governar (os pobres nunca votariam num partido de pobres porque um partido de pobres não teria nada para prometer-lhes) Ensaio inédito de José Saramago, escrito em abril de 2003 e publicado pelo “Diário de Notícias” a 16 de novembro de 2011

Cartas ao diretor o salto bastante pontiagudo facilmente As obras fica preso na terra. Entretanto as obras prosseguem nem nas Portas rápida nem lentamente, mas na mesma medida em que estes pasmacentos dias de Mértola outonais vão encurtando e se aproxima outra avaliação da troika. Manuel Dias Horta Beja

É através da refulgente vidraça do imutável e velhinho Luiz da Rocha, na parte em que esta mais se debruça sobre a rua, que se pode observar, com rara nitidez, não só a rua mas também as pessoas que nela circulam e ainda pitorescos e hilariantes episódios que as obras proporcionam: A terra que se retira dos buracos é preciso removê-la para qualquer lado, não o podendo fazer para o céu, porque este, agora, não quer nada com a terra, então fica ao lado de onde saiu, impedindo de, em movimento, se cruzarem dois transeuntes, caso contrário ficam frente a frente a jogarem ao cu-cu-trás-trás e foi assim que, num destes dias, um cavalheiro de modos grosseiros, talvez um montanhês ou um aldeão, ao não dar a prioridade à senhora, provocou o seu desequilíbrio, deixando-a sentada num monte de terra. Com a violência do impacto provocado por aquele bruto, que entretanto havia desaparecido, abriu-se a mala que a senhora dependurava no braço, ficando expostos à curiosidade pública objetos íntimos ou não que a dita mala continha. Este incidente, mais tarde, relatado por um habitual cliente do Luiz da Rocha que ao ver aquele ajuntamento lá foi meter o bedelho, deu azo a violentas críticas por parte do citado cliente, por a senhora apenas enaltecer a saia, que era a primeira vez que a vestia, que a tinha comprado em Évora num estabelecimento de marca, que tinha custado 30 euros. Esquecendo-se o relator que aquele era lugar impróprio para avaliação de previsíveis danos no arredondado traseiro da senhora. Terminou o imbróglio com a intervenção de um outro cavalheiro que por ali passava. Este sim, protetor e defensor de damas e donzelas e das suas fraquezas! Gentilmente pediu à senhora que lhe estendesse as mãos que entremeou nas suas e num movimento de extrema doçura e rara suavidade arrancou a senhora àquele deprimente espetáculo e devolveu-a à vertical que juntamente com a verticalidade produz o talento nacional. Aliás, são as senhoras as maiores vítimas destas obras. É frequente vê-las passar com um sapato na mão e outro no pé, em virtude do modelo, agora usado, nada ter que o fixe ao peito do pé e sendo

compadres e comadres, em que não nos envergonhamos de viver numa das regiões menos privilegiadas, pela forma como têm governado o nosso Portugal. Nós ficamos por cá e lutamos cada dia, por uma qualidade de vida melhor, nunca nos importámos com epítetos sociais e rótulos marginais de quem desconhecia o Portugal do dia de hoje. Isto é só o dia de hoje, no dia de amanhã ensina-me a minha experiência de vida que isto tende a melhorar, para isso tenho de ficar em Portugal, de preferência no meu Alentejo.

Não é boa educação fugir à responsabilidade Hotel São Domingos Eu vivi e vivo numa das regiões menos Eduardo Franco Beja

privilegiadas pela forma como se tem governado Portugal. Este é o meu Alentejo. E por aqui andei, muito do tempo da minha vida, até esta idade de 35 anos. (…) Perguntei-me, por muitas vezes, como uma boa parte desta minha gente conseguia ter uma qualidade de vida, em que só a minha por vezes se conseguia equiparar num belo de um par de sapatos. A minha mãe sempre trabalhou para garantir pelo menos comida na mesa e para o filho andar bem calçado. Ter um par de sapatos pode parecer até chato para uma criança, mas eu era feliz! E não é que sou um adulto feliz! Sou da geração que também teve um cubo de Rubik. Caríssimo! Recordam-se? Sim, tive um, não tive dois. Ao dia de hoje agradeço à minha mãe por ter tido a inteligência e a consciência social na forma como me educou e de poder acreditar no que aqui vos escrevo, meus amigos. Usaste o tempo nessa mais que obrigação, uma necessidade profética, em que, como tu, outros pais também o fizeram. Não creio que estejam arrependidos de não terem acreditado no milagre da multiplicação do dinheiro, que muitos faziam crer, enquanto se ordenhava nas tetas da União Europeia e dos seus gestores. E da consequência da ordenha, sempre pagaste o leite que eu bebi, até o achocolatado, mas não fazíamos disso bandeira do Estado e governo da nossa casa. Tu sempre pagaste, enquanto muitos não se preocupavam o porque do que recebiam e quando o teriam que pagar. Eram tempos em que não se dava muita relevância ao carma da economia nacional. E assim, mãe, vivemos felizes no nosso Alentejo. Tal como alguns dos nossos

António Bento Martins Mina de São Domingos

Conforme podemos ler no “DA” de 12 de outubro, vai a empresa La Sabina, a herdeira da Mina de São Domingos, avançar com um processo de insolvência que levará ao desemprego os 11 funcionários da “unidade hoteleira”, que resultou da reconversão do antigo palácio que foi sede da empresa exploradora das minas, a designada Mason & Barry, Lda, por mais de 150 anos, segundo consta. O presidente da câmara diz que dispõe de “poucas informações e que se sente preocupado por causa dos trabalhadores que vão ficar no desemprego”. Mas, então, sendo um processo de insolvência significa, desde logo, que a empresa poderá fechar, devido aos prejuízos da época baixa, naturalmente. Quererá isto dizer que na época alta haverá lucros suficientes para compensar os ditos prejuízos! Neste caso, seria uma questão de gestão e, assim, tomar medidas mais adequadas de regime de inverno: menores salários, horários de trabalho, tarifas mais acessíveis aos utentes… Parece ser verdade que existem boas relações entre a empresa La Sabina e a autarquia de Mértola; logo, talvez se possa exigir que as duas entidades, tal como tem acontecido em circunstâncias diversas no passado, encontrem uma solução possível de evitar o desemprego aos funcionários em causa e, portanto, as consequências daí resultantes para eles e suas respetivas famílias, num meio tão escasso de trabalho como é, infelizmente, o concelho de Mértola, com incidência em particular na Mina de São Domingos e sua freguesia de Corte do Pinto! Quem não se lembra do enorme drama da paragem das minas, cujos autores, a empresa Mason e a própria La Sabina, lançaram em profunda crise toda uma população trabalhadora de mais de 3 000 almas ainda, nos dias de hoje, não totalmente recuperada?


16 Diário do Alentejo 23 novembro 2012

A nova morada é uma oportunidade de “crescerem nas autonomias, porque aqui fazem um pouco de tudo. Visitas, colónias de férias e os mais autónomos até vão a bares, jantares, festas”. José Hilário Mendes

Reportagem

O segundo lar-residência da Cercibeja abre na segunda-feira, 26

Mais um passo para a autonomia Dez jovens adultos com deficiência mental vão passar a ter uma nova casa, a partir de segunda-feira, o segundo edifício do lar-residência “Vidas Coloridas”, da Cooperativa de Educação e Reabilitação de Cidadãos Inadaptados de Beja. Ou Cercibeja, como vulgar-

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arlos Pratas, 26 anos, é já um trabalhador efetivo há quatro anos e está prestes a acrescentar mais um passo no caminho de uma crescente autonomia. Fomos interrompê-lo nas tarefas que desempenha na herdade do Monte Novo e Figueirinha, onde se produz vinho e azeite junto a São Brissos, a escassos quilómetros de Beja. Envergonha-se, esconde a cara a sorrir, mas assim que nos encara já não volta atrás. Menciona a Cercibeja várias vezes. Não se esquece que foi através da instituição, sob o regime de formação em posto de trabalho, que encontrou um meio de sustento e de independência. “Lavo os depósitos, faço paletes, faço qualquer coisa que aparecer”, descreve, e lembra que esteve ali por um ano, a “estagiar”, até o “patrão” se ter decidido pela sua integração. “Gostou de mim e fiquei cá, meteu-me aqui efetivo”, orgulha-se. Em breve, já na próxima segunda-feira, 26, vai ocupar uma casa nova mas não quer assumir nervosismos, embora lhe seja difícil disfarçar alguma tensão. “Vou estranhar um pouco, mas isso depois passa”, declara. É um dos 10

mente é conhecida. Esquecendo a nomenclatura oficial, o que a instituição pretende é que estes homens e mulheres tenham ali a sua “casa” e façam deste lugar seguro um ponto de partida para a autonomia. Que nem sempre significa ter um trabalho lá fora, mas que também pode passar por aí. Texto Carla Ferreira Fotos José Ferrolho

primeiros moradores do segundo edifício do lar-residência “Vidas Coloridas”, da Cercibeja, que abre portas cinco anos passados após a inauguração do primeiro, ocupando um espaço contíguo (na rua Mário Castrim). Carlos já lá esteve em visita e também já sabe com quem vai partilhar o quarto. “É bom, é ótimo”, comenta, acrescentando que desta é que vai ser. Vive atualmente na casa de um irmão e depois de ter rejeitado a primeira oportunidade de viver em regime de lar-residência, por causa de “uma namorada que me meteu coisas na cabeça”, conta num sorriso envergonhado, reconhece agora que lá estará “melhor”. O novo edifício, que representou um investimento de 838 mil euros, comparticipado (a 85 por cento até aos 636 mil euros) por

fundos comunitários, é claramente um upgrade do primeiro. José Hilário Mendes, presidente da direção da instituição, compara-o a “um hotel de quatro ou cinco estrelas” face ao anterior, “que podemos considerar um hotel de três estrelas”. “É assim a evolução dos tempos, com certeza que se amanhã fizermos outro será ainda melhor”, concretiza, enquanto vai mostrando os quartos já equipados com mobiliário e roupa de cama e onde até já se alinham, nas cabeceiras, fotografias emolduradas da história de vida dos seus futuros ocupantes. Os quartos, entre individuais e duplos, exibem à porta o número das camas, como forma de controlar o tratamento da roupa, na lavandaria, garantindo que não se misture. Ali não há distribuição indiscriminada de

lençóis, como acontece nos hospitais. Cada um mantém a sua própria roupa de cama, o que é bem o espelho do “conceito de lar que temos, que é diferente”, explica o responsável: “A nomenclatura tem que ser a de lar mas isto é a casa deles”. E, como em casa, também se lhes pede que participem na manutenção do edifício, despejando o lixo, lavando a loiça, pondo a mesa. Para os jovens adultos que agora entram, a maior parte originários do concelho de Beja – uma obrigatoriedade do próprio projeto – com idades entre os 18 e os 42 anos e portadores de deficiência mental “ligeira a moderada”, a nova morada é uma oportunidade de “crescerem nas autonomias, porque aqui fazem um pouco de tudo. Visitas, colónias de férias e os mais autónomos

até vão a bares, jantares, festas”. Para os pais e outros familiares, por seu turno, é uma garantia de que podem ficar descansados, aconteça o que acontecer. “É um alívio para o coração: se eu amanhã já cá não estiver, tenho um sítio onde o meu filho pode ficar”, resume José Hilário Mendes, enquanto traça um breve perfil dos “clientes” do lar-residência “Vidas Coloridas”: “estamos a falar de famílias carenciadas, de utentes sem família, e de clientes de outras instituições, cuja resposta para a sua deficiência não é a indicada”. O novo lar-residência abre com uma capacidade para 20 utentes, apenas metade deles comparticipados pela Segurança Social, apesar de o pedido de acordo original ter contemplado a totalidade das camas. O que significa que, de momento, a CerciBeja terá que ocupar as restantes “extra-acordo com a Segurança Social”, tentando encontrar jovens cujas famílias tenham disponibilidade financeira para custear, na íntegra, “os cerca de mil euros mensais” associados. Uma verba que deriva, explica o responsável, “de um encargo enorme com pessoal, para cumprir a legislação vigente.

Raul Brandão

Carlos Pratas “Vou estranhar um pouco [a nova casa] mas isso depois passa”

Fábio Chaminé Na Casa Pia “há muito tempo”, vai agora estrear novo quarto no “Vidas Coloridas”


Diário do Alentejo 23 novembro 2012

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Vidas Coloridas Os dois edifícios ficam irmanados na rua Mário Castrim

Temos que contratar sempre uma pessoa por cada dois clientes”. Com a abertura do segundo lar, a instituição passa a contar com um total de 56 trabalhadores. Ao lado, no edifício n.º1, os moradores pioneiros já tomaram o pequeno-almoço e tudo está a postos para entrar na carrinha da instituição rumo à quinta, onde, mal começa a estrada para Évora, a Cercibeja tem sediados os seus serviços e valências. Segunda-feira é dia de atividades desportivas. Paula Graça, 38 anos, aparece de fato treino e sapatilhas e explica por que razão José Hilário Mendes lhe chama a “mulher da casa”. É que, dos 18 utentes, ela é a que mais tempo dedica às tarefas domésticas, por vocação, por gosto, e também por jeito. “Ajudo na limpeza, a fazer as camas, a varrer o chão, a limpar os quartos”, descreve, com brio, e conta que vivia na Fundação Manuel Gerardo de Sousa e Castro, uma instituição

Oferta de lares-residência é bastante lacónica no distrito

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restes a completar cinco anos, o primeiro edifício do lar-residência “Vidas Coloridas”, com uma capacidade de apenas 18 camas, fez aumentar, só por si, “a oferta de camas no Alentejo em 50 por cento”, lembra José Hilário Mendes, presidente da direção da Cercibeja, para ilustrar a lacuna existente nesta área. Concretamente, quando foi feito o projeto para o segundo edifício, “havia cerca de 90 clientes sinalizados. Hoje, depois de atualizadas as inscrições, ainda restam 65”, adianta. O que está em causa é a impossibilidade de manter o apoio familiar a estes jovens com deficiência, quando os pais falecem ou se tornam incapazes, por velhice ou por doença. É aí que entra a Cercibeja: “Queremos que sejam adultos autónomos, mas sempre com a nossa supervisão, a nossa ajuda. Têm as suas limitações. Estamos a falar da gestão deles próprios, ao nível do dinheiro, da higiene pessoal ou do saber estar com o outro, por exemplo”. O próximo projeto da instituição bejense deverá localizar-se em Mértola, onde se vislumbra a abertura de um Centro de Atividades Ocupacionais (CAO), fruto de um estudo da própria autarquia local e da rede social do concelho, que deu conta de “uma série de jovens sinalizados, com deficiência e sem resposta adequada”. O CAO de Mértola seria assim uma alternativa viável a deslocações diárias até às instalações da Cerci, em Beja. A Câmara disponibilizará o espaço e o projeto de arquitetura, garante José Hilário Mendes, que diz estar agora a analisar opções de financiamento. CF

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“de pessoas carenciadas que não podem estar com as famílias”. Está no primeiro lar-residência praticamente desde que ele abriu portas e confessa que, apesar das “boas recordações do colégio”, estar ali “é muito melhor”. Divide o quarto com uma colega e não esconde o entusiasmo pela chegada dos “novos vizinhos”, alguns deles já conhecidos. Também Patrício Rosa, 25 anos, que gosta de trabalhar na horta da quinta, porque pode “ver as coisas a nascerem”, se mostra agradado com os novos moradores. “É mais uma companhia”, confessa o antigo morador da Casa do Estudante que sonha com um “trabalho”, se possível, especifica, “num café, a servir às mesas”. E é também na horta, junto às laranjeiras carregadas, que paramos à conversa com Fábio Chaminé, nada mais, nada menos do que o futuro comparsa de quarto de Carlos Pratas, funcionário da sociedade agrícola Monte Novo e Figueirinha. Com 18 anos, vive atualmente na Casa Pia, onde se encontra “há muito tempo”, explica, evasivo, e o que mais deseja neste novo capítulo de vida é ter oportunidade de regressar ao estádio da Luz, em Lisboa. “Sou do Benfica e gostava de lá ir outra vez”. De resto, pouco dado a pormenores práticos – data de entrada, condições do quarto e por aí em diante – vive o presente e parece desfrutá-lo bem. Perguntamos-lhe o que prefere, entre o trabalho na horta e a sala de aula, onde aprende algumas noções de matemática e de língua portuguesa. Eis a resposta: “gosto mais de jogar à bola e de namorar”.


