Ediçao N.º 1619

Page 1

PUB

Este VALE

€1,20

na

Veja como na página 25

Postos BP Beja

António Sebastião: De social democrata a independente em Almodôvar pág. 6 SEXTA-FEIRA, 3 MAIO 2013 | Diretor: Paulo Barriga Ano LXXXI, N.o 1619 (II Série) | Preço: € 0,90

TAP começou a utilizar a pista bejense para estacionar e reparar aeronaves

Aeroporto de Beja recebe primeiro avião civil para manutenção JOSÉ FERROLHO

pág. 9

Galp não desiste do petróleo alentejano pág. 11

Freguesias unidas contra a extinção pág. 8

A terra é o ouro da Mina da Orada reportagem nas págs. 4/5

O dia em que Beja vai à espiga pág. 12

O sol é a riqueza turística do Alentejo pág. 13

Terras Sem Sombra chega a Grândola pág. 30

PUB

A Organização das Nações Unidas declarou 2013 como o Ano Internacional de Cooperação pela Água. Hoje, como nunca antes, a Humanidade começa a ganhar consciência sobre a importância da preservação deste bem único e fundamental para a vida no Planeta. E é isso mesmo que, pelo concelho de Beja, a EMAS anda a dizer aos alunos das escolas: aqueles que cuidam bem da água são heróis. págs. 16/17

Heróis da Água em terras de sequeiro


Diário do Alentejo 3 maio 2013

02

Editorial Céu

Vice-versa Assunção Cristas reafirmou na visita à Ovibeja que a gestão da rede secundária do Alqueva deve ser feita pela empresa gestora do projeto até 2020. A ministra da Agricultura já reuniu com as associações de regantes e agricultores, e disse que “praticamente todas” mostraram “disponibilidade” para integrar o comité de acompanhamento do regadio do Alqueva. Assunção Cristas, citada pela Lusa

Paulo Barriga

[A entrega da gestão da água de Alqueva à EDIA] é uma péssima decisão. Penso que temos tempo para pensar, e a senhora ministra também o vai fazer. (…) Os constituintes do Ministério da Agricultura são os agricultores e não a EDIA. Se não houver agricultores, empresários que arrisquem neste negócio, não há Ministério da Agricultura. Não faz falta nenhuma.

U

m dos mais pungentes romances em língua portuguesa sobre a questão dos sem-terra no Alentejo chama-se O pão não cai do céu. A história, com mais ou menos sacholada sobre a campanha do trigo, reproduz os violentos acontecimentos do Cantinho da Ribeira, Trindade, Beja. Ao longo da narrativa, José Rodrigues Miguéis vai traçando um cenário de desesperança, de desolação, de impossibilidade e de marginalização dos assalariados rurais nos campos do Sul. Utiliza o romancista uma gigantesca parábola, quase em jeito de manifesto literário, sobre o infortúnio a que este povo estava votado: O pão não cai do céu. A imagem é boa. E adequa-se na perfeição ao tempo histórico evocado por Miguéis. Mas hoje as coisas parecem estar em perfeita mutação. Ou mesmo contradição. É para os céus que o alentejano pode e deve lançar o olhar. O Alentejo começa a ter água. Alqueva é uma realidade, uma certeza, uma boa razão para começar a mirar e a desejar todas as pingas de água que se despeguem das nuvens. Hoje mesmo, que é sexta-feira, celebra-se o Dia do Sol, esse nosso companheiro de quase todos os dias que nos obrigou a inventar a cal, as quartas de barro e a cesta no fresco das casas. Dizem-nos da Entidade Regional de Turismo do Alentejo que é precisamente o sol, antes simplesmente impiedoso e inclemente, que faz com que o Alentejo comece agora a desabrochar nos melhores guias turísticos. E na sexta-feira passada, em pleno alvoroço da Ovibeja, um avião da companhia turca AtlasJet aterrou na pista do aeroporto de Beja, para sofrer reparos. Coisa de pouca monta, assegurarão os pessimistas do regime, sempre mais inclinados em transportar as nossas realizações coletivas para o engraçado anedotário nacional do que em festejar toda e qualquer oportunidade que nos possa fazer cair em graça. Que possa, afinal, fazer com que o pão nos caia do céu. E, no entanto, ele vai cair...

Manuel Castro e Brito, em entrevista ao “Diário do Alentejo”

Fotonotícia Vil metal. Na madrugada de terça-feira foi assaltada mais uma ourivesaria em Beja. Aquela pequena joalharia familiar que fica situada bem no início da rua dos Infantes. O assalto, segundo as autoridades, terá ocorrido por volta das três horas da manhã. A PSP ocorreu de imediato ao local, mas não evitou que os assaltantes conseguissem arrombar as grades de segurança, partir as montras e retirar do interior da loja artigos no valor aproximado de 20 mil euros. São os sinais dos tempos. Aqui se roubam. Ali se vendem. O Governo tem que agir urgentemente sobre o comércio “legal” do vil metal. PB Foto de José Ferrolho

Voz do povo Concorda que se continue a comemorar o Dia do Trabalhador?

Inquérito de Gonçalo Farinho

Joaquim Silva, 74 anos, reformado

António Fialho, 52 anos, técnico de vendas

João Brissos, 24 anos, estudante

Dália Correia, 35 anos, empregada de balcão

Acho que sim. Um feriado que já existe há tantos anos deve ser comemorado, agora depende das comemorações que fizerem. Já basta a crise. Os trabalhadores devem ser considerados sempre trabalhadores. Dia do Trabalhador é o Dia do Trabalhador, e não pode ser tirado. É uma regalia a que se tem direito.

Sim, claro. O Dia do Trabalhador nunca deve acabar, embora cada dia que passe haja menos trabalhadores. O trabalhador deve ser sempre respeitado. Hoje, com o desemprego que existe, ser trabalhador é uma honra. Este dia tem de ser comemorado, o que acontece é que já não se comemora como antigamente, as pessoas têm menos dinheiro. No 1.º de Maio ninguém devia trabalhar.

Concordo que se continue a comemorar este feriado, pois, apesar da conjuntura económica atual ser adversa, é importante que nós, enquanto trabalhadores, continuemos a sentir o ato de trabalhar reconhecido, o que nos permite acreditar no nosso valor e enfrentar o amanhã com renovada esperança na melhoria das condições económicas e sociais do País. E sem dúvida que a comemoração deste feriado é um estímulo neste sentido.

No panorama social em que estamos inseridos neste momento, o Dia do Trabalhador não tem o mesmo significado que tinha há alguns anos. Atualmente, o Dia do Trabalhador é todos os dias, cada vez o nosso salário é menor e o trabalho maior. Mas, de qualquer modo, só por aquilo que os nossos antepassados fizeram, este dia deve ser comemorado.


Rede social JF

Semana passada QUINTA-FEIRA, DIA 25 BEJA DOIS HOMENS FERIDOS EM DESACATOS NA OVIBEJA

Um jovem de 22 anos foi detido pela GNR, na zona de Castro Verde, por suspeita de tráfico de droga, revelou a força de segurança. A detenção foi efetuada durante a madrugada, no âmbito de uma fiscalização rodoviária, tendo-lhe sido apreendidas 39 doses de haxixe. Foi constituído arguido e sujeito a termo de identidade e residência (TIR).

SÁBADO, DIA 27 MOURA HOMENAGEADOS JOVENS QUE PERDERAM A VIDA NO ULTRAMAR A Câmara Municipal de Moura e as Forças Armadas prestaram homenagem aos jovens do concelho de Moura que perderam a vida na Guerra do Ultramar (1961-1974). O evento incluiu uma sessão solene nos paços do concelho, o descerramento de uma placa alusiva e a homenagem, com cerimónia militar, no largo dos Quartéis.

SEGUNDA-FEIRA, DIA 29 MÉRTOLA NOVO LINK DISPONIBILIZA INFORMAÇÃO SOBRE O FESTIVAL ISLÂMICO A página de Internet da Câmara Municipal de Mértola disponibiliza, desde segunda-feira, um novo espaço inteiramente dedicado ao 7.º Festival Islâmico de Mértola, que decorrerá entre os próximos dias 16 e 19. Em www.cm-mertola.pt, um novo link “dá a conhecer a história do festival, o programa, os seus protagonistas, galerias de imagens e vídeos de edições anteriores, além de informações úteis aos visitantes e expositores”, adianta a autarquia.

QUARTA-FEIRA, DIA 1 DE MAIO BEJA UNIÃO DOS SINDICATOS ASSINALOU 1.º DE MAIO A União dos Sindicatos do Distrito de Beja, a exemplo dos anos anteriores, promoveu no distrito as comemorações do 1.º de Maio, Dia Internacional dos Trabalhadores, “dando grande relevo à luta dos trabalhadores e do povo contra o empobrecimento e contra a destruição dos direitos constitucionais”. As comemorações incluíram um desfile pelas ruas da cidade até à Casa da Cultura, onde foram feitas as habituais intervenções sindicais, e iniciativas nas barragens da Rocha (concelho de Ourique), do Roxo (Ervidel, concelho de Aljustrel) e do Enxoé (Pias, concelho de Serpa).

O efetivo operacional atual do Corpo de Bombeiros (CB) é de 88 elementos (dos quais 24 mulheres), divididos pelos quadros de comando e ativo. Deste total, dispomos de 20 bombeiros profissionais a que acrescem seis operadores de central, cinco administrativos e duas funcionárias de limpeza que perfazem 33 funcionários no total. Temos previsto iniciar uma recruta após o período crítico do verão, onde já temos cerca de 12 inscrições. Penso que o número de elementos é suficiente para responder às solicitações. No entanto, ambicionamos subir o número de bombeiros para 120 elementos, de forma a completarmos o quadro de pessoal. E os meios operacionais existentes?

O CB tem ao seu serviço 36 veículos operacionais. Os meios conseguem, na generalidade, fazer face às solicitações. As nossas necessidades prendem-se, não em aumentar o número de veículos, mas sim na sua renovação. A média de idade do nosso parque automóvel é de 14,8 anos, sendo que a média dos veículos de saúde é mais baixa que a dos veículos adstritos ao serviço de incêndios. Temos perfeitamente identificados os veículos que, num plano de curto/médio prazo, gostaríamos de ver renovados e que passam pela aquisição de três ambulâncias, um veículo de socorro e assistência especial, um veículo tanque e um veículo florestal. Que tipos de ocorrências são mais frequentes na área de intervenção dos Bombeiros de Beja?

A área de atuação do nosso CB é o concelho de Beja, com 1 140 quilómetros, tendo, no ano transato, efetuado 19 592 serviços. O socorro pré-hospitalar e o transporte de doentes representam uma fatia de 93 por cento do total dos serviços e espelha uma realidade que não é diferente da maioria dos CB do País. Os restantes sete por cento são os que representam o total de incêndios, acidentes e outro tipo de intervenções que, parecendo uma percentagem reduzida, são de número significativo, o maior a nível distrital. Como é que está a ser preparada a época de incêndios de 2013?

Está a ser preparada nos mesmos termos dos anos anteriores. Se não houver grandes alterações, uma vez que a apresentação do Dispositivo Especial de Combate a Incêndios de 2013 será no dia 30 de abril [após esta entrevista], esperamos contar com duas equipas: uma de combate a incêndios e uma de apoio logístico no período de 15 de maio a 15 de outubro, correspondendo às fases Bravo, Charlie e Delta. O dispositivo privilegia o ataque inicial aos incêndios, com mobilização por parte da estrutura da Autoridade Nacional de Proteção Civil de vários meios em simultâneo, o que torna o combate mais “musculado” numa fase em que o incêndio ainda não tomou grandes proporções. No ano passado, apenas uma pequena percentagem evoluiu de incêndio nascente, pois com 245 incêndios tivemos uma área ardida de 66,169 ha, o que é manifestamente pouco e que, entre outros fatores, representa uma excelente atuação dos nossos bombeiros. Nélia Pedrosa

Exposições, tertúlias e poesia marcaram as celebrações dos 20 anos da integração da Biblioteca de Beja na Rede de Bibliotecas Públicas. Uma comemoração que visou reconhecer também o trabalho de quem diariamente trabalha em prol da comunidade e da leitura. DR

O efetivo dos Bombeiros Voluntários de Beja é suficiente para responder às solicitações?

Biblioteca de Beja celebra 20 anos

Mel, queijo e pão em Mértola A vila de Mértola recebeu, ao longo de três dias, a XV edição da Feira do Mel, Queijo e Pão. E onde, para além dos produtos regionais de excelência, não faltaram os habituais momentos musicais para todos os gostos, as tasquinhas e o artesanato. DR

CASTRO VERDE DETIDO POR SUSPEITA DE TRÁFICO DE DROGA

Comandante dos Bombeiros Voluntários de Beja

Deolinda enchem parque central de Santo André Os Deolinda atuaram em Santo André para milhares de pessoas, segundo a organização, que se associaram às comemorações do 25 de Abril. O quarteto fez a festa com músicas do seu último trabalho “Mundo pequenino”. DR

SEXTA-FEIRA, DIA 26

4 perguntas a Manuel Baganha

E Xutos & Pontapés o largo Brito Pais, em Odemira Em Odemira, para além de outras propostas, a festa de Abril foi feita também com grandes nomes da música nacional, em que se destaca a banda referência Xutos & Pontapés, que atuou no largo Brito Pais, a seguir ao habitual espetáculo piromusical. DR

Dois homens ficaram gravemente feridos na madrugada do dia 25, na sequência de desacatos ocorridos no recinto da Ovibeja, junto à zona dos bares. De acordo com fonte da PSP, citada pela Lusa, as autoridades receberam o alerta cerca das 4 e 30 horas para uma “desordem” entre um grupo de pessoas na zona dos bares. De acordo com a mesma fonte, os elementos da PSP quando chegaram ao local depararam-se com dois homens, um de 30 anos e outro de 19, que apresentavam ferimentos alegadamente provocados “por uma arma branca”. As duas vítimas foram transportadas para o Hospital José Joaquim Fernandes, em Beja, referiu a fonte da PSP, indicando que o homem de 19 anos foi “sujeito a uma intervenção cirúrgica de urgência” e que o outro teve alta hospitalar passado algumas horas.

Fado e música popular animaram Casa da Cultura Na cidade de Beja os festejos do 39.º aniversário da Revolução dos Cravos foram feitos, basicamente, com recurso à “prata da casa”, num espetáculo que decorreu na Casa da Cultura e em que não faltou fado, música popular e de intervenção.

Diário do Alentejo 3 maio 2013

03


Diário do Alentejo 3 maio 2013

04

Mina da Orada

Maioria das casas fechadas na pequena aldeia

A mina fechou e a agricultura sobrevive Mina da Orada, na freguesia de Pias, concelho de Serpa, conta cada vez

A

Mina da Orada pertence ao concelho de Serpa, mas encosta-se à albufeira de Pedrógão, no concelho de Vidigueira. E, segundo os poucos homens e mulheres que se avistam na terra, “tem ainda uma forte ligação ao concelho de Moura”. É para lá, para Moura, que muitos dos habitantes da Mina da Orada têm partido, segundo contam os residentes, os poucos que se encontram. A mina do lugar encerrou, em 1971, e com ela desapareceram muitos postos de trabalho. Quem ficou dedica-se, na sua grande maioria, à agricultura, mas também essa, por estas paragens, já teve melhores dias. E a água de Alqueva aqui tão perto. Ou não fosse a Mina da Orada a aldeia ribeirinha localizada mais a Sul. “Acontece que só a água não chega”, diz Manuel Canhoto, habitante da terra, sentado num banco improvisado, à sombra do beiral da casa da vizinha que tem mais próxima, mas que sofre com dores em casa, de porta trancada. As maleitas do corpo, na verdade, pouco a deixam assomar à rua. “Anda apoiada numas canadianas, coitadita”, atira Manuel Canhoto. O homem dedicou grande parte da sua vida, ainda agora faz o que pode, à agricultura. Antes empenhou-se no trabalho relacionado com a atividade extrativa. “Sempre do princípio ao fim, até que fecharam a mina. Fazia o que calhava. Enquanto a mina trabalhou havia fartura de trabalho, depois acabou-se o trabalho. O pessoal começou a desandar daqui em busca de trabalho”, diz. É assim, também, que explica a falta de população. “Vivo sozinho ali naquele bloco. Aqui praticamente não vive ninguém. Os meus quatro filhos trabalham na agricultura e tiveram de abalar para o pé do trabalho, porque se não estivessem lá roubavam tudo”. Manuel Canhoto viu os filhos partir, mas ficou. Só o acordeão e pouco mais, garante, o distrai, e é quando tem vontade para isso. “Quando estou aborrecido às vezes não posso estar e agarro-me ao acordeão e canto para não chorar”, conta. Também viu partir os netos. Todos casados, em Moura. Bisnetos também já os tem, mas lá, em Moura. “Isto está muito arrasado”, diz, encerrando-se em palavras. Os caminhos de terra batida, que nunca levaram alcatrão, conduzem até um novo bloco de casas, todas praticamente iguais, a lembrar os bairros mineiros que em tempos existiram e que no tempo ainda permanecem. Joaquim António Periquito divide-se

mais com menos habitantes. As minas do local, que encerraram na década de 70, eram o grande sustento da terra. A agricultura é agora o que emprega mais gente. É uma das aldeias ribeirinhas do Alqueva e divide as suas atenções entre os concelhos de Serpa, Moura e Vidigueira. Texto Bruna Soares Fotos José Ferrolho

entre a Mina da Orada e Moura. Está lá e cá. Mas garante: “Só não estou cá sempre, porque isto não tem vida nenhuma e eu vi esta terra com muita vida”. A mina, sempre a mina. “Havia aqui gente de todo o lado”, recorda, acrescentando: “Nesses buracos que há por aí trabalhava muita gente”. “Quando vim para cá isto ainda não tinha luz. Agora tem luz, mas não tem água. Deixam [a autarquia] aí uns bidões de água. Quando a companhia deixou a mina compraram estas terras. Isto era um bairro mineiro. Depois começaram a vender algumas casas, mas muitos dos terrenos ainda são privados. Isto praticamente não tem cá ninguém. Estão aí umas duas mãos cheias de pessoas”, diz Joaquim António, enquanto se entretém na sua garagem. “Entretenho-me assim, um problema de coluna não me permite muitas mais aventuras”, conclui. A escola, que se avista, não tem crianças. Está fechada, como muitas das casas que se encontram. Um cão late aos estranhos que se atrevem a incomodar o seu sossego e a vida corre, calma, como sempre. Na aldeia um café/restaurante é ponto de encontro e é o que ainda dá algum movimento a estas paragens, que há sempre quem apareça em busca de uma bucha. Ao balcão está Bárbara Franco. As mulheres arrumam a cozinha, os fregueses, por sua vez, já seguiram viagem. Bárbara garante: “Esta é uma terra que não dá para ter muito comércio. As obras de Alqueva sempre trazem cá alguém a comer, mas mais que isso não”. “Isto está muito desabitado. Os casais mais novos tiveram que ir para outros lados. Não há aqui emprego nenhum. Ou se empregam na agricultura ou em alguma obra, e é quando as obras aparecem”. Alqueva, em sua opinião, sempre veio dar um “ânimo” à “Mina de Orada e às estas terras vizinhas”. Os turistas que por aqui passam, em busca do lago da Mina da Orada, que é, dizem os habitantes, muito procurado por amantes do mergulho, também dão alguma vida à terra. Eram ali que eram as minas, aquelas que davam emprego a tantos, mas que em consequência do abandono, das infiltrações e águas da chuva se inundaram. A sinalização no local, porém, avisa: “Proibido tomar banho”. “Há uns que são mais aventureiros”, diz Manuel Canhoto. Assim que se deixa o lago de águas esverdeadas para trás, junto à estrada de alcatrão, encontra-se a igreja da terra, imaculada, como a cal que ostenta. E da Mina da Orada, lá no alto, coberta por arvoredo e vegetação, já pouco ou nada se avista.


Diário do Alentejo 3 maio 2013

05

José Augusto Moreira Presidente da Junta de Freguesia de Pias

Mina da Orada tem cada vez menos habitantes?

Sim, é verdade. São cada vez menos as pessoas que habitam em Mina da Orada. Muitos foram obrigados a procurar trabalho em outras paragens e são cada vez menos os que residem no local. A mina, mas também a agricultura, em outros tempos, deram outra pujança à terra. Pujança, essa, que, com o encerramento das minas, se foi perdendo. Houve muitos que tiveram de emigrar. Acontece, no entanto, que há também aqueles que têm casa em Mina da Orada e que vão regressando, mas em menor número, quando comparado com a soma dos que saíram. Esta é uma terra que se vira muito para o concelho de Moura?

Sim, é um concelho vizinho e muitas pessoas procuram Moura. Mas está também próximo do concelho de Vidigueira, nomeadamente de Pedrógão e, pertencendo ao concelho de Serpa, fica próxima de Brinches.

Uma das Aldeias Ribeirinhas Mina da Orada pertence ao conjunto de aldeias ribeirinhas, junto às margens do Alqueva, que são consideradas um importante polo de interesse turístico. Existem 16 aldeias ribeirinhas que fazem parte da região também designada por Terras do Grande Lago. Mina da Orada fica localizada junto à albufeira de Pedrógão e é considerada a aldeia ribeirinha localizada mais a Sul.

Existem alguns projetos previstos para a Mina da Orada?

Sim, o projeto que permitirá dotar o local de infraestruturas, como, por exemplo, rede de água. Este projeto tem, ao longo do tempo, sofrido alguns impasses, que pensamos poder ver ultrapassados. Recorde-se ainda que muitos dos terrenos da Mina da Orada são privados, o que por vezes também dificulta o processo. Esperamos poder resolver esta situação tão breve quanto possível. A agricultura é o grande sustento da terra?

A agricultura também já teve melhores dias, mas há muita gente que ainda encontra nesta atividade o seu sustento. Hoje em dia assiste-se a uma burocracia muito grande, o que muitas vezes dificulta a vida dos homens que trabalham a terra. Os pequenos agricultores debatem-se com muitos constrangimentos. Tem beneficiado do facto de ser uma das aldeias ribeirinhas do Alqueva?

Julgo que sim, há muita gente que procura a zona. Quem se desloca ao Alqueva, depois passa por todos estes locais de interesse. E a proximidade à barragem de Pedrogão também é vantajosa para a terra. A beleza natural é outro dos grandes atrativos da terra. A antiga mina e o lago são, sem dúvida, pontos de interesse. Por altura das festas, que se realizam uma vez por ano, também são muitos os que visitam a terra.

PUB

Capela assaltada e vandalizada recentemente A Capela de Nossa Senhora da Orada, no concelho de Serpa, foi recentemente assaltada e vandalizada. A imagem de Santa Rita foi uma das perdas a registar. A população lamenta o sucedido e recorda que os assaltantes arrobaram a porta da capela com um pé de cabra e ainda tentaram entrar na sacristia. Recorde-se que o caso está entregue ao Núcleo de Investigação Criminal da GNR de Moura, que está a investigar o sucedido.

Festas em honra de Nossa Senhora dos Prazeres As Festas da Mina de Orada realizam-se todos os anos, perto da altura da Páscoa. As celebrações, em honra de Nossa Senhora dos Prazeres, levam muitos à pequena aldeia ribeirinha. Locais e forasteiros confraternizam e esta é também uma oportunidade para os filhos da terra, na diáspora, regressarem à terra que os viu partir. Entre comes e bebes, festas religiosas e muita animação, a aldeia volta a encher-se de gente e de movimento.


06 Diário do Alentejo 3 maio 2013

Há aqui apenas uma questão que tem a ver com uma tentativa de interesse pessoal imediato para resolver uma determinada situação. Isto não vai dar bom resultado. Aliás, já começou a não dar. Já começou a haver as divergências, as desavenças, aquelas coisas que, na minha terra, dizem ser “brincadeira de moços” e “palhaçadas”.

Autárquicas2013

António Sebastião envolvido de corpo e alma na candidatura de independentes por Almodôvar

“Esta lista vai ganhar as eleições” Ao fim de três mandatos consecutivos à frente da Câmara Municipal de assumidos. Sebastião, que esteve anunciado para concorrer à Câmara de Almodôvar, sempre eleito pelo PSD, António Sebastião está a apoiar com Beja, bateu com a porta, mas quer levar o mandato até ao fim. A confugrande veemência uma candidatura de cidadãos independentes. Tudo são está lançada na eleição em Almodôvar, num jogo de bastidores que porque a estrutura distrital do partido se intrometeu “excessivamente” Sebastião considera uma “brincadeira de moços”, uma “palhaçada”. na feitura das listas locais e “rasgou” compromissos anteriormente O que é que mudou de significativo em Almodôvar nestes 12 anos em que esteve à frente da autarquia?

Almodôvar mudou de forma enorme, nomeadamente no que toca às infraestruturas básicas. Fizemos um trabalho imenso no que diz respeito às obras de saneamento. Almodôvar estava bastante atrasada a esse respeito. Havia, então, um grande atraso nesse campo?

Sim, tínhamos algum atraso no que diz respeito à realização dessas infraestruturas. As prioridades estabelecidas tinham sido outras. Outro aspeto importante do nosso trabalho foram também as eletrificações rurais. Eletrificámos centenas de montes no concelho de Almodôvar. Houve ainda um aproveitamento muito grande dos equipamentos que já estavam construídos, nomeadamente na área desportiva, cuja utilização era diminuta. O incremento da biblioteca municipal e do serviço itinerante. A recuperação das escolas básicas… E o que ficou por fazer?

É importante referir que herdámos uma câmara com uma situação financeira complicada. Quando chegámos havia um défice enorme entre aquilo que eram os compromissos assumidos e aquilo que eram as disponibilidades financeiras da autarquia. Problema que tivemos de, gradualmente, ir resolvendo. Hoje, ao sair, deixamos uma câmara totalmente estabilizada em termos financeiros. O que quer isso dizer?

Que fizemos obra, fizemos investimento, tivemos preocupações com políticas na área social, na educação, na cultura, no desporto e introduzimos uma gestão muito rigorosa, que ao longo destes 12 anos conduziu a autarquia a uma situação de estabilidade. O que é que se passou, de facto, com a sua candidatura à Câmara de Beja?

Almodôvar é muitas vezes referenciada como uma câmara que tem práticas positivas em termos de gestão: paga aos credores num tempo médio de 10 dias, é a segunda câmara do Alentejo que mais rapidamente paga aos fornecedores e isso tem trazido algum prestígio, ainda para mais quando é a única câmara social-democrata nos distritos de Beja e

Évora. E portanto, aquilo que gostaria que tivesse acontecido em Almodôvar, e sobre isso falei várias vezes com responsáveis distritais do Partido Social Democrata e com as pessoas de Almodôvar, era que tivesse sido encontrada uma solução consensual. A minha pergunta era sobre Beja e não sobre Almodôvar…

O que referi está diretamente relacionado com a questão de Beja. Gostaria que tivesse sido encontrada uma solução consensual que não excluísse ninguém, mas que garantisse uma continuidade desta política, que mantivesse o capital de confiança que foi estabelecido em Almodôvar, entre quem está na câmara e a população em geral. Tal não aconteceu por falta de diálogo entre as estruturas locais e as estruturas distritais do PSD?

