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Zambombas Za O in instrumento que em Barrancos se ouve o no Natal
SEXTA-FEIRA, 21 DEZEMBRO 2012 | Diretor: Paulo Barriga Ano LXXXI, N.o 1600 (II Série) | Preço: € 0,90
Entrevista exclusiva ao Pai Natal Ficção de Ricardo Cataluna
Velho tempo de Natal Crónica de João Mário Caldeira
Livros e discos no sapatinho
Revolução nas escolas de Beja O Ministério da Educação quer apenas dois mega-agrupamentos de escolas na área educativa de Beja. Um processo de fusão nada consensual, nem pacífico, que terá que ficar concluído no início do ano. Em 2013, o concurso de professores para Beja contemplará apenas dois códigos, em vez dos habituais cinco. Hoje reúne-se de urgência o Conselho Municipal de Educação. pág. 13
Recolha
Um conto de Natal de Passos Dickens
JOSÉ SERRANO
de Carla Ferreira
Opinião de Bruno Ferreira
Doces de marmelo para a consoada
SUSA MONTEIRO
Receitas de António Nobre
Luz Uma nova aldeia fantasma Fez por estes dias uma década que os habitantes da Luz, no concelho de Mourão, viram afundar a sua aldeia original. A passagem para a moderna povoação nunca foi propriamente pacífica. Neste período abalaram perto de 100 habitantes. Sem perspetivas de futuro, a nova Luz está a transformar-se numa “aldeia fantasma”, dizem. págs. 16/17
Diário do Alentejo 21 dezembro 2012
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Editorial Benvinda
Vice-versa O Ministério da Educação e Ciência lembrou que o programa do Governo prevê a “incrementação progressiva da descentralização de competências” e a contratualização” com os municípios de “um novo modelo de delegação de competências”. In “Diário de Notícias”, 19 de dezembro de 2012
Paulo Barriga
O município de Beja não aceita, “nem de perto, nem de longe”, qualquer tipo de “transferência de competências” nessa área. “A câmara não tem capacidade técnica” para assumir estas funções, para além de “não ter nem vontade, nem verbas” disponíveis.
E
stas linhas foram escritas na quarta-feira. Há uma probabilidade muito remota, quase tão remota como a profecia que alerta para que hoje mesmo o mundo acabe, que elas fiquem apenas para mim. Pelo sim e pelo não, penso regá-las amanhã, quinta-feira, as palavras, com um tintol abaladiço. Pois quem nos pode afiançar, ao certo, se hoje cá estaremos. Como parece que estamos. E já que cá estamos, como é provável que estejamos, gostaria de vos anunciar oficialmente o fim do mundo. Não como a civilização Maia o vaticinou há quatro ou cinco mil anos atrás, mas como os nossos olhos o veem abalar a cada dia que passa. O mundo, o planeta Terra, é velho que se farta. E envelhece que se farta. Todos os dias. Como todos nós envelhecemos que nos fartamos desde o exato momento em que nascemos. As coisas, o mundo também é coisa e os homens também são coisas, envelhecem. É esse o mistério da vida, dirão em Roma. É esse o desespero da existência, diriam os velhos alquimistas. É essa a verdadeira fome de viver, dirá em rima qualquer poeta mediano. O mundo poderá estar prestes a acabar. Talvez esteja. Mas antes que acabe, acabemos nós, dentro das nossas possibilidades, à nossa ínfima escala, com o que está a acabar com ele, com o mundo. E este é o voto de Natal, sincero e sentido, que o “Diário do Alentejo”, toda a sua equipa, deseja aos seus leitores, aos seus assinantes, aos seus anunciantes, aos seus amigos. A todos os que nos leem e que não leem. Ao próprio mundo. Pois cada instante que restar, ao mundo e a nós próprios, será irrepetível. Estupendamente irrepetível. Admiravelmente irrepetível. Acho que é isto que querem dizer as pessoas que gostam de afirmar que o Natal deveria ser todos os dias. O Natal, visto assim de esguelha, sem negócio nem peru, é todos os dias. Apenas não nos damos conta dele, sempre um nadinha mais velhos que vamos estando ou ficando. Na quarta-feira escrevi estas linhas como se fossem as últimas. Na terça, a minha filha mais nova ficou mais velha dois anos desde que começou a gostar de respirar a atmosfera. Ontem, que foi quinta, acho que reguei estas palavras com um belo tintol. Hoje, que o mundo acaba, estou mesmo contente por estarmos, eu e você, a ler estas palavras em conjunto. É assim o Natal, todos os dias, até ao último dia. Dedico esta crónica e este Natal por inteiro a Benvinda Paulino. Que soube partilhar cada instante da sua vida como se fosse o último. Como se fosse único. E irrepetível.
José Velez, vereador com o pelouro da Educação da Câmara de Beja
Fotonotícia Luzes de Natal É Natal. As luzes, os enfeites, não deixam margem para dúvidas. E ali, para os lados das Portas de Mértola, em Beja, os comerciantes agradecem. Agradecem o facto de as obras já permitirem a passagem desafogada e de ainda haver uns tostões para enfeitar as ruas. Na esperança, que sempre se renova nesta quadra, que a época anime os negócios. É que os enfeites, embora não passem mesmo disso, de enfeites, sempre ajudam a adornar os dias. A torná-los mais felizes, tanto a pequenos como a graúdos, que mais não seja quando se passa, quando se avistam as luzes. As luzes de Natal. BS Foto de José Ferrolho
Voz do povo Como vai passar a sua consoada de Natal?
Inquérito de José Serrano
Fernanda Sousa, 67 anos, aposentada
Maria Rosa, 62 anos, reformada
Ricardo Jesus, 33 anos, padeiro
Liliana Miguéis, 33 anos, educadora de infância
Este ano os meus filhos vão passar a consoada com os sogros. Assim, e como o Natal é quando nós quisermos, vamos reunir a família e fazer a festa natalícia um dia antes, no domingo. Um santo dia é estarmos todos juntos, filhos, netos, noras e genros, com saúde. A ementa vai ser uma cabidela de galinha do campo e um bacalhau no forno. Prendas só comprei para os miúdos.
Este Natal vai ser um bocadinho mais triste. Não vamos poder reunir a família mais chegada. O meu filho não vai passar a consoada connosco. Trabalha como segurança e está de serviço nessa noite. Bacalhau cozido, carne de porco à alentejana, filhoses e borrachos fazem sempre parte da ceia de Natal. Presentes só roupinha para a minha neta, não há condições para mais.
Este ano o Natal vai ser passado com muita alegria, a admirar o mais novo elemento da nossa família. O meu filho, que nasceu há um mês e que nos traz a todos muito contentes e orgulhosos. A ementa será peru, febras na brasa e o bacalhauzinho que não pode faltar. Presentes só vou comprar para as pessoas mais chegadas. E a minha maior prenda é o meu pequenino.
Celebramos o Natal em Vila Real de Trás-os-Montes, que é a minha terra e a do meu marido. Temos uma longa viagem de seis horas até lá. É importante a família reunir-se em convívio nesta quadra. A ementa da consoada é bacalhau cozido com batatas e couve. No almoço do dia 25 o costume da minha região é comermos arroz de polvo. Presentes só já compro para as crianças.
Rede social
Semana passada QUINTA-FEIRA, DIA 13 CUBA CONDENADO POR ATROPELAR OVELHAS O Tribunal da Relação de Évora condenou a um ano e quatro meses de prisão com pena suspensa um homem de Cuba, que atropelou mortalmente 10 ovelhas para se vingar dos donos dos animais. A suspensão fica sujeita a regime de prova, que integra a obrigação de o arguido doar mil euros à Liga Portuguesa dos Direitos do Animal. Cada ovelha foi avaliada em 60 euros.
BEJA PSP APANHOU INDIVIDUO O Comando Distrital de Beja da Policia de Segurança Pública, através da sua Esquadra de Intervenção e Fiscalização Policial, procedeu à interceção, em flagrante delito, de um individuo do sexo masculino, de 26 anos de idade, quando este subtraia combustível de máquinas industriais. Ainda relativamente ao suspeito, apurou-se não ser portador de habilitação legal para a condução do veículo apreendido.
SEXTA-FEIRA, DIA 14 ALMODÔVAR GNR APREENDEU MEIXÃO A GNR apreendeu, numa ribeira no Baixo Alentejo, 3,5 quilogramas de meixão e vários utensílios usados na apanha ilegal deste peixe, além de outras espécies de peixe e marisco, anunciou a força de segurança. A apreensão ocorreu na ribeira do Vascão, afluente do rio Guadiana, durante uma ação de combate à pesca ilegal de meixão (enguia-bebé) efetuada pelo Núcleo de Proteção Ambiental do Destacamento Territorial de Almodôvar da GNR em colaboração com técnicos do Parque Natural do Vale do Guadiana.
FERREIRA PRISÃO EFETIVA PARA PASTOR SEM CARTA O Tribunal da Relação de Évora confirmou a pena de um ano de prisão efetiva para um pastor de Ferreira do Alentejo que, em abril, foi apanhado, pela sexta vez na sua “carreira”, a conduzir sem carta. Recorde-se que anteriormente o Tribunal de Beja o tinha condenado a um ano de prisão efetiva, mas o arguido recorreu para a Relação, pedindo a suspensão da pena, alegando, entre outras coisas, que era “o único meio de sustento” da sua família.
SEGUNDA-FEIRA, DIA 17 SINES 200 TRABALHADORES RECEBEM FORMAÇÃO A Escola Tecnológica do Litoral Alentejano (ETLA) vai dar formação a mais de 200 trabalhadores da refinaria de Sines durante os próximos quatro anos, anunciou a Galp Energia. Os 221 trabalhadores abrangidos são “operadores de consola e de exterior das cinco áreas operacionais da refinaria”, que irão receber 470 horas de formação, teórica e prática. As turmas são constituídas por “elementos das várias áreas operacionais e com graus de experiência distintos”, para permitir a “partilha” de conhecimentos.
ALCÁCER MADALENA MENDES VENCE CONCURSO Um trabalho da autoria de Madalena Mendes, concebido com a técnica de pastel a seco, venceu o Concurso de Conceção da Imagem do Postal de Natal’12 do município de Alcácer do Sal, informou a câmara municipal. O concurso, que já vai na quarta edição, teve como destinatários os estudantes da Escola Secundária de Alcácer do Sal, visando promover a participação e o envolvimento da escola na comunidade.
TERÇA-FEIRA, DIA 18 ODEMIRA 310 CABAZES E 1 000 BRINQUEDOS Um total de 310 cabazes alimentares e cerca de 1 000 brinquedos começaram a ser oferecidos a famílias carenciadas e a crianças do concelho de Odemira, com o objetivo de lhes proporcionar um Natal mais feliz, com a ajuda dos “Aliados do Natal”, uma campanha de solidariedade promovida pela Taipa – Organização Cooperativa para o Desenvolvimento Integrado do Concelho de Odemira. A campanha de oferta de brinquedos será depois alargada a todas as crianças, inspirando a partilha e o espírito de Natal na comunidade.
3 perguntas a António Sebastião Presidente da Resialentejo, que representa os três promotores do projeto O que é o projeto Re-Planta?
Sob o lema “Reaprende, Recomeça e Redescobre a tua Horta”, o projeto Re-Planta! é uma iniciativa desenvolvida pela Amcal, Gesamb e Resialentejo, que se assume como o projeto inspirador das hortas domésticas no Alentejo, desejando que todos os habitantes dos 25 concelhos abrangidos redescubram o prazer de cultivar os seus próprios alimentos, que reaprendam como é fácil, simples e acessível a criação de hortas caseiras e recomecem um estilo de vida mais saudável e enriquecedor. Com muito espaço ou com um simples vaso todos podem participar, e por isso o Re-Planta! é uma iniciativa aberta a todos e de participação livre, cujo intuito é também o de criar uma comunidade dinâmica e integradora, onde todos possam contribuir, sejam simples cidadãos ou instituições como lares, escolas, autarquias, associações, etc. E o Re-Planta! também ajuda todos aqueles que queiram começar, através da realização de várias oficinas de hortas biológicas e compostagem, que vão percorrer a região em maio, junho e julho de 2013, onde serão fornecidos compostores, manuais e formação de modo a que todos possam começar a criar a sua pequena experiência agrícola e de compostagem. Está igualmente em execução a vertente educativa deste projeto, trabalhando com um potencial de 192 escolas da região.
Concerto para o Natal no Pax Julia O Teatro Municipal Pax Julia, em Beja, rendeu-se mais uma vez ao Coro de Câmara de Beja. Este foi mais um Concerto para o Natal. O público aplaudiu e o coro, a atuar na sala de excelência da cidade, agradeceu o gesto.
O Natal chegou a Ferreira do Alentejo A quadra tem vindo a ser celebrada por pequenos e graúdos em Ferreira do Alentejo. Desta vez foram os participantes do projeto Ferreira Solidária que comemorarem o Natal. E a festa foi animada e juntou muitos em palco.
Concurso junta fotógrafos em Serpa Serpa entregou os prémios do concurso fotográfico Património (I) Material. André Boto, com a fotografia “O Arco”, e Rodrigo Antunes Cabrita, com a fotografia “Em casa ou na rua não se deve comer crua”, foram os vencedores. Seguiu-se a inauguração da exposição.
Quais são os principais objetivos?
O Re-Planta! visa capacitar a população com informação prática sobre experiências de cultivo orgânico e sobre a compostagem, assim como irá ceder cerca de 1 200 compostores aos cidadãos e instituições interessados, de forma que os resíduos orgânicos possam ser valorizados em cada jardim alentejano, como forma também de promover a sustentabilidade local e a desertificação dos solos. Qual a importância deste projeto para a comunidade educativa?
Devido ao seu carácter particular, as escolas da região terão um programa específico dentro do projeto RePlanta!, onde, com o apoio da Direção Regional da Educação do Alentejo e dos centros de formação de professores da região, os docentes terão a possibilidade de frequentar uma formação acreditada (em análise pelo conselho científico) e inscrever a sua escola num programa educativo que fornecerá recursos, atividades e desafios, podendo em conjunto com os seus alunos implementar a sua própria horta na escola e explorar os benefícios específicos da agricultura biológica. Bruna Soares
Pós-de-Mina na cafetaria da Casa da Cultura José Maria Pós-de-Mina, presidente da Câmara Municipal de Moura e do conselho executivo da Cimbal, participou num debate sobre “Desenvolvimento Económico e Social”, que aconteceu na cafetaria da Casa da Cultura de Beja.
Festa de Natal no Agrupamento N.º 1 de Beja O Agrupamento N.º1 de Beja finalizou o final de período com uma festa de Natal. E os alunos, como não poderia deixar de ser, foram os protagonistas da celebração. E a plateia encheu e aplaudiu os pequenos grandes atores.
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Foram vários os órgãos de comunicação social que tentaram, mas nós conseguimos (toma e embrulha,
Diário do Alentejo 21 dezembro 2012
“Jornal de Letras”!). O “Diário do Alentejo” apresenta a entrevista exclusiva com o Pai Natal. O verdadeiro! E, numa altura em que se fala de crise, austeridade, fim do mundo e da nova cara de Alexandra Lencastre, encontrámos um Pai Natal atento ao que o rodeia, preocupado, inovador – insistiu em ser entrevistado
Natal Mãe Natal refugiou-se com Leopoldina na Colina do Carmo
Pai Natal passa dias angustiantes na Lapónia Pai Natal, muito obrigado por nos receber na sua casa.
e da revista “Pontos e Bordados”. Enfim, só burocracia…
Ho ho ho… Feliz Natal para si e para os seus! Feliz Natal para todos!
O que é que vai fazer agora?
Como é que tem passado?
Bem, vai-se andando… Ando à rasca da coluna. O ano passado arranjei um problema ao transportar uns presentes de grande dimensão. Isto de descer a chaminé com uma mesa de bilhar no lombinho dá muito trabalho… Mas faço-o com todo o agrado! Ho ho ho… É bom vê-lo com essa boa disposição. A Mãe Natal tem ajudado?
Ho ho ho… porra! (Pai Natal começa a chorar.) Porque é que me foi perguntar isso... A Mãe Natal já não está connosco… (continua a chorar.) Eu admito que não fui um marido fácil… “Oh homem, mete as meias para lavar! Já foste despejar o lixo? Já meteste o papel de embrulho na reciclagem? Já mudaste o óleo às renas? Tens cuecas lavadas, porque é que não as usas?”… Enfim, sinto muita a falta dela… Lamento, Pai Natal. Morreu?
Não, idiota, antes tivesse morrido. Alugou um T0 na Colina do Carmo e tem um relacionamento com outra pessoa. A Leopoldina. (E continua a chorar.) Eu não me importo que ela se tenha tornado lésbica, mas preferia que se tivesse juntado com a Popota – pelo menos tem mais chicha onde agarrar. Ah, que sofrimento… Eu devia ter percebido os sinais: os discos da Lara Li a tocar a toda a hora, os livros da Margarida Rebelo Pinto espalhados pela casa… Pronto, se calhar é melhor mudar de assunto. Nem tudo pode ser mau… Ainda trabalha com os seus duendes no fabrico de brinquedos?
Oh homem! Você só me fala em tristezas… Aliciaram-me para me mudar para Portugal porque afirmavam que os duendes portugueses trabalhavam como os alemães e recebiam como os do Uganda. E correu tudo bem, até ao dia em que a minha oficina foi fechada pela ASAE. Acusaram-me de exploração de trabalho infantil, pensavam que os duendes eram miúdos. Eu expliquei-lhes que não, mas eles insistiram que os duendes tinham de ir para a escola… E eu a explicar-lhes: “Eles só embrulham os Magalhães, não têm de ser forçados a trabalhar com eles!”, mas não me ligaram. Além disso, disseram-me que não podiamos construir brinquedos que não obedecessem às diretrizes da União Europeia, da Greenpeace, do Ministério da Economia, da Drogaria Armando Espada, do Vítor Gaspar, do Manoel de Oliveira
Já recorremos aos tribunais, mas o meu advogado disse-me logo para não ter muita esperança. A lentidão na justiça portuguesa é tal que daqui a 15 anos devem estar a reabrir o processo dos Távoras. E os brinquedos para este ano? Quem é que os vai fazer?
Fiz um acordo com uma fábrica chinesa. Tenho de reconhecer que os miúdos chineses trabalham muito bem… E a ASAE não mete lá o bedelho! Estou a ver… Já agora, Pai Natal, uma curiosidade. Aquele mito de que o senhor teria sido inventado pela Coca-Cola é mesmo verdade?
Mais ou menos. Eu já tinha sido inventado antes, a Coca-Cola é que me contratou. Havia um olheiro de Pais Natais que viajava pelo mundo à procura do melhor para fazer a campanha publicitária deles. Mas esta minha transferência para a Coca-Cola foi como a ida do Eusébio para o Benfica. Da mesma forma que o Eusébio esteve para ir para o Sporting antes de rumar ao clube da Luz, eu estive a um passo de assinar pela Canada Dry, mas à última hora fui para a Coca-Cola, e o resto é história… A Coca-Cola é um colosso e a Canada Dry é o Sporting do mundo dos refrigerantes. Pai Natal, vamos focar-nos na atualidade. Num tempo em que a palavra crise domina tudo, como é que vê este Natal de 2012 em particular?
Cada ano que passa, vejo o Natal com mais descrença. Não me sinto respeitado. Desculpe?
Sinto que não sou valorizado. O meu terapeuta bem me disse que tinha de aprender a afirmar a minha posição, e por isso estou a dizê-lo: acho que já não me dão valor! Como assim, se continua a ser visto como uma figura central desta época?
O Natal começou por ser visto como uma celebração do nascimento de Jesus… E continua a ser… Mas é Jesus quem entrega as prendas? É Jesus que tem de fazer dietas malucas para entrar em chaminés cada vez mais pequenas e lutar contra exaustores demoníacos? Sabe da ginástica que tenho de fazer para não cair numa frigideira de óleo a ferver? Mas pronto, como o menino tem 2012 anos tem de se falar do menino Jesus…
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sem calças –, mas desiludido com esta quadra, e com saudades do tempo em que imperava o amor, a esperança, e em que a família se reunia à volta da mesa a ver o filme “Música no Coração” pela 547.ª vez com o tio Alfredo, que tresandava a brilhantina. Foi um Pai Natal desassombrado que contou histórias nunca antes relatadas e revelou o muito que o liga ao… Alentejo.
Mas o que quer dizer? Noto aí uma pontinha de ciúme… Quer dizer que Jesus não existe?
Nada disso! Vocês, os jornalistas, é que só querem sangue! Jesus existe, mas o que é que ele faz pelo Natal? É ele que entrega milhares de Playstations numa noite? Não! Se calhar nunca ajudou o pai na carpintaria! E curou um cego ao tocar-lhe na cabeça? A sério? O quê, agora Jesus também tem formação em optometria? Se um idoso com 2012 anos vivesse em Portugal, enfiavam-no num lar ilegal e gamavam-lhe a reforma… Mas pronto, como se chama Jesus, acreditam e perdoam-lhe tudo. Mas esse desencanto só tem a ver com a atenção dada a Jesus?
Isso não é nada! O problema é outro. Você já viu como é que eu sou representado? Já viu a praga de Pais Natais magros, com olheiras e sem piada? E as marchas de Pais Natais para bater recordes do Guinness? Parecem concentrações de imitadores do José Milhazes... Isso é porque as pessoas gostam de si.
Se gostassem de mim, não punham bonecos de Pais Natais a trepar as varandas… Nunca dá para perceber se vão entrar em casa para distribuir presentes ou fazer um assalto à mão armada. E quando, na mesma varanda, metem aos três e aos quatro Pais Natais? Parecem um gang… O que é que vem a seguir? Vão meter os bonecos a trepar postes de comunicações? Ainda vão dizer que o Pai Natal vai roubar cobre!
Esta entrevista é da irresponsabilidade de Ricardo Cataluna
Estão quase a acabar…
Não estará a levar as coisas muito a peito?
Pudera, começaram por alturas das invasões napoleónicas! Já era tempo…
Não, senhor! Quer outro exemplo? Antigamente, as famílias deixavam-me um pratinho com algumas iguarias para me aguentar na noite de 24. Nos últimos anos só me deixam os restos. Há dois anos fraturei o maxilar em dois sítios depois de comer rabanadas com 15 dias… No ano passado, após comer torrão de Alicante, fiquei com a minha placa quase inutilizada. Aquilo só saiu com esfregão de arame e ácido muriático… É o que eu digo, já não há respeito pelas instituições! Vamos passar à frente. Segundo descobrimos, o Pai Natal tem fortes ligações ao Alentejo. Consta que até tem uma tia na Amareleja. É verdade?
