Ediçao N.º 1607

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Bisca Lambida A opinião política tem quatro naipes pág. 7

Autárquicas CDS-PP apoia Sebastião em Beja Entrevista na pág. 6

Este VALE

€1,20

na Postos BP Beja

Veja como na página 25

SEXTA-FEIRA, 8 FEVEREIRO 2013 | Diretor: Paulo Barriga Ano LXXXI, N.o 1607 (II Série) | Preço: € 0,90

Apenas três das 11 estruturas culturais alentejanas admitidas a concurso recebem apoio

Direção-Geral das Artes não apoia companhias teatrais do Alentejo JOSÉ SERRANO

pág. 12

Em Panoias, para além da água

Há 25 anos que Moura foi elevada a cidade pág. 9

Aljustrel e Lepe juntas em nome da romã pág. 11

Vidigueira alerta para “anomalias” no IP2 pág. 10

Guia sobre o Carnaval no distrito de Beja pág. 30

Panoias já foi sede de concelho. Hoje é mais uma freguesia de Ourique. Com pouco mais de 800 habitantes. Que estão prestes a vencer uma das suas mais antigas batalhas: ter água canalizada a partir da barragem do Monte da Rocha. A segunda, mais renhida, é que os diferentes empreendimentos turísticos para a região saiam do papel. Para que a aldeia recupere o resplendor de outros tempos. págs. 4/5 PUB

As melhores ideias para o Dia dos Namorados pág. 12

Como as crianças veem a arte de Jorge Vieira págs. 16/17


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Editorial Física

Vice-versa “A câmara e o Governo são as duas faces da mesma moeda” e revelam “enorme insensibilidade social” ao demitirem-se de criar um mecanismo financeiro de apoio ao pequeno comércio para aquisição do equipamento necessário para a faturação eletrónica. António Bota, candidato do PS à Câmara Municipal de Almodôvar, citado pela Rádio Voz da Planície

Paulo Barriga

O presidente da Câmara de Almodôvar considerou as acusações à sua atuação “irrealistas e demagógicas” e lembrou que a autarquia se preocupa com os comerciantes do concelho e que “privilegia o comércio local nas suas aquisições”.

E

m física, nas ciências físicas, o cruzamento entre o espaço e o tempo origina um acontecimento. Um “evento”, como agora gostamos muito de dizer. Quando estas duas linhas se cruzam, naquele exato instante e naquele preciso momento, algo irrepetível acontece. Embora não raras vezes, principalmente na atividade humana, o espaço, por si, subentende o tempo. E vice-versa. Vem esta conversa a propósito de um articulado jurídico de 2005, a Lei 46, que regula a limitação dos mandatos autárquicos. O legislador é perfeitamente claro no que se refere à linha do tempo: “O presidente de câmara municipal e o presidente de junta de freguesia só podem ser eleitos para três mandatos consecutivos”. Que é como quem quer dizer: ao fim de 12 anos ininterruptos de governança autárquica, têm de aguardar pelo menos quatro para se poderem tornar a candidatar. Acontece que em Portugal, como sempre costuma acontecer, talvez pelo velho hábito contra censório de ler o fundamental nas entrelinhas, existem verdadeiros peritos da desconstrução semântica. Sendo esta lei de tal forma clara e precisa quanto à sua dimensão temporal, nada reza ela sobre a questão do espaço. Nada refere sobre se o presidente de câmara e o presidente de junta daqui pode, ao fim de três eleições consecutivas, recandidatar-se acolá. Nada diz sobre isso, porque, na verdade, nada sobre isto necessita de dizer. Este é um claro exemplo de sobreposição das linhas temporais e espaciais. O facto de os autarcas nestas condições só poderem ser eleitos para três mandatos subsecutivos subentende, de forma unívoca, clara, inequívoca, toda e qualquer câmara ou junta de freguesia. Não equacionar o problema desta forma dá erro, invariavelmente. Interpretar a lei de forma criativa dá sarilhos, certamente. Em teoria, sou contra a limitação de mandatos. É coisa que cabe ao cuidado de quem vota e não aos tribunais. Em consciência, sou favorável à autorrenovação sistemática dos protagonistas políticos. É coisa que traz mais e melhor democracia. Mas a lei é a lei. A física é a física. E lendo mal a lei, como está a acontecer em Beja com o PS, o PSD e a CDU, podemos levar a política bem para o interior de um dos mais intriga intrigantes e insond sondáveis domín mínios da física sica: o buraco neg negro.

António Sebastião, presidente da Câmara Municipal de Almodôvar, citado pela Rádio Voz da Planície

Fotonotícia Uma avenida à espera de foliões. As últimas intempéries quase que iam acabando com o sonho. Mas o sonho, esse, era mais forte que qualquer vendaval, pelo menos maior do que aquele que arrancou o telhado do ateliê do Carnaval de Sines, e que destruiu os carros alegóricos. Mãos à obra, muitas mãos para erguer de novo um dos maiores acontecimentos e eis que, chegada a altura, a altura do Carnaval, tudo está pronto, inclusive os carros destruídos, para receber os foliões, da terra e forasteiros. Depois, depois da tempestade, diz-se, vem sempre a bonança. BS Foto de Carnaval de Sines

Voz do povo Por que morrem tantas mulheres vítimas de violência doméstica?

Inquérito de José Serrano

Viviane Santana 26 anos, doméstica

Viviane Sobrinho 35 anos, desempregada

Belinda Matias 33 anos, estudante

Teresa Neves 50 anos, ex-professora

Ainda existe muito medo de denunciar. Muitas mulheres não revelam os maus tratos a que são sujeitas, desde o seu início. Receiam pedir ajuda, porque ao acusarem têm pânico de não se sentirem apoiadas, protegidas. E deixam perpetuar a violência durante demasiado tempo. Inevitavelmente o arrastar dessa situação tem muitas vezes desfechos trágicos e irreversíveis.

Permanece a ausência de denunciar o parceiro. Pelos filhos, pela família, por medo, vergonha. Ao mesmo tempo, também a sociedade civil se alheia, fecha os olhos. Poucos são os que participam episódios de maus tratos conhecidos, que não lhe dizem diretamente respeito. “Entre marido e mulher não metas a colher” é, infelizmente, um provérbio que está ainda bem enraizado.

As vítimas de violência doméstica, sejam mulheres, homens, crianças ou idosos, estão muito fragilizadas, são incapazes de se valerem por si só. Precisam sempre do apoio de alguém. Para serem capazes de tomar uma atitude, denunciar. A ajuda do vizinho, de cada um de nós, pode ser preciosa, mas, neste capítulo, as pessoas não gostam de se intrometerem na vida dos outros.

As vítimas não se sentem suficientemente protegidas pela lei vigente. São coagidas pelo medo e muitas vezes o silêncio impera. Porque a sociedade ainda não quis tomar os cuidados necessários para que tal deixasse de acontecer. Pela educação que permanece em não denunciar situações alheias à nossa casa. Estes comportamentos têm que ser socialmente mais penalizados.


Rede social CMM

Semana passada QUARTA-FEIRA, DIA 30 OURIQUE CÂMARA DOA AMBULÂNCIA AOS BOMBEIROS

O lar de idosos em Alcácer do Sal, da autoria do ateliê de arquitetura Aires Mateus, é um dos cinco finalistas do Prémio de Arquitetura Contemporânea da União Europeia/ /Prémio Mies van der Rohe 2013, anunciou a Comissão Europeia. Os outros finalistas são o City Hall, na Bélgica; o parque urbano Superkilen, na Dinamarca; o Harpa – Reykjavik Concert Hall & Conference Centre, na Islândia; e o espaço comercial e cultural Metropol Parasol, em Espanha. O vencedor do prémio e do concorrente distinguido com a menção especial Arquiteto Emergente serão anunciados em maio. Lançado em 1987, o Prémio de Arquitetura Contemporânea da União Europeia/Prémio Mies van der Rohe visa destacar o contributo dos arquitetos europeus para a utilização de novos conceitos e tecnologias no desenvolvimento urbano contemporâneo. O prémio, no valor 60 000 euros, é cofinanciado pelo Programa Cultura da União Europeia e pela Fundação Mies van der Rohe e é atribuído de dois em dois anos. As obras nomeadas são propostas por peritos europeus independentes, por associações do Conselho de Arquitetos da Europa e nacionais de arquitetos, bem como pelo Comité Consultivo do prémio. Para a edição de 2013 foram nomeadas 335 obras de 37 países.

SEXTA-FEIRA, DIA 1 BEJA MORREU O JOVEM BALEADO ALEGADAMENTE PELO PAI O jovem de 14 anos baleado em Beja, alegadamente pelo pai, no dia 27 de janeiro, morreu na sexta-feira, 1, no Hospital de Santa Maria, em Lisboa. Fonte da instituição de saúde revelou à Lusa que o rapaz morreu às 1 e 48 horas, depois de vários dias internado com um “prognóstico reservado”. O jovem e a mãe foram baleados no dia 27, alegadamente pelo pai do rapaz, quando se encontravam na via pública, em Beja. As vítimas foram transportadas para o hospital da cidade, apresentando “um quadro clínico muito grave, na sequência de ferimentos provocados por arma de fogo”, segundo fonte hospitalar. A mãe foi posteriormente transferida para o Hospital de São José e o jovem para o de Santa Maria, ambos em Lisboa. O rapaz encontrava-se internado na Unidade de Cuidados Intensivos Pediátricos (Uciped) do Hospital de Santa Maria.

TERÇA-FEIRA, DIA 5 SANTIAGO DO CACÉM RESPONSÁVEL POR BANCADA QUE CAIU CONDENADO A TRÊS ANOS DE PRISÃO O Tribunal da Relação de Évora confirmou a condenação a três anos de prisão, com pena suspensa, o empresário responsável pela montagem de uma bancada que caiu, em Santiago do Cacém, em 2008, provocando 69 feridos. O arguido foi condenado pelos crimes de infração de regras de construção e de ofensas à integridade física por negligência. Uma pena aplicada pelo Tribunal Judicial de Santiago do Cacém e confirmada na terça-feira pela Relação de Évora. Os factos remontam a 31 de maio, no recinto da Santiagro – XXI Feira Agropecuária e do Cavalo, onde se iria realizar um festival country rodeo.

A Rede de Bibliotecas de Mértola é uma estrutura colaborativa que agrega, neste momento, as bibliotecas e centros de recursos de quatro entidades sediadas no concelho de Mértola, mas está aberta à participação de todas aquelas que pretendam vir a fazê-lo. Tendo em vista o desenvolvimento de um trabalho de parceria e rentabilização de recursos, que permita prestar um serviço, simultaneamente, mais eficiente e mais eficaz à comunidade que serve, o trabalho da rede orienta-se no sentido do cumprimento dos seguintes objetivos: constituir e manter on line um catálogo coletivo, que inclui os registos dos documentos existentes em todas as bibliotecas aderentes. Este catálogo permite, a partir de uma única pesquisa, localizar documentos nas diversas bibliotecas da rede; potencializar os recursos documentais existentes, seja através de uma ação concertada de aquisições e do empréstimo interbibliotecas, seja através da criação e disponibilização de novas formas de acesso; desenvolver um trabalho concertado, no sentido da divulgação dos recursos existentes, dentro e fora do concelho, bem como promover a sua utilização, de modo a contribuir para o desenvolvimento cultural e social da comunidade.

O edifício sede da empresa municipal Lógica, de Moura, com “zero emissões” e um sistema de aproveitamento energético integrado, foi inaugurado no dia 1, no âmbito do programa comemorativo dos 25 anos da elevação de Moura a cidade. CMSC

O que é a Rede de Bibliotecas de Mértola, apresentada recentemente, e quais são os seus principais objetivos?

Lógica tem instalações “zero emissões”

O 104.º aniversário de Celestina Assunção Celestina Assunção comemorou104 anos, sendo a munícipe mais idosa do concelho de Santiago do Cacém. Doméstica, trabalhou na agricultura, ajudou o marido na pesca e criou cinco filhos, todos ainda vivos. CMA

ALCÁCER DO SAL LAR DE IDOSOS ENTRE FINALISTAS DO PRÉMIO DE ARQUITETURA CONTEMPORÂNEA DA EU

Responsável pela Biblioteca Municipal de Mértola

A romã e o seu potencial Auditório cheio no colóquio “Desafios para a agricultura portuguesa, o caso da romã”, que juntou portugueses e espanhóis em Aljustrel e que ficou marcado pela criação de duas empresas de nome Ibergranatum, de capitais dos dois lados da fronteira. CMM

QUINTA-FEIRA, DIA 31

3 perguntas a Isabel Martins

Quem são os parceiros da rede?

A rede conta neste momento com cinco bibliotecas/centros de recursos: duas pertencentes ao Agrupamento de Escolas de Mértola (Centro de recursos/Biblioteca Aurélio Frazão Saragoça e Centro de Recursos/ /Biblioteca da Escola EB1 de Mértola); o Centro de Recursos em Conhecimento, da Associação de Defesa do Património de Mértola; a Biblioteca do Campo Arqueológico de Mértola; e a Biblioteca Municipal.

“Vamos dar a volta ao poejo” A erva aromática poejo serviu de inspiração num workshop de artes plásticas ministrado por Nádia Torres, no âmbito da iniciativa Arte Non Stop e do 10. º Aniversário da Casa das Artes Mário Elias, eventos a decorrer em Mértola até ao próximo dia 13. DR

A Câmara de Ourique doou à Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários do concelho uma ambulância, que tinha comprado à Junta de Freguesia de Panoias, a qual, “por impedimento legal”, não a podia usar para transportar doentes. “Com o esforço e o contributo da população”, a Junta de Freguesia de Panoias tinha comprado a ambulância, mas, “por impedimento legal de efetuar o transporte de doentes”, colocou-a à venda, explica o município, que tomou a iniciativa de comprar a ambulância por 10 mil euros. Desta forma, a ambulância, que, “sem a intervenção da autarquia, estava em risco de sair do concelho”, vai continuar em Ourique, “servindo as necessidades dos que mais precisam”, frisa o município.

Que tipo de informação é disponibilizada no portal que lhe está associado?

No portal, para além das informações relativas à constituição da rede, podem ser encontradas informações sobre as mais recentes aquisições e as atividades programadas. O acesso ao catálogo (que permite a pesquisa na rede e em cada uma das bibliotecas) é, também, possível a partir daí. Mas nada como passar por lá, para se ficar a conhecer melhor aquilo que oferecemos. Está disponível em http:// www.rbmertola.pt. Nélia Pedrosa

Novos ritmos que combinam com o amor “Ritmos com sensualidade” foi uma das propostas da Câmara de Beja no arranque das comemorações de “Fevereiro, o mês do amor”. Uma aula de zumba orientada por Célia Ricardo, numa organização da divisão de Desporto em parceria com o Ginásio Corpus.

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Panoias

Se conseguissem fazer os hotéis e o golfe, isso daria emprego a muita gente e, inclusive, conseguiria trazer gente para cá. Carlos Guerreiro

Mais de 800 pessoas habitam Panoias

Depois da água, a espera pelos projetos turísticos

É

no cimo de um monte que se encontra Panoias. Até lá, os campos pintam-se maioritariamente de verde, embora os malmequeres já os salpiquem, e ainda nem chegou a primavera. Na estrada seguem os que procuram a localidade, a barragem do Monte da Rocha ou a direção de Garvão. Em sentido contrário, os viajantes seguem as indicações para Odemira, Aljustrel, Lisboa. E é lá, no cimo do monte, onde se instalou a freguesia de Panoias, que tudo isto se vê. E, claro, a planície a perder de vista. A povoação está a 19 quilómetros de Ourique, concelho a que pertence. “Não estamos longe, nem perto. Estamos aqui bem”, diz um dos transeuntes, sem tempo para mais conversas. As caravanas, rumo à barragem do Monte da Rocha, continuam a passar. “Chegam a juntar-se lá mais de 20. Tudo estrangeiros. Adoram aquilo”, diz António Rosa, nado e criado em Panoias, embora, para si, não encontre grande entretenga na barragem. “Nunca soube amarrar sequer um anzol. Pesca não é para mim. Entretenho-me aqui nestes banquinhos, jogando conversa fora. Outras vezes ocupo-me com as cartas e com o dominó. A minha grande paixão é o futebol”. E é da barragem que chegam as boas notícias. Vai avançar a obra de construção do abastecimento de água à freguesia, que servirá também Garvão, localidade vizinha. Tudo a partir do Monte da Rocha. “Fazia cá falta e não é só de agora”, comenta António Rosa. Carlos Guerreiro, habitante da terra, por sua vez, completa: “É

Panoias já foi em tempos sede de concelho. Hoje é uma freguesia do concelho de Ourique, que conta com mais de 800 habitantes. Uma das batalhas da freguesia está ganha. O abastecimento de água a partir da barragem do Monte da Rocha vai avançar. Falta, contudo, segundo a população, que os empreendimentos turísticos saiam do papel. Para que as potencialidades sejam aproveitadas. Para fixar os filhos da terra e para atrair, se possível, mais gente. Texto Bruna Soares Fotos José Serrano

uma obra essencial. Estamos a quatro quilómetros da barragem e já devia cá estar há mais tempo. Está com uns 50 anos de atraso. Panoias é abastecida por furos. Apaga-se a luz e não há água”. Para os habitantes, porém, a Panoias faltam mais coisas. “Temos um comércio fraco. Há bastantes anos que anunciaram o empreendimento turístico para a Arrábida [sítio do concelho de Ourique que fica a poucos quilómetros da freguesia], mas até agora nada saiu do papel. Se conseguissem fazer os hotéis e o golfe, isso daria emprego a muita gente e, inclusive, conseguiria trazer gente para cá. O parque de campismo da barragem também está feito, mas nunca abriu. São estas coisas que podiam dar vida a Panoias”, considera Carlos Guerreiro. E foi, precisamente, o anúncio de instalação de unidades turísticas no concelho

e próximas de Panoias que fez João Maria Mestre, barbeiro, regressar à terra natal. É no seu estabelecimento, entre uma tesourada e outra, que pega na conversa: “Estou em Panoias por ‘engano’. Estive fora durante muito tempo. Foram as promessas de um grande projeto aqui na Arrábida, que envolvia hotéis, campos de golfe, que me fizeram regressar. Não estava satisfeito no Algarve e, quando soube que esse projeto estava em andamento, decidi regressar. Acontece que esse projeto está como os outros, em banho-maria”. João Mestre, que divide a sua paixão entre a barbearia, o rock e o futebol, garante que “não é fácil ter um estabelecimento aberto em Panoias”. “Se não fossem os clientes que me procuram, vindos de fora, a situação tornava-se ainda mais complicada”, diz. Mantém-se porque, garante, continua a estar à altura do

que a “malta” lhe solicita. Na rua, que ao fundo tem o pelado de futebol e no topo uma padaria, continuam a passar de bicicleta os poucos que se encontram. Na barbearia de João Maria ouve-se AC/DC. Fábio, cliente, olha para o espelho e aprova o trabalho do barbeiro. “Para indivíduos como eu, com ideias, era maravilhoso aproveitarem-se as potencialidades desta terra”, comenta. Mais uma tesourada e o cabelo de Fábio está quase pronto, sem pressa, que a arte, essa, “não tem tempo”. Numa outra esquina, Maria Amaro vê o movimento que passa. Está quase na hora de almoço e a esta hora, garante, sempre há mais movimento nas ruas. “É hora das crianças saírem da escola e sempre se avista mais povo”. Maria Amaro, de bata envergada, porque “os afazeres nunca a deixam”, conclui: “É um bom cantinho para viver. Sinto-me aqui bem”. E o jovens? “Ou saíram do turno da mina, ou estão na mina a trabalhar”, diz. A maioria da população jovem está, na verdade, empregada em Castro Verde e Aljustrel. Na sua bicicleta, que parece ser o transporte preferido dos homens da terra, por tantas que se avistam, chega Francisco Martins. “Notam-se muitas diferenças. Isto está muito melhor. Antigamente as ruas eram de terra batida, agora está aqui tudo alcatroado, está uma maravilha. Uma boa pista de circulação”. Francisco enumera ainda os vários locais a visitar. Pelas suas contas Panoias contabiliza: “Dois jardins, igreja, Casa do Povo, para não falar do resto”. É que, segundo o povo, “esta é uma terra bonita de se ver”.


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Luís Martins Presidente da Junta de Freguesia de Panoias

Vai avançar na freguesia o abastecimento de água a partir da barragem do Monte da Rocha. Esta era uma obra há muito reivindicada…

É verdade, há muito mesmo. É uma obra essencial para a freguesia, que, deveria, inclusive, ter sido prioritária. Chega com uns bons anos de atraso, mas, neste momento, o que importa é que finalmente vai avançar. Deverá estar concluída em setembro. E quanto aos projetos turísticos que estavam previstos?

Refere-se ao projeto turístico previsto para a Arrábida. Essa é outra das obras há muito esperada pela população, contudo, sem previsão de conclusão. As obras iniciam e param. Tem sido assim. Esperamos, no entanto, que o processo tome outro rumo. É uma obra determinante para o desenvolvimento da freguesia e, consequentemente, para o desenvolvimento do concelho de Ourique. Por onde passa o futuro de Panoias?

Passa, sobretudo, pela conclusão do projeto atrás referido. Só ele poderá ajudar a fixar a população e, até, ajudar a atrair mais gente. O projeto é crucial para o desenvolvimento de Panoias, sem ele torna-se difícil. Como pode beneficiar a freguesia da proximidade à barragem do Monte da Rocha?

A barragem do Monte da Rocha tem inúmeras potencialidades que poderiam ser aproveitadas em benefício deste território. É um lugar de excelência, que, sem dúvida, deveria ser melhor aproveitado. Para além dos portugueses, são muitos os cidadãos de nacionalidade estrangeira que a procuram e que ficam maravilhados com a sua beleza.

Água a partir da barragem do Monte da Rocha A Câmara Municipal de Ourique e a Águas Públicas do Alentejo procederam ao ato público de consignação da empreitada da obra de construção do abastecimento de água às freguesias de Panoias e Garvão, a partir da barragem do Monte da Rocha. A obra, segundo a autarquia, “permite o abastecimento a partir da albufeira e é há muito desejada pelas populações”. Deverá estar concluída em setembro e inclui a construção de duas condutas elevatórias, num total de 11 quilómetros de extensão, e um reservatório em Panoias com um volume de 200 metros cúbicos.

“Noiva de Panoias” Encontra-se ligada à freguesia uma tradição do Baixo Alentejo. Trata-se da “noiva de Panoias”. Chama-se “noiva de Panoias” à mulher que demora muito tempo a aprontar-se, para depois aparecer mal vestida e desarranjada. Conta a lenda que é em honra de uma mulher da terra, que demorou a aprontar-se três dias e três noites para a cerimónia, chegando embrulhada numa esteira.

E o parque de campismo que estava para abrir na barragem?

Também está, infelizmente, parado. São muitos os caravanistas que procuram a barragem, mas a infraestrutura não está ao dispor. Também poderia atrair mais turistas, que, talvez, pudessem depois visitar os locais de proximidade. Neste momento, os caravanistas acabam por ficar junto à albufeira, dão os seus passeios em bicicleta e pouco mais. Não são muitos os que chegam a Panoias. Quais são as principais dificuldades da freguesia?

Panoias não é exceção. Passa-se aqui o mesmo que se passa em todas as freguesias rurais do Alentejo. Conta com uma população envelhecida e com poucos jovens. A desertificação é uma realidade. Não havendo postos de trabalho, é difícil fixar a população. É preciso olhar para o interior com mais atenção, porque ele tem sido esquecido, sempre. Com quantos habitantes conta Panoias?

Cerca de 800, segundo o último Censos. Perdeu população, à semelhança do que se passa em outros locais, como disse. Se até as cidades perdem população, quanto mais uma freguesia rural.

Património, festas e romarias Panoias conta com a Igreja Matriz, com a Igreja de São Romão (lugar que pertence à freguesia), com o chamado Buraco dos Mouras e Mina do Moutinho. A barragem do Monte da Rocha também é outro dos locais de interesse turístico. A beleza da albufeira atrai centenas de visitantes ao longo do ano, sendo comum encontrar-se nas suas margens diversos caravanistas que escolhem o local para passar alguns dias. A feira anual chega em julho e as festas da freguesia chegam no mesmo mês, atraindo filhos da terra e forasteiros.


