Ediçao N.º 1617

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SEXTA-FEIRA, 19 ABRIL 2013 | Diretor: Paulo Barriga Ano LXXXI, N.o 1617 (II Série) | Preço: € 0,90

www.cm-odemira.pt


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Odemira é também agora referência à escala mundial com a Rota Vicentina, um percurso pedestre de 340 km, entre Santiago do Cacém e Sagres, criada com o objetivo de internacionalizar a Costa Sudoeste como destino de turismo de natureza. São dois caminhos, um perto do mar – o Trilho dos Pescadores, e outro mais interior, o Caminho Histórico, para fazer a pé ou de BTT, com tempo e disponibilidade para a paisagem e para a natureza. Parta à descoberta das sete praias maravilhas de Odemira e de muitos outros areais, pequenos tesouros escondidos numa costa selvagem e pura. Parta à descoberta do concelho de Odemira e deixe-se encantar pela sua costa, as suas aldeias, tradição, gastronomia e pelas suas gentes.

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PRAIA DO MALHAO ´` A FORCA DO ALENTEJO ATLANTICO

PRAIA DO FAROL

ONDE O RIO MIRA ABRACA O MAR

PRAIA DA FRANQUIA

´` BALNEAR ~ DE UMA ESTANCIA A TRADICAO ‘

desportos aquáticos, para os amantes da natureza, para quem procura paz e descanso. De extensos areais ou encaixadas nas falésias. São sete praias únicas, para todos. Não é por acaso que as praias das Furnas e de Zambujeira do Mar foram eleitas pela população portuguesa como duas das “7 Praias Maravilhas de Portugal”, em setembro de 2012. Odemira não tem apenas praias. Este será apenas um ponto de partida para descobrir aquele que é o maior concelho em área do país. São 1720 km2 de território, entre o mar, a serra e a planície. Um Alentejo diferente, de verde, de água, de mar. O Rio Mira, um dos menos poluídos da Europa, interrompido pelo grande lago da Barragem de Santa Clara, atravessa o concelho e encontra-se com o mar em Vila Nova de Milfontes, numa das mais incríveis paisagens da nossa costa. A costa Atlântica do concelho de

de qualidade, águas cristalinas e areais finos, em plena harmonia com a natureza. Cada uma das sete praias odemirenses é um tesouro a descobrir, com características que as diferenciam entre si e as tornam únicas. A força do Alentejo Atlântico nas ondas da Praia do Malhão. Já em Vila Nova de Milfontes, três praias obrigatórias, na foz do Rio Mira com uma das paisagens mais deslumbrantes do país. São as Praias do Farol, Franquia e Furnas. Na Praia do Almograve descobrem-se verdadeiras piscinas naturais. Protegida pela alta falésia e pela icónica Rocha do Palheirão, a Praia da Zambujeira do Mar convida a um pôr-do-sol inesquecível. Mais a sul, na Praia do Carvalhal estamos em perfeita harmonia com a natureza. São praias para viver em família ou a dois, para os praticantes de

Odemira pretende afirmar as suas praias como “As melhores praias de Portugal”, praias de natureza ímpar e qualidade comprovada, em pleno coração do Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina. São sete as Praias Maravilhas de Odemira. De norte para sul, ao longo dos seus 50 km de costa atlântica, na Costa Sudoeste, temos as Praias do Malhão, Farol, Franquia e Furnas (estas três praias junto a Vila Nova de Milfontes), Almograve, Zambujeira do Mar e Carvalhal. Odemira oferece ao turista qualidade ímpar nas praias, na paisagem, na água, na natureza, na gastronomia, no alojamento em espaço rural, na recetividade e acolhimento, como só os alentejanos sabem. As praias do Malhão, Farol, Franquia, Furnas, Almograve, Zambujeira do Mar Carvalhal são sete destinos de excelência para quem prefere praias


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Este VALE

€1,20 Veja como na página 25

na Postos BP Beja

C Cláudio Torres hhomenageado eem Lisboa e em Mértola pág. 12 SEXTA-FEIRA, 19 ABRIL 2013 | Diretor: Paulo Barriga Ano LXXXI, N.o 1617 (II Série) | Preço: € 0,90

Há 30 anos que em Beja se reúne todo o Alentejo deste mundo

Ovibeja à borla no primeiro dia Durante a manhã, cabe ao secretário de Estado Carlos Moedas a inauguração de uma escultura alusiva aos 30 anos da feira do

Alentejo, da autoria de Margarida Araújo. Água, azeite e vinho são os temas centrais do certame. pág. 10

Ruben Baião: Está o baile armado Montes Velhos homenageia o médico Ulisses Canijo págs. 6/7

Primavera Cultural chega ao Campo Branco pág. 27

Revolução Branca contesta Pulido pág. 11 PUB

Manuel Narra propõe ações “musculadas” pelo IP2

Chegou a primavera e com ela abriu a época dos bailaricos populares. Por esta altura, e até ao verão, não há aldeola do distrito onde não se dê um pezinho de dança. E por esses salões de baile fora há um nome incontornável que arrasta multidões: Ruben Baião. Um raro fenómeno de popularidade cujos segredos o “Diário do Alentejo” revela nesta reportagem exclusiva.

pág. 8

págs. 16/17 e DATV

25 de Abril Hoje mais do que sempre pág. 12

FRANCISCO SILVA CARVALHO

Assunção Cristas, ministra da Agricultura, abre oficialmente a 30ª. edição da Ovibeja na próxima quarta-feira, pelas 15 horas.


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Editorial Livro

Vice-versa Para a ANA – Aeroportos de Portugal, o balanço dos dois anos de atividade do aeroporto de Beja é “positivo”, bem como “as perspetivas de desenvolvimento em todas as áreas de negócio”. Fonte oficial da empresa disse à Lusa que “as ações de dinamização em curso poderão conduzir a importantes resultados já no curto prazo”. Jorge Ponce de Leão, presidente do Conselho de Administração da ANA

Paulo Barriga

Pulido Valente acusa o Governo e a ANA de criarem “obstáculos” à instalação de empresas aeronáuticas no aeroporto de Beja, impedindo que o desenvolvimento da infraestrutura seja “muitíssimo positivo”. “Os meses vão passando e a ANA acaba por não tomar nenhuma decisão em definitivo e, qualquer dia, os investidores aborrecem-se e vão para outros locais”.

F

ernando Pessoa, num dos seus melhores momentos de exaltação do livre arbítrio e da superioridade do espírito sobre a matéria: “Ai que prazer/Não cumprir um dever,/ Ter um bom livro para ler/E não o fazer!”. Ter um bom livro para ler. Eis a questão que hoje em dia se coloca com a urgência dos condenados. Ter um bom livro para ler. Ou melhor: encontrar um bom livro para ler. Desde o advento, mais ou menos recente, da concentração esmagadora da edição livreira em Portugal que não é tarefa fácil encontrar um bom livro para ler. Nas mãos de apenas um par de casas editoras, o livro transformou-se no mais banal dos produtos de mercearia. A sua perenidade nas estantes de vendas deixou de ter a ver com a qualidade das letras que no seu interior vêm impressas. O livro sobrevive enquanto a sua bonita capa sobreviver à ditadura das vendas. E no preciso instante em que outra capa mais bonita chega às montras, o livro velho de meia dúzia de semanas é dado para abate. Abate. É a palavra de ordem das novas editoras, conscientes que são do valor comercial dos seus livros. Indiferentes que são ao valor cultural dos seus livros. Livros para abate. Tal como sempre sucedeu nos momentos de maior regressão cultural na história da Humanidade, vive-se hoje um processo de apagamento, pela lâmina da guilhotina ou pela força das labaredas, da memória impressa. Não bastasse já o crime de lesa cultura que é a fraca qualidade da edição imposta pelos grandes grupos livreiros, não bastasse a obscenidade que é a edição massiva de obras irrelevantes e a sua imediata destruição em massa, o livro deixou igualmente de ter casa própria. Para grande perda do leitor que gostaria de ter um bom livro para ler. E talvez não o fazer. As livrarias estão extintas ou à beira da extinção. O livreiro de proximidade, bom conselheiro, atento conhecedor, apaixonado pelas letras e pela partilha das letras, é um ser raro. Aliás, a grande maioria das pessoas nem concebe hoje a sua existência. O livro é coisa de supermercado, antes da secção da fruta, depois da charcutaria, a meio caminho para os detergentes e os abrasivos. Nesta terça-feira celebra-se o Dia Mundial do Livro. 23 de abril. Dia em que faleceu Cervantes. Dia em que nasceu Shakespeare. Dia em que certamente gostaria de ter um ou o outro para ler. Mas por certo não o vai conseguir fazer.

Fotonotícia

Rally de Portugal. A grande surpresa de mais esta edição do Rally de Portugal foi a participação do bom tempo. E com ele a adesão de milhares de pessoas aos troços daquela que é considerada por muitos a melhor prova do mundo nesta especialidade. O piloto francês Sébastien Ogier acabou por se juntar ao restrito lote dos pilotos que venceram a corrida portuguesa por três vezes. Ao contrário de algumas notícias que circularam nos últimos dias, espera-se que a organização do Rally de Portugal torne a optar, em 2014, por trazer os melhores pilotos do mundo às belíssimas pistas de terra batida do Alentejo e Algarve. PB Foto de Álvaro Barriga

Voz do povo Como andam os seus hábitos de leitura? (Assinala-se, a 23, o Dia Mundial do Livro)

Inquérito de Gonçalo Farinho

Rita Monteiro, 63 anos, empregada de bar

João Gonçalves, 76 anos, reformado

Alexandra Tavares, Professora do 1.º ciclo

Leontina Guerreiro, 42 anos, auxiliar de educação

Gosto muito de ler. Não tenho um género de livros preferido, mas na maioria são romances e policiais e tenho por hábito comprar os livros que leio. Os jovens cada vez estão a ler menos, os computadores afastam-nos dos livros, porque é muito mais fácil procurar uma coisa num computador do que num livro. Prefiro ler, em vez de ver um programa de televisão.

Quase todos os dias venho até à biblioteca municipal para ler os jornais. Antes de pegar num livro, a primeira coisa que faço é pegar num jornal, principalmente os de desporto. Aqui na biblioteca vejo muito poucos jovens a ler, por vezes ainda vejo um ou outro, mas é muito raro.

Leio todos os dias. O tipo de leitura varia conforme a altura do ano; se estiver mais cansada opto por uma literatura mais ligeira. Segundo os jovens que conheço, principalmente os meus alunos, temos bons leitores. O livro continua a ser uma presença agradável na vida dos jovens, o importante é serem motivados e, para tal, na próxima semana vamos desenvolver na nossa escola (Jardim Infantil N. Sr.ª da Conceição) uma feira do livro.

Leio principalmente em tempo de férias. Revistas, jornais e livros, os últimos na sua maioria romances. Ao nível do que observo e vejo pelos meus sobrinhos, os hábitos de leitura nos mais novos vêm a diminuir. Ao estar numa escola, apercebo-me de que estes alunos preferem os computadores e as consolas aos livros. Em tantos meninos, talvez três ou quatro optem por ler nas pausas das aulas.


Rede social

Semana passada DOMINGO, DIA 14 ALJUSTREL PODER LOCAL E ÁLVARO CUNHAL HOMENAGEADOS O município de Aljustrel prestou homenagem ao poder local democrático e ao líder histórico do PCP, Álvaro Cunhal, atribuindo os seus nomes a duas ruas da vila em cerimónia pública. Apesar de “cada vez mais ameaçado pelas recentes medidas perpetradas pelo poder central”, o poder local resiste como “o elo mais forte no apoio às comunidades”, referiu o município, que se associou também às comemorações do centenário do nascimento de Álvaro Cunhal. Figura a quem quis “reconhecer o papel na luta pelo derrube de um regime opressor, que ao longo de anos adiou o desenvolvimento de Portugal”.

SEGUNDA-FEIRA, DIA 15 FERREIRA DO ALENTEJO CÂMARA ENTREGA PROVIDÊNCIA CAUTELAR CONTRA O ESTADO A Câmara Municipal de Ferreira do Alentejo entregou no Tribunal Administrativo e Fiscal de Beja uma providência cautelar contra o Estado, com o objetivo de “obrigar a Estradas de Portugal a tomar medidas de proteção das populações contra as condições de insegurança ambiental e rodoviária resultantes da paralisação das obras da A26”. Um ato em que estiveram presentes o advogado André Miranda, que tem estado a conduzir todo o processo, e o presidente da Câmara de Ferreira do Alentejo, Aníbal Reis Costa, bem como outros representantes da autarquia. Depois da paragem nos trabalhos, frisa o município, “a obra foi deixada ao abandono, situação que deixou a autarquia indignada”.

ODEMIRA MINISTRA DA AGRICULTURA VISITA EMPRESAS HORTÍCOLAS A ministra da Agricultura, Assunção Cristas, esteve no concelho de Odemira para uma visita a várias explorações agrícolas do perímetro de rega do Mira. A governante passou pela Vitacress Portugal, multinacional portuguesa de saladas, pela Driscoll’s, produtora de framboesas, e ainda pelas ecoestufas de vidro com cogeração da Atlantic Growers. A visita surgiu no âmbito de um convite lançado pela Associação de Horticultores do Sudoeste Alentejano (AHSA), com o intuito de dar a conhecer à tutela “as potencialidades agrícolas do concelho de Odemira e das empresas aí instaladas, muitas delas vocacionadas para o mercado de exportação”.

TERÇA-FEIRA, DIA 16 BEJA CIMBAL ACOLHE OS PARCEIROS EUROPEUS DO PROJETO INCOMPASS Estiveram reunidos em Beja e Lisboa, durante dois dias, os parceiros do projeto Incompass, cujo intuito é apoiar a autossustentabilidade de indústrias criativas “permitindo-lhes desenvolver e compartilhar métodos inovadores, de modo a colmatar a eventual dependência de financiamento público”. Em Portugal, a entidade parceira deste projeto, que arrancou em dezembro de 2011 e engloba entidades municipais e académicas do Reino Unido, Grécia, Itália, Espanha, Suécia, Eslováquia, Bulgária e Holanda, é a Comunidade Intermunicipal do Baixo Alentejo (Cimbal). No âmbito do Incompass, têm sido realizadas visitas a diferentes países, para colocar os parceiros em contacto com as diferentes realidades das indústrias criativas.

QUARTA-FEIRA, DIA 17 CUBA NERBE PROMOVE MAIS UMA REUNIÃO DESCENTRALIZADA O Nerbe/Aebal – Associação Empresarial do Baixo Alentejo e Litoral realizou em Cuba, subordinada ao tema “Sustentabilidade e competitividade do tecido empresarial local”, a sétima de várias reuniões descentralizadas que está a promover nos concelhos do distrito de Beja. Este ciclo de reuniões “tem como objetivo a apresentação dos projetos do Nerbe/Aebal e a partilha de ideias e de experiências do tecido empresarial” de cada concelho, bem como “conhecer as dificuldades das empresas locais e dentro da nossa área de intervenção tentar encontrar soluções”.

4 perguntas a Jorge Monteiro Presidente da ViniPortugal Quais são os principais objetivos do Concurso Nacional de Vinhos, que decorrerá em maio, em Santarém, numa organização da ViniPortugal?

No âmbito da parceria estabelecida entre a ViniPortugal, Andovi, Cnema, Ivbam, IVDP e IVV, o Wines of Portugal Challenge é relançado com um formato moderno. O concurso tem o objetivo de reforçar e estimular a promoção da produção de vinhos de qualidade, não só no mercado doméstico, no qual o concurso tinha já um indiscutível impacto, mas sobretudo no mercado internacional, permitindo que um largo espectro de vinhos portugueses possa ser apreciado por um prestigiado painel de prova internacional. E as principais novidades para esta edição?

As alterações integradas nesta edição pretendem sobretudo reforçar o carácter internacional do concurso. Uma das novidades será a oportunidade que será dada aos vinhos em termos de promoção nos principais mercados, pois os que subirem ao pódio do concurso, para receber a grande medalha de ouro, terão assegurada a participação nas ações de promoção genérica: seminários para profissionais, provas para consumidores, city tastings ou presenças em feiras, nos mercados prioritários de promoção dos vinhos portugueses: EUA, Brasil, Canadá, China, Angola, Reino Unido, Alemanha e nórdicos. A outra novidade é a composição e o funcionamento do júri, pois os jurados internacionais provarão conjuntamente com os portugueses, tendo sido introduzida também a figura de um grande júri, constituído por quatro especialistas estrangeiros, que elegerá os grandes ouros, tomando como amostra os ouros selecionados pelos jurados.

“Olhar a Liberdade” no Mercado Municipal de Aljustrel Cerca de 30 apaixonados pela fotografia foram desafiados a registar a “liberdade”. O concurso foi lançado pelo município de Aljustrel que entregou os prémios no sábado, 13, e inaugurou a respetiva exposição. Maria Alice Romano, de Cascais, conquistou o 1.º prémio.

Palma mais “íntimo” passou por Beja no sábado Muitos já o conhecem de longa data mas o concerto que, desta vez, levou ao Pax Julia tinha um elemento surpresa. Jorge Palma veio acompanhado do filho, Vicente, o segundo elemento da tour acústica “Íntimo”. Uma viagem por 40 anos de música em apenas 80 minutos.

Bombeiros por um dia, para salvar a floresta Não é todos os dias que se tem a oportunidade de fazer parte do cenário do combate a um incêndio florestal. “Vamos salvar a floresta”, iniciativa do município e dos Bombeiros Voluntários de Beja, propôs isso mesmo, no dia 11, aos alunos das escolas da cidade.

Qual é a importância dos vinhos alentejanos no panorama nacional?

O Alentejo é uma das maiores regiões vitivinícolas de Portugal e os vinhos alentejanos continuam a afirmar-se pela sua qualidade no panorama internacional. Tal como os vinhos portugueses, na sua generalidade, os vinhos do Alentejo têm conseguido conquistar a crítica internacional e os consumidores dos principais mercados chave. No entanto, muito embora as exportações de vinhos portugueses continuem a crescer, há ainda um trabalho consistente que deve ser desenvolvido nos mercados prioritários, continuando a ser importante o fortalecimento da presença dos vinhos portugueses, nomeadamente através da participação em ações de promoção dirigidas ao público on e off trade.

À procura do “canto ideal” no mundo É sobre isso e, no fundo, sobre a eterna busca da felicidade, que fala “Sonhar ao Longe”, peça da companhia Baal17, inspirada no livro homónimo dos bejenses Jorge Serafim e José Francisco. As crianças viram e o resto da comunidade também, no sábado, 13, em Serpa.

O programa de ações paralelas do concurso inclui uma visita a Vidigueira. Com que finalidade?

A visita insere-se no contexto da promoção de vinhos de terroir, e a nossa preocupação é dar a conhecer, não o País de norte a sul ou uma região da nascente até ao mar, mas proporcionar um conhecimento mais detalhado de uma região menos conhecida a nível internacional. Nélia Pedrosa

Terras Sem Sombra com casa cheia no concerto de abertura A organização garante que foi “dos melhores arranques de sempre” do festival. Em Almodôvar, a igreja matriz depressa se encheu no sábado, 13, para ouvir o “Stabat Mater”, de Pergolesi. A prova de que a música erudita tem espaço fora das grandes salas cosmopolitas.

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Montes Velhos

Junta de freguesia de São João de Negrilhos homenageia médico Ulisses Canijo

Minas e agricultura ainda são o sustento da aldeia A população da aldeia de Montes Velhos, que se distribui por dois aglomerados populacionais, vive essencialmente do trabalho nas minas de

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meio da manhã de uma sexta-feira, a pequena loja social do Grupo de Voluntariado Mãos Dadas, Corações Unidos, localizada no largo da República, mais conhecido por largo da Escola, é um dos espaços mais movimentados de Montes Velhos, na freguesia de São João de Negrilhos, Aljustrel. Melhor dizendo, é um dos espaços mais movimentados do aglomerado populacional mais antigo de Montes Velhos, batizado de Aldeia Velha; o outro aglomerado – Aldeia Nova – estende-se para noroeste (embora pertençam à mesma aldeia, os dois aglomerados estão devidamente identificados por placas troponómicas – ver caixa). Na pequena loja social, paredes meias com uma papelaria, a escassos metros da padaria e de um café restaurante e praticamente em frente à Junta de Freguesia de São João de Negrilhos, há sempre alguém a entrar e a sair. Ora para conhecer os novos artigos de vestuário e para a casa acabados de chegar às prateleiras (na sua maioria em segunda mão, mas também há artigos doados ainda com etiqueta), ora à procura de uma ou outra peça de roupa mais leve, agora que o tempo quente parece ter vindo para ficar. E há quem entre simplesmente para dar os bons dias ou para trocar dois dedos de conversa. Lídia Silva, 67 anos, reformada, antiga trabalhadora rural e a dias, é uma das quatro voluntárias responsáveis pelo funcionamento da loja social, que abre três manhãs por semana. Inaugurado há sensivelmente dois anos, o espaço vende artigos “a preços simbólicos” – a esmagadora maioria a um euro –, “revertendo esse dinheiro para material ortopédico, como cadeiras de rodas, camas articuladas, colchões anti escaras, almofadas, andarilhos ou cadeiras de banheira rotativas, tudo coisas de 600, 700 euros e por ai fora”, que depois são disponibilizados, mediante “uma caução”, a quem necessita, esclarece a voluntária. Para além desta vertente, que visa dar resposta a uma população cada vez mais envelhecida, diz Lídia Silva, o facto de se venderem artigos a preços baixos é sempre uma ajuda em tempos de crise. E numa aldeia onde a falta de emprego afeta principalmente as mulheres, o voluntariado, que envolve atualmente 30 senhoras de Montes Velhos, permite ocupar “algum do tempo livre”, para além “de dar movimento” à localidade. “A crise, a falta de trabalho e o facto de ser uma população muito idosa são os principais problemas de Montes Velhos”, continua

Neves-Corvo e de Aljustrel e da agricultura. A crescente mecanização do trabalho agrícola, principalmente nas explorações de maior dimensão, está, no entanto, a levar a uma diminuição de mão-de-obra necessária no setor, aumentando assim o número de desempregados na localidade. Texto Nélia Pedrosa Fotos José Ferrolho

a voluntária, acrescentando que da população que trabalha, “os que não o fazem na mina [de Aljustrel e Neves-Corvo] fazem-no na fábrica das manilhas à saída da aldeia”. Há ainda “pessoas que trabalham a dias”. E na agricultura “são mais os lavradores, os que têm uns bocadinhos de terra”. Os olivais que se estendem pelas redondezas e o amendoal, localizado na chamada Aldeia Nova, “não empregam muita gente, porque é tudo mecânico”. Perante este cenário, diz Lídia Silva, a população jovem é obrigada a “ir embora”, à procura de trabalho, “principalmente para o Algarve, mas no Algarve também está complicado”. Clarisse Neutel, 54 anos, doméstica,

outra das voluntárias do Grupo Mãos Dadas, Corações Unidos, sabe bem do que fala a colega Lídia Silva. Viu partir a filha, de 27 anos, para os Açores, onde trabalha num centro de emprego. O filho, de 33, teve melhor sorte, é topógrafo na mina da Somincor, em Neves-Corvo, um dos principais empregadores na região, refere. Até há cerca de três anos, Clarisse trabalhava com o marido na produção de tomate, que depois vendiam “para a fábrica da Tomsil [Sociedade Industrial de Concentrado de Tomate] em Canhestros”. Com o encerramento da unidade, conta, foram “obrigados a cessar a atividade”. O marido dedica-se agora “ao trigo, à cevada e ao girassol”. Clarisse, por motivos de

saúde, deixou de trabalhar no campo. “Uns trabalham na agricultura, outros, a maioria, na mina da Somincor. Agora também já começaram a trabalhar na mina de Aljustrel”, resume, salientando que o desemprego na aldeia atinge particularmente as mulheres, devido, em parte, ao declínio da produção do tomate, que “no verão dava trabalho a quase toda a gente”. Agora, resta-lhes, às senhoras desempregadas, frequentar os cursos de formação profissional do Centro de Emprego de Aljustrel. “Fazem umas formações, só para ocupar o tempo, e é tudo”, diz. António Maria Jordão, 75 anos, agricultor há mais de meio século, atravessa a praça da República em direção a casa. Está na sua hora de almoço, se bem que, apressa-se a dizer, agora que os dois filhos, de 40 e 46 anos, “orientam” grande parte do serviço do campo já não tem horários tão rígidos. À semelhança do marido de Clarisse Neutel, durante anos produziu tomate. Com o encerramento das fábricas de transformação de tomate que laboravam na região, passou a “semear trigo e cevada”. “As fábricas [de tomate] desistiram e o transporte daqui para as fábricas que há lá em cima [na zona centro do País] é muito caro e não conseguimos suportar os encargos. O que há agora mais nesta zona é oliveiras, mas não possuo terra que chegue para as plantar, por isso é mais é o trigo, a cevada, em terrenos meus e noutros arrendados”, esclarece o agricultor, apontando como um dos principais problemas do setor o aumento do preço “dos adubos e de outras coisas”, sendo que depois o produto final “é sempre vendido barato, não dando sequer, às vezes, para pagar as despesas”. Vantagens comparativamente “aos tempos antigos”, só consegue indicar “os subsídios” dados aos agricultores, importantes para a sua “sobrevivência”, numa região onde o setor ainda tem um peso significativo em termos de postos de trabalho, diz, apesar de os novos investimentos que vão surgindo na zona, caso dos olivais e do amendoal de Aldeia Nova, “não serem aquilo que as pessoas estavam à espera”: “Aquilo é tudo feito à máquina. Mas aqui, em termos de emprego, não está tão mal como ouvimos falar para aí em certos sítios. Há os que trabalham nas minas, há outros na agricultura, temos uma fábrica de manilhas que também tem ali uma mão cheia de pessoal a trabalhar. Mas falta emprego para as senhoras e para os jovens. Esses, coitados, não sabem quando é que arranjam”.


