Edição n.º 1653

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JOSÉ FERROLHO

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SEXTA-FEIRA, 27 DEZEMBRO 2013 | Diretor: Paulo Barriga Ano LXXXII, N.o 1653 (II Série) | Preço: € 0,90

Lançado concurso para concluir Alqueva pág. 12

Acontecimento Personalidade Política Inovação Cultura Desporto Economia

2013 em balanço págs. 4 a 11

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O Alentejo visto de um balão De dentro de um cesto de um balão de ar quente, da empresa Emotion Portugal, foi possível fotografar o Alentejo. A região vista do céu. Uma viagem de cortar a respiração, não pela turbulência, mas pela beleza rara que a vista alcança. Entre Albernoa e Aljustrel, a uma velocidade média de vinte e poucos quilómetros por hora. Ora veja. Aqui, no jornal, e na reportagem televisiva do “DA”. págs. 16/17


Diário do Alentejo 27 dezembro 2013

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Editorial Irrevogável Paulo Barriga

Vice-versa “A Câmara Municipal de Beja vai contar com um orçamento de 33,8 milhões de euros em 2014, cerca de menos 800 mil euros que o valor do orçamento para o presente ano. Destaque para o aumento no investimento de cerca de 20 por cento e a redução da despesa corrente, assim como a realização de três grandes eventos em colaboração com a ACOS”. Manuel Oliveira, vereador da Câmara Municipal de Beja, in “Correio Alentejo”

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013 foi um ano irrevogável. Disso não restam dúvidas. Bem, ainda nos sobram quatro dias para encerrar o caderno de encargos em definitivo. Mas se tudo correr dentro de uma certa irrevogabilidade, o que está feito, feito está. O que lá vai, lá vai. A galinha da vizinha é mais gorda que a minha. O futuro a Deus pertence. E outras coisas assim espertas, do género: saúde e sorte e pão na arca é o que mais vos desejo. Na sua existência cómica e definitiva, 2013 acaba de ser o Ano Europeu dos Cidadãos. Pela primeira vez, o cidadão europeu português, irrevogavelmente desatento, se deu conta que a sua cidadania afinal conta e que conta principalmente a sua conta. Não foi por acaso que os guarda-livros de todo o mundo decidiram celebrar também em 2013 o Ano Internacional da Contabilidade. O encerramento dos festejos ainda não foi anunciado, é possível que a farra se faça no Terreiro do Paço. O que muito nos engrandece e satisfaz. O Governo, aliás, está a desenvolver contactos internacionais no sentido de os contabilistas virem até Lisboa dar uma olhadela às contas do Estado que, irrevogavelmente, costumam estar mal contadas. Fonte do gabinete do primeiro-ministro revelou mesmo que o executivo, por mera distração, não pautou a sua governança pela mensagem do Ano Internacional da Contabilidade. Em contrapartida, por indicação da Unesco, inspirou a política orçamental de 2013 nos mandamentos do Ano Internacional de Cooperação pela Água. E levou o lema tão a peito que deverá sobrar água nas contas públicas até meados do presente século. O que obriga o comum cidadão português vivente em Portugal a olhar com irrevogável preocupação para 2014. Que, nem por mero acaso, é o Ano Internacional da Agricultura Familiar. Esta coisa está mesmo bem pensada. Nem mesmo a conjugação sincronizada dos astros oferecerá tantas pistas para o futuro como as celebrações internacionais. Já agora: 2014 é igualmente o Ano Europeu do Cérebro. Será que é desta que vamos começar a usá-lo com irrevogabilidade?

“Os valores estão muito empolgados. Mais de três milhões e 200 mil euros estão inscritos em verdadeiros ‘sacos azuis’, com a classificação de ‘outros’, sem qualquer discriminação nem possibilidade de se identificarem claramente a que ações e entidades são destinados”. Vereadores do PS, em comunicado enviado

Fotonotícia Cante ao Menino Jesus. “Entre as portas da igreja/está uma mulher cosendo/está fazendo a camisinha/p’ró Deus menino em nascendo”. Durante todo o mês de dezembro, e entrando em janeiro até à Noite de Reis, canta-se no Alentejo ao menino Jesus. Em algumas terras é costume ser entoado, pelos grupos corais, no fim da Missa do Galo, durante a adoração ao Menino. Este tipo de cancioneiro popular religioso, descritivo da Natividade, é vulgarmente cantado nos átrios, junto ao lume, onde as mãos se aquecem, ou no interior das igrejas, cuja acústica vulgarmente generosa das abóbodas se encarrega de transportar as vozes, intactas, límpidas de quem canta, aos que escutam e se comovem. Texto e foto de José Serrano

Voz do povo Três desejos para 2014

Inquérito de José Serrano

Joana Pombo 26 anos, engenheira alimentar

Anabela Marcelino 41 anos, cozinheira

Anabela Machado 44 anos, bancária

Fátima Maurício 32 anos, professora

Muita saúde para a minha família. Arranjar um emprego dentro da minha área de licenciatura. Conseguir comprar um carro.

Saúde. Paz. Amor. Para todo o mundo.

Saúde física. Saúde financeira. E liberdade. Para podermos escolher.

Saúde. Trabalho. Menos austeridade.


Rede social

Semana passada SEXTA-FEIRA, DIA 20 FERREIRA IRMÃOS CONDENADOS A 19 ANOS DE PRISÃO O Tribunal de Ferreira do Alentejo condenou a 19 anos de prisão cada um dos dois irmãos que mataram um homem naquele concelho, pelos crimes de homicídio qualificado agravado e de detenção de arma proibida. O coletivo de juízes condenou, em coautoria, António, de 28 anos, e João Rosário, de 20, a 18 anos de prisão pelo crime de homicídio qualificado agravado e a dois anos de prisão pelo crime de detenção de arma proibida, num cúmulo jurídico de pena única de 19 anos de prisão para cada um.

MOURA PAI NATAL DISTRIBUI PRESENTES O Pai Natal andou pelas ruas da cidade de Moura e da vila de Amareleja para distribuir presentes, alegria e animação a crianças, jovens e adultos. Tratou-se de uma animação promovida pela Câmara de Moura para “promover e dinamizar o comércio local e trazer a verdadeira magia do Natal”. Segundo a autarquia, músicos da secção de Moura do Conservatório Regional do Baixo Alentejo acompanharam o Pai Natal durante as sessões de animação. A animação de Natal incluiu ainda duas atuações do coro “Sine Nomine”.

ALCÁCER DO SAL LIXO RECOLHIDO DAS MARGENS DO RIO SADO Mais de 300 quilos de lixo, constituído por diversos materiais, foram recolhidos das margens do rio Sado, no concelho de Alcácer do Sal, numa iniciativa de limpeza ambiental promovida pelo município. Garrafas de plástico, cadeiras ou papeleiras foram alguns dos objetos recolhidos pelos trabalhadores camarários, os quais, na segunda fase da operação, procederam à limpeza de vegetação e caniços das margens do rio. “Há mais de um ano que as margens do Sado não eram limpas, situação que levou à acumulação de vários materiais que prejudicavam o habitat natural do rio”, disse a vereadora Ana Luísa Soares.

SEGUNDA-FEIRA, DIA 23 BEJA COLISÃO FAZ UM FERIDO E CONDICIONA TRÂNSITO Uma pessoa ficou ferida numa colisão entre dois veículos pesados ocorrida na estrada entre Beja e Beringel, que obrigou ao condicionamento do trânsito. A fonte do Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Beja indicou que o ferido ligeiro foi transportado para as urgências do hospital da cidade. O acidente ocorreu por volta das 6 e 35 horas na Estrada Nacional (EN) 121, entre Beja e Beringel, obrigando ao condicionamento do trânsito para limpeza da via.

TERÇA-FEIRA, DIA 24 SERPA CABO DA GNR REFORMADO ASSASSINADO A TIRO Um cabo da GNR reformado, de 55 anos, foi assassinado em Serpa. Na origem do homicídio, ocorrido alegadamente junto a um café, estarão razões passionais. O corpo da vítima, atingida com um tiro na cabeça, foi transportado para os serviços de Medicina Legal do Hospital de Beja, onde foi autopsiado. Após o crime, o homicida fugiu, mas na terça-feira entregou-se às autoridades, depois de ter estado barricado numa casa. O suspeito foi entregue a agentes da Polícia Judiciária (PJ) de Faro, a quem compete as investigações do crime.

ODEMIRA MAU TEMPO PROVOCA QUEDA DE ÁRVORES Árvores caíram no Alentejo, em consequência do forte vento e chuva que fustigam a região, disseram à agência Lusa fontes dos bombeiros. No distrito de Beja, os bombeiros foram chamados para remover três árvores caídas na zona de Odemira, o concelho mais fustigado da região. A queda de árvores, segundo informação disponibilizada, causou apenas alguns condicionamentos no trânsito.

4 perguntas a Jorge Revez

Presidente da ADPM

Como surge o Centro para a Qualificação e Ensino do Baixo Alentejo (Cqepba), que inicia a sua atividade já no dia 2?

Este Centro para a Qualificação e Ensino do Baixo Alentejo surgiu através de uma parceria entre o Agrupamento de Escolas de Mértola e a Associação de Defesa do Património de Mértola (ADPM). Surgiu após estarem identificadas algumas carências neste território, que é bastante alargado. Tem como enfoque a promoção da qualificação escolar e a capacitação profissional. Este tipo de centro vem dar seguimento aos antigos centros Novas Oportunidades. Esta nova geração de centros está, contudo, muito mais virada para a empregabilidade e não tanto para a certificação. A aposta é a formação profissional tendo em vista o emprego, o mercado de trabalho.

Animação no comércio tradicional em Beja Dar um novo fôlego ao comércio tradicional em época de Natal. Muita animação e com modas à mistura. O centro da cidade cheio com vida. Uma campanha da Câmara de Beja, em parceria com outras entidades, para incentivar às compras.

“Âmbulo” pelo Teatro do Mar em Sines O Centro de Artes de Sines recebeu a peça de teatro “Âmbulo”. O novo espetáculo do Teatro do Mar. Uma homenagem aos emigrantes e a todos aqueles que empreenderam uma viagem definitiva, física e existencial nas suas vidas.

Este é um centro que se dirige, essencialmente, aos mais jovens?

Preferencialmente pretende dirigir-se a pessoas até aos 30 anos, mas isto não é rígido, não é uma regra, digamos assim. Pode abranger outras faixas etárias. Dirige-se a todos aqueles que procuram uma qualificação, uma formação profissional e que tenham em vista a entrada ou a reentrada no mercado de trabalho. O nosso objetivo é apoiar jovens e adultos ajudando-os a identificarem respostas educativas e formativas, que vão de encontro ao seu perfil, mas que vão também ao encontro das necessidades do tecido empresarial.

