Pós-de-Mina: a política na “massa do sangue”
José Santos: orquidófilo de Milfontes lança manual
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Este VALE
€1,20 Veja como na página 25
na Postos BP Beja
SEXTA-FEIRA, 22 MARÇO 2013 | Diretor: Paulo Barriga Ano LXXXI, N.o 1613 (II Série) | Preço: € 0,90
Evolução do endividamento das autarquias nos últimos três anos
Maioria dos municípios do Baixo Alentejo diminui dívida pág. 8
Novo projeto fotográfico de Mariano Martins em exclusivo no “DA”
Com a chegada da primavera o anúncio de que Alqueva tem capacidade para três anos, permitindo que a região não seja afetada por períodos de seca prolongados. Mas a nova estação, para além da garantia de água, trouxe também às páginas do “DA” um trabalho dedicado às aves do Alentejo. Registadas pela lente do fotógrafo Mariano Martins. págs. 11 e 16/17
Alqueva com água para três anos no início da primavera
Portel, Ourique, Pomarão e Vidigueira
Alentejo festeja gastronomia PUB
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Diário do Alentejo 22 março 2013
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Editorial Rádio
Vice-versa “Não estamos a criar um problema de 19 por cento de desemprego. O problema de desemprego em Portugal é estrutural e já vem de longe. Poderíamos ter ido por outros caminhos [no programa de ajustamento], mas o desemprego estaria sempre lá”. Carlos Moedas, secretário de Estado Adjunto do primeiro-ministro,19 março, Madrid
Paulo Barriga
“Diz-se que não se devem ter economias baseadas em mão de obra barata. Não sei por que não. Porque se não for a mão de obra barata, não há emprego para ninguém. Portanto, de facto, é uma vantagem comparativa”.
E
sta semana, no fundo dos jornais, de alguns, apareceu uma notícia supostamente banal. Uma notícia que dava conta dos consumos de rádio em Portugal. Na luta pela liderança das audiências, no que toca às estações generalistas, musicais, a Rádio Comercial continua a levar a melhor sobre a RFM, mesmo com a recente saída de Ricardo Araújo Pereira da antena. Nas informativas, a TSF cresceu um nadinha. Mas a grande questão marginal à notícia, marginal à própria ordem informativa, é que o consumo de rádio tornou a cair. Outra vez. Depois de outra e de mais outra. Há cada vez menos pessoas a consumir rádio em Portugal. O que não deixa de ser preocupante. A rádio é o mais íntimo, democrático e imediato dos meios de comunicação de massas. É na rádio, e apenas na rádio, que se estabelece calor entre quem emite e quem receciona mensagens mediatizadas. A rádio, através da proximidade que ela gera, é um vizinho sempre atento e preocupado e disponível. Não ouvir rádio é cortar de vez com o último elo de vizinhança que talvez nos reste. Nos tempos que correm, em que tudo se resume a cifrões, a quebra do consumo de rádio pode levar (vai levar) a um desinvestimento publicitário que conduzirá à extinção do próprio meio. O que não deixa de ser uma injustiça tremenda. Nas últimas décadas, se há média que inovou, que se reinventou, que se aproximou das pessoas foi a rádio. E esta renovação da rádio, a par das necessárias atualizações tecnológicas, deu-se essencialmente ao nível da criatividade. Nunca, como hoje que não a escutam, a rádio foi tão intensa, tão emotiva, tão colorida, tão imagética. E tudo isto sem qualquer outra ajuda que não a palavra dita. A palavra contada. Transmitida oralmente. Como acontece desde que o Homem aprendeu a comunicar. O fim dos dias da rádio, no tempo em que a comunicação interpessoal passou para dentro do computador, é o fim da conversa. Em 1981, quando a televisão americana inventou o canal de telediscos MTV, abriu a emissão com um tema supostamente profético do grupo The Buggles: “Video killed the radio star”. Estavam bem enganados. Muito mais enganados do que agora estamos.
Belmiro de Azevedo, 16 março, Clube dos Pensadores
Fotonotícia Alentejo XII e Câmara de Beja abrem loja para venda de produtos agrícolas O projeto Prove – Promover e Vender, dinamizado pela Alentejo XXI– Associação de Desenvolvimento Integrado do Meio Rural, em parceria com a Câmara de Beja, inaugurou no final da semana passada, na cidade, a Loja Prove, onde são comercializados diretamente entre produtores locais e consumidores, “a preços competitivos”, cabazes de produtos agrícolas, “produzidos em modo biológico”. A loja, situada no Estádio Municipal Flávio dos Santos, em instalações cedidas pela Câmara de Beja, conta atualmente com quatro produtores associados, “que organizam cabazes diversificados de produtos agrícolas” para venda direta ao consumidor. O projeto destina-se aos interessados em contribuir para o desenvolvimento local, “potenciando uma economia de proximidade mais solidária e equilibrada”, sendo que a Câmara de Beja irá servir de intermediária entre o Prove e os futuros hortelãos das Hortas Urbanas. NP Foto de José Ferrolho
Voz do povo O que lhe traz a primavera?
Inquérito de José Serrano
Mónia Lopes 29 anos, comercial
Ana Oliveira 57 anos, funcionária pública
Alexandra Correia 36 anos, contabilista
Maria dos Remédios 73 anos, doméstica
Traz-me sol e alegria. A primavera tem a virtude de levar mais entusiasmo ao dia a dia da maioria das pessoas. Muda-nos o estado de espírito. Saímos mais à rua, com os amigos. Há mais passeios e petiscos. Ficamos mais alegres, mais recetivos. É uma estação muito acolhedora. A primavera não vai, com certeza, resolver a crise, mas traz uma lufada de ar fresco.
Eu gosto muito da primavera. É uma estação que me traz alegria e boa disposição. É tudo mais colorido. Passeio mais. Não me isolo tanto em casa. As pessoas não andam tão stressadas. Vivem mais bem-dispostas e têm mais paciência umas para as outras. E também já estou farta dos dias escuros e chuvosos do inverno. Que este ano se prolongou para além do costume.
Não me traz nada de especial. Não gosto das meias estações. Nunca gostei. Só gosto mesmo é do verão. Ou então do frio. A primavera é uma estação indefinida. Não é uma coisa nem outra. Tao depressa está a chover como a fazer sol. Nunca sei com o que posso contar. Nem o que hei-de vestir. E para inconstância já nos chega o Governo que temos.
Alegria e boa disposição. Os dias são mais bonitos. Muda muito a minha maneira de estar. Na primavera sinto-me outra pessoa. Até para fazer as coisas de casa a disposição é outra. No inverno ando mais deprimida. Nesta altura gosto muito de ir passear ao campo, ver as flores. Mas como isto está, duvido muito que esta primavera consiga trazer moral aos portugueses.
Rede social JF
Semana passada QUINTA-FEIRA, DIA 14 BEJA CARRINHA DO ALBERNOENSE INCENDIADA
O sino de bronze, com cerca de 50 quilogramas, da Ermida de Santo António dos Açores, em Vila de Frades, Vidigueira, foi roubado, disse à Lusa o presidente da junta de freguesia. Luís Amado contou que só se apercebeu do roubo no domingo de manhã durante uma visita à ermida, situada no cimo de um outeiro, numa zona isolada a cerca de dois quilómetros de Vila de Frades. Segundo o autarca, o sino, que “derretido em bronze” deverá valer “largos milhares de euros”, terá sido roubado recentemente, porque na última vez que tinha visitado a ermida, há três domingos, o sino estava na torre. Os autores do roubo terão usado uma escada para aceder à torre da ermida e retirar o sino, que estava a cerca de cinco metros de altura, admitiu Luís Amado, que entretanto apresentou uma queixa na GNR contra desconhecidos. “É triste ver o nosso património ser delapidado por larápios, que atacam na calada da noite para tirar dividendos financeiros em proveito próprio”, lamentou o autarca, frisando que o sino roubado “fazia parte do legado herdado dos povos mais antigos”.
CUBA GNR RECUPERA 33 OVELHAS QUE TINHAM SIDO FURTADAS A GNR recuperou no domingo, num monte no concelho de Cuba, 33 ovelhas que tinham sido furtadas na madrugada de sábado em Ferreira do Alentejo e constituiu arguido o homem que tinha os animais na sua posse. As ovelhas, avaliadas em 2 400 euros, foram encontradas num monte em Albergaria dos Fusos, na freguesia de Vila Ruiva, no concelho de Cuba, onde foram reconhecidas pelo proprietário, a quem foram entregues pela GNR. Segundo a GNR, o homem que tinha na sua posse as ovelhas furtadas possui antecedentes criminais e foi constituído arguido e sujeito a Termo de Identidade e Residência. A recuperação das ovelhas foi conseguida através de investigações da GNR no âmbito de um processo-crime por furto de gado.
SEGUNDA-FEIRA, DIA 18 BEJA “SEMANA ABERTA” EM ALBERNOA A Câmara de Beja deu início a mais uma “Semana Aberta” desta vez na freguesia de Albernoa, com várias iniciativas lúdicas, culturais e sociais. A iniciativa, que percorre as 18 freguesias do concelho de Beja, visa “uma aproximação cada vez mais efetiva” entre o executivo e os serviços da autarquia e os munícipes, explica a autarquia. A exposição “Património Natural do Concelho de Beja”, patente no antigo Posto da GNR, visitas do executivo a unidades locais de produção e empresas e atendimento a munícipes foram algumas das ações realizadas.
SERPA GNR DETÉM TRÊS HOMENS E UMA MULHER POR ALEGADO TRÁFICO DE DROGA A GNR deteve três homens e uma mulher por alegado envolvimento em tráfico de droga em Pias, concelho de Serpa, e apreendeu 319 doses de haxixe e cocaína, anunciou a guarda. A detenção dos suspeitos, entre os 32 e os 51 anos, decorreu durante uma operação que envolveu cinco buscas domiciliárias, explica a GNR. Durante a operação foram apreendidas 307 doses de haxixe e 12 de cocaína, 11 plantas de canábis, 615 euros, uma viatura, um computador e instrumentos para cultivo de substâncias estupefacientes, precisa a GNR. Durante a operação, a GNR também constituiu como arguidos uma idosa de 72 anos e um homem de 28 anos.
O Centro Operativo e de Tecnologia de Regadio (COTR) tem em funcionamento, desde setembro de 2001, a rede Sagra, constituída por 14 estações meteorológicas automáticas, uma das quais localizada na Quinta da Saúde, em Beja. A rede de estações foi criada com o objetivo de caracterizar o clima da região de Beja e implementar o serviço de avisos de rega, que proporciona, em tempo real, informação sobre as necessidades hídricas das culturas, de forma a racionalizar o uso da água na agricultura de regadio. Os dados meteorológicos das estações estão disponíveis diariamente na página web do COTR através do serviço SagraNET (www.cotr.pt/sagra.asp) e semanalmente são divulgados através do Boletim Agrometeorológico do Alentejo a cerca de 900 utilizadores.
O Agrupamento de Escolas Mário Beirão de Beja promoveu uma mostra cultural do Baixo Alentejo. E estes pequenos protagonistas encarnaram o espírito na perfeição, ou não fosse o lema “Uma terra chamada gente”. JF
Quando é que a Estação Meteorológica da Quinta da Saúde foi criada e com que finalidade?
Escola Mário Beirão mostrou cultura do Alentejo
Santiago Maior promoveu hábitos de vida saudáveis O Agrupamento de Escolas N.º 3 de Beja, na Escola Básica e Centro Escolar de Santiago Maior, promoveu hábitos de vida saudáveis. E foram os mais pequenos a darem o exemplo aos adultos. Em prol da qualidade de vida. JF
VIDIGUEIRA ROUBADO SINO DE BRONZE DE ERMIDA
Responsável pelo Sistema Agrometeorológico para a Gestão da Rega no Alentejo – Sagra
Como caracteriza os últimos anos tendo em conta os valores registados na região pela estação?
Da análise dos dados meteorológicos registados na estação de Beja desde 2001, verificou-se que a temperatura média do ar foi de 16ºC, atingindo o valor máximo de 45,7ºC em julho de 2003 e o mínimo de -4,3ºC em janeiro de 2005. Relativamente à precipitação, a média foi de 540 mm, e verificou-se que os anos de 2004 e 2005 foram os mais secos do período (355 e 342 mm, respetivamente) e o ano 2010 o mais chuvoso (825 mm). Pode dizer-se que as variações climáticas são cíclicas, no entanto a tendência é aumentar os eventos meteorológicos extremos. No presente ano hidrológico, que começou a 1 de outubro, registamos em Beja 500 mm. Tem sido importante para atingir um nível elevado de armazenamento de água nas albufeiras e garantir disponibilidade para o regadio. No entanto, pode prejudicar as culturas arvenses, principalmente nos solos com problemas de drenagem, comprometendo as operações culturais e a produção dos cereais. Em vésperas do Dia Mundial da Meteorologia, que se celebra a 23, que alertas deixa à população?
Para celebrar o Dia Mundial da Meteorologia não podemos deixar de referir um dos maiores desafios da humanidade, a adaptação e mitigação dos efeitos das alterações climáticas. Assim, deverá ser prioridade para todos os intervenientes – população, gestores da água, agricultura e indústria – fazer uma gestão adequada dos recursos naturais. Numa região em que a agricultura é o principal setor de atividade, não podemos deixar de reforçar a importância da utilização eficiente da água e da energia de forma a proteger o ambiente e potenciar a rentabilidade no setor. Nélia Pedrosa
Os 20 anos da Escola de Santa Maria A Escola de Santa Maria, em Beja, promoveu diversas iniciativas durante o mês. Uma delas foi a semana cultural, onde se incluíram atividades relacionadas com a dança, algumas abrilhantadas por estas pequenas grandes bailarinas. DR
DOMINGO, DIA 17
3 perguntas a Marta Santos
Vale de Vargo celebrou azeite Vale de Vargo, no concelho de Serpa, acolheu a X Feira do Azeite. Três dias dedicados ao setor, mas também a muitos outros produtos regionais. A tradição também não foi esquecida, para que a identidade, essa, não se perca. DR
A carrinha do FC Albernoense, que faz os transportes dos jogadores, foi incendiada na madrugada de quinta-feira. A viatura ardeu junto ao jardim público de Beja, onde estava estacionada, tendo ficado totalmente destruída. A direção do clube fala “em fogo posto, depois dos indícios recolhidos pelas autoridades policiais”. A referida carrinha, que era utilizada para os treinos e jogos da equipa, “era o único transporte” do clube, que agora “só poderá continuar no campeonato graças à boa vontade do treinador da equipa, Marco Trombinhas, e de alguns jogadores do clube que se disponibilizam em utilizar as suas próprias viaturas”.
Serrão Martins relembrado em Mértola Mértola relembra o antigo presidente de câmara, Serrão Martins, com um programa de iniciativas culturais, que só terminam no dia 25, com um espetáculo musical pelo grupo Cantigas do Baú.
Diário do Alentejo 22 março 2013
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Diário do Alentejo 22 março 2013
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Garvão
Montaraz e Unidade de Cuidados Continuados são os principais empregadores da vila
Nos domínios do porco preto
O
que agora corre por debaixo da ponte António de Brito Ramos é um fio de água tímido, inofensivo, que nem chega a molhar as margens. O inverno tem sido chuvoso mas não o suficiente para encher a ribeira e menos ainda para a fazer sair do leito, arrastando consigo casas, pertences, vidas e a própria estrutura que une a vila de Garvão. Foi assim há 15 anos, no fatídico dia 5 novembro de 1997, lembrado numa lápide que regista a reconstrução da ponte, em 2003, e presta homenagem a todos os que faleceram na tragédia. O dia está soalheiro e a ribeira da Funcheira, que já foi um lobo enfurecido, veste agora a pele de cordeiro, para descanso dos garvanenses. No largo da Amoreira, uma espécie de sala de estar da vila, os reformados picam o ponto nos bancos exteriores do Café Central. E lembram os tempos áureos da terra, que chegou a ter “uma atividade comercial muito grande”, sublinha Fernando de Oliveira, antigo pedreiro de 85 anos, enumerando os símbolos da pujança agrícola de outrora: “Antigamente, havia a fábrica de farinha – chamavam-lhe a Alta Moagem – a fábrica das cortiças, os celeiros do trigo, mas isso praticamente está tudo acabado”. “A agricultura está completamente arrasada”, confirma Augusto da Conceição Maria, muito bem-posto aos 77 anos: chapéu preto de feltro, sorriso pronto, piada na ponta da língua. Sabe do que fala, tratou os campos por tu ao longo de 62 anos. “Era pastor, mas não era padre. Os padres é que são pastores, não é?”, brinca, recordando sem mágoa que “penou muito”. É por merecê-lo que hoje não se envergonha do ócio dos dias. “Agora é passar aqui a vida sentados e ir para casa comer uma açorda. E já não é mau”, sorri de novo, rogando pragas aos cães que lhe interrompem o discurso. A meio da manhã, o movimento da terra faz-se entre o Café Central, a junta de freguesia, do outro lado da ponte, e o minimercado. E não se vislumbram almas com menos de 60 anos. Ou porque estão nos seus locais de trabalho, ou, o que é pior, porque já deixaram Garvão há muito. “A vida está muito manhosa; está um bocado difícil para casar, para se arranjar casa e vida própria”, comenta Augusto da Conceição Maria, que tem ambos os filhos, um casal, estabelecidos no Algarve, na área da restauração. Um destino que já foi de muitos mas que hoje, avisa, “está muito parado”. Não muito longe, a descendência do amigo Fernando criou, por sua vez, raízes pelo litoral alentejano. Em Garvão, restam a Montaraz, uma unidade de transformação artesanal de porco alentejano, que empregará à volta de 40 pessoas por estes dias, e a Unidade de Cuidados Continuados de Longa Duração e Manutenção de Garvão, da responsabilidade da Associação Futuro de Garvão, que está de portas abertas há cerca de um ano num edifício construído de raiz, mesmo à entrada da vila, na chamada
Já foi uma “grande vila”, lembram os mais velhos, saudosos dos tempos em que ali houve moagem de farinha, fábricas de cortiça e uma pujante atividade comercial. Garvão, oficialmente com 731 habitantes – menos 120 do que em 2001 –, vive hoje ancorada no montado e na transformação de porcos de raça alentejana, centrando-se numa unidade, a Montaraz, onde 40 pessoas têm o seu ganha-pão. Um setor, aliás, cuja relevância local fez “atualizar” a secular Feira de Garvão para um certame que atrai milhares de visitantes todos os anos, em maio, e que é, por isso, o momento mais desejado pelos garvanenses. Texto Carla Ferreira Fotos José Serrano
Sardôa. “São os sítios que empregam aí mais gente”, aponta Augusto. Faltam a Garvão o movimento, a vida de outrora. E quem o diz já conheceu a localidade como “uma grande vila”. Natural de um monte próximo, Madalena Francisco, de 69 anos, aprendeu ali a ler mas depois fez-se à vida para a Grande Lisboa e por lá trabalhou em duas grandes empresas do setor alimentar. Viveu em Linda-a-Velha ao longo de 46 anos e, regressada há coisa de um ano, não pode deixar de notar as diferenças: “Vim encontrar esta vila um bocadinho mais atrasada do que aquilo que ela era quando andei aqui à escola. Tem muitas pessoas de idade avançada e quase que não se vê ninguém na rua”. Voltou por causa do “sossego”, reconhece, e pela liberdade de movimentos que implica viver numa casa térrea e sem transportes para apanhar. Mas estranha a pouca oferta do comércio local e o facto de ter que ir até Ourique, a sede de concelho, caso necessite de algo “mais sofisticado”. Tem assim o melhor dos dois mundos: “Tão depressa estou cá como estou em Linda-a-Velha. Tenho lá família e tenho lá também a minha casa”. Quanto a cuidados saúde, todos concordam que as coisas mudaram para melhor com a nova extensão de saúde, inaugurada há um mês no edifício novinho da Unidade de Cuidados Continuados. Dantes o atendimento fazia-se na Casa do Povo, agora faz-se na Sardôa mas, segundo Diogo Rocha Neves, 75 anos bem conservados e boa disposição para dar e vender, também “vêm aqui ao centro de 15 em 15 dias. É uma carrinha que traz a doutora e as consultas fazem-se lá dentro”. Diogo chegou de Ferreira do Alentejo há quase 24 anos. Trabalhou num monte próximo e foi depois coveiro no cemitério local. Tem um filho com o mesmo nome que ali casou e arranjou trabalho, na Câmara de Ourique, e é a razão por que Diogo nunca regressou à terra natal. Tem agora 42 anos, uma geração que, segundo o antigo coveiro, “ou vai para fora ou vai para o desemprego”. Porque se dantes a construção civil ainda empregava “uma meia dúzia deles”, agora “nada - nem pouco, nem muito”, explica. Mas sem nenhuma dúvida, conclui, “quem emprega aqui mais gente é o porco preto, com a fábrica dos enchidos”. Um produto que não deixará de estar no centro das atenções de mais uma Feira de Garvão – Exposição Agropecuária, a ter lugar em maio, como resultado de uma parceria entre a Câmara de Ourique e a Associação de Criadores de Porco Alentejano. O certame é secular mas tem vindo a ser “atualizado”, ao ponto de ser hoje uma mescla de tradição e modernidade, convívio e negócio, entretenimento e debate. “É quando se vê aqui gente”, observa Diogo. E são “aos milhares”, remata Fernando de Oliveira, que gosta de ver “os artistas” como “chamariz”. No largo da Amoreira, não se vê a hora.
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José da Silva Nunes Presidente da Junta de Freguesia de Garvão
Uma das imagens de marca de Garvão é o porco preto ou de raça alentejana. Que peso real tem o setor da transformação de carne na economia local?
É uma imagem de marca, mas é também uma realidade importante no desenvolvimento económico e social. Temos sediada a principal unidade de transformação – a Montaraz – mas também a principal atividade agrícola é relacionada com o montado e com a produção de porcos de raça alentejana. Só para ter uma ideia, a Montaraz representa neste momento 40 postos de trabalho diretos, entre outros indiretos que estão criados ou a ser criados. A própria Feira de Garvão é um espaço de grande dinamismo económico, de negócios e de promoção das nossas atividades económicas. Recentemente, a vila viu inaugurada uma nova extensão de saúde. O que vem mudar este novo serviço, relativamente aos cuidados de saúde a que a população tinha acesso anteriormente?
Há uma melhoria ao nível das instalações, que se insere num conjunto de outras medidas de apoio aos cuidados de saúde que se têm desenvolvido na freguesia: a Unidade de Cuidados Continuados, os apoios à aquisição de medicamentos por parte da câmara, os apoios às consultas e aos transportes da junta de freguesia, entre outras de âmbito social mais alargado. Há um princípio muito importante que nos guia: assumimos sempre a responsabilidade de apoiar quem mais precisa. E temo-lo feito em todas áreas, na saúde, na educação, no associativismo. Por exemplo, apoiámos a abertura da Unidade de Cuidados Continuados com a oferta de medicamentos e de alguns equipamentos. Fazemos sempre no nosso limite mas com muito empenho.
Depósito Votivo de Garvão talvez regresse a casa Garvão é uma das povoações mais antigas do concelho de Ourique, como atestam alguns importantes achados arqueológicos. O mais relevante remonta à Idade do Ferro e dá pelo nome de Depósito Votivo de Garvão, tendo sido descoberto há três décadas na encosta do Cerro do Castelo. De momento, o conteúdo de 500 caixas de fragmentos (peças de oferenda, que terão pertencido a um templo próximo) está a ser estudado e tratado no Centro de Arqueologia Caetano de Mello Beirão, em Ourique, depois de ter estado armazenado, desde o final dos anos 80, primeiro em Évora e depois em Conímbriga. Prevê-se que, no final deste projeto de investigação, surja um museu alusivo, para já ainda sem localização definida. Para o presidente da junta de freguesia local, seria desejável que o espólio regressasse à origem e aí pudesse ser apreciado. “Gostava muito que assim fosse e penso que, em certa medida, poderá vir a ser, mas esta fase de estudo e de recuperação é muito importante e ajudará a definir isso mesmo na altura certa. Da nossa parte temos todo o interesse e disponibilizamo-nos para apoiar uma solução nesse sentido”, confessa José da Silva Nunes, esperando que, em breve, o chamado Depósito Votivo “possa vir a servir de usufruto direto para a freguesia e com vantagens ao nível do turismo”.
Como evoluiu demograficamente a vila ao longo da última década?
De 851 habitantes, em 2001, para 731, segundo o Censos de 2011, uma tendência normal no interior, mas preocupante, embora estejamos a registar alguns casos de conterrâneos que vão regressando da área de Lisboa após a reforma. Mas esta é uma preocupação cujas soluções não estão nas nossas mãos, mas sim do Governo. Da nossa parte, sempre que existe um problema procuramos uma solução e estamos cá para apoiar as melhores políticas de repovoamento. Quais os momentos altos da vida social de Garvão? O que representa para o calendário do concelho um acontecimento, por exemplo, como a Feira de Garvão?
