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Postos BP Beja
Pulido Valente candidata-se a Beja pela última vez pág. 6 SEXTA-FEIRA, 26 ABRIL 2013 | Diretor: Paulo Barriga Ano LXXXI, N.o 1618 (II Série) | Preço: € 0,90
Câmara municipal, partidos da oposição e entidades civis da região reagem com preocupação
Reformas na saúde podem levar à redução de camas no Hospital de Beja JOSÉ FERROLHO
pág. 11
Almodovarense é campeão distrital pág. 19
Quando se aprende mais depressa que o normal reportagem nas págs. 16/17
Dias tranquilos em Santa Vitória reportagem nas págs. 4/5
Pilotos coreanos já não vêm para Beja pág. 9
Enxofre poderá ter ardido em S. Domingos pág. 10
Ovibeja 30 anos depois
A 30.ª Ovibeja abriu com uma ausência de peso: a ministra da Agricultura. Que, mesmo assim, não deixou de ser alvo de manifestantes que cantaram a “Grândola Vila Morena” antes da cerimónia de abertura. Coube ao secretário de Estado Carlos Moedas fazer as honras à casa. Até domingo todos os caminhos vão dar ao grande largo do Alentejo. suplemento de 8 págs.
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Odemira é a capital do teatro de rua pág. 30
Diário do Alentejo 26 abril 2013
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Editorial Redil
Vice-versa Em declarações à Lusa, Margarida da Silveira, presidente do conselho de administração da Ulsba, que gere o hospital de Beja, disse que a instituição “não tomou nenhuma decisão” sobre a redução do número de camas. No entanto, lembrou que “está em curso uma reforma hospitalar a nível nacional”, que, entre outras medidas, prevê a “revisão das lotações hospitalares”. Margarida da Silveira, presidente do conselho de administração da Ulsba
Paulo Barriga
O executivo da Câmara de Beja, por unanimidade, contesta a eventual redução do número de camas no hospital da cidade, considerando que a situação pode provocar “impactos altamente negativos”, e denuncia, em comunicado, que no Hospital José Joaquim Fernandes, em Beja, “em determinadas alturas”, há doentes deitados em macas nos corredores durante “demasiado tempo”.
D
ecorreu entre 8 e 12 de maio de 1983 a primeira Ovibeja. Na verdade, o que decorreu entre 8 e 12 de maio de 1983, num descampado onde hoje existe o Hotel Melius, o edifício da EDIA ou o hipermercado Continente, foi a então chamada Feira da Primavera. Herdeira em linha direta da antiga Feira de Maio. Basta apenas constatar o que a cidade cresceu a poente, em termos de construção, para perceber como em 30 anos tanta coisa mudou. Transformação que ainda se torna mais evidente quando espreitamos para as edições coevas do “Diário do Alentejo”. O PS, ironia das ironias, acabava de chegar ao governo com maioria absoluta, num tempo em que a CDU ainda se chamava APU. A Câmara de Beja preparava-se para entregar as primeiras chaves dos novíssimos bairros sociais do João Barbeiro e do Texas. Ainda de boa saúde, os escritores alentejanos Manuel da Fonseca e Raul de Carvalho inauguravam a “velha” biblioteca de Alvito. Ultimavam-se os preparativos para a primeira Volta ao Alentejo em Bicicleta. A extinta FAOJ lançava o primeiro concurso das Maias. Aljustrel declarava-se o primeiro concelho alentejano desnuclearizado. A UCP “Terras de Catarina”, de Baleizão, “oferecia” a quinta dos Britos para a constituição da Cercibeja, por alturas da 7ª. Conferência da Reforma Agrária. O cronista Luís de Carvalho Oliveira explicava com paciência aos nossos leitores que CEE queria dizer Comunidade Económica Europeia. O grupo coral e instrumental Trigo Limpo dava à estampa o seu primeiro grande sucesso: “Nos campos do Alentejo”. E até o Clube Desportivo de Beja ainda ganhava com facilidade a Taça Distrito de Beja. Entretanto, num recanto da Feira da Primavera, um grupo de agricultores montava na cidade um redil de ovelhas. Foi a primeira Ovibeja. Foi há 30 anos. Qualquer semelhança com a atualidade é pura coincidência.
Jorge Pulido Valente, presidente da Câmara de Beja
Fotonotícia
Corrida de tartarugas. Pois é, o entusiasmo que as crianças demonstram nesta foto tem a ver com a possibilidade de participarem numa corrida de tartarugas. A competição ocorreu na passada terça-feira, na Biblioteca Municipal José Saramago, em Beja. No Dia do Livro. Onde tantas coisas boas aconteceram no sentido de fazer ver à população que é também através da leitura, da aquisição de conhecimento pela leitura, da boa leitura, que o mundo cresce e avança. O inverso é a espertice saloia da lebre. Que na história, apesar de ser o animal mais veloz da floresta, acaba por perder para a tartaruga. PB Foto de José Ferrolho
Voz do povo O que acha da Ovibeja?
Inquérito de Gonçalo Farinho
Diogo Lopes, 83 anos, reformado
Alberto Torpes, 62 anos, reformado
Para mim foi uma grande inovação que se fez em Beja. Fui a todas as edições e acho que a feira deve continuar. Para mim, a cada ano que passa a feira melhora, pois os expositores também avançam na história. Como vou com mulheres à feira, normalmente vou aos sítios onde elas vão, mas desta vez penso visitar outros espaços. Não vejo um futuro negro, vejo um futuro com futuro. Este ano espero que seja ainda melhor!
A Ovibeja a cada ano que passa vai perdendo qualidade. Antigamente faziam uma feira maior, com mais variedade, hoje quase não há nada, e não podemos esquecer que a qualidade de vida está bera e que as pessoas não têm condições para pagar sete euros de entrada. Gosto muito de ver o pavilhão dos animais. A feira era importante para a cidade se fosse feita de outra maneira.
Maria José
A Ovibeja é uma exploração. Na minha opinião a entrada deveria ser grátis, não se justifica uma pessoa ter de pagar para entrar. A feira tem tendência para acabar porque a cada ano que passa menos pessoal vem. Não há dinheiro. O aspeto positivo da Ovibeja é trazer muita gente até à cidade, mas por outro lado os bilhetes são muito caros.
João Guerreiro, 21 anos, estudante
A Ovibeja é um ícone da região. Era bom se quem faz a gestão da feira pensasse nos bejenses e nos preços da bilheteira. Aqui no Alentejo, como no resto do País, há muito desemprego, e há pessoas que gostariam de ir lá e não podem. Vou para ver os concertos e aproveitar a noite, e tiro sempre um dia para visitar a feira. Ao longo dos anos a Ovibeja tem perdido qualidade, tanto a nível de expositores como de duração. Tenho saudades de quando a feira durava uma semana, isso é que era a Ovibeja!
Rede social
Semana passada SEXTA-FEIRA, DIA 19 SANTIAGO SUSPEITO DE BURLAR CENTENAS DE PESSOAS DETIDO Um homem foi detido pela GNR de Santiago do Cacém por suspeita de burla qualificada a, pelo menos, cerca de uma centena de pessoas, em várias zonas do País, divulgou a força de segurança. O Núcleo de Investigação Criminal (NIC) do Destacamento Territorial da GNR de Santiago do Cacém iniciou a investigação “há vários meses”, na sequência de queixas de residentes neste concelho, às quais se foram juntando casos ocorridos noutros locais, de norte a sul de Portugal. O suspeito, de 32 anos, terá burlado, pelo menos, cerca de uma centena de pessoas, mas este número poderá ultrapassar várias centenas de vítimas.
SÁBADO, DIA 20 BEJA FUTURO DE ZICO SERÁ DECIDIDO PELOS VETERINÁRIOS DO CANIL O cão que atacou, em Beja, um menino, que morreu, perdeu valor de prova para o inquérito aberto ao caso e o destino do animal será decidido pelos veterinários do canil onde está recolhido. A presidente da Animal, Rita Silva, disse à Lusa que esta associação de defesa dos direitos dos animais foi notificada, pelo Ministério Público, de que “o valor probatório do cão foi levantado” no âmbito do inquérito aberto ao caso. António Sebastião, presidente da empresa Resialentejo, que detém o Canil-Gatil Intermunicipal, onde o cão está recolhido, disse que também já foi notificado pelo Ministério Público e informou que o destino do cão vai ser decidido pelos veterinários do canil.
SEGUNDA-FEIRA, DIA 22 SERPA CAPELA ASSALTADA E VANDALIZADA A capela de Nossa Senhora da Orada, no concelho de Serpa, foi assaltada e vandalizada. A imagem de Santa Rita foi uma das perdas a registar. Os assaltantes arrombaram a porta da capela com um pé de cabra e ainda tentaram entrar na sacristia. O Núcleo de Investigação Criminal da GNR de Moura está a investigar o sucedido.
3 perguntas a Vítor Paixão
Presidente da Junta de Freguesia de Santa Maria da Feira (Beja) A Junta de Freguesia de Santa Maria da Feira vai ter o bairro mais florido de Beja. De onde partiu esta ideia e em que consiste?
Começo por frisar que a Junta de Freguesia de Santa Maria é apenas parceira desta iniciativa, que partiu do núcleo distrital de Beja da EAPN Portugal/ Rede Europeia Anti-Pobreza e do Centro Social Cultural e Recreativo do Bairro da Esperança. Achámos importante acolher esta ideia, que, em nossa opinião, personifica uma nova esperança para o bairro. Fomos convidados a participar neste projeto, que ambiciona transformar o bairro da Esperança no mais florido da cidade de Beja. A ideia é associar uma nova imagem ao bairro, partindo de uma abordagem inovadora que o permita potenciar.
O trânsito esteve condicionado perto de Castro Verde, na sequência do despiste de um camião que ficou tombado na estrada. Fonte do Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Beja adiantou que o despiste causou ferimentos ligeiros no motorista do pesado de mercadorias, tendo sido assistido no centro de saúde de Castro Verde. O pesado de mercadorias, carregado de bens alimentares e que seguia no sentido sul-norte, despistou-se junto à povoação de Entradas, tendo ficado tombado na estrada, embora sem perder a carga.
ALJUSTREL CORDÃO HUMANO PERCORREU RUAS A LER EM VOZ ALTA
Em sua opinião, esta é uma iniciativa que pode ser alastrada a outros bairros?
CASTRO VERDE DESPISTE DE PESADO NO IP2
Um cordão humano, com cerca de 700 crianças, jovens e adultos lendo em voz alta excertos de livros de escritores portugueses, percorreu as ruas de Aljustrel, para assinalar o Dia Mundial do Livro. O cordão humano “Unidos pela Leitura” partiu da biblioteca da escola secundária, passou por várias escolas da vila e terminou na Biblioteca Municipal de Aljustrel. O cordão humano, promovido pela rede de bibliotecas do concelho de Aljustrel, pretendeu “demonstrar a importância do livro e incentivar o gosto pela leitura”, refere a autarquia.
QUARTA-FEIRA, DIA 24 BEJA WORKSHOP INTER-REGIONAL A Adral organizou, com o apoio da União das Associações Empresariais da Região Norte (UERN), o workshop “InterRegional de Transferência Tecnológica no Setor Vitivinícola”, uma iniciativa que irá decorreu no auditório ExpoBeja, durante a Ovibeja. O evento está enquadrado no projeto Winetech Plus, uma iniciativa financiada pelo Programa de Cooperação Territorial do Espaço Sudoeste Europeu, orientado para a transferência de tecnologia e para a melhoria das redes de cooperação entre empresas, adegas e centros de investigação/tecnológicos no sector vitivinícola.
Mais de 700 jovens do concelho de Aljustrel, unidos pela leitura, formaram um cordão humano. Tudo em prol da divulgação dos livros e dos hábitos de leitura. E a vila encheu-se de histórias, que andaram de boca em boca.
Dia do Livro comemorado em Beja O Dia do Livro foi comemorado na Biblioteca Municipal de Beja e Luís Afonso, cartunista, foi apresentar o seu livro Comboio das Cinco. Ou melhor, foi apresentar o livro de Lopes, o escritor pós-moderno.
E como vai a Junta de Freguesia de Santa Maria da Feira apoiar este projeto?
Vai ser criada uma comissão entre os parceiros de modo a dinamizar e operacionalizar este projeto, que pretendemos que vá tão longe quanto possível. A Junta de Freguesia de Santa Maria da Feira, dentro das suas possibilidades, compromete-se a apoiar a iniciativa, a nível financeiro e fornecendo material, como, por exemplo, a disponibilização de flores. E apoiando, claro, dentro do que for possível.
TERÇA-FEIRA, DIA 23
Cordão humano pela leitura em Aljustrel
Naturalmente que sim, mas o importante agora é avançar com este projeto, de modo a que possa ser uma realidade, permitindo o envolvimento das pessoas do bairro, que têm direito às mesmas oportunidades que tantos outros já tiveram. Este tem sido um bairro muito estigmatizado. É um bairro marcado por muitos problemas sociais e que merece um projeto deste cariz. Tudo o que seja em prol do seu desenvolvimento é benéfico. As nossas expetativas são, assim, muitas e esperamos que o quanto antes possa ser implementado no terreno. Já aconteceu, inclusive, uma ação de sensibilização, que pretendeu mostrar quais as vantagens de transformar o bairro da Esperança no mais florido da cidade de Beja. E em nosso entender, enquanto parceiros, são muitas. Bruna Soares
Ensino da música prossegue em Mértola Em Mértola está em marcha a formação de músicos. E recentemente houve mais uma audição, para pequenos e graúdos. Tratou-se, nada mais, nada menos, da audição da Escola de Música de Mértola, que mostrou vários talentos em palco.
SéniorGym juntou cerca de 1000 atletas Beja recebeu o SéniorGym, um evento organizado pela Federação de Ginástica de Portugal. Cerca de 1000 ginastas filiados na Federação de Ginástica de Portugal, em representação de grupos de clubes e de outras entidades, promoveram a atividade física na cidade.
Receitas de azeite em Ferreira do Alentejo Receitas Tradicionais de Azeite do concelho de Ferreira do Alentejo – 2000 anos a produzir azeite é o título do livro apresentado em Ferreira do Alentejo. Da responsabilidade da autarquia, reúne um conjunto de receitas tradicionais do concelho.
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Santa Vitória
Aldeia perdeu 155 habitantes numa década
Entre Beja e Aljustrel e o Roxo em fundo É ao fim da tarde, quando a maioria da população regressa de Beja, onde trabalha ou estuda, que Santa Vitória retoma a dinâmica própria de uma aldeia. Os poucos que ficam distribuem-se entre o Centro Social, novinho em folha, a biblioteca e o Centro de Cultura, Recreio e Desporto. Bem localizada e equipada, e gozando ainda da proximidade da barragem do Roxo, dir-se-ia que Santa Vitória não precisa de muito mais. Mas vem perdendo muita gente e é dela que precisa como de pão para a boca. Texto Carla Ferreira Fotos José Ferrolho
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epois da ginástica, na Casa do Povo, o grupo de amigas termina a tarde no Centro Social, um edifício concluído em 2011 e ainda a cheirar a novo. Chegam a tempo do lanche, tomam um chá, com torradas ou bolinhos, e põem a conversa em dia, entre bordados e outros lavores. Embora aberto a todos, o novíssimo centro social parece atrair mais as mulheres, que enchem três mesas redondas como se estivessem em casa. “Os homens vão mais para os cafés porque aqui não há bebidas alcoólicas e eles gostam é dessas coisas”, explica Vitória Gomes, de 68 anos, uma das “ginastas” seniores de Santa Vitória. Como muitos ali, numa das freguesias do concelho de Beja que mais habitantes perderam entre 2001 e 2011 – 155, mais concretamente – Vitória “abalou” da terra aos 13 anos, foi viver para a Amadora e agora, já reformada, mantém-se “entre cá e lá”. O centro, onde funcionam várias valências PUB
– dos tempos livres para os idosos até aos serviços de recolha de análises, esteticista, cabeleireira e de apoio domiciliário – é o orgulho dos habitantes, conscientes de que “há aldeias bem grandes que não têm um centro como a gente tem”, sublinha Vitória, que aproveita a oportunidade para promover o grupo coral feminino a que pertence, o Estrelas do Alentejo (ver caixa). À noite haverá ensaio e esse será o ponto alto do dia, pelo menos para Vitória e para outra das companheiras da hora do chá. “Temos um grupo muito jeitoso, cantamos muito bem, somos divertidas”, diz. A uma hora em que a maioria dos trabalhadores e estudantes ainda se encontra na cidade próxima, a 15 quilómetros, a fazer pela vida, não sobra muita gente na aldeia. E os que restam dividem-se entre o Centro de Cultura, Recreio e Desporto, a chamada “Casa da Juventude”, e a biblioteca local, um dos três polos da Biblioteca
Municipal José Saramago, em Beja, aberto desde 2002. “É uma aldeia, não podemos comparar com a Biblioteca de Beja”, apressa-se a explicar Luís dos Santos, o funcionário responsável, adiantando que “mesmo assim” o equipamento acolhe diariamente uma média de 20 pessoas. “10 ou 12 utilizadores são certos, quase todos os dias”, assegura e sublinha que os serviços prestados já “fazem parte da rotina de muitas pessoas”, sobretudo a leitura de periódicos. “Houve um dia em que os jornais não vieram, por alguma razão, e o que é certo é que as pessoas deram logo pela falta”. Do lado de fora do edifício da rua Ilídio do Rosário, que homenageia o renomado ciclista da terra, encontramos sentados à sombra António Martins Carneirinho, de 71 anos, e Maria do Rosário Camões, já octogenária. São os dois antigos emigrantes e não se trata de uma coincidência. O que, sim, parece ser de estranhar é encontrar alguém que o não tenha sido. “Em 1969, saiu tudo daqui”, lembra António, que trabalhou ao longo de quatro décadas numa fábrica de cimento na Alemanha, destino preferencial de muitos dos naturais de Santa Vitória. Deixou a aldeia num tempo em que “tudo era família; íamos fazer serão às casas uns dos outros” e, ao regressar, encontrou uma terra surpreendentemente mais arisca. “Agora não se podem ver uns aos outros. Não sei se estão todos ricos”, ironiza, fazendo contas às oportunidades de trabalho na terra. “A agricultura morreu. Trabalham dois aqui num monte, dois ali noutro monte. Talvez uns três ou quatro trabalhem nas minas de Aljustrel e a sete quilómetros temos o Clube de Campo Vila Galé, mas não trabalha lá ninguém daqui”. O hotel rural, inaugurado em 2001, significa algum afluxo de visitantes mas nada de significativo. “Ali a estrada [que atravessa a aldeia] às vezes parece a avenida da Liberdade, mas é só
de passagem. Não há por aqui nenhum restaurante para quem vem de fora”. Nos bancos, à sombra, fala-se também da escola primária, em cujos bancos se sentarão à volta de uns 20 alunos, e a conversa resvala para o tema da natalidade, o que faz acordar um sorriso maroto no rosto enrugado de Maria do Rosário. “Antigamente havia mais crianças, não havia tanta televisão…”, atira, contando que foi mãe de três, que deixou, já adultos, a viver na Alemanha, onde esteve por 25 anos. Não fosse o marido, que perdeu há poucos meses, e não teria regressado à terra onde nasceu: “Entrou-lhe aquela saudade, tinha uns patacozinhos e decidiu comprar uma casa na aldeia. Vim por vontade dele”. Numa terra envelhecida, os jovens parecem ficar a perder. Pelo menos, é essa a opinião de Pedro Pereira, de 25 anos, há três meses a trabalhar nas minas de Aljustrel como ajudante de jumbista. Está de folga e goza o sol com os amigos no largo fronteiro ao Centro de Cultura, Recreio e Desporto, onde é costume a juventude estar reunida. “Tinha outros sonhos mas aqui nos arredores não podemos pedir muito”, explica, resignado, contando que concluiu um curso profissional na área de multimédia e que era nisso que gostaria de estar a trabalhar. Se estivesse nas suas mãos mudar o rumo a Santa Vitória, confessa que apostaria em “medidas para incentivar os jovens a ficar. Acho que estamos um pouco esquecidos. Os poucos que há, vão-se embora, não querem saber disto”. Um pouco como o que sucede com a unidade hoteleira próxima, que chegou a gerar algumas expetativas no que toca a emprego e visitas. “O Clube de Campo Vila Galé era uma possível fonte de emprego mas não há ninguém da freguesia lá a trabalhar. E os visitantes passam aqui mas viram logo, não querem saber disto”, conclui.
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Julieta Romão Presidente da junta de Freguesia de Santa Vitória
Quais são os principais setores geradores de emprego em Santa Vitória?
A agricultura, para aqueles que conhecem este meio há gerações, e o comércio local, com as suas mercearias e cafés. Os serviços de apoio domiciliário prestados pelo Centro de Apoio Social do Concelho de Beja, com a colaboração da junta, dão emprego a quatro senhoras da freguesia e desempenham um papel crucial, pois possibilitam aos nossos idosos a permanência no seu meio habitual, retardando ou evitando a sua institucionalização. Na junta de freguesia trabalham três funcionários, que pertencem aos quadros, e três pessoas dos programas ocupacionais. No entanto, sendo a nossa freguesia uma das maiores do concelho, com 111 quilómetros quadrados e com três aglomerados populacionais (Santa Vitória, Mina da Juliana e Monte da Juliana) poderíamos celebrar contratos de trabalho com mais pessoas. Trabalho não nos falta, mas é impossível devido aos cortes feitos pelo Estado e pela Câmara Municipal de Beja.
“De braços abertos para receber novos habitantes” Bem situada, a curtas distâncias de três importantes localidades – Beja, a 15, Aljustrel, a 17, e Ferreira do Alentejo, a 16 quilómetros – Santa Vitória goza ainda da proximidade da barragem do Roxo, que lhe serve de cenário, e considera-se bem apetrechada ao nível dos equipamentos mais básicos. Há, no entanto, lacunas a que é preciso acudir, e que se prendem com a “imprescindível conservação e manutenção das infraestruturas existentes”, refere a presidente da junta de freguesia, Julieta Romão. Uma delas é o arranjo “urgente” da estrada municipal Santa Vitória – Mina da Juliana, a precisar de um tapete novo e de sinalética. Obras que, adianta, “são da
responsabilidade da Câmara Municipal de Beja” e “muito importantes para os habitantes da Mina da Juliana que se deslocam todos os dias para a sede de concelho e para os visitantes do Clube de Campo Vila Galé”. Julieta Romão enumera ainda a necessidade de construção de um lar para acolher os idosos da terra e “evitar que estes, no fim das suas vidas, sejam obrigados a ‘emigrar’”, bem como de remodelação e ampliação da biblioteca local, atendendo ao “elevado número de utilizadores”, cerca de 30, que diariamente procuram o equipamento. Mas para que as infraestruturas façam sentido é necessário gente que lhes dê vida. Santa Vitória está, pois, “de braços abertos para receber novos habitantes”, conclui a presidente, lembrando as virtudes da terra: boa localização, bonitas paisagens e ainda “muitas habitações para vender ou alugar a preços baixos e acessíveis”.
Há uma grande dependência face à sede de concelho, Beja, a apenas 15 quilómetros?
Sim. A maioria da população ativa desloca-se diariamente para os seus postos de trabalho em Beja e os estudantes encontram na sede de concelho a oportunidade de completar os seus estudos e iniciar a sua vida profissional. Também é a esta cidade que as pessoas se deslocam para resolver diferentes assuntos, nomeadamente na área da saúde, banca, serviços e comércio. A proximidade da barragem do Roxo e de uma unidade hoteleira, o Clube de Campo Vila Galé, significa um acréscimo de visitantes em Santa Vitória?
Tanto a barragem do Roxo como o Clube de Campo Vila Galé recebem anualmente muitos visitantes, mas nas localidades de Santa Vitória, Mina da Juliana e Monte da Juliana o número de visitantes é pouco significativo em relação à expetativa inicialmente criada. Mas esta expetativa renova-se com um novo projeto de turismo rural, a “Casa do Roxo”, a implementar brevemente na Mina da Juliana. Como evoluiu demograficamente a aldeia na última década?
Segundo o Censos de 2001, residiam na freguesia 750 habitantes e, de acordo com o Censos de 2011, residiam 595. Houve, portanto, um decréscimo de 155 habitantes. Foi uma das freguesias do concelho que mais habitantes perderam. Estes números estão presentemente desatualizados, pois nestes dois últimos anos perdemos muitos filhos da nossa terra e nasceram apenas duas crianças.
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Estrelas do Alentejo Nasceu em 2002, como secção do Centro de Cultura, Recreio e Desporto de Santa Vitória, e, entre modas populares e originais, conta atualmente com mais de 30 temas no seu repertório. Estas 20 mulheres, que já gravaram um CD em 2007, cantam “a vida, a contemplação, a nostalgia, o amor, a saudade, o trabalho, a freguesia e o Alentejo”. Tudo o que o cante evoca, portanto, ou não estivessem elas imbuídas da missão da sua divulgação e preservação. Ensaiadas por Joaquim Aires, as Estrelas do Alentejo já participaram em vários encontros de grupos corais, em eventos culturais e desportivos e em iniciativas de solidariedade social nas regiões Centro, Lisboa e Vale do Tejo, Alentejo e Algarve.
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A minha perspetiva nunca é imediata. É uma perspetiva, não digo de longo prazo, porque não tenciono recandidatar-me mais do que este próximo mandato, é uma perspetiva de médio prazo. As nossas prioridades foram ajustadas. Temos a casa devidamente organizada. Temos a câmara equilibrada do ponto de vista financeiro, reorganizada em termos dos serviços, modernizada, desburocratizada”
Autárquicas2013
Autarca bejense “tranquilo” em relação ao Movimento Revolução Branca
A última vez de Pulido Valente Jorge Pulido Valente vai candidatar-se pela segunda e última vez à Mesmo em “tempos adversos”, Pulido Valente assegura ter diminuCâmara Municipal de Beja, abrindo portas a uma “renovação” que ído a dívida da autarquia em 10 milhões de euros. Apesar da oposiafirma ser “positiva”. O autarca garante que o movimento que o ele- ção “terrorista” do PCP. Quanto ao futuro, Beja será uma cidade ecogeu há quatro anos mantém o “elã”. E que teve de arrumar a casa, lógica, sustentável e inteligente. financeira e administrativamente, antes de se abrir ao “exterior”.
Texto Paulo Barriga Fotos José Ferrolho
Que avaliação faz deste primeiro mandato à frente da Câmara Municipal de Beja?
lugar, como não estive agarrado ao lugar em Mértola. A minha obrigação, a minha missão e aquilo a que me comprometi é organizar uma equipa, implementar um projeto com base numa estratégia que foi consensualizada. Considero que oito anos são o suficiente para isso, para preparar essa equipa e para ter o projeto em velocidade cruzeiro. Não é necessário que eu continue. Até acho que não devo continuar, porque a renovação é positiva.