Maria Fernanda Martins Presidente da Junta de Freguesia de São João de Negrilhos

Quantos habitantes tem Montes Velhos de acordo com o Censos 2011?

A localidade de Montes Velhos é constituída por dois aglomerados populacionais: Aldeia Velha e Aldeia Nova, no entanto, a nível de Censos é considerada toda a população da freguesia, que é composta por mais dois lugares: Jungeiros, Outeiros e alguns montes ainda habitados. No Censos de 2011 foram contados 1 468 indivíduos, sendo detetada uma diminuição de 255 em relação ao de 2001.

A Junta de Freguesia de São João de Negrilhos homenageia no próximo dia 27 o médico Ulisses da Silva Canijo, nascido em agosto de 1896, no concelho de Armamar, distrito de Viseu. Ulisses Canijo “formou-se em medicina no Porto, tendo vindo de seguida exercer a sua profissão para Ervidel e depois para Montes Velhos, onde conheceu Maria da Silva de Brito Camacho (sobrinha do distinto republicano Manuel de Brito Camacho) com a qual veio a casar, radicando-se definitivamente nesta localidade”, conta a presidente de junta, adiantando que “tudo se passou numa época em que a população atravessou grandes crises existenciais que deram origem à fome e a doenças por ela provocadas”. Ulisses Canijo, “médico dedicado à sua profissão”, procurou “sempre o saber com vultos de destaque na área e pô-lo quase sempre gratuitamente ao serviço do povo. Diz-se que chegou a fazer curas quase impossíveis”, adianta Maria Fernanda Martins, acrescentando que “foi uma pessoa com um desmedido sentido humanitário: além das curas gratuitas que fazia, chegou, conjuntamente com a esposa, a alimentar famílias inteiras, responsabilizando-se também pela criação de crianças que ficavam órfãos, até à altura de lhes dar uma profissão”. Cedeu ainda uma parcela da herdade do Sabugueiro, onde, em 1967, com o genro António Pedro Quadros e Costa e alguns proprietários das suas relações, fundou uma fábrica de transformação de produtos agrícolas, a Cooperativa Hortofrutícola do Roxo, que chegou “a ser uma das fontes de maior número de postos de trabalho do concelho”. Durante os cerca de 25 anos de existência desta empresa, “a população usufruiu de um nível de vida e aumento demográfico que nunca mais foi alcançado”, diz a autarca. A homenagem, agendada para as 15 horas, inclui o descerrar de uma lápide na moradia onde o médico viveu e morreu (em 1976), seguido de percurso até ao cemitério onde se encontra sepultado. “Esta homenagem tem como objetivo o agradecimento dos que tiveram a oportunidade de conhecer tão importante figura para a freguesia e para que os mais novos o tenham como exemplo”, conclui Maria Fernanda Martins.

A que setores de atividade se dedica atualmente a população em idade ativa? A agricultura continua a ser uma atividade relevante?

A população em idade ativa continua a ter como fator principal de emprego a agricultura e outros a esta ligados, como algum comércio e conservação e manutenção das redes de rega. Existe ainda uma IPSS (instituição particular de solidariedade social) que mantém alguns postos de trabalho; no entanto, como o avanço da tecnologia permite que a maior parte dos trabalhos agrícolas seja executada por máquinas, diminui a mão-de-obra, aumentando assim o nível de desemprego na população. Quais são os principais problemas de Montes Velhos? E que soluções aponta para os mesmos?

Neste momento o grande número de desempregados faz com que os habitantes em idade ativa procurem trabalho noutros lugares, diminuindo assim o índice populacional, a juntar à enorme baixa de natalidade. Soluções? Por exemplo a criação de empresas de transformação dos produtos agrícolas ou agropecuários, o que não é do foro das autarquias, mas sim dos investidores. E as suas principais potencialidades?

Quase todos os terrenos agrícolas são de boa qualidade e abrangidos pelo regadio da barragem do Roxo. A população é muito produtiva quando tem oportunidade de o demonstrar. Como atrás foi dito, falta apenas quem queira investir. Como é que vê o futuro de Montes Velhos?

Não podemos ser negativos, vamos ter esperança que exista de facto criação de empregos que proporcionem um nível de vida digno para a população e que o próximo Censos nos apontem um acréscimo e não um decréscimo populacional. Sem emprego não há desenvolvimento económico e não há aposta no futuro por parte dos jovens.

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Aldeia Velha e Aldeia Nova A localidade de Montes Velhos tem a particularidade de ser constituída por dois aglomerados populacionais: Aldeia Velha (por ter sido a primeira a aparecer) e Aldeia Nova. “Segundo reza a história, D. Afonso Henriques passou por cá quando ainda existiam apenas uns montes habitados por casais já velhos, perguntou como se chamava o lugar, ao que lhe responderam: ‘não tem nome, são as nossas casas’. D. Afonso Henriques disse ‘então passa a chamar-se de Montes dos Velhos’. Havia, no entanto, o problema de se situar numa lagoa que se enchia de sapos. A população que vinha viver para este lugar começou a construir as suas casas num ponto mais alto, começando a distinguir-se uma da outra por Aldeia Nova e Aldeia Velha”, esclarece a junta de freguesia. Na Aldeia Velha ainda existe a rua do Sapalinho, “por ter sido a zona onde mais tempo houve a lagoa (sapal) e a rua do Açude, por onde as águas desciam para a ribeira”. Por ter sido a primeira a ser construída, a Aldeia Velha “usufrui de mais serviços: sede da junta de freguesia, igreja, cemitério e, em tempos, também teve mais comércio, o que chegou a provocar rivalidades entre os dois aglomerados populacionais”, diz Maria Fernanda Martins. “Hoje isso tudo foi ultrapassado porque muitos dos serviços passaram a ser construídos no meio das duas aldeias, como o posto médico, o lar de terceira idade e centro dia e o centro sociocultural”.

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Junta de São João de Negrilhos homenageia Ulisses da Silva Canijo


Diário do Alentejo 19 abril 2013

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Se não tivermos uma resposta mais musculada face ao poder central, continuar-nos-ão a enganar como nos têm enganado até agora. Na última reunião com as Estradas de Portugal tive a oportunidade de dizer que não acreditava em nada daquilo que nos estavam a dizer.

Autárquicas2013

Narra acredita que a retirada de competências aos autarcas pode gerar “graves convulsões”

Vidigueira propôs o corte dos acessos à cidade durante a Ovibeja Pela terceira eleição consecutiva, Manuel Narra é o candidato da CDU à Câmara Narra afirma nesta entrevista que muitos autarcas colocam os interesses indide Vidigueira. Apesar de ter afirmado recentemente que “não tinha vocação para viduais à frente dos valores coletivos da região. Quanto ao retomar das obras no regente”, o atual edil acabou por aceitar o convite para um último mandato que IP2, o presidente da autarquia vidigueirense defende “medidas musculadas”. será muito vocacionado para as “questões sociais”. Extremamente crítico em rela- Nomeadamente o corte de todas as ligações à cidade de Beja durante a Ovibeja. ção ao associativismo intermunicipal e á falta de centralidade da cidade de Beja, Levou algum tempo a anunciar a sua candidatura à Câmara de Vidigueira. Chegou mesmo a anunciar que não se recandidataria porque “não tinha vocação para ser regente”. O que o fez mudar de opinião?

Este ataque cada vez mais violento ao poder local fez com que sentisse necessidade de continuar. Nesta fase difícil não seria de bom-tom, nem se coaduna com a minha forma de ser, abandonar os projetos a meio. E é nesse sentido que serei candidato a mais um mandato, esperando, naturalmente, poder continuar o trabalho desenvolvido, apostando agora na área social, porque os tempos que se avizinham vão precisar de câmaras municipais muito fortes, como primeira resposta às necessidades elementares das populações. Com todas estas limitações e constrangimentos legais e retirada de competências às autarquias, ainda vale a pena ser presidente de câmara?

Desde que as pessoas vistam a farda de servir bem as suas populações, vale sempre a pena. Naturalmente que para quem tem outro tipo de ambições, talvez já não valha a pena. Com a passagem de grande parte das competências para as Comunidades Intermunicipais, em que os poderes não eleitos vão voltar a ditar as regras, acaba por se estar a esvaziar um pouco o lugar de presidente de câmara. E quando as pessoas sentirem que não vale a pena, porque a sua área de intervenção acaba por ser extremamente reduzida, então teremos graves convulsões na própria democracia. Costuma ser uma voz muito incómoda aqui na região. Ainda estão bem vivas na memória de todos a intenção de a Vidigueira compra o Museu Regional, por exemplo, ou o “Diário do Alentejo”. Considera-se um provocador?

Provocador, não. Apenas faço constatações. É vergonhoso que a capital de distrito, que deveria ser a verdadeira mola impulsionadora do desenvolvimento regional, se abstraia de coisas que parecem insignificantes, mas não deixam de ter um significado muito grande para estas gentes. Se falarmos no Museu Regional,

não é concebível que, estando ele localizado em Beja, seja o município de Vidigueira e o município de Almodôvar a assegurar toda a manutenção desse edifício por indisponibilidade na cedência de funcionários e de meios por parte da Câmara Municipal de Beja. Isso é inconcebível. A autarquia de Vidigueira também acabou por sair do Conservatório regional…

Não é crível que a principal entidade que gere o Conservatório, que é o município de Beja, que tem o maior peso no financiamento do seu orçamento, fosse precisamente aquele que não pagava, levando a que outros municípios tivessem que suportar os custos de funcionamento dessa instituição. Por diferentes vezes se falou da possibilidade de avançar para a Câmara de Beja. Sempre foi muito crítico em relação a este executivo. Em sua opinião o que é que faltou a esta câmara para estar mais próxima dos munícipes?

Acima de tudo o subir a um pedestal imaginário do presidente da Câmara de Beja. Como assim?

Ao colocar-se num pedestal onde nem sequer tem tempo para ouvir os seus munícipes, este será sempre um presidente que não ouve os reais problemas das populações. Um presidente de câmara, para além da função que desempenha, deve ser uma pessoa que partilha diariamente os problemas que as pessoas vivem. E isso não acontece em Beja?

Estamos num mundo muito individualista em que o problema de cada um é o grande problema da sua vida. O autarca tem de estar atento a esses pormenores e tem de estar no terreno a conversar com as pessoas, coisa que não se passa em Beja. Acha que João Rocha é a pessoa capaz de trazer para a capital de distrito a centralidade que lhe tem faltado?

A história fala pelo João Rocha. Veja-se que ele pegou numa pequena vila e transformou-a numa

Texto Paulo Barriga Fotos José Ferrolho

cidade agradável, como é o caso de Serpa. Penso que ele terá essa capacidade, com certeza. Veremos é se, neste contexto difícil que as autarquias estão a viver, terá os meios suficientes para por em prática tudo aquilo que já demonstrou noutras paragens. Continua com a ideia de fechar todas as entradas da capital de distrito, em protesto contra o não retomar das obras no IP2 e do IP8?

Já lancei esse desafio aos meus colegas autarcas. Se não tivermos uma resposta mais musculada face ao poder central, continuar-nos-ão a enganar como nos têm enganado até agora. Na última reunião com as Estradas de Portugal tive a oportunidade de dizer que não acreditava em nada daquilo que nos estavam a dizer. Foi-nos dito que até ao final de 2012 o assunto estaria resolvido. O certo é que já passou o mês de março, estamos a meio do mês de abril, e mais uma vez voltaram-nos a mentir. O que quer dizer com “resposta mais musculada”?

A palavra mais importante para que esta

estrada seja feita chama-se mobilização. Não pode haver uma marcha lenta com 200 viaturas, como a que existiu, mas 60 carros saíram de Vidigueira. Onde é que está o resto da participação cívica da região? Se não tivermos a capacidade de mobilizar as populações não há nada a fazer. O IP2 passou a ser a estrada da morte. Nos últimos dois anos, entre Vidigueira e Portel, morreram nove pessoas. Temos de protestar de uma forma mais forte, mais musculada, como dizia. Propus, na última reunião, claro que não foi do agrado de muita gente porque achavam que era uma medida extremamente violenta, que Beja fosse cercada por todos os lados durante a Ovibeja. Já desistiu dessa intenção?

Sozinho não o consigo fazer. Lancei este desafio aos meus colegas. Sente-se um autarca isolado nesta situação em concreto?

Não, porque os meus colegas têm estado sempre na linha da frente, nessa luta. Só que ainda entendem que estamos num período em que é possível desbloquear as coisas com diálogo. Eu já não acredito nisso. Era importante que estas obras recomeçassem, até porque estamos a chegar ao verão. Vai haver milhares de carros a caminho do Algarve, pessoas que vão evitar autoestradas, porque não há dinheiro para pagar portagens, e que irão utilizar o IP2 como itinerário alternativo. E vamos correr um sério risco de ver o número de acidentes e de mortes aumentar, porque não há a mínima segurança no IP2. O que quis dizer quando afirmou que no distrito de Beja são muitos os autarcas que continuam fechados nos seus feudos?

Há muitos autarcas que, e penso que isso será também um problema do povo português, não têm o sentimento do que é que é uma atuação cooperativa. São demasiado individualistas para estarem nos lugares onde estão. E, muitas vezes, só estão dispostos a associarem-se a alguma coisa se tiverem a possibilidade de retirar um manifesto interesse particular em detrimento do interesse coletivo.


09 Diário do Alentejo 19 abril 2013

“O que poderá sozinho um concelho, como Vidigueira, na luta por grandes reivindicações, como é o caso da construção do IP2?”

Bisca Lambida

Vidigueira não está só

Marca importante

João Espinho

João Machado

O

concelho da Vidigueira, como muitos outros por esse País fora, pela sua reduzida dimensão demográfica, e consequente ausência de importância e peso no espectro político-partidário, tem que se munir de armas potentes e ferramentas eficientes para que a sua voz e reivindicações se façam ouvir e tenham eco junto das diversas estruturas governamentais. Em linguagem vulgar, estas ferramentas traduzem-se em lóbis, em criar apoios e grupos de pressão junto do poder central, em fazer acreditar que as reivindicações são justas, razoáveis e exequíveis. Estes lóbis, pensávamos nós, seriam criados aproveitando a massa cinzenta dos nativos entretanto eleitos como deputados, ou escolhidos como ministros, secretários de Estado, etc…). Está provado que a massa cinzenta não é suficiente, pelo que é notória a falta de... coragem, dos ilustres conterrâneos em exigir para a sua terra aquilo que, em determinada altura, prometeram defender, mas noutra ocasião afirmam não ser possível cumprir. A construção do IP2 é transversal a todos os nossos “ilustres”, alguns deles perfeitos demagogos. No caso de Vidigueira, terra de pão e laranjas, resta ao seu presidente de câmara, para obter mais holofotes e algum protagonismo regional, andar por aí a reclamar (com alguma justiça) a conclusão das obras do IP2. Obviamente que Vidigueira ncia. Mas a falta não está isolada nesta exigência. atal para de um lóbi alentejano será fatal gueira. as intenções do edil da Vidigueira. versos Seguramente que, nos diversos eventos da Cidade do Vinhoo 2013, se ouvirão protestos sobre o esm tado do IP2. Veremos quem se associa a estes protestos. E quantos farão ouvidos moucos enquanto estão degustando o licoroso de Vidigueira. Aquela vila alentejana nãoo está sozinha neste seu com-bate. Mas também os quee lhe querem dar apoio pare-cem estar mais isolados doo que a própria Vidigueira. É o destino… PUB

O

s pequenos concelhos como o de Vidigueira têm muitas especificidades que os podem ajudar a desenvolver, criando sinergias favoráveis, atraindo investidores e apostando definitivamente em nichos de mercado como o do vinho e do azeite. Vidigueira é um exemplo do que pode ser feito para desenvolver o Baixo Alentejo, explorando o que este tem de melhor mas só poderá atingir determinados patamares se o fizer alicerçado em parcerias e estratégias comuns com os concelhos limítrofes ou mesmo com todos os outros do Baixo Alentejo que tenham a mesma visão de futuro. Vidigueira é hoje mais do que um concelho, é uma marca importante do Baixo Alentejo que todos devemos estimar, e pode potenciar todas as vertentes de desenvolvimento sustentado desde que estas sejam vistas numa ótica de conjunto. Quando nos recordamos de Vidigueira, pensamos de imediato no bom vinho que ali é produzido mas esta terra tem muito mais para oferecer se todas as suas valências forem colocadas ao serviço de uma região. No caso do IP2, Vidigueira, como qualquer outro concelho, não pode lutar sozinho, pois a sua voz pouco ou nada será ouvida. Nestes casos, como em quase todos, a visão deve ser conjunta para tornar a pressão mais efetiva junto das entidades com

poder de decisão. Como alguém disse : “Sozinhos podemos pouco, juntos podemos muito, mas unidos podemos tudo”.

Reforçar a solidariedade Sérgio Fernandes

A

o contrário do sentido que a leitura precipitada da pergunta pode induzir, a luta pela conclusão das obras de requalificação do IP2 não tem vindo a ser travada isoladamente por um único município. Felizmente, digo eu. Não vale a pena irmos mais longe… aqui mesmo, nas páginas do “Diário do Alentejo”, me recordo de ler nos últimos meses diversas tomadas de posição sobre esta matéria. Seja por parte das associações intermunicipais, como a Ambaal e a Cimbal, seja por parte de associações empresariais, como o Nerbe, seja por parte das forças políticas, dos deputados à Assembleia da República ou até mesmo por movimentos de cidadãos (‘Revolta-te por Beja’). Em certa medida, a resposta a esta questão deixei-a aqui na semana passada: “todos nunca seremos demais para fazer o tanto que ainda está por fazer”, na região do Baixo Alentejo. Tenhamos plena consciência de que são as regiões do interior as que apresentam maior défice de desenvolvimento e aquelas onde mais negativamente se fazem sentir as consequências das aatuais políticas forterestrit mente restritivas. Neste ccontexto, o reforço da solidar solidariedade regional em u agenda para o detorno de uma senvolvim senvolvimento da nossa região assum assume redobrada importân tância. Solidariedade eessa que não deve ser posta em causa por interesses político-partidários i imediatos ou ser seque questrada em nome de exc excessos de voluntarism mediático, como rismo por vezes vemos acontecer com prejuízo do incer, ter teresse comum.

Porque a conclusão de projetos como o IP2 se reveste de um caráter fundamental, não apenas para as populações que diretamente deles podem vir a beneficiar mas para todo o Baixo Alentejo, jogo o Ás de Paus.

Alentejo a uma só voz Luís Miguel Ricardo

O

IP2, a A26, o aeroporto, o Alqueva, a eletrificação de vias férreas, são obras fundamentais para o desenvolvimento do Alentejo e do País, podendo contribuir para mudar a face da região, tornando-a numa zona agrícola de excelência e num espaço turístico privilegiado. Contudo, no poder central atual não abunda o discernimento nem a sensibilidade para a importância do assunto. Por esse facto, é imperativo que a nível regional se verifique o contrário, e que o Alentejo se pronuncie a uma só voz e num só sentido (independentemente dos credos partidários das pessoas e instituições): o sentido do progresso. Porém, não é isso que se verifica por essa imensidão de Alentejo afora. Aqui e acolá, há um município que vai guinchando o seu grito de Ipiranga. Beja solidarizou-se com um grupo de cidadãos e reivindicou a conclusão da A26. Ferreira do Alentejo exigiu a reparação dos estragos provocados pelo abandono das obras da autoestrada. Vidigueira reclama a conclusão dos trabalhos do IP2 e a restituição da segurança na via. Causas legítimas, medidas válidas, mas, até ver, pouco eficazes. Sendo assuntos de interesse geral e não caprichos particulares dos municípios, por que não manifestar os desagrados e batalhar pela entrada ou reentrada nos carris do progresso de uma forma concertada!? Vidigueira pode e deve manifestar o seu descontentamento. Contudo, não passará de mais um protesto isolado que não chegará aos ouvidos de um Governo autista e à deriva no lamaçal da prepotência, e o IP2 continuará a ser uma via armadilhada com acesso privilegiado ao Além.


Seminário assinala Dia Nacional da Segurança no Trabalho

Diário do Alentejo 19 abril 2013

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Atual

A Autoridade para as Condições de Trabalho (ACT) promove, no âmbito da 30.ª Ovibeja, o seminário “Dia Nacional de Prevenção e Segurança no Trabalho”, justamente para assinalar a efeméride, no próximo dia 28. O encontro está marcado para as 9 horas, no auditório do Nerbe, e surge como forma de “sensibilizar os trabalhadores, empregadores e restante comunidade para a problemática da segurança e saúde no trabalho”.

EMAS “reforça” presença numa edição dedicada à água Tendo a 30.ª Ovibeja a água como tema central, a Empresa Municipal de Água e Saneamento (EMAS) de Beja vai apostar “numa presença reforçada a vários níveis” na grande feira do Sul. “Para além dos temas centrais associados à atividade principal da empresa, mostra de grandes projetos e participação do laboratório, será dado um destaque muito

especial à iniciativa ‘Heróis da Água’”, antecipou a empresa em nota de imprensa, prometendo “bastantes pontos de interesse e inúmeras surpresas”. Para dia 26, a partir das 9 e 30 horas, no auditório da ExpoBeja, está já agendada a conferência “Gestão da água em meio urbano no quadro regional – Caminhos para o futuro?”, promovida em parceria com a Associação Portuguesa de Distribuição e Drenagem de Águas.