Concerto de Natal em Mértola O fim de semana foi animado em Mértola. A igreja matriz recebeu um concerto de Natal e foram muitos os que assistiram para comemorar a quadra festiva. St.Dominic’s Gospel Choir foram os responsáveis pelo espetáculo. O mês da música continua.

As áreas preferenciais de formação já estão identificadas pela ADPM e pelo Agrupamento de Escolas de Mértola?

Sim. No entanto, também aqui existe uma grande abertura. Mas as áreas identificadas estão, essencialmente, ligadas ao património, à agricultura, à agricultura biológica e ao turismo.

Campanha de Natal de recolha de alimentos em Ferreira A Loja Social de Ferreira do Alentejo realizou uma campanha de recolha de alimentos. O objetivo? “Continuar a ajudar quem mais precisa”, até porque “nesta época festiva importante para todos é necessário apelar à solidariedade”.

Onde funcionará o Centro para a Qualificação e Ensino do Baixo Alentejo?

Como já referi, trata-se de uma parceria entre a ADPM e o Agrupamento de Escolas de Mértola. O centro, contudo, funcionará na sede da ADPM, em Mértola, por uma questão de ser, em determinadas alturas, mais fácil gerir certas situações, como, por exemplo, a questão dos horários. O facto de ser na sede da APDM permite um horário mais alargado, que pode estender-se, inclusive, ao fim de semana. Bruna Soares

“Noites Decantadas” nas adegas de Ervidel As adegas de Ervidel, no concelho de Aljustrel, voltaram a abrir portas. Desta vez a Adega do Chaveiro recebeu a iniciativa “Noites Decantadas”. Uma noite de fados para promover o vinho, a identidade e as tradições do povo de Ervidel.

Diário do Alentejo 27 dezembro 2013

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Diário do Alentejo 27 dezembro 2013

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Freguesias agregadas e extintas. Foi logo em janeiro que chegou a promulgação da Reforma Administrativa do Território das Freguesias. E o povo, esse, nas Autárquicas, já votou consoante a nova lei. Foi também o ano do encerramento de estações de correios e de camas no hospital de Beja. Mais? Dois tenebrosos crimes a registar.

acontecimento2013 O caso Zico e o crime na via pública

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ão resistiu, logo em janeiro, aos ferimentos graves uma criança de 18 meses que sofreu o ataque de um cão cruzado de pitbull. Zico foi o cão da polémica, levantando, inclusive, uma onda de defesa. Muitos se insurgiram contra o seu abate. Tantos outros defenderam o contrário. O Dinis não resistiu. Morreu. Também em janeiro chegava a notícia de outra tragédia. Um homem baleou mulher e filho em plena rua, junto à Casa da Cultura, em Beja. A medida de coação mais gravosa foi decretada. Na origem do crime, “motivos passionais”.

Menos camas no hospital de Beja

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anúncio de menos 26 camas no Hospital José Joaquim Fernandes, em Beja, também chegou em 2013 e tem sido muita a polémica em torno do assunto, abrangendo inclusive outros, tais como a legalidade ou não do conselho de administração. A redução de camas preocupou os deputados Luís Pita Ameixa, do PS, e João Ramos, do PCP. Já Mário Simões, deputado do PSD, pediu “bom senso” à oposição, subscrevendo na altura, em setembro, a posição defendida por Margarida Silveira, presidente do conselho de administração da Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo (Ulsba). Também os autarcas se mostraram preocupados com a redução de camas, tendo, inclusive, José Maria Pós de Mina, na altura representante dos municípios no conselho consultivo da Ulsba, considerado que as “medidas não poderiam ser tomadas com base apenas em argumentos financeiros, esquecendo as boas práticas clínicas”. O conselho de administração, contudo, defendeu, também em setembro, que, após esta reorganização, “o hospital mantém mais ou menos o rácio”. Com o ano a fechar, na semana passada, chegou a notícia de mais uma redução de camas no serviço de AVC. Menos seis.

Estações de correio encerradas

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ano de 2013 também foi o ano da luta contra o encerramento de estações de correio no Alentejo. As populações saíram para a rua, protestaram em Lisboa e solicitaram reuniões. Várias estações, no entanto, acabaram por encerrar portas e foram substituídas por postos de atendimento, instalados, por exemplo, em mercearias e papelarias. Os CTT asseguraram que a transferência dos serviços da estação para os novos balcões “não implicava alterações na distribuição de correio”, e que o atendimento iria ser “mais alargado”, assegurando “todos os serviços postais”, como “a expedição e entrega de correspondência e encomendas, correio registado, o pagamento de vales e a cobrança de faturas”. As populações, as autarquias, por sua vez, consideraram que esta “foi mais uma machadada num serviço público e de proximidade” e, consequentemente, “no interior”. PUB

O ano do fim de freguesias

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al o ano se tinha iniciado e logo no dia 16 de janeiro chegava a confirmação oficial da Reforma Administrativa do Território das Freguesias. Cavaco Silva, Presidente da República, promulgou o decreto. Antes organizaram-se manifestações, caravanas e, em Moura, por exemplo, chegou a declarar-se três dias de luto. E, por esta altura, por altura da promulgação de Cavaco Silva, os autarcas prometiam continuar a dar luta. Da Associação Nacional de Freguesias (Anafre) chegaram comunicados, recordando que as “freguesias, como órgão da administração mais próximo das populações”, tinham “um papel decisivo na participação democrática, na proximidade entre eleitos e cidadãos, na capacidade de investimento a custos reduzidos, na resolução de pequenos problemas das comunidades locais”. E, neste sentido, insistia a Anafre, era defensável a exigência de “um debate alargado”. Em maio a luta pelas freguesias ganhou novo fôlego, com os autarcas a exigir a “revogação da lei de extinção”. Foi, também na altura, apresentado um documento, espelhando “o descontentamento e inconformismo”. “Não é esta a reforma de que o País necessita para sair da crise”, alertou Álvaro Nobre, coordenador distrital da Anafre. Mas com o quadro legal aprovado e o novo mapa das freguesias publicado em “Diário da República” o processo eleitoral estava em marcha. E, em ano de eleições, repetiram-se os apelos. Primeiro de Cavaco Silva, que considerava que “deveriam ser tomadas com a maior premência todas as medidas políticas, legislativas e administrativas de modo a que as eleições para as autarquias locais decorressem em condições de normalidade e transparência”. A Anafre, apesar do descontentamento de populações e autarcas, nunca apelou ao boicote das eleições. Apelava, antes, a que até ao processo eleitoral fosse promovida “uma onda de solidariedade nacional com as freguesias agregadas contra a sua vontade”. Mas as eleições chegaram, em setembro, e o povo votou já com as novas freguesias definidas.


05 Diário do Alentejo 27 dezembro 2013

A Turismo do Alentejo triunfou e foi reconhecida durante todo o ano. Ceia da Silva foi, portanto, um justo vencedor. Voltou a ser reeleito para dirigir a ERT e, este ano, alcançou o Prémio Instituto para a Promoção e Desenvolvimento da América Latina. No feminino destacou-se Conceição Lopes. A arqueóloga passou a integrar a equipa do Comité do Património Mundial da Unesco. Destaque também, inevitavelmente, para os bombeiros da região que, mais uma vez, foram uns verdadeiros heróis, ao acudirem às aflições das populações do centro e norte do País.

personalidade2013 Conceição Lopes no Comité do Património Mundial da Unesco

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arqueóloga Conceição Lopes, investigadora que coordena o projeto Arqueologia das Cidades de Beja, passou a integrar o Comité do Património Mundial da Unesco. Portugal foi eleito, a 19 de novembro, para integrar o comité, responsável pela aplicação, gestão e utilização dos fundos do Património Mundial. A presença nacional foi assegurada por uma equipa de docentes universitárias de que faz parte Conceição Lopes. A arqueóloga beirã, recorde-se, tem dedicado grande parte do seu percurso profissional ao Alentejo, tendo a tese de doutoramento da investigadora incidido sobre a Beja romana. É professora da Universidade de Coimbra e coordena o Centro de Estudos Arqueológicos das Universidades de Coimbra e Porto. Recorde-se ainda que, entre os 22 países concorrentes às 12 vagas disponíveis na Unesco, Portugal foi o quarto mais votado, com um total de 111 votos. O percurso no comité internacional continua até 2017.

Bombeiros mais uma vez heróis

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m Beja, até meados de agosto, tinham ardido 330 hectares de povoamentos e matos. Mas a grande missão deste ano dos bombeiros da região foi auxiliar no combate às chamas no centro e norte do País. Bombeiros de vários concelhos da região foram chamados e durante dias e dias permaneceram nas frentes de incêndio. Assistiram aos fogos florestais mais devastadores das últimas décadas, que, inclusive, ceifaram a vida a vários bombeiros. Oito mortes. No total 266 bombeiros do distrito de Beja rumaram a outras paragens para auxiliar os seus camaradas. Um combate duro e desigual nos mais escaldantes dias do ano. Uma comitiva do Sul para auxiliar quem mais precisava. Foram estes os heróis do ano. PUB

Ceia da Silva, o rosto vencedor do turismo do Alentejo

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eia da Silva, presidente da Turismo do Alentejo ERT, começou o ano a ser distinguido. Arrecadou o Prémio Instituto para a Promoção e Desenvolvimento da América Latina (Ipdal) – Vista Alegre. Segundo o instituto, “a colaboração e o empenho do responsável da ERT do Alentejo com o Ipdal, no que respeita ao fortalecimento das relações com os países da América Latina, motivou a atribuição do galardão”. Foi também, em julho, reeleito por unanimidade presidente, e à frente dos destinos da ERT Alentejo teve ainda mais alegrias ao longo do ano. A região Alentejo foi distinguida pelos óscares do turismo português. Pelo quarto ano consecutivo foi eleita a Melhor Região de Turismo Nacional nos Publituris Travel Awards. Mas há mais. O vídeo promocional “Alentejo, tempo para ser feliz” foi premiado com um Golfinho de Prata na categoria “Filmes de Turismo” do Cannes Corporate & TV Awards. Este ano, o Alentejo também deu cartas no enoturismo e, mais uma vez, foi Ceia da Silva a confirmá-lo, e precisamente no ano em que a ERT do Alentejo absorveu 11 concelhos da Lezíria do Tejo. Ceia da Silva anunciou ainda que “a Turismo do Alentejo quer transformar a região num dos primeiros destinos turísticos certificados do mundo” e que “2014 será o ano da candidatura do montado a Património da Humanidade”. Foi ainda apresentada pela ERT Alentejo a Carta Gastronómica do Alentejo, onde centenas de receitas tradicionais estão imortalizadas. António Ceia da Silva chamou-lhe “bíblia gastronómica regional”. Destaca-se ainda o facto de o Alentejo ter sido encarado como um dos 21 destinos mundiais considerados de visita obrigatória em 2014, nomeadamente pela revista da National Geographic, na edição de novembro. A publicação americana integrou o Alentejo na lista de ouro da “Traveler” que, anualmente, aconselha destinos que apenas “refletem o que é autêntico, culturalmente rico, sustentável e superlativo no mundo das viagens”. Um ano em cheio, portanto, e mais haveria a registar.