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Beja é uma cidade mais feia, menos apetecível para as pessoas virem para cá morar, porque a cidade se tem degradado, assim como o nível de vida”.

Autárquicas2013

Líder distrital dos populares diz-se “dececionado” com executivo bejense

CDS-PP teme penalização nas Autárquicas por estar no Governo O CDS-PP elegeu dois autarcas nas últimas eleições locais. Um para a de Beja. Uma vez que, na capital, a corrida à câmara será conjunta com o Assembleia Municipal de Odemira, outro para a de Alvito. Em 2013, um PSD, na lista encabeçada por António Sebastião. Uma candidatura “forte” bom resultado para os populares seria eleger um terceiro. Quem o diz é contra a “dececionante” gestão do PS. Mas uma candidatura que não esLuís D’Argent, líder distrital do CDS-PP que subscreve a possibilidade de tenderá a passadeira vermelha à CDU. o seu partido concorrer de forma autónoma a dois concelhos do distrito Quanto vale o CDS-PP a nível distrital?

Vale, certamente, muito mais do que aquilo que os números das últimas eleições traduzem. Nas últimas autárquicas tivemos um resultado muito inferior àquilo que esperávamos. Foram umas eleições muito disputadas, nomeadamente em Beja. As pessoas estavam um bocado fartas… e desejavam mudança. E a maneira mais rápida e fácil de mudar, para algumas pessoas do CDS-PP, foi votar em Pulido Valente. Votaram no PS e julgo que isso contribuiu para que o CDS, sem querer, também ajudasse a eleger o atual presidente da Câmara de Beja. O CDS-PP vai apresentar autonomamente algum candidato aqui na região?

Ainda estamos em negociações mas é possível que apresentemos dois candidatos autonomamente. Ainda é cedo para dizer as localidades porque estamos em negociações, mas é possível que apresentemos dois candidatos autónomos. Os partidos que estão no Governo podem vir a ser penalizados nestas eleições?

câmaras do país, das mais desendividadas. Ali, o progresso nos últimos 40 anos é visível. É uma câmara exemplar, mas apesar disso não temos uma verdadeira implantação autárquica, coisa que eu espero que venha a aumentar pelo menos aqui no distrito de Beja. Neste momento, temos dois autarcas eleitos em todo o distrito. A Joana Figueira, na Assembleia Municipal de Odemira, e o Nuno Bon de Sousa, em Alvito. O que seria um bom resultado para o CDS nestas eleições?

Eleger mais um autarca já era muito bom para nós, apesar de, possivelmente, virmos a ser penalizados por estar no Governo. Numa recente entrevista a uma rádio local foi muito duro em relação ao mandato do Jorge Pulido Valente na câmara de Beja. “Dececionante” foi a palavra que utilizou mais vezes. O que o fez mudar de opinião em relação a este executivo?

Texto Paulo Barriga Foto José Serrano

Continuo tolerante em relação a Jorge Pulido Valente, o que não impede que tenha ficado dececionado. O grau de expectativas que alimentava relativamente a este novo elenco camarário era grande e isso aumentou um bocadinho o meu nível de exigência e daí também a deceção ter sido um pouco maior. O que é que o dececionou mais?

Foi o esquecimento em relação aos munícipes. As câmaras, e não apenas esta, normalmente esquecem-se de uma coisa básica: os seus próprios munícipes. Em Beja, nos últimos 40 anos, perdemos qualidade de vida. Beja é uma cidade mais feia, menos apetecível para as pessoas virem para cá morar, porque a cidade se tem degradado, assim como o nível de vida. Tem-se pensado pouco nos munícipes. Pensa-se em promover empresas, em promover a região e essas coisas todas. Mas há organizações e entidades que são especializadas nisso e a Câmara tem tentado ocupar um bocadinho o lugar dessas entidades, esquece-se do principal, que são os munícipes.

Penso que sim! Podem vir a ser bastante penalizados porque têm feito uma governação dura, mas necessária, porque a situação do País assim o exige. Este tipo de reformas traz sempre penalizações. Creio que, depois do 25 de Abril, não houve nenhum governo que tivesse de tomar medidas tão difíceis e impopulares como este. Mas espero que isso também sirva para as pessoas valorizarem alguma coragem que este Governo teve para tomar algumas medidas que, sendo impopulares, eram certamente necessárias.

Está a falar do movimento associativo?

Estas eleições locais podem ser encaradas como uma espécie de “primárias” para as legislativas?

Só agora tornámos oficial o apoio ao candidato António Sebastião. Considero que é uma boa aposta, uma aposta ganhadora. Almodôvar, de onde provém António Sebastião, é uma das tais câmaras onde há trabalho feito. É uma câmara que tem um bom nível de endividamento. É uma câmara que apresenta bons resultados. Acredito que António Sebastião é uma pessoa com capacidade para ajudar a desenvolver a cidade de Beja. E a olhar para os munícipes.

Não creio. As pessoas têm uma tendência para, em eleições intermédias, como é o caso, penalizar e dar o seu voto de castigo a quem está no governo. Nada mais do que isso. O CDS-PP não é propriamente um partido de “vocação” autárquica…

É verdade. Apesar de o único autarca que temos ser exemplar. Ponte de Lima é uma das melhores

Estou a falar de todo o movimento associativo, certamente, que estava preparadíssimo para desempenhar as suas funções a todos os níveis. Este é um dos males que vejo em quase todos os municípios. Não é exclusivo da Câmara de Beja, mas verifico que em Beja isso tem acontecido particularmente. Acredita que a candidatura que o CDS vai apresentar em conjunto com o PSD à câmara de Beja, a candidatura de António Sebastião, pode retirar a autarquia ao PS, como afirmou recentemente?

Percebe que uma candidatura forte da direita, nomeadamente uma coligação entre o CDS e o PSD, pode estender uma passadeira vermelha para a CDU voltar à câmara de Beja?

Não acho isso, de todo. E não acho que a CDU esteja em muito boas condições para voltar à câmara de Beja. Apesar do trabalho do atual presidente ter dececionado, aprecio mais o trabalho feito recentemente do que em anteriores mandatos da CDU. Já o ouvi elogiar fortemente o João Rocha, por exemplo. Acha que era um bom candidato à Câmara de Beja?

Vou-lhe elogiar aqui dois autarcas da CDU com alguma veemência: o Manuel Narra, em Vidigueira, e o António Tereno, em Barrancos… Mas esses dois autarcas não são contas deste rosário…

O elogio que falava atrás veio no seguimento de uma pergunta comparativa entre o João Rocha e o Pós-de-Mina. À qual respondi que apreciava muito mais o trabalho feito por João Rocha, em Serpa, do que a prestação de Pós-de-Mina, em Moura. Também disse nessa mesma entrevista que temos de nos perguntar não onde estamos, mas onde poderíamos estar. E acho que Serpa estará melhor classificada no ranking da qualidade de vida. Os três candidatos que se perfilam a Beja estão no limite de mandatos. Caso o juiz, que receber estas candidaturas, decida que nenhum deles está em condições de concorrer, como é que se descalça esta bota?

Como se descalçam todas as botas em democracia. Não há pessoas insubstituíveis. Mas se o juiz não aceitar as listas terá de haver uma justificação e eu penso que terá de haver um parecer do tribunal antes, que permita as pessoas terem alternativas, que não seja no último dia quando se entregarem as listas. Tem de haver pareceres do tribunal com alguma antecedência. Apesar de a posição oficial do meu partido ser contrária à minha, acho que a democracia e as cidades têm muito a perder com alguns presidentes de câmara que não se podem recandidatar. Mas aceito perfeitamente as regras do jogo.


Que papel pode desempenhar uma candidatura independente na eleição da Câmara de Beja?

07 Diário do Alentejo 8 fevereiro 2013

A partir de hoje, e até ao rescaldo das eleições do outono, o “DA” propõe semanalmente aos seus leitores uma aguerrida partida de “bisca lambida”. Jogatana de opiniões entre quatro colunistas de reconhecido valor. Sem bluffs, nem cartas na manga, as Autárquicas aqui estão em cima da mesa. Às claras.

Bisca Lambida

“Muitos dos movimentos que surgem em época eleitoral nada têm de independente”

“Um fator de divisão que poderá contribuir para gerar mais ruído”

A

Carta – valete de copas

Carta – dama de copas

João Machado

João Espinho

participação de movimentos de cidadãos nos processos eleitorais enriquece a democracia e pode tornar o debate eleitoral mais profundo, pois alarga o leque dos intervenientes que, seguramente, trazem um novo conjunto de posições políticas, de novas ideias, de novas propostas de solução para os problemas que assolam as populações. É saudável o surgimento de movimentos de cidadãos no processo eleitoral autárquico e só se lamenta que o artigo 151.º da Constituição da República não permita que estes movimentos concorram às eleições legislativas, onde as candidaturas “são apresentadas pelos partidos políticos, isoladamente ou em coligação, podendo as listas integrar cidadãos não inscritos nos respetivos partidos”. Como repararam, ainda não falei em candidaturas independentes. A razão é simples: muitos dos movimentos que surgem em época eleitoral nada têm de independentes, afirmando-se, sim, contra os partidos e muito dependentes da política do “ser contra” o que, na maior parte das vezes, acaba por aniquilar a mais-valia que seria a sua participação verdadeiramente independente nos atos eleitorais. Também se tem verificado que muitos dos movimentos independentes são agremiações de ex-qualquer coisa: ex-militantes de partidos, ex- autarcas, ex-candidatos, ex- etc… Em Beja tem sido muito reduzida a participação de candidaturas independentes nas ais recente (2009), eleições autárquicas. A mais endente, morreu a Força Autárquica Independente, como nasceu. Sem fôlego,, sem ideias, sem… futuro. ões está já Para as próximas eleições anunciada a participação de um moue se autovimento independente que ributo para promove como um “contributo reforçar a identidade de Beja e apontar os seus principais desígnios”. Ora isto, para oss ouvidos dos eleitores, soa a música gasta, pelo que se espera a publicação de um programa sólido e a apre-sentação dos candidatos aoss os diferentes órgãos autárquicos vipara se perceber se este movitomento vai mexer com o eleito-se rado e, assim, intrometer-se tre na tradicional disputa entre socialistas e comunistas. De qualquer forma, repito, eser tas candidaturas podem ser uma mais-valia. Assim o desejamos.

forças políticas existem pessoas válidas, que sentem e percebem Beja.

É

extremamente importante no universo da política em Portugal, e mais concretamente no que se refere às autarquias, ver surgir candidaturas independentes que nascem de sentimentos diversos e de aspirações de mudança em relação às estratégias de desenvolvimento atuais. No entanto, do meu ponto de vista, a democracia em Portugal está ferida de morte pelos ataques constantes a que assistimos nos últimos tempos. No que se refere ao poder local, a recente promulgação da Lei da Reorganização Administrativa das Freguesias, por parte do senhor Presidente da República, coloca graves condicionalismos ao exercício do poder democrático na medida em que gera assimetrias cada vez maiores. O período eleitoral autárquico de 2013 ficará marcado definitivamente por esta situação, pois irá alterar o figurino territorial das freguesias e criará certamente algumas surpresas que ninguém hoje sequer vislumbra. Concretamente no que diz respeito à candidatura independente que teve origem na nossa cidade de Beja, penso que a mesma não será benéfica, nem para a esquerda, nem para a direita. Será um fator de divisão que poderá contribuir para gerar mais ruído numa população alheada, cada vez mais, da política e de todos os seus protagonistas. Em todo o caso, gostaria de ver novos rostos na cidade e que se aproveitassem os m todas as conhecimentos que têm, pois em

“A condição de independente não é um valor absoluto” Sérgio Fernandes

A

inda antes da primeira vaza, vão os primeiros carateres para agradecer o honroso convite do Paulo Barriga para esta “bisca lambida”. Aprecio um bom jogo de cartas, sobretudo porque a um bom jogo de cartas estão invariavelmente associados momentos de convívio e descontração. Foi, pois, sem qualquer hesitação e com enorme prazer que aceitei este desafio, tanto ou mais estimulante quanto os reconhecidos méritos dos parceiros de ‘jogatana’. Mas vamos à bisca… Para começo de conversa devo dizer que não comungo da ideia, frequentemente propalada, que pretende apresentar a condição de independente como um valor absoluto. Como se essa condição encerrasse em si mesma todo um programa eleitoral, necessariamente virtuoso, ou fosse garantia suficiente e bastante para uma candidatura politicamente esterilizada. Ideia que é alimentada por contraponto às candidaturas suportadas por partidos políticos, contaminadas de todos os males. Não, quando a mão é puxada a esse naipe, não assisto. Mais, não creio que alguém possa ser verdadeiramente independente. Ninguém é independente do seu passado, das suas experiências, das suas convicções e valores. Dito isto, é difícil avaliar, em abstrato, o potencial impacto de uma candidatura independente, dissociada de um rosto e de um projeto.

Ainda assim, arrisco que o seu sucesso tenderá a ser tanto maior quanto a credibilidade que consiga transmitir ao eleitorado, a capacidade para mobilizar os abstencionistas e congregar a relutância e a eventual desilusão de franjas de eleitorado, exteriores ao núcleo duro não militante, das restantes candidaturas. Mas, não serão estes os desafios que se colocam a qualquer candidatura?... Carta – valete de copas

“O mérito de agitar, de destabilizar algum comodismo fomentado pelos partidos tradicionais” Luís Miguel Ricardo

U

ma candidatura independente, por gozar do efeito-surpresa, tem o mérito de agitar, de destabilizar algum comodismo fomentado pelos partidos tradicionais, e despertar a curiosidade das pessoas. Quer-se saber a origem, conhecer os rostos e as ideias que a fundamentam. Os especialistas em rotulagens começam por lhe procurar uma etiqueta. Uns, porque conhecem o “Manel” ou a “Joana” que estão ou estiveram ligados ao partido “a” ou “b” posicionam-na num dos flancos da “barricada eleitoral” e identificam-lhe os potenciais aliados e opositores. Mas depois surgem outros, que não conhecendo o “Manel” nem a “Joana”, conhecem o “João” ou a “Manuela”, a quem são atribuídas conotações com os particolo dos “c” e “d”, e colocam-na no lado oposto ao ocupado anteriorm anteriormente e permutam-lhe os aliados e os oposito opositores. Posteriorment e porque uma candiPosteriormente, datura independ independente deve ser alicerçada em pessoas sem “coleiras” partidárias e em ideias não agrilhoadas ag a qualquer sistema ideológico, o exercício da cidadania ativa sai enrique enriquecido. São mais pessoas a refletir, a apresentar ideias, a aventar propostas, pro a investir no municíp nicípio. Mais hipóteses e mais solu soluções para o progresso do cconcelho. Em suma, o principal papel que uma candidatura independente pode tter na eleição da câmara ser será o de trazer para o “palco das de decisões” novas ideias e novas pessoas, pe que afastadas das picard picardias quotidianas das principais forças políticas da região, podem contribuir para uma melhor e maior participação cívica dos bejenses. be Carta – ás de espadas


Por fim, Ricardo Colaço candidato a Almodôvar

Diário do Alentejo 8 fevereiro 2013

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Depois de gerada a confusão dentro do PSD quanto ao candidato à Câmara de Almodôvar, com pelo menos quatro nomes a perfilarem-se, eis que a distrital laranja veio confirmar Ricardo Colaço como candidato à sucessão de António Sebastião. Colaço, que é o atual presidente da Junta de Freguesia de Almodôvar e da concelhia do PSD, já se tinha autoproposto ao lugar, o que criou um certo embaraço à estrutura regional do partido.

Almodôvar

PS inicia “ataque” à Câmara

A

inda mal anunciado como candidato do PS à Câmara de Almodôvar, António Bota abriu a frente eleitoral desferindo um violento ataque contra o atual executivo PSD e contra o Governo. Botas, citado pela Rádio Voz da Planície, referiu que “a câmara e o Governo são as duas faces da mesma moeda”. Dando a entender que a estratégia política dos socialistas para estas eleições em Almodôvar passará muito pela vinculação da gestão autárquica local às medidas impopulares do Governo. Num edital por si distribuído junto da população almodovarense, António Botas refere que a câmara se está a afastar das pessoas e que

está a revelar uma “enorme insensibilidade social”, quando não apoia o pequeno comércio na aquisição dos equipamentos eletrónicos necessários à faturação eletrónica, recentemente exigida por lei. O ainda presidente da autarquia, António Sebastião, que está a ser apoiado pelo PSD e pelo CDS-PP no concurso à Câmara de Beja, diz que António Bota não conhece a realidade do concelho nem as atividades da autarquia no apoio ao pequeno comércio e que as palavras do candidato socialista são “irrealistas e demagógicas”. Está lançada a campanha em Almodôvar, a cerca de oito meses das eleições locais.

Cuba

A terceira vez de João Português

175 000 É o número de pessoas

C

ostuma dizer-se que não há duas sem três e, neste caso, é mesmo verdade. João Português, que ficou a escassas dezenas de votos de vencer a Câmara de Cuba em 2009, é novamente a aposta da CDU naquele concelho. Sempre que se apresentou contra Francisco Orelha, que não se pode recandidatar em função da lei de limitação de mandatos, perdeu. Mas agora, com

alcançadas pelo Facebook

Odemira

do “Diário do Alentejo” durante

PSD já tem candidato

a última semana. A nossa página eletrónica tem mais de um milhão de visitas. A edição impressa continua a ser líder de audiências com 76 por cento dos leitores de jornais regionais

o avanço de Ana Raquel Soudo, pelo PS, a CDU vê aqui uma janela de oportunidade para reconquistar a autarquia cubense. João Português é casado, tem dois filhos e é doutorado em globalização e exclusão social. É vereador da CDU na Câmara Municipal de Cuba, é membro da comissão concelhia de Cuba do PCP e presidente da Associação Humanitária dos Bombeiros de Cuba.

J

osé Francisco Silva, agricultor de 42 anos, é novamente o candidato do Partido Social Democrata à câmara de Odemira. Num concelho que é liderado pelo PS desde 1997, José Francisco Silva terá pela frente uma tarefa gigantesca para se fazer eleger. José Francisco Silva é natural de Odemira, regente

no Baixo Alentejo.

agrícola e presidente da Associação de Beneficiários do Mira. Tudo leva a querer que o atual presidente da autarquia, José Alberto Guerreiro, se venha a recandidatar pelo PS. Odemira é um dos concelhos onde a CDU mantém o tabu quanto ao candidato a apresentar nas eleições do outono.

Grândola

PS ainda não tem candidato

A

www.diariodoalentejo.pt facebook.com/diariodoalentejo

níbal Cordeiro, ex-vice presidente de Carlos Beato, anunciou a candidatura como independente à Câmara de Grândola, confirmou o mesmo ao sítio “Setúbal na Rede”, mas a comissão política concelhia do PS impugnou a decisão da distrital do partido que, na semana passada, decidiu apoiar Ricardo Campaniço, engenheiro técnico agrícola, com experiência autárquica como membro da assembleia municipal e adjunto de Carlos Beato. Desde que, em setembro do ano passado, apresentou a demissão do

executivo grandolense, Aníbal Cordeiro trabalhava para garantir o apoio do PS, e considera “confuso” o processo de escolha do candidato pela direção distrital socialista, estranhando que a indicação da comissão política concelhia, que o designou a ele como candidato, não tenha sido aceite. Maria Edite Rodrigues, presidente da concelhia socialista e atual vice-presidente da câmara considera que o anúncio da candidatura de Ricardo Campaniço “não é válido” uma vez que a impugnação “tem efeitos suspensivos”.


Atual

Vítor Proença reconduzido no Conselho Económico e Social O presidente da Câmara Municipal de Santiago do Cacém, Vítor Proença, foi reeleito, durante a reunião do conselho da região que se realizou na sede da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Alentejo, em Évora, representante dos interesses económicos, sociais e institucionais de todo o Alentejo no Conselho Económico e Social (CES), o órgão

constitucional de consulta e concertação no domínio económico e social. O “autarca voltou a ser reconduzido e reconfirmado no cargo sem qualquer voto contra e por expressa maioria numa proposta subscrita por presidentes de câmara do PS, CDU e PSD”. Com a eleição para o Conselho Económico e Social, Vítor Proença torna-se “o único eleito do litoral alentejano neste órgão nacional e o único autarca a ser eleito no conselho da região”.

Aposta forte nas novas tecnologias e nas energias limpas

Moura é cidade há 25 anos No passado dia 1, Moura assinalou a passagem de um quarto de século da elevação a cidade. O programa das comemorações, de forte pendor tecnológico, reafirma a aposta do concelho nas novas tecnologias como uma das vias para o desenvolvimento.

Q

uem por estes dias se passear na cidade da moura Salúquia, nas imediações da praça Sacadura Cabral, Jardim dr. Santiago, Piscinas Municipais, Jardim da Porta Nova ou no Parque de Feiras e Exposições, poderá aceder gratuitamente à Internet. A Câmara Municipal de Moura disponibilizou o serviço de wireless em sinal aberto, no primeiro dia de fevereiro, uma das formas que o município encontrou para assinalar os 25 anos da elevação a cidade. Mas a inauguração do edifício sede da Lógica EM, a sociedade gestora do Parque Tecnológico de Moura, foi o evento com mais projeção mediática, por ser “um edifício zero emissões, com instalação de um sistema de aproveitamento energético integrado, que pretende dar uma demonstração de sustentabilidade da construção e funcionamento de novas edificações, através da integração de tecnologias de aproveitamento energético a partir de fontes renováveis”. Em comunicado à imprensa, o município de Moura explica que “a operação Edifício Zero Emissões foi alvo de uma candidatura no âmbito das Redes Urbanas para a Competitividade e Inovação, do programa operacional InAlentejo, a qual foi aprovada, e está inscrita no Programa Estratégico da Rede ECOS – Energia e Construção Sustentáveis, no quadro das Redes Urbanas para a Competitividade e Inovação, da Política de

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O deputado do PSD eleito por Beja, Mário Simões, assumiu na semana passada o lugar como membro efetivo da Comissão Parlamentar de Defesa Nacional. Esta entrada deve-se ao facto de o deputado Hugo Soares ter solicitado a sua substituição. Recorde-se que Mário Simões é membro efetivo da Comissão Parlamentar de Agricultura, membro suplente da Comissão Parlamentar de Segurança Social e Trabalho, membro da Assembleia Parlamentar da CPLP e ainda presidente do Grupo Parlamentar de Amizade Portugal-Andorra.

Diário do Alentejo 8 fevereiro 2013

Mário Simões na Comissão Parlamentar de Defesa Nacional

Linha Sines-Madrid candidata aos project bonds O secretário-geral do PS defendeu no domingo que a construção de uma linha ferroviária para transporte de mercadorias, entre o porto de Sines e Madrid, pode e deve ser candidata às project bonds, obrigações da União Europeia para financiar projetos. No encerramento de uma conferência do Laboratório de Ideias e Propostas para Portugal do PS, em Sintra, António José Seguro apontou o porto de Sines como determinante para o crescimento da economia portuguesa e acusou o governo PSD/CDS-PP de falta de visão estratégica. O dirigente referiu que essa construção implica 600 milhões de euros.