30.ª Ovibeja começa dia 24

Entradas à borla no primeiro dia

A

ministra da Agricultura, Assunção Cristas, é presença confirmada na abertura da Ovibeja, que acontece no próximo dia 24, pelas 15 horas. E porque a feira “é feita para as pessoas e pelas pessoas que nela participam”, a ACOS – Agricultores do Sul, entidade organizadora, decidiu não cobrar bilhetes, no primeiro dia, a todos os que entrem no recinto até às 17 horas. O dia do arranque será também marcado pela inauguração de uma escultura comemorativa dos 30 anos da Ovibeja, da autoria da artista plástica Margarida Araújo, agendada para as 12 e 30 horas, com a presença de Carlos Moedas, secretário de Estado adjunto do primeiro-ministro. Durante os cinco dias do evento terão lugar inúmeros colóquios, concursos e exposições, PUB

mas esta edição da Ovibeja dá um enfoque especial à água, ao azeite e ao vinho. Água, Azeite e Vinho 2013 foi declarado pela

ONU o Ano Internacional da Água. Para assinalar o evento a ACOS promove a exposição “H2OJE – Pelo uso eficiente da Água”, uma mostra interativa sobre as pressões a que os recursos hídricos do planeta estão sujeitos nos tempos que correm. Paralelamente decorrerão workshops dinamizados pelo Centro Ciência Viva do Lousal sobre o precioso líquido. Sexta-feira, dia 26, pelas 11 horas, no Auditório da Expobeja, a Empresa Municipal de Água e Saneamento de Beja e a Associação Portuguesa de Distribuição e Drenagem de Águas promovem um debate com o tema “Gestão da água em meio urbano no quadro

regional”. À tarde, às 15 horas, no Auditório Nerbe-ACOS, com a presença do secretário de Estado das Florestas e Desenvolvimento Rural, o tema em discussão será “Alqueva e os Desafios do Regadio para o século XXI”. Pelo terceiro ano consecutivo, realiza-se o Concurso Internacional de Azeites Virgem Extra – Prémio Ovibeja, com 70 amostras de sete países a disputarem os prémios. A seleção dos melhores azeites está a cargo de um painel de cerca de três dezenas de jurados – reconhecidos pelo Conselho Oleícola Internacional – provenientes de oito países: Portugal, Espanha, Itália, Grécia, Alemanha, Chile, Argentina e Tunísia. O presidente do júri, José Gouveia, professor catedrático do Instituto Superior de Agronomia, considera que o Concurso Ovibeja, organizado pela ACOS com a

colaboração da Casa do Azeite, “tem vindo a assumir cada vez maior importância, e já é bastante conhecido a nível mundial”. Os visitantes da Ovibeja, para além de poderem provar os azeites premiados, poderão ainda visitar a Exposição Interativa sobre Vinhos e Azeites, no respetivo pavilhão, que será palco de um debate, às 18 horas de quarta-feira, dia 24, sobre a “Inovação no setor dos vinhos – adequação dos vinhos ao consumidor”. Vidigueira promove vinho O município de Vidigueira vai estar presente na 30.ª Ovibeja através do expositor promocional “Vidigueira Cidade do Vinho 2013”, cuja missão é promover as potencialidades turísticas do concelho, em particular a excelência da região vitivinícola em que se insere.


“Quais as vantagens de transformar o bairro da Esperança no bairro mais florido da cidade de Beja”. Eis a proposta da ação de sensibilização que decorrerá no domingo, 21, pelas 15 horas, na igreja paroquial do bairro, com organização a cargo do núcleo distrital de Beja da EAPN Portugal/Rede Europeia Anti-Pobreza e do Centro Social Cultural e Recreativo do Bairro da Esperança. A sessão contará com a presença de Tó Romano, diretor da agência Central Models, e pretende “apresentar um conjunto de ideias e uma abordagem inovadora que permita potenciar a atividade económica já existente neste bairro, bem como criar condições para o desenvolvimento de novos produtos e serviços a partir de uma nova imagem a associar ao bairro da Esperança”.

PCP preocupado com “cortes” no Hospital de Beja A direção da Organização Regional de Beja (Dorbe) do PCP já manifestou publicamente a sua “preocupação” face à “previsível redução do número de camas e o encerramento do serviço de oncologia no Hospital de Beja e a transferência do Hospital de Serpa para a Misericórdia local”. Notícias “vindas a público e não desmentidas” que,

Movimento quer impedir candidatura

Revolução Branca contesta Pulido

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Movimento Revolução Branca (MRB) anunciou que vai interpor uma providência cautelar para tentar impedir a recandidatura do presidente da Câmara de Beja, Jorge Pulido Valente, nas eleições autárquicas deste ano. Pulido Valente foi eleito presidente da Câmara de Mértola pelo PS em 2001 e reeleito em 2005, mas suspendeu o cargo em setembro de 2008, quase um ano antes do fim do segundo mandato, e em 2009 candidatou-se à presidência da Câmara de Beja e foi eleito. Segundo o MRB, a “interrupção” do segundo mandato de Pulido Valente, em Mértola, “para efeitos de lei, não tem qualquer valor, e, como tal,

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considera-se como mandato cumprido”, disse à Lusa Paulo Romeira, do movimento. O candidato “já tem três mandatos consecutivos”, não pode por isso recandidatar-se e “tem que interromper a sua atividade como presidente de câmara durante os próximos quatro anos”, frisou. Jorge Pulido Valente já reagiu dizendo que está “tranquilo” e “confiante” de que o tribunal “não vai dar provimento à providência cautelar”. “O que a lei diz é mandatos consecutivos. Eu interrompi o segundo mandato, em Mértola, e fiz um interregno de um ano” e, por isso, “não fiz três mandatos consecutivos”, argumentou, frisando que tal aconteceu “antes de a lei ter saído”.

11 Diário do Alentejo 19 abril 2013

Esperança apostado em ser o “bairro mais florido” de Beja

a confirmarem-se, representam uma “ainda maior diminuição da capacidade de resposta dos serviços destes equipamentos fundamentais no distrito”, adianta uma nota da estrutura, acrescentando que tais opções têm que ser “paradas” e que solicitará, “com carácter de urgência”, uma reunião à direção da Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo (Ulsba).

Lopes Guerreiro apresenta candidatura amanhã É já amanhã, sábado, que o movimento independente “Por Beja com Todos” fará a apresentação pública oficial do candidato à Câmara de Beja, José Lopes Guerreiro. A sessão decorrerá na Casa da Cultura de Beja, pelas 16 horas, e nela o candidato falará das intenções do movimento, entre elas a de “romper com algumas formas de fazer política”. “Mais do que perguntarmos o que Beja pode fazer por nós, queremos saber o que podemos fazer por Beja”, adianta José Lopes Guerreiro, 59 anos, natural de Selmes, residente no Penedo Gordo e atualmente assessor da direção da ACOS e diretor da Expobeja.

Jorge Santos avança pelo PSD em Ferreira O médico Jorge Santos, que se candidata pelo PSD à Câmara Municipal de Ferreira do Alentejo, é o primeiro nome confirmado à corrida das Autárquicas de

outubro naquele município. Jorge Santos dirige atualmente o Centro de Saúde de Ferreira do Alentejo.

Pós-de-Mina na Assembleia Municipal de Moura José Maria Pós-de-Mina, atualmente a cumprir o quarto mandato enquanto presidente da Câmara de Moura, foi anunciado como cabeça de lista da CDU à Assembleia Municipal do mesmo concelho nas Autárquicas de outubro próximo. Com 54 anos, Pós-de-Mina é gestor de empresas e há mais de três décadas que desempenha funções autárquicas naquele concelho da Margem Esquerda do Guadiana, nomeadamente nas funções de vereador, membro e presidente da Assembleia Municipal. No quadro do associativismo intermunicipal, José Maria Pós-de-Mina é também o presidente da Comunidade Intermunicipal do Baixo Alentejo (Cimbal) e da Associação de Municípios do Baixo Alentejo e Alentejo Litoral (Ambaal).


Nova marcha lenta em maio pela retoma das obras no IP8 e IP2

Diário do Alentejo 19 abril 2013

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Reunidos esta segunda-feira, 15, em Beja, os presidentes da Associação de Municípios do Baixo Alentejo e Alentejo Litoral (Ambaal), José Maria Pós-de-Mina, da Associação Empresarial do Baixo Alentejo e Litoral (Nerbe/Aebal), Filipe Pombeiro, e da Turismo do Alentejo, António Ceia da Silva, decidiram, entre outras ações em defesa da “retoma das obras da A26/IP8 e IP2”, promover a realização de uma nova marcha lenta, a ter lugar no próximo dia 9 de maio, a

Gestão da rega do Alqueva pela EDIA mantém-se sob críticas O presidente da Federação Espanhola de Comunidades de Regantes (Fenacore), Andrés del Campo, apontou recentemente como “mau exemplo” e um “claro passo atrás” a opção do Governo português de transferir para a empresa pública EDIA a gestão das obras de

partir das 9 e 30 horas. “Perante o impasse por parte da Estradas de Portugal, com os prejuízos daí decorrentes em termos financeiros”, as três entidades “reafirmam a necessidade de qualificação do IP8 entre Sines e Vila Verde de Ficalho” e defendem que “no imediato deve ser aproveitado o canal e a plataforma da A26 para o efeito, ao mesmo tempo que deve ser completada a qualificação do IP2” e adotado “um plano de qualificação da rede viária da região”.

rega do Alqueva. Solidário com a posição defendida pela congénere portuguesa, a Fenareg, Andrés del Campo considerou que a referida medida, não só vai “encarecer desnecessariamente os custos de exploração dos agricultores”, reduzindo-lhes a competitividade, como “desautorizar as associações de regantes e os agricultores, que têm neste país [Portugal]

Música, sessões solenes e fogo de artifício

Festejos do 25 de Abril

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m dos pontos altos das comemorações do 25 de Abril em Aljustrel é a sessão solene da Assembleia Municipal, no dia 25, pelas 10 horas, que será seguida de uma homenagem aos combatentes falecidos na Guerra Colonial e da inauguração do monumento ao ex-combatente, da autoria do escultor João Daniel. A praça da Resistência recebe, na véspera, os artistas FF, Vanessa Silva & CC que atuam com a Banda Filarmónica da Sociedade Musical de Instrução e Recreio de Aljustrel. A praça da República de Almodôvar, por sua vez, é palco no dia 24, pelas 21 e 30 horas, de um espetáculo musical alusivo à data, seguido de fogo de artifício. No dia seguinte haverá jogos tradicionais e a sessão comemorativa da Revolução dos Cravos (10 e 30 horas). Os festejos em Beja incluem, no dia 24, conversas sobre o 25 de Abril nos agrupamentos escolares e música pela noite dentro na Casa da Cultura, com dança pelos alunos do Agrupamento n.º 3 – Santiago Maior, espetáculo multimédia a cargo do IPBeja, fado com Carlos Filipe e Ana Tareco, acompanhados por Rogério Mestre, Carlos Franco e Fábio Catarino e música de intervenção com a Banda Moda Faca. A 25 a igreja da Misericórdia recebe uma sessão solene, que inclui intervenção musical pelo Conservatório Regional do Baixo Alentejo, entrega do Prémio 25

de Abril e um apontamento musical pela Banda Capricho Bejense. O concerto da Revolução de Abril em Castro Verde, a 24, no cineteatro, tem como protagonistas Os Ganhões e Os Gaiteiros de Lisboa (21 e 30 horas). Antes disso, pelas 18, no Fórum, é inaugurada a exposição “Fotos de Abril”, de Eduardo Gageiro. A atuação de grupos corais do concelho e da Banda da Sociedade Filarmónica 1.º de Maio e o espetáculo “Vozes de Cá” são as propostas de Cuba para a noite de 24 (largo da Bica). Para o dia 25 está agendado um almoço para idosos e reformados. Ferreira do Alentejo assinala o 39.º aniversário da revolução com o lançamento de 12 morteiros à meia-noite do dia 24. Pelas 16 horas do dia seguinte, o pavilhão de desportos recebe uma cerimónia de homenagem de mérito municipal. As comemorações para a noite de 24, em Grândola, incluem arruada pela Banda da Smfog, atuação do Grupo Dance Kid do Grândola Sports Club, o espetáculo de Música Contracorrente, fogo de artifício, música brasileira, dj e baile. No dia 25, o jardim 1.º de Maio, acolhe, pelas 15 horas, uma festa popular. Já Mértola propõe para a noite de 24 um espetáculo com músicas de Abril, por Arlindo Costa, no cineteatro. Em Moura, no espaço da feira do livro, terá lugar no dia 24, pelas 21 e 30 horas, um espetáculo evocativo do 39.º aniversário da

Revolução dos Cravos, seguido da atuação do grupo Outra Margem. Ao placo do largo Brito Pais, em Odemira, subirá, na noite de 24, Richie Campbell. À meia-noite decorrerá o hastear da bandeira no edifício dos paços do concelho, a que se seguirá um espetáculo piromusical. A festa continuará com os Xutos & Pontapés. A sessão solene da Assembleia Municipal marca a manhã do dia 25, na biblioteca, onde serão atribuídas as medalhas de honra municipal e de mérito. Durante a tarde haverá um festival de folclore no Cerro do Peguinho e, à noite, o espetáculo “Tributo de Ary a Zeca”, pelo grupo Ensemble Project. Um espetáculo cultural multidisciplinar para comemorar os 39 anos do 25 de Abril é a proposta de Ourique para a noite de 24. E o parque central de Santo André (Santiago do Cacém) recebe nessa mesma noite o quarteto Deolinda. O programa para a noite do dia 24, em Serpa, reserva, para além de uma intervenção política, atuações da Banda da Sociedade Filarmónica de Serpa, Grupo Coral os Ceifeiros de Serpa, Coral e Etnográfico da Casa do Povo de Serpa (cineteatro), lançamento de morteiros do Alto da Forca e fogo preso na praça da República. Em Vidigueira haverá no dia 25, a partir das 9 e 30 horas, cicloturismo, caminhada e TT/mototurismo, com concentração no largo da Cascata.

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AZULEJOS e PAVIMENTOS de ESPANHA

mais 60 anos de autorregulação e gestão eficaz dos recursos hídricos”. Entretanto, o presidente da ACOS – Agricultores do Sul acusou também, numa entrevista a uma rádio local, que “há lobbies muito poderosos” ligados à EDIA, que estão a “pressionar de uma maneira incrível” para que a rede de rega secundária seja gerida pela empresa.

Cláudio Torres homenageado Cláudio Torres é hoje, sexta-feira, homenageado em Lisboa e amanhã, sábado, em Mértola. Esta homenagem, segundo o Campo Arqueológico de Mértola (CAM), “é um projeto que já existia há muito tempo, ao qual veio unir-se Hermenegildo Fernandes, da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, Luís Filipe Oliveira, da Universidade do Algarve, Filomena Barros e Fernando Branco, da Universidade de Évora, e, claro, todo o pessoal do CAM e da Associação de Defesa do Património de Mértola (ADPM)”. A primeira iniciativa, que acontece na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, começa pelas 10 horas e inicia-se com uma mesa redonda, onde os intervenientes discutirão “O Mediterrâneo Islâmico e Medieval – Balanços e novas perspetivas”. Seguem-se várias conferências, que contarão com a presença de vários especialistas na matéria. Recorde-se que, entre outros, marcarão presença António Borges Coelho, José Luís de Matos, Christophe Picard, Jorge Barroca, Alexandre Alves Costa, Santiago Macias, Isabel Cristina Fernandes e Maria Cardeira da Silva. Depois da homenagem em Lisboa, as cerimónias mudam-se para Mértola, direcionadas para o papel que Cláudio Torres tem tido nas áreas do património, desenvolvimento e mundo rural. A segunda mesa redonda, intitulada “Desenvolvimento, Património e Mundo Rural”, conta com a participação de Camilo Mortágua, Fernando de Oliveira Batista, João Guerreiro e Ana Paula Amendoeira. Posteriormente, é intenção do CAM “elaborar uma monografia eclética, de homenagem Cláudio Torres, para publicar em 2014”.

Castanheira vence Estação Imagem 2013 Bruno Simões Castanheira foi o grande vencedor do Prémio Fotojornalismo Estação Imagem/Mora 2013, com a reportagem “Grécia, onde a crise económica criou uma catástrofe social”. Os vencedores da quarta edição do prémio, promovido pela associação Estação Imagem e pela Câmara de Mora, foram anunciados no último sábado, 13, no auditório municipal local. Dedicada exclusivamente à reportagem, a competição contou este ano com 167 candidatos que submeteram à apreciação do júri 492 reportagens. Assuntos Contemporâneos, categoria que se estreou este ano, teve como primeiro classificado João Carvalho Pina, autor da reportagem “Shadow of the condor”. Em segundo lugar ficou Nelson Garrido, com “Home less”, e, em terceiro, Patrícia de Melo Moreira, com “Crise portuguesa”. Na rubrica Notícias, o primeiro lugar foi para Pedro Nunes (“A crise envergonhada”); na série de Retratos, o júri deu o primeiro prémio a Daniel Rocha (“O desemprego tem um rosto”); e, na categoria Vida Quotidiana, a António Pedro Santos (“Santa Filomena. Num instante, a casa cai”). Octávio Passos, com “Inferno na ilha da Madeira”, ganhou o primeiro prémio em Ambiente, e a “A virgem doida”, de Bruno Simão, foi a reportagem vencedora na categoria Arte e Espetáculos. No Desporto, apenas foi premiado Daniel Rodrigues, por “Futebol africano”. Foi ainda atribuída a Bolsa Estação Imagem 2013 a António Pedrosa, que vai desenvolver o projeto “Caça grossa”, ao longo do próximo ano.

Vidigueira “recicla para apoiar”

Bairro São Miguel – Lote 9 – BEJA Tel. 284 324 247 | Tm. 967 818 867 | Fax 284 329 035 www.azulejosdeespanha.com | email: apespanha@mail.telepac.pt

A Câmara de Vidigueira arrancou este mês com mais uma edição social “Reciclar para apoiar”, cujo intuito é a “angariação de verbas para fins sociais, através da reciclagem de resíduos”. O município informa que pode contribuir-se de três formas: separando o vidro, o papel/cartão e as embalagens de plástico e metal, colocando estes resíduos nos ecopontos e ecocentro; separando as tampinhas de plástico, para entrega posterior nas juntas de freguesia, centros de convívio ou Estação de Transferência de Resíduos; e, no caso, dos comerciantes, aderindo à recolha de papel/cartão e plástico.


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A OVIBEJA faz 30 anos. Poucos poderiam prever que o pequeno redil de ovelhas que há três décadas foi mostrado na extinta Feira de Maio, em Beja, poderia vir a evoluir para o maior certame do mundo rural que se realiza em Portugal. Mas a verdade é mesmo essa. Hoje, a Ovibeja não é apenas mais uma feira: é a feira do Alentejo. De todo o Alentejo deste mundo. PB

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Na próxima quinta-feira assinala-se mais um aniversário do 25 DE ABRIL. Ao longo das últimas décadas, iludidos por um aparente crescimento do seu nível de vida, os portugueses desligaram-se, de alguma forma, dos ideais humanistas e democráticos fundadores da Revolução dos Cravos. Mas os tempos dizem-nos que está na hora de regressar a Abril. E em força! PB

Há 50 anos

Opinião

A égua do meu pai Martinho Marques Professor aposentado

É Amin Malouf, em Samarcanda, que escreve de Omar Khayyam: “Ele e o vinho respeitavam-se mutuamente. Nunca um derramou o outro no chão”.

mínimo, com instinto idêntico ao do animal que, mais do que o transportado, cuidou da segurança do que transportou ao longo de vários anos. Se puder ser sincero, no entanto, direi que, infelizmente, deposito muito menos confiança nos que dirigem os espaços que pisamos, e onde somos pisados, que no instinto da égua do meu pai.

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uvido que do meu pai, sem beliscar a verdade, pudesse escrever o mesmo. A bebida começava por dotá-lo de asas. Mal o primeiro álcool lhe ascendia na cabeça, crescia-lhe a vontade de partir, de voltar costas ao monte, de se montar na aranha e ir embora. Mandava então aparelhar a égua que, entre varais, o levava estrada fora, na mira da aldeia ou da cidade, para voltarem às vezes dois ou três dias mais tarde. Não fez tudo o que devia para ficar connosco mais uns anos, mas talvez, ainda assim, ficasse devendo alguns à sua velha égua. Quando abalava, não era raro que, lavada em lágrimas, a minha mãe ficasse a lamentar o seu desnorte, a que se sempre se opôs, sem nunca ter conseguido demovê-lo da tentação de partir, quando o álcool lho pedia. Na altura de a aranha desaparecer na primeira curva da estrada, nem o pó que, por vezes, as grandes rodas iam levantando, evitava que nós víssemos que, ao abalar, ainda era ele quem segurava as rédeas. Uns tantos copos depois é que, em geral, era a égua que dirigia o percurso. Mais tarde, quando consciente, ele próprio tinha a consciência de que era a égua a grande responsável pelas várias dezenas de regressos felizes à família e enaltecia então as qualidades daquele nobre animal. Todas as vezes a égua o devolveu a casa, sem lesões, além daquelas que internamente lhe foram destruindo o aparelho circulatório e apressando a morte. O instinto era a bússola da égua, que se orientava bem naquele caminho estreito, pedregoso, lamacento ou poeirento, tantas vezes percorrido, sem que a lassidão das rédeas tivesse grande influência no sucesso da viagem. Tinha eu 17 anos quando perdi o meu pai. Na minha idade já ele cá não estava. Não faleceu de acidente de carroça. Foi cardiovascular o acidente que o desviou da vida e da família. Se fisicamente cedo me deixou, creio que tarde será que o esquecerei – e quando a vida se esquecer de mim. É a lembrar-me dele que cogito nas lisas estradas de hoje. Mas nas estradas político-financeiras de Portugal, da Europa e, em geral, do mundo, não consigo deixar de ver mais lama, mais poeira e mais dose de angulosos pedregulhos dos que os que havia na estrada estreita por onde, na aranha, a égua conduziu, ileso, a casa, todas as vezes o meu progenitor. Ainda por cima, sem nunca ser assaltado, nesse tempo de malteses de má fama, mas que não roubavam bancos, e em que nenhuma vez se viu ninguém receber para deixar de entregar semente à terra, o que se fazia então confiadamente, sem recear que a terra não pagasse, e com multiplicação, o que do semeador havia recebido. Neste tempo inconcebível de roubos “civilizados”, em que cada dia se vê o mal agravar-se, sem que se tenham extinguido aqueles que ainda afirmam que estamos no bom caminho, que urge continuar, em que se diz que a maioria manda, mas é cada vez mais mandada às malvas, e comandada pelo medo, em prol das minorias possidentes, é tanta a serenidade à minha volta, que estou a ficar nervoso! Nem se sabe se é melhor poupar para acautelar as eventuais carências do futuro ou se se deve gastar alguma coisa que sobre, quando sobra, por se temer que o futuro venha roubar o presente. Eu, que não segui o exemplo do meu pai e que, a tê-lo seguido, não teria nenhuma égua que me conduzisse, sinto que os passos que estão, sinto que os passos que dão vão no sentido de fazer tombar esta carroça que (não sei porquê) ainda vão chamando democrática. Eu, que nunca fui além da minha pobre chinela, que nunca me endividei, que vivi do que fui tendo, que a beber nunca fui exagerado, por mais apelos que os vinhos me fizessem (ao ponto de Amin Malouf poder afirmar de mim o mesmo que afirmava de Khayyam), ao menos devia ser merecedor de alguém que conduzisse a nossa aranha, no

