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JJoão Casaca
EEm 2012 o “Diário do Alentejo” ccompletou 80 anos. O nosso aassinante mais antigo também
pág. 31
2012 em balanço Acontecimento Personalidade Política Inovação Cultura Desporto Economia Aldeias
SEXTA-FEIRA, 28 DEZEMBRO 2012 | Diretor: Paulo Barriga Ano LXXXI, N.o 1601 (II Série) | Preço: € 0,90
A cada dia que passa há empresas que fecham em Beja No rescaldo da época natalícia, uma entrevista com o presidente da Associação de Comércio, Serviços e Turismo do Distrito de Beja. Onde António Carriço fala de um Natal “triste” para os lojistas de Beja, num ano onde o volume de negócios, em média, caiu mais de 35 por cento. Os culpados são os do costume: impostos em demasia, crédito restrito e falta de poder de compra. págs. 4/5
PAULO MONTEIRO
JOSÉ SERRANO
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Jovens resgatam aldeias ribeirinhas de Alqueva pág. 13
Diário do Alentejo 28 dezembro 2012
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Editorial Rua
Vice-versa A esmagadora maioria das medidas que faziam parte do nosso programa [de assistência económica e financeira] está já concluída e criámos uma relação de grande confiança com as instituições internacionais. Pedro Passos Coelho, mensagem de Natal
Paulo Barriga
O Natal em família será com certeza um grande conforto e uma grande força para viver esta quadra no meio das dificuldades e da crise que experimentamos.
E
stá a chegar ao fim o ano mais longo e demorado a passar dos últimos tempos. 2012. O ano que rendeu por uma década inteira. Ou mais. Nem vale a pena tentar corrê-lo em revista nesta estreita tira de papel de fundo cinza. Aliás, nem todo este jornal teria capacidade, em abono da verdade, para lhe fazer condigna justiça, ao ano de 2012. Mas, numa síntese muito arriscada e abaladiça, talvez não fosse despropositado sublinhar as três palavras chave de 2012: rua, dignidade, crise. Na verdade, e muito resumidamente, 2012 foi o ano da rua. Foi o ano em que a rua voltou a ganhar o estatuto de tribuna, de fórum, de largo da aldeia. Onde todos os poderes se confrontaram. Onde a palavra de cada um se transformou na voz de muitos. A vida pública caiu, por fim, na rua. E na rua as pessoas ganharam consciência política, cívica, social. Impelidas pela urgência, as pessoas saíram à rua e a rua mostrou-lhes qual era a sua verdadeira condição. Que, em muitos casos, não andaria muito além dos limites mínimos exigidos à dignidade humana. Dignidade. Cá está outra das palavras que sumariza 2012. Dignidade ou a falta dela. 2012 foi o ano em que as pessoas foram aliviadas de tudo o que dignamente se construiu em nome do bem comum nas últimas décadas. Trabalho. Dignidade. Educação. Dignidade. Saúde. Dignidade. Casa. Dignidade. Tudo ou quase tudo. Porque o resto de quase tudo está impresso a letras gordas e sublinhado a vermelho numa agenda/memorando para 2013. É a crise. A palavra mais grafada em todos os motores de busca do planeta, logo a seguir à palavra sexo, mas com efeito mais prolongado e muito menos estimulante. O mundo está em crise, a Europa está em crise, Portugal está em crise. Em todo o mundo se procuram e punem os responsáveis pela maldita crise. Menos no país do outro mundo em que vivemos. É tudo uma questão de dignidade. Ou de falta dela. E talvez por isso as pessoas saiam à rua, agora, urgentemente, em sua busca. Que em Portugal as pessoas na rua com ela se reencontrem, com a dignidade, são os votos do “DA” para 2013.
D. António Vitalino Dantas, mensagem de Natal
Fotonotícia É o fim. No passado sábado juntaram-se em Lisboa milhares de pessoas em protesto contra a extinção/aglomeração de 1 160 freguesias de todo o País. No distrito de Beja há uma centena de freguesias à beira de serem riscadas do mapa. Não tem apenas defeitos, a lei que pretende reorganizar o território autárquico português. Existem, de facto, algumas freguesias, quase todas urbanas, cuja existência é questionável. Mas quando a regra e o esquadro tocam no interior do País, nas regiões onde as juntas de freguesia chegam a ser a única instituição de vizinhança, aí a coisa muda de figura. E faz com que esta seja uma medida injusta, cega e indesejável. Em ano de Autárquicas, ainda a procissão vai no adro. PB Foto de Junta de Freguesia de Ervidel
Voz do povo O que espera do ano 2013?
Ana Maria 46 anos, funcionária pública
Que seja melhor que este. Há quem prometa dias mais felizes para o ano que aí vem. Mas não sei se assim será. Eu não acredito em grandes melhorias. Mas enquanto há vida há esperança. Que tenha saúde para trabalhar. Que consigamos ultrapassar esta crise. Que enquanto povo continuemos a ser pacíficos. Que acabe o egoísmo entre as pessoas. É o que eu espero e desejo.
Inquérito de José Serrano
Jacinto Freitas 55 anos, serralheiro na Base Aérea de Beja
Vai ser pior que este. De certezinha absoluta. Isto está tudo um caos. A falta de emprego é impressionante, o poder de compra é mínimo, é tudo muito difícil. E na minha maneira de ver, todas estas questões se irão agravar em 2013. Desejava muito que este país progredisse, mas sinceramente não se vê solução para isto. Com a corrupção que por aí existe, não vamos lá.
Ana Gonçalves 24 anos, estudante universitária
João Mendes 20 anos, estudante de Direito
Espero o pior. Não acredito em quaisquer progressos significativos. Vai ser um ano ainda mais austero e difícil. O povo está cada vez mais descontente e por isso 2013 há de ser um ano de revolta. De manifestações contra a crise, o custo de vida e o desemprego. Espero que não existam pessoas e sobretudo crianças a passar fome. Como acredito que há.
Sou um otimista. O ano novo há de ter menos complicações que este. As dificuldades não irão desaparecer, mas a crise terá tendência a diminuir e resolver-se. Tal como todas as outras por que já passámos. Espero que existam mais oportunidades de trabalho. Para também poder pensar no meu futuro. Que exista uma melhor administração do País é fundamental.
Rede social
Semana passada SÁBADO, DIA 22 SERPA ENTREGUES OS PRÉMIOS DO PRÉMIO IBÉRICO DE ESCULTURA A Câmara de Serpa entregou os prémios e inaugurou a exposição da quinta edição do Prémio Ibérico de Escultura Cidade de Serpa, numa cerimónia que decorreu na biblioteca municipal. A exposição das esculturas selecionadas a partir das concorrentes ao prémio vai estar patente ao público até 31 de janeiro, no percurso exterior entre o cineteatro e a biblioteca municipais de Serpa. O Prémio Ibérico de Escultura - Cidade de Serpa, lançado em 2008, pretende “promover e divulgar” trabalhos de escultores portugueses e espanhóis”, “projetar Serpa como um concelho que apoia a arte” e “estimular as relações culturais” entre Portugal e Espanha.
SEGUNDA-FEIRA, DIA 24 BEJA ASSOCIAÇÃO E PSP DISTRIBUÍRAM ALIMENTOS PARA A CEIA DE NATAL A Associação Beja Solidária e a PSP entregaram, na véspera de Natal, alimentos a pessoas com dificuldades económicas do concelho de Beja para “levar o espírito natalício a quem vive em situação de carência económica”. Os alimentos, angariados durante uma campanha de recolha que decorreu entre 1 e 12 de dezembro, foram distribuídos por elementos da associação e da PSP de Beja nas casas das pessoas identificadas. A recolha e a entrega dos alimentos fizeram parte de uma iniciativa solidária de parceria, que permitiu unir a “política de proximidade” da PSP e a “vocação humanista” da Associação Beja Solidária.
TERÇA-FEIRA, DIA 25 BARRANCOS HOMEM DETIDO NO DIA DE NATAL Um homem foi detido no dia de Natal, em Barrancos, por ameaça e desobediência a militares da GNR, após ter ameaçado populares com uma arma de pressão de ar e um machado, disse fonte da força de segurança à Lusa. A mesma fonte explicou que o homem, de 45 anos, supostamente alcoolizado, foi detido cerca das 2 e 15 horas, depois de ter ameaçado uma patrulha da GNR, tendo sido constituído arguido. A detenção ocorreu depois de o homem ter supostamente ameaçado, com uma arma de pressão de ar e um machado, populares que se encontravam junto à tradicional fogueira de Natal.
QUARTA-FEIRA, DIA 26 FICALHO MÁRIO SIMÕES VISITOU CENTRO DE DIA O deputado Mário Simões retomou a sua atividade parlamentar com uma visita ao Centro de Dia de Vila Verde de Ficalho, que incluiu um almoço com os idosos da freguesia do concelho de Serpa. O social democrata eleito por Beja inteirou-se da situação em que se encontra o equipamento, que viu aprovada uma candidatura para um novo edifício, e pretende também, numa segunda fase, apresentar nova candidatura para a valência de lar, “suprindo assim uma lacuna da resposta social naquela freguesia e cumprindo um sonho de toda a população”.
BEJA EMPRESA NÃO AUMENTA TARIFAS DE ÁGUA E SANEAMENTO EM 2013 A Empresa Municipal de Água e Saneamento (EMAS) de Beja anunciou a decisão de não introduzir qualquer aumento nas tarifas, quer de água, quer de saneamento, ao longo do próximo ano. “Graças à situação robusta da empresa, conseguida à custa de um plano de ajustamento rigoroso, implementado entre 2010 e 2012, será agora possível, na altura em que é mais necessário apoiar o orçamento das famílias e das empresas, não introduzir qualquer aumento nas tarifas quer de água quer de saneamento no próximo ano”, lê-se num comunicado da empresa.
3 perguntas a Adriana Dimas
Diretora técnica da Academia das Hortícolas de Alqueva
O concelho de Beja pode e deve produzir hortícolas O que é e para que serve a Academia das Hortícolas de Alqueva, em Beringel?
A academia serve para mostrar como se pode fazer hortícolas na nossa zona, desde a preparação do terreno até à escolha das variedades e técnicas de produção, passando pela formação e pelo apoio a quem o pretender, podendo obter informações junto da EDIA ou na Cooperativa Agrícola de Beringel. A academia acaba por dar a conhecer também várias empresas ligadas ao mundo das hortícolas, desde sementes, adubos e pesticidas. Quais são as grandes vantagens, e também os grandes desafios, da agricultura de regadio numa escala de pequena propriedade?
As vantagens são que a pequena propriedade não é rentável em cereais mas nas hortícolas o caso muda de figura, tendo água à disposição e terrenos como nós temos. Bastará pôr mãos à obra porque eu acredito que o futuro do nosso País passa um pouco pelas hortícolas. No nosso caso, aqui em Beja, tudo o que se consome, ou vem do mercado da Castanheira do Ribatejo, ou vem de Marrocos, o que não se compreende. Eu gostava que, com a academia, viéssemos a mudar um pouco as mentalidades, enraizando a ideia de que no nosso concelho se pode e se deve produzir hortícolas. E mais: que a longo prazo se fossem criando condições para criar aqui um bom grupo de produtores, de modo a podermos dar resposta a uma parte do nosso consumo e poder negociar com grandes superfícies e, quem sabe – senão for sonhar muito alto – exportar.
Idosos do concelho de Aljustrel à mesa Os idosos do concelho de Aljustrel voltaram a juntar-se à mesma mesa. Todos os anos, por esta altura, há almoço de Natal. Depois da refeição, música e muita animação. Foi assim o convívio que a Câmara de Aljustrel proporcionou.
Natal nas Portas de Mértola O Natal este ano esteve em destaque nas Portas de Mértola, em Beja. Para alegria dos comerciantes, houve animação de rua para os transeuntes e foram muitos os que assistiram à peça de teatro, que deu a conhecer a razão de o Pai Natal ter barbas brancas.
“Quebra-Nozes” no Pax Julia O espetáculo “Quebra-Nozes”, pelo Russian Ballet, chegou a Beja e apresentou-se ao público na sala de excelência da cidade, no Pax Julia Teatro Municipal. E foram muitos os que se deixaram embalar.
Crianças de Mértola comemoraram Natal As crianças do concelho de Mértola foram ao Cineteatro Marques Duque assistir a um espetáculo de Natal e no fim ainda receberam prendas entregues pelas mãos do Pai Natal. A animação da quadra festiva esteve a cargo da Câmara de Mértola.
Até ao momento, qual tem sido a recetividade dos produtores locais a este projeto?
Há já muita gente a contactar-me porque quer produzir hortícolas, embora a nossa academia não esteja ainda muito divulgada. Depois, há ainda o problema da falta de terrenos para alugar porque, com a crise, não há dinheiro para investir na compra. Mas já há a vontade, o que para já é muito bom. Carla Ferreira
Feira da Ladra de Ferreira do Alentejo Ferreira do Alentejo acolheu mais uma feira da ladra e pequenos e graúdos montaram a sua banca e ofereceram produtos em segunda mão a futuros compradores. E porque a oferta foi muita, a iniciativa promete voltar ao mesmo local.
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Um dos crimes que triplicou no nosso país nos últimos dois anos foi o roubo por esticão. Como toda a gente sabe, houve um negócio, quanto a mim à margem das leis, que foi o da venda de ouro, que veio potenciar esse tipo de crime.
As perspetivas que o próprio Governo dá são muito negras para o futuro da região e do País. Acredito que o nível degradante do poder de compra dará inevitavelmente em conflitos sociais”.
Entrevista
Associação de Comércio de Beja perde por falência 300 associados em dois anos
Volume de negócios no comércio cai mais de 35 por cento em 2012 Este foi, como chegou a temer, “um Natal triste” para os lojistas da nossa região?
Este Natal foi triste, aliás no seguimento de todo o ano. Temos uma economia em recessão, más políticas para o desenvolvimento da economia nacional e regional e, mais uma vez, não houve poder de compra. Cada vez há mais desempregados, já chegámos aos 17 por cento oficiais de desempregados, que normalmente correspondem a 20 por cento, o que faz com que não haja consumidores e com isso o comércio sofre. Mas o problema dos nossos lojistas, do nosso comércio, está no consumo ou está também no próprio comércio?
O problema do comércio baseia-se em três parâmetros diferentes: o primeiro é precisamente a parte dos impostos disparatados que recaem sobre as micro e pequenas empresas, que são a maioria das empresas comerciais e de serviços. A carga fiscal está a esmagar qualquer possibilidade de investimento e até de existência do próprio comércio. Por outro lado, temos a banca que está a ser cada vez mais usurária. Nesta altura tem ordens para diminuir o acesso ao crédito e está a praticar juros enormes. E, por último, temos a falta de consumidores, uma vez que estamos numa economia extremamente recessiva, estamos com um poder de compra muito abaixo dos níveis da Comunidade Europeia, como já se comprovou.
Este foi um “Natal triste”, num ano tenebroso para o comércio do distrito de Beja, cujo volume de negócios terá caído mais de 35 por cento em relação ao ano anterior. Quem o afirma é António Carriço. O presidente da Associação de Comércio, Serviços e Turismo do Distrito de Beja (Acstdb) revela nesta entrevista uma profunda revolta em relação às políticas económicas do Governo. E acredita mesmo que 2013 vai ser um ano de “inevitáveis conflitos sociais”. Líder de uma associação que em apenas dois anos perdeu mais de 25 por cento dos seus associados devido a falência, Carriço defende a total abolição de impostos para os estabelecimentos comerciais situados em localidades com menos de mil habitantes e o fim imediato do PEC – Pagamento Especial por Conta. E alerta para o aumento da criminalidade, nomeadamente para o roubo por esticão, que, segundo afirma, está diretamente relacionado com a falta de fiscalização nas lojas de compra e venda de ouro. Texto Paulo Barriga Fotos José Serrano
Em termos setoriais, quais são as áreas que estão a ser mais afetadas?
Este ano a área mais afetada foi a restauração. O aumento do IVA fez com que a maior parte dos restaurantes entrasse numa situação de insolvência. A restauração é, talvez, o setor mais significativo para o nosso distrito. Mais de 50 por cento dos nossos 1 200 associados estão neste setor. Ou seja, mais de metade do universo empresarial da região está ligada a esta área. O aumento do IVA de 13 para 23 por cento, o que perfez um aumento real de 78 por cento, é inconcebível para a maior parte das empresas que vigoram neste setor de atividade.
Em termos de volume de negócios, aqui na nossa região, já consegue fazer um balanço do ano?
Numa estimativa global, sabemos que a queda é de mais de 35 por cento em relação ao ano anterior. Isto significa que existe muito menos poder de compra, menos empresas, e mesmo as empresas que existem estão numa situação completamente difícil para a sua sobrevivência. Antigamente falava-se que as empresas tinham em vista o lucro. Isso já não existe. As empresas têm em vista, neste momento, apenas e somente a sua sobrevivência e ela não está a ser permitida
Ao atual detentor da pasta, Carlos Oliveira, propusemos que fosse abolido o Pagamento Especial por Conta, porque são avanços que se estão a dar ao Estado sobre um presumível lucro que as empresas tinham e que 75 a 80 por cento das micro e pequenas empresas já não têm. É uma coleta injusta. Por outro lado, também pedimos para que, num distrito como o de Beja, com uma grande interiorização, com uma desertificação galopante e incontrolável, que os estabelecimentos comerciais em localidades com menos de mil habitantes não pagassem impostos. Isto parece uma medida radical. Mas é absolutamente realista. Há aldeias que apenas têm dois ou três estabelecimentos e que esses mesmos estabelecimentos têm um cariz social. É aí que se juntam as pessoas, é aí que convivem, vão à mercearia e é a mercearia que lhes dá crédito. São pessoas reformadas, com fraco poder de compra e este é um trabalho social que não é compensado pelo Estado.
Tem noção de quantos associados da Acstdb já fecharam a porta?
por más políticas que o Governo está a impor à economia nacional. E em termos de saúde empresarial, como é que está a região em termos de insolvências, em termos de falências efetivas?
Segundo a Confederação do Comércio e Serviços de Portugal e o
Instituto Nacional de Estatística, o número de insolvências em Beja é inferior. É o segundo distrito com menos insolvências, mas também é um dos distritos com menos empresas. Ou seja, o número de insolvências ronda a média nacional: 30 empresas encerradas por dia. Beja tem menos insolvências, porque tem menos
concentração demográfica e tem menos concentração empresarial, e, assim mesmo, os números estão próximos do resto do País. O que tem feito a Acstdb para inverter esta situação?
Temos abordado os sucessivos secretários de Estado sobre este problema.
Nos últimos dois anos perdemos cerca de 300 associados. Cerca de 25 por cento, o que nos leva a crer que, em termos globais, já vamos nos 30 a 35 por cento. E acha que o problema da falta de poder de compra das pessoas justifica tudo?
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Não é o problema da falta de poder de compra, o problema é de política. O Governo não só está a sobrecarregar os portugueses com impostos que não podem pagar, como os próprios empresários. O empresário português costuma ter esperança no futuro e muitos dos setores de atividade aguentam-se abertos tendo em vista um suposto ultrapassar da crise a curto prazo. Esse, normalmente, costuma ser o problema dos empresários: adiar os problemas na esperança das coisas melhorarem…
O que nos move a todos é a esperança no futuro e o que eu acho que esta política tem é falta disso mesmo. Não é uma questão apenas deste governo, é uma questão de má governação sucessiva do País, que em vez de cortar no poder de compra dos portugueses deveria cortar nas célebres gorduras do Estado. E muito rapidamente. Está com um discurso muito próximo ao dos chamados movimentos de rua, algo anarquista, sem fé na classe política…
Não é uma questão de fé. Acho apenas que estamos a ir pelo lado errado. Apenas um exemplo: como existe um salário mínimo, é compreensível para todos os portugueses, por uma questão até de moral, que exista um salário máximo. Há um indivíduo que vai à televisão dizer que ganha 137 mil euros por mês de reforma e que era gestor público… Como ele haverá muitos outros. Vivemos num país sem moral. Um país em que pagamos impostos sem termos o devido direito ao retorno de serviços relativamente aos impostos. Sempre se debateu por uma rápida intervenção na baixa de Beja, nas PUB
Portas de Mértola. Como é que olha para esta obra? Está satisfeito com o que foi feito?