Nacional da 3.ª divisão em andebol amanhã

Diário do Alentejo 23 novembro 2012

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Realiza-se amanhã, sábado, a 8.ª jornada do Nacional de Andebol da 3.ª Divisão, com esse grande jogo a disputar na vila do Redondo, entre o atual líder e a Zona Azul, de Beja, 2.º classificado. Da ronda anterior vem um triunfo folgado dos bejenses sobre o Costa D’Oiro (39/13). O CCP Serpa joga em casa com o Lagoa, vindo de um bom triunfo no recinto dos Olhanenses (24/26). Depois da derrota em Lagoa (36/18), o A.C.Sines recebe amanhã o Náutico do Guadiana.

Desporto

Futebol juvenil

20.º Crosse dos Cavaleiros Os atletas Carlos Silva e Mónica Rosa, ambos do Sporting Clube de Portugal, venceram as principais provas da 20.ª edição do Crosse dos Cavaleiros de Vale de Santiago, prova organizada pelo Núcleo Desportivo e Cultural de Odemira, com o apoio do Município local e da Associação de Atletismo de Beja.

Uma Taça surpreendentemente cheia com a revolta dos humildes

Um brinde ao futebol de segunda A 1.ª eliminatória da Taça Distrito de Beja já provocou estragos em algumas das equipas com eventuais aspirações, nomeadamente o Serpa, detentor do troféu. Texto Firmino Paixão

A

Taça Distrito de Beja contou, esta época, apenas, com as equipas da 1.ª Divisão e, logo à primeira, caíram o Almodôvar (derrota pesada na Amareleja), o Milfontes (tombou em casa com o São Marcos, na lotaria das grandes penalidades), o Serpa (perdeu em Cabeça Gorda) e o Odemirense (derrotado em casa pelo Piense). Triunfo normal do Aldenovense, em casa, e do Sporting de Cuba, em Mértola.

Ao Rosairense e ao Desportivo de Beja (isentos desta eliminatória) vão juntar-se os vencedores da semana, entre eles, quatro clubes que, na época anterior, estavam na 2.ª Divisão. Resultados da eliminatória: Odemirense-Piense, 0-1 (ap); AmarelejenseAlmodôvar, 4-1; Aldenovense-B.ºConceição, 2-1; Guadiana-Sporting Cuba, 2-3 (ap); Milfontes-São Marcos (1-1, 2-3 gp); Cabeça Gorda-Serpa, 3-1.

Vasco da Gama e Aljustrelense em casa no regresso da 3.ª Divisão

Que pontos tão preciosos

N

uma altura em que todos os pontos são ouro para as três equipas que estão na segunda metade da tabela, vem aí mais uma ronda complicada. O Vasco da Gama fica na Vidigueira para receber o Sesimbra, o Aljustrelense joga em casa com o Lusitano de Vila Real de Santo António. Dois jogos de elevada dificuldade,

apenas, superável pelo facto de atuarem junto do seu público, o que é sempre fator de superação emocional. E os três pontos serão determinantes para ambas as equipas, no sentido de ultrapassarem a barreira do sexto lugar, independentemente das diferentes aspirações de cada um. O Castrense tem uma saída difícil para Reguengos, mas a equipa tem alternado

bons e maus momentos (e lembramo-nos do inesperado triunfo em Lagoa) pelo que não será nenhum escândalo regressarem a Castro Verde com pontos. O Moura tem uma descida para Lagos, adversário que lhe morde os calcanhares, com menos um ponto, pelo que será inevitável pontuar no barlavento algarvio. Firmino Paixão

Pesca Desportiva

Resultados da jornada do Distrital da A.F.Beja: Ferreirense-IP Beja, 7-0; Luzerna-Vasco Gama, 4-5; Safara-NS Moura, 0-8; BarrancosVila Ruiva, 4-1; AlmodovarenseADVNS Bento, 5-4; BaroniaAlcoforado, 7-1. Folgou o desportivo Beja. Líder: Ferreirense, 16 pontos.

Campeonato Distrital de Iniciados (5.ª jornada): Ourique-Vasco Gama, 2-1; Amarelejense -Serpa, 1-0; Odemirense-Milfontes, 4-1; B.º Conceição-Moura, 1-4; Rio Moinhos-Guadiana, 3-1. Folgaram Despertar e Sporting de Cuba. Líder: Odemirense, 15 pontos. Próxima jornada (25/11): Serpa-Ourique; Milfontes-Amarelejense; Moura-Odemirense; Guadiana-Despertar; Sporting Cuba-Rio Moinhos. Folgam: B.º Conceição e Vasco Gama. Taça Armando Nascimento Juvenis (3.ª jornada): Castrense-Despertar, 5-1; Serpa-Aljustrelense, 5-1; Almodôvar-Moura, 3-2. Folgou o Desportivo de Beja. Líder: Castrense, 9 pontos. Próxima jornada (25/11): Despertar-Serpa; Desportivo Beja-Castrense; Aljustrelense-Moura. Folga o Almodôvar.

Campeonato Distrital de Seniores Femininos (5.ª jornada): Odemirense-Serpa, 5-1; CB Almodôvar-Ourique, 0-7; Almansor-Vasco Gama (adiado 24/11). Folga a CB Castro Verde. Líder: CB Castro Verde, 10 pontos. Próxima jornada (1/12): Serpa-CB Castro Verde; Ourique-Odemirense; Vasco Gama-CB Almodôvar. Folga o Almansor.

Hóquei em Patins

Futsal

Campeonato Distrital de Infantis (6.ª jornada): Série A – Vasco Gama-Desportivo Beja, 4-3; NS Beja-Ferreirense, 0-2; Sporting Cuba -Alvorada, 10-0; Alvito-B.º Conceição, 9-1. Folgou o Despertar A. Líder: Despertar A, 15 pontos. Próxima jornada (24/11): B.º Conceição-Vasco da Gama; Desportivo Beja-NS Beja; Ferreirense-Sporting Cuba; Alvorada-Despertar A. Folga o Alvito. Série B – Amarelejense-CB Beja, 12-0; Operário-Moura, 1-8; Aldenovense-Serpa, 2-4; Guadiana-Despertar B, 4-3. Folgou o Piense. Líder: Amarelejense, 18 pontos. Próxima jornada (24/11): Despertar B-Amarelejense; CB Beja-Operário; Moura-Aldenovense; Serpa-Piense. Folga o Guadiana. Série C – Aljustrelense-Almodôvar, 0-4; Renascente-Odemirense, 0-4; Milfontes A-Boavista, 0-6; Milfontes B-Castrense B, 10-1. Folgou o Castrense A. Líder: Odemirense, 15 pontos. Próxima jornada (24/11): Castrense B-Aljustrelense; Almodôvar-Renascente; Odemirense-Milfontes A; Boavista-Castrense A. Folga o Milfontes B.

Campeonato Distrital de Juniores (4.ª jornada): Despertar-Desportivo Beja, 6-1; Vasco Gama-Sobral da Adiça, 6-1; Cabeça Gorda-Odemirense, 1-3; Aldenovense-Castrense, 2-0. Líder: Odemirense, 10 pontos. Próxima jornada (24/11): Castrense-Despertar; Desportivo Beja-Vasco Gama; Sobral da Adiça-Cabeça Gorda; Odemirense-Aldenovense.

A XX Gala dos Campeões da Associação Regional do Baixo Alentejo de Pesca Desportivas realiza-se no domingo, dia 25, pelas 10 horas, no Pavilhão Multiusos da cidade de Serpa. A distinção dos campeões da época 2012 será antecedida de um passeio turístico pelo concelho e almoço de confraternização.

O Hóquei de Santiago e o Castrense jogam amanhã em Santiago do Cacém a 7.ª jornada do Nacional da 3.ª Divisão. Na ronda anterior o Castrense perdeu em casa com o Boliqueime (5/6) e o Santiago foi goleado em Estremoz (11/5). Na 2.ª Divisão joga-se a 8.ª jornada, em que o Vasco da Gama de Sines recebe o Campo de Ourique e o Grândola joga em Sintra. Na ronda anterior o Grândola bateu o Vasco da Gama por 5/2.

Campeonato Distrital de Benjamins (6.ª jornada): Série A – Ferreirense A-Aljustrelense, 2-2; Desportivo de Beja-Despertar A, 0-12; Alvito-Vasco Gama, 1-9; Figueirense-Sporting Cuba, 2-8. Folgou o B.º Conceição. Líder: Ferreirense, 14 pontos. Próxima jornada (24/11): Sporting Cuba-Ferrei rense A; Aljustrelense-Desportivo Beja; Despertar A-Alvito; Vasco Gama-B.º Conceição. Folga o Figueirense. Série B – Despertar B-Piense, 1-2; Sobral da Adiça-Ferreirense B, 0-7; CB Beja-Santo Aleixo, 1-16; Moura-Serpa, 0-3. Folgou o NS Beja. Líder: Santo Aleixo, 18 pontos. Próxima jornada (24/11): Serpa-Despertar B; Piense-Sobral da Adiça; Ferreirense B-CB Beja; NS Beja-Moura. Folga o Santo Aleixo. Série C – Odemirense-Rosairense, 18-0; Almodôvar-Castrense, 0-5; São Marcos-Ourique, 2-2; Milfontes A-Renascente, 0-2; Boavista-Milfontes B, 1-15. Líder: Odemirense, 16 pontos. Próxima jornada (24/11): Milfontes B-Odemirense; Rosairense-Almodôvar; Castrense-São Marcos; Ourique-Milfontes A; Renascente -Boavista.

Distritalão Desportivo de Almodôvar é o líder isolado

O “Distritalão” regressa com feridas da taça

Um derby no Rio Mira

É

um líder ferido, pelo prematuro afastamento da Taça Distrito de Beja, aquele que se apresentará no José Agostinho de Matos, para medir forças com um motivado “Ferróbico”, que também ajudou o Serpa a fazer as malas da mesma prova. Numa ronda de jogos de elevado quilate, brilha intensamente o derby entre o Milfontes e o Odemirense. O Serpa vai curar as feridas no pelado do Rosairense, o Aldenovense estará em São Marcos a debater-se contra o crescente rendimento dos locais,

que eliminaram o Milfontes, e o Amarelejense, em Beja mostrará ao Bairro da Conceição os argumentos com que goleou o Almodôvar. O Piense terá pela frente um Sporting de Cuba difícil e o Desportivo de Beja com um teste difícil em Mértola, que o Guadiana vai querer ganhar. O campeonato é liderado pelo Almodôvar, com uma vantagem de quatro pontos sobre o Serpa e cinco sobre o Piense, mas a jornada é prometedora em termos de acertos, numa tabela em cujo rodapé se situa o Guadiana de Mértola.FP

Campeonato Nacional de Iniciados (11.ª jornada): Odiáxere-Desportivo Beja, 3-0; Despertar-V.Setúbal, 1-2. Líder: V.Setúbal, 30 pontos. 7.º Despertar, 10. 9.º Desportivo Beja, 4. Próxima jornada (25/11): São Luís-Desportivo Beja; Despertar-Odiáxere. Campeonato Nacional de Juvenis (11.ª jornada): Despertar-BM Almada, 1-1; Louletano -Odemirense, 5-0. Líder: V.Setúbal, 25 pontos. 9.º Odemirense, 5. 10.º Despertar, 4. Próxima jornada (25/11): Odemirense-V.Setúbal; C.Piedade -Despertar. Campeonato Nacional de Juniores (10.ª jornada): BM Almada-Moura, 1-0. Líder: Oeiras, 30 pontos. Próxima Jornada (24/11): Moura-Lusitano VRSA.


Série A: Pedrógão-Sobral da Adiça, 3-2; Brinches-Luso Serpense, 1-2; Quintos -Sal vadense, 0-0. Folgou o Ficalho. Líder: Luso Serpense, 6 pontos. Próxima jornada (24/11): Ficalho-Brinches; Salvadense-Pedrógão; Luso Serpense-Quintos. Folga o Sobral da Adiça.

Série B: Faro Alentejo-AC Cuba, 1-2; Neves-Berin gelense, 1-3; Penedo Gordo -Lou redense, 1-0. Folgou o São Matias. Líder: A.C.Cuba, 6 pontos. Próxima jornada (24/11): São Matias-Neves; Louredense-Faro Alentejo; Beringelense-Penedo Gordo. Folga o A.C.Cuba.

Série C: Mombeja-Fi gueirense, 1-2; Alvorada-Santa Vitória, 0-0; Jungeiros -Vale da Oca, 1-2. Folgou o Messejanense. Líder: Vale da Oca, 9 pontos. Próxi ma jornada (24/11): Messejanense-Alvorada; Va le da Oca-Mombeja; Santa Vitó ria-Jungeiros. Folga o Figueirense.

Hoje palpito eu... Série D: Albernoense -Sanjoanense, 4-0; Sete -Alcariense, 1-0; Fernandes-Trindade, 1- 6. Líder: Trindade, 7 pontos. Próxima jornada (1/12): Sanjoanense-Alcariense; Albernoense -Fernandes; Trindade-Sete.

Série E: Soneguense-Luzianes, 0-1; Cercalense -Amo reiras Gare, 1-2; Colen se-Santa Luzia, 0-1. Fol gou o Relíquias. Líder: Luzianes, 9 pontos. Próxima jornada (25/11): Relíquias -Cer calense; Santa Luzia -Soneguense; Amoreiras Gare-Colense. Folga o Luzianes.

Série F: Milfontes-Campo Re dondo, 3-0; Saboia -Boavista, 4-0; Cavaleiro -Malavado. Folgou o Bemposta. Líder: Saboia, 7 pontos. Próxima jornada (25/11): Bemposta -Saboia; Malavado-Milfontes; Boavista-Cavaleiro. Folga o Campo Redondo.

Série G: Santaclarense-Pereirense, 4-0; Serrano-Almodovarense, 4-0; Santa Clara-aNova-Nave Redonda, 3-3. Líder: Serrano, 9 pontos. Próxima jornada (2/12): PereirenseAlmodovarense; SantaclarenseNaveredondense; Santa Claraa-Nova-Serrano.

Casa do Benfica de Castro Verde Benfiquistas de Castro lideram campeonato distrital de seniores femininos

Casa do Benfica de Castro lidera o distrital de futebol feminino

Elas sabem jogar “à Benfica” Apesar do empate em casa na última jornada, frente ao Odemirense, a formação da Casa do Benfica de Castro Verde mantém-se isolada no comando do Campeonato Distrital de Seniores Femininos.

trazer contrariedades, mas vamos ter uma semana de paragem, pode ser a nossa sorte, mas causa mossa. A Carona, que é jogadora da seleção sub/17, uma jogadora com muito potencial, também fez uma entorse gravíssima num pé, ambas fazem muita falta à equipa.

Texto e foto Firmino Paixão

O que mudou desde a última temporada que tornou esta equipa mais competitiva?

T

rês vitórias, um empate e o maior número de golos marcados são credenciais que mantém a equipa liderada por Gonçalo Nunes, 32 anos, na corrida por um título que na época passada, por pouco, lhe fugiu. O jovem treinador fala da realidade da sua equipa e deixa uma análise muito lúcida sobre o futebol feminino do distrito de Beja, pondo em evidência a carolice e a entrega de quem lidera estes projetos. A equipa está a jogar verdadeiramente “à Benfica”?

É um facto. O empate em casa com o Odemirense nunca será um resultado negativo, face às circunstâncias do jogo. A equipa de Odemira é complicada e tem uma posse de bola brilhante. Ficámos com uma atleta a menos, sinceramente, devido a um erro do árbitro da partida, não há explicação expulsar uma jogadora que acabou por fazer uma entorse grave. A partir daí desvirtuou o jogo, porque a Carolina Silva lesionou-se, ele não mandou parar o jogo, erradamente, e o lance acabou em golo. Uma expulsão e duas lesões limitarão as opções para os próximos jogos?

