Museu do Relógio
Miguel Ângelo em Beja
Agora os dias já têm “24 Horas”
Temos cinco convites para oferecer
pág. 32
pág. 30
Este VALE
€1,20 Veja como na página 25
na Postos BP Beja
SEXTA-FEIRA, 25 JANEIRO 2013 | Diretor: Paulo Barriga Ano LXXXI, N.o 1605 (II Série) | Preço: € 0,90
Para Alvito segue Natália Caeiro e para Vidigueira José Miguel Almeida
PS já tem candidatos para os 14 concelhos do distrito de Beja Regressar ao fundo da Mina de São Domingos Pela estrada fora em defesa das freguesias pág. 9
Vera Cruz fechada a sete chaves págs. 4/5
Marilyn Monroe na Agrária de Beja págs. 16/17
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A informação é vasta, gratuita, e fácil de pesquisar. Imagens, trabalhos jornalísticos e académicos, vídeos, bibliografia, uma cronologia histórica, um mapa com a localização e a caraterização do património, e ainda o “mural”, uma ferramenta colaborativa semelhante à wikipédia. Ao todo, são 250 os documentos que o Centro de Estudos da Mina de São Domingos disponibiliza on line. pág. 11
FOTO: CENTRO DE ESTUDOS DA MINA DE SÃO DOMINGOS
Entrevista a Pedro do Carmo nas págs. 6/7
Diário do Alentejo 25 janeiro 2013
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Editorial Sítio
Vice-versa A ACOS voltou a recusar mais uma proposta de protocolo apresentada pela autarquia, sendo que é já a terceira proposta recusada, para o futuro modelo de gestão do Parque de Feiras e Exposições de Beja. Nota da Cãmara Municipal de Beja à comunicação social
Paulo Barriga
Não seria necessário extinguir a ExpoBeja se o parceiro Câmara Municipal tivesse pago as suas dívidas. A estratégia utilizada [pela autarquia] foi intencional, para acabar com o parque, para ser só um a gerir e para servir os interesses não de um partido, mas de uma pessoa.
A
inda a propósito da reportagem da SIC – aquela que usou uns quantos protagonistas cá do sítio para precisamente deitar abaixo as coisas que se fazem cá no sítio –, ainda a esse propósito se fez um debate. Na última segunda-feira. Onde participaram alguns dos protagonistas cá do sítio que foram usados na reportagem da SIC e outros que não o foram porque não estavam ali à mão de semear. Pontos essenciais a reter do debate, em ordem crescente de importância. Um: os malandros da SIC esquartejaram, espremeram, esmifraram, desenquadraram os depoimentos dos protagonistas cá do sítio. Dois: está em marcha uma campanha gigantesca e inominável cá contra o sítio. Três: é fatal e imprescindível cá para o sítio que os protagonistas cá do sítio se comecem a dar bem uns com os outros. Apreciação ao ponto número um a reter do debate, respeitando a ordem proposta: O meio é a mensagem, disse-o há algumas décadas atrás uma espécie de profeta da comunicação de massas canadiano. Quem não quer ser lobo não lhe veste a pele, disse-o pela primeira vez o avô de alguém de roda de um lume. Não te envaideças por dois minutos de glória televisiva, digo-o eu. Ponto dois: quando cá no sítio as coisas correm mal, a culpa nunca é da malta cá do sítio. É sempre de alguma organização ultracabalística, ultramontana, ultrassecreta, ultrajante que de tempos em tempos se forma para deitar abaixo cá o sítio e os protagonistas cá do sítio, igualmente. No creo en brujas pero que las hay las hay, disse-o um campónio iletrado espanhol e disse-o a maioria dos protagonistas cá do sítio. Apreciação ao derradeiro ponto, ainda assim central, a reter do debate: os protagonistas cá do sítio sentiramse de tal forma atacados pela tal reportagem da SIC que fala mal cá do sítio que estão dispostos a fazer política conjunta (lobbying, disseram-no diferentes protagonista cá do sítio) em defesa cá do sítio. A reportagem afetou deveras o sistema nervoso dos protagonistas cá do sítio. E só por isso, afinal, sempre terá valido a pena o jornalista da SIC ter vindo fazer cocó informativo cá ao sítio. Por fim, os protagonistas cá do sítio, todos juntos, querem dar protagonismo não a eles próprios, mas cá ao sítio. Resta saber se ainda haverá sítio, tal como o conhecemos, para os protagonistas o protagonizarem. Resta saber se cá o sítio ainda quer ser protagonizado por estes protagonistas. Que cá há.
Manuel Castro e Brito, presidente da ACOS, à Voz da Planície, 17 de janeiro de 2011
Fotonotícia A notícia hoje somos nós. O mau tempo que se fez sentir no fim de semana um pouco por toda a região, especialmente as fortes rajadas de vento, causaram vários estragos. Foi no litoral e na freguesia de Vidigueira, especialmente nas estruturas agrícolas, que os prejuízos mais se notaram. Pelo interior, a queda de árvores foi a ocorrência mais comum. Este velho acipreste decidiu descansar em paz bem em cima do telhado de um anexo do Arquivo Distrital de Beja. A dois passos mal medidos da redação do “Diário do Alentejo”. PB Foto de José Ferrolho
Voz do povo O que cortaria na despesa do Estado?
Inquérito de José Serrano
Margarida Cláudio 32 anos, professora do 1.º ciclo
Mónica Vicente 33 anos, auxiliar de educação
Andreína Silva 24 anos, estudante
Rita Valadas 35 anos, administrativa
Nos ordenados, nos subsídios, nas reformas, nas mordomias da classe política. Em todos os gastos supérfluos que os políticos continuam a ter e a não deixar de prescindir. Em investimentos desnecessários. O povo já não pode privar-se de mais nada, os trabalhadores da função pública já não aguentam mais sacrifícios. Sei do que falo, sou professora e sinto isso na pele.
Começava por cortar nos salários dos políticos. Ganham muito, e para além de darem cabo da vida dos portugueses, pouco mais fazem. Tirava-lhes os carrinhos de luxo e obrigava-os a viver com 500 euros por mês. Para ver se conseguiam subsistir. O povo trabalha imenso e pouco consegue. Quando deixarmos de ter comida para os nossos filhos chegará uma nova revolução.
O Estado devia gastar menos nas despesas dos políticos. No nosso País, o simples facto de se pertencer à classe política já acarreta benefícios, luxos de que não abdicam. São sempre os mais beneficiados. As diferenças entre eles e os outros são notórias. E os bons exemplos deviam partir de quem governa. Entretanto o povo vai continuando a sofrer. Cada vez mais.
O Estado deveria cessar de imediato os benefícios à banca. Nomeadamente a aplicação de dinheiros públicos nos bancos já há muito falidos. Esse capital era mais que suficiente para satisfazer as sempre urgentes exigências da troika. Mas corta no básico de um estado que se diz social: na saúde, na educação, no emprego. Isto não faz qualquer sentido. É um escândalo.
Rede social DR
Semana passada QUINTA-FEIRA, DIA 17 ALJUSTREL DETIDO POR RECETAÇÃO
SÁBADO, DIA 19 ALFUNDÃO SKATE PARQUE FOI INAUGURADO O Skate Parque de Alfundão, no concelho de Ferreira do Alentejo, foi inaugurado no sábado, após um investimento de 79,3 mil euros, para promover a prática de desporto e diversificar a oferta desportiva naquela freguesia. O parque foi construído no âmbito da operação de Valorização Ambiental e Requalificação Urbana Funcional de Alfundão, promovida pela Câmara de Ferreira do Alentejo, e cofinanciado em 85 por cento por fundos comunitários.
DOMINGO, DIA 20 BEJA MAU TEMPO PROVOCA QUEDA DE ÁRVORES De acordo com o Comando Distrital de Operações de Socorro de Beja, no distrito foram registadas, no decorrer do mau tempo que de verificou no fim de semana, mais de 40 ocorrências relacionadas com quedas de árvores e limpeza de vias. Segundo a mesma fonte, no distrito de Beja foram registadas quedas de árvores em Odemira, Aljustrel, Alvito e em Santa Clara do Louredo, no concelho de Beja, sendo que nesta localidade duas viaturas ficaram danificadas, devido a quedas de árvores. Já no concelho de Santiago do Cacém, uma casa ficou sem telhado provocando quatro desalojados.
SEGUNDA-FEIRA, DIA 21 MÉRTOLA PORTAL DA REDE DE BIBLIOTECAS APRESENTADO O portal de Internet da Rede de Bibliotecas de Mértola, uma estrutura aberta às bibliotecas e aos centros de recursos do concelho, foi apresentado na passada segunda-feira. A rede reúne a biblioteca municipal, as do agrupamento de escolas, a do Campo Arqueológico e o Centro de Recursos em Conhecimento da Associação de Defesa do Património de Mértola. Segundo a câmara, a rede visa o desenvolvimento da ligação entre as bibliotecas e os centros de recursos do concelho, “otimizando atividades e recursos, através de uma parceria efetiva”.
TERÇA-FEIRA, DIA 22 SINES QUEDA DE POSTE MATA JOVEM Morreu em Sines, na terça-feira, um jovem de 24 anos, na sequência da queda de um poste de eletricidade, motivada pelo embate de um veículo ligeiro que se despistou. Fonte do Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Setúbal acrescentou à Lusa que o acidente ocorreu na zona industrial de Sines, no Terminal XXI, junto ao terminal de carvão. De acordo com o CDOS, estiveram envolvidos no socorro cinco bombeiros da corporação de Sines, apoiados por dois veículos e a viatura médica de emergência e reanimação do Hospital do Litoral Alentejano.
Foi mais uma ronda da Câmara Municipal de Beja pelas freguesias do concelho. Santa Clara do Louredo e Penedo Gordo receberam a visita dos serviços camarários. E a chuva não demoveu a realização de mais uma Semana Aberta. DR
Quando é que o núcleo distrital de Beja da JuveBombeiro foi criado e com que finalidade?
A chuva não os assusta
A JuveBombeiro foi fundada a 1 de abril de 2001, com o objetivo de mobilizar e motivar os jovens bombeiros para os valores do associativismo, do voluntariado e da solidariedade e promover os bombeiros junto dos mais jovens de forma a incentivar o seu ingresso nos mesmos. Que tipo de atividades tem vindo a desenvolver e o que é que tem agendado para curto/médio prazo?
As nossas atividades centram-se na promoção e divulgação dos bombeiros e, em conjunto com os núcleos locais, apoiamos jovens do nosso distrito com necessidades especiais, através da recolha de tampinhas e entrega de cabazes, e promovemos também a camaradagem entre os bombeiros. Para o curto/médio prazo desejamos realizar uma gala distrital, onde iremos reconhecer bombeiros e dirigentes, entre outros elementos, que se têm destacado ao longo dos anos. Pretendemos ainda organizar um convívio entre jovens e menos jovens bombeiros. Anualmente organizamos o já tradicional acampamento distrital e, pontualmente, desenvolvemos formações e convívios para os bombeiros mais jovens. Qual é a situação atual dos núcleos da JuveBombeiro existentes no distrito?
Atualmente temos ativos 11 dos 15 núcleos existentes, com cerca de 200 elementos, que, pontualmente, realizam diversas atividades, no entanto, notamos uma baixa no ingresso de novos jovens nos bombeiros, o que poderá, futuramente, pôr em causa o voluntariado. Mas estamos a trabalhar no sentido de inverter esta tendência, apesar de vermos esse trabalho dificultado pelas políticas seguidas nos últimos anos, que não ajudam, pois os benefícios que incentivavam o recrutamento de novos elementos cada vez são menos. A JuveBombeiro Distrital de Beja lançou recentemente um site, em substituição do blogue existente. Que tipo de informação será disponibilizada?
O blogue era, e é, um excelente meio de comunicação, porém, não nos possibilitava a criação da nossa própria imagem da forma que pretendíamos, como a criação de contas de email com domínio próprio. No site a informação que iremos disponibilizar irá incidir na divulgação das nossas iniciativas, assim como aproximar a JuveBombeiro dos seus elementos, dando-lhes a conhecer as atividades desenvolvidas, bem como as que futuramente se irão concretizar, mas também chegar ao público mais jovem, com o objetivo de recrutar novos elementos para os nossos corpos de bombeiros. Nélia Pedrosa
Simulacro na Escola D. Manuel I em Beja O aparato foi grande, mas nada de grave a assinalar. Foi apenas um simulacro de um incêndio promovido pelo Serviço Municipal de Proteção Civil na Escola D. Manuel I, em Beja. Alunos e funcionários não deixaram de colaborar no treino de evacuação. DR
Duas pessoas ficaram desalojadas depois de um deslizamento de terras ter atingido um edifício na vila de Odemira disse à Lusa fonte dos bombeiros. A fonte do Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Beja precisou que o deslizamento de terras atingiu um edifício onde viviam as duas pessoas e existem escritórios, espaços comerciais e um consultório médico.“Há danos no edifício, mas não põem em causa a sua estrutura”, adiantou a fonte, citando os técnicos do município que acompanham a situação. Estiveram no local seis bombeiros da corporação de Odemira, apoiados por uma viatura, elementos do serviço municipal de proteção civil de Odemira e a GNR.
Coordenador distrital da JuveBombeiro do Distrito de Beja
Rodas já deslizam no Skate Park de Alfundão Foi inaugurado o Skate Park de Alfundão, no concelho de Ferreira do Alentejo. E foram muitos os que lhe começaram a dar utilização logo no primeiro dia. Uns mais acrobáticos, outros menos, mas todos com a mesma determinação: incentivar a prática desportiva. DR
ODEMIRA DUAS PESSOAS DESALOJADAS DEVIDO A DESLIZAMENTO DE TERRAS
4 perguntas a João Lemos
Bibliotecas de Mértola em rede Foi apresentado publicamente o Portal da Rede de Bibliotecas de Mértola. Tudo em prol do desenvolvimento da ligação entre as várias entidades, otimizando atividades e recursos. E o primeiro passo, esse, já está dado. DR
A GNR de Aljustrel deteve, na manhã de quinta-feira, na Estrada Nacional (EN) 263, um homem por suspeita de recetação de material furtado. O homem, de 26 anos, permaneceu nas instalações da guarda até ter sido apresentado em tribunal.
“Um dia pela Vida” em Aljustrel “Um dia pela Vida”. A iniciativa encheu o auditório da Biblioteca Municipal de Aljustrel. E foram vários os especialistas que se associaram a esta ação. Falou-se de cancro e a sociedade civil mobilizou-se na luta contra a doença.
Diário do Alentejo 25 janeiro 2013
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Diário do Alentejo 25 janeiro 2013
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Vera Cruz
Terra de peregrinação
Relíquia O Santo Lenho terá sido trazido da Palestina por frei Afonso Pires Farinha
Uma fé inabalável no Santo Lenho Numa aldeia “paradinha”, onde o desemprego é preocupante e em que a maioria dos habitantes em idade ativa é obrigada a trabalhar a uns bons quilómetros de casa, as “camionetas cheias” de peregrinos sempre imprimem uma dinâmica diferente a Vera Cruz. Oriundos de vários pontos do País, chegam, na sua maioria, à procura de alívio “para os seus tormentos espirituais” junto do Santo Lenho. Texto Nélia Pedrosa Fotos José Ferrolho
V
era Cruz (de Marmelar), povoação situada a cerca de 10 quilómetros de Portel, sede de concelho, é local de peregrinação. Um pequeno fragmento de madeira que se crê ter pertencido à cruz de Cristo, e que se encontra embutido num relicário, atrai à pequena aldeia de casas baixas e brancas inúmeros crentes e curiosos oriundos de todos os pontos do País. Chegam, na sua maioria, à procura de alívio “para os seus tormentos espirituais”. Diz-se que a relíquia do Santo Lenho, que era destinada à Sé de Évora, terá sido trazida da Palestina por frei Afonso Pires Farinha, numa das suas várias peregrinações. “Ainda ontem [quinta-feira, dia 17] veio um grupo de pessoas. Não houve missa, ninguém estava preparado para as receber, porque o senhor prior tinha avisado que só em fevereiro é que iria retomar os atendimentos. Afinal as pessoas não souberam e apareceram, mas o senhor padre falou com elas”, diz Etelvina Aragão, 87 anos, da comissão fabriqueira, enquanto nos abre a porta da igreja de São Pedro e nos conduz à pequena capela, localizada à esquerda do altar-mor, onde está guardada a relíquia. O Santo Lenho, explica a professora primária aposentada há três décadas, “só pode ser visto” aos domingos durante a missa, nos dias de atendimento assegurado pelo padre José Lello (primeira e terceira quintas-feiras do mês) e na tradicional procissão, no decorrer das festas que se realizam em setembro. E ainda em casos muito especiais, como viríamos a descobrir mais à frente. “Uns vieram [no dia 17] de Grândola, antes de ontem vieram uns de Serpa. Têm vindo de Trás-os-Montes, Porto, Braga. Do Algarve vêm quase todas as semanas, costumam vir à missa de domingo e à quinta-feira quando têm possibilidade. Dia 23 [ontem] vamos ter aqui uma peregrinação e no dia 27 vai haver outra, de Fátima”, continua Etelvina, revelando que os visitantes, na sua grande maioria “doentes psicológicos”, procuram conversar “com o senhor padre e rezar com ele, e ele benze-os com a cruz do Santo Lenho”.
As guardiãs do templo Etelvina Aragão e Maria Teresa Honorário
Tempos houve em que os párocos da aldeia estavam autorizados a fazer exorcismos. Entre meados e finais dos anos 80 do século passado, a GIFI – Associação Portuguesa para a Investigação realizou “uma investigação de razoável envergadura” acerca da prática de exorcismos em Vera Cruz, na sequência de uma notícia sobre a matéria publicada num jornal diário nacional. Segundo a referida associação, “à data da investigação os exorcismos eram totalmente públicos, o que permitia o acesso a jornalistas e investigadores”. “É um facto que não se assistiu a qualquer fenómeno qualificável como insólito, pelo que fica essencialmente o registo de um facto sócio religioso muito perturbante”, concluiria a GIFI após quase três anos de investigação. Etelvina mostra-se algo relutante em falar de exorcismos. Sem se alongar, afirma que “o padre que fazia exorcismos era o que estava cá quando eu era miúda”. A guardiã das chaves da igreja do Santo Lenho prefere centrar a conversa no trabalho que o atual pároco tem vindo a desenvolver ao longo da última década, trabalho esse que atrai cada vez mais peregrinos, diz. “Ultimamente têm vindo mais, porque o senhor padre atende-os com muita paciência. Reza com eles, dá-lhes conselhos. Ainda ontem [dia 17] veio um rapaz, que se calhar ainda não tem 20 anos, que os pais dizem que se quer suicidar, e o senhor prior esteve ali tempo sem fim a falar com ele”, diz a professora aposentada, frisando que muitos forasteiros chegam à igreja “quando a missa de domingo já está no fim”, só “para a bênção do Santo Lenho”. Maria Teresa Honorário, 88 anos, irmã de criação de Etelvina Aragão, é quem costuma acompanhar as pessoas que chegam em peregrinação. “Vêm peregrinações marcadas e outras que não o são, mas estas são recebidas à mesma, o que não têm é padre, porque ele não pode vir. As pessoas vão ver a igreja mas o Santo Lenho não veem, só a capela. O Santo Lenho só pode se visto na missa e quando nós entendemos que é alguém de confiança ou quando vem
mandado pelo senhor padre. Veio aí um rapaz de famílias de cá, mas nem se calculava quem era – afinal é neto de uma rapariga que eu conheci – rezou ali um terço que parecia um padre, nós até nos fartámos de chorar. Rezou um terço tão lindo e então foi digno de ver o Santo Lenho”, conta a antiga modista, adiantando que a Vera Cruz chegam “pessoas doentes com espíritos e outras com outros problemas, de maridos, namorados. Contam-lhe [ao padre] a vida toda e depois ele aconselha, tira o Santo Lenho e benze-as”. As que “vêm com espíritos”, diz Maria Teresa, são logo reconhecidas, “porque não querem entrar na igreja”. Mas acabam por entrar, “obrigadas” e “lá dentro gritam e dizem tudo”: “Ainda um ano destes veio uma família com uma rapariga que andava estudando farmácia. Eu e a minha irmã de criação estávamos ao pé da capela do Santo Lenho e a rapariga entrou muito mal, gritando, gritando. Era o espírito da avó que pedia que a perdoassem porque tinha tratado muito mal a neta em miúda, mas disse que não a largava nunca. A rapariga ainda vem à missa, eles vivem na área de Lisboa, e quando vem diz que está bem. Mas o senhor prior não puxa [os espíritos], os outros antigos puxavam”. E também alguns padres que vêm de fora, devidamente autorizados. Maria Teresa recorda o caso de um padre de Lisboa que “veio no ano passado fazer um exorcismo” e “que gritava, gritava”, numa prática nunca antes vista: “A rapariga estava estendida no meio do chão e ele em cima a benze-la e depois a rapariga gritava e ele gritava. Era véspera da festa [anual] e andavam todos aqui limpando as ruas, encheu-se ali tudo de gente”, recorda, entre risos. No entender de Maria Teresa, o aumento do número de peregrinos que se tem vindo a registar nos últimos anos está ligado à informação sobre a freguesia e a sua história que tem vindo a ser disponibilizada, caso da obra Igreja Vera Cruz de Marlemar, da autoria de Ana Pagará, Vítor Serrão e Nuno Vassallo e Silva, coordenada pela Câmara de Portel, e cujo exemplar,
autografado, guarda com carinho. “Todo o dia o telefone toca, todo o dia [para confirmar as datas de atendimento com o padre José Lello]”, acrescenta a octogenária, adiantando que faz falta um padre em permanência na aldeia: “Mas nós não queremos que este abale, já há 10 anos que cá está. É uma pessoa digna, o nosso padre José Lello”, conclui. Numa aldeia “morta, paradinha”, onde o desemprego é preocupante e em que a maioria dos habitantes em idade ativa é obrigada a trabalhar a uns bons quilómetros de casa, as “camionetas cheias” de peregrinos sempre imprimem uma dinâmica diferente a Vera Cruz, diz Maria Rosa Negas, 51 anos, proprietária de um minimercado. “Nesses dias mexe mais, temos mais pessoas, se bem que não tenha influência no comércio”, garante, adiantando que a “igreja enche-se ao domingo”. Maria Rosa, que antes de se estabelecer por conta própria trabalhava no campo, revela, no entanto, que fica incomodada quando vê “pessoas doentes na igreja”, pelo que prefere afastar-se: “Venho-me embora, não gosto de ver isso”. Já Luís Ordem, 65 anos, aposentado, embora não consiga precisar datas, recorda-se de assistir à chegada “de pessoas com espíritos” à igreja do Santo Lenho que, após umas rezas, “saiam boas”. “Dizem que o Santo Lenho faz milagres e as pessoas vêm cá. Vêm aí pessoas de fora que chegam mal e regressam bem. As dos espíritos vão curadas, agora outras doenças não, aquilo não cura outras doenças, pelo menos é o que dizem e é o que a gente tem visto”. Maria dos Anjos Deodato, 54 anos, desempregada há dois anos, também se lembra de ver “pessoas que vinham muito doentes”: “Não sei qual era a doença, sei que a pessoa entrava para lá quase desmaiada e saía de lá andando pelo pé dela”. “É a fé das pessoas. Vêm à procura de uma esperança, de uma cura, de uma conformação ou consolação, como a pessoa o quiser interpretar”, diz. Mas dos exorcismos não tem grandes memórias, até porque “era miúda e não ligava muito a isso”.
Diário do Alentejo 25 janeiro 2013
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Rui Miguel Caeiro Presidente da Junta de Freguesia de Vera Cruz (de Marmelar)
Vera Cruz beneficia de alguma forma do facto de a igreja de São Pedro guardar, segundo se crê, um pequeno fragmento da cruz de Cristo?
Certamente. Desde muito cedo que a relíquia do Santo Lenho assume grande importância e é determinante na vivência religiosa, sociocultural e económica da freguesia. É um forte motivo de atração para peregrinos e romeiros de todas as partes, ultrapassando o local ou o regional. É um património com reconhecido valor nacional e internacional. No decorrer do ano, são muitos os visitantes que se deslocam até à nossa freguesia, movidos pela fé, mas também pela importância da arte, da arquitetura e da história de Vera Cruz, da qual toda a população se orgulha. Todo este movimento é fundamental para o desenvolvimento da aldeia e para o pequeno comércio local. Quero também referir que a igreja é mais conhecida por igreja do Santo Lenho. Por que é que o Museu da Aldeia, que se situa junto à igreja do Santo Lenho, encerrou? Está prevista a sua reabertura?
Importa dizer que o Museu da Aldeia foi uma iniciativa da Associação Museu da Aldeia, a qual já encerrou a sua atividade há vários anos. Quando iniciei as funções no ano de 2005 grande parte do espólio encontrava-se numa das salas de arrumos do edifício da junta, sendo percetível que ali permaneceu durante alguns anos. No ano de 2009, após uma grande intervenção de requalificação do edifício já referido, o executivo decidiu solicitar todas as peças e o seu arquivo documental aos membros da extinta associação, com o objetivo de preservar, defender e valorizar o património etnográfico da comunidade, reabrindo o museu numa sala ampla do próprio edifício da junta, considerando que cada peça institui a nossa identidade cultural. O espólio concentrado representa a ruralidade, a vida doméstica, as tradições comunitárias e o setor agrícola. Quais são os principais problemas da freguesia?