O Nuclear em Beja Filipe Nunes Arqueólogo

os anos 80, em miúdo recordo-me como saí de uma sala de cinema sentindo o peso da catástrofe iminente da guerra nuclear. “O Dia Seguinte” de 1983 inquietava-nos pelo medo do botão vermelho que num ápice acabava com a vida na terra. A guerra fria arrepiava ainda a espinha da humanidade, impondo a divisão entre blocos capitalistas e comunistas, entre os bons e os maus consoante corriam os ventos ou as latitudes. Hoje a ameaça de um conflito nuclear está de novo na ordem do dia. É certo que amiúde serve de argumentação para reequilibrar unilateralmente pelas forças das armas os interesses da finança, e é certo como o medo prossegue como fonte inesgotável para nomear, com normalidade nessa mesma equação, a democracia. Hoje a ameaça eterniza-se entre as Coreias e cada jogada nesse tabuleiro da geoestratégia política mundial, ecoa e recorda-nos o “Dia Seguinte”. Não sei se sobram ainda por essas estradas alentejanas as placas de boas-vindas ao entrar numa Zona Livre de Armas Nucleares. Pouca memória ficou para quem cresce hoje a jogar às armas nas playstations, desse movimento então presente nas autarquias a Sul e que era conduzido no sempre e deliberadamente dúbio equilíbrio comunista das forças militares em causa. E eis que descobri no álbum fotográfico dos anos 80 deste jornal os testemunhos da “Jornadas da Paz Contra a nuclearização da BA 11”. As pessoas na rua contra as armas nucleares; contra a força de intervenção rápida americana em Beja, aliada dos alemães na NATO, aí instalados para responder à ameaça dos Mig do Pacto de Varsóvia… Por essa altura movia-me a descoberta de um mundo livre e de brincadeiras, como certo seria com as crianças que encabeçavam essa manifestação nas ruas de Beja; mas hoje move-me a pergunta do porquê não haver nem memória, nem vontade por um mundo livre. Se à distância histórica, pudéssemos pôr de lado o jogo de forças a que não eram alheias muitas dessas posições contra o nuclear, é tão urgente ontem como hoje aquilo que nos deveria levar a desfilar em direção à maior base aérea militar da Europa, a Base Aérea de Beja. Para antes de sequer ser anunciada qualquer inauguração, dizer que não queremos potências nucleares a sobrevoar os nossos horizontes. Pois na ânsia de dar um sentido ao inexistente aeroporto, anunciase a instalação de uma escola de pilotos Sul-Coreana, que para além de montra comercial do maior produtor de armamento mundial (a americana Lockeed Martin), serviria como base segura às relações ocidentais de quem hoje alimenta em crescendo uma “guerra fria” mano a mano com a potência nuclear da Coreia do Norte. Chernobil – e ontem mesmo Fukushima – vieram a mostrar que a queda do Muro não bastava para afastar o espectro da morte, talvez apenas demonstrando a demagogia oca dos municípios livres de armas nucleares. O armamento nuclear é apenas a joia da coroa, da lógica industrial insaciável, de um sistemático modelo de controlo totalitário das populações assente em exércitos e na indústria militar que ora está na Coreia, ora está em Beja. A oposição a essa lógica, aqui rebatizada de desenvolvimento pelo cluster aeronáutico para o Alentejo, começa por decidir como nos situamos perante a mesma. Aceitando ou assobiando para o lado, sem juntar as peças da engrenagem militar que nos vendem como progresso, ou recusando a mesma. Para que o Dia Seguinte não seja um ponto de não retorno.

Elogio da chuva e o povo com fome

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a edição de 12 de abril de 1963 do “Diário do Alentejo”, o jornalista Melo Garrido abordava de forma inteligente a crise económica que atingia a região. Escrevia ele no seu “Varandim da Cidade”: “Têm muito de impertinentes as bátegas de água dos últimos dias, que deram um cunho sombrio, noventa por cento invernoso, a este tão decantado ‘Abril em Portugal’... Apesar disso, tem sido intenso, como tivemos oportunidade de acentuar nos últimos apontamentos aqui publicados, o movimento turístico da cidade, sem exclusão de estrangeiros, o que mais um vez demonstra a eficiência de uma propaganda bem organizada e persistente... Não é, porém, de turismo que hoje pretendemos escrever. Desejamos louvar a chuva, já que pessoas de opinião autorizada nos garantem que ela é benéfica às searas, vindo atenuar as alarmantes preocupações que existiam pelas muitas possibilidades de mais um péssimo ano agrícola. Portanto, nada de maldizer esta chuva abundante que, a espaços curtos, nos está a fustigar. Pelo menos, não será por culpa exclusiva do tempo que perdurará a grave crise económica que afecta a nossa região. Que os homens saibam ou queiram afastar as outras causas...”. Dias depois, M. G. voltava à carga no mesmo registo: “É verdade: acabou, ou está em vias de acabar, a falta de batata em Beja. Vendeu-se ontem em grande quantidade no Mercado Municipal e anuncia-se que não faltará nas mercearias. A notícia seria agradável se não surgisse um ‘pequeno’ óbice: como é produto da nossa colheita, o seu preço subiu a 4$50, o dobro do preço que vigorava para a batata que, escassamente, tem sido posta à venda nos últimos meses. Quer isto dizer, na verdade nua e crua dos factos, que quem quiser batata terá que a pagar por bom preço. Por outras palavras, o bolso do consumidor sofrerá mais um forte esticão. A batata é um produto indispensável na alimentação das classes pobres. O mesmo acontece com o feijão, que teve também um substancial aumento de custo. Pergunta-se simplesmente: se continua esta vertiginosa subida dos géneros alimentícios mais utilizados na alimentação do povo, que espécie de malabarismos não terá este que fazer para garantir a sua sobrevivência?”. Como o leitor facilmente percebe, meio século depois, esta é uma pergunta muito atual. É claro que, farto de malabarismos para ter o que comer, o povo trabalhador, mais cedo do que tarde, responderá correndo com quem o explora e oprime – no passado Salazar e os fascistas, hoje os passos, portas, gaspares e seus aliados nacionais e estrangeiros. Carlos Lopes Pereira


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ILUSTRAÇÃO SUSA MONTEIRO

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Crónica A propósito do cante João Mário Caldeira

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cante, assim mesmo dito com “e” no fim, faz parte da alma alentejana. É a sua expressão mais emotiva. Coisa entranhada que nem o mais pintado consegue demover. Embala-nos no berço e acompanha-nos em todos os momentos de convívio com familiares e amigos. De dia, de noite, em memoráveis madrugadas. Mas quando dele falo, nem de perto nem de longe me intrometo em apreciações de natureza musical para que não tenho conhecimento. Muito menos na demanda das suas origens. Basta-me o afecto, a paixão que sinto por ele e já não é pouco. Grandes figuras da área da música, como Giacometti ou Lopes Graça, para só falar destes, aventaram hipóteses sobre a sua génese e estrutura polifónica apontando-lhe reminiscências árabes ou buscando-lhe descendência no cantochão gregoriano praticado nas igrejas após o século XV. Hipóteses que me merecem o maior respeito mas sobre as quais infelizmente não me posso pronunciar. Uma coisa é consensual entre os que privam amiúde com esta entranhada forma de cantar: ela é coisa sentida, de grande densidade dramática, geradora de emoções. Muito longe do alegre folclorismo que António Ferro, nos idos Trinta do século passado, quis implantar em Portugal através do chamado Secretariado de Propaganda, depois crismado de Secretariado Nacional de Informação, Cultura Popular e Turismo. O objetivo desse projecto era selecionar em cada uma das várias regiões do País uma manifestação musical, que como imagem de marca, pudesse comprovar a “riqueza e diversidade do todo nacional” nas sessões festivas de caráter patriótico que o Governo organizava em ocasiões especiais. Para tanto, o corridinho seria algarvio, o vira assentava definitivamente arraiais no Minho, o fandango vestia trajo ribatejano, a chula adornava-se com capucha beiroa, a morna escorria lânguida de Cabo Verde e assim por diante até aos confins do vasto império que terminava, como se dizia então, “na longínqua Timor”. Nada de mal viria ao mundo se a escolha feita pelo emérito propagandista do Estado Novo não tivesse objectivos políticos. Assim sendo, a seleção estava viciada à partida, refém de compromissos. Mas o ilustre inquilino do Palácio Foz sabia bem o que fazia. Ao escolher o mais festivo e inócuo do muito e bom de cada região, expurgando-o de “ideias perturbadoras e dissolventes da unidade nacional”, tinha em mente uma ideia “folclórica”, naquilo que a palavra esconde de mais perverso. Os cantes de trabalho, os que reflectiam dramas ligadas às guerras, às lutas políticas, à partilha das terras ou ao contrabando, alguns de grande qualidade, todos eram abafados. O que ao regime interessava era destacar o inofensivo, ainda melhor se além de cantado, metia toque e dança a condizer. O ideal era trazer à tona a “alegria da pobreza de dar e ficar contente” cantada em estilo brejeiro e ritmo apropriado que facilmente se colasse ao ouvido, espalhando o gosto de ser português, ainda que pobrezinho e amordaçado. Havia que cantar mesmo sem vontade a satisfação da vida, dando hossanas ao Governo por entre braçadas de “alecrim aos molhos” e suspiros de “tenho um amor em Viana”. O bom era o “Verde gaio, toma lá, toma lá”, o “balhinho da Madeira” e muitos outros estereótipos habilidosamente selecionados. O País tinha que mostrar que vivia numa alegria permanente... a redita “alegria no trabalho”... Entretanto, no Alentejo, António Ferro teve mais

dificuldade em selecionar “modelos folclóricos” que se enquadrassem na propaganda do regime. Para aonde quer que fosse, quer no campo, quer nas tabernas dos largos, só havia homens bisonhos mas altivos que teimavam em passar os braços por cima uns dos outros, cantando para dentro, com irritante perfeição, os desaires da sua vida. Não havia mais nada no Alentejo? Os senhores da situação respondiam-lhe de lá que não havia, embora alguns tentassem inventar coisas tão folclóricas que ninguém conhecia e de que desconfiava Ferro, que não era parvo nenhum. Bom, então se não havia, havia que enquadrar os grupos de cantadores, de que insidiosamente se excluíam as mulheres, nas amarras corporativas do regime, orientados por gente de confiança, selecionando-lhes o reportório na medida do possível para que cantassem coisas “decentes”! Não podiam já cantar para dentro do grupo, abraçados, guardando entre si o som e a letra dita a medo. Tinham que marchar, ainda que de braço dado e olhos no chão, cantando só o que não pusesse em causa a imagem patriótica, “ordeira” e beata que o Governo queria transmitir ao País a partir de São Bento. Estava resolvido o problema e domesticado o cante através dos Ranchos Corais e Etnográficos das Casas do Povo. Assim a coisa, melhor ou pior, funcionava. Quanto a “modas”, nada de “Há lobos sem ser na serra”, muito menos de “Quando não temos trabalho à cambra nos dirigimos”, ou “Já lá vai o barco para o Ultramar” ou ainda o “Venho do Norte d´Alemanha” cujos autores eram obrigados a esconder-se na sombra. Todas elas encerravam assuntos tabu que era preciso calar, quer fossem a prepotência dos patrões, a dureza do trabalho, o desemprego, a fome, a guerra colonial, a emigração. Por isso não iam a festivais ou às manifestações patrióticas de apoio ao regime. Aí levava-se o menos pesado, o mais discreto em conteúdo. Isso sim, era o “típico”, segundo os critérios governamentais. Cantavam-se as paisagens, as avezinhas dos céus e as plantas nascidas nos campos ou a água a correr nos ribeiros ainda que com a competência das vozes e a gravidade de sempre. Chegava. O Alentejo mártir ficava transformado num mar de rosas. O verdadeiro cante não tinha outro remédio senão ficar guardado onde nasceu, na solidão da planície, lá aonde ela dói mais, envolvendo a medo as horas de desencanto. Era por vezes retirado do silêncio em casa dos mais afoitos quando havia casamentos e baptizados anunciando uma desforra que continuava arredia. Latejava por vezes na garganta de grupos de homens aquecidos pelo vinho que se recolhiam nas tabernas, rapidamente silenciados pela GNR e às vezes pela PIDE. Soltava-se algumas noites a horas mortas, à socapa, ganhando uma dimensão em que se ultrapassava a si próprio, heroico, destemeroso, fazendo arrepios na espinha aos que acordavam acalentados pela densidade do coro proibido. Assim viveu até ao 25 de Abril. Amado pelos de casa, indesejado e incómodo para o Regime. Quando finalmente chegou a Liberdade, percorreu então as ruas. Enfim, liberto. Exaltado, até. Qual hino da revolução, festejando a queda da ditadura. Espécie de rolha a saltar de garrafa de espumante, quase a perder a natural compostura já que a sua vocação nunca foi comemorar. De pleno direito, as mulheres que sempre cantaram, também se organizaram em ranchos e são hoje uma mais valia,

como sempre foram, para o enobrecimento do cante. E agora, que cada um pode cantar o que quer e aonde quer, que é feito do cante? Perdido o seu papel de mensageiro da revolta, de denunciador de injustiças, de grito de intervenção, de muro de lamentações dos tempos da escuridão, o que resta do cante? Se ele é sobretudo sentimento profundo como pode viver sem a carga emotiva que sempre o sustentou? Poderá alguma vez abdicar da sua gravidade e preconceito? Talvez se possa responder as estas perguntas com outra pergunta: terá ele já cumprido de todo o seu papel ao serviço das gentes do Alentejo? Parece que não porque hoje chama tanto mais os alentejanos quanto mais reflete o clima trágico que as suas gentes viveram e as lutas que então travaram. As modas desse tempo são as mais apreciadas, a coreografia que os ranchos ostentam com orgulho recorre ainda aos trajes dessa mesma época, hoje envergados por alguns com tanto empenho como os que os vestiram desde sempre. Está-se em tempo de liberdade, então porque se evocam os tempos passados para cantar? É preciso voltar atrás para que o cante ganhe compostura, seriedade e profundeza? Precisaremos de nos rever sempre na epopeia de outros tempos? Viver da saudade? Penso que o cante ainda não terminou o seu papel de intervenção e, talvez daí, o apelo que faz ao passado procurando nele recursos para novos combates, para outros desígnios. Um terço do País, ao sul do Tejo, está ainda por cumprir. O desemprego campeia, a agricultura definha, suspendem-se importantes meios de comunicação como estradas e aeroportos. Grande parte dos seus filhos permanecem ausentes, entre eles a maioria dos bons cantadores, emigrados na orla das grandes cidades e no estrangeiro. São elos de uma odisseia que não acabou. São os protagonistas vivos de um drama ainda recente, hoje renascido com os sucessivos desgovernos do País. Daí a urgência em conservar junto a si o cante, arma de afeição que podem brandir em momentos de desânimo e de luta, laço que podem atar, braço com braço, ao sentirem-se perdidos. O cante é o som e o brado que os identifica e os une, muito mais em terrenos onde nunca deixaram de ser estrangeiros. É pertença comum, indiscutível. Sérios, frementes de emoção, abraçados numa roda, esquecem as mágoas cantando, parecendo estar a plantar no meio deles um pedaço de Alentejo em que espetam uma bandeira de liberdade. Por isso ninguém brinca com o cante. É coisa séria, de intimidade. Há até hoje um movimento de naturais e de outros apreciadores que o querem Património da Humanidade, mas mesmo que não lhe concedam esse merecido galardão nunca ele deixará de ser o mais querido património dos alentejanos. Entretanto alguma preocupação anda no ar afligindo os que, como eu, dão tanta importância ao nosso modo de cantar: depois de desaparecerem os homens e as mulheres que ainda cantam, a maioria ultrapassando a casa dos Sessenta, os seus filhos e netos, cuja pátria é já o mundo, cantarão ainda? Tenhamos esperança que sim pois que muitos jovens integram já hoje os ranchos de cantadores ao lado dos mais velhos. Entretanto, os herdeiros de tão valioso património interpretarão no futuro outras realidades a que o cante não se negará e onde as saudades, a existirem, serão com certeza as “saudades do futuro” como referiu o poeta (1) . (1) José Gomes Ferreira


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Reportagem Ruben Baião enche bailes, fora e dentro das fronteiras da região

Como é a música, assim é a dança Ruben Baião canta e toca e, sobretudo, enche bailes e casas dedicadas à dança. Já tem

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uben Baião sonhou sempre o suficiente. Trabalhou ainda mais. Pelo menos para alcançar o seu primeiro objetivo: dedicar-se à música profissionalmente. É verdade que ambiciona mais. Mas o que tem vale-lhe. Aos 22 anos enche casas de dança e bailes, dentro e fora das fronteiras da região, e basta-lhe o facto de ver, do palco, de onde se tem uma vista privilegiada, centenas de pessoas a rodopiar à sua frente. Ao som da música que lhes dá, tocando-lhes ao ouvido e apelando-lhes à dança. E parece não haver quem resista. Um baile de Ruben Baião, segundo os seguidores, “é sinónimo de casa cheia”. Tanto assim é que, por vezes, “até esgotam os barris de imperial”, diz um dos simpatizantes do músico. No sábado passado houve baile, em Cabeça Gorda, na mítica sede do Ferróbico. E perto de 800 pessoas foram ver o miúdo, que se fez homem, sempre com o órgão debaixo do braço. Resultado: sala cheia, à pinha e muito calor. Mas antes, antes de encher a sede do Ferróbico, Ruben Baião preparou-se, depois de poucas horas de sono, pois a noite anterior, essa, também foi de atuação. Deu música nas festas de Brinches, depois de ter atuado em Tavira. Sábado e os ponteiros do relógio marcam 18 horas. Ruben Baião sai de casa, depois de passar mais uma vez o pente pelo cabelo e de ajeitar o lenço que lhe cai enrolado sobre a camisola. Antes já a equipa “Ruben Baião Produções” tinha passado para levar a carrinha, carregada de material de som, de luzes. Daniel Filipe foi quem a conduziu. Acompanha Ruben Baião em praticamente todos os seus espetáculos e garante: “É muito bom. Pelo menos três vezes por semana saímos para a estrada”. E não tem dúvidas: “É um bom espetáculo, que anima toda a gente e onde todos dançam”, defende. A dança, sempre a dança. Valdemar Moisão, neste dia, também acompanhou o músico. Fá-lo sempre que o trabalho o

um CD e a sua agenda, essa, está sempre cheia. Atua, pelo menos, três vezes por semana, dentro e fora das fronteiras da região. 22 anos feitos, recentemente, e muitos quilómetros na bagagem, para atuar, para que outros, ao som da sua música, possam dar uns passos de dança. Texto Bruna Soares Fotos Francisco Silva Carvalho

permite. “A maneira de atuar dele é única. É muito divertido”, diz. Ruben Baião, por sua vez, também está pronto para seguir para mais uma noite. Para mais uma noite de “amor em movimento”, slogan que o acompanha. Óculos de sol, roupa para a atuação no cabide e acessórios dentro do saco de viagem. Partida: Beja. Destino: Cabeça Gorda. A primavera dá, depois de tanta invernia, ares de sua graça e à porta da sede do Ferróbico sentam-se uma mão cheia de homens, sem pressa, com uma mini na mão. Trocam uma ou outra palavra e, por vezes, o barulho das andorinhas, que se aconchegam nos beirais da escola primária de Cabeça Gorda, sobressai às palavras. Lá dentro já a equipa de Ruben

Baião prepara o espetáculo da noite. O músico, porém, não descura os pormenores. “Não gosto de chegar só à hora. Gosto de montar o material, de ver se está tudo em ordem, de falar com as pessoas, de testar o som”, explica. “Sou praticamente como um morcego. Durante o dia descanso o tempo que posso, mas depende também muito do sítio onde vou tocar. Depois junto a equipa e vamos trabalhar mais um bocadinho, até às seis, sete ou oito da manhã”, diz. A aventura começou há uns cinco anos. O gosto pela música, contudo, acompanha-o desde sempre. “Desde pequenino que tenho uma grande paixão pela música, só que nunca tive oportunidade de expandir essa minha paixão.

