Fim de semana
Vitória, vitória
Os melhores da guitarra hoje em Milfontes
Matilde Rosa Araújo em Serpa
pág. 30
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SEXTA-FEIRA, 30 NOVEMBRO 2012 | Diretor: Paulo Barriga Ano LXXXI, N.o 1597 (II Série) | Preço: € 0,90
Comissão nacional da Unesco garante entrega da candidatura do cante a Património Imaterial da Humanidade
Vamos lá saindo por esse mundo fora... JOSÉ FERROLHO
Abortada que foi a apresentação à Unesco, em março último, da candidatura do cante alentejano a Património Cultural Imaterial
Desemprego acentuado preocupa Cabeça Gorda
da Humanidade, eis que a comissão nacional daquele organismo das Nações Unidas, através do seu presidente, vem agora garantir a
sua entrega em Paris, no início de 2013. Um “compromisso” que dá boas esperanças à respetiva comissão executiva. pág. 8
“A indústria é o posicionamento estrutural do aeroporto de Beja”
SUSA MONTEIRO
págs. 4/5
“Último” Dia da Independência comemora-se amanhã Beja mantém decréscimo de novos casos de Sida pág. 9
IPBeja adere à Rede Portuguesa para o Desenvolvimento do Território pág. 11
Pedro Beja Neves, diretor geral da gare aeroportuária bejense, não tem dúvidas: o turismo e a indústria podem e devem coexistir no aeroporto de Beja. “Não há qualquer conflitualidade entre a aviação de passageiros e aquela que vem para manutenção”, afirma. O problema são os constrangimentos financeiros que mantêm a infraestrutura em “compasso de espera”. págs. 6/7
JOSÉ SERRANO
págs. 16/17
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Editorial Esferográfica Paulo Barriga
Vice-versa João Paulo Ramôa “lamentou” que tenha sido a região a colocar [o assunto da falta de alunos para as novas instalações da Estig] “no plano nacional para ser ridicularizado”. Segundo ele, foi esse o caminho que acabou por “criar dificuldades ao aeroporto de Beja e é isso que mais tarde ou mais cedo vão fazer com o Politécnico”. O presidente do conselho geral do IPBeja questiona o número de equipamentos existentes no País, sem utilização, e dos quais não se fala. João Paulo Ramôa, citado pela Rádio Pax
N
a verdade, isto já não vem de agora. Há já algum tempo atrás, alguns meses, mais de um ano, talvez, dei-me conta da ocorrância, do assunto, para não dizer do problema. Sem mais nem menos – fica aqui mal o certíssimo “sem saber ler nem escrever” – dei por mim a escrever com lapiseiras, esferográficas, pontas de lápis de carvão. Regularmente. Novamente. Como antigamente. Ou como agora mesmo, neste preciso instante, que sobrevoo parte algures de França. Com destino a Bruxelas. Com uma cumpridora Bic Cristal a arranhar de tinta azul as páginas do bloco de apontamentos. Não há nada de tempo vi de cima boa parte do chão de Portugal, depois o da Espanha, agora o da França. É porreira, a sensação. Quase malandra, até: espreitar do alto a insignificância do que se passa cá em baixo. O primeiro exercício que me ocorreu foi o de tentar delinear as fronteiras. Uma tarefa parva e inútil, disse-me o húngaro que está sentado aqui mesmo ao meu lado, já sem sapatos nem paciência para a conversa. Respondi-lhe que os espanhóis têm a mania de espertos e que, daqui de cima, são afinal tão pequeninos que nem os vemos. Outra observação parva. Isso é preconceito, bocejou antes de adormecer. Pois é: é preconceito. Preconceito que vem da desconfiança cultural dos ventos e dos casamentos. Do desconhecimento mútuo. Da cristalização ou aculturação de uma visão ultrapositivista da História. E a Europa, para onde agora vou, é isso mesmo: não um caldeirão de culturas, onde fervilha o direito à diferença, mas antes uma adega com os diferentes potes fechados em si mesmos, a azedarem com o tempo que passa. Não gostamos dos espanhóis porque são arrogantes e sobranceiros. Detestamos os alemães pelos mesmos motivos e outros mais. Deploramos os gregos por serem tão exatamente como nós. Os ingleses porque sim. Os finlandeses porque não se percebe patavina do que dizem. Os checos por terem uma cerveja melhor que a nossa. Os italianos e os suecos por terem outras loiras igualmente melhores que as nossas. Este é o retrato do verdadeiro europeu. Aquele ser egoísta que não consegue ver a mais de um palmo para lá do próprio nariz. Egocêntrico. Picuinhas. Que se tem em muito boa conta. Condição nenhuma neste mundo se sobrepõe ao ser europeu. O europeu é sempre melhor que o europeu do lado. E é esta boa vibração que nos corre na alma que vim constatar a Bruxelas. Onde era suposto existir o berço da união dos europeus, a matriz humanista dos tempos que correm, o cadinho onde se fundem num mesmo metal todas as culturas da Europa. Vim à procura dessa Europa e não a encontrei. E parece que isso, como o escrever a esferográfica, já não vem de agora.
A concelhia de Beja do Partido Socialista manifestou em comunicado a “sua concordância com algumas das recentes declarações feitas por João Paulo Ramôa à comunicação social”, por confirmarem ideias já defendidas pelo presidente da Federação do Baixo Alentejo do PS, Pedro do Carmo”. No entanto, “estranha” que o mesmo entenda “que foi a região a colocar este assunto no plano nacional, para ser ridicularizado”. Concelhia de Beja do PS
Fotonotícia
A restauração está na rua Juntaram-se na praça da República, em Beja, munidos de fogões, panelas e material para cozinhar. A noite prometia ser longa e nada como um caldo verde para aquecer os que participaram na vigília em frente à sede da distrital de Beja do PSD, a pedido do Núcleo de Beja do Movimento Nacional Empresarial da Restauração (MNER). Tudo para alertar, mais uma vez, para as dificuldades que o setor atravessa. E, dizem, muito por culpa do IVA. A luta pela sua descida, dos 23 para os 13 por cento, promete continuar. Nem que para isso tenham de voltar uma e outra vez à rua, e se necessário novamente apetrechados de fogões, panelas e material para cozinhar. BS Foto de José Ferrolho
Voz do povo O que pensa acerca do aeroporto de Beja?
Inquérito de José Serrano
Paulo Viriato, 42 anos, calceteiro
Flávia Mestre, 19 anos, estudante
José Rosa, 51 anos, técnico desenhador
Francisca Venes, 63 anos, aposentada
Houve ali muito dinheiro jogado fora. Numa obra sem qualquer utilidade, que não dá emprego a ninguém. Uma infraestrutura tão importante deveria merecer um maior empenho, dos responsáveis locais e nacionais. A meu ver era útil existirem voos para os destinos dos nossos emigrantes. Escusavam de terem de se deslocar a Faro ou Lisboa. E traziam movimento à cidade.
Acho uma pena não estar a funcionar. Foi construído e não é utilizado como pensámos que viesse a ser. Era muito importante para todos chegarem novas pessoas à cidade, visitarem-nos. E para nós, que aqui vivemos, também seria muito vantajoso quando pensássemos em viajar. Talvez um dia isso aconteça. Quando eu tiver 30 anos.
Julgo que está desativado. O que é uma pena, pois parece ter todas as condições necessárias para avançar e criar postos de trabalho, dinamizar a cidade. Não era necessário que fosse terminal de passageiros. Podia funcionar como aeroporto de carga, oficina de aviões. Com a crise económica instalada no País, pressinto ser cada vez mais difícil pôr aquilo a funcionar.
É uma pena estar parado. As agências de viagens e os organismos dirigentes da cidade podiam criar iniciativas para as pessoas viajarem mais. A destinos como Londres, Açores, Madeira. Poderia ser o início duma movimentação aeroportuária interessante. Acredito que, um dia, as pessoas envolvidas vão ser capazes de desenvolver o aeroporto. E devolvê-lo à cidade.
Rede social
Semana passada SEXTA-FEIRA, DIA 23 BEJA MEMBROS DO CONSELHO GERAL DO INSTITUTO POLITÉCNICO TOMAM POSSE Tomaram posse os membros eleitos para o conselho geral do Instituto Politécnico de Beja. Recorde-se que a eleição para este órgão (de 15 dos 21 elementos que o compõem), decorreu no passado dia 12, e destinou-se a escolher os representantes dos professores e investigadores das quatro escolas do IPBeja, e dos alunos e pessoal não docente. Será este grupo de eleitos a propor agora, no espaço de no máximo duas semanas, as seis personalidades da comunidade a cooptar para este órgão. A escolha do novo presidente do conselho geral do IPBeja deverá, de acordo com os estatutos, recair num destes seis elementos.
SÁBADO, DIA 24 MÉRTOLA EMPRESÁRIOS DO CONCELHO REUNIDOS EM ENCONTRO Decorreu, no Monte do Guizo, sob o tema “Desenvolvimento económico, perspetivas de futuro”, o IX Encontro de Empresários do Concelho de Mértola, promovido pelo município local. Trata-se de um evento que reúne, todos os anos, empresários e técnicos que apoiam a atividade empresarial. Participaram técnicos da Agência de Desenvolvimento Regional do Alentejo (Adral), do Centro de Emprego de Beja e da Associação Empresarial do Baixo Alentejo e Litoral (Nerbe/Aebal). Em declarações à Rádio Pax, o presidente da Câmara de Mértola, Jorge Rosa, referiu que faz “sempre sentido” a realização do encontro, por ser uma ocasião em que a autarquia revê os empresários do concelho, transmitindo-lhes algumas informações e ouvindo o que têm para dizer. Jorge Rosa afirmou ainda que esta iniciativa permitiu também debater o momento que o País atravessa, bem como equacionar uma estratégia para o futuro.
VIANA DO ALENTEJO XIV ENCONTRO DA MODA DEBATE CANDIDATURA DO CANTE Cerca de 35 grupos corais marcaram presença no XIV Encontro da MODA – Associação do Cante Alentejano, que teve lugar em Viana do Alentejo e que debateu, entre outras questões, a candidatura do cante a Património Imaterial da Unesco. Entre os estudiosos presentes esteve Salwa Castelo Branco, membro da comissão científica que está a preparar a referida candidatura, e que aproveitou a ocasião para recolher, junto dos grupos, ideias, informações e sugestões que poderão vir a ser incluídas no plano de salvaguarda para o cante. Francisco Teixeira, presidente da MODA, considerou na ocasião que esta candidatura “vem devolver ao cante o prestígio que ao longo dos anos foi perdendo”.
DOMINGO, DIA 25 ODEMIRA FORÇA AÉREA SALVA FERIDO NA PRAIA DOS ALTEIRINHOS Um homem de 59 anos foi resgatado por um helicóptero da Força Aérea, numa praia do concelho de Odemira, após ter ficado ferido quando andava à pesca em zona de rochas. Fonte do Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Beja adiantou à Lusa que o alerta foi recebido às 13 e 23 horas e que o acidente ocorreu na praia dos Alteirinhos, na freguesia de Zambujeira do Mar. Um comunicado da Força Aérea concretiza que o ferido, “com suspeita de um pé partido”, foi transportado para o aeródromo de Figo Maduro, “e depois levado por uma equipa do INEM para o Hospital de São José, depois de ter sido estabilizado”. A missão, conclui a nota, “representa as mil vidas salvas pelo helicóptero EH-101 da Esquadra 751, ao serviço da Força Aérea Portuguesa”.
QUARTA-FEIRA, DIA 28 LISBOA CÂMARA DE BEJA REÚNE-SE COM INSTITUTO DO TERRITÓRIO A Câmara de Beja reuniu-se em Lisboa com o Instituto do Território. O encontro teve como objetivo “analisar a possibilidade de criar”, na cidade, um núcleo daquele organismo. Uma forma, explica a autarquia, de participar “ativamente nos estudos, propostas e projetos que concretizem uma política de desenvolvimento regional” capaz de combater o despovoamento e a depressão económica e social dos territórios de baixa densidade, “anulando as assimetrias regionais em termos de desenvolvimento”.
3 perguntas a José Ruas Pinto
Fundador e coordenador da página “Messejana ao Vivo” no Facebook Após seis meses “no ar”, que balanço faz da página “Messejana ao Vivo”?
O balanço é mesmo muito positivo. Olhada de início com alguma descrença, foi ganhando adeptos ativos e muitos espectadores atentos. Os números falam por si: 180 vídeos, 1 055 fotos e 550 amigos. Mas o mais positivo é que, após a excelente iniciativa “Messejana Terra Linda”, iniciada há três anos pelo Rui Gonçalves, desde a Suíça, o “Messejana ao Vivo”, ganhando com as potencialidades do Facebook e de uma câmara de filmar, fez com que muitos dos que têm Messejana no coração se sentissem mais perto uns dos outros. Talvez os que tiveram de emigrar sejam os que mais o sentem e nele mais participam. Certamente, tudo isto só foi possível porque tive, e tenho, companheiros que estão sempre disponíveis para as reportagens e entrevistas. Destaco o Rui Maria, um operador de câmara sempre disponível.
Parabéns ao município de Sines O presidente da câmara, Manuel Coelho, partilha aqui um farto lanche com as artesãs da Associação Arte Velha, que acabava de inaugurar uma exposição. Um dos muitos momentos festivos do Dia do Município (24) que celebrou 650 primaveras.
Ervidel provou o vinho em festa Novembro é o mês em que se abrem as talhas para provar o vinho novo e Ervidel transformou esse ritual numa festa. Mesmo com frio e chuva, a Vin&Cultura (24 e 25) abriu as portas das adegas de par em par, saiu à rua a cantar e levou o povo atrás.
Quem são os seus visitantes e que tipo de interatividade se tem estabelecido?
São principalmente pessoas com ligações à vila e freguesia, quer por nascimento, quer por residência. Mas temos visto que se tem alargado a filhos, netos, sobrinhos e primos de várias gerações que, vivendo por esse mundo fora, se sentem messejanenses. Há que referir também os que que, tendo conhecido Messejana, ficaram com ligações afetivas à terra, sendo que os vizinhos das terras que nos envolvem têm, também, mostrado curiosidade. Saliento que muitas amizades têm sido reanimadas, ou mesmo iniciadas entre “amantes” de Messejana.
Sete Lágrimas no Mês da Música de Mértola
Que principais acontecimentos tem vindo a registar e qual se pode considerar o registo de maior “audiência”?
Uma biblioteca que continua a dar música
Os acontecimentos mais visitados e comentados são momentos festivos. Sem dúvida que as nossas tradicionais Festas de Santa Maria – de há dois anos aumentadas e renovadas com a reconstituição histórica da visita de D. Sebastião a Messejana – foram o que mereceu maior atenção dos aderentes à página. As festas de 2012 foram excelentes, em variedade, participação e solidariedade entre a esmagadora maioria dos messejanenses que cá continuam a viver. E que desejam que mais a nós se venham a juntar. Os nossos votos são que este espírito se torne uma constante no dia a dia da vida da nossa comunidade. Carla Ferreira
Coube ao grupo de música antiga Sete Lágrimas as honras de abertura, a 24, de mais um Mês da Música no concelho. A sala compôs-se no Cineteatro da Mina de São Domingos, augurando bons espetáculos para o resto da temporada, que encerra, a 21, com um concerto de Natal.
Beja, ou melhor, a sua biblioteca, continua a dar-nos música. Os últimos a passar pela cafetaria da José Saramago (dia 23) foram os Raízes do Sul, grupo que faz jus ao nome, ao pretender “inovar”, sem desvirtuar, a música tradicional da região.
Ceia da Silva mantém-se à frente da Turismo do Alentejo António Ceia da Silva tomou posse para mais um mandato como presidente da Entidade Regional de Turismo do Alentejo. Empossada foi também, na terça-feira, 27, a mesa da assembleia geral, que continua a ser presidida por João Basto, responsável máximo da EDIA.
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Cabeça Gorda Cabeça Gorda, uma das freguesias mais populosas do concelho de Beja, viu a sua população, já de si envelhecida, decrescer na última década, passando de 1 571 para 1 386 habitantes. A estes dois problemas acresce agora o desemprego, que atinge não só a população em início de vida mas também quem está na meia-idade. Texto Nélis Pedrosa Fotos José Ferrolho
Censos 2011 registam menos 185 habitantes que em 2001
Desemprego acentuado preocupa freguesia
C
abeça Gorda, freguesia situada a cerca de 12 quilómetros de distância da sede de concelho, Beja, padece do mesmo mal que tantas outras pequenas localidades espalhadas pela região: decréscimo populacional e envelhecimento acentuado. Segundo os resultados definitivos do Censos 2011, publicados recentemente, a freguesia conta atualmente com 1 386 habitantes, menos 185 que em 2001, sendo que, de acordo com a junta de freguesia, uma grande percentagem são idosos. Nas imediações do denominado mercado de Cabeça Gorda, ex-mercado da Paróquia edificado nos anos 20 do século passado, Graciete dos Santos, 61 anos, compra uma peça de louça de São Pedro do Corval, à venda numa carrinha estacionada no passeio. Uma pelengana de barro onde se servirá “uma açorda alentejana, uma vinagrada ou um franganito caseiro”. “É o que a gente quiser e puder fazer”, diz a ex-emigrante em França regressada há sete anos por questões de saúde e que aponta o mercado diário como uma das coisas “boas” que “a aldeia ainda tem” e que em tempos de contenção económica sempre permite comprar “uma roupinha, que é barata”. “Eu não posso dizer que sou das que está pior [por causa da crise]. Há aí pessoas com muitas dificuldades porque ganham 200 euros [de reforma] e gastam 100 em medicamentos durante o mês. É essas coisas que o nosso governo devia ver, isto está muito mau, há aqui muita falta, já está aqui muita gente a receber comida da Caritas. Só conheci isto assim no tempo do Salazar, desde do 25 de Abril é a primeira vez que eu estou conhecendo. O senhor Cavaco Silva disse que a mulher, que ganha 800 euros de reforma, dependia dele, e de quem depende uma pessoa destas [da aldeia], às vezes sem ninguém, e com 274 euros?”, questiona-se, acrescentando que a aldeia tem “muitos idosos”, daí
que faça todo o sentido, nas suas palavras, que se continue a reivindicar a construção de equipamentos de apoio à terceira idade, nomeadamente um lar e um centro de dia. Atualmente a população idosa é servida pelo lar e centro de dia localizados na freguesia vizinha de Salvada. “Tem que se ir para a Salvada, não é muito longe, mas por que é que há de ser a Salvada? Eu adoro a minha terra, eu gostava de [dizer] o lar da Cabeça Gorda, não é querer dizer que somos independentes, mas é a Cabeça Gorda”, diz Graciete. Uma das suas irmãs, de 73 anos, que está confinada a uma cadeira de rodas e que “é sozinha com marido, de 82”, é uma das pessoas que tem “muita falta de um lar”: “Ela diz ‘se estivesse na minha terra [num lar] as minhas irmãs iam ver-me’. Mas abalar para a Salvada ela não quer, e nem tem lugar”. A par do envelhecimento acentuado e da inexistência de equipamentos de apoio à terceira idade, e também à infância – as crianças até aos três anos frequentam a creche em Salvada –, Graciete identifica como outros problemas que assolam a freguesia as ruas “esburacadas”, que entretanto sofreram “alguns melhoramentos” no decorrer da iniciativa Semana Aberta realizada pela Câmara de Beja, e o aumento do desemprego, que atinge “pessoas de meia-idade, de 45 e 50 anos”. Cabeça Gorda “já teve um tempo bom”, em que “havia muito trabalho”, recorda. As mulheres “trabalhavam nas vinhas, na apanha da uva” e os homens ocupavam-se de outros trabalhos agrícolas. “Agora há pouca agricultura aqui à volta e o que há é feito com máquinas, não há onde trabalhar. Está ali uma mão cheia [junto ao mercado] de homens parados, além no largo [praça Magalhães de Lima] está outra mão cheia, homens de meia-idade que deviam trabalhar”. “Isto é uma terra já com muitos idosos”, reforça Maria Martins, 56 anos, doméstica já
aposentada, que sobe a rua da República a caminho de casa, após a ida diária ao mercado. “E há cada vez menos pessoas, muito menos, não sei para onde vão, nem se veem na rua”, acrescenta. “Noutro tempo” emigravam, agora, que tenha conhecimento, só saem “na altura da apanha da pera”, para França. “Há muita gente desempregada, principalmente os mais novos”, diz. E dos que estão atualmente empregados “as senhoras trabalham a dias em Beja e os homens, alguns, no campo”. Miguel Guerreiro, 59 anos, que começou a aprender o ofício de sapateiro aos 10 de idade “com o senhor Pardal”, recorda os tempos em que a agricultura imprimia uma dinâmica diferente à freguesia. “Havia muita azeitona, ceifa. Havia os moirais e isso dava muita mexida. Hoje um lavrador tem, por exemplo, 500, 600 cabeças, não precisa de um moiral, tem tudo em cercas, tem água, comida, faz tudo sozinho. Isso roubou postos de trabalho”. A aldeia também tinha “carpinteiros, abegões, ferradores, alfaiates”, “tudo isso em grandes dimensões de trabalho”. Nos dias de hoje, sapateiros, que façam botas artesanais na aldeia, são somente dois: Miguel Guerreiro e “um senhor de 85 ou 86 anos”. “Há falta de trabalho, há muita gente desempregada, muita gente em cursos de formação que depois não tem colocação para iniciar as atividades que pratica lá nos cursos. Isto está um bocado complicado. É gente nova, gente em início de vida, dos 20 aos 30 anos”. Com a redução do poder de compra, e o declínio da agricultura, as encomendas de botas novas na oficina de Miguel Guerreiro também vão rareando. Se há 10 ou 15 anos fazia, em média, “três pares por semana”, atualmente não faz “um por mês”. Os seus principais clientes são “as pessoas com melhores condições financeiras”, nomeadamente negociantes de gado e lavradores, e cada par de botas custa 200 euros,
um valor considerado por muitos elevado. “Mas se formos a ver”, continua o artesão, um par “leva três dias a fazer”, “mas não são três dias de oito horas, têm de ser três dias de mais horas”: “Portanto até não é caro, fazendo conta à mão de obra”, conclui o sapateiro, que trabalha diariamente sob o olhar atento de um pequeno grupo de conterrâneos, já reformados, que fazem da oficina um espaço improvisado de convívio. A “crise” também já chegou ao estabelecimento Bete e Ana Cabeleireiros. As clientes em vez “de virem todas as semanas vêm de duas em duas, em vez de fazerem mais pinturas fazem menos e deixam crescer mais o cabelo”, revela Elisabete Mestre, 43 anos, uma das sócias do espaço, que há uma década decidiu apostar num negócio por contra própria, para “melhorar a vida”, depois de anos a trabalhar no Algarve e em Beja. Mesmo assim, Elisabete diz que o “negócio corre bem”, até porque beneficia da curta distância a que está de Beja, de onde é oriunda “metade das clientes”. O facto de ter serviço de esteticista, às sextas e sábados, também ajuda. “Algumas clientes dizem que não têm trabalho, que o trabalho está-se acabando, essas coisas. Fala-se muito na crise, que eu às vezes digo ‘parem, parem, não quero falar mais em crise’”. E há quem, perante tal cenário, adianta a cabeleireira, fale em emigrar. Gente nova, da sua geração. “Está tudo esmorecido, eu fico assutada ao ouvir isto”, diz. É que se durante o inverno a localidade “já tem pouco movimento”, se a população em idade ativa começar a sair, “ficará ainda mais envelhecida”, salienta. “Temos muitos velhotes, mais do que eu pensava. Às vezes vejo as carrinhas [do apoio ao domicílio de Salvada] paradas às portas das pessoas e digo ‘olha esta também precisa’. A gente às vezes nem imagina. Podíamos ter aqui um lar e um centro de dia”.
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Álvaro Nobre Presidente da Junta de Freguesia de Cabeça Gorda
Qual é o balanço que faz da Semana Aberta na freguesia de Cabeça Gorda, iniciativa realizada recentemente pela Câmara de Beja?
Entendo que uma semana é muito pouco para resolver os problemas da nossa freguesia. A Cabeça Gorda é uma aldeia com alguma dimensão tanto em população, como em arruamentos e área global, e uma semana é manifestamente insuficiente para os serviços da câmara tratarem dos assuntos mais preocupantes, especialmente em termos sociais, e realizarem as obras necessárias. Não me parece que este figurino seja muito produtivo, nem que vá ao encontro das principais necessidades do meio rural. Neste período os serviços da câmara limitam-se a apresentar algum serviço, alguma reparação ou pequena obra dentro do espaço de uma semana, e as nossas necessidades são maiores. Parece-me que seria justificado muito mais tempo e mais disponibilidade para a nossa freguesia, especialmente em investimentos nos arruamentos e redes de águas de consumo e pluviais. Por outro lado, a câmara, neste mandato, ainda não fez qualquer investimento na Cabeça Gorda, por isso seria preferível utilizar as verbas para um investimento, ainda que de pequenos montantes, ao invés dos gastos suportados para pôr toda câmara na freguesia. Quais são os principais problemas da freguesia?
O principal e mais grave problema é o enorme desemprego, e que se torna assustador quando vemos as pessoas sem trabalho e sem expectativas de o encontrar. À excepção de trabalhos sazonais como a apanha de azeitona, que hoje é cada vez mais mal pago, não há outros trabalhos nem empregos. Por esse facto existem cada vez mais situações de pobreza, e isso preocupa-me muito e incomoda-me porque a junta pouco pode fazer para inverter este problema. A nível de infraestruturas, a freguesia precisa de redimensionar a rede de águas pluviais, uma vez que quando chove bastante surgem grandes inundações nas ruas e todos os problemas associados, até nas habitações. Quantos habitantes tem a freguesia, de acordo com o Censos 2011?
A população foi registada em 2011 com 1 386 pessoas residentes (691 homens e 695 mulheres), sendo uma grande percentagem pessoas idosas. A que setores de atividade se dedica atualmente a população em idade ativa?
Apesar de existir muito desemprego, a população dedica-se à agricultura, ao comércio e a algumas pequenas indústrias de serralharia civil. As construções de um lar de terceira idade, de um centro de dia e de uma creche são algumas das reivindicações da população…
A população sente muitas necessidades a nível social, especialmente de equipamentos sociais para idosos e pessoas desfavorecidas, e tem ao longo dos anos reivindicado do poder central, com o apoio da junta, a construção e implementação destes equipamentos. Na verdade, a nossa freguesia tem sido ao longo dos anos afastada de investimentos deste tipo, apesar de ser uma das aldeias com mais habitantes do concelho.