É quase verdade. Não é uma tia, é uma tetravó. Uma fantástica atriz! Atriz natural da Amareleja? É familiar de Eunice Muñoz?
Sim. É uma querida! Felizmente teve a felicidade de ter alguém como Gil Vicente a apostar nela e a reconhecer o seu talento. Não podia ter iniciado a carreira de melhor modo. Pois… Alguma vez visitou o Alentejo?
Mas as crianças continuam a gostar muito de si e a mandar-lhe cartas…
Já não é o que era… Os miúdos de hoje não estão particularmente virados para o Pai Natal. Nem sabem muito bem quem eu sou. Ainda no outro dia um miúdo no centro comercial começou a comer-me a barba pensado que era algodão-doce… E no mês passado cruzei-me com uma data de adolescentes que ficaram todos entusiasmados por me ver, e eu não percebia porquê. Acontece que iam para a Convenção do Bloco de Esquerda, e um militante mais velho teve de lhes explicar que eu não era o Marx… PUB
até há bem pouco tempo. Mas enquanto não arranjarem uma versão para iPad, não renovo a assinatura. E tenho andado a acompanhar as obras nas Portas de Mértola, por exemplo.
E aquelas cartas? Quem é que as consegue ler, estando escritas daquela maneira? Linguagem SNS, ou SMS, ou Smarties, ou lá o que é… De há uns anos para cá até tive de começar a contratar um hacker para fazer a descodificação daquela linguagem…
Vou lá todos os anos, visitar uma prima finlandesa que vive no parque de campismo de Beja. É muito agradável: o tempo é fantástico, a luz é linda, a comida ótima… Só é pena que ninguém me reconheça quando não estou vestido de Pai Natal. Geralmente ignoram-me ou, quando estou muito tempo parado, atiram-me moedas para os pés. Acho que me confundem com um sem-abrigo. Também sei que está atento à atualidade regional alentejana. Há algo que queira destacar?
É verdade… Fui assinante do “Notícias de Beja”
Claro! Pediu-me coisas muito simples. Paz no Médio Oriente, fim da fome em África, que o preço dos combustíveis baixe e que o João Rocha se candidate a uma Câmara nas próximas eleições, desde que seja na Tailândia… Ah, e um colete à prova de bala para as próximas assembleias municipais e distritais. Mais alguma carta que queira destacar?
Gosta do resultado final?
Lamento profundamente que não haja espaço para estacionar as minhas renas… E que não haja um posto para carregar as minhas duas renas elétricas… Renas elétricas?
Sim, ao contrário do que possam pensar, aqui o Pai Natal é muito amigo do ambiente. Só é pena que estas tenham pouca autonomia… Se dependesse só delas, distribuiria apenas presentes entre Pias e Moura. Costuma receber cartas de figuras da região? O que é que lhe pedem?
As coisas mais inacreditáveis. Este ano recebi a carta do deputado Mário Simões – pede-me que o PSD tenha mais de 1 000 votos em todo o distrito nas próximas autárquicas. Eu já lhe respondi… Disse-lhe: “Mário, filho, tu não queres um presente, queres um milagre! Olha, entra em contacto com o menino Jesus, pode ser que ele te dê uma mãozinha e que cure alguém das cataratas pelo caminho… Ho ho ho…”.
Sim, quero destacar a carta de um grande senhor: Castro e Brito. Ele pediu-me uma ExpoBeja só para ele. Por mim, até lhe dava duas! Ele é muito simpático. Sempre que passo pela Ovibeja oferece-me feno com fibras para as minhas renas obrarem bem. Se eu tivesse poder, faria tudo para que fosse canonizado! Veja bem a quantidade de presidentes da Câmara de Beja e ministros da Agricultura que ele teve de aturar! É por isso que é muito respeitado. Digo-lhe mais, se aquele homem fosse considerado santo, haveria uma data de agricultores que viriam de propósito de Portel só para se encontrarem com ele e lhe poderem tocar na alfaia agrícola. Agora que estamos quase a terminar a nossa entrevista, permita-me uma pergunta à Daniel Oliveira: Pai Natal, o que dizem os seus olhos?
Dizem-me que se eu não tiver cuidado com os doces, daqui a uns meses vejo uma camada de tal maneira de diabetes que não vou conseguir distinguir as minhas renas de um fogão de campismo.
Fascinante, Pai Natal. E quem mais lhe enviou cartas?
Quer deixar alguma mensagem de Natal aos leitores do “Diário do Alentejo”?
Recebi uma carta do Miguel Ramalho, mas não percebi nada. Tive de pedir ajuda a um dos duendes para a ler. Estava toda esborratada das lágrimas que ele derramou pelo facto de a CDU não o deixar ser cabeça de lista à Câmara de Beja. Segundo percebi, ele pediu como prenda de Natal a cabeça de Pulido Valente numa bandeja de prata. Ou era isso, ou uma caixa de Mon Chéri, não sei…
Desejo-lhes um Bom Natal! Não gastem tudo em gomas, evitem os fritos e leiam um livro de vez em quando, desde que não seja mais um volume da biografia do Paulo Futre… Ah! E se virem o senhor que escreve a secção de Filatelia do jornal, mandem-lhe um abraço meu, está bem? Sou um grande fã!
Já agora, recebeu uma carta do presidente da Câmara de Beja?
Ricardo Cataluna viajou para a Lapónia, a partir do aeroporto de Beja, num avião da Zé Renato Air fretado pela Liga de Amigos do Pai Natal de Vale de Vargo.
Diário do Alentejo 21 dezembro 2012
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É certo que o tempo não está para grandes gastos. Mas neste Natal não quisemos deixar de sugerir um leque de presentes que podem, de alguma forma, animar a quadra. São livros e discos de autores e artistas alentejanos, ou com forte ligação à região, todos eles dados à estampa ao longo de 2012. E sobre os quais o “Diário do Alentejo”, atempadamente, deu especial destaque nas suas páginas. Sugestões de Carla Ferreira
Eu sei! Ser preto no branco Nuno Colaço
O Fronteiro do Sul Joseia Matos Mira
Cameirinha – a biografia António José Brito
Psicólogo clínico nascido em Beja, mas com atividade em Lisboa, Nuno Colaço é o autor de Eu sei! Ser preto no branco, lançado na cidade natal no início do ano. Uma obra de ficção que, em simultâneo, propõe uma nova abordagem científica e descreve como pode tornar-se autodestrutiva uma vida baseada no “parecer”.
Rareiam os heróis contemporâneos mas Joseia Matos Mira, professora de literatura e baleizoeira de nascimento, não se resigna. Foi ao século XII resgatar Gonçalo Mendes da Maia, o homem que, diz a lenda, aos 95 anos terá enfrentado os mouros até à morte na planície de Beja. O Fronteiro do Sul, romance lançado no verão, é uma lição de “força e orgulho” em tempos de perda de soberania nacional.
Cumpridas seis décadas de vida empresarial, Leonel Cameirinha já mereceria uma biografia. E coube ao jornalista António José Brito esse projeto de dar a conhecer o lado menos público de um homem que se distingue por uma invulgar capacidade de trabalho, aliada a uma também rara habilidade social. O livro apresentou-se aos bejenses em julho.
Às vezes o mar não chega Sofia Marrecas Ferreira
De famílias alentejanas bem antigas, Sofia Marrecas Ferreira lançou em 2012 o seu sexto romance, regressando à região e aos seus costumes e crenças. Às vezes o mar não chega, que se constrói em redor da história de três irmãs apaixonadas pelo mesmo homem, é uma homenagem assumida ao Alentejo, também ele uma personagem da intriga. A Girafa Maria Alexandra Graça
Quem melhor do que uma educadora de infância para conceber uma história que, a um tempo, divirta e eduque a criançada? Alexandra Graça, natural de Beja e versada em várias formas de arte – da dança às artes plásticas – é a mãe orgulhosa de A Girafa Maria. Um livro em que, de “forma lúdica, despretensiosa e alegre”, se transmitem valores essenciais como a “tolerância e o respeito”. Comeres com poemas Para viver um grande amor António Murteira
Nasceu no concelho de Évora mas já correu meio mundo. E é desse cruzamento entre o universal e o local – um lugar “mítico” que conserva sempre, chamado Alentejo – que António Murteira fez surgir Comeres com poemas| Para viver um grande amor. O livro foi lançado em Beja em março último e, contrariando o título, não é uma obra de poesia. Embora consubstancie um “texto poético”. Sonhar ao Longe Jorge Serafim, José Francisco
Se não podemos mudar o mundo, podemos ao menos mudar a nossa perspetiva sobre ele. É esta a premissa de Sonhar ao Longe, a estreia do contador de histórias Jorge Serafim na escrita para crianças, dado a conhecer aos bejenses em abril último. As ilustrações são de outro bejense, José Francisco, e a história é a de um rapazinho que quer mais bela e acolhedora a rua feia e desumanizada onde vive.
Lendas de Beja – O touro e a cobra e outras histórias José Rabaça gaspar
Beirão, José Rabaça Gaspar ensinou a língua mãe ao longo de 20 anos em Beja, usando as lendas e as tradições locais como forma de abrir caminho para o terreno, tantas vezes temido, da literatura. O livro estava pronto desde a década de 80, mas só no passado mês de julho viu a luz do dia. Lendas de Beja – O touro e a cobra e outras histórias é, confessou o autor, uma oportunidade para “devolver” aos bejenses os seus mitos. No Caminho sob a Estrelas – Santiago e a Peregrinação a Compostela José António Falcão
Tem mostrado a vários pontos do mundo a arte sacra do território baixo-alentejano e este livro, lançado no último verão, é mais um passo nesse caminho. No Caminho sob a Estrelas – Santiago e a Peregrinação a Compostela, José António Falcão, diretor do Departamento do Património Histórico e Artístico da Diocese de Beja, reúne a colaboração de 26 investigadores, naquele que é o primeiro balanço sobre o culto jacobeu no Alentejo. Canto Imperecível das Aves António Vilhena
Depois de seis anos de ausência, António Vilhena regressou aos livros com uma obra de poesia. Canto Imperecível das Aves, livro que teve apresentação em Beja, terra natal do autor, em setembro último, é uma obra em que o Alentejo se vai assomando, aqui e ali, em vários poemas. Ou não tivesse Vilhena um “compromisso divino” com a região que o viu nascer.
Transumância das Pequenas Coisas Luís Filipe Maçarico
É o seu décimo quarto livro de poemas, este que foi lançado, não sem propósito, no Museu da Ruralidade, em Entradas, no passado mês de outubro. Transumância das Pequenas Coisas reúne 23 poemas onde Luís Filipe Maçarico, que nasceu em Évora, ref lete sobre a “caminhada da vida”. No seu caso, um percurso sempre ligado à região natal, às suas gentes, história, cultura e mundividência. A paisagem e as palavras que lá estão – Levantado do Chão, um romance político Fernanda Cunha
É lisboeta mas parece ter sido o seu “coração alentejano” que a levou de volta ao romance Levantado do Chão, num livro em que homenageia a região e os seus “heróis improváveis”. No ano em que José Saramago faria 90 anos, Fernanda Cunha, bióloga e autarca em Garvão, lançou A paisagem e as palavras que lá estão – Levantado do Chão, um romance político. Em outubro, na própria fundação que leva o nome do Nobel da Literatura. Os demónios de Álvaro Cobra Carlos Campaniço
Está bem lançado o nosso conterrâneo Carlos Campaniço, escritor de Safara. Com Os demónios de Álvaro Cobra, venceu em outubro o Prémio Literário Cidade de Almada 2012 e foi também escolhido para integrar o plano editorial do Grupo Leya, previsivelmente no início do próximo ano. Uma obra que, diz, “retrata a condição humana do século XIX, num Alentejo parado de novidades, onde a imaginação de um homem quebra barreiras impostas pela sociedade”.
Diário do Alentejo 21 dezembro 2012
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Fado Napoleão Mira
Doce Lar Virgem Suta
Caracol Blues Caracol Blues
No mesmo livro, Napoleão Mira, natural de Entradas, fez duas homenagens: aos emigrantes da década de 60 e a Amália Rodrigues, a sua diva de sempre. Fado foi lançado em abril, na Feira do Livro de Castro Verde, marcando a estreia no romance de um homem que também trata por tu a música e a palavra dita. Graças ao filho, o rapper Sam The Kid.
Depois dos muitos quilómetros andados, das horas na estrada e dos incontáveis concertos que já os levaram de norte a sul do País, os bejenses Virgem Suta parecem ter encontrado o seu “Doce Lar”. Um novo álbum em que a dupla Jorge Benvinda e Nuno Figueiredo se revela “mais madura”, transpondo para a música “uma visão da vida e do mundo mais ampla e contemplativa”.
É o rock que nos chega da solarenga capital do Baixo Alentejo. Chamam-se Caracol Blues e lançaram no início de 2012 o seu primeiro cd. Genericamente, são seis temas rock bem esgalhados e cantados num português bem-humorado. O disco foi gravado nos estúdios Portal do Som, em Cuba. Os Caracol Blues são formados por Zeca Serrano (voz e viola ritmo), Toi Campos (viola solo), Luís Dionísio (baixo, vozes) e Zé Condeça (bateria, vozes). No próximo dia 30 à noitinha tocam em Beja, na praça da República. É ir lá vê-los.
O Trilho José Saúde
No silêncio das casas Paulo Ribeiro
Homem dos jornais e do desporto, José Saúde lançou-se este ano nos domínios da ficção com um livro que é um exercício de futurologia protagonizado, nada mais nada menos, do que por Jesus. Esse mesmo cujo nascimento, há 2012 anos, celebramos daqui a dias. O Trilho foi apresentado em maio, em Beja, e tem como pano de fundo o interior alentejano num período de um século – de 1950 a 2050.
É o segundo álbum de originais do cantautor bejense Paulo Ribeiro e surge em 2012 depois de uma década de espera deliberada pelos “cúmplices certos”, nomes como os de Sara Côrte-Real, Celina da Piedade, Viviane ou Zeca Medeiros. Mais contido nos instrumentos e de temperamento “outonal”, “No silêncio das casas” revela um Paulo Ribeiro também letrista, produtor e arranjador.
E o vento soprou do Leste José Augusto Varela
Quinto António Zambujo
Foi em torno de os Campaniços, um clã rural que, no espaço de um século, na margem esquerda do Guadiana, vê as suas condições de vida degradarem-se até à emigração, que José Augusto Varela se estreou no domínio da ficção. E o vento soprou do Leste, lançado em novembro, é a visão de um especialista em Política Agrícola Comum e Desenvolvimento Rural que vive com o Alentejo “uma história de amor”.
As coisas não podiam estar a correr melhor a António José Zambujo. Lançado em abril, o novíssimo “Quinto” rapidamente chegou a disco de ouro, tendo sido foi eleito pela revista “Blitz” como o melhor disco português de 2012. “Fado desconcertado”, “A casa fechada”, “Algo estranho acontece” são os temas que abrem o desfile de 14 faixas, num elenco de autores onde se podem encontrar Maria do Rosário Pedreira, João Monge, José Eduardo Agualusa ou Pedro Silva Martins (Deolinda). É fado? É cante? É bossa-nova? É António José Zambujo.
As Terras e as Gentes do Cante Carminda Cavaco, Paulo Lima, António Cunha, Augusto Brázio
Trata-se do primeiro livro da candidatura do cante alentejano a Património Cultural Imaterial da Humanidade e foi lançado há dias na Assembleia da República. Uma obra de divulgação da região, apaixonada mas também crítica, que resulta de um trabalho a oito mãos. Por Carminda Cavaco e Paulo Lima, geógrafa e antropólogo, e pelos fotógrafos António Cunha e Augusto Brázio. O rótulo mais apropriado será “uma geografia do cante”.
Chão As Ceifeiras de Entradas
É, em essência, um disco de modas alentejanas mas vai um bocadinho mais longe. “Chão”, o primeiro trabalho discográfico de As Ceifeiras de Entradas, desafiou 12 autores da região a desconstruir poemas originais, reescrevendo-os à sua maneira, e oferece duas interpretações exclusivas. Uma acompanhada ao piano e outra em dueto com os antigos Ceifeiros da terra.
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Diário do Alentejo 21 dezembro 2012
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Faleceu no passado dia 13, num lar da cidade de Beja, BENVINDA PAULINO. Tinha 84 anos e estava acamada há já algum tempo. O tempo suficiente para a cidade de Beja, os bejenses, sentir a sua falta. Ora nas partidas de carnaval, ora nos apupos ao árbitro dos jogos do Desportivo, ora vestida de Pai Natal à porta da loja Ribeiro. Ora todo e qualquer dia com um sorriso irrepetível nos lábios. Descansa em paz, Benvinda. PB
E com o tempo passamos a viver bem com a fome no mundo, com a pobreza que vive ao nosso lado. Com o tempo, deixamos de ser sensíveis. A falta de pragmatismo matou a nossa sensibilidade. Inês Teotónio Pereira, “I”, 15 de dezembro de 2012
Crónica Velho tempo de Natal João Mário Caldeira
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ua ndo os curtos dias de inverno, escondidos por detrás das névoas das manhãs, vêm ainda implorar natais, todos os anos sou assaltado pela nostalgia do meu encantamento de criança logo que chega dezembro. Eram tempos de um grande desassossego. Interrogo-me hoje se esse meu deslumbrado estado de alma era extensivo aos meus companheiros de escola e brincadeira que, face ao frio, não tinham, como eu, butes de atanado, calças de lã (que eu detestava porque me picavam as pernas) e blusas de malha tricotadas pelas mães. Os pés descalços, as canelas chagadas das labaredas efémeras da esteva, os calções remendados de cotim e as camisas de riscado, permitiriam àqueles rapazes algum sentir esotérico perante a inclemência do clima e as carências de toda a ordem em que viviam? Sou tentado a dizer que sim. Recordo que também neles havia qualquer coisa que mexia no seu imaginário, tal era a paixão que lhes via ao combinarmos estratégicas para roubar a lenha dos quintais alheios destinada à coletiva fogueira acendida num dos largos da aldeia na noite de vinte e quatro. Mas não sei se o enorme lume, só possível pelo afã da rapaziada durante quase um mês, destinado a aquecer o Deus Menino (como todos dizíamos) teria efetivamente para os meus companheiros algum sentimento transcendental ou somente o pragmático objetivo de se vingarem, pelo menos numa noite, do inclemente frio de inverno. Aquecer o Deus Menino ou aquecer o menino que neles tiritava com frio? Seja como for, recordo com espanto a disciplina e a eficiência que esses sofridos moços punham na ação, coisa que nesse tempo me causava inveja e que hoje enalteço pelo estoicismo que demonstravam face a condições tão adversas. Eu sonhava perdidamente com o Natal, absorvendo tudo o que o anunciava. O tempo que o antecedia (em que se incluíam as aguardadíssimas férias escolares) era para mim mais fascinante que a comemoração da própria data. Não havia rádio em casa e a televisão era, então, coisa impensável, mas no jornal “O Século” (de que o meu pai era correspondente local numa aldeia do fim do mundo
onde o mais que podia acontecer era uma altercação entre vizinhos) apareciam já sinais da quadra, não só nos anúncios adornados com desenhos de ramos de azevinho (a firma Valente & Osório deseja-lhe Bom Natal e próspero Ano Novo) como nos suplementos infantis (o saudoso Pim-Pam-Pum) que iam evocando a magia que me fazia estremecer. O Pai Natal, retratado por vezes no jornal, era já o velho barrigudo de hoje mas sem a vermelhidão das faces e do traje porque então imprimia-se invariavelmente a preto e branco. Os postais de boas-festas que se recebiam em casa (habitualmente de firmas, porque o meu pai tinha um comércio, mas também de alguns amigos e parentes) mais espicaçavam a minha fantasia natalícia. Alguns vinham já a cor, sugerindo paraísos de neve com abetos que eu nunca vira, candelabros iluminando recantos inimagináveis de quente aconchego, velas de pavio intenso inexplicavelmente acesas sobre ramos de pinheiro, circunspectos piscos de peito vermelho pousados em braços gélidos de árvores desnudadas, às vezes a evocação do Deus Menino nascido entre palhinhas num longínquo pardieiro, enfim um mundo que eu queria segurar para nele acalentar um sonho de interiorizada magia. Dias antes de vinte e quatro, um acontecimento marcava pontos em tempo tão absorvente. A minha mãe com as duas irmãs e filhas destas, tiravam uma noite para os fritos de Natal. Ao contrário dos bolos da Páscoa cuja empresa exigia forno de lenha que não havia em nossa casa, a confeção das filhoses e dos brinholos decorria na espaçosa lareira de meus pais, lareira à antiga, de grande vão, onde cabia uma família inteira sentada à volta do lume. Madeiros de azinho mais volumosos que o habitual forneciam o combustível, produzindo brasas sobre as quais se colocavam trempes de ferro onde assentavam os tachos com o azeite de fritar, aparato desusual que espantava o meu pai do seu poiso dileto, obrigando-o a ir ler o jornal para outro lado que não junto ao fogo, como era seu costume. Era uma noite diferente. Não esqueço as minhas tias e primas de caras avermelhadas pelo lume (a minha mãe, qual bávara rosada de olhos azuis) equipadas com lenços e brancos aventais, em conversa animada, de riso frequente, amassando, tendendo e fritando a massa tenra que deixava no ar vapores gordurentos adoçados pelo cheiro a funcho da erva-doce, que recordo especialmente. Essa azáfama, de que retenho gestos (o rodar da recartilha) e sons (o batido da massa, o seu rechinar no azeite) era também complemento para o meu fascínio, mas a rédea solta que me proporcionava, a mim, ao meu irmão e a um nosso primo, talvez fosse motivo ainda mais especial. Nessa noite havia como que uma espécie de salvo-conduto que nos permitia o encontro com os companheiros, sempre libertos nos lugares habituais onde por vezes se acendiam lumes fugazes que mal espantavam o escuro e o frio.