Sim. Houve problemas iniciais. Penso que o tempo de obra derrapou. Sabemos que os empresários foram prejudicados nesse aspeto, falámos com a câmara, tivemos várias reuniões, e penso que finalmente perceberam que somos isentos, que não temos qualquer interesse partidário e que defendemos realmente uma classe. As obras agora estão a decorrer bem e temos de afirmar que a baixa está a ficar digna da cidade de Beja, as obras estão realmente como nós esperávamos. Estamos a estudar um projeto conjunto entre a câmara e a associação dos comerciantes, que finalmente deram as mãos, e estamos a trabalhar em comum na animação da baixa de Beja, para que possamos trazer os tais consumidores e para que possamos compensar os comerciantes dos prejuízos que tiveram durante a obra. Quando chegou à Acstdb uma das grandes bandeiras que trouxe foi a questão da segurança nas próprias empresas, aliás até chegou a falar na necessidade de videovigilância em certas zonas. Isso ainda é uma bandeira ou agora há coisas mais importantes a tratar?
A videovigilância foi sempre uma das nossas grandes bandeiras, principalmente para alguns pontos de maior concentração comercial no distrito de Beja. Sabemos que o desemprego vai afetar muito a questão
da segurança. Mais que isso, o português é um povo que normalmente não tem muito instinto criminal, mas temos o mercado aberto a outros povos que podem não ter os mesmos conceitos que nós e cuja violência possa, num momento de desespero, não tendo emprego, não tendo meios de sobrevivência, aparecer. Isso tem acontecido?
Ainda não há um registo muito forte do aumento de criminalidade. Mas um dos crimes que triplicou no nosso país nos últimos dois anos foi o roubo por esticão. Como toda a gente sabe, houve um negócio, quanto a mim à margem das leis, que foi o da venda de ouro, que veio potenciar esse tipo de crime. As lojas que vendem e compram ouro não têm de demonstrar, como têm as ourivesarias, a proveniência das suas aquisições de peças de ouro. De onde é que aparece esse ouro? Normalmente de roubos por esticão. Isso está visto. Já falei com dois comandantes distritais de polícia e ambos me disseram que se trata de uma lacuna que existe na lei e que o Governo ainda não a conseguiu colmatar. Vemos um proliferar de lojas de ouro e normalmente todo esse ouro é de origem duvidosa.
e essas sim estão perfeitamente legalizadas e com um registo de todas as peças que têm. Portanto, não podemos permitir que haja lojas que não sejam vigiadas, que não tenham uma legislação própria e que possam ser recetoras de objetos roubados. Não há, obviamente, prova disso, mas pela quantidade do aumento de roubos de esticão, tudo indica que os pontos de receção sejam esses estabelecimentos. Aqui há algum tempo, ao “Diário do Alentejo”, o presidente do Nerbe falou de alguma redundância na existência de duas associações empresariais na região. Concorda com esta leitura?
Entendo que é absolutamente fundamental a fusão das duas entidades. Penso que não há necessidade de haver duas associações empresariais quando todas as micro e pequenas empresas do distrito têm os mesmos problemas, sejam elas de comércio, indústria, serviços ou turismo e, portanto, da minha parte existe uma disposição total na fusão com outra grande associação do distrito que é o Nerbe. São as duas associações credíveis no distrito.
Numa zona onde as empresas que aparecem ultimamente são precisamente de venda de ouro, está a falar contra as próprias empresas?
Como é que podia ser feita essa fusão? Temos aqui 1 200 associados, daquele lado talvez 300. Seria quase uma aglutinação dos associados do Nerbe na Associação do Comércio?
Claro, porque essas empresas fazem uma concorrência desleal às nossas lojas tradicionais de ourivesaria,
Não obrigatoriamente. O Nerbe está a ser bem gerido e pode haver uma fusão pura, porque podemos ter um
modelo completamente diferente. Onde exista uma direção com presidente, quatro vice-presidentes, um vice-presidente representante de cada setor de atividade, um tesoureiro e um secretário. Uma associação que abranja toda a estrutura empresarial do distrito. Penso que ambas as associações têm a sua força própria, nós com maior incidência no comércio e serviços. Há alguma data, há alguma agenda para concretizar essa fusão?
Penso que durante o ano que vem. Já apresentei essa ideia ao Nerbe e o seu presidente demonstrou logo o seu acordo. 2013 vai ser o ano para trabalhar essa ideia. Que perspetivas tem para 2013 em relação ao comércio da nossa região?
As perspetivas que o próprio Governo dá são muito negras para o futuro da região e do País. Acredito que o nível degradante do poder de compra dará inevitavelmente em conflitos sociais. O português aguenta muito, mas chega a um ponto de pobreza que já não tem nada a perder e irá para o conflito social. Dentro desta possibilidade, vejo o ano 2013 muito preocupante para o comércio e para o País. Acreditamos que possa haver correções antes de se chegar a esse ponto. Mas o Governo está mal assessorado por duas pessoas que estão a mandar na governação, o António Borges e o Catroga, esses sim têm uma política extremamente retrógrada. Acredito que haja um retrocesso nestas políticas de destruição da economia nacional e que haja políticas de emergência para levantarmos o nosso Produto Interno Bruto.
Diário do Alentejo 28 dezembro 2012
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O triplo homicídio da rua de Moçambique, em Beja, despertou a cidade e a região para o mais hediondo dos massacres de que por cá há memória. Elegemos a pior notícia do ano como o acontecimento de 2012. Não por qualquer questão de morbidez ou de popularismo. Apenas para que as vítimas não caiam no esquecimento. Sendo que as vítimas de Francisco Esperança fomos todos nós. Afinal.
acontecimento2012
O crime mais hediondo da história de Beja
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inda mal o ano tinha arrancando e, infelizmente por maus motivos, Beja era o foco de atenção de todo o País. Não havia até então na cidade memória de um crime tão hediondo. Ninguém sobreviveu a Francisco Esperança no nº.15 da rua de Moçambique. Triplo homicídio, confirmado, na segunda-feira, dia 13 de fevereiro, às 20 e 30 horas, pela boca do comandante da PSP de Beja, Viola Silva. Antes já a PSP
tinha conseguido fazer sair da habitação o presumível assassino, depois de ter sido alertada pelo namorado da filha de Francisco Esperança, que há vários dias dizia não saber do seu paradeiro. Lá dentro, na casa da rua de Moçambique, estavam as três vítimas mortais: a mulher, de 53 anos; a filha, de 28; e a neta, de quatro anos. Os animais domésticos também não escaparam à fúria do assassino de catana em punho. E a cidade, a região, o País, entraram em choque. A história circulava de boca em boca, mas também na televisão, nos jornais. Sempre acrescentada com um pormenor ainda mais macabro, ainda mais perturbador, ainda mais cruel. Beja de luto enterrou as vítimas, numa tarde em que o sol não conseguiu aquecer os tantos que se deslocaram ao cemitério. Mas antes do último adeus já mais de uma centena de pessoas tinha aguardado junto ao tribunal a chegada do suspeito, que acabaria por ficar em prisão preventiva no Estabelecimento Prisional de Beja, mas por pouco tempo. Seria depois transferido para o Estabelecimento Prisional de Lisboa por alegada falta de condições de segurança na cadeia de Beja. O corpo de Francisco Esperança foi, no dia seguinte, encontrado enforcado na cela do estabelecimento prisional. O cadáver do homicida foi reclamado por uma pessoa das suas relações próximas, que realizou o funeral. Aquando do acontecimento, o “Diário do Alentejo” resolveu preencher as duas páginas que estavam em branco até ao final da edição apenas com o mínimo essencial, que ainda assim era
tanto. Recorde-se que o “DA”, antes de conhecer os desenvolvimentos do caso, acompanhou os acontecimentos, quase ao minuto, na sua página do Facebook e daí retirou os depoimentos de alguns dos seus seguidores. Apresentou uma cronologia dos factos e uma forreportagem que terminou à porta do cemitério de Beja. Bruna Soares
Extinção de freguesias
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O ano do fim da A26
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o longo deste ano foram várias as denúncias que chegaram sobre as paragens na construção da A26, entre Sines e Beja, e no IP2. A preocupação sobre o fim dos trabalhos arrastou-se, motivando o descontentamento de autarcas, políticos e entidades da região, mas rapidamente chegou o anúncio da suspensão. Em agosto último a Tecnovia anunciou a aplicação de lay-off a mais de três centenas de trabalhadores. Segundo a construtora, a suspensão das obras justificavam a medida. Mas em setembro a Estradas de Portugal (EP) anunciou ter chegado a acordo com a Estradas da Planície, revelando que apenas seriam concluídos em perfil de autoestrada as ligações entre Sines e Santo André e entre Sines e Santiago do Cacém, bem como entre a A2, em Grândola Sul, e Santa Margarida do Sado. O Governo abdicava assim da construção da autoestrada entre Sines e Beja. Numa entrevista ao “Diário do Alentejo, António Ramalho, presidente da EP, afirmou: “O tráfego previsto não justifica a construção de uma autoestrada dispendiosa”, considerando que a “A26 é um equívoco técnico”. Apesar de o Governo ter mandado suspender as obras as forças vivas da região não desarmaram. Autarcas, empresários e entidades promoveram diversas ações de sensibilização e de protesto, como um buzinão e uma marcha lenta. E prometem que mais está para vir.
proposta de lei da Reorganização Administrativa do Território das Freguesias foi aprovada pelo Conselho de Ministros a 2 de fevereiro. Rapidamente os eleitos de muitos concelhos começaram a debater-se contra a extinção, considerando que era uma ofensiva contra o Poder Local Democrático. O processo prosseguiu e no dia 15 de outubro terminou o prazo para as assembleias municipais se pronunciarem sobre a proposta de reorganização administrativa do território. Beja acolhia pouco tempo depois uma concentração, promovida pela Anafre, contra a extinção de freguesias, mas já antes tinham sido colocadas faixas pretas nas sedes das juntas, contra o seu desaparecimento. O corte de 25 por cento de freguesias acabaria por ser levado à letra pela Unidade Técnica para a Reorganização Administrativa do Território (Utrat). Na “proposta concreta”, entregue no dia 5 de novembro ao Parlamento, este organismo reduz de 100 para 75 o número de freguesias no distrito de Beja. E a luta, segundo as populações e alguns eleitos dos concelhos, continua.
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Não é uma personalidade que apareça diariamente no frenesim noticioso. Muito menos a nível local e regional. Até porque esta bejense não passa por cá os seus dias. É eurodeputada. E é daquelas que reside em Bruxelas. E isso não é apenas um pormenor. A grande maioria dos deputados europeus apenas dedica um ou dois dias da sua existência semanal ao PE. Graça Carvalho oferece-lhe a semana por completo. E por isso foi redatora de um documento que irá transformar a Europa nos próximos anos: o Horizonte 2020.
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João Basto O mais jovem presidente da EDIA
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oão Basto foi anunciado no final de fevereiro como o novo presidente do conselho administrativo da Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva (EDIA), substituindo Henrique Troncho. O Ministério da Agricultura considerou, na altura, que João Basto apresentava no seu currículo profissional “uma diversificada experiência, sempre ligada ao setor empresarial agrícola e agroalimentar”. Recorde-se que antes de aceitar o desafio Alqueva, João Basto esteve na China a implementar aquela que é considerada a mais moderna indústria de café em toda a Ásia, da Companhia Industrial de Macau. Seis meses após estar à frente dos destinos da EDIA, afirmou ao “Diário do Alentejo” que “Alqueva é um sucesso”. É o mais jovem dos presidentes do conselho de administração que a EDIA já conheceu. Redirecionou a empresa que gere os destinos do Empreendimento de Fins Múltiplos do Alqueva também para a captação de investimentos para a região e para a promoção do desenvolvimento do perímetro de rega.
José Caeiro salvou a vida a duas pessoas
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osé Henrique Caeiro, funcionário da Câmara Municipal de Beja, com “toda a calma do mundo” salvou a vida a duas pessoas, retirando-as de um apartamento em chamas, em Beja. Quem disse que não há heróis? José Caeiro, ex-bombeiro, porém, rejeitou, na altura do sucedido, em agosto, o título. “Não há heróis. Salvei apenas duas pessoas que estavam numa casa em chamas e isso não faz de mim um herói. Sou apenas um membro da população de Beja que, numa aflição, conseguiu ser útil. Certamente haveria outras pessoas que fariam o mesmo”. Os bombeiros chegaram momentos depois para apagar as chamas. Uma vela de cheiros terá estado na origem do acidente que apanhou desprevenida uma mulher e um rapaz. As chamas alastraram-se rapidamente e o fumo negro provocou o pânico entre as vítimas.
Maria da Graça Carvalho A eurodeputada bejense que redigiu o Horizonte 2020
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o ano termina com a aprovação, pela Comissão de Indústria do Parlamento Europeu, por unanimidade, do relatório do programa Horizonte 2020. Documento, este, que visa estabelecer as prioridades da Europa no que diz respeito à investigação e inovação para o período de 2014 – 2020. Trata-se, na verdade, de um programa de financiamento para o qual são pedidos 100 mil milhões de euros e que “é crucial para a Europa sair da crise”. Um documento que foi redigido pela eurodeputada bejense Maria da Graça Carvalho e, aquando da votação, o “Diário do Alentejo” esteve presente e falou com a eurodeputada, que explicou, numa entrevista que foi publicada este mês: “É um programa de financiamento da União Europeia destinado à investigação científica, à inovação e ao desenvolvimento tecnológico e industrial, ao qual podem concorrer universidades, centros de investigação, pequenas, médias e grandes empresas, indústrias, organizações não governamentais e associações. Tem como principal objetivo desenvolver o potencial científico na Europa, a competitividade da indústria, e pedir aos cientistas e aos técnicos que desenvolvam soluções para os problemas que mais afligem a Europa neste momento”. Maria da Graça Carvalho acredita que este Horizonte 2020 pode ter implicações no Alentejo, sua região natal, e afirmou na altura: “Uma das
novidades do Horizonte 2020 é que introduzimos o conceito de caminho para a excelência. E não são apenas as instituições muito conhecidas internacionalmente e de grande massa crítica que devem ser consideradas excelentes. Existe uma parte do orçamento que é dedicada a regiões menos representadas no Programa Quadro, que podem fazer geminações, em que uma instituição de uma região menos representada faz uma aliança com uma instituição que tem bons resultados. E apresentam candidaturas conjuntas. O Alentejo é uma região que, infelizmente, ou felizmente, neste caso, pelos seus índices ainda baixos, terá acesso a um pacote de financiamento nos fundos estruturais com alguma dimensão”. Uma parte do Horizonte 2020 é destinado para inovação da agricultura e da agroindústria, da segurança alimentar e qualidade alimentar. E Maria da Graça Carvalho vê, por exemplo, “um grande potencial no Alqueva que pode desenvolver toda uma fileira. Que tire partido tanto do ponto de vista agrícola, como turístico e energético”. A professora Maria da Graça Carvalho, em Bruxelas, defendeu ainda: “O Alentejo tem muito futuro. Porque há espaço, há um clima bom, há uma terra fértil para a agricultura, há potencial para a energia, do sol, do vento, da biomassa. O Alentejo não está saturado como muitas outras regiões semelhantes da Europa”. E, em sua opinião, A26 “não está a mais” e deveria ser “acabada”. Bruna Soares
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Muitos acontecimentos, personalidades, eventos poderiam levar este carimbo. Mas a nossa escolha recaiu sobre a candidatura do cante alentejano a Património Imaterial da Unesco. Não apenas à tentativa falhada em 2012. Mas sobretudo pela vitalidade da ideia, que amadureceu, melhorou, e que será entregue em Paris nos primeiros meses de 2013. Depois do fado, Portugal poderá ter (vai ter!) nova expressão musical reconhecida: o cante. O nosso cante.
cultura2012
Cante alentejano Rumo a Paris no início do novo ano
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os finais do mês de julho, António Almeida Ribeiro fez questão de descer à ardente cidade de Serpa para assistir à inauguração da Casa do Cante, que considerou “um passo fundamental” no processo da candidatura desta expressão a Património Cultural Imaterial da Humanidade. Uma presença simbólica, esta do embaixador da Unesco em Portugal, que na altura deixou bem claro o seu apoio à pretensão alentejana, um projeto que “sendo tão caro aos alentejanos”, não deixa de ser um “projeto de Portugal”, disse. Recentemente, já em finais de novembro, o mero apoio da Comissão Nacional da Unesco transformou-se em compromisso. A candidatura do cante alentejano “está em preparação para ser entregue na Unesco no início de 2013”, tal como revelou o diplomata num colóquio internacional em Lisboa, sublinhando que o organismo que dirige “dá mais importância à exigência de qualidade das candidaturas, do que à quantidade”. Uma garantia que surge um ano após a
Os Bubedanas De pequenino…
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aprovação da candidatura do fado a Património Cultural Imaterial da Humanidade, havendo por isso “uma responsabilidade acrescida para apresentar candidaturas coerentes, bem estruturadas e fundamentadas”, avisou o embaixador. Parece que é desta que vamos até Paris. Para trás fica a entrega frustrada em março último, por decisão do Ministério dos Negócios Estrangeiros que se decidiu pelo adiamento por considerar que não estavam então reunidas todas as condições para a sua aceitação. Só em 2013, “para que o cante seja aprovado e não apenas candidato”, disse na altura um porta-voz do ministério de Paulo Portas. Recorde-se que a candidatura partiu da iniciativa de três promotores: a Confraria do Cante Alentejano, a associação Moda e Casa do Alentejo, por sua vez patrocinadas pela Câmara Municipal de Serpa e pela Turismo do Alentejo,
sam calças de ganga e bonés mas não passam por cima da tradição na sua missão “de rejuvenescer o cante”. E sendo tão novos – com idades entre os 15 e os 20 anos – e tão espontânea a sua vontade de cantar à alentejana, a sua existência, desde há um ano, ganha até um maior simbolismo do que um eventual reconhecimento mundial do cante enquanto património imaterial. São Os Bubedanas, duas dezenas de amigos de Beja que vêm somando fãs, quer entre os seus pares, onde já criaram a “moda” do cante, quer entre os veteranos, que se emocionam ao verem perpetuado o cancioneiro tradicional da região.