Parque Biológico ajuda a preservar recursos naturais da região Um parque biológico, que “ajude a promover e preservar os recursos naturais da região”, vai ser implementado no espaço do Perímetro Florestal de Cabeça Gorda e Salvada, propriedade das duas juntas de freguesia, com uma área de cerca de 300 hectares “composta sobretudo por sobreiro, eucalipto e pinheiro”. De acordo com Álvaro Nobre, o projeto “permitirá a utilização do Parque Biológico por diversos grupos para atividades de natureza, estando prevista a valorização e a promoção do património ambiental e rural, qualificando este espaço como uma área de referência com vocação para a realização de atividades culturais, pedagógicas e de lazer em espaço rural e de natureza”. Neste momento, “está a ser efetuado o levantamento dos recursos naturais e das práticas e tradições culturais associadas
ao perímetro florestal e às freguesias da Cabeça Gorda e da Salvada”. Posteriormente será implementado “um conjunto de percursos ligados a essas tradições e aos recursos naturais existentes, dando relevância às temáticas da fauna (veado, coelho bravo, raposa, repteis, etc.) e da flora (sobreiro e o recurso da cortiça, a esteva e várias plantas autóctones), do mel e dos cogumelos silvestres”. Por outro lado, adianta o autarca, “o parque terá um centro de receção, exposição temática, alojamento, centro de interpretação dos recursos naturais do perímetro florestal e espaço multiusos para a realização de atividades”. O Parque Biológico integrará ainda um centro de atividades escotistas, a ser implementado em parceria com a Associação dos Escoteiros de Portugal e que fará parte da rede de parques escotistas.
06 Diário do Alentejo 30 novembro 2012
O negócio de passageiros vai levar tempo a cimentar. As pessoas não voam para Beja para ver o aeroporto. Voam para o Alentejo para aqui se fixarem, para aqui passarem férias, e não existem condições hoje para que aterre um Boeing A320 por semana e deixe aqui 200 pessoas. Hoje não há essa capacidade. Admitimos que possa haver em 2017/2018 (...)”.
Entrevista O aeroporto de Beja deverá receber durante
dados otimistas. Aliás, otimismo e esperança são
dos passageiros, em virtude da crise económica,
2012 qualquer coisa como dois mil passageiros.
palavras que não se cansam de aparecer no dis-
entrou “num compasso de espera”. Beja Neves
Um número muito próximo do que aconteceu
curso de Pedro Beja Neves. Que, nesta entrevista
acredita mesmo que “a indústria é o posiciona-
durante o ano passado. Para muitos, trata-se de
exclusiva, afirma estar a negociar a instalação
mento estrutural” deste aeroporto. Cuja pista
um tráfego muito aquém das expetativas. Mas
em Beja de quatro empresas na área da indús-
está em vias de ser certificada.
para o diretor da gare aeroportuária bejense são
tria aeronáutica. Isto numa altura em o negócio
Texto Paulo Barriga Fotos José Serrano
Certificação da pista de Beja poderá estar concluída muito em breve
Um aeroporto em ”compasso de espera” Em que pé está o processo de instalação da Aeromec? Chegou a afirmar que este hangar de manutenção de aviões poderia avançar até ao final deste ano...
Sim, cheguei a avançar com essa possibilidade e ainda não perdi as esperanças. Mas não é um processo fácil. Como sabe, o financiamento à economia hoje sofre restrições severas. É aí, no financiamento, que está parado o processo?
Não está parado, o processo é dinâmico. A Aeromec está à procura de parceiros, está ativamente à procura de financiamento bancário. Nada está parado. Admito, e quero acreditar, que 2013 vai ser um ano de bastante obra em termos de lançamento deste projeto. E quanto à proposta de desmantelamento de aviões avançada pela AeroNeo? Existem muitas dúvidas quanto à validade ecológica deste ramo de negócio?
Não conheço ainda o projeto. O que posso garantir é que todos os projetos ao nível da
aviação, toda a atividade aeronáutica, regulam-se por severas normas ambientais. O processo da aviação é muito rigoroso em termos de proteção ambiental e este é mais um projeto no meio da aviação que sabemos que tem restrições ambientais severas que temos de fazer cumprir para que seja um projeto sustentável, criador de riqueza e de postos de trabalho. Não conhece o projeto, mas ele existe…
ou existem já outros interessados em vir para Beja?
O aeroporto dispõe de 100 mil metros quadrados de área disponível para empreendimentos e aqui também estou a englobar os hangares. Já temos propostas credíveis para estudarmos cerca de 36 mil metros quadrados de ocupação. Estamos quase em 50 por cento de ocupação dessa área.
Estamos em negociações.
Quantas empresas estão envolvidas nessas negociações?
Fala-se em 11 milhões de euros de investimento…
Quatro empresas no ramo industrial. É um trabalho muito sério e vasto nessa matéria, que quero enaltecer e sublinhar.
Ainda não conheço em detalhe por forma a poder dizer-lhe se são 11, se são 12, se são 13 milhões. É um investimento vultuoso, que tem um parceiro suíço envolvido, que está a ser apoiado pela Agência de Investimento e Comércio externo de Portugal (Aicep)… Repito, estamos em fase de negociação. Estes são os dois únicos investimentos industriais que se preveem para o aeroporto
O aeroporto de Beja está a apostar fortemente na componente industrial, como aliás indicam as conclusões do próprio grupo de trabalho para o aeroporto. Será esta a sua vocação essencial?
A estratégia de desenvolvimento deste aeroporto assenta em quatro vetores: passageiros, como é óbvio, carga, estacionamento de longa duração de aviões e indústria aeronáutica.
Sempre dissemos que, neste plano estratégico que temos muito bem definido, a perspetiva de passageiros é uma perspetiva que obedece a um compasso de espera que tem a ver com a dinâmica do turismo, com a retoma de empreendimentos turísticos que vão dar maior dimensão e maior visibilidade ao Alentejo, maior número de camas, o que permitirá um maior fluxo de tráfego aéreo. O aeroporto de Beja aguarda então pelo desenvolvimento turístico do Alentejo…
No campo de passageiros, tomámos este aeroporto há três anos e estamos cientes de que ainda temos um compasso de espera a fazer. O que não nos iliba de muito trabalho. Temos estado presentes nos encontros internacionais entre as companhias aéreas e as gestoras aeroportuárias e temos já um trabalho muito longo de prospeção de mercado e de cativação de companhias aéreas. O que é que quer dizer com “compasso de espera”?
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Significa que temos que esperar por uma retoma da economia. Há muitos empreendimentos no Alentejo que estão parados por falta de financiamento bancário e que eram importantes para a dinamização do aeroporto. É compatível esta coexistência de um aeroporto industrial, oficina, com um aeroporto para o turismo?
Naturalmente que sim. O plano diretor deste aeroporto foi preparado nesse sentido. As áreas podem ser perfeitamente distintas e não há qualquer tipo de conflitualidade entre a aviação que vem para manutenção e a aviação de passageiros. A aviação que vem para passageiros tem condições de estacionamento diante deste terminal e a aviação que vem para outros fins tem outras placas de estacionamento, nomeadamente perto dos hangares que podem ter estacionamentos dedicados. Mas acreditamos que a indústria é o posicionamento estrutural deste aeroporto. Isso também é importante para o negócio dos passageiros porque traz confiança às companhias aéreas que aqui voam, no sentido de saber que há aqui oficinas bem apetrechadas que podem resolver uma avaria, que podem promover a manutenção desses aviões e até tem espaço para estacionamento. Portanto, o setor industrial é muito importante, traz tráfego, nomeadamente o projeto da dinamização de venda de peças em segunda mão. O projeto que referiu de desmantelamento de aviões passa sobretudo pela reconversão de peças… e é aí que está a nobreza desse projeto: a reconversão e colocação no mercado de peças em segunda mão. A componente da aviação comercial é, de facto, aquela que está mais atrasada. As estatísticas dizem que até ao final de outubro apenas voaram para Beja 1 241 passageiros.
Não está atrasada. Está dentro daquele compasso de espera. Mesmo assim falamos de uma queda de 35,5 por cento em relação ao ano passado. Isto está dentro das previsões? Quem é que voa para Beja atualmente?
O negócio de passageiros vai levar tempo a cimentar. As pessoas não voam para Beja para ver o aeroporto. Voam para o Alentejo para aqui se fixarem, para aqui passarem férias, e não existem condições hoje para que aterre um Boeing A320 por semana e deixe aqui 200 pessoas. Hoje não há essa capacidade. Admitimos que possa haver em 2017/2018, se as perspetivas da economia avançarem. Apostamos sobretudo no desenvolvimento de parcerias com promotores turísticos da região. Estabelecemos já aquelas que podemos. Que foi com a herdade dos Grous. Outras ainda não foi possível, porque os empreendimentos pararam. Com a herdade dos Grous a fórmula resulta: vamos movimentar este ano cerca de dois mil passageiros provenientes da Alemanha. É uma fórmula que funciona e que queremos dinamizar com outros parceiros turísticos. Este ano vamos fazer sensivelmente o mesmo número de passageiros do ano passado, talvez ligeiramente menos. Mas serão sensivelmente mais de 2 000 passageiros.
avançámos então em força com a conclusão do plano de segurança, do plano de emergência e hoje esses documentos estão completos e foram já aprovados em comissão. Estamos a dar os últimos passos no processo de certificação. Não vou adiantar datas, mas será muito próximo. O INAC tem sido cooperante? Sente constrangimentos de caráter político por parte da tutela no que toca ao desenvolvimento do projeto?
De maneira nenhuma. Nunca senti. Existe o risco de a ANA, já privatizada, prescindir do aeroporto de Beja?
Estamos a posicionar o aeroporto de Beja num nicho de mercado muito importante na aviação. Estamos a discutir 30 mil metros quadrados de ocupação com a iniciativa privada. Não vejo por que é que outra empresa privada que vai comprar a ANA se desmotive do aeroporto de Beja. Só temos exemplos de motivação.
É um ponto muito importante e que nos enche de orgulho e de entusiasmo, o facto de termos aqui um operador tão importante que está a conhecer todos os empreendedores no setor agrícola e industrial do Alentejo. Estou certo que, dentro de pouco tempo, esse trabalho vai também dar frutos e vamos ter aqui operações de carga. Temos um terminal preparado para isso, bem apetrechado. Mas o passo mais importante, que é ter um parceiro especializado, uma multinacional com escritórios em 280 cidades de 60 países, já está dado. Devagar vamos ao longe. Sou adepto da teoria dos pequenos passos. Um pequeno passo aqui, outro ali e depois temos um grande passo dado.
Naturalmente que sim.
As obras de certificação da pista estão concluídas?
Dessa história já decorreram três anos. Daqui a 10 anos prevejo um aeroporto com um tráfego de passageiros interessante. Se a economia recuperar, como todos desejamos, se os empreendimentos turísticos nascerem como desejamos, se, de facto, o Alentejo se transformar cada vez mais como um destino de eleição a nível internacional, este aeroporto vai ter com certeza um papel importante nessa matéria. Se tivermos um tráfego de passageiros interessante, também teremos a carga, porque grande parte da carga é transportada nos aviões de passageiros. Estimo que ao fim de 10 anos possamos ter três lotes de hangares completamente ocupados e dois deles, pelo menos, em velocidade cruzeiro.
Mas é um risco?
Todos os negócios têm um risco. Mas esse risco é muito escasso.
Estão todas concluídas. Qual seria então o futuro do aeroporto se isso acontecesse?
Mas não vai acontecer. Que comentário lhe merece o abandono da A26, que era uma infraestrutura rodoviária importantíssima para o desenvolvimento do aeroporto?
Eu faço votos para que rapidamente se recupere essa infraestrutura. Trata-se de uma via muito importante, sobretudo para a carga. Mas também porque aproxima o aeroporto de Lisboa. Uma retoma dessa via seria vista com muito agrado, naturalmente. Em tempos falou do chamado triângulo dourado do Alentejo, dos vértices do aeroporto, porto de Sines e Alqueva. Esta via seria estruturante também para a consolidação desse triângulo?
E por que razão o aeroporto ainda não está certificado?
O aeroporto não está certificado por uma razão: a certificação da Base Aérea N.º 11 ainda não está completa, porque o processo é denso e de grande responsabilidade. Envolveu a Força Aérea, a ANA e o Instituto Nacional de Aviação Civil (INAC). Houve um longo conjunto de tarefas a executar, houve importantes empreitadas a realizar e houve, à parte de tudo isto, um conflito que durou até junho deste ano entre a PSP e a GNR, no sentido de qual a força de segurança que ficaria presente no aeroporto. Isso motivou, de facto, que houvesse um atraso na execução dos planos de segurança. A partir do momento em que esta situação ficou esclarecida,
E em relação à Força Aérea tem havido cooperação?
Toda a cooperação. Esta é uma experiência pioneira em termos de funcionamento de aviação civil com aviação militar e por aquilo que lhe posso dizer está a correr da melhor maneira possível. Tem sido uma experiência muito enriquecedora para ambas as partes. Disse em tempos que em 10 anos teríamos uma boa história para contar em relação ao aeroporto de Beja. Como é que acha que vai acabar essa história? Como é que gostaria que essa história acabasse?
Isso implicaria quantas pessoas a trabalhar neste aeroporto?
Implicaria que estariam já a trabalhar neste aeroporto perto de 100 pessoas.
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Muito importante. Mas é sobretudo importante continuarmos a creditar que este é um tempo de desafios. Que há coisas que correm menos bem, mas que há outras que correm bem. Que há vários compassos de espera que vamos ter que fazer e este é um deles. Temos que saber dar a volta e saber contornar esse caminho, não esmorecer e continuar a caminhar. Acha que este aeroporto pode ser igualmente importante para a estratégia agrícola do Alentejo?
Esperamos uma dinamização no negócio da carga por via do entusiasmo agrícola. As notícias são muito animadoras. Há uma área de regadio muito extensa, há um enorme entusiasmo pelo aparecimento de novos agricultores. Os jornais falam em várias centenas por dia, isso é muito importante, e vai trazer carga. Vai trazer produção de frutícolas que amanhã vão precisar de transporte. Temos já instalada no aeroporto uma multinacional de logística, a UTI, para dinamizar o negócio da carga aérea.
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Degradação do Museu de Beja é “crime contra o património”
Diário do Alentejo 30 novembro 2012
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Os vereadores da CDU na Câmara de Beja consideram “que está a ser cometido, pelo atual governo e pelo município, um atentado grave, mesmo um crime, contra o património histórico e cultural da cidade”. Isto a propósito do estado de degradação em que se encontram as salas de pintura do Museu Regional de Beja, neste momento encerradas ao público. A denúncia foi feita na reunião de câmara do último dia 21, após visita àquele espaço museológico, bem como ao seu Núcleo Visigótico. Deste modo,
exigem os eleitos comunistas que “mais do que passar culpas a outros, Pulido Valente” deve assumir “as suas responsabilidades para com um património que é dos mais procurados pelos turistas que nos visitam” e que está votado ao “desleixo, incúria e irresponsabilidade”. Os vereadores da CDU lembram também que a atual verba de quatro mil euros mensais transferida pela autarquia “levou a que não pudessem ser garantidas as intervenções mínimas de manutenção com consequências graves ao nível de infiltrações”.
Orçamento do Estado “descapitaliza” autarquias O Orçamento do Estado para 2013, cuja votação final decorreu na terça-feira, 27, vem confirmar, segundo a Direção da Organização Regional de Beja (Dorbe) do PCP, o “desvio de 1, 2 milhões de euros efetuado nos últimos três anos nas transferências para as autarquias, ao não repor nem um euro desses valores retirados”. Segundo a estrutura, em comunicado, a proposta “não cumpre” a Lei das Finanças Locais e procura “passar a imagem” de que, para 2013, as autarquias vão receber o mesmo que em 2012, “quando, na verdade, serão transferidos cerca de 200 milhões de euros a menos”.
Atual
Comissão nacional garante entrega da candidatura em Paris
Cante alentejano apresenta-se à Unesco no início de 2013 Abortada que foi a apresentação à Unesco, em março último, da candidatura do cante alentejano a Património Cultural Imaterial da Humanidade, eis que a comissão nacional daquele organismo das Nações Unidas vem agora garantir a sua entrega em Paris, no início do próximo ano.
A
candidatura do cante alentejano a Património Cultural Imaterial da Humanidade vai ser entregue à Unesco no início de 2013, revelou esta terça-feira, 27, o presidente da Comissão Nacional daquele organismo, António de Almeida Ribeiro, no âmbito de um colóquio internacional, em Lisboa, sobre políticas públicas para o Património Cultural Imaterial. Segundo o responsável, “a candidatura do cante alentejano está em preparação para ser entregue na Unesco no início de 2013”. António Almeida Ribeiro sublinhou também que a comissão nacional da Unesco “dá mais importância à exigência de qualidade das candidaturas, do que à quantidade” e que, um ano após a aprovação da candidatura do fado a Património Cultural Imaterial da Humanidade, existe “uma responsabilidade acrescida para apresentar candidaturas coerentes, bem estrutuPUB
radas e fundamentadas”. Recorde-se que candidatura do cante alentejano esteve para ser entregue em março deste ano, mas o Ministério dos Negócios Estrangeiros decidiu adiar para 2013 por considerar que na altura não estavam reunidas as condições para a sua aceitação. Reagindo à garantia dada por António Almeida Ribeiro, o presidente da comissão executiva da candidatura do cante alentejano, Carlos Medeiros, afirmou à Lusa que “é sempre bom que haja um compromisso”, havendo neste caso a confirmação da “garantia que o Ministério dos Negócios Estrangeiros já tinha dado”. É importante que a
candidatura seja entregue em Paris e será ainda mais importante se for aprovada”, considerou, não deixando de destacar a importância do papel da diplomacia portuguesa neste processo. O cante alentejano tem “todas as características” para ser Património da Humanidade, mas, para isso, “tem que haver, da parte da diplomacia portuguesa, um trabalho como houve para o fado”. De momento, acrescentou, a candidatura “está a ser revista”, um trabalho que deverá ficar concluído “brevemente”, e vai ser entregue à comissão nacional da Unesco “até final deste ano”. António Ceia da Silva, presidente da Turismo do Alentejo e também membro da comissão de honra da candidatura, considerou que o compromisso da entrega em Paris “já é uma vitória importante para o Alentejo” e mostrou-se convicto de que o “cante alentejano merece esse reconhecimento universal”, que “será, com certeza, uma boa notícia que iremos receber no próximo ano”. Porém, alertou, “a classificação não é um fim, é um princípio para a salvaguarda” do cante alentejano e para a criação de “dinâmicas novas” à volta deste bem imaterial para que “os grupos possam crescer e os jovens possam dedicar-se ao cante”.
Canudo Sena é aposta do PS em Moura Francisco Canudo Sena, antigo comandante distrital de Operações de Socorro de Beja, é já oficialmente o candidato do PS à Câmara de Moura nas eleições autárquicas de 2013. O anúncio foi feito na segunda-feira, 26, numa conferência de imprensa em que esteve presente o presidente da federação socialista do Baixo Alentejo, Pedro do Carmo. Com 61 anos, Canudo Sena, técnico agrário já aposentado, foi responsável pelo Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Beja e coordenador regional da zona sul da Comissão Especializada de Fogos Florestais. Exerceu também funções como administrador florestal de Moura e, no início da sua atividade, após o 25 de Abril, chegou a trabalhar no centro regional da Reforma Agrária de Beja. Militante do PS, foi cabeça de lista do partido à Câmara de Barrancos, nas últimas Autárquicas, em 2009, uma votação em que a CDU conquistou a maioria dos votos.
“Exploração” de imigrantes preocupa deputado João Ramos O PCP questionou, na terça-feira, 27, o Governo sobre alegadas situações de “exploração laboral” de imigrantes a trabalhar na apanha da azeitona no distrito de Beja, onde vivem “amontoados às dezenas” e “sem as mínimas condições”. Um cenário que é descrito numa pergunta do deputado do PCP eleito por Beja, João Ramos, dirigida ao Ministério da Solidariedade e da Segurança Social. Segundo o deputado, têm chegado ao grupo parlamentar do PCP “alertas” sobre situações laborais e de condições de vida de imigrantes que estão a trabalhar na apanha da azeitona no distrito de Beja, desconhecendo-se em que condições chegam a Portugal e quais são os procedimentos de angariação e as formas de contratação dos trabalhadores.
PS de Serpa contra fim de freguesias Os eleitos do PS na Assembleia Municipal de Serpa “rejeitam” a forma como está a ser feita a reorganização administrativa, a que atribuem uma “natureza autoritária” e consideram as propostas da Unidade Técnica para o concelho “de duvidosa consistência”. Isto porque a decisão de agregar as freguesias de Salvador e de Santa Maria (urbanas) e as de Vila Nova de São Bento e de Vale de Vargo (rurais) “é contrária à vontade das populações” e baseia-se nos mesmos critérios de eliminação, quer as freguesias sejam urbanas ou rurais.
PCP de Beja “repudia” extinção A organização concelhia de Beja do PCP manifestou publicamente o seu “repúdio” relativamente à proposta de reorganização administrativa do território, apresentada pela Unidade Técnica para o concelho de Beja, que pressupõe a extinção de 12 freguesias, oito rurais e quatro urbanas. Uma proposta que, considera o PCP de Beja em comunicado, “revela o total desconhecimento do território, bem como o enorme desrespeito pelas populações, uma vez que esta medida, ao contrário do que é defendido pelo Governo PSD/CDS-PP, vai afastar os serviços das populações, levar à redução de postos de trabalho, contribuindo, desta forma, para aumentar a desertificação no nosso concelho”. A concelhia apela, pois, às populações para que participem “empenhadamente em todas as formas de luta e iniciativas a realizar contra esta proposta de liquidação de freguesias”.
Faleceu esta terça-feira, 27, no Hospital do Litoral Alentejano, vítima de doença prolongada, Artur Lopes da Fonseca, irmão do escritor Manuel da Fonseca. O mais novo do clã Fonseca, Artur da Fonseca tinha 88 anos e dedicou muitos deles à recolha do espólio do irmão, assim como à divulgação da sua obra. O “DA” visitou-o uma última vez, em abril de 2011, para uma entrevista na casa da Lagoa de Santo André, onde se dedicava a colecionar memórias, sobretudo do irmão, e a pô-las em papel. O “DA” lamenta a morte de Artur da Fonseca e presta a sua sentida homenagem à família.
Seminário sobre deficiência em Mértola A Câmara Municipal de Mértola (Rede Social e Plano Municipal para a Igualdade de Género) e a equipa do projeto “Margens” CLDS (Santa Casa da Misericórdia de Mértola e Centro de Apoio a Idosos de Moreanes)
promovem, ao longo da tarde de hoje, sexta-feira, o seminário “Deficiência: Perceções e Realidades – Desafios para a Inclusão”, a ter lugar a partir das 14 horas, no Cineteatro Marques Duque. A iniciativa pretende assinalar o Dia Internacional da
09 Diário do Alentejo 30 novembro 2012
Faleceu Artur da Fonseca
Pessoa com Deficiência (dia 3), e conta com as intervenções de representantes das instituições que operam nas áreas da deficiência: Associação Nós, Associação Portuguesa de Deficiência, Cercica e projeto “Margens” CLDS de Mértola.
Dia Mundial de Luta assinala-se amanhã, dia 1 de dezembro
Menos novos casos de VIH/sida em Beja Consulta de Doenças Infeciosas (antiga Consulta de Imunodeficiência) da Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo registou entre janeiro e novembro deste ano 22 novos diagnósticos de infetados pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (VIH), menos quatro que em 2011 e menos sete que em 2010. Apesar do “universo relativamente pequeno” dos doentes da Consulta de Doenças Infeciosas de Beja, diz o responsável pela mesma, “há uma tendência para uma diminuição da incidência, que corresponde em geral ao que se passa a nível do nosso país”. Isso é fruto de um maior conhecimento por parte da população relativamente aos “comportamentos de risco”, adianta o médico Telo Faria, que considera, no entanto, “que a prevenção continua a ser a componente mais débil desta área”: “Apesar de alguns programas dirigidos a grupos restritos da população, de
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acordo com a componente racial, cultural, etária, profissional e outros fatores, terem tido algum impacto em termos de redução de riscos, em termos globais continua a haver um déficit de conhecimento e informação neste campo”. Os novos doentes diagnosticados durante este ano são predominantemente do sexo masculino (60 por cento), com idades entre os 40 e os 49 e oriundos do concelho de Beja (51 por cento). A via de transmissão predominante é a sexual (53 por cento), seguida da utilização de drogas (47 por cento). Ainda de acordo com dados avançados por Telo Faria, a referida consulta segue atualmente cerca de 200 doentes, um número que tem vindo a aumentar, “devido a vários fatores”, sendo um dos mais importantes “a existência de fármacos potentes, eficazes, com mínimos efeitos secundários, que permitem um controle da infeção com um número muito reduzido de
comprimidos”, esclarece. Outro fator “será o esforço realizado pelas consultas de especialidade, no sentido de garantirem uma boa adesão do doente a esta mesma medicação”. “Só morre de infeção VIH quem não faz medicação, porque não tem acesso à mesma, como acontece em largas zonas do globo, ou então, tendo-lhe acesso, como é o caso do nosso país, não a cumpre, ou cumpre mal, originando posteriormente resistências à mesma. A consequência das resistências é a ineficácia de todo o leque de fármacos antirretrovirais, muitas das quais por resistência cruzada, cujo número existente é limitado, cerca de 16, pertencentes a grupos farmacológicos diferentes”, explica o especialista. Na consulta, “o grupo etário predominante é o dos 30 aos 39 anos, embora se verifique nos últimos anos um aumento de grupos etários superiores, por razões várias”, nomeadamente o facto
Alcácer terá ETAR pronta até finais de 2013
APG reúne-se com câmaras de Alvito, Beja e Mértola
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A Câmara Municipal de Alcácer do Sal procedeu, no último dia 22, à assinatura da adjudicação da empreitada de conceção/ /construção da respetiva Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR). A obra foi adjudicada pela Águas Públicas do Alentejo à empresa Acciona, por 2,2 milhões de euros, e terá como impactos positivos a proteção e até o enriquecimento da biodiversidade do Estuário do Sado. A ETAR de Alcácer do Sal, acrescenta uma nota da autarquia, “vai tratar a totalidade dos esgotos produzidos nesta cidade – até agora apenas 40 por cento dos esgotos eram submetidos a tratamento – prevendo-se que entre em funcionamento no final do próximo ano”.
A delegação sul da Associação dos Profissionais da Guarda – APG/GNR reuniu-se recentemente com as câmaras de Alvito, Beja e Mértola. Em Alvito, a associação foi informada de que a câmara pretendia disponibilizar “um edifício escola, que poderia ser adequado após intervenção para funcionar como instalações da GNR”. Já na reunião tida em Beja, há a registar “algumas ideias não convergentes”, designadamente no que respeita às instalações do comando territorial, que funcionam num antigo convento” e cuja recuperação, considera a APG, “é fundamental”. “A alternativa proposta obrigaria à deslocação das instalações para uma zona periférica e seria certamente muitíssimo mais dispendiosa por implicar uma construção de raiz”, concretiza a associação. Por último, relativamente a Mértola, o presidente da autarquia “informou que há já muito tinha disponibilizado um terreno para a construção de um novo posto e que teriam sido disponibilizadas as antigas instalações da Zona Agrária”.