Não era bem uma saída consentida, mas tolerada porque nós éramos um empecilho, no meio daquela barafunda. Nas habitações com algum desafogo como a nossa, em que havia algumas posses e uma cultura mais urbanizada, era também hábito armar um presépio, coisa que a minha mãe nos consentia, pese embora as reservas de comprometer o asseio da casa, especialmente com o musgo, que trazia sempre terra e humidade, embora garantisse um aveludado prado verde onde dispúnhamos as personagens do entremez. Para dar um ar ainda mais fresco e viçoso à superfície do campo, colocávamos aqui e ali bocados de espelho que supostamente deviam sugerir remansosos charcos de água, tudo longíssimo do clima desértico onde Cristo terá nascido. Nos lagos largávamos vistosos patos brancos de gesso cujo tamanho sobrelevava em muito o tamanho dos pastores ou dos reis magos, que montados em camelos (todos também em gesso que nós próprios confecionávamos) simulavam aproximar-se da cabana (coberta de flocos de algodão a imitar neve) onde tinha nascido o Menino, bebé de proporções incompatíveis com a estatura dos progenitores, coisa em que não reparávamos. Não havia escala nem limites para a nossa imaginação, embora tenha ainda presente o sorriso contido dos meus pais quando os chamávamos para apreciar a obra. Vividos todos esses acontecimentos com uma intensidade que não deixa de me surpreender, o implacável correr dos dias ia, a pouco e pouco, acabando com o meu êxtase exacerbado. A véspera de vinte cinco chegava finalmente com os eventos tradicionais: a chocalhada matinal, a espetacular fogueira coletiva acesa ao anoitecer no largo da nossa casa e, noite adentro, os cantares ao Menino entoados por grupos de homens, de porta em porta. Sucedia-se o dia de Natal propriamente dito, para mim sem grande significado, reduzido a dois ou três chocolates no sapatinho (mais propriamente nos meus butes cardados) e a um almoço especial (normalmente galinha) a cargo da minha mãe que não se esquecia de pôr os fritos à sobremesa polvilhados com açúcar e canela num grande prato de esmalte. No dia seguinte sobrevinha o vazio, a grande nostalgia do sonho ter acabado e só um ano depois haver outro Natal para dar largas à minha apaixonante fantasia que, como é óbvio, eu não reconhecia como tal. Como quem conserva uma flor entre as páginas de uma velha enciclopédia para recordar um momento qualquer da vida, assim guardo eu hoje na lembrança esse meu alvoroço de pequeno, inevitavelmente empalidecendo como a flor dissecada no meio do livro mas resistindo através do tempo. Talvez por isso há ainda qualquer coisa de intemporal e terno (e fantasista, sem dúvida) que em mim desperta quando chega dezembro, pese embora o ultraje que a sociedade de consumo hoje confere ao Natal, tudo deturpando e massificando sem piedade.
Poemário Sonho de Natal António Machado
Ao sair de casa um dia Fiquei deveras espantado Achei o mundo mudado Quase nada conhecia Vi em todos alegria Em toda a parte beleza Não vi em ninguém tristeza Vi amor em qualquer rosto Tudo feliz bem disposto Com paz, saúde e franqueza Ficou em mim a certeza De estar num mundo diferente Com bem estar para toda a gente Não vi que houvesse pobreza Havia amor e nobreza Lealdade e compreensão Toda a gente a dar a mão Sem nada querer receber Fiquei contente em saber Que havia grande união Vi crianças ir para a escola Vi crianças a brincar Vi homens a trabalhar Não vi gente a pedir esmola Olhei nas flores a corola Não ouvi ninguém chorar Só senti felicidade Cantei e ti com vontade De toda a gente abraçar Ouvi a todos dizer Que tinha acabado a guerra Em toda a parte da terra Jamais ia acontecer Para sempre iria haver Paz, alegria e amor Sem haver pranto nem dor Toda a gente se estimava Já ninguém mais se odiava Toda a vida era um primor As armas para matar Tinham sido destruídas Só seriam construídas Armas para trabalhar A riqueza ia aumentar A ninguém faltava o pão Que grande consolação Ter o mundo tal mudança A nossa infinita esperança Hoje era satisfação Não havia mais maldade Nem ambições desmedidas Havia em todas as vidas Honra, carinho e bondade Que imensa felicidade O presente hoje nos dava Toda a gente se adorava O passado ia esquecendo Novo rumo ia correndo Neste vida que alegrava Deu-me um baque o coração Acordei em sobressalto Um mundo belo e tão alto Era uma pura ilusão Quase perdi a razão Ao ver o mundo real Onde existe tanto mal Onde nem tudo é risonho Foi pena ser só um sonho Lindo sonho de Natal.
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Numa altura em que o consumo desceu para índices nunca antes vistos, numa altura em que o crédito é uma miragem ou um suicídio, numa altura de perfeito descalabro económico, um louvor a todos os pequenos e médios EMPRESÁRIOS que conseguiram chegar até aqui. Não é que daqui para diante possa ser melhor. Mas o facto de chegar até ao Natal, para alguns, já é uma vitória. Ou um milagre. PB
11 Diário do Alentejo 21 dezembro 2012
Uma nota positiva para todas as AUTARQUIAS da região que, apesar do terrível torniquete orçamental que sofreram em 2012, que apertou ainda mais com a implementação da famigerada Lei dos Compromissos, ainda conseguiram reservar algum oxigénio financeiro para embelezar as cidades e as vilas, num convite fraterno (ou desesperado) às compras no comércio tradicional. PB
ALDEAGAR SEM LIMITES – ABARRIGA
ALDEAGAR SEM LIMITES – ABARRIGA
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Pensava que isto fosse uma crónica mas não é, agora vou escrever outra coisa que se resume numa frase apenas e a frase consiste no seguinte: tenho saudades de uma porção de pessoas, algumas que já morreram e outras acho que ainda não e digo acho porque não sei delas há um ror de tempo. Se calhar continuam por aí conforme continuo por aqui, sabe Deus como e, se Deus não sabe, quem sou eu para saber, a gente pensa que Deus conhece tudo e se calhar não, com a idade que tem não admira, há lembranças que escapam a uma criatura nova, quanto mais. António Lobo Antunes, “Visão”, 13 de dezembro de 2012
Conto Um Conto de Natal – de Passos Dickens Bruno Ferreira Humorista
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éspera de Natal. Passos Coelho, o avarento primeiro-ministro está ainda no seu gabinete a despachar documentos com mais aumentos de impostos. A seu lado o pequeno sobrinho Carlinhos Moedas, seu ajudante, vai carimbando a papelada e lambendo envelopes. “Tio, já é tão tarde, eu gostava de ir passar a noite de Natal a Beja com a minha família. E como acabámos com a autoestrada vou levar horas. O IP8 está um caos, e já não há comboio direto…”. “Cala-te e trabalha! Este ano não há Natal no Governo. É preciso aumentar as receitas.” Dito isto a caneta do chefe do Governo raspa desafinadamente no papel. “Arre! Acabou a tinta! Moedas, vai imediatamente ao chinês comprar uma caneta!” “Mas tio, as lojas estão todas fechadas. É véspera de Natal”, retorque o jovem sobrinho. “Eu gostava tanto de poder ir ter com os meus…”. “Aargh! Pronto, vai-te lá embora!”, interrompe, irado, Passos Coelho. “Mas amanhã quero-te aqui bem cedo. E não te esqueças da caneta”, diz ainda, amargo. “Muito obrigado, tio Passos!”, agradece, contente, o pequenote Moedas enquanto coloca as luvas e o cachecol para debelar as rajadas de vento desta fria noite de Natal. Antes de sair, e vestindo o casaco, Carlinhos despede-se do seu tio: “Boa noite, tio. E feliz Natal!” “Este ano não há Natal, já disse! Estamos em crise! As pessoas deviam era ter juízo e em vez de gastarem dinheiro em presentes deviam era poupar. Para depois eu lá ir buscar”, rabujou Passos. Carlinhos já não ouviu a última parte. Uns quantos papeis ainda esvoaçam pela sala depois do sobrinho sair fechando a porta. Passos passeia-se pelo gabinete, agora deserto. “Assim nunca iremos cumprir o défice”, resmunga enquanto vê, pela janela, as luzes de Natal cintilarem nas ruas desertas. No mesmo instante começa a ouvir o som de correntes de ferro a serem arrastadas. Passos vira-se, olhando para todos os lados, mas não vê ninguém. “Quem está aí? És tu Vitor Gaspar?”. Mas quem lhe responde não é o ministro, senão um seu antigo antecessor: António de Oliveira Salazar. O seu fantasma está agora à frente de Passos, arrastando longas correntes atrás de si. “Já viste a trapalhada em que te meteste?”, pergunta Salazar. Passos, atormentado, responde gaguejando: - “Não fui eu, Presidente do Conselho. Foram os outros antes de mim que…”. “Uma ova!”, interrompe Salazar. “Eu bem sei que é divertido andar a enganar as pessoas, vê-las assustadas, pregar-lhes umas mentiras. Mas tu ainda não tens estaleca, Pedro”. “Não, nós estamos no caminho certo. Dr. Salazar. Ainda agora a troika disse isso!” “Tu não percebes nada. És um catraio. Estás a ver estas correntes que arrasto comigo? São um castigo pelo que cá andei a fazer. Se me arrependesse livrava-me disto neste instante. Mas a verdade é que se pudesse… fazia tudo outra vez”, gargalha Salazar. “Os meus camaradas Franco, Adolfo, Benito, o seminário, as Províncias Ultramarinas... Eu tive uma bela vida.” “Eu também quero, Dr. Salazar! Ensine-me tudo! Como se faz?” “Esquece. Os tempos são outros, meu rapaz. Apenas te digo
que irás ser visitado por três espíritos. Ouve o que têm para te dizer. Senão acabas orgulhosamente só. Quero dizer: só com o Gaspar. E o fantasma de Salazar desaparece levando consigo o som das correntes. Mal Pedro se senta para descansar as pernas bambas, e eis que ouve uma gargalhada vinda do fundo do seu escritório. “Quem está aí?”, indaga Passos, a medo. “Sou eu, o José Sócrates, o Espírito do Governo Passado. Está porreiro, pá?”, diz o fantasma risonho, de nariz abatatado, que traz uma vela na mão. “Francamente!”, diz Passos Coelho, “É preciso ter lata! O que é que você faz aqui?”, pergunta o primeiro-ministro irado. “Eu venho com a missão de o chamar à razão, Pedro. Quero mostrar-lhe como está o pobre Carlinhos Moedas a passar esta noite de Natal, para perceber a sua injustiça.” “O inútil do meu sobrinho? O que é que ele tem?” E o fantasma do Governo Passado faz refletir na janela do gabinete de Passos Coelho o jantar de consoada em casa da família do Carlinhos Moedas. “Está a ver, Pedro? Olhe para o pobrezinho a jantar restos. Tão triste. Para poder trocar os pneus estafados por aquele IP8 miserável, a caminho de Beja, não pôde comprar presentes aos filhos”. Passos Coelho fecha a expressão e nada responde. “E sabe porquê esta desgraça? Porque você mandou parar todas as grandes obras que o Governo Passado iniciou.” “Mas vocês foram uns esbanjadores! Levaram o país à ruína!”, vocifera Passos Coelho. “Ora, não seja histérico, Pedro. São os ciclos normais da economia. Oiça, você não pode romper o fio da história, você é português como eu, o Guterres, o Durão, e os outros todos. Não pode armar-se em europeu no norte, Pedro. O seu destino é continuar a enterrar o país. “Mas temos o FMI, o BCE e a UE à perna, e se não equilibramos as contas, eles…”. “Eles dão-nos mais dinheiro, Pedro. Como não param de dar à Grécia. É normal haver dívidas. Assim é que andamos para a frente. Ouça, você tem de pôr o país a gastar mais. Você é muito forreta. Olhe para esse fato, Pedro. Isso é de onde? Da Modalfa? Ora, use o cartão do Estado e vá à Dolce & Gabana comprar uma coisinha de jeito, afinal é Natal. E assim contribui para a economia crescer. E não se esqueça dos seus amigos, Pedro… Não há almoços grátis…”, ironiza o espírito Sócrates
afagando o ombro de Passos Coelho. “Vou deixá-lo a pensar nisto. E um Feliz Natal para si e para os… para si.”. E o espírito do Governo Passado dissipa-se no ar. “Ah, desande daqui, seu perdulário! E leve a bodega da sua vela!” Resmunga Passos Coelho estendendo a mão em direção a Sócrates. Mas quem agarra na vela é outro espírito. “Paulo Portas!? Mas o que é que tu queres? Tu és meu parceiro de coligação! Não me venhas infernizar tu também! “Calma, Pedro. Eu sou o Espírito do Natal Presente, e venho aqui dar-te uns conselhos que deverás seguir”, diz Portas, que traz uma coroa de azevinho à volta da cabeça. “Ora, francamente, conselhos aqui quem dá sou eu, Paulo! Eu é que sou o Primeiro-ministro! “Por pouco tempo, Pedro, se continuas assim, irredutível. A vida não é só aumentar impostos e cortar subsídios. Tens de descontrair. Ir ao cinema, fazer uma bela jantarada de sushi num restaurante da moda, e depois curtir um som numa pista lounge com uma bola de espelhos e as paredes forradas a veludo vermelho, toda a apenas com uma máscara e…”. “O quê?”, interrompe Passos Coelho. “Ah, bom, esquece esta parte… Tens é de ver as coisas com outra leveza, Pedro. Estás a ser mais papista do que o Papa. E estás cinzento. Até o Jerónimo de Sousa parece um jovem comparado contigo…” “São as preocupações. E tu devias saber disso que fazes parte do meu governo!”, rabuja Passos Coelho. “Ora, eu faço o que sou obrigado a fazer. Se fosse eu a mandar, a esta hora havia um mega jantar de Natal no meu Ministério, onde receberíamos todos os embaixadores de todos os países, com muita festa, música, purpurinas, tudo vestido de cabedal, e…” “Desculpa?”, interrompe Passos Coelho. “Ah, bom, esquece esta parte também … Olha, Pedro, acho que tens de mudar, só isso. Agora vou para o Lux. Adeus, e boa consoada.” “Paulo, não te esqueças que temos uma reunião para estudar novos cortes!”, grita Passos Coelho para o vazio. Porque Portas já lá não está. No seu lugar Pedro vê agora um fantasma vestido de negro. “Mas quem é você agora, todo vestido de preto? Algum árbitro? Eu não tenho nada a ver com futebol, isso é com o Pinto da Costa!” “Eu sou o espírito do Governo Futuro, o António José Seguro, e sou o seu maior fã!” “Só me faltava mais esta. O meu maior fã? Mas você passa a vida a dizer mal de mim!”, responde desconfiado Passos Coelho. “E nem sabe o que isso me custa, senhor primeiro-ministro… mas tenho de fazê-lo porque sou obrigado pelo meu partido…” “E que conselho é que você me vem dar?” “Não venho dar-lhe nenhum conselho, que o senhor sabe bem o que faz. Venho, antes, pergunta-lhe qual é o seu segredo, pois o meu maior sonho é ser como o senhor. Só que um pouco mais rigoroso e austero. Já quase consigo imitar a sua voz! Ah, e queria ainda pedir-lhe o telefone do Vítor Gaspar para saber se ele está disponível para trabalhar comigo depois do seu governo cair. O que será uma pena, mas… “Espere lá... Se você me admira assim tanto e é esse zero à esquerda... Isso quer dizer que... eu.. também devo ser!... NÃÃÃÃOOOO!”, grita desesperado Passos Coelho. É nesse mesmo instante que acorda, em sobressalto, sentado na cadeira do seu gabinete. “Não! Sai daqui! Sai espírito, xô!... Hã? Mas… isto foi tudo um sonho? Meu Deus! Finalmente senti o sofrimento que ando a causar aos portugueses...”, consterna-se Passos Coelho. Mas no instante seguinte o seu rosto volta a animar-se. “O que vale é que… não passou de um pesadelo!” E o riso macabro do primeiro-ministro ecoa para fora das janelas do seu gabinete, marcando as doze badaladas da noite da consoada. Feliz Natal.
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Atual PS de Beja toma posição A comissão política concelhia de Beja do Partido Socialista reuniu-se e tomou posição sobre a agregação/fusão de freguesias, manifestando o seu total desacordo. O PS considera ainda a proposta de Lei Quadro – Atribuições e Competências das Autarquias Locais e Estatuto das Entidades Intermunicipais extemporânea e ao arrepio do consenso geral enraizado na tradição administrativa do País. O aeroporto de Beja e a A26 também foram alvo de análise e, segundo o PS, estes projetos não podem ser “esquecidos, nem desvalorizados”, defendendo, inclusive, a conclusão da A26.
CDU faz declaração de repúdio Os eleitos da CDU na Assembleia de Freguesia de São João Batista (Beja) apresentaram uma declaração de repúdio sobre o trabalho desenvolvido pela Unidade Técnica para a Reorganização Administrativa do Território. Para os eleitos da CDU, “constitui um ataque ao Poder Local Democrático”.
BE diz que orçamento é mau A coordenadora distrital de Beja do Bloco de Esquerda reuniu-se, em Castro Verde, e defendeu que o “orçamento para 2013 é uma desgraça social e uma violação constitucional”. Considerou também o BE que “os cortes anunciados ameaçam a saúde e a vida das populações”. E manifestou-se ainda contra a extinção de freguesias.
Parque de Feiras na ACOS O movimento “Por Beja com todos” propõe que a gestão do Parque de Feiras e Exposições de Beja deve ser assegurada pela “ACOS, mediante um protocolo celebrado entre o município de Beja e a Associação de Agricultores do Sul”, que garanta “a manutenção e a dinamização” do mesmo, de forma a “contribuir para a afirmação de Beja como centro de feiras e outros eventos do Sul, com respeito pelo interesse público e o apoio empenhado da Câmara Municipal de Beja”.
Apoios à cultura insuficientes Os vereadores da CDU na Câmara de Beja garantem que “consideram manifestamente insuficiente o montante a atribuir a cada associação cultural” e que “votaram a favor da proposta”, mas sublinhando que o faziam “apenas para que não viessem a ser acusados de estarem a inviabilizar que mesmo este pequeno subsídio não viesse a chegar às associações”.
O ministro da Defesa afirmou, na sexta-feira passada, em Beja, que o Governo está “empenhado”, de “forma coesa”, em “salvar” o Estado, nomeadamente o estado social, e deseja que o orçamento estatal para 2014 seja “melhor” do que o de 2013. O ministro da Defesa participou, na Base Aérea nº. 11, na cerimónia de aceitação da última de cinco aeronaves Lockheed P-3C CUP+Orion que resultaram da modernização de cinco aeronaves P3-C que o Estado português comprou em 2005 já desatualizadas.
JOSÉ SERRANO
Diário do Alentejo 21 dezembro 2012
Ministro da Defesa na Base Área N.º11
Pela primeira vez em 31 anos há mais do que um candidato
Duas listas disputam Centro de Paralisia de Beja Pela primeira vez na sua história, em 31 anos, o Centro de Paralisia Cerebral de Beja (CPCB) vai hoje a votos com duas listas candidatas aos órgãos sociais. Dina Carvalhal, ex-funcionária da instituição, e Ana Baptista, atual coordenadora da formação encabeçam as duas listas a concurso num organismo com um universo de 1 800 sócios, embora apenas cerca de meio milhar esteja em condições de votar, com perto de 600 clientes/utentes, 60 funcionários, um orçamento anual de um milhão e 200 mil euros e um passivo na ordem dos 100 mil euros.
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ina Carvalhal considera “normal” e “muito positiva a inédita existência” de duas listas candidatas aos órgãos sociais do CPCB. “É uma forma de envolver ainda mais os sócios e de o centro se fazer ouvir com mais força no exterior”, refere a candidata da lista A. Uma lista que, como a própria reconhece, vai manter “uma certa continuidade” com o trabalho desenvolvido pelas direções anteriores. “Neste momento”,
afirma, “a rotura é um luxo a que não nos podemos dar”. Já Ana Batista, da lista B, reconhece que são necessárias mudanças a nível interno. O CPCB, assegura, “tem internamente uma cultura muito pouco participativa. É necessário reorganizar a casa, implementar uma cultura mais dinâmica e abri-la ao exterior”. Razão pela qual Ana Batista diz ter constituído uma “lista o mais heterogénea possível que envolve funcionários, pais de clientes, sócios fundadores, sócios com uma participação ativa na instituição e, pela primeira vez na história do CPCB, um cliente/utente”. Por seu lado, Dina Carvalhal acredita que “num momento de grandes dificuldades, o que o CPCB necessita é de “muita experiência”: “O motor de arranque da nossa lista passa por isso mesmo, passa por trazer para a direção pessoas experientes essencialmente na área da gestão e na área jurídica”, refere. “O centro tem uma dívida de 100 mil euros, o que já requer uma gestão especializada e pensada, no sentido de assumirmos os nossos compromissos”, conclui Dina Carvalhal. A sustentabilidade financeira do CPCB é igualmente uma das prioridades da lista
encabeçada por Ana Batista. “É importantíssimo manter todas as valências atualmente existentes no centro e, sobretudo, desenvolver outras atividades que rentabilizem o nosso património e tragam mais-valias”. Uma das apostas da lista B reside exatamente na “implementação de uma clínica social, dirigida a todas as pessoas que estão fora das respostas sociais agora existentes”. Na atualidade, o CPCB tem um centro de atividades ocupacionais, serviço de ambulatório, formação profissional, escola de ensino especial, intervenção precoce, hipoterapia e um lar de apoio. Estão em curso obras para a criação de um lar residencial com 20 camas, para as quais já existem 16 clientes em lista de espera, equipamento que ficará concluído em meados de 2013. O CPCB tem hoje 600 clientes, 90 dos quais em situação de internato. E, destes, 11 frequentam a escola de ensino especial que, a par da existente em Faro, é a única a sul de Lisboa. As eleições para os órgãos sociais decorrem hoje, 21, entre as 9 e as 20 horas. A lista eleita tomará posse em janeiro de 2013 para o triénio seguinte.PB
Resultado das eleições na Coreia do Sul pode ditar decisão
Pilotos coreanos incertos na Base de Beja
O
ministro da Defesa informou que a decisão da Coreia do Sul de instalar uma escola de pilotos na Base Aérea de Beja aguarda o resultado das eleições presidenciais que vão decorrer na quarta-feira naquele país. A decisão, que “esteve em estudo, até há relativamente pouco tempo”, pelas autoridades sul-co-
reanas, “está, digamos, numa situação de stand by, a aguardar o resultado” das presidenciais na Coreia do Sul, disse José Pedro Aguiar-Branco, que falava aos jornalistas em Beja, após uma cerimónia militar na Base Aérea n.º 11. Segundo o Ministério da Defesa, a Coreia do Sul prevê instalar uma escola
para formar pilotos na Base Aérea n.º 11, que poderá funcionar por um período de 30 anos. A escola poderá formar 200 pilotos por ano (120 sul-coreanos, cerca de uma dezena da Força Aérea Portuguesa e as restantes vagas abertas a outros países) e implicar a instalação em de Beja de “mais de 200 ou 300 famílias” sul-coreanas.