A Feira de Garvão é um acontecimento secular. Ali se se reuniam as pessoas para convívio, mas sobretudo para negócio, para compra e venda de gado, e daí ter surgido a vaca de raça garvonesa. Nos últimos anos, por muitos impedimentos legais, estas características têm vindo a alterar-se, mas em conjunto com a câmara temos encontrado soluções de sucesso que estão a fazer renascer parte da tradição e que estão a engrandecer a feira. E as tradicionais Festas de Garvão, no último fim de semana de agosto, são uma ocasião especial de convívios e de reencontros. Para além destes momentos, há uma grande dinâmica de outros eventos de iniciativa das associações, apoiados pela junta de freguesia, que vão ocorrendo ao longo do ano.
Montaraz de Garvão dá emprego a 40 pessoas De portas abertas desde 2007 e inaugurada oficialmente pelo então primeiro-ministro, José Sócrates, a Montaraz de Garvão, unidade de transformação de porco preto alentejano, surgiu por iniciativa de uma dezena de empresários, entre produtores da região e profissionais ligados à indústria de transformação de carne. Dimensionada para receber três mil porcos por ano, a unidade tem entre os seus principais produtos os presuntos e as paletas (mãos curadas) com Indicação Geográfica Santana de Serra. Arrancou com 15 postos de trabalho, todos oriundos do concelho de Ourique e a maioria naturais da própria vila de Garvão, e é hoje, segundo o presidente da junta de freguesia local, fonte de “40 postos de trabalho diretos”. O que faz do montado e da inerente produção de porcos de raça alentejana “a principal atividade agrícola” da freguesia.
06 Diário do Alentejo 22 março 2013
Não acredito que haja condições para, até ao final do mandato, serem tomadas decisões mais profundas sobre o futuro do “Diário do Alentejo”, um jornal que vale a pena defender e que deve continuar ao serviço da região.
Autárquicas2013
Futuro do “Diário do Alentejo” apenas será definido após as Autárquicas
Pós-de-Mina não quer ser o “super-secretário” executivo da Cimbal José Maria Pós-de-Mina está prestes a concluir o seu terceiro mandato à mostra disponibilidade para se candidatar a um lugar não executivo, no frente da Câmara Municipal de Moura. Pelo que é chegada a hora de pas- concelho de Moura, mas rejeita liminarmente a hipótese de vir a assumir sar o testemunho. Num concelho sempre muito disputado em termos elei- o “super-cargo” de secretário executivo da Comunidade Intermunicipal do torais, a CDU aposta no arqueólogo Santiago Macias. Já Pós-de-Mina, que Baixo Alentejo. É tempo de “dar espaço a novos protagonistas”, refere. atualmente lidera as duas principais entidades intermunicipais da região,
Texto Paulo Barriga Fotos José Ferrolho
Pergunto-lhe, como Cardoso Pires perguntou a si próprio: E agora José?
Como deixa a autarquia e o concelho de Moura a quem o suceder?
Quem vier de novo encontrará a casa arrumada?
Mesmo que a CDU consiga a maioria dos municípios da Cimbal?
Esse livro de José Cardoso Pires tem origem num poema muito interessante de Carlos Drummond de Andrade. E agora? Agora vou continuar a intervir na vida política e na vida social. É aquilo que praticamente fiz desde os 15 anos. É aquilo que continuarei a fazer no futuro.
Hoje, a Câmara Municipal de Moura é uma autarquia com grande capacidade do ponto de vista da intervenção, do ponto de vista da gestão, do ponto de vista do planeamento, do ponto de vista financeiro… Naturalmente que este tempo não é favorável, mas mesmo assim temos a situação financeira do município equilibrada e temos um conjunto definido de financiamentos que estão aprovados, outros que estão em execução e também temos projetos que ficarão em carteira.
Sim! Mas neste momento aquilo que posso dizer é que tenho uma grande preocupação com o futuro do Poder Local, que resulta de um conjunto de constrangimentos e de legislação, como a nova lei das atribuições dos municípios e das entidades intermunicipais, que é mais um passo numa caminhada que tem vindo a ser seguida de desvalorização e de empobrecimento das capacidades de intervenção do Poder Local.
Não está nos meus horizontes essa possibilidade. Há mais intervenção que podemos fazer naquilo que é a política nacional, regional e local, sem passar por responsabilidades autárquicas do ponto de vista executivo. As responsabilidades executivas são importantes e aliciantes, mas, de vez em quando, temos necessidade de fazer pausas e dar espaço a novos protagonistas.
Moura é, e sempre foi, uma incógnita em termos eleitorais. Acha que Santiago Macias está à altura das circunstâncias nesta eleição?
Incomoda-me que fiquem de fora todos aqueles que tenham vontade de entrar. Uma estrutura intermunicipal deve resultar do ato voluntário de constituição dos seus associados. E não como agora fizeram.
Pensa candidatar-se a algum órgão autárquico ainda que não a presidente de câmara?
A minha disponibilidade em termos geográficos estará localizada no concelho de Moura. Tinha referido há algum tempo atrás que seria muito natural que me candidatasse e, em elho de princípio, serei candidato no concelho Moura. Até agora apenas se decidiu o nome do cabeça de lista à câmara municipal… Darei o der mais meu contributo no lugar que se entender importante. Continuará, então, na vida política ativa? va?
Sim, está-me na massa do sangue, corre-me orre-me ho uma nas veias este gosto pela política. Tenho rá de ser experiência acumulada que não deixará dito. posta ao serviço da causa na qual acredito. Qual o momento que melhores recordaordações lhe deixa ao longo de todos estes stes anos à frente do município de Moura?
Em Moura tem acontecido muita ta coisa boa, com grande impacto, in-clusivamente internacional. Mas um dos momentos que mais me marcou foi a reabertura do parque infantil do jardim Doutor Santiago. Quando abrimos os portões e vimos as crianças a irromperam pelo parque e a alegria que se espelhava nos seus rostos, foi incrível. O que demonstra que aquilo que fazemos numa autarquia locall tem que ver com as pessoas e podee messoas. lhorar a qualidade de vida das pessoas. om o Aquelas crianças estavam a dizer com ho que seu sorriso que aquele era o caminho devia ser seguido.
San Santiago Macias, juntamente com a equipa que vai ser apresentada, está em condições de dar continuidade ao trabalho que foi desenvolv volvido. Enriquecendo-o, naturalmente, com inov inovações, novos projetos e um novo estilo pess pessoal. Tenho confiança que a CDU vai continu tinuar a ter um bom resultado e vai continuar a ge gerir os destinos do concelho. Tod os partidos políticos estão a apostar Todos fortemente em Moura, antevê uma eleição fort renhida? renh
A qualidade q dos candidatos que vamos aprese sentar, associada às nossas propostas, gar rante certamente um resultado favorável. M não há eleições ganhas à partida. As Mas eleições têm de ser disputadas de forma empenhada. Mas creio que temos todas as condições para obter um sucesso eleitoral em Moura. Vai já para dois anos que está à frente das duas grandes organizações intermunicipais da região. Há quem diga que poderá vir a ser o novo “super-seccretário” executivo da Comunidade Intermunicipal do Baixo Alentejo (Cimbal)… Inte
Isso não acontecerá. A lei foi aprovada na últi última sexta-feira [15 de março] e não se con conhece o que trará em termos práticos. Mas essa possibilidade não está nos meus hori horizontes.
Incomoda-o que Odemira tenha ficado de fora da Cimbal?
Como está a decorrer o processo de extinção da Associação de Municípios do Baixo Alentejo e Alentejo Litoral (Ambaal)?
Está a avançar. Foi dado um passo importante com a aprovação por parte da Cimbal do novo quadro de pessoal, o que permite que se possam desenvolver os processos para a passagem de pessoal de uma entidade para outra. Isto para que se faça o esvaziamento progressivo daquilo que são as atividades da Ambaal para que ela possa vir a ser extinta. Qual será o futuro do “Diário do Alentejo” nesta transição?
Vamos ter proximamente três iniciativas inseridas nesse processo de debate, uma que envolverá os colaboradores do jornal, que, como é evidente, também têm que ser ouvidos sobre o seu futuro; uma outra que procurará ouvir um conjunto de pessoas, ex-diretores e colaboradores que fizeram um pouco o percurso e a história do jornal; e uma terceira que ocorrerá para ouvir as entidades da região sobre o que pretendem para o “Diário do Alentejo”. Não acredito que haja condições para, até ao final do mandato, serem tomadas decisões mais profundas sobre o futuro do “Diário do Alentejo”, um jornal que vale a pena defender e que deve continuar ao serviço da região.
“Até que ponto a reorganização do território ao nível das freguesias poderá afetar o ato eleitoral?”
Bisca Lambida
Vai afetar
Abstenção irá subir
João Espinho
João Machado
N
o momento em que faço a minha jogada nesta roda da bisca, já foi publicada a Lei da “Reorganização administrativa do território das freguesias” que veio alterar a geografia das freguesias em Portugal. Esta reorganização vai, obviamente, afetar o ato eleitoral. Em primeiro lugar porque os eleitores deixam de pertencer a uma determinada freguesia para passarem a pertencer a uma União de Freguesias, isto no caso de freguesias criadas por agregação. As operações de caráter administrativo para preparar as próximas eleições autárquicas serão recheadas de novidades, pois há um novo mapa em cima da mesa e é com esse novo mapa que as atuais autarquias terão que “trabalhar” para distribuir mesas, membros das mesas, etc.. Tudo irá correr bem e deseja-se que o ato eleitoral se processe sem incidentes burocráticos resultantes da nova Lei. A constituição das listas concorrentes também será fortemente afetada pois com o desaparecimento de algumas freguesias desaparecem igualmente alguns cargos nas juntas agregadas (secretários, tesoureiros, etc..), o que vai alterar profundamente o atual modus faciendi da constituição das listas. A escolha dos cabeças de lista sofrerá, também, algum impacto, pois se era pacífico que o senhor Manuel fosse o candidato à freguesia X, já há quem se oponha que seja ele o candidato à nova freguesia, que agrega a X e a Y. Quanto aos resultados eleitorais, tudo se transformou numa verdadeira incógnita. Os habituais vencedores poderão ver escorregar para o adversário aquilo que, durante muito tempo, tinham como garantido. Em Beja (cidade) vai ser curiosoo ver o reor agregasultado nas freguesias criadas por nadas por ção e que, atualmente, são governadas partidos distintos. É o caso da União das Freguesias de Santiago Maior e de São João Batista. Quem perde o quê? os, para Vou jogar uma dama de ouros, sta garantir a presença feminina nesta jogada e na disputa autárquica.
A
nova lei de reorganização territorial das freguesias, promulgada pelo Presidente da República, é, acima de tudo, um atentado contra o poder local democrático e uma subversão à política de proximidade das populações. Com o argumento de poupar mais dinheiro, o atual governo extinguiu centenas de freguesias, sem olhar às necessidades das populações e, na maior parte das vezes, contra os pareceres dos municípios e assembleias municipais. Não perceber que as freguesias são, em muitos casos, o primeiro elo de ligação entre a população e o poder de decisão político é camuflar os reais problemas do presente e, como alguém dizia recentemente, Portugal transforma-se num país à deriva, em que a única coisa que importa é poupar combustível. O ato eleitoral autárquico que se aproxima poderá ditar, em muitos casos, situações imprevistas, não permitindo a ninguém vaticinar resultados. Um fator que pode influenciar definitivamente esta situação será também o alheamento das pessoas em relação à política e não tenho dúvidas que a abstenção irá subir para níveis muito superiores. Contudo, estas eleições autárquicas têm um cariz muito especial, pois trata-se de eleger políticos locais para a governação local. Em termos genéricos penso que esta reorganização das freguesias não traz qualquer benefício e contribui ainda mais para que as populações se afastem, cada vez mais, da política e dos seus decisores. Talvez seja isso mesmo que se pretende…
Legalidade deve ser preservada Sérgio Fernandes
E
m razão das suas características específicas, as eleições autárquicas são aquelas em que para o resultado final concorrem um maior número de variáveis. O “fator pessoal” – não raras vezes sobrepondo-se às simpatias e fidelidades partidárias -, a tangibilidade programática, entre outros, proporcionam uma dinâmica eleitoral própria, num quadro de grande proximidade entre eleitores e candidatos. Este ano, a par das variáveis endógenas, somam-se à equação eleitoral autárquica duas novas variáveis administrativas, com óbvios reflexos político-partidários. Refiro-me à limitação de mandatos de presidentes de câmara e de junta, imposta pela Lei 46/2005, a par, por fim, do novo mapa de freguesias, que se traduz numa redução de cerca de um quarto das freguesias atualmente existentes no nosso distrito. Não sendo este o espaço para analisar os fundamentos que estiveram na origem desta reorganização do território, ou ajuizar dos méritos, ou falta deles, da lei que lhe deu corpo, importa, desde logo, acautelar o impacto destas alterações ao nível do próprio processo de organização do ato eleitoral. Como oportunamente alertou o Presidente da República em mensagem dirigida à Assembleia da República, que acompanhou a promulgação da lei da reorganização administrativa do território das freguesias, é imperioso que esta “alteração profunda no reordenamento territorial do País” se faça sem prejuízo das “condições de normalidade e transparência democráticas, assegurando quer o exercício do direito de voto e de elegibilidade dos cidadãos nos termos previstos na lei, quer a total autenticidade dos resultados eleitorais”. Na verdade, refere-o ainda o Presidente, são as freguesias “as unidades administrativas nucleares em que está alicerçada a organização territorial do
Diário do Alentejo 22 março 2013
07
recenseamento eleitoral”, elemento fundamental para o exercício do direito de voto, por um lado, e para o apuramento do número de mandatos para cada um dos órgãos, por outro. Importa, pois, independentemente da forma como esta questão seja esgrimida no debate político, preservar a normalidade e a legalidade do ato eleitoral enquanto essência do nosso regime democrático. Tendo em conta a importância desta variável e os riscos que ela comporta, jogo ás de espadas… de dois gumes.
Pode, pontualmente, afetar Luís Miguel Ricardo
A
ntes de mais, é importante refletir na proposta de reorganização do território. À primeira vista, e numa análise baseada na frieza dos números, é óbvio que algo pode e deve ser feito no sentido de reduzir a despesa pública. Se pensarmos que existem freguesias vizinhas com escassas centenas ou até dezenas de munícipes cada uma, a junção parece lógica. Ou então, em núcleos urbanos, como é exemplo a cidade de Beja, em que as próprias freguesias funcionam num único espaço, o que, por si só, já abre caminho para a junção das mesmas, ainda que cada uma delas represente alguns milhares de habitantes. Tudo seria simples, se nesta reorganização territorial não entrasse o fator “especificidade”. E quando se trata do Alentejo, com a sua vasta superfície e escassa densidade populacional, a questão agudiza-se. Nas freguesias rurais, onde os munícipes escasseiam e a aniquilação/junção parece óbvia, a instituição junta de freguesia assume um papel vital na vida das pessoas, indo muito para além das competências autárquicas a que está obrigada. É lá que os pensionistas levantam as reformas, é lá que o médico dá consultas, é lá que a farmácia vende medicamentos, é lá que se pagam as faturas fatura da água e luz, é lá que se recebe e envia o correio, é lá que se usa a Internet, é lá que acontecem ativ atividades culturais e recreativas, em suma, é lá que a ppopulação se globaliza. E o qque vai acontecer quando se confirmar a extinção destas instituições? Onde será que estas pessoas vão encontrar a âncora do seu porto de abrigo? Um ameaça de boicote à democracia ou Uma uma greve às eleições mais próximas vislumbr bra-se no horizonte. As eleições mais próxximas são as Autárquicas. Logo, e nesta perspetiva, a reorganização do território pode, pontualmente, afetar o ato eleitoral. E vou excluir deste comentário uma hipotét potética atitude demagógica de qualquer candidat didatura, em relação a este assunto, por considera siderar que nos tempos vindouros a ficção popul popularucha não tem espaço para vingar. Ca Carta a atribuir: uma quina – apesar de consid considerar a influência do tema no ato eleitoral, não llhe atribuo especial importância nas principai cipais decisões.
2009
Beja
Santiago do Cacém
Ourique
Valores referentes a dezembro de 2012 *
10 757 730
Vidigueira
18 248 877 15 880 162 17 247 336
6 086 411 6 989 084
Cuba
3 867 773 4 160 482 3 895 229
3 822 807 3 600 703 3 237 671
3 979 235 2 892 246 1 451 012
Barrancos
4 700 188 5 042 586 5 971 309
Alvito
Mértola
Serpa
15 121 481 14 054 146 12 817 425
Castro Verde
Moura
20 883 445 20 880 785 21 138 757
Odemira
5 054 500 4 780 206 4 658 013
25 216 817 26 677 820 25 575 464
2011
Grândola
Almodôvar
28 031 152 23 662 054 26 398 588
2010
Ferreira do Alentejo
7 510 418 7 224 852 7 081 350
10 861 358 10 128 810 9 962 743
Sines
Valores referentes aos anos 2009-2011, em euros.
Aljustrel
Alcácer do Sal
Fonte: Direção-Geral das Autarquias Locais / Câmaras municipais
João Massano. O município é, atualmente, liderado por Pedro Paredes, que cumpre o seu segundo mandato como eleito do PS e que já confirmou a sua recandidatura, desta vez como independente e sem o apoio dos socialistas. Aquando do anúncio, no início de fevereiro, Pedro Paredes criticou a opção do PS/Alcácer do Sal por Torres Couto, defendendo que “uma solução interna seria, com certeza, mais bem-vinda” aos munícipes.
Dívidas dos municípios
Os dados apresentados no gráfico revelam a evolução da dívida total dos municípios do Baixo Alentejo entre os anos de 2009 e 2011, segundo a base de dados da Direção-Geral das Autarquias Locais. Entidade que apenas publicará em abril os valores referentes a 2012. O “Diário do Alentejo”, por mais de uma vez, contactou todos os municípios no sentido de facultarem os valores da dívida a 31 de dezembro de 2012. Para melhor compreensão dos mesmos, pedimos igualmente que nos fossem endereçados, em separado, os dados da dívida bancária, da dívida a fornecedores, o montante do serviço da dívida a liquidar em 2013 e o orçamento camarário para o presente ano. Apenas algumas autarquias responderam em tempo útil. Mas o “DA” compromete-se a publicar essas informações, assim que elas nos forem chegando à redação. PB
5 171 488 5 690 599 3 248 391
INFOGRAFIA JOSÉ SERRANO
Torres Couto é o candidato do PS à Câmara de Alcácer O antigo líder da UGT Torres Couto é o candidato do PS à presidência da Câmara de Alcácer do Sal, liderada por este partido, nas eleições autárquicas de outubro. A candidatura de Torres Couto, 66 anos, a “única” apresentada na Comissão Política Concelhia socialista de Alcácer do Sal, foi aprovada por “larga maioria” dos militantes, indicou o presidente desta estrutura local,
exigências que se colocam às autarquias locais, a conjuntura difícil que o País atravessa e a ausência no município de um projeto político estruturado e com estratégia, tornam inadiável a escolha de uma alternativa capaz e com visão de futuro”, referem os socialistas em comunicado, adiantando que “para nós é absolutamente decisivo que, depois de perder dinâmica e capacidade política, o concelho ganhe outra energia para implementar novas ideias e competências”.
9 353 060 10 680 309 9 985 082
Diário do Alentejo 22 março 2013
A candidatura do PS à Câmara de Castro Verde, liderada por António José Brito, vai promover durante os próximos meses o fórum “Construir a mudança”, uma iniciativa que integrará quatros sessões diferentes em que serão abordados temas como “Agricultura e ruralidade”; “Economia e futuro”; “Ação social e saúde” e “Cultura e associativismo”. “Os próximos quatro anos serão muito importantes para o concelho de Castro Verde. Os novos desafios e
9 191 459 8 650 939 7 622 251 11 850 529 11 818 154 14 235 864 9 794 054 8 858 315 8 915 426
António José Brito promove fórum “Construir a mudança” em Castro Verde
08
Dados referentes a 2013 Serviço da dívida
Dívida total
Dívida bancária
Dívida a fornecedores
Alcácer do Sal
2 107 515
617 304
1 490 211
181 412
21 381 846
Aljustrel
9 220 623
5 767 991
3 452 632
605 301
16 332 903
Almodôvar
6 701 442
6 701 442
0
720 600
13 644 051
21 270 214
14 570 315
6 699 899
100 817
34 670 000
Castro verde
4 408 965
3 629 099
779 866
542 486
13 500 000
Cuba
3 240 665
2 807 726
432 939
274 658
5 450 316
Mértola
6 231 903
5 898 233
333 669
960 000
15 981 056
Moura
8 959 211
6 803 401
2 155 810
699 892
29 080 274
10 823 093
7 493 898
3 329 195
1 185 000
18 335 033
(juros e amortizações)
Orçamento do Município
* Dados fornecidos
pelos respetivos municípios até ao fecho desta edição.
Beja
Ourique
Atual
O presidente da Câmara de Santiago do Cacém, Vítor Proença, é o cabeça de lista da CDU ao município de Alcácer do Sal, liderado pelo PS, nas eleições autárquicas deste ano, revelou o PCP. A candidatura de Vítor Proença, 56 anos, gestor na área da comunicação, foi aprovada, “por unanimidade”, pela Comissão Concelhia de Alcácer do Sal do PCP, informou a estrutura partidária em comunicado. A cumprir o seu terceiro
Tomé Pires é o candidato da CDU à Câmara de Serpa O presidente da Câmara de Serpa, Tomé Pires, que em novembro de 2012 substituiu o anterior autarca, é o candidato da CDU àquele cargo nas eleições autárquicas deste ano. Tomé Pires vai tentar “manter nas mãos” da CDU a Câmara de Serpa, um baluarte comunista, que, desde 1976, quando se realizaram as primeiras eleições autárquicas depois
e último mandato, Vítor Proença não se pode recandidatar em Santiago do Cacém, devido à lei da limitação de mandatos. A apresentação pública do candidato será realizada no próximo domingo, dia 24, às 15 horas, na Sociedade Filarmónica Amizade Visconde de Alcácer (“Calceteira”). Vítor Proença, militante do PCP há 37 anos, dirige o município de Santiago do Cacém desde 2002, depois de ter sido vereador entre 1998 e 2001.
09 Diário do Alentejo 22 março 2013
Vítor Proença concorre pela CDU a Alcácer do Sal
do 25 Abril de 1974, sempre foi liderada por coligações encabeçadas pelo PCP. Tomé Pires, engenheiro técnico civil, de 36 anos, lidera a Câmara de Serpa desde 2 novembro de 2012, após o anterior e “histórico” presidente, o comunista João Rocha, o qual estava no nono mandato consecutivo e não podia recandidatar-se, ter deixado o cargo que ocupava há quase 33 anos por razões pessoais.
Domingo assinala-se o dia mundial dedicado à doença
Menos casos de tuberculose na região Nos últimos anos tem-se assistido a um decréscimo sustentado do número de casos de tuberculose na região. Em 2012 registaram-se 18 novos casos, o que dá uma baixa taxa de incidência. Ainda assim, tratando-se de uma de uma doença infetocontagiosa, continua a ser um caso de saúde pública. Texto Bruna Soares Ilustração Susa Monteiro
A
luta pelo controlo e eliminação da tuberculose continua na região, embora nos últimos anos se tenha assistido a um decréscimo sustentado do número de casos de doença, no País e no Alentejo. Quem o garante é Conceição Margalha, responsável pelo programa de combate à tuberculose na Unidade Local de Saúde do Baixo do Alentejo (Ulsba). “Verifica-se que o número de casos existentes já nos coloca próximo dos países de baixa incidência de tuberculose”, diz. Recorde-se que define-se um país com baixa incidência da doença quando se registam menos de 20 casos por 100 mil habitantes. “Em 2012 registaram-se na área Ulsba 18 novos casos de tuberculose, o que nos dá uma taxa de incidência abaixo desse valor”, adianta Conceição Margalha. Os dados são avançados ao “Diário do Alentejo” a poucos dias de se comemorar o Dia Mundial da Tuberculose, que se assinala já no domingo, dia 24. O número de casos de tuberculose tem baixado, impedindo a propagação da doença, mas tal só se verifica, segundo Conceição Margalha, devido “a PUB
um diagnóstico precoce dos doentes, com um tratamento bem instituído e com um acompanhamento adequado até à cura”. “Portugal aderiu à estratégia DOTS [Directly observed treatment short-cause] da OMS – Organização Mundial de Saúde, que implica que a toma da medicação destes doentes seja supervisionada, o que leva a uma segurança na adesão ao tratamento, conseguindo-se taxas de cura elevadas, evitando assim a transmissão da doença”, adianta a responsável. Acrescentando ainda: “A correta identificação e vigilância dos conviventes destes doentes leva a que se possam instituir tratamentos preventivos, evitando que estas pessoas possam mais tarde vir a adoecer”. Mas o que contribui para a disseminação da doença? “A tuberculose dissemina-se através do ar. As bactérias (bacilo de Kock) são lançadas em grandes quantidades quando um doente com tuberculose pulmonar tosse ou espirra. As bactérias podem permanecer suspensas no ar, por muitas horas e serem inaladas por outras pessoas. Ao serem inaladas, vão-se multiplicar no organismo do hospedeiro, podendo mais tarde vir a produzir infeção”, explica Conceição Margalha. As pessoas que têm mais probabilidade de virem a ficar infetadas são, assim, as que permanecem mais tempo no mesmo espaço que o doente infecioso, nomeadamente familiares,
amigos, colegas de escola ou de trabalho. A responsável pelo programa da Ulsba, no entanto, recorda: “A infeção é diferente da doença. Quando os mecanismos
de defesa das pessoas estão diminuídos (crianças, idosos, doentes com diabetes, insuficiência renal, desnutrição, HIV) a probabilidade de passar da infeção para a doença é maior”. Tendo em conta que esta continua a ser uma doença infetocontagiosa, segundo Conceição Margalha, “continua a ser um problema de saúde pública”. A tuberculose é uma doença infeciosa bacteriana, causada pelo Mycobacterium tuberculosis, que afeta sobretudo os pulmões. “A tuberculose ativa causa diversa sintomatologia, de acordo com o órgão que é atingido. A forma mais frequente é a pulmonar, pelo que a sintomatologia mais frequente é a tosse persistente que dura mais do que três semanas, a expetoração, que pode ser purulenta e por vezes com sangue, dor torácica e sintomatologia geral, como fadiga, perda de peso, falta de apetite, febre e suores noturnos”, explica a responsável pelo programa. “O papel da sociedade é a divulgação da sintomatologia como alerta para a doença, de modo a que o diagnóstico precoce seja possível, diminuindo o risco de transmissão da doença”, conclui Conceição Margalha.