Novo transporte social “Ferreira + Perto” A Câmara Municipal de Ferreira do Alentejo já tem ao dispor dos munícipes um novo transporte social que tem por objetivo “aproximar a população e facilitar o acesso dos beneficiários das medidas sociais aos serviços e respostas sociais existentes no concelho”. O transporte, que dá pelo nome “Ferreira + Perto”, é gratuito e destina-se aos beneficiários do Rendimento Social de Inserção, Loja Social e Serviço de Apoio a Idosos. A viatura foi adquirida através do Proder e terá três itinerários diferentes, abrangendo todas as freguesias e localidades do concelho. Funcionará às terças, quartas e quintas-feiras e o primeiro percurso realizou-se esta semana, entre as freguesias de Peroguarda, Alfundão, Odivelas e Ferreira do Alentejo.
Ourique inaugura novo transporte coletivo A Câmara e a Junta de Freguesia de Ourique inauguram, a partir de dia 3, um novo projeto de mobilidade. O Transporte Coletivo da Freguesia de Ourique (TCFO) funcionará em regime experimental durante um ano, com acesso gratuito, contando com o apoio diário de duas viaturas, uma de nove lugares e outra de 27 lugares. Os cidadãos, adianta a autarquia, “serão servidos em nove linhas rurais e duas rotas urbanas, com periodicidade diária, num total de 65 pontos de paragem, incluindo sete abrigos de passageiros”.
“de indivíduos já sem vida sexual ativa, e que, com a existência de fármacos no mercado para disfunção eréctil, passaram a tê-la, muitas vezes com trabalhadoras do sexo, contagiando-se e muitas vezes às sua próprias companheiras em casa”, adianta o clínico. A via de transmissão predominante tem vindo a ser progressivamente a sexual, em detrimento da endovenosa (toxicodependência). “Os programas do IDT/antigos CAT, no nosso país, com tratamento continuado de opiáceos, considerado um dos melhores da Europa, tem afetivamente tido uma ação importante na redução de riscos dos utilizadores de drogas endovenosas. Este facto, juntamente com alguma ‘leviandade’, no sentido de os doentes abdicarem de ter terem comportamentos sexuais seguros, pela noção de infeção VIH/sida como doença crónica, contribuíram para a via sexual ser progressivamente, a predominante”, conclui. NP
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Câmara de Beja pede opinião dos munícipes
Vidigueira inaugura Loja + Voluntariado A Câmara de Vidigueira e a Associação de Beneficência de Selmes e Alcaria (ABSA) vão inaugurar, no próximo dia 5, a partir das 10 horas, a Loja + Voluntariado, que ficará localizada nas antigas instalações do centro de convívio. Projeto da ABSA, apoiado pela Fundação EDP
A Câmara Municipal de Beja lançou esta semana um questionário onde pede a opinião dos munícipes relativamente a assuntos importantes para a construção do Orçamento Municipal de 2013, lançando “também as bases para um processo mais completo de participação pública em 2014”, informa a autarquia. “Ao responder a este questionário, os munícipes estarão a contribuir com a sua opinião para ajudar a autarquia na apresentação de um orçamento mais próximo das pessoas”, acrescenta. Para além de ser remetido por email para a base de dados do município, o questionário está também já disponível na página oficial do município, em www.cm-beja.pt, e no Facebook, em www.facebook.com/camaramunicipaldebeja.
Solidária, a loja vai apoiar as necessidades mais básicas das famílias carenciadas e dispor de um programa de voluntariado para dinamizar atividades que incentivem a valorização das profissões genuínas do concelho, no sentido de as promover junto das gerações futuras. Refira-se que apenas 27 projetos de instituições
Governo quer menos empresas municipais
Câmara de Beja opõe-se ao Orçamento do Estado para 2013 A Câmara de Beja aprovou recentemente uma tomada de posição face ao Orçamento do Estado (OE) para 2013, documento que, considera, “irá asfixiar por completo a generalidade das famílias portuguesas, arrastando-as para situações de dificuldades incomportáveis, falências e insolvências em número jamais visto”. Manifestando a sua “total oposição” face a este orçamento, o município considera que, no que respeita às autarquias, “o Governo impõe, numa clara e gravíssima violação dos princípios da autonomia local e da Constituição, regras de afetação das receitas do IMI que irão prejudicar gravemente a capacidade de intervenção dos municípios e consequentemente reduzir a capacidade de resposta aos problemas das nossas populações”.
Voluntários trocam experiências em Vila Nova de São Bento Está agendado, para o próximo dia 5, em Vila Nova de São Bento, Serpa, um encontro de troca de experiências dos projetos de voluntariado a funcionar no concelho. A ação, a ter lugar no salão polivalente local, a partir das 16 e 30 horas, é aberta ao público e contempla também um lanche solidário. Trata-se de um encontro enquadrado no projeto EnRede – Núcleo de Voluntariado de Proximidade de Vila Nova e São Bento e tem como pretexto a comemoração do Dia Mundial do Voluntariado.
TLA Rádio comemora 11 anos com gala no Parque de Feiras de Aljustrel A TLA Rádio, de Aljustrel, comemora hoje, sexta-feira, 11 anos de emissões regulares com uma gala que terá lugar no pavilhão multiusos do Parque de Feiras e Exposições da vila mineira, a partir das 22 horas. Estão convidados para animar o serão os artistas Fingertips, Adelaide Ferreira, Saul, Nikita, Sérgio Rossi, Némanus, Ricardo & Henrique, grupo musical Cruzeiro e Bruna Guerreiro.
de solidariedade social, dos 756 candidatados em 2011, foram contemplados com esta iniciativa que tem como eixo central a melhoria da qualidade de vida de populações fragilizadas. A EDP Solidária é hoje um dos maiores programas de apoio ao terceiro setor em Portugal.
Depois dos tribunais, as finanças… O secretário de Estado da Administração Local e Reforma Administrativa, Paulo Júlio, anunciou que o Governo vai reduzir 40 por cento das repartições de finanças do País até ao final de 2013.
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alando na sessão de abertura do colóquio “A nova lei das empresas locais”, promovido pelo Centro de Estudos de Direito Público e Regulação da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, o governante disse à Lusa que será feita ainda uma “abordagem mais ambiciosa em termos de números”. Salientando que a redução das repartições de finanças consta do memorando da troika, Paulo Júlio adiantou que está a ser estudada a transferência de algumas competências para os municípios, permitindo que o Estado poupe assim “centenas de milhões de euros”. O secretário de Estado revelou
Paulo Júlio
que entre um terço a metade das quase 400 empresas municipais existentes no País não cumprem os requisitos da nova lei e terão de ser extintas até fevereiro do próximo ano. No entanto, o governante salvaguardou que os serviços prestados por essas entidades “não desaparecem” e serão integrados em serviços municipalizados ou na estrutura orgânica das câmaras municipais. A intenção do Governo, explicou, passa por manter apenas as empresas
municipais “sustentáveis”. Quanto ao novo mapa autárquico, no âmbito da reforma administrativa do território, que prevê a diminuição de 25 por cento do número das juntas de freguesia, Paulo Júlio disse que será votado em dezembro, na Assembleia da República, garantindo que também aqui não “haverá perda de serviço público”. “O que haverá, na maior parte dos casos, é uma melhoria da qualidade dos serviços públicos e menos órgãos autárquicos de freguesia”, realçou, negando que um dos argumentos desta reforma seja o da poupança direta. Paulo Júlio adiantou ainda que o Governo vai reforçar as competências próprias das juntas de freguesia e a cooperação entre municípios através da lei-quadro das Competências das Autarquias e das Entidades Intermunicipais, já aprovada em Conselho de Ministros.
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O “DA” está no canal 475533 do
Foi já constituído o movimento cívico “Por Vale de Vargo, freguesia …sempre!”, na sequência de um plenário realizado no passado dia 16. Segundo a porta-voz, Ana Camilo, o movimento já realizou entretanto, entre outros objetivos, um manifesto contra a Lei da Reorganização Administrativa (22/2012, de 30 de maio), e também contra a decisão da unidade técnica que sugere a criação da União de Freguesias de Vale de Vargo e Vila Nova de São Bento. Foi também já criada uma plataforma para a divulgação do movimento e decorre neste momento a recolha de assinaturas para uma petição. “O próximo passo será o pedido de uma medida de proteção cautelar”, acrescenta a responsável.
11 Diário do Alentejo 30 novembro 2012
Vale de Vargo organiza-se em movimento cívico
Rogério Gomes Presidente do Instituto do Território, professor universitário e presidente da Urbe, uma organização não governamental ligada às questões do ambiente
“Não é aceitável que por falta de pessoas não existam os serviços essenciais” O que é e qual o âmbito de atuação do Instituto do Território (IT)?
O IT é uma entidade privada sem fins lucrativos que dirige a Rede Portuguesa para o Desenvolvimento do Território, uma rede que tem vindo a aumentar, desde a fundação em 23 de janeiro deste ano, com o alto patrocínio do primeiro-ministro e da Fundação Calouste Gulbenkian. É hoje constituída por nove universidades, 11 institutos politécnicos, pelo Laboratório Nacional de Engenharia Civil, pelo Laboratório da Atmosfera e do Mar, pelo Instituto de Soldadura e Qualidade, pelo Inatel, pelo Instituto Financeiro de Desenvolvimento Regional, pela Marinha de Guerra Portuguesa e várias federações desportivas, entre outros. Ou seja, um conjunto muito vasto de entidades públicas e privadas, relacionadas com o desenvolvimento do território. E quais são as áreas de ação?
São várias. Uma das que o instituto explora, quer em termos de investigação, quer em termos de lobbying perante o sistema político, é a defesa dos territórios de baixa densidade demográfica, como é o caso do Alentejo. Temos aí trabalho feito com um conselho científico, e estamos a desenvolver práticas de política estrutural diversas para os territórios de baixa densidade. Será nesse contexto que o IPBeja poderá ajudar-nos e integrar a rede. Das várias declarações que tem feito no último
ano, ressalta a ideia da necessidade de políticas diferentes para territórios diferentes...
É exatamente essa a nossa perspetiva. Não se trata aqui de pôr mais ou menos dinheiro em lado nenhum, nem tirar a uns para dar a outros. O que se trata é de compreender que quando se está em territórios de baixa densidade não há o mesmo número de quadros técnicos, nem, por vezes, o mesmo número de licenciados; não existem todas as especialidades que estão disponíveis nas zonas de alta densidade; não se pode ter a mesma política de infraestruturas, ou de equipamentos desportivos, sob pena de acabarmos com mais equipamentos do que equipas, como já acontece em alguns sítios. A lógica não pode ser a mesma. Não se deve pedir, por exemplo, a um concelho como o de Alvito, um Plano Diretor Municipal com a mesma complexidade que se exige ao de Lisboa. É todo este tipo de coisas que estão erradas e que têm, gradualmente, e do ponto de vista técnico, que ser analisadas, encontrando-se soluções para as zonas de baixa densidade que, sem subverter a lei do País, permitam simplificar o funcionamento administrativo naqueles territórios. Percebendo, no entanto, que há um kit básico de serviços que deve estar disponível em todo o País… Isso quer dizer que no interior, ou nas zonas com menos população, não se justifica ter serviços de saúde ou de educação?
É exatamente o contrário. Deixe-me dar um exemplo: se eu estiver no centro da Amadora, uma zona com uma densidade populacional altíssima, faz absoluto sentido ter um pavilhão desportivo, um ginásio para ginástica, e ter ainda outro ginásio para outras atividades. Se estivermos numa zona de baixa densidade, posso e devo exigir polivalência. Ou seja, quando se constrói um pavilhão ele deve ser multiusos, para permitir realizar os mais diversos tipos de atividades, porque na baixa densidade deve aproveitar-se os recursos muito melhor, e não ter três pavilhões quando o número de equipas existente é muito menor do que na Amadora. E se se fizer, onde é que se encontra dinheiro para garantir a manutenção desses equipamentos? Não há, e portanto
acaba-se por ficar com infraestruturas fortemente degradadas. O tal kit básico…
Exato, quando falo de kit básico, é disso que falo. Não é aceitável, em zona nenhuma do território, que por falta de pessoas – porque em determinada altura da história estão menos pessoas ali – os serviços essenciais não estejam lá. A questão é como devem estar? Se calhar, ao contrário do que se passa em Lisboa, não faz sentido que haja um consultório de médicos de clínica geral num centro de saúde, e que, depois, haja noutro lado um dentista. O próprio centro de saúde deve assegurar a instalação adequada para o dentista. Ao fazê-lo, em vez de ter menos médicos, passa a haver menos edifícios, e poupa-se na sua manutenção. Não se trata de diminuir os serviços, mas apenas de ser mais inteligente, por forma a garantir que, para existirem esses serviços, não haja tantos custos associados. Mas o Instituto do Território funciona apenas como um lobby?
Em termos práticos funciona como um lobby, mas é o maior lobby associativo do país e tem sido ouvido, sistematicamente, pelas diversas entidades públicas. Neste momento, estamos a trabalhar para estabelecer a Carta Desportiva Nacional, com a secretaria de Estado do Desporto, e já conseguimos que o serviço informacional vá para o interior do país, no caso para a Universidade da Beira Interior. Estamos, ainda, a dirigir a Unidade de Missão da Mobilidade Ligeira, com a Confederação Portuguesa de Cicloturismo, que também é um dos associados da rede. No âmbito de um despacho interministerial, entre a Economia e o Ambiente, também dirigimos uma comissão destinada a estudar a regulamentação excessiva que condiciona a produção de casas mais baratas para o mercado de arrendamento, de forma a que possam surgir, num espaço relativamente curto, casas para arrendar entre os 300 e 500 euros, que tanta gente necessita, e ninguém encontra. Estamos a fazer coisas muito concretas. Não se trata de filosofia, trata-se de pôr a mão na massa…AF
Desenvolvimento
IPBeja integra Rede Portuguesa do Território
O
Instituto Polítécnico de Beja (IPBeja) aderiu esta semana à Rede Portuguesa para o Desenvolvimento do Território – Instituto do Território (IT). Em comunicado, o IPBeja considera “que os objetivos do IT se enquadram na sua missão institucional”, o que proporcionará “um conjunto de parcerias estratégicas, em prol do território nacional, em particular do território de baixa densidade”, como é o caso do Alentejo. O IPBeja pretende, com esta adesão, colocar “ao serviço da região as capacidades técnico-científicas da sua comunidade académica”, o que “poderá constituir uma mais-valia para a administração do território e fomento do desenvolvimento empresarial de entidades instaladas ou a instalar”. Mário Simões, deputado do PSD, que na semana passada se reuniu com o presidente do IT, Rogério Gomes, defendeu a instalação em Beja de uma delegação do instituto “para melhor ajudar a refletir sobre os problemas do território”, estudar e apresentar soluções para “os problemas de despovoação e desertificação que afligem” o distrito. Entretanto, a Câmara Municipal de Beja, que esteve reunida na passada quarta-feira, em Lisboa, com responsáveis do IT, também apoia a instalação do organismo na cidade. O presidente, Pulido Valente, que disse que esta ideia foi apresentada ao secretário de Estado Carlos Moedas, durante a cerimónia de abertura do ano letivo do IPBeja, espera que a autarquia, em conjunto com o deputado do PSD, consigam convencer o IT a instalar uma delegação no Baixo Alentejo.
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“A E m p r e s a M u n i c i p a l d e Á g u a e Saneamento de Beja, EEM informa que ao abrigo do disposto no nº 3, artº 62º do Decreto-Lei nº 194/2009 de 20 de Agosto, disponibilizou nos seus balcões de atendimento e na página online (www. emas-beja.pt), os Projetos de Regulamento dos Sistemas Públicos e Prediais de Distribuição de Água do Município de Beja e Regulamento dos Sistemas Públicos e Prediais de Drenagem de Águas Residuais do Município de Beja propostos pelo Conselho de Administração da empresa e aprovados em reunião de Câmara a 21 de Novembro de 2012.
Os mesmos ficam disponível para consulta pública pelo prazo de 30 dias úteis a contar da data de publicação do presente aviso.”
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Diário do Alentejo 30 novembro 2012
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FAÇA A SUA PROPOSTA
EM CARTA FECHADA
Performance e Fernando Pardal em Os Infantes
Estreou ontem, quinta-feira, e mantém-se em cena hoje, pelas 21 e 30 horas, no espaço Os Infantes, em Beja, a última performance do ciclo “1 Ator, 1 Músico”, levada a cabo pela companhia Lendias d’Encantar. O espetáculo “Quero-te no espaço mínimo de dois corpos” é interpretado por Ana Lúcia Magalhães (performer) e Manuel Nobre (baixo). No mesmo espaço, o músico bejense Fernando Pardal ocupa o palco amanhã, sábado, a partir das 22 e 30 horas.
INSOLVÊNCIA DE COOPERATIVA HABITAÇÃO ECONÓMICA LAR PARA TODOS CRL TRIBUNAL JUDICIAL DE BEJA – 1.º JUIZO – 504/12.2TBBJA
Por determinação do Exmo. Dr. Administrador de Insolvência, vamos proceder à venda extrajudicial com apresentação de propostas em Carta fechada os seguintes Imóveis: ÒmÒPrédio Urbano sito em Beja (Salvador) ” Ligação do Bairro do Pelame à Quinta D´EL Rei”, Composição: Lote 101 – Terreno Destinado a Construção Urbana, área total e descoberta: 127,5m2, descrito na CRP de Beja sob a ficha nº 1750 e Inscrito na Matriz Predial Urbana sob o art.º nº 3300-P da Freguesia de Beja (Salvador) 37.994,00€ ÒmÒPrédio Urbano sito em Beja (Salvador) ” Ligação do Bairro do Pelame à Quinta D´EL Rei”, Composição: Lote 102 – Terreno Destinado a Construção Urbana, área total e descoberta: 127,5m2, descrito na CRP de Beja sob a ficha nº 1751 e Inscrito na Matriz Predial Urbana sob o art nº 3301-P da Freguesia de Beja (Salvador) 37.994,00€ ÒmÒPrédio Urbano sito em Beja (Salvador) ” Ligação do Bairro do Pelame à Quinta D´EL Rei”, Composição: Lote 103 – Terreno Destinado a Construção Urbana, área total e descoberta: 127,5m2, descrito na CRP de Beja sob a ficha nº 1752 e Inscrito na Matriz Predial Urbana sob o art nº 3302-P da Freguesia de Beja (Salvador) 37.994,00€ ÒmÒPrédio Urbano sito em Beja (Salvador) ” Ligação do Bairro do Pelame à Quinta D´EL Rei”, Composição: Lote 104 – Terreno Destinado a Construção Urbana, área total e descoberta: 127,5m2, descrito na CRP de Beja sob a ficha nº 1753 e Inscrito na Matriz Predial Urbana sob o art nº 3303-P da Freguesia de Beja (Salvador) 37.994,00€ ÒmÒPrédio Urbano sito em Beja (Salvador) ” Ligação do Bairro do Pelame à Quinta D´EL Rei”, Composição: Lote 105 – Terreno Destinado a Construção Urbana, área total e descoberta: 127,5m2, descrito na CRP de Beja sob a ficha nº 1754 e Inscrito na Matriz Predial Urbana sob o art nº 3304 da Freguesia de Beja (Salvador) 37.994,00€ ÒmÒPrédio Urbano sito em Beja (Salvador) ” Ligação do Bairro do Pelame à Quinta D´EL Rei”, Composição: Lote 106 – Terreno Destinado a Construção Urbana, área total e descoberta: 127,5m2, descrito na CRP de Beja sob a ficha nº 1755 e Inscrito na Matriz Predial Urbana sob o art nº 3305-P da Freguesia de Beja (Salvador) 37.994,00€ ÒmÒPrédio Urbano sito em Beja (Salvador) ” Ligação do Bairro do Pelame à Quinta D´EL Rei”, Composição: Lote 107 – Terreno Destinado a Construção Urbana, área total e descoberta: 127,5m2, descrito na CRP de Beja sob a ficha nº 1756 e Inscrito na Matriz Predial Urbana sob o art nº 3306-P da Freguesia de Beja (Salvador) 37.994,00€ ÒmÒPrédio Urbano sito em Beja (Salvador) ” Ligação do Bairro do Pelame à Quinta D´EL Rei”, Composição: Lote 108 – Terreno Destinado a Construção Urbana, área total e descoberta: 127,5m2, descrito na CRP de Beja sob a ficha nº 1757 e Inscrito na Matriz Predial Urbana sob o art nº 3307-P da Freguesia de Beja (Salvador) 37.994,00€ ÒmÒPrédio Urbano sito em Beja (Salvador) ” Ligação do Bairro do Pelame à Quinta D´EL Rei”, Composição: Lote 109 – Terreno Destinado a Construção Urbana, área total e descoberta: 127,5m2, descrito na CRP de Beja sob a ficha nº 1758 e Inscrito na Matriz Predial Urbana sob o art.º nº 3308-P da Freguesia de Beja (Salvador) 37.994,00€ ÒmÒPrédio Urbano sito em Beja (Salvador) ” Ligação do Bairro do Pelame à Quinta D´EL Rei”, Composição: Lote 110 – Terreno Destinado a Construção Urbana, área total e descoberta: 127,5m2, descrito na CRP de Beja sob a ficha nº 1759 e Inscrito na Matriz Predial Urbana sob o art.º nº 3309-P da Freguesia de Beja (Salvador) 37.994,00€ ÒmÒPrédio Urbano sito em Beja (Salvador) ” Ligação do Bairro do Pelame à Quinta D´EL Rei”, Composição: Lote 111 – Terreno Destinado a Construção Urbana, área total e descoberta: 127,5m2, descrito na CRP de Beja sob a ficha nº 1760 e Inscrito na Matriz Predial Urbana sob o art nº 3310-P da Freguesia de Beja (Salvador) 37.994,00€ ÒmÒPrédio Urbano sito em Beja (Salvador) ” Ligação do Bairro do Pelame à Quinta D´EL Rei”, Composição: Lote 112 – Terreno Destinado a Construção Urbana, área total e descoberta: 127,5m2, descrito na CRP de Beja sob a ficha nº 1761 e Inscrito na Matriz Predial Urbana sob o art nº 3311-P da Freguesia de Beja (Salvador) 37.994,00€ ÒmÒPrédio Urbano sito em Ligação do Bairro da Pelame à Quinta D`EL Rei ; Descrição: Terreno para Construção; Área Total: 127,50m2, Norte Arruamento Projectado, Sul Rua Dr Alvaro Cunhal, Nascente Lote 137, Poente Lote 135, Descrito na CRP de Beja sob a ficha nº 1785 e Inscrito na Matriz Predial sob o Art.º 3324 da Freguesia de Beja (Salvador) 37.994,00€ ÒmÒPrédio Urbano sito em Ligação do Bairro da Pelame à Quinta D`EL Rei ; Descrição: Terreno para Construção; Área Total: 127,50m2, Norte Arruamento Projectado, Sul Rua Dr Alvaro Cunhal, Nascente Lote 138,e Poente Lote 136, Descrito na CRP de Beja sob a ficha nº 1786 e Inscrito na Matriz Predial Urbana sob o Art.º 3325 da Freguesia de Beja (Salvador) 37.994,00€ ÒmÒPrédio Urbano sito em Ligação do Bairro da Pelame à Quinta D`EL Rei ; Descrição: Terreno para Construção; Área Total: 127,50m2, Norte Arruamento Projectado, Sul Rua Dr Alvaro Cunhal, Nascente Lote 139 e Poente Lote 137, Descrito na CRP de Beja sob a ficha nº 1787 e Inscrito na Matriz Predial Urbana sob o Art.º 3326 da Freguesia de Beja (Salvador) 37.994,00€ ÒmÒPrédio Urbano sito em Ligação do Bairro da Pelame à Quinta D`EL Rei ; Descrição: Terreno para Construção; Área Total: 127,50m2, Norte Arruamento Projectado, Sul Rua Dr Alvaro Cunhal, Nascente Lote 140 e Poente Lote 138, Descrito na CRP de Beja sob a ficha nº 1788 e Inscrito na Matriz Predial Urbana sob o Art.º 3327 da Freguesia de Beja (Salvador) 37.994,00€ ÒmÒPrédio Urbano sito em Ligação do Bairro da Pelame à Quinta D`EL Rei ; Descrição: Terreno para Construção; Área Total: 127,50m2, Norte Arruamento Projectado, Sul Rua Dr Alvaro Cunhal, Nascente Lote 141 e Poente Lote 139, Descrito na CRP de Beja sob a ficha nº 1789 e Inscrito na Matriz Predial Urbana sob o Art.º 3328 da Freguesia de Beja (Salvador) 37.994,00€ ÒmÒPrédio Urbano sito em Ligação do Bairro da Pelame à Quinta D`EL Rei ; Descrição: Terreno para Construção; Área Total: 127,50m2, Norte Arruamento Projectado, Sul Rua Dr Alvaro Cunhal, Nascente Espaço Publico e Poente Lote 140, Descrito na CRP de Beja sob a ficha nº 1790 e Inscrito na Matriz Predial Urbana sob o art.º 3329 da Freguesia de Beja (Salvador) 37.994,00€ ÒmÒPrédio Urbano sito em Ligação do Bairro da Pelame à Quinta D`EL Rei Lote 176; Descrição: Terreno para Construção, Área Total: 1.925m2, Descrito na CRP de Beja sob a ficha nº 2023 e Inscrito na Matriz Predial Urbana sob o art nº 3503 da Freguesia de Beja (Salvador) 915.670,00€ ÒmÒFracção Autónoma designada pela letra “AF”, sito em Rua Eugénio da Andrade ( Poeta) nº2, 4, 6, 8 e 10 Nº 2, 4, 6 com Ligação do bairro do Pelame à Quinta D´EL Rei Lote 177, Composição: 1º Andar E, Tipologia: T3, Descrito na CRP de Beja Sob a ficha nº 2024 e Inscrito na Matriz Predial Urbana sob o art Nº 3536 da Freguesia de Beja ( Salvador) 90.000,00€ ÒmÒFracção Autónoma designada pela letra “AK”, sito em Rua Eugénio da Andrade ( Poeta) nº2, 4, 6, 8 e 10 Nº 2, 4, 6 com Ligação do bairro do Pelame à Quinta D´EL Rei Lote 177, Composição: 2º Andar D, Tipologia: T3, Descrito na CRP de Beja Sob a ficha nº 2024 e Inscrito na Matriz Predial Urbana sob o art Nº 3536 da Freguesia de Beja ( Salvador) 90.000,00€ ÒmÒFracção Autónoma designada pela letra “AO” sito em Rua Eugénio da Andrade ( Poeta) nº2, 4, 6, 8 e 10 Nº 2, 4, 6 com Ligação do bairro do Pelame à Quinta D´EL Rei Lote 177, Composição: 1º Andar E, Tipologia: T3, Descrito na CRP de Beja Sob a ficha nº 2024 e Inscrito na Matriz Predial Urbana sob o art Nº 3536 da Freguesia de Beja ( Salvador) 90.000,00€ ÒmÒFracção Autónoma designada pela letra “AR” sito em Rua Eugénio da Andrade ( Poeta) nº2, 4, 6, 8 e 10 Nº 2, 4, 6 com Ligação do bairro do Pelame à Quinta D´EL Rei Lote 177, Composição: 2º Andar E, Tipologia: T3, Descrito na CRP de Beja Sob a ficha nº 2024 e Inscrito na Matriz Predial Urbana sob o art Nº 3536 da Freguesia de Beja ( Salvador) 90.000,00€ ÒmÒFracção Autónoma designada pela letra “D” sito em Rua Eugénio da Andrade ( Poeta) nº2, 4, 6, 8 e 10 Nº 2, 4, 6 com Ligação do bairro do Pelame à Quinta D´EL Rei Lote 177, Composição: 1º Andar E, Tipologia: T3, Descrito na CRP de Beja Sob a ficha nº 2024 e Inscrito na Matriz Predial Urbana sob o art Nº 3536 da Freguesia de Beja ( Salvador) 90.000,00€ ÒmÒFracção Autónoma designada pela letra “F” sito em Rua Eugénio da Andrade ( Poeta) nº2, 4, 6, 8 e 10 Nº 2, 4, 6 com Ligação do bairro do Pelame à Quinta D´EL Rei Lote 177, Composição: 1º Andar D, Tipologia: T3, Descrito na CRP de Beja Sob a ficha nº 2024 e Inscrito na Matriz Predial Urbana sob o art Nº 3536 da Freguesia de Beja ( Salvador) 90.000,00€ ÒmÒFracção Autónoma designada pela letra “G” sito em Rua Eugénio da Andrade ( Poeta) nº2, 4, 6, 8 e 10 Nº 2, 4, 6 com Ligação do bairro do Pelame à Quinta D´EL Rei Lote 177, Composição: 2º Andar E, Tipologia: T3, Descrito na CRP de Beja Sob a ficha nº 2024 e Inscrito na Matriz Predial Urbana sob o art Nº 3536 da Freguesia de Beja ( Salvador) 90.000,00€ ÒmÒFracção Autónoma designada pela letra “I” sito em Rua Eugénio da Andrade ( Poeta) nº2, 4, 6, 8 e 10 Nº 2, 4, 6 com Ligação do bairro do Pelame à Quinta D´EL Rei Lote 177, Composição: 2º Andar D, Tipologia: T3, Descrito na CRP de Beja Sob a ficha nº 2024 e Inscrito na Matriz Predial Urbana sob o art Nº 3536 da Freguesia de Beja ( Salvador) 90.000,00€ ÒmÒFracção Autónoma designada pela letra “O” sito em Rua Eugénio da Andrade ( Poeta) nº2, 4, 6, 8 e 10 Nº 2, 4, 6 com Ligação do bairro do Pelame à Quinta D´EL Rei Lote 177, Composição: 1º Andar D, Tipologia: T3, Descrito na CRP de Beja Sob a ficha nº 2024 e Inscrito na Matriz Predial Urbana sob o art Nº 3536 da Freguesia de Beja ( Salvador) 90.000,00€ ÒmÒFracçãoo Autónoma designada pela letra “P” sito em Rua Eugénio da Andrade ( Poeta) nº2, 4, 6, 8 e 10 Nº 2, 4, 6 com Ligação do bairro do Pelame à Quinta D´EL Rei Lote 177, Composição: 2º Andar E, Tipologia: T3, Descrito na CRP de Beja Sob a ficha nº 2024 e Inscrito na Matriz Predial Urbana sob o art Nº 3536 da Freguesia de Beja ( Salvador) 90.000,00€ ÒmÒFracção Autónoma designada pela letra “R” sito em Rua Eugénio da Andrade ( Poeta) nº2, 4, 6, 8 e 10 Nº 2, 4, 6 com Ligação do bairro do Pelame à Quinta D´EL Rei Lote 177, Composição: 2º Andar D, Tipologia: T3, Descrito na CRP de Beja Sob a ficha nº 2024 e Inscrito na Matriz Predial Urbana sob o art Nº 3536 da Freguesia de Beja ( Salvador) 90.000,00€ ÒmÒFracção Autónoma designada pela letra “V” sito em Rua Eugénio da Andrade ( Poeta) nº2, 4, 6, 8 e 10 Nº 2, 4, 6 com Ligação do bairro do Pelame à Quinta D´EL Rei Lote 177, Composição: 1º Andar E, Tipologia: T3, Descrito na CRP de Beja Sob a ficha nº 2024 e Inscrito na Matriz Predial Urbana sob o art Nº 3536 da Freguesia de Beja ( Salvador) 90.000,00€ ÒmÒFracção Autónoma designada pela letra “Y” sito em Rua Eugénio da Andrade ( Poeta) nº2, 4, 6, 8 e 10 Nº 2, 4, 6 com Ligação do bairro do Pelame à Quinta D´EL Rei Lote 177, Composição: 1º Andar D, Tipologia: T3, Descrito na CRP de Beja Sob a ficha nº 2024 e Inscrito na Matriz Predial Urbana sob o art Nº 3536 da Freguesia de Beja ( Salvador) 90.000,00€ ÒmÒFracção Autónoma designada pela letra “Z” sito em Rua Eugénio da Andrade ( Poeta) nº2, 4, 6, 8 e 10 Nº 2, 4, 6 com Ligação do bairro do Pelame à Quinta D´EL Rei Lote 177, Composição: 2º Andar E, Tipologia: T3, Descrito na CRP de Beja Sob a ficha nº 2024 e Inscrito na Matriz Predial Urbana sob o art Nº 3536 da Freguesia de Beja (Salvador) 90.000,00€ ÒmÒPrédio Rústico sito no Montinho Diogo de Almeida, com a área de 19.540m2, Descrito na CRP de Beja sob a ficha n.º 303 e inscrito Na Matriz Predial Rústica sob o Art.º 148 Secção A da Freguesia de Beja (Salvador) 195.400,00€ ÒmÒFracção Autónoma designada pela letra “I”, sita na Rua dos Infantes/Rua do Touro- Edifício Lidador, Composição: Comercio Andar: R, Descrito na CRP de Beja sob a ficha nº 1097 e Inscrito na Matriz Predial Urbana sob o art nº 2686 da Freguesia de Beja (S. João Baptista) 65.000,00€ ÒmÒFracção Autónoma designada pela letra “J”, sita na Rua dos Infantes/Rua do Touro- Edifício Lidador, Composição: Comercio Descrito na CRP de Beja sob a ficha nº 1097 e inscrito na Matriz Predial Urbana sob o art nº 2686 da Freguesia de Beja ( S. João Baptista) 25.000,00€
Regulamento 1.Os interessados deverão remeter sob pena de anulação as propostas em carta fechada até ao dia 03.12.2012 e dirigidas ao Administrador de Insolvência, Rua Manuel Tiago 81, 2870-383 MONTIJO. 2.As propostas terão que conter: Identificação do proponente (nome ou denominação social, morada, n.º contribuinte, telefone e fax) valor oferecido por extenso e o envelope no exterior deve identificar o nome do processo. 3.A adjudicação será feita à proposta de maior valor e após o parecer favorável do Administrador da Insolvência. 4.As propostas serão abertas na presença do Administrador de Insolvência e demais interessados, no dia 3 de Dezembro às 15h30m no escritório do Sr. Administrador de Insolvência. 5.Os Imóveis são vendidos no estado físico e jurídico, em que se encontram. 6.Sobre os Imóveis será pago a título de sinal 20% no acto da adjudicação e os restantes 80% no dia da escritura. 7.Ao valor da venda é acrescido a comissão de 5% e respectivo IVA referente aos serviços prestados pela LEILOEIRA PARAÍSO.