Houve uma excessiva intromissão por parte da distrital do PSD na vida política do concelho de Almodôvar. Isto é muito claro. Se temos uma única câmara que é do Partido Social Democrata, que fez uma política muito abrangente e que ultrapassou e extravasou muito claramente as fronteiras partidárias doo PSD, e que ue a opinião manteve uma coesão, era lógico que esse sido oudo principal rosto dessa política tivesse vida e tivesse sido respeitada.

Texto Paulo Barriga Fotos José Ferrolho

compromissos que foram assumidos para Almodôvar que envolviam a comissão política distrital, envolviam o vice-presidente da Câmara de Almodôvar, que era a pessoa indicada para ser candidato à câmara, e envolviam também o atual candidato do PSD. Esses compromissos existiam e foram rasgados sem uma explicação lógica para que tal tivesse acontecido. Quando é que se apercebeu que alguma coisa estava a correr mal neste processo?

Eu próprio, no dia em que houve esta decisão, fiz várias diligências junto da comissão política distrital. Vim a Beja, falei com pessoas, procurei sob todas as formas evitar que as coisas fossem assim. E não fui ouvido, aliás fui até desrespeitado, em relação a essas questões, completamente desrespeitado, com uma indiferença brutal. Quem é que lhe faltou ao respeito?

Disseram-me que os factos estavam consumados e que não poderia ser de outra forma. Esta situação conduziu a que eu não tivesse condições, de maneira nenhuma, para trabalhar numa candidatura à capital de distrito. Deixei

de ter força interior, vontade e determinação para assumir a candidatura a Beja. E foi isso que transmiti às pessoas. Não podia vir aqui trabalhar com pessoas que não ouviram nem respeitaram o meu concelho, nem todo o trabalho que foi desenvolvido no meu concelho. Fiquei sem condições para avançar para Beja. O aparecimento de uma lista de independentes em Almodôvar pode levar ao desaparecimento da única autarquia do PSD no distrito de Beja?

Sim, é natural que isso venha a acontecer. A lista de independentes que está a ser formada em Almodôvar reúne pessoas que têm trabalhado muito ao nível do município, mas também ao nível das freguesias, nestes 12 anos. Está a enviar um aviso à navegação?

Conheço a lista do PSD, e não se trata aqui de um problema pessoal nem individual em relação às pessoas. Trata-se, enfim, de um problema mais global, porque nós conhecemos as pessoas, conhecemos aquilo que era o pensamento de cada um relativamente ao outro, portanto há aqui apenas uma questão que tem a ver com uma tentativa de interesse pessoal imediato para resolver uma determinada situação. Isto não vai dar bom resultado. Aliás, já começou a não dar. Já começou a haver as divergências, as desavenças, aquelas coisas que, na minha terra, dizem ser “brincadeira de moços” e “palhaçadas”.

A sua opinião não foi ouvida nem respeitada? espeitada?

Não me refiro apenas à minha opinião, refiro-me à opinião do presidente da Assembleia Municipal, do vice-presidente da câmara, do vereador, de todos os presidentes dee junta… se ndicado para calhar menos um, que é o que foi indicado ser candidato à câmara. A discussãoo não misdeveria ter ficado apenas pela comisssão concelhia local do PSD. São pessoas muito respeitáveis, não duvidoo absolutamente nada disso, mas não refletem uma ideia de consenso.

E o PS não conta para este rosário?

Não reconhece capacidade nem qualidade nas pessoas que foram propostas pela distrital do PSD para a Câmara de Almodôvar?

Nunca equacionou renunciar ao mandato?

Se temos sido nós em Almodôvar a resolver o problema, tínhamos resolvido da melhor forma. Houve

O candidato do PS não conhece o concelho, não conhece as pessoas, esteve ausente muito tempo… Enfim, está a procurar apresentar uma solução que não me parece que seja credível ou que garanta a confiança para o futuro. E, portanto, as pessoas não têm dúvidas nenhumas em verificar que para haver uma política de continuidade vão apoiar a lista de independentes por Almodôvar. E é evidente que essa lista vai ganhar as eleições. Não vou fazê-lo, de maneira nenhuma. Fui eleito pelo povo do meu concelho e portanto, vou cumprir o mandato até ao fim. Respondo, naturalmente, perante a população do meu concelho, e a população do meu concelho o que deseja é que eu esteja até ao final, e, provavelmente, até deseja que eu continue.


07 Diário do Alentejo 3 maio 2013

Que consequências para o Partido Social Democrata do Baixo Alentejo poderá ter este braço de ferro entre António Sebastião e Mário Simões? Poderá o PSD perder a única autarquia que detém na região?

Bisca Lambida

Saltar por cima das decisões

Grande surpresa

João Espinho

ara minha enorme surpresa, verificou-se a desistência da candidatura de António Sebastião à Câmara Municipal de Beja nas próximas eleições autárquicas. Os motivos que invoca para justificar esta sua desistência consubstanciam-se em acordos de cavalheiros efetuados com o presidente da distrital do PSD, Mário Simões, relativamente ao candidato a apresentar em Almodôvar. De acordo com as palavras de António Sebastião, esse acordo foi quebrado pelo presidente da distrital laranja e, como tal, este putativo candidato deixou de o ser. Na minha opinião, este é mais um episódio de uma triste novela que o PSD está a dar em termos de imagem local, desde a candidatura de Carlos Moedas a deputado pelo distrito de Beja e de todas as promessas eleitorais que fez, que culminou na ascensão de Mário Simões a deputado pelo mesmo círculo eleitoral, por força da subida do primeiro a secretário de Estado. Como se isso não bastasse, e em função de todas as “trocas” de opiniões, um simples cidadão constata que o PSD local simplesmente não se entende e desvaloriza aquele é um dos atores locais mais importantes para si, pois está à frente dos destinos da única câmara do PSD no distrito. Pessoalmente não concordo com a posição de António Sebastião, a quem reconheço uma enorme capacidade de trabalho, de que é exemplo o estado financeiro em que deixa o município de Almodôvar, mas discordo, em absoluto, da posição do u permitiu presidente da distrital do PSD que

V

amos por partes. Dos dados que são públicos, sabe-se que António Sebastião quis condicionar a sua candidatura à Câmara de Beja com a candidatura do PSD a Almodôvar. Isto é, manifestou a vontade de ser ele a controlar a lista social democrata naquela vila alentejana. Como no PSD há estatutos e as candidaturas têm um trajeto que está estatutariamente previsto, o que Sebastião quis fazer foi rasgar os estatutos e saltar por cima das decisões tomadas pelos diversos órgãos concelhios. Julgou-se, sabe-se lá porquê, “patrão” do partido, esquecendose que Liberdade e Democracia são pergaminhos intocáveis na vida interna do PSD. E porque gostaria de ver os seus infantes a assumirem a sua herança na Câmara de Almodôvar, tentou fazer chantagem com a sua anunciada candidatura à capital de distrito. Trocando por miúdos: Sebastião aceitava ser candidato em Beja desde que o partido aceitasse os nomes por si propostos para Almodôvar. Felizmente houve quem lhe travasse os ímpetos ditatoriais e o mandasse colher malvas…. precisamente em Almodôvar, onde vai aparecer numa lista formada para combater o PSD e a que chamam de “independente”. Não sou capaz de avaliar o peso desta lista “independente” nem quais os danos que pode vir a provocar na candidatura social democrata, mas parece-me preferível uma lista do PSD sem “chantagens” a uma candidatura (provavelmente vencedora) mas cheia daqueles vírus que minam a política e que devemos combater diariamente. Dito isto, não me parece que este imbróglio signifiquee a derrota ura laranja antecipada da candidatura em Almodôvar. nfar: ás de Vou a jogo para destrunfar: espadas.

João Machado

P

candidatar António Sebastião quando sabia que toda a situação poderia gerar ruído de fundo para o PSD local. Do meu ponto de vista, não foram salvaguardados os interesses do PSD e, face à conjuntura nacional e local, tenho a certeza que este partido irá ser enormemente castigado nas próximas eleições autárquicas e perderá também a única câmara que possui no distrito.

Insólita “descandidatura” Sérgio Fernandes

N

o momento em que os partidos políticos aquecem os motores para as eleições autárquicas de outubro próximo, e se sucedem as apresentações de candidaturas, destaca-se a insólita notícia de uma “descandidatura” à câmara de Beja. Temos então que António Sebastião será de novo candidato à Câmara de Almodôvar, ainda que desta feita por interposto vicepresidente. Ironicamente, um dos seus principais apoios recebeu-o da boca do presidente da concelhia de Beja do PSD, que considerou ser o futuro ex-candidato uma pessoa “honesta, com credibilidade, séria e com obra feita a nível autárquico”. Dito isto, e tendo em conta as declarações públicas de António Sebastião, dirigidas contra a candidatura oficial do PSD, não restam dúvidas de que o PSD não tem hoje qualquer influência na gestão da Câmara de Almodôvar, sendo que a verdadeira questão que aguarda resposta em outubro é a de saber se será capaz de a recuperar. E se é certo que o epicentro deste inesperado terramoto político se localizou no

concelho de Almodôvar, imagino que o receio das consequências associadas às ondas de choque tenha feito acionar o alerta laranja em Beja. Basta recordar ter o PSD assumido, de forma tão inequívoca quanto surpreendente, o objetivo de ganhar a Câmara de Beja. Pois bem, aguardemos para saber se este percalço não irá obrigar à revisão em baixa das suas expectativas eleitorais na capital do distrito... Porque suspeito que um dos parceiros virá a jogo com a mão repleta de trunfos, fico-me por uma sena (ou será cena?) de espadas.

Ausência de sentido democrático Luís Miguel Ricardo

H

á muito que o nome de António Sebastião vinha sendo apontado como o candidato do PSD à autarquia bejense. Primeiro especulou-se, depois confirmou-se. O presidente da Câmara de Almodôvar, a cumprir o terceiro mandado e sem possibilidade de se recandidatar (em função da Lei da Limitação de Mandatos), assumiu a vontade de fazer história na capital do Baixo Alentejo. O partido regozijou com a decisão e o líder regional (Mário Simões) augurou-lhe um trilho de sucesso. Tudo corria de feição, quando a ausência de sentido democrático driblou a euforia laranja. O candidato “maravilha” arregaçou as mangas, “sacou” das inclinações pessoais e quis assumir o protagonismo das decisões “aqui e além território”. Contrariado pelo partido, despiu desp a camisola e ameaçou alistar-se, como ap apoiante ativo, num movimento independente, independen em Almodôvar. Se havia momento mom propício para “puxar o tapete” ààs ambições sociais democratas no Baixo B Alentejo, António Sebastião soub soube escolhê-lo. (1) A imagem de instabilidade instabili interna, resultante do incidente comunicacional-democráco tico, irá pprejudicar, mais ou menos, to todas as candidaturas no dist distrito. (2) O PSD arrisca-se a perder a única câmara bbaixo alentejana, pois ter na oposição o homem que mereceu a confiança dos almodovarenses durrante mais de uma décad cada, está longe de ser um cenár cenário cómodo. (3) As ambições a Beja ficam claramente hipot hipotecadas, pois qualquer nome que surja para o substituir, e já surgiu, por mais carismá rismático e competente que possa ser, carregará sempre o estigm estigma de ser uma segunda escol escolha.


Diário do Alentejo 3 maio 2013

08

Antigos alunos do Liceu de Beja promovem almoço na Casa do Alentejo

Atual

O núcleo de Lisboa da Associação dos Antigos Alunos do Liceu de Beja promove, no dia 18, mais um almoço de confraternização, extensivo a todos os que frequentaram aquele estabelecimento de ensino. O evento terá lugar na Casa do Alentejo, em Lisboa, pelas 13 horas. As inscrições decorrerão até ao próximo dia 12.

Câmara de Beja conclui requalificação do largo de São João A Câmara de Beja anunciou ter concluído a requalificação de mais um espaço público na cidade, o largo de São João, em frente ao Pax Julia Teatro Municipal, em colaboração com a Junta de Freguesia de São João Batista. O espaço foi alvo de reorganização do estacionamento e de

obras de recuperação dos canteiros e das esculturas de arte pública, pinturas gerais e colocação de novos pilaretes e floreiras. Todos os projetos, segundo a autarquia, foram elaborados internamente pelos técnicos municipais e objeto de discussão pública, tendo parte das obras sido realizadas por administração direta e as restantes por empreitada.

Manifesto pelo poder local democrático Autarcas e ex-autarcas da área da CDU apresentaram, terça-feira passada, em Beja, um “manifesto em Defesa do Poder Local Democrático”. Segundo Fernando Caeiros, expresidente da Câmara de Castro Verde, um dos promotores da iniciativa, tem-se vindo a assistir a “um rol de medidas que atacam os alicerces do Poder Local, um dos principais pilares da democracia” e, como tal, este conjunto de pessoas, “com a legitimidade política e ética” que o seu trabalho lhes atribui, resolveram ter chegado “a altura de dizer basta”. O documento começa por referir que “em pouco mais de três décadas” as autarquias foram “responsáveis por uma das maiores e mais profundas transformações alcançadas com o 25 de Abril de 1974, e lembra que na Constituição “o Estado é unitário e respeita na sua organização e funcionamento o regime autonómico insular e os princípios da subsidiariedade, da autonomia das autarquias locais e da descentralização democrática da administração pública”. Para as centenas de signatários estes conceitos estão a ser postos em causa “pela ingerência e usurpação da sua autonomia através da lei dos compromissos; da imposição de redução de dirigentes e trabalhadores; na descapitalização das autarquias através de cortes nos orçamentos de estado; da imposição das CIMs – Comunidades Intermunicipais não eleitas em substituição das regiões administrativas; do novo regime político das autarquias e de uma nova lei de finanças locais que é parte da estratégia de saque fiscal às populações e de asfixia das políticas públicas”. A sessão, que contou com a presença de dezenas de atuais e exautarcas de todo o Alentejo, foi presidida por Álvaro Beijinha, vice-presidente da Câmara de Santiago do Cacém. A mesa integrava ainda Álvaro Nobre, presidente da Junta de Freguesia de Cabeça Gorda e coordenador da delegação distrital de Beja da Anafre, Hortênsia Menino, presidente da Câmara Municipal de Montemor-o-Novo, Élia Mira, presidente da Junta de Freguesia do Bacelo (Évora), Fernando Caeiros, Gabriela Tsukamoto, presidente da Câmara Municipal de Nisa, João Rocha, expresidente da Câmara Municipal de Serpa, João Teresa Ribeiro, presidente da Câmara Municipal do Crato, e José Maria Pósde-Mina, presidente da Câmara Municipal de Moura. PUB

Manuel Nobre O presidente da Junta de Freguesia de Ervidel foi um dos autarcas alentejanos presentes no encontro

3.º Encontro Nacional de Freguesias, em Coimbra

Autarcas exigem revogação da lei da extinção de freguesias Os autarcas reunidos no passado dia 20, no 3.º Encontro Nacional de Freguesias, em Coimbra, aprovaram um documento que espelha o seu “descontentamento e o inconformismo” face à Lei da Reforma Administrativa, e exigem a sua imediata revogação. Texto Aníbal fernandes Foto Anafre

N

ão é esta a reforma de que o País necessita para sair da crise”. É com esta frase que Álvaro Nobre, presidente da Junta de Freguesia de Cabeça Gorda e coordenador distrital da Associação Nacional de Freguesias (Anafre), presente na reunião de Coimbra, resume as conclusões aprovadas no encontro. Apesar de terem estado em discussão outros temas, a extinção das freguesias, aprovada pela Assembleia da República, foi aquele que mais intervenções suscitou e que levou “a maioria” dos delegados presentes “a apelar à queda do Governo, como forma de revogar a lei”, conta o autarca bejense ao “Diário do Alentejo”. Com o quadro legal aprovado, e o novo mapa de freguesias publicado em “Diário da República”, o processo

eleitoral está em marcha. No entanto, José Magalhães, antigo secretário de Estado da Administração Local, alertou, num debate organizado pelo Núcleo de Estudos de Direito das Autarquias Locais, da Universidade do Minho, para a “necessidade de aplicação de vários diplomas, que exige um grande esforço da administração eleitoral e de quem comanda para que haja articulação com todos os elementos do sistema partidário”. Sem que isso esteja assegurado podem surgir “problemas de caráter logístico”, como, por exemplo, “os sistemas informáticos”, que porão em causa o normal funcionamento do ato eleitoral, acrescentou o ex-governante socialista, citado pelo “JN”. Às questões logísticas e administrativas há ainda que juntar a natural “desmotivação dos autarcas”, apesar de a Anafre não apelar ao boicote das eleições, situação que Álvaro Nobre antevê como “residual”. Até lá, a organização representativa dos eleitos das freguesias incentiva a que se promova “uma onda de solidariedade nacional com as freguesias agregadas contra a sua vontade” e rejeita as leis n.º 22/2012, de 30 de maio, e n.º 11/2013, de 21 de janeiro,

mostrando, ainda assim, “disponibilidade para reformar no respeito pela vontade das populações livre e localmente manifestada”. Gaspar ameaça freguesias As questões do financiamento das autarquias também estiveram na ordem do dia. Álvaro Nobre mostra-se apreensivo no que diz respeito aos cortes a serem anunciados pelo ministro das Finanças, Vítor Gaspar, e teme que, “mais uma vez”, a austeridade caia sobre o Fundo de Financiamento das Freguesias (FFF), “que todos os anos têm sido sacrificadas”. Aliás, as conclusões do encontro exigem “que as freguesias tenham mais autonomia política, económica e financeira, e adequados meios materiais e legislativos para o exercício das suas competências”, lê-se no documento aprovado por larga maioria. Para que isso seja possível, os autarcas exigem “um montante mínimo de cem vezes o salário mínimo nacional para o funcionamento de uma freguesia”, bem como a totalidade do IMI rústico e um por cento do urbano, “com base nos prédios existentes no território, de forma a compensar o aumento de competências próprias”.


Diário do Alentejo 3 maio 2013

FIRMINO PAIXÃO

09

Câmara satisfeita com operações no aeroporto

Airbus da companhia turca AtlasJet em manutenção na TAP

Aeroporto de Beja já repara aviões A TAP Manutenção e Engenharia começou a usar o aeroporto de Beja, na passada sexta-feira, 26 de abril, para estacionar aviões de clientes seus e realizar intervenções de preservação ou manutenção, no âmbito de um acordo com a ANA – Aeroportos de Portugal.

A

s operações da TAP tiveram início com um avião Airbus 330, de um cliente da transportadora aérea nacional, que deverá ficar entre “dois a três meses, no mínimo”, estacionado no aeroporto de Beja, disse à Lusa o diretor da infraestrutura aeroportuária alentejana, Pedro Beja Neves. Durante aquele período, técnicos da TAP Manutenção e Engenharia, que tem um escritório e duas oficinas no aeroporto de Beja, vão realizar “trabalhos de preservação e, porventura, alguma manutenção de linha” do avião, explicou. A ANA – Aeroportos de Portugal está “muito satisfeita” com o arranque das operações da TAP Manutenção e Engenharia no aeroporto de Beja, sobretudo com “uma aeronave PUB

tão importante”, disse Pedro Beja Neves. Trata-se de uma operação que a ANA “ansiava há muito tempo” e pela qual tem vindo “a lutar muito” e surge na sequência de um acordo assinado entre as duas empresas em setembro de 2011, frisou. “Esperemos que tudo corra bem e que a TAP e os seus clientes procurem cada vez mais o aeroporto de Beja para estas soluções”, disse, referindo que o segundo avião, no âmbito das operações da TAP, deverá chegar à infraestrutura aeroportuária alentejana durante a primeira quinzena do próximo mês. “É determinante para o desenvolvimento do aeroporto de Beja que estas operações [da TAP Manutenção e Engenharia] se mantenham e corram bem”, frisou, referindo que a manutenção de aviões “é um negócio que interessa cativar” para o aeroporto de Beja. A ANA está convicta de que a indústria aeronáutica “pode vir a ser um grande vetor de desenvolvimento” do aeroporto de Beja, sublinhou, referindo que o início das operações da TAP Manutenção e Engenharia “é a prova disso”. O acordo entre a ANA e a TAP inclui o

aluguer, pela unidade de manutenção e engenharia da transportadora aérea nacional, de espaços para estacionar aviões no aeroporto de Beja, onde serão alvo de intervenções de preservação ou manutenção. Segundo disse à Lusa fonte da TAP, o estacionamento dos aviões no aeroporto de Beja acontecerá sempre que não haja espaço disponível no complexo industrial da TAP na sua base operacional em Lisboa. Os espaços irão “funcionar como áreas de apoio nas ações de manutenção de linha”, ou seja, “similares às que são efetuadas em escala, à chegada e antes da partida dos voos”, e nos trabalhos de preservação, “necessários sempre que uma aeronave esteja sujeita a uma imobilização prolongada”, explicou a fonte. “A falta de espaço é um fenómeno que ocorre em todos os aeroportos a nível mundial”, disse Pedro Beja Neves, referindo que a ANA tem que “otimizar” a rede de aeroportos que tem em Portugal “na procura das melhores soluções” para os seus clientes e “é nesse âmbito que o aeroporto de Beja está a servir como palco” para operações da TAP Manutenção e Engenharia.

A Câmara de Beja manifestou na sexta-feira, dia 26 de abril, a sua satisfação com o início das operações de preservação e manutenção de aviões no aeroporto da cidade, a cargo da TAP, o que considera um “passo decisivo” para a dinamização da infraestrutura aeroportuária alentejana. Em comunicado de imprensa, a autarquia “manifesta a sua satisfação e realça a importância da chegada a Beja do primeiro avião” para intervenções de preservação e manutenção a cargo da TAP Manutenção e Engenharia. De acordo com a câmara “este é um passo decisivo” e de “uma conquista importante da ANA e do diretor do aeroporto de Beja [Pedro Beja Neves], no que respeita à dinamização deste projeto de desenvolvimento regional”. “Com a perspetiva consolidada do avanço de mais dois investimentos” na área da indústria aeronáutica, “estão garantidas as âncoras fundamentais para o sucesso” do aeroporto de Beja, frisa a autarquia.

Juntas de Moura contestam suspensão de autocarros Os presidentes das juntas de freguesia de Santo Agostinho e de Sobral da Adiça, Moura, contestam a suspensão de serviços prestados aos sábados pela Empresa de Viação Rodoviário do Alentejo, designadamente Moura/Beja, às 6 e 40 e às 14 e 45 horas, e Beja/Moura, às 12 e 35 e às 17 e 20 horas. Em comunicado de imprensa, os referidos autarcas dizem repudiar a decisão da Empresa de Viação Rodoviária do Alentejo, “que priva as populações de Moura e restante concelho de se deslocarem à capital de distrito, tornando a vida mais difícil para quem menos condições financeiras possui” e adiantam que a Rodoviária do Alentejo “não quis auscultar os representantes das populações”, tendo tomado “uma decisão unilateral e injusta”.


Diário do Alentejo 3 maio 2013

10

Manuel Alegre participa no fórum “Construir a Mudança” em Castro Verde

O escritor e dirigente político Manuel Alegre estará presente na próxima segunda-feira, dia 6, em Castro Verde, no 1.º Fórum “Construir a Mudança”, promovido pela candidatura de António José Brito à presidência da câmara municipal local. A iniciativa decorrerá a partir das 18 horas, no Fórum Municipal. O primeiro debate terá como tema “Cultura e

Associativismo” e, para além de Manuel Alegre, deverão participar David Marques, presidente da Esdime – Agência para o Desenvolvimento Local no Alentejo Sudoeste, José Francisco Colaço Guerreiro, dirigente associativo e apresentador do programa “Património”, na Rádio Castrense, e Pedro Mestre, músico e ensaiador de grupos corais.

PSD retira confiança política a Sebastião

Mário Lopes pelo PSD/CDS em Castro Verde

A comissão política distrital de Beja do Partido Social Democrata anunciou que retirou a confiança política ao presidente da Câmara Municipal de Almodôvar, António Sebastião. A comissão justifica tal decisão com o facto de ter “tido conhecimento formal da participação de militantes do PSD numa candidatura de independentes em Almodôvar, bem como com o facto inusitado, no âmbito das comemorações do 25 de Abril em Almodôvar, de o PSD não ter sido convidado, como é apanágio da tradição republicana, para participar e intervir”. O partido retirou ainda a confiança política aos vereadores militantes do PSD e aos deputados municipais “que não acataram as orientações dos órgãos legitimamente eleitos”.

O professor Mário Mota Lopes já foi anunciado como candidato da coligação PSD/CDS-PP à Câmara Municipal de Castro Verde. Mário Mota Lopes é docente do ensino especial em Castro Verde e, em 2009, já tinha integrado a lista do PSD/CDS-PP à Assembleia Municipal do mesmo concelho.

PS critica 25 de Abril em Almodôvar A comissão concelhia do Partido Socialista de Almodôvar e os candidatos socialistas às Autárquicas de outubro próximo consideram que o que se passou na cerimónia comemorativa do 25 de Abril na Assembleia Municipal de Almodôvar “envergonha qualquer democrata”. Segundo o candidato António Bota, “o que se pretendia numa sessão direcionada para a evocação do espírito de Abril começou por revelar uma prematura campanha autárquica com direito a vídeo dos últimos 12 anos de executivo liderado pelo atual presidente da câmara [António Sebastião] e, segundo consta, candidato na lista de independentes à câmara”.

JOSÉ FERROLHO

Francisca Mira é a candidata do PS à Junta de Entradas Francisca Mira, de 47 anos, é a candidata do PS à presidência da Junta de Freguesia de Entradas, no concelho de Castro Verde, nas eleições autárquicas de 2013. Residente em Entradas, onde é funcionária dos Correios, Francisca Mira integrou em 2009 a lista apresentada pelo PS e foi eleita para a Assembleia de Freguesia.

Em causa transporte de doentes não acamados

Taxistas contra bombeiros

Joaquim Palma avança pelo PS em São Marcos O PS já escolheu o seu cabeça de lista à Junta de Freguesia de São Marcos da Ataboeira. Joaquim Palma, de 64 anos, é residente no monte do Guerreiro, tem “provas dadas” na vida empresarial, e recandidata-se ao cargo, depois de, em 2009, “ter conseguido um apoio expressivo da população” embora não suficiente para alcançar a vitória, escreve uma nota da comissão política socialista de Castro Verde, que acusa a maioria comunista de “incapacidade” e de ter levado a junta a uma situação de “estagnação”.

António Miguel Baptista pelo PSD em Aljustrel António Miguel Baptista, de 28 anos e engenheiro de profissão, é o cabeça de lista do PSD à Câmara de Aljustrel. Com esta aposta, a distrital laranja pretende “restituir a credibilidade e o prestígio que os social-democratas perderam em Aljustrel”, nas últimas autárquicas. Naquele que é “um dos concelhos mais jovens do distrito”, o presidente da estrutura, Mário Simões, diz apostar num projeto de futuro.