Torna-se complicado, temos um plantel com 16 jogadoras, mas muitas estão a estudar, outras a trabalhar e nos treinos já é muito difícil fazer alguma coisa com cabeça, tronco e membros. São limitações que nos podem

A equipa no ano passado praticou um futebol muito bom. O que se notava talvez era uma excessiva meninice, que, este ano, deixámos de ter porque houve uma evolução natural. O plantel manteve-se praticamente igual, entrou a Ana Rita Batista, a melhor marcadora do campeonato da época passada, dá-nos muita força, mas não foi por aí que a equipa se alterou. Praticamos a mesma qualidade de futebol, temos a mesma estrutura, talvez estejamos pior quanto à disponibilidade das atletas, tendo em conta o meio escolar da maioria delas, muito pontualmente fizemos alguns acertos, mas não mudámos muito. Venceram a supertaça da época passada, quebrando a hegemonia do Aljustrelense. Eram já sinais de que esta época seria bem-sucedida?

Durante a época demos sinais de que podíamos também ter ganho o campeonato, mas havia muita ingenuidade na nossa equipa. Saber jogar futebol, ter bom toque de bola e saber posicionar-se no campo não prevaleceu sobre a maior maturidade que a equipa do Mineiro tinha. Batemo-nos taco a taco pelo campeonato, perdemos a taça no último jogo, por um golo e em inferioridade numérica. Agora, este ano, evoluímos, e essa evolução tem a ver com o número de treinos que vão tendo nas perdas, obviamente que só têm que evoluir. A desistência do Mineiro permitiu que outros

Fernando Candeias

O

t re i n a d or Fe r n a nd o Candeias assume a sua “costela de bejense”, embora com naturalidade oficial de Santiago do Cacém, em cujo União Sport Clube se formou futebolista, desde os infantis aos seniores, escalão onde representou o clube na antiga 2.ª Divisão B. Teve outras experiências em campeonatos nacionais, nomeadamente na 3.ª Divisão, com as camisolas do Vasco da Gama de Sines e do Fanhões, antes de chegar ao Odemirense (1.ª Divisão Distrital) e ao Milfontes (2.ª e 1.ª Distrital). Foi no clube da foz do rio Mira que encetou a carreira de treinador (habilitado com o nível Uefa B, com formação em Scouting e Liderança). No seu currículo constam estágios ao lado de Manuel Cajuda (Guimarães), Litos (Portimonense) e Pedro Caixinha (Leiria). O seu trajeto como técnico tem quase a exclusividade no Praia de Milfontes, desde a época de 2005/6 (em que subiu a equipa à 1.ª Divisão Distrital), até à presente temporada, com a exceção de 2007/8 em que ficou inativo. Neste trajeto à frente do Milfontes foi finalista vencido da Taça Distrito de Beja (2010/11) e classificou-se em 2.º lugar do campeonato, na época seguinte. Esta época, com 36 anos e de novo no banco do Milfontes, procura o título que lhe enriquecerá este perfil.

projetos emergissem com mais fulgor?

Tenho pena do projeto do Mineiro ter ido abaixo, como tenho pena do Amarelejense, que tem uma equipa a treinar ainda hoje e não sei porque motivo, à última hora, não participou no campeonato. O futebol feminino vem sendo potenciado para cada vez ter mais praticantes e adeptos. O Mineiro foi um caso paradigmático, uma equipa campeã, com uma boa estrutura e que desaparece de um momento para o outro. Vários clubes aproveitaram as suas jogadoras, nós temos uma, o Odemirense ficou com três belíssimas jogadoras e o Vasco da Gama mais três. Que objetivo persegue a Casa do Benfica de Castro Verde?

Queremos ganhar jogo a jogo. Temos um plantel curto, não em número, mas em termos de trabalho no dia a dia, e isso prejudica-nos imenso, não podemos pensar que o campeonato é fácil. O Odemirense tem uma equipa excelente, o Vasco da Gama está a surpreenderme pelos resultados, porque jogam muito bem, o Almansor tem uma equipa muito complicada para ultrapassar, o Ourique está muito melhor do que no ano passado. Temos um leque de seis equipas capazes de vencer o campeonato. Nós precisamos de nos concentrarmos nas estratégias para vencermos sempre o próximo jogo. No final logo se verá como fica a classificação. Na Taça Distrito de Beja (dia 24) o primeiro adversário será o Serpa...

Entramos sempre em campo com humildade, mas para ganhar. O Serpa tem uma estrutura muito bem montada, jogam juntas há três épocas, a equipa é praticamente a mesma, sabem jogar à bola, vão criar-nos muitas dificuldades, mas será um jogo em que vamos tentar ganhar, se não for no tempo regulamentar, terá que ser nas grandes penalidades.

(1) MILFONTES/ODEMIRENSE Espero um derby emocionante e com o apoio dos nossos adeptos acredito que vamos ficar com os três pontos. (X) ROSAIRENSE/SERPA Jogo de tripla, entre duas das melhores equipas do campeonato. Mas aposto no empate. (1) SÃO MARCOS/ALDENOVENSE O Aldenovense possui um plantel muito valioso e os bons resultados podem surgir já nesta difícil deslocação a São Marcos. (X) BAIRRO CONCEIÇÃO/AMARELEJA Jogo com incer teza no resultado. Aposto no empate, embora também seja natural a vitória cair para qualquer um dos lados. (X) GUADIANA/DESPORTIVO BEJA Jogo em que nenhuma equipa quererá perder e, por via disso, o resultado poderá ser o empate, com golos. (2) CABEÇA GORDA/ALMODÔVAR Não acredito que o Cabeça Gorda consiga “roubar” pontos ao líder. (1) PIENSE/CUBA Jogo entre equipas com bons resultados até ao momento, mas em que o fator casa poderá ser determinante.

19 Diário do Alentejo 23 novembro 2012

Taça Fundação Inatel – 3.ª jornada


Nacional de basquetebol da 2.ª divisão no domingo

Diário do Alentejo 23 novembro 2012

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O Beja Basket Clube joga no domingo (17 horas) no recinto do Ferragudo, cumprindo a 3.ª jornada do Nacional de Basquetebol da 2.ª Divisão. Na jornada anterior a equipa bejense perdeu no seu pavilhão por 64/57, com a formação do Atlético de Reguengos.

Caminhadas José Saúde

Beja Basket Clube Seniores do clube (Luis Caramba, presidente e treinador com a bola na mão)

Beja Basket Clube disputa o Campeonato Nacional da 2.ª Divisão

Queremos mais jovens a jogar basquetebol O Beja Basket Clube atravessa um período de transição, em que a maior aposta é o rejuvenescimento da equipa sénior, independentemente dos resultados desportivos. Texto e foto Firmino Paixão

L

uís Caramba é o novo presidente do Beja Basket Clube, sucedendo a João Vilhena, que renunciou por motivos de ordem profissional. O novo líder do clube, também treinador da equipa principal, assume a continuidade de um projeto sustentado no trabalho de formação de jovens praticantes e nos princípios que deram origem ao clube. O seu maior desencanto é a escassez de miúdos para engrandecerem o projeto e fortalecerem o futuro da modalidade na região. Um novo líder e um tempo novo para o Beja Basket Clube?

Não necessariamente, as ideias mantêm-se, o projeto estava a ser consolidado sobre uma base de formação e, este ano, por força, não só da idade, mas da vida e dos compromissos das pessoas, fomos forçados a intensificar aquele passo que já vínhamos a dar, embora o estivéssemos a fazer um pouco lentamente. A que passo concretamente?

se

refere,

Este ano, em termos de seniores, a equipa é constituída, em cerca de

oitenta por cento, por atletas vindos da nossa formação. São jogadores muito jovens, alguns estão a estudar fora da região, mas não quiseram deixar o clube, nem permitir que se perdesse esta modalidade no escalão de seniores na cidade de Beja. Temos uma equipa, essencialmente, baseada na formação, com dois ou três mais velhos, para darem alguma estabilidade ao conjunto. Uma filosofia que abre um novo ciclo?

Sim, é um novo ciclo que estamos agora a trabalhar, ainda não o tínhamos feito com toda esta força, com tão grande percentagem de jovens, mas estamos satisfeitos com a resposta que eles estão a dar, são jovens que nunca tinham jogado juntos. E eu, para além de não conhecer os adversários que temos para defrontar, também não conheço muito bem a minha equipa. Conheço os atletas individualmente mas, enquanto coletivo, ainda estamos num processo de conhecimento mútuo. Esperam fazer um bom campeonato?

Vamos fazer um campeonato na medida do possível, não será um bom campeonato, porque estamos habituados a outro tipo de classificações que, este ano, não podemos ter como meta. O objetivo é consolidar esta equipa para, no futuro, podermos regressar aos níveis competitivos a que estávamos habituados. Temos que formar a equipa, não pensamos em mais nada.

Mas é esta equipa que dá visibilidade ao vosso projeto?

Não entendemos assim. Tanto os seniores como os Sub/16, e temos muitos miúdos a praticar neste escalão, são eles próprios que promovem a modalidade e o clube, porque chamam muitos colegas para o basquetebol. Nunca pensámos que a equipa sénior pudesse ser o foco das atenções, porque o nosso projeto baseia-se na formação, e aí sim, queremos estar focalizados. Uma eventual qualificação para a segunda fase da prova não está no horizonte?

No estado em que está o basquetebol, uma segunda fase, pela qual nós anteriormente lutávamos muito para nos qualificarmos e onde existia sempre muita competição, mas hoje em dia, não. Essa competição está desvirtuada. Quem tiver dinheiro vai, quem não tiver fica por aqui. As realidades são diferentes. Quem tiver poder financeiro vai em frente, quem não tiver não vai. Na época passada não pudemos lá ir, e tínhamos equipa para isso, para não hipotecarmos o futuro do clube, porque não tínhamos meios financeiros. Mas o projeto do BBC está consolidado?

Sim, o nosso projeto está bem sustentado, estamos com cerca de 40 atletas, já foram mais, mas já não temos equipa feminina, com alguma pena nossa, e temos um boa formação nos

escalões de Sub/14, Sub/16, temos mini basket e precisamos de muitos atletas para este escalão, porque, este ano, estamos um pouco mais fracos, mas é aqui, no mini basket, que queremos fazer a maior aposta. O que está a mudar com a presidência do Luís Caramba?

Nós formávamos uma equipa que se desmantelou um pouco, porque o nosso antigo presidente teve que se ausentar por razões profissionais. Mas as ideias são as mesmas, os restantes elementos são praticamente os mesmos e as raízes do projeto mantêm-se. Queremos que a modalidade evolua, tudo o que fizermos será na base da formação e das ideias que estiveram na razão da fundação do Beja Basket Clube. As dificuldades são maiores que os apoios, ou nem por isso?

Naturalmente que as dificuldades são grandes, mas, ao contrário das outras modalidades, nós queixamo-nos de termos poucos atletas. Essa é a nossa maior queixa, precisamos de atletas e de dois cestos, mais nada. Mesmo com poucas condições, mas com muitos atletas, nós conseguiremos pô-los a jogar, e isso é que nos importa e é fundamental. Os pais dos nossos miúdos fazem um esforço enorme para nos ajudar, por isso, mesmo que as entidades não nos apoiem, desde que tenhamos miúdos manteremos o basquetebol nesta cidade.

Constatamos, hoje, uma multiplicidade de compêndios desportivos que nos atiram para as mais diversificadas ações, tendo obviamente em conta o fator da disponibilidade física do ser humano. Observamos que a prática salutar do desporto não escolhe idades e assume-se como uma executável tarefa que, por incrível que pareça, leva o mais singular citadino do mundo a entregar-se, sem rodeios, à exercitação corporal. Não importa as condições climatéricas, a natureza do terreno, tão-pouco os dados pessoais contidos no presunçoso Cartão de Cidadão, uma ou outra animosidade espontânea com o camarada que pisa o mesmo trilho, mas o mais importante da labuta proposta é cooperar numa aventura que traz prazer emocional aos participantes. As caminhadas afirmam-se como desafios a gentes que jamais ousaram envergar um fato de treino e calçar umas sapatilhas. Todavia, a vida ganhou novos contornos, ultrapassou casuais obstáculos, sendo certo que na atualidade é comum observarmos gentes com uma distinta entrega ao exercício físico. As caminhadas são exemplos acabados de uma substância desportiva que cruza gerações, onde os participantes deslizam suavemente sobre um terreno por vezes desconhecido, mas sempre despertos para novas aventuras. A Secção de Marcha P’ra Saúde da Juventude Desportiva das Neves levou a efeito no pretérito domingo, 18, a 4.ª Caminhada do Dia Mundial do Não Fumador nas Neves, que teve como objetivo prioritário suscitar na população uma aproximação real ao exercício físico. Felicita-se, pois, os promotores do evento que, não obstante o número de caminhantes apurados no acontecimento, ergueram bem alto a razão que os motivou. Fumar prova-se, cientificamente, que não é de facto a melhor terapia para todos aqueles que dedicam parte do seu tempo livre à razão desportiva. Aplaudo, com enfâse, a disponibilidade do cidadão comum nas ditas caminhadas, independentemente do local onde elas ocorram.


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Diário do Alentejo n.º 1596 de 23/11/2012 Única Publicação

21 Diário do Alentejo 23 novembro 2012 Diário do Alentejo n.º 1596 de 23/11/2012 Única Publicação

CENTRO SOCIAL S.JORGE E SRº.DAS PAZES TRIBUNAL JUDICIAL DE CUBA

VILA VERDE DE FICALHO

Secção Única

CÂMARA MUNICIPAL DE BEJA DIVISÃO DE SERVIÇOS URBANOS

AVISO EXUMAÇÃO DE CADÁVERES JOSÉ DOMINGOS NEGREIROS VELEZ, Vereador do Pelouro dos Serviços Urbanos da Câmara Municipal de Beja, faz saber que: Nos termos dos Art°s. 39.° e 40.° do Regulamento do Cemitério e tendo decorrido o período sobre a data da inumação dos cadáveres a seguir mencionados, sepultados no Cemitério Municipal de Santa Clara, em Beja, foi resolvido proceder à sua exumação, pelo que se convidam os familiares ou responsáveis dos falecidos a entrar em contacto com os Serviços do Cemitério, no prazo de trinta dias, a fim de ser acordada a data em que terá lugar a exumação e o destino a dar às ossadas. Findo que seja o prazo fixado no presente aviso, sem que os interessados promovam qualquer diligência, será feita a exumação, considerando-se abandonadas as ossadas existentes, as quais serão enterradas no próprio coval a profundidade superior à estabelecida no Regulamento. Beja, 19 de Setembro de 2012. O Vereador do Pelouro, José Domingos Negreiros Velez

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ANÚNCIO

Processo: 104/04.0TBCUB-A Inventário/Partilha de Bens em Casos Especiais N/Referência: 608158 Data: 07-11-2012 Requerente: Joaquim José Lobo do Cabo Requerido: Mariana Gertrudes Camacho Nobre Cabo Nos autos acima identificados foi designado o dia 07-01-2013, pelas 10:00 horas, neste Tribunal, para a abertura de propostas, que sejam entregues até esse momento, na Secretaria deste Tribunal, pelos interessados na compra do seguinte bem: Prédio urbano, destinado a habitação, sito na Rua da Amendoeirinha, n° 5, freguesia de Pedrógão e concelho da Vidigueira, inscrito na Matriz Predial sob o Artigo 235 e descrito na Conservatória do Registo Predial de Vidigueira sob a ficha n.° 00753/070797 freguesia de Pedrógão, composto por corredor, 3 quartos (1 interior), sala com chaminé, casa de banho, marquise, cozinha, sala, despensa, alpendre, sala com lareira (era casão) e quintal com arrecadação e ainda logradouro na zona lateral ao alçado principal, com área coberta de 202,00 m2 e área descoberta de 98,00 m2. VALOR BASE: 82,400,00 € VALOR A ANUNCIAR: 70% DE 82.400,00€ – 57.680,00€ Nota: No caso de venda mediante proposta em carta fechada, os proponentes devem juntar à sua proposta, como caução, um cheque visado, à ordem da secretaria, no montante correspondente a 20% do valor base dos bens ou garantia bancária no mesmo valor (n.° 1 ao Art.º 897.° do CPC). O Juiz de Direito, Dr(a). Elsa Gaiolas O Oficial de Justiça, José Bicho