Agência de Leilões C. Paraíso, Lda R Andrade 2 r/c Dtº 1170 - 015 LISBOA Tel 218 122 384 - 218 123 984 Fax 218 155 316 | Tlm 919 458 349
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Homlet inaugura novo projeto multidisciplinar A Homlet/Seara – Companhia de Teatro de Beja inaugura um novo projeto, denominado “8.8.8 – A Solidão do Espetatador”, ao longo do qual, entre dezembro e julho, no Cineteatro Capricho, 26 atores e autores apresentam três ciclos na área do cinema, da poesia inédita e do teatro, em três dias, no primeiro fim de semana de cada mês. A inauguração é já hoje, sexta-feira, pelas 21 e 30 horas, com o ciclo “8x3 Curtas| 8x3 Argumentos |8x3 Realizadores”, sob a coordenação de Miguel Pereira.
Celebrações entre hoje e amanhã, sábado
1.º de Dezembro recriado em Santo Aleixo da Restauração Santo Aleixo da Restauração, no concelho de Moura, tem no nome a data que se assinala amanhã, primeiro dia de dezembro. Por isso preparou uma recriação histórica das campanhas pela independência de Portugal, que animará o serão de hoje, sexta-feira. anto Aleixo da Restauração comemora o 1.º de Dezembro já a partir de hoje, sexta-feira, com uma recriação histórica das campanhas da Restauração, que deram o nome a esta freguesia do concelho de Moura. As celebrações arrancam pelas 20 horas, com discursos sobre os acontecimentos de 1644, seguindo-se o arraial “Por Portugal”, pelas ruas da freguesia, animado pelo grupo de percussão “R itm’Artes”, de Vila Nova de São Bento. A partir das 20 e 30 horas, dá-se início, na rua Capitão Martim Carrasco, à encenação histórica, com a “passagem pela boda do irmão do capitão Martim Carrasco” e a “leva de homens para defender Santo Aleixo”. Logo depois, concentram-se os defensores portugueses em manobras militares, na praça da
Restauração, antecipando a chegada das tropas espanholas e o pedido de rendição para os defensores portugueses, o que dará início ao combate entre as duas fações. O regresso ao passado encerra com a entrada dos invasores na igreja e a consequente morte do irmão de Martim Carrasco. As comemorações continuam amanhã, sábado, incluindo arruadas com o grupo Chocalheiros de Ficalho e a Banda Filarmónica do Círculo Artístico Musical Safarense, logo pelas 10 horas e uma cerimónia de homenagem aos mortos nas campanhas pela independência de Portugal, com discursos das entidades oficiais, cerimónia militar, hastear das bandeiras e disparo de salvas de mosquete. Pelas 11 horas, enceta-se uma confraternização e um repasto popular. O evento comemorativo é organizado pela Junta de Freguesia de Santo Aleixo da Restauração e pela Câmara Municipal de Moura, com a colaboração da Comoiprel, através do Contrato Local de Desenvolvimento Social, e da Ordem da Cavalaria do Sagrado Portugal, no âmbito do projeto “Rotas Históricas do Alentejo e Ribatejo”.
Ceifeiras de Entradas apresentam disco de estreia
III Beja ModelShow na escola Mário Beirão
O grupo coral feminino As Ceifeiras, de Entradas, apresenta “Chão”, o seu disco de estreia, já no próximo dia 8, pelas 17 horas, no centro recreativo local. Um registo que pretende “homenagear o cante das mulheres de Entradas e, em nome da memória, imortalizar” um grupo que, “ao longo dos últimos anos, tem honrado o nome desta vila”. O evento é organizado pela cooperativa Cortiçol, contemplando a atuação de dois corais convidados, nomeadamente As Camponesas e Os Ganhões, de Castro Verde, e ainda do Campaniça Trio.
Com organização do Clube de Modelismo da Escola Básica Mário Beirão, o único do género no País, decorre entre amanhã e domingo, 2, o III Beja ModelShow, exposição e concurso nacional de modelismo, a ter lugar no pavilhão desportivo do estabelecimento de ensino. A iniciativa promete a presença de associações e clubes de modelismo nacionais e internacionais, além de workshops e demonstrações de modelismo. O evento conta com o apoio da Base Aérea n.º 11, Regimento de Infantaria n.º3, bombeiros voluntários, Região de Turismo, Bedeteca, Museu Regional e empresas locais.
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Nestas coisas há sempre vozes retorcidas que se fazem escutar bem alto. Mas uma coisa é certa: o AEROPORTO de Beja é uma realidade. Existe. E se existe é porque é algo com que se pode contar. No imediato. Ou num futuro mais ou menos próximo. Os voos de passageiros ainda são poucos. Mas há empresas que se começam a movimentar na gare aeroportuária de Beja. E isso é uma boa notícia. Não é? PB
13 Diário do Alentejo 30 novembro 2012
O pior que pode acontecer ao jornalismo é ver a sua credibilidade minada. E que o contrato social que o liga aos cidadãos seja quebrado por via das desconfianças geradas por este processo. Os próximos dias serão decisivos. O ónus da prova está agora do nosso lado: os jornalistas vão ter de provar que são agentes da verdade. Não são bufos ao serviço dos agentes de segurança. Nuno Azinheiro, “Diário de Notícias”, 26 de novembro de 2012
Opinião
Extinção de freguesias José Filipe Murteira Professor
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resumimos que, por opção editorial, o “Diário do Alentejo” dedicou duas das suas últimas edições às freguesias de Gomes Aires e Pereiras-Gare, cuja extinção/fusão foi aprovada, entre outras, pelas assembleias municipais em que se integram, Almôdovar e Odemira, respetivamente. De resto, foram estas as únicas assembleias do distrito de Beja que tomaram tal decisão, já que todas as outras se pronunciaram contra esta medida, na linha do que a maior parte fez, a nível nacional. Nessas duas reportagens podemos sentir diversas reações, quer entre a população, quer entre os autarcas das duas freguesias: a desilusão, a resignação, a injustiça, a revolta (...). Ato 1. Do memorando assinado entre a troika e o governo de José Sócrates, no dia 3 de maio : “3.44. Reorganizar a estrutura da administração local. Existem atualmente 308 municípios e 4259 freguesias. Até julho de 2012, o Governo desenvolverá um plano de consolidação para reorganizar e reduzir significativamente o número dessas entidades”. Sobre este ponto, escrevia, poucos dias depois, um comentador num jornal nacional, que esta era uma das medidas que não iria ser concretizada na totalidade. Referia-se, é claro, à redução de municípios, que, como se vê, ficou para as calendas gregas, já que apenas o “elo mais fraco”, as freguesias, foi objeto dessa “reorganização”. O que revela que há, entre os nossos políticos, muitos “Cabrais” que temeram novas “Marias da Fonte”, caso a extinção de municípios fosse para a frente. Ato 2. Uma semana depois, no dia 10 de maio, o conselho diretivo da Associação Nacional de Municípios aprova, por unanimidade, uma resolução em que, nomeadamente, se dizia : “No caso das freguesias, a diminuição do seu número poderá também não implicar reduções significativas de custos e não deverá ser feita com base em regras cegas e universais (…) Deve ainda ter-se em conta que, em freguesias mais longe das sedes de concelho, onde já fecharam serviços como escola, correios, centro de saúde, entre outros, o único ponto de contacto das populações com quaisquer serviços públicos é a junta de freguesia que, por um lado, as representa e, por outro lado, funciona como elo de ligação. Nestas situações, a redução do número de freguesias pode contribuir para acentuar o isolamento e abandono das populações.” Ato 3. A contrariar esta resolução, numa posição mais “troikista” que o próprio memorando, como que a justificar a posição do seu partido, o presidente da Câmara Municipal de Beja apressou-se a dizer que “…concorda em absoluto com a redução de municípios e de freguesias” e que “não faz sentido o País ter freguesias e municípios demasiado pequenos, às vezes uns ao lado dos outros, quando apenas um órgão de gestão poderia gerir as necessidades sem duplicar órgãos de gestão e eleitos (…). O autarca considerou ainda que em Beja existem condições para a supressão de algumas freguesias, dando outra dimensão às freguesias que se mantiverem.” (“Correio Alentejo”, 13 de maio). É claro que, mudada a conjuntura política, com a vitória do PSD, Pulido Valente vai mudar de opinião (tal como já tinha feito, aliás, com a questão das ligações ferroviárias diretas a Lisboa e da extinção do Intercidades). Ato 4. Entretanto, vão sendo conhecidas algumas situações que, para além de caricatas, pressupõem oportunismos políticos conjunturais, fruto da “ditadura das maiorias” em algumas assembleias municipais, que aprovaram propostas de extinção/fusão de freguesias. Por exemplo, na Assembleia Municipal de Santarém, que visava a revogação da pronúncia desse órgão, aprovada na sessão de 20 de julho deste ano, os presidentes de duas juntas de freguesia que irão ser agregadas quase chegaram a vias de facto, tendo mesmo sido
chamada a PSP, para serenar os ânimos (“Diário de Notícias”, 11 de outubro). Nesta reorganização, que elimina nove freguesias, o PSD (que tem a maioria na AM) foi acusado de “cozinhar” o mapa com base em expectativas eleitorais. Talvez não tenha sido por acaso que, já em dezembro de 2011, o jornal regional “O Mirante” tenha escrito que “Autarcas [de Tomar] receiam que extinção de freguesias leve a motins”. Ato 5. Bem mais perto de nós, ainda que não seja conhecido qualquer ato de violência, a pronúncia da Assembleia Municipal de Odemira (de maioria PS), uma das únicas quatro do Alentejo a tomar esta decisão, tem sido igualmente acusada desse oportunismo político, ao aprovar um novo mapa em que todas as quatro freguesias rurais extintas são, neste momento, geridas pela CDU. Curiosamente, como se pode ver na excelente infografia publicada no “Diário do Alentejo” de 26 de outubro, a proposta da Utrat apenas propunha a extinção de uma freguesia rural – Luzianes-Gare – para além da junção das três consideradas urbanas. Para adensar mais as desconfianças, a proposta da AM agrega apenas duas destas, ficando a terceira – Boavista dos Pinheiros – de fora (por sinal, esta autarquia é dirigida pelo PS). E se uma das justificações apontadas nessa pronúncia é a de que as quatro freguesias a extinguir são recentes (criadas entre 1985 e 1989) e vão voltar a integrar as freguesias de onde tinham saído, “por razões de natureza histórica e cultural”, o que dizer, então, da última freguesia criada em Odemira, precisamente Boavista dos Pinheiros, desanexada (com toda a razão) das freguesias urbanas de Salvador e de Santa Maria apenas em 2001? Neste caso, os critérios temporais, histórico e cultural já não se aplicam? Razão tinham os que, na concentração em Beja, no passado dia 27 de outubro, empunhavam uma faixa preta onde se podia ler “a Freguesia de Zambujeira do Mar está de luto”. Ato 6. E agora? Passado que foi o prazo para a pronúncia das assembleias municipais, a Utrat apresentou a proposta de reorganização, que prevê a extinção de mais de mil freguesias, levantando desde logo um coro de críticas por todo o País e por todo o espectro político, da maioria ou da oposição, e de ameaças de tomadas de posição mais duras por partes de várias autarquias e populações atingidas. Também já se escreveu que este processo poderá, inclusivamente, pôr em causa as eleições autárquicas do próximo ano. A Anafre, por seu lado, diz que esta reorganização originará uma poupança de apenas 6,5 milhões de euros e apoia as freguesias que queiram apresentar providências cautelares a suspender a proposta de extinção, enquanto aguarda a decisão do Tribunal Constitucional sobre o assunto. Epílogo. Como se pode ler na última edição do “Diário do Alentejo”, também no nosso distrito são várias as vozes a levantar-se contra esta proposta, desde partidos políticos a juntas de freguesia e a câmaras municipais. Autarquias como Aljustrel, Ourique, Mértola, Serpa ou Santiago do Cacém, já se manifestaram publicamente contra as alterações nos seus municípios e preparam ações concretas para as contestar. Enquanto isso, ainda segundo este trabalho do “DA”, o presidente da Câmara de Beja, com a sua habitual ambiguidade, limita-se a dizer que se mostra “…contrário a qualquer proposta sem que haja um estudo aprofundado sobre a realidade do território do concelho, não compreendendo as razões para que a freguesia de Mombeja, seja integrada em Santa Vitória e Quintos na freguesia da Salvada”. Ou seja, sem se manifestar frontalmente contra, limita-se a questionar porque vai Mombeja juntar-se a Santa Vitória (e não a Beringel?) e Quintos à Salvada (e não a Baleizão?), sem se pronunciar sobre as restantes freguesias que vão ser agregadas (São Brissos, Trindade e as urbanas) ou sobre iniciativas que contrariem estas medidas. Tal como escrevíamos em 24 de junho de 2011, no “Correio Alentejo”, acerca da sua posição sobre esta imposição antidemocrática do memorando no poder local democrático, apetece terminar com a mesma frase (com as devidas alterações, entretanto verificadas) : “Assim, não será de estranhar se virmos, um dia destes, Pulido Valente a tentar convencer os autarcas e as populações das freguesias de Quintos (pequena), Salvada e Cabeça
Gorda (próximas), e dos municípios de Alvito (pequeno), Cuba e Vidigueira (próximos), a iniciar o debate para a sua fusão numa só freguesia e num só município. A bem do cumprimento do memorando.”
Medo Filipe Nunes Arqueólogo
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pós os confrontos na última greve geral, tornou-se evidente como se pretende confinar ao medo todos os milhões de pessoas que, dia após dia, têm cada vez menos ar à sua volta para respirar. Um sufoco imposto de todos os lados e que, designado nesse outro sinónimo que é a crise, atemorizou-nos pelo medo de perder o emprego, o futuro de quem não o tem e a estabilidade das nossas vidas. Rapidamente resumido e formulado no pragmatismo capitalista do fim da história, que é como quem diz esqueçam as outrora conquistas da paz, o pão, habitação, saúde e educação que se ouvia soar nessa canção (de) “Liberdade”. A mesma música responde ao seu nome e aos tempos de hoje, quando terminava ecoando que “só há liberdade a sério quando houver/Liberdade de mudar e decidir/quando pertencer ao povo o que o povo produzir “. Essa premissa, já o sabemos, foi deitada por terra, conduzidos até aqui pelos donos de Portugal, connosco ao volante até onde houve alcatrão e betão para nos enterrar. Mas o início da canção poderá apelar hoje mesmo a um novo ponto de partida, pois se “Viemos com o peso do passado e da semente/Esperar tantos anos torna tudo mais urgente/e a sede de uma espera só se estanca na torrente”. Porque de novo, e uma vez mais, parece que “Só se pode querer tudo quando não se teve nada/Só quer a vida cheia quem teve a vida parada”. E não há, nem nunca haverá, torrentes que abram caminho sem maior ou menor violência nas águas paradas em que atolamos. Por isso a boiar na política parlamentarista e no sindicalismo de palanque, uma “meia dúzia” de arremessos de pedras atiradas a esse lamaçal criaram as ondas de choque como desde há muito não se via. E nesse ponto de rutura, de passagem a outro nível de reação e de ação direta, nas pedras e nos petardos, começa a operar-se um ponto de viragem ao medo. Indefinido e certamente incerto, pois ao mesmo tempo que se percorre esse fio da navalha que a violência sempre será, esta serve mediaticamente para estoicamente ganhar tempo e pretexto à resposta que se quer definitiva pelas forças da ordem democrática eleita em instaurar o medo absoluto, eternamente auxiliados pelo falso pacifismo de quem equilibra o peso de uma pedra na mão e as vidas deitadas ao desbarato pelas finanças ou pelo uso de um cassetete noutra mão. Porque a torrente não se estanca no argumento falacioso e ridículo da “meia dúzia de profissionais da desordem”, pois a torrente está em todos os que permanecem nas ruas após o encerrar anunciado dos protestos pelos profissionais do sindicato, e cuja presença inamovível – espectativa ou participante – entre a desordem incomoda mais a ordem que a velha calçada portuguesa que lhe é arremessada. A carga, a perseguição raivosa e as ilegalidades na prisão de mais de uma centena dessa torrente que está na rua, como a urgência atabalhoada da polícia, mesmo por vezes entre congéneres praças jornalísticas, não se prende em justificar apenas os acontecimentos, mas em implantar um Estado de medo que pode começar por atacar e diabolizar os anarquistas ou os estivadores, velha receita de discurso criminalizante que singrou nos totalitarismos de direita e esquerda do século passado (e nas democracias de hoje), mas cujo alcance pretende instaurar na vida de todos a lógica da receita médica inquestionável dos carrascos que nos fazem sombra. Do come e cala.