Alqueva cria mais riqueza para Beja do que aeroporto

Edifício dos Quartéis Obras concluídas “em finais deste ano ou no início do próximo”

Cidades XXI, cujo protocolo de financiamento foi assinado a 18 de dezembro de 2010”. Santiago Macias, vice-presidente da Câmara, regozijou-se no seu blogue com a inauguração deste projeto em que “poucos acreditaram nos dias em que o mesmo arrancou” e “muitos se lhe opuseram”. O autarca também se congratula com o sucesso da Lógica, a empresa municipal que recentemente concluiu “um difícil processo de acreditação” internacional e que trabalha em rede com instituições de ensino superior da Nigéria, Brasil e Angola. Edifício dos Quartéis Mas nem só de tecnologia

de ponta se falou neste dia. A área envolvente do edifício dos Quartéis também foi inaugurada, após obras de requalificação do espaço, que duraram cinco anos, desde o projeto à

conclusão. A intervenção, cofinanciada pelo programa “Parcerias para a Regeneração Urbana”, teve um custo de 769 429,31 euros, e permitiu o arranjo paisagístico, que incluiu pavimentação, plantação de árvores, colocação de mobiliário urbano e iluminação. Uma parte das traseiras da construção foi ainda transformada em parque de estacionamento de apoio àquela zona da cidade. Mas se o arranjo do espaço envolvente ao edifício dos quartéis está feito, o mesmo não se pode dizer do edifício em si, cujo atraso na recuperação, segundo Santiago Macias, se deve à “falência da empresa que tinha a obra a seu cargo”. No entanto, o vereador da Câmara de Moura, mostra-se otimista e acredita que tudo estará terminado “em finais deste ano ou no início do próximo”. AF

A ministra da Agricultura afirmou no final da semana passada, em Lisboa, que o regadio traz mais riqueza à região de Beja do que o aeroporto financiado pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (Feder). “Quando nós perguntamos o que é contribui mais para o desenvolvimento da região de Beja: é o aeroporto que foi apoiado pelo Feder ou é o regadio? Eu creio que ninguém tem dúvidas de que é o regadio”, disse Assunção Cristas, acrescentando que é preciso “pôr dinheiro do Feder” no Alqueva. A ministra disse que o Governo “tem a pretensão de concluir em 2015” o projeto de regadio do Alqueva, em Beja, “sem aumentar o nível de endividamento, que, neste momento, é de 600 milhões, e que, em juros, corresponde a mais de 20 milhões por ano”. Para isso, defendeu, é preciso romper com “o modelo do passado”, que passava por recorrer à dívida para financiar projetos quando não há “dinheiro nacional”. De acordo com a ministra, o regadio de Alqueva “traz a possibilidade de produzir bens transacionáveis”, que o País “vende, exporta e consome”.

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Av G alia ra t u ç õe it as s


Empreendedorismo nas escolas do concelho de Aljustrel

Câmara de Odemira atribui 66 mil euros em bolsas de estudo A Câmara Municipal de Odemira vai atribuir 38 bolsas de estudo a alunos do concelho que frequentam o ensino superior, no ano letivo 2012/2013, num total de 66 348 euros. Através da atribuição de

Novas Hortas do Convento em Mértola Devido ao sucesso da primeira fase da iniciativa Hortas do Convento, a Câmara Municipal de Mértola, em parceria com a proprietária do Convento de São Francisco, a Associação entre Dois Rios, e a cooperativa Alsud, promove novas hortas sociais, “de modo a responder aos pedidos para novos espaços de cultivo”, adianta a autarquia. As inscrições para as novas 11 hortas estão abertas até ao próximo dia 13.

Boas normas alimentares em Aljustrel A Câmara de Aljustrel lançou um folheto sobre boas normas alimentares para praticantes de desporto nas vertentes de competição e de recreio e que vai ser distribuído por todos os clubes e associações desportivas do concelho. O folheto “Coma bem, pratique desporto, viva melhor” é um “pequeno manual”, que foi elaborado pelo município, através dos gabinetes de nutrição e de apoio ao movimento associativo.

Ferreira do Alentejo apoia o consumidor A Câmara de Ferreira do Alentejo lançou recentemente um novo serviço municipal, o SIAC – Serviço de Informação e Apoio ao Consumidor, que presta apoio, de forma gratuita, “aos munícipes nas áreas da informação e do aconselhamento”. Os munícipes “que necessitem de aconselhamento nas áreas de gestão do orçamento familiar, gestão de crédito ou sobre-endividamento ou que pretendem obter informação sobre direito do consumo (inconformidades, garantias, reclamações ou outros)”, devem contactar o SIAC.

Câmara de Odemira reforça apoio à construção de lares Na sequência do apoio técnico e financeiro concedido pela Câmara Municipal de Odemira à Santa Casa da Misericórdia de Odemira e à Casa do Povo de São Luís, para a construção dos respetivos lares de idosos, cujas obras estão a decorrer, foi aprovado um reforço financeiro para a concretização das infraestruturas. A assinatura dos aditamentos aos protocolos celebrados com as referidas entidades teve lugar na semana passada. A Casa do Povo de São Luís receberá um reforço financeiro no montante de 50 mil euros, totalizando assim o apoio da autarquia em 250 mil euros para a construção do lar. A Santa Casa da Misericórdia receberá um reforço de 100 mil euros, ascendendo o apoio global por parte da autarquia à construção do lar aos 250 mil euros.

No âmbito do projeto educativo para o empreendedorismo que está a decorrer nas escolas do concelho de Aljustrel, baseado na metodologia do manual Ter Ideias para Mudar o Mundo, arrancaram recentemente as primeiras sessões de sensibilização. O referido manual foi concebido e desenvolvido pelo Centro Educativo Alice Nabeiro de Campo Maior, que pretende “semear” ideias empreendedoras e executar sonhos. O projeto piloto é desenvolvido em parceria pela Esdime – Agência para o Desenvolvimento Local do Alentejo e pelo Agrupamento de Escolas de Aljustrel, através da biblioteca escolar.

bolsas de estudo, a autarquia pretende “apoiar a continuação dos estudos a jovens com dificuldades económicas e contribuir para a formação de quadros técnicos superiores, naturais ou residentes no concelho, contribuindo para um maior e mais equilibrado desenvolvimento

social, económico e cultural”. Segundo o Regulamento de Atribuição de Bolsas de Estudo, os alunos beneficiados receberão o valor equivalente a 40 por cento do salário mínimo nacional, durante o período de nove meses, pago trimestralmente.

Câmara de Vidigueira diz que utilizadores podem estar “em risco”

“Anomalias” na obra do IP2

A

Câmara de Vidigueira alertou no final da semana passada para “várias anomalias” em zonas da obra de requalificação do IP2 no concelho, que “podem pôr em risco os utilizadores”, mas a subconcessionária da estrada diz desconhecer “qualquer situação anómala”. O alerta da autarquia surge depois de o município ter realizado uma vistoria para sinalizar, na área de influência do concelho, “as situações de perigo” da obra de requalificação do IP2, entre São Manços e Castro Verde, incluída na subconcessão Baixo Alentejo e que está suspensa há vários meses. No relatório da vistoria são apontadas “várias anomalias” detetadas em zonas da obra do IP2 na área de influência do concelho, as quais “podem pôr em risco os utilizadores” da via, refere o município. “Ao alertar” para a situação, a autarquia “pretende que sejam solucionadas” as “várias anomalias” para “garantir a segurança dos utilizadores do IP2”, explica o município, “responsabilizando a Estradas de Portugal pelos acidentes que venham a ocorrer” na zona. Segundo a câmara, ao nível da proteção de terceiros, o relatório refere que a obra não está “devidamente vedada” e a sinalização e proteção são “deficientes”

JOSÉ FERROLHO

Diário do Alentejo 8 fevereiro 2013

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e há trabalhos de betonagem inacabados nos viadutos, onde não existem resguardos e redes contra a queda de objetos na via pública. O relatório, no âmbito de trabalhos em altura, refere que há “zonas com risco de queda de objetos em altura” e “guarda-corpos em desconformidade” e, ao nível do escoamento de águas pluviais, aponta a

“obstrução de valetas, o que impede o livre escoamento de águas da estrada ou aquedutos”. Ao nível da limpeza da obra, o relatório refere que há locais com acumulação de lixo, falta de limpeza da estrada e materiais de obra armazenados de “forma deficiente”. Questionada pela Lusa, a Estradas de Portugal (EP) disse que o IP2, entre São Manços e Castro Verde, no âmbito da subconcessão Baixo Alentejo, está subconcessionado à SPER – Sociedade Portuguesa de Exploração Rodoviária, que é a responsável pelas condições da obra. “A segurança dos utentes é uma prioridade da EP e da subconcessionária” e, por isso, a EP refere que, devido a “situações identificadas no âmbito de ações inspetivas desenvolvidas” pela empresa, “tem vindo continuadamente a solicitar” à SPER “a implementação de um conjunto de medidas de proteção e salvaguarda dos utentes e da própria via”. Em declarações à Lusa, o administrador da SPER, Rui Sousa, disse que a subconcessionária “não tem conhecimento de qualquer situação anómala ou crítica pendente” no IP2, referindo que “todas as situações críticas detetadas vão sendo acompanhadas com carácter regular”.

Dezenas de pessoas contestam encerramento noturno

Protesto contra fecho das urgências de Serpa

V

árias dezenas de pessoas concentraram-se na passada sexta-feira, dia 1, em Serpa, para contestar a decisão de fechar de madrugada as urgências do hospital da cidade e exigir a implementação do “prometido” Serviço de Urgência Básica (SUB), num protesto organizado pela Comissão de Utentes da Saúde e Outros Serviços Públicos do Concelho de Serpa. Fechar o SUA, entre a meia-noite e as 8 horas, “é uma aberração e um atentado contra o direito da população à saúde”, disse à Lusa Palmira Guerreiro, da comissão de utentes, explicando que a concentração serviu para mostrar “a indignação” dos utentes face à decisão da Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo (Ulsba). Através da concentração, os utentes também exigiram a implementação do Serviço de Urgência Básica (SUB) no Hospital de Serpa, “prometida pelo Ministério da Saúde desde 2008, mas, até agora, nada”, explicou.

Ao contrário “do prometido”, o SUB ainda não foi criado e, “muito pior do que isso, vão fechar, entre a meia-noite e as 8 horas, o serviço de urgências que existe”, o que os utentes do Hospital de São Paulo “não aceitam”, lamentou. O fecho do SUA naquele horário “vai ser muito mau para as populações que serve”, ou seja, as dos concelhos de Serpa, Barrancos, Mértola e Moura, que são “maioritariamente” constituídas por idosos “com poucos recursos económicos”, disse. Após o fecho do SUA entre a meia-noite e as 8 horas, os utentes serão “obrigados a deslocarem-se de madrugada até ao hospital de Beja”, para onde serão encaminhadas as situações de urgência que ocorrerem na área de abrangência do hospital de Serpa naquele período, adiantou. O protesto contou com a participação de uma delegação do Partido Ecologista “Os Verdes”, dos presidentes das juntas de

freguesia do concelho e de Tomé Pires, o presidente da Câmara de Serpa (CDU), a qual, através de uma tomada de posição, já contestou a decisão da Ulsba de fechar o SUA de madrugada. No final de 2012, a Ulsba comunicou à câmara o fecho do SUA do Hospital de São Paulo, entre a meia-noite e as 8 horas, a partir do dia 1 deste mês, o que, segundo o conselho de administração daquela entidade, foi suspenso “por razões de ordem logística”. O conselho explicou, em comunicado de imprensa, que o referido fecho irá ocorrer “em data oportuna” e “deve-se estritamente a razões de ordem técnica e princípios de boa utilização dos recursos envolvidos na prestação de cuidados de saúde”. A decisão foi tomada após “um estudo baseado numa avaliação criteriosa do movimento assistencial registado” em 2011 e 2012 no SUA e depois de “ponderada a salvaguarda do interesse público”, explicou o conselho de administração.


A Feira Nacional da Água e do Regadio está de regresso ao Parque de Exposições e Feiras de Ferreira do Alentejo, depois de um interregno de um ano. O certame terá lugar entre os dias 28, 29 e 30 de junho “com seminários, espetáculos musicais, colóquios, exposições e muita animação”, adianta a câmara municipal.

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Feira Nacional da Água e do Regadio regressa a Ferreira

Gestão do orçamento em debate na Biblioteca de Beja A Biblioteca Municipal de Beja recebe hoje, sexta-feira, pelas 18 horas, um workshop intitulado “Gestão do orçamento e do crédito pessoal”, organizado pelo SIAC e pela Câmara Municipal de Beja, com o apoio técnico do Gabinete de Orientação ao Endividamento dos Consumidores. Durante a sessão, que terá como oradores Sandra Lopes e João Paulo Calado, serão analisados os temas “gestão de orçamento familiar, gestão de crédito e sobre-endividamento”.

Grupo I’M Minning já investiu 90,5 milhões em Aljustrel

Minas empregam 722

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grupo I’M Minning já investiu 90,5 milhões de euros e produziu 93 500 toneladas de concentrado de cobre até final de 2012 nas minas de Aljustrel, onde trabalham 722 pessoas, disse à Lusa fonte do grupo. Segundo Humberto Costa Leite, presidente da concessionária das minas de Aljustrel, a Almina, os 90,5 milhões de euros foram investidos pelo grupo, que detém a empresa, entre 2010 e o final de 2012. Daquele investimento, 84,3 milhões de euros foram investidos através do projeto de beneficiação das minas de Aljustrel e de relançamento das atividades de extração contratado com o Estado em 2009 para a concessão de benefícios. Do investimento total de 129 milhões e 783 mil euros contratado no âmbito do

projeto, o I’M Mining já investiu 67,3 milhões de euros através da Almina e 17 milhões de euros através da Empresa de Perfuração e Desenvolvimento Mineiro (EPDM), também detida pelo grupo. Segundo Humberto Costa Leite, fora do projeto contratado com o Estado e cofinanciado pelo Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN), o grupo I’M Minning investiu mais 6,2 milhões de euros, quase na sua totalidade através da Almina. Desde 2010 e até final de 2012, foram extraídas 1,8 milhões de toneladas de minério e produzidas 93 500 toneladas de concentrado de cobre, num volume acumulado de vendas de 115 milhões de euros, indicou. Além dos 510 postos de trabalho criados, nas minas de Aljustrel trabalham

mais 212 pessoas, entre prestadores de serviços e subcontratados, num total de 722 trabalhadores. No âmbito da concessão das minas de Aljustrel, já estão em exploração os jazigos de Feitais e do Moinho, dos quais a Almina prevê extrair cobre, zinco, chumbo e prata. Também no âmbito da concessão, a Almina, num consórcio com a Empresa de Desenvolvimento Mineiro (EDM), do Estado, está a desenvolver, desde o passado mês de novembro, os trabalhos de prospeção do depósito de Gavião, que deverão terminar no final do primeiro semestre deste ano. A Almina pretende fazer um estudo de viabilidade económica do jazigo, com o objetivo de vir a explorar, em princípio, cobre e zinco.

Aljustrel e Lepe assinam protocolo

Romã luso-espanhola

U

ma associação portuguesa e outra espanhola criaram duas empresas, no Alentejo e na Andaluzia, para promoverem a produção de romã, fruto com “interesse mundial muito grande”, devido ao seu “poder antioxidante”. As empresas, com os mesmos estatutos, conselho de administração e nome (Ibergranatum), foram criadas pela Associação de Beneficiários do Roxo (ABR) e pela Associação Geral de Empresários de Lepe (Agelepe), após conversações entre ambas, na sequência de um protocolo entre a Câmara de Aljustrel e o Ayuntamiento de Lepe.

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As associações são as acionistas e detêm 50 por cento do capital de cada uma das empresas, sendo que a portuguesa, criada esta semana, tem sede na ABR, em Montes Velhos, concelho de Aljustrel, e a espanhola, criada em novembro, tem sede na Agelepe, na zona de Lepe, na província de Huelva, na Andaluzia (Espanha). O objetivo principal das empresas é “promover a cultura da romã em Lepe e em Aljustrel”, nomeadamente cultivo, transformação, distribuição e comercialização do fruto, “garantindo o escoamento da matéria-prima”, disse à Lusa

o presidente da ABR, António Parreira. A opção por Aljustrel, para instalar a empresa portuguesa, deveu-se à área regada pela albufeira do Roxo, que, atualmente, ronda 7 000 hectares e poderá chegar “a curto prazo” a 23 000 hectares, “uma vez que já está concluída a ligação Alqueva-Roxo”. Segundo António Parreira, inicialmente, as zonas de influência das empresas serão os concelhos de Aljustrel e limítrofes, beneficiados pela albufeira do Roxo, e o município de Lepe, prevendo-se que sejam alargadas “o mais possível” a nível nacional e internacional.

Governo autoriza adiamento do prazo para conclusão do investimento em Aljustrel O Governo autorizou o adiamento, até final de 2014, do prazo para a concessionária das minas de Aljustrel concluir o investimento, de 129,7 milhões de euros, contratado com o Estado para beneficiar o complexo e retomar a extração. No âmbito do contrato assinado em 2009 com o Estado, o investimento devia ter terminado até 30 de junho de 2012, mas, a pedido da concessionária, a Almina, o Governo autorizou o adiamento da conclusão até 31 de dezembro de 2014, disse à Lusa o presidente da empresa, Humberto Costa Leite. No entanto, frisou, o novo calendário de execução prevê a obrigatoriedade de a Almina realizar 85 por cento do investimento contratado até 31 de dezembro deste ano. Na base do pedido de adiamento do prazo estiveram vários motivos, como “a necessidade de realização de estudos adicionais para precisar as caraterísticas dos recursos minerais existentes” nas minas de Aljustrel, o que “motivou a posterior reformulação do planeamento mineiro”, explicou Humberto Costa Leite. Por outro lado, disse, “as crescentes dificuldades financeiras que afetaram a economia portuguesa, a partir de meados de 2010, reduziram os meios financeiros ao dispor e condicionaram o calendário de implementação do projeto”.

Rede de águas de Beja em bom rítmo A administração da Emas garante que o balanço das obras em Beja, nesta fase, “é francamente positivo”. Numa altura em que estão em curso todas as frentes de trabalho que conduzirão à conclusão da obra, nomeadamente a instalação de condutas de grande diâmetro.


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Apenas três das 11 estruturas recebem apoios

Dia dos Namorados celebrado na região

ILUSTRAÇÃO PAULO MONTEIRO

Do Alentejo com amor… O Dia dos Namorados, ou dia de São Valentim, regressa já no dia 14, quinta-feira, e o “Diário do Alentejo” foi à procura de propostas para assinalar a data. O amor, esse, será celebrado em vários concelhos da região e com várias atividades.

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á quem diga que este é o dia mais romântico do ano. O dia 14 de fevereiro. O Dia dos Namorados ou Dia de São Valentim. Celebra-se já na quinta-feira e são muitas as propostas para assinalar a data. Um dia dedicado ao amor. Já Beja dedica-lhe um mês inteiro. E, segundo a câmara municipal, “as propostas a dois ou em família são para todos os gostos”. Tanto que, se a biblioteca municipal convida a “descobrir o amor na literatura”, a divisão de Desporto da autarquia convida todos os interessados “a conhecer os novos ritmos que combinam o amor e a dança”. Há ainda espaço para cinema, teatro, música, exposições e conversas sobre livros. O amor na banda desenhada e no cinema também vai estar em destaque. Mas há mais. No domingo, dia 10, na cafetaria do Castelo, realiza-se um workshop de cupcakes. A proposta transforma “O Amor em forma de açúcar”. No mesmo dia, acontece a caminhada do amor. A autarquia convida também todos os munícipes a escrever cartas à cidade, para que em maio, no dia de Pax Julia, os excertos das cartas sejam utilizados na exposição “Beja – Amores e Des…Amores – Olhares sobre a sua cidade”. Um dos momentos mais aguardados, porém, só terá lugar, na praça da República, entre os dias 14 e 17. O Dia dos Namorados arranca com a Feira do Chocolate e são muitas as atividades agendadas. À noite a autarquia bejense propõe aos apaixonados jantares na restauração do concelho, bem como uma noite de contos e uma sessão de cinema. No dia 16, sábado, realizam-se os “Passeios Românticos de Beja”. São vários, porém, os concelhos do distrito que também celebram o amor e em Mértola, por exemplo, no dia 16, o Convento de São Francisco promove um workshop de cozinha criativa. Já em Castro Verde a efeméride é assinalada com uma exposição documental sobre o Dia dos Namorados. Aljustrel também comemora o dia e as atividades começam, no dia 14, pelas 10 e 30 horas, na praça da Resistência, com um flash mob contra a violência. Na sexta-feira, dia 15, à noite, realiza-se, no pavilhão do Parque de Exposições e Feiras, uma “Love Party”, que conta com a atuação de diversos DJ, entre eles Ricardo Nicolau, Ezzra, Holl’y e Christian F. Vidigueira também não deixa de assinalar a data, nomeadamente com a iniciativa “Beijos com Sabor a Vinho”, contando com a colaboração de vários restaurantes do concelho, que no dia 14 oferecem aos clientes uma ementa especial “Dia dos Namorados”. Grândola, no dia 9, pelas 11 horas, na biblioteca municipal, dá a conhecer Como a mãe e o pai se apaixonaram, texto e ilustrações de Katharina Grossmann-Hensel. Mas há mais, sendo o Dia de São Valentim comemorado no concelho com cartas de amor. O concurso dirige-se a todos os que tenham mais de 14 anos e as melhores cartas serão premiadas. Já em Serpa é a iniciativa “O Casamento dos Nossos Avós” que ganha destaque. No Dia dos Namorados, pelas 14 e 30 horas, na Escola Secundária de Serpa, há uma palestra, um desfile de vestidos de noiva antigos e ainda um “copo de água”. Foram estas as propostas que o “Diário do Alentejo” encontrou, até ao fecho desta edição, quarta-feira, dia 6.

Teatro preterido nos apoios da DGArtes

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Direção-Geral das Artes (DGArtes) já fez chegar às estruturas candidatas uma “proposta de decisão” relativamente a financiamentos na modalidade de Acordo Tripartido – Apoio Indireto Bienal e Quadrienal. O documento, a que o “Diário do Alentejo” (DA) teve acesso, deixa de fora oito das 11 estruturas admitidas no território alentejano. A candidatura O Espaço do Tempo/ Alma d’Arame/Oficinas do Convento/Projeto Ruínas (cruzamentos disciplinares), enviada de Montemor-o-Novo, é a que surge com melhor classificação, aparecendo contemplada com 330 mil euros para 2013 e até 2016. Em segundo lugar, surge a Associação em Mértola para Desenvolver e Animar/Dansul (dança), com valores aprovados de 34 960, 00 euros, para 2013, e 34 mil euros, para 2014. E, em terceiro lugar, a candidatura de Odemira e Ponte de Sor respeitante ao festival Sete Sóis Sete Luas (música), que recebe 50 mil euros em 2013 e 2014. Face à proposta de decisão, a companhia de teatro Arte Pública, com sede em Beja, já fez saber, em comunicado, que vai “suspender imediatamente a programação prevista”. Refere a estrutura, que surge em sétimo lugar na classificação, tratar-se de uma “dura decisão” que lhe é imposta de fora. E lamenta, pois, não ter sido beneficiada com a atribuição de qualquer verba do bolo de “400 mil euros que estavam destinados à região para este concurso”, chamando também a atenção para o facto de “nenhuma estrutura de teatro da região concorrente” ter sido contemplada. Um resultado que coloca “dúvidas e perplexidades que esperamos dissipar mediante a consulta dos processos em audiência de interessados”, adianta a equipa da Arte Pública, que não deixa de apontar a “falta de equidade no território” em matéria de financiamentos atribuídos. Por seu turno, a companhia Baal 17, de Serpa, prefere esperar pelos resultados do concurso aos apoios diretos, a que também se candidatou, para tomar decisões quanto ao futuro. A estrutura ficou classificada em quinto lugar na lista alentejana e, como tal, também não viu viabilizados os 70 mil euros pedidos para 2013 e 2014. “Não sendo contemplados aqui, nesta modalidade de apoio que melhor se adapta ao tipo de atividade que temos – continuada, com uma forte relação com a autarquia local – vamos ter uma segunda hipótese no próximo concurso, onde o dinheiro é mais ou menos o mesmo – 470 mil euros – mas para apoiar sete projetos”, explica Rui Ramos, ator e encenador, revelando a sua crença de que “se formos apoiados, será com uma quantia muito simbólica”. E, adianta, “sabendo que vai acontecer o mesmo que aconteceu aqui: há estruturas que vão receber quase o bolo todo”. A companhia de Serpa vai, para já, igualmente “reclamar” da proposta de decisão e, mediante o próximo resultado, ponderará sobre três hipóteses, conclui Rui Ramos: “cortar atividades, despedimentos ou o próprio encerramento da companhia”.


