José Alberto Guerreiro: Odemira de “corpo e alma” pág. 6
Jorge Palma: Temos seis entradas para oferecer no Facebook
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Postos BP Beja
SEXTA-FEIRA, 12 ABRIL 2013 | Diretor: Paulo Barriga Ano LXXXI, N.o 1616 (II Série) | Preço: € 0,90
Novas agregações escolares avançam no início do ano letivo sob protesto da câmara bejense
Três mil alunos em mega-agrupamento que junta Liceu, Santa Maria e Santiago Novas freguesias sem “existência legal”
JOSÉ SERRANO
pág.12
Desemprego abaixo dos 10 por cento em Aljustrel Reportagem nas págs. 16/17
Castrense faz 60 anos e está bem de saúde
SUSA MONTEIRO
JOSÉ FERROLHO
Entrevista na pág. 19
O Governo anunciou esta semana que as novas freguesias resultantes da revisão territorial apenas serão instaladas após as eleições. O que levanta sérias dúvidas quanto à elaboração dos cadernos eleitorais. E quanto à legalidade das próprias freguesias que, após as eleições, estarão impedidas de cobrar taxas ou de aplicar regulamentos. pág. 8 e editorial
Corte Pinto: na fronteira para lado nenhum págs. 4/5
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Diário do Alentejo 12 abril 2013
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Editorial Instalações
Vice-versa “Os agrupamentos [de escolas] agora criados têm uma dimensão equilibrada e racional. Têm em conta as características geográficas, a população escolar e os recursos humanos e materiais disponíveis. Criam estruturas verticais, que facilitam o percurso escolar dos alunos e a articulação entre os diversos níveis de ensino”. Ministério da Educação e da Ciência
Paulo Barriga
“Tem de se ter o cuidado de perceber as realidades do País, das escolas, a necessidade de prevalecer a qualidade e a funcionalidade das mesmas, e esta nova agregação [de escolas] não vai contribuir em nada para essa melhoria (…).Temo que seja sobretudo uma medida economicista”.
A
s novas freguesias, aquelas que resultaram da recente reforma administrativa do território, apenas serão instaladas depois das eleições autárquicas do próximo outono. Melhor dizendo: os fregueses vão a votos como se nada de anormal tivesse acontecido e, depois das eleições, distribuem-se os votos consoante os desenhos parvos que o ministro Relvas fez no mapa, a seu belo prazer. Melhor dizendo, de outra forma: as próximas eleições são assim uma espécie de casamento de conveniência, onde o noivo chega ao altar de mãos dadas com uma estranha de véu caído sobre os olhos. Enlace que tem todos os ingredientes para correr mal. E vai correr mal. Muito mal mesmo. Ou o Governo, num gesto de contrição que lhe não é muito próprio, dá o dito pelo não dito e adia para próximas núpcias a extinção das freguesias. Ou vai criar a maior barafunda de que há memória na história eleitoral portuguesa. O Governo, de forma propositada ou por manifesta incompetência, extinguiu e aglomerou mais de um milhar de freguesias sem que tivesse nomeado as respetivas comissões instaladoras. Era suposto serem essas comissões instaladoras das novas freguesias a preparar os cadernos eleitorais para as próximas eleições. E, até lá, arrumar a casa. Mas como isso não aconteceu, quem está a preparar as listagens eleitorais são as antigas juntas. Como se o caso não fosse já de si suficientemente esquizofrénico, o Governo deixou nos braços dos anteriores eleitos uma perfeita macacada. Por um lado, o eleitor terá sérias dificuldades em saber onde e em quem votar. Por outro, os candidatos terão redobrado embaraço em saber onde e como concorrer. Em situações de agregação de duas freguesias numa única entidade, o que fazer com os votos depositados nas freguesias tradicionais? Dividem-se? Juntam-se? E se os votos revelarem opções diferentes? Haverá duplicação de candidatos? E de mandatos? E a questão da sede das novas freguesias? São as que foram impostas? Os eleitores têm alguma coisa a dizer a esse respeito? São demasiadas dúvidas, demasiadas questões. Às quais as pessoas, por revolta ou indiferença, poderão responder por falta de comparência. E não será mesmo isso o que eles querem?
José Velez, vereador na Câmara de Beja
Fotonotícia
Festa rija na Casa da Cultura. Na segunda-feira, 8, houve festa na Casa da Cultura. E da rija, por sinal. A comunidade cigana de Beja, numa iniciativa do Núcleo Distrital da Rede Europeia Anti-pobreza, reuniu-se para celebrar, e partilhar com a restante comunidade, o dia que é dedicado à etnia a nível mundial (International Roma Day). Uma manhã em que se inauguraram exposições de fotografia, foi apresentado um livro, exibido um filme, e partilhados momentos musicais, com a cor, o brilho, os cânticos arrastados, as palmas e os passos de flamenco que já se firmaram como imagem de marca dos ciganos. Para o almoço, houve sopa de funcho nas arcadas, prato típico dos povos andarilhos, que deu forças a quem ainda assistiu ao encontro de reflexão final, com a especialista Maria José Vivente. CF Foto de José Ferrolho
Voz do povo Concorda com a leitura que o Tribunal Constitucional fez do OE?
Inquérito de Gonçalo Farinho
Caetano Pires, 76 anos, reformado
Fábio Batista, 20 anos, estudante
Elizabete Lopes, 60 anos, funcionária pública
José Matias, reformado
Concordo. Além da crise económica, está à vista de todos que estamos a viver uma crise política. Temos de mudar de governo, mudar de políticas. Só colocando um governo de esquerda é que se consegue por o País a trabalhar. Não há trabalho, não há riqueza, há muita gente no desemprego que não quer trabalhar.
Concordo. A Constituição da República está acima de tudo. Já há uns anos que estamos a viver uma crise política, basta ver a quantidade de pessoas que não votam. A crise que estamos a viver deve-se muito à grande rotatividade entre governos PS/PSD e é influenciada também pela crise mundial.
É óbvio que os mesmos direitos têm de refletir-se tanto a nível do setor público como do privado. Temos uma crise política instalada há muito tempo, mas penso que agora se vai agravar. Não podemos culpar apenas os nossos governos porque quer queiramos, quer não, estamos dependentes do exterior.
O resultado desse chumbo, que se compreende, veio comprovar que vivemos uma crise política, porque se fosse só económica julgo que se resolveria muito mais depressa. Suponho que ainda falta muito para sairmos desta crise, talvez uns 10 ou 12 anos. O Governo não se deve manter, os sacrifícios que os portugueses fizeram têm sido em vão.
Rede social DR
Semana passada QUINTA-FEIRA, DIA 4 SINES SEGURANÇA TEM DE MELHORAR NO TERMINAL DE CONTENTORES, DIZ ACT
GRÂNDOLA UNIDADE MÓVEL DE SAÚDE E APOIO SOCIAL ARRANCOU Os habitantes de Grândola que vivem isolados, são dependentes ou têm mobilidade reduzida dispõem desde segunda-feira de cuidados de saúde e apoio social através de uma unidade móvel, que irá percorrer as freguesias do concelho. A Unidade Móvel de Saúde e Apoio Social, um projeto da Câmara de Grândola e da Administração Regional de Saúde do Alentejo, tem como principal missão “prestar cuidados de saúde e apoio social a pessoas em situação de isolamento”, explica a autarquia. Um enfermeiro, um médico e um assistente social constituem a equipa multidisciplinar da unidade que dispõe de dois gabinetes para consultas e cuidados de enfermagem e equipamento médico e informático para realização de vários exames, como eletrocardiograma, e análises, como ao sangue e à urina.
MÉRTOLA CÂMARA ALERTA PARA OS CUIDADOS A TER COM OS PÉS A Unidade Móvel da Câmara Municipal de Mértola deu início a mais uma edição da campanha Cuidados a Ter com os Pés. À semelhança dos anos anteriores, a campanha, para além de alertar para os cuidados necessários, promove o tratamento dos pés através de massagens e cuidados básicos de higiene. Durante os atendimentos, o serviço de enfermagem do Centro de Saúde Mértola, que acompanha os técnicos da Unidade Móvel, irá proceder à avaliação e tratamento do pé diabético. A campanha, que decorrerá até ao dia 4 de julho, é gratuita e destina-se a todos os residentes do concelho.
O IX Festival Terras Sem Sombra (TSS), organizado pelo Departamento do Património Histórico e Artístico da Diocese de Beja (Dphab), arranca amanhã, sábado, com um concerto em Almodôvar. Quais são as grandes novidades para a edição deste ano?
A polifonia é o fio condutor desta edição, que evoca a fascinante tradição contrapontística da música ocidental e presta homenagem a uma das suas manifestações cimeiras, o cante. Para tal, Paolo Pinamonti escolheu uma programação acutilante e inovadora, que vai do gótico à época contemporânea, ou seja, de Machaut a Ligeti. Vamos ter entre nós algumas das melhores referências musicais da atualidade, como laReverdie, Cuarteto Casals, Le Poème Harmonique ou Camerata Boccherini, a par de grandes solistas, coros e orquestras nacionais. Assinale-se também o regresso do maestro Donato Renzetti, o génio da Chicago Opera House.
Contra o empobrecimento Em Beja também se marchou Contra o Empobrecimento, numa ação que está a ser promovida pela CGTP/IN em todo o País e que culminará já amanhã, sábado, em Lisboa, com uma manifestação contra “esta política e este governo que estão a destruir as nossas vidas e o País”. DR
Diretor do Departamento do Património Histórico e Artístico da Diocese de Beja
Festival Terras Sem Sombra está de regresso O Centro Cultural de Belém foi o palco escolhido para a apresentação do IX Festival Terras Sem Sombra, organizado pelo Departamento do Património Histórico e Artístico da Diocese de Beja, que arranca amanhã e que decorrerá em oito localidades do Baixo Alentejo. DR
SEGUNDA-FEIRA, DIA 8
3 perguntas a António José Falcão
Para além dos concertos, que outras iniciativas integram o programa do IX festival?
Um concerto para crianças, “O Principezinho”, de Victor Palma, adaptação da obra de Saint-Exupéry, irá ao palco no Carvalhal, envolvendo, como atores, centenas de crianças, dos três aos 10 anos. É o eixo de um projeto pedagógico nas áreas da música, artes plásticas e biodiversidade, em parceria com os agrupamentos escolares e autarquias de Grândola e Alcácer do Sal. Trazer o Teatro de São Carlos e a Companhia Nacional de Bailado à luta contra a exclusão cultural – uma forma cruel de exclusão social – constitui algo inesquecível. Queremos erguer os públicos do futuro e descobrir vocações que se perdem só porque ninguém repara nelas. Isto cruza-se com o empenhamento do TSS na defesa dos tesouros naturais do Alentejo. Em 2013 dá-se especial atenção aos recursos aquáticos e marinhos, à transumância – património do Campo Branco em risco por causa de uma legislação comunitária que esquece as nossas tradições – e aos bioindicadores florestais.
Barrancos em direto na TVI O presunto e os enchidos voltaram a estar em destaque na ExpoBarrancos, que cumpriu este ano a sua sétima edição. A transmissão em direto da feira no programa da TVI “Somos Portugal”, na tarde de domingo, foi um dos momentos altos do certame. DR
O inspetor-geral da Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT) admitiu a necessidade de melhorias nas condições de segurança do terminal de contentores do porto de Sines, na sequência da morte de um trabalhador na madrugada de quarta-feira, 4. Pedro Pimenta Braz apontou a necessidade de “melhorar e implementar claramente a formação” dos trabalhadores portuários e de “transformar em medidas concretas no terreno” os documentos com as regras de segurança, que não podem ser apenas “formalidades administrativas”. O trabalho portuário “é um outro mundo em termos de questões técnicas de segurança”, afirmou o inspetor-geral da ACT, vincando que as “operações de risco” realizadas “exigem grande rigor”. A ACT abriu entretanto um inquérito para apurar as circunstâncias em que ocorreu o acidente que vitimou um supervisor de operações natural de Aljustrel, que trabalhava para a empresa Labor Sines. Segundo Pedro Pimenta Braz, o funcionário estava no convés de um “cargueiro de grandes dimensões”, a orientar o trabalho do manobrador de grua, quando caiu para o porão, numa queda de “20 a 30 metros” de altura.
Festas de Vila Verde de Ficalho João Portugal, Nucha, Aurea e Herman José foram alguns dos artistas que passaram pelo palco das tradicionais Festas de Vila Verde de Ficalho (Serpa) em honra de Nossa Senhora das Pazes e de São Jorge. O cante alentejano também marcou presença.
OURIQUE CONGRESSO MUNDIAL DO PRESUNTO PROMOVIDO EM BRUXELAS E MADRID
Quais são as principais conclusões do estudo realizado pelo Dphab sobre o impacto do festival na região?
A organização do 7.º Congresso Mundial do Presunto, que decorre, pela primeira vez, em Portugal, em maio deste ano, em Ourique, realizou esta semana duas ações de promoção internacional do evento, uma em Bruxelas e outra em Madrid. Uma teve lugar no Parlamento Europeu, em Bruxelas, Bélgica, e a outra através da presença de uma comitiva da organização no Salón Gourmet de Madrid, em Espanha, refere a Câmara de Ourique. A ação junto do Parlamento Europeu contou com o apoio do embaixador do congresso, o eurodeputado socialista Capoulas Santos, e da Confederação dos Agricultores Portugueses (CAP). De acordo com a autarquia, o Salón Gourmet de Madrid é “uma mostra gastronómica internacional de grande prestígio” e, por isso, a ação realizada no certame é “de grande importância para a divulgação internacional” do congresso.
O projeto Terras Sem Sombra tornou-se um dos rostos da região e conferiu-lhe uma notoriedade significativa do ponto de vista das rotas culturais europeias, o que tem reflexos muito importantes para a projeção da imagem deste território. A vinda de muitos espectadores ajuda a dinamizar a economia regional. Há também um vasto público indireto, graças às retransmissões efetuadas pela TV e pela rádio. Este é um festival com causas e criámos uma estratégia para dar a conhecer os produtos de excelência do Alentejo e tornar sustentável a fileira do património cultural e natural, tendo como pano de fundo a afirmação da nossa identidade. Chega de miserabilismos. Nélia Pedrosa
DR
TERÇA-FEIRA, DIA 7
As memórias e os sabores quase esquecidos “Moinho Grande – Um lugar de memórias” foi mais uma das propostas no âmbito da iniciativa Passeios de Beja. Guiados por Francisco e Maria Júlia Soares, os participantes foram “transportados no tempo, à sua história, às memórias e aos sabores quase esquecidos”.
Diário do Alentejo 12 abril 2013
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Corte do Pinto
Nova ponte luso-espanhola não beneficia a freguesia devido aos maus acessos
Saudades do triângulo mina, campo e contrabando
P
erto do meio-dia, Maria Helena e Ana Paula ultimam os preparativos para mais uma ronda de almoços. Sete utentes para cada uma, por estes dias, quando já chegaram a ser 12. A carrinha da Santa Casa da Misericórdia de Mértola chegará não tarda com as refeições já prontas dentro de termos e a troca entre sacos vazios e sacos cheios far-se-á dentro das instalações do mercado local ou “praça”, como todos lhe chamam. O mal de uns, neste caso a solidão dos idosos da freguesia de Corte do Pinto, concorre para o bem de outros, ou seja, para que as colegas da equipa do apoio domiciliário tenham emprego na sua própria terra de nascimento. Não é sorte que calhe a todos por ali. “São trabalhos que não se encontram com muita facilidade”, reconhece Maria Helena, com 45 anos, 17 dos quais cuidando dos anciãos da sua aldeia e grata pela oportunidade. Uma rotina que desfia de olhos fechados: “vamos de manhã fazer a higiene, ver como é que estão, dar um bocadinho de conversa, que eles também precisam; depois ao meio-dia damos o almoço, à tarde regressamos e damos o jantar”. Alternativas ao que faz, Maria Helena não encontra muitas. Cursos financiados pelo Instituto do Emprego e Formação Profissional, o Rendimento Social de Inserção, a agricultura para aqueles que já estão no meio há gerações e pouco mais, enumera, reconhecendo que vive num meio “muito crítico” em termos de trabalho e que até o seu poderá ficar em risco a qualquer momento, ao ritmo que o despovoamento leva. A colega Ana Paula, 46 anos, ainda fez vida no Algarve em tempos, tendo regressado quando o marido decidiu aventurar-se pela Alemanha, onde o casal ainda tem familiares a residir. A experiência não deu certo mas ditou a volta ao local de nascimento. “Se não fosse isso, acho que não tinha regressado”, confessa, lembrando as ligações estreitas com Espanha, numa terra a dois passos da fronteira, essa linha que um dia já foi ganha-pão para muitos. “Os meus pais andaram no contrabando e tinham muitas histórias. Diziam que chegavam a ir duas vezes por dia a Espanha e que passavam a ribeira do Chança com a água pelo pescoço; levavam café para vender e traziam outras coisas em troca. Faziam vida disso, eles e a maioria das pessoas”. Corte do Pinto, ainda no concelho de Mértola, dista apenas 11 quilómetros da primeira localidade do território administrado por Serpa, Vale do Poço. Seria, por isso, de esperar que tivesse beneficiado com a nova ponte luso-espanhola, inaugurada há quase um ano, entre o concelho vizinho e o município
Corte do Pinto poderia ter beneficiado com a nova ponte luso-espanhola, entre o concelho vizinho, Serpa, e o município espanhol de Paymogo. Mas não parece ser esse o caso. Ficaram por requalificar os seis quilómetros de estrada que ligam Corte da Azinha, no limite de Mértola, a São Marcos, antigo posto da Guarda Fiscal. O que parece obrigar os visitantes espanhóis a seguir por Serpa, sem passar por esta freguesia de fronteira, que já teve a sua economia assente no triângulo Mina de São Domingos, agricultura e contrabando. E que hoje se debate com o despovoamento e a falta de trabalho. Texto Carla Ferreira Fotos José Ferrolho
espanhol de Paymogo. Mas parece que não é bem assim. “Tinha outras expetativas. Já acontecia termos alguns visitantes espanhóis e pensei que isso se reforçasse, mas não noto diferenças”, explica Ana Paula, desiludida. O presidente da junta de freguesia local, João Venâncio, também carteiro da terra, chega ao largo do Benemérito Doutor António Maurício de Vargas, ponto de encontro das gentes, trazendo a correspondência e também a explicação para o fenómeno. Segundo
o eleito, ficaram por requalificar seis quilómetros de estrada, entre Corte da Azinha, no limite do concelho de Mértola, e São Marcos, antigo posto da Guarda Fiscal, já na serra de Serpa. “É uma estrada que está péssima para circular em qualquer carro pequeno. Era uma estrada de calçada que, com o tempo, foi soltando as pedras, o que obriga as pessoas a ir por Serpa e depois já não passam aqui”, lamenta. E nota que o fluxo de gentes entre os dois lados da fronteira – para comprar
combustível mais barato, no caso dos portugueses; e sobretudo para desfrutar da gastronomia lusa, no caso dos espanhóis – se continua a fazer por duas entradas. A chamada Volta Falsa, um caminho de terra batida, transitável quando a ribeira do Chança está baixa, e a ponte Pomarão – El Granado, na freguesia vizinha de Santana de Cambas. “Ora, com melhores vias de circulação, nós teríamos com certeza mais visitantes a gastar algum dinheiro no nosso comércio”, alerta João Venâncio, chamando a atenção para a generosa oferta hoteleira e de restauração da Mina de São Domingos, “muito maior do que a sede de freguesia”, Corte do Pinto, e também com mais população: “Aqui são à volta de 300 habitantes e na Mina são mais de 600. E quando começar o verão, aqui fica repleto de gente”. É justamente da jazida de cobre, em torno da qual cresceu um importante complexo industrial, extinto em 1966, e a povoação adjacente da Mina de São Domingos, que os habitantes mais velhos sentem saudades. O poço onde agora se reúnem, antes que se fechem os postigos para o almoço, era ponto de encontro de mineiros, terminada a jornada do dia. “Quando o pessoal vinha do trabalho, não se cabia neste largo. Formavam-se grupos para cantar e as moças vinham buscar água ao poço. Era a alegria da aldeia”, recorda o octogenário Manuel Custódio, com um olhar doce, ele que também trabalhou na Mina de São Domingos dois anos e que, depois disso, correu “o mundo a pé” em outras jazidas e pedreiras. No seu tempo de moço, a economia local tinha três pilares inseparáveis: a mina, o contrabando e o campo. Hoje, sentencia, “está tudo morto: morreu a mina, morreu o campo”. Manuel Alexandre, de 77 anos, ainda quis trabalhar na mina mas não passou nos exames para as oficinas. Antigo motorista que conheceu várias paragens, mantém morada nos arredores de Lisboa, mas de tempos a tempos, quando os médicos lhe dão “espaço”, não dispensa umas temporadas na casa da Corte do Pinto, bem defronte da igreja. Um olhar distanciado, que lhe permite ver com mais lucidez o que mudou entretanto. “A aldeia está abandonada. Quantas casas é que vocês viram aí com placas a dizer ‘Vende-se’?”, pergunta, salientando pela positiva as obras feitas nas infraestruturas básicas, entre arruamentos e canalizações. No seu tempo, quem quisesse água teria que ir ao largo do poço, aviado de bilhas. Esse mesmo, que sobrevive pintado a azul e branco, e de onde pende um copo de alumínio, pronto a usar. “São 12 metros de fundo”, garante Manuel Alexandre.
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João Venâncio Presidente da Junta de Freguesia de Corte do Pinto
Que evolução demográfica se regista na freguesia, ao longo da última década?
Cada vez tem falecido mais gente, cada vez mais há pessoas mais velhas, muitas pessoas também saíram à procura de trabalho, sobretudo os mais novos. Em 2001, havia 1080 e no último Censos, de 2011, registámos 863 pessoas. Que setores dão trabalho às pessoas em Corte do Pinto?
A principal fonte de emprego é a Câmara de Mértola. Depois, há os lares de terceira idade: o de Montes Altos, que emprega muita gente aqui da freguesia, e o de Moreanes, ambos da freguesia de Santana de Cambas. Aqui na junta de freguesia temos cinco pessoas efetivas, três administrativos, um coveiro e um pedreiro. Não conseguimos ter dinheiro para empregar mais gente, porque trabalho haveria com certeza. Em dois anos, o nosso orçamento sofreu um corte cerca de 10 mil euros. Ficámos com 53 mil euros. A agricultura continua a ser uma atividade importante?
A agropecuária ainda é fonte de emprego para algumas famílias, talvez umas quatro ou cinco, mas não numa vertente empresarial. São pessoas cujos pais foram sempre agricultores e que mantêm essa atividade. E a emigração, tem-se intensificado ultimamente?
Houve muitas pessoas que estiveram no estrangeiro, pessoas mais velhas, e que estão agora aqui a residir. A seguir a eles, foram os filhos, para a Alemanha, França, Bélgica, e muita gente também para a Holanda, e ainda continuam por lá. Hoje em dia, muitas saem para fazer aquelas campanhas do pero e do morango, para França; outros vão para a nossa vizinha Espanha. Quase todo os anos vai gente, mas não é um grande grupo de pessoas. Como se têm caracterizado as relações com Espanha?
O contrabando era a vida das pessoas, no tempo em que tínhamos as minas de São Domingos a laborar. Para muitas famílias, era o meio de subsistência. Em certas zonas da freguesia, a distância até Espanha é de apenas três quilómetros. Também, por vezes, não havia por aqui mato e ia-se buscar a Espanha, para depois se fazer o pão nos fornos. Mas, no contrabando, o produto principal era o café. E o que mudou com a nova ponte, inaugurada há um ano, que liga o concelho de Serpa a Paymogo?
