Edoçao N.º 1611

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Dia Internacional Inte da Mulher

Graça Nunes

Come Comemorado em toda to região a reg

À frente da Câmara de Grândola

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Este VALE

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€1,20 Veja como na página 25

na Postos BP Beja

SEXTA-FEIRA, 8 MARÇO 2013 | Diretor: Paulo Barriga Ano LXXXI, N.o 1611 (II Série) | Preço: € 0,90

Entidades da região preparam novas ações em defesa dos dois itinerários

Obras no IP8 e IP2 recomeçam no final do mês Agricultores alentejanos processam Estado

Dívida dos municípios alentejanos em 2011

Martins e Bailão declara insolvência

A Federação Nacional de Regantes de Portugal e a Federação das Associações de Agricultores do Baixo Alentejo decidiram processar o Estado para impedir a concessão dos blocos de rega de Alqueva à EDIA. pág. 11

O “DA” analisou os dados disponibilizados pela Direção Geral das Autarquias referentes às dívidas dos municípios, no período entre 2009 e 2011, uma vez que ainda não se encontram disponíveis os referentes a 2012. E desta análise resultou uma infografia. pág. 9

A firma de construção civil declarou insolvência na passada sexta-feira, dia 1, apanhando de surpresa os seus 11 trabalhadores em Beja. Segundo a União dos Sindicatos, a situação precipitou-se “da noite para o dia”, sem qualquer aviso prévio. pág. 11

JOSÉ SERRANO

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Projeto dirigido a alunos do pré-escolar e 1.º ciclo

Pequenos grandes empreendedores em Aljustrel Há um projeto ao serviço dos sonhos, dirigido a alunos do pré-escolar e do 1.º ciclo, a decorrer em Aljustrel. Nas salas de aula têm-se ideias, muitas, em catadupa. Para depois serem partilhadas, construídas e levadas à prática. Tudo em prol da fomentação, desde tenra idade, do empreendedorismo. Está em marcha a formação de pequenos grandes cidadãos. págs. 16/17 PUB


Diário do Alentejo 8 março 2013

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Editorial Matemática

Vice-versa A concessão da rede secundária do Alqueva à EDIA “é uma surpresa”, já que, recentemente, “foi aprovada pelo Governo uma recomendação para [que] a gestão dos perímetros de rega da rede secundária [fosse feita] pelas associações de regantes. Pensamos que isso não traz nada de bom, nem de positivo, para a agricultura”. Castro e Brito, presidente da Federação das Associações de Agricultores do Baixo Alentejo

Paulo Barriga

“A EDIA, pelo excelente trabalho que tem vindo a desenvolver na conceção, na construção, na exploração e na rentabilização do projeto Alqueva, merece a concessão”.

H

á um certo país onde o ensino da matemática é uma verdadeira desgraça. Na verdade, nesse certo país, o ensino é uma desgraça. Embora a matemática seja a desgraça maior entre todas as desgraças do ensino. Qualquer pessoa com juízo e um palmo de testa aconselharia a gente desse país a duas coisas: uma para o entretanto e outra para o futuro. Para o futuro, investir claramente na aprendizagem. Para o entretanto, ter algum tento nos números. Mas não. Num certo país onde a matemática nem é lógica, nem é abstração, nem é rigor, trocaram-se os valores humanos, pela inclemência dos números. Claro que tremenda operação não dá (nunca dá) resto zero. Nem pode. A matemática é um jogo de precisão. Que é ganho por quem lhe conhece as regras. E nesse certo país ninguém parece conhecer as regras do jogo da matemática. A matemática pode exercitar números imaginários, mas não suporta números imaginados, como acontece com as contas sempre rasuradas dos orçamentos governamentais. A matemática pode primitivar uma função, mas não se compadece com as derrapagens primitivas que sempre acometem as obras públicas. A matemática até admite radicais, mas não corrobora da ganância exponencial do radicalismo bancário. A matemática aceita o grupo, o conjunto, a mole, mas não entende que a grandeza de uma manifestação se reduza ao próprio número ou que o desemprego seja apenas uma mera percentagem. A matemática propõe-se resolver problemas, mas neste certo país onde a matemática é uma desgraça o problema é o país em si. Um problema cuja resolução tende sistematicamente para o infinitamente grande. Esta semana a Unesco lançou o Ano Internacional da Matemática do Planeta Terra. A ideia é salvar o planeta através das insondáveis e multidisciplinares valências da matemática. Desde a geofísica à atmosfera, passando pelos oceanos, pelas finanças, pela agricultura ou pela energia. Temo que neste certo país onde a lógica que impera tem a ver com tubérculos, não consigamos entender o enunciado. Dedico este editorial a Leonel Quinta Queimada e a André Santana, alunos da Escola Secundária D. Manuel I, em Beja, que brilharam no Campeonato Nacional de Jogos Matemáticos.

Francisco Palma, presidente da Associação dos Agricultores do Baixo Alentejo

Fotonotícia “O povo É quem mais ordena”. Assim mesmo, com o “é” bem grande, capitular, a ressaltar do poema de Zeca Afonso para os cartazes e para as vozes que se fizeram passear pelas ruas e praças de várias cidades portuguesas, no passado sábado. O mesmo que ficará para a história nacional mais recente como “2 M” e o mesmo ainda que terá arrancado dos sofás, numa tarde fria de inverno, à volta de um milhar de baixo alentejanos, entre jovens, reformados, gente de meia-idade, homens, mulheres, desempregados, bem ou mal empregados. Será pouco? Talvez. Mas este “pouco”, numa cidade que raramente se mobiliza, tem o glorioso sabor de “muito”. Os que estiveram, como alguém disse, lembrando os jovens que partem arrancando dolorosamente as raízes, fizeram a diferença. CF Foto de José Ferrolho

Voz do povo O que comemora o dia da mulher?

Ana Serrano 37 anos, psicóloga (desempregada)

Este dia existe porque as mulheres não têm os mesmos direitos que os homens. Ainda há muita gente que considera que o lugar das mulheres é em casa. Tem existido alguma evolução nesta ideia discriminatória, mas não a desejada e esperada. Os salários são mais baixos, a taxa de desemprego é superior à dos homens. Estes problemas necessitam de ser pensados todos os dias.

Inquérito de José Serrano

Rita Silva 25 anos, lojista

Sandra Ferro 41 anos, empresária agrícola

Maria José 42 anos, cabeleireira

Comemora a independência da mulher. O reconhecimento dos seus direitos e do seu valor. Na nossa sociedade as mulheres têm vindo sucessivamente a conquistar vitórias. Mas ainda há muitas desigualdades. Nos contratos de trabalho, nos salários, na participação política. Este dia pode ser importante para relembrar o caminho importante que foi feito até aqui.

A importância da mulher na sociedade. Que sempre foi relevante e é-o cada vez mais. Infelizmente, a mulher ainda não é reconhecida na sua plenitude, durante todos os dias do ano. Não lhe é agradecido o seu papel basilar na vida da humanidade. Talvez este dia ajude a olhar para a mulher com atenção redobrada. Gosto muito de ser mulher e comemoro esse facto todos dias.

Este dia constitui um marco de independência. As mulheres lutaram durante muito tempo para conquistar os seus direitos e emancipação. Hoje em dia a mulher é muito mais livre. Não depende do homem como dependia. Os papéis inverteram-se. Atualmente, os homens dependem mais de nós, que nós deles. Comemoro esta data todos os dias um bocadinho. Vivendo a minha liberdade.


Rede social

Semana passada SEGUNDA-FEIRA, DIA 4 ALJUSTREL CÂMARA E ALMINA CELEBRAM PROTOCOLO SOBRE BAIRROS MINEIROS A Câmara de Aljustrel deliberou aceitar a doação de 33 lotes disponíveis para venda nos bairros mineiros do Plano, Algares de Cima e Algares de Baixo, prevista em protocolo assinado com a empresa Almina, Minas do Alentejo, S.A. Um desfecho, esclarece o município, “que só foi possível após a legalização destes loteamentos, ficando praticamente concluído o processo de legalização do conjunto dos bairros mineiros do concelho”. O protocolo prevê ainda que a Almina celebre escrituras públicas de compra/venda com moradores titulares de contratos de promessa compra/venda já efetuados no passado, relativos a outros 35 lotes, nos mesmos bairros, cabendo à autarquia local assumir as obras de urbanização. Este protocolo “marca um passo muito positivo num processo que se arrastou mais de 20 anos, permitindo avançar para o ordenamento urbanístico destes bairros característicos de Aljustrel”, conclui a autarquia.

MÉRTOLA ROTEIRO LARANJA “14 SEMANAS, 14 CONCELHOS” O roteiro “14 semanas, 14 concelhos”, levada a cabo por Mário Simões, deputado social-democrata eleito por Beja, prosseguiu a sua agenda em Mértola. Os pontos de passagem foram a Fundação Serrão Martins – Casa do Mineiro, na Mina de São Domingos, a Câmara Municipal e a Cooperativa Agrícola de Mértola, incluindo uma reunião com os agricultores do concelho, e o Campo Arqueológico de Mértola.

TERÇA-FEIRA, DIA 5 GRÂNDOLA JÁ ABRIU ESCOLA DE GUITARRA PORTUGUESA ANTÓNIO CHAINHO A funcionar nas instalações da Escola de Música da Sociedade Musical Fraternidade Operária Grandolense (Smfog), a Escola de Guitarra Portuguesa Mestre António Chainho abriu oficialmente com um recital no Cineteatro Grandolense, protagonizado pelo próprio António Chainho e alunos. A nova academia tem como intuito “proporcionar o ensino e a aprendizagem da guitarra portuguesa no contexto de uma tradição e de uma política de promoção da cultura musical em Grândola”, tendo como suporte um acordo de parceria celebrado entre o município local e a Smfog. As aulas vão ser ministradas, semanalmente, pelo mestre António Chainho, até 31 de dezembro, com interrupção no mês de agosto.

QUARTA-FEIRA, DIA 6 BEJA O FUTURO DAS CIDADES PORTUGUESAS (2014-2020) EM DEBATE Como deve o País investir nas suas áreas urbanas? Que projetos devem ser financiados em Beja no âmbito do próximo Quadro Comunitário de Apoio, entre 2014 e 2020? Que estruturas devem gerir este financiamento? Foram estas as principais questões debatidas no âmbito da conferência “Áreas urbanas portuguesas 2014-2020: Que futuro preparar?”, que decorreu no Instituto Politécnico de Beja (IPBeja), com organização deste estabelecimento de ensino, em parceria com a Rede Portuguesa para o Desenvolvimento do Território – Instituto do Território (IT). A iniciativa integra um ciclo de conferências que está a ser promovido em todo o País pelo IT, cujo presidente, Rogério Gomes, garante ser “o maior debate jamais organizado em Portugal sobre o que devem ser as cidades portuguesas no futuro”.

FERREIRA DO ALENTEJO NINHO DE EMPRESAS RECEBE PRIMEIRA UNIDADE O presidente da Câmara de Ferreira do Alentejo, Aníbal Reis Costa, entregou a Raul Alcobia, sócio-gerente da empresa SOS Casa & Jardim, as chaves de acesso ao Ninho de Empresas local. Trata-se da “primeira empresa física” a instalar-se nos espaços de Ateliê/Oficina do Ninho de Empresas de Ferreira do Alentejo, e irá prestar serviços na área das pequenas obras de manutenção em edifícios e jardins, e de pequenos arranjos domésticos, como pinturas, canalização, eletricidade, automatismo em portões, entre outros.

3 perguntas a Maria da Fé Carvalho

Coordenadora do Sindicato de Professores da Zona Sul no distrito de Beja

Celebrar o Dia Internacional da Mulher ganha um novo sentido na conjuntura política, social e económica em que nos encontramos, em Portugal e na Europa?

Sim. Porque devido às opções políticas do Governo, ao memorando da troika e às práticas patronais nos locais de trabalho, vivem-se tempos de profunda degradação das condições de vida e de trabalho e de retrocesso social. São exemplo disso o crescimento da exploração, do desemprego, das desigualdades e da exclusão social, que afetam fortemente as mulheres. Para a CGTP-IN e enquadrado no mês de março, mês de Protesto, Proposta e Luta, o Dia Internacional da Mulher é um dia importante para assinalar as razões da luta de todos os dias, pela construção de alternativas políticas transformadoras da sociedade, que contribuam para a sua emancipação económica, social e política.

Crianças visitaram “Diário do Alentejo” O “Diário do Alentejo” teve a honra de receber, na semana passada, a visita de tão pequenos grandes ilustres cidadãos da cidade de Beja. Os alunos do Jardim Infantil Nossa Senhora da Conceição vieram ver como se faz o jornal.

Festival do Petisco dá prémio a escola de Alvito O Festival do Petisco parece que veio para ficar. E quem, por lá, também deu nas vistas foi a Escola Profissional de Alvito, que recebeu o prémio “Melhor petisco de autor”. E os culpados foram os pastéis de massa tenra com catacuzes e bacalhau.

Confirma-se que a mulher continua a ser a principal vítima do desemprego e do trabalho precário?

Sim, em especial as jovens dos 15 aos 24 anos, com uma taxa de desemprego de 42,5 por cento. Por outro lado, são também as mulheres as mais afetadas pelo trabalho precário, que é a principal causa do desemprego. Uma em cada duas jovens tem um vínculo de trabalho precário. Muitas são obrigadas a regressar com os filhos para casa dos pais, a adiar o momento de ter filhos ou a emigrar. Esta é uma política contrária às mães, filhas e avós. As mulheres estão a ganhar maior peso nas estruturas sindicais? Há uma forma “feminina” de luta?

Na CGTP-IN, as mulheres constituem o maior número de sindicalizados/as; ou seja, segundo o apuramento do Balanço de Sindicalizações (2008-2012) efetuado no último congresso, a percentagem de mulheres é de 52,4. São também a maioria de delegadas/os sindicais, o que confirma a sua maior participação na organização, na ação sindical e na luta. A luta pelo direito à igualdade e à igualdade de direitos é de todos/as e para todas/as e não exclusivamente das mulheres. A sua luta é inseparável da luta mais geral por uma sociedade justa, desenvolvida, soberana e no rumo do progresso social, conforme o projeto de sociedade inscrito na Constituição da República Portuguesa. Carla Ferreira

Feriado municipal de Ferreira Ferreira do Alentejo comemorou o seu feriado municipal com uma série de iniciativas e a manhã começou logo com uma caminhada. Por essas ruas fora com o programa Ferreira a Mexer + 55 anos. E o frio não os assustou.

Militares melhoram itinerários em Aljustrel Os militares foram dar uma “mãozinha” ao concelho de Aljustrel. Estão concluídos os primeiros trabalhos desenvolvidos pelo Regimento. E a rede viária está melhorada. Mais de 30 quilómetros com mais condições para a população.

“Broadway Baby” no Pax Julia “Broadway Baby – A História do Musical Americano” trouxe Nuno e Henrique Feist ao Pax Julia, em Beja. Como é que a Broadway nasceu? Por que é que se instalaram dezenas de teatros naquela zona de Nova Iorque? A história foi explicada a cantar.

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São Marcos da Ataboeira

Censos 2011 regista perda de população na ordem dos 10 por cento

Uma freguesia marcada pelo desemprego e pela desertificação Desemprego, emigração, decréscimo populacional, envelhecimento acentuado. São Marcos da Ataboeira, sede de uma das cinco freguesias

A

manhã acordou soalheira, com temperaturas amenas, contrastando com o frio e os chuviscos dos últimos dias. Maria José Reis, 66 anos, aproveita para arejar a casa de uma das suas irmãs, a residir em Carnaxide há vários anos e que deverá chegar no final do dia para passar o fim de semana. Ao mesmo tempo olha pela mãe que, aos 91 anos de idade, inspira cuidados redobrados, espreita o almoço que já está ao lume e dá uma varredela à rua. “Olhe, não dou conta do serviço”, diz, avisando que não dispõe de muito tempo para dois dedos de conversa. Maria José, que antes de se aposentar por invalidez trabalhou no campo – “aos 14 anos já ceifava” –, serviu “em casa de senhoras”, “fez de tudo um pouco”, é a única de uma família de seis irmãos que permanece na aldeia que os viu nascer, São Marcos da Ataboeira, sede de uma das cinco freguesias do concelho de Castro Verde. “Na casa dos meus pais éramos seis filhos, e graças a Deus estão aí todos, só que não estão morando aqui, estão todos espalhados. Em Carnaxide, Faro, Albufeira, Amareleja, só eu é que moro cá”. Partiram há muito à procura de emprego, de melhores condições de vida, daquilo que São Marcos da Ataboeira não lhes podia oferecer. “Só havia trabalho no campo”, e mesmo esse foi acabando, recorda Maria José, adiantando que a filha também foi obrigada a seguir o exemplo dos tios. Emigrou para a Suíça, onde vive “há cerca de 15 anos”: “Agora já há menos gente na aldeia, houve pessoal que foi embora [para outros pontos do País] e outros emigraram. E há muita gente aqui ainda a emigrar. Vão para a Suíça, outros estão na França, há gente na Alemanha”. Nas imediações da rua onde vive com o marido, a mãe e o filho adulto, já são muitas as casas “de portas fechadas”, realça. No largo João Arsénio, não muito distante de sua casa, “só vive uma pessoa”, e é já idosa: “Está o largo sem ninguém. As pessoas morreram e os filhos que ficaram com as casas dos pais, da família, vivem em Cascais e noutros sítios e só de vez em quando é que vêm cá. Em abril, nas festas do padroeiro, é quando vem mais pessoal”. Tempos houve em que o fabrico de tapetes de Arraiolos, por conta “de uma senhora de Lisboa”, ocupava um grupo considerável de jovens mulheres de São Marcos da Ataboeira, incluindo Maria José. “As moças estavam

do concelho de Castro Verde, padece dos mesmos males que afetam tantas outras pequenas localidades espalhadas pela região. Freguesia natal do anarquista, ensaísta e humanista Gonçalves Correia, perdeu cerca de 10 por cento da sua população na última década, contabilizando atualmente, segundo o Censos 2011, 333 habitantes. Texto Nélia Pedrosa Fotos José Serrano

todas nos tapetes, recebíamos uma bagatela, mas, olhe, não havia mais nada”. Com o surgimento da Somincor, a empresa responsável pelas minas de Neves-Corvo, continua Maria José, “sempre se empregou mais gente”. “Um ou outro homem ainda apanha algum trabalhinho por aí nesses montes, e as raparigas trabalham em Castro Verde, no lar ou a dias. Agora aqui não há nada”, reforça, adiantando que os que já não integram a chamada idade ativa vão vivendo “mal” com as parcas reformas e passando os dias nos bancos de jardim junto ao Poço Velho, um poço atualmente vedado mas que em tempos, quando não havia água canalizada, servia toda a população. Manuel Silva, 71 anos, moiral reformado há quase uma década, é um dos frequentadores assíduos do largo do Poço Velho. Em dias frios e chuvosos, o “ponto de encontro” é transferido para o outro lado da rua, para o abrigo junto “à paragem das camionetas”. Apesar de

existir um centro de convívio na aldeia, instalado no edifício que também alberga a junta de freguesia, Manuel Silva diz que “a malta pouco vai para lá”, porque “fica além muito isolado”: “Gostamos mais do largo, aqui é onde a gente passa o tempo”, adianta, frisando que faz mais falta um lar de idosos, até porque grande parte da população “é reformada”. “A malta daqui tem que ir para outros lados, alguns estão no lar em Castro ou longe daqui”. Venâncio Colaço, 78 anos, antigo trabalhador agrícola, que partilha o banco com Manuel Silva, seu companheiro de tertúlias, diz entre risos que o largo, agora que está viúvo, é o seu lar [de terceira idade]. “O meu lar é aqui, daqui vou para casa”. Os seus dois filhos também partiram de São Marcos da Ataboeira há alguns anos, mas para o concelho vizinho de Mértola. O mais novo, que “agora trabalha na Câmara de Mértola”, “ainda esteve 14 anos na Suíça”. “Nos dias de hoje há muita gente

desempregada, são quase todos, e alguns nem fundo de desemprego têm”, adianta. Mas desengane-se quem pense que São Marcos já viveu melhores dias, diz Venâncio Colaço: “Noutros tempos ainda era maior a desgraça, era só fome. Foi sempre uma miséria”. Manuel Silva reforça: “Não há muita gente, e parte dos que estão capazes de trabalhar não tem onde, estão desempregados. Parte deles também sai para fora, para o estrangeiro, que remédio têm eles”. E o futuro, diz, afigura-se “muito negro”: “Não há esperança se não houver uma mudança de governo, de política, se não houver não vamos a lado nenhum…”. Na rua onde nasceu o ilustre filho da terra, o anarquista, ensaísta e humanista português Gonçalves Correia (ver caixa), não muito distante do Poço Velho, onde os amigos Manuel Silva e Venâncio Colaço continuam a aproveitar o sol de inverno, Maria Silvestre, 57 anos, compra pão a um dos padeiros que diariamente percorrem a aldeia. O desemprego que atinge a população e as pequenas reformas que não deixam os idosos viverem condignamente são, uma vez mais, tema de conversa. “Vive-se mal nesta altura porque não há trabalho e as reformas não são nada”, diz. O marido está reformado por invalidez, devido a “problemas de coluna”, e os dois filhos, de 32 e 25 anos, vivem atualmente em Inglaterra. Maria Silvestre não sabe exatamente quantos habitantes tem São Marcos da Ataboeira nos dias de hoje, mas sabe que na aldeia “não há muita gente”, e a que existe é maioritariamente idosa. “A população é pouca, tem vindo a diminuir, porque as pessoas têm que emigrar, vão para onde arranjam alguma coisa”. A escassez de trabalho é, assim, “o principal problema da aldeia”, garante, ao mesmo tempo que lembra que “antigamente havia tudo em São Marcos, carpinteiros, ferreiros, sapateiro, cabeleireiro. Agora não há nada, quando precisamos vamos a Castro Verde”. Por terras de “sua majestade” também já andou um dos filhos de Helena Galamba, 58 anos, vizinha de Maria Silvestre. “O meu filho esteve cinco anos em Inglaterra, onde fez o curso de jornalismo, um mestrado e esteve na BBC [canal de televisão] a estagiar”. Atualmente, aos 34 anos, “está em casa” e sem qualquer perspetiva de emprego. O outro filho trabalha com o pai no comércio de peixe.


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Manuel Tomé Presidente da Junta de Freguesia de São Marcos da Ataboeira

Como é recordado, nos dias de hoje, pela população local, o anarquista, ensaísta e poeta Gonçalves Correia, nascido em São Marcos da Ataboeira em 1886?

O poeta Gonçalves Correia é lembrado talvez mais pelos mais velhos de que pelos mais jovens, mas todos sabem que ele foi uma pessoa importante na história do nosso país, que escreveu algumas obras, que esteve preso por razões políticas. Na nossa aldeia houve o lançamento de um livro sobre ele. Também já foi presidente da junta da nossa freguesia uma sobrinha do poeta, Amélia Gonçalves. Quantos residentes tem a freguesia, de acordo com os dados do Censos 2011, e como é que se distribuem em termos etários? Comparativamente ao Censos anterior, houve um aumento ou uma diminuição de habitantes?