Fui criado num ambiente musical, o meu avô já tocava acordeão e o meu pai também. Sempre tive esta paixão, fazia birras para o meu pai comprar-me acordeões nas feiras. Via o meu pai e o meu avô tocar e gostava e comecei também”, recorda. Mas foi quando começou a frequentar bailes que o gosto sobressaiu ainda mais. E foi também por esta altura que encontrou a sua oportunidade, a tal que, até então, insistia em escapar-lhe. Deixou o acordeão e agarrou-se às teclas. “Comecei a frequentar os tradicionais bailes da pinha, que hoje ainda existem. Gostava muito de ir puxar a fita e de ficar na expetativa de ser rei. Ver os músicos a tocar em bailes e ver as pessoas a dançar mexia comigo. Recordo-me que em

criança, talvez com uns oito anos, já pedia para tocarem a ‘Apita o Comboio’”, conta entre sorrisos. Garante que teve ainda a sorte de ter uma família que sempre o apoiou. “Os meus avós, por exemplo, foram cinco estrelas comigo. Foi graças a eles que obtive o meu primeiro material. Os meus avós paternos e maternos compraramme as minhas primeiras colunas e o meu primeiro teclado. Fiz um baile”. Azar dos azares, na primeira atuação avariou todo o material. Para Joaquim Baião, pai de Ruben Baião, este fenómeno, o de encher bailes, o de ter seguidores e até um grupo de fãs, deve-se, sobretudo, “a muito trabalho”. “Vai conseguindo fazer o seu percurso e tem alguns amigos mais experientes que o têm ajudado. Com a sua humildade vai evoluindo, e, neste momento, é o que está à vista de todos. Onde vai enche casas e bailes, sempre de 500 pessoas para cima. Até ao dia de hoje, felizmente, tem sido assim. O futuro ainda não se conhece”, afirma. Nunca teve formação musical, mas Ruben Baião considera que aprende “com a estrada, com o dia-a-dia” e também com os “colegas mais velhos”, que sempre o “apoiaram”. Espera, contudo, um dia poder vir a ter essa formação. Agora o tempo que tem, na verdade, é pouco. A agenda, todas as semanas, está preenchida. “Sou muito grato por ter trabalho e por as pessoas gostarem do que faço, apesar de saber que ainda tenho de aprender muito mais”, defende. As mesas de jogos, de snooker e bilhar, são retiradas da sede do Ferróbico. As cadeiras são encostadas às paredes, pintadas a branco, mas forradas com fotografias, que contam a história do clube e das suas gentes, e as arcas frigoríficas começam a ser atestadas. Pregam-se alguns cartazes, onde pode ler-se: “Há bifanas”, “Há batatas fritas”. “Desde há um ano, desde que o conhecemos, que o Ruben Baião


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tem sido a nossa sorte, a sorte do clube. É a maneira de arranjarmos algum dinheiro, de conseguirmos algum fundo de maneio. Quando o Ruben Baião vem atuar é sinónimo de casa cheia. Sempre mais de 600 pessoas. Vem gente de todo o lado à Cabeça Gorda”, adianta o presidente do Ferróbico, João Choca. Enquanto o vice-presidente do clube desportivo, José Cavaco, recorda: “O Ruben Baião, no dia do baile de Carnaval do ano passado, estava a atuar em Faro do Alentejo, onde esgotaram a bebida à meia-noite. Nós tínhamos cá também um baile e um amigo perguntou-me se ele ainda podia vir cá tocar. Claro que dissemos que sim. Chegou com o teclado debaixo do braço e já estava muita gente a sair, por volta das três horas da manhã. Assim que o viram entrar voltou tudo para o baile, que voltou a encher. A partir daí tem sido sempre casa cheia em Cabeça Gorda”. A terra, para além do clube, também fica a beneficiar, quem o reconhece é o vice-presidente da junta de freguesia, Márcio Guerra. “É um amigo da terra, é uma pessoa muito genuína e isso acaba por contribuir muito para o sucesso que tem, para além, claro, das qualidades musicais”. A noite vai caindo e na terra está tudo pronto para mais uma noite de dança. Ruben Baião começa novamente a preparar-se. Tira a camisa do cabide, vaporiza-se com desodorizante e borrifa o corpo com perfume. Troca de roupa. Volta a enrolar o lenço ao pescoço. As portas do Ferróbico voltam a abrir-se e lá fora PUB

já há gente à espera de entrar. E, agora, já são mais do que uma mão cheia à porta do clube da terra. Três euros são cobrados à entrada e a sala começa a compor-se. Ruben Baião admite: “Estou nervoso”. “Há pessoas que têm mais confiança em mim do que eu”, completa. Só pede que seja uma noite igual às outras, àquelas em que tem atuado. “Não peço mais, nem menos. Que seja como sempre, que já me dou por feliz”, repete. E vai ser, dizem-lhe, vezes sem conta. Prepara-se para subir ao palco. E o público, esse, já o espera. Atrás do balcão tudo pronto. Espera-se que seja uma noite de lucro para o

Ferróbico. No quintal da sede, um vendedor de cachorros, que tem seguido os bailes de Ruben Baião por essa estrada fora, prepara a sua tabanca. Também espera que, para si, seja uma boa noite de vendas. Os seguidores do artista começam a chegar. As luzes, de cor amarela, apagam-se, dando lugar às de cores vivas, e Ruben Baião sobe ao palco. Depois de poucas palavras, de boas vindas, já não há quem esteja sentado nas cadeiras, que foram encostadas às paredes. Começa o baile e, consequentemente, a dança. Um passo, outro e mais um rodopio. A sala, transformada em pista de dança, começa a encher-se

“Ver os músicos a tocar em bailes e ver as pessoas a dançar mexia comigo. Recordo-me que em criança, talvez com uns oito anos, já pedia para tocarem a ‘Apita o Comboio’” Ruben Baião

de gente. Ruben Baião canta e toca o reportório mais antigo, para agradar a todos os públicos, dos mais velhos aos mais jovens. As típicas músicas de baile. Depois, lá para o meio da noite, chegará o kizomba, e as suas músicas originais. À entrada continuam a ser cobrados três euros e continua a chegar gente. Ruben Baião vai atualizando os presentes e, assim que vê gente entrar e que já conhece de outras andanças, vai proferindo o nome das terras de onde são oriundos os que acabam de chegar ao baile. Selmes, Neves, Vidigueira, Beja, Areal, Sines e Rio de Moinhos, são alguns dos que se ouvem. São muitos os ritmos e mais ainda as expressões de quem dança, num misto de seriedade e alegria. Da euforia à melancolia. Tudo, num só baile. Junto ao palco está Daniela Fialho, que garante ser a fã número 1 de Ruben Baião. Rigorosamente aprontada para a noite: cabelo esticado, calções curtos e camisola de manga curta, que as temperaturas na sala, com tanta gente a dançar, sempre sobem. “É, sem dúvida, o meu artista preferido. Pode chegar onde ele quiser”, diz. As horas passam e não há quem se desmotive. Não há quem não dê um pé de dança. Ruben Baião voltou a encher a sala de gente, dandolhes música, tocando-lhes ao ouvido e apelando-lhes à dança. Hora de fecho: 8 horas. “Como me sinto? Feliz, muito feliz”, conclui. Reportagem em vídeo: www.youtube.com/diariodoalentejotv ou no MEO kanal em 475533.


Circuito Vila de Odemira em atletismo

Diário do Alentejo 19 abril 2013

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Realiza-se no próximo domingo, a partir das 9 e 30 horas, o 33.º Circuito de Atletismo Vila de Odemira, competição aberta a atletas populares e federados em todas as categorias, cuja prova principal terá a extensão de 7,2 quilómetros. A organização pertence ao Núcleo Desportivo e Cultural de Odemira com o patrocínio das autarquias do concelho e apoio técnico da Associação de Atletismo de Beja.

Desporto

Castrense invicto na 2.ª fase

Um dérbi em Aljustrel O Castrense e o Aljustrelense lideram, com igualdade de pontos, a poule dos já despromovidos. Na luta pela subida de escalão, o Moura joga no seu terreno mais uma importante final. Texto Firmino Paixão

A

quarta jornada da série de despromoção do Nacional da 3.ª Divisão reúne mais uma vez as duas equipas sul alentejanas, num dérbi em que se espera apenas a determinação do Mineiro em quebrar a invencibilidade do Castrense nesta fase da prova. Ambos vêm de dois trunfos, o Aljustrelense foi a Vila Real golear o Lusitano e a turma de Castro Verde ganhou em casa ao Monte Trigo. São os líderes antes da abordagem

3.ª Divisão – Série F – Subida 3.ª jornada Vasco da Gama-Esp. Lagos .................................0-3 Juventude Évora-U. Montemor .........................1-0 Moura-At. Reguengos..........................................2-1 U. Montemor Moura Esp. Lagos Juventude Évora At. Reguengos Vasco da Gama

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3 3 3 3 3 3

2 1 1 2 0 0

0 1 2 1 1 1

1 1 0 0 2 2

4-2 4-4 4-1 4-1 2-5 2-7

32 27 25 23 21 14

Próxima jornada (21/4/2013): Moura-Esp. Lagos, U. Montemor-Vasco da Gama, At. Reguengos-Juventude Évora.

3.ª Divisão – Série F – Descida 3.ª jornada Castrense-Monte Trigo .........................................3-2 Lusitano VRSA-Aljustrelense...............................1-4 Sesimbra-GD Lagoa...............................................1-1 Castrense Aljustrelense Sesimbra Lusitano VRSA Monte Trigo GD Lagoa

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3 3 3 3 3 3

3 2 1 0 0 1

0 0 1 1 1 1

0 1 1 2 2 1

8-2 6-4 3-5 2-6 4-6 4-4

19 19 17 12 11 9

Próxima jornada (21/4/2013): Sesimbra-Monte Trigo, Aljustrelense-Castrense, GD Lagoa-Lusitano VRSA.

à quarta jornada e, por isso, bons candidatos às duas vagas na Taça de Portugal. Na série de apuramento para o Nacional de Seniores, o Moura, desta vez, cumpriu, embora com naturais dificuldades porque cada jogo é uma autêntica final e são vários os candidatos à subida. O Montemor foi derrotado em Évora e o Lagos ganhou em Vidigueira. O Juventude já passou pelo Reguengos e o terceiro classificado é agora o Esperança de Lagos, a dois pontos do Moura, seu próximo adversário, pelo que só o triunfo dos mourenses interessa, jogando uma vez mais no seu terreno. O Vasco da Gama, atrasado em relação à luta pelos lugares de topo, tem uma viagem difícil para o recinto do Montemor, ainda líder da série, apesar do percalço em Évora.

Almodôvar pode festejar o título em Beja

A capital das emoções Faltam duas jornadas para que se conclua o Campeonato Distrital da AF Beja, mas pode não ser necessário esperar pela ronda final para se conhecer o novo campeão. O Almodôvar precisa, apenas, de ganhar ao Desportivo de Beja para fazer a festa do título, e os bejenses, que estão em risco de despromoção ao escalão inferior, não ganham um jogo desde a 9.ª jornada (2-0 ao Cabeça Gorda em 2/12/2012). Um resultado diferente, o empate, ou

mesmo a derrota, deixará tudo em aberto para o último jogo em que os almodovarenses recebem a equipa da Amareleja. E a prova ficou de tal forma competitiva que a duas jornadas do fim o número de candidatos subiu para três, mercê da notável intromissão do Serpa, que assumiu o segundo posto, depois de o Odemirense ter empatado em Almodôvar e de o Milfontes ter levado, apenas, um ponto do Bairro da Conceição. Nas contas da última ronda

sobressai o triunfo do Aldenovense na Cabeça Gorda, a desforra do Serpa no terreno do Guadiana e os três empates, dois deles particularmente decisivos na preservação da elevada competitividade do campeonato. No rodapé da tabela as preocupações são diferentes, o Amarelejense está oficialmente despromovido e o Desportivo de Beja ainda faz contas, mas tem a descida de escalão como destino mais provável. FP

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Hóquei José Saúde Vi, recentemente, um jogo de hóquei em patins televisionado entre Portugal e Espanha e fiquei extasiado pela beleza que os hoquistas em campo ofereceram a um público que se rende com paixão a uma modalidade que gera inquestionáveis emoções. Não vou, obviamente, narrar com minuciosidade a essência da ostentação dessa 65.ª edição da Taça das Nações, em Montreux, Suíça, ganha por Portugal através da marcação de grandes penalidades (4-4 era o resultado final após prolongamento), mas a evidente realidade observada com a evolução do hóquei alentejano. Na minha conceção, as modalidades, sejam elas quais forem, obedecem a uma norma humana que espelha o conceito da progressão dos atletas na sua rigorosa prática. Sustento que a formação é determinante. Aliás, o crescente fenómeno de qualidade do atleta é absolutamente natural. A fasquia do êxito, sendo estreita, estabelece prioridades naturais. Sobressaem os mais dotados. Do último Torneio Interassociações Páscoa 2013, em iniciados (sub-14), que teve lugar em Mealhada, ressalta a excelente participação do jovem selecionado da Associação de Patinagem do Alentejo (APA) que conta agora com clubes das áreas de Setúbal e do Algarve, filiados estes que trouxeram uma maior competitividade aos diversos campeonatos regionais. O torneio contou com a participação de 10 seleções regionais, sendo que a APA averbou na primeira fase quatro vitórias nos jogos disputados, sendo uma delas inédita, contra o Porto (3-2), cabendo-lhe depois defrontar Lisboa para uma virtual presença na final, porém, a derrota (2-3) do selecionado de Mané Castilho arredou os miúdos do almejado intento. Restava a luta por um lugar no pódio. A sorte ditou um confronto com o Minho, sendo que a APA se viu arredada desse propósito, uma vez que os minhotos arrebataram o triunfo (2-1). Fica a convicção de que o trabalho feito na formação pela APA merece rasgados elogios e, logicamente, uma profícua continuidade.

Futsal Sub/15 Uma seleção Sub/15 de futsal da AF Beja (que não tem competição regular neste escalão) participou no Torneio Interassociações Sub/15 em futsal, cuja fase zonal sul se realizou em Arronches, Campo Maior e Elvas. A equipa sul alentejana perdeu todos os jogos que disputou, com Setúbal (15/0), Évora (9/0) e Portalegre (8/1). As seleções de Lisboa e Setúbal apuraram-se para a fase final, a realizar em maio.

Andebol em Beja A Zona Azul e o Redondo jogam amanhã no Pavilhão de Santa Maria, em Beja, a partida referente à 5.ª Jornada do Campeonato Nacional de Andebol 3.ª Divisão em Seniores Masculinos. Na ronda anterior a equipa bejense perdeu na Torre da Marinha (25/23) e o Redondo foi derrotado, em casa, pelo Oriental (27/29).

Torneio 25 de Abril O Centro de Cultura e Desporto do Bairro da Conceição, de Beja, promove no próximo dia 25 de Abril, a partir das 14 horas, um Torneio de Futebol nas categorias de Traquinas e Petizes, com a participação das equipas do Serpa, Moura, Desportivo de Beja, Piense, Núcleo Sportinguista de Beja e Bairro da Conceição.

Sub/15 em Mértola A vila de Mértola acolhe no próximo dia 25 de Abril o Torneio Interassociações de Sub/15 em futebol, com a participação das seleções do Algarve, Beja, Lisboa e Portalegre. Os jogos iniciam-se às 10 e 30 horas. A prova é organizada pela Associação de Futebol de Beja com o apoio do município de Mértola.


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Campeonato Distrital de Benjamins 2.ª fase (4.ª jornada): Despertar A-Castrense, 8-1; OdemirenseFerreirense, 2-1; NS Beja-Santo Aleixo, 5-2. Líder: Ferreirense, sete pontos. Próxima jornada (20/4): Santo Aleixo-Despertar A; Castrense-Odemirense; Ferreirense-NS Beja. Taça Joaquim Branco – Benjamins (4.ª jornada) Série A: Ferreirense B-Desportivo Beja A, 2-3; Vasco Gama-Moura, 5-2; Sporting Cuba-Piense, 1-2; Alvito-Serpa, 3-5. Líder: Vasco da Gama, 12 pontos. Próxima jornada (20/4): SerpaFerreirense B; Desportivo Beja A-Vasco Gama; MouraSporting Cuba; Piense-Alvito. Série B: Desportivo Beja B-CB Beja, 2-9; Aljustrelense-Milfontes, 8-1; Ourique-Despertar B, 3-0; Almodôvar-Renascente, 4-5. Líder: Ourique, 10 pontos. Próxima jornada (20/4): Renascente-Desportivo Beja B; CB Beja-Aljustrelense; Milfontes-Ourique; Despertar B-Almodôvar. Campeonato Distrital de Infantis 2.ª fase (4.ª jornada): Amarelejense-Despertar A, 2-3; Alvito-Almodôvar, 4-4; Despertar B-Odemirense, 4-5. Líder: Almodôvar, 10 pontos. Próxima jornada (20/4): Odemirense-Amarelejense; Despertar A-Alvito; Almodôvar-Despertar B. Taça Dr. Covas Lima – Infantis (4.ª jornada) Série A: Piense-Bairro Conceição, 8-3; Aldenovense-Ferreirense, 4-7; Sporting Cuba-Vasco Gama, 6-0; Desportivo Beja-Serpa, 0-9. Folgou o Moura (por desistência da Casa do Benfica de Beja). Líder: Sporting Cuba, 12 pontos. Próxima jornada (20/4): Moura Piense-Bairro Conceição-Aldenovense; SerpaSporting Cuba; Ferreirense-Desportivo Beja. Série B: NS Beja-Guadiana, 4-1; Alvorada-Castrense B, 1-2; MilfontesOperário, 8-2; Castrense A-Aljustrelense, 10-3. Líder: NS Beja, 10 pontos. Próxima jornada (20/4): Operário-NS Beja; Guadiana-Alvorada; Castrense B-Renascente; AljustrelenseMilfontes. Campeonato Distrital de Iniciados (23.ª jornada): Serpa-Moura, 0-6; Ourique-Guadiana, 1-5; AmarelejenseSporting Cuba, 1-1; Odemirense-Rio Moinhos, 7-0; Bairro Conceição-Despertar, 2-4. Folgaram Vasco Gama e Milfontes. Líder: Moura, 54 pontos. Próxima jornada (21/4): MouraMilfontes; Guadiana-Vasco Gama; Sporting Cuba-Ourique; Rio Moinhos-Amarelejense; Despertar-Odemirense. Campeonato Distrital de Juvenis (14.ª jornada): Despertar-Almodôvar, 5-0; Desportivo Beja-Aljustrelense, 4-1; Castrense-Serpa, 1-0. Folgou o Moura. Classificação final: 1.º Desportivo Beja, 28 pontos; 2.º Castrense, 23; 3.º Moura, 21; 4.º Aljustrelense, 19; 5.º Despertar, 18; 6.º Serpa, sete; 7.º Almodôvar, quatro. Campeonato Distrital de Seniores Femininos (3.ª volta/6.ª jornada): CB Castro Verde-Vasco Gama, 6-1; Odemirense-Serpa, 5-1. Folgaram Ourique e CB Almodôvar. Líder: CB Castro Verde, 40 pontos (campeã distrital) Próxima jornada (20/4): CB Almodôvar-CB Castro Verde; Vasco GamaOdemirense; Serpa-Ourique. Campeonato Distrital de Futsal (22.ª jornada): Barrancos-IP Beja, 4-2; Luzerna-Ferreirense, 4-3; Baronia-NS Moura, 4-2; Safara-Desportivo Beja, 3-8; Alcoforado-Vila Ruiva, 6-1; Almodovarense-Vasco Gama, 3-4. Folgou a ADVNSão Bento. Líder: Baronia, 56 pontos. Próxima jornada (19/4): Ferreirense-Safara; Desportivo Beja-Barrancos; Vasco Gama-Baronia; NS Moura-Alcoforado; Vila Ruiva-ADVNSão Bento. Folga o Luzerna. Campeonato Nacional de Iniciados (2.ª fase/11.ª jornada): Desportivo Beja-Odiáxere, 1-0; São Luís-Despertar, 1-4. Líder: Louletano, 54 pontos; 2.º Despertar, 51; 7.º Desportivo Beja, 12. Próxima jornada (21/4): DespertarLagos; Desportivo Beja-Lusitano Vila Real. Campeonato Nacional de Juvenis (2.ª fase/8.ª jornada): Odemirense-BM Almada, 2-2; Despertar-Cova Piedade, 1-4. Líder: Louletano, 47 pontos; 7.º Despertar, 16; 8.º Odemirense, 13. Próxima jornada (21/4): Estoril PraiaOdemirense; BM Almada-Despertar. Campeonato Nacional de Juniores (2.ª fase/10.ª jornada): Moura-BM Almada, 3-2 Líder: Farense, 54 pontos; 8.º Moura, 14. Próxima jornada (20/4): Olímpico MontijoMoura. Taça Fundação Inatel (7.ª jornada) Grupo A: Vale da Oca-Relíquias, 2-0; Amoreiras GareFernandes, 2-1. Folgou o Luso Serpense. Líder: Luso Serpense, 10 pontos. Próxima jornada (20/4): FernandesLuso Serpense; Relíquias-Amoreiras Gare. Folga o Vale da Oca. Grupo B: Luzianes Gare-Louredense, 1-1; MilfontesJungeiros, 5-1. Folgou o Penedo Gordo. Líder: Louredense, 16 pontos. Próxima jornada (20/4): Jungeiros-Penedo Gordo; Luzianes Gare-Milfontes. Folga o Louredense. Grupo C: Saboia-Malavado, 2-0; Santa Vitória-Albernoense, 0-1. Folgou o Serrano. Líder: Saboia, 16 pontos. Próxima jornada (20/4): Albernoense-Serrano; Malavado-Santa Vitória. Folgou o Saboia. Grupo D: Beringelense-Santaclarense, 0-3; SalvadenseFicalho, 1-3. Folgou o Trindade. Líder: Santaclarense, 10 pontos. Próxima jornada (20/4): Ficalho-Trindade; Santaclarense-Salvadense. Folga o Beringelense. Troféu Agência de Beja (6.ª jornada) Grupo E: AC Cuba-Quintos, 0-0; Mombeja-Brinches, 0-3. Folgou o São Matias. Líder: Brinches, 13 pontos. Próxima jornada (20/4): Mombeja-São Matias; Quintos-Brinches. Folga o AC Cuba. Grupo F: Alvorada-Neves, 3-1; Pedrógão-Figueirense, 0-0. Folgou o Faro Alentejo. Líder: Faro Alentejo, 10 pontos. Próxima jornada (20/4): Figueirense-Faro do Alentejo; Neves-Pedrógão. Folga o Alvorada. Grupo G: Santa Luzia-Soneguense, 0-1; SanjoanenseAlcariense, 4-0. Folgou o Boavista Pinheiros. Líder: Sanjoanense, 13 pontos. Próxima jornada (20/4): AlcarienseBoavista Pinheiros; Soneguense-Sanjoanense. Folga o Santa Luzia. Grupo H: Cavaleiro-Cercalense, 0-1; Santa Clara.a.NovaPereirense (não se realizou). Folgou o Almodovarense. Líder: Santa Clara-a-Nova, 12 pontos. Próxima jornada (21/4): Pereirense-Almodovarense; Cercalense-Santa Clara-aNova. Folga o Cavaleiro Grupo I: Bemposta-Campo Redondo, 3-0; SeteNaveredondense, 0-1. Folgou o Colos. Líder: Bemposta, 12 pontos. Próxima jornada (20/4): Naveredondense-Colos; Campo Redondo-Sete. Folga o Bemposta.

Diário do Alentejo 19 abril 2013

Futebol Resultados

Juvenis do Desportivo de Beja

Dobradinha com paixão Depois do triunfo na Taça Armando Nascimento, o Clube Desportivo de Beja conquistou também o Campeonato Distrital de Juvenis. Um título conseguido numa altura em que o clube atravessa um momento delicado. Texto e foto Firmino Paixão

O

trabalho realizado com os escalões mais jovens do Desportivo de Beja vai, pontualmente, dando sinais de sucesso, depois de alguns erros cometidos no passado, que provocaram a delapidação dos verdadeiros recursos do clube, os escalões de formação. Esta temporada foi a equipa de Juvenis que esteve na ribalta, com a conquista do campeonato e da Taça Armando Nascimento. Uma época difícil, referiu o treinador Paulo Paixão, 33 anos, jovem técnico que comanda estes miúdos há dois anos e que, esta época, só conheceu o caminho do sucesso, oferecendo ao clube onde iniciou o seu percurso formativo dois títulos que podem ser um excelente tónico para aliviar as adversidades com que o histórico Desportivo de Beja se debate. Um título difícil, mas justo e incomensuravelmente merecido?

Foi merecido, mas conseguido com muito trabalho, muita dedicação e muito esforço, abdicando de muita coisa para fazermos estes miúdos evoluir. Não foi de caras. No início do campeonato muita gente dizia que não conseguiríamos, mas nós sempre assumimos esses objetivos, mesmo sabendo que seria difícil; tínhamos adversários com muito valor e difíceis de ultrapassar. Assumimos que desejávamos conquistar a Taça e que queríamos ser campeões e conseguimos alcançar as duas metas. Na verdade não foi fácil, mas é por isso que ainda tem mais sabor. A dupla conquista do campeonato e da Taça Armando Nascimento (a dobradinha), tem sempre um elevado significado …

Sim, não sei quando é que num campeonato de Juvenis essa dobradinha aconteceu, não consigo recordar-me, mas seria interessante sabermos, sobretudo neste contexto de dificuldades que o clube atravessa. Conseguimos fazer evoluir estes miúdos, fizemo-los acreditar, demos-lhes ambição e qualidade de jogo para conquistarem este campeonato, contra tudo e contra todos, sobretudo aqueles que não acreditavam em nós e afinal acabámos por ser bem-sucedidos. Apenas três derrotas na época. Uma na taça,

em Almodôvar, duas no campeonato, em Castro Verde e Moura. Uma época positiva?

Os poucos resultados negativos aconteceram em momentos em que não conseguimos dispor do grupo todo. A equipa sentiu, principalmente, a ausência de algumas pedras mais fundamentais no conjunto e surgiram esses percalços. Mas, num campeonato onde sabemos que estão outras equipas de grande valor, não podemos exigir que nos corra tudo sempre de feição, é normal que existam momentos em que as coisas correm menos bem. Felizmente foram poucos. O campeonato teve algum momento competitivo mais marcante, que queira evidenciar?