O fluxo de pessoas é muito pequeno, devido à estrada para São Marcos, o antigo posto da Guarda Fiscal, já no concelho de Serpa. Ficaram à volta de uns seis quilómetros de estrada por fazer para a nossa freguesia. É uma estrada que está péssima e que obriga as pessoas a ir por Serpa e depois já não passam aqui. A Câmara de Mértola fez a estrada até ao limite do concelho. Quanto ao resto, pertencendo a Serpa, em meu entender, a Câmara de Serpa teria uma palavra a dizer. Com melhores vias de circulação, nós teríamos de facto mais visitantes espanhóis.
Trabalho social para combater a solidão Além de Corte do Pinto, a sede, e de Mina de São Domingos, a freguesia abarca ainda alguns montes, entre eles o do Poço Barbas, que terá umas 12 casas, e o de Corte da Azinha, onde viverá meia dúzia de pessoas. A ação da junta de freguesia, admite o presidente, João Venâncio, tem sido sobretudo a “nível social”, porque não sobra orçamento para obras. “O dinheiro é mais do que contado”, confessa, dando exemplos de algumas iniciativas. “Aqui na junta já há quatro anos que fazemos o IRS às pessoas gratuitamente”, enumera, lembrando o curso de iniciação à informática para os mais idosos, que terminou há dias, com entrega de diploma e tudo. Ou ainda as aulas de ginástica. Para esta dinamização concorre o movimento associativo local, em que se destaca a Associação Vidas Com Garra, que, desde que foi criada, há dois anos, e em parceria com a junta, vem recuperando tradições, como o Carnaval na Mina de São Domingos, e organizando os convívios a que chamam Chás da Maria, caminhadas e o mega passeio pelo Guadiana, entre Pomarão e Vila Real de Santo António, que reúne também os vizinhos de Santana de Cambas e de El Granado. “São várias atividades em que as pessoas acabam por estar envolvidas, porque muitas vezes vivem aqui na solidão, fechadas em casa”, conclui João Venâncio.
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Sempre estivemos de corpo e alma no Baixo Alentejo, muito embora as entidades regionais nos vejam como um Alentejo diferente, um Alentejo quase no Algarve, um Alentejo a que nunca deram a devida importância, embora passem o tempo a dizer que é bonito e tem muito potencial”.
Autárquicas2013
José Alberto Guerreiro fala em “esquecimento” e “falta de estratégia” regional
“As entidades regionais nunca deram a devida importância a Odemira” José Alberto Guerreiro é o candidato do Partido Socialista à Câmara do Litoral Sudoeste é um sonho que ainda quer ver concretizado. Quanto Municipal de Odemira. O atual presidente do município garante que quer à não inclusão de Odemira na nova Comunidade Intermunicipal do Baixo renovar o mandato através de uma campanha repleta de ideias e despida Alentejo, Guerreiro é lacónico: “Nunca nos deram a devida importância”. O de demagogias. José Alberto Guerreiro assegura que a autarquia odemi- que, em seu entender, “demonstra uma falta de estratégia regional”. rense tem uma gestão equilibrada e que a concretização do Programa Polis Faz sentido que Odemira esteja fora da Comunidade Intermunicipal do Baixo Alentejo?
A decisão de organização das comunidades intermunicipais é política e da responsabilidade do Governo central. Sempre defendi uma região Baixo Alentejo composta pelos 18 municípios, visão que não é seguida por alguns municípios e que não é, e não foi, adotada por nenhum governo até hoje. Desta forma, Odemira serve neste momento “para todos os gostos”. Na justiça vamos para Beja e na saúde estamos no litoral. Mas os bombeiros estão na Associação de Beja, mas também nos relacionamos com Faro… Não estranha este silêncio que paira em torno do novo mapa territorial da região?
Não estranho, porque desde há muito se anunciam reformas, mas muito pouco acontece! As pressões são muitas e como tudo leva muito tempo, quando se juntam as vontades estas nunca correm no mesmo sentido. Havia muitas vozes em torno da região do Baixo Alentejo e hoje nem se ouvem… Acha que houve neste processo alguma falta de solidariedade dos demais municípios, ou de boa parte deles, em relação a Odemira?
Não! Penso que este é um processo político-partidário, desde há muito, e não um processo de decisão municipal. Ou seja, as iniciativas decidiram-se principalmente nas cúpulas partidárias e foram geridas dessa forma nos interesses das maiorias. A verdade é que em minha opinião a Cimbal precisa mais de Odemira que o inverso, mas, pelo caminho, alguns responsáveis políticos não tiveram essa visão e agora… o futuro o dirá! O município de Odemira foi dos poucos no Alentejo que levou a aprovação em Assembleia Municipal a nova lei de reorganização do território. O senhor presidente concorda com esta lei que estingue mais de mil freguesias no País?
Não concordo com a lei nem com os seus objetivos, que são vagos, duvidosos e impositivos… “Ou decides, ou decido eu com penalizações!” É uma democracia “musculada”! Não me revejo nesta metodologia! O órgão do coletivo da
Câmara Municipal de Odemira pronunciou-se por unanimidade contra a agregação de freguesias rejeitando os critérios, propósitos e qualquer fórmula de agregação de freguesias. Porém, a Assembleia Municipal pronunciou-se em sentido contrário, tendo as diversas forças políticas tido posições divergentes, o que resultou na aprovação de uma proposta de agregação formulada pelo grupo do PS. Os seus adversários políticos garantem que a atitude do executivo municipal de Odemira foi pura e simplesmente partidária e eleitoralista, uma vez que as freguesias propostas para extinção ou agregação são todas da CDU. Quer comentar?
A decisão não foi do executivo municipal, mas sim da Assembleia Municipal. A agregação proposta não tem apenas freguesias da CDU, pois em Odemira a agregação terá Salvador gerida pelo PS e Santa Maria gerida pela CDU, logo, alguém não está a falar desta realidade. Respondendo à sua pergunta, questiono: como pode alguém dizer que uma freguesia é do PS ou da CDU, quando a gestão de uma autarquia é por ciclos de quatro anos? Então a freguesia de Zambujeira do Mar é da CDU? Não! Atualmente é gerida pela CDU, mas desde a sua criação sempre foi gerida pelo PS, ou seja, não é aceitável essa afirmação. José Alberto Guerreiro já anunciou a recandidatura à Câmara de Odemira. Já conhece também alguns dos seus adversários. Como antevê esta eleição no mais vasto concelho português?
Desejo que decorra com normalidade, num amplo debate de ideias, com propostas claras e sem demagogias. O período que estamos a viver é delicado, sendo propício ao aparecimento de candidaturas que tudo prometem e criticam face às dificuldades que enfrentamos na concretização das propostas
Texto Paulo Barriga Fotos Câmara Municipal de Odemira
eleitorais do mandato 2009-2013, período em que o contexto europeu e nacional alterou as regras e as condições financeiras “durante o jogo”, ou seja, em que quem governa teve de ajustar as suas ambições às restrições impostas ano após ano. De zero a 10, como avalia o desempenho do atual executivo no presente mandato?
Classifico com oito pontos. Uma avaliação consciente, tendo em conta o cenário macroeconómico que vivemos, que decorre dos resultados conseguidos, ajustamentos efetuados e preparação para o futuro de uma autarquia ímpar no País. Apesar da crise, das incertezas, da redução de receitas e aumento generalizado dos custos, conseguimos várias realizações de referência. Como estão as finanças da autarquia de Odemira?
O município de Odemira tem uma gestão equilibrada! Pagamos regularmente entre 30 e 60 dias. Não temos compromissos em atraso, a dívida de curto prazo é controlada mensalmente e não tem expressão e a dívida de médio/longo prazo tem vindo a reduzir, tendo um encargo anual
(amortização + juros) de seis por cento da execução anual, ou seja, perfeitamente dentro da capacidade financeira da autarquia. Em suma, as finanças municipais em Odemira são geridas com responsabilidade, apoiando anualmente as juntas de freguesia em 1,65 milhões de euros. O que ficou por fazer e que, por certo, será a bandeira eleitoral do PS nas próximas eleições?
Ficam sempre por concretizar alguns sonhos. É o caso do Polis do Litoral Sudoeste, com projetos absolutamente essenciais para requalificar e valorizar o litoral, num investimento global que só no concelho de Odemira ascende a mais de 15 milhões de euros, na requalificação urbana, nos portinhos de pesca, nas praias, em ecovias e ciclovias, enfim, um sonho de há muitos anos que, acredito, vai ser uma realidade. É correto afirmar que o concelho de Odemira está cada vez mais “litoralizado”?
Odemira sempre foi um concelho do litoral e, simultaneamente, um concelho do interior. Temos planície, serra e mar, ou seja, somos de facto um Alentejo singular! Sempre estivemos de corpo e alma no Baixo Alentejo, muito embora as entidades regionais nos vejam como um Alentejo diferente, um Alentejo quase no Algarve, um Alentejo a que nunca deram a devida importância, embora passem o tempo a dizer que é bonito e tem muito potencial. Alguém tem assumido a nível regional que o IC4 é tão importante para o Baixo Alentejo como o IP8? Não! Odemira apenas interessa pela expressão territorial e demográfica que tem para os números da educação, da saúde, da justiça, enfim, um território hibrido, que deve estar entregue a si próprio. Não aceito, e nunca aceitarei, este esquecimento persistente que demonstra uma falta de estratégia regional, sentida de há muito, para “atrair” Odemira a um verdadeiro projeto sub-regional ou, até, regional. Um destes dias ainda nos vamos sentir “empurrados” para Marrocos de tanta litoralização que nos atribuem e de tanto esquecimento a que sempre nos votaram! Entrevista realizada por email.
07 Diário do Alentejo 12 abril 2013
“Faz sentido que o concelho de Odemira fique de fora da Comunidade Intermunicipal do Baixo Alentejo, desvirtuando assim a área territorial e cultural desta região?”
Bisca Lambida
Uma nova geografia
Situação estranha
João Espinho
João Machado
O
Alentejo tem diversas sub-regiões e entre os regionalistas há defensores intransigentes da criação um Alentejo único, adicionando por osmose, numa só região, o Alentejo Central, o Alentejo Litoral, etc… Como se sabe, e se reconhece, há diversos Alentejos. As especificidades do Alto Alentejo fazem com que ele seja diferente de qualquer outro dos Alentejos. O litoral alentejano nada tem a ver com as terras de um Alentejo do interior. E o Baixo Alentejo, desde a faixa raiana até aos areais costeiros constituiuse, ao longo dos tempos, como um território com identidade própria e num espaço geográfico bem definido. Mas isto são coisas que nos ocorrem quando discutimos a regionalização que, como sabemos, foi chumbada e entrementes metida na gaveta. Entretanto (agosto de 2008), assinada por José Sócrates, foi publicada a lei que estabelece o regime jurídico do associativismo municipal decorrente da qual surgem várias comunidades intermunicipais. As que nos interessam para o assunto em discussão: A Cimbal – Comunidade Intermunicipal do Baixo Alentejo, incluindo os municípios que constituem o que conhecemos por Baixo Alentejo, excluindo-se o concelho de Odemira que veio a integrar a nova Cimal – Comunidade Intermunicipal do Alentejo Litoral (com Alcácer do Sal, Grândola, Odemira e Santiago do Cacém). Foi, assim, criada uma nova geografia, criandose, por lei, divórcios injustificados e simultaneamente casamentos de conveniência. os que as populaDesconheço os benefícios ssam já ter reções e os municípios possam ulação intertirado desta nova articulação m, defensor municipal. Quanto a mim, do baixo Alentejo, não me parece que faça sentido retirar o concelho afia que já de Odemira desta geografia conhecemos. das. Sai uma dama de espadas.
É
uma situação no mínimo estranha, o concelho de Odemira ficar fora da Comunidade Intermunicipa l do Bai xo Alentejo, contudo isso deve-se fundamentalmente ao novo mapa de reordenamento do território, no qual o litoral é excluído do Baixo Alentejo. A NUT II – Alentejo abrange seis distritos: Lisboa (parte), Setúbal (parte), Santarém (parte), Portalegre, Évora e Beja e, para fins estatísticos encontra-se dividida em cinco NUT III com particularidades distintas: Alentejo Litoral, Alto Alentejo, Alentejo Central, Baixo Alentejo e Lezíria do Tejo. Face a esta reorganização, o Baixo Alentejo é composto pelos concelhos de Aljustrel, Almodôvar, Alvito, Barrancos, Beja, Castro Verde, Cuba, Ferreira do Alentejo, Mértola, Moura, Ourique, Serpa e Vidigueira e como se constata Odemira não consta e nem conta para este contexto. Como é óbvio, todo este cenário desvirtua fundamentalmente uma realidade que vinha a ser construída ao longo de anos e que deixa simplesmente de existir. Seja por critérios estatísticos, ou outros, quem perde necessariamente é a região, pois vê a sua área territorial reduzida em benefício de outras. Não faria mais sentido aglutinar na mesma comunidade todos os concelhos do Baixo Alentejo, cujos interesses se cruzam e complementam? A valorização do seu território e a criação de sinergias e mais - vas um fator lias torna-se hoje e, cada vez mais,
diferenciador num contexto económico difícil, sendo certo que apenas com uma coesão territorial forte o Baixo Alentejo pode tirar dividendos de todas as potencialidades que se encontram ainda hoje adormecidas. Não vejo como positiva esta situação, mas devemos saber lutar para a ultrapassar, construindo as pontes necessárias para a salvaguarda dos interesses do Baixo Alentejo.
Desvantagens evidentes Sérgio Fernandes
N
o passado dia 15 de março a atual maioria parlamentar aprovou o estatuto das ent idades i nter mu nicipais. Este novo quadro legal prevê a obrigatoriedade de as Comunidades Intermunicipais (CIM) corresponderem às Unidades Territoriais Estatísticas (NUTS) tal como definidas pelo estado português para efeitos de recolha de informação estatística no âmbito da União Europeia. Resulta deste critério, inicialmente introduzido pela Lei 45/2008, entretanto revogada, a impossibilidade dos municípios se pronunciarem sobre a geometria geográfica das CIM que melhor poderia potenciar interesses comuns. Discordo desta opção, revendo-me na posição da Associação Nacional de Municípios sobre a matéria, a qual considera que «constituir por via legislativa entes associativos sem contar com a vontade dos associados, é criar, em infração ao artigo 253.° da CRP, associações obrigatórias, em violação da Autonomia das Autarquias Locais.» Mais, ao transpor para o plano da nossa
região as implicações diretas daquele preceito as desvantagens são para mim evidentes. Acredito no Baixo Alentejo, região com identidade e coerência territorial, económica, social e cultural. Considero que uma das suas inúmeras potencialidades é justamente a transversalidade face ao território nacional, a qual permite a criação de pólos de atração de interesses diversos, mas que se complementam e são, no seu conjunto, geradores de uma dinâmica regional de desenvolvimento. Numa região como a nossa, todos nunca seremos demais para fazer o tanto que ainda está por fazer. Nesta mão jogo a quina de espadas, porque a golpe de espada dividiram a nossa região.
Perversidade territorial Luís Miguel Ricardo
O
Baixo Alentejo apresenta algumas ambiguidades em termos de classificação territorial. Os concelhos de Grândola, Sines, Santiago do Cacém e Alcácer do Sal são baixo alentejanos em termos de província, mas pertencem ao distrito de Setúbal (Estremadura). Quanto ao concelho de Odemira, não me recordo de partilhar dessa ambiguidade territorial. Contudo, desde 26 de maio de 2003, e de acordo com o regulamento (CE) n.º 1059 do Parlamento Europeu, que instituiu as NUTS (Nomenclatura Comum das Unidades Territoriais Estatísticas de Portugal) e dividiu o País em sub-regiões estatísticas de três níveis, o município de Odemira foi incluído, ao nível da NUT III, na sub-região do Alentejo litoral, juntamente com os quatro concelhos baixo alentejanos localiza localizados no distrito de Setúbal. E esta é a justificação justific apresentada para a não inclusão de Odemi Odemira na Cimbal (Comunidade Intermunicipal ddo Baixo Alentejo), uma vez que a nova comunidade comu se rege, na sua formação, pela NUT III do Baixo Alentejo. Do ponto de vista territorial e cultural não faz sentido se a sua não presença. Odem Odemira pertence à NUT III do Alen Alentejo litoral, mas, ao contrá trário dos outros concelhos, n não faz parte do distrito de Setúbal. Uma perversidade político-territorial que o afasta de Beja e não o aaproxima de Setúbal. Que o dei deixa mais isolado e lhe acentua o ccaráter depressivo. Odemira é o ma maior concelho de Portugal e um do dos maiores da Europa. Mas é també também um dos mais pobres e o que apresenta, ap a nível nacional, a maior taxa de suicídios.
Diário do Alentejo 12 abril 2013
08
Atual
Concurso Ovibeja
Autarcas reúnem-se dia 20 em Coimbra
Cerca de 70 azeites
Novas freguesias sem “existência legal” C No dia a seguir às eleições autárquicas, as novas freguesias estarão impedidas de “cobrar taxas” ou aplicar regulamentos, já que “não têm existência legal”, alerta Armando Vieira, presidente da Associação Nacional de Freguesias. Texto Aníbal Fernandes Ilustração Susa Monteiro
E
ste é apenas um dos constrangimentos com que se depararão os autarcas que forem eleitos, e que só “agora se vão percebendo”, disse ao “Diário do Alentejo” Álvaro Nobre, presidente da Junta de Freguesia de Cabeça Gorda, e coordenador regional de Beja da Anafre. Para o autarca bejense, é de esperar “confusões”, mas as dúvidas são mais que muitas e só serão escalpelizadas no próximo dia 20, em Coimbra, num encontro nacional de freguesias. Quanto aos cadernos eleitorais, Álvaro Nobre explicou que a sua elaboração é da competência do Ministério da Administração Interna, mas, até ao momento, “não existe indicação nenhuma” acerca de quem e como, no terreno, ficará responsável pelo acompanhamento do ato eleitoral. “Não sabemos como é que vai ser”, concluiu. O presidente da Anafre, em declarações à Lusa, mostra-se convencido que as Autárquicas, marcadas para outubro, vão ser “um processo agitado”, antevendo recursos em tribunal e boicotes que, na sua opinião, irão
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“prejudicar claramente os partidos que estiveram na génese desta lei”. Mesmo nos casos em que as eleições se realizem normalmente, os órgãos “não terão existência legal: não têm número de contribuinte, não têm regulamentos de taxas e licenças, etc, vai haver aqui um vazio legal”, concretizou. Segundo disse, “as freguesias não podem, por exemplo, emitir taxas no dia seguinte às eleições, porque não têm regulamentos aprovados”. Os novos órgãos eleitos “vão ter de requerer os números de contribuinte para terem personalidade jurídica e convocar as assembleias para produzirem os regulamentos que hão de ser aprovados e
que hão de legitimar a aplicação de taxas como, por exemplo, dos cemitérios”. A duração deste vazio legal dependerá “das dinâmicas locais. Se houver equipas bem preparadas pode ser no espaço regimental da convocação da assembleia de freguesia” que é de 10 dias. O presidente da Anafre reiterou a oposição ao modelo de reforma das freguesias, considerando que “não há nenhum fundamento para que seja tão rápido”. “As freguesias não contribuem em nada para a emergência financeira que o País vive, pesam 0,1 por cento no Orçamento do Estado e temos uma relação custo benefício imbatível”, declarou.
erca de 70 azeites de sete países participam no 3.º Concurso Internacional de Azeite Virgem Extra – Prémio Ovibeja, cujos premiados vão poder ser provados pelos visitantes da feira, que vai decorrer entre os dias 24 e 28. A maioria dos azeites a concurso é de Portugal e Espanha, mas também há participantes de Itália, Grécia, Chile, Argélia e Argentina, refere a ACOS – Agricultores do Sul, a organizadora do concurso em parceria com a Casa do Azeite – Associação do Azeite de Portugal. O júri, constituído por cerca de 30 jurados de oito países e reconhecidos pelo Conselho Oleícola Internacional, reúne-se nos próximos dias 21 e 22 para selecionar os azeites premiados nas categorias frutado verde intenso, frutado verde médio e frutado maduro. Segundo a ACOS, os visitantes da Ovibeja vão ter a oportunidade de provar os azeites premiados no concurso durante as provas comentadas de azeites, que vão decorrer durante todos os dias da feira no pavilhão “Vinhos e Azeites”.
Almodôvar passa testemunho
Corrida de touros Ovibeja
A
tradicional corrida de touros, que se realiza por ocasião da Ovibeja, terá lugar no dia 28, pelas 17 horas, e contará com Joaquim Bastinhas (que comemora 30 anos de alternativa), João Moura Caetano e Manuel Manzanares (que faz a sua apresentação em Portugal). O evento contará ainda com a presença dos Forcados Amadores de Beja, sendo que o cabo Manuel Almodôvar passará o testemunho a José Maria Charraz, e com seis “imponentes toiros Cunhal Patrício”.
H2OJE
Água é o tema central
N
o âmbito do Ano Internacional da Cooperação pela Água, a Ovibeja organiza uma exposição temática e interativa: “H2OJE – Pelo uso eficiente da Água”. A exposição, cujo objetivo é consciencializar para o impacto que o comportamento individual tem a nível global, terá uma componente didática e interativa transversal aos diferentes públicos, bem como uma programação própria.
Zambujo e Virgem Suta
Cartaz forte nos 30 anos
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irgem Suta e António Zambujo (dia 24), Xutos e Pontapés (dia 25), The Gift (dia 26) e Buraka Som Sistema (dia 27) são os cabeças de cartaz que vão subir ao palco do pavilhão multiusos na Ovibeja. As “ovinoites” continuam a fazer furor nesta feira, contando com a presença de vários DJ.
O assistente social e professor universitário Miguel Bento é o candidato da CDU à presidência da Câmara Municipal de Mértola, gerida pelo PS, nas eleições autárquicas deste ano. Através da candidatura de Miguel Bento, militante do PCP, de 50 anos, a CDU quer “reconquistar” a Câmara de Mértola, que os comunistas perderam para os socialistas em 2001. Licenciado e mestre em Serviço Social, Miguel Bento, que foi vice-presidente da autarquia, entre 1997 e 2001, e, no atual mandato, é membro da Assembleia Municipal de Mértola, eleito pela CDU, está ligado a vários projetos de intervenção social e desenvolvimento nos concelhos de Mértola e Serpa e é docente no Instituto Politécnico de Beja.
Câmara de Odemira convida população a apresentar investimentos para 2014 A Câmara de Odemira, através da iniciativa Orçamento Participativo, está a convidar a população do concelho a apresentar, até ao final de junho, propostas para investimentos de interesse coletivo a incluir no orçamento da autarquia para 2014. Segundo o
A
máximo de 200 mil euros, explica o município, referindo que serão aprovadas as propostas mais votadas e que no total não ultrapassem 500 mil euros. O Orçamento Participativo de Odemira, “o mais participado do País” e o que tem “o maior valor de investimento per capita” (19,2 euros), visa “contribuir para uma maior aproximação entre as políticas públicas e os cidadãos”.
Regantes avançam com providência cautelar
Hospital de Serpa na Santa Casa da Misericórdia
Água do Alqueva chega ao tribunal
O Hospital de São Paulo, em Serpa, deverá voltar à Santa Casa da Misericórdia daquela cidade. A decisão já terá sido tomada na semana passada, noticiou a rádio Pax, adiantando que a Unidade Local de Saúde de Baixo Alentejo (Ulsba), a Santa Casa da Misericórdia de Serpa e a Administração Regional da Saúde (ARS) do Alentejo reuniram-se para fechar este dossiê. Ainda de acordo com a rádio Pax, a Santa Casa da Misericórdia de Serpa tem a intenção de continuar com a urgência aberta durante o período noturno (entre meia-noite e as oito horas) e melhorar alguns dos serviços do Hospital.