JOSÉ FERROLHO
Diário do Alentejo 22 março 2013
10
Novo polo do Museu Regional recebe exposição sobre património “Marcos do território – Testemunhos do património do Baixo Alentejo” é o título da exposição que foi inaugurada ontem, quinta-feira, no novo polo expositivo do Museu Regional de Beja, localizado na rua dos Infantes. A referida mostra pretende “dar a conhecer o património de cada munícipe através dos seus museus e dos seus acervos que, pela sua diversidade e importância, ilustram bem a evolução do homem e a sua relação com o meio ao longo dos tempos – desde a Idade do Bronze até à atualidade”, referem os responsáveis. E adiantam: “As unidades museológicas que integram a Rede de Museus do Distrito de Beja constituem um importante instrumento de trabalho, de investigação e de comunicação com as populações e com aqueles que visitam a região, criando uma dinâmica que contribui de forma inequívoca para o desenvolvimento local”.
CDU de Castro Verde prepara autárquicas A CDU de Castro Verde, reunida recentemente em plenário, afirmou a vontade “de concorrer a todos os órgãos autárquicos do concelho tal como o tem feito desde o 25 de Abril de 74” e congratulou-se “com a prestação de contas por parte dos órgãos locais, nomeadamente câmara municipal e juntas de freguesia”, considerando “que o trabalho realizado até agora, tendo em conta as condições em que se desenrolou e as dificuldades que se lhes colocaram, ultrapassou em muito as espectativas criadas”. No plenário foi ainda eleita a comissão coordenadora “que dinamizará a próxima campanha eleitoral autárquica, os trabalhos de constituição das listas, e os porá à consideração e aprovação do plenário, bem como os projetos e iniciativas a realizar em cada local e em cada momento”. PUB
Pomarão, Ourique, Vidigueira e Portel promovem recursos
Quatro festas à volta da gastronomia Peixe de água doce, porco preto, pão e laranjas, açordas. É farto em manjares o fim de semana que hoje começa no território baixo alentejano. Da beira Guadiana, no Pomarão, entrando no Campo Branco, rumo a Ourique, até à zona serrana de Portel, já no Alentejo central, e passando ainda pela vizinha Vidigueira, sucedem-se os festivais gastronómicos, as feiras e os congressos que dão a provar os recursos locais a residentes e visitantes.
N
a aldeia ribeirinha de Pomarão cumpre-se entre amanhã e domingo, 24, a 11.ª edição do Festival do Peixe do Rio, cuja ementa, para não fugir à regra, vai apostar nos sabores do Guadiana, das enguias ao muge, sem dispensar a muito apreciada lampreia. Um certame que tem nos prazeres da mesa o principal chamariz, sem no entanto descurar atividades que apelam ao trabalho do corpo e ao contacto com a natureza. Hoje mesmo, logo pelas oito da manhã, arranca o X Passeio TT “Trilhos do Milénio – Pomarão 2013”, seguindo-se-lhe o concurso de pesca desportiva XI Troféu Festival Peixe do Rio e o II Passeio Pedestre pelo Caminho Natural do Guadiana. Pelas 11 horas, abrem-se as tasquinhas, dando o mote para o programa musical, a cargo dos Artesãos da Música, Grupo Folclórico e Etnográfico Amigos de Montenegro – Faro, Terra Bela, Quina Barreiros e Duo Inovação, que se encarrega da animação do baile, já depois do espetáculo de fogo-de-artifício, à meia-noite. O domingo, segundo e último dia, arranca com uma descida/passeio de canoa e kayak pelo Guadiana, e oferece música logo a partir da hora do almoço, com Fernando Amores, grupo Terra e os espanhóis Orquestra Qdance. Mudando a rota para a paisagem de montado, chegamos a Ourique para mais uma Feira do Porco Alentejano que arranca já hoje, sexta-feira, com uma componente forte de debate. Antes mesmo da abertura oficial da feira, pelas 18 e 30 horas, com um “presunto de honra”, a comissão científica do VII Congresso Mundial do Presunto (Ourique, de 28 a 31 de maio) reúne-se em
simpósio e, logo a seguir, pelas 14 e 30 horas, espera-se uma visita ao concelho da comissão parlamentar de Agricultura. Pelas 15 horas, está prevista a realização de um workshop de corte de presunto, e, a partir das 16 e 30 horas, decorre o colóquio “A valorização do mundo rural e seus recursos”. À noite, o debate cede lugar à música, com as atuações de Fonte da Pipa, Sonido Andaluz e R&M. No sábado, o programa musical dá destaque às tradições da região, com o espetáculo “Todas as gerações do cante alentejano”, que fará subir ao palco, a partir das 18 e 30 horas, os grupos corais de Ourique, Os Ceifeirinhos e Os Bubedanas. Os Azeitonas, cabeças de cartaz da feira, atuam pelas 23 horas. No domingo, entre as 14 e as 20 horas, o programa televisivo “Somos Portugal”, da TVI, vai ser transmitido em direto desde o recinto da feira, e ainda sobrará tempo para dois concursos insólitos: de grunhidos e Miss Piggy. Arlindo Costa e Projeto Alentejo são os convidados que encerram o fim de semana de festa, num concerto pelas 20 horas. Regresso no tempo até Abril de 1974
E porque nem só de pão vive o homem, Portel dá início hoje ao seu 7.º Congresso das Açordas com o colóquio “Valorização Económica e Turística dos Recursos Locais”, a ter lugar no auditório municipal, pelas 15 horas. A Feira Gastronómica e de Produtos Regionais, no terminal rodoviário de Portel, abre pelas 19 horas com o show cooking “Silarcas na cozinha estremenha e alentejana”, que será conduzido pela dupla luso-espanhola de chefs, Margin Carbonero e António Nobre. A noite é de fados e aposta nas vozes veteranas de Cidália Moreira e Rodrigo, e na revelação alentejana José Gonçalez. O apresentador José Carlos Malato é o anfitrião do serão, que tem início pelas 21 horas. Para amanhã, sábado, o programa promete o passeio Na Rota das Açordas “Saberes e sabores do monte”, com Joaquim Pulga, as atuações do grupo de cante tradicional Os Almocreves e da Tuna da Universidade Sénior de Portel e, por fim, a subida ao palco do cantor Toy. No domingo, 24, atua a Banda Filarmónica Municipal de Portel e, pelas 16 horas, serão entregues os prémios do 3.º Concurso “A Melhor Açorda”.
“Sem passar à Vidigueira”, como diz a moda, não se chega ao Festival Gastronómica A Pão e Laranjas, que este ano retorna ao mítico ano de 1974 para relembrar os acontecimentos que fizeram a Revolução dos Cravos. Deste modo, a promoção dos produtos de excelência do concelho, em particular o pão, a doçaria e as laranjas, andará de mãos dadas com vários momentos de recriação histórica em torno do tema “25 de Abril – Um Mundo Rural”. Só para que se fique com uma ideia, hoje mesmo, a partir das 21 e 30 horas, serão projetadas imagens sobre “Salazar e a ditadura”, e recriados um “contrato para a jorna” e a pintura do mural clandestino “A caminho da liberdade”, com prisão dos contestatários pela PIDE/DGS, interrogatório e morte de um prisioneiro político. Pela noite dentro, haverá ainda reconstituições de uma greve de ceifeiras, do arranque para Lisboa dos homens da Escola Prática de Cavalaria de Santarém, comandados por Salgueiro Maia, e do concerto no Coliseu dos Recreios, a 29 de março de 1974, onde desfilaram Zeca Afonso, Adriano Correia de Oliveira e Fausto, e “Grândola, Vila Morena” se transformou no hino de um novo tempo. Numa edição alusiva também ao projeto Vidigueira Cidade do Vinho 2013, não será descurada a componente de montra dos produtores de vinho do concelho, através de um espaço privilegiado para exposição, venda e contatos de negócios e outra ações temáticas e científicas. Também na noite de amanhã, sábado, pelas 21 horas, se realizará o desfile Miss Vidigueira Cidade do Vinho 2013, com apresentação pelos fadistas Carlos Filipe e Ana Tareco, que compõem o espetáculo “Em tom de fado”. Isto num dia em que o programa evocativo de Abril recompõe o regresso de Salgueiro Maia a Santarém, num espetáculo de fogo de artifício e dança de fogo agendado para a meia-noite. No dia de encerramento, 24, merecem uma visita o desfile reconstitutivo da manifestação, já em liberdade, do 1.º de Maio (18 horas) e um espetáculo musical de “homenagem aos caídos pela liberdade” (19 horas). CF
Está a decorrer uma campanha de solidariedade a favor do pequeno Samuel, de 17 meses, natural de Cuba, a quem foi diagnosticado, em janeiro último, um tumor de Wilms (alojado no rim e extensível ao pulmão). Samuel encontra-se de momento no IPO de Lisboa, onde está a fazer sessões de quimioterapia, depois de ter sido submetido a uma intervenção cirúrgica para a remoção do cancro, intervenção essa que não teve o desfecho desejado. As condições económicas dos pais não lhes permitem suportar os custos inerentes à sua estadia na capital, para que acompanhem de perto o filho, nem algumas despesas médicas. Os interessados em contribuir poderão fazê-lo através de uma conta criada para o efeito no Crédito Agrícola com o NIB: 0045 6257 40256063031 54.
Docapesca promove aulas de culinária no Mercado de Beja A Docapesca – Portos e Lotas promove hoje, sexta-feira, aulas de culinária no Mercado Municipal de Beja (das 10 às 11 horas e das 11 às 12 horas), com o apoio dos alunos da Escola Profissional de Alvito. As aulas inserem-se na Campanha da Cavala, iniciada em 2012 pela Docapesca, cujo
principal objetivo passa “pela valorização da cavala, fresca e em conserva”, reforçando a mensagem “dos benefícios do seu consumo na saúde e bem-estar, quer pela sua fácil digestão e elevada composição em ácidos gordos ómega 3, quer pelo seu contributo na prevenção de doenças cardiovasculares, oncogénicas, neurológicas, cognitivas, respiratórias e musculares, entre
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Campanha de solidariedade a favor do pequeno Samuel
outras, conforme reconhecido por investigadores e nutricionistas”. Para além dos aspetos relacionados com a saúde, adianta a Docapesca, a cavala “é uma espécie abundante na costa portuguesa, atualmente sem restrições de contingente e cuja valorização contribui para o aumento do rendimento justo pago ao pescador e para o desenvolvimento das comunidades piscatórias”.
Recurso natural é celebrado hoje
Alqueva tem água para três anos O Dia Mundial da Água é comemorado hoje. Alqueva, o maior lago artificial da Europa, trouxe novas perspetivas à região. No dia em que se celebra o recurso natural fica a garantia, na zona de intervenção do empreendimento, “de água por um período de três anos”. Texto Bruna Soares
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omemora-se hoje, sexta-feira, dia 22, o Dia Mundial na Água. A necessidade fundamental da preservação deste recurso natural continua a ser o grande motivo da celebração. Na região, que sempre se caracterizou pela irregularidade dos seus recursos hídricos, Alqueva abriu um novo leque de oportunidades, através da constituição de uma albufeira
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com uma reserva estratégica de água. Mas sendo a água um bem reconhecidamente escasso, o projeto Alqueva veio dar uma resposta por completo no Alentejo? “O Alentejo, na sua área potencial agrícola, tem uma superfície útil com cerca de dois milhões de hectares e, destes, apenas 120 mil beneficiam diretamente com as infraestruturas do projeto de Alqueva. O que podemos afirmar é que na zona de intervenção do Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva existe a garantia de água por um período de três anos, permitindo que a região não seja afetada por períodos de seca prolongados, que ocorrem com alguma periodicidade no Alentejo”, adianta a Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva (EDIA) ao “Diário do Alentejo”. Garantia, esta, que se estende a todas as atividades e consumos para que foi projetado o
projeto, desde o abastecimento público e industrial ao consumo agrícola. A água de Alqueva é, assim, preservada, cuidada e permanentemente monitorizada, tendo a EDIA um sistema de gestão que, segundo garante, “permite, por um lado, caracterizar a cada momento o estado das massas de água e, por outro, pelo conhecimento das necessidade dos diferentes usos, promover a sua transferência nos períodos de menos consumo energético”. O objetivo? “Garantir o fornecimento de água de qualidade controlada, a preços competitivos e a todos os utilizadores”, explica a EDIA. E que resposta dará Alqueva em 2015, data prevista de conclusão do projeto, com 118 hectares de regadio? “Entrando em pleno funcionamento, o Alqueva estará a beneficiar diretamente mais de 200 mil habitantes, a estender o benefício de garantia de água a Sines
e a contribuir para aumentar o VAB (Valor Acrescentado Bruto) do setor agrícola em 160 milhões euros/ano. Com o aumento da produção, o Alqueva contribuirá decisivamente para o aumento das exportações e para a diminuição das importações, tanto de bens alimentares como energéticos”, considera a EDIA. Recorde-se ainda que 2013 foi declarado pelas Nações Unidas como o Ano Internacional de Cooperação pela Água e que a Empresa Municipal de Água e Saneamento de Beja (EMAS) também se associou à comemoração, realizando iniciativas ao longo do ano, que “visam sensibilizar e promover a cooperação em torno deste bem essencial à vida”. A EMAS recorda “que este é um recurso limitado, de extrema importância, tanto para o meio ambiente como para o desenvolvimento socioeconómico, devendo ser gerido de forma eficiente”.
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Aumentam reservas de stands para a Ovibeja
A edição deste ano da Ovibeja, que terá lugar entre 24 e 28 de abril, no Parque de Feiras e Exposições de Beja, está a registar um aumento de reservas de espaços por parte dos expositores em relação ao ano passado. O presidente da comissão organizadora da Ovibeja, Castro e Brito, considera que o sucesso da edição deste ano do certame poderá estar relacionado com o uso mais intenso das novas tecnologias. “Se perguntarmos às pessoas que aqui se dedicam mais à organização da feira sobre a explicação para haver mais expositores, embora haja crise, o que dizem é que há uma grande procura de informação on line e que a Internet desempenha já um grande papel na divulgação da Ovibeja”, refere. O certame recebe anualmente mais de 300 mil visitantes e cerca de um milhar de expositores.
Novo programa da Voz da Planície dirigido às freguesias rurais A rádio Voz da Planície avançou, no passado dia 9, com o programa “Estrada Municipal: o caminho que nos leva à sua terra”, que tem como propósito central “a valorização das potencialidades de cada freguesia”. Os programas são emitidos a partir das várias freguesias
Nerbe promove road show dos países da América Latina O Nerbe/Aebal – Associação Empresarial do Baixo Alentejo e Litoral acolhe hoje, sexta-feira, em Beja, um road show dos países da América Latina, promovido pela AIP – Associação Industrial Portuguesa e a Casa da América Latina, no âmbito do protocolo estabelecido entre estas duas organizações, “que levará os representantes dos corpos diplomáticos da América Latina acreditados em Portugal a um contacto com as realidades económicas e empresariais desta região do Alentejo”. Dar “a conhecer ao corpo diplomático as oportunidades e os fatores de atratividade do nosso território para atrair investimento direto de potenciais investidores com origem na América Latina” é um dos objetivos desta iniciativa, “ao mesmo tempo que se procura conhecer o potencial que cada mercado pode representar para as empresas portuguesas em geral e empresas do Alentejo em particular”. PUB
rurais do distrito e, de acordo com a Voz da Planície, “o programa pretende revelar novos horizontes assentes na raiz identitária das comunidades rurais, procurando divulgar a riqueza das freguesias e das suas gentes, bem como o seu património, a cultura, os projetos empreendedores e os saberes enraizados na memória comunitária”. Desenvolvido
nas freguesias rurais da zona de intervenção da Alentejo XXI – Associação de Desenvolvimento Local, que abarca os concelhos de Beja, Aljustrel, Mértola, Castro Verde e Vidigueira, este projeto resulta de uma iniciativa comunitária, promovida pelo Ministério da Agricultura e cofinanciada pelo Feader, no âmbito do Proder.
PSA Sines já lançou concurso público
Última fase do Terminal XXI
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concessionária do terminal de contentores do porto de Sines, a PSA Sines, vai avançar com o desenvolvimento da última fase de expansão do Terminal XXI, tendo já lançado o respetivo concurso público. Esta última fase de ampliação do terminal de contentores, divulgou na quarta-feira a empresa, contempla “a construção de mais 210 metros de cais” para perfazer “um total de 940 metros”. Além disso, esclareceu a PSA Sines, a empreitada engloba ainda o aumento do parque de contentores em aterro em “mais 10 hectares”. A obra deverá ter início “no último trimestre deste ano ou o mais tardar no início de 2014”, revelou ainda à Lusa a concessionária. O concurso público relativo a esta última fase de expansão do terminal já foi publicado em “Diário da República”.
O anúncio estabelece que os interessados em concorrer à obra, com um valor estimado de 35 a 40 milhões de euros (sem IVA), têm de entregar as suas propostas no prazo de 30 dias. A empreitada, pode ler-se, tem um prazo de execução de 300 dias, a contar da data de celebração do contrato, que será atribuído à proposta “mais vantajosa segundo critério a publicar oportunamente”. Após esta última fase de expansão, o terminal de contentores vai ter condições para movimentar um total de 1,5 milhões de TEU (valor que mede a capacidade de carga contentorizada) por ano. O contrato de concessão do Terminal XXI foi celebrado em setembro de 1999, entre a Administração do Porto de Sines e a PSA Sines (cuja empresa mãe é a Port of Singapore Authority), por um período de 30 anos, tendo a infraestrutura iniciado a atividade em 2004.
No mês passado, o porto de Sines anunciou que janeiro foi o melhor mês de sempre na movimentação de contentores, representando um crescimento de 38 por cento face ao mês homólogo de 2012. Segundo um comunicado do porto de Sines, em janeiro foram transportados um total de 66 359 TEU. Entretanto, no final da semana passada, a presidente da Administração do Porto de Sines, Lídia Sequeira, revelou à Lusa que a administração do porto e a Dubai Port World estão em conversações para o eventual investimento da empresa emiradense no novo terminal de contentores previsto para a cidade. “Temos tido contactos e conversas”, disse. “Agora precisamos é de decisões da parte deles”, vincou a gestora, sublinhando a importância da Dubai Port World, que é “o terceiro maior operador de terminais [portuários] do mundo”.
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Tudo isto [medidas de austeridades adotadas pelo Governo], porém, para nada serviu, uma vez que a recessão vai parar aos 2,3%, o desemprego irá atingir os 19% e o défice ficou em 6,6%. Por isso, a troika vai agora exigir despedimentos na função pública, retendo a próxima prestação do empréstimo até que os mesmos sejam realizados. E, como se viu pelo exemplo de Chipre, logo a seguir pode determinar o confisco dos depósitos bancários. Luís Menezes Leitão, jornal “i”, 19 de março
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Na área de influência da Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo registaram-se, em 2012, 18 novos casos de TUBERCULOSE, o que corresponde a uma baixa taxa de incidência, segundo os especialistas. Uma boa notícia, portanto. Ainda assim, tratando-se de uma doença infetocontagiosa, “continua a ser um problema de saúde pública”. NP
Opinião
Que país é este? Luís Covas Lima Bancário
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desilusão, a consternação e a sensação de que por muito que se faça de pouco ou nada valerá a pena (aquela sensação a que políticos, economistas, sociólogos e quem mais de direito vêm chamando de “falta de esperança”), talvez me tenham impedido ou desmotivado de escrever nos últimos tempos… Ao olhar para trás, ao viver neste presente e ao tentar vislumbrar um futuro, pergunto-me que país é este… Que país é este onde a pobreza envergonhada, ou não, impera? Que país é este onde a fome dos outros nos passa despercebida? Que país é este onde os jovens que querem estudar não o conseguem por falta de condições económicas dos seus pais? Que país é este que despede e prescinde dos seus professores, aqueles que fizeram e farão de todos nós cidadãos instruídos, informados e, por isso, democratas porque capazes de escolher? Que país é este que não consegue dar um primeiro emprego aos seus jovens nem manter o último emprego dos seus “velhos”? Que país é este onde o “direito a estar doente” (direito que ninguém quer!) passou a ser um “dever de não estar doente” porque não se consegue pagar a conta do hospital e muito menos sonhar em ter um seguro de saúde? Que país é este onde os impostos e todas as obrigações que nos impõem sufocam famílias ao ponto de ficarem sem casa, sem trabalho, sem sustento? Que país é este onde crescem a olhos vistos as falências de empresas e as insolvências pessoais? Há quem tenha ouvido falar tanto nestes termos como nos últimos dois ou três anos? Que país é este onde de porta em porta nos recordamos que naquela porta havia uma padaria, uma mercearia, uma loja de ferragens ou de eletrodomésticos, uma livraria, uma florista, um cinema ou um café de um qualquer senhor Zé que sabia de imediato o que nos deveria servir à primeira hora da manhã? Que país é este que vive à sombra de auditorias, consultadorias, parcerias de tecnocratas e burocratas que nos impedem de renascer enquanto nação? Que país é este que vive de fiscalizações, inspeções e outras intromissões, cujo resultado final é sempre igual ou inferior a zero? Que país é este onde órgãos ditos de soberania se tornam órgãos de tirania em relação aos seus cidadãos mas de parceria entre si? Que país é este onde o fosso entre pobres e ricos, ou entre os cada vez mais pobres e os cada vez mais ricos, se torna a cada momento mais profundo? Que país é este onde nascer, crescer, aprender, envelhecer e, até, morrer… onde, no fundo, viver é um negócio? Que país é este…? Será o país onde uma outra ditadura de que ninguém gosta de falar foi substituída por uma ditadura económica? A pobreza e a ignorância são, sem dúvida, as melhores estratégias para uma qualquer ditadura… Não sei que país quero, nem sei sequer se alguma vez o saberei, mas sei que não é este o país que quero… Termino, recordando-vos, uma vez mais, um dos versos do poema “Cântico Negro” de José Régio, cuja leitura
continua tão atual nos dias de hoje como à data em que foi escrito… e cada leitura que lhe faço revela-se sempre como se uma nova e desconhecida leitura o fosse… “Se ao que busco saber nenhum de vós me responde Porque me repetis: – Vem por aqui!”