A nova figura de veículo dedicado ao transporte de doentes deverá ser criada em breve. Na segunda-feira, porém, realizou-se uma ação de protesto em Lisboa, protagonizada por taxistas de todo o País, onde também marcaram presença alguns profissionais da região.

O

s profissionais do setor exigem participar na discussão sobre o transporte de doentes não acamados, que garantem que o Governo “pretende entregar aos bombeiros”. Várias associações representativas dos taxistas estão “contra a intenção de transferências do serviço para as corporações dos bombeiros”, considerado que esta “é uma medida que fica mais cara ao Estado e aos doentes”. Os taxistas garantem que os profissionais do interior do País “vão ser os mais afetados pela medida” e que “ficarão, caso

PUB

JOSÉ CÂNDIDO CHÍCHARO & FILHO, LDA. Rua D. Afonso III, Ed. Toyota, Apart 76 7800-050 Beja Tel. 351284311410/12 Fax 351 284 311 419 jcctoyota@mail.telepac.pt FRANCISCO FERNANDES (chefe de vendas) Telemóvel +351 961 338 937

esta intenção vá adiante, em grandes dificuldades”. Os homens do setor preveem assim que existam “muitas insolvências a registar”. Os taxistas querem participar neste processo de decisão, de modo a “provarem que o transporte nos táxis tem mais condições e sai mais barato”. Os taxistas consideram que esta não é mais que “uma cedência do Ministério da Saúde aos bombeiros”. O Ministério da Saúde considera que o quadro legal não permite que o transporte de doentes seja efetuado em táxis, mas ainda assim vai ser criado um grupo de trabalho para estudar a matéria. Recorde-se ainda que o Serviço Nacional de Saúde (SNS) gastou menos 58 milhões de euros no transporte de doentes não urgentes, o que corresponde a uma redução de 39 por cento face a 2010. A troika tinha mandado cortar nesta despesa em um terço.


Um grupo de empresários alentejanos promove no dia 18, no âmbito do centenário do Centro Infantil Coronel Sousa Tavares, um evento de solidariedade no castelo de Beja, que reverterá a favor do centro de acolhimento A Buganvília, uma das valências do centro infantil. O programa reserva três momentos distintos: um para crianças, das 16 às 18 horas, com apresentação de trabalhos desenvolvidos pelas crianças da instituição, números de magia, pinturas faciais,

Festas de Maio em Amoreiras-Gare Decorrem até ao próximo domingo, dia 5, na localidade de AmoreirasGare, as Festas de Maio e a 10. ª Feira do Interior do Concelho de Odemira, eventos que têm como pontos fortes “o convívio, o debate, a gastronomia e os petiscos”. Do vasto programa,

moldagem de balões e um espetáculo de teatro ou música; a “Gala Branca”, a partir das 21 horas, com apresentação de Marta Gil (SIC K) e Luís Oliveira (CanalQ), e que terá como convidados Manuel Melo, Tom de Fado, Grupo Coral Os Amigos do Arrufa, Raquel Guerra, Alexandre Ferreira, Ricardo Gordo e Virgem Suta; e a “Buganvília party”, a partir da meia-noite e meia, com animação a cargo de a P*ta Da Loucura, organizada pelo Grupo Santa Loucura.

destaque para a exposição de artesanato e produtos regionais, com a presença de dezenas de artesãos a trabalhar ao vivo, nas várias artes e ofícios; para o colóquio “Estratégias para a Sustentabilidade do Interior” (hoje, sexta-feira); para a atuação de Sérgio Rossi (hoje, sexta-feira); para uma tarde

de cante (amanhã, sábado); e para o espetáculo com Tânia Sampaio (amanhã, sábado). Também amanhã, pelas 10 horas, haverá missa solene no salão do centro social acompanhada pelo coro da Universidade Sénior de Castro Verde e, pelas 11 horas, atuação livre de artistas e poetas populares.

Pedido prolongamento da concessão à Direção Geral de Energia

Mais tempo para procurar petróleo na costa alentejana Foi na segunda-feira, dia 29, que foi conhecida a posição da Galp em relação à concessão de exploração de petróleo na costa do Alentejo. A petrolífera acabou por solicitar mais um ano à Direção Geral de Energia (DGE), alegando que precisa de mais tempo para analisar a informação até agora recolhida. A decisão encontra-se agora nas mãos do Estado.

A

Galp anunciou que solicitou à Direção Geral de Energia (DGE) para prolongar a concessão de exploração de petróleo na costa do PUB

Alentejo. A petrolífera pediu mais um ano, assegurando que “precisa de mais tempo para analisar a informação recolhida”. A decisão de avançar ou não com a perfuração de um poço ficará assim adiada para 2014. Recorde-se que no contrato inicial assinado a Galp tinha a obrigação de decidir ainda este ano, 2013, se avançava com a perfuração ou se abandonava o bloco. A Galp, para já, decidiu não avançar e apressou-se com o pedido à DGE, entregando as suas razões para adiar o intuito.

11 Diário do Alentejo 3 maio 2013

Evento de solidariedade a favor da Buganvília

Não há ainda certeza de que haja pet róleo em Por t uga l e, seg u ndo Ferreira de Oliveira, da Ga lp, durante a apresentação dos resultados do primeiro trimestre, “ é necessário analisar a informação geológica e isso demorará ainda mais tempo”, daí o pedido. Informando, porém, que, desde que o projeto arrancou, “a Galp recolheu dados geológicos de muito boa qualidade” e, neste sentido, “só precisa de mais tempo para os analisar”. O Estado terá agora de analisar se quer manter a concessão.

Marcha lenta pela retoma do IP2 e IP8 adiada para o dia 23 A Comunidade Intermunicipal do Baixo Alentejo (Cimbal), a Associação Empresarial do Baixo Alentejo e Litoral (Nerbe/Aebal) e a Entidade Regional de Turismo do Alentejo adiaram para o dia 23 a marcha lenta pela retoma das obras do IP2 e IP8, inicialmente agendada para a próxima quinta-feira, dia 9. A alteração da data deve-se, segundo adiantam, pelo facto de dia 9 “coincidir com o feriado da cidade de Beja”. As três entidades referem ainda, em comunicado de imprensa, que já foram desenvolvidas algumas das iniciativas definidas que visam a retoma das obras da A26/IP8 e IP2, estando já confirmadas, para o dia 9, audiências com os grupos parlamentares. Durante a Ovibeja, que terminou no domingo, “procedeu-se” também “à recolha de assinaturas no âmbito da petição pública” e foram desenvolvidas “outras ações de esclarecimento e mobilização da opinião pública”.


Diário do Alentejo 3 maio 2013

12

Câmara de Beja disponibiliza wireless em oito locais da cidade

A Câmara Municipal de Beja, no âmbito do projeto de Modernização Administrativa, colocou à disposição oito locais com wireless (Internet sem fios) na cidade, nomeadamente o parque da Cidade, o jardim do Tribunal, o jardim da Mouraria, a praça da República, a biblioteca municipal, o jardim público, o parque de campismo e as Portas de Mértola. A iniciativa é assegurada por fundos comunitários. O acesso à wireless é gratuito. Os interessados apenas terão que se registar quando acedem à rede.

Projeto Outeiro do Circo em debate O auditório da Escola Superior de Educação de Beja recebe hoje, sexta-feira, a partir das 10 horas, as conferências “A geologia como base de apoio à investigação arqueológica”, por Sofia Soares (Estig/IPBeja), e “O povoado do Bronze Final do Outeiro do

Medalhas de mérito municipal A Assembleia Municipal de Beja aprovou no início da semana o nome das instituições e personalidades que vão ser distinguidas com insígnias e medalhas de mérito municipal, no feriado da cidade, na próxima quinta-feira, dia 9. Cooperativa Agrícola de Beringel, Associação de Pais do Jardim de Infância Seara Nova, Associação Cantinho dos Animais, Caixa de Crédito Agrícola Mútuo, Fundação de São Barnabé, Guarda Nacional Republicana, Agrupamentos n.º 1, 2 e 3 de Beja, Escola Secundária D. Manuel I, Grupo Coral Externato António Sérgio e Grupo Coral Feminino Terras de Catarina são as entidades a distinguir. Receberão ainda medalhas de mérito Ana Isabel Vermelhudo Cabecinha, padre Joaquim Fatela, D. António Vitalino Dantas, Bruno Ferreira, Benvinda Paulino e Jorge Serafim.

Circo (Beja): Investigação e educação patrimonial”, a cargo de Miguel Serra e Eduardo Porfírio (projeto Outeiro do Circo/ Palimpsesto/Ceaucp). O programa inclui ainda, a partir das 14 e 30 horas, a visita “Outeiro do Circo e arredores: da paisagem natural à construção humana”.

Maria João George e João Covas Lima homenageados

Feriado municipal em Beja Beja assinala, na próxima quinta-feira, dia 9, o seu feriado municipal. Várias atividades estão agendadas e será ainda prestada homenagem a Maria João George e João Covas Lima.

A

cidade Pa x Julia festeja, na quinta-feira, dia 9, o seu feriado municipal e para celebrar a data a câmara local preparou um conjunto de iniciativas, que pretendem assinalar a efeméride com a dignidade que merece. Miguel Góis, vereador da Câmara Municipal de Beja, em declarações ao “Diário do Alentejo”, afirmou: “Trata-se de um momento de extrema importância, que não poderíamos deixar passar em branco. É um dia marcante que deve

e merece ser assinalado”. E acrescentou: “Dentro das nossas possibilidades tentámos organizar um leque de atividades diversificado e que fosse ao encontro de vários públicos, porque este, efetivamente, é um dia que deve ser comemorado por todos”. Entre outras iniciativas, que acontecem por ocasião do feriado municipal, destaque para a tertúlia “Dois Olhares Sobre a Cidade”, que acontecerá no café Luís da Rocha, na quarta-feira, dia 8, e que contará com a presença de Carlos Alberto Moniz e Dinis Cortes. Os passeios de natureza, que se rea liza m habitua lmente ao f i m de semana, também são uma das proposta s e, desta feita, fora m a ntecipados para o dia 9, quinta-feira.

“Tentámos incluir uma atividade que estivesse relacionada com uma ida ao campo. O feriado é sempre comemorado no Dia da Espiga, quinta-feira de Ascensão, e não quisemos deixar de assina lar este momento, que faz parte das nossas vivências e da nossa tradição”. Durante a manhã de quinta-feira tem lugar ainda uma homenagem a Maria João George e a João Covas Lima. À tarde, serão entregues as medalhas e insígnias de mérito municipal. As atividades mais lúdicas e dedicadas às famílias não foram esquecidas e, durante todo o dia, entre as 10 e as 20 horas, no Parque da Cidade, há várias iniciativas desportivas, ateliês, música e muita animação. BS

PUB

Diário do Alentejo n.º 1619 de 03/05/2013 Única Publicação

CÂMARA MUNICIPAL DE CUBA

EDITAL

Francisco António Orelha, Presidente da Câmara Municipal de Cuba, nos termos e para os efeitos do disposto no artigo 91º da Lei nº 169/99, de 18 de setembro, com as alterações introduzidas pela Lei nº 5-A/2002, de 11 de janeiro, torna público que, se encontra aberto Concurso Público para Cessão de Exploração do Bar das Piscinas Descobertas, em Cuba. 1. OBJECTO DO CONCURSO PÚBLICO: O concurso tem por objeto a cessão de exploração do Bar das Piscinas Descobertas, em Cuba, pelo período de 01 de junho a 31 de agosto de 2013. 2. VALOR BASE: O valor base de licitação deste arrendamento comercial é de € 250,00/mês. Ao valor referido acresce o IVA à taxa legal em vigor. 3. ADMISSÃO DE CONCORRENTES: Podem ser concorrentes pessoas singulares ou coletivas de reconhecida competência, solvibilidade e idoneidade, que cumpram as seguintes condições, sob pena de exclusão: a) Não serem devedores de impostos ao Estado português, devidamente comprovada por certidão emitida pelo competente Serviço de Finanças; b) Não serem devedores de contribuições para a Segurança Social, devidamente comprovada por certidão emitida pelo Instituto da Segurança Social, I.P.; c) Não serem devedores ao Município de Cuba, devidamente comprovada por certidão emitida pela respetiva Câmara Municipal. 6. PRAZO DE APRESENTAÇÃO DAS PROPOSTAS: O prazo para apresentação das propostas é até às 17 horas do 5º dia (dias contínuos, não se suspendendo aos sábados, domingos e feriados) contado da data de publicação deste Edital, sob pena de exclusão. 7. ACTO PÚBLICO: O ato público de abertura de propostas tem lugar no dia útil imediatamente subsequente ao termo do prazo fixado para a sua apresentação, perante o Júri designado para o efeito, no Salão Nobre do edifício dos Paços do Concelho, sito na Rua Serpa Pinto, 84, em Cuba, pelas 10h00. Ao ato público pode assistir qualquer interessado, mas nele apenas podem intervir os concorrentes e/ou os seus representantes, estes últimos desde que devidamente credenciados. 8. CRITÉRIO DE ADJUDICAÇÃO O critério de adjudicação é o da proposta economicamente mais vantajosa, atendendo aos seguintes fatores, por ordem decrescente de importância: a) Valor mensal proposto (70%); b) Mérito da proposta (25%). A forma de ponderação destes fatores encontra-se fixada no programa de concurso. 9. CONSULTA E FORNECIMENTO DO PROCESSO DE CONCURSO: As peças que integram o procedimento - o programa de concurso e o caderno de encargos - encontram-se disponíveis para consulta na Divisão de Administração Geral da Câmara Municipal de Cuba, sita na Rua Serpa Pinto, 84, 7940-172, em Cuba, das 9h00 às 12h30 e das 14h00 às 17h30, desde o dia da publicação do presente Edital até ao termo do prazo fixado para a apresentação das propostas, e na página de Internet da Câmara Municipal de Cuba – www.cm-cuba. pt, onde podem ser consultados e copiados gratuitamente. Em alternativa, os interessados podem adquirir no serviço indicado no 1º parágrafo deste número, cópia das peças do procedimento, mediante o pagamento do respetivo custo, que é de € 1,67 + IVA. 10. PRAZO DE MANUTENÇÃO DAS PROPOSTAS: Os concorrentes obrigam-se a manter as suas propostas pelo prazo de 30 dias. Em caso de desistência antes do decurso deste prazo, fica o concorrente obrigado a pagar o valor da sua proposta, sendo a adjudicação, neste caso, feita ao concorrente que se classificar a seguir. Paços do Município, aos 30 de abril de 2013 O Presidente da Câmara, Francisco António Orelha


Com o objetivo de dinamizar e valorizar o comércio e os produtos locais, a Câmara Municipal de Odemira promove até domingo, dia 5, a Campanha do Dia da Mãe no comércio local de Odemira, Vila Nova de Milfontes e de São Teotónio. Em compras iguais ou superiores a 15 euros, os clientes das lojas que aderiram à campanha habilitam-se a ganhar prémios.

de lagunagem com arejamento, antecedido por um pré-tratamento”, explica a câmara. Através da obra, da responsabilidade da empresa Águas Públicas do Alentejo, sublinha a autarquia, a população de Aljustrel “passará a dispor de uma ETAR moderna e adaptada às atuais exigências ambientais”. A obra, orçada em 1 073 906 euros, será cofinanciada por fundos comunitários.

PAULO MONTEIRO

Aljustrel reabilita ETAR A obra de reabilitação da Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) de Aljustrel vai arrancar em breve e deverá terminar em junho de 2014, num investimento de um milhão de euros. A empreitada vai permitir reabilitar e melhorar a atual ETAR para poder “tratar a totalidade das águas residuais da vila”, através de “um sistema

Hoje é Dia Mundial do S Sol ol

É o sol que nos diferencia

C

omemora-se hoje, sexta-feira, dia 3, o Dia Internacional do Sol, com o objetivo de prestigiar a nossa principal fonte de vida. O raiar do Sol todos os dias é algo que desperta vários sentimentos bons nas pessoas: renovo, esperança e vida. O Sol é a estrela central do nosso sistema planetário solar. A distância a que esta estrela se encontra da terra é de cerca de 150 milhões de quilómetros, ou uma unidade astronómica (UA). A luz solar demora aproximadamente oito minutos e 18 segundos para chegar à Terra. A energia do Sol também é responsável pelos fenómenos meteorológicos e o clima na Terra. A distância entre a Terra e o Sol é por isso um fator fundamental, pois permite criar um ambiente de temperatura e luminosidade adequado para a manutenção da nossa vida. Em Amareleja, uma das localidades

mais quentes do País, foi inaugurado no passado dia 28, o percurso Rota do Sol. Este é um percurso pedestre de 10 quilómetros que foi projetado pela junta de freguesia local e homologado pela Federação de Campismo e Montanhismo de Portugal e pela Federação Europeia das Caminhadas Pedestres. A ideia partiu dos Caminheiros da Portela, que fazem caminhadas há mais de 30 anos, e que depois de terem visitado a vila propuseram à freguesia a realização de um percurso. A inauguração, que contou com cerca de 150 pessoas, mostrou aos caminhantes o Poço do Tapado, o Poço do Chorão, o Posto de Turismo, a Casa das Artes, a Torre do Relógio, a Igreja Matriz, a Central Fotovoltaica e o baldio das Ferrarias. Para o presidente da junta de freguesia desta vila alentejana, António Gonçalves, “o sol é um dos nossos principais atrativos, pois

há pessoas que passam metade do ano sem sol e procuram as terras mais quentes para passearem”, refere ainda que “sem o sol que temos, não teríamos o nosso bom vinho e tantas outras coisas”. Ceia da Silva, presidente da Entidade Regional de Turismo do Alentejo, refere que “o sol é para nós uma referência fundamental, pois associa-se à qualidade de vida, a momentos felizes. O sol é entendido também como um fator antidepressivo”. Ceia da Silva diz ainda que “numa região como o Alentejo o sol é claramente associado a uma das suas principais dinâmicas, já que aquilo que temos de diferenciador de outros destinos é um clima extraordinário e o número de horas de sol que temos para realizar atividades ao ar livre. Assim, sol é igual a qualidade de vida, igual a excelente turismo, igual a fator diferenciador do Alentejo”. GF

Grupo de Odemira critica critérios de apoio

Teatro ao Largo contra DGArtes

A

companhia profissional Teatro ao Largo, de Odemira, que perdeu o apoio da Direção-Geral das Artes (DGArtes) no concurso deste ano, considerou no final da semana passada que os critérios para atribuição penalizam os “pequenos grupos de província”. “Basicamente, foi feito um programa para apoiar os grupos com estruturas como a Cornucópia [companhia teatral de Lisboa]”, disse o produtor executivo do Teatro ao Largo, Pedro Pinto Leite. O dirigente considerou que o Alentejo “foi, mais uma vez, penalizado” na distribuição dos apoios

diretos na área do teatro da DGArtes. Segundo Pedro Pinto Leite, “é muito claro, quer nos regulamentos, quer na resposta que é dada”, que os programas da DGArtes “não estão feitos para apoiar pequenos grupos na província, que chegam a toda a gente”. “Ir ao campo fazer um espetáculo não interessa muito”, lamentou o responsável. Numa carta dirigida ao diretor-geral das Artes, Samuel Rego, a direção da companhia profissional alentejana afirma que os critérios de seleção do concurso “não tomam em conta” as diferenças nas formas de organização

dos grupos. “Os critérios de avaliação sugerem que a política da presente secretaria de Estado é favorecer às estruturas com grande projeção nacional e internacional (…), em detrimento daquelas que trabalham diretamente com a comunidade local”, referem. Considerando que “a DGArtes tem pouca noção do trabalho desenvolvido pelo Teatro ao Largo”, os responsáveis recomendam que seja desenvolvido “um programa de avaliação contínua (…) a todos os grupos”. “A pessoa paga para fazer o acompanhamento do nosso grupo, há cerca de três anos que não aparece”, acusam.

PUB

13 Diário do Alentejo 3 maio 2013

Dia da Mãe no comércio local de Odemira


Ã

14 Diário do Alentejo 3 maio 2013

A TAP, que até agora tinha andado perfeitamente arredada do aeroporto, começou na semana passada a trazer aviões para serem reparados em Beja. É uma belíssima notícia, esta. E mais um passo, ainda que todos eles sejam sempre curtos em demasia em função da urgência da região, para a viabilização económica desta infraestrutura que, tão imerecidamente, tem sido alvo de chacota. PB

Opinião

Pela nossa rica saúde! Filipe Nunes Arqueólogo

O

s números põe-me doente. A lista das “100 maiores empresas do Alentejo” que o “Correio da Manhã” publicou, classificando “os melhores projetos da economia alentejana” dos distritos de Beja, Évora e Portalegre em 2012, posicionava no ranking de volume de negócios em 3,º e 4.º lugar os hospitais de Beja e Évora, respetivamente. Depois do cobre da mina da Somincor e do café do Nabeiro, eis que como a nossa (rica) saúde se traduzia para cada uma das instituições de saúde pública em cifrões na casa dos 80 milhões de euros de vendas. O Hospital de Évora até nisso contribuía com 240 euros em exportações (temo em deslindar do que se trata). É certo que ambas entidades públicas empresariais (EPE) terminaram com resultados líquidos negativos, mas ao ranking importava sim o aumento de lucros, de vendas. Depreendo assim que o passado dia 7 de abril, Dia Mundial da Saúde, deve ter sido efusivamente celebrado nas bolsas, e por essas entidades transcendentes que são os mercados. Quando a Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo, EPE que integra os hospital de Beja e Serpa e todos os centros de saúde do distrito de Beja (exceto Odemira), incluindo cerca de 70 extensões de saúde, afirma para 2013 como seus objetivos “a elaboração de um plano de negócios até 2015 e a execução de um plano de ajustamento que permita a redução de cinco por cento dos seus custos operacionais”, fica claro para quem não lhe bastou o ranking, que não somos aí revistos como doentes, mas como clientes, ou pior ainda, como matéria-bruta dessa medalha de bronze dos “melhores projetos de economia alentejana”. O processo de empresarialização hospitalar, diz-nos o Estado português, determina a gestão empresarial orientada por “objetivos”. Um modelo económico-financeiro que se diz centrado no utente, mas é na verdade inteiramente assente na “eficiência de gestão”. E esta é aferida por números, percentagens e gráficos de aumentos de vendas. Depois parece que sim, que existem doentes, que de facto por detrás dos números e indicadores económicos afinal estão pessoas. As que recorrem ao Serviço Nacional de Saúde, o qual, de acordo com a terminologia da empresarialização hospitalar, não é referido como um serviço de utilidade pública, mas sim como a principal fonte de receitas dos hospitais EPE (em média, o SNS é responsável por cerca de 80 por cento das receitas anuais dos hospitais empresa). Por isso os números põe-me doente. Aflige-me como o discurso economicista é posto da boca para fora ao arrepio de qualquer sentido mínimo de humanidade. Na verdade agravando a ausência desses valores na formação médica, onde são as médias e as notas que determinam o acesso à profissão. Mas mais surpreendido fiquei ao rebuscar as palavras do conselho de administração no arranque desta EPE do Baixo Alentejo em 2008, quando afirmava que: “É todo um paradigma de prestação de cuidados que temos que alterar (…) Envolver as pessoas e as instituições da chamada sociedade civil na alteração de estilos de vida, criar o compromisso para a mudança de atitudes e comportamentos relacionados com a saúde (e com a vida, numa abordagem ecológica), contribuindo para a capacitação das próprias comunidades para a promoção da saúde, e fomentar a criação de uma cultura de prevenção em todo o ciclo de vida dos indivíduos e das comunidades é a nossa tarefa primordial, por gigantesca que seja”. Palavras leva-as o vento. E tão pouco as mudanças governativas de então para cá me convencem de como podem esses acertados apelos se coadunar com a então inaugurada empresarialização da saúde, que mais não é que o caminho aberto à sua inteira privatização e fim do SNS.

Ã

A BIBLIOTECA MUNICIPAL JOSÉ SARAMAGO, em Beja, celebrou esta semana mais um aniversário. Depois de, na semana passada, ter festejado o Dia do Livro. A biblioteca está adulta, madura, é um facto. Já não revela a novidade de outros tempos. Mas não deixa de ser delicioso saber que a casa do livro de Beja continua a ser a instituição da cidade com mais pessoas inscritas. E isto não quer dizer muito, quer dizer tudo. PB

António José Seguro teve o seu congresso norte-coreano. Todos os congressos dos partidos são, agora, momentos cerimoniais de aclamação e legitimação do líder, com distribuição, negociada em bastidores, dos lugares secundários do poder político. Pedro Tadeu, “Diário de Notícias”, 30 de abril de 2013

Que tamanha hipocrisia, não posso deixar de concluir dessas palavras ao recordar as tentativas de fecho da maternidade de Beja, do hospital de Serpa; os aumentos atrás de aumentos nas taxas hospitalares; a redução de horários e o fecho de extensões de saúde; as dificuldades impostas ao transporte de doentes … É pois por isso urgente travar a morte lenta das populações, a troco dos que são premiados como “os melhores projetos da economia alentejana”. E sim, é preciso alterar todo um paradigma na prestação de cuidados de saúde. Na alteração de estilos de vida, atitudes e comportamentos relacionados com a saúde, capacitando cada um e, no seu todo, as próprias comunidades. Para que invertemos as prioridades é necessário reconhecer o sistema de domínio a que estamos submetidos. Somos a base dos interesses económicos da indústria médica e farmacêutica, eficazmente subjugados à inevitabilidade dessa autoridade. Por isso, para afirmar que a saúde nos pertence, temos de garantir a capacidade de dispor de um sistema de saúde público, assente sobre outras premissas. Em que o cuidado da saúde não é apenas um direito que nos assiste, como uma responsabilidade de todos. Uma saúde pública, gratuita e igualitária, organizada em nome da cooperação solidária e não em nome do negócio. Uma saúde humana, em que a relação com os doentes os tome com a dignidade de seres pensantes e não como peças defeituosas na engrenagem de uma gestão social ou amostras ao apuramento académico da medicina; uma saúde ecológica, que não interfira demasiado com o equilíbrio interno do corpo humano, nem o contamine na imediata panaceia farmacêutica. O cuidado básico da saúde deve partir de cada um e ser promovido dentro da comunidade e não servir pornograficamente como ranking económico.

O “Grito do Ipiranga” na Europa – UE – ! José Carlos Albino Agente de desenvolvimento local

N

ão é tarde, não é cedo, vieste mesmo em boa hora”. Tu, Relvas, escondendo-te; vocês, Tribunal Constitucional, porque deram um grito de soberania democrática. Com a saída de Relvas, patrão-empregado de Passos Coelho, este governo, perdendo a força anímica, irá caindo como um baralho de cartas. Gaspar, o ideólogo, coxeia. Sem ânimo, o ainda primeiro-ministro apenas irá esbracejando e vociferando. Faltará a certidão de óbito, por homicídio ou suicídio. Por semanas, quinzenas, o tempo o dirá. Com a “prova de vida” dada pelo Tribunal Constitucional, ganhámos soberania e ânimo para dar o “Grito de Ipiranga” na Europa. Grito, conjugado com os Pigs, feitos Bigs. A Europa e a União Europeia reclamam ser abanadas e desafiadas. As consequências não estão claramente à vista; ir-se-ão revelando e transformando, até se encontrar/construir novos modelos de legitimação popular e nacional. Mas, certamente, que pior do que o atual “Consórcio de Patrões”, não será. Tal e qual, o Governo de Passos & Portas (Gaspar?). A aliança dos países resgatados (já em curso ou ao virar da esquina) e a afirmação convergente da sociedade civil e cidadanias organizadas de todos os Estados-Membro, talvez partindo do Conselho Económico e Social Europeu e Conselho da Europa, são fundamentais para uma Europa e UE em que a solidariedade seja a razão da sua existência e desenvolvimento. Voltar a acreditar, exige-se ! Nota: Escrito antes das declarações do primeiro-ministro. Agora ainda ficaram reforçadas as ideias expostas.