Obras na baixa de Beja concluídas em fevereiro
Concentração em defesa das freguesias A Associação Nacional de Freguesias promove uma concentração amanhã, sábado, pelas 14 horas, junto ao Palácio de Belém, em Lisboa. Esta iniciativa visa, segundo a Anafre, “alertar o Presidente
da República para os prejuízos da eliminação de mais de um milhar de freguesias em Portugal e para as consequências negativas para as populações e para a democracia”. A delegação de Beja da Anafre vai marcar presença e apelou “à participação e
Revolução nas escolas de Beja
Texto Aníbal Fernandes
Q
uarta-feira, na reunião semanal do executivo da Câmara Municipal de Beja, foi aprovado por unanimidade “um parecer negativo” sobre os mega-agrupamentos em geral, disse José Velez ao “Diário do Alentejo”. No entanto, o vereador que é responsável pelo pelouro da Educação diz que o município está “como sempre esteve”, disposto para participar na procura das melhores soluções para as escolas do concelho. Hoje, sexta-feira, na reunião do Conselho Municipal de Educação, o assunto voltará a ser debatido, e deverá aprovar um parecer “não vinculativo”, tal como é exigido por lei. José Velez disse ao “DA” que a câmara ainda não tomou posição sobre
a proposta que a Direção Regional de Educação do Alentejo (DREA) fez chegar ao município, até porque, “segundo informação posteriormente recolhida” pela vereação, essa proposta já sofreu alterações. Na pri meira versão, a Escola Secundária Diogo de Gouveia agregaria os estabelecimentos de ensino dos atuais agrupamentos de Santa Maria e Santiago Maior, enquanto o agrupamento de Mário Beirão se juntaria à escola Secundária D. Manuel I. No entanto, numa emenda a este documento, a DREA admite a possibilidade de as escolas das zonas rurais poderem vir a integrar este segundo grupo de escolas. Professores das escolas envolvidas neste processo disseram ao “Diário do Alentejo” que a situação ainda “está indefinida”, e como tal não queriam pronunciar-se sobre o assunto. No entanto, conseguimos apurar que a proposta “é definitiva” e que o próximo concurso de professores já deverá ocorrer tendo em conta o novo figurino de escolas, apenas com dois códigos de candidatura. O próximo passo que a lei determina exige a criação de duas comissões administrativas provisórias (CAP), que terão como função a elaboração do regulamento interno e do projeto educativo, bem como a eleição do conselho geral de cada agrupamento, que,
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Diário do Alentejo 21 dezembro 2012
empenhamento de todas as freguesias, eleitos, trabalhadores da Administração Local, coletividades e população do distrito de Beja nesta concentração em defesa das freguesias e dos direitos das populações”.
Ministério da Educação quer apenas dois mega-agrupamentos
A partir do próximo ano letivo nada será como dantes nas escolas de Beja. Os três agrupamentos de escolas e as duas secundárias da área educativa da cidade irão integrar dois mega-agrupamentos. Os contornos da remodelação ainda não estão completamente definidos, mas no próximo concurso de colocação de professores, em janeiro, apenas aparecerão dois códigos, ao contrário dos cinco habituais.
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A Câmara Municipal de Beja espera concluir a obra de beneficiação da baixa de Beja a 15 de fevereiro. Neste momento os trabalhos encontram-se parados, para que os comerciantes não sejam mais prejudicados. A intervenção será retomada no dia 7 de janeiro.
posteriormente, elegerão cada um dos conselhos diretivos. Governo quer escolas nas mãos das câmaras O Ministério da Educação pretende
passar a gestão dos estabelecimentos de ensino até ao 12.º ano de escolaridade para a responsabilidade das câmaras, que terão competências para a colocação e contratação de pessoal docente e não docente. José Velez disse ao “DA” que “nem de perto, nem de longe” o município de Beja aceita qualquer tipo de “transferência de competências” nessa área. O vereador da Educação lembra que a Câmara de Beja “não tem capacidade técnica” para assumir estas funções, para além de “não ter nem vontade, nem verbas” disponíveis. O ministro Nuno Crato, ouvido terça-feira passada no Parlamento, não disse uma palavra sobre o assunto, mas a Fenprof já veio classificar a ideia como “um disparate”, considerando que o atual funcionamento das atividades ex-tracurriculares (AEC), na dependência das autarquias, deixa antever o pior: “Subfinanciamento crónico, atraso na transferência de verbas do poder central para o poder local, atraso no pagamento de salários aos docentes, precariedade extrema e miseráveis salários, e entrega daquelas atividades a empresas privadas”, afirma o sindicato dos professores no comunicado.
António Valério em Alvito O professor de história António Valério, de 56 anos, é o candidato da CDU a Alvito. Na discussão que houve entre a comissão coordenadora concelhia de Alvito e os atuais eleitos da CDU na autarquia, a candidatura de António Valério foi considerada “a melhor solução e a mais ajustada ao contexto das próximas eleições autárquicas”. A escolha de António Valério, que foi “consensual”, “não pressupõe nenhuma desvalorização” do trabalho do atual executivo liderado por João Penetra, e resultou da “consciência” de que o novo candidato “assegura maiores esperanças de manutenção e reforço da CDU” à frente do município. Natural e residente em Alvito, António Valério é mestre em História pela Universidade de Lisboa e professor do ensino secundário.
Ourique reduz metade da dívida O executivo PS da Câmara de Ourique já reduziu quase metade da dívida de 20 milhões de euros “herdada” em 2005 da anterior gestão PSD, disse à Lusa o presidente do município. Em outubro de 2005, a dívida total do município, entre dívidas à banca, organismos do Estado, fornecedores privados, empreiteiros e custos associados a 116 processos judiciais, era de “20 milhões de euros” e atualmente é de “10,8 milhões de euros”, disse Pedro do Carmo. Em sete anos, o executivo conseguiu reduzir a dívida da câmara em 9,2 milhões de euros, ou seja, quase metade, o que “é obra e muito significativo”, frisou. A redução da dívida total deveu-se “a uma gestão rigorosa, determinada e eficiente”, disse, frisando ter sido “um grande esforço”, porque, ao mesmo tempo, o município “fez muita obra”.
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Academia das Hortícolas de Alqueva em Beringel
A Cooperativa Agrícola de Beringel e a EDIA assinaram um protocolo para a implementação de uma unidade de demonstração e divulgação de produção de hortícolas. A implementação da Academia das Hortícolas de Alqueva tem como principal objetivo a dinamização da agricultura de regadio, associada à pequena propriedade.
Grândola responsabiliza EP A Câmara Municipal de Grândola decidiu responsabilizar em tribunal a Estradas de Portugal (EP) pelo estado vergonhoso em que o consórcio, que estava a realizar as obras do IP8, deixou o troço
Odemira aprovou orçamento de 33 milhões
Santiago contra a extinção de freguesias
O município de Odemira vai ter um orçamento de 33 milhões e 395 mil euros em 2013, menos 15,2 por cento que em 2012. Apesar das restrições orçamentais, a autarquia, garante, “aposta num ano de intensa atividade, concretização de um conjunto de investimentos e na continuidade das parcerias estabelecidas, sendo as pessoas, a atratividade do território e a modernização dos serviços municipais os pilares de atuação”.
O município de Santiago do Cacém manifestou-se contra a extinção de freguesias e, na sexta-feira passada, promoveu num plenário contra a extinção da freguesia de Santa Cruz. Recorde-se que no concelho de Santiago do Cacém prevê-se a extinção de três freguesias.
Alcácer já tem orçamento aprovado A Assembleia Municipal de Alcácer do Sal aprovou na passada sexta-feira o Orçamento e as Grandes Opções do Plano para o ano de 2013, com os votos favoráveis do PS e do PSD, a abstenção da CDU e o voto contra do Bloco de Esquerda. Este orçamento é de 21,3 milhões de euros, menos dois milhões em relação ao ano anterior. PUB
Novo reservatório em Amareleja Vai avançar a empreitada de construção do novo reservatório de Amareleja, a qual tem como objetivo a construção de uma célula apoiada, com capacidade para armazenamento de 1 000 metros cúbicos de água tratada, aumentando-se, desta forma, segundo a Câmara Municipal de Moura, para mais do dobro a reserva atualmente instalada, que serve Amareleja e Póvoa de São Miguel. O objetivo é eliminar os constrangimentos ao abastecimento que se têm verificado nos meses de verão.
entre Azinheira dos Barros e Mosqueirões. Recordando ainda o incumprimento do compromisso estabelecido com a autarquia de reposição das condições inicialmente existentes naquelas vias.
EP considera autoestrada dispendiosa
A26 foi “equívoco técnico” A decisão de construir a A26, entre Sines e Beja, foi um “equívoco técnico”, porque não se justificava, e os 35 milhões de euros gastos nos lanços cancelados foram “mal” aplicados, considera a Estradas de Portugal (EP).
A
decisão foi “um equívoco técnico”, porque “o tráfego previsto não justificava a criação de uma autoestrada dispendiosa para ficar literalmente sem trânsito”, refere a EP, numa resposta por escrito a perguntas colocadas pela agência Lusa. Segundo a EP, nas obras canceladas de construção dos lanços da A26 entre Relvas Verdes e Grândola e entre Santa Margarida do Sado e Beja “foram gastos cerca de 35 milhões de euros”. Este montante não foi “dinheiro investido”, “mas sim fundos mal aplicados, que nunca trariam qualquer benefício significativo à economia”, considera a EP, referindo que, atualmente, é “precipitado adiantar qual a melhor forma e se será útil aproveitar as infraestrutura já existentes”. O cancelamento das obras dos lanços, decidido no acordo de renegociação do contrato da subconcessão Baixo Alentejo, que inclui a construção da A26, entre a EP e a concessionária, a Estradas da Planície, permitiu poupar “cerca de 60 milhões de euros” aos contribuintes, frisa a empresa.
Até agora, precisa, a Estradas da Planície, no âmbito da subconcessão Baixo Alentejo, cujo projeto inicial previa um investimento de 372 milhões de euros, realizou obras “num valor próximo dos 100 milhões de euros”, mas o Estado ainda não efetuou “qualquer pagamento, porque as remunerações à concessionária “apenas terão início em 2014”. Por outro lado, lembra, a renegociação do contrato da subconcessão Baixo Alentejo permitiu ao Estado poupar 338 milhões de euros, sendo 199 milhões de euros relativos à redução de investimento não adequado e 139 milhões de euros a operações de manutenção, que passarão a ser asseguradas pela EP e não pela concessionária. Segundo a EP, as obras da subconcessão Baixo Alentejo estão paradas “há vários meses” e só o acordo de renegociação do contrato permitiu criar condições para “assegurar a sustentabilidade financeira do projeto e retomar os trabalhos”. Sobre a eventual requalificação do IP8, que é exigida por várias entidades do Baixo Alentejo e do Alentejo Litoral, em alternativa ao cancelamento dos lanços da A26, a EP refere que a estrada “continuará a oferecer boas condições de circulação e segurança” adaptadas ao tráfego existente entre a A2 e Beja, que, atualmente, é de 5 550 veículos por dia.
Entidades contra obras paradas
“Machada no desenvolvimento”
O
cancelamento da construção de lanços da A26, que ligaria Sines e Beja, é “nefasto” e uma “machada” no desenvolvimento do Baixo Alentejo, segundo representantes dos autarcas e empresários locais, que, em alternativa, exigem a requalificação do IP8. A Estradas de Portugal (EP) chegou a um acordo com a Estradas da Planície, que prevê uma poupança para o Estado de 338 milhões de euros na subconcessão Baixo Alentejo, através de várias medidas, como o cancelamento da construção dos lanços da A26 entre Relvas Verdes e Grândola e entre Santa Margarida do Sado e Beja. “É uma machadada naquilo que era a perspetiva de desenvolvimento” do Baixo Alentejo e “significa que as entidades governamentais e a EP não estão a olhar para esta região como deviam”, disse à Lusa o presidente da Comunidade Intermunicipal do
Baixo Alentejo (Cimbal), José Maria Pós-de-Mina. O cancelamento da construção dos lanços é “nefasto”, porque as empresas e os investimentos da região, sobretudo o aeroporto de Beja, o Alqueva e o porto de Sines, “precisam de acessibilidades capazes”, disse o presidente da Associação Empresarial do Baixo Alentejo e Litoral (Nerbe/Aebal), Filipe Pombeiro. “Não queremos colocar na ordem do dia o retomar da A26”, entre Sines e Beja, porque “é um nado morto”, frisou José Maria Pós-de-Mina, referindo que a Cimbal, em alternativa à autoestrada, exige a requalificação do IP8 prevista no Plano Rodoviário Nacional. A requalificação do IP8, entre Sines e Beja, defendeu José Maria Pós-de-Mina, deverá ser feita aproveitando as infraestruturas feitas no âmbito dos trabalhos de construção dos lanços da A26 que foram cancelados.
A Cocas Produções organiza a primeira edição do festival O Natal dos Pequeninos, que começa já amanhã, sábado, no pavilhão do Nerbe, em Beja. A iniciativa prolongar-se-á até ao dia 1. Durante os 11 dias do festival, as crianças vão poder usufruir de um conjunto de atividades lúdicas e recreativas, como jogos, insufláveis, piscina de bolas, camas elásticas, animação musical, workshops, pinturas faciais, neve artificial e muita animação.
vai ser efetuada no âmbito de uma parceria entre a Câmara de Beja e o município e a extensão da Cruz Vermelha de Aljustrel “considerando a importância do diálogo intercultural na aproximação e na relação entre instituições e as comunidades ciganas ou a rede de parceiros”.
DR
Mediador cigano da Câmara de Beja apoia Aljustrel A Câmara de Beja vai disponibilizar o seu mediador junto da comunidade cigana para apoiar o município e a extensão da Cruz Vermelha de Aljustrel no seu trabalho pela inclusão de ciganos. A disponibilização do mediador
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O Natal dos Pequeninos até dia 1 de janeiro em Beja
Prémios de fotografia em Castro O concurso de fotografia “Castro e o Comércio”, promovido pelo Gabinete de Apoio ao Desenvolvimento da Câmara de Castro Verde, já tem vencedores. O júri, porém, considerou que apenas dois dos seis trabalhos apresentados cumpriram os requisitos. Os restantes participantes receberam um certificado de participação na iniciativa.
Grupos corais na Basílica de Castro A Câmara Municipal de Castro Verde volta a dinamizar a tradição do Cante ao Menino, Janeiras e Reis e, neste sentido, marcam presença, na Basílica Real de Castro Verde, na quinta-feira, 27, pelas 21 e 30 horas, o grupo coral Ateneu Mourense, o grupo Cantares de Évora e o grupo coral As Camponesas. A iniciativa conta com a colaboração da Paróquia de Castro Verde e da Cortiçol.
110 cabazes distribuídos em Ourique
Exposição no Museu da Presidência da República
Cavaco elogia riqueza do património alentejano
F
oi inaugurada, na sexta-feira passada, a exposição de Natal do Museu da Presidência da República. A exposição “E um Filho nos foi dado – Iconografia do Menino Deus no Alentejo Meridional” conta com a organização do Departamento do Património Histórico e Artístico da Diocese de Beja e do Museu da Presidência da República, sob a responsabilidade científica de José António Falcão. No dia da inauguração, cerca
de duas dezenas de convidados, na maioria oriundos do Baixo Alentejo, compareceram na residência oficial do Chefe de Estado e foram recebidos pelo Presidente da República, Cavaco Silva, e por Maria Cavaco Silva. O Chefe de Estado destacou “o trabalho que tem vindo a ser feito para preservar a arte sacra alentejana, mas também para dá-la a conhecer, dentro e fora das fronteiras do País”. O Presidente da República
enalteceu ainda “a riqueza deste património, bem como a sua importância como marca de identidade do povo alentejano”. Recorde-se que a exposição reúne cerca de uma centena de obras de arte, entre pinturas, esculturas e exemplos de artes decorativas, da Idade Média a 2012, pertencentes a museus, igrejas e coleções particulares do Baixo Alentejo, boa parte delas nunca antes apresentadas ao público.
Entidades de turismo apoiam reorganização do setor
“Reforma é indispensável e urgente”
A
s cinco entidades regionais de turismo do continente manifestaram o apoio à proposta de reorganização administrativa para o setor, considerando a reforma indispensável e urgente. Apesar de reconhecida a necessidade de “alguns ajustamentos na especialidade”, o apoio “à generalidade” do projeto-lei foi revelado num comunicado subscrito pelos representantes das entidades regionais de turismo do Porto e Norte, do Centro, de Lisboa e Vale do Tejo, do Alentejo e do Algarve. “É uma reforma indispensável e
urgente, face à perda de competitividade do mercado interno”, já que “introduz instrumentos de correção nos custos de estrutura e maximiza o esforço financeiro nacional, aumentando a nossa competitividade, bem como a capacidade de nos aproximarmos de operadores nacionais e estrangeiros”, defendem os responsáveis. As cinco entidades consideram que o projeto-lei se inscreve “no espírito da reorganização administrativa para o turismo regional” e põe fim a constrangimentos como “descontinuidades do território” ou
“fragmentação de produtos e marcas turísticas existentes”. A nova versão da proposta de reestruturação das entidades regionais do turismo extingue, por fusão, os seis polos de turismo que são fundidos em cinco regiões e cuja área de intervenção é definida de acordo com as unidades territoriais NUTS II. Esta nova versão surge praticamente um ano depois de ter sido lançada a discussão sobre a reforma do setor do turismo e tem sido contestada por alguns polos e associações de turismo.
À semelhança dos anos anteriores, a Câmara Municipal de Ourique procedeu à entrega de cabazes de Natal a 110 famílias carenciadas do concelho. Ao todo foram distribuídos 2 600 produtos alimentares, resultantes da recolha de alimentos que a autarquia promoveu nos dois últimos fins-de-semana e ainda das doações feitas por empresas e entidades.
Campanha dinamiza comércio em Beja A Câmara Municipal de Beja, em parceria com a Associação do Comércio, Serviços e Turismo do Distrito de Beja, lançou uma campanha de promoção das compras de Natal no comércio tradicional de Beja. “Entre no Natal, pelas Portas de Mértola” é assinatura da campanha que indica o ponto de partida para as compras de Natal de 2012: as Portas de Mértola.
Presépios expostos em Santiago Até ao dia 5 de janeiro vão estar em exposição, no Mercado Municipal de Santiago do Cacém, presépios de Natal que foram concebidos pelos utentes das instituições de apoio a reformados e idosos do concelho.
Mértola com agenda em prol das crianças A Comissão de Proteção de Crianças e Jovens do Concelho de Mértola, em parceria com o Agrupamento de Escolas de Mértola, decidiu assinalar o 23.º aniversário da Convenção dos Direitos da Criança com a edição de uma agenda, que tem por objetivo despertar a consciência da comunidade para a proteção dos direitos da criança. Os fundos angariados com a venda da presente agenda reverterão a favor dos lanches dos alunos carenciados do Agrupamento de Escolas de Mértola.
DRCAlentejo ganhou menção honrosa A Direção Regional de Cultura do Alentejo (DRCAlentejo) foi distinguida com uma menção honrosa na categoria de Melhor Serviço de Extensão Cultural. A distinção foi entregue no âmbito dos Prémios APOM 2012, que teve lugar no Museu da Farmácia, em Lisboa.
Diário do Alentejo 21 dezembro 2012
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Luz Localidade perdeu 100 habitantes na última década
“Isto parece uma aldeia fantasma” Uma década após a inauguração da nova aldeia da Luz, no concelho de Mourão, muitas das promessas continuam por concretizar. O processo de emparcelamento dos terrenos agrícolas não foi concluído. A adega programada para apoiar 83 hectares de vinha foi “desviada” para outro lado. Sem perspetivas de emprego, a população jovem vai abandonando a aldeia que, cada vez mais envelhecida e com menos população, se vai assemelhando a uma “aldeia fantasma”. Texto Nélia Pedrosa Fotos José Serrano
A
19 de novembro de 2002 era inaugurada pelo então primeiro-ministro Durão Barroso a nova aldeia da Luz, edificada de raiz a cerca de três quilómetros da antiga, que foi desmantelada e maioritariamente submersa pela albufeira de Alqueva. O processo de transferência dos cerca de 400 habitantes foi considerado “um dos impactos sociais mais importantes decorrentes do avanço do empreendimento de Alqueva” e por isso um dos mais mediatizados. Passada uma década, Maria Manuela Gonçalves, 54 anos, auxiliar educativa na escola do primeiro ciclo, ainda não sente a aldeia como sua. E talvez nunca a venha a sentir como tal. Não só porque não se identifica com a configuração da nova localidade, “que parece um puzzle com as casas todas iguais”, mas também pelos “muitos desgostos” que tem “apanhado” desde que a habita. “Perdi a minha mãe, perdi uma netinha. Sonho muito com a outra aldeia, o tempo que a gente viveu, quando era criança”, diz, adiantado que sente muitas saudades “de tudo” – da sua antiga casa, construída “com tanto sacrifício”, das ruas, do rio Guadiana, “um bom rio”, em cujas margens havia “uns freixos que faziam umas boas sombras”, ideais para piqueniques. “Não há espaço nenhum de que eu não tenha saudades. Esta [aldeia] a mim não me diz nada, penso que isto há de ser bom é para o meu neto e para as crianças que já nasceram cá, estes um dia vão gostar dela”. Para Maria Manuela, não restam dúvidas de que o processo foi mal conduzido logo “de raiz”, aquando da escolha da zona que acolheu a nova aldeia da Luz – a herdade de Julioa. “Se tivessem escolhido outro sítio… Falaram-me [na altura] de uma estrada que era movimentada, ente a Póvoa de São Miguel e Mourão, agora aqui ficámos isolados como estávamos, não melhorou nada”.