CONVOCATÓRIA José Augusto Morais Moreira, Presidente da Mesa da Assembleia-Geral do Centro Social S. Jorge e Srª. das Pazes, convoca , nos termos do n.º 2 do art.º 30.º dos Estatutos, todos os associados desta entidade no pleno gozo dos seus direitos, para uma Assembleia Geral, que terá lugar no próximo dia 30 de Novembro de 2012, a partir das 15.00 h, nas instalações do Centro Social, com a seguinte Ordem de Trabalhos: – Ponto um – Informações prestadas pela Direcção acerca da actividade geral da Instituição; – Apresentação e votação do Plano de Actividades e Orçamento para 2013; Informam-se todos os associados no pleno gozo dos seus direitos, que conforme preceituado no ponto 1 do art.º 31.º dos Estatutos, a Assembleia Geral reunirá à hora marcada na convocatória, se estiver presente mais de metade dos associados com direitos a voto, ou uma hora depois com qualquer número de presentes em igual situação. Vila Verde de Ficalho, 12 de Novembro de 2012. O Presidente da Mesa da Assembleia Geral José Augusto Morais Moreira

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CÂMARA MUNICIPAL DE BEJA EXUMAÇÃO DE CADÁVERES Óbitos ocorridos entre Abril e Setembro/2006 Sep. N°. Nomes 654 – Jacinta Inácia Baião 658 – Floriano Teixeira Quinze Dias 660 – José Nunes 661 – Sebastião Faria de Oliveira 662 – Francisco José Pereira Ruas 9269 – Feto-Morto filho de Natália Maria Fialho Ceríaco 9272 – Rafael Domingos 9273 – José António Madeira dos Santos Rosário 9274 – Feto-Morto filho de Maria Custódia Freitas Afonso 9275 – Joaquim Arsénio Gomes 9276 – Manuel S. Braz da Costa Raposo 9278 – Maria Carolina Conceição Caixinha Palma Pereira 9281 – Virgínia da Conceição Morais Janeiro 9282 – Manuel António Gracinda 9284 – Nilda Pires Faria Andrade 9285 – Maria Antónia Trincalhetas 9286 – Joaquina Maria Candeias Bexiga da Silva 9287 – Álvaro António Cobrinha 9288 – Felicidade Marta Mariano 9291 – Maria Vitória de Campos Mestre Quinta Queimada 9292 – José Maria Luís 9294 – Rita Alexandra Costa Bastos 9296 – Mavilde de Encarnação Estevam Baptista 9297 – Januário Gomes Varela 9298 – Maria Antónia Branco 9300 – Feto-Morto filho de Vera Lúcia Sobral Pereira Mateus Ventura 9301 – Manuel Francisco Leitão 9303 – André Paulino Castelhano 9304 – Adriano de Matos 9305 – Francisca Júlia 9307 – Virgínia das Dores 256 – Arménio Virgílio Sobral 262 – Francisco Esperança Beja, 17/09/2012 O Coordenador Técnico do Cemitério António M. I. Barriga

VENDE-SE Exploração agrícola Rio de Moinhos/Aljustrel 144,5 ha (divididos em 5 parcelas juntas), vedada, 2 charcas + furos, será abrangida pelo plano de rega do Alqueva na última fase de construção. Contactar pelo tm. 917824571

VENDE-SE Camião em bom estado, marca Mercedes Benz, 153 000km, equipado com tesoura tribasculante, travão eléctrico e conjunto de taipais duplos. Contactar tm. 919379873

CLUBE DE PATINAGEM DE BEJA

CONVOCATÓRIA Ao abrigo do n.° 1 do art.° 9.°, da alínea c) do art.° 13.º e alínea c) do art.º 17.º dos Estatutos do Clube, venho por este meio convocar a Assembleia Geral Ordinária para o dia 30 de Novembro de 2012, pelas 20H30, na Sede do Clube, com a seguinte ordem de trabalhos: Ponto Único: Apreciação e Aprovação do Plano de Actividades e Orçamento para o ano de 2013. De acordo com o art.° 15.° dos Estatutos, se à hora marcada para o início da reunião, não estiver presente o número legal de sócios, a Assembleia iniciará os seus trabalhos uma hora mais tarde. Beja, 29 de Outubro de 2012. O Presidente da Mesa da Assembleia-Geral Ana Maria Marujo Bule Ramos

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ASSOCIAÇÃO CULTURAL E RECREATIVA ZONA AZUL

CONVOCATÓRIA Ao abrigo do art.° 23.° dos Estatutos, venho por este meio convocar a Assembleia-Geral para o dia 17 de Dezembro de 2012 na Sede do Clube, sita na Rua Frei Manuel do Cenáculo, n°17, em Beja, com a seguinte: ORDEM DE TRABALHOS Ponto Único – Eleição dos Corpos Gerentes – 2013/2014 A Assembleia Geral Eleitoral funcionará das 19:30 horas às 23.00 horas. 16/11/2012. O Presidente da Mesa da Assembleia Geral António Francisco Mestre Raposo

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LIGA DOS AMIGOS DO HOSPITAL DE BEJA

CONVOCATÓRIA Nos termos dos art.° 28.° dos Estatutos da Liga dos Amigos do Hospital de Beja, convoco todos os Sócios para uma reunião da Assembleia-Geral a realizar no dia 12 de Dezembro de 2012, em primeira convocatória para as 15h30m, na sala de conferências do Hospital José Joaquim Fernandes – Beja, na Rua Dr. António Fernando Covas Lima, em Beja, com a seguinte ordem de trabalhos: 1. Apreciação e Aprovação do Orçamento e Plano de Atividades para 2013; Se não estiverem presentes, à hora indicada, mais de metade dos sócios com direito a voto, a Assembleia-Geral realizarse-á meia hora mais tarde, com os Sócios presentes. Beja, 19 de Novembro de 2012. O Presidente da Mesa da Assembleia-Geral, Joaquim Apolino Salveano de Almeida

VENDE-SE Nossa Senhora das Neves Casa térrea a precisar de obras, com 80 m2 de construção e 198 m2 área descoberta. Bom preço. Contactar tms. 96278650 ou 967318516

ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE SERPA

EDITAL SARA DE GUADALUPE ABRAÇOS ROMÃO, PRESIDENTE DA ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE SERPA TORNA PÚBLICO: de acordo com o estipulado no n.º 1 do artigo 50.º da Lei n.º 169/99, de 18 de setembro, com a redacção dada pela Lei n.º 5-A/2002, de 11 de janeiro e artigo 10º do Regimento da Assembleia Municipal de Serpa, que no próximo dia 26 de novembro de 2012, pelas 18:00 Horas, no Cineteatro Municipal de Serpa, realizar-se-á uma sessão extraordinária deste Órgão Deliberativo, cuja ordem de trabalhos é a seguinte: • Lei 22/2012, de 30 de maio e Proposta Concreta para o concelho de Serpa, apresentada pela Unidade Técnica para a Reorganização Administrativa do Território. E, para constar, se publica o presente edital e outros de igual teor, que vão ser afixados nos locais públicos do costume. Serpa, 21 de novembro de 2012 A Presidente da Assembleia Municipal Sara de Guadalupe Abraços Romão


saúde

22 Diário do Alentejo 23 novembro 2012

Análises Clínicas

Medicina dentária

Psicologia

Dr.ª Heloisa Alves Proença Médica Dentista

Dr. Fernando H. Fernandes Dr. Armindo Miguel R. Gonçalves Horários das 8 às 18 horas; Acordo com beneficiários da Previdência/ARS; ADSE; SAMS; CGD; MIN. JUSTIÇA; GNR; ADM; PSP; Multicare; Advance Care; Médis FAZEM-SE DOMICÍLIOS Rua de Mértola, 86, 1º Rua Sousa Porto, 35-B Telefs. 284324157/ 284325175 Fax 284326470 7800 BEJA

Cardiologia

RUI MIGUEL CONDUTO Cardiologista - Assistente de Cardiologia do Hospital SAMS CONSULTAS 5ªs feiras CARDIOLUXOR Clínica Cardiológica Av. República, 101, 2ºA-C-D Edifício Luxor, 1050-190 Lisboa Tel. 217993338 www.cardioluxor.com Sábados R. Heróis de Dadrá, nº 5 Telef. 284/327175 – BEJA MARCAÇÕES das 17 às 19.30 horas pelo tel. 284322973 ou tm. 914874486

MARIA JOSÉ BENTO SOUSA e LUÍS MOURA DUARTE

Cardiologistas Especialistas pela Ordem dos Médicos e pelo Hospital de Santa Marta Assistentes de Cardiologia no Hospital de Beja Consultas em Beja Policlínica de S. Paulo Rua Cidade de S. Paulo, 29 Marcações: telef. 284328023 - BEJA

Exclusividade em Ortodontia (Aparelhos) Master em Dental Science (Áustria) Investigadora Cientifica - Kanagawa Dental School – Japão Investigadora no Centro de Medicina Forense (Portugal)

Assistente graduado de Ginecologia e Obstetrícia

ALI IBRAHIM Ginecologia Obstetrícia Assistente Hospitalar Consultas segundas, quartas, quintas e sextas Marcações pelo tel. 284323028

Clínica Geral

Técnica de Prótese Dentária Vários Acordos

Fisioterapia

Centro de Fisioterapia S. João Batista

Rua General Morais Sarmento. nº 18, r/chão Telef. 284326841 7800-064 BEJA

CLÍNICA MÉDICA ISABEL REINA, LDA.

Obstetrícia, Ginecologia, Ecografia CONSULTAS 2ªs, 3ªs e 5ªs feiras Rua Zeca Afonso, nº 16 F Tel. 284325833

JOÃO HROTKO

Clinipax Rua Zeca Afonso, nº 6-1º B – BEJA Oftalmologia

Drª Elsa Silvestre

CÉLIA CAVACO

Psicologia Clínica

Rua Bernardo Santareno, nº 10 Telef. 284326965 BEJA

Drª M. Carmo Gonçalves

DR. JOSÉ BELARMINO Clínica Geral e Medicina Familiar (Fac. C.M. Lisboa) Implantologia Oral e Prótese sobre Implantes (Universidade de San Pablo-Céu, Madrid)

Tratamentos de Fisioterapia Classes de Mobilidade Classes para Incontinência

Oftalmologista pelo Instituto Dr. Gama Pinto – Lisboa Assistente graduada do serviço de oftalmologia do Hospital José Joaquim Fernandes – Beja Marcações de consultas de 2ª a 6ª feira, entre as 15 e as 18 horas Rua Dr. Aresta Branco, nº 47 7800-310 BEJA Tel. 284326728 Tm. 969320100

Urinária Reeducação do Pavimento Pélvico

CONSULTAS EM BEJA 2ª, 4ª e 5ª feira das 14 às 20 horas

Reabilitação Pós Mastectomia Hidroterapia/Classes no

EM BERINGEL Telef 284998261 6ª e sábado das 14 às 20 horas

meio aquático

Multicare, Allianze,

de trabalho, A.D.M., S.A.M.S.

Fax 284326341 R. 25 de Abril, 11 cave esq. – 7800 BEJA

Assistente graduado de ginecologia e obstetrícia

Consultas às 6ªs feiras na Policlínica de S. Paulo Rua Cidade S. Paulo, 29 Marcações pelo tel. 284328023 BEJA

Estomatologia

Cirurgia Maxilo-facial

DR. MAURO FREITAS VALE

Consultas e ecografia 2ªs, 4ªs, 5ªs e 6ªs feiras, a partir das 14 e 30 horas Marcações pelo tel. 284311790 Rua do Canal, nº 4 - 1º trás 7800-483 BEJA

Praça Diogo Fernandes, nº11 – 2º Tel. 284329975

UROLOGISTA

Hospital de Beja Doenças de Rins e Vias Urinárias Consultas às 6ªs feiras na Policlínica de S. Paulo Rua Cidade S. Paulo, 29

BEJA

Terapia da Fala

MÉDICO DENTISTA

Terapeuta da Fala VERA LÚCIA BAIÃO

Prótese/Ortodontia Marcações pelo telefone 284321693 ou no local

Consultas em Beja CLINIBEJA – 2.ª a 6.ª feira Rua António Sardinha, 25, r/c esq.

Rua António Sardinha, 3 1º G 7800 BEJA

Urologia

MÉDICO

FRANCISCO FINO CORREIA

Consultor de Psiquiatria

MÉDICO UROLOGISTA RINS E VIAS URINÁRIAS Marcações de 2.ª a 6.ª feira a partir das 14 horas Rua Capitão João Francisco de Sousa, n.º 20 7800-451 BEJA Tel. 284324690

DRA. TERESA ESTANISLAU CORREIA

Tm. 962557043

HORÁRIO: Das 11 às 12.30 horas e das 14 às 18 horas pelo tel. 218481447 (Lisboa) ou Em Beja no dia das consultas às quartas-feiras Pelo tel. 284329134, depois das 14.30 horas na Rua Manuel António de Brito, nº 4 – 1º frente 7800-544 Beja (Edifício do Instituto do Coração, Frente ao Continente) ▼

Dr. José Loff

Médico Dentista Consultas em Beja Clínica do Jardim

Marcações pelo telef. 284328023

ULSB/Hospital José Joaquim Fernandes

Dermatologia

Clínica Dentária

Luís Payne Pereira

AURÉLIO SILVA

Psiquiatra no Hospital de Beja

Marcações pelo 284322446;

PARADELA OLIVEIRA

Medis, Advance Care,

Seguros/Acidentes

JORGE ARAÚJO

Consultório Rua Capitão João Francisco Sousa 56-A 1º esqº 7800-451 BEJA Tel. 284320749

Medicina dentária

Urologia

Estomatologista (OM) Ortodontia

FERNANDO AREAL

Psiquiatria

Acordos com A.D.S.E., CGD,

DR. JAIME LENCASTRE

Psiquiatria

Psicologia Educacional

JOSÉ BELARMINO, LDA.

Médico Especialista pela Ordem dos Médicos e Ministério da Saúde Generalista

Marcação de consultas de dermatologia:

Marcações a partir das 14 horas Tel. 284322503

Drª Ana Teresa Gaspar

DR. A. FIGUEIREDO

CONSULTAS DE OBESIDADE

Dr. Carlos Machado

CLÍNICA MÉDICA DENTÁRIA

Rua Capitão João Francisco de Sousa, 56-A – Sala 8 Marcações pelo tm. 919788155

Acordos com: ACS, CTT, EDP, CGD, SAMS. Marcações pelo telef. 284325059 Rua do Canal, nº 4 7800 BEJA

Fisioterapia

Obesidade

LUZ

Médico oftalmologista

Consultas de 2ª a 6ª

MÉDICO ESPECIALISTA EM CLÍNICA GERAL/ MEDICINA FAMILIAR

Fisiatria

Rua António Sardinha, 25r/c dtº Beja

Chefe de Serviço de Oftalmologia do Hospital de Beja

GASPAR CANO

Oftalmologia

Especialista pela Ordem dos Médicos

CONSULTAS às 3ªs e 4ªs feiras, a partir das 15 horas MARCAÇÕES pelos telfs.284322387/919911232 Rua Tenente Valadim, 44 7800-073 BEJA

FERNANDA FAUSTINO

Ginecologia/Obstetrícia

FAUSTO BARATA

DOENÇAS DO SISTEMA NERVOSO

Rua Manuel Antó António de Brito n.º n.º 6 – 1.º 1.º frente. 78007800-522 Beja tel. 284 328 100 / fax. 284 328 106

(Diplomada pela Escola Superior de Medicina Dentária de Lisboa)

HELIODORO SANGUESSUGA

Directora Clínica da novaclinica

Laboratório de Análises Clínicas de Beja, Lda.