Diário do Alentejo 27 dezembro 2013

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A Windavia Airlines faz em meados do mês o seu voo inaugural, o “mais curto da história de Portugal continental”, entre Lisboa e Beja. A escolha da capital do Baixo Alentejo foi simbólica, dado que o novo operador charter quer apostar no transporte de passageiros de e para o aeroporto alentejano. Aeroporto esse que, em finais de abril, começou a ser usado pela TAP Manutenção e Engenharia para estacionar aviões de clientes seus e realizar intervenções de preservação ou manutenção, no âmbito de um acordo com a ANA – Aeroportos de Portugal.

economia2013

Adega de Vidigueira inaugurou nova unidade de 3,5 milhões de euros

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Novo operador charter fez voo inaugural entre Lisboa e Beja

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aeroporto de Beja recebeu, há cerca de três semanas, o voo inaugural do novo operador português de charters (voos fretados por operadores turísticos), Windavia Airlines. O voo entre Lisboa e Beja, com uma duração de 20 minutos, foi considerado o “voo comercial mais curto da história de Portugal continental”. A escolha de Beja foi simbólica, dado que a Windavia quer apostar no transporte de passageiros de e para o aeroporto alentejano. A companhia pretende implementar, experimentalmente entre abril e outubro do próximo ano, voos regulares para Beja a partir de Paris e das principais cidades francesas, prevendo, entre idas e voltas, transportar “mais de 10 mil passageiros” em 2014. O principal destino turístico destes voos será fundamentalmente a península de Troia, mas também o restante território alentejano e o Algarve. O voo inaugural, que foi animado pelo grupo coral Os Rurais, de Figueira de Cavaleiros, trouxe a Beja uma vasta comitiva VIP e “muitos potenciais investidores”. Até ao momento, a Windavia tem mais de quatro mil voos contratados com os principais operadores [turísticos] para voar desde Lisboa, Madeira e Paris para os principais destinos de sol e praia no sul da Europa, nomeadamente Algarve, Madeira, Ilhas Canárias, ilhas gregas e norte de África, até 31 de dezembro de 2014, avançou, na ocasião, o diretor-geral do operador, Pedro Bollinger. A Windawia é uma empresa com capital inteiramente português. Pedro Bollinger detém 49 por cento do capital da empresa e o restante pertence a um “investidor discreto”. A partir de 2014 a companhia vai operar seis Airbus A320 e diz já ter mais de 50 milhões de euros em contratos assinados, nomeadamente com voos a partir de Telavive. Nos finais de abril, a TAP Manutenção e Engenharia começou a usar o aeroporto de Beja para estacionar aviões de clientes seus e realizar intervenções de preservação ou manutenção, no âmbito de um acordo com a ANA – Aeroportos de Portugal. As operações da TAP tiveram início com um avião Airbus 330, de um cliente da transportadora aérea nacional. O diretor da infraestrutura aeroportuária, Pedro Beja Neves, referiu na altura que a ANA – Aeroportos de Portugal estava “muito satisfeita” com o arranque das operações da TAP Manutenção e Engenharia no aeroporto de Beja, sobretudo com “uma aeronave tão importante” e que a manutenção de aviões “é um negócio que interessa cativar” para o aeroporto de Beja. O acordo entre a ANA e a TAP inclui o aluguer, pela unidade de manutenção e engenharia da transportadora aérea nacional, de espaços para estacionar aviões no aeroporto de Beja, onde serão alvo de intervenções de preservação ou manutenção. O estacionamento dos aviões acontecerá sempre que não haja espaço disponível no complexo industrial da TAP na sua base operacional em Lisboa.

m finais de novembro, a Adega Cooperativa de Vidigueira, Cuba e Alvito inaugurou, na presença do secretário de Estado da Agricultura, José Diogo Albuquerque, uma nova unidade industrial, incluída num projeto de modernização de infraestruturas de 3,5 milhões de euros para melhorar e aumentar capacidades de produção. O projeto permitiu “melhorar e aumentar” as capacidades da adega, situada na vila Vidigueira, em termos de prensagem de uvas e de fermentação, engarrafamento e armazenamento de vinho. A nova unidade integra uma nova linha de engarrafamento, com capacidade para engarrafar seis mil garrafas por hora e que veio substituir a anterior, que já não suportava a produção, e um armazém para os vinhos engarrafados. Na área do processo de prensagem foram ainda substituídas as anteriores prensas mecânicas por duas pneumáticas para permitir obter mostos e, posteriormente, vinhos de maior qualidade. Foram igualmente instaladas novas cubas que permitiram aumentar em 60 por cento a capacidade de armazenamento e o tempo de fermentação dos vinhos.

Aljustrel e Lepe promovem produção de romã e Messejana plantas aromáticas

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o início de fevereiro, a Associação de Beneficiários do Roxo (ABR) e a Associação Geral de Empresários de Lepe (Agelepe), na sequência de um protocolo entre a Câmara de Aljustrel e o Ayuntamiento de Lepe, criaram duas empresas, uma em cada concelho, para promoverem a produção de romã, um fruto com “interesse mundial muito grande”, devido ao seu “poder antioxidante”. As empresas, que têm como acionistas as referidas associações, têm os mesmos estatutos, conselho de administração e nome

– Ibergranatum. A portuguesa tem sede na ABR, em Montes Velhos, no concelho de Aljustrel, e a espanhola na Agelepe, na zona de Lepe, na província de Huelva, na Andaluzia (Espanha). O objetivo principal das empresas é “promover a cultura da romã em Lepe e em Aljustrel”, nomeadamente cultivo, transformação, distribuição e comercialização do fruto, “garantindo o escoamento da matériaprima”. A opção por Aljustrel, para instalar a empresa portuguesa, deveu- -se à área regada pela albufeira do Roxo. Já o ano ia a meio, quando, também no concelho de Aljustrel, mas na freguesia de Messejana, foi implementada uma academia para incentivar e apoiar pequenos agricultores da zona do Alqueva a produzirem plantas aromáticas e medicinais. O processo de criação da academia envolveu a Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva (EDIA), o Centro de Estudos e Valorização dos Recursos Mediterrânicos (Cevrm) e a empresa Monte do Pardieiro, propriedade do jovem casal Joana Martelo e António Callapez. A Academia das Plantas Aromáticas e Medicinais de Alqueva consiste “numa unidade de demonstração e divulgação de produção projetada para, em pequena escala, produzir durante todo o ano, por forma a divulgar junto dos agricultores interessados as diferentes espécies, as operações culturais a realizar, os fatores de produção necessários, bem como os processos de comercialização”. A 2 deste mês, foi a vez da Câmara Municipal de Beja assinar um protocolo com uma empresa escocesa ligada à indústria farmacêutica, a Macfarlan Smith, para criar condições para a instalação no concelho de uma fábrica de produção de morfina para fins medicinais. O protocolo visou estabelecer “as condições de colaboração” entre o município e a empresa para a instalação da fábrica num terreno junto ao Aeródromo Municipal de Beja, propriedade do município, e nos antigos armazéns da Adubos de Portugal, a adquirir pela empresa. A nova fábrica deverá implicar um investimento de 20 milhões de euros, a concretizar em 10 anos, com utilização preferencial, sempre que possível, de mão de obra local, adiantou a autarquia.


política2013

CDU recuperou Câmara de Beja

07 Diário do Alentejo 27 dezembro 2013

João Rocha recuperou a Câmara Municipal de Beja nas Autárquicas de setembro, retirando a autarquia bejense ao socialista Jorge Pulido Valente e reconquistando a maioria para a CDU. O movimento Por Beja com Todos elegeu Leonel Rato para a Junta de Freguesia de São Matias. O PS venceu a União das Freguesias de Trigaches e São Brissos e Beringel. As restantes foram ganhas pelos comunistas.

PSD expulsou 26 militantes do concelho de Almodôvar

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m setembro, a poucos dias das Autárquicas, o conselho de jurisdição distrital de Beja do Partido Social Democrata anunciava que tinha decidido expulsar os 26 militantes social-democratas candidatos pelo movimento Independentes por Almodôvar aos órgãos autárquicos do concelho, destacando-se, entre outros, o então presidente do município, António Sebastião, e outros membros do executivo, como João António Palma e Maria Sílvia Baptista. Foram expulsos quatro militantes candidatos à câmara, 13 à assembleia municipal e nove a freguesias de Almodôvar pelo movimento independente. De acordo com o acórdão do conselho de jurisdição distrital, tratou-se da “violação” de um dever de militância, o que configura uma “infração grave” e à qual corresponde “a pena de expulsão do partido”.

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CDU recuperou a Câmara Municipal de Beja nas Autárquicas de setembro, que passou a ser liderada por João Rocha, que durante três décadas esteve à frente do município de Serpa. Mas a vitória da CDU sobre o PS foi a menos expressiva em toda a história eleitoral do concelho: 303 votos. A CDU obteve maioria absoluta e o PS elegeu três vereadores. Jorge Pulido Valente, até então presidente da autarquia, e que somente esteve no poder durante um mandato, disse na altura que não encontrava explicações para a penalização de que a sua lista estava a ser alvo e que com a CDU o concelho iria regredir no tempo. Já João Rocha justificou a sua vitória pela clareza e simplicidade das propostas apresentadas, pela proximidade com as pessoas, as associações e as juntas de freguesia e pela “verdade” inerente ao discurso político. De destacar ainda, nestas Autárquicas, o surgimento do movimento Por Beja com Todos. Um grupo de cidadãos independentes liderados pelo ex-autarca comunista José Lopes Guerreiro. O movimento, que contou com o “apoio expresso” do Bloco de Esquerda, acabou por eleger Leonel Rato para a Junta de Freguesia de São Matias. O PS venceu a União das Freguesias de Trigaches e São Brissos e Beringel. As restantes foram ganhas pelos comunistas. Em termos distritais, a CDU passou a ter a maioria das câmaras (a Beja juntou ainda Cuba, ganha por João Português), sendo que o PS manteve Ferreira do Alentejo, Aljustrel, Ourique, Mértola e Odemira. De salientar ainda a recuperação, por parte do PS, da Câmara Municipal de Almodôvar, que nos últimos três mandatos foi liderada pelo social-democrata António Sebastião, que não se recandidatou devido à lei de limitação de mandatos. Almodôvar, agora liderado pelo socialista António Bota, era o único concelho que o PSD detinha no Baixo Alentejo. O PSD foi, claramente, a força política mais penalizada nas eleições, eleições essas que ficaram marcadas por diversas divergências no seio do partido no que toca às escolhas dos candidatos. O líder distrital, Mário Simões, acabou por reconhecer que esta divisão interna “acabou por ter reflexos no eleitorado”.