Um balanço bastante positivo. Apesar das contrariedades que tivemos em termos de conjuntura, com todas as restrições impostas pelo Governo e também a herança mais pesada do que aquilo que nos supúnhamos, nomeadamente em termos financeiros, apesar disso tudo, o balanço é bastante positivo. Mas não muito visível…
Conseguimos reorganizar, reestruturar e modernizar a câmara. Esse trabalho foi prioritário. Sem arrumar a casa, como costumo dizer, não era possível desenvolvermos outras ações, nem seriamos capazes de ter capacidade de resposta para os problemas que tínhamos que enfrentar. Daí que foi um período, digamos, em que o nosso contacto com o exterior foi abaixo daquilo que gostaríamos que tivesse sido. Esse menor contacto com o exterior é, de facto, a crítica mais recorrente à gestão deste executivo…
Não havia alternativa. Se não tivéssemos dado prioridade e canalizado as nossas energias para a organização interna não conseguiríamos, de maneira nenhuma, pôr a máquina a funcionar. Foi uma opção, que é discutível, mas que foi válida. Aliás, já tinha a experiência anterior que me permitiu perceber que sem arrumar a casa primeiro, nada se conseguiria fazer. Não teme que essa opção possa trazer alguns prejuízos para este executivo em termos eleitorais?
Obviamente que sim, mas qual era a alternativa? A alternativa era desenvolvermos uma relação muito intensa com o exterior, mas chegarmos ao fim do mandato sem termos a obra realizada? Para além de que a minha perspetiva nunca é imediata. É uma perspetiva, não digo de longo prazo, porque não tenciono recandidatar-me mais do que este próximo mandato, é uma perspetiva de médio prazo. As nossas prioridades foram ajustadas. Temos a casa devidamente organizada. Temos a câmara equilibrada do ponto de vista financeiro, reorganizada em termos dos serviços, modernizada, desburocratizada, desmaterializada em termos de processos. Temos uma câmara moderna que não tem nada a ver com aquilo que recebemos.
E quanto ao futuro?
Temos uma visão muito clara do que deve ser a cidade de Beja e o seu concelho no futuro, em 2020 – Beja Ecopolis, Beja Cidade Inteligente, Beja capital de uma região que se distingue pela nova ruralidade, pela qualidade de vida e pela dinâmica socioeconómica e cultural. Como é que estão as finanças do município?
Neste momento temos a situação controlada, temos uma gestão financeira muito rigorosa. O que quer isso dizer?
Fizemos uma recuperação de dívida, em tempos adversos, que acho notável. Estamos a falar em 10 milhões de euros de recuperação de dívida. E numa situação em que perdemos cinco milhões de receita. E ainda por cima com o chumbo do Plano de Apoio à Economia Local que nos poderia ter facilitado todo este processo com claros benefícios para a região e para as empresas locais. Sente que o movimento que o elegeu, o BejaCapital, ainda tem a mesma vitalidade de há quatro anos atrás?
Tem novas vitalidades. Mas não está tão exuberante como há quatro anos…
As condições são completamente diferentes. Desde logo, o ambiente político geral que é muito ta tonegativo e que não afeta só o BejaCapital, afeta dos. Basta ver o que se passa nos outros movieja, a mentos e nas outras candidaturas… Ou seja, olítica população em geral está revoltada com a política e com os partidos. Esse descontentamento também se sente a nível local?
Obviamente que sim. Mas as sessões que temos emos icipafeito do BejaCapital têm sido altamente participadas. Noto algumas alterações em termos dass pessoas envolvidas, agora em termos da dinâmicaa e da motivação não noto que se tenha perdido o elã.. Repetidas vezes referiu que a sua proposta a para Beja era para ser implementada em 10 anos. Mas ainda agora disse que não se recandidataria a um próximo mandato. Quer dizer que não completará o projeto BejaCapital?
O projeto vai para além de mim. Aliás, é bom frisar que não estou agarrado a este
Acha que esta será uma eleição mais renhida com o aparecimento de um movimento de cidadãos independentes?
Acho que é bom que as campanhas sejam animadas e que se debatam as ideias e os projetos. Infelizmente não vejo que as coisas estejam a começar bem.
idêntica em mais nenhum ponto do País. Mas enquadra-se no mesmo espírito da Lei…
Obviamente que não. São situações diferentes. Podem ter o mesmo enquadramento a nível legal. Mas são situações diferentes e têm de ter uma análise diferente. Eu fiz dois mandatos, não acabei o último em Mértola, estive um ano afastado do Poder Local, e reiniciei a minha ligação um ano depois de ter estado separado disso tudo. A Lei fala nessas situações…
Mas isso os tribunais é que irão decidir. Estou tranquilo. Como é que avalia o seu principal adversário?
Quem é que é o meu principal adversário? Como assim?
Do movimento de independentes vimos o que foi aquela barracada da escolha do candidato, que não é nada, digamos, abonatório. É uma contradição completa entre aquilo que são as ambições e as indicações e depois o que se passa na prática. Como encara a providência cautelar que foi interposta pelo movimento Revolução Branca contra a sua candidatura?
Com tranquilidade e com confiança. A minha situação não é idêntica à dos outros. Aliás, não é
O candidato do PCP, naturalmente.
Não faço avaliações das outras candidaturas. Preocupo-me com a minha candidatura e com os projetos que quero levar à prática no âmbito da minha candidatura. O João Rocha é um autarca com uma experiência grande, tem pontos positivos e pontos negativos como qualquer um de nós. Mas não faço avaliações mais profundas. Acha que o PCP tem feito uma oposição construtiva na Câmara de Beja?
Caracterizo a oposição aqui dentro como aquela que é protagonizada pelo vereador Miguel Ramalho. O cabecilha da oposição é uma pessoa que não conseguiu ainda digerir a derrota, porque ela foi sobretudo da sua responsabilidade. Está permanentemente a mentir com um ódio visceral à minha pessoa, porque primeiro retirei a câmara de Mértola ao PCP e agora retirei a câmara de Beja. Miguel Ramalho não consegue desligar-se desse ódio e fazer uma oposição construtiva e responsável. A única coisa que faz é terrorismo político e leva atrás dele os outros dois vereadores. E quanto mais a qualidade do nosso trabalho começa a aparecer, mais os ataques são de caráter pessoal. Estamos em tempos de Ovibeja. Como é que estão as relações da câmara com a ACOS?
Do meu ponto de vista estão normalíssimas. Os trabalhadores da câmara estão lá todos os dias a apoiar na montagem e na preparação da Ovibeja e estamos a alindar a cidade para receber os visitantes da Ovibeja, melhorando toda a envolvência do Parque de Feiras e Exposições.
“Até que ponto é a Ovibeja a principal montra para os políticos do Alentejo?”
Diário do Alentejo 26 abril 2013
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Bisca Lambida
O melhor do Alentejo
Grande marca da cidade
João Espinho
João Machado
A
Ovibeja é, antes de tudo, uma feira onde se mostra o melhor que há no Alentejo. É uma enorme montra de produtos e atividades com a marca Alentejo. Ao longo dos anos a Grande Feira transformou-se, foi crescendo, sendo hoje, sem dúvidas, o evento que mais pessoas movimenta na zona sul do País. Anualmente acorrem ao recinto do Parque de Feiras e Exposições centenas de milhares de pessoas, das mais diversas categorias e idades e cada uma delas com a sua própria motivação. Para este crescimento contribuíram também as autarquias que, com os seus stands, foram modificando o aspeto da feira, tornando-a, em parte, mais institucional, mais “oficial”. Obviamente que, sendo a Ovibeja o evento mais mediático da região, ela atrai não só o simples autarca como também todos aqueles que, de uma forma ou outra, necessitam de alguns holofotes que lhes deem mais visibilidade e maior projeção às suas obras ou às promessas de novos empreendimentos. É na Ovibeja que diariamente se cruzam, nos seus corredores, dezenas e dezenas de políticos, aspirantes a políticos e políticos na reserva ou na reforma. Podemos dizer que, em cada esquina, encalhamos com uma figura pública local e, em determinados dias, com dirigentes políticos nacionais. É nestes dias que as “romarias” na Ovibeja têm mais câmaras de TV e mais mip um ppolícrofones apontados, havendo sempre tico que julga ter algo de novo para dizer. as figuras Anualmente os discursos destas repetem-se e o interesse destas mediám é que ticas deslocações é saber quem m são os “mudou de camisola” ou quem sões novos participantes nas procissões políticas. A Ovibeja é, indiscu-tivelmente, a melhor ocasião para alguns políticos regionais se mostrarem. E alguns destes políticos sabem aproveitar muito bem o palco quee m a Feira lhes oferece. É vê-los em egrande azáfama, e nada discrestamente, à procura de jornalistas que os possam transformarr de simples figuras em grandess figurões. Passada a Ovibeja, re-a. gressam ao tédio do dia a dia. Até para o ano que vem! PUB
A
Ovibeja é, antes de mais, a grande marca da cidade e de toda uma região. Nestes 30 anos de feira, somos confrontados com um choque geracional daquilo que era este certame e no que ele se transformou. A Ovi tem o condão de abarcar iniciativas para todas as idades e para ser efetivamente a grande feira do sul, debatendo assuntos importantes ao nível da agricultura, desenvolvimento, empreendedorismo e tantos outros de interesse relevante para a região. Por todos estes motivos, assistimos todos os anos ao “desfile” de personalidades políticas dos mais variados quadrantes, sob o pretexto de contactarem de perto com a população. A Ovi é, de fato, um palco apetecível e isso também demonstra a dimensão, projeção e importância que este certame obteve no panorama regional e nacional. Aos políticos, sejam eles locais ou não, convém aparecer neste tipo de iniciativas como forma de atingir novos eleitores bem como contatar com aqueles que os elegeram. Contudo, esta exposição mediática também traz necessariamente consequências negativas que neste tipo de eventos podem ser exponenciadas. Neste caso concreto e face a algumas críticas duras da Confederação dos Agricultores de Portugal em relação à mig , será curioso reparar p nistra da Agricultura,
nas formas de contestação destes face à deslocação de Assunção Cristas e do nosso conterrâneo Carlos Moedas na sessão de inauguração da Ovibeja 2013. A Ovi devia ser um palco para a reivindicação dos agricultores e não apenas um mero certame, como tantos outros espalhados pelo País, que se resumem a “comes e bebes”. A Ovi é a nossa marca e deve ajudar a mudar a face da nossa região. Haja vontade para isso.
engenheiro Castro e Brito. Deste modo, sabendo-se que ano após ano a Ovibeja suscita o interesse e a adesão de centenas de milhares de pessoas não será pois de estranhar a adesão da classe política regional e nacional. Na certeza de que no contexto da nossa região a Ovibeja é um valioso trunfo e que não pode nunca deixar de ser a principal montra dos produtos e atividades que representam um valor acrescentado para a nossa região, jogo a manilha de copas.
Valioso trunfo
Cidade que nunca dorme
Sérgio Fernandes
Luís Miguel Ricardo
N
o momento em que arranca a trigésima edição importa aqui recordar e celebrar a Ovibeja enquanto manifestação da notável capacidade de realização de uma entidade com natureza associativa, que com inquestionável visão tem logrado a valorização e promoção da identidade económica de toda uma região, e que mesmo em face de conjunturas adversas tem dado mostras de saber criar as oportunidades que a cada momento melhor servem os seus objetivos. É, sem dúvida, o bem sucedido desenvolvimento desta estratégia, ao longo das últimas três décadas, que faz com que hoje a Feira seja uma montra do Alentejo, de dimensão e projeção nacional. A reconhecida adesão dos agentes económicos e soci sociais, população em gera geral, residente e visitante visitante, são disso prova. Esta análise an não ficaria no en entanto completa sem nomear de forma exppressa e reconhecer o justo mérito do mentor de desta ideia, que com tenacida cidade e inspiraçã ração, ao longo des destes 30 anos, tem liderado est esta equipa: o
S
ão 30 edições, 30 anos consecutivos, 30 feiras a promover o Alentejo. A Ovibeja é o acontecimento anual mais relevante da cidade e da região. A Ovibeja engalana e dinamiza a urbe que a acolhe. As entradas e saídas são embelezadas e os acessos aprimorados. Os espaços hoteleiros esgotam. O número de pessoas aumenta vertiginosamente. Diversas individualidades do País fazem-se notar na feira. As atividades culturais, recreativas e económicas enchem os dias e as noites. Quase apetece dizer: “Beja, a cidade que nunca dorme (durante a feira)”. Pelas características inerentes ao evento, a Ovibeja é naturalmente uma montra para as coisas e para pessoas. Todos querem ver e muitos querem ser vistos. Quem tem na visibilidade pública e no contacto com as gentes potenciais trunfos para disputas eleitorais vindouras, como é o caso da classe política regional e nacional, vê a maior feira do Sul como uma janela de oportunidades. A oportunidade de divulgar o trabalho desenvolvido, de que são exemplos os políticos que lideram entidades com presença institucional na feira. A oportunidade de perscrutar as emoções das pessoas. A oportunidade de intervir nos diversos eventos realizados. Nos cinco dias de Ovibeja não se perdem nem ganham eleições regionais ou nacionais, mas pode ganhar-se ou perder-se popularidade e simpatia. E é por isso que, nesse jogo de disputa, nessa montra de protagonismos mediáticos que a Ovibeja potencia, quase nenhum político com ambições eleitorais se atreve a ficar afastado.
Diário do Alentejo 26 abril 2013
JOSÉ FERROLHO
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Polícia impede populares de assistir à cerimónia de inauguração da Ovibeja. Assunção Cristas também faltou, por alegada indisposição. Mesmo assim os manifestantes não deixaram de lhe dedicar um cartaz e de cantar a “Grândola Vila Morena”
Atual
Carlos Moedas visitou certame no primeiro dia
Manifesto em defesa do Poder Local Democrático Vai ser apresentado, na terça-feira, dia 30, pelas 18 horas, na sede da Associação de Municípios do Baixo Alentejo e Alentejo Litoral (Ambaal), em Beja, o manifesto “Alentejo em defesa do Poder Local Democrático”. O ato contará com a presença de várias individualidades, autarcas e ex-autarcas da região Alentejo.
Soeiro e Caimoto para as freguesias urbanas Ana Rosa Soeiro, atual presidente da Junta de Freguesia de São João Batista e membro da bancada laranja na Assembleia Municipal de Beja, é a candidata do PSD à União de Freguesias de Beja – Santiago Maior e São João Batista nas próximas eleições autárquicas. Para a União de Freguesias de Beja – Salvador e Santa Maria da Feira, o PSD aposta em Fernanda Caimoto, atual secretária da Junta de Freguesia de Salvador e fundadora do movimento Mulheres Social Democratas. PUB
Ovibeja sem Cristas A Ovibeja inaugurou na quarta-feira passada e era esperada a ministra da Agricultura para a cerimónia, mas tal acabou por não acontecer. Carlos Moedas, porém, não deixou de visitar o certame da sua terra natal.
P
ara a inauguração da Ovibeja era esperada a ministra da Agricultura, Assunção Cristas, que acabou por não marcar presença no certame por motivos de “indisposição”. À sua espera tinha um grupo de manifestantes que a aguardava ao som de “Grândola Vila Morena”. Quem não deixou, porém, de ir à feira da sua terra natal, no dia de abertura, foi o secretário de Estado Adjunto do Primeiro-Ministro, Carlos Moedas, que considerou que “o certame representa a capacidade da sociedade civil que faz e transforma uma ideia numa instituição,
num projeto que tem impacto, não só no País, mas também em outros”. Carlos Moedas não tem dúvidas que “este é um certame com grande futuro”, até porque tem vindo “sempre a melhorar ao longo dos anos” e a prová-lo estão os seus 30 anos de existência. Este ano a feira conta com uma exposição temática sobre a água e Carlos Moedas defendeu que “a água tem uma capacidade mobilizadora” e que na região representa, sobretudo, “a passagem de uma agricultura de sequeiro para uma agricultura de regadio”. O que, em sua opinião, “abre um grande leque de oportunidades à região, podendo potenciá-la”. Referindo-se à situação do País, considerou: “Portugal tem um caminho claro, que é um caminho de consolidar as contas públicas e um caminho de crescimento. Aquilo que estamos a falar não são dois caminhos diferentes; é o
mesmo caminho”. “O caminho tem de credibilizar o País e isso foi feito através da consolidação das contas públicas e da estabilização do sistema financeiro”, disse Carlos Moedas, referindo que “Portugal está num caminho de credibilização que se vê no dia-a-dia” e reflete-se nas taxas de juros do País. Castro e Brito, presidente da ACOS, durante a inauguração da 30.ª edição, afirmou que “o primeiro-ministro escolheu o palco da Ovibeja, no ano passado, para assumir o compromisso de conclusão do regadio de Alqueva até 2015” e, neste sentido, “justifica que o Governo tenha confiança nos agricultores, que contam com a sua ajuda para a concretização deste projeto”. Para o presidente da ACOS, “a Ovibeja é importante para que esta região mantenha a esperança”. BS com Lusa
Faleceu Francisco Brissos de Carvalho
“Que se lixe a troika” lançou moção em Grândola O movimento “Que se lixe a troika” iniciou, em Grândola, uma ação de recolha de assinaturas para uma “moção de censura popular” cuja intenção é exigir a demissão do Governo. “Pretende-se demonstrar que há um repúdio generalizado por parte do povo português ao Governo”, afirmou à Lusa Jorge Falcato, um dos promotores do
Jorge Santos é o candidato do PSD em Ferreira do Alentejo O médico Jorge Santos vai ser o candidato do PSD à presidência da Câmara de Ferreira do Alentejo, gerida pelo PS, nas eleições autárquicas deste ano. Jorge Santos explicou à Lusa que se candidata para tentar conquistar a presidência da Câmara de Ferreira do Alentejo, o que, admitiu, ser “complicado”, porque “a situação sempre foi complicada para o PSD no concelho”. No entanto, frisou, “já será uma vitória” se o PSD conseguir eleger, pelo menos, um vereador, o que “nunca aconteceu” na Câmara de Ferreira do Alentejo. Especialista em medicina geral e familiar, Jorge Santos, de 59 anos, diretor do Centro de Saúde de Ferreira do Alentejo, é o único candidato conhecido, até hoje, à presidência da autarquia, nas eleições autárquicas de outubro deste ano.
Marisa Santos pelo Movimento Sines Interessa Mais A vice-presidente da Câmara de Sines, Marisa Santos, é a candidata do movimento independente Sines Interessa Mais (SIM) à presidência daquele município, nas eleições autárquicas de outubro. A candidatura de Marisa Santos, 37 anos, licenciada em Direito, foi aprovada em reunião geral do SIM, da qual saiu também o nome do atual líder do município, Manuel Coelho, como candidato à presidência da Assembleia Municipal. A candidata à presidência da câmara é natural de Sines e desempenha as funções de vice-presidente desde 2009, eleita pelo SIM, tendo anteriormente participado no executivo como vereadora, desde 2002, mas pela CDU.
João Rocha promove encontros em Beja e nas freguesias O cabeça de lista da CDU à Câmara Municipal de Beja, João Rocha, iniciou, na semana passada, um conjunto de encontros de trabalho, na cidade e nas freguesias rurais, com entidades representativas de vários setores e com o movimento associativo local que desenvolve o seu trabalho nas áreas do desporto e da promoção cultural. Segundo a CDU, “pretende-se aprofundar o conhecimento sobre o trabalho que cada uma das entidades promove e os projetos que ambicionam vir a realizar, bem como de todos os constrangimentos que as impedem de ir mais além na prossecução dos seus objetivos”. Estes encontros prolongam-se durante as próximas semanas.
“Por Beja com Todos” organiza tribuna aberta O movimento “Por Beja com Todos” vai realizar uma tribuna aberta no próximo dia 4 de maio, a partir das 14 e 30 horas, no auditório da Biblioteca Municipal José Saramago, em Beja. Em debate estará o tema da cidadania e da inclusão. Lopes Guerreiro, coordenador do movimento “Por Beja com Todos”, abrirá a sessão. Constantino Piçarra, investigador em História, encerra a tribuna. Em data a anunciar, segundo o movimento, será debatido o tema da democracia participativa.
09 Diário do Alentejo 26 abril 2013
Faleceu, na sexta-feira passada, Francisco Brissos de Carvalho, que integrou o movimento do assalto ao Quartel de Beja. Foi o 1.º governador civil do distrito, após o 25 de Abril. O corpo esteve em câmara ardente em Almada. As cerimónias fúnebres seguiram, depois, no domingo, para a aldeia de Cabeça Gorda, de onde era natural. À família enlutada o “Diário do Alentejo” endereça as suas mais sentidas condolências.
movimento, que se deslocou de Lisboa a Grândola com um grupo de cerca de 20 pessoas. O movimento “Que se lixe a troika” escolheu Grândola para dar o “pontapé de saída” a esta iniciativa por uma questão “de simbolismo”. Recorde-se que a terra é o tema da canção de José Afonso, “Grândola, vila morena”, que tem sido usada para contestar a atual situação do País.
Investimento de 200 milhões cancelado
Coreanos já não vêm para Beja
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ra intenção da Coreia do Sul instalar uma escola de formação avançada de pilotos para aviões de combate na Base Área de Beja. O objetivo, porém, ficou por concretizar. Os sul-coreanos queixam-se da demora na resposta e da falta de PUB
cofinanciamento. O Governo português, por sua vez, segundo notícia avançada pelo “Diário de Notícias”, “justificou a desistência com outras prioridades”, devido ao conflito com a Coreia do Norte. O valor do investimento asiático ultrapassava os 200 milhões
de euros, envolvendo ainda a transferência de perto de 250 famílias para Beja, segundo dados avançados pela imprensa coreana. A acrescentar aos 60 pilotos, aos 20 militares em posições de chefia e aos 150 técnicos de manutenção.
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Portugueses são os que mais visitam o Alentejo
Portugueses, entre os 35 e os 54 anos, com instrução de nível superior e que viajam em família são os turistas que mais procuram o Alentejo, onde permanecem em média quase quatro dias, indica um estudo. Estes dados constam do relatório do Estudo de Caracterização do Perfil do Visitante e Turista do Alentejo relativo ao ano de 2012, que foi apresenta na segunda-feira. A iniciativa enquadra-se no Observatório do Turismo do Alentejo, criado em 2011 pela Entidade Regional do Turismo (ERT) do Alentejo, e permite acompanhar a caracterização da procura turística na região.
Alunos plantaram 800 árvores em Santo André Cerca de 800 árvores foram plantadas na quarta-feira em Vila Nova de Santo André, no concelho de Santiago do Cacém, no âmbito da inauguração do Parque Central Valorizado e Qualificado. A primeira de duas ações de reflorestação realizou-se na envolvente ao campo de jogos da escola EB N.º1, por alunos do 1.º ciclo, que plantaram 134 árvores. Mais tarde foi a vez de os alunos do 3.º ciclo da Escola Secundária Padre António Macedo plantarem 650 árvores no Parque Central de Santo André.
Construção da nova ETAR de Ourique em julho A sessão pública da consignação da empreitada para o início da obra de construção da nova Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) de Ourique está marcada para terça-feira, no âmbito de uma parceria entre o município e as Águas Públicas do Alentejo para a melhoria da qualidade no abastecimento de água às populações. Trata-se de uma obra no valor de 1,3 milhões de euros. A obra terá início em julho, com a entrada em funcionamento da ETAR a acontecer em junho de 2014.
OP de Odemira aceita propostas até junho Até ao final de junho, a população de Odemira é desafiada a apresentar propostas para investimentos públicos na área do concelho, no âmbito do Orçamento Participativo 2013 (OP), PUB
um processo de carácter consultivo, deliberativo e vinculativo. As propostas serão votadas em outubro e as vencedoras, num montante global de 500 mil euros, serão integradas no orçamento municipal de 2014. Segundo a Câmara Municipal de Odemira, “de forma a fomentar a participação pública e promover a proximidade entre o processo do OP e a população, serão promovidas seis assembleias participativas”.
Beja abriu concurso para SPA/Ginásio/Health Club A Câmara Municipal de Beja anunciou recentemente a abertura do concurso público para a concessão dos antigos balneários masculinos da piscina municipal descoberta para a instalação de um estabelecimento de SPA/Ginásio/ Health Club. As propostas devem ser apresentadas diretamente na plataforma eletrónica utilizada pela Câmara Municipal de Beja até às 16 horas do dia 14 de maio.
Autoridades temem combustão de enxofre
Incêndio na Mina de São Domingos
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erto da Mina de São Domingos, no concelho de Mértola, aconteceu esta semana uma combustão. Que se chegou a suspeitar estar relacionada com resíduos de enxofre. Várias equipas acompanharam a situação e, entre outros, estiveram presentes os serviços de proteção civil regional e local, os Bombeiros Voluntários de Mértola, a GNR e representantes do Parque Natural do Vale do Guadiana. Segundo António Cachoupo, vereador da Câmara Municipal de Mértola, “a situação foi acompanhada de muito perto, de modo a que não se alastrasse a outras zonas”. Lembrando, no entanto, que “o sucedido
se circunscreveu a uma área de extensão reduzida”. Não se sabe a origem do sucedido, que aconteceu numa zona com resíduos provenientes da atividade mineira que existiu em tempos no local. Recorde-se que a mina encontra-se desativada já há bastante tempo. De acordo com informação do Comando Distrital de Operações de Socorro de Beja (CDOS), “não se sabe se o abrasamento que se verificou se deveu a temperaturas mais elevadas ou se terá sido provocado por alguém”. O CDOS, no entanto, recorda que “a situação foi fácil de controlar e que não exigiu grandes meios e recursos”.
A Câmara Municipal de Beja pretende implementar brevemente um projeto que dará a conhecer ao público local, nacional e estrangeiro, as personagens de relevo nacional e factos históricos que dão nomes a ruas, avenidas e praças, de todo o País, através de uma plataforma digital que contém informação biográfica e histórica de várias personalidades e eventos da História de Portugal. Às placas toponímicas das ruas da cidade será acrescentado um código QR (quick response/resposta rápida) que permitirá aceder diretamente a um conteúdo disponibilizado on line através da leitura deste código.
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Inovação nas placas toponímicas de Beja
Ourique campeão de reciclagem O concelho de Ourique ocupa o primeiro lugar da Liga Intermunicipal de Reciclagem da Resialentejo por ter sido o concelho que mais resíduos reciclou em 2012, entre os oito concelhos do Baixo Alentejo que integram a empresa. O 1.º lugar da liga, classificação atribuída pela Resialentejo (a responsável por recolher e reciclar resíduos nos concelhos de Almodôvar, Barrancos, Beja, Castro Verde, Mértola, Moura, Ourique e Serpa), é “reflexo” da reciclagem de 97 toneladas de papel e cartão e de 77 toneladas de vidro em Ourique no ano passado.
Câmara já solicitou reunião à Ulsba
Menos camas no Hospital de Beja A eventual redução do número de camas no Hospital José Joaquim Fernandes, em Beja, é alvo de preocupação e a câmara municipal mostra-se preocupada, bem como alguns partidos políticos e movimentos de cidadãos.