António José Zambujo Um 2012 abençoado
após sugestão do anterior presidente da Comissão Nacional da Unesco, o embaixador Andresen Guimarães, em maio de 2011. Carlos Medeiros, presidente da comissão executiva da candidatura do cante alentejano congratulou-se com o “compromisso” tornado público por António Almeida Ribeiro, mas não deixou de destacar a importância do papel da diplomacia portuguesa neste processo: o cante “tem todas as características” para ser Património da Humanidade, mas, para tal, “tem que haver, por parte da diplomacia portuguesa, um trabalho como houve para o fado”. Na altura o responsável acrescentou também que a candidatura estava “a ser revista”, devendo ser entregue à comissão nacional da Unesco “até final deste ano”. Por estes dias, portanto. Carla Ferreira
2012
foi um ano particularmente abençoado para o bejense António José Zambujo, o fadista mais cosmopolita da nova geração. Ele próprio o admitiu ao “Público” nas vésperas da sua primeira vez a solo no Coliseu dos Recreios, em Lisboa, no início deste mês: “Fazer o concerto no coliseu deveu-se ao facto de eu ter tido um ano muito bom, desde logo com o lançamento do disco [“Quinto”] em abril e os concertos de apresentação na Gulbenkian, e depois por ter chegado muito rapidamente a disco de ouro”. Um trabalho que reúne 14 faixas e um elenco de autores consagrados. E que a imprensa da especialidade não deixou de reconhecer, nomeadamente a revista “Blitz”, atribuindo-lhe o lugar de melhor disco português de 2012.
política2012
Depois de três décadas João Rocha deixa Câmara de Serpa
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m janeiro João Rocha, então presidente da Câmara Municipal de Serpa, tomava a dianteira, a par com outras entidades, da promoção da candidatura do cante alentejano a Património Cultural Imaterial da Humanidade. O autarca considerava que estavam envolvidas as entidades representativas da região e que tinha chegado a altura de avançar. Mas pouco tempo depois, por decisão unilateral, a Comissão Nacional da Unesco, por indicação expressa do ministro dos Negócios Estrangeiros, decidiu não entregar a candidatura do cante alentejano a Património Cultural Imaterial da
Caeiros sai e volta ao QREN
Humanidade, ressalvando, contudo, que tal aconteceria já em 2013. O presidente da Câmara Municipal de Serpa, na altura, desvalorizou por completo este adiamento, que rotulou de “mero atraso”, salientando ainda que os promotores continuariam a trabalhar para que o cante alentejano fosse classificado como Património Cultural Imaterial da Humanidade. Em julho inaugurou em Serpa a Casa do Cante. “Uma casa para o cante, mas também para os que o defendem”, reiterou-se aquando da sua abertura ao público. Sublinhando-se ainda o seu “papel fundamental para sustentar a candidatura à Unesco”. Em outubro, porém, o histórico presidente comunista anunciou a sua saída da autarquia. Ao fim de nove mandatos consecutivos. Ao fim de mais de três décadas à frente dos destinos da autarquia serpense, na horada despedida, Rocha informou os seus camaradas de partido que era “chegada a hora” e que era “tempo de fechar um ciclo”. A presidência da Câmara de Serpa foi assumida por Tomé Pires. Aos 61 anos, João Rocha defendeu que saiu da autarquia serpense “em tempo certo” e com o “sentimento de dever cumprido”. Mas rápido se começou a suspeitar que a carreira autárquica de João Rocha, que está impedido por limite legal a recandidatar-se em Serpa, poderá prosseguir noutro concelho vizinho. Recorde-se que há já algum tempo que vem sendo ventilada a hipótese de João Rocha vir a encabeçar a lista da CDU em Beja, nas eleições de outubro de 2013. Para já, continua tudo em aberto. Bruna Soares
Por Beja com Todos surge com intenções eleitorais
Pedro do Carmo sucedeu a Pita Ameixa
09 Diário do Alentejo 28 dezembro 2012
No Baixo Alentejo, era dos poucos políticos sobreviventes à chamada época jurássica do Poder Local. João Rocha comandou os destinos da Câmara de Serpa nas últimas três décadas. A um ano das Autárquicas de 2013 saiu pelo seu próprio pé, numa altura em que aquele concelho é usualmente reconhecido como exemplar, a vários níveis. O que baralha as contas dos candidatos nos concelhos vizinhos, nomeadamente em Beja. Onde a CDU pode avançar com um dos mais experientes autarcas do seu cardápio.
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ernando Caeiros, antigo presidente da Câmara Municipal de Castro Verde, deixou o cargo de vogal executivo do INAlentejo, sendo substituído por Filipe Palma. “Terminou o período de três anos para o qual fui proposto para desempenhar a função, mas fui-me mantendo, neste intervalo de tempo foram definidos os estatutos dos gestores públicos e um dos requisitos exigidos é a obrigatoriedade de os gestores públicos serem portadores de uma licenciatura. Essa situação ficou clarificada, e associada a motivos pessoais ficaram definidas as condições para a minha saída”, explicou, em abril, Fernando Caeiros ao “Diário do Alentejo”. Já nesta altura se falava que Fernando Caeiros, pela sua experiência, poderia ficar a colaborar com a Associação Nacional de Municípios Portugueses, nomeadamente no que aos programas operacionais regionais dizia respeito. Em setembro chegava a confirmação. Fernando Sousa Caeiros foi designado pela Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) para representá-la, no âmbito do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN), na equipa conjunta que já estava a fazer, a nível nacional, o acompanhamento e monitorização da execução de projetos de iniciativa municipal.
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m 2012 surgiu em Beja um movimento de cidadão com intenções eleitorais, o “Por Beja com Todos”. Um grupo que garante “não ter nada contra os partidos” e que pretende assumir um “compromisso exclusivamente com o concelho” e mobilizar “os descrentes” da política. O movimento começou a reunir-se e nas conversas, debates, começaram a participar ex-autarcas e outras pessoas “da direita à esquerda”, mas com clara predominância de ex-ativistas e apoiantes dos partidos de esquerda e de movimentos de cidadãos. Só em novembro, contudo, foi oficialmente inaugurado o novo movimento cívico por Beja. Os seus representantes, na altura, não descartavam a possibilidade de apresentarem, já em outubro próximo, uma lista de candidatos à Câmara Municipal de Beja. José Lopes Guerreiro, antigo autarca do PCP na região, é o rosto principal deste grupo. O movimento independente “Por Beja com Todos” começou este mês a convidar os munícipes a participarem na escolha dos principais candidatos aos órgãos autárquicos do concelho a apoiar pelo movimento nas eleições autárquicas de 2013.
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edro do Carmo, presidente da Câmara de Ourique, entrou na corrida as eleições da Federação do Baixo Alentejo do Partido Socialista (PS). Hélder Guerreiro, vicepresidente da Câmara de Odemira, também entrou na disputa, mas acabou por ser Pedro do Carmo o sucessor de Pita Ameixa. Pouco tempo depois, anunciava-se que comissão política distrital, o órgão mais importante e representativo da federação, seria composta por 34 apoiantes da moção de Pedro do Carmo (eleito para a presidência da federação) e por 27 apoiantes da moção de Hélder Guerreiro, respeitando a proporcionalidade que “se verificou nas urnas”. Pedro do Carmo considerou na altura: “A apresentação de listas conjuntas é um bom sinal de que o partido saiu mais fortalecido, coeso e unido destas eleições”. O ano parece terminar bem para o autarca, tendo em conta que, na edição passada do “Diário do Alentejo, o executivo PS na Câmara de Ourique anunciou que “já reduziu quase metade da dívida de 20 milhões de euros ‘herdada’ em 2005”.
O empreendimento de Vale da Rosa, em Ferreira do Alentejo, tem um rosto: António Silvestre Ferreira. Comendador. Um visionário, incansável empreendedor que fez da sua propriedade familiar a maior produtora de uvas de mesa do País. Cuja produção, especialmente das uvas sem grainha, chega aos quatro cantos do mundo. E, desde 2012, também à China. E o mais interessante é que a referência que melhor se reconhece na embalagem do produto é a “marca”… Ferreira do Alentejo.
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economia2012
Vale da Rosa iniciou exportação para a China
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maior produtora nacional de uvas de mesa, a herdade do Vale da Rosa, situada em pleno coração do Baixo Alentejo, a cerca de três quilómetros de Ferreira do Alentejo, começou em outubro último a exportar para o mercado chinês. O primeiro carregamento para a China, constituído por 18 PUB
toneladas de uvas de mesa, partiu para Hong Kong através de um parceiro holandês, com o objetivo de “abrir caminho para o mercado asiático” e de chegar a regiões como Macau, Malásia e Médio Oriente. Para o ano que agora finda, a empresa estima que o volume de negócios seja superior aos sete milhões de euros registados em 2011 e a expetativa é aumentar também a produção, face ao investimento feito na plantação em novas vinhas, chegando às
seis mil tonelada entre 2013 e 2014. O mercado asiático é, segundo os responsáveis pela empresa, “muito promissor” e corresponde ao esforço da Vale da Rosa em “intensificar o trabalho” de internacionalização e aumentar “significativamente” os volumes de exportação. Ainda de acordo com a empresa, as exportações tiveram “um crescimento significativo” entre 2011 e 2012, passando de 25 para 35 por cento da produção total (cinco mil toneladas). Os principais destinos das uvas produzidas são, atualmente, Angola e países europeus como o Reino Unido, Holanda e Bélgica, onde a protagonista é a uva sem grainha, que é considerada “o cartão-de-visita nesses mercados exigentes”. Em termos de mercado interno, “o cenário tem sido mais complicado”, adianta a empresa, devido “à queda da procura e à crescente pressão sobre os preços”, que também se faz sentir externamente. O projeto empresarial herdade Vale da Rosa, que tem por missão “a produção de uvas de mesa de alta qualidade”, iniciou a sua atividade em 1960, adotando o sistema
de produção tradicional – formas baixas em espaldeira. Acompanhando a evolução, tomou a iniciativa de produzir uvas no sistema Pérgola, “utilizando coberturas plásticas e redes – inovador em Portugal – alargando assim o período de produção”. Esta iniciativa levou, segundo os responsáveis, a uma “colaboração intensa com países com grande tradição na produção de uva neste sistema, como Itália, Israel, Brasil, Chile e EUA”. A Vale da Rosa iniciou a exportação em 1972, “abastecendo especialmente o exigente mercado inglês”, e é, atualmente, “o maior produtor nacional, com uma área de exploração de cerca de 230 hectares de vinha (dos quais 100 hectares são de uva sem grainha – Sugraone, Sophia, Thompson, Midnight Beauty, Autumn Royal e Crimson)”. A herdade dispõe de uma equipa de técnicos residentes, com acompanhamento frequente de técnicos italianos, da região de Puglia, israelitas, espanhóis e chilenos. Atualmente emprega cerca de 200 trabalhadores a título permanente e ultrapassa os 500 no período de colheita.
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Em Beja, no Centro de Biotecnologia Agrícola e Agroalimentar, há uma equipa de cientistas que anda às voltas com a descoberto do genoma do sobreiro, a árvore que é símbolo nacional. Um projeto de investigação que vai durar perto de dois anos e meio e que vai custar, com dinheiros comunitários, mais de um milhão de euros. Melhor notícia não poderia haver este ano para a fileira florestal portuguesa e, em especial, para o sobreiro, uma das maiores riquezas nacionais.
inovação2012
Cebal vai sequenciar genoma do sobreiro
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Centro de Biotecnologia Agrícola e Agroalimentar do Baixo Alentejo e Litoral (Cebal) viu aprovado para financiamento comunitário, pelo programa operacional INAlentejo, o projeto GenoSuber – Sequenciação do Genoma do Sobreiro, que arranca no próximo ano e custará 1,1 milhões de euros. A investigação vai durar dois anos e meio e tem como objetivo descodificar e conhecer o património genético do sobreiro, “a espécie florestal com maior interesse económico e social em Portugal”, explicou Sónia Gonçalves, investigadora principal do Cebal e coordenadora do projeto GenoSuber. O montado de sobro,
a base da indústria corticeira, “assume uma importância ecológica e socioeconómica” em Portugal que “justifica a realização do projeto no País”, frisou a investigadora, referindo que, através do GenoSuber, “Portugal está na vanguarda da investigação em sobreiro”. Devido à importância desta árvore em Portugal, que é responsável por cerca de um terço da produção mundial de cortiça, “faz todo o sentido ser o País a liderar a descodificação do genoma” (código genético) e a “deter o conhecimento máximo a nível genómico”, afirmou. A descodificação do genoma do sobreiro, que será feita com “tecnologia de última geração”, vai permitir “um avanço no conhecimento e melhoramento genético da espécie, em questões relacionadas, por exemplo, com o desenvolvimento da
Tiago Conceição sagrou-se campeão europeu de Web Design
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iago Conceição, um jovem natural de Alvito, aluno do curso de Engenharia Informática do Instituto Politécnico de Beja (IPBeja), sagrou-se em outubro último campeão europeu na saída profissional de Web Design no EuroSkills (Campeonato Europeu de Web Design), que teve lugar em Bruxelas e onde participaram 440 jovens oriundos de 27 países europeus. O estudante conseguiu também a medalha de bronze no Cross Media Publishing – equipa. Tiago Conceição tinha já arrecadado vários prémios no Campeonato Nacional de Profissões, onde se destacam o 1.º lugar em Faro (no verão deste ano), o 1.º lugar nos Açores (2011) e o 3.º lugar em Santarém (2009). No próximo ano, o ex-aluno na Escola Profissional de Alvito irá participar no WorlSkills, que se realiza na Alemanha e onde estarão os melhores web designers do mundo.
árvore, a formação da cortiça e as respostas a stress, com especial enfoque na resistência a doenças”. Através da descodificação do genoma, será possível “identificar a sequência dos genes presentes numa espécie”, o que já foi feito no genoma humano e de outras espécies vegetais, mas no sobreiro “será a primeira vez”, disse a investigadora, acrescentando que “a identificação dos genes poderá ajudar depois a realizar estudos mais direcionados e será uma mais-valia para o conhecimento” do sobreiro. O GenoSuber vai “trazer uma nova dimensão” à fileira f lorestal portuguesa ao abrir a possibilidade de delinear estratégias de melhoramento da espécie, “com importantes repercussões a médio e longo prazo no sector” da cortiça. PUB
Orçado em 1,132 milhões de euros, será financiado em 80 por cento por fundos comunitários, através do INAlentejo, sendo a verba restante assegurada por entidades privadas. O projeto envolve ainda o Instituto de Tecnologia Química e Biológica da Universidade Nova de Lisboa, o Instituto de Biologia Experimental e Tecnológica, a Biocant – Associação de Transferência de Tecnologia, o Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária e o Instituto Gulbenkian de Ciência. O estudo envolve uma equipa de perto de 30 investigadores e terá como consultores o professor belga Yves Van de Peer, da Ghent University (Bélgica), e o professor norte-americano Gerald Tuskan, do Oak Ridge National Laboratory (Estados Unidos da América).
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obituário
desporto2012 D. Manuel Falcão
José Cândido Nobre
No início do ano, a 21 de fevereiro, falecia em Beja, na casa episcopal, D. Manuel Franco da Costa de Oliveira Falcão, bispo emético. Nascido a 10 de novembro de 1922, em Lisboa, entrou no seminário em 1945, após a conclusão do curso de Engenharia Mecânica no Instituto Superior Técnico, e foi ordenado padre pelo cardeal-patriarca de Lisboa, D. Manuel Gonçalves Cerejeira, em 1951. Em dezembro de 1966 foi eleito bispo titular de Telepte e auxiliar do cardeal-patriarca. Em outubro de 1974, pouco depois da Revolução de Abril, foi nomeado coadjutor por Paulo VI, com direito de sucessão do arcebispo-bispo de Beja, D. Manuel dos Santos Rocha, tendo chegando à Diocese de Beja em janeiro de 1975. Nos anos seguintes desenvolveu “uma especial ação” no campo da organização pastoral. Aquando da resignação de D. Manuel dos Santos Rocha, por limite de idade, nos finais de 1980, passou a bispo diocesano. Visando “a defesa e valorização” dos bens culturais da Igreja, criou em 1984 o Departamento do Património Histórico e Artístico da Diocese. Erigiu canonicamente o Coro do Carmo, o Museu de Arte Sacra de Santiago do Cacém e o Tesouro da Basílica Real de Castro Verde. Resignou em janeiro de 1999, ficando como administrador apostólico da diocese até à tomada de posse de seu sucessor, D. António Vitalino Dantas, em abril. D. Manuel Falcão decidiu continuar a viver em Beja, onde escreveu até à sua morte no semanário diocesano “Notícias de Beja”, sendo conhecida a sua “paixão desmedida” pelo jornalismo – tinha 15 anos quando começou a escrever para jornais. Foi ainda autor da Enciclopédia Católica Popular, editada pelas Paulinas.
José Cândido Nobre, presidente e grande dinamizador da Associação de Criadores de Porco Alentejano (ACPA) e considerado “uma figura decisiva” na afirmação de Ourique enquanto Capital do Porco Alentejano, morreu a 2 de outubro, aos 54 anos, vítima de doença prolongada. Por concretizar deixou três “projetos decisivos”: o projeto-piloto de recuperação do montado de sobro e azinho do concelho, o VII Congresso Mundial do Presunto – que se realizará em Ourique em maio do próximo ano – e a construção de uma nova sede da Associação de Criadores de Porco Alentejano.
Artur Lopes da Fonseca A 27 de novembro, vítima de doença prolongada, falecia no Hospital do Litoral Alentejano, em Santiago do Cacém, Artur Lopes da Fonseca, irmão do escritor Manuel da Fonseca. Artur da Fonseca, que viveu parte da sua vida na Costa de Santo André, tinha 88 anos e dedicou muitos deles à recolha do espólio do irmão, assim como à divulgação da sua obra, tendo para tal colaborado com inúmeras entidades e particulares. Em 2004 foi membro do júri do Prémio Nacional de Conto Manuel da Fonseca, na 5.ª edição do galardão instituído pela Câmara Municipal de Santiago do Cacém.
Ana Cabecinha brilhou em de Londres
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atleta alentejana Ana Cabecinha merece, por inteiro, o destaque de figura desportiva do ano de 2012. A sua presença nos Jogos Olímpicos de Londres (9.ª classificada nos 10 quilómetros marcha atlética), ainda que um furo abaixo daquilo
que tinha conseguido em 2008 nos Jogos de Pequim (8.º lugar), foi o corolário de uma época de sucesso. A campeã de Portugal dos 20 quilómetros marcha, de 28 anos, natural de Baleizão, que representa o Clube Oriental do Pechão, foi a melhor classificada (13.ª) entre as 16 mulheres portuguesas que no ano de 2012 inscreveram o seu nome no Top 100 dos rankings mundiais de atletismo, nas disciplinas olímpicas (ar livre). O excelente registo de 1.28.03 horas, nos 20 quilómetros marcha, conferiu igualmente a Ana Cabecinha o 2.º lugar (1.º no setor feminino) entre os 50 atletas mais pontuados em 2012 pela Associação Internacional das Federações de Atletismo. Com a raça de campeã que se lhe reconhece, prepara a nova temporada com grande determinação e no fecho do ano conseguiu mais um triunfo no 2.º Criterium de Marcha, organizado há oito dias pela Associação de Atletismo do Algarve na pista de Vila Real de Santo António. Firmino Paixão
Benvinda Paulino Benvinda Paulino, que durante anos vestiu a pele de Pai Natal para encanto de pequenos e graúdos, faleceu no dia 13 deste mês, aos 84 anos. A residir há vários anos num lar de idosos na cidade de Beja, onde estava acamada há já algum tempo, Benvinda, que era natural de Salvada, ficará ainda na memória pelas gargalhadas que arrancava com os seus improvisados “teatros”, sobretudo quando se mascavava pelo Carnaval.
João Roque
Marisa Sousa
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um plano em que se reconhece o menor mediatismo do kayak polo entre as outras disciplinas do desporto aquático, e, em paralelo, alguma falta de apoios institucionais ao desenvolvimento da modalidade, há que destacar a presença do atleta João Roque (da Associação Juvenil Pagaia Sul, de Beja), em setembro último, nos Campeonatos do Mundo de Kayak Polo, que se realizaram na cidade polaca de Polzan. Um feito memorável para um atleta de 21 anos e com muito simbolismo para o clube que representa.
oi a primeira mulher, e é ainda a única no distrito de Beja, a atingir os quadros nacionais do conselho de arbitragem da Federação Portuguesa de Futebol. Lutou imenso por isso, sobretudo num meio como o futebol que sendo severo para com a arbitragem o é ainda mais com as mulheres que escolhem esse caminho. A professora de natação, natural de São Matias, de 23 anos, tem um longo caminho a percorrer para chegar ao topo, mas já merece o sublinhado que aqui deixamos.