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Discos O Baixo Alentejo acaba de ver nascer, quase em digital própria. “Feira de Castro” é a contribui- com que se estreia o quarteto de Beja, criado no simultâneo, dois trabalhos discográficos que ção do músico Arlindo Costa, voz dos extintos verão de 2011 e apostado em demonstrar como partem do seu repertório tradicional para che- Canto Chão e líder do projetAlentejo – Música de pode ser plástica a tradição. gar a um produto renovado, com impressão Tradição. “Cantigas do Baú” é o disco homónimo

Texto Carla Ferreira

Arlindo Costa “Feira de Castro”

Cantigas do Baú “Cantigas do Baú”

Exaltação dos traços culturais alentejanos

Tradição como ponto de partida para a criação

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a senda do projeto Canto Chão, que teve o seu auge na década de 90, o músico Arlindo Costa assina um novo registo discográfico, que leva o nome de “Feira de Castro”. A alusão é óbvia, remetendo para aquele que é “um acontecimento maior de interesse para a região” e, em simultâneo, um “palco de encontro de gentes e culturas, cuja memória histórica é indissociável do património que se quer construir”. “Feira de Castro” insere-se no projetAlentejo – Música de Tradição, liderado pelo próprio, e que tem por missão “a recolha e a divulgação da música popular portuguesa, com uma grande incidência na música tradicional/ popular do Alentejo”. A abrir com “No largo da Feira de Castro”, o alinhamento inclui 12 temas. Entre os originais que “giram à volta das temáticas inerentes aos temas tradicionais”, e os do cancioneiro regional que, “por sua vez se adaptam às sonoridades harmónicas numa fusão que se pretende transportar para a modernidade, de forma a acompanhar a evolução natural da música, mantendo a traça que a música de tradição deve manter”, explica o autor, que é também a voz de “Feira de Castro”. Cúmplices neste projeto, como já o tinham sido no CD anterior, “Terra Branca”, são os músicos Gabriel Costa, “músico polivalente e engenheiro de som do projeto”, António Caço, no acordeão e teclados, João Nunes, nas guitarras e outros instrumentos de cordas, e Luís Melgueira, nas percussões. Neste último

trabalho, colaborou também o baterista Leonardo Tomich. Músicos da região que “acrescentam também as suas ideias musicais através dos instrumentos que tocam, e são parte ativa nos arranjos musicais, nas gravações e na divulgação da música”, explica Arlindo Costa. O projetoAlentejo foi protagonista, ao longo dos últimos seis anos, de 38 espetáculos ao vivo, apenas quatro deles no Baixo Alentejo, terra natal, e sete no Alto Alentejo, sendo que os restantes se fizeram “pelo País e estrangeiro”. Para já, com “Feira de Castro”, há concertos agendados em Arruda dos Vinhos, em março; Cascais, em abril; e Mérida (Espanha) e Idanha, em junho. Para as comemorações do 25 de Abril, há espetáculos “pendentes” mas ainda não confirmados. O projetAlentejo pretende ser “o mais abrangente possível em termos musicais” e nesse sentido também trabalha repertório na área da chamada “música de Abril”, temas que “enformam um espetáculo que também nos propomos apresentar pelo País”, justifica Arlindo Costa. Para além de “seguir o trilho da música tradicional do Alentejo”, na sua tríade viola campaniça, despique e baldão e canto a vozes, o registo “Feira de Castro” também tem como objetivo “exaltar” outros “valores ancestrais” da cultura da região, alguns deles vincadamente locais, como a mítica e aqui evocada Feira de Castro, o dialeto barranquenho ou modas como a do enterro do Entrudo, “que apenas se conhece no Alentejo”, refere o músico.

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omo grupo existem desde 2011 mas só agora podemos ouvi-los em registo gravado, num primeiro disco homónimo. Entre o arranque e a estreia discográfica, o quarteto bejense Cantigas do Baú dedicou-se a escolher repertório, e a trabalhar os temas que lhe pareceram mais adequados, “dando espaço às nossas influências e experiências pessoais”, revela Clara Palma, a voz deste grupo que eleva como bandeira a tradição musical. Mas, adianta a vocalista, sem purismos e espartilhos estéticos: “É um trabalho muito belo, em que procuramos mostrar que a tradição pode ser conjugada com outros estilos (em que à partida não se pensaria), e que pode permitir partir dela, enquanto base de um processo criativo e inovador”. Nos últimos meses de trabalho passou-se então para a fase de arranjos e misturas finais e eis que “Cantigas de Baú”, o disco, está cá fora, oferecendo 11 temas que “revisitam poesias e melodias antigas” com um enfoque muito especial no universo feminino. “É uma forma de homenagearmos as mulheres que, durante décadas, no que toca ao cante tradicional, fora relegadas para segundo plano”, reconhece Clara Palma, o único elemento feminino do grupo, revelando que as escolhas de repertório recaíram essencialmente “sobre temas que falam de amor, de uma forma tão pura e bela que nos conquistou a todos”. Os Cantigas do Baú são quatro e chegam de diferentes percursos na música. Luís Melgueira (percussão) foi fundador de vários grupos na área da música tradicional, estando fortemente ligado a projetos de música de intervenção, relembrando nomes de referência como José Afonso ou Adriano Correia de Oliveira. João

Nunes (guitarra) tem estudos superiores em viola dedilhada (licenciatura) e guitarra clássica (mestrado) e divide-se entre vários projetos musicais, além de lecionar guitarra no Conservatório Regional do Baixo Alentejo. Gabriel Costa (baixo) estudou piano no conservatório, licenciou-se em Engenharia e Produção Musical e, além de músico em diferentes projetos, dedica-se à produção musical no Atelier Estúdio, propriedade de Luís Melgueira. Por fim, Clara Palma é psicóloga social de formação e fez “escola” na área da música sacra e litúrgica, a que ainda permanece ligada. Deste entrecruzar de caminhos resulta uma impressão digital própria no repertório tradicional que vêm trabalhando. “Quem conhecer outras versões dos temas que interpretamos vai por certo identificar o que é próprio das Cantigas do Baú”, desafia a cantora, enumerando o que há de original no seu trabalho e que reside, sobretudo, nos arranjos e nas harmonizações, com algumas incursões, aqui e ali, na própria construção poética das modas, “acrescentando novos versos àqueles que já existem”. O público, conclui, tem vindo a revelar-se “muito recetivo, caloroso e participativo”, talvez por atravessarmos uma época em que parece estar na moda “tudo o que contribui para nos definirmos e diferenciarmos como povo”, um efeito pós “febre da globalização”. O grupo está neste momento em fase de preparação e de contatos para concertos de apresentação do CD de estreia e show cases, tendo já agendado, em data a divulgar brevemente, um lançamento oficial no Teatro Pax Julia, em Beja. Em março, a 25, sobe ao palco do Cineteatro Marques Duque, em Mértola.


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Claro que há ideologias boas e ideologias más, democráticas e totalitárias, pluralistas e intolerantes. Mas, ao contrário do que costuma afirmar a direita (sempre demagógica até ao tutano), não me parece que, em si mesmo, o conceito de ideologia seja um papão. Mem uma sanduíche de Dante. Nem um bife à Isabel Jonet. Alfredo Barroso, “Público”, 6 de fevereiro de 2013

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BEJA é uma cidade que se presta a estas coisas. O seu centro histórico, o seu coração, surpreende e apaixona em cada ruela, em cada recanto. Há nela um romantismo entranhado. Pelo que é sempre de assinalar realizações que exaltem isso mesmo: o amor. E este mês, fevereiro, é o mês do amor em Beja. O programa é vasto, motivos para nos reapaixonarmos pela cidade, também o são. PB

Opinião

Quem não se sente, não é filho de boa gente Ana Paula Figueira Docente do ensino superior

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propósito da reportagem sobre os custos que o Estado suportou relativamente ao Aeroporto de Beja, ao Parque de Feiras e Exposições e à Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Beja (Estig), liderada pelo jornalista Pedro Mourinho e que ajudou à estreia do novo conceito de “Jornal da Noite”, ao domingo, na SIC (6 de Janeiro), já muitas opiniões se fizeram ouvir. Sintetizo a minha em duas palavras: lixo jornalístico. Contudo, reconheço-lhe a virtude de ter “agitado as águas” por terras do Baixo Alentejo e, de certo modo, de ter conseguido unir vozes de vários quadrantes e a vontade de demonstrar o conteúdo, inquinado, da peça. Não quero falar, agora, do Aeroporto nem do Parque de Feiras e Exposições. Mas, não posso deixar de falar da “minha” Estig. Lá diz o povo que “quem não se sente, não é filho de boa gente”! O meu percurso profissional académico confunde-se, sobremaneira, com a história desta Escola. Se bem que o Instituto Politécnico de Beja (IPBeja) - e as Escolas que inicialmente o integraram - tivesse sido criado em 1979, entrou em funcionamento em 1987, com a nomeação do 1.º Presidente da Comissão Instaladora. A Estig foi criada posteriormente, em 1991, e em 1995 iniciou a sua actividade lectiva. A minha ligação com o IPBeja começou em 1994, através da Escola Superior Agrária. Dois anos mais tarde, passo a integrar o corpo docente da Estig. Olhando para trás, distanciada quase vinte anos, recordo pessoas e situações que foram determinantes neste caminho que a “família” do IPBeja tem vindo a percorrer. Com inequívocas mais-valias para a cidade e para a região. Antes de a Estig ter as suas instalações provisórias no edifício da CP, os cursos eram leccionados em salas cedidas pelas Escolas Agrária e de Educação. Utilizámos também, durante algum tempo, as salas existentes na Quinta da Saúde, o que nos obrigava ao transporte dos alunos. Foram tempos difíceis onde todos - alunos, docentes e funcionários - partilhavam a vontade e o desejo de vir a ter a “nossa” Escola. É importante salientar que a criação das Escolas Superiores de Tecnologia e Gestão em Portugal surgiu como resposta política às necessidades de formação que, nessas áreas, se faziam sentir pelo país. Essa foi uma das razões que contribuiu para que, apesar da falta de instalações próprias, a Estig continuasse a ter alunos em número apreciável. O edifício da CP foi a nossa casa durante cerca de uma década. Contudo, nunca deixámos de reivindicar o nosso espaço próprio. No princípio de Outubro de 2005 são os próprios alunos que rumam em direcção a Lisboa, em protesto, contra os vários atrasos existentes na construção do novo edifício, situação descrita no Jornal “Público” de 5 de Outubro de 2005, sob o título “Beja: alunos do politécnico protestam em Lisboa para exigir construção de escola”. O novo edifício, cuja primeira fase de construção foi iniciada em Janeiro de 2008 (incluiu salas de aula e espaços de apoio administrativo), foi formalmente inaugurado a 9 de Novembro de 2012, por altura das comemorações dos 33 anos do IPBeja, com a conclusão da sua 2.ª fase de construção (gabinetes para docentes, laboratórios, auditórios e arranjos exteriores). Depois de 18 anos! Se em 2005 a Estig, em instalações provisórias, contava com cerca de 1400 alunos, este ano, nas novas instalações, registamos perto de 1000 (38 por cento do total de alunos do IPBeja). Primeira e óbvia conclusão: as tendências, o paradigma do ensino superior e o contexto determinam as escolhas dos alunos – curso, sistema de ensino superior e local (Universidade/Politécnico, cidade). Mas as condições de trabalho e de acolhimento – também físicas – que cada Escola lhes proporciona, são indubitavelmente um factor de

bem-estar e uma vantagem facilitadora para o desenvolvimento de mais e melhor trabalho e, por isso, um parâmetro de avaliação para a Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior. Ora, logo após esta inauguração, seguiram-se notícias e comentários infelizes – cito, pe, a notícia no jornal “Publico”, de 13 de Novembro de 2012, intitulada “ Depois de um aeroporto sem aviões, Beja inaugura escola sem alunos” ou a reportagem que menciono no início deste texto - com o propósito de pôr em causa a oportunidade de Beja poder contar com estas infraestruturas de ensino superior. Simplesmente lamentável! Ou será que alguns entendem mesmo que a oportunidade – ou o aspecto positivo da envolvente com impacto no negócio - passou? Talvez, se “as vistas forem curtas”! A estratégia ensina-nos que o desafio, nestas circunstâncias, é transformar a ameaça – ou o aspecto negativo da envolvente com impacto no negócio - em oportunidade! E isso passa por um trabalho de (re) organização e de especialização da oferta formativa que urge ser feito. E, de imediato, as perguntas a fazer são: quais as áreas de formação em que nos podemos constituir como uma referência? Qual o perfil do profissional que o mercado quer? Acredito que este seja o primeiro passo para contrariar a incerteza… com menos lamúrias e mais pragmatismo! Por decisão pessoal, a autora do texto não escreve segundo o Novo Acordo Ortográfico

Concretizando e sem me ficar por princípios e regras gerais, considero que politicamente nesta ambicionada plataforma de progresso e democracia, o Partido Socialista tem as principais responsabilidades de congregar vontades e cidadanias diferenciadas, face à centralidade que tem na vida social e democrática. Para tal, abertura, projectos claros e convergências centrados no essencial, são indispensáveis. Hoje, este desafio para o PS está à vista de todos, gerando responsabilidades e exigências a todos os seus dirigentes, com mais ou menos mediatismos. Mas, este desafio, obviamente, toca a todos, nomeadamente ao PCP, BE e plataformas e correntes políticas que vem intervindo na sociedade, combatendo os desastres provocados, internamente, pelo Governo da direita radical. No plano social, este desafio vai direitinho às organizações sindicais, empresariais e territoriais. Independência, inovação e responsabilidade social, são ingredientes cruciais. E, tudo isto, é lirismo ou projecto gradualmente realizável? Mas, certo, é que quem pensar que isto é só para os outros, apenas contribuirá para tardar a necessária alternativa. Os tempos próximos, serão, certamente, esclarecedores quanto a autores, actores e protagonistas. Eu empenhar-me-ei no projecto, desafiando os que me estão próximos. Conforme o anterior Acordo Ortográfico

Alternativa progressista e convergências

Menos palavras e mais ação Manuel António Guerreiro do Rosário Padre

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José Carlos Albino Agente de desenvolvimento local

enho publicamente, e em espaços da minha intervenção cívica, defendido que a construção duma real alternativa ao processo de liberalização radical e empobrecimento do País implica e reclama uma ampla plataforma, que congregue todos os quadrantes sociais e políticos que convergem numa visão democrática e progressista, para a reconstrução dum processo que, respondendo aos complexos desafios financeiros e económicos, seja portador de melhores e mais esperançadas vidas para as pessoas. Sabendo que o cimento duma qualquer plataforma é a base programática, hoje vou directo às opções quanto a autores, actores e protagonistas. Ou seja, vou falar de pessoas, mulheres e homens com responsabilidades, livremente assumidas, em organizações sociais, políticas, económicas e culturais – organizações da cidadania activa. Nenhumas, nem nenhuns, podem/devem ir para a bancada, para apreciar tácticas, estratégias, estruturas defensivas e de ataque, treinadores, presidentes e jogadores. O princípio primeiro aponta e exige que cada um/a, e os colectivos em que se integram, se concentre em identificar e saber qual o papel em que melhor será útil à concepção e concretização de planos e estratégias, comumente assumidos. Lirismos, dirão alguns. Certamente, considerarão que não há volta a dar à mediocridade, petulâncias, tráficos de influência e perversão que habitam todas as organizações com poderes na coisa pública. Sabendo que todos somos poucos para as tarefas hercúleas que os tempos actuais exigem, considero que conjugar é o verbo que deve motivar actores , autores e protagonistas, que não protagonismos a pensar no seu umbigo. Falar claro e abertamente, sem truques, nem estratagemas, é uma obrigação. Fazê-lo com transparência perante os representados é a única forma de sermos credíveis e mobilizadores das energias positivas de pessoas e comunidades que fazem as regiões e o País.

difusão da palavra e das palavras atingiu nos nossos dias uma projeção universal nunca antes vista, devido aos grandes mass media e às novas redes sociais. Em contraposição, e infelizmente, o valor da palavra foi-se esvaindo e é cada vez mais residual. É espantosa a facilidade com que se leem os factos, se julga, se condena e se absolve na praça pública; é incrível a multiplicação dos “treinadores de bancada”, a profusão de pseudo videntes, autênticos mestres da alquimia, de sentença inquestionável e infalível. O cortejo podia continuar … Não sei se é pela especial devoção que tenho a S. Tomé, o incrédulo discípulo de Cristo, que, perante os cenários tão surrealistas que nos pretendem “vender”, me interrogo: e depois das palavras, o que fica? Quais as consequências? O que vai mudar e melhorar? O também discípulo de Cristo, Tiago, dizia convictamente: “uma fé sem obras é morta, é nula”. Parafraseando esta afirmação apetece-me dizer: palavras sem obras, sem compromissos, sem contributos para mudar o que está errado, valem muito pouco, quase nada. Sei que, ao fazer esta afirmação, eu próprio serei incoerente, se não procurar seguir um caminho diferente e fazer algo pelos outros, pela Sociedade. Creio que, nesta hora de dificuldade, de crise, de provação para tantas pessoas e famílias em Portugal e por esse Mundo fora, são-nos pedidas, a todos nós, mais provas, obras, e menos verborreia. Termino, por isso, com as palavras de dois grandes homens. O primeiro, alentejano e português, natural de Montemor-o-Novo, é conhecido como S. João de Deus, e o Mundo inteiro confirma a grandeza da sua obra: “Fazei o bem, irmãos” foi o seu lema. O outro, Baden Powell (BP) é inglês, fundou o Escutismo e deixou-nos uma frase lapidar para seguirmos: “procuremos deixar este mundo um pouco melhor do que o encontrámos”. “Palavras, leva-as o vento”. Por isso, caríssimos leitores, para mim e para vós, aqui fica mais um desafio.


Foi em 1988. A 1 de fevereiro. Já lá vão 25 anos que MOURA foi elevada a cidade. Muitos continuam a insistir que Moura era uma grande vila e passou a ser uma pequena cidade. Mas o facto é que Moura mudou muito neste último quarto de século. Mudou para melhor. Requalificou várias zonas degradadas do centro. E estabeleceu um plano de desenvolvimento em torno das energias limpas. Parabéns! PB

Há 50 anos Algumas mudanças são difíceis e demoram

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Três boas notícias em ALJUSTREL, numa só semana. A empresa que explora o complexo mineiro continua disposta a investir na extração de cobre e zinco. Vai inaugurar, no centro da vila, a primeira unidade hoteleira de grande fôlego. E foi criada uma associação para promover e produzir romã em quantidades que podem vir a dinamizar grandemente a economia local e criar emprego. PB

Muitos portugueses sofrem pelo desemprego, pela falta de recursos para fazer frente aos seus compromissos familiares, sociais e culturais. Mas a maior doença que nos bate à porta é a depressão por falsas esperanças e projetos não realizados. (…) Nisto precisamos todos de nos converter e reestruturar as nossas vidas e fortalecer os nossos laços familiares e sociais, tornando-nos mais próximos e atentos uns aos outros. D. António Vitalino, “Notícias de Beja”, 31 de janeiro de 2013

Cartas ao diretor Um apelo O voluntariado sénior como Não há coisa que mais irrite um bom ou mau expressão da cristão do que procurar e não encontrar. Acompanhado pelo langor das guitarras, ainda há pouco tempo, Tony de Matos solidariedade Manuel Dias Horta Beja

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om o título “Exactamente como há mais de um século...”, a Nota do Dia a abrir a edição de 31 de janeiro de 1963 do “Diário do Alentejo”: “De Serpa, dirigem-nos, com pedido de publicação, o seguinte informe: ‘No ano de 1853, foram criadas no País 230 estações dos C.T.T., cabendo á vila de Serpa o n.º 201 da respectiva lista. Em 10 de Maio de 1860, há, portanto, 102 anos, foi inaugurada a sua estação, fazendo parte do respectivo quadro dois distribuidores, dada a grande área da localidade. Actualmente (passados mais de 100 anos) e apesar do maior e natural aumento comercial e consequente dilatação do serviço de distribuição domiciliária de correspondência – para uma população de 14.000 habitantes – o anterior quadro não foi ainda ampliado, não obstante os pedidos feitos nesse sentido, mantendo-se o número primitivo de dois carteiros com que foi inaugurada a estação. Estes, como é de fácil conclusão, são obrigados a extenuante trabalho, agravado pela inclemência do tempo, e por haver zonas da vila, situadas a centenas de metros desta, onde, diàriamente, aqueles têm de se deslocar no cumprimento da sua obrigação. O aumento de pelo menos uma unidade talvez se ajustasse, por ora, às necessidades do respectivo serviço. Desse aumento muitos benefícios adviriam para a respectiva população.’” (Seria curioso averiguar, hoje, com as grandes mudanças (menos população em Serpa, menos correspondência) registadas nestes últimos 150 anos, quantos carteiros há na agora cidade da Margem Esquerda do Guadiana...). Dias antes, o vespertino publicava, no seu habitual espaço “Beja há cem anos” uma pequena transcrição de “O Bejense” de Janeiro de 1863: “Definição da Mulher – Dois poetas fallando das mulheres expressavam-se da seguinte forma: ‘A mulher nasce gemendo,/ ‘A vida passa chorando,/ ‘E por fim morre sofrendo. ‘A mulher nasce fingindo,/ ‘A vida passa enganando./ ‘E por fim morre mentindo.” Enfim, os tempos passam mas há coisas que não mudam ou pouco mudam no País – nos casos referidos, os deficientes serviços dos CTT no interior ou a mentalidade machista e reaccionária de dois poetas da terra. A luta pelas transformações progressistas da sociedade é difícil e longa e, por isso, continua. Carlos Lopes Pereira

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protestava por procurar uma ingrata que não aparecia. Casos de amores, paixões e ciúmes que uma navalha bem afiada logo resolvia. Agora, os tempos são outros e os corações estão mais vulneráveis a males muito piores. Vejam as estatísticas. Sou um confesso simpatizante do lema e da prática: “Há sempre um Portugal desconhecido que espera por si”. Apoiado nesta miragem, um destes dias, parti da Salvada, tomei a estrada das voltinhas que faz jus à sua designação e alcancei um sítio onde numa tabuleta se podia ler Vale de Russins. Errado! Não há enciclopédia ou dicionário que se preze que contemple tal semântica. Vale de Rocins. Vale é o espaço entre dois cerros e Rocins é o significado de cavalo pequeno, animal de pequena estatura, pileca. Então por que não há de chamar-se Vale de Cavalos Pequeninos ou Vale de Pilecas? Aqui começa o meu desafio a quem sabe mais história do que eu. Mas prossigamos, virando à direita, e ainda numa estrada estreitinha e com muitas curvas, quedo-me a olhar para um pequeno vale onde as casas com as suas barrinhas azul-céu ou amarelo-sol se dispõem desordenadamente de um e de outro lado. Para além do vale a charneca, onde as estevas com as suas flores branquinhas suavizam o rude e o agreste da paisagem Vale de Rocins, lugar, monte, lugarejo ou povoado, pertencente à freguesia de Salvada, que é concelho de Beja. Vale de Rocins não tem roteiro turístico, mas tem veredas e caminhos, barrancos e barranquinhos. De Vale de Rocins se observa, ao longe, o ondulado dos trigais, donde sairá o dourado do bago que moído e esmurrado pelo punho de homem e mulher tendido e cozido e à saída do forno leva uma palmada no solo, como a dizer: “vai, meu velho, vai dar de comer a quem o merecer”. E atrás desta nobreza de costumes ancestrais anda uma coisa a que chamam ASAE. O lugarejo tem dois estabelecimentos comerciais, onde há de tudo e permite a entrada a galos, galinhas, gatos e cães. À pardalada que anda no ar é que não, é o castigo por devorarem os ervilhais. Em Vale de Rocins não se medem as horas nem os minutos, pelo Natal arrancam-se as folhas dos calendários. Vale de Rocins é poiso de lavradores, pastores e outros mais. Pr’aqui vêm, aqui bebem e comem, pr’aqui conversam e desconversam, pr’aqui ficam, porque os homens em Vale de Rocins não esperam nada mais. Caro leitor, um muito obrigado se a Vale de Rocins quiser acrescentar algo mais.