E
m declarações à Lusa, contudo, Margarida da Silveira, presidente do conselho de administração da Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo (Ulsba), que gere o hospital de Beja, disse que a instituição “não tomou nenhuma decisão” sobre a redução do número de camas. Mas lembrou: “Está em curso uma reforma hospitalar a nível nacional”, que, entre outras medidas, prevê a “revisão das lotações hospitalares”. PUB
A Câmara de Beja está contra a eventual redução, considerando que já “em determinadas alturas há doentes deitados em macas nos corredores durante demasiado tempo”. E, neste sentido, defende: “Tal provocaria impactos altamente negativos”. O presidente da Câmara Municipal de Beja já solicitou, inclusive, uma reunião ao conselho de administração da Ulsba e a autarquia recorda que “as condições de prestação de cuidados na região têm vindo a diminuir significativamente ao longo dos últimos anos, fruto da redução e, nalguns casos, até da extinção de serviços, a coberto de justificações de ordem financeira e de racionalidade na gestão dos recursos disponíveis”. O PCP também se mostrou preocupado
com o eventual fecho do serviço de oncologia e redução de camas no hospital de Beja, mas a administração nega “o encerramento”. A Direção da Organização Regional de Beja do PCP também está preocupada com a eventual transferência do Hospital de São Paulo, em Serpa, para a Santa Casa da Misericórdia desta cidade. Segundo o PCP, as medidas, “a confirmarem-se, são da maior gravidade e representam uma ainda maior diminuição da capacidade de respostas dos serviços”. O PS também está preocupado com a possível redução e Luís Pita Ameixa, deputado socialista, questionou o Ministério da Saúde. “Tais notícias são preocupantes, principalmente na medida em que a capacidade de resposta aos doentes será afetada”,
considera o deputado. Recordando que, tal se verifique, “também os recursos humanos poderão ser reduzidos em conformidade”. O possível plano de redução de camas hospitalares também merece a discordância do movimento “Por Beja com Todos”. “Nós, pagadores de impostos, utentes do SNS, temos direito à informação sobre tão importante matéria. Não é aceitável a ocultação de um tal plano”, considera o movimento. “Tal medida, a concretizar-se, terá graves consequências para os utentes da região. O encerramento de camas hospitalares inviabilizará internamentos imprescindíveis e reduzirá as capacidades técnicas e formativas do hospital distrital de Beja”, afirmam.
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Fernando de Pádua homenageado em Almodôvar
Fernando de Pádua, professor e fundador e presidente do Instituto Nacional de Cardiologia Preventiva, foi homenageado em Almodôvar, no sábado passado, tendo a câmara municipal local atribuído o seu nome a uma rua. Durante a homenagem, Fernando de Pádua apresentou ainda o seu novo livro Cuide do Seu Coração – As Cartas de Almodôvar, que reúne um conjunto de cartas enviadas pelo professor Fernando de Pádua à população almodovarense, durante o ano de 2012, no âmbito do projeto “Almodôvar, o concelho mais saudável”.
Beja elimina barreiras arquitetónicas, sociais e psicológicas A Câmara de Beja vai desenvolver um plano de promoção da acessibilidade para detetar e eliminar “progressivamente” as barreiras arquitetónicas, sociais e psicológicas existentes no concelho e que “prejudicam a vida” das pessoas com
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soluções apropriadas e propor ações específicas para se obterem condições de acesso universal a bens, serviços, espaços públicos, transportes e novas tecnologias de informação e definir medidas estratégicas para eliminar barreiras à acessibilidade e apresentar ações que garantam a eficiência das intervenções futuras.
Investimento de quase dois milhões de euros
Boavista dos Pinheiros e Saboia requalificadas A Câmara de Odemira vai realizar intervenções para qualificar as freguesias e “proporcionar melhor qualidade de vida” aos habitantes de Boavista dos Pinheiros e Saboia, as quais incluem a construção de novos equipamentos e arranjos de espaços públicos. No âmbito do projeto “Qualificar Boavista dos Pinheiros”, serão construídas a nova sede da junta de freguesia e uma nova igreja no recinto da antiga escola básica, criado um pavilhão multiusos, a partir da cobertura e requalificação do atual campo de jogos e feito o arranjo paisagístico da marginal à Estrada Nacional 120. No âmbito do projeto “Qualificar Saboia”, atravessada pelo barranco do Ameixial e por três afluentes, será requalificada a baixa da povoação, uma intervenção que pretende “resolver, em definitivo, o efeito das cheias” na zona e inclui também a remodelação das redes de esgotos.
mobilidade reduzida. Segundo a autarquia, o “Plano Local de Promoção da Acessibilidade de Beja”, cofinanciado por fundos comunitários, vai permitir detetar problemas existentes no acesso a bens, serviços, espaços públicos, transportes e novas tecnologias de informação. Posteriormente, o plano vai permitir estudar
Primeiro hotel de Aljustrel inaugurado O primeiro hotel no concelho de Aljustrel, de três estrelas, com 33 quartos e mais vocacionado para o turismo de negócios, foi inaugurado, ontem, quinta-feira, após um investimento de quase dois milhões de euros.
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Hotel Villa Aljustrel, já a funcionar, “está mais vocacionado para o turismo de negócios” e pretende responder às necessidades de alojamento de empresários que se deslocam em negócios a Aljustrel, sobretudo devido ao complexo mineiro existente no concelho, disse à aLusa a diretora da unidade,
Diana Fialho. Por outro lado, o hotel, que está situado no “coração” da vila mineira de Aljustrel, e é propriedade da empresa imobiliária local Alentrel, aposta também no turismo de lazer, sobretudo durante o verão, disse. Segundo Diana Fialho, o hotel, que foi cofinanciado por fundos comunitários, já criou seis postos de trabalho e poderá chegar aos 15, quando estiver a funcionar em pleno, sobretudo após a abertura do restaurante, o que deverá acontecer no final do próximo verão. O presidente da Câmara de Aljustrel,
Nelson Brito, destacou a importância do Hotel Villa Aljustrel, já que permitiu “aumentar a oferta de camas”, que era “reduzida” e um “problema” do concelho. No concelho de Aljustrel, só existiam três unidades de alojamento local e duas de turismo rural e muitos dos turistas e empresários que visitavam o concelho eram “obrigados” a alojarem-se noutros concelhos. Nelson Brito indicou ainda que está a ser construída uma nova unidade de turismo rural na freguesia de Ervidel e está prevista a construção na vila de um hotel de cinco estrelas com 90 quartos.
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O CLUBE DESPORTIVO DE ALMODÔVAR acaba de fazer história no futebol regional. Fundado em abril de 1981, o Almodovarense conquistou pela primeira vez o Campeonato Distrital da 1ª Divisão da Associação de Futebol de Beja. Pelo que, na próxima época, irá disputar as provas nacionais. Mas antes disso ainda tem “vontade” de conquistar a Supertaça. PB
A Ovibeja foi um projeto muito inovador no contexto agrícola, económica e social do Baixo Alentejo que, a pouco e pouco, se foi alargando a todo o sul do País, tendo hoje em dia uma inequívoca dimensão nacional. Arlindo Cunha, Revista Ovelha, abril de 2013
Opinião
Não peças a quem pediu...
Ana Paula Figueira Docente do ensino superior
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hamava-se António Pechincha e, na aldeia, todos o viam como um pobre diabo. Começou a trabalhar como aprendiz na carpintaria do Sr. Prazeres, aos 14 anos. No meio das madeiras e das ferramentas, embeiçou-se pela filha do patrão, a gorda Marília, com quem casou ainda não tinha 22 anos feitos. «Olha, olha…» - comentava o povo. - «O parvo do Pechincha novo afinal não é tão parvo como parece. Já arranjou a vidinha. A Marília dos Prazeres é gorda e feia mas é filha única. Quando o pai fechar os olhos, o negócio e tudo o resto vai ser de quem?» O tempo foi passando, a família aumentou com a chegada, primeiro do Joãozinho e depois da Mariazinha, e o negócio da carpintaria não parecia correr nada mal. O velho Prazeres, contudo, continuava igual a si mesmo: prepotente e arrogante, características que a idade e a viuvez ainda acentuaram; chamava a si todas as decisões. Ninguém conhecia nada da sua vida… nem o que tinha, nem o que deixava de ter. Especulava-se apenas. Continuava a viver na mesma casa de rés-do-chão onde criara a filha. Já muito velha e a precisar, desde há muito, de ser arranjada. Mas nunca era altura para isso. Quando o interpelavam, dizendo: «Ainda te cai a casa em cima, um destes dias», respondia ao seu jeito: «Agora não há dinheiro. Arranja tu a tua, se queres, e mete-te na tua vida.» O Pechincha nunca teve uma ajuda do sogro, por mais pequena que fosse. Também ele e a família continuavam a viver na mesma casa para onde se mudaram quando casaram e que, entretanto, conseguiram comprar. As costuras da Marília ajudavam o parco ordenado que o Pechincha trazia da carpintaria e deram, pelo menos, para pagar os estudos de ensino secundário aos filhos. Quando ambos decidiram ir para a cidade trabalhar – o João num café e a Maria numa loja de roupas – foi um alívio. Menos duas bocas para alimentar. Por lá ficaram na casa dos padrinhos até que casaram e fizeram as suas vidas. Hoje pouco visitam os pais, na aldeia, e menos ainda, o avô. O Pechincha nunca contrariou o sogro assim como nunca lhe pediu fosse o que fosse. Nem para ele, nem para os filhos. Também não procurou sair da aldeia para tentar arranjar outro emprego. Por vezes, no café, quando ia comprar o bilhete da lotaria - talvez o seu único devaneio - os amigos perguntavam-lhe: «Ó Pechincha, como é possível aguentares o velho Prazeres? Vives apertado quando sabes que, de certeza, ele tem dinheiro que é, por herança, da tua mulher?» Ele respondia: «A minha vez chega quando tiver de chegar! Depois, cá me arranjarei.» E, nessa vida de marasmo, passaram mais uns quantos anos. Até que um dia a sorte grande bateu-lhe à porta: um dos seus bilhetes tinha tido um prémio. Chorudo, por sinal! Tudo começou a mudar: o velho Prazeres, que entretanto adoecera, foi recambiado a título permanente para o lar, onde já tomava as refeições. Nem a filha, a gorda Marília – agora mais gorda que nunca – tinha saudades dele para o ir ver. A carpintaria passou a ser gerida pelo Pechincha que, apesar de não perceber nada de contas, conhecia muito bem o ofício e entendeu contratar um homem de números, uma espécie de contabilista pago a preço de ouro, que era a sua sombra. Assim, conseguiu aumentar ainda mais o negócio e transformou a empresa numa referência para aquela região. Ele era o patrão de mais de vinte pessoas! Construiu uma casa – e que casa! – num terreno que a Marília herdara da parte da mãe, junto à aldeia, e que estava abandonado há anos. Deslocava-se no seu grande e luxuoso Mercedes, até mesmo para ir ao café onde continuava a comprar o seu bilhete de lotaria. O seu dia chegara, finalmente! Tinha agora uma vida muito cheia, se bem que o seu (pequeno) mundo continuasse a ser exactamente o mesmo. Porém, os seus empregados
Como alentejano sinto muito orgulho na Ovibeja. Trata-se, de facto, de uma obra coletiva que reúne um grande consenso quanto ao seu mérito e que tem dignificado Beja e o Alentejo. Ao longo dos anos passou de uma feira regional para uma dimensão nacional, ombreando com qualquer outra feira nacional. Sevinate Pinto, Revista Ovelha, abril de 2013
queixavam-se. Era habitual ouvirem-nos dizer: «Se o Prazeres era mau, o Pechincha é mil vezes pior! Esqueceu rapidamente o que é estar deste lado. Não é tolerante com ninguém. Está sempre a ameaçar que se não ´dermos o litro`, vamos para o ´olho da rua` porque gente para trabalhar é o que há por demais por aí.» O Pechincha estava-se marimbando para isso. Várias vezes dizia: «Quem estiver mal, que se mude; caso contrário, acomode-se. Quem dita as regras sou eu e elas são para cumprir. Vão mas é trabalhar, cambada de lazarentos!» exclamava, mal disposto. Mal disposto, mas feliz à sua maneira, eu diria. Afinal, ele era um homem de sucesso! Que, além do mais, conseguiu tudo graças a um bafejo da sorte e a si mesmo. Já podia comprar tudo o que quisesse… Bem, tudo, tudo não! Não podia comprar a verdadeira amizade, nem o amor. Mas, naquela altura da sua vida, isso também não tinha grande serventia. Por decisão pessoal, a autora do texto não escreve segundo o Novo Acordo Ortográfico
Memória Luís Covas Lima Bancário
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memória é uma das capacidades mais relevantes do ser humano e é, provavelmente, uma das bases do Conhecimento – imaginem o que seria conhecer alguém e, no momento a seguir, não se lembrar dessa pessoa? O que seria aprender algo e não ser capaz de o transmitir de imediato? O que seria ver um cenário – uma fotografia, uma pintura, uma escultura, uma peça de teatro, um filme, uma paisagem e depois não ter a capacidade de verbalizar o que se viu? O que aconteceria se ao ler um livro, um jornal ou até um folheto de publicidade não se lembrasse, no momento imediatamente a seguir, de absolutamente nada? As situações que se poderiam colocar aqui seriam quase infindáveis! Mas conseguimos facilmente perceber a quantidade de amigos que perderíamos ou que nem chegaríamos a fazer, o conhecimento, aquele que nos vem sendo transmitido desde a Antiguidade, e que agora não teríamos, a quantidade de informação que não recolheríamos e de cuja falta nem teríamos consciência… Mas é também a memória, a nossa memória individual, a de cada um de nós, que nos permitiu e permite recolher, armazenar, processar e aplicar valores, no que agora me interessa falar, os morais e os éticos, aqueles que nos foram sendo transmitidos ao longo de gerações e que nós vamos aplicando e respeitando na esperança que o outro faça exatamente o mesmo. A memória leva-nos a recordar acontecimentos e pessoas que perdurarão nas nossas mentes para sempre mas também nos ajuda a identificar erros praticados que não deverão ser repetidos, nomeadamente, a falta de reconhecimento por quem fez bem, construiu vidas e que acaba por não ser respeitado. Os valores não podem ser atropelados por devaneios e opções materiais, sem escrúpulos e sem princípios, de tal forma que ultrapassem os limites do tolerável. Ao mesmo tempo, a nossa memória coletiva, aquela que nos uniu, nos une e deverá continuar a unir-nos enquanto povo, ajuda-nos a fazer uma resenha histórica sobre eventos ou factos marcantes, sobre pessoas e vultos que contribuíram de forma decisiva para a sociedade em que vivemos. Numa época tão plena de dificuldades, faz falta a reflexão sobre o que foi feito, sejam jornadas épicas ou desilusões, e sobre o que poderá ainda ser concretizado. O épico é transcendental, a desilusão é nefasta mas, ainda assim, essa reflexão impõe-se. O preservar a memória é um exercício tangível e, por isso, consequente. A memória pretende-se sempre presente porque
nos ajuda a preservar um património (individual ou coletivo) que deve ser defendido e não ignorado.
A imprensa clandestina Beja Santos Jurista
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s armas de papel, por José Pacheco Pereira (Círculo de Leitores e Temas e Debates, 2013) é um rigoroso e importantíssimo inventário da imprensa clandestina e do exílio ligada a movimentos radicais de esquerda cultural e política (19631974). Trata-se de um segmento muito importante de imprensa da responsabilidade da extrema-esquerda, neste estudo aparecem 158 títulos ligados a organizações de esquerda radical. Como escreve o autor, “a classificação de ilegal e clandestina não oferece dúvidas para a maioria da imprensa publicada no interior de Portugal, mas é igualmente válida para certas publicações produzidas fora do país. Classificaram-se como clandestinas todas as publicações realizadas fora de Portugal que não seguiam as regras legais para a sua publicação no respetivo país”. O conjunto da imprensa em análise foi organizado nas seguintes tipologias: órgãos oficiais de organizações; publicações também oficiais, mas de índole interna, de organizações políticas; órgãos temáticos de organizações ligados a uma questão única (é o caso do colonialismo); órgãos oficiais de organizações frentistas; jornais de causas (é o caso da luta anticolonial); jornais de “massas”, cuja ligação a organizações políticas é de um modo geral não enunciada explicitamente; órgãos de associações que exprimem a posição de organizações políticas que eram maioritárias no seu seio; órgãos semilegais publicados no âmbito do movimento estudantil, órgãos de “orientação” no movimento associativo operário e estudantil; órgãos de grupos cujo elo de ligação é a própria publicação e que não têm qualquer organização para além da sua produção e distribuição; publicações de grupos ad hoc de caráter cultural contestatário. Predomina, ao nível da comunicação e mensagens, o modelo leninista, estas organizações, a despeito de todas as divergências que eram conhecidas (maoistas, trotskistas, marxistas-leninistas e antirrevisionistas de vários matizes…), apresentavam-se contra o colonialismo, algumas apelavam declaradamente à deserção, outras à convergência políticas dos desertores do exílio. O auge desta imprensa situa-se particularmente nos de 1972 e 1973 (convém recordar que a imprensa de 1974 ficou praticamente reduzida ao primeiro quadrimestre). Tem o maior interesse o estudo feito às tecnologias da imprensa clandestina, caso dos duplicadores, mimeógrafos, tipografias, grafismo e iconografias utilizadas, como se processava o fornecimento de materiais às tipografias clandestinas, quais os seus títulos, grafismo utilizado, etc. Atenda-se ao que escreve José Pacheco Pereira: “A geração que está associada às publicações radicais escrevia muito, tinha uma pulsão para escrever. Os principais ativistas, militantes e dirigentes das organizações radicais escreveram cada um literalmente centenas e centenas de páginas de texto, comunicados, relatórios, artigos, documentos diversos, na imprensa legal e semilegal, estudantil e associativa, e na imprensa clandestina”. As Armas de Papel constituem um inventário de leitura irrecusável para quem pretenda conhecer o esquerdismo, na clandestinidade e no exílio, as suas palavras-chave, as suas bandeiras, o frenesim dos pequenos grupos, gloriosamente atomizados. Está ali praticamente tudo. E quando chega o 25 de Abril ver-se-á a energia que estes movimentos irão trazer ao combate revolucionário mas também à consolidação da democracia.
O povo costuma dizer que não há fumo sem fogo. Apesar de a tutela ainda não ter confirmado a decisão, há suficientes indícios que levam a suspeitar que o Ministério da Saúde se prepara para reduzir o número de camas no HOSPITAL JOSÉ JOAQUIM FERNANDES, em Beja. Uma situação inconcebível numa região tão carenciada de vagas hospitalares e com uma população tão envelhecida. PB
Há 50 anos Bruxas, “espíritos”, crendices e aldrabices
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a primavera de 1963, o jornalista José Moedas começou a assinar regularmente no “Diário do Alentejo” uma coluna intitulada “Imagens ao acaso”. Numa das edições de abril contava um caso de bruxarias e vigarices que teria ocorrido “em localidade do Norte do País”. Explicava, a abrir o artigo: “Apesar da época de civilização ‘ao mais alto nível’ em que vivemos, as ‘bruxas’, bruxedos, ‘espíritos’ e almas do outro mundo que se ‘entranham’ nas pessoas, instigandoas a legarem a outrem (esse outro é quase sempre o misterioso aventesma...) o pecúlio e outros bens materiais, continuam a constituir um sério problema – sobretudo para as autoridades apostadas em desfazer a crendice dos ingénuos e as espertezas dos autores das manigâncias (...).” Moedas narrava depois a estória, com nomes das protagonistas e outros pormenores: “Uma determinada mulher (de nome Lídia Amorim) pretendeu convencer dos seus dons de espírita uma vizinha viúva, de teres e haveres, fazendo-lhe crer, amiúde, que ouvia a voz do seu falecido marido, vinda do ‘Além’... E tanto fez e tanto disse que a pobre senhora (D. Adelaide de Jesus) se convenceu. Muitas vezes, em casa desta, a Lídia dizia ‘cair em transe’, ao mesmo tempo que fazia ouvir uma voz dizendo: ‘Dá tudo à Lídia, dá tudo à Lídia’. Era nada mais nada menos que o marido da espertalhona que, dentro do guarda-vestidos, pronunciava aquelas palavras, com voz cava. A viúva, ingénua, caiu na esparrela, fazendo seu herdeiro o casal Amorim. Todavia, após a morte da referida senhora (o que ocorreu em Novembro último), apareceu uma irmã desta para tomar conta dos bens deixados e, ao saber do sucedido, resolveu investigar. Depois de ter apurado alguns factos suspeitos, apresentou queixa á Polícia Judiciária que, assim que esclareceu a fraude, enviou o processo ao tribunal criminal. Entretanto, o que causa espanto é que casos destes não sirvam de lição a muito boa gentinha crédula. E, como a história, velha e revelha, do vigésimo premiado, há sempre quem vá ‘caindo’... Tão ridículo, tão triste, tão lamentável!” Ainda a propósito vigaristas – meio século depois, há hoje inúmeros exemplos deles –, o “Diário do Alentejo contava numa das suas habituais graças da tarde: “A dona de casa precisa de criados e apresenta-se-lhe um, a quem ela faz as seguintes perguntas: – Quanto tempo esteve na casa que deixou agora? – Dez anos, minha senhora. – Bom sinal! E que casa era? – A penitenciária!”. Carlos Lopes Pereira
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O Governo na nação, por andar tão completamente embrenhado em delapidar os contribuintes, esqueceu-se de responder à COREIA DO SUL sobre a proposta de criação na base Aérea de Beja de uma escola de aviões de combate. Um investimento que rondaria os 200 milhões de euros e que traria para a cidade cerca de 250 famílias. Mais uma vez, deixaram-nos a dormir na parada. PB
15 Diário do Alentejo 26 abril 2013
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Vejo com tristeza que o projeto do Alqueva está atrasado. Mas a força dos agricultores certamente fará com que o poder político, seja ele qual for, o defina como prioridade para a região. Os agricultores do Alentejo têm todas as condições para fazer uma agricultura mais competitiva. António Serrano, Revista Ovelha, abril de 2013
Cartas ao diretor um único preso político ou exilado. Em A Ovibeja que se baseia então a direita portuguesa Manuel Dias Horta Beja
Devagar, devagarinho. De bocadinho em bocadinho, aprendemos a gostar dela, derrubando balizas que limitam horizontes, rompendo caminhos de brumas que são caminhos de aventura e audácia. Um sonho em realidade se converteu o que era uma simples feira agrícola é agora a Ovibeja, um novo conceito de feira, uma marca – entretenimento, negócios, cultura, exposições, novidades, colóquios, concursos apresentação de novas tecnologias, etc. Aqui tudo se pensa e planeia: tem a feira a sua realização em abril, quando os campos estão em plena exuberância de beleza e colorido e vastos lençóis matizados se estendem na planície imensa. A cidade e os espaços têm agora novas coordenadas, o visitante pode deliciar-se com a beleza oculta que a vetusta Pax Julia tem, ou subir até às ameias do castelo, onde pousam águias-reais e se perdem de vista as lonjuras que o circundam. Durante a feira andam no ar poesia, cor e alegria. Até a melancolia se recolhe nestes dias. Vozes arrastadas, nostálgicas, de homens e mulheres que num concurso de corais se exibem. Noite dentro rostos avermelhados, alguns derreados, cansados, sombras bizarras – é o clímax da Ovibeja. É tão lindo o Alentejo, é grandiosa a Ovibeja.
El comandante: revolucionário amigo do seu povo José Fernando Batista Aljustrel
Um mês após a sua morte o povo da Venezuela homenageou Hugo Chavez, o homem leal, lutador e amigo da sua pátria. Amigo de Portugal, Chavez abriu algumas portas às empresas portuguesas que lá quisessem trabalhar, mas a direita sente-se incomodada que este tenha sido um “ditador” e um antiamericano – que no fundo era apenas retórico. O “ditador” Chavez eleito e reeleito em eleições que ninguém no mundo contestou, fez um referendo para poder prolongar os mandatos presidenciais, perdeu-o e acatou os resultados; perdeu eleições estaduais que são governadas pela oposição, e que se saiba, não há
e outras? No facto de Chavez ter controlado parte da atividade económica e alguma comunicação social; como se isso não acontecesse noutros países. Hugo Chavez cometeu erros - todos os políticos os cometem – mas deixou coisas que são concretas e que para o seu povo fizeram toda a diferença: milhares de pessoas saíram da miséria, a mortalidade infantil caiu a pique, a alfabetização cresceu, etc.etc.etc Não se atrevam os governos a perguntar a cada povo europeu se preferiam ser governados pelos atuais políticos desses países, democratas com políticas de verdadeiros ditadores, onde tudo subitamente foi por água abaixo: os empregos, as casas, as reformas, o presente e o futuro, ou pelo contrário, queriam um clone de Hugo Chavez… Hasta siempre Comandante!
O papel dos avós nas famílias dos nossos tempos Sérgio Pardal Campo Maior
A posição social dos avós dentro da família é determinado por uma série de preceitos, princípios e obrigações que estabelecem o seu comportamento em relação aos outros membros que constituem o agregado familiar. O papel executado pelos idosos nem sempre foi o mesmo, ao longo dos tempos as funções atribuídas aos avós mudaram, com a evolução da família, passou-se de um grupo elevado de pessoas que coabitavam no mesmo espaço, parentes de diversas gerações com normas e deveres definidas pelos seus membros, o casamento e o estabelecer de uma vida autónoma, não os isentava de compromissos para com os seus pais na velhice. A partir dos anos sessenta verificou-se uma mudança profunda na estrutura familiar, para uma família nuclear composta apenas pelos pais e pelos filhos, devido a diversos fatores demográficos e socioeconómicos entre os quais: a emancipação da mulher e o emprego fora de casa, o aumento dos divórcios e dos nascimentos fora do casamento, a diminuição do número de filhos por mulher e aceitação pela sociedade das uniões de facto deixando ao estado e às instituições que apoiam o idoso o dever de solidariedade e apoio na doença que antes eram dados pelos seus familiares.
As funções dos avós dentro da família foram-se também alterando para acompanhar as mudanças ocorridas na sociedade, tendo os idosos, quando em bom estado de saúde, uma influência cada vez maior dentro do agregado familiar, pelo apoio económico disponibilizado às novas famílias e pela ajuda concedida à educação dos netos, os avós ocupam com frequência o lugar dos pais, a totalidade do tempo ou por ausência dos progenitores, em famílias disfuncionais, na ocorrência de acontecimentos trágicos ou perda de um dos progenitores, quando existem netos nascidos de mães adolescentes, em casos de incapacidade psicológica dos pais para educarem as crianças, doença ou insuficiência física, problemas de toxicodependência e em situações de divórcio. Neste contexto o papel dos avós pode contribuir para a estabilidade das famílias do nosso tempo, ao contribuírem para a divulgação da herança familiar aos netos e na formação da sua personalidade, ao permitirem com a sua experiência e apoio emocional a aprendizagem às gerações mais jovens de valores éticos, morais e cívicos que serviram de base à socialização das gerações anteriores, condições fundamentais para uma melhor autoestima e um crescimento equilibrado dos netos. Os avós têm ainda a capacidade de estimular os netos para a vida, pelo muito tempo ao seu dispor para ouvir, brincar, contar historias de outros tempos, participar em jogos e possibilitar às crianças momentos de alegria, permitindo a estes melhorar o seu bem estar subjetivo e as suas competências relacionais, pelo convívio com gerações diferentes, desenvolvendo-se entre os avós e os netos fortes laços de amizade e afeto, condições essenciais para a transmissão de sentimentos como o amor, entre as gerações e de pertença a uma família.