O “Diário do Alentejo” deseja a todos os seus leitores um Feliz Ano Novo

Feliz 2014

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Diário do Alentejo 27 dezembro 2013

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O Alentejo dá cartas na investigação científica e o ano de 2013 deu-nos vários exemplos disso. Da descoberta do planeta Kepler-78b, “quase gémeo da terra”, ao controlo da sépsis em animais através de um medicamento usado no tratamento do cancro, há dedo de conterrâneos nossos nos avanços que a ciência vai registando.

inovação2013 Bagaço de azeitona tem efeitos antitumorais

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lém do cardo, há outro recurso endógeno com potencialidades antitumorais – o bagaço de azeitona. Eis uma das conclusões a que chegou o projeto RefinOlea – Valorização Integrada de Resíduos e Subprodutos da Extração do Azeite, levado a cabo por uma parceria constituída entre o Centro de Biotecnologia Agrícola e Agroalimentar do Alentejo (Cebal) e a União de Cooperativas Agrícolas do Sul (Ucasul). A investigação confirmou que, além de ser responsável por um aumento do rendimento final da produção do bioetanol, através de novos procedimentos, o bagaço de azeitona apresenta também um composto fenólico capaz de maximizar os efeitos da quimioterapia em células humanas do cancro da mama. O que se verificou, divulgou em outubro a coordenadora do estudo, Fátima Duarte, foi que “células humanas de cancro da mama incubadas com o medicamento quimioterápico 5-fluoracil mais o extrato de bagaço de azeitona proliferam menos, morrendo mais, do que células só incubadas com o referido medicamento”.

Resíduos das queijarias já têm tratamento

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m trabalho de investigação no Instituto Politécnico de Beja (IPBeja) resultou numa patente, aprovada em julho, que permitirá que as águas residuais das queijarias deixem de ser um problema para o meio ambiente. A patente decorre de uma investigação desenvolvida nos laboratórios da Escola Superior Agrária, no âmbito de uma tese de doutoramento da aluna Ana Rita da Silva Prazeres, em parceria com a Universidade da Extremadura. A água das queijarias tem uma carga poluente até 30 vezes a da água residual doméstica, mas o método agora registado permite que “com apenas um reagente, um agitador e o CO2 do ar”, seja possível solucionar o problema. Transformando as queijarias em “sistemas de Descarga Zero, com produção de dois subprodutos com mais-valias: uma água tratada compatível com a utilização em fertirrega e um corretivo agrícola rico em matéria orgânica, fósforo e azoto”.

Ângelo Chora e o controlo da sépsis

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ngelo Chora, doutor em Ciências Biomédicas natural de Beja, é um dos investigadores portugueses que está por detrás desta descoberta. Trata-se, em concreto, do controlo da sépsis em animais através de um medicamento usado no tratamento do cancro. Um invento que se reveste da maior importância, já que, até ao momento, todos os tratamentos desenvolvidos em laboratório e dirigidos ao controlo da sépsis “foram traduzidos para a prática clínica com uma taxa de sucesso muito limitada”, explicou o investigador, adiantando que o facto de “uma substância, que é usada atualmente em regímenes de quimioterapia, se ter mostrado capaz de limitar os efeitos negativos da resposta inflamatória subjacente a esta condição patológica em cobaias faz com que a sua eventual aplicação na prática clínica possa vir a ser muito mais rápida”. Não admira, portanto, que Ângelo Chora o considere um dos trabalhos mais importantes da sua carreira. PUB

Pedro Figueira e o Kepler-78b Um serpense na descoberta do “planeta quase gémeo da Terra”

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sta é uma boa notícia para todo o mundo mas que deixa os alentejanos especialmente orgulhosos. Afinal de contas, é de Serpa o único português que integra a equipa internacional de astrónomos que, em final de outubro, divulgou a descoberta do Kepler-78b, o primeiro exoplaneta com composição, massa e densidade idênticas à da Terra. Chama-se Pedro Figueira, tem apenas 30 anos, e é investigador do Centro de Astrofísica da Universidade do Porto (CAUP). O estudo foi publicado na revista “Nature” e dá conta da existência de um “planeta quase gémeo da Terra”. “Quase”, porque se é igualmente rochoso distingue-se, no entanto, pela órbita, que o coloca muito perto da estrela e faz dele um sítio demasiado escaldante e, como tal, não habitável. “A proximidade da estrela torna a superfície demasiado quente [entre os 1800 e os 3300 graus] para que a água se mantenha no estado líquido”, explicou o investigador ao “Diário do Alentejo”. Desvendando também, na altura, que este é apenas um primeiro resultado de uma investigação que prosseguirá em torno dos planetas extrassolares e, em particular, dos que estão no interior da chamada “zona habitável da sua estrela”, ou seja, cuja temperatura à superfície permita que a água se mantenha no estado líquido, gerando as condições necessárias ao aparecimento de vida, tal como a conhecemos. É que no CAUP, onde Pedro Figueira é bolseiro de pós-doutoramento, trabalha--se de momento na construção do Espresso, um espectrógrafo que “foi otimizado para detetar planetas com massa semelhante à da Terra em órbitas que colocam os planetas na zona habitável de estrelas do tipo do Sol”. O que significa que, lá para 2016, poderemos ter novidades sobre se temos ou não companhia no Universo.


09 Diário do Alentejo 27 dezembro 2013

Ainda falta um ano para que saibamos se a Unesco nos reconhece ou não o cante como Património Cultural Imaterial da Humanidade. Mas os acontecimentos de 2013 são já uma vitória para o nosso canto coral: a candidatura foi entregue em Paris e representa Portugal na próxima lista de bens patrimoniais a ser escrutinada. Isto num ano em que a dieta mediterrânica ganhou estatuto de património do mundo, o que também nos toca. Há lá cante sem petisco?

cultura2013

Cante alentejano É oficial: estamos na corrida a Património da Humanidade

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ste foi o ano em que o cante alentejano viu ser aceite, pela Unesco, a sua candidatura a Património Cultural Imaterial da Humanidade. O que significa que o canto coral que nos une e identifica está já oficialmente na corrida, representando Portugal numa lista de bens patrimoniais de todo o mundo, que serão avaliados em novembro de 2014 pelo comité internacional daquele organismo das Nações Unidas. A inscrição do cante na lista representativa do Património Cultural Imaterial da Humanidade aconteceu no início de junho, dois meses depois da formalização do pedido, em Paris, pelo Estado português. A decisão final da Unesco, que ditará a classificação ou não deste bem cultural imaterial, só acontecerá em dezembro de 2014 mas pode dizer-se, sem receios, que já estivemos mais longe. O que também nos diz muito, pelo que comemos e pela

forma gregária como o fazemos, é a recente classificação da dieta mediterrânica como Património Imaterial da Humanidade, o segundo bem nacional a ser reconhecido pela Unesco, dois anos depois do fado. Tratou-se, no entanto, de uma candidatura conjunta que integrou igualmente a Croácia, o Chipre, Marrocos, Itália e Grécia, embora liderada pela Câmara Municipal de Tavira. O que se reconhece, segundo a deliberação da Unesco, são “as competências, conhecimentos, rituais, símbolos e tradições ligadas às colheitas, à safra, à pesca, à pecuária, à conservação, processamento confeção e, em particular, à partilha e ao consumo dos alimentos”. Porque “comer em conjunto é a base da identidade cultural e da sobrevivência das comunidades por toda a bacia do Mediterrâneo”. Há quem diga, como Maria Antónia Goes, autora e estudiosa na área da alimentação, que “a dieta mediterrânica mais exemplar é a alentejana”. E que é dentro deste cardápio que podemos encontrar “o prato mais genial e completo” – a açorda.

“Venham +5” Fanzine de BD da década

Quatro ao Sul Prémio José Afonso 2013

Arqueologia do Alqueva Ano pródigo em achados em Beja

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um feito e tanto. O fanzine de banda desenhada “Venham + 5”, publicado pela Bedeteca de Beja, ganhou este ano, em julho, o troféu para Melhor Publicação Independente da Década, atribuído pelos Troféus Central Comics (TCC), no Porto. Um prémio que distinguiu a publicação bejense “pelo impulso que tem dado à banda desenhada no nosso país, ao publicar dezenas de autores desconhecidos em início de percurso, entre nomes consagrados, portugueses e estrangeiros”. E que salientou ainda o facto inédito de ter sido o “Venham + 5” a realizar “a mais extensa edição coletiva da história da banda desenhada nacional”, referindo-se ao seu n.º 5, de 2008, que totalizou 224 páginas. O “Venham +5”, que tem como núcleo duro o talentoso Coletivo Toupeira, já arrecadou, ate à data, uma dezena de prémios nacionais e várias nomeações, o que faz dele a publicação mais premiada de sempre na história da banda desenhada portuguesa.

prestigiado Prémio José Afonso, instituído pela Câmara Municipal da Amadora e que já distinguiu nomes como Fausto e Deolinda, foi este ano parar às mãos do projeto Quatro ao Sul, que se dedica ao cante alentejano a cappella ou acompanhado pela viola campaniça. O quarteto integra os músicos José Barros (Navegante), Rui Vaz e José Manuel David (Gaiteiros de Lisboa) e Pedro Mestre (Campaniça Trio) e foi galardoado pelo seu disco de estreia, “Demudado”. Uma disputa difícil – estavam nomeados, entre outros, Ana Moura (“Desfado”), Carlos do Carmo e Maria João Pires, (“Sem palavras”), Cuca Roseta e o seu disco homónimo, e o próprio Fausto (“Em busca das montanhas azuis”) – em que saiu a ganhar, no fim de contas, o cante alentejano.

stima-se que à volta de 30 por cento dos arqueólogos portugueses no ativo estejam envolvidos nos trabalhos das infraestruturas do regadio do Alqueva. E a tarefa não é para menos. Nunca, em tempo algum, se levou a cabo uma intervenção tão extensa e tão profunda, que tem permitido passar a pente fino uma área aproximada de 10 mil quilómetros quadrados, e que se estende por 20 concelhos alentejanos. E o ano de 2013 tem sido especialmente pródigo, no que diz respeito a ocorrências patrimoniais. Até ao início deste mês, segundo a Direção Regional de Cultura (DRC) do Alentejo, haviam sido fiscalizadas mais de 350 ocorrências, sobretudo no concelho de Beja e entre as freguesias de Baleizão, Salvada, Quintos e Santa Vitória, de que resultaram 150 sítios sondados e intervencionados. Um manancial de informação que, já se disse, está a pôr em marcha uma verdadeira “revolução empírica do conhecimento”, que se vai refletir nos manuais de História do futuro.