Sérgio Pardal Campo Maior

O voluntário é o jovem, adulto ou idoso, que desenvolve diferentes atividades não remuneradas no contexto de uma instituição promotora, movida pelo seu impulso solidário e sentido de cidadania, de maneira consciente e humanitária, em prol da comunidade. A atividade voluntária contribui para a melhoria do funcionamento da sociedade e da saúde do idoso em geral (física e psíquica), ao contribuir para a melhoria da sua autoestima e das relações interpessoais pela possibilidade de alargar a sua rede de contactos sociais, permitindo-lhe voltar a ter um papel ativo na vida em comunidade, sentir-se útil e não como uma pessoa marginalizada em função da sua condição de idosa, mas como alguém que está inserido num grupo que tem como objetivo o bem comum. Os idosos realizam as mais diversas atividades voluntárias consoante as suas competências, disponibilidade e estado de saúde. Os voluntários seniores executam geralmente voluntariado nas áreas da ação social (apoiam jovens e adolescentes em dificuldades, idosos, visitam pessoas doentes), educação (desenvolvem programas de alfabetização para idosos, realizam atividades lúdicas, trabalhos manuais, auxiliam na formação profissional e educacional de crianças, jovens e adultos) e saúde (programas de promoção da saúde e prevenção da doença, desenvolver atividades que promovam a satisfação das necessidades das pessoas hospitalizadas e evitar situações que conduzam à degradação da saúde do doente), entre outras. O voluntariado sénior permite ainda o convívio intergeracional e a transmissão de valores éticos, morais e de cidadania às gerações mais jovens, condição essencial para um desenvolvimento sustentável de toda uma sociedade. A condição melhoria do bem estar humano não deve estar só assente nos pressupostos económicos, mas em preceitos sociais, ecológicos, justiça social e politicas sustentáveis, que não ponham em risco o futuro de todos os seres humanos. Nesse sentido as instituições de apoio social, creches, lares de idosos, hospitais, deveriam estimular o desenvolvimento do voluntariado sénior, devido ao aumento da longevidade das pessoas, com o consequente envelhecimento das populações. A atividade voluntaria pode dar um sentido novo à existência dos idosos, proporcionar momentos de boa disposição, previne a existência de

doenças associadas ao envelhecimento e dos gastos com que os estados têm com a saúde, possibilitando em geral uma melhoria na qualidade de vida das pessoas que o exercem e no ambiente das instituições que incentivam a sua prática. A ação voluntária constitui a expressão de solidariedade mais relevante que um ser humano pode ter para com o seu semelhante, independentemente da sua raça, cor, credo, religião ou etnia. Nesse âmbito o voluntário sénior pode contribuir com a experiência e sabedoria de toda uma vida, para a educação e a transmissão de princípios considerados intemporais e esquecidos pelo consumismo dos nossos dias.

Os discípulos de Ulrich Eduardo Franco Beja

Caríssimos anarquistas de sofá. Deixem lá de passar mensagens e palavreado nas redes sociais tão infelizes, como os do sr. Fernando Ulrich, cujo conteúdo será aparentemente uma tentativa de punir a pessoa e respetivo discurso, mas que na prática resulta num ato de descapitalizar a instituição financeira do BPI. Acham que esse know how infantil, em que “chamaste-me nomes já não brincas com os meus brinquedos”, resulta? Isso pode acontecer com o vizinho do lado, mas há mais gente à vossa volta! Aprendam a pensar de forma social. Acham que com esse tipo de atitudes, que podem resultar numa histeria social e consequente insolvência de uma instituição financeira, não beliscam a estabilidade e saúde financeira de outras empresas, sobretudo do mesmo género? Como acham que se agravou e propalou a crise, que parece ser a única palavra que a opinião pública percebe do acontecer social? Se não me consigo fazer entender, voltemos à questão umbilical e ao nosso vizinho do lado, já que não conseguimos ir mais longe. É que se ele não for funcionário da instituição financeira em questão pode ser funcionário de outra qualquer empresa subsidiada por esta instituição financeira. Então podem ir às vossas contas no BPI fazer os levantamentos e não emprestem aos vossos vizinhos! Façam uma doação, enquanto o vosso vizinho não encontrar um novo emprego, porque vocês contribuíram para que ele fosse despedido. Eu prefiro continuar cliente BPI ou de outra instituição financeira e emprestar dinheiro aos meus vizinhos em vez de doá-lo. Custou-me a ganhar! Gosto muito dos meus vizinhos, mas assim tanto também não!


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Os bons artistas plásticos não se medem aos palmos. No museu do grande mestre Jorge Vieira, em Beja, está patente até 10 de março uma exposição “Jorge Vieira visto pelas crianças”. Que é o resultado dos trabalhos realizados nos ateliês da Casa das Artes pelos mais jovens seguidores do autor do monumento ao Prisioneiro Político. E o resultado, parte dele, é este belíssimo mosaico de cor e formas.

FOTOS JOSÉ FERROLHO

Exposição


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Mineiro Aljustrelense assinala 80 anos

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O Sport Clube Mineiro Aljustrelense, clube fundado em 1933, iniciou um ciclo de comemorações do 80.º aniversário, sob o lema de “80 Anos de Orgulho”. O programa inclui um conjunto de eventos desportivos e culturais e terá como um dos pontos altos um jantar de gala marcado para o dia 25 de maio, data exata do aniversário do clube que tem em atividade mais de 300 atletas.

Desporto

Futebol juvenil

Memorial Ana Amaro A pista de atletismo do Complexo Desportivo Fernando Mamede, em Beja, recebe na tarde de amanhã, sábado, o III Memorial Ana Amaro e o Campeonato Distrital de Lançamentos Longos. As provas destinam-se a atletas populares e federados e iniciam-se às 14 e 30 horas.

Jogo importante em Moura, com o Juventude de Évora

E temos dérbi em Vidigueira Vasco da Gama e Aljustrelense serão os protagonistas de mais um dos dérbis em que o campeonato tem sido tão fértil, face à invulgar participação de quatro clubes da esfera de influência da AF Beja. Texto Firmino Paixão

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e o Vasco da Gama não ganha há três jogos consecutivos, o Aljustrelense está sem ganhar há quatro semanas, portanto, sede de triunfo não faltará no Municipal de Vidigueira. O fator casa é argumento favorável aos locais, e os “mineiros” carregam a motivação de um novo técnico (fator que não funcionou no jogo de estreia), ávido de romper com os insucessos recentes da equipa. Vamos então ao encontro do Castrense, penúltimo da tabela, que não vence há seis jornadas, período em que conquistou apenas dois pontos. O jogo de do-

mingo, com o Lagoa, último classificado, é para ganhar. Não mudará muita coisa em relação ao futuro, o próprio Mário Tomé já assumiu o seu pragmatismo relativamente à dificuldade em inverter esta caminhada, mas estes três pontos podem ficar em casa e depois logo se verá. Em Moura está garantido o espetáculo. O adversário vem de Évora, é uma equipa que dificulta o modelo de jogo do adversário com rápidas transições para o ataque, e, pela posição que ocupa na tabela, quer diminuir a diferença para os primeiros. Que se cuidem os mourenses. Da ronda anterior fica o destaque para o ponto conquistado pelo Castrense em Monte Trigo e para o triunfo dilatado do Moura em Lagoa. Mineiro e Vasco da Gama perderam, tangencialmente, fora de casa, numa ronda que assinalou a estreia de Vítor Rodrigues no banco do Aljustrelense.

3.ª Divisão – Série F 17.ª jornada U. Montemor-Aljustrelense .............................................1-0 Esp. Lagos-Vasco da Gama ..............................................1-0 At. Reguengos-Sesimbra................................................. 0-0 Juventude Évora-Lusitano VRSA....................................2-3 Lagoa-Moura...................................................................... 0-4 Monte Trigo-Castrense ..................................................... 1-1 U. Montemor Moura At. Reguengos Esp. Lagos Juventude Évora Sesimbra Aljustrelense Vasco da Gama Lusitano VRSA Monte Trigo Castrense Lagoa

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12 11 9 8 6 6 5 4 4 4 3 1

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36-11 40-11 23-13 30-15 19-18 21-26 16-15 20-27 19-28 17-29 16-32 15-47

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40 38 32 31 24 24 20 17 17 15 12 7

Próxima jornada (10/2/2013): Vasco da Gama-Aljustrelense, Sesimbra-Esp. Lagos, Lusitano VRSA-At. Reguengos, Moura-Juventude Évora, Castrense-Lagoa, Monte Trigo-U. Montemor.

1.ª Divisão – AF Beja 16.ª jornada

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Campeonato Distrital de Futebol Feminino (12.ª jornada): Serpa-Odemirense, 1-2; Ourique-CB Almodôvar, 18-1; Vasco Gama-Almansor, 2-1. Folga a CB Castro Verde. Líder: CB Castro Verde, 28 pontos. Próxima jornada (9/2): Vasco Gama-CB Almodôvar; CB Castro Verde-Serpa; Odemirense-Ourique.

Taça Distrito de Beja O Rosairense veio ao Complexo Fernando Mamede afastar o Desportivo de Beja

O “Distritalão” tem uma jornada com diversos polos de interesse

Um Rosário de motivações São mais os pontos que separam o Almodôvar e o Rosairense na tabela do que a escassa dezena de quilómetros entre a sede de concelho e a sua freguesia. Texto e foto Firmino Paixão

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as a rivalidade no jogo do próximo domingo assenta noutros vértices de motivação. O treinador e alguns jogadores que na época passada estavam no Rosário vestem hoje a camisola do Almodôvar. O Rosairense precisa de pontuar para não ser apanhado pelo Cuba e

Campeonato Distrital de Iniciados (14.ª jornada): Amarelejense-Odemirense, 1-4; Ourique -Bairro Conceição, 3-1; Vasco Gama-Despertar, 4-0; Serpa-Rio Moinhos, 0-1; Milfontes-Sporting Cuba, 8-0; Moura-Guadiana, 2-1. Folgou o Serpa. Líder: Odemirense, 33 pontos. Próxima jornada (10/2): Odemirense-Ourique; Bairro Conceição-Vasco Gama; Despertar-Serpa; Rio Moinhos-Milfontes; Sporting Cuba-Moura. Folga o Amarelejense.

Campeonato Distrital de Juniores (11.ª jornada): Desportivo Beja-Despertar, 1-4; Sobral da Adiça-Vasco Gama, 1-3; Odemirense-Cabeça Gorda, 4-0; Castrense-Aldenovense, 2-1. Líder: Despertar, 27 pontos. Próxima jornada (9/2): Despertar-Castrense; Vasco Gama-Desportivo Beja; Cabeça Gorda-Sobral da Adiça; Aldenovense-Odemirense.

39 33 33 32 29 26 22 19 18 14 12 12 11 11

Próxima jornada (10/2/2013): Odemirense-Aldenovense, Amarelejense-Serpa, Desp. Beja-Praia Milfontes, Almodôvar-Rosairense, Sp. Cuba-São Marcos, Piense-Bairro da Conceição, Cabeça Gorda-Guadiana.

Campeonato Distrital de Infantis (15.ª jornada): Série A: Desportivo Beja-Vasco Gama, 1-3; Ferreirense-NS Beja, 1-0; Alvorada-Sporting Cuba, 2-6; Bairro da Conceição-Alvito, 1-6. Folgou o Despertar A. Líder: Despertar A, 36 pontos. Próxima jornada (9/2): Vasco Gama-Bairro Conceição; NS Beja-Desportivo Beja; Sporting Cuba-Ferreirense; Despertar A-Alvorada. Folga o Alvito. Série B: CB Beja-Amarelejense, 3-17; Moura-Operário, 8-0; Serpa-Aldenovense, 1-5; Despertar B-Guadiana, 6-1. Folgou o Piense. Líder: Amarelejense, 39 pontos. Próxima jornada (9/2): Amarelejense-Despertar B; Operário-CB Beja; Aldenovense-Moura; Piense-Serpa. Folga o Guadiana. Série C: Almodôvar-Aljus trelense, 8-2; Odemirense-Renascente, 4-4; Boavista-Milfontes A, 6-2; Castrense B-Milfontes B, 1-10. Folgou o Castrense A. Líder: Odemirense, 37 pontos. Próxima jornada (9/2): Aljustrelense -Cas trense B; Renascente-Almodôvar; Milfontes A-Odemirense; Castrense A-Boavista. Folga o Milfontes B.

Campeonato Distrital de Juvenis (6.ª jornada): Aljustrelense-Despertar, 6-2; Desportivo Beja-Moura, 3-1; Castrense-Almodôvar, 3-0. Folgou o Serpa. Líder: Desportivo de Beja, 15 pontos. Próxima jornada (10/2): Almodôvar-Despertar; Aljustrelense-Desportivo Beja; Serpa-Castrense. Folga o Moura.

Aldenovense-Amarelejense............................................7-0 Serpa-Desp. Beja ................................................................3-1 Praia Milfontes-Almodôvar .............................................3-0 Rosairense-Sp. Cuba ..........................................................1-0 São Marcos-Piense ............................................................ 0-0 Bairro da Conceição-Cabeça Gorda ............................. 0-0 Guadiana-Odemirense ..................................................... 1-2 Almodôvar Praia Milfontes Odemirense Serpa Aldenovense Piense Rosairense Sp. Cuba Cabeça Gorda São Marcos Bairro da Conceição Guadiana Desp. Beja Amarelejense

Campeonato Distrital de Benjamins (15.ª jornada): Série A: Aljustrelense-Ferreirense A, 0-2; Despertar A-Desportivo Beja, 9-0; Vasco Gama-Alvito, 9-0; Sporting Cuba-Figueirense, 9-1. Folgou o Bairro Conceição. Líder: Ferreirense, 36 pontos. Próxima jornada (9/2): Ferreirense A-Sporting Cuba; Desportivo Beja-Aljustrelense; Alvito-Despertar A; Bairro Conceição-Vasco Gama. Folga o Figueirense. Série B: Piense-Despertar B, 4-1; Ferreirense B-Sobral da Adiça, 8-1; Santo Aleixo-CB Beja, 21-2; Serpa-Moura, 3-1. Folgou o NS Beja. Líder: NS Beja, 39 pontos. Próxima jornada (9/2): Despertar B-Serpa; Sobral da Adiça-Piense; CB Beja-Ferreirense B; Moura-NS Beja. Folga o Santo Aleixo. Série C: Rosairense-Odemirense, 1-13; Castrense-Almodôvar, 9-2; Ourique-São Marcos, 5-2; Renascente-Milfontes A, 9-0; Milfontes B-Boavista, 18-1. Líder: Odemirense, 43 pontos. Próxima jornada (9/2): Odemirense-Milfontes B; Almodôvar-Rosairense; São Marcos-Castrense; Milfontes A-Ourique; Boavista-Renascente.

pelo Cabeça Gorda e o Almodôvar não pode perder, porque deixará aproximar os rivais mais diretos. É nestes tons que se pinta o dérbi concelhio, em que o líder da prova é francamente favorito, mas nunca fiando. O outro jogo de grande cartaz é a deslocação do Aldenovense a Odemira, sendo que o Milfontes é claramente favorito na conquista dos pontos em Beja. O Serpa sai para Amareleja e o Piense joga em casa com o Bairro da Conceição. Em ambos os casos o favoritismo é dos mais cotados. Prognósticos favoráveis ao Cabeça Gorda e ao Cuba, visitados pelo Guadiana

e pelo São Marcos, adversários do seu campeonato. No fim de semana passado jogaram-se os quartos de final da Taça Distrito de Beja, prova já sem a presença dos quatro primeiros classificados do campeonato. Aldenovense e Piense terão a companhia do Rosairense e do Cabeça Gorda, agora o sorteio das meias-finais fará a restante seleção. Os resultados foram os seguintes: Desportivo de Beja-Rosairense, 1-2; Sporting de Cuba-Aldenovense, 0-1; Piense-São Marcos, 4-2; Amarelejense-Cabeça Gorda, 0-2.

Campeonato Distrital de Futsal (14.ª jornada): Vasco Gama-NS Moura, 3-4; IP Beja-Vila Ruiva, 4-2; Desportivo Beja-ADVN São Bento, 4-2; Ferreirense-Alcoforado, 2-2; Luzerna-Baronia, 2-2; Safara-Almodovarense, 3-13. Folgou o Barrancos. Líder: Baronia, 37 pontos. Próxima jornada (8/2): NS Moura-IP Beja; Vila Ruiva-Desportivo Beja; ADVN São Bento-Ferreirense; Alcoforado-Luzerna; Baronia-Safara; Almodovarense-Barrancos. Folga o Vasco Gama. Campeonato Nacional de Iniciados (2.ª fase 2.ª jornada): Despertar-Odiáxere, 3-0. Folgou o Desportivo de Beja. Líder: Louletano, 37 pontos; 2.º Despertar, 32. 7.º Desportivo Beja, sete. Próxima jornada (9/2): Desportivo Beja-Despertar. Campeonato Nacional de Juvenis (2.ª fase 2.ª jornada): Odemirense-Estoril, 2-5; Despertar-BM Almada, 1-2. Líder: Louletano, 38 pontos. 7.º Odemirense, 11. 8.º Despertar, nove. Próxima jornada (17/2): Odemirense-Despertar.


Série A: Ficalho-Quintos, 1-0; Luso Serpense-Pedrógão, 2-0. Folgaram Brinches e Salvadense. Líder: Ficalho, 19 pontos. Próxima jornada (9/2): Quintos -Brinches; Pedrógão-Ficalho. Folgam o Luso Serpense e o Salvadense.

Série B: Louredense-AC Cuba, 3-1; São Matias-Penedo Gordo, 2-2; Beringelense -Faro do Alentejo, 1-0. Folgou o Neves. Líder: Penedo Gordo, 25 pontos. Próxima jornada (9/2): Penedo Gordo-Neves; AC Cuba-Beringelense; Faro do Alentejo-São Matias. Folga o Louredense.

Série C: Vale d’Oca-Figueirense, 2-1; Messejanense-Jungeiros, 1-2; Santa Vitória-Mombeja, 2-0. Folgou o Alvorada. Líder: Vale d’ Oca, 31 pontos. Próxima jornada (9/2): Jungeiros-Alvorada; Figueirense-Santa Vitória; Mombeja-Messejanense. Folga o Vale d’ Oca.

Série D (9.ª jornada): Alcariense-Sanjoanense, 3-2; Fernandes-Albernoense, 0-1; Sete-Trindade, 1-2. Líder: Fernandes, 19 pontos. Próxima jornada (16/2): Sanjoanense-Fernandes; Trindade-Alcariense; Albernoense-Sete.

Série E: Santa Luzia-Lu zianes, 1-3; Relíquias-Colense, 2-1; Amoreiras Gare-Soneguense, 2-0. Folgou o Cercalense. Líder: Luzianes, 25 pontos. Próxima jornada (9/2): Colense-Cercalense; Luzianes-Amoreiras Gare; Soneguense-Relíquias. Folga o Santa Luzia.

Série F: Malavado-Campo Re dondo, 3-2; Bemposta -Ca valeiro, 2-0; Boavista -Mil fontes, 1-3. Folgou o Saboia. Líder: Saboia, 26 pontos. Próxima jornada (9/2): Cavaleiro-Saboia; Campo Redondo-Boavista; Milfontes-Bemposta. Folga o Malavado.

Série G (9.ª jornada): Almodovarense-Pereirense, 0-4; Naveredondense-Santaclarense; 1-1; Serrano-Santa Clara-a-Nova, 3-2. Líder: Santaclarense, 20 pontos. Próxima jornada (17/2): Pereirense-Naveredondense; Santa Clara-a-Nova-Almodovarense; Santaclarense-Serrano.

Seniores a Mexer Programa promove a saúde e o bem estar físico

Sucesso do programa Seniores a Mexer do Centro do Lidador

Seniores em movimento O Centro Social do Lidador disponibiliza aos reformados e pensionistas atividades físicas e de lazer que promovem a saúde e o bem-estar. O programa Seniores a Mexer tem cerca de 300 utentes. Texto e foto Firmino Paixão

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programa Seniores a Mexer é “uma atividade orientada pelo município de Beja, através do Centro Social do Lidador, em que as pessoas podem participar mediante o requisito serem reformados ou pensionistas”, revelou Edgar Calhau, técnico de Desporto da Câmara de Beja, especificando ainda que, para além da ginástica e da

hidroginástica, o Centro Social disponibiliza outros ateliês. “Tentamos, ao máximo, potenciar a condição física dos utentes, e, para além disso, também trabalhamos a questão psicológica e social que é tão ou mais importante que a física, procurando dar um aspeto muito lúdico a todas as atividades para que as pessoas se sintam confortáveis, divertidas, para que saiam daqui satisfeitas”, pormenorizou Edgar Calhau. O programa consta de atividades físicas adaptadas para idosos: “Exercícios semelhantes aos que muitas vezes fazemos com pessoas mais novas, mas tudo adaptado a estas classes etárias”, esclareceu o monitor. O programa tem tido uma adesão excelente. Cada utente pode praticar atividade

física duas vezes por semana e ainda uma sessão de hidroginástica. Edgar Calhau explicou que “quem quiser participar nestas atividades pode dirigir-se ao Centro Social do Lidador, possuir o tal requisito de reformado ou pensionista, inscreve-se no centro e depois pode participar gratuitamente em todos os ateliês”. O monitor esclarece ainda que é “feita uma avaliação prévia da condição física, prevenção de riscos e de doenças coronária”. “O programa tem cerca de quatro ou cinco anos e temos notado que quase todas as pessoas têm uma evolução positiva da sua condição física”, conclui Edgar Calhau. As ações decorrem no Pavilhão Municipal João Serra Magalhães e na Piscina Coberta de Beja.

Pista de Atletismo de Castro Verde com dupla jornada de formação

Maior proximidade das escolas O Triatlo Técnico Jovem e a 4.ª Jornada da Taça de Benjamins realizaram-se na Pista Simplificada de Castro Verde, com organização da Associação de Atletismo de Beja e o apoio da câmara local. Texto Firmino Paixão

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ma dupla jornada “essencialmente formativa”, caracterizou o diretor técnico regional, João Machado, explicando que “o triatlo é uma prova da campanha ‘Viva o Atletismo’, da federação portuguesa da modalidade, que tem mesmo a ver com a formação e, a nível regional, temos esta taça de benjamins, que tenta incutir junto dos mais novos algumas experiências que se aproximam da prática federada”.

O técnico pormenorizou que experiências anteriores têm trazido alguns miúdos para a modalidade: “Não tantos como desejávamos, porque existe aqui uma lacuna em relação à nossa proximidade com a escola, que não está a participar nas provas federadas, que é uma coisa que devia acontecer com maior frequência”. No entanto, referiu: “Paralelamente está a decorrer uma ação que chamamos o dia do atletismo, que já se fez em três escolas diferentes do distrito e está programada em mais seis. Envolvemos cerca de 500 alunos do 1.º ciclo e, nos próximos meses, prevemos chegar a muitos mais”. João Machado assinalou também que “os municípios têm sido muito importantes e fundamentais no desenvolvimento da modalidade”: “O de Castro Verde ainda mais,

porque tem sido um parceiro ininterrupto, ou seja, tem sido companheiro ao longo de muitos anos e agora, com esta nova pista, o desenvolvimento no concelho tem sido muito expressivo, contribuindo também para a sua melhoria no distrito”. Resultados do Triatlo Técnico Jovem Infantis

– masculinos: 1.º Rodrigo Coxilha (BNSC). Feminino: 1.º Ana Santiago (SRDE). Iniciados – masculinos: 1.º Francisco Vieira (BNSC). Feminino: 1.º Ana Braga (BAC). Juvenis – masculino: 1.º Júlio Brissos (ZA). Feminino: 1.º Rosário Silva (NARM). Equipas: 1.º BNS Conceição, 6 029 pontos. 2.º Beja Atlético Clube, 4 819. 3.º FC Castrense, 4 451. 4.º Nar Messejana, 3 385. 5.º SRD Entradense, 3 323. 6.º ACR Zona Azul, 2 426. 7.º JD Neves, 1 377.

Hoje palpito eu...

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Manuel Abundância

Diário do Alentejo 8 fevereiro 2013

Taça Fundação Inatel – 12.ª jornada

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omo é que um dos mais eficazes “pontas de lança” do futebol bejense iniciou a sua carreira a defesa central? Uma boa pergunta! Manuel Abundância foi mais um produto da excelente “cantera” do Sporting de Cuba, clube onde fez o percurso formativo até júnior (1975 a 1980), sendo mais tarde dispensado ao Baronia (2.ª divisão), sempre nos lugares de médio e defesa central. Uma época depois regressou a Cuba, onde fez dupla defensiva com António Mosca (então líder da equipa), que resolveu experimentá-lo na posição de ponta de lança. E foi assim que começou a carreira de sucesso deste goleador nato, um jogador de área, perspicaz e oportuno, gerador de uma invulgar abundância de golos. No seu percurso de jogador representou, para além do emblema da sua terra natal, o Desportivo de Beja, o Moura, Serpa, Juventude de Évora e o Cabeça Gorda (quase sempre na 3.ª divisão nacional, com exceção dos eborense que militavam na segunda). A partir de 2001, quer em Cabeça Gorda, quer em Cuba, assumiu a condição de treinador/jogador. O seu currículo foi enriquecido com uma experiência na área da inserção social, como técnico do Centro Social Bairro da Esperança no projeto de futebol de rua. Atualmente, com 50 anos de idade, está afastado do futebol ativo, mantendo-se como observador atento deste desporto na região alentejana.