A nossa freguesia tem 333 residentes, 164 homens e 163 mulheres, sendo que 28 são menores de 18 anos. Comparativamente ao Censos anterior, perdeu-se cerca de 10 por cento da população, essencialmente porque uns faleceram e outros partiram em busca de novas oportunidades. A que setores de atividade se dedica atualmente a população em idade ativa?

A população dedica-se maioritariamente à agricultura, ao pequeno comércio, à construção civil e à atividade mineira. Quais são os principais problemas da freguesia?

São a falta de emprego, o que, consequentemente, leva à desertificação e ao abandono populacional. E as principais potencialidades?

A agricultura é grande potencialidade da freguesia só que é mal explorada, devido à falta de subsídios e de apoios para investir, pois a população vivia praticamente toda da agricultura. Outra das potencialidades é a qualidade de vida que não se tem num centro urbano. Os moradores que cedo partiram da freguesia estão a regressar. Como é que vê o futuro de São Marcos da Ataboeira?

O futuro poderia ser bem melhor e mais promissor, mas devido à conjuntura atual corremos o risco de fechar a escola e a junta de freguesia. Com uma população envelhecida, o futuro não parece o mais brilhante, mas vamos continuar a lutar para que isso não aconteça. Apesar de sermos poucos na freguesia, não podemos cruzar os braços, para que o futuro possa sempre ser melhor...

“António Gonçalves Correia, a utopia de um Cidadão” O edifício da Junta de Freguesia de São Marcos da Ataboeira recebe entre os dias 15 de março e 2 de abril a exposição “António Gonçalves Correia, a utopia de um Cidadão”, uma mostra da responsabilidade da Biblioteca Municipal de Beja, que pretende homenagear Gonçalves Correia, “o homem e as ideias que convictamente defendeu, destacando a aplicação prática das suas ideias, com a criação da Comuna da Luz, em Vale de Santiago, Odemira, e da Comuna Clarão, em Albarraque, Sintra”. António Gonçalves Correia nasceu em São Marcos da Ataboeira, a 3 de agosto de 1886, e viveu grande parte da sua vida na cidade de Beja. “Defendeu sempre o ideal de uma sociedade mais justa, de igualdade para todos e manifestou esses pensamentos nos livros Estreia d´um crente, A Felicidade de todos os seres na sociedade futura e no jornal que fundou, em Cuba, a ‘Questão Social’, assim como noutros em que colaborou”, esclarece a biblioteca. Pelos “seus escritos e ações e através do seu olhar luminoso”, pode ler-se ainda no folheto alusivo à exposição, “transmitiu a ideia de que o verdadeiro socialismo era ‘o socialismo libertário, consciente, de ação direta […] sem deputados, sem eleições […]’, que era fundamental a associação e o gosto dos associados pela ‘agremiação’, que a felicidade de todos era possível na sociedade futura, e, por isso, afirmava que havia de seguir a sua ‘namorada’, a ‘Revolução do amor, a nossa revolução!”. Gonçalves Correia faleceu em Carnaxide a 2 de dezembro de 1967. “Foi enterrado com a barba e o cabelo compridos, em virtude de não ter cumprido o seu ideal de conseguir viver em liberdade, pois costumava dizer à família e amigos que só cortaria a barba e o cabelo se vivesse em liberdade”, refere ainda a biblioteca. “Gonçalves Correia, a utopia de um Cidadão” foi a designação escolhida pela família para a exposição.


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É, obviamente, um privilégio e uma honra poder ser um dos rostos das mulheres do Baixo Alentejo na política autárquica, nomeadamente na presidência de uma Câmara fortemente ligada aos valores da liberdade, da democracia e da igualdade de género, como é o caso de Grândola.

Autárquicas2013

Graça Nunes é a única presidente de câmara do Baixo Alentejo

PS de Grândola está partido em três Graça Eugénio Nunes é a única presidente de câmara em todo o Baixo na esfera do Partido Socialista. Uma situação que, na opinião de Graça Alentejo. “Herdou” o município na sucessão de Carlos Beato que, antes de Nunes, pode contribuir para “enfraquecer” as pretensões socialistas, mas terminar o mandato, foi para a administração do banco Montepio Geral. que não será suficiente para impedir a reeleição. Entrevista com a presiSaída que fez estilhaçar por completo o PS local. Para além da candida- dente de câmara da localidade que voltou a ser o símbolo da revolta e da tura oficial socialista, liderada por Ricardo Campaniço, com o apoio da liberdade em Portugal. atual presidente, estão já no terreno duas candidaturas “independentes” Hoje é o Dia Internacional da Mulher. Como se sente no papel de única presidente de câmara em todo o Baixo Alentejo?

É, obviamente, um privilégio e uma honra poder ser um dos rostos das mulheres do Baixo Alentejo na política autárquica, nomeadamente na presidência de uma câmara fortemente ligada aos valores da liberdade, da democracia e da igualdade de género, como é o caso de Grândola. Apesar da grande evolução que tem vindo a ocorrer nos últimos anos, a atividade política é ainda um dos meios onde a presença das mulheres é diminuta, contrariando o que acontece em praticamente todas as áreas da sociedade. Por isso pode ser ainda mais relevante o facto de uma mulher estar celho da hoje à frente dos destinos do “concelho fraternidade”. Como se encontra a autarquia de Grândola no que respeita às finanças? Qual al o valor da dívida e o prazo de pagamento ento aos fornecedores?

Tal como é reconhecido nos Anuários nuários gueses, o Financeiros dos Municípios Portugueses, oa saúde município de Grândola tem uma boa do os lifinanceira, nunca tendo ultrapassado indo, ao mites de endividamento, cumprindo, longo dos últimos anos, a regra doo equilíidade de brio orçamental e tendo uma capacidade gnificageração de receita própria muito significaondar tiva. A dívida de curto prazo irá rondar ós o os dois milhões e meio de euros, após cal, Programa de Apoio à Economia Local, ee o município está a pagar aos fornecedores locais com um prazo entre os 30 e os 60 dias, e aos restantes forne-cedores a menos de 90 dias. Em que áreas os cortes nas receitas da autarquia mais se fizeram sentir?

Procurámos e conseguimos que os cortes nas receitas não tivessem inf luência nas principais atribuições e competências do município, designadamente na educação, na limpeza e saneamento básico, no ambiente e

espaços verdes, no desenvolvimento social e apoio aos mais desfavorecidos e em outros serviços essenciais à qualidade de vida das populações. Que obra gostaria de ter feito e não teve possibilidade de concretizar?

Uma das obras que gostaria de ter feito e que me continuarei a bater para ser feita no mais curto espaço de tempo é o novo Centro Escolar de Grândola, que irá permitir completar a requalificação dos espaços educativos realizada nos últimos mandatos e dotar a vila de Grândola de um novo espaço educativo adequado às novas realidades educativas.

Texto Paulo Barriga Fotos Câmara Municipal de Grândola

É correto afirmar que a saída do presidente Carlos Beato para o banco Montepio Geral abriu um vazio político em Grândola?

O que é correto afirmar é que o dr. Carlos Beato marcou, com a sua personalidade, o seu carisma, a sua energia e a sua experiência, estes anos de presidência no município de Grândola, conseguindo atingir, com a sua equipa, resultados relevantes no plano do desenvolvimento económico e social do concelho e do aumento da qualidade de vida das populações, bem como a projeção de “Grândola – Vila Morena”. Todavia, não há vazio político, porque haverá uma continuidade do trabalho efetuado, através da necessária renovação da liderança, porque somos diferentes. Como encara o aparecimento de três listas esfera do PS? distintas na e

A pergunta revela r um equívoco. Só há um candidato ap apoiado pelo Partido Socialista à presidência da Câmara de Grândola, que é o engenheiro engenhei Ricardo Campaniço e que reúne o apoio apo não apenas do dr. Carlos Beato e de todo to o atual executivo municipal com pelo pelouros, bem como da sociedade grando civil grandolense. As restantes candidaturas são independentes, como os respetivos candidatos o afirmam. Em sua opinião, a que se deve este estilhaçar do Partido es Socialista? S

A grande força do “Novo Ciclo Autárquico”, a que me orgulho de pertencer e que desde a primeira hora integrei e apoiei, é a participação plena dos cidadãos nos processos de decisão e na definição das grandes linhas de orientação estratégica para o seu concelho. Atribuímos um papel preponderante à sociedade civil, que estava, de certo modo, arredada das decisões que lhe diziam respeito. Neste quadro, é

muito natural que outras personalidades locais tenham aparecido e tenham conhecido algum destaque, o que os leva a considerar poderem candidatar-se ao cargo de presidente da câmara. São opções legítimas que o poder local democrático consagra. Esta divisão pode, de alguma forma, contribuir para que a CDU recupera a Câmara de Grândola?

Todas as divisões contribuem para enfraquecer o amplo movimento que foi criado e que se manteve coeso nesta última década. Contudo, considero que no momento de votar o povo de Grândola saberá escolher entre uma opção de futuro, protagonizada por Ricardo Campaniço, que continuará o trabalho relevante que tem vindo a ser feito, no quadro de uma renovação que todos entendem necessária e útil, com Grândola e por Grândola e ou, em alternativa, um regresso ao passado, de que todos ainda terão memória. Pe n s a c a n d i d a t a r- s e à s p r óx i m a s eleições?

Apoio, inequivocamente, a candidatura do engenheiro Ricardo Campaniço à presidência da câmara e estarei disponível, como já afirmei, para dar o meu contributo para prosseguir o nosso trabalho de criação de mais e melhores oportunidades para todas e todos, no lugar que entenderem que eu possa ser útil. Como observa o facto de a “Grândola”, que José Afonso escreveu na sua terra, se ter transformado no hino dos atuais protestos contra a troika?

É, para o concelho de Grândola e para o nosso município, uma honra e um privilégio que temos de continuar a saber merecer o facto de o nome de Grândola ser um símbolo de liberdade, de participação coletiva, de revolta contra as injustiças e de combate por um mundo mais justo e mais solidário. Entrevista realizada por email.


Bisca Lambida

Democracia não sai reforçada

Novas ideias

João Espinho

opinião que tenho acerca do aparecimento de movimentos independentes é favorável pois podem trazer novas ideias e uma capacidade de movimentar uma faixa da população que se encontra descontente com os partidos políticos. Nas últimas eleições em Itália isso ficou bem patente, pois verificámos a ascensão de um movimento liderado por um comediante que reuniu uma quantidade substancial de votos. A questão em Portugal e no Poder Local coloca-se ao nível de certos revanchismos políticos e da perpetuação dos autarcas no poder que leva necessariamente à criação destes movimentos que de independente não têm nada. Estas são, sim, formas de atingir o poder, quando as suas forças partidárias optaram por outras soluções. Existirão casos em que o clientelismo político também ditou e ditará o afastamentos de autarcas sérios e de pessoas com provas dadas e por isso mesmo estes optam, e bem, por criar vagas de fundo que permitam ser eleitos através destes movimentos de cariz “independente”. Contudo torna-se perniciosa esta forma de ver e fazer política, pois ela pode desvirtuar a verdadeira essência de um movimento independente, com ideias muito próprias e enraizados naquilo que verdadeiramente é fundamental: defender o interesse das populações e não o de interesses pessoais ou quaisquer outros menos claros e transparentes.

H

á quem não goste de partidos mas é neles que reside muita da vitalidade dos regimes democráticos. Obviamente que não me refiro à partidocracia, regime a que, parece, o nosso país aderiu sem ter havido consulta popular ou qualquer espécie de referendo que legitime esta forma de fazer e estar na política. Os partidos abandonaram a sua vocação primária e transformaram-se, para hoje serem ferramentas para a progressão fácil e rápida na vida profissional e de ascensão no meio social. Usados como trampolins, os partidos converteramse em palcos de lutas pessoais e de ajustes de contas, pois todos querem estar na linha da frente quando a “sorte” bafejar este ou aquele setor do partido, esta ou aquela linha partidária. Esta “vitalidade” passa a ser uma doença viral sempre que se aproximam eleições. A formação de listas, com a escolha dos respetivos cabeças de lista e o ordenamento dos que se seguem, agudizam as lutas intestinas, levando muitas vezes a cisões que resultam em novas listas, agora denominadas de “independentes” mas que se posicionam unicamente para lutar contra os anteriores aliados, agora batizados de adversários e de outros adjetivos que me dispenso de aqui citar. Nada disto é bom. A democracia não sai reforçada e os cidadãos sentem-se cada vez mais afastados da política, pois não gostam destas encenações eleitorais. Para matar este tipo de jogadas, mando ma da mesa. com o rei de ouros para cima

João Machado

A

Última palavra é dos eleitores Sérgio Fernandes

S

endo certo que os mandatos autárquicos têm a duração de quatro anos, é compreensível, e em certa medida desejável, que findo esse período haja lugar a uma reflexão e avaliação, e que o resultado destas seja determinante na escolha dos caminhos e dos protagonistas para um novo ciclo de quatro anos. No que diz respeito aos partidos políticos, é suposto que, ao nível do processo de decisão interna, os órgãos envolvidos bem como as suas competências e responsabilidades se encontrem claramente definidas nos respetivos estatutos, respeitando os princípios de organização democrática. Acresce que, sem prejuízo da legitimidade da decisão assim tomada, em nenhum momento ela limita o exercício dos direitos cívicos de todos quantos nela não se reveem, nomeadamente o direito de se apresentarem eles mesmos ao escrutínio dos eleitores, fora do quadro partidário. Donde, só fará sentido falar de “desmembramento” das listas partidárias partindo do pressuposto da sua imutabilidade, mandato após mandato. Pelo contrário, não vejo como dramáticas este tipo de ruturas, desde logo porque contribuem para reforçar o saudável princípio de que há mais vida democrática para além da vida partidária. E porque, independentemente da bondade (ou da falta dela) das motivações concretas que possam estar na origem destas ruturas, espera-se que acrescentem diferentes

07 Diário do Alentejo 8 março 2013

O desmembramento das listas dos partidos tradicionais, como acontece com o PS em Grândola, e o surgimento de diferentes movimentos independentes revelam o aparecimento de novas ideias ou a vontade de certos autarcas se perpetuarem no poder?

abordagens e perspetivas ao debate político, na certeza de que a última e sábia palavra caberá sempre aos cidadãos eleitores. Recusando a ideia de que estas são “cenas tristes”, jogo a sena de copas, que, sendo trunfo, pode valer-me a mão.

Espaço de inovação Luís Miguel Ricardo

N

enhuma das perspetivas fica sem candidatos. Certamente que existem novas candidaturas independentes para perpetuar velhos vínculos ao poder, mas com certeza que existem muitos mais casos de candidaturas independentes, cujo móbil de ação se prende com o surgimento de novas ideias, novos rostos, novas perspetivas de fazer política, ainda que alguns nomes possam provir de um passado partidário tradicional. Se olharmos para o panorama nacional, os casos flagrantes que se encaixam na primeira perspetiva são escassos. Em condições normais, é mais cómodo os “políticos profissionais” perpetuarem-se no poder através das máquinas partidárias, mudando de cargos, funções e até de círculos eleitorais, do que se aventurarem na incerteza da candidatura independente. Ao pensarmos nos primeiros, um número infindável de situações assalta-nos a memória: o ex-autarca alentejano que após derrota regional é eleito deputado nacional por um círculo eleitoral do norte; o presidente de câmara que troca de município; o ex-vereador que se torna diretor de um instituto, sob “proteçã “proteção” partidária, etc.. Já os que romp romperam com as diretrizes das cores que os elegeram e se apresentaram como “independentes” “indep são em menor número. Pois pa para serem bem sucedidos com outra “camisola”, “cam significa que granjearam em torno de si mais popularidade do que o próprio partido. Em suma, a ccandidatura independente é menos ooásis para perpetuar vícios de pod poder, e mais espaço de inovaçã vação, mesmo nos casos em que integra ex-partidários.


Diário do Alentejo 8 março 2013

08

Almodôvar

Sebastião apoia candidatura independente

A

ntónio Sebastião, presidente da Câmara de Almodôvar, anunciou na semana passada a intenção de se “desvincular de militante do PSD” e, ao mesmo tempo, de participar “ativamente” numa “candidatura de cidadãos independentes” que parece estar disponível para avançar “a todos os órgãos municipais e de freguesia” daquele concelho, no contexto das próximas eleições autárquicas. O autarca, que, pela lei de limitação de mandatos, não pode recandidatar-se ao cargo que atualmente ocupa, esclareceu, em conferência de imprensa, as razões que o levam a não apoiar a candidatura do PSD em Almodôvar, encabeçada por Ricardo Colaço, e a não concorrer, como chegou a ser anunciado, em Beja. António Sebastião considera que houve “uma excessiva intromissão de algumas pessoas da Comissão Política Distrital de Beja, em especial do deputado Mário Simões, com o nítido propósito de impor uma solução artificial” para a candidatura social-democrata àquele município. O au-

120 000

Mértola

Independentes voltam a concorrer

É o número de pessoas alcançadas pelo Facebook do “Diário do Alentejo” durante a última semana. A nossa página eletrónica tem mais de um milhão de visitas. A edição impressa continua a ser líder

tarca adianta também que “existiram compromissos que foram rasgados”, lembrando o “acordo de cavalheiros” estabelecido há meses entre o vereador João António Palma e o presidente da Junta de Freguesia de Almodôvar, Ricardo Colaço, segundo o qual seria o primeiro a encabeçar a lista, aceitando Ricardo Colaço, atual cabeça de lista do PSD a Almodôvar, o segundo lugar. Um acordo que acabaria por “ser relegado para segundo plano”, impondo-se em seu lugar “uma solução contranatura que não interessa ao concelho”, tendo para tal sido “utilizados todos os meios, mesmo os mais ínvios para atingir os fins pretendidos”. Assim explicou o autarca as razões da sua indisponibilidade para avançar com uma candidatura à Câmara de Beja, negando a acusação de “chantagem”, para “condicionar a escolha dos candidatos a Almodôvar”. Uma decisão que surge antes “por não poder pactuar com jogos políticos de bastidores”, que “apenas servem interesses pessoais”, em detrimento do “bem-estar dos almodovarenses”.

O

Movimento Independente Mértola (MIM) já tornou público que irá entrar novamente na corrida das próximas eleições autárquicas naquele concelho. Uma decisão que surge “após uma análise bastante ponderada e depois de ter ouvido um número considerável de pessoas”, esclarece o movimento em nota de imprensa, acrescentando que, desta vez, irá também “concorrer às freguesias do concelho”. Isto apesar das “dificuldades,

nomeadamente a de recolha de assinaturas a cada órgão”, um processo a que os partidos políticos e as coligações não estão sujeitos. Recorde-se que, em 2009, o MIM apresentou a candidatura de José Carlos Palma à Câmara de Mértola, tendo obtido um total de 370 votos (6, 5 por cento), resultado superior ao do PSD. Para a Assembleia Municipal, elegeu José Eugénio Costa e, para a Assembleia de Freguesia de Mértola, Rui Marçalo.

de audiências com 76 por cento dos leitores de jornais regionais

Casével

no Baixo Alentejo.

PS apoia providência cautelar contra extinção

A

www.diariodoalentejo.pt facebook.com/diariodoalentejo

candidatura do PS em Castro Verde, encabeçada por António José Brito, “congratula-se” com o facto de as juntas de freguesia de Casével e Castro Verde terem decidido avançar com uma providência cautelar contra a extinção da freguesia de Casével, “acolhendo desse modo o apelo feito pelos socialistas de Castro Verde há cerca de três semanas”, explica em nota de imprensa. A can-

didatura lembra o apelo feito para que as entidades locais recorressem a “todos os mecanismos legais” ao seu alcance “no sentido de defender a história, os direitos e as aspirações da população de Casével” e mostra-se “inteiramente solidária” com o processo, bem como disponível para “travar todos os combates políticos que forem necessários” para “impedir que o povo de Casével perca a sua freguesia”.


João Pedro Caeiro, arquiteto bejense de 44 anos, é o cabeça de lista da candidatura social-democrata à Câmara de Beja, nas autárquicas de outubro. A decisão, que já se adivinhava depois de conhecida a renúncia de António Sebastião ao projeto de concorrer ao município da capital de distrito, saiu esta segunda-feira, 4, de uma reunião da concelhia

João Penetra apresenta-se a Viana do Alentejo João Penetra, o atual presidente da Câmara Municipal de Alvito, apresentou no sábado, dia 2, a sua candidatura à autarquia vizinha de Viana do Alentejo, num jantar em que estiveram presentes cerca de 200 pessoas e que contou com a

de Beja do PSD, onde o nome “foi aprovado por unanimidade e aclamação”. João Pedro Caeiro lidera a concelhia de Beja do PSD e é também vice-presidente da estrutura distrital do partido. É casado, tem três filhos e personifica assim a terceira candidatura confirmada à autarquia bejense, depois de Jorge Pulido Valente (PS) e de João Rocha (CDU).

presença de João Oliveira, deputado do PCP. Os “ativistas da CDU” local manifestam, em nota de imprensa, o seu “entusiasmo” face à possibilidade de Viana do Alentejo “voltar a ter uma câmara ao serviço das populações e dos trabalhadores daquele concelho”.

Dívida dos municípios do Baixo Alentejo em 2011 Ainda não estão disponíveis na Direção Geral das Autarquias Locais os dados referentes às dívidas dos municípios no exercício de 2012. Várias notícias vindas a público ultimamente, apesar da considerável redução das receitas na grande maioria das autarquias, dão conta de algum recuo nesta rúbrica. Nesta infografia não estão igualmente inseridos os dados do plano de ajustamento financeiro imposto aos municípios que, já em 2013, aderiram ao Programa de Apoio à Economia Local (PAEL).

FONTE: INSTITUTO NACIONAL DE ESTATÍSTICA; DIREÇÃO GERAL DAS AUTARQUIAS LOCAIS

Infografia José Serrano

09 Diário do Alentejo 8 março 2013

PSD escolhe João Pedro Caeiro para Beja


Novo horário das urgências em Serpa ainda sem data

Diário do Alentejo 8 março 2013

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O conselho de administração da Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo (Ulsba) fez saber, numa resposta escrita à Câmara de Serpa, que “por questões logísticas não é possível prever, neste momento, a data de alteração de horário do Serviço de Urgência Básica”. A informação chegou depois de “vários pedidos formais de informação” relativos ao encerramento serviço de urgência em Serpa no período noturno e, segundo uma nota do município,

Assembleias contra proposta de lei das Finanças Locais A Assembleia Municipal de Castro Verde aprovou, a 27 de fevereiro, uma moção em que se pronuncia “contra” a nova proposta de lei das Finanças Locais, recentemente apresentada na Assembleia da República, “por ser um verdadeiro atentado à autonomia das autarquias locais”. O documento, aprovado por maioria e com cinco abstenções do PS, lembra que, desde 2010, se

Atual

“não sendo uma novidade”, vem confirmar a “efetiva intenção de encerrar o serviço”. A câmara chama também a atenção para o facto de “o previsto Serviço de Urgência Básica nunca ter sido criado”, sendo que “o que existe é um Serviço de Urgência Avançado”. Como tal, e apesar de preocupada, admite “reforçar” a sua atenção ao processo, declarando que “tudo fará para que se mantenha um atendimento de urgências 24 h por dia, no Hospital de São Paulo”.

entrou numa fase de “total arbitrariedade e violação do regime de finanças locais”, com novas reduções nas transferências, o que faz com que, em 2013, “haja menos 480 milhões de euros inscritos no Orçamento do Estado”. Por isso, apela a todos os deputados para que rejeitem a proposta de lei quando ela for votada na Assembleia da República. No mesmo sentido votou também, um dia depois, a Assembleia Municipal de Serpa.