Federação Nacional de Regantes de Portugal (Fenareg) e a Federação das Associações de Agricultores do Baixo Alentejo (Faaba) anunciaram na segunda-feira terem interposto uma providência cautelar antecipatória contra o Ministério da Agricultura para impedir a celebração do contrato de concessão da rede secundária do Alqueva com a empresa gestora do projeto. As duas federações consideram que a decisão do Governo de concessionar a rede secundária do Alqueva
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município, podem participar na iniciativa residentes, trabalhadores e estudantes do concelho de Odemira com mais de 16 anos e representantes de organizações da sociedade civil. As propostas apresentadas devem ter como base as áreas de competência do município e incidir sobre investimentos de âmbito coletivo, e cada cidadão só pode apresentar uma proposta, num valor
09 Diário do Alentejo 12 abril 2013
Miguel Bento é o candidato da CDU à Câmara de Mértola
à Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva (EDIA) “contraria claramente a legislação em vigor”. A concessão à EDIA “não cumpre a preferência estabelecida na lei de entrega da concessão da rede secundária de rega às entidades do tipo associativo, representantes da maioria dos proprietários e regantes beneficiados”, referem em comunicado. Por outro lado, acrescentam, “a EDIA, estatutariamente, não tem competências para a gestão, a exploração, a manutenção e a conservação das infraestruturas
integrantes da rede secundária” do Alqueva. O Governo anunciou que vai proceder à formalização do contrato de concessão da rede secundária do Alqueva com a EDIA pelo prazo de sete anos, ou seja, até 2020. “Só depois da conclusão de todas as infraestruturas” do Alqueva, prevista para 2015, e da “consolidação do seu funcionamento”, será possível aferir o “melhor modelo” para “a gestão, a exploração, a manutenção e a conservação do empreendimento”, considera o Governo.
Governo é “insensível” ao interior, diz Seguro António José Seguro disse em Beja, na terça-feira, que o interior “tem menos oportunidades, menos investimento e está mais longe de muito daquilo que são as oportunidades que o País oferece”. O secretário-geral do Partido Socialista, que participou em Beja numa reunião, à porta fechada, com os militantes do Baixo Alentejo, disse em declarações à rádio Pax que o País tem “um governo insensível em relação aos problemas do interior”. Na sua opinião, a maioria PSD/CDS-PP olha para as regiões desfavorecidas “como um fardo, como um encargo e não aproveita as potencialidades”. “Se há pessoas que vivem mais distantes dos grandes centros, essas pessoas não podem ficar para trás”, alertou. António José Seguro visitou, ainda, na manhã de quarta-feira, as Minas de Neves Corvo, em Castro Verde, no âmbito da iniciativa “As pessoas estão primeiro”.
Diário do Alentejo 12 abril 2013
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Cimbal aprova voto de pesar pela morte de João Honrado
O conselho executivo da Cimbal – Comunidade Intermunicipal do Baixo Alentejo aprovou no início da semana um voto de pesar pela morte de João Honrado, “democrata bem conhecido no Alentejo e no País, que foi publicista, editor e jornalista”. “Amando profundamente o seu Alentejo natal, João Honrado aqui fundou jornais e cooperativas, escreveu e editou livros, trabalhou em
Câmara de Mértola inaugura parque desportivo e de lazer municipal A Câmara Municipal de Mértola inaugura no próximo dia 20 o novo parque desportivo e de lazer municipal, “um equipamento que representa um investimento superior a um milhão de euros”. O parque, adianta
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Coral Guadiana de Mértola, as tradicionais intervenções das entidades oficiais e ainda demonstrações do Projeto Corpo em Movimento, da utilização dos equipamentos de reabilitação e de BMX, uma aula aberta de zumba, a visita ao parque e a final de futsal, integrada nos III Jogos da Freguesia de Mértola.
Impacto socioeconómico do Instituto Politécnico de Beja
Câmara organiza passeio à região dos Barros de Beja A Câmara de Beja promove no próximo domingo, dia 14, a partir das 9 horas (partida junto à piscina coberta), mais um passeio pela natureza. O percurso proposto atravessa a região dos Barros Negros, vulgarmente conhecidos por Barros de Beja, “que se desenvolvem numa área entre Ferreira do Alentejo e Serpa”. O passeio “pretende ajudar a compreender as diversas realidades geológicas que permitiram a criação de condições excecionais para o desenvolvimento de importantes ocupações humanas desde tempos antigos”. Os locais escolhidos “servem também de miradouros à vasta planície”. Durante o percurso, que será orientado por Miguel Serra, Eduardo Porfírio e Sofia Soares, os participantes (no máximo 40) “irão atravessar a Falha da Messejana, observar a cobertura vegetal natural e conhecer os sítios arqueológicos do Outeiro do Circo e do Moinho do Mira (Mombeja/Beringel)”.
a autarquia, “está preparado para visitantes de todas as idades e dispõe de parque infantil, mini-golfe, circuito de lazer, campo de jogos e espaço de café e esplanada”. A cerimónia de inauguração, que terá início pelas 14 e 30 horas, inclui animação musical a cargo da banda Os Caprichosos, Cabeçudos e do Grupo
coletividades, dinamizou grupos culturais, ajudou a criar corporações de bombeiros, foi eleito municipal. Por toda esta intensa atividade cívica em defesa do Alentejo e dos interesses dos trabalhadores e do povo, a Cimbal e os municípios da região do Baixo Alentejo manifestam um profundo pesar pelo desaparecimento de João Honrado, a cuja memória prestam homenagem”, referem.
IPBeja movimenta 50 milhões de euros num ano No ano de 2011, o Instituto Politécnico de Beja (IPBeja) teve um impacto na atividade económica do concelho de Beja que chegou quase aos 50 milhões de euros, o que representa 3,88 vezes o orçamento que recebeu do Estado para esse mesmo ano. Refira-se que esta instituição de ensino superior tem cerca de 3 190 alunos, 181 professores e 161 funcionários. Texto Gonçalo Farinho
A
tualmente, e no contexto de crise económica e de emprego que se vive, é estrutural o investimento e a existência
de recursos educativos, escolas, particularmente oferta de ensino superior. O ensino superior é hoje em dia um recurso determinante para alavancar o potencial capital humano, tecnológico e empreendedor de qualquer território, tornando-se ainda mais importante em territórios de menor densidade demográfica e económica, como é o caso do Baixo Alentejo e Alentejo Litoral. Para compreender melhor a importância do IPBeja para a região foi realizado um estudo, que está atualmente disponível em livro, e que revela alguns dados de extrema importância. O impacto induzido pelo IPBeja na dinâmica socioeconómica da região é favorecido
pelo seu posicionamento geoestratégico, sendo esta a única instituição de ensino superior público num território correspondente a 13 852,1 quilómetros quadrados. Paralelamente, esta é uma região onde o peso relativo de população registada com habilitação académica superior se situa entre os oito e os nove pontos percentuais, face a uma média nacional de 12 por cento. Neste momento, o IPBeja representa, anualmente, cerca de 3 200 pessoas, entre docentes, alunos, pessoal não docente, não contando com outros visitantes e convidados para além dos que são recebidos anualmente via Erasmus.
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IPBeja alarga prazo para Maiores de 23 anos
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Diário do Alentejo 12 abril 2013
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O Instituto Politécnico de Beja (IPBeja) alargou o prazo de inscrições para os Maiores de 23 Anos, criando assim uma segunda fase que está a decorrer até ao próximo dia 19. De acordo com o IPBeja, “podem inscrever-se para a realização destas provas os candidatos que, cumulativamente, tenham completado 23 anos até ao dia 31 de dezembro de 2012 e que não sejam titulares da habilitação de acesso ao ensino superior, nomeadamente aprovação nas provas de ingresso para o curso superior que pretendem frequentar”. Toda a informação necessária está disponível no micro-site do Gabinete de Acesso ao Ensinos Superior.
Abertas inscrições para banco de manuais escolares de Vidigueira Os alunos do ensino básico do concelho de Vidigueira que queiram obter, de forma gratuita, livros para o próximo ano letivo deverão inscrever-se, até ao final deste mês, no Banco Municipal de Manuais Escolares. Segundo
o município, o banco pretende proporcionar a pais e encarregados de educação de alunos dos 1.º, 2.º e 3.º ciclos do ensino básico do concelho “uma forma fácil e gratuita” de conseguirem disponibilizar aos seus filhos e educandos os manuais “indispensáveis à sua formação escolar”.
Distrito fica com sete novas agregações de escolas
Câmara de Beja contesta “mega-agrupamentos”
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Governo deu por concluído o processo de agregação de escolas a nível nacional. No distrito de Beja foram criados sete novos agrupamentos, vulgarmente designados por “mega-agrupamentos”. Quatro estão a funcionar desde o início do ano letivo (um em Aljustrel, um em Castro Verde e dois em Serpa) e os restantes (dois em Beja e um em Odemira) deverão arrancar em outubro. No caso do concelho de Beja a Escola Secundária Diogo de Gouveia agrega-se com os agrupamentos de escolas n.º 1 (Santa Maria) e n.º 3 (Santiago Maior) – 2 932 alunos – e a Escola Secundária D. Manuel I com o Agrupamento de Escolas n.º 2 (Mário Beirão) – 2 024 alunos. José Velez, vereador na Câmara de Beja, diz que a autarquia “tem um parecer unânime contra a criação dos ‘megaagrupamentos’, assim como o Conselho Municipal de Educação e a Assembleia Municipal de Beja”. O autarca esclarece que o que está em causa é “a forma como
estão a ser constituídos”: “Tem de se ter o cuidado de perceber as realidades do País, das escolas, a necessidade de prevalecer a qualidade e a funcionalidade das mesmas, e esta nova agregação não vai contribuir em nada para essa melhoria, particularmente num concelho como o de Beja, com a realidade das freguesias rurais e com os problemas específicos inerentes a cada escola, sem falar nas questões pedagógicas. Temo que seja sobretudo uma medida economicista”. A câmara solicitou uma reunião ao secretário de Estado da Educação, mas até ao momento não obteve qualquer resposta. Está também a analisar a possibilidade de avançar com uma providência cautelar contra a medida e mostra-se disponível para apresentar “uma outra alternativa” que, “pelo menos, minimize o impacto negativo [da medida] ”. A direção e conselho-geral do Agrupamento n.º 1 referem que “tratando-se de uma situação regulamentada em legislação, a qual permite a exceção
ao Território Educativo de Intervenção Prioritária, que é o caso do Agrupamento n.º1, após análise de situação do passado, do presente e numa perspetiva futura”, optaram por integrar o processo de agregação, “tendo por base questões de equidade e respeito, evitando uma situação de isolamento e tendência de marginalização”. Já Joaquim Cabecinha, diretor do Agrupamento n.º 3, adianta que face às agregações apresentadas pela Direção Regional de Educação do Alentejo, após reuniões com as partes envolvidas, “ficou decidido que se iria proceder, com a maior brevidade possível, ao ajustamento da rede escolar, para que o número de alunos por agrupamento ficasse o mais equilibrado possível”, mas “até ao momento não se realizou mais nenhuma reunião”. A diretora do Agrupamento n.º 2, Maria Dulce Alves, optou, por sua vez, por não se pronunciar sobre a proposta do ministério. O “Diário do Alentejo” tentou ainda obter, sem sucesso, comentários junto das direções das duas secundárias. NP
Agentes culturais do Alentejo em risco
Ferreira apoia mais de 50 empresas
O corte de “60 por cento” dos apoios da DGArtes aos agentes culturais do Alentejo “coloca em risco a atividade de muitas estruturas” da região, alertou na sexta-feira passada um responsável do Manifesto em Defesa da Cultura (MDC). Em declarações à Lusa, Jorge Feliciano, do Teatro Fórum de Moura, afirmou que o “Alentejo sofre um corte de 60 por cento” nos concursos de apoios diretos às artes, da Direção Geral das Artes (DGArtes), “em relação ao último concurso do género”, realizado em 2009. “No último concurso, as estruturas do Alentejo receberam cerca de 1,9 milhões de euros. Neste, ficámos reduzidos a cerca de 900 mil euros”, lamentou o responsável, durante uma concentração em frente à Direção Regional de Cultura do Alentejo, em Évora, que juntou cerca de 40 pessoas.
A Câmara de Ferreira do Alentejo, através da “Semana Aberta às Empresas e a Empreendedores”, que decorreu em março, apoiou mais de 50 empresas, duas das quais vão instalar-se no Ninho de Empresas local. As duas empresas, uma de audiovisual e outra de apoio social, representam um total de sete postos de trabalho, indica a autarquia, referindo que outras duas empresas, uma de análises químicas e a outra de aviação, pediram incubação virtual no Ninho de Empresas.
Alvito debate produtos agroalimentares “Valorizar os produtos agroalimentares locais através de circuitos curtos de comercialização” é o tema do workshop que vai ter lugar na próxima quinta-feira, dia 18, no Centro Cultural de Alvito, a partir das 9 e 30 horas, numa organização da câmara municipal local e da Alcabaz – Cabazes do Alentej, CRL. Os promotores do evento realçam que “os produtos agroalimentares locais são vitais e a base da sustentabilidade económica, social, ambiental e cultural das zonas rurais” e que “a comercialização de proximidade representa uma solução para ultrapassar dificuldades de acesso ao mercado por parte das produções de pequena dimensão e possibilita melhorar os preços de venda, aumentar o rendimento dos produtores e reter localmente o valor acrescentado”.
Nova rede em Salvada e Cabeça Gorda A Empresa Municipal de Água e Saneamento (EMAS) de Beja lançou um concurso público para a empreitada de beneficiação das redes de águas das aldeias de Salvada e Cabeça Gorda, num investimento de 700 mil euros. Segundo a EMAS, os trabalhos, sem alterar as redes de abastecimento de água existentes, vão introduzir um novo esquema de funcionamento, com novas condutas elevatórias, setorização das redes em zonas de monitorização e controle e substituição de parte dos ramais domiciliários de abastecimento de água.
“Descobrir” o Baixo Guadiana A Associação de Defesa do Património de Mértola (ADPM) está a criar uma rede de itinerários turísticos nos concelhos de Barrancos, Beja, Mértola e Serpa para a “descoberta” do património cultural e natural do Baixo Guadiana. Nos quatro concelhos, a ADPM inventariou e caraterizou 66 itinerários, nas modalidades de motorizado, BTT, pedestre e navegável.
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A OVIBEJA comemora 30 anos em pleno epicentro da chamada “espiral recessiva”. Mas ao contrário do que seria de esperar, a presente edição da grande feira do Alentejo tem ainda mais expositores do que nos anos anteriores. Uma boa notícia para a região e para a organização da Ovibeja que, definitivamente, é um certame que não rima com “crise”. PB
É absolutamente evidente que, em nome de uma “justiça” igualitária nos sacrifícios, a posição do Tribunal Constitucional vai implicar sacrifícios ainda mais gravosos para toda a população. Também é absolutamente evidente que nenhumas eleições antecipadas contribuirão para resolver os problemas atuais, muito pelo contrário. Vasco Graça Moura, “Diário de Notícias”, 10 de abril de 2013
Por não ter sido capaz de encontrar uma estratégia que prevenisse as consequências do chumbo dos juízes e a radicalização do discurso do PS, Cavaco ficou sem margem de manobra e sem um papel real para desempenhar. Editorial do “Público”, 10 de abril de 2013
Opinião
Sócrates e a narrativa do embuste Bruno Ferreira Humorista
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ois anos depois, Sócrates está de volta. Pelo menos à RTP. Para inflamar os ódios e as paixões que sempre arrastou em torno da sua imagem. Eu cá para mim fiquei com a ideia de que, dois anos depois, o nariz de José Sócrates, para além de estar mais comprido, está ligeiramente mais inclinado para a direita. Esta é uma observação meramente fisiológica que nada tem a ver com o espectro ideológico com que se repartem as filosofias políticas. Falei em filosofia? Ah, pois foi. Mas já lá vamos. A rentrée do antigo primeiro-ministro aconteceu através de uma entrevista no canal que irá acolher o seu programa de comentário. No espaço de uma hora e 32 minutos, Sócrates usou a palavra “narrativa” 24 vezes e a palavra “embuste” 13 vezes. Sim, eu contei-as todas, uma a uma. Nos primeiros minutos a “narrativa” chegou a estar à frente por 20-6, mas o “embuste” reduziu a diferença na parte final. Somadas, as duas palavras foram repetidas 37 vezes. O mesmo é dizer que Sócrates as usou, em média, durante a entrevista, de 2,4 em 2,4 minutos. Isto leva-me a crer que no plano curricular do mestrado de Filosofia que frequentou em Paris, Sócrates terá estudado módulos de “narrativa” e de “embuste”, cadeiras que certamente dirão muito ao antigo secretáriogeral do PS, dado terem estado bem presentes nos seus dois governos. A entrevista foi bastante interessante. Não para ouvir as respostas do engenheiro às perguntas de Vítor Gonçalves e Paulo Ferreira. Mas enquanto análise do próprio José Sócrates, o animal político. Inteligente, combativo, mediático, comunicativo, de personalidade forte, mas também arrogante, impertinente, com tiques de autoritarismo e dono de uma certa má educação. Senão veja-se: os sorrisos socráticos do início da entrevista foram dando lugar a inspirações impacientes, revirar de olhos e alguma azia. E em poucos minutos passou do registo “por favor, peço-vos que me deixem acabar…”, para o estilo “ó homem, estou-lhe a dizer que não gostei!” Contudo, e apesar de tamanha pertinácia, Sócrates veio lembrar ao País o fraquinho calibre do seu sucessor no PS, o líder da oposição e candidato a primeiro-ministro. O engenheiro provou estar muito à frente. Continua a saber de cabeça todos os números, dados, percentagens, valores e dossiês, emendando e corrigindo os entrevistadores e colocando-os a tomar notas. O desastrado engenheiro civil, mas habilidoso comunicador, deu uma lição de persuasão e poder de argumentação ao seu pálido, tristonho e… coisinho sucessor partidário (atenção que os predicados de Sócrates também podem simplesmente chamar-se de “grande lata”). Sócrates tem a habilidade, perigosa, de fazer a sua maior mentira parecer a mais cristalina das verdades. Ao passo que a mais sincera das verdades de Seguro não vai nunca parecer mais do que uma mera mentira. E para mais mal contada. Isto permite a Sócrates usar o seu espaço semanal para atacar o Governo com a eficácia que Tozé não tem nem nunca terá, aumentando ainda mais a insegurança de Seguro. Mas quem foi o habilidoso manhoso que teve esta
finória ideia? Pois claro: o recentemente demissionário Miguel Relvas. Lembrou-se o ex-ministro do diploma duvidoso de convidar o ex-primeiro-ministro de diploma igualmente duvidoso para fazer notar a fraca qualidade da oposição socialista. Só que ao soltar a fera esqueceu-se que o caos que Sócrates espalha vai muito para além de atingir a gestão do PS. Porque os estilhaços vão direitinhos para o governo da coligação. Mas Sócrates é apenas a nova coqueluche dos comentadores. Essa profissão dos tempos modernos com cada vez menos vagas por preencher nos centros de emprego. É que se dantes os governantes usavam as suas funções para se promoverem com vista a virem a ocupar um cargo na banca, ou numa grande empresa pública, hoje os políticos usam as suas funções para se promoverem com vista a serem comentadores. Para assim se poderem depois promover com vista a ocuparem um cargo na banca ou numa grande empresa pública. Jorge Coelho, Santana Lopes, Santos Silva, Marques Mendes, Bagão Félix, Francisco Louçã, Morais Sarmento e o modelo máximo do comentário nacional, Marcelo Rebelo de Sousa: todos tiveram responsabilidades, de uma forma ou de outra, no atual estado do País. Foi para este caminho que nos conduziram as suas opiniões. As mesmas opiniões que, agora pela televisão, impingem ao País que ajudaram a afundar. E o senhor que se segue é bem capaz de ser Miguel Relvas. Currículo não lhe falta.
foi pioneiro no uso de uma delas, o Twitter, decerto para melhor estabelecer a comunicação entre o Céu e a Terra. Foi, aliás, por essa via que muitos católicos tomaram conhecimento de que o Purgatório foi descontinuado – com certeza para dotar de mais meios o Inferno, que agora está em claro processo de deslocalização para Portugal e demais economias do euro. A crer no que nos ofereceu como “embaixador jovem”, não será de admirar que um destes dias o governo de Passos contrate Zé Cabra para consultor de ópera no Teatro de São Carlos ou nomeie o Emplastro como assessor audiovisual. No lugar de Seguro, eu tratava de ressuscitar rapidamente o Tino de Rans para integrar um governo-sombra. E, nas próximas eleições, acho que vou fazer campanha pelos Monty Python. Já que temos de morrer a rir, ao menos que seja em grande estilo. Por decisão pessoal do autor, este texto não segue o novo acordo ortográfico.
Papa Francisco, sinal de uma Igreja em renovação Manuel António Guerreiro do Rosário Padre
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O fim da anedota Viriato Teles Jornalista
ópera-bufa em que se transformou a vida política nacional não pára de nos surpreender. E nem a saída de Relvas do governo e a confirmação da inconstitucionalidade do Orçamento do Estado chegam para nos garantir que esta tragicomédia esteja perto do fim. Porque a pressão e as sucessivas trampolinices que protagonizou já se tornavam incomportáveis, ou simplesmente porque tem outros fins em vista para a vidinha de que tão bem tem sabido dar conta, o sinistro-adjunto fez na semana passada o que alguém com um pingo de vergonha na cara já teria feito há muitos meses, e foi-se finalmente embora do governo. Assim, o episódio da saída de Relvas é um pouco como o resultado daquelas anedotas de que já se conhece o final e que alguém leva muito tempo a contar: de tão previsível e tão demorada, já não consegue ter graça. Mas não deixa de ser significativo que o último acto público da criatura tenha sido a nomeação de um patusco candidato a vedeta de stand-up comedy como “embaixador para o empreendedorismo” de uma iniciativa chamada “Impulso Jovem”, cuja utilidade, aliás, ninguém conseguiu ainda alcançar. Na apresentação do artista bracarense que alegadamente irá motivar os jovens para a arte empresarial da “punhada”, ficámos a saber que o ministro o conheceu “através do Youtube”, o que muito nos tranquiliza. Num país em que o putativo presidente manda recados ao povo em geral e ao governo em particular através do Facebook, parece-me normal que um ministro contrate colaboracionistas através do Youtube. Para o governo, o recurso às redes sociais deve ser um modo de manifestar apreço pelos valores cristãos da modernidade – pois não nos podemos esquecer de que o papa Ratz
eleição de um papa é sempre notícia, mas, a eleição do papa Francisco mereceu um inusitado destaque na comunicação social e na atenção do cidadão comum. Para isso, decerto terá contribuído o facto de, pela primeira vez em muitos séculos, termos um papa não europeu, oriundo “do fim do mundo”. Depois de quebrada a série secular de papas italianos, tivemos a graça de dois grandes pontífices: João Paulo II e Bento XVI. Agora recebemos um papa latino-americano e, como a Igreja é cada vez mais católica na sua expansão e representação, talvez Deus nos reserve mais novidades, no futuro. Nestes dias são muitos os que falam do papa Francisco com interesse, entusiasmo, mesmo paixão; outros, porém, ficaram dececionados: esperavam um papa “à sua imagem e semelhança”. Já assim foi no tempo de Cristo. Deus, contudo, surpreende e desconcerta ao não aceitar ser condicionado pelas nossas decisões, nem reduzido aos nossos esquemas e projetos. Para nós cristãos, o papa Francisco não é mera escolha dos cardeais, mas antes um dom de Deus à Igreja e ao Mundo, dom que deve ser acolhido e agradecido, e por ele devemos rezar, para que seja um verdadeiro sinal de Deus para a humanidade deste século XXI, como foram os últimos papas, independentemente de podermos ou não concordar com todos os aspetos do seu ministério. Para além dos carismas de que Deus o dotou, atestados pelos testemunhos que todos os dias nos chegam, e confirmados pelos gestos que tem protagonizado, cumpre-lhe continuar a missão ingente de renovação da Igreja, desejada e implementada pelo Concílio Vaticano II, há já 50 anos. Este papa traz ainda consigo a frescura e a novidade de uma Igreja jovem, menos instalada e ritualista, mais simples, apostólica e empenhada na defesa do homem, nomeadamente do mais pobre e fragilizado, porque o homem é “a via principal da Igreja” (João Paulo II). Bem vindo papa Francisco, profeta dos nossos tempos.