Viver é como desenhar sem borracha
esperança naquilo/que talvez não teremos./Basta que a alma demos,/com a mesma alegria,/ao que desconhecemos/e do que é do dia-a-dia./ Chegamos? Não chegamos?/- Partimos. Vamos. Somos”. Por decisão pessoal, a autora do texto não escreve segundo o Novo Acordo Ortográfico
A diferença Ruy Ventura Poeta e ensaísta
Ana Paula Figueira Docente
M S
ãe! dize essa metade que tu sabes do que é necessário saber, dize essa metade que tu sabes tão bem! para eu pensar na outra metade. E não houvésse senão homens e saltimbancos eu ia buscar a outra metade, mas os saltimbancos estão vestidos como os homens, e os homens estão vestidos como os saltimbancos, ambos estão vestidos de uma só maneira, não sei quaes são os homens nem os saltimbancos, eles também não o sabem – não há senão losangos de arlequim! Por diversas razões, hoje só podia começar este texto com a elegância de Almada Negreiros. Também a minha Mãe sabia bem que, na vida, convivem homens e saltimbancos, todos vestidos com fatos de arlequim. Aparentemente iguais. Com losangos, muitos losangos. E com muitas, muitas cores. Que confundem a percepção. A mentira não é, pois, mais do que a verdade mascarada (Byron). Mas, se nada parece verdadeiro que não possa também parecer falso, numa época de mentiras universais, dizer a verdade é claramente um acto revolucionário (Orwell). Nietzsche, para explicar esta ideia, recorreu à expressão “rebanho”, referindo-se à vida em grupo. Defendia que a verdade e a mentira são construções que têm a ver com a vida “em rebanho”; o indivíduo “do rebanho” classifica como verdadeiro aquilo que nele o conserva, e como falso aquilo que o ameaça ou exclui do mesmo. Por isso, dizer e defender uma verdade que não é consonante com a verdade defendida por um “rebanho” em que o indivíduo se insere, acarreta custos. Nomeadamente o custo do isolamento e da solidão. No pior dos casos, da exclusão. Mas, a vida é plena de caminhos, de opções e de decisões. É como desenhar sem borracha. Se aspiramos à liberdade, a escolha é, não só um direito, como também um dever. Egoísta e resiliente. Também, prazenteira. Para além de que importa descobrir “a outra metade”. Aquela que se entrelaça nos ideais, nos sonhos e nos alimenta a alma. Que nos dá a esperança. Não corroboro a dualidade intransponível realidade/sonho que Pessoa tão bem expressou na sua obra a propósito da (sua) vida e cujo epíteto é “Nunca fiz nada senão sonhar”. Mas sei que o fosso resultante dessa dicotomia, sumptuosamente ilustrado através dos primeiros versos da sua “Tabacaria” – “Não sou nada./Nunca serei nada, não posso querer ser nada. À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo.” – não é despiciendo e que, quando temos sonhos que queremos atingir, há que lutar por eles de forma muito perseverante. Este é o repto que a vida nos coloca, que lhe dá sentido, e que nos distingue, uns dos outros, na busca de um equilíbrio, do equilíbrio de cada um: a capacidade de lidar com as respectivas adversidades e complexidades. Recordo, a título final, a mensagem que Sebastião da Gama nos legou: “Pelo sonho é que vamos,/comovidos e mudos./ Chegamos? Não chegamos?/Haja ou não haja frutos,/pelo sonho é que vamos./Basta a fé no que temos,/basta a
empre que estou na minha aldeia de Carreiras, situada a poucos quilómetros de Castelo de Vide e a curta distância da fronteira de Portugal com a Extremadura espanhola, aproveito para dar umas voltas por terras de contrabando, assegurando-me de que as diferenças entre povos dos dois lados são diminutas perante o muito que culturalmente nos une. Não vou lá fazer compras – e, se as faço, é por acaso e não por ato deliberado. Sou, aliás, uma pessoa pouco consumista – o que nestes tempos me vem dando jeito, embora a penúria em que vivemos me obrigue a uma seleção apertada do único bem que avidamente consumo: os livros (que não dispenso). Verdade seja dita que o aperto até tem tido aspetos positivos. Desde que a crise se instalou, muito menos lixo editorial tem entrado na minha casa. Num dos pequenos passeios que dei nas férias de 2012, deparei-me com uma pequena cidade espanhola pejada de pequeno comércio. Pelas ruas, o chamado “comércio tradicional” – passada a hora da “siesta” – fervilhava de consumidores que, conversando, entravam e saíam das lojas, transportando sacos de compras. E nem sequer faziam distinção entre aquelas que têm um ar modernaço e as outras que, com modéstia, continuam a mostrar uma face que nos faz lembrar tempos passados. O cenário contrário me assalta na minha cidade de Portalegre e noutras (muitas) localidades portuguesas. Aí, passo por “ruas de comércio” onde pouco mais resta do que o olhar deprimido e suplicante de comerciantes e empregados, fitando o nada e o vazio, ou seja, a ausência de clientes. As lojas das cidades lusas são muito diferentes das que abrem portas do outro lado da fronteira? Não me parece. E os preços? Também não… nem tanto. Notei contudo uma diferença abissal entre as povoações. Enquanto na cidade espanhola não vi aberto ao público consumidor qualquer centro comercial ou hipermercado, por cá eles são presença constante e infestante. Rara é a terra portuguesa com mais de três ou quatro mil habitantes que não tem um ou mais. Houve até autarcas com traços de estupidez, de loucura ou de malvadez que aprovaram a construção de vários estabelecimentos de grande superfície, uns aos lado dos outros. Com convicção bacoca (ou não), justificaram a sua anuência com o argumento que de, assim, nasceria “desenvolvimento” nas suas terras. Esqueceram (ou não) que, deste modo, apenas promoviam a penúria e a desertificação no coração das suas cidades e na vida dos seus concidadãos – trazendo Golias para dentro da casa de Davides necessariamente mais fracos e sem instrumentos eficazes de combate. Junte-se a este ato a permissão para a abertura de três ou quatro lojas de quinquilharia chinesa e tivemos o veneno instalado e a morte anunciada. E nós, portugueses, vamos na onda… Cada vez mais acéfalos, cada vez mais egoístas, cada vez mais palradores, cada vez mais mesquinhos, sem percebermos as consequências dos nossos atos, vamos gastando os últimos tostões nos hipermercados ou nas lojas onde se vendem sempre os mesmos artigos orientais, baratos mas de fancaria… Eleitores e eleitos, consumidores e comerciantes, todos somos portugueses e responsáveis, uns por omissão e outros por ação, pelo ponto a que chegou o nosso país.
Assinala-se amanhã, sábado, 23, mais um Dia Mundial da METEOROLOGIA. Tempo para se refletir, mais uma vez, sobre a necessidade de se preservarem os ecossistemas e fazer uma utilização racional dos recursos naturais do planeta Terra. A bem de todos. NP
Há 50 anos Bacalhau enfileira nos artigos ausentes
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m vésperas do início da primavera de 1963, o “Diário do Alentejo” dava conta de que faltava o bacalhau em Beja. Isto, depois de semanas antes ter noticiado a carência de batata e de azeite. Abordando o tema na coluna diária “Varandim da Cidade”, o jornalista Melo Garrido escrevia, na primeira página da edição de 22 de Março: “Continuam as embaraçosas dificuldades do público no que respeita ao problema básico da sua alimentação, pelo desaparecimento de alguns géneros que são absolutamente indispensáveis ao consumo do dia a dia”. [Aqui, uma longa intromissão do escriba, a meio da transcrição: este primeiro parágrafo mantém-se absolutamente atual, meio século depois e, enquanto os coelhos, portas, gaspares e companhia não forem para o caixote de lixo da História, a situação tende a agravar-se. Registe o leitor, a propósito, a dignidade do parlamento de Chipre, que impediu, pelo menos para já, o roubo que o governo de Nicósia e a troika estrangeira queriam perpetrar contra os cidadãos com depósitos bancários. Um exemplo infelizmente não seguido pelos partidos da maioria política que prevalece na Assembleia da República portuguesa. Nem sequer pelo Partido ‘Socialista’ de Seguro, que não é nem carne nem peixe, que ameaça mas não faz, que, assim, continua a ser um sustentáculo da insustentável política antipopular que é imposta aos trabalhadores e ao povo. Depois não se queixem, não digam que não foram avisados...]. Voltando ao varandim bejense de Melo Garrido: “Depois das batatas e do azeite, surge agora o bacalhau a enfileirar na lista negra dos artigos ausentes. O ‘fiel amigo’ das classes populares, não por sua culpa certamente, ausentou-se e não se sabe quando voltará a aparecer... Quer isto dizer que uma nova provação foi criada à grande maioria do público. Supomos que o assunto já foi encarado por quem de direito. Esperam-se, assim, providências breves que já não podem anular os prejuízos verificados mas devem ter a eficiência necessária para evitar novas vicissitudes a quem tem orçamentos limitados para prover às necessidades dos seus agregados familiares.” Um nota final para reforçar a ideia – implícita na croniqueta transcrita – que, tal como hoje com uma governação “democrática”, há 50 anos, sob o fascismo salazarista, a maioria do povo português vivia em grandes dificuldades, mesmo ao nível “básico da sua alimentação”... Carlos Lopes Pereira
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Três em cada 10 automobilistas reconhecem já ter transportado crianças sem um sistema de retenção, revela o primeiro inquérito nacional sobre SEGURANÇA INFANTIL dentro do automóvel, realizado pelo Automóvel Clube de Portugal (ACP). Os números, já preocupantes, poderão vir a aumentar, uma vez que a crise poderá levar muitos a deixarem de comprar os referidos sistemas de retenção, alerta o ACP. NP
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Fala-se pouco do assunto, o que é uma pena: dentro da federação alemã, diversos estados liderados pela Baviera forçaram o estado de Berlim a assinar uma espécie de memorando da tróica interno. Portanto, ninguém pode ficar surpreendido com as exigências dos alemães em relação aos países do sul da Europa. Se estados alemães apertam (e com razão) outros estados alemães, a Alemanha só poderia fazer exigências duras no contacto com Portugal, Grécia e afins. Henrique Raposo, “Expresso”, 20 de março
Cartas ao diretor escreveu São Paulo, “Não há um justo, Páscoa nem um sequer, todos se desviaram do José A. Ramos Almada
Páscoa é libertação, é esperança, é nova vida porque é na primavera. Páscoa é comemoração, é celebração e recordação de importante acontecimento. É festa anual em memória, para o povo de Israel, do dia em que foram libertados do Egito, depois de cerca de 400 anos de escravidão. Para o povo cristão (católicos e evangelistas) o domingo de Páscoa também é dia de festa, lembrando que depois do sofrimento de Cristo, o Messias anunciado pelos profetas, aconteceu o milagre de Deus, a alegria da sua ressurreição! Que regozijo, que satisfação não teria sido para seus discípulos verem o Mestre divino voltar a viver, falando e comendo com eles mais 40 dias! Mas, lembremos primeiro, a Páscoa judaica: era a principal festa deste povo, celebrada no dia 14 de nisã (entre março e abril), talvez a festa comemorativa mais antiga do mundo, porque já tem mais de cinco mil anos! (Conforme escritos, esse dia era o último da lua cheia que segue ao começo da primavera no hemisfério norte). Entre o nascimento do sol e ocaso devem os israelitas sacrificar o cordeiro ou cabrito pascal que devia ter menos de um ano, macho sem defeito algum, e sem lhes quebrarem os ossos. No dia seguinte principiava a grande festa da Páscoa que durava sempre sete dias, mas só o primeiro e o sétimo dias eram solenes, com todas as formalidades exigidas. Mais tarde, nesta comemoração de libertação do Egito, o sangue (símbolo de vida que pagava na velha aliança os erros ou pecados do povo) era aspergido ou salpicado no altar (e a gordura que simbolizava impureza era queimada). O dia 21 desse mês, o último dia da festa, seria de “santa convocação”). Nesse dia devia prevalecer em todos um ânimo alegre e confiante. Durante a semana tinham levado as carnes dos animais para suas casas para ceias especiais com pão sem fermento, ervas amargas e vinho. E, cantando hinos e orando com fé, viviam confiantes porque o Deus criador os ajudava. A festa da Páscoa dos judeus foi depois comemorada só na cidade de Jerusalém e têm sempre celebrado (o acontecimento) para lembrar a libertação. O profeta João Batista ao apresentar Cristo Jesus, o filho de Deus, disse: “Eis o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo”. Sim, ele, como Moisés, liberta. Como Deus perdoador e salvador, pode perdoar e libertar da escravidão do pecado, aqueles que sinceramente e humildemente se arrependam, porque, como
bom caminho”. Para os crentes cristão, “Ele é nossa Páscoa”, que ressuscitou e virá novamente à terra para dar paz, justiça e amor.
Carta à cidade Manuel Dias Horta
Minha querida e amada cidade Com amor e saudade, espero que te encontres bem Sei como tens passado, vou, agora, dar-te conta de mim. Venho de longe, de muito longe, de um sítio onde a terra é vermelha da cor do sangue e onde a vida para e nunca mais recomeça. O nome do sítio não interessa, é algures em parte incerta. Já percorri os sinuosos caminhos do desespero; já conheci o medo e vi o terror; já venci ansiedades; já pernoitei em camas de hospitais; já me banhei em barrancos e desprezei piscinas; já joguei e perdi. Não sou romeiro nem mensageiro, apenas ando por aí. Nada te devo e nada me deves, temos as contas saldadas. Ficaste-me com a juventude e eu agora cuido de ti. Foi por isso que, quando na biblioteca senti o frio no inverno e calor no verão, a que juntei a destruição do lindo painel de azulejos existente à entrada das piscinas, protestei junto de quem devia. Nada fizeram, nada disseram. Mas que gente é esta?! Responde-me tu. Vou terminar esta carta, deixando um louvor à direção e pessoal da biblioteca, pela excelente ideia em colocar os cidadãos e a cidade a conversaram. Um grande abraço, cidade, palco da minha vida e relicário das minhas saudades.
E se… Maria José do Rosário Professora do ensino politécnico
Tomássemos consciência de que existe, no mundo, um sítio com uma beleza ímpar, múltipla na geografia física, natural e humana. Onde a diversidade da fauna e da flora ornamenta e pinta as planícies e serras que, alternando, se vêem cruzadas por rios que correm para o mar, orlado por longas faixas costeiras de brancas areias, tudo adoçado por cálidos climas que lhe dão um toque especial. Esse sítio que foi habitado por muitos povos de cuja mistura resultou, por isso, um povo que encaixa na perfeição na moldura natural.
Povo capaz, competente, generoso, aberto à novidade, ávido do exterior, corajoso, cheio de talentos que se revelam nos seus feitos e no seu património material e imaterial. Um povo que não consegue resolver os seus paradoxos e, por isso, permite que pensamentos negativos contaminem o seu quotidiano e não sejam exorcizados pela acção, pois vive o imediato mas padece de saudade ontológica, tem os pés assentes no chão e a cabeça fura as nuvens, é cada vez mais materialista mas o sonho comanda a sua vida. É povo poeta que se faz voz nas rimas e versos populares, no fado, no cante...que gosta de opinar e prefere que decidam por ele e que nunca se valorizou, nem valorizou devidamente o seu sítio, o seu território, a não ser quando movido pela necessidade ou pela aventura dele se ausenta e a distância faz ressoar o seu coração. E se, esse povo atlante, um dia acordar e abrir o coração a si próprio, e se cada pessoa que o constitui se amasse o suficiente para que as escolhas e decisões a tomar o fossem em função do bem comum e de uma justiça social equitativa e, dessa forma, percebessem que todos os tipos de medos e de poderes injustos podem ser refreados, a partir de si próprios. E se, em sequência, o sorriso passasse a ser a expressão constante no rosto das pessoas. E se, a utopia se concretizasse… não seria esta uma forma de cumprir-se Portugal? E se …? Texto escrito com grafia anterior ao Acordo Ortográfico.
Karaté de Penedo Gordo Zulmira Palma Penedo Gordo
A secção de karaté de Penedo Gordo completou, oficialmente, este mês, 11 anos de atividade. No dia 8 de fevereiro de 2002 o vosso jornal publicou uma pequena notícia, que dava conta de que o esforço e a carolice permitiram formar a academia. O esforço e a carolice do treinador Paulo Palma ainda se mantêm, os alunos vão e vêm, mas a sua vontade de ensinar o que aprendeu, de desenvolver bons atletas e da prática da modalidade está vincada desde o início, mesmo disponibilizando do seu tempo com a família e do seu descanso. Com a sua insistência tem mantido a modalidade no meio rural onde o futebol é rei. Certa de que esta singela homenagem será não só em nome da família, mas também em nome de todos os atletas que obtiveram algum ensinamento do sensei Paulo Palma, ao longo destes 11 anos.
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Portfólio Começou a primavera. E o “Diário do Alentejo” brinda todos os leitores com um portfólio da autoria de Mariano Martins, amante da imagem desde que assistiu pela primeira vez a uma sessão de cinema na aldeia, em 1967. Estudioso da fotografia, passou por institutos, ateliês. Do seu percurso profissional destacase ainda a sua carreira de fotojornalista e de fotógrafo no serviço militar, entre outros. Tem em mãos dois projetos: um sobre o Alentejo visto do ar. O outro dedicado às aves do Alentejo. E é deste último que lhe damos hoje conta. Começou a primavera, com a chegada das aves, ou não fossem estas as verdadeiras mensageiras da estação das flores.
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Ana Cabecinha e Dionísio Ventura na marcha
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A alentejana Ana Cabecinha renovou o título de campeã nacional de 20 quilómetros marcha atlética, assegurando diretamente a qualificação para o mundial de Moscovo que se realizará no mês de agosto. Nos campeonatos nacionais de marcha, realizados no Montijo, o ferreirense Dionísio Ventura classificou-se em 3.º lugar na prova de 50 quilómetros.
Desporto
Zona Azul joga na Luz Depois da derrota caseira (16/25) perante o Oriental, na jornada inaugural da 2.ª fase do Nacional da 3.ª Divisão de Seniores Masculinos, a formação bejense da Zona Azul joga amanhã, sábado, pelas 20 horas, no Pavilhão da Luz, frente à equipa do Benfica B. O Redondo, equipa que ganhou em Lagoa (20/19), recebe, também amanhã, o Paço d’Arcos.
1.ª Divisão – AF Beja 21.ª jornada Odemirense-Praia Milfontes ........................................... 1-2 Serpa-Rosairense ...............................................................4-0 Aldenovense-São Marcos ................................................3-3 Amarelejense-Bairro da Conceição ............................... 1-3 Desp. Beja-Guadiana.........................................................0-1 Almodôvar-Cabeça Gorda ...............................................4-0 Sp. Cuba-Piense ..................................................................1-0 Almodôvar Praia Milfontes Serpa Odemirense Piense Aldenovense Rosairense Sp. Cuba Cabeça Gorda São Marcos Bairro da Conceição Guadiana Desp. Beja Amarelejense
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16 14 12 13 9 8 8 8 5 5 4 5 2 3
4 3 7 4 6 7 6 6 7 4 5 1 8 2
1 4 2 4 6 6 7 7 9 12 12 15 11 16
G
52-20 47-21 46-22 37-21 34-22 38-27 32-30 24-19 34-32 19-48 18-40 19-44 19-35 17-55
P
52 45 43 43 33 31 30 30 22 19 17 16 14 11
Próxima jornada (24/3/2013): Rosairense-Praia Milfontes, São Marcos-Serpa, Bairro da Conceição-Aldenovense, Guadiana -Amarelejense, Cabeça Gorda-Desp. Beja, Piense-Almodôvar, Sp. Cuba-Odemirense.
1.ª Divisão AF Beja Toi Paulino guardou bem a bola de Ricardo Caveira e o Guadiana levou os três pontos
A cinco jogos do fim, Almodôvar mantém vantagem de sete pontos
A oito pontos do título... O Almodôvar joga no próximo domingo, em Pias, a primeira das cinco finais que separam a equipa do, ainda hipotético, título distrital da AF Beja, sucesso revestido do ineditismo de assegurar um lugar no Campeonato Nacional de Seniores que se estreia na época 2013/2014. Texto e foto Firmino Paixão
A
equipa tem ainda em agenda as deslocações a Pias e ao recinto do Desportivo de Beja e, no seu terreno, o Cuba, o Odemirense e o Amarelejense.
O segundo lugar é agora, e de novo, pertença do Milfontes, mercê do seu triunfo em Odemira, e o próximo desafio da equipa da Foz do Mira joga-se no Rosário, de onde acreditamos que possa sair com os três pontos. O Serpa ocupa o terceiro lugar do pódio, mercê da goleada sobre o Rosairense, e tem a seu lado o Odemirense, ambos a nove pontos do líder. A equipa de Hugo Felício segue para São Marcos onde encontrará um adversário moralizado com o empate conseguido em Vila Nova de São Bento, na estreia de José Luís Serrano ao comando do Aldenovense (após a saída de Carlos Simão).
Rosairense, Cuba (preciosa vitória sobre o Piense) e Cabeça Gorda (goleado no recinto do Almodôvar) fecham a zona de tranquilidade e daí para baixo vêm os aflitos. O São Marcos lidera um quinteto onde se notou a subida do Bairro da Conceição (depois da vitória em Amareleja) e do Guadiana (mercê do triunfo em Beja), e os dois lugares prováveis de despromoção são agora ocupados pelo Desportivo e pelo Amarelejense. São três as partidas que marcam a agenda da próxima ronda, desde logo o jogo entre o Piense e o Almodôvar, mas também o Rosairense com o Milfontes e, seguramente, o Sporting de Cuba com o Odemirense.
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Hoje palpito eu... Francisco Cabaça
E
stá hoje connosco, na partilha dos prognósticos de mais uma ronda do campeonato distrital de futebol da AF Beja, mais um grande jogador formado da fabulosa “cantera” do Sporting de Cuba, na década de oitenta, e cujo valor lhe permitiu sair das fronteiras do seu concelho para representar outros clubes do distrito. E, asseguramos, tinha qualidade futebolística e talento para ter encetado outros voos mais ambiciosos. Francisco Cabaça iniciou a sua carreira desportiva como juvenil do Sporting Clube de Cuba, camisola com que fez o percurso até à idade de sénior, até que, aos 23 anos, despertou o interesse do Clube Desportivo de Beja, emblema que representou durante duas temporadas, voltando depois ao Amado de Aguilar, na sua terra natal. Mas apenas por uma época, pois, no ano seguinte, foi o Moura Atlético Clube que o requisitou e, mais adiante, ingressou no Futebol Clube de Serpa, retirando-se discretamente do futebol ainda com muito para dar à modalidade. Hoje, com 52 anos de idade, seguramente que guarda uma boa reserva de conhecimentos para, eventualmente, colocar ao serviço do clube da sua terra. Aqui ficam os seus palpites à jornada 22 do “Distritalão”:
(2) ROSAIRENSE/MILFONTES O Milfontes tem cinco vitórias fora de casa e mantém grande regularidade nas suas exibições. (2) SÃO MARCOS/SERPA O Serpa é uma equipa com grandes tradições neste campeonato. Julgo que não se deixará surpreender, mesmo jogando fora do seu reduto. (2) BAIRRO DA CONCEIÇÃO/ALDENOVENSE O Aldenovense tem uma boa regularidade competitiva, tanto em casa como fora, o que fará prevalecer o seu favoritismo em vencer este jogo. (1) GUADIANA/AMARELEJENSE Na cauda da tabela, estas duas equipas precisam muito de pontuar, mas privilegio a turma que joga no seu terreno. (X) CABEÇA GORDA/DESPORTIVO BEJA Um grande dérbi em perspetiva, que motivará que os jogadores se agigantem e o Desportivo não deixará os seus créditos por mãos alheias. (2) PIENSE/ALMODÔVAR Um terreno difícil que recebe o líder destacado. Com a moral elevada como está, o Almodôvar não se deixará surpreender.
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(X) SPORTING DE CUBA/ODEMIRENSE O Odemirense é um clube com grandes tradições, mas vai encontrar uma equipa que quer mostrar aos adeptos as suas reais capacidades.
O XI Troféu de Pesca Desportiva Festival do Rio, o II Passeio Pedestre pelo Caminho Natural do Guadiana e a descida do rio guadiana em kayak e canoa, entre Mértola e o Pomarão, são atividades desportivas que animam o Festival do Peixe do Rio que decorre este fim de semana, dias 23 e 24, no Pomarão.
Inter-regiões de Hóquei em Patins – O Torneio Inter-regiões Páscoa 2013, em hóquei em patins (iniciados), está a decorrer até ao próximo domingo na Mealhada, com a participação de 10 seleções nacionais, entre elas a equipa da Associação de Patinagem do Alentejo, inserida no grupo do Porto, Minho, Ribatejo e Coimbra. A equipa sul alentejana joga hoje com o Minho (12 horas) e com o Porto (20 horas) e amanhã com Coimbra (12 horas).