Neurologia

Urgências Prótese fixa e removível Estética dentária Cirurgia oral/ Implantologia Aparelhos fixos e removíveis VÁRIOS ACORDOS Consultas :de segunda a sexta-feira, das 9 e 30 às 19 horas Rua de Mértola, nº 43 – 1º esq. Tel. 284 321 304 Tm. 925651190 7800-475 BEJA

Cirurgia Vascular

HELENA MANSO CIRURGIA VASCULAR TRATAMENTO DE VARIZES Convenções com PT-ACS CONSULTÓRIOS: Beja Praça António Raposo Tavares, 12, 7800-426 BEJA Tel. 284 313 270 Évora CDI – Praça Dr. Rosado da Fonseca, 8, Urb. Horta dos Telhais, 7000 Évora Tel. 266749740

Otorrinolaringologia

DR. J. S. GALHOZ Ouvidos,Nariz, Garganta Exames da audição Consultas a partir das 14 horas Praça Diogo Fernandes, 23 - 1º F (Jardim do Bacalhau) Telef. 284322527 BEJA


saúde

23 Diário do Alentejo 23 novembro 2012

Campanha Estudo Acompanhado 1º e 2º ciclo * Pacotes económicos desde

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Psicologia e Orientação Vocacional Dr.ª Ana Caracóis Santos

Formação Profissional | Explicações 1ºciclo ao ensino superior

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_______________________________________ Manuel Matias – Isabel Lima – Miguel Oliveira e Castro – Jaime Cruz Maurício Ecografia | Eco-Doppler Cor | Radiologia Digital Mamografia Digital | TAC | Uro-TC | Dental Scan Densitometria Óssea Nova valência: Colonoscopia Virtual Acordos: ADSE; PT-ACS; CGD; Medis, Multicare; SAMS; SAMS-quadros; Allianz; WDA; Humana; Mondial Assistance. Graça Santos Janeiro: Ecografia Obstétrica Marcações: Telefone: 284 313 330; Fax: 284 313 339; Web: www.crb.pt Rua Afonso de Albuquerque, 7 r/c – 7800-442 Beja e-mail: cradiologiabeja@mail.telepac.pt

CENTRO DE IMAGIOLOGIA DO BAIXO ALENTEJO ECOGRAFIA – Geral, Endocavitária, Osteoarticular, Ecodoppler TAC – Corpo, Neuroradiologia, Osteoarticular, Dentalscan Mamografia e Ecografia Mamária Ortopantomografia

Dr. Sidónio de Souza – Pneumologia/Alergologia/ Desabituação tabágica – H. Pulido Valente Dr. Fernando Pimentel – Reumatologia – Medicina Desportiva – Instituto Português de Reumatologia de Lisboa Dr.ª Verónica Túbal – Nutricionismo – H. de Beja Dr.ª Sandra Martins – Terapia da Fala – H. de Beja Dr. Francisco Barrocas – Psicologia Clínica/Terapia Familiar – Centro Hospitalar do Baixo Alentejo. Dr. Rogério Guerreiro – Medicina preventiva – Tratamento inovador para deixar de fumar Dr. Gaspar Cano – Clínica Geral/ Medicina Familiar Dr.ª Nídia Amorim – Psicomotricidade/Educação Especial e Reabilitação Dr. Sérgio Barroso – Especialista em Oncologia – H. de Beja Drª Margarida Loureiro – Endocrinologia/Diabetes/ Obesidade – Instituto Português de Oncologia de Lisboa Dr. Francisco Fino Correia – Urologia – Rins e Vias Urinárias – H. Beja Dr. Daniel Barrocas – Psiquiatria – Hospital de Évora Dr.ª Lucília Bravo – Psiquiatria H.Beja , Centro Hospitalar de Lisboa (H.Júlio de Matos). Dr. Carlos Monteverde – Medicina Interna, doenças de estômago, fígado, rins, endoscopia digestiva. Dr.ª Ana Cristina Duarte – Pneumologia/ Alergologia Respiratória/Apneia do Sono Dr.ª Isabel Santos – Psiquiatria de Infância e Adolescência/Terapeuta familiar – Centro Hospitalar do Baixo Alentejo Dr.ª Paula Rodrigues – Psicologia Clínica – Hospital de Beja Dr.ª Luísa Guerreiro – Ginecologia/Obstetrícia Dr. Luís Mestre – Senologia (doenças da mama) – Hospital da Cuf – Infante Santo Dr. Jorge Araújo – Ecografias Obstétricas Dr.ª Ana Montalvão – Hematologia Clínica /Doenças do Sangue – Hospital de Beja Dr.ª Ana Cristina Charraz – Psicologia Clínica – Hospital de Beja Dr. Diogo Matos – Dermatologia – Hospital Garcia da Orta. Dr.ª Madalena Espinho – Psicologia da Educação/ Orientação Vocacional Dr.ª Ana Margarida Soares – Terapia da Fala Dr.ª Maria João Dores – Psicomotricidade/Educação Especial e Reabilitação Enfermeira Maria José Espanhol – Enfermeira especialista em saúde materna/Cuidados de enfermagem na clínica e ao domicílio/Preparação pré e pós parto/amamentação e cuidados ao recémnascido/Imagem corporal da mãe – H. de Beja Marcações diárias pelos tels. 284 322 503 Tm. 91 7716528 | Tm. 916203481 Rua Zeca Afonso, nº 6, 1º B, 7800-522 Beja Clinipaxmail@gmail.com www.clinipax.pt

Clínica Médico-Dentária de S. FRANCISCO, LDA. Gerência de Fernanda Faustino

António Lopes – Aurora Alves – Helena Martelo – Montes Palma – Maria João Hrotko – Médicos Radiologistas – Convenções: ADSE, ACS-PT, SAD-GNR, CGD, MEDIS, SSMJ, SAD-PSP, SAMS, SAMS QUADROS, ADMS, MULTICARE, ADVANCE CARE Horário: de 2ª a 6ª feira, das 8 às 19 horas e aos sábados, das 8 às 13 horas Av. Fialho de Almeida, nº 2 7800 BEJA

Telef. 284318490 Tms. 960284030 ou 915529387

Acordos: SAMS, ADMG, PSP, A.D.M.E., Portugal Telecom e Advancecare

Rua General Morais Sarmento, nº 18, r/chão; TEL. 284327260 7800-064 BEJA Medicina alternativa

CRISTINA CARDOSO Naturóloga * Acupunctura * Osteopatia * Massagem Terapêutica * Homeopatia Dores na coluna; escolioses; Torcicolos; Entorses; Ciáticas; Hérnias discais; Dores de cabeça; Excesso de peso, etc.. Praça Diogo Fernandes, nº 23, 1º andar, 7800 BEJA (Junto ao Jardim do Bacalhau) Marcações: 966 959 973


institucional diversos

24 Diário do Alentejo 23 novembro 2012 Diário do Alentejo n.º 1596 de 23/11/2012 Única Publicação

CARTÓRIO PRIVADO DE ODEMIRA A cargo da Notária Ana Paula Lopes António Vasques CERTIFICO, para fins de publicação que foi lavrada neste Cartório Notarial, no dia de hoje, de folhas vinte e cinco a folhas vinte e sete do Livro de Notas para Escrituras Diversas número “Cento e Setenta e Oito - E”, escritura de justificação, na qual: 1) António José Rosa Mendes Camacho, casado sob o regime de comunhão de adquiridos com Catarina Maria Lourenço Camacho, residente em Foros da Pouca Farinha, Porto Covo, Sines, contribuinte fiscal número 170 322 645, declarou que é dono e legítimo possuidor do seguinte imóvel: Prédio Rústico, denominado “Moinho Novo”, situado na freguesia de Vila Nova de Milfontes, concelho de Odemira, com a área de três mil seiscentos e cinquenta e seis metros quadrados, composto de horta, inscrito na respectiva matriz sob parte do artigo 81 da secção B, a confrontar de Norte com caminho público; Sul e nascente com Horácio Maria Rosa e a Poente com “Moinho das Laranjeiras”, a que se atribui o valor de mil duzentos e sessenta e seis euros e cinquenta e três cêntimos. Que este prédio é a desanexar do prédio misto, denominado “Moinho Novo”, situado na freguesia de Vila Nova de Milfontes, concelho de Odemira, inscrito na respectiva matriz cadastral rústica sob o artigo 81 da Secção B e na matriz urbana sob o artigo 1645, descrito na Conservatória do Registo Predial de Odemira sob o número seiscentos e dez da dita freguesia, onde se mostra registada a aquisição a seu favor por sucessão de seus pais, José Mendes Camacho e Lídia Maria Rosa, conforme inscrição Ap. mil trezentos e quarenta de sete de Julho de dois mil e onze. Que aquele prédio rústico veio à sua posse por doação meramente verbal feita por seus pais, em data que não pode precisar mas que terá sido por volta de mil novecentos e oitenta e nove, não tendo nunca sido celebrada a competente escritura de doação; 2) Carlos Manuel Rosa Mendes Camacho, casado sob o regime de comunhão de adquiridos com Florbela de Jesus Simões Camacho, residente em Ribeira da Azenha, Vila Nova de Milfontes, Odemira, contribuinte fiscal número 193 130 351, declarou que é dono e legítimo possuidor da parte restante daquele prédio, que constitui um prédio misto, denominado “Moinho das Laranjeiras”, situado na freguesia de Vila Nova de Milfontes, concelho de Odemira, com a área de três mil seiscentos e cinquenta e seis metros quadrados, composto de horta e casa de rés-do-chão, para habitação, com a área coberta de sessenta e um virgula dez metros quadrados, inscrito na matriz rústica sob parte do artigo 81 da secção B e na matriz urbana sob o artigo 1645, a confrontar de Norte e Poente com caminho público; Sul com Horácio Maria Rosa e a Nascente com António José Rosa Mendes Camacho, o qual veio à sua posse, por doação meramente verbal feita por seus pais, em data que não pode precisar, mas que terá sido no ano de mil novecentos e noventa e um, não tendo também, sido celebrada a competente escritura de doação. Que assim possuem os identificados prédios há cerca de vinte e três anos o primeiro e de vinte anos o segundo, em nome próprio, de boa fé, na convicção de serem os únicos donos e plenamente convencidos de que não lesavam quaisquer direitos de outrem, à vista de toda a gente e sem a menor oposição de quem quer que fosse desde o inicio dessa posse, a qual sempre exerceram sem interrupção, vedando-os, amanhando-os, colhendo os seus frutos, retirando dele todas as suas utilidades, habitando o segundo outorgante, conjuntamente com os seus pais, na parte urbana do prédio que lhe ficou a pertencer, suportando todos os seus encargos, tudo como fazem os verdadeiros donos. Trata-se, por conseguinte, de uma posse exercida em nome próprio, de uma foi-ma pública, contínua e pacífica. Que, dado o modo de aquisição invocado se encontram impossibilitados de comprovar o seu direito de propriedade plena pelos meios extrajudiciais normais. Está conforme, nada havendo na parte omitida além ou em contrário do que se certifica. Odemira, 05 de Novembro de 2012. A Notária Ana Paula Lopes António Vasques

Diário do Alentejo n.º 1596 de 23/11/2011 Única Publicação

BEJA ALUGO T3 Rua de Angola, nº 6, sem mobília, 2 varandas, 2º andar. Renda 350€ com fiador. Contactar tm. 924022304

VENDE-SE Lenha para lareiras, salamandras e carvão. Entregas ao domicílio.

aviso A EDP Distribuição informa que vai efetuar trabalhos de remodelação e conservação das redes sendo, para tal, necessário proceder à interrupção do fornecimento de energia elétrica, no dia 25 de novembro de 2012 (domingo), nos locais e períodos abaixo mencionados:

Direção de Rede e Clientes Sul Concelho de Odemira Freguesia de S. Martinho das Amoreiras: Aldeia Amoreiras, Herd. Escanchados, Mte Domingos de ègua, Mte Boavista, Rua Engº Amaro da Costa, Rua Amoreiras Gare, Mte Cerro da Horta, Mte Vale de Água, Mte Vale Rosa de Cima, Chaiça Madriz, Vale Lande, Mte Canas, Mte Coitinhos, Lugar Corpo Pardieiro, Lugar Vale Burrinha, Vale Vinha, Mte Vale Rosa, Mte Garreão, Mte Nascedios, Mte Monte das Pretas, Mte Novo Carrapateira, Mte Novo Vale Asna, Rua Corte Malhão, Sítio Monte Folhada, Mte Chá, Mte Pampilhais, Mte Corgo Metade, Lugar Portela Nova, Mte Beirão, Mte Estrada, Mte Vaga das Pedras, Lugar Laranjeiro, Estrada A, Rua Bico da Rocha, Rua C, Captação Água, Rua Cruzeiro, Rua Engº Amaro da Costa, Rua Escola, Rua Estalagem, Rua Feira, Rua Igreja, Rua Lagartixa, Rua Mercado, Trav. Mercado, Rua Estrada Nacional, Herdade Monte do Cerro, Mte Vale Sarnadas, Mte Cravada, Mte Barraquinha, Lugar Bebedouro, Mte Carniceiro, Mte Chassine, Mte Murtunheiras, Mte Ferroso,Mte Tripeca, Montinho Capela, Rua Travessa, Mte Novo Garcia Galego, Lugar Aldeia Conqueiros, Mte Salgueiro, Lugar Arramadas, Mte Bem Vistoso, Sítio Maravilhas, Sítio Vale Brique, Mte Barranco do Milho, Mte Cuco, Rua Eira da Rocha, Mte Vale Serrado, Largo do Poço Novo, Vale de Água, Bairro N. Portela, Rua Rua do Passal, Rua Portela, Rua Portela Atalais, Eira Rocha, Trat. Esgotos, Rua Vale Brique, Rua Velha Cemitério, Rua Cunqueiros, S. Martinho das Amoreiras, Largo Igreja, Rua Atalais, Trav. Igreja, Sobradinho, Bairro Social, Mte Relva, Lugar Vale Cuba, Mte Relvinha, Mte Azenha CimaLugar Vinhas e Selão. (das 08:00 às 14:00 horas). Freguesia das Relíquias: Rua Pereiro Grande, Relíquias, Lugar Malavada. (das 08:00 às 14:00 horas).

Concelho de Ourique Freguesia de Garvão: Cour. da Casinha. (das 08:00 às 14:00 horas).

Contactar pelos tms.

Durante o corte, as instalações para efeitos de segurança deverão considerar-se permanentemente em tensão.

969078857 ou 969978606 CLUBE BEJENSE DOS AMADORES DE PESCA DESPORTIVA

EDP Distribuição - Energia S. A Gabinete de Comunicação

www.edpdistribuicao.pt

Diário do Alentejo n.º 1596 de 23/11/2012 Única Publicação

CONVOCATÓRIA Conforme o disposto no Artigo 16º dos estatutos do Clube, convoco todos os sócios, a assistirem à Assembleia Geral Ordinária que se realizará no dia 30 de Novembro de 2012, pelas 20 horas na sua sede sita na Rua António Vilar e David Abreu, 4-A, em Beja. Se à hora marcada não comparecer o número legal de sócios, face aos estatutos, a assembleia realizar-se--á uma hora mais tarde com os sócios que estiverem presentes. Ordem de Trabalhos: 1 – Apreciação e votação do relatório e contas do ano 2012. 2 – Eleição dos novos corpos gerentes para o ano 2013. 3 – Outros assuntos de interesse. O Presidente da Assembleia Geral Pedro Alexandre Faria Ferro

Diário do Alentejo n.º 1596 de 23/11/2012 Única Publicação

CENTRO DE PARALISIA CEREBRAL DE BEJA

CONVOCATÓRIA ASSEMBLEIA GERAL ELEITORAL Nos termos da lei e dos Estatutos, convoca-se a Assembleia Geral Ordinária do Centro de Paralisia Cerebral de Beja, para reunir no próximo dia 21-12-2012, das 09:00 às 20:00 horas, na sede do Centro de Paralisia Cerebral de Beja, na Rua Cidade de S. Paulo, com a seguinte ordem de trabalhos: 1. Eleição dos Corpos Gerentes para o triénio 2013-2015 Beja, 15 de Novembro de 2012. O Presidente da Assembleia Geral José Pinheiro Monge

COOPERATIVA AGRÍCOLA DO GUADIANA DE MÉRTOLA

CONVOCATÓRIA Nos termos do art. XXI, n.º 2 dos estatutos, convoco a Assembleia Geral da Cooperativa Agrícola do Guadiana de Mértola, para uma reunião ordinária a ter lugar no dia 07 de Dezembro de 2012 pelas 16.00 horas na sala de reuniões da Cooperativa em Mértola, com a seguinte ordem de trabalhos: Ponto 1 – Apreciação e votação do orçamento para o ano de 2013; Ponto 2 – Outros assuntos de interesse para a classe; Nota: Considerando que a Assembleia Geral só pode funcionar regularmente com a presença de mais de metade dos seus sócios e no pressuposto de que a maioria não venha a verificar-se, convoco desde já para que a mesma se efectue uma hora mais tarde daquela que se indicou, ou seja, às 17,30 horas, no mesmo local, e com o mesmo número de sócios. Mértola, 15 de Novembro de 2012. O Presidente da Assembleia Geral Manuel Pereira Cortes Cavaco


necrologia diversos

25 Diário do Alentejo 23 novembro 2012

MISSA

Rua da Cadeia Velha, 16-22 - 7800-143 BEJA Telefone: 284311300 * Telefax: 284311309 www.funerariapaxjulia.pt E-mail: geral@funerariapaxjulia.pt Funerais – Cremações – Trasladações - Exumações – Artigos Religiosos

BEJA

BEJA

BEJA

Agradecimento e Missa de 7.º Dia

Fernando Joaquim da Costa Picado 5.º Ano de Eterna Saudade

†. Faleceu a Exma. Senhora

†. Faleceu o Exmo. Senhor

D. INÁCIA MATIAS DO NASCIMENTO PIO, de 63 anos, natural de Aljustrel, viúva. O funeral a cargo desta Agência, realizou-se no passado dia 16, das Casas Mortuárias de Beja, para o cemitério desta cidade.

