Edição N.º 1608

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Alberto Matos BE quer impugnar “candidatos dinossáurios”

Arte Pública Jovens reconciliam-se com a escola no palco

pág. 6

pág. 13

Futebol Almodôvar empata e relança Distritalão pág. 18

Ovibeja III Concurso Internacional de Azeite em abril pág. 11

Este VALE

€1,20

na

Veja como na página 25

Postos BP Beja

SEXTA-FEIRA, 15 FEVEREIRO 2013 | Diretor: Paulo Barriga Ano LXXXI, N.o 1608 (II Série) | Preço: € 0,90

Autoridades helvéticas ponderam limitar entrada a trabalhadores estrangeiros

Aumenta emigração para a Suíça A emigração para a Suíça não é coisa de outros tempos. Atualmente são muitos os alentejanos que continuam a partir para aquele país. A culpa é da crise e das melhores condições de vida que por lá dizem continuar a encontrar. Mas de lá, da Suíça, chegam notícias de que se pondera acionar uma cláusula para limitar a imigração. págs. 16/17

Rosário: entre a partida e as minas de Neves-Corvo págs. 4/5

SUSA MONTEIRO

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Diário do Alentejo 15 fevereiro 2013

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Editorial Papas

Vice-versa “Alvito tem uma especificidade: não há um presidente de câmara que seja reeleito em Alvito. (…) Vamos concorrer a Serpa para ganhar. Serpa só conheceu um presidente de câmara”. Pedro do Carmo, in “Diário do Alentejo”, 25 de janeiro

Paulo Barriga

“Pedro do Carmo, o presidente da Federação do Baixo Alentejo do PS, na entrevista que deu ao “Diário do Alentejo”, fez, pelo menos, duas afirmações que não correspondem à verdade. Quer Francisco Trindade, eleito pelo PSD, quer eu próprio, eleito pela CDU, fomos reeleitos presidentes da Câmara de Alvito, [e] João Rocha [Serpa] só foi eleito em 1979. Para quem exerce funções com as responsabilidades das de Pedro do Carmo, erros de análise deste tipo podem sair-lhe caros”…

A

notícia está a ser entendida como um fait divers. Como uma espécie de festa antecipada. Assim ao jeito dos casamentos reais. Ao fim de seis séculos, um papa de Roma decide entregar o báculo e o anel. Supostamente por cansaço físico e intelectual. Ratzinger tem 85 anos. Vai embora e abre espaço, em vida, a renovado espetáculo mediático que é, sempre foi, o acender da lareira na Capela Sistina. O que acontecerá até à Páscoa. Que é o tempo da ressurreição. Da renovação. Da esperança. Faz todo o sentido. Faz todo o sentido que Bento XVI resigne. Faz todo o sentido que a Igreja se renove. Aliás, faz todo o sentido que a Igreja faça sentido. O que, na verdade, hoje em dia acontece cada vez menos. Principalmente nos territórios católicos do chamado mundo ocidental. Não é apenas a cadeira de Pedro que Ratzinger deixa vaga. Deixa em aberto, por igual, uma enorme cratera nos domínios da fé e da crença. Na crença das coisas mundanas da Igreja. Na fé nas coisas intangíveis de Cristo. Apesar dos esforços de contrição, a Igreja do papa alemão nunca conseguiu libertar-se das amarras da pedofilia e dos escândalos sexuais que envolvem muitos dos seus clérigos. Aliás, Bento XVI sai de cena numa altura em que ainda não se chegou ao fundo do escândalo dos ficheiros secretos que o seu mordomo subtraiu. Há quem suspeite que esta resignação está intimamente ligada a este caso, ao chamado vatican leaks. Mas é também inglória a passagem de Ratzinger por Roma no que respeita às questões da fé e das vocações. Uma e outras em plena crise de afirmação. Excluindo algumas regiões asiáticas emergentes, o território onde a fé católica, apostólica e romana se dissemina é cada vez mais curto. Questões como o celibato dos padres ou a ordenação de mulheres ficaram na gaveta. Uma vez mais. E mesmo aceitando algum incremento na atitude política do Vaticano, principalmente em relação à crise económica global, à fome ou às guerras no mundo, a doutrina social da Igreja não chegou nem onde, nem a quem deveria chegar. Às pessoas. Fortemente. O papa que vier pela Páscoa tem que anunciar a nova boa-nova. De que existe uma Igreja para lá desta velha Igreja, que esteve mais preocupada em retirar o burro e a vaca do presépio, do que em por mais umas palhinhas no berço de Jesus. Caso contrário, como este que agora abala, passará o próximo papa igualmente à História por apenas fazer cardeais. E como diria o poeta Bocage, a cozinheira faz mais do que cardeias: faz papas.

Lopes Guerreiro, in alvitrando.blogspot.com, 12 de fevereiro

Fotonotícia Ninguém leva a mal. Este ano, ao que se vê, o pessoal não brincou ao Carnaval tão descascado como em anos anteriores. É que parecendo que não, em Cuba do Alentejo o clima é um nadinha mais agreste que em terras de Vera Cruz, onde a brincadeira se inventou. Mas houve quem não desistisse de mostrar o corpinho bem feito como manda a cartilha do festejo. E assim, aquele ventinho de cortar à faca, enfiou-se pelas frinchas dos trajes mais descapotáveis, e fez as rapariguinhas mais sambódromas e imprevidentes mexer os pés, os braços e as ancas a uma velocidade tão vertiginosa que nem o mais ilustre nativo da terra, homem muito viajado, poderia acreditar. JS Foto de Luís Beco

Voz do povo Um novo papa trará uma nova Igreja?

Inquérito de José Serrano

Maria Luísa, 60 anos, desempregada

Margarida Barros, 43 anos, professora

Dália Ventura, 40 anos, técnica administrativa

Catarina Charrua, 28 anos, terapeuta da fala

Terá de ser uma pessoa mais jovem. Com uma mentalidade mais aberta à sociedade e ideias mais próximas das realidades do nosso tempo. Que traga um empenho mais ativo e exemplar na ajuda aos mais frágeis e necessitados. E penso que os padres deviam poder casar e constituir família. Não é por vestir a batina que vão deixar de ter desejos, de ser homens como os outros.

Uma nova pessoa não significará necessariamente um novo rumo. Talvez um papa mais jovem possa trazer ideias mais progressistas. A meu ver, a Igreja deverá repensar posições que tem tomado ao longo do tempo. Acompanhar as inevitáveis mutações da sociedade. Nomeadamente na sua apreciação em relação à homossexualidade e no papel das mulheres na sociedade contemporânea.

Julgo ser muito difícil existirem mudanças estruturais. A Igreja tem enraizadas na sua crença convicções imutáveis. Julgo importante que o novo papa tenha uma mentalidade mais aberta e traga ideias renovadas para os novos problemas. Para que a Igreja evolua junto com a sociedade. E esteja mais próxima dos nossos tempos em vez de continuadamente virada para o passado.

Uma nova pessoa poderá sempre trazer alguma novidade. Penso que era relevante ser escolhido um papa mais jovem. Capaz de perdurar mais tempo no seu cargo. E apreciar de outra forma determinados assuntos, considerados tabu pela Igreja. Tal como o casamento entre pessoas do mesmo sexo e a prevenção de doenças sexualmente transmissíveis. A Igreja deveria atualizar-se.


Rede social

Semana passada QUINTA-FEIRA, DIA 7 BEJA PSP SENSIBILIZOU ALUNOS O Comando Distrital de Beja da Polícia de Segurança Pública, no âmbito da Operação Policia Sempre Presente, Carnaval em Segurança 2013, entre os dias 4 e 7, através da equipa da Escola Segura e da equipa de Inativação de Engenhos Explosivos e Segurança em Subsolo, realizou várias ações de sensibilização em escolas da cidade de Beja, dedicadas à problemática das armas e artifícios pirotécnicos. O objetivo foi alertar para a sua perigosidade e utilização ilícita. Os alunos foram também sensibilizados para a importância da correta utilização do número de emergência “112”.

FERREIRA DO ALENTEJO TENTATIVA DE ROUBO COM PISTOLA A GNR deteve um homem em Ferreira do Alentejo por tentativa de roubo numa loja de compra e venda de ouro com ameaça de uma pistola, disse à Lusa fonte da força de segurança. De acordo com a mesma fonte, o homem, de 53 anos, pôs-se em fuga a pé, sem ter conseguido consumar o roubo no estabelecimento situado no centro da localidade. A GNR montou um dispositivo e conseguiu intercetar e deter o autor da tentativa de roubo.

SEXTA-FEIRA, DIA 8 MOURA PSP DETEVE SUSPEITOS DE FURTO A PSP revelou ter detido três homens, com idades entre os 40 e os 41 anos, por suspeita do furto de vários produtos alimentares e de higiene num estabelecimento comercial em Moura e ter apreendido o material furtado. Segundo a Polícia, os detidos estavam referenciados no Comando de Beja da PSP, porque já tinham sido anteriormente identificados e detidos pela prática de outros ilícitos, sendo que um deles estava em liberdade condicional. Os detidos foram interrogados em tribunal e saíram em liberdade mediante a obrigação de apresentações periódicas às autoridades. Ficaram notificados para comparecerem em tribunal.

AMARELEJA DEZ DETIDOS POR FURTO DE METAL Cinco homens e cinco mulheres foram detidos pela GNR de Amareleja por furto de azeitona e metais não preciosos. A detenção dos 10 suspeitos, com idades entre os 19 e os 48 anos, foi efetuada em flagrante delito quando se encontravam no interior de uma herdade já na posse da azeitona e do metal.

DOMINGO, DIA 10 VIDIGUEIRA CONDUTOR DETIDO POR AGRESSÃO E DESOBEDIÊNCIA Um homem de 22 anos foi detido perto de Vidigueira por desobediência e agressão a militares da GNR no decorrer de uma fiscalização de trânsito, disse à Lusa fonte daquela força de segurança. Segundo a mesma fonte, a detenção ocorreu durante uma fiscalização de trânsito, quando o homem se recusou a efetuar o teste quantitativo (que serve para confirmar o valor exato) da taxa de álcool por litro de sangue. A mesma fonte explicou que o homem rejeitou efetuar o teste quantitativo, agredindo no local os militares da GNR, tendo, depois, voltado a agredir os elementos daquela força de segurança no posto da GNR de Vidigueira.

SEGUNDA-FEIRA, DIA 11 SERPA MULHER QUE VIVEU ISOLADA PODE TORNAR-SE AUTÓNOMA A mulher que viveu 23 anos “isolada do mundo”, no concelho de Serpa, tem capacidades para se tornar autónoma e vai mudar de instituição para continuar o processo de integração social. Os resultados preliminares da avaliação feita à mulher no Centro de Paralisia Cerebral de Beja, no passado mês de dezembro, indicam que “tem capacidades para se tornar uma pessoa autónoma”, disse à agência Lusa Nuno Sousa, diretor do Centro Social e Paroquial de Brinches, onde Ana de Fátima, de 33 anos, vive desde o passado dia 29 de novembro, quando foi encontrada num monte no concelho de Serpa.

3 perguntas a Ana Paula Guerreiro Enfermeira perioperatória

Beja assinala o Dia do Enfermeiro Perioperatório, hoje, sex tafeira. Em que vão consistir as atividades?

A iniciativa pretende assinalar o Dia do Enfermeiro Perioperatório, data que se comemora a nível europeu. Em Portugal, Beja foi uma das cidades escolhidas para realizar a atividade, que consiste na concretização de um flash mob, que vai acontecer no Continente. Inicialmente ponderou-se realizar a atividade no Parque da Cidade, no entanto, tendo em conta o tempo, que poderia estar instável, e a visibilidade que queríamos atribuir à iniciativa, optámos pela sua realização numa superfície comercial, tendo, claro, também em conta a hora que se realiza, a partir das 16 e 45 horas. Os enfermeiros vão sair do bloco para a rua, dando a conhecer a sua atividade profissional e mostrando às pessoas da cidade os rostos que, muitas vezes, derivado do sítio onde trabalham, não são conhecidos. Às vezes há desconhecimento da população em relação a estes profissionais?

Sim, normalmente as pessoas associam o bloco operatório a médicos-cirurgiões, a anestesistas e, por vezes, esquecem-se dos enfermeiros. Queremos dar a conhecer-nos à população, saindo das paredes do hospital e vindo para a rua, numa atividade diferente. Achámos, por isso, importante assinalar este dia. Não deixar passar a data em branco.

Uma turminha de espantalhos no Carnaval das escolas Como é da praxe, as crianças de Beja tiveram o seu Carnaval na sexta-feira. Um desfile que fez sair do baú tanto os tradicionais cowboys, sevilhanas e palhaços, como estes originais espantalhos, que parecem chamar a primavera com os seus chapéus-girassol.

Os mais novos foliões de Aljustrel Consta que, na vila mineira, ano não é ano se não tiver Carnaval de arromba. E como é de pequenino que se torce o pepino, cá estão os mais novos foliões da vila a dar os primeiros passos, num sortido bem rico: minnies, buzz lightyears, um woddy e um peter pan.

Desfile da passarada em Entradas Longe dos blockbusters da Disney, o Carnaval de Entradas rendeu-se às tradições mais antigas, em mais uma edição do Entrudanças. Um festival com espaço próprio também para as crianças. Que desfilaram e bailaram como pássaros nos trajes que vinham preparando há um mês.

Pode adiantar um pouco do que se vai passar hoje?

Não muito. Posso, contudo, revelar que os enfermeiros vão participar de uma forma que ninguém está à espera, num sítio público e fora do contexto habitual. Vamos sair do hospital e encaminharmo-nos para o local. O importante é que as pessoas tenham a possibilidade de ver rostos, que identifiquem as pessoas que desempenham este trabalho, que cuidam de todos os que passam pelo bloco. No final do flash mob vão ser distribuídos folhetos informativos, que também vão dar a conhecer a nossa atividade diária. É um dia importante para todos os que exercem esta profissão e esta foi a forma escolhida para o assinalar. Como não é habitual as pessoas verem os enfermeiros nestas atividades, e como vai ser a primeira vez que acontece, achámos interessante divulgar. Bruna Soares

Cortejo “carioca” aquece fevereiro em Sines Como se vê, o tempo estava bem tristonho no domingo, mas os sineenses nem por isso ficaram em casa ou esconderam o corpinho com que vieram ao mundo. O Carnaval é, desde há muito, uma instituição em Sines e o samba sai sempre à rua, haja ou não frio.

Petiscos também vão ter festival em Beja Promete dias bem passados ou, pelo menos, bem comidos. É o Festival do Petisco, de 1 a 3 de março, que foi apresentado na segunda-feira, 11, pelos seus organizadores, o Nerbe/Aebal. A imagem dá um cheirinho do que haverá por lá para provar.

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Rosário

Envelhecimento populacional acentuado e escassez de transportes públicos

“A mina de Neves-Corvo é que aguenta isto”

A

manhã acordou fria, algo acinzentada. Como tantas outras nos últimos dias. À porta da escola básica n.º 1 de Rosário, indiferentes às baixas temperaturas, professores e alunos ultimam os preparativos para o tradicional desfile de Entrudo que irá percorrer as principais ruas da aldeia naquela sexta-feira de Carnaval. Pais e avós, de olhar embevecido e de telemóvel ou máquina fotográfica em riste, preparam-se para registar o momento para a posterioridade. Com exceção das ruas por onde desfilam os pequenos mascarados, poucos são os que se deixam avistar pela restante aldeia. Uma aldeia envelhecida e marcada pela emigração, à semelhança de muitas outras povoações alentejanas. Os mais novos, na chamada idade ativa, que trabalham nas vizinhanças, só regressam ao final do dia. “A aldeia antigamente era muito alegre, porque tínhamos muita gente, tudo se punha na rua à noite, todos se davam uns com os outros”, recorda Maria Mestre, 63 anos, adiantando que ultimamente “tem morrido muita gente” e “metade das casas está fechada”, também em consequência da emigração ocorrida a partir da década de sessenta do século passado, principalmente para França. “Ao pé da igreja”, na parte alta da aldeia, não muito longe da escola primária, “não vive ninguém”, reforça a ex-trabalhadora da mina do Ferragudo (Castro Verde) e ex-criada de servir. Mas também a migração, diz, tem levado os seus conterrâneos para outras paragens, nomeadamente para o Algarve, em busca de melhores condições de vida. E Maria Mestre sabe do que fala, viu partir dois dos seus filhos para terras algarvias. Na aldeia resta-lhe apenas uma filha, que trabalha em Almodôvar. O genro e o neto são funcionários da Somincor. “Se não fosse a mina estava tudo em casa”, diz. A par do despovoamento, Maria Mestre aponta a escassez de estabelecimentos comercias e de transportes públicos com destino à sede de concelho como outros dos problemas que afetam os rosairenses. Sem transporte próprio resta-lhe andar à boleia: “Às vezes vou com uma moça amiga que trabalha num banco em Almodôvar, outras vezes venho com outra moça que vem almoçar a casa. Quem não tem transporte só vai à vila [Almodôvar] de táxi. Depois há um autocarro de manhã, às 8 e 15, que vai para Beja e que só chega aqui às seis e um quarto. Antigamente tínhamos camionetas a toda a hora, depois acabou”. A reabertura no início da semana do único minimercado da aldeia sempre vem beneficiar a população, já bastante envelhecida, frisa Maria Mestre. A existência da junta de freguesia, que

Rosário, no concelho de Almodôvar, é uma povoação marcada pela emigração. Para França, na década de sessenta. Para a Suíça, mais recentemente. E há também quem tenha abalado para Lisboa ou para o Algarve, à procura de melhores condições de vida. E o que vale a muitos dos que ficam, diz a população, é a mina de Neves-Corvo, situada no concelho vizinho de Castro Verde, que “sempre dá trabalho aos homens” da região e também atrai trabalhadores de outras paragens. Texto Nélia Pedrosa Fotos José Serrano

“evita que a gente vá buscar o correio ou levantar as reformas a outro lado e onde podemos ir pagar a luz e o telefone”, também é vantajoso, acrescenta. “A junta de freguesia será o melhor que está aí, isso e a escola não fechar, e também andarmos na ginástica e na piscina”, duas atividades promovidas pela Câmara de Almodôvar dirigidas a quem tem mais de 50 anos. José Serpe, 78 anos, é um dos muitos rosairenses que emigraram para França na década de sessenta. Mas a sua saída da aldeia deu-se anos antes, aos 14 anos, rumo a Lisboa, onde só conhecia “uma rapariga que andava lá a servir e o irmão dela, ambos daqui”. Agora que está reformado divide os seus dias entre a aldeia que o viu nascer e o país que o acolheu há mais de quatro décadas e onde vivem “os filhos, os netos e os bisnetos”. “Ainda há quinze dias vim de lá. Estou aqui um mês ou dois, depois parto. Lá para o dia 16 do mês que vem devo ir embora”, diz, confessando que as viagens tão frequentes se devem à restante

família que tem “além, no cemitério”: “Os meus pais, os meus irmãos e a mulher”, falecida há quase seis anos. “Isso é que me faz cá vir mais vezes”, acentua, embora revele que “pouca lidação” faz na aldeia. “Vejo isto muito triste, por isso é que para não estar aqui vou para Almodôvar, para Castro, outras vezes para Beja ou para Lisboa, que ainda lá tenho família. A minha vida é assim, quando cá estou não paro”. Olhando para a realidade atual da aldeia vêm-lhe à memória os seus tempos de adolescente, em que andavam homens “de saca às costas, a pedir esmola de monte em monte”. “Rosário é uma aldeia de miséria. Uns têm, outros não e o que se vê é pobreza. As pessoas queixam-se que a vida está má. Da minha parte não tenho nada a dizer. Graças a Deus o que me valeu a mim, e a muitos, foi a emigração. E graças a Deus que a mina de Neves-Corvo está aqui. Se não fosse a mina isto estaria pior do que nos anos 50. A mina é que aguenta isto aqui. Quem não trabalha na mina tem que ir à procura de trabalho

para outros lados. Mas não vejo futuro nenhum [aqui], pode correr a aldeia que não vê ninguém, ninguém. Passando rua abaixo é raro ver uma pessoa. A escola ainda tem ali uma mão-cheia de crianças, mas não são só daqui”, conclui. Aproxima-se a hora de almoço. Nélia Pinto, 38 anos, doméstica, aproveita para comprar peixe a um dos dois vendedores ambulantes que diariamente percorrem a aldeia, exceto ao domingo e segunda-feira. Mãe de duas crianças ainda menores, viu-se obrigada a deixar de trabalhar devido a problemas de saúde, já lá vão alguns anos. O marido, ao fim de 22 anos a trabalhar “numa fábrica de pedras” em Castro Verde, encontra-se atualmente “no fundo de desemprego”. “O maior problema aqui é o trabalho. Há muita gente desempregada, de várias idades. A ajuda principal é a mina, a Somincor, fora isso não temos mais nada”, afirma. E é precisamente por isso, adianta, que muitos jovens “também estão a sair agora” para o estrangeiro, principalmente para a Suíça, acentuando assim o problema do despovoamento da aldeia. “No verão e na época do Natal é que a aldeia está mais cheia. Os emigrantes voltam para as férias com os familiares”. A escassos metros da casa de Nélia Pinto, junto ao largo principal, fica o único minimercado da aldeia, o tal que reabriu no início da semana com nova gerência. Dina Dores, de 27 anos e com larga experiência na área comercial, decidiu arriscar num negócio por conta própria, após ter ficado desempregada. “A gente em casa não pode ficar, não é? E como aqui a população é muito envelhecida e há muitas pessoas que não têm transporte, e outras que não têm condições para se deslocarem, então decidi abrir”. E o balanço dos primeiros dias “é positivo”, diz a jovem natural de Rosário, a viver há dois anos em Castro Verde e a única de quatro irmãos que não emigrou. “Um dos problemas da aldeia é a falta de trabalho, não há nada, e só não é pior porque temos a mina, sempre dá trabalho aos homens” da região e atrai também “gente de fora, de longe” que vivem “em casas arrendadas na aldeia e que dão mais algum movimento”, diz. Das pessoas da sua geração, adianta, “umas foram para Lisboa, outras para o Algarve e outras têm ido para o estrangeiro”. Como é o caso dos seus irmãos: “Tenho três e nenhum está cá, só eu. Um saiu há mais de 10 anos para França e os outros dois estão na Suíça, um há sete e o outro há cinco. Esta é uma terra de muita emigração. Teve aquela da década de sessenta, depois houve aí uns anos em que quase ninguém saía e agora voltou outra vez”, acrescenta a jovem, frisando que os atuais habitantes da aldeia “são quase todos emigrantes reformados”.


Diário do Alentejo 15 fevereiro 2013

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Francisco Luz Presidente da Junta de Freguesia de Rosário

Alguns pais das crianças que frequentam o 3.º e 4.º anos do 1.º ciclo afirmam, ainda que não o queiram fazer publicamente, que a sala de aula reservada aos seus educandos, que terá sido adaptada de uma sala de entrada, não dispõe das condições consideradas ideias para a prática do ensino. A junta de freguesia tem conhecimento da situação?

A sala de aula tem condições, senão as tivessem não teria sido aceite a abertura das aulas no presente ano letivo. Os meninos têm condições como todos têm. Têm almoço e apoios escolares, como talvez não têm outras escolas de outros concelhos. E para mais considero isto uma questão política por parte de alguns pais, porque todos sabem que existe um projeto de recuperação das escolas, que irá avançar na interrupção das férias da Páscoa e que só não avançou mais cedo porque tem havido dificuldades no que toca à colocação dos meninos durante o período em que decorrerem as obras. Que impacto tem a mina de Neves-Corvo na economia da freguesia de Rosário?

Tem um impacto positivo uma vez que uma grande parte do pessoal da freguesia trabalha na mesma. Quais são os principais problemas da freguesia?

Um dos problemas da freguesia é o envelhecimento da população, visto que a freguesia está a envelhecer e era necessário um lar social para apoiar as famílias. E também a falta de transportes públicos. Já tivemos em tempos autocarros que paravam na aldeia, mas havia pessoas que optavam por ir de boleia e os autocarros acabavam por andar vazios. E as principais potencialidades?