Diário do Alentejo 27 dezembro 2013

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obituário2013 António Almodôvar Crítico Gastronómico | 27 de fevereiro Era presença assídua nas páginas do “Diário do Alentejo”, mas a doença, primeiro privou os leitores das suas “saborosas” crónicas gastronómicas e depois, aos 65 anos, no dia 27 de fevereiro, ceifou-lhe a vida que ainda tinha muito para dar. “Ni” Almodôvar, bejense nascido em Lisboa, homem culto e afável no trato, era uma figura de referência no que à gastronomia – não só alentejana – dizia respeito. Colaborador, durante várias décadas, em jornais, revistas e rádios, foi já depois do seu falecimento, durante a última Ovibeja, que uma coletânea dos seus textos, por si coligida, foi editada em livro, ficando como uma inestimável herança para as gerações vindouras.

João Honrado Resistente antifascista | 22 março Nasceu em Ferreira do Alentejo a 3 de março de 1929. Com apenas 18 anos, foi pela primeira vez preso por causa da sua atividade política no quadro do MUD Juvenil. Após a sua entrada no PCP, em 1950, passou à clandestinidade dirigiu as lutas estudantis em Coimbra, durante a crise de 1958/62, na sequência da qual foi outra vez preso. Conheceu os cárceres do Aljube, Peniche, Penitenciária de Lisboa e Caxias, de onde saiu em liberdade em abril de 1974, contabilizando, no total, 12 anos passados nas prisões do fascismo. Após a Revolução fez par te da Comissão de Extinção da PIDE/DGS e

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João Honrado

foi deputado à Assembleia Constituinte pelo círculo eleitoral de Beja. Foi, durante anos, diretor do jornal “Reforma Agrária” e em 1980 foi o impulsionador, junto dos municípios do distrito de Beja, da aquisição do título do “Diário do Alentejo”. Tem vários livros publicados e inúmeros artigos publicados na imprensa regional. “A ambição pessoal é a primeira de entre todas as difíceis provações do ser -se comunista. Combatê-la, expurgá -la, amansá-la, numa luta incessante, que se reacende a cada instante com redobrada violência, não está ao alcance de qualquer um”, lia-se no editorial do “Diário do Alentejo” a seguir à sua morte. João Honrado – escrevia então Paulo Barriga – foi das poucas pessoas a quem o rótulo “comunista” lhe não caía mal: “Na sua ética, na sua coerência, na sua convicção inabalável, Honrado representa um tempo, uma geração de homens e de mulheres, que já não existe. Um exemplo, um modelo que qualquer um teria gosto em seguir. Mas que à partida o saberia inalcançável. A vida e a luta de João Honrado vencerão, por certo, a lei do esquecimento. Porque ser-se comunista não está ao alcance de qualquer um.”

“a lenta agonia do salazarismo”. Após a Revolução dos Cravos, foi o primeiro governador civil do distrito de Beja e, em 2006, foi agraciado com a Medalha de Mérito Municipal Grau Prata de Beja. Na ocasião, referiu que a sociedade tem a obrigação de dar aos alentejanos condições de melhor dignidade e criticou os que, na altura, apontavam o caminho para a saída da crise esquecendo que eles próprios eram os culpados dessa crise. Tinha 78 anos e era natural de Cabeça Gorda, terra onde ficou sepultado.

Francisco Brissos de Carvalho

Após três dias de internamento, e apenas a alguns dias de completar 90 anos, faleceu, em Lisboa, no Hospital dos Capuchos, aquele cujas “imensuráveis qualidades do homem, do militante, do escritor, do pedagogo e do resistente”, não deixaram ninguém indiferente. Em editorial, o “Diário do Alentejo” lembrava que, “apesar de ter passado toda

Militar | 19 abril Foi um dos participantes no assalto ao Quartel de Beja, a 1 de janeiro de 1962, contribuindo desse modo para

Marcelino Lança Ex-futebolista | 27 julho Marcelino Lança, antiga glória do Clube Desportivo de Beja, e mítico “capitão” das equipas que na década de 1960 mais projeção deram à quele emblema no quadro do futebol nacional, faleceu com 79 anos vítima de doença prolongada.

Urbano Tavares Rodrigues Escritor | 9 agosto

Urbano Tavares Rodrigues

a sua vida adulta em grandes cidades”, Urbano “foi mordido em criança pelo bicho do campo. Uma ferradela que lhe contaminou o sangue, o ser, a palavra, para todo o sempre. A sua obra literária, vasta e diversa, é a melhor evidência de como a infeção sofrida nos campos de Moura, no Alentejo para lá do Guadiana, na ‘terra vermelha’, como lhe chamou, jamais teve cura”. Durante a ditadura, Urbano Tavares Rodrigues tomou posição ao lado da resistência e, por isso, foi afastado da universidade e obrigado ao exílio onde se juntou à oposição comunista até depois do 25 de Abril. Autor de vários géneros – contos, romance, teatro, ensaio –, tem a sua obra traduzida em várias línguas e foi agraciado com diversas distinções, entre as quais avultam o prémio Ricardo Malheiros, da Academia das Ciências, ou o Vida Literária, da Associação Portuguesa de Escritores.

José Lemos Médico e autarca | 29 setembro Tinha 69 anos, era médico ortopedista, membro da Comissão Concelhia de Beja do PCP e presidente da Junta de Freguesia de Santiago Maior. Faleceu no dia das eleições autárquicas que viriam a dar a vitória – e a reconquista da Câmara de Beja – ao seu partido de sempre. Uma doença prolongada levouo prematuramente. Militante comunista há mais de três décadas, José Lemos deixa ainda o seu nome ligado à Rádio Voz da Planície, de que foi presidente da direção.


Diário do Alentejo 27 dezembro 2013

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desporto2013

Moura e Almodôvar no Nacional

No ano em que se assistiu a uma remodelação do quadro competitivo dos campeonatos nacionais de futebol, Vasco da Gama de Vidigueira, Mineiro Aljustrelense, Castrense e Moura Atlético Clube tiveram sortes diferentes no último campeonato nacional da 3.ª Divisão. Apenas o emblema da margem esquerda logrou o apuramento para o primeiro Campeonato Nacional de Seniores, onde tem a companhia do Almodôvar, equipa que na época de 2011/12 conquistou o título de campeão regional.

Ana Cabecinha bate recorde A atleta olímpica Ana Cabecinha, do Clube Oriental de Pechão, bateu o recorde nacional dos 3000 metros marcha, a16 de fevereiro, em Pombal, durante os Campeonatos Nacionais de Pista Coberta. A atleta olímpica bejense Ana Cabecinha fez a marca de 12.21.56m destronando Susana Feitor. Tal como no ano anterior, é um dos destaques do “DA” na secção de “Desporto”.

Ana Capeta veste camisola das quinas Com apenas 15 anos, esta jovem atleta aljustrelense, da Casa do Benfica de Castro Verde, viu cumprido um dos seus sonhos de desportista: “chegar à seleção nacional de futebol feminino”. No torneio de Desenvolvimento da UEFA Sub/16, disputado no Algarve, em fevereiro, com as seleções de Portugal, Escócia, Holanda e Áustria, Ana Inês Capeta foi considerada a jogadora revelação. Duas internacionalizações e dois golos marcados foram o suficiente para a selecionadora nacional Marisa Gomes lhe entregar a braçadeira de capitã da equipa das Quinas, abrindo, assim, perspetivas para um longo caminhoo a de ca defender e de as cores co es nacionais. ac o a s.

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Diário do Alentejo 27 dezembro 2013

JOSÉ FERROLHO

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Atual

Vereadores do PS preocupados com COTR

Os vereadores do PS na Câmara de Beja não concordam com “a reprovação da atribuição de uma verba extraordinária ao COTR – Centro Operativo e de Tecnologia de Regadio” pelo executivo da Câmara de Beja, liderado por João Rocha (CDU). De acordo com os vereadores socialistas, “a verba solicitada de 5 000 euros não comprometeria a situação financeira” da autarquia “mas seria de extrema importância” para o COTR. “Numa altura em que a agricultura se assume como um dos principais motores de desenvolvimento da região e a crescente modernização da mesma carece de um impulso acrescido na formação e acompanhamento dos agricultores, a potenciação do COTR não devia deixar de ser uma prioridade estratégica para o novo executivo em funções”, acrescentam os vereadores, em comunicado de imprensa.

Centro escolar em Alcácer do Sal A Câmara Municipal de Alcácer do Sal anunciou um investimento de um milhão de euros na requalificação e ampliação de uma antiga escola, que vai passar a ser um centro de educação pré-escolar. O projeto prevê a construção de quatro novas salas de atividades, instalações sanitárias, biblioteca, salas de apoio aos professores, de informática e de refeições, copa e respetivos equipamentos de suporte, indicou o município.

Moura rejeita encerramento de serviço de Finanças A Câmara de Moura aprovou por unanimidade uma moção em que expressa o “seu mais veemente protesto e indignação pelo anunciado encerramento de serviços de Finanças no distrito de Beja”, medida que, segundo refere, “pode vir a implicar o encerramento da repartição de Moura”. A autarquia adianta, ainda, que esta decisão, “arbitrária e unilateral”, do Governo, “vem juntar-se a outras, iniciadas com anteriores executivos, de supressão dos serviços dos correios, de quartéis da GNR, do encerramento de escolas, de serviços de saúde, de tribunais, etc.”, e que, para além de “rejeitar” a medida, não aceita “colaborar em ‘soluções’ artificiosas, como a criação do balcão único ou outras do mesmo género”.