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Volta ao Alentejo em Bicicleta sai hoje de Vidigueira para Mértola
O pelotão invade a planície Corre-se hoje a 3.ª etapa da 31.ª Volta ao Alentejo em Bicicleta, com uma ligação entre Vidigueira e Mértola com a extensão de 174,6 quilómetros, o percurso mais longo do figurino da prova. Texto Firmino Paixão
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ma tirada com partida agendada para as 11 horas de hoje, sexta-feira, que leva o pelotão de 150 unidades desde a Cidade do Vinho 2013 para uma passagem pela vila de Cuba, rica em tradições na velocipedia nacional, e o posterior regresso a Vidigueira, de onde a caravana ruma para a Margem Esquerda do Guadiana, via Pedrógão do Alentejo e Mina da Orada, cumprindo uma primeira meta volante em Serpa. Segue-se a visita a Santa Iria, Vale dos Mortos, Vale do Poço e Mina de São Domingos, antes de uma primeira passagem por Mértola, onde está traçada a segunda meta volante do dia. O pelotão dirige-se depois para Alcaria Ruiva, Penilhos e São João dos Caldeireiros, antes de voltar à Vila Museu para conclusão da etapa, eminentemente dedicada aos roladores, face à ausência de elevações que justifiquem qualquer contagem para o prémio de montanha (camisola “grená” patrocinada pela Vidigueira – Cidade do Vinho 2013). Amanhã os ciclistas partem de Ourique, fletindo para o litoral alentejano até Odemira, onde estará traçada a meta final da quarta tirada, com 153,3 quilómetros e passagem por
Castro Verde, Aljustrel, Cercal, Milfontes, Zambujeira e a meta final no berço do Rio Mira. Os derradeiros quilómetros rolam-se no domingo, com um exigente circuito entre Vila Nova de Santo André e Santiago do Cacém, intercalado por quatro contagens para o prémio de montanha, dificuldades que poderão ajudar a definir o vencedor. O pelotão integra 19 equipas, as seis de elites nacionais e quatro sub/23, mais nove formações estrangeiras, grupo onde os bascos da Euskadi substituíram, quase à última hora, a formação russa da Lokosphins, equipa pela qual correu o vencedor da edição de 2012, Alexey Kunshin. Na tarde do próximo domingo, em Santiago do Cacém, serão laureados os vencedores de mais uma edição da “Alentejana”, organizada pela PAD e pela Cimac, com o apoio do Crédito Agrícola da Costa Azul e das autarquias do Alentejo e, seguramente, será cumprida a tradição de consagrar mais um vencedor diferente para a Volta ao Alentejo, uma das provas por etapas com mais carisma do calendário nacional, a seguir à Volta a Portugal. Daniel Silva venceu tirada inaugural O ciclista português Daniel Silva, chefe de fila da equipa Rádio Popular/Onda, venceu a primeira tirada da 31.ª Volta ao Alentejo em Bicicleta/Crédito Agrícola Costa Azul, disputada entre Castelo de Vide e Marvão, numa distância de 167 quilómetros, tornando-se o primeiro líder da classificação geral individual da edição de 2013 da “Alentejana”.
O acompanha a Alentejana num veículo gentilmente cedido por Irmãos Luzia, Lda.
19 Diário do Alentejo 22 março 2013
O XI Troféu de Pesca Desportiva Festival do Rio
Diário do Alentejo 22 março 2013
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Futebol Resultados
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Campeonato Distrital de Benjamins 2.ª fase/1.ª jornada: Odemirense-Despertar, 2-2; NS Beja-Castrense, 3-1; Ferreirense-Santo Aleixo, 10-2. Líder: Ferreirense, três pontos. Próxima jornada (23/3): Despertar-NS Beja; Santo Aleixo-Odemirense; Castrense-Ferreirense.
José Saúde
Campeonato Distrital de Infantis 2.ª fase/1.ª jornada: Alvito-Amarelejense, 10-1; Despertar B-Despertar A, 1-8; Almodôvar-Odemirense, 4-1. Líder: Alvito, três pontos. Próxima jornada (23/3): Amarelejense-Despertar B; Odemirense-Alvito; Despertar A-Almodôvar. Taça Joaquim Branco – Benjamins (1.ª jornada) Série A: Vasco Gama-Ferreirense, 10-1; Sporting CubaAlvito, 6-0; Moura-Serpa, 6-2; Desportivo Beja A-Piense, 3-8. Líder: Vasco da Gama, três pontos. Próxima jornada (23/3): Ferreirense--Sporting Cuba; Piense-Vasco Gama; Alvito-Moura; Serpa--Desportivo Beja A. Série B: Aljustrelense-Desportivo Beja B, 4-0; OuriqueAlmodôvar, 2-2; Milfontes-Renascente, 9-2; CB BejaDespertar B, 1-4. Líder: Milfontes, três pontos. Próxima jornada (23/3): Desportivo Beja B-Ourique; Despertar B-Aljustrelense; Almodôvar-Milfontes; Renascente-CB Beja. Taça Dr. Covas Lima – Infantis (1.ª jornada) Série A: Piense-CB Beja, 5-0; Aldenovense-Sporting Cuba, 1-5; Bairro da Conceição-Desportivo Beja, 4-1; Moura-Serpa, 6-0; Vasco Gama-Ferreirense, 0-5. Líder: Moura, três pontos. Próxima jornada (23/3): CB Beja-Aldenovense; Ferreirense-Piense; Sporting Cuba-Bairro da Conceição; Despoortivo Beja--Moura; Serpa-Vasco Gama. Série B: Alvorada-NS Beja, 0-5; Renascente-Milfontes, 3-3; Castrense B-Castrense A, 1-5; Guadiana-Aljustrelense, 7-2. Líder: Guadiana, três pontos. Próxima jornada (23/3): NS Beja-Renascente; Milfontes-Castrense B; Castrense A-Guadiana; Aljustrelense-Operário. Campeonato Distrital de Iniciados (20.ª jornada): Serpa-Vasco da Gama, 2-4; Milfontes-Ourique, 2-0; Moura- -Amarelejense, 2-0; Guadiana-Bairro Conceição, 8-2; Sporting Cuba-Despertar, 1-1. Folgaram o Rio de Moinhos e o Odemirense. Líder: Moura, 47 pontos. Próxima jornada (24/3): Vasco Gama-Milfontes; OuriqueMoura; Odemirense-Guadiana; Bairro ConceiçãoSporting Cuba; Despertar-Rio Moinhos. Folgam Serpa e Amarelejense. Campeonato Distrital de Juvenis (11.ª jornada): Serpa-Despertar, 1-2; Castrense-Desportivo Beja, 1-0; Moura-Aljustrelense, 3-0. Folgou o Almodôvar. Líder: Desportivo Beja, 22 pontos. Próxima jornada (24/3): Despertar-Moura; Desportivo Beja-Serpa; Aljustrelense-Almodôvar. Folga o Castrense. Supertaça de Juniores: Despertar -Vasco da Gama, 5-0. Campeonato Distrital de Futsal (19.ª jornada): Vasco da Gama-Luzerna, 1-3; NS Moura-Safara, 7-2; Vila Ruiva- -Barrancos, 6-6; ADVN São Bento-Almodovarense, 2-5; Alcoforado-Baronia, 2-3; IP Beja-Ferreirense, 0-5. Folgou o Desportivo de Beja. Líder: Baronia, 47 pontos. Próxima jornada (22/3): Ferreirense-Desportivo Beja; Luzerna-IP Beja; Safara-Vasco Gama; Barrancos-NS Moura; Almodovarense--Vila Ruiva; Baronia-ADVN São Bento. Folga o Alcoforado. Campeonato Nacional de Iniciados (2.ª fase, 8.ª jornada): Louletano-Desportivo Beja, 3-3; DespertarLusitano Vila Real, 1-0. Líder: Louletano, 48 pontos; 2.º Despertar, 42. 7.º Desportivo Beja, nova. Próxima jornada (24/3): Odiáxere-Despertar. Folga o Desportivo Beja. Campeonato Nacional de Juniores (2.ª fase, 6.ª jornada): Louletano-Moura, 5-0. Líder: Farense, 45 pontos. 8.º Moura, oito. Próxima jornada (23/3): Moura-Lusitano Vila Real. Taça Fundação Inatel- 2.ª fase (3.ª jornada)Grupo A: Luso Serpense-Fernandes, 2-1; Amoreiras Gare-Relíquias, 2-2. Folgou o Vale da Oca. Líder: Vale da Oca, quatro pontos. Próxima jornada (23/3): Vale da Oca-Amoreiras Gare; Relíquias-Luso Serpense. Folga o Fernandes. Grupo B: Penedo Gordo-Jungeiros, 1-1; Milfontes- -Luzianes Gare, 0-1. Folgou o Louredense. Líder: Louredense, seis pontos. Próxima jornada (23/3): Louredense-Milfontes; Luzianes Gare-Penedo Gordo. Folga o Jungeiros. Grupo C: Serrano-Albernoense, 2-1; Santa Vitória- -Malavado, 1-1. Folgou o Saboia. Líder: Saboia, seis pontos. Próxima jornada (23/3): Saboia-Santa Vitória; Malavado-Serrano. Folga o Albernoense. Grupo D: Trindade-Ficalho, 1-0; Salvadense-Santaclarense, 0-3; Folgou o Beringelense. Líder: Santaclarense, seis pontos. Próxima jornada (23/3): Beringelense-Salvadense; Santacalarense -Trindade. Folga o Ficalho. Troféu Agência de Beja – 1.ª fase (3.ª jornada): Grupo E: AC Cuba-Brinches, 1-1; Quintos-São Matias, 2-0. Folgou o Mombeja. Líder: Brinches, sete pontos. Próxima jornada (23/3): Mombeja--Quintos; São Matias-AC Cuba. Folga o Brinches. Grupo F: AlvoradaPedrógão, 3-1; Neves-Faro Alentejo, 1-2. Folgou o Figueirense. Líder: Pedrógão, quatro pontos. Próxima jornada (23/3): Figueirense-Neves; Faro do AlentejoAlvorada. Folgou o Pedrógão. Grupo G: Santa LuziaSanjoanense, 1-1; Soneguense - -Boavista Pinheiros, 0-3. Folgou o Alcariense. Líder: Sanjoanense, sete pontos. Próxima jornada (23/3): Alcariense-Soneguense; Boavista de Pinheiros-Santa Luzia. Folga o Sanjoanense. Grupo H: Cavaleiro-Santa Clara-a-Nova, 0-2; Cercalense-Almodovarense. 4-0. Folgou o Pereirense. Líder: Santa Clara-a-Nova, 9 pontos. Próxima jornada (23/3): Pereirense-Cercalense; Almodovarense-Cavaleiro. Folga o Santa Clara-a-Nova. Grupo I: Bemposta-Sete, 3-1; Campo Redondo- -Colos, 2-1. Folgou o Naveredondense. Líder: Bemposta, seis pontos. Próxima jornada (23/3): Naveredondense-Campo Redondo; Colos-Bemposta. Folga o Sete.
11.º Grande Prémio de Atletismo Carlos Gradiz em Cuba
Persistência versus sucesso... Os atletas Paulo Alves (Sporting) e Raquel Trabuco (Elvense) venceram as principais provas do 11.º Grande Prémio de Atletismo Carlos Gradiz, realizado na vila de Cuba. O Clube Elvense Natação ganhou por equipas. Texto e foto Firmino Paixão
D
inamizar a modalidade e homenagear o antigo atleta e grande dinamizador do atletismo no concelho de Cuba, o psicólogo Carlos Gradiz, são os desígnios que, desde há 11 anos, orientam o município de Cuba para a organização desta reunião atlética, este ano precedida da iniciativa Dia do Atletismo, promovida pela Associação de Beja junto da comunidade escolar e que contou com a presença de 170 jovens, participação semelhante à verificada no grande prémio (com 18 equipas). Com uma boa moldura de público, evoluíram primeiro os escalões de formação (77 benjamins, 27 infantis, 12 iniciados e sete juvenis masculinos). No setor feminino realizou-se uma prova de absolutos, ganha pela credenciada Raquel Trabuco (sénior) à frente das juniores Ana Catarina Dias (Odemira) e Sara Inácio (Neves) e da juvenil messejanense Maria do Rosário Silva. As figuras do costume nas classificações femininas. As provas de masculinos separaram, por um lado, os veteranos (triunfo do moldavo Alexei Scutaru – GMPobrezinho/Olivais),depoisosjuniores e seniores, prova onde se destacaram o júnior Mussa Djau (Beja AC) e a dupla João Figueiredo (Alvito)/ /Paulo Alves (Sporting), sendo o “leão” o primeiro a cortar a meta desta corrida de seis quilómetros pelas principais artérias da vila de Cuba.
O jovem sportinguista, de 19 anos, teceu considerações elogiosas à prova: “Está muito bem concebida e é muito competitiva. A distância é correta, a organização também esteve muito bem, o piso empedrado é mais duro, mas, como são apenas seis quilómetros, é aceitável”. Antes já a elvense Raquel Trabuco (vice-campeã nacional 1 500 metros pista coberta em 2012) tinha referido: “Uma prova desta natureza acaba sempre por ser um treino mais rápido, senti-me um pouco fatigada, porque tenho vindo a fazer treinos longos e vim da meia-maratona de Mérida, mas sabe sempre bem ganhar, em pouco tempo foi a minha segunda vitória no Baixo Alentejo (Alvito e Cuba)”, referiu a, também, campeã do Alentejo de corta-mato. Carlos Gradiz, o patrono da prova, conviveu com o público e atletas e afirmou, com natural modéstia: “Penso que a prova tem mais mérito do que a minha RESULTADOS Femininos – benjamins A: 1.ª Beatriz Pardal (Terras Montado); Benjamins B: 1.ª Sara Góis (Terras Montado); Infantis: 1.ª Ana Morais (Bairro da Conceição); Iniciados: 1.ª Andreia Pingueiro (Elvense); Juvenis: 1.ª Maria Rosário Silva (Messejana), 12.14’; Juniores: 1.ª Ana Catarina Dias (Odemira), 11.43; Seniores: 1.ª Raquel Trabuco (Elvense), 11.12’. Veteranas: 1.ª Verónica Scutaru (Pobrezinho), 12.34. Masculinos – benjamins A: 1.º Filipe Pardal (Terras Montado); Benjamins B: 1.º Jesué Estevez (Elvense); Infantis: 1.º João Pais (NS Moura); Iniciados: 1.º João Silva (Messejana); Juvenis: 1.º José Moço (Alvito); Juniores: 1.º Mussa Djau (BAC), 20.10’; Seniores: 1.º Paulo Alves (Sporting), 19.35’; Veteranos I: 1.º Alexei Scutaru (Pobrezinho), 13.12’. Veteranos II: 1.º Carlos Alves (Pobrezinho), 13.39’. Veteranos III: 1.º Silvestre Gomes (Pobrezinho), 13.53’
pessoa, na verdade contribuí para o desenvolvimento da modalidade no distrito, fui um dos fundadores da associação regional da modalidade e, ao mesmo tempo, criei a secção de atletismo no Sporting Clube de Cuba”. Responsável pela formação de antigos campeões nacionais em Cuba, como Ana Bento, Florinda Fialho e João Costa, o psicólogo lamentou o desaparecimento local da modalidade: “Foram 18 anos de trabalho intenso que não teve depois reprodução pelos atletas que se formaram e que hoje já são pais de família, mas a modalidade não foi retomada como devia ser”. Gradiz lembrou ainda: “Na década de oitenta, com o trabalho que realizámos, conseguimos provar que em qualquer terra onde exista uma modalidade, havendo interesse por ela e pessoas que sejam disciplinadas, conseguem-se atingir resultados bons desportivos”. E assegurou: “As pessoas que são, normalmente, muito persistentes num desporto qualquer acabam também por ser persistentes na vida, por isso, não faz mal nenhum as pessoas voltarem novamente ao atletismo em Cuba, onde o Dia do Atletismo teve uma afluência extraordinária. Agora é preciso dinamizar de novo a modalidade, eu próprio estou disposto a vir cá de vez em quando dar uma ajuda”. O antigo lançador, cuja grande referência desportiva foi uma qualificação no lançamento de martelo para os mundiais universitários, prova que acabou por falhar devido a uma lesão, afirmou ainda: “Estou muito contente com esta prova que, não tendo nada a ver com o meu atletismo, porque eu era atleta de pista, é um grande prémio que se tem destacado nos últimos anos, embora lamente que existam mais atletas seniores e veteranos do que infantis e iniciados e isso é que é pena”, concluiu.
Popular, simpático, companheiro de batalhas de outrora, outras recentes, amigo do seu amigo, afável no dar e receber, incansável na sua azáfama quotidiana e de uma nobre entrega na arte de bem servir, entre outros adjetivos que lhe possamos adicionar, são conceções sintéticas que me levam a trazer às páginas do “Diário do Alentejo” o nosso saudoso amigo Zé Agostinho. O Zé foi um indestrutível ícone. Homem íntegro no meio social. Fazia o obséquio, e a gentileza, em tratar o cliente num plano de igualdade. As suas contas eram feitas por baixo e a olho. Nos restaurantes que possuiu o cliente jamais se sentiu defraudado. Ele, amavelmente, retribuía a razão da freguesia com um incessante sorriso. Santa Clara de Louredo e Beja foram dois dos palcos onde o Zé Agostinho desenvolveu o seu dom para a gastronomia alentejana. O seu corpo, já pesado, escondia realidades que os mais novos desconheciam. O Zé foi meu companheiro na equipa de juvenis do Despertar no tempo do histórico presidente Zeca Pereira. Falávamos amiúde da nossa condição de “velhos decanos” despertarianos. Jovens que em meados da década de 60 brilharam em defesa da camisola bejense. Fomos campeões distritais da AF Beja e viajámos pelo nacional. Era o nosso avançado-centro. Esguio e com uma velocidade estonteante, o rapaz da Boavista impunha ordem nos defesas adversários que intencionalmente arriscassem tapar os seus espaços. Corria que se fartava, driblava, esquivava-se e faturava. Golos magistrais que se transformavam em vitórias esplêndidas. Foi homem da marinha. Conheceu as agruras da antiga guerra colonial. A sua estrutura física foi paulatinamente sofrendo alterações. No seu cardápio, ou seja, na cédula pessoal, lá ficarão registos de uma vida que materialmente não lhe foi nada fácil. O Zé deixou-nos. Morreu. Um ícone que ficará para a história de uma sociedade que jamais lhe franqueou portas para uma intrínseca cooperação. Descansa em paz, amigo!
institucional Diário do Alentejo n.º 1613 de 22/03/2013 Única Publicação
21 Diário do Alentejo 22 março 2013 Diário do Alentejo n.º 1613 de 22/03/2013 Única Publicação
CARTÓRIO NOTARIAL DE BEJA
EXTRACTO PARA PUBLICAÇÃO CÂMARA MUNICIPAL DE ALMODÔVAR
EDITAL N.º 37/2013 ANTÓNIO JOSÉ MESSIAS DO ROSÁRIO SEBASTIÃO, Presidente do Município de Almodôvar. FAZ SABER que, no decurso do 2.º semestre do ano de 2012, o Município concedeu as seguintes transferências correntes e de capital:
A presente informação destina-se a dar cumprimento ao disposto na Lei n.º 26/94, de 19 de Agosto. Para constar, publica-se, este e outros de igual teor, os quais vão ser publicados nos locais públicos do costume. Eu, Assinatura ilegível, Chefe da Divisão Administrativa e Financeira o subscrevo. Paços do Município de Almodôvar, aos 13 de março de 2013. O Presidente do Município António José Messias do Rosário Sebastião
Diário do Alentejo n.º 1613 de 22/03/2013 Única Publicação
CERTIFICO para efeitos de publicação que, por escritura de catorze de março de dois mil e treze, exarada de folhas 19 a 21, do livro de notas para escrituras diversas número 98-A, do Cartório Notarial de Beja da Licenciada Mariana Raquel Tareco Zorrinho Vieira Lima, sito na Rua Condes da Boavista, n°20, Jorge Manuel Loureiro Ruas, NIF 183210573, natural da freguesia de S. Sebastião da Pedreira, concelho de Lisboa e mulher Ana Maria Graça Covas Lima, NIF 214383385, natural da freguesia de Santiago Maior, concelho de Beja, casados sob o regime de comunhão de adquiridos residentes na Rua Dr. Brito Camacho n°22 em Beja, vieram declarar: Que com exclusão de outrem, são donos e legítimos possuidores do seguinte imóvel: 1- Prédio rústico denominado “Herdade do Colégio”, situado na freguesia de Baleizão, concelho de Beja, inscrito na matriz rústica sob o artigo 11 da Secção L, com o valor patrimonial de tributável para efeito de IMT e de IS de € 3836,99, descrito na Conservatória do Registo Predial deste concelho sob o número setecentos e quinze de vinte e sete de Novembro de dois mil e três, com a aquisição aí registada, a favor dos primeiros outorgantes, pela inscrição resultante da apresentação número doze de vinte e dois de abril de dois mil e cinco; 2- Prédio rústico denominado “Herdade do Colégio”, situado na freguesia de Baleizão, concelho de Beja, inscrito na matriz rústica sob o artigo 12 da Secção L, com o valor patrimonial tributável para efeito de IMT e de IS de € 3775,09, descrito na Conservatória do Registo Predial deste concelho sob o número setecentos e dezasseis, de vinte sete de novembro de dois mil e três, com a aquisição aí registada a favor dos primeiros outorgantes, pela inscrição resultante da apresentação número doze, de vinte e dois de abril de dois mil e cinco; Que sobre os mencionados prédios encontram-se registados: Pela inscrição resultante da apresentação dois, de quatro de junho de mil e novecentos, um arrendamento e subarrendamento; Que os referidos prédios foram adquiridos pelos primeiros outorgantes, livre de ónus ou encargos. Que, desde os anos de mil novecentos e setenta e três e de mil novecentos e oitenta e três, os titulares inscritos e antes deles os seus antigos proprietários, bem como desde vinte e nove de Dezembro de dois mil e quatro, eles primeiros outorgantes, e os vendedores que a antecederam sempre usaram e exploraram os imóveis identificados, como seus proprietários plenos, sem qualquer encargo ou qualquer limite, nomeadamente sem qualquer restrição derivada dos invocados arrendamento e subarrendamento, pelo que estes caducaram pelo seu não uso. Que essa posse do prédio em propriedade plena foi adquirida e mantida sem violência e sem oposição, ostensivamente, com conhecimento de toda a gente, em nome próprio e com aproveitamento de todas as utilidades dos prédios, agindo sempre por forma correspondente ao exercício do direito de propriedade perfeita, quer usufruindo como tal os imóveis, quer suportando os respetivos encargos, há mais de vinte anos justificando o seu direito de propriedade plena para efeitos do cancelamento dos mencionados ónus. Está conforme o original na parte a que me reporto. Beja e Cartório Notarial da Drª Mariana Raquel Tareco Zorrinho Vieira Lima, aos catorze de Março de dois mil treze. A Colaboradora, (com delegação de poderes, artigo 8° do Dec-Lei n°26/2004 e alterações) Maria França Cambado Vilhena Ferreira
Diário do Alentejo n.º 1613 de 22/03/2013 Única Publicação Diário do Alentejo n.º 1613 de 22/03/2013 Única Publicação
ASSOCIAÇÃO HUMANITÁRIA DE BOMBEIROS VOLUNTÁRIOS DE ALMODÔVAR
CONVOCATÓRIA Nos termos da alínea a) do Artº. 37º. dos Estatutos desta Associação e para efeitos do disposto na alínea g) do nº. 2 do Artº. 36º. e da alínea c), nº. 2 do Artº. 40º. dos mesmos Estatutos, convocam-se de harmonia com o nº. 1 do Artº. 41º dos já mencionados Estatutos, todos os associados efectivos no pleno gozo dos seus direitos, para a ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA a realizar no próximo dia 22 de Março de 2013, pelas 20,30 horas, na sede desta Associação, com a seguinte ORDEM DE TRABALHOS: Ponto único: APRECIAR E VOTAR O RELATÓRIO E CONTA DE GERÊNCIA DO ANO DE 2012 E PARECER DO CONSELHO FISCAL Não estando presentes a maioria dos associados, no dia e hora designados, a Assembleia funcionará trinta minutos depois, com qualquer número de presenças, conforme determina o nº. 1 do Artº. 42º. dos mesmos Estatutos. Para constar se passou a presente convocatória e outras de igual teor que vão ser afixadas na sede da Associação e outros locais julgados de interesse para o efeito e publicitada conforme determina o já mencionado nº. 1 do Artº. 41º. dos Estatutos da Associação. Almodôvar, 12 de Março de 2013. O Presidente da Mesa da Assembleia Geral, João de Deus Lopes Pereira
NÚCLEO DE VOLUNTARIADO DE MÉRTOLA
EDITAL DR. MANUEL JOAQUIM DE JESUS PEREIRA, Presidente da Assembleia Geral: TORNA PÚBLICO que terá lugar no próximo dia 27 de Março de 2013, pelas 17,00 horas, na sede sita na Rua Dr. Afonso Costa, nº 38, em Mértola, uma sessão ordinária da Assembleia Geral, pelo que se convocam todos os sócios e voluntários (efectivos) para a referida reunião, com a seguinte ordem de trabalhos: 1.- PERIODO DE “ ANTES DA ORDEM DO DIA” 2.- APROVAÇÃO DO RELATÓRIO E CONTAS DO ANO DE 2012 3.- OUTROS ASSUNTOS DE INTERESSE PARA A ASSOCIAÇÃO Se à hora marcada não estiverem presentes mais de metade dos associados, com direito a voto, a Assembleia reunirá, meia hora depois, com qualquer número de associados. Mértola, aos 12 de Março de 2013. O Presidente da Assembleia Geral, Manuel Joaquim de Jesus Pereira
CASA DO ALENTEJO – ALBUFEIRA
CONVOCATÓRIA ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA Ficam por este meio notificados todos os associados da associação Casa do Alentejo em Albufeira, que terá lugar no dia 29 de Março de 2013 na sua sede social, situada na Estrada dos Brejos em Albufeira, pelas 20 horas para realização de uma assembleia ordinária com a seguinte: Ordem de trabalhos: Ponto 1- Apresentação, discussão e votação do relatório de contas e do balanço referente ao ano 2012. Ponto 2- Marcação de eleições para novos órgãos socias. Ponto 3- Outros assuntos de interesse para a associação. Ponto 4- Se à hora marcada, não estiverem presentes n° representados, associados que componham o quórum deliberativo, a assembleia reunirá pelas 21 horas, do mesmo dia, no mesmo local e com a mesma ordem de trabalhos, em segunda convocatória, com a presença de qualquer número de associados. Albufeira 01 de Março de 2013. O Vice-Presidente da Mesa da Assembleia Geral José Ferreira da Luz
saúde
22 Diário do Alentejo 22 março 2013
Análises Clínicas
Medicina dentária
▼
▼
Psicologia
Dr.ª Heloisa Alves Proença Médica Dentista
Dr. Fernando H. Fernandes Dr. Armindo Miguel R. Gonçalves
Exclusividade em Ortodontia (Aparelhos) Master em Dental Science (Áustria) Investigadora Cientifica - Kanagawa Dental School – Japão Investigadora no Centro de Medicina Forense (Portugal)
FERNANDA FAUSTINO
Fisioterapia
(Diplomada pela Escola Superior de Medicina Dentária de Lisboa)
Centro de Fisioterapia S. João Batista
Rua General Morais Sarmento. nº 18, r/chão Telef. 284326841 7800-064 BEJA
DR. A. FIGUEIREDO
Médico
Especialista pela Ordem dos Médicos
Especialista
Chefe de Serviço de Oftalmologia do Hospital de Beja
dos Médicos
pela Ordem e Ministério da Saúde Generalista CONSULTAS DE OBESIDADE
Rua Capitão João Francisco de Sousa, 56-A – Sala 8 Marcações pelo tm. 919788155
MARCAÇÕES pelos telfs.284322387/919911232 Rua Tenente Valadim, 44
Rua do Canal, nº 4 7800 BEJA
Fisioterapia
▼
7800-073 BEJA Clínica Geral
CLÍNICA MÉDICA DENTÁRIA
Drª Ana Teresa Gaspar Psicologia Educacional
JOSÉ BELARMINO, LDA.