Entidades da região preparam novas ações em defesa dos dois itinerários

As obras de beneficiação de troços do IP8 e do IP2, nos distritos de Setúbal e Beja, deverão ser retomadas no final deste mês, informou a Estradas de Portugal na terça-feira, no decorrer de um encontro realizado, em Santiago do Cacém, entre a Comissão Parlamentar de Economia e Obras Públicas e autarcas da região.

JOSÉ SERRANO

Estradas de Portugal diz que obras no IP8 e no IP2 são retomadas no final do mês

A

Comissão Parlamentar de Economia e Obras Públicas foi informada pela Estradas de Portugal (EP) de que as obras de beneficiação de troços do IP8 e do IP2, nos distritos de Setúbal e Beja, serão retomadas este mês. Segundo o deputado social-democrata e membro da comissão Nuno Matias, que falava à Lusa no final de uma deslocação de dois dias da comissão ao Alentejo que incluiu uma reunião com autarcas da região, em Santiago do Cacém, a empresa informou no encontro que o concessionário dos itinerários complementares (IP) iria “retomar as obras” no final de março, após ter conseguido acesso ao financiamento. “Houve um planeamento sobredimensionado para aquilo que era a realidade do território e do uso das estradas”, disse o deputado, referindo-se à construção da A26, entre Sines e Beja, cujas obras foram suspensas após a EP ter chegado a um acordo

com a Estradas da Planície, subconcessionária do Baixo Alentejo. Segundo o executivo, prevê-se uma poupança para o Estado de 338 milhões de euros naquela subconcessão. “Agora, não podemos é deixar a meio determinado tipo de intervenções e não podemos sobretudo permitir que algumas partes dos troços tenham piores condições de segurança”, vincou Nuno Matias, que é vice-coordenador do grupo parlamentar

do PSD para a Comissão de Economia e Obras Públicas. O presidente do conselho executivo da Cimbal – Comunidade Intermunicipal do Baixo Alentejo, em declarações ao “Diário do Alentejo”, disse que os autarcas querem “saber exatamente quais são as áreas que vão ser objeto de intervenção, porque uma coisa é aquilo que está no memorando de entendimento e na concessão e que é da responsabilidade da empresa concessionária e

que não inclui toda a intervenção a nível do IP2 e do IP8”. “Aquilo que nós reclamamos é que as Estradas de Portugal assumam as suas responsabilidades no conjunto e tratem da qualificação em todos os seus aspetos”, adiantou José Maria Pós-de-Mina, realçando que “no final do ano passado” já tinham sido informados “que estaria para muito breve o reinício das obras e tal não aconteceu”: “Vamos ver para crer, como se costuma dizer”. O presidente do conselho executivo da Cimbal revelou ainda que “está prevista para breve uma reunião das entidades que organizaram ações de protesto e de chamada de atenção em relação a esse assunto”, prevendo-se “novas ações que ainda não estão definidas em concreto, mas que ocorrerão nos próximo tempos”. Ainda em relação à reunião realizada em Santiago do Cacém, José Maria Pós-deMina disse que a mesma “foi importante do ponto de vista da chamada de atenção para o problema”, tendo a comunidade intermunicipal informado “os senhores deputados que estão a ser recolhidas assinaturas para uma petição pública a entregar na Assembleia da República”. O encontro serviu igualmente para “sensibilizá-los para que, quando essa questão se colocar, possam aprovar uma resolução favorável ao prosseguimento das obras do IP2 e do IP8”, concluiu o autarca.

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Resialentejo constrói nova central de tratamento

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A empresa intermunicipal Resialentejo já assinou com a empresa DST – Domingos da Silva Teixeira, SA, o contrato de empreitada respeitante à construção de uma central de tratamento mecânico e biológico no seu Parque Ambiental, em Beja. A obra, cuja conclusão está prevista para o final de 2014, tem um valor global estimado de cerca de 2,4 milhões de euros, sendo suportada em 85 por cento por fundos comunitários, no âmbito de candidatura conjunta com a Gesamb (Évora) e a Amcal (Cuba), ao Programa Operacional de Valorização do Território (POVT). Com esta central, pretende-se uma “diminuição da deposição de resíduos indiferenciados em aterro e o aumento da recolha de materiais recicláveis, uma vez que está dotada de tecnologia inovadora que permite a separação automática dos diversos tipos de resíduos”.


A firma de construção civil Martins e Bailão, Lda, declarou insolvência na passada sexta-feira, dia 1, apanhando de surpresa os seus 11 trabalhadores em Beja, denunciou a União dos Sindicatos do Distrito de Beja (USDB). Segundo a estrutura sindical, a situação precipitou-se “da noite para o dia”, sem qualquer aviso prévio por parte dos responsáveis, numa atitude considerada “inadmissível” e reveladora de “uma

Bejenses vencem Campeonato Nacional de Jogos Matemáticos Os alunos bejenses Leonel Quinta Queimada e André Santana alcançaram, respetivamente, o primeiro e o segundo lugares no 9.º Campeonato Nacional de Jogos Matemáticos, cuja final se disputou em Évora, na passada sexta-feira, dia 1. O campeão, Leonel

falta de respeito intolerável”. Entretanto, os trabalhadores têm-se mantido junto do estaleiro da empresa, na estrada do Penedo Gordo, “para evitar” que os respetivos bens “sejam deslocalizados”, informa a USDB, dando conta também do encerramento da empresa Arnal, pertencente ao mesmo grupo, cujos trabalhadores se mantêm igualmente “concentrados à porta das instalações na avenida Miguel Fernandes”, em Beja.

Quinta Queimada, frequenta o 12.º ano, e o vice-campeão, André Santana, o 11.º ano, ambos na Escola Secundária D. Manuel I, estabelecimento de ensino que já se regozijou publicamente com os resultados obtidos. “Enchem toda a nossa comunidade escolar de orgulho, mas devem também deixar orgulhosos e felizes todos os bejenses e alentejanos”,

11 Diário do Alentejo 8 março 2013

Martins e Bailão surpreende trabalhadores com insolvência

é referido em nota de imprensa. A prova é uma organização da Ciência Viva, Associação Ludus, Associação de Professores de Matemática e Sociedade Portuguesa de Matemática, em conjunto com a Universidade de Évora, a Câmara Municipal de Évora e a Delegação Regional do Sul e Ilhas da Sociedade Portuguesa de Matemática.

Concessão da rede secundária de Alqueva à EDIA considerada “ilegal”

Federação e Associação de Agricultores do Baixo Alentejo sustentam posições contrárias quanto à concessão da rede de rega à EDIA.

JOSÉ FERROLHO

Agricultores processam Estado

A

Federação Nacional de Regantes de Portugal (Fenareg) e a Federação das Associações de Agricultores do Baixo Alentejo (Faaba), unidas em “defesa dos direitos dos agricultores”, decidiram processar o Estado para impedir a concessão dos blocos de rega de Alqueva à Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva (EDIA). A Faaba, que é presidida por Castro e Brito, refere, em comunicado de imprensa, que “os agricultores da região estão indignados com esta intenção do Estado” e que “as justificações apresentadas pelo Ministério da Agricultura para esta decisão não convenceram os agricultores, uma vez que estas não são inultrapassáveis e algumas são desajustadas da realidade, nomeadamente no que concerne à equidade”. A federação adianta que a lei atribui às organizações de agricultores a gestão dos blocos de rega da rede secundária de Alqueva e que o ministério “quer agora rasgar este modelo de gestão da água pelos agricultores, um modelo de sucesso que existe há décadas no nosso país ao entregar essa gestão à EDIA, uma empresa do Estado, que nunca geriu obras de rega e não tem competência

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nesta área”. Com esta decisão, adianta a Faaba, “o ministério está a discriminar os agricultores do Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva e as suas organizações, ao retirar-lhes a competência da gestão das obras de rega”. No mesmo documento, a federação refere que “o modelo que existe de gestão pelos agricultores é auto sustentável, suportado financeiramente pelos próprios agricultores e não depende do orçamento do Estado, contrariamente à EDIA”. “A EDIA deve focar-se na conclusão da obra do projeto de Alqueva e na gestão da rede primária do

EFMA, objetivo para o qual foi criada”, conclui. A posição da Federação das Associações de Agricultores do Baixo Alentejo é contrária à defendida pela Associação de Agricultores do Baixo Alentejo (AABA), que não faz parte da Faaba e que, na sexta-feira passada, se congratulou com a concessão da rede secundária do Alqueva à EDIA até 2020, porque defende a gestão global do empreendimento “por uma única entidade”. “A EDIA, pelo excelente trabalho que tem vindo a desenvolver na conceção, na construção, na exploração e na rentabilização do projeto Alqueva,

merece a concessão”, disse à Lusa o presidente da associação, Francisco Palma. A rede secundária do Alqueva é composta pelas infraestruturas de distribuição de água entre as albufeiras do sistema global de rega e a entrada das explorações agrícolas situadas nos perímetros de rega. A decisão do Governo “rompe com o modelo institucionalizado de gestão dos aproveitamentos hidroagrícolas por associações de regantes”, que foi idealizado no “século passado”, quando “os perímetros de rega nada tinham a ver com os atuais, muito menos com os do Alqueva”, e tem sido “muito pouco eficiente e altamente dependente do erário público”, disse. A divisão do regadio do Alqueva em “capelinhas”, geridas por associações de regantes, iria “tirar as sinergias que o projeto precisa para ser o menos deficitário possível, tornar mais cara a gestão dos perímetros de rega e agravar o preço da água a pagar pelos agricultores”, avisou. O Governo vai proceder à formalização do contrato de concessão da rede secundária do Alqueva com a EDIA pelo prazo de sete anos, ou seja, até 2020. “Só depois da conclusão de todas as infraestruturas” do Alqueva, prevista para 2015, e da “consolidação do seu funcionamento”, será possível aferir o “melhor modelo para prosseguir com a gestão, a exploração, a manutenção e a conservação do empreendimento”, considera o Governo.


Diário do Alentejo 8 março 2013

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Os Infantes celebram o Dia da Mulher

O espaço Os Infantes, em Beja, celebra o Dia da Mulher. Este ano, à semelhança do anterior, haverá um jantar, seguido de convívio. Posteriormente será inaugurada a exposição “No Feminino”, de fotografia de José Baguinho e Carlos Cascalheira. Haverá ainda um espetáculo cultural, que contará com a participação dos músicos Paulo Ribeiro, Fernando Pardal e Bento César. A leitura de textos e poemas estará a cargo de Martinho Marques, Carreira Marques e António Revez, entre outros.

Casa do Alentejo enaltece as mulheres A Casa do Alentejo, em Lisboa, assinala, amanhã, sábado, dia 9, a partir das 15 e 30 horas, o Dia Internacional da Mulher. Está programada uma tarde de convívio, onde não faltarão intervenções sobre a efeméride. A posição social da mulher no presente vai ser alvo de debate

e a partir do livro de Maria Conceição Ruivo, Os Mapas do Silêncio, será feita uma apresentação, leituras e debate, que contará com a participação de Gisela Cañamero (Arte Pública). A animação encontra-se a cargo do Grupo Coral Feminino Rosas de Março. Espaço ainda para poesia popular e para um lanche.

Propostas desde o interior ao litoral

Dia da Mulher não é esquecido na região

ILUSTRAÇÃO SUSA MONTEIRO

Hoje, sexta-feira, dia 8, assinala-se o Dia Internacional da Mulher e na região são várias as propostas para comemorar a efeméride. Do interior ao litoral alentejano não faltam iniciativas e todas com um só objetivo: enaltecer a mulher e o seu papel na sociedade. O “Diário do Alentejo” Alentejo seguiu viagem e dá-lhe dá lhe a coco nhecer o roteiro.

O

“Diário do Alentejo” foi conhecer as propostas e, seguindo viagem por ordem alfabética, começa este roteiro em Alcácer do Sal, onde o dia é assinalado com a peça de teatro “D. Maria, a Louca”, que vai ser apresentada, pelas 21 e 30 horas, no auditório municipal da cidade. A entrada é gratuita e é promovida pela câmara local. Apresentado pelo grupo A Barraca, “D. Maria, A Louca” é um monólogo encenado e interpretado por Maria do Céu Guerra, que lhe valeu o Prémio Nacional de Teatro Bernardo Santareno, e que conta com a participação de Adérito de Lopes. De Alcácer do Sal a Aljustrel são 80 quilómetros de distância e na vila mineira a câmara agendou um conjunto de atividades dirigidas à população feminina. A partir das 10 horas, de hoje, começam a ser distribuídos postais e flores às mulheres do concelho. E, pelas 10 e 15 horas, no auditório da biblioteca municipal, é feita a apresentação final do jogo lúdico-didático “Vive na Boa” do programa Mexe-te – Educação para a Saúde. À tarde, a partir das 16 horas, o espaço está reservado para uma conversa sobre “A Mulher na Sociedade”, seguindo-se a inauguração da exposição de pintura de Olinda Gil. Mas o dia, esse, só terminará, com uma “grande disco night, com música dos anos 70, 80 e 90”, no pavilhão do Parque de Exposições e Feiras. Depois, seguindo para Beja, capital de distrito, o dia começa com uma ação de sensibilização. Entre as 10 e as 12 horas,

no viveiro municipal, arranca a iniciativa: “Conhecer as árvores”. Entre as 10 e 30 e as 12 e 30, tem também lugar, no jardim público, a ação “Uma casa na árvore”. A manhã é ainda dedicada à atividade física e, em Beringel, freguesia do concelho de Beja, a partir das 14 horas, no mercado, há uma sessão de maquilhagem, seguida de um lanche convívio e de um baile. Em Castro Verde, até ao final do mês, continua patente, no 7Arte Café, a exposição “LADO B”, da autoria da ceramista Vanda Palma. Na vila do campo branco acontece ainda um jantar-convívio, que contará com a animação de Bailasons e As Ceifeiras de Entradas. A viagem segue até Cuba, onde até sábado se assinala a Semana da leitura. E hoje, sexta-feira, 8, Dia Internacional da Mulher, há um encontro com a escritora Isabel Minhós. Amanhã, sábado, pelas 20 horas, é apresentado o livro Heróis à Moda da Bola. O roteiro leva até Ferreira do Alentejo, onde é inaugurada a exposição de patchwork da autoria de Lisete Góis, na Galeria de Arte/Capela de Santo António. A mostra estará patente até ao dia 30. No mesmo dia, utentes dos quatro polos de animação da freguesia ferreirense assinalam a efeméride com um almoço-convívio, seguido de um momento de animação no espaço “Ruralidades”. A Sociedade Filarmónica e Recreativa de Ferreira do Alentejo lembra, hoje, “as conquistas sociais, políticas e económicas das mulheres”, com um jantar/concerto, com a banda For-Pay. Em outras freguesias do concelho também acontecem jantares-convívio. Em Grândola, por sua vez, arranca hoje o Fórum da Juventude, que se prolonga até ao dia 6 de abril, onde não faltarão concertos, teatro, exposições, ciclos de cinema, aulas de desporto, concursos de Dj, passeios pedestres, peddypapper, piqueniques, passeios de bicicleta, visitas culturais, festas do pijama e um Metting Body Board. E de Mértola também chegam propostas. A câmara municipal organiza, para assinalar a data, pelas 21 e 30 horas, no cineteatro Marques Duque, uma noite de fados. A noite será abrilhantada por Maria Armanda e José da Câmara. Acontecerá ainda uma caminhada que assinalará a efeméride. Em Moura as comemorações começaram já ontem, quinta-feira, com uma sessão de sensibilização sobre educação parental, e prosseguem, hoje, sexta-feira, com um colóquio, com a apresentação do livro Anjo de Luz e com um espetáculo musical e um lanche, seguido de convívio. Todas estas atividades acontecem a partir das 14 e 30 horas, no cineteatro Caridade. À noite, no espaço Shehera-

zade, tem lugar a festa convívio comemorativa do Dia da Mulher. Amanhã, sábado, acontece uma sessão de zumba e fitness, no espaço dos Quartéis. Até ao dia 17, integrada nas comemorações do Dia da Mulher, está patente, na sala multiusos do Inovinter, a exposição de pintura de Gina Frazão. O Dia Internacional da Mulher é também assinalado em Odemira e até ao dia 9 comemora-se no concelho o “Ser Mulher”, onde não falarão tertúlias e workshops. “Ser Mulher” é uma iniciativa promovida pela Taipa – Organização Cooperativa para o Desenvolvimento Integrado do Concelho de Odemira, através do projeto Igualando. O evento conta com a parceria da câmara local e de outras entidades do concelho. Hoje, a partir das 15 horas, decorrerá a tertúlia “Ser mulher: ontem, hoje e amanhã”, no auditório da biblioteca municipal. Às 22 horas, haverá animação teatral surpresa em restaurantes do concelho. Por último, será promovido, amanhã, sábado, o workshop “ABC da Mecânica para Mulheres”. Neste roteiro incluem-se também as comemorações do concelho de Santiago do Cacém, onde se destaca a terceira caminhada comemorativa, em Ermidas, que só acontecerá, no entanto, no dia 17. Em Serpa o dia assinala-se com uma semana, nomeadamente com a Semana Municipal para a Igualdade, que tem vindo a acontecer desde segunda-feira, com destaque para ações de sensibilização. Hoje, no ateliê de Margarida de Araújo, tem lugar uma sessão de declamação de poemas. O dia, porém, é assinalado um pouco por todo o concelho e, em Pias, por exemplo, vão ser oferecidas flores a todas as mulheres que se desloquem à junta de freguesia. Já em Sines, a principal iniciativa do programa é o lanche-convívio para as mulheres, com animação musical, a partir das 15 e 30 horas, junto ao Parque Desportivo João Martins. No mesmo dia, pelas 22 horas, no auditório do Centro de Artes de Sines, é projetado o filme “As Mulheres São Heroínas”. E, até ao dia 14, a biblioteca acolhe uma exposição cedida pelo Museu da Guarda/IMC sobre Carolina Beatriz Ângelo, figura histórica do movimento de luta pelos direitos das mulheres em Portugal e a primeira mulher a votar no País. A viagem termina no concelho de Vidigueira, onde a câmara organizou atividades até ao dia 23. O programa comemorativo integra um passeio de barco, com almoço a bordo, prova de vinhos e animação musical, workshops, oficinas de cupcakes, aulas de pilates, apresentação de livros e até um programa de rádio com mulheres empresárias. Foram estas as propostas de que o “Diário do Alentejo” tomou conhecimento até ao dia de fecho desta edição, quarta-feira.


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14 Diário do Alentejo 8 março 2013

No dia em que se celebra a MULHER, é positivo constatar que, no universo da LUTA SINDICAL em Portugal, pelo menos no que à CGTP-IN diz respeito, é delas a maior fatia – entre os sindicalizados, 52,4 por cento são do sexo feminino. As mulheres constituem também a maioria dos delegadas sindicais, o que contraria a hegemonia masculina que ainda se verifica, quer na política, quer nas empresas. CF

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ALUNOS do pré-escolar e do 1.º ciclo de ALJUSTREL estão a frequentar sessões onde se promove o “EMPREENDEDORISMO”. Uma palavra bem difícil, para quem só agora começou a conhecer as primeiras letras, mas cujo alcance maior é “formar cidadãos que não se resignem”. Uma iniciativa do agrupamento de escolas, com o apoio da Esdime e da câmara, que prepara o futuro e, por isso, merece aplausos. CF

Opinião

Palavras que perturbam Ruy Ventura Porta e ensaísta

“[…] quando o Filho do Homem voltar, encontrará a fé sobre a terra?” Jesus de Nazaré (Lucas, 18: 8)