A EDIA faz um balanço “extremamente positivo” das “primeiras semanas” de projeto, na medida “em que houve uma boa aceitação e integração por parte dos jovens e das comunidades das aldeias de acolhimento”. Uma situação que se deve “em boa medida ao apoio local, dos municípios e em particular das juntas de freguesia de Alqueva, Campinho, Capelins, Luz e Póvoa de São Miguel, que garantiram as condições de trabalho, na maior parte dos casos
nas suas próprias instalações, tendo de igual forma apoiado na identificação dos locais de alojamento e de alimentação, e na interação dos jovens com a comunidade local. É assim relevante a aproximação já desenvolvida às populações locais, as quais têm acolhido estes jovens com enorme expetativa”. Ainda de acordo com a empresa, em termos de oportunidades empresariais, “começam já a referenciar-se produtos e serviços passíveis de desenvolvimento”.
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EDIA faz balanço “extremamente positivo”
Atual
Projeto Aldeias Ribeirinhas integra 15 estagiários
Resgate territorial em Alqueva Numa verdadeira “missão de resgate territorial de territórios em processo de desertificação e abandono dos seus capitais e ativos – naturais, produtivos, sociais e simbólicos”, 15 jovens licenciados, na sua quase totalidade oriundos da região, estão desde o início de dezembro último a residir em cinco aldeias ribeirinhas de Alqueva onde “se identificam atualmente novas oportunidades empresariais decorrentes da materialização” do Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva. São elas Alqueva (Portel), Campinho (Reguengos de Monsaraz), Capelins (Alandroal), Luz (Mourão) e Póvoa de São Miguel/Estrela (Moura). Texto Nélia Pedrosa Foto José Serrano
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projeto denominado “Aldeias Ribeirinhas do Grande Lago A lque va”, c ujos promoto res principais são a EDIA – Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva e a Associação Transfronteiriça dos Municípios da Terra do Grande Lago Alqueva, tem como propósito fundamental “alargar o campo de possibilidades desses territórios em estado crítico e, simultaneamente, promover o empreendedorismo de jovens licenciados em situação profissional precária, usando, para o efeito, uma abordagem territorial inovadora que visa fixar no interior dos municípios aquela população universitária recém-licenciada, a qual no final do projeto deverá ter gerado a sua própria oportunidade de emprego”, esclarece a EDIA ao “Diário do Alentejo”. A possibilidade de poder ver concretizadas as suas ideias e de colocar à disposição da sua região os conhecimentos adquiridos foram as razões que levaram Brás Saramago, 22 anos, natural de Mourão e com formação em Gestão de Empresas, a candidatar-se ao projeto. Mas o jovem admite que “também não havia muitas mais opções” em termos de emprego, assim que concluísse o seu “estágio curricular de final de curso”: “Foi o que surgiu primeiro e decidi logo concorrer porque sou da zona e era um desafio grande ter de ir viver para outra aldeia e tão perto da minha terra”. A integração na pequena aldeia de Campinho, onde partilha uma casa arrendada com mais dois colegas estagiários inseridos no projeto, está a ser “espetacular”, diz,
adiantando que o que mais estranha é o facto de a partir das 21 horas “não se passar nada” na aldeia: “Está tudo fechado, não temos para onde ir, ficamos em casa. Às vezes quando há jogos de futebol, ou outra coisa, tentamos ir aos cafés para sociabilizarmos com as pessoas. Basicamente o que mais me chocou foi não terem uma noite ativa”. Atualmente Brás Saramago e os colegas estão a “analisar estudos de possíveis negócios” e a identificar “as potencialidades da zona”. Algumas das propostas para Campinho poderão passar pelos “desportos náuticos”, pelos “desportos radicais” e ainda pela “ligação das lendas existentes na aldeia a caminhadas”. À semelhança de Brás, Eduardo Martins, 23 anos, e os colegas a quem foi destinada Capelins estão numa fase de “criar os primeiros laços, a fazer os primeiros contactos”: “O que temos verificado é que é uma aldeia, uma freguesia, que está muito adormecida, que praticamente já não tem atividade produtiva. Eles importam, entre aspas, tudo das outras freguesias. Não produzem pão, não produzem queijos, não produzem nada. Antigamente produziam, mas deixaram de o fazer, e daí também se reflete o facto de praticamente não existirem jovens”, diz o estagiário natural de Reguengos de Monsaraz, com uma licenciatura em Turismo na vertente de Desenvolvimento, com pós graduações em Análise Económica e em Gestão de Marketing e prestes a concluir um mestrado neste última área. No seu caso concreto, explica, “a área que foi identificada como eixo de desenvolvimento foi o turismo cultural e imaginário”: “Vai passar por aí [as atividades a desenvolver], por ouvir as pessoas, as suas estórias. Sabemos que, apesar de não haver cantares alentejanos, que é uma tradição da região, em Capelins há, por exemplo, poesia”, esclarece, revelando que uma das suas propostas, que ainda “está a ser trabalhada”, poderá ser um concurso de fotografia, que envolverá todas as aldeias ribeirinhas. “Nós estamos numa fase embrionária ao nível do levantamento dos recursos, a tentar encontrar recursos com interesse, com potencial. O concurso de fotografia é uma proposta, portanto ainda não posso falar muito sobre isso. A minha colega está a trabalhar nos recursos piscícolas, tentando aproveitar o peixe do rio para se conseguir produzir valor, bens derivados do mesmo, e o meu colega tem trabalhado no design e na criação de logotipos e todo o
Aldeias ribeirinhas Projeto, que teve início em dezembro, terá a duração de nove meses
material criativo” associado ao projeto. Concluídos os nove meses de estágio, Eduardo Martins espera, a nível pessoal, “levar experiências, conhecimento, memórias e estórias” que lhe permitam embarcar noutro tipo de projetos: “Penso que vai ser muito positivo e que vai ser bom para a minha formação. Eu estava a trabalhar numa seguradora e uma das coisas que me fez candidatar a este projeto foi a liberdade, autonomia e capacidade que permite em termos criativos para poder criar projetos e aplicar o conhecimento e não ter manuais de procedimentos que devem ser cumpridos à risca”, diz, lamentando apenas a deficiente cobertura de rede de telemóvel verificada na região: “Ao contrário de outras aldeias, temos pouca rede, temos um traço, no máximo dois, e temos muitas dificuldades quer com a Internet quer com a televisão. Acho que foi o principal entrave, uma vez que hoje em dia estamos completamente apegados aos meios de comunicação”. Com o contrato de trabalho como docente da Epral – Escola Profissional da Região Alentejo prestes a terminar, e sabendo que provavelmente este não seria renovado, Inês Borralho, 30 anos, não pensou duas vezes quando uma colega da pós-graduação em Higiene e Segurança no Tralhado, que frequentava na ocasião, lhe falou do projeto. A única dúvida da jovem natural de Moura, e com formação em Bioquímica, era se poderia conciliar o estágio com a frequência do mestrado em Análises Químicas Ambientais. “Não houve qualquer impedimento”, diz. PUB
Instalada em Póvoa de São Miguel, a escassos quilómetros de casa – Inês é a única estagiária que ficou no seu concelho de residência –, a jovem, em conjunto com os seus dois colegas, tem ainda ao seu “cuidado” a aldeia vizinha de Estrela. Dadas as novas características da Estrela, “que ficou completamente rodeada de água, perdendo por completo a sua identidade”, salienta Inês, os projetos a definir deverão ter em conta o aproveitamento dessa mesma água, afirma. “Como é uma zona que tem muito sol no verão tínhamos pensado na possibilidade de se construir uma praia fluvial, porque a aldeia está muito abandonada. E como tem muita população idosa também se podia fazer qualquer coisa na área dos cuidados continuados”, revela. No caso de Póvoa de São Miguel, “seria aproveitar os subprodutos do olival ou outros, porque têm muitas padarias e queijarias”: “Vamos tentar fazer com que aqueles produtos consigam ser visualizados fora da região”, diz Inês Borralho, acrescentando que gostaria que o estágio se traduzisse numa experiência marcante. “Não sei se vou conseguir fazer daqui um trabalho para a vida, mas se conseguisse era uma coisa muito interessante, ficar na zona. Uma das coisas que me levou a candidatar foi poder melhorar a minha zona, porque está tudo muito apagado nesta zona, mesmo com o Alqueva. Foram muitas as expetativas e afinal acabaram um bocadinho goradas. As pessoas estão um bocadinho desiludidas”, conclui.
Diário do Alentejo 28 dezembro 2012
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Requalificação da frente marítima de Sines em destaque no orçamento
Mais baixo que em 2012, o Orçamento Municipal de Sines para 2013, aprovado por maioria pela Assembleia Municipal, no passado dia 19, contempla um montante de cerca de 44,3 milhões de euros. O documento destaca como prioridade a conclusão da requalificação da frente marítima da cidade e dos novos equipamentos para os desportos, educação, ensino artístico e formação profissional.
EMAS de Beja adquiriu novo equipamento A Empresa Municipal de Água e Saneamento (EMAS) de Beja comprou um equipamento que permite inspecionar condutas e coletores através de vídeo, o que faz com que o diagnóstico e a resolução de problemas na rede possam ser feitos de uma forma “mais célere e eficiente”. O equipamento tecnológico, “fundamental para a atividade” da EMAS, foi adquirido para “melhorar” os serviços de manutenção das infraestruturas da empresa e os que presta a outras entidades, explica o município de Beja.
Orçamento de Ourique aprovado por maioria
CDU espera pelo ano novo para divulgar candidato
A Assembleia Municipal de Ourique aprovou, por maioria, as Grandes Opções do Plano e o Orçamento Municipal para 2013. Na mesma sessão ordinária foram também discutidos outros documentos estratégicos, como a Estrutura Orgânica dos Serviços Municipais – Unidades Orgânicas Flexíveis, que obteve aprovação por unanimidade, e a proposta de adesão ao Plano de Apoio à Economia Local (PAEL), aprovada por maioria.
PSD candidata António Sebastião em Beja
Socialistas de Serpa contra orçamento Os eleitos do PS na Assembleia Municipal de Serpa votaram contra as Grandes Opções do Plano e o Orçamento da Câmara para 2013. Sustentam os socialistas que este é o orçamento “mais preocupante de sempre”, desde logo porque “não apresenta investimentos”, sendo que “as dívidas atingiram o seu ponto mais alto”. Por outro lado, referem em comunicado, estes documentos estratégicos “abandonam alguns dos projetos emblemáticos para o concelho, como o laboratório para a construção sustentável, o Cineteatro de Pias ou o matadouro/ /casa de matanças”. E até aquele que é considerado um projeto âncora, o centro Musibéria, “está muito aquém dos objetivos ambiciosos que foram definidos para o seu funcionamento”, concluem. PUB
A
ntónio Sebastião, que cumpre o seu terceiro e último mandato como presidente do município de Almodôvar, é o candidato do PSD à Câmara de Beja nas eleições autárquicas de 2013. Segundo uma fonte do partido ouvida pela Rádio Pax, o nome terá sido escolhido por unanimidade pela concelhia e vai ser enviado para aprovação à distrital social democrata. O autarca defende uma candidatura que “ultrapasse as fronteiras partidárias” e, perante o que diz ser uma “insatisfação latente” com a governação socialista em Beja, considera que o PSD “não deve acomodar-se
a ser uma espécie de fiel da balança”, devendo assumir-se “como uma força política com todas as condições para poder vir a ganhar a Câmara de Beja”. CDU divulga candidato no início de 2013
A CDU encontra-se ainda em processo de discussão para escolher o candidato à presidência do município de Beja, cujo nome deverá ser divulgado no início de 2013, disse à Lusa o responsável da direção da organização regional de Beja do PCP, Miguel Madeira. Segundo o dirigente comunista, a gestão do PS na Câmara de Beja tem sido “uma
completa fraude”, pelo que é “absolutamente determinante interromper o ciclo de desastre e incompetência e devolver o concelho às pessoas que nele vivem e trabalham”. Uma missão que só poderá ser levada a cabo pela CDU, razão pela qual “o objetivo da coligação passa por ganhar a Câmara de Beja nas próximas eleições”, concluiu Miguel Madeira. Da parte do PS, o que se pretende é “manter a maioria na câmara e ganhar a maioria na Assembleia Municipal de Beja”, detida pela CDU, disse também à Lusa o presidente do município, Jorge Pulido Valente.
Diário do Alentejo 28 dezembro 2012
JUNTA DE FREGUESIA DE ERVIDEL
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PSD leva medronho ao Parlamento O deputado eleito por Beja, Mário Simões, e o presidente da Câmara Municipal de Almodôvar, António Sebastião, presentearam todos os deputados da Assembleia da República com uma garrafa de medronho. A oferta natalícia dos social democratas alentejanos tem implícito o propósito de “valorizar um produto, endógeno, que é genuinamente alentejano” e vinca a necessidade de “o projetar em Portugal e além-fronteiras”. A iniciativa partiu do deputado Mário Simões, que já no ano passado havia presenteado os eleitos de todas as forças políticas com assento parlamentar com uma garrafa de vinho da Adega Cooperativa de Vidigueira, também com o intuito de “promover os produtos regionais alentejanos”.
Concentração contra a reorganização do território
Freguesias foram a Lisboa fazer-se ouvir
Ramos preocupado com serviços florestais O deputado comunista João Ramos questionou recentemente o Governo acerca das suas intenções face aos serviços florestais no distrito de Beja e mostrou-se especialmente preocupado com a situação dos funcionários do Ministério da Agricultura em Moura, três em concreto. Na pergunta dirigida à tutela no passado dia 19, o parlamentar recordou o ocorrido há cerca de três anos, quando “a menos de um mês do final do ano, mais de uma dezena de trabalhadores ficou a saber que passaria para o quadro de disponíveis no início do ano que se aproximava”. Uma medida que “deixou ao abandono um dos espaços florestais mais importantes do distrito – a Contenda de Moura”. E que deixa agora os atuais trabalhadores “mais preocupados”, tanto mais que o secretário de Estado das Florestas já admitiu pretender “racionalizar os serviços”.
Ameixa contra extinção de freguesias O deputado socialista por Beja, Luís Pita Ameixa, votou contra o projeto de lei que propõe a extinção de cerca de 1 200 freguesias, discutido na especialidade no passado dia 21 e aprovado pela maioria PSD/CDS. O parlamentar entende que as “comunidades locais têm direito à sua autodeterminação” e que “as autarquias locais não são serviços desconcentrados do Estado”, sendo antes “entidades autónomas, que representam interesses próprios e específicos das populações respetivas, formadas historicamente”. Além disso, adianta Pita Ameixa, a medida “não tem sequer efeitos positivos na diminuição da despesa autárquica, nem numa melhor administração”. O socialista defende ainda o “sistema autárquico dualista” português e sustenta que a escala das freguesias “tem que ser pequena, nunca grande”.
Orçamento sim, extinção da ExpoBeja não A Câmara de Beja tem para o próximo ano um orçamento de 34, 6 milhões de euros. O documento foi aprovado no último dia 20 em reunião da Assembleia Municipal, com os votos favoráveis dos eleitos socialistas, as abstenções da CDU, que detém a maioria naquele órgão, e do PSD, e ainda com o voto contra do BE. Sendo o montante mais baixo já proposto pelo atual executivo, trata-se no entanto de um orçamento “realista” e que aposta na “aceleração económica”, como frisou a maioria PS na Câmara de Beja. A reunião da Assembleia Municipal de Beja ficou também marcada pelo chumbo da proposta de extinção da ExpoBeja, que mereceu a oposição da maioria CDU. Os comunistas sustentam que a empresa que gere o Parque de Feiras e Exposições de Beja só deve ser extinta quando existir um entendimento entre a câmara e a ACOS – Agricultores do Sul quanto a um modelo de gestão do espaço.
Em defesa das freguesias. Foi este o lema que levou milhares de pessoas a Lisboa para participarem numa concentração de protesto. As populações do distrito de Beja também marcaram presença e fizeram-se ouvir, ecoando as suas preocupações. O protesto, que decorreu junto à residência oficial do Presidente da República, foi organizado pela Anafre.
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Associação Naciona l de Freguesias organizou uma concentração, no sábado, 22, junto ao Palácio de Belém, em Lisboa, com o objetivo de protestar contra o atual projeto de lei da Reorganização Administrativa do Território das Freguesias, que agrega 1 160 daqueles órgãos. Várias freguesias da região marcaram presença na concentração que pretendeu “alertar o Presidente da República para os prejuízos da eliminação de mais de um milhar de freguesias em Portugal e para as consequências negativas para as populações e para a democracia”. PUB
Recorde-se que a delegação de Beja da Anafre tinha apelado, durante a semana passada, “à participação e empenhamento de todas as freguesias, eleitos, trabalhadores da administração local, coletividades e população do distrito”. E o distrito deu uma resposta positiva. O Coordenador Distrital de Beja da Associação Nacional de Freguesias, Álvaro Nobre, num comunicado enviado ao “Diário do Alentejo”, afirmou que “a Anafre continua empenhada em que a reforma administrativa deste governo não entre em vigor”. O protesto contou ainda com vários momentos musicais, protagonizados pelas populações das freguesias, e as vozes dos grupos corais dos homens e das mulheres da região também se fizeram ouvir junto ao Palácio de Belém. Na ocasião, o presidente da Associação Nacional de Freguesias (Anafre), Armando Vieira, pediu ao Presidente da República que promova, recorrendo à sua “magistratura de inf luência”, a suspensão da aplicação da lei da Reorganização
Administrativa do Território das Freguesias. “Desejo que o Presidente da República possa, no mínimo, com a sua magistratura de influência, promover a suspensão da aplicação desta lei, aproveitando para aperfeiçoar o modelo, e aproveitando o debate já decorrido para corrigir os erros já encontrados”, disse Armando Vieira. Representando apenas 0,1 por cento do Orçamento do Estado, as freguesias apelam a Cavaco Silva para vetar o projeto de lei 320/XII/2.ª – Reorganização Administrativa do Território das Freguesias, “de modo a permitir um debate e reflexão livres sobre a temática e não uma reforma imposta”. O presidente da Anafre voltou a sublinhar que não é contra a reforma, é apenas contra “este modelo”. “Para que este modelo seja útil, só pode ser decidido local e livremente. Só assim é que pode ser pacífica e aceite pelos portugueses”, defendeu. De acordo com a organização do protesto, estiveram presentes entre quatro a cinco mil pessoas.