Drª Elsa Silvestre Psicologia Clínica
Rua Bernardo Santareno, nº 10 Telef. 284326965 BEJA
Drª M. Carmo Gonçalves
DR. JOSÉ BELARMINO Clínica Geral e Medicina Familiar (Fac. C.M. Lisboa) Implantologia Oral e Prótese sobre Implantes (Universidade de San Pablo-Céu, Madrid)
Tratamentos
CONSULTAS EM BEJA 2ª, 4ª e 5ª feira das 14 às 20 horas
Ginecologia/Obstetrícia
Rua Manuel António de Brito
FAUSTO BARATA
Classes para Incontinência
Clinipax
Urinária
Rua Zeca Afonso,
Reeducação do Pavimento
nº 6-1º B – BEJA
Urologia
ALI IBRAHIM
Medis, Advance Care,
de trabalho, A.D.M., S.A.M.S. Marcações pelo 284322446; Fax 284326341
Marcações pelo tel.
UROLOGISTA
Hospital de Beja Doenças de Rins e Vias Urinárias
de Beja
Consultas às 6ªs feiras na Policlínica de S. Paulo
Consultas às 6ªs feiras
Rua Cidade S. Paulo, 29
Psiquiatra no Hospital
Seguros/Acidentes
a partir das 8:30 horas na Policlínica de S. Paulo Rua Cidade S. Paulo, 29
R. 25 de Abril, 11
Marcações pelo tel.
cave esq. – 7800 BEJA
284328023 BEJA Cirurgia Maxilo-facial
Obstetrícia, Ginecologia, Ecografia
DR. MAURO FREITAS VALE
CONSULTAS 2ªs, 3ªs e 5ªs feiras
Prótese/Ortodontia
Marcações pelo telef. 284328023 BEJA
Clínica Dentária
▼
Urgências Prótese fixa e removível Estética dentária Cirurgia oral/ Implantologia Aparelhos fixos e removíveis VÁRIOS ACORDOS Consultas :de segunda a sexta-feira, das 9 e 30 às 19 horas Rua de Mértola, nº 43 – 1º esq. Tel. 284 321 304 Tm. 925651190 7800-475 BEJA
Luís Payne Pereira Médico Dentista Consultas em Beja
Marcações pelo telefone 284321693 ou no local
Rua Zeca Afonso, nº 16 F Tel. 284325833
Praça Diogo Fernandes, nº11 – 2º Tel. 284329975
Rua António Sardinha, 3 1º G 7800 BEJA
Otorrinolaringologia ▼
Urologia
▼
DR. J. S. GALHOZ FERNANDO AREAL
FRANCISCO FINO CORREIA
MÉDICO
MÉDICO UROLOGISTA RINS E VIAS URINÁRIAS
Consultor de Psiquiatria Consultório Rua Capitão João Francisco Sousa 56-A 1º esqº 7800-451 BEJA Tel. 284320749
▼
Clínica do Jardim
284323028
Psiquiatria
▼
Dr. José Loff
Medicina dentária
MÉDICO DENTISTA
Consultas segundas, quartas, quintas e sextas
▼
PARADELA OLIVEIRA
Multicare, Allianze,
Estomatologia
Ginecologia Obstetrícia Assistente Hospitalar
▼
AURÉLIO SILVA Psiquiatria
7800- 544 - BEJA
(Edifício do Instituto do Coração, frente ao Continente)
Classes de Mobilidade
Acordos com A.D.S.E., CGD,
CLÍNICA MÉDICA ISABEL REINA, LDA.
Assistente graduado de Ginecologia e Obstetrícia
nº 4 1ºFte
das 14 horas Tel. 284322503
de Fisioterapia
meio aquático
▼
e.mail:
Marcações a partir
Hidroterapia/Classes no
Estomatologista (OM) Ortodontia
TERESA ESTANISLAU CORREIA
clinidermatecorreia@ gmail.com
Pós Mastectomia
DR. JAIME LENCASTRE
▼
Consultas às 4ª feiras tarde e sábado MARCAÇÃO DE CONSULTAS: Diariamente, dias úteis: Tel: 218481447 Lisboa 4ª feiras: 14h30 – 19h Tel: 284329134 Beja
MÉDICO ESPECIALISTA EM CLÍNICA GERAL/ MEDICINA FAMILIAR
Reabilitação
EM BERINGEL Telef 284998261 6ª e sábado das 14 às 20 horas
Dermatologia
MÉDICA DERMATOLOGISTA
▼
GASPAR CANO
Dr. Carlos Machado
▼
LUZ
Fisiatria
Cardiologistas
25r/c dtº Beja
Obesidade
Médico oftalmologista
Marcações pelo telef. 284325059
▼
Pélvico
Rua António Sardinha,
JOÃO HROTKO
Acordos com: ACS, CTT, EDP, CGD, SAMS.
a partir das 15 horas
Vários Acordos
- Assistente de Cardiologia do Hospital SAMS
Especialistas pela Ordem dos Médicos e pelo Hospital de Santa Marta Assistentes de Cardiologia no Hospital de Beja Consultas em Beja Policlínica de S. Paulo Rua Cidade de S. Paulo, 29 Marcações: telef. 284328023 - BEJA
▼
Consultas de 2ª a 6ª
às 3ªs e 4ªs feiras,
Técnica de Prótese Dentária
RUI MIGUEL CONDUTO Cardiologista
MARIA JOSÉ BENTO SOUSA e LUÍS MOURA DUARTE
Oftalmologia
CONSULTAS
▼
CONSULTAS 5ªs feiras CARDIOLUXOR Clínica Cardiológica Av. República, 101, 2ºA-C-D Edifício Luxor, 1050-190 Lisboa Tel. 217993338 www.cardioluxor.com Sábados R. Heróis de Dadrá, nº 5 Telef. 284/327175 – BEJA MARCAÇÕES das 17 às 19.30 horas pelo tel. 284322973 ou tm. 914874486
DOENÇAS DO SISTEMA NERVOSO
Rua Manuel Antó António de Brito n.º n.º 6 – 1.º 1.º frente. 78007800-522 Beja tel. 284 328 100 / fax. 284 328 106
Horários das 8 às 18 horas; Acordo com beneficiários da Previdência/ARS; ADSE; SAMS; CGD; MIN. JUSTIÇA; GNR; ADM; PSP; Multicare; Advance Care; Médis FAZEM-SE DOMICÍLIOS Rua de Mértola, 86, 1º Rua Sousa Porto, 35-B Telefs. 284324157/ 284325175 Fax 284326470 7800 BEJA
Cardiologia
▼
HELIODORO SANGUESSUGA
Directora Clínica da novaclinica
Laboratório de Análises Clínicas de Beja, Lda.
Neurologia
▼
Marcações de 2.ª a 6.ª feira a partir das 14 horas Rua Capitão João Francisco de Sousa, n.º 20 7800-451 BEJA Tel. 284324690
Ouvidos,Nariz, Garganta Exames da audição Consultas a partir das 14 horas Praça Diogo Fernandes, 23 - 1º F (Jardim do Bacalhau) Telef. 284322527 BEJA
▼
saúde
Manuel Matias – Isabel Lima – Miguel Oliveira e Castro – Jaime Cruz Maurício Ecografia | Eco-Doppler Cor | Radiologia Digital Mamografia Digital | TAC | Uro-TC | Dental Scan Densitometria Óssea Nova valência: Colonoscopia Virtual Acordos: ADSE; PT-ACS; CGD; Medis, Multicare; SAMS; SAMS-quadros; Allianz; WDA; Humana; Mondial Assistance. Graça Santos Janeiro: Ecografia Obstétrica Marcações: Telefone: 284 313 330; Fax: 284 313 339; Web: www.crb.pt Rua Afonso de Albuquerque, 7 r/c – 7800-442 Beja e-mail: cradiologiabeja@mail.telepac.pt
CENTRO DE IMAGIOLOGIA DO BAIXO ALENTEJO ECOGRAFIA – Geral, Endocavitária, Osteoarticular, Ecodoppler TAC – Corpo, Neuroradiologia, Osteoarticular, Dentalscan Mamografia e Ecografia Mamária Ortopantomografia
António Lopes – Aurora Alves – Helena Martelo – Montes Palma – Maria João Hrotko – Médicos Radiologistas – Convenções: ADSE, ACS-PT, SAD-GNR, CGD, MEDIS, SSMJ, SAD-PSP, SAMS, SAMS QUADROS, ADMS, MULTICARE, ADVANCE CARE Horário: de 2ª a 6ª feira, das 8 às 19 horas e aos sábados, das 8 às 13 horas Av. Fialho de Almeida, nº 2 7800 BEJA
Telef. 284318490 Tms. 960284030 ou 915529387
Dr. Sidónio de Souza – Pneumologia/Alergologia/ Desabituação tabágica – H. Pulido Valente Dr. Fernando Pimentel – Reumatologia – Medicina Desportiva – Instituto Português de Reumatologia de Lisboa Dr.ª Verónica Túbal – Nutricionismo – H. de Beja Dr.ª Sandra Martins – Terapia da Fala – H. de Beja Dr. Francisco Barrocas – Psicologia Clínica/Terapia Familiar – Centro Hospitalar do Baixo Alentejo. Dr. Rogério Guerreiro – Medicina preventiva – Tratamento inovador para deixar de fumar Dr. Gaspar Cano – Clínica Geral/ Medicina Familiar Dr.ª Nídia Amorim – Psicomotricidade/Educação Especial e Reabilitação Dr. Sérgio Barroso – Especialista em Oncologia – H. de Beja Drª Margarida Loureiro – Endocrinologia/Diabetes/ Obesidade – Instituto Português de Oncologia de Lisboa Dr. Francisco Fino Correia – Urologia – Rins e Vias Urinárias – H. Beja Dr. Daniel Barrocas – Psiquiatria – Hospital de Évora Dr.ª Lucília Bravo – Psiquiatria H.Beja , Centro Hospitalar de Lisboa (H.Júlio de Matos). Dr. Carlos Monteverde – Medicina Interna, doenças de estômago, fígado, rins, endoscopia digestiva. Dr.ª Ana Cristina Duarte – Pneumologia/ Alergologia Respiratória/Apneia do Sono Dr.ª Isabel Santos – Psiquiatria de Infância e Adolescência/Terapeuta familiar – Centro Hospitalar do Baixo Alentejo Dr.ª Paula Rodrigues – Psicologia Clínica – Hospital de Beja Dr.ª Luísa Guerreiro – Ginecologia/Obstetrícia Dr. Luís Mestre – Senologia (doenças da mama) – Hospital da Cuf – Infante Santo Dr. Jorge Araújo – Ecografias Obstétricas Dr.ª Ana Montalvão – Hematologia Clínica /Doenças do Sangue – Hospital de Beja Dr.ª Ana Cristina Charraz – Psicologia Clínica – Hospital de Beja Dr. Diogo Matos – Dermatologia – Hospital Garcia da Orta. Dr.ª Madalena Espinho – Psicologia da Educação/ Orientação Vocacional Dr.ª Ana Margarida Soares – Terapia da Fala Dr.ª Maria João Dores – Psicomotricidade/Educação Especial e Reabilitação Enfermeira Maria José Espanhol – Enfermeira especialista em saúde materna/Cuidados de enfermagem na clínica e ao domicílio/Preparação pré e pós parto/amamentação e cuidados ao recémnascido/Imagem corporal da mãe – H. de Beja Marcações diárias pelos tels. 284 322 503 Tm. 91 7716528 | Tm. 916203481 Rua Zeca Afonso, nº 6, 1º B, 7800-522 Beja Clinipaxmail@gmail.com www.clinipax.pt
Clínica Médico-Dentária de S. FRANCISCO, LDA. Gerência de Fernanda Faustino Acordos: SAMS, ADMG, PSP, A.D.M.E., Portugal Telecom e Advancecare
Rua General Morais Sarmento, nº 18, r/chão; TEL. 284327260 7800-064 BEJA
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necrologia diversos
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Vila Nova de São Bento
Selmes AGRADECIMENTO
Vidigueira AGRADECIMENTO
Rua da Cadeia Velha, 16-22 - 7800-143 BEJA Telefone: 284311300 * Telefax: 284311309 www.funerariapaxjulia.pt E-mail: geral@funerariapaxjulia.pt Funerais – Cremações – Trasladações Exumações – Artigos Religiosos
Fa l e c e u a e x m a . s r a . Margarida Francisca Soares Valadas Rosa de 60 anos casada com o exmo. sr. Sebastião Branco Rosa , natural de Vila Nova de S. Bento. O funeral a cargo desta agência realizou-se no passado dia 11 de março da casa mortuária de Vila Nova de S. Bento para o cemitério local. À família enlutada apresentamos as nossas cordiais condolências.
A do Pinto
Faleceu o exmo. sr. Bento Romeiro Esperança, de 48 anos, natural de Santa Maria, Serpa. O funeral a cargo desta agência realizou-se no passado dia 13 de março da casa mortuária de A do Pinto para o cemitério de Vila Nova de S. Bento. À família enlutada apresentamos as nossas cordiais condolências. AGÊNCIA FUNERÁRIA BARRADAS, LDA. Rua do Outeiro nº 21 Vila Nova de S. Bento Telm: 967026828 - 967026517
Alexandre Augusto
Feliciana Maria Ramalho Pires
Nasceu a 05.06.1921 Faleceu a 13.03.2013 Sua família, na impossibilidade de o fazer pessoalmente, agradece por este meio a todas as pessoas que o acompanharam à sua última morada ou que de outro modo manifestaram o seu pesar.
Nasceu a 12.06.1929 Faleceu a 17.03.2013 Sua família, na impossibilidade de o fazer pessoalmente, agradece por este meio a todas as pessoas que a acompanharam à sua última morada ou que de outro modo manifestaram o seu pesar.
Vila de Frades AGRADECIMENTO
Vidigueira AGRADECIMENTO
Lucília de Jesus Mendes de Lemos Caveira
Maria Antónia Estrela Maçana
Nasceu a 18.12.1929 Faleceu a 17.03.2013 Sua família, na impossibilidade de o fazer pessoalmente, agradece por este meio a todas as pessoas que a acompanharam à sua última morada ou que de outro modo manifestaram o seu pesar.
Nasceu a 28.02.1918 Faleceu a 17.03.2013 Sua família, na impossibilidade de o fazer pessoalmente, agradece por este meio a todas as pessoas que a acompanharam à sua última morada ou que de outro modo manifestaram o seu pesar
SANTA CLARA DE LOUREDO
BEJA
NOSSA SENHORA DAS NEVES
†. Faleceu o Exmo. Senhor JOSÉ AGOSTINHO DA MATA, de 64 anos, natural de Santa Clara de Louredo Beja, casado com a Exma. Sra. D. Ângela Maria Figueira Agostinho da Mata. O funeral a cargo desta Agência, realizou-se no passado dia 15, da Casa Mortuária de Santa Clara de Louredo, para o cemitério local.
†. Faleceu o Exmo. Senhor
†. Faleceu a Exma. Senhora D. ARMINDA ISIDORO PEPE, de 81 anos, natural de Salvador Serpa, viúva. O funeral a cargo desta Agência, realizou-se no passado dia 15, da Casa Mortuária de Nossa Senhora das Neves, para o cemitério local.
BEJA
SÃO MATIAS
BEJA
†. Faleceu o Exmo. Senhor JOAQUIM ANTÓNIO PEREIRA MENDES, de 77 anos, natural de Beringel Beja, viúvo. O funeral a cargo desta Agência, realizou-se no passado dia 17, da Igreja Paroquial do Carmo, para o cemitério de Beja.
†. Faleceu o Exmo. Senhor
†. Confortada com os Sacramentos da Santa Madre Igreja, faleceu a Exma. Senhora D. MARIA DE FÁTIMA DE VILHENA FREIRE D'ANDRADE MIRA BRITO PAES, de 82 anos, natural de São João Baptista - Beja, viúva. O funeral a cargo desta Agência, realizou-se no passado dia 18, da Igreja Paroquial do Carmo, para o cemitério de Beja.
BEJA / VILA ALVA
BEJA
JACINTO MANUEL TOMÁS, de 83 anos, natural de Senhora da Graça de Padrões Almodôvar, casado de/com Exma. Sra. D. Maria Francisca. O funeral a cargo desta Agência, realizou-se no passado dia 15, das Casas Mortuárias de Beja, para o cemitério desta cidade.
MANUEL CAETANO CAEIRO RODRIGUES, de 52 anos, natural de São Matias - Beja, viúvo. O funeral a cargo desta Agência, realizou-se no passado dia 18, da Igreja Paroquial de São Matias, para o cemitério local.
AGÊNCIA FUNERÁRIA ESPÍRITO SANTO, LDA.
Beja – Vale de Açor AGRADECIMENTO
Manuel Augusto Martins (Salão Cabanita) Mais uma vez, como em tantos casos, a medicina foi impotente e tu, meu querido, partiste sem dizer adeus. Deixaste o coração dos teus filhos, esposa e toda a tua família na mais profunda dor. Os nossos agradecimentos sinceros a todos os colaboradores do Serviço de Oncologia do Hospital e aos Bombeiros Voluntários de Beja, a todos os que enviaram uma mensagem de suporte e carinho e que o acompanharam à sua última morada. Mais informo que vai ser rezada missa em sua memória no dia 28/03/2013 na igreja de Santa Maria, às 18 horas.
Tm.963044570 – Tel. 284441108 Rua Das Graciosas, 7 | 7960-444 Vila de Frades/Vidigueira
†. Faleceu a Exma. Senhora D. MARIA ALICE, de 84 anos, natural de Nossa Senhora das Neves - Beja, viúva. O funeral a cargo desta Agência, realizou-se no passado dia 20, das Casas Mortuárias de Beja, para o cemitério desta cidade.
†. Faleceu a Exma. Senhora D. ANA MARIA LOPES, de 93 anos, natural de Pedrógão Vidigueira, viúva. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 21, das Casas Mortuárias de Beja, para o cemitério desta cidade.
Às famílias enlutadas apresentamos as nossas mais sinceras condolências.
Consulte esta secção em www.funerariapax-julia.pt ou siga-nos em www.facebook.com/funepaxjulia Nossa Senhora das Neves
ALUGA-SE Apartamento semimobilado em Beja, no Centro Comercial do Lidador, 130m2, 4
Luís António Casteleiro de Góis
assoalhadas – 410 €
Missa do 8.º Aniversário No próximo dia 1 de abril, segunda-feira, pelas 18 e 30 horas, será rezada missa na Sé de Beja pelo seu eterno descanso. Agradecendo-
Contactar
se já a todos os que se dignarem assistir à celebração.
pelo tm. 963888058
necrologia institucional diversos Alvito AGRADECIMENTO
Beja PARTICIPAÇÃO, MISSA DE 7.º DIA E AGRADECIMENTO
✞
Martinho Carlos Fialho Ganso Nascido – 22-09-1941 Falecido – 13-03-2013 Esposa, filhos, nora, genro, netos e restante família na impossibilidade de o fazerem pessoalmente agradecem por este meio a todas as pessoas que acompanharam o seu ente querido à sua última morada ou que de outra forma lhe manifestaram o seu pesar. Agradecem também a toda equipa médica, enfermagem e pessoal auxiliar da Ulsba – Hospital José Joaquim Fernandes, em Beja, pelo apoio e carinho com que trataram o seu familiar durante a sua doença e internamento. Mais expressam o seu profundo reconhecimento ao comando, direção, corpo ativo, bombeiritos e funcionários da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários do concelho de Alvito pelo carinho e homenagem prestados nesta hora de pesar. Um bem-haja a todos estes homens e mulheres de quem o nosso ente querido teve o orgulho de fazer parte. A todos o nosso profundo agradecimento.