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14 Diário do Alentejo 30 novembro 2012
O Governo não mexeu uma palha no IVA para a RESTAURAÇÃO. Nada que não fosse previsível. Como previsível é o futuro imediato de um setor da economia que já anda pelas ruas da amargura e que vai entrar em 2013 com a corda bem esticada ao pescoço. A restauração e similares dão emprego a muita gente e movimentam as pequenas economias de proximidade. Que assim ficam mais pobres. PB
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Os resultados preliminares do CENSOS 2011 já eram conhecidos, mas só esta semana o Instituto Nacional de Estatística divulgou os resultados definitivos. E, naquilo que diz respeito ao Alentejo, não há um único indicador que nos anime pela positiva: somos cada vez menos, estamos mais velhos, permanecemos analfabetos e damos um baixo contributo para a vida ativa. Uma região de sucesso, num país de sucesso.PB
ANTÓNIO ALMODÔVAR
Há 50 anos
Crónica Tempo de açordas João Mário Caldeira
H
á três pratos da gastronomia nacional que habitualmente se ligam ao Alentejo, as açordas, as migas e os gaspachos, referidos por essa ordem, como se estivéssemos a ler num calendário. Na verdade, a temperatura ambiente, para além do ciclo sazonal de alguns condimentos, é que dita na roda do ano a sucessão desses comeres. Para o alentejano o assunto é simples, as açordas são no outono, as migas no inverno, os gaspachos durante o verão. É no aconchego das primeiras, na substância das segundas e no gozo refrescante dos últimos que se fundamenta a ordem de preferência. Decisão, dir-se-ia, quase meteorológica. No entanto, muitos não saberão que o nome dessas comidas carrega consigo uma parte da memória trágica do Alentejo, drama de carências que se arrastou até quase ao último quartel do século passado. Por detrás dos nomes desses emblemáticos comeres, hoje substanciais, esconde-se uma história inenarrável, pingando sofrimento. Nela transparece o desespero levado ao limite da gente camponesa assalariada. As crises de trabalho, o esforço, quantas vezes sobre-humano, sem a contrapartida da sustentação. Madrugadas de noites mal dormidas assombradas pelo espectro das privações. A angústia fazendo estragos com o romper da aurora. A “comida da fome”, assim chamada porque nunca a matava como compete a qualquer comida, estava na base desse drama. As açordas eram “peladas”, as migas “canhas” ou “de assobio”, os gaspachos pouco mais consentindo que o vinagre, umas rodelas extra de pepino, quando não um tomate pisado para engrossar. Havia o pão, é verdade, e de qualidade, mas o azeite, quando o havia, não passava de uma amostra. Eram as refeições de “pão e dentes” que geravam grandes “barrigadas de fome”, como então dizia a população sofredora com mal disfarçado humor. Vá lá que a necessidade é mestra de engenho. Pelas ervas do campo e outras criadas numa nesga de quintal não cobrava nada a mãe natureza. Muito menos pela água das fontes que foi sempre fartura de gente pobre. Esse pouco, com o alho, fez muito do quase nada. Nos tarros de cortiça e nos pratos de louça ratinha a aridez da comida ganhava laivos de requinte enobrecendo-se de sabor. Felizmente que os tempos mudaram. A partir da esquelética base da comida camponesa, generalizaram-se no Alentejo,
tanto nos restaurantes como na maioria das casas da região, os pratos tradicionais, envergando agora roupagens de outra qualidade e fartura que nunca deixaram de estar presentes em casa de gente rica. As açordas, as migas e os gaspachos ganharam estatuto inimaginável. Mas falemos hoje das açordas, que é tempo delas. Logo que as primeiras chuvas anunciam o outono trazendo os coentros novos e os poejos, o alentejano sonha com açordas. Pisa as ervas (normalmente alternando os poejos e os coentros) com alho, sal e tiras de pimento verde numa pelangana de barro, junta-lhe azeite em quantidade e qualidade enquanto ferve num tacho uma posta de bacalhau, escalfando na mesma água um ovo por pessoa. Fatia entretanto sopas de pão de trigo, do que ainda é digno desse nome, se possível saído do forno há vários dias, que ficam a aguardar a sua vez. Logo que concluída a cozedura do “fiel amigo” e retirados os ovos, joga sobre os temperos pisados da pelangana a água a ferver, mexendo suavemente para misturar os cheiros. Dentro do caldo rescendente deita, então, as sopas de pão duro, tapando a pelangana para que elas se embebam dos intensos sabores da mistura. Vai a pelangana à mesa acompanhada do bacalhau e dos ovos, servidos em prato à parte. Dão apoio à iguaria as rodelas de rábano há pouco criado nas hortas e azeitonas pisadas, se possível verdeais, de curtimenta recente. Se o tem à mão, chama a si o vinho novo das castas alentejanas, mas não se negará ao velho, cuja majestade sempre enobreceu qualquer comida. Eis a açorda de hoje, aconchegante e olorosa, reconfortante, digna de banquete de rei, prima afastada da magra comida da gente pobre de onde veio a matriz. Do afetivo tríptico gastronómico do Alentejo, em que açorda tem lugar proeminente, sobressai como elemento comum e insubstituível, o pão de trigo. Aqui o pão foi sempre coisa amada e venerada, muito mais agora que quase só se come imbuído de memória. Tempo de açordas, dizíamos. Mas tempo também de maus presságios espreitando nos poentes deste outono de desencanto. Uma classe de gente despudorada assenhoreou-se desde há décadas dos destinos do País saqueando quanto pôde originando com que fôssemos bater à porta de credores tão ou mais despudorados, ainda por cima armados em benfeitores. O resultado já se previa, a pobreza a rondar de novo a casa dos portugueses trazendo à memória os trágicos tempos da fome com as “açordas peladas”. Ao sabor secular de prato tão caro aos alentejanos junta-se de novo o travo amargo da injustiça gerando uma raiva que não augura nada de bom.
O fio de aço dentro do pão e uma polícia compreensiva
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o “Varandim da Cidade”, uma pequena coluna de opinião publicada regularmente na primeira página do “Diário do Alentejo”, os jornalistas da casa abordavam diferentes problemas de Beja. Na edição de 23 de novembro de 1962, Melo Garrido denunciava a falta de qualidade do pão em Beja: “Mau grado nosso, teremos hoje que fazer mais um comentário a propósito do instante problema da qualidade do pão vendido em Beja. Um comentário que terá duas ‘faces’: uma agradável, outra desagradável. Agradável, porque se notou, de facto, uma certa melhoria, aliás prèviamente anunciada pelos serviços competentes; desagradável em virtude de um caso, sem dúvida invulgar, mas que nem por isso deixa de ser muito aborrecido e merecer reparo: um nosso leitor veio á nossa redacção mostrar-nos um pão no qual vinha caprichosamente envolvido uma parte de fio de aço! Perguntou-nos como isso é possível. Não soubemos responder-lhe, nem a resposta será talvez viável aos responsáveis... A repetição de tais descuidos é que tem de ser evitada. Custe o que custar.” No dia seguinte, M. G. retomava outro assunto citadino: “Recentemente, abordámos, aqui, o caso da razia feita aos emblemas dos automóveis que, durante a noite, estacionam em vários locais da cidade. Manifestámos o nosso parecer de que seriam brincadeiras de rapazes mais ou menos ‘crescidotes’, mas brincadeiras censuráveis, pelos prejuízos que causavam e que, por isso mesmo, deviam ser reprimidas. Está claro que, como também supusemos, a Polícia entrou imediatamente em acção. E não tardou a descobrir os autores das proezas, embora encontrando dificuldades por parte de pessoas que, ocasionalmente, já na posse do ‘segredo’, entenderam, errada e lamentàvelmente, que não deviam colaborar no esclarecimento de um caso, sem dúvida de somenos importância, mas que devia ser resolvido quanto antes, para não ter continuidade. Ao fim e ao cabo, a Polícia fez valer os seus direitos – passe a expressão – e actuou, depois, com a compreensão que se justificava e era mesmo de recomendar. Os culpados devolveram os emblemas de que se haviam apoderado sem intuitos maldosos mas abusivamente e terão sido repreendidos e aconselhados a expandirem de outra forma mais simpática a exuberância da sua natural veia brincalhona. Os emblemas encontram-se, pois, já no Comando da P. S. P., onde devem comparecer os lesados a fim de os identificarem e os receberem. E aqui acaba a história. Uma história que para todos teve um ‘happy end’... Ainda bem.” Carlos Lopes Pereira
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Antes falava-se da “mais alta taxa de suicídio do mundo” de Sabóia como uma característica natural do Baixo Alentejo envelhecido: homens sem ninguém à distância de lhes dar a mão, como sobreiros no montado cujos ramos nunca se tocam. Veio depois a vergonha, quando percebemos que os velhos não deixam de se matar nas cidades, sucede apenas que damos pelo cheiro antes de darmos pela falta. Vasco Barreto, “I”, 26 de novembro de 2012
Cartas ao diretor O senhor deputado António Saleiro Almodôvar
Quando um deputado faz a defesa da manutenção de um tribunal em prejuízo da manutenção de outro, como é o caso de Almodôvar e Mértola, não é um deputado, é um “mandarete”! Acabei de ouvir o mandarete Ameixa protestar na Assembleia da República porque o mapa judiciário contempla a manutenção do tribunal em Almodôvar e, ao que parece, não mantém o tribunal em Mértola. Esse senhor, que também é pago pelos almodovarenses, esqueceu-se que Almodôvar é um concelho do seu círculo eleitoral e que quando no primeiro mapa eleitoral se retirou o tribunal de Almodôvar devia ter reagido e não reagiu! Ficou mudo e calado!... Vem agora criticar a ministra por ter reconsiderado. Fá-l o p or c ont r a p o s iç ã o c o m Mértola... Que tristeza franciscana! (…) Não deve ter lido os princípios programáticos do partido através do qual foi eleito. Deveria ter usado o seu espaço e poder parlamentar para defender Almodôvar, ao tempo, como deveria agora usá-lo para defender Mértola até às últimas consequências... O grande objetivo deste deputado deveria ter sido uma luta sem tréguas para manter os dois tribunais e nunca fomenta r u ma g uerra polít ica entre populações que sempre estiveram irmanadas. Mértola merece o seu tribunal? Claro que merece e tem razões para isso! Una esforços com os outros deputados e demonstrem ao Governo os prejuízos que causa m àquelas gentes! Trabalhe! Apure factos! Arranje argumentos e não fique calado como o fez com Almodôvar. O argumento partidário que usou é infeliz e o do almoço com o presidente da camara é demagógico! Querem ver que este rapaz nunca almoçou com um ministro? Pois se nunca pressionou ministros fez mal! Não está aí a fazer nada! Talvez agora se perceba porque é que a Embraer foi para Évora com um aeroporto em construção em Beja. Só não lhe retiro o voto porque não posso! O argumento de que a câmara agora é do PSD é pobre e vergonhoso! E se
deixou de ser do PS foi graças à estratégia que levou a cabo quando era o dirigente regional o ainda deputado. Não é por acaso que na sua liderança o PS perdeu no distrito 25 mil votos e um deputado! O povo é humilde mas não é ingénuo! Se tivesse lutado por Almodôvar e pela manutenção do tribunal eu estaria aqui humildemente a agradecer-lhe como devo fazê-lo à senhora ministra por ter reconsiderado! Só não o faço ao presidente da câmara porque se fez alguma coisa não fez mais que o seu dever e obrigação! Volto a insistir que é sua obrigação fazer com que Mértola volte a ter o seu tribunal, lute! Mostre o que vale e justifique quanto lhe pagamos! Promova uma reunião com o presidente de Mértola na comissão de Direitos Liberdades e Garantias e deixe-se de discursos reles e sem conteúdo! Deixe Almodôvar em paz porque não lhe devemos nada! Basta ver o estado lastimoso em que o Governo deixou o edifício da Misericórdia (antigo centro de saúde) para nos apercebermos do seu mau trabalho! Ficamos a saber que, por esse senhor, Almodôvar, não teria tribunal! Pois que fique a saber que por duas vezes, quando eu era presidente da câmara, houve a tentativa de o encerrar. Uma vez num governo do PS e outra num governo do PSD! Nunca saiu! Sabe porquê? Porque levei os argumentos que ainda hoje são válidos com base num próprio mapa judiciário que a câmara ao tempo elaborou e sem intervenções politiqueiras como as que fez hoje! Não é com aquele discurso de “chacina de galinheiro” que ajudará Mértola! Demita-se para não prejudicar mais o distrito!
O entendimento F. Calado Aljustrel
Uma sociedade que vê no seu próximo um adversário a derrotar, que entendimento e futuro pode esperar? Eis a questão que nos leva a pensar que esta sociedade está fundada em alicerces errados, sem futuro algum e que nos conduz a uma autodestruição, porque convenceram as pessoas de que para viverem têm que ser concorrenciais, excluindo os menos hábeis do direito a viver, pugilistas verbais e superiores ao seu semelhante. Esta é a receita do tempo presente. Uma inimizade perfeita, na qual não há cooperação entreajuda e convivência amigável possível e desta forma ninguém pode confiar em alguém.
Diário do Alentejo 30 novembro 2012
Permitam-me que comece por esclarecer que, quando digo “meus caros”, meço bem as palavras. De facto, vocês são cada vez mais meus, e continuam a ser bastante caros. Está em curso um processo destinado a tornar-vos mais baratuchos, mas permanecem demasiado dispendiosos para o meu gosto. Creio não estar a ser sexista quando digo que todas as senhoras apreciam um bom saldo, e por isso defendo que as reduções de salário que a austeridade vos está a impor podem e devem ir um pouco mais longe. A Europa precisa de portugueses com 70 por cento de desconto. Duas palavras: liquidação total. Ricardo Araújo Pereira, “Visão”, 22 de novembro de 2012
Sou contra a limitação do que quer que seja e de mandatos para presidentes de junta e presidentes de câmara. Mas a haver limitação de mandatos deveria ser para todos os órgãos de soberania e instituições públicas. É lamentável a perpetuação do poder na direção das escolas, nos sindicatos, organizações patronais, direções de empresas públicas, etc. Esta reforma no sistema político é anquilosada. Joaquim Jorge, “Público”, 26 de novembro de 2012
É uma autêntica ruína moral... Dizem depois aqueles que criaram estas condições e as defendem, que há uma crise moral! Vive-se como se toda a finalidade do homem fosse apenas uma felicidade materialista e fôssemos assim uma máquina sem afetos e sem sentimentos, não precisando de ninguém e ninguém precisando de nós, uma indiferença completa uns para com os outros. Que felicidade e bem-estar pode haver numa sociedade destas? Isto é o caminho para o desastre total! Houve alguém que viu isto há dois mil anos, que foi o Senhor Jesus Cristo e mostrou ao homem um caminho diferente, um ponto de encontro amigável e fraterno entre Ele e os homens e uma harmonia com a nossa própria vida e a criação. E por isso deixou uma mensagem bem forte a respeito da humildade e mansidão que é a base do entendimento, dizendo: “aprendei de mim que sou manso e humilde de coração”. E não ficou só por aqui, mas materializou essa ideia quando lava os pés aos discípulos. Quis ele dizer com isto que o mais baixo de todos os servos, naquele tempo, era o que lavava os pés aos senhores e que Ele, senhor e mestre, não considerava esse servo inferior a Ele mesmo. Isto porque a sua felicidade era baseada na fé e na amizade fraterna, respeitando todos os homens, e não na inferioridade e pobreza dos outros, como acontece com muitas pessoas, as quais mostram assim a sua desumanidade. Isto é uma lição para memorizar que nós não somos mais importantes que o mais pequeno e que o mais pequeno merece o mesmo respeito que o chamado “grande”, ou seja, o melhor respeito da nossa parte, porque é esse, e só esse, o respeito que nós merecemos. Se não respeitarmos as pessoas e elas nos respeitam é uma esmola que nos estão a dar e não um mérito nosso. Não são as fortunas, nem os diplomas, que nos valorizam humanamente mas sim tudo o que dizemos e fazemos aos outros. Quanto à mansidão, esse estado de espírito, calmo e tranquilo, é necessário também para entendimento entre as pessoas. É como uns óculos que nos ajudam a ver a verdade. No estado irritativo, dizemos e fazemos coisas erradas e no dia seguinte, já calmos, reprovamos o que foi dito e feito; é como se tivéssemos passado por uma cegueira moral. Salomão dizia mesmo que “a ira abriga-se no seio dos tolos”. Quantas vezes não dizemos nós àquele que está irritado à nossa frente “não te enerves, tem lá calma!”. Porque todos nós sentimos que só há entendimento e raciocínio possível nesse estado de espírito e é nele que dizemos e fazemos coisas acertadas.
Por isso a calma/mansidão sem ódio é necessária ao homem é nela que podemos ser felizes e beneficiar mesmo a saúde. Este conselho do Senhor Jesus, já com muitos anos, não é velho porque ele é eterno e faz parte da nossa vida e de tudo a que o homem aspira para a sua harmonia e felicidade. Ele é a esperança de sairmos desta desumanização que alguns homens levaram à nossa sociedade. É mudando a nossa atitude que nos podemos entender e viver como amigos, com aqueles que assim o desejem, e mudar assim o mundo, começando por nós, num mundo mais justo, fraterno e humano.
Especialização ou diversificação? Joana Rosa Gouveia Lisboa
Numa altura em que o mercado de trabalho está cada vez mais competitivo, é sobejamente necessário ter-se uma boa formação académica para que se possa dar resposta às necessidades e exigências que se apresentam. Considero, no entanto, importante ter-se em consideração uma questão: será melhor ter uma experiência profissional diversificada em várias áreas ou em vários ramos profissionais ou ter-se uma experiência mais concentrada num só ramo profissional? O mercado de trabalho em Portugal e, um pouco no resto do mundo, está complicado, é difícil ter-se estabilidade profissional e fazer-se o que realmente se gosta. Mas, se uma pessoa trabalhar durante, por exemplo, 10 a 15 anos apenas numa área que estiver um pouco saturada, se ficar desempregada, terá alguma dificuldade em arranjar emprego. No entanto, por outro lado, a alta especialização e os conhecimentos daí provenientes darão, porventura, a possibilidade de se poder subir na carreira em Portugal ou fora do País. Uma pessoa altamente qualificada e especializada tem grandes hipóteses de progressão na carreira e de atingir o topo na sua área de trabalho. O facto de ter experiência profissional diversificada ajuda – especialmente para quem não tem um alto nível de escolaridade – a adquirir conhecimento em várias áreas para conseguir obter trabalho. Uma pessoa com experiência em várias áreas tem possibilidades de responder a várias necessidades de mercado, dado que possui conhecimento em ramos profissionais diversificados. Assim, deixo ao leitor esta questão: concorda com a diversificação da experiência profissional ou com a especialização?
Diário do Alentejo 30 novembro 2012
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Reportagem Cidadãos espanhóis em solo alentejano
O Dia da Independência Foi no dia 1 de dezembro de 1640 que Portugal pôs termo a 60 anos de domínio
mesmo tempo, foi à procura de cidadãos espanhóis que tenham escolhido a re-
espanhol. A efeméride assinala-se amanhã, sábado. E o “Diário do Alentejo” vol-
gião para viver, para perceber a sua visão sobre o acontecimento, à distância de
tou a mergulhar na história. E, inevitavelmente, voltou aos tempos de Mariana
tantos anos, mas também o seu apego à terra que os acolhe.
Alcoforado, do conde de Chamilly. Aos anos da Guerra da Restauração. E, ao
Texto Bruna Soares Ilustração Susa Monteiro
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oi no dia 1 de dezembro de 1640 que terminou o domínio espanhol, com a Restauração da Independência de Portugal. E hoje? É mais aquilo que nos une, do que aquilo que nos separa? Estão saradas as nossas quezílias históricas? O que leva a que cidadãos espanhóis tenham escolhido o lado de cá da fronteira para viver? Mas antes vamos à história e vamos aos factos. Leonel Borrela, estudioso, a pedido do “Diário do Alentejo”, faz um breve enquadramento histórico, mas alerta: “Foram vários os motivos que levaram à conspiração de 1640”. Primeiro: “A usurpação do trono português por Filipe II de Espanha, em 1580, na sequência da morte, na batalha de Alcácer Quibir, do rei D. Sebastião, em 1578”. Recorde-se, contudo, que “havia herdeiros legítimos, entre eles, o cardeal D. Henrique que ainda foi rei e D. António prior do Crato que foi obrigado a exilar-se, assim como o 7.º duque de Bragança, D. Teodósio, que aparentemente, sem levantar objeção à coroa espanhola, ficou sediado no paço de Vila Viçosa”. Depois, avança, “as promessas não cumpridas dos reis de Espanha, relativas à autonomia administrativa e económica de Portugal, com o agravamento de impostos (que conduziu à revolta de Évora, conhecida como o Manuelinho, em 1637) e o recrutamento ilegal de soldados portugueses”. E, por fim, “o enfraquecimento militar de Espanha originado pela Guerra dos Trinta Anos (1618-1648), contra a França, mais a revolta da Catalunha em 1640”. Mas como se dá o 1 de dezembro de 1640? “O império espanhol estava em declínio e Portugal arrasado por 60 anos de submissão; as antigas colónias eram pasto de mercadores e piratas essencialmente holandeses e ingleses que dominavam os mares. Surgiu, então, a oportunidade há muito desejada, aceitando D. João, filho de D. Teodósio, a proposta de um grupo de 40 conjurados, ligados à nobreza, para depor o governo espanhol. Num sábado, a duquesa de Mântua, vice-rainha de Portugal, foi deposta e aclamado D. João IV, primeiro rei da dinastia de Bragança”. Era, contudo, necessário defender as fronteiras de uma provável retaliação espanhola. “O Alentejo é assolado pelas investidas espanholas essencialmente a partir de 1653, sendo defendido pelas tropas organizadas pelo alemão Schomberg e por centenas de franceses, ingleses e portugueses”, explica Leonel Borrela. E acrescenta: “D. João da Áustria, à frente de um poderoso exército espanhol, toma Évora e envia um ultimato a Beja para se render, em 1663, mas Rui de Melo, cunhado de soror Mariana Alcoforado, governador militar da capital baixo-alentejana, convidou-o
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Mariana Alcoforado e os anos da Restauração
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JOSÉ FERROLHO DR
Natàlia Tost Veio da Catalunha, de Reus, e escolheu Messejana para viver
Gema Puntada Chegou de Madrid e apaixonou-se pelo Alentejo. Está em Almodôvar MARIA JOÃO ARCANJO
a vir conquistá-la, pelas armas, se pudesse. Não veio e recuou, perseguido, para a segurança do território espanhol, e Beja conservou-se intacta, sem uma beliscadura, partindo, até, dela para a fronteira vários pelotões que provocaram sérios estragos, um deles, entre muitos outros, onde esteve o conde de Chamilly- Saint-Légèr, Noel Bouton, chegou a tomar Sanlucar, frente a Alcoutim, com destino que não se concretizou, por ordem real, a Ayamonte”. E prossegue: “É curioso que durante este período houve um tratado de não agressão, nem sempre cumprido, de parte a parte, entre os concelhos a sul de Beja, banhados pelo rio Guadiana, e o condado de Niebla, da área de Sevilha, para permitir o movimento dos comboios de aprovisionamento das praças fortes situadas mais a norte”. Hoje, contrariamente a anos já há muito idos, são vários os cidadãos espanhóis que escolhem a nossa região para viver. É o caso de Nàtalia Tost, Gema Puntada e José Torres. A semana começa cinzenta e o frio faz com que pouca gente saia à rua em Messejana, concelho de Aljustrel. A artéria inclinada, revestida de calçada, leva ao topo, onde se avista a igreja, de barras azuis e pintada a cal, imaculada. Uma transversal, de pouca largura, leva até à casa de Natàlia Tost. Nasceu na Catalunha, em 1974. E não tem dúvidas: “Espanha e Portugal não poderiam estar juntos. Digo juntos no sentido de Estado, uma vez que Portugal e Espanha têm uma cultura muito diferente. Parece que poderíamos ter muito em comum, porque estamos territorialmente muito próximos, mas ideologicamente e culturalmente não estamos”. A televisão insiste em não ligar. Mais um corte de energia elétrica que assolou Messejana e Natàlia teme que o computador, no qual trabalha, um dia se ressinta. Na verdade, Nàtalia dedica-se à sua editora, O Lado Esquerdo, que, entre outras coisas, faz livros gigantes para gente miúda (livros temáticos em tecido e com diversos objetos interativos), livros de pano mais pequenos (bebezudos e minibebezudos) e ainda livros em papel. Antes, chegou a Portugal como voluntária e colaborou com a Esdime. “Muitas vezes me senti mal, porque sempre achei que os portugueses tinham um carinho pelos espanhóis e que o contrário não acontecia. Não porque os espanhóis não gostassem de portugueses, mas porque o espanhol ignorava mais facilmente o português”, afirma, para rapidamente acrescentar: “Às vezes, contudo, os portugueses também me faziam confusão. Oiço, embora agora já não tanto, porque a situação está difícil em ambos os países, muitas barbaridades. Há portugueses que diziam que deveriam ter ficado espanhóis. Foi, no fundo, o que aconteceu à Catalunha. O dia 1, a bem dizer, comemora a independência de Portugal e o dia em que nós ficámos ‘lixados’”. Nàtalia escolheu Messejana para viver. “É uma terra muito bonita. Num sítio com muita gente damo-nos com os que são iguais a nós. Num sítio pequeno damo-nos com toda a gente”. E por cá fica, garante, até que passe “outro ‘comboio’, que possa, quem sabe, apanhar”. Gema Puntada, por sua vez, tenta manter-se em Portugal. A Espanha vai de férias, à sua terra natal: Madrid. Mas a sua permanência em muito vai depender de encontrar um trabalho. Para já, está em Almodôvar. Também chegou ao Alentejo para desenvolver
ariana Alcoforado nasceu em Beja a 22 de abril de 1640. Viveu todo o período até ao reconhecimento da independência de Portugal. Anos, estes, que inclusive são marcados pela escrita de Cartas Portuguesas dirigidas ao conde de Chamilly, oficial francês que lutou em solo português durante a Guerra da Restauração. Segundo Leonel Borrela, “ninguém pode afirmar que Mariana Alcoforado viveu a sua meninice e adolescência desta ou daquela maneira. Apesar do período de guerra, é provável que se tenha divertido com os irmãos, em correrias, jogos e outras brincadeiras, quer no seu palacete da rua do Touro, quer na quinta que seus pais possuíam próximo de Beja, ainda hoje conhecida pelo nome de família. Preocupar--se-ia mais, obviamente, com a integridade física dos seus familiares e amigos, envolvidos na defesa da cidade e do reino, do que com as expetativas criadas em torno da independência e construção de um mundo melhor para Portugal”. “Criança aristocrata, filha segunda da família mais rica da cidade, ingressou com 11 anos de idade, por vontade dos pais, como noviça na Ordem de Santa Clara no convento da Conceição, situado intramuros, às portas de Mértola. A irmã mais velha, Ana, casou com Rui de Melo; o irmão Baltazar, o terceiro, herdou o morgadio, depois de ter servido as forças militares ao lado do cunhado Rui e de Noel Bouton, o cavaleiro nobre francês, conde de Saint- Légèr e de Chamilly, a quem Mariana, já freira, escreveria as cinco cartas de amor, entre 1667 e 1668”, completa Leonel Borrela, embora defenda que muito mais sobre a vida de Mariana Alcoforado houvesse a dizer. BS
José Torres Cresceu em Jerez de la Frontera. Assentou arraiais no concelho de Odemira
um projeto de voluntariado europeu. “Este trabalho fez-me descobrir esta linda e tranquila região e também as suas pessoas. Quando o projeto acabou decidi ficar para tentar construir aqui a minha vida. Acho que a escolha, em grande parte, deveu-se à tranquilidade e à possibilidade de poder estar em permanente contacto com a natureza”. Gema confessa-se enamorada pelo Alentejo e, se dúvidas houvesse, defende: “É a região mais bonita de Portugal”. Mas lamenta “a falta de trabalho” e o facto de a região “ter falta de pessoas jovens”. Em sua opinião, “um bom desenvolvimento económico e social poderia trazer pessoas para a região ou fazer com que os jovens alentejanos ficassem nas suas terras”. E quanto à relação entre Portugal e Espanha? “Tenho dúvidas de que alguma vez pudessem ter sido só um país. No entanto, seria bom podermos unir as nossas forças para superar as nossas dificuldades”. Até porque, em seu entender, portugueses e espanhóis têm muitas coisas em comum, apesar das suas diferenças. Para Gema Puntada, neste momento, não é muito diferente viver deste ou daquele lado da fronteira. “Por enquanto, os dois países estão mais ou menos na mesma situação. Em crise. Temos de viver onde nos encontremos felizes”. E continua a sua busca por um emprego, embora um dia sonhe poder desenvolver em terras alentejanas um projeto de cariz social. A aventura e a procura de novas paragens, de novos rumos de vida, estiveram também na origem da partida de José Torres, mais conhecido como Enano – Free Artist. Nasceu em Cádis, também em 1974, mas cresceu e viveu em Jerez de la Frontera. Depois de ser vítima do desemprego, “tentou mudar de cenário e de condição”. Pegou na mochila e disse à mãe que estava indo para onde o vento o levasse. Um camionista deu-lhe boleia para Évora. Foi a primeira vez que ouviu falar da cidade, mas depressa percebeu por que era considerada Património Mundial da Humanidade. Cidade, esta, que na altura organizava um Encontro Ibérico de Artes Circenses. José Torres, ou melhor Enano, é “palhaço ativista”, artista de rua. Foi aqui que começou a sua relação com o Alentejo. Reside no concelho de Odemira e considera-se “‘portunhol’ com uma grande costela alentejana”. Na região há muitas coisas que o cativam, que vão desde a gastronomia ao modo de ser e estar do alentejano. Tanto que foi aqui que decidiu criar o seu filho, Zairo Amadeus. Gosta de pensar que tanto Portugal como Espanha têm a sua “individualidade” e que a independência “é merecida para ambos”. No entanto, defende que “era bom que compartilhassem mais coisas, em diferentes condições e aspetos, para que se ajudassem em tudo o que fosse possível, de modo a que cada país tivesse mais produtividadeepesonomundo”.Mastalnãooimpede de tirar “o chapéu à padeira de Aljubarrota que pôs os castelhanosnoseulugar”. Enano, ou José Torres, defende que as “desavenças históricas estão ultrapassadas” e que, “até as futebolísticas, que são mais recentes, também”, embora o “Cristiano Ronaldo ainda esteja à espera de tirar o penálti da semifinal do Euro” (risos). Quanto ao ditado “de Espanha, nem bons ventos nem bons casamentos”, todos respondem em uníssono: “Não é verdade. Já ultrapassámos as nossas divergências”. Até porque, a prová-lo estão os casais ibéricos deste e do outro lado da fronteira.