Os dados reportam a 2011, mas não deixam de ser belíssimos indicadores sobre o impacto social e económico que o Instituto Politécnico tem no concelho de Beja. Segundo um estudo agora publicado, o IPBEJA fez movimentar quase 50 milhões de euros, o que representa quase quatro vezes a verba que o Governo, através do Orçamento Geral do Estado, destinou à cidade de Beja. PB
Há 50 anos “Atentado frustrado” numa noite em Aljustrel
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Carlos Lopes Pereira
ALJUSTREL é o único concelho do distrito de Beja que tem uma taxa de desemprego inferior a 9,9 por cento. E em todo o Alentejo apenas Montemor-o-Novo, Grândola e Marvão se lhe equiparam. Numa altura em que os indicadores do desemprego teimam em disparar, Aljustrel aparece em contraciclo graças a três fatores primordiais: ao investimento privado, à reativação da mina e ao empenho da autarquia. PB
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A vitimização de Passos Coelho foi um espetáculo pouco edificante. O primeiro-ministro já só está em funções em corpo - o espírito já voou para outras paragens. Aliás, do ponto de vista do interesse meramente partidário, é mais útil ao PSD demitir-se já, desencadeando eleições antecipadas - enquanto o PS não está suficientemente forte – do que daqui a dois anos, com tudo de pantanas, Portugal igual à Grécia e o risco de pasokização nas urnas. Já ninguém precisa de gritar “demissão já”. O primeiro-ministro já a interiorizou. Ana Sá Lopes, “I”, 8 de abril de 2013
Cartas ao diretor de euros numa corrida de toiros e o A Ovibeja fisco leva uma fatia de 26 mil? É certo Manuel Dias Horta Beja
s mais velhos de Aljustrel talvez ainda se lembrem do episódio. O “Diário do Alentejo” contava a sua versão da história na primeira página da edição de 12 de abril de 1963. A notícia era intitulada “Atentado frustrado contra o director das minas de Aljustrel”: “Anteontem, em Aljustrel, foi alvo de um atentado, que felizmente se frustrou, o director da empresa belga concessionária das minas daquela vila, sr. eng.º Jacques Louis. O acto teve por autor Francisco Fralda, de cerca de 50 anos, indivíduo que sofre de evidente desequilíbrio mental e que em tempo, esteve empregado nas referidas minas. A coberto das sombras da noite, o Fralda escondeu-se na parte traseira do automóvel do eng.º Jacques Louis, que se encontrava estacionado à porta dos escritórios das minas. Quando aquele engenheiro saiu e entrou para o veículo, pondo-o em movimento, em direcção à sua residência, o Fralda encostou uma pistola à nuca do director das minas e intimidou-o a conduzir o automóvel para um local que indicou. Com grande presença de espírito, o sr. eng.º Jacques Louis parou bruscamente o carro, do que resultou a arma resvalar, disparando um tiro cuja bala apenas atingiu a parte inferior do automóvel. O Fralda conseguiu então sair do veículo e fugiu, mas no entanto foi reconhecido pelo sr. eng.º Jacques Louis que foi participar o caso ao posto da P.S.P., cujo comandante, sub-chefe Madureira, não tardou em prender o assaltante, que estava a passear calmamente numa avenida local. Confessou prontamente o seu tresloucado acto e indicou que escondera a pistola – que é uma arma de guerra – na sua residência, onde de facto foi encontrada. O Fralda foi conduzido para Beja, sob prisão, parecendo que vai ser remetido a juízo.” Dias depois, o jornal dava mais pormenores do caso, confirmando que Francisco Barca Fralda tinha sido “remetido ao Tribunal de Beja com o respectivo processo”. E acrescentava alguns dados do autor do “atentado”: “O Fralda, que tem 50 anos, residiu em Beja, com sua família, há anos atrás, tendo-se depois fixado em Aljustrel, terra da sua naturalidade e em cujas minas chegou a trabalhar. Desempregado, vivia ùltimamente só e na maior miséria, dando evidentes indícios de desequilíbrio mental.”
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Devagar, devagarinho. De bocadinho em bocadinho aprendemos a gostar dela, derrubando balizas que limitam horizontes, rompendo por caminhos de brumas que são caminhos de aventura e audácia. Um sonho em realidade se converteu o que era uma simples feira agrícola, é agora a Ovibeja, um novo conceito de feira, uma marca – entretenimento, negócios, cultura, exposições, novidades, colóquios, concursos, apresentação de novas tecnologias, etc. Aqui tudo se pensa e planeia: tem a feira a sua realização em março/ abril/maio, quando os campos estão em plena exuberância de beleza e colorido e vastos lençóis matizados se estendem na planície imensa. A cidade e os espaços têm agora novas coordenadas. O visitante pode deliciar-se com a beleza oculta que a vetusta Pax Julia tem, ou subir até às ameias do castelo, onde pousam águias-reais e se perdem de vista as lonjuras que o circundam. Durante a feira anda no ar poesia, cor e alegria. Até a melancolia se recolhe nestes dias. Vozes arrasadas, nostálgicas, de homens e mulheres que num concurso de corais se exibem. Noite dentro rostos avermelhados, alguns derreados, cansados sombras bizarrias – é o clímax da Ovibeja. É tão lindo o Alentejo, é grandiosa a Ovibeja
O Estado e as pessoas José Fernando Batista Aljustrel
Vivemos numa crise profunda, no salve-se quem puder, muito por culpa dos políticos, esses mesmos que mandaram Portugal pelo cano esgoto. Apesar de todos os sacrifícios que impõem aos portugueses, certamente dormem descansados, apesar dos protestos, não só legítimos, como necessários e naturais, face à situação desgraçada em que milhões de portugueses vivem, que está diretamente relacionada com a política que o Governo impôs ao País. E o que dizer da aplicação de taxas e impostos cobrados (vinte e seis mil euros!) na iniciativa que visava o forcado Nuno Carvalho, que ficou tetraplégico em agosto do ano passado? Foram angariados alguns milhares
que vivemos em crise, mas isso não justifica tudo; qual a justificação para aplicar impostos a quem quer ajudar os outros? Um Estado cego às diferentes necessidades das pessoas é um Estado que esqueceu as pessoas. Um Estado cego, surdo e mudo, incapaz de dar a cada um em função do que lhe é devido, foi o que fizeram de Portugal, com uma austeridade atroz, que esmaga as pessoas, com o desemprego a aumentar, a recessão, a carga fiscal impiedosa e a miséria que já grassa por aí e que leva as pessoas ao desespero. Um sentimento de desesperança apoderou-se do País. Até quando?
Os fedorentos do Meo Telespetador inconformado e em desespero Beja
O Coelho do governo explora-nos até ao tutano e recomenda que poupemos. Ao contrário disso, a PT esbanja milhões com os fedorentos do Meo (e não só). A publicidade nas televisões sobre o Meo é escandalosa e ridícula e é humilhante para a maioria dos reformados com reformas de miséria. Além dessa vergonha de publicidade quase constante, que entra nas nossas casas (nem em todas devido estarem às escuras), contrata pessoas para nos chatearem de porta a porta, quase como uma imposição para aderirmos ao Meo. É vergonhoso, quem não compra televisores novos ou não adere ao Meo não vê televisão. Novamente peço, em nome de todos os reformados com 200 ou 300 euros de reforma, que divulgue em separado ou em destaque o que se está a passar em Beja, e não só.
Saudades do meu Alentejo Reinaldo Rebelo Laranjeiro
Nasci em Milfontes, na década de trinta. Milfontes, era, nesse tempo, pouco conhecida. Praticamente quase todos se conheciam uns aos outros. Assim, os que não eram
vizinhos, faziam parte da família dos “Amadores”. A minha avó materna teve 10 filhos. Os netos e bisnetos já os não consigo contar. Com efeito, segundo a etimologia, o nome deste “rincão” que, de aldeia, passou a ser vila, tem origem na palavra “mel bom”, e tem um bem que a natureza lhe concedeu: o rio Mira, considerado o menos poluído da Europa. Hodiernamente, é um centro turístico, após haver sido descoberta pelo cineasta (já falecido) Aquilino Mendes; pelos ingleses; holandeses e alemães. Os holandeses transformaram o “velho moinho da Asneira”, num complexo turístico, para pessoas abastadas. Aquando da última vez que lá nos deslocamos, fiquei bastante entristecido pois, no local onde o meu falecido pai tinha uma parreira, o cidadão inglês, que adquiriu a casa onde eu nasci, mandou construir uma piscina. Quando ingressei no seminário de Beja, ainda não existia a Igreja Nova, mas apenas a pequena capela, que ainda existe no centro da vila, onde fui batizado e crismado. Vim residir para Setúbal, com os meus pais, tendo sido transportados num barco com o nome de “rio Mira”, escondidos no porão do mesmo, aquando da travessia da barra do rio Sado, para não sermos descobertos pela lancha da Capitania do Porto de Setúbal. Cabe aqui recordar algumas figuras ilustres da minha terra natal, a saber: – aviadores Brito Pais, Sarmento Beires e Manuel Gouveia, cujo avião, com o nome de pátria, aquando da primeira travessia atlântica, foi à partida, benzido pelo conhecido “Bispo soldado” D. José do Patrocínio Dias; Dr. António Mantas, que chegou a ser deputado na antiga Assembleia Nacional, tendo conseguido dos governantes desse tempo, a construção do antigo cais que existia na praia do “Anacleto”, hoje substituído por uma moderna estrutura de alumínio (graças à Câmara de Odemira); sr. Artur Horta, professor primário e ajudante do Registo Civil; e, ainda, entre outros, o cónego Dr. Joaquim Maria Lourenço, principal obreiro de uma das maiores “joias” de Milfontes, a Colónia Balnear de Nossa Senhora de Fátima. Sou alentejano, por nascimento; setubalense, por motivo de funções na Caixa Geral de Depósitos; e, almadense por adoção. Raramente me desloco à minha querida terra natal, onde apenas tenho alguns primos. Já me alonguei em demasia.
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Reportagem
Único concelho do distrito de Beja abaixo dos dois dígitos
Aljustrel com menos de 10 por cento de desempregados
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os 308 concelhos do País, apenas 28 têm uma taxa de desemprego inferior a 10 por cento. Aljustrel é um deles. No distrito de Beja, segundo dados recentemente revelados, é mesmo o único. Taxa de desemprego: 9, 6 por cento. No Alentejo só os concelhos de Grândola, Marvão e Montemor-o-Novo o acompanham. Surge, imediatamente, como fator determinante para este número, a Mina de Aljustrel em laboração e ainda a proximidade às Minas de Neves-Corvo, que também empregam gentes da terra. Mas depois, depois de se deixar a placa que indica a entrada na Vila Mineira para trás, encontram-se outros fatores. A soma dos projetos de grande, média e pequena dimensão que dão trabalho às gentes de Aljustrel e que em conjunto contribuem para aquela que, por estes dias e tendo em conta a situação que o País atravessa e outras taxas anunciadas, é das mais baixas percentagens reveladas a nível nacional. A tal dos 9, 6 por cento. A mesma que coloca Aljustrel abaixo dos 10 por cento. Com a placa indicativa cada vez mais distante, numa velocidade compassada, seguem duas carrinhas de carga. As duas tomam o mesmo rumo e entram no Pólo Industrial de Aljustrel, composto por 36 lotes e todos adquiridos. No topo, em construção, avista-se a Berrapack, que pertence ao grupo Biquímicos, e que brevemente fabricará embalagens metálicas ligeiras. Surgiu, tanto a fábrica como o grupo, que também está instalado no mesmo parque industrial, da vontade do aljustrelense Jorge Lopes, que dá trabalho a mais de 25 pessoas e que futuramente, com a entrada em funcionamento do seu novo projeto, pretende empregar, só numa primeira fase, pelo menos, mais 15 pessoas. Mas o empreendedor garante que ainda ambiciona mais. É que caso outro projeto, em que já está a trabalhar,
Os dados revelados recentemente indicam que Aljustrel é o único concelho do distrito de Beja com uma taxa de desemprego inferior a 10 por cento. No País, dos 308 concelhos, só mais 27 seguem a tendência. O “Diário do Alentejo” foi conhecer alguns dos grandes, médios e pequenos investimentos que já estão consolidados ou que estão a surgir no concelho e que contribuem para esta percentagem, a tal dos 9, 6. Texto Bruna Soares Fotos José Serrano
Unidade hoteleira Primeiro hotel de Aljustrel abriu portas recentemente
Ervilha Maravilha Empresa instalou-se no centro de microempresas
Empreendedorismo Criar o seu posto de trabalho
seja aprovado, poderá dar trabalho a mais gente e, de preferência, “do concelho”. “Comecei a investir no concelho há oito anos. Trabalhava, anteriormente, na Câmara Municipal de Aljustrel, mas como tinha um ordenado muito baixo, mas sempre tive jeito para o negócio, resolvi comprar um lote para iniciar a minha atividade, embora não o fizesse a tempo inteiro”, começa por explicar Jorge Lopes, enquanto as carrinhas do grupo Biquímicos começam a ser carregadas de produtos para a restauração, para entidades e empresas, entre tantos outros clientes, com destino a vários locais da região, ao Algarve, a Lisboa… “Tem sido visível ao longo dos anos o crescimento da empresa, porque tem-se arranjando sempre alternativas, analisado sucessivamente as necessidade do mercado”, explica o empreendedor. E a receita para o sucesso, segundo Jorge Lopes, reside somente “na vontade de trabalhar”. Percorrendo a zona industrial encontra-se, entre outras empresas, a Consdep, que se dedica à engenharia e construção, empregando, neste momento, mais de 70 trabalhadores. E, para Manuel Ruas, proprietário da empresa, o principal desafio atualmente “é a implementação do Plano de Reestruturação e Desenvolvimento Estratégico”, que visa “essencialmente obter uma maior capacidade de resposta às atuais condições de mercado, agindo de forma continuada, cuidada e seletiva”. Para Manuel Ruas, a taxa de
desemprego que se verifica em Aljustrel, a mais baixa do distrito, “deve-se à atividade mineira da região, mas complementada pelo trabalho desenvolvido por algumas PME, que têm conseguido resistir à maior crise de todos os tempos”, e que empregam, em média, “mais de 50 colaboradores”, ajudando ainda a “dinamizar o comércio local”. E, neste sentido, defende: “As grandes, médias e microempresas do concelho estão de parabéns, pois resistir à conjuntura atual é uma tarefa de enorme dificuldade”. Mas saindo do parque empresarial e voltando à mina da terra, a maior entidade empregadora do concelho, à entrada, avistamse camiões, carrinhas e mineiros devidamente equipados. Só na Almina trabalham mais de 500 pessoas. Recorde-se que a concessão, ou seja o Couto Mineiro de Aljustrel, foi-lhe concedida pelo Estado. Depois há ainda que somar os trabalhadores que se distribuem por empresas subcontratadas para realizarem trabalhos. E se a mina assume um papel preponderante, a agricultura, que desde sempre dinamizou a economia do concelho, numa região agora marcada pela chegada do regadio, também se enraíza cada vez mais e novos investimentos, e em diferentes culturas, estão a surgir. É no concelho de Aljustrel, na freguesia de São João de Negrilhos, que está plantado o maior amendoal de regadio da Europa, só possível graças à chegada da água de Alqueva. 320 hectares cobertos de amendoeiras a perder de vista. “O concelho de Aljustrel está a passar por uma fase que considero boa, nomeadamente no que diz respeito à agricultura. É um concelho que vai ter uma área regada bastante elevada”, começa por explicar António Parreira, presidente da Associação de Beneficiários do Roxo. Com água, para a associação,
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há todas as condições para a agricultura, e até para se fazerem culturas que tradicionalmente não são preferenciais. “Estamos a apostar, juntamente com outros parceiros da região, em instalar novas estruturas de comercialização. Aparecem também pessoas de fora da região interessadas em investir aqui em novas culturas. Uma delas foi o amendoal, que aumentou a mão-de-obra. Tem uma série de trabalhadores efetivos e durante a época da colheita dá trabalho a muito mais gente, e é ainda intenção desta empresa instalar uma fábrica para fazer o descasque e o embalamento da amêndoa”, adianta António Parreira. Há, no entanto, na opinião do presidente da associação, outras culturas que podem ser “extremamente interessantes”, até porque as condições encontradas “são ótimas”, nomeadamente para hortícolas e frutícolas. Recorde-se que, neste sentido, foi criada, recentemente, a Ibergranatum, que são duas empresas com o mesmo nome, com capitais portugueses e espanhóis. Uma em Espanha e outra em Portugal para a dinamização da cultura da romã, que está também a florescer no concelho. Com os mesmos estatutos, conselho de administração e nome, criadas pela portuguesa Associação de Beneficiários do Roxo e pela espanhola Associação Geral de Empresários de Lepe, após conversações entre ambas, na sequência de um protocolo entre a Câmara de Aljustrel e o Ayuntamiento de Lepe. A agricultura, na opinião do presidente da associação, “sempre contribuiu para a empregabilidade do concelho” e António Parreira afirma: “Sabemos que o setor mineiro tem um grande peso em termos de emprego e que contribui muito para a percentagem que se verifica, mas acredito que a agricultura poderá acompanhar esta realidade. Se caminharmos no sentido da procura de novas culturas, da industrialização, estou convencido de que, quando a Almina começar a reduzir, a agricultura pode estar em condições de cobrir esse défice que poderá existir, tendo o concelho de Aljustrel sempre uma baixa taxa de desemprego”. As gentes de Aljustrel não querem ficar, assim, reféns da atividade mineira, nem de monoculturas, até porque o passado,
Agricultura Maior amendoal da Europa cresce no concelho
Berrapack Nova fábrica do grupo Biquímicos quase pronta a laborar
esse, ainda se encontra bem presente na memória. O empreendedorismo local apresenta-se como uma das alternativas e, segundo Nelson Brito, presidente da Câmara Municipal de Aljustrel, “tem desenvolvido atividades que são, neste momento, alternativas económicas”. E o autarca não tem também dúvidas de que, neste momento, o concelho tem uma grande potencialidade: “a rede secundária de rega”, que traz novas oportunidades. “No caso de Aljustrel encaramos esta realidade (mina, agricultura de regadio e empreendedorismo) aliada a uma estratégia de promoção do território em que o município tem investido”, avança Nelson Brito. E reforça: “O município tem acarinhado e feito lobby, no bom sentido da palavra, para despertar esse espírito empreendedor junto dos atores locais, mas também para captar novos investimentos, como é o caso do turismo e da hotelaria que, de alguma forma, está a começar a fazer um percurso forte”. A mais recente unidade hoteleira da Vila Mineira abriu portas há bem pouco tempo, sendo só inaugurada no dia 25 de abril. Trata-se do hotel Villa Aljustrel. “A decisão de investir em Aljustrel surgiu após verificarmos que havia uma lacuna neste concelho, nomeadamente nesta área”, conta Lino Pereira, um dos mentores do hotel. O hotel dirige-se, como
tantos outros, “aos visitantes”. Mas Lino Pereira não tem dúvidas: “Dirige-se muito ao tecido empresarial, nomeadamente às empresas ligadas ao projeto mineiro, entre outras. Estes investimentos têm sempre gente de fora a circular por cá e sabíamos que anteriormente tinham de ficar hospedadas em Beja, Castro Verde. Os principais clientes são pessoas ligadas aos negócios”. O hotel, embora seja recente, já contribuiu para a fomentação do emprego no concelho e, segundo Lino Pereira, “deverá empregar mais gente”. “Com o hotel a funcionar em pleno deveremos empregar entre 15 a 18 funcionários”, adianta. Se as grandes e médias empresas dão um forte contributo, não é de desvalorizar os microempresários, que estão a trilhar o seu percurso, criando os seus próprios postos de trabalho e em Aljustrel até há um Centro Municipal de Acolhimento de Microempresas, dinamizado pela Esdime. “Este é um centro que, sobretudo, procura estimular a criação de microempresas no concelho e oferece uma infraestrutura que se pode adaptar a várias atividades. É um espaço de teste e, ao mesmo tempo, de arranque”, explica David Marques, presidente da Esdime. E acrescenta: “O concelho de Aljustrel tem uma característica muito particular na nossa região, tendo sido desafiado a
encontrar novas soluções, devido à instabilidade na atividade mineira. Aljustrel tem uma atividade industrial muito interessante. Há um conjunto de elementos favoráveis para associar uma dinâmica empreendedora àquilo que é a realidade do concelho de Aljustrel, e creio que isso é inegável”. No centro, neste momento, só se encontram vagas duas oficinas e um escritório. João Pedro instalou aqui a Ervilha Maravilha, que se dedica à produção audiovisual e à comunicação.“Justificou-se esta mudança para o centro, essencialmente por questões de espaço e depois porque se proporcionou. Tem uns custos PUB
simpáticos e como estamos a mudar de estratégia, apostando em empresas que estão aqui localizadas e que estão a pensar internacionalizar-se e que podem precisar dos nossos serviços, estar aqui numa zona mais central pode ser interessante”, explica. Numa das oficinas instalou-se também João Zeferino, depois de 15 anos a trabalhar na Suécia. Tem uma oficina de lavagem de viaturas, profissão que já desempenhava no estrangeiro. “Fazia lá isto e resolvi apostar cá. Decidi voltar para o meu País, para a minha terra”, conta. E garante que “até agora não se arrepende”, até porque contou com “o apoio da Esdime para a instalação do negócio” e com um espaço a “custos controlados”. A estas empresas, de grande, média e pequena dimensão, muitas mais haveria a acrescentar, bem como entidades que contribuem para o emprego, mas voltando à taxa dos 9, 6 por cento, o presidente da Câmara de Aljustrel recorda: “O facto de estarmos com uma taxa de desemprego mais baixa, quando comparada com outros pontos do território, não deixa o município com uma linha de estratégia de dever cumprido, pelo contrário. Estes números são assustadores à mesma, são números que estão dentro de um contexto nacional terrífico da taxa de desemprego e que apenas servem para encorajar a continuarmos a trilhar este percurso, no sentido de diminuir”. Reportagem em vídeo: www.youtube.com/diariodoalentejotv ou no MEO kanal em 475533.
Curso de árbitros em Beja até final do mês
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Está a decorrer até ao final do mês, na sede da Associação de Futebol de Beja, um curso de candidatos a árbitros de futebol de 11, organizado pelo conselho de arbitragem local. A formação conta com 17 candidatos e decorre em horário pós-laboral.
Desporto
Hoje palpito eu... Delfim Matos Agatão
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Campeões distritais O Clube Desportivo de Beja conquistou o título de campeão distrital de juvenis, competição que apenas se conclui no próximo domingo, dia em que os novos campeões jogam em Beja com o Mineiro Aljustrelense.
Mourenses recebem Reguengos e não podem falhar os três pontos
Moura desencantada... 3.ª Divisão – Série F – Subida 2.ª jornada Vasco da Gama-Moura...................................................... 1-1 Esp. Lagos-Juventude Évora........................................... 0-0 U. Montemor-At. Reguengos ..........................................2-0 U. Montemor Moura Esp. Lagos At. Reguengos Juventude Évora Vasco da Gama
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Próxima jornada (14/4/2013): Vasco da Gama-Esp. Lagos, Juventude Évora-U. Montemor, Moura-At. Reguengos. 3.ª Divisão – Série F – Descida 2.ª jornada Castrense-Sesimbra...........................................................4-0 Monte Trigo-Lusitano VRSA ............................................ 1-1 Aljustrelense-GD Lagoa ................................................... 2-1 Castrense Sesimbra Aljustrelense Lusitano VRSA Monte Trigo GD Lagoa
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0 1 1 1 1 1
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16 16 16 12 11 8
Próxima jornada (14/4/2013): Castrense-Monte Trigo, Lusitano VRSA-Aljustrelense, Sesimbra-GD Lagoa.