Desde que iniciei funções que tenho procurando minimizar os problemas da freguesia e da sua população, implementando novos serviços, numa perspetiva de proximidade, criando condições para trazer os serviços até à população e evitar que a população se desloque. O desemprego e a falta de transportes públicos são os principais problemas que têm afetado a freguesia, todavia, não podemos baixar os braços e nada fazer, há sempre motivo para lutar e empenharmo-nos com todas as forças, de forma a contribuir para a melhoria das condições de vida e bem-estar da comunidade. Percebemos quais eram os principais serviços que a população procurava fora da freguesia e foi com grande satisfação que através de parcerias e da nossa dedicação conseguimos implementar diversos serviços na nossa terra. Quantos habitantes tem a freguesia, de acordo com o Censos 2011?
A freguesia tem 458 habitantes. Do número referido, 52 por cento é população ativa, 24 por cento idosa, 15 por cento são crianças e nove por cento são jovens. Comparando com os dados de Censos anteriores não perdeu população. A que setores de atividade se dedica a população em idade ativa?
O setor agrícola é dominante, seguindo-se o da construção civil.
Mosteiro Hospitalário de Vera Cruz de Marmelar D. João Peres de Aboim, homem de confiança do rei D. Afonso III, terá doado, em 1258, “o mosteiro de Marmelar com todas as suas pertenças e possessões à Ordem de São João de Jerusalém ou do Hospital, na figura de frei Afonso Pires Farinha”. De acordo com informação disponibilizada na igreja do Santo Lenho, essa “doação destinava-se à fundação de um novo estabelecimento monástico, que garantiria a presença de uma ordem militar no território que lhe havia sido concedido pelo concelho de Évora e que veio a constituir o senhorio de Portel, génese do atual município”. O mosteiro hospitalário de Marmelar “tornou-se uma das comendas mais importantes que a Ordem do Hospital, designada de Malta a partir de 1530, teve em Portugal”. A
designação de Vera Cruz terá surgido a partir do reinado de D. Afonso IV, e “está aparentemente relacionada com o facto de ter sido a relíquia do Santo Lenho que se guarda e ainda hoje se cultua nesta igreja”. O conjunto arquitetónico subsistente da extinta comenda “é composto pela igreja, classificada imóvel de interesse público desde 1939, e pelo antigo paço dos comendadores de Vera Cruz, que lhe está anexo a nascente, atualmente em ruínas”. A construção da igreja hospitalária (segunda metade do século XIII) foi promovido por D. João Peres de Aboim e frei Afonso Pires Farinha. “Na sua edificação aproveitaram-se estruturas do mosteiro primitivo de Marmelar, nomeadamente dois espaços que vieram a formar as capelas colaterais da cabeceira da nova igreja”.
Diário do Alentejo 25 janeiro 2013
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Houve autarquias em que ficámos muito próximos nas eleições de 2009 e que hoje sinto estarmos mais perto de as conquistar. Há autarquias em que os presidentes não se podem recandidatar, onde até há um certo vazio de poder… Por isso apoiamos as escolhas das concelhias e estamos em crer que iremos aumentar o número de câmaras no distrito de Beja.
Autárquicas2013
Com exceção de Cuba, PS recandidata os atuais presidentes de câmara
Socialistas querem pintar o mapa de cor-de-rosa Ainda não foram divulgados os nomes dos 14 candidatos do PS às câma- “Batman” em nenhum dos concelhos. É contra o “esquartejamento” do ras do distrito de Beja. Mas todos eles estão escolhidos desde o início do mapa regional. E teme que aconteça um amplo “boicote por falta de comano. Quem o afirma é Pedro do Carmo. O presidente da Federação do Baixo parência” nas eleições de outubro, em resposta à nova lei de ordenamento Alentejo do Partido Socialista acredita que o seu partido tem boas possibi- do território. Pedro do Carmo recandidata-se à Câmara de Ourique. lidades em todas as câmaras da região. Embora não apresente candidatos
Texto Paulo Barriga Fotos José Ferrolho
O PS em 2009 conquistou sete autarquias no distrito de Beja. O que poderá ser um bom resultado eleitoral em 2013?
Um bom resultado passa por aumentar o número de eleitos nas próximas eleições autárquicas. É esse o nosso objetivo. Nunca esquecendo que, naturalmente, o objetivo final é aumentar o número de câmaras municipais, juntas de freguesia e assembleias. Nas últimas eleições o PS conquistou à CDU dois dos seus bastiões autárquicos mais emblemáticos: Beja e Aljustrel. São municípios para manter?
Beja e Aljustrel
são dos concelhos onde os atuais presidentes de câmara já anunciaram a sua recandidatura, a sua disponibilidade em continuar o seu projeto autárquico. Penso que o trabalho desenvolvido está à vista, e que são duas autarquias a manter. Está muito confiante…
O PS tem boas possibilidades em todas as autarquias do distrito de Beja. Somos o partido com maior abrangência e transparência na escolha dos candidatos autárquicos. Os novos estatutos vieram permitir que o PS possa chamar à participação e à decisão da escolha dos candidatos pessoas independentes. Mais nenhum partido faz isto. Ou seja, a abrangência é total em termos da sociedade. Quem quer fazer parte do projeto vem às concelhias e é ouvido, a sua opinião conta. As concelhias têm efetuado as suas reflexões e têm feito as suas escolhas quanto aos candidatos. À Federação do PS cabe apoiar incondicionalmente as escolhas das concelhias. Neste momento temos assegurado a escolha dos 14 candidatos ao distrito de Beja.
No caso da Câmara de Beja, é público um certo desconforto em relação a este executivo. Acha que Pulido Valente é o candidato certo?
A escolha do candidato foi sufragada pelas estruturas concelhias e a Federação apoia incondicionalmente essa escolha. Não é num mandato de quatro anos que se consegue desenvolver um projeto para a capital de distrito. Os mandatos são para quatro anos…
A realidade económica e social do País tem marcado todos os mandatos autárquicos. Cada vez menos os presidentes de câmara podem dar as respostas que pretendem. É muito difícil para quem chega de novo, como foi o caso, dar a resposta adequada… Mas estou em crer que tornará a haver uma forte mobilização para manter Beja. Aparentemente uma das regras que tem presidido à escolha de candidatos por parte do PS é a recandidatura dos atuais presidentes de câmara…
O PS não impõe regras. Ainda não são todos conhecidos…
Isso tem a ver com a estratégia específica de cada concelhia. Cada caso é um caso. Houve autarquias em que ficámos muito próximos nas eleições de 2009 e que hoje sinto estarmos mais perto de as conquistar. Há autarquias em que os presidentes não se podem recandidatar, onde até há um certo vazio de poder… Por isso apoiamos as escolhas das concelhias e estamos em crer que iremos aumentar o número de câmaras no distrito de Beja.
Não pode negar que existe aqui uma linha condutora…
O PS não impõe regras, nem impõe um modelo de conduta autárquico, como nalguns partidos acontece. O PS dá um mandato a um autarca para desenvolver o seu projeto e ir ao encontro das necessidades das pessoas e da realidade do seu concelho. Isso é uma verdade absoluta no Partido Socialista. Bom, mas excluindo Francisco Orelha, que não pode recandidatar-se
Diário do Alentejo 25 janeiro 2013
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Estado não vêm para Beja, vão para o Hospital do Litoral. Estão a fazer essa compensação só que as pessoas não querem ir para lá, querem vir para Beja. É mais uma prova de que fazer essas reformas e tomar essas decisões contra as pessoas não resulta. Por isso, temos de ouvir toda essa gente do litoral alentejano que continua a querer identificar-se com o Baixo Alentejo.
a Cuba, o PS faz avançar os restantes seis atuais presidentes de câmara.
O PS não tem nenhum caso no distrito de Beja onde um autarca que tenha atingido o limite de mandatos volte a ser candidato a outro município. Isto é o respeito claro da ética política. O que entendemos é que não há candidatos do PS a outros municípios, não há candidatos “Batman”. Porque isso cheira a truque, cheira a estratégia. Tal como discordo que candidatos que atingiram o limite de mandatos nalgumas freguesias, quando acontece a agregação de freguesias, já podem voltar a ser candidatos. Gostava de ver essa sua interpretação plasmada na própria lei de limitação de mandatos?
Gostava! Não precisava de estar lá escrito, mas parece que para alguns é necessário. Há quem goste dessas estratégias, desses truques, dessas fugas. Mas não respondeu à questão das recandidaturas dos atuais presidentes de câmara.
Nos outros municípios, onde os presidentes de câmara têm desenvolvido um excelente trabalho, um só mandato autárquico não dá para expor o seu projeto. Todos os presidentes de câmara socialistas que se vão recandidatar deram provas e têm prestado um excelente serviço público, têm desempenhado um excelente mandato autárquico e são as próprias estruturas locais e as populações que querem que eles continuem. Raquel Soudo é a candidata possível ou é a candidata necessária para manter Cuba na esfera do PS?
É a candidata da estrutura. É a candidata que a concelhia de Cuba escolheu depois de um debate amplo e muito abrangente. A Federação regozija-se com a escolha por dois motivos: pelo facto de o atual presidente da câmara apoiar este projeto e por não ter havido nenhum
candidato em oposição. Já temos duas candidatas mulheres, o que é um sinal de modernidade e de paridade na participação de ambos os sexos na vida política. Uma em Cuba e outra em Alvito, Natália Caeiro. Por que razão os partidos políticos estão tão fortemente apostados num concelho tão pequeno e tão pouco populoso como este? Alvito é assim tão valioso para o equilíbrio das contas autárquicas?
É valioso, mas não é só por isso. Alvito tem uma especificidade: não há um presidente de câmara que seja reeleito em Alvito. E já todos os quadrantes políticos foram detentores de mandato autárquico em Alvito. Naturalmente que não é segredo para ninguém que haverá mudanças em Alvito. Das câmaras que não temos, esta é uma que o PS acredita que vai ganhar. Quando fala de “vazios políticos” está a falar, por exemplo, na Câmara de Serpa? Diz-se que o PS vai avançar com Paulo Pisco, é verdade?
Vamos concorrer a Serpa para ganhar. Serpa só conheceu um presidente de câmara. Não se pode comparar o trabalho realizado… Mas a escolha do PS está feita, a estrutura já debateu amplamente o processo, e o PS terá um candidato forte. Está tudo em aberto, em Serpa… Há concelhos como Barrancos, Castro Verde ou Vidigueira onde o PS também ainda não anunciou os candidatos. Mas aí parece que o PS não tem propriamente soluções. Concorda?
Totalmente errado. O PS tem neste momento fechado a escolha dos candidatos aos 14 concelhos. Com um processo do mais transparente e do mais participado. Apenas não tornou público todos os candidatos porque cada estrutura concelhia assim o entende. O PS anuncia os seus candidatos depois de um amplo debate, com grande
maturidade, com grande elevação. Não é a primeira, nem a segunda, nem a terceira escolha, é a sua escolha. Veja o caso de Moura, foi uma escolha participada, com grande nível de discussão, democrática, e o candidato, Canudo Sena, já é conhecido há muito tempo. A saída do Pós-de-Mina de Moura poderá abrir portas a Canudo Sena. É daqueles sítios onde se cria também o tal “vazio”?
Moura também é um dos municípios onde não tenho dúvidas que iremos ganhar, até porque temos um candidato forte. Um candidato que conseguiu a unanimidade de toda a estrutura partidária. É inédito em Moura não haver uma única contestação e o partido estar envolvido e em consonância com o candidato. E em Almodôvar, ainda existe PS após António Saleiro?
Penso que sim. A forma como o Partido Socialista trabalhou esta candidatura do António Bota é disso exemplo. Há meses que a escolha está feita e só agora foi tornada pública com grande energia e convicção. Já o que se passa do outro lado, no PSD, parece sempre uma grande confusão. Enquanto autarca acha que ainda vale a pena ser presidente de câmara com todas estas restrições e responsabilizações agora legalmente impostas?
Valer a pena não vale, e não compensa. Mas também quem quer ser presidente de câmara por valer a pena ou por compensar financeiramente pode ir embora. Ser presidente de câmara é algo mais do que dinheiro. Sentimos que somos escolhidos pelos nossos pares para poder desempenhar um serviço à causa pública, poder fazer mais pelas nossas origens, saber que aquilo que nos identifica é a nossa terra, são as pessoas. Fazer mais pelas pessoas e pela nossa terra não há dinheiro nenhum no mundo que
Temo um boicote por falta de comparência, por desânimo, por desacreditar. Não é um boicote de revolta, de não deixar abrir a secção de voto, nada disso. É por desprezo, por ofensa… pague. Tenho o maior orgulho em ser autarca. Às vezes digo na brincadeira que até era capaz de pagar para ser presidente de câmara porque adoro aquilo que faço, adoro ajudar as pessoas, adoro servir. Como é que observa Odemira fora da Comunidade Intermunicipal do Baixo Alentejo?
Odemira faz parte do Baixo Alentejo. E a região não morreu, independentemente destas esquizofrenias legislativas que a vão castrando, a vão esquartejando aqui e além. A Federação do PS irá envolver-se no contínuo projeto de manter viva a chama do Baixo Alentejo. Quando fala do Baixo Alentejo fala do distrito de Beja ou fala do Baixo Alentejo também com os concelhos do litoral?
Falo dos cinco concelhos do litoral. A sensibilidade dessas pessoas sempre esteve relacionada com o resto da região, cultural e socialmente, e não com as áreas metropolitanas. Ainda hoje a Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo continua a dar resposta a muitos utentes que vêm do concelho de Odemira. Mas as taxas de financiamento do Orçamento do
Está a falar de um referendo a nível local?
Se todos apelamos à democracia participativa não devemos ter medo de auscultar as populações. Se calhar, o que acontece neste momento é algum adormecimento ou perda de força de vontade de lutar contra leis e regras que estão a ser impostas. Isso é o que eu sinto. Cada vez mais os políticos ou os representantes das instituições não se solidarizam porque acham que é uma batalha perdida à partida. Esta governação toma as decisões, manda-as aplicar, com ou sem protestos, e não escuta as alternativas que possam existir. Isto é que eu acho muito preocupante. O Presidente da República mandou alguns recados aos deputados sobre a lei da reorganização do território. Qual o seu entendimento em relação a esta matéria?
O Presidente da República promulgou, mas com caldos de galinha. Isso prova a insegurança com que uma reforma destas foi feita. Porque se esta reforma tivesse sido feita com um clara participação dos cidadãos, uma clara participação dos vários partidos políticos, não seria necessário o senhor Presidente da República ter pedido uma cautela dessas. Aquilo que me assusta é que haja muita população a viver nessas freguesias que vão ser extintas e que efetivamente, se isso vier a acontecer, nunca mais votará na vida. Teme um amplo boicote a esta eleição?
Temo um boicote por falta de comparência, por desânimo, por desacreditar. Não é um boicote de revolta, de não deixar abrir a secção de voto, nada disso. É por desprezo, por ofensa… temo que haja um grande desligamento da participação democrática e cívica, e isso é muito preocupante. Sou claramente contra esta reforma da forma como ela foi imposta. Não é o caminho, não é assim que se governa e não é assim que se exerce a democracia.
Diário do Alentejo 25 janeiro 2013
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Semana Aberta em Santa Clara do Louredo e Penedo Gordo
Atual Orçamento de Almodôvar 2013 Almodôvar apresenta para este ano um orçamento de 13 644 051 euros, dos quais 7 986 295 dizem respeito a receitas e despesas correntes e 5 657 756 a receitas e despesas de capital. As Grandes Opções do Plano e Orçamento para 2013 foram aprovadas por maioria, refere a Câmara Municipal de Almodôvar, frisando que o documento “espelha a estratégia definida e planeada pelo executivo municipal para o concelho”.
Odemira preside à Cimal O presidente da Câmara Municipal de Odemira, o socialista José Alberto Guerreiro, é o novo presidente da Comunidade Intermunicipal do Alentejo Litoral (Cimal), sucedendo a Carlos Beato, que deixou o cargo após ter renunciado à presidência da Câmara de Grândola.
Os Verdes querem urgências O deputado José Luís Ferreira, do grupo parlamentar “Os Verdes”, questionou o Governo sobre o encerramento das urgências do Hospital de São Paulo, em Serpa. Segundo Os Verdes, “a acontecer este encerramento, é mais um ataque ao acesso aos cuidados de saúde para os habitantes do concelho de Serpa e outros”. O Partido Ecologista lembra ainda que “grande parte da população servida pelo hospital de São Paulo, em Serpa, é idosa, não tem transporte próprio, é financeiramente débil, tendo dificuldade em pagar transportes para Beja, que fica a mais de 30 quilómetros”.
Educação no tribunal de Beja O Sindicato Democrático dos Professores do Sul (SDP-Sul), membro da Federação Nacional da Educação (FNE), intentou esta semana, no Tribunal Administrativo e Fiscal de Beja, “uma ação administrativa comum, sob a forma de processo ordinário” contra
Chega hoje ao fim, sexta-feira, mais uma edição da Semana Aberta, desta vez em Santa Clara do Louredo e Penedo Gordo, promovida pela Câmara Municipal de Beja. A iniciativa tem como objetivo, esclarece a autarquia, proporcionar uma aproximação cada vez mais efetiva do executivo e dos serviços aos seus munícipes. Do programa para hoje destaque para, para além das intervenções na área geográfica das localidades, do apoio técnico e das ações de diagnóstico, “Conversas à volta de uma mala”, pela divisão de bibliotecas (15 e 30 horas), prelação sobre “valores naturais” da freguesia de Santa Clara do Louredo, com apresentação de imagens, por Dinis Cortes (17 horas); atuação do Grupo Coral do Centro Social do Lidador e do Grupo Coral Feminino Rosinhas de Santa Clara (17 e 30 horas); e lanche convívio.
Laboratório da EMAS de Beja cresce em 2013 Poucos dias depois do início do ano, o Laboratório da EMAS de Beja “tem já fechada uma carteira de serviços superior à do ano passado”, revela a empresa municipal, em comunicado de imprensa, adiantando que “neste momento estão consolidadas prestações
o Ministério da Educação e Ciência. Nessa ação o sindicato visa “reconhecer o direito dos docentes, representados pelo SDP-Sul, contratados sucessivamente durante mais de três anos consecutivos após a data imposta para a transposição da diretiva (10 de julho de 2001), à conversão dos seus contratos de trabalhos em funções públicas por tempo indeterminado”. O SDP-Sul considera que “se encontram esgotadas todas as formas de negociação capazes de assegurar a correção de uma situação de precariedade que tem afetado milhares de docentes ao longo dos últimos anos”.
Carnaval de Sines 2013 A Câmara Municipal de Sines aprovou, recentemente, por unanimidade, o protocolo para 2013 com a Siga a Festa – Associação de Carnaval, que estabelece a atribuição pela autarquia de um subsídio de 50 mil euros para apoio à edição de 2013 do Carnaval de Sines, incluindo Carnaval de Verão, caso venha a realizar-se. Face à decisão anunciada pelo Governo, de que, em 2013, voltaria a não ser concedida tolerância de ponto aos funcionários públicos na terça-feira de Carnaval, a Câmara Municipal de Sines, no âmbito das suas competências próprias, aprovou ainda, também por unanimidade, conceder tolerância de ponto aos seus funcionários no dia 12 de fevereiro.
DECO em Odemira A DECO – Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor vai continuar a prestar este ano apoio jurídico gratuito a consumidores na vila de Odemira, através de sessões de atendimento mensais. Tal como em anos anteriores, as sessões, abertas a todos os consumidores, vão ser efetuadas por um jurista da DECO e decorrer um dia por mês, entre as 14 e as 17 horas, nas instalações do Gabinete de Inserção Profissional em Odemira.
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Av G alia ra t u ç õe it as s
de serviços na matriz águas para consumo humano e águas residuais para cerca de 15 empresas”. O Laboratório trabalhará ainda diretamente com os municípios de Barrancos e Aljustrel, “onde procederá igualmente ao controlo da qualidade da água das piscinas municipais”.
Alentejo na Feira de Nuremberga
Produtos biológicos na Alemanha Trinta produtores do Alentejo e do Algarve participam na edição deste ano da feira internacional de agricultura biológica BioFach, que vai decorrer em fevereiro na cidade alemã de Nuremberga, para mostrarem produtos 100 por cento biológicos daquelas regiões.
A
participação dos produtores na BioFach, “uma das mais importantes” feiras internacionais dedicadas à agricultura biológica e cuja edição deste ano vai decorrer entre 13 e 16 de fevereiro, é promovida pela Associação de Defesa do Património de Mértola (ADPM). A ADPM explica que a participação dos produtores inclui a presença na BioFach através de um stand conjunto, visitas guiadas à feira, organização de provas e degustações e reuniões com potenciais compradores internacionais. No stand, e através das provas e degustações, os produtores vão poder mostrar e dar a provar produtos do Alentejo e do Algarve e de “produção 100 por cento biológica”, como aguardente de medronho, figo-da-índia, mel, vinho, alfarroba e plantas aromáticas.
A comitiva de 30 produtores será liderada pelos presidentes da ADPM e da Câmara de Almodôvar e contará com a presença do presidente da Associação Empresarial do Baixo Alentejo e Litoral (Nerbe/Aebal). A participação dos produtores na BioFach é promovida no âmbito do projeto “Valorização dos Recursos Silvestres do Mediterrâneo”, uma estratégia de eficiência coletiva para as áreas rurais de baixa densidade do sul de Portugal, que pretende contribuir para a “valorização económica” dos recursos endógenos dos territórios do Baixo Alentejo e do interior do Algarve. Segundo a ADPM, o projeto, cofinanciado por fundos comunitários, pretende também “criar uma dinâmica de empreendedorismo” naqueles territórios, “tendo como foco temático o ´cluster’ dos recursos silvestres”. O projeto, no âmbito do Programa de Valorização Económica de Recursos Endógenos (Provere), envolve a Câmara de Almodôvar, o “chefe de fila”, os municípios alentejanos de Barrancos e Ourique e os algarvios de Loulé, Silves e São Brás de Alportel e vários parceiros públicos e privados, como a ADPM, a entidade dinamizadora.
Obras de Alqueva danificam via, diz PCP
Estrada de Aljustrel “calamitosa”
O
PCP denunciou esta semana o estado “calamitoso” de uma estrada municipal em Aljustrel, devido a obras do Alqueva, alertando que está “em perigo” a segurança dos utilizadores, mas a empresa responsável garante que irá repor os acessos. Devido a obras de construção de blocos de rega do Alqueva, que decorrem na freguesia de Ervidel, “as vias nacionais e municipais” que atravessam a zona “têm vindo a degradar-se de forma acelerada”, refere a concelhia de Aljustrel do PCP, num comunicado de imprensa. “Prova disso” é a “destruição” e o estado “calamitoso” da Estrada Municipal (EM) 527, entre Ervidel e São João de Negrilhos, refere o PCP, alertando que é “uma verdadeira aventura” percorrer “alguns quilómetros” da via “sem pôr em perigo a segurança dos veículos e a integridade física dos passageiros”. Valetas, bermas e aquedutos destruídos e consequente formação de bolsas e lençóis de água, sinalização vertical e horizontal degradada e lamas em vários troços do percurso, “tornando-o extremamente escorregadio”, são sinais do estado “calamitoso” da EM527
apontados pelo PCP. Trata-se de “um verdadeiro atentado ao património público”, considera o PCP, lembrando que a EM527, uma “via estruturante” para o concelho, “há poucos anos, foi totalmente recuperada pelo município de Aljustrel, num investimento de cerca de um milhão de euros”. Apesar de referir que as obras são “bem-vindas” e “concorrerão para uma maior valia no panorama da agricultura” do concelho de Aljustrel, o PCP critica “a forma pouco cuidada” como está a decorrer a empreitada, a cargo da Empresa de Desenvolvimento e Infraestrutura do Alqueva (EDIA). Os comunistas responsabilizam os “executores” das obras “por eventuais danos materiais e consequências para a integridade física” dos utilizadores e querem saber “quem se responsabiliza” pela reparação da EM527. Contactada pela Lusa, fonte da EDIA disse que a empresa, quando as obras terminarem, “irá repor os acessos de acordo com a situação inicial, tal como tem acontecido noutras situações idênticas”.
Mensagem de Cavaco “Em face desta alteração profunda no ordenamento territorial do País, com implicações aos mais diversos níveis - e, designadamente, na organização do processo eleitoral -, considero que deverão ser tomadas, com a maior premência, todas as medidas políticas, legislativas e administrativas de modo a que as eleições para as autarquias locais, que irão ter lugar entre setembro e outubro deste ano, decorram em condições de normalidade e transparência democráticas, assegurando quer o exercício do direito de voto e de elegibilidade dos cidadãos nos termos previstos na lei, quer a total autenticidade dos resultados eleitorais.” “Neste contexto, importa ter presente que, para além da representação política e do serviço público de proximidade que prestam, as freguesias são as unidades administrativas nucleares em que está alicerçada a organização territorial do recenseamento eleitoral.”