Chegue-se para diante, menino! Martinho Marques Professor aposentado

I

a fazer dez anos quando vim para Beja estudar e fiquei hóspede da estalagem que então era onde é hoje o Centro Comercial do Carmo. O espaço, de arrendamento, trazia-o o mestre Henrique Liberal, oriundo da Boavista, que fora carpinteiro de carros e, sobretudo, acolhia quem, vindo das aldeias, se deslocasse ao mercado da capital do concelho, que era por essa altura quinzenal, se a memória não me está a pregar uma partida. Do mestre Henrique e da esposa, a senhora Antonica, como lhe chamávamos, fui continuando hóspede até que, em 65, os meus pais para Beja vieram residir. Mas foi com a família Liberal que, durante cinco anos, percorri grande parte da cidade, nas casas que ela habitou ou, melhor, que foi habitando, habituando-se menos às casas do que à mudança. Passando pela casa que possui a janela manuelina, no número 36 da rua dos Mercadores, habitei a Antero de Quental, em casa rente à muralha, que foi demolida há anos quando a muralha foi deixada à vista, passei pela rua que era então da Poça da Lã e, com essa família, terminei no n.º 15 da S. Tomé e Príncipe, em rés do chão, onde estava quando fiz o exame do 5.º ano, com as suas duas secções (a de Letras e a de Ciências), que lembro ter preparado junto à janela que dava para as traseiras da Escola que é hoje a de D. Manuel I. Foi à luz, à luz de junho, que vinha dessa janela, frente a pequeno jardim e quase ao nível da rua, que me fui debruçando, sobretudo, nos compêndios das matérias que mais memória exigiam, nomeadamente Botânica, Geografia, Zoologia, Mineralogia, História, Geometria e várias outras. Mas não foi para isto que aqui vim. O que me trouxe aqui foi a lembrança de um dos vários episódios que a senhora Antonica me contava, que muitas vezes jurava que tinham sido reais e que eram geralmente situados em espaços rurais do seu conhecimento. Este eu não sei se ela o dava como verídico. Dele o que apenas me lembro é que, no monte de uma certa herdade, um sapateiro ficara a tomar conta de um menino que, na ausência dos pais, permanecia sentado junto à chaminé, onde ardiam dia e noite grossos madeiros de azinho. Pequeno, mas já falante, quando, às tantas, era mais o calor proveniente de um novo e grosso madeiro que as chamas começavam a lamber, o rapazote queixava-se: – Mestre, eu queimo-me. Invariavelmente, o mestre respondia: – Chegue-se para diante, menino. E era sempre para diante que o menino se chegava. Daí a nada, da boca do menino saía a mesma queixa: – Mestre, eu queimo-me. – Chegue-se mais para diante, menino – insistia o sapateiro. E pela última vez. Porque, a partir daí, o menino começou a crer mais no efeito do calor que nas palavras do mestre. E arredou a cadeira. Bem para trás, de maneira que os madeiros o aqueciam, mas já não queimavam. A história, se tem moral, que cada um a tire, como eu a tirei há cinco décadas. Não vou torná-la explícita, mas se, depois de contar o episódio, como a senhora Antonica mo contou, alguém se vier queixar de que a fogueira acendida para aquecer o País o está a deixar queimado, apenas responderei: – Chegue-se para diante, menino!


Terminou mais uma edição da Ovibeja. A festa dos 30 anos da maior realização popular da nossa região. Ao longo dos anos, a Ovibeja foi palco para o desfile de todas as vaidades políticas. Este ano, excluindo o colíder do Bloco de Esquerda, nenhum dirigente partidário de relevo se aproximou da feira. Reflexo indesmentível do medo que os POLÍTICOS hoje têm de sair à rua.PB

15

Poemário Esta Europa falhada Manel Martins Nobre Café o cantinho Paivas Amora Seixal

Há 50 anos A Censura escondia as lutas do 1.º de Maio

E

m vésperas do 1.º de Maio de 1962, o “Diário do Alentejo”, visado pela Comissão de Censura da ditadura salazarista, não se referia diretamente, é claro, ao Dia Internacional dos Trabalhadores e às “comemorações” que a resistência clandestina organizava. Mas havia duas informações interessantes na primeira página da edição de 30 de abril. Numa, um pequeno anúncio do próprio jornal avisava os leitores de que não haveria edição a 1: “Por o dia ser consagrado ao feriado anual da classe tipográfica e a exemplo dos anos anteriores, não se publicará amanhã o nosso jornal.” Na verdade, o fascismo nunca conseguiu que os tipógrafos – uma classe aguerrida – e outros trabalhadores da imprensa fizessem jornais no 1.º de Maio. E, para evitar mais greves, transformou a data em “feriado da classe tipográfica”... Em outro local, uma breve notícia revelava que “O sr. ministro do Interior reuniu [sic] com os governadores civis metropolitanos”. Nada mais acrescentava, para além da reunião “de trabalho” ter tido lugar na véspera, em Lisboa, e ter durado todo o dia. Mas era evidente que se tratava da preparação do aparelho policial fascista para a repressão das manifestações previstas para o dia seguinte. Só na edição de 3 de maio o “Diário do Alentejo” voltava ao assunto, com umas linhas intituladas “Os incidentes do dia 1.º de Maio em Lisboa”. De forma lacónica: “Apesar do cuidado dispositivo de segurança estabelecido pelas autoridades policiais, registaram-se, no dia 1.º de Maio, alguns incidentes em Lisboa, de que resultaram um morto e vários feridos. Os manifestantes apedrejaram as instalações do nosso colega ‘Diário de Notícias’”. A realidade é que, a partir de 1962 e ao longo dos anos 60 e 70, até ao 25 de Abril de 1974, o Partido Comunista Português, na clandestinidade, organizava em Lisboa e noutras cidades, e também em zonas operárias por todo o País, greves, lutas e manifestações populares no 1.º de Maio. Mas o “Diário do Alentejo” e outros jornais, amordaçados pela Censura, não podiam noticiar essas lutas, um poderoso contributo para o derrubamento do fascismo, com a Revolução dos Cravos, há 39 anos. Hoje, no 1.º de Maio e em cada dia que passa, os trabalhadores e o povo continuam a lutar – agora contra a ditadura das troikas, contra esta política e este governo, contra a intensificação da exploração, a redução de direitos, o empobrecimento das pessoas e do País, a perda de soberania nacional. Lutar pela afirmação dos valores de Abril, pela construção de uma verdadeira alternativa patriótica e de Esquerda, que existe e é possível. Carlos Lopes Pereira

Quem ajudou a união a crescer Com vontade e muita esperança Certamente não gostam de ver A Europa recuar e não avança

Cartas ao diretor Quinta Feira de Ascensão Maria Vitória Afonso Beja

Da Páscoa à Ascensão quarenta dias vão. Quem não se recordar deste aforismo popular poderá consultar o “Borda D’Agua” onde se registam tanto as festividades de caráter cívico como as de caráter litúrgico ou popular. O hábito de fazer da Ascensão uma festa especial remonta ao século IV, para honrar o fim da missão do Redentor na terra e da sua entrada na glória do céu. Esta festividade revestia-se de uma dualidade religiosa e pagã. Quanto ao aspeto religioso, outrora a liturgia era revestida de grande solenidade. Hoje em dia nos meios citadinos passa a maior parte das vezes despercebida. Na minha vila era costume irem ranchos de moços e de moças em passeio pelo campo e regressarem com um raminho de flores campestres. Como era constituído o ramo e qual o seu significado? Este era constituído por: duas espigas de trigo; duas papoilas vermelhas; dois malmequeres brancos; dois malmequeres amarelos; uma haste de oliveira florida (candeio). Quanto ao significado: as espigas de trigo representam o pão, as papoilas a alegria, os malmequeres brancos a prata, os amarelos o ouro, a haste de oliveira a paz. O ramo era colocado em casa pendurado na parede por um prego durante todo o ano até à próxima Quinta-feira de Ascensão - um ritual que era premonição da sorte de ter abundância, tudo o que aquela simbologia significava. Recordo particular e saudosamente uma destas quintas-feiras vividas em Beja, localizada no tempo em meados da década de 1950. Era uma tarde soalheira de maio e o liceu situava-se não muito longe do campo. Saídos por volta das três horas, nós, as raparigas, e os colegas da turma mista resolvemos ir apanhar a espiga. Chegados ao campo, o sol radioso começa a esmorecer, o céu fica carregado de nuvens negras, rebenta uma horrível trovoada e começa a chover torrencialmente. Então os rapazes gentilmente cederam-nos as suas capas que pusemos pela cabeça semelhando camponesas com seus xailes. Assim chegámos às portas de Mértola (centro da cidade), o que gerou surpresa e crítica dos transeuntes. O que é que se espera de uma cidade de mentalidade provinciana comentaram as nossas mentes irreverentes? Eu tinha o hábito de comprar todos os dias o “Diário do Alentejo”. Não só porque sempre admirei a imprensa regional, como porque também não queria perder a coluna “Portas de Mértola às duas Horas”, do saudoso José António Moedas, jornalista efetivo do “Diário do Alentejo”. No outro dia ele registava com humor e ironia a insólita passagem de algumas meninas do liceu, encharcadas até aos ossos, protegidas pelas capas de seus colegas, providenciais protetores e pontuais impedidores de uma valente gripalhada. Vir no jornal como protagonistas das “Portas de Mértola às duas horas”, num tempo de nenhum mediatismo, muita discrição e muita austeridade nos costumes foi para nós uma aventura desmedida. Talvez tenhamos tido sorte pelo facto do reitor do liceu não ter lido nesse dia o “Diário do Alentejo”, pois eram tempos austeros em que qualquer ato irrefletido custava caro à juventude em termos de punição. Pessoalmente receava, pois havia apenas dois meses que levara uma falta injustificada por ter sido apanhada a desenhar o retrato do professor de francês ainda por cima com um piolho na cabeça. Resultado: fui posta na rua pelo professor e a falta foi enviada ao encarregado de educação. Felizmente que esta quinta-feira especial terminou bem, mas ficou na minha memória indelevelmente.

I Nesta grande Europa unida Muita gente chegou a pensar Que a pobreza ia acabar Nunca mais faltava comida Ideia desejada e destemida Guardada com amor e prazer Na esperança de um dia ter Este Portugal respeitado Nunca mais ser mal tratado Quem ajudou a união a crescer II Se esta Europa foi criada Para o povo viver melhor Porque é que vivemos pior? E ninguém explicou nada Assim a união está falhada Apesar de muita lambança Quem acredita ainda lança Algumas ideias para ajudar Porque continua a acreditar Com vontade e muita esperança III Foram escritos muitos artigos Contavam algumas histórias Ficaram nalgumas memórias Mesmo aqueles mais antigos Já alertavam os seus amigos Para o que está acontecer Quem quiser ainda pode ler O que foi escrito há anos atrás Como já previa as coisas más Certamente não gosta de ver IV Quando chega a terceira idade Querem-nos roubar a reforma Todos os dias sai uma norma Que vem cheia de maldade Dizem com muita vaidade Quem manda não se cansa De reforçar esta linda aliança Ode só perde o mais pequeno Como este povo muito sereno A Europa recua e não avança

Em tua janela Francisco S. Palma Beja

Rendilhado das águas se vêm Fecha-a com o fecho dela Janela fechada, tu estás bem Pensa nas grades Que tua janela não tem. Janelas com grades Sofrimento aproxima-se de alguém. Outras janelas Grades tinham, era feitio Nada passava, nem chuva, nem vento, nem frio Todas as janelas Histórias simples elas contam. Em muitas janelas, o amor unia os corpos.

Diário do Alentejo 3 maio 2013

Ä


16 Diário do Alentejo 3 maio 2013

Passei a valorizar mais a água que me chega à torneira e as pessoas que tornam isso possível. Não tinha a noção de todo o trabalho que está por detrás”. Miguel Carvalho

Reportagem A equipa da Empresa Municipal de Água e Saneamento (EMAS) de Beja sabia que tinha em mãos um projeto “interessante” mas não estava preparada para o sucesso que o Heróis da Água tem tido junto da comunidade educativa. Em oito meses de trabalho, já realizou mais de 40 sessões, chegou a cerca de 1400 alunos do concelho, e deu um novo amigo à pequenada. A mascote Herói da Água, uma gota de água com tamanho de gente cujo comportamento responsável todos querem imitar. Para bem do Planeta.

Texto Carla Ferreira Fotos José Ferrolho

Projeto Heróis da Água já chegou a cerca de 1400 alunos, em mais de 40 sessões

Da barragem até às torneiras

A

pergunta apanha a turma de surpresa, pouco passa das 8 e 30 da manhã de segunda-feira. “Alguém sabe a origem da água que se bebe em Beja?”. Os adolescentes, divididos em grupos pelas mesas altas de laboratório, remetem-se ao silêncio, enquanto os planetas do sistema solar lhes pendem, coloridos, sobre as cabeças. “É a albufeira do Roxo” responde uma das dinamizadoras da sessão, apontando o início do ciclo urbano da água, que passa a explicar no power point projetado. Da captação ao tratamento, na ETA do Roxo; do transporte até à cidade e freguesias, através de condutas, a chamada adução; passando pelas estações elevatórias, que são necessárias para atingir pontos mais altos dos aglomerados; e ainda pela distribuição, dos reservatórios até às casas. Um gesto fácil, este de rodar a torneira para lavar as mãos ou encher um copo, deixa assim cair a aparência de passe de mágica para revelar uns bastidores onde cabe muita gente. “Passei a valorizar mais a água que me chega à torneira e as pessoas que tornam isso possível. Não tinha a no-

Fala-se do uso eficiente da água e fornecem-se alguns dados que ajudam a perceber a urgência de alterar hábitos de consumo. Em 2012, as famílias do concelho de Beja gastaram uma média de 158 litros de água por dia, 67 por cento dos quais usados nas instalações sanitárias.

ção de todo o trabalho que está por detrás”, comenta Miguel Carvalho, de 15 anos, aluno da turma do 9.º ano da Escola de Santa Maria que, desta vez, recebeu a equipa do projeto Heróis da Água, em mais uma das sessões “EMAS vai às escolas”. A equipa é extensa e tem o guião bem sabido, escrito a pensar na maior maturidade dos jovens do terceiro ciclo. Além dos representantes da Empresa Municipal de Água e Saneamento (EMAS) de Beja, o promotor, também lá estão na sala de ciências uma professora da Escola Bento de Jesus Caraça, instituição parceira no projeto, e respetivos estagiários do curso de técnico de Gestão do Ambiente, além de três alunos, também estagiários, do curso de Saúde Ambiental, da Escola Superior de Saúde de Beja. Todos têm o seu papel e aguardam a deixa. Desta vez, não haverá mascote, uma gota de água em tamanho de gente, já batizada pelos mais novos como Herói da Água, nem tão pouco por lá andará a conhecida dupla de palhaços, um trapalhão e o outro que tudo sabe sobre

as boas práticas que se devem respeitar para um uso eficiente da água. A abordagem, diferente da que é usada com os meninos do pré-escolar, é mais teórica e menos lúdica. “Explicamos o ciclo urbano da água, com a preocupação de que eles tentem perceber que a água consumida em casa é segura, porque há determinações que a empresa faz em laboratório para controlar a sua qualidade”, descreve Margarida Raimundo, coordenadora de curso na Escola Profissional Bento de Jesus Caraça. Depois de uma demonstração do processo de recolha de água, tal e qual ele é feito no terreno pelos profissionais, as amostras chegam às mesas da sala de ciências para serem testadas quanto ao PH, condutividade, temperatura, turvação e cloro. É a chamada determinação de parâmetros. Numa folha os alunos registam os valores obtidos e admiram-se com o rigor. Simão Correia, 14 anos, confessa que ficou “mais descansado”. O que leva para casa, adianta, não são tanto as dicas de poupança de água, que já conhece e pratica, quando, por exemplo, mantém a torneira


Diário do Alentejo 3 maio 2013

17

fechada enquanto lava os dentes, mas mais “a certeza de que a EMAS nos transmite água de qualidade para as casas”. A propósito de qualidade, a equipa do Heróis da Água não podia despedir-se sem antes explicar onde não é seguro beber água e porquê. Os poços e fontanários, que escapam ao controlo da rede pública, são um tema sensível. Pelas mesas vão passando caixas de cultura com alguns dos microrganismos presentes na água contaminada, para que não restem dúvidas. O que veem não é bonito; os alunos fazem esgares, contorcem-se. Mas Beatriz Silva, de 14 anos, não se deixa convencer por completo. Defende a tese de que não é assim tão perigoso beber água das fontes “de vez em quando”, porque os “microrganismos também ajudam o nosso organismo a ter mais capacidade de defesa”. Na opinião da professora Margarida Raimundo, esta é a informação que mais tem surpreendido os alunos. “Ouvimos muito dizer ‘os meus pais bebiam dessa água e nunca lhes fez mal’”, mas a verdade é que se trata “de uma água que não é controlada e, como tal, que não se aconselha a ser consumida”. Como usar a água de uma forma eficiente é outro dos pontos da sessão mas a maior parte dos alunos demonstra conhecer já as principais dicas de poupança. Aos 15 anos, Margarida Gomes diz que não gosta “nada de desperdiçar água” e atribui este seu princípio de vida à “mãe e às várias campanhas”. “Procuro lavar os dentes com a torneira fechada e tomar duche em vez de banho de imersão. O meu irmão gosta de tomar banhos de imersão mas eu obrigo-o a não tomar porque eu sou bué de fixe”, orgulha-se. Para terminar, fala-se do uso eficiente da água e fornecem-se alguns dados que ajudam a perceber a urgência de alterar hábitos de consumo. O planeta Terra tem uma quantidade fixa de água desde a sua formação, o que significa, alerta um dos dinamizadores “que bebemos hoje a mesma água que os dinossauros já bebiam”. Entretanto, fomos povoando o planeta e multiplicando a espécie sem que a quantidade deste recurso tivesse mudado. Somente menos de um por cento da água do planeta pode ser bebida. Em 2012, as famílias do concelho de Beja gastaram uma média de 158 litros de água por dia, 67 por cento dos quais usados nas instalações sanitárias. Os números estão aí e pedem para que cada um de nós, novos ou velhos, seja um bocadinho herói da água, à sua escala, à sua maneira. Beber água da torneira é seguro e mais económico O projeto Heróis da Água arrancou no

início do ano letivo de 2012/2013 e vem ganhando uma dimensão na comunidade educativa que suplantou até as melhores expetativas da entidade promotora. No terreno há oito meses, a vertente de sensibilização ambiental “EMAS vai às escolas”, que lhe tem dado mais visibilidade – há também as do envolvimento da comunidade e de incentivo à investigação, através de concursos lançados a alunos do 3.º ciclo, secundário e ensino

superior – já realizou mais de 40 sessões onde participaram cerca de 1400 alunos de todo o concelho, entre o pré-escolar e o 3.º ciclo. Tendo surgido “como uma forma de tentar aglutinar num projeto contínuo e mais consistente algumas atividades dispersas ao nível da educação e da sensibilização ambiental”, rapidamente foi ganhando adeptos e as solicitações das escolas não param de chegar, inclusivamente de fora do concelho. “A aceitação foi de tal ordem que nós, a dada altura, tivemos alguma dificuldade, até em termos logísticos, de dar resposta. Mas temos uma parceria muito importante com a Escola Profissional Bento de Jesus Caraça e contamos também com a ajuda de estagiários da Escola Superior de Saúde. É uma experiência única na região e aquilo que nós estamos agora a perceber é que isto não vai poder parar”, reconhece Rui Marreiros, diretor delegado da EMAS de Beja. Até porque a mascote Herói da Água já conquistou o afeto da pequenada: “É o amiguinho que tem o comportamento correto, as crianças reconhecem isso e tentam imitá-lo nessas boas práticas”. A mensagem chave das sessões anda à volta de três temas: o uso eficiente, divulgando hábitos de poupança; o consumo seguro, alertando-se para o perigo de beber água em poços e fontanários que não são alvo de tratamento; e ainda o desmontar de um receio enraizado, o de beber água da torneira. “Criou-se essa ideia ao longo dos anos, houve problemas históricos relativamente ao tratamento que era dado à água e isso causou algum distanciamento face ao consumo direto da água da torneira. Há pessoas que dizem que a água da torneira sabe mal, mas depois nós convidamo-las a provar a água em ações que temos feito e elas ficam surpreendidas”, explica o responsável, acrescentando as vantagens, também económicas, de se consumir água da rede pública. “Além da segurança, que está garantida, ao contrário do que acontece com a água dos poços e fontanários, em termos económicos é uma poupança enorme. O custo de uma garrafa de água de litro e meio equivale praticamente a mil litros da água da torneira”. O projeto encerrará a partir de junho, coincidindo com o fim do ano letivo, e está já prevista uma grande iniciativa para o Dia da Criança, no primeiro dia do mês. Será uma espécie de “festival de verão dos Heróis da Água, para o qual queremos convidar toda a comunidade educativa num dia dedicado ao projeto, com muitas atividades”, desvenda Rui Marreiros, anunciando também a necessidade de uma “reflexão” final, para balanço e planeamento do novo ano, previsivelmente com um novo tema, sendo que 2012/2013 se centrou na questão do uso eficiente da água. Entretanto, a equipa já dispõe de uma unidade móvel, inaugurada na última edição da Ovibeja e dotada de todas as condições para receber sessões. E pondera, no futuro, deslocar-se “pontualmente” a outros concelhos. “É uma forma de ‘exportar’ o conceito e também mostrar o que de bom se faz em Beja”, conclui Rui Marreiros.


Futebol de rua amanhã no jardim público de Beja

Diário do Alentejo 3 maio 2013

18

Disputa-se amanhã, no polidesportivo do Jardim Público de Beja, a 3.ª e última jornada do Campeonato Distrital de Futebol de Rua, organizado pela Associação de Futebol de Beja. A jornada contempla as partidas entre Casa Pia e Bairro Texas (14 e 30 horas) e entre Bairro da Esperança e Santiago Maior (14 e 50 horas).

BTT: Pelos Trilhos do Pisão

O Clube de BTT Sempre A’brir, de Trigaches (Beja), organiza no próximo domingo, com partida às 9 horas, a 5.ª maratona de BTT denominada Pelos Trilhos do Pisão, com percursos de 15 quilómetros (passeio guiado), 40 quilómetros (meia maratona) e 70 quilómetros (maratona). As inscrições são limitadas a 200 participantes.

Maratona de BTT Rota das Papoilas O Centro de Cultura e Recreio de Santana da Serra (Ourique) realiza no próximo domingo a Maratona de BTT Rota das Papoilas, com início às 9 horas, em Santana da Serra, e percursos com a extensão de 20 quilómetros (mini maratona), 40 quilómetros (média maratona) e 60 quilómetros (maratona). As inscrições são limitadas a 150 participantes.

Desporto

Moura perdeu lugar de promoção direta e Vasco da Gama desceu

Agora será mais difícil

Campeonato Distrital de Benjamins 2.ª fase (6.ª jornada): Despertar A-Odemirense, 2-1; Castrense-NS Beja, 1-2; Santo Aleixo-Ferreirense, 2-4. Líder: Despertar, 13 pontos. Próxima jornada (4/5): NS Beja-Despertar A; Odemirense-Santo Aleixo; Ferreirense-Castrense.

O Moura Atlético Clube averbou o terceiro empate desta fase decisiva do campeonato e complicou, se não hipotecou, as aspirações de entrar diretamente no Campeonato Nacional de Seniores.

Taça Joaquim Branco – Benjamins (6.ª jornada) Série A: Ferreirense B-Alvito, 2-4; Vasco da Gama-Serpa, 5-2; Sporting Cuba-Desportivo Beja A, 7-1; Moura-Piense, 6-4. Líder: Vasco da Gama, 18 pontos. Próxima jornada (4/5): Piense-Ferreirense-B; Alvito-Vasco Gama; Serpa-Sporting Cuba; Desportivo Beja A-Moura. Série B: Desportivo Beja B-Almodôvar, 1-4; Aljustrelense-Renascente, 4-0. Ourique-CB Beja, 8-4; Milfontes-Despertar B, 2-2. Líder: Aljustrelense, 15 pontos. Próxima jornada (4/5): Despertar B-Desportivo Beja B; Almodôvar-Aljustrelense; Renascente-Ourique; CB Beja-Milfontes.

Texto e foto Firmino Paixão

U

m empate no terreno do Juventude, em paralelo com o triunfo do Esperança de Lagos sobre o Montemor, provocou a queda do Moura para o terceiro lugar, cedendo a anterior posição aos algarvios. Tendo em conta que só as duas primeiras equipas de cada série e a melhor terceira de todas elas (que o Moura não é) terão acesso à promoção, os mourenses, na melhor das hipóteses, complicaram as aspirações. Têm quatro jogos para disputar, três fora de casa, o próximo no reduto do Montemor e o último em Lagos, adversário direto na subida de divisão, para onde partem em desvantagem pelo empate (1-1) cedido no seu terreno. Agora que já não dependem de si próprios, os mourenses terão que se exceder e surpreender nas três deslocações muito difíceis que o futuro lhes reserva e vencer o Vasco da Gama. A equipa de Vidigueira perdeu em casa (0/1) com o Reguengos e ficou oficialmente despromovida para o distrital da próxima época, juntando-se ao Castrense e ao Aljustrelense, que já conheciam esse destino. No campeonato dos despromovidos o sublinhado é para o triunfo dos mineiros em Monte Trigo, reforçando a liderança da série, uma vez que o Castrense empatou em casa com o Lagoa. No domingo teremos o Castrense em Vila Real e o Mineiro em casa com o Sesimbra.

Campeonato Distrital de Infantis 2.ª fase (6.ª jornada): Amarelejense-Alvito, 6-3; Despertar A-Despertar B, 3-2; Odemirense-Almodôvar, 10-5. Líder: Despertar, 15 pontos. Próxima jornada (4/5): Despertar B-Amarelejense; Alvito-Odemirense; Almodôvar-Despertar A. Taça Dr. Covas Lima – Infantis (6.ª jornada) Série A: Piense-Vasco da Gama, 9-3; Aldenovense-Moura, 1-13; Bairro Conceição-Ferreirense, 2-7; Sporting Cuba-Desportivo Beja, 12-1. Líder: Ferreirense, 18 pontos. Próxima jornada (4/5): Serpa-Piense; Vasco Gama-Aldenovense; MouraBairro Conceição; Ferreirense-Sporting Cuba. Série B: NS Beja-Aljustrelense, 7-0; Alvorada-Operário, 3-5; Renascente-Guadiana, 7-1; Milfontes-Castrense A, 6-2. Líder: NS Beja, 13 pontos. Próxima jornada (4/5): Castrense A-NS Beja; Aljustrelense-Alvorada; Operário-Renascente; Guadiana-Castrense B.