Maria de Fátima de Vilhena Freire D’Andrade Mira Brito Paes Confortada com os sacramentos da Santa Madre Igreja, faleceu no passado dia 17, na sua residência em Beja. Seus filhos, noras, netos e demais família, participam seu falecimento, e que sábado, dia 23, pelas 18,30 horas na Igreja Paroquial do Carmo, será celebrada Missa pelo seu eterno descanso, agradecendo desde já a todos quantos se dignarem assistir a tão piedoso acto e bem assim como àqueles que a acompanharam à sua última morada ou que de qualquer modo lhes manifestaram o seu pesar. P.N.A.M
AG. FUN. PAX-JULIA BEJA -TEL.: 284311300
Diário do Alentejo n.º 1613 de 22/03/2013 Única Publicação
CÂMARA MUNICIPAL DE CUBA
EDITAL HASTA PÚBLICA DE VENDA DE JAZIGO ABANDONADO E PRESCRITO A FAVOR DO MUNICÍPIO
Francisco António Orelha, Presidente da Câmara Municipal de Cuba, torna público que, a Câmara Municipal de Cuba, em sua reunião ordinária de 13/03/2013, deliberou alienar em hasta pública o jazigo abandonado prescrito a favor do Município de Cuba, sito no talhão nº 4 do Cemitério Municipal de Cuba, com a inscrição “João Eduardo Duarte e Família”, que terá lugar no próximo dia 10/04/2013, pelas 09h30, no Salão Nobre dos Paços do Concelho. As condições de alienação do referido jazigo estão patentes na Subunidade Administrativa, sita na Rua Serpa Pinto, 84, em Cuba, onde podem ser consultadas todos os dias úteis durante o horário de expediente (das 9h-12h30 e das 14h-17h30), até à hora da hasta pública, e na página de internet da Câmara Municipal: www.cm-cuba.pt. Para constar se pública este edital e outros de igual teor, que vão ser afixados nos lugares públicos do costume e um publicado em jornal regional. Paços do Concelho de Cuba, 14 de março de 2013. O Presidente da Câmara, Francisco António Orelha
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Diário do Alentejo n.º 1613 de 22/03/2013 Única Publicação
25 Diário do Alentejo 22 março 2013
Diário do Alentejo n.º 1613 de 22/03/2013 1.ª Publicação
CÂMARA MUNICIPAL DE SERPA CLUBE DE PATINAGEM DE BEJA
EDITAL
CONVOCATÓRIA
EXPROPRIAÇÃO DE TERRENOS PARA EXECUÇÃO DA SEGUNDA FASE DA ZONA INDUSTRIAL DE SERPA
Ao abrigo da alínea d) do art° 13.º e alínea c) do Art° 17° dos Estatutos do Clube, venho por este meio convocar a Assembleia Geral Ordinária para o dia 05 de Abril de 2013, pelas 20H30, na Sede do Clube, com a seguinte ordem de trabalhos: Ponto único: - Apreciação e aprovação do Relatório e Contas 2012. De acordo com o art° 15° dos Estatutos, se à hora marcada para o início da reunião, não estiver presente o número legal de sócios, a Assembleia iniciará os seus trabalhos uma hora mais tarde. O Presidente da Mesa da Assembleia-Geral Ana Maria Marujo Bule Ramos
Diário do Alentejo n.º 1613 de 22/03/2013 Única Publicação
Cartório Notarial de Beja Notária: Lic. Mariana Raquel Tareco Zorrinho Vieira Lima
JUSTIFICAÇÃO Certifico narrativamente para efeito de publicação que neste cartório e no livro de notas para escrituras diversas número 97-A de folhas 139 a folhas 140 verso, se encontra exarada urna escritura de justificação notarial, outorgada hoje, na qual Maria Isabel Simão Guerreiro Fernandes, NIF 128053518 e marido. António Guerreiro Fernandes, NIF 128053534, casados sob o regime da comunhão de adquiridos, naturais da freguesia de Santa Vitória, concelho de Beja, residentes habitualmente na Rua 25 de Abril, n° 25, Mina da Juliana, Santa Vitória, Beja, se declaram com exclusão de outrem, donos e legítimos possuidores do seguinte imóvel: Prédio urbano de rés do chão e logradouro, destinado a habitação, sito na Rua 25 de Abril, n° 25, Mina da Juliana, freguesia de Santa Vitória, concelho de Beja, que se compõe de rés do chão com duas divisões, com a superfície total do terreno de cento e setenta e um metros e oitenta e cinco decímetros quadrados, correspondendo dessa área cento e dez metros quadrados a superfície coberta, não descrito na Conservatória do Registo Predial de Beja, que é a competente e inscrito na respetiva matriz predial em nome da justificante sob o artigo 945. Que o identificado prédio veio à posse dos justificantes, por compra verbal feita pelo casal há mais de vinte anos, em data que não sabem precisar no ano de mil novecentos e oitenta e seis a António Diogo e mulher Francisca Rosa, residentes que foram no Lugar das Malhadinhas, em Vila Nova de Milfontes e presentemente falecidos, sem que no entanto ficassem a dispor de título formal que lhes permita o respetivo registo na Conservatória do Registo Predial; mas desde então entrou logo na posse e fruição do prédio cm nome próprio, posse que assim detém há mais de quarenta anos sem interrupção ou ocultação de quem quer que seja. Que esta posse em nome próprio, pacífica, contínua e pública desde o conduziu à aquisição dos imóveis por usucapião, que invoca, justificando o seu direito de propriedade plena para efeito de registo, dado que esta forma de aquisição não pode ser comprovada por qualquer outro título extrajudicial. Está conforme o original na parte a que me reporto. Beja, oito de março de dois mil e treze. A Notária Mariana Raquel Tareco Zorrinho Vieira Lima
TOMÉ ALEXANDRE MARTINS PIRES, Presidente da Câmara Municipal de Serpa, FAZ SABER QUE, na Reunião da Câmara Municipal de Serpa, de 20 de Fevereiro de 2013, foi deliberado, ao abrigo da alínea c), do n.° 7, do artigo 64°, da Lei n.° 169/99, de 18 de Setembro, na redação da Lei n.° 5-A/2002, de 11 de Janeiro, em conjugação como artigo 10°, da Lei n.° 168/99, de 18 de Setembro, que aprovou o Código de Expropriações, requerer a declaração de utilidade pública da expropriação com carácter de urgência e autorização de posse imediata das parcelas de terreno necessárias à execução da segunda Fase da Zona Industrial de Serpa, a saber: – Direito a 1/7 (um sétimo) do prédio rústico designado “Seixô”, inscrito na matriz cadastral da Freguesia de Salvador, concelho de Serpa, sob o artigo 4 - Secção K e descrito na competente Conservatória do Registo Predial sob o número 01564/19930111, com a área total de 1,6125; – Direito a 1/7 (um sétimo) do prédio rústico designado “Seixô” inscrito na matriz cadastral da Freguesia de Salvador, concelho de Serpa, sob o artigo 5 - Secção K e descrito na competente Conservatória do Registo Predial sob o número 01565/19930111, com a área total de 0,4375; – Direito a 1/7 (um sétimo) prédio rústico designado “Seixô”, inscrito na matriz cadastral da Freguesia de Salvador, concelho de Serpa, sob o artigo 295 - Secção K e descrito na competente Conservatória do Registo Predial sob o número 01566/19930111, com a área total de 2,4250 hectares; O processo que conduziu à tomada da decisão, respetivos relatórios de avaliação e demais elementos necessários ao conhecimento do processo encontram-se à disposição dos interessados no Edifício da Câmara Municipal de Serpa, Paços do Concelho, sito à Praça da República, podendo ser consultados, todos os dias úteis, entre as 09.00 e as 16.30; Para constar e devidos efeitos se publica o presente edital e outros de igual teor que vão ser afixados nos lugares do estilo, na Junta de Freguesia de Salvador e publicados em dois números seguintes de dois dos jornais mais lidos na região, sendo um de âmbito nacional. Paços do Município de Serpa, aos 22 dias do mês de fevereiro de 2013. O Presidente da Câmara Municipal de Serpa Tomé Alexandre Martins Pires
Diário do Alentejo n.º 1613 de 22/03/2013 Única Publicação
Diário do Alentejo n.º 1613 de 22/03/2013 Única Publicação
CENTRO DE PARALISIA CEREBRAL DE BEJA
CONVOCATÓRIA
PAGAIA SUL ASSOCIAÇÃO CULTURAL E DESPORTIVA
ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINÁRIA
CONVOCATÓRIA
Por um imperativo de ordem legal, a Assembleia Geral Ordinária convocada para o dia 28-03-2013, realizar-se-á a 26-04-2013, pelas 17h00 (dezassete horas), na sede do Centro de Paralisia Cerebral de Beja, na Rua Cidade de S. Paulo, com a seguinte ordem de trabalhos: 1. Aprovação do Relatório e Contas do ano 2012 Se às 17h00 (dezassete horas) não estiver presente a maioria dos sócios a Assembleia Geral fica desde já convocada para as 18h00 (dezoito horas) do mesmo dia 26-04-2013, e no mesmo local, funcionando e deliberando com os sócios presentes conforme estabelecido nos estatutos. Beja, 19 de Março de 2013.
Nos termos estatutários, convoco os sócios da Associação Pagaia Sul – Associação Cultural e Desportiva, para uma Assembleia Geral, a realizar no próximo dia 31 de Março de 2013, pelas 21 horas e 30 minutos, no Anfiteatro da Escola Secundária de Diogo de Gouveia, em Beja, com a seguinte ordem de trabalhos: 1- Justificação da necessidade de recorrer a financiamento bancário; 2- Apresentação da proposta de crédito e aprovação do mesmo; 3- Assuntos diversos. Dubai, 12 de Março de 2013.
A Presidente da Assembleia Geral Ana Rosa Soeiro Fernandez da Silva
O Presidente da Mesa da Assembleia Geral Tiago José da Silva Candeias
institucional diversos
26 Diário do Alentejo 22 março 2013
Todas as semanas os leitores do “Diário do Alentejo” vão ter descontos.
Parceiro Gestor
PROMAR – Eixo 4 – Desenvolvimento Sustentável das Zonas de Pesca GAC – ALÉM TEJO
Os anúncios desta secção pretendem, por um lado, dar um impulso à economia local e, por outro, ajudar os consumidores neste tempo de crise. Aproveite as oportunidades.
CANDIDATURAS ABERTAS 2.º AVISO De 15 de março a 15 de maio de 2013 Acções : Acção 1 – Reforço da Competitividade das Zonas de Pesca e Valorização dos Produtos Acção 2 - Diversificação e Reestruturação das Actividades Económicas e Sociais Acção 3 – Promoção e Valorização da Qualidade do Ambiente Costeiro e das Comunidades
Vale €1,20 em abastecimentos superiores a 20 litros
Território de Intervenção: Litoral Alentejano - concelhos e freguesias: Alcácer do Sal - Comporta, Santa Maria do Castelo e Santiago Grândola – Carvalhal e Melides Santiago do Cacém - Santo André Sines - Sines e Porto Covo Odemira - Vila Nova de Milfontes, Zambujeira do Mar, São Teotónio e Longueira/ Almograve Península de Setúbal - concelhos e freguesias: Alcochete – Alcochete e Samouco Montijo – Montijo e Sarilhos Grandes Moita - Moita, Gaio - Rosário, e Sarilhos Pequenos Setúbal - Anunciada, Gâmbia - Pontes e Alto da Guerra e Sado Sesimbra - Castelo e Santiago
descontos atÉ
6 cÊnt.
ADREPES – Associação para o Desenvolvimento Rural da
7540-235 Santiago do Cacém
Estrada Nacional 379, Espaço Fortuna
Tel.: 269827233 Fax: 269829744
2950-807 Quinta do Anjo
E.mail: adl.alentejano@mail.telepac.pt
Tel.: 212337930 Fax: 212337939
atÉ 30 de abril
E.mail: adrepes@adrepes.pt
Diário do Alentejo n.º 1613 de 22/03/2013 Única Publicação
JUNTA DE FREGUESIA DE SÃO BRISSOS CONCELHO DE BEJA
AVISO EXUMAÇÃO DE CADÁVERES Manuel dos Reis Guerreiro, Presidente da Junta de Freguesia de São Brissos, Concelho de Beja, faz saber que: Nos termos dos nºs 3 e 4 do artigo n.º 8 do regulamento e tabela de taxas e licenças do cemitério e tendo decorrido o período sobre a data da inumação dos cadáveres abaixo mencionados, sepultados no cemitério de São Brissos, foi resolvido proceder à sua exumação pelo que se convidam os familiares ou responsáveis dos falecidos a entrar em contato com a Junta de Freguesia, no prazo de 30 (trinta) dias, a fim de ser acordada a data em que terá lugar a exumação e o destino a dar às ossadas. Cadáveres a exumar:
VENDE-SE 2 Semeadores, grade de discos, espalhador, Findo que seja o prazo fixado no presente aviso, sem que os interessados promovam qualquer diligência, será feita a exumação considerando-se abandonadas as ossadas existentes, as quais serão enterradas no próprio coval a profundidade superior à estabelecida no regulamento. Mais se informa que por deliberação da junta de freguesia foi decidido abrir um período para venda de terrenos de covais perpétuos que irá decorrer a partir do dia 25 de março até 8 de abril (15 dias), devendo os interessados dirigir-se ao edifício das Juntas de Freguesia da Cidade de Beja, onde darão cumprimento às formalidades necessárias. São Brissos, aos 13 de março de 2013. O Presidente da Junta de Freguesia Manuel dos Reis Guerreiro
mento (60 lts); 3. Este vale não é acumulável com outras campanhas desconto a decorrer no Posto de Abas-
com cartões: Routex, Azul e de Sócio ACP; 5. Nenhuma
www.adrepes.pt
Península de Setúbal
riores a 20 lts., até um máximo de 3 vales por abasteci-
desconto em combustÍvel
e
ADL – Associação de Desenvolvimento do Litoral Alentejano
no ato de pagamento de abastecimentos iguais ou supe-
tecimento; 4. Este vale só é válido para abastecimentos
www.promar.gov.pt
Rua de Santiago, ZAM, Lote 5
BP Beja Castilho; 2. Este vale só poderá ser descontado
por litro
CONSULTE O AVISO DE ABERTURA EM:
www.adl.litoralalentejano
1. Válido nos Postos BP Beja Luzias, BP Beja Variante e
moinho de cereais, caixa de tractor, charrua, vibron, 4 motores de rega e um de betoneira.
Contactar pelo tm. 967746663
em combustíveis cujos pagamentos não sejam efetuados responsabilidade será aceite nos seguintes casos: perda, roubo ou danificação do vale quer tenha sido utilizado ou não; 6. Este vale não pode ser trocado por dinheiro; 7. Válido até 30 de abril de 2013.
27 Diário do Alentejo 22 março 2013 PUB
EXEMPLOS DE PROJECTOS FINANCIADOS PELO PRODER QUINTA DE D. JOÃO Empreendimento Agro-Turismo
FINANCIAMENTO PRODER EIXO – 3 BREVEMENTE ABERTURA DO ÚLTIMO PERÍODO DE CANDIDATURAS MEDIDAS E ACÇÕES DE ENQUADRAMENTO PRODER 3.1 Diversificação da Economia e Criação de Emprego 3.1.1 Diversificação de Actividades na Exploração Agrícola 3.1.2 Criação e Desenvolvimento de Micro empresas 3.1.3 Desenvolvimento de Actividades Turísticas e de Lazer 3.2 Melhoria da Qualidade de Vida 3.2.1 Conservação e Valorização do Património Rural 3.2.2 Serviços Básicos para a População Rural
A Quinta de D. João, trata-se de uma construção do séc. XIX, com arquitectura muito típica do Baixo Alentejo, com tectos abobadados em tijoleira e cercada de um pomar com muita água e vários tanques em cascata. O projecto visa a criação de uma unidade de alojamento de agro-turismo com 10 quartos duplos e pretende ser uma referência na região com elevados padrões de qualidade e conforto. Beneficiário(a): Moragri – Soc. Agrícola, SA Localização: Santa Clara do Louredo – Beja Investimento Elegível: 191.570,00€ Despesa Pública: 114.942,00€ Criação de 2 postos de trabalho
CASA COM RODAS Centro Comunitário
CARTA DA ZONA DE INTERVENÇÃO
Vidigueira
Selmes
O Centro Comunitário do Bairro da Esperança desenvolve respostas sociais desde a primeira infância até à terceira idade, bem como a toda a população da freguesia de sta. Maria da Feira e outras freguesias limitrofes do concelho de Beja. A instituição tem ainda ao dispor da comunidade vários serviços de apoio aos idosos que residem em condições de maior fragilidade e isolamento social. Dispõe de um centro de dia para dar assistência à população idosa e presta serviços de alimentação, higiene e limpeza ao domicilio. Desenvolve também outro tipo de respostas em prol da comunidade juvenil através de vários projectos dirigidos aos jovens do bairro da Esperança.
Pedrogão
S. Matias
Trigaches S. Brissos Beringel
Beja
Mombeja
Ervidel
Baleizão
N. Sra. das Neves
Beneficiário(a): CSCR Bairro da Esperança Localização: Bairro da Esperança Investimento Elegível: 98.562,04€ Despesa Pública: 73.921,53€ Criação de 2 postos de trabalho
Sta Clara de Louredo Sta Vitória
Cabeça Gorda
Quintos
AMÁLIA CECÍLIA Restaurante
Trindade Salvada
Albernoa
Entradas
Alcaria Ruiva S. Marcos da Ataboeira
Sta Bárbara dos Padrões
S. João dos Caldeireiros
Aljustrel Beja Castro Verde Mértola Vidigueira Centros urbanos
Para mais informações contacte-nos
O presente projecto visa a abertura de um restaurante tipico de gastronomia tipicamente alentejana associado a uma vasta oferta de outros produtos locais de referência gastronómica local, como sendo os enchidos, os queijos, os vinhos, o mel entre outros produtos de elevado valor da nossa região, inserido numa área de paisagem protegida das estepes alentejanas, onde as abetardas são uma imagem de marca. Beneficiário(a): Cecília Maria Pedras de Freitas Localização: Alcaria Ruiva – Mértola Investimento Elegível: 78.955,97€ Despesa Pública: 47.373,58€ Criação de 2 postos de trabalho
ALENTEJO XXI - Associação De Desenvolvimento Integrado do Meio Rural
Rua da Misericórdia, 10 - 7800-285 Beja telefone: 284 318 395 fax: 284 318 394 site: www.alentejoxxi.pt e-mail: axxi.geral@mail.telepac.pt
Financiamento:
28 Diário do Alentejo 22 março 2013
O Mariola é um cão jovem, de porte médio, muito simpático. Ele foi abandonado mas tem esperança de voltar a ser feliz. Por vezes é medroso com outros cães, mas muito sociável com os humanos. Será vacinado e desparasitado antes da adoção. Venham conhecê-lo ao Cantinho dos Animais de Beja. Contactos: 962432844; sofiagoncalves.769@hotmail.com
Ana Maria Baptista – Beja Taróloga – Método Maya Gabinete aberto (Jardim do Bacalhau) Contacto para marcação de consultas: 968117086
Carneiro
Boa vida Comer Sopa de carapau com hortelã da ribeira Ingredientes para 4 pessoas: 8 carapaus grandes; 1 dl. de azeite; 4 dentes de alho; 6 tomates maduros limpos de peles e grainhas; 2 cebolas; 1 pimento verde; 400 gr. de batata; 1 molho de salsa; 1 folha de louro; q.b. de sal; 1 dl. de vinho branco; 1 molho de hortelã da ribeira; 1 pão alentejano do dia anterior. Confeção: Se desejar retire as cabeças dos carapaus. Lave-os e tempere-os com sal. Reserve. Leve ao lume um tacho com cebola cortada às rodelas, alho picado, louro e azeite. Quando a cebola começar a ficar murcha, junte o tomate esmagado com a mão e deixe refogar mais um pouco. Adicione o vinho branco, um ramo de salsa e um pouco de sal. Deixe ferver para evaporar o álcool do vinho. Acrescente água suficiente e quando esta começar a ferver, junte as batatas cortadas às rodelas. Quando estas estiverem quase cozidas, junte os carapaus e o pimento às tiras. Retifique os temperos a seu gosto. Quando o peixe estiver cozido, coloque os ramos de hortelã da ribeira. Sirva com fatias de pão do dia anterior Bom apetite… Nota: Esta sopa é servida como prato principal e pode ser feita com outro tipo de peixe e acompanhada com ovos escalfados. António Nobre Chefe executivo de cozinha – Hotéis M’AR De AR, Évora
Filatelia Sugestões para os selos de 2014
T
al como vem acontecendo há já muito, também este ano os Correios estão recetivos, até ao fim do mês, a sugestões para os temas dos selos a emitir no próximo ano. Habitualmente temos aqui deixado as nossas sugestões; umas têm sido aceites, outras, incompreensivelmente, não. Mas, como diz o velho ditado português, “água mole em pedra dura, tanto dá até que fura”… Esperemos que seja este ano que o velho provérbio se concretize. Neste grupo sempre incluímos duas emissões: Dadores de Sangue e Organizações Não Governamentais (ONG). Uma emissão dedicada a estes temas era uma forma de a sociedade reconhecer o trabalho completamente desinteressado, de cariz profundamente humanitário, que estes dois grupos desenvolvem em prol de toda a sociedade, sem olhar a credos religiosos, políticos ou etnias. Ninguém tem dúvidas (julgamos nós) da necessidade da dádiva de sangue, produto que, infelizmente, continua a faltar diariamente nos hospitais portugueses. Esta era uma forma de levar a todos os cantos do País uma mensagem de apelo, da necessidade de todos (os que podem) darem sangue. É curioso que os Correios de Portugal são uma das raras administrações postais europeias que nunca estiveram sensíveis a este magno problema, pois em França, por exemplo, já há três emissões sobre este tema. Quanto às ONG, pensamos, também, que todos reconhecem o seu extraordinário papel com a sua intervenção em situações de catástrofe, quer natural quer provocada, como acontece com as populações que fogem aos horrores da guerra que assolou as suas terras. Estas populações não têm nada, pois tiveram que sair à pressa das suas terras e de percorrer, a pé, longas distâncias, o que tornava inviável o transporte de qualquer bem, mesmo os de primeira necessidade. Num cenário de extremas carências materiais, muitas vezes em cenários de guerra, estas organizações de voluntários desempenham um papel extraordinário, elevando bem alto o nome do país a que pertencem. E são bem conhecidas de nós algumas destas ONG portuguesas. Propomos, pois, que sejam analisadas estas propostas: Vultos da história e da cultura: 400 anos da publicação da Peregrinação de Fernão Mendes Pinto; 150 anos da fundação do “Diário de Notícias”; 100 anos da criação por Fernando pessoa do heterónimo Alberto Caeiro, com a publicação de Guardador de Rebanhos ; 100 anos da 1.ª exposição de Almada Negreiros; 100 anos da morte do engenheiro Raoul Mesnier du Ponsard Datas da História: 950 anos da reconquista cristã de Coimbra; 500 anos da embaixada de D. Manuel ao papa Leão X; 500 anos da edição completa das Ordenações Manuelinas; 300 anos do nascimento do rei D. José (6 de junho); 250 anos da criação do Arsenal Real do Exército; 225 anos da edição do primeiro dicionário de língua Portuguesa de Morais da Silva; 150 anos da publicação do primeiro Código Civil Português; 150 anos da abolição da pena de morte para os crimes civis; 150 anos do 1.º recenseamento simultâneo em todo o País; 150 anos da fundação do Banco Nacional Ultramarino; 125 anos da morte de D. Carlos; 125 anos do nascimento de D. Manuel II; 100 anos da fundação da cidade de Bissau; 100 anos do início da I Guerra Mundial; 75 anos da II Grande Guerra; 50 anos da morte do general Craveiro Lopes Temáticas: Apelo à dádiva de sangue e homenagem às associações de dadores de sangue ; ONG de ajuda humanitária; Emissão destinada a anunciar um casamento ou batizado. Esta emissão poderia ser de apenas três selos, um destinado a franquiar a correspondência com um convite de casamento e o outro o nascimento de uma menina ou de um menino. Projeção internacional: 175 anos da vulcanização da borracha: 150 anos como instituição neutral da Cruz Vermelha; 150 anos da invenção da nitroglicerina por Alfred Nobel; 125 anos da Torre Eiffel: Principais eventos desportivos do ano Açores: Importância estratégica; Evocação da Cimeira Nixon – Pompidou (13 e 14 de dezembro de 1971); Evocação da Cimeira das Lages entre George Bush, Tony Blair, José Maria Aznar e Durão Barroso (16 a 20 de março de 2003) Madeira: 500 anos da criação da Diocese do Funchal; 500 anos da fundação da Sé do Funchal. Os interessados podem enviar as suas sugestões para Direção de Filatelia, av. D. João II – Lt. 01.12.03; 1999-001 Lisboa ou para o endereço eletrónico: sofia.c.almeida@ctt.pt A ilustração mostra-nos o bilhete-postal Palmela – Cidade Europeia do Vinho – 2012, emitido em 30 de agosto do ano passado. Bibliografia: SARAIVA, José Hermano – História de Portugal. Lisboa, Publicações Europa –América, 6.ª ed. 2001. História Comparada – Portugal, Europa e o Mundo – Cronologia. Lisboa, Temas e Debates, 1997. História de Geada de Sousa Portugal em Datas, 3.ª ed. Lisboa, Temas e Debates, 2000.
Características dos nativos de Os arianos são líderes e pioneiros natos. Demasiado otimistas, agem por impulso e preferem dar instruções a recebê-las. São independentes, ambiciosos, intelectuais, honestos e donos de uma energia inesgotável, que os leva, por vezes, à agressividade, teimosia e orgulho. Amam com paixão.