Caravana Julieta Romão, presidente da Junta de Freguesia de Santa Vitória, no uso da palavra
Cavaco promulgou Reforma Administrativa do Território
Freguesias em luta, Moura de luto Insensível aos protestos contra a extinção e agregação de freguesias, Cavaco Silva promulgou, no passado dia 16 de janeiro, o decreto da Assembleia da República n.º 110/XII – “Reorganização Administrativa do Território das Freguesias”. No entanto, o Presidente da República, na mensagem que enviou ao parlamento, admite que, caso não sejam tomadas medidas, as próximas autárquicas podem não decorrer com “normalidade” e “transparência”. Em Beja, as freguesias rurais realizaram, domingo, uma caravana por todo o concelho, alertando “para as graves consequências desta decisão”. Em Moura, o município declarou três dias de luto, e vai propor que “todas as pessoas envolvidas na tomada de decisão da extinção das freguesias” sejam consideradas personas non grata naquele concelho da margem esquerda do Guadiana. Texto Aníbal Fernandes
S
andra Margarida, presidente da Junta de Freguesia de Albernoa, acusa o Presidente da República de “falta de coragem política”. Para a autarca, Cavaco Silva, nas várias reuniões que manteve com a Associação Nacional de Freguesias (Anafre), foi alertado para as consequências da aprovação desta lei e “tem consciência da gravidade” do seu ato. Assim, a mensagem que enviou ao parlamento (ver texto nesta página) só pode ser encarada como uma forma “de desresponsabilização” em relação ao problema. A autarca, que integrou a caravana que no passado dia 20 percorreu as freguesias rurais do concelho de Beja, disse ao “Diário do Alentejo” que a iniciativa teve como objetivo “alertar as populações para as consequências” desta exigência da troika. Fátima Soares, presidente da Junta de Freguesia de Mombeja, também participou na manifestação, e lamenta que não tenha havido “mais aderência” por parte das populações que, diz, “ainda não perceberam as mudanças que isto implica”. No entanto, a líder mombejense faz questão de afirmar que
os autarcas das freguesias rurais de Beja “estão unidos”, o que prova o documento contra a extinção aprovado por unanimidade na Assembleia Municipal. Fátima Soares, que é jurista de profissão, diz que a luta vai continuar e não vão “baixar os braços”. Até porque, a lei, apesar de promulgada pelo Presidente da República, “ainda não foi publicada”. Por sua vez, Sandra Margarida revela que na próxima semana os presidentes de junta vão voltar a reunir-se para decidir novas formas de luta, que poderão passar pelo recurso aos tribunais e pela apresentação de providências cautelares. Fora de questão está o boicote ao recenseamento eleitoral. Antes pelo contrário: “nós apelamos para que as pessoas vão votar”, contrariando a previsível abstenção que a aplicação da nova lei pode potenciar. Fátima Soares considera a lei “um atentado à democracia” e questiona os critérios da UTAR que, no caso da sua freguesia, “nem sequer foram cumpridos”. Para a autarca, esta lei não vai contribuir para aliviar o Orçamento de Estado e tem como propósito
“ a extinção de postos de trabalho e afastar as populações do Poder Local”. “Somos todos iguais, mas todos diferentes e, como tal, temos as nossas especificidades”, afirma a presidente da Junta de Freguesia de Mombeja. Em Beja a lei agora aprovada reduz de 18 para 12 o número de freguesias. Das quatro autarquias da cidade, ficam apenas duas (Santiago Maior com São João Batista e Salvador com Santa Maria da Feira), e nas freguesias rurais surgem as Uniões de Freguesias de Trigaches e São Brissos, Salvada e Quintos, Albernoa e Trindade, Santa Vitória e Mombeja. Moura de luto O município de
Moura cumpriu três dias de luto, com a bandeira a meia-haste, como forma de protesto contra a promulgação, por parte do Presidente da República, da lei que extingue mais de mil freguesias no País, entre as quais cinco das oito freguesias neste concelho. Em comunicado, a autarquia informou que “por decisão do Presidente da Câmara, em sinal de luto concelhio”, foi colocada a bandeira do Município de Moura a meia-haste, nos Paços do Concelho, entre os dias 16 e 18 de janeiro, e apelou a que as freguesias manifestassem, igualmente, o seu desagrado. José Ma ria Pós-de-Mina anuncia ainda que irá propor, na próxima reunião de câmara, “que sejam consideradas personas non grata no município de Moura todas as pessoas envolvidas na tomada de decisão da extinção das freguesias, medida antidemocrática que mereceu o repúdio de todos os órgãos autárquicos do concelho e gravemente lesiva dos interesses das populações”, lê-se no mesmo comunicado.
“É, assim, imperioso que a adaptação do recenseamento eleitoral à reorganização administrativa agora aprovada se realize atempadamente e que os cidadãos eleitores disponham, em tempo útil, de informação referente à freguesia onde votam e ao respetivo número de eleitor, de modo a que não se repitam problemas verificados num passado recente, nomeadamente nas eleições presidenciais.” (…) “Refira-se ainda que as Câmaras Municipais e as Juntas de Freguesia têm competências próprias na organização do ato eleitoral e que o seu apoio a esse processo, num momento em que a configuração das unidades eleitorais sofre alterações profundas, reveste-se de importância acrescida.” “Tendo em conta os pontos atrás referidos, e outros que o Parlamento, o Governo e a Administração venham a considerar relevantes e merecedores de especial atenção, reitero o meu entendimento de que devem ser tomadas todas as medidas adequadas a assegurar a boa organização do processo eleitoral, garantindo, assim, o exercício dos direitos constitucionalmente consagrados e o cumprimento pleno das regras democráticas.” Palácio de Belém, 16 de janeiro de 2013
Comunicado da Anafre “As Freguesias, como órgão da administração mais próximo das Populações, têm um papel decisivo na participação democrática, na proximidade entre eleitos e cidadãos, na capacidade de investimento a custos reduzidos, na resolução de pequenos problemas das comunidades locais e na representação das populações perante outras instituições. Tarefas realizadas com menos de 0,1% do Orçamento de Estado [e] realizadas, em grande parte, por eleitos em regime de voluntariado e espírito de missão.” “A Reorganização Administrativa do Território das Freguesias (…) exigia um debate alargado e um consenso que sempre estiveram ausentes neste processo que excluiu a participação dos eleitos e populações, condicionadas que estavam às condições pré-determinadas pelo Governo e Assembleia da República, sem ter em conta as especificidades de cada território, a identidade local ou as necessidades e potencialidades de cada território.” “A promulgação desta lei pelo Presidente da República, veio coroar este ataque ao Poder Local e às Populações, torpedeando o objetivo da aproximação dos serviços públicos às Populações, que os princípios da subsidiariedade e da proporcionalidade sustentam e a Carta Europeia da Autonomia Local, fortemente, recomenda.” “Mas não veio encerrar o protesto, o inconformismo e a manifestação de alertas à consciência coletiva e específica.” “Esta lei, que em nada contribui para o desenvolvimento harmonioso e a coesão económico-social do território nacional, contém graves atropelos jurídicos, designadamente, do foro constitucional e acentua as diferenças entre o litoral e o interior (Arts. 9º, g) e 81º, da Lei Fundamental), já suscitados junto do Tribunal Constitucional. Mas não só!” “Uma lei que vai colocar em causa o regular e pacífico funcionamento das eleições autárquicas de 2013 e irá, certamente, contribuir para o afastamento dos portugueses de uma participação cidadã e cívica, aumentando a abstenção nos atos eleitorais, para além de uma enorme trapalhada organizacional, é um irreversível erro político.” Lisboa, 18 de janeiro de 2013
Diário do Alentejo 25 janeiro 2013
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Ceia da Silva distinguido com o Prémio Ipdal
Diário do Alentejo 25 janeiro 2013
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Festa da Batata Doce no Carvalhal A freguesia de Carvalhal, no concelho de Grândola, recebe este domingo, 27, a partir das 10 horas, mais uma edição, a 12.ª, da Festa da Batata Doce. A acompanhar a exposição, venda e degustação, o certame contempla
O presidente da Turismo do Alentejo, ERT, Ceia da Silva, foi distinguido com o Prémio Instituto para a Promoção e Desenvolvimento da América Latina (Ipdal) – Vista Alegre, numa cerimónia realizada no Grémio Literário em Lisboa. A “colaboração e o empenho” do responsável da Entidade Regional de Turismo (ERT) do Alentejo com o Ipdal, no que respeita ao fortalecimento das relações com os países da América Latina, motivou, segundo o instituto, a atribuição do galardão.
um programa de animação que começa às 16 e 30 horas, com um espetáculo de stand-up comedy com Jorge Serafim, a que se seguem as atuações do Grupo Coral e Etnográfico COOP e do Grupo de Dança Típica da Queimada. A festa termina com um baile popular,
“Qualidade e excelência” no setor turístico
Prémios Turismo do Alentejo
O
presidente da Entidade Regional de Turismo (ERT), Ceia da Silva, considerou no último sábado, quando falava à margem da cerimónia de entrega dos Prémios Turismo do Alentejo 2012, realizada no Fluviário de Mora, “fundamental” premiar a “qualidade e a excelência” do trabalho no setor turístico na região, sobretudo na altura de crise que o País atravessa. “Um fator essencial em tudo na vida é a questão da motivação e, portanto, termos estímulos em relação ao nosso trabalho e sentirmos que é reconhecido e premiado, ainda mais em tempos de crise, é fundamental”, argumentou. A iniciativa, que vai na terceira edição, teve este ano sete categorias a concurso, disputadas por 57 projetos, tendo ainda sido atribuídos três galardões extraconcurso. A Turismo do Alentejo, segundo Ceia da Silva, pretende “reconhecer e premiar o mérito, estimular o empreendedorismo e agradecer aos empresários e às autarquias pelo trabalho que realizam
na dinâmica turística” da região. Os prémios, acrescentou, traduzem ainda um “apelo ao futuro” para “continuar o trabalho de excelência e de qualidade, porque os destinos turísticos fazem-se por estes pormenores”. Nos galardões extraconcurso, o Prémio Especial Turismo do Alentejo foi conquistado pelo município de Elvas, pela candidatura das fortificações da cidade a Património da Humanidade, aprovada em julho pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco). O Prémio Comunicação Alentejo foi entregue ao suplemento Fugas, do jornal “Público”, e à revista espanhola “Condé Nast Traveler”. Noel Josephides, do operador turístico britânico Sunvil Discovery, e Paulo Machado, do Turismo de Portugal no Brasil, foram distinguidos com o Prémio Agência Regional de Promoção Turística do Alentejo. Quanto às categorias a concurso, a valorização das Ruínas Romanas de
Troia foi eleita Melhor Projeto Público, com menção honrosa para o Centro de Interpretação da Batalha dos Atoleiros. O L’AND & Vineyards, em Montemor-o-Novo, foi eleito Melhor Empreendimento Turístico, enquanto o prémio de Melhor Turismo Rural foi repartido entre a Imani Country House e o Monte do Giestal, cabendo à Herdade do Esporão o título de Melhor Enoturismo. Melhor Evento foi o Festival Músicas do Mundo de Sines, sendo também entregues três menções honrosas: Festas do Povo de Campo Maior, Festival do Crato e Festa do Castanheiro e Feira da Castanha. Os restaurantes D. Joaquim, em Évora, e Cadeia Quinhentista, em Estremoz, ganharam, respetivamente, o prémio e uma menção honrosa na Melhor Gastronomia. A Melhor Animação Turística ficou na posse da reserva animal Monte Selvagem, em Montemor-o-Novo, com menções honrosas para a Carvalhal Surf School e o projeto Um Dia no Campo.
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ABRE BREVEMENTE
pelas 21 horas, e dá também espaço ao debate através do encontro “Crescimento, Desenvolvimento Económico e Social ao Serviço das População Rurais das Freguesias do Carvalhal e Comporta”, marcado para as 10 e 30 horas.
Odemira abandona Conservatório A Câmara Municipal de Odemira decidiu abandonar o Conservatório Regional do Baixo Alentejo. O presidente da autarquia, José Alberto Guerreiro, justifica a decisão com o facto de “uma série de compromissos” assumidos pela instituição nunca terem sido cumpridos, nomeadamente a instalação no concelho de um polo do Conservatório e a revisão dos valores da comparticipação anual do município, avaliada em cerca de 9 000 euros, e que a autarquia “sempre cumpriu religiosamente”, ao contrário “de outros”. O autarca considera que o projeto do Conservatório “já não é de âmbito distrital mas sim de apenas alguns municípios”.
Novas pós-graduações no Politécnico O Instituto Politécnico de Beja tem a decorrer até hoje, sexta-feira, as candidaturas para a nova pós-graduação em Contabilidade e Finanças. No início desta semana terminou também o período de candidatura para outra nova pós-graduação, em Intervenção Comunitária e Dinâmicas Locais. As aulas terão início em fevereiro e março.
Internet para necessidades especiais A Associação de Defesa do Património de Mértola (ADPM) vai criar “em breve” um sítio na Internet adaptado a cidadãos com necessidades especiais do distrito de Beja, para “aumentar e diversificar” o tipo de públicos que recorre às novas tecnologias. O sítio, que vai ser criado através do projeto “Tudo a Monte”, de “cariz social” e “inovador”, pretende “contribuir para a promoção da sociedade de informação para todos com o objetivo de minimizar as desigualdades de oportunidades e promover de forma mais alargada os recursos da região”.
Medições do sinal de TDT em Ferreira A PT voltou a fazer medições do sinal de Televisão Digital Terrestre (TDT) em Ferreira do Alentejo com o objetivo de encontrar soluções para “resolver as falhas” de receção em várias localidades do concelho. As medições, que começaram na freguesia de Odivelas e vão decorrer nas restantes freguesias do concelho, foram acordadas numa reunião entre a Câmara de Ferreira do Alentejo e responsáveis da PT.
Comunidade Educativa em Moura
Rua Sousa Porto, n.º 23 BEJA
Moura recebe até amanhã, sábado, mais uma edição da Semana da Comunidade Educativa, a decorrer desde segunda-feira, e que apresenta propostas diversificadas que, em grande parte, têm como destinatários os jovens. O tema do evento deste ano é “Moura Concelho Educador – Mais Jovem”, que está relacionado com a criação do programa “Mais Jovem”, que será apresentado amanhã (23 horas), dia de encerramento do evento.
Sines requalifica largo Poeta Bocage A Câmara de Sines aprovou por unanimidade o lançamento de um concurso público para a requalificação dos espaços exteriores do largo Poeta Bocage, contíguo ao castelo.
O património da igreja de Nossa Senhora da Estrela, na aldeia da Estrela, no concelho de Moura, vai ser alvo de uma empreitada de conservação, restauro e valorização, “há muito desejada” pela população, anunciou o município. Segundo a Câmara de Moura, o contrato relativo à empreitada já foi assinado entre a Fábrica da Igreja Paroquial da Freguesia da Estrela e a empresa que vai efetuar as obras. O município refere ainda que vai atribuir à Fábrica da Igreja Paroquial da Estrela um subsídio de 150 mil euros para custear a empreitada.
Câmara de Castro Verde instala sinalética em monumentos e edifícios A Câmara de Castro Verde está a instalar placas de sinalética patrimonial junto de obras de arte pública de maior relevo e de edifícios e monumentos mais marcantes do núcleo urbano da vila. Segundo o município, as placas,
já instaladas em 18 locais, contêm breves descrições históricas dos elementos, monumentos e edifícios, em português, inglês e espanhol, para valorizar o seu “entendimento” e facilitar a compreensão da informação por parte do público que visita Castro Verde. A iniciativa decorre no âmbito da Rede Urbana para o
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Património da igreja da Estrela (Moura) vai ser restaurado
Património, através do pacto para a competitividade e inovação urbanas, ao qual aderiram várias autarquias, como a Câmara de Castro Verde, e cujo principal objetivo é “projetar o património histórico e cultural de cada concelho, dinamizando as suas potencialidades turísticas”.
Centro de estudos com plataforma de informação na Internet
Um “museu” on line da Mina A informação é vasta, gratuita, e fácil de pesquisar. Imagens, trabalhos jornalísticos e académicos, vídeos, bibliografia, uma cronologia histórica, um mapa com a localização e a caraterização do património, e ainda o “mural”, uma ferramenta colaborativa semelhante à wikipedia. Ao todo, são 250 os documentos que o Centro de Estudos da Mina de São Domingos disponibiliza on line. A pensar também no desenvolvimento futuro da antiga povoação mineira.
Vida à inglesa
A
exploração mineira e a consequente presença de estrangeiros, maioritariamente ingleses, fez com que a povoação da Mina de São Domingos se distinguisse das restantes aldeias do concelho de Mértola e do contexto nacional, de uma forma geral. Foi pioneira na introdução de técnicas e tecnologias, à época consideradas de vanguarda, como os métodos de extração de cobre por cementação, a implementação de uma linha de caminhode-ferro, ou o uso de energia elétrica e de telefones. Também no aspeto social, e embora a estratificação social fosse “muito marcada” e sem muita abertura para a convivência informal entre grupos sociais, a presença de estrangeiros deixou marcas nos costumes. “Principalmente na área do lazer”, sublinha Luís Baltazar, dando os exemplos da criação de clubes, “vários de acordo com a proveniência social dos membros”, de bandas de música e dos passeios de barco na Tapada.
Texto Carla Ferreira
Q
uase meio século após o fim da extração de minério na Mina de São Domingos, o interesse à volta desta localidade do concelho de Mértola, que se fez povoação por força de uma importante jazida de cobre, continua bem vivo. Em busca das suas especificidades sociais e históricas, vários estudiosos – em áreas tão díspares como a engenharia, a arquitetura, a arqueologia e a sociologia – e até mesmo só curiosos, levados pelo impulso de conhecer mais acerca das respetivas raízes, esbarraram com a dificuldade de chegar aos registos documentais que contam a história do aglomerado, nascido oficialmente em 1858. Sobretudo pela dispersão desde espólio, entre coleções, públicas e privadas, no território nacional e além-fronteiras. Recorde-se que a exploração da mina é concedida à sociedade anónima mineira La Sabina, representada por Victor Ernesto Deligny, engenheiro de minas francês, Louis Decazes, duque de Glucksbierg, e Charles Eugéne Duclerc, banqueiro e senador parisiense. E que, uma vez adquirido este direito, a La Sabina arrendou a exploração da mina a uma empresa inglesa entretanto constituída, a Mason & Barry. Mas o que importa de momento é que a tarefa de reconstituição histórica está agora facilitada com a criação da morada eletrónica do Centro de Estudos da Mina de São Domingos (Cemsd), em http://ambitare. com/msd. Uma plataforma de “partilha integrada” de informação sobre a temática, que conta atualmente com cerca de 250 documentos disponíveis e que “está acessível a todos, sem qualquer tipo de restrição”, confirma Luís Baltazar, geógrafo e coordenador do projeto. O trabalho de recolha, “efetuado por diversas pessoas e ao longo de muito tempo”, adianta o responsável, chegou a fontes tão improváveis como a biblioteca do Congresso dos Estados Unidos, onde foram “descobertos uns mapas”. Ao Museu de Artes e Ofícios de Paris, onde foi encontrada documentação sobre uma roda de esgoto romana, resgatada no início dos
Contrastes Uma família inglesa (em cima); casamento de um mineiro (em baixo)
trabalhos de desobstrução das galerias e oferecida ao museu parisiense por Deligny, um dos primeiros donos da mina. Ou ainda à Biblioteca Nacional e a outras instituições públicas portuguesas. Paralelamente às raridades, os investigadores ou os simples curiosos interessados contam ainda com a ajuda de uma cronologia histórica da Mina de São Domingos, uma barra em que se alinham todos os acontecimentos internacionais e nacionais, com impacto direto ou indireto na localidade, bem como as ocorrências de âmbito estritamente regional e local. Incluem-se aqui, por exemplo, a descoberta, em 1854, pelo italiano Nicolau Biava, da antiga mina romana da serra de São Domingos, achado que o mineiro regista em seu nome, transferindo-o depois para as mãos de La Sabina, o que dá origem ao início da exploração. Ou, cerca de um século e meio mais tarde, a inauguração da praia fluvial da Tapada Grande, numa fase já de renascimento da vida local, após o impacto do encerramento da exploração, em meados dos anos 60.
Para aligeirar as pesquisas, também lá consta um mapa com a localização e a caraterização do património e “uma ferramenta colaborativa”, a que se deu o nome de “mural” e que, com uma forma de funcionamento muito similar à da conhecida wikipedia, “permite que qualquer pessoa interessada coloque lá informação relativamente às pessoas que trabalharam e viveram na Mina de São Domingos, e aos lugares de interesse”, adianta Luís Baltazar. Esta será, justamente, uma área a desenvolver “num futuro próximo”, uma vez que o centro de estudos já possui “uma lista muito completa dos funcionários da empresa inglesa que explorou a mina” e quer, doravante, também “contar as histórias individuais e familiares dos nossos antepassados”. Algo que, nota o coordenador, só pode ser feito “de uma forma colaborativa e com a participação ativa dos descendentes”. O Cemsd, projeto que “até ao momento não custou um cêntimo”, uma vez que se tem sido desenvolvido graças ao trabalho voluntário dos seus colaboradores, a maioria
com ligações à Mina de São Domingos – de sangue, naturalidade ou residência – existe também numa “base de total independência” face às instituições locais. Mas, esclarece Luís Baltazar, “não pretendemos substituir-nos a nenhuma delas. Simplesmente tivemos uma ideia, que surgiu de uma necessidade, e em vez de exigir que alguém a pusesse em prática, decidimos reunir as condições mínimas e avançámos”. Suscitar o debate, contribuindo para o desenvolvimento da localidade e da região, é também um dos objetivos dos responsáveis da plataforma, para quem o estudo do património e das especificidades ambientais decerto “aumentará o seu valor”. Assim, numa perspetiva de futuro, consideram “importante, e mesmo urgente, reunir os diversos atores com interesse e responsabilidade na administração e gestão da Mina e discutir qual é o futuro que se quer para a localidade: uma aldeia viva ou apenas uma estância de veraneio? E em função das respostas delinear um plano de desenvolvimento”.
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Nerbe promove Festival do Petisco
O Nerbe/Aebal – Associação Empresarial do Baixo Alentejo e Litoral vai realizar entre os dias 1 e 3 de março, nas suas instalações, o Festival do Petisco. Um evento que consiste “numa mostra gastronómica do distrito de Beja, onde todos os concelhos vão estar representados com uma tasquinha”. O programa do certame reserva, para além do festival gastronómico, a realização de diversos concursos gastronómicos, uma feira de sabores com produtos tradicionais e diferentes colóquios/debates sobre a gastronomia regional.
A ACOS colocou ao serviço da região um laboratório que se dedica ao setor oleícola. Com características singulares, o que o torna único no País. O objetivo? Colmatar as necessidades sentidas e dar uma resposta ao grande número de amostras que surgem na altura da campanha e que, na sua grande maioria, seguem para Espanha para serem analisadas. Um laboratório ao serviço da azeitona e do azeite. Texto Bruna Soares Foto José Ferrolho
Laboratório Equipamentos de alta tecnologia permitem dar resposta rápida
ACOS tem laboratório com características únicas no País
Ao serviço da azeitona e do azeite
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ão há uma seta, uma placa identificativa que, à primeira vista, mostre o caminho para o laboratório de análises de azeite e azeitona. Mas ele existe e está em funcionamento desde outubro de 2012, em Beja. Mais propriamente no edifício da associação ACOS – Agricultores do Sul, mentora do projeto. Uma porta, outra e mais outra. Equipamento de alta tecnologia, técnicos de bata branca envergada e amostras de azeite sobre as bancadas. Pipetas, balões volumétricos, tubos de ensaio. E se dúvidas ainda houvesse, uma vez lá chegados, dissipar-se-iam. “Surgiu da necessidade que existia no setor oleícola, que não tinha nenhum laboratório de análise de azeitona que permitisse processar o grande número de amostras que existe na altura da campanha”, começa por explicar ao “Diário do Alentejo” Helena Monteiro, responsável
pelo laboratório. Mas para onde ia, até então, a maioria das amostras? “Estavam a ser todas encaminhadas para laboratórios espanhóis”, avança a técnica. “Existia realmente, aqui, uma lacuna. Era necessário preencher esta necessidade”, até porque, como conta, “existem em Portugal laboratórios que trabalham em azeites e em azeitona”. São, contudo, “laboratórios de referência”, que “utilizam métodos mais demorados, que são importantes para aferir outras técnicas”, mas que “não têm capacidade para processar um grande número de amostras num curto espaço de tempo”. Resposta, esta, que é “necessária aos lagares e aos produtores”. O laboratório da ACOS, com estas características, segundo Helena Monteiro, poderá, assim, considerar-se “único no País”, tendo em conta “a região e a capacidade instalada para processar um grande
número de amostras”. Mas antes, antes do laboratório, está o crescente desenvolvimento do setor olivícola na região. Segundo um estudo anual do Instituto Nacional de Estatística (INE), realizado em 2012, e que indica o local de proveniência da azeitona (região agrária), só no Alentejo são contabilizadas “315 787 toneladas”, sendo que em Portugal o total aponta para as “510 733 toneladas”, o que demonstra a importância da produção do fruto na região. Analisadas as necessidades e a realidade agrícola da região, a ACOS avançou para a criação de um laboratório que sempre pretendeu “independente”. Isto é, que não estivesse ligado a nenhum lagar, a nenhuma entidade que processe azeitonas. Ainda este ano a associação pretende avançar com a sua acreditação. Nada mais, nada menos que o reconhecimento da competência técnica da
infraestrutura. “Não existem laboratórios acreditados em Portugal para a análise de azeitona e pretende-se que esta seja uma característica que também o distinga futuramente”, avança Helena Monteiro. Na verdade, o laboratório quer dar aos produtores “uma garantia de qualidade e de independência”. Dar resposta às grandes áreas de produção de azeitona da região e aferir a qualidade dos azeites é, sem dúvida, um dos objetivos. Pode, no entanto, também, por exemplo, direcionar-se para a azeitona de mesa. “A grande lacuna que existia centrava-se na rapidez da resposta que era necessário dar ao produtor, que é pago, quando entrega a azeitona no lagar, em função da sua qualidade, tendo em conta a quantidade de gordura e a acidez. A lacuna incidia, assim, ao nível da produção de azeitona para transformação de azeite e não tanto ao nível da azeitona de mesa.