Temos uma freguesia com algumas atividades económicas privadas, como indústrias de panificação, transformação de carnes, carpintarias, caixilharias de alumínio e mármores, entre outras. Ainda temos neste momento um outro loteamento pronto para a construção de moradias. No caso de haver alguém interessado está pronto para avançar. Quantos residentes tem a freguesia, segundo os dados do Censos 2011, e como é que se distribuem em termos etários?

Temos 602 residentes na freguesia, segundo o Censos de 2011. Grande parte é idosa. Mas temos algumas pessoas de fora que vieram trabalhar para a mina de Neves-Corvo e que estão a viver na aldeia em casas arrendadas, algumas há dois, três anos.

Povoamento “deverá ascender ao período da cultura megalítica” A freguesia de Rosário, que fica situada a 10 quilómetros da sede de concelho, Almodôvar, é composta pelos lugares Dos Neves, Monte do Testa e Rosário. O seu povoamento “deverá ascender ao período da cultura megalítica, tal como atesta a existência de um esteio de uma anta ou dólmen, situado no lugar da Anta”. Rosário, como se pode ler num resumo histórico divulgado pela junta de freguesia, “constitui um ponto muito importante no estudo das raízes da humanidade, visto que para vários arqueólogos a origem do megalitismo no Ocidente teve lugar exatamente na zona do Alentejo, na qual Rosário de insere, e ainda na Estremadura”. Em termos de património cultural e edificado, destacam-se “a igreja Matriz de Rosário, a capela da Senhora das Neves, o menir, os moinhos de vento e de água e a Fonte Santa”.


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Sem alguma limpeza no poder local, nomeadamente o vício do presidencialismo, a própria eleição muitas vezes acaba viciada. Os partidos estão reféns de determinados figurões que seguramente terão que dar lugar a outros e isso é importante.

Autárquicas2013

Bloco de Esquerda vai a votos nas urnas e nos tribunais

Os caça dinossáurios O Bloco de Esquerda (BE) parte para as Autárquicas com a intenção líder distrital do BE acredita que o seu partido vai ter mais eleitos de impugnar, junto dos tribunais, todas as candidaturas de autar- no Baixo Alentejo. Quer através de listas autónomas. Quer no apoio cas com mais de três mandatos consecutivos. Não é uma questão a movimentos de cidadãos independentes. Como é o caso do movide obsessão, refere Alberto Matos, coordenador nacional autár- mento Por Beja com Todos. quico do BE, mas antes uma questão de “sanidade democrática”. O O que tem o BE contra os dinossáurios?

Nada, porque os dinossáurios representaram um papel importante na evolução das espécies. Agora, deixando a paleontologia, e centrando a conversa na política, achamos que a renovação é importante para a democracia e para os próprios partidos que, às vezes, se tornam reféns dos seus dinossáurios. A nossa posição não é contra ninguém em particular. Somos absolutamente contra esse truque que é contrário ao espírito e à letra da lei e, nesse sentido iremos impugnar essas candidaturas junto dos tribunais quando forem apresentadas. O BE parece estar mais empenhado em fazer valer a justiça do que em fazer política…

Uma coisa não se apoia na outra, muito pelo contrário. A questão da justiça também é um problema da democracia, de sanidade democrática. Sem alguma limpeza no poder local, nomeadamente o vício do presidencialismo, a própria eleição muitas vezes acaba viciada. Os partidos estão reféns de determinados figurões que seguramente terão que dar lugar a outros e isso é importante. De que forma é que o BE pretende atuar junto dos tribunais?

Só quando a lista for entregue no tribunal é que se pode pedir ao juiz que se pronuncie sobre a sua legalidade, invocando precisamente a lei de limitação de mandatos. Mesmo que venha a cair o cabeça de lista, o tal dinossáurio, sobe o segundo… não há qualquer problema de funcionamento da democracia. Mas também há “dinossáurios” que estão em segundos e terceiros lugares nas listas?

nossa campanha é a política autárquica, as medidas que a troika impôs às autarquias. O tema das nossas jornadas nacionais foi precisamente esse: resgatar a democracia local e responder à emergência social.

Texto Paulo Barriga Fotos José Ferrolho

temos algumas ambições. Em Colos, por exemplo, ficámos a seis votos da vitória. Pensamos que podemos disputar esta freguesia do concelho de Odemira. Quem vai ser o candidato em Colos?

O que seria um bom resultado nesta eleição para o BE?

Aumentar muito o número de eleitos que atualmente temos.

Ainda não está decidido, isso é um problema dos companheiros no local. O anterior cabeça de lista é já bastante idoso, provavelmente não vai ser ele. O Pedro Gonçalves tem assegurado essa liderança…

O que quer dizer com “muito”?

Muito é eleger mais autarcas nas assembleias onde já estamos e em concelhos onde ainda não temos eleitos. Nas freguesias

O BE equaciona concorrer de forma isolada em todos os concelhos do distrito?

Não temos nenhuma obsessão pelos números. Vamos concorrer nas autarquias onde houver vontade e capacidade c dos núcleos locais do BE. Mas n não descartamos outras formas de interven intervenção. Vemos com muita simpatia a existênci existência de movimentos de cidadãos, portanto on onde eles se identificarem minimamente com alguns pontos do programa do BE, apoia apoiaremos com todo o gosto esses movimentos. O BE identifica-se com c o movimento de cidadãos Por Po Beja com Todos?

Vemo Vemos com muita simpatia es esse movimento. Daquilo qque já conhecemos, em ttermos programáticos, tem todas as condições para vir a ter o nosso apoio. Há vários líderes do BE e até eleitos que já aderiram ao movimento….

Em relação à câmara de Beja, aos candidatos dos três principais partidos, parece estar lançado um verdadeiro sarilho…

É verdade. É o caso do meu camarada José P Pedro Oliveira, que é da Mes Nacional do Bloco, e Mesa que esteve na génese do movim vimento juntamente com Lo Guerreiro e com ouLopes tr pessoas. Vemos isso tras co muita simpatia… com

Se calhar está lançado um bom sarilho democrático, vamos ver. Mas não queremos fazer disto o centro da campanha. O centro da

Não teme que as pessoas N possam considerar que po

Pode haver… Esse é um truque possível que se calhar já não fere tanto a letra da lei, mas contra o qual politicamente também nos bateremos.

esse movimento possa de alguma forma estar “contaminado” pelo BE e não ser propriamente um movimento de independentes?

Ele está contaminado por pessoas que vêm de vários partidos, portanto o problema é das pessoas e dos seus partidos. Esse movimento não tem seguramente medo nenhum de se ver identificado nem com o Bloco de Esquerda nem com nenhum outro partido. Aliás, até pela figura do Lopes Guerreiro. Ele já mostrou que não era manipulável por nenhum partido… Que papel pode desempenhar este movimento de independentes na eleição da câmara de Beja?

Pode contribuir para que não haja maiorias absolutas, pode ter um lugar de charneira no mínimo muito importante. Pode até, eventualmente, disputar o poder. O jogo torna-se muito mais aberto… parece-me inevitável que a maioria absoluta morreu em Beja. Está a dizer que o BE pode eleger um vereador em Beja?

Sim, o BE ou os movimentos que o BE venha a apoiar. Eleger um vereador não é fácil, implica percentagens muito acima de 10 por cento. Considera que a lei da reorganização do território, a barafunda que está lançada, pode criar algum ruído eleitoral?

O BE marcou uma posição muito própria neste processo da reavaliação das freguesias. Por um lado, nunca tivemos a posição de que tudo tinha de ficar na mesma. Mas pusemos uma condição: que se mexa no mapa ouvindo as populações e dando o poder de decisão às populações. Nenhum partido, nas últimas eleições, defendeu fusões ou extinções de freguesias. Não há um único eleito que tenha legitimidade para defender a extinção de freguesias. E, depois, existem verdadeiros absurdos nesta lei. Lembro, por exemplo, que uma rua de Beringel vai ficar a pertencer à freguesia de Santa Vitória porque extinguiram a freguesia de Mombeja, que tinha no seu mapa aquela rua…


“Estará a CDU a perder votos a cada dia que passa sem anunciar candidatos?”

Diário do Alentejo 15 fevereiro 2013

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Bisca Lambida

Arrisca-se a perder

Compasso de espera

João Espinho

João Machado

A

CDU – o PCP, para ser mais pragmático, tem o seu tempo muito bem distribuído e como partido centralista não deixa margem para grandes novidades ou surpresas. Diz-se, talvez injustamente, que o eleitorado comunista vota em qualquer candidato que o partido lhe apresente. Mesmo que, na hora de votar, se tenha que fechar os olhos. Em Beja, nas últimas eleições autárquicas, o PCP defrontou-se com uma nova situação: subiu a sua votação mas isso não lhe bastou para ganhar. A maioria dos eleitores decidiu “derrubar” os comunistas e foi isso que aconteceu. De pouco serviu a tradicional fidelidade dos votos comunistas, que não foram suficientes para reeleger um candidato que, toda a gente o sabia, era um mau candidato. Todas as contas saíram estragadas aos dirigentes da CDU. Posteriormente, numa demonstração antidemocrática, o candidato derrotado veio para a rua falar em “sindicato de voto” e em “cambão eleitoral”. O presidente derrotado chegou a proferir a expressão “verdadeira fraude eleitoral”. Ora, este mau perder foi indício de que as coisas tinham corrido muito mal e que as estratégias escolhidas tinham sido as erradas. Porém, o PCP nunca admitiu a derrota. A subida do número de votos e a maioria absoluta na Assembleia Municipal chegavam para cantar vitória e, em quatro anos, preparar o caminho de regresso à praça da República. Chegados a fevereiro de 2013, ano de eleições autárquicas, o PCP não tem, neste momento, um rosto a fazer oposição ao atual executivo. A CDU, com esta estratégia de adiamento do anúncio do seu candidato, rior derrota, arrisca-se a repetir a anterior só que, desta vez, sem ass desculpas de fraudes eleitorais. fo, arrisco Sem conhecer o trunfo, s. Pode ser uma manilha de espadas. que os parceiros de bisca revelem o seu jogo.

A

s eleições autárquicas do próximo outono irão ser um marco importante para se perceber qual o verdadeiro descalabro de alguns partidos, assim como a ascensão de outros. Os timings das forças partidarias são completamente diferentes uns dos outros e a sua estratégia de abordagem às eleições pode significar a conquista de autarquias e a perda de outras. Existe um fator fundamental que devemos ter presente e que espelha por exemplo a posição do Bloco de Esquerda quanto à limitação de mandatos dos presidentes de câmara. Um dos coordenadores do BE, João Semedo, anunciou que o seu partido irá impugnar judicialmente as eleições de todas as câmaras cujos partidos apresentem candidatos nessas condições. Em muitos jornais nacionais é inclusivamente referido, no que diz respeito às candidaturas de Fernando Seara a Lisboa e de Luis Filipe Meneses ao Porto, que estas irão ser decididas pelos tribunais. Do meu ponto de vista, a CDU está a fazer um compasso de espera, para perceber qual irá ser a tendência e as alterações que poderão surgir, inclusivamente em termos legislativos. O meu entendimento, que expressei aqui noutras ocasiões, é o de que a lei é bem clara nesse sentido, ou seja, os presidentes de câmara e presidentes de junta de freguesia com mais de três mandatos não se podem candidatar, mesmo que o façam noutro concelho. Não acho que a CDU esteja efetivamente a perder votos, contudo é imperativo que sejam rapidamente definidas as linhas gerais e a apresentação do candidato a presidente ddee câmara e

presidente da assembleia municipal, permitindo uma afirmação da candidatura e das ideias da CDU para este novo ciclo eleitoral.

Fato político relevante Sérgio Fernandes

S

endo certo que nos termos da lei as candidaturas autárquicas podem ser formalizadas até ao 55.º dia anterior ao dia da eleição, não podemos falar verdadeiramente de um atraso… Ironia à parte, sem pôr em causa a mensagem de ‘tranquilidade’ que o líder dos comunistas baixo alentejanos aqui deixou há poucas semanas, este prolongado processo de reflexão em curso não pode deixar de constituir um facto político relevante, merecedor da nossa própria reflexão especulativa. De facto, as próximas eleições autárquicas são críticas para o PCP. Por ordem crescente de importância, está obrigado a capitalizar em votos e mandatos o clima de forte contestação ao governo, manter a gestão das seis autarquias a que preside e ainda a recuperar as câmaras perdidas para o PS, há quatro anos, Aljustrel e Beja, sendo que esta última traz consigo o simbolismo acrescido de se tratar da capital do distrito. Para complicar as contas, em duas das autarquias mais emblemáticas atualmente geridas pelo PCP, a lei da limitação de mandatos inviabiliza a recandidatura dos atuais presidentes, subsistindo a dúvida sobre se irá o PCP promover a sua reciclagem noutros concelhos. Em síntese, o PCP debate-se com um cenário em que as incertezas e os riscos são diretamente proporcionais aos seus objetivos e ambições eleitorais. Ou dito de outra forma: muito embora ambicionando que os amanhãs voltem

a cantar o velho refrão do Alentejo [volta a ser] é nosso, existe o risco real de acabar perguntando: para onde foi o nosso Alentejo? Na certeza, porém, de que esta indisfarçável dificuldade em encontrar candidaturas naturais, geradas e claramente identificadas com uma dinâmica de implantação local, sobretudo em concelhos onde soma mais de três décadas de responsabilidades executivas, nos revela um Partido Comunista prisioneiro de um modelo de gestão redutor, refém de uma excessiva e pouco recomendável fulanização do exercício do poder autárquico. E porque a mesa espera, não me resta outra alternativa que jogar a manilha de paus, seca…

Popularidade irracional Luís Miguel Ricardo

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CDU no concelho de Beja goza de uma certa popularidade irracional. Uma popularidade que lhe advém daqueles que ao longo da recente história política portuguesa fizeram das cores do PCP uma bandeira contra a opressão e a favor da igualdade e fraternidade entre os semelhantes. Daqueles que ainda persistem em acreditar numa sociedade perfeita, que o mundo e os tempos já se encarregaram de desmistificar. «Persistência», segundo Teixeira de Pascoais (filósofo: 19771952), na obra A arte de ser português, é uma das infinitas qualidades que caracterizam o “Ser português”. Contudo, acrescenta que o lusitano possui os defeitos das suas virtudes. Ou seja, a persistência “cega” pode-se confundir com teimosia ou ignorância. Infelizmente, é esse perfil de persistência que norteia ainda uma boa parte do eleitorado luso. A norte vota-se CDS porque é o partido dos do padres e da igreja, a sul votase CDU porque é o partido par dos pobres e da liberdade. Vota-se de cruz nos ch chavões, nas cores, nas bandeiras e nos candidatos qque por elas se perfilarem. No concelho de Beja, o eleitorado CDU está fidelizado ao partido, partido e a apresentação dos nomes será uma questão secundária, se que só terá influência numa franja de votantes. v Para além disso disso, o plano da CDU para a reconquista dda câmara começou no dia seguinte ao da derrota de 2009. Numa prim primeira vaga, rasteiras e canelada ladas em cenários inusitados e cchumbos orçamentais em momentos estratégicos foram enviusando a trajetória do executivo eleito. Numa seggunda fase, irão aparecer os nomes que, certamente, já estão definidos pelo coletivo.


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PS e PSD com candidatos a Avis

Diário do Alentejo 15 fevereiro 2013

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Rui Henriques é o nome escolhido pelo PS de Avis para disputar a Câmara à CDU. Este gestor de 46 anos candidata-se pela quarta vez ao lugar ocupado por Manuel Coelho, impedido de se recandidatar por este ser o seu terceiro mandato. Também no PSD, mas ainda sem confirmação oficial, é dada como certa a candidatura de Hemetério Cruz, atualmente presidente da Assembleia Municipal do concelho vizinho de Alter do Chão, e ex-presidente do mesmo concelho durante vários mandatos.

Odemira

PS recandidata Alberto Guerreiro

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osé Alberto Guerreiro, atual presidente do município de Odemira e da Comunidade Intermunicipal do Alentejo Litoral, é o candidato socialista àquele concelho do litoral. José Alberto Guerreiro tentará assim uma recandidatura numa autarquia onde exerce o cargo

de vereador desde 1997. Militante do PS, de 49 anos, Alberto Guerreiro é licenciado em Informática de Gestão e em Engenharia Civil. Para além do Partido Socialista, também o PSD, em coligação com o CDS-PP, já apresentou o seu cabeça de lista à câmara de Odemira: José Francisco Silva.

Castro Verde

Do “Correio” para a câmara

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ntónio José Brito, fundador e diretor do jornal “Correio Alentejo” até à sua mais recente edição, é o candidato do Partido Socialista à câmara de Castro Verde. António José Brito, jornalista de profissão e antigo diretor do “Diário do Alentejo” e dos jornais “Topo Sul” e “O Campo”, já tinha feito uma primeira incursão pelo universo da política enquanto assessor de António Saleiro, então gover-

nador civil de Beja. António José Brito, de 41 anos, natural de Entradas, entra assim na corrida por uma das autarquias do distrito de Beja que sempre esteve na esfera do PCP. Primeiro com Fernando Caeiros e, agora, com Francisco Duarte, que deverá ser o cabeça de lista que a CDU escolherá para Castro Verde. António José Brito é o biógrafo do empresário bejense Leonel Cameirinha.

Grândola

PS partido em três

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rimeiro foi a Comissão Política Concelhia do PS de Grândola a propor Aníbal Cordeiro como cabeça de lista àquela autarquia. Depois veio a federação distrital de Setúbal “impor” o nome do atual vice-presidente da câmara, Ricardo Campaniço. E nesta guerra de bastidores, eis que surge nova candidatura, a de António

Candeias, atual presidente da Assembleia de Freguesia de Melides. Está ao rubro a sucessão de Carlos Beato em Grândola, uma vez que quer Aníbal Cordeiro, quer António Candeias prometem avançar com candidaturas independentes à vila morena. Contra, precisamente, a lista oficial do PS encabeçada por Ricardo Campaniço.

Alcácer do Sal

PS partido em dois

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gual barafunda reina nas margens do Sado. A concelhia socialista optou por fazer avançar um peso pesado à autarquia, Torres Couto, antigo líder da UGT. Uma estratégia que caiu mal no atual presidente da Câmara de Alcácer do Sal que avançou esta semana com uma candidatura

independente. Pedro Paredes argumenta a sua decisão com o facto de o PS se ter “desligado” da terra: “Uma solução interna seria, com certeza, mais bem-vinda aos munícipes”. Pedro Paredes, arquiteto, de 59 anos, avança assim para o seu terceiro mandato consecutivo.

Beja

PSD homologou candidaturas

A

Comissão Política Distrital de Beja do Partido Social Democrata deliberou esta semana homologar as candidaturas a Almodôvar, Cuba, Odemira e Serpa. Assim, por unanimi-

dade, a estrutura distrital do PSD conferiu validade à apresentação de Ricardo Colaço, em Almodôvar, Vasco Almeida, em Cuba, José Francisco Silva, em Odemira, e José Madeira, em Serpa.


Atual

A CGTP –IN organiza, este sábado, uma manifestação nacional, descentralizada por todos os distritos do País, contra a exploração e o empobrecimento. Em Beja, pelas 10 e 30 horas, junto à Casa da Cultura, está agendada uma manifestação, convocada pela União de Sindicatos do Distrito de Beja. Consideram os sindicatos que “é preciso pôr termo à política de direita”, defendendo que é preciso “exigir saúde, educação e segurança social para todos”. Para os sindicatos, “é preciso mudar de política e de governo”, para que “se pare o saque aos trabalhadores e ao povo”.

Morreu António Silva Jorge Morreu, no domingo, aos 85 anos, António Silva Jorge, cidadão e antigo autarca de Sines. Depois do 25 de Abril foi eleito em assembleia popular para a comissão administrativa, que geriu a câmara até às primeiras eleições livres. Foi, posteriormente, eleito presidente da Assembleia Municipal de Sines, cargo que ocupou entre 1977 e 1979. António Jorge teve também um

longo percurso no movimento associativo de Sines, tendo sido diretor do Centro Recreativo Sineense e do Clube de Futebol Os Sineenses e ainda presidente da assembleia geral da Sociedade Musical União Recreio e Sport Sineense. Em 2004 foi agraciado com a Medalha de Mérito Municipal. O “Diário do Alentejo” presta a sua sentida homenagem à família.

Programa de Apoio à Economia Local

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460 mil euros para Ferreira do Alentejo Ferreira do Alentejo já conta com o Programa de Apoio à Economia Local (PAEL) aprovado. O concelho integrou um primeiro grupo de 18 candidatos que receberam o aval do Tribunal de Contas.

PSD visitou concelho de Aljustrel O PSD continua o seu roteiro pelos concelhos e esta semana visitou Aljustrel, passando pela Associação de Beneficiários do Roxo, pelo Centro de Emprego e Formação Profissional, pela Cooperativa Agrícola Barro & Xisto, por empresas, unidades turísticas e, até, por uma adega.

verificar-se dará lugar ao pagamento de multas. Em meados de novembro, 82 municípios celebraram, no mesmo dia, um protocolo de acesso ao programa, num valor calculado de 355 milhões de euros. No entanto, este programa foi alvo de críticas de muitos autarcas, e algumas propostas de executivos municipais não passaram no

crivo das assembleias municipais, como, por exemplo, no concelho de Beja. Em setembro de 2012, num encontro realizado em Alvito, que o “Diário do Alentejo” noticiou, e em que participaram autarcas do Alentejo e da região de Setúbal, o Governo foi acusado de, com este programa, “asfixiar” os municípios e tentar “castrar” a sua autonomia financeira.

Porto de Sines bate recorde

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O deputado do PCP João Ramos questionou o Governo sobre a extensão de saúde de Rio de Moinhos, concelho de Aljustrel. Recorde-se que a mesma encerrou há alguns anos. Para o deputado, não “se percebe como se pode optar por fazer deslocar 700 utentes em vez de se deslocarem três funcionários do centro de saúde”. João Ramos quer saber se o Ministério da Saúde está disponível para equacionar a reabertura da extensão de saúde.

Luís Pita Ameixa, deputado socialista, visitou instituições ligadas à área social em Beja, nomeadamente a Caritas e Cruz Vermelha. O objetivo “foi tomar conhecimento das atividades destas instituições” e perceber “a sua repercussão na vida da cidade e do distrito, em especial no contexto da crise económica e social”.

Crescimento de 38 por cento em janeiro

porto de Sines anunciou na quarta-feira que janeiro foi o melhor mês de sempre na movimentação de contentores, representando um crescimento de 38 por cento face ao mês homólogo de 2012. Segundo um comunicado do porto de Sines, durante o mês passado foram transportados um total de 66 359 TEU, o valor que mede a capacidade de carga contentorizada. Comparativamente, a movimentação de contentores nas cargas cresceu 40 por

Saúde em Rio de Moinhos preocupa João Ramos

Pita Ameixa visitou instituições

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Tribunal de Contas (TC) já aprovou a candidatura do município de Ferreira do Alentejo ao Programa de Apoio à Economia Local (PAEL), no valor de 458 617,11 euros. Este concelho do distrito de Beja integrou um primeiro grupo de 18 candidatos que receberam o aval do TC, sem o qual não teriam acesso às respetivas verbas que se destinam, essencialmente, a pagar dívidas de curto prazo. No total, 83 municípios de todo o País candidataram-se a esta linha de crédito com um valor global de mil milhões de euros, entre os quais também se incluem Ourique (com um pedido de 2,5 milhões de euros) e Aljustrel (1,5 milhões). No litoral alentejano, Sines (3,8 milhões) e Grândola (1,5 milhões), já com o contrato assinado, também aguardam pela decisão do Tribunal de Contas que, perante os protestos de alguns autarcas por causa do atraso no andamento dos processos, garantiu que “não houve até ao momento nenhum processo do PAEL recusado” e acrescentou que “a lei tem sido escrupulosamente cumprida no que respeita aos prazos”. As autarquias que aderiram ao PAEL ficam obrigadas a cumprir um conjunto de obrigações, nomeadamente o impedimento de aumentarem o endividamento durante o período do contrato, o que a

09 Diário do Alentejo 15 fevereiro 2013

Manifestação contra exploração e empobrecimento

cento e nas descargas cresceu 35 por cento, “o que representa um aumento mais significativo nas exportações”, referem. Relativamente ao total de mercadorias no porto foram movimentadas 2,7 milhões de toneladas nos cinco terminais especializados, “o que representa também um crescimento face ao período homólogo, com destaque natural para o Terminal XXI que já opera com o sexto pórtico super post-panamax”. No que respeita aos navios entrados no porto, adianta a empresa, foi registado um crescimento de 16 por cento nos navios

rececionados (143) e um aumento de 19 por cento no porte dos mesmos, “sendo, do ponto de vista destes dois parâmetros, também o melhor mês de janeiro da história do porto de Sines para ambos”. O comunicado indica que, após estes resultados, “mantém-se a trajetória de crescimento de 2012, melhor ano de sempre do porto, constituindo este início de ano uma perspetiva muito otimista para o crescimento sustentado previsto para 2013 e para o reforço do seu posicionamento global de porto ‘hub’ de águas profundas”.