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o Natal de 1969 um jovem professor de Teologia, com pouco mais de quarenta anos, proferiu na Emissora Radiofónica de Hessis uma conferência que, hoje, podemos considerar profética. A preleção intitulava-se “Que aspeto será o da Igreja no ano 2000?” e, a dado passo, afirmava: “Da crise de hoje […] nascerá amanhã uma Igreja que terá perdido muito. Tornar-se-á mais pequena, terá em larga medida de recomeçar tudo de novo. Essa Igreja não vai poder encher muitos dos edifícios que construiu quando a conjuntura era favorável. Com a perda do número de seguidores, perderá também muitos dos seus privilégios na sociedade. Terá de se apresentar de modo muito mais forte do que até aqui, como uma comunidade de voluntariado, a que só se pode aceder por decisão. Enquanto pequena sociedade, vai exigir de modo muito mais marcante a iniciativa dos seus membros. […] Será uma Igreja interiorizada […]. Não terá uma vida fácil. Porque este processo de cristalização e clarificação custar-lhe-á alguns bons colaboradores. Torná-la-á pobre e fará dela uma Igreja dos pequeninos. O processo será tanto mais difícil por a Igreja ter de eliminar tanto a tacanhez sectária como a bravata daqueles que só querem fazer a sua vontade. […] preparam[-se] tempos muito difíceis para a Igreja. § A autêntica crise mal começou. Deve-se contar com grandes abalos […]” A autêntica crise mal começara… É possível que o autor destes trechos, retirados de um livro intitulado Fé e Futuro, tenha pensado na sua afirmação quando, em abril de 2005, lhe coube dirigir em Roma a Via Sacra de Sexta-Feira Santa. Meditando a partir da terceira queda de Jesus Cristo a caminho do Calvário, proferiu palavras duras, cortantes: “Tantas vezes celebramos apenas nós próprios, sem nos darmos conta sequer d’ Ele! Quantas vezes se contorce e abusa da sua Palavra! Quão pouca fé existe em tantas teorias, quantas palavras vazias! Quanta sujeira há na Igreja, e precisamente entre aqueles que, no sacerdócio, deveriam pertencer completamente a Ele! Quanta soberba e autossuficiência. […] Senhor, muitas vezes a vossa Igreja parece-nos uma barca que está para afundar, uma barca que mete água por todos os lados. […] O vestido e o rosto tão sujos da vossa Igreja horrorizam-nos. Mas somos nós mesmos que os sujamos! Somos nós mesmos que Vos traímos sempre, depois de todas as nossas grandes palavras, os nossos grandes gestos. […]” O homem que tal disse era Joseph Ratzinger. Dias depois sucederia a João Paulo II como papa e escolheria, significativamente, o nome de Bento. O pastor que pensou e difundiu o diagnóstico que nos perturba só poderia confirmá-lo e aprofundá-lo em 2013, dias depois de anunciar “urbi et orbi” a sua renúncia ao sólio pontifício por razões que, totalmente, só ele e Deus conhecerão. Na homilia de Quarta-Feira de Cinzas sublinharia quão importante é “o testemunho de fé e de vida cristã de cada um de nós e das nossas comunidades para manifestar o rosto da Igreja; rosto este que, às vezes, fica deturpado.” E explicou: “Penso de modo particular nas culpas contra a unidade da Igreja, nas divisões no corpo eclesial. Viver a Quaresma numa comunhão

eclesial mais intensa e palpável, superando individualismos e rivalidades, é um sinal humilde e precioso para aqueles que estão longe da fé ou são indiferentes”. Todas estas palavras, dirão, têm apenas interesse para os católicos que, agora, esperam a eleição do seu novo líder religioso, depois da decisão inesperada e raríssima de um alemão que decidiu abdicar do lugar em que fora investido, dizem, pelo Espírito Santo. Assim não creio. Se o nosso objetivo é trabalharmos para que se diluam – como propôs Bento XVI – as relações de tolerância mútua em benefício da construção de uma comunidade de seres benevolentes, ou seja, se queremos transformar uma sociedade de indiferença entre os seres num mundo centrado no bem de cada ser humano, estas palavras não podem deixar-nos indiferentes – se olharmos para quanto nos rodeia de uma perspetiva sagrada e sacralizadora, seja qual for a nossa postura perante Deus. Perturbado pelas palavras que transcrevi e por quanto têm de verdadeiro neste mundo em que tudo vale e tem o mesmo valor, dei por mim a pensar num dos célebres frescos de Giotto di Bondone, existentes na Basílica de São Francisco, em Assis. Do lado direito, temos um papa (Inocêncio III, 1198-1216) que O próximo papa, sonha. Do outro, a represencom as suas tação do sonho: São Francisco insuficiências e impede a derrocada de uma catedral, ou seja, da Igreja por incom humildade, teiro. Eram tempos conturbadeve contribuir, dos aqueles… como os nossos. como Francisco A santidade de Francisco impede Assis, para que diu a queda. E agora? o Cristianismo se Tentando aliviar a perturbamantenha de pé, ção, peguei num livrinho do filósofo russo Nicolai Berdiaeff, como proposta cristão ortodoxo defensor da de elevação unidade das Igrejas, persee salvação do guido pelos comunistas, leiser humano. É a tor e admirador das obras do sua tarefa – e a nosso Teixeira de Pascoaes. tarefa de todos os Nesse opúsculo intitulado Da cristãos e homens Dignidade do Cristianismo e da Indignidade dos Cristãos de boa vontade. reproduz uma história que me dá que pensar sempre que a leio. Saiu da mão de Boccacio, escritor medieval italiano. Um cristão tentava há muito converter um amigo judeu. O batismo do israelita estava à porta. Quis contudo, antes de dar o passo definitivo, ir a Roma apreciar a conduta da Cúria e do pontífice. O católico, que tanto trabalhara, viu as suas expectativas irem por água abaixo. “O judeu partiu e constatou a hipocrisia, a depravação, a corrupção, a cupidez que reinavam nessa época na corte do Papa entre o clero romano. Voltou – e o seu amigo cristão logo lhe perguntou com inquietação que impressão trazia de Roma. A resposta, com um sentido muito profundo, foi das mais inesperadas: se a fé cristã nunca foi abalada por todos os escândalos e abominações que havia visto em Roma e se, apesar de tudo, ainda se fortificava, ela deveria ser a verdadeira fé. O israelita tornou-se assim cristão”. É preciso separar, nestes tempos de “ fulanização”, a exigente doutrina nascida nas e das palavras de Jesus Cristo do modo impuro, fanático, interesseiro e/ou depravado com

que muitos cristãos a vivem, distinguir o Cristianismo (nas suas diferentes vias) da hipocrisia anticristã daqueles que apontam o argueiro mas escondem a tranca que têm sobre a cabeça. Sabendo que os cristãos vivem em direção a uma meta de perfeição, sem serem seres perfeitos, é preciso denunciar aqueles que, diabolicamente talvez, querem uma Igreja tacanha de “puros” e fecham portas quem nem eles próprios sabem abrir. Mas, ao mesmo tempo, devemos impedir o crescimento de um Cristianismo de trazer por casa, à la carte, sem criação, sem altitude, sem mistério, sem espiritualidade, sem sacralidade e sem compaixão. Berdiaeff sublinha: “Não é culpa de Cristo se a sua verdade não se cumpre nem se realiza na vida. Cristo não é responsável se os Seus mandamentos são espezinhados”. O próximo papa, com as suas insuficiências e com humildade, deve contribuir, como Francisco de Assis, para que o Cristianismo se mantenha de pé, como proposta de elevação e salvação do ser humano. É a sua tarefa – e a tarefa de todos os cristãos e homens de boa vontade.

Portugal – sangue, suor e lágrimas Marcos Aguiar Licenciado em Psicologia

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omo se previa, Daniel Day-Lewis ganhou o Óscar de melhor ator pela sua fantástica interpretação em “Lincoln”, sendo o único ator a vencer três estatuetas nesta categoria. Esta vitória vem colocar dois factos em evidência: primeiro, que Day-Lewis é uma enorme ator; segundo, que o fascínio das massas pelos grandes políticos se mantém intacto. E é nesta segunda evidência que me gostaria de focar. Desde a antiguidade clássica, com o advento da República Romana, que o interesse público pela atividade política e pela figura dos políticos tem sido uma constante. Júlio César, Cleópatra, Kennedy, Mandela, Allende, Gandhi, Thatcher, Mitterrand, Obama, entre outros, têm sido colocados ao nível das estrelas das artes e do desporto no que toca ao interesse das pessoas e dos mass media. A questão é que, hoje, os grandes políticos escasseiam ou, pura e simplesmente, não têm notoriedade. E quando me refiro a grandes políticos evoco aqueles que, como disse Miguel Sousa Tavares, têm “a capacidade de reunir os povos em tempos de crise, mesmo tendo apenas para prometer sangue, suor e lágrimas”. Os políticos da atualidade, em particular os portugueses, são pouco ou nada mobilizadores. Quem está disposto a fazer sacrifícios por um país, quando a classe política é aquela que dá os piores exemplos? Quem está disposto a abdicar de alguma coisa, quando os políticos não estão disponíveis para renunciar a nada? Quem está disposto a dar precedência aos interesses coletivos, quando os políticos são os primeiros a dar prioridade aos interesses individuais? Precisamos de um projeto para Portugal, liderado por homens e mulheres sérios e credíveis. E nem necessitamos de um novo Lincoln. Bastam-nos pessoas comuns, que tendo ambições pessoais legitimas, não as coloquem à frente do interesse público e coletivo. E nós, como tantos fizeram no passado, pagaremos com o nosso sangue, suor e lágrimas, se em troca nos ajudarem a recuperar a esperança e a capacidade de acreditar neste país maravilhoso que é Portugal.


Uma empresa que surpreende 11 TRABALHADORES com uma declaração de INSOLVÊNCIA seria grave em qualquer região do País, na época crítica que atravessamos, mas é-o ainda mais em BEJA, onde as alternativas de ganha-pão não se encontram em qualquer virar de esquina. Mas foi o que sucedeu há dias na firma de construção civil Martins e Bailão, o que se lamenta. CF

Há 50 anos Tomás caça duas raposas na herdade da Contenda

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sr. almirante Americo Tomás participará numa grande batida às raposas, a realizar no perímetro florestal da Contenda, propriedade da Câmara Municipal de Moura e, actualmente, sob administração dos Serviços Florestais e Aquícolas”. A notícia, datada de 3 de março de 1963, de Moura, foi publicada na primeira página da edição do dia seguinte do “Diário do Alentejo”, com o título “O Chefe do Estado participa numa batida às raposas em Moura”. Acrescentava a informação que Américo Tomás pernoitara na Pousada de Serpa e que da sua comitiva faziam parte, entre outras figuras do fascismo, “os srs. prof. dr. Antunes Varela, ministro da Justiça; eng.º Azevedo Coutinho, secretário de Estado da Agricultura; general Humberto Pais, chefe da Casa Militar da Presidência da República; e comandante Benvindo da Fonseca.” Enumerava depois o vasto rol de personalidades regionais que se deslocaram à Contenda para receber os visitantes. Na edição do dia 5, numa notícia da véspera, com origem em Santo Aleixo da Restauração (freguesia do concelho de Moura onde se situa a herdade da Contenda), eram dados mais pormenores da caçada: “Foram abatidos um javali e sete raposas, duas das quais pelo sr. almirante Américo Tomás. Esta tarde foi servido um lanche em honra do Chefe do Estado, no Monte das Donas Marias – velho monte alentejano, de aspecto solarengo, muito beneficiado depois das importantes modificações que a Administração Florestal de Moura ali tem operado.” * Neste 8 de março, em que se assinala o Dia Internacional da Mulher, mais uma transcrição de há meio século, a (des)propósito da efeméride. O “Diário do Alentejo” publicava então um “recorte” interessante, contando um episódio ocorrido na República Federal da Alemanha, onde uma jovem foi convocada por lapso para cumprir o serviço militar obrigatório. Uma certa René Tietgen, de Aix-laChapelle, recusou-se a fazer o serviço militar na Bundeswehr e respondeu à convocatória das autoridades alemãs assim, em verso: “É coisa de espantar Mas soldado não serei De futuro quero ficar Na cidade onde nasci. Ouçam bem o que vou dizer: Vim ao mundo rapariga E rapariga quero ser.” A notícia acrescentava que tudo ficou esclarecido e que René (em alemão um nome próprio masculino) era de facto do sexo feminino, pelo que foi dispensada de ir à tropa. Carlos Lopes Pereira

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Cartas ao diretor Cruel, implacável e macabra Manuel Dias Horta Beja

Direito de resposta Pisões Maria Fragoso

Não confirmo nem desminto, antes confirminto. Mãe e filho recusam as benesses reveladas ao “Diário do Alentejo” por fonte ao autarquia de Beja e pedem o obséquio da substituição por outras mais do seu agrado: – Em vez do bom vinho Vintage contentamo-nos mesmo com aquele dos pacotes de cartão vendido em qualquer superfície comercial e que se adequa perfeitamente ao tempero de toda a ave rara que pelos Pisões voe baixo. – Quanto ao resto das bombocas, e não tendo nós um paladar assim tão refinado, optamos por as congelar e no momento oportuno oferecê-las, porque embora se diga que não se devem dar pérolas a porcos nunca se sabe... “É que possivelmete haverá alguns que as apreciem”. – Em relação à fotobiografia de Viriato: esqueceram-se que estamos a falar de uma família carenciada? Isso come-se? Dá para trocar por propinas da universidade? Desculpem mas, aprendi para aí na 3.ª ou na 4.ª classe – (E isso corresponde hoje em dia a ser quase analfabeta) – que esse indivíduo era só um pastor dos Montes Hermínios e, blá... blá... blá... Ná, prefiro uma assinatura do “Diário do Alentejo” que tem para mim a mais valia de todas as semanas falar de Pisões e logo lembrar-me que melhor do que visitar é ir para lá morar e usufruir de todo aquele espaço cultural. Porque quero deixar de ser carenciada. Quero ser culta como os jornalistas e os políticos. Já agora... Posso renegar a cidadania romana e qualquer outra da antiguidade que porventura me possam vir a oferecer? Importam-se que reclame desde já, a partir de agora, a Portuguesa? É que embora vagamente ouvi falar que tem uma constituição que me confere alguns direitos. Por fim... Não tenho nada contra o Eros Ramazzotti mas, haverá por aí alguém que nos ofereça antes um CD do Zeca Afonso no Grândola Vila Morena? É que além de estar mais de acordo com os gostos musicais duma família carenciada de Beja aposto que encontraremos eco no resto do país e nem precisaremos da piscina descoberta, basta-nos o balde de àgua fria que de repente muita gente se julga no direito de nos jogar pela cabeça abaixo.

Amigo Zé Saúde Luís Mestre

Como é habitual li a tua crónica da semana passada e deparei-me com aquilo a que se chama deturpação dos factos. Sei que foste ao sintético 2 do CD Fernando Mamede ver um dérbi, eu também lá estava… No campo ao lado desse jogo que viste disputava-se um jogo do Campeonato Nacional entre o 2.º classificado e o penúltimo. Entre elas havia um fosso de 26 pontos (!!!) e o jogo acabou empatado. No futebol não há resultados antecipados! Não é por uma equipa “imaculada” ter ganho os jogos todos da primeira volta que se “pressupõe” que vai ganhar todos os jogos da segunda volta. Nos 18 convocados do Despertar no dérbi em causa apenas dois são habituais titulares na equipa que disputa o Nacional. De certeza que as tuas fontes podem confirmar estes dados. Nessa mesma convocatória estava um jogador de 2.º ano e 17 de 1.º ano. Sabias disto? Um jogador de 2.º ano, Zé!! Isto é que devia ser uma nota de realce, no entanto preferes dar voz a polémicas estéreis. Isto ou os iniciados terem a manutenção assegurada no Nacional da categoria (o tal jogo do campo ao lado). Utilizaste expressões no teu texto que descrevem essa mesma polémica na perfeição: furia verbal e histeria humana. A amizade que tenho por ti não se pode sobrepor à defesa que o Clube a que presido merece, assim como o facto de seres pai da massagista e sogro do treinador da equipa de juvenis do Clube Desportivo de Beja não se pode sobrepor ao dever de informares condignamente e sem (outra expressão tua) manobras de diversão. Um abraço

Adeus companheiros das horas certas ou incertas, dos encontros ou dos desencontros. Adeus companheiros da vida. Ao Manel do Vale d’Açôr ou ao Ni Almodôvar já não podemos conjugar todos os tempos do verbo ser. Amputaram-nos do presente e do futuro. Cruel, implacável e macabra, marcou-lhes a hora e o dia e anunciou que a lista de espera é grande. Afinal é ela quem mais ordena! O Manel do Vale d’Açôr era barbeiro, há 44 anos. Ele e mais dois sócios trabalhavam na barbearia do Cabanita – um marco na cidade. Era um bom rapaz, afável e simpático, de sorriso sempre aberto. Não sei quantas dezenas de vezes me cortou o cabelo. Mas o que mais admirava no Manel era a facilidade com que mudava de assunto. Para cada freguês um tema. Eram os ossos do ofício! Com o Ni Almodôvar, moço do meu tempo, tínhamos uma relação baseada na elevada estima e consideração que nutríamos um pelo outro. Dele não falarei, quem melhor que a cunhada, Conceição Almodôvar, o poderia ter feito e nas páginas deste jornal o fez brilhantemente. Todavia, permitam, me curve à memória deste homem, pela dignidade com que se resignou à morte. Às famílias enlutadas – condolências. Aos desaparecidos que as suas almas descansem em paz.

“Ni” Almodôvar A provedoria da Confraria Gastronómica do Alentejo

A confraria Gastronómica do Alentejo lamenta profundamente a morte do nosso amigo e confrade António Almodôvar. É uma perda que todos profundamente lamentamos. Para além das excelentes qualidades humanas de que era possuidor, foi um amigo com quem tivemos o privilégio de poder partilhar bons e gratos momentos de convívio gastronómico, onde sempre salientava a excelência da gastronomia alentejana e promovia acerrimamente a sua defesa. O seu profundo conhecimento da gastronomia regional, de que era um perfeito cultor, deixa vasta obra publicada na imprensa regional onde durante anos fez publicar as suas críticas gastronómicas e as suas histórias de vida, que nos habilitam a melhor perceber e entender a gastronomia alentejana. António Almodôvar foi um confrade empenhado e sempre interessado na atividade confradica e isso deixa-nos um vazio inimaginável e difícil de preencher. Contávamos com ele para esta enorme tarefa de dotar a Gastronomia Alentejana de um documento de referência que fixe as nossas práticas culinárias, e os usos e costumes das cozinhas alentejanas, antes que as memórias dessas práticas se esfumem na voragem dos tempos atuais tão virados para valores alheios às circunstâncias que os criaram. À Família enlutada apresentamos os nossos mais sinceros e profundos pêsames pela perda do seu ente querido e também um Homem de cultura. Hoje ficamos todos um pouco mais pobres.

Diário do Alentejo 8 março 2013

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Queremos continuar a ser uma terra onde o empreendedorismo seja a norma e, por isso, investimos na educação das nossas crianças e jovens. Eles são o garante de um futuro melhor para a nossa comunidade”. Conceição Parreira

Reportagem

Projeto ao serviço dos sonhos em Aljustrel

Pequenos grandes empreendedores A capacidade de sonhar anda à solta nas salas de aula do concelho de

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ouco passa das nove horas. E só o vento se ouve, quando passa entre as ramificações das palmeiras, enraizadas há anos sem conta na escola que é conhecida como a dos eucaliptos, em Aljustrel. Antes já tinha tocado a campainha, que anunciou a hora de entrada de todos os que chegaram pela manhã. Alunos, professores, auxiliares. Os pátios, de soalho avermelhado, estão vazios. O campo de futebol também não tem quem nele corra. As balizas estão sem guarda-redes e os troncos das árvores, que servem de tronos imaginários, aguardam pelos seus príncipes e princesas. Tudo agendado para a hora do recreio, que só chegará a meio da manhã. Lá dentro o burburinho, proveniente das salas de aula, começa a ritmar o dia. E à entrada repousam os casacos pendurados e as respetivas lancheiras. Depois, são umas escadas de madeira, gastas de tantas vezes percorridas por várias gerações da Vila Mineira, que levam ao primeiro piso. É lá que decorre mais uma aula assente na fomentação do empreendedorismo, baseada na metodologia do manual Ter Ideias para Mudar o Mundo, concebido e desenvolvido pelo Centro Educativo Alice Nabeiro, de Campo Maior, que pretende “semear ideias empreendedoras e executar sonhos”. Para uma das turmas da escola, que engloba dois anos, esta é, assim, uma manhã para se terem “ideias”. A aula, porém, faz parte de um projeto maior: “Promoção do Empreendedorismo na Escola”, que está a ser desenvolvido, no quadro das atividades realizadas pela

Aljustrel. E tudo por culpa de um projeto: Promoção do Empreendedorismo na Escola. Alunos do pré-escolar e do 1.º ciclo estão a ser desafiados a ter ideias, a partilhá-las, a construí-las e a levá-las à prática. O objetivo? Formar cidadãos que não se resignem, que tenham a capacidade de se envolverem nos problemas e com outra disponibilidade. No fundo, pequenos grandes cidadãos empreendedores. Texto Bruna Soares Fotos José Serrano

Biblioteca Escolar do Agrupamento de Escolas de Aljustrel, com o apoio da Esdime e promoção da câmara municipal local. Nada mais, nada menos, que uma iniciativa “piloto” durante o ano letivo 2012/2013, dirigida a alunos do pré-escolar e do 1.º ciclo. E o plano, esse, já está traçado e passa pelo desenvolvimento de um conjunto de sessões, que acontecerão ao longo do ano, dirigidas a sete turmas, nomeadamente de Aljustrel, Montes Velhos e Messejana. Nesta manhã, depois de se terem subido as escadas de madeira gastas, começou uma dessas sessões, dinamizada pela Esdime, em articulação com a docente da turma. No quadro a data escrita a giz. Nas mesas, de tampos verdes, repousam lápis, canetas de feltro e cadernos. Nas cadeiras 22 alunos sentados. Alguns expectantes, outros, somente, impacientes. Não é a primeira vez que recebem uma sessão e, se anteriormente lhes pediram para “terem ideias para mudar a escola”, agora pedem-lhes para que as “partilhem e

debatam com os colegas”, de modo a elegerem aquelas que melhor servem os interesses de todos. Luís, aluno, ajeita o penteado, enquanto se prepara para revelar a sua ideia e por se debater por ela. Diogo, companheiro de turma e de tantas aventuras, concorda com a sugestão. É um acérrimo defensor da contribuição dada pelo colega para melhorar a escola. Na verdade, as suas ideias complementam-se. Luís e Diogo defendem o aumento do campo de futebol e, consequentemente, o acréscimo das balizas. Matilde, que integra o mesmo grupo de discussão, por ter sugerido insufláveis para melhorar o recinto exterior, à semelhança do que aconteceu com muitas das suas colegas, não está convencida. Luís e Diogo aprumam-se na argumentação. “Se o campo fosse maior podíamos jogar à apanhada. Corríamos mais. Não gostam de jogar à apanhada?”, pergunta Luís às colegas. Matilde, por momentos, quase que se deixa convencer, mas rapidamente afirma:

“Não, porque se o campo aumenta não temos espaço para os insufláveis”. A desordem instala-se. Todos querem falar ao mesmo tempo, dar a sua opinião. David Marques, presidente da Esdime, que modera o grupo, um dos três que discute ideias, intervém, deixando para reflexão dos pequenos intervenientes aquele que é um dos ensinamentos a aprender no trabalho em grupo: “Saber ouvir”. “Quem é que sabe ouvir e respeitar a opinião do próximo?”, pergunta o moderador. Todos, sem exceção, levantam o braço. A calma volta à mesa e com ela regressa a discussão de ideias. Mariana defende que “a escola deveria ter mais brinquedos”. Inês não concorda. Acha que os que existem “são suficientes”. Leonor sustenta que “a ideia dos insufláveis agradaria a todos”, e as raparigas unem-se em sua defesa. Luís e Diogo, em minoria, voltam a debater-se pelo seu sonho: um campo de futebol maior. E as balizas também, claro. Mas é a ideia dos insufláveis que sai vencedora, votada democraticamente, com o braço no ar. No grupo ao lado todos estão mais ou menos de acordo. A ideia de concretizar uma exposição no final do ano letivo parece ganhar cada vez mais força. Margarida, outra das alunas, alegra-se. “Podemos mostrar os nossos trabalhos”, diz. Uma grande exposição coletiva para mostrar os dotes dos pequenos grandes artistas. “Quadros pintados por nós”, conclui Catarina. Já na mesa ao lado, o terceiro grupo discute aquela que, em sua opinião, é a melhor ideia para mudar a escola: plantar uma