Previsões – Semana de 22 a 28 de março
g
Carneiro – (21/3 - 20/4) Durante este período, e graças às boas energias de Vénus, irá sentir que os outros sentem uma maior atração por si. Desligue-se das obrigações rotineiras e dedique-se ao que lhe dá prazer. Favorecido como está no amor, poderá sentir uma maior criatividade, o que o tornará irresistível. Para namorar como merece, passeie muito e viaje para locais organizados e tranquilos. Profissionalmente as situações poderão agravar-se. Boa altura para iniciar uma dieta.
h Touro – (21/4 – 21/5) O nativo de Touro, apesar de ter sempre uma segurança muito grande, quase perderá o equilíbrio. Graças à sua harmonia interior vai conseguir resisitir, esta semana, em que tudo parece desmoronar-se à sua volta. Não seja impetuoso, sobretudo no amor, e faça um exame de rotina de saúde. E que tal deixar de fumar?
i Gémeos – (21/5 – 21/6) É aconselhável entrar nesta semana de março com uma certa calma, o que não é muito do seu agrado. Esteja muito atento à saúde, faça exames minuciosos e ouça mais do que uma opinião. Nos temas do amor as coisas poderão estar mais difíceis de resolver, com necessidade de afirmação e clareza de sentimentos. Utilize técnicas de relaxamento, faça ioga ou caminhadas pela natureza.
j Caranguejo – (22/6 – 22/7) Um furacão autêntico, assim estará o nativo Caranguejo em março. No entanto, concentre-se porque precisará de estar tranquilo para tomar novas e importantes decisões profissionais e definir estratégias. Não receie uma grande agitação no campo do amor. Os filhos poderão necessitar de alguma atenção e ajuda extras.
k Leão – (23/7 – 23/8) Os afetos terão grandes movimentações e podem surgir paixões arrebatadoras. Ou alguém do passado. Esteja atento aos falsos amigos para não ter desilusões. Alguém da família pode precisar de mais atenção. Preste atenção aos seus ossos e coluna. Não se aventure em compras, nem em investimentos. Praticar natação seria um bálsamo para a sua saúde.
l
Virgem – (24/8 – 23/9) Esta semana traz-lhe tensões no seio familiar que, embora não sejam de grandes preocupações, levarão algum tempo a resolver-se. E profissionalmente, devido a um volume extraordinário de trabalho e à autocrítica. Vai sentir-se esgotado. E o tempo para namorar? Só estando em harmonia com o Universo deixaremos de nos sentir agredidos pelos outros.
a
Balança – (24/9 – 23/10) Este momento traz-lhe tranquilidade e paz. Tire o maior partido desta conjuntura e ame sem reservas. A família será um dos refúgios mais compensadores. Na vida profissional, analise todos os projetos exaustivamente para tomar uma decisão. Na sua vida amorosa, ame simplesmente e enterre todos os ressentimentos. A aprendizagem nunca chega ao fim. Todas as fases da vida contêm lições basta estar-se vivo.
b Escorpião – (24/10 – 22/11) Este momento traz-lhe oportunidades interessantes a nível profissional. Analise-as, aproveite, mas saiba que ao estabelecer alianças deverá agir com prudência. Contudo terá sólidos e leais parceiros, mas precisa de aprender a confiar. Faça um exame médico minucioso e esteja atento à família. A energia recebe-se, mas não se pode reter...
c Sagitário – (23/11 – 21/12) O seu otimismo e alegria de sempre deverão ser a marca dominante nesta altura em que todos exigirão o máximo de si. Todos vão precisar das suas opiniões, decisões, atenções, orientações, do seu amor, do seu carinho, do seu colo... E terá tendência para se esquecer de si. Só um programa completo de regeneração conseguirá renovar as suas energias. Escolha um lugar romântico para fazer este programa.
d Capricórnio – (22/12 – 20/01) Pode não ter entrado muito bem no mês de março, mas o Universo vai sorrir-lhe. Confie na sua intuição para apostar naquela paixão, mas avance sem obstinação e sem ferir as suscetibilidades de outras pessoas. Tenha cuidados redobrados com a saúde. Profissionalmente terá grandes alegrias porque o seu projeto será aprovado e poderá avançar.
e Aquário – (21/1 – 19/2) Alegre e despreocupado, começou o mês a propor mudanças radicais nos métodos de laboração da sua empresa. Vá em frente, mas sem insegurança. O que o preocupa na saúde passará naturalmente. Anda muito distraído na sua relação sentimental, preste mais atenção. Não faça investimentos e procure reduzir os custos.
f
Peixes – (20/2 – 20/3) Finalmente entrou num caso sério de amor próprio, que parece sólido e que deve preservar. Este caso amoroso, que agora surgiu, é para viver intensamente, é uma paixão arrebatadora e não tem tempo marcado para durar. É para viver um dia de cada vez. Pode sofrer com um amigo que a entristeça, mas as relações familiares estarão numa boa fase. Cuidado com problemas de estômago.
Nota: Por lapso do “Diário do Alentejo” na semana passada repetimos o signo Aquário. Um erro que lamentamos e que nada responsabiliza a autora desta coluna.
Letras Cenas da vida de aldeia
O
título do mais recente livro do escritor israelita Amos Oz publicado em Portugal ilustra perfeitamente a proposta que este encerra. Oz – que é apenas nove anos mais velho do que o estado de Israel – propõe aos leitores que vejam, pelo seu olhar, cenas da vida de uma aldeia, atraente, imaginária, em que o não dito supera o dito pelas personagens e em que a inquietude e
uma ameaça latente são transversais às histórias que vão sendo desfiadas, sem que a obra chegue a constituir-se como um romance. O que dá unidade à narrativa é, pois, a inquietude. E há personagens que se atravessam nas histórias umas das outras, sem implicar desvios de conduta de umas e outras nem mesmo que a continuidade temporalidade das suas histórias não seja a mesma. Oz – e a história institulada “Cavar” é bem o símbolo disso – remete antes para os fenómenos da consciência, não iludindo a questão israelo-palestiana. Não esquecer que Amos Oz milita pela pacificação das relações entre as duas nações/comunidades.
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Toiros Forcados de Beja de luto
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último mês foi de infor túnio para o Grupo de Forcados Amadores de Beja. Primeiro, a 27 de fevereiro, faleceu António Joaquim Almodôvar, pai do atual cabo do grupo, Manuel Almodôvar, vítima de doença prolongada. “Ni” Almodôvar nasceu em Beja, na freguesia de São João Batista, a 9 de setembro de 1947. Foi forcado do antigo Grupo de Forcados de Beja e, para além de ser uma presença assídua junto do novo grupo, era um aficionado de quatro “costados”, sempre pronto a defender a sua paixão. No passado domingo, 16 de março, faleceu também, vítima de doença prolongada, a senhora Dona Maria de Fátima Brito Paes, viúva do ganadeiro e cavaleiro doutor António Brito Paes. Dona Maria de Fátima Brito Paes contava com 82 anos de idade, feitos no dia 20 de fevereiro, e era, desde 2008, a madrinha do Grupo de Forcados Amadores de Beja. Era mãe do engenheiro Joaquim Brito Paes e do doutor António Raul Brito Paes, também ele cavaleiro tauromáquico. Também deu netos à tauromaquia, com três deles a envergarem a jaqueta do Grupo de Beja, outro a vestir de seda e prata, Luís Brito Paes, outro cavaleiro de alternativa, António Maria Brito Paes. Com estes dois desaparecimentos o grupo de Beja fica, certamente, muito mais pobre, mas também sabe que tem mais dois amigos no céu a olhar pelo seu grupo. Vítor Morais Besugo
Dona Maria de Fátima Brito Paes contava com 82 anos de idade, feitos no dia 20 de fevereiro, e era, desde 2008, a madrinha do Grupo de Forcados Amadores de Beja.
Nestas Cenas da vida de aldeia as personagens parecem ter-se desinteressado pela história ainda que o livro não iluda esta. O êxodo dos judeus é uma referência constante e a ofensiva sobre Gaza de 2008-2009 (em curso enquanto Oz escrevia estas “cenas”) é alvo de alusão explícita. “Cantar” em comunidade – manter a unidade? – é o que os convoca a reunir, saltando a discussão política, questiona Oz, implicando o leitor na interrogação? Obra inquietante, pois, entretecida pela escrita justa, contida, potenciadora de sentidos, de Oz. Assinale-se a tradução do hebraico por Lúcia Liba Maria do Carmo Piçarra Mucznik.
Diário do Alentejo 22 março 2013
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Amos Oz Dom Quixote 206 págs 14,90 euros
Diário do Alentejo 22 março 2013
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Poesia à solta na cidade de Beja
A poesia continua a ser comemorada em Beja. Hoje, sexta-feira, 22, na biblioteca municipal, há a tertúlia “Para que servem a poesia e o romance?”, com a participação de Rui Zink, António Carlos Cortez e Rita Taborda Duarte. No mesmo dia, mas no Museu Jorge Vieira, Jorge Serafim lê poemas. Amanhã, sábado, há teatro de rua, nas portas de Mértola, e uma performance artística, na biblioteca municipal. Amanhã acontecerão ainda conversas à volta do livro Rio de 12 Águas, também na biblioteca.
Fim de semana Tradição em Castro Verde
História do jazz no espaço Oficinas Arranca hoje, sexta-feira, no espaço Oficinas, em Aljustrel, o curso livre de iniciação à história do jazz “Jazz de A a Z”. A ação, que decorrerá até 4 de maio estruturada em oito sessões, sempre às sextas-feiras, é ministrada por António Branco, dinamizador do Clube de Jazz do Conservatório Regional do Baixo Alentejo. A primeira sessão, pelas 21 e 30 horas, abordará o tema “Dos campos de algodão a Nova Orleães”.
Antetitulo
Titulo a 2 linhas
As Noites Tradicionais regressam amanhã, sábado, ao concelho de Castro Verde. O Centro de Convívio dos Namorados acolhe pelas 21 horas, o grupo coral As Ceifeiras de Entradas. A organização encontra-se a cargo da Junta de Freguesia de Castro Verde, com o objetivo de “dinamizar os diferentes centros de convívio, através de uma programação diversificada”. As Ceifeiras de Entradas, com três anos de existência, apresentaram recentemente o seu primeiro disco. “Chão” vai, assim, ecoar na aldeia de Namorados.
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aria do Céu Guerra encena e encarna “Dona Maria, A Louca”, uma produção da companhia teatral A Barraca, com texto do dramaturgo brasileiro António Cunha, que sobe amanhã
Feira da Primavera em Sines A Feira da Primavera anima amanhã, sábado, Sines. Na praça Tomás Ribeiro, a partir das 10 horas, há mercado tradicional de produtos regionais, ateliês de cozinha ao vivo e muita animação. O evento pretende dinamizar o centro histórico da cidade, associando-se também aos festejos da Páscoa. A Feira da Primavera assume ainda um caráter solidário com a recolha de bens alimentares.
Guitarriista atua hoje, peelas 2 2 horass, em Aljustrel
Teatro em Serpa Serpa acolhe, hoje, sexta-feira, pelas 21 e 30 horas, no cineteatro, “O último voo da Tartaruga”, uma coprodução do Projeto Ruínas/Espaço do Tempo, incluída no ciclo de programação IV Novos Palcos. A organização encontra-se a cargo da companhia de teatro Baal 17.
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orberto Lobo, músico português, atua hoje, sexta-feira, 22, pelas 22 horas, nas Oficinas de Formação e Animação Cultural, em Aljustrel. Recorde-se que é considerado “uma das figuras principais da música portuguesa”. Dono de um percurso peculiar, retrata-se como um autodidata, que assimila todos os géneros de música, e de uma maneira natural. A sua maneira de sentir a música “é intuitiva”. As pautas nunca lhe pareceram, assim, necessárias. Iniciou a sua carreira a solo de guitarrista acústico. Colaborou, em Portugal, com artistas como os München, Chullage e Lula Pena. É cofundador dos projetos Norman, Coletivo Páscoa e Tigrala, para além de ter partilhado o palco com inúmeros artistas
internacionais, nomeadamente com Lhasa de Sela ou Devendra Banhart. Norberto Lobo estreou-se, em 2007, com o álbum “Mudar de Bina”, seguindo-se “Pata Lenta”, em 2009, “Fala Mansa”, em 2011, e “Mel Azul”, em 2012. “A técnica virtuosa que apresenta” valeu-lhe a nomeação, com “Mel Azul”, para o prémio de melhor álbum europeu independente de 2012, atribuído pela Impala, organização que reúne várias editoras discográficas independentes da Europa. Entre os nomeados, estão por exemplo, os ingleses The xx (Coexist), Alt-J (An Awesome Wave) e Django Django (Django Django), a sueca El Perro Del Mar (Pale Fire) ou o espanhol John Talabot (Fin).
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Sino de Igreja roubado em Vila de Frades: PJ procura quadrilha de assaltantes com Ford Transit em forma de sino. Festival do Peixe do Rio do Pomarão prevê uma enchente de visitantes espanhóis que afirmam preferir comer espinhas a comer comida espanhola. facebook.com/naoconfirmonemdesminto
Movimento Beja por Todos lança votação on line para escolher cor do novo carro de Lopes Guerreiro O Movimento Beja por Todos, com o objetivo de estimular a participação dos cidadãos, lançou uma votação na Internet para escolher o candidato à Câmara de Beja. Contudo, ao que parece, o movimento pretende fazer o mesmo relativamente a outras questões sensíveis ao mesmo e à região. Segundo apurámos, está para breve a votação on line para escolher a cor do novo carro de Lopes Guerreiro, o melhor final para a novela “Dancin’ Days”, os ingredientes da pizza a ser comida no jantar de abril do movimento e o vencedor do próximo festival da canção. Para quebrar a rotina, a associação irá escolher o responsável pelos rissóis de pescada do próximo piquenique do grupo através do método “um dó li tá”. Além disso, em resposta à polémica gerada em torno destes métodos, o Beja por Todos decidiu escolher Bill Clinton para monitorizar estes processos eleitorais via Internet e mostrar que os mesmos são fiáveis e credíveis. Clinton terá sido convidado pela sua credibilidade e pelos vastos conhecimentos de Internet, nomeadamente do site “Estagiárias safadas”.
GNR de Aljustrel recuperou 33 ovelhas em Albergaria dos Fusos –ovinos afirmaram que foi tudo um equívoco: “Só queríamos emigrar!” A Guarda Nacional Republicana de Aljustrel conseguiu recuperar 33 ovelhas que teriam sido roubadas no concelho de Ferreira do Alentejo. Numa reportagem exclusiva, a “Não confirmo, nem desminto” conseguiu chegar à fala com uma das ovelhas resgatadas, que nos explicou o que realmente aconteceu: “Foi tudo um grande equívoco! Nós só queríamos sair do País! Nem nós aguentamos isto! E nem pensem que vamos pagar mais de Segurança Social ou de IRS! Além disso, está quase a começar a Ovibeja e não estamos para, mais uma vez, sermos cobaias em concursos de tosquia. Acabou! Então não é que é só chegar lá, tirar-nos a lã, e ficarmos todas descacadinhas, como viemos ao mundo? Nem um convite para jantar? Nós temos sentimentos… Não somos pedaços de carne! Julgam que é fácil ficar ali toda tosquiada e ao frio? Nem podemos usar pó de talco ou creme gordo para hidratar a pele, uma vegonha!”, declarou Lanzuda, enquanto tentava fugir novamente da herdade com recurso a uma catapulta que construiu com as outras ovelhas.
Depois do “Correio da Manhã” é a vez do “Diário do Alentejo” lançar canal de TV por cabo Numa altura em que se fala da crise dos órgãos de comunicação social, o “Diário do Alentejo” dá mais uma prova de vitalidade e aposta no lançamento de um canal de TV por cabo. O mesmo será ao estilo do Correio da Manhã TV, mas com menos facadas e fotos da namorada do Ronaldo. A grelha do novo canal do “DA” (um exclusivo do TEO, concorrente da candonga do MEO) já está a ser preparada e podemos adiantar alguns pormenores: o chefe Nobre terá um programa de culinária intitulado “100 maneiras de fritar passarinhos em banha de porco”; a taróloga Ana Maria Batista fará as previsões astrológicas no programa “A senhora dos signos”, onde apresentará, para além dos signos tradicionais, os novos signos do zodíaco alentejano: o lacrau, a lesma, a cegonha e o rafeiro alentejano; Geada de Sousa ficará responsável pelo programa de filatelia, uma emissão diária de seis horas em que poderemos visionar slides de alguns dos melhores selos do mundo – destaque para os selos comemorativos dos 80 anos dos Caminhos de Ferro de Moçambique; “Paixões de fogo e necrologia” será a aposta forte do horário nobre, uma novela que mistura o melhor da ficção nacional (basicamente é o Nicolau Breyner a interpretar todos os papéis) com informações da necrologia do jornal a passar em rodapé; e, finalmente, destaque para a versão televisiva da página “Bisca Lambida”, que se designará “Strip Poker Lambido”, será emitida a partir da uma da manhã: e combinará erotismo e análise política. O canal começará com as emissões experimentais no próximo mês, no stand 68 da Ovibeja, entre um produtor de mel e um clube de tosquiadores de ovelhas, tendo já merecido o destaque de Eduardo Cintra Torres, crítico de televisão, que afirmou que o canal do”DA” “será a melhor coisa da TV em Portugal desde que o Luís Pereira de Sousa rapou o bigode”.
Inquérito O que achou da eleição do novo papa?
JORGE JESUS, 58 ANOS Treinador do Benfica e consumidor de pastilhas Gorila Eu ficarem muito contente derivado ao facto do papa ser argentino, o que quer dizer, na minha maneira de ver, que deve ser uma pessoa religiosa e com boa capacidade, pertanto, de jogo pelas alas. Aquerdito que este papa, como é argentino com ascendência italiana, deve ter dupla nacionalidade e assim pode jogar pelo Vaticano e na Champions ao mesmo tempo. Eu próprio serem uma pessoa religiosa. Sempre que posso leio a Bílbia, menos a parte do Lucas e Mateus… Nunca fui muito à bola com a música brasileira.
PERPÉTUA PALAVRA DA SALVAÇÃO, 33 ANOS Beata a full-time Estou muito contente com a eleição, acho que é um homem de fé e simples, como se pode ver pelo nome que escolheu: Francisco. Uma linda e singela homenagem a outros santos como o S. Francisco de Assis, S. Francisco Xavier, S. Francisco Nicholson, S. Francisco Sá Carneiro, S. Francisco Louçã, S. Francisco Franco, S. Francisco Santos, S. Francisco Menezes e S. Francisco José Viegas. Sim, este último é santo – aturar o Passos e o Portas durante um ano dá equivalência a santo na Universidade Católica.
JUDAS MOEDAS DE PRATA, 62 ANOS Pessoa que não acredita em certas e determinadas cenas Não ligo nada a essa organização cripto-fascista que é o Vaticano… E acho mal irem escolher logo um fedelho de 75 anos, precisavam de alguém com mais experiência. Um argentino? Grande coisa! Sai um alemão, entra um argentino: já não via tanta emoção a envolver alemães e argentinos desde o México 86. Estou mesmo a ver as missas… Uma aposta como as homilias serão dadas ao som do Piazzolla e os acólitos passarão a usar cabelinho à Aimar… E aquela cena de estarem todos a olhar para a chaminé à espera que saísse fumo? O fumo negro foi porque deixaram queimar os tordos que estavam a assar?
Nº 1613 (II Série) | 22 março 2013
9 771646 923008
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nada mais havendo a acrescentar... Tempo das ervas As manhãs acordam suadas de orvalho e os campos regurgitam todo o verde que o tempo engoliu pelas gargantas do pó e do restolho. É o tempo das ervas. São ereções frágeis de trevos, de leitugas, de agriões, de maios, de azedas, de tremocilho, de erva unhagata. A erva toda é uma tatuagem temporária de verde absoluto. As flores são bordados de clorofila, miragens de tintas semeadas pelos pés do vento, matizes de caules tenros. As árvores pintam as unhas de folhas. As plantas abrem o hálito e as borboletas traficam perfumes.
Tudo é às cores. Tudo, menos as cegonhas na sua paciência de asas a preto e branco. Vítor Encarnação ND O escritor Vitor Encarnação regressa hoje ao convívio dos leitores do “DA”. Dotado de uma visão poética notável sobre o território, as pessoas e a cultura deste nosso pedaço de Sul, Encarnação fará semanalmente as honras à casa, encerrando com um pedacinho de boa literatura cada edição. Uma boa notícia, esta, que nos chega com a primavera. Paulo Barriga
quadro de honra José Santos, 43 anos, natural de Vila Nova de Milfontes É sócio fundador da Associação Portuguesa de Orquidofilia e membro de várias organizações internacionais de orquidofilia. Partilha muitos dos seus conhecimentos, não só através do blogue musgoverde.blogspot.pt, como em apresentações e cursos sobre orquídeas e jardinagem. Colabora, entre outras publicações, com a revista “Jardins” e trabalha com animais e plantas na empresa Jardins Sintra. Sonha com “um país mais florido e com mais adeptos da orquidofilia e da jardinagem”.
Apaixonado por orquídeas lança manual
“O contacto com a natureza faz-nos falta”
É
uma autoridade nacional no que diz respeito ao universo das orquídeas, plantas “extraordinárias” a que se dedica apaixonadamente desde a adolescência. Acaba de lançar A Paixão pelas Orquídeas, um manual “acessível a todos”, dos curiosos aos colecionadores. Em que ponto do seu percurso começou esta paixão pelas orquídeas e como é que depois se transformou num hobby?
Desde sempre que fui um apaixonado pela natureza, por animais e pelas plantas. Quando tinha os meus 13-15 anos, uma senhora madeirense mudou-se para perto da nossa casa e com ela trouxe uns exemplares de Cymbidium e Sobralia. A raridade e a forma das flores, a textura cerosa, as cores e a aparente dificuldade da floração, diferente de tudo o que conhecia, atraiu-me de imediato. A paixão começou aí, inexplicavelmente como todas as paixões. E o hobby veio de seguida. A curiosidade de saber mais e de ter mais espécies é uma consequência natural de quem gosta de botânica ou de jardinagem. PUB
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O que mais o fascina neste tipo de flores e por que se dedicou especificamente a elas?
para o colecionador que se interessa por espécies diferentes e mais raras.
As orquídeas são plantas extraordinárias e muito variadas. A família Orchidaceae tem cerca de 25 000 espécies. A sua capacidade de se adaptarem, de evoluírem e de arranjarem estratagemas para atrair os polinizadores é muito interessante. Para além disto, têm uma beleza ímpar. Interessam-me muitas outras plantas mas as orquidáceas são a família botânica que mais me fascina.
Que benefícios trazem as práticas da orquidofilia e da jardinagem para o quotidiano das pessoas e sobretudo para as que vivem nas cidades?
A Paixão pelas Orquídeas é assumido como um manual e não como um livro científico. Que tipo de ajuda vem oferecer esta obra aos orquidófilos e amantes de jardinagem?
Toda a ajuda possível. É um manual prático em que ajudo a entender o que são as orquídeas, como são estruturadas, como crescem, quais as suas necessidades. Sem perceber as plantas será muito mais difícil cultivá-las. No livro falo de vários géneros e das diferenças entre elas. Tudo isto de uma maneira acessível a todos, tanto para quem tem duas ou três orquídeas, como
Portugal era conhecido como um “jardim à beira-mar plantado” mas estamos cada vez mais afastados dessa realidade e as pessoas estão cada vez mais rodeadas de betão e de arestas. Custa-me, quando vou ao estrangeiro, ver que muito poderia ser feito no meu país e que muitas vezes os interesses particulares e a inércia invadem os jardins públicos como ervas daninhas. Nesta vida acelerada e competitiva em que vivemos, o prazer de jardinar bate qualquer prática de yoga ou meditação. Toda a gente pode ter meia dúzia de vasos numa varanda ou num canto iluminado da casa. O cultivo de orquídeas, bonsai, ervas aromáticas ou quaisquer outras plantas é extremamente positivo e salutar. O contacto com a natureza faz-nos falta. Mas há esperança pois muita gente vem ter comigo, interessada. Carla Ferreira
O tempo vai manter-se chuvoso no fim de semana, dissipando as esperanças de clima primaveril. E as temperaturas descem. Para amanhã, sábado, prevê-se uma oscilação entre os sete e os 12 graus, e, no domingo, a variação será entre os oito e os 15.
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I Semana Gastronómica do Cogumelo e da Túbera A Associação de Defesa do Património de Mértola (ADPM), a Junta de Freguesia da Cabeça Gorda e a Câmara de Almodôvar, em colaboração com 15 restaurantes, promovem entre amanhã, sábado, e dia 31, a I Semana Gastronómica do Cogumelo e da Túbera. O evento tem como objetivos “promover a partilha, incrementar o conhecimento e incentivar o desenvolvimento desta fileira, que representa uma das principais tradições do Baixo Alentejo”, esclarecem os responsáveis pela iniciativa, adiantando que as estrelas da semana gastronómica “serão a silarca (amanita ponderosa) e as túberas (choiromyces gangliformis)”. O programa reserva para amanhã, sábado, o workshop prático “Aprender a apanhar cogumelos silvestres”, que decorrerá no perímetro florestal de Cabeça Gorda e Salvada, e um almoço micológico (Cabeça Gorda). No domingo terá lugar um colóquio sobre a “Importância da preservação dos recursos micológicos e o impacto destes na economia local” (Cabeça Gorda) e uma reunião com apanhadores comerciais, subordinada ao tema “Cogumelos Silvestres do Baixo Alentejo: Oportunidade de negócio e organização setorial” (Monte do Vento, Mértola). O programa integra ainda os ateliês “Transformação e conservação de cogumelos e túberas” (Mértola, dia 26), “Pequenos cogumelos”, destinado a crianças do 1.º ciclo (Cabeça Gorda, dia 27), e “Aprende a apanhar túberas” (Casa Velha, São Pedro de Sólis, dia 30).
Soul Gospel Project apresenta “Oh Happy Days” em Beja A tournée deste ano do espetáculo “Oh Happy Days – Dias Felizes”, dos Soul Gospel Project, arranca amanhã, sábado, dia 23, em Beja, pelas 21 e 30, no Pax Julia Teatro Municipal. O espetáculo, da autoria de António Gonçalves Pereira, faz uma viagem pelo mundo do gospel, desde as suas raízes, em África, até à atualidade, “visitando temas e momentos incontornáveis da música e da cultura” em torno daquele estilo musical. No espetáculo, os Soul Gospel Project apresentam o gospel numa fusão de sonoridades, que vão desde o soul e blues ao r&b e jazz, com espirituais como “Amazing Grace”, cânticos como “Agnus Dei” e versões de temas como “I Believe I Can Fly”.