3.ª Divisão – Série F – Subida 5.ª jornada

3.ª Divisão – Série F – Descida 5.ª jornada

Esp. Lagos-U. Montemor ...................................................2-1 Vasco da Gama-At. Reguengos .......................................0-1 Juventude Évora-Moura................................................... 0-0

Monte Trigo-Aljustrelense ................................................0-1 Castrense-GD Lagoa ......................................................... 0-0 Lusitano VRSA-Sesimbra .................................................. 0-0

U. Montemor Esp. Lagos Moura Juventude Évora At. Reguengos Vasco da Gama

J

V

E

D

G

P

5 5 5 5 5 5

3 2 1 2 1 0

0 3 3 3 2 1

2 0 1 0 2 4

10-4 7-3 5-5 6-3 5-7 2-13

35 29 29 25 25 14

Próxima jornada (11/5/2013): Vasco da Gama-Juventude Évora, Esp. Lagos-At. Reguengos, U. Montemor-Moura.

Aljustrelense Castrense Sesimbra Monte Trigo GD Lagoa Lusitano VRSA

J

V

E

D

G

P

5 5 5 5 5 5

3 3 1 1 2 0

1 2 2 1 2 2

1 0 2 3 1 3

7-4 8-2 3-7 6-7 7-4 2-9

23 21 18 14 13 13

Próxima jornada (5/5/2013): Castrense-Lusitano VRSA, Monte Trigo-GD Lagoa, Aljustrelense-Sesimbra.

Recorde de golos marcados na última jornada do campeonato

Na hora da despedida O campeão festejou com o seu público e os dois despromovidos disseram adeus ao campeonato sofrendo duas goleadas, numa jornada com um invulgar número de golos marcados. O Serpa segurou o 2.º lugar. Texto Firmino Paixão

C

umpriu-se o calendário. As grandes decisões da temporada eram conhecidas desde a ronda anterior. O campeão jogou em casa, goleou o Amarelejense e voltou a celebrar o título. O Serpa, que nesta última etapa jogava a manutenção do segundo lugar, conseguiu um brilhante triunfo em Pias e manteve a posição. O Milfontes ganhou em Cabeça Gorda, espreitava o segundo posto, mas o resultado de

Futebol juvenil

Pias não lhe foi favorável. O Odemirense goleou o Desportivo de Beja e o Aldenovense foi a Cuba surpreender os locais. O Rosairense ganhou em Mértola e deixou o Guadiana de olhos postos no futuro do Moura. O São Marcos veio ao Bairro da Conceição ganhar e ultrapassar os bejenses na tabela, mas ambos tinham assegurado a manutenção na 1.ª Divisão. Marcaram-se 33 golos numa jornada em que só o Amarelejense e o Desportivo de Beja ficaram em branco. Cinco triunfos em casa alheia constituem, também, um registo pouco normal. Caiu o pano sobre uma prova que foi excecionalmente competitiva, revelando um campeão inédito e determinando também a inédita despromoção do histórico Desportivo de Beja ao patamar mais baixo do futebol bejense. Fiquemos de olhos no futuro…

1.ª Divisão – AF Beja 26.ª jornada Almodovar-Amarelejense .....................................6-0 Bairro Conceição-S.Marcos ................................... 2-3 Sp.Cuba-Aldenovense ............................................ 1-2 Odemirense-Desp.Beja ..........................................5-0 Guadiana-Rosairense .............................................3-5 Cabeça Gorda-Milfontes........................................ 1-2 Piense-FCSerpa ........................................................ 1-2 Almodôvar Serpa Praia Milfontes Odemirense Piense Aldenovense Rosairense Sp. Cuba Cabeça Gorda São Marcos B. Conceição Guadiana Desp. Beja Amarelejense

J

V

E

D

G

P

26 26 26 26 26 26 26 26 26 26 26 26 26 26

19 17 18 15 12 11 9 9 7 6 5 6 2 4

5 7 4 7 7 8 9 6 7 6 7 1 8 2

2 2 4 4 7 7 8 11 12 14 14 19 16 20

71-29 58-25 59-23 46-24 43-26 48-33 37-34 30-28 41-43 23-56 23-45 26-62 23-54 22-68

62 58 58 52 43 41 36 33 28 24 22 19 14 14

Campeonato Distrital de Iniciados (25.ª jornada): Serpa-Guadiana, 0-9; Vasco Gama-Sporting Cuba, 3-0; Ourique-Operário, 1-0; Amarelejense-Despertar, 2-0; Odemirense-Bairro Conceição, 6-0. Líder: Odemirense, 57 pontos (já campeão distrital). Próxima jornada (5/5): Guadiana-Milfontes; Sporting Cuba-Serpa; Operário-Vasco Gama; Despertar-Ourique; Bairro Conceição-Amarelejense. Campeonato Distrital de Seniores Femininos (3.ª volta/8.ªjornada): CB Castro Verde-Ourique, 7-1; CB Almodôvar-Vasco da Gama, 0-23. Classificação final: 1.º Casa do Benfica Castro Verde, 46 pontos. 2.º Odemirense, 40. 3.º Serpa, 24. 4.º Vasco da Gama, 24. 5.º Ourique, 12. 6.º Casa do Benfica de Almodôvar, zero. Campeonato Distrital de Futsal (24.ª jornada): Safara-Luzerna, 3-8; Barrancos-Ferreirense, 0-4; Almodovarense-Desportivo Beja, 4-3; Baronia-IP Beja, 9-1; Alcoforado-Vasco Gama, 2-3; ASVN São Bento-NS Moura, 2-11. Líder: Baronia, 60 pontos (campeão distrital). Próxima jornada (3/5): Luzerna-Barrancos; Ferreirense-Almodovarense; Desportivo Beja-Baronia; IP Beja-Alcoforado; Vasco Gama-ADVN São Bento; NS Moura-Vila Ruiva. Campeonato Nacional de Iniciados (2.ª fase, 13.ª jornada): Louletano-Despertar, 2-0; São Luís-Desportivo Beja, 4-1. Líder: Louletano, 57 pontos; 2.º Despertar, 54; 6.º Desportivo Beja, 13. Próxima jornada (5/5): Desportivo de Beja-Lagos. Folga o Despertar. Campeonato Nacional de Juvenis (2.ª Fase, 10.ª jornada): Despertar-Odemirense, 3-0. Líder: Louletano, 50 pontos; 7.º Despertar, 19; 8.º Odemirense, 13. Próxima jornada (5/5): Estoril-Despertar; Odemirense-Lusitano Évora.


O Grupo Desportivo e Cultural da Baronia sagrou-se campeão distrital de futsal da AF Beja, duas jornadas antes da conclusão do campeonato. Trata-se do terceiro título do Baronia, clube que já tinha conquistado idêntico cetro nas épocas 2006/7 e 2008/9 e que na próxima temporada voltará a competir no Campeonato Nacional da 3.ª Divisão desta modalidade.

XVI Campeonatos de Pista do Alentejo

Os XVI Campeonatos do Alentejo de Pista, competição destinada a atletas de ambos os sexos nos escalões de juvenis, juniores e seniores, das três associações regionais do Alentejo, realizam-se amanhã, a partir das 15 horas, na Pista Municipal de Vendas Novas. A organização tem a assinatura da Associação de Atletismo de Évora, com a colaboração das suas congéneres de Beja e Portalegre e o apoio do município de Vendas Novas.

19 Diário do Alentejo 3 maio 2013

Baronia é campeão distrital de futsal

Serras Míticas em ciclismo A equipa de ciclismo da Casa do Benfica de Almodôvar disputa amanhã a segunda prova do Troféu Liberty Seguros Serras Míticas de Portugal, entre Oliveira de Azeméis e Arouca (serra da Freita), uma etapa com a distância de 123,2 quilómetros, em que os últimos 12 são de elevada dificuldade. A equipa almodovarense venceu a primeira etapa do circuito, entre Lagoa e Foia, através de Bruno Sousa (absolutos e veteranos A) e Guilherme Lourenço (elites).

Futebol do Inatel Taça Fundação Inatel (9.ª jornada) Grupo A: Amoreiras Gare-Vale da Oca, 1-2; Luso Serpense-Relíquias, 2-2. Folgou o Fernandes. Líder: Luso Serpense, 12 pontos. Próxima jornada (1/5): Relíquias-Fernandes; Vale da Oca-Luso Serpense. Folga o Amoreiras Gare.

Piense Sporting Clube

Associação Juventude Desportiva Rosairense

Telmo Soares (gr). Carrasco, Piroleira, Paulo Pardal e Fábio Xavier Daniel Batista, Catarino e Ricardo Estrela Alex, Rudi e Rui Moita (cap).

Joel (gr). Estebainha, Daniel Correia, Valter e Pedro Bate Sérgio Palma, José Reis (cap) e Balde Luís Ferreira, Nelson Horta e Vítor Real.

Suplentes: Cláudio, Fabiano, Tiago Moita, Tiago Vargas, João Pelica e Ricardo Montes.

Suplentes: João Baiôa, Daniel, José António, Cordeiro, Nuno Costa João Pacheco e Bruno Costa.

“As finais são sempre jogos em que a percentagem de favoritismo é dividida em igual percentagem pelos dois clubes. Depois, com a evolução do jogo, as coisas vão mudando, mas, para nós, uma final é sempre para ganhar, apesar se ser uma partida que se decidirá em pequenos detalhes”. José Manuel Rações, treinador

“Espero um jogo equilibrado, quem cometer menos erros vencerá. Estamos na 3.ª final consecutiva, temos maior experiência nestes jogos, fator contrariado pela maior experiência de alguns jogadores do Pias, que o piso natural favorece. Temos as nossas armas e queremos vencer naquilo que esperamos que seja também uma tarde de festa para todos”. Nuno Costa

Final realiza-se no domingo, às 16 horas

A inevitável festa da Taça O Piense e o Rosairense são os finalistas da edição 2013 da Taça Distrito de Beja, em seniores, troféu que na época anterior foi conquistado pelo Futebol Clube de Serpa. Texto e fotos Firmino Paixão

O

Complexo Desportivo Fernando Mamede, na cidade de Beja, será o palco de honra de mais uma edição da final da Taça Distrito de Beja, segunda competição oficial mais importante do calendário competitivo da Associação de Futebol de Beja. Na presente temporada a prova foi exclusivamente disputada pelos clubes inscritos

no escalão principal, face à ausência do campeonato distrital da 2.ª divisão, e será discutida por dois clubes que concluíram o campeonato no meio da tabela classificativa, deixando para trás quer o campeão distrital, quer as outras formações que fecharam o pódio competitivo da época. A Associação Juventude Desportiva Rosairense, sétima classificada do campeonato, comparece pela terceira época consecutiva na final da Taça Distrito de Beja, troféu que conquistou no fecho da temporada 2010/2011, tendo, no ano passado, perdido a final para o Serpa. O seu adversário deste ano, o Piense Sporting Clube, quinto no campeonato e com um historial de quase

sete décadas, ainda não tem este troféu no seu palmarés. No percurso até à final do próximo domingo, o Piense foi a Odemira vencer a turma local (0-1), numa primeira eliminatória que isentou a equipa do Rosário, depois ganhou em casa ao São Marcos (4-2), enquanto o Rosairense eliminou o Desportivo de Beja (12) e, na terceira ronda da prova, os dois finalistas apuraram-se com recurso a grandes penalidades. O Rosairense venceu o Cabeça Gorda (5-4) e o Piense triunfou no reduto do seu vizinho Aldenovense (6-7). No próximo domingo, em campo neutro e com forte apoio dos seus adeptos, o favoritismo reparte-se em doses com a mesma expressão.

Final entre Ourique e Castro Verde amanhã em Aljustrel

Uma versão no feminino…

A

A Casa do Benfica de Castro Verde, campeão distrital, e o Ourique, quarto classificado no campeonato, jogam amanhã no Municipal de Aljustrel, pelas 16 horas, a final da Taça Distrito de Beja em seniores femininos. As duas equipas jogaram entre si há oito dias para o encerramento do campeonato; amanhã partem

à conquista do segundo troféu da temporada e a época não ficará concluída sem que as mesmas intérpretes se reencontrem para a Supertaça. As castrenses na qualidade de campeãs e vencedoras da taça, as ouriquenses enquanto finalistas vencidas da final da Taça Distrito. Pela forma brilhante com a equipa encarnada coloriu esta época desportiva,

reúne natural favoritismo, no entanto, uma final tem sempre contornos que contrariam a lógica e o próprio técnico Gonçalo Nunes já revelou que o Ourique foi um dos adversários que mais contrariou a hegemonia que a Casa do Benfica de Castro Verde mostrou durante esta bem-sucedida temporada desportiva.

Grupo B: Milfontes-Louredense, 1-0; Penedo Gordo-Luzianes, 0-0. Folgou o Jungeiros. Líder: Louredense, 16 pontos. Próxima jornada (01/5): Luzianes-Gare-Jungeiros; Louderedense-Penedo Gordo. Folga o Milfontes. Grupo C: Santa Vitória-Saboia, 0-3; SerranoMalavado, 1-0; Folga o Albernoense. Líder: Saboia, 19 pontos. Próxima jornada (1/5): Malavado-Albernoense; Saboia-Serrano. Folga o Santa Vitória. Grupo D: Salvadense-Beringelense, 3-0; Trindade-Santaclarense, 2-3. Folga o Ficalho. Líder: Santaclarense, 16 pontos. Próxima jornada (1/5): Santaclarense-Ficalho; Beringelense-Trindade. Folga o Salvadense. Meias-finais em Ourique – As equipas do Louredense, Saboia, Santaclarense e Luso Serpense ou Vale da Oca disputam as meiasfinais na tarde de amanhã, pelas 16 horas, no Estádio Municipal de Ourique. Troféu Agência de Beja (8.ª jornada) Grupo E: Brinches-AC Cuba, 5-0; São MatiasQuintos, 1-2; Folgou o Mombeja. Líder: Brinches, 16 pontos. Próxima jornada (4/5): Quintos-Mombeja; AC Cuba-São Matias. Folga o Brinches. Grupo F: Pedrógão-Alvorada, 1-1; Faro Alentejo-Neves, 2-0. Folgou o Figueirense. Líder: Faro Alentejo, 13 pontos. Próxima jornada (4/5): Neves-Figueirense; Alvorada-Faro do Alentejo. Folga o Pedrógão. Grupo G: Sanjoanense-Santa Luzia, 2-1; Boavista Pinheiros-Soneguense, 1-3. Folgou o Alcariense. Líder: Sanjoanense, 16 pontos. Próxima jornada (4/5): SoneguenseAlcariense; Santa Luzia-Boavista Pinheiros. Folga o Sanjoanense. Grupo H: Santa Clara-a-Nova-Cavaleiro, 3-1; Almodovarense-Cercalense, 0-5. Folgou o Pereirense. Líder: Santa Clara-a-Nova, 15 pontos. Próxima jornada (4/5): CercalensePereirense; Cavaleiro-Almodovarense. Folga o Santa Clara-a-Nova. Grupo I: Sete-Bemposta, 0-0; Colos-Campo Redondo, 1-2. Folgou o Naveredondense. Líder: Bemposta, 13 pontos. Próxima jornada (4/5): Campo Redondo-Naveredondense; Bemposta-Colos. Folga o Sete.


Luís Belchior conquista título nacional de boccia

BRAGABOCCIA

Diário do Alentejo 3 maio 2013

20

Luís Belchior, utente do Centro de Paralisia Cerebral de Beja (ao centro, na foto), regressou aos grandes momentos competitivos que no passado lhe conferiram alguns títulos nacionais e internacionais e sagrou-se campeão nacional de boccia na classe BC1 durante o campeonato nacional da modalidade, que se disputou no Pavilhão Municipal de Tomar, com organização da Pcand-Paralisia Cerebral Associação Nacional de Desporto. Luís Belchior competiu num lote de oito concorrentes da mesma categoria, superando Bernardo Lopes (APC Coimbra).

Canoístas alentejanos na seleção sénior de kayak polo Os atletas João Roque e Pedro Mestre, ambos da Pagaia Sul, de Beja, e Bruno Leitão, Fronteirense, integram a seleção nacional sénior de kayak polo que durante este fim de semana disputa o Torneio Internacional de Charleroi (França), uma das etapas de preparação que João Ribeiro, o técnico nacional, privilegiou tendo em conta a participação da equipa lusa no Campeonato da Europa de Kayak Polo que, em finais de agosto, se realizará na cidade polaca de Poznan.

Sport Clube Odemirense venceu o Campeonato Distrital de Iniciados

Odemir(áveis) campeões... Consolidando o admirável percurso que tem vindo a rubricar ao nível dos escalões de formação, o Odemirense conquistou o título distrital de iniciados e assegurou a presença no nacional da próxima época. Texto e foto Firmino Paixão

D

uas jornadas antes do campeonato se concluir, os miúdos do Odemirense asseguraram o título distrital de iniciados e, no passado domingo, no seu último jogo da época, coloriram de verde e branco o sucesso da temporada. O treinador da equipa, Fernando Gonçalves, relatou as incidências do campeonato, acentuou o equilíbrio competitivo e enumerou as equipas que mais se opuseram a esta bem-sucedida caminhada do Odemirense, clube que nas últimas temporadas tem feito uma aposta muito apreciável na formação. Foi um percurso difícil até o Odemirense chegar ao título?

Sim, foi uma tarefa bastante difícil, tivemos adversários que nos complicaram bastante a vida, nomeadamente o Moura e o Milfontes. Foi uma luta muito igual até ao fim e só na parte final do campeonato é que conseguimos chegar ao título. Odemirense e Moura alternaram a liderança do campeonato, mas no sprint final a sua equipa foi mais forte?

Fizemos uma ponta final de campeonato muito forte, foi importante termos ganho em Beja ao Despertar, numa jornada que ficou também marcada pelo empate do Moura com o Vasco da Gama. Foi um momento importante deste campeonato que nos fez ainda acreditar mais que seríamos os campeões. Os campeonatos são provas de regularidade...

E nós fomos a equipa mais regular ao longo da prova e merecemos totalmente a vitória, porque nunca baixámos os braços, sobretudo no jogo em casa com o Moura, em que uma derrota nos poderia afastar do título. Mas os

Campeonato Distrital de Iniciados Jovens do Odemirense festejaram título distrital

Nós fomos a equipa mais regular ao longo da prova e merecemos totalmente a vitória, porque nunca baixámos os braços, sobretudo no jogo em casa com o Moura, em que uma derrota nos poderia afastar do título.

miúdos deram tudo e demonstraram que eram a melhor equipa do campeonato. Ao longo do campeonato foram derrotados apenas no terreno do Moura, Vasco da Gama e Milfontes. Foram eles os principais concorrentes?

Realmente tivemos três resultados negativos com esses clubes, mas considero que o Operário também tem uma boa equipa. De resto, as equipas mostraram, todas elas,

um valor muito equilibrado e a diferença fez-se em momentos de sorte ou de inspiração, nós fomos mais eficazes, mas ganhámos com inteira justiça.

fortes, e isso pode ser um entrave. Mas sei que tenho aqui jogadores, até alguns infantis, com muito valor, e acredito que faremos um bom trabalho na próxima época.

Com o melhor ataque e a melhor defesa?

A base de recrutamento pode ser abundante, mas a dimensão geográfica do concelho dificulta a mobilidade?

Temos jogadores com muita qualidade, miúdos com muito valor, que, se vierem a ter a sorte de serem vistos, certamente que poderão chegar longe no futebol. Deus queira que tenham essa sorte. Os juvenis estão despromovidos do patamar nacional, mas sobem os iniciados. É importante manter sempre uma equipa a competir a esse nível?

Claro! Mas sabemos que será um trabalho difícil. Temos cinco jogadores iniciados de primeiro ano a jogar na equipa titular. Isso é muito bom, sobem outros cinco, temos mais alguns com valor para integrar esta equipa e espero poder ainda reforçá-la melhor para que disputemos o nacional da próxima época com honra e com a dignidade que o clube merece. Considera o plantel com elevado potencial para conseguir fixar-se no nacional?

Espero que sim, estou consciente de que será muito difícil, porque vamos encontrar equipas com muito valor e fisicamente mais

Na verdade é uma tarefa bastante difícil, que exige muitas despesas e muito trabalho, por causa das grandes distâncias. Vamos buscar miúdos a Santa Clara, a Milfontes, outros quase ao fim do mundo e a conjugação de tudo isso envolve um grande esforço, porque temos outros escalões. Este título vem confirmar o bom trabalho que o clube tem feito ao nível da formação?

O Odemirense está de parabéns pelo trabalho que tem realizado. Nos últimos anos tem mantido sempre uma equipa nos campeonatos nacionais, mas o problema que sentimos é que os jogadores quando entram nas etapas mais adiantadas dos seus compromissos académicos perdem um pouco a ligação com este projeto. A direção do clube tem feito um excelente trabalho e vamos ver se consegue ter forças para se manter a este nível, porque, afinal, estamos a falar de recursos que são o futuro do Odemirense.

Almodôvar José Saúde

Com a derradeira jornada do campeonato distrital da 1.ª divisão sénior da AF Beja disputada no último domingo caiu o pano sobre uma competição onde brilhou com ênfase uma estrela proclamada Desportivo de Almodôvar. Em tempos julgados oportunos, lancei um palpite que deslizou literalmente para o evoluir do campeonato primodivisionário na presente temporada. Nos acepipes da competição que se apresentava ao rubro, coloquei o Desportivo de Almodôvar como um dos principais fiéis que se alinhava presunçosamente no palco desportivo regional para assumir de forma explícita a sua real candidatura a um título sonhado e agora tornado realidade. Conheço a vila de Almodôvar. Percebo a vontade das suas gentes em elevar o encanto do futebol numa terra onde em tempos recuados a formação se assumia como fator quiçá prioritário. Trabalhou-se o futebol juvenil, é verdade, sendo certo que dessa eficaz labuta surgiram à estampa jovens jogadores que pisaram excelentes palanques em defesa de emblemáticos símbolos nacionais. Nessa fase de franca tertúlia em prol do mundo da bola, a Sociedade Almodovarense abarcou, também, a responsabilidade do fenómeno futebolístico. Com o evoluir do tempo o Desportivo de Almodôvar agregou nas suas fileiras toda a conjetura da maravilha deparada e o emblema dimensionouse. Resta, com justiça, colocar na narrativa uma ressalva: aplaudir o trabalho feito pela câmara almodovarense no que concerne às excelentes infraestruturas entretanto criadas que permitiram o evoluir constante da progressão desportiva na vila. Hoje, revejo o passado, bem como o seu avanço, e centralizo a opinião de que em Almodôvar, uma urbe cravada no limiar da planície alentejana e da serra algarvia, a população vive momentos ímpares de alegria. O seu Desportivo sagrou-se Campeão – época 2012/13 – e o povo da bola rejubilou. Outros desafios se seguem para o emblema almodovarense.


institucional diversos Diário do Alentejo n.º 1619 de 03/05/2013 Única Publicação

21 Diário do Alentejo 3 maio 2013

Diário do Alentejo n.º 1619 de 03/05/2013 Única Publicação

ASSEMBLEIA DE FREGUESIA DE SÃO JOÃO BAPTISTA – CONCELHO DE BEJA

MOÇÃO DE SAUDAÇÃO AO 1.º DE MAIO

CÂMARA MUNICIPAL DE CASTRO VERDE

EDITAL N.º 33/2013 CONCURSO PÚBLICO PARA ALIENAÇÃO DE LOTES DE TERRENO PARA CONSTRUÇÃO URBANA 7 Lotes em Castro Verde / 15 Lotes em Santa Bárbara de Padrões 7 Lotes em Entradas / 11 Lotes em Casével Francisco José Caldeira Duarte, Presidente da Câmara Municipal de Castro Verde, torna público que de harmonia com a deliberação da Câmara Municipal de 24 de abril de 2013, está aberto concurso público para a alienação de Lotes de terreno para construção urbana (Habitação/ Comércio/Garagens), conforme localização anexa ao respetivo programa de concurso. Data limite de inscrições: As propostas deverão ser entregues até às 16:00 horas do dia 24 de maio de 2013, na Secção Financeira e Património, ou remetidas pelo correio sob registo e com aviso de receção; Processo de concurso: O Programa de Concurso pode ser requerido na Secção Financeira e Património, durante as horas normais de expediente: das 9:00 h às 12:30 h e das 14:00 h às 17:30 h, ou na página da Internet do município: www.cm-castroverde.pt; Características dos Lotes:

No dia 1 de Maio de 1886, 500 mil trabalhadores marcharam pacificamente em luta pela jornada de trabalho com oito horas diárias e foram reprimidos pela polícia. Acabaram por ser julgados e absolvidos pelo Tribunal em 1888. Em 1889, a Segunda Internacional Socialista decidiu, num congresso realizado em Paris, proclamar o dia 1 de Maio como o Dia do Trabalhador. Em 1890, o Congresso norte-americano votou a lei que estabeleceu a jornada de oito horas de trabalho. Em 1 de maio de 1974 realizou-se, após 48 anos de ditadura fascista, a primeira comemoração do Dia do Trabalhador em liberdade, com a garantia de que a liberdade de expressão, de educação e de trabalho seriam agora direitos. Foi isso que levou a população para a rua na comemoração do maior 1.º de Maio de todos os tempos em Portugal. Trinta e nove anos após esse dia verificamos que as condições económicas e sociais dos trabalhadores e do povo português em geral se têm agravado fortemente, assistindo-se, em alguns casos, a situações idênticas ao tempo da ditadura fascista, voltando a fome e a miséria à casa dos portugueses e, particularmente, dos alentejanos. Assim e considerando que: 1. Mais de 10% da população ativa está desempregada; 2. A população jovem desempregada é superior a 20%; 3. Mais de 20% da população empregada se encontra em situação de trabalho precário; 4. Os horários voltaram a uma flexibilidade imparável em condições piores do que durante a ditadura fascista que assolou o país mais de 48 anos; 5. A população que vive abaixo do limiar da pobreza é superior a 20%; 6. A insegurança do seu posto de trabalho leva a que os jovens organizem a sua vida pessoal cada vez mais tarde; 7. Se assiste a ataques aos direitos dos trabalhadores; 8. Se assiste à destruição e privatização dos setores fundamentais do estado. Festejar o 1.º de Maio em 2013 será não só recordar o significado da luta dos operários, mas também os de todos os trabalhadores em geral e, essencialmente, os trabalhadores portugueses e das suas organizações sindicais, e outras organizações representativas dos trabalhadores, por um trabalho com condições de higiene e segurança dignas e um salário justo. Festejar o 1.° de Maio em 2013 será não só uma jornada de solidariedade para com os trabalhadores de todo o mundo que lutam pelo trabalho, por melhores condições de vida, mas também um forte apoio aos que, em pleno séc.XXI, lamentavelmente, ainda lutam pelos mais elementares direitos sociais, políticos e sindicais em países e em regiões onde eles continuam a não ser reconhecidos ou garantidos. Em Portugal, festejar o 1.° de Maio em 2013, será reafirmar Abril e as conquistas conseguidas pelos trabalhadores portugueses. Será lutar por salários justos e pensões dignas, contra o desemprego, pelo emprego com qualidade, pela valorização do trabalho, pela qualificação dos trabalhadores, pela justiça social e fiscal, pela paz e solidariedade internacional. Celebrar o 1° de Maio será, assim, lutar pelo desenvolvimento económico, pelo progresso social e por uma sociedade mais justa e fraterna. A Assembleia de Freguesia São João Baptista reunida em 23 de abril de 2013 vem manifestar o seu mais profundo apoio e solidariedade para com a luta dos trabalhadores nesta grande jornada de comemoração dos 120 anos do 1.º de Maio, condenando os ataques aos direitos dos trabalhadores levados a cabo pelos sucessivos governos que conduziram à miséria, aos baixos salários e ao desemprego de milhares de trabalhadores portugueses. Uma saudação a todos os trabalhadores portugueses, nomeadamente aos trabalhadores bejenses, e às suas organizações sindicais na passagem de mais um 1° de Maio, manifestando-lhes a sua solidariedade na luta desenvolvida por uma sociedade mais justa, fraterna e solidária; Uma saudação aos milhões de trabalhadores que por este mundo fora, nomeadamente em países onde não são reconhecidos os seus mais elementares direitos, continuam com persistência, esforço e determinação, sacrificando muitas vezes a sua própria vida, a lutar pela liberdade, pela democracia, pela paz e pelos seus direitos políticos, sociais e sindicais. VIVA O 1.º DE MAIO! Beja , 23 de abril de 2013 A Assembleia de Freguesia de São João Baptista Moção apresentada pela Bancada da Coligação Democrática Unitária, em 23.04.2013.