JOSÉ JOAQUIM MARQUES, de 92 anos, natural de Vila Ruiva - Cuba, viúvo. O funeral a cargo desta Agência, realizou-se no passado dia 16, das Casas Mortuárias de Beja, para o cemitério desta cidade.

BARRANCOS

BEJA

†. Faleceu o Exmo. Senhor DAVID GEORGE ALMOND, de 86 anos, natural de Chertsey - Inglaterra. O funeral a cargo desta Agência, realizou-se no passado dia 16, do Hospital de Beja, para o cemitério desta cidade TRIGACHES

†. Faleceu a Exma. Senhora

†. Faleceu o Exmo. Senhor

†. Faleceu o Exmo. Senhor

D. JOSEFA SANCHES MARCELO, de 100 anos, natural de Barrancos, viúva. O funeral a cargo desta Agência, realizou-se no passado dia 17, da Casa Mortuária de Barrancos, para o cemitério local.

RAMIRO PAIXÃO LANÇA, de 80 anos, natural de Brinches - Serpa, casado com Exma. Sra. D. Maria Rosária Alberto Alvarez Lança. O funeral a cargo desta Agência, realizou-se no passado dia 18, das Casas Mortuárias de Beja, para o cemitério desta cidade.

JOSÉ ANTÓNIO GONÇALVES RIBEIRO, de 40 anos, natural do Barreiro, solteiro. O funeral a cargo desta Agência, realizou-se no passado dia 19, da Casa Mortuária de Trigaches, para o cemitério local.

BEJA

BERINGEL

SALVADA

Os familiares e amigos vêm por este meio, muito reconhecidamente, agradecer à direção e funcionários da Casa de Repouso Henry Dunant da Cruz Vermelha Portuguesa, Delegação de Beja, aos funcionários do Hospital Joaquim José Fernandes de Beja e a todos quantos se dignaram acompanhar a sua ente querida à sua última morada ou que de outra forma manifestaram o seu pesar. Participam que será celebrada missa de 7.º dia por sua alma no próximo domingo, 25/11, pelas 18 e 30 horas, na igreja da Sé de Beja, agradecendo desde já a todos os que se dignarem assistir a este acto piedoso.

Filha, netos e genro participam a todas as pessoas de suas relações e amizade que será celebrada missa pelo eterno descanso do seu ente querido no dia 29/11/2012, quinta-feira, pelas 18 e 30 horas, na Igreja da Sé, em Beja, e agradecem desde já a todos os que nela comparecerem.

Santa Vitória Ferreira do Alentejo PARTICIPAÇÃO E AGRADECIMENTO

Maria Assunção Mourão Rodrigues Raposo Nasceu 15/06/1931 Faleceu 16/11/2012

†. Faleceu a Exma. Senhora

†. Faleceu o Exmo. Senhor

†. Faleceu a Exma. Senhora

D. MARIA ANTÓNIA DE JESUS, de 93 anos, natural de Santa Luzia - Ourique, viúva. O funeral a cargo desta Agência, realizou-se no passado dia 19, das Casas Mortuárias de Beja, para o cemitério desta cidade.

SR. JOSÉ MARIA RAPOSO VENTURA, de 79 anos, natural de Beringel - Beja, casado com a Exma. Sra. D. Maria António Gonçalves dos Reis. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 21, da Casa Mortuária de Beringel, para o cemitério local.

D. MARIANA FELÍCIA PALMA RODRIGUES, de 100 anos, natural de Cabeça Gorda - Beja, viúva. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 21, da Casa Mortuária de Salvada, para o cemitério local.

Às famílias enlutadas apresentamos as nossas mais sinceras condolências.

†. Faleceu o exmo. sr. Ângelo Francisco da Silva, de 69 anos, natural de Ervidel. O funeral realizou-se no dia 16/11/2012 da Casa Mortuária de Albernoa para o cemitério de Albernoa .

Apresentamos as nossas cordiais condolências às Famílias enlutadas

†. Faleceu a exma. sra. D. Mariana dos Reis Marujo de Sousa, de 87 anos, natural de Sta. Clara de Louredo. O funeral realizou-se no dia 20/11/2012 da Casa Mortuária de Beja para o cemitério de Ferreira do Alentejo, onde foi cremado. Será celebrada missa de 7.º dia no próximo domingo, 25/11, na Igreja da Sé de Beja, pelas 18 e 30 horas.

NÚCLEO DE VOLUNTARIADO MÈRTOLA

EDITAL DR. MANUEL JOAQUIM DE JESUS PEREIRA, PRESIDENTE DA ASSEMBLEIA GERAL: TORNA PÚBLICO que terá lugar no próximo dia

29 de Novembro de 2012, pelas 16:30 horas, na sede desta associação, sita na Rua Dr. Afonso Costa, n.° 38 em Mértola, uma sessão ordinária da Assembleia Geral, pelo que se convocam todos os sócios (beneméritos e voluntários efectivos) para a referida reunião, com a seguinte ordem de trabalhos: 1 – Período de “antes da ordem do dia” 2 – Aprovação do plano e orçamento para 2013 3 – Outros assuntos de interesse para a associação Se à hora marcada não estiverem presentes mais de metade dos associados com direito a voto, a Assembleia reunirá meia hora depois com qualquer número de associados. Mértola, aos 13 de Novembro de 2012. O Presidente da Assembleia Geral, Manuel Joaquim de Jesus Pereira

VENDE-SE

Beja Apartamento T3, perto do Luís da Rocha 2.

Consulte esta secção em www.funerariapax-julia.pt Diário do Alentejo n.º 1596 de 23/11/2012 Única Publicação

Suas irmãs, cunhadas e sobrinhos vêm por este meio participar o seu falecimento e agradecer a todas as pessoas que se dignaram a acompanhá-la à sua última morada ou que de outra forma lhes manifestaram o seu pesar.

ARMAZÉNS EM BEJA

ARRENDO Valores: 180 e 230 euros/mês. Contactar pelo tm. 967253841

Contactar pelo tel. 284941551 ou tm. 967307688

CEDE-SE ARMAZÉNS TEIXEIRA Com ou sem existência, total ou parcial ou vende-se existência, total ou parcial. Rua da Liberdade, 33-35 | 7800-462 BEJA Contactar tm. 917515064


26 Diário do Alentejo 23 novembro 2012

Todas as semanas os leitores do “Diário do Alentejo” vão ter descontos. Os anúncios desta secção pretendem, por um lado, dar um impulso à economia local e, por outro, ajudar os consumidores neste tempo de crise. Aproveite as oportunidades.

76%

É a percentagem de leitores de jornais que no distrito de Beja todas as semanas leem o “Diário do Alentejo” na sua versão papel. No Facebook, todos os dias, mais de 4 000 leitores seguem a atualidade regional na página do “DA”.

Notícias de Beja

A Planície

Correio do Alentejo

Diário do Alentejo

Fonte: Marktest. Relatório de resultados da imprensa regional no período compreendido entre abril de 2010 e março de 2011

www.diariodoalentejo.pt

facebook.com/diariodoalentejo


Empresas

A Pluricoop e a Proletário Alentejano uniram esforços para ultrapassar dificuldades existentes e acordaram condições para abastecer a loja Coop de Beja, bem como assegurar a sua reabertura e gestão. A Coop Beja reabriu assim com “novo fôlego”. O acordo inclui ainda a reabertura da loja de Aljustrel, com data a anunciar, e melhorias no abastecimento e gestão da loja de Alcaria da Serra.

Beja tem novo serviço aberto 24 horas Há cerca de uma semana que Beja disponibiliza o novo serviço Grab&Go em frente à Escola Secundária Diogo de Gouveia. Aberto 24 horas, com mais de 400 produtos disponíveis, 365 dias por ano, serve comidas e bebidas quentes e frias através de uma nova máquina. Grab&Go é uma resposta à falta de tempo no dia a dia.

Paço do Conde aposta na exportação e enoturismo

O gr grup up po Fa Faci cililita t s He H alth hcare nasceu n naa Alleemaanh n a,, em m 200 007, 7,, e aatu 7 tu ual alme m ntee tem ma m is de 60 6 clííni nica cass esspalh palh pa lhad adas as por o 23 país íses es da Europa, Am A érric icaa e Á Ássiiaa. O méto mééto t do de cceess ssaç ação ão tabág á icaa que aplicaa ass ssen e ta en nu uma m teerrap apia iaa sof o tt-la laseer, r ind n olor e não evassiva siva si v , co om dura du raaçãão de 90 mi m nu nuto tos e um umaa taxaa de su ucceess sso o ffiina nall d 90 de 0 po or ce cent ntto. Des nto. esde dee que iini niicciio n ou u aatititivi viidaade de, o méto mé todo do Faccilititas ass Heaaltlth hccarre já já aju judo dou mais dou mais ma is d dee 5 50 0m mililil pessoas a de deixxar a de fu fuma mar. ma ar. Na Ho Holaand ndaa, a tter errap pia ia faz paartee do sissteema nac acio ional de saú aúde.

Agora é mais fácil deixar de fumar

Facilitas Healthcare investe na saúde da população de Beja A Facilitas Healthcare é um franchising de saúde e cuidado pessoal, líder mundial em clínicas de cessação tabágica, e inaugurou recentemente o seu primeiro espaço em Beja, sendo esta a nona inauguração em território nacional nos últimos meses. De portas abertas desde o dia 8 de outubro, o principal objetivo é disponibilizar aos residentes da região apoio informativo e soluções para todos os que querem deixar de fumar e, consequentemente, prolongar e melhorar a sua qualidade de vida. Publireportagem Sandra Sanches

P

ortadora de uma terapia inovadora, a Facilitas Healthcare disponibiliza um tratamento soft-laser com a duração de 90 minutos, através da aplicação de um laser especial de baixa densidade para que o cliente se torne num ex-fumador. Segundo a Facilitas, é um tratamento indolor, não invasivo, seguro e sem efeitos secundários, pois o mesmo consiste na estimulação dos pontos meridianos dos ouvidos, sendo que os mesmos estão relacionados com o comportamento aditivo dos fumadores. É um tratamento que atua em dois níveis, no eixo do vício e no eixo da emoção, gerindo sensações ao nível da calma e tranquilidade sem recurso a qualquer tipo de químicos. A clínica, que prevê dar

cobertura a mais de 23 mil habitantes, parece enquadrar-se perfeitamente com a realidade do País, segundo refere João Simões, diretor técnico da região de Beja: “Porque a saúde está primeiro que tudo, existe muita gente que quer deixar de fumar mas nem sempre tem a ajuda e eficácia necessária”, diz, adiantando que “é o tratamento que dá uma maior garantia de sucesso, 90 por cento, e é, sem dúvida, a maior inovação, indolor, não invasiva, oferecendo uma taxa de sucesso superior”. Unicamente 90 minutos de terapia parecem ser necessários para um fumador deixar de fumar. A consulta divide-se em três momentos: consulta profissional, tratamento e gestão do dia a dia. Tenta-se compreender os hábitos de consumo do fumador, bem como a identificação do seu perfil. Passa-se para o tratamento realizado por profissionais especializados e assegura-se o acompanhamento do cliente durante um ano, de forma a que o mesmo consiga gerir o seu dia a dia. Sugestões como desintoxicação através da ingestão de chá, lidar com o stress, nutrição e bemestar, são situações que a Facilitas tenta acompanhar. Hugo Silva, administrador da Facilitas Healthcare em Portugal, afirma que “o cenário económico de Portugal exige que gastos supérfluos como o tabaco sejam eliminados, uma decisão que só trará mais benefícios futuros, já que no próximo ano iremos assistir novamente a um aumento

27 Diário do Alentejo 23 novembro 2012

Cooperativa Proletário Alentejano reabriu com “novo fôlego”

do imposto sobre o tabaco que colocará o valor dos maços a rondar os cinco euros”. Sem dúvida que muitos são os portugueses que já tentaram deixar de fumar, recorrendo a medicamentos e terapêuticas de substituição de nicotina, mas Hugo Silva revela que “provocam efeitos secundários e uma taxa de sucesso muito baixa”. Os sintomas de abstinência do ex-fumador e a vontade irresistível de voltar a fumar levam frequentemente ao insucesso dos programas de cessação tabágica. A ansiedade, a hipersensibilidade e a depressão são geralmente muito ativas durante o período inicial de abstinência. A terapia Facilitas pretende evitar esse tipo de efeitos secundários e tornar o cliente num ex-fumador, mas para isso tem de existir um pouco de vontade e força de acreditar. Com base nos resultados das clínicas que colocam à disposição, conseguem hoje afirmar e garantir o sucesso do programa para deixar de fumar através de uma única sessão. O sucesso desta terapia soft-laser nos EUA e Canadá, bem como a aprovação pelo governo da Holanda e a consequente integração no sistema nacional de saúde, serve para atestar a eficácia e a base sólida deste tratamento. Para a Facilitas Healthcare, “a conjuntura atual é propícia a projetos desta natureza orientados à redução de custos e que contribuem para uma melhoria significativa da saúde”.

Apostar mais nas exportações e definir uma estratégia consistente na área do enoturismo são os dois principais desafios da Sociedade Agrícola Encosta do Guadiana, produtora dos vinhos Paço do Conde. Segundo o administrador José Castelo Branco, “o tempo não está fácil para ninguém mas, graças a uma relação qualidade/preço muito boa, a adega tem conseguido crescer cerca de 30 por cento nas vendas”. Com cerca de 60 a 70 por cento de garrafas vendidas no mercado externo, “a preços superiores aos que se conseguem praticar” em Portugal, Castelo Branco destaca as vendas na América do Sul, especialmente no Brasil. Em forte crescimento nos Estados Unidos e no Canadá, começou recentemente a exportar para a China. De futuro, o empresário quer apostar no enoturismo. Com o setor a registar evolução e o conceito do vinho de quinta a ser valorizado, Castelo Branco está consciente que “os importadores querem ver a adega e as condições da produção”.

Algarve e Alentejo promovem turismo As entidades regionais de turismo do Algarve e do Alentejo vão promover em conjunto produtos turísticos das duas regiões, como o turismo de natureza e a gastronomia. A parceria promocional foi apresentada pelos presidentes do Turismo do Alentejo, Ceia da Silva, e do Turismo do Algarve, Desidério Silva. “Numa altura em que o País precisa de racionalizar e otimizar recursos é necessário haver uma colaboração estreita entre as duas entidades regionais de turismo e por isso o Algarve e o Alentejo, devido à proximidade geográfica e de identidade, vão trabalhar em conjunto em diversas áreas do turismo”, disse Ceia da Silva. O projeto, que ronda um investimento de 200 mil euros, comparticipado por fundos comunitários, sendo que o esforço de cada entidade é de 15 mil euros, será implementado nos próximos dois anos.