(X) ODEMIRENSE/ALDENOVENSE São equipas do mesmo campeonato e embora o Odemirense jogue em casa tem pela frente uma equipa que procura um lugar no pódio. (2) AMARELEJENSE/SERPA O Serpa, com maior ou menos dificuldade, terá argumentos suficientes para sair vitorioso. (2) DESPORTIVO DE BEJA/MILFONTES Será muito difícil ao Desportivo resistir a um Milfontes que nos últimos anos tem jogado para os lugares cimeiros (1) ALMODÔVAR/ROSAIRENSE O líder não encontrará dificuldades, no seu reduto, para somar mais três pontos. (1) SPORTING DE CUBA/SÃO MARCOS A qualidade do Cuba e o facto de jogar em casa são mais do que suficientes para vencer, mas cuidado com a experiência dos adversários. (1) PIENSE/BAIRRO DA CONCEIÇÃO O valor da equipa, a tranquilidade da posição na tabela e o fator casa conferem ao Piense o favoritismo suficiente para vencer uma equipa de um campeonato diferente. (1) CABEÇA GORDA/GUADIANA A jogar contra o “lanterna vermelha”, o Cabeça Gorda não poderá deixar de consolidar a sua posição na tabela.


Columbofilia: primeiro treino oficial

Diário do Alentejo 8 fevereiro 2013

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Uma solta desde a localidade espanhola de Alosno constitui o primeiro treino oficial da campanha desportiva 2013 da Associação Columbófila do Distrito de Beja. A linha de voo é de 80 quilómetros para a zona centro leste e 85 quilómetros para a zona sul.

Basquetebol A equipa sénior do Beja Basket Clube perdeu em Reguengos Monsaraz (78/69) em jogo a contar para a 7.ª Jornada do Nacional da 2.ª Divisão de Basquetebol, fase Inter-Regional Sul. Na próxima ronda (17/2) a equipa bejense joga em casa com o Ferragudo.

Taça de Portugal em hóquei em patins

O Castrense e o Hóquei de Santiago do Cacém vão disputar entre si a segunda eliminatória da Taça de Portugal, enquanto o Estremoz jogará no seu reduto contra o Hóquei da Mealhada. Os jogos disputam-se no dia 23 deste mês.

Duatlo Jovem de Grândola A Federação de Triatlo de Portugal, em parceria com a Câmara de Grândola, realizam no próximo dia 17 o Duatlo Jovem 2013 (BBI e corrida), prova pontuável para o Campeonato Nacional Jovem. O certame é dirigido aos escalões de benjamins, infantis, iniciados e juvenis.

11.º Grande Prémio de Atletismo de Grândola Meio milhar de atletas no Circuito José Afonso

Prokopcuka (Letónia) e Chavkin (Rússia) dominaram

Fraternidade com perfume do leste Nikolay Chavkin, atleta olímpico russo, de 28 anos, especialista em 3 000 metros obstáculos, e Jelena Prokopcuka, 36 anos, maratonista da Letónia, dominaram o 11.º Grande Prémio de Atletismo – Circuito José Afonso, disputado em Grândola. Texto e foto Firmino Paixão

F

oi com naturalidade que os dois categorizados atletas oriundos do leste europeu saíram do pelotão para vencerem o 11.º Grande Prémio de Atletismo, organizado pela Junta de Freguesia de Grândola e que contou com a presença de 80 equipas e mais de meio milhar de atletas, nas categorias de seniores e veteranos. Chavkin é especialista nos 3 000 metros obstáculos e habitual frequentador dos palcos olímpicos. A letã Jalene tem no currículo uma dezena de vitórias em maratonas internacionais como a de Nova Iorque (2005/6), Osaka (2005) e Paris (2002/3/9), entre outras. Prokopcuka não só venceu o escalão feminino como foi 13. ª classificada

da geral (a 3’13 do vencedor absoluto), o que atesta a valia da atleta da Letónia. Nos lugares imediatos do escalão feminino ficaram as russas Eugénia Danilova (2.ª) e Elena Zadorozhnaya (3.ª), e a melhor portuguesa foi Ana Ferreira (GD Estreito). Nos seniores masculinos o 2.º classificado foi o individual Hermano Ferreira, à frente do letão Valery Zholnerovich (3.º) e de Bruno Paixão (4.º), do AC Portalegre. Nos veteranos, destacaram-se dois atletas do Beja Atlético Clube (excelente 7.º lugar nas equipas), João Gonçalves, que fechou o top 10 do grupo II, e Jorge Fontes, oitavo no escalão IV. Na hora do balanço, Fátima Luzia, presidente da Junta de Freguesia de Grândola, disse: “Foi com muito orgulho que realizámos mais uma edição do Grande Prémio de Atletismo Circuito José Afonso, e também a 9.ª Corrida dos Miúdos e Graúdos, não obstante todas as dificuldades e os constrangimentos a que todos estamos sujeitos”. E acentuou: “Continuamos a apostar nestes eventos, porque Grândola está sempre de braços abertos para quem nos queira visitar e participar nestas provas”.

A autarca da Vila Morena aproveitou para sublinhar o esforço deste investimento, mas referiu: “Apesar dos cortes a que estamos sujeitos, a junta de freguesia tem as contas equilibradas, com muito rigor e dedicação, não só do executivo mas, principalmente, dos nossos funcionários, que estão sempre completamente disponíveis para colaborarem nestes eventos, tal como os muitos voluntários que aqui nos ajudaram”. Não obstante o mar de atletas que cumpriu o percurso de 10 000 metros, a corrida foi menos participada do que em anos anteriores, ausências que a autarca justificou: “As coisas estão más, não só para as autarquias mas também para a população em geral. A crise está a acentuar muito as dificuldades da população em todo o País e a presença nestes eventos ressente-se, por isso deixo o reconhecimento a todos os concorrentes que fizeram o esforço de aqui estarem connosco e asseguro que tudo faremos para que esta prova continue no calendário”. Este ano a prova teve como novidades a presença de artesões locais, dando a conhecer os produtos e a gastronomia da terra, o que levou a autarca a afirmar que

“Grândola deu um abraço muito fraterno a todos, atletas e acompanhantes, na esperança de que voltem sempre e na expectativa de que no próximo ano possamos regressar com esta prova”.

RESULTADOS: Seniores – masculinos: 1.º Nikolay Chavkin (Rússia), 29,30’; 2.º Hermano Ferreira (individual), 29,34’; 3.º Valery Zholnerovich (Letónia), 29.39’; 4.º Bruno Paixão (AC Portalegre), 29.56’; 5.º Carlos Silva (Sporting), 30.05. Femininos: 1.ª Jelena Prokopcuka (Letónia), 32-43’; 2.ª Eugénia Danilova (Rússia), 34.01’; 3.ª Elena Zadorozhnaya (Rússia), 34.19’; 4.ª Ana Ferreira (Estreito), 34.45’; 5.ª Vera Nunes (Benfica), 35.21. Veteranos – femininos 1: 1.ª Chantal Xhervelle (BºCasal), 39.40’. Femininos 2: 1.ª Ana Duarte (Alvitejo), 38.47’. Veteranos masculinos – escalão 1: 1.º Bruno Fraga (Reboleira), 31.35’. Escalão 2: 1.º Alex Scutaru (GDRC), 32.01’. Escalão 3: 1.º João Vaz (Alvitejo), 32.40. Escalão IV: 1.º Alexandre Soares (Porto Salvo), 34.21. Escalão V: 1.º Silvestre Gomes (Pobrezinho), 34.33’. Escalão VI: 1.º Fernando Chamusca (Odimarq), 38.52.

Saudade José Saúde

Vozes desembargadas levavam os arautos da bola bejense a proclamarem, em tempos, que o Desportivo era, inquestionavelmente, a bandeira da região. Confesso que nunca fui afável a esses ditos populares que outros pomposamente defendiam. Ocupado com o prodígio do futebol em toda a sua linha, limito-me a constatar uma realidade ímpar que me transmitia que no velho Flávio dos Santos morava uma excelente equipa que tinha a sua sede mãe na rua dos Sembranos e que a nível nacional levava o nome da velha Pax Julia e do Alentejo ao mais recôndito lugar nesta pátria de Camões. O Desportivo era o emblema, com rosto, que deixava embevecido o povo alentejano. Jornadas de autênticas glórias desportivas que deixavam os amantes do desporto-rei nos píncaros da lua. Foram anos de explosiva difusão. O Desportivo militava com regularidade no escalão secundário nacional no tempo em que existiam, apenas, a primeira e a segunda divisões. Nas suas fileiras militaram jogadores de renome e das suas alas saíram atletas para o consagrado palco primodivisionário nacional. Essa é uma incontestável verdade que cruza a veracidade do presente. O impacto do passado reveste-se somente de uma saudade imensa. Olho para o atual deslumbramento e esvoaço o meu olhar em planetas outrora inimagináveis. Talvez que o pensamento desses longínquos tempos não me dava asas para subir acima das nuvens e vislumbrar pretensos cenários futuros. Mas a verdade de agora traça panoramas deveras antagónicos. É justo explicitar o presente e trazer à rama a evidente realidade constatada com o Moura AC, com o Mineiro Aljustrelense, com o Castrense e com o Vasco da Gama da Vidigueira, os nossos legítimos representantes no futebol nacional (III divisão). Na montra da saudade residem resquícios onde o Desportivo de Beja foi no passado rei e senhor. Alimentemos porém a esperança num amanhã risonho!


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22 Diário do Alentejo 8 fevereiro 2013

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JOSÉ ANTÓNIO BOTO RAMOS CALADO, de 53 anos, natural de Pena Lisboa, solteiro. O funeral a cargo desta Agência, realizou-se no passado dia 01, do Hospital de Beja, para o cemitério de Beja.

D. MARIA ROSA DAS DORES ARSÉNIO, de 71 anos, natural de Salvador Beja, viúva. O funeral a cargo desta Agência, realizou-se no passado dia 02, das Casas Mortuárias de Beja, para o cemitério local.

Doutor JOAQUIM ALEXANDRE, de 84 Anos, natural de Castanheira Guarda, viúvo. O funeral a cargo desta Agência, realizou-se no passado dia 02, da Igreja Paroquial do Carmo, para o cemitério de Beja.

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D. MARIA ANTÓNIA MURTEIRA D'AYRES, de 86 anos, natural de Santa Vitória - Beja, viúva. O funeral a cargo desta Agência, realizou-se no passado dia 03, da Casa Mortuária de Santa Vitória, para o cemitério local.

D. VITÓRIA FRANCISCA LEONARDO, de 83 anos, natural de Santa Vitória Beja, viúva. O funeral a cargo desta Agência, realizou-se no passado dia 03, das Casas Mortuárias de Beja, para o cemitério local.

JOÃO FIGUEIRA PAIXÃO, de 85 anos, natural de Salvada - Beja, casado com a Exma. Sra. D. Adelaide Maria. O funeral a cargo desta Agência, realizou-se no passado dia 04, da Casa Mortuária da Salvada, para o cemitério local.

†. Faleceu o menino RUI ANDRÉ BALICHA DE BRITO, de 15 anos, natural de Santiago Maior - Beja, solteiro. O funeral a cargo desta Agência, realizou-se no passado dia 05, das Casas Mortuárias de Beja, para o cemitério de Ferreira do Alentejo.

Às famílias enlutadas apresentamos as nossas mais sinceras condolências. Consulte esta secção em www.funerariapax-julia.pt ou siga-nos em www.facebook.com/funepaxjulia Serpa PARTICIPAÇÃO E AGRADECIMENTO

AGRADECIMENTO

Nasceu a 11.07.1996 Faleceu a 25.01.2013 Sua família, na impossibilidade de o fazer pessoalmente, agradece por este meio a todas as pessoas que o acompanharam à sua última morada ou que de outro modo manifestaram o seu pesar.

AGÊNCIA FUNERÁRIA ESPÍRITO SANTO, LDA. Tm.963044570 – Tel. 284441108 Rua Das Graciosas, 7 | 7960-444 Vila de Frades/Vidigueira

Beja

Faleceu em 06/02/2008 5.º Ano de Eterna Saudade Querido filho, estão passados 5 anos sobre o triste dia em que nos deixaste fisicamente para sempre, mas nas nossas mentes e corações a tua querida imagem está sempre presente. A nossa dor e saudade, essas só não passam nunca como antes aumentam em cada ano que passamos sem a tua querida presença. Teus Pais: Inácia e António Caeiro

Rui André Balicha de Brito

Esposa, filhos, irmãs e restante família cumprem o doloroso dever de participar o falecimento do seu ante querido ocorrido no dia 28/01/2013, e na impossibilidade de o fazerem individualmente vêm por este meio agradecer a todas as pessoas que o acompanharam à sua última morada ou que de alguma forma manifestaram o seu pesar.

Nasceu em 23.01.1998 Faleceu em 01.02.2013 A Casa Pia de Beja, na impossibilidade de o fazer pessoalmente, agradece a todos aqueles que o acompanharam à sua última morada, ao Serviço de Urgência do Hospital de Beja e ao Serviço de Cuidados Intensivos Pediátricos do Hospital de Santa Maria.

CAMPAS E JAZIGOS | DECOR AÇÃO CONSTRUÇÃO CIVIL “DESDE 1800” Rua de Lisboa, 35 / 37 Beja | Estrada do Bairro da Esperança Lote 2 Beja (novo) Telef. 284 323 996 – Tm.914525342

marmoresmata@hotmail.com

DESLOCAÇÕES POR TODO O PAÍS

Vale de Açor PARTICIPAÇÃO, AGRADECIMENTO E MISSA DO 30.º DIA

Vitorino José Marques Caeiro

Serpa PARTICIPAÇÃO E AGRADECIMENTO

Leopoldo Aleixo Troncão

Nasceu a 06.03.1923 Faleceu a 28.01.2013 Sua família, na impossibilidade de o fazer pessoalmente, agradece por este meio a todas as pessoas que o acompanharam à sua última morada ou que de outro modo manifestaram o seu pesar.

Carlos Manuel Teixeira Lopes N. 06-02-1973 F. 24-01-2013 “Todos somos visitantes deste tempo, deste lugar; estamos só de passagem…e tu, nosso irmão querido, já voltaste para a nossa casa eterna. Que a tua luz brilhe no céu e nos guie como uma estrela…” Mãe, filho, irmãos e restante família cumprem o doloroso dever de participar o falecimento do seu familiar ocorrido no dia 24/01/2013, e na impossibilidade de o fazerem individualmente vêm por este meio agradecer a todas as pessoas que o acompanharam à sua última morada ou que demonstraram o seu pesar. Informam também que será celebrada missa no dia 24/02/2013, domingo, às 15 horas, na igreja de Vale de Açor de Cima, e agradecem desde já a todos os que se dignarem assistir ao ato religioso.

Conversa com Jesus Cristo

António Francisco Canhita

VENDE-SE Aljustrel Moradia, no centro, sc 256,8 m2 e sd 592,22 m2. Valor 175.000,00 euros. Contactar pelo tm. 939865344

Filhos, netos e restante família cumprem o doloroso dever de participar o falecimento do seu ente querido ocorrido no dia 31/01/3013, e na impossibilidade de o fazerem individualmente vêm por este meio agradecer a todas as pessoas que o acompanharam à sua última morada ou que de outra forma manifestaram o seu pesar.Carmo, em Beja, agradecendo desde já a todos os que se dignarem comparecer.

Converse com Nosso Senhor Jesus Cristo todos os dias, sempre que esteja só, durante nove dias rezar esta oração para alcançar a graça que tanto precisa. Meu Deus Nosso Senhor Jesus Cristo, em Vós deposito toda a minha confiança, porque vós sabeis de tudo. Pai e Senhor do universo, Vós fizeste o paralítico andar, o leproso sarar, o morto voltar a viver. Vós que vedes minhas angústias bem sabes divino amigo como preciso alcançar de Vós esta grande graça (pede-se a graça com fé). A minha oração convosco, Meu Senhor Jesus Cristo, dá-me ânimo e fé para viver. Só de Vós espero com fé e confiança esta graça (pedir a graça com fé). Fazei Divino Jesus Cristo, que antes de terminar esta conversa que terei convosco durante nove dias, eu alcance esta graça que peço com fé. Com gratidão mandarei publicar esta oração para que outras pessoas que precisam de Vós aprendam a Ter fé, confiança na Vossa compaixão, guiai os meus passos e iluminai o meu caminho assim como o Sol ilumina o amanhecer. Rezar um Pai Nosso e Ave Maria. M.A.F.


institucional diversos

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Diário do Alentejo n.º 1607 de 08/02/2013 Única Publicação

Todas as semanas os leitores do “Diário do Alentejo” vão ter descontos. Os anúncios desta secção pretendem, por um lado, dar um impulso à economia local e, por outro, ajudar os consumidores neste tempo de crise. Aproveite as oportunidades.

CÂMARA MUNICIPAL DE MOURA

EDITAL ATRIBUIÇÃO DE 3 LOTES NA UP11 José Maria Prazeres Pós-de-Mina, Presidente da Câmara Municipal de Moura, no uso dos poderes que lhe são conferidos no artigo 68° da Lei 169/99, de 18 de Setembro, alterada pela Lei n°5-A/2002 de 11 de Janeiro e no cumprimento da deliberação da reunião ordinária da Câmara Municipal de 23 de Janeiro de 2013 e artigo 10º do Regulamento Municipal de Atribuição de Lotes e Parcelas para instalação de Actividades Económicas, torna público que se vai proceder: À atribuição de 3 Lotes da UP11, por Acordo Directo, na modalidade de propriedade plena: a) Lote n°2 (fase 1 da UP11): lote com o artigo matricial 3546, freguesia de Santo Agostinho, Moura, com a área total de 5862,00m2, área máxima de implementação de 2931,00 m2 e área bruta de construção de 3517,20 m2. Confrontações a Norte: arruamento: Sul e Nascente: C.M. Moura: Poente: Área Verde: b) Lote n°3 (fase 1 da UP11): lote com o artigo matricial 3547, freguesia de Santo Agostinho, Moura, com a área total de 5838,00m2, área máxima de implementação de 2919,00m2 e área bruta de construção de 3508,08m2. Confrontações a Norte: arruamento: Sul: C.M. Moura; Nascente: C.M. Moura: Poente: C.M. Moura. c) Lote n°4 (fase 1 da UP11): lote com o artigo matricial 3548, freguesia de Santo Agostinho, Moura, com a área total de 5560,00m2, área máxima de implementação de 2780,00m2 e área bruta de construção de 3336,00m2. Confrontações a Norte: arruamento; Sul: C.M. Moura: Nascente: CM. Moura; Poente: C. M. Moura. Atendendo às particularidades da UP11 que integra o Parque Tecnológico de Moura a cedência dos lotes será efetuada por aplicação dos critérios estipulados no n°3 do artigo 25º do Regulamento Municipal de Atribuição de Lotes e Parcelas para instalação de Atividades Económicas e por ordem decrescente de importância, a saber: a) Empresas do sector energético particularmente no domínio das energias renováveis; b) Empresas do sector automóvel ou de construção civil com uma intervenção evidente nos domínios da mobilidade e que recorra a tecnologias assentes em energias renováveis, nos domínios da construção sustentável ou da eficiência energética; c) Empresas que desenvolvam actividades, consideradas complementares, no carácter vocacional do Parque Tecnológico Municipal. Em caso de empate de propostas que preencham os critérios determinados, o desempate será feito através dos critérios gerais, estipulados no artigo 11° do Regulamento, e por ordem decrescente de importância, a saber: a) Reinstalação de atividades localizadas na malha urbana da cidade e que provoquem incómodos ambientais ou sobrecargas nas infraestruturas sendo de considerar, preferencialmente, as localizadas no centro histórico da cidade de Moura definido no respetivo Plano de Salvaguarda: b) Localização da sede social da empresa no concelho de Moura devendo a sede corresponder à sede real e efetiva e não apenas à sede estatutária: c) Número de postos de trabalho líquidos a criar, especialmente destinados a trabalhadores do Concelho; d) Volume de investimento a efetuar. O preço de venda dos lotes, por Acordo Directo, para o ano de 2013 é fixado em 1 € (um euro) por metro quadrado. As entidades interessadas e que reúnam as condições específicas enunciadas bem como as gerais de acesso estabelecidas no artigo 3° do Regulamento Municipal de Atribuição de Lotes e Parcelas para Instalação de Actividades Económicas devem preencher e entregar o Modelo de Candidatura disponível na Divisão de Planeamento e Administração Urbanística da C.M.M. ou em www.cm-moura.pt até ao dia 8 de Março de 2013, às 16h00, na Câmara Municipal de Moura. No procedimento por Acordo Directo as entidades estão obrigadas ao cumprimento do estipulado nos Regulamentos aplicáveis da Câmara Municipal de Moura e demais legislação que se aplique à instalação das actividades que pretendam desenvolver nos lotes de terreno a atribuir. E PARA CONSTAR se lavrou o presente Edital e outros de igual teor, aos quais vai ser dada a devida publicidade. Moura, 5 de Fevereiro de 2013 O Presidente da Câmara Municipal de Moura José Maria Prazeres Pós de Mina

ASSINATURA Praceta Rainha D. Leonor, Nº 1 – Apartado 70 - 7801-953 BEJA • Tel 284 310 164 • E-mail publicidade@diariodoalentejo.pt Redacção: Tel 284 310 165 • E-mail jornal@diariodoalentejo.pt Desejo assinar o Diário do Alentejo, com início em _______________, na modalidade que abaixo assinalo: Assinatura Anual (52 edições):

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*A assinatura será renovada automaticamente, salvo vontade expressa em contrário* Cheques ou Vales Postais deverão ser emitidos a:

AMBAAL – Associação de Municípios do Baixo Alentejo e Alentejo Litoral

Vale €1,20 em abastecimentos superiores a 20 litros

descontos atÉ

6 cÊnt.

1. Válido nos Postos BP Beja Luzias, BP Beja Variante e BP Beja Castilho; 2. Este vale só poderá ser descontado no ato de pagamento de abastecimentos iguais ou superiores a 20 lts., até um máximo de 3 vales por abastecimento (60 lts); 3. Este vale não é acumulável com outras campanhas desconto a decorrer no Posto de Abas-

por litro

tecimento; 4. Este vale só é válido para abastecimentos

desconto em combustÍvel

com cartões: Routex, Azul e de Sócio ACP; 5. Nenhuma

atÉ 30 de abril

em combustíveis cujos pagamentos não sejam efetuados responsabilidade será aceite nos seguintes casos: perda, roubo ou danificação do vale quer tenha sido utilizado ou não; 6. Este vale não pode ser trocado por dinheiro; 7. Válido até 30 de abril de 2013.


Crianças portuguesas desenham “Água: Fonte de Vida”

Diário do Alentejo 8 fevereiro 2013

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Empresas

A Bayer e a UNEP – Programa das Nações Unidas para o Ambiente – juntam-se pelo 22.º ano consecutivo para desafiarem as crianças entre os seis e os 14 anos a expressarem, através de desenho, a importância da “água enquanto fonte de vida”. Destinado a sensibilizar os mais novos para as preocupações ambientais do planeta, o Concurso Internacional de Desenho Bayer/UNEP apela

à participação de todas as crianças, terminando a 25 de fevereiro o prazo para a entrega dos desenhos portugueses. Nas últimas edições, o Concurso Internacional de Desenho Bayer/UNEP, que envolveu cerca de quatro milhões de crianças de perto de 100 países, tem tido Portugal como presença assídua, sendo de referir que em 2009, na 18.ª edição, Patrícia Santos, de 14 anos, foi a vencedora europeia.