Diário do Alentejo 28 dezembro 2012
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Está pelos últimos dias o Ano Europeu para o Envelhecimento Ativo e da Solidariedade entre Gerações. Sob o tema, foram dezenas os trabalhos que apresentámos ao longo do ano no “DA”. Mas acima de tudo quisemos registar nas nossas páginas uma verdadeira viagem pelas aldeias envelhecidas da nossa região, num ano em que boa parte delas vai deixar de ser sede de freguesia. Hoje não percorremos as ruas de nenhuma localidade em particular. Juntámos apenas nestas duas páginas alguns dos momentos fotográficos desta série que prometemos retomar já na próxima edição do jornal.
aldeias2012 Fotorreportagem José Serrano
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Ter-se-á vivido os últimos dias com a sensação de se estar a passar um Natal feliz? E poder-se-á esperar que o próximo vai ser melhor? Vasco Graça Moura, “Diário de Notícias”, 26 de dezembro de 2012
Opinião
Pequenos indícios
Ruy Ventura Poeta e ensaísta
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esolvi nesta crónica não sair do pequeno território em que costumo mover-me. Às vezes, para compreendermos o mundo, basta atentarmos em quanto nos rodeia e percebermos até que ponto acontecimentos insignificantes são sintomas do que se passa e indícios do que poderá vir a passar-se na socie-
dade. Há poucos dias, uma horda noturna de adolescentes e jovens adultos atormentou as ruas do meu bairro. Aproveitando a “licença” concedida por uma “festa” que nada tem que ver com a cultura do nosso país, resolveram vandalizar as paredes de várias habitações com pinturas e inscrições obscenas, partir janelas de um estabelecimento comercial, danificar uma central elétrica e destruir mais alguma propriedade pública, de todos. Apesar do barulho animalesco, do posto das forças de segurança, a 200 metros, não veio qualquer reação. Nas mesmas ruas, segundo me contaram, vai sendo hábito aparecerem em pleno dia carros com pneus esfaqueados e pintura riscada. Sem que as autoridades façam algo para evitar tal situação. Há até quem afirme que os agentes já declararam saber quem pratica tais atos: os mesmos que até têm assaltado algumas vivendas, mas que não é possível responsabilizar sem haver flagrante.Desse flagrante se foge, contudo, não patrulhando as ruas como deve ser, surgindo nos locais do crime, mesmo que sejam a 200 metros, meia hora ou três quartos de hora depois. Zelo só existe na autuação de automóveis mal estacionados, desde que não estejam na rua da esquadra, porque aí o espaço sobre os passeios pertence aos veículos dos próprios membros da agremiação. No meu local de trabalho, ouço que três membros de uma comunidade que persiste na sua autodiscriminação resolveram invadir as instalações para sovarem algumas crianças com cor de pele diferente. Nas imediações, vejo donos de estabelecimentos comerciais quase falidos a transportarem os seus filhos - pasmemo-nos - em automóveis topo de gama. Finjo que estou distraído e ouço palavrões contra uma figura que se tem justamente notabilizado na luta contra a fome no nosso país. Dizem, alto e do alto da sua justiça, que ninguém tem o direito de sugerir que devemos prescindir dos lautos lanches na pastelaria, das mariscadas ao fim de semana, das férias em países estrangeiros, da frequência de bares e de discotecas, da assistência a concertos de música pop ou pimba cujos bilhetes custam o valor dos alimentos consumidos durante uma semana por uma família normal. Apuro o ouvido na rua e oiço a revolta dos meus concidadãos, apelando (talvez sem saberem) ao despedimento de funcionários públicos e ao encerramento de serviços, de que, depois, terão saudades, organizando manifestações para que voltem a abrir. Ligo o computador e leio alguns textos, plenos de ira e de insanidade, que se publicam na Internet. Há quem apele à morte de todos os políticos – desejando, decerto inconscientemente, o regresso de regimes autocráticos, ditatoriais e tirânicos, em que um único político chega para tudo dominar, decerto com menor despesa (Salazar por essas e por outras tem sido considerado um “santo ditador”).
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ANTÓNIO SEBASTIÃO, o ainda presidente da Câmara Municipal de Almodôvar, é o próximo candidato do PSD à Câmara de Beja. Um candidato de peso como há muito os sociais democratas não apresentavam à capital de distrito. O que faz antever um combate autárquico interessante, numa altura em que se aguarda apenas qual o contendor que a CDU apresentará no seu canto do ringue. PB
A quadra impõe o bacalhau e a mensagem de Natal política. Ao contrário do bacalhau, que cumpre um fim muito concreto, a mensagem de Natal política não precisa de ser sólida nem líquida – é por definição um elemento gasoso. Ana Sá Lopes, “I”, 26 de dezembro de 2012
Chego a casa, abro um livro de José Ortega y Gasset. Leio: “É indiferente se [o homem massificado] se mascara de reacionário ou de revolucionário: ativa ou passivamente, dando umas ou outras voltas, o seu estado de ânimo consistirá, decisivamente, em ignorar toda a obrigação e em sentir-se, sem que suspeite das razões, detentor de ilimitados direitos.” Continuo: “as massas creem que têm o direito de impor e de dar vigor de lei às suas conversas de café”. Não páro: “[...] a alma vulgar, sabendo-se vulgar, tem a ousadia de afirmar o direito à vulgaridade e impõe-no em qualquer lado. [...] Quem não seja como os outros, corre o risco de ser eliminado.” Segundo o escritor espanhol, estas e outras características do “homem massificado” deram origem, nas primeiras décadas do século XX, aos horrores do fascismo, do nazismo e do comunismo. Pergunto-me, com alguma angústia, a que abismo nos levarão agora.
Os opostos que se tocam
princípio e o fim. Mas na realidade, há algo de mais profundo que os liga – a inocência, a ingenuidade e a confiança no próximo. E isso é algo de admirável, é algo que tínhamos enquanto crianças e que só recuperaremos quando também nós formos velhotes. Hoje, a meio caminho dos meus 50 anos, não sou inocente, não sou ingénuo mas quero vivamente acreditar no próximo… Por isso, espero que o próximo ano seja um pouco melhor. A todos, meus caros leitores, os sinceros desejos de um bom ano de 2013! PS: Registei o sentimento e conteúdo expressos na crónica do José Saúde no número anterior deste jornal. Saudades são muitas. Fico-lhe grato. O pai Nana e família também agradecem.
O meu desejo ninguém vai roubar
Luís Covas Lima Bancário Ana Paula Figueira Docente do ensino superior
N E
o rescaldo do ano velho e na expectativa do que o ano novo nos reservará, é sem nostalgia que olhamos para o abismo que nos engoliu. Um percurso com solavancos, sobressaltos e demasiadamente acidentado, faz-nos questionar se melhores tempos virão. Da consciência à divagação, da euforia ao descalabro, tudo se passou a um ritmo alucinante. No balanço a fazer, importa não esquecer os mais frágeis, aqueles que deveriam ser uma prioridade da governação, muitas vezes os que mais precisam. Os nossos velhotes e crianças, sem ignorar a pobreza e o desemprego galopante a que temos vindo a assistir. Com as dificuldades que cada um tem cada vez mais e que lhe vão sendo impostas de forma irredutível, é com solidariedade que todos vamos vivendo e sobrevivendo. Particularmente, no que respeita aos que estão em princípio de vida, as crianças e, principalmente, aqueles que estão na reta final de uma vida cheia de angústias e nem sempre bem vivida, os nossos velhotes. Crianças e velhotes, extremos de um ciclo de vida nem sempre opostos, aliás, na maior parte das vezes muito próximos e que se adoram porque se compreendem como ninguém. Não falo tão pouco dos avós e dos netos pela relação umbilical que os une, mas genericamente dos mais velhos e dos mais novos, onde o compromisso e a tolerância parecem não ter limites. A proximidade e a cumplicidade entre aqueles que tiveram uma vida, às vezes repleta, mas ao mesmo tempo cheia de nada e de muito “não presto”, com os petizes, traquinas ou benjamins, são entendidas como uma manifestação de algo que perdurará por gerações e que nunca se perderá. Acreditam no futuro, que não estará ao alcance de ambos porque a todos já não chegará, mas creem sobretudo no presente em função de um passado mais recente ou não, onde vão aprendendo a viver cada dia que passa. Nos tempos correntes, um dia de cada vez. Crianças e velhotes parecem polos contrários que nunca se tocam, porque extremos de uma vida. O
chegámos ao Natal e ao final de mais um ano! O País vive um período complicado e o novo ano que se avizinha traz consigo a promessa de intensificar as dificuldades. Mergulhados numa narrativa de desesperança, os nossos governantes parecem esquecer que é o emaranhado de sonhos que ilumina e dá beleza à vida. Os portugueses estão desencantados, desconfiados e descrentes. Desencantados com um País que lhes deu, gloriosamente, uma liberdade que brotou dos cravos nas espingardas; desconfiados dos políticos que, face à escassez de alternativas, têm vindo paulatinamente a eleger; descrentes quanto ao seu futuro e ao dos seus filhos num País onde já se apela à emigração. Fica a sensação de haver chegado a uma encruzilhada onde não se encontra, sequer, o caminho da surpresa! Resta o desalento e a provável impotência! Chegou, pois, a altura de perguntar aos meus leitores: onde ficou o vosso querer, o vosso desejo? Sim, o desejo que O’Neill valoriza como “o nosso desejo naquilo que ele tem de mais imperativo? Porque é através desse potente motor que nós, para nos salvarmos da rotina no que ela tem de mortal, poderemos avançar para mais liberdade”. Maria Gadú clama na sua canção “Sonhos roubados” que “Eu não sei/onde eu deixei/ou se alguém veio roubar/aquele sonho que sonhei/ já não sei onde andará/Ninguém vai me dizer/como devo me virar”. Um grito de alerta, de estímulo, de apelo à acção… de moto próprio! Porque quando se quer ou deseja a mudança, não se espera… antes, busca-se! Portanto, meus caros leitores, neste último texto escrito em 2012, quero pedir-vos que não permitam que vos roubem os sonhos! E menos ainda o querer! A vida é tudo ou nada, onde o talvez não tem vaga. Por isso, na esteira de António Régio, mesmo que (ainda) não saibamos por onde ir nem para onde ir, saibamos, ao menos, que vive em nós o desejo de não ir, contrariados e ausentes de opções, pelo caminho que outros nos querem impor! É aí que reside a chave do começo! Votos de felicidades para 2013. Por decisão pessoal, a autora do texto não escreve segundo o Novo Acordo Ortográfico
Os órgãos federativos do futebol consideram que se trata de concorrência desleal. Certo é que, falidos ou desorçamentados, os clubes do distrito aderiram em massa às competições futebolísticas do INATEL. E a festa do futebol, ainda que com regras menos apertadas, faz-se agora nos campos pelados das aldeias no campeonato a que já chamam “Inatelão”. PB
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Para a maioria do COMÉRCIO este foi o Natal menos 19 próspero dos últimos anos. A associação distrital do setor fala mesmo em “tristeza”. Num ano em que o volume de negócios caiu mais de 35 por cento e em que as insolvências ocorreram à velocidade de três dezenas por dia. Se nada for feito, não restará pedra sobre pedra no edifício do comércio local quando chegar a dita “retoma”. PB
Diário do Alentejo 28 dezembro 2012
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Num país em que se discute como cortar quatro mil milhões de euros – nos hospitais, nas escolas, nas pensões -, é imoral a distração dos cinco a sete mil milhões de euros que nos pode custar a fraude do BPN, e os mais de três mil milhões que já nos custou. Rui Tavares, “Público”, 26 de dezembro de 2012
Natal em Belém José António Falcão*
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Palácio Nacional de Belém descerrou as suas portas, no dia 14 de dezembro, para a exposição “E um Filho nos foi dado – Iconografia do Menino Deus no Alentejo Mer id iona l ”. E st a i n iciat iva, levada a cabo pelo Depa r ta mento do Património Histórico e Artístico da Diocese de Beja e pelo Museu da Presidência da República, constitui uma oportunidade de ouro para dar a conhecer os tesouros artísticos da nossa região. De facto, as exposições na residência oficial do chefe de Estado (e, muito particularmente, as exposições de Natal) possuem a aura de um sítio que não é vulgar, atraindo grande número de visitantes. Quando a equipa do património diocesano de Beja organizou o guião da exposição, teve em mente um aspeto fundamental da identidade do Alentejo: o desvelo pela infância de Cristo. Engana-se quem pensar que o povo alentejano é pouco religioso. Na verdade, ele tem um sentimento profundo da religiosidade tradicional, são antropológica do marcado pela dimensão Sagrado e nem sempree regulado pela ortodoxia da Igreja. De tãoo peculiar mundividência brotou a devoçãoo ao Menino, a Nossa amília – uma família Senhora e à Sagrada Família t ralmente São João tu alargada, incluindo naturalmente Batista, o Baptistinha, primo e precursor de Jesus. u ia afi uv i rmarr, Ao contrário do quee se oouvia afirmar, ent n ejo conserva décadas atrás, o Baixo Ale Alentejo coo va a stto e diversiium património artístico vasto t arr rotas rotas culturais cul ulturais ficado, capaz de sustentar neces e ssáá rriio dar-lhe d arr lhhe de qualidade. Torna-se necessário go, o, rromper ompee r fr om fron nteii voz, trazê-lo ao areópago, fronteiello caráter cará r ter cosm s osm ras ou preconceitos. Pelo cosmohhistória s órr ia st i ppororpolita e pelas ligações à hi on na deveras de verr a s de tuguesa, Belém é uma zona tal co omo m privilegiada para isso, ta como os o Palácio é um dos maiss belo belos os de d e mais simbólicos espaços p po Lisboa. Neste caso, a expoxo xo sição ocupa o complexo m arquitetónico do Jardim da Cascata, um conjunto de edifícios em U, do século XVIII, que se articula com os jardins, o tecido edificado e o Tejo. Provenientes de igrejas, museus e coleções particulares, as obras de arte agora reunidas perm i t e m e n t e n d e r, numa perspetiva assumidamente estética, o alcance da veneração tributada ao Menino Deus. Quase cem
testemunhos históricos, entre pinturas, esculturas e espécimes de artes decorativas ou gráficas, desenham um arco no tempo (da Idade Média ao Ano da Graça de Nosso Senhor Jesus Cristo de 2012) e no espaço (das oficinas regionais do Alentejo até à Flandres, a Itália, à Índia ou à China). Muitas destas obras são apresentadas ao público pela primeira vez. Outras, já conhecidas, como as do Museu Rainha D. Leonor ou dos museus da Diocese, brilham com especial fulgor. Chama a atenção, antes de mais, a riqueza iconográfica de um corpus cristológico que se identifica plenamente com o quotidiano, desde as ofertas de ovos e frutos ao recém-nascido até à matança do porco. A arte, aqui, é um espelho da própria vida, rural e urbana. Em relação aos temas, aprecia-se a influência das ordens mendicantes – carmelitas, franciscanos, dominicanos –, omnipresentes no território transtagano, de Sines a Moura. Na hierarquia do microcosmos sagrado sobressaem os acervos de conventos e mosteiros bejenses: Santa Clara, Conceição, Esperança… Quanto à contemporaneidade, está representada por mestres da envergadura de Jorge Vieira ou António Paizana. O percurso expositivo tira partido do labiríntico encadeamento das salas dos antigos Viveiros para evocar o ciclo da Natividade à Infância de Jesus, mas insere-o numa dinâmica mais ampla, partindo da Anunciação como fenómeno polarizador do “acontecimento Cristo”. Teologia, arte e identidade convergem aqui numa síntese destinada a exalçar, acima de tudo, o papel redentor de uma Beleza d homens. Um sique habita e transfigura o coração dos nal de Luz no meio da tormenta qque há de passar. O património deve ser isso mesmo: mesmo capacidade de ler o passado para iluminar o presente prese e vislumbrar o futuro. Um crítico da cultura lisbo lisboeta, tão ouvido quão temido, escreveu, poucos ddias após a abertura: “Esta exposição assesta uma pedrada no parada gélidas e turvas a charco de águas paradas, a sacra. O Alentejo que o país condena a arte surge hoje na primeira linha do património go artístico. Fá-lo com gosto, elegância e socinzenti briedade. Que o cinzentismo deste dezembro agónico seja colorido pelo Natal de uma região “pa de gauche, dita “pagã”, é um paradoxo q e me leva a soltar qu s que um Aleluia. Lá para baixo trabalham bem as coisas, sem alardes, nem pressas E, capturando um pressas. pedaç do Sol meridiopedaço nal, trouxeram-no para a ccapital e fizeram dele a estrela de Belém.” N tem a arte o poNão der de amansar as feras? * Diretor do Departamento do Património Histórico e Artístico da Diocese de Beja Imagem: Menino Jesus Bom Pastor. Escola indo-portuguesa. Séc. XVII. Cuba, Tesouro da IIgreja de S. Vicente.
Cartas ao diretor A nossa cidade Manuel Dias Horta Beja
Arrabalde de São Francisco, “bairro de artesãos, de casas térreas, caiadas de branco, com as suas chaminés mouriscas, os varandins de tijolo vazado, as tendas, as olarias, as oficinas de tecelagem, os ferradores e os fornos de cozer pão e cerâmica”. Assim eram e se chamavam as Portas de Mértola de há muitos, muitos anos. De há muito tempo necessitada de uma intervenção. Foi agora. Começou bem, começou pelo princípio, pelo subsolo, onde tudo o que era para substituir foi substituído, à exceção do que sobra do humano, quando a carne desaparece. No solo o contraste do branco vidraçado com o preto do basalto a que se hão de juntar umas lajes de mármore branco sugerem-nos mais espaço, quer no comprimento ou largura. No ar, telas de fabrico apropriado, proteger-nos-ão das conhecidas canículas do verão. Têm novo visual as Portas de Mértola, mais belo, mais agradável e mais atual! Cândido Marrecas, ao tempo, brilhante cronista deste jornal e distinto cavalheiro da cidade, numa das suas deleitosas crónicas escreveu que as Portas de Mértola eram uma encruzilhada de feíssimo aspeto. Se fosse possível cá trazê-lo, havia o nobre senhor de mudar de opinião. Quando todas as lajes de mármore assentarem sobre aquela areia cinzenta, quando aqueles papagaios que pararam a meia altura, talvez com falta de guita, forem guardados e regressem com a Primavera e os imóveis abrangidos pela área de intervenção aparecerem com a cara lavada então temos coisa linda! Deve o residente orgulhar-se do centro da sua cidade e o viajante lembrar-se do arrumo nesta pequena urbe. Não foram precisas sedas nem cetins. Nem brocados, nem dourados. Apenas imaginação, profissionalismo e simplicidade.
Romenos no Alentejo Leitor anónimo
Venho denunciar uma situação que infelizmente deve acontecer muito nesta altura no nosso Alentejo, mas as entidades que devem agir nada fazem, nomeadamente o SEF. Toda a gente sabe que nesta altura dezenas de romenos vêm trabalhar para a azeitona. Aqui, na antiga panificadora, em Corte Vicente Anes, estão a pernoitar cerca de 40 romenos, entre eles um que os outros dizem que está “sequestrado”, um Stanciu Irinel, porque está com problemas de saúde e, como não pode trabalhar, o líder do grupo (George) e os seus três filhos (Bobi, Sori e Remus) estão a exigir à família do desgraçado milhares de euros para o enviarem para a Roménia a salvo. Os outros trabalham na apanha da azeitona e costumam cá chegar à panificadora por volta das 18 horas. Já foram denunciar o caso ao SEF, mas lá eles não querem saber de romenos porque são da UE e um deles diz que ouviu uma mulher num gabinete do SEF a gritar que não queria saber nada de romenos, que estava farta de romenos! É o país que temos. Se não interessa às autoridades pode ser que interesse ao público. Perdoe-me não me identificar mas este meio é muito pequeno...
Campeonato Distrital de seniores femininos
Diário do Alentejo 28 dezembro 2012
20
A equipa da Casa do Benfica de Castro Verde, que na última semana derrotou o Vasco da Gama da Vidigueira por 7-1, continua a dominar o Campeonato Distrital de Seniores Femininos da AF Beja. Nos restantes jogos da oitava ronda o Almansor venceu o Odemirense (3-1) e o Serpa derrotou o Ourique (3-1). As benfiquistas de Castro Verde lideram com 19 pontos. Próxima jornada (5/1): Vasco da Gama-Serpa; Almansor-CB Castro Verde; CB Almodôvar-Odemirense. Folga o Ourique.