Diário do Alentejo n.º 1619 de 03/05/2013 2.ª Publicação

* conforme estudo prévio dos projetos fornecidos pela câmara municipal Responsabilidade do comprador: Constitui responsabilidade do comprador do lote a apresentação dos projetos de arquitetura e especialidades e ao pagamento de todas as taxas ou preços devidos no âmbito da autorização administrativa; Documentos que devem acompanhar a proposta: A proposta a elaborar de acordo com modelo anexo (Anexo I) ao programa de concurso, deve ser acompanhado de documento comprovativo do pagamento da caução, no valor de 100,00€; Modo de apresentação dos documentos e das propostas: As propostas deverão ser entregues em envelope fechado e lacrado, em cujo rosto se escreverá a menção “Proposta para compra de lote de terreno no loteamento municipal_____ (denominação do loteamento) com a referência ____” e o nome ou a denominação social do concorrente e o seu endereço; Abertura das propostas: O ato público da abertura das propostas terá lugar no dia 27 de maio, pelas 10 horas, em sessão pública, no Salão Nobre da Câmara Municipal de Castro Verde; Atribuição dos Lotes: O critério de atribuição/adjudicação dos lotes de terreno é o preço mais alto; Condicionantes: Para além do cumprimento das disposições do loteamento que integra os lotes objeto do concurso, é obrigatória a observância de todas as disposições do programa de concurso, designadamente quanto ao processo de licenciamento e ao cumprimento dos seguintes prazos de construção: a) Para apresentação dos projetos na Câmara Municipal de Castro Verde: 1 ano após escritura de compra e venda; b) Para início da construção: Um ano após a data de aprovação do projeto; c) Para conclusão da construção: Dois anos após o licenciamento. Interpretação das cláusulas e casos omissos: As dúvidas de interpretação e as omissões presentes neste programa de concurso serão resolvidos pela Câmara Municipal de Castro Verde. Castro Verde, 26 de abril de 2013

EDITAL O Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas faz público que, nos termos do art.° 6.° do Regulamento da Lei n.° 2097, de 6 de Junho de 1959, aprovado pelo Decreto n.º 44623, de 10 de Outubro de 1962, O CLUBE DE PESCA DESPORTIVA DE SANTA MARGARIDA DO SADO, com o NIF 510291937 requereu, pelo prazo de 10 anos, uma concessão de pesca nas duas margens do rio Sado, no troço com início na zona ribeirinha e na junção da ribeira de Arção com o rio Sado (Assentada), numa extensão de 2 km, sita em Santa Margarida do Sado, freguesia de Figueira de Cavaleiros, concelho de Ferreira do Alentejo e Azinheira de Barros, concelho de Grândola. Todas as pessoas singulares ou colectivas que se julguem prejudicadas nos seus direitos devem apresentar a sua reclamação por escrito devidamente justificada, no Departamento de Conservação da Natureza e Florestas do Alentejo – Antiga Estrada de Évora – Rua de S. Sebastião – Apartado 6121, 7801-908 Beja no prazo de 30 dias a contar da data de divulgação deste Edital. Para consulta dos interessados encontra-se nos referidos serviços o projecto de Regulamento, proposto pela entidade requerente para vigorar na área a concessionar.

O Presidente, Francisco José Caldeira Duarte

ADMITE-SE VENDEDORES

ALUGA-SE

Com contrato de trabalho. Oferece-se Base (500€) + subsídio de alimentação + Comissões + Prémios = +\- 1500€. Para várias zonas do Baixo Alentejo (Beja). Tel.962641997, ou elias.mendes@ext.cabovisao.pt

Apartamento semimobilado em Beja, no Centro Comercial do Lidador, 130m2, 4 assoalhadas – 410 € Contactar pelo tm. 963888058

Beja, 18 de Janeiro de 2013. O Director do Departamento de Conservação da Natureza e Florestas do Alentejo Pedro Azenha Rocha


saúde

22 Diário do Alentejo 3 maio 2013

Análises Clínicas

Medicina dentária

Psicologia

Dr.ª Heloisa Alves Proença Médica Dentista

Dr. Fernando H. Fernandes Dr. Armindo Miguel R. Gonçalves Horários das 8 às 18 horas; Acordo com beneficiários da Previdência/ARS; ADSE; SAMS; CGD; MIN. JUSTIÇA; GNR; ADM; PSP; Multicare; Advance Care; Médis FAZEM-SE DOMICÍLIOS Rua de Mértola, 86, 1º Rua Sousa Porto, 35-B Telefs. 284324157/ 284325175 Fax 284326470 7800 BEJA

Cardiologia

RUI MIGUEL CONDUTO Cardiologista - Assistente de Cardiologia do Hospital SAMS CONSULTAS 5ªs feiras CARDIOLUXOR Clínica Cardiológica Av. República, 101, 2ºA-C-D Edifício Luxor, 1050-190 Lisboa Tel. 217993338 www.cardioluxor.com Sábados R. Heróis de Dadrá, nº 5 Telef. 284/327175 – BEJA MARCAÇÕES das 17 às 19.30 horas pelo tel. 284322973 ou tm. 914874486

MARIA JOSÉ BENTO SOUSA e LUÍS MOURA DUARTE

Exclusividade em Ortodontia (Aparelhos) Master em Dental Science (Áustria) Investigadora Cientifica - Kanagawa Dental School – Japão Investigadora no Centro de Medicina Forense (Portugal)

DOENÇAS DO SISTEMA NERVOSO

Rua Manuel Antó António de Brito n.º n.º 6 – 1.º 1.º frente. 78007800-522 Beja tel. 284 328 100 / fax. 284 328 106

Especialistas pela Ordem dos Médicos e pelo Hospital de Santa Marta Assistentes de Cardiologia no Hospital de Beja Consultas em Beja Policlínica de S. Paulo Rua Cidade de S. Paulo, 29 Marcações: telef. 284328023 - BEJA

FERNANDA FAUSTINO

FAUSTO BARATA

ALI IBRAHIM

JOÃO HROTKO

Obesidade

Fisioterapia

LUZ Médico

Especialista pela Ordem dos Médicos

Especialista

Chefe de Serviço de Oftalmologia do Hospital de Beja

dos Médicos

pela Ordem e Ministério da Saúde

(Diplomada pela Escola Superior de Medicina Dentária de Lisboa)

Centro de Fisioterapia S. João Batista

Rua General Morais Sarmento. nº 18, r/chão Telef. 284326841 7800-064 BEJA

Generalista CONSULTAS DE OBESIDADE

Rua Capitão João Francisco de Sousa, 56-A – Sala 8 Marcações pelo tm. 919788155

Marcações pelo telef. 284325059

MARCAÇÕES pelos telfs.284322387/919911232 Rua Tenente Valadim, 44

Rua do Canal, nº 4 7800 BEJA

Fisioterapia

7800-073 BEJA Clínica Geral

CLÍNICA MÉDICA DENTÁRIA

Psicologia Educacional

JOSÉ BELARMINO, LDA.

Drª Elsa Silvestre Psicologia Clínica

Rua Bernardo Santareno, nº 10 Telef. 284326965 BEJA

Drª M. Carmo Gonçalves

DR. JOSÉ BELARMINO Clínica Geral e Medicina Familiar (Fac. C.M. Lisboa) Implantologia Oral e Prótese sobre Implantes (Universidade de San Pablo-Céu, Madrid)

Tratamentos

CONSULTAS EM BEJA 2ª, 4ª e 5ª feira das 14 às 20 horas

MÉDICO ESPECIALISTA EM CLÍNICA GERAL/ MEDICINA FAMILIAR

Rua Manuel António de Brito

Classes para Incontinência

Clinipax

Urinária

Rua Zeca Afonso,

Reeducação do Pavimento

nº 6-1º B – BEJA

Urologia

Acordos com A.D.S.E., CGD, Medis, Advance Care,

de trabalho, A.D.M., S.A.M.S. Marcações pelo 284322446; Fax 284326341

Marcações pelo tel.

de Beja

Consultas às 6ªs feiras na Policlínica de S. Paulo

Consultas às 6ªs feiras

Rua Cidade S. Paulo, 29

a partir das 8:30 horas na Policlínica de S. Paulo Rua Cidade S. Paulo, 29

R. 25 de Abril, 11

Marcações pelo tel.

cave esq. – 7800 BEJA

284328023 BEJA Cirurgia Maxilo-facial

Obstetrícia, Ginecologia, Ecografia

DR. MAURO FREITAS VALE

CONSULTAS 2ªs, 3ªs e 5ªs feiras

Prótese/Ortodontia

Marcações pelo telef. 284328023 BEJA

Clínica Dentária

Urgências Prótese fixa e removível Estética dentária Cirurgia oral/ Implantologia Aparelhos fixos e removíveis VÁRIOS ACORDOS Consultas :de segunda a sexta-feira, das 9 e 30 às 19 horas Rua de Mértola, nº 43 – 1º esq. Tel. 284 321 304 Tm. 925651190 7800-475 BEJA

Luís Payne Pereira Médico Dentista Consultas em Beja

Marcações pelo telefone 284321693 ou no local

Rua Zeca Afonso, nº 16 F Tel. 284325833

Praça Diogo Fernandes, nº11 – 2º Tel. 284329975

Rua António Sardinha, 3 1º G 7800 BEJA

Otorrinolaringologia ▼

Urologia

DR. J. S. GALHOZ HEMATOLOGIA CLÍNICA Doenças do Sangue

ANA MONTALVÃO

FRANCISCO FINO CORREIA MÉDICO UROLOGISTA RINS E VIAS URINÁRIAS

Assistente Hospitalar Marcações de 2ª a 6ª feira, das 15 às 19 horas Terreiro dos Valentes, 4-1ºA 7800-523 BEJA Tel. 284325861 Tm. 964522313

Clínica do Jardim

284323028

Hematologia

Dr. José Loff

Medicina dentária

MÉDICO DENTISTA

Consultas segundas,

UROLOGISTA

Hospital de Beja Doenças de Rins e Vias Urinárias

Psiquiatra no Hospital

Multicare, Allianze,

Estomatologia

quartas, quintas e sextas

PARADELA OLIVEIRA

Seguros/Acidentes

CLÍNICA MÉDICA ISABEL REINA, LDA.

AURÉLIO SILVA Psiquiatria

7800- 544 - BEJA

(Edifício do Instituto do Coração, frente ao Continente)

Classes de Mobilidade

meio aquático

nº 4 1ºFte

das 14 horas Tel. 284322503

de Fisioterapia

Hidroterapia/Classes no

Estomatologista (OM) Ortodontia

e.mail:

Marcações a partir

Pós Mastectomia

DR. JAIME LENCASTRE

TERESA ESTANISLAU CORREIA

clinidermatecorreia@ gmail.com

Reabilitação

EM BERINGEL Telef 284998261 6ª e sábado das 14 às 20 horas

Consultas às 4ª feiras tarde e sábado MARCAÇÃO DE CONSULTAS: Diariamente, dias úteis: Tel: 218481447 Lisboa 4ª feiras: 14h30 – 19h Tel: 284329134 Beja

GASPAR CANO

Drª Ana Teresa Gaspar

Dermatologia

MÉDICA DERMATOLOGISTA

Fisiatria Dr. Carlos Machado

DR. A. FIGUEIREDO

Médico oftalmologista

Acordos com: ACS, CTT, EDP, CGD, SAMS.

a partir das 15 horas

Vários Acordos

Ginecologia Obstetrícia Assistente Hospitalar

Rua António Sardinha,

Consultas de 2ª a 6ª

às 3ªs e 4ªs feiras,

Técnica de Prótese Dentária

Ginecologia/Obstetrícia

Assistente graduado de Ginecologia e Obstetrícia

Oftalmologia

CONSULTAS

Pélvico

Cardiologistas

25r/c dtº Beja

HELIODORO SANGUESSUGA

Directora Clínica da novaclinica

Laboratório de Análises Clínicas de Beja, Lda.

Neurologia

Marcações de 2.ª a 6.ª feira a partir das 14 horas Rua Capitão João Francisco de Sousa, n.º 20 7800-451 BEJA Tel. 284324690

Ouvidos,Nariz, Garganta Exames da audição Consultas a partir das 14 horas Praça Diogo Fernandes, 23 - 1º F (Jardim do Bacalhau) Telef. 284322527 BEJA


saúde

Manuel Matias – Isabel Lima – Miguel Oliveira e Castro – Jaime Cruz Maurício Ecografia | Eco-Doppler Cor | Radiologia Digital Mamografia Digital | TAC | Uro-TC | Dental Scan Densitometria Óssea Nova valência: Colonoscopia Virtual Acordos: ADSE; PT-ACS; CGD; Medis, Multicare; SAMS; SAMS-quadros; Allianz; WDA; Humana; Mondial Assistance; Advance Care Graça Santos Janeiro: Ecografia Obstétrica Marcações: Telefone: 284 313 330; Fax: 284 313 339; Web: www.crb.pt Rua Afonso de Albuquerque, 7 r/c – 7800-442 Beja e-mail: cradiologiabeja@mail.telepac.pt

CENTRO DE IMAGIOLOGIA DO BAIXO ALENTEJO ECOGRAFIA – Geral, Endocavitária, Osteoarticular, Ecodoppler TAC – Corpo, Neuroradiologia, Osteoarticular, Dentalscan Mamografia e Ecografia Mamária Ortopantomografia

António Lopes – Aurora Alves – Helena Martelo – Montes Palma – Maria João Hrotko – Médicos Radiologistas – Convenções: ADSE, ACS-PT, SAD-GNR, CGD, MEDIS, SSMJ, SAD-PSP, SAMS, SAMS QUADROS, ADMS, MULTICARE, ADVANCE CARE Horário: de 2ª a 6ª feira, das 8 às 19 horas e aos sábados, das 8 às 13 horas Av. Fialho de Almeida, nº 2 7800 BEJA

Telef. 284318490 Tms. 960284030 ou 915529387

Dr. Sidónio de Souza – Pneumologia/Alergologia/ Desabituação tabágica – H. Pulido Valente Dr. Fernando Pimentel – Reumatologia – Medicina Desportiva – Instituto Português de Reumatologia de Lisboa Dr.ª Verónica Túbal – Nutricionismo – H. de Beja Dr.ª Sandra Martins – Terapia da Fala – H. de Beja Dr. Francisco Barrocas – Psicologia Clínica/Terapia Familiar – Centro Hospitalar do Baixo Alentejo. Dr. Rogério Guerreiro – Medicina preventiva – Tratamento inovador para deixar de fumar Dr. Gaspar Cano – Clínica Geral/ Medicina Familiar Dr.ª Nídia Amorim – Psicomotricidade/Educação Especial e Reabilitação Dr. Sérgio Barroso – Especialista em Oncologia – H. de Beja Drª Margarida Loureiro – Endocrinologia/Diabetes/ Obesidade – Instituto Português de Oncologia de Lisboa Dr. Francisco Fino Correia – Urologia – Rins e Vias Urinárias – H. Beja Dr. Daniel Barrocas – Psiquiatria – Hospital de Évora Dr.ª Lucília Bravo – Psiquiatria H.Beja , Centro Hospitalar de Lisboa (H.Júlio de Matos). Dr. Carlos Monteverde – Medicina Interna, doenças de estômago, fígado, rins, endoscopia digestiva. Dr.ª Ana Cristina Duarte – Pneumologia/ Alergologia Respiratória/Apneia do Sono Dr.ª Isabel Santos – Psiquiatria de Infância e Adolescência/Terapeuta familiar – Centro Hospitalar do Baixo Alentejo Dr.ª Paula Rodrigues – Psicologia Clínica – Hospital de Beja Dr.ª Luísa Guerreiro – Ginecologia/Obstetrícia Dr. Luís Mestre – Senologia (doenças da mama) – Hospital da Cuf – Infante Santo Dr. Jorge Araújo – Ecografias Obstétricas Dr.ª Ana Montalvão – Hematologia Clínica /Doenças do Sangue – Hospital de Beja Dr.ª Ana Cristina Charraz – Psicologia Clínica – Hospital de Beja Dr. Diogo Matos – Dermatologia – Hospital Garcia da Orta. Dr.ª Madalena Espinho – Psicologia da Educação/ Orientação Vocacional Dr.ª Ana Margarida Soares – Terapia da Fala Dr.ª Maria João Dores – Psicomotricidade/Educação Especial e Reabilitação Enfermeira Maria José Espanhol – Enfermeira especialista em saúde materna/Cuidados de enfermagem na clínica e ao domicílio/Preparação pré e pós parto/amamentação e cuidados ao recémnascido/Imagem corporal da mãe – H. de Beja Marcações diárias pelos tels. 284 322 503 Tm. 91 7716528 | Tm. 916203481 Rua Zeca Afonso, nº 6, 1º B, 7800-522 Beja Clinipaxmail@gmail.com www.clinipax.pt

Clínica Médico-Dentária de S. FRANCISCO, LDA. Gerência de Fernanda Faustino Acordos: SAMS, ADMG, PSP, A.D.M.E., Portugal Telecom e Advancecare

Rua General Morais Sarmento, nº 18, r/chão; TEL. 284327260 7800-064 BEJA

23 Diário do Alentejo 3 maio 2013


necrologia

24 Diário do Alentejo 3 maio 2013

Serpa PARTICIPAÇÃO E AGRADECIMENTO

BEJA

BALEIZÃO

ALFUNDÃO Mariana de Jesus Sério

†. Faleceu o Exmo. Senhor JOSÉ FRANCISCO DO ESTANQUE, de 64 anos, natural de Nossa Senhora das Neves - Beja, casado com a Exma. Sra. D. Gertrudes Rosa Lopes Barrocas Estanque. O funeral a cargo desta Agência, realizou-se no passado dia 26 de Abril, das Casas Mortuárias de Beja, para o cemitério desta cidade.

†. Faleceu a Exma. Senhora D. TERESA LUÍSA GRADE ESPANHOL BEXIGA, de 72 anos, natural de Baleizão - Beja, casada com o Exmo. Sr. José Francisco Troncão Bexiga. O funeral a cargo desta Agência, realizouse no passado dia 27 de Abril, da Casa Mortuária de Baleizão, para o cemitério local.

BEJA / FERREIRA DO ALENTEJO

PENEDO GORDO

†. Faleceu a Exma. Senhora D. NOÉMIA MARIA ISIDORA AMARO MARQUES LOURENÇO, de 81 anos, natural de Aljustrel, viúva. O funeral a cargo desta Agência, realizou-se no passado dia 28 de Abril, da casa Mortuária de Alfundão, para o cemitério local.

Filhos, netos e restante família cumprem o doloroso dever de participar o falecimento da sua ente querida ocorrido no dia 27/04/2013 e na impossibilidade de o fazerem individualmente vêm por este meio agradecer a todas as pessoas que a acompanharam à sua última morada ou que de outra forma manifestaram o seu pesar.

AGÊNCIA FUNERÁRIA SERPENSE, LDA Gerência: António Coelho Tm. 963 085 442 – Tel. 284 549 315 Rua das Cruzes, 14-A – 7830-344 SERPA

AGÊNCIA FUNERÁRIA POPULAR BEJENSE, LDA. Rua João Conforte, 15 7800-184 Beja Tel.284323555 Tm. 968051518 Tm. 965217456 A AGÊNCIA MAIS ANTIGA DE BEJA

PARTICIPAÇÃO

†. Faleceu a Exma. Senhora D. ELMIRA PERPÉTUA DE OLIVEIRA ORTEGA, de 90 anos, natural de Alcântara - Lisboa, viúva. O funeral a cargo desta Agência, realizou-se no passado dia 29 de Abril, das Casas Mortuárias de Beja, para o cemitério de Ferreira do Alentejo, onde foi cremada.

†. Faleceu o Exmo. Senhor MANUEL FRANCISCO GUERREIRO, de 70 anos, natural de Santiago Maior - Beja, Casado de/com Exma. Sra. D. Luciana Santos Guerreiro. O funeral a cargo desta Agência, realizou-se no passado dia 01 de Maio, da Casa Mortuária do Penedo Gordo, para o cemitério local.

Vimos participar o falecimento da exma. sra. D. Florinda das Dores Coelho, de 82 anos de idade, viúva, natural de Nossa Senhora das Neves, Beja. O funeral realizou-se no passado dia 26/04/2013 da Casa Mortuária das Neves para o cemitério daquela localidade. Apresentamos à família os sentidos pêsames.

MISSA

MISSA DO 30º DIA

Esperança de Deus Catarino

Ângelo das Dores Chora

10.º Ano de Eterna Saudade

1.º Mês de Eterna Saudade

Seus filhos, netos, nora e genro participam a todas as pessoas de suas relações e amizade que mandam celebrar missa por alma da sua saudosa extinta no dia 04/05/2013, sábado, pelas 18 e 30 horas, na igreja do Carmo, em Beja, agradecendo desde já a todos os que se dignarem assistir ao piedoso ato.

Filhos, netos, nora e genro participam a todas as pessoas de suas relações e amizade que será celebrada missa pelo eterno descanso do seu ente querido no dia 11-05-2013, sábado, às 18 e 30 horas, na igreja da Sé, em Beja, agradecendo desde já a todos os que se dignarem comparecer ao ato religioso.


institucional diversos Diário do Alentejo n.º 1619 de 03/05/2013 2.ª Publicação PEDRO BRANDÃO Agente de Execução C.P. 3877

25 Diário do Alentejo 3 maio 2013

Diário do Alentejo n.º 1619 de 03/05/2013 Única Publicação

VENDE-SE Penedo Gordo Moradia constituída por: cave, rés do chão e 1.º

ANÚNCIO

MUNICÍPIO DE VIDIGUEIRA ASSEMBLEIA MUNICIPAL

andar, cave - salão; r/c -

Tribunal Judicial de Cuba - Secção Única Acção Executiva Processo n.° 91/09.9TBCUB Exequente: Banco BPI, S.A. Executados: Hugo Miguel Marques Chagas e outros FAZEM-SE SABER que nos autos acima identificados se encontra designado o dia 10 de Maio de 2013, pelas 15:00 horas, no Tribunal acima identificado, para abertura de propostas que sejam entregues até esse momento na Secretaria do mesmo, pelos interessados na compra do seguinte bem: Prédio urbano, propriedade total, descrito sob a inscrição 74/19850612, da freguesia de Vila de Frades, concelho de Vidigueira, com o artigo matricial n° 765, sito na Rua do Pinheiro, n.° 2 O bem pertence aos Executados: HUGO MIGUEL MARQUES CHAGAS, NIF: 215608798 e ISABEL MARIA SERAFIM PEREIRA, NIF: 198298579 VALOR BASE: 104.275,00 € Será aceite a proposta de melhor preço acima do valor de 72.992,50€, correspondente a 70% do Valor Base. Nos termos do artigo 897° n.° 1 do CPC, os proponentes devem juntar à sua proposta, como caução, cheque visado à ordem do agente de execução, no montante correspondente a 20% do valor base do bem, ou garantia bancária, no mesmo valor. É Fiel Depositário que o mostrará a pedido os executados Hugo Miguel Marques Chagas, residente na Rua José Gomes Ferreira, n.° 16 - 1° Esq., Bairro Santo André, em Beja e e Isabel Maria Serafim Pereira, residente na Rua do Pinheiro, n.° 2, Vila de Frades O Agente de Execução, Céd Prof. 3877 Pedro Brandão

hall de entrada, sala de estar com lareira e ar

SAUDAÇÃO

condicionado, cozinha

E veio Abril, e de novo aqui estamos para saúda-lo ! Podem-nos perguntar porque insistimos em assinalar a data nesta assembleia, e responderemos que sempre que Abril por aqui passar estaremos de pé para o festejar! Afirmamos aqui, nesta casa, também ela fruto das conquistas de Abril, que não esquecemos que houve um antes do 25 de Abril, e que várias foram as sementes que Abril nos deixou, e que estas ao fim destes anos, parecem-nos tão intrínsecas à nossa vivência que, no presente, quando questionada a sua pertinência e legitimidade por este Governo e pelos senhores da Troika, os portugueses ganharam de novo consciência dos valores e das conquistas de Abril. Hoje, quando tudo está em risco de ser destruído, quando a ideologia ultra-liberal deste governo pretende tudo questionar e reformular numa visão mercantilista da vida dos cidadãos, é mais fácil compreendermos o que conquistámos com Abril: – Aqui estamos, eleitos pelo povo, em sua representação para colaborarmos e contribuirmos para o desenvolvimento do nosso concelho! Esta uma das mais consequentes dádivas de Abril - o Poder Local Democrático. – A Constituição da Republica – Lei fundamental e básica do País, que sustenta a equidade entre todos os portugueses. Maltratada e desrespeitada frequentemente, e que nos últimos anos, pelos atropelos feitos por este governo aos seus princípios, tem-nos ajudado a compreender a sua importância e a necessidade de a defender! – A saúde – Hoje quando ouvimos falar na privatização dos serviços de saúde, da redução do número de camas disponíveis, pensamos que o nosso Serviço Nacional de Saúde é tão recente, ultrapassámos tantas barreiras do subdesenvolvimento graças a ele! Porquê destruí-lo? – A Educação para todos… tão longe do discurso de quem pretende uma escola a duas velocidades, separando logo, desde tenra idade, aqueles que irão vingar nos estudos e aqueles que se irão adaptar a uma formação técnica. Só assim se pode reduzir drasticamente os custos da educação, só assim se pode despedir professores na escola pública! – O trabalho com direitos, a protecção no desemprego e direito à pensão de reforma, tantas conquista alcançadas pelas lutas dos trabalhadores, agora sistematicamente desrespeitadas e, porque Maio vem aí, festejemos o dia do trabalhador, saudemos os sindicatos pela sua luta para que o trabalho seja um direito digno, e não uma exploração! Participemos na jornada de convívio e luta organizada pela manhã no próximo 1º de Maio na cidade de Beja. Por fim, porque saudar Abril é prestar homenagem aqueles que lutaram para que Portugal se libertasse da ditadura, prestamos daqui homenagem a João Honrado, um alentejano, um comunista, mas sobretudo um homem que dedicou a sua vida à luta contra o fascismo, quando lutar significava prisão e clandestinidade, e que após a revolução se dedicou de corpo e alma ao Alentejo e seu desenvolvimento, coerente, convicto mas sempre fraterno e plural. Com tantos atropelos ao espirito do 25 de Abril ficou-nos o direito à liberdade, mas, como diz o cantor, “ só há liberdade a sério quando houver: a paz, o pão, habitação, saúde, educação!” Porque somos eleitos pelo povo, comprometemo-nos a defender aquilo que Abril nos deu!!, Viva o 25 de Abril, Viva o 1º de Maio

equipada, wc, logradouro com piscina; 1.º andar - 1 suite, 2 wc, 2 quartos com roupeiros. Contactar tm. 939989874

VENDE-SE Camião em bom estado, marca Mercedes Benz, 153 000km, equipado com tesoura tribasculante, travão eléctrico e conjunto de

Diário do Alentejo n.º 1619 de 03/05/2013 Única Publicação

taipais duplos.