CDU contra extinção de freguesias Os vereadores da CDU eleitos na Câmara Municipal de Beja propuseram que o município tome a iniciativa, em conjunto com as juntas de freguesia que foram agregadas ao abrigo da Lei 22/2012, de entregar no Tribunal Administrativo uma providência cautelar, tendo em vista a suspensão da referida lei. Consideram os eleitos que “a agregação das freguesias, que no caso concreto do concelho se traduz na extinção de 12 das 18 freguesias, significará a perda da sua identidade, nas mais variadas vertentes, económica, social e cultural, e um prejuízo para as respetivas populações”.

STAL apela a internalização dos serviços A comissão permanente da Direcção Nacional do STAL enviou uma circular às autarquias para apelar à internalização dos serviços públicos locais prestados por empresas municipais que venham eventualmente a ser extintas, aprovando uma proposta de lei a enviar à Assembleia da República.


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Diรกrio do Alentejo 15 fevereiro 2013


Diário do Alentejo 15 fevereiro 2013

JOSÉ SERRANO

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Mértola esclarece comerciantes

Água transferida para Morgavel

Alqueva abastece zona industrial de Sines em 2015 A albufeira da barragem de Morgavel, que abastece a zona industrial de Sines, deve começar a receber água do Alqueva em 2015, o que irá “aumentar a garantia” do abastecimento ao complexo, mesmo em períodos prolongados de seca.

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transferência de água entre Alqueva e Morgavel, através da albufeira do Roxo, será feita por uma ligação de 114 quilómetros de canais, túneis e condutas, 83 dos quais já construídos, e que deverá ficar concluída até final de 2015, adiantou à Lusa João Basto, presidente da Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva (EDIA), a promotora do projeto. Após concluída a ligação, a água do Alqueva será transferida para Morgavel, a origem de água para abastecer a Zona Industrial e Logística de Sines (ZILS), a qual irá usufruir “da garantia de água mesmo em períodos de seca prolongados”, disse João Basto. A água do

Alqueva a transferir para Morgavel irá servir para “fins industriais” e “aumentar a garantia e a fiabilidade do abastecimento de água” à ZILS, explicou Marques Ferreira, presidente da empresa Águas de Santo André, que explora e gere o sistema de abastecimento de água, de saneamento e de resíduos sólidos, que serve, entre outras, a zona industrial de Sines. A ligação Alqueva/Roxo, com 83 quilómetros, está feita, mas falta concluir a ligação Roxo/Morgavel, num total de 31 quilómetros. Para tal, a partir do circuito hidráulico Roxo/Sado, um canal com cerca de 14 quilómetros, é preciso construir uma conduta dedicada de 17 quilómetros até Morgavel, cujo projeto está em fase de avaliação de impactes ambientais, disse João Basto. Após obter a declaração de impacte ambiental, a EDIA irá lançar o concurso público da empreitada, a qual vai implicar um investimento de cerca de 10

milhões de euros e deverá arrancar este ano para ficar concluída até final de 2015, previu João Basto. A conclusão da ligação entre as albufeiras do Alqueva e de Morgavel, através da albufeira do Roxo, está incluída na valência de abastecimento público de água da rede primária do Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva, o qual deverá ficar concluído em 2015, segundo as previsões do Governo. A EDIA concluiu em 2010 as ligações entre a albufeira do Alqueva e as outras albufeiras de abastecimento público de água abrangidas pela rede primária do projeto, ou seja, as das barragens do Roxo, do Enxoé e de Alvito (Beja) e do Monte Novo (Évora). Desta forma, segundo a EDIA, o empreendimento do Alqueva está pronto para reforçar o abastecimento público de água a cerca de 200 mil habitantes nos distritos de Beja e de Évora, sempre que as respetivas albufeiras apresentem necessidade de água.

Certame regressa a Beja em abril

Concurso Internacional de Azeite na Ovibeja

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Ovibeja 2013, que se realiza entre 24 e 28 de abril, já lançou a 3.ª edição do Concurso Internacional de Azeite Virgem Extra – Prémio Ovibeja. O concurso, o único de âmbito internacional realizado em Portugal, é uma organização conjunta da ACOS – Agricultores do Sul e da Casa do Azeite – Associação do Azeite de Portugal, e tem como objetivo principal distinguir os azeites virgem extra de excelência, promovendo sobretudo a cultura e a imagem do azeite de qualidade. Segundo a organização, “mais uma vez, vai-se estimular a participação alargada de azeites dos principais países produtores europeus, bem como a participação de azeites provenientes de outras geografias, nomeadamente dos novos pa-

íses produtores da América Latina, como o Chile ou a Argentina, da Austrália ou da Nova Zelândia”. De acordo com a organização, “pelo seu grau de exigência e criteriosa composição do júri internacional, composto por alguns dos mais renomeados peritos, oriundos dos principais países produtores, que este ano se alargará ainda mais, este concurso é já uma referência ao nível dos vários concursos de Azeite Virgem Extra que se organizam anualmente, não só no País, mas a nível internacional”. A organização espera que, este ano, o concurso supere as edições anteriores, que primaram pela qualidade e excelência. A região e os seus azeites, como não poderia deixar de ser, voltam mais uma vez a estar em destaque na Ovibeja.

Com o objetivo de informar e apoiar os comerciantes do concelho, a Câmara Municipal de Mértola, em colaboração com outras entidades, promove durante este mês três sessões de esclarecimento sobre as novas regras de faturação. A primeira sessão acontece hoje, sexta-feira, pelas 14 horas, na Junta de Freguesia de Mértola.

Obras da ciclovia de Beja avançaram A Câmara de Beja já adjudicou as obras de requalificação da ciclovia periférica da cidade, que deverão arrancar “brevemente” e incluem a intervenção na rede de iluminação pública e a instalação de novos candeeiros e equipamentos de ginástica. Segundo a autarquia, no âmbito de um projeto mais amplo de requalificação paisagística da ciclovia, está prevista a instalação de guardas de segurança, equipamentos que irão contribuir para “a melhoria da segurança rodoviária” naquele “espaço importante de lazer e de prática de exercício físico muito frequentado pelos cidadãos”.

LPN promove ação de formação em Castro “Orientações para um Turismo Sustentável e Qualificação do Serviço em Áreas Rurais classificadas como Rede Natura 2000” é o tema da ação de formação que a Liga para a Proteção da Natureza (LPN) realiza na próxima semana, nos dias 21 e 22, em Castro Verde.A iniciativa, no Centro de Educação Ambiental de Vale Gonçalinho, da LPN, tem como objetivo promover uma atitude sustentável de fornecedores e consumidores de produtos turísticos, em particular em áreas rurais com importantes valores naturais. “Pretende-se ainda contribuir para melhorar a qualidade do serviço prestado pelos agentes turísticos, sensibilizando e dando formação básica em observação de aves, um segmento com potencial relevante para áreas desfavorecidas do interior do País”, acrescenta a LPN.

António Calapez Garcia homenageado O falecido médico de Odemira e deputado António Calapez Garcia, que “se destacou pela sua ação em prol do desenvolvimento” do concelho e do Alentejo, vai ser homenageado no sábado na aldeia de São Martinho das Amoreiras. A homenagem em São Martinho das Amoreiras vai começar às 14 e 45 horas com uma missa na igreja paroquial, seguindo-se, às 15 e 15 horas, uma cerimónia no largo Eng.º Adelino Amaro da Costa, onde será inaugurado um pedestal evocativo.


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ADPM coopera com Cabo Verde

A Associação de Defesa do Património de Mértola (ADPM) estabeleceu um projeto de cooperação com o concelho de Porto Novo, Santão Antão, Cabo Verde. “Cultiva Bô Tchôn, defendendo o ambiente” vem dar resposta, segundo a ADPM, “a diversas necessidades de uma pequena comunidade rural, que vive exclusivamente da agricultura”, nomeadamente através de produção de energia para extração de água para rega.

Mercado de energia debatido em Odemira A Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor (DECO) e o município de Odemira promovem na sede de concelho, no próximo dia 21, uma sessão de esclarecimento sobre a comercialização de

Bolsas para alunos de Aljustrel A Câmara de Aljustrel vai atribuir bolsas de estudo para apoiar 29 estudantes matriculados no ensino superior neste ano letivo e com dificuldades económicas, num total de 21 650 euros. Segundo a autarquia, a concessão das bolsas pretende “proporcionar apoio” aos estudantes, que, devido à sua situação socioeconómica, têm “dificuldades em prosseguir os estudos nos estabelecimentos de ensino superior”.

Santiago recolhe fotografias antigas O Arquivo Municipal de Santiago do Cacém está a recolher fotografias antigas para a preservação e divulgação da memória do concelho, convidando a população a participar neste projeto através do empréstimo das suas fotografias, para que sejam digitalizadas. O objetivo é recolher fotografias que tenham interesse para a história local. PUB

eletricidade e gás natural, na sequência da liberalização do mercado de energia e da extinção das tarifas reguladas. A sessão vai decorrer no auditório da Biblioteca Municipal de Odemira e o objetivo passa por esclarecer as dúvidas dos consumidores sobre a

possibilidade de mudança de comercializador de eletricidade e gás natural. “O processo de mudança não é automático, sendo necessário proceder à escolha de um novo comercializador em regime de mercado”, explica a autarquia.

Bispo de Beja pronunciou-se sobre resignação de Bento XVI

“Coragem e lucidez intelectual” O bispo de Beja, António Vitalino Dantas, considerou que o papa Bento XVI manifestou “uma grande coragem” e “uma grande lucidez intelectual” ao decidir resignar, reconhecendo que o exercício do pontificado requer hoje “muita força física”.

“A

cho que foi um ato de coragem do atual papa. Ele é muito inteligente, tem um grande amor a Deus e à igreja”, mas “achou que as suas forças físicas estavam a falhar”, afirmou o bispo de Beja, em declarações à Lusa. O papa Bento XVI anunciou oficialmente no início da semana que vai resignar no próximo dia 28 ao pontificado devido “à idade avançada”. Contactado pela Lusa, António Vitalino Dantas mostrou-se algo surpreendido com a

decisão de Bento XVI, mas sobretudo porque “já não era costume, há muitos séculos, um papa resignar”. Em relação à “idade avançada” do papa, que tem 85 anos, o bispo de Beja explicou que, em finais de novembro, quando esteve em Roma, constatou pessoalmente que Bento XVI estava debilitado fisicamente. “Vi que as muitas audiências que ele tinha, os muitos compromissos, já lhe custavam um pouco a nível físico. Ele procurou adaptarse ao meio em que vivia e dava provas de que sentia a presença das pessoas, reagia de maneira diferente, sorria, abençoava, mas estavam a falhar-lhe as forças”, contou. Por isso, “manifestou uma grande coragem e uma grande lucidez intelectual ao tomar esta decisão, coisa que já não acontecia há muitos séculos” na igreja, acrescentou. Segundo António Vitalino Dantas, o “ofício

de papa exige, hoje em dia, muita presença, muita lucidez e muita força física” da parte de quem o exerce, “para poder estar presente e não desiludir aqueles que vão ao seu encontro”. Ao contrário do que aconteceu com o seu antecessor, João Paulo II, o papa Bento XVI “nunca disse” que pretendia exercer o pontificado até morrer, lembrou Vitalino Dantas. “E, agora, manifestou que realmente quer dar lugar a outro”, para que o seu sucessor exerça “o ministério com mais força física”, sublinhou. O anúncio oficial da resignação do papa foi feito na segunda-feira durante um consistório no Vaticano. Um novo papa será escolhido até à Páscoa, a 31 de março, disse o porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi, anunciando que um conclave deve ser organizado entre 15 e 20 dias após a resignação do pontífice.


13 Diário do Alentejo 15 fevereiro 2013

São adolescentes, cheios de energia e carregam no breve passado uma sucessão de insucessos e uma atitude de rejeição e desencanto face ao que o modelo tradicional escolar tem para lhes oferecer. Em palco, num projeto conduzido pela companhia Arte Pública desde o início do ano, estes jovens de uma turma PIEF de Beja têm vindo a modificar comportamentos. Face a eles próprios, ao outro, e até face a esse bicho de sete cabeças, que é a leitura. Um caminho que vale por si próprio, em cada sessão de duas horas, e não pelo resultado teatral que eventualmente possa vir a ter.

Texto Carla Ferreira Foto José Serrano

Arte Pública desenvolve projeto de integração com uma turma PIEF, em Beja

Jovens fazem as pazes com a escola através do palco

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s dois Rui e o Miguel não gostam propriamente de ler. Têm um certa antipatia por esses objetos de muitas páginas, que levam o seu tempo a descortinar, a digerir. São adolescentes e, como tal, têm energia de sobra, sem que saibam muitas vezes que uso dar-lhe. Ler é um ato solitário, que os obriga a estar parados, concentrados, o que é todo o contrário do que os seus corpos lhes pedem, exigem, aos 14 e 15 anos. A uma segunda-feira, cumprem, na sala estúdio do Teatro Municipal Pax Julia, em Beja, a primeira das três sessões semanais do projeto de integração através das artes de palco, em que estão a trabalhar desde meados de janeiro. A turma, a frequentar o 2.º ciclo na Escola de Santa Maria, em Beja, integra o Programa Integrado de Educação e Formação, vulgo PIEF. Uma sigla que costuma remeter para uma espécie de “fim de linha” e a própria definição oficial não o esconde: “medida de exceção que se apresenta como remediação quando tudo o mais falhou (…), quer no sistema educativo, quer na formação profissional (...)”. Gisela Cañamero, atriz e encenadora da companhia Arte Pública, é a timoneira deste barco. E, depois de duas horas de trabalho, ao cabo de múltiplos exercícios – de corpo, de voz, de relaxamento, incluindo várias experiências à volta da palavra – o improvável acontece. Os três rapazes abandonam a sessão com a primeira estrofe de um auto de Gil Vicente quase na ponta da língua. A fala de um frade, a discorrer sobre o que faz um louco ser louco, em português arcaico e, portanto, menos atrativo ainda, vai sendo desenrolada e assimilada de várias formas: em rap, de pernas para o ar, em registo de diálogo, a imitar um professor na sala de aula, em canto cigano. E isto depois de se ter preparado o corpo e o espírito para ali estar, em plenitude, deixando tudo o resto lá fora. Das brigas da véspera até ao funeral de um colega, atingido a tiro numa rua de Beja dias antes. O que explica uma sala estúdio pouco povoada na manhã em que o “Diário do Alentejo” foi conhecer o projeto

no terreno. De 16 alunos, o número total da turma, marcaram presença três. O projeto parte de uma realidade que não é possível escamotear. Trata-se de um grupo de jovens “em contexto de rutura física e afetiva com quase tudo aquilo que a ‘escola’ enquanto instituição representa”. Há, nas breves vidas destes jovens, argumenta a companhia teatral, “repetidos insucessos e abandonos escolares”, desmotivação face aos currículos escolares, uma atitude de rejeição dos professores e da sala de aula, e uma crença na inutilidade da grande maioria dos conteúdos lecionados. Há, portanto, que integrar essa realidade e trabalhá-la, sem demasiadas pressas de chegar a um produto final, seja ele um espetáculo, ou apenas uma apresentação pública informal do trabalho desenvolvido. “Para já, este projeto vale por cada duas horas que nós passamos aqui. Não podemos ir a correr, tendo em vista uma meta e atropelar todo o processo, que passa por integrar e trabalhar o que lhes acontece lá fora. O que nos interessa, antes de mais, é que eles saiam daqui pessoas mais confiantes, mais serenas, mais capazes de estar com o outro e de resolver problemas lá fora. Se,

depois disso, conseguirmos chegar ao teatro, puro e duro, e à construção de personagens, melhor”, considera Gisela Cañamero. A diretora de turma, Elisabete Lôpa, concorda e orgulha-se com os resultados obtidos até então: “Eles estão aqui e não pedem à professora Gisela para sair, para ir à casa de banho, ou para fazer seja o que for. Estão aqui, estão atentos, esquecem o mundo lá fora, o que, em contexto de sala de aula, é muito difícil de conseguir”. “Eles nunca se olharam tão profundamente”

Gisela Cañamero acredita que, numa perspetiva global e não levando em conta apenas o caso destes jovens, há que apostar mais na “valorização do corpo sensível e expressivo”. Elemento que a escola tradicional menospreza em favor do “corpo atlético”, trabalhado no desporto, ou da componente “intelectual”, que se pretende estimular no contexto da sala de aula. De fora deste modelo fica, assim, “um trabalho que promove o conhecimento de si próprio, através do qual os jovens reconhecem as suas limitações, tensões, incapacidades e capacidades, chegando também a compreender o outro.

Porque percebo que as minhas fragilidades são também as fragilidades do outro, que as minhas forças são também as forças do outro. Este é um trabalho de solidariedade mental e intelectual”. E as diferenças, mesmo apesar do pouco tempo decorrido, são já óbvias, admira-se a professora Elisabete: “Os mais inibidos soltam-se e até mesmo o relacionamento entre eles tem melhorado, porque aceitam-se as diferenças. E há uma maior capacidade de se olharem, de se sentirem, de se tocarem, de confiarem, coisa que eles nunca fizeram. Nunca se olharam tão profundamente”. Fora do palco, onde até houve lugar a um discurso improvisado de um minuto, sem qualquer rede, a vergonha volta. Mas as poucas palavras dão para entender como tem sido a experiência. Rui confessa que se sente “mais leve e calmo”, que nas aulas “é mais fácil aprender”, e que, inclusivamente, “até” sente “mais vontade de ler e tudo”. Miguel, que até teve direito a palmas, com o seu Gil Vicente cantado em versão cigana, reconhece agora, a muito custo, que “dantes falava de outra maneira; agora estou mais calminho, já não digo tantos disparates”.

O que nos interessa, antes de mais, é que eles saiam daqui pessoas mais confiantes, mais serenas, mais capazes de estar com o outro e de resolver problemas lá fora. Gisela Cañamero


Diário do Alentejo 15 fevereiro 2013

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Se é verdade que o ativismo de sofá que a Internet permite inflacionou a “participação pública”, desvalorizando-a na prática, os portais de petições são hoje a melhor fonte para se apreender a psique coletiva. Se repararmos na classificação das petições mais populares, confirmamos as ideias feitas de que os portugueses querem tirar políticos do hemiciclo e touros do redondel. Vasco Barreto, “I”, 11 de fevereiro de 2013

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As CRIANÇAS DAS ESCOLAS do primeiro ciclo (e também algumas do segundo ciclo) inundaram esta semana as ruas das aldeias, das vilas e das cidades da região com as suas máscaras carnavalescas. Não sou muito de carnavais, mas este, o das crianças, é tão genuíno que não lhe conseguimos ficar indiferentes. Aqui, a fantasia e o sonho são levados mesmo muito a sério. PB

Opinião

Direitos (d)e Animais Filipe Nunes Arqueólogo

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estes últimos 20 anos sou regularmente abordado com o tema dos direitos dos animais. Adivinha-se o facto pelo conteúdo vegetariano do meu prato, que desperta fatidicamente as mesmas perguntas de sempre onde calhe a comer. Descarto de imediato que de religião não se trata, avesso que sou às mesmas, nem tão pouco de estritos e rigorosos cuidados de saúde, pois os temperos mediterrâneos bem apurados e os copinhos que acompanham os meus refastos dão de mim, por vezes, um mau exemplo no que toca ao asséptico perfil dos manuais do vegetariano à venda nas caixas dos grandes supermercados. Algo saturado com estas conversas de costumes procuro encerrar o assunto com um lapidar: é uma questão de ética. Pessoal, antes de mais, na minha relação com os animais; mas sobretudo abrangente às preocupações do equilíbrio ecológico e social que os regimes alimentares aportam. E nesse sentido, porque posso, porque tenho uma possibilidade de escolha que me permite eleger à semelhança do meu livre pensamento e meios de subsistência, o conteúdo do meu prato. Invocando a ética, invoco obrigatoriamente um posicionamento na minha relação com os demais seres vivos e com o meio que me rodeia, o que me leva a confrontar com o sem número de relações sociais e culturais entre humanos, demais espécies e o meio natural. A ética pessoal também aí se afirma como pressuposto de uma ética que poderíamos designar de política no sentido de almejar e lutar por uma nova perspetiva dessas mesmas relações. Pelo que o ser vegetariano apenas me faz sentido, tanto quanto faz sentido a urgência em determinar nesta Terra que habitamos relações não autoritárias e holísticas (no seu significado de harmonia e entendimento geral dos fenómenos e não travestido de mero espiritualismo freak). Que visem estabelecer modos de vida que sejam ditados pelo equilíbrio dos ecossistemas, e encontramo-nos já em fase de os recuperar urgentemente, e pela busca incessante de neles viver de forma igualitária e com a justa distribuição dos recursos. Pelo que o vegetarianismo assim visto será sempre entendido como manifestação antissistema, contraposta à recuperação que o sistema mercantilista dele fez em nome de uma “alternativa” já plenamente esvaziada de sentido. O que recheia o teu prato pode nesse sentido ser mais do que simples ração, mas pode ser uma comida que não só te alimente fisicamente, como conscientemente, sabendo o que ela implicou e do que dela possa resultar. Nem sempre assim o é, mas perder esse sentido é no sentido pejorativo do termo auto reduzir-nos a gado (quando este já em si perdeu o sentido animal, para o sentido maquinal da industria e da economia). Este é o quadro geral, certamente de forma incompleta, que argumento nas minhas habituais conversas à mesa, quando visado na condição exótica do comensal “esquisito”. A amplitude desse cenário é para mim essencial, porque acima de tudo recuso ser remetido à gaveta dos defensores dos direitos dos animais tout court. E porque, eis finalmente a razão que move este texto de opinião, me sentira injuriado se por ser vegetariano fosse posto no mesmo saco de quem recentemente “em nome” dos direitos dos animais veio a mostrar a mais viva indignação pelo abate do cão que tirou a vida a uma criança de 18 meses em Beja. Tais manifestações conseguiram suplantar a minha própria repulsa à gente que ostenta e apruma tais cães, como expressão das relações de violência que desejam impor, permitindo semelhantes desfechos, porque se afundam no mais perigoso dos autismos. Aquele que propagando uma pretensa filosofia e ética antiespecicista de defesa dos direitos animais, relativiza não apenas a dor dos implicados mas, pior ainda, menospreza a comoção humana tal e qual e à semelhança daqueles que antes acusara de ignorar a comoção animal. Defender a

intransigência do “direito à vida” desse cão na equidade dessa comoção é falso (e perturbante), precisamente porque subverte a indignação e o direito ao equilíbrio que em situações como esta o homem, no seu estado social e inato, é impelido a agir; tal como no estado selvagem e natural qualquer espécie animal é impelido instintivamente a defender os seus e repor o equilíbrio. Tão pouco o mundo, seja ele natural, animal ou humano, é isento de desequilíbrios, por vezes atrozes como esse vivido em Beja. O que não significa que os justifiquemos – ou no mínimo secundarizemos – em nome de direitos que outorgamos defender, caindo naquilo que acaba por ser ironicamente mais uma manifestação do nosso antropocentrismo, e pior de tudo moralizante das outras espécies. Caindo, neste caso, por terra qualquer princípio de ética. E humana, antes de mais, porque assim o somos. É por isso pois, que com dificuldade vejo como pode o autismo sectário de organizações ou as beneficências caridosas em nome dos direitos dos animais, abrindo flanco para a mais pura idiotice mediática que o tratamento do assunto em regra geral merece (gatinhos fofos no facebook e devotos missionários nos canis) possa realmente transmitir e levar-nos a colocar a agenda dos direitos dos animais no mesmo plano de importância que deve assumir na agenda da justiça social e da ecologia.