3.ª Divisão O Aljustrelense bateu tangencialmente a formação do Lagoa
O Vasco da Gama de Vidigueira empatou com o Moura na corrida para o escalão superior e começa a instalar-se algum desencanto em torno da equipa que em seis pontos possíveis ganhou apenas um.
gundo lugar dos alentejanos. Mas, se continuarem a esbanjar pontos numa fase tão decisiva da prova, certamente vão morrer na praia. O próximo adversário é o Atlético de Reguengos, que está apenas a três pontos e é candidato à subida. O Montemor continua imparável, bateu o Reguengos e mantém a liderança da série, agora com uma vantagem de oito pontos sobre o Moura e um pé na divisão superior, assim conquiste pontos na sua deslocação de domingo ao terreno do Juventude. O Vasco da Gama de Vidigueira volta a jogar em casa, recebe o Lagos e, quem
Texto e foto Firmino Paixão
A
pesar de tudo a equipa mourense teve a ajuda do Esperança de Lagos e do Juventude que, empatando entre si, não pontuaram o suficiente para ameaçarem o se-
sabe, pode até oferecer ao Moura o que agora lhe tirou, ganhando a partida aos algarvios. Na fase de despromoção, onde as equipas não jogam para coisa nenhuma, a menos que considerem importante uma eventual presença na Taça de Portugal, as equipas sul alentejanas saíram vitoriosas desta ronda. O Castrense bateu facilmente o Sesimbra e o Mineiro ganhou ao Lagoa. A equipa de Castro Verde faz no domingo o seu terceiro jogo consecutivo em casa, com o Monte Trigo, e o Aljustrelense desloca-se a Vila Real de Santo António.
Almodôvar recebe Odemirense e se ganhar fica tão perto do título
O último teste ao líder O Desportivo de Almodôvar, a dar sinais de elevado stress pela continuada liderança do campeonato, tem no domingo o último dos testes para avaliar a sua predisposição para o título.
O
jogo entre o Almodôvar e o Odemirense, partida mais importante da antepenúltima jornada, tem uma importância determinante na decisão do campeonato. Um eventual triunfo do líder, que jogando no seu terreno é favorito natural, deixa a formação orientada por David Guerreiro a um pequeno passo da conquista do título, que poderá ser festejado em Beja se os almodovarenses ganharem ao Desportivo. Considerando, natura lmente, que o Milfontes supera o Bairro da Conceição, que visita na próxima jor-
nada. O Serpa, terceiro classificado e, matematicamente, ainda na corrida, desce até Mértola para defrontar o Guadiana, adversário com que foi, um tanto surpreendentemente, batido no seu terreno e na primeira volta. O capítulo das despromoções (se é que elas vão acontecer) pode começar a definir-se, desde que o Amarelejense não ganhe em Pias. A outra vaga, ocupada pelo Desportivo de Beja (que jogará em Cuba), ainda tem capítulos em aberto. O Cabeça Gorda volta ao seu terreno para receber o Aldenovense e o São Marcos joga em casa com o Rosairense. Mas nesta altura todos os holofotes estão virados para a capacidade de resistência do Almodôvar à perseguição movida pelo Milfontes. Firmino Paixão
1.ª Divisão – AF Beja 23.ª jornada Odemirense-Rosairense.................................................. 0-0 Praia Milfontes-São Marcos .............................................2-0 Serpa-Bairro da Conceição ..............................................1-0 Aldenovense-Guadiana ...................................................3-0 Amarelejense-Cabeça Gorda .......................................... 1-2 Desp. Beja-Piense...............................................................0-2 Almodôvar-Sp. Cuba .........................................................3-2 Almodôvar Praia Milfontes Serpa Odemirense Piense Aldenovense Rosairense Sp. Cuba Cabeça Gorda Bairro da Conceição São Marcos Guadiana Desp. Beja Amarelejense
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Próxima jornada (14/4/2013): São Marcos-Rosairense, Bairro da Conceição-Praia Milfontes, Guadiana-Serpa, Cabeça Gorda-Aldenovense, Piense-Amarelejense, Sp. Cuba-Desp. Beja, Almodôvar-Odemirense.
elfim é isso mesmo, um dos delfins de uma das gerações de uma inesgotável família de grandes futebolistas, que ainda mantém em atividade alguns dos seus sucessores e que tem como expoente máximo Francisco Agatão, atualmente a treinar em Angola. Iniciou a carreira desportiva no Despertar (juvenil) mas rapidamente mudou para o rival bejense, onde integrou uma equipa que disputava o Nacional de Juniores e por aí se manteve durante várias temporadas até subir a sénior. Mais tarde voltou a vestir a camisola do Despertar, conquistando sucessivos títulos distritais e taças Distrito de Beja. Antes da sua retirada como futebolista ainda representou o Mineiro Aljustrelense e a Zona Azul, de Beja. A vida desportiva de Delfim Agatão prosseguiu, primeiro como treinador das camadas jovens do Desportivo de Beja, mais tarde como dirigente do clube, até integrar os órgãos sociais da Associação de Futebol de Beja. A sua estreia no plantel sénior do Desportivo, numa equipa com oito profissionais, foi em Beja contra o Vasco da Gama de Sines, jogo em que os Armazéns Teixeira ofereciam um fato a quem marcasse o golo dos bejenses. E quem haveria de ser o seu autor? Delfim, pois claro! E não escondeu a sua felicidade, como hoje, aos 61 anos, não esquece a forma como o comércio apoiava o desporto local, mesmo em tempos difíceis. Aqui ficam os seus prognósticos.
(X) SÃO MARCOS/ROSAIRENSE Duas equipas em dificuldades na tabela, pelo que a divisão dos pontos parece ser o resultado mais provável. (2) BAIRRO DA CONCEIÇÃO/MILFONTES O Milfontes tem outra capacidade futebolística em virtude do potencial dos seus jogadores, pelo que, com mais ou menos dificuldades, é favorito. (2) GUADIANA/SERPA Em virtude da classificação do Guadiana, e atendendo a que o Serpa tem sido mais regular na prova, o meu palpite é favorável aos visitantes. (X) CABEÇA GORDA/ALDENOVENSE Um bom jogo em perspetiva, entre duas equipas com capacidade para se ombrear, pelo que não existe favoritismo para nenhuma delas. (1) PIENSE/AMARELEJENSE Favoritismo mais do que evidente para a equipa que joga em casa e que tão bom campeonato tem vindo a realizar. (X) SPORTING DE CUBA/DESPORTIVO DE BEJA Olhando para a classificação das duas equipas, e face à ausência de mais ambições, o resultado mais lógico será a divisão dos pontos. (1) ALMODÔVAR/ODEMIRENSE É o jogo grande da jornada, entre duas boas equipas, em que o fator casa pode ser preponderante para o desfecho da partida.
19 Diário do Alentejo 12 abril 2013
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Castrense celebra 60 anos
Um exemplo de boa gestão... Texto e foto Firmino Paixão
C
arlos Alberto Pereira, presidente do Castrense, assinala os 60 anos de vida do emblema a que preside lembrando a forte implantação do clube, o seu ecletismo e, sobretudo, a estabilidade financeira que atravessa. Os 60 anos são um marco importante?
É um marco histórico na vida de um clube com muita importância neste distrito e na região sul, mas, sobretudo, num concelho onde promove a prática desportiva há mais de 60 anos e por onde passaram já mais de 10 000 atletas. É um clube que já ganhou muitos títulos, que navega em águas calmas e tem uma base sustentável para se manter, no mínimo, com a tranquilidade com que está. Existe algum registo mais marcante neste bocado da história do Castrense?
O Castrense tem tido muitos momentos de topo ao nível distrital, mas o momento mais marcante para mim, pessoalmente e enquanto presidente, foi uma época em que conseguimos ganhar o Campeonato Distrital, a Taça Distrito de Beja e a Taça Disciplina, tudo no mesmo ano. Mas o mais importante na vida de um clube é ter esta base que, nos últimos 10 anos, tem permitido manter mais de 300 atletas a praticarem desporto de forma continuada e em cinco modalidades. Seremos, por certo, um dos clubes mais ecléticos do distrito.
rigoroso no que toca a despesas. Podíamos ter enveredado por uma equipa sénior muito mais forte e, eventualmente, estaríamos prontos para subirmos de divisão. Mas que impacto teria isso no clube no futuro? Então ponderámos, se as coisas acontecerem será de uma forma sustentável, nunca leviana, em que para se promoverem pessoas se perdem os clubes. Aqui fazemos ao contrário, primeiro está o clube e nós só fruímos da alegria de oferecermos vitórias ao clube e prática desportiva às pessoas. O Castrense utiliza infraestruturas de grande qualidade. O município tem sido um bom parceiro para o clube?
Não tenho dúvidas em mostrar o meu reconhecimento pela colaboração e apoio que o município de Castro Verde tem dado ao clube. Também à junta de freguesia local, à empresa Somincor e às outras empresas que nos têm ajudado, bem como aos sócios e amigos do clube. Certamente que a força do Castrense tem muito a ver com todos esses apoios que recebemos. Que prenda desejaria receber pela comemoração dos 60 anos do Castrense?
O que pedia, neste momento, é que surgisse um grupo de pessoas que tomasse conta do clube e que tivesse capacidade para o manter equilibrado com está, porque esta direção acaba o mandato este ano.
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É o anúncio da sua retirada?
Muito provavelmente sairei. Fiz um percurso de quatro anos muito difícil, não sou a peça mais importante, os meus colegas de direção é que têm feito um trabalho extraordinário e eu sou, simplesmente, o rosto da equipa. O clube não depende de mim, depende de muitas outras pessoas, eu sou apenas mais um.
Um percurso com alguns altos e baixos?
Há sempre momentos de maior dificuldade que são normais e comuns a todos os clubes. Atravessámos uma fase muito difícil, com problemas financeiros, mas, felizmente, recuperámos e até conseguimos inverter as dificuldades financeiras e tornámo-nos um clube com uma base sustentável e até com alguns ativos. Nos últimos quatro anos adquirimos três viaturas, apetrechámos o posto médico como nenhum clube do nosso nível terá e ainda adquirimos um apartamento.
O Castrense sai do quadro nacional e regressa aos regionais. É uma frustração?
Como consegue reunir os apoios que configuram essa boa gestão?
Mário Tomé manter-se-á no Castrense na próxima temporada?
Diria que a nossa direção tem trabalhado de uma forma árdua, procurando arranjar financiamento junto das empresas, dos sócios, dos amigos, depois temos tido um autocontrolo muito
Se eu me mantivesse na presidência, e isso só seria possível se não aparecesse mais ninguém, e a minha equipa de trabalho quisesse continuar, o meu treinador seria Mário Tomé.
Encaro o futebol sem dramas. No princípio tínhamos que estabelecer um objetivo, mas num campeonato onde descem 10 equipas não poderíamos assegurar que nos iríamos manter porque isso, este ano, não existia. Tínhamos que dizer que íamos tentar a subida. Atendendo às imitações do plantel, o desempenho da equipa até foi bom, pelo que agradeço muito a estes jogadores e à equipa técnica.
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O Castrense comemorou 60 anos de existência. Um tempo marcado pelo equilíbrio financeiro e reforço dos seus ativos mas, desportivamente, fragilizado com o regresso aos regionais.
Diário do Alentejo 12 abril 2013
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Hóquei em Patins: jogos para o fim de semana
Ag Agenda – Nacional Juvenis (13/4 às 20 horas): CP Beja-H. Vasco da Gama; hor Nacional de Iniciados (14/4 às 15 horas): Na CP Beja-HP Grândola. Nacional de Infantis (13/4): H.Vasco da GamaInf Paç Paço d’Arcos; Benfica-Estremoz.
Atletismo: Circuito Vila de Odemira no domingo
O 33.º Circuito de Atletismo Vila de Odemira, prova organizada pelo Núcleo Desportivo e Cultural de Odemira em parceria com o município local e as juntas de freguesia de Salvador e Santa Maria, realiza-se no próximo dia 21, com início às 9 e 30 horas.
BTT em Serpa A ultra maratona de BTT SRP 160 e a maratona SRP 80 realizam-se amanhã, sábado, na cidade de Serpa, com organização da Associação Trilhos Vivos e percursos de 80 e 160 quilómetros traçados nos concelhos de Mértola e Serpa. Estão inscritos cerca de 400 concorrentes e a partida será dada às 8 horas, junto ao pavilhão Carlos Pinhão.
Zona Azul ganhou ao Lagoa e subiu na classificação
Uma equipa habituada a sofrer A equipa de seniores da Zona Azul está a disputar a fase de promoção do Campeonato Nacional de Andebol da 3.ª Divisão. Um objetivo assumido no princípio da época pelo técnico Luís Amaral.
Patinagem artística em Castro Verde Os campeonatos regionais de patinagem artística, organizados pela Associação de Patinagem do Alentejo, realizam-se nos próximos dias 27 e 28, no Pavilhão Municipal de Castro Verde.
Vodafone Rally de Portugal O Vodafone Rally de Portugal 2013, prova pontuável para o Campeonato do Mundo de Ralis WRC, que tem organização do Automóvel Clube de Portugal, decorre até domingo, 14, e, à semelhança de edições anteriores, a competição disputa-se em troços do Algarve e do Baixo Alentejo (concelhos de Ourique e Almodôvar).
Texto e foto Firmino Paixão
Voleibol: Nacional da 3.ª divisão
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O Moura Volei Clube e a Associação Desportiva de Castro d’Aire disputam amanhã, sábado, no Pavilhão Municipal de Moura, a sexta e última partida da segunda fase do Campeonato Nacional de Voleibol da 3.ª Divisão. Na ronda anterior, o Moura perdeu em casa com o Santo Tirso (3/0).
a atual etapa de qualificação, em que se apuram duas equipas para a fase final, a Zona Azul sofreu uma derrota em casa com o Oriental, outra na Luz e, finalmente, à terceira jornada, surgiu a vitória sobre o Lagoa. Um início algo irregular que o técnico Luís Amaral comenta referindo: “O objetivo principal era conseguirmos atingir esta fase do campeonato, que é onde o clube nos tem habituado a estar nos últimos anos. Sabíamos que a fase de apuramento, em termos competitivos, seria completamente diferente da anterior e também sabíamos que as equipas teriam outro valor. E em todos os sentidos, em termos individuais, com jogadores com outra qualidade, também em termos coletivos e, sobretudo, devido à competição que tiveram até chegarem aqui”. O treinador lembra o percurso da equipa dizendo: “Na fase anterior conseguimos atingir o nosso objetivo, com maior ou menor dificuldade, mas, analisando as coisas friamente, acabámos por ter, no máximo, quatro ou cinco jogos competitivos, agora estamos a defrontar equipas que têm 10 e 12 jogos com outro tipo de competição mais exigente”. E reforça as dificuldades, acentuando: “Este modelo de competição tem esta vicissitude e por isso creio que os resultados negativos dos primeiros dois jogos foram um pouco o reflexo dessa falta de competitividade”. O técnico bejense concorda que nada está perdido, sublinhando: “Já ganhámos ao Lagoa, uma equipa que conhecíamos e que sabíamos que não seria fácil, mas estou confiante que esta vitória será a rampa de lançamento para conseguirmos escalar alguns patamares na classificação”. Ainda que as metas iniciais, qualificação para a fase de apuramento, tenham sido atingidas e uma provável subida de divisão seja uma hipótese algo remota, a ambição da equipa não ficou limitada.
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Andebol Luís Amaral, treinador da equipa sénior da Zona Azul
“Obviamente que não”, sustenta Luís Amaral. “Quando assumo que esta fase vai ser complicada, não significa que estejamos satisfeitos em ficar cá para trás na tabela classificativa, como temos estado. Naturalmente que queremos ficar o mais acima possível e aquilo que temos vindo a fazer, e o grupo sabe disso, é prepararmos jogo a jogo, sem pensarmos em grandes objetivos finais, e estou confiante que daremos uma boa resposta daqui para a frente”, adianta. Quanto à expectativa de que a equipa possa discutir os lugares de subida, o treinador da Zona Azul considera: “Para já não estamos a pensar nisso”. E justifica: “Conhecemos bem as outras equipas, nomeadamente o Benfica, que é um clube que possui outros recursos e que este ano pode investir claramente em subir de divisão”. Mas há mais, considera Luís Amaral: “O Torrense é outro dos candidatos assumidos e temos outros que podem fazer a surpresa. É o caso do Alto do Moinho, que pensa regressar à 2.ª Divisão e tem muitos jogadores que já têm essa experiência. Nós, neste momento, e infelizmente, ainda não podemos assumir essa candidatura de uma forma tão clara. Como referi, o objetivo é irmos ganhando jogo a jogo e no fim logo se verá”. Quanto à disponibilidade do plantel, Luís Amaral diz: “O plantel continua como sempre foi, quando vimos treinar, sejamos sete ou oito, ou 10, trabalhamos sempre bem. É um plantel muito curtinho, como assumimos
logo no princípio da época. Só para termos uma ideia, as outras equipas trabalham com 18 e 19 jogadores e nós, no máximo, teremos 13 ou 14 jogadores disponíveis”. As dificuldades aumentam quando “raramente” conseguem “trabalhar os sete por sete, que é o treino ideal”, mas os jogadores “estão habituados a sofrer, habituados a trabalhar, têm qualidade e são ambiciosos”, acentua o treinador dos azuis. E reforça a ideia de que “perante esses fatores e essas dificuldades”, existem “mais razões” para irem acreditando que podem ganhar jogo a jogo pois têm “capacidade para isso” e podem “ombrear com qualquer uma das outras equipas”. “Vamos ver no final quando forem feitas as contas”, conclui o líder da equipa sénior de andebol da Zona Azul, que amanhã à tarde, sábado, jogará na Torre da Marinha frente a um dos candidatos à subida de divisão. Campeonato Nacional de Seniores Masculinos 3.ª Divisão – resultados: 1.ª jornada – Zona Azul-Oriental 16 -25; 2.ª jornada – Benfica B-Zona Azul 33-15; 3.ª jornada – Zona Azul -Lagoa 26-2; 4.ª jornada – Torrense-Zona Azul 13/4. Classificação: 1.º Benfica.................................................... 9 2.º Torrense ................................................. 7 3.º Alto do Moinho...................................... 7 4.º Orien tal ................................................... 7 5.º Redondo.................................................. 7 6.º Zona Azul................................................ 5 7.º Lagoa ....................................................... 3 8.º Paço d’Arcos ......................................... 3
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21 Diário do Alentejo 12 abril 2013
Diário do Alentejo n.º 1616 de 12/04/2013 Única Publicação
Descrição da Empresa: Somos uma empresa nacional do sector Agro Alimentar, integrada num grupo de empresas com solidez reconhecida a nível Nacional e Internacional, situada no centro sul do País – Alentejo. Descrição da função: Na dependência do responsável Administrativo; – Gestão contratual dos colaboradores, apoio ao processamento salarial e contacto com entidades externas como Segurança Social. – Contacto e negociação com fornecedores garantindo a eficaz gestão do economato e monitorização dos respetivos pagamentos; – Contacto com fornecedores relativamente a pagamentos, controlo das contas correntes e lançamentos contabilísticos; – Fecho de caixas do bar e da loja existente na Sede da Empresa; – Expediente geral de escritório, atendimento telefónico e de email; – Suporte à actividade de Vendas na execução de tarefas administrativas, BackOffice e apoio à venda; – Apoio na execução de propostas e de documentação para suporte das mesmas; – Registo e manutenção do processo comercial – Interface interno com outras secções da Empresa necessária para esclarecimentos aos clientes; Perfil do candidato: – Experiência profissional superior a 5 anos, sendo valorizada a experiência anterior em funções similares; – Experiência com ferramentas informáticas (MS Office: Word, Excel); – Experiência na execução de documentos Word e Excel; – Elevada capacidade de organização e rigor; – Facilidade de relacionamento interpessoal e de trabalho em equipa; – Bom conhecimento de Inglês; – Residência no distrito de Beja Oferta: Oferecemos pacote remuneratório competitivo e boas perspetivas de desenvolvimento profissional. O/A candidato(a) deverá enviar por email seu CV actualizado, para ro.rh.mvc@gmail.com
SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DE ALJUSTREL
CONVOCATÓRIA De harmonia com o ponto 5 do Artigo 30° dos Estatutos e ponto 1 do Artigo 60º do Decreto Lei 119/83 de 25 de Fevereiro, convoco a Assembleia Geral Ordinária, desta Santa Casa da Misericórdia de Aljustrel, a reunir no dia 23 de Abril de 2013, pelas dezanove horas e trinta minutos, na sede da mesma “Lar da 3.ª Idade” na Avenida 1.° de Maio n.° 4, 7600-010 Aljustrel com a seguinte ordem de trabalhos: 1° Apreciação e votação das Peças Finais de Apresentação de Contas do exercício de 2012. 2° Outros Assuntos de interesse para a SCMA. Não reunindo o número legal de sócios, para a Assembleia Geral poder funcionar, fica a mesma desde já convocada para as vinte horas do mesmo dia, conforme o ponto 2 do Artigo 28.° dos Estatutos. Obs: Os documentos relativos às contas de 2012 poderão ser consultados na Secretaria desta Instituição a partir de 19 de Abril de 2013. Aljustrel, 04 de Abril de 2013. O Presidente da Assembleia Geral Luís Maria Bartolomeu Afonso da Palma
VENDE-SE Diário do Alentejo n.º 1616 de 12/04/2013 1.ª Publicação
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Diário do Alentejo n.º 1616 de 12/04/2013 Única Publicação
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EDITAL Aníbal Sousa Reis Coelho da Costa, Presidente da Mesa da Assembleia IntermunicipaI da AMAGRA – Associação de Municípios Alentejanos para a Gestão Regional do Ambiente, faz saber, nos termos do art.° 4 do Dec. Lei 54-A/99, de 22 de Fevereiro, que em reunião de 15 de março de 2013, foi aprovado o Relatório e Contas de 2012. Os documentos em causa podem ser consultados nos Serviços Administrativos e Financeiros das 09:00h às 17:00h, de segunda a sexta-feira, nos dias úteis. Para constar, se publica o presente que vai ser afixado nos lugares públicos do costume. Grândola, 15 de março de 2013. O Presidente da Mesa da Assembleia Intermunicipal Aníbal Sousa Reis Coelho da Costa
EDITAL O Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas faz público que, nos termos do art.º 6.º do Regulamento da Lei n.º 2097, de 6 de Junho de 1959, aprovado pelo Decreto n.º 44623, de 10 de Outubro de 1962, O CLUBE AMADORES DE PESCA DESPORTIVA DE SERPA, com o NIF 502428600 requereu, pelo prazo de 10 anos, uma concessão de pesca na albufeira de Serpa, numa área de 152 ha, sita nas freguesias de Brinches e Santa Maria, concelho de Serpa. Todas as pessoas singulares ou colectivas que se julguem prejudicadas nos seus direitos devem apresentar a sua reclamação por escrito devidamente justificada, no Departamento de Conservação da Natureza e Florestas do Alentejo – Delegação de Beja – Antiga Estrada de Évora – Rua de S. Sebastião – Apartado 6121, 7801-908 Beja no prazo de 30 dias a contar da data de divulgação deste Edital. Para consulta dos interessados encontra-se nos referidos serviços o projecto de Regulamento, proposto pela entidade requerente para vigorar na área a concessionar.