NOTÁRIA DE OURIQUE Maria Vitória Amaro

Contactar tm.

CERTIFICADO

919379873

Certifico, para fins de publicação, que no dia vinte e três de Abril do ano dois mil e treze, no Cartório Notarial em Ourique, a folhas cinquenta e quatro e seguintes, do Livro de Notas Para Escrituras Diversas número Cinquenta e Dois- D, se encontra exarada uma escritura de Justificação, na qual Joaquim Guerreiro, casado com Maria Antónia Martins, segundo o regime de comunhão de adquiridos, natural da freguesia de Santana da Serra, concelho de Ourique, onde reside no Monte da Soalheira de Baixo, N.I.F. 141 830 930, se declara dono e legítimo possuidor, com exclusão de outrém, do prédio urbano sito no Monte da Soalheira de Baixo, freguesia de Santana da Serra, concelho de Ourique, constituído por cinco divisões, que servem de arrecadações e arrumos, com a superfície coberta de cem metros quadrados e a superfície descoberta de trinta e cinco metros quadrados, confrontando do norte, sul e nascente com vias públicas e do poente com via pública e Joaquim Guerreiro Dias, inscrito na matriz em nome do justificante, sob o artigo 1775, com o valor patrimonial de €2.990,00, a que atribuem igual valor, omisso na Conservatória do Registo Predial de Ourique. Que o justificante não possui qualquer título para efetuar o registo a seu favor, deste prédio, na Conservatória, embora sempre tenha estado, há mais de quarenta e três anos, na detenção e fruição do citado prédio, o qual veio à sua posse, ao tempo solteiro, por doação, feita por seu pai, Manuel Guerreiro ou Manuel Francisco, viúvo, residente que foi no Monte da Soalheira de Baixo, em dia e mês que não pode precisar, mas no verão do ano de mil novecentos e sessenta e nove, não tendo tal doação sido reduzida a escritura pública, mas que desde logo entrou na posse e fruição do prédio, em nome próprio, posse que assim detém há mais de quarenta e três anos, sem interrupção ou ocultação de quem quer que seja, de modo a poder ser conhecida por aquele que pudesse ter interesse em contrariá-la. Esta posse assim mantida e exercida, foi-o sempre em seu próprio nome e interesse e traduziu-se nos factos materiais conducentes ao integral aproveitamento de todas as utilidades do prédio, designadamente, utilizando-o, fazendo as necessárias obras de reconstrução e conservação e pagando os respectivos impostos. É assim tal posse pacífica, pública e contínua e durando há mais de vinte anos, facultando-lhe a aquisição do direito de propriedade do citado prédio por USUCAPIÃO, direito que pela sua própria natureza, não pode ser comprovado por qualquer título formal extrajudicial. Nestes termos, e não tendo qualquer outra possibilidade de levar o seu direito ao registo, vem justificá-lo nos termos legais. Está conforme o original. Cartório Notarial em Ourique, da Notária Maria Vitória Amaro, aos vinte e três de Abril de 2013. A Notária Maria Vitória Amaro

Aprovada, por unanimidade, na sessão ordinária da Assembleia Municipal de 26 de Abril de 2013.

VENDE-SE BERINGEL 240 oliveiras centenárias para arrancar. Contactar pelo tm. 963133812

OFICINA RECTIFICAÇÕES DE CABEÇAS E DE BLOCOS (Novos preços) TESTAGENS z SERVIÇO DE TORNO z SOLDADURAS EM ALUMÍNIO z z

Encamisar blocos orçamentos com ou sem material PREÇOS SEM CONCORRÊNCIA

CASADINHO Sítio Horta de St. António Caixa postal 2601 BEJA Tm. 967318516

Vale €1,20 em abastecimentos superiores a 20 litros

ARRENDA-SE Habitação, com ou sem mobília, cozinha grande, 1 quarto grande, wc, saguão. Contactar

descontos atÉ

6 cÊnt.

BP Beja Castilho; 2. Este vale só poderá ser descontado no ato de pagamento de abastecimentos iguais ou superiores a 20 lts., até um máximo de 3 vales por abastecimento (60 lts); 3. Este vale não é acumulável com outras campanhas desconto a decorrer no Posto de Abas-

por litro

tecimento; 4. Este vale só é válido para abastecimentos

desconto em combustÍvel

com cartões: Routex, Azul e de Sócio ACP; 5. Nenhuma

atÉ 30 de abril tm. 967017214

1. Válido nos Postos BP Beja Luzias, BP Beja Variante e

em combustíveis cujos pagamentos não sejam efetuados responsabilidade será aceite nos seguintes casos: perda, roubo ou danificação do vale quer tenha sido utilizado ou não; 6. Este vale não pode ser trocado por dinheiro; 7. Válido até 30 de abril de 2013.


Beja em festa com aniversário da loja Robbialac

Diário do Alentejo 3 maio 2013

26

Empresas

A festa dos descontos Robbialac já chegou a Beja e, até ao próximo dia 11, a loja coloca à disposição dos seus clientes produtos de qualidade aos melhores preços juntamente com um aconselhamento técnico especializado. Na comemoração de mais um aniversário da sua loja, a Robbialac vai surpreender os clientes com promoções e descontos imperdíveis na sua vasta gama de produtos de pintura.

Biodiversidade da herdade do Esporão em exposição de fotografia Localizada em Reguengos de Monsaraz, a herdade do Esporão, local onde são produzidos vinhos e azeites de referência em Portugal, é habitat de uma grande diversidade de espécies de fauna e flora. Para documentar a riqueza da biodiversidade da herdade, foi lançado o desafio aos fotógrafos Diogo Marecos Duarte e Mateus Sousa Araújo para revelarem o universo vivo e dinâmico que povoa a propriedade. O levantamento de imagens decorreu entre março e outubro de 2012, tendo sido captadas cerca de 150 espécies de fauna, entre as quais foram selecionadas 29 espécies representativas do património natural da herdade. O resultado está agora patente numa exposição de fotografia no enoturismo da herdade do Esporão e intitula-se “Território com Vida”.

La Burrita abriu em Beja O ccaart rtão ão Vid idaa S Saana ten te ntta, aaci cima maa de tu m udo o, prop pr opor orci cion on o nar ar dessco cont ntos os ao os cllie i nt ntes teess n naa co omp mpra ra de ben e s ou ou prest reesta sttaç açõe õess de seerr vi de viço çço oss.. Porrq qu ue preetten pr e nd dee estar a ao lado laado d do clilieen do nte te eem m dife ferent fe nttes mo m om meent ntos oss da su o ua viida da,, colo co oca ca aao o seu u diispor u um m vvaastto le l qu ue de ser viço çoss cco om de desc desc scon nto to oss im med edia iato to os.

Desde meados do mês de abril que a cidade de Beja conta com um novo espaço comercial: La Burrita. Uma loja que coloca à disposição da população bijuteria, acessórios para o lar, acessórios de moda, artigos para festas de anos, brindes a pensar nas despedidas de solteiro, artigos de papelaria e, brevemente, tatuagens. O proprietário do novo espaço refere que Beja já necessitava de algo assim, visto não existir nada idêntico e a preços que podem ir até menos 20 por cento dos praticados no mercado. Apesar de ser difícil avaliar a recetividade até à data, o proprietário de La Burrita adianta que em 15 dias já contabilizou mil passagens pelo espaço.

Vinhos vão ter plano de sustentabilidade

Descontos até 90 por cento

Cartão Vida Sana conquista mercado europeu Conhecido no mercado há cerca de um ano, o cartão de saúde e bem-estar Vida Sana é um cartão que pode ser adquirido por apenas 24 euros anuais e oferece aos clientes descontos imediatos que podem ir até aos 90 por cento. Sem mais encargos acrescidos, o cartão destaca-se por facultar descontos em diferentes áreas e ainda oferece serviços permanentes em todo o território nacional. Publireportagem Sandra Sanches

F

oi através de várias investigações que Rogério Guerreiro, especialista na área da medicina preventiva, decidiu colocar em prática o cartão de saúde e bem-estar Vida Sana. A empresa, criada há um ano, regista já um feedback positivo na adesão da população ao cartão que lhe confere vários descontos. Após efetuar um estudo de mercado, a empresa considerou que a população necessitava de algo do género, especialmente numa época em que a crise está instalada e muitas pessoas acabam por deixar de olhar pela saúde devido aos preços praticados no mercado. Tomás Baião, responsável pela

divulgação deste projeto na zona metropolitana de Lisboa, refere que esta “é uma altura em que as pessoas não têm dinheiro para assegurar seguros de saúde, querendo algo simples, barato e eficaz”, pelo que o cartão Vida Sana, para além de reunir estas características, ainda ajuda o cliente a poupar. A mecânica de funcionamento é simples: por apenas 24 euros anuais, com possibilidade de renovação, o cartão dá a possibilidade ao cliente de usufruir de vários descontos em entidades e serviços parceiros, sem encargos acrescidos ou planos de fidelização. Desde salões de cabeleireiro a centros de enfermagem e de fisioterapia, passando por esteticistas, farmácias, ginásios, laboratórios de análises, óticas, dentistas, medicina preventiva, oftalmologistas, serviços de imagiologia, clínica geral, ginecologia, obstetrícia, pediatria e neurologia. Esta é uma empresa que se considera diferente, com um produto inovador no mercado, e que garante total confiança, segundo refere Ricardo Martins, responsável por assegurar o serviço técnico: “Muitas pessoas utilizam o cartão uma única vez

e recuperam de imediato o dinheiro do mesmo”. Até à data a recetividade tem sido bastante positiva, diz Tomás Baião, que refere ser este “um projeto de sucesso garantido”, facto que se nota pela sua expansão e adesão, tanto pela parte dos clientes como das entidades parceiras. Tenta-se acima de tudo oferecer à população qualidade de vida. Com sede em alguns locais como Beja, Setúbal, Lisboa e Madeira, a empresa está a fixar-se agora em Évora e em território algarvio. No domingo, dia 5, marcará presença na Holanda, país onde decorrem algumas negociações. As perspetivas para o futuro são boas e Tomás Baião não deixa de referir: “Somos uma empresa alentejana, com um diretor alentejano e trabalhadores alentejanos, pelo que não pretendemos enganar ninguém”. Apenas diz vender um bom produto a um preço baixo, bastando que para isso se experimente o cartão duas vezes e já se está a poupar. Ricardo Martins acrescenta que neste momento, com os descontos que estão a proporcionar, a “população consegue consultas de medicina privada mais baratas que consultas hospitalares”.

Os vinhos do Alentejo vão ter um plano de sustentabilidade, numa iniciativa promovida pela Comissão Vitivinícola Regional Alentejana para antecipar exigências dos principais clientes, sobretudo de mercados externos como os EUA, Canadá ou países nórdicos.“Todos esses países estão cada vez a exigir mais em termos de sustentabilidade”, pelo que “é necessário que o Alentejo também se antecipe e comece a trabalhar nessas áreas”, realçou Dora Simões, presidente da comissão vitivinícola. O plano vai começar agora a ser elaborado, numa parceria entre a comissão vitivinícola e a sociedade de estudos e projetos Agroges, sendo que o trabalho “vai decorrer ao longo deste ano”. Na prática o plano vai identificar várias áreas, não apenas do processo produtivo, mas do próprio embalamento e distribuição, por exemplo, passíveis de serem otimizadas. O consumo de energia e de água, o uso de fertilizantes e dos solos ou a produção de resíduos e o seu destino vão ser fatores elencados no estudo, que vai indicar critérios e “balizas” para a sua otimização.

Comporta Dunes avança A herdade da Comporta, uma das maiores propriedades agrícolas nacionais, com uma extensão de 12 500 hectares, inserida nos concelhos de Grândola e Alcácer do Sal e integrada no Grupo Espírito Santo, está a desenvolver um projeto turístico de alta qualidade, que ocupará apenas seis por cento da área total da propriedade, mantendo a aposta no desenvolvimento agrícola e na preservação ambiental. Um projeto turístico de características únicas na Península Ibérica, cujos principais empreendimentos representarão um investimento de 92 milhões de euros entre 2013 e 2015, e que é financiado por capitais privados nacionais e estrangeiros e pelo QREN. Composto pelo primeiro hotel/SPA e por um conjunto de 36 moradias, operado pela cadeia internacional Àmanresorts e por um campo de golfe de 18 buracos, o empreendimento vai posicionar a herdade da Comporta e a costa alentejana como um grande destino turístico europeu de referência.


Os primeiros anos de vida são fundamentais para o futuro das crianças. A pensar nisso, a Câmara de Vidigueira promove, no Centro Multifacetado de Novas Tecnologias, em sessões de meia-hora, dirigidas a pais e bebés dos seis meses aos três anos, ações de dança, música, jogos didáticos e de literacia. Aproveite e participe, gratuitamente, nos próximos dias 15 e 29.

27 Diário do Alentejo 3 maio 2013

Ninho das Artes na Vidigueira

A páginas tantas...

Filhos Desta vez são os filhos a preparar um pequeno mimo para as mães, especialmente para o seu dia. Vais precisar de tomates cereja ou pedacinhos de tomate, courgette ou pepino, queijo e fiambre.

À solta Chegou a hora de pedir ajuda à avó e transformar os teus desenhos em bonecos divertidos e vais ver que a tua mãe vai adorar.

Um Cão e Um Gato, de Paula Carbonell e Chené Gómez, é uma das novidades da editora OQO, que na pele de dois pequenos animais retrata o que é a infância onde surgem conflitos até entre os melhores amigos que são acompanhadas de grandes mudanças de humor. O mesmo acontece com estas duas pequenas personagens. “Um cão e um gato conheceram-se. O gato disse: Miau! O cão disse: Ão-ão! Mas não se entenderam. Dois animais encontram-se, brincam, zangam-se, afastam-se, sentem a falta um do outro… e voltam a brincar.” Uma história simples, mas que ajuda nestas situações de conflito, transformando essas mudanças de humor em situações de otimismo.

Dica da semana Talvez não te lembrasses do nome do ilustrador do livro que sugerimos esta semana, mas se te falarmos nos livros O Loboferoz e A Viagem das Borboletas talvez já te recordes deste ilustrador. Para além do seu trabalho como ilustrador, este artista plástico tem levado a arte como terapia a muitas crianças. “Há partes do ser humano que a medicina não cura. Para isso existe a arte”. Fundador da Creart, uma organização não-governamental, leva a meninos de diferentes partes do mundo como o Senegal, a Palestina, a Tailândia e a Índia, entre muitos outros, a hipótese de colorir os sonhos que vivem neles.


28 Diário do Alentejo 3 maio 2013

A Zorba é uma cadela com pouco mais de um ano, de porte grande. Está desde pequena no canil à espera de uma família. É muito sociável, gosta de brincar com as pessoas e os outros cães. Está esterilizada e será vacinada e desparasitada antes da adoção. Venham conhecer a Zorba ao Cantinho dos Animais. Contactos: 962432844; sofiagoncalves.769@hotmail.com

Letras Enquanto Lisboa arde o Rio de Janeiro pega fogo

Comer

Sopa de alface com queijo fresco e ovo escalfado Ing red ientes pa ra 4 pessoas: 2 alfaces; 1 cebola; 4 dentes de alho; 2 folhas de louro; q.b. de azeite; q.b. de sal grosso; 4 ovos; q.b. de água; 1 molho de coentros; 20 gr. de farinha de trigo; 4 queijos frescos; 1 pão alentejano do dia anterior. Confeção: Lave as alfaces e corte-as aos pedaços. Num tacho faça um refogado com azeite, cebola picada, alho picado e louro. Quando a cebola estiver dourada, junte as folhas de alface, sal, e deixe refogar mais um pouco. Adicione água suficiente para a sopa e deixe cozinhar um pouco. Faça um polme com água e farinha e junte um pouco para engrossar ligeiramente o molho. Coloque os queijos cortados aos quartos e os coentros picados. Deixe cozinhar e retifique os temperos. Entretanto escalfe os ovos à parte. Sirva sobre fatias de pão do dia anterior. E bom apetite…

António Nobre Chefe executivo de cozinha – Hotéis M’AR De AR, Évora

Toiros Moura Caetano e Manuel Manzanares trouxeram um pouco de calor à fria tarde de Beja

E

m tarde muito fria e ventosa, que afastou certamente muito público das bancadas da centenária Varela Crujo, realizou-se mais uma tradicional corrida de touros integrada no programa da 30.ª Ovibeja. Com uma assistência que preenchia pouco mais de um terço da lotação daquele tauródromo, estiveram em praça o veterano Joaquim Bastinhas, o jovem João Moura Caetano e o rojeonador espanhol Manuel Manjanares, que fazia a sua apresentação em terras lusas. Completava o cartel o Grupo de Forcados Amadores de Beja, que chamava a si a difícil missão de pegar, em solitário, os seis touros com a divisa amarelo e preto de Cunhal Patrício. Rompeu praça um negro nascido em 2009, bem apresentado, tal como todos os outros, e com 535 quilos de peso, a que Bastinhas, que continua um fenómeno de popularidade em terras transtaganas, apontou os dois compridos da ordem para de seguida mudar de montada e desenvolver lide por ferros à tira, terminando com uma rosa e um par em terrenos de dentro a puxar pelo conclave. No seu segundo, este a acusar na balança 510 quilos, Bastinhas deixou dois compridos de boa nota para depois de mudar de montada desenvolver lide nos mesmos moldes da anterior que também terminou com a já imprescindível imagem de marca. Para João Moura Caetano saiu, em primeiro lugar, outro negro, este com 530 quilos, a que o jovem ginete apontou dois compridos em que procurou dar as vantagens ao oponente. Procurou interessá-lo com boa brega e nos curtos teve pormenores de muito boa nota, sendo no terceiro que atingiu o seu ponto mais alto. Tendo visto sair dos currais o seu segundo nitidamente inferiorizado, teve que esperar pelo sobrero que acusou na báscula 510 quilos para Moura Caetano deitar cá para fora toda a fina água que tem vindo a beber desde que se iniciou nestas lides. Principiou a função com dois compridos de uma marca que raramente se vê nas nossas praças, dando todas as vantagens ao hastado, e com especial destaque para o segundo em que aguentou uma barbaridade. Nos curtos esteve superior com o temperamento entrando de frente, ao piton contrário, abrindo quarteio no momento certo, levantando bem o braço e cravando de alto a baixo. O seu terceiro foi extraordinário. Esperamos que continue dentro desta linha

NELSON LAMPREIA 13

Boa vida

P

para bem da nossa festa. Terminou com dois ferros de palmo que se aceitam perfeitamente depois da lide que desenvolveu. Manzanares veio a Beja alertar que, embora pertencendo a uma dinastia que privilegia arte de montes, têm que contar com ele no toureio a cavalo. Em primeiro lugar coube-lhe o Cunhal Patrício menos pesado do lote, pois acusou apenas 450 quilos, negro bragado proporcionou a Manzanares lide alegre com bons pormenores tanto nos compridos como nos curtos e com especial destaque para o segundo comprido, em que deu todas as vantagens ao oponente e para os primeiro e segundo curtos em que esteve corretíssimo. No seu segundo, o mais pesado do lote, pois acusou 555 quilos, depois de se dobrar com ele no centro da praça, deixou os compridos da ordem tendo estado muito bem nos curtos ao apontar uma série de ferros de superior qualidade. Destaque para o segundo, um autêntico primo inter pares. O público vibrou com esta atuação. Os Amadores de Beja fizeram as cortesias com o cabo Manuel Almodôvar, que passava o testemunho, acompanhado dos dois antigos cabos do grupo João Caixinha e Luís de Moura. Foram solistas o cabo cessante Manuel Almodôvar à primeira em pega à córnea, João Fialho à segunda, Ricardo Soares também de primeira à córnea, José Miguel Falcão novamente de primeira e numa boa pega, o novo cabo José Maria Charraz à terceira, muito bem ajudado pelo primeiro e, finalmente, também de primeira José Miguel Sampaio. No intervalo assistimos ao sempre emocionante momento do despir da jaqueta por parte de Manuel Almodôvar e o envergar da mesma por parte de José Maria Charraz. Seguidamente o grupo passeou em ombros pela arena o cessante cabo Manuel Almodôvar. Ouvimos ainda algumas palavras proferidas pelo representante da câmara municipal e dirigidas não só a Manuel Almodôvar como também a Joaquim Bastinhas, pelo facto de estar a comemorar este ano o 30.º aniversário de alternativa. Dirigiu a corrida o senhor Agostinho Borges, assessorado na parte técnica pelo doutor João Infante. Sebastião Valente

rimeiro, o autor. Antes de ser escritor, Hugo Gonçalves ganhou um prémio de revelação como jornalista, viveu (e vive, de novo) fora de Portugal, onde tem escrito nalguns dos principais jornais e revistas. Tem “espírito”, é observador e sabe escrever. O que faz dele, porém, um escritor é ter uma consciência de si e do mundo – de si, no mundo. Há nele uma ética e um comportamento enformado por ela. Gonçalves é inconformista e tem um pensamento político, no sentido clássico e sem que isso implique militância. A sua escrita é, sim, agitadora e transparente quanto aos sentidos que vai encontrando no seu trajeto de nómada e experimentador. Depois, o livro, que traduz as qualidades daquele que o escreve. Em Enquanto Lisboa arde... o ritmo da escrita é tocado a fogo, ou antes, a samba – Gilberto Freyre chamou “luso-tropicalismo” ao “mundo que o português criou” mas até que ponto é que o sentido não foi predominantemente o da cafrealização, o de chegar e ser tomado pelo trópico? – e nele é evidente que Gonçalves sabe contar uma história como poucos romancistas portugueses. Há um ex-assessor político e aspirante a escritor que a crise – e o ter a cabeça a prémio – empurrou para o Brasil levando consigo a vontade de recomeçar e uma encomenda secreta. O romance relata o seu mergulho num universo de expatriados em busca de vida nova no hemisfério sul. O desfiar da história é potenciado pelas referências culturais contemporâneas que atravessam a obra – a tempo, sem forçar, capazes de estabelecer cumplicidades com o leitor – e pela qualidade do olhar de Hugo Gonçalves, atento aos detalhes e servido por uma escrita fortemente visual. Maria do Carmo Piçarra

Hugo Gonçalves Casa das Letras 16,90 euros 328 págs.


Ana Maria Baptista – Beja Taróloga – Método Maya Gabinete aberto (jardim do Bacalhau) Contacto para marcação de consultas: Telemóvel: 968117086 E-mail: missbeja@yahoo.com Características dos nativos de

Touro

Os nativos de Touro gostam de estabilidade e de comodidade. São carinhosos e pacientes, mas tendem a ser teimosos e possessivos. Argumentativos e egocêntricos, não se dão bem com pressões.Têm força de vontade e sentido de justiça, mas reagem mal às mudanças. Gostam de paz e tranquilidade.

Previsões demaio março Previsões––Semana Semanade de83aa14 9 de

g

a

Carneiro – (21/3 - 20/4) Esta semana o nativo de Carneiro exibirá distinção, elegância e classe. A vida correr-lhe-á de modo muito agradável. A mbicioso, usará os seus t runfos na vida profissional. No que toca à saúde andará fresco que nem uma alface. Relaxado e com muita energia, terá sucesso assegurado.