Manuel Monge Luís Covas Lima Bancário

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ecordo com um prazer especial um dos últimos números deste nosso jornal no ano passado. A publicação de uma entrevista ao último Governador Civil de Beja. Um homem com uma experiência de vida inolvidável, pautada por uma verticalidade invulgar na sua atuação humana e cívica e plena de valores e convicções. Dizia alguém muito próximo de mim, que este homem constava no seu compromisso de amizades, como o melhor amigo que um amigo pode ter. Elogiava-o em várias ocasiões, pela honestidade, lealdade, competência e acima de tudo pelo seu exemplo. A sua ligação às origens, que nunca renegou e sempre promoveu, conferem-lhe um estatuto maior no Baixo Alentejo. É reconhecido por unanimidade. Protetor das suas gentes, sempre defendeu a proximidade do poder local ao poder central. Nessa entrevista é magnânimo quando fala sobre o seu Baixo Alentejo com história e coração. Diz o que lhe vai na alma. Na altura em que foi anunciada a extinção dos governos civis pelo governo atualmente em funções, o General Manuel Monge referiu, em comunicado de imprensa, “que foram seis anos ao serviço das gentes da nossa região” e que cumpriu “com gosto e orgulho”. No desfecho final, o general formulou “votos de progresso e desenvolvimento económico e social, que apesar da crise geral, a nossa região perspetiva, face aos projetos em curso de desenvolvimento económico”. Era sua convicção que o desenvolvimento passaria pelo IP8, aeroporto de Beja, Alqueva, turismo e porto de Sines. O litoral e o interior, as acessibilidades e as infraestruturas como vetores determinantes do progresso económico social da nossa região. A dinamização e o desenvolvimento do setor produtivo no interior dependem em muito da descentralização de processos. Um novo mapa administrativo, com atribuições e responsabilidades acrescidas, permitiria o crescimento e a tão desejada competitividade económica. A interioridade, a desertificação, o flagelo do desemprego e o drama social a que assistimos devem ser contrariados. Sempre preconizou a regionalização dentro de um quadro administrativo e não político. A administração e resolução dos

problemas localmente, sem necessidade de intervenção do poder central. Defendia ainda a atribuição de poderes e competências aos municípios. É um homem com honra. Honra é o sentimento que leva o homem a procurar e manter o bom nome, honestidade, dignidade, distinção e a consideração pública. É, e sempre foi essa, a forma de estar e de viver de Manuel Monge.

Os sonhos gostam dos pijamas verdes Martinho Marques Professor aposentado

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az frio, mas chegam-me a casa todos os cheiros da terra. Na tentativa de desibernar, depois de um internamento que, em janeiro, felizmente só em casa, eu fui forçado a fazer, apetece-me sair, para sair, mas também para ficar dentro dos sítios de onde os cheiros vêm. Para, afinal de contas, pôr os olhos ao nível da pituitária. A sul, atravessada a via férrea, está-se na via do Tanque dos Cavalos e nos caminhos aéreos dos horizontes com verde, com azul, com flocos de nuvens brancas e com salpicos de casas. Mais ou menos a norte, o jardim público acena-me com árvores (cujas sombras dispenso, por enquanto), com flores e com percursos que vou seguindo e tomando com a regularidade aconselhada, por eles serem mais do que agradáveis, por serem medicinais e mais baratos que os outros medicamentos. Mas não limito os passeios a pé ao sul e ao norte. Também deambulo a nascente. Faço incursões a poente. Acho bom qualquer dos rumos de toda a rosa dos ventos. Agora prefiro o sol, mas espero durar até ao tempo de a sombra ser preferível. É para isso também que vou passeando. Além de medicinais e agradáveis, os passeios prestam-se ao sonho, os passeios prestam-me sonho. E o sonho até parece vantajoso por permitir passear em espaço e tempo. Estou-me a lembrar do tempo (aos trinta anos) em que, procurando ao colo adormecer a minha filha de meses, lhe ficava a cantar devagarinho: “Os sonhos gostam dos pijamas verdes...” Ela acabava por adormecer, talvez menos por efeito da canção do pai do que pelo sono da filha. Desde que de mim me lembro ou desde que me conheço, gosto de passeios e sonhos. Em ambos sonho e passeio. Muito me espanta quem assim não seja. Mas de alguns, menos velhos do que eu, e em princípio mais propensos a sonhar (melhor mundo, mais luz, mais equilíbrio), não estou esperando nenhuma primavera... Podiam encher apenas o seu ávido caneco na água enviesada e desviada do uso dos conterrâneos comuns, mas preferiram aliar-se aos promotores do próprio desvio da água e assumir um papel preponderante no enviesamento da corrente. Vendo-os solenemente em exercício, proeminentes, autoconvencidos, ainda que muito pouco convincentes, não sou capaz de ver neles mais nenhuma competência, além da de tentarem cercear o sonho alheio. Ainda sonhei com eles a ter sonhos, mas acabei concluindo que, em vez de sonhos, têm ambições. Não para o mundo, mas para que o mundo possa ser cada vez mais de menos. Vistam eles aquilo que vestirem, ponham eles as gravatas que puserem, mesmo que muito se esforcem a esverdear as farpelas, mesmo que eu próprio me esforce para os ver de outra maneira, fecho os olhos, abro os olhos e só os vejo tenebrosamente enfarpelados de pijamas pretos.


Apesar de o Governo ter abolido a TOLERÂNCIA DE PONTO na terça-feira de Carnaval, a maioria dos municípios portugueses (a totalidade das câmaras da região) decidiram folgar para folear. Nada de novo a Ocidente, neste cantinho onde o Governo prossegue a sua deriva à bolina, sempre contrária à rota dos cidadãos. Cavaco já se tramou uma vez por causa do Carnaval, lembram-se? PB

Há 50 anos Afinidades comunistas do fuzilado Kassem

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par da cobertura informativa da região, de toda a região alentejana, o “Diário do Alentejo” publicava regularmente, há meio século, notícias do País e do estrangeiro e artigos de opinião sobre questões nacionais e internacionais. Na edição de 13 de Fevereiro de 1963, um texto intitulado “Revolução no Iraque”, assinado por um certo M.A.S., era destacado na primeira página. Ora leiam esta versão hollywoodesca (com um final excitante) de acontecimentos nesse “pequeno país árabe”, de história milenar, hoje conquistado e ocupado por forças militares estado-unidenses: “O Próximo-Oriente sempre foi, e continua sendo, região propícia a tenebrosas intrigas políticas, que mais se acentuaram com a intensa exploração do petróleo, e onde diversas potências estrangeiras exercem sua influência, fazendo um jogo político à custa das ambições dos povos árabes. Em geral, a tranquilidade só é aparente nesses pequenos países árabes do Próximo-Oriente, onde as condições de desequilíbrio económico conduzem os povos para a rebelião colocando-os à mercê dos golpes políticos de aventureiros nacionais, entendidos com estrangeiros. A espionagem, a intriga política e a conspiração são actividades constantes nestes países árabes, onde os descontentamentos e a corrupção favorecem revoltas e atentados. Desta vez foi no Iraque que estalou uma revolução, planeada com segredo e firmeza, e desencadeada por elementos militares, principalmente por tropas da Aviação, com o fim de lançar por terra o regime político que o general Kassem vinha governando em ditadura. Poucas horas depois de se ter iniciado a revolução, embora as tropas fiéis resistissem em algumas posições, verificou-se que a vitória pendia para o lado dos revolucionários, que operavam com violência. O primeiro-ministro Kassem foi fuzilado, sumariamente, no Ministério da Defesa, depois deste se ter rendido. Parece que Kassem ainda tentou salvar a vida, parlamentando com Aref, chefe dos revoltosos, mas não tendo sido atendido o seu pedido. Nas dependências do Ministério da Defesa funcionou um tribunal militar, que julgou Kassem, sendo apresentada a este uma lista de nomes, ao mesmo tempo que lhe perguntaram por que razão mandara matar aquelas pessoas desde que assumira o poder. Kassem – ao que afirmam – não respondeu, sendo levado para uma sala vizinha e fuzilado com os seus ajudantes. Durante os poucos dias que durou, a revolução causou mais de mil mortos. Não se conhecem, por enquanto, as tendências políticas dos revolucionários. Quanto a Kassem era tido, para alguns, com afinidades comunistas.” Carlos Lopes Pereira

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O governo suíço está a preparar um novo pacote laboral para as políticas de imigração. Mais restritivo, por certo, e, acima de tudo, mais discriminatório. A comunidade portuguesa é uma das maiores na SUÍÇA. Ajudou a construir o colosso financeiro que ela é hoje. E a comunidade alentejana naquele país é uma das mais respeitadas e trabalhadoras. Esperemos que se lembrem disso. PB

15 Diário do Alentejo 15 fevereiro 2013

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Incapazes de se terem afirmado de outro modo [Coelho e Relvas], a não ser pelo carreirismo partidário desde as jotas até ao Governo, repimpam-se agora à custa do erário público e esfarrapam-se para empobrecer os portugueses e Portugal. Domingos Lopes, “Público”, 11 de fevereiro de 2013

Cartas ao diretor deixarão de haver especialistas no serviço de Hospital urgência nalguns dias e o atendimento passará a ser efetuado por médicos indiferenciado Litoral dos. Ou seja a urgência hospitalar passará a Carta anónima Santiago do Cacém

É com muita mágoa e tristeza que venho denunciar uma triste situação que se passa no antigo Hospital do Litoral Alentejano, agora Unidade Local de Saúde do Litoral Alentejano. Antes do mais a minhas desculpas pelo anonimato desta denuncia, mas compreenderão que, por motivos óbvios, não me posso identificar por agora. Digo apenas que sou um profissional de saúde deste hospital que nela trabalha desde o seu início há oito anos. A abertura do Hospital do Litoral Alentejano foi uma grande vitória da população do litoral alentejano. Começou do zero e ao longo destes oito anos da sua existência, foi crescendo, por vezes com dificuldades, até se tornar hoje num hospital (embora com muitas carências) que não envergonha ninguém, antes pelo contrário. Todo os seus funcionários contribuíram para que isso acontecesse. O quadro médico do HLA é hoje manifestamente insuficiente para as necessidades da população. Como se sabe é extraordinariamente difícil recrutar médicos especialistas para um hospital desta natureza. A prova disso é que os sucessivos concursos para a admissão de novos especialistas têm ficado sistematicamente desertos. Por isso os médicos especialistas que nele trabalham, têm lutado, com inegável dedicação e esforço (por vezes à custa da sua própria vida pessoal) para que a qualidade da assistência prestada à população não diminua. Esta situação implica a realização de horas extraordinárias (realizadas sobretudo no Serviço de Urgência). No mês de janeiro, verificou-se com espanto que a Administração da Ulsla não pagou ao pessoal médico a totalidade das horas extraordinárias, invocando uma lei que já tem vários anos de existência. Essa mesma lei também diz que em serviços carenciados (que é nitidamente o caso do HLA) pode não se aplicar. Aliás em nenhum dos hospitais ou centros hospitalares a sul de Lisboa a aplica. Se fosse aplicada não haveria pessoal médico suficiente para manter abertos os respetivos serviços de urgência. A urgência do HLA é uma urgência médico-cirúrgica, ou seja tem de ter obrigatoriamente urgência médica, cirúrgica e ortopédica 24 horas.Como tal necessita da presença de médicos especialistas nestas áreas 24 horas, em número que é determinado pelos Colégios de Especialidade da Ordem dos Médicos. Com esta medida economicista de não pagamento da totalidade das horas extraordinárias, os médicos especialistas do HLA não farão mais horas além das que são obrigados por lei. A consequência natural é que

ser uma urgência semelhante à existente nalguns centros de saúde (urgência básica). Como é evidente, esta situação é extremamente gravosa para a população do litoral alentejano, que tanto lutou para ter um hospital. lsto significaria um regresso ao velhinho Hospital do Conde Bracial. Todos os doentes que necessitassem de cuidados diferenciados, quer na área médica, quer na área cirúrgica ou ortopédica teriam de ser transferidos para o Hospital de Setúbal ou Hospital de Beja. Este regresso ao passado parece-me inadmissível. É certo que a atual administração encontrou um hospital em difícil situação económica, mas tal não justifica, que por razões meramente economicistas, se tomem medidas que prejudicam gravemente a população do litoral alentejano Faço esta denúncia para alertar. Espero vivamente que esta situação nunca venha a suceder.

Humberto Delgado Carlos Luna Estremoz

Não pretendo entrar em nenhuma polémica com o autor do texto “de um lado terra, do outro lado terra”, no “Diário do Alentejo” ,de 1 de fevereiro de 2013. Ruy Ventura já deu mostras do seu valor em várias ocasiões. Conheço-o, e considero-o meu amigo. É um dos escritores mais capazes neste nosso Alentejo e neste nosso País, e, a esse respeito, nada há a dizer. Pessoalmente, como regionalista e amigo da cultura portuguesa em Olivença, gostei de frases dele como «O território de Olivença – antigo concelho português que não deixou de o ser, pelo menos na alma, apesar de administrado por representantes de Madrid (...) Visitar o Museu Etnográfico [de Olivença] é compreender que dois séculos fizeram muito pouco pela divisão de povos duplos um do outro. A separação - metaforizada durante muito tempo na derrubada “Ponte da Ajuda” acentuou a saudade, mas não destruiu a identidade, que dispensa separações artificiais do território (...)». Copiei o texto integralmente e enviei-o a muitos amigos. No geral, todos gostaram, em especial os oliventinos. A ideia fundamental de Ruy Ventura é a de que o rio Guadiana, mais do que dividir, separa. É uma ideia com a qual temos de estar fundamentalmente de acordo. Ruy Ventura prefere valorizar isso a entrar nas polémicas da soberania, que existem, e que explicam porque há mapas com a fronteira interrompida na região. Não por acaso, são principalmente mapas oficiais

portugueses. Não vou discutir este ponto de vista, pois não foi isso que me levou a escrever estas linhas. O que surge de forma incorreta no texto é a referência à morte do General Humberto Delgado. Na verdade, ele não foi “martirizado” em Villanueva del Fresno, mas sim em “Los Almerines”, quatro quilómetros em linha reta a norte de Olivença. O seu cadáver, bem como o da sua secretária, foram levados, escondidos, de carro, até à herdade de “Malos Pasos”, entre Villanueva e a fronteira portuguesa de Mourão, onde foram abandonados e ocultados. Sabe-se que Humberto Delgado, um lutador heroico e algo romântico pela democracia em Portugal desde a sua “derrota” de 1958, foi atraído a uma armadilha, naquele ano de 1965, ao local onde faleceu em grande parte graças ao uso do nome Olivença. O General simpatizava com a causa da luta contra a espanholização de Olivença, e, ao ser-lhe dito que a reunião de opositores a Salazar (na verdade, agentes da P.I.D.E. sob disfarce) teria lugar em Olivença, a sua credulidade aumentou, o que acabou por lhe custar a vida. A culpa deste erro não a atribuo eu ao autor, mas sim à ampla desinformação que reina sobre este assunto. Ficou provado, logo na época, que o lugar do assassinato fora em “Los Almerines”. Um dos homens que assistiu às investigações ainda é vivo, e mora em Olivença. Todavia, este era um tema muito polémico tanto para Salazar como para Franco, e tornou-se comum falar na morte em Villanueva. Olivença era um espinho cravado entre os dois nacionalismos extremados da Península Ibérica. Depois do 25 de Abril, houve um julgamento, e ficaram conhecidos quase todos os detalhes e os culpados. Mas, estranhamente, continua a circular a informação, nomeadamente em muitos sites na Internet, de que Delgado foi assassinado em Villanueva del Fresno, mesmo após o filme recente mostrar a verdade. Cai-se até num ridículo quase maior: diz-se corretamente que foi morto em “Los Almerines”, mas acrescenta-se que fica nos arredores de Villanueva. O dislate geográfico é evidente, pois a distância entre ambos é de mais de quarenta quilómetros. Ruy Ventura, a quem muito prezo, foi vítima desta desinformação, fruto da ignorância de alguns que se dizem “profissionais de informação”. Nada disto invalida a qualidade do seu texto ou a pertinência das suas reflexões, mas a memória de Humberto Delgado e a verdade histórica exigem que seja reposta a verdade. Peço perdão a Ruy Ventura. Mas, não posso criticar a qualidade de alguma informação que circula “por aí”. Há que ter muito cuidado com o que se propaga. E este erro, e outros de igual gravidade, encontram-se em portais de agências informativas de renome. Não pode haver desculpas para quem não se procura informar, principalmente quando faz da informação o seu modo de vida!


16 Diário do Alentejo 15 fevereiro 2013

Tal medida é necessária para proteger o trabalho dos que aqui estão. Não podem aceitar mais trabalhadores do que o necessário”. Juca Neves

Reportagem

Cláusula para estabilizar imigração

Saída: Alentejo. Destino: Suíça Um bilhete de ida, sem data de re-

O

s portugueses, segundo dados revelados recentemente, são os que continuam a emigrar mais para a Suíça, tendo em conta os números globais e os imigrantes dos países do sul da Europa. No Alentejo há muito que se verifica esta saída. A primeira vaga verificou-se com a procura de trabalhos sazonais. Depois, foi a revolução de Abril a contribuir, e tudo em prol de melhores condições de vida. Mas passados tantos anos, e tendo em conta a situação que Portugal atravessa, pouco parece ter mudado. São muitos os alentejanos que atualmente continuam a escolher o país europeu como primeira opção. Primeiro porque contam com o apoio de emigrantes que também saíram da sua terra, já lá estabelecidos, e depois porque os salários são convidativos. Nos últimos dias, contudo, a imprensa nacional e internacional divulgou que a Suíça estaria a ponderar limitar a entrada no país apenas a imigrantes portugueses, espanhóis, italianos ou gregos. Em causa estaria o grande aumento no número de autorizações para residência para efeitos de trabalho solicitados por cidadãos dos referidos países. A Agência Federal para a Imigração na Suíça (BFM, na sigla em alemão) acabaria, porém, por esclarecer que a cláusula que o país está a ponderar acionar para limitar a imigração não visa apenas portugueses ou outros cidadãos do sul da Europa, mas todos os imigrantes da zona euro. Recorde-se que a livre circulação faz parte de um acordo estabelecido com a União Europeia. A

gresso. Para a Suíça. Muitos alentejanos têm partido para lá, desde há anos. E a crise, a que se vive em Portugal atualmente, tem feito muitos mais emigrar. Para lá, para o país da Europa Central, de onde chegam notícias de que se pondera acionar uma cláusula para limitar a imigração. Texto Bruna Soares Ilustrações Paulo Monteiro e Susa Monteiro

cláusula, segundo informações dadas à Lusa, permite à Suíça “estabilizar de forma unilateral as quotas máximas de títulos de residência, de curta e longa duração, a atribuir a cidadãos oriundos da UE (17) e de oito países do Leste da Europa”. A cláusula só poderá ser acionada quando o número de novos títulos de residência para efeitos de trabalho atribuídos, no espaço de um ano, ultrapasse os 10 por cento da média dos últimos três anos, segundo informações oficiais. A Suíça só pode ainda acionar a cláusula até 31 de maio de 2014. Doze anos após a entrada em vigor do acordo assinado com a UE, a 1 de junho de 2002, esclareceram fontes oficiais. Mas voltando aos emigrantes alentejanos. Juca Neves, de Beja, partiu para a Suíça há dois anos. E, como muitos os que optaram por sair, escolheu o país porque “já lá tinha familiares”. “Pensei que os primeiros tempos, assim, seriam mais fáceis e a integração também”, explica ao “Diário do Alentejo”. O que o fez partir assemelha-se também ao que fez abalar tantos outros. “A minha mulher estava desempregada. Tinha duas filhas pequenas. O meu salário, na verdade, não chegava para as despesas. Tomámos a decisão de procurar melhores condições para nós”, conta. A Suíça, sem olhar para trás, foi a opção. E, embora só resida no país há dois

anos, já encontra diferenças. Principalmente ao nível da “organização”, mas também, como diz, no que toca “à ausência de tanta burocracia”. E depois, acrescenta: “É também um país muito bonito”. Não escondendo, claro, que “os salários são bastante importantes e atraentes”. Pegando nas notícias dos últimos dias, as tais que dão conta da possível medida para limitar a imigração no país, Juca Neves comenta: “Tal medida é necessária para proteger o trabalho dos que aqui estão. Não podem aceitar mais trabalhadores do que o necessário”. O bejense e a sua família residem em Fribourg e, lá, como explica, “não estão muitos alentejanos”. “Vivem aqui na zona umas cinco ou seis pessoas de Beja e estão todas bem”. A maioria dos alentejanos trabalha em fábricas, na construção civil, na área das limpezas e na hotelaria. Contudo, segundo dizem, “está aumentar o número de enfermeiros e enfermeiras que procuram uma oportunidade na Suíça”. Bento Valente, natural de Vila Nova de São Bento, partiu para o país há 23 anos. Conta com 46 de idade. Contabilizando, assim, 23 anos em Portugal e 23 anos na Suíça. Metade da vida cá, metade da vida lá. E, para já, garante: “É aqui que penso ficar”.

Motorista de profissão, encontrou neste país a oportunidade de melhorar as condições de vida da sua família. A sua mulher, Rosa Valadas, porém, foi para o País há menos tempo. 10 anos e, ainda assim, o tempo suficiente para se sentir “em casa”. Está empregada na área da restauração e os salários, como outros emigrantes alentejanos defendem, “são melhores do que em Portugal”. “É aqui que temos a nossa vida, o nosso emprego. É difícil pensar em regressar. Nos próximos anos, não pensamos sair”, explica Bento Valente. Bento chegou à Suíça como


Diário do d Alentejo 15 feve fevereiro 2013

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tantos outros alentejanos. “Tinha cá pessoas conhecidas. As circunstâncias, na altura, fizeram-me emigrar para este país. Comecei a sentir-me cá bem e bastante bem integrado na comunidade. Fui ficando e cá estou, até hoje”. A Portugal regressa para matar saudades da família, dos amigos, da sua terra, do Alentejo, do País. Nas férias, sempre. “Emocionalmente estamos muito bem. Temos trabalho e todas as condições”, defende, para rapidamente enumerar algumas das vantagens que o país proporciona: “Um excelente sistema de saúde, uma grande proteção em caso de desemprego, segurança”. Há bem menos tempo a trabalhar em terras suíças está Mónica Garrido. Saiu de Aljustrel há apenas um mês. A decisão, garante, “não foi fácil, mas foi bastante ponderada”. Saiu com 24 anos e uma mala na mão, em busca de um futuro melhor. Disposta, sobretudo, a trabalhar. “A necessidade fez-me sair do meu país, da minha região. Se não fosse isso não teria vindo”, explica, ainda com o coração apertado. É que

as saudades, essas, garante que são já “muitas”. “Mas vida é mesmo assim, temos de saber encará-la”, avança, para que o que deixou em terras lusas não a desfoque do seu objetivo. “Talvez, um dia, volte”, diz. E, embora esteja no país há tão pouco tempo, já encontra diferenças: “No trabalho, nas pessoas”. “Os portugueses são trabalhadores e têm cá boa fama”. “É fácil simpatizarem connosco, o que é uma grande ajuda para uma boa integração”. Mónica não partiu, porém, desamparada. E a história repete-se. “Tinha cá família, pessoas conhecidas, o que é uma grande ajuda, pelo menos, para os primeiros tempos. É um país desconhecido e sempre dá uma certa segurança”. Lá, em Sion, garante, encontrou alentejanos e muitos portugueses de outras regiões do País, mas todos “bem integrados” e a trabalharem em diversas “áreas”, a fazer um pouco de tudo. Para já, a maior dificuldade “é a língua”, mas com esforço, como diz, “tudo se consegue”. Mónica tem conhecimento das recentes

“As circunstâncias, na altura, fizeram-me emigrar para este país. Comecei a sentir-me cá bem e bastante bem integrado na comunidade. Fui ficando e cá estou, até hoje”. Bento Valente

ponderações das entidades governativas do país, no que diz respeito à imigração. E, não escondendo o receio, considera: “Talvez esta seja a forma de controlarem as cotas de títulos de residência. Talvez, só assim, a Suíça possa a continuar a ser o país que é”. O Governo português também já se pronunciou sobre a matéria, relembrando que qualquer restrição que venha a ser levada a cabo ao nível da concessão de vistos terá de ser negociada com a União Europeia. Até porque se trataria de uma alteração ao atual quadro de movimentação de trabalhadores, ancorado no acordo de livre circulação, que existe entre a Suíça e a UE. Recorde-se ainda que a Suíça garante que ainda “nada está decidido”, no que a esta matéria diz respeito. Uma eventual decisão do Conselho Federal suíço poderá vir só a ser tomada em abril. Na Suíça continuam todos os alentejanos, satisfeitos com as condições que por lá encontraram, e que só compraram um bilhete de ida. Destino: Suíça. Regresso: Sem data prevista.