Diário do Alentejo n.º 1616 de 12/04/2013 Única Publicação
CERCIBEJA
CONVOCATÓRIA Nos termos do artigo 45º, do ponto 3 do Código Cooperativo, convocam-se todos os Sócios efectivos da CERCIBEJA para uma Assembleia Geral Extraordinária no dia 19 de Abril de 2013, pelas 16:00 horas, nas Instalações da CERCIBEJA, sito na Quinta dos Britos, com a seguinte ordem de trabalhos: Ponto Único: Assinatura de Contrato de Financiamento Reembolsável no âmbito do QREN Empréstimo – Quadro. Se à hora marcada não estiver o número de sócios legalmente estabelecido para o seu funcionamento, a Assembleia, começará uma hora depois (17:00) com qualquer número de presentes. Beja, 05 de Abril de 2013 O Presidente da Mesa da Assembleia Geral Paula Pinto Mendes
Beja, 21 de Março de 2013. O Director do Departamento de Conservação da Natureza e Florestas do Alentejo Pedro Azenha Rocha
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Hospital de Beja Doenças de Rins e Vias Urinárias
BEJA
Terapia da Fala
▼
Terapeuta da Fala VERA LÚCIA BAIÃO Consultas em Beja CLINIBEJA – 2.ª a 6.ª feira Rua António Sardinha, 25, r/c esq.
Rua António Sardinha, 3 1º G 7800 BEJA
Urologia
▼
Dr. José Loff
Médico Dentista Consultas em Beja Clínica do Jardim
Consultas às 6ªs feiras na Policlínica de S. Paulo Rua Cidade S. Paulo, 29
▼
FRANCISCO FINO CORREIA
MÉDICO
MÉDICO UROLOGISTA RINS E VIAS URINÁRIAS
Consultório Rua Capitão João Francisco Sousa 56-A 1º esqº 7800-451 BEJA Tel. 284320749
Clínica Dentária
UROLOGISTA
FERNANDO AREAL Consultor de Psiquiatria
▼
AURÉLIO SILVA
Marcações pelo telefone 284321693 ou no local
Rua Zeca Afonso, nº 16 F Tel. 284325833
Psiquiatria
Medicina dentária
MÉDICO DENTISTA
Consultas segundas, quartas, quintas e sextas
Cirurgia Maxilo-facial
7800- 544 - BEJA
(Edifício do Instituto do Coração, frente ao Continente)
Marcações pelo telef. 284328023 Estomatologia
Ginecologia Obstetrícia Assistente Hospitalar
Rua Manuel António de Brito nº 4 1ºFte
Urgências Prótese fixa e removível Estética dentária Cirurgia oral/ Implantologia Aparelhos fixos e removíveis VÁRIOS ACORDOS
Multicare, Allianze,
de trabalho, A.D.M., S.A.M.S.
TERESA ESTANISLAU CORREIA
e.mail:
▼
PARADELA OLIVEIRA
Medis, Advance Care,
▼
clinidermatecorreia@ gmail.com
Urologia Acordos com A.D.S.E., CGD,
DR. JAIME LENCASTRE
FAUSTO BARATA
Psiquiatria
Dermatologia
Consultas às 4ª feiras tarde e sábado MARCAÇÃO DE CONSULTAS: Diariamente, dias úteis: Tel: 218481447 Lisboa 4ª feiras: 14h30 – 19h Tel: 284329134 Beja
▼
Oftalmologista pelo Instituto Dr. Gama Pinto – Lisboa Assistente graduada do serviço de oftalmologia do Hospital José Joaquim Fernandes – Beja
Rua Capitão João Francisco de Sousa, 56-A – Sala 8 Marcações pelo tm. 919788155
MÉDICA DERMATOLOGISTA
CÉLIA CAVACO
Psicologia Clínica
Hidroterapia/Classes no
Ginecologia/Obstetrícia
Rua António Sardinha,
Acordos com: ACS, CTT, EDP, CGD, SAMS. Marcações pelo telef. 284325059 Rua do Canal, nº 4 7800 BEJA
Psicologia Educacional
JOSÉ BELARMINO, LDA.
Cardiologistas
25r/c dtº Beja
Oftalmologia
Médico Especialista pela Ordem dos Médicos
Generalista
Clinipax Rua Zeca Afonso, nº 6-1º B – BEJA
Drª Ana Teresa Gaspar
DR. A. FIGUEIREDO
e Ministério da Saúde
Dr. Carlos Machado
CLÍNICA MÉDICA DENTÁRIA
▼
LUZ
Médico oftalmologista
Marcações a partir das 14 horas Tel. 284322503
Pélvico
Especialistas pela Ordem dos Médicos e pelo Hospital de Santa Marta Assistentes de Cardiologia no Hospital de Beja Consultas em Beja Policlínica de S. Paulo Rua Cidade de S. Paulo, 29 Marcações: telef. 284328023 - BEJA
JOÃO HROTKO
Obesidade
CONSULTAS DE OBESIDADE
MÉDICO ESPECIALISTA EM CLÍNICA GERAL/ MEDICINA FAMILIAR
Fisiatria
- Assistente de Cardiologia do Hospital SAMS
▼
Chefe de Serviço de Oftalmologia do Hospital de Beja
GASPAR CANO
▼
Centro de Fisioterapia S. João Batista
Rua General Morais Sarmento. nº 18, r/chão Telef. 284326841 7800-064 BEJA
RUI MIGUEL CONDUTO Cardiologista
MARIA JOSÉ BENTO SOUSA e LUÍS MOURA DUARTE
Clínica Geral
Técnica de Prótese Dentária
Oftalmologia
Especialista pela Ordem dos Médicos
CONSULTAS às 3ªs e 4ªs feiras, a partir das 15 horas MARCAÇÕES pelos telfs.284322387/919911232 Rua Tenente Valadim, 44 7800-073 BEJA
FERNANDA FAUSTINO
▼
CONSULTAS 5ªs feiras CARDIOLUXOR Clínica Cardiológica Av. República, 101, 2ºA-C-D Edifício Luxor, 1050-190 Lisboa Tel. 217993338 www.cardioluxor.com Sábados R. Heróis de Dadrá, nº 5 Telef. 284/327175 – BEJA MARCAÇÕES das 17 às 19.30 horas pelo tel. 284322973 ou tm. 914874486
DOENÇAS DO SISTEMA NERVOSO
Rua Manuel Antó António de Brito n.º n.º 6 – 1.º 1.º frente. 78007800-522 Beja tel. 284 328 100 / fax. 284 328 106
Horários das 8 às 18 horas; Acordo com beneficiários da Previdência/ARS; ADSE; SAMS; CGD; MIN. JUSTIÇA; GNR; ADM; PSP; Multicare; Advance Care; Médis FAZEM-SE DOMICÍLIOS Rua de Mértola, 86, 1º Rua Sousa Porto, 35-B Telefs. 284324157/ 284325175 Fax 284326470 7800 BEJA
▼
HELIODORO SANGUESSUGA
Directora Clínica da novaclinica
Laboratório de Análises Clínicas de Beja, Lda.
Neurologia
▼
Marcações de 2.ª a 6.ª feira a partir das 14 horas Rua Capitão João Francisco de Sousa, n.º 20 7800-451 BEJA Tel. 284324690
Tm. 962557043
Consultas: de segunda a sexta-feira, das 9 e 30 às 19 horas Rua de Mértola, nº 43 – 1º esq. Tel. 284 321 304 Tm. 925651190 7800-475 BEJA
Cirurgia Vascular
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HELENA MANSO CIRURGIA VASCULAR TRATAMENTO DE VARIZES Convenções com PT-ACS CONSULTÓRIOS: Beja Praça António Raposo Tavares, 12, 7800-426 BEJA Tel. 284 313 270 Évora CDI – Praça Dr. Rosado da Fonseca, 8, Urb. Horta dos Telhais, 7000 Évora Tel. 266749740
Otorrinolaringologia
DR. J. S. GALHOZ Ouvidos,Nariz, Garganta Exames da audição Consultas a partir das 14 horas Praça Diogo Fernandes, 23 - 1º F (Jardim do Bacalhau) Telef. 284322527 BEJA
▼
saúde
Manuel Matias – Isabel Lima – Miguel Oliveira e Castro – Jaime Cruz Maurício Ecografia | Eco-Doppler Cor | Radiologia Digital Mamografia Digital | TAC | Uro-TC | Dental Scan Densitometria Óssea Nova valência: Colonoscopia Virtual Acordos: ADSE; PT-ACS; CGD; Medis, Multicare; SAMS; SAMS-quadros; Allianz; WDA; Humana; Mondial Assistance; Advance Care Graça Santos Janeiro: Ecografia Obstétrica Marcações: Telefone: 284 313 330; Fax: 284 313 339; Web: www.crb.pt Rua Afonso de Albuquerque, 7 r/c – 7800-442 Beja e-mail: cradiologiabeja@mail.telepac.pt
CENTRO DE IMAGIOLOGIA DO BAIXO ALENTEJO ECOGRAFIA – Geral, Endocavitária, Osteoarticular, Ecodoppler TAC – Corpo, Neuroradiologia, Osteoarticular, Dentalscan Mamografia e Ecografia Mamária Ortopantomografia
António Lopes – Aurora Alves – Helena Martelo – Montes Palma – Maria João Hrotko – Médicos Radiologistas – Convenções: ADSE, ACS-PT, SAD-GNR, CGD, MEDIS, SSMJ, SAD-PSP, SAMS, SAMS QUADROS, ADMS, MULTICARE, ADVANCE CARE Horário: de 2ª a 6ª feira, das 8 às 19 horas e aos sábados, das 8 às 13 horas Av. Fialho de Almeida, nº 2 7800 BEJA
Telef. 284318490 Tms. 960284030 ou 915529387
Dr. Sidónio de Souza – Pneumologia/Alergologia/ Desabituação tabágica – H. Pulido Valente Dr. Fernando Pimentel – Reumatologia – Medicina Desportiva – Instituto Português de Reumatologia de Lisboa Dr.ª Verónica Túbal – Nutricionismo – H. de Beja Dr.ª Sandra Martins – Terapia da Fala – H. de Beja Dr. Francisco Barrocas – Psicologia Clínica/Terapia Familiar – Centro Hospitalar do Baixo Alentejo. Dr. Rogério Guerreiro – Medicina preventiva – Tratamento inovador para deixar de fumar Dr. Gaspar Cano – Clínica Geral/ Medicina Familiar Dr.ª Nídia Amorim – Psicomotricidade/Educação Especial e Reabilitação Dr. Sérgio Barroso – Especialista em Oncologia – H. de Beja Drª Margarida Loureiro – Endocrinologia/Diabetes/ Obesidade – Instituto Português de Oncologia de Lisboa Dr. Francisco Fino Correia – Urologia – Rins e Vias Urinárias – H. Beja Dr. Daniel Barrocas – Psiquiatria – Hospital de Évora Dr.ª Lucília Bravo – Psiquiatria H.Beja , Centro Hospitalar de Lisboa (H.Júlio de Matos). Dr. Carlos Monteverde – Medicina Interna, doenças de estômago, fígado, rins, endoscopia digestiva. Dr.ª Ana Cristina Duarte – Pneumologia/ Alergologia Respiratória/Apneia do Sono Dr.ª Isabel Santos – Psiquiatria de Infância e Adolescência/Terapeuta familiar – Centro Hospitalar do Baixo Alentejo Dr.ª Paula Rodrigues – Psicologia Clínica – Hospital de Beja Dr.ª Luísa Guerreiro – Ginecologia/Obstetrícia Dr. Luís Mestre – Senologia (doenças da mama) – Hospital da Cuf – Infante Santo Dr. Jorge Araújo – Ecografias Obstétricas Dr.ª Ana Montalvão – Hematologia Clínica /Doenças do Sangue – Hospital de Beja Dr.ª Ana Cristina Charraz – Psicologia Clínica – Hospital de Beja Dr. Diogo Matos – Dermatologia – Hospital Garcia da Orta. Dr.ª Madalena Espinho – Psicologia da Educação/ Orientação Vocacional Dr.ª Ana Margarida Soares – Terapia da Fala Dr.ª Maria João Dores – Psicomotricidade/Educação Especial e Reabilitação Enfermeira Maria José Espanhol – Enfermeira especialista em saúde materna/Cuidados de enfermagem na clínica e ao domicílio/Preparação pré e pós parto/amamentação e cuidados ao recémnascido/Imagem corporal da mãe – H. de Beja Marcações diárias pelos tels. 284 322 503 Tm. 91 7716528 | Tm. 916203481 Rua Zeca Afonso, nº 6, 1º B, 7800-522 Beja Clinipaxmail@gmail.com www.clinipax.pt
Clínica Médico-Dentária de S. FRANCISCO, LDA. Gerência de Fernanda Faustino Acordos: SAMS, ADMG, PSP, A.D.M.E., Portugal Telecom e Advancecare
Rua General Morais Sarmento, nº 18, r/chão; TEL. 284327260 7800-064 BEJA
23 Diário do Alentejo 12 abril 2013
necrologia
24 Diário do Alentejo 12 abril 2013
AGÊNCIA FUNERÁRIA POPULAR BEJENSE, LDA.
Rua João Conforte, 15 7800-184 Beja Tel.284323555 Tm. 968051518 Tm. 965217456 A AGÊNCIA MAIS ANTIGA DE BEJA
Serpa PARTICIPAÇÃO E AGRADECIMENTO
PARTICIPAÇÃO
BEJA
BEJA
BEJA
CUBA
†. Faleceu a Exma. Senhora D. JUSTINA RITA FÁTIMA DE SOUSA CALADO (TUCHA), de 43 anos, natural de Huambo Angola casada com o Exmo. Sr. Nelson José Oliveira Duarte. O funeral a cargo desta Agência, realizou-se no passado dia 06, das Casas Mortuárias de Beja, para o cemitério desta cidade.
†. Faleceu a Exma. Senhora D. VITÓRIA AUGUSTA FELIPE, de 85 anos, natural de Alvito, viúva. O funeral a cargo desta Agência, realizou-se no passado dia 06, das Casas Mortuárias de Beja, para o cemitério desta cidade.
†. Faleceu o Exmo. Senhor FRANCISCO BERNARDINO MARTINS, de 87 anos, natural de Baleizão - Beja, asado com a Exma. Sra. D. Maria Balbina dos Santos Galrito. O funeral a cargo desta Agência, realizouse no passado dia 08, das Casas Mortuárias de Beja, para o cemitério desta cidade.
†. Faleceu o Exmo. Senhor CESÁRIO JOSÉ LEÃO RASQUINHO, de 76 anos, natural de Cuba, solteiro. O funeral a cargo desta Agência, realizou-se no passado dia 08, da Casa Mortuária do Hospital de São José em Lisboa, para o cemitério de Cuba.
SALVADA
BEJA
BALEIZÃO
BEJA
Vimos participar o falecimento da exma. sra. D. Dina Pinto Condessa Gaspar, de 77 anos de idade, natural de Casével – Castro Verde, casada com o sr. Agostinho Inácio Gaspar. O funeral realizou-se no passado dia 10/04/2013 da Casa Mortuária de Beja para o cemitério desta cidade. Apresentamos à família os sentidos pêsames.
AGRADECIMENTO E MISSA DE 30.º DIA
†. Faleceu a Exma. Senhora D. MARIA JOSÉ MODESTO, de 86 anos, natural de Salvada - Beja, viúva. O funeral a cargo desta Agência, realizou-se no passado dia 09, da Casa Mortuária da Salvada, para o cemitério local.
†. Faleceu a Exma. Senhora D. PALMIRA MARIA HENRIQUE, de 78 anos, natural de Santa Cruz Almodôvar, viúva. O funeral a cargo desta Agência, realizou-se no passado dia 09, das Casas Mortuárias de Beja, para o cemitério desta cidade.
BALEIZÃO
BEJA / FERREIRA ALENTEJO
†. Faleceu a Exma. Senhora D. JOAQUINA HILÁRIA DAVID, de 85 anos, natural de Baleizão - Beja, viúva. O funeral a cargo desta Agência, realizou-se no passado dia 11, da Casa Mortuária de Baleizão, para o cemitério local.
†. Faleceu a Exma. Senhora D. DORES SALGUEIRO HONRADO RAMOS, de 84 anos, natural de Amareleja, viúva. O funeral a cargo desta Agência, realizou-se no passado dia 12, do Hospital de Beja, para o cemitério de Ferreira do Alentejo, onde foi cremada.
†. Faleceu a Exma. Senhora D. ANA PERPÉTUA TRONCÃO, de 78 anos, natural de Baleizão - Beja, viúva. O funeral a cargo desta Agência, realizou-se no passado dia 10, da Casa Mortuária de Baleizão, para o cemitério local.
†. Faleceu o Exmo. Senhor ÂNGELO DAS DORES CHORA, de 86 anos, natural de Santa Clara de Louredo Beja, viúvo. O funeral a cargo desta Agência, realizou-se no passado dia 10, das Casas Mortuárias de Beja, para o cemitério desta cidade.
José Varela Saloio
6º Ano de Eterna Saudade
37º Ano de Eterna saudade
Seu marido e pai e restante família participam a todas as pessoas de suas relações e amizade, que será celebrada missa pelo eterno descanso dos seus entes queridos no dia 18-04-2012, quinta-feira, às 18 horas na Igreja Paroquial de Cabeça Gorda, agradecendo desde já a todos os que se dignarem comparecer ao acto de recordação.
Serpa PARTICIPAÇÃO E AGRADECIMENTO
Esposa, filhos, netos, irmãs, sobrinhos e restante família cumprem o doloroso dever de participar o falecimento do seu ente querido ocorrido no dia 04/04/2013 e na impossibilidade de o fazerem individualmente vêm por este meio agradecer a todas as pessoas que o acompanharam à sua última morada ou que de outra forma manifestaram o seu pesar.
Serpa PARTICIPAÇÃO E AGRADECIMENTO
Beja – Miraflores PARTICIPAÇÃO E AGRADECIMENTO
Manuel Luís Pós de Mina Abraços
Sérgio Manuel Tavares Janeiro
Mãe, filhos, irmãos, sobrinhos e restante família cumprem o doloroso dever de participar o falecimento do seu ente querido ocorrido no dia 04/04/2013 e na impossibilidade de o fazerem individualmente vêm por este meio agradecer a todas as pessoas que o acompanharam à sua última morada ou que de outra forma manifestaram o seu pesar.
Cabeça Gorda MISSA
Carlos Manuel Gato Brissos
Esposa, filha e restante família cumprem o doloroso dever de participar o falecimento do seu ente querido ocorrido no dia 17/03/2013 e na impossibilidade de o fazerem individualmente vêm por este meio agradecer a todas as pessoas que o acompanharam à sua última morada ou que de outra forma manifestaram o seu pesar.
João Francisco Frade Piçarra Merendão
Partiste cedo demais. Tua esposa, filha, genro e netos ficaram em sofrimento e dor. Agradecem a todas as pessoas que acompanharam o seu ente querido à sua última morada ou que de outra forma lhes manifestaram o seu pesar. Agradecem também a toda a equipa médica, enfermagem e pessoal auxiliar do 3.º piso – unidade de AVC do Hospital José Joaquim Fernandes, pelo apoio e carinho com que trataram o seu familiar durante o seu internamento. Mais se informa que será rezada missa em sua memória no dia 15 de abril de 2013, na Igreja de Santa Maria, pelas 18 horas.
Maria Amélia Gato Isabel
António Manuel Simões
A família cumpre o doloroso dever de participar o seu falecimento ocorrido em 4 de abril e agradece a todos os que lhe prestaram a última homenagem. O funeral realizou-se para o cemitério de Beja.
AGÊNCIA FUNERÁRIA SERPENSE, LDA Gerência: António Coelho Tm. 963 085 442 – Tel. 284 549 315 Rua das Cruzes, 14-A – 7830-344 SERPA
necrologia institucional diversos
25 Diário do Alentejo 12 abril 2013
Diário do Alentejo n.º 1616 de 12/04/2013 Única Publicação
Diário do Alentejo n.º 1616 de 12/04/2013 Única Publicação
CIMBAL – COMUNIDADE INTERMUNICIPAL DO BAIXO ALENTEJO
CÂMARA MUNICIPAL DE BEJA
EDITAL António José Ventinhas, Presidente da Mesa da Assembleia Intermunicipal da Comunidade Intermunicipal do Baixo Alentejo, faz saber, nos termos do artº. 91º da Lei nº. 169/99, que em reunião de 14 de março de 2013, foram aprovados os seguintes documentos: – Relatório de Atividades e Contas do ano de 2012; Os documentos em causa, podem ser consultados nos serviços desta Comunidade das 9 h às 12h30m e das 14h às 17h30m, de segunda-feira a sexta-feira nos dias úteis. Para constar, se publica o presente que vai ser afixado nos lugares públicos do costume. Beja, 9 de abril de 2013. O Presidente da Mesa da Assembleia Intermunicipal da CIMBAL António José Ventinhas
DIVISÃO DE SERVIÇOS URBANOS
AVISO EXUMAÇÃO DE CADÁVERES JOSÉ DOMINGOS NEGREIROS VELEZ, Vereador do Pelouro dos Serviços Urbanos da Câmara Municipal de Beja, faz saber que: Nos termos dos Art°s. 39° e 40º do Regulamento do Cemitério e tendo decorrido o período sobre a data da inumação dos cadáveres a seguir mencionados, sepultados no Cemitério Municipal de Santa Clara, em Beja, foi resolvido proceder à sua exumação, pelo que se convidam os familiares ou responsáveis dos falecidos a entrar em contacto com os Serviços do Cemitério, no prazo de trinta dias, a fim de ser acordada a data em que terá lugar a exumação e o destino a dar às ossadas. Findo que seja o prazo fixado no presente aviso, sem que os interessados promovam qualquer diligência, será feita a exumação, considerando-se abandonadas as ossadas existentes, as quais serão enterradas no próprio coval a profundidade superior à estabelecida no Regulamento. Beja, 19 de Março de 2013. O Vereador do Pelouro, José Domingos Negreiros Velez
Diário do Alentejo n.º 1616 de 12/04/2013 Única Publicação
Diário do Alentejo n.º 1616 de 12/04/2013 Única Publicação
AGRADECIMENTO CÂMARA MUNICIPAL DE BEJA EXUMAÇÃO DE CADÁVERES
CIMBAL – COMUNIDADE INTERMUNICIPAL DO BAIXO ALENTEJO
EDITAL Nasceu em 28.11.1927 – Faleceu em 06.04.2013 Filhos, genro e netos de Vitória Augusta Filipe agradecem reconhecidamente a todas as pessoas que se dignaram acompanhar o funeral da sua familiar, bem como a todos os que demonstraram pesar, carinho e amizade. Expressam também o seu profundo agradecimento a todas as funcionárias do apoio domiciliário do Centro Social Recreativo do Bairro da Esperança, em Beja, pelo carinho, dedicação, apoio, disponibilidade e ajuda prestados.