Desporto
Montemor venceu partida antecipada em Vila Real de Sto António
Há derby em Vidigueira Cumprida a pausa natalícia, a 3.ª Divisão Nacional regressa na tarde de amanhã com a disputa da décima segunda jornada, com mais um I regional da Vidigueira. Texto Firmino Paixão
S
erá o Castrense capaz de chegar a Vidigueira e conseguir a desforra da derrota sofrida no seu terreno na primeira jornada do campeonato, quando
ali recebeu o Vasco da Gama? Não se sabe. Sabe-se apenas que a equipa se tem vindo a reforçar, que venceu em Aljustrel, há duas semanas, no outro derby sul alentejano que ali disputou, e que os vascaínos necessitam de pontos como de “pão para a boca” e que a melhor forma de encetarem a segunda volta do campeonato será ganhando já à formação de Castro Verde, um adversário direto em termos de objetivos. Mas esta jornada tem outra partida com sotaque alentejano, é a visita do Monte Trigo
a Aljustrel, jogo que os tricolores terão que vencer para ultrapassarem a fase menos positiva que têm vindo a passar. Entretanto o Moura terá uma difícil deslocação ao terreno do Sesimbra, equipa que nas últimas jornadas tem vindo a crescer e que é difícil de bater no seu terreno. O líder, União de Montemor, antecipou o jogo para as vésperas de Natal e venceu em Vila Real de Santo António (0-1), mantendo-se na frente da série F, secundado pelo Lagos e pelo Moura.
A uma jornada do termo da 1.ª volta o Almodôvar é líder destacado
O campeonato não aquece... O Almodôvar goleou o Desportivo de Beja e manteve-se na liderança do campeonato distrital da AFBeja, com uma confortável vantagem de seis pontos.
Futebol juvenil Campeonato Distrital de Benjamins (10.ª jornada) – Série A: Ferreirense A-Desportivo de Beja, 14-1; Alvito-Figueirense, 1-10; Sporting Cuba-B.º Conceição, 3-0; Aljustrelense-Vasco Gama, 5-4. Líder: Ferreirense, 23 pontos. Próxima jornada (5/1): Alvito-Ferreirense A; B.º Conceição-Figueirense; Vasco Gama-Sporting Cuba; Despertar A-Aljustrelense. Série B: Despertar-Sobral da Adiça, 8-1; Moura- CB Beja, 14-0; Piense-Santo Aleixo, 1-6; NS Beja-Ferreirense, 16-0. Líder: NS Beja, 24 pontos. Próxima jornada (5/1): CB Beja-Despertar B; Sobral da Adiça-NS Beja; Santo Aleixo-Serpa; Ferreirense B-Piense. Série C: Odemirense-Almodôvar, 4-0; Boavista-São Marcos, 1-10; Milfontes B-Milfontes A, 16-0; Rosairense-Ourique, 1-16; Renascente -Cas trense, 2-10. Líder: Odemirense, 28 pontos. Próxima jornada (5/1):São Marcos-Odemirense; Almodôvar-Renascente; Milfontes A-Boavista; Ourique-Milfontes B; Castrense-Rosairense. Campeonato Distrital de Infantis (10.ª jornada) – Série A: Vasco Gama-NS Beja, 0-4; Alvito-Spor ting Cuba, 7-1; B.º Conceição-Despertar, 1-0; Desportivo Beja-Alvorada, 3-3. Líder: Despertar, 24 pontos. Próxima jornada (5/1): Sporting Cuba-Vas co Gama; Despertar A-Alvito; Alvorada-B.º Conceição; Ferreirense-Desportivo Beja. Série B: Guadiana-Aldenovense, 3-1; CB Beja-Serpa, 0-9. Líder: Amarelejense, 24 pontos. Próxima jornada (5/1): Aldenovense-Amarelejense; Piense -Guadiana; Serpa-Despertar B; Moura-CB Beja. Série C: Aljustrelense-Renascente,5-2; Milfontes B-Milfontes A, 15-0; Castrense B-Castrense A, 3-15; Almodôvar-Boavista, 12-1. Líder: Odemirense, 24 pontos. Próxima jornada (5/1): Milfontes A-Aljustrelense; Castrense A-Milfontes B; Boavista-Castrense B; Odemirense-Almodôvar.
Texto Firmino Paixão Campeonato Distrital de Iniciados (10.ª jornada): Moura-Serpa, 6-1; Guadiana-Ourique, 1-2; Sporting Cuba-Amarelejense, 2-0; Rio de Moinhos-Ode mirense, 0-1; Despertar-B.º Conceição, 5-1. Líder: Moura, 26 pontos. Próxima jornada (6/1): Milfontes-Moura; Vasco Gama-Guadiana; Ourique-Sporting Cuba; Amarelejense-Operário; Odemirense-Despertar.
A
equipa comandada por David Guerreiro, técnico que mantém um discurso muito cauteloso, assinou uma primeira volta notável e entrará em 2013 na frente do campeonato, sem derrotas e com o maior número de golos marcados (29), fechando este primeiro ciclo de 13 partidas, lá para o Dia de Reis, no terreno do Amarelejense. O segundo classificado é o Milfontes, que venceu em Mértola e está a fazer uma prova à medida do candidato que é, com a pequena mácula das derrotas sofridas em Pias e no recinto do atual líder, desvantagem para corrigir na segunda metade da prova. O Futebol Clube de Serpa fecha o pódio, mas em igualdade com o Odemirense, ambos a nove pontos do 1.º lugar e também com as defesas menos batidas da prova (nove golos sofridos). No “deve a haver” da jornada natalícia sobressaem os dois triunfos em casa alheia, um conseguido pelo Milfontes, com a naturalidade que se lhe exigia, mas confrontando-se com um Guadiana mais consistente do que em passado recente. O outro foi assinado pelo Rosairense no recinto do Bairro da Conceição e na estreia de Nuno Costa como jogador treinador da equipa do Rosário, sucedendo a Luís Pires que renunciou perante a evidência de maus resultados que a equipa vinha obtendo. Empate a zero do jogo de Pias, desfecho natural de um derby entre vizinhos, empate a três golos na Cabeça
Campeonato Distrital de Juvenis (1.ª jornada): Desportivo Beja-Despertar, 7-1; Castrense-Moura, 0-4; Serpa-Almodôvar, 4-0. Líder: Desportivo de Beja, três pontos. Próxima jornada (6/1): Almodôvar-Desportivo Beja; Aljustrelense -Castrense; Moura-Serpa.
Distrital de Beja O Praia de Milfontes, segundo classificado, é a maior ameaça ao líder
Gorda, com o Serpa a perder o fulgor inicial e os locais reforçando a sua estratégia. O Sporting de Cuba e o Odemirense venceram pela mesma marca e com idêntica naturalidade, a mesma com que o Desportivo de Beja regressou do terreno do líder com o pesado castigo de cinco golos. Na tabela de pontos a movimentação deu-se com a ultrapassagem do Odemirense ao Piense e a subida de quatro lugares do Cabeça Gorda, que provocou quedas ligeiras do Amarelejense, São Marcos, Guadiana e Desportivo de Beja. O Bairro da Conceição continua no fecho da tabela. O campeonato sofre uma pausa, regressando a 6 de janeiro do próximo ano para encerrar a primeira volta e confirmar o Desportivo de Almodôvar como “campeão de inverno”.
1.ª Divisão – AF Beja 12.ª jornada Cabeça Gorda-Serpa .........................................................3-3 Odemirense-São Marcos ..................................................2-0 Bairro da Conceição-Rosairense ....................................0-1 Guadiana-Praia Milfontes ................................................ 1-2 Piense-Aldenovense ........................................................ 0-0 Sp. Cuba-Amarelejense ....................................................2-0 Almodôvar-Desp. Beja ......................................................5-1 Almodôvar Praia Milfontes Serpa Odemirense Piense Aldenovense Sp. Cuba Rosairense Cabeça Gorda Amarelejense São Marcos Guadiana Desp. Beja Bairro da Conceição
J
V
E
D
12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12
10 8 6 7 6 5 5 4 2 3 3 3 2 2
2 2 5 2 4 4 3 3 4 1 1 0 3 2
0 2 1 3 2 3 4 5 6 8 8 9 7 8
G
29-10 28-12 22-9 16-9 25-13 19-14 15-13 17-17 18-23 13-23 10-27 14-33 10-19 8-22
P
32 26 23 23 22 19 18 15 10 10 10 9 9 8
Próxima jornada (6/2/2013): São Marcos-Bairro da Conceição, Rosairense-Guadiana, Praia Milfontes-Cabeça Gorda, Serpa -Piense, Aldenovense-Sp. Cuba, Amarelejense-Almodôvar, Desp. Beja-Odemirense.
Campeonato Distrital de Juniores (8.ª jornada): Aldenovense-Cabeça Gorda, 6-1; Castrense-So bral da Adiça, 4-0; Odemirense-Desportivo Beja, 1-1. Líder: Castrense, 19 pontos. Próxima jornada (12/1): Cabeça Gorda-Despertar; Vasco Gama-Odemirense; Sobral da Adiça-Aldenovense; Desportivo Beja-Castrense. Campeonato Nacional de Iniciados (16.ª jornada): Despertar-Desportivo de Beja. Líder: Próxima jornada (6/1): São Luís-Despertar; Desportivo Beja-Imortal. Campeonato Nacional de Juvenis (16.ª jornada): Lusitano Évora-Odemirense, 2-1; Louletano-Despertar, 1-1. Líder: V.Setúbal, 37 pontos. 9.º Despertar, nove. 10.º Odemirense, oito. Próxima jornada (6/1): Lusitano Évora-Despertar; Odemirense-Oeiras. Campeonato Nacional de Juniores (15.ª jornada): Louletano-Moura, 3-0. Líder: Oeiras, 45 pontos; 10.º Moura, quatro. Próxima jornada (5/1): Moura-Oeiras.
O Grupo Desportivo de Baronia continua líder destacado do campeonato distrital de futsal da AF Beja, cuja décima jornada terminou com os resultados: Safara-Ferreirense, 2-18; Barrancos-Desportivo Beja, 3-2; Almodovarense-IPBeja, 9-0; Baronia-Vasco Gama, 3-0; Alcoforado-NS Moura, 3-4; AdVNSBento-Vila Ruiva, 5-6. Próxima jornada (4/1): Luzerna-Safara; Ferreirense-Barrancos; Desportivo Beja-Almodovarense; IP Beja-Baronia; Vasco Gama-Alcoforado; NS Moura-AdVNSBento.
21 Diário do Alentejo 28 dezembro 2012
Grupo Desportivo de Baronia lidera futsal
Taça Fundação Inatel Equipa do Clube Desportivo do Sobral da Adiça
Taça Fundação Inatel 2012/2013
Relíquias e Vale d’Oca são as mais pontuadas Cumpridas as primeiras seis jornadas da Taça Fundação Inatel em futebol, e numa altura em que as equipas, após a pausa festiva, já preparam o seu regresso à competição no fim de semana de 5 e 6 de janeiro, é tempo para construir uma primeira avaliação à forma como o campeonato tem vindo a decorrer nas suas diversas vertentes competitivas. Texto e foto Firmino Paixão
R
ecorde-se que estão em prova 47 equipas espalhadas pelo distrito de Beja, com duas equipas do distrito de Setúbal (Cercalense e Soneguense) e o Serrano (Algarve). Numa análise global, a prova tem sido, desportivamente, bem disputada. Em matéria de competitividade verifica-se a existência de duas ou três equipas em cada série que já se destacaram das restantes, naturalmente pela existência de melhores recursos. Nove equipas permanecem invictas, estando assim distribuídas pelas diversas séries: Vale d’Oca e Santa Vitória (série C), Trindade (série D) Relíquias e Amoreiras (série E), Milfontes e Saboia (sé-
rie F) e Serrano e Santa Clara-a-Nova (série G). O Desportivo das Neves, Messejanense, Soneguense, Cavaleiro e Almodovarense são as equipas que ainda não ganharam nenhuma das partidas em que participaram. A equipa mais realizadora do campeonato é o Santaclarense, com 27 golos nos seis jogos, seguida do Milfontes (21), do Ficalho e do Vale d’Oca (20). Quintos e Cavaleiro têm, apenas, um golo marcado, e a pior defesa pertence ao Almodovarense, que tem por derrotas todos os jogos realizados e já sofreu 36 golos. As equipas mais pontuadas são a formação “bairro mineiro” de Vale d’Oca, de Aljustrel, e o Relíquias, ambos com 16 pontos, conquistados em cinco vitórias e um empate. Na série A o Luso Serpense tem uma liderança forte (15 pontos), seguido do Ficalho (13) e do Salvadense (10). A série B é comandada pelo Penedo Gordo (15 pontos) secundado pelo Louredense e pelo Beringelense (ambos com 13). Na série C destaca-se o já referido Vale d’Oca (16) perseguido pelo Santa Vitória (12) e pelo Alvorada (10). O Trindade lidera a série D, com 14 pontos, seguido pelo Aldeia de Fernandes (13) e pelo vizinho Albernoense
(10). Na série E lidera o Relíquias (16 pontos), à frente do Amoreiras (14) e do Luzianes (13); o Milfontes e o Saboia comandam a série F (14 pontos), à frente do Malavado (9); e, finalmente, na série G o PUB
Santaclarense (13 pontos), o Serrano (12) e o Santa Clara-a-Nova (11) ocupam as primeiras três posições. O campeonato será retomado no primeiro fim de semana de 2013.
saúde
22 Diário do Alentejo 28 dezembro 2012
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Manuel Matias – Isabel Lima – Miguel Oliveira e Castro – Jaime Cruz Maurício Ecografia | Eco-Doppler Cor | Radiologia Digital Mamografia Digital | TAC | Uro-TC | Dental Scan Densitometria Óssea Nova valência: Colonoscopia Virtual Acordos: ADSE; PT-ACS; CGD; Medis, Multicare; SAMS; SAMS-quadros; Allianz; WDA; Humana; Mondial Assistance. Graça Santos Janeiro: Ecografia Obstétrica Marcações: Telefone: 284 313 330; Fax: 284 313 339; Web: www.crb.pt Rua Afonso de Albuquerque, 7 r/c – 7800-442 Beja e-mail: cradiologiabeja@mail.telepac.pt
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António Lopes – Aurora Alves – Helena Martelo – Montes Palma – Maria João Hrotko – Médicos Radiologistas – Convenções: ADSE, ACS-PT, SAD-GNR, CGD, MEDIS, SSMJ, SAD-PSP, SAMS, SAMS QUADROS, ADMS, MULTICARE, ADVANCE CARE Horário: de 2ª a 6ª feira, das 8 às 19 horas e aos sábados, das 8 às 13 horas Av. Fialho de Almeida, nº 2 7800 BEJA
Telef. 284318490 Tms. 960284030 ou 915529387
Dr. Sidónio de Souza – Pneumologia/Alergologia/ Desabituação tabágica – H. Pulido Valente Dr. Fernando Pimentel – Reumatologia – Medicina Desportiva – Instituto Português de Reumatologia de Lisboa Dr.ª Verónica Túbal – Nutricionismo – H. de Beja Dr.ª Sandra Martins – Terapia da Fala – H. de Beja Dr. Francisco Barrocas – Psicologia Clínica/Terapia Familiar – Centro Hospitalar do Baixo Alentejo. Dr. Rogério Guerreiro – Medicina preventiva – Tratamento inovador para deixar de fumar Dr. Gaspar Cano – Clínica Geral/ Medicina Familiar Dr.ª Nídia Amorim – Psicomotricidade/Educação Especial e Reabilitação Dr. Sérgio Barroso – Especialista em Oncologia – H. de Beja Drª Margarida Loureiro – Endocrinologia/Diabetes/ Obesidade – Instituto Português de Oncologia de Lisboa Dr. Francisco Fino Correia – Urologia – Rins e Vias Urinárias – H. Beja Dr. Daniel Barrocas – Psiquiatria – Hospital de Évora Dr.ª Lucília Bravo – Psiquiatria H.Beja , Centro Hospitalar de Lisboa (H.Júlio de Matos). Dr. Carlos Monteverde – Medicina Interna, doenças de estômago, fígado, rins, endoscopia digestiva. Dr.ª Ana Cristina Duarte – Pneumologia/ Alergologia Respiratória/Apneia do Sono Dr.ª Isabel Santos – Psiquiatria de Infância e Adolescência/Terapeuta familiar – Centro Hospitalar do Baixo Alentejo Dr.ª Paula Rodrigues – Psicologia Clínica – Hospital de Beja Dr.ª Luísa Guerreiro – Ginecologia/Obstetrícia Dr. Luís Mestre – Senologia (doenças da mama) – Hospital da Cuf – Infante Santo Dr. Jorge Araújo – Ecografias Obstétricas Dr.ª Ana Montalvão – Hematologia Clínica /Doenças do Sangue – Hospital de Beja Dr.ª Ana Cristina Charraz – Psicologia Clínica – Hospital de Beja Dr. Diogo Matos – Dermatologia – Hospital Garcia da Orta. Dr.ª Madalena Espinho – Psicologia da Educação/ Orientação Vocacional Dr.ª Ana Margarida Soares – Terapia da Fala Dr.ª Maria João Dores – Psicomotricidade/Educação Especial e Reabilitação Enfermeira Maria José Espanhol – Enfermeira especialista em saúde materna/Cuidados de enfermagem na clínica e ao domicílio/Preparação pré e pós parto/amamentação e cuidados ao recémnascido/Imagem corporal da mãe – H. de Beja Marcações diárias pelos tels. 284 322 503 Tm. 91 7716528 | Tm. 916203481 Rua Zeca Afonso, nº 6, 1º B, 7800-522 Beja Clinipaxmail@gmail.com www.clinipax.pt
Clínica Médico-Dentária de S. FRANCISCO, LDA. Gerência de Fernanda Faustino Acordos: SAMS, ADMG, PSP, A.D.M.E., Portugal Telecom e Advancecare
Rua General Morais Sarmento, nº 18, r/chão; TEL. 284327260 7800-064 BEJA
23 Diário do Alentejo 28 dezembro 2012
institucional diversos
24 Diário do Alentejo 28 dezembro 2012 Diário do Alentejo n.º 1601 de 28/12/2012 2.ª Publicação
Diário do Alentejo n.º 1601 de 28/12/2012 2.ª Publicação
TRIBUNAL JUDICIAL DE ALMODÔVAR
TRIBUNAL JUDICIAL DE ALMODÔVAR
Secção Única
Secção Única
ANÚNCIO
Processo: 92/08.4GBADV Processo Comum (Tribunal Colectivo) N/Referência: 319996 O/A Mmo(a) Juiz de Direito Dr(a). Pedro Godinho, do(a) Secção Única – Tribunal Judicial de Almodôvar: Faz saber que no Processo Comum (Tribunal Coletivo), n.° 92/08.4GBADV, pendente neste Tribunal contra o(a) arguido(a) Farit Acheraf filho(a) de Khaled Abedkadar Acheraf e de Sohra Daurchi natural de: Egipto; nacional de Egipto nascido em 15-05-1975 estado civil: Solteiro, profissão: Carpinteiro domicílio: Rua da Padaria, Pensão Algarve, 1100000 Lisboa, por se encontrar acusado da prática do(s) crime(s): 1 crime(s) de Furto qualificado, p.p. pelo art.° 204° do C. Penal, praticado em 18-12-2008; foi o(a) mesmo(a) declarado(a) contumaz, em 27-11-2012, nos termos do art.° 335° do C. P. Penal. A declaração de contumácia, que caducará com a apresentação do(a) arguido(a) em juízo ou com a sua detenção, tem os seguintes efeitos: a) Suspensão dos termos ulteriores do processo até à apresentação ou detenção do(a) arguido(a), sem prejuízo da realização de actos urgentes nos termos do art.° 320.° do C. P. Penal; b) Anulabilidade dos negócios jurídicos de natureza patrimonial celebrados pelo(a) arguido(a), após esta declaração; c) Proibição de obtenção de passaporte, cartão do cidadão ou contribuinte fiscal; d) Proibição de obtenção ou renovação de carta de condução, carta de caçador ou licença de uso e porte de arma: e) Proibição de obter quaisquer documentos, certidões ou registos junto de autoridades públicas. Almodôvar, 29-11-2012. O/A Juiz de Direito, Dr. Pedro Godinho O/A Escrivão Adjunto, Paula Brito
Processo: 621/10.3GCFAR Processo Comum (Tribunal Singular) N/Referência: 319983 O Mm°) Juiz de Direito Dr. Pedro Godinho, da Secção Única - Tribunal Judicial de Almodôvar: Faz saber que no Processo Comum (Tribunal Singular), n.° 621/10.3GCFAR, pendente neste Tribunal contra o(a) arguido(a) Manuel Cascales natural de: França; nacional de França nascido em 01-02-1956 estado civil: Desconhecido, profissão: Desconhecida ou sem Profissão domicílio: Rue Pologne 18, N° 38 1º-2º, 75, Paris, 75055 Paris França, por se encontrar acusado da prática do(s) crime(s): 1 crime(s) de Furto simples, p.p. pelo art.° 203° do C. Penal, praticado em 21-08-2010; foi o(a) mesmo(a) declarado(a) contumaz, em 27-11-2012, nos termos do art.° 335° do C. P. Penal. A declaração de contumácia, que caducará com a apresentação do(a) arguido(a) em juízo ou com a sua detenção, tem os seguintes efeitos: a) Suspensão dos termos ulteriores do processo até à apresentação ou detenção do(a) arguido, sem prejuízo da realização de actos urgentes nos termos do art.° 320.° do C. P. Penal; b) Anulabilidade dos negócios jurídicos de natureza patrimonial celebrados pelo arguido, após esta declaração; c) Proibição de obtenção de passaporte, cartão do cidadão ou contribuiente fiscal; d) Proibição de obtenção ou renovação de carta de condução, carta de caçador ou licença de uso e porte de arma; e) Proibição de obter quaisquer documentos, certidões ou registos junto de autoridades públicas. Almodôvar, 29-11-2012. O/A Juiz de Direito, Dr. Pedro Godinho O/A Escrivão Adjunto, Paula Brito
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Diário do Alentejo n.º 1601 de 28/12/2012 Única Publicação
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ASSOCIAÇÃO EMPRESARIAL DO BAIXO ALENTEJO E LITORAL
Assembleia Geral do NERBE/ AEBAL – Associação Empresarial do Baixo Alentejo e Litoral Convocam-se os associados do NERBE/AEBAL – Associação Empresarial do Baixo Alentejo e Litoral para a reunião em epígrafe: Dia: 4 de janeiro de 2013 Hora: 17 horas Local: Rua Cidade S. Paulo – Beje (sede) Ordem de Trabalhos: 1– Apreciação e votação do Plano de Actividades para 2013. 2 – Apreciação e votação do Orçamento para 2013. Não estando presentes mais de metade dos sócios com direito a voto, a Assembleia Geral Extraordinária reunirá em segunda convocatória 30 minutos depois da hora marcada para a primeira com qualquer número de sócios. Beja, 21de Dezembro de 2012 A Presidente da Assembleia Geral Ana Paula Inácio Diário do Alentejo n.º 1601 de 28/12/2012 Única Publicação
ASSOCIAÇÃO SOCIAL UNIDOS DE SANTANA DO CAMPO
CONVOCATÓRIA EuTiago Miguel Macau Ramos, na qualidade de Presidente da Mesa da Assembleia geral da Associação Social Unidos de Santana do Campo, ao abrigo dos artigos 30.º e 31.º dos Estatutos desta Associação convoco por este meio a Assembleia Geral Ordinária relativa a eleições gerais para o triénio 2013/2015, para o dia 29 de dezembro de 2012, pelas 18 horas, na sede desta Associação, sita na Rua 25 de Abril, 34, em Santana do Campo. Ordem de Trabalhos 1 – Leitura da Ata da última Assembleia-geral; 2 – Informações; 3 – Eleger os membros dos Órgãos Sociais para o triénio 2013/2015. 4 – Reconhecimento expresso da impossibilidade ou inconveniência de substituição dos membros dos corpos gerentes que já desempenharam dois mandatos consecutivos por parte da Assembleia geral se for caso disso. Funcionamento da Assembleia Geral A Assembleia geral funcionará em primeira convocatória com a presença de mais de metade dos associados com o direito a voto e, não havendo funcionará em segunda convocatória uma hora depois com qualquer número de presentes, pelo que a presente convocatória assim o determina. Assim, convida por este meio os sócios desta Associação a apresentarem Listas para constituição dos Órgãos Sociais para o triénio 2013/2015. As referidas Listas deverão ser apresentadas na secretaria da Associação até ao dia 23 de dezembro do presente ano e estarão afixadas na sede da Associação desde esse dia até ao dia da eleição. A tomada de posse dos Órgãos Sociais eleitos ocorrerá no dia 12 de janeiro de 2013, pelas 15 horas, na sede da Associação. Santana do Campo, 2012/11/19 A Presidente da Mesa da Assembleia Geral Tiago Miguel Macau Ramos
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institucional diversos
25 Diário do Alentejo 28 dezembro 2012
MISSA
José Miguel Martins 1.º Ano de Eterna Saudade Lembrar-te é fácil, esquecer-te nunca. Há um ano que já não estás entre nós mas permanecerás sempre nos nossos corações. Esposa, filhos e restante família participam a todas as pessoas de sua amizade que será celebrada missa pelo eterno descanso do seu ente querido no dia 30 de dezembro de 2012, pelas 17 e 30 horas, na igreja de Santa Maria.