Vítor Proença na gestão da água O presidente da Câmara de Alcácer do Sal, Vítor Proença (CDU), foi eleito presidente da Associação de Municípios para a Gestão da Água Pública do Alentejo (Amgap), formada por 14 municípios do distrito de Beja, quatro de Évora e três de Setúbal.

Conclusão de empreendimento em 2015

Lançado último concurso da rede global de rega de Alqueva A EDIA anunciou que lançou a empreitada de construção do bloco de rega Roxo/Sado. A conclusão do empreendimento está, assim, prevista para 2015. O último dos concursos, que finalizará toda a rede de rega, já está em marcha.

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EDIA – Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva, lançou na sexta-feira passada, 20, na plataforma eletrónica Compras Públicas, o concurso para a empreitada de construção do bloco de rega Roxo/Sado, “completando assim a série de concursos que levarão à conclu-

são, em 2015, de toda a rede de rega do Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva (EFMA), num total de cerca de 120 mil hectares”, avança a empresa, em comunicado de imprensa. O bloco de rega Roxo/Sado, “com uma área equipada de mais de 4 000 hectares, é ainda constituído por um sistema elevatório, redes viária e de drenagem, um reservatório e um sistema de automação e telegestão”. O valor base desta empreitada “é de cerca de 18 milhões de euros”. Com o lançamento deste procedimento, adianta a EDIA, “completa-se o ciclo de concursos da rede secundária do EFMA prevista até 2015”. A EDIA relembra, ainda, que

Alqueva “dispõe nesta data de cerca de 68 mil hectares instalados, encontrando-se em obra mais 20 mil hectares”. Os restantes encontram-se “em processo de concurso, onde se incluem os blocos de rega Caliços/Machados, Caliços/Moura, Pias e Amoreira/Caliços, que completarão o subsistema de rega do Ardila; o bloco de rega de São Matias, que completa o subsistema de rega de Pedrógão, e os blocos de rega de Vale de Gaio, Beringel/Beja e agora também o Roxo/Sado, fechando assim o ciclo do subsistema de rega de Alqueva e, por conseguinte, todo o sistema global de rega do empreendimento”, conclui.

Investimento de três milhões de euros

Duas unidades de cuidados continuados abriram em Serpa

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uas unidades de cuidados continuados integrados, uma de média e outra de longa duração e com capacidade total para 30 doentes dependentes, foram inauguradas no final da semana passada, em Serpa, num investimento de três milhões de euros. As unidades de Cuidados Continuados Integrados Senhora de Guadalupe, situadas no mesmo edifício, foram construídas e são geridas pela Santa Casa da Misericórdia de Serpa (SCMS) e estão integradas na Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados. As unidades, cada uma com capacidade para 15 utentes, prestam cuidados médicos, de enfermagem e outros a doentes dependentes, 24 horas por dia,

uma em regime de internamento de média duração (30 a 90 dias) e outra de longa duração (mais de 90 dias), disse a provedora da SCMS, Maria Ana Pires. A unidade de média duração serve para reabilitação e a de longa duração para manutenção de doentes dependentes, através da prestação de cuidados com vista à melhoria da autonomia e à reinserção familiar e social dos utentes, explicou. As unidades, “um grande desafio” para a SCMS no atual contexto de crise, foram criadas “com fins mais abrangentes do que os dos cuidados continuados”, disse Maria Ana Pires, referindo que a SCMS quer desenvolver nas infraestruturas “um programa assistencial na área da saúde e na área social”. Cuidados de

fisioterapia, psicomotricidade, terapias ocupacional e da fala, psicologia, higiene pessoal, alimentação, apoio social e atividades de convívio e de lazer são outros serviços prestados pelas unidades, indicou. Segundo Maria Ana Pires, as unidades, que começaram a funcionar no passado dia 21 de outubro, permitiram criar cerca de 30 postos de trabalho e já estão lotadas. A criação das unidades implicou um investimento que “rondou os três milhões de euros”, financiado em 75 por cento pela SCMS e em 25 por cento pelo programa Modelar, e teve o apoio da Câmara de Serpa, que cedeu o terreno e executou os arranjos exteriores.


A Câmara de Beja (CDU) aprovou um orçamento de 33,9 milhões de euros para 2014, com os votos contra da oposição PS, que afirma haver “mais de 3,2 milhões de euros” inscritos em “sacos azuis”. O orçamento, de 33 887 600 euros, foi aprovado na última reunião da Câmara de Beja pelos quatro eleitos da maioria CDU e os votos contra dos três vereadores da oposição socialista. O vereador da gestão comunista Manuel Oliveira disse hoje à agência Lusa ser o orçamento “possível” e “de contenção”, sendo votado no próximo dia 30 pela Assembleia Municipal de Beja, também de maioria CDU. O orçamento inclui, segundo o autarca, “um aumento de cerca de 20 por cento ao nível do investimento e uma redução da despesa de cerca de 10 por cento”.

Greve em Neves-Corvo com adesão “bastante significativa” A greve dos trabalhadores da concessionária das minas de Neves-Corvo (Castro Verde) contra a laboração contínua, que dura há um mês e termina no domingo, tem registado uma adesão “bastante significativa”, disse Jacinto Anacleto,

dirigente sindical. Após a atual greve, “os trabalhadores estão dispostos a continuar a lutar” para exigir a reposição do anterior regime laboral, ou seja, de segunda a sexta-feira, frisou, referindo que, no início do próximo ano, os trabalhadores vão reunir-se em plenário para “decidirem novas formas de luta a adotar”.

Através da greve, os trabalhadores pretendem manifestar o seu “desagrado” em relação ao regime de laboração contínua (24 horas por dia, sete dias por semana), que é “muito violento para um trabalho no interior da mina, já de si muito penoso e que comporta muitos riscos”, explicou Jacinto Anacleto.

JOSÉ SERRANO

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Sete categorias promovidas pela ERT

Prémios Turismo do Alentejo disputados por 66 projetos Sessenta e seis projetos vão disputar as sete categorias da 4.ª edição dos Prémios Turismo do Alentejo, promovidos pela Entidade Regional de Turismo (ERT) e cujos vencedores são anunciados no início de 2014. Este ano verificou-se um aumento de candidaturas.

S

egundo os promotores, a iniciativa, dirigida aos agentes públicos ou privados que desenvolvam projetos de interesse turístico no Alentejo, tem por objetivo “distinguir e divulgar a excelência da oferta que, de modo geral, tem contribuído para afirmar o destino nos mercados”. “Queremos motivar e apoiar os agentes públicos e privados que todos os dias fazem o trabalho de dinamização do turismo”, afirmou o presidente da ERT do Alentejo,

António Ceia da Silva, em declarações à agência Lusa. O responsável realçou que estes prémios “têm um aspeto que os diferencia” dos outros, que é o facto de serem “os próprios promotores que se candidatam”, cabendo ao júri “fazer a análise das candidaturas e atribuir os prémios”. António Ceia da Silva assinalou o aumento de candidaturas aos prémios, “que se verifica todos os anos”, tendo a subida, este ano, sido de mais nove, o que revela que “é um setor que tem estabelecido dinâmicas cada vez maiores nesta área”. Os 6 6 projetos c a nd id at aram-se nas categorias de Melhor Empreendimento Turístico, Melhor Animação Turística, Melhor Turismo Rural, Melhor Enoturismo, Melhor Evento, Melhor Gastronomia e Melhor Projeto Público. A soma r a estes, vão ser

atribuídos galardões extraconcurso, o da Agência Regional de Promoção Turística Externa do Alentejo, o prémio especial Turismo do Alentejo e o Prémio Comunicação Alentejo. O anúncio dos vencedores e entrega dos galardões, tanto das categorias oficiais, como das distinções extraconcurso, está agendado para o início do próximo ano, embora a ERT ainda não tenha divulgado uma data concreta. No caso dos prémios extraconcurso, o processo de eleição é da exclusiva responsabilidade da Turismo do Alentejo e da Agência de Promoção Turística. Quanto às sete categorias, os vencedores vão ser escolhidos pelo júri desta quarta edição, presidido por José Manuel Simões, do Centro de Estudos Geográficos da Universidade de Lisboa, e que integra mais seis elementos.

13 Diário do Alentejo 27 dezembro 2013

Câmara de Beja aprovou orçamento para 2014


Diário do Alentejo 27 dezembro 2013

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Em Portugal o elevado nível de desemprego e a dimensão de incerteza criada pela falta de estabilidade no emprego, a par de severas medidas de austeridade (em particular a carga fiscal sobre as famílias) têm conduzido a uma dramática e inédita situação demográfica. Glória Rebelo, “Diário de Notícias”, 23 de dezembro de 2013

Opinião

Rimas contrariando um rumo que só rima com dever contabilístico

Que só se viva do ar ou de uma açorda de sobras e se soçobre, a gritar, com palavrão salutar, que eles deviam fechar o coração. Para obras. Que a honestidade não. Que essa não pode ninguém fechar, pela simples razão de que a fecha quem a tem.

Martinho Marques Professor aposentado

As palavras vestiram-se de luto e é reunidas em grito que fazem frases de fazer doer. Nas incontidas que escuto o garantido que é dito eu não o posso escrever. Mas diz-se. Direto e cerce. Por não se poder conter. Porque o que está a fazer-se não se devia fazer. Na forma não o assumo, nem sou ousado sequer, mas compreendo e resumo o que o grito quer dizer. É o ódio a quem nos vende, por ter ser mais do que ser, por se saber que se entende que a lei não devia haver. É claro que odeio o ódio, mas não odeio a verdade. E a verdade é que se odeia. E o medo não escreve, diz. Pior: explode a dizer. A dor alastra até passar a ser sinónimo de país. A amargura alargou a dimensão. A amargura passou a ter fronteiras de continente, até de mundo inteiro, onde já é evidente que o dinheiro é uma religião. Não religião que reza. Mas religião que rapa. Religião que se preza de manter mais do que um papa. Vários papas. Que dão dotes a quem apaparica o que eles são, ocupando a função de sacerdotes obedientes e com ambição. Nos edifícios pouco edificantes que ergueram para a sua atividade, resta-lhes concederem aos restantes o direito maior da caridade. O seu princípio é um fim: de o dinheiro ganhar todo o dinheiro, para que, por fim, assim chegue o que chega no cheiro.