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horta, onde não faltarão morangos, legumes, flores e mais árvores. “Para respirarmos todos melhor”, afirma João. E, contra factos, não há argumentos. Imaginam o que lá poderá vir a crescer e até já sabem onde ela poderá erguer-se. “Pode ser ao pé do campo de jogos”, dizem, embora muitos mais espaços pudessem ser escolhidos. Uma ideia, outra, muitas em discussão. E eis que surge a derradeira: “Na horta haverá também espaço para um espantalho”. “Queremos levá-los a criar e a concretizar ideias que vão para além do dia a dia da escola. Para que depois, no final, possam sentir que foram eles que criaram, que construíram e desenvolveram”, explica David Marques. Enquanto Madalena Tavares, responsável pela biblioteca escolar, recorda: “Tendo nós consciência de que no Baixo Alentejo a capacidade empreendedora da população é reduzida, face a outras regiões do País, e de que é necessário, para que haja uma mudança efetiva de atitude, intervir desde muito cedo, decidimos aceitar este desafio e criar esta parceria, no sentido de se desenvolver esta experiência”. O projeto pretende, assim, começar a promover o espírito de iniciativa, a capacidade de empreender, desde cedo. E as sessões, segundo David Marques, “lançam sempre novos desafios”, nomeadamente “sobre aspetos fundamentais que se pretendem trabalhar”. “O objetivo é que as crianças tenham as ideias, que as partilhem, que as passem para projeto, que o construam e que, por fim, as levem à prática. Que façam

com que aconteçam”. “Os parceiros deste projeto acreditam que cada vez mais é necessário que os mais novos tenham uma atitude empreendedora desde muito cedo, porque vais ser-lhes útil durante a sua vida, não só a nível profissional, mas enquanto cidadãos. Tornando-os cidadãos com outra disponibilidade e com outra capacidade de se envolverem nos problemas”, assegura David Marques. Para já, o desafio é experimentar com estas sete turmas a metodologia escolhida, de modo a perceber até que ponto ela pode ser continuada. E o acolhimento das crianças, até agora, tem sido, segundo os parceiros, “muito positivo”. “Temos pela frente um trabalho desafiante. É muito bom trabalharmos diariamente no sentido de estimularmos a capacidade de sonhar, ainda mais em crianças. É esta capacidade, por mais crises que tenhamos, que não se pode perder”, lembra David Marques. E, entre as paredes da sala, o que não falta é a capacidade de imaginar. “Temos de ajudar as crianças a perceber, contudo, o que é preciso fazer para que as suas ideias passem à prática. Fazê-las perceber quais as ideias que são possíveis concretizar. Isto não quer dizer, contudo, que se tenha de cortar a raiz do sonho. Queremos, antes, que o sonho se adapte àquilo que a realidade permite. Às vezes coisas estranhas e julgadas impossíveis conseguem acontecer, com esforço, dedicação. É preciso é estimular a forma e também a atitude de procurar

“Queremos levá-los a criar e a concretizar ideias que vão para além do dia a dia da escola. Para que depois, no final, possam sentir que foram eles que criaram, que construíram e desenvolveram” David Marques

soluções para os problemas”, conclui o presidente da Esdime. Aprender a escutar as pessoas, aprender a transmitir o projeto, aprender a trabalhar com os colaboradores, descobrir necessidades para fazer ofertas, partilhar e estimular ideias, entre outros, são alguns dos aspetos que se pretende trabalhar, nomeadamente assentes em fichas de trabalho, adequadas à idade, e numa lógica prática e de trabalho coletivo, com momentos de partilha em grande grupo e para a comunidade. Segundo Madalena Tavares, “ao longo do projeto tem existido, entre os parceiros, reuniões, no sentido de calendarizar as sessões e participar na sua planificação” e, “após cada sessão, existe um trabalho de análise

e reflexão realizado, para que, em conjunto, se possa avaliar o trabalho desenvolvido e se delineiem novas ações/estratégias de intervenção”. “Todos os intervenientes mostram interesse e motivação. Os docentes consideram que este projeto desenvolve nos alunos algumas competências essenciais, nomeadamente: espírito de iniciativa, a capacidade de empreender, as relações interpessoais, a capacidade de trabalhar em equipa, a comunicação oral, raciocínio e estruturação de ideias”, acrescenta. E, neste sentido, Madalena Tavares não tem dúvidas: “Espero que esta iniciativa continue e que, no próximo ano letivo, integre as escolas e jardim de infância que dela já fazem parte e outras que, devido ao seu sucesso, se lhe possam vir a associar”. A Câmara Municipal de Aljustrel, por sua vez, associou-se ao projeto através da iniciativa municipal Agenda 21 e, de acordo com Conceição Parreira, vereadora, “esta parceria permitiu reforçar o projeto com meios humanos e materiais, de modo a enriquecê-lo e a alargá-lo”. As expetativas, essas, segundo a vereadora com o pelouro da Educação, são, assim, “as melhores”, até porque o objetivo é “alargar o âmbito da iniciativa a outros ciclos de escolaridade”. “Entendemos este como o ano zero. No final do projeto será feita uma avaliação conjunta dos resultados, que nos permitirá perspetivar o que faremos a seguir”. “Aljustrel sempre foi um concelho que se destacou pela sua dinâmica empresarial, social e cívica, contrastando, inclusive, com uma certa apatia que sempre se verificou na região. Queremos continuar a ser uma terra onde o empreendedorismo seja a norma e, por isso, investimos na educação das nossas crianças e jovens. Eles são o garante de um futuro melhor para a nossa comunidade”, defende a vereadora. A campainha toca, anunciado a hora do recreio. Os pátios avermelhados enchem-se e o parque de jogos já não parece tão grande, com tantos jogadores em campo. Lembra-se do Luís e do Diogo? Talvez, visto desta perspetiva, eles até tivessem alguma razão.


Taça Distrito de Beja em juniores, amanhã em Cuba

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A final da Taça Distrito de Beja, em juniores, competição que encerra a temporada desportiva neste escalão, realiza-se amanhã (15 horas) no Campo de Jogos Dr. Augusto de Amado Aguilar, em Cuba, entre as equipas do Despertar (campeão distrital) e o Vasco da Gama de Vidigueira.

Desporto

Futebol juvenil

Futebol Feminino A seleção nacional sub/19 feminina estará no Alentejo para realizar dois jogos de preparação com a sua congénere suíça. O primeiro disputa-se no dia 12 de março, no Estádio Municipal 25 de Abril, em Castro Verde, pelas 15 horas; o segundo terá lugar no dia 14, pelas 12 horas, no Complexo Desportivo Fernando Mamede, na cidade de Beja.

Cinco equipas apuradas para a fase de subida de divisão

E o Sesimbra ali tão perto... No domingo joga-se a última jornada da 1.ª fase do Campeonato Nacional da 3.ª Divisão. Sesimbra, Vasco da Gama e Aljustrelense ainda são candidatos a um lugar na fase de subida, mas... Texto Firmino Paixão

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Sesimbra ocupa o sexto lugar da tabela, com mais um ponto que a dupla Vasco da Gama e Aljustrelense. Um dos alentejanos teria que ganhar no domingo e o Sesimbra não ir além de um empate na sua deslocação a Vila Real de Santo António, para a vaga ser ocupada por uma equipa do distrito de Beja. Mas se o Vasco da Gama não conseguiu fazê-lo no domingo passado quando se pedia, apenas, que vencesse o Vila Real no seu próprio reduto, irá

agora ganhar em casa do Moura? O empate também servia, desde que o Sesimbra não ganhasse. Improvável? Talvez! A outra hipótese em aberto, considerando o empate do Sesimbra no Algarve, será o Mineiro ganhar em Castro Verde. Mas a avaliar pelos últimos resultados do Castrense (vitória sobre o Reguengos e empate em Lagos), também a probabilidade é curta. Ou seja, o Sesimbra é o titular da sexta vaga e só depende de si próprio para lá se manter; os dois emblemas alentejanos dependem do resultado dos sesimbrenses e daquele que conseguirem no recinto dos seus adversários. Com tantos pontos esbanjados em casa... Uma coisa é certa: União de Montemor, Moura, Reguengos e Juventude de Évora vão discutir os lugares de acesso ao novo Campeonato Nacional de Seniores.

3.ª Divisão – Série F 21.ª jornada Sesimbra-U. Montemor .................................................... 2-2 Vasco da Gama-Lusitano VRSA...................................... 0-0 Aljustrelense-Moura ........................................................ 0-0 Esp. Lagos-Castrense ........................................................ 1-1 At. Reguengos-Monte Trigo ............................................3-1 Juventude Évora-Lagoa ...................................................3-1 U. Montemor Moura At. Reguengos Esp. Lagos Juventude Évora Sesimbra Vasco da Gama Aljustrelense Castrense Lusitano VRSA Monte Trigo Lagoa

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21 21 21 21 21 21 21 21 21 21 21 21

14 12 11 10 8 6 6 6 5 4 4 1

6 8 6 9 7 8 7 7 4 6 5 5

1 1 4 2 6 7 8 8 12 11 12 15

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43-14 44-13 28-15 36-18 27-24 25-33 25-29 17-17 21-37 19-32 20-35 18-56

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48 44 39 39 31 26 25 25 19 18 17 8

Próxima jornada (10/3/2013): Lusitano VRSA-Sesimbra, Moura-Vasco da Gama, Castrense-Aljustrelense, Monte Trigo -Esp. Lagos, Lagoa-At. Reguengos, U. Montemor-Juventude Évora.

Odemirense venceu em Pias e está no segundo posto da tabela

O Milfontes morreu na praia? 1.ª Divisão – AF Beja 20.ª jornada Praia Milfontes-Serpa ........................................................2-3 Rosairense-Aldenovense .................................................1-0 São Marcos-Amarelejense ...............................................2-0 Bairro da Conceição-Desp. Beja ..................................... 2-2 Guadiana-Almodôvar .......................................................0-2 Cabeça Gorda-Sp. Cuba ................................................... 0-0 Piense-Odemirense ........................................................... 1-2 Almodôvar Odemirense Praia Milfontes Serpa Piense Rosairense Aldenovense Sp. Cuba Cabeça Gorda São Marcos Desp. Beja Bairro da Conceição Guadiana Amarelejense

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20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20

15 13 13 11 9 8 8 7 5 5 2 3 4 3

4 4 3 7 6 6 6 6 7 3 8 5 1 2

1 3 4 2 5 6 6 7 8 12 10 12 15 15

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48-20 36-19 45-20 42-22 34-21 32-26 35-24 23-19 34-28 16-45 19-34 15-39 18-44 16-52

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Serpa-Rosairense, Aldenovense-São Marcos, Amarelejense -Bairro da Conceição, Desp. Beja-Guadiana, Almodôvar-Cabeça Gorda, Sp. Cuba-Piense.

Distrital de Beja Dérbi entre bejenses, Bairro da Conceição e Desportivo, terminou empatado

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Serpa está a fazer a vida negra às equipas do litoral. Na jornada anterior tinha empatado em Odemira, agora ganhou em Milfontes. O principal bene-

Campeonato Distrital de Iniciados (18.ª jornada): Vasco Gama-Ourique, 1-1; Serpa-Amarelejense, 4-0; Milfontes-Odemirense, 3-2; Moura-Bairro Conceição, 3-0; Guadiana-Operário, 0-3. Folgaram Despertar e Cuba. Líder: Moura, 44 pontos. Próxima jornada (10/3): Ourique-Serpa; Amarelejense-Milfontes; Odemirense-Moura; Despertar-Guadiana; Rio de Moinhos-Sporting Cuba. Folgam Vasco da Gama e Bairro da Conceição. Campeonato Distrital de Juvenis (9.ª jornada): Desportivo Beja-Almodôvar, 4-0; Castrense-Aljustrelense, 6-0; Serpa-Moura, 2-1. Folgou o Despertar. Líder: Desportivo Beja, 22 pontos. Próxima Jornada (10/3): Despertar-Castrense; Aljustrelense-Serpa; Moura-Almodôvar. Folga o Desportivo de Beja. Campeonato Distrital de Juniores (14.ª jornada): Despertar-Odemirense, 2-0; Vasco Gama-Aldenovense, 0-0; Cabeça Gorda-Castrense, 0-5; Sobral da Adiça-Desportivo Beja, 2-2. Classificação final: 1.º Despertar, 36 pontos. 2.º Castrense, 31. 3.º Odemirense, 30. 4.º Aldenovense, 23. 5.º Vasco da Gama, 19. 6.º Desportivo Beja, 12. 7.º Cabeça Gorda, 9. 8.º Sobral da Adiça, 2.

Taça Distrito de Beja em Futsal (2.ª eliminatória): NS Moura-Baronia, 2-7; Ferreirense-Vasco Gama, 3-0; Barrancos-Almodovarense, 4-6; Safara-IP Beja, 3-5.

Próxima jornada (17/3/2013): Odemirense-Praia Milfontes,

Texto e foto Firmino Paixão

Campeonato Distrital de Infantis (18.ª jornada): Série A: NS Beja-Alvito, 4-9; Sporting Cuba-Bairro Conceição, 9-3; Despertar A-Desportivo Beja, 11-1; Alvorada-Ferreirense, 1-7. Folgou o Vasco Gama. Apuradas 2.ª fase: Despertar A e Alvito. Série B: Operário-Guadiana, 0-2; Aldenovense-Despertar B, 1-5; Piense-CB Beja, 11-0; Serpa-Moura, 2-3. Folgou o Amarelejense. Apuradas 2.ª Fase: Amarelejense e Despertar B. Série C: Renascente-Milfontes B, 5-2; Milfontes A-Castrense B, 1-6; Castrense A-Almodôvar, 1-6; Boavista-Odemirense, 1-8. Apuradas 2.ª Fase: Odemirense e Almodôvar.

Campeonato Distrital de Futebol Feminino (3.ª volta/15.ª jornada): Odemirense-CB Almodôvar, 26-0; Ourique-Vasco da Gama, 1-6. Folgaram Serpa e o CB Castro Verde. Líder: CB Castro Verde, 34 pontos. Próxima jornada: Vasco da Gama-Serpa; CB Almodôvar-Ourique. Folgam Odemirense e CB Castro Verde.

49 43 42 40 33 30 30 27 22 18 14 14 13 11

O Almodôvar não naufragou no Guadiana e mantém a liderança do campeonato com seis pontos de avanço para o Odemirense e sete para o Milfontes.

Campeonato Distrital de Benjamins (18.ª jornada): Série A: Desportivo Beja-Figueirense, 0-1; Alvito-Sporting Cuba, 4-1; Bairro Conceição-Aljustrelense, 0-11; Vasco Gama-Despertar A, 1-4. Folgou o Ferreirense A. Apuradas 2.ª Fase: Despertar A e Ferreirense. Série B: Despertar B-NS Beja, 1-2; Sobral da Adiça-Moura, 3-5; CB Beja-Serpa, 3-5; Santo Aleixo-Ferreirense, 7-0. Folgou o Piense. Apuradas 2.ª Fase: N.S.Beja e Santo Aleixo. Série C: Odemirense-Renascente, 9-0; Almodôvar-Boavista, 9-0; São Marcos-Milfontes B, 3-5; Milfontes A-Rosairense, 3-3; Ourique-Castrense, 4-6. Apuradas 2.ª Fase: Odemirense e Castrense.

ficiário desta performance da equipa de Hugo Felício tem sido o Almodôvar, cujo calendário até ao final da prova lhe reserva, apenas, dois jogos fora de casa (com o Piense e o Desportivo de Beja) e, no seu terreno, terá quatro partidas em que a mais arriscada é, exatamente, frente ao Odemirense. Sublinhado o feito do Serpa e confirmado o triunfo do líder em Mértola, sobressai, depois, a vitória do Odemirense em Pias (que bela prenda de aniversário). O Rosairense superou a formação do

Aldenovense e o São Marcos regressou às vitórias batendo o Amarelejense por duas bolas. Sobram os dois empates da jornada, um na Cabeça Gorda, onde os locais não conseguiram vencer o Sporting de Cuba, outro no dérbi bejense entre o Bairro da Conceição e o Desportivo de Beja. Para a semana temos mais uma eliminatória (meias-finais) da Taça Distrito de Beja (Rosairense-Cabeça Gorda e Aldenovense-Piense) pelo que o campeonato voltará no dia 17 de março.

Campeonato Nacional de Iniciados (2.ª Fase/6.ª jornada): Despertar-Louletano, 1-2; Desportivo Beja-São Luís, 0-3. Líder: Louletano, 44 pontos; 2º Despertar, 39. 7º Desportivo Beja, 7. Próxima jornada (10/3): Lagos-Desportivo de Beja. Folga o Despertar. Campeonato Nacional de Juvenis (2.ª Fase/5.ª jornada): Despertar-Lusitano Évora, 2-1; Odemirense-Oeiras, 1-11. Líder: Oeiras, 42 pontos. 7º Despertar, 16. 8º Odemirense, 12. Próxima jornada (10/3): Oeiras-Despertar; Louletano-Odemirense. Campeonato Nacional de Juniores (2.ª Fase/4.ª jornada): Moura-Olímpico Montijo, 1-0. Líder: Farense, 41 pontos. 8.º Moura, 8. Próxima jornada (9/3): Farense-Moura.


Os 23.ºs Jogos Concelhios de Aljustrel estão a decorrer até ao final de março em todas as freguesias do concelho com a prática de modalidades como o BTT, atletismo, paintball, orientação, mini andebol, futebol e voleibol de praia e torneios de sueca, setas, bilhar, tiro ao alvo, pataco, ténis de mesa, matraquilhos e um campo de férias no Parque Natural da Arrábida.

Voleibol O Moura Volei Clube desloca-se amanhã a Castro D’Aire para disputar com a Associação Desportiva local o jogo referente à 3.ª jornada do Nacional da 3.ª Divisão (2.ª fase) de Voleibol. No último fim de semana a equipa mourense perdeu em Santo Tirso por 3-0, averbando a segunda derrota nesta fase de qualificação.

19 Diário do Alentejo 8 março 2013

Jogos Concelhios de Aljustrel até ao fim do mês

Atletismo Realizam-se amanhã, na Escola Secundária de Santa Maria, em Beja, o Torneio Distrital de Salto em Altura em Sala e a 5.ª jornada da Taça de Benjamins, provas organizadas pela Associação Regional de Atletismo, com o apoio do município de Beja. O evento integra-se na Semana do Salto em Altura e terá início pelas 14 e 30 horas.

Futebol do Inatel continua em duas frentes competitivas

As quatro melhores no Nacional

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Distrital de juniores Juniores do Despertar Sporting Clube conquistaram título distrital

A última jornada confirmou o milagre de (São) João Mansinhos

Campeões na última jornada O treinador João Mansinhos pegou na equipa do Despertar à sexta jornada do campeonato e conduziu-a ao título distrital da AF Beja. Amanhã à tarde, na final da Taça Distrito, procura a “dobradinha”. Texto e foto Firmino Paixão

O

s Juniores do Despertar e do Odemirense defrontaram-se em Beja na última jornada do campeonato, para decidirem, entre si, o título distrital na categoria de Juniores. Aos bejenses bastava um empate, mas a vitória por duas bolas a zero acabou por confirmar a superioridade dos jovens despertarianos, apesar de um início de campeonato pouco prometedor, com três derrotas nos primeiros cinco jogos. João Mansinhos, técnico que orientou a equipa desde a sexta jornada, explicou como operou este milagre: “Quando peguei na equipa vi que ela tinha muita qualidade mas estava sem rumo, não acreditavam, e o meu trabalho foi só indicar-lhes o melhor caminho para conseguirem os objetivos, porque a qualidade estava com eles”. Quanto ao título conquistado na derradeira ronda da prova, o treinador bejense reconhece que “tem um sabor especial, embora seja muito mais sofrido quando a decisão fica para um único jogo em que

tudo pode acontecer, mas a qualidade dos meus jogadores é muito grande, por isso, são campeões com toda a justiça”. Na hora das celebrações, o técnico adiantou que queria “dedicar esta vitória a um grande despertariano, o Eduardo Mansinhos, um dos símbolos vivos do Despertar, que merece muito que lhe dediquemos este triunfo muito merecido da nossa equipa”. Na próxima época o clube estará no Campeonato Nacional de Juniores, pelo que importa saber o futuro deste coletivo. “Esta equipa tem futuro, sairão apenas dois ou três jogadores, temos condições e qualidade para disputarmos o nacional de Juniores sem problemas de qualquer espécie”, referiu o treinador. O Distrital de Juniores terminou, amanhã realiza-se a final da Taça e a época fica por aqui. A esse propósito, Mansinhos comentou que “os campeonatos têm poucas equipas, as provas acabam muito cedo, há poucos jogos e os miúdos é que saem prejudicados porque têm pouca competição, mas isso é um problema da nossa associação de futebol”. O Despertar conquistou o título (segundo da época desportiva, depois do Desportivo de Beja ter ganho a Taça Armando Nascimento) com cinco pontos de avanço sobre o 2.º classificado, com o melhor ataque e uma das melhores defesas.

oncluída a primeira fase da Taça Fundação Inatel, as melhores 20 equipas de todas as séries arrancaram já para a etapa final da prova, onde se qualificarão quatro equipas para a fase nacional. As restantes 25 (do grupo inicial de 47 equipas já desistiram o Sobral da Adiça e o Messejanense) estão já a disputar o Troféu Agência de Beja, enquadradas em cinco séries, para definir um campeão distrital. O número de centros de Cultura e Desporto em prova no distrito de Beja só é superado por Santarém, que tem 52 equipas em atividade. Os resultados da jornada que marcou o arranque da fase final das competições foram os seguintes:

Grupo D: Salvadense-Trindade, 0-0; Beringelense-Ficalho, 1-3. Folgou o Santaclarense. Líder: Ficalho, três pontos. Próxima jornada (9/3): Santaclarense-Beringelense; Ficalho-Salvadense. Folga o Trindade. TROFÉU AGÊNCIA DE BEJA (1.ª JORNADA): Grupo E: Quintos-AC Cuba, 3-2: Brinches-Mombeja, 3-0; Folgou o São Matias. Líder: Brinches, três pontos. Próxima jornada (9/3): São Matias-Mombeja; Brinches-Quintos. Folga o AC Cuba. Grupo F: Neves-Alvorada, 5-1; Figueirense -Pedrógão, 0-0. Folgou o Faro do Alentejo. Líder: Neves, três pontos. Próxima jornada (9/3): Faro do Alentejo-Figueirense; Pedrógão -Neves. Folga o Alvorada.

TAÇA FUNDAÇÃO INATEL – 2.ª FASE (1.ª JORNADA) Grupo A: Amoreiras Gare-Luso Serpense, 2-0; Vale d’Oca-Fernandes, 0-0. Folgou o Relíquias. Líder: Amoreiras Gare, três pontos. Próxima jornada (9/3): Relíquias-Vale d’Oca; Fernandes-Amoreiras Gare. Folga o Luso Serpense. Grupo B: Milfontes-Penedo Gordo, 2-1; Louredense-Jungeiros, 1-0. Folgou o Luzianes Gare. Líder: Milfontes, três pontos. Próxima jornada (9/3): Louredense-Luzianes Gare; Jungeiros-Milfontes. Folga o Penedo Gordo. Grupo C: Santa Vitória-Serrano, 0-2; Saboia -Albernoense, 2-0. Folgou o Malavado. Líder: Serrano, três pontos. Próxima jornada (9/3): Malavado-Saboia; Albernoense-Santa Vitória. Folga o Serrano. PUB

Grupo G: Soneguense-Santa Luzia, 2-3; Alcariense --Sanjoanense, 0-3. Folgou o Boavista Pinheiros. Líder: Sanjoanense, três pontos. Próxima jornada (9/3): Boavista Pinheiros-Alcariense; Sanjoanense-Soneguense. Folga o Santa Luzia. Grupo H: Cercalense-Cavaleiro, 1-0; Pereirense-Santa Clara- -a-Nova, 1-2. Folgou o Almodovarense. Líder: Santa Clara-a--Nova, três pontos. Próxima jornada (9/3): Almodovarense- -Pereirense; Santa Clara-a-Nova-Cercalense. Folga o Cavaleiro. Grupo I: Campo Redondo-Bemposta, 0-1; Naveredondense-Sete, 2-1. Folgou o Colos. Líder: Naveredondense, três pontos. Próxima jornada (9/3): Colos-Naveredondense; Sete-Campo Redondo. Folga o Bemposta.