Extinção de freguesias Diamantino António Funcheira
Este Governo degenerou, passou a ser um grande fascista, só serve para castigar os mais desfavorecidos. Como é que este governo, com falta de mentalidade, vai dizer às pessoas de uma certa idade avançada para se deslocarem a mais de uma dezena de quilómetros para as outras freguesias mais distantes desta. Este governo, com esta atuação criada, está a fazer uma guerra contra as pessoas. Os que sofrem são os que menos têm.
Polo de Beja abrange toda a região sul do País
Diário do Alentejo 26 abril 2013
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O polo de Beja da Associação Portuguesa de Crianças Sobredotadas foi criado em maio de 2011 e é um dos dois polos da referida associação, que tem sede no Porto – o outro funciona em Lisboa. Para além do trabalho desenvolvido com as crianças do Agrupamento de Escolas nº.1 de Beja, o polo leva a cabo, ao longo do ano, com os pais e professores, algumas reuniões para informação/ /formação e apoio. Disponibiliza ainda acompanhamento a
outras crianças com capacidades de aprendizagem excecionais e aos seus familiares, abrangendo toda a região sul do País. “A criança mais nova que nos chegou à sede do polo tem quatro anos e lê fluentemente. Parece inacreditável. Atualmente frequenta o infantário de Ervidel”, revela Ana Maria Rosa. A coordenadora espera conseguir, em breve, alargar o projeto “Desenvolver capacidades, potenciar talentos” aos outros dois agrupamentos de Beja.
Reportagem
21 crianças de Beja identificadas com “características excecionais de aprendizagem”
Acima da média O polo de Beja da Associação Portuguesa de Crianças Sobredotadas
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omeçou a falar muito cedo. A mãe não sabe precisar quando, só se lembra que o filho “não disse palavras, disse logo frases”. Aos quatro anos de idade lia fluentemente. João (nome fictício), com 10 anos feitos em janeiro e com um talento especial para as artes – um dia quer ser artista –, é uma das 21 crianças “com características excecionais de aprendizagem” identificadas até ao momento pelo polo de Beja da Associação Portuguesa de Crianças Sobredotadas (APCS), no âmbito do projeto piloto “Desenvolver capacidades, potenciar talentos”, implementado numa primeira fase nas turmas do 1.º ciclo do ensino básico do Agrupamento de Escolas n.º 1 de Beja – Santa Maria. Os alunos foram selecionados “após a análise dos dados recolhidos junto dos docentes titulares de turma, através de um guia de observação em sala de aula”. A quase totalidade das crianças identificadas em meados de 2011 frequenta, desde janeiro do ano passado, o programa de atividades de enriquecimento “Sábados diferentes” (ver caixa), que integra ainda alunos já identificados com características de sobredotação, oriundos de outros agrupamentos de Beja, e ainda uma menina de Santiago do Cacém, “também sobredotada”. Ana Maria Rosa, psicóloga e professora especializada em Educação Especial e uma das coordenadoras do polo, a par com José Espírito Santo (da Escola Superior de Educação de Beja, onde funciona a sede do polo), explica que o projeto “Desenvolver capacidades, potenciar talentos” não tem “como finalidade primeira rotular”, mas sim fazer o acompanhamento, “pelo menos durante três anos”, das crianças identificadas “com características excecionais de aprendizagem”. “Ainda não sabemos se serão todas sobredotadas, estão em processo de avaliação”, adianta a grande impulsionadora do polo, esclarecendo que um sobredotado “apresenta características acima da média, em algumas áreas [cognitiva, criativa, socioemocional, psicomotora e de liderança], uma elevada motivação e um elevado interesse pela(s) tarefa(s) relacionada(s) com a(s) sua(s) área(s) de interesse”. Significando isto que, contrariamente ao que se pensa, adianta a coordenadora, “um sobredotado pode evidenciar altas qualidades apenas numa área”: “Ser acima da média em todas as áreas é um preconceito que ainda existe”, assim como a ideia de que “pelo facto de terem capacidades acima da média não precisam de apoio”. Um aluno com capacidades acima da média necessita de atividades “que lhe possibilitem uma intervenção educativa bem sucedida; condições para a expressão e desenvolvimento de capacidades excecionais; e resolução de eventuais situações-problema”. Segundo a APCS,
identificou até ao momento, no âmbito do projeto piloto “Desenvolver capacidades, potenciar talentos”, 21 crianças “com características excecionais de aprendizagem”. A quase totalidade das crianças identificadas frequenta, desde janeiro de 2012, o programa de atividades de enriquecimento “Sábados diferentes”, que integra ainda alunos já identificados com características de sobredotação, oriundos de outros agrupamentos de Beja. Texto Nélia Pedrosa Ilustração Paulo Monteiro Foto José Ferrolho
“estima-se que três a cinco por cento das crianças e adolescentes que frequentam as escolas são sobredotados. A maioria está por identificar”. O acompanhamento das crianças identificadas pelo polo de Beja está a ser feito tendo por base o método de estudo da pedagoga brasileira Zenita Guenther – que colabora há muito com a APCS –, um método “naturalista”, “pela observação contínua em diversas situações”, que, apesar de se traduzir “num processo mais longo, visto que tem um carater longitudinal”, pode apresentar vantagens, na medida em que “o risco de erro em termos de precocidade, caso no final do processo se conclua pela sobredotação da criança, é menor ou nulo”, refere Ana Maria Rosa. Será ainda feita “uma avaliação psicopedagógica”, tendo em conta “os vários contextos em que a criança se insere”. “É indiferente para as escolas que as crianças sejam diferentes” Quando a professora do João su-
geriu, há cerca de ano e meio, que ele integrasse os “Sábados diferentes”, porque evidenciava altas capacidades de aprendizagem, a mãe não ficou surpreendida. “Como tenho um filho mais velho e sobrinhos conseguia ver a diferença, e tanto eu como a família sempre notámos que o João tinha capacidades acima da média”, diz, adiantando que se adaptou à situação, tentando sempre acompanhar o filho. O seu grande receio era que quando João entrasse para o 1.º ciclo, “sabendo ele já ler corretamente”, surgissem “barreiras”. “O João já sabia ler, mas não sabia escrever, porque eu fiz questão que não aprendesse mais, porque sabia que quando chegasse à escola primária ia regredir, e regrediu um bocado, porque não foi devidamente encaminhado e ainda não o é. Eu sei que há psicólogos nas escolas, mas nunca ninguém ‘estudou’ o João e viu se realmente ele era diferente ou não. E toda a gente sabe das suas capacidades. Uma professora dizia até que ele era um pequeno geniozinho, mas também nunca fez nada. É indiferente para as escolas e para os professores que as crianças sejam diferentes, o que é muito triste”, lamenta, revelando que por vezes o filho chega a casa a queixar-se com dores de cabeça, “porque as aulas foram muito aborrecidas”. A mãe de João considera assim que “todas as escolas deviam ter uma turma onde fossem reunidas as crianças com capacidades acima da média, porque as turmas têm crianças de todos os níveis”: “Os miúdos que não aprenderam no segundo e no terceiro anos continuam com os outros no quarto, e a professora tem que estar a ensinar a anterior, quando o João já devia estar à frente, ou seja, o que é que o João está a fazer na sala de aula? Dá muito trabalho aos professores dedicarem-se a um aluno com capacidades acima da média, e este ano as turmas estão muito maiores. Um professor não consegue responder às necessidades dos alunos todos,
“Sábados diferentes”
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quanto mais de um que é especial. Gostava de saber onde estão os psicólogos das escolas, qual é o seu trabalho específico. É só para as crianças que têm conflitos?”, questiona-se. Nos primeiros tempos, revela, João sentia-se frustrado. Agora “já se acomodou”: “O João é uma criança muito pacífica, faz o seu trabalho e cala-se”. Ao contrário do que aconteceu com João, os pais de Pedro (nome fictício) – outro dos meninos identificados pelo polo de Beja da APCS – só se aperceberam das suas capacidades acima da média quando entrou no 1.º ciclo. “Pouco ou nada estuda e a atenção só na sala de aula faz com que tire boas notas, foi sempre assim desde que entrou na escola. Aos seis, sete anos também começou a mexer em telemóveis e computadores com bastante facilidade”, diz o pai. Atualmente, com 11 anos, frequenta o 5.º ano numa turma onde “a média de notas, por aluno, anda nos 86,5 por cento”, adianta o progenitor. “Acho que todas as escolas podiam fazer isto, juntar os alunos com capacidades acima da média, para que não houvesse tanta diferença entre eles. Agora a turma do Pedro é mais equilibrada, embora barulhenta, porque não deixam de ser crianças”. Apesar de estar satisfeito com a medida tomada pela escola, o pai de Pedro garante que nunca houve qualquer problema com o filho ao longo de todo o 1.º ciclo, realizado num outro agrupamento escolar da cidade: “A professora sempre me disse que o Pedro era muito atencioso e trabalhador e que até ajudava os colegas a fazerem isto e aquilo”. PUB
Os riscos da desmotivação A psicóloga Ana
Maria Rosa não é apologista “da separação das crianças”. “Há vários estudos e opiniões; a minha, baseada também em conhecimento e em estudos que tenho elaborado, é de que não deve haver segregação. Acho que devem conviver com todas as crianças da sua idade, mas concordo que de vez em quando, como nós fazemos nos ‘Sábados diferentes’, se reúnam crianças que tenham características e interesses semelhantes”, justifica. A coordenadora defende sim que essas crianças devem ter “um atendimento personalizado, uma pedagogia diversificada” na escola – embora inseridas em turmas com outros meninos –, que permita dar uma resposta adequada às suas necessidades, uma vez que se tal não acontecer, existe o risco de começarem a “desinteressarem-se” – segundo a legislação existente, adianta a psicóloga, “deve haver um plano educacional para as crianças que são identificadas como sobredotadas”. “Está provado a nível científico que há genes responsáveis pela sobredotação, no entanto, se não houver as condições necessárias para a motivação, para o desenvolvimento dessas capacidades, o cérebro para. Os sobredotados geralmente têm um desenvolvimento acelerado do cérebro em relação às outras crianças, portanto desenvolvem mais rapidamente a capacidade cognitiva e se não forem atendidas atempadamente as suas capacidades podem estagnar. E isso pode ser um risco. Parece que não há de ser mesmo assim,
mas há provas dessas na sociedade, muitas vezes vão-se perdendo se não forem agarrados a tempo. Se não lhes dermos oportunidade para se mostrarem na sua área de interesse acabam por se desligar da escola, e muitas vezes podem enveredar por maus caminhos, podem ter problemas de insucesso escolar”. O grande problema, salienta Ana Maria Rosa, reside na quase inexistente formação, de um modo geral, sobre a área e na tal ideia errónea de que “por serem crianças com capacidades acima da média não precisam de ajuda”. Na sua tese de mestrado subordinada ao tema “Conhecimentos e perceção dos professores na área da sobredotação”, a coordenadora do polo conclui que “há grande falta de formação dos professores nesta área; que ao nível da formação inicial dos professores, nas escolas superiores de educação e nas universidades, pouco ou nada se fala disso; e que formação contínua na área também há muito pouca ou nenhuma”. E os pais de crianças sobredotadas como se devem relacionar com elas? “Os pais devem tentar sempre responder às questões que elas colocam, que às vezes são questões morais, filosóficas, que têm a ver com a ciência. Se os pais não conseguirem têm de procurar em livros, na Internet ou a ajuda de quem saiba. Não se deve ignorar, porque eles precisam sempre de uma resposta. E também não se podem esquecer que, apesar de tudo, são crianças – não são adultos em miniatura –, pelo que devem ser tratadas como tal”, conclui a psicóloga.
programa “Sábados diferentes” arrancou em fevereiro do ano passado, numa parceria entre o polo de Beja da APCS e o Agrupamento de Escolas n.º1 de Beja. O programa desenvolve-se, em regra, aos sábados, em diversos locais da cidade – Centro Escolar de Santa Maria, Casa da Cultura, Museu Regional de Beja e Museu Jorge Vieira, entre outros – e dirige-se a crianças e jovens dos seis aos 14 anos que, “organizados em grupos, frequentam as atividades que vão sendo oferecidas pelos colaboradores do polo em regime de voluntariado e nos diversos domínios do saber, podendo alternar por períodos de tempo variáveis”, explica Ana Maria Rosa. Os “Sábados diferentes”, que também são desenvolvidos com o apoio da psicóloga Raquel Guerreiro, têm como objetivos “permitir a realização dos potenciais das crianças e jovens; corresponder à sua avidez de saber; oferecer ‘espaço’ para o desenvolvimento da sua criatividade; enriquecer competências motoras; favorecer a interação social com pares em características; e favorecer o desenvolvimento da sua maturidade emocional, permitindo um ‘crescimento equilibrado’”. Através do programa são “proporcionados espaços de comunicação e expressão, coordenação e controlo corporal, de imaginação e criatividade, de expressão verbal e plástica, de comunicação e interação social, de construção e aceitação de regras, de trabalho em grupo e cooperativo, de desenvolvimento da autoestima e autoconfiança, de questionamento e resposta”. O polo contou até ao momento, para a realização das atividades, com a colaboração dos voluntários Carlos Rocha, Maria Santos, Mariana Paizano, Ana Carocinho, Luz Barriga, Gisela Cañamero, Vanessa Plantier, Maria João Manzaca, Tânia Matias, mestre “Isaclino” e Horácio Sanina. Mas mais voluntários/colaboradores são bem-vindos, refere a coordenadora do polo. NP
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Desporto Silva (Sporting) venceu em Odemira O atleta Carlos Silva (Sporting) ganhou o 33.º Circuito de Atletismo Vila de Odemira, averbando a sua terceira vitória consecutiva naquela prova, com a distância de 7 200 m, que o atleta cumpriu em 23.10’. Nos lugares imediatos classificaram-se João Figueiredo (CN Alvito) a 12s e João Cruz (BAC) a 18s. No setor feminino triunfo natural da atleta odemirense Ana Catarina Dias, com o registo de 15.56’ para os 4 200 m. A prova, organizada pelo NDC Odemira, contou com 230 atletas a competir nas diversas categorias.
BTT em Olhas O Centro Recreativo e Convívio de Olhas (Ferreira do Alentejo), organiza na manhã do próximo domingo um evento desportivo denominado Passeio BTT de Olhas, que compreenderá as vertentes de meia maratona (30 quilómetros) e a maratona (50 quilómetros), ambas com partida marcada para as 9 horas.
Patinagem artística em Castro Verde O Campeonato Regional de Patinagem Artística, organizado pela Associação de Patinagem do Alentejo, disputa-se no próximo fim de semana no Pavilhão Municipal de Castro Verde e reúne patinadores do Alentejo e do Algarve. A cerimónia de abertura é às 14 horas de sábado. PUB
Almodôvar campeão, Amarelejense e Desportivo descem
Habemos campeão... N a pen úl t im a jor nada do “Distritalão” o Almodôvar foi confirmado como campeão distrital da temporada 2012/2013. Um momento histórico para o clube. Texto e foto Firmino Paixão
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á muitas jornadas que este último capítulo do Distrital de Beja estava escrito, mas o rigor da matemática não aconselhava a sua publicação antecipada. A prova só terminará no próximo domingo, mas a vantagem de quatro pontos dos almodovarenses, confirmada com uma goleada em Beja, onde deram uma vantagem de dois golos ao Desportivo, chegou para envergarem as t-shirts alusivas ao título. Nos outros lugares do pódio estão o Serpa (ganhou facilmente ao Cabeça Gorda) e o Milfontes
(goleou o Guadiana), assim mesmo ou com inversão de lugares que a última jornada venha a determinar, foram dignos opositores, num campeonato competitivo, como há muito não se via. Com o título entregue e definidas as despromoções – Amarelejense e Desportivo de Beja –, no domingo cumpre-se calendário, numa jornada que terá como atração o dérbi entre o Piense e o Serpa, ao mesmo tempo que o Almodôvar comemora em casa com a receção ao Amarelejense e o Milfontes estará na Cabeça Gorda para tentar chegar ao segundo lugar. O Odemirense, que fraquejou na ponta final da prova, joga em casa com o Desportivo, o Aldenovense visita o Cuba e o Rosairense estará em Mértola. A ronda fecha com o Bairro da Conceição-São Marcos, equipas que, com o Guadiana, tiveram o mérito de sobreviver ao espectro da despromoção.
1.ª Divisão – AF Beja 25.ª jornada São Marcos-Odemirense ........................... 0-0 Rosairense-Bairro da Conceição .............. 0-0 Praia Milfontes-Guadiana...........................7-1 Serpa-Cabeça Gorda .................................. 3-0 Aldenovense-Piense....................................1-1 Amarelejense-Sp. Cuba...............................2-1 Desp. Beja-Almodôvar ............................... 2-8 J
Almodôvar 25 Serpa 25 Praia Milfontes 25 Odemirense 25 Piense 25 Aldenovense 25 Rosairense 25 Sp. Cuba 25 Cabeça Gorda 25 Bairro da Conceição25 São Marcos 25 Guadiana 25 Desp. Beja 25 Amarelejense 25
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5 7 4 7 7 8 9 6 7 7 6 1 8 2
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65-29 56-24 57-22 41-24 42-24 46-32 32-31 29-26 40-41 21-42 20-54 23-57 23-49 22-62
59 55 55 49 43 38 33 33 28 22 21 19 14 14
Próxima jornada (28/4/2013): Bairro da Conceição -São Marcos, Guadiana-Rosairense, Cabeça Gorda-Praia Milfontes, Piense-Serpa, Sp. Cuba-Aldenovense, Almodôvar-Amarelejense, Odemirense -Desportivo de Beja.
Moura cedeu pontos e dérbi de Aljustrel acabou sem golos
O estigma dos empates O Moura voltou a ceder pontos no seu próprio terreno mas, uma vez mais, beneficiou de resultados alheios para conservar o segundo lugar da classificação. Mas, assim, as contas ficam cada vez mais difíceis. Texto Firmino Paixão
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ezam os compêndios da bola que a rota para o sucesso de uma equipa passa por ganhar todos os jogos em casa e conquistar maior número de pontos no recinto do adversário. Mas o futebol não é uma ciência exata. Por isso, o Moura vai esbanjando pontos em casa, cedendo espaço aos seus perseguidores e complicando o percurso, que ainda se adivinha de provável subida de divisão, mas que já podia estar conforta-
velmente assegurado. O empate caseiro com o Lagos, depois da derrota com o Montemor e do empate em Vidigueira, ilustram o percurso complicado da equipa que no domingo se desloca ao terreno do Juventude de Évora, seu concorrente na luta pelo segundo lugar, uma vez que o primeiro está cada vez mais consolidado pelo Montemor que, na última ronda, goleou o Vasco da Gama de Vidigueira. Na mini prova entre despromovidos, o dérbi entre o Aljustrelense e o Castrense terminou sem golos e manteve as duas equipas empatadas com os mesmos pontos na liderança da prova. No domingo o Castrense joga em casa com o Lagoa e o Mineiro desloca-se a Monte Trigo, jogos em que acreditamos que ambos venham a pontuar.
3.ª Divisão – Série F – Descida 4.ª jornada Sesimbra-Monte Trigo ..........................................0-2 Aljustrelense-Castrense ...................................... 0-0 GD Lagoa-Lusitano VRSA .................................... 3-0 Castrense Aljustrelense Sesimbra Monte Trigo GD Lagoa Lusitano VRSA
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Próxima jornada (28/4/2013): Monte Trigo-Aljustrelense, Castrense-GD Lagoa, Lusitano VRSA-Sesimbra.
3.ª Divisão – Série F – Subida 4.ª jornada Moura-Esp. Lagos ..................................................1-1 U. Montemor-Vasco da Gama ............................ 5-0 At. Reguengos-Juventude Évora........................2-2 U. Montemor Moura Esp. Lagos Juventude Évora At. Reguengos Vasco da Gama
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Próxima jornada (28/4/2013): Esp. Lagos-U. Montemor, Vasco da Gama-At. Reguengos, Juventude Évora-Moura.
Distrital de Iniciados
Odemirense campeão
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Odemirense conquistou o título de campeão distrital de iniciados duas jornadas antes da prova se concluir. A equipa do litoral chegou ao cimo da tabela após a vitória (5-0) no terreno do Despertar, e ainda terá que jogar no domingo, em
casa, com o Bairro da Conceição. O Moura, segundo classificado, já concluiu o campeonato, face ao número ímpar de equipas. Futebol de Rua em Beja A segunda jornada do Campeonato Distrital de Beja
de Futebol de Rua disputa-se na tarde de amanhã, no polidesportivo do Jardim Público de Beja. O primeiro jogo entre o Bairro da Esperança e a Casa Pia está previsto para as 14 e 30 horas. O segundo, que opõe o Bairro do Texas a Santiago Maior, será às 14 e 50 horas.
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Hoje palpito eu... António Afonso Marques
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uma figura do desporto alentejano, indubitavelmente, ligada ao Futebol Clube Castrense. Não só por ter nascido naquela bonita e florescente vila do Campo Branco, mas por ter iniciado a carreira de futebolista no clube e, também, pelas sucessivas épocas em que foi o seu timoneiro, conduzindo o emblema de Castro Verde a grandes jornadas desportivas. Enquanto jogador, para além do Castrense, vestiu ainda a camisola do vizinho Mineiro Aljustrelense. E foi com naturalidade que abraçou a carreira de treinador, percurso que encetou nas camadas jovens do Castrense. A evolução para o futebol sénior deu-se através do Ourique Desportos Clube, porta de entrada de uma prestigiada carreira que o levou quase aos quatro cantos do Alentejo. De Ourique regressou a Castro Verde, onde permaneceu várias temporadas, mas a sua singular visão do futebol e o prestígio que sucessivamente lhe foi sendo creditado, tornou-o merecedor de convites de clubes do litoral alentejano como o União Sport Clube, de Santiago do Cacém, e do Vasco da Gama de Sines. Antes de se retirar do futebol, o “Toy Marques”, nome por que era conhecido nos meios desportivos, ainda treinou o Clube Desportivo de Beja. Hoje, com 52 anos, sem atividade regular, mantém-se um observador atento do futebol regional e aceitou prognosticar os desfechos da penúltima jornada do Distrital de Beja.
(1) BAIRRO DA CONCEIÇÃO/SÃO MARCOS Jogo descontraído entre duas equipas que asseguraram a manutenção e que já pensam no próximo Distritalão. O fator casa será determinante. (2) GUADIANA/ROSAIRENSE O passado recente e a preparação da final da Taça conduzirá a equipa do Rosário a mais um jogo bem sucedido. (2) CABEÇA GORDA/MILFONTES Os homens do litoral tem apresentado resultados consistentes e ainda têm em jogo a possibilidade de concluírem a prova no segundo lugar. (X) PIENSE/SERPA São duas equipas que se equivalem. Fator casa será elemento de equilíbrio, perante um Serpa motivado pelo segundo lugar do campeonato. (X) SPORTING DE CUBA/ALDENOVENSE A história e as estatísticas não se complementam, mas ajudam a compreender o futebol. Um jogo para empate. (1) ALMODÔVAR/AMARELEJENSE O Almodôvar quer terminar em glória a sua época de sonho, festejando com os seus adeptos a conquista do campeonato. (1) ODEMIRENSE/DESPORTIVO DE BEJA Numa partida para cumprir calendário, a vitória penderá para a equipa mais apetrechada e que acabou por realizar uma boa temporada.
Supertaça é também um objetivo dos novos campeões
Um Almodôvar histórico... O Clube Desportivo de Almodôvar, fundado em 24 de abril de 1981, conquistou um Campeonato Distrital da 1.ª Divisão da AF Beja pela primeira vez no seu historial. Texto e foto Firmino Paixão
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ma época de sucesso, cujos contornos históricos não se esgotam no título conquistado, porque associado a esta bem sucedida cruzada está, também, a inédita participação, na próxima temporada, no novo Campeonato Nacional de Seniores, equivalente à atual 2.ª Divisão Nacional. David Guerreiro, técnico que conduziu o Almodôvar a este momento de glória, teve sempre um discurso cauteloso, e na hora da confirmação revelou: “Fomos uma equipa que andou sempre a trabalhar por fora, nunca assumimos nada, o que conquistámos foi através do nosso esforço, porque nos pusemos num nível superior ao que se esperava de nós e o título é inteiramente merecido”. E sintetizou: “Somos a equipa mais regular, somos a equipa mais jovem e a mais disciplinada, depois, também o nosso futebol é bonito e quando é assim ficam reunidas as condições para ser campeão”. O percurso foi difícil porque o campeonato revelou-se competitivo, anuiu. “Isso só nos dá mais mérito, foi um campeonato muito difícil, muito longo, cheio de equipas com muita qualidade, mas como as contas se fazem no fim e nós fomos a melhor equipa, é por isso que somos campeões”. A expectativa ia crescendo, lembrou o treinador: “No início, se me dissessem que ia ser campeão, imaginaria que seria um pouco difícil, mas à medida que a equipa foi crescendo e PUB
apresentando o futebol de qualidade, os resultados foram aparecendo. Então, começámos a acreditar e, quando nós próprios acreditamos, ninguém nos pode mover desse pensamento. No futebol ganha quem tem ambição, quem está mais unido e nós, este ano, construímos aqui uma grande família. A direção, os jogadores e os nossos adeptos, todos têm muito mérito e merecem este sucesso”. Sem muitos notáveis no plantel, a equipa almodovarense revelou-se pela forma personalizada e coesa como encarou a temporada e David Guerreiro lembrou: “Os nomes nunca jogam à bola nem ganham jogos, quem ganha é quem quer trabalhar. Ter uma equipa cheia de nomes muito conhecidos não quer dizer nada. Prefiro ter uma equipa que seja humilde, que saiba o que custa treinar à chuva e ao frio, esses é que têm mérito e são eles que estão de parabéns”. No próximo domingo, no seu terreno, o Almodôvar faz a festa com os seus adeptos enquanto recebe o Amarelejense. O técnico assumiu: “Vamos fazer a festa na nossa casa, com os nossos adeptos, aqueles que não puderam estar hoje em Beja, vamos concluir o campeonato e começar a pensar já na próxima competição que é a Supertaça, será mais uma final, um jogo para vencermos”. Agora só queremos festejar esta sensação de sermos campeões”. Quanto ao futuro, “ainda é muito cedo”, acautelou David Guerreiro. “Vamos acabar o campeonato e jogar a Supertaça, depois pensaremos no futuro e tomaremos decisões”. “Gostei muito deste ano de estreia em Almodôvar, com uma equipa criada de raiz, um grupo muito humilde”. Na próxima época vem então a estreia nesse, também estreante,
Campeonato Nacional de Seniores. “É um momento histórico para este clube, porque é o primeiro título que conquista, para mim também é histórico, porque, como treinador, também ainda não tinha nenhum título, mas agora vamos ver o que a direção do clube se propõe fazer e para o ano logo se verá”. Os novos horizontes do clube O presidente do
Clube Desportivo de Almodôvar, Fernando Palma, também não escondeu o orgulho pela conquista do título e lembrou: “No início partimos com a expectativa de fazermos uma época muito positiva, uma boa campanha e obtermos uma boa classificação, sem que nos passasse pela ideia sermos campeões”. O dirigente assegurou ter dito ao treinador que “o objetivo era fazermos um campeonato digno, honroso, lutando pelos primeiros lugares”. Ainda assim, “jogo a jogo, os resultados foram aparecendo, ganhámos pontos em campos estratégicos e criámos alguma margem que nos permitiu chegar à penúltima jornada e sermos campeões”. Sobre a preparação do Almodôvar para os desafios da próxima temporada o presidente disse: “É sempre muito complicado, é um salto enorme, quase gigante, as estruturas ao nível deste distrito e Almodôvar não foge à regra, em certa medida, não dão resposta às exigências de uma segunda divisão, por isso, é mais um elemento num conjunto de fatores que vamos ter que avaliar, para vermos se estão reunidas as condições para cumprirmos o que conquistámos com este triunfo no campeonato”. “Mas estamos cá para isso, depois de tanto esforço e de todo este sucesso, não faria sentido atirarmos a toalha ao chão e desistirmos daquilo que o é o novo horizonte do clube”, concluiu.