Destaco, por exemplo, o jogo que disputámos em Aljustrel, uma equipa que estava a discutir o título connosco, numa partida em que estivemos em desvantagem por duas bolas a zero e conseguimos dar a volta a um jogo que estava muito complicado para nós, porque tínhamos menos dois jogadores em campo e acabámos por vencer por 7/3. Esse foi o momento marcante do campeonato. Foi um jogo épico, de garra, de sacrifício e de entrega de uma equipa tão jovem que acreditou no seu valor. O sucesso desta equipa contrasta com a despromoção dos Iniciados, a provável despromoção dos Seniores e as incertezas que se PUB

vivem no seio do clube …

Por isso este trabalho foi tão importante. Mas também foi mais difícil, face a todas essas conjunturas e pelos constrangimentos que o clube vive fora das quatro linhas. Mas nós fizemos sempre tudo para que houvesse estabilidade, porque não tendo o cenário ideal para sermos bem sucedidos teremos sempre que dar mais de nós. Foi isso que aconteceu. Já na época passada tínhamos conseguido um espetacular segundo lugar e, quando o campeonato acabou, mantivemo-nos a trabalhar mais um mês, criando condições para que, este ano, ganhássemos tudo o que havia para ganhar. Somos uma pequena gota no oceano do Desportivo, mas marcámos a diferença com muito mérito. O sucesso deu visibilidade à equipa e, provavelmente, também será um impulso para que o treinador se aventure noutros desafios?

Estou com vontade disso. Assinalo este ano 10 anos de carreira como treinador, mas sou um jovem treinador e isto, de alguma forma, foi uma prenda: conseguir uma dobradinha num clube que representei e onde cresci desportivamente. Talvez esteja na altura de pensar noutros projetos, mas ainda não decidi nada, tive uma entrega total e um desgaste enorme durante a temporada, agora vou descansar e depois avaliarei essas hipóteses.


20 Diรกrio do Alentejo 19 abril 2013 PUB


institucional diversos Diário do Alentejo n.º 1617 de 19/04/2013 2.ª Publicação

ASSISTENTE ADMINISTRATIVO/A Descrição da Empresa: Somos uma empresa nacional do sector Agro Alimentar, integrada num grupo de empresas com solidez reconhecida a nível Nacional e Internacional, situada no centro sul do País – Alentejo. Descrição da função: Na dependência do responsável Administrativo; – Gestão contratual dos colaboradores, apoio ao processamento salarial e contacto com entidades externas como Segurança Social. – Contacto e negociação com fornecedores garantindo a eficaz gestão do economato e monitorização dos respetivos pagamentos; – Contacto com fornecedores relativamente a pagamentos, controlo das contas correntes e lançamentos contabilísticos; – Fecho de caixas do bar e da loja existente na Sede da Empresa; – Expediente geral de escritório, atendimento telefónico e de email; – Suporte à actividade de Vendas na execução de tarefas administrativas, BackOffice e apoio à venda; – Apoio na execução de propostas e de documentação para suporte das mesmas; – Registo e manutenção do processo comercial – Interface interno com outras secções da Empresa necessária para esclarecimentos aos clientes; Perfil do candidato: – Experiência profissional superior a 5 anos, sendo valorizada a experiência anterior em funções similares; – Experiência com ferramentas informáticas (MS Office: Word, Excel); – Experiência na execução de documentos Word e Excel; – Elevada capacidade de organização e rigor; – Facilidade de relacionamento interpessoal e de trabalho em equipa; – Bom conhecimento de Inglês; – Residência no distrito de Beja

21 Diário do Alentejo 19 abril 2013 Diário do Alentejo n.º 1617 de 19/04/2013 2.ª Publicação PEDRO BRANDÃO Agente de Execução C.P. 3877

MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, MAR, AMBIENTE E ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO

EDITAL O Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas faz público que, nos termos do art.º 6.º do Regulamento da Lei n.º 2097, de 6 de Junho de 1959, aprovado pelo Decreto n.º 44623, de 10 de Outubro de 1962, O CLUBE AMADORES DE PESCA DESPORTIVA DE SERPA, com o NIF 502428600 requereu, pelo prazo de 10 anos, uma concessão de pesca na albufeira de Serpa, numa área de 152 ha, sita nas freguesias de Brinches e Santa Maria, concelho de Serpa. Todas as pessoas singulares ou colectivas que se julguem prejudicadas nos seus direitos devem apresentar a sua reclamação por escrito devidamente justificada, no Departamento de Conservação da Natureza e Florestas do Alentejo – Delegação de Beja – Antiga Estrada de Évora – Rua de S. Sebastião – Apartado 6121, 7801-908 Beja no prazo de 30 dias a contar da data de divulgação deste Edital. Para consulta dos interessados encontra-se nos referidos serviços o projecto de Regulamento, proposto pela entidade requerente para vigorar na área a concessionar.

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ANÚNCIO Tribunal Judicial de Cuba – Secção Única Acção Executiva Processo n.° 4/08.5TBCUB Exequente: Banco Santander Totta, S.A. Executados: Carlos Filipe Rombão Cardeira e outros FAZEM-SE SABER que nos autos acima identificados se encontra designado o dia 26 de Abril de 2013, pelas 14:00 horas, no Tribunal acima identificado, para abertura de propostas que sejam entregues até esse momento na Secretaria do mesmo, pelos interessados na compra do seguinte bem: Prédio urbano, propriedade total, descrito sob a inscrição 2179/19990224, da freguesia de Cuba, concelho de Cuba, com o artigo matricial n° 1830, sito na Rua Luís de Camões, n.° 5 A. O bem pertence ao Executado: CARLOS FILIPE ROMBÃO CARDEIRA, NIF: 191885510 VALOR BASE: 75.000,00 € Será aceite a proposta de melhor preço acima do valor de 52.500,00€, correspondente a 70% do Valor Base. Nos termos do artigo 897° n.° 1 do CPC, os proponentes devem juntar à sua proposta, como caução, cheque visado à ordem do agente de execução, no montante correspondente a 20% do valor base do bem, ou garantia bancária, no mesmo valor. É Fiel depositário que o mostrará a pedido o executado Carlos Filipe Rombão Cardeira, residente na Rua Luís de Camões, n.° 5 A, na Cuba. O Agente de Execução, Céd Prof. 3877 Pedro Brandão

Diário do Alentejo n.º 1617 de 19/04/2013 Única Publicação

CARTÓRIO NOTARIAL DE SERPA Notária Joana Prior

Diário do Alentejo n.º 1617 de 19/04/2013 2.ª Publicação

EXTRACTO

PEDRO BRANDÃO Agente de Execução C.P. 3877

ANÚNCIO

Beja, 21 de Março de 2013. O Director do Departamento de Conservação da Natureza e Florestas do Alentejo Pedro Azenha Rocha

Tribunal Judicial de Serpa – Secção Única Acção Executiva Processo n.° 78/08.9TBSRP Exequente: Banco Santander Totta, S.A. Executados: Jerónimo Espinha Romeiro e outra FAZEM-SE SABER que nos autos acima identificados se encontra designado o dia 30 de Abril de 2013, pelas 14:00 horas, no Tribunal acima identificado, para abertura de propostas que sejam entregues até esse momento na Secretaria do mesmo, pelos interessados na compra do seguinte bem: Prédio Urbano, propriedade total, sito na Rua Paimogo, n.° 55, em Vila Nova de São Bento, em cuja matriz se acha inscrito sob o artigo 1851, descrito na Conservatória do Registo Predial de Serpa sob a ficha 3161/20021218, Vila Nova de São Bento. O bem pertence aos Executados: JERÓNIMO ESPINHA ROMEIRO, NIF: 131143174 e ISABEL MARIA GOMES SANTOS ROMEIRO, NIF: 131143182 VALOR BASE: 50.000,00 € Será aceite a proposta de melhor preço acima do valor de 35.000,00€, correspondente a 70% do Valor Base. Nos termos do artigo 897° n.° 1 do CPC, os proponentes devem juntar à sua proposta, como caução, cheque visado à ordem do agente de execução, no montante correspondente a 20% do valor base do bem, ou garantia bancária, no mesmo valor. É Fiel depositário que o mostrará a pedido os executados Jerónimo Espinha Romeiro e Isabel Maria Gomes Santos Romeiro, residentes na Rua do Paimogo, n.° 55, em Vila Nova de São Bento. O Agente de Execução, Céd Prof. 3877 Pedro Brandão

OFICINA RECTIFICAÇÕES DE CABEÇAS E DE BLOCOS (Novos preços) TESTAGENS z SERVIÇO DE TORNO z SOLDADURAS EM ALUMÍNIO z z

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Certifico para efeitos de publicação que no dia 10 de Abril de 2013, iniciada a folhas 8 do livro de notas número 35 - A, deste Cartório, foi lavrada uma escritura de justificação, pela qual Armando Rodrigues, casado, natural da freguesia de Santiago da Guarda, concelho de Ansião, residente na Rua do Príncipe, número 9, 1°, em Coruche, concelho de Santarém, como procurador e em representação do “ PARTIDO COMUNISTA PORTUGUÊS “, com sede na Rua Soeiro Pereira Gomes, número três, em Lisboa, NIPC 500.940.673, associação política dotada de personalidade jurídica, alega que o seu representado é dono e legítimo possuidor, com exclusão de outrem, do prédio urbano de résdo-chão, com a superfície coberta de trinta metros quadrados, sito no lugar de A-do-Pinto, freguesia de Vila Nova de São Bento, concelho de Serpa, que confronta: do norte com Luís Esperança da Conceição, do sul e do nascente com Manuel Paulino, e pelo poente com a Rua 25 de Abril, inscrito na matriz sob o artigo 1246, com o valor patrimonial de € 198,02, a que atribui igual valor, não descrito na Conservatória do Registo Predial de Serpa. Que o identificado imóvel veio à posse do seu representado por o haver adquirido por compra verbal efectuada em dia e mês que ignora do ano de mil novecentos e setenta e seis, a Domingos Vaz Valente, viúvo, já falecido, residente que foi no citado lugar de A-do-Pinto, tendo pago o ajustado preço, não tendo, todavia, sido celebrada a respectiva escritura. Que, porém, desde aquele ano de mil novecentos setenta e seis e sem interrupção, o justificante, através dos seus órgãos representativos, entrou na posse do referido imóvel, usufruindo de todas as suas utilidades e suportando os respectivos impostos e encargos, tendo adquirido e mantido a sua posse sem a menor oposição de quem quer que fosse e com conhecimento de toda a gente, agindo sempre por forma correspondente ao exercício do direito de propriedade, tendo por isso uma posse pública, pacífica, contínua e de boa-fé, que dura há mais de vinte anos, pelo que o seu representado adquiriu por usucapião, não tendo, todavia, dado o modo de aquisição documento algum que lhe permita fazer a prova do seu direito de propriedade. Que, desta forma, justifica para o seu representado a aquisição do aludido imóvel por usucapião. Está conforme o original. Cartório Notarial de Serpa, a cargo da Notária Joana Raquel Prior Neto, dez de Abril de dois mil e treze. A Notária, Joana Raquel Prior Neto

ARRENDA-SE R/CHÃO Hall de entrada, 2 quartos, sala, cozinha, 1 casa de banho e quintal. Rua de Santo André, em Beja. 375,00€/mês. Contactar pelo tm. 924022304


saúde

22 Diário do Alentejo 19 abril 2013

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Rua António Sardinha, 3 1º G 7800 BEJA

Urgências Prótese fixa e removível Estética dentária Cirurgia oral/Implantologia Aparelhos fixos e removíveis

Clínica do Jardim Praça Diogo Fernandes, nº11 – 2º Tel. 284329975

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7800- 544 - BEJA

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Rua Zeca Afonso, nº 16 F Tel. 284325833

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telfs.284322387/919911232

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Consultas segundas, quartas, quintas e sextas

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Médico oftalmologista

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Rua General Morais Sarmento. nº 18, r/chão Telef. 284326841 7800-064 BEJA

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Horários das 8 às 18 horas; Acordo com beneficiários da Previdência/ARS; ADSE; SAMS; CGD; MIN. JUSTIÇA; GNR; ADM; PSP; Multicare; Advance Care; Médis FAZEM-SE DOMICÍLIOS Rua de Mértola, 86, 1º Rua Sousa Porto, 35-B Telefs. 284324157/ 284325175 Fax 284326470 7800 BEJA

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Rua Manuel Antó António de Brito n.º n.º 6 – 1.º 1.º frente. 78007800-522 Beja tel. 284 328 100 / fax. 284 328 106

Dr. Fernando H. Fernandes Dr. Armindo Miguel R. Gonçalves

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Ouvidos,Nariz, Garganta Exames da audição Consultas a partir das 14 horas Praça Diogo Fernandes, 23 - 1º F (Jardim do Bacalhau) Telef. 284322527 BEJA


saĂşde

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Manuel Matias – Isabel Lima – Miguel Oliveira e Castro – Jaime Cruz MaurĂ­cio EcograďŹ a | Eco-Doppler Cor | Radiologia Digital MamograďŹ a Digital | TAC | Uro-TC | Dental Scan Densitometria Ă“ssea Nova valĂŞncia: Colonoscopia Virtual Acordos: ADSE; PT-ACS; CGD; Medis, Multicare; SAMS; SAMS-quadros; Allianz; WDA; Humana; Mondial Assistance; Advance Care Graça Santos Janeiro: EcograďŹ a ObstĂŠtrica Marcaçþes: Telefone: 284 313 330; Fax: 284 313 339; Web: www.crb.pt Rua Afonso de Albuquerque, 7 r/c – 7800-442 Beja e-mail: cradiologiabeja@mail.telepac.pt

CENTRO DE IMAGIOLOGIA DO BAIXO ALENTEJO ECOGRAFIA – Geral, Endocavitåria, Osteoarticular, Ecodoppler TAC – Corpo, Neuroradiologia, Osteoarticular, Dentalscan Mamografia e Ecografia Mamåria Ortopantomografia

AntĂłnio Lopes – Aurora Alves – Helena Martelo – Montes Palma – Maria JoĂŁo Hrotko – MĂŠdicos Radiologistas – Convençþes: ADSE, ACS-PT, SAD-GNR, CGD, MEDIS, SSMJ, SAD-PSP, SAMS, SAMS QUADROS, ADMS, MULTICARE, ADVANCE CARE HorĂĄrio: de 2ÂŞ a 6ÂŞ feira, das 8 Ă s 19 horas e aos sĂĄbados, das 8 Ă s 13 horas Av. Fialho de Almeida, nÂş 2 7800 BEJA

Telef. 284318490 Tms. 960284030 ou 915529387

Dr. SidĂłnio de Souza – Pneumologia/Alergologia/ Desabituação tabĂĄgica – H. Pulido Valente Dr. Fernando Pimentel – Reumatologia – Medicina Desportiva – Instituto PortuguĂŞs de Reumatologia de Lisboa Dr.ÂŞ VerĂłnica TĂşbal – Nutricionismo – H. de Beja Dr.ÂŞ Sandra Martins – Terapia da Fala – H. de Beja Dr. Francisco Barrocas – Psicologia ClĂ­nica/Terapia Familiar – Centro Hospitalar do Baixo Alentejo. Dr. RogĂŠrio Guerreiro – Medicina preventiva – Tratamento inovador para deixar de fumar Dr. Gaspar Cano – ClĂ­nica Geral/ Medicina Familiar Dr.ÂŞ NĂ­dia Amorim – Psicomotricidade/Educação Especial e Reabilitação Dr. SĂŠrgio Barroso – Especialista em Oncologia – H. de Beja DrÂŞ Margarida Loureiro – Endocrinologia/Diabetes/ Obesidade – Instituto PortuguĂŞs de Oncologia de Lisboa Dr. Francisco Fino Correia – Urologia – Rins e Vias UrinĂĄrias – H. Beja Dr. Daniel Barrocas – Psiquiatria – Hospital de Évora Dr.ÂŞ LucĂ­lia Bravo – Psiquiatria H.Beja , Centro Hospitalar de Lisboa (H.JĂşlio de Matos). Dr. Carlos Monteverde – Medicina Interna, doenças de estĂ´mago, fĂ­gado, rins, endoscopia digestiva. Dr.ÂŞ Ana Cristina Duarte – Pneumologia/ Alergologia RespiratĂłria/Apneia do Sono Dr.ÂŞ Isabel Santos – Psiquiatria de Infância e AdolescĂŞncia/Terapeuta familiar – Centro Hospitalar do Baixo Alentejo Dr.ÂŞ Paula Rodrigues – Psicologia ClĂ­nica – Hospital de Beja Dr.ÂŞ LuĂ­sa Guerreiro – Ginecologia/ObstetrĂ­cia Dr. LuĂ­s Mestre – Senologia (doenças da mama) – Hospital da Cuf – Infante Santo Dr. Jorge AraĂşjo – EcograďŹ as ObstĂŠtricas Dr.ÂŞ Ana MontalvĂŁo – Hematologia ClĂ­nica /Doenças do Sangue – Hospital de Beja Dr.ÂŞ Ana Cristina Charraz – Psicologia ClĂ­nica – Hospital de Beja Dr. Diogo Matos – Dermatologia – Hospital Garcia da Orta. Dr.ÂŞ Madalena Espinho – Psicologia da Educação/ Orientação Vocacional Dr.ÂŞ Ana Margarida Soares – Terapia da Fala Dr.ÂŞ Maria JoĂŁo Dores – Psicomotricidade/Educação Especial e Reabilitação Enfermeira Maria JosĂŠ Espanhol – Enfermeira especialista em saĂşde materna/Cuidados de enfermagem na clĂ­nica e ao domicĂ­lio/Preparação prĂŠ e pĂłs parto/amamentação e cuidados ao recĂŠmnascido/Imagem corporal da mĂŁe – H. de Beja Marcaçþes diĂĄrias pelos tels. 284 322 503 Tm. 91 7716528 | Tm. 916203481 Rua Zeca Afonso, nÂş 6, 1Âş B, 7800-522 Beja Clinipaxmail@gmail.com www.clinipax.pt

ClĂ­nica MĂŠdico-DentĂĄria de S. FRANCISCO, LDA. GerĂŞncia de Fernanda Faustino Acordos: SAMS, ADMG, PSP, A.D.M.E., Portugal Telecom e Advancecare

Rua General Morais Sarmento, nÂş 18, r/chĂŁo; TEL. 284327260 7800-064 BEJA

23 DiĂĄrio do Alentejo 19 abril 2013


necrologia diversos

24 Diário do Alentejo 19 abril 2013

MISSA

SÃO MATIAS

BEJA

NOSSA SENHORA DAS NEVES

BEJA

António Domingos Beijinho Lopes 11 Anos de dor e saudade Esposa, filhos, noras, netos e restante família participam que no próximo dia 28/04/2013, domingo, pelas 18 e 30 horas, na igreja da Sé, em Beja, será celebrada missa pelo seu eterno descanso. Agradecemos a todos que nela participarem.

†. Faleceu o Exmo. Senhor LUÍS MANUEL COLAÇO, de 92 anos, natural de Almodôvar Almodôvar, casado com a Exma. Sra. D. Amélia Maria Guedelha. O funeral a cargo desta Agência, realizou-se no passado dia 12, da Igreja Paroquial de São Matias, para o cemitério local.

†. Faleceu a Exma. Senhora D. MARIANA FRANCISCA DAS DORES GRAZINA, de 75 anos, natural de Nossa Senhora das Neves - Beja, viúva. O funeral a cargo desta Agência, realizou-se no passado dia 12, da Casa Mortuária de Nossa Senhora das Neves, para o cemitério local.

†. Faleceu a Exma. Senhora D. JÚLIA ROMANO MARTELO, de 84 anos, natural de Conceição - Ourique, viúva. O funeral a cargo desta Agência, realizou-se no passado dia 13, das Casas Mortuárias de Beja, para o cemitério desta cidade.

†. Faleceu o Exmo. Senhor JOSÉ PEDRO COSTA VENÂNCIO, de 58 anos, natural de Santiago Maior - Beja, casado com a Exma. Sra. D. Francisca Maria de Sousa Brinca Costa Venâncio. O funeral a cargo desta Agência, realizou-se no passado dia 13, das Casas Mortuárias de Beja, para o cemitério desta cidade.

BEJA

BEJA

BEJA / FERREIRA ALENTEJO

CABEÇA GORDA

†. Faleceu a Exma. Senhora D. HENRIQUETA MARIA GUERREIRO, de 90 anos, natural de Alfundão - Ferreira do Alentejo, viúva. O funeral a cargo desta Agência, realizou-se no passado dia 13, das Casas Mortuárias de Beja, para o cemitério desta cidade.

†. Faleceu a Exma. Senhora D. RAQUEL DA CONCEIÇÃO SANTOS GALAMBA GUERREIRO, de 64 anos, natural de Salvador Beja, casada com o Exmo. Sr. Francisco Galamba Guerreiro. O funeral a cargo desta Agência, realizou-se no passado dia 14, das Casas Mortuárias de Beja, para o cemitério desta cidade.

†. Faleceu a Exma. Senhora D. MARIA ALVES MOLEIRO ÁLVARO, de 93 anos, natural de Albernoa - Beja, viúva. O funeral a cargo desta Agência, realizou-se no passado dia 15, da Igreja Paroquial do Carmo, para o cemitério de Ferreira do Alentejo, onde foi cremada.

†. Faleceu o Exmo. Senhor JOSÉ RAMIRES AURÉLIO, de 77 anos, natural de Albernoa - Beja, casado com a Exma. Sra. D. Judite Maria Luiz. O funeral a cargo desta Agência, realizou-se no passado dia 16, da casa Mortuária da Cabeça Gorda, para o cemitério local.

TRIGACHES

NOSSA SENHORA DAS NEVES

†. Faleceu a Exma. Senhora D. MARIA JOSÉ ROMÃO, de 83 anos, natural de Beringel Beja, viúva. O funeral a cargo desta Agência, realizou-se no passado dia 16, da Casa Mortuária de Trigaches, para o cemitério local.

†. Faleceu a Exma. Senhora D. DOMINGAS ROSA SERRA, de 92 anos, natural de São Matias Beja, viúva. O funeral a cargo desta Agência, realizou-se no passado dia 16, da Casa Mortuária de Nossa Senhora das Neves, para o cemitério local.

VENDE-SE

BEJA

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Venceslau da Conceição Lampreia 18.º Ano de Eterna Saudade Esposa, filhos, netos e restante família recordam com muito amor e profunda saudade o seu ente querido, falecido em 19 de abril de 1995.

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necrologia institucional diversos Santa Iria PARTICIPAÇÃO E AGRADECIMENTO

Diário do Alentejo n.º 1617 de 19/04/2013 Única Publicação

PARTICIPAÇÃO, AGRADECIMENTO E MISSA DE 30.º DIA

MUNICÍPIO DE SERPA

EDITAL

TOMÉ ALEXANDRE MARTINS PIRES, Presidente da Câmara Municipal de Serpa:

Sua família cumpre o doloroso dever de participar o falecimento do seu ente querido ocorrido no dia 13/04/2013, e na impossibilidade de o fazer individualmente vem por este meio agradecer a todas as pessoas que o acompanharam à sua última morada ou que de outra forma manifestaram o seu pesar.