Quem fala não o faz com rima pura nem sequer tem vontade de que rime, mas fala com a carne que me jura haver conjura e que a conjura é crime. Se, até tolerante, um dia, os dissesse convencidos e crentes no sistema, todavia alguém me responderia: – São crentes? Não, são vendidos. Que não espante a consequência do que disto resultar e de, por morte ou ausência, o país se evaporar. Nem se estranhe o que se escute de agressões e de lamentos sobre orçamento que se repercute em milhares de orçamentos, em que há já pouco a orçar. Pasme-se só que quem cose ou quem prescreve a receita ainda acrescenta a dose do que agravou a maleita. Será que chegarão tempos fiáveis em que se julgue premente levar a julgamento os responsáveis por este sorumbático presente? O dever deve ter modos de saber que o dever tem um dever para com todos, além de dever a alguém. Que o dever, por ser total, não deveria esquecer que é na vida social também moral o dever. Que a riqueza que é cumprida, além de ávida, é avara. E que a defesa da vida é esquecida porque é cara. Que o homem não vê cumprido sequer o próprio presente. Que do porvir prometido ficou a dor que o desmente. Escrevi. Talvez com veludo. Não como a frase escutada, gritada, num grito agudo: Aos homens não devem nada. Ao dinheiro devem tudo.

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O Alentejo visto de um BALÃO DE AR QUENTE. Uma tela sem pintor. Ou melhor, com vários artesãos da arte de saber cultivar a terra. O Alentejo é um campo aberto sem fim, e à boleia de um balão foi possível ver até onde a vista alcança. O fotojornalista José Ferrolho viu por todos nós e mostra-lhe agora como é este chão visto do céu. BS

Sugestões vernáculo-natalino-culturais Bruno Ferreira Humorista

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nquanto os portugueses que têm lareira - e impressora - preparam a consoada sob o crepitar das páginas do Orçamento do Estado para 2014, eu venho falar de prendas, literatura e palavrões. Tem tudo a ver com o Natal, pois claro. Se é daqueles que gosta de oferecer cultura, e lhe apetece mandar Passos, Portas e a troika a uma certa parte, e ainda não comprou todos os presentes de Natal, então esta crónica é para si. Os impropérios enderece-os ao Governo. A literatura, essa, saboreie-a o leitor. Aqui lhe deixo um índice preparado com vituperioso critério: 1.º – Da vasta e valiosa coleção de Miguel Esteves Cardoso - de quem sou fã incondicional - destaco duas obras: O romance O Amor é Fodido,1994, Assírio & Alvim, e o último livro de crónicas Como é Linda a Puta da Vida, 2013, Porto Editora, a propósito do qual MEC refere “a vida é má e imprevisível e é uma puta. E não se percebe bem qual é o critério. Mas, por outro lado, é linda”. 2.º – Do consagrado Gabriel Garcia Marquéz, destaco a obra Memória das Minhas Putas Tristes, 2005, Dom Quixote. Desengane-se o leitor se acha que Marquéz entra por uma narrativa ao jeito do cubano Pedro Juan Gutiérrez. No livro, o colombiano conta a história de um velho cronista que, no seu 90.º aniversário, planeia presentear-se uma noite de amor desenfreado com uma adolescente virgem. Todavia, ao ver a rapariga dormir não tem coragem de acordá-la. E nasce uma paixão. 3.º – É a história da vida de um dos marcos na nossa literatura. Luiz Pacheco. Foi escritor, editor, polemista, epistológrafo e crítico literário. João Pedro George biografou-o em Puta Que os Pariu!, 2011, Tinta da China. 4.º – E porque a língua de Camões atravessou oceanos, a seguinte sugestão chega-nos em português do Brasil, pela pena de Plínio Marcos: O Assassinato do Anão do Caralho Grande, 1996, Geração Editorial. Plínio foi escritor, jornalista, autor, ator e diretor teatral. Esta novela explora a vida da trupe de ciganos do “Grande Circo Atlas”, onde um crime é investigado: o assassinato do anão Janjão, famoso pelo tamanho colossal do seu pénis. 5.º – Porque é Natal, não nos podemos esquecer dos mais pequenos. Por isso mesmo, este título do norte-americano Adam Mansbach é dedicado aos pais sem, no entanto, o deverem mostrar aos filhos. Vai Dormir, Foda-se, 2011, Arte Plural Edições (trad. Joana Neves), fala sobre pais desesperados pela falta de sono dos filhos. A obra liderou o top de vendas do “New York Times”. 6.º – Foi lançado com o pseudónimo de Vera Galpe, mas dizem as revistas cor-de-rosa que a verdadeira autora é a atriz Leonor Seixas. Ela nunca o assumiu. Vírgula, Caralho, 2007, Caderno, traz-lhe uma pequena coletânea de contos eróticos. 7.º – É jornalista e comentador desportivo. Pelo menos é assim que se apresenta. Chama-se João Malheiro e escreveu uma história onde entram jovens do pré e pós 74 e um bordel, propriedade de Maria Modesta, conhecida por…Cona d’Aço, 2013, Quidnovi. 8.º – Agora a sugestão mais natalícia de todas. Fruto da junção de um conjunto de autores nacionais, mais um punhado de outros brasileiros, nasceu a obra Pinus Erectus - Contos Eróticos de Natal. 2013, Edições Vercial. 9.º – Para terminar, e para conhecer no íntimo cada palavrão constante dos títulos sugeridos, nada melhor do que consultar a obra de Orlando Neves, o Dicionário do Palavrão e Outras Inconveniências, 2001, Editorial Notícias. E de sugestões vernáculo-natalino-culturais é tudo, despeço-me, desejando a todos os leitores um feliz Natal, e um 2014 com muita literatura dos poucos recantos onde ainda é possível perspetivar prosperidades para o próximo ano. Como dizia Cícero: “Se ao lado da biblioteca houver um jardim, nada faltará”. As páginas de um livro abrem-nos o caminho da imaginação. Lá bem longe desta malta que só nos fode.


O ano termina com boas notícias. O concurso para a empreitada de construção do último bloco de rega de ALQUEVA já está lançado. Está, assim, mais perto a finalização do empreendimento de fins múltiplos, um sonho sonhado por tantos. 2015, segundo as previsões, é o ano do fim da sua conclusão. Os dados estão lançados e as obras também. BS

Há 50 anos Ano novo para fazer esquecer ano velho

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ão trazia grandes novidades, a primeira página da edição de 31 de dezembro de 1963 do “Diário do Alentejo”. O vespertino bejense revelava a visita particular à cidade, na véspera, do ministro das Obras Públicas, engenheiro Arantes e Oliveira. A “Informação Desportiva” dava pormenores sobre o jogo amigável, no dia seguinte, entre as equipas de futebol do Benfica de Lisboa e do Desportivo local. A notícia de maior destaque ia para a inauguração da “Alentex”, “uma tinturaria e lavandaria de limpeza a seco” que começaria a funcionar em Beja e que representava “uma ideia inédita no nosso meio, marcando ampla visão e revestindo-se de inegável utilidade”. A “Nota do Dia”, que funcionava como editorial – não assinada, como na época era habitual –, era dedicada à chegada de um novo ano. Depois de dois parágrafos de filosofia sobre a inexorável marcha do tempo e a curta duração da vida humana, o articulista escrevia: “O já agónico 1963 segue na esteira dos que não têm deixado grandes saudades, quer o encaremos no aspecto internacional, quer o resumamos ao âmbito local ou regionalista.” Seguia-se uma referência a um Mundo que “continuou a debater-se em crises, em assassinatos, em ameaças de guerra, opressões, prepotências”, sem conseguir cumprir “os votos de paz e harmonia entre os homens de todas as raças e latitudes”. “No que concerne ao nível regional, também muito do que se projectou ou sonhou, com o rodar dos dias e dos meses, se perdeu ou foi adiado e algumas ilusões se enterraram para sempre”, dizia-se no balanço do 1963 alentejano. O editorialista do diário reconhecia que escrevia para cumprir “um preceito ritual, aguardando que o ano novo faça esquecer o ano que morre”. E finalizava o texto com uma mensagem optimista e de cariz progressista: “Ainda e sempre confiantes nos homens de boa vontade, aqui estamos a expressar a nossa esperança de melhores dias futuros – e de um Mundo mais cordial, mais humano e, sobretudo, menos ingrato para os que lutam na defesa das grandes causas da fraternidade, da equidade e da paz entre as nações.” Aqui, o escriba desta coluna intervém para desejar aos leitores do “Diário do Alentejo”, bem como a todos os seus trabalhadores e colaboradores, um 2014 melhor. O que só será possível com a nossa participação individual e coletiva na luta para derrotar o troikismo que nos oprime e explora, para criar condições para uma nova governação do País, patriótica e de esquerda. Carlos Lopes Pereira

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O TURISMO soma e segue. Este ano o número de candidaturas para os Prémios do Turismo do Alentejo aumentaram. São 66 os projetos que estão a disputar as sete categorias. Motivação e empenho, portanto, não faltam. Dinâmica também não. Cada vez mais oferta, e de qualidade. Destino: Alentejo. BS

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O veto do Tribunal Constitucional é uma prova irrefutável de que o nosso sistema de separação de poderes e de freios e contra-pesos está a funcionar regularmente. Não se trata de saber se concordamos ou não com a decisão do tribunal. Trata-se “apenas” de observar que o sistema funciona, isto é, que não fala a uma só voz. João Carlos Espada, “Público”, 23 de dezembro de 2013

Cartas ao diretor João Honrado, sempre... Luciano Caetano da Rosa

João, não tarda fará um ano que te apagaste. Só hoje consigo alinhar umas primeiras palavras para me sentir bem perto de ti. Não sei se morreste, se foste cremado e tuas cinzas dispersas ao acaso em qualquer barranco da nossa terra, conforme breve descrição da Alice. De modo semelhante a um dos muitos Fernando Pessoa, sei que como o universo passas, mas ficas! E ficas de muitas maneiras, lendárias algumas, sobretudo, porém, como um grande homem e um revolucionário a quem devemos a nossa liberdade. Agora, se calhar, só podemos procurar-te no coração e nas recordações...no fundo, tudo coração, coração que ama e coração que lembra... Apraz-me particularmente recordar a gargalhada gostosa que ainda te fiz dar, já tu começavas na cama a partir aos poucos. Foi com aquela anedota do meu primo Zezinho que te tratava por senhor João e a quem tu te referias como mestre Zé. Havia um que queria “partir os cornos a outro”. Um terceiro intrometeu-se na conversa dizendo que tal, todavia, não era possível, pois, o ameaçado “não tinha cornos, andava com muita falta de cálcio”. A tua gargalhada, acompanhada de um percetível “’tá boa!”, soou como a do menino que sempre foste ou como o gorjeio de qualquer pássaro de arribação que igualmente nunca deixaste de ser. Recebi a triste notícia no Rio de Janeiro...logo as obrigações terem colidido com as devoções, pois, teria gostado de te ter acompanhado até esse fim. Sim, digo “esse fim” porque como bem sabias, há sempre recomeços de forma vária, nada para, como nos ensina o movimento dialético. Sofreste muito, também terás feito sofrer, mas isso vinha do teu génio e dessa tua vontade imensa e bem intencionada de dar um jeito ao desconcerto do mundo. Quando no verão de 1970 havias, fazia pouco tempo, saído de novo da prisão e gozavas outra vez a liberdade a profundos goles, mudei de passeio para ir ao teu encontro e dar-te um abraço. Disseste-me então que eu era ao contrário de muitos outros que mudavam de passeio também, mas para te evitar, não fosse a PIDE ou algum bufo conotá-los com o partido. Não reivindico nenhuma especial coragem civil para mim; o que me disseste, contudo, foi uma das maiores “condecorações” que já recebi.