“Cromos da Bola” de Beja jà à venda
Diário do Alentejo 30 novembro 2012
18
A empresa Cocas Produções, e alguns clubes de futebol da cidade de Beja, têm à venda uma coleção denominada “Cromos da Bola”. A coleção é composta por 259 cromos de equipas do CCD Bairro da Conceição, Clube Atlético Operário (Pelame), Despertar Sporting Clube, Núcleo Sportinguista de Beja e Casa do Benfica de Beja.
Desporto
Futebol juvenil
Árbitros de hóquei em patins O conselho regional de árbitros de hóquei em patins da Associação de Patinagem do Alentejo vai realizar, durante o próximo mês de dezembro, um curso de árbitros de hóquei em patins.
Outro derby sul alentejano marca a agenda da 3.ª Divisão Nacional
Moura recebe Mineiro Com o pensamento na vitória, porque outro resultado não serve o objetivo da equipa, o Moura abre o seu estádio ao Mineiro Aljustrelense. Texto Firmino Paixão
É
mais um derby entre dois conjuntos sul alentejanos, duas equipas com recursos diferentes, mas ambas com os olhos nos pontos. O favoritismo é dos locais, mas a equipa tricolor tudo fará para o contrariar. O Castrense volta ao seu reduto para defrontar a difícil formação do Esperança de Lagos e o Vasco da Gama viaja para o sotavento algarvio onde é esperado pelo
Lusitano de Vila Real. Duas partidas difíceis para equipas que precisam muito de pontuar para atingirem a metade superior da tabela, posição onde o Aljustrelense já se instalou após o triunfo da ronda anterior sobre os vila-realenses. Em Vidigueira os locais estiveram em vantagem sobre o Sesimbra, mas não a conseguiram segurar. Também o Castrense ameaçou trazer pontos de Reguengos e regressou derrotado, enquanto o Moura, num terreno deveras difícil, conseguiu a divisão dos pontos e a manutenção do segundo posto. A série F é liderada pelo União de Montemor, ainda invicto e com a melhor defesa.
3.ª Divisão – Série F 9.ª jornada Vasco da Gama-Sesimbra..................................................2-2 Aljustrelense-Lusitano VRSA .......................................... 1-0 Esp. Lagos-Moura................................................................2-2 At. Reguengos-Castrense .................................................3-1 Juventude Évora-Monte Trigo ........................................ 0-0 U. Montemor-Lagoa .......................................................... 6-0 U. Montemor Moura Esp. Lagos At. Reguengos Juventude Évora Sesimbra Aljustrelense Vasco da Gama Castrense Monte Trigo Lusitano VRSA Lagoa
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9 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9
6 5 4 4 4 3 3 2 2 2 1 1
3 3 5 3 3 3 3 3 1 1 3 3
0 1 0 2 2 3 3 4 6 6 5 5
22-4 20-8 18-8 11-8 10-8 12-18 7-5 14-16 10-19 13-19 9-18 8-23
P
21 18 17 15 15 12 12 9 7 7 6 6
Próxima jornada (9/12/2012): U. Montemor-Sesimbra, Lusitano VRSA-Vasco da Gama, Moura-Aljustrelense, Castrense-Esp. Lagos, Monte Trigo-At. Reguengos, Lagoa-Juventude Évora.
Campeonato Distrital de Benjamins (7.ª jornada): Série A – Sporting Cuba-Ferreirense A, 0-4; Aljustrelense-Desportivo Beja, 4-0; Despertar A-Alvito, 16-0; Vasco Gama-B.º Conceição, 11-1. Folgou o Figueirense. Líder: Ferreirense, 17 pontos. Próxima jornada (1/12): Ferreirense A-Figueirense; Desportivo Beja-Sporting Cuba; Alvito-Aljustrelense; B.º Conceição-Despertar A. Folga o Vasco da Gama. Série B – Serpa-Despertar B, 7-2; Piense-Sobral da Adiça, 14-0; Ferreirense B-CB Beja, 2-2; NS Beja-Moura, 11-0. Folgou o Santo Aleixo. Líder: Santo Aleixo, 18 pontos. Próxima jornada (1/12): Despertar B-Moura; Sobral da Adiça-Serpa; CB Beja-Piense; Santo Aleixo-NS Beja. Folga o Ferreirense B. Série C – Milfontes B-Odemirense, 0-7; Rosairense-Almodôvar, 0-10; Castrense-São Marcos, 4-1; Ourique-Milfontes A, 9-0; Renascente-Boavista, 7-0. Líder: Odemirense, 19 pontos. Próxima jornada (1/12): Odemirense-Boavista; Almodôvar-Milfontes B; São Marcos-Rosairense; Milfontes A-Castrense; Ourique-Renascente. Campeonato Distrital de Infantis (7.ª jornada): Série A – B.º Conceição-Vasco da Gama, 3-5; Desportivo Beja-NS Beja, 0-5; Ferreirense -Spor ting Cuba, 1-1; Alvorada-Despertar A, 0-6. Folgou o Alvito. Líder: Despertar A, 18 pontos. Próxima jornada (1/12): Vasco Gama-Alvito; NS Beja-B.º Conceição; Sporting Cuba-Desportivo Beja; Despertar A-Ferreirense. Folga o Alvorada. Série B – Despertar B-Amarelejense, 7-2; CB Beja-Operário, 2-2; Moura-Aldenovense, 8-3; Serpa-Piense, 5-1. Folgou o Guadiana. Líder: Amarelejense, 18 pontos. Próxima jornada (1/12): Amarelejense-Guadiana; Operário-Despertar B; Aldenovense-CB Beja; Piense-Moura. Folga o Serpa. Série C – Castrense B-Aljustrelense, 2-7; Almodôvar-Renascente, 5-3; Odemirense-Milfontes A, 9-2; Boavista-Castrense A, 3-3. Folgou o Milfontes B. Líder: Odemirense, 18 pontos. Próxima jornada (1/12): Aljustrelense-Milfontes B; Renascente-Castrense B; Milfontes A-Almodôvar; Castrense A-Odemirense. Folga o Odemirense. Campeonato Distrital de Iniciados (6.ª jornada): Serpa-Ourique, 3-0; Milfontes-Ama relejense, 3-2; Moura-Odemirense, 3-2; Guadiana-Des pertar, 3-5; Sporting Cuba-Rio Moinhos, 1-3. Folgaram: B.º Conceição e Vasco Gama. Líder: Odemirense, 15 pontos. Próxima jornada (2/12): Vasco Gama-Serpa; Ourique-Milfontes; Amarelejense-Moura; B.º Conceição-Guadiana; Despertar-Sporting Cuba. Folgam o Odemirense e o Rio de Moinhos. Taça Armando Nascimento Juvenis (4.ª jornada): Despertar-Serpa, 2-2; Desportivo Beja -Castrense, 2-1; Aljustrelense-Moura, 3-4. Folgou o Almodôvar. Líder: Castrense, nove pontos. Próxima jornada (2/12): Moura-Despertar; Serpa-Desportivo Beja; Almodôvar-Aljustrelense. Folga o Castrense. Campeonato Distrital de Juniores (5.ª jornada): Castrense-Despertar, 2-0; Desportivo Beja-Vasco Gama, 3-0; Sobral da Adiça-Cabeça Gorda, 0-2; Odemirense-Aldenovense, 3-0. Líder: Odemirense, 13 pontos. Próxima jornada (8/12): Despertar-Aldenovense; Vasco Gama-Castrense; Cabeça Gorda-Desportivo Beja; Sobral da Adiça-Odemirense.
Distrital Jogo empolgante em Cabeça Gorda, com o líder a construir a vitória no final da partida
Desportivo de Almodôvar passou no difícil teste da Cabeça Gorda
Campeonato Nacional de Iniciados (12.ª jornada): São Luís-Desportivo Beja, 2-2; Despertar-Odiá xere, 4-1. Líder: V.Setúbal, 30 pontos. 7.º Despertar, 13. 10.º Desportivo Beja, cinco. Próxima jornada (2/12): Desportivo Beja-Louletano, Imortal-Despertar.
O líder dilatou a vantagem O Desportivo de Almodôvar aumentou para seis pontos a diferença para o Serpa e, no domingo, recebe o Piense, atual terceiro classificado da prova. Texto e foto Firmino Paixão
O
jogo de Almodôvar é, seguramente, um dos mais quentes da jornada, a par da partida em que o Milfontes recebe a equipa do Rosairense, na justa medida em que nos referimos a jogos onde intervêm quatro dos primeiros seis classificados do campeonato. O Serpa, derrotado no Rosário, perdeu espaço para o líder e joga em casa com o São Marcos, que foi derrotado no seu campo pelo Aldenovense.
A equipa de Carlos Simão recebe o Bairro da Conceição, motivado pelo triunfo sobre o Amarelejense. O Desportivo de Beja vem de uma derrota em Mértola e joga em casa com o Cabeça Gorda, protagonista de um empolgante jogo com o líder, deixando fugir o triunfo no último terço da partida. O Cuba viaja para Odemira e, como vimos em Pias, será capaz de surpreender em qualquer campo. O Guadiana, que subiu dois degraus na tabela, apresenta-se em Amareleja para discutir pontos importantes para os dois conjuntos. Da ronda anterior vem o registo de que o líder aumentou a vantagem para o segundo classificado e o Milfontes já ameaça os lugares do pódio.
1.ª Divisão – AF Beja 8.ª jornada Praia Milfontes-Odemirense ............................................2-1 Rosairense-Serpa ................................................................1-1 São Marcos-Aldenovense ................................................ 0-2 Bairro da Conceição-Amarelejense ............................... 1-0 Guadiana-Desp. Beja ..........................................................2-1 Cabeça Gorda-Almodôvar ............................................... 3-4 Piense-Sp. Cuba ...................................................................1-1 Almodôvar Serpa Piense Praia Milfontes Odemirense Rosairense Sp. Cuba Aldenovense Bairro da Conceição Amarelejense São Marcos Guadiana Desp. Beja Cabeça Gorda
Taça do Distrito de Beja em Seniores Femininos (1.ª eliminatória): CB Castro Verde -Serpa, 4-0; CB Almodôvar-Ourique, 0-16; Almansor-Vasco Gama, 0-3. Isento: CB Almodôvar.
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7 4 4 4 4 3 3 3 2 2 2 2 1 1
1 4 3 2 1 3 3 2 2 1 1 0 3 2
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20-9 12-4 20-7 14-9 11-8 14-9 10-10 8-9 6-8 8-12 7-19 8-23 6-10 9-16
Campeonato Nacional de Juvenis (12.ª jornada): Odemirense-V.Setúbal, 0-8; C.Piedade -Despertar, 2-3. Líder: V.Setúbal, 28 pontos. 9.º Despertar, oito. 10.º Odemirense, cinco. Próxima jornada (2/12): Despertar-Imortal; BM Almada -Odemirense.
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Próxima jornada (2/12/2012): Praia Milfontes-Rosairense,
Serpa-São Marcos, Aldenovense-Bairro da Conceição, Amarelejense-Guadiana, Desp. Beja-Cabeça Gorda, Almodôvar-Piense, Odemirense-Sp. Cuba.
Campeonato Nacional de Juniores (11.ª jornada): Moura-Lusitano VRSA, 2-3. Líder: Oeiras, 33 pontos. Próxima jornada (1/12): Moura-Atlético.
Série A: Ficalho-Brinches, 1-1; Salvadense-Pedrógão, 2-3; Luso Serpense-Quintos, 2-0. Folgou o Sobral da Adiça. Líder: Luso Serpense, nove pontos. Próxima jornada (1/12): Sobral da Adiça- -Salvadense; Quintos-Ficalho; Pedrógão-Luso Serpense. Folga o Brinches.
Série B: São Matias-Neves, 2-1; L o u r e d e n s e - Fa r o Alentejo, 2-0; Beringelense -Penedo Gordo, 1-2. Folgou o AC Cuba. Líder: Louredense, nove pontos. Próxima jornada (1/12): AC Cuba-Louredense; Penedo Gordo-São Matias; Faro Alentejo-Beringelense. Folga o Neves.
Série C: Messejanense-Alvorada, 0-2; Vale da OcaMombeja, 3-0; Santa Vitória-Jungeiros, 3-0. Fol gou o Figueirense. Líder: Vale da Oca, 12 pontos. Próxima jornada (1/12): Figueirense-Vale da Oca; Jungeiros-Messejanense; Mombeja-Santa Vitória. Folga o Alvorada.
Hoje palpito eu... Série D: Não se disputaram jogos. Líder: Trindade, sete pontos Próxima jornada (1/12): Sanjoanense-Alcariense; Albernoense-Fernandes; Trindade-Sete.
Série E: Relíquias-Cer calense, 1-0; Santa Luzia-Soneguense, 3-2; Amoreiras -Co lense, 2-1. Folgou o Lu zianes. Líder: Luzianes, nove pontos. Próxima jornada (2/12): Luzianes-Santa Luzia; Colense-Relíquias; Soneguense-Amoreiras Gare. Folga o Cercalense.
Série F: Bemposta-Saboia, 0-4; Malavado-Milfontes, 0-2; Boavista-Cavaleiro, 2-1; Folgou o Campo Redondo. Líder: Saboia, 10 pontos. Próxima jornada (2/12): Campo Redondo-Malavado; Cavaleiro-Bemposta; Milfontes-Boavista. Folga o Saboia.
Série G: Não se dispu taram jogos. Líder: Ser ra no, nove pontos. Próxi ma jornada (2/12): Pe rei rense -Almodovarense; Santaclarense-Naveredondense;Santa Clara-a-Nova-Serrano.
Expedição solidária - O Challenge Portugal/Marrocos, que decorre entre os próximos dias 1 e 9, ligando Beja a Marrakech, inicia-se amanhã na cidade de Beja com uma primeira etapa que liga a cidade Pax Julia a Alcoutim. A partida das equipas para esta denominada “corrida solidária mais louca do mundo” terá lugar pelas 9 horas junto ao castelo de Beja (arco de Avis). A expedição tem um cariz solidário a favor da Associação Laço.
1.ª Gala da Associação de Patinagem do Alentejo
Patinagem de Gala premeia campeões O Pavilhão Municipal João Serra Magalhães, na cidade de Beja, acolheu a 1.ª Gala de Patinagem Artística da Associação de Patinagem do Alentejo (APA). Texto e foto Firmino Paixão
O
evento reuniu patinadores de oito clubes, para encerramento da época desportiva e consagração dos campeões regionais das diversas disciplinas. “É uma forma de homenagear os campeões e de agradecermos aos clubes pelo empenho e dedicação que tiveram para com os seus miúdos, com as suas terras e com as suas gentes, durante toda uma época”, assegurou Nuno Palma Ferro, presidente da APA, referindo ainda: “Achámos que esta era uma maneira simples, os tempos estão difíceis, mas esta foi uma forma de convivermos e de enaltecermos o esforço desenvolvido por toda esta gente”. A concluir o dirigente revelou também: “A patinagem artística, neste momento, é uma modalidade em expansão,
Patinagem artística Gala proporcionou momentos de rara beleza
não cresce mais no Alentejo porque não temos treinadores. Este ano a região atingiu o número de atletas mais elevado de sempre,
com novos clubes e com a junção do Algarve à APA, está a ultrapassar o hóquei em patins em número de atletas e dirigentes”.
Núcleo Sportinguista de Beja comemorou 21.º aniversário
David Guerreiro
O
s prognósticos desta semana têm a assinatura do treinador David Guerreiro, 28 anos, que é, tão-só, o timoneiro da equipa que lidera o campeonato, o Desportivo de Almodôvar. O jovem técnico fez a sua formação ao serviço do Padernense, camisola que defendeu depois em vários escalões, como a 2.ª Divisão B, 3.ª Divisão, 1ª. e 2.ª divisões da AF Algarve. Como técnico, orientou equipas de jovens do Messinense, Ferreiras, Academia Alto da Colina e Padernense. A sua incursão no futebol alentejano fê-la como jogador do Rosairense, e logo na primeira época ajudou o clube do concelho de Almodôvar a conquistar o título da 2.ª Divisão da AF Beja. Na época 2009/2010 assumiu funções de jogador/treinador da equipa do Rosário, assegurando a manutenção no primeiro escalão e, na época seguinte, para além do 4.º lugar no campeonato, ganhou a Taça e a Super Taça Distrito de Beja, troféus inéditos no historial do clube. Na época 2011/2011 foi finalista vencido da Taça Distrito de Beja. No início da presente temporada aceitou o desafio do Desportivo de Almodôvar, com o sucesso que está à vista, líder destacado da prova.
(X) MILFONTES/ROSAIRENSE Jogo equilibrado, onde o fator casa pode ser determinante, mas o Rosairense joga melhor fora do seu reduto. (1) SERPA/SÃO MARCOS Penso que o Serpa não perderá a oportunidade de voltar às vitórias.
Esforço e dedicação, sem glória...
(1) ALDENOVENSE/BAIRRO DA CONCEIÇÃO O atual momento é de crescente rendimento do Aldenovense, e vai manter-se, pelo que o meu prognóstico é favorável aos visitados.
Sem grandes motivos para festejos, mas com a inabalável esperança de que a glória chegará um dia, os sportinguistas de Beja comemoraram o 21.º aniversário do seu núcleo.
(1) AMARELEJENSE/GUADIANA Dois fatores farão a diferença no desfecho deste jogo, a longa viagem do Guadiana para a Amareleja e as dificuldades para quem visita o Campo das Cancelinhas.
Texto e foto Firmino Paixão
(2) DESPORTIVO DE BEJA/CABEÇA GORDA A classificação do Cabeça Gorda não espelha a sua qualidade, pelo que atribuo a vitória à equipa visitante.
O
evento contou com a presença de João Pedro Varandas, dirigente do Sporting Clube de Portugal e responsável pelo pelouro dos núcleos do clube, e reuniu cerca de sete dezenas de adeptos leoninos. José António Henriques, presidente do Núcleo de Beja revelou: “Gostamos de assinalar o aniversário do núcleo e reunir a família sportinguista, tenha o clube bons ou maus resultados”. E lembrou: “O lema do Sporting é ‘esforço, dedicação e glória’; os sportinguistas esforçam-se e têm dedicação, a glória logo virá, estou convencido disso”. José Henriques confessou ainda: “Tivemos uma certa dificuldade em mobilizar os sócios para este convívio, por um lado temos a crise económica que o País
(1) ALMODÔVAR/PIENSE Jogo muito equilibrado, entre duas boas equipas, mas, em Almodôvar, temos o pensamento na vitória, nem podemos pensar de maneira diferente. (1) ODEMIRENSE/SPORTING DE CUBA O Odemirense regressará às vitórias, não obstante a oposição da boa equipa com que o Sporting de Cuba se apresenta.
Núcleo Sportinguista de Beja Reuniu adeptos para comemorar 21.º aniversário
atravessa e os maus resultados da equipa geram alguma desmotivação”, mas mostrouse esperançado no futuro. “O presidente
está a fazer um trabalho válido, as coisas vão melhorar e a glória regressará ao clube”, concluiu.
19 Diário do Alentejo 30 novembro 2012
Taça Fundação Inatel – 4.ª jornada
18.ª Concentração do Grupo Motard de Beja
Diário do Alentejo 30 novembro 2012
20
Começa hoje, sexta-feira, no Parque de Feiras e Exposições de Beja, a 18.ª Concentração do Grupo Motard de Beja, iniciativa tida como uma das mais importante concentrações de inverno, que se prolongará até ao próximo domingo. O programa inclui um conjunto de iniciativas de que se destacam o XIII Bike Show e um desfile pelas ruas da cidade (domingo, às 10 e 30 horas).
Andebol O Centro de Cultura Popular de Serpa joga amanhã (18 horas), em Vila Real de Santo António, com o Náutico do Guadiana, em jogo da 10.ª jornada do nacional de seniores da 3.ª Divisão. A Zona Azul folga e o ACSines joga em Lagos. Resultados da 9.º jornada: Serpa-Lagos, 19-28; Redondo-Zona Azul, 30-25; AC Sines-Náutico, 33-27.
Basquetebol O Beja Basket Clube (BBC) perdeu em Ferragudo pela marca de 65/42, em jogo referente à 3.ª jornada do Nacional da 2.ª Divisão de Basquetebol. A próxima ronda disputa-se a 16 de dezembro, com o BBC a defrontar em Beja a formação do Imortal Basket (às 17 horas).
Aventura em todo-o-terreno pelos trilhos de Salvada
Jovens dinamizam “Ajunta-te à Gente” A Associação de Jovens “Ajunta-te à Gente”, de Salvada, em parceira com a Nock TV, recebeu a 1.ª edição da “S100 Aventura Off Road” que durante dois dias percorreu os trilhos daquela freguesia. Texto e foto Firmino Paixão
Q
uatro dezenas de viaturas aderiram a uma aventura em todo-o-terreno com dois momentos distintos, um passeio guiado noturno (S50) e o S100 Aventura Off Road, em ambos os casos privilegiando o contacto com a natureza, o companheirismo e o espírito de entreajuda. Sandra Vitória, vice-presidente da “Ajunta-te à Gente”, revelou que o evento teve sucesso, e explicou: “Correspondemos ao desafio da Nock TV para esta parceria, promovendo a nossa freguesia e dando mais visibilidade à nossa associação”. A dirigente comentou que a associação de jovens tem promovido alguns eventos dirigidos aos jovens e também aos
Salvada Todo-o-Terreno animou a freguesia
menos jovens, como, por exemplo, o Dia Mundial da Saúde, e estiveram “também empenhados
num projeto denominado ‘Abre a Pestana’, iniciativa preventiva da toxicodependência”, e estão
“disponíveis para trabalhar em outros projetos que movimentem as pessoas da freguesia”.
10.ª Gala da Associação Regional de Pesca Desportiva decorreu em Serpa
Os campeões sem faixa A Associação Regional do Baixo Alentejo de Pesca Desportiva (Arbapd) realizou a sua gala anual para distinguir os campeões da temporada. Texto e foto Firmino Paixão
O
convívio reuniu cerca de uma centena de pessoas em Serpa, para a consagração pelos títulos conquistados ao longo da temporada desportiva, mas a cerimónia protocolar da distinção dos campeões e entrega de prémios ficou adiada, porque as faixas e troféus não chegaram atempadamente à posse da associação.
Pesca desportiva Serpa acolheu a gala dos campeões
O evento, acolhido na Terra Forte pelo Clube de Pesca Despor-
tiva de Serpa, contou com a presença do presidente da Federação
Portuguesa de Pesca Desportiva, Jorge Almeirim, e de outros dirigentes de topo, além de representantes dos órgãos autárquicos locais. Manuel Ranhola, presidente da Arbapd, justificou o incidente com problemas de entrega pelo fornecedor, lamentando o facto e assumindo a responsabilidade pela falha. O dirigente sublinhou o “elevado desportivismo com que decorreram todos os campeonatos” e fez notar a importância da grande participação dos pescadores, independentemente das classificações obtidas, sublinhando os títulos nacionais conseguidos por pescadores da Arbapd.