AGÊNCIA FUNERÁRIA SERPENSE, LDA Gerência: António Coelho Tm. 963 085 442 – Tel. 284 549 315 Rua das Cruzes, 14-A – 7830-344 SERPA

Selmes AGRADECIMENTO

Francisco Manuel Oleiro Borracha Nasceu a 27.11.1939 Faleceu a 08.04.2013 Sua família, na impossibilidade de o fazer pessoalmente, agradece por este meio a todas as pessoas que o acompanharam à sua última morada ou que de outro modo manifestaram o seu pesar. AGÊNCIA FUNERÁRIA ESPÍRITO SANTO, LDA . Tm.963044570 – Tel. 284441108 Rua Das Graciosas, 7 7960-444 Vila de Frades/Vidigueira

PARTICIPAÇÃO E AGRADECIMENTO

Maria Júlia Alpendre Parreira Ferro Mais uma vez como em tantos casos a medicina foi impotente, e tu, minha querida irmã, partiste sem dizer adeus. Deixaste o coração de todos na mais profunda dor. Cumprimos o doloroso dever de participar o falecimento da nossa familiar ocorrido no dia 19/03/2013, e na impossibilidade de o fazermos individualmente vimos por este meio agradecer a todas as pessoas que a acompanharam até à sua última morada. Os nossos agradecimentos sinceros a todo o pessoal do IPO em Lisboa pela maneira humana e carinhosa como sempre trataram a nossa familiar. Bem hajam. Mais informamos que vai ser rezada missa em sua memória no dia 21/04/2013, na igreja de Vila de Frades, às 11 horas. Será também recordada neste ato religioso, com muita saudade, no 10.º aniversário do seu falecimento, a sua mãe Maria Justina. A todos os que comparecerem agradecemos desde já. Adeus minha irmã, que a tua alma descanse em paz.

Beja – Canadá PARTICIPAÇÃO

No dia 7 de abril faleceu em Toronto, Canadá, DULCE CECÍLIA LAMPREIA PAIXÃO DOS SANTOS VIEIRA, nascida em 15/05/1954, filha de Maria de Lourdes Lampreia Paixão Afonso da Silva e do dr. Eudoro dos Santos Vieira, já falecido. Se existe vida após a morte, que descanses em paz, filha. Obrigada a todos, em especial àqueles que na hora da sua morte estiveram junto dela.

AMOR Cavalheiro, culto, inteJosé Pedro Costa Venâncio Sua esposa e filhos cumprem o doloroso dever de participar o falecimento do seu ente querido ocorrido no dia 12/04/2013, e na impossibilidade de o fazerem pessoalmente vêm por este meio agradecer a todas as pessoas que o acompanharam à sua última morada ou que de outro modo manifestaram o seu pesar.

lectual, de 52 anos, a viver só, na cidade de Beja, busca menina/senhora, de 21 a 40 anos de idade, para ligação sentimental, com ou sem compromisso. Contactar pelo tm. 918035030

TORNA PÚBLICO, nos termos do número 2, do artigo 78º, conjugado com o número 7, do artigo 7º, ambos do Decreto-Lei n.º 555/99, de 16 de dezembro, na redação conferida pelo Decreto-Lei n.º 26/2010, de 30 de março, que, por deliberação tomada na reunião da Câmara Municipal de 03 de abril de 2013, foi aprovado o Loteamento da Zona Industrial de Serpa – 2.ª Fase (Loteamento 1 – lotes 40 a 47), de harmonia com as seguintes especificações: - Enquadramento: O presente loteamento, designado de ‘Loteamento 1 (L40 – L47)‘ corresponde a uma intervenção parcial na fase 2 da ‘Zona Industrial’ de Serpa (ZIS), integrada nos ‘Espaços de atividades económicas consolidadas’ tal como definidos pelo Plano de Urbanização de Serpa (PUS), publicado pelo aviso n.º 17228/2012 no Diário da República, 2.ª série, n.º 250, de 27 de dezembro e objeto de posterior Declaração de retificação n.º 321/2013 publicada no Diário da República, 2.ª série — N.º 50 — 12 de março. - Identificação dos prédios objeto da operação de loteamento: - Prédio descrito na Conservatória do Registo Predial (CRP) com o n.º 3003/20081210 e inscrito na matriz cadastral sob o artigo 16 da Secção K com área de 23 040,00m2 (31 500,00-8 460,00); - Prédio descrito na Conservatória do Registo Predial (CRP) com o n.º 3006/20081210 e inscrito na matriz cadastral sob o artigo 16 (PARTE DE) da Secção K com área de 8 460,00m2; - Prédio descrito na Conservatória do Registo Predial (CRP) com o n.º 3633/20130122 e inscrito na matriz cadastral sob o artigo 18 da Secção K com área de 5 625,00m2; - Prédio descrito na Conservatória do Registo Predial (CRP) com o n.º 2134/19980722 e inscrito na matriz cadastral sob o artigo 324 da Secção K com área de 6 000,00m2; A área de intervenção abrange uma área de 23 563,87m2, a que corresponde a totalidade dos prédios descritos na CRP sob os números 3006/20081210, 3633/20130122 e 2134/19980722 e 3 478,87m2 do prédio descrito sob o n.º 3003/20081210. Deste último resulta uma parte sobrante com 19 561,13m2. Quadro de afetação de áreas Prédio/artigo 3003/20081210 16 - K 3006/20081210 16 - K (parte de) 3633/20130122 18 - K 2134/19980722 324 - K

Área artigo (m2)

Área loteada (m2)

Área sobrante (m2)

23040

3478,87

19561,13

8460

8460

0

5625

5625

0

6000

6000

0

Área total

Área lotes (m2)

23563,87

Área arruamentos (m2)

0

0

3670

3415

3830

143

3072

770

10572

4328

Área espaços verdes (m2) 3478,87 1375 1652 2158 8663,87

- Identificação dos lotes: Do loteamento resulta a constituição de 8 lotes, numerados de 40 a 47, com as seguintes especificações: Quadro de dimensionamento de lotes: Lote

Área dos lotes (m2)

L40 L41

Iol %liq

1.355,00

Área máx. imp. (m2) 678,00

0,70

90

12

8

Industria

1.500,00

750,00

50

1.050,00 0,70

90

12

8

Industria

L42

1.500,00

750,00

50

1.050,00 0,70

L43

1.912,00

956,00

50

1.338,00 0,70

90

12

8

Industria

L44

990,00

460,00

46

693,00

0,70

90

12

8

Industria/Armazenagem/Oficinas

L45

1.050,00

500,00

48

735,00

0,70

90

12

8

Industria/Armazenagem/Oficinas

L46

1.110,00

540,00

49

777,00

0,70

90

12

8

Industria/Armazenagem/Oficinas

L47

1.155,00

570,00

49

809,00

0,70

90

12

8

Industria/Armazenagem/Oficinas

TOTAL 10.572,00 5.204,00

50

Área máx. const. (m2) 949,00

Iul

Iimp Iv Altura % m3/m2 fachada

90

12

Diário do Alentejo n.º 1617 de 19/04/2013 Única Publicação

MUNICÍPIO DE BEJA

EDITAL

José Manuel das Dores

25 Diário do Alentejo 19 abril 2013

8

Jorge Pulido Valente, Presidente da Câmara Municipal de Beja: TORNA PÚBLICO que, em cumprimento das deliberações da Câmara Municipal de 6 de Fevereiro de 2013 e da Assembleia Municipal de 26 de Fevereiro de 2013, procede-se à abertura de concurso público para a concessão dos antigos balneários masculinos da piscina municipal descoberta para a instalação de um estabelecimento de SPA/GINÁSIO/HEALTH CLUB, de acordo com o descrito no respectivo programa de procedimento e caderno de encargos: 1. Identificação: “Concessão dos antigos balneários masculinos da piscina municipal descoberta para a instalação de um estabelecimento de SPA/GINÁSIO/HEALTH CLUB.” 2. Processo de concurso: o processo de concurso, constituído pelo programa de concurso e o caderno de encargos, encontra-se patente no sítio do Município (www.cm.beja. pt), onde pode ser consultado e copiado gratuitamente, bem como nas instalações do Município de Beja, Serviço de Aprovisionamento, sita na Praça da República, em Beja, onde pode ser examinado, durante as horas de expediente: das 9h ao 12.30h e das 14.00h às 17.30h, até ao termo do prazo para a apresentação das propostas. 3. Apresentação das propostas: a proposta e os documentos que constituem a proposta devem ser apresentados directamente na plataforma electrónica utilizada pela Câmara Municipal, de acordo com o estipulado no artigo 62º, nº 1 do Código dos Contratos Públicos. No entanto, se não for possível apresentar nos termos do disposto no parágrafo anterior, a proposta e os documentos que a constituem podem ser apresentados até às 16 horas do dia 14 de Maio de 2013, pelos concorrentes ou seus representantes, na Câmara Municipal de Beja, Serviço de Aprovisionamento, na Praça da República, em Beja, ou remetidas pelo correio, sob registo e aviso de recepção. Se o envio da proposta for feito pelo correio, o concorrente será o único responsável pelos atrasos que porventura se verifiquem, não podendo apresentar qualquer reclamação na hipótese de a entrada dos documentos se verificar já depois de esgotado o prazo de entrega das propostas. 4. Documentos que devem acompanhar a proposta: são os previstos no artigo 11º do Programa de Procedimento. 5. Adjudicação: a adjudicação é feita ao concorrente que apresentar a proposta economicamente mais vantajosa considerando os seguintes factores e coeficiente de ponderação: melhor preço de renda mensal (60%); proposta de dinamização do espaço (40%). 6. Prazo pelo qual é celebrado o contrato de concessão: O prazo da concessão é de 10 (dez) anos, podendo ser renovada por igual período de tempo, se para tal o concedente, expressamente e por escrito, comunicar essa intenção ao concessionário com a antecedência de 90 dias do termo do prazo. 7. Outras condições: as demais condições aplicáveis ao presente procedimento constam do respectivo programa e do caderno de encargos. Para constar se publica o presente edital e outros de igual teor que vão ser afixados nos lugares públicos do costume. Paços do Município de Beja, 18 de Março de 2013. O Presidente da Câmara Municipal, Jorge Pulido Valente

Usos

Diário do Alentejo n.º 1617 de 19/04/2013 Única Publicação

Industria

7.851,00

- Prazo para conclusão das obras de Urbanização e responsabilidade: Esta intervenção parcial enquadra-se no projeto de urbanização para a totalidade da ZIS. As obras de urbanização são da responsabilidade da câmara municipal, estando em avançado estado de construção, em toda a sua extensão, para a ZIS no seu todo. Este avanço nas infraestruturas foi possível atendendo a que a camara municipal já é proprietária dos prédios/parcelas onde se instalam. As plantas que instruem o processo de loteamento e dele constituem parte integrante, podem ser consultadas na Câmara Municipal de Serpa, Divisão de Urbanismo e Ordenamento do Território. Para que conste se publica o presente Edital que vai ser afixado nos locais do estilo e publicado nos termos legais. Município de Serpa, 17 de abril de 2013 O presidente da Câmara Municipal de Serpa Tomé Alexandre Martins Pires

CÂMARA MUNICIPAL DE FERREIRA DO ALENTEJO

EDITAL Dr. Aníbal Sousa Reis Coelho da Costa, Presidente da Câmara Municipal de Ferreira do Alentejo: Torna público, que na sequência do anúncio de procedimento n.° 1756/2013, publicado no Diário da República n.° 70 Série II de 10 de abril de 2013, se encontra aberto o concurso público para a Exploração do Bar do Jardim Municipal de Ferreira do Alentejo. Os interessados podem consultar as peças do procedimento na Secção de Aquisição de Bens e Serviços deste Município ou na Plataforma Electrónica de Contratação Pública do Município de Ferreira do Alentejo, www. anogov.pt. As propostas deverão ser apresentadas até às 16 horas do dia 26 de abril de 2013. Para constar, se publica o presente edital e outros de igual teor que vão ser afixados nos lugares públicos do costume. Paços do Município de Ferreira do Alentejo, 10 de abril de 2013 O Presidente da Câmara Municipal Dr. Aníbal Sousa Reis Coelho da Costa


institucional diversos

26 Diário do Alentejo 19 abril 2013 Diário do Alentejo n.º 1617 de 19/04/2013 Única Publicação

Diário do Alentejo n.º 1617 de 19/04/2013 Única Publicação

Diário do Alentejo n.º 1617 de 19/04/2013 Única Publicação

UCASUL UNIÃO DE COOPERATIVAS AGRÍCOLAS, U.C.R.L.

CONVOCATÓRIA CÂMARA MUNICIPAL DE FERREIRA DO ALENTEJO

EDITAL Operação de Loteamento Processo – Loteamento Municipal 1/2013 Dr. Anibal Sousa Reis Coelho da Costa, Presidente da Câmara Municipal de Ferreira do Alentejo, torna público que a Câmara Municipal na sua reunião ordinária de 27 de fevereiro de 2013, aprovou a operação de loteamento em nome da CÂMARA MUNICIPAL DE FERREIRA DO ALENTEJO, Pessoa coletiva nº 501227490 para o prédio situado na Herdade do Penique, freguesia de Odivelas e inscrito na matriz predial rústica sob o artigo 42 da secção P daquela freguesia. O loteamento respeita o disposto no Plano Diretor Municipal de Ferreira do Alentejo, de acordo com a Planta Síntese anexa ao processo e com as seguintes características: Área Total a Lotear: 15,1885 ha Área do Prédio a Lotear: 15,1885 ha Número de Lotes: 3 Área a afetar ao domínio público: 6385 m2 Descrição de cada Lote: Lote 1- Com a área de 38 600m2, com a área total de construção de 23 200 m2 e altura máxima de construção de 9metros. O uso a que se destina é o Agroindustrial. Lote 2- Com a área de 46 300m2, com a área total de construção de 27 800 m2 e altura máxima de construção de 9 metros. O uso a que se destina é o Agroindustrial. Lote 3- Com a área de 60 600m2, com a área total de construção de 36 400 m2 e altura máxima de construção de 9metros. O uso a que se destina é o Agroindustrial. Condicionantes de aprovação: A implantação dos lotes deve ser efetuada em conformidade com o projeto aprovado. As edificações a erigir terão uma altura máxima de 9 metros com a exceção de elementos notáveis como silos, chaminés industriais, reservatórios de água e outros semelhantes. Para constar e consequentes devidos efeitos se publica o presente Edital e outros de igual teor que vão ser afixados nos lugares do costume e nos jornais locais e página oficial da Câmara Municipal na Internet. 27 de fevereiro de 2013. O Presidente da Câmara Municipal, Dr. Aníbal Sousa Reis Coelho da Costa

De acordo com o preceituado no n.° 2 do art°. 23 dos estatutos que nos regem, convoco as Cooperativas associadas para uma Assembleia Geral ordinária, a realizar na sede social em Beja, pelas 14H30 horas do dia 30 de Maio de 2013, com a seguinte ordem de trabalhos: 1.º Apresentação, discussão e votação do Relatório e Contas da Direcção referente ao exercício de 2012. 2.º Outros assuntos de interesse. Não se encontrando presentes o número de Cooperadores indicado no art. 26 n.° 1, fica desde já marcada a 2ª convocatória para a reunião que se efectuará meia hora depois (15H00), no mesmo local, funcionando com qualquer número de Cooperativas aderentes. Beja, 14 de Abril de 2013.

ASSOCIAÇÃO EMPRESARIAL DO BAIXO ALENTEJO E LITORAL Assembleia Geral Ordinária do NERBE/AEBAL Associação Empresarial do Baixo Alentejo e Litoral

O Presidente da Mesa da Assembleia Geral Dr. Dinis de Pago Torres Poupinha

Convocam-se os associados do NERBE/AEBAL – Associação Empresarial do Baixo Alentejo e Litoral, para a reunião em epígrafe: Dia: 22 de Abril de 2013 Hora: 16:30 Horas Local: Rua Cidade S. Paulo – Beja (sede) Ordem de Trabalhos: 1. Apreciar e votar o Relatório, Balanço e Contas do Exercicio de 2012 2. Apreciar o Parecer do Conselho Fiscal Não estando presentes mais de metade dos sócios com direito a voto, a Assembleia Geral Ordinária reunirá em segunda convocatória, trinta minutos depois da hora marcada para a primeira, com qualquer número de sócios. Beja, 15 de Abril de 2013. A Presidente da Assembleia Geral Ana Paula Inácio

Diário do Alentejo n.º 1617 de 19/04/2013 1.ª Publicação

Diário do Alentejo n.º 1617 de 19/04/2013 Única Publicação

COOPERATIVA AGRÍCOLA DE BEJA E BRINCHES, C.R.L.

Tribunal Judicial de Beja 1.° Juízo

ANÚNCIO Processo: 1159/12.0TBBJA Ação de Processo Ordinário Autor: Imoserpa Sociedade de Construções, Lda Réu: Mena & Garcia, Lda e outro(s)... N/Referência: 2545946 Data: 22-03-2013 Nos autos acima identificados, correm éditos de 30 dias, contados da data da segunda e última publicação deste anúncio, citando: Réu: Luiza Garcia Gamez, domicílio: Rua Luís de Camões, N° 49 - 6° Esq, Beja, 7800-000 Beja com última residência conhecida na(s) morada(s) indicada(s) para, no prazo de 30 dias, decorrido que seja o dos éditos, contestar, querendo, a ação, com a cominação de que a falta de contestação importa a confissão dos factos articulados pelo(s) autor(es) e que em substância o pedido consiste em ser declarada a nulidade do contrato de mútuo celebrado entre autora e réus; condenar-se os réus solidariamente a restituirem à autora a quantia de 139550,00€ e condenar-se os réus a pagar à autora juros de mora vencidos e vincendos contados a partir de 01.11.2007 até integral e efectivo pagamento tudo como melhor consta do duplicado da petição inicial que se encontra nesta Secretaria, à disposição do citando. O prazo acima indicado suspende-se, no entanto, nas férias judiciais. Fica advertido de que é obrigatória a constituição de mandatário judicial. O Juiz e Direito, Dr(a). Ana Faustino O Oficial de Justiça, Odete Sousa

1ª e 2ª CONVOCATÓRIAS De harmonia com o preceituado no art. 33 n.° 1 nossos Estatutos, convoco os Senhores Cooperadores para assistir à reunião da Assembleia Geral Ordinária desta Cooperativa, que deverá realizar-se na sua sede em Beja, na Rua Mira Fernandes, n.° 2, pelas 10H00 do dia 30 de Abril de 2013. Não se encontrando presentes o número de Cooperadores indicado no art. 36 n.° 1, fica desde já marcada a 2.ª convocatória para a reunião que se efectuará 1 hora depois (11 horas), no mesmo local, funcionando com qualquer número de Cooperadores ou seus representantes, com a seguinte ordem de trabalhos: 1.° - Apresentação, discussão e votação do Relatório e Contas da Direcção referente ao exercício de 2012. 2.° - Outros assuntos de interesse. A documentação respeitante ao Relatório e Contas da Direcção, do exercício de 2012 poderá ser consultada na sede da Cooperativa pelos Senhores Cooperadores ou enviada a quem o solicitar. Beja, 14 de Abril de 2013 O Presidente da Mesa da Assembleia Geral Dr. Luís Carlos Ferreira de Mira Coroa

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por litro

correr no Posto de Abastecimento; 4. Este vale só é

desconto em combustÍvel

pagamentos não sejam efetuados com cartões: Rou-

atÉ 30 de abril

ou danificação do vale quer tenha sido utilizado ou

válido para abastecimentos em combustíveis cujos tex, Azul e de Sócio ACP; 5. Nenhuma responsabilidade será aceite nos seguintes casos: perda, roubo não; 6. Este vale não pode ser trocado por dinheiro; 7. Válido até 30 de abril de 2013.

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A 33.ª Feira do Livro e o 18.º Moura BD, eventos que decorrerão até ao dia 1 de maio na Cidade de Salúquia, são inaugurados hoje, sexta-feira, pelas 18 horas. Do programa para o fim de semana, destaque para as apresentações dos livros Prisioneiros do Esquecimento, de Valdemiro Correia, Letras ígneas, de Miguel Tiago, Poesias, de Joaquim Costa, Joaquim Costa: poeta de Moura, banda desenhada de Carlos Rico, e Pipa Palito & Rafa Trivela – Uma dupla brutal, de António Varela, Carlos Laranjeiro e Paulo Gameiro. Será lançado ainda o n.º 9 dos Cadernos Moura BD (com a reedição de O Cabo das Tormentas, de Vassalo de Miranda) e o catálogo de caricaturas “Eros uma vez… o humorista Zé Manel”, com a presença dos autores e de Osvaldo de Sousa. O Museu Gordillo receberá um workshop de cinema de animação.

Fim de semana

Deolinda apresenta “Mundo pequenino” na Quinzena Cultural

U

m concerto em homenagear a Giuseppe Verdi e “toda a sua obra”, que reunirá na Basílica Real os professores do Conservatório Regional do Baixo Alentejo e o coro da secção de Castro Verde, dirigido pelo maestro Jaime Branco, marca o início hoje, sexta-feira, da XXIII Quinzena Cultural Primavera no Campo Branco, que decorrerá até ao dia 5 de maio. Já amanhã, sábado, o grupo Deolinda, formado pelo quarteto Ana Bacalhau, Luís José Martins, Pedro da Silva Martins e Zé Pedro Leitão, sobe ao palco do cineteatro municipal dando a conhecer este projeto musical “que veio revolucionar a música portuguesa, através do requinte das melodias e dos arranjos musicais que fundem várias influências, num todo original, mas genuinamente português, e que se traduz numa poesia crítica inteligente e plena de humor, qualidades a que se juntam a inovação e a individualidade”, salienta a câmara municipal local. Após qua-

tro anos “de domínio dos tops de vendas nacionais” com os multiplatinados álbuns “Canção ao Lado” e “Dois Selos e Um Carimbo”, que acumularam várias distinções, os Deolinda regressam à estrada para apresentar “Mundo pequenino”, o seu mais recente trabalho. Os dois concertos têm início agendado para as 21e 30 horas. O programa para o primeiro dia de Quinzena Cultural reserva ainda, a partir das 18 horas, no parque infantil, a abertura da exposição “Castro Verde: Memórias do espaço público”, que será seguida da apresentação da intervenção artística “A Terra Mexe” e da inauguração da feira do livro, que contará com a participação do grupo coral As Camponesas, Projeto Educativo das Violas Campaniças e Banda Filarmónica 1.º de janeiro. Amanhã, sábado, destaque para a feira de velharias e produtos da terra, na praça da República (das 9 às 18 horas), para a abertura da exposição “Amor de Mãe”, de Vanda Palma

(10 horas), que ficará patente na Oficina Vanda Palma – Centro de Promoção do Património e do Turismo, e ainda para a inauguração da mostra “Maria Linda: uma mulher alentejana em meados do século XX” e para a conversa com Ana Paula Fitas, subordinada ao tema “A mulher alentejana em meados do século XX”, duas iniciativas que terão a partir das 16 horas, no Museu da Ruralidade, em Entradas. No domingo, no âmbito da feira do livro, que decorrerá até ao dia 28 deste mês, será apresentado o livro O amor infinito que te tenho e outras histórias, da autoria de Paulo Monteiro (15 horas), terminando o dia com danças de salão pela Sociedade Capricho Bejense, no Centro Recreativo de Entradas (21 e 30 horas). A organização da Quinzena Cultural é da responsabilidade da Câmara de Castro Verde, em parceria com as juntas de freguesia do concelho e o associativismo local.

GONÇALO F. SANTOS

A igreja Matriz de Santiago do Cacém, considerado um “dos mais impressionantes monumentos” do Caminho Compostelano no Alentejo, recebe amanhã, sábado, pelas 21 e 30 horas, o segundo concerto no âmbito do IX Festival Terras Sem Sombra, iniciativa da responsabilidade do Departamento do Património Histórico e Artístico da Diocese de Beja (Dphab). “Fazendo justiça à rica tradição jacobeia, que começou a renascer nos últimos anos em diversos pontos do Alentejo”, o festival escolheu aquele emblemático monumento como palco para a estreia nacional da ‘Missa Sancti Jacobi’ (composta, em torno de 1428, por Guillaume Dufay), pelo agrupamento italiano laReverdie. O ensemble laReverdie, famoso agrupamento europeu de música medieval e renascentista, “adotou o nome de um género poético que celebra o regresso da primavera”, refere a organização, adiantando que “isto evidencia a principal característica do grupo, a redescoberta dos tesouros musicais da velha Europa, cativando, no decurso da sua longa e intensa atividade, exigentes públicos dos principais palcos do mundo, graças a um virtuosismo instrumental e vocal. Algo que lhe tem granjeado, desde o início da carreira, em 1986, importantes distinções no campo da música antiga, com realce para o último CD que editou, ‘Carmina Burana – Sacri Sarcasmi’”.