Sessão de esclarecimentos aos agricultores na Escola Agrária
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O Centro de Informação Rural de Beja, em colaboração com as organizações de agricultores da região, promove na próxima segunda-feira, dia 28, no auditório da Escola Superior Agrária de Beja, uma sessão de esclarecimento aos agricultores. O evento tem início agendado para as 10 horas.
Intempérie provoca dois milhões de prejuízos na agricultura em Odemira
ACOS Helena Monteiro é a responsável pelo laboratório da associação
Mas quem analisa uma azeitona pode analisar a outra. E, claro, que se houver interesse também o poderemos fazer”, completa a técnica. Laboratório, este, que não se quer cingir apenas às fronteiras da região. E Helena Monteiro explica: “Queremos receber azeitona de vários sítios. 2012 foi o ano de arranque, em que quisemos desenvolver o processo rigorosamente e com calma, de modo a avaliarmos todas as situações. Julgo que este ano será o da consolidação”. Na ACOS fazem-se agora análises à acidez, ao teor de gordura e humidade das azeitonas e do bagaço, desenvolvendo-se ainda metodologias para análise da qualidade do azeite e de parâmetros para uso, como ferramentas na gestão dos olivais como a determinação de azoto nas folhas. “Nesta campanha processámos cerca de 100 amostras por dia, uma vez que não tínhamos ainda toda a capacidade instalada e trabalhámos sem alargamento de horários. Trabalhámos só com um moinho e, neste momento, já contamos com mais dois. Também já adquirimos mais um espectrofotómetro NIR (Near Infrared). Se aumentarmos o número de
horas de trabalho do laboratório conseguimos multiplicar o volume de amostras analisadas. “Temos, assim, capacidade para muito mais”, garante a responsável. O laboratório tem dois clientes principais: os lagares, que recebem as azeitonas e que as pretendem analisar, de modo a saberem que azeite é que podem produzir com aquelas azeitonas e também para perceberem qual a qualidade do fruto, para o poderem pagar aos produtores; e depois os próprios produtores que também recorrem ao laboratório para perceberem a qualidade do fruto que entregam. “Apesar de ainda não existir grande divulgação deste serviço da ACOS, já há vários lagares e produtores que reconhecem esta mais-valia para a região”, avança Helena Monteiro, enquanto mostra os equipamentos que repousam sobre as bancadas brancas. Os técnicos observam minuciosamente as amostras, que perderam a identidade a partir do momento em que deram entrada no laboratório. Os especialistas deixam de saber de onde chegam, passando as mesmas a ter um número interno. Após o fruto estar moído, começa a análise de pasta de azeitona e do aclamado líquido.
Durante esta campanha analisou-se um número muito significativo de amostras, que foi aumentando ao longo da campanha. “Foi um bom começo”, considera Helena Monteiro, que relembra ainda as várias parcerias que foram sendo estabelecidas com outras instituições, que permitem, por exemplo, “o encaminhamento de amostras para controle de qualidade das análises efetuadas pelo laboratório, para que sejam aferidos resultados”. Moinhos, centrifugas, espectrofotómetros NIR (Near Infrared), que permitem uma resposta rápida, são alguns dos equipamentos que compõem este laboratório, que contou com financiamento do INAlentejo. Um investimento de cerca de 300 mil euros. A aposta da ACOS, porém, não quer ficar restrita apenas à azeitona e ao azeite. “Queremos futuramente, depois de identificadas as necessidades da região, realizar outro tipo de análises. Talvez, por exemplo, a análise de solos”, adianta a técnica. E acrescenta: “Agora que a época da azeitona acalma é tempo de avaliar outras áreas”. “Acho que este laboratório tem um potencial muito grande de utilização. Está numa zona onde fazia mesmo muita falta. Está ligado a uma associação, o que também lhe dá credibilidade e tem uma série de vantagens e de características que acreditamos que lhe vão permitir crescer. Pode desempenhar, sem dúvida, um bom trabalho”, afirma Helena Monteiro. Os técnicos continuam a passar, rigorosamente equipados, e todos os cuidados são poucos. Os tubos de ensaio, devidamente identificados, assentam sobre o suporte. Apenas um número os distingue. E, se numa primeira fase, este laboratório está a dar resposta à produção mais local, futuramente pretende alargar os serviços a outras regiões do País e Helena Monteiro não tem dúvidas: “É importante para o reconhecimento da região como zona dinamizadora deste setor”.
As más condições meteorológicas que assolaram o território do concelho de Odemira entre os dias 17 e 20 deixaram um rasto de destruição nas produções agrícolas, “com prejuízos superiores a dois milhões de euros”, refere a Câmara Municipal de Odemira. De acordo com a autarquia, “os ventos fortes e a chuva intensa destruíram diversos campos de cultivo e infraestruturas de estufas, sobretudo na faixa litoral do concelho de Odemira, estando a ser realizado o levantamento exaustivo de todos os estragos provocados”. Os estragos “incidiram sobretudo na agricultura, mas registaram-se igualmente danos na rede viária municipal, em habitações e equipamentos, bem como longos períodos de corte no fornecimento de energia elétrica. Dezenas de árvores caíram, tendo sido interrompida a circulação em diversas estradas”. O Serviço Municipal de Proteção Civil de Odemira e os bombeiros voluntários de Odemira e de Vila Nova de Milfontes “estiveram no terreno desde a primeira hora, tendo atuado de forma coordenada e em articulação com os serviços distritais”, conclui a câmara.
Vidigueira debate empreendedorismo agrícola “Empreender por novos caminhos” é o título do colóquio que a Terras Dentro, em parceria com a Câmara de Vidigueira, vai promover no dia 30, no âmbito do Contrato Local de Desenvolvimento de Vidigueira. O evento, que terá lugar no Centro Multifacetado de Vidigueira, com início às 9 e 30 horas, contará com dois workshops, em simultâneo, onde serão abordadas as temáticas “Empreendedorismo agrícola: uma nova realidade” e “ Inovar no comércio tradicional: novas soluções”. Pretende-se, por um lado, “estimular aprendizagens, transferir conhecimentos, sugerir boas práticas e desencadear um ambiente propício à reflexão dos agricultores e dos novos empreendedores agrícolas para a realidade emergente que o regadio de Alqueva potenciará no concelho de Vidigueira”, e, por outro, “refletir sobre a modernização do comércio tradicional e a sua afirmação no quadro de uma sociedade moderna, cada vez mais dependente das novas tecnologias, o que implica a adoção de novas soluções, estratégias e técnicas de vendas que poderão ser decisivas para a sua sobrevivência e evolução”, esclarece a autarquia.
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O PCP vai testando sensibilidades, percebendo os riscos, estudando melhor o assunto. E demora! Deixando passar a ideia que essa demora é calculada, estratégica e necessária. Nada mais falso. António José Brito, “Correio Alentejo”, 18 de janeiro de 2013
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A ACOS, sem grandes alaridos, colocou ao serviço dos agricultores da região um novo laboratório inteiramente vocacionado para analisar a azeitona e o azeite. Análises que, até há bem pouco tempo, tinham que ser efetuadas no estrangeiro. Faz todo o sentido: na maior região produtora de olival do País devem existir todas as valências desta fileira. PB
Opinião
Nos bastidores da queda do governo de Sócrates Mário Beja Santos Jurista
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esgatados, os bastidores da ajuda financeira a Portugal, por David Dinis e Hugo Filipe Coelho, A Esfera dos Livros, 2012, é uma reportagem de importância primordial para se conhecerem os mecanismos do poder governamental e as suas ligações tanto aos meios de comunicação social como a outras diferentes instâncias, com peso para o setor financeiro e parceiros sociais. Aliás, os dois jornalistas identificaram como relevantes os grupos-chave: Governo, partidos de oposição, Presidência da República e conselheiros de Estado, instituições internacionais e diplomatas, setor financeiro e parceiros sociais, jornalistas e diretores de órgãos de comunicação social. Tudo começa em 6 de janeiro de 2011, a notícia do juro da dívida acima dos sete por cento parece tornar irreversível o pedido de auxílio financeiro. As manchetes são gravosas para o Governo, do tipo “Receios por Portugal aumentam com escala do custo da dívida”. Fala-se mesmo que a Alemanha e a França pressionam o Governo para pedir ajuda da UE e do FMI, havia urgentemente que travar o efeito contágio da crise da dívida que podia abalar a zona do euro. As manchetes não têm sossego: Teodora Cardoso, administradora do Banco de Portugal, diz à Lusa que Portugal precisa de ajuda a curto prazo. Sócrates bem se esforça dizendo que Portugal não precisa de ajuda. A imprensa internacional fala na tensão dos mercados. Em maio, Jean-Claude Trichet, durante a cimeira de líderes da zona euro diz abertamente que a situação se está deteriorar a enorme velocidade, Portugal está na lista das grandes preocupações. Sócrates regressa a Lisboa ciente de que tem que tomar medidas drásticas que acelerem a redução do défice público. Teixeira dos Santos teria mandado estudar uma solução radical: uma taxa extraordinária sobre os rendimentos acima do rendimento mínimo que atingiria funcionários públicos, do setor privado e pensionistas. Sócrates recusa, quanto maior fosse a austeridade mais o consumo diminuiria e mais a economia ia afundar. Ensaia-se mais engenharia financeira: a transferência para o Estado dos fundos de pensões dos trabalhadores da PT. E assim se foi para o verão. A preparar o orçamento de 2011, Teixeira dos Santos pôs em cima da mesa um corte médio de 7,5 por cento nos salários da função pública e dos pensionistas, aplicado aos rendimentos acima dos salários mínimos. Sócrates irá ceder aos cortes apenas no final de setembro. O Governo põe-se em andamento, era necessário desmontar a política desenhada em 2008 para responder à crise. As linhas gerais do orçamento foram aprovadas no final de setembro, haveria corte dos salários em cinco por cento e proporcional a partir dos salários de 1500 euros, ficando as pensões congeladas. Em outubro, em entrevista, Teixeira dos Santos não exclui a hipótese de recorrer ao FMI e ao fundo europeu. A receita para evitar o descalabro grego está em marcha. No Governo, na previsão de que se iniciaram medidas de austeridade e que estas não abrandarão, há quem já fale em coligação governamental. Em novembro, Teixeira dos Santos já estava convencido da necessidade de um pedido de ajuda. O Governo aprecia novas medidas para a redução da despesa, intensificam-se as
conversações com a Comissão Europeia, Berlim exige medidas inequívocas aos diferentes endividados, começa-se a estudar a reforma do Fundo de Estabilização Financeira. O fecho das contas de 2010 revela como o défice é elevado, Sócrates, no entanto, pensa que há condições para resistir ao resgate. Esta reportagem lê-se compulsivamente, é um thriller de alto nível, os autores estão bem equipados e desenvolvem com mestria o andar dos acontecimentos. O leitor parece que está sentado no gabinete de Sócrates ou viaja com ele, é inserido no seu núcleo duro, acompanha o trabalho de Teixeira dos Santos e vê a oposição movimentar-se. Até aqui, o leitor já está com os olhos desorbitados: fica a saber que os primeiros-ministros de Portugal telefonam diariamente aos diretores dos jornais e dão-lhes instruções, fica igualmente a saber que os partidos da oposição, a começar pelo PSD, estão plenamente informados da situação crítica que se vive. Cavaco Silva, recentemente reeleito, passa ao ataque. O governador do Banco de Portugal também não ilude ninguém: são insustentáveis a trajetória da dívida pública e a trajetória da dívida externa. Sócrates agiganta-se, procura recuperar espaço, acredita numa estabilidade financeira quimérica, a oposição só fala em irresponsabilidade, conhecedores da situação culpam o Governo e não abrem mão de alternativas. Passos Coelho é induzido de que chegou o seu tempo, os PEC I e seguintes estão ultrapassados, são precisas medidas mais duras, sente que o Governo está fragilizado, chegou o momento de tirar o tapete a Sócrates. Os autores, para que não haja ilusões de que temos um PSD bem-intencionado, revelam, ponto por ponto, como a direção do PSD sabe de tudo quanto se está a passar. Já não chega os cortes no investimento público, em estradas e em escolas, é preciso mudar as tabelas do IVA, energicamente contestadas pelo PSD. Começa a euforia para derrubar Sócrates, a partir de março. Sucedem-se as reuniões. Há mesmo uma moção de censura. As instâncias internacionais apelam a que não haja crise governamental, a terapêutica a seguir será muito mais dolorosa. Os bancos nacionais, entretanto começaram a ter enormes dificuldades em obter financiamento. Paulo Portas recusa-se ao aumento de impostos. Sócrates continua a recusar o resgate. Por seu lado, Paulo Portas diz que não percebe porque é que se teme o FMI. E subitamente os banqueiros apelam a um pedido de assistência. Teixeira dos Santos clama como pode, pede para se recorrer aos mecanismos de financiamento disponíveis no quadro europeu. As relações entre Sócrates e Teixeira dos Santos, já deterioradas, chegam à rutura, deixaram de se falar. Em abril, Sócrates é reeleito secretário-geral, Passos Coelho está na sua fase teatral, apoia pedidos de ajuda mas não passa cheques em branco. A troika tinha aterrado em Lisboa. Teixeira dos Santos fala num resgate de 80 mil milhões. As reuniões entre o PS e PSD sucedem-se a um ritmo febril. As manchetes fazem o seu dever, enchem a atmosfera de fuligem: FMI quer subsídio de Natal pago em títulos de tesouro. O PSD não gostou do PEC IV. A troika já dá ordens: privatizações na EDP, REN, RTP e Águas de Portugal; redução do mapa autárquico; TSU e golden-shares. Os títulos são cada vez mais alarmantes: Portugal precisa mais de 100 mil milhões; FMI e Bruxelas querem cortar pensões acima dos 600 euros. Está na hora do PSD lançar a bomba. E lançou-a. Tem o essencial a seu favor, faz questão de dizer que é contra os aumentos, os impostos, o Estado social anárquico, etc. E Sócrates resigna. É indispensável ler esta reportagem, ir aos bastidores da teimosia cega, do cinismo político, das mentiras descaradas, da hipocrisia em fazer oposição. Porque depois de tudo quanto aconteceu estamos resgatados e não se sabe até quando.
Dizer-lhe ainda que… Bruno Ferreira Humorista
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esde há uns tempos a esta parte que nos habituámos a ouvir os pivôs dos telejornais introduzir notícias da seguinte forma: “Dizer-lhe ainda que…”. Dizerlhe ainda que? Mas onde raio é que está o princípio da frase? O “Gostaria de”, ou o “Teria o maior prazer de”? O pior é que este fenómeno tem o modus operandi de um vírus. Isto pega-se. E pega-se a um ritmo vertiginoso. Depois dos jornalistas, também os comentadores, a classe política, e por aí fora, passaram a aplicar este modelo de frase digamos… incompleta. Eu acho ótimo andar na moda e, apesar de me fazer confusão, confesso que fiz um esforço e ontem entrei num café, dirigi-me ao empregado e disse “Pedir-lhe um café”. Ele ficou a olhar para mim de sobrolho franzido e preferiu não me contrariar. Contudo, denotei a sua preocupação. Isto traz um problema aos empregados de café. O que fazer com a velha e boa piadola que adoram soltar depois de dizermos: “Queria um café, por favor”, que é: “Queria, então já não quer?” Mantendo-nos no café, isto leva-me a refletir sobre a quantidade de palavras estranhas que clamam para serem ditas em português. Recordo o novo gelado da Olá. Diz a marca, que nos habituou a nomes como Corneto, Dedo, ou Pé, que agora existe o novo Olá Swirl. Swirl? Em inglês quer dizer remoinho. Agora não obriguem a minha língua a andar em remoinho dentro da boca, de rojo contra os dentes todos até conseguir pronunciar este emaranhado de carateres que parece que foi escolhido depois de ver os símbolos que vieram a boiar numa colherada de sopa de letras. E depois não chega ser um Swirl, mas diz a Olá que ainda traz pedaços de brownie, e topping de morango, envoltos em soft ice de baunilha. O que é isto? Swirl de brownie com topping de soft ice? Se for numa pastelaria do Soho, ainda vá, mas o que dirá desta indecifrável sobremesa um empregado de café de Selmes? Ou de Porto Peles? Este novo gelado está quase ao nível daquele… coiso… do MacDonald’s, que dá pelo nome de Wrap. Mas como é que isso se pronuncia? Não é Rap, é Urap? Urep? Em português parece um arroto, mas o nome vem do verbo inglês to wrap, que significa embrulhar. Os Wraps são justamente sanduíches embrulhadas em fatias de massa fina. Pior do que isto tudo é comer um Snack Wrap Ranch e logo a seguir um Swirl de brownie com topping de soft ice. Não contem comigo. E não é por causa dos fritos, do açúcar ou da gordura. É que sou um conservador linguístico, não quero colesterol na minha semântica. Por exemplo, eu comeria de bom grado uma Refeição Leve de Embrulhado Rancho logo seguida de um saboroso Gelado de Remoinho com Bolo de Chocolate e Cobertura de Gelo Macio. Mas é que sem pestanejar. E como gosto de saborear estas iguarias refastelado no sofá, iria ao IKEA buscar uma poltrona Ektorp Jennylund, ou uma chaise-longue Härnösand. E depois assistiria à televisão bem assente no móvel Borgsjö, mesmo ao lado da estante de livros Vittsjö. Esta parte foi só para encher. Para terminar, e porque sou um ouvinte atento dos noticiários, constato que as recentes e constantes greves dos maquinistas da CP não tiveram o mínimo eco na imprensa. De maquinistas e comboios parados, nada. Agora parece que têm existido bastantes jornadas de luta no setor dos “macnistas”. Que são aqueles senhores que, como todos sabemos, conduzem as “macnas”. O que são as “macnas”? Pois, não sei. Mas os “macnistas” andam aí. Dizer-lhe ainda que, apesar de não parecer, esta crónica foi escrita tendo por base o novo acordo ortográfico.
Ninguém as escuta. Mas elas, as FREGUESIAS desta região e de todo o País, continuam a manifestar a sua opinião contrária à lei que reorganiza o território nacional. Este fim de semana saíram à rua em marcha automóvel pelo concelho de Beja. E em Moura, autarquia e freguesias, colocaram as bandeiras a meia-haste. Pode ser que algum dia os ouçam. PB
Ä
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, igual a si próprio. Promulgou a lei que permite uma revisão territorial em Portugal como não acontecia há quase dois séculos. Sabe que é uma má iniciativa legislativa. Perigosa. Di-lo mesmo em nota marginal à promulgação. Mas mesmo assim assina por baixo. O absurdo não tem limites neste país. PB
Há 50 anos
Poemário
A violação “terrorista” e o saiote do escocês
Tudo o que tem princípio tem fim
N
os primeiros dias de 1962, o Par tido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), dirigido por Amílcar Cabral, lançou um ataque militar contra o quartel de Tite, no centro da Guiné, dando início à luta armada de libertação nacional que havia de conduzir aqueles dois países à independência. O ataque dos guerrilheiros foi noticiado pelo “Diário do Alentejo” só na edição do dia 25 de janeiro, com 10 linhas na primeira página e nos seguintes termos – em matéria de guerra colonial a Censura fascista era ainda mais severa: “A fronteira da Guiné foi violada por terroristas – Comunica agora o Secretariado da Defesa que, em Dezembro último, grupos de terroristas “recrutados, armados e organizados em território estrangeiro” penetraram na fronteira da Guiné, sendo repelidos e eliminados pelas forças portuguesas. Nesses recont ros perdera m a vida dois soldados – acrescenta a informação.” Na edição anterior, noutro tom, mais ligeiro, o vespertino bejense publicava, também no cimo da primeira página, um “recorte” (transcrição) de um jornal não referido mas provavelmente de Évora: “Um escocês de saiote foi ridicularizado em Évora e teve de ser protegido pelas autoridades – Em viagem turística, esteve em Évora um cidadão escocês que deambulou pela cidade acompanhado de um formoso exemplar canídeo. Talvez para vincar bem a sua origem, o visitante envergava o tradicional saiote e as coloridas meias axadrezadas que identificam os cidadãos da terra dos clãs. A sua curiosa figura despertou certo interesse e curiosidade, como não podia deixar de ser, mas para uma minoria de eborense, ainda mentalizados á [sic] época das conquistas, os atavios do escocês provocaram o riso e mofa, sendo necessária a intervenção das autoridades policiais que o protegeram, mantendo-o num automóvel para o furtarem ao escândalo que se avizinhava. Boas palavras irá o infeliz turista pronunciar entre os amigos, sobre a hospitalidade eborense quando recordar na Escócia a sua viagem à Évora!...”. Carlos Lopes Pereira
Carta ao diretor Em que rua nasceu o cante? Eduardo M. Raposo Almada
A propósito da recente entrevista ao antropólogo Paulo Lima. Começamos por dar os parabéns ao amigo Paulo Lima, pela sua nomeação recente para gestor da Casa do Cante, em Serpa. E começamos também por deixar claro que, enquanto alentejanos, mas também como investigadores e jornalistas, como não podia deixar de ser, estamos, como qualquer alentejano que ame profundamente o Alentejo e a (nossa) alma, inteiramente com a candidatura do cante a Património Imaterial da Humanidade. Isto que fique bem claro. A questão é esta: o Paulo diz que, cito, “o cante como nós o entendemos”. Não sabemos o que isto significa. Não sendo especialistas em cante – nem etnomusicólogos, como o Paulo também não o é – e nem sequer indo a fontes como o Padre Marvão, que remete para o século XV (monges da Serra de Ossa) ou às similitudes na Córsega ou no Magrebe – Revista Estudios Extremeños (“O canto e o Cante, a alma do povo”, 2006. 1032) ou até para o Livro Quinto das Ordenações Filipinas (1607) SALOMÉ, Tão pouco e tanto: 2003, que sancionava com prisão e multas cantadores e tocadores; mas é o próprio Ranita Nazaré – Música tradicional portuguesa – Cantares do Baixo Alentejo (NAZARÉ, 1979, 30-31), que cita autores que já em 1902 caracterizavam o cante, como o conhecemos hoje, estruturado e formalizado, o remetiam, para, pelo menos o século XIX. Há que tratar, sem esta ligeireza, o aparecimento deste movimento e bem cultural que personifica muito da nossa alma alentejana, no Baixo Alentejo. O cante não é datável sincronicamente como o regicídio ou a instauração da República. “No verão de 1907, em Serpa”? Esta postura, parece-nos, não é a mais credível e nós precisamos de o ser, dar o caráter científico ao que, genuinamente os nossos cantadores entoam, seja na antiga taberna do Engrola, em Serpa, seja na Casa da Música, onde o Grupo Coral e Etnográfico Amigos do Alentejo atuou em 2007. Nós, os que trabalhamos em defesa da cultura alentejana, temos que ser rigorosos para que a Unesco eleve o (nosso) cante a Património Imaterial da Humanidade.