O isolamento e as promessas que nunca se concretizaram, adianta a auxiliar, obrigaram os jovens “a abalar”, mantendo-se na aldeia, atualmente habitada por cerca de três centenas de pessoas, as pessoas de meia-idade e “outras mais velhas”. “Prometiam que faziam casas, que havia muitos terrenos. Eu tenho umas primas que estão na Alemanha que quiseram comprar cá terreno e os da EDIA [Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva] diziam que era com a junta de freguesia, a junta dizia que era com a EDIA e a câmara, o que é certo é que elas abalaram e acabaram por não construir. Só agora ao fim de 10 anos é que apareceram aí esses lotes para venda, agora que estamos em crise, mas não havendo dinheiro ninguém compra. Dizem que já venderam dois ou três terrenos mas de resto está tudo igual. O jardim está igual. A minha filha casou faz 10 anos agora no dia 28 e eu disse-lhe ‘olha filha tiras aqui uma fotografia porque isto não tem nada e um dia mais tarde vais recordar’. Mas está igual, passaram 10 anos e está igual, tem a mesmas flores. Prometeram uma vida melhor, eu não vi nada”. Quem ficou a ganhar, “e ainda bem”, salienta, foi “quem tinha casas velhinhas”, porque ficou com melhores condições. No seu caso, diz, até gostou da planta da atual habitação, “mas não tem nada a ver com a outra casa”: “O meu processo de mudança foi muito custoso”, recorda. A configuração da nova aldeia, diferente da da velha Luz, também não permite uma interação social como antigamente. Na Luz agora submersa “as pessoas tinham as casas de um lado e os quintais do outro”, o que as levava “a andarem mais na rua, com os animais”. Com a edificação dos quintais junto às habitações, e com “as salas” construídas para o lado do quintal, as pessoas passaram a fazer a “vida na parte de trás das casas e não para o lado da rua”, refere Maria Manuela: “As pessoas não aparecem
[na rua]. E têm morrido muitas pessoas, essas que faziam mais a vida na rua. Isto agora parece uma aldeia fantasma. A única coisa que esta aldeia me deu de alegria foi ter nascido cá o meu netinho, de resto… vive-se”. Ana Maria Guerra, 57 anos, doméstica e costureira, aponta como um dos aspetos mais positivos da transferência de aldeia o facto “de a comunidade estar mais bem instalada”, não havendo o risco de inundações, ao contrário do que acontecia na antiga Luz, “sempre que chovia um bocadinho mais”. Como aspetos negativos identifica “a perda de um bocadinho dos hábitos”, devido “à ampliação da aldeia” que promove o afastamento das pessoas, e a saída “de muitos casais”, de “muita mocidade”, porque “não deixam aqui fazer casas”, o que leva ao “envelhecimento da aldeia”. O processo de mudança, que “foi muito doloroso” e que “não tem explicação”, adianta, também “mexeu muito com a sensibilidade das pessoas, com o sistema nervoso”. “No coração das pessoas ficou um sofrimento, pessoas da minha idade, pessoas um pouco mais velhas. Os mais novos já não sentiram tanto, porque pensam sempre que se vai para melhor. Nós também não estamos a dizer que estamos no pior, não é esse o caso, mas isto mexeu muito com a nossa sensibilidade, só quem passa pelas coisas é que sabe, e nesse sentido as pessoas foram-se aí muito abaixo. Apareceram doenças, coisas de coração e de sistema nervoso, depressões, esgotamentos”. Ana Maria tenta superar alguma da sua desmotivação ocupando o seu tempo a ler, a costurar e a fazer malha. “Quando não tenho trabalho [de costura] invento, puxo por mim para me distrair, mas há pouca gente assim”, reconhece ao mesmo tempo que lamenta que a aldeia não tenha projetos capazes de motivar as pessoas, como “uma praia fluvial, umas
piscinas” e atividades direcionadas para as pessoas de meia-idade e idosas, para que não “sufoquem” entre quatro paredes. Daniela Farias, 27 anos, desempregada desde fevereiro, pertence ao rol de luzenses que menos sofreu com a mudança, diz. No seu caso a transferência marcou a “aquisição” de alguma independência, uma vez que passou a ter um quarto só para si, assim como a sua irmã. A casa onde vivia a sua família também “já era velha”, pelo que na nova Luz ficaram com outras condições”. Daniela realça, no entanto, que a antiga habitação tinha “chão e casa de banho”, ao contrário do que foi divulgado “noutras reportagens”. Mas Daniela, que já trabalhou em Mora, Lisboa e Reguengos de Monsaraz, e cujo futuro gostaria que passasse pela cidade de Évora, reconhece que a mudança afastou as pessoas: “O pessoal afastou-se, os jovens abalaram todos, não há aqui perspetivas de trabalho e as pessoas tiveram que optar por sair daqui. Mas éramos mais unidos, a aldeia parece que era mais junta. As pessoas nunca pensaram de a barragem ser construída e depois quando se viram cá começou a melancolia, a tristeza. Lá na aldeia nasceram os filhos, os netos, tudo. Aqui é diferente, a disposição da aldeia, mas essa é a minha opinião”. Carlos Coelho, 45 anos, funcionário da Câmara de Mourão, atualmente a trabalhar no pavilhão desportivo da aldeia, também lamenta que as muitas promessas feitas não tenham passado disso mesmo, de promessas. “Isto é o que está a ver, não há nada, só o que há são olivais. Diziam que faziam aí uma marina, essas coisas todas, não fizeram nada. Podia haver aí mais trabalho, mas não há”. De parcas palavras lá vai revelando que tem saudades do Guadiana – “só ouvindo a corrente de água era bonito” –, onde “a malta convivia”: “A nossa terra era aquela”.
Diário do Alentejo 21 dezembro 2012
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Francisco Oliveira Presidente da Junta de Freguesia de Luz
Fez em novembro último 10 anos que a nova aldeia da Luz foi inaugurada. Qual é o balanço que faz desta última década?
É negativo, até porque ficaram muitas questões pendentes por resolver. Aguardamos resposta por parte da EDIA [que liderou o processo] e do Estado para que elas sejam resolvidas, com alguma urgência, de modo a que possamos dar novamente vida à aldeia. Que questões pendentes são essas?
São questões que têm a ver com a reposição do património da freguesia, com situações que durante o emparcelamento rural foram tidas quase como factos consumados, nomeadamente a construção de uma adega, porque temos aqui 83 hectares de vinha, e levaram a adega para outro lado, só por razões políticas. O responsável da Direção Geral de Agricultura dessa altura disse-me isso cara a cara. Não construíram um posto de recolha de azeitona, que também fazia parte do plano de emparcelamento, não colocaram os prédios rústicos em nome dos proprietários. Isso dificulta várias intervenções e impede até algumas explorações agrícolas de continuarem e receber os seus subsídios devidamente. Para além disso fazia parte do plano do emparcelamento rural a motivação para os agricultores fazerem floresta, até porque se enquadrava na região onde estamos inseridos. Com esse emparcelamento éramos para ter uma garantia de trabalho de quatro ou cinco postos de trabalho anuais, pelo menos. Perdemos essa possibilidade e isso fez com que perdêssemos também população. São menos dois milhões de euros de investimento numa freguesia como esta. Não é só termos casas novas, que casas já nós tínhamos… A vida em comunidade também sofreu alterações…
É normal que isto aconteça. Durante este processo de reinstalação da aldeia houve várias negociações das habitações, quintais, logradouros e parcelas agrícolas, tudo isso criou algumas divergências entre vizinhos e amigos, entre as famílias. Mas também temos outras questões que faziam da outra aldeia um ponto mais de convívio, como as idas às fontes buscar água e ao lavadouro público. Também tínhamos três mercearias e cinco cafés, agora restam-nos dois cafés, uma mercearia e a coletividade, mais nada, portanto não há sítio para mais conversas, tirando também a padaria. Na altura a EDIA conseguiu dividir as pessoas para poder reinar, e o preocupante é que isso ainda se mantém. Quantos habitantes tem a Luz de acordo com o Censos 2011?
No Censos 2011 tínhamos 297 pessoas, embora eu saiba que poderá haver uma margem de erro de três ou quatro pessoas. São menos 100 que em 2001. Claro que a maior percentagem tem mais de 65 anos. Mas em 2001 conseguimos contradizer aquilo que é normal no Alentejo: cerca de 30 por cento da população tinha entre zero e 30 anos. As expetativas em relação ao futuro, após o fecho das comportas de Alqueva e com a nova aldeia, eram altas, mas esse futuro foi-se pelas razões que já enumerei e mais aquelas que nós desconhecemos.
Museu da Luz é “o espaço interpretativo das profundas alterações” ocorridas no território Com a construção da nova aldeia da Luz foi também edificado, junto à réplica da Igreja de Nossa Senhora da Luz e ao cemitério, o Museu da Luz, que é considerado “o espaço interpretativo das profundas alterações ocorridas neste território, manifestadas numa reconfiguração da paisagem e consequente ajustamento social e cultural”, pode ler-se no sítio do espaço museológico. Os responsáveis salientam que o museu, cujo projeto de arquitetura é da autoria dos arquitetos Pedro Pacheco e Marie Clément, “não é perspetivado no âmbito restrito da sua coleção”, mas que é “encarado como a possibilidade de documentar o processo social necessariamente conturbado da mudança, a partir do passado comum, reativando as memórias para a reconstrução do lugar”. Simultaneamente “promove o redimensionamento da nova realidade e da paisagem através da exploração artística”. A ideia da edificação de um museu teve origem na década de 1980, “no quadro da definição de medidas compensatórias dos impactes decorrentes da implementação do projeto”. O Museu da Luz abriu ao público em 2003. Dois anos mais tarde “recebeu uma menção honrosa da Associação Portuguesa de Museologia, na categoria de ‘Melhor Museu do País’” e em maio de 2010 “passou a integrar a Rede Portuguesa de Museus (RPM), responsável pela credenciação e qualificação na área museológica”.
18 Diário do Alentejo 21 dezembro 2012
Corta Mato de Natal
Os atletas João Figueiredo (C.N.Alvito) e Vera Fernandes (Bela Vista) venceram as provas absolutas, em masculinos e femininos, do Corta Mato de Natal disputado em Castro Verde, organizado pela Associação de Atletismo Beja (AAB) e pelo município local. Participaram 95 atletas nos vários escalões, em representação de oito clubes da área da AAB e a Associação Académica Bela Vista, do Algarve (que ganhou por equipas).
Desporto
Futebol juvenil
Taça Distrito de Beja A Associação de Futebol de Beja já realizou o sorteio da próxima eliminatória (1/4 final) da Taça Distrito de Beja na categoria de seniores, que se disputará a três de fevereiro, com os jogos: Cuba-Aldenovense; Piense-São Marcos; Desportivo Beja-Rosairense; Amarelejense-Cabeça Gorda.
1.ª Divisão Distrital
Visitantes ganham dérbis O Moura goleou em Vidigueira e mantém um lugar no pódio a três pontos do líder. O Castrense venceu em Aljustrel e subiu dois lugares. Textoe foto Firmino Paixão
D
ois derbies com sabor amargo para as duas equipas visitadas. O Vasco da Gama da Vidigueira começou por oferecer alguma resistência ao maior poder do adversário, mas as tropas recuadas acabaram por ceder e os pontos atravessaram além do Guadiana pela ponte do Pedrógão. No Municipal de Aljustrel, condicionados pela baixa de última hora de Nelson Raposo, ainda o motor que impulsiona a equipa tricolor, o Mineiro deixou o gigante
Rui Pepe acercar-se da baliza e assinar o triunfo do Castrense. A equipa de Castro Verde voltou assim às vitórias, o que já não acontecia há três jornadas consecutivas. Nesta série, o União de Montemor, atual líder destacado, e o Esperança de Lagos (2.º) são as duas equipas que ainda não perderam. O Moura mantém o terceiro lugar. Aljustrelense, Vasco da Gama e Castrense ocupam, por esta ordem, posições entre o 7.º e o 9.º postos. Fecha a tabela a equipa do Lagoa, em dificuldades para manter o seu plantel (na última semana três dos seus jogadores, entre eles o conhecido Márcio Candeias, rumaram para Castro Verde). O campeonato será retomado no dia 29 de dezembro, com mais um derby em Vidigueira, agora com a visita do Castrense.
1.ª Divisão – AF Beja 11.ª jornada Desp.Beja-Sp.Cuba ............................................................0-2 Rosairense-S.Marcos ......................................................... 1-2 Amarelejense-Piense ........................................................2-3 Odemirense-Almodôvar ................................................ 0-0 Milfontes-Bairro Conceição ............................................ 5-0 FC.Serpa - Guadiana ........................................................ 0-1 Aldenovense - Cabeça Gorda........................................ 2-2 Almodôvar Milfontes FC.Serpa Piense Odemirense Aldenovense Sp.Cuba Rosairense Amarelejense S. Marcos Guadiana Desp. Beja Cabeça Gorda Bairro Conceição
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11 11 11 11 11 11 11 11 11 11 11 11 11 11
9 7 6 6 6 5 4 3 3 3 3 2 2 2
2 2 4 3 2 3 3 3 1 1 0 3 3 2
0 2 1 2 3 3 4 5 7 7 8 6 6 7
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24-9 26-11 19-6 25-13 14-9 19-14 13-13 16-17 13-21 10-25 13-31 9-14 15-20 8-21
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29 23 22 21 20 18 15 12 10 10 9 9 9 8
Próxima jornada (23/12/2012): Almodôvar-Desp.Beja,
Sp.Cuba-Amarelejense, Piense-Aldenovense, Bairro Conceição-Rosairense, Guadiana-Milfontes, Cabeça Gorda-FC.Serpa, Odemirense-S.Marcos.
3.ª Divisão – Série F 11.ª jornada Juv Evora-U.Montemor.................................................... 0-2 Sesimbra-Lus VRSA ...........................................................3-1 Esp.Lagos-Monte Trigo .....................................................1-0 At. Reguengos-Lagoa ...................................................... 3-0 Vasco da Gama-Moura .................................................... 0-4 Aljustrelense-Castrense .................................................. 0-1 Esp.Lagos Moura At. Reguengos Sesimbra Juv Evora Aljustrelense Vasco da Gama Castrense Monte Trigo Lus VRSA Lagoa
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11 11 11 10 11 11 11 11 11 11 12
7 6 5 5 4 3 2 3 2 1 1
4 4 4 3 4 4 4 1 2 3 3
0 1 2 2 3 4 5 7 7 7 8
20-6 25-9 15-9 15-13 12-12 8-7 16-22 11-20 12-22 11-23 11-33
Reguengos-Juv. Évora, Esp. Lagos-Lagoa, Lusitano VRSA-U. Montemor, Sesimbra-Moura, Vasco Gama-Castrense.
Almodôvar empata em Odemira e Milfontes sobe ao segundo lugar
Surpresas de Natal Os vizinhos Piense e Aldenovense são os protagonistas do jogo da jornada que antecede a quadra natalícia, um tempo de surpresas e mexidas na classificação. Textoe foto Firmino Paixão
O
Estádio 1.º de Maio, em Pias, recebe no domingo este derby da “margem esquerda”, entre duas das melhores equipas que estão em prova neste campeonato. O Aldenovense, tido como um dos candidatos ao triunfo final, tarda em revelar-se e vem de um empate caseiro com o Cabeça Gorda. O Piense ganhou tangencialmente na
Amareleja e subiu um furo na tabela. Entre as restantes partidas, e tendo em conta aquilo que foi a produção da última jornada, sobressai ainda a viagem do Serpa para a Cabeça Gorda (antecipado para a tarde de sábado) e a deslocação do São Marcos ao terreno do Odemirense. No rescaldo da jornada anterior, à margem do empate do líder, sublinhamos o triunfo do Guadiana em Serpa, o empate do Cabeça Gorda em Vila Nova de São Bento, a vitória do São Marcos no Rosário e o sucesso do Sporting de Cuba em Beja. Em Odemira o líder deixou dois pontos, mas manteve a invencibilidade e a liderança, naturalmente que com menos folga para os restantes concorrentes. O Milfontes goleou o
Taça Armando Nascimento Juvenis (7.ª Jornada): Almodôvar-Desper tar, 5-2; Aljustrelense-Desportivo Beja, 0-6; Serpa-Castrense, 1-2. Folgou o Moura. Classificação final: 1.º Desportivo de Beja, 15 pontos. 2.º Castrense, 15. 3.º Almodôvar, 12. 4.º Serpa, 8. 5.º Moura, 7. 6.º Aljustrelense, 3. 7.º Despertar, 1. Campeonato Distrital de Juniores (7.ª Jornada): Odemirense-Despertar, 1-2; Aldenovense-Vasco Gama, 3-0; Castrense-Cabeça Gorda, 2-1; Desportivo Beja-Sobral Adiça, 1-1. Líder: Odemirense, 16 pontos. Próxima Jornada (22/12): Despertar-Vasco da Gama; Aldenovense-Cabeça Gorda; CastrenseSobral da Adiça; Odemirense-Desportivo de Beja. Campeonato Distrital de Futsal (9.ª Jornada): Ferreirense-Luzerna, 4-5; Desportivo Beja-Safara, 10-2; IPBeja-Barrancos, 5-6; Vasco Gama-Almodovarense, 3-4; NS Moura-Baronia, 2-5; Vila Ruiva-Alcoforado, 3-6. Folgou a ADVNSBento. Líder: Baronia, 24 pontos. Próxima Jornada (21/12): Safara-Fereirense; Barrancos-Desportivo Beja; Almodovarense-IP Beja; Baronia-Vasco Gama; Alcoforado-NS Moura; ADVNSBento-Vila Ruiva. Campeonato Nacional de Iniciados (15.ª Jornada): Desportivo Beja-V.Setúbal, 0-7; Olhanense-Despertar, 0-0. Líder: V.Setúbal, 39 pontos. 6.º Despertar, 17. 9.º Desportivo Beja, 6. Próxima Jornada (23/12): Despertar-Desportivo de Beja. Campeonato Nacional de Juvenis (15.ª Jornada): Desper tar-Odemirense, 0-2. Líder: V.Setúbal, 34 pontos. 9.º Despertar, 8. 10.º Odemirense, 8. Próxima Jornada (22/12): Lusitano de Évora-Odemirense; Louletano-Despertar.
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25 22 19 18 16 13 10 10 8 6 6
Próxima jornada (30/12/2012): Aljustrelense-Monte Trigo, At.
Desportivo-Cuba António Bernardino arbitrou sem policiamento
Campeonato Distrital de Iniciados (9.ª Jornada): Serpa-Milfontes, 0-3; Vasco Gama-Moura, 1-3; Amarelejense-Guadiana, 6-0; Odemirense-Sporting Cuba, 5-0; B.º Conceição-Rio Moinhos, 1-4. Folgaram Despertar e Ourique. Líder: Moura, 23 pontos. Próxima Jornada (23/12): Moura-Serpa; Guadiana-Ourique; Sporting de Cuba-Amarelejense; Rio de Moinhos-Odemirense. Despertar-Bairro da Conceição. Folgam o Vasco da Gama e o Milfontes.
Bairro da Conceição e já está no segundo lugar, Serpa e Odemirense baixaram um degrau, o Piense recuperou o quarto posto e o Sporting de Cuba já está em sétimo. Guadiana e São Marcos estão a subir e a “lanterna vermelha” ficou agora entregue ao Bairro da Conceição, precedido pelo Cabeça Gorda e pelo Desportivo, um rodapé formado pelas três equipas do concelho de Beja. O Milfontes tem o ataque mais realizador, Luís Carrega do Aldenovense é o artilheiro mor da prova. O Serpa mantém a melhor defesa do campeonato. Uma última nota para assinalar que o árbitro António Bernardino dirigiu a partida entre o Desportivo e o Cuba sem a presença de efetivo policial.
Campeonato Nacional de Juniores (14.ª Jornada): Moura-Olímpico Montijo, 2-3. Líder: Oeiras, 42 pontos. 10.º Moura, 4 pontos. Próxima Jornada (22/12): Louletano-Moura.. Campeonato Distrital de Benjamins 22/12 (10.ª Jornada) Série A: Ferreirense A-Desportivo Beja; Aljustrelense-Vasco Gama; Sporting Cuba-B.º Conceição; Alvito-Figueirense. Série B: Despertar B-Sobral da Adiça; Moura-CB Beja; Piense-Santo Aleixo; NS Beja-Ferreirense B. Série C: Boavista-São Marcos; Renascente-Castrense; Rosairense-Ourique; Milfontes B-Milfontes A; Odemirense-Almodôvar. Campeonato Distrital de Infantis 22/12 (10.ª Jornada) Série A: Alvito-Sporting Cuba; Vasco Gama-NS Beja; B.º Conceição-Despertar; Desportivo Beja-Alvorada. Série B: Despertar B-Piense, 11/0; Amarelejense-Operário, 7/0; CB Beja-Serpa; Guadiana-Aldenovense. Série C: Almodôvar-Odemirense; Boavista-São Marcos; Rosairense-Ourique; Renascente-Castrense; Milfontes B-Milfontes A. Campeonato Distrital de Juvenis 23/12 (1.ª Jornada): Desportivo de Beja-Despertar; Castrense-Moura; Serpa-Almodôvar. Folga o Aljustrelense. Campeonato Distrital de Seniores Femininos 22/12 (8.ª Jornada): Serpa-Ourique; CB Castro Verde-Vasco da Gama; Odemirense-Almansor. Folga a CB Almodôvar.
Série A: Salvadense-Luso Serpense, 1-0; PedrógãoBrinches, 1-3; Sobral da Adiça-Ficalho, 1-5. Folgou o Quintos. Líder: Luso Serpense, 15 pontos. Próxima Jornada (5/1): Salvadense-Ficalho; Pedrógão-Quintos; BrinchesSobral da Adiça. Folga o Luso Serpense.
Série B: LouredenseBeringelense, 1-1; Faro Alentejo-Neves, 1-0; AC CubaSão Matias, 4-1. Folgou o Penedo Gordo. Líder: Penedo Gordo, 15 pontos. Próxima Jornada (5/1): LouredenseSão Matias; Penedo GordoFaro do Alentejo; AC CubaNeves. Folga o Beringelense.
Série C: Vale da Oca-Santa Vitória, 1-1; MombejaAlvorada, 2-0; FigueirenseMessejanense, 2-0. Folgou o Jungeiros. Líder: Vale d’ Oca, 16 pontos. Próxima Jornada (5/1): Vale d’ OcaMessejanense; MombejaJungeiros; FigueirenseAlvorada. Folga o Santa Vitória.
Hoje palpito eu... Série D: SanjoanenseTrindade,1-5;Sete-Fernandes, 0-0; Alcariense-Albernoense, 1-0. Líder: Trindade, 14 pontos. Próxima Jornada (5/1): Sete-Sanjoanense; Albernoense-Trindade; Fernandes-Alcariense.
Série E: Santa LuziaAmoreiras Gare, 1-3; Soneguense-Cercalense, 1-2; Luzianes-Relíquias, 1-2. Folgou o Colense. Líder: Relíquias, 16 pontos. Próxima Jornada (6/1): Santa LuziaRelíquias; SonenguenseColense; Luzianes-Cercalense. Folga o Amoreiras Gare.
Série F: Malavado-Boavista; Milfontes-Saboia, 1-1; Campo Redondo-Bemposta, 1-1. Folgou o Cavaleiro. Líder: Milfontes, 14 pontos. Próxima Jornada (6/1): MalavadoB em p o s t a; M il f o nte sCavaleiro; Campo RedondoSaboia. Folga o Boavista.