Brilhante José Saúde
Os sons musicais primorosamente auscultados, os lindos fatos envergados pelos astros sobre a pista, o público que encheu por completo a bancada, bem como as suas zonas limítrofes, e sobretudo a dedicação evidenciada pelo elevado número de patinadores presentes no evento, levou ao rubro o Pavilhão João Serra Magalhães, em Beja, aquando da última Gala de Patinagem Artística que ocorreu no pretérito sábado. Neste contexto, importa trazer à ribalta todo o empenho da Associação de Patinagem do Alentejo num acontecimento que teve, também, um exuberante perfume a nostalgia. Os saudosos João Magalhães (Beja) e Armindo Peneque (Aljustrel), lá no alto, terão aplaudido a brilhante iniciativa, enquanto António Anjos (Castro Verde) e Orlando Caetano (Évora), na terra, recordaram a implementação da patinagem, neste caso artística, na vasta região alentejana. Aliás, numa opinião consentânea com os dados de que dispomos, os seus nomes formarão um quarteto de eternos dinossauros que jamais atiraram a toalha ao chão perante eventuais adversidades que a modalidade, a espaços, carecia. Convém, pois, enaltecer a avassaladora dinâmica que o fecho da época (janeiro a dezembro) trouxe a um público que não se fechou em casa e que trouxe ao pavilhão João Magalhães um odor muito especial e saudado com superabundantes palmas que recaíram nas participações dos patinadores ao longo das suas exibições. Confesso que esta tarde/noite, na capital do distrito bejense, transportaram-me a noitadas passadas onde o deslizar dos patins proporcionavam aos assistentes uma manifestação de carinho próximo nestas lides. Corpos jovens elegantes afirmavam-se, e afirmam-se, nas asas de um sonho de sobremaneira fértil em descobertas na arte de bem patinar. Na minha conceção, a Gala de Patinagem Artística, e os seus promotores, brindou o público, em geral, com condicionantes deveras refulgentes. Numa só palavra: brilhante.
institucional diversos
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Diário do Alentejo nº 1597 de 30/11/2012 Única Publicação
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Para cumprimento do estabelecido na alínea b) do n°. 2, do art°. 41º dos Estatutos, convoco a reunião da Assembleia Ordinária, para o dia 10 de Dezembro de 2012, segunda-feira, pelas vinte horas e trinta minutos, na sede da nossa Associação, na Av. Fialho de Almeida, n.° 30, nesta cidade com a seguinte ORDEM DE TRABALHOS: 1. Discussão e votação do Plano de Actividades e Orçamento da Associação para o ano 2013. Não comparecendo número legal de sócios à hora marcada, a Assembleia funcionará com qualquer número de sócios, MEIA HORA DEPOIS como determina o n.º 1 de art.º 43.º dos mesmos estatutos. Beja, 6 de Novembro de 2012. O Presidente da Mesa da Assembleia Geral José António Jacinto Parrinha
Diário do Alentejo n.º 1597 de 30/11/2012 Única Publicação
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CONVOCATÓRIA
Nos termos da alínea a) do n.° 2 do Art.° 24 dos compromissos, convoco a Assembleia Geral da Misericórdia Nossa Senhora de Assunção de Messejana para a Reunião Ordinária, a realizar nas Instalações da mesma, no dia 18 de Dezembro de 2012, terça-feira, pelas 19 horas, com a seguinte ordem de trabalhos: Ponto 1 – Leitura e aprovação da ata anterior. Ponto 2 – Apresentação, discussão e votação do plano de atividades e orçamento para 2013, assim como o respetivo parecer do Conselho Fiscal. Ponto 3 – Proposta de alteração do valor da quota mensal que os irmãos pagam à Instituição. Caso à hora marcada não se encontre presente o número legal de irmãos, a Assembleia Geral reunirá uma hora mais tarde (20 horas), em segunda convocatória, com qualquer número de irmãos, nos termos do n.º 1 do Art.º 26 dos Compromissos. Messejana, 26 de Novembro de 2012. O Presidente da Assembleia Geral Dr. José Duarte Brando Albino
Diário do Alentejo n.º 1597 de 30/11/2012 Única Publicação
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Nos termos da Legislação em vigor e dos Estatutos da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de São Teotónio CRL, pessoa colectiva nº 501145370, matriculada na Conservatória do Registo Comercial de Odemira sob o mesmo número, convoco os Associados desta CCAM,, no pleno gozo dos seus direitos, a reunirem-se, em Assembleia Geral, no dia 16 de Dezembro 2012, pelas 09h 30m, na Sede desta Instituição sita na Rua 25 de Abril, em São Teotónio, com a seguinte Ordem de Trabalhos: 1. Apreciação e Votação da proposta de Plano de Actividades e Orçamento para 2013. 2.Deliberar sobre Política de Remuneração da Caixa para 2013. 3. Discussão de outros assuntos de interesse para a CCAM. Notas: Se à hora marcada para a reunião, não estiverem presentes metade dos Associados, a Assembleia reunirá, com qualquer número, uma hora depois, nos termos do estabelecido no artº 25º dos Estatutos. São Teotónio, 28 de Novembro de 2012. A Presidente da Mesa da Assembleia Geral Ana Paula Lopes António Vasques
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22 Diário do Alentejo 30 novembro 2012
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Dr. Fernando H. Fernandes Dr. Armindo Miguel R. Gonçalves Horários das 8 às 18 horas; Acordo com beneficiários da Previdência/ARS; ADSE; SAMS; CGD; MIN. JUSTIÇA; GNR; ADM; PSP; Multicare; Advance Care; Médis FAZEM-SE DOMICÍLIOS Rua de Mértola, 86, 1º Rua Sousa Porto, 35-B Telefs. 284324157/ 284325175 Fax 284326470 7800 BEJA
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Obesidade
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Especialista pela Ordem dos Médicos
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Chefe de Serviço de Oftalmologia do Hospital de Beja
dos Médicos
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FERNANDA FAUSTINO
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JOSÉ BELARMINO, LDA. Rua Bernardo Santareno, nº 10 Telef. 284326965 BEJA
DR. JOSÉ BELARMINO Clínica Geral e Medicina Familiar (Fac. C.M. Lisboa) Implantologia Oral e Prótese sobre Implantes (Universidade de San Pablo-Céu, Madrid)
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JORGE ARAÚJO
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Doenças alérgicas
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Clínica Geral
Fisioterapia
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Centro de Fisioterapia S. João Batista Fisiatria Dr. Carlos Machado Drª Ana Teresa Gaspar Psicologia Educacional Drª Elsa Silvestre Psicologia Clínica Drª M. Carmo Gonçalves Tratamentos de Fisioterapia Classes de Mobilidade Classes para Incontinência Urinária Reeducação do Pavimento Pélvico Reabilitação Pós Mastectomia Hidroterapia/Classes no meio aquático Acordos com A.D.S.E., CGD, Medis, Advance Care, Multicare, Allianze, Seguros/Acidentes de trabalho, A.D.M., S.A.M.S.
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Rua do Canal, nº 4 7800 BEJA
Fisioterapia
Dermatologia ▼
Marcação de consultas de dermatologia:
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Clinipax Medicina dentária
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nº 6-1º B – BEJA ▼
Luís Payne Pereira Médico Dentista
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de Beja
Praça Diogo Fernandes, nº11 – 2º
Consultas às 6ªs feiras
Tel. 284329975
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Cirurgia Maxilo-facial
Urologia
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UROLOGISTA
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Hospital de Beja Doenças de Rins e Vias Urinárias
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Consultas e ecografia 2ªs, 4ªs, 5ªs e 6ªs feiras, a partir das 14 e 30 horas Marcações pelo tel. 284311790 Rua do Canal, nº 4 - 1º trás 7800-483 BEJA
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Rua Cidade S. Paulo, 29 Marcações pelo telef. 284328023
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a sexta-feira, das 9 e 30 às 19 horas Rua de Mértola, nº 43 – 1º esq.
BEJA
Rua António Sardinha, 3 1º G 7800 BEJA
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DR. J. S. GALHOZ
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FRANCISCO FINO CORREIA
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Consultório Rua Capitão João Francisco Sousa 56-A 1º esqº 7800-451 BEJA Tel. 284320749
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Dr. José Loff
AURÉLIO SILVA
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HORÁRIO: Das 11 às 12.30 horas e das 14 às 18 horas pelo tel. 218481447 (Lisboa) ou Em Beja no dia das consultas às quartas-feiras Pelo tel. 284329134, depois das 14.30 horas na Rua Manuel António de Brito, nº 4 – 1º frente 7800-544 Beja (Edifício do Instituto do Coração, Frente ao Continente)
Clínica Dentária
na Policlínica de S. Paulo Rua Cidade S. Paulo, 29
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DRA. TERESA ESTANISLAU CORREIA
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GASPAR CANO
Marcações pelo 284322446; Fax 284326341 R. 25 de Abril, 11 cave esq. – 7800 BEJA
Assistente graduado de ginecologia e obstetrícia
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Terreiro dos Valentes, 4 – 1-A – 7800-523 BEJA Consultório: Tel. 284325861 Tm. 964522313
CLÍNICA MÉDICA DENTÁRIA
Psiquiatria
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Otorrinolaringologia
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Ginecologia/Obstetrícia
Assistente graduado de Ginecologia e Obstetrícia
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HELIODORO SANGUESSUGA
Directora Clínica da novaclinica
Laboratório de Análises Clínicas de Beja, Lda.
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23 Diário do Alentejo 30 novembro 2012
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CENTRO DE IMAGIOLOGIA DO BAIXO ALENTEJO ECOGRAFIA – Geral, Endocavitária, Osteoarticular, Ecodoppler TAC – Corpo, Neuroradiologia, Osteoarticular, Dentalscan Mamografia e Ecografia Mamária Ortopantomografia
Dr. Sidónio de Souza – Pneumologia/Alergologia/ Desabituação tabágica – H. Pulido Valente Dr. Fernando Pimentel – Reumatologia – Medicina Desportiva – Instituto Português de Reumatologia de Lisboa Dr.ª Verónica Túbal – Nutricionismo – H. de Beja Dr.ª Sandra Martins – Terapia da Fala – H. de Beja Dr. Francisco Barrocas – Psicologia Clínica/Terapia Familiar – Centro Hospitalar do Baixo Alentejo. Dr. Rogério Guerreiro – Medicina preventiva – Tratamento inovador para deixar de fumar Dr. Gaspar Cano – Clínica Geral/ Medicina Familiar Dr.ª Nídia Amorim – Psicomotricidade/Educação Especial e Reabilitação Dr. Sérgio Barroso – Especialista em Oncologia – H. de Beja Drª Margarida Loureiro – Endocrinologia/Diabetes/ Obesidade – Instituto Português de Oncologia de Lisboa Dr. Francisco Fino Correia – Urologia – Rins e Vias Urinárias – H. Beja Dr. Daniel Barrocas – Psiquiatria – Hospital de Évora Dr.ª Lucília Bravo – Psiquiatria H.Beja , Centro Hospitalar de Lisboa (H.Júlio de Matos). Dr. Carlos Monteverde – Medicina Interna, doenças de estômago, fígado, rins, endoscopia digestiva. Dr.ª Ana Cristina Duarte – Pneumologia/ Alergologia Respiratória/Apneia do Sono Dr.ª Isabel Santos – Psiquiatria de Infância e Adolescência/Terapeuta familiar – Centro Hospitalar do Baixo Alentejo Dr.ª Paula Rodrigues – Psicologia Clínica – Hospital de Beja Dr.ª Luísa Guerreiro – Ginecologia/Obstetrícia Dr. Luís Mestre – Senologia (doenças da mama) – Hospital da Cuf – Infante Santo Dr. Jorge Araújo – Ecografias Obstétricas Dr.ª Ana Montalvão – Hematologia Clínica /Doenças do Sangue – Hospital de Beja Dr.ª Ana Cristina Charraz – Psicologia Clínica – Hospital de Beja Dr. Diogo Matos – Dermatologia – Hospital Garcia da Orta. Dr.ª Madalena Espinho – Psicologia da Educação/ Orientação Vocacional Dr.ª Ana Margarida Soares – Terapia da Fala Dr.ª Maria João Dores – Psicomotricidade/Educação Especial e Reabilitação Enfermeira Maria José Espanhol – Enfermeira especialista em saúde materna/Cuidados de enfermagem na clínica e ao domicílio/Preparação pré e pós parto/amamentação e cuidados ao recémnascido/Imagem corporal da mãe – H. de Beja Marcações diárias pelos tels. 284 322 503 Tm. 91 7716528 | Tm. 916203481 Rua Zeca Afonso, nº 6, 1º B, 7800-522 Beja Clinipaxmail@gmail.com www.clinipax.pt
Clínica Médico-Dentária de S. FRANCISCO, LDA. Gerência de Fernanda Faustino
António Lopes – Aurora Alves – Helena Martelo – Montes Palma – Maria João Hrotko – Médicos Radiologistas – Convenções: ADSE, ACS-PT, SAD-GNR, CGD, MEDIS, SSMJ, SAD-PSP, SAMS, SAMS QUADROS, ADMS, MULTICARE, ADVANCE CARE Horário: de 2ª a 6ª feira, das 8 às 19 horas e aos sábados, das 8 às 13 horas Av. Fialho de Almeida, nº 2 7800 BEJA
Telef. 284318490 Tms. 960284030 ou 915529387
Acordos: SAMS, ADMG, PSP, A.D.M.E., Portugal Telecom e Advancecare
Rua General Morais Sarmento, nº 18, r/chão; TEL. 284327260 7800-064 BEJA Medicina alternativa
CRISTINA CARDOSO Naturóloga * Acupunctura * Osteopatia * Massagem Terapêutica * Homeopatia Dores na coluna; escolioses; Torcicolos; Entorses; Ciáticas; Hérnias discais; Dores de cabeça; Excesso de peso, etc.. Praça Diogo Fernandes, nº 23, 1º andar, 7800 BEJA (Junto ao Jardim do Bacalhau) Marcações: 966 959 973
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24 Diário do Alentejo 30 novembro 2012
76% Notícias de Beja
A Planície
Correio do Alentejo
Diário do Alentejo
É a percentagem de leitores de jornais que no distrito de Beja todas as semanas leem o “Diário do Alentejo” na sua versão papel. No Facebook, todos os dias, mais de 4 000 leitores seguem a atualidade regional na página do “DA”.
Fonte: Marktest. Relatório de resultados da imprensa regional no período compreendido entre abril de 2010 e março de 2011
www.diariodoalentejo.pt
facebook.com/diariodoalentejo
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PENEDO GORDO
BALEIZÃO
BEJA
25 Diário do Alentejo 30 novembro 2012
AGRADECIMENTO E MISSA DE 30.º DIA
✞
Rodorico José Rodeia Galrito Lança
†. Faleceu a Exma. Senhora D. MARIA AMÉLIA LOPES BICHO BONITO VIEGAS, de 90 anos, natural de Ferreira do Alentejo, viúva. O funeral a cargo desta Agência, realizou-se no passado dia 22, da Capela da Mansão de São José, para o cemitério de Beja.
†. Faleceu a Exma. Senhora D. ODETE DE JESUS BAPTISTA, de 91 anos, natural de Santiago Maior Beja, viúva. O funeral a cargo desta Agência, realizou-se no passado dia 22, de Casa Mortuária do Penedo Gordo, para o cemitério local.
†. Faleceu a Exma. Senhora D. MARIANA LÉRIAS, de 83 anos, natural de Baleizão Beja, viúva. O funeral a cargo desta Agência, realizou-se no passado dia 22, da Casa Mortuária de Baleizão, para o cemitério local.
†. Faleceu o Exmo. Senhor
ALFORNELOS /VILA VERDE DE FICALHO
BEJA
BEJA
BEJA
†. Faleceu a Exma. Senhora D. MADALENA CONRADO, de 94 anos, natural de Tavarede - Figueira da Foz, viúva. O funeral a cargo desta Agência, realizou-se no passado dia 24, de Casa Mortuária de Alfornelos Amadora, para o cemitério de Vila Verde de Ficalho.
†. Faleceu a Exma. Senhora D. FRANCISCA MARIA LAMEIRA, de 87 anos, natural de Santiago Maior Beja, viúva. O funeral a cargo desta Agência, realizou-se no passado dia 25, das Casas Mortuárias de Beja, para o cemitério desta cidade.
†. Faleceu o Exmo. Senhor FRANCISCO DE ASSIS FERREIRA BRANDÃO SOARES, de 84 anos, natural de Salvador - Beja, casado com a Exma. Sra. D. Maria Antónia Custódio. O funeral a cargo desta Agência, realizou-se no passado dia 25, das Casas Mortuárias de Beja, para o cemitério desta cidade.
SANTA VITÓRIA
BEJA
BEJA
JOAQUIM RODRIGUES FERREIRA, de 80 anos, natural de Lagoa, casado com a Exma. Sra. D. Delminda da Conceição Prudêncio Maia. O funeral a cargo desta Agência, realizou-se no passado dia 24, das Casas Mortuárias de Beja, para o cemitério desta cidade.
†. Faleceu a Exma. Senhora D. JÚLIA D´ASSUNÇÃO RETANCHA, de 89 anos, natural de Salvador - Beja, solteira. O funeral a cargo desta Agência, realizou-se no passado dia 26, das Casas Mortuárias de Beja, para o cemitério desta cidade.
Esposa, filha, genro e netos agradecem reconhecidamente a todas as pessoas que se dignaram acompanhar o funeral do seu ente querido ou que de outra forma lhes testemunharam o seu pesar. Mais agradecem à dra. Cidália, à dra. Sandra, à enfermeira Catarina e restante pessoal do Lar Nobre Freire, em Beja, pela forma carinhosa e dedicada com que sempre trataram o seu familiar na sua doença durante a sua estadia na instituição Participam ainda que será celebrada missa no dia 06/12/2012, quinta-feira, pelas 18 e 30 horas, na Igreja da Sé, em Beja, agradecendo antecipadamente a todos os que se dignarem participar.
PARTICIPAÇÃO, AGRADECIMENTO E MISSA DE 7º DIA
Francisca Maria Lameira N. 02/04/1925 F. 24/11/2012
Seus filhos, noras, genro e netos vêm por este meio participar o seu falecimento e agradecer a todas as pessoas que se dignaram acompanhá-la à sua última morada ou que de outra forma lhes manifestaram o seu pesar. Participam ainda que será celebrada missa do 7.º dia por sua alma na sexta-feira, dia 30/11/2012, pelas 19 horas, na Igreja do Salvador, agradecendo desde já a todos os que se dignarem assistir ao piedoso acto.
Nossa Senhora das Neves MISSA
Montes Velhos PARTICIPAÇÃO E AGRADECIMENTO
Manuel Romão Rodrigues Costa 2.º Ano de Eterna Saudade
José João Condessa Galaio
†. Faleceu a Exma. Senhora
†. Faleceu a Exma. Senhora
†. Faleceu a Exma. Senhora
D. MARIA CUSTÓDIA NARCISA, de 93 anos, natural de Santa Vitória Beja, casada com o Exmo. Sr. Arnaldo Augusto da Silva. O funeral a cargo desta Agência, realizou-se no passado dia 26, da Casa Mortuária de Santa Vitória, para o cemitério local.
D. FELICIDADE ROSA DE ALMEIDA PIRES, de 85 anos, natural de Caia e São Pedro - Elvas, viúva. O funeral a cargo desta Agência, realizou-se no passado dia 27, da Igreja Paroquial do Carmo, para o cemitério de Beja.
D. ISABEL RITA DIAS, de 83 anos, natural de Safara Moura, viúva. O funeral a cargo desta Agência, realizou-se no passado dia 28, das Casas Mortuárias de Beja, para o cemitério desta cidade.
Às famílias enlutadas apresentamos as nossas mais sinceras condolências.
Consulte esta secção em www.funerariapax-julia.pt Aljustrel AGRADECIMENTO
Luís Maria Campos “Luís Mejanga” – 78 anos Esposa, filhos, genro, nora, netos e demais família cumprem o doloroso dever de participar o falecimento do seu familiar ocorrido no passado dia 17 de novembro. Na impossibilidade de o fazerem individualmente vêm por este meio agradecer a todas as pessoas que se dignaram a acompanhar o seu ente querido à última morada, ou que de outra forma testemunharam o seu pesar.
Seu esposo, José Domingos Marques, seus filhos, Silvestre, Alice e Elizabeth, assim como sua nora e genros cumprem o doloroso dever de participar o falecimento da sua ente querida MARIA ADELAIDE RODRIGUES MARQUES, ocorrido em 26/10/12. O funeral realizou-se no dia 02/11/12 para o cemitério do local de residência em França, na localidade de Saint Pathus (77178).
Filha, pais, sogros, irmãos, cunhados, sobrinhos e restante família cumprem o doloroso dever de participar o falecimento do seu familiar ocorrido no dia 16/11/2012 e, na impossibilidade de o fazerem individualmente, vêm por este meio agradecer a todas as pessoas que acompanharam o seu ente querido à sua última morada ou que de outra forma lhes manifestaram o seu pesar. A todos, obrigado!
…continuas a existir nos nossos corações… Descansa em paz.. Esposa, filhos, genro, noras e netos participam a todas as pessoas de suas relações e amizade que será celebrada missa pelo eterno descanso do seu ente querido no dia 02/12/2012, domingo, às 11 e 30 horas, na Igreja de Nossa Senhora das Neves, agradecendo desde já a todos os que comparecerem ao acto religioso.
26 Diário do Alentejo 30 novembro 2012 PUB
Todas as semanas os leitores do “Diário do Alentejo” vão ter descontos. Os anúncios desta secção pretendem, por um lado, dar um impulso à economia local e, por outro, ajudar os consumidores neste tempo de crise. Aproveite as oportunidades.
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euros de 30 de novembro a 25 de dezembro
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Praça da República, n.º 22 | BEJA
Serpa é candidata a prémio mundial LivCom
27 Diário do Alentejo 30 novembro 2012
Serpa é a única cidade portuguesa na lista de finalistas ao prémio LivCom, para comunidades habitáveis. O prémio mundial distingue as comunidades locais que se evidenciem na gestão ambiental e criação de comunidades habitáveis e está nesta competição com mais 11 cidades da Irlanda, Japão, China, Austrália, Moldávia e Canadá.
Empresas Herdade do Esporão lança Torre 2007
A Co Cord r ov rd ovili & Gam amer ero, er o, o, Lda. Ld a , em a. mp prreessa co com m sede sedee se eem m Bej eja, a,, mai ais is conh nhec ecid iid da cco om mo o 100 00ml mlSt Stor Stor o e, e, de po p ort rtas as abe bert rtas rtas as há um um ano, an o aass o, sssu um mee see co om mo a pr prim imei im e rraa lo ei ow wcco osstt da reeggiiãão o. Id den enttiifico fificco ou u ou um ma opo op orrtu tun nida dad dee de m meerc rcad ado na árreea da na da cossm mééétititica ca e de decciidiu diiu ccrria d iar ar um u a marc ma marc rca q qu ue te tent nta jju nta unt ntar, num nu m ssó ó esp spaaçço o,, arttig igoss qu q ue os os co on nssu umi mid do orrees apeen ap nas as con on nse sseegu g ia iam enco en cont ntra rar eem m dififeerren ente tes loja lo jas no nome mead adam ameen nttee ssu up peerm rmer erca rccaado dos, dos, s, faarrmá máci cias as ep peerf rfum mar ariaas. s
Localizada em pleno coração do Alentejo, Reguengos de Monsaraz, com 600 hectares de vinha, a herdade do Esporão lança o Torre 2007. Produzido apenas nos anos em que a natureza oferece condições excecionais, este vinho exprime o que de melhor se produz na herdade. Produzido pela primeira vez em 2004, é agora lançada a colheita de 2007. As vinhas que deram origem ao Torre 2007 crescem em solos de transição entre o granito e o xisto, têm em média 20 anos de idade e uma produção de 25 hectolitros por hectare. As castas que fazem parte deste vinho são o Aragonez, o Alicante Bouschet, a Touriga Nacional e o Syrah. Da colheita de 2007 do Torre foram produzidos três mil litros.
Medalha de ouro para Cartuxa Espumante Bruto Rosé 2010
Combater a crise com preços lowcost
A loja que alia o tradicional ao moderno Uma loja que alia o tradicional ao moderno, é assim que se define a 100mlStore. Com um atendimento personalizado, característico do comércio local, mas com uma imagem moderna, típica dos grandes grupos económicos, esta loja promete contrariar os tempos de crise, combatendo-a com preços abaixo dos praticados pelo mercado. Publireportagem Sandra Sanches
A
cabou de festejar o primeiro aniversário e ainda é para alguns um espaço por descobrir na cidade de Beja. A 100mlStore assume-se como a primeira loja lowcost da região com preços que parecem querer contrariar a crise que se vive no País. Apresenta uma grande variedade de artigos de higiene e cosmética, que vão dos cuidados corporais até à perfumaria, passando pela maquilhagem. Sucesso é palavra de ordem nesta empresa e a forma para alcançar o mesmo assenta num conceito inovador de negócio, que alia aos preços baixos uma enorme variedade de produtos e um atendimento especializado dirigido às necessidades de cada cliente. A grave crise económica que o País atravessa não foi motivo para recuar, depois de feita uma análise e estudo de mercado. O
cliente pode encontrar num mesmo local um champô e um perfume sem ter que se deslocar a um hipermercado e a uma perfumaria, contando ainda com um atendimento especializado tradicionalmente associado ao comércio dito de rua. Segundo Manuel Cordovil, um dos sócios gerentes da empresa Cordovil & Gamero, detentora da marca 100mlStore, “existe uma panóplia enorme de produtos na área da cosmética e da higiene corporal que têm especificações para um determinado tipo de pele ou de cabelo. No supermercado não se consegue este tipo de atendimento e aqui não temos só a variedade, mas também alguém que aconselha e que limita as opções”. Numa altura em que a conjuntura económica do País não é a mais propícia, Manuel Cordovil garante que uma boa ideia hoje pode não ser uma boa ideia amanhã, pois “sendo os preços baixos uma das nossas mais-valias é normal que no momento atual as pessoas tenham uma maior preocupação em comparar preços”. Com margens de lucro reduzidas, a 100mlStore consegue alcançar preços mais competitivos, pois o objetivo não é vender três unidades com grande margem, mas sim 30 com melhor preço para o cliente. As promoções, apesar de importantes, não são a principal estratégia para a empresa, pois faz questão que o cliente sinta que tudo o que está na loja é
sempre mais barato que na concorrência. A proximidade das grandes superfícies comerciais poderia representar uma ameaça para a 100mlStore. Mas para esta empresa este assunto não se prende nem com os preços, nem com a variedade de produtos que essas superfícies oferecem, muito menos se deve à questão dos horários, uma vez que a 100mlStore também pratica horários alargados. Manuel Cordovil é sim da opinião que a grande ameaça está mais relacionada com a dificuldade de divulgação e marketing, pois é “impossível chegar às pessoas com tanta frequência como os grandes grupos económicos fazem, utilizando quase sempre campanhas multimeios como a televisão, rádio e imprensa”, afirma o empresário. No entanto, tratando--se a 100mlStore de um conceito inovador em Portugal, parece ter chegado para ficar, apesar do cenário económico negativo que o País atravessa, cenário esse que faz com que a empresa espere crescer de forma consolidada, contando abrir um total de quatro lojas até 2015, prioritariamente no sul do País. Segundo Manuel Cordovil, “essas lojas serão lojas de proximidade, perto das pessoas, fugindo à lógica de lojas de centro comercial, mas sim em zonas de circulação de pessoas a pé, junto do comércio tradicional”. Até ao final do próximo ano a 100mlStore conta já ter duas lojas em funcionamento.
O Cartuxa Espumante Bruto Rosé 2010, da Fundação Eugénio de Almeida (Évora), acaba de receber a medalha de ouro da edição de 2012 do Effervescents du Monde, concurso internacional de vinhos espumantes, que teve lugar entre os dias 14 e 16 deste mês, na escola de culinária Le Castel, em Dijon, França. Um vinho espumante bruto que prima por um estilo jovem, fresco e elegante, conquistou um painel internacional de mais de 100 jurados da especialidade, tendo sido o único espumante português a receber uma medalha de ouro, o que o coloca ao lado dos grandes champanhes franceses e italianos. A 10.ª edição do concurso internacional de vinhos reuniu em França 660 vinhos de 25 países, tendo atribuído um total de 220 medalhas.
Vinhos do grupo Cameirinha chegam a todo o mundo Apesar de serem produzidos no coração do Baixo Alentejo, a escassos cinco quilómetros de Beja, os vinhos da Herdade do Monte Novo e Figueirinha, propriedade do grupo Cameirinha, já chegam aos quatro cantos do mundo. Segundo Filipe Ramos, que gere a propriedade ao lado do avô, Leonel Cameirinha, “estamos a enviar vinho e azeite para Angola, Brasil, EUA e China, temos também mercados com que neste momento estamos preparados para começar a trabalhar, como a Tailândia e o Canadá, e depois mandamos para toda a Europa de uma maneira geral, assim como para a Singapura e Filipinas”. O responsável garante ainda que as exportações do grupo já tinham atingido, em outubro, 40 por cento da produção, contra os 12 por cento do último ano. Em 2011 a Sociedade Agrícola do Monte Novo e Figueirinha registou um volume de negócios de 2,3 milhões de euros e produziu perto de 750 mil garrafas de vinho (além de 650 mil garrafas de azeite), número que irá aumentar ligeiramente este ano.