Maria Catarina da Silva Ourique
2012 vais embora Já acabaste o contrato 2013 chega agora Qual será o seu retrato. Até 2012 já cheguei Agora até quando não sei não Saudades dos passados eu sei E sinto-os no coração. Dizem que não têm sido bons Mas chegámos até aqui Gritam alto e em bons sons Não me metem medo a mim. Nesta vida de passagem O bilhete é de ida e volta Tomem todos muita coragem Quem abala já não volta. O teu contrato são 12 meses Sabes o que tens que fazer É difícil tantas vezes No que tem o vizinho também querer. Eu vou tentar ajudar E a Deus vou pedir Que a juventude fosse trabalhar E o velhinho onde dormir. Que houvesse fé e muita paz O amor e a amizade não acabar Todos juntos éramos capaz Com esta guerra terminar. Há muita gente que se ilude Por causa de meio tostão A maior riqueza é a saúde Perdemo-la e assim para o coração. Tanto ódio tanta inveja Todos querem ser doutores Na bonita cidade de Beja Não se conhecem os senhores. Tanto luxo tanta vaidade Qua vai neste país Tantos Dr. na sociedade Ainda o couveiro vai ser juiz. 2012 tanto mal te fizeram Tens pena de ter abalado Não te ajudaram não quiseram Foram de férias para outro lado. Eu de ti me despeço Com um grande e forte abraço A 2013 eu lhe peço Que não se deixe ir mais abaixo.
15 Diário do Alentejo 25 janeiro 2013
Â
Marilyn verde. Num dos corredores de acesso ao Museu Botânico da Escola Superior Agrária de Beja está patente, até 3 de maio, uma instalação fotográfica evocativa da carreira da atriz norte-americana Norma Jeane, que se imortalizou sob o nome de Marilyn Monroe. As fotos agora expostas mostram diferentes momentos em que Marilyn interage com a natureza ou com elementos naturais.
Exposição
JOSÉ FERROLHO
Diário do Alentejo 25 janeiro 2013
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Diรกrio do Alentejo 25 janeiro 2013
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Estágio em Mértola da seleção de juniotres de canoagem
Diário do Alentejo 25 janeiro 2013
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Termina amanhã em Mértola o estágio que ali decorre há uma semana com a presença de 10 atletas da seleção nacional de juniores. Os atletas repartiram a sua preparação entre o centro de estágio do Clube Náutico de Mértola e o rio Guadiana. A restante comitiva nacional desta categoria tem feito idêntico trabalho em Vila Nova de Gaia.
Desporto
Futebol juvenil
Vieira recordista Os atletas Francisco Vieira e Felipe Silva, ambos iniciados do Bairro da Conceição, estiveram em excelente plano do Torneio Larga Eclético organizado pela Associação de Atletismo do Algarve. Vieira bateu o recorde distrital dos 60 m/barreiras (pista coberta) com o registo de 9.27’’. Felipe Silva melhorou a sua marca pessoal nesta distância e venceu a competição (60mb+comprimento+peso).
Moura venceu em Castro e consolidou o segundo lugar da tabela
E que bom seria...
Campeonato Distrital de Infantis (13.ª jornada) – Série A: Alvorada-Vasco Gama (adiado); Desportivo Beja-Bairro da Conceição, 0-3; Ferreirense-Alvito (adiado); Despertar-N Sport. Beja, 2-1. Folgou o Sporting Cuba. Líder: Despertar A, 33 pontos. Próxima jornada (26/1): Alvito-Desportivo Beja; Vasco Gama -Ferreirense; NS Beja-Al vorada; Sporting Cuba-Despertar. Folga o Bairro da Conceição. Série B: Moura-Guadiana, 1-7; Serpa-Amarelejense, 0-4; Piense-Operário, 7-3; CB Beja-Despertar B, 0-11. Folgou o Aldenovense. Líder: Amarelejense, 33 pontos. Próxima jornada (26/1): Aldenovense-Piense; Amarelejense-Moura; Operário-Serpa; Guadiana-CB Beja. Folga o Despertar. Série C: Castrense A-Renascente, 6-0; Boavista-Aljus trelense, 3-3; Odemirense -Milfontes B, 2-1; Almodôvar-Castrense B, 10-0. Folgou o Milfontes A. Líder: Odemirense, 33 pontos. Próxima jornada (26/1): Milfontes A-Castrense A; Aljustrelense-Odemirense; Renascente -Boavista; Milfontes B-Almodôvar. Folga o Castrense B.
3.ª Divisão – Série F 15.ª jornada U. Montemor-Esp. Lagos ..................................................1-0 At. Reguengos-Aljustrelense ..........................................1-0 Juventude Évora-Vasco da Gama.................................. 0-0 Lagoa-Sesimbra.................................................................. 1-2 Monte Trigo-Lusitano VRSA ............................................1-0 Castrense-Moura................................................................ 1-2 U. Montemor Moura At. Reguengos Esp. Lagos Sesimbra Juventude Évora Aljustrelense Vasco da Gama Monte Trigo Lusitano VRSA Castrense Lagoa
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15 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15
10 9 8 7 6 5 5 4 4 2 3 1
4 5 4 6 5 6 4 5 2 5 2 4
1 1 3 2 4 4 6 6 9 8 10 10
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31-10 32-11 21-13 28-14 21-25 16-15 15-13 20-24 16-24 14-25 14-27 14-41
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34 32 28 27 23 21 19 17 14 11 11 7
Próxima jornada (27/1/2013): Aljustrelense-Esp. Lagos, Vasco da Gama-At. Reguengos, Sesimbra-Juventude Évora, Lusitano VRSA-Lagoa, Moura-Monte Trigo, Castrense-U. Montemor.
Vem aí uma jornada cheia de curiosidades, aquela que põe todas as equipas do distrito a jogar nos seus campos e em que os resultados de uns podem ser úteis aos outros. Texto e foto Firmino Paixão
C
omecemos pelo Moura, que tem um jogo aparentemente fácil diante da formação do Monte Trigo. E o “aparentemente” deriva da memória do recente encontro com o Lusitano de Vila Real, em que o favoritismo dos mourenses era elevadíssimo e não conseguiram ganhar aos algarvios. Mas não há jogos iguais e o que se
3.ª divisão O Castrense marcou primeiro mas o Moura procurou mais o triunfo
espera é que a equipa consolide uma posição cimeira. Até porque o União de Montemor joga em Castro Verde e quem sabe se o Castrense não conseguirá dar uma mãozinha para o destronar da posição de líder. E que bom seria! Para os próprios e para o Moura. Mas o Moura terá que olhar também para os lugares inferiores da tabela. Persegue-o o Reguengos (menos quatro pontos), equipa que no domingo se apresentará em Vidigueira. E que bom seria se o Vasco vencesse essa partida, para os próprios e para o Moura. E logo a seguir vem o Esperança de
Lagos (menos cinco pontos), formação que visitará o Mineiro Aljustrelense, que jogando ao seu melhor nível tem potencial para derrotar os algarvios. E que bom seria para os mineiros e também para o Moura. Da ronda anterior sobressai o magnífico empate do Vasco da Gama no terreno do Juventude e o triunfo do Moura no derby de Castro Verde, onde esteve muito tempo em desvantagem, sofrendo, nos minutos finais, para conseguir os três pontos. O Aljustrelense foi derrotado em Reguengos pela margem mínima de uma bola a zero.
O Almodôvar derrotou o Serpa e reforçou a sua condição de líder
E no domingo vai à praia... É um pouco cedo? Talvez! Mas arriscamos que o jogo do próximo domingo, entre o Praia de Milfontes e Almodôvar, pode ser determinante na decisão do campeonato. Texto Firmino Paixão
S
erá o grande jogo da jornada. Uma partida em que o Milfontes, ferido com o empate de Cuba, não quer perder qualquer ponto com aquele que é o seu adversário direto na luta pelo título. Mas os almodovarenses também já mostraram que não é por acaso que lideram e que, às vezes, os tem acompanhado a estrelinha da sorte. Depois, o Odemirense, que também está na luta, pode vir a beneficiar do que suceder
Campeonato Distrital de Benjamins (13.ª jornada) – Série A: Aljustrelense-Sporting Cuba (adiado); Vasco da Gama-Ferreirense, 1-1; Bairro da Conceição-Desportivo Beja, 1-3; Despertar A-Figueirense, 14-1. Folgou o Alvito. Líder: Despertar, 31pontos. Próxima jornada (26/1): Ferreirense-Despertar; Desportivo Beja-Vasco Gama; Figueirense-Aljustrelense; Alvito-Bairro Conceição. Folga o Sporting Cuba. Série B: Santo Aleixo-Despertar B, 9-0; NS Beja-CB Beja, 7-0; Ferreirense-Moura, 0-1; Piense-Serpa, 1-4. Folgou o Sobral da Adiça. Líder: NS Beja, 33 pontos. Próxima jornada (26/1): Despertar-Ferreirense B; Sobral da Adiça-Santo Aleixo; Moura-Piense; Serpa-NS Beja. Folga a CB Beja. Série C: Ourique-Odemirense, 1-3; Milfontes A-Almodôvar, 0-8; Renascente-São Marcos, 6-3; Rosairense-Milfontes B (adiado); Castrense-Boavista, 11-0. Líder: Odemirense, 37 pontos. Próxima jornada (26/1): Odemirense-Cas trense; Almodôvar-Ourique; São Marcos-Milfontes A; Boavista-Rosairense; Milfontes B-Renascente.
na Foz do Mira, obrigando-se a vencer em Mértola. O Serpa caiu para o quarto lugar e tem agora pela frente o Desportivo de Beja, o Aldenovense (recebe o Amarelejense) e o Piense (joga em São Marcos). Parecem suficientemente afastados para já não entrarem nas contas do título. Mas ainda estão 33 pontos em disputa e “até ao lavar dos cestos é vindima…”. Na metade inferior da tabela, Rosairense (a recuperar), Cuba (travou o Milfontes) e Cabeça Gorda (7-0 ao São Marcos) estão a dar boa conta do recado. O quarteto final Guadiana, Bairro da Conceição, Desportivo de Beja e Amarelejense lutam pela sobrevivência, alternando entre si o lugar de “lanterna vermelha”.
1.ª Divisão – AF Beja 15.ª jornada Odemirense-Amarelejense .............................................3-0 Desp. Beja-Aldenovense ..................................................0-3 Almodôvar-Serpa ...............................................................3-1 Sp. Cuba-Praia Milfontes .................................................. 1-1 Piense-Rosairense..............................................................3-1 Cabeça Gorda-São Marcos...............................................7-0 Guadiana-Bairro da Conceição .......................................2-0 Almodôvar Praia Milfontes Odemirense Serpa Aldenovense Piense Rosairense Sp. Cuba Cabeça Gorda São Marcos Guadiana Bairro da Conceição Desp. Beja Amarelejense
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12 9 9 8 7 7 5 5 4 4 4 3 2 3
3 3 3 5 5 4 4 4 5 1 0 2 5 2
0 3 3 2 3 4 6 6 6 10 11 10 8 10
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36-14 30-17 25-12 27-13 26-17 29-18 22-22 17-17 30-24 12-36 17-37 11-29 13-25 15-29
P
39 30 30 29 26 25 19 19 17 13 12 11 11 11
Próxima jornada (27/1/2013): Aldenovense-Amarelejense, Serpa-Desp. Beja, Praia Milfontes-Almodôvar, Rosairense-Sp. Cuba, São Marcos-Piense, Bairro da Conceição-Cabeça Gorda, Guadiana-Odemirense.
Campeonato Distrital de Iniciados (13.ª jornada): Ourique-Despertar, 2-0; Serpa-Spor ting Cuba, 2-1; Milfontes-Guadiana, 4-1; Vasco da Gama-Rio Moinhos, 2-1; Amarelejense-Bairro da Conceição, 2-0. Folgaram Odemirense e Moura. Líder: Odemirense, 30. Próxima jornada (3/2): Moura-Guadiana; Amarelejense-Odemirense; Serpa-Rio Moinhos; Vasco Gama-Despertar; Ourique-Bairro Conceição; Milfontes-Sporting Cuba. Campeonato Distrital de Juvenis (3.ª jornada): Despertar-Serpa, 4-2; Desportivo Beja-Cas trense, 4-0; Aljustrelense-Moura, 1-1. Folgou o Almodôvar. Líder: Moura 10 pontos. Próxima jornada (27/1): Moura-Despertar; Serpa-Desportivo Beja; Almodôvar-Aljustrelense. Campeonato Distrital de Juniores (10.ª jornada): Despertar-Sobral da Adiça, 7-1; Vasco Gama-Cabeça Gorda, 10-0; Aldenovense-Despor tivo Beja, 2-0; Castrense-Odemirense, 0-3. Líder: Despertar, 24 pontos. Próxima jornada (2/2): Desportivo Beja-Despertar; Sobral da Adiça-Vasco Gama; Odemirense-Cabeça Gorda; Castrense-Aldenovense. Taça Distrito de Beja em seniores femininos (2.ª eliminatória): CB Castro Verde-Odemirense, 5-1; Ourique-Vasco Gama, 4-2. Campeonato Distrital de Futsal (12.ª jornada): Barrancos-Luzerna, 3-8; Almodovarense -Fer reirense, 7-4; Baronia-Desportivo Beja, 3-2; Alcoforado-IP Beja, 4-3; ADVN São Bento-Vasco Gama, 3-6; Vila Ruiva-NS Moura, 0-4; Líder: Baronia, 33 pontos. Próxima jornada (25/1): IP Beja-ADVN São Bento; Safara-Barrancos; Ferreirense-Baronia; Luzerna-Almodovarense; Vasco Gama -Vila Ruiva; Desportivo Beja-Alcoforado.
Série A: Sobral da Adiça -Pedrógão (não se realizou); Luso Serpense-Brinches, 0-3; Salvadense-Quintos (não se realizou). Folgou o Ficalho. Líder: Ficalho, 16 pontos. Próxima jornada (26/1): Brinches-Ficalho; Pedrógão -Sal vadense; Quintos-Luso Serpense. Folga o Sobral da Adiça.
Série B: AC Cuba-Faro do Alentejo, 0-2; Beringelense -Neves, 3-1; Louredense -Penedo Gordo (não se realizou). Folgou o São Matias. Líder: Penedo Gordo, 21 pontos. Próxima jornada (26/1): Neves-São Matias; Faro do Alentejo-Louredense; Penedo Gordo-Beringelense. Folga a AC Cuba.
Série C: Figueirense-Mombeja, 4-0; Santa Vitória -Alvorada, 2-2; Vale d’Oca -Jungeiros, 1-0. Folgou o Messejana. Líder: Vale d’Oca, 25 pontos. Próxima jornada (26/1): Alvorada-Messejana; Mombeja-Vale d’Oca; Jungeiros-Santa Vitória. Folga o Figueirense.
Série D: Sanjoanense-Albernoense, 2-3; Alcariense-Sete, 0-1; Trindade-Fernandes, 1-2. Líder: Fernandes, 19 pontos. Próxima jornada (26/1): Alcariense-Sanjoanense; Fernandes-Albernoense; Sete -Trindade.
Futebol Realiza-se na tarde de amanhã as meias-finais da Taça Distrito de Beja na categoria de juniores, com os jogos Vasco da Gama-Cabeça Gorda e Desportivo de Beja-Despertar. As partidas iniciam-se às 15 horas.
Série E: Luzianes-So neguense, 4-0; Amoreiras-Cercalense, 1-0; Santa Luzia -Co lense, 2-0. Folgou o Relíquias. Líder: Luzianes, 22 pontos. Próxima jornada (26/1): Cercalense-Relíquias; Soneguense-Santa Luzia; Colense-Amoreiras Gare. Folga o Luzianes.
Série F: Campo Redondo -Mil fontes, 1-2; Boavista -Sa boia, 0-4; Malavado -Ca valeiro, 2-0. Folgou o Bemposta. Líder: Saboia, 23 pontos. Próxima jornada (27/1): Saboia-Bemposta; Milfontes-Malavado; Cavalei ro-Boavista. Folga o Campo Redondo.
Série G: Pereirense-Santaclarense, 1-2; Almodovarense-Serrano, 3-6; Naveredondense-Santa Clara-a-Nova, 0-6. Líder: Santaclarense, 19 pontos. Próxima jornada (26/1): Almodovarense-Pereirense; Naveredondense -Santaclarense; Serrano-Santa Clara-a-Nova.
Atletismo O 11.º Grande Prémio de Atletismo Circuito José Afonso realiza-se no próximo dia 3 de fevereiro na vila de Grândola, com organização da junta de freguesia local. A prova é aberta apenas a atletas seniores e veteranos e as inscrições são limitadas a 1 000 atletas.
Aljustrelense Ana Capeta procura afirmar-se na seleção feminina
A goleadora do coração dividido É uma referência no futebol feminino e no atletismo regional. Sportinguista de coração, jogadora da Casa do Benfica de Castro Verde e atleta do Núcleo de Messejana. Tem o coração dividido. Texto e foto Firmino Paixão
A
na Inês Capeta, 15 anos, nasceu em Aljustrel e joga futebol na Casa do Benfica de Castro Verde. Esteve no Jamor mostrando as suas capacidades à selecionadora nacional de sub/17, tentando ser uma das escolhas de Susana Cova para a equipa que disputará o Torneio Uefa. A jovem diz que a notícia da convocatória foi: “Um momento mágico, dos mais felizes que já tive, treino e jogo por puro prazer, sem pensar em chamadas às seleção nacional”. Mas era um sonho, reconhece a atleta, confessando ter ficado muito feliz e realçando o apoio dos pais: “Ficaram muito felizes e orgulhosos, como todos os meus amigos e colegas de equipa”. Um lugar entre as eleitas para o Torneio Uefa?, perguntamos. “Tenho esse objetivo, sabendo que terei de trabalhar imenso para garantir um lugar entre as melhores, mas quem corre por gosto não cansa e eu tenho uma enorme paixão pelo futebol”. E o que poderá mudar com a abertura desta janela? Ana refere: “Terei oportunidade de trabalhar com as melhores jogadoras do País e
Casa do Benfica de Castro Verde Ana Capeta (em primeiro plano) na seleção feminina Sub17
com uma estrutura mais profissional. Acho que vou crescer como jogadora. Treinar e jogar no Jamor sempre foi um sonho”. Um sonho bem dimensionado: “Ainda sou jovem, mas quero ser jogadora profissional. Esta é uma etapa muito importante, espero que seja a primeira de convocatórias nas seleções nacionais”. Capeta sucede a Joana“ Carona” e Marta Bernardo (duas alentejanas antes convocadas para a seleção sub/19), todas bons exemplos para trazerem mais mulheres para o
futebol: “As raparigas precisam de perder a vergonha, jogarem na escola e na rua e juntarem-se a equipas de futebol, foi o que eu fiz”. Consciente de que “a vida de futebolista será uma aventura que tenho de agarrar para conseguir os meus objetivos, nem que seja no estrangeiro”, quer mostrar que “no Alentejo existem grandes jogadoras”. E deixa uma promessa final: “Enquanto puder vou conciliar o atletismo com o futebol, ajuda-me a desenvolver a minha resistência e espírito de luta”.
Hoje palpito eu...
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António Aleixo “Manero”
Diário do Alentejo 25 janeiro 2013
Taça Fundação Inatel – 10.ª jornada
M
anero é uma daquelas pessoas que conhece com invulgar profundidade e surpreendentes detalhes a história e as “estórias” do desporto no Alentejo. António Gil Palma Aleixo, um proverbial cidadão e desportista bejense, hoje com 79 anos, herdou a alcunha de “Manero” da sua progenitora, senhora de ascendência espanhola. A sua vivência durante todos estes anos é como um longo poema cujas métricas se confundem entre a generosidade e a cordialidade com que olha o próximo. Na vida, como no desporto, que dela não se pode dissociar, foi sempre uma pessoa de fortes convicções, adquiridas no ambiente em que cresceu e moldadas no dia a dia, logo quando se iniciou na prática desportiva no chamado futebol de rua, que, no seu tempo, se desenhava nos baldios do antigo largo da feira. Sempre amador, o primeiro compromisso oficial foi com o Oriental, há mais de 60 anos, treinado por Mariano Amaro. A saudade da terra natal fê-lo regressar a Beja, num percurso que começou pelo Despertar (recorda Manuel Trincalhetas e Hilário Lança), mais tarde ao Desportivo (na equipa de Camiruaga), concluindo a carreira no Ferreirense. Jogador do meio campo para a frente, preferia o lugar de “interior esquerdo” (só podia ser assim, privilegiar a esquerda, como sempre). Treinou a primeira equipa do Despertar que esteve num nacional de juniores e teve experiências muito gratas nas escolinhas de futebol. Como dirigente foi “capitão-geral” do Desportivo, mas destacou-se ao serviço do seu clube de sempre, o Despertar. E ainda lhe sobrou tempo para alinhavar algumas crónicas para “O Ás” sempre acutilantes e de refinado humor. Vejamos aos seus prognósticos.
Três pombos do distrito de Beja procuram medalhas na Eslováquia
Os voos largos da columbofilia bejense Bruno Helena, José Ameixa e João Coelho são os três columbófilos sul alentejanos que estão representados na 33.ª Olimpíada Columbófila que, até domingo, está a decorrer na Eslováquia. Texto Firmino Paixão
O
trio de alados é liderado pela pomba Pardaloca, do bejense Bruno Helena (Asas de Beja), campeão nacional de fundo na última Exposição Nacional e Pré-Olímpica, realizada nas Caldas da Rainha, certame de onde José Ameixa (Asas de Beja) e João Coelho (Asas Verdes) trouxeram, ambos, terceiros lugares nas especialidades de meio fundo e velhos, respetivamente. Em vésperas de partir para o leste
europeu, Bruno Helena confessou: “Não é todos os dias que se é campeão nacional, apesar de eu já ter sido três vezes, mas este título de fundo tem um impacto maior”. E acentuou as virtudes do seu alado: “Voou muito bem em dois anos consecutivos na categoria de fundo, que é a especialidade mais difícil entre as que nós concorremos. Atualmente é o melhor pombo, mas o pai desta fêmea foi também um grande pombo e os outros irmãos têm sido igualmente muito bons”. Com uma colónia constituída por 30 pombos adultos e 50 borrachos, Bruno Helena é um columbófilo relativamente recente, mas que nos últimos anos emergiu com a conquista de vários títulos: “Os resultados têm aparecido nos últimos cinco anos, período
em que me tenho mantido sempre no topo da columbofilia distrital. Ganhei todos os campeonatos que tinha para ganhar, tanto na coletividade, como no distrito. Na última época fui campeão distrital de fundo e já fui campeão nacional de maratonas”. Pouco lhe falta já ganhar, mas o columbófilo mantém o espírito de que “temos que ter sempre ambição para ganhar mais campeonatos, neste desporto que é maravilhoso”. E da Eslováquia o que espera? “Representar Portugal numas olimpíadas é sempre o ponto máximo da nossa atividade, independentemente da classificação que a minha fêmea alcançar na Eslováquia. Espero que ela conseguia ficar entre os seis primeiros e se surgisse uma medalha seria ouro sobre azul”.
(1) ALDENOVENSE/AMARELEJENSE Equipas com potencial diferente com clara vantagem para os visitados. (1) SERPA/DESPORTIVO DE BEJA O Serpa tem uma boa equipa, está motivado e não vai perder mais pontos. (X) MILFONTES/ALMODÔVAR Um jogo muito tático em que o Milfontes aposta tudo, com um adversário que jogará para não perder. (X) ROSAIRENSE/CUBA Equipas equilibradas mas o Cuba tem ganho alguns pontos fora de casa. (2) SÃO MARCOS/PIENSE O São Marcos não está bem e o Piense pode aproveitar o mau momento. (X) BAIRRO DA CONCEIÇÃO/CABEÇA GORDA O Bairro não quer perder pontos em casa, mas o Ferrobico anda motivado. (2) GUADIANA/ODEMIRENSE Duas equipas com objetivos e recursos diferentes. O Odemirense é favorito.
Voleibol: o Moura perdeu em casa
Diário do Alentejo 25 janeiro 2013
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Hóquei em Patins Realiza-se amanhã a primeira eliminatória da Taça de Portugal em Hóquei em Patins, etapa em que as equipas alentejanas terão os seguintes compromissos: H.Grândola-Salesiana; Castrense-H.Vasco da Gama e Vialonga-Estremoz. O Hóquei de Santiago ficou isento desta fase.
O Moura Volei Clube perdeu em casa com o Atlético de Albufeira, por 1-3, em jogo referente à última jornada da fase zona do Campeonato Nacional da 3.ª Divisão. A derrota não comprometeu as aspirações do Moura, já apurado (tal como o Albufeira) para a segunda fase da prova, cujo sorteio se realiza a 6 de fevereiro.
Basquetebol O Beja Basket Clube recebe no próximo domingo, pelas 17 horas, a equipa do Portimonense, em jogo relativo à 6.ª jornada do Campeonato Nacional da 2.ª Divisão. Os bejenses ocupam o 5.º lugar, com seis pontos, menos quatro que o Ferragudo, atual líder da Zona Sul.
Um apelo à conquista de espaço público para peões e ciclistas
“Basta de atropelamentos” A partilha do espaço público viário urbano entre todos os meios de transporte e mais respeito pelos peões e ciclistas foi mote para a manifestação nacional promovida pela Federação Por tuguesa de Cicloturismo e Utilizadores de Bicicleta (Fpcub). Texto e foto Firmino Paixão
A
praça da República, em Beja, foi o local de concentração dos ciclistas da região, numa ação a que o mau tempo terá retirado alguma expressão, sem deixar, contudo, de cumprir os desígnios da iniciativa. Perante algumas dezenas de amantes da bicicleta, Manuel Silveira Nunes, membro da Fpcub, deu expressão pública a um manifesto onde se recorda: “As últimas semanas foram tristemente marcadas por notícias de vários atropelamentos de ciclistas e peões”. E frisou que cerca de 39 000 peões e utilizadores de bicicleta são anualmente atropelados em Portugal, em acidentes mortais ou com feridos graves, “mas que são relativizados, numa sociedade cada vez mais motorizada”.