Ponte de Lima venceu na Mina de São Domingos
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O Clube Náutico de Ponte Lima venceu a primeira prova do Campeonato Nacional de Esperanças em canoagem longa distância, disputado na Tapada da Mina de São Domingos, com a participação de 300 jovens atletas em representação de 27 clubes. O Clube Náutico de Milfontes, melhor equipa alentejana, classificou-se em 10.º lugar e o Clube Náutico de Mértola em 17.º.
Pagaia Sul brilha no Kayak Polo A Associação Pagaia Sul, de Beja, classificou-se em segundo lugar entre as 15 equipas que disputaram a segunda etapa do Campeonato Nacional de kayak polo, disputada em Coimbra e ganha pelo Clube Náutico de Setúbal. A equipa setubalense lidera o campeonato com 40 pontos, seguida do Paço d’Arcos, com 38 e da Pagaia Sul com 37. A equipa da Associação Ferreira Ativa terminou no 6.º lugar da Série B (2.ª Divisão). No mês de maio realiza-se em Ferreira do Alentejo a Taça de Portugal de kayak polo.
Benfiquistas de Castro Verde querem juntar ao título a Taça e a Supertaça
Uma época à Benfica... Duas jornadas antes do termo do campeonato, a equipa feminina da Casa do Benfica de Castro Verde assegurou o título de campeã distrital. A Taça Distrito de Beja e a Supertaça são as novas metas da equipa.
Supertaça, com o Ourique e serão duas partidas difíceis. Os jogos com o Ourique foram os mais complicados que tivemos, é uma equipa que se bate muito bem e cujo potencial não está de acordo com a posição que ocupa na tabela. Tivemos sempre dificuldade em jogar com elas, mas acredito na minha equipa e vamos entrar em campo para ganhar, não é para vermos o que é que vai dar, é mesmo para ganharmos os dois jogos.
Texto e foto Firmino Paixão
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a tarde de amanhã, quando as benfiquistas de Castro Verde entrarem em campo para defrontarem o Ourique, naquela que será a última ronda no campeonato, já têm o estatuto de campeãs distritais, título conquistado há duas semanas. Será um jogo de ensaio para os próximos desafios, as conquistas da Taça Distrito e da Supertaça, em ambos os casos tendo também as ouriquenses como adversárias. O treinador Gonçalo Nunes iniciou este projeto há três temporadas, reuniu uma equipa muito jovem, mas muito qualificada, e no final da época anterior quando conquistou a Supertaça ao Mineiro Aljustrelense já deu sinais de um futuro promissor. Ana Capeta e Carolina Silva são duas jogadoras que se revelaram nesta equipas e que já atingiram as seleções nacionais, facto que o técnico valoriza mais do que a própria conquista do cetro distrital. PUB
Este projeto da Casa do Benfica de Castro Verde tem futuro? Castro Verde A Casa do Benfica conquistou o campeonato distrital de seniores femininos A Casa do Benfica foi indiscutivelmente a melhor equipa, conquistando este campeonato de uma forma muito natural?
Não gosto de lhe chamar a melhor, porque acho que tudo isto é o resultado do trabalho que se faz; o trabalho foi muito árduo, muito longo, muitas vezes, complicado, mas deu muitos frutos e mais do que a conquista do campeonato a minha maior alegria é ter miúdas com outro estatuto na seleção nacional. É muito bom para elas e é tudo o que eu podia sonhar. Mas reconhece que o plantel tem muita qualidade?
Felizmente que tem, apesar de nunca termos tido muitas atletas nos treinos,
por inerência das profissões e dos estudos, mas conseguimos sempre ter banco para rodar e pouparmos algumas das miúdas, quando elas acusavam maior esforço. E isso significa que o plantel é globalmente muito bom, como se viu em Serpa, onde fomos sem as atletas que estavam na seleção nacional e jogámos ao mesmo nível. A equipa ganhou prestígio e visibilidade com a chamada da Ana Capeta e da Carolina Silva à seleções nacionais?
Claro que sim, elas têm sido um bom exemplo e nós temos tido um afluxo enorme de meninas de 10 e 12 anos que querem começar a praticar
futebol e isso vem obviamente da divulgação que a nossa equipa tem tido. Esse é o nosso lucro de uma época, não os títulos, mas o reconhecimento de mostrarmos que nesta região também existem grandes valores, embora o trabalho ainda seja muito curto, porque tudo isto começou apenas há três anos. A Casa do Benfica é uma das finalistas da Taça Distrito de Beja, certamente com o pensamento na vitória?
Vamos lutar para ganhar a Taça Distrito de Beja, porque é algo que ainda não vencemos. Na época passada vencemos a Supertaça e, este ano, conquistámos o título distrital. Jogaremos a Taça, e também a
Espero que não se perca, mas é sempre uma incógnita, pois chegamos ao final de uma época e não sabemos como é que vai ficar a nossa Casa do Benfica em termos de órgãos sociais, porque existe uma situação pendente ao nível de eleições. A Câmara Municipal de Castro Verde tem-nos dado um forte apoio, sem o qual este projeto não teria sido viável. A junta de freguesia também nos tem dado uma grande ajuda, por isso, espero que a Casa do Benfica assegure a continuidade desta equipa porque, se não existirem soluções, teremos que meter mãos à obra e arranjarmos outro tipo de condições. Mas, depois de uma época tão boa e de três anos a sofrer para evoluirmos, temos que aproveitar o património que conseguimos.
institucional diversos Diário do Alentejo n.º 1618 de 26/04/2013 2.ª Publicação
Tribunal Judicial de Beja
21 Diário do Alentejo 26 abril 2013 Diário do Alentejo n.º 1618 de 26/04/2013 Única Publicação
Diário do Alentejo n.º 1618 de 26/04/2013 1.ª Publicação PEDRO BRANDÃO Agente de Execução C.P. 3877
1.° Juízo
ANÚNCIO Processo: 1159/12.0TBBJA Ação de Processo Ordinário Autor: Imoserpa Sociedade de Construções, Lda Réu: Mena & Garcia, Lda e outro(s)... N/Referência: 2545946 Data: 22-03-2013 Nos autos acima identificados, correm éditos de 30 dias, contados da data da segunda e última publicação deste anúncio, citando: Réu: Luiza Garcia Gamez, domicílio: Rua Luís de Camões, N° 49 - 6° Esq, Beja, 7800-000 Beja com última residência conhecida na(s) morada(s) indicada(s) para, no prazo de 30 dias, decorrido que seja o dos éditos, contestar, querendo, a ação, com a cominação de que a falta de contestação importa a confissão dos factos articulados pelo(s) autor(es) e que em substância o pedido consiste em ser declarada a nulidade do contrato de mútuo celebrado entre autora e réus; condenar-se os réus solidariamente a restituirem à autora a quantia de 139550,00€ e condenar-se os réus a pagar à autora juros de mora vencidos e vincendos contados a partir de 01.11.2007 até integral e efectivo pagamento tudo como melhor consta do duplicado da petição inicial que se encontra nesta Secretaria, à disposição do citando. O prazo acima indicado suspende-se, no entanto, nas férias judiciais. Fica advertido de que é obrigatória a constituição de mandatário judicial. O Juiz e Direito, Dr(a). Ana Faustino O Oficial de Justiça, Odete Sousa
Diário do Alentejo n.º 1618 de 26/04/2013 Única Publicação
ANÚNCIO Tribunal Judicial de Cuba - Secção Única Acção Executiva Processo n.° 91/09.9TBCUB Exequente: Banco BPI, S.A. Executados: Hugo Miguel Marques Chagas e outros FAZEM-SE SABER que nos autos acima identificados se encontra designado o dia 10 de Maio de 2013, pelas 15:00 horas, no Tribunal acima identificado, para abertura de propostas que sejam entregues até esse momento na Secretaria do mesmo, pelos interessados na compra do seguinte bem: Prédio urbano, propriedade total, descrito sob a inscrição 74/19850612, da freguesia de Vila de Frades, concelho de Vidigueira, com o artigo matricial n° 765, sito na Rua do Pinheiro, n.° 2 O bem pertence aos Executados: HUGO MIGUEL MARQUES CHAGAS, NIF: 215608798 e ISABEL MARIA SERAFIM PEREIRA, NIF: 198298579 VALOR BASE: 104.275,00 € Será aceite a proposta de melhor preço acima do valor de 72.992,50€, correspondente a 70% do Valor Base. Nos termos do artigo 897° n.° 1 do CPC, os proponentes devem juntar à sua proposta, como caução, cheque visado à ordem do agente de execução, no montante correspondente a 20% do valor base do bem, ou garantia bancária, no mesmo valor. É Fiel Depositário que o mostrará a pedido os executados Hugo Miguel Marques Chagas, residente na Rua José Gomes Ferreira, n.° 16 - 1° Esq., Bairro Santo André, em Beja e e Isabel Maria Serafim Pereira, residente na Rua do Pinheiro, n.° 2, Vila de Frades O Agente de Execução, Céd Prof. 3877 Pedro Brandão
MUNICÍPIO DE BEJA Divisão de Planeamento e Ordenamento
EDITAL VENDA DE UM LOTE DE TERRENO MUNICIPAL, PARA CONSTRUÇÃO DE EDIFICIO DESTINADO A COMÉRCIO JORGE PULIDO VALENTE, PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE BEJA. FAZ PÚBLICO, que de harmonia com a deliberação camarária de 20 de março de 2013, se procederá no próximo dia 8 de abril de 2013, com início às 17:00 horas no Salão Nobre dos Paços do Concelho, à alienação em hasta pública e em propriedade plena de 1 lote de terreno municipal para construção de edifício para comércio, situado no Plano de Pormenor de Ligação do Bairro do Pelame à Quinta D’El Rey , em Beja.
Diário do Alentejo n.º 1618 de 26/04/2013 Única Publicação
ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE SERPA
EDITAL SARA DE GUADALUPE ABRAÇOS ROMÃO, PRESIDENTE DA ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE SERPA: TORNA PÚBLICO: de acordo com o estipulado no n.º 3 do artigo 84º da Lei nº 169/99, de 18 de setembro, com a redacção dada pela Lei nº 5-A/2002, de 11 de janeiro e artigos 16º e 38º do Regimento da Assembleia Municipal de Serpa, que no próximo dia 30 de abril de 2013, pelas 18:00 Horas, na Sala de Sessões da Câmara Municipal realizar-se-á uma sessão ordinária deste Órgão Deliberativo, cuja ordem de trabalhos é a seguinte: 1. PERÍODO DE “ANTES DA ORDEM DO DIA” 1.1 Apreciação e votação da ata n.º 1/2013 1.2. Resumo do Expediente 1.3. Intervenção dos membros da Assembleia Municipal 2. PERÍODO DE “ORDEM DO DIA” 2.1. Relatório da Atividade Municipal (Artigos 53º e 68º da Lei n.° 169/99, de 18/09, com a redação da Lei nº 5-A/2002, de 11 de janeiro) – Relatório nº 2/2013 2.2. Conta de Gerência relativa ao ano financeiro de 2012 2.3. Processo de extinção da AMBAAL – Associação de Municípios do Baixo Alentejo e Alentejo Litoral 2.4. Regulamento de utilização das Eco-Hortas Comunitárias do concelho de Serpa 2.5. Proposta para renovação de contratos 2.6. Autorização prévia para repartição de encargos 3. PERÍODO DE “INTERVENÇÃO DO PÚBLICO” E, para constar, se publica o presente edital e outros de igual teor, que vão ser afixados nos locais públicos do costume. Serpa, 22 de abril de 2013. A Presidente da Assembleia Municipal Sara de Guadalupe Abraços Romão
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Tribunal Judicial de Beja 2.º Juízo
ANÚNCIO Processo: 344/13.1TBBJA Interdição / Inabilitação Requerente: Ministério Público Requerido: Joaquina Júlia Arsénio Faz-se saber que foi distribuída neste tribunal, a ação de Interdição/ Inabilitação em que é requerido Joaquina Júlia Arsénio, com residência em domicilio: Lar Fundação de São Barnabé - Terreirinho Peças, Beja, 7800-000 Beja, para efeito de ser decretada a sua interdição por anomalia psíquica. N/Referência: 2570180 Data: 17-04-2013 A Juiz de Direito, Drª Celine Alves O Oficial de Justiça, Maria Paula Reis
ADMITE-SE VENDEDORES Com contrato de trabalho. Oferece-se Base (500€) + subsídio de alimentação + Comissões + Prémios = +\- 1500€. Para várias zonas do Baixo Alentejo (Beja). Tel.962641997, ou elias.mendes@ext.cabovisao.pt
CENTRO SOCIAL CULTURAL E RECREATIVO DO BAIRRO DA ESPERANÇA
Convocatória Em conformidade com o Art°. 29 alinea b) dos Estatutos que regem o Centro Social Cultural e Recreativo do Bairro da Esperança, convoco a Assembleia Geral, para uma reunião a realizar no dia 30 de Abril (terça-feira), nas Instalações do Centro Comunitário, pelas 18:00 horas, com a seguinte: Ordem de Trabalhos Ponto um: Apresentação e aprovação do relatório de contas do ano 2012. Nota: Em face do Art. 31 nº 1, não estando na hora marcada o número legal de sócios, a Assembleia funcionará uma hora após com qualquer número de sócios presentes. Beja, 17 de Abril de 2013.
O Presidente da Mesa da Assembleia-geral António João Rodeia Machado
Diário do Alentejo n.º 1618 de 26/04/2013 Única Publicação
Lote C2
Área (m2)
Área Const.
Nº. Pisos
255,00
510,00
2
Norte Rua General Vasco Gonçalves
CONFRONTAÇÕES Sul Nascente Arruamento Espaço Projetado Público
Poente Arruamento Projetado
Base Licitação 15.000,00€
• Não são autorizados lances inferiores a 1000 €. • Os prazos de início de construção e de conclusão das edificações são de 2 e 4 anos respetivamente a contar da data da escritura. • As condições gerais de alienação de terrenos municipais, a planta topográfica dos lotes e demais elementos necessários para o correto esclarecimento dos interessados, poderão ser consultados durante as horas de expediente na Divisão de Planeamento e Ordenamento – Rua de Angola, nº.5 - Beja Para se constar se pública o presente Edital e outros de igual teor que vão ser afixados nos lugares de estilo e em pelo menos dois jornais. O Presidente da Câmara Municipal de Beja Jorge Pulido Valente
Tribunal Judicial de Beja 2.º Juízo
ANÚNCIO Processo: 1134/04.8TBBJA-B Habilitação de Herdeiros Requerente: Totta - Crédito Especializado - Instituição Financeira de Crédito,S A Habilitado: Maria Luísa Palma de Carvalho Portela Pessoa de Amorim e outro(a)... Nos autos acima identificados, correm éditos de 30 dias, contados da data da segunda e última publicação do anúncio, citando os herdeiros ou sucessF - 145262537, BI - 2004801, com última residência em Rua Costa Godolfim, N° 6, 1° Dto, 1000-014 Lisboa, para no prazo dos éditos virem aos autos acima identificados, em que são partes: Requerente: Totta - Créedito Especializado - Instituição Financeira de Credito SA, NIF - 502598042, Endereço: Rua da Mesquita, N° 6, Lisboa, 1070-238 Lisbóa Requerido: Maria Luísa Palma de Carvalho Portela Pessoa de Amorim, estado civil: Casado (regime: Separação geral de bens), NIF - 127938966, BI - 2169162, Cartão profissional - 6790L, Endereço: Rua Luciano Cordeiro, 109, 3º Andar, 1150-000 Lisboa. Requerido: António Pessoa de Amorim, estado civil: Casado (regime: Separação geral de bens), NIF - 112430341, BI - 631727, Cartão profissional - 7413L, Endereço: Rua Luciano Cordeiro, 109-3, 1150-214 Lisboa. Requerido: Nuno Palma de Carvalho Portela, estado civil: Solteiro, nascido(a) em 08-03-1958, nacional de Portugal, NIF - 145262510, BI 5030611, Cartão profissional - 6945L, Endereço: Rua Costa Godolfim, 6-1° Dto. Habilitante: Maria de Lurdes Gomes Palma de Carvalho Portela, NIF - 145262537, BI - 2004801, requerer a habilitação contra herdeiros desconhecidos, como sucessores da falecida, sob pena de não o fazendo, o processo prosseguir com o Ministério Público, tudo como melhor consta do duplicado da petição inicial que se encontra nesta Secretaria, à disposição do citando. N/Referência: 2553035 Data: 01-04-2013 A Juiz de Direito, Drª Estela Vieira O Oficial de Justiça Maria Paula Reis
DE: MESTRE E DIAS, LDA. | ALMOÇOS | JANTARES |PEIXE FRESCO |MARISCOS
SERVIÇOS
DE
CASAMENTO
E
BAPTIZADOS
TEL. 286 612 563 | TLM. 962 380 552 AV. AURELIANO MIRA FERNANDES (SÍTIO DO POÇO NOVO)
7750-320 MÉRTOLA
saúde
22 Diário do Alentejo 26 abril 2013
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Medicina dentária
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Psicologia
Dr.ª Heloisa Alves Proença Médica Dentista
Dr. Fernando H. Fernandes Dr. Armindo Miguel R. Gonçalves Horários das 8 às 18 horas; Acordo com beneficiários da Previdência/ARS; ADSE; SAMS; CGD; MIN. JUSTIÇA; GNR; ADM; PSP; Multicare; Advance Care; Médis FAZEM-SE DOMICÍLIOS Rua de Mértola, 86, 1º Rua Sousa Porto, 35-B Telefs. 284324157/ 284325175 Fax 284326470 7800 BEJA
Cardiologia
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RUI MIGUEL CONDUTO Cardiologista - Assistente de Cardiologia do Hospital SAMS CONSULTAS 5ªs feiras CARDIOLUXOR Clínica Cardiológica Av. República, 101, 2ºA-C-D Edifício Luxor, 1050-190 Lisboa Tel. 217993338 www.cardioluxor.com Sábados R. Heróis de Dadrá, nº 5 Telef. 284/327175 – BEJA MARCAÇÕES das 17 às 19.30 horas pelo tel. 284322973 ou tm. 914874486
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Técnica de Prótese Dentária Vários Acordos
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Centro de Fisioterapia S. João Batista
Rua General Morais Sarmento. nº 18, r/chão Telef. 284326841 7800-064 BEJA
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DR. JOSÉ BELARMINO Clínica Geral e Medicina Familiar (Fac. C.M. Lisboa) Implantologia Oral e Prótese sobre Implantes (Universidade de San Pablo-Céu, Madrid)
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Drª M. Carmo Gonçalves
Tratamentos de Fisioterapia Classes de Mobilidade Classes para Incontinência
Reeducação do Pavimento
meio aquático
Psiquiatria
Acordos com A.D.S.E., CGD,
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Multicare, Allianze,
PARADELA OLIVEIRA
Seguros/Acidentes
Psiquiatra no Hospital
Medis, Advance Care,
de trabalho, A.D.M., S.A.M.S.
de Beja
Marcações pelo 284322446;
Consultas às 6ªs feiras a partir das 8:30 horas na Policlínica de S. Paulo Rua Cidade S. Paulo, 29 Marcações pelo tel. 284328023 BEJA
Fax 284326341
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R. 25 de Abril, 11 cave esq. – 7800 BEJA
Cirurgia Maxilo-facial
Obstetrícia, Ginecologia, Ecografia
DR. MAURO FREITAS VALE
CONSULTAS 2ªs, 3ªs e 5ªs feiras
Prótese/Ortodontia
284323028
Rua Zeca Afonso, nº 16 F Tel. 284325833
25r/c dtº Beja
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Medicina dentária
Terapeuta da Fala VERA LÚCIA BAIÃO
Luís Payne Pereira Médico Dentista
Consultas em Beja CLINIBEJA – 2.ª a 6.ª feira Rua António Sardinha, 25, r/c esq.
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Consultas em Beja Clínica do Jardim Praça Diogo Fernandes, nº11 – 2º Tel. 284329975
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Rua António Sardinha, 3 1º G 7800 BEJA
Urologia
Dermatologia
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TERESA ESTANISLAU CORREIA MÉDICA DERMATOLOGISTA Consultas às 4ª feiras tarde e sábado MARCAÇÃO DE CONSULTAS: Diariamente, dias úteis: Tel: 218481447 Lisboa 4ª feiras: 14h30 – 19h Tel: 284329134 Beja e.mail: clinidermatecorreia@ gmail.com Rua Manuel António de Brito nº 4 1ºFte
7800- 544 - BEJA
(Edifício do Instituto do Coração, frente ao Continente)
Cirurgia Vascular
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Urologia
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HELENA MANSO CIRURGIA VASCULAR TRATAMENTO DE VARIZES Convenções com PT-ACS CONSULTÓRIOS: Beja Praça António Raposo Tavares, 12, 7800-426 BEJA Tel. 284 313 270 Évora CDI – Praça Dr. Rosado da Fonseca, 8, Urb. Horta dos Telhais, 7000 Évora Tel. 266749740
AURÉLIO SILVA UROLOGISTA
Hospital de Beja Doenças de Rins e Vias Urinárias Consultas às 6ªs feiras na Policlínica de S. Paulo Rua Cidade S. Paulo, 29 Marcações pelo telef. 284328023
BEJA ▼
Dr. José Loff
Marcações pelo telefone 284321693 ou no local
Rua António Sardinha,
Fisioterapia
Rua Capitão João Francisco de Sousa, 56-A – Sala 8 Marcações pelo tm. 919788155
Clínica dentária
MÉDICO DENTISTA
Consultas segundas, Marcações pelo tel.
Acordos com: ACS, CTT, EDP, CGD, SAMS. Marcações pelo telef. 284325059 Rua do Canal, nº 4 7800 BEJA
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Marcações de consultas de 2ª a 6ª feira, entre as 15 e as 18 horas Rua Dr. Aresta Branco, nº 47 7800-310 BEJA Tel. 284326728 Tm. 969320100
Urinária
Estomatologia
quartas, quintas e sextas
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Oftalmologista pelo Instituto Dr. Gama Pinto – Lisboa Assistente graduada do serviço de oftalmologia do Hospital José Joaquim Fernandes – Beja
Pós Mastectomia
Estomatologista (OM) Ortodontia
Ginecologia Obstetrícia Assistente Hospitalar
Consultas de 2ª a 6ª
CÉLIA CAVACO
Psicologia Clínica
Reabilitação
DR. JAIME LENCASTRE
ALI IBRAHIM
Generalista
Psicologia Educacional
JOSÉ BELARMINO, LDA.
Ginecologia/Obstetrícia
Tm. 962557043
Oftalmologia
Médico Especialista pela Ordem dos Médicos e Ministério da Saúde
Clinipax Rua Zeca Afonso, nº 6-1º B – BEJA
Drª Ana Teresa Gaspar
EM BERINGEL Telef 284998261 6ª e sábado das 14 às 20 horas
Assistente graduado de Ginecologia e Obstetrícia
LUZ
Dr. Carlos Machado
CLÍNICA MÉDICA DENTÁRIA
▼
DR. A. FIGUEIREDO
Médico oftalmologista
Marcações a partir das 14 horas Tel. 284322503
Hidroterapia/Classes no
FAUSTO BARATA
JOÃO HROTKO
Obesidade
CONSULTAS DE OBESIDADE
MÉDICO ESPECIALISTA EM CLÍNICA GERAL/ MEDICINA FAMILIAR
Fisiatria
CONSULTAS EM BEJA 2ª, 4ª e 5ª feira das 14 às 20 horas
Especialistas pela Ordem dos Médicos e pelo Hospital de Santa Marta Assistentes de Cardiologia no Hospital de Beja Consultas em Beja Policlínica de S. Paulo Rua Cidade de S. Paulo, 29 Marcações: telef. 284328023 - BEJA
▼
Chefe de Serviço de Oftalmologia do Hospital de Beja
GASPAR CANO
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Oftalmologia
Especialista pela Ordem dos Médicos
CONSULTAS às 3ªs e 4ªs feiras, a partir das 15 horas MARCAÇÕES pelos telfs.284322387/919911232 Rua Tenente Valadim, 44 7800-073 BEJA
Pélvico
Cardiologistas
Terapia da Fala
DOENÇAS DO SISTEMA NERVOSO
Rua Manuel Antó António de Brito n.º n.º 6 – 1.º 1.º frente. 78007800-522 Beja tel. 284 328 100 / fax. 284 328 106
(Diplomada pela Escola Superior de Medicina Dentária de Lisboa)
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HELIODORO SANGUESSUGA
Directora Clínica da novaclinica
Laboratório de Análises Clínicas de Beja, Lda.