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Av G alia ra t u ç õe it as s


Nacional da 3.ª divisão de voleibol em Moura

Diário do Alentejo 15 fevereiro 2013

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O Atlético Clube de Albufeira, Santo Tirso e Castro d’Aire são os adversários da equipa sénior do Moura Volei Clube para a segunda fase do Nacional da 3.ª divisão. Na 1.ª jornada (23/2) o Moura recebe o Atlético de Albufeira.

Desporto

Beja Basket Clube joga no domingo com Ferragudo

O Beja Basket Clube recebe no próximo domingo, pelas 17 horas, no Pavilhão Municipal João Serra Magalhães, a equipa da Associação Desportiva de Ferragudo. Trata-se da partida referente à 8.ª jornada do Campeonato Nacional da 2.ª Divisão.

Futebol juvenil

Andebol A Zona Azul e o Núcleo de Andebol do Redondo, 1.º e 2.º classificados do Nacional da 3.ª Divisão de seniores masculinos, defrontam-se amanhã, pelas 17 e 30 horas, no Pavilhão de Santa Maria, em Beja. O Centro de Cultura Popular de Serpa joga em Lagos e o Andebol Clube de Sines desloca-se ao recinto do Náutico do Guadiana.

Moura, Vasco da Gama e Castrense entre as equipas vitoriosas

Mourenses sobem para Reguengos A quatro jornadas do final da primeira fase do nacional da 3.ª Divisão é o Moura quem está melhor posicionado para discutir um lugar na divisão superior. Texto Firmino Paixão

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as, ultrapassado com sucesso o Juventude Évora (triunfo por 3/1), aí novo jogo eletrizante para os mourenses, com uma deslocação ao terreno do Atlético de Reguengos, outra equipa que procura um lugar no lote de subida. O Vasco da Gama vem de um triunfo em casa com o Aljustrelense (2/0), que lhe valeu a subida de um degrau e ficou, em igualdade com a formação mineira, a quatro pontos do Sesimbra, a equipa que encerra o lote de candidatos à fase de promoção. Mas no do-

mingo o Sesimbra estará em Aljustrel e os mineiros têm já pela frente uma oportunidade de diminuírem esse fosso e de o técnico Vítor Rodrigues oferecer o seu primeiro triunfo aos adeptos tricolores. Se não ganharem podem deitar tudo a perder. Mas o Vasco da Gama, que poderia beneficiar desse desfecho, tem uma deslocação de risco ao terreno do União de Montemor, líder, indestronável, da série F. O Castrense “matou o borrego”, não ganhava há algumas semanas e aproveitou a visita do “lanterna vermelha” para, com alguma dificuldade, vencer os algarvios (2/1) e subir um lugar na tabela. No domingo joga no terreno do Juventude de Évora, onde só uma vitória poderá abrir uma luz ao fundo do túnel. Mas, aconteça o que acontecer em Reguengos de Monsaraz, o Moura manterá o segundo posto da tabela.

3.ª Divisão – Série F 18.ª jornada Sesimbra-Esp. Lagos ......................................................... 1-3 Monte Trigo-U. Montemor...............................................0-1 Vasco da Gama-Aljustrelense .........................................2-0 Lusitano VRSA-At. Reguengos ........................................0-2 Moura-Juventude Évora ...................................................3-1 Castrense-Lagoa da Palha ............................................... 2-1 U. Montemor Moura At. Reguengos Esp. Lagos Juventude Évora Sesimbra Vasco da Gama Aljustrelense Lusitano VRSA Castrense Monte Trigo Lagoa da Palha

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37-11 43-12 25-13 33-16 20-21 22-29 22-27 16-17 19-30 18-33 17-30 16-49

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43 41 35 34 24 24 20 20 17 15 15 7

Próxima jornada (17/2/2013): U. Montemor-Vasco da Gama, Aljustrelense-Sesimbra, Esp. Lagos-Lusitano VRSA, At. Reguengos-Moura, Juventude Évora-Castrense, Lagoa da Palha-Monte Trigo.

Rosairense empatou em Almodôvar e prova ganhou competitividade

O Almodôvar já treme... 1.ª Divisão – AF Beja 17.ª jornada Odemirense-Aldenovense ..............................................1-0 Amarelejense-Serpa ..........................................................1-4 Desp. Beja-Praia Milfontes ...............................................0-1 Almodôvar-Rosairense ..................................................... 2-2 Sp. Cuba-São Marcos .........................................................5-1 Piense-Bairro da Conceição.............................................3-1 Cabeça Gorda-Guadiana ..................................................2-0 Almodôvar Praia Milfontes Odemirense Serpa Aldenovense Piense Rosairense Sp. Cuba Cabeça Gorda São Marcos Bairro da Conceição Guadiana Desp. Beja Amarelejense

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38-19 34-17 28-13 34-15 33-18 32-19 25-24 22-19 32-24 13-41 12-32 18-41 14-29 16-40

Distritalão O Rosairense foi empatar ao terreno do líder e relançou o campeonato

Próxima jornada (17/2/2013): Serpa-Aldenovense, Praia Milfontes-Amarelejense, Rosairense-Desp. Beja, São Marcos-Almodôvar, Bairro da Conceição-Sp. Cuba, Guadiana-Piense, Cabeça Gorda-Odemirense.

Quatro pontos é a distância que separa o líder Almodôvar dos mais diretos perseguidores, Milfontes e Odemirense. Mas o Serpa ainda “não jogou a toalha ao chão”. Texto e foto Firmino Paixão

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ínhamos avisado para os efeitos colaterais desta deslocação do Rosairense ao recinto do vizinho. Este a ganhar,

Campeonato Distrital de Infantis (16.ª jornada): Série A: Vasco Gama-Bairro da Conceição, 3-3; NS Beja-Desportivo Beja, 6-1; Sporting Cuba-Ferreirense, 4-4; Despertar A-Alvorada, 9-1. Folgou o Alvito. Líder: Despertar A, 39 pontos. Próxima jornada (23/2): Alvito-Vasco Gama; Bairro da Conceição-NS Beja; Desportivo Beja-Spor ting Cuba; Ferreirense-Despertar A. Folga o Alvorada. Série B: Amarelejense-Despertar B, 7-3; Operário-CB Beja, 4-2; Aldenovense-Moura, 0-4; Piense-Serpa, 4-6. Folgou o Guadiana. Líder: Amarelejense, 42 pontos. Próxima jornada (23/2): Guadiana-Amarelejense; Despertar B-Operário; CB Beja-Aldenovense; Moura-Piense. Folga o Serpa. Série C: Aljustrelense-Castrense B, 8-0; Renascente-Almodôvar, 1-10; Milfontes A-Odemirense, 0-9; Castrense A-Boavista, 7-1. Folgou o Milfontes B. Líder: Odemirense, 40 pontos. Próxima jornada (23/2): Castrense B-Renascente; Almodôvar-Milfontes A; Milfontes B- Aljustrelense; Odemirense-Castrense A. Folga o Boavista. Campeonato Distrital de Iniciados (15.ª jornada): Odemirense-Ourique, 4-0; Bairro da Conceição-Vasco Gama, 0-1; Despertar-Serpa, 2-1; Rio Moinhos-Milfontes, 0-3; Sporting Cuba-Moura, 0-1. Folgou o Amarelejense e o Guadiana. Líder: Odemirense, 36 pontos. Próxima jornada (17/2): Ourique-Amarelejense; Vasco Gama-Odemirense; Serpa-Bairro da Conceição; Milfontes-Despertar; Moura-Rio Moinhos. Folga o Sporting Cuba e o Guadiana. Campeonato Distrital de Juvenis (6.ª jornada): Almodôvar-Despertar, 2-1; Aljustrelense-Desportivo Beja, 3-7; Serpa-Castrense, 0-6. Folgou o Moura. Líder: Desportivo de Beja, 18 pontos. Próxima jornada (17/2): Despertar-Desportivo Beja; Moura-Castrense; Almodôvar-Serpa. Folga o Aljustrelense. Campeonato Distrital de Juniores (11.ª jornada): Despertar-Castrense, 8-0; Vasco Gama-Desportivo Beja, 3-1; Cabeça Gorda-Sobral da Adiça, 5-1; Aldenovense-Odemirense, 1-1. Líder: Despertar, 30 pontos. Próxima jornada (23/2): Aldenovense-Despertar; Castrense-Vasco Gama; Desportivo Beja-Cabeça Gorda; Odemirense-Sobral Adiça.

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40 36 36 35 29 29 23 22 21 14 12 12 11 11

Campeonato Distrital de Benjamins (16.ª jornada): Série A: Ferreirense A-Sporting Cuba, 5-2; Desportivo Beja-Aljustrelense, 1-5; Alvito-Despertar A, 0-16; Bairro da Conceição-Vasco Gama, 2-7. Folgou o Figueirense. Líder: Ferreirense, 39 pontos. Próxima jornada (23/2): Figueirense-Ferreirense A; Sporting Cuba-Desportivo Beja; Aljustrelense-Alvito; Despertar A-Bairro da Conceição. Folga o Vasco Gama. Série B: Despertar B-Serpa, 1-3; Sobral da Adiça-Piense, 0-8; CB Beja-Ferreirense B, 8-2; Moura-NS Beja, 1-7. Folgou o Santo Aleixo. Líder: NS Beja, 42 pontos. Próxima jornada (23/2): Moura-Despertar B; Serpa-Sobral da Adiça; Piense-CB Beja. NS Beja-Santo Aleixo. Folga o Ferreirense B. Série C: Odemirense-Milfontes B, 9-0; Almodôvar-Rosairense, 11-0; São Marcos-Castrense, 0-5; Milfontes A-Ourique, 2-9; Boavista-Renascente, 1-15. Líder: Odemirense, 46 pontos. Próxima jornada (23/2): Boavista-Odemirense; Milfontes B-Almodôvar; Rosairense-São Marcos; Castrense-Milfontes A; Renascente-Ourique.

permitiu o empate à beira do final da partida e saiu da sede de concelho com um sabor amargo. O Almodôvar não foi capaz de mais, ganhou um ponto e permitiu a aproximação do Milfontes (venceu em Beja), do Odemirense (ganhou ao Aldenovense, em casa) e do Serpa (foi golear a Amareleja). E quando falamos em permitir é a adjetivação correta, porque o foi por demérito do líder, e maior mérito dos homens do Rosário, que o campeonato se relançou. Milfontes, Odemirense e Serpa fizeram, apenas, o trabalho de casa e ponto final. A partir de

agora os aflitos podem entrar nas decisões da prova, mas não nos parece que, na próxima ronda, o São Marcos possa tirar pontos ao líder. O Milfontes tem outro jogo fácil, o Odemirense terá que vestir o traje de gala para pontuar em Cabeça Gorda. Em Serpa joga-se a partida mais empolgante, entre os locais e o Aldenovense. O Rosairense recebe o Desportivo, o Cuba vem ao Bairro e o Piense desce até Mértola. Cabeça Gorda e Serpa são, assim, os palcos para onde ficam dirigidos os holofotes da jornada da tarde do próximo domingo.

Campeonato Distrital de Futsal (14.ª jornada): NS Moura-IP Beja, 8-3; Vila Ruiva-Desportivo Beja, 2-8; Advns. Bento-Ferreirense, 1-2; Alcoforado-Luzerna, 2-1; Baronia-Safara, 13-0; Almodovarense-Barrancos, 5-2. Folgou o Vasco Gama. Líder: Baronia, 40 pontos. Próxima jornada (15/2): IP Beja-Vasco Gama; Safara-Alcoforado; Ferreirense-Vila Ruiva; Luzerna-Advns. Bento; Barrancos-Baronia; Desportivo Beja-NS Moura. Campeonato Nacional de Iniciados (2.ª Fase 3.ª jornada): Desportivo Beja-Despertar, 1-2. Líder: Louletano, 40 pontos; 2.º Despertar, 35. 7.º Desportivo Beja, sete. Próxima jornada (17/2): Despertar-São Luís; Odiáxere-Desportivo Beja. Campeonato Nacional de Juniores (2.ª Fase 1.ª jornada): Barreirense-Moura, 1-0. Líder: Farense, 34 pontos. 8.º Moura, 4. Próxima jornada (16/2): Moura-Lusitano Évora.


Série A: Quintos-Brinches, 0-1; Pedrógão-Ficalho, 2-2. Folgaram o Luso Serpense e o Salvadense. Líder: Ficalho, 20 pontos. Próxima jornada (16/2): Luso Serpense-Salvadense; Brinches-Pedrógão. Folgam: Ficalho e Quintos.

Série B: Penedo Gordo -Neves, 2-1; AC Cuba-Beringelense, 1-3; Faro do Alentejo-São Matias, 1-1. Folgou o Louredense. Líder: Penedo Gordo, 28 pontos. Próxima Jornada (16/2): Beringelense-Louredense; Neves-Faro Alentejo; São Matias-AC Cuba. Folga o Penedo Gordo.

Série C: Jungeiros-Alvorada, 1-0; Figueirense-Santa Vitória, 1-2; Mombeja-Messejanense, 3-1. Folgou o Vale da Oca. Líder: Vale d’Oca, 31 pontos. Próxima jornada (17/2): Santa Vitória-Vale d’Oca; Alvorada-Mombeja; Messejanense-Figueirense. Folga o Jungeiros.

Série D (11.ª jornada): Alcariense-Sanjoanense, 3-2; Fernandes-Albernoense, 0-1; Sete-Trindade, 1-2. Líder: Fernandes, 19 pontos. Próxima jornada (16/2): Sanjoanense-Fer nandes; Trindade-Alcariense; Albernoense-Sete.

Série E: Colense-Cercalense, 0-2; Luzianes-Amoreiras Gare, 1-1; Soneguense-Relíquias, 1-7. Folgou o Santa Luzia. Líder: Luzianes, 26 pontos. Próxima jornada (17/2): Amoreiras Gare-Santa Luzia; Cercalense-Soneguense; Relíquias-Luzianes. Folga o Colense.

Série F: Cavaleiro-Saboia, 0-3; Campo Redondo-Boavista, 1-0; Milfontes-Bem posta, 4-2. Folgou o Malavado. Líder: Saboia, 29 pontos. Próxima jornada (17/2): Boavista -Malavado; Saboia-Milfontes; Bemposta-Campo Redondo. Folga o Cavaleiro.

Série G (11.ª jornada): Almodovarense-Pereirense, 0-4; Naveredondense-Santaclarense, 1-1; Serrano-Santa Clara-a-Nova, 3-2. Líder: Santaclarense, 20 pontos. Próxima jornada (17/2): Pereirense-Naveredondense; Santa Clara-a-Nova-Almodova rense; Santaclarense -Serrano.

“Os ouriços” de Vila Azedo que jogam futsal pelo Alcoforado

“Incomodamos muita gente” Reza a lenda que “em Vila Azedo grande caso aconteceu, com espingardas e bordões e o ouriço não morreu”. E é este mamífero que simboliza a equipa de futsal do Grupo Desportivo e Cultural do Alcoforado. Texto e foto Firmino Paixão

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á três épocas consecutivas que o treinador Nuno Malpão lidera esta equipa dos arredores da cidade de Beja. Na primeira época, revela o técnico: “Criou-se uma estrutura que conseguimos transportar para o segundo ano, época em que conseguimos ficar em segundo lugar e fazermos a finalíssima com o IPBeja, agora a equipa está outra vez em transformação, a média continua a ser muito baixa”. A equipa ocupa a sexta posição na tabela e o seu treinador faz aqui uma análise muita lúcida do projeto que lidera. Os objetivos iniciais iam muito para além do que está a acontecer?

Este ano não nos foi fácil definirmos objetivos. Queríamos lutar pela taça, porque o campeonato, para nós, é difícil porque os apoios são poucos ou inexistentes, quer institucionais, quer privados, e isso significa que será difícil aspirarmos a um título e subirmos para uma divisão acima. A taça é qualquer coisa que gostávamos de ter, mas começámos esta época com seis jogadores e muitos miúdos que nem sabíamos se iriam ficar na equipa. Não podíamos ter grandes exigências.

A juventude do plantel assegura a continuidade deste projeto?

Assim eles se fixem no clube. O nosso projeto começou por arrancar com muitos jovens, acreditamos que se pode fazer formação sénior, contrariamente ao que dizem alguns iluminados, que defendem que a formação se faz apenas em jovens. Mas eu continuo a achar que nunca é tarde para formar seja aquilo que for. O que acontece é que ao darmos a estes jogadores algumas noções táticas do futsal, os jogadores começam a ter alguma qualidade e então as equipas com ambições e possibilidades superiores à nossa levam-os. É um processo normal que temos que compreender em nome do sonho desses jovens. “Os ouriços” vêm da lenda de Vila Azedo, mas a equipa tem o nome Alcoforado. Quem empresta o nome a quem?

Não lhe sei responder bem a isso. “Os ouriços” vêm de uma lenda e, provavelmente, pela proximidade entre Vila Azedo e Alcoforado terá acabado por se associar também o ouriço ao Alcoforado. É mais uma história… Mas “Os ouriços” vão picando aqui e ali?

Nós incomodamos muita gente. Somos uma equipa extremamente aguerrida, somos lutadores, somos conhecidos pela garra e pela determinação, não damos nada por perdido antecipadamente. Temos as nossas dificuldades e o nosso maior problema é a inexperiência que existe dentro do plantel. É uma dificuldade que sentimos mas não é fácil vencerem-nos.

É possível subirem um pouco mais na tabela?

Acho que sim, mas as equipas que vêm atrás de nós estão muito fortes, estão bem e têm vindo a crescer. As que estão acima de nós também estão muito fortes e coesas. Continuamos a trabalhar, a equipa está a conhecer-se cada vez melhor, vamos ver o que acontece.

O espaço para treinos deve ser outra das grandes dificuldades...

Treinarmos às 22 e 30 é para loucos. Se formos falar um pouquinho de noções energéticas estamos a falar de pessoas que começam o dia às oito da manhã, carregam todos um dia de

Hoje palpito eu...

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Miguel Ângelo Lemos

Diário do Alentejo 15 fevereiro 2013

Taça Fundação Inatel – 13.ª jornada

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s prognósticos de hoje são do atual treinador do Desportivo de Beja, clube onde o Miguel fez as primeiras épocas da sua formação, até à categoria de júnior, escalão de onde saiu para o Sporting Farense. Fez três épocas em Faro, a última das quais na 1.ª Liga, regressando a Beja, onde voltou a vestir a camisola do Desportivo (então na 3.ª e na 2.ª Divisão Nacional). O percurso deste esquerdino, de futebol bonito e eficaz, continuou no União de Santiago do Cacém, no Juventude de Évora, sempre no segundo escalão nacional, até regressar ao Baixo Alentejo. Manteve-se na terceira divisão, num périplo que começou em Serpa, passando por Cabeça Gorda e Aljustrelense. Voltou ao “seu” Desportivo, de novo no segundo escalão nacional. Vestiu ainda a camisola do Desportivo das Neves, Aldenovense, Vasco da Gama de Vidigueira (pela mão de Pedro Caixinha) e acabou a carreira no Sporting de Cuba. Para trás ficaram diversos títulos, campeão do Algarve em juniores, campeão da AF Beja pelo Aldenovense, além daqueles que eram recorrentes nos escalões de formação do Desportivo de Beja. Hoje, com 43 anos, e por amor ao seu clube de sempre, é um pilar que segura a equipa sénior do emblema bejense.

trabalhão e vêm treinar uma hora a partir das 22 e 30 e chegam a casa à meia-noite. Como é que se prepara um atleta destes, física e mentalmente? Mas fazemos o que podemos com aquilo que temos. O campeonato está competitivo?

Está ótimo, está um grande campeonato. O melhor para mim deste campeonato é poder acreditar que ele pode manter-se no próximo ano porque são 13 equipas, qualquer coisa de fenomenal. Há equipas com boa sustentabilidade, bem organizadas com pessoas que têm vontade de manter estes projetos. E as equipas estão cada vez mais fortes, nota-se pelos primeiros seis lugares da tabela, com uma diferença de pontos muito curta. E o Baronia pode ser, outra vez, campeão?

Mas tem o Almodovarense à perna, é uma equipa que este ano está muito forte e determinada, renovou-se bem com alguns atletas jovens e outros experientes para fazerem a transição. Mas quem quer que seja campeão espero que se mantenha lá em cima. Seria muito bom para bem do nosso futsal, embora não seja fácil porque o nosso ritmo competitivo é diferente. O que é preciso para dinamizar mais o futsal na região?

O caminho é este, mas a AF Beja poderá fazer ainda mais para que isto aconteça. Podemos ter equipas mais jovens, esse é o primeiro passo para a dinamização do futsal. Mas se já é difícil para um clube manter uma equipa sénior, por questões financeiras e falta de espaços, como é que vai ser possível fomentar a formação? Deve haver maneira de o fazer, mas é preciso criar processos facilitadores para a dinamização e crescimento da modalidade.

(X) SERPA/ALDENOVENSE Um dérbi tem sempre grande emoção dentro e fora das quatro linhas. São dois clubes que representei e com que simpatizo, equipas bem orientadas. Sendo verdade que o Serpa joga em casa, vou pelo empate. (1) MILFONTES/AMARELEJENSE Não haverá lugar a surpresas, o Milfontes é claramente favorito. (2) ROSAIRENSE/DESPORTIVO DE BEJA Jogo tremendamente difícil para a minha equipa. Vamos ter que ser muito competentes. O adversário é difícil mas acredito nos meus jogadores. (2) SÃO MARCOS/ALMODÔVAR O Almodôvar tem sido a melhor equipa. Pode sentir dificuldades na adaptação ao terreno, mas não facilitará. (X) BAIRRO DA CONCEIÇÃO/SPORTING DE CUBA É um jogo de tripla. O Bairro terá mais pressão para lutar pelos três pontos, mas o adversário é muito difícil de bater. (2) GUADIANA/PIENSE O Piense é teoricamente mais forte, mas o Guadiana tem uma equipa muito guerreira. Embora com dificuldades, os três pontos viajarão para Pias. (1) CABEÇA GORDA /ODEMIRENSE O Ferrobico não perde há oito jogos, o que será suficientemente motivante para levar de vencida a equipa de Odemira.


Diário do Alentejo 15 fevereiro 2013

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Corta-mato do Alentejo em Vila Nova de Baronia

Disputam-se amanhã, sábado, em Vila Nova de Baronia, os XVI Campeonatos do Alentejo de Corta-mato, numa organização conjunta da Associação de Atletismo de Beja, Câmara de Alvito e Clube Natureza de Alvito. As provas incluem atletas dos três distritos alentejanos e iniciam-se às 15 horas.