Beja Utilizadores de bicicleta manifestaram-se na cidade
O documento alerta para “a privação do espaço que é imposta a crianças e idosos ao não puderem andar livremente e seguros nas ruas das cidades e aldeias, pois o perigo da circulação rodoviária está em quase todo o lado, até nos parques desportivos e de lazer”. Entre os manifestantes foi comum o sentimento de que “basta
de atropelamentos”, em consonância com o desejo que “os planeadores, decisores e utilizadores saibam que a integração e a coerência da vida urbana também passam pela forma e construção de espaços urbanos onde as pessoas possam usufruir do espaço público sem medo e onde as crianças possam brincar na rua com
mais segurança”. O manifesto realça que “as bicicletas são veículos de pleno direito, não devem ser vistos meramente como brinquedos, mas sim como um meio de transporte tão válido como outro qualquer”. A ação terminou com um passeio pelas artérias da cidade de Beja.
Proximidade com Guadiana proporciona “magníficas paisagens”
Privilegiar contacto com a natureza Diversificar a oferta desportiva existente na freguesia de Salvada e desafiar a população para hábitos saudáveis de prática desportiva, foram os princípios que ancoraram a criação do BTT Salvada, secção desportiva da casa do povo local. Texto Firmino Paixão
A
necessidade de enquadramento dos inúmeros utilizadores de bicicleta existentes na freguesia em práticas desportivas e de lazer estimulou a fundação de uma secção que enquadrasse essas variantes e daí até à fundação do BBT Salvada foi um pequeno passo, conta Nelson Mestre: “Começámos com uma
Nelson Mestre
brincadeira, fizemos um passeio seguido de uma sardinhada, tudo de uma forma espontânea e descomprometida como qualquer atividade regular”. E o crescimento foi rápido, assinala o dirigente: “Nessa altura éramos cerca de 20 participantes e já somos 47 elementos”. Com a particularidade de o praticante mais novo ter sete anos e o mais velho 70: “Uns praticam cicloturismo, outros BTT, mas todos com o mesmo entusiamo”. Agora, a secção propõe-se carimbar a sua primeira organização: “Esse é o caminho lógico e no dia 7 de abril vamos promover um passeio guiado, ainda não temos muita margem de manobra para organizarmos um raide, daí que comecemos por esse passeio”, diz Nelson Mestre.
E para já contabilizam a reação positiva da comunidade salvadense: “As pessoas reagiram e acolheram muito bem a nossa iniciativa e foram muitos aqueles que já se disponibilizaram para nos ajudar sempre que organizemos qualquer evento”, revela o dirigente. Nelson Mestre elegeu os apoios do comércio local, junta de freguesia, casa do povo e da fundação Honório Raposo como determinantes para atenuar o investimento em equipamentos e revela as prioridades do BTT Salvada: “Privilegiamos o contato com a natureza, porque a nossa freguesia tem uma grande proximidade ao rio Guadiana, em cujas margens podemos observar paisagens magníficas”.
Ciclismo José Saúde
No evoluir das calendas desportivas de Beja descobrimos histórias que nos conduzem ao limiar de um êxtase que na nossa modesta conceção não encontra entraves para enaltecer inolvidáveis homens que souberam literalmente honrar a sua afeição pela sumptuosidade do mundo desportivo. Revejo, como exemplo, a modalidade de ciclismo e as Voltas ao Alentejo em Bicicleta. Em 2013, segundo anunciou oportunamente a União Ciclista Internacional, a famosa Alentejana, 31.ª edição, irá para a estrada entre os dias 20 e 24 de março. Lembro que na sua projeção ao longo do tempo sempre estiveram homens que, incansavelmente, conseguiram levar a carta a Garcia, sabendo-se o mar de dificuldades em que as organizações mergulhavam. Porém, a força do poder autárquico alentejano superou obstáculos e lá foi colocando no asfalto um pelotão animado de som e de mestria. Reconheço que os tempos hoje são outros. A sua máquina organizativa é sustentada por um sport publicitário que tem atrás outras benesses. Conheci a sua verdadeira essência. Homens, alguns já partiram para o além, que se entregavam à causa ciclística por mera devoção. Recordo com saudade os finais das etapas. Os convívios. Os petiscos. Os momentos de ócio intermédios. O serpentear do multicolorido pelotão. As metas. As fugas. A população que comungava religiosamente com os feitos dos ases do pedal. O cruzar a plenitude da planície. O deslumbramento das rádios locais em levar aos ouvintes a notícia em primeira mão. Tudo é passado. Mas num recuar longínquo ao universo da modalidade, dou por mim a constatar um dos pioneiros ciclistas de Beja: Luís da Rocha Júnior, um homem que, para além de fundador do Grupo Sportivo Bejense, foi também um ciclista que em 1912 com a sua pedaleira evidenciou engenho e arte em provas velocipédicas na velha Pax Julia. Coisas de outros tempos!
institucional diversos Diário do Alentejo n.º 1605 de 25/01/2013 Única Publicação
Diário do Alentejo n.º 1605 de 25/01/2013 Única Publicação
Maria Vitória Amaro Notária de Ourique
CERCIBEJA
Certifico, para fins de publicação, que no dia quinze de Janeiro do ano dois mil e treze, no Cartório Notarial em Ourique, a folhas cinquenta e nove e seguintes, do Livro de Notas Para Escrituras Diversas número Cinquenta e Um - D, se encontra exarada uma escritura de Justificação, na qual Jesuíno Viegas Guerreiro, casado com Maria Edite Guerreiro, segundo o regime de comunhão de adquiridos, natural da freguesia de São Barnabé, concelho de Almodôvar. residente na Estrada de São Barnabé, nº 35, em Almodôvar. N.I.F.152 340 858; Isabel Maria Guerreiro Gonçalves, viúva, natural da freguesia de São Barnabé, concelho de Almodôvar, residente no Sítio de Vale Barriga, Caixa Postal 405-Z, freguesia de São Bartolomeu de Messines, concelho de Silves, N.I.F.136 810 055 e Joaquim Dias Guerreiro. solteiro, maior, natural da freguesia de São Barnabé, concelho de Almodôvar, onde reside no Monte do Canafixal, N.I.F.160 259 134, declaram: Que, na freguesia de São Barnabé, concelho de Almodôvar, existia um prédio rústico denominado “Monte das Portelas”, composto de cultura arvense. sobreiros, prado natural, leito e curso de água, inscrito na matriz sob o artigo 48 da Secção E, em nome dos justificantes, com o valor patrimonial de €12.877,93 e a área de quarenta e nove hectares oito mil e quinhentos centiares, descrito na Conservatória do Registo Predial de Almodôvar sob o número mil duzentos e vinte e dois - São Barnabé Que o identificado prédio pertencia a Elisa da Conceição, viúva, residente que foi no Sitio de Vale da Velha, freguesia de São Bartolomeu de Messines, concelho de Silves. Que, no verão do ano de mil novecentos e cinquenta e nove, por ato não titulado e nunca reduzido a escritura pública, aquela Elisa da Conceição fez doação do identificado prédio, em comum, a Jesuíno Viegas Guerreiro, a Isabel Maria Guerreiro Gonçalves e, a Joaquim António Guerreiro, solteiro, residente que foi em São Barnabé, freguesia de São Barnabé, concelho de Almodôvar, pai de Joaquim Dias Guerreiro. Que, seguidamente, nesse mesmo verão de mil novecentos e cinquenta e nove, os donatários, Jesuíno Viegas Guerreiro, Isabel Maria Guerreiro Gonçalves e Joaquim António Guerreiro, procederam à divisão e demarcação do identificado prédio cm três quinhões que passaram a constituir três novos prédios distintos e demarcados, a saber: a) Rústico denominado “Monte das Portelas/Sul”, sito na freguesia de São Barnabé, concelho de Almodôvar, composto de cultura arvense, sobreiros e prado natural, com a área de vinte e seis hectares três mil cento e cinquenta e sete centiares, confrontando do norte com Joaquim Dias Guerreiro e Isabel Maria Guerreiro Gonçalves, nascente com Barranco e Manuel Narciso (herdeiros), sul com Joaquim Guerreiro e outros e do poente com Isabel Maria Guerreiro Gonçalves e Joaquim Guerreiro e outros, a que atribuem o valor de três mil euros. b) Rústico denominado “Monte das Portelas/Poente”, sito na freguesia de São Barnabé, concelho de Almodôvar, composto de cultura arvense, sobreiros e prado natural, com a área de sete hectares seis mil e trinta e quatro centiares, confrontando do norte com Joaquim Dias Guerreiro e outros, nascente com o prédio de Joaquim Dias Guerreiro e Jesuíno Viegas Guerreiro, sul com Manuel Avelino e outros e Jesuíno Viegas Guerreiro e do poente com Manuel João e outros, a que atribuem o valor de mil euros c) Rústico denominado “Monte das Portelas/Norte”, sito na freguesia de São Barnabé, concelho de Almodôvar, composto de cultura arvense, sobreiros e prado natural, com a área de quinze hectares nove mil trezentos e oito centiares, confrontando do norte com Manuel João e outros, nascente com Manuel Narciso (Herdeiros), sul com o prédio de Jesuíno Viegas Guerreiro e do poente com Isabel Maria Guerreiro Gonçalves, a que atribuem o valor de dois mil euros. Que, os identificados prédios não possuem ainda inscrição própria na matriz, tendo sido destacados da descrição predial mil duzentos e vinte e dois-São Barnabé, bem como da inscrição matricial 48 da Secção E. Que, o primeiro prédio ficou a pertencer ao primeiro outorgante identificado na alínea a), Jesuíno Viegas Guerreiro. Que, o segundo prédio ficou a pertencer à primeira outorgante identificada na alínea b), Isabel Maria Guerreiro Gonçalves; e, Que, o terceiro prédio ficou a pertencer ao referido Joaquim António Guerreiro, pai do primeiro outorgante identificado na alínea c), Joaquim Dias Guerreiro. Que, cada um deles tomou posse imediata dos seus quinhões, devidamente demarcados, semeando-os e colhendo os respetivos frutos, extraindo a cortiça, sem oposição de quem quer que fosse, situação que se mantém desde o verão de mil novecentos e cinquenta e nove. Que, por testamento, o citado Joaquim António Guerreiro, legou ao filho, Joaquim Dias Guerreiro, o prédio identificado em c),que desde a data do falecimento de seu pai, continuou a usufruir o prédio tal como anteriormente. Que, por não possuírem títulos da doação e nem da divisão, mal aconselhados, concordaram em que o original prédio, Monte das Portelas, fosse partilhado em escritura pública lavrada em quinze de Novembro de mil novecentos e noventa e cinco no Cartório Notarial de Silves, conjuntamente com outros bens da herança da citada Elisa da Conceição, embora esta já tivesse feito a doação do prédio denominado Monte das Portelas. Que, por essa escritura, esse original prédio ficou a pertencer, em comum, aos mencionados Jesuíno Viegas Guerreiro, Isabel Maria Guerreiro Gonçalves e Joaquim António Guerreiro, na proporção de um terço para cada um, o que não correspondia à realidade, tendo sido feito o registo a seu favor. Que por sua vez, a terça parte que se encontrava registada a favor daquele Joaquim António Guerreiro, encontra-se registada a favor do seu filho, Joaquim Dias Guerreiro. Que, apesar dessa partilha, nada se alterou com relação à divisão que havia sido feita no verão de mil novecentos e cinquenta e nove, continuando os primeiros outorgantes na posse e fruição dos três identificados quinhões ou prédios, fruindo-os, ininterruptamente, como seus donos e legítimos possuidores, sem oposição de quem quer que seja, sendo assim, continua e de boa fé. Que, os justificantes não possuem título para efectuar os registos a seu favor, embora por si e seus antepossuidores com relação Joaquim Dias Guerreiro, sempre tenham estado na posse, ininterruptamente, dos identificados prédios, tal como foram constituídos desde o verão de mil novecentos e cinquenta e nove, portanto há mais de cinquenta anos. Que a posse exercida sobre os identificados prédios foi sempre em nome próprio e do antepossuidor Joaquim António Guerreiro e após a sua morte do seu legatário. É assim tal posse pacífica, pública, contínua e de boa fé durando há mais de vinte anos, facultando-lhes a aquisição do direito de propriedade dos citados prédios por USUCAPIÃO, direito que pela sua própria natureza, não pode ser comprovado por qualquer título formal extrajudicial. Nesses termos, e não tendo qualquer outra possibilidade de levar o seu direito ao registo, vêm justifica-los nos termos legais. Está conforme o original. Cartório Notarial em Ourique, da Notária Maria Vitória Amaro, aos 15 de Janeiro de 2013. A Notária Maria Vitória Amaro
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21 Diário do Alentejo 25 janeiro 2013
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CONVOCATÓRIA Nos termos do artigo 45º, do ponto 3 do Código Cooperativo, convocam-se todos os Sócios efectivos da CERCIBEJA para uma Assembleia Geral Extraordinária no dia 05 de Fevereiro de 2013, pelas 16:00 horas, nas Instalações da CERCIBEJA, sito na Quinta dos Britos, com a seguinte ordem de trabalhos: Ponto Único: Eleição dos Corpos Gerentes da Cercibeja para o triénio dois mil e treze, dois mil e quinze. Se à hora marcada não estiver o número de sócios legalmente estabelecido para o seu funcionamento, a Assembleia, começará uma hora depois (17:00) com qualquer número de presentes. Beja, 21 de Janeiro de 2013 O Presidente da Mesa da Assembleia Geral Paula Pinto Mendes Diário do Alentejo n.º 1605 de 25/01/2013 Única Publicação
Informa o proprietário no local, a partir das 22 horas (Rua Conde da Boavista, n.º 6, r/chão, em Beja)
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23 Diário do Alentejo 25 janeiro 2013
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24 Diário do Alentejo 25 janeiro 2013
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†. Faleceu o Exmo. Senhor MÁRIO ALEXANDRE ALVES JANEIRO, de 89 anos, viúvo. O funeral a cargo desta Agência, realizou-se no passado dia 18, das Casas Mortuárias de Beja, para o cemitério desta cidade.
†. Faleceu o Exmo. Senhor ION POPESCU, de 51 anos, natural de Roménia. O funeral a cargo desta Agência, realizou-se no passado dia 18, da Casa Mortuária do Hospital de Beja, para o cemitério desta cidade.
†. Faleceu o Exmo. Senhor
†. Faleceu o Exmo. Senhor
JOSÉ DO CARMO, de 78 anos, natural de Baleizão Beja, casado com a Exma. Sra. D. Domitília Mariana dos Santos. O funeral a cargo desta Agência, realizou-se no passado dia 19, da Casa Mortuária de Baleizão, para o cemitério local.
FRANCISCO MANUEL, de 92 anos, natural de Quintos Beja, casado com a Exma. Sra. D. Custódia Joaquina Bicas. O funeral a cargo desta Agência, realizou-se no passado dia 21, da Casa Mortuária de Quintos, para o cemitério local.
BEJA
ALJUSTREL / VALES MORTOS
†. Faleceu o Exmo. Senhor
†. Faleceu o Exmo. Senhor
JOÃO GARCIA PARREIRA, de 81 anos, natural de Santa Maria - Serpa, casado de/com Exma. Sra. D. Maria Bárbara Fernandes Parreira. O funeral a cargo desta Agência, realizou-se no passado dia 22, das Casas Mortuárias de Aljustrel, para o cemitério de Vales Mortos - Serpa.
SR. JOAQUIM MESTRE LAMPREIA LOPES, de 87 anos, natural de São Brissos Beja, viúvo. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 24, das Casas Mortuárias de Beja, para o cemitério desta cidade.
AGRADECIMENTO E MISSA DO 30.º DIA
Às famílias enlutadas apresentamos as nossas mais sinceras condolências.
Faleceu em 09/01/2013 Filhos, nora, genros, netos e restante família, na impossibilidade de o fazerem individualmente, agradecem reconhecidamente a todos quantos se dignaram acompanhar o seu ente querido à sua última morada ou que de outro modo manifestaram o seu pesar. Expressam ainda uma especial gratidão ao senhor Padre Henrique, pela sua profunda amizade, bem como a toda a sua equipa de colaboradores que o acompanhou, no Centro Paroquial e Social do Salvador, com elevado profissionalismo, distinta dedicação e estima, nos seus últimos anos da sua vida.
José Manuel Cacito Espada Esposa, filhas, irmão e genros vêm por este meio agradecer a todas as pessoas que acompanharam o seu ente querido à sua última morada ou que de outro modo manifestaram o seu pesar. Mais agradecem a médicos, enfermeiros e auxiliares do 6.º e 4.º pisos do Hospital de Beja pelo profissionalismo, carinho, dedicação, apoio e ajuda prestados durante a sua doença e internamento. Informam ainda que será celebrada missa pelo seu eterno descanso no dia 02/02/2013, sábado, pelas 18 e 30 horas, na Igreja do Carmo, em Beja, agradecendo desde já a todos os presentes no piedoso acto.
MISSA
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Nasceu a 10.02.1933 Faleceu a 20.01.2013 Sua família, na impossibilidade de o fazer pessoalmente, agradece por este meio a todas as pessoas que o acompanharam à sua última morada ou que de outro modo manifestaram o seu pesar.
António Nerval Entradas Parreira 28-01-2013 28 Anos de Eterna Saudade O tempo passa, e embora tenha o conhecimento da realidade, o mesmo não consegue com que esqueça o bom filho e amigo que sempre foste. Foi uma luz que se apagou nesta casa, mas continuarás sempre vivo na minha memória e no meu coração. Agora estou sozinha, o teu pai já partiu ao teu encontro e eu continuo vivendo atormentada pela saudade e pela dor.
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2.º Ano de Eterna Saudade A família participa a todas as pessoas de suas relações e amizade que será celebrada missa pelo eterno descanso do seu ente querido no dia 28/01/2013, segunda-feira, às 18 e 30 horas, na Igreja do Carmo, em Beja, agradecendo desde já a todos os que se dignarem comparecer.
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25 Diário do Alentejo 25 janeiro 2013
Todas as semanas os leitores do “Diário do Alentejo” vão ter descontos. Os anúncios desta secção pretendem, por um lado, dar um impulso à economia local e, por outro, ajudar os consumidores neste tempo de crise. Aproveite as oportunidades.
Diário do Alentejo n.º 1605 de 25/01/2013 Única Publicação
ARRENDA-SE OU VENDE-SE
Vale €1,20 em abastecimentos superiores a 20 litros
descontos atÉ
Espaço com 400m2 para
6 cÊnt.
restaurante, ginásio, es-
CÂMARA MUNICIPAL DE CASTRO VERDE
EDITAL Nº 5/2013 CONCURSO PÚBLICO PARA ARRENDAMENTO DE UM ESPAÇO PARA OFICINA / LOJA DESTINADO A ARTESÃOS, NO CENTRO DE PROMOÇÃO DO PATRIMÓNIO E TURISMO
Francisco José Caldeira Duarte, Presidente da Câmara Municipal de Castro Verde: Faz saber que, de harmonia com a deliberação tomada em reunião ordinária desta Câmara Municipal, realizada no dia 16 de janeiro de 2013, se encontra aberto concurso público para arrendamento de um espaço para oficina / loja destinado a artesãos, no centro de promoção do património e turismo, sito na Rua de Mértola, em Castro Verde. 1. Local e data limite para apresentação das propostas: As propostas deverão ser entregues até às 17:30 horas do dia 28 de fevereiro de 2013, sob pena de não serem admitidas, na Secção Financeira e Património ou remetidas pelo correio sob registo e com aviso de receção. 2. Processo de concurso: O Programa de Concurso e Caderno de Encargos podem ser consultados na secção Financeira e Património, durante as horas normais de expediente: das 9:00 h às 12:30 h e das 14:00 h às 17:30 h ou na página da Internet do município: www.cm-castroverde.pt 3. Documentos que devem acompanhar a proposta: Os que vêm referidos no art. 6.º do Programa de Concurso. 4. Valor da Renda mensal por oficina / loja: 60,00 €/mês. 5. Adjudicação: A adjudicação é feita ao concorrente que tiver apresentado a proposta que melhor se enquadre na filosofia do funcionamento do Centro de Promoção de Património e Turismo, de acordo com os critérios mencionados no art.º 10.º do programa de concurso 6. Prazo pelo qual é celebrado o contrato de arrendamento: Um ano a contar da data de celebração do concurso, podendo renovar-se por períodos sucessivos de um ano se nenhuma das partes se tiver oposto à renovação do mesmo. 7. Outras condições: As demais condições de adjudicação da cessão da exploração do estabelecimento comercial constam no caderno de encargos do concurso. Município de Castro Verde, 21 de janeiro de 2013 O Presidente da Câmara, Francisco José Caldeira Duarte
cola, etc.. (Ex Restaurante Marisbeja)
1. Válido nos Postos BP Beja Luzias, BP Beja Variante e BP Beja Castilho; 2. Este vale só poderá ser descontado no ato de pagamento de abastecimentos iguais ou superiores a 20 lts., até um máximo de 3 vales por abastecimento (60 lts); 3. Este vale não é acumulável com outras campanhas desconto a decorrer no Posto de Abas-
por litro
tecimento; 4. Este vale só é válido para abastecimentos
desconto em combustÍvel
com cartões: Routex, Azul e de Sócio ACP; 5. Nenhuma
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atÉ 30 de abril
em combustíveis cujos pagamentos não sejam efetuados responsabilidade será aceite nos seguintes casos: perda, roubo ou danificação do vale quer tenha sido utilizado ou não; 6. Este vale não pode ser trocado por dinheiro; 7. Válido até 30 de abril de 2013.
pelo tm. 919906397 Diário do Alentejo n.º 1605 de 25/01/2013 Única Publicação
Diário do Alentejo n.º 1605 de 25/01/2013 Única Publicação
ASSOCIAÇÃO DE MUNICÍPIOS DO BAIXO ALENTEJO E ALENTEJO LITORAL
CIMBAL – COMUNIDADE INTERMUNICIPAL DO BAIXO ALENTEJO
EDITAL
EDITAL
Jorge Pulido Valente, Presidente da Mesa da Assembleia lntermunicipal da Associação de Municípios do Baixo Alentejo e Alentejo Litoral, faz saber, nos termos do art.º 91.º da Lei n.º 169/99, que em reunião de 10 Dezembro de 2012, foram aprovados os seguintes documentos: – Plano Plurianual de Investimentos; – Grandes Opções do Plano para 2013; – Orçamento para 2012; – Mapa de Pessoal. Os documentos em causa, podem ser consultados no serviço de Secretariado da Administração das 9h às 12h30m e das 14h às 17h30m, de segunda-feira a sexta-feira nos dias úteis. Para constar, se publica o presente que vai ser afixado nos lugares públicos do costume. Beja, 14 de Janeiro de 2013.
António José Ventinhas, Presidente da Mesa da Assembleia Intermunicipal da Comunidade Intermunicipal do Baixo Alentejo, faz saber, nos termos do art2. 912 da Lei n2. 169/99, que em reunião de 10 de Dezembro de 2012, foram aprovados os seguintes documentos: – Plano Plurianual de Investimentos; – Grandes Opções do Plano para 2013; – Orçamento para 2013; – Mapa de Pessoal. Os documentos em causa, podem ser consultados nos serviços desta Comunidade das 9h às 12h30m e das 14h às 17h30m, de segunda-feira a sexta-feira nos dias úteis. Para constar, se publica o presente que vai ser afixado nos lugares públicos do costume. Beja, 14 de janeiro de 2013.
O Presidente da Mesa da Assembleia Intermunicipal da AMBAAL Jorge Pulido Valente
O Presidente da Mesa da Assembleia Intermunicipal da CIMBAL António José Ventinhas
Evento “Casamentos a Sul” 2013
Diário do Alentejo 25 janeiro 2013
26
Empresas
Amanhã, sábado, o BejaParque Hotel vai realizar a segunda edição do evento “Casamentos a Sul”, que decorrerá entre as 14 e as 22 horas nas instalações daquela unidade hoteleira. O evento integra um conjunto muito representativo de empresas especializadas na prestação de serviços de suporte à realização das cerimónias matrimoniais, com o propósito de proporcionar uma visão integrada da oferta existente na região de Beja a todos os noivos e noivas que estão interessados em programar o seu casamento.
TR abriu em Beja A cidade de Beja conta com um novo espaço comercial. A TR, que abriu portas esta semana, é uma loja que coloca à disposição tudo o que os clientes, particularmente do sexo feminino, necessitam: roupa e acessórios, como malas, sapatos e lenços. A proprietária, Telma Rosado, refere que “a cidade já precisava de algo assim”, com preços acessíveis, um espírito juvenil, com um estilo semelhante a lojas como Berska e Zara. A empresária acredita que, mesmo numa época pouco favorável a investimentos, “as coisas vão correr bem” e prova disso, afirma, “é já a recetividade positiva” tida até à data.