20 Diário do Alentejo 8 março 2013

Ardente José Saúde

A 20 de março chega a 31.ª edição da maior prova desportiva da região

Volta ao Alentejo em Bicicleta, o passado, o presente e o futuro A 31.ª Volta ao Alentejo em Bicicleta/Crédito Agrícola Costa Azul será, oficialmente, apresentada na próxima quarta-feira, dia 13, pelas 16 horas, em Mértola, no Cineteatro Marques Duque. A “Alentejana”, organizada pela Lagos Sports/Pad e pela Comunidade Intermunicipal do Alentejo Central, disputar-se-á entre os dias 20 e 24 de março. O início da competição terá lugar em Castelo de Vide, e a última etapa disputa-se entre Santo André e Santiago do Cacém. Sousel, Portel, Vidigueira, Mértola, Ourique e Odemira também serão locais de partida e chegada dos corredores. Texto e foto Firmino Paixão

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ecordista na singularidade de ter um vencedor por cada edição, a “Alentejana” revelou sempre elevado potencial para o desenvolvimento da região e foi espaço privilegiado para o culto da fraternidade deste povo. Foi em finais de junho de 1983 que a primeira edição da Volta ao Alentejo em Bicicleta se fez ao asfalto. Não sem que antes se tivesse formado um elo de boas vontades entre amantes da modalidade, autarcas e patrocinadores. A corrida foi gizada pelo vereador do município de Évora, Joaquim Mendes, que a lançou sobre a mesa do executivo, à época liderado por Abílio Fernandes. Mas era um sonho comum a outros amantes do ciclismo. Lado a lado com a realização de um evento de caráter desportivo caminhou sempre a ideia de promoção da região. Mendes foi mandatado para reunir pessoas que com ele iniciassem a campanha. “Manuel da Gaita”, antigo ciclista, bem relacionado na velocipedia nacional, tornou-se o seu “braço direito”, ao mesmo tempo que o entusiasmo se propagava a outras autarquias da região e se reconhecia que estava ali uma janela de oportunidade para o Alentejo se dar a conhecer através do desporto. O dirigente federativo Aníbal Oliveira foi outra

figura incontornável no apoio ao embrião e à maturação da prova. Mas a prole em defesa do evento foi crescendo, todos com o mesmo espírito de missão e o desejo de verem a “Alentejana” (assim viria mais tarde a ser apelidada) nas estradas e que rapidamente se transformasse num canal de excelência para fazermos chegar a outras paragens o eco dos nossos anseios, a imagem da nossa identidade cultural e da nossa solidariedade. Acontecimento desportivo, social e político Com o empenho de

muitas autarquias e a disponibilidade de muitos dos eleitos e técnicos, formou-se a equipa e foi possível desenhar um primeiro conjunto de sete etapas, 752 quilómetros, desde Évora, com passagens por Elvas, Moura, Beja, Santiago do Cacém, Grândola, Vendas Novas, Montemor-o-Novo e regresso às muralhas da Cidade Museu. Já as bicicletas tinham partido de Évora, naquela manhã solarenga do dia de São Pedro de 1983, para superarem o percurso de 28 quilómetros da etapa inaugural da 1.ª Volta, e ainda muita gente não tinha dado conta do potencial que a Volta ao Alentejo encerrava em si mesma. A prova tornou-se rapidamente num acontecimento desportivo de primeira grandeza para a região, e

conquistou suficiente visibilidade para o exercício de uma componente social inédita, inexistente em todas as realizações do género que aconteciam em Portugal. O número crescente de órgãos de comunicação social que anualmente se interessava pela prova, obrigou os organizadores a repensar estratégias que pudessem projetar as transformações por que a região passava em matéria de crescimento urbano, económico e social, levando o pelotão às melhores montras para essa perceção. O exemplo de sucessivas passagens da caravana pelo pontão onde hoje se ergue a barragem de Alqueva ilustra na perfeição a componente política que muito legitimamente se colava à pedaleira da Volta. O fascínio da Volta ao Alentejo Os

jornalistas nacionais pediam para serem destacados para a prova, tal o fascínio que a Volta ao Alentejo exercia. Por aqui passaram grandes nomes do jornalismo português, homens generosos que através da escrita, de distintos olhares e melhores opiniões, abraçaram o Alentejo com a sua solidariedade para com as nossas gentes. Mas os grandes 31.ª VOLTA AO ALENTEJO EM BICICLETA Etapas 1.ª etapa 20/3 Castelo de Vide/Marvão 2.ª etapa 21/3 Sousel/Portel 3.ª etapa 22/3 Vidigueira/Mértola 4.ª etapa 23/3 Ourique/Odemira 5.ª etapa 24/3 Santo André/Santiago Cacém

protagonistas foram, serão sempre, os ciclistas e o Alentejo pode orgulhar-se de ter sido percorrido por homens como Paulo Ferreira (vencedor da 1.ª edição) Marco Chagas, Joaquim Gomes, Manuel Zeferino, Joaquim Andrade, entre outras figuras gradas no pelotão nacional. Mas que dizer de outros ciclistas que também valorizaram a “Alentejana” como Blanco Villar, Melchor Mauri, Rubiera, Moller ou Zintchenko, e, naturalmente, Miguel Indurain (ganhou em 1996 com a camisola da Banesto), o penta vencedor do “Tour de France”. Que futuro para a Alentejana? A

Volta ameaçou definhar, sobretudo depois de ter ficado órfã do apoio de algumas autarquias e de alguns eleitos se terem retirado da caravana. É justo lembrar aqui o papel exercido por Alfredo Barroso, autarca do Redondo, na regeneração da prova e no garante da sua continuidade. Foi necessário fazer algumas cedências, quer ao nível do calendário, quer da sua cotação como prova internacional, transformações que a crescente debilidade económica do País aconselhavam. O quadro competitivo nacional está em clara recessão, menos equipas, menos provas, salve-se, contudo, a Volta ao Alentejo. Nas edições mais recentes, primeiro a PAD, depois a Lagos Sports, tomaram a rédeas da organização, no presente, aliados a uma entidade bancária de cariz regional que, em boa hora, decidiu refrescar o sonho do Mendes e do “Manuel da Gaita”, mantendo a prova na estrada. Bem hajam todos eles, os do passado, os do presente e os vindouros. A próxima edição realiza-se já entre 20 e 24 deste mês com início em Castelo de Vide e final em Santiago do Cacém.

Com 20 jornadas disputadas – faltam seis – o campeonato da 1.ª divisão da Associação de Futebol de Beja parece, em princípio, com um fim pressupostamente circunstanciado: o Desportivo de Almodôvar, líder isolado, perfila-se para assumir uma potencial pretensão ao título supremo do futebol bejense. Suponho que será algo cedo para encomendar as respetivas faixas, tanto mais que estão, ainda, 18 pontos para disputar. Todavia, os mais diretos adversários que perseguem o conjunto almodovarense já escavaram uma diferença pontual na tabela que, não sendo abismal, subentende-se, leva o Odemirense, segundo, o Milfontes, terceiro, e o FC Serpa, quarto, a depararem-se com uma desvantagem de seis, sete e nove pontos, respetivamente. Quem conhece a realidade do futebol regional sul alentejano, assim como a evolução de uma competitividade que tem crescido no tempo, quer quantitativa quer qualitativamente, depara-se com cenários outrora inimagináveis se tivermos em conta a moldura desportiva vivida nos tempos que correm. Numa subtil olhada sobre o futebol almodovarense, recordo que longe vão os tempos em que a sua prática era desenvolvida num exíguo espaço (espécie de quintal), sendo que o Desportivo detinha a supremacia nos escalões de formação e a Sociedade na categoria sénior. Com o evoluir dos tempos a autarquia encarregar-se-ia de dotar a vila e o Clube Desportivo de Almodôvar com uma novel infraestrutura que fazia prever que outros voos poderiam dar plenitude ao futebol na terra. Tanto assim é que a recente concretização de um sintético trouxe, por outro lado, uma maior objetividade nos múltiplos sonhos. Sonhos que se advinham sustentados numa competição onde a excelência da turma principal de Almodôvar tem feito na verdade diferença na presente temporada. É certo que o objetivo pelo almejado alvo permanece ardente, nada está ganho, porém os ecos oriundos daquelas bandas recaem em apostas minimamente aceitáveis.


institucional diversos Diário do Alentejo n.º 1611 de 08/03/2013 Única Publicação

Diário do Alentejo n.º 1611 de 08/03/2013 Única Publicação

CARTÓRIO NOTARIAL DE CASTRO VERDE

CENTRO SOCIAL S.JORGE E SRº.DAS PAZES

A CARGO DO NOTÁRIO, JOSÉ FRANCISCO COLAÇO GUERREIRO Certifico, para efeitos de publicação, que neste Cartório, no Livro de Escrituras Diversas n° 72-A, de folhas 16 a 17, se encontra exarada uma escritura de Justificação, outorgada no dia vinte seis de fevereiro de dois mil e treze, na qual VENÂNCIO BATISTA TOMÉ , C.F. n.° 147 586 798, natural da freguesia de São Marcos da Ataboeira, concelho de Castro Verde, e mulher, CATARINA DOS SANTOS GUERREIRO BAPTISTA, C.F. n°162 648 774, natural da freguesia e concelho de Aljustrel, casados sob o regime da comunhão geral, residentes na sede da freguesia dita de São Marcos da Ataboeira na Rua Castilho, n°7ª, declaram que são donos e legítimos possuidores, com exclusão de outrém, do prédio urbano, constituído terreno para construção, sito na Rua Castilho, n° 7, na sede da indicada freguesia de São Marcos da Ataboeira, com a área de cento e sessenta e seis vírgula cinquenta e um metros quadrados, não descrito na Conservatória do Registo Predial de Castro Verde e inscrito na respetiva matriz predial, sob o artigo número 773, com o valor patrimonial atual, igual ao que lhe atribuem de oito mil seiscentos e sessenta euros. Que o referido prédio veio à sua posse há mais de vinte anos, em vinte cinco de Abril de mil novecentos e oitenta e oito por compra efetuada a António Joaquim Conceição e mulher Adelina Rebocho Salgado, residentes que foram no Torrão, Alcácer do Sal. Que a compra foi meramente verbal, nunca formalizada por escritura pública, motivo pelo qual não dispõem do título que lhes permita efetuar o respetivo registo de aquisição na competente Conservatória do Registo Predial. Que esta posse tem sido exercida à vista de toda a gente, de uma forma pacífica e no gozo e fruição do prédio como seus verdadeiros donos, nomeadamente utilizando-o, para depósito de materiais, e foram eles que suportaram os encargos inerentes, designadamente os trabalhos necessários à sua limpeza, bem como a respetiva contribuição autárquica. Que esta posse em nome próprio, pacífica, contínua e pública, há mais de vinte anos, conduziu à aquisição do referido imóvel por usucapião, que, pela presente escritura, invocam, para efeitos de primeira inscrição no registo predial, dado não poderem comprovar esta forma de aquisição por mais nenhum título extrajudicial. Está conforme. Cartório Notarial de Castro Verde, aos 26 de fevereiro de 2013 O Notário, José Francisco Colaço Guerreiro

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José Augusto Morais Moreira, Presidente da Mesa da Assembleia-Geral do Centro Social S. Jorge e Srª. das Pazes, convoca , nos termos do nº 2 do artº 30º dos Estatutos, todos os associados desta entidade no pleno gozo dos seus direitos, para uma Assembleia Geral, que terá lugar no próximo 26 de Março de 2013, a partir das 15.30 h, nas instalações do Centro Social, com a seguinte Ordem de Trabalhos: Ponto um - Informações prestadas pela Direcção acerca da actividade geral da Instituição. Aprovação do Relatório e Conta de Gerência, relativa ao ano de 2012. Eleição dos Corpos Sociais. Outros assuntos de interesse para a Associação. Informam-se todos os associados no pleno gozo dos seus direitos, que conforme preceituado no ponto 1 do artº. 31º. dos Estatutos, a Assembleia Geral reunirá à hora marcada na convocatória, se estiver presente mais de metade dos associados com direitos a voto, ou uma hora depois com qualquer número de presentes em igual situação. Vila Verde de Ficalho, 1 de Março de 2013. O Presidente da Mesa da Assembleia Geral José Augusto Morais Moreira

Diário do Alentejo n.º 1611 de 08/03/2013 Única Publicação

MISERICÓRDIA NOSSA SENHORA DE ASSUNÇÃO DE MESSEJANA

ASSEMBLEIA GERAL Ao abrigo do Artigo 25 dos Estatutos da Irmandade da Misericórdia de Nossa Senhora de Assunção de Messejana, eu Dr. José Duarte Brando Albino, Presidente da Assembleia-geral, convoco uma reunião ordinária para o dia 22 de Março de 2013, pelas 19 horas, nas instalações da Misericórdia, com a seguinte ordem de trabalhos: Ponto 1 – Leitura e aprovação da acta da última assembleia geral Ponto 2 – Discussão e apreciação do relatório de contas do ano 2012. Ponto 3 – Outros assuntos de interesse desta instituição. Se à hora marcada não houver o número de irmãos suficientes, a Assembleia funcionará uma hora depois, com o número de irmãos presentes, de acordo com o artigo 26 – 1° do referido Estatuto. Messejana, 01 de Março 2013.

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Diário do Alentejo n.º 1611 de 08/03/2013 2.ª Publicação

TRIBUNAL JUDICIAL DE BEJA 2° Juízo

ANÚNCIO Processo: 295-D/2002 Incumprimento das Responsabilidades Parentais Requerente: Maria Antónia Reis da Silva Requerido: Nuno Miguel Branco Lampreia Rosa Nos autos acima identificados, correm éditos de 30 dias, contados da data da segunda e última publicação do anúncio, notificando Requerido: Nuno Miguel Branco Lampreia Rosa, estado civil: Divorciado, nascido(a) em 25-02-1977, freguesia de Salvada (Beja), nacional de Portugal, NIF 208760008, BI - 11417520, Segurança social - 11132032432, domicíilio: Rua Tras Quintais 45, Salvada, Beja, 7800001 Beja, com última residência conhecida na morada indicada para no prazo de 10 dias, decorrido que seja o dos éditos, alegar, querendo, o que tiver por conveniente, nos termos e para os efeitos do art° 181° n°2 da OTM, com a cominação de, nada dizendo no prazo indicado, se considerarem admitidos os factos constantes do requerimento inicial. O duplicado da petição inicial encontra-se nesta Secretaria, à disposição do citando. Fica advertido(a) de que não é obrigatória a constituição de mandatário judicial, salvo na fase de recurso. Beja, 25-02-2013 N/Referência: 2518067 O Juiz de Direito, Dr(a). Celine Álves O Oficial de Justiça João Santos

Diário do Alentejo n.º 1611 de 08/03/2013 Única Publicação

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23 Diário do Alentejo 8 março 2013


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†. Faleceu o Exmo. Senhor

†. Faleceu o Exmo. Senhor

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CESÁRIO JOSÉ MACHADO ROSA, de 51 anos, natural de Santa Maria da Feira - Beja. O funeral a cargo desta Agência, realizou-se no passado dia 02, da Capela do Bairro da Esperança, para o cemitério de Beja.

D. MARIA CUSTÓDIA ARSÉNIO, de 82 anos, natural de Cabeça Gorda Beja, viúva. O funeral a cargo desta Agência, realizou-se no passado dia 02, da Casa Mortuária da Cabeça Gorda, para o cemitério local.

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SÃO MATIAS

BEJA / BAIXA DA BANHEIRA

Vimos participar o falecimento do exmo. Sr. Henrique Manuel Ribeiro Borges, de 59 anos de idade, natural de Nossa Senhora das Neves, Beja, casado com a sra. D. Etelvina Maria Matos Lança Ribeiro Borges. O funeral realizou-se no passado dia 28/02/2013 da Casa Mortuária de Alvalade para o cemitério daquela localidade. Apresentamos à família os sentidos pêsames.

Sua esposa, filhas, genros e netos participam que será celebrada missa por alma do seu ente querido no dia 09/03/2013, sábado, pelas 19 horas, na Igreja do Salvador, em Beja, agradecendo antecipadamente a quem se dignar assistir ao piedoso ato.

PARTICIPAÇÃO E AGRADECIMENTO

MISSA

†. Faleceu o Exmo. Senhor

†. Faleceu o Exmo. Senhor

†. Faleceu a Exma. Senhora

MANUEL ANTÓNIO FERNANDES, de 84 anos, natural de Cabeça Gorda Beja, casado com a Exma. Sra. D. Mariana Ariana Teresa de Matos. O funeral a cargo desta Agência, realizou-se no passado dia 02, da Casa Mortuária de Santa Clara de Louredo, para o cemitério local.

ARMANDO JOSÉ CHORA, de 80 anos, natural de São Matias - Beja. O funeral a cargo desta Agência, realizou-se no passado dia 03, da Igreja Paroquial de São Matias, para o cemitério local.

D. NOÉMIA MARIA JÓIA, de 82 anos, natural de Barreiro Barreiro, viúva. O funeral a cargo desta Agência, realizouse no passado dia 04, das Casas Mortuárias de Beja, para o cemitério desta cidade.

BEJA

BERINGEL

†. Faleceu a Exma. Senhora

†. Faleceu o Exmo. Senhor

†. Faleceu o Exmo. Senhor

D. MARIA LÁZARO GUERREIRO, de 98 anos, natural de Salir - Loulé. O funeral a cargo desta Agência, realizou-se no passado dia 04, das Casas Mortuárias Beja, para o cemitério desta cidade.

ELÍDIO AUGUSTO RAMINHOS FERREIRA, de 74 anos, natural de Santa Vitória - Beja, casado com a Exma. Sra. D. Maria Augusta Vilhena Raminhos Ferreira. O funeral a cargo desta Agência, realizou-se no passado dia 05, da Igreja Paroquial do Carmo, para o cemitério de Beja.

JOSÉ MANUEL SERRA VENTURA, de 68 anos, natural de Ferreira do Alentejo, casado com a Exma. Sra. D. Inácia Maria Januário Candeias Ventura. O funeral a cargo desta Agência, realizouse no passado dia 07, da Casa Mortuária de Beringel, para o cemitério local.

Bernardino José Simões dos Santos Participo a todas as pessoas de minhas relações e amizade que mando celebrar missa por alma do meu saudoso marido no dia 9 de março, sábado, pelas 18 e 30 horas, na Igreja da Sé, em Beja, agradecendo desde já a todos os que se dignarem assistir ao piedoso ato.

Vidigueira PARTICIPAÇÃO E AGRADECIMENTO

Às famílias enlutadas apresentamos as nossas mais sinceras condolências. Consulte esta secção em www.funerariapax-julia.pt ou siga-nos em www.facebook.com/funepaxjulia OFERTA DE EMPREGO Precisa-se de empregada interna para Beja. Casa com duas crianças pequenas. Pretende-se pessoa com disponibilidade e referências. Contactar pelo tm. 919899361

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Nasceu a 09-08-1952 Faleceu a 28-02-2013

Suas irmãs, cunhados e sobrinhos na impossibilidade de o fazerem pessoalmente agradecem por este meio a todas as pessoas que o acompanharam à sua última morada ou que de outra forma manifestaram o seu pesar. Da mesma forma agradecem mui reconhecidamente à equipa da Unidade de Cuidados Paliativos do Hospital de São Paulo, em Serpa, o tratamento e acompanhamento prestado a este seu saudoso familiar.

Carolina Maria Chora da Costa

1.º Ano de Eterna Saudade

BEJA

António Francisco Pôla Gonçalves

Alfredo José Gil Miguinhas Esposa, filhas, genros, netas, neto e restante família cumprem o doloroso dever de participar o falecimento do seu ente querido ocorrido no dia 03/03/2013, e na impossibilidade de o fazerem individualmente vêm por este meio agradecer a todas as pessoas que o acompanharam à sua última morada ou que de outra forma manifestaram o seu pesar.

Nasc: 04/10/1921 Falec: 26/02/2013

Sua família, na impossibilidade de o fazer pessoalmente, agradece por este meio a todas as pessoas que a acompanharam à sua última morada ou que de outro modo manifestaram o seu pesar. Agradece também aos profissionais da Urgência e do Serviço de Medicina II do Hospital de Beja a forma carinhosa como a trataram aquando do seu internamento.

Manuel da Fonseca “Escritor” Nasceu em 15.11.1911 Faleceu em 11.03.1993 20.º Ano de Eterna Saudade

As lágrimas secam Os cravos murcham A saudade aumenta Por tudo isto Lembro-te com muita saudade.

Hermínia


institucional diversos

25 Diário do Alentejo 8 março 2013

Todas as semanas os leitores do “Diário do Alentejo” vão ter descontos. Os anúncios desta secção pretendem, por um lado, dar um impulso à economia local e, por outro, ajudar os consumidores neste tempo de crise. Aproveite as oportunidades.

Vale €1,20 em abastecimentos superiores a 20 litros

descontos atÉ

6 cÊnt.

CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE FERREIRA DO ALENTEJO, C.R.L.

CONVOCATÓRIA DA ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA Em conformidade com o disposto no Artigo 24°. dos Estatutos da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo, C.R.L. pessoa colectiva n° 501057188, matriculada na Conservatória do Registo Comercial de Ferreira do Alentejo, sob o n°1, com sede na Avenida General Humberto Delgado, N°.40, em Ferreira do Alentejo, convoco todos os associados desta CCAM, que se encontrem no pleno gozo dos seus direitos, a reunirem-se em Assembleia Geral Ordinária a realizar no dia 27 de Março de 2013, quarta-feira, pelas 16.00 Horas, na sua sede social, com a seguinte ordem de trabalhos: 1. Discussão e votação do Relatório, Balanço e Contas do Exercício de 2012; 2. Apreciação e votação da Proposta de Aplicação de Resultados; 3. Apresentação do relatório com os resultados da avaliação anual das políticas de remuneração praticadas na Caixa Agrícola; 4. Apreciação e votação dos pedidos de exoneração dos associados; 5. Outros assuntos de interesse para a CCAM. Se, à hora marcada para a reunião não estiverem presentes mais de metade dos associados, a Assembleia reunirá, com qualquer número, uma hora mais tarde. Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo, aos 25 de Fevereiro de 2013. O Presidente da Assembleia Geral Joaquim Pedro Gonçalves Grosso de Oliveira

BP Beja Castilho; 2. Este vale só poderá ser descontado no ato de pagamento de abastecimentos iguais ou superiores a 20 lts., até um máximo de 3 vales por abastecimento (60 lts); 3. Este vale não é acumulável com outras campanhas desconto a decorrer no Posto de Abas-

por litro

tecimento; 4. Este vale só é válido para abastecimentos

desconto em combustÍvel

com cartões: Routex, Azul e de Sócio ACP; 5. Nenhuma

atÉ 30 de abril

Diário do Alentejo n.º 1611 de 08/03/2013 Única Publicação

1. Válido nos Postos BP Beja Luzias, BP Beja Variante e

em combustíveis cujos pagamentos não sejam efetuados responsabilidade será aceite nos seguintes casos: perda, roubo ou danificação do vale quer tenha sido utilizado ou não; 6. Este vale não pode ser trocado por dinheiro; 7. Válido até 30 de abril de 2013.