Columbofilia: segundo treino oficial amanhã

O segundo treino oficial da campanha desportiva 2013 da Associação Columbófila do Distrito de Beja realiza-se amanhã, sábado, com uma solta desde Valverde D. Caminho (Espanha). A linha de voo é de 110 quilómetros para a Zona Centro Leste e 115 quilómetros para a Zona Sul.

Campeonato Distrital de Futebol Feminino (12.ª jornada): Vasco Gama-CB Almodôvar, 23-0; CB Castro Verde-Serpa, 8-4; OdemirenseOurique, 5-2. Classificação: 1.º CB Castro Verde, 28 pontos. 2.º Odemirense, 25. 3.º Vasco da Gama, 21. 4.º Serpa, 18. 5.º Ourique, nove. 6.º Almansôr, nove. 7.º CB Almodôvar, zero. Próxima jornada (23/2): Almansôr-CB Almodôvar; Vasco da Gama-Odemirense; Ourique-CB Castro Verde.

Equipa feminina do Vasco da Gama isolada no 3.º lugar do campeonato

“Existem ainda muitos preconceitos…” O treinador Leonel Estevens praticou futebol durante muitos anos e esteve, por certo, envolvido em desafios importantes durante a sua longa carreira desportiva. Texto e foto Firmino Paixão

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as foi com uma incomensurável paixão que abraçou o projeto do futebol feminino em Vidigueira, a par do apoio que mantém como adjunto da formação principal do Vasco da Gama que disputa o Nacional da 3.ª Divisão. O técnico assume a paternidade deste projeto e sublinha a elevada dedicação das atletas, expressa na assiduidade aos treinos e na rivalidade competitiva. Para o treinador Leonel Estevens, o futebol feminino tem futuro no distrito e em Vidigueira tudo fará para o preservar, elogiando ainda o exemplo de Ana Capeta, a mais promissora atleta do distrito, atualmente integrada na seleção nacional sub/17. O projeto do futebol feminino tem sido bem-sucedido?

Temos sido bem-sucedidos, até melhor do que estávamos à espera. Em parte este foi um projeto meu, porque tive a ideia e fiz tudo junto do nosso presidente para que criássemos esta equipa feminina, porque havia aqui algumas atletas que já tinham jogado futsal em Alcáçovas e estavam sem atividade, então elas próprias convidaram amigas daqui e dali e formámos este grupo. Que objetivos desportivos têm vindo a perseguir?

O que falámos e ficou acordado com os responsáveis do clube foi que a equipa não ficasse em último lugar. Foi essa a meta que estabelecemos, e daí para cima tentarmos a melhor classificação possível. Estou um pouco surpreendido até pelos bons resultados que temos estado a conseguir, porque a equipa é jovem em idade e tem miúdas que nunca tinham praticado futebol. O objetivo está superado, é isso?

PLANTEL Guarda redes Érica Cavaco e Mena Paixão. Defesas Marina Lima, Ana Leão, Marisa Pires, Beatriz Marques e Cristina Rita. Médias Andreia Santana, Marta Ferro, Inês Doutor, Ana Rita e Joana Cataluna. Avançadas Telma Candeias, Inês Estrela, Patrícia Lança, Rita Amado e Rute Rodrigues. Equipa técnica Leonel Estevens e Ana Farinho (adjunta).

Estamos a fazer um bom campeonato, estamos no terceiro lugar, logo atrás da Casa do Benfica de Castro Verde e do Odemirense, acabámos de ultrapassar o Serpa, que estava empatado connosco e que é equipa que já joga há mais tempo do que nós, por isso estamos no bom caminho. O campeonato ainda tem poucas equipas…

Sim, acho que existem ainda muitos preconceitos à volta das miúdas. Joguei à bola durante 23 anos, passei pelo Lusitano de Évora, Estoril e União de Tomar e apaixonei-me por este projeto, sobretudo pelo empenho com que as miúdas encaram os treinos. Mas existem muitos preconceitos que impedem que outras

miúdas se juntem a nós ou que surjam outras equipas para competir. O plantel é muito jovem…

São atletas muito jovens, algumas de menor idade, têm uma excelente margem para progredir, se continuarem a praticar daqui por três anos teremos uma equipa para se bater com as melhores. Temos quatro atletas de Vidigueira, as restantes são de Beja, Serpa, Portel e São Brissos. É um projeto para continuar nas próximas épocas?

Espero que sim, acho que está tudo a caminhar para que se mantenha. Temos algumas dificuldades com apoios, mas o facto de se tratar de uma equipa de miúdas facilita muito as coisas. As atletas não falham aos treinos, treinamos duas vezes por semana, no mesmo dia dos juniores, chego aqui muitas vezes e estão mais raparigas do que rapazes para treinarem. É por isso que tenho uma grande paixão por este projeto, estou muito entusiasmado e farei tudo para que estas raparigas tenham sucesso. Temos uma jogadora do distrito na seleção nacional que pode ser um exemplo para trazer mais atletas

para o futebol?

Quero acreditar que sim e tenho falado no exemplo da Ana Capeta às minhas jogadoras. A Ana é uma miúda extraordinária, tem um potencial muito elevado, tem mais qualidade no seu futebol do que certos rapazes que aí andam, e depois tem apenas 15 anos, o que lhe dá um potencial de crescimento enorme. Acredita que o futebol feminino tem futuro neste distrito?

No meu ponto de vista acho que sim e espero que o futuro dê razão a esta minha forte convicção de que o futebol feminino se desenvolverá mais. É muito complicado trabalhar com raparigas, existem muitas rivalidades entre elas, mas o futebol feminino tem pernas para andar. A Casa do Benfica de Castro Verde vai bem posicionada para ser campeã…

A Casa do Benfica de Castro Verde tem um avanço confortável para poder conquistar o título e tudo ficou mais fácil depois de ter ganho no terreno do Odemirense, porque em Odemira está outra grande equipa deste campeonato.

Pitico, um exemplo José Saúde

Numa visão básica ao desporto nacional, pressuponho que a nível competitivo escasseiam os casos em que a longevidade dos atletas se protela desmesuradamente no tempo. Para trás ficaram momentos na ribalta e de instantes históricos marcados por plenos êxitos. A pesquisa a que me propus conduz-nos a uma indubitável verdade que justa e honradamente trago a público, sendo que a finalidade esbarra num atleta, jogador de futebol, que aos 49 anos, próximo dos 50 (nasceu em 1/7/1963), ainda se submete a desafiar os agrestes 90 minutos que um jogo oficial confere. Relato com exatidão Manoel Inácio Silva Filho, vulgo Pitico, um atleta que há nove épocas defende o emblema do FC São Marcos, uma agremiação que milita na AF Beja. A carreira de Pitico é extremamente longa. Aportou em Faro no ano de 1988 tendo como destino o Sporting Farense, clube que estava na ribalta do futebol nacional, e por lá se manteve ao longo de seis temporadas. Seguiram-se as épocas no Beira-Mar (duas), Imortal (quatro) e Olhanense (uma). Pensou-se que o processo futebolístico de Pitico fosse o de pendurar as botas. A sua idade sugeria o fim de uma carreira onde se tornara brilhante. Homem íntegro e com uma vida disciplinada que lhe impôs ordem social e atlética, Pitico não recusou um convite que lhe fora então endossado pelo São Marcos, coletividade localizada no concelho de Castro Verde. O desafio parecia meramente casual. Era mais uma época, comentava-se. A idade não perdoa, aludiam outros. Desiludam-se aqueles que ditaram tal fim. O “jovem” resistiu às vozes censuráveis do diabo, a festa de homenagem foi paulatinamente adiada e eis-nos perante um atleta que semanalmente se desloca do Algarve, Faro, para exaltar no futebol primodivisionário sul alentejano a arte com a qual um dia a mãe o colocou no mundo dos mortais. A pujança de Pitico é um exemplo simplesmente louvável.


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ASSOCIAÇÃO DE REFORMADOS, PENSIONISTAS E IDOSOS DO CONCELHO DE BEJA

CARTÓRIO NOTARIAL DE CASTRO VERDE A CARGO DO NOTÁRIO, JOSÉ FRANCISCO COLAÇO GUERREIRO Certifico, para efeitos de publicação, que neste Cartório, no Livro de Escrituras Diversas n° 72-A, de folhas 11 a 12, se encontra exarada uma escritura de Justificação, outorgada no dia vinte e três de janeiro de dois mil e treze, na qual, ISABEL DE BRITO GUERREIRO REVÉS, C.F. n.° 170 134 202 e marido, ADELINO JOAQUIM REVÉS , C.F. n°170 134 199, naturais da freguesia de Casével, concelho de Castro Verde, onde residem na Rua de Castro Verde, n.° 28, casados sob o regime da comunhão geral, declararam que são donos e legítimos possuidores, com exclusão de outrem, do prédio urbano, destinado a quintal, sito na rua da Fonte, n.° 2 na sede da mencionada freguesia de Casével, com a área descoberta de trezentos e setenta e oito metros quadrados, não descrito na Conservatória do Registo Predial de Castro Verde e inscrito na respetiva matriz predial, sob o artigo número 472, com o valor patrimonial tributário, igual ao que lhe atribuem, de seiscentos e noventa euros. Que o referido prédio veio à sua posse há mais de vinte anos, em dia e mês que não sabem precisar mas no ano de mil novecentos e cinquenta e quatro, por compra efetuada a Isabel Maria, viúva, residente que foi na Rua da Fonte em Casével. Que a compra foi meramente verbal, nunca formalizada por escritura pública, motivo pelo qual não dispõem do título que lhes permita efetuar o respetivo registo de aquisição. Que esta posse tem sido exercida à vista de toda a gente, de uma forma pacífica e no gozo e fruição do prédio como seus verdadeiros donos, nomeadamente utilizando-o, para cultivo e arrecadação de materiais, e foram eles que suportaram os encargos inerentes, designadamente as limpezas e os pequenos arranjos nos muros necessários à sua conservação, bem como a respetiva contribuição autárquica. Que esta posse em nome próprio, pacífica, contínua e pública, há mais de vinte anos, conduziu à aquisição do referido imóvel por usucapião, que, pela presente escritura, invocam, para efeitos de primeira inscrição no registo predial, dado não poderem comprovar esta forma de aquisição por mais nenhum título extrajudicial. Está conforme. Cartório Notarial de Castro Verde, aos 23 de janeiro de 2013. O Notário, José Francisco Colaço Guerreiro

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Convocam-se os sócios da Associação dos Reformados, Pensionistas e Idosos do Concelho de Beja, para a Assembleia Geral e Eleitoral a realizar na Casa da Cultura, em Beja, no próximo dia 12 de Março, pelas 14h30, com a seguinte Ordem de Trabalhos: 1. Apresentação, discussão e votação do Plano de Actividades e Orçamento para 2013; 2. Apresentação, discussão e votação do Relatório de Actividades e Contas de 2012; 3. Eleição dos Órgãos Sociais para o triénio 2013/2015. Nota: Caso não esteja presente o número legal de sócios à hora marcada, a Assembleia funcionará meia hora mais tarde, com qualquer número de presenças. Beja, 5 de Fevereiro de 2013. O Presidente da Mesa da Assembleia Geral José Joaquim Caneca Baguinho

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CENTRO SOCIAL DOS MONTES ALTOS

CONVOCATÓRIA Em conformidade com a alínea b) do artigo 29 dos estatutos, convoco os associados do Centro Social dos Montes Altos, a reunirem em Assembleia-geral ordinária, no dia 30 de Março de 2013, pelas 13:30 horas, na sede da Instituição, a qual terá a seguinte ordem de trabalhos: 1. Apreciação, discussão e votação do balanço de contas e relatório da direcção e parecer do conselho fiscal, referentes ao ano de 2012. 2. Diversos. Informações: Não comparecendo o número legal de sócios efectuar-se-á a Assembleia pelas 14:30 horas com qualquer número de sócios. O Presidente da Assembleia-geral José Candeias Madeira

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23 Diário do Alentejo 15 fevereiro 2013


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†. Faleceu a Exma. Senhora D. MARIA DAS CANDEIAS SALES BAIÃO, de 86 anos, natural de Peroguarda Ferreira do Alentejo, viúva. O funeral a cargo desta Agência, realizou-se no passado dia 10, da Igreja Paroquial do Carmo, para o cemitério de Beja.

†. Faleceu a Exma. Senhora D. MARIA ESPERANÇA RAIMUNDO, de 90 anos, natural de Entradas - Castro Verde, viúva. O funeral a cargo desta Agência, realizou-se no passado dia 10, das Casas Mortuárias de Beja, para o cemitério desta cidade.

†. Faleceu o Exmo. Senhor ANTÓNIO CUSTÓDIO ENGROSSA ROSA, de 53 anos, natural de Salvador Beja, solteiro. O funeral a cargo desta Agência, realizou-se no passado dia 11, das Casas Mortuárias de Beja, para o cemitério desta cidade.

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†. Faleceu a Exma. Senhora D. MARIA JOAQUINA REVEZ, de 81 anos, natural de Salvada - Beja, viúva. O funeral a cargo desta Agência, realizou-se no passado dia 11, da Casa Mortuária da Salvada, para o cemitério local.

†. Faleceu o Exmo. Senhor

†. Faleceu a Exma. Senhora D. MARIA SALOMÉ DE CAMPOS TEIXEIRA DE SAMPAIO NOLASCO DA SILVA, de 75 anos, natural de Santa Isabel - Lisboa, casada com o Exmo. Sr. Manuel de Campos Nolasco da Silva. O funeral a cargo desta Agência, realizou-se no passado dia 13, da Igreja Paroquial do Carmo, para o cemitério de Ferreira do Alentejo, onde foi cremada.

†. Faleceu a Exma. Senhora D. ANA TERESA CARVALHO, de 93 anos, natural de Avis - Avis, viúva. O funeral a cargo desta Agência, realizou-se no passado dia 13, das Casas Mortuárias de Beja, para o cemitério desta cidade.

SANTA CLARA DE LOUREDO

BEJA

†. Faleceu o Exmo. Senhor SR. JOÃO VENÂNCIO MARUJO, de 81 anos, natural de Santa Clara de Louredo Beja, casado com a Exma. Sra. D. Maria Luísa Bernardo. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 14, da Casa Mortuária de Santa Clara de Louredo, para o cemitério local.

MATIAS ANTÓNIO DA SILVA, de 70 anos, natural de Mértola - Mértola, solteiro. O funeral a cargo desta Agência, realizou-se no passado dia 13, de Casa Mortuária de Albernôa, para o cemitério de Corte do Gafo Mértola.

†. Faleceu a Exma. Senhora D. MARIA FELICIDADE JACINTA, de 68 anos, natural de São Martinho das Amoreiras - Odemira. O funeral a cargo desta Agência, realizou-se no passado dia 14, das Casas Mortuárias de Beja, para o cemitério desta cidade.

Santana de Cambas – Mértola PARTICIPAÇÃO E AGRADECIMENTO

António Peres Gomes N. 09-09-1941 F. 05-02-2013 Esposa, filho, nora e netos cumprem o doloroso dever de participar o falecimento do seu ente querido. Agradecem ao pessoal do Hospital de Beja e do Hospital de Serpa todo o apoio e carinho prestados durante o seu internamento, bem como a todos o que o acompanharam até à sua última morada. Um agradecimento especial ao povo de Santana de Cambas.

António Francisco Canhita Filhos, netos e restante família cumprem o doloroso dever de participar o falecimento do seu ente querido ocorrido no dia 31/01/2013 e, na impossibilidade de o fazerem individualmente, vêm por este meio agradecer a todas as pessoas que o acompanharam à sua última morada ou que de outra forma manifestaram o seu pesar.

AGÊNCIA FUNERÁRIA SERPENSE, LDA

MISSA

MISSA

António Francisco Carapinha

Ester Rebelo Bettencourt Coelho

1.º Ano de Eterna Saudade

7.º Ano de Eterna Saudade

A família participa a todas as pessoas de suas relações e amizade que será celebrada missa pelo eterno descanso do seu ente querido no dia 18/02/2013, segunda-feira, às 18 e 30 horas, na Igreja da Sé, em Beja, agradecendo desde já a todos os que se dignarem comparecer.

A família participa a todas as pessoas de suas relações e amizade que será celebrada missa por alma da sua ente querida no dia 18/02/2013, segunda-feira, pelas 18 e 30 horas, na Igreja da Sé, em Beja, agradecendo desde já a todos os que se dignarem assistir ao piedoso ato.

CONSTRUÇÃO CIVIL “DESDE 1800” Rua de Lisboa, 35 / 37 Beja | Estrada do Bairro da Esperança Lote 2 Beja (novo) Telef. 284 323 996 – Tm.914525342 marmoresmata@hotmail.com

Consulte esta secção em www.funerariapax-julia.pt ou siga-nos em www.facebook.com/funepaxjulia

É com pesar que participamos o falecimento da Sra. D. ANICETE DA CONCEIÇÃO PELICA, ocorrido no dia 07/02/2013, viúva, de 87 anos, natural de Brinches. O funeral a cargo desta agência realizou-se no dia 08/02/2013, pelas 12 horas, da Igreja do Lar de São Francisco, Serpa, para o Crematório de Ferreira do Alentejo. Apresentamos à família as cordiais condolências.

Serpa PARTICIPAÇÃO E AGRADECIMENTO

Gerência: António Coelho Tm. 963 085 442 – Tel. 284 549 315 | Rua das Cruzes, 14-A – 7830-344 SERPA

CAMPAS E JAZIGOS DECOR AÇÃO

Às famílias enlutadas apresentamos as nossas mais sinceras condolências.

Serpa PARTICIPAÇÃO

DESLOCAÇÕES POR TODO O PAÍS

ASSINATURA Praceta Rainha D. Leonor, Nº 1 – Apartado 70 - 7801-953 BEJA • Tel 284 310 164 • E-mail publicidade@diariodoalentejo.pt Redacção: Tel 284 310 165 • E-mail jornal@diariodoalentejo.pt Desejo assinar o Diário do Alentejo, com início em _______________, na modalidade que abaixo assinalo: Assinatura Anual (52 edições):

País: 28,62 €

Estrangeiro: 30,32 €

Assinatura Semestral (26 edições):

País: 19,08 €

Estrangeiro: 20,21 €

Envio Cheque/Vale Nº___________________ do Banco _____________________________________ Efectuei Transferência Bancária para o NIB 0010 00001832 8230002 78 no dia ___________________ Nome _______________________________________________________________________________ Morada ______________________________________________________________________________ Localidade ___________________________________________________________________________ Código Postal ________________________________________________________________________ Nº Contribuinte ________________________Telefone / Telemóvel ______________________________ Data de Nascimento __________________________________ Profissão _________________________

*A assinatura será renovada automaticamente, salvo vontade expressa em contrário* Cheques ou Vales Postais deverão ser emitidos a:

AMBAAL – Associação de Municípios do Baixo Alentejo e Alentejo Litoral


institucional diversos

25 Diário do Alentejo 15 fevereiro 2013

Todas as semanas os leitores do “Diário do Alentejo” vão ter descontos. Os anúncios desta secção pretendem, por um lado, dar um impulso à economia local e, por outro, ajudar os consumidores neste tempo de crise. Aproveite as oportunidades.

Vale €1,20 em abastecimentos superiores a 20 litros

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1. Válido nos Postos BP Beja Luzias, BP Beja Variante e BP Beja Castilho; 2. Este vale só poderá ser descontado no ato de pagamento de abastecimentos iguais ou superiores a 20 lts., até um máximo de 3 vales por abastecimento (60 lts); 3. Este vale não é acumulável com outras campanhas desconto a decorrer no Posto de Abas-

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tecimento; 4. Este vale só é válido para abastecimentos

desconto em combustÍvel

com cartões: Routex, Azul e de Sócio ACP; 5. Nenhuma

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ADMITE-SE VENDEDORES

em combustíveis cujos pagamentos não sejam efetuados responsabilidade será aceite nos seguintes casos: perda, roubo ou danificação do vale quer tenha sido utilizado ou não; 6. Este vale não pode ser trocado por dinheiro; 7. Válido até 30 de abril de 2013.

Diário do Alentejo n.º 1608 de 15/02/2013 Única Publicação

TRIBUNAL JUDICIAL DE CUBA

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LIQUIDAÇÃO DO ACTIVO

balho. Oferece-se Base (500€)+ Comissões + Prémios = +\- 1500€. Para várias zonas do

Secção Única | Processo 154/12.3TBCUB – Insolvência de Pessoa Singular (Apresentação) Insolventes: Álvaro de Jesus Baião e Maria da Luz Apolónia Baião Administrador da Insolvência: António José de Azevedo Coutinho

Alentejo e Algarve. Tel.962641997, ou elias.mendes@ext.cabovisao.pt

Diário do Alentejo n.º 1608 de 15/02/2013 Única Publicação

Diário do Alentejo n.º 1608 de 15/02/2013 Única Publicação

ASSOCIAÇÃO DE BENEFICIÁRIOS

DO ARDILA E ENXOÉ

Faz-se saber pelo Administrador da Insolvência, no processo acima referenciado, de Álvaro de Jesus Baião e Maria da Luz Apolónia Baião, a correr seus termos no Tribunal Judicial de Cuba, Secção Única, foi ordenada a liquidação do activo por Negociação Particular com recurso a propostas em carta fechada, a serem remetidas até ao dia 27 de Fevereiro de 2013. São estabelecidas as condições abaixo indicadas referentes à liquidação do activo imóvel da massa insolvente: 1. Venda Judicial, mediante a apresentação de propostas em subscrito fechado, cuja abertura se efectuará no escritório do Administrador da Insolvência; 2. Valor base; 63.600,00€;

CONVOCATÓRIA DA ASSEMBLEIA GERAL CENTRO DE APOIO A IDOSOS DE MOREANES

CONVOCATÓRIA Nos termos do artigo 29 alínea a) dos Estatutos, CONVOCO Os associados do Centro de Apoio a Idosos de Moreanes, para a Assembleia Geral Extraordinária, a realizar no dia 9 de Março de 2013, pelas 15 horas na Sede Social, em Moreanes, com a seguinte: ORDEM DE TRABALHOS Ponto único: Eleição dos Corpos Gerentes para o triénio 2013/2015 Chama-se à atenção do preceituado no art.º 9.º dos Estatutos, que refere ser direito dos sócios “eleger e ser eleito para os cargos sociais” e tendo em conta que no presente ano 2013 se inicia um novo triénio para o qual será necessário proceder à eleição dos novos corpos gerentes para dirigirem o Centro Apoio a Idosos de Moreanes, convidamo-los a apresentar as vossas listas de candidatos aos Órgãos Sociais, as quais devem ser compostas por 11 elementos efetivos e 11 suplentes, assim como os respetivos termos de aceitação de candidatura, a fim de serem identificadas, até ao dia 7 de Março pelas 17 horas na secretaria da Instituição. Nota: Se à hora marcada não estiver presente a maioria dos associados, a Assembleia funcionará uma hora depois com o número de sócios presentes, conforme o n.º 2 do artigo 31.º dos Estatutos. Moreanes, 11 de Fevereiro 2013. O Presidente da Assembleia Geral Assinatura ilegível

Conforme o disposto no art.° 9° dos Estatutos desta Associação, convoco os associados, no pleno gozo dos seus direitos, a reunirem-se em Assembleia Geral em sessão ordinária, no dia 07 de Março de 2013, nas instalações da Caixa Agrícola do Guadiana Interior, agência de Serpa, pelas 16.30 horas, com a seguinte ordem de trabalhos: 1. Apreciação e aprovação do relatório e contas de gerência do ano de 2012 2. Outros Assuntos de interesse para a assembleia Se à hora marcada não estiverem presentes mais de metade dos Associados, a Assembleia reunirá meia hora depois, com qualquer número de sócios presentes. Serpa, 14 de Fevereiro de 2013. O Presidente da Mesa da Assembleia-Geral Pedro Manuel Rocha Líbano Monteiro

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3. Para mostra do imóvel ou outras informações contactar o Administrador de Insolvência através dos contactos: Telefone: 245 203 550 E-mail: azevedocoutinho.ai@sapo.pt; 4. As propostas deverão ser remetidas via postal para o Administrador de Insolvência, Dr. António José de Azevedo Coutinho, Rua Oliveira Tavares, 2, 7300-126 Portalegre; 5. A abertura dos subscritos e a leitura das propostas serão efectuadas no dia 28 de Fevereiro de 2013, pelas 14:00 horas, no escritório do Administrador da Insolvência, sito na Avenida do Brasil, nº1, 1ºesquerdo, 7300 – 068 Portalegre, podendo os interessados estarem presentes na abertura das propostas; 6. O subscrito deverá mencionar o nome, o endereço completo e o número da identificação fiscal do proponente, assim como a frase «CONTÉM PROPOSTA PARA O PIRE Nº 154/12.3TBCUB, da massa insolvente de Álvaro Baião e Maria Apolónia Baião». 7. A proposta deverá indicar o nome, o endereço completo e o número da identificação fiscal do proponente, a identificação do processo, bem como indicar claramente a que se propõe; 8. Nos termos do nº1 do art. 897 do CPC, deverão os ofertantes, juntar à sua proposta, como caução, um cheque visado e/ou bancário, à ordem de Massa Insolvente de Álvaro Baião e Maria Apolónia Baião, no montante correspondente a 20% do valor base de venda dos bens, ou garantia bancária no mesmo valor. 9. O bem será vendido no estado em que se encontra e tal como está descrito no auto de apreensão; 10. O Administrador da Insolvência e credores, reservam-se a faculdade de não aceitar ou rejeitar quaisquer propostas que considerem não se adequar aos interesses da massa insolvente; 11. O proponente cuja proposta for aceite, será notifi cado para que no prazo máximo de quinze dias, a contar da data da notificação, pagar a totalidade do valor da adjudicação dos bens; 12. Nesse prazo deverão ser liquidados, pelo adjudicatário, os impostos que sejam devidos; O Administrador de Insolvência, António José de Azevedo Coutinho


Câmara de Beja integra beneficiários de subsídio de desemprego e rendimento social

Diário do Alentejo 15 fevereiro 2013

26

A Câmara de Beja integrou, no início deste mês, quatro beneficiários de subsídio de desemprego e cinco do Rendimento Social de Inserção (RSI), que vão colaborar em vários serviços da autarquia por um período máximo de um ano. A integração dos trabalhadores, no início deste mês, foi feita no seguimento das candidaturas apresentadas pela autarquia ao Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) para integrar beneficiários do subsídio de desemprego e do RSI.