Os doi oiss jo j ve vens n eemp ns m re mp resá sáári rios os de Be Beja jaa, Vííto or Lu Luzi z a e Lu zi Luís íss Bor o ba b , ge gest stor st orres o e doss tr do t ês ê pos osttos tos de abaast s ec ecim imen im men nto BP em Be BP Beja, Beja ja junt ja ntam tam m-s -see na t ntat te nttat ativ ivaa de iv de un niirreem es esfo forç rços os e inceent in ntivar ivaarram iv am o com o éérrcio cio rreegi ci g on nal a. Vítor Ví to or Lu Luziia, a, geerren ren nttee do p po ost sto o de de ab abas bas astteeci cime cime mento ment ntto B BP P jun u to to do stand Sko Sk od d da, a, e Luí a, uííss Bo Borrb baa,, geessto or d do os post po stos os BP ju un ntto aao o Bej ejaP Paarrqu que Hottteel e ao Ho aos B Bo om mb bei eiro ros os Vo Volu unt ntár ário ios io ios de Bej de ejja, a, apeesa a, sar de de con onco corren rrent rr ente en tes, tes, s, defe de fen nd deem m que ue é imp mpor orrttaante ntte a n un u niãão e nã não o de desmem sm mem embr braam men ntto o das eem das da mpr preessas pres as reg egio ion naais is. s.
Jovens empresários de Beja unem esforços
Lojas BP de Beja lançam campanha promocional Os postos de abastecimento BP em Beja colocam a partir de hoje à disposição dos seus clientes, através do “Diário do Alentejo”, vales de desconto em combustível. Uma campanha que se prolonga até abril e que oferece aos seus clientes e aos leitores do jornal um vale de desconto no valor de 1,20 euros para abastecimento superior a 20 litros. Uma forma de promover o incentivo ao comércio regional. Os empresários dizem “abdicar dos lucros que esta campanha poderá trazer” como retorno, preferindo assim oferecer ao cliente um desconto que consideram ser importante, na medida em que contribui para uma poupança significativa no final do mês. Publireportagem Sandra Sanches
A
partir de hoje, em qualquer um dos três postos de abastecimento BP em Beja – posto BP variante, junto ao BejaParque Hotel; posto BP centro, junto aos bombeiros, o posto BP, junto à Skoda –, é possível usufruir-se de uma campanha promocional. A campanha, que vem no enquadramento do que anteriormente já foi feito em alguns órgãos de comunicação social, cujo feedback foi positivo, obedece a uma mecânica própria de funcionamento: ao adquirir o jornal “Diário do Alentejo” em formato impresso é-lhe oferecido o respetivo cupão que confere ao leitor/ /cliente um vale de 1,20 euros para desconto num abastecimento igual ou superior a 20 li-
tros, sendo esta campanha válida até abril e não acumulável com outras campanhas em vigor, nomeadamente vales e cartões de desconto já existentes nos vários postos BP. Estes empresários concorrentes, que acima de tudo são amigos e colegas de profissão, zeladores das suas empresas, tentam dar o exemplo daquilo que poderia ser feito em termos de parcerias e sinergias locais, porque defendem que é importante que exista espírito de entreajuda entre as diversas empresas locais. E é precisamente esse espírito de colaboração que estes jovens, em conjunto com o “Diário do Alentejo”, estão a desenvolver em prol dos clientes. Questionado quanto ao negócio dos combustíveis, Luís Borba diz: “Este negócio é muito sensível e delicado, primeiro porque é muito descortinado pelo público e pelos meios de comunicação social. Se a gasolina ou o gasóleo sobem um cêntimo é motivo de abertura do telejornal”. O que para este empresário é um perfeito escândalo, pois acaba por favorecer a irracionalidade de algumas pessoas, que acabam por não se preocupar com aquilo que é de qualidade. Neste sentido, Luís Borba chama a atenção, face à despreocupação existente da população, para os tipos de combustível com que abastecem os seus veículos e para o tempo que perdem em deslocações mais longínquas para obterem um determinado tipo de abastecimento, tendo como consequência, entre outros problemas, o possível aumento da conta da oficina. Estes empresários dizem não ser
“imediatistas” e, nesse sentido, não têm dúvidas em relação ao produto de qualidade que vendem. A sua estratégia é, acima de tudo, transmitir confiança aos clientes. Os três postos de abastecimento da BP também colocam à disposição do cliente uma diversidade de produtos como pão e vinho. Levar para estas lojas um ambiente regional é uma das apostas dos dois empresários bejenses. Vítor Luzia considera que em regiões como a de Beja, “maltratadas pela administração central e pelos meios de comunicação social nacionais”, a única forma de se tentar sobreviver “é juntarmo-nos todos” e, “ao invés de se comprar fora, comprar cá dentro, às empresas da nossa região”. “Diferenças irrisórias [de valores], absorvidas pelo transporte e nas deslocações, progressivamente dão origem ao fecho das empresas em Beja”, salienta. Os empresários apelam assim à população para que compre “cá dentro”, numa lógica de protecionismo, pois só assim se conseguirá combater o fecho das empresas, o desemprego e o poder de compra reduzido das pessoas. Quanto às perspetivas para 2013, Vítor Luzia e Luís Borba lutam, dia a dia, para que as mesmas não sejam tão negativas. As empresas, neste momento e à semelhança de muitas outras, segundo refere Luís Borba, “com menos negócio”, “menos rentabilidade”, ainda se consideram estáveis. Mantêm os mesmos postos de trabalho, com os mesmos vencimentos, e têm a situação financeira em dia. “União” é a palavra chave para o que necessitam, concluem os empresários.
Grupo Pestana convida ao romance no Dia dos Namorados Os hotéis do grupo Pestana preparam uma noite de sonho, com direito a tratamento exclusivo e um mimo especial, para o Dia dos Namorados. Para quem escolher os hotéis da Madeira e Algarve do grupo Pestana, bem como as respetivas pousadas, basta levar as flores e deixar-se mimar. Para oferecer têm tratamento VIP, cenários idílicos, paisagens de tirar o fôlego e a garantia de uma noite passada na melhor das companhias, tudo com 20 por cento de desconto. As promoções são válidas para reservas entre os dias 1 e 12 de fevereiro e estadias de 14 a 16 de fevereiro. Para mais informações ou reservas os interessados deverão consultar os sites www.pestana.com ou www.pousadas.pt. E para esta estadia estão reservadas também várias surpresas, bem como morangos e espumante à sua espera, jantares temáticos, noite em quarto duplo e possibilidade de check-out até às 16 horas.
Adega de Borba abre o ano com uma nova colheita do prestigiado Rótulo de Cortiça A Adega de Borba assinala o início do novo ano com o lançamento do Rótulo de Cortiça Reserva Tinto 2011, um verdadeiro ex-líbris que vai deliciar os apreciadores com a excelência da qualidade da colheita desse ano. O Rótulo de Cortiça Reserva Tinto 2011 carateriza-se por uma cor rubi com nuances vermelhas e o vinho é feito com uvas das castas mais típicas do Alentejo – Aragonez, Alicante Bouschet, Castelão e Trincadeira. Este DOC Alentejo apresenta um sabor macio, equilibrado, notando-se um frutado maduro e uma elegância no final da prova. De referir que o vinho Rótulo de Cortiça é uma marca com mais de 45 anos que se impôs como uma das referências no Alentejo, produzido apenas em anos excecionais, cuja primeira colheita data de 1964 e tem um dos maiores volumes de vendas no seu segmento.
Adega Cooperativa de Vidigueira distinguida como PME Líder A Adega Cooperativa de Vidigueira Cuba e Alvito foi distinguida, pelo segundo ano consecutivo, com o estatuto de PME Líder 2012. Esta distinção, atribuída pelo Instituto de Apoio a Pequenas e Médias Empresas e à Inovação (Iapmei) e por um conjunto de entidades independentes, constitui o reconhecimento da solidez financeira, qualidade e liderança da gestão da adega. José Miguel Almeida, presidente da adega Cooperativa de Vidigueira, realça a importância do galardão, pois revela que “a empresa está no bom caminho”.
Inaugurou, no dia último dia 12, a exposição de banda desenhada de André Diniz na Bedeteca de Beja e contou com a presença do autor. Se não conseguiste estar presente aproveita agora e vai ver “O Morro da Favela” título do livro que deu o nome à exposição e que nos conta a história de Maurício Horta, morador do morro da Providência, no Rio de Janeiro. Um relato a preto e branco sobre as suas memórias, “sua relação com a vida e a morte, a polícia e os bandidos, a prisão e a liberdade e o contraste entre o morro e o asfalto”.
27 Diário do Alentejo 25 janeiro 2013
“Morro da Favela” de André Diniz na Bedeteca de Beja
Pela tua mão O livro do paraíso
A páginas tantas...
À solta Não tarda nada e está aí o Carnaval. Na semana passada o disfarce que sugerimos talvez fosse mais para meninas, por isso esta é a tua semana. Estejam atentos porque mais ideias vão surgir.
Quando se diz que o cão é o melhor amigo do homem, não se anda muito longe da verdade. Em Arturo, Davide Cali parte dessa máxima, mas constrói a narrativa através dos olhos de um cão que, vagueando pelos lugares de uma cidade que conheceu na companhia do dono, espera ansiosamente pelo seu regresso a casa. A ilustração, ao contrário de tantos livros que te temos trazido aqui, passa para o domínio da fotografia e é da autoria da artista Ninamasina (Anna Nina Masini). O cão da nossa história é representado através de um peluche com um ar verdadeiramente triste. Mais do que um livro sobre um cão à procura do seu dono, Arturo é uma história sobre o amor e a sua perda, sobre a construção de rotinas de devoção e amizade que, muitas vezes, terminam de forma mais ou menos inesperada. Se pensarmos um pouco, é essa busca de um amor incondicional o que nos move enquanto seres humanos.
Dica da semana Decidimos mostrar-te um pouco mais do trabalho de Anna Nina Masini, ou, como ela assina, Ninamasina, para perceberes que muitas vezes o recurso a outras técnicas podem resultar em belíssimas ilustrações. Esta artista italiana alia o seu trabalho a muitas outras coisas que fazem parte daquilo de que mais gosta, como a fotografia e até o gosto pela leitura. Se quiseres conhecer um pouco mais vais perceber que ela pinta, ilustra, fotografa e ainda cria personagens em 3D. Podes visitá-la no site oficial (http://www.ninamasina.it) ou segui-la através do blog http://ninamasina.blogspot.pt/
Há uns anos, uma menina chamada Carolina estava a ver se encontrava a sua boneca no sótão, e, de repente tropeçou num livro antigo. Carolina, como era muito curiosa, foi logo ver de que se tratava o livro. Reparou que o título do livro era: Histórias de outro mundo. Não hesitou e abriu-o. A história do livro era sobre quatro crianças que tinham descoberto uma passagem secreta para um mundo estranho e fantástico. Na contracapa do livro estava, não se sabe como, a morada da casa onde se encontrava a passagem secreta e um mapa para lá chegar. Carolina viu a morada e ficou espantada quando viu que esta era a mesma que estava na sua caixa do correio. Quando foi ver o mapa, um pouco mais assustada, viu que era a planta exata da sua casa. “Não pode ser!”, exclamou ela. – “Amanhã vou ver se consigo encontrar a dita passagem, agora vou continuar à procura da minha boneca…”. Disse e fez, no dia seguinte acordou bem cedo e foi começar a sua procura. Não foi muito fácil, passado duas horas lá encontrou uma porta, mas não foi capaz de a abrir: “Abro, não abro, abro, não abro, abro…”, pensava Carolina, enquanto se decidia se abria mesmo a porta ou não. Finalmente decidiu-se, e abriu a porta. Lá dentro estava um paraíso, com árvores exóticas e muitas aves de outro mundo, deduziu logo que fosse aquilo de que a história que tinha lido no dia anterior queria dizer. Entrou e olhou para o relógio: – “Tenho de estar em casa ao meio-dia, para almoçar, por isso tenho…perto de …duas horas e meia, que bom, tenho imenso tempo para me divertir aqui neste local exótico e espetacular!!”, exclamou. Passado algum tempo, Carolina começou a ouvir uma espécie de despertador, e assustou-se, pensou que era uma buzina, para um alarme qualquer naquele mundo de fantasia. Depois ouviu a mãe dela a chamá-la: “Carolina, levanta-te, tens de ir para a escola!!!!!!”. Assim, Carolina percebeu que não passava de um simples sonho. Mariana Guerreiro Fonseca 6ºA / E.B.2,3 Damião de Odemira
28 Diário do Alentejo 25 janeiro 2013
O Torradinha foi encontrado completamente desorientado a vaguear pelas ruas da cidade. Está agora no Cantinho à espera de uma nova oportunidade. É ainda um jovem com uns dois anitos, muito meigo e calmo. Venham conhecê-lo ao Cantinho dos Animais de Beja. Contactos: 962432844; sofiagoncalves.769@hotmail.com
Boa vida Comer
Dourada assada no forno com limão e laranja Ingredientes para 4 pessoas: 4 douradas com 300 g cada; 2 cebolas cortada em rodelas finas; 4 dentes de alho laminados; 1 folha de louro; 1 laranja descascada e sem a pele branca; 1 limão descascado e sem a pele branca; q.b. de azeite; q.b. de sal grosso; q.b. de pimenta branca moída; 8 batatas médias cortadas aos gomos; 1 molho de coentros; Legumes cozidos (cenoura, brócolos, feijão verde). Preparação: Num tabuleiro de forno ou pirex, coloque a cebola, alho, azeite, louro e rodelas de laranja e limão. Por cima coloque as douradas já arranjadas e temperadas com sal e pimenta (estas com uns golpes no lombo). Regue com um pouco de azeite, forre com folha de alumínio e leve ao forno a 160ºC, durante 25 a 30 minutos. Entretanto coza as batatas e os legumes em água temperada com sal. Escorra e reserve. Coloque o peixe no centro de uma travessa com a cebola, a laranja e o limão por cima e em volta as batatas e os legumes cozidos. Salpique com coentros picados. Bom apetite…
António Nobre Chefe executivo de cozinha – Hotéis M’AR De AR, Évora
Toiros Os festivais de início de temporada
A
tradição taurina manda que a abertura oficial de cada temporada aconteça a 1 de fevereiro na vila de Mourão, com o festival taurino que aí se realiza anualmente, por ocasião das festas em honra de Nossa Senhora das Candeias. Já são conhecidos os nomes que compõem os primeiros cartéis de 2013.
No sábado de Páscoa, será Serpa a receber o seu festival, cuja receita reverte a favor dos bombeiros locais, e que conta no cartel, integrado nas festas de Nossa Senhora de Guadalupe, com os cavaleiros Luís Rouxinol, Sónia Matias, Filipe Gonçalves e Luís Rouxinol Jr. Assim, em Mourão, na próxima sexta-feira, 1 de fevereiro, será prestada homenagem ao engenheiro Joaquim Murteira Grave e estarão em praça os cavaleiros Tiago Carreiras e Marcelo Mendes, com os matadores de toiros Uceda Leal, António Ferrera, Javier Solis e o novilheiro Manuel Dias Gomes, que lidarão um curro composto pelas ganadarias Varela Crujo e Murteira Grave. As pegas estarão a cargo dos forcados da Póvoa de São Miguel. No fim de semana seguinte, dia 9, ali bem perto, na Granja, realiza-se outro festival, que
vai ficar marcado pela prova de praticante de Andreia Oliveira, e conta ainda no seu elenco com a presença de Joaquim Bastinhas, Tito Semedo, Francisco Cortes, Alberto Conde e Pedro Salvador. A 17 de fevereiro será a primeira praça do País, o Campo Pequeno, em Lisboa, a receber um festival de homenagem e solidariedade para com o forcado Nuno Carvalho, gravemente colhido nesta praça em 30 de agosto de 2012, onde serão lidados sete novilhos-toiros gentilmente oferecidos por vários ganadeiros e que serão pegados por um grupo de forcados constituído por representantes dos diversos grupos filiados na Associação Nacional de Grupos de Forcados (ANGF), amigos do homenageado, tendo este grupo como cabo o fundador do grupo de Aposento da Moita, José Manuel Pires da Costa. Os cavaleiros em praça serão Joaquim Bastinhas, José Luís Cochicho, Fermín Bohorquez (rojoneador espanhol), João Salgueiro, Rui Fernandes, João Telles Jr. e o praticante Miguel Moura. Mais tarde, no sábado de Páscoa, será Serpa a receber o seu festival taurino, cuja receita reverte a favor dos bombeiros voluntários locais, e que conta no cartel, integrado nas festas em honra de Nossa Senhora de Guadalupe, com os cavaleiros Luís Rouxinol, Sónia Matias, Filipe Gonçalves e Luís Rouxinol Jr. e nas lides a pé conta com a presença dos novilheiros Manuel Dias Gomes e Diogo Peseiro. Os toiros pertencem às ganadarias Murteira Grave, Engenheiro Luís Rocha, Falé Filipe, Ascenção Vaz, Passanha e Varela Crujo e serão pegados pelos grupos de forcados amadores de Moura e de Beja. A temporada 2013 está prestes a começar assim desejamos a todos os intervenientes… “Que Deus reparta sorte!” Vítor Morais Besugo
Letras Mercado Media em Portugal no período marcelista
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rémio Fundação Calouste Gu lbenk ian, História Moderna e Contemporânea de Portugal em 2012, a tese de doutoramento de Suzana Cavaco analisa o cruzamento de agenda política marcelista com os negócios privados e revela as motivações que, entre 1968 e 1974, conduziram à compra de jornais por parte de grandes grupos económicos. Cavaco começa por anotar a trajetória de Marcello Caetano e analisar a sua perspetiva do Estado Novo previamente a estudar a proximidade que cultivou com a imprensa ainda antes de ser Presidente do Conselho. Enuncia as esperanças e desencantos que sobrevieram às eleições de 1969 e destaca a criação da agência jornalística oficiosa Informa. Ao longo destes capítulos, a autora vai caracterizando a relação de Caetano com a imprensa escrita – do “Expresso” à “Capital”, passando pelo “Diário de Lisboa” e pelo “Diário Popular” – e aprofunda o caso da candidatura de Pinto Balsemão pela União Nacional. Segue-se a caracterização dos media durante o marcelismo no que respeita ao contexto, regulação, autorregulação, consumidores, empresas e mercados e especifica-se como era então a saúde financeira da rádio, televisão e imprensa escrita. Finalmente, a historiadora analisa a dinâmica da imprensa entre o poder político e o económico. Trata-se de um estudo amplamente anotado, rigoroso, e que é um contributo fundamental e inédito sobre a história contemporânea portuguesa, política mas também mediática. Maria do Carmo Piçarra
Suzana Cavaco Edições Colibri 616 págs. 25 euros
Ana Maria Batista – Beja Taróloga – Método Maya Contacto para marcação de consultas: 968117086 Características do signo
Touro
Os nativos de Touro gostam de estabilidade e de comodidade. São carinhosos e pacientes, mas tendem a ser teimosos e possessivos. Argumentativos e egocêntricos não se dão bem com pressões. Têm força de vontade e sentido de justiça, mas reagem mal às mudanças. Gostam de paz e tranquilidade.
Previsões – Semana de 26 de janeiro a 1 de fevereiro
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Carneiro – (21/3 - 20/4) Neste momento, a principal ambição do nativo Carneiro é alcançar o sucesso profissional, sequência do seu esforço e empenho desenvolvidos, principalmente durante o passado ano. Além dos seus projetos também as relações com os seus amigos e a sociedade em geral estarão beneficiados. A sua maneira de estar na vida tornará essas relações mais criativas, mais interessantes do ponto de vista intelectual através da partilha de ideias livre de convenções ou regras. Andará mais otimista e com vontade de abraçar o mundo.
Balança – (24/9 – 23/10) Vida afetiva harmoniosa. Os nativos comprometidos estarão mais caseiros do que nunca, recolherão ao ninho, calçarão os chinelos e saborearão a verdadeira felicidade doméstica. Os descomprometidos espalharão energia, vitalidade e sedução atraindo com facilidade o interesse do sexo oposto. Os nativos de Balança sentirão, nesta altura, vontade de fazer tudo ao mesmo tempo e deverão aproveitar essa energia para se dedicarem aos seus afazeres profissionais. Ótima fase para praticar exercício físico, esqueça o frio.
h Touro – (21/4 – 21/5) No trabalho estará em harmonia e tranquilidade devido ao momento que atravessa. Altura ideal para fazer planos para o futuro e desenvolver a disciplina e perseverança necessária ao seu êxito. Terá oportunidade de estabelecer contactos com pessoas extraordinárias que o enriquecerão a nível pessoal e intelectual com as suas experiências, educação e personalidade. Estes contactos poderão vir a ser muito importantes no seu futuro devido aos conhecimentos que lhe transmitirão sobre a vida forçando-o a ter horizontes mais alargados.
Filatelia Quinta-feira há novos selos
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bicentenário do nascimento dos compositores Richard Wagner e de Giuseppe Verdi é assinalado na próxima quinta-feira, dia 31, com uma emissão de dois selos, ambos da franquia de E 20g e dois blocos filatélicos (1,50 euros cada) que reproduzem, respetivamente, os rostos dos homenageados e cenas das suas óperas “A Valquíria” e “Falstaff”. O design é do Atelier B2 . Sobre a emissão, permitimo-nos reproduzir o texto da pagela anunciadora da emissão, da autoria de Maria do Céu Novais. Diz-nos a autora que ambos “Partilham o ano de nascimento e um talento magistral que os catapultou para o primeiro plano da história da Música. Não há registo de que alguma vez se tenham cruzado em vida. Mas foram companheiros no tempo e geniais artistas numa Europa romântica, abalada por grandes convulsões políticas e sociais. Richard Wagner e Giuseppe Verdi nasceram em 1813. O primeiro na cidade alemã de Leipzig, no dia 22 de maio. O segundo em Roncole, Itália, a 10 de outubro. Artista completo, de formação autodidata, Wagner foi compositor, diretor de orquestra, poeta e teórico musical. Com os seus ‘dramas musicais’, baseados no conceito de ‘obra de arte total’ (Gesamtkunstwek) − que seria a síntese de todas as linguagens artísticas –, Wagner revolucionou o género da ópera. Escrevia os seus próprios libretos, dotando as obras de uma continuidade dramática em que sobressai o fluir de motivos condutores (Leitmotive), entretecidos num discurso de caráter sinfónico. Verdi, que teve aulas regulares de música, não escrevia os libretos, mas trabalhava em estreita colaboração com os seus libretistas. Apropriou-se dos cânones da tradição italiana para os transformar e inovar, na busca da verdade e do realismo dramáticos. Wagner move-se no universo mítico das lendas medievais de origem escandinava. Já Verdi inspira-se em temas históricos retratados em romances ou peças de teatro.