Vidigueira AGRADECIMENTO
Santana AGRADECIMENTO
José Manuel Estrela Cigarro
Maria Antónia Lisboa
Santa Iria PARTICIPAÇÃO
É com pesar que participamos o falecimento da Sra. D. Isabel Maria da Conceição, ocorrido no dia 26/12/2012, de 87 anos, casada com o Sr. Francisco João Correia, natural da freguesia de Salvador, Serpa. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no dia 27/12/2012, pelas 10 e 30 horas, da Casa Mortuária de Serpa para o cemitério local. Apresentamos à família as cordiais condolências.
AGÊNCIA FUNERÁRIA SERPENSE, LDA
CAMPAS E JAZIGOS | DECOR AÇÃO CONSTRUÇÃO CIVIL “DESDE 1800” Rua de Lisboa, 35 / 37 Beja | Estrada do Bairro da Esperança Lote 2 Beja (novo) Telef. 284 323 996 – Tm.914525342
Nasceu a 02.06.1949 Faleceu a 24.12.2012 Sua família na impossibilidade de o fazer pessoalmente agradece por este meio a todas as pessoas que o acompanharam à sua última morada ou que de outro modo manifestaram o seu pesar.
Nasceu a 27.01.1939 Faleceu a 10.12.2012 Sua família na impossibilidade de o fazer pessoalmente agradece por este meio a todas as pessoas que a acompanharam à sua última morada ou que de outro modo manifestaram o seu pesar.
AGÊNCIA FUNERÁRIA ESPÍRITO SANTO, LDA. Tm.963044570 – Tel. 284441108 Rua Das Graciosas, 7 7960-444 Vila de Frades/Vidigueira
MISSA
Gerência: António Coelho Tm. 963 085 442 – Tel. 284 549 315 | Rua das Cruzes, 14-A – 7830-344 SERPA
SELMES MISSA
MISSA
marmoresmata@hotmail.com
DESLOCAÇÕES POR TODO O PAÍS António Luís Lampreia Aleixo Engrossa
ASSINATURA Praceta Rainha D. Leonor, Nº 1 – Apartado 70 - 7801-953 BEJA • Tel 284 310 164 • E-mail publicidade@diariodoalentejo.pt Redacção: Tel 284 310 165 • E-mail jornal@diariodoalentejo.pt Desejo assinar o Diário do Alentejo, com início em _______________, na modalidade que abaixo assinalo: Assinatura Anual (52 edições):
País: 28,62 €
Estrangeiro: 30,32 €
Assinatura Semestral (26 edições):
País: 19,08 €
Estrangeiro: 20,21 €
Envio Cheque/Vale Nº___________________ do Banco _____________________________________ Efectuei Transferência Bancária para o NIB 0010 00001832 8230002 78 no dia ___________________
João Augusto Leitão das Dores É com pesar que participamos a missa do 30.º dia que se realizará no dia 2 de Janeiro de 2013, quartafeira, pelas 18 e 30 horas na Igreja da Sé em Beja.
Nome _______________________________________________________________________________
4.º Ano de dor e saudade Sua mãe, irmã e restante família participam a todas as pessoas de suas relações e amizade que será celebrada missa pela alma do seu ente querido no dia 02/01/2013, quarta-feira, às 18 e 30 horas na igreja do Carmo, em Beja, agradecendo antecipadamente a todos os que comparecerem ao ato religioso.
José Oliveira 1.º Ano de Eterna Saudade Sua esposa e restante família participam a todas as pessoas de suas relações e amizade que será celebrada missa pelo eterno descanso do seu ente querido no dia 30/12/2012, domingo, às 15 horas, na Igreja Matriz de Selmes, agradecendo desde já a todos os que comparecerem ao ato religioso.
Morada ______________________________________________________________________________ Localidade ___________________________________________________________________________ Código Postal ________________________________________________________________________ Nº Contribuinte ________________________Telefone / Telemóvel ______________________________ Data de Nascimento __________________________________ Profissão _________________________
*A assinatura será renovada automaticamente, salvo vontade expressa em contrário* Cheques ou Vales Postais deverão ser emitidos a:
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26 Diário do Alentejo 28 dezembro 2012
Todas as semanas os leitores do “Diário do Alentejo” vão ter descontos. Os anúncios desta secção pretendem, por um lado, dar um impulso à economia local e, por outro, ajudar os consumidores neste tempo de crise. Aproveite as oportunidades.
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É a percentagem de leitores de jornais que no distrito de Beja todas as semanas leem o “Diário do Alentejo” na sua versão papel. No Facebook, todos os dias, mais de 4 000 leitores seguem a atualidade regional na página do “DA”.
Notícias de Beja
A Planície
Correio do Alentejo
Diário do Alentejo
Fonte: Marktest. Relatório de resultados da imprensa regional no período compreendido entre abril de 2010 e março de 2011
www.diariodoalentejo.pt
facebook.com/diariodoalentejo
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A campanha “Papel por Alimentos”, lançada há um ano pelo Banco Alimentar Contra a Fome, recolheu mais de três mil toneladas de papel, que converteu em 300 mil euros de alimentos, prioritariamente leite, atum e azeite. A presidente da instituição, Isabel Jonet, fez um balanço dos primeiros 11 meses da campanha (os dados mais atualizados são até final de novembro) e referiu que é “de muito sucesso”. Para a responsável, uma das chaves do sucesso desta campanha foi o facto de ter a “dupla vertente ambiental e solidária”, que permitiu usar um produto normalmente desaproveitado (papel) e trocá-lo por alimentos.
Diário do Alentejo 28 dezembro 2012
Banco Alimentar recolhe três mil toneladas de papel
Empresas Acessório abriu em Beja Desde o início do presente mês que a cidade de Beja conta com um novo espaço comercial. A Acessório é uma loja que coloca à disposição tudo o que os clientes, particularmente do setor feminino, necessitam em matéria de acessórios: malas, cintos, luvas, bijuteria e artigos para crianças. A proprietária, Susete Soares, refere que “o gosto pelas vendas já era muito” e que, embora seja um negócio um pouco “visto” na cidade, decidiu avançar mesmo assim, adiantando que até à data a adesão por parte da população tem sido bastante positiva.
Com m o ob o jeeti tivo vo de cch ham amar ar a po op pu ula lação par para pa ra a reeaalilida dad dad dee doss ssaabo do bore res re regi gion onaaiis is, s, tam ta mb m bém m um re reccu urs rso tu rso turrííísssttic i co c mp co mplem leme le mentarr a mui uito tos outr ou tros os que ue a reg egiã giã ião te ião tem pa parraa offerrec eceerr, há há uma ma no ovva ge gerraaçã çã o de peq eque uen no os em mpr preesssár áárrio ioss,, nest ne ste ca st cas asso o emp preessáárriiaass, a a po ossta tar, r, no cceent ntro o de B Beejjaa, em loj ojjas as da eesspeeci c al alid id dad ade. e. e.
Tyco Electronics cria mais 25 postos de trabalho
Beja divulga novos sabores
Novas lojas apostam nos produtos regionais Indiscutivelmente os sabores regionais são cada vez mais a grande oferta no centro da cidade de Beja. Uma aposta que parece garantir o sucesso de alguns comerciantes, oferece diversidade para os mais curiosos. São seis pequenos comércios que se dedicam à venda de produtos regionais. Jovens que aliaram a cultura a uma oportunidade de inovar e regressar ao tradicional. Publireportagem Sandra Sanches
O
s comerciantes deste ramo tentam, acima de tudo, cativar uma procura mais ativa da população tornando o comércio um incentivo ao consumo do que é tradicional. Nestas lojas, produtos com sabores da região não faltam, e nas prateleiras da loja da empresária Ana Valadas a oferta é variada: licores, compotas, vinhos, azeites, frutos secos, rebuçados, mel e azeitonas. De tudo um pouco do que é regional. É na Tradição dos Sabores, aberta há cerca de dois meses nas instalações do Mercado Municipal de Beja,
que Ana Valadas afirma que a “cidade já merecia um comércio tradicional mais desenvolvido”. A empresária é da opinião de que as pessoas já se encontram um pouco saturadas das grandes superfícies, procurando algo mais associado à nossa região. Por outro lado, Telma Bolinhas, a microempresária da Sabores do Alentejo, já se encontra neste ramo de negócio há mais tempo, cerca de três anos e meio, e, nestas alturas em que a azáfama às compras é mais significativa, tenta sempre inovar, disponibilizando aos clientes a venda de cabazes que conferem a possibilidade de juntar o melhor de cada fileira para degustação, das compotas aos vinhos. Se para uns o comércio se baseia na venda dos produtos locais, outros tentam ir mais além associando os produtos do Baixo Alentejo aos do Alto Alentejo, como é o caso da Mercearia Bejense, propriedade de Sandra Páscoa, que diz aproveitar a sua naturalidade – Marvão – para vender na sua mercearia produtos da terra, aliados aos produtos do Baixo Alentejo: rebuçados de ovos, mel de Marvão, azeites da herdade da Almojanda, azeites de Portel, bolachas
de Sousel, licores da Botica, xaropes e compotas do Vale do Mestre. Tudo produtos que Sandra Páscoa refere “marcarem pela diferença”, já que são algo nunca antes visto na cidade. Sandra Páscoa adianta ainda que as pessoas “vêm de fora propositadamente porque sabem que cá vão encontrar, por exemplo, os famosos rebuçados de ovos de Portalegre”. Ou mesmo o pão de São Pedro de Sólis, considerado o melhor pão português e já agraciado com a medalha de ouro na Feira Nacional da Agricultura de Santarém. E fruto desta procura a empresária adianta já conhecer os seus clientes pelo nome e estar surpreendida pela adesão positiva da população. Ao gosto pelo ramo do negócio, estas empresárias aliam o interesse pelo comércio tradicional, naquilo que são as suas raízes mais profundas, incentivando a procura dos sabores mais emblemáticos da terra. E ainda que se fale em crise, esta palavra passa ao lado dos ouvidos destas empresárias, que, mesmo vítimas do atual cenário económico, decidiram criar estruturas para a criação do seu próprio emprego.
A Tyco Electronics, a maior empregadora do setor privado no distrito de Évora, acaba de ver aprovado um contrato de investimento de 31 milhões de euros provenientes de fundos comunitários. Mantêm-se os cerca de 1537 trabalhadores e são criados mais 25 postos de trabalho. O investimento chega para expandir a unidade industrial de Évora e concentrar nesta fábrica a atividade mundial de produção de relés para a indústria automóvel. A empresa norte-americana justifica a escolha da fábrica de Évora com a experiência acumulada de quase 40 anos a produzir relés para a indústria automóvel, o que tem levado a que outras pequenas empresas se instalem na região e mesmo noutros pontos do País para fornecimento e prestação de serviços à sua unidade industrial. É um projeto considerado de “relevância nacional”, afirma António Dieb, presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Alentejo (Ccdra).
Caixa Agrícola de Beja e Mértola reforça apoios à agricultura O apoio à atividade agrícola, nomeadamente aos projetos ligados ao regadio, será uma das prioridades da Caixa Agrícola de Beja e Mértola em 2013, contando para tal com uma nova linha de crédito, segundo justifica o administrador, Francisco Correia: “Trata-se de uma linha de crédito que foi implementada por nós e que visa a aquisição de equipamentos para o regadio”. O responsável adianta ainda que olha para o setor “com muita esperança e muito entusiasmo”. Uma realidade que levou a Caixa Agrícola de Beja e Mértola a implementar, no último verão, uma linha de crédito vocacionada para as culturas de regadio.
28 Diário do Alentejo 28 dezembro 2012
Alcácer mantém refeitórios escolares abertos na pausa natalícia
A Câmara Municipal de Alcácer do Sal decidiu manter em funcionamento os refeitórios escolares do concelho na pausa letiva do Natal, à semelhança do ano anterior. A vereadora do pelouro da Educação, Isabel Vicente, explica que esta é uma medida que, além de dar resposta “aos imensos pedidos dos pais que, estando a trabalhar, não têm com quem deixar as crianças”, apoia também “as famílias em tempos complicados”. Isabel Vicente adianta ainda que, a partir do segundo período letivo, a Escola Básica nº.1 de Alcácer do Sal vai oferecer o pequeno-almoço e o lanche aos casos assinalados de crianças que se encontravam em situação de carência alimentar.
Letras O quarteto de Alexandria
Boa vida Comer Bacalhau com tomate e ovos Ingredientes para 4 pessoas: 4 postas de bacalhau; q.b de azeite; q.b de pimenta branca; 1 cebola media ; 4 dentes de alho; 4 ovos; 2 tomates maduros sem pele e sem grainhas; Para o acompanhamento: 1 alface; 1 molho pequeno de coentros; 1 molho pequeno de hortelã; q.b de sal fino; q.b de azeite; q.b de vinagre de vinho branco; Confecção: Depois do bacalhau devidamente demolhado, coza-o em água. Deixe arrefecer e desfie-o. Numa frigideira antiaderente coloque azeite, cebola picada e os alhos picados. Quando a cebola estiver murcha junte o tomate picado, um pouco de sal e a pimenta. Ju nte o bac a l hau e envolva-o. Numa taça coloque os ovos inteiros e bata com as varas de arame. Junte ao preparado anterior. Mexa e retifique o tempero a seu gosto. Sirva com salada de alface, coentros, hortelã e tempere com sal, azeite e vinagre Bom apetite… Nota: Pode utilizar bacalhau já demolhado e congelado, ou substitui- lo por um outro peixe qualquer António Nobre Chefe executivo de cozinha – Hotéis M’AR De AR, Évora
Filatelia Há 50 anos foi assim…
A
cidade é Alexandria e o tempo é o do antes e durante a II Guerra Mundial que Lawrence Durrell – o inglês nascido na Índia britânica, aluno dos Jesuítas em Darjeeling antes de se formar em Canterbury – conheceu bem entre 1942 e 1945. Foi lá que o escritor se apaixonou pela judia E v e C o h e n , a mulher que lhe terá inspirado a personagem Justine. No prefácio a Balthazar, Durrell assumiu que, com esta obra de investigação sobre o amor moderno [a expressão é do do autor], quis explorar a noção de relatividade – os três primeiros volumes relatam os mesmos acontecimentos revistos, porém, em função da sensibilidade de diferentes sujeitos e em função de perspectivas alternativas. Finalmente o quarto romance, passado em Corfu seis anos depois dos eventos relatados, releva as mudanças ocorridas ao longo do tempo. Porém, se O quarteto de Alexandria se impôs como uma obra sobre as complexidades e os paradoxos do amor moderno, é também um conto que fixa e tem como fundo, não menos complexo, o imperialismo e nacionalismos modernos, questionando, por isso, a natureza do poder enquanto aborda também a questão palestiniana. Um dos grandes clássicos da literatura mundial do século XX, é agora publicado pela Dom Quixote numa edição conjunta que reúne Justine, Balthazar, Mountolive e Clea, e recupera a tradução dos quatro volumes publicados entre 1960 e 1961 pela editora Ulisseia, alterada de modo a respeitar a edição definitiva do texto, revisto por Durrell em 1962.