Empresas

Herdade das Servas celebra aniversário com visitas gratuitas A família Serrano Mira celebra hoje, sexta-feira, o 14.º aniversário do projeto herdade das Servas, em Estremoz. E porque a vertente do enoturismo foi desde sempre uma aposta deste produtor, o evento é assinalado com um dia de “portas abertas”, em que as “visitas à adega e cave de envelhecimento e as provas de excelência” vão ser gratuitas. Os interessados em visitar a adega e respetiva cave da herdade das Servas, deverão, se possível, fazer a marcação prévia das visitas, que se realizarão entre as 9 e as 12 horas e as 14 e as 17 horas.

O Vi Vila la Gal la aléé Cl C ub be de Caamp C mpo, o, loc ocal a izzad al do a 25 5 qu q uilóm illóm ómet etros etro ro os dee Beja ejja e próxxim pr mo da d baarrra r geem do do Roxxo Ro o, ap apos o ta ta num num u con o cceeito itto muit mu itto o pr próp óprriio – o tu turi rism sm o eem m fam amílília iaa e o eno nottu urriissm mo o.. Inau In augu aug gura rado do em 20 200 01 1, o ho h otteel Vi Vila la Gal alé C Cllu ub be de de Caamp C Camp po po poss ssui ui 78 q qu u uar ar to ar tos e tr t êêss su uiite tes es jú jún niio orr. r. Toda a sua dec To ecor oraaçção e ar aq qu uit itet etur urra fo fora ram ra m cuid cu uid idad ado ados ad ossam ameen ntee peen nsa sada dass p ra in pa ntteg egra r r o esspí píri r to o rúst rú ústic stticco da pai aisa sage sa gem e gem ge da tra traadi diçã ção çã o al alen ente en teja te janaa. jana ja

IPBeja promove Caderno Escolar Eletrónico

Nova oferta a pensar nas empresas

Vila Galé e Montepio unidos por um produto inovador A pensar na satisfação dos seus clientes, o Vila Galé acaba de lançar um produto inovador, o cartão Vila Galé Top Empresas. Um cartão magnético, pré-carregado que, para além das inúmeras vantagens que oferece ao cliente, garante à partida 20 por cento de desconto sobre a tarifa de alojamento. Publireportagem Sandra Sanches

P

ara além dos quartos, das piscinas exteriores, dos campos de ténis e da decoração que apresenta, própria do meio em que se insere, a unidade dispõe de um clube de saúde – espaço dedicado ao bem-estar, com jacuzzi, piscina interior aquecida, banhos turcos, ginásio, tratamentos e massagens, em que se destaca a vinoterapia para um relaxamento total. Outro dos pontos marcantes do hotel Vila Galé é o restaurante Pavilhão de Caça, onde reina a típica gastronomia da região de Beja e do Baixo Alentejo, com pratos de caça como feijoada de coelho. Apostando também em atividades de animação turística disponibilizadas

pela empresa parceira, a Emotion, a unidade visa, essencialmente, o contato com o meio rural e a tradição alentejana, pelo que se “diferencia entre as demais unidades hoteleiras”. A unidade tem para oferecer aos turistas jeep-safari, passeios pedestres, mini golfe, picadeiro/tentadeiro, passeios a cavalo, tiro aos pratos, BTT com ou sem GPS, moto 4, rappel, paintball, pesca, jogos tradicionais portugueses e equitação. Como não poderia deixar de ser, uma outra atividade disponível é a visita à adega e à cave Santa Vitória com prova de vinhos incluída. E porque no Vila Galé reina a palavra inovação, os responsáveis reajustaram um dos produtos que disponibilizam desde 2010 numa parceria com o Montepio. Começou por ser o cartão Top Empresas, pré-carregado com pontos que poderiam ser rebatidos por estadias. Atualmente os pontos foram substituídos pela vantagem principal do desconto de 20 por cento sobre o alojamento. Um cartão pensado nas vantagens acrescidas, sobretudo para as empresas, pelas diversas necessidades de deslocação que têm. É um cartão

magnético pré-carregado com 1 000 euros, garantindo um desconto de 20 por cento sobre a tarifa de alojamento em qualquer hotel Vila Galé em Portugal, com validade de um ano. Adicionalmente o cartão oferece 10 por cento de desconto nos produtos dos restaurantes, bares, SPA e clubes de saúde dos hotéis, oferecendo ainda o Vila Galé, no momento da compra, três vouchers, bem como dois cocktails no bar, uma refeição para duas pessoas sem bebidas ou 20 euros de desconto em serviços SPA. Questionados quanto às mais-valias que o cliente pode obter na aquisição do cartão, os responsáveis afirmam: “Garantia do preço mais vantajoso em qualquer hotel Vila Galé e a não existência de limite de utilizadores por empresa”. Se já existia uma recetividade bastante positiva por parte dos clientes, atualmente, com a mudança da mecânica dos pontos para o desconto imediato sobre o alojamento, juntamente com a divulgação que o Montepio proporciona, a unidade refere que o feedback é notório, fator esse que faz superar a longo prazo o investimento inicial aplicado por parte do hotel Vila Galé.

O Instituto Politécnico de Beja (IPBeja) apresenta a primeira versão do Caderno Escolar Eletrónico, um projeto concebido pelo laboratório de Sistemas de Informação e Interatividade da Escola Superior de Tecnologia e Gestão do IPBeja, com o apoio da Fundação Calouste Gulbenkian através do programa Educação Especial 2011. O Caderno Escolar Eletrónico (CE-e) é uma aplicação informática dirigida “a alunos com necessidades especiais, integrados no ensino regular, que apresentam dificuldades na utilização de um caderno escolar de papel, devido a problemas de ordem sensorial, cognitiva ou motora”. Esta ferramenta permite a qualquer aluno utilizar um computador portátil para realizar cópias, ditados, fichas de trabalho e tirar apontamentos, tal como sucede com os cadernos escolares de papel. A equipa do Caderno Escolar Eletrónico espera, com esta aplicação, “contribuir para uma melhor integração dos alunos especiais nas escolas”.

Delta Cafés renova embalagem “Lote chávena” A Delta Cafés lançou recentemente no mercado uma nova embalagem do “Lote chávena”, um dos mais emblemáticos lotes da Delta, que mantém todas as características únicas do café, bem como o mesmo sabor e o aroma de um bom café Delta. A nova embalagem exclusiva torna-se mais moderna e funcional, devido ao novo sistema de abertura fácil, com fecho zip “para que não perca tempo a chegar ao que mais gosta”. O novo “Lote chávena” surge no seguimento da implementação da nova imagem global da Delta Cafés em toda a gama, estando já disponível em todos os canais de distribuição, nos diferentes formatos: 250 gramas grão, moagem máquina e moagem saco.


A Biblioteca Municipal José Saramago de Odemira tem patente ao público a exposição de banda desenhada “Cinzas da Revolta”, que faz parte do álbum com o mesmo título. O argumento é da autoria do jovem Miguel Peres e os desenhos são de Jhion (João Amaral), um dos autores portugueses que melhor faz a ponte entre os autores clássicos e a atualidade da BD nacional. “Cinzas da Revolta” é uma história sobre a guerra colonial, tema nunca antes retratado em BD.

A páginas tantas... Papá, por favor, apanha-me a lua, não sendo um livro recente, é, sem dúvida, um livro de referência. Editado pela Kalandraka em 2010, este livro de Eric Carle nasce de uma narrativa à volta das fases da lua. A lua surge como um brinquedo da protagonista, Mónica, que antes de se deitar olha pela janela e vê-a ali, tão perto. Tão perto que quer brincar com ela. Estica-se. Mas por mais que se esticasse não consegue tocar-lhe. Ao longo das páginas de formatos diferentes vamos assistindo a um pai que fará tudo para satisfazer o desejo da filha. Um livro que pela sua forma enquanto construção gráfica propõe ao leitor efeitos curiosos de escala, perspetiva. Um livro que cresce na altura, na largura, transformando a leitura um jogo.

À solta

Agora que o Carnaval ficou para trás vamos começar a publicar algumas ideias para decorares a nova época que aí vem.

Dica da semana Para a dica desta semana escolhemos o trabalho e o blogue da artista e fazedora de bonecos, que assina com o nome Manomine. De uma minúcia extraordinária, muitos destes bonecos não excedem os 12 centímetros. Mais do que palavras as imagens falam por si. Um mundo onde as pequenas coisas crescem. http://manomine.net/

27 Diário do Alentejo 15 fevereiro 2013

“Cinzas da Revolta” em exposição em Odemira


Diário do Alentejo 15 fevereiro 2013

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Bombeiros de Beja apelam a doação de imposto

A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Beja apela aos cidadãos que na declaração de IRS, aquando do preenchimento, se doe a esta instituição 0,5 por cento do seu imposto, uma vez que os bombeiros lutam diariamente com dificuldades financeiras. Para tal, segundo a associação, “basta preencher no anexo H, quadro 9, campo 901, colocando um x e escrevendo o número 501 072 357”.

Boa vida Comer Bifes de vaca de cebolada com batata cozida e salsa Ingredientes para 4 pessoas: 800 gr. de bifes do pojadouro; 4 cebolas médias; 4 dentes de alho; 100 gr. de banha de porco; 1 folha de louro; 150 gr. de toucinho de porco salgado; 2 dl. de vinho branco alentejano; q.b. de colorau; q.b. de sal grosso; q.b. de pimenta branca moída; q.b. de vinagre de vinho branco; q.b. de água; 600 gr. de batata cozida. Confeção: Peça ao seu talhante para lhe cortar os bifes (ninguém corta carne tão bem como eles). Num tacho coloque cebolas cortadas as rodelas, alhos picados, banha, cubos de toucinho, vinho, colorau, pimenta, louro e um pouco de sal. Leve ao lume e deixe cozinhar por cinco minutos. De seguida junte os bifes e um pouco de água. Deixe cozinhar lentamente até os bifes ficarem macios. No final borrife com um pouco de vinagre e sirva com batata cozida cortada às rodelas. Polvilhe tudo com salsa picada. Bom apetite… Nota: Cuidado com o sal, visto que o toucinho já contém. Pode substituir o toucinho salgado por bacon, presunto ou paio. Pode utilizar na receita outro tipo de carne que não fique rija António Nobre Chefe executivo de cozinha – Hotéis M’AR De AR, Évora

Jazz Mónica de Nut Trio

A

Mónica de Nut (voz, loop, efeitos), Paco Dicenta (baixo elétrico sem trastos, eletrónicas, percussões e efeitos) e Virxilio da Silva (guitarra, loop, efeitos). Editora: Free Code Jazz Records Ano: 2011

No centro está a voz cristalina e sedutora de Mónica, que paira sobre as bases eletrónicas com forte travo a uma certa pop elegante. Há por aqui também uma atenção muito especial às palavras: os textos são maioritariamente da autoria do poeta Manuel Cuña Novas. Ecos do folclore galego são escutados em temas como “Eu Chore” e “Por que Non Hei de Cantare”.

galega Mónica de Nut (n. 1976, Vigo) é aquilo a que podemos chamar uma “artista total”. Canta ópera, jazz, música tradicional. Faz teatro e performance. E gosta de experimentar, de arriscar. Formada em Canto Lírico pela Escola Superior de Canto de Madrid e em jazz, improvisação e canto tradicional pela escola Estudio de Compostela e pelo Seminário Permanente de Jazz de Pontevedra, tem desenvolvido a sua atividade em diversos domínios, cruzando linguagens e modos de criar. Depois de atuar em diversas salas e festivais (com destaque para o Festival de Jazz de Mariñas na Corunha e o Imaxinasóns em Vigo), apresentou em finais de 2011 o primeiro disco do seu trio (formado há cerca de quatro anos), pela mão da também galega Free Code Jazz Records. Esta formação deriva de um projeto em duo chamado Litanei, no qual Mónica e o virtuoso baixista Paco Dicenta (responsável também pela produção e arranjos) já procuravam fundir o jazz com outros elementos, sempre com recurso a suportes tecnológicos e efeitos. Junta-se-lhes agora também o guitarrista Virxilio da Silva. O repertório do trio mescla a linguagem do jazz com outros domínios musicais, as atmosferas eletrónicas com os instrumentos acústicos, a modernidade com o saber ancestral. Trilhando estes caminhos há sempre o perigo de se soar a um new age datado, mas a prova é genericamente superada. No centro está a voz cristalina e sedutora de Mónica, que paira sobre as bases eletrónicas com forte travo a uma certa pop elegante. Há por aqui também uma atenção muito especial às palavras: os textos são maioritariamente da autoria do poeta Manuel Cuña Novas. Ecos do folclore galego são escutados em temas como “Eu Chore” e “Por que Non Hei de Cantare”. “Como Deita o Tempo” chega mesmo a trazer à memória o trabalho desenvolvido por Amélia Muge. Muito diferente é o curiosamente intitulado “Habiamonos de Felicitar pola Nosa Resistencia”, ruidosamente urbano. O lado mais experimental do seu trabalho fica patente em “Voz Sóa”, com um interessante processamento eletrónico da voz. “Music For A While” reinventa a obra de Henry Purcell, com Mónica a exibir os seus amplos dotes vocais sem recurso a malabarismos desnecessários. Já a morna leitura de “My Funny Valentine” não acrescenta grande coisa ao velho standard de 1937 da dupla Richard Rodgers e Lorenz Hart. Um disco que se ouve descontraidamente, sem grandes sobressaltos.

ntegrado nas Festas em Honra de São Brás, realizou-se no passado sábado, dia 9, na praça de toiros de Granja (Mourão), um festival taurino que contou com uma considerável presença de público, pois, apesar do frio que se fazia sentir, os aficionados não se intimidaram e foram “matar a fome” de toiros. Foram lidados exemplares das ganadarias de Varela Crujo e de Silva Herculano, de comportamento variado, a destacar a nobreza do primeiro Varela Crujo, a casta e raça do primeiro Silva Herculano e a bravura do último da tarde, um Crujo, o mais terciado dos seis. Joaquim Bastinhas esteve no seu plano habitual, com ferros colocados ao estribo, andou alegre e comunicativo com o público que lhe “exigiu” no final o tradicional par de bandarilhas, ao qual ele respondeu com uma execução perfeita. Francisco Cortes cravou a ferragem da ordem de forma correcta; Pedro Salvador melhorou nos curtos, com o seu toureio tremendista, deixa ferros vistosos e chega ao público; Joana Andrade andou desembaraçada; Gonçalo Fernandes teve pela frente um “Herculano” difícil que pedia que os terrenos lhe fossem pisados de outra forma, ainda assim pode considera-se que teve uma actuação positiva. Andreia Oliveira prestou nesta tarde prova da cavaleira praticante, a qual superou. Tentou sempre agradar os presentes, foi buscar o “Varela Crujo” à porta dos sustos, parou-o com eficácia e cravou um primeiro comprido de forma correcta, já nos curtos precipitou-se de início, mas depois, com mais calma, aproveitou a nobreza do oponente deixando bom ambiente na Granja. No capítulo das pegas, quando se fizeram as coisas bem os toiros não causaram dificuldades de maior. Nas pegas, pelo Grupo de Cascais foram solistas Paulo Loução e Ventura Doroteia, ambos à primeira tentativa, com destaque para o segundo que fez, na opinião de muitos, a pega da tarde. Pelos Forcados de Redondo, que tiveram menos sorte no sorteio, pegaram Rui Grilo à quarta tentativa e João Madeira à segunda tentativa. Pelo Grupo da Póvoa de São Miguel foram caras Marco Ramalho e Tiago Clérigo, ambos à primeira tentativa. Dirigiu a corrida de forma correcta o sr. Agostinho Borges, assessorado pelo médico veterinário, dr. Carlos Santana.

António Branco

Vítor Morais Besugo

Toiros Granja recebeu festival taurino

I


Ana Maria Batista – Beja Taróloga – Método Maya Gabinete aberto (Jardim do Bacalhau) Contacto para marcação de consultas: 968117086 Características dos nativos de

Peixes (19 de fevereiro a 20 de março)

Tendem a existir de forma emocional e instintiva. São sonhadores, pacientes e amáveis, mas dificilmente tomam iniciativas para resolver os seus problemas. Sensíveis ao sofrimento dos outros. Dedicam-se a atividades solidárias com empenho e dão sempre mais do que recebem.

Filatelia Livros dos correios de 2012

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antendo uma tradição que se iniciou há já 30 anos, os Correios, durante o ano passado, enriqueceram a sua coleção com a editação de mais seis livros. Como é habitual, nas edições dos livros dos Correios, todos eles contém os selos, blocos, ou folhas miniatura, já emitidos, sobre o tema que dá o nome ao livro. Grosso modo, os livros pertencem a dois grupos: o Portugal em Selos e os Temáticos. Os primeiros incluem no seu interior todos os selos emitidos no ano a que respeitam; os outros apresentam apenas os selos do tema a que respeitam. A aquisição do Portugal em Selos tornou-se hoje uma forma facilitada e, não mais onerosa, de colecionar todos os selos que os Correios emitem ao longo do ano, pois ele comporta, como atrás se escreveu, todos os selos, blocos, ou folhas miniatura, que os Correios emitiram ao longo do ano. O cliente, ao adquiri-lo, só paga os selos que o livro contém. O livro, propriamente dito, é gratuito. Em jeito de “Cartas aos Jovens”, “Cartas aos Artistas”, “Cartas aos Sábios” e “Cartas aos Turistas”, o autor, Jorge Martins, apresenta o que somos e ilustra o texto com a inclusão dos selos emitidos ao longo de 2012. Francisco de Lacerda, presidente do conselho de administração dos Correios, escreveu o prefácio que transcrevemos. Diz-nos ele: “Em 1983, os Correios portugueses fizeram nascer o primeiro Portugal em Selos, livro que reuniu as 15 emissões que, nesse ano, evocaram efemérides que marcaram a história do nosso país, comemoraram cultura e património, celebraram a natureza e incentivaram o desenvolvimento. Obra pioneira, esta foi mais uma aposta ganha, um projeto

que alcançou grande sucesso entre os colecionadores que, pese embora a inovação e a qualidade a que a filatelia os vinha habituando, não deixaram de se surpreender com uma edição de grande valor. Após 30 anos, este vetusto, mas sempre fresco álbum, ganhou o seu lugar no plano editorial e não mais deixou de ser publicado, sempre acolhido com entusiasmo, tanto pelos filatelistas, que sempre nos têm seguido, como por aqueles que só mais recentemente se dedicam ao prazer de colecionar episódios da nossa história, emoldurados em pequenos retângulos de papel. Nada do que mais importante aconteceu em Portugal e no mundo deixou de ser registado em selo. Com o lançamento deste trigésimo Portugal em Selos, comemoramos também os 30 anos de atividade editorial dos CTT, já que este livro foi o primeiro de muitos e abriu caminho à edição de mais de 130 títulos, sempre escritos pela mão de especialistas nas mais diversas áreas. O Portugal em Selos é um registo e uma justa homenagem aos selos que, cada ano, correm o mundo, divulgando o passado e o presente, evocando acontecimentos de relevância nacional ou de projeção internacional. Homenagem igualmente a muitos artistas que lhe dão o colorido e a alma, àqueles que, nos Correios, se empenham em torná-los vivos e dar-lhes voz e, ainda, aos filatelistas dedicados que os acolhem na sua coleção, não como mais uma peça, mas como um tesouro, ávidos de descobrir um pouco mais de Portugal e do mundo”. Qualquer destes livros pode ser adquirido através de conta corrente ou em qualquer balcão dos Correios. Geada de Sousa

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Carneiro – (21/3 - 20/4) Canalize o seu magnetismo, um importante reencontro amoroso pode acontecer. Porém, vai sentir-se zangado com o mundo e fará uma autocrítica demolidora. Terá de escolher e tomar uma decisão. A família estará pouco disponível e é provável que se aborreça com um amigo. Faça compras, apaixone-se pelos acessórios glamorosos da estação.