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Ambos nasceram no seio de famílias humildes, mas os fios do destino cruzaram-se a favor das suas vocações. Na infância de Wagner terá sido determinante o padrasto, ator, pintor e poeta. Por sua influência, despertou cedo para as Artes, em particular para a Literatura, sua primeira paixão. Foi o fascínio pelas obras de Weber e Beethoven que acabou por impor a música na sua vida. Começa a revelar traços da sua forte personalidade musical na ópera ‘O Navio Fantasma’, mas é com a tetratologia ‘O Anel do Nibelungo’ e com a obra ‘Tristão e Isolda’ que o músico alemão definitivamente se impõe. Em ‘A Valquíria’, segunda ópera das quatro que integram o ciclo ‘O Anel’, Wagner trata de questões intemporais, como a busca do amor e a disputa do poder. A personagem principal é Brunnhild, uma das nove valquírias (semideusas, na mitologia nórdica) filhas do deus Wotan. Incentivado a estudar música sob a proteção de um comerciante de Busseto que precocemente se apercebeu do seu talento, Verdi consagra-se como compositor em 1842 com ‘Nabucco’, ópera triunfalmente recebida pela crítica e pelo público. Inicia então um intenso período de trabalho do qual resultam obras de lugar cativo no repertório lírico mundial, como é o caso de ‘Rigoletto’, ‘Il Trovatore’, ‘La Traviata’ e ‘Aïda’. Aos 80 anos compõe aquele que seria o seu último trabalho e também a sua primeira comédia: a ópera ‘Falstaff’, baseada em Shakespeare. Nela são narradas as peripécias do obeso Falstaff, um velho libertino e sedutor, que acaba ele próprio burlado. Este seu ‘canto do cisne’ é tido como uma obra-prima de virtuosismo músico-teatral. Verdi morre em Milão aos 88 anos. Antes, em 1883, na cidade alemã de Bayreuth, Wagner sucumbira a problemas cardíacos, com 70 anos incompletos, no apogeu da sua carreira”. Geada de Sousa
Gémeos – (22/5 – 21/6) Aceite, adapte, recomece, sorria. Nunca como agora terá tantas oportunidades de melhorar a sua vida. No campo amoroso receberá algumas propostas românticas e grandes hipóteses de encontrar a sua alma gémea. Trocará televisão por música. Frequentará exposições, conferências e sentirá necessidade de conviver com pessoas pouco fúteis. Quanto à saúde, andará mais fortalecido e resistente. Cuidado com eventuais problemas com a lei.
j Caranguejo – (22/6 – 22/7) Estará sob a influência positiva de um fluxo de energia que aumentará a sua capacidade de ação. Eficaz, com integridade, tomará iniciativas que exigem antevisão, planeamento e autoconfiança. Alargará o âmbito das suas intervenções e terá maior liberdade de movimentos. Oportunidade para reestruturar e consolidar relações afetivas. Os amores e os amigos ocuparão um lugar de destaque na sua vida e retribuir-lhe-ão o afeto que recebem. Aproveite esta semana para ir ao cinema ou ao teatro.
b Escorpião – (24/10 – 22/11) Harmonize-se com a família, estes afetos alimentam-lhe a alma. Assim, dê-lhe assistência incondicional sem esperar nada em troca a não ser momentos de tranquilidade e harmonia. Criar bom ambiente, além de ser um fator de equilíbrio na sua vida, transmite aos outros uma imagem de si positiva e com boas energias. Boas oportunidades a nível profissional. Sentirá necessidade de se isolar a fim de resolver algo que o preocupa. Evite os excessos alimentares, o seu estômago agradece.
c Sagitário – (23/11 – 21/12) Evite o isolamento e procure a companhia dos outros o mais que puder. Vai passar por uma fase diferente do que tem passado. O seu poder de comunicação estará no máximo e a sua inspiração fará que os outros entendam e aceitem as suas ideias. Prevê-se um otimizar nos seus relacionamentos no aspeto profissional. As suas relações familiares estarão a melhorar e procurará estar com familiares que há muito não vê ou com quem perdeu o contacto. Com o nível de vida e as despesas em ascensão, necessitará de controlar os rendimentos. Esteja atento à superficialidade exagerada de certos relacionamentos que mantém.
d Capricórnio – (22/12 – 20/01) Plenitude será o sentimento dominante esta semana. Amigo fiel e dedicado continuará em grande forma para apoiar quem necessita. Na família será um pilar essencial para todos. Atravessará um período de necessidade de distração e fuga das obrigações do dia a dia. Dedique mais tempo ao lazer. Profissionalmente, conseguirá ultrapassar as dificuldades dos últimos tempos. Faça uma dieta rica em vitaminas e sais minerais.
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Leão – (23/7 – 23/8) Com a autoestima em franca ascensão, estará determinado a ser bem-sucedido em tudo o que fizer. Favorecidos os relacionamentos de amizade e profissionais. Altura para clarificar algumas situações dúbias que deverão ser ultrapassadas devido à facilidade de diálogo com os seus colegas. Aproveite esta oportunidade pois nem sempre a conjuntura é tão favorável. Fase de fácil integração em qualquer ambiente. Na saúde, descontraia com terapias alternativas.
Aquário – (21/1 – 19/2) Nesta semana, o amor é o que mais se destaca. O nativo de Aquário pensa sempre em nome dos outros. É uma pessoa que cultiva a reflexão, a meditação, é uma pessoa pura e alegre. Despreocupado consigo mesmo, intransigente e genial para com os outros, raramente se lembra de si. Vá às compras, presenteie-se, cuide da sua autoestima. A sua força interior e a sua personalidade atingirão um nível elevado. Também a autoconfiança é imprescindível para aproveitar um aspeto favorável esta semana: equilibrar e melhorar as finanças.
l Virgem – (24/8 – 23/9) Atravessa um momento favorável à sua criatividade que lhe dará oportunidade de desenvolver novos projetos profissionais com sucesso. No entanto, e sem razão aparente sentirá alguma ansiedade e nervosismo que deverá contrariar ocupando-se mais de si próprio através de uma alimentação equilibrada e exercício físico. Também deverá aproveitar o acréscimo de atividade que surgirá através dos seus amigos, com novos e excitantes interesses. Romanticamente, poderá iniciar uma fase brilhante e promissora.
f Peixes – (20/2 – 20/3) Sentirá necessidade de clarificar os seus objetivos de vida diante deste novo ano. Deve tentar partilhar ideias e projetos com os seus amigos e colegas através de um saudável convívio. Cuidado com tudo o que envolva documentos contratuais. Faça uma alimentação variada e procure ambientes ao ar livre. Lembre-se de que no caminho que percorremos não recebemos a sabedoria, descobrimo-la depois de um percurso pessoal que ninguém pode fazer por nós, ou poupar-nos a ele.
Diário do Alentejo 25 janeiro 2013
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Yoga do riso para passar a tarde em Vidigueira
Decorre amanhã, sábado, a partir das 16 horas, no Centro Multifacetado de Novas Tecnologias de Vidigueira, uma sessão gratuita de yoga do riso, dinamizada por Maria Cândida dos Santos. O yoga do riso, desenvolvido a partir de 1995 pelo médico indiano Madan Kataria, é uma atividade realizada em grupo, na qual se partilha a alegria de “gargalhar”. Destina-se a pessoas de todas as idades e, mesmo não sendo considerada como terapia, é frequentemente encarada como uma atividade potencialmente terapêutica. Os benefícios são diversos e a vários níveis: fisiológico, psicológico e social.
Fim de semana “Sermão aos peixes” em Serpa
Um casal de sem-abrigo dá voz, diante do público, ao “Sermão de Santo António aos Peixes”, fazendo notar o muito que há ainda de atual neste texto do século XVII, proferido pelo padre António Vieira. É esta, em traços gerais, a trama da peça “Sermão aos Peixes”, que o Trigo Limpo Teatro Acert apresenta hoje, sextafeira, no Cineteatro de Serpa, em duas sessões: pelas 15 horas, para o público escolar; e a partir das 21 e 30 horas, para o público em geral. A produção, encenada e também interpretada por Pompeu José (com Raquel Costa), insere-se na quarta edição do ciclo Novos Palcos, promovido pela companhia de teatro Baal 17.
Luís Saturnino na Adega Raposo em Ervidel Ervidel recebe amanhã, História Oficinas Arranca hoje, sexta-feira, espaço sábado,do maisjazz umano das espaço Noites Decantadas, desta feita na Adega Raposo enoprotagoOficinas, em Aljustrel, o curso livre de iniciação à história do jazz “Jazz de A a Z”. A ação,a nizada pelo fadista Luís Saturnino. O ciclo, com uma programação que contempla que decorrerá até 4 de maio estruturada em oito sessões, sempre às sextas-feiras, é mimúsica, o teatro e a poesia, decorre até 11 de fevereiro, sob a responsabilidade da nistrada por António Branco, dinamizador do Clube de Jazz do Conservatório Regional junta de freguesia local, que assume a responsabilidade de “promover, defender e do Baixo Alentejo. A primeira sessão, 21 e 30 horas, abordará o tema “Dos campos valorizar a cultura do vinho” e, empelas simultâneo, “o desenvolvimento económico, sode algodão a Nova Orleães”. cial e cultural” da terra.
Miguel Ângelo apresenta “Primeiro” em Beja
“A arte torna-nos pessoas melhores”
Serão de Cante Alentejano em Castro Amanhã, sábado, decorre, no Cineteatro Municipal de Castro Verde, mais uma edição da iniciativa Serão de Cante Alentejano, dinamizada pela associação Os Ganhões. Em palco, a partir das 21 e 30 horas, estarão os grupos corais As Estrelas do Alentejo, de Tires, As Camponesas e Os Ganhões, ambos de Castro Verde, o Grupo Coral Alentejano da Amadora e ainda o Violas Campaniças, projeto educativo da escola secundária local. Um evento que, afirmam os promotores, “pretende afirmar e promover o cante alentejano, evidenciando a sua importância como expressão genuína do património imaterial da região”.
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Teatro Municipal Pax Julia será o palco de arranque da digressão de “Primeiro”, o verdadeiro disco inicial da carreira a solo do músico Miguel Ângelo. Um concerto que está agendado para amanhã, sábado, pelas 21 e 30 horas, e que permitirá ao antigo vocalista dos Delfins voltar a uma sala que já conhece de outras andanças e a uma cidade da qual guarda “boas memórias”, como confessou ao “Diário do Alentejo”. “É bom começar a Sul, quando a maior parte das datas são a Norte”, reconheceu, prometendo um espetáculo em que velhos temas dos Delfins “irão conviver saudavelmente com as novas canções”. É que “Primeiro”, sendo de facto o primeiro registo de um percurso a solo – “Timidez”, de 1998, foi apenas “um disco piloto” – não surge de um impulso de rutura com um caminho na música que já leva mais de 25 anos. “Vejo hoje em dia a minha vida como uma timeline única e coerente, em constante progressão, onde cada passo novo só é possível graças ao caminho dos anteriores, de êxitos e de fracassos”, explica. Escritos, compostos e produzidos pelo próprio, os 13 temas de “Primeiro”, introduzidos pelo single “Precioso”, são como tal “muito mais autobiográficos do que nos Delfins”, um universo pessoal que, não deixando de ser um reflexo do mundo exterior, também não pretende reportá-lo de uma forma direta. É também, assumida e honestamente, um disco “otimista”, numa tentativa deliberada de contrariar o clima psicológico geral. “Não tentei fugir a nenhum assunto mas também não senti obrigatoriedade de fazer jornalismo de opinião. Para isso já existem muitos cronistas e opinadores. Acho que qualquer tipo de criação artística deve estar acima disso”, considera. E defende que a fruição da música, e das artes em geral, tem a capacidade, não só de nos tornar “pessoas melhores; melhores gestores, políticos ou amigos”, como representa “uma abertura de porta ou janela que nos convida a agir. E a não ficar parado, na letargia dos dias”. “Primeiro”, que os bejenses conhecerão amanhã em primeiro mão, é parte de uma trilogia que já está em marcha. A pré-produção de “Segundo” já começou, aliás, e o músico confessa que “são tempos como estes” que o “motivam para criar, trabalhar sem parar”. “Foi sempre assim, esta vontade de produzir sem encomenda, sem garantia de nada, de com muito prazer criar e largar canções, de atirá-las contra o vento. E com a felicidade de haver muitas pessoas que continuam a agarrá-las!”, conclui.
Anaquim agora sim em Mértola Parece que vai ser desta. O concerto dos Anaquim em Mértola, cancelado no último sábado devido ao mau tempo, foi reagendado para amanhã, mantendo local e hora: Cineteatro Marques Duque, pelas 21h30. As entradas são gratuitas para o primeiro concerto do ano da banda de Coimbra que está a promover o novo disco, “Desnecessariamente Complicado”. Um álbum, diz-se, “em que a música está mais próxima do rock, embora sem nunca pôr de parte a paleta sonora que antes os caracterizava: o swing, a country, o jazz manouche, o cabaret ou a música portuguesa segundo os mandamentos de Sérgio Godinho ou José Afonso”.
Bedeteca de Beja com novas exposições A Bedeteca de Beja começou o ano com um novo par de exposições, que vão estar patentes até ao final de fevereiro. A primeira, individual, do premiado autor brasileiro André Diniz, dá pelo nome de “O morro da favela e outras histórias” e reúne trabalhos de várias obras, que têm em comum a técnica inspirada na xilogravura e na arte africana. A segunda, coletiva, reúne desenhos de Afonso Ferreira, André Valente, Catarina Gil, Daniela Viçoso, Diogo Campos, Fábio Araújo, Fernando Madeira, Filipe Cardoso, Lucas Marques, Luís Nogueira, Luís Silva, Pedro Horta e Silvestre Francisco (Véte), entre muitos outros, sob o título “Avenida Marginal”. EDGAR KEATS
Diário do Alentejo 25 janeiro 2013
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Os cinco primeiros leitores do “DA” que mostrarem esta edição na bilheteira do Pax Julia recebem entradas grátis. Válido até 30 minutos antes do início do espetáculo.
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Aeroporto de Beja: mau tempo leva ao cancelamento dos voos Beja-Gasparões, Beja-Canhestros e Beja-Vila Azedo. Miguel Ângelo canta em Beja no próximo sábado, o que obrigou a Proteção Civil a colocar a cidade em alerta vermelho. facebook.com/naoconfirmonemdesminto
Autárquicas 2013: candidaturas já começaram a enviar spam para o email dos eleitores É verdade que ainda faltam uns meses para a campanha eleitoral das autárquicas, mas os partidos e movimentos independentes já colocaram as suas candidaturas no terreno. Uma investigação Não confirmo, nem desminto/Exame Informática/Steve Jobs revela que começaram a ser enviados os primeiros emails com spam para os endereços eletrónicos dos eleitores alentejanos. Deixamos-lhe aqui alguns exemplos: “Leia o programa Beja Capital, envie-nos o quiz final e ganhe um ‘Penis enlargement’ – oferta válida para os primeiros cinco questionários totalmente corretos”; “Camarada, acompanha o programa da CDU – oferecemos às primeiras 150 subscrições uma cópia do filme para adultos ‘O Violador Neoliberal’”; “Venha à reunião do PSD Beja – estamos no stand 189 da Feira de Time-Sharing de S. Marcos da Ataboeira”; “Jovem, esperamos o teu contributo para o programa do Bloco – aparece que oferecemos djambés, tofu e djambés feitos de tofu”; “Usa o pullover pelas costas para evitar resfriados? Tem uma coleção de sapatos de vela? Então apareça nas reuniões de preparação do programa eleitoral do CDS/PP em Beja. Não sabia que havia CDS em Beja? Nós também não...”.
Lance Armstrong confessa a Oprah que correu na Volta ao Alentejo dopado com sopas de cação e pão de rala A recente entrevista do americano Lance Armstong causou grande alvoroço no panorama desportivo mundial. O ex-ciclista, em entrevista à Oprah (a Felícia Cabrita dos Estados Unidos), admitiu ter-se dopado através do consumo de substâncias como a EPO, testosterona e até café espanhol. Todavia, houve declarações de Armstrong, às quais tivemos acesso, que ficaram fora da entrevista difundida mundialmente. Reproduzimo-las aqui em primeira mão: “Foi tudo uma grande mentira! Começou numa Volta ao Alentejo há muitos anos... Nessa altura utilizámos um método único que consistia no consumo de substâncias como sopas de cação ou pão de rala. Era muito complicado enfiar um pão de rala num saco de soro e injetá-lo para a veia, mas a verdade é que conseguimos… As pessoas pensavam que porque eu era rápido e ganhava no capítulo da aerodinâmica por ter só um testículo, mas nunca desconfiaram do poder energético da doçaria conventual que injetava 10 vezes ao dia…”, declarou.
Empresário alentejano lança migas com entrecosto instantâneas Depois do ovo estrelado instantâneo patenteado pela Derovo e conseguido com o auxílio do Departamento de Engenharia Mecânica da Universidade do Minho, chegou a vez da gastronomia alentejana entrar no mundo das refeições rápidas. Ao que apurámos, a empresa Cagulo estará a preparar umas migas com entrecosto instantâneas, como nos explicou o seu CEO, Julião Rábano, que já mandou patentear a iguaria: “Tratase de um processo revolucionário! O nosso prato de migas não tem gorduras, não tem hidratos de carbono, não tem corantes, não tem conservantes, não tem alho, não tem banha de porco, não tem pão e não tem entrecosto! Além disso, pode ser comido por bebés e por aqueles esquisitos que não apreciam carne. O produto vem dentro de uma embalagem especial e pode ser confecionado num forno, micro-ondas, com um maçarico ou um lança-chamas…” Segundo informações da companhia, este manjar terá como principais clientes o aeroporto de Beja, o mercado asiático, sempre disposto a inovar, a Associação de Alpinismo de Mombeja, o Instituto de Socorro a Náufragos de Quintos e a própria NASA, que já demonstrou interesse em dar aos seus astronautas, duas vezes por semana, uma refereição caseira. Entretanto, a ASAE anunciou que irá investigar o produto. A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica terá decidido monitorizar este petisco devido aos inúmeros relatos de efeitos secundários, como o albinismo ou a gaguez, e pelo facto de o folheto informativo relativo ao mesmo referir que a refeição poderá “conter vestígios de cartolina, panrico, diluente e pedaços de Belle Dominique.”
Inquérito Uma sondagem recente revela que “94 por cento dos portugueses não acredita na classe política”. Acha que têm motivos para isso?
ANTÓNIO JOSÉ SEGURO, 50 ANOS Pessoa que tem o ar de quem acabou de descobrir que o seu hamster tem leucemia Eu queria dizer aqui, de uma forma muito clara, que os portugueses não têm razões para isso. Eu, ao contrário de outros políticos que só gostam de folhas de Excel e de políticas recessivas, preocupo-me com as pessoas e os seus problemas. Ao contrário daqueles insensíveis do Governo, eu chorei quando vi o “Bambi”. E quero afirmar, de uma forma muito clara, que o PS está pronto para discutir com o Governo o que for necessário. Nós não fugimos, nem inventamos desculpas: estou apenas à espera que o arroz acabe de cozer para ir a São Bento...
ANTÓNIO PIRES DE LIMA, 50 ANOS Pessoa que está com o Governo às terças e quintas, e que está contra o Governo às segundas, quartas e sextas As pessoas têm razão para se sentirem insatisfeitas. Eu já tinha dito que Portugal precisava de uma direita sexy… E, até hoje, não fizemos nada de sexy… Até disse à Assunção Cristas para usar uma saia acima do joelho com duas rachas de lado e evitar as calças que lhe fazem as pernas parecer uns troncos, mas não valeu de nada. Para quando o Nuno Crato com umas lantejoulas e uma blusa bem decotada para realçar os pelos do peito? E o Paulo Macedo com cinto de ligas para realçar aqueles presuntos, pá? Vamos lá, pessoal, ‘bora lá mostrar essa pele e abanar as anquinhas!
MIGUEL RELVAS, 51 ANOS Pessoa que quer vender o Mosteiro dos Jerónimos ao primeiro colombiano e/ou angolano que apresente uma proposta Os portugueses são uns ingratos. Esquecem-se de grandes homens que deram o seu melhor pelo País. Tomara muitos portugueses terem o jeito para os negócios de Dias Loureiro, o talento para escrever letras de hinos partidários do Dias Loureiro, ou a mestria a aparar bigodes do Dias Loureiro. Isto para não falar do Duarte Lima, que é menino para dar boleia a senhoras idosas sem pedir nada em troca! Às vezes sinto que os portugueses têm mas é inveja de mim… Não tenho culpa de ter ganho uma licenciatura na raspadinha!
Nº 1605 (II Série) | 25 janeiro 2013
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quadro de honra O Museu do Relógio, que tem sede em Serpa e um polo em Évora, lançou ontem, 24, o seu primeiro relógio de parede. Uma peça em madeira, construída em articulação com o Museu do Marceneiro, que tem a particularidade de mostrar as 24 horas do dia. Ou seja, o ponteiro das horas dá apenas uma volta completa por dia, ao contrário das duas que estamos habituados. Uma forma diferente de mostrar o tempo, essa grandeza “tão difícil de definir quanto o amor”.
Museu do relógio lança relógio de parede “24 horas”
“No Alentejo o tempo é uma joia por lapidar” o verdadeiro museu… em Serpa!
O Museu do Relógio lançou ontem o seu primeiro relógio de parede. Pode-nos apresentar essa peça?
Desde 2001 que o museu, a pedido de colecionadores e dos “Amigos do Museu”, produz anualmente um relógio mecânico. Desde então, o museu fez 14 relógios de pulso e bolso em homenagem a cidades ou regiões de Portugal. Este ano partimos do conceito individualista do relógio de pulso para o coletivo de um relógio de parede. Foi um projeto de nove meses de investigação, design de peças e componentes, tentativas, montagem e produção dos protótipos. É uma peça ímpar pela sua função de 24 horas – o ponteiro das horas dá uma volta por dia, ao contrário das duas que estamos habituados – num design contemporâneo tal como as tendências atuais por parte das famílias modernas, hotéis, restaurantes ou instituições. É de destacar termos desenvolvido um relógio de parede que não tem som, procurando satisfazer os que se queixam do ruído do “bater as horas” durante a noite! Toda a madeira que faz de “pano de fundo” ao relógio é fruto da parceria com o Museu do Marceneiro, em Évora. O Museu do Relógio abriu, não há muito, um polo em Évora. Serpa estava a tornar-se pequena em demasia para a vossa coleção?
O museu procura “levar o museu a quem não pode ir a Serpa”. Porto, Figueira da Foz, Estoril, Vilamoura e Évora foram algumas anfitriãs, sendo que na última tivemos um fantástico acolhimento. Acabámos por abrir em dezembro 2011. Encontrámos o parceiro “ideal”, a Fundação Inatel, que hoje, para além de nosso “senhorio”, é um fiel parceiro PUB
O que é hoje em dia o Museu do Relógio?
Eugénio Tavares d’Almeida 32 anos, natural de Serpa Estudou num colégio católico interno e formou-se em gestão turística e hoteleira. Após diversas experiências na hotelaria de luxo, que o levaram até ao Dubai, regressou à sua cidade natal, Serpa, em 2006 onde deste então tem procurado dinamizar o Museu do Relógio, que agora também tem um polo em Évora. ativo do nosso humilde mas dinâmico museu! Com esta expansão reforçamos diariamente a marca “Serpa” e com isto estimulamos o fluxo turístico onde está
O museu é a continuação de um legado deixado por um alentejano – António Tavares d’Almeida, 1948-2012 – que por sua conta e risco criou uma coleção ímpar de 2 300 relógios mecânicos desde 1630 até 2012. Reconhecido como o único museu autossustentável em Portugal, sem subsídios ou financiamentos do Estado, autarquia ou empresas, este (sobre)vive fruto da paixão e do imenso esforço diário por parte da família proprietária e dos seus colaboradores. A sua lojinha e a sua oficina de restauro procuram garantir receitas para as elevadas despesas e compromissos. O museu é pró-ativo e procura permanentemente criar parcerias, tendo hoje mais de 40 parceiros. É correto afirmar que a maior riqueza do Alentejo é o tempo, é o uso que se faz do tempo?
Definir o tempo é algo tão difícil como definir o amor! A perceção do tempo não é universal, varia de indivíduo para indivíduo, de cultura para cultura. O tempo não é o mesmo para um adulto, uma criança ou um idoso. O tempo flui de forma diferente na Europa ou na África. Os chineses chegaram a pensar dominar o tempo. Para eles este repetia-se num ciclo sem fim e cada imperador marcava o início de uma Era. Já para os cristãos o tempo é linear, representando o progresso e o caminho para a perfeição. No “nosso” Alentejo o tempo é uma joia por lapidar… alguns valorizam-na outros menosprezam-na! Paulo Barriga
Hoje, sexta-feira, espera-se chuva em toda a região e a temperatura deverá oscilar entre os 11 e os 14 graus centígrados. Amanhã, sábado, o céu apresentar-se-á muito nublado e no domingo prevêem-se aguaceiros.
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“Ribanho” para ver no Centro Multifacetado de Vidigueira A Galeria do Centro Multifacetado de Novas Tecnologias de Vidigueira acolhe, até 16 fevereiro, a exposição de banda desenhada “Ribanho”, com trabalhos publicados na tira homónima, de Luís Afonso (texto) e Carlos Rico (desenho), publicada na última página do “Diário do Alentejo” ao longo de quase uma década. “Ribanho” nasceu no início de 2003, a partir de um convite feito pelo então diretor do jornal. Das duas primeiras letras dos nomes dos autores surgiu o pseudónimo da dupla “luca”, que criavam as personagens em conjunto, dividindo tarefas: Luís escrevia semanalmente os textos e Carlos encarregava-se dos desenhos e da “tradução para alentejano”. Passados quase quatro anos e quase 200 tiras, foi editado o livro, com uma seleção do melhor de “Ribanho”, ordenada por ordem cronológica, até que, em outubro de 2012, a série chegou ao fim. Os autores, numa tentativa de não deixar morrer definitivamente o projeto, estão agora no blog ribanho.blogspot.pt onde, semanalmente, vão publicando todas as tiras da série, por ordem cronológica.
Mértola prepara 7.º Festival Islâmico para maio A Câmara Municipal de Mértola está a finalizar o programa do 7.º Festival Islâmico, evento que decorrerá entre os dias 16 e 19 de maio e que pretende “valorizar e divulgar a herança islâmica da Vila Museu”. Mais do que o souk (mercado) que se instala no centro histórico, diz a autarquia, o festival de 2013 “aposta em projetos culturais como seminários, exposições, concertos, teatro, dança e animação de rua”. O projeto Festival Islâmico de Mértola nasceu em 2001 e desde o início “é uma referência no panorama da animação cultural e turística do concelho de Mértola e de toda a região, assumindo um papel de relevância fundamental na economia local”, acrescenta a câmara, adiantando ainda que “o sucesso da iniciativa desde a primeira edição, e os mais de 50 mil visitantes da última edição, em 2011, motivam, mas também impõem à câmara municipal a enorme responsabilidade de se superar nesta 7.ª edição”.