Série G: PereirenseSanta Clara-a-Nova, 3-4; Naveredondense-Serrano, 1-1; Almodovarense-Santaclarense, 0-5. Líder: Santaclarense, 13 pontos. Próxima Jornada (5/12): Serrano-Pereirense; Santaclarense-Santa Claraa-Nova; NaveredondenseAlmodovarense.
A vila de Aljustrel recebeu o torneio quadrangular de hóquei em patins, no escalão de iniciados, organizado pela Associação de Patinagem do Alentejo Texto e foto Firmino Paixão
Associação de Patinagem do Alentejo organizou torneio em Aljustrel
Alentejanos com nota positiva
A
seleção de iniciados da Associação de Patinagem de Lisboa venceu o Torneio Inter Associações de Natal 2012 que se disputou no Pavilhão Armindo Peneque, em Aljustrel, e que serviu de aprumo para o próximo Torneio Nacional Inter Associações a realizar na Páscoa de 2013. Além do conjunto lisboeta, competiram as equipas representativas das Associações de Setúbal, do Alentejo (APA) e da Federación Andaluza de Patinaje, de Sevilha. A equipa alentejana, que só perdeu com os lisboetas, apesar de excelente réplica, obteve o segundo lugar da competição, o que levou o técnico António Castilho a referir: “Tivemos uma boa prestação, até um bocadinho acima das nossas expectativas, de-
vido ao facto de não termos trabalhado muito. Tivemos poucos treinos, mas a atitude e a postura dos atletas foi fantástica”. O treinador sublinhou ainda: “No último jogo, com a seleção de Lisboa, estivemos muito bem até à parte final, mas quando nos começaram a faltar as forças eles acabaram por ganhar merecidamente, mas o nosso empenho foi fantástico e os miúdos estão de parabéns”. Caracterizando a equipa da APA, Castilho lembrou: “A base da nossa equipa é o Estremoz, este ano já fomos buscar três miúdos ao Boliqueime, porque o Algarve já está junto com o Alentejo nesta fase de reestruturação das associações. Temos poucos miúdos, vamos continuar a trabalhar para alcançarmos os melhores resultados possíveis”.
Seleção da A.P.Alentejo: Filipe Gonçalves, Augusto Cachucho, Luís Cebola, Sérgio Rita e Luís Godinho (todos do Estremoz), Kevin Saraiva, Diogo Silva e Rafael Miguel (Boliqueime), Carlos Fresco e Gonçalo Martins (C.P.Beja). Resultados – 1.ª Jornada: Andalucia-Alentejo, 0-13; Setúbal-Lisboa, 1-13. 2.ª Jornada: Alentejo-Setúbal, 3-1; Lisboa-Andalucia, 17-0. 3.ª Jornada: Alentejo-Lisboa, 0-3; Andalucia-Setúbal, 3-4. Classificação: 1.º A.P.Lisboa 9 pontos. 2.º A.P.Alentejo, 6. 3.ª A.P.Setúbal, 3. 4.º A.PAndalucia, 0. Melhor Marcador: Gonçalo Nunes (A.P.Lisboa), 10 golos. Taça Disciplina: A.P.Alentejo.
Taça Armando Nascimento 2012/2013 ganha pelo Desportivo de Beja
A taça era um dos objetivos
O
convidado desta semana para, em tempo de Natal, prognosticar os jogos do “Distritalão” é alguém que tem um incomensurável amor pelo seu clube. O João José, a par de outros amigos, que, através dos tempos, não têm deixado cair o futebol na sua terra, é a reserva moral do Guadiana de Mértola. Falar do futebol de Mértola é recordar nomes como Baiôa, Vivaldo, Mário Avelino, Madeira, Hugo Santos, entre outros. Mas o João José e o Guadiana estão intimamente ligados, vivem uma espécie de cumplicidade como o rio que refresca a Vila Museu e o seu próprio leito. Naturalmente que foi em Mértola que o João José despertou para o futebol e foi com esse emblema ao peito que se fez jogador e guarda-redes de eleição. As suas qualidades despertaram a cobiça de outros emblemas, como o Futebol Clube de Serpa e o Despertar Sporting Clube, de Beja, que representou em épocas diferentes, voltando mais tarde ao seu clube de sempre. No Clube de Futebol Guadiana o João José tem feito um pouco de tudo. Atleta, dirigente, formador, treinador, enfim uma trave mestra na caminhada deste clube fundado há mais de sessenta e cinco anos. O João, hoje com 50 anos, tem-se revelado também pelo seu trabalho nos escalões de formação, mas, recentemente, voltou ao banco dos seniores para ajudar o presidente Luís Madeira, outro dos históricos do Guadiana, e levar o “Vendaval” a bom porto. Eis os seus prognósticos:
(2) ODEMIRENSE / SÃO MARCOS Tendo em conta a excelente época que o Odemirense tem vindo a fazer, é com naturalidade que lhe atribuo todo o favoritismo neste jogo com o São Marcos. (1) B. DA CONCEIÇÃO / ROSAIRENSE São equipas com recursos e objetivos bem diferentes, cuja posição na tabela me permite vaticinar o triunfo dos visitantes.
A
equipa de Juvenis do Clube Desportivo de Beja conquistou a Taça Armando Nascimento, primeiro título distrital da Associação de Futebol de Beja entregue na presente temporada 2012/2013. A prova foi disputada por sete equipas (após a desistência do Boavista de Pinheiros), a uma volta, e terminou com o Desportivo de Beja e o Castrense empatados em pontos (15), prevalecendo o triunfo dos bejenses (2/1) sobre a equipa de Castro Verde para a decisão final. A formação do Desportivo de Beja, orientada pelo jovem técnico Paulo Paixão, concluiu a prova com cinco vitórias e uma derrota (1-0 em Almodôvar), marcou 16 golos (o Castrense foi mais realizador, com 19) e sofreu apenas 6. O treinador da equipa vencedora revelou “conquistámos um dos nossos objetivos, foi um bom prémio para os nossos jogadores, mas agora temos o campeonato distrital que é a nossa segunda meta, senão a principal”. Paulo Paixão assumiu que “o momento mais importante da taça foi o triunfo sobre a equipa do Castrense, porque foi esse o resultado que nos permitiu ficar no primeiro lugar, tendo em conta que tivemos um jogo em Almodôvar em que as coisas não nos correram bem” e perspetivou o futuro competitivo da sua equipa “o campeonato será mais difícil,
João José Bento
(X) GUADIANA / MILFONTES O Guadiana obteve em Serpa uma vitória muito moralizadora e agora tem pela frente o mais sério candidato ao triunfo final. Entramos sempre em campo para ganhar, mas estamos conscientes das dificuldades. (2) CABEÇA GORDA / SERPA A equipa da casa reforçou-se recentemente e tem vindo a melhorar a sua produção, mas o Serpa quererá redimir-se da derrota sofrida em casa. (X) PIENSE / ALDENOVENSE Estamos em presença de um derby e estes jogos são sempre de desfecho imprevisível. Por isso mesmo a opção pelo empate.
Futebol Juvenis do Desportivo de Beja conquistaram a Taça Armando Nascimento
já existe um conhecimento entre as equipas, nada será igual ao que foi durante esta competição, mas vamos tentar manter esta motivação, para podermos entrar bem e obtermos os melhores resultados”. A conquista da Taça Armando Nascimento, pelo Desportivo de Beja, tem ainda o significado especial de ser um troféu que evoca a memória do avô do atual presidente da comissão administrativa
do clube, Diogo Cruz Nascimento. Percurso da equipa vencedora: Desportivo-Despertar, 3-1; Almodôvar-Desportivo, 1-0; Desportivo-Castrense, 2-1; Serpa-Desportivo, 1-2; Desportivo-Moura, 3-2; Aljustrelense-Desportivo, 0-6. Classificação final: 1.º Desportivo de Beja, 15 pontos. 2.º Castrense, 15. 3.º Almodôvar, 12. 4.º Serpa, 8. 5.º Moura, 7. 6.º Aljustrelense, 3. 7.º Despertar, 1. FP
(1) SPORTING CUBA / AMARELEJENSE Pelo excelente desempenho que o Sporting de Cuba tem vindo a mostrar nos últimos jogos justifica-se a aposta no triunfo dos visitados. (1) ALMODÔVAR / DESP. DE BEJA Duas equipas com objetivos diferentes e com um percurso neste campeonato que justifica a elevada percentagem de favoritismo do líder da prova.
19 Diário do Alentejo 21 dezembro 2012
Taça Fundação Inatel – 7.ª jornada
20 Diário do Alentejo 21 dezembro 2012
Grande Prémio do “Campo Branco”
Realiza-se no próximo dia 6 de janeiro, em Castro Verde, o II Grande Prémio de Atletismo “Campo Branco”, que decorrerá em simultâneo com o Campeonato Distrital de Estrada. Trata-se de uma organização conjunta do Município de Castro Verde e da Associação de Atletismo de Beja, com início às 10 horas.
Eleição na Zona Azul O presidente da Associação Cultural e Recreativa Zona Azul, Vasco Cordeiro, foi reeleito para mais um mandato de dois anos à frente dos destinos da coletividade bejense. António Raposo e Gervásio Amaro lideram, respetivamente, a Assembleia-Geral e o Conselho Fiscal.
Saudades José Saúde
Redondo e Zona Azul fora da Taça A equipa de Andebol da Zona Azul perdeu em casa (27/32) com o Académico do Porto, em jogo relativo aos dezasseis avos de final da Taça de Portugal, ficando afastada da competição. O Núcleo do Redondo perdeu com o Santana (24/27).
Cybrian Kotut e Clarisse Cruz dominaram
Nas minas de São João
O
3.º Grande Prémio de Santa Bárbara, em atletismo, reuniu na vila de Aljustrel cerca de centena e meia de atletas em representação de 33 clubes. O queniano Cybrian Kotut, 20 anos, e a sportinguista Clarisse Cruz, 34, venceram as provas de absolutos masculinos e femininos desta corrida - Entre Bairros Mineiros – na distância de nove quilómetros. O atrativo menu de prémios pecuniários fez convergir para Aljustrel um lote de credenciados atletas que só não tornaram a corrida mais competitiva porque o africano Kotut (nos três quilómetros iniciais ainda teve a companhia dos sportinguistas Carlos Silva e Ricardo Mateus e do portalegrense Bruno Paixão) arrancou decidido a vencer
categoricamente esta terceira edição de uma prova cujo traçado alia a panorâmica à dureza, características que lhe acrescentam qualidade e potencial para se afirmar no calendário nacional da modalidade. A prova feminina teve um bom leque de concorrentes, mas Clarisse Cruz repetiu a vitória das duas edições anteriores, sendo de destacar o quarto lugar da odemirense Ana Catarina Dias. A anteceder a prova rainha, que teve partida no mítico bairro Vale d’ Oca e chegada ao, não menos pitoresco, bairro de São João, realizaram-se, neste último local, as provas destinadas aos escalões de formação, com cerca de seis dezenas de jovens atletas, corridas onde o Amiciclo de Grândola e o Núcleo de Messejana ga-
rantiram os primeiros dois lugares coletivos. Nos escalões de iniciados e juvenis, triunfos dos “suspeitos do costume” a atleta/futebolista Ana Capeta (Messejana) e essa grande revelação do ano que é o guineense Mussa Djau. O Grande Prémio evoca a padroeira dos mineiros e tem um percurso que toca em todos os recantos da vivência, da tradição e da história de uma terra onde a indústria mineira tem um papel fundamental, até turístico e aqui, sabiamente, potenciado pelo desporto. Nota alta para a organização, a junta de freguesia local e o Núcleo de Atletismo e Recreio de Messejana, aliados a outras entidades locais e, sobretudo, aos inúmeros voluntários que garantiram a segurança do percurso. FP
Fundada em 30 de março de 1925, seria no entanto em 2 de março de 1926 que se lavrou a ata n.º 1 da Associação de Futebol de Beja. Neste retrocesso às catacumbas da saudade, recordo que para além da incalculável dedicação de dirigentes que se entregaram desinteressadamente ao serviço da causa associativa ao longo do tempo, Artur da Silva Dias foi o primeiro presidente da coletividade, assumindo, também, o cargo de delegado da Federação Portuguesa de Futebol. À elite de lideres associaram-se depois António Fernando Covas Lima, Raul Guerreiro Lampreia, Vicente Cruz Oliveira, Luís de Lima Faleiro, José Gonçalves Fagulha, Manuel Inácio Lopes de Melo Garrido, José Manuel da Encarnação Nobre, Padre Virgílio da Ascensão Abrantes Ferreira, José António Candeias Vieira, Casimiro Mendes Heitor, Fernando Manuel Marques Dionísio e o atual José Luís Ramalho. Acresce que cada elenco liderado por estas ilustres personagens do mundo da bola sul alentejano todos trabalharam em coesão, diligenciando o contexto fatual do momento deparado. A sede, melhor, as infraestruturas físicas com as quais a AF Beja se deparou, foram dimensionando-se com a metodologia que a própria evolução do futebol foi autenticando. Recorde-se a sua evolução a nível físico e sobretudo humano. Ganhou-se um verdadeiro boom futebolístico e perspetivou-se um imóvel que hospedasse todas as necessidades que a associação carecesse. Andou-se com a casa às costas, é verdade, mas perspetivando-se sempre a aquisição de um bem que contemplasse as prementes carências que a estrutura associativa entretanto se deparava. E a cereja sobre o bolo teve lugar no passado dia 12 de dezembro com a inauguração da nova sede na rua Eça de Queiroz, n.º 6 em Beja. O novo equipamento dispõe, justamente, de um auditório com o nome de João Manuel Covas Lima, um ícone do mundo do associativismo regional. Que saudades dr. Nana da sua inigualável amizade e simplicidade!
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institucional diversos Diário do Alentejo n.º 1600 de 21/12/2012 Única Publicação
Diário do Alentejo 21 dezembro 2012
Diário do Alentejo n.º 1600 de 21/12/2012 Única Publicação
A Águas Públicas do Alentejo (AgdA), empresa do Sector do Ambiente, integrada em Sólido Grupo Económico, pretende seleccionar, para trabalhar na Zona de Beja:
A Águas Públicas do Alentejo (AgdA), empresa do Sector do Ambiente, integrada em Sólido Grupo Económico, pretende seleccionar, para trabalhar na Zona de Beja: Engenheiro Mecânico (m/f) Ref.26/AgdA/12
Técnico de Contabilidade (m/f) Ref.20/AgdA/12 Integrando a Direcção Administrativa e Financeira, a função tem como principais responsabilidades executar atividades inerentes ao processo contabilístico da AgdA, cumprindo as normas legais e os procedimentos em vigor no Grupo. Perspetivamos, para esta função, candidatos com habilitações ao nível do 12º ano, preferencialmente na via técnico-profissional (nível III) em ciências socioeconómicas e experiência profissional em funções relevantes de, pelo menos, 3 anos. Preferencia-se, ainda, bons conhecimentos de SAP e Microsoft Office.
Integrando a Direcção de Infraestruturas, a função tem como principais responsabilidades efetuar o acompanhamento, execução, planeamento e desenvolvimento de manutenção dos equipamentos e infraestruturas sob gestão da empresa, assim como acompanha intervenções, projetos e empreitadas no âmbito de novas instalações e requalificação de existentes, com relevância no domínio da sua especialidade.
Constituirá ainda um factor preferencial na pré-selecção das candidaturas, a residência, ou a menção expressa de vir a residir, no distrito de Beja.
Perspectivamos, para esta função, candidatos com Licenciatura (pré Bolonha) ou Mestrado (pós Bolonha) em Engenharia Mecânica e experiência profissional em funções relevantes de, pelo menos, 3 anos, preferencialmente no Sector da Água e Saneamento e carta de condução de ligeiros. Preferencia-se, ainda, proatividade, gestão de prioridades, disponibilidade, bons conhecimentos de Máximo ou Mac, Autocad e Microsoft Office.
Oferecemos a possibilidade de integrar uma Empresa de prestígio, remuneração compatível com a função e regalias sociais em vigor no Grupo.
Constituirá ainda um factor preferencial na pré-selecção das candidaturas, a residência, ou a menção expressa de vir a residir, no distrito de Beja.
Oferecemos a possibilidade de integrar uma Empresa de prestígio, remuneração compatível com a função e regalias sociais em vigor no Grupo.
Respostas, até ao dia 15-01-2013, com C.V.s detalhados, indicando a respectiva referência, preferencialmente para RHS@adp.pt
Respostas, até ao dia 15-01-2013, com C.V.s detalhados, indicando a respectiva referência, preferencialmente para RHS@adp.pt
Ou:
Ou:
AdP-Águas de Portugal, Serviços Ambientais, S.A. Direcção de Recursos Humanos Rua Visconde de Seabra, 3 1700-421 Lisboa
AdP-Águas de Portugal, Serviços Ambientais, S.A. Direcção de Recursos Humanos Rua Visconde de Seabra, 3 1700-421 Lisboa
Diário do Alentejo n.º 1600 de 21/12/2012 1.ª Publicação
Diário do Alentejo n.º 1600 de 21/12/2012 1.ª Publicação
TRIBUNAL JUDICIAL DE ALMODÔVAR
TRIBUNAL JUDICIAL DE ALMODÔVAR
Secção Única
Secção Única
ANÚNCIO Processo: 621/10.3GCFAR Processo Comum (Tribunal Singular) N/Referência: 319983 O Mm°) Juiz de Direito Dr. Pedro Godinho, da Secção Única - Tribunal Judicial de Almodôvar: Faz saber que no Processo Comum (Tribunal Singular), n.° 621/10.3GCFAR, pendente neste Tribunal contra o(a) arguido(a) Manuel Cascales natural de: França; nacional de França nascido em 01-02-1956 estado civil: Desconhecido, profissão: Desconhecida ou sem Profissão domicílio: Rue Pologne 18, N° 38 1º-2º, 75, Paris, 75055 Paris França, por se encontrar acusado da prática do(s) crime(s): 1 crime(s) de Furto simples, p.p. pelo art.° 203° do C. Penal, praticado em 21-08-2010; foi o(a) mesmo(a) declarado(a) contumaz, em 27-11-2012, nos termos do art.° 335° do C. P. Penal. A declaração de contumácia, que caducará com a apresentação do(a) arguido(a) em juízo ou com a sua detenção, tem os seguintes efeitos: a) Suspensão dos termos ulteriores do processo até à apresentação ou detenção do(a) arguido, sem prejuízo da realização de actos urgentes nos termos do art.° 320.° do C. P. Penal; b) Anulabilidade dos negócios jurídicos de natureza patrimonial celebrados pelo arguido, após esta declaração; c) Proibição de obtenção de passaporte, cartão do cidadão ou contribuiente fiscal; d) Proibição de obtenção ou renovação de carta de condução, carta de caçador ou licença de uso e porte de arma; e) Proibição de obter quaisquer documentos, certidões ou registos junto de autoridades públicas. Almodôvar, 29-11-2012.