Presidente da CVRA espera que ViniPax regresse em 2013 A presidente da Comissão Vitivinícola Regional Alentejana (CVRA) lamenta que a edição de 2012 da ViniPax tenha sido suspensa e espera que a feira promovida pela Câmara de Beja regresse em 2013. Na opinião de Dora Simões, a ViniPax era “um evento de prestígio, que conseguiu instalar-se, promover-se muito bem e alargar-se para fora do Alentejo, conseguindo inclusive trazer até à região muitos jornalistas estrangeiros”. Neste sentido a CVRA terá “muito gosto” em colaborar na próxima edição do certame, por tratar-se de “um projeto com todo o interesse”.


Diário do Alentejo 23 novembro 2012

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Alana a Bailarina da Água para ser ouvido em Odemira

Nos próximos dias 28 e 30, na Biblioteca de Odemira, podes ouvir Alana a Bailarina da Água, com texto de Alice Cardoso, e ainda ver as magnificas ilustrações de Sandra Serra. Podes conhecer mais do trabalho desta ilustradora em http://sandraetc.blogspot.pt/

Dica da semana

A páginas tantas... A nova e independente editora Barca do Inferno estreia-se com o livro O Homem da Gaita, ilustrado por Rui Pedro Lourenço. Inspirado numa canção de Zeca Afonso, que faz parte do álbum “Com as minhas tamanquinhas”, editado em 1976. Numa terra cinzenta e sem alegria onde cada um vive mergulhado nas preocupações, um homem tem o dom de pôr toda a gente a dançar. Havia na terra Um homem que tinha Uma gaita bem de pasmar Se alguém a ouvia Fosse gente ou bicho Entrava na roda a dançar Um dia passava Um sujeito e ao lado Um burro com louça a trotar O dono e o burro Ouvindo a tocata Puseram-se logo a bailar Partiu-se a faiança Em cacos c’o a dança E o pobre pedia a gritar Ao homem da gaita Que acabasse a fita Mas nada ficou por quebrar O Juiz de fora Chamado na hora “Só tenho que te condenar Mas quero uma prova Se é crime ou se é trova Faz lá essa gaita tocar” O homem da louça Sentado na sala Levanta-se e põe-se a saltar Enquanto a rabeca Não se incomodava A sua cadeira era o par Pulava o jurista De quico na crista Ninguém se atrevia A parar E a mãe entrevada Que estava deitada Levanta-se E põe-se a bailar Vá de folia vá de folia Que há sete anos me não mexia

Rebecca Szeto é uma artista plástica que vive na Califórnia e, segundo ela, brinca de uma forma subtil com a perceção que se tem dos objetos. Movese entre a verdade e a ficção, que resulta em algumas peças carregadas de humor. Recorre a materiais que usualmente designaríamos por lixo, mas é em pedaços de madeira e aço ferrugento que o seu trabalho transforma-se em arte. Dá uma espreitadela em http:// www.rebeccaszeto.com/portfolio.htm

Pais Não há volta a dar, o frio e a chuva vieram para ficar. Nada como um boneco de neve para alegrar os dias.

À solta Uma ideia simples para decorares a tua árvore ou mesa de Natal. Vais precisar de algumas rolhas, pequenos ramos, cola e contas vermelhas para o nariz das renas.


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Béla Szakcsi Lakatos – “Live at the Budapest Jazz Club” Béla Szakcsi Lakatos (piano). Editora: Budapest Music Center Records Ano: 2010

Letras Primeiras vontades: da liberdade Jazz política para tempos Béla Szakcsi Lakatos árduos ão nove, os ensaios, atra“Live At vés dos quais André Barata – doutorado The Budapest em filosofia e professor na Universidade da Beira Interior Jazz Club” – cria um percurso filosófico

Boa vida Comer

Cataplana de bacalhau com feijão encarnado Ingredientes para 4 pessoas: 500 gr. de feijão encarnado, 800 gr. de bacalhau (de preferência lombo), 1 dl. de azeite, q.b. de sal grosso, 2 cebolas, 4 dentes de alho, 1 folha de louro, 20 gr. de massa de pimentão, 2 cenouras, 2 dl. de vinho branco alentejano, 1 molho de coentros. Confeção: Demolhe o bacalhau durante 48 horas, mudando a água várias vezes. Corte-o aos cubos e reserve. Ponha o feijão de molho durante 12 horas. Numa panela coza-o em água com um pouco de sal. Reserve a água e o feijão. Numa cataplana faça um refogado com azeite, cebolas cortadas em meias luas finas, alhos picados, sal, cenoura cortada em rodelas muito finas, folha de louro e a massa de pimentão. Depois de tudo refogado, adicione o vinho branco e deixe cozinhar em lume brando até evaporar o álcool do vinho, com a cataplana semifechada. Destape a cataplana e junte o feijão cozido, a água da cozedura do feijão, o bacalhau aos cubos e coentros picados. Feche a cataplana e leve novamente ao lume brando por cerca de 10 minutos. Bom apetite... Notas: Cuidado com o sal, visto que o bacalhau e a massa de pimentão já contêm. Existe bacalhau congelado de muito boa qualidade, que pode encontrar à venda em qualquer supermercado, simplificando assim a confeção da receita. Também existe feijão em lata de boa qualidade. António Nobre Chefe executivo de cozinha – Hotéis M’AR De AR, Évora

Diário do Alentejo 23 novembro 2012

O Oli é um cachorro com menos de três meses, muito dócil e sociável. Ele e o seu irmão foram encontrados abandonados no meio de um descampado… estavam sem água e comida há já vários dias. Agora estão a recuperar numa família de acolhimento temporário e em breve estarão prontos para serem vacinados. Pensamos terem cruzamento com rafeiros do Alentejo e por isso vão ficar de porte grande. Gostaríamos de encontrar uma “família cinco estrelas”… que tenha espaço e muito amor para dar a estes amigos de quatro patas para que não voltem a sofrer nada parecido com o que já viveram. Contactos: 962432844 sofiagoncalves.769@hotmail.com

S Filatelia O LVIII Dia do Selo é para a semana

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o dia 1 de dezembro, a Federação Portuguesa de Filatelia – APM (FPF) promove, uma vez mais, a realização das comemorações do Dia do Selo. Este dia grande para a filatelia nacional, assinala-se em Portugal desde 1955. Nesse ano o dia escolhido para a sua celebração foi 17 de janeiro, data provável da entrada em circulação, em 1855, dos primeiros selos de D. Pedro V. As comemorações de agora estão a cargo da Secção Filatélica e Numismática do Clube Galitos (Aveiro), que este ano também celebra os 50 anos de edição da sua revista, “Selos & Moedas”. A FPF aproveita a data para realizar o congresso ordinário a que os seus estatutos a obrigam. Da ordem de trabalhos destacamos o ponto “3”, que propõe a atribuição da Ordem de Mérito Filatélico a Jorge Luís Pereira Fernandes, distinto filatelista já possuidor de várias distinções, entre as quais a Medalha de Mérito Filatélico da FPF (1965). Segue-se o lançamento do Inteiro Postal e respetivo carimbo comemorativos dos 50 anos da revista “Selos & Moedas”. De seguida, se o tempo o permitir, realiza-se um passeio em moliceiro pelos canais de Aveiro. Durante o almoço, proceder-se-á à entrega dos Prémios da FPF, seguindo-se o lançamento da revista comemorativa dos 50 anos de “Selos & Moedas”. Para além do Inteiro Postal, os correios também emitiram um carimbo comemorativo; ambos estarão disponíveis no posto de correios que funcionará, das 10 às 13 horas, no Salão Nobre do Clube dos Galitos, sito na praceta Dr. Joaquim de Melo Freitas. Recorde-se que os Prémios de Mérito Filatélico – Literatura a entregar – são sempre referentes ao ano anterior, neste caso o ano de 2011. Serão atribuídos a: Prémio “O Philatelista” – Melhor Periódico: Revista “O Timbre”, revista da Confraria Timbrológica Meridional Armando Álvaro Bóino de Azevedo (Évora). Prémio “A. Guedes de Magalhães” – Melhor Autor: Eduardo José Oliveira e Sousa, pelos seus artigos publicados em diversas revistas filatélicas. Prémio “Carlos Trincão” – Outras Obras: publicações (Boletim de divulgação, Catálogo e Palmarés) da Filexgaya 2011 – Exposição Filatélica, do Clube de Colecionadores de Vila Nova de Gaia. Prémio “Juvenil de Literatura Filatélica”: Gonçalo Silva Barros Lima, pelos seus artigos publicados na Revista “Vale do Neiva Filatélico”. O Dia do Selo nunca deixou de se assinalar em Portugal. Em 1955 a FPF editou uma carta especial a imitar as de antigamente; a própria folha de texto era dobrada de forma a formar o sobrescrito. No ano seguinte foram emitidos sete carimbos que foram usados um em cada colónia. Não houve carimbo em Portugal. A partir de 1957 nunca mais os correios deixaram de assinalar a data com a emissão de produtos filatélicos, quase sempre carimbos comemorativos, tanto em Portugal como nas colónias. A ilustração mostra-nos os carimbos do Dia do Selo do ex-ultramar de 1972. Geada de Sousa

para discorrer sobre a possibilidade do homem manter-se na condição de “animal político” mesmo depois de todas as mortes anunciadas e para além do vaticinado fim da história. A obra abre com uma citação de Rancière: “O homem é um animal político porque é um animal literário que foge ao seu destino ‘natural’por se deixar desencaminhar pelo poder das palavras”. Ao princípio foi o verbo, é sabido. É pela escrita e pela leitura que a redenção se abre, em tempos árduos, em que a crise se tornou álibi para o processo de subtração em curso e por via do qual é ameaçada a liberdade política de cada um. A subtração dos direitos está em curso e pela palavra - pelo pensamento – é que se faz o resgate. É, portanto, um contributo fundamental o que Barata deixa nesta livro. Traça percursos alternativos para a sustentação da possível liberdade nas escolhas – o primeiro trabalho é ao nível da consciência de si e da resistência a essa lógica de substracção ao espaço público (em sentido arendtiano). A liberdade segundo Rousseau (e vontade geral); abordada por Isaiah Berlin (e o seu democratismo); como razão de ser da política, de acordo com Arendt; sensibilidade e democracia, por Rancière; existencialismo e ação segundo Sartre além da esquerda libertária por Zizek. Mas ainda, numa segunda parte, três ensaios sobre a Modernidade retomada e vista a partir de três posições/condições: tolerância, Identidade (portuguesa) e Ética Pública. Maria do Carmo Piçarra

André Barata Documenta 208 págs. 16 euros

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erdadeira luminária do jazz húngaro desde que despontou em meados dos anos 1960, mas infelizmente pouco conhecido entre nós, Béla Szakcsi Lakatos é um pianista e compositor de primeira água, que tem vindo a erguer um percurso de contornos idiossincráticos. Jogando com igual à-vontade nos tabuleiros do jazz e da música dita “clássica”, refinou ao longo dos anos um pianismo excêntrico e de grande riqueza temática. Depois de uma fase de absorção das linhas de força da história do jazz ao piano, Lakatos tornou-se conhecido sobretudo pela forma como tem incorporado elementos do rico folclore húngaro e da tradição cigana na sua música, tornando-a algo que escapa a catalogações simplistas. Nesta gravação, registada ao vivo no Budapest Jazz Club, em outubro de 2010, exibe-se a solo e a um nível altíssimo, interpretando quatro peças de sua autoria e três leituras muito pessoais de standards ultra conhecidos. Na peça de abertura, “Hungarian Intervals”, explora numa lenta e longa ruminação os recantos mais insondáveis da música magiar, entrelaçando de forma muito particular uma profusão de ideias e motivos. Lakatos revela também fortes influências de compositores húngaros do século XX, como demonstra no pianismo torrencial de “I Dont Know (What Key I´m in and What Notes I´m Playing)”, dedicado a György Kurtág. Exibe um lirismo tocante em “Body and Soul”, mas sobretudo ao processar “Blue in Green”, fazendo seu este imortal emblema “milesiano”. Na melhor das versões, contudo, o pianista subverte de forma notável a melodia central de “Stella By Starlight”, insuflando de um sopro renovado o velho clássico de Victor Young. Se o pianista começara a jornada a pensar nos intervalos húngaros, termina-a com um improvável blues, com tudo a que tem direito, dedicado à bela cidade banhada pelo Danúbio. Sem dúvida um excelente disco, a descobrir em sucessivas audições. António Branco


Diário do Alentejo 23 novembro 2012

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Paulo Ribeiro apresenta “No Silêncio das Casas” em Castro

Paulo Ribeiro sobe amanhã, sábado, pelas 21 e 30 horas, ao palco do Cineteatro Municipal de Castro Verde para apresentar o seu mais recente trabalho: “No Silêncio das Casas”. Este é o segundo trabalho a solo do cantautor, que dá a conhecer um conjunto de canções intimistas. Natural de Beja, o seu nome está ligado a projetos como Anonimato, Baile Popular ou Mosto. “No Silêncio das Casas” contou com as participações de Viviane, Zeca Medeiros e vários músicos, como é o caso de Mário Delgado ou Celina da Piedade.

Fim de semana Feira do Livro de Mértola encerra amanhã Até amanhã, sábado, pode ser visitada a Feira do Livro de Mértola, que decorre no salão dos bombeiros voluntários. vooluntários. Hoje, sexta-feira, destaque para o teatro de marionetas e para a apresentação das publicações do Campo Arqueológico de Mértola. Amanhã, sábado, a Feira doo Livro de Mértola promove um encontro, pelas 16 horas, com o autor Eduardo Aleixo, que apresentará o seu livro Os Caminhos do Silêncio.

António Paisana expõe em Ferreira É inaugurada amanhã, sábado, na Capela de Santo António, em Ferreira do Alentejo, uma exposição de pintura da autoria de António José Paisana. A mostra pode ser apreciada até ao dia 10 de dezembro.

Espetáculo de dança “Drácula” no palco do Pax Julia O Pax Julia Teatro Municipal de Beja recebe, amanhã, sábado, pelas 21 e 30 horas, o espetáculo de dança “Drácula”, protagonizado pela Vórtice Dance Company. Uma iniciativa da Rede Arte Sul, que conta com cofinanciamento Inalentejo/QREN/UE.

Vin&Cultura em Ervidel

É tempo de provar o vinho

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rvidel volta a receber a festa do vinho do concelho de Aljustrel. Este fim de semana todos os caminhos vão dar à Vin&Cultura, que, ano após ano, promove as iguarias da terr terra, as tradições e a identidade de um povo. O principal destaque, como não poderia deixar de ser, vai para o vinho vi novo. Novembro é o mês em que se abrem as talhas e, neste sen sentido, todas as adegas da freguesia abrem portas e dão a provar a loc locais e forasteiros o aclamado néctar. O largo, junto ao Salão de Festas de Ervidel, vai encher-se de bar barraquinhas repletas dos melhores produtos locais e regionais, que vão desde a doçaria ao artesanato. A música, à semelhança das out outras edições do evento, marcará o ritmo da festa que não esquece os ppetiscos e o convívio. “Promover, valorizar e comercializar o vinho, entre outros produt dutos agrícolas do concelho, e proporcionar oportunidades de negóc gócio, cativar e incentivar o investimento, bem como contribuir par para o desenvolvimento e revitalização do mundo rural, são os pri principais objetivos deste certame”, segundo a Câmara Municipal de Aljustrel, A organizadora do evento, em colaboração com a Junta de Freguesia de Ervidel, os produtores de vinho locais e o movime mento associativo. Este ano a edição da Vin&Cultura irá contar, no domingo, com a tr transmissão do programa “Somos Portugal”, da TVI. Segundo a au autarquia, “este programa de cariz popular, com seis horas de em emissão em direto, entre as 14 e as 20 horas, propõe-se a fazer uma gra grande divulgação do evento, de Ervidel e de Aljustrel, enquanto des destino gastronómico e turístico, mas também de outros pontos de inte interesse do concelho”. Programa, este, que contará com a atuação de ddiversos artistas nacionais, o que, de acordo com a organização, “tra “trará ainda mais animação ao evento”.