Neurologia
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▼
FRANCISCO FINO CORREIA MÉDICO UROLOGISTA RINS E VIAS URINÁRIAS Marcações de 2.ª a 6.ª feira a partir das 14 horas Rua Capitão João Francisco de Sousa, n.º 20 7800-451 BEJA Tel. 284324690
Urgências Prótese fixa e removível Estética dentária Cirurgia oral/Implantologia Aparelhos fixos e removíveis VÁRIOS ACORDOS Consultas :de segunda a sexta-feira, das 9 e 30 às 19 horas Rua de Mértola, nº 43 – 1º esq. Tel. 284 321 304 Tm. 925651190 7800-475 BEJA Otorrinolaringologia
DR. J. S. GALHOZ Ouvidos,Nariz, Garganta Exames da audição Consultas a partir das 14 horas Praça Diogo Fernandes, 23 - 1º F (Jardim do Bacalhau) Telef. 284322527 BEJA
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saúde
Manuel Matias – Isabel Lima – Miguel Oliveira e Castro – Jaime Cruz Maurício Ecografia | Eco-Doppler Cor | Radiologia Digital Mamografia Digital | TAC | Uro-TC | Dental Scan Densitometria Óssea Nova valência: Colonoscopia Virtual Acordos: ADSE; PT-ACS; CGD; Medis, Multicare; SAMS; SAMS-quadros; Allianz; WDA; Humana; Mondial Assistance; Advance Care Graça Santos Janeiro: Ecografia Obstétrica Marcações: Telefone: 284 313 330; Fax: 284 313 339; Web: www.crb.pt Rua Afonso de Albuquerque, 7 r/c – 7800-442 Beja e-mail: cradiologiabeja@mail.telepac.pt
CENTRO DE IMAGIOLOGIA DO BAIXO ALENTEJO ECOGRAFIA – Geral, Endocavitária, Osteoarticular, Ecodoppler TAC – Corpo, Neuroradiologia, Osteoarticular, Dentalscan Mamografia e Ecografia Mamária Ortopantomografia
António Lopes – Aurora Alves – Helena Martelo – Montes Palma – Maria João Hrotko – Médicos Radiologistas – Convenções: ADSE, ACS-PT, SAD-GNR, CGD, MEDIS, SSMJ, SAD-PSP, SAMS, SAMS QUADROS, ADMS, MULTICARE, ADVANCE CARE Horário: de 2ª a 6ª feira, das 8 às 19 horas e aos sábados, das 8 às 13 horas Av. Fialho de Almeida, nº 2 7800 BEJA
Telef. 284318490 Tms. 960284030 ou 915529387
Dr. Sidónio de Souza – Pneumologia/Alergologia/ Desabituação tabágica – H. Pulido Valente Dr. Fernando Pimentel – Reumatologia – Medicina Desportiva – Instituto Português de Reumatologia de Lisboa Dr.ª Verónica Túbal – Nutricionismo – H. de Beja Dr.ª Sandra Martins – Terapia da Fala – H. de Beja Dr. Francisco Barrocas – Psicologia Clínica/Terapia Familiar – Centro Hospitalar do Baixo Alentejo. Dr. Rogério Guerreiro – Medicina preventiva – Tratamento inovador para deixar de fumar Dr. Gaspar Cano – Clínica Geral/ Medicina Familiar Dr.ª Nídia Amorim – Psicomotricidade/Educação Especial e Reabilitação Dr. Sérgio Barroso – Especialista em Oncologia – H. de Beja Drª Margarida Loureiro – Endocrinologia/Diabetes/ Obesidade – Instituto Português de Oncologia de Lisboa Dr. Francisco Fino Correia – Urologia – Rins e Vias Urinárias – H. Beja Dr. Daniel Barrocas – Psiquiatria – Hospital de Évora Dr.ª Lucília Bravo – Psiquiatria H.Beja , Centro Hospitalar de Lisboa (H.Júlio de Matos). Dr. Carlos Monteverde – Medicina Interna, doenças de estômago, fígado, rins, endoscopia digestiva. Dr.ª Ana Cristina Duarte – Pneumologia/ Alergologia Respiratória/Apneia do Sono Dr.ª Isabel Santos – Psiquiatria de Infância e Adolescência/Terapeuta familiar – Centro Hospitalar do Baixo Alentejo Dr.ª Paula Rodrigues – Psicologia Clínica – Hospital de Beja Dr.ª Luísa Guerreiro – Ginecologia/Obstetrícia Dr. Luís Mestre – Senologia (doenças da mama) – Hospital da Cuf – Infante Santo Dr. Jorge Araújo – Ecografias Obstétricas Dr.ª Ana Montalvão – Hematologia Clínica /Doenças do Sangue – Hospital de Beja Dr.ª Ana Cristina Charraz – Psicologia Clínica – Hospital de Beja Dr. Diogo Matos – Dermatologia – Hospital Garcia da Orta. Dr.ª Madalena Espinho – Psicologia da Educação/ Orientação Vocacional Dr.ª Ana Margarida Soares – Terapia da Fala Dr.ª Maria João Dores – Psicomotricidade/Educação Especial e Reabilitação Enfermeira Maria José Espanhol – Enfermeira especialista em saúde materna/Cuidados de enfermagem na clínica e ao domicílio/Preparação pré e pós parto/amamentação e cuidados ao recémnascido/Imagem corporal da mãe – H. de Beja Marcações diárias pelos tels. 284 322 503 Tm. 91 7716528 | Tm. 916203481 Rua Zeca Afonso, nº 6, 1º B, 7800-522 Beja Clinipaxmail@gmail.com www.clinipax.pt
Clínica Médico-Dentária de S. FRANCISCO, LDA. Gerência de Fernanda Faustino Acordos: SAMS, ADMG, PSP, A.D.M.E., Portugal Telecom e Advancecare
Rua General Morais Sarmento, nº 18, r/chão; TEL. 284327260 7800-064 BEJA
23 Diário do Alentejo 26 abril 2013
necrologia diversos
24 Diário do Alentejo 26 abril 2013
MISSA
Serpa PARTICIPAÇÃO E AGRADECIMENTO
Serpa PARTICIPAÇÃO E AGRADECIMENTO
João Fernandes Marques Viseu
Conceição Maria do Nascimento
Esposa, filho, irmão, sobrinhos e restante família cumprem o doloroso dever de participar o falecimento do seu ente querido ocorrido no dia 15/04/2013, e na impossibilidade de o fazerem individualmente vêm por este meio agradecer a todas as pessoas que o acompanharam à sua última morada ou que de outra forma manifestaram o seu pesar.
Esposa, filho, irmão, sobrinhos e restante família cumprem o doloroso dever de participar o falecimento da sua ente querida ocorrido no dia 16/04/2013, e na impossibilidade de o fazerem individualmente vêm por este meio agradecer a todas as pessoas que a acompanharam à sua última morada ou que de outra forma manifestaram o seu pesar.
Maria Adelaide Lopes Valente 6.º Ano de Eterna Saudade Sua família participa a todas as pessoas de suas relações e amizade que será celebrada missa pelo eterno descanso da sua ente querida no dia 01/05/2013, quarta-feira, pelas 18 e 30 horas, na igreja do Carmo, em Beja, agradecendo desde já a todos os que comparecerem no piedoso ato.
Baleizão
Adolfo António Bexiga 28/04/2013 8.º Ano de Eterna Saudade Esposa, filhos, noras, netos e bisnetos recordam com profunda e eterna saudade o oitavo ano de ausência do seu ente querido.
AGÊNCIA FUNERÁRIA SERPENSE, LDA Gerência: António Coelho Tm. 963 085 442 – Tel. 284 549 315 Rua das Cruzes, 14-A – 7830-344 SERPA
institucional diversos
25 Diário do Alentejo 26 abril 2013
Diário do Alentejo n.º 1618 de 26/04/2013 1.ª Publicação
EDITAL O Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas faz público que, nos termos do art.° 6.° do Regulamento da Lei n.° 2097, de 6 de Junho de 1959, aprovado pelo Decreto n.º 44623, de 10 de Outubro de 1962, O CLUBE DE PESCA DESPORTIVA DE SANTA MARGARIDA DO SADO, com o NIF 510291937 requereu, pelo prazo de 10 anos, uma concessão de pesca nas duas margens do rio Sado, no troço com início na zona ribeirinha e na junção da ribeira de Arção com o rio Sado (Assentada), numa extensão de 2 km, sita em Santa Margarida do Sado, freguesia de Figueira de Cavaleiros, concelho de Ferreira do Alentejo e Azinheira de Barros, concelho de Grândola. Todas as pessoas singulares ou colectivas que se julguem prejudicadas nos seus direitos devem apresentar a sua reclamação por escrito devidamente justificada, no Departamento de Conservação da Natureza e Florestas do Alentejo – Antiga Estrada de Évora – Rua de S. Sebastião – Apartado 6121, 7801-908 Beja no prazo de 30 dias a contar da data de divulgação deste Edital. Para consulta dos interessados encontra-se nos referidos serviços o projecto de Regulamento, proposto pela entidade requerente para vigorar na área a concessionar.
VENDE-SE Beja, 18 de Janeiro de 2013. O Director do Departamento de Conservação da Natureza e Florestas do Alentejo Pedro Azenha Rocha
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assoalhadas – 410 € Contactar pelo tm. 963888058
Ao abrigo do nº3, do Artigo 29º do Capítulo III, Secção II dos Estatutos da Futuro de Garvão – Associação de Solidariedade Social, convoco a Assembleia Geral Extraordinária, para reunir no próximo dia 08 de Maio de 2013, na Sala de Reuniões, da Rua do Álamo, nº 10, em Garvão, pelas 20:30 horas, com a seguinte ordem de trabalhos: Ponto Único: – Lar da Funcheira: Deliberações sobre o mesmo. Consideram-se em pleno gozo dos seus direitos, todos os sócios efectivos, de acordo com o nº 1 do Artigo 12º do capítulo II, dos Estatutos acima referidos. Se à hora designada não estiver presente o número suficiente de Sócios, a Assembleia realizar-se-á meia hora depois com qualquer número. Garvão, 23 de Abril de 2013. A Secretária da Mesa da Assembleia Geral Maria Leonor Madeira da Silva
institucional diversos
26 Diário do Alentejo 26 abril 2013
Diário do Alentejo n.º 1618 de 26/04/2013 Única Publicação
CARTÓRIO NOTARIAL Notário Carlos Barradas
EXTRACTO
Certifico para efeitos de publicação que no dia vinte e dois de Março de dois mil e treze foi lavrada, neste Cartório, a folhas vinte e oito do livro duzentos e noventa e cinco-A, de escrituras diversas, deste Cartório, uma escritura de justificação, em que foram justificantes: a) Manuel António Rodrigues Felício, NIF 115717447, natural da freguesia de Saboia, concelho de Odemira casado com Maria Júlia dos Santos Soares Felício sob o regime da comunhão de adquiridos, residente na Rua 8 de Março, número 5, 3° direito, Fontaínhas. Vale da Amoreira, Moita: b) Maria Cremilde Rodrigues Fernandes, NIF 137925433, natural da referida freguesia de Saboia, casada com Carlos Manuel Atalaia Fernandes, sob o regime da comunhão de adquiridos, residente na Rua Poeta Sebastião da Gama, número 18, 3° esquerdo, no Barreiro: c) Alice Rodrigues Felício Duarte, NIF 159368073, natural da referida freguesia de Saboia, casada com Moisés Mendes Duarte, sob o regime da comunhão de adquiridos, residente na Rua Almeida Garret, número 29, 2º direito, no Barreiro. Que, nessa escritura, os justificantes – devidamente autorizados por seus respectivoos cônjuges, declaram: Que são donos e legítimos possuidores, em comum e partes iguais e com exclusão de outrem, do prédio misto, com a área total de quinze hectares e seis mil e quinhentos centiares, que fixam como correcta, denominado Azinhal ou Azinhal de Cima, sito em Saboia, freguesia de Saboia, concelho de Odemira, descrito na Conservatória do Registo Predial de Odemira sob o número dois mil cento e cinquenta, da citada freguesia, com aquisição a favor de Manuel Inácio e mulher Joana Maria, pela apresentação um de onze de Outubro de mil novecentos e dezanove, composto de: Parte rústica, para cultura arvense e sobreiros, inscrito na matriz sob o artigo 17 da secção FF, com o valor patrimonial e atribuído de 162.02 euros, a que atribuem o valor de duzentos euros; Parte urbana, de rés-do-chão, para habitação, com superfície coberta de cento e quinze metros quadrados, inscrito na matriz sob o artigo 425, com o valor patrimonial tributário e atribuído de 8.980,00 euros, a que atribuem o valor de nove mil euros. Que em data que não sabem precisar, os pais dos aqui primeiros outorgantes, de nomes Casimiro da Conceição Felício e mulher Inácia da Conceição Rodrigues, compraram verbalmente a Manuel Inácio e mulher Joana Maria, o referido imóvel. Que, por sua vez, já no ano de mil novecentos e setenta e nove, os referidos Casimiro da Conceição Felício e mulher Inácia da Conceição Rodrigues, casados sob o regime da comunhão geral de bens, residentes em Azinhal de Cima, Sabóia, doaram verbalmente aos aqui justificantes seus filhos, em comum e partes iguais e por conta das respectivas quotas disponíveis, o imóvel atrás identificado, sem que no entanto ficassem a dispor de título formal que lhes permita o respectivo registo na Conservatória do Registo Predial mas, desde logo, entraram na posse e fruição do referido imóvel, agindo sempre por forma correspondente ao exercício do direito de propriedade, nomeadamente, cultivando a parte rústica e habitando a parte urbana e colhendo os seus frutos, quer usufruindo como tal o imóvel, quer suportando os respectivos encargos. Que os justificantes estão na posse do identificado imóvel há mais de vinte anos, sem a menor oposição de quem quer que seja, desde o seu início, posse que sempre exerceram sem interrupção e ostensivamente, com conhecimento de toda a gente, com ânimo de quem exerce direito próprio, sendo por isso uma posse pública, pacífica, contínua, pelo que adquiriram o referido imóvel por usucapião, não tendo assim, documentos que lhes permitam fazer prova da aquisição pelos meios extrajudiciais normais. Está conforme. Barreiro, em vinte e dois de Março de dois mil e treze. O Notário Carlos Barradas
Diário do Alentejo n.º 1618 de 26/04/2013 Única Publicação
MOÇÃO SOBRE O 25 DE ABRIL A poucos dias de mais um aniversário do 25 de Abril de 1974, os portugueses têm razões acrescidas para redobrar a contestação ao Governo de direita que, mesmo moribundo, não se poupa a esforços para destruir o que resta das conquistas entretanto alcançadas. De facto, e sabendo que não irá resistir por muito mais tempo ao intensificar da contestação do povo português, o Governo apressa-se no processo de destruição do Estado Social, aniquilando avanços civilizacionais nos domínios da saúde, da proteção social e da educação, ditadas por uma ideia de Estado e de sociedade, marcada ideologicamente por uma conceção política ultra liberal que, e a cada dia que passa, agrava as condições de vida da generalidade dos portugueses, em particular dos idosos, dos jovens e sobretudo, do milhão de trabalhadores desempregados, a maioria sem qualquer apoio social. O processo de engrandecimento da sociedade portuguesa resultante do 25 de Abril, onde o Estado assumiu um papel de corretor das desigualdades sociais, através de um sector público em domínios vitais da nossa sociedade, tem nos últimos anos sofrido um ataque brutal, o que se expressa em indicadores como seja o aumento avassalador da taxa de desemprego ou da pobreza infantil, enquanto e em paralelo, se acumulam fortunas colossais, ditadas entre outras razões, por uma degradante desvalorização dos rendimentos do trabalho e dos direitos sociais em geral, sobretudo no tocante aos direitos dos trabalhadores. Sobram assim razões para que Abril seja tempo de luta e também para recordar aos responsáveis pela política de desastre nacional, que a história, em particular a história contemporânea portuguesa, é a prova inequívoca que por mais fortes que sejam as ofensivas contra a dignidade das pessoas e dos países, a luta organizada dos povos acaba sempre por triunfar sobre as tiranias. Foi assim com o 25 de Abril. Mais cedo que tarde, a força, a dignidade e a persistência dos portugueses virá ao de cima e Portugal renascerá. Que seja já em Abril. Viva o 25 de Abril. Viva Portugal. A referida moção foi aprovada por maioria, na Assembleia de Freguesia do Salvador, realizada no dia 15 de abril de 2013.
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A páginas tantas... Ser Amigo de Arianna Papini pertence à chancela de “Livros para sonhar” da editora Kalandraka e vai estar nas livrarias a 26 de abril. Ser Amigo é um dos muitos livros em que o ilustrador assume o seu gosto pelas histórias e pelos livros complementando história com a ilustração. Um livro que aborda o tema da amizade, da confiança, do apoio mútuo e formas como podemos viver em harmonia apesar das diferenças. Podes conhecer mais sobre o trabalho desta autora em http://www.ariannapapini. com/
É apresentado amanhã, sábado, pelas 16 horas, na Biblioteca de Sines, o livro infantil O Homem da Gaita, em que a canção de José Afonso é ilustrada por Rui Pedro Lourenço “como uma ode à arte como motor de mudança”. “O Homem da Gaita” é uma canção de José Afonso, baseada “numa história tradicional sobre uma terra triste, em que um homem teve o condão de pôr toda a gente a dançar”. A apresentação contará com as presenças de Rui Pedro Lourenço e de Mafalda Brito, da Editora Barca do Inferno. Será ainda inaugurada uma exposição de originais, que ficará patente ao público até do dia 15 de maio.
Pais Nem sempre é fácil que os mais novos comam ovos. Inventam problemas que ultrapassam mesmo a velha questão de quem nasceu primeiro: se o ovo ou a galinha. Deixar que as crianças participem é meio caminho andado para que comam tudo e de tudo.
Dica da semana Mariana Ruiz Johnson, nascida em Buenos Aires em 1984, foi a vencedora do VI Prémio Internacional Compostela para Álbuns Ilustrados, com a obra Mamã [“Mamá”]. O júri destacou “a vitalidade, a força e o manejo da cor de um livro que trabalha um tema universal e especialmente próximo do mundo da infância”. Também elogiou “a pequena e conseguida homenagem que a autora presta a grandes figuras da história da pintura”. Podes conhecer mais sobre o trabalho desta ilustradora em http://marianarj.blogspot.pt/cida ilustradora com alguns prémios arrecadados
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Biblioteca de Sines apresenta O Homem da Gaita
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Ana Maria Baptista – Beja Taróloga – Método Maya Gabinete aberto (jardim do Bacalhau) Contacto para marcação de consultas: Telemóvel: 968117086 E-mail: missbeja@yahoo.com
Touro
Características dos nativos de Os nativos de Touro gostam de estabilidade e de comodidade. São carinhosos e pacientes, mas tendem a ser teimosos e possessivos. Argumentativos e egocêntricos, não se dão bem com pressões. Têm força de vontade e sentido de justiça, mas reagem mal às mudanças. Gostam de paz e tranquilidade.
Boa vida
Toiros Charraz sucede a Almodôvar
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o próximo domingo, em Beja, o grupo de forcados da terra vive um momento importante da sua história, com José Maria Charraz a suceder a Manuel Almodôvar no comando do grupo que reapareceu a 1 de maio de 2008. José Maria Charraz já nasceu aficionado e começou por experimentar a pegar umas vacas em garraiadas, aí despertou o seu interesse por uma coisa mais séria e surgiu um convite pelo Grupo de Moura para ir treinar. Por lá ficou, tornando-se num valoroso forcado. Após alguns anos abandona as arenas mas um convite do Manuel Almodôvar para reativar o Grupo de Beja obrigou-o a reconsiderar e acabou por voltar ao ativo, pois era um projeto PUB
Previsões – Semana de 26 de abril a 2 de maio
interessante e que tinha futuro. Fardou-se pela primeira vez de forcado aos 19 anos, e logo no Campo Pequeno, pelo Grupo de Moura, com José Maria Guerreiro a cabo. Luís Miguel Ribeiro, que também foi forcado no grupo de Beja, e Valter Machado, do Grupo de Moura, foram os forcados que mais o marcaram e por quem tem uma enorme admiração. Ao longo da sua trajetória como forcado, José Maria guarda como melhores recordações uma corrida em Aldeia da Ponte onde deu seis primeiras ajudas, e também a estreia do Grupo de Beja no Campo Pequeno. Enquanto o momento mais triste foi a saída do Grupo de Moura, onde deixou grandes amizades. Vê com grande responsabilidade o assumir do comando do Grupo de Beja, que considera um enorme desafio, mas sente uma grande vontade e, acima de tudo, quer dignificar o nome do grupo e da cidade de Beja. Vítor Morais Besugo
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Carneiro – (21/3 - 20/4) Sentirá necessidade de fazer concessões de caráter extraordinário em negociações a realizar no setor profissional. Momentos de paz e tranquilidade serão determinantes para confiar abertamente nos sentimentos de alguém por si. Boa altura para melhorar os seus recursos financeiros.
Balança – (24/9 – 23/10) Tome iniciativas ou faça sugestões, porque, à sua volta, as pessoas estarão abertas e disponíveis para o ouvir. Desenvolva as suas atividades com dinamismo e firmeza. Não permita que um mal-entendido em curso prejudique um relacionamento. Poderá conhecer alguém que trará a proposta de um relacionamento amoroso de grande intensidade. Aproveite a vida.
h Touro – (21/4 – 21/5) Neste momento estará com uma postura mais ousada e surpreenderá todos à sua volta. Esta influência de maior abertura poderá causar algum ciúme dos seus entes queridos em relação a si. Com alguma discrição, conseguirá harmonizar e melhorar todo o tipo de relacionamentos. Com um ritmo mais acelerado, poderá negligenciar assuntos importantes do quotidiano.
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b Escorpião – (24/10 – 22/11) Não misture nunca negócios com prazer e mantenha a sua vida financeira separada da vida privada. Estabilize os seus níveis de energia através de técnicas de relaxamento que poderão melhorar o seu bem-estar e lhe darão capacidade para fazer mudanças importantes na sua vida, na forma de se cuidar e de se organizar no quotidiano.
c
Gémeos – (21/5 – 21/6) Está na altura de tomar uma decisão e agir sobre um dilema com que tem vivido. Caso contrário, os acontecimentos poderão assumir proporções mais complexas e difíceis de controlar. Os seus esforços para melhorar a sua comunicação com os outros começam a dar resultados e terá a noção concreta de que as coisas estão a melhorar. Use os conselhos que tem recebido.
Sagitário – (23/11 – 21/12) Conseguirá levar a cabo uma decisão difícil, que tem evitado, mas que vai torná-lo altamente honorável junto de alguém que é muito importante no seu percurso de vida. Desenvolva, de imediato, e com persistência, o projeto que tem em mente, não espere pela ação dos outros, tome a iniciativa.
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Caranguejo – (22/6 – 22/7) Com as energias em alta e grande motivação, poderá definir objetivos e alcançá-los a curto e médio prazos. Com o seu nível de confiança acrescido, poderá assumir uma postura sedutora e conseguir o que deseja. Uma dose moderada de egoísmo poderá dar uma ajuda surpreendente. Não se convença com primeiras impressões, vá ao fundo das questões.
k Leão – (23/7 – 23/8) Um projeto muito recente na sua vida está a enfrentar fortes barreiras para prosseguir, o que o desmotiva negativamente. Siga em frente e dando um passo de cada vez, com determinação. Decidiu cuidar mais de si protegendo-se de todos os relacionamentos, o que pode trazer dissabores. Precisa de se deixar levar numa onda de paixão e viver o que o mundo tem de bom.
l Virgem – (24/8 – 23/9) Confie nos seus instintos para tomar decisões que lhe permitirão finalmente chegar onde pretende. Confie em si própria e acredite nas suas capacidades e poderá ter sucesso nas novas responsabilidades que tem de assumir. O seu relacionamento amoroso andará à volta dos mesmos problemas, forçando-o a ser realista e tomar nova postura para sair deste ponto.
Capricórnio – (22/12 – 20/01) Chegou o momento de efetuar uma autoanálise a fim de identificar erros cometidos no passado e corrigir o melhor possível tudo o que depender de si. Estarão favorecidos, neste processo de renovação, os aspetos emocionais e materiais. Despesas acrescidas exigirão controlo financeiro rigoroso.
e Aquário – (21/1 – 19/2) Nesta fase terá de se apresentar aos outros no seu melhor e tentar ganhar independência no desenvolvimento das suas atividades. Porque o tempo passa, terá de agir para progredir. Com muito trabalho e honestidade, conseguirá libertar-se de influências negativas e seguir em frente para desfrutar o que a vida tem para lhe dar.
f Peixes – (20/2 – 20/3) Sem hesitações, esta é uma boa altura para refletir sobre a melhor decisão para recuperar o seu grande amor. Não se remeta ao silêncio, exprima os seus sentimentos e os seus desejos, faça-se entender com clareza. Procure organizar tempos de lazer e ócio na sua agenda quotidiana, para descontrair.