Conservatório promove intercâmbio deArranca escolas de dança O Conservatório História do jazz no espaço Oficinas hoje, sexta-feira, no espaço Regional do Baixo Alentejo promove amanhã, no Pax Julia, em Beja, a quarta edição Oficinas, em Aljustrel, o curso livre de iniciação à história do jazz “Jazz de A a Z”.doAPassos ação, D’Arte, que pretende esforço de alunos, professores demais às comunidade educativa que decorrerá até 4 “elevar de maioo estruturada em oito sessões,esempre sextas-feiras, é mina afirmação ensino da Dança,dinamizador na partilha dedo conhecimento e experiência entre alunos e pronistrada pordo António Branco, Clube de Jazz do Conservatório Regional fessores escolas que permeiam o ensino artístico dehoras, qualidade”. As coreografias trabalhadas do Baixodas Alentejo. A primeira sessão, pelas 21 e 30 abordará o tema “Dos campos pelas escolasaconvidadas serão apresentadas ao público em geral pelas 17 e 30 horas. de algodão Nova Orleães”.

Amanhã, sábado, no Cineteatro de Castro Verde

STEFAN SHWEIGER

Festival Terras Sem Sombra estreia obras-primas da música renascentista

27 Diário do Alentejo 19 abril 2013

Feira do Livro e Moura BD até maio


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Diário do Alentejo 19 abril 2013

28

Boa vida Ana Maria Baptista – Beja Taróloga – Método Maya Gabinete aberto (jardim do Bacalhau) Contacto para marcação de consultas: Telemóvel: 968117086 E-mail: missbeja@yahoo.com

Touro

Características dos nativos de Os nativos de Touro gostam de estabilidade e de comodidade. São carinhosos e pacientes, mas tendem a ser teimosos e possessivos. Argumentativos e egocêntricos, não se dão bem com pressões.Têm força de vontade e sentido de justiça, mas reagem mal às mudanças. Gostam de paz e tranquilidade.

Previsões – Semana de 19 a 25 de abril

g Carneiro – (21/3 - 20/4) Sentirá que o amor é belo e transbordará de alegria. Reconhecerá o valor da pessoa amada e o conforto da relação. Invista na relação e inove! Profissionalmente o seu desempenho melhorará se adotar uma postura tranquila e de diálogo. A tendência é de consolidação. Aproveite o bom tempo e passeie com os amigos ou família.

h Touro – (21/4 – 21/5) A semana apresenta-se com algumas tensões que deverá enfrentar sem reservas. Sentirá contudo algumas dificuldades devido à falta de energia e terá tendência para sentir algum desalento. Apele à sua determinação! Deverá estar mais atento às necessidades de quem ama. Não se aconselham investimentos nesta fase.

i Gémeos – (21/5 – 21/6) A sua capacidade de comunicação estará em particular evidência nesta altura. Rentabilize este aspeto. Procure preservar a fase de entendimento perfeito na relação a dois, não arrisque com sentimentos de insegurança. Os novos projetos profissionais estarão favorecidos. Adote uma disciplina rígida na saúde.

j Caranguejo – (22/6 – 22/7) Terá tendência para sentir-se inseguro. O desenrolar dos acontecimentos no aspeto amoroso e a inevitabilidade dos factos não são agradáveis. Ganhe coragem e tente solucionar o que tem valor para si. Profissionalmente as limitações estarão apenas relacionadas consigo. Não leve uma vida sedentária.

k Leão – (23/7 – 23/8) Sentirá o Sol brilhar dentro de si e uma especial predisposição para tomar decisões amorosas. Reviver o passado trará os mesmos resultados desastrosos de antes. Escolha um novo percurso com uma nova pessoa para poder progredir. Na família, o estado de saúde de alguém com mais idade pode exigir cuidados extras.

l Virgem – (24/8 – 23/9) Apesar da sorte estar do seu lado, não se iluda com um horizonte pouco definido. Seja realista. Um relacionamento breve, mas intenso, também tem aspetos positivos. Profissionalmente, uma decisão importante não pode ser continuamente adiada. Vigie o sistema cardiovascular. Faça exercício.

a Balança – (24/9 – 23/10) Entrará na semana com um temperamento instável. A necessidade de gerir de forma equilibrada as suas energias deixa-o perdido. Mudanças profissionais serão positivas, apesar das dificuldades que enfrentará. Uma boa discussão pode ter resultados surpreendentes na relação e trazer soluções para os problemas.

b

Escorpião – (24/10 – 22/11) Terá a possibilidade de contribuir para a dissipação das discórdias no seio familiar. Uma excelente oportunidade profissional terá de ser bem aproveitada. A convivência entre a paixão e o ciúme podem trazer discórdias implacáveis, seja coerente. Austeridade nos gastos e um plano modesto de investimentos.

c

Sagitário – (23/11 – 21/12) A necessidade de se sentir espiritualmente confortável leva-o a um novo percurso. Com o dinamismo e a criatividade que o caracterizam encontrará orientações decisivas para se adaptar às mudanças que o destino lhe reserva. Comemore o delicioso sabor de conquistar de novo o seu grande amor. Faça passeios até ao mar.

d

Capricórnio – (22/12 – 20/01) Se fizer um pequeno esforço consegue demonstrar os seus sentimentos mais profundos e sinceros e conquistará toda a dedicação dos seus. Terá tendência para se sentir mais nervoso. A vida em família trará tranquilidade. Uma situação desconfortável poderá surgir no plano das amizades. A situação de rutura é a necessária para o seu bem.

e

Aquário – (21/1 – 19/2) Envolver-se com um colega de trabalho pode ser fatal. Estará vulnerável e tenderá a recear tomar qualquer decisão. Procure ajuda neste aspeto. Mudar de ares também é aconselhável. Novas amizades e aprender a contemporizar serão algumas das soluções a adotar. Demonstre aos entes mais queridos o quanto são importantes para si.

f

Peixes – (20/2 – 20/3) Secreto e misterioso, este nativo transmitirá um magnetismo especial e terá o seu amor rendido. Aproveite e alucine ao máximo. No quadro profissional as possibilidades de realização são consideráveis, mas prefira fazer conquistas por etapas. Vigie o funcionamento dos órgãos duplos, estarão sensibilizados.


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Diário do Alentejo 19 abril 2013

Filatelia O aniversário do Jodicus em selo

O

Comer Perna de porco no tacho com batatas Ingredientes para 4 a 5 pessoas: 1 kg. de perna de porco sem osso; 4 dentes de alho; 3 cebolas médias; 1 dl. de azeite; 1 folha de louro; q.b. de sal grosso; q.b. de pimentão doce; q.b. de piripiri; 5 dl. de vinho branco; sumo de 2 laranjas; 1 kg. de batata cozida; 1 molho de salsa. Confeção: Corte a perna de porco em cubos e tempere com alho picado, sal, piripiri, louro, pimentão doce, vinho branco e sumo de laranja. Coloque tudo numa tigela e reserve no frigorífico de um dia para o outro. Num tacho, coloque azeite ao lume com cebola picada, a carne e a marinada. Deixe cozer lentamente com o tacho tapado. Se necessário junte um pouco de água. Rectifique os temperos a seu gosto e sirva com batata cozida cortada às rodelas e regadas com o molho da carne. No final polvilhe com salsa picada e bom apetite… Nota: Acompanhe com salada ou legumes cozidos.

grupo de teatro Jodicus assinalou o seu 35.º aniversário com a emissão de um selo personalizado, que teve oficialmente o seu primeiro dia de circulação no passado domingo, dia 14. Embora o teatro não seja uma das temáticas mais representadas na filatelia portuguesa, são muitas as peças filatélicas que se podem enquadrar neste tema, nomeadamente aquelas que nos mostram os que o escrevem e os que o representam. A ideia do lançamento de um selo comemorativo dos 35 anos resulta do apreço que alguns elementos do Jodicus têm pela filatelia, tendo inclusive na sua estrutura um núcleo de colecionismo e no seu currículo algumas mostras filatélicas. A primeira manifestação destas lides do Jodicus foi uma exposição de colecionismo que se realizou de 5 a 16 de novembro de 1990 no salão do Inatel em Beja. Na ocasião foram apresentadas 19 coleções dos mais variados produtos. O Jodicus nasceu na Salvada em 1978 e atualmente tem sede na freguesia de Cabeça Gorda. Segundo os seus dirigentes, a associação não se sente propriedade de nenhum território, e é antes embaixadora da região no País e no mundo. O grupo internacionalizou-se em 1994 tendo participado no Festival de Teatro Português em França. Em 1999 e em 2002 são convidados a participar em festivais internacionais de teatro na República Checa e, nos últimos anos, várias vezes na Roménia, participação a que até hoje têm correspondido de forma positiva, uma vez que os convites ainda se sucedem. Em 1991 criou a Unidade para a Infância, e, em 1993, é convidado a participar num festival internacional que decorre em Santarém – o Fitij. Fruto dessa experiência nasce em Beja, em 1997, a 1.ª Bitij – Bienal Internacional de Teatro para a Infância e Juventude, que em 2009 teve a sua 7.ª e última edição. No seu historial conta com o reconhecimento público da sua intervenção cultural, nomeadamente a medalha de mérito municipal, reconhecimento público de mérito cultural pela Junta de Freguesia de Cabeça Gorda, sendo igualmente sócio honorário do Núcleo de Amigos do Concelho de Beja e ainda vários prémios de interpretação e de encenação conseguidos em vários festivais onde participou. Enfim, foram 35 anos de uma vida preenchida, quer para milhares de espetadores que têm assistido às suas peças, quer para cada um dos elementos que foi passando pelo grupo. O Jodicus tem neste momento em cena seis peças. Três delas destinadas ao público infantil, duas para jovens e adultos, existindo ainda um espetáculo de magia para todos os géneros de público. O postal que apresentamos é o lote 432 do leilão P. Dias que se realiza amanhã. Trata-se de uma Isenção de Franquia, em postal ilustrado, datado de Quelimane (Kionga)(19.6.1916) circulado para Lisboa (29.8) com marca de Censura, oval azul, n.º 3, apenas entregue no Correio Militar do Quionga dois dias depois com marca violeta “Correios e Telégrafos/Moçambique/Jun 21 1916/ Kionga. Vai à praça por 2 000 €. O catálogo pode ser consultado em http://www.leiloespdias.pt Geada de Sousa

António Nobre Chefe executivo de cozinha – Hotéis M’AR De AR, Évora

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Manuel Alegre D. Quixote 196 págs. 14,90 euros

Letras

Tudo é e não é

“S

omos feitos da mesma matéria de que são feitos os sonhos”, escreveu Shakespeare. Responde António Valadares – Ulisses submerso num sonho recorrente e sem fuga possível – que também mas não só. “Também somos o mistério que os sonhos são”. O protagonista do novo romance de Manuel Alegre é um sonhador náufrago de uma Europa à deriva, um homem que é perturbado pelo embaraço das situações vividas em sonho mas atravessadas pelas memórias da sua vivência política e cultural, da sua vivência como cidadão do mundo e homem político implicado. Neste romance, como no sonho de António e como na vida dos homens, não há lógica óbvia. Há uma Penélope – Mercedes – amante de um guerrilheiro que morreu (alguma vez terão existido, ele e ela?). Morreu por uma causa, ele. Ela casou, teve filhos, viveu, sem esquecer o amor. Amor de outro tempo? Amor intemporal? Tudo é e não é, neste romance de Alegre. Mas Penélope é também o narrador que tece e logo desfaz. Não se trata, porém, de enganar a espera. O que se desfia é uma vida de sonho e de amores batidos pela espuma dos mercados. “Podes sentar-te nas verdes arribas do teu país e olhar o mar em redor. Não há um barco a partir, não há um barco a chegar. Só uma grande mancha de espuma a desfazer-se na areia. Alguém abriu os braços em cruz. Alguém se oferece às ondas, à grande onda que vem para te levar. Não é preciso nadar nem caminhar sobre as águas. Uma onda te leva por sobre o mar, por sobre a espuma. Tu mesmo te estás a ver do cimo de uma verde arriba do teu país”. Maria do Carmo Piçarra


Nº 1617 (II Série) | 19 abril 2013

9 771646 923008

01617

FUNDADO A 1/6/1932 POR CARLOS DAS DORES MARQUES E MANUEL ANTÓNIO ENGANA PROPRIEDADE DA AMBAAL – ASSOCIAÇÃO DE MUNICÍPIOS DO BAIXO ALENTEJO E ALENTEJO LITORAL | Presidente do Conselho Directivo José Maria Pós-de-Mina | Praceta Rainha D. Leonor, 1 – 7800-431 BEJA | Publicidade e assinaturas TEL 284 310 164 FAX 284 240 881 E-mail comercial@diariodoalentejo.pt | Direcção e redacção TEL 284 310 165 FAX 284 240 881 E-mail jornal@diariodoalentejo.pt Assinaturas País € 28,62 (anual) € 19,08 (semestral) Estrangeiro € 30,32 (anual) € 20,21 (semestral) | Director Paulo Barriga (CP2092) | Redacção Bruna Soares (CP 8083), Carla Ferreira (CP4010), Nélia Pedrosa (CP3586) | Fotografia José Ferrolho, José Serrano | Cartoons e Ilustração Paulo Monteiro, Susa Monteiro Colaboradores da Redacção Aníbal Fernandes, Firmino Paixão | Colunistas António Almodôvar, António Branco, António Nobre, Carlos Lopes Pereira, Francisco Pratas, Geada de Sousa, José Saúde, Rute Reimão Opinião Ana Paula Figueira, Beja Santos, Bruno Ferreira, Cristina Taquelim, Daniel Mantinhas, Domitília Soares, Filipe Pombeiro, Filipe Nunes, Francisco Marques, João Machado, João Madeira, João Mário Caldeira, José Manuel Basso, Luís Covas Lima, Manuel António do Rosário, Marcos Aguiar, Maria Graça Carvalho, Martinho Marques, Nuno Figueiredo, Ruy Ventura, Viriato Teles | Publicidade e assinaturas Ana Neves e Dina Rato | Departamento Comercial Sandra Sanches e Edgar Gaspar | Paginação Antónia Bernardo, Aurora Correia, Cláudia Serafim | DTP/Informática Miguel Medalha | Projecto Gráfico Alémtudo, Design e Comunicação (alemtudo@sapo.pt) Depósito Legal Nº 29 738/89 | Nº de Registo do título 100 585 | ISSN 1646-9232 | Nº de Pessoa Colectiva 501 144 587 | Tiragem semanal 6000 Exemplares Impressão Empresa Gráfica Funchalense, SA | Distribuição VASP

O “DA” está no canal 475533 do

nada mais havendo a acrescentar... Um envelope sobre a calçada cai Numa rua jaz um envelope branco prenhe de qualquer coisa pesada. À distância, sabe-se do peso de um envelope quando o vento é incapaz de o soprar para a frente e depois ainda para mais longe, como faz a um pedaço de papel rasgado ou a um maço de tabaco vazio. Há pois algo dentro do envelope branco, modelo retangular sem janela, a rebentar as costuras da cola. Provavelmente faturas banais, talvez a conta da eletricidade. Dificilmente serão cartas de amor. Quando o olhar das três raparigas poisa no sobrescrito, este ainda é uma carta fechada. Uma delas curva-se e apanha-o. Não são faturas, nem contas de eletricidade, nem cartas de amor. É dinheiro. E documentos de identificação. À

janela desses documentos assomam dois rostos cheios de rugas. As notas estão dobradas como as pessoas que as perderam já estarão. Dobradas pelo desânimo. As três raparigas entreolham-se e naquele momento abre-se uma das encruzilhadas da vida. A rua deserta. Ninguém a ver. Era tão fácil. O dinheiro sem nome, todo igual. Bastava dividi-lo em três partes e um pacto de silêncio. O envelope ficaria no chão com os documentos e agora mais leve podia ser que o vento o levasse. Todo o dinheiro de um mês, todo o dinheiro da vida, todo o dinheiro do mundo de duas reformas. As três raparigas foram entregá-lo à GNR. São hoje infinitamente mais ricas. Jéssica, Joana e Rita. Muito obrigado. Vítor Encarnação

quadro de honra António Murteira é engenheiro técnico agrário, político e autor. Viveu em África e em cidades como Moscovo, Paris e Lisboa. Reside em Évora. Tem vários livros publicados e poemas seus estão incluídos em diversas antologias. Foi diretor do jornal “Reforma Agrária” e, em 2004, a convite da Casa do Alentejo, projeta e edita a “Revista Alentejo”, de que é diretor executivo.

Livro apresentado em Beja, em maio

“Despoletar o renascimento cultural”

A

É o responsável pelo projeto e organização do livro Cultura a Sul | Alentejo. Que livro é este, do qual se diz ser essencial para compreender o lugar da cultura nas sociedades humanas?

A partir do real - com a autoridade de quem molda o barro ou o junco, escreve ou pinta, compõe e canta, representa e dança, esculpe ou projeta, orienta e gere – neste livro, além de informação, encontramos um matiz ensaístico e, mesmo, teórico. No contexto de um mundo/sociedade que se encaminha para o ocaso; na perspetiva de um mundo/novo em gestação PUB

mas sobre o qual ainda muito pouco sabemos. Os textos e o debate que possam provocar, constituirão um contributo para desbravarmos caminhos de renascimento cultural no Alentejo e em Portugal. Como surgiu esta ideia? Como se juntam 43 autores num só livro?

São textos publicados na “Revista Alentejo”, entre 2004 e 2013, com as alterações que os autores tenham decidido introduzir-lhes, textos construídos a partir de temas publicados na revista, e textos novos. É um trabalho inédito na medida em que foi possível conjugar vontades e conhecimento para criar uma obra como esta. Esta maneira de estar e viver a Sul é particular? Em que sentido?

Sabemos o lugar central que a cultura ocupa na multimilenar caminhada, desde a emergência da espécie humana, em África. Sabemos que o território conceptualizado como o Alentejo, no decorrer da Reconquista e do processo de formação de

Hoje, sexta-feira, a temperatura deverá oscilar entre os 10 e os 23 graus centígrados. O céu deverá estar pouco nublado. Amanhã, sábado, esperam-se algumas nuvens e no domingo o sol voltará a brilhar.

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Viola campaniça e “primas” tocam em Castro Verde

António Murteira, natural de São Manços

ntónio Murteira é o responsável pelo projeto e organização do livro Cultura a Sul | Alentejo, que será apresentado em Beja, em maio. E considera que “os textos e o debate que possam provocar constituirão um contributo para desbravarmos caminhos de renascimento cultural do Alentejo e em Portugal”. Trata-se de um trabalho inédito que junta num só livro 43 autores.

www.diariodoalentejo.pt

Portugal, é portador de um património e de uma cultura pré-histórica e histórica com 40 mil anos. Integrando contributos criativos do sapiens do Paleolítico e do Neolítico, passando pelo greco-romano, pelo cristão e pelo islão medievais, ao homem da Idade Contemporânea. Apresentando componentes que outras regiões da Europa não conheceram, ou não conheceram com a mesma intensidade. O Sul vive dinâmicas culturais distintas que importa valorizar. Cultura a Sul | Alentejo é apresentado em Beja, no dia 17 de maio, pelas 21 e 30 horas, na Biblioteca Municipal José Saramago. Pode já desvendar um pouco do que vai acontecer?

A apresentação do livro, em Beja, cidade de fundação romana e de vivências do Al Ândaluz, poderá constituir um momento de interesse sobre o que poderemos fazer para despoletar o renascimento cultural numa cidade tão antiga e valiosa e numa região com a força estética e histórica do Alentejo. Bruna Soares

Com o objetivo de “valorizar e preservar a viola campaniça”, a Associação de Cante Alentejano Os Cardadores vai realizar, entre os próximos dias 27 e 28, em Castro Verde, a quarta edição do Encontro de Violas de Arame, que decorrerá em simultâneo com o III Encontro de Tocadores de Viola Campaniça. O encontro, que terá lugar na secção de Castro Verde do Conservatório Regional do Baixo Alentejo, insere-se na programação da XXIII Quinzena Cultural Primavera no Campo Branco, sendo uma oportunidade única para ouvir tocar no mesmo espaço, e pelos melhores, não só a anfitriã campaniça, como as “primas” violas braguesa (Minho), de arame (Madeira), da terra (Açores) e caipira (Minas Gerais, Brasil), trazidas por Pedro Mestre, José Barros, Vítor Sardinha, Rafael Carvalho e Chico Lobo, respetivamente. Alísio Saraiva, tocador de viola beiroa, e Aorélio Domingues, intérprete de rabeca e viola fandangueira (Curitiba, Brasil) são anunciados como convidados especiais desta edição.

Pédexumbo empresta instrumentos tradicionais Estão abertas desde segunda-feira, 15, e até ao próximo dia 20 de maio, as inscrições para o programa Bolsa de Instrumentos, promovido pela Associação PédeXumbo, que se propõe emprestar gratuitamente instrumentos de música tradicional, para que sejam descobertas e experimentadas as suas potencialidades. O programa, que pretende tornar acessíveis instrumentos que “raramente” o estão – ou porque são “raros, ou porque são artesanais, ou porque estão confinados a uma tradição específica local” refere a PédeXumbo – está aberto a concorrentes de todo o País, de “simples curiosos a músicos experientes de outras formações e instrumentos”, tendo em conta que se trata de uma iniciativa que visa “estimular a descoberta e experimentação para incentivar uma aprendizagem posterior”. Estão disponíveis, informa a associação, duas concertinas, um acordeão, duas gaitas-de-foles galegas, uma gaita-de-foles transmontana, duas flautas de tamborileiro, uma viola campaniça, uma rabeca do Brasil e um bandolim.


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PRAIA DAS FURNAS

PASSEIOS TRANQUILOS ENTRE O RIO E O MAR

PRAIA DO ALMOGRAVE ´ UMA BAIXA-MAR IMPAR

PRAIA DA ZAMBUJEIRA DO MAR ~ NO MAR ONDE O SOL SE POE

PRAIA DO CARVALHAL EM HARMONIA COM A NATUREZA


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“Somos vaidosos e ambiciosos com as praias de Odemira, pois são relíquias únicas e que tratamos com devoção e dedicação. Foi um orgulho e uma honra ter recebido em setembro de 2012 os mais prestigiosos prémios que este território já alguma vez viu atribuído, fruto da natureza, mas também do trabalho de muita gente, prémios merecidos pela população local e pelas entidades que connosco gerem o território. Representam um reconhecimento público, mas também uma oportunidade de promoção e valorização que não podemos esquecer e que estamos a aproveitar, tendo lançado recentemente na BTL a campanha “As melhores praias de Portugal”. São uma enorme mais-valia na promoção, divulgação e atratividade deste território que vamos aproveitar em benefício de todos os agentes e população local. José Alberto Guerreiro, Presidente da Câmara Municipal de Odemira

Os visitantes da OVIBEJA 2013 podem aproveitar a boleia do Comboio das Praias de Odemira, que andará pelo recinto. Numa iniciativa do Município de Odemira, esta ação pretende divulgar as praias de Odemira e convidar os visitantes do grande certame do Alentejo a visitar o litoral.


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