A
s duas primeiras décadas da segunda metade do século XX são riquíssimas na emissão de Inteiros Postais, nomeadamente de bilhetes postais e de telegramas. No que respeita à emissão de bilhetes postais natalícios, foi produzido um acervo de muitas dezenas de postais iconograficamente muito ricos e variados. Tal como vinha acontecendo desde 1953, e continuou até 1966, os oito postais emitidos para o Natal de 1962, para além da imagem alegórica à época festiva, apresentam um poema de Pedro Homem de Mello. No final de cada poema está a inscrição (em duas linhas e em maiúsculas):Natal de 1962/Pedro Homem de Mello. Os postais apresentam o emblema do “postilhão”, não têm a franquia impressa e eram vendidos a 1$20 o exemplar. O título do poema do último postal da série apresenta um erro. Foi erradamente impresso AD HOMNES, em vez de AD OMNES. Em todos os exemplares vendidos aos balcões dos CTT a letra H foi anulada manualmente. Porém, não o foi nos postais reproduzidos no Anuário dos CTT de 1962. (Veja-se o exemplar reproduzido.) E O VERBO SE FEZ CARNE Noite. Uma paz Que é absoluta. Os homens rezam! E Deus escuta. REDENÇÃO Dos séculos Há dois: - Um, antes de Jesus; Outro, depois. INQUÉRITO Acaso já pensaste na incerteza Dos que hão de ficar sós, a horas mortas, Quando hoje, se fecharem mais as portas E se alongar, de novo, a tua mesa? OFERTA É um menino… Espera a consoada? Para ele o mundo Está na tua mão… Ajoelha, pois. (Até sem dizer nada!) Mas abre o peito E dá-lhe o coração! MENSAGEM Nem sei já de mar sem fundo, Nem de noite, já sem luz. Sei que paira sobre o Mundo, Esta palava: Jesus…
REALIDADE Não ver Jesus é negar O Sol enquanto alumia. Como descrer dos Poetas Quando há tanta poesia?
Maria do Carmo Piçarra
SALVAÇÃO Que ninguém perca a esperança De alcançar o paraíso! - às vezes, basta um sorriso Na boca de uma criança… AD OMNES Jesus de África? Da Europa? Cá Ou lá. Seja onde for. Jesus Daqueles que sofrem! Sua cor É não ter cor… Geada de Sousa
O quarteto de Alexandria Lawrence Durrell Dom Quixote 906 págs 29,90 euros.
O Grupo Coral e Etnográfico da Casa do Povo de Serpa é o próximo convidado da iniciativa Cante ao Menino – Rota das Catedrais 2012, promovida pela Direção Regional de Cultura do Alentejo. Fundado na década de 20 do século passado, o coral da margem esquerda do Guadiana vai estar amanhã, sábado, pelas 17 horas, na Sé de Évora, com um repertório natalício. Modas como “Menino”, “Janeiras” e “Reis”, todos tradicionais de Serpa, fazem parte do alinhamento, além de “Nossa Senhora do Carmo”, “Serpa de Guadalupe” e “Bom Pastor”.
Fim de semana
História do jazz no espaço Oficinas Arranca hoje, sexta-feira, no espaço Oficinas, em Aljustrel, o curso livre de iniciação à história do jazz “Jazz de A a Z”. A ação, que decorrerá até 4 de maio estruturada em oito sessões, sempre às sextas-feiras, é ministrada por António Branco, dinamizador do Clube de Jazz do Conservatório Regional do Baixo Alentejo. A primeira sessão, pelas 21 e 30 horas, abordará o tema “Dos campos de algodão a Nova Orleães”.
Os Azeitonas, Serafim e Virgem Suta são as grandes atrações
Reveillon bejense dura três noites
B
eja celebra o fim de ano com três noites de festa na praça da República, uma estratégia do município para “manter as pessoas na cidade nesta época festiva e atrair novos públicos a Beja”. O programa festivo arranca já amanhã, sábado, com as atuações dos bejenses Tango Paris e de Os Azeitonas, autores do muito badalado “Anda comigo ver os aviões”, num primeiro serão que encerra com a Penthouse Golden Night Party, animada pelos DJ Roody Deejay e Nadia Mendez. Para domingo, está prevista uma noite de stand up comedy com o bejense Jorge Serafim e António Raminhos. O concerto de abertura estará a cargo dos Caracol Blues, banda roqueira também de Beja, e o encerramento fica por conta de Fernando Alvim. Para encerrar, na noite em que o ano de 2012 se despede, segunda-feira, 31, sobem ao palco os Mojo, a preparar terreno para os Virgem Suta, outros da “prata da casa” que já têm estatuto de sucesso nacional. O reveillon bejense prossegue pela madrugada dentro com os DJ dos bares de Beja que apoiam a iniciativa.
de Alexandra Graça, que acabou de lançar o livro Natal também é fado, ilustrado por José Francisco, já marcaram presença em diversas exposições, como no Museu da Presidência da República e nas Minas do Lousal, em Grândola.
Presépios de Alexandra Graça para ver no IPBeja A exposição de presépios da artista bejense Alexandra Graça vai continuar patente no Instituto Politécnico de Beja até ao próximo dia 7 de janeiro. Todas as peças expostas foram minuciosamente elaboradas à mão pela autora, com recurso a materiais reciclados e a outros como o tecido, o papel e os bordados. A mostra reflete “a contemporaneidade e a tradição associadas à natividade celebrada nesta época”, e traduz-se num conjunto de presépios temáticos, que marcam a diferença pela profusão de fantasia e cor. Os presépios
Mercadinho de Natal de Grândola até dia 31 Peças originais e exclusivas em cerâmica ou ferro forjado, lavores, compotas e doces regionais são apenas algumas das propostas do Mercadinho de Natal de Grândola, que está a decorrer desde o início do mês e até ao próximo dia 31, de segunda a sábado, entre as 9 e as 19 horas. O Mercadinho de Natal, que faz parte da estratégia do município de Grândola
de promoção e de apoio ao artesanato, funciona no centro tradicional da Vila Morena.
Memórias de uma Mina no Museu da Ruralidade No local onde, aos 20 dias do mês de janeiro, decorre a Feira do Pau Roxo, em Castro Verde, funcionou, durante quase um século, a mina do Rossio do Santo, ou de São Sebastião. A extração de galena, chumbo e barite cessou em 1962/1963 e o que hoje disso resta são algumas, escassas, memórias de alguns trabalhadores, agora reunidas numa exposição que está patente no Museu da Ruralidade, em Entradas, até 31 de janeiro. A mostra “Memórias de uma Mina – Rossio de São Sebastião” resgata retalhos da vida de alguns antigos mineiros que ali começaram a trabalhar aos 11, 12 e 13 anos, podendo ser apreciada de quarta-feira a domingo, entre as 10 e as 18 horas.
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Grupo Coral de Serpa atua na Sé de Évora
Diário do Alentejo 28 dezembro 2012
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Concelhos com dificuldades económicas vendem freguesias extintas na Internet A recente extinção de freguesias pode ter criado problemas a algumas populações, mas também abriu oportunidades de negócio. Segundo apurámos, alguns dos concelhos da região estão a vender as freguesias extintas na Internet com o propósito
de angariar dinheiro: “Sempre é uma maneira de fazer mais algum, em vez de deixar as freguesias na despensa a ganhar pó!”, declarou um presidente de junta. O que é certo é que encontrámos em alguns sites de venda on line anúncios como os seguintes: “Vende-se freguesia extensa com alguns idosos que saem pouco à rua e três cães (um deles não
tem as vacinas em dia). Contactar só depois das 23 horas – não atendo números privados”; “Aluga-se freguesia limpa, com parque infantil a estrear – aceita-se permuta por moradia junto ao mar ou Citroen AX de dois lugares”; “Vende-se freguesia abandonada, edifício da junta ideal para converter para lenha”.
facebook.com/naoconfirmonemdesminto
Empresa Estradas de Portugal congratula-se pelo facto de o fim do mundo não ter atingido o Baixo Alentejo pois “seria um equívoco técnico”
BEBA COM MODERAÇÃO (EXCETO QUANDO ESTIVER A OUVIR VÍTOR GASPAR)
Foi há uma semana que as expectativas se goraram. Afinal, parece que o mundo teimou em não acabar, e não houve, em parte alguma, qualquer sinal de apocalipse iminente, o que deixou as autoridades e responsáveis da região confusos e escandalizados. A Estradas de Portugal, perita em declarar equívocos técnicos em autoestradas como a A26, já veio, contudo, explicar o falhanço da previsão Maia: “Apostou-se muito no fim do mundo no Alentejo, mas o que é certo é que não há condições para acolher tantos senhores do mal e anjos da morte. Não há gente suficiente no Alentejo para fazer um fim do mundo reconhecido pelas entidades internacionais. O mais provável é que a maioria da população optasse por passar o tempo numa grande superfície a comprar camarão congelado para a passagem de ano...”. Quem não ficou satisfeito com o esclarecimento foi o deputado Pita Ameixa, que anunciou que irá questionar o Governo sobre mais esta desfeita: “Já sabiamos que este executivo não gosta da região. Agora, privarem-nos do fim do mundo é que não se admite! Nem um meteorito que se visse, nem tremores de terra, nem uma chuva de Mários Simões, nem uma praga de Carlos Moedas, nem mais um regresso da Tonicha, nada...”, declarou.
Inquérito Que perspetivas tem para 2013?
Educação: Ministério quer apenas dois mega-agrupamentos em Beja – em média, 72 alunos terão de partilhar uma secretária A contenção orçamental está a abrir caminho para a reestruturação das escolas da cidade de Beja. Ao que parece, a Escola Secundária Diogo de Gouveia abarcará os agrupamentos de Santa Maria e de Santiago Maior, a EB 2/3 da Cabeça Gorda, a C+S de Bordéus e a Escola Profissional de Hannover; já a Escola Secundária D. Manuel I incluirá o agrupamento Mário Beirão, duas escolas primárias da cidade da Praia, o agrupamento de escolas de Vladivostok e a Escola de Artes de Goa. Mas as mudanças não ficarão por aqui, já que os alunos e professores também sofrerão as consequências desta reorganização escolar: em média, 72 alunos terão de usar a mesma secretária; os professores terão turmas com 130 alunos e uma pausa de cinco minutos semanais para almoçar, ir à casa de banho, respirar, viver e pensar na vida; os jogos de futebol, nas aulas de educação física, terão de ser disputados por 86 alunos; e os banhos nos balneários durarão 25 segundos. Os rufias também verão uma diminuição no seu leque de opções, dado que só poderão incomodar dois caloiros por semestre sendo obrigados a partilhá-los quando o seu número for reduzido.
Licores de Medronho Sebastião e Simões
PROF. SASSI PEREIRA, 39 ANOS Astrólogo, vidente e besta negra dos maus-olhados Perspetivo coisas que só uma mente límpida como a minha consegue ver: que 2013 vem logo a seguir a 2012, por exemplo. Pelo que posso ler nestes búzios que espalhei neste cesto de vime, 2013 vai ser um ano difícil, com pouco dinheiro e fortuna. Venha a uma consulta minha e a sua sorte mudará – basta untar o seu corpo com fígado de iguana e lágrimas de koala para impedir que a infelicidade ou o Orçamento do Estado lhe possam tocar. ARTUR BATISTA DA SILVA Comentador e especialista-da-ONU-que-foi-entrevistado-por-jornalistas-como-especialista-da-ONU-e-agora-percebe-se-que-não-é-especialista-da-ONU Estou certo que será um ano difícil. Daqui a seis meses Portugal estará na penúria absoluta e terá de renegociar a dívida. Desde que fui para a ONU que defendo isto – curiosamente foi no mesmo ano em que ganhei o Nobel da Física e me casei com a Angelina Jolie. Se não arrepiarmos caminho, ficaremos em maus lençóis. Estou a avisar, mas parece que o Governo não ouve. Foi como quando avisei Viriato de que poderia ser traído, e ele não me ligou…
VÍTOR GASPAR, 52 ANOS Ministro das Finanças Estão… a ouvir-me? Obrigado pela sua… pergunta que é… se me permite… uma ótima pergunta. O ano de 2013 será… ao que tudo… indica… o ano do princípio… do início… do começo… da mais que provável… eventual… e possível retoma económica. Será…. também… o ano em que… finalmente…acertarei uma… previsão… nem que seja no… Totobola. O orçamento é… difícil mas é nossa convicção de que é…exequível, como podem ver… no gráfico projetado nas minhas… olheiras…
Nº 1601 (II Série) | 28 dezembro 2012
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O “DA” está no canal 475533 do
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quadro de honra Prestes a dizer adeus ao ano do seu 80.º aniversário, o “Diário do Alentejo” esteve à conversa com o seu assinante mais antigo. João Casaca mantém ininterruptamente, há 67 anos, uma leitura assídua e atenta sobre as páginas do jornal fundado por Carlos Marques e Manuel Engana. É um caso sério de afeto e fidelidade, ao ponto de nos considerar como “uma pessoa de família”. E se, talvez por cordialidade, não nos aponta defeitos, também não esconde que gostaria de nos ler diariamente. Como “no outro tempo”.
Há 67 anos que João Casaca é assinante
O “DA” é um “companheiro que me faz falta” estão em Lisboa, e que também me perguntam pelo jornal. Já viu o que é 67 anos? É uma vida.
Com que idade é que o “Diário do Alentejo” (DA) lhe chegou às mãos?
Com 13 anos. Os meus pais eram comerciantes em Trigaches e eu, aos 13 anos, comecei a assinar o “DA” porque tinha um tio que também era assinante e que me incentivou. Era um leitor do “DA”, gostava muito do jornal e eu segui-o. Hoje tenho 80 anos, há 67 anos que sou assinante. Considero o “DA” como uma pessoa de família.
Lembra-se de alguma notícia que tivesse gostado especialmente de ter lido, positiva ou negativa?
Eu não sou uma pessoa pessimista e, de uma maneira geral, interesso-me por tudo. Lembro-me, claro, do fecho das comportas da Barragem do Alqueva, da abertura do aeroporto de Beja… O que é pena é estar como está e não estar mais desenvolvido, mas é um melhoramento que eu acho importante.
Nunca pensou em interromper essa ligação?
Nunca. Eu sou do tempo dos fundadores, do Carlos Marques e do Manuel António Engana, e da tipografia, que ficava junto aos táxis. E sou da idade do “DA”. O “DA” nasceu em junho, e eu nasci em outubro de 1932. Ao longo destas décadas de leitura do “DA”, que principais evoluções é que regista?
Eu acho que tem melhorado todos os anos. Foi pena ter passado de diário a semanal, porque gostava de o receber todos os dias. Tenho achado sempre melhorias, é uma coisa que eu adoro, caso contrário não me manteria assinante 67 anos ininterruptamente. Tudo me interessa, mas interessa-me mais o que diga respeito ao desenvolvimento da região. E naqueles anos em que o jornal foi interrompido, sentiu saudades?
Claro que senti. Isso foi já depois do 25 de Abril. É que considero o “DA” uma pessoa de família, é um companheiro que me faz falta. Eu recebo o jornal na minha casa de Alcaria da Serra e às vezes passo muito tempo sem lá ir. Quando chego… E até a minha mulher PUB
João Casaca 80 anos, natural de Trigaches Toda a vida foi comerciante. Primeiro no estabelecimento dos pais, em Trigaches; depois, já casado, na loja do sogro, em Alcaria da Serra. Foi também, em paralelo, caixeiro-viajante pelos concelhos vizinhos. Nunca teve tempo para hobbies, mas à leitura sempre deu prioridade. Confessa-se uma pessoa que gosta de “estar informada”, e por isso nunca lhe faltam jornais em casa. Um deles, porém, tem estatuto de “pessoa de família”. Um caso sério de fidelidade. me pergunta pelo jornal, quando eu me esqueço de o trazer para Beja. E também transmiti este gosto aos netos, que
Está atento aos outros suportes do jornal, o sítio na Internet, a página do Facebook?
Não, isso não. Continuo fiel ao papel. O que pensa do “Diário do Alentejo” comparado com outros jornais regionais que tem conhecido pelo País fora?
Eu, como sou bairrista, acho que não há nada como o “Diário do Alentejo”. Leio, conheço e não quero com isto dizer que os outros jornais não sejam bons mas… Para mim é uma coisa de bastante utilidade, a pessoa fica a saber o que se passa na nossa zona. Gosto de tudo, gosto de estar informado, sou uma pessoa interessada, e mantenho a cabeça desenvolvida, mesmo aos 80 anos, graças à leitura. Na minha casa, lê-se o “Expresso”, o “Público”… E as duas imprensas, a nacional e a regional, complementam-se. Que sugestões é que daria ao “DA” na sua vida futura?
Gostaria que ele continuasse, e se possível diário, como era no outro tempo. De resto, estou satisfeito. Carla Ferreira
Dias ensolarados mas frios é o que se prevê para o último fim de semana do ano. As temperaturas vão oscilar entre os dois graus de mínima e os 15 de máxima. Amanhã, sábado, o céu andará mais nublado mas não é previsível que chova.
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Chef Nobre no livro Maravilhas da Gastronomia de Portugal António Nobre, bejense e colaborador do “Diário do Alentejo”, é um dos 10 chefs convidados a representar uma região do País e a apresentar a sua própria receita no livro Maravilhas da Gastronomia de Portugal, lançado no passado dia 20, pela Imprensa Nacional – Casa da Moeda e pela editora A Bela e o Monstro. O chef Hugo Campos, coordenador e autor do livro, reúne nesta obra as 70 receitas pré-finalistas na eleição “7 Maravilhas da Gastronomia”, pedindo ainda o contributo de conceituados chefs como Henrique Sá Pessoa, José Avillez ou Vítor Sobral, num total de 10. António Nobre representa, como seria de prever, o Alentejo.
Loja Social de Ferreira entregou 212 cabazes Os serviços da Loja Social da Câmara Municipal de Ferreira do Alentejo entregaram, nesta quadra, 212 cabazes de Natal a famílias carenciadas do concelho. A iniciativa beneficiou cerca de 700 pessoas e contou, à semelhança de anos anteriores, com o apoio económico e géneros alimentares por parte de empresas locais, regionais e nacionais. Para a feitura dos cabazes contribuiu igualmente uma ação de recolha de alimentos efetuada, no passado dia 18, por colaboradores e voluntários da loja social.
Nerbe planeia projeto de apoio a empresárias A Associação Empresarial do Baixo Alentejo e Litoral (Nerbe/Aebal) está a desenvolver uma candidatura ao Programa Operacional Potencial Humano (POPH), com vista ao desenvolvimento de um projeto de apoio à criação de empresas dirigido a mulheres na região de Beja. O projeto é totalmente gratuito e destina-se a “todas as mulheres, empregadas ou desempregadas, que pretendam criar o seu próprio negócio, que possuam a escolaridade obrigatória e que tenham idades compreendidas entre os 21 e os 50 anos”, a quem se solicita que enviem para os serviços do Nerbe a sua manifestação de interesse.
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