Diário do Alentejo 8 março 2013

26

Monte Cabeço do Ouro proporciona atividades outdoor

O Monte Cabeço do Ouro, uma típica herdade alentejana, situada em Grândola e a 15 minutos das magníficas praias da Costa Alentejana, disponibiliza agora, juntamente com a empresa Espaço Aventura, atividades outdoor, que podem ser desfrutadas a dois ou em grupos de quatro. Para oferecer, têm atividades como batismo de mergulhos de apneia, batismo de equitação, passeio de jipe e de moto 4,

batismo de tiro com arco, tiro com espingarda de ar comprimido e passeios de bicicleta. Os valores para se usufruir destas atividades variam entre os 30 euros e os 60 euros, cujas reservas podem ser feitas diretamente para o Monte Cabeço do Ouro. As aquisições destas atividades deverão ser feitas até final do mês de março, no entanto as mesmas são válidas até final do mês do junho do presente ano.

Empresas O ag agro r tu t rism smo o Mo Mont ntee dos Po do Poço ços, s, sit itua uado d no do co onc n ellho de Al A ju just stre rell e co com um umaa ex exce cele lent ntee lo oca caliliza zaaçã ç o,, a oitto quililóm qu ómet óm etro et r s de A ro Aljljljus ustr us trel tr e el e a 11 1 qu uiilló óme metr tros oss de Caast C str tro ro Verrde de, e, beeneefi f cciia dee uma zo uma um zon naa eexc xxcceccio iona naal dee consser co erv r vaçã vaçã ção da da nat atur tur ure reza qu ue pe perm perm rmit ite a vviisu sual sual aliz liizzzaaçãão o de aave de vees e de ves de out utra traas e pé es péci cies ci cies e pro oteegi g daas. s Atra At rati tivo ti voss na vo nattu tura tura r is são ã , sem se em dúvi dúvi dú vid da, as vas da, asta taas pllan p aníc íccies ies a pe ie p rrd der e de vist vi sta e a vviisu isu ualiz aliz al i aç ação ão de um m pôr ôr-d -dodo o--so sol ún sol nic ico. o.

Em 2012 recebeu uma taxa de ocupação de 80 por cento

Monte dos Poços é o mais recente agroturismo alentejano A proximidade com o IP2, a oito quilómetros, e com a A2 Lisboa-Algarve, a 13 quilómetros, constitui um aspeto positivo e este é, sem dúvida, um local de paragem obrigatória para relaxar e desfrutar das mais variadas atividades que o Monte dos Poços pode proporcionar. É no mais recente agroturismo alentejano que podemos encontrar um espaço privilegiado para o descanso. Publireportagem Sandra Sanches

R

ui Saturnino, proprietário do agroturismo Monte dos Poços, deu vida a um projeto com que há muito sonhava. Conta ao “Diário do Alentejo” que, enquanto se licenciava na área de turismo, já sonhava com o projeto, o que, aliado à vontade e ambição, o fez dar vida ao Monte dos Poços. De portas abertas desde junho de 2012, já atingiu uma taxa de ocupação de 80 por cento. Embora estes meses sejam mais fracos, próprio da época, Rui Saturnino não baixa os braços e continua a zelar pelo agroturismo com que sempre sonhou. O espaço, que combina o moderno com alguns apontamentos rústicos, é composto por sete quartos, uma piscina exterior de água

salgada, uma sala para refeições com capacidade até 70 pessoas e uma tenda com capacidade até 400 pessoas. Acolhe e reúne todas as condições para vários tipos de eventos, de batizados a casamentos, passando pelas despedidas de solteiro. Questionado quanto ao facto de cada quarto se intitular com o nome de uma ave – sisão, abetarda, entre outras – Rui Saturnino diz que se deve ao facto de o espaço estar inserido na ZPE (Zona de Proteção Especial) de aves estepárias, uma das áreas mais representativas de Portugal, com 85 345 hectares de área total, que abrange o território de seis municípios: Aljustrel, Almodôvar, Beja, Castro Verde, Mértola e Ourique. Rui Saturnino considera o Monte dos Poços um agroturismo diferente de entre muitos, mais que não seja pela unidade que criou de raiz e não adaptou. A nível de decoração e de conforto, pensou-se em dar uma maior frescura ao espaço com novos materiais. O cliente tipo deste agroturismo são casais jovens, que vêm de Lisboa e Porto, e estrangeiros com filhos pequenos que vão desfrutar dos prazeres do campo. Outro segmento de mercado diz respeito ao birdwatching, com destaque para os clientes nórdicos. Espaço dedicado a quem vive nas grandes cidades, o Monte dos Poços dá a oportunidade de se estar em contato com uma natureza que

não se vê diariamente. Parceiros da empresa Emotion, proporcionam atividades de animação, como passeios de bicicleta, passeios pedestres, observação de aves, paintball e jogos tradicionais. Estas atividades não dispensam uma visita à quinta pedagógica ou à horta biológica. Na quinta é possível observar-se animais como burros, éguas, cabras anãs, ovelhas, porcos, galos e patos, entre outros, e os clientes recetivos a este meio acabam sempre por participar nas tarefas do quotidiano que o agroturismo realiza. Rui Saturnino diz que os preços que pratica neste momento não são merecedores do espaço mas que, no entanto, “são os adequados à realidade em que vivemos”. Porque é da opinião que devemos ajudar o comércio local, criou o seu próprio emprego e, paralelamente, o de mais duas colaboradoras, ambas da região. Também aquando da aquisição dos materiais e equipamentos de construção para a unidade, teve especial atenção em comprar a fornecedores da região. Para o futuro, a perspetiva deste empresário é seguir a mesma linha que definiu de início para o Monte dos Poços. No entanto, consciente de que não é a melhor altura para investimentos, irá aos poucos consolidar o que já existe e futuramente “recuperar algumas casas dentro do monte para aumentar a capacidade dos quartos”, refere o empresário.

Missão Sorriso apoia 43 instituições em várias áreas Após uma década a tornar mais feliz a vida de milhares de crianças e seniores de todo o país, no passado dia 27 foram apresentadas as instituições e os projetos que este ano vão receber o apoio da Missão Sorriso, nas áreas da Saúde Infantil, Envelhecimento Ativo e Luta Contra a Fome. Do valor angariado, cerca de 1, 4 milhões de euros, já foram distribuídos 912 mil euros por 43 instituições portuguesas para a implementação de projetos nas diferentes áreas. De referir que o projeto “Aldeia amiga das pessoas”, em Baleizão, arrecadou 25 mil euros.

Turismo do Alentejo lança filme promocional em oito idiomas Com banda sonora assinada pelo compositor Nuno Maló, candidato português aos Óscares deste ano, a Turismo do Alentejo lançou um filme promocional, disponível em oito idiomas (português, espanhol, inglês, francês, alemão, holandês, russo e mandarim) sobre a excelência e diversidade da oferta turística regional. Inspirado na linha de comunicação e imagem “Alentejo, tempo para ser feliz”, o pequeno filme, com seis minutos de duração, conta as múltiplas emoções que os turistas podem vivenciar no território.

Ferreira do Alentejo dedica mês de março ao azeite O mês de março no concelho de Ferreira do Alentejo vai ser dedicado ao azeite, com uma série de atividades lúdicas e gastronómicas promovidas pela autarquia local. O programa do evento inclui “a promoção de receitas tradicionais confecionadas à base de azeite, exposições, palestras, workshops, visitas guiadas a vários lagares do concelho e lançamento de livros” refere a autarquia, adiantando que, paralelamente, os restaurantes do concelho vão incluir nas suas ementas, “além de entradas com azeite, receitas típicas do Alentejo onde o azeite é o ingrediente indispensável”.

Vinhos de Henrique Uva/ Herdade da Mingorra nos EUA O produtor da Trindade (Beja) esteve, esta semana, em destaque em dois espaços gastronómicos de referência nos Estados Unidos da América, um mercado para onde já exporta há algum tempo. Em conjunto com outros produtores portugueses, a marca alentejana Henrique Uva/ Herdade da Mingorra participou num evento de prova de vinhos e divulgação no conceituado “Fig & Olive Restaurant”, na 5.ª Avenida, em Nova Iorque. Mas também os vinhos da herdade viajaram até São Francisco, onde, em conjunto com outros vinhos lusos, estiveram em prova e divulgação no “Jardinière”, premiado restaurante de cozinha de fusão.


A Biblioteca Municipal de Beja em parceria com a galeria Escudeiros organiza, durante as férias escolas, ateliers para crianças dos seis aos 10 anos. O desenho, associado a materiais diversos, termina num mundo de formas, texturas e cores que de certeza vai mexer com os teus sentidos. As inscrições devem ser feitas até ao dia 15 de março na Escudeiros Galeria. Deixamos-te ainda o email, escudeiros.galeriamunicipal@cm-beja. pt , para mais informações

27 Diário do Alentejo 8 março 2013

“Vamos Dar Cor à Páscoa” em Beja

Acontece É já sábado, dia 9, pelas 16 horas, que, a Biblioteca Municipal José Saramago, em Odemira, vai entregar os prémios do concurso de Banda Desenhada, integrados na BDTECA, dando início à exposição dos trabalhos a concurso.

Dica da semana A Feira do Livro Infantil de Bolonha é o maior evento sobre literatura infanto-juvenil que existe. Este ano comemora 50 anos e está quase a começar. Conhecida por dar destaque à ilustração, encontramos lá ilustradores de todo o mundo. Este ano a ilustradora portuguesa convidada é Mariana Rio. Dá uma espreitadela no site oficial http://www.marianario.com/

A páginas tantas... A editora Kalandraka prepara para o final do mês o lançamento do livro A Menina de Vermelho, escrito por Aaron Frisch e ilustrado pelo conhecido ilustrador de A Casa, Roberto Innocenti. Na Menina de Vermelho é uma versão moderna do Capuchinho Vermelho, onde a protagonista Sofia terá que atravessar uma grande cidade, onde o perigo e as atrações espreitam em cada esquina até chegar à casa da sua avó, que se encontra doente. A floresta é agora substituída por cimento e tudo o que uma cidade pode oferecer. O traço de Innocenti mostra, em cada detalhe, um cenário caótico, desigual e perigoso. No coração deste labirinto de ruas e prédios encontramos a floresta, ou melhor, a selva num retrato de cor e vida, numa sociedade de consumo, comunicação e tecnologia, com todos os seus defeitos e virtudes.

Pais É verdade que ainda não vimos cerejas à venda, mas podemos tentar com outros frutos. E os morangos já andam aí.

À solta

A Páscoa continua pela tua página e hoje trazemos um origami que acreditamos que serás capaz, se seguires o passo a passo. Este coelho foi criado por Jun Maekawa e Sara Adams e vai mostrar-te como fazer, e para isso basta seguires este link: http://www.happyfolding.com/instructions-maekawa-rabbit


28 Diário do Alentejo 8 março 2013

O James é um cão jovem com menos de um ano, que foi encontrado abandonado na estrada. Está no canil mas lá não é feliz, precisa de uma família! É um cão de porte médio muito bonito. Venham conhecê-lo ao Cantinho dos Animais de Beja. Será vacinado e desparasitado antes da adoção. Contactos: 962432844; sofiagoncalves.769@hotmail.com

Letras O golpe de misericórdia

Boa vida Comer

Túberas de fricassé

Toiros Olivenza abriu com chave de ouro e fechou com lata

Ingredientes: 1 kg. de túberas; 1 cebola; 2 dentes de alho; 2 colheres de sopa com azeite; 1 colher de sopa com banha de porco alentejano; 1 folha de louro; 5 gemas; sumo de 1 limão; 1 ramo de salsa; q.b. de sal. Confeção: Limpam-se as túberas com uma escovinha e lavam-se muito bem, descascam-se e cortam-se às rodelas. Numa frigideira faz-se um refogado com azeite, banha, cebola picada e o louro. Juntam-se as túberas e temperam-se com sal. Deixe cozinhar (elas à medida que vão cozinhando vão largando água). Retire do lume quando estiverem cozinhadas e deixe arrefecer um pouco. Numa taça bata as gemas com o sumo de limão e salsa picada. De seguida leve a frigideira ao lume brando e junte a mistura dos ovos às túberas. Cozinhe em lume brando, para engrossar o molho, mexendo sempre para não deixar os ovos talharem. Bom apetite… Nota: Não é muito fácil encontrar no mercado, mas compre a pessoas que realmente as conhecem. São as nossas trufas portuguesas.

António Nobre Chefe executivo de cozinha – Hotéis M’AR De AR, Évora

E

l Juli e Miguel Angel Perera sagraram-se os máximos triunfadores da primeira corrida de Olivenza, tendo saído no final do festejo em ombros. Destacou-se também Juan José Padilla que, perante um toiro bravo (o quarto do festejo e segundo do seu lote), cortou uma orelha com forte petição e bronca à presidência. Perante uma praça completamente esgotada numa tarde que foi agradável, com El Juli imparável e Perera com classe e pormenores de arte.

A corrida que fechava o ciclo ferial de Olivenza desiludiu. Tudo por culpa dos toiros de Zalduendo, com pouca força e de apresentação irregular. Morante de La Puebla voltou a encantar, principalmente de capote. Na muleta também deixou as suas pinceladas bem típicas, mas quem reinou nesse campo foram os seus colegas. Padilla deu nas vistas pela sua criatividade e nas bandarilhas. Os três matadores mostraram ainda todos os seus dotes na vertente de capote, numa tarde para recordar no que diz respeito a este tércio. Lidaram-se toiros de Garcigrande (segundo, terceiro e quarto) e de Domingo Hernández (primeiro, quinto e sexto). Resultado final: Juan José Padilla: palmas e uma orelha com forte petição.

Julian Lopez El Juli: duas orelhas e ovação depois de ter pinchado. Miguel Angel Perera: silêncio e duas orelhas. A novilhada de El Freixo, ganadaria pertencente a El Juli, foi de grande nota. Boas faenas, jovens com valor e um indulto que marca, de forma incontornável, a manhã fria e chuvosa de Olivenza. O n.º 39, de nome “Corremantas”, com 460 quilogramas, da ganadaria El Freixo, toureado por Posada de Maravillas, foi de certeza absoluta a primeira grande alegria ganadera de El Juli, tendo oferecido classe e nobreza qb. Regressa ao campo, depois de deliciar tudo e todos com o excelente jogo que deu, principalmente por naturales. Nesta manhã fria de domingo, outra estrela brilhou: José Garrido! Perante mais de meia casa, o resultado da novilhada onde debutaram com picadores quatro jovens foi este: Miguel Ángel Silva: orelha e ovação. José Garrido: duas orelhas e orelha. Posada de Maravillas: duas orelhas e duas orelhas e rabo simbólicos. Lama de Góngora: orelha e palmas. A corrida que fechava o ciclo ferial de Olivenza desiludiu. Tudo por culpa dos toiros de Zalduendo, com pouca força e de apresentação irregular. Morante de La Puebla voltou a encantar, principalmente de capote. Na muleta também deixou as suas pinceladas bem típicas, mas quem reinou nesse campo foram os seus colegas. José Maria Manzanares está poderoso, com a muleta solta desenha muletazos e naturales de grande sentimento e Alejandro Talavante, o único que cortou uma orelha, está criativo e valente. Talavante tem tudo, só falta acertar com a espada. Perante lotação esgotada este foi o resultado após a morte de cinco toiros de Zalduendo e um de Garcigrande: Morante de la Puebla: silêncio e ovação. José María Manzanares: silêncio e ovação. Alejandro Talavante: ovação e uma orelha. Vítor Morais Besugo

C

om introdução de Agustina Bessa-Luís – que faz uma leitura notável desta obra descrita, sumariamente, como “espécie de educação sentimental para veteranos” – é reeditado O golpe de misericórdia. Trata-se de um belíssimo romance sobre a alma e o coração humanos. Sophie está no centro de um triângulo amoroso composto pelo irmão, Conrad, e pelo melhor amigo deste, Erich, um oficial prussiano de cujo ponto de vista é descrito o amor, impossível, que Sophie alimenta por ele que, por sua vez, só concebe a felicidade partilhada com Conrad. Um herói complexo, politicamente conservador, e que só conheceu a alegria durante a adolescência vivida em grande intimidade com Conrad, Erich convalesce de um ferimento, feito durante a Guerra Civil espanhola (ainda em curso quando, em 1938, Yourcenar escreve o romance), quando se recorda da intimidade, entre si e Sophie, que outra guerra civil forçou. Marguerite Yourcenar ter-se-á inspirado em factos da sua biografia – o amor não correspondido por André Fraigneau – para escrever um romance cuja densidade radica na teia complexa e delicada de sentimentos evocados. Para compôr a figura de Sophie, heroína sacrificial, ter-se-á também inspirado na figura de Jeanne de Vietinghoff, uma intelectual amiga de Yourcenar, que primeiro viu frustrada a sua paixão por um conde sueco antes de vir a casar-se com Conrad de Vietinghoff, barão homossexual de origem germânico-báltica, que, juntamente com André Fraigneau, lhe terá servido para compôr Erich. Maria do Carmo Piçarra

Marguerite Yourcenar Dom Quixote 116 págs. 13,90 euros


Ana Maria Baptista – Beja Taróloga – Método Maya Gabinete aberto (Jardim do Bacalhau) Contacto para marcação de consultas: 968117086 Características dos nativos de

Peixes (19 de fevereiro a 20 de março)

Tendem a existir de forma emocional e instintiva. São sonhadores, pacientes e amáveis, mas dificilmente tomam iniciativas para resolver os seus problemas. Sensíveis ao sofrimento dos outros. Dedicam-se a atividades solidárias com empenho e dão sempre mais do que recebem.

Previsões – Semana de 8 a 14 de março

A

a

Carneiro – (21/3 - 20/4) Aproveite esta altura para reordenar a sua biblioteca ou organizar as suas pastas no escritório, pois o trabalho mental é, agora, fácil de realizar. Pode, no entanto, sentir alguma dificuldade em ver imediatamente os frutos do seu esforço e o cansaço que se abate sobre si nessas situações pode fazê-lo sentir-se desencorajado. Não desanime e baseie sempre as suas decisões na sua visão global sobre a sua vida.

Balança – (24/9 – 23/10) Esta semana a boa disposição reinará, enchendo os seus dias de humor e alegria. Não deixe que o mau tempo o afete, dê valor à essência das coisas boas da vida e deixe-se levar pelo que realmente o preenche. Os nascidos no início do signo passarão por variados testes de autocontrolo. Ser-lhes-á pedido que definam os seus valores e objetivos, sendo que apenas os verdadeiros propósitos passarão no teste.

h

Filatelia Secção Filatélica da AAC festejou o seu aniversário Secção Filatélica da Associação Académica de Coimbra (Sfaac) comemorou o seu 48.º aniversário, no passado dia 23 de fevereiro, sábado. A cerimónia incluiu o lançamento do livro Carimbos Comemorativos de Coimbra e do n.º 25 da revista “Cábula Filatélica”, bem como uma excelente palestra de Acácio Horta Luz, denominada “O correio ambulante na região de Coimbra 1930-1972”, onde os presentes se deliciaram com os vastos conhecimentos do autor, nesta área ainda pouco estudada. O dia iniciou-se com uma já tradicional visita à Feira de Velharias de Coimbra, realizada na praça Velha, onde se pôde adquirir, ou só admirar, material filatélico de grande interesse. Depois de um agradável repasto no restaurante “Cantinho do Reis”, na baixa da cidade, os filatelistas deslocaram-se para o edifício da AAC, onde, no miniauditório Salgado Zenha, foi apresentado o mais recente número da revista da Sfaac, “Cábula Filatélica”, com interessantes artigos. Após isso, o filatelista Acácio Luz mostrou vários exemplares das marcas de dia das Conduções Coimbra-Serpins-Coimbra, Ramal de Alfarelos, Pampilhosa-Figueira da Foz-Pampilhosa e da Auto Ambulância Porto-Aveiro-Coimbra, estudo este que não era conhecido dos presentes, tendo sido, por isso, muito apreciado. Além disso, o autor mostrou ainda um vasto conjunto de bibliografia deste tema, enquadrando devidamente cada uma das fontes, referindo a sua qualidade e utilidade prática. Por fim, os autores do muito esperado livro Carimbos Comemorativos de Coimbra – Um passeio pela vida da Academia e da cidade mostraram a obra, acompanhando todos os carimbos comemorativos editados em Coimbra, desde 1854 até aos nossos dias, realçando as marcas de eventos organizados pela secção, ou o maior evento filatélico jamais organizado na cidade da Lusa Atenas, a Aemipex 69. A tarde terminou com um agradável convívio com um Porto de Honra partilhado pelos presentes. Durante estas quase cinco décadas a

g

Sfaac tornou-se uma referência incontornável no panorama filatélico nacional, pelo trabalho árduo e de qualidade, na divulgação e na promoção da filatelia, nas suas várias modalidades ou classes. A Secção de Filatelia da AAC, fundada por um grupo de estudantes filatelistas, teve desde sempre um papel importante na Academia, na cidade de Coimbra e em todo o País, como atesta a realização logo aos seus quatro anos de vida, da 7.ª Exposição Filatélica Nacional – “Aemipex 69”, bem como muitas outras mostras, salões e jornadas filatélicas ao longo dos mais de 40 anos de existência. Da sua atividade, que a torna, hoje, um dos mais importantes núcleos filatélicos da região Centro, destaca-se a criação, em 1977, do Clube de Colecionadores de Carimbos Comemorativos (CCCC), ainda hoje o único do género no País dedicado a esta área da filatelia, e a edição da revista “Cábula Filatélica”, conhecida em todo o País e distinguida internacionalmente. Tal como nos números anteriores, o presente número da “Cábula Filatélica” apresenta variados assuntos. Consultando o seu índice vemos que, para além do habitual editorial, ela historia as comemorações do seu 47.º aniversário, o Dia do Estudante em Coimbra, a Mostra Filatélica comemorativa dos 900 anos de Coimbra, o Profmat 2012, Inteiro Postal e Carimbo comemorativo sobre a Sida, os Prémios, S. Teotónio, uma figura intemporal de Coimbra e do Mundo, Sigmund Freud, Fotografia Portuguesa – Proposta de emissão filatélica, Correio Ferroviário em Portugal – Condução Aveiro-Sa(e)rnada e Sernada, Aveiro, Ponte Vasco da Gama, A Filatelia e a Arquitetura Contemporânea, Pavilhão de Portugal Expo’98, Erasmus e À Conversa com… Jorge Fernandes. Neste mês de março a Sfaac abre nas quintas-feiras dias 7 e 21 e nos sábados 9 e 13. As suas atividades podem ser consultadas em: (página) http://filatelica.aac.uc.pt/ (blogue): http://sfaac-filatelia.blogspot.pt/ Geada de Sousa

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Touro – (21/4 – 21/5) Durante esta semana, o nativo de Touro terá de ser cauteloso na forma como se expressa. Alguns dias de tensão emocional vão fazer com que fique profundamente agradecido pelos bons momentos que viver. Lembre-se sempre que, ao sentir-se grato, a vida retribui-lhe com mais do mesmo, por tanto, deixe-se inundar pela energia tão positiva desse nobre sentimento que é a gratidão.