Letras Debaixo de algum céu
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Prémio Leya 2012 é agora dado à estampa mas o autor de Debaixo de algum céu, Nuno Camareiro, já antes se distinguira com a sua estreia na ficção, No meu peito não cabem pássaros (2011). A escrita de Camareiro é f luída, limpída, desprovida de efeitos fáceis e revela uma sensibilidade apurada que resgata a história narrada dos limites da banalidade (ou da excecionalidade) que é da existência humana. A ação passa-se numa semana – entre o Natal e o Ano Novo – e desvenda uma série de personagens que coabitam num prédio, “encostado à praia”, mas que, como em muitos prédios contemporâneos, se desconhecem. Nas suas vidas, metidas para dentro, todas elas procuram um sentido para a existência, todas buscam algum conforto, uma esperança. “Todas as janelas estão viradas para dentro e até o vento parece soprar em quem lá vive”, porém. Uma viúva que coabita com um gato, entre recordações, um casal desencontrado e que um bebé não consegue juntar e outro quase banal, um reformado que trabalha numa máquina de memórias, um padre jovem que interroga intimamente os mistérios que a fé lhe coloca... Camareiro desenha as personagens com alma e elas enchem um prédio que podia ser qualquer um, ao virar da esquina de cada leitor. O que fica é um retrato da existência humana tornada purgatório e a procura de redenção empreendida por cada um a seu modo. Maria do Carmo Piçarra
Nuno Camareiro Leya 200 págs. 14,40 euros
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“Big Weird Box” Ricardo Barriga (guitarra e efeitos), Matthew Berrill (saxofone alto e clarinete), Nuno Campos (contrabaixo) e Luís Candeias (bateria) + Desidério Lázaro (saxofone tenor). Editora: Raging Planet; Ano: 2012
Jazz Ricardo Barriga “Big Weird Box”
A
engrossar o vasto e valoroso contingente de guitarristas nacionais que se movimentam na área do jazz e domínios conexos, temos Ricardo Barriga, que se estreia num disco em nome próprio com este “Big Weird Box”. Após estudos no Royal Conservatoire de Haia, na Holanda, é atualmente mestrando na Escola Superior de Música de Lisboa. Barriga exibe neste disco o resultado de anos a cruzar o jazz com elementos característicos do universo do rock. Bem apetrechado do ponto de vista técnico e melodicamente inventivo, Barriga posiciona-se, em meu entender, um pouco à margem de outros guitarristas nacionais, explorando de um ângulo pessoal essa complementaridade de linguagens, embora ainda haja processos a necessitar de amadurecimento. A seu lado, uma formação base que se completa com o saxofonista e clarinetista Matthew Berrill (com quem, desde logo, estabelece uma audível empatia), o contrabaixista Nuno Campos e o baterista Luís Candeias. Como convidado em quatro peças, junta-se o saxofonista tenor Desidério Lázaro, cujo contributo acaba por se revelar decisivo para aqueles que são os melhores momentos do programa, dada a considerável ampliação do espetro de possibilidades que a sua presença efetivamente abre. O disco foi quase todo gravado em regime live nos estúdios Timbuktu (por André Fernandes e Nuno Costa, outros dois guitarristas), ganhando assim uma frescura e uma espontaneidade que só o beneficiam. À exceção de uma, todas as composições e arranjos são de Barriga. O disco abre com o travo country de “Hi Bill”, que não deixa de evocar as paisagens sonoras caracteristicamente exploradas por Bill Frisell. Seguem-se “Mom and Dad” e “Some Pedals”, a denotar evidente energia e vigor rock. O interesse sobe, porém, com o mais cerebral “Tree Piece”, da autoria de Berrill, e com o dinamismo de “Nelson the Bullie”, “Do You Believe in Alsjeblieft” e “Da Ninja Escape Plan” (a melhor secção do disco), com excelentes entendimentos entre os dois saxofones e a guitarra do líder. Nota para o curioso arranjo de “Em Busca do Topo Perdido”, com Berrill muito bem no clarinete. A encerrar, “One Day at A Time” revela novo diálogo luminoso entre os sopros. Uma estreia interessante, que justifica que fiquemos atentos aos próximos capítulos. António Branco
Comer Arroz de lampreia Ingredientes para uma lampreia 1 lampreia; 1 dl. de azeite; 50 g. de banha de porco alentejano; 150 g. de presunto de boa qualidade; 2 cebolas; 1 folha de louro; 4 dentes de alho; 3 dl de vinho tinto alentejano; 2 cravinhos; 1 molho pequeno de salsa; 250 g. de arroz carolino; q.b. de água; q.b. de vinagre de vinho branco; q.b. de sal grosso; q.b. de pimenta branca moída. Confecção: Depois da lampreia arranjada e limpa, aproveita-se todo o sangue que se mistura com o vinagre numa tigela. “ Reserva-se”. Corta-se a lampreia aos bocados e coloca-se num recipiente com vinho, alhos, louro, cravinhos, sal e a pimenta. Deixe marinar umas horas. Num tacho faça um refogado com as cebolas picadas, os alhos picados, azeite e a banha. Quando a cebola começar a ficar dourada, junte o presunto cortado aos cubos pequenos. Deixe refogar um pouco, junte a lampreia e de seguida a marinada. Deixe ferver um pouco e cubra a lampreia com água. Deixe cozinhar e assim que ela esteja cozida retire-a do caldo para uma travessa. Reserve. Nesse caldo adicione mais um pouco de água se necessário e coza o arroz. A meio da cozedura misture o sangue com o vinagre. Retifique o tempero a seu gosto. António Nobre Chefe executivo de cozinha – Hotéis M’AR De AR, Évora
Filatelia Festa de N.ª Sr.ª de Guadalupe em selo
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conhecida romaria dedicada a N.ª Sr.ª de Guadalupe, em Serpa, vai ser o motivo de um dos selos que os correios põem em circulação no dia 30 deste mês. Tem a franquia de 0,80 euros e pertence ao 3.º grupo da série base Festas Tradicionais Portuguesas, iniciada em 2011. A emissão compõe-se ainda de mais sete selos que imortalizam, deste modo, outras tantas manifestações da cultura e tradição do nosso povo. Os restantes eventos representados são: a Feira de S. Mateus, em Viseu, no selo de 0,36€; as Festas de N.ª Sr.ª da Agonia, em Viana do Castelo (selo de 050€); a Festa de Santo Estevão, em Ousilhão – Vinhais (0,70€); as Festas do Povo, em Campo Maior (1,00€) e, a Festa de N.ª Sr.ª do Almortão, em Idanha-a-Nova (1,70€). Dedicados às Festas Tradicionais, em geral, foram emitidos mais dois valores, um com a franquia de 0,03€ e o outro com a de 0,04€. Prevê-se para o mês de maio a emissão do Bilhete Postal referente a esta série base, cujo selo, será, certamente o de 0,36€, serviço interno – 1.º escalão, desta emissão, que filateliza a Feira de São Mateus. 25 de Abril e Dia da Cidade com exposição no CCD do Hospital Foi inaugurada on-
tem, dia 25, uma exposição de colecionismo na sede do Centro Cultural e Desportivo do Hospital de Beja (rua Infante D. Henrique, 57). Estão expostas coleções dos mais variados produtos de colecionismo, nomeadamente selos, autocolantes, bilhetes de transporte e de espetáculos diversos, cintas de charuto, cartões telefónicos, etiquetas de rotulagem várias (caixas de fruta, de chá, de café, etc.), ícones religiosos (santinhos), lotarias, raspadinhas, marcadores de página (tema literatura) notas fiduciárias, pacotes de açúcar, postais ilustrados, cartazes de vedetas do mundo do espetáculo e ex-libris. Foi editado um catálogo que reproduz alguns dos interessantes espécimes expostos, nomeadamente cartas telefónicas usadas pelas forças de intervenção das Nações Unidas, na primeira guerra do Iraque e da Unavem III, em Angola. O catálogo insere, ainda, o artigo, Colecionismo – o que é? elaborado com base num outro publicado no número1dojornal“CampusSéniordaUniversidadeSénior de Beja”, em que o autor tece algumas considerações sobre alguns cuidados a ter antes de se iniciar uma coleção, seja qual for o produto que se pretenda colecionar. Geada de Sousa
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Feira do Mel, Queijo e Pão em Mértola
Arranca já hoje, sexta-feira, a XV Feira do Mel, Queijo e Pão de Mértola, que se prolonga até domingo, 28, como uma oferta de 24 expositores, 18 deles de produtores agroalimentares e seis de artesanato. Este ano, todo o recinto da feira será coberto com mais duas tendas, de modo a albergar os expositores, o palco de variedades, as duas tasquinhas e ainda
Fim de semana Fado de Aldina Duarte para ouvir em Castro É com fado que encerra o segundo fim de semana de iniciativas no âmbito da XXIII Quinzena Cultural Primavera no Campo Branco, em Castro Verde. Aldina Duarte é a convidada para um concerto que terá lugar no domingo, dia 28, pelas 21 e 30 horas, no cineteatro municipal. A fadista, conhecida pelo seu “jeito especial de cantar a melodia das palavras”, tem no currículo os álbuns “Apenas o Amor” (2004), “Crua” (2006), “Mulheres ao Espelho” (2008) e “Contos de Fados” (2011), um repertório de “fados depurados pelo tempo” que chega agora ao Campo Branco.
Contos da raia em livro por Ferreira Lopes António Ferreira Lopes apresenta amanhã, sábado, pelas 15 e 30 horas, no Musibéria, em Serpa, o livro Contos Populares da Adiça, numa sessão que será introduzida por Filomena Sousa e que contará com animação musical, a cargo dos grupos Serões do Alentejo e Flores do Chança. O livro tem o selo das Edições Colibri e inspira-se nos tempos de criança do autor, passados em Vila Verde de Ficalho, nos idos anos 60 do século XX, nesse território da margem esquerda do Guadiana “mais irmã de ‘nuestros hermanos’ que do Portugal que lhe morava ao lado”. Os contos constam do vasto repertório de uma avó que, não contente com os de casa, “reservava as histórias mais desenvolvidas para uma plateia mais alargada: a garotada da rua”.
Moura BD 2013 entrega prémios amanhã Decorre amanhã, sábado, no Cineteatro Caridade, a sessão de entrega de prémios do 13.º Concurso Escolar de BD e do 16.º Concurso de Banda Desenhada e Cartune, no âmbito do 18.º Moura BD, que decorre até ao próximo dia 1 de maio. A cerimónia, com início pelas 15 horas, contempla ainda uma sessão de homenagens e entrega dos Troféus Balanito a Vassalo de Miranda, Hugues Barthe e Zé Manel. À noite, no espaço da Feira do Livro de Moura, que também está a decorrer em paralelo, apresenta-se, pelas 21 e 30 horas, o projeto “Amália Sempre”, com Al-Mouraria e Inês Gonçalves.
O regresso das personagens de Seara de Vento O antigo café do “Periquito”, em Santiago do Cacém, recebe amanhã, sábado, pelas 17 horas, o lançamento dos livros Manuel da Fonseca e suas gentes e Cartas da minha aldeia – As crónicas do Ti Manel, ambos da autoria de António Gomes de Almeida, com ilustração de Zé Manel. O primeiro resulta de uma análise do autor às personagens da obra Seara de Vento, de Manuel da Fonseca, “organizada de forma a apresentar cada uma individualmente, através das partes do texto original” que se lhe referem. Por seu turno, Cartas da minha aldeia é uma compilação das crónicas publicadas pelo autor no jornal “O Leme”. A iniciativa, da Junta de Freguesia de Santiago do Cacém, terá animação a cargo do Grupo Coral da Casa do Povo de Cercal do Alentejo.
os espaços de apoio. Os Carambolas – Tocadores de Alcanhões, Moda Mãe, Acordeonistas de São Brás de Alportel, Sonido Andaluz e Nova Aurora são algumas das propostas musicais para o fim de semana, que reserva ainda no domingo, pelas 15 horas, um encontro de grupos corais, organizado pelo Grupo Coral Guadiana, de Mértola.
História do jazz no espaço Oficinas Arranca hoje, sexta-feira, no espaço Oficinas, em Aljustrel, o curso livre de iniciação à história do jazz “Jazz de A a Z”. A ação, que decorrerá até 4 de maio estruturada em oito sessões, sempre às sextas-feiras, é ministrada por António Branco, dinamizador do Clube de Jazz do Conservatório Regional do Baixo Alentejo. A primeira sessão, pelas 21 e 30 horas, abordará o tema “Dos campos de algodão a Nova Orleães”.
Projeto comunitário do município e da companhia Teatro ao Largo
Teatro de rua junta mais de 100 atores em Odemira
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inda no âmbito das comemorações do 25 de Abril em Odemira, vários grupos amadores de teatro e de música do concelho vão reunir-se hoje à noite, a partir das 21 horas, para uma produção de teatro de rua, intitulada “São Jorge e o Diabo”. O elenco, que conta com mais de uma centena de participantes, vai estar em cena junto ao Jardim da Fonte Férrea, interpretando uma peça escrita, produzida e dirigida pelo Teatro ao Largo, companhia profissional do concelho, com sede em Vila Nova de Milfontes. Os atores foram recrutados entre os grupos de teatro amadores Cabanita, de São Teotónio, Kalytruz, de São Luís, Teatro Rústico, de Vila Nova de Milfontes, Gatos Pingados, de Brunheiras, e do próprio Teatro ao Largo. Participam também elementos da Banda Filarmónica de Odemira, do Coro Vozes Divertidas (Milfontes) e ainda os utentes da Associação de Paralisia Cerebral de Odemira (APCO), numa encenação que narra a conhecida história de São Jorge, na sua batalha com o diabo, contada através de grandes marionetas e de música interpretada ao vivo. O projeto comunitário, apoiado pelo município de Odemira, tem como finalidade “abranger todas as pessoas numa atividade criativa coletiva pela comunidade e para a comunidade” e será a primeira de várias produções do género. É intenção de ambos os promotores, Teatro ao Largo e Câmara de Odemira, “que este tipo de espetáculo de rua, de grande escala, se torne um acontecimento regular do concelho e um ponto importante da vida cultural da comunidade”.
Diário do Alentejo 26 abril 2013
Especial Jorge Palma
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Jorge Palma declarou que o concerto que deu no último sábado (dia 13), no Teatro Municipal Pax Julia, foi muito especial e que espera “voltar a tocar em Ferreira do Zêzere”. O cantor confessou também que gostou muito da sua visita a Beja, nomeadamente da estadia nas herdades da Malhadinha Nova, do Monte Novo e Figueirinha e da Adega Cooperativa de Vidigueira, Cuba e Alvito.
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Aeroporto de Beja faz dois anos: ANA acha que já está na altura de ir para o infantário O aeroporto de Beja celebrou recentemente dois anos de vida, o que levou a ANA Aeroportos a achar que já é tempo de dar o passo em frente: “Decidi inscrever o aeroporto de Beja no infantário. É uma boa altura para ir brincar com outros aeroportos da sua idade, aprender a defender-se dos jornalistas da capital com penteadinho à fosga-se e aprender a lidar com Antonovs, que não é a brincar aos Cessnas que se cresce e evolui… Além disso, agora é também uma boa altura para iniciar o treino do esfíncter, e quem melhor para o introduzir do que profissionais qualificados?” – declarou. Esta atitude da ANA terá sido vista, todavia, com desconfiança pela EDAB (empresa que geriu inicialmente o aeroporto local) que já contactou o seu advogado no sentido de recuperar a maternidade do empreendimento, e participou, inclusive, no programa “Tardes da Júlia”, onde fez um relato emocionado: “A verdade é que eu é que sou a mãe biológica, enquanto a ANA só é mãe por conveniência… Eu é que sei o que é melhor! Ela anda só a querer alimentá-lo a voos low cost e de mercadorias, mas o meu menino só vai lá com voos intercontinentais! Assim não há maneira de crescer, há de ser sempre um Marques Mendes do mundo dos aeroportos, quando podia ser um latagão, tipo um José Lello ou mesmo um Pita Ameixa, da aviação internacional!”
Linda de Suza desmente rumores de que terá falecido: “Só fechei os olhos para descansar” Circulou, na semana passada, a informação de que Linda de Suza, cantora portuguesa natural de Beringel e radicada em França, teria falecido. Todavia, tal informação é falsa, como nos explicou a própria: “Eu não entendo, ãããhhh, da última vez que vi estava vivá, eeehhhh! É verdade… Ainda não fui com os porcós, ainda não fui ter com os anjinhos, ainda não estiquei o pernil… Morta, eu? Agora tenho cara de Sporting? Quando ouvi as notícias do meu falecimento vinha a conduzir e ia chocando com a voiture blanche do meu primo ãããhhh. Estive quase a ir apresentar queixa à gendarmerie, ããhh… Eu só fechei os olhos para relacher un petit peut. Já não posso fermer os olhos que estou logo morta! Já me mataram a carreira, não acham suficiente? Carreiras, nos dias que correm, já só conheço o Tony, o Mickael e aquela que vai até Mombejá. Será que são eles que querem acabar comigo? É que eu não morro, ãããhhh, nem por eles, nem pelos americanos, os serviços secretos franceses, a Mossad, os marcianos, ou a maganá da Madalena Iglesias que nunca foi muito à bola comigo… Agora, se não se importam, tenho de ir meter a machine a laver…”
Inquérito O Governo quer cortar na despesa pública. E você? Também corta nas suas despesas?
JOSEFINA ESTUPEFACIENTE, 38 ANOS Viciada em salsichas frescas com couve lombarda Ya, eu ando a fazer tudo para cortar nas despesas. Chupam-nos até ao tutano, sabes, e agora nem tenho guita para alimentar alguns dos vícios que tenho, como a erva ou comer. Hoje em dia, quando quero ter uma granda moca, só consumo tulicreme com avelãs – se aquilo bate bué, men! Quando é barrado em bolachas de esferovite até tenho alucinações, e imagino que o Vítor Gaspar é ministro das Finanças e assim… Oh bacano! Não tens 20 cêntimos que me emprestes? É para uma sandes de … cavalo, é isso…
Sugestões “Não confirmo, nem desminto”: saiba o que oferecer pelo dia da mãe O dia da mãe está quase a chegar e a “Não confirmo, nem desminto”, sempre preocupada com o bem-estar dos seus seguidores, pediu ao seu consultor para aquisição de prendas e crítico literário, o conceituado comerciante cigano Faustino Pechincha, que nos apresentasse as melhores sugestões para oferecer à sua progenitora no próximo dia da mãe: “Aiiii, antes de mais queria dizer que é uma grande honra estar aqui a dirigir-me aos leitores do Diário da Transtejo e agradecer ao senhor autor desta página, o Ricardo Cataplana, e ao diretor do jornal, o Paulo Formiga, derivado a estarem-me a dar-me esta oportunidade de negócio. Mãe só há uma e temos que a estimar bem! Já pais há uma data deles – por exempro, o défice orçamental português tem muitos, mas ninguém quer assumir a paternidade, aiiii, e o cigano sou eu… – Bem, chega de análise política de alto galarito e vamos lá ao que interessa… Aiiiiii, o primêro artigo pró dia da mãe é o livro “51 Sombras de Grey”, que é muito melhor do que o primeiro, o “50 Sombras de Grey”, porque tem mais uma sombra e traz brinquedos sexuais de oferta, como umas algemas, um chicote, um cinto de ligas em sarapilheira e uma embalagem de banha de porco, aiiii. Aqui o Faustino faz esta promoção porque conhece a autora do livro. Ela costuma ir lá a casa lanchar, e até é boa pessoa, apesar de só pensar em sexo e ser uma granda galdéria, aiiiiii… O segundo artigo é o DVD do filme “Comer, Orar, Amar e Aturar o Vítor Gaspar”. Atenção, não confundir com o filme “Comer, Orar e Amar”. Este é muito melhor porque neste filme a Julia Roberts sabe representar e há uns efeitos especiais espetaculares com as olheiras do Vítor Gaspar a comer, lentamente, um contribuinte português, aiii. O Javier Bardem, que também entra no filme, é meu primo da parte da minha mulher a dias, que por acaso é a minha tia Suzete. Eu sou assim, gosto de trabalhar com a família, aiiiiii… O último artigo é um smartphone da Mokia - não confundir com os australianos da Nokia, que este é muito melhor. Tem acesso à Internet, dá para fazer chamadas, ouvir música, tem uma calculadera, um canivete suíço, uma bússola, uma tenda de campismo, faz um frango assado que é uma beleza e gasta oito litros aos cem. Está disponível nas cores branco, preto e burro quando foge!!! Na compra deste aparelho, o Faustino oferece-lhe um ouriclar e um cartão de memória com o álbum “Nuno da Câmara Pereira canta Lady Gaga”. Neste álbum o Nuno da Câmara Pereira canta muito bem porque já não parece uma ovelha com o cio… aiiii… Oh freguesa! Venha à tenda do Faustino, que aqui compra sem desatino, aiii!”
HUMBERTO ESPARTANO, 79 ANOS Pessoa que não gosta de mordomias Corto, e é sempre possível cortar mais. As pessoas queixam-se, mas no meu tempo era muito pior! Eu lembro-me que jantava uma côdea de pão com leite e, quando o rei fazia anos, podíamos comer uma sola de sapato cozida! Agora, todos querem luxos, como comer fruta e legumes, e meter os filhos na escola… Qualquer dia temos de os deixar tomar banho, não?
JERÓNIMO DE SOUSA, 66 ANOS Secretário-geral do PCP e melhor dançarino de Pirescoxe Ao contrário deste Governo neoliberal que assinou, portanto, o pacto de agressão, portanto, contra os trabalhadores, portanto, a CDU corta no que é supérfluo, portanto, e vai fazer uma campanha, portanto, junto de quem mais sofre… Optámos por reciclar os cartazes que tínhamos guardados, portanto, de campanhas anteriores. Como o lema de campanha é o mesmo, é só, portanto, uma questão de tirar “1985” e meter, portanto, “2013”. Portanto.
Nº 1618 (II Série) | 26 abril 2013
9 771646 923008
01618
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nada mais havendo a acrescentar... Liberdade Faz de conta que a liberdade é uma mulher. Assim se explica que os homens lhes tenham oferecido cravos e papoilas. Nesse céu da madrugada esperada eles eram gaivotas com asas absolutamente felizes. Os homens nem dormiam, abraçavam-na noite e dia, com medo que ela fugisse, esse corpo absoluto, tão desejado, de pele morena vindo de tão longe. Foram juras eternas de amor, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, odes, serenatas, poemas e todas as outras palavras definitivas. Namoraram nas praças, nos jardins, nas ruas. Fizeram planos com as mãos sobre o peito, as gargantas abertas como portas de prisões, os olhos rasos de futuro, os corpos de um
e outro rijos como cavalos soltos. E depois nasceram filhos e havia certezas. E depois os filhos cresceram e alguém se esqueceu de lhes explicar a história das espingardas a florir nas pontas. E a própria liberdade envelheceu. Os amantes tornaram-se apenas maridos, a chama intensa foi morrendo em toda a celulite do desânimo. Os peitos apontados ao horizonte descaíram, os cabelos são agora restolho de um trigo gasto, as rugas são sonhos afogados na pele. A paixão dos homens esmoreceu. Trinta e nove anos depois, a liberdade parece ser uma dona de casa a cozinhar para homens com saudades de outras mais velhas. Raios os partam. Vítor Encarnação
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As previsões para hoje, sexta-feira, apontam para céu limpo, com temperaturas entre os 13 e os 27 graus. O céu deverá manter-se igualmente limpo no sábado e domingo, embora sejam esperadas descidas significativas das temperaturas mínima e máxima.
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Encontro de Culturas em Serpa
Cláudio Torres, 73 anos, natural de Tondela Licenciou-se em História de Arte pela Universidade de Bucareste, em 1973. Exerceu funções de assistente da Faculdade de Letras de Lisboa entre 1974 e 1986. Foi diretor do Parque Natural do Vale do Guadiana e presidente do Comité Português do Icomos. Foi galardoado, em 1991, com o Prémio Pessoa. Foi eleito pelo Comité do Património Mundial da Unesco como representante de Portugal, funções que desempenhou durante 2000. Foi comissário científico da exposição “Portugal Islâmico – os últimos sinais do Mediterrâneo” e faz parte da Comissão Científica em Portugal do projeto Museu sem Fronteiras.
Cláudio Torres homenageado em Lisboa e Mértola
“É evidente que satisfaz o ego”
O
arqueólogo Cláudio Torres, diretor do Campo Arqueológico de Mértola desde 1980, foi homenageado recentemente, em Lisboa e na Vila Museu. Uma homenagem que, confessa, “satisfaz o ego” e “de certa forma apazigua antigas frustrações e desejos recalcados”. Serviu também para reencontrar “antigos alunos e bons amigos de outras batalhas”. Do trabalho de investigação desenvolvido há mais de três décadas em Mértola, onde fixou residência, destaca a criação e consolidação de uma equipa, “que, de certa forma”, é o seu “orgulho”.
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satisfaz o ego, e que, de certa forma, apazigua antigas frustrações e desejos recalcados. Resumindo. Foi bom também como reencontro com antigos alunos e bons amigos de outras batalhas. Para o próximo ano está também prevista a publicação de uma “monografia eclética”, com “contributos arrojados”, que “marquem a diferença”, igualmente em sua homenagem…
Que comentário lhe merece a homenagem de que foi alvo recentemente em Lisboa e Mértola, promovida pelo Campo Arqueológico e Associação de Defesa do Património de Mértola e por um grupo de docentes da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e das universidades do Algarve e de Évora?
Nestas jornadas de Lisboa e de Mértola foram feitas inúmeras e interessantes declarações que certamente poderão e deverão ser compiladas numa publicação. Durante os tempos posteriores ao 25 de Abril, quando nos conhecemos, foram anos decisivos das nossas vidas e também da própria Faculdade de Letras e depois em Mértola onde trabalhamos em conjunto. Ao longo de tantos anos, todos estes amigos – e foram largas centenas – têm certamente boas recordações que vale a pena não esquecer!
Desde que não seja uma homenagem póstuma, ou com a intenção mais ou menos camuflada de antever ou preparar o óbito!... É evidente que
Estabeleceu-se em Mértola no final da década de 70 do século passado. Qual é o balanço que faz destes
quase 35 anos de investigação na Vila Museu?
Criámos e consolidámos uma equipa que, de certa forma, é o meu orgulho. Além do Campo Arqueológico de Mértola, que se afirmou no quadro nacional e mesmo internacional como um importante centro de investigação científico, formou-se também e consolidou-se a Associação de Defesa do Património, especializada na salvaguarda do património natural e sobretudo vocacionada para o desenvolvimento regional. Nestas duas associações sem fins lucrativos trabalham hoje mais de meia centena de jovens técnicos altamente especializados, alguns dos quais continuam a sua formação académica. Ao fim destes anos, sente que pertence mais a Mértola do que a outro local onde já tenha vivido?
Ao fim de tantos anos, e depois de me ter fixado em Mértola por paixão, é natural que me sinta perfeitamente enraizado, como com tenções de ficar até ao fim. Nélia Pedrosa
O festival X Encontro de Culturas, que acontece em Serpa, entre os dias 7 e 10 de junho, já tem o cartaz fechado. Estão confirmadas as presenças de Amor Electro (dia 8), Gabriel o Pensador (dia 9) e Ana Moura (dia 10). Destaque ainda para o espetáculo enRede (dia 7) e para o cante alentejano (dia 10). Todos estes espetáculos musicais terão lugar na praça da República, pelas 22 horas. No castelo, a partir das 24 horas, atua Aline Frazão (dia 7), Celtas Cortos (dia 8) e Mónica Ferraz (dia 9).
FMM Sines continua a crescer O Festival Músicas do Mundo que se realiza entre os dias 18 e 27 de julho, em Sines, celebra a sua 15.ª edição e esta semana a organização voltou a anunciar artistas que já confirmaram presença. Femi Kuti (Nigéria), Bomba Estéreo (Colômbia), Dubioza Kolektiv (Bósnia-Herzegovina), Hazmat Modine (EUA), Ondatrópica (Colômbia), Skip & Die (África do Sul/Holanda), Tamikrest (Mali – Povo Tuaregue) e Winston McAnuff & Fixi (Jamaica/França) foram os nomes recentemente anunciados. Recorde-se que anteriormente já estava confirmada a presença de Bassekou Kouyaté & Ngoni Ba (Mali), Amadou & Mariam (Mali), Hermeto Pascoal (Brasil), Rokia Traoré (Mali), Trilok Gurtu & Tigran Hamasyan (Índia/Arménia), Rachid Taha (Argélia/França), Lo’Jo (França), Asif Ali Khan & Party (Paquistão), Baloji (R. D. Congo/Bélgica), DakhaBrakha (Ucrânia), Akua Naru (EUA), Cristina Branco (Portugal), Gaiteiros de Lisboa (Portugal), Carlos Bica ‘Trio Azul’ (Portugal), JP Simões (Portugal), Custódio Castelo (Portugal) e Celina da Piedade (Portugal).
Fotografia na Casa do Alentejo “Casa do Alentejo – Um Povo, Uma Cultura, Uma Região” é o tema do concurso de fotografia organizado pela Casa do Alentejo para festejar o seu 90.º aniversário, que se assinala no dia 10 de junho. Segundo os promotores, o Prémio Casa do Alentejo visa dar continuidade à promoção da cultura alentejana e constitui-se como uma oportunidade para os fotógrafos revelarem o seu talento. O concurso é aberto a fotógrafos amadores e profissionais.
Sexta-feira, 26 abril 2013, Nº 1618 (II Série)
ILUSTRAÇÃO SUSA MONTEIRO
Ovibeja
02 Diário do Alentejo | 30ª Ovibeja 26 abril 2013
A ministra já tem algum conhecimento do que é a agricultura. Penso que ela ainda vai aprender mais. Já consegue lidar com algumas situações e o discurso da senhora ministra da Agricultura mudou para melhor. Mas há muitas coisas em que ainda discordamos e isso também é possível porque estamos em democracia. Os constituintes do Ministério da Agricultura são os agricultores e não a EDIA. Se não houver agricultores, empresários que arrisquem neste negócio, que é importante também para garantir uma estabilidade social no campo e em regiões de interior como esta, não há Ministério da Agricultura. Não faz falta nenhuma”.
Polémica em torno da gestão da água do Alqueva como pano de fundo da Ovibeja
Ministério da Agricultura não faz sentido sem agricultores A Ovibeja é cada vez mais uma “feira popular”. Quem o afirma é Manuel Castro e Brito, presidente da ACOS, entidade organizadora de um certame com 30 anos. Com o tema da água como pano de fundo, e o regadio Alguma vez, mesmo nos seus melhores sonhos, imaginou que ao fim de 30 anos a Ovibeja viesse a transformar-se na maior feira do mundo rural do País?