Encontros Eno-gastronómicos A Adega Ervideira prepara-se para dar corpo a uma nova ação de promoção de imagem, em que irá aliar a excelência dos vinhos que produz à diversidade da gastronomia portuguesa. Para o efeito, desenvolveu os Encontros Eno-gastronómicos, conceito que irá percorrer Portugal, explorando a ligação dos seus vinhos aos pratos de cada região em particular, mostrando o que de melhor se faz no País. A Adega Ervideira resolveu mostrar que os seus vinhos têm uma capacidade de harmonizar com pratos ricos e diferenciados, pelo que a proposta é a de, ao longo de 2013, visitar mensalmente uma região diferente, realizando os encontros num restaurante de referência, onde se procurará mostrar e casar a melhor gastronomia nacional com os melhores vinhos da Adega Ervideira.

Câmara de Odemira e Millennium Bcp estimulam empreendedorismo A Câmara de Odemira e o Millennium Bcp estabeleceram um protocolo que tem como objetivo dinamizar o empreendedorismo junto da população daquele concelho. Através do protocolo, pretende-se reforçar o papel do Microcrédito Millennium Bcp como uma alternativa de financiamento e de viabilização do empreendedorismo. Na conjuntura atual, esta é “uma necessidade vital para a dinamização do tecido empresarial e para a criação de emprego”, sublinha o banco. A parceria visa agilizar procedimentos no acesso ao microcrédito, uma vez que, o município está a desenvolver medidas de apoio às empresas e às famílias para combater o desemprego e exclusão social e contribuir para a retoma económica na região.

O Be Beja Bej jaPa Parq rqu rq ue Hot otel tel el é u uma ma ma unid un nid ida dad ade ho hotteeleeiirra q qu ue es está tá lo ocaliza zaada da num uma da das pr p in nci cipa paiiss entrad en das as d dee B Beeja ja. C Co omp m po ossto o por um po u saallão ã p par aarra fe festtaass e banqueete tes, um re ressttau a rant raant nte nte com co m ser serv se r viç iço o es espe peci ciallizad izad do, o com m ga gassttro ono nomi miia rreegion m gi naall e cont nttem e mp po orââne neaa, a, um maa árreea ex exteern na co om ja j rd rdim, im m, um m par arqu ue pr p ivvad do dee est s acciio on naame ment nto, o,, um maa sui uite te exxcl c usiv usivva pa p rraa noi oivo vo os e va vari var riad iad ados o alloj ojam am mentos tos no to o hot o eell, re reún úne toda to d s ass co on ndiiççõ ões e p par arra qu quee qu q ual alqu quer qu e ccaaassam er men nto to ssee to torn rnee um mom omen e to úni en nico co d dee so sonh nho. o.

Tudo o que os noivos necessitam para uma cerimónia de sonho

BejaParque Hotel foi palco para Casamentos a Sul 2013 Foi no passado dia 26 de janeiro que se realizou, pelo segundo ano, o evento Casamentos a Sul 2013, com o propósito de proporcionar uma visão integrada da oferta existente na região de Beja a todos os noivos e noivas interessados em programarem o seu casamento. O BejaParque Hotel foi o espaço que acolheu 11 empresas que divulgaram o melhor dos seus produtos em matéria de casamentos. Publireportagem Sandra Sanches

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sta foi a segunda edição do evento Casamentos a Sul 2013 realizada no BejaParque Hotel e já deu muito que falar. Com a presença de várias empresas e de um vasto público, entre eles potenciais noivos, o evento não só serviu para divulgar as instalações daquela unidade, que num só espaço reúne todas as condições para se celebrar toda a cerimónia envolvente ao casamento, mas, sobretudo, para promover as empresas da zona, para que as mesmas, segundo afirmou Francisca Barrelas, do grupo de gestão de eventos do hotel, “conheçam melhor este mercado do casamento e acabem por tirar mais potencialidades do mesmo”. No evento marcaram presença Jorge Salvador (fotografia), VideoPlanos (filmagem),

Promesso (vestuário de noivos, acessórios e lingerie), Irene & Cristina (cabeleireiros), Ourivesaria Miranda (alianças), XSXL (vestuário de crianças e acessórios), Halcon Viagens (viagens de lua de mel), Academia de Vénus (cosmética erótica), PhycoSpa (maquilhagem), Banda Alto e Bom Som (música) e Doçaria Conventual (bolos para noivos). E porque ainda há quem case, Francisca Barrelas é da opinião que os noivos “ficaram satisfeitos com o que viram” nesta matéria. As empresas participantes, em termos gerais, referiram ao “Diário do Alentejo” que o feedback que têm tido após eventos do género tem sido muito positivo, situação que as faz regressar e marcar presença no evento. Apesar de se registar uma quebra em termos de procura, este é ainda um mercado com saída. Célia Moedas, proprietária da Promesso, referiu que, à semelhança do ano anterior, o retorno foi imediato: “Realizei algumas vendas e espero ainda alguns contatos por parte de novos clientes”. É na Promesso, que tem novas instalações desde o verão, que a empresária diz ter tentado trazer para a cidade de Beja alguma oferta que até então não existia e nesse sentido trabalha com algumas marcas que até mesmo em Lisboa os clientes dizem não encontrar facilmente como é o caso da marca do Grupo Rosa Clará. A Promesso, boutique que disponibiliza vestidos de noiva e fatos de

noivo, assim como vestidos de cerimónia, fatos de homem, sapatos, lingerie, acessórios e bijuteria, conta com um atendimento familiar, que Célia Moedas diz ser necessário para a ocasião, apoiando os noivos no que eles necessitem. Célia Moedas, à semelhança de Francisca Barrelas, é da opinião que o público nestas alturas “deve procurar, escolher, analisar e, depois sim, optar”. A empresária defende, contudo, que se deve comprar na cidade, para que “o dinheiro circule cá”, numa lógica de combate ao desemprego e ao fecho de grandes lojas de qualidade inigualável. Francisca Barrelas, mentora do Casamentos a Sul 2013, não escondeu a satisfação pelo evento que proporcionou, não só no que toca à venda dos casamentos e do partido que se tirou do momento, “mas porque se sentiu da parte do público mais recetividade”. Notou-se que “houve diferenças significativas relativamente à primeira edição, no entanto, ambas positivas”, afirmou. As empresas parceiras, e “sobretudo amigas”, segundo Francisca Barrelas, unem-se nestas ocasiões com as suas ideias e perspetivas, “mesmo face ao cenário económico do País”, pois ainda consideram o mercado dos casamentos “razoavelmente bom”. Francisca Barrelas espera contar no futuro com o companheirismo das mesmas e de outras empresas para eventos desta natureza.

Alunos de Sines apresentam empresas criadas no âmbito do Empreender na Escola Dois grupos de alunos da Escola Secundária Poeta Al Berto e da Escola Tecnológica do Litoral Alentejano apresentaram, no final de janeiro, as “empresas” que criaram no âmbito do programa Empreender na Escola. A iniciativa baseia-se na constituição de uma empresa na sala de aula e propõe aos alunos gerir a sua própria empresa durante um ano letivo. Liderado pela Câmara de Sines, o programa é executado pelo Sines Tecnopolo, com o apoio técnico da Universidade do Algarve, que tem como objetivo capacitar os jovens de “ferramentas necessárias ao seu projeto de vida”, segundo refere Emérico Gonçalves, diretor da Escola Secundária Poeta Al Berto.

Santiago do Cacém acolhe rastreios auditivos gratuitos A Ótica Elsa, em parceria com o centro MiniSom, promove hoje, sexta-feira, entre as 9 e 30 e as 18 e 30 horas, um rastreio auditivo gratuito e sem compromissos, aberto a toda a população, nas instalações da referida ótica, em Santiago do Cacém. Esta iniciativa da Ótica Elsa, em parceria com a MiniSom, líder especialista em serviços e aparelhos auditivos, pretende informar e sensibilizar a população da região para fatores de risco associados à perda auditiva, assim como alertar para a importância de um diagnóstico precoce como fator decisivo numa reabilitação eficaz e detetar casos ainda não diagnosticados de perda auditiva na zona.


À solta Para os pais que não dispensam uns dias de folia, ainda estão a tempo de fazerem um fato para os que ainda precisam de ser levados ao colo. Simples e barato.

Dica da semana Como escolhemos um livro em que os animais são mestres na camuflagem resolvemos mostrar-te parte do trabalho que Ana Ventura tem desenvolvido sob o tema (in)visíveis. Ana Ventura formou-se em Belas Artes, mas tem tocado um pouco nas várias áreas de expressão artística como a gravura ou até mesmo a ilustração. Criadora de produtos que vão desde fita-colas ilustradas à roupa e acessórios, desde 2009 que nos tem surpreendido com um olhar muito particular em busca daquilo que a maioria não vê, reinventando a realidade. Descobre mais em http://www. anaventura.com

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A Biblioteca Municipal de Odemira promove amanhã, sábado, pelas 14 e 30 horas, um ateliê de máscaras de Carnaval, com o objetivo de desafiar as crianças odemirenses a construírem os seus próprios disfarces. Cada criança “terá a oportunidade de explorar todo o imaginário associado ao Carnaval, escolhendo diferentes temas e criando a sua máscara em papel ou em gesso”. O ateliê visa “estimular a curiosidade artística e intelectual no âmbito da cultura e tradições carnavalescas”.

Diário do Alentejo 8 fevereiro 2013

Ateliê de Carnaval na Biblioteca de Odemira

A páginas tantas... Chegou recentemente às livrarias Ocultos de Xulio Gutiérrez e Nicolás Fernández e é o 4.º volume da coleção “Animais Extraordinários”. Como tu bem sabes, a natureza está em permanente mutação e por sua vez as espécies veem-se obrigadas a adaptarem-se a novos ecossistemas. Muitas das espécies não aguentam estas mudanças e acabam por se extinguir. No entanto, há um sem número de outras espécies mais versáteis que acabam por iniciar uma nova etapa neste complexo que é a natureza. Ocultos traz-nos ilustrações soberbas, mas ensina-nos, sobretudo, como é que determinados animais são peritos na camuflagem e por sua vez no mimetismo. Um livro editado pela Kalandraka, sob a chancela da Faktoria K, para descobrir em cada página.


28 Diário do Alentejo 8 fevereiro 2013

O Tati é um cão sénior, tímido mas dócil, à procura de um novo dono… Apesar de ter sido acarinhado pelo seu dono anterior, este vive agora num lar e não pode tratar do seu companheiro de quatro patas. É muito triste depois de anos de conforto ter de viver agora num canil, com frio e cheio de saudades de um lar. É de porte pequeno e muito bonito. Venham conhecê-lo ao Cantinho dos Animais de Beja. Contactos: 962432844; sofiagoncalves.769@hotmail.com

Letras Engano

Boa vida Comer

Dourada assada no forno com limão e laranja Ingredientes para 4 pessoas: 800 gr. de bifes do pojadouro; 4 cebolas médias; 4 dentes de alho; 100 gr. de banha de porco; 1 folha de louro; 150 gr. de toucinho de porco salgado; 2 dl. de vinho branco alentejano; q.b. de colorau; q.b. de sal grosso; q.b. de pimenta branca moída; q.b. de vinagre de vinho branco; q.b. de água; 600 gr. de batata cozida. Confeção: Peça ao seu talhante para lhe cortar os bifes (ninguém corta carne tão bem como eles). Num tacho coloque cebolas cortadas às rodelas, alhos picados, banha, cubos de toucinho, vinho, colorau, pimenta, louro e um pouco de sal. Leve ao lume e deixe cozinhar por cinco minutos. De seguida junte os bifes e um pouco de água. Deixe cozinhar lentamente até os bifes ficarem macios. No final borrife com um pouco de vinagre e sirva com batata cozida cortada às rodelas. Polvilhe tudo com salsa picada. Bom apetite… Nota: Cuidado com o sal, visto que o toucinho já contém. Pode substituir o toucinho salgado por bacon, presunto ou paio. Pode utilizar na receita outro tipo de carne que não fique rija. António Nobre Chefe executivo de cozinha – Hotéis M’AR De AR, Évora

E

Toiros O treino de forcados

T

odos os anos dezenas de jovens procuram experimentar a aventura de pegar um toiro. Por intermédio dos amigos ou familiares, surgem nos treinos cheios de vontade de mostrarem a sua valentia. Têm um sonho: ser forcado. É nos treinos e nas ferras que se começa a conhecer o potencial do futuro forcado. A destreza, a garra e o jeito surgem em bruto prontos para serem mol-

A maneira como se interrelacionam é também um fator muito importante. Para o grupo ter êxito em praça, o coletivo tem de ser forte e o novo elemento tem de conhecer a filosofia do forcado para, perante a adversidade, conseguir reagir com confiança em si próprio e no grupo.

dados pega após pega. Aconselhar e corrigir é o papel do cabo perante os novos elementos. A maneira como se inter-relacionam é também um fator muito importante. Para o grupo ter êxito em praça, o coletivo tem de ser forte e o novo elemento tem de conhecer a filosofia do forcado para, perante a adversidade, conseguir

reagir com confiança em si próprio e no grupo. Além dos treinos e das ferras, a formação dos novos forcados passa por grupos de juvenis ou futuros forcados amadores, onde o convívio, o lazer e a boa disposição são os fatores importantes, mas sempre com o incentivo de os preparar para a nova atividade de forcado amador. No passado domingo desloquei-me até à vizinha vila de Cuba para assistir a um treino do Grupo de Forcados Amadores de Cascais, que se realizou na herdade da Barahona, solar da ganadaria espanhola de Benjumea. Pelas 10 horas da manhã, como combinado, o grupo reuniu-se no centro do tentadeiro. Primeiro o cabo mais antigo, José Luís Zambujeira, depois o atual cabo, Joel Zambujeira, deram as boas vindas aos que apareciam pela primeira vez a tentarem a sua sorte como aspirantes a forcado e relembraram aos mais antigos o que é ser forcado, quais os princípios que regem o grupo de Cascais e os próximos compromissos que tem em agenda. A primeira rês está prestes a “sair à praça”, o nervoso miudinho aumenta, os mais novos mostram a ansiedade natural destas alturas, mas o cabo dá o exemplo e faz a primeira pega do treino que marca o início de atividades do grupo. Seguem-se um atrás de outro, e todos vão mostrando o seu valor, a sua determinação e voluntariedade para os desafios. Por volta da uma da tarde, e após dezenas de pegas, o treino termina, é altura para o cabo fazer um balanço do treino. Seguiu-se um almoço de convívio, onde a boa disposição foi uma constante e os laços de camaradagem ficaram evidentes. E, como se diz na gíria, “para se ser forcado, duas coisas fazem falta: não ter amor ao coiro e ter confiança da malta!”. Vítor Morais Besugo

screvo f icção e af irmam tratar-se de um registo autobiográfico. Escrevo biograficamente e dizem-me que é ficção. Em citação livre, sem aspas, este é um reparo de Philip, o protagonista de Engano, publicado em 1990. Philip Roth, o autor, respondeu – ou não? – desde logo àqueles que viessem a alimentar especulações sobre a natureza biográfica deste romance, um registo dos diálogos entre dois amantes adúlteros. Em Londres, no quarto onde se encontram para consumar a sua relação, sexual, vão tecendo a intimidade possível alimentada pela paixão dele – um escritor judeu, de meia idade, que não comenta os detalhes da relação com a sua mulher mas antes vai comentando o modo como os judeus são “integrados” pela sociedade britânica – e pelo registo confessional e entrega, esporádica, dela – com pouco mais de 30 anos, um filho pequeno e um marido adúltero desde há muito e que a humilha e chantagia emocionalmente. Quanto a Roth, se há elementos biográficos seus que atravessam a obra – aqueles mais familiarizados com a biografia reconhecê-los-ão – revela-se sobretudo e fundamentalmente na sua enorme capacidade de olhar e fixar a natureza humana, nas suas complexidades, de modo não maniqueísta. É esse dom que dá tanta vivacidade à sua escrita, que aqui se organiza através de um dispositivo muito simples, tão banal – tão fundamental – que não resistiria à banalidade de outra escrita. Maria do Carmo Piçarra

Philip Roth D. Quixote 200 pág.s 11,99 euros


Ana Maria Batista – Beja Taróloga – Método Maya Gabinete aberto (Jardim do Bacalhau) Contacto para marcação de consultas: 968117086 Características dos nativos de

Aquário (21 de janeiro a 19 de fevereiro)

Os aquarianos são originais, inteligentes e humanitários. Por isso, gostam de lutar por causas positivas e de planear um futuro feliz. Têm, na generalidade, personalidade forte e tolerante, por outro lado, são imprevisíveis, “do contra” e não compreendem a complexidade emocional. Detestam solidão, rotinas e imitações.

Previsões – Semana de 9 a 15 de fevereiro

Filatelia O pão Os bodos (XIV)

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esde tempos imemoriais que o homem invoca a proteção divina, sempre que ambiciona algo, cujo alcance não depende só de si. Seja na aquisição (produção) de bens alimentares, seja no pedido de proteção em situações de catástrofes naturais, ou ainda nas mais variadas situações, nomeadamente de proteção ou cura de doenças, o ser humano, em todas as culturas e em todas as latitudes, invoca o poder divino. Veja-se nas culturas clássicas, grega e romana, a infinidade de deuses existentes, todos eles especializados para poderem responder a qualquer solicitação. Um deles, já aqui tratado, a deusa Ceres, é talvez o exemplo mais conhecido, pois as festividades a ela dedicadas pelos nossos antepassados do tempo do império romano chegaram até nós, travestidas de nova roupagem, para não colidirem com o carácter religioso da maioria do povo português. Hoje não se invocam os deuses pagãos. Invocam-se os santos, também eles verdadeiros especialistas no assunto a resolver. Por seu intermédio, os povos aflitos pedem a divina proteção. Em épocas de grande escassez de cereais e outros produtos agrícolas, com origem na guerra, nas secas ou nas pragas de insetos, geralmente o gafanhoto, que tudo destrói à sua passagem, situações muito comuns ao longo da nossa história, é frequente o povo, impotente para a resolução do problema, invocar os santos da sua devoção, pedindo o seu auxílio. São muitos os exemplos de festas de cariz popular que ainda hoje se realizam um pouco por todo o País, para pagamento das promessas feitas, em tempos idos, ao santo protetor, que ouviu e atendeu as preces dos seus devotos. Veja-se a infinidade de eventos religiosos que acontecem, um pouco por todo o País, em anos de seca severa. São missas, são procissões, são novenas, enfim, é uma invocação constante, principalmente a São Pedro, pedindo a chuva bem-fazeja, que tarda em chegar. Promete-se ao santo fazer uma festa em seu louvor e servir um bodo a todos os pobres. Estão neste caso a Festa da Fogaças, em Vila da Feira, a Festa de São Gonçalo (Bragança), a Festa das Papas (Cabeceiras de Basto, Alcains) e muitas outras que acontecem um pouco por todo o País,

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Carneiro – (21/3 - 20/4) Detesta esperar que as coisas aconteçam no tempo certo, sofre de excesso de ansiedade, mas esforce-se por se manter calmo. Eduque os seus ímpetos. O progresso profissional será lento e comedido. Perceba e aceite as mudanças que pode fazer em si. O “tempo” das coisas compreende lições de vida que devem ser assimiladas. Esteja atento à família. Sem procurar o passado, dê oportunidade a um novo amor.

Balança – (24/9 – 23/10) Boa altura para estabelecer importantes alianças, a nível profissional e afetivo. Estará aberto a conhecer pessoas e projetos completamente diferentes do habitual no seu quotidiano. Terá oportunidade de ampliar conhecimentos em novas áreas de interesse, optando para isso por um programa de estudos, conferências ou seminários. Dê mais atenção ao seu corpo e alimente-se de forma mais saudável.

h principalmente na região beirã. Referências filatélicas não nos faltam. Vejam-se, por exemplo, as festas ao Divino Espírito Santo, já filatelizadas por diversas vezes, a última das quais em 2012 com o selo de 0,47 euros da emissão Festas Tradicionais Portuguesas (n.º 4 224 e 4 291 Afinsa, 2.º grupo). No 1.º grupo desta série, em 2011, já havia sido representada a Festa dos Tabuleiros, em Tomar (0,32 euros e N20grs., n.ºs 4 045 e 4 152 Afinsa). Estes dois últimos selos, ambos com a mesma imagem, mostram-nos um pormenor de três tabuleiros. A Festa dos Tabuleiros realiza-se na cidade de Tomar, de quatro em quatro anos. Na sua origem, que remonta ao século XIV, parece não estar o pagamento de uma promessa, mas sim o culto à deusa Ceres, divindade que no Olimpo providenciava para que aos homens não faltassem os frutos da terra. A Virgem Maria e São Pedro são também alguns a quem o povo, na sua religiosidade, mais recorre em tempos de calamidade na produção agrícola. Também não faltam referências filatélicas a estas entidades. Quanto à Virgem Maria são inúmeras as peças filatélicas, selos, bilhetes-postais e carimbos comemorativos que lhe são dedicadas. No que respeita a São Pedro, santo a que mais se recorre quando no verão a água escasseia nos campos ou nas torneiras, não temos, na nossa filatelia, nenhum selo que lhe seja dedicado. Porém, embora não saibamos qual deles é, São Pedro está presente no selo de um euro da emissão “A Palavra e a Imagem”, selo que nos mostra a última ceia, o último encontro que Jesus teve, em vida, com todos os seus discípulos e que entrou em circulação em 23 de fevereiro do ano passado. Se recorrermos à toponímia, também encontramos muitos carimbos que a este santo dizem respeito. Ilustrações: selos, Festa dos Tabuleiros, em Tomar (0,32 euros e N20grs., n.ºs 4 045 e 4 152 Afinsa) e Festas do Espírito Santo (0,47 euros e C Azul, n.ºs 4 224 e 4 291 Afinsa), e sobrescrito de 1.º dia de circulação da emissão 15.º Aniversário do Serviço Internacional para o combate ao Gafanhoto Vermelho (Angola, n.º 455 Afinsa). (continua) Geada de Sousa

Touro – (21/4 – 21/5) Os amigos serão uma fonte de harmonia, procureos e conviva. No campo profissional, encontrarse-á exposto a influências muito especiais que facilitarão a concretização de projetos e facilitarão empreendimentos. Encontra-se numa fase grandiosa do seu percurso profissional em que a maioria dos seus planos tendem a desenvolver-se de forma positiva. Siga a sua intuição. Época com tendência a procurar rigor, perfeição e criatividade.

i Gémeos – (22/5 – 21/6) Terá de ser determinado para conseguir concretizar alguns dos seus projetos. Empenhe se com prazer nos assuntos de foro profissional e exteriorize o seu interesse. Como gosta de novos empreendimentos encare positivamente esta situação. Tente mudar os seus hábitos de pensamento, permitindo todas as diferenças e chegará a novas e reveladoras conclusões. Faça exercícios respiratórios.

j Caranguejo – (22/6 – 22/7) Fuja da rotina e faça uma viagem. Caso não seja possível, agarre-se à leitura e deixe-se levar pelos sonhos. Estes terão muito para lhe ensinar nesta fase. Sentir-se-á motivado ao confirmar que o conteúdo de alguns dos seus desejos se cristaliza. A sua força interior vai fortalecê-lo e realizará novas conquistas. Aproveite o entusiasmo e tome nas suas mãos o rumo das coisas mais importantes.

k Leão – (23/7 – 23/8) É um momento de harmonia e paz longe de lutas e desentendimentos. A sua vida amorosa terá evoluções muito positivas nesta altura. Novos desafios profissionais poderão apresentar-se, trazendo excelentes propostas de promoção e reconhecimento. Analise e considere dar um passo de cada vez. As relações familiares estarão em equilíbrio. Por que não fazer algum exercício fisico mais alternativo, como yoga ou pilates?

l Virgem – (24/8 – 23/9) O espírito do nativo de Virgem não terá fronteiras. Gostará de conhecer novos locais, novas gentes enquanto atravessa um período de autoconhecimento.Cuidado com o seu lado mais combativo que poderá ter efeitos desagradáveis nos seus relacionamentos. Ocupar-se-á também das suas necessidades imediatas reorganizando aspetos da sua vida profissional e do seu bem-estar físico. Uma dieta equilibrada é uma boa opção.

b Escorpião – (24/10 – 22/11) Poderão ocorrer mudanças no seu quotidiano provocadas pela necessidade de equilibrio das suas questões Kármicas. Profissionalmente conhecerá novos colegas, novos métodos de trabalho. O ambiente familiar atravessará um momento calmo e tranquilo. Quanto à sua vida amorosa, terá possibilidade de criar agora um momento memorável. Favorecidos pequenos investimentos mas usando de alguma cautela. Dedique-se ao lazer e tenha cuidado com a alimentação.

c Sagitário – (23/11 – 21/12) Será uma pessoa de pulso: enérgica de caráter forte, com capacidade de liderança e fluidez no discurso. Abrande o ritmo e organize-se, já que é do seu gosto sentir que tem tudo planeado. Tem uma saúde de ferro, por isso terá grandes reservas para toda a energia no trabalho. No amor, procure o diálogo. Trabalhar ou discutir ideias com os amigos pode ser extraordinariamente benéfico e recompensador.

d Capricórnio – (22/12 – 20/01) Abendone o conflito permanente que tem consigo próprio, a mania de se criticar a toda a hora. Comece a aceitar-se e valorize-se. Este é um momento de reflexão, de estudo, de defesa de convicções mas também de viver o presente, aprendendo a saborear a eternidade dos pequenos instantes. No que toca à saúde, impõe-se uma mudança de ares, os seus nervos estão demasiado fragilizados.

e Aquário – (21/1 – 19/2) Preveem-se agradáveis convívios com os seus amigos e colegas, uma fuga à rotina e grande vontade de viajar, ou simplesmente aproveitar momentos de lazer e distração. Inspirará a vida e expirará o stresse. Se tiver que decidir sobre um investimento, analise atentamente o projeto não esquecendo as suas intenções de concretizar alguns projetos que tem em mente. Recomeçar a fazer desporto é outra etapa importante a que não se pode furtar.

f Peixes – (20/2 – 20/3) O seu destino também é resultado de uma série de escolhas que faz na vida. Em cada fase pode escolher um percurso em detrimento de outro, fazer uma opção entre muitas. Mesmo que não tome nenhuma decisão, isso constitui igualmente uma escolha. A liberdade de escolha confere-lhe o poder de ter a sua vida inteiramente nas suas mãos. Agora que encerra um ciclo para iniciar outro, crie o seu próprio destino.