Escorpião – (24/10 – 22/11) Este momento traz-lhe uma proposta desafiadora: arrumar o passado e aceitar o dom do perdão que existe em si. Enquanto enfrenta esta competição com cer ta tranquilidade e todo o empenho, a vida traz-lhe outra surpresa! Profissionalmente, tem de assumir mais responsabilidades e gerir novas circunstâncias. No aspeto pessoal, consegue finalmente prosseguir um compromisso com grande firmeza e levá-lo a um final feliz.

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Gémeos – (21/5 – 21/6) Neste momento, use a sua energia para se preparar para esforços futuros. No que diz respeito aos desafios que a vida lhe traz, poupe alguma dessa energia para que depois a possa rentabilizar de uma forma realmente efetiva. Questionar o sentido da vida pode também fazer parte deste processo, para que, quando seja necessário agir, a sua direção seja a mais acertada. Faça as mudanças que tem a fazer encarando a transformação como algo natural.

Sagitário – (23/11 – 21/12) No seio familiar, apesar de o ambiente estar em tensão, quase ao rubro, não se demita do seu compromisso na gestão da ordem no lar. Surpreendentemente, poderá surgir aqui a fonte de paciência de que tanto necessita. As influências astrais darão uma ajuda determinante para encontrar a solução para um problema de natureza estritamente pessoal, para o que pode contar também com alguém especialmente amigo.

j Caranguejo – (22/6 – 22/7) O nativo de Caranguejo irá encarar esta semana com muita calma. Atravessa agora uma fase de extrema originalidade, que leva ao surgimento de novas perspetivas sobre assuntos relativamente aos quais pensava já ter a sua opinião completamente formada. Viverá dias de pura apreciação pelos prazeres da vida, em que sentirá estar em harmonia com a beleza e o bem-estar.

k Leão – (23/7 – 23/8) Não consuma as suas energias até à última gota. Alie à capacidade de renovação a gestão adequada de todos os seus recursos para não desequilibrar – o que pode ser crítico. No aspeto amoroso, não se confunda, liberte-se, com certezas, do que de facto o incomoda, desconforta e domina. Confie na sua intuição e defenda-se com as devidas distâncias nos ambientes que o rodeiam.

l Virgem – (24/8 – 23/9) Nesta altura, aceite as profundas transformações que a vida lhe propõe. Sendo que a mudança é algo absolutamente natural, adote esta atitude positiva para que tudo flua sem barreiras. Podem surgir algumas dificuldades trazidas por condicionalismos ex teriores, por isso reconstrua a sua vida de dentro para fora. Procure alguma leitura sobre autoconhecimento e pratique.

d Capricórnio – (22/12 – 20/01) O verdadeiro lugar de um Capricórnio é no palco da vida, transformando tudo à sua volta. Em breve terá opor tunidade de fazer as mudanças necessárias de forma a reformar estruturas já existentes. Visto que os seus ideais são sempre realizáveis, conte com os seus recursos para cumprir os seus sonhos. Como dizia o grande Fernando Pessoa, saibe que “as pedras que encontrar no seu caminho podem ajudá-lo a construir o seu castelo”.

e Aquário – (21/1 – 19/2) As influências desta fase colocam as suas capacidades de comunicação em alta e elevam-lhe a criatividade para níveis de extremo talento em criação. Contudo, entusiasmo e energia ao máximo não bastam para “levar a água ao seu moinho”. Antes, necessita de conhecer e aprender sabiamente todo o processo. As relações familiares passarão por um período de tensão devido à sua postura algo descomprometida e destituída de compreensão quanto a certas concessões.

f Peixes – (20/2 – 20/3) Paciência é crucial para equilibrar desafios profissionais repletos de ação e dinamismo, mas onde encontra obstáculos. São momenos decisivos na sua carreira profissional. Em questões pessoais, não se exceda a dar. Defenda-se, tome espaço para si, reorganize-se desprendendo-se de problemas desnecessários e abra caminho para recompor energias. Não lamente estar a terminar um ciclo de vida; outro se inicia.

Diário do Alentejo 8 março 2013

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Diário do Alentejo 8 março 2013

Vencedores do Concurso de BD de Odemira são conhecidos amanhã

Os vencedores do 7.º Concurso de Banda Desenhada, promovido pela Câmara Municipal de Odemira e pela Sopa dos Artistas – Associação Local de Artistas Plásticos, no âmbito da 7.ª edição da Bdteca – Mostra de Banda Desenhada de Odemira, são conhecidos amanhã, sábado, numa cerimónia que está agendada para as 16 horas. A cerimónia de entrega de prémios será seguida da inauguração da exposição com os trabalhos apresentadas a concurso, exposição essa que ficará patente na biblioteca municipal até ao

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Fim de semana autora dos trabalhos é uma artista plástica ucraniana, residente em Zambujeira do Mar desde 2010. Nos óleos sobre tela patentes em Sines, Anastasiya Molchanova procura exprimir os seus sentimentos e a sua “visão sobre a beleza”.

José Coêlho expõe em Castro Verde

Pintura de Anastasiya Molchanova em Sines “A relevação dos meus sentimentos”, uma exposição de pintura de Anastasiya Molchanova, pode ser vista no Centro de Artes de Sines até ao fim do mês. A

Inaugurada no final da semana passada, continua parente ao público até ao dia 5 de abril, no Fórum Municipal de Castro Verde, a mostra de escultura de José Coêlho, intitulada “Poética e formas do espírito”. As obras de José Coêlho têm provocado ao longo da sua carreira “as mais diversas reações, pois despertam um diálogo com as pessoas que as observam”, refere a Câmara Municipal de Castro Verde, adiantando que os seus trabalhos “baseiam-se na

dia 30. Nesta 7.ª edição do concurso de BD participaram 19 concorrentes, num total de 20 trabalhos. Ao primeiro classificado serão atribuídos 300 euros, ao segundo 150 euros e ao terceiro 75 euros. O concurso, de tema livre, foi dirigido a maiores de 16 anos. A Bdteca, que é promovida pela autarquia, “para além de divulgar este género artístico e estimular a criatividade”, pretende “afirmar Odemira como um dos principais centros de desenvolvimento da banda desenhada na região e no País”.

História do jazz no espaço Oficinas Arranca hoje, sexta-feira, no espaço Oficinas, em Aljustrel, o curso livre de iniciação à história do jazz “Jazz de A a Z”. A ação, que decorrerá até 4 de maio estruturada em oito sessões, sempre às sextas-feiras, é ministrada por António Branco, dinamizador do Clube de Jazz do Conservatório Regional do Baixo Alentejo. A primeira sessão, pelas 21 e 30 horas, abordará o tema “Dos campos de algodão a Nova Orleães”.

construção de metais, com um peso de matéria, provocando ritmos, numa construção de um alfabeto, traçando um percurso entre contemplação, ação criadora e pensamento. Estas revelam uma procura constante de novas experimentações e novos caminhos, onde podemos descobrir a profundidade duma contemplação ativa, que parte duma meditação sempre aberta às vivências do ser”. Nascido em Árgea (Torres Novas) em 1948, mas a viver em Riachos desde a infância, José Coêlho venceu em 2003 o prémio Dr. Gustavo Cordeiro Ramos, atribuído pela Academia Nacional de Belas Artes. O artista, que frequenta atualmente o mestrado em Escultura Pública, na Faculdade de Belas Artes de Lisboa, foi discípulo do escultor Martins Correia, ilustrou a edição de pequeno formato Os Lusíadas e expõe com regularidade em Paris.

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Vidigueira recebe exposição “Grandes Fotógrafos” O átrio do edifício da Câmara Municipal de Vidigueira tem patente, até ao próximo dia 24, a exposição de fotografia “Grandes Fotógrafos”. Uma mostra que integra trabalhos de Philippe Halsman, Marc Riboud, Josef Koudelka, Henri Cartier-Bresson, Ferdinando Scianna, Guy Le Querrec, W. Eugene Smith, Robert Capa ou Alberto Korda.

Comédia e música ao vivo no Pax Julia, em Beja

“Como desenhar mulheres, motas e cavalos” com Nuno Markl e Miguel Araújo “

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ma refrescante fusão de comédia com desenho em tempo real e música ao vivo”. Assim é descrito o espetáculo “Como desenhar mulheres, motas e cavalos”, que subirá ao palco do Pax

Julia Teatro Municipal na noite de manhã, sábado, pelas mãos de Nuno Markl, autor, argumentista e apresentador de programas de televisão e rádio, e de Miguel Araújo Jorge (também conhecido por Mendes), compo-

sitor e guitarrista de Os Azeitonas, banda responsável “por hits como ‘Quem és tu miúda?’ ou ‘Anda comigo ver os aviões’”. “A falta de habilidade de Nuno Markl para ‘desenhar mulheres, motas e cavalos’ servirá de ponto de partida para uma narrativa autobiográfica, que guiará o público por uma bem-humorada reflexão sobre as ansiedades e dores de crescimento do Homem Contemporâneo. Ou então, haverá palermice. Seja como for, será mágico!”, pode ler-se no site do Pax Julia. Os vários tópicos do espetáculo “serão ilustrados, em tempo real, pelo próprio Nuno Markl, através de desenhos projetados num ecrã gigante”. Em palco “estará também Miguel Araújo, que interpretará ao vivo a banda sonora, por si composta especialmente para este espetáculo. Pelo meio, haverá ainda espaço para improvisação e interação com o público”. O espetáculo tem início agendado para as 21 e 30 horas.


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Bispo de Beja, com 75 anos, afirma que é importante preparar a transição na diocese e passar o testemunho a um jovem bispo de 70 anos. Beja: Depois de março “mês da árvore e da poesia” virá abril “mês da Ovibeja e da rinite alérgica”. facebook.com/naoconfirmonemdesminto

Inquérito João Salgueiro defendeu que os desempregados podiam estar a limpar as matas ou a trabalhar na construção civil. Concorda?

LUCAS AZARADO, 42 ANOS Pessoa que sofre de “síndrome de dedos sapudos”

António Sebastião lança o movimento “Que se lixe o PSD! Quero ser presidente da câmara!” O passado fim de semana ficou marcado pela mobilização nacional promovida pelo movimento “Que se lixe a Troika”. Mas esta não foi a única manifestação a marcar o início do mês de março: num recanto do Alentejo, nasceu o movimento “Que se lixe o PSD! Quero ser presidente da câmara!”, lançado por António Sebastião, que terá visto a sua candidatura à câmara de Beja ser reprovada pela Distrital de Beja do PSD por, alegadamente, ter tentado condicionar a candidatura à câmara de Almodôvar. Ao que parece, a decisão dos sociais-democratas baixo-alentejanos terá enfurecido de tal modo António Sebastião que este não hesitou em devolver o cartão de militante e o busto de Branco Malveiro que tinha na sala de jantar e em convocar, via Facebook, uma grande manifestação de apoiantes desta causa junto da sede do PSD local. Fonte ligada à organização da mesma revelou-nos em primeira mão que serão cantados temas como o “Grândola, Vila Morena” e o “Goodbye, my love, goodbye” de Demis Roussos, e que, neste exato momento, estão a ser preparados cartazes com frases de ordem como: “No tempo do Ramôa, andava tudo à toa” ou “Não é com o Caeiro, que se chega ao poleiro”. Alunos de Beja que venceram Campeonato Nacional de Jogos Matemáticos contratados pelo Governo para acertar nas previsões económicas Os alunos da Escola Secundária D. Manuel I (Beja), Leonel Quinta Queimada e André Santana, foram os grandes vencedores do Campeonato Nacional de Jogos Matemáticos. Esta vitória, que ocorreu em Évora, cidade arquirrival de Beja, teve direito a festejo com fogo de artifício e a uma marcha automóvel na rotunda junto à gare, pois foi considerada o maior feito da capital do Baixo-Alentejo sobre Évora desde que o Império Romano assinou a paz com os Lusitanos na Pax Julia, apesar das pressões dos centuriões e senadores eborenses. Mas sabemos agora que este não foi o único festejo a nível nacional deste feito. Segundo consta, a performance dos jovens bejenses não terá passado despercebida a olheiros governamentais que também terão exultado por terem encontrado finalmente os predestinados a acertar nas previsões económicas, como nos explicou fonte de receitas do executivo: “Já está decido! Vamos contratá-los com um salário limpo que será, pelo menos, o triplo do do Presidente da República… A verdade é que estamos desesperados! Não acertamos uma! Pode ser que estes miúdos, com uma abordagem mais fresca, consigam fazer alguma coisa disto… Esta coisa de fazermos contas com o método sudoku e com o ábaco não está a funcionar!”

Óleo alimentar furtado e usado como combustível automóvel explica cheiro a pataniscas nas estradas da região O aumento de furtos de óleo alimentar usado tem preocupado as autoridades locais. O óleo roubado, que tem como destino a utilização como combustível automóvel, tem, contudo, deixado um rasto difícil de cobrir, pelo que a Polícia Judiciária está esperançada em apanhar os infratores muito em breve, como nos revelou o inspetor Aloísio Algemas: “Donde é que acha que vem o cheiro a pataniscas, chamuças e croquetes que se tem sentido em algumas estradas da região? Os larápios pensam que são espertos, mas nós vamos mostrar-lhes que connosco não se brinca… Até porque agora temos uma arma secreta… O Torres, um dos nossos novos inspetores, consegue cheirar fritos num raio de 30 Km… É melhor que um cão pisteiro! Ainda no outro dia não apanhámos a temível Quadrilha dos Polinsaturados por meros dois minutos e meio…”. Mas não são as autoridades locais as únicas preocupadas com estes roubos. O sindicato dos mecânicos vegetarianos puristas e as gasolineiras estão também preocupados com o problema de saúde pública que poderá estar inerente: “Se não se fizer nada rapidamente, isto daqui a uns meses vai ser a principal causa de morte do nosso parque automóvel… Ou acha que o aumento exponencial dos níveis de colestrol e de problemas vasculares em alguns automóveis não são para ser tidos em conta? Mas nós vamos lutar contra este flagelo… Até já começámos a instalar bombas com óleo alimentar refinado, azeite extra virgem, mostarda de 95 octanas e maionese de 98 octanas… Se isto não purificar os motores, nada o fará”, confidenciou-nos uma prestigiada gasolineira.

Estou sem trabalho há mais de um ano, e neste momento estou por tudo. Limpar as matas seria o menor dos meus problemas… Até me podiam oferecer trabalhos verdadeiramente degradantes e perigosos, como ir bater palmas para o programa do Malato ou ser presidente do Sporting… Pior do que isso só ser candidato do PSD à Câmara de Beja - seria mais seguro ir desarmar minas com os dentes no Afeganistão.

JOÃO SALGUEIRO, 78 ANOS Guru da busca ativa de emprego Sinceramente não percebo a polémica… As pessoas hoje ofendem-se com qualquer coisa. Trabalhar nas matas é uma coisa digna. Dou um exemplo: eu contrato pelo menos três pessoas para tratar das minhas sobrancelhas, que já foram consideradas pelos especialistas uma floresta tropical de alta densidade vegetal… Se não as tivesse aqui a desbastar-me as sobrancelhas com umas catanas nem conseguia ver os pés.

ADOLFO FERMENTO DE PADEIRO, 35 ANOS Pessoa que faz o bigode com delipação a laser Acho que o dr. Salgueiro tem toda a razão. Eu estive desempregado e tornei-me um empresário de sucesso no ramo da construção civil. A minha empresa faz casas com palhas, paus, chocolates, biscoitos de gengibre, fósforos e outros materiais habituais nos contos infantis. O negócio tem corrido bem, especialmente nas casas adocicadas… Até vamos lançar uma casa feita de popias sem doce para o mercado dos diabéticos! Agora, se não se importam, tenho de ir ali atender os três porquinhos...


Nº 1611 (II Série) | 8 março 2013

9 771646 923008

01611

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quadro de honra Francisco Chaves, natural de Castro Verde, ganhou recentemente o Prémio Novos Compositores. E “Sinfonieta em três andamentos”, da sua autoria, estreia no dia 3 de maio, num concerto da Orquestra Metropolitana de Lisboa, no auditório da Universidade Nova de Lisboa. O jovem compositor gostaria de, para já, ver “o concerto esgotado”. Garante que quando escreve “tenta fazer algo muito pessoal”, que saia do seu “‘cerne’, sem influências do exterior”, mas, em sua opinião, “isto é uma utopia”, até porque toda a música que ouve lhe serve de inspiração. E não considera que este prémio signifique “uma chegada”. “Ainda tenho muito para evoluir”, diz.

Vencedor do Prémio Novos Compositores

“O importante é nunca estarmos satisfeitos” Como surgiu a vontade de concorrer ao Prémio Novos Compositores?

Quais são as suas maiores influências?

Quando escrevo tento fazer algo muito pessoal, que saia do meu “cerne”, sem influências do exterior. Obviamente que isto é uma utopia. Toda a música que oiço, seja clássica ou não, serve de inspiração. Todos os meus professores e ex-professores são influências importantíssimas para mim, porque, quer queiramos quer não, eles acabam por nos guiar. Eles afastam-nos de certos caminhos e levam-nos a outros. E isso acaba por ter consequências na nossa vida.

Existe uma revista chamada “Glosas” e lá aparecia a informação sobre o concurso. Li o regulamento e decidi que iria participar. Como define a sua peça vencedora: “Sinfonieta em três andamentos”?

Parte do regulamento do concurso definia a obrigatoriedade de escrever algo para uma orquestra pequena e onde usássemos como mote alguma da música de Joseph Haydn. Foi o que fiz, no entanto, as referências a Haydn são muito ténues e difíceis de percecionar. Apesar de ter o compositor austríaco como base, o meu objetivo foi criar uma atmosfera/sonoridade que me fosse cara. “Sinfonieta” é, na verdade, uma pequena sinfonia, que, neste caso, se encontra dividida em três andamentos com caracteres muito distintos. A estreia acontece no dia 3 de maio, num concerto da Orquestra Metropolitana de Lisboa. É uma honra?

Sim, é uma grande honra. Gostava imenso que o concerto estivesse esgotado, pois nada dá mais prazer do que mostrar o nosso trabalho às outras pessoas. A Orquestra Metropolitana é muito boa e tenho a certeza que será um excelente concerto. Está a tirar uma licenciatura em Música (ramo de guitarra) na Universidade de Évora e, paralelamente, estuda composição. Como concilia?

É bastante difícil. Há semanas complicadas, mas com força de vontade acho que tudo é possível. PUB

Francisco Chaves 19 anos, natural de Castro Verde Começou a tocar guitarra aos 11 anos. Anos mais tarde teve as primeiras aulas de composição. Frequentou e assistiu a várias masterclasses e cursos de aperfeiçoamento musical. Já conquistou vários prémios em concursos de guitarra. Além de prémios como guitarrista, também recebeu uma menção honrosa no 3.º Prémio de Composição Século XXI – Gustav Mahler. Ganhou recentemente o Prémio Novos Compositores. Frequenta, em simultâneo, a licenciatura em guitarra, na Universidade de Évora, e a licenciatura em composição.

Tem 19 anos e já arrecadou vários galardões em concursos. Agora soma mais este. Como se chega até aqui, especialmente, tão novo?

Enfim… Acho que isto não é propriamente “a chegada”. Como disse, sou muito novo. Ainda há muito para evoluir. Os prémios são importantes, porque nos motivam e fazem com que o nosso trabalho seja reconhecido. O importante é nunca estarmos satisfeitos, independentemente do que já alcançámos. Isto, por vezes, pode tornar-se um pouco neurótico e, aí, os amigos e familiares são uma ajuda preciosa. Como imagina a sua vida daqui a uns anos?

Já me fiz a mim mesmo essa pergunta várias vezes, mas nunca chego a nenhuma conclusão. Vivemos numa era em que não vale a pena planear a vida, porque não há certezas de nada. Em princípio, imagino-me no estrangeiro, visto que Portugal não me parece ter um futuro muito promissor. Enfim, pura especulação. Ninguém sabe o que se avizinha. Bruna Soares

Hoje, sexta-feira, podem cair alguns aguaceiros. A temperatura oscilará entre os 11 e os 15 graus centígrados. Amanhã, sábado, o tempo deverá continuar chuvoso, bem como no domingo.

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Pensar o Alentejo como marca internacional Pensar as potencialidades do Alentejo no contexto internacional é o que propõe o evento “Marca Alentejo Além-Fronteiras – Uma Visão Estratégica”, agendado para o próximo dia 13, na sede da Associação de Municípios do Baixo Alentejo e Alentejo Litoral (Ambaal), em Beja. O debate, organizado pela Quidgest, em parceria com a agência de gestão de marcas MM+A Branding, dirige-se a decisores, gestores de topo, consultores e profissionais interessados em “pensar uma estratégia para o reconhecimento do Alentejo além-fronteiras”. O encontro conta com a participação de José Maria Pós-de-Mina, presidente da Ambaal, e de Ana Luísa Brejo, coordenadora da área de Desenvolvimento Regional da Adral.

Escola Mário Beirão promove mostra cultural O agrupamento de escolas Mário Beirão (nº.2) de Beja tem agendada, para o próximo dia 15, uma mostra cultural do Baixo Alentejo sob a designação “Uma terra chamada gente”. O evento, que contempla exposições de fotografia e de artesanato, uma mostra gastronómica e uma sessão com contadores de histórias, será também uma oportunidade para a estreia oficial do grupo coral da escola, os Mocinhos em Cante. A iniciativa tem lugar na Escola Mário Beirão, com abertura às nove horas.

Mértola lembra antigo presidente Serrão Martins Mértola evoca o antigo presidente da câmara, Serrão Martins, com um programa de iniciativas culturais, que arranca no próximo dia 18, prolongando-se até 25. “Lembrar Serrão Martins” inclui, na abertura, a inauguração de um conjunto escultórico no jardim do coreto da Mina de São Domingos e o lançamento do livro Por Terras do Chapéu de Ferro. No dia 21, na Biblioteca Municipal de Mértola, terá lugar a apresentação do catálogo da Casa Romana, do núcleo do Museu de Mértola, e o espetáculo de poesia “Sim Senhor Poeta”. A iniciativa encerra, na noite de 25, com um espetáculo musical pelo grupo Cantigas do Baú, no Cineteatro Marques Duque.


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