Balança – (24/9 – 23/10) Rirá mais vezes. E o seu rosto será o espelho da sua alma. Abandonará projetos irrealistas e sentir-se-á mais satisfeito e realizado com as pequenas coisas. A sua felicidade, calma e sábia, atrairá a companhia dos amigos e não se sentirá só. Não terá problemas de saúde. O riso reforçará o sistema imunitário. Além do mais, ficará muito mais atraente.

h

Digitalização de carta gentilmente cedida pela Fundação Portuguesa das Comunicações e que nos mostra a existência de um estafeta em Vila Real de Santo António de Arenilha

Filatelia 500 anos de Santo António de Arenilha com exposição

A

secç ão de colecion ismo da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Vila Real de Santo António vai realizar de 11 a 30 deste mês uma exposição de filatelia, que pretende assinalar a passagem dos 500 anos da Carta de Privilégio, datada de 7 de fevereiro de 1513, concedida por D. Manuel I a António Leite, e é a prova da existência de Santo António de Arenilha, anterior nome da atual Vila Real de Santo António. A efeméride decorre no Centro Cultural António Aleixo e pode ser visitada diariamente no horário normal de expediente. O conjunto em exposição é excelente e compõe-se de oito coleções, algumas muito medalhadas internacionalmente e que são: Vila Real de Santo António – “Antigamente”, da secção de colecionismo dos Bombeiros; “Expansão Ultramarina Portuguesa”, de Francisco Geada Sousa; “Animais em vias de extinção”, de Matoso Galveias; “Erros e defeitos em selos de Portugal”, de Jorge Bomba; “Inteiros Postais da Monarquia Por tug uesa”, de Pedro Mig uel Vaz Perei r a ; “Per íodo Pré-Adesivo no A lgar ve”, de Luís de Brito Frazão; “Vehículos Automóviles”, de Segundo Heréd ia Machado; e “Mona rqu ia s Hispânicas”, de Francisco Gómez Ponce, estes dois últimos, de Espanha. O carimbo comemorativo representa a marca pré-filatélica usada em Vila Real de Santo António no período compreendido entre 8/4/1810 a 14/7/1832, datas comprovadamente conhecidas da primeira e última das cartas conhecidas onde esta marca pré-filatélica foi aplicada. Sobre esta interessante marca pré-

Touro – (21/4 – 21/5) Nesta altura, o nativo de Touro andará um pouco impaciente. Pensará em mudar de profissão, de casa, de guarda-roupa… Mostrar-se-á irritado, aborrecido, saturado. Andará sempre com um não na boca e muito pouca paciência. Fisicamente andará derreado. Pense melhor antes de agir.

i

-filatélica, que já foi objeto de estudos, nomeadamente por dois grandes nomes da filatelia portuguesa, o doutor António Fragoso e o engenheiro M. M. Andrade e Sousa, Matoso Galveias, principal dinamizador da secção de colecionismo, assina um interessante artigo, que traz mais alguma luz sobre o assunto. Nas investigações que fez, Matoso Galveias localizou seis cartas que ostentam esta raríssima marca postal e ainda uma outra carta, isenta de franquia (S. N. R. – Serviço Nacional e Real), Do Estafeta dos Corr.os de Beja até V.a Real de S.to An.to d ’Arenilha, para o Ilmo. Snr. Diretor dos Correios e Postas do Reyno. A leitura do seu interior diz-nos que foi escrita em Aljustrel, a 24 de março de 1823, por Francisco António S. Thyago, Major de Artª de Milícias de Évora, que à data era o comandante de artelharia do regimento de Évora e que ostenta a marca Loulé. Sobre a aparente discrepância das localidades inscritas na carta, o autor do artigo consultou o especialista postal Pedro Vaz Pereira, que sobre o assunto diz: “Tanto os Correios de Beja, como o de Santo António de Arenilha, tinham o correio distribuído por um estafeta pago pela Fazenda Real e que circulava entre estas duas povoações, com o seguinte trajeto: partia de Santo António de Arenilha e passava por Tavira, Faro, Loulé, Almodôvar, Castro Verde, Aljustrel e com chegada a Beja. Esta carta poderá ter sido trazida de Aljustrel para Loulé, provavelmente, por um estafeta militar e seguindo o trajeto indicado a partir de Loulé até Beja, de onde foi (re-) expedida para Lisboa”. Geada de Sousa

Gémeos – (21/5 – 21/6) Os nativos de Gémeos apresentarão uma boa disposição que afastará nervos e impaciências. Deixarão de cismar com coisas tristes e serão dominados pela boa disposição. A sua alegria atrairá a companhia dos amigos. Choverão convites para diversas atividades que animarão os seus dias na companhia dos mesmos.

j Caranguejo – (22/6 – 22/7) Nunca é tarde demais. Descontraia-se. Respire fundo. Aprenda a parar para depois avançar. Verá que terá outro fôlego, outra vontade de vencer. Deve evitar trabalhar ao ritmo atual e com os nervos instáveis dessa maneira. O nativo de Caranguejo precisa de calma e de tranquilidade para dar asas à sua criatividade e eficiência. Entretanto, troque o café pelo chá de tília. Verá que resulta.

k Leão – (23/7 – 23/8) Renuncie à ideia de querer controlar tudo. O perfecionismo e a rigidez intelectual não fazem ninguém feliz, seja mais tolerante. Aprenda a distanciar-se e não julgue tanto os outros, esforce-se por compreendê-los. Quanto ao físico, há que exercitá-lo. Este é o primeiro passo para gostar de se olhar ao espelho.

l Virgem – (24/8 – 23/9) Preveem-se novos e animados capítulos na sua vida. Sentirá uma enorme vontade de viver. Tornar-se-á uma pessoa otimista e alegre. Verá a vida a andar para a frente e lutará por aquilo que quer. No que respeita à saúde, ganhará outra energia e com alguma disciplina conseguirá perder os quilos do seu descontentamento.

b Escorpião – (24/10 – 22/11) O nativo Escorpião atravessará uma fase nada simpática. Perderá o pé, o peso e a medida das suas fúrias. Arrependido tentará compensar os estragos oferecendo presentes. Mas as cóleras voltarão, tente ser menos primário, só tem a perder. Viaje com o seu amor para longe do trabalho e dos contratempos domésticos.

c Sagitário – (23/11 – 21/12) Gostará de conviver, organizar festas, vestir bem. Sorridente, cheio de humor e delicadeza, saberá rodear-se de amigos fiéis. Um toque de possessividade e de autoritarismo poderão ensombrar os seus dias. Os amigos não lhe pertencem e é importante saber partilhá-los. Quanto à saúde continuará cheio de vivacidade, a testar os limites dos seus músculos.

d Capricórnio – (22/12 – 20/01) Este nativo será conquistado pelo amor e não pela força. Diante dos obstáculos, nunca se considerará vencido. Não recuará diante de nada e manterá a cabeça fria. Mas se alguém precisar correrá em seu auxílio, esquecendo os seus próprios problemas. Colocará a lealdade à frente de outros sentimentos e detestará as pessoas que não são francas.

e Aquário – (21/1 – 19/2) Estará programado para seguir em frente. Amará sem dúvidas nem hesitações e com um entusiasmo de adolescente. O tempo que já lá vai será substituído pelo tempo que há de vir. Nada de fados nem melancolias. Com uma mentalidade diferente e mais cuidadoso na forma de se arranjar, mais atual e moderna, rejuvenescerá anos.

f Peixes – (20/2 – 20/3) O nativo de Peixes dormirá mal e andará pálido. Porquê? Stresse. É tudo! Trabalha demais, decide demais, empenha-se demais. Quer ser perfeito! A sua cabeça precisa de arejar. Viaje! O seu corpo anseia por navegar noutras paisagens. Dedique-se mais ao amor, a si próprio, à preguiça. Se o fizer, verá que recuperará o brilho, a harmonia e a energia que o caracterizam.

As previsões do horóscopo desta semana podem ser consultadas no programa “O seu signo” disponível em www.youtube.com/diariodoalentejotv ou no MEO kanal em 475533.

Diário do Alentejo 3 maio 2013

29


30

O Cineteatro Marques Duque, em Mértola, recebe amanhã, sábado, pelas 21 e 30 horas, um espetáculo de stand up comedy por Carlos Moura e Vasco Correia. Os humoristas vão estar em palco sem recurso a acessórios ou cenários, inspirando-se em observações do quotidiano que, por muito comuns que possam parecer, escondem sempre uma piada, rapidamente “exposta pela mente crítica” da dupla Moura e Correia.

Diário do Alentejo 3 maio 2013

Stand up comedy sobe ao palco em Mértola

Fim de semana

História do jazz no espaço Oficinas Arranca hoje, sexta-feira, no espaço Oficinas, em Aljustrel, o curso livre de iniciação à história do jazz “Jazz de A a Z”. A ação, que decorrerá até 4 de maio estruturada em oito sessões, sempre às sextas-feiras, é ministrada por António Branco, dinamizador do Clube de Jazz do Conservatório Regional do Baixo Alentejo. A primeira sessão, pelas 21 e 30 horas, abordará o tema “Dos campos de algodão a Nova Orleães”.

Terceiro concerto do festival Terras Sem Sombra agendado para amanhã

Grândola de volta ao tempo dos trovadores

G

rândola regressa amanhã, sábado, ao ambiente das cortes dos finais da Idade Média, com um concerto em torno da obra Guillaume de Machaut, compositor e poeta francês do século XIV, considerado “um momento alto” da 9.ª edição do festival Terras Sem Sombra, a decorrer até meados de julho. O espetáculo revela a obra “Mon chant vous envoy”, que se ouvirá pela primeira vez em Portugal, e terá lugar na igreja matriz, pelas 21 e 30 horas, tendo como intérpretes Marc Mauillon, um dos mais famosos barítonos da atualidade, a violetista Vivabiancaluna Biffi, o alaudista Michaël Grébil e o flautista Pierre Hamon.

Primavera no Campo Branco encerra com Abrunhosa Pedro Abrunhosa encerra no domingo, 5, mais uma edição da Quinzena Cultural Primavera no Campo Branco, em Castro Verde. Um espetáculo intimista, em trio, agendado para as 21 e 30 horas, no cineteatro municipal, onde o músico e compositor promete fazer desfilar algumas das suas “canções”, justamente o que considera o “coração” dos seus concertos. No derradeiro fim de semana da Primavera no Campo Branco, Castro Verde assistirá, também, ainda hoje, pelas 21 e 30 horas, à

Guillaume de Machaut, que viveu entre 1300 e 1377, foi “o grande responsável pela definição das bases rítmicas da composição polifónica e o primeiro compositor a adquirir verdadeira consciência da importância do livro para a transmissão e difusão do seu trabalho”, lembra a organização, do Departamento do Património Histórico e Artístico (DPHA) da Diocese de Beja. Em Grândola, neste terceiro concerto da edição de 2013, o festival de música sacra apresenta assim “um concerto dedicado às suas canções trovadorescas, que misturam o Sagrado e o Profano, um fenómeno característico da Ars Nova, tirando partido da poesia

peça “Dias de Espuma”, pela companhia Teatro do Mar e, no sábado, a partir das 18 horas, ao encerramento do Festival 100 Cenas, com entrega de prémios e o espetáculo “Cinema e Música”, por Patrizia Giliberti Mauro Dilema (pianoforte) e Jorge Caeiro (acordeão).

Marta Gautier com monólogo cómico no Pax Julia Marta Gautier, psicóloga e autora de livros como Desculpe lá mãe e Não há famílias perfeitas estreou-se no teatro, em 2011, em A Barraca, com o monólogo

cómico “Vamos lá então perceber as mulheres… Mas só um bocadinho”. A bilheteira esgotou, e em fevereiro do ano seguinte a produção desloca-se para o cinema São Jorge e depois para o Teatro Confluência, em Cascais, sempre com sala cheia. Já em digressão pelo País, Beja será uma das cidades a recebê-lo – hoje à noite, pelas 21 e 30 horas, no Teatro Municipal Pax Julia – e a perceber o que de tão complexo se passa no universo pessoal feminino. Das vivências enquanto amigas, passando pela juventude, pela experiência da maternidade e, claro, também pelo casamento. “Um dos grandes méritos

musicada”. Um tema “muito adequado a Grândola”, consideram os programadores, remetendo para o tempo em que a localidade, famosa pelos recursos cinegéticos, foi escolhida por D. Jorge, duque de Coimbra e mestre das ordens de Santiago e de Avis, para instalar, ao redor de 1500, um dos seus paços, ponto de apoio para a caça grossa, recreio tradicional da nobreza. Uma mansão senhorial que haveria de tornar-se, aliás, “um foco fundamental para o desenvolvimento de Grândola, que veio a ser elevada a vila e sede de concelho, em 1544”, por iniciativa do mesmo duque.

desta peça é que finalmente os homens percebem o que se passa com as mulheres… mas só um bocadinho”, desvenda a sinopse.

plebeus, damas e donzelas, numa encenação da companhia Viv’Arte, com organização a cargo do município local.

Mercado Medieval de regresso a Almodôvar

Encontro de Coros de Beja na 25.ª edição

As ruas do centro histórico de Almodôvar voltam a ser invadidas no fim de semana pelas cores, sons e cheiros de um passado bem remoto, em mais uma edição, a 9.º, do Mercado Medieval. A festa começa hoje, sexta-feira, e termina no domingo, 5, prometendo bailias e folias, mercadores e mesteirais, comeres e beberes, cavaleiros e peões, mouros e

É já no domingo, dia 5, a 25.ª edição do Encontro de Coros de Beja. Um evento já histórico na cidade, que terá início pelas 17 horas, no Teatro Municipal Pax Julia, com entrada livre. Além do anfitrião e organizador Coro de Câmara de Beja, atuam o Grupo Coral da Casa da Gaia de Argoncilhe, o Coral Atlântico de Sines e o Grupo Coral de Lagos.


31 Diário do Alentejo 3 maio 2013

Segundo relatório do Centro de Sismologia de Casével, o sismo sentido no Alentejo no passado fim de semana teve epicentro no concerto dos Buraka Som Sistema na Ovibeja. Má classificação do Desportivo de Beja no campeonato distrital: direção do clube diz que a situação podia ser pior pois ainda não chegaram ao nível do Sporting. facebook.com/naoconfirmonemdesminto

Bombista de Boston era apreciador de pastelinhos de Safara e só ouvia Tonicha no iPod Os media portugueses, na sua obsessão por encontrar qualquer coisa tuga nas notícias internacionais, descobriram que um dos bombistas de Boston tinha uma namorada que era “um quarto portuguesa”, um pouco como um quarto de queijo flamengo mas em pessoa. A “Não confirmo, nem desminto” não se quis ficar atrás e revela mais factos surpreendentes: para além da namorada portuguesa, descobrimos que era apreciador de pastelinhos de Safara (caro leitor, pode inserir uma piadola sobre bombas calóricas), fanático dos Trio Odemira e representante dos chouriços de porco preto do Talho “Túbaros e Dobrada” na América do Norte e na Gronelândia. Tamerlan Tsarnaev era tão apegado ao Alentejo que, segundo apurámos, o próximo alvo do bombista seria o jornalista Pedro Mourinho, que se celebrizou com uma reportagem em que se criticavam investimentos públicos feitos em Beja – o objetivo era raptar o jornalista e cortar-lhe o cabelo com um corta-unhas num hangar do aeroporto alentejano. Este ato terrorista seria reivindicado nas páginas do “Notícias de Beja”.

Última Hora: Foram aprovados, em reunião da Assembleia Municipal e Beja, os nomes a serem distinguidos com a medalha de mérito da cidade É uma notícia que acaba de chegar à nossa redação: em reunião da Assembleia Municipal de Beja foram aprovados os nomes a serem agraciados com a medalha de mérito da cidade. Da lista a que tivemos acesso, destacam-se nomes como Bruno Ferreira, Jorge Serafim, D. António Vitalino Dantas e a Associação Cantinho dos Animais, entre outros. Para além destas individualidades, há outras que aparecem como suplentes para o caso de alguma das individualidades ter deixado o arroz ao lume e ter de sair mais cedo. São eles: Diogo Gouveia, Eça de Queiróz, Nemanja Matic, Dmitri Dmitriyevich Shostakovich, Manuel Luís Goucha, o Inspetor Max, o puto gordo do “Verão Azul”, Wanda Stuart e Vlad, o Empalador.

Governo quer reduzir número de camas no Hospital de Beja: pacientes melhor classificados em eventos desportivos é que passam a ter direito a cama

Assunção Cristas imediatamente antes de entrar numa reunião de Conselho de Ministros

Assunção Cristas visitou a Ovibeja por considerar que sempre “é mais sossegado do que ir a uma reunião de Conselho de Ministros” Assunção Cristas faltou ao primeiro dia de Ovibeja por, segundo informações oficiais, se ter sentido indisposta. Ao que apurámos, a ministra da Agricultura, do Ambiente, do Mar, Ordenamento do Território e dos testes do pézinho, sofre do “Síndrome de jánãopossoouviroGrândola”. Ao longo da história, outros ministros da Agricultura também foram acometidos de patologias semelhantes, nomeadamente do “Sindrome nãoseiondeficaBeja”, do “Síndrome estasemananãodáporquejogaoSporting” e do “Síndrome oCastroeBritonãogostademim”. Todavia, a ministra acabou por aparecer no último dia de feira e confidenciou-nos, em exclusivo, o porquê desta visita: “Sinceramente, esta visita é um alívio. Sempre é mais sossegado visitar a Ovibeja com 300 mil visitantes do que ir a uma reunião do Conselho de Ministros. Pelo menos aqui não corro o risco de pisar nenhuma mina. Já não posso com os olhares fulminantes, as acusações, as AK-47 e os lança-chamas. Há muito que o ar se tornou irrespirável no Governo. E o pior deles todos é o Vítor Gaspar: com aquele ar de quem não parte um prato, mas é o mais danado para a porrada!”, declarou.

Em muitos hospitais por esse mundo fora os pacientes estão no hospital deitados em camas ou mesmo em macas. Mas esse mundo de luxo e ostentação está prestes a terminar. O executivo pretende reduzir o número de camas do Hospital de Beja atribuindo-as aos pacientes que tiverem a melhor performance nos recém criados Jogos Hospitalares 2013 – uma espécie de Jogos sem Fronteiras mas com diabetes tipo 2. Os pacientes terão de ultrapassar provas desportivas como o “lançamento do balão de soro”, os “100 metros arrastadeiras”, “luta greco-romana com um enfermeiro obeso”, “grande prémio da rampa de acesso às urgências em cadeira de rodas”, “tiro ao médico espanhol”, “jogo da malha com seringas” e “malabarismos com recém nascidos”. Depois de ultrapassar estas etapas de atividade física e diversão garantidas, os pacientes melhor classificados deverão responder corretamente a 125 perguntas sobre literatura escandinava do Séc. XIX.

“A Não confirmo, nem desminto” está na DATV! Quem já viu diz que “é uma espécie de Big Brother Vip, mas sem clamídia” É verdade, prezado leitor, a “Não confirmo, nem desminto” está na DATV! Estamos uns modernaços, é o que é! Segundo a empresa GFK, cerca de 450 milhões de pessoas viram a primeira edição da “Não confirmo, nem desminto” no canal do “Diário do Alentejo” no MEO, enquanto que apenas seis telespectadores viram o Marítimo X Benfica da passada segunda-feira. No Youtube o nosso primeiro programa teve mais de 1 500 visualizações em dois dias – e apenas 97 por cento dessas visualizações pertenceram ao autor desta página! Apelamos aos nossos fãs espalhados pelo mundo inteiro, e também em Marvão, que vejam o nosso programa no Youtube – mais duas semanas e batemos o recorde daquele gordalhufo coreano do Gangnam Style.


Nº 1619 (II Série) | 3 maio 2013

9 771646 923008

01619

FUNDADO A 1/6/1932 POR CARLOS DAS DORES MARQUES E MANUEL ANTÓNIO ENGANA PROPRIEDADE DA AMBAAL – ASSOCIAÇÃO DE MUNICÍPIOS DO BAIXO ALENTEJO E ALENTEJO LITORAL | Presidente do Conselho Directivo José Maria Pós-de-Mina | Praceta Rainha D. Leonor, 1 – 7800-431 BEJA | Publicidade e assinaturas TEL 284 310 164 FAX 284 240 881 E-mail comercial@diariodoalentejo.pt | Direcção e redacção TEL 284 310 165 FAX 284 240 881 E-mail jornal@diariodoalentejo.pt Assinaturas País € 28,62 (anual) € 19,08 (semestral) Estrangeiro € 30,32 (anual) € 20,21 (semestral) | Director Paulo Barriga (CP2092) | Redacção Bruna Soares (CP 8083), Carla Ferreira (CP4010), Nélia Pedrosa (CP3586) | Fotografia José Ferrolho, José Serrano | Cartoons e Ilustração Paulo Monteiro, Susa Monteiro Colaboradores da Redacção Aníbal Fernandes, Firmino Paixão | Colunistas António Branco, António Nobre, Carlos Lopes Pereira, Francisco Pratas, Geada de Sousa, José Saúde, Rute Reimão Opinião Ana Paula Figueira, Beja Santos, Bruno Ferreira, Cristina Taquelim, Daniel Mantinhas, Domitília Soares, Filipe Pombeiro, Filipe Nunes, Francisco Marques, João Machado, João Madeira, João Mário Caldeira, José Manuel Basso, Luís Covas Lima, Manuel António do Rosário, Marcos Aguiar, Maria Graça Carvalho, Martinho Marques, Nuno Figueiredo, Ruy Ventura, Viriato Teles | Publicidade e assinaturas Ana Neves e Dina Rato | Departamento Comercial Sandra Sanches e Edgar Gaspar | Paginação Antónia Bernardo, Aurora Correia, Cláudia Serafim | DTP/Informática Miguel Medalha | Projecto Gráfico Alémtudo, Design e Comunicação (alemtudo@sapo.pt) Depósito Legal Nº 29 738/89 | Nº de Registo do título 100 585 | ISSN 1646-9232 | Nº de Pessoa Colectiva 501 144 587 | Tiragem semanal 6000 Exemplares Impressão Empresa Gráfica Funchalense, SA | Distribuição VASP

nada mais havendo a acrescentar... Língua Antes de ti não havia ecos no meu corpo. A repetição dos murmúrios, o decalque dos ais, aprendi eu contigo e talvez estivéssemos abraçados quando tu com os teus dentes me rasgaste uma espécie de boca que não servia para nada a não ser para dizer poemas tristes. Eu não tinha alfabeto que chegasse para os teus olhos, nem palavras que levantassem voo do meu chão, nem tinha frases que explicassem o teu cabelo no meu colo, nem maneira de dizer a segunda pessoa do plural. Antes de ti eu era mudo e só fazia gestos de papel quando era inverno, o que era quase sempre, mesmo que fizesse sol no mundo todo. Antes de ti, o meu país não tinha

língua. E quando aprendi a falar, quando as gaivotas aprenderam a voar na minha boca, era a hora da maré dos meus dedos subir e levar-te conchas até ao pescoço. Às vezes peixes que ficavam a nadar no fundo dos teus olhos. Outras vezes apenas espuma da pressa. Tu encostavas a minha boca aberta ao teu ouvido e parecia-te ouvir o mar. E era verdade. Nesse tempo, eu era capaz de imitar uma língua de mar que levava um cardume de palavras para assar nas dunas do teu corpo. Enquanto as famílias comiam marisco nas esplanadas, nós, sem dinheiro, deitados na areia da praia, erguíamos castelos um no outro. Vítor Encarnação

quadro de honra Manuel Dias Horta, 67 anos, natural de Cabeça Gorda Os estudos secundários foram feitos no concelho de Beja, num colégio, onde conheceu a sua esposa, também natural da sua freguesia, Cabeça Gorda. Fez grande parte do serviço militar em Angola, entre 1967 e 1969. Regressou depois ao continente e fixou a sua residência em Beja. Trabalhou na Agência do Banco de Portugal, na cidade de Pax Julia. Tem quatro livros publicados da sua autoria.

Os Lírios Roxos do Rio Zaire, uma estreia no romance

Amores e desamores em tempo de guerra

M

anuel Dias Horta aventurou-se no romance. Os Lírios Roxos do Rio Zaire conta uma história de amor e desamor. Um livro que pretende dar a conhecer o outro lado da guerra colonial, que não são os tiros nem as granadas. Uma linha ténue entre o real e a ficção. O autor garante: “Este livro tem outra maturidade”. Confessou a sua felicidade em ter acabado de escrever este livro. Foi um processo de construção e reconstrução?

Às vezes deixamo-nos envolver na história, embora a tivesse criado e imaginado, e foi isso que aconteceu. Acabei por me envolver em todo aquele drama vivido entre os personagens e desejei chegar ao fim. À resolução, que acabou por ser uma resolução triste. Mas fui eu que lhe tracei o destino. Quanto tempo é que o levou a escrever?

Foi um livro começado há muito PUB

tempo, mas sofreu um grande impulso nos últimos seis meses. Foi escrito em minha casa, numa pequena secretária e às horas mais esquisitas. Este livro viveu muito de impulsos. É ténue a linha entre o real e a ficção?

Bastante. Este livro traça um pouco da minha juventude. A juventude dos anos sessenta, a juventude dos anos da guerra. Uma guerra que fiz, mas que não quis. Histórias destas, como a que conto no livro, eram correntes. Histórias de amores e desamores. Podia, de facto, ter sido uma história real, aliás é quase baseada em uma que me lembrei. Qual é o outro lado, em sua opinião, da Guerra Colonial?

O outro lado da Guerra Colonial, que não são os tiros nem as granadas, é a guerra psicológica. E depois são os amores e os desamores. As promessas, os sonhos dourados da juventude. Mas também a desilusão, os desgostos. Enfim…

Em que difere este livro dos outros que já escreveu?

Este livro tem outra maturidade e é um romance. Contém um pouco de romantismo e até de misticismo. Precisei deste tempo para me aventurar no romance. Tinha este desejo, mas julgo que chegou no tempo certo. Tive muito prazer em escreve-lo e dá-me ainda mais prazer perceber que as pessoas se têm agradado ao lê-lo. Gostava ainda de escrever um grande romance, mas só o tempo o dirá... Os Lírios Roxos do Rio Zaire foi recentemente apresentado na Ovibeja…

Posso dizer que escolhi e foi escolhido. Tive todo o prazer em apresentar este livro na Ovibeja, bem como os dirigentes que organizaram o certame tiveram todo o prazer em dar-me esta oportunidade. Foi assim uma feliz escolha e uma feliz coincidência. É uma honra ver incorporado um trabalho meu neste evento tão importante para o Alentejo e não só. Bruna Soares

www.diariodoalentejo.pt

Hoje, sexta-feira, o céu deverá apresentar-se pouco nublado e a temperatura oscilará entre os oito e os 23 graus centígrados. Amanhã, sábado, são esperadas poucas nuvens e a temperatura deverá aumentar, bem como no domingo.

· · ··

Ana Paula Figueira apresenta Governança Territorial em Rede Governança Territorial em Rede – Medição da Notoriedade e Avaliação do Desempenho de uma Parceira Interorganizacional é o título do livro de Ana Paula Figueira, professora-adjunta no Instituto Politécnico de Beja, que será apresentado na segunda-feira, dia 6, pelas 18 e 30 horas, na Livraria Férin, em Lisboa. A apresentação estará a cargo de José Manuel Simões, professor catedrático e investigador no Instituto de Geografia e Ordenamento do Território/Universidade de Lisboa, e de José Pós-de-Mina, presidente do conselho diretivo da Associação de Municípios do Baixo Alentejo e Alentejo Litoral (Ambaal). O livro, editado pela Princípia, resulta de uma adaptação do trabalho de pós-doutoramento da autora, realizado no Centro de Estudos Geográficos/ Instituto de Geografia e Ordenamento do Território a partir do “em.cantos”, um projeto cultural de matriz territorial cujo promotor principal foi o IPBeja e que teve a colaboração dos 14 municípios do distrito de Beja.

Prémio de poesia “Raul de Carvalho” em Alvito Decorre até ao dia 27 de setembro a entrega de trabalhos no âmbito do prémio de poesia “Raul de Carvalho”, promovido pela Câmara de Alvito e que tem como objetivos “por um lado homenagear o autor que deu o nome ao prémio, Raul de Carvalho, natural do concelho, e, por outro, a necessidade de incentivar a criatividade literária, bem como o gosto pela escrita, que consideramos serem atividades essenciais para um bom desenvolvimento intelectual”. O prémio, que foi instituído em 1997 e é bianual, é aberto a cidadãos de nacionalidade portuguesa e ainda a cidadãos naturais e/ou residentes em países de língua oficial portuguesa. Ao trabalho vencedor será atribuído um prémio de 1 250 euros. Ao trabalho que, pela sua qualidade literária, mais se distinga entre os autores naturais e ou residentes no concelho de Alvito, e ao qual não seja atribuído o grande prémio, será atribuído um prémio pecuniário de 400 euros. Todos os trabalhos concorrentes servirão para uma exposição a inaugurar após a entrega de prémios. O júri será constituído por um representante da câmara e por dois escritores/especialistas de renome.


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.