Diário do Alentejo n.º 1616 de 12/04/2013 1.ª Publicação PEDRO BRANDÃO Agente de Execução C.P. 3877
ANÚNCIO Tribunal Judicial de Serpa – Secção Única Acção Executiva Processo n.° 78/08.9TBSRP Exequente: Banco Santander Totta, S.A. Executados: Jerónimo Espinha Romeiro e outra FAZEM-SE SABER que nos autos acima identificados se encontra designado o dia 30 de Abril de 2013, pelas 14:00 horas, no Tribunal acima identificado, para abertura de propostas que sejam entregues até esse momento na Secretaria do mesmo, pelos interessados na compra do seguinte bem: Prédio Urbano, propriedade total, sito na Rua Paimogo, n.° 55, em Vila Nova de São Bento, em cuja matriz se acha inscrito sob o artigo 1851, descrito na Conservatória do Registo Predial de Serpa sob a ficha 3161/20021218, Vila Nova de São Bento. O bem pertence aos Executados: JERÓNIMO ESPINHA ROMEIRO, NIF: 131143174 e ISABEL MARIA GOMES SANTOS ROMEIRO, NIF: 131143182 VALOR BASE: 50.000,00 € Será aceite a proposta de melhor preço acima do valor de 35.000,00€, correspondente a 70% do Valor Base. Nos termos do artigo 897° n.° 1 do CPC, os proponentes devem juntar à sua proposta, como caução, cheque visado à ordem do agente de execução, no montante correspondente a 20% do valor base do bem, ou garantia bancária, no mesmo valor. É Fiel depositário que o mostrará a pedido os executados Jerónimo Espinha Romeiro e Isabel Maria Gomes Santos Romeiro, residentes na Rua do Paimogo, n.° 55, em Vila Nova de São Bento. O Agente de Execução, Céd Prof. 3877 Pedro Brandão
ALUGA-SE Loja em Beja, junto à Escola de Santa Maria, com
António José Ventinhas, Presidente da Mesa da Assembleia Intermunicipal da Comunidade Intermunicipal do Baixo Alentejo, faz saber, nos termos do artº. 91º da Lei nº. 169/99, que em reunião de 14 de março de 2013, foram aprovados os seguintes documentos: – GOP – PPI e Orçamento para o ano de 2013 – Revisão – Mapa de Pessoal – Revisão Os documentos em causa, podem ser consultados nos serviços desta Comunidade das 9 h às 12h30m e das 14h às 17h30m, de segunda-feira a sexta-feira nos dias úteis. Para constar, se publica o presente que vai ser afixado nos lugares públicos do costume. Beja, 9 de abril de 2013. O Presidente da Mesa da Assembleia Intermunicipal da CIMBAL António José Ventinhas Diário do Alentejo n.º 1616 de 12/04/2013 1.ª Publicação PEDRO BRANDÃO Agente de Execução C.P. 3877
ANÚNCIO Tribunal Judicial de Cuba – Secção Única Acção Executiva Processo n.° 4/08.5TBCUB Exequente: Banco Santander Totta, S.A. Executados: Carlos Filipe Rombão Cardeira e outros FAZEM-SE SABER que nos autos acima identificados se encontra designado o dia 26 de Abril de 2013, pelas 14:00 horas, no Tribunal acima identificado, para abertura de propostas que sejam entregues até esse momento na Secretaria do mesmo, pelos interessados na compra do seguinte bem: Prédio urbano, propriedade total, descrito sob a inscrição 2179/19990224, da freguesia de Cuba, concelho de Cuba, com o artigo matricial n° 1830, sito na Rua Luís de Camões, n.° 5 A. O bem pertence ao Executado: CARLOS FILIPE ROMBÃO CARDEIRA, NIF: 191885510 VALOR BASE: 75.000,00 € Será aceite a proposta de melhor preço acima do valor de 52.500,00€, correspondente a 70% do Valor Base. Nos termos do artigo 897° n.° 1 do CPC, os proponentes devem juntar à sua proposta, como caução, cheque visado à ordem do agente de execução, no montante correspondente a 20% do valor base do bem, ou garantia bancária, no mesmo valor. É Fiel depositário que o mostrará a pedido o executado Carlos Filipe Rombão Cardeira, residente na Rua Luís de Camões, n.° 5 A, na Cuba.
150 m2. Contactar pelo tm. 919704786
O Agente de Execução, Céd Prof. 3877 Pedro Brandão
Óbitos ocorridos entre Outubro/2006 e Março/2007
Sep. N°. Nomes 4 - Antónia Lopes Caeiro 9 - Maria da Conceição Pires Geadas 10 - Venâncio José Vicente Vargas 155 - António Manuel Guerreiro dos Santos 278 - Manuel Caetano Quirino Sioga 291 - Francisco João Maurício 293 - José Moreira Laureano 304 - José Rodrigues 306 - Diogo António Batista Rafael 309 - José Francisco de Almeida Duarte 320 - Maria Gonçalves Pinto 325 - José Manuel Silva Silvestre 326 - José Aurélio Mateus 328 - Amílcar Patrício Baptista 329 - António José Conceição Caixinha 333 - Delminda Espinho 334 - Aníbal José Guerreiro 336 - Manuel Vitorino Lopes 340 - Hermínia de Ascenção Nunes 342 - Francisco José Narciso 345 - Mariana Carlota Vieira Coelho 355 - Francisca Leonídia das Dores Pereira Dâmaso 356 - Manuel Janeiro dos Santos 369 - Maria Rita das Dores Neves 371 - Francisco João da Palma 379 - Bernardino Martins D’Almeida 381 - Palmira das Dores Casadinho 382 - Celeste Augusta Valente Trindade Antunes Barradas 387 - Ananias da Silva Naires 390 - Maria Teresa Gonçalves 410 - António Francisco Alexandre 412 - Dilar Augusta Ferreira 416 - Maria Rosaria Cachaço Amante 418 - Ana Lúcia de Albuquerque 421 - António João Cavaco 9309 - Feto-Morto filho de Ana Mafalda de Brito Coval Pereira Bernardino 9310 - Manuel Francisco Mestre 9311 - Feliciana Maria Lérias Pancadas 9312 - Alberto José 9313 - Ernestina Maria Gomes Beja, 19/03/2013. O Coordenador técnico do Cemitério António M.I. Barriga
Diário do Âlentejo n.º 1616 de 12/04/2013 Única Publicação
TRIBUNAL JUDICIAL DE CUBA
ANÚNCIO Processo: 92/13.2TBCUB Interdição/Inabilitação Requerente: Ministério Público Requerido: Maria de Lurdes Rosado Câmara Manoel N/Referência: 645995 Data:04/04/2013 Faz-se saber que foi distribuída neste tribunal, a acção de Interdição em que é requerida Maria de Lurdes Rosado Câmara Manoel, com residência em domicílio: Centro Social e Paroquial, Rua Infante D. Henrique, n.º 15, 7920-378 Vila Nova da Baronia, para efeito de ser decretada a sua interdição por Anomalia Psíquica. A Juiz de Direito Drª Elsa Gaiolas A Oficial de Justiça Ana Maria N. Sota C. Ildefonso
institucional diversos
26 Diário do Alentejo 12 abril 2013
Vale €1,20 em abastecimentos superiores a 20 litros
descontos atÉ
6 cÊnt.
1. Válido nos Postos BP Beja Luzias, BP Beja Variante e BP Beja Castilho; 2. Este vale só poderá ser descontado no ato de pagamento de abastecimentos iguais ou superiores a 20 lts., até um máximo de 3 vales por abastecimento (60 lts); 3. Este vale não é acumulável com outras campanhas desconto a de-
por litro
correr no Posto de Abastecimento; 4. Este vale só é
desconto em combustÍvel
pagamentos não sejam efetuados com cartões: Rou-
atÉ 30 de abril
ou danificação do vale quer tenha sido utilizado ou
válido para abastecimentos em combustíveis cujos tex, Azul e de Sócio ACP; 5. Nenhuma responsabilidade será aceite nos seguintes casos: perda, roubo não; 6. Este vale não pode ser trocado por dinheiro; 7. Válido até 30 de abril de 2013.
VENDE-SE 300 ovelhas de raça Lacaune, a dar leite. Contactar pelo tm. 937703354
Diário do Alentejo n.º 1616 de 12/04/2013 Única Publicação
CÂMARA MUNICIPAL DE CASTRO VERDE
EDITAL N.º 30/2013 CONCURSO PÚBLICO PARA ARRENDAMENTO DO ESTABELECIMENTO COMERCIAL DA CAFETARIA DA PISCINA MUNICIPAL DE CASTRO VERDE Francisco José Caldeira Duarte, Presidente da Câmara Municipal de Castro Verde: No uso da competência que lhe confere a alínea h) do n.º 2 do art. 68.º da Lei nº 169/99, de 18 de setembro, com as alterações introduzidas pela Lei nº 5-A/2002, de 11 de janeiro, torna público que se encontra aberto concurso público para arrendamento do estabelecimento comercial da cafetaria da Piscina Municipal de Castro Verde. 1. Candidaturas: As propostas deverão ser entregues até às 16:00 horas do dia 30 de abril de 2013, na Secção de Aprovisionamento e Armazém ou remetidas pelo correio sob registo e com aviso de receção. 2. Processo de concurso: O Programa de Concurso e o Caderno de Encargos podem ser requeridos na Secção de Aprovisionamento e Armazém, durante as horas normais de expediente: das 9:00 h às 12:30 h e das 14:00 h às 17:30 h, ou na página da Internet do município: www.cm-castroverde.pt 3. Documentos que devem acompanhar a proposta: Os que vêm referidos no art. 7.º do Programa de Concurso. 4. Abertura das propostas: O ato público terá lugar na Sala de Sessões dos Paços do Município, pelas 10 horas do dia 2 de maio de 2013. 5. Base do concurso: O valor base da renda mensal do concurso é de 500 € (Quinhentos Euros), de retribuição mínima mensal. 6 Adjudicação: O critério para a Adjudicação será feito segundo o valor mais alto apresentado pelos candidatos ao procedimento. 7. Prazo pelo qual é celebrado o contrato de arrendamento: O arrendamento da Cafetaria será efetuado pelo período correspondente à época balnear das Piscinas Municipais Município de Castro Verde, 8 de abril de 2013 O Presidente, Francisco José Caldeira Duarte, Arq.
ARRENDA-SE R/CHÃO Hall de entrada, 2 quartos, sala, cozinha, 1 casa de banho e quintal. Rua de Santo André, em Beja. 375,00€/mês. Contactar pelo tm. 924022304
AMOR Cavalheiro, culto, intelectual, de 52 anos, a viver só, na cidade de Beja, busca menina/senhora, de 21 a 40 anos de idade, para ligação sentimental, com ou sem compromisso. Contactar pelo tm. 918035030
Pais
O Grupo de Jovens e Contadores da Biblioteca Municipal de Aljustrel (PIM PAM PUM) apresenta amanhã, sábado, pelas 21 e 30 horas, no auditório da biblioteca municipal, “Gato Fedorento & Passarinhos Azuis e outras histórias”. Trata-se de uma adaptação das histórias de Palmira Martins e Anabela Passos.
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Histórias à solta na biblioteca de Aljustrel
Acontece Até ao fim de abril, a Biblioteca Municipal de Odemira recebe mais uma edição de “Abril, Leituras Mil”, projeto de promoção do livro e da leitura com atividades para os mais novos, mas também para os mais velhos. Fica atento e inscreve-te!
Porque estamos na época deles, vamos abusar até estarmos fartos.
À solta É verdade que estamos ansiosos pelo bom tempo, pelas brincadeiras que têm o céu por companhia, mas sabe sempre bem andar de mãos dadas.
A páginas tantas... Tantos animais e outras lengalengas de contar é o recente livro editado pela editora Planeta Tangerina, escrito por Manuela Castro Neves e ilustrada pela premiada da Feira de Bolonha Yara Kono. Manuela Castro Neves dedicou grande parte da sua vida ao ensino, ligada ao Movimento da Escola Moderna desde a sua fundação, trazendo princípios democráticos para as aulas. Trabalhou em meios rurais e urbanos, fundou um externato e regressa ao ensino oficial após o 25 de Abril, por sentir que tinha muito para dar. Dos nossos tempos fala das crianças como estando “melhor informadas” e “muito mais estimuladas”, de uma forma resumida – “cada vez melhores”. Tantos animais e outras lengalengas de contar centra-se na matemática, um “bicho” que ainda assusta muito as crianças. Cada lengalenga tem por base um conceito matemático concreto – pares, dobros, contagem regressiva, múltiplos, etc. –, a partir do qual a autora desenvolve uma pequena história ou situação. “1, 2, 3, 4 quantos pelos tem o gato?...”. Podes ouvir uma entrevista a esta autora em http://vimeo.com/61882564
Dica da semana Claro que a dica desta semana é sobre a merecida menção honrosa que a Feira de Bolonha dedicada à literatura infanto-juvenil deu a Yara Kono. Yara nasceu em São Paulo, em 1972, e desde cedo mostrou que desenhar era aquilo que mais gostava, riscando a parede da sala. É verdade que a mãe não achou graça, mas rapidamente rendeu-se ao dom da filha. Estudou Farmácia Bioquímica (Brasil), mas os seus desenhos científicos saltavam à vista. Durante o curso estagiou numa agência de publicidade, abrindo-lhe caminho para esta área. Mas é no Japão que estuda dentro da área do Design e Comunicação. Em 2001 veio viver para Portugal e a partir de 2004 tornou-se parte integrante da equipa da editora Planeta Tangerina. Hoje é uma reconhecida ilustradora com alguns prémios arrecadados.
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Letras
Diplomacia peninsular e operações secretas na guerra colonial
Boa vida Comer Brócolos salteados com frutos secos, creme de iogurte e coentros Ingredientes para 4 pessoas: 800 gr. de brócolos; q.b. de água; q.b. de sal grosso; 1 cebola; 2 dentes de alho; 1 dl de azeite; 1 folha de louro; 100 gr. de frutos secos (amêndoa, nozes, sultanas); 3 iogurtes naturais; raspas de 1 laranja pequena (cortada em tiras finas e pequenas); q.b. de sal fino; 1 colher de café com mostarda; 1 molho de coentros. Confeção: Num tacho coloque água e tempere com sal grosso. Quando levantar fervura junte os brócolos lavados e arranjados. Deixe cozinhar até ficarem tenros, mas não em demasiado. Retire-os da água, escorra e reserve. Leve uma frigideira ao lume com azeite, cebola picada, alhos picados e folha de louro. Deixe refogar e salteie os brócolos. Entretanto, numa tigela, coloque os iogurtes, raspas de laranja, sal fino e mostarda. Misture tudo com as varas de arame e até ficar um creme homogéneo. Retifique o tempero a seu gosto. Coloque os brócolos numa travessa, espalhe os frutos secos e regue tudo com o creme de iogurte e por fim polvilhe com os coentros picados. Bom apetite… António Nobre Chefe executivo de cozinha – Hotéis M’AR De AR, Évora
Filatelia Para a semana há leilão
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o sábado dia 20 a casa leiloeira filatélica P. Dias realiza o seu 58.º leilão filatélico e de outros materiais de colecionismo. Irão à praça 1 550 lotes, distribuídos pelos seguintes grupos: Estrangeiros, Postais Ilustrados, Papel Selado, Selos Fiscais e FiscaisPostais, Literatura Filatélica, História Postal, Correio Militar, Censuras Postais, Isentos de Franquia, Correio Aéreo, Correio em Ambulância Postal, Correio Ferroviário, Correio Marítimo, Inteiros Postais, Projetos, Provas, Ensaios, Reimpressões, Marcofilia, Selos Perfurados, Cédulas, Vinhetas, Numismática, Notafilia e os mais diversos (com destaque para os clássicos) selos de Portugal, ilhas adjacentes e colónias, lotes estes que incluem, ainda, falsos, provas, erros, sobrecargas, clandestinos e não emitidos. São vários os lotes que chamam a atenção, quer pela sua raridade, quer pela sua excelente qualidade. Vejam-se os dois lotes que passamos a descrever e que reproduzimos. Lote n.º 738 – 1853, D. Maria II, tira vertical de quatro selos do 50 RS verde (n.º 2 – Afinsa) do canto lateral direito da folha, obliterado com um carimbo (ilegível), de barras. Trata-se da peça que vai a leilão com o valor base mais elevado, 3 000 €. Lote 432 – Quionga, trata-se de uma Isenção de Franquia, em postal ilustrado, datado de Quelimane (19.6.1916) circulado para Lisboa (29.8) com marca de censura, oval azul, n.º 3, apenas entregue no Correio Militar do Quionga dois dias depois com marca violeta “Correios e Telégrafos/Moçambique/Jun 21 1916/ Kionga”. Vai à praça por 2 000 €. A leiloeira P. Dias tem apoiado a edição de obras de grande interesse para a história da filatelia portuguesa. Destacamos as duas últimas que apoiou, Marcofilia de Moçambique 1875/1975, de Altino Silva Pinto, e Pré-Filatelia Portuguesa – Estudo das marcas postais utilizadas em Portugal Continental na época pré-adesiva (1799-1853), de Luís Brito Frazão. Segundo informação do catálogo do leilão, está prevista (provavelmente) ainda para este ano a edição de uma adenda ao livro Marcofilia de Moçambique 1875/1975. Desta obra foi feita uma edição especial, de capa dura, de 100 exemplares numerados e assinados pelo autor. Também para a obra Pré-Filatelia Portuguesa se prevê a edição de atualizações, sempre que novas pesquisas tragam à luz do dia novas peças e se justifique uma nova edição. Também se prevê, para breve, a edição de um catálogo semelhante, para as ilhas adjacentes e colónias portuguesas. Estas obras também podem ser pedidas para os endereços abaixo indicados. O leilão tem lugar no Hotel Plaza, sito na travessa do Salitre, em Lisboa (junto à avenida da Liberdade). Os colecionadores que o desejarem podem consultar o catálogo em http://www.leiloespdias.pt, e fazer as suas ofertas através do endereço informático licitações@ leiloespdias.pt ou do telefone 213 223 460/66 Geada de Sousa
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investigação de Maria José Santiago agora publicada pela Colibri é um desdobramento da sua tese de doutoramento, em História, sobre a ajuda espanhola a Portugal durante as guerras coloniais do século XX. Começa por analisar a desigualdade da realidade colonial dos dois países ibéricos e nesse âmbito perspetiva-a em função da integração de ambos na ONU e prossegue, no terceiro capítulo, com uma análise relativa às frentes da campanha internacional contra a política ultramarina portuguesa, bem como a emergência da era Franco Nogueira e o modo como se traduz em termos de política externa portuguesa. Santiago pormenoriza, referindo o caso da descolonização da Guiné Equatorial e seu impacto nas relações ibéricas, e, nomeadamente, no capítulo quinto, os ajustamentos nas mesmas. Prossegue como a descrição da intensificação da campanha internacional contra a política ultramarina portuguesa e detalha o caso da cobertura diplomática espanhola no Egito, no âmbito do corte de relações com Portugal, assim como a defesa espanhola dos interesses portugueses na Tunísia. Diplomacia e operações secretas no Zaire são analisadas no nono capítulo comentando-se, finalmente e em pormenor, as “relações tentaculares” ibéricas com Brazzaville. Trata-se de uma obra que assenta numa ampla pesquisa feita em vários arquivos ibéricos e que tem o interesse adicional de ter criado novas fontes através de uma série de entrevistas feitas. A desvendação de uns e outros materiais torna esta obra de leitura obrigatória para quem se interesse pela história contemporânea e pelos estudos pós-coloniais. Maria do Carmo Piçarra
Maria José Tíscar Santiago Edições Colibri 450 págs. 22 euros
Toiros Uma referência dos Forcados de Lisboa
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oi no dia 31 de dezembro, em Vidigueira, a poucos minutos para terminar o ano 1954, que nasceu José Pedro Faro, um bebé com 5,280 quilogramas. Passados 15 anos começou com os amigos a andar pelas aldeias vizinhas a pegar nas garraiadas à vara larga, pegando várias vacas, mas a primeira vez que pegou um toiro foi em Vera Cruz (Portel). Com 17 anos, e a convite de seu amigo Francisco Cano, estreia-se como forcado com a jaqueta do Grupo de Forcados do Alentejo, comandados, então, por Juliano Louceiro, e pega o primeiro toiro como forcado na praça de Sousel. José Pedro Faro faz duas temporadas completas neste grupo. Posteriormente, em 1972, ruma para o Grupo de Forcados Amadores de Lisboa convidado pelo seus amigos António Hipólito Cabaço e Francisco Almeida “Bambolina”. Nos Amadores de Lisboa encontra o cabo Nuno Salvação Barreto e tem como colegas Eurico Lampreia, Carlos Patrício Alvares “Chaubet”, Domingos Barrocas e José Augusto Batista “Zé da Burra”, como os já referenciados António Hipólito Cabaço e Francisco Almeida “Bambolina”, entre muitos outros. Ao longo de 24 anos a defender e honrar a jaqueta do grupo de Lisboa, tornou-se num dos forcados de confiança de Nuno Salvação Barreto, pegando mais de uma centena de toiros por todo o mundo. Realizou várias digressões por Espanha e França mas destaca as pegas realizadas na Monumental do México, em Madrid, Pamplona, Puerto de Santa Maria e Macau. Distinto forcado de barbela, aliava a técnica à garra, pelo que conquistou muitos troféus de “Melhor Pega” ao longo da sua carreira, mas não dá importância a tal facto, pelo que não salienta nenhum em especial. Mas guarda na memória uma pega realizada na Monumental de Cascais a um toiro de Brito Paes, em que esse toiro venceu o troféu apresentação, mestre Batista a melhor lide e José Pedro Faro a melhor pega, isto numa Corrida TV. Recorda ainda duas pegas que fez no Campo Pequeno a toiros em pontas, a primeira delas a ser detido no final, sendo-lhe instaurado um processo-crime, do qual guarda orgulhosamente uma cópia em sua casa. As diversas mazelas sofridas, uma das quais com fratura exposta da tíbia, nunca o fizerem pensar em desistir, e só viria a abandonar as arenas em 1992, na Praça do Campo Pequeno, no mesmo dia em que Nuno Salvação Barreto entregou o comando do grupo de Lisboa a José Luís Gomes, e terminou da melhor maneira com uma extraordinária pega brindada aos dois cabos. A última vez que bateu as palmas a um toiro foi já em 2009, pelo grupo de Beja, na Praça de Toiros José Varela Crujo, em Beja. Vítor Morais Besugo
Ana Maria Baptista – Beja Taróloga – Método Maya Gabinete aberto (jardim do Bacalhau) Contacto para marcação de consultas: Telemóvel: 968117086 E-mail: missbeja@yahoo.com
Carneiro
Sylvain Rifflet – “Beaux-Arts” Gilles Coronado (guitarra), Christophe Lavergne (bateria, caixa de música), Frédéric Norel (violino), Clément Janinet (violino), Benachir Boukhatem (violino alto), Olivier Koundouno (violoncelo) e Sylvain Rifflet (composições, saxofone, clarinete, metalofone).
Sylvain Rifflet – “Alphabet” Jocelyn Mienniel (flautas, eletrónica), Benjamin Flament (percussões, eletrónica), Philippe Gordiani (guitarras, eletrónica) e Sylvain Rifflet (saxofone, clarinete, metalofone, eletrónica).