ANÚNCIO
Processo: 92/08.4GBADV Processo Comum (Tribunal Colectivo) N/Referência: 319996
O/A Mmo(a) Juiz de Direito Dr(a). Pedro Godinho, do(a) Secção Única – Tribunal Judicial de Almodôvar: Faz saber que no Processo Comum (Tribunal Coletivo), n.° 92/08.4GBADV, pendente neste Tribunal contra o(a) arguido(a) Farit Acheraf filho(a) de Khaled Abedkadar Acheraf e de Sohra Daurchi natural de: Egipto; nacional de Egipto nascido em 15-05-1975 estado civil: Solteiro, profissão: Carpinteiro domicílio: Rua da Padaria, Pensão Algarve, 1100000 Lisboa, por se encontrar acusado da prática do(s) crime(s): 1 crime(s) de Furto qualificado, p.p. pelo art.° 204° do C. Penal, praticado em 18-12-2008; foi o(a) mesmo(a) declarado(a) contumaz, em 27-11-2012, nos termos do art.° 335° do C. P. Penal. A declaração de contumácia, que caducará com a apresentação do(a) arguido(a) em juízo ou com a sua detenção, tem os seguintes efeitos: a) Suspensão dos termos ulteriores do processo até à apresentação ou detenção do(a) arguido(a), sem prejuízo da realização de actos urgentes nos termos do art.° 320.° do C. P. Penal; b) Anulabilidade dos negócios jurídicos de natureza patrimonial celebrados pelo(a) arguido(a), após esta declaração; c) Proibição de obtenção de passaporte, cartão do cidadão ou contribuinte fiscal; d) Proibição de obtenção ou renovação de carta de condução, carta de caçador ou licença de uso e porte de arma: e) Proibição de obter quaisquer documentos, certidões ou registos junto de autoridades públicas. Almodôvar, 29-11-2012. O/A Juiz de Direito, Dr. Pedro Godinho O/A Escrivão Adjunto, Paula Brito
O/A Juiz de Direito, Dr. Pedro Godinho O/A Escrivão Adjunto, Paula Brito
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Diário do Alentejo 21 dezembro 2012
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CLÍNICA MÉDICA DENTÁRIA
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MÉDICO ESPECIALISTA EM CLÍNICA GERAL/ MEDICINA FAMILIAR
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institucional diversos
Diário do Alentejo 21 dezembro 2012 Diário do Alentejo n.º 1600 de 21/12/2012 Única Publicação
TRIBUNAL ADMINISTRATIVO E FISCAL DE BEJA
ANÚNCIO Proc. n.° 389/11 .6BEBJA Acção administrativa especial de pretensão conexa com actos administrativos Data: 16/11/2012 Intervenientes: Autor: Ministério Público; Contra-interessado: Alexandre Miguel Palma Salgado (e Outros); Réu: Município de Serpa
FAZ SABER, que nos autos de ação administrativa especial, registados sob o número 389/11.6BEBJA, que se encontram pendentes no Tribunal Administrativo e Fiscal de Beja, em que é Autor o Ministério Público e demandado o Município de Serpa; são os ContraInteressados: - Alexandre Miguel Palma Salgado, residente na Rua Cândido dos Reis, 10, em Ferreira do Alentejo; Amélia Saião Rocha da Silva, residente Rua da Eira de São Pedro, n° 7, em Serpa; Anabela Granchinho Ribeirinho Valente SaIes, residente na Rua Hospital São João de Deus, 20, 4.º B, em Lagos; Ana Isabel Gonçalves dos Santos, residente na Rua Gabriel Pedro, 13, Samouco, Alcochete; António Manuel Amado da Silva, residente na Rua Fernando Pessoa, 4, 6° G, em Paço de Arcos; Bruno André Martins Guerreiro, residente na Cerca Velha, em Paderne, Albufeira; Carolina Ramires de Carvalho, residente na Rua Barão de Sabrosa, 131, 1° esq., em Lisboa; Daniel Francisco Lebre Casteleiro, residente Praceta Professor Montalvão Marques, n° 4, 3° dto., em Beja; David Filipe Albuquerque Lopes, residente na Rua Jaime Cortesão, n° 3, 5º dto., Amora; Filipe Caeiro de Jesus Caras Altas, residente na Rua Ary dos Santos, n° 39, 1° dto., Feijó, Almada; João Pedro Berjano Lança, residente na Rua 28 de Setembro, 3, Aljustrel; José Manuel Soares Candeias, residente na Rua do Rossio, 70, Vila Nova de São Bento, em Serpa; Jorge Miguel do Rosário Santos Cruz, residente na Rua Luís de Camões, 13, 2° dto., em Beja; Jorge Miguel Vital Rodrigues, residente na Rua Franco Nogueira, 5, 1° esq., em Oeiras; Nadine Santos Caldeira, residente na Urbanização da Muralha, Pátio das Alcáçovas, n° 6, 1° dto., em Évora; Natércia Rodrigues da Silva Claro, residente na Quinta dos Pomares, Batudes, em Palmela; Márcia Orlanda Pinto Oliveira, residente na Rua Dom Rodrigo de Moura Teles, Porta 821, Calendário, Vila Nova de Famalicão; Marco José Caetano Guerreiro, residente na Rua Coophecave, porta 28, em Castro Verde; Marco Paulo Pereira Rocha, residente na Rua António Francisco Silva Porto, lote 1, r/c frente, em Loures; Pedro Jorge Alfaite Marto, residente na Rua Escola, porta 9, Assafarge, Coimbra; Pedro Miguel Cebola dos Santos Louro, residente no Bairro 25 de Abril, Rua Alves Redol, n° 25, em Evora; Ricardo Jorge Caracinha Saragoça, residente na Travessa do Sul, 47, em Cuba; Ricardo Jorge do Cabo Pacheco, residente na Rua escritor Aquilino Ribeiro, 16, em Beja; Rodrigo Ventura da Luz Gonçalves Gomes, residente na Rua Augusto Alexandre Jorge, lote 8, 4º Esq., em Odivelas; Sérgio Físico Felício, residente na Rua Bartolomeu Dias, lote 3 A, c/v esq., em Albufeira; Teresa Alexandra Graça da Costa, residente na Rua Eusébio da Silva Ferreira, lote 2, 3° esq., Serra de Carnaxide, Amadora, CITADOS, para no prazo de QUINZE DIAS se constituírem como contra-interessados no processo acima indicado, nos termos do art.° 82.°, n.° 1 do Código de Processo nos Tribunais Administrativos, cujo objecto do pedido consiste: – declaradas nulas as deliberações da Câmara Municipal de Serpa de 16.12.2009 e 27.1.2010 e bem assim todos os actos subsequentes do procedimento concursal aberto pelo aviso n° 5383/2010. Uma vez expirado o prazo para se constituírem como contrainteressados, consideram-se CITADOS para contestar, no prazo de 30 DIAS, a acção acima referenciada pelos fundamentos constantes da petição inicial, cujo duplicado se encontra à disposição na secretaria, com a advertência de que a falta de contestação ou a falta nela de impugnação especificada não importa a confissão dos factos articulados pelo autor, mas o tribunal aprecia livremente essa conduta, para efeitos probatórios; Na contestação, deve deduzir, de forma articulada, toda a matéria relativa à defesa e juntar os documentos destinados a demonstrar os factos cuja prova se propõe fazer; Caso não lhe seja facultado, em tempo útil, a consulta ao processo administrativo, disso dará conhecimento ao juiz do processo, permitindo-se que a contestação seja apresentada no prazo de 15 dias contado desde o momento em que o contra-interessado venha a ser notificado de que o processo administrativo foi junto aos autos. De que é obrigatória a constituição de advogado, nos termos do art.° 11 .°, n.° 1 do CPTA; O prazo acima indicado é contínuo e terminando em dia que os tribunais estejam encerrados, transfere-se o seu termo para o primeiro dia útil seguinte. Beja, 16 de Novembro de 2012. A Juiz, Luísa Candeias Tinoco O Oficial de Justiça Pedro Miguel Guerreiro Laurêncio
Diário do Alentejo n.º 1600 de 21/12/2012 Única Publicação
Diário do Alentejo n.º 1600 de 21/12/2012 Única Publicação
COOPERATIVA AGRÍCOLA DE BEJA E BRINCHES, C.R.L.
1.ª e 2.ª CONVOCATÓRIAS De harmonia com o preceituado no art. 33 n.º 1 dos nossos Estatutos, convoco os Senhores cooperadores para assistir à reunião da Assembleia Geral Ordinária desta Cooperativa, que deverá realizar-se no seu estabelecimento principal sito em Monte Acima, s/n em Brinches pelas 10H30 do dia 27 de Dezembro de 2012. Não se encontrando presentes o número de Cooperadores Indicado no art. 36 n.º 1.º, fica desde já marcada a 2.ª convocatória para a reunião que se efectuará 1 hora depois (11H30), no mesmo local, funcionando com qualquer número de Cooperadores ou seus representantes, com a seguinte ordem de trabalhos: 1. Apreciação e votação do orçamento e plano de actividades, para o exercício de 2013. 2. Deliberação sobre a proposta da Direção da permuta de uma parcela de terreno do prédio rústico denominado “Quarteirões”, propriedade da Cooperativa, inscrito na matriz da freguesia de Brinches sob o artigo n.º 52 Secção F com uma parcela do prédio rústico denominado “Quarteiras ou Barrlnho Vermelho ou Quarteirões”, inscrito na matriz, também da freguesia de Brinches, sob o artigo n.º 51 da Secção F, propriedade de António José Correia e mulher, ambas as parcelas com a mesma área, destinando-se a parcela a permutar a nela serem construídos armazéns para depósito e comercialização de produtos agrícolas e similares. 3. Outros assuntos de interesse. Beja, 10 de Dezembro de 2012. O Presidente da Mesa da Assembleia Geral Dr. Luís Carlos Ferreira de Mira Coroa
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CERCIBEJA
CONVOCATÓRIA Nos termos do artigo 45º, do ponto 3 do Código Cooperativo, convocam-se todos os Sócios efectivos da CERCIBEJA para uma Assembleia Geral Extraordinária no dia 03 de Janeiro de 2013, pelas 16:00 horas, nas Instalações da CERCIBEJA, sito na Quinta dos Britos, com a seguinte ordem de trabalhos: Ponto Único: Eleição dos Corpos Gerentes da Cercibeja para o triénio dois mil e treze, dois mil e quinze. Se à hora marcada não estiver o número de sócios legalmente estabelecido para o seu funcionamento, a Assembleia, começará uma hora depois (17:00) com qualquer número de presentes. Beja, 18 de Dezembro de 2012 A Presidente da Mesa da Assembleia Geral Paula Pinto Mendes Diário do Alentejo n.º 1600 de 21/12/2012 Única Publicação
ASSOCIAÇÃO HUMANITÁRIA DOS BOMBEIROAS VOLUNTÁRIOS DE MÉRTOLA
CONVOCATÓRIA Em conformidade com o disposto no n.º 1 do art.º 41 dos Estatutos da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Mértola, convoco todos os associados no pleno gozo dos seus direitos a reunirem-se em Assembleia Geral Ordinária no próximo dia 27 de Dezembro de 2012, pelas 20 horas, na sede da Associação com a seguinte: ORDEM DE TRABALHOS 1. Informação; 2. Apreciação, discussão e votação do Plano de Actividades e do Orçamento para o exercício do ano de 2013; 3. Outros assuntos de interesse colectivo. Se à hora marcada não se verificar o número de presenças previstas nos Estatutos, a Assembleia Geral poderá deliberar 30 minutos depois da hora inicial, com qualquer número de presenças, desde que não inferior a três associados efectivos. Mértola, 14 de Dezembro de 2012. O Presidente da Assembleia Geral Manuel Romba Ruas
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Diário do Alentejo 21 dezembro 2012
MISSA
Funerais – Cremações – Trasladações - Exumações – Artigos Religiosos
BEJA
SANTA CLARA DE LOUREDO
SALVADA
Francisco Aleixo Dias Gonçalves 18.º Ano de Eterna Saudade
†. Faleceu a Exma. Senhora
†. Faleceu a Exma. Senhora
†. Faleceu a Exma. Senhora
D. DOMINGAS DOS ANJOS BALTAZAR PALMA, de 86 anos, natural de Vila Nova de São Bento - Serpa, viúva. O funeral a cargo desta Agência, realizou-se no passado dia 15, da Casa Mortuária de Santa Clara de Louredo, para o cemitério local.
D. BENVINDA PAULINO, de 84 anos, natural de Salvada Beja, viúva. O funeral a cargo desta Agência, realizou-se no passado dia 16, das Casas Mortuárias de Beja, para o cemitério desta cidade.
D. TERESA MARIA PAIXÃO BRAIZINHA, de 68 anos, natural de Salvada - Beja, viúva. O funeral a cargo desta Agência, realizou-se no passado dia 19, da Casa Mortuária da Salvada, para o cemitério local.
Sua esposa e filha participam a todas as pessoas de suas relações e amizade que mandam celebrar missa por alma do seu ente querido no dia 27/12/2012, quinta-feira, às 18 e 30 horas, na Igreja do Carmo, em Beja, agradecendo desde já a todos os que comparecerem ao acto religioso.
Serpa PARTICIPAÇÃO
BEJA
MISSA
†. Faleceu o Exmo. Senhor
Vidigueira PARTICIPAÇÃO E AGRADECIMENTO
Às famílias enlutadas apresentamos as nossas mais sinceras condolências.
ANTÓNIO JOAQUIM ROCHA MACHADO, de 79 anos, natural de Trindade Beja, casado com a Exma. Sra. D. Emília Maria Gonçalves Latas Machado. O funeral a cargo desta Agência, realizou-se no passado dia 19, das Casas Mortuárias de Beja, para o cemitério desta cidade.
Consulte esta secção em www.funerariapax-julia.pt CAMPAS E JAZIGOS | DECOR AÇÃO CONSTRUÇÃO CIVIL “DESDE 1800” Rua de Lisboa, 35 / 37 Beja | Estrada do Bairro da Esperança Lote 2 Beja (novo) Telef. 284 323 996 – Tm.914525342
É com pesar que participamos o falecimento da Sra. D. Cândida da Consolação Dionísio Belchior, ocorrido no dia 16/12/2012, de 67 anos, casada com o Sr. António da Silva Rodrigues, natural da freguesia de Santa Maria, Serpa. O funeral a cargo desta agência realizou-se no dia 17/12/2012, pelas 10 horas, da Casa Mortuária de Serpa para o cemitério local. Apresentamos à família as cordiais condolências.
marmoresmata@hotmail.com
AGÊNCIA FUNERÁRIA SERPENSE, LDA
DESLOCAÇÕES POR TODO O PAÍS
Gerência: António Coelho Tm. 963 085 442 – Tel. 284 549 315 | Rua das Cruzes, 14-A – 7830-344 SERPA
Jorge da Silva Revez Joaquim Santana 1.º Ano de Eterna Saudade Mãe, irmãos e restante família participam a todas as pessoas de suas relações e amizade que será celebrada missa pelo eterno descanso do seu ente querido no dia 28/12/2012, sexta-feira, na Capela do Convento das Carmelitas em Beja, pelas 9 horas, e agradecem desde já a todos os que comparecerem ao acto religioso.
Esposa, filha, genro, netos e restante família cumprem o doloroso dever de participar o falecimento do seu ente querido ocorrido no dia 16/12/2012, e na impossibilidade de o fazerem individualmente vêm por este meio agradecer a todas as pessoas que o acompanharam à sua última morada ou que de qualquer forma manifestaram o seu pesar.
Beja AGRADECIMENTO
Alcaria da Serra AGRADECIMENTO
ASSINATURA Praceta Rainha D. Leonor, Nº 1 – Apartado 70 - 7801-953 BEJA • Tel 284 310 164 • E-mail publicidade@diariodoalentejo.pt Redacção: Tel 284 310 165 • E-mail jornal@diariodoalentejo.pt Desejo assinar o Diário do Alentejo, com início em _______________, na modalidade que abaixo assinalo: Assinatura Anual (52 edições):
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*A assinatura será renovada automaticamente, salvo vontade expressa em contrário* Cheques ou Vales Postais deverão ser emitidos a:
AMBAAL – Associação de Municípios do Baixo Alentejo e Alentejo Litoral
Joaquim Afonso Mestre Nasceu 28.04.1939 Faleceu 12.12.2012 Sua família na impossibilidade de o fazer pessoalmente agradece por este meio a todas as pessoas que o acompanharam à sua última morada ou de outro modo manifestaram o seu pesar. Agradecendo publicamente por este meio aos Bombeiros Voluntários de Beja pelo Empenho e Humanismo demonstrados neste piedoso acto.
Luís António Trindade Nasceu 26.01.1926 Faleceu 12.12.2012 Sua família na impossibilidade de o fazer pessoalmente agradece por este meio a todas as pessoas que o acompanharam à sua última morada ou de outro modo manifestaram o seu pesar.
AGÊNCIA FUNERÁRIA ESPÍRITO SANTO, LDA.
AGÊNCIA FUNERÁRIA ESPÍRITO SANTO, LDA.
Tm.963044570 – Tel. 284441108 Rua Das Graciosas, 7 7960-444 Vila de Frades/Vidigueira
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26 Diário do Alentejo 21 dezembro 2012
Santiago distribui 40 cabazes de Natal
A Câmara Municipal de Santiago do Cacém, com o apoio das juntas de freguesia, procede à entrega de 40 cabazes de Natal, cujos géneros foram entregues pela população que assistiu, no passado dia 24 de novembro, ao espetáculo dos alunos da Escola da Guitarra Portuguesa Mestre António Chainho.
Empresas Empresa de vinhos investe para produzir energia solar Attua A ualm ualm meen nttee fazz par ar te te d daa ro rota ta ttu urríísti stic st ica daa ciid ica dade ad de dee Bej ea e of oferrec ofer e e muito itto po ou uccco oà marg ma rgem em do qu que ue see viu em t mp te mpos os.. Ap Apaarren nte teme ment me ntte o n moti mo t vo o paarrec ece nã não es esta sta tar só só lliiggaado aao o at atua ual al ce cená nárriio que o Paaís P ís aatr trav tr ravessssaa, m maas ttaam mb béém m cco om a ofer offeerrrta o ta e div iver erssiidaad ers dee que Beja Be ja ttem eem m vin nd do o a dis ispo poni oni nibi biliizzaar nos úl no últiimo últi mos tteeemp m po mp mpos oss por or paarr te te do os co come merc rc i a n ntttes es. es s. Mo Mode dern rno o paarreeece ce ser ce e a pal alav avra avra ra-c --cchav haave ve paarraa o qu uee acco ont ont ntec ecee.. Ino ovo vouu se s mu m uiitto ui o,, ofe fere rece ccee-s -se se ca cada da veezz maaiiss o trraad m diicciion onaall aliliado ad do aao o mo m od deerno rno e de rn deix deix ixou ou-s -se se p paarraa trás tr rás ás a prro occu uraa das as veerrda dadeir eiras raass raíízzes ra zess do cco omé mércio rcio rc o trraad diicion o aall.
Um passeio pelo centro histórico de Beja
Rua das Lojas desertificada Num passeio pelo centro histórico de Beja não foi possível deixar de passar pela famosa rua das lojas (antiga rua dos Mercadores). Local de passagem obrigatória para muitos na cidade, e até para turistas, hoje está parcialmente desertificada, transparecendo revolta e profunda tristeza por parte dos comerciantes. Composta por não mais do que meia dúzia de lojas. É assim que se encontra. Publireportagem Sandra Sanches
Q
uem em tempos lá passou, e atualmente se desloca à antiga rua dos Mercadores, mais conhecida por rua Doutor Afonso Costa (vulgo rua das lojas), vive o vazio que a mesma deixa transparecer. Uma rua que em tempos esteve totalmente preenchida por comércio, hoje apresenta-se “nua”, demonstrando um sentimento de vazio pelos que lá estão e passam parte do seu dia a dia. Atualmente faz parte da rota turística da cidade de Beja e oferece muito pouco à margem do que se viu em tempos. Aparentemente o motivo parece não estar só ligado ao atual cenário que o País atravessa, mas também com a oferta e diversidade que Beja tem vindo a disponibilizar nos últimos tempos por parte dos comerciantes. Moderno parece
ser a palavra-chave para o que acontece. Inovou-se muito, oferece-se cada vez mais o tradicional aliado ao moderno e deixou-se para trás a procura das verdadeiras raízes do comércio tradicional. Os comerciantes, questionados sobre o que está a acontecer, referem, de um modo geral, que o problema deve-se a vários fatores: das “transformações que foram feitas na praça da República à falta de vocação que as pessoas têm para utilizar os parques de estacionamento”, passando, sobretudo, pelos espaços que estão fechados há muito tempo e que não são arrendados por ninguém. “Estes comerciantes necessitam urgentemente de uma autarquia que olhe por eles”, diz Maria Adelina, proprietária da casa Tenibol, “a primeira loja de artigos de desporto que abriu em Beja, contando com mais de 60 anos de existência”. Se em tempos a rua das lojas era um local histórico, ainda com retratos de um passado com muito para se ver, atualmente é composta por sete lojas que ainda sobrevivem a um presente tenebroso. Os comerciantes, sem dúvida, preocupados com o futuro, vêm de um passado em que a rua se destacava como a mais emblemática da cidade e parece agora estar esquecida. João Guilherme, proprietário da casa Seatra, um espaço com mais de 70 anos, ainda se recorda do movimento desta rua.
“As pessoas tinham que se desviar umas das outras e hoje chamam-lhe a rua do lá vai um”. Uma casa que em tempos chegou a ter nove trabalhadores, hoje apenas pode integrar uma funcionária e, infelizmente, tempo livre é o que não lhe falta, dedicando-se à arrumação das prateleiras e à limpeza do pó. Por sua vez, Maria Laurinda, proprietária da casa Midila, mais conhecida por Casa das Lãs, vítima também destes tempos mortos, ocupa o seu tempo livre, que por sinal também não lhe falta, a fazer malha, referindo que prefere deixar-se “ir à margem e não pensar muito nas perspetivas”. Conta que a “sorte” é ter os “alicerces” que precisa para continuar. Não obstante, Maria Adelina diz que “nos meses de verão, nesta artéria da cidade, é onde passa mais movimento, nomeadamente turistas, que mais não seja para pedir informações da rota a seguir para chegar ao castelo”. Questionada quanto ao futuro, adianta: “Não vou arrumar as botas, pelo menos nos próximos anos”, e relembra uma “rua muito animada com pessoas bem-dispostas, comerciantes mais antigos e cheios de experiência”. “Éramos uma família”, conclui. Resta-lhes o apelo que deixam à população, pedindo-lhe que não fique alheia a esta realidade que os afronta a cada dia com inúmeros desgostos e sem perspetivas de dias melhores.
A Roquevale, empresa do concelho de Redondo produtora de vinho, investiu quase 230 mil euros, que espera recuperar em seis anos, para produzir energia solar que vai injetar na rede elétrica nacional. O investimento da empresa vitivinícola alentejana consistiu na instalação de 514 painéis solares fotovoltaicos na herdade, com uma potência instalada de 127 kilowatts. Este sistema de minigeração, segundo o administrador, vai permitir produzir anualmente 242 KW/hora de energia para a rede elétrica nacional. O projeto representa uma mais-valia para a empresa, acrescentou Miguel Santos, referindo que não só a Roquevale diversifica a sua atividade e contribui para energia “limpa”, como obtém vantagens económicas.
Inalentejo faz balanço e entrega contratos de financiamento A autoridade de gestão do InAlentejo – Programa Operacional Regional do Alentejo 2007-2013 apresentou, no auditório da CCDR – Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Alentejo, o “Presente e Futuro – Empreendedorismo e Inovação no Alentejo”. Na sessão, que contou com a presença do secretário de Estado Adjunto da Economia e do Desenvolvimento Regional, António Almeida Henriques, foi feito o balanço e apresentada a orientação futura do programa Operacional Regional do Alentejo e ainda efetuada a entrega de contratos de financiamento no âmbito dos Sistemas de Incentivos às Empresas.
Idosos de Ferreira do Alentejo têm transporte gratuito A Câmara de Ferreira do Alentejo tem um novo transporte para ajudar os mais carenciados. Três dias por semana um mini autocarro transporta as pessoas das aldeias até à sede do concelho, com o objetivo de aproximar as mesmas dos serviços, como câmaras municipais, finanças, bancos, segurança social, médicos e estabelecimentos comerciais. Ao mesmo tempo tentam promover o convívio entre as freguesias e as pessoas da sede do concelho.
Mercadinho de Natal em Grândola Vinte artesãos mostram as suas artes no Mercadinho de Natal, em Grândola, até ao final do ano. Promover e apoiar o artesanato, produtos regionais e outras artes desenvolvidas no concelho é o principal objetivo da Câmara Municipal de Grândola. O mercadinho está na rua General Humberto Delgado, no centro tradicional da vila, de segunda a sábado, das 9 às 19 horas.
27 Diário do Alentejo 21 dezembro 2012
Entre os dias 18 e 22 os mais pequenos poderão participar no Ateliê de Natal. Estarão ao teu dispor vários materiais que te ajudarão a criar verdadeiras obras de arte alusivas ao Natal. O objetivo desta atividade prende-se com o desenvolvimento da criatividade individual e coletiva e com o fomento do convívio e ocupação de tempos livres.
Ateliê de Natal na Biblioteca Municipal de Odemira
A páginas tantas...
Pais As famosas bengalas de açúcar são agora substituídas por fruta. Mantém-se o espírito, mas é muito mais saudável. Com alguma paciência se cortar pedaços de morango e banana mais pequenos as bengalas ficam mais perfeitas.
O que há é um novo livro da Planeta Tangerina e tem a assinatura de Isabel Minhós Martins e da ilustradora Madalena Matoso, e fala de milhares de objetos que todos os dias estão à nossa volta, dentro das mochilas, nas gavetas, nos bolsos ou mesmo debaixo das camas. Aparentemente quietos, mas não, são desarrumados, ou seremos nós e constantemente mudam de sítio, trocando-nos as voltas. “Por serem tantas e estarem sempre em movimento, podemos ter verdadeiras surpresas! Abrimos uma gaveta e... Ah! Pomos a mão num bolso e... Oh! Espreitamos o saco da avó e... Tchiii! E a mala da mãe, alguém se atreve a adivinhar o que tem lá dentro?” Um livro cheio de desafios apropriado para leitores-detetives, basta só seguir as pistas.