Vivo a minha vida no dia-a-dia. Nunca fui de fazer grandes projetos mas, de facto, a Ovibeja teve todas as possibilidades ao longo da sua história. Havia a Feira de Maio, que foi sempre muito movimentada e muito procurada pela lavoura, pelas pessoas de toda a região. E a Ovibeja surge aí. As feiras são orientadas conforme os poderes instituídos. Que querem sempre tirar partido das maiores manifestações da população e da economia. Ainda hoje é muito difícil endossar as feiras para a sociedade civil e para a classe empresarial. De qualquer das formas, a Ovibeja vibeja começou com um pequeno redil na Feira ira de Maio de Beja e transformou-se neste mega palco para a sociedade local, para a economia omia regional e também para os políticos…
O grupo inicial que constituiu esta associação, ra um grupo de a ACOS, fez logo uma feira. Era ca diferente do pessoas com uma massa crítica normal, pessoas que tinham um outro modo sibilidades políde vida. Embora houvesse sensibilidades ticas mais à esquerda, ou mais à direita, neste via era um forte grupo isso não se refletia. Havia sentimento de classe e que era necessário lutar unho de defesa pela classe e pela região. Este cunho nte desde a priregional esteve sempre presente meira feira. E, logo aí, tivemos problemas poquem são aquelíticos, porque se perguntava: “quem les tipos que ali estão? Aqueles tipos estão ali a rojeto”. No promais, eles não estão no nosso projeto”. jeto político dessa altura. É curioso acontecerem problemas emas políticos logo na primeira Ovibeja, até porque a feira veio a transformar-se numa espécie spécie de palco para todas as vaidades e atividades dades políticas. O que diz é quase um contrassenso? enso?
Sem dúvida. E até hoje têm sempre empre existido problemas de disputa. E estee ano chegáorridos limos então ao auge. Fomos corridos eiras e teralmente do Parque de Feiras oisas Exposições de Beja. As coisas chegaram a este ponto, mas já estamos habituados e até noss dá um certo gozo este nervosismo da parte dos políticos.
de Alqueva no centro da polémica entre os agricultores e a tutela, Castro e Brito acredita que o Governo aproveitará esta oportunidade para dar um passo atrás quanto à gestão da água no maior perímetro de rega do País. Muito crítico em relação à EDIA e à Câmara Municipal de Beja, Castro e Brito revela que a Ovibeja sempre foi palco de disputas e de invejas políticas e que o grande segredo da feira é afinal: trabalho, trabalho, trabalho e uma atitude positiva: “não ganhamos nada em andar a lamuriar”. Entrevista Paulo Barriga Fotos José Ferrolho
Mas a última proposta da Câmara Municipal de Beja era precisamente no sentido de passar a administração do Parque de Feiras e Exposições para a ACOS.
Não, isso é tudo mentira. Não é verdade e não há esse sentimento. Sabemos que não temos confiança nessa politiquice que anda aí e nesse reclame e nessas jogadas políticas, porque temos que trabalhar, não temos tempo para essa tristeza. Portanto, não queremos nada com a Câmara de Beja. Com as pessoas de Beja queremos tudo. Com estes eleitos não queremos nada. Quando diz que a ambição pessoal e o protagonismo prevalecem em Beja e que prejudica a todos está a referir-se a quem em concreto?
A sucessivos políticos que têm passado aqui por Beja que não têm competência para isso e que têm passado a vida a olhar para o próprio umbigo. Estou a referir-me a esses. E o cúmulo é agora este presidente de câmara que temos aqui em Beja. Que até foi apoiado pelas populações e que até foi impingido como administrador da EDIA para poder ter meios para fazer uma campanha. Estamos muito prejudicados por esta sede de controlo, de poder, que nunca tivemos, nem no tempo do Partido Comunista Português. Qual é o principal segredo do sucesso da Ovibeja?
São vários segredos. Trabalho, trabalho, trabalho… e trabalho, trabalho até ao infinito, de toda a gente, das pessoas que gostam da feira, que são aqui expositores, que também são aqui da casa e organizam esta feira. É este o segredo.
Diário do Alentejo | 30ª Ovibeja 26 abril 2013
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ministra da Agricultura para repensar essa situação, porque ela será terrível para os agricultores, será terrível para este projeto, porque o que se passa é entregar tudo a uma empresa do Estado, o que não faz sentido.
Ainda é adequado chamar feira à Ovibeja ou ela está cada vez mais a transformar-se num festival mais generalista?
Pelo contrário. Cada vez é mais uma feira. Porque as feiras em todo o mundo têm várias vertentes. Se me dizem que a Ovibeja tem que ser uma feira só de gado ou uma feira só para agricultores, deixa de ser feira e passa a ser uma exposição, passa a ser um salão específico, como dizem os franceses, virado só para alguns setores. A Ovibeja é cada vez mais uma feira popular que arrasta todas estas atividades de exposições, de discussão, de negócios, de bem-estar das populações, das pessoas que aqui vêm. Como encara o facto de uma entidade privada como a ACOS ser a responsável pelo maior acontecimento popular que se realiza aqui em Beja?
Se fosse assim em todo o lado não teríamos os problemas que o País agora atravessa. É um exercício empresarial. É um investimento, porventura o maior investimento que se faz durante cinco dias aqui no Alentejo. Isto é um exemplo de competência da sociedade civil. Qual é o valor do orçamento global da feira?
O orçamento costumava ser de um milhão de euros. O ano passado já diminuímos e temos muitas esperanças que a feira este ano fique nos 700 mil euros. É um esforço muito grande que estamos a fazer e estamos a pedir compreensão às pessoas que nos ajudam a fazer a feira. Pedir compreensão a quem ajuda a fazer a feira e pedir compreensão às pessoas que cá vêm pagar sete euros?
Estamos nos sete euros mas também podemos estar nos cinco, se for um bilhete familiar. Este ano fazemos mais um esforço, abrir a feira no primeiro dia até às cinco da tarde para que as pessoas possam vir, mesmo que não tenham disponível esse dinheiro. Os tempos não estão fáceis…
Não acho que uma ajuda para esta realização, que não é negócio para a ACOS, mas que também não dá prejuízo, seja uma violência. Se eu quiser ir ver um cantor ao Pax Julia, que até tem apoios comunitários, pago 12 euros. Penso que estamos a fazer uma concorrência pela positiva, porque vêm cá ver os melhores grupos do País, ver todos os salões, os animais, a gastronomia, estar com amigos, beber uns copos, confraternizar… O que é que está caro afinal? Para além do preço, a crise parece não estar a afetar a Ovibeja ao nível dos visitantes e dos expositores. A Ovibeja espelha o reflexo exato da situação que a região e o País atravessam?
Está a falar com um homem velho. Um homem que assistiu à miséria que havia no Alentejo, à ignorância que havia, à fome e aos piolhos, às pessoas que não tinham calçado
Como assim?
para andar. Lembro-me perfeita e infelizmente de tudo isso. Houve aqui um avanço enorme na vida das pessoas. A maior parte dos filhos destas pessoas têm cursos superiores, os filhos e os netos, porque isto passouse há quase 40 anos. A condição de vida das pessoas melhorou imenso. Agora se me diz que tem de ser mais, estou completamente de acordo. Mas vamos, quanto a mim, entrar numa atitude positiva e trabalhar para isso. E a Ovibeja tem essa atitude positiva?
Exatamente! E talvez seja essa a resposta à pergunta. Não ganhamos nada em andar a lamuriar. Temos de assumir uma atitude positiva. Sei que há pessoas que estão em grandes dificuldades. Devem ser ajudadas e todo o discurso que anda aí que não se deve ajudar, do género “eles que vão trabalhar”, é um discurso assassino. É um discurso que não tem razão de ser, as pessoas têm de ser ajudadas e temos que reivindicar essa evolução, principalmente na educação e na saúde, que são os pilares do desenvolvimento social. Mas o desenvolvimento tem de ser também económico. A Ovibeja testemunhou também essa evolução e essencialmente a evolução do mundo rural nestas últimas três décadas. O que de mais relevante mudou neste período?
Tudo! A evolução da sociedade alentejana foi também a evolução na agricultura. Hoje temos uma agricultura que se compara à melhor agricultura em toda a Europa. Temos pessoas com formação que vão para o campo com o computador, com GPS, tendo sistemas automáticos através da Internet, no regadio, na própria pecuária, noutras culturas… Houve uma evolução brutal e houve um investimento brutal. Os agricultores tornaram-se empresários, assumindo riscos que nessa altura, se calhar, não era normal. Agora, vamos tendo uma fileira desde a produção até à industrialização. Estamos a dar cartas em setores como o olival, a vinha e outras áreas que têm evoluído bastante. Assunção Cristas inaugura a Ovibeja. Apetecia-lhe receber a ministra ao som da “Grândola Vila Morena”?
A mim é-me indiferente. Se for pela positiva. O próprio Castro e Brito receber a ministra a cantar a “Grândola Vila Morena”…
Posso cantar, até porque sei a letra. Tenho o maior orgulho em ter pertencido à geração do 25 de Abril. Foi a minha geração que fez a revolução e a revolução foi difícil. Eu
Não ganhamos nada em andar a lamuriar. Temos de assumir uma atitude positiva. Sei que há pessoas que estão em grandes dificuldades. Devem ser ajudadas e todo o discurso que anda aí que não se deve ajudar, do género “eles que vão trabalhar”, é um discurso assassino.
fiz a Mocidade Portuguesa, fiz a tropa, fui à guerra em Angola… a minha geração foi uma geração sacrificada, mas lutou. Se não fosse a minha geração não teríamos ministros votados em democracia e não poderíamos cantar nada. Não confundo isto com os abusos, as desgraças e os roubos que houve principalmente a agricultores meus colegas. O 25 de Abril foi bom para o País e foi bom para a democracia e para a liberdade que teve uma fase terrível, a fase do PREC. Não é propriamente um fã das políticas deste ministério, que mensagem é que vai deixar à ministra?
A ministra já tem algum conhecimento do que é a agricultura. Penso que ela ainda vai aprender mais. Já consegue lidar com algumas situações e o discurso da senhora ministra da Agricultura mudou para melhor. Mas há muitas coisas em que ainda discordamos e isso também é possível porque estamos em democracia. A ministra foi perentória em afirmar que a água do Alqueva vai ser gerida pela EDIA. Que comentário lhe merece esta decisão governamental?
É uma péssima decisão. Penso que temos tempo para pensar, temos tempo para agir e a senhora ministra também o vai fazer. Precisamos de estar todos do mesmo lado e isso é possível. Vamos apelar muito à senhora
Os constituintes do Ministério da Agricultura são os agricultores e não a EDIA. Se não houver agricultores, empresários que arrisquem neste negócio, que é importante também para garantir uma estabilidade social no campo e em regiões de interior como esta, não há Ministério da Agricultura. Não faz falta nenhuma. Diz que há uma clientela que tem que se acalmar na EDIA. Quer especificar melhor?
Já lhe dei um exemplo. Quando foi preciso lançar um presidente da câmara, nessa altura do partido que geria a EDIA, puseram lá um funcionário para daí ser catapultado para presidente da câmara. É a isto que me refiro. Refiro-me às autênticas árvores genealógicas que existem na EDIA. Os núcleos que existem na EDIA, porque uns foram postos pelo PCP, outros foram postos pelo PS, outros foram postos pelo PSD, outros foram postos certamente pelo CDS, toda a gente sabe, é público. Numa altura em que o Estado nos aperta o pescoço com o fisco não podemos estar a ver o espetáculo da EDIA. As pessoas têm de se moderar. Isto não é nada contra os funcionários da EDIA, pelo contrário, porque se as coisas continuarem a correr assim eles não terão futuro. Se houver, de facto, uma aliança com os agricultores e com as associações de regantes, para onde eles poderão transitar mediante protocolos, certamente terão futuro. Referiu que tem que haver uma política séria deste Governo em relação a Alqueva. Neste momento essa política não existe?
Não estou a dizer que não há, estou a dizer que não tem havido. Neste momento, temos a esperança que se possa concretizar o regadio do Alqueva. O regadio virado para os agricultores e para as suas organizações. Os agricultores não estão disponíveis para pagar arrogâncias, luxos e desbarato de dinheiro. Este assunto é muito sério. Certamente teremos uma resposta positiva da ministra da Agricultura ou do primeiro-ministro, que virá certamente à Ovibeja. E uma maior moderação da atitude que a EDIA está a ter, uma atitude arrogante. Alguma vez acreditou que o regadio do Alqueva estivesse concluído em 2015?
Vai estar! Se não estiver completamente, vai estar em grande parte, pelo menos aqueles investimentos que estão feitos e que precisam urgentemente de água e que já este ano tiveram um prejuízo enorme, porque foi um ano terrível de seca. Estou convencido que este Governo se apercebeu que é um investimento urgentíssimo, que é um investimento nacional, que é um investimento estruturante e que é um investimento que rende imediatamente.
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Bar em gelo na Ovibeja
Diário do Alentejo | 30ª Ovibeja 26 abril 2013
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A Ovibeja vai contar este ano, pela primeira vez, com um bar em gelo. O “Spot Ice Bar” tem como tema principal a água, e é da responsabilidade da Cocas Produções, que garante “tratar-se de um conceito inovador, original e criativo”. “Proporciona a quem o visita uma experiencia sensorial única, num ambiente de gelo, com temperaturas entre os 7 e os 10 graus negativos”, garante em comunicado. À entrada os visitantes são convidados a vestirem um fato para explorar o ambiente frio, de modo a poderem apreciar um cenário único, onde tudo é feito em gelo.
Livros apresentados durante a feira Durante a Ovibeja vão ser apresentados vários livros e O Porco com sua licença, da autoria de Maria Antónia Goes, é um deles, no dia 26, pelas 18 e 30 horas. Na área da ficção, o livro Lírios Roxos do Rio Zaire, da autoria de Manuel Dias Horta, é apresentado no dia 27, pelas 17 horas, no auditório da Expobeja.
Escultura assinala os 30 anos de Ovibeja
As ovelhas já são uma “tradição” no trabalho de Margarida de Araújo, que reside em Serpa há quase duas décadas. Mas nunca a artista plástica se deparou com o desafio de conceber uma de dimensões tão grandes. Que fosse, a um tempo, para contemplar, e para usar como um banco de jardim: “Como algo que é um bocadinho das pessoas também”.
JOSÉ FERROLHO
Uma ovelha “futurista” aponta à “modernidade”
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JOSÉ CÂNDIDO CHÍCHARO & FILHO, LDA. Rua D. Afonso III, Ed. Toyota, Apart 76 7800-050 Beja Tel. 351284311410/12 Fax 351 284 311 419 jcctoyota@mail.telepac.pt FRANCISCO FERNANDES (chefe de vendas) Telemóvel +351 961 338 937
ada melhor do que uma ovelha, sobretudo se for de dimensões gigantes, para assinalar os 30 anos que passam sobre a primeira edição da Ovibeja e homenagear a velhinha Associação de Criadores do Ovinos do Sul (ACOS), que lhe deu impulso e corpo. Foi isso mesmo que pensaram, quer a ACOS, hoje uma associação generalista, quer a escultora Margarida de Araújo, autora da peça que, desde quarta-feira, 24, pode ser vista no recinto da feira entre os pavilhões Multiusos e dos Sabores. “Eu não apresentei várias ovelhas, eu apresentei várias peças, entre elas esta ovelha, que foi logo apontada como a preferida”, lembra a artista plástica, natural de Maputo, Moçambique, mas há quase 20 anos a residir em Serpa, onde mantém uma galeria-ateliê. Quem conhece o trabalho da artista plástica e ceramista sabe desta “tradição” própria de criar “ovelhas estilizadas, sempre diferentes” mas com estas dimensões – a figura, contando com a base em que assenta, atinge os quatro metros de altura – será uma “estreia” e, confessa, representou um “desafio muito positivo”. “Não queria chamar-lhe gigantesca mas, de facto, não há nenhuma ovelha daquele tamanho, portanto é gigantesca”, assente, lembrando que nunca antes tinha subido o patamar para além das peças em tamanho natural. A peça, pensada para “resistir ao tempo e às intempéries” foi construída em betão armado, assentando numa base revestida a tijoleiras artesanais, que terá a função de banco público, “onde as pessoas se podem sentar, esperar umas pelas outras ou simplesmente descansar”. Além da vertente utilitária, adianta Margarida de Araújo, salienta-se aqui também a possibilidade de os visitantes poderem estar próximos da ovelha, “não como uma peça bonita, na qual não se pode tocar, mas como algo que é um bocadinho delas também”. Mas há também uma simbologia subjacente à base, que usa como matéria-prima um produto
artesanal da região. “A base simboliza a agricultura, que no fundo representa os alicerces de toda a feira”, desvenda a escultora. Por seu turno, a ovelha estilizada, “quase futurista”, corporiza a “modernidade” que vem acompanhando o certame como imagem de marca ao longo destas três décadas. A escultura, inaugurada no primeiro dia da feira, e com honras da presença do secretário de Estado adjunto do primeiro-ministro, o bejense Carlos Moedas, está agora à vista numa zona estratégica do Parque de Feiras e Exposições de Beja, exatamente para que possa “ser visível de quase todos os pontos da feira” e para que se tenha “uma maior leitura das suas linhas”. “Muito contente” com o convite feito pela ACOS – Agricultores do Sul,
Margarida de Araújo, que já passou por vários pontos da Europa (Áustria, Itália, França e Espanha), a expor e como estudante de artes, interpreta-o como um exemplo a seguir na conjuntura atual. “Significa que há espaço para a criatividade e para a inovação no Alentejo, ou seja, que é possível acreditar-se na importância que a arte e que a criatividade têm como motor de desenvolvimento. E significa também que há uma aposta importante, também nesta área, que está a ser feita por esta feira”. Além de dinamizar o seu próprio ateliê-galeria, “procurando de alguma forma contribuir para dinamizar a vida cultural de Serpa”, a autora mantém-se como formadora na Escola Profissional de Artes e Ofícios local, nas áreas de olaria e cerâmica artística. Carla Ferreira
O livro Memórias da Culinária Alentejana – crónicas de petiscar e bem comer é uma homenagem a António Almodôvar, recentemente falecido. Apresentado no dia 25, pelas 12 horas, no Pavilhão Vinhos e Azeites, tem a chancela da Colares Editora e prefácio do diretor do “Diário do Alentejo”, Paulo Barriga, jornal onde publicava semanalmente as suas crónicas literárias em redor da arte de bem comer e petiscar. Conta ainda com a presença de Manuel Fialho, da Confraria dos Gastrónomos do Alentejo, ordem de que era confrade. No final decorre um almoço em homenagem ao confrade “Ni” Almodôvar, como era conhecido entre amigos.
Embaixadores do mundo na Ovibeja Embaixadores de todo o mundo reuniram-se na Ovibeja, no dia de abertura, quarta-feira. A ação partiu da iniciativa do ex-adido agrícola da Embaixada da Holanda, Carel Heringa. Marcaram presença embaixadores de Espanha, Japão, Itália, Angola, Bélgica, Tunísia, Estados Unidos da América, Roménia, Holanda, Bulgária. A comitiva, que incluiu também conselheiros agrícolas, adidos políticos, económicos, comerciais e agricultores, juntou cerca de 30 participantes.
05 Diário do Alentejo | 30ª Ovibeja 26 abril 2013
“Ni” Almodôvar homenageado na Ovibeja
Raças autóctones portuguesas em livro A Direcção-geral de Alimentação e Veterinária vai proceder ao lançamento do livro Raças Autóctones Portuguesas, amanhã, sábado, dia 27, pelas 15 horas, no auditório do Nerbe, no âmbito da realização da 30.ª Ovibeja. Esta iniciativa pretende divulgar e caraterizar as 57 raças autóctones existentes em Portugal que constituem um património genético animal único.
Virgem Suta, António Zambujo e Xutos já subiram ao palco
Buraka Som Sistema e The Gift para as noites que faltam
É
sabido por todos que um dos pontos fortes da Ovibeja são os concertos que enchem o pavilhão multiusos do Parque de Feiras e Exposições de Beja. Para este ano, e na comemoração dos 30 anos da feira, o palco mantém-se, apenas muda o nome: Palco Sagres é o local onde os nomes fortes da música vão continuar a “enfrentar” milhares de pessoas na maior feira agropecuária do sul do País. Na quarta-feira, primeiro dia de feira, a noite foi da casa: Virgem Suta e António Zambujo encantaram os visitantes da Ovibeja e o feriado entrou pela feira dentro ao som do dj N-To-The-N. A noite de ontem, quinta-feira, levou os mais novos e os mais velhos a cantar e a saltar, sempre de braços no ar, ao som dos Xutos e Pontapés, aos quais se seguiu o dj Fernando Alvim. A noite de hoje será assegurada pelos já conhecidos desta feira Buraka Som Sistema (22 e 30 horas), que, tal como os Xutos e Pontapés, subiram ao palco da Ovibeja na edição 28, em 2011. A animação vai continuar noite
dentro com a dj Miss Blondie que garante os melhores sets da atualidade, a partir das 23 e 30 horas. Os espetáculos musicais terminam amanhã, sábado, penúltimo dia de feira, com a presença em palco dos The Gift, pelas 22 e 30 horas, que irão cantar e encantar os milhares de visitantes esperados. Logo a seguir, a Antena 3 Party Zone vai
animar a madrugada dos jovens com o dj The Fox + dj Guga, a partir das 23 e 30 horas. Além das atuações no Palco Sagres, os visitantes da 30.ª edição da Ovibeja poderão ouvir as músicas do Alentejo no espaço da Associação de Municípios do Baixo Alentejo e Alentejo Litoral, no palco junto ao Pavilhão Institucional.
As atuações têm início hoje, no Dia da Liberdade, do Baco e da Margem Esquerda do Guadiana, e passarão pelo palco, a partir das 15 horas, grupos de Moura, Mértola, Vidigueira e Vila Verde de Ficalho. Amanhã, sábado, Dia da Serra, da Planície e do Campo Branco, as atuações, que começam às 15 horas prolongando-se até ao
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jantar, contam com a presença em palco dos grupos corais de Castro Verde e de Ourique e grupos de música e dança da cidade de Beja. No último dia de feira, domingo, Dia do Mar, será o grupo Coral da Casa do Povo de São Luís, Odemira, o único a atuar neste espaço, com início marcado para as 15 horas. Gonçalo Farinho
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Tertúlia Vidigueira Cidade do Vinho
A Câmara Municipal de Vidigueira organiza amanhã, sábado, dia 27, pelas 18 horas, no Pavilhão Sabor Alentejo Vinhos & Azeite, na Ovibeja, a tertúlia “Vidigueira Cidade do Vinho 2013”. “A singularidade do terroir na região de Vidigueira” será o tema em análise e debate.
FOTOS DE JOSÉ FERROLHO
Diário do Alentejo | 30ª Ovibeja 26 abril 2013
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Água, vinho e azeite
Aprender, ver e provar Sabia que Neil Armstrong, o primeiro homem a pôr o pé na lua, levou consigo folhas de oliveira? E que Portugal é o país onde existem mais castas vinícolas catalogadas? Ou que para fazer um par de calças de algodão são precisos 170 litros de água? Pois é. Se for à Ovibeja, e visitar as exposições interativas sobre o azeite, o vinho e a água, ficará a saber estas e muitas mais curiosidades.
A
ONU declarou 2013 como o Ano Internacional de Cooperação pela Água, e a Ovibeja montou para os seus visitantes uma exposição em que o tema é dissecado gota a gota. O “Diário do Alentejo” fez uma visita falada com Luísa Castro e Brito, responsável pela mostra
que, desde logo, avisa que é vital “repensar a nossa relação” com o precioso líquido. E as razões são mais que muitas, e podem ser confirmadas nos vários painéis da exposição: a pressão demográfica, o desenvolvimento industrial dos países emergentes e as alterações climáticas são apenas algumas das que nos devem obrigar a olhar para a água e a perceber que este é um recurso finito e, como tal, que importa salvaguardar. O espaço disponibiliza Ipads com algumas aplicações que, numa espécie de jogo, mostram a pegada hídrica que cada um de nós produz, de forma a sensibilizar os visitantes a mudarem os seus comportamentos no consumo doméstico da água.
Segundo Luísa Castro e Brito, “Portugal está numa situação confortável no que respeita a valores médios da disponibilidade da água”, mas, mesmo assim, “o Alentejo enfrenta períodos de seca extrema”, sendo este um pequeno exemplo das assimetrias globais na distribuição das fontes de água e das dificuldades no acesso humano à água potável. O Ano Internacional de Cooperação pela Água pretende discutir o tema e encontrar soluções para este problema. O Centro de Ciência Vida da Mina do Lousal estará presente no espaço desenvolvendo experiências, tal como a EMAS de Beja, que, num espaço próprio, terá atividades para o público mais jovem. Azeite e vinho Mas nem só de água vive o homem, e o azeite e o vinho fazem parte da história e da cultura dos povos do sul da Europa. Por isso, e porque são dois produtos com inegável importância económica, a Ovibeja tem um pavilhão inteiro a eles dedicado. É neste local que serão divulgados os nomes dos azeites vencedores do 3.º Concurso Internacional de Azeites
O Partido Ecologista “Os Verdes” estará presente na Ovibeja com um expositor dedicado à campanha “Contra a Privatização da Água”. Esta campanha, lançada pelo PEV no Dia Mundial da Água, 22 de março, “pretende alertar para os perigos da privatização da água, que o Governo tem vindo a promover através de profundas alterações à legislação, e também com a já anunciada reestruturação do Grupo Águas de Portugal”.
As exposições estão montadas de forma a que o consumidor faça uma abordagem desde a produção até ao prato. As variedades e as castas, os terroir, os tipos de azeite e de vinho e os petiscos indicados para cada tipo de vinho ou azeite são parte do roteiro proposto pela organização.
07 Diário do Alentejo | 30ª Ovibeja 26 abril 2013
“Os Verdes” contra a privatização da água
Virgem Extra, já considerado um dos 10 melhores eventos deste tipo realizados em todo o mundo. As exposições estão montadas de forma a que o consumidor faça uma abordagem desde a produção até ao prato. As variedades e as castas, os terroir, os tipos de azeite e de vinho e os petiscos indicados para cada tipo de vinho ou azeite são parte do roteiro proposto pela organização. Pelo caminho serão desfeitos alguns mitos, como, por exemplo, o que diz que, no azeite, a acidez é percetível pelo paladar, quando tal só é possível avaliar recorrendo a análises; ou, outro ainda, que jura estar a cor ligada à qualidade, quando uma coisa não tem nada a ver com a outra. Quem quiser pode aprender a provar azeites e vinhos, entrar na roda dos sabores ou participar no jogo dos aromas. No local estarão sempre especialistas disponíveis para esclarecer e desfazer qualquer dúvida. Também aqui, o Centro de Ciência e Vida de Aveiro marcará presença, com experiências de encher o olho e explicações mais ou menos curiosas, como aquela que tem a ver com o processo químico que origina a maionese ou a produção de gomas de vinho. Aníbal Fernandes
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08 Diário do Alentejo | 30ª Ovibeja 26 abril 2013 PUB