“Selene” na igreja de São Barnabé hoje à noite “S A Ig Igreja de Santa Suzana de São Barnabé, concelho de Almodôvar, acolhe hoje, sexta-feira, pelas 21 horas, a iniciativa “Música In Patrimonium”, hoj que consiste em encontros de música clássica e antiga. Alexandre Gabriel (ha (harpa céltica e guitarra), Gonçalo do Carmo (guitarra clássica, oud e fídula) fíd e Rita Damásio (voz) vão juntar-se em atuação e apresentam “Se “Selene”. Na verdade, o recém-criado projeto musical resulta do enc encontro das afinidades dos três músicos com percursos muito distintos e cuja cu atividade atravessa praticamente todos os géneros musicais.

Andaluzia no Musibéria An Dec Decorre no Centro Internacional de Músicas e Danças do Mundo Ibérico (Musibéria), em Serpa, durante este fim de semana, o workshop Ibé que dá destaque à Andaluzia. Flamenco, alegria, bulerias, fandango e sevilhanas se são algumas das propostas. Haverá ainda espaço para ofic oficinas de castanholas e de cajón flamenco. Amanhã, sábado, no aud auditório Musibéria, pelas 21 e 30 horas, acontece ainda um espetáculo com Callesierpe (Sevilha) e Ana Castilla com “bailaores”.


A inauguração das instalações da Estig ficou marcada pela polémica. Contudo, tal não se deveu ao facto de ter uma pala que podia ser uma rampa de lançamentos para Space Shuttles, mas sim por terem surgido notícias de que se trataria de um investimento avultado para não ter alunos. Ao que apurámos, o movimento de indignação pelo “esbanjamento de dinheiros públicos”, que surgiu, inicialmente, nas redes sociais rapidamente saltou para os media de Lisboa: “Era imperativo falar nisso. Afinal, tudo o que fica nesse sítio longínquo é jogar dinheiro à rua… Beja é o exemplo do regabofe que desgovernou Portugal! Aeroporto? Escolas? Vai-se a ver e qualquer dia exigem estradas alcatroadas, ou mesmo água potável! O que é que querem a seguir? Máquinas de raio-x e medicamentos? Um chazinho de camomila não resolvia essa dor lancinante no peito? Qualquer dia temos de os deixar votar, não?”, afirmou um blogger e comentador com penteadinho à fosga-se.

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dignam-se in a o b is l e media d m beja por haver em projetos tos e investimen aeroporto, como o gua potÁvel a estig e a Á

facebook.com/naoconfirmonemdesminto

Exclusivo mundial: Não confirmo, nem desminto apresenta o primeiro rascunho do orçamento da Câmara de Beja para 2013 Pensava que era só o “Correio da Manhã” que publicava documentos bombásticos? Engana-se, caro leitor. Aqui, na Não confirmo, nem desminto, também fazemos jornalismo de investigação. Neste caso, depois de um suborno a uma secretária com uma caixa de achigãs e um frasco de Channel N.º 6 (comprado nos ciganos), acedemos àquele que é o primeiro rascunho do orçamento para a autarquia bejense, como pode ver em seguida.

Novo filme sobre Florbela Espanca: Poetisa é vampira e apaixona-se por homem que se transforma em rafeiro alentejano em noites de lua cheia Depois do filme “Florbela”, realizado por Vicente Alves do Ó, a sétima arte continua a apostar na história de vida da poetisa nascida em Vila Viçosa. Uma investigação conjunta Cahiers du cinéma/Cinema Melius descobriu que está a ser produzido um filme dedicado à autora destinado a um público mais jovem. A trama desenrola-se em torno do amor proibido de Florbela, uma vampira de uma família

de latifundiários que gere as suas herdades durante o dia e de noite ataca camponeses indefesos, por um rapaz que se transforma num rafeiro alentejano de dois metros nas noites de lua cheia, como se pode ler neste poema exemplificativo da paixão e sofrimento da poetisa: “Deixas-me o coração exangue/não te consigo atacar a goela/ perco a vontade de ingerir sangue/mesmo que seja em cabidela!”. O filme conta com a participação de atores como Nicolau Breyner (no papel de Florbela), de Nicolau Breyner (no papel de primeiro e segundo maridos de Florbela), de Nicolau Breyner (no papel de escrivaninha onde Florbela escrevia) e do ator brasileiro Tony Ramos, que interpretará o papel de rafeiro alentejano, podendo, deste modo, explanar os seus dotes artísticos e capilares.

Inquérito Em Grândola um pescador foi atingido por uma bala de um fuzileiro a um quilómetro de distância. Acredita em coincidências?

BASÍLIO PACÍFICO, 43 ANOS Pessoa que sofre espasmos musculares no céu da boca Depende do ponto de vista! Olhe, no último ano sofri coincidências a sério – levei com aumentos de impostos, comeram-me metade do subsídio de Natal, a minha mulher deixou-me por um moçambicano dotado, o Benfica perdeu o campeonato quando teve cinco pontos de avanço, a minha filha casou-se com um tocador de djambé e o meu gato foi atropelado –, mas continuo a defender que devemos levar as coisas de forma positiva. Agora, saber que o João Pedro Pais vai lançar um novo álbum é algo que não posso admitir!

TEODÓSIO TRINCHEIRA, 38 ANOS Fuzileiro e produtor de medronho Acredito que foi uma coincidência o sacana do pescador estar no caminho da minha bala… Eu a fazer pontaria a uma perdiz e o canalha teve de se debruçar para atar os sapatos? Não há direito! Agora ainda são capazes de me pedir uma idemnização por ter aleijado o senhor. E quem é que paga a bala? E a perdiz para o jantar? Agora, que o fulano teve sorte, isso é mais que certo… Foi uma coincidência feliz não me ter lembrado de usar a bazuca…

VIRGÍLIO VERDEMÃ, 51 ANOS O primeiro pescador em Portugal a ser alvejado pelos fuzileiros Cá para mim não há coincidências, mas sim atos divinos. Eu, quando levei o meu balázio, levava uma vida de deboche: havia noites em que me deitava quase às 23 horas, era menino para beber uma ou duas cervejas por ano e na estrada era capaz de andar a 60 km/h, sempre a abrir… Depois do balázio vi a luz! –Só me apercebi depois que era um paramédico a apontar-me uma lanterna para os olhos. Desde então tornei-me solidário: agora colaboro com o Banco Alimentar, o Banco de Sangue de Ervidel e o Banco de Esperma de Porto Covo.


Nº 1596 (II Série) | 23 novembro 2012

FUNDADO A 1/6/1932 POR CARLOS DAS DORES MARQUES E MANUEL ANTÓNIO ENGANA PROPRIEDADE DA AMBAAL – ASSOCIAÇÃO DE MUNICÍPIOS DO BAIXO ALENTEJO E ALENTEJO LITORAL | Presidente do Conselho Directivo José Maria Pós-de-Mina | Praceta Rainha D. Leonor, 1 – 7800-431 BEJA | Publicidade e assinaturas TEL 284 310 164 FAX 284 240 881 E-mail comercial@diariodoalentejo.pt | Direcção e redacção TEL 284 310 165 FAX 284 240 881 E-mail jornal@diariodoalentejo.pt Assinaturas País € 28,62 (anual) € 19,08 (semestral) Estrangeiro € 30,32 (anual) € 20,21 (semestral) | Director Paulo Barriga (CP2092) | Redacção Bruna Soares (CP 8083), Carla Ferreira (CP4010), Nélia Pedrosa (CP3586) | Fotografia José Ferrolho, José Serrano | Cartoons e Ilustração Paulo Monteiro, Susa Monteiro Colaboradores da Redacção Aníbal Fernandes, Firmino Paixão | Colunistas António Almodôvar, António Branco, António Nobre, Carlos Lopes Pereira, Francisco Pratas, Geada de Sousa, José Saúde, Rute Reimão Opinião Ana Paula Figueira, Beja Santos, Bruno Ferreira, Cristina Taquelim, Daniel Mantinhas, Domitília Soares, Filipe Pombeiro, Filipe Nunes, Francisco Marques, João Machado, João Madeira, João Mário Caldeira, José Manuel Basso, Luís Covas Lima, Manuel António do Rosário, Marcos Aguiar, Maria Graça Carvalho, Martinho Marques, Nuno Figueiredo, Ruy Ventura, Viriato Teles | Publicidade e assinaturas Ana Neves e Dina Rato | Departamento Comercial Sandra Sanches e Edgar Gaspar | Paginação Antónia Bernardo, Aurora Correia, Cláudia Serafim | DTP/Informática Miguel Medalha | Projecto Gráfico Alémtudo, Design e Comunicação (alemtudo@ sapo.pt) Depósito Legal Nº 29 738/89 | Nº de Registo do título 100 585 | ISSN 1646-9232 | Nº de Pessoa Colectiva 501 144 587 | Tiragem semanal 6000 Exemplares Impressão Empresa Gráfica Funchalense, SA | Distribuição VASP

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quadro de honra A Crioula é o quarto romance histórico escrito pela pena de António Gamito Chaínho, natural de Grândola. O seu conhecimento sobre o Tarrafal e o seu campo de concentração fê-lo perceber o sofrimento que aquela gente viveu e, inevitavelmente, estas razões levaram-no a escrever este livro. No fundo, a sua mais recente obra estabelece, garante, “um diálogo entre aqueles que partiram com a alma aberta a novas experiências para o então Ultramar e os que os recebiam”. Um retrato da cumplicidade entre os povos colonizados e os colonizadores, numa relação que não tinha nada a ver com o regime.

António Gamito Chaínho apresenta A Crioula

“Um romance rico em valores” de aventura, acabou por ficar enfeitiçada por aquelas paragens, tornando-se num “crioulo” tão amante da morabeza, como aqueles que lá tinham nascido.

A Crioula é o seu décimo livro. O que distingue esta obra?

Apesar de se tratar do quarto livro na área do romance histórico, pois os outros seis estão incluídos nos âmbitos do trabalho académico e ensaio, o que o distingue é o tema. O meu conhecimento do Tarrafal e do seu campo de concentração (hoje, espaço histórico) levou-me a perceber o sofrimento que aquela gente viveu no período entre a sua reabertura, em 1960, e o encerramento, em 1974, pois os prisioneiros passaram a ser os naturais das colónias, da própria ilha de Santiago e do concelho do Tarrafal. Tive o privilégio de conhecer uma crioula de 94 anos, Nha Beba, que me relatou o seu percurso de vida, baseado nas dificuldades, na luta e na adversidade. Por exemplo, o simples facto de uma sua irmã ter “furtado” purga rendeu-lhe a ida para as roças de São Tomé. Esse conhecimento foi decisivo, bem como o facto de o município de Grândola ter uma geminação com o congénere do Tarrafal. Mas foram razões do conhecimento local que me levaram a escrever A Crioula. Este romance histórico transporta-nos para África. Há uma fronteira ténue entre a ficção e a realidade?

Exatamente. No fundo, o livro estabelece um diálogo entre aqueles que partiam com a alma aberta a novas experiências para o então Ultramar e os que os recebiam. Tenta retratar a cumplicidade que sempre existiu entre povos colonizados e colonizadores, numa relação que não tinha nada a ver com o regime. O próprio Amílcar Cabral afirmava que a luta não era contra o povo português, mas sim contra o regime. Sempre houve um laço de fraternidade entre os dois povos e eu procuro na narrativa enaltecer essa ligação fraterna. Neste caso, a personagem ida da “metrópole” numa viagem PUB

Esta é uma obra que enaltece o papel da mulher crioula. Trata-se também de uma homenagem?

António Gamito Chaínho 62 anos Natural de Grândola António Gamito Chaínho dedicou grande parte da sua vida ao ensino. Para além de dar aulas, foi presidente da Escola Secundária António Inácio da Cruz, entre outras instituições. Foi ainda consultor para o ensino, na cooperação com São Tomé e Príncipe. Exerceu o cargo de vereador na Câmara de Grândola e foi presidente da Comissão Liquidatária do Ex-Grémio da Lavoura-1976. Desde 2005 que é o presidente da Assembleia Municipal de Grândola. Conta com 10 obras publicadas.

Sim, porque a mulher crioula, no caso concreto de Cabo Verde, muito contribuiu para a resistência e para o despertar da sociedade, no que dizia respeito à libertação do seu povo. Ela sentia a angústia do isolamento, pois o mar que cercava a ilha era, simultaneamente, a liberdade e a prisão, as incertezas do futuro, mas também era persistente, lutadora e sensível às atrocidades do regime. Alzira, a personagem que incorpora este papel, parece assumir, de forma marcante, esse desígnio. O Alentejo, o concelho de Grândola, de certa forma, acaba também por estar presente neste romance. A ligação à sua terra é intrínseca à sua escrita?

Essa ligação está permanentemente presente em todos os meus livros, sejam eles ficcionados, sejam fruto de situações reais. Os alentejanos sempre que se deslocam para outras paragens transportam a sua cultura e o seu estado de alma. Este romance, rico em valores de que o ser humano é possuidor, não podia prescindir de uma personagem tão marcante como é a do médico que partiu de Melides rumo ao Tarrafal. Ela vai ao encontro da figura de um médico que viveu em Grândola, Dr. Manuel Reis, que esteve preso no campo de concentração, e que era estimado, não só pelos restantes reclusos, mas também pelos habitantes de Chão Bom, aldeia existente junto ao presídio, com quem trocava o medicamento Atebrina, que combatia a biliosa, por víveres. Bruna Soares

Hoje, sexta-feira, o céu apresentar-se-á muito nublado em toda a região e a temperatura oscilará entre sete e os 16 graus centígrados. Amanhã, sábado, podem cair aguaceiros e no domingo o céu deverá estar limpo.

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Luís Afonso tem novo livro Luís Afonso, cartunista, tem um novo livro. O Comboio das Cinco trata-se, na verdade, do “primeiro livro de Lopes, o escritor pós-moderno”. É, segundo o autor, “como não poderia deixar de ser, uma história para os dias de hoje”. Um professor perdido no Alentejo, quase sem sair do mesmo sítio, vê-se envolvido numa vertiginosa aventura que o levará longe, a um desfecho inesperado. Diz-se que este livro dava um filme, ou não fosse Lopes uma criação de Luís Afonso. “Lopes, o escritor pós-moderno, começou a pensar escrever um livro no final dos anos oitenta. Andou pela revista ‘Grande Reportagem’, onde, para ganhar a vida, passou a ser repórter pós-moderno. Esteve parado uns tempos e regressou à atividade na revista ‘Sábado’, em 2004. Ninguém lhe tira da cabeça que é um enorme talento na escrita, um nome a letras de ouro na história da literatura”. O lançamento do livro aconteceu na passada sexta-feira, em Lisboa.

I Encontro de Tunas Solidário Acontece na terça-feira, 27, pelas 21 e 30 horas, o I Encontro de Tunas Solidário. O espetáculo, que pretende encher o auditório do IPBeja, reverte a favor da Cáritas Diocesana de Beja. À entrada cada espetador só tem deixar produtos alimentares ou produtos de higiene pessoal. O espetáculo conta com a participação da Tuna Académica da Escola Superior de Educação (ESE’S Tunis), da Tuna Académica de Enfermagem de Beja (TAEB), da Tuna Feminina Universitária de Beja (TFUB), da Tuna Académica da Escola Superior de Tecnologia e Gestão (Ma’Estig’ama Tuna), da Tuna Universitária de Beja (TUB) e da Tuna Académica da Escola Superior Agrária (Semper Tesus). O espetáculo solidário conta ainda com a participação especial dos Adiafa.

Mostra internacional em Beja Encontra-se patente na Casa da Cultura de Beja a exposição internacional “Prove um Gole de Café Espacial” organizada pela associação brasileira Café Espacial com a colaboração da Bedeteca de Beja. Depois de estar exposta no Brasil, a mostra chegou a Portugal, nomeadamente a Beja, e por cá ficará até ao dia 31 de dezembro, seguindo depois para a Argentina.


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