Dica da semana
À solta
Sabe bem dar um pontapé numa pedra, mas da próxima vez olha bem para ela, pois pode estar a esconder uma verdadeira obra de arte. Deixamos-te aqui algumas pedras da designer italiana Michela Bufalini . Podes ver uma variedade de estilos e aplicações das pedras, mas confessamos-te que as que gostámos mais foram as das caras pela sua originalidade. Podes consultar a página desta artista no facebook. https://www.facebook.com/MichelaBufalini. SassiArtistic
Uma ideia para pais aproveitarem os desenhos dos mais pequenos
Diário do Alentejo 21 dezembro 2012
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Concerto de Natal em Ourique
Acontece hoje, sexta-feira, pelas 21 horas, no Cine-Teatro Sousa Telles, em Ourique, um concerto de Natal. Subirá ao palco, para assinalar a quadra festiva, a Sociedade Filarmónica 1.º de Janeiro de Castro Verde.
Letras Rumor branco
C
Boa vida Comer Geleia de marmelo Ingredientes: q.b de cascas e caroços de marmelos; 500 g de açúcar; q.b de água; Confeção: Lave muito bem os marmelos. Descasque e tire os caroços (mais ou menos 1,2 kg). Coloque um tacho em lume brando com as cascas, os caroços e cubra com água. (Reserve a polpa dos marmelos em água com um pouco de sumo de limão, para a receita que vem a seguir). Deixe ferver durante 40 minutos e se necessário acrescente um pouco de água. De seguida passe a calda por um pano e misture o açúcar. Leve a calda e o açúcar ao lume, até obter o ponto que deseja. Nota: O ideal é ficar como a consistência do mel. Se desejar mais doce acrescente mais açúcar. A polpa de marmelo em água e limão é para não oxidar .
Doce de Marmelo com Canela Ingredientes: 800 g de polpa de marmelo; 200 g de açúcar; 2 paus de canela; Confeção: Corte a polpa dos marmelos em pedaços e lave muito bem. Coloque-os numa panela e cubra com água e leve ao lume brando. A meio da cozedura acrescente o açúcar, a canela e deixe cozinhar mexendo sempre. Nota: Se desejar o doce em pasta, passe com a varinha mágica. A consistência do doce depende do gosto de cada pessoa. Eu pessoalmente gosto de encontrar pedaços de marmelo no doce. Bom apetite…
António Nobre Chefe executivo de cozinha – Hotéis M’AR De AR, Évora
Filatelia As (irregulares) emissões natalícias
15 autores em 12 emissões
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esde que em 1974 os correios emitiram a sua primeira série de selos dedicados ao Natal, são já treze as emissões e quinze os autores dos desenhos desta, que é uma das temáticas mais colecionadas em todo o mundo. A sua periodicidade não tem obedecido a uma lógica compreensível. Senão vejamos: à emissão de 1974 sucedeu-se uma outra em 1977. A partir daqui entra-se num ciclo de emissões natalícias nos anos ímpares, ciclo este que é quebrado após a emissão de 1987. Segue-se um interregno que é interrompido em 1995. Curiosamente, no ano seguinte, temos uma nova emissão do mesmo tema. A emissão seguinte aparece em 1999 e, a partir daqui, parece entrar-se outra vez num ciclo regular de emissões; desta vez com intervalos de cinco anos, pois outras emissões se lhe sucedem, em 2004, 2009 e, segundo o plano de emissões filatélicas para 2013, teremos novamente selos de Natal no próximo ano. São variados os autores destas emissões. Aqui os registamos: Abílio de Matos Silva desenhou a emissão de 1974. Maria do Sameiro, Paula Maria David, Carla Maria Cruz e Maria M. Cardoso desenharam, cada um, o seu selo da emissão de 1977. António Almeida desenhou os de 1979. José Manuel Coutinho, Rosa Leitão e Sónia Hilário os de 1987. Vitor Santos desenhou duas emissões: a de 1994 e a de 2004. Luís Filipe Abreu a de 1995. Maria F. Gonçalves, Marta Silva e Luís F. Farinha os de 1999. João Machado desenhou os de 2009. Os serviços de Filatelia dos Correios assinaram as emissões de 1981, 1983 e 1985. Os autores das emissões de 1977 e de 1987 foram selecionados através de um concurso que decorreu entre os alunos das escolas portuguesas. Quanto à emissão de 1999, também ela selecionada entre centenas de propostas, contempla trabalhos de artistas portadores de deficiência. Esta emissão foi apresentada em 19 de novembro daquele ano, numa cerimónia pública, que decorreu na estação de correios dos Restauradores, em Lisboa. A Anaced (Associação Nacional de Arte e Criatividades de e para Pessoas com Deficiência) deu o seu contributo para a seleção destas propostas, que, juntamente com outras, estiveram expostas numa exposição que decorreu de 23 de novembro a 3 de dezembro de 1999, na Galeria de Artes dos CTT , no edifício D. Luís, à praça da Ribeira, em Lisboa. Sobre esta emissão a Anaced, em texto conjunto com os CTT e que, na oportunidade foi distribuído è imprensa, escreveu: “A arte tem testemunhado em todos os tempos e lugares as mentalidades e crenças, os hábitos e costumes, as atitudes e sentimentos dos homens. A história da humanidade inscreve-se nas várias formas de arte, através da expressão dos sentimentos e génio de artistas que participam e enriquecem o património cultural de um povo, com as suas criações, sem distinguir raças, religiões, nacionalidades, ou quaisquer diferenças que habitualmente dividem os homens. O património artístico mundial conta hoje com obras de arte, consideradas geniais, cujos autores foram, na sua época socialmente desvalorizados e excluídos. A genialidade habita frequentemente aqueles que estão mais marcados pelo preconceito social e por isso foi criada a Anaced, para promover e dar visibilidade social à criatividade deste grupo de indivíduos. A expressão artística e o exercício da criatividade tornam-se indispensáveis ao desenvolvimento humano, tanto a nível pessoal como a nível de participação no seu tempo e espaço social”. As ilustrações de hoje mostram-nos o sobrescrito do primeiro dia de circulação da emissão de 1977 e os selos da emissão de 1999, a dos artistas portadores de deficiência. Geada de Sousa
omo se escreve sobre um texto como este, agora reeditado, 50 anos depois da primeira edição e da polémica em seu redor, de Almeida Faria? Rumor Branco é um livro que reúne fragmentos da circunstância de um jovem – Almeida Faria tinha apenas 19 anos quando o publicou – de raízes alentejanas, nas suas deambulações por Lisboa, por Paris, durante a “noite” salazarista. É uma obra que estilhaça a narrativa, que toma o ritmo de empréstimo à poesia, para descrever ora os pequenos detalhes em que se queda a atenção e emoções do seu protagonista, Daniel João, ora o retrato de um mundo que é todo fora, que é todo frio, todo solidão que apenas se incendeia em encontros de amor ou com amigos. Almeida Faria, nascido em Montemor-o-Novo em 1943, faz do Alentejo personagem, lugar de “mistérios surdos” pontuado por “azinheiras de silêncio” e onde não canta, a ceifeira. Também por aí estalou a polémica. Foi, na verdade, uma polémica mais em torno de Vergílio Ferreira e da sua influência em Rumor do que em torno do livro. No prefácio, Ferreira escreveu que, formalmente, a obra tinha a ver com o novo romance mas, para outros, tratava-se mais de um romance novo do que de novo romance. O certo é que, como esclareceu José Riço Direitinho na edição do Público de 28 de novembro, Almeida Faria mal conhecia o nouveau roman. Rumor branco foi escrito após um curso de verão do trabalhador-estudante em Cambridge com regresso por Paris e dias gastos nos museus e no cinema. Voltar a Portugal é um mergulho, triste, insuportável, na “noite salazarista” em que antes não reparava por falta de termos de comparação. Quanto a esse Rumor branco, que mói o indivíduo a asfixiar na tara corporativista, entranha-se no leitor como poucas obras logram fazê-lo. Maria do Carmo Piçarra
Almeida Faria Assírio & Alvim 12,90 euros 160 págs.
Heikki Sarmanto Big Band – “Everything Is It” Taru Valjakka (voz), Eero Koivistoinen, Juhani Aaltonen, Esa Pethman, Pentti Lasanen, Seppo Paakkunainen, Hannu Saxelin (palhetas), Bertil Lövgren, Ossi Runne, Kaj Backlund (trompetes), Mircea Stan, Seppo Peltola (trombones), Keikki Sarmanto (piano, fender rhodes, celesta), Pekka Sarmanto (contrabaixo) e Craig Herdon, Esko Rosnell (bateria). Editora: Porter Records Ano: 2011
Jazz Heikki Sarmanto Big Band – “Everything Is It”
O
que mais ressalta da audição de “Everything Is It”, reeditado em 2011, é que quarenta anos volvidos desde a sua gravação (setembro de 1972), a música nele contida conserva intacta toda a sua frescura e atualidade. À data, já o pianista e compositor Heikki Sarmanto (n. 1939) era uma figura central do jazz finlandês e nórdico. Frequentou a Academia Sibelius, em Helsínquia, e foi o primeiro músico finlandês a conseguir uma bolsa para estudar no prestigiado Berklee College of Music, em Boston, em 1970. Sarmanto é sobretudo conhecido pelo seu trabalho sinfónico, orquestral e para ensembles de jazz (amiúde para teatro e cinema), no qual funde influências vindas de vários quadrantes, do jazz à música clássica, passado pela música tradicional daquelas frias paragens. Para esta ocasião reuniu uma big band constituída por 16 músicos que é um verdadeiro “quem é quem” no jazz finlandês do princípio da década de 1970. Como solistas destacam-se, para além do próprio Sarmanto, o trompetista Bertil Lövgren, o saxofonista Eero Koivistoinen e o flautista Juhani Aaltonen. O disco é dominado por uma obra de fôlego, a suite “Marat” (em quatro partes), a que são acrescentadas outras duas peças, “The Dream Of It” e “The Death”, em linha com algum do trabalho desenvolvido por outras formações coevas, fortemente influenciado pelos ventos de liberdade que então sopravam dos dois lados do Atlântico. São percetíveis grooves derivados de “Bitches Brew” – obra magna do período jazz-rock de Miles Davis – e laivos de Carla Bley, numa eficaz combinação de atmosferas elétricas e acústicas, arranjos ao mesmo tempo audaciosos e sóbrios, timbricamente exuberantes e prenhes de detalhes. Das partes I (“Introduction”) e III (“The Player”), mais sombria, avulta o canto encantatório de Taru Valjakka, então soprano da Ópera da capital finlandesa. Mais solta e fortemente “swingante” é a parte IV (“The Game”), pontuada por conseguidas intervenções solísiticas de Lövgren e Koivistoinen, que emanam de uma massa orquestral fluida e em passo acelerado. Nota ainda para “The Death”, introduzida ao piano por Sarmanto numa espécie de valsa que depois ganha um dinamismo e uma vibração especiais, com mais um excelente solo assinado por Koivistoinen, agora em saxofone soprano. Uma gravação em boa hora resgatada ao baú e que importa redescobrir. António Branco
A Direção Regional de Cultura do Alentejo organiza a 2.ª edição da iniciativa “Cante ao Menino – Rota das Catedrais”, que começa já hoje, sexta-feira, dia 21, e se prolonga até ao dia 29. O objetivo é promover e divulgar o cante tradicional alentejano, mantendo viva a tradição do Cante ao Menino, que tem lugar na quadra que se aproxima e, ao
Fim de semana
mesmo tempo, o património arquitetónico da região. A primeira atuação, a cargo do Grupo Coral da Freguesia de Monsaraz, encontra-se agendada para hoje, sexta-feira, pelas 21 horas, na Sé de Beja. O evento conta com o apoio da Arquidiocese de Évora, Diocese de Portalegre e Castelo Branco, Diocese de Beja e Museu de Évora.
Concerto de Natal em Casével O lar de Casével, no concelho de Castro Verde, acolhe amanhã, sábado, um concerto de Natal. O Coro Polifónico de Castro Verde, um dos projetos da Associação Sénior de Castro Verde, entidade que dinamiza a Universidade Sénior do concelho, subirá ao palco pelas 15 horas. O coro, criado em 2010, é constituído atualmente por cerca de 40 elementos e conta com a direção musical de António João César, docente no Conservatório Regional do Baixo Alentejo.
Banda Filarmónica de Ferreira dá música neste Natal A Banda da Sociedade Filarmónica Recreativa de Ferreira do Alentejo vai subir ao palco do salão de festas da Casa do Povo, no sábado, pelas 21 horas, para brindar todos os presentes com um concerto de Natal. A acompanhar a banda estarão dois grupos corais.
A Casa do Natal na Mina de S. Domingos A Casa do Natal volta abrir portas amanhã, sábado, entre as 15 e as 18 horas, na Mina de S. Domingos, concelho de Mértola. Os mais pequenos podem escrever cartas ao Pai Natal e está ainda preparada muita diversão. Sessões de cinema, uma quermesse e até um presépio para visitar são outras das propostas.
Exposições em Vidigueira e Vila de Frades
V Prémio Ibérico
Esculturas para apreciar em Serpa
A
Câmara Municipal de Serpa promove, entre amanhã, sábado, 22, e o dia 31 de janeiro, o V Prémio Ibérico de Escultura – Cidade de Serpa. As obras encontram-se em exposição no percurso entre o jardim da biblioteca municipal e o Espelho de Água. Este concurso pretende, mais uma vez, segundo a câmara municipal, “projetar Serpa como concelho que apoia a cultura e a arte a nível internacional”, bem como “estimular as relações culturais com o país vizinho, uma vez que o concurso é aberto a escultores residentes em Portugal e em Espanha”. A Entrega do V Prémio Ibérico de Escultura de Serpa acontecerá, assim, amanhã, sábado, pelas 10 e 30 horas, na biblioteca municipal Abade Correia da Serra. Recorde-se que as candidaturas deram entrada na Câmara Municipal de Serpa até ao dia 24 de outubro e que este ano serão atribuídos dois prémios. O primeiro no valor de 6000 euros e troféu, da autoria de Silvestre Raposo, e o segundo no valor de 1500 euros. Serão ainda entregues, no mesmo dia, três menções honrosas. Veredas Lopes, de Sevilha, é o grande vencedor deste ano, com a obra “Algodon de Azúcar”. Leandro Sidoncha, com a escultura “Eclosão”, arrecadou o segundo prémio. O prémio da primeira edição galardoou o espanhol Manuel Fuentes Lázaro, com a obra em aço “Medievo”. Fernando Miguel Roussado Silva foi o vencedor do II Prémio Ibérico, com a obra “Máxima” e Augusto Arana venceu a terceira edição com a obra “Olhador”. Em 2011, o galardão coube a Enrique Ramos Guerra, com a peça “Silueta 7”.
Está patente, no Museu Municipal de Vidigueira, uma exposição de presépios. “Nascimento de Cristo”, da autoria de Manuel Carvalho, pode ser visitada até ao dia 6 de janeiro. Já na Casa do Arco, em Vila de Frades, está patente, também até ao dia 6, uma exposição de pintura e escultura com trabalhos do Grupo 9, constituído por Chi Pardelinha, Florentina Resende, Hermínia Cândido, Manuel Carvalho, Manuela Carmo, Manuela Taxa, Maria João Cunha, Maria Rafael, Paulo Medeiros, Sérgio Reis e Silvestre Raposo.
“RIbanho” na EDIA A Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva (EDIA) tem patente nas suas instalações, em Beja, a exposição “RIbanho”, que apresenta a coleção de cartoons sobre Alqueva, da autoria de Carlos Rico e Luís Afonso, publicados no “Diário do Alentejo” ao longo dos últimos anos.
Zambombas patentes em Barrancos Até ao dia 31 de janeiro está patente, no Posto de Turismo de Barrancos, a tradicional exposição de zambombas, instrumento tradicional da vila raiana. As tradições do Natal voltam a sair à rua em Barrancos.
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Cante ao Menino na rota das catedrais
Nº 1600 (II Série) | 21 dezembro 2012
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quadro de honra São várias as condecorações que acumula no seu currículo e recentemente foi distinguido com o Prémio Nacional Austríaco de Tradução Literária. Tem-se dedicado, entre outras matérias, à divulgação da literatura austríaca em Portugal. Já traduziu, por exemplo, Thomas Bernhard, Peter Handke, Heimito von Doderer, Hugo von Hofmannsthal e Arthur Schnitzler. Foi em Áustria que fez a sua carreira docente, no entanto, não esquece o seu torrão natal: Vidigueira.
O céu deverá apresentar-se, hoje, sexta-feira, muito nublado e a temperatura oscilará entre os nove e os 17 graus centígrados. Amanhã, sábado, e no domingo também são esperadas nuvens.
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Prémio Nacional Austríaco de Tradução Literária
O prazer de traduzir textos literários Foi-lhe recentemente atribuído o Prémio Nacional Austríaco de Tradução Literária 2012. Qual é a sensação de receber tão distinto galardão?
A minha sensação ao receber a notícia de que me tinha sido atribuído o Prémio Nacional Austríaco de Tradução Literária foi, em primeiro lugar, de uma enorme surpresa e depois, naturalmente, de uma grande satisfação e, direi mesmo, orgulho, porque este prémio representa para mim o reconhecimento do trabalho que tenho feito, com o objetivo de divulgar a literatura austríaca em Portugal. Dá-me ao mesmo tempo uma certa garantia de que esse trabalho não foi em vão. O ministério da Educação, Arte e Cultura austríaco elogia o seu empenho na divulgação da literatura austríaca. Como tem sido este trabalho? Quais os autores que traduziu?
O meu trabalho no domínio da tradução literária deve-se, por um lado, ao prazer que sinto em traduzir textos literários (sobretudo poesia) para português e, por outro, à ideia de que as traduções são necessárias para dar a conhecer, num país de outra língua, neste caso Portugal, autores estrangeiros, no caso presente austríacos. Dos autores que traduzi, e que só comecei a publicar depois de me ter aposentado na universidade, distingo particularmente Thomas Bernhard, do qual já foram publicadas oito obras traduzidas por mim, tendo também já pronta a “Autobiografia” deste escritor, em cinco volumes, cuja edição, porém, em especial por motivos financeiros, aguarda ainda o momento oportuno. Dos outros autores que já traduzi distingo particularmente Peter Handke, Heimito von Doderer, Hugo von Hofmannsthal e Arthur Schnitzler. PUB
José Palma Caetano 81 anos, natural de Vidigueira É licenciado em Filologia Germânica pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e doutorado em Germanística pela Universidade de Viena. Exerceu em Portugal, mas em maio de 1962 começou a exercer a função de leitor na Universidade de Viena. Exerceu também na Universidade de Graz. Conta com várias publicações em livros e revistas e com várias traduções literárias, somando várias condecorações. Como definiria este seu percurso em Áustria?
O meu percurso na Áustria deveu-se
a um conjunto de circunstâncias felizes e ocasionais, sobretudo as que levaram a que eu fosse enviado pelo Instituto de Alta Cultura para desempenhar as funções de leitor de Português na Universidade de Viena, em 1962, e as que permitiram depois que, terminada essa missão oficial, eu fosse contratado pela universidade e pudesse ficar em Áustria, fazendo aqui a minha carreira docente, o que me deu o maior prazer. Viena é uma cidade que, desde o primeiro contacto, me fascinou e sinto-me muito feliz por aqui me ter radicado. No entanto, continuo a ser português, mais ainda alentejano, como costumo dizer, e todos os anos passamos, a minha mulher e eu, grande parte do verão emVidigueira (Viena e Vidigueira são os polos da minha vida). Considera que a literatura é fundamental no processo de integração europeia?
É muito difícil dizer o que é fundamental no processo de integração europeia, porque se trata de um processo extremamente complexo, que depende de muitos fatores. Mas parece-me muito importante, diria mesmo fundamental, que haja nos cidadãos dos vários países o conhecimento e a compreensão suficientes para aceitar e, mais ainda, reconhecer as vantagens de uma tal integração. E a arte em geral e a literatura em particular são fatores que se elevam acima dos interesses, tantas vezes mesquinhos, do dia a dia e permitem uma consonância espiritual ou intelectual que una os cidadãos em vez de os separar, como fazem, por exemplo, a política e a economia. E, no meu entender, o conhecimento e a compreensão do que somos são os fatores que mais podem contribuir para uma humanidade mais humana. Bruna Soares
Virgem Suta e Os Azeitonas no fim de ano em Beja Concertos dos Virgem Suta e Os Azeitonas, uma noite de comédia e atuações de DJ vão marcar o programa de fim de ano em Beja, que arranca no próximo dia 29 e vai decorrer na praça da República. Através do programa, que inclui três noites de festa, a Câmara de Beja, a promotora, pretende “manter as pessoas na cidade nesta época festiva e atrair novos públicos”. A primeira noite do programa, no dia 29, inclui os concertos da banda de Beja Tango Paris e de Os Azeitonas e a Penthouse Golden Night Party com Roody Deejay e Nadia Mendez. Segue-se, no dia 30, o concerto da banda bejense Caracol Blues, uma noite de stand up comedy, com os humoristas Jorge Serafim e António Raminhos, e, a fechar, a atuação do DJ Fernando Alvim. A noite de passagem de ano, dia 31, inclui os concertos dos Xeque-Mate e dos Virgem Suta, seguidos das atuações de DJ dos bares de Beja já nas primeiras horas de 2013.
Mercado Livre volta ao largo do Museu de Beja A Associação Juvenil Arruaça organiza amanhã, sábado, a terceira edição do Mercado Livre, que terá lugar no largo do Museu Regional de Beja, entre as 9 e as 17 e 30 horas. Mais uma vez, segundo a associação, “pretende-se proporcionar aos seus participantes e compradores o acesso a bens manufaturados ou em segunda mão por um preço justo”. A inscrição é gratuita, bastando comparecer no local à hora prevista.
Museu da Ruralidade inaugura presépio de Natal O presépio de Natal do Museu da Ruralidade, na vila de Entradas, no concelho de Castro Verde, que foi concebido por artistas do projeto A Terra Mexe, pode ser apreciado a partir de hoje, sexta-feira. O presépio, uma iniciativa do Museu da Ruralidade e da Junta de Freguesia de Entradas, vai estar patente ao público no núcleo museológico até 6 de janeiro.
31 Diário do Alentejo 21 dezembro 2012
Todas as semanas os leitores do “Diário do Alentejo” vão ter descontos. Os anúncios desta secção pretendem, por um lado, dar um impulso à economia local e, por outro, ajudar os consumidores neste tempo de crise. Aproveite as oportunidades.
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