Diário do Alentejo 30 novembro 2012
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Matilde Rosa Araújo – O Destino das Fadas, em Serpa
Até ao dia 15 de dezembro podes ver na Biblioteca Municipal Abade Correia da Serra, em Serpa, a exposição que a Sociedade Portuguesa de Autores cedeu sobre a vida e a obra de Matilde Rosa Araújo. De terça-feira a sábado, das 10 às 13 horas e das 14 e 30 às 19 horas. Entrada livre.
Pais
A páginas tantas...
Decorar uns queques para receber o Pai Natal ou simplesmente para os mais pequenos se deliciarem.
Mário de Sá-Carneiro, Antologia Poética é mais um livro editado pela Kalandraka, mas agora para um público mais juvenil. É interessante ler o que o ilustrador, Tiago Manuel, escreve sobre a sua relação entre a imagem e a palavra. “Os poemas publicados neste livro foram escritos entre 1913 e 1916. Ao lê-los senti que as palavras do poeta desenhavam a minha vida direita pelas linhas tortas do mundo que conheço, em tudo quase igual ao mundo que ele conheceu 100 anos antes. A mesma dor, os mesmos medos, as mesmas nuvens sombrias antes da catástrofe. Dito assim, eu escrevi os poemas e ele fez os desenhos. Tudo é realidade e reflexo no espelho estilhaçado da vida. Hoje ainda vejo o meu rosto; amanhã, só a luz tocará a superfície onde se apagaram os meus olhos”. “Quando eu morrer batam em latas, Rompam aos saltos e aos pinotes – Façam estalar no ar chicotes, Chamem palhaços e acrobatas. Que o meu caixão vá sobre um burro Ajaezado à andaluza: A um morto nada se recusa, E eu quero por força ir de burro…”.
Dica da semana A dica desta semana não se centra no trabalho de nenhum artista em particular, mas dá-te algumas ideias para fazeres alguns presentes para ofereceres neste Natal. Os gnomos personalizados com a tua cara e acompanhados por deliciosos cogumelos são apenas algumas das sugestões que vais encontrar neste site. Basta digitares o link porque vais encontrar ajuda para todos os projetos. http://manualescanigo.blogspot.co.uk/
À solta Mais do que uma ideia, um desafio. Temos a certeza que tens por aí alguns legos e que mesmo sem instruções vais tentar. Envia-nos o teu Pai Natal e nós publicamos. Vai a http://nanoblockuk.com/ e descobre mais coisas interessantes.
Letras O elogio da madrasta
Boa vida Comer Migas gata com bacalhau e coentros
P
Filatelia Amanhã é Dia do Selo
Ingredientes para 4 pessoas: 400 gr. de bacalhau demolhado (de preferência das abas); 800 gr. de pão alentejano (do dia anterior); 1 dl. de azeite; 4 dentes de alho; q.b. de sal; q.b. de água da cozedura do bacalhau; q.b. de vinagre de vinho branco; 1 molho de coentros; q.b . de azeitonas. Confeção: Num tacho com água, coze-se o bacalhau e desfia-se (reserve a água da cozedura). Num outro tacho, coloca-se o azeite e os alhos picados. Quando estes começarem a ficar dourados,“sem deixar queimar”, adiciona-se um pouco de água da cozedura do bacalhau e as fatias de pão cortadas finas. Adicione mais um pouco de água, apenas para embeber o pão, e tape o tacho com um pano de cozinha por três minutos. Junte o bacalhau, os coentros picados e o vinagre. Com a ajuda de uma colher bata as migas e envolva tudo. Decore com azeitonas. Bom apetite… Nota: estas migas podem também ser v ir como acompanhamento a qualquer peixe frito.
António Nobre Chefe executivo de cozinha – Hotéis M’AR De AR, Évora
F
oi no I Congresso da Federação Portuguesa de Filatelia (FPF), realizado a 1 de julho de 1954, que os congressistas, seguindo a orientação saída do Congresso da Federação Internacional de Filatelia realizado no Luxemburgo em 1937 e, a exemplo do que já vinha acontecendo em alguns países, decidiram passar a assinalar anualmente em Portugal o Dia do Selo. Os congressistas debateram-se com o problema da data a escolher: devia ser fixa ou móvel? Analisaram-se com mais profundidade três datas possíveis para a escolha de uma data fixa: 24 de março, dia da festa do arcanjo São Gabriel, patrono dos filatelistas católicos; 1 de julho, data em que, em 1853, entraram em circulação os primeiros selos portugueses, e 27 de outubro, data da assinatura do decreto que, em 1852, instituiu a obrigatoriedade da franquia prévia das correspondências, pelo expedidor. Acabou por se optar por uma data móvel, data esta que seria escolhida pela FPF, tendo em conta os eventos, ou algum aniversário de interesse filatélico, que ocorresse nesse ano. Para assinalar o I Dia do Selo que teria lugar no ano seguinte, a escolha não terá sido difícil, pois ocorria (provavelmente) em 17 de janeiro de 1955 o 1.º centenário da entrada em circulação dos primeiros selos com a efígie do rei D. Pedro V. Sobre estas primeiras comemorações, o Boletim do Clube Filatélico de Portugal (n.º 46/47 – janeiro/abril 1955), informa-nos que “em Lisboa o Dia do Selo foi comemorado com uma exposição-relâmpago de selos de D. Pedro V, inaugurada nos salões da casa Molder, e que se manteve aberta na tarde de 17 e durante todo o dia 18. Na noite de 17, o Prof. Dr. Carlos Trincão e o Brig. José da Cunha Lamas proferiram duas interessantes palestras, subordinadas aos títulos, respetivamente ‘Os cunhos dos selos de 5 réis, D. Pedro V, cabelos lisos’ e ‘A carta e o sobrescrito’”. A mesma fonte informa que “O Dia do Selo foi igualmente comemorado em Coimbra, Leiria, Angra do Heroísmo, Funchal e Lourenço Marques com diversas
exposições e palestras”. Informa também que “a imprensa e a rádio associaram-se às comemorações, inserindo notícias e transcrevendo partes da ‘plaquette’ especial editada pela FPF”. Em 1956 a comemoração deste dia muito significativo para a filatelia portuguesa aconteceu a 9 de junho. Entretanto, a direção da FPF entendeu não ser prático realizar a comemoração em data móvel, pois tal tinha como consequência a impossibilidade de os clubes fazerem o planeamento das suas atividade filatélicas a longo prazo e, em 1957, impôs a data de 1 de dezembro. Em 1982 entendeu fazer nova alteração e determinou que o Dia do Selo se passasse a festejar a 1 de julho, data da entrada em circulação, em 1853, dos primeiros selos portugueses. Tal data não colheu simpatia por coincidir com o final do ano letivo, o que impedia os clubes de realizar ações destinadas à população escolar. Eleita uma nova direção em 1984, esta, por mediar pouco tempo entre a sua tomada de posse e a data estabelecida para as comemorações desse ano, e para que este dia festivo pudesse ter uma comemoração deveras condigna, resolveu mudar as comemorações para o dia 27 de outubro, data do aniversário da assinatura do decreto que em 1852 instituiu a obrigatoriedade da franquia prévia, da correspondência. Determinou ainda que, quando este dia não coincidisse com um sábado, a festa do selo teria lugar no sábado imediatamente anterior. Oficialmente, a celebração ocorreu no dia 27 em 1984; dia 26 em 1985; dia 25 em 1986; dia 24 em 1987 e dia 22 em 1988. Perante tal confusão e consequente polémica por este grande leque de datas, ainda em 1988, a FPF entendeu transferir novamente as celebrações para o dia 1 de dezembro, data que, por ser feriado, sempre colheu mais simpatias e que ainda se mantém em vigor. Sobre este assunto, o congresso da FPF, durante o próximo ano, terá que voltar ao assunto, pois como o dia 1 de dezembro vai deixar de ser feriado, é necessário confirmar esta data, ou então escolher uma outra. A ilustração mostra-nos São Zenão o Correio (do imperador romano Valente, século IV, na Ásia Menor). Geada de Sousa
ublicado originalmente em 1988, este romance erótico do Prémio Nobel da Literatura em 2010 é uma reedição, revista, da Dom Quixote para uma quadra natalícia em que a literatura erótica tem sido grande aposta das editoras portuguesas. O elogio da madrasta abre com o aniversário de Lucrécia que, no dia em que faz 40 anos, vê afastarem-se definitivamente os fantasmas que ensombraram a possibilidade de casamento com dom Rigoberto. Lucrécia, que temia a rejeição do enteado, recebe uma carta que é uma declaração de amor de Fonchito. Impulsiva, corre ao quarto do menino com cara de anjo para agradecer-lhe. É o olhar dele que a faz tomar consciência do quão exposta está fisicamente mas já é tarde para recuar no abraço de Fonchito, tal como é impossível – ou não – rejeitar os beijos que ele lhe dá. A perturbação que sente então é que se torna um crescendo descrito com a delicadeza, a mestria e a contenção certas por Llosa que assume uma série de fantasias sexuais inspiradas pela pintura mas também sugeridas pela mitologia grega. O registo sensual alterna com outro, meticuloso, com que Llosa recria o universo e ablações de Dom Rigoberto. É sabido que Llosa é um extraordinário contador de histórias. O elogio da madrasta comprova o seu domínio também neste género em que o seu talento é servido pelos seus conhecimentos pictóricos e pela capacidade de fantasiação do autor, sempre sem perder a elegância na escrita. Maria do Carmo Piçarra
Mario Vargas Llosa Dom Quixote 168 págs. 14,90 euros
29 Diário do Alentejo 30 novembro 2012
O Luigi é um cão de porte médio, muito bonito. Não tem raça definida mas poderá ter alguns traços de epagneul breton e/ou perdigueiro. Espera em breve poder ter uma família, pois no canil não consegue ser feliz… Já está desparasitado e em breve poderá ser vacinado. Venham conhecê-lo ao Cantinho dos Animais de Beja. Contactos: 962432844 sofiagoncalves.769@hotmail.com
Diário do Alentejo 30 novembro 2012
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Noite de Fado no hospital velho de Beja
A Santa Casa da Misericórdia de Beja (antigo hospital da cidade) vai receber amanhã, sábado, a partir das 21 horas, uma Noite de Fado cujo objetivo é a angariação de fundos para a reabilitação de espaços para a atividade musical. A iniciativa é organizada pela Zarcos – Associação de Músicos de Beja, propondo o desfile de três vozes da região – Francisco Aires, Mafalda Vasques e Sandra Reis – acompanhadas à viola por Carlos Franco e à guitarra portuguesa por Rogério Mestre. As entradas têm o valor de 10 euros e dão direito a pão, linguiça, vinho e caldo verde.
Fim de semana
Banda da Smira em concerto de aniversário A Sociedade Musical de Instrução e Recreio Aljustrelense celebra amanhã, sábado, o 36.º aniversário da reorganização da sua banda filarmónica. O programa comemorativo contempla um desfile até aos Paços do Concelho (14 e 30 horas), e um concerto pela banda anfitriã e pela convidada, da Sociedade Filarmónica Vilanovense, de Vila Nova de Anços, Coimbra, (16 horas), no parque de exposições e feiras da vila mineira.
Festival internacional arranca hoje
Os melhores da guitarra em Milfontes
O
s melhores executantes de guitarra, nas suas mais variadas expressões e estilos, vão estar reunidos este fim de semana em Vila Nova de Milfontes, Odemira, no festival internacional “Milfontes|MilGuitarras”, a decorrer no HS MilFontes Beach. Única do género a sul do País, a iniciativa, com direção artística de António Palma, resulta de uma parceria entre o município de Odemira, a Associação Cultural Fábrica das Artes e a produtora Notas e Aplausos. O festival arranca hoje, sexta-feira, pelas 22 horas, com as sonoridades lusitanas do dueto Guitolão Contrabaixo, composto por António Eustáquio e Carlos Barretto. Amanhã, sábado, vêm de Itália os convidados do serão. Stefano Barone, Sergio Altamura e Pino Forastiere são os Guitar Republic Trio e protagonizam o segundo momento do evento, que encerra no domingo, 2, pelas 18 horas, com um concerto luso-brasileiro. Trata-se do projeto “3 Concertos|3 Guitarras”, composto pelos portugueses Gonçalo Pereira e António Mardel, e pelo brasileiro Luiz Arantes (na foto), cuja proposta é um fim de tarde de blues e de rock progressivo e experimental. Em paralelo com os concertos, o “Milfontes|MilGuitarras” oferece diversas atividades, entre uma exposição e venda de guitarras, a presença de um luthier português, uma exposição de desenhos do guitarrista António Mardel, e ainda uma feira do disco e um concurso para jovens guitarristas, que estava agendado para ontem, quinta-feira. As entradas vão desde os oito euros, para um dia, até aos 20 euros, para os três dias do festival.
Feira do Livro de Grândola chega ao fim Aproxima-se do fim a 28.ª edição da Feira do Livro de Grândola, que decorre na biblioteca municipal da vila, dando destaque à exposição “Al Berto – Poeta de Sines, homem do mundo”. Para amanhã, sábado, está ainda agendada a sessão “Contos de habitar” (17 horas), como resultado do trabalho desenvolvido pelos participantes no curso “Habitantes do conto”, realizado pelo contador de histórias Rodolfo Castro. E no domingo, para encerrar, decorre a atividade “Por onde viaja o vermelho?!” (16 horas), dinamizada por Ana Ferreira com base no livro O balãozinho vermelho, de Iela Mari.
Concerto de órgão na Sé de Beja O ciclo “Música nas igrejas – Concertos de órgão” visita Beja no próximo domingo, 2, oferecendo, pelas 16 e 30 horas, um concerto na igreja da Sé, pelo organista Rafael Reis. O referido programa musical, que está a cumprir a sua segunda fase por várias igrejas da região, resulta de uma parceria entre a Direção Regional de Cultura do Alentejo, Fundação da Casa de Bragança – Paço Ducal de Vila Viçosa e Cabido da Sé de Évora. O concerto de domingo conta com o apoio da Câmara Municipal de Beja e da paróquia de Santiago.
Idosos de Serpa expõem desenhos O Ateliê Galeria Margarida de Araújo, em Serpa, abre amanhã portas a uma exposição de desenho organizada no âmbito da Trienal Movimento Desenha ’12 e em parceria com o Centro de Convívio de Santa Maria. A mostra, que pode ser apreciada até ao próximo dia 15, é composta por trabalhos produzidos ao longo do ano no âmbito de um ciclo de workshops dirigido sobretudo a pessoas idosas e sem formação artística. Em paralelo com os trabalhos, em que se usam materiais como o grafite, a sanguínea, a sépia e o lápis de cor, será também exibido um vídeo que regista o processo de aproximação de cada um ao conceito de desenho.
O Clube Donófilo do Alentejo irá promover, gratuitamente, treinos de obediência e sociabilização para donos, no seu espaço de treino junto ao molok por detrás da biblioteca municipal. Queres que o teu dono te atire uma bola sem parecer uma criança de dois anos, aprenda a dar-te banho convenientemente, sem te encher os olhos de champô, compreenda que comida é mais do que ração e apanhe os teus dejetos, ao mesmo tempo que se torna mais sociável e resolve alguns problemas comportamentais? Então, estes treinos são para ti… Inscreve-te já em www.ãoão.CDA.org e recebe de oferta uma coleira desparasitante. Aguardamos um latido teu!
31 Diário do Alentejo 30 novembro 2012
beja clube donÓfilo m co do alentejo uitos t treinos gra
facebook.com/naoconfirmonemdesminto
de pinturas Museu Regional de Beja: Chuvadas nas salas revelam quadro com sósia de Pulido Valente Coleção “Cromos da Bola” Beja abre caminho para a coleção “Cromos das Autárquicas 2013” A Cocas Produções lancou uma coleção de “Cromos da Bola – Beja” que abrange vários escalões de clubes de futebol da capital do Baixo Alentejo. Mas, ao que apurámos, isto é apenas o ínicio, já que esta ideia inovadora, que tem cativado adeptos de todos os quadrantes sociais, irá servir de rampa de lançamento para outros projetos, como a coleção que promete fazer furor no próximo ano: “Cromos das Autárquicas 2013”. “É isso mesmo, uma caderneta em que pode colar esses ‘super-heróis’ que são os autarcas da região – de presidentes de câmara a vereadores, passando por presidentes de junta…”, revelou-nos um dos promotores
desta iniciativa. Segundo consta, cada cromo incluirá uma foto tipo passe do autarca e a indicação de curiosidades como o “palmarés eleitoral”, “super poderes”, “pontos fracos” e a “alcunha”. Vejamos alguns exemplos: Jorge Pulido Valente: “super poderes” – lança pilares; “pontos fracos” – Miguel Ramalho; “alcunha” – reles funcionário. João Rocha: “super poderes” – dispara candidaturas à Unesco; “ponto fraco” – bacalhau frito do Lebrinha; “alcunha” – Furacão do Altinho. E cada saqueta incluirá ainda a possibilidade de ganhar brindes, como um poster autografado de Carreira Marques ou uma cópia do estetoscópio de Francisco Santos. “É um modo de divertir a pequenada no ano que vem… E até os pais vão ficar orgulhosos de ver as crianças, em amena cavaqueira, a trocar “dois Pós-de-Mina” por “um Manuel Narra” ou “três Nelson Brito” por “um Francisco Orelha.”
Inquérito
a nossa região causaram estragos As recentes chuvadas que têm atingido m, também, lugar a uma descoberta no Museu Regional de Beja, mas dera encentes à coleção de pintura insólita: ao limpar alguns quadros pert , um restaurador apercebeu-se da instituição que ficaram danificados ara, Pulido Valente, e uma das da semelhança entre o presidente da câm a do século XVI. Alguns vereadores personagens de uma pintura flameng comprovar o achado já reagiram da CDU da Câmara de Beja que puderam desde que o Modelo mudou o ao que consideram ser a maior afronta que as chuvaradas tinham sido nome para Continente: “Já sabíamos ada, de que Pulido Valente está por encomendadas, mas isto é a prova, prov e de publicidade… Mas utilizar o trás de tudo… Isto não passa de um golp como deve, isso é que me choca! Se museu desta maneira e não o auxiliar eu vestia-se de forma igual ao tipo esse senhor se preocupasse com o mus servir de atração para os turistas. do quadro e ficava ao lado da obra para – há lá uma pedra que, de lado, dá E o Núcleo Visigótico é outra desgraça não quer… É hora desta gente sair ares ao Miguel Góis… Só não vê quem podia ficar a cargo de um garboso e dar o lugar a caras novas. A câmara de repente, cof… cof… não estou a vereador da oposição de barba. Assim uel Ramalho. ver ninguém, cof… cof…”, declarou Mig
Neste fim de semana há campanha do Banco Alimentar Contra a Fome. Depois das últimas declarações de Isabel Jonet, vai contribuir?
VIRIATO CERTIFICADO DE AFORRO, 74 ANOS Pessoa que no seu tempo partilhava uma lata de atum com 23 familiares
VITÓRIA COITADINHA, 35 ANOS Pessoa que não sai de casa desde que Vale e Azevedo regressou a Portugal
VIOLANTE ZONA DE CONFORTO, 23 ANOS Pessoa que afirma ter inventado a expressão “Amei!” quando se refere a algo de que gostou
Com certeza que vou. E acho que a senhora Jonet tem toda a razão. Desde que ouvi as suas palavras na SIC Notícias que cada pessoa na minha casa toma banho só com um copo de água e uma escova de dentes… Mais do que suficiente! E deixou-se de comer bife todos os dias… Agora é só dia sim, dia não. Nos dias não só comemos raio-x com maionese. Mas só um bocadinho, para escorregar melhor!
Não sei se vou poder contribuir, isto está muito mau… Estou muito doente, sabe? Sofro de Síndrome de PsicoEscutismo, que é um medo inexplicável de escuteiros. Como são sempre os escuteiros a distribuir os sacos para recolher os alimentos, nunca contribui. Também não tenho muito dinheiro. Já agora, o senhor vai comer essa sola de sapato? É que estou aqui com um ratinho no estômago…
Vou contribuir, acho que não se podem confundir declarações infelizes com uma obra meritória como o Banco Alimentar. Sou jovem e recém-licenciada, mas vou ajudar, apesar de ter muitas dificuldades financeiras. “Tudo vale a pena, quando a alma não é pequena!”. Ena! Que frase tão inspiradora que eu acabei de inventar… Vou já utilizar o meu iPhone e iPad, que estão ali no meu carro novo, para partilhá-la no Facebook...
Nº 1597 (II Série) | 30 novembro 2012
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quadro de honra Com vários livros publicados sobre Política Agrícola Comum e Desenvolvimento Rural, José Augusto Varela entrou recentemente no domínio da ficção para retratar a região alentejana, que conheceu enquanto engenheiro agrónomo, e com a qual vive “uma história de amor”. E o vento soprou do Leste, passado na margem esquerda do Guadiana, conta a história de os Campaniços, um clã rural que, no espaço de um século, vê as suas condições de vida degradarem-se até à emigração. Mercê, diz, de “políticas agrícolas erradas, teóricas e centralizadas”.
Engenheiro agrónomo publica romance
Um “livro de mágoas” sobre os campos do Alentejo geração em geração, passando de pastores a agricultores, depois a seareiros, até ficarem reduzidos a trabalhadores rurais sem terras. Por outras palavras, as suas condições de vida degradaram-se. Por fim, emigraram…
O cenário de E o vento soprou do Leste, o seu romance acabado de sair, é a margem esquerda do Guadiana. Sendo algarvio de nascimento, porquê esta opção geográfica?
Tinha 13 anos de idade quando vivi, pela primeira vez, no Alentejo. Foi na casa agrícola de uma tia minha, em Sobral da Adiça, rodeada por extensos olivais. Foi uma estadia curta, mas aquela vista dos olivais deixou-me saudades. E fiquei a gostar daquela paisagem. Muitos anos depois, já como engenheiro agrónomo, fui trabalhar para o Alentejo a fim de estudar os solos agrícolas. Foram quatro anos em que palmilhei, concelho a concelho, toda a região. Fiquei, assim, a conhecê-la e também me senti encantado com os seus largos horizontes. Nos oito anos seguintes passei a residir em Beja, como delegado de um organismo já desaparecido – a Junta de Colonização Interna – da então Secretaria de Estado da Agricultura. O meu trabalho era fazer projetos de melhoramentos agrícolas requeridos por agricultores, tanto para os grandes, como para os médios e para os pequenos. E fiquei a gostar dos alentejanos e do seu modo desassombrado de dar opiniões. Em suma – tem sido uma história de amor. E este, quando sentido, não se explica! Acontece simplesmente. Quem são os Campaniços, esta família rural alentejana que protagoniza o livro, e por que vicissitudes passam ao longo destas quatro gerações?
Campaniço é do campo. E é um termo alentejano. Eu aproveitei-o para, simbolicamente, tipificar quatro gerações de agricultores que viveram na margem esquerda do Guadiana, a nossa. Devido a políticas agrícolas erradas, teóricas e centralizadas, os Campaniços foram, de PUB
A vida desta família vai-se precarizando desde meados do século XIX até ao último quartel do século XX. É este também um retrato da região que conheceu enquanto engenheiro agrónomo?
José Augusto Varela 88 anos Natural de Lagoa Engenheiro agrónomo e doutorado em Ciências do Ambiente – Ordenamento do Território, viveu e trabalhou no Alentejo entre 1951 e 1963. Em 1974 é requisitado pelo secretário de Estado da Agricultura como seu adjunto, gabinete em que permanecerá até 1977, no decurso da então Reforma Agrária. Será também vogal, pela Agricultura, na Comissão de Integração Europeia, durante as negociações para a adesão à então CEE, entre 1979 e 1986.
É como diz. A vida deles foi-se precarizando. É este o termo, certo, que utiliza. Mas é, também, o rosário de mágoas que ouvirá se for inquirindo de vila em vila, de aldeia em aldeia dessa “planície heroica” de Portugal… E é, ainda, e no que me respeita, o retrato da região que conheci. E, infelizmente, ainda acontece. Por isso, este meu último livro E o vento soprou do Leste é um livro de mágoas, como Florbela Espanca também nos diz num dos seus belos sonetos. O mundo rural que conhecemos pode manter-se tal como está ou terá que reestruturar-se para que não se extinga?
O mundo rural que conhecemos evoluirá. Mas são os seres humanos que condicionam a evolução. Ora, nós não ficamos eternamente crianças… E, assim, as paisagens do Alentejo vão gradualmente mudando. No século passado, havia as ceifas do trigo onde agora se veem extensos olivais. Com o progredir do regadio centrado na barragem do Alqueva, outras culturas irão dar cor e vida às paisagens desse mundo rural alentejano. Mas os seus largos horizontes, como as nossas esperanças, manter-se-ão! Nós precisamos desesperadamente deles… Carla Ferreira
Sol tímido e alguns chuviscos são o mote para o dia de hoje, sexta-feira. Amanhã e domingo, o céu deverá estar descoberto e soalheiro, apesar das temperaturas, que oscilarão entre 1 e 12 graus centígrados.
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Festival de Bandas de Beja de volta à Casa da Cultura O Festival de Bandas de Beja está de volta à Casa da Cultura pela sétima edição, que terá lugar já entre os próximos dias 7 e 8. Ao todo, estão confirmados 14 projetos musicais, num leque que abarca tanto veteranos como os Ex Oriente Lux ou os Ho-Chi-Minh, como as novas promessas da música bejense, os casos de Tango Paris, que acabam de estrear o seu novo videoclip, ou Balão Dirigível, que preparam o seu álbum de estreia. A organização, a cargo da Associação Juvenil Arruaça, destaca também, nesta edição, a presença da música de cariz mais tradicional, representada por nomes como Tam Tam, Bacoustic ou ainda A Moda Mãe. Num evento, “que tem contribuído decisivamente para a criação e produção de cada vez mais e melhor música no concelho”, a promessa é de “dois dias de muito convívio e boa disposição”, onde não faltará também o sorteio de uma tatuagem e de uma guitarra elétrica entre os participantes que adquirirem bilhete. As portas abrem às 21 horas e encerram às quatro horas da madrugada.
Descoberta do depósito votivo de Garvão foi há 30 anos O Centro de Arqueologia Caetano de Mello Beirão (Cacmb), em Ourique, recebe, ao longo do próximo dia 11, o encontro “30 anos depois, o depósito votivo de Garvão”, como forma de assinalar o 30.º aniversário dos trabalhos arqueológicos que levaram à descoberta destes achados da 2.ª Idade do Ferro. No decorrer do encontro, os arqueólogos que protagonizaram o achado irão partilhar com os participantes as memórias desses “tempos tão empolgantes”, havendo também lugar para a apresentação do projeto que levou à criação do Cacmb, bem como dos recentes trabalhos de estudo e conservação dos materiais recolhidos no depósito votivo. Serão também dados a conhecer os projetos que se perspetivam no futuro, num encontro que integra igualmente uma visita a Garvão e ao local do achado e também às instalações do Cacmb. A sessão de abertura, marcada para as 9 e 30 horas, contará com as presenças da diretora regional de Cultura do Alentejo e do presidente da Câmara Municipal de Ourique.