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Cinema e bandas de garagem em Mértola

No âmbito da comemoração do décimo aniversário da Casa das Artes Mário Elias e da iniciativa municipal Arte Non Stop, terão lugar este fim de semana, no Cineteatro Marques Duque, em Mértola, workshops de cinema e animação com Rossana Torres (dia 9, das 14 às 18 horas; dia 10, das 10 às 13 horas). Também amanhã, pelas 23 horas, o antigo salão dos bombeiros será palco de um festival de bandas de garagem, com Shredded to Pieces, Chá de Empilhadora, DST e Human Roots. No domingo, pelas 21 e 30 horas, no cineteatro, será projetado o filme, “O Barão”, de Edgar Pera.

Fim de semana ENTRADAS A projeção de imagens sobre os “10 anos do Entrudanças em Entradas” e a atuação do grupo As Ceifeiras dão início hoje, sexta-feira, pelas 18 horas, no Museu da Ruralidade, em Entradas, à décima edição do festival realizada em terras do Baixo Alentejo. O programa do Entrudanças, que decorrerá até domingo, propõe três dias de bailes, concertos, oficinas de dança e de instrumentos, cante alentejano, atividades para famílias e crianças, animação de rua, gastronomia local e ambiente. No plano musical destaque para bailes com Tazzuff (hoje, 1 hora, e amanhã, 00 e 30 horas), Adamastor Remix (amanhã, 22 e 30 horas), OiO (domingo, 20 e 30 horas) e Dancing Strings (domingo, 22 e 30 horas). O Entrudanças é organizado pela associação Pédexumbo, Câmara de Castro Verde e Junta de Freguesia de Entradas. BEJA Também hoje, mas a partir das 10 horas, mais de 1 500 crianças desfilarão pelas ruas da cidade de Beja, no já tradicional cortejo de Carnaval das Escolas, que terá início na Casa da Cultura (rua Afonso de Albuquerque), seguindo depois em direção ao largo dos Correios, passando pelas Portas de Mértola em direção à rua do Vale e terminando na rua Pedro Álvares Cabral. No desfile, que é comparticipado pela Câ ma ra de Beja, pa r t icipa m também as instituições particulares de solidariedade social. O evento conta uma vez mais com o apoio dos alunos da Escola Profissional Bento de Jesus Caraça e do curso profissional de Técnico de Apoio Psicossocial da Escola Secundária com 3.º Ciclo de Diogo de Gouveia.

ALJUSTREL Em Aljustrel, e à semelhança dos anos anteriores, os festejos de Carnaval também arrancam hoje com o desfile de Carnaval das Escolas, que irá animar a vila mineira durante toda a manhã. Promovido pela câmara municipal local, com o apoio do Agrupamento de Escolas, do infantário A Borboleta da Santa Casa da Misericórdia e da GNR, o cortejo irá juntar cerca de meio milhar de crianças e também formandos do Centro de Formação Profissional de Aljustrel. Os foliões irão reunir-se, a partir das 10 horas, na praça da Resistência, para desfilarem em ritmo animado, “com os seus trajes carnavalescos muito coloridos”. Pelas 22 horas haverá um baile de Carnaval, promovido pelo Centro de Convívio de Vale d’Oca, no pavilhão do Parque de Exposições e Feiras, com o apoio da câmara e da junta de freguesia. Na segunda-feira, 11, terá lugar, no mesmo local e à mesma hora, um outro baile de Carnaval, com a Banda Karisma e organizado pelo Sport Clube Mineiro Aljustrelense.

MOURA Também em Moura, o Carnaval das Escolas sai hoje à rua, a partir das 10

Fernando Rosas Grândola o seu novo livro O historiador História do jazzapresenta no espaçoem Oficinas Arranca hoje, sexta-feira, no espaço eOficinas, conhecido dirigente do Bloco de Esquerda Fernando Rosas apresenta em Aljustrel, o curso livre de iniciação à história do jazz “Jazz amanhã, de A a Z”.sábado, A ação, pelas 16 e 30 horas, Municipalemdeoito Grândola, Salazar e o Poder – AéArte que decorrerá até 4na deBiblioteca maio estruturada sessões,a obra sempre às sextas-feiras, mide Saber Durar. Um livro que reflete “sobre asdo verdadeiras razões contribuíram para os nistrada por António Branco, dinamizador Clube de Jazz doque Conservatório Regional 48 anos regime salazarista mais longa da Europa do século XX)”, analisando do BaixodoAlentejo. A primeira (asessão, pelasditadura 21 e 30 horas, abordará o tema “Dos campos também o reequilíbrio financeiro do país na conjuntura da recessão de 1929. de algodão a Nova Orleães”.

Entre hoje e terça-feira

Concertos, desfiles e carros alegóricos animam Carnaval horas, prometendo “ruas repletas de cor, alegria e muito calor humano”, num corso “que envolve toda a comunidade educativa”.

CUBA Na terça-feira de Carnaval, dia 12, pelas 15 horas, será a vez das ruas da vila de Cuba receberem mais “um grandioso corso carnavalesco”, promovido pela câmara municipal e que integrará, mais uma vez, “várias centenas de figurantes, carros alegóricos e muitos foliões em desfile”. Para além “de bailarinas e sambistas”, o corso contará com “a participação especial” do grupo Athaualpa, considerado “um dos mais consagrados de Espanha” e que é constituído por cerca de uma centena de foliões em desfile sincronizado. Conduzido sob a temática “Dos 80 anos da feira anual de Cuba e promoção da festa do nosso pão 2013”, o corso tem início nas imediações do Centro Cultural de Cuba, finalizando com um baile junto ao Monumento ao Cante. Mas as comemorações carnavalescas em m Cuba arrancam já hoje com a iniciativa Time4Fun, ime4Fun, promovida pelo Grupo4Fun, com o apoio da câmara, e que propõe, até segunda-feira, da-feira, no parque de feiras, “animação e folia pela noite dentro”. Durante quatro dias, para além da atuação de dj, estão agendados concertos ertos com Rádio Pirata (hoje, 23 horas), oras), Gonçalo e Vidigal (dia 9, 23 horas), Rédea Curta e Dubstepp & Drum n’ Bass (dia 10, 23 horas) oras) e Rubem Baião e Morango Tango (dia 11, 22 horas). VIDIGUEIRA Jáá em Vidigueira sfile de o tradicional desfile vido Carnaval, promovido pela câmara m municipa l, com as o apoio de várias entidades locais e da celho, população do concelho, ngo, dia terá lugar no domingo, 10, pelas 15 horas. No final do desfile haverá umaa matiné dançante. O programa do Entrudo propõe arnavalesca (hoje, 21 ainda uma noite carnavalesca esta da esferovite (dia e 30 horas), uma festa 9, 21 e 30 horas) e um baile de máscaras ga de prémios (dia 11, seguido de entrega 21 e horas). Estes três eventos terão lugar no

pavilhão Vasco da Gama.

MINA DE SÃO DOMINGOS Um corso carnavalesco em Mina de São Domingos, amanhã, pelas 15 horas, é a proposta da Associação Vidas com Garra, em colaboração com a Junta de Freguesia de Corte do Pinto e da Câmara de Mértola. FERREIRA DO ALENTEJO Em Ferreira do Alentejo, a câmara municipal tem agendado para hoje, pelas 14 horas, um desfile no âmbito do programa Ferreira Solidária e que juntará idosos de todo o concelho que irão percorrer as ruas da vila, com partida do Pavilhão de Desportos. No domingo, pelas 15 horas, sairá à rua, com início na praça Comendador Infante Passanha, o desfile organizado pela Sociedade Filarmónica e Recreativa e que contará com a presença da maioria das associações e grupos locais. No dia seguinte, segunda-feira, será a vez da junta de freguesia promover um cortejo,

inserido no programa de animação de idosos, com concentração às 15 horas, também na praça. O desfile percorrerá as ruas da vila até ao espaço Ruralidades, que assinala o seu terceiro aniversário.

SINES A edição de 2013 do Carnaval de Sines, considerado um dos mais emblemáticos do País e que teve início no dia 1 com a apresentação do samba enredo oficial e dos reis do Carnaval (Lurdes Castelo-Branco e Carlos Malafaia Gamito), prossegue hoje, pelas 10 horas, na avenida General Humberto Delgado, com a 22.ª edição do Carnaval dos Pequeninos, numa organização da junta de freguesia. Amanhã, sábado, também pelas 10 horas, os Reis do Carnaval discursam junto ao Castelo de Sines e desfilam pela zona histórica da cidade, acompanhados pela sua corte. Pelas 15 horas, o Salão do Povo recebe a 4.ª edição do Baile de Máscaras Sénior, com a presença de Eliseu Brás e entrega de prémios aos melhores mascarados. A Santa Casa da Misericórdia também promove um baile de máscaras sénior, mas no dia 11, pelas 14 e 30 horas, destinado a utentes da associação e convidados. O programa reserva ainda para os dias 10, 11 e 12, na avenida General Humberto Delgado, desfiles carnavalescos, com grupos de samba, carros alegóricos, foliões, grupos mascarados e muita animação (domingo e terça-feira às 15 horas; segunda-feira às 21 horas). Haverá ainda, entre outras propostas, uma festa com dj (hoje, 23 horas), no Parque Desportivo Municipal, e os tradicionais bailes carnavalescos, nos dias 10, 11 e 12, a partir das 22 horas, com aminação musical a cargo de David Mattos & Banda. O Carnaval de Sines, que é organizado pela Siga a Festa, em parceira com a câmara e a junta de freguesia e com o patrocínio e apoio de algumas empresas, despede-se no dia 13, com o enterro do entrudo, a partir das 22 horas, na praça Tomás Ribeiro.


Encontro ibérico sobre a romã em Aljustrel: Agricultores espanhóis comprometem-se a produzir romãs que não saibam a creme de barbear.

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Depois do canhão da Nazaré, Garrett McNamara quer ultrapassar os supertubos da praia de Messejana.

facebook.com/naoconfirmonemdesminto

Rumo aos mil seguidores no Facebook!!! O impensável aconteceu! Na semana passada, a página da “Não confirmo, nem desminto” no Facebook atingiu os 500 seguidores, provocando a subida em flecha das ações da rede social na bolsa de valores de Vila de Frades. É verdade, uma página de humor de um jornal regional consegue ter mais seguidores do que António José Seguro tem no PS. Agora, prezados leitores, vamos sonhar alto e tentar chegar aos 1 000! É impossível? Também era impossivel eleger o Carlos Moedas nas últimas legislativas – e hoje é o número 137 do Governo. Se chegarmos aos 1 000 “gostos” teremos quase tantos seguidores como o POUS tem a nível nacional. Passe a palavra, peça ao seu vizinho/animal de estimação/gestor de conta do banco para se juntar à nossa comunidade – sim, isso inclui o pessoal que tem cinco ou seis perfis para jogar àqueles jogos irritantes. Participe no nosso plano de conquista do Universo: hoje, o Facebook, amanhã, o Mundo, depois de amanhã, Corte Gafo!!!!!!! http://www.facebook.com/ naoconfirmonemdesminto

Beja: Depois de “fevereiro, mês do amor”, virá “março, mês do cigarro pós-coital” Em Beja, o mês de fevereiro está a ser marcado por uma série de iniciativas que pretendem desenvolver o tema do amor, com destaque para eventos como a Feira do Chocolate, a Semana da Curte, o workshop dedicado à problemática dos chupões no pescoço e uma representação das cartas de Mariana Alcoforado em origami. Todavia, ao que pudemos apurar, março – o “mês do cigarro pós-coital” – promete ainda mais animação, até porque, em termos de programação cultural, servirá de complemento ao mês anterior. Entre outros eventos, já estão programados um colóquio dedicado ao tema “Apresentação do namorado aos pais – mal necessário ou suicídio inevitável?”, um atelier de “Extração de pontos negros e borbulhas das costas do seu mais que tudo” e o Festival de Bebidas Espirituosas “Afogando as mágoas…”.

Produtores do programa “TV Rural” realizam casting no Alentejo para escolher o próximo apresentador O meio audiovisual nacional entrou recentemente em ebulição com a notícia do regresso do “TV Rural”. A recuperação deste programa já foi considerada a maior inovação em televisão desde que o Nilton apresenta o “5 para a Meia-Noite” sem conseguir dizer uma piada com graça. Ao que apurámos, os produtores da nova versão – que incluirá rubricas como “Querido, mudei a Ovibeja”, “A tua curgete não me é estranha”, “Prós e coentros”, “Preço certo em couves-galegas” e “Praça da ganadaria” – estão muito entusiamados com o projeto e já decidiram organizar um casting no Alentejo para procurar o melhor agricultor/apresentador para o mítico programa. Publicamos, num exclusivo mundial, o anúncio do mesmo.

Inquérito Estudo revela que homens que realizam tarefas domésticas têm vida sexual menos ativa. Acha que é verdade?

SIMÃO FALA BARATO, 38 ANOS Pessoa que faz a barba com um canivete suíço Sei lá se é verdade. A mim não me afeta! Eu cá divido as tarefas de casa com a minha Amélia: eu sujo, ela limpa; ela cozinha, eu como; eu derrubo a parede do quarto para meter um plasma de 235 polegadas, ela arruma o entulho. Como vê, entendemo-nos muito bem! E ela também manda… Por exemplo: se eu me peido na cama, ela manda-me dormir no sofá. Essa coisa de os homens realizarem tarefas domésticas é muito abichanada para mim! Qualquer dia vão-nos obrigar a lavar os pés e a cortar as unhas, queres ver...

BONIFÁCIO MANSO, 29 ANOS Antigo campeão universitário de Pictionary Falo por experiência própria e posso adiantar que é mesmo verdade. A Ludmila, a minha mulher, é um bocadinho mandona. Esta manhã fiquei de passar a roupa, limpar os metais e tosquiar os nossos 23 gatos persas. Se falho nalguma coisa, é capaz de ralhar comigo e fazer-me uma festinha com o cotovelo no meu maxilar, só para me acalmar. Da última vez que limpei a fachada da casa com uma escova de dentes, falhei um bocadinho ao pé da porta e ela ligou-me os mamilos à bateria do carro – ainda hoje os meus mamilos parecem ovos estrelados, mas sei que a intenção dela foi boa!

JUSTINA NEGLIGENCIADA, 49 ANOS Pessoa que tem uma paixão platónica por José Carlos Malato Para mim parece ser verdade... O meu marido insite em fazer as tarefas domésticas e quase nem me liga nenhuma: veste umas meias de rede, um cinto de ligas, o meu corpete, põe a tocar o “I want to break free” dos Queen enquanto aspira, limpa as janelas, prepara o risotto de cogumelos e dá banho ao George Michael, o nosso cocker spaniel. Depois vai para o ginásio ter aulas de kizomba fitness. Quando foi a última vez que fiz amor com ele? Não me lembro. Quando é que a Maria de Lurdes Pintassilgo se candidatou à Presidência da República? Acho que foi dois anos antes.


Nº 1607 (II Série) | 8 fevereiro 2013

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quadro de honra Depois da edição de Às Voltas com um Ganso, em 2011, pela Chiado Editora, José Mário Figueira aguarda por propostas que permitam lançar o seu mais recente trabalho, o romance Malmequeres em Agosto, que inclui alguns capítulos dedicados ao Alentejo e que reflete “momentos de verdade”. Nascido em Almada “por mero acaso”, viveu parte da sua infância no Baixo Alentejo, de onde são naturais os seus pais e onde regressa sempre que é possível. Brevemente vai dar início “ao grande projeto das memórias biográficas” da sua mãe, “uma mãe que teve sempre uma vida difícil, mas que tinha nos livros a sua melhor companhia”.

José Mário Figueira procura editora para o seu novo romance

Memórias do Baixo Alentejo lugar onde nasci e foi até ao dia de hoje. Mas sempre que a situação permite vou até à aldeia do Espírito Santo e visito todos aqueles lugares em volta: Mina de São Domingos, Penha da Águia, Mértola, tudo. Tudo o que os meus olhos veem. Eles procuram todos os lugares e detalhes do Baixo Alentejo e não deixam escapar nada. Também frequentemente ajudo a promover com fotos e textos o nosso Alentejo na minha página pessoal do Facebook ou em escritasemnome.

Depois de Às Voltas com um Ganso, editado pela Chiado Editora, prepara-se para lançar Malmequeres em Agosto, um romance que tem alguns capítulos dedicados ao Alentejo. Do que fala este seu mais recente trabalho?

No fundo é um pouco da minha história de vida das últimas três décadas. Os personagens principais são a Alice e o João que se conhecem na serra da Arrábida. Os pais de ambos deixaram os arredores da vila de Mértola ainda em adolescentes. O pai de Alice chegou a secretário de embaixador e o do João a major de engenharia. O destino ditou uma separação imprevista. Alice acompanhou o pai para viver em Paris e João seguiu para os Açores. Ao regressar, João escolhe a serra algarvia para viver. Anos mais tarde decide explorar o grande rio do sul e inicia a subida do Guadiana, junto a Castro Marim, numa odisseia que termina em Mértola. À chegada, reencontra Alice que já não via há 30 anos. Ambos continuam livres e o casamento tem lugar na aldeia do Espírito Santo, lugar que Alice há muito tinha escolhido para viver. Todas as passagens da obra refletem momentos de verdade, com as pessoas, os locais, os personagens e situações que aconteceram ao longo destes anos, aos quais juntei uma pequena dose de ficção para não ser uma obra quase autobiográfica. Que ligação mantém atualmente ao Baixo Alentejo, onde passou parte da sua infância e início da adolescência?

Existe melhor lugar do que o Alentejo? A minha mãe era natural de Vila Alva e o meu pai de Ferreira do Alentejo. Portanto, só por aí, mantenho uma ligação de afetos da qual não me consigo separar. Depois conheci a minha mulher, a Ana, que nasceu em Mértola, mais precisamente no Espírito Santo. Eu até me esqueço que não nasci no Alentejo! Aliás, foi por mero acaso que nasci em PUB

José Mário Figueira 52 anos, natural de Almada Técnico de comunicações de profissão, desde muito cedo se apaixonou pela escrita. Esteve ligado a projetos de publicações autárquicas e na abertura de uma biblioteca pública. Organizou e participou em exposições de pintura, desenho, banda desenhada e poesia. Almada, já que foi por razões de saúde da minha mãe que aí fui nascer. Naquela época os meus pais viviam num monte isolado no lugar das Fontainhas, onde o meu pai era guarda-florestal. Quando a minha mãe ficou melhor regressámos ao Alentejo. Depois das Fontainhas, partimos para as Assarias, Quinta das Enfermarias, Grôs, Faleira, Faleirinha, Barranco e Cercal. Lugares que hoje já quase não existem e alguns deles talvez já tenham desaparecido. O resto da minha infância foi passada no Ribatejo. Aos 14 anos regressei para trabalhar ao

Quando é que despertou para a escrita e que outros projetos literários tem atualmente em mãos?

A escrita surgiu recentemente. Nesta idade tive necessidade de registar no papel algumas situações e momentos importantes da vida. Às Voltas com um Ganso surgiu porque senti desejo de continuar viva a memória do início da minha adolescência. Mas os livros sempre fizeram parte da minha vida. Junto da cama existe sempre um livro e um caderno. A minha vida profissional não me permite escrever tanto quanto eu gostaria. No entanto, não sou um homem de desmoralizar nem de desistir dos meus objetivos. Já a seguir vou iniciar o grande projeto das memórias biográficas da minha mãe. Coisas interessantes que desejo concretizar em livro e ao mesmo tempo homenagear uma mãe que teve sempre uma vida difícil, mas que tinha nos livros a sua melhor companhia. Mas já tenho mais ideias na cabeça. O Alentejo tem uma riqueza enorme. As pessoas têm uma sabedoria popular inigualável. Mas existe ainda uma matéria que gostaria de vir a explorar localmente com as pessoas sobre fenómenos inexplicáveis que sempre têm acontecido na planície alentejana. Estou a falar do aparecimento noturno de luzes não identificadas. Já o meu pai falava de situações vividas por ele próprio e que presenciou há muitos anos. Nélia Pedrosa

As previsões para hoje, sexta-feira, apontam para céu pouco nublado e temperaturas entre os três e os 15 graus. Amanhã e domingo o céu deverá apresentar-se limpo, com as temperaturas a registarem ligeiras diminuições.

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Prémio de Fotojornalismo Estação Imagem/Mora com nova categoria O Prémio de Fotojornalismo Estação Imagem/ /Mora, cujas inscrições decorrem de 15 de fevereiro a 30 de março, engloba este ano uma nova categoria, para reportagens dedicadas a Assuntos Contemporâneos, que vai focar “assuntos atuais, novos e emergentes que afetem as sociedades”. O concurso passa assim a ter um total de sete categorias: Assuntos Contemporâneos, Notícias, Vida Quotidiana, Arte e Espetáculos, Ambiente, Série de Retrato e Desporto. De entre todas as reportagens apresentadas a concurso, para todas as categorias, o júri vai também escolher aquela que será a vencedora do galardão principal do concurso, o Prémio Estação Imagem/Mora (3 500 euros). Este evento, de caráter anual, vai na quarta edição e é aberto a fotojornalistas, portugueses ou estrangeiros, de Portugal, dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa e da região espanhola da Galiza. Promovida pela Associação Estação Imagem, com sede em Mora, e pelo município local, a iniciativa integra também uma bolsa anual, a atribuir a um fotojornalista para um projeto sobre o Alentejo, que tem de ser concretizado até à edição seguinte do concurso. Outra das novidades da edição deste ano prende-se, precisamente, com o valor desta bolsa anual, que subiu de 3 500 para 4 000 euros, enquanto o valor a atribuir a cada categoria baixou ligeiramente.

Comédia, artes plásticas e baile de Carnaval no espaço Os Infantes Sitdown comedy by Dr. Z é a proposta da companhia Lendias d’Encantar para a noite de hoje, sexta-feira, no espaço Os Infantes, em Beja, com início agendado para as 22 horas. Amanhã, sábado, pelas 21 e 30 horas, no mesmo espaço, será inaugurada a exposição “Papéis pintado”, da autoria de Miguel Pires, que tem colaborado com a companhia nos ciclos “1 ator, 1 músico”. O artista expõe regularmente em mostras coletivas e individuais desde 1989 e está representado em coleções particulares. Ainda amanhã, mas a partir das 23 horas, haverá o baile de Carnaval temático “Anos 70, mas em bom”, com os dj Cocas e Tó Ramela.


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