Balança – (24/9 – 23/10) Em estado de graça, motivado por uma fé e uma esperança excecionais, conseguirá realizar a sua força interior. A inspiração para agir a um nível elevado de valores permitirá receber algumas respostas e saber exatamente o caminho a seguir. O aspeto profissional acompanhará esta tendência, com mudanças para evoluir e consolidar-se com rigor orçamental. Propensão para acidentes domésticos.

h Touro – (21/4 – 21/5) Porque é um lutador, precisará de reforçar as energias pois vai sentir-se um pouco desanimado. Este estado de espírito mudará radicalmente, influenciado pelas surpresas agradáveis que o amor lhe pode trazer. Reveja os compromissos financeiros e não corra riscos. Desfrute dos prazeres do lar, leia, ouça música, namore e cuide de si, mas imponha rigor e disciplina aos seus hábitos.

i Gémeos – (21/5 – 21/6) Toda a atividade da semana será influenciada pela busca de harmonia e paz interior. Com alguma determinação e empenho, passará a rejeitar a perspetiva fantasiosa que tem de certas situações que afetam o seu quotidiano. Mantenha-se firme neste propósito. Quanto ao seu amor, clarifique e pondere os factos e estabeleça objetivos concretos face ao futuro. Finanças em contenção. Precauções com o sistema imunitário.

j Caranguejo – (22/6 – 22/7) Será uma semana de muita alegria e harmonia interior, que deve tentar preservar, pois enfrentará alguns problemas familiares. No amor, tome as rédeas da relação, imponha regras, tome iniciativas e a insegurança dissipar-se-á. Medite, a instrospeção vai ajudá-lo em questões afetivas e materiais. A sua saúde estará numa fase positiva.

k Leão – (23/7 – 23/8) Planos para uma nova postura perante a vida, adicionados à tomada de uma decisão na relação sentimental, tornam a sua semana especial. Profissionalmente encare a possibilidade de considerar uma mudança que já previa, mas peça garantias no aspeto financeiro. As fases mais difíceis do amor antecedem as mais prazenteiras. A arrogância pode ser prejudicial quando precisar de ajuda para ultrapassar obstáculos junto da alma gémea. Mude de atitude.

l Virgem – (24/8 – 23/9) Continurá obstinado pela profissão. A sua paixão pelo conhecimento profundo de tudo o que o rodeia fazem-no um especialista na instrospeção. Seja paciente. Vai conseguir equilibrar as suas finanças. O que de novo lhe surgir em termos amorosos pode ser efémero. Procure não tomar grandes decisões. As viagens curtas estão protegidas.

b Escorpião – (24/10 – 22/11) Os aspetos do coração criar-lhe-ão grandes expectativas. Descontraia e aproveite uma das suas melhores fases para namorar. A sua energia intensa e sedutora será uma aliada de peso. Passe mais tempo com a família. No trabalho, pode enfrentar um período difícil, procure solucionar as questões com tranquilidade e aconselhe-se. Faça caminhadas ou outro tipo de exercício físico.

c Sagitário – (23/11 – 21/12) A sua capacidade de análise e organização estará enfatizada. Canalizá-la para a sua relação amorosa será uma boa opção. A harmonia será uma aliada nesta fase de alguma tensão profissional e vai permitir-lhe descontrair para poder encontrar as soluções adequadas. Se tiver de tomar decisões, faça-o sem emoções. A sua saúde não o deve preocupar.

d Capricórnio – (22/12 – 20/01) Acredite na sorte no amor e deixe-o acontecer na sua vida. Use de determinação e perseverança. Continue com firmeza na designação de regras para os que colaboram consigo. Não ceda a pressões nem vacile quando notar contestações. Vigie o sistema nervoso. As suas economias atravessam uma fase crescente.

e Aquário – (21/1 – 19/2) Defenda as suas crenças acima de tudo, em detrimento de opiniões terceiras pouco fiáveis.Limite a intervenção exterior mal intencionada, mantenha os seus princípios éticos. Dificuldades de diálogo no seio familiar. Um novo cenário na conjuntura obrigará a mudanças sérias a nível profissional que deverão ser tomadas com toda a precaução. Este aspeto pode deixá-lo tenso e afetá-lo fisicamente.

f Peixes – (20/2 – 20/3) Implacável, rompe definitivamente com o passado. Decidido a vencer todos os obstáculos, encetará uma nova fase da sua vida com atitude e autoconfiança. Transparente e seletivo, concentre-se no essencial para defrontar o que for inevitável. A capacidade de autocrítica trará compensações no foro afetivo. Tensão no ambiente familiar. Faça um programa de relaxamento. Rigor e contenção nas despesas.

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Guerra Civil no Sul lembrada em Portel

Prossegue este fim de semana, no Auditório Municipal de Portel, o colóquio internacional “De súbditos a cidadãos – A guerra civil no Sul na época contemporânea”. O encontro, que arrancou ontem, quinta-feira, fechando o ciclo de colóquios integrados nas comemorações dos 750 anos da fundação do castelo e do primeiro foral da vila, pretende “discutir o conflito político, civil, religioso e militar que, na primeira metade do século XIX, mediou a passagem

Fim de semana

do Antigo Regime para o Liberalismo no Sul de Portugal”, explica a câmara local, organizadora do evento. Hoje ainda, pelas 10 horas, está prevista uma visita guiada a Vera Cruz e da parte da tarde formam-se dois painéis de discussão. À noite há teatro, a partir das 21 e 30 horas, pelo Grupo de Teatro da Universidade Túlio Espanca (polo de Portel). O colóquio termina no sábado, pelas 17 e 30 horas, com uma homenagem a Maria de Fátima Sá e Melo Ferreira.

“Papéis para ver nosOficinas InfantesArranca Continuahoje, patente, de quarta no a sábado, Históriapintados” do jazz no espaço sexta-feira, espaçoe até dia 2 de março, no espaço bejense Os Infantes, a exposição “Papéis Pintados”, do artista plásOficinas, em Aljustrel, o curso livre de iniciação à história do jazz “Jazz de A a Z”. A ação, tico Miguel Pires, que vive e trabalha entre Lisboa e Beja. O autor é formado em Design de Cena que decorrerá até 4 de maio estruturada em oito sessões, sempre às sextas-feiras, é mipela Escolapor Superior de Teatro e Cinema de Lisboa, licenciado em Educação Visual e Tecnológica nistrada António Branco, dinamizador doeClube de Jazz do Conservatório Regional pelaBaixo EscolaAlentejo. Superior Adeprimeira Educaçãosessão, de Beja.pelas Leciona desde 2003, nooateliê Torre, e do 21 pintura e 30 horas, abordará temaCasa “Dosdacampos expõe regularmente em coletivas e individuais. Para visitar a partir das 17 horas. de algodão a Nova Orleães”.

Comédia no Pax Julia “A curva da felicidade” vai passar por Beja amanhã, sábado, para um serão de teatro no Pax Julia, que se prevê bem disposto. A comédia, de Eduardo Galàn e Pedro Gomez, encenada por Celso Cleto, tem como protagonistas os atores João de Carvalho, Luís Aleluia, Luís Mascarenhas e Vítor Espadinha, no papel de quatro homens que tentam resistir à crise da idade e que procuram desesperadamente um apartamento para viverem. A peça sobe ao palco pelas 21 e 30 horas e integra o Mês do Amor em Beja.

Jovens realizadores exibidos em Serpa Decorre hoje, sexta-feira, no Cineteatro Municipal de Serpa, a partir das 21 e 30 horas, uma mostra de filmes realizados no âmbito das oficinas de iniciação ao cinema dirigidas a crianças e jovens do concelho, numa organização da associação Os Filhos de Lumière, em parceria com a Câmara Municipal de Serpa e as juntas de freguesias locais. A mostra, denominada “10 anos de cinema – Filmes imaginados e realizados por crianças e jovens de Serpa” contempla dois blocos de filmes, exibindo obras individuais e coletivas. O primeiro dá pelo nome de “O primeiro olhar (2004)” e o segundo chama-se “Cinema, cem anos de juventude (2008-2009)” .

“Lado B” no 7Arte Café A exposição “Lado B”, da ceramista Vanda Palma, mantém-se patente no 7Arte Café, em Castro Verde, até finais de março, podendo ser apreciada das oito à meia-noite. Neste conjunto de trabalhos, a artista volta ao tema das mulheres “na sua capacidade de representar todos os papéis, em toda a sua genialidade e banalidade, predisposição para gerir e suportar todos os dramas, numa realidade que, por vezes, se apresenta tão trágica e irónica que chega a ser cómica”, revela a autora.

Feira decorre até domingo, 17, no âmbito do Mês do Amor

Chocolate adoça corações em Beja

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eja celebra fevereiro como Mês do Amor, uma programação que teve ontem, quinta-feira, Dia dos Namorados, o seu ponto alto mas que prosseguirá no fim de semana com outras propostas amorosas. Para já, para adoçar até os corações mais empedernidos, prossegue até domingo, 17, na praça da República, a Feira do Chocolate, uma oferta de 25 bancas da especialidade, cinco delas de empresários locais. O certame promete também animação diária de bombos que convidam a população a visitar e a provar as guloseimas. Hoje mesmo, os alunos de Animação da Escola Profissional Bento de Jesus Caraça farão as delícias dos mais novos com pinturas faciais, balões e outras animações e, na tarde de amanhã, a Tuna de Beja também fará uma atuação. Mas há propostas menos calóricas para celebrar o doce estado de enamoramento. O ciclo

Passeios de Beja criou um percurso especial em torno dos “lugares românticos” da cidade e convida a população a juntar-se, pelas 15 horas de amanhã, no largo do Lidador, junto ao castelo. Cristina Taquelim e António Barahona são os guias de serviço num regresso às gentes, lugares e literatura daquele tempo em que “namorar era uma arte de fazer entendimentos : (...) entendimentos por trejeitos, por acenos, por suspiros, piscações de olho, por sinais de chapéu de lenço e leque, mordeduras de beiço e pela mais viva e eloquente cortesia: o pigarro”, como dizia Júlio Dantas. E para além de descobrir como e onde se namorava na Beja antiga, há também, no domingo, bem cedinho, a atividade de observação de aves, com o título sugestivo de “Ficar a ver passarinhos verdes”, que levará os mais aventureiros até à barragem do Pisão. O ponto de encontro é às 8 e 30 horas, na piscina coberta.


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A cidade de Beja acordou nos últimos dias repleta de cartazes, a anunciar a Feira do Chocolate, que causaram sensação, pois continham diversos erros ortográficos. Todavia, podemos adiantar que estes cartazes eram os melhores disponíveis, tendo em conta que a empresa de publicidade sul-coreana a que foram encomendados, por ser mais barato, traduziu os textos originais com a ferramenta de Satanás designada tradutor do Google. Noutros anúncios, entretanto rejeitados, podiam ler-se mensagens como “Aparessa na Feira do Chocólate, junto ó Muzeu Rejional Rainha Dona Lionor” ou “Vênha há Pheira do Xuculate, na Prassa da Ré Pública. Tom bêm à çalgados!”

Diário do Alentejo 15 fevereiro 2013

late Beja Cartaz da Feira do Cholo s com erros ortográfico realizado com a assistência do tradutor do Google

facebook.com/naoconfirmonemdesminto

Editora lança livros infantis baseados nas “aventuras” dos deputados eleitos pela região A Editora Vai Ver Se Chove, especializada na publicação de livros com temática alentejana, prepara-se para lançar várias coleções de livros infantis baseados nas “aventuras” dos deputados eleitos pelo círculo de Beja. “A ideia surgiu quando acompanhávamos as notícias regionais e reparámos no número invulgar de notícias que começavam com as frases «João Ramos questionou» ou «Mário Simões visita»” – explicou-nos o seu diretor, Alípio Best Seller. – “Isto deu-nos a ideia de lançar uma coleção para os mais pequenos, ao estilo dos livros da Anita, e posso anunciar que já temos vários títulos na calha. Da Coleção João Ramos temos «João Ramos questionou o Governo», «João Ramos questionou o Comité Central e o Comité não respondeu», «João Ramos questionou a Maya» e «João Ramos questionou Vitor Gaspar sobre a descida dos portugueses ao infame Inferno Fiscal». Da Coleção Mário Simões temos «Mário Simões visita a Vidigueira», «Mário Simões visita Porto Peles», «Mário Simões visita Branco Malveiro na Gruta Mágica», «Mário Simões visita quatro imóveis que não estão em nome dele» e «Mário Simões visita o Centro de Inspeção Automóvel». Também iremos lançar em breve uma coleção mais do domínio do Fantástico/Terror dedicada ao deputado do PS que se chamará «Pita Ameixa sofre». Destaque para livros como «Pita Ameixa sofre com o estado da região», «Pita Ameixa sofre com a herança socrática», «Pita Ameixa sofre com calduços de Ana Gomes» e «Pita Ameixa sofre com o ressonar de José Lello no plenário da AR». Estamos convencidos de que estas obras serão o maior sucesso da nossa editora depois da “Grande Enciclopédia da Hortelã da Ribeira”, concluiu.

CV de Franquelim Alves revela que este comandou ataque ao Quartel de Beja A nomeação de Franquelim Alves, ex-gestor do BPN, para secretário de Estado, continua a fazer correr muita tinta. A mais recente causa para a indignação dos eleitores e comunicação social é o seu CV, que inclui diversas informações duvidosas, entre as quais a de ter sido consultor da Ernst & Young com 16 anos. Mas a “Não confirmo, nem desminto”, que teve acesso ao seu currículo, descobriu outros “factos” ainda mais surpreendentes: Franquelim Alves terá comandado o assalto ao quartel de Beja em 1962, fugindo, de seguida, para Espanha, onde viveu disfarçado da artista Sara Montiel. Para além disso, ele terá sido o primeiro empreiteiro do Castelo de Mértola, e a ele se devem as descobertas da lâmpada elétrica e da penincilina.

Inquérito Inquérito: Como é que celebou o dia de S. Valentim?

EDGAR CORAÇÃO MOLE, 57 ANOS Pessoa cujas sobrancelhas foram declaradas floresta tropical Não celebrei. Nunca mais me meto nisso. No ano passado namorava com uma grande maluca que me embebedou de tal modo que fiquei inconsciente. Descontente com a situação, a tipa aproveitou o meu estado e mandou tatuar uma seta apontada para o meu rabo com a mensagem “Cuidado ao entrar no buraco negro”. A partir de agora, namorar, só no Second Life…

JULIETA ROMÂNTICA FM, 26 ANOS Pessoa que está sempre a arranjar alcunhas fofuchas para o namorado É claro que celebrei! Eu mais o meu “xuxuzinho”! Ele é tão querido, a minha “queijadinha de requeijão”! Ofereceu-me uma viagem para a Polinésia Francesa, se bem que estranhei que tenha sido só de ida… É um brincalhão, o meu “’morzinho”! Está sempre na galhofa… A mudar o número do telemóvel, a meter-me gás pimenta nos olhos e a dar-me choques com um taser.. Se eu não o conhecesse, dizia que não me queria por perto! Só me apetece agarrá-lo e nunca mais o largar! Ah, como amo o meu “Romeuzinho de vão de escada”!

Descobertos restos mortais de Ricardo III: arqueólogos procuram ossadas de Henrique VIII na Costa Alentejana porque “os bifes reformados só querem sol e praia” Em Inglaterra, foram descobertos os restos mortais de Ricardo III, num parque subterrâneo. Este acontecimento marcou o meio académico, e levou a que muitos arqueólogos britânicos procurassem desesperadamente as ossadas de outros antigos monarcas ingleses não só no Reino Unido, em locais pouco usuais, como nas cozinhas da cadeia McDonald’s ou nas paredes falsas do castelo de Windsor, mas em vários

locais do mundo… E o Alentejo não é exceção. De facto, uma Investigação “Não confirmo, nem desminto/Duran Duran/Shakespeare” apurou que se iniciaram pesquisas na Costa Alentejana em busca de Henrique VIII. Fonte ligada ao projeto confidenciou-nos o porquê desta decisão: “Pá, toda a gente sabe que os bifes quando se reformam só querem sol e praia, e a Costa Alentejana é que está a dar… Aliás, esta tem sido, desde há muito, o destino de eleição da realeza europeia… Aqui já foram avistados o D. Duarte, o Rei dos Frangos de Moscavide e Nico Gaitán, rei das assistências da Superliga. Além disso, todos sabemos que Henrique VIII era o Zezé Camarinha britânico, e não há sítio melhor para engatar estrangeiras.” – declarou.

BENTO XVI, 85 ANOS Pessoa que já não vai lá nem com vitaminas Celebrar? Eu tenho lá força para alguma coisa! Já não me mexo… Só saio daqui para o lar e não quero mais moengas… Já não posso com as homilias, as viagens e a Aura Miguel a perguntar-me de cinco em cinco minutos como era privar com João Paulo II... Só quero é ler as 50 sombras de Grey em paz. Dizem-me que está cheio de pessoas religiosas que passam a vida a dizer “Oh, Meu Deus!”.


Nº 1608 (II Série) | 15 fevereiro 2013

9 771646 923008

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FUNDADO A 1/6/1932 POR CARLOS DAS DORES MARQUES E MANUEL ANTÓNIO ENGANA PROPRIEDADE DA AMBAAL – ASSOCIAÇÃO DE MUNICÍPIOS DO BAIXO ALENTEJO E ALENTEJO LITORAL | Presidente do Conselho Directivo José Maria Pós-de-Mina | Praceta Rainha D. Leonor, 1 – 7800-431 BEJA | Publicidade e assinaturas TEL 284 310 164 FAX 284 240 881 E-mail comercial@diariodoalentejo.pt | Direcção e redacção TEL 284 310 165 FAX 284 240 881 E-mail jornal@diariodoalentejo.pt Assinaturas País € 28,62 (anual) € 19,08 (semestral) Estrangeiro € 30,32 (anual) € 20,21 (semestral) | Director Paulo Barriga (CP2092) | Redacção Bruna Soares (CP 8083), Carla Ferreira (CP4010), Nélia Pedrosa (CP3586) | Fotografia José Ferrolho, José Serrano | Cartoons e Ilustração Paulo Monteiro, Susa Monteiro Colaboradores da Redacção Aníbal Fernandes, Firmino Paixão | Colunistas António Almodôvar, António Branco, António Nobre, Carlos Lopes Pereira, Francisco Pratas, Geada de Sousa, José Saúde, Rute Reimão Opinião Ana Paula Figueira, Beja Santos, Bruno Ferreira, Cristina Taquelim, Daniel Mantinhas, Domitília Soares, Filipe Pombeiro, Filipe Nunes, Francisco Marques, João Machado, João Madeira, João Mário Caldeira, José Manuel Basso, Luís Covas Lima, Manuel António do Rosário, Marcos Aguiar, Maria Graça Carvalho, Martinho Marques, Nuno Figueiredo, Ruy Ventura, Viriato Teles | Publicidade e assinaturas Ana Neves e Dina Rato | Departamento Comercial Sandra Sanches e Edgar Gaspar | Paginação Antónia Bernardo, Aurora Correia, Cláudia Serafim | DTP/Informática Miguel Medalha | Projecto Gráfico Alémtudo, Design e Comunicação (alemtudo@sapo.pt) Depósito Legal Nº 29 738/89 | Nº de Registo do título 100 585 | ISSN 1646-9232 | Nº de Pessoa Colectiva 501 144 587 | Tiragem semanal 6000 Exemplares Impressão Empresa Gráfica Funchalense, SA | Distribuição VASP

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quadro de honra Maria Vitória Afonso, natural de Colos, mas a residir na Margem Sul há mais de quatro décadas, lançou recentemente Contos Alentejanos – Cozendo o Pão, Costurando a Vida, com o selo da Edições Colibri. Uma obra que tem como inspiração as “figuras típicas” com quem conviveu “na meninice e na adolescência”. Com uma vida dedicada ao ensino, Maria Vitória revela que o conto alentejano “é um dos tipos de narrativa” que mais a fascina e que tem um encanto especial pela “poesia modernista”. Mas o seu “maior sonho” é escrever um romance.

Maria Vitório Afonso inspira-se nas “figuras típicas” de Colos

Em que é que se inspirou para escrever Contos Alentejanos – Cozendo o Pão, Costurando a Vida, o seu novo trabalho, editado recentemente pela Colibri?

Para escrever Contos Alentejanos Cozendo o Pão, Costurando a Vida inspirei-me nas figuras típicas da minha terra, que me eram muito familiares. Cito o discurso que fiz no Auditório da Freguesia da cidade de Amora aquando do lançamento deste meu livro. “Eu tinha lá na vila de Colos a riqueza do imaterial humano patente nas figuras típicas com quem convivi na meninice e na adolescência. Não foi difícil reinventá-las evocando salutares reminiscências. Com um pouco de magia, ficcionei-as acrescentando-lhes um pouco da minha imaginação”. Disse numa das apresentações da sua nova obra que “o conto alentejano é um dos tipos de narrativa” que mais a fascina. Porquê?

O meu avô e os meus tios-avós, que eram muitos, eram grandes contadores de histórias. Embora analfabetos tinham o poder de encantar as pessoas com histórias insólitas que me marcaram. Eu sempre os admirei. Muitas vezes me pergunto se esta queda para o conto não resultará mesmo de uma herança genética. Acho que este facto tem também a ver com a minha intenção de estabelecer uma ponte entre a cultura dita popular e a dita erudita, o que tenho feito divulgando alguns poetas populares e seus poemas em crónicas que publico nalguns jornais. E a poesia, género em que se iniciou ainda adolescente, que papel ocupa PUB

DR

A poesia “é uma espécie de catarse”

Maria Vitória Afonso 71 anos, natural de Colos, Odemira Maria Vitória Afonso estudou em Beja, onde fez o Curso Geral dos Liceus. Posteriormente ingressou na Escola do Magistério, na mesma cidade. Foi professora no distrito de Beja durante seis anos, tendo depois transitado para o distrito de Setúbal, onde lecionou durante 28 anos. Fez o bacharelato em História na Faculdade de Letras da Universidade Clássica de Lisboa. Depois de aposentada dedicou-se à escrita, tendo publicado duas obras. Mantém colaborações com a imprensa escrita e com vários blogues.

O céu deverá apresentar-se pouco nublado durante o dia de hoje, com temperaturas entre os cinco e os 19 graus. As previsões para amanhã, sábado, apontam para céu pouco nublado e no domingo é esperada chuva moderada.

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Feira do Queijo do Alentejo em Serpa

atualmente na sua vida?

Para além de uma insistente procura do belo, é uma espécie de catarse e um meio de comunicar uma vez que sou uma pessoa tímida. Além disso assumi compromissos em blogues onde sou colaboradora permanente. Já entrei em várias antologias de tertúlias. Além do soneto que cultivo desde os 17 anos também me encanto com a poesia modernista, tendo um verdadeiro fascínio pela poesia de Álvaro de Campos e considero o poema “Tabacaria” dos mais lindos da literatura portuguesa. Portanto, para além do clássico, cultivo a poesia moderna sem rima e faço-o com grande à vontade, julgo. O seu mais recente trabalho integra cerca de 30 contos alentejanos. A sua obra anterior intitula-se Contos e vivências do Sudoeste Alentejano. A coluna que mantém atualmente no “Diário do Sul” tem por título “Sudoeste Alentejano”. O Alentejo, de onde saiu há mais de quatro décadas, está muito presente nas suas criações?

O Alentejo é o tema primordial das minhas produções, sim. Tenho grande amor à terra onde nasci e uma grande identificação com as suas gentes. Conservo lá casa e procuro acompanhar as mutações da vila, relatando os seus eventos. Mas gosto de escrever sobre outros temas. Como fui professora gosto de temas pedagógicos. Já tive uma coluna aqui num jornal do Seixal, denominada “Rua de Bissau às três horas”, e tenciono mantê-la, pois gosto muito de criar situações sobre a zona onde vivo e sinto feedback por parte dos residentes. Nélia Pedrosa

Serpa recebe, entre os dias 22 e 24, a 12.ª edição da Feira do Queijo do Alentejo. O certame, que decorre no pavilhão do Parque de Feiras e Exposições, contará com a presença de 42 expositores de queijo. Em destaque, claro, estão os queijos da terra, mas também da região e de outros pontos do País, entre eles Nisa, Beira Baixa, Castelo Branco, Terrincho (Trás-osMontes), Azeitão, Redondo, Borba, Estremoz, Rio de Moinhos, Serra da Estrela e Açores. Para além do queijo, porém, também há espaço para outros produtos tradicionais, tais como o vinho, azeite, mel, doçaria e artesanato. Reservado está também o espaço para as tasquinhas. No total marcam presença em Serpa 102 expositores. No que diz respeito ao programa cultural, destaque para o cante alentejano, candidato a Património Imaterial da Humanidade, com a participação de grupos corais do concelho. A música popular portuguesa também estará em evidência, bem como o flamenco. As noites contarão com a animada participação de Dj. São, porém, muitas mais as atividades agendadas, como, por exemplo, o ateliê do queijo, a demonstração de pastoreio com o cão Serra de Aires e demonstrações culinárias com chefes de cozinha de renome.

Semana Gastronómica do Porco até dia 18 A Turismo do Alentejo promove, até ao dia 18, a Semana Gastronómica do Porco, a primeira de várias iniciativas semelhantes que, a decorrerem em toda a região, pretendem divulgar os restaurantes, a qualidade gastronómica e a excelência dos produtos alentejanos. A iniciativa conta com a adesão de mais de 130 restaurantes que acrescentaram às suas ementas pratos que têm como produto principal o porco.

Centro de Arqueologia e Artes em Beja A Câmara de Beja anunciou que vai apresentar o Centro de Arqueologia e Artes. O projeto resulta da reformulação do edifício sustentável, situado na praça da República. A autarquia decidiu alterar o uso do mesmo, mas mantendo-o sustentável. A proposta é criar um Centro de Arqueologia e Artes que albergue a coleção Jorge Vieira.


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