Previsões – Semana de 12 a 18 de abril
Jazz Sylvain Rifflet “Beaux Arts” + “Alphabet”
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axofonista e clarinetista (dedicando-se igualmente a outros instrumentos, como a flauta e o metalofone, e ainda às eletrónicas), Sylvain Rifflet está em plena fase ascendente no panorama do jazz francês, apesar de ser virtualmente desconhecido entre nós. Justificam-se, pois, breves linhas introdutórias. Rifflet vive em Paris e estudou no Conservatório da capital francesa, tendo ao longo do seu trajeto integrado diversas orquestras como Le Gros Cube (do saxofonista e compositor Alban Darche), Le Sacre du Tympan (do baixista e guitarrista Fred Pallem) ou Pandemonium (do também saxofonista François Jeanneau). Como instrumentista já teve oportunidade de tocar com nomes grados como Michel Portal, Aldo Romano, Kenny Wheeler, Joey Baron e Hermeto Pascoal, para só listar alguns. Desenvolveu um dos lados mais visíveis do seu trabalho entre 2002 e 2011 ao coliderar com o trompetista Airelle Besson o grupo Rockingchair, cujo disco de estreia, “Chief Inspetor” (2007), recebeu um “Django d’Or” para novos talentos. O segundo disco do grupo, “1:1” foi editado em 2010 pela alemã Enja. Rifflet também tem escrito para cinema (a música que compôs, tocou e gravou para “Dernier Maquis” (2008), do realizador franco-argelino Rabah Ameur-Zaïmeche, valeu-lhe um prémio para a melhor banda sonora num festival internacional realizado no Dubai) e para vários documentários. A sua atividade atual desdobra-se sobretudo por dois projetos contrastantes, apesar de em ambos Rifflet explorar uma pluralidade de formas ligadas ao jazz, ao rock e à música contemporânea, em diferentes contextos acústicos e eletrónicos: Beaux-Arts (para PUB
Características dos nativos de Os arianos são líderes e pioneiros natos. Demasiado otimistas, agem por impulso e preferem dar instruções a recebê-las. São independentes, ambiciosos, intelectuais, honestos e donos de uma energia inesgotável, que os leva, por vezes, à agressividade, teimosia e orgulho. Amam com paixão.
trio com saxofone/clarinete, guitarra, bateria e quarteto de cordas) e Alphabet (quarteto de vasta amplitude estética), dois projetos com discos editados em 2012. Neles, o músico francês revela a versatilidade e riqueza da sua escrita, plena de recursos nos vários tabuleiros estilísticos. De forte carga imagética, a música de “Beaux-Arts” aproximase de certas formas de “câmara”, embora os resultados nem sempre estejam à mesma altura. Destaque natural para o excelente “Le Phantascope”, para o quase sussurrado “Collage”, o ambiente onírico de “L´Asile Ami” e as linhas sinuosas de “Un Dessein”. A encerrar o disco “Dada”, peça de fôlego, com os jogos melódicos do líder em evidência. Por seu turno, “Alphabet” (que se me afigura como mais alinhado na descendência direta dos Rockingchair), na sua multidimensionalidade estética, é ponto de confluência de uma panóplia de influências e abordagens. Entre os momentos mais conseguidos estão as duas partes de “Hyper Imaginative JuKe (Box)” – marcados pela bela sonoridade da flauta de Jocelyn Mienniel (presença habitual na Orchestre National de Jazz e em formações lideradas por Jean-Marie Machado, pianista de origem portuguesa) e pela dança garrida dos sopros na parte 2 –, as figuras melódicas desenhadas pelo líder em “Electronic Fire Gun” (são audíveis ecos de Garbarek), “To Z” (com o seu início abrasivo que se transmuta numa colorida atmosfera quase folk-rock (com a flauta e o metalofone a conferirem tonalidades bucólicas). Dois documentos sonoros que dão a conhecer diferentes facetas do trabalho de um músico de inegável valia. António Branco
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Carneiro – (21/3 - 20/4)
Balança – (24/9 – 23/10)
Impetuosidade intensa e boa energia farão deste momento um dos mais simpáticos. Em família, o momento é de alegria. Vigie a alimentação para evitar problemas com os órgãos abdominais. Profissionalmente desconfie das amabilidades excessivas e não delegue tarefas de responsabilidade.
Esta semana traz-lhe bem-estar interior, que não estragará com desentendimentos que podem surgir no foro das suas amizades. Confie no destino, depois da desilusão do passado, será merecedor de nova fase no futuro com um amor prometedor. No trabalho quebrará a rotina. Esqueça os investimentos.
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Touro – (21/4 – 21/5)
A procura de um sentido para a sua vida é uma prioridade. Conservador como é, serlhe-á pouco confortável saber que o caminho da felicidade implica mudanças. Este momento protege-o e brinda-o com um amor dedicado e sincero, se o souber merecer. A importância da estabilidade material não se pode tornar uma obsessão. Faça exames médicos de rotina.
i Gémeos – (21/5 – 21/6)
Esta semana pode começar cheia de contrariedades, o que não ajuda muito para quem é insconstante por natureza. As questões com saúde estarão resolvidas. Acabar um relacionamento não implica substituí-lo de imediato, seja prudente nas suas escolhas ou prefira estar um tempo sozinho. Profissionalmente tome decisões e minimize riscos.
j Caranguejo – (22/6 – 22/7)
Entrará numa fase em que necessita de estar só para refletir. Utilize o seu talento e delicadeza para colocar o ambiente familiar em harmonia e o sentimento constrangedor dará lugar ao confor to. Beba mais água e passeie junto ao mar. Analise os novos aspetos da sua relação amorosa, trazem desafios difíceis, interessantes e prometedores.
k Leão – (23/7 – 23/8)
Ouvir o que a outra pessoa tem para dizer sobre os sentimentos que tem por si pode abalar a sua autoconfiança, mas também lhe permite exteriorizar uma das suas grandes qualidades: saber lidar com a dor dos outros e saber perdoar. Uma nova fase na vida amorosa renovará a sua alegria de viver e o que tanto gosta: deixar-se seduzir! Alguma preocupação com a saúde.
l Virgem – (24/8 – 23/9)
O seu gosto por organizar tudo fará com que se sinta um pouco perdido. Os imprevisiveis desorientam-no e abalam o seu equilíbrio. Apele à sua racionalidade e faça uma autocrítica para reencontrar a tranquilidade. Tire partido de uma nova paixão que, embora pouco duradoura, terá momentos de glória. Não crie ilusões sobre o futuro. Os projetos profissionais estarão em franca evolução.
Escorpião – (24/10 – 22/11)
Acontecimentos algo marcantes vão acontecer esta semana. Há males que vêm por bem. Saber o que quer de um relacionamento vai ajudá-lo a aceitar os factos e a procurar a felicidade noutras paragens. Como não aceita perder, este processo será doloroso. Conserve o melhor ânimo, descanse, caminhe ao ar livre, exercitese. No trabalho poderá ter uma nova e boa oportunidade.
c Sagitário – (23/11 – 21/12)
A sua capacidade de inovação estará em alta. Em família o seu apoio dará segurança e orientação aos mais novos. No trabalho reúna consensos com tranquilidade. No amor as dificuldades de diálogo marcarão esta fase. Não perca a calma, procure saber o que se passa de facto do outro lado e tente ajudar. Pratique desportos ao ar livre.
d Capricórnio – (22/12 – 20/01)
Esta semana passará a uma velocidade vertiginosa, com algumas situações a alterarem a sua vida. Apele ao seu senso prático e invista no seu desenvolvimento espiritual. Não entre em conflito por aprofundar conhecimentos numa nova área de responsabilidade. Como é organizado terá bons resultados. Um reencontro amoroso fará dissipar a mágoa de uma ilusão anterior.
e Aquário – (21/1 – 19/2)
Ter objetivos é um propósito válido, mas a sua teimosia pode impedir que veja a realidade com clareza. Não tente recuperar uma relação já condenada. Apaixonar-se-á por outra pessoa. Não tenha pressa e sobretudo não se iluda. A mudança permitirá pôr em prática as ideias.
f Peixes – (20/2 – 20/3)
Os nativos de Peixes atravessarão esta altura mais predispostos à alegria e tranquilidade. Em harmonia com o mundo, a sua sensibilidade e intuição levá-lo-ão à necessidade de se expressar de uma forma inédita. Ponha em prática os seus dons artísticos.Uma fase de paixão arrebatadora terá consequências muito positivas no desenvolvimento da sua relação.
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Exposição “Olhar a Liberdade” inaugurada em Aljustrel
Hoje, sábado, dia 13, é inaugurada, no Mercado Municipal de Aljustrel, a exposição “Olhar a Liberdade”, resultante de um concurso de fotografia que a câmara municipal promove pelo sétimo ano consecutivo. Esta iniciativa tem como principal objetivo fomentar, reconhecer e premiar a criatividade dos apaixonados de fotografia. A entrega dos prémios será efetuada no mesmo dia, pelas 10 horas, no decurso da inauguração da exposição com todos os trabalhos participantes.
Fim de semana
A Refinaria de Sines no Centro de Artes O Centro de Artes de Sines recebe, até ao dia 15, a exposição fotográfica “A Refinaria de Sines rumo ao futuro”. Em laboração desde 1978, a refinaria de Sines é uma das maiores da Europa. Recentemente iniciou a produção comercial de gasóleo. A exposição pode ser visitada todos os dias, entre as 14 e as 20 horas, com entrada livre.
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Baal17 apresenta “Sonhar ao longe” A Baal17 – Companhia de Teatro estreou, na quarta-feira, 10, a sua 33.ª produção. “Sonhar ao longe”, inspirada no livro homónimo de Jorge Serafim, volta a subir ao palco do Cineteatro Municipal de Serpa hoje, sexta-feira, pelas 10 e 30 horas, e amanhã, sábado, pelas 15 e 30 horas. Em “Sonhar ao longe” temos “a rua como reflexo do Mundo”, conta a companhia. “Duas criaturas, como espelho de todos os que conhecemos e de todos os outros – que procuram viver num canto novo que os faça felizes e que procuram, igualmente, fazer com que esse sítio se torne melhor”. Com encenação de Rui Silva e interpretação de Catarina Inácio e Filipe Seixas, “Sonhar ao Longe” conta com música original de António Silva, Luciano Cuviello e Manuel Maio e cartaz de Amélia Carapinha, bolseiros do projeto Novos Criadores do Centro Internacional de Músicas e Danças do Mundo Ibérico, em conjunto com a Fundación Antonio Gala para Jóvenes Creadores, com a Universidade de Salamanca, a Fundação Robinson, a Fundação Eugénio de Almeida e o Centro de Estudos Ibéricos.
Músico acompanhado pelo filho em Beja
Desenhos de Álvaro Cunhal em Alvito O Centro Cultural de Alvito acolhe, até ao dia 30, uma exposição de desenhos de Álvaro Cunhal. Feitos a lápis, entre 1951 e 1959, numa cela da penitenciária de Lisboa, onde passou oito anos em total isolamento, e no Forte de Peniche, de onde se evadiu pouco depois. O povo é a temática de todos eles. O trabalho, a luta, o sofrimento, a miséria, mas também a alegria, a festa e a dança, são os ambientes representados.
Jorge Palma traz “Íntimo” ao Pax Julia
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orge Palma, acompanhado pelo seu filho, Vicente Palma, apresenta amanhã, sábado, pelas 21 e 30 horas, no Pax Julia Teatro Municipal de Beja, “Íntimo”. A tour acústica, criada especificamente para espaços que permitam um maior intimismo, chega a Beja e, ao
longo de 80 minutos, aquele que é por muitos considerado o melhor cantautor português promete criar um ambiente de interatividade e proximidade com o público. O artista viaja por 40 anos de carreira, revisitando temas que todos conhecemos. Umas vezes sussurrados ao
piano, outras em plenos pulmões à guitarra, mas sempre com o excêntrico génio que se lhe reconhece. São parceiros do espetáculo a Câmara Municipal de Beja, 100% Booking & Management e Rede Arte Sul, contando com financiamento InAlentejo/QREN/ UE.
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Após cálculo em folha de Excel, Vítor Gaspar prevê que as obras nas Portas de Mértola (Beja) fiquem concluídas entre 2 146 e o “Dia de São Nunca à Tarde”. António José Seguro, que esteve em Beja na última terça para apresentar moção aos militantes socialistas, adiou a intervenção para o dia seguinte, às 18 e 30 horas. facebook.com/naoconfirmonemdesminto
Falecimento de Thatcher: a primeira coisa que a ex-governante fez quando chegou ao céu foi comprar um monte alentejano Faleceu, no início desta semana, Margaret Thatcher, a primeira-ministra britânica que governou a Inglaterra entre o reinado de Henrique VIII e o ano de 1990. O nosso enviado especial ao Além, através de uma ligação via Skype muito dispendiosa para o céu, conseguiu chegar à fala com a Dama de Ferro, que lhe revelou o muito que a liga à nossa região: “É uma grande honra estar aqui. Sabe, ainda passei pelo purgatório, mas aquilo era uma confusão… Veja lá que para aquilo funcionar em condições tive de o privatizar e pôr pessoal em outsourcing para cortar nas despesas… Isto para já não falar nas correntes de ar! Aqui é que estou bem. Escolhi ficar na secção portuguesa do céu, e é um prazer voltar ao vosso país. Não sei se sabe, mas foi em
Portugal que passei a minha lua-de-mel, na mesma altura em que vocês tiveram a infeliz ideia de implantar a República. Agora, pude, finalmente, concretizar o sonho de comprar um monte alentejano e montar a minha horta: já posso plantar couves, batatas, cenouras, cannabis para o glaucoma e muitas outras coisas naturais! E já que estou por cá gostava muito de conhecer o deputado alentejano Mário Simões. Oh, ele é tããããooo sex y! Finalmente encontrei alguém capaz de derreter o meu coração de gelo. Ah! E aproveito para vos dizer que estive a falar com o Miguel Relvas e olhe que, para quem está morto politicamente, anda muito bem conservado…”.
Cães de raça perigosa obrigados a frequentar formações de feng shui e yoga
Alterações climáticas fazem com que os pinguins emigrem do polo Norte para a barragem do Roxo
O Governo português quer obrigar os donos de cães de raças potencialmente perigosas a terem formação para lidar com os seus animais. Mas parece não ser esta a sua única medida para travar os ataques caninos, já que, ao que apurámos, o executivo pretende também forçar os próprios animais a frequentarem cursos que ajudem na sua integração social. Falámos com a dona Gilda Coleira que se antecipou a esta nova legislação e já matriculou o seu cão na UABB (Universidade de Animais Brigitte Bardot – delegação em Vale de Rocins): “O meu cão era um terror! Ele é metade labrador, metade perdigueiro, metade Dias Ferreira. Mas não lhe digo, nem lhe conto: sempre que dava o ‘Inspetor Max’ ficava com instintos homicidas, destruía tudo lá em casa e ladrava para quem o quisesse ouvir que ele é que devia ter ficado com o papel… Isto para já não falar daquelas alturas em que só comia esquentadores… Agora, depois da formação em feng shui e yoga, está outro: mais calmo, mais terno, já não tenta acasalar com a perna da minha vizinha do 5.º direito… Um mimo! E não vai ficar por aqui... Ainda há dias terminou um curso de origami e posso dizer que faz um gato siamês em papel de lustro como gente grande. Tomara que muita gente que para aí anda tivesse o QI do meu Hércules”.
O aquecimento globlal tem tornado possível fazer crescer morangos, tomates ou mesmo batatas na Gronelândia. Mas não é só naquela zona do planeta que os efeitos das alterações climáticas se têm feito sentir. Uma investigação “Não confirmo, nem desminto”/Fluviário de Mora descobriu que é cada vez maior o número de pinguins que tem optado por sair do polo Norte e emigrar para outros locais de clima gélido e húmido, como a barragem do Roxo. Muitos chegam ao nosso país a nado ou de asa delta, todavia, a grande maioria utiliza carrinhas alugadas na fronteira canadiana. O SEF (Serviço de Estrangeiros e Fronteiras) já declarou que tem estado atento a este fenómeno, até porque muitos destes pinguins chegam ao nosso país sem passaporte e sem as vacinas em dia, e aumentam, de dia para dia, o número de pinguins a pedir moedas nos parques de estacionamento de superfícies comerciais, ou a organizar-se em violentos gangs especialistas em assaltos a carrinhas de peixe fresco e crimes de colarinho branco.
Inquérito Qual é a sua opinião sobre o acórdão do Tribunal Constitucional relativo ao OE para 2013?
ACÁCIO PORTEFOLIO, 27 ANOS Pessoa com um juiz do Tribunal Constitucional dentro de si Parece-me que o Tribunal Constitucional tomou a decisão correta. Deixo aqui uma palavra de louvor e agradecimento aos juízes por terem ultrapassado este difícil obstáculo. Estava no sofá a ver aquilo com a minha gaja e eu, para tomar uma decisão daquelas, precisava de apoio: só ainda não sei se pediria a ajuda do público, se escolhia os 50/50 ou ligava para casa do meu primo Romeu que é estivador e constitucionalista aos fins de semana.
BENEDITA REPROVADA, 19 ANOS Jovem Eu não percebo nada de acórdãos. O meu tio é que tocava acórdão no rancho folclórico mas eu só toco ferrinhos, LOL!!! Não percebo qual é o problema dessa cena com o chumbo. Só a reprovar é que a gente aprende. Eu, por exemplos, ando a tirar a carta de condução e depois de ter chumbado três vezes no código (fico bué cansada de responder a tanta pergunta, até parece que me estão a avaliar, LOL!!!) já reprovei no exame de condução mais quatro vezes, mas é assim que se evolui ao nível do condutor e do ser humano. Agora já sei que não se pode estacionar em cima de uma azinheira…
DIAS FERREIRA, 65 ANOS Irmão de Manuela Ferreira Leite Não fale comigo que eu sinceramente não estou com paciência. Olhe, sabe que mais? Não gosto de si! Não gosto desta página, não gosto deste jornal, não gosto de feijão com dobrada, não gosto do pai da Fanny, não gosto do Paulo Garcia, não gosto de morangos com chantilly que me dão gases. E não gosto do Tribunal Constitucional e muito menos gosto dos seus juízes que se reformam mais cedo do que o Mantorras. Uma vergonha! Por isso, vou-me embora!
Nº 1616 (II Série) | 12 abril 2013
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nada mais havendo a acrescentar... Distância A única coisa corpórea, tangível, era a saliva que eu punha no selo das cartas. O resto era apenas palavras com sede de pele achadas por entre as pedras que rachavam no meu peito. Escrevia-te e a minha letra não era redonda como a minha ideia de ti. Era uma caligrafia de quem escreve debruçado sobre a impaciência e não sabe onde há de pôr os cotovelos, muito menos as mãos, tampouco a língua afogada em saliva e selos, porque entre a minha carta e a tua resposta havia um carteiro que não sabia da nossa pressa de sermos felizes. E quando abria a carta tardia, a tua letra era sempre tão
redonda como a minha ideia de ti. Quando eu cheguei a ti fazia calor na tua pele e não havia vento, mas não me atrevi logo a tirar a minha roupa. Eu tinha muita roupa porque vinha do frio dos papéis rasgados, das palavras sem abrigo, de uma cama de corpo e meio. As bruscas mudanças de temperatura fazem mal aos poetas, principalmente quando se traz geada nos lábios e os outros são uma lareira acesa e nua. Assim, ali fiquei com as mãos nos bolsos, abotoado até ao coração, até que tu me puxaste para ti e o meu corpo ainda vestido ardeu todo na pira do teu umbigo. Vítor Encarnação
quadro de honra Madalena Victorino, 56 anos, natural de Lisboa Formou-se em dança contemporânea, composição coreográfica e pedagogia das artes em várias instituições de ensino do Reino Unido, ao longo dos anos 70 e 80. Em Portugal, nas últimas três décadas, tem-se destacado pela criação de projetos artísticos de dimensão comunitária. Foi também, entre 1996 e 2008, diretora e programadora do Centro de Pedagogia e Animação do Centro Cultural de Belém. Confessa viver “preocupada com a importância da educação artística de cada e todas as pessoas”.
Coreógrafa dirige festival que anima serões de hoje e amanhã em Odemira
Um museu feito de gente
O
demira discute este fim de semana o que vai ser o seu futuro museu e fá-lo de duas maneiras. Através de um colóquio interdisciplinar e de um pequeno festival noturno, que envolve 130 pessoas, entre artistas, alunos e artesãos locais, e dinamizará seis lugares emblemáticos da vila, sob o lema “O museu somos todos”. A ideia e direção artística são da coreógrafa Madalena Victorino. Qual o conceito subjacente ao festival “O museu somos todos” e como chegou a ele?
“O museu somos todos”, iniciativa da Câmara de Odemira, é um pequeno festival que utiliza espaços, na sua maioria fechados há muito tempo, que agora se abrem e se iluminam. Encontros entre artistas das mais variadas linguagens que vivem nesta região e pessoas de várias idades, que aqui nasceram também, resultam em curtas performances inesperadas. Um estúdio fotográfico convida todos os que quiserem tirar um retrato gratuito e surpreendente. Um “balho” único em que músicos da banda filarmónica se misturam com a bateria, o acordeão, a viola campaniça, as gaitas PUB
e a voz de uma cantora alemã, Miss Floy. A ideia é dinamizar encontros entre grupos e pessoas em volta das artes e lembrar-lhes que elas próprias são um património vivo e cultural que existe entre passado e futuro. Esse lugar sempre transitório, que se chama presente e que se enquadra num momento especialmente difícil e estimulante, é um dos elementos fortes deste programa. Com entrada gratuita em todos os acontecimentos, o convite centra-se no passear de noite por Odemira e descobrir-lhe uma nova órbita, um novo respirar. Ao todo, de quantos colaboradores estamos a falar e como trabalharam em conjunto estas pessoas?
Participam no fim de semana cerca de 130 pessoas dispersas por seis lugares emblemáticos da vila. Houve um trabalho feito por artistas nas escolas e um pequeno museu de imagens, com fotografias antigas da região gentilmente cedidas pelos comerciantes locais e juntas de freguesia, que possibilitaram uma experiência performativa por todo o concelho com a colaboração dos vários grupos de teatro amador, orientados pelo encenador Rui Pisco, que foi muito estimulante e maravilhosa.
A Fundação Odemira foi outro grande e cúmplice parceiro. Assim, estão envolvidas neste projeto muitas mais pessoas. As ideias foram apresentadas às pessoas como um convite, que, de uma maneira generosa e confiante, aceitaram. O que poderá sair deste fim semana para o futuro Museu de Odemira?
Ficará na memória das pessoas a ideia de que um museu poderá ser também um acontecimento, além de ser um edifício. Um projeto de museu vivo e contemporâneo terá sempre de passar pelo entusiasmo das pessoas, que o compreendem e para ele contribuem. Acredito na força das gentes, quando estão motivadas e acreditam no trabalho e na energia coletivos. A Câmara de Odemira, ao apostar num projeto como este, traz-nos uma notícia feliz. Desenha para o seu futuro museu uma participação ativa e forte de todas as populações que nesta região vivem: o mundo rural, o mundo mais agregado à vida social e profissional das vilas e aldeias. Conta com os seus artistas, com as muitas profissões e saberes que aqui se desenvolvem e enraízam. Pensa num museu com o futuro inscrito em si e não somente o passado. Carla Ferreira
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Hoje ainda se prevê um céu carregado de nuvens, com temperaturas entre os 10 e os 17 graus, mas amanhã e domingo já serão dias soalheiros. E com valores animadores, entre os sete de mínima e os 23 graus de máxima.
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Gabriel o Pensador e Ana Moura no Encontro de Culturas em Serpa O músico brasileiro Gabriel o Pensador e a fadista Ana Moura são os primeiros nomes confirmados para o Festival X Encontro de Culturas que decorrerá em Serpa, entre 7 e 10 de junho, “em versão mais concentrada atendendo às reduções de custos e permitindo aos visitantes um fim de semana mais preenchido”, esclarece a câmara municipal local, a entidade organizadora. O evento deverá arrancar com o espetáculo enRede – Rede Internacional de Municípios pela Cultura, que reúne parcerias culturais de vários municípios nacionais e internacionais, e 10 de junho será o Dia do Cante, para valorizar o cante como “património cultural do concelho e do Alentejo”. “Em sintonia com a política da autarquia, que preconiza a cultura como veículo de desenvolvimento sustentável para o concelho”, adianta a câmara, “o Encontro de Culturas e Mercado Cultural tem vindo a provar, ano após ano, que é, sem dúvida, um dos mais importantes projetos culturais da câmara e um dos que mais visitantes atrai a Serpa”.
Deolinda e Abrunhosa animam Primavera no Campo Branco A XXIII Quinzena Cultural Primavera no Campo Branco tem início no próximo dia 19, na vila de Castro Verde, com um concerto que reunirá na Basílica Real os professores do Conservatório Regional do Baixo Alentejo e o coro da secção de Castro Verde, dirigido pelo maestro Jaime Branco, concerto esse que irá homenagear Giuseppe Verdi e “toda a sua obra”. A iniciativa, que decorrerá até ao dia 5 de maio, propõe “um programa diversificado e descentralizado”, com áreas artísticas distintas, “como música, stand up comedy, teatro, fado, dança contemporânea e exposições, evidenciando datas importantes como a Revolução dos Cravos e o aniversário da Biblioteca Municipal Manuel da Fonseca”. O vasto programa, entre outras propostas, reserva mais uma edição do Festival 100 Cenas; um “encontro da campaniça com outras violas de arame”, da responsabilidade da associação Os Cardadores; intervenção plástica de rua pelo projeto coletivo “Terra Mexe”; e os concertos de Deolinda (dia 20) e Pedro Abrunhosa (dia 5 de maio).