Foi pela tua mão que, após o regresso da Suíça em 1975 e durante uma memorável viagem de comboio de Lisboa para Beja, ingressei nas fileiras da luta organizada. Aqui continuamos a resistir e a lutar, tal como sempre nos ensinaste pelo exemplo, de forma destemida. Um abraço e até qualquer dia, João...

Em Beja não há memória Manuel Dias Horta Beja

Em Beja não há cimento nem areia, também não há tijolos nem ferro. Em Beja, cidade onde vivo, não há sítio donde levantar uma parede ou um pilar e nele se possa assentar, com honra e glória, o nome daqueles que ao serviço do seu País, um dia partiram para a guerra e nunca mais voltaram. Se te encontrares na rua com uma velhinha de negro vestida, com o xaile cruzado ao peito e o rosto tapado, pergunta-lhe, por que usa tal indumentária, ela responder-te-à porque lhe morreu um filho na guerra. São os políticos que ao receberem o mandato do povo, se tomam fiéis depositários da sua História. Povo que não homenageia ou esquece os seus heróis não é povo, é um aglomerado. Em Beja não há memória, mas em Beja também não se pode apagar a História. Por esse país fora e na mais pequena terriola, no sítio mais nobre do povoado, lá está uma pedrinha com os nomes dos soldados que deixaram aquela terra e foram para a guerra. Que bem ficaria nesta cidade pequena, pequena e branca e perfumada pelo doce aroma das flores das laranjeiras que ladeiam muitas das suas ruas e pontuam os jardins das suas moradias, o levantamento de um monumento, à entrada, ao centro ou à saída que perpetuasse a memória daqueles que desprezaram a vida e foram para a guerra — mães sem filhos, mulheres sem marido, milhares de mortos e feridos lares destruídos, memória curta e ingratidão — Em Beja não haverá coração!?

As (des) ordens médicas Hugo Silva Carulo Beja

Insere-se o presente artigo de opinião na notícia veiculada pelos meios de comunicação social, que a proposta de revisão de estatutos da ordem contempla o pagamento de custas e de taxas pelos queixosos contra os clínicos. O exercício da atividade médica

comporta pela sua própria natureza e pelos meios que utiliza, riscos reconhecidos e que tocam em direitos fundamentais de cidadania e de personalidade. Nesta senda, pode o erro médico e a negligência médica, causarem danos diretos ou colaterais na vida e na integridade física e moral das pessoas. O pagamento de custas e de taxas pelos queixosos é manifestamente ridícula, ética e deontologicamente deplorável. Pois que, por este meio – imposição de custas –, pretende a ordem, nem mais, nem menos, do que coartar o direito de reclamação daqueles que se sentem lesados e que menos desafogo monetário possuem. Contudo, diz-nos, a ordem, que a cobrança de tais emolumentos visa “… evitar que as participações sem fundamento se multipliquem...”; sinceramente, não sei se ria, se chore. Embora, aquando da participação, se faça chegar às ordens, documentos que atestem a má prática médica, nunca a factualidade reportada nos autos, no que à ordem concerne, possibilita a avaliação da conduta clínica e dos tratamentos médicos prestados pelo médico. Consistindo a observância das legis artis na obediência das regras teóricas e práticas de profilaxia, diagnóstico e tratamento aplicáveis no caso concreto em função das características do doente e dos recursos disponíveis pelo médico. Parece-me óbvio, que desconhecem ou não querem conhecer, as ordens, do que de legis artis se trata. Como é consabido – embora também haja bons profissionais – o erro médico e a negligência médica, subsistem, e acima de tudo, continuam a ser “descaracterizados” no seio de um corporativismo anacrónico e deprimente. A ideia defendida por Platão (427-347 a.C.), que o médico deveria estar isento de qualquer castigo, já que uma pessoa é curada pelo médico, mas morre por si mesmo, já era contraditada por Hipócrates – considerado o Pai da Medicina - (460-377 a.C.), que mostrava insatisfação pelo facto de os tribunais gregos não punirem suficientemente os erros dos médicos. Embora, muitos se administrem pela ideia de Platão, a realidade contemporânea, outra veracidade nos oferece. Em muito, tem contribuído a jurisprudência nacional para tal acontecimento, julgando aqueles que de má prática médica lançam mão, no exercício da sua atividade. Como corolário, é caso para dizer que, timidamente vamos dando aplicabilidade prática a um dos valores máximos da justiça: “todos são iguais perante a lei.” Aos bons profissionais, que prossigam, aos maus, que se cuidem.


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Fotorreportagem Alentejo pelos ares

É provável que não o saiba. E que com isso pouco se importe. Mas o agricultor é um perfeito geómetra da enxada. Os rasgos matemáticos que inflige ao barro são de um rigor assombroso. Como se o chão das colheitas obedecesse a um teorema muito antigo e de extrema complexidade. Como se a exata esquadria das hortas, das sementeiras e dos pomares fosse a única responsável pelo bom sucesso da safra. O agricultor é o arquiteto natural da terra. E o seu arado um verdadeiro cinzel. Mas é do céu que a sua exatidão se vê melhor. Numa destas manhãs o fotojornalista José Ferrolho teve a oportunidade de sobrevoar com lentidão alguns destes complexos exercícios agrícolas. E deles fazer o presente registo. Foi de dentro do cesto do balão de ar quente da empresa Emotion Portugal, que voou entre Albernoa e Aljustrel, a uma velocidade média de vinte e poucos quilómetros por hora. O amanhecer estava aquilo que as fotografias mostram. E elas, as fotos, apenas não mostram o silêncio absoluto, a paz total, que uma viagem de balão proporciona. Quanto a isso, ao silêncio, a coisa resolve-se desafiando o jovem piloto Hugo Domingos para uma “escapadinha” pelos ares do Alentejo. Ou então navegando com o José Gonçalo Farinho na reportagem televisiva que o “Diário do Alentejo” disponibiliza por estes dias de ano novo nos seus canais eletrónicos. Texto Paulo Barriga Fotos José Ferrolho


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Natação: Ana Costa, do CNB, estreia-se nos Nacionais com dois recordes pessoais

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Ana Costa, atleta do Clube de Natação de Beja, estreou-se “de forma muito positiva” como júnior nos Campeonatos Nacionais de Juniores e Seniores, que decorreram no fim de semana em Felgueiras, ao melhorar as marcas com que se tinha apurado para os referidos campeonatos. Na prova mais curta da técnica de costas, a sua especialidade, a nadadora bejense realizou o tempo de 31’’62 (14.º lugar), tendo, na segunda jornada, percorrido os 100m costas em 1’07’’57, obtendo o 12.º lugar (5.º lugar entre as juniores de primeiro ano).

Futebol juvenil Liga de Benjamins 2.º Momento (1.ª Jornada) Despertar A-Ferreira A, 3-3; Moura A-Serpa, 3-0; Alvito-Vasco Gama, 8-1; NS Beja-Desp.Beja A, 1-2; Ferreirense B-Piense, 1-0; Aldenovense-Moura B; Cab.Gorda-Amareleja, 4-3; B.ºConceição-Despertar B, 7-0; Castrense-Almodôvar, 0-4; Odemirense -Aljustrel, 3-0; Boavista-Renascente, 4-1; Ourique-Sanluizense, 7-0.

Desporto

Desportivo de Almodôvar pontuou em Lagos, Moura empatou em casa

Distrital de Infantis (9.ª Jornada) Série A Operário-Despertar A, 0-20; Guadiana-Desp.Beja, 5-1; NS Beja-Sp.Cuba, 5-6. Líder: Despertar A, 24 pontos.

Um novo líder… O Moura joga no próximo domingo no terreno do Pinhalnovense, o novo líder da Série H, e o Almodôvar recebe a formação do Barreirense. Faltam quatro jornadas para o termo da primeira fase da prova. Texto Firmino Paixão

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s adeptos do Moura estão desi ludidos com a prestação da su a equ ipa . É i nque st ionável. O mês de dezembro tem sido fatídico para os mourenses, que nos quatro jogos já realizados sofreram duas derrotas (em casa, com o Montemor, e em Lou lé) e empata ra m duas vezes (em A lmodôvar e em casa com o Ferreiras).

Qu a ndo fa lt a m qu at ro jor nad a s para o final, a equipa está em terceiro lugar, mas a sete pontos do segundo classif icado e só os dois primeiros se qua lif icam para a fase de subida de divisão. O Moura a ndou lá e criou a i lusão de que poderia entrar no lote das 16 equipas que vão lutar pelo título e pela promoção. Agora, isso é uma miragem, porque até ao f ina l desta etapa inicia l terão três jogos fora de casa (Pinhal Novo, Cova da Piedade e Lagos) e apenas um no seu reduto (com o Quarteirense). O Almodôvar, neste mesmo mês, conquistou cinco dos sete pontos que possui. Moralizado com a vitória sobre o Quarteirense, foi arrancar um empate

Série B Santo Aleixo-Serpa, 7-2; Piense-Vasco Gama, 4-3; Aldenovense-Moura, 4-3; Despertar B-Amareleja, 5-1. Líder: Despertar B, 24 pontos.

em Lagos e no domingo vai receber o Barreirense, quem sabe se para brindar os seus adeptos com um novo triunfo. Resultados da 14.ª jornada: Moura- F e r r e i r a s , 1-1; C o v a P i e d a d e -L ou le t a no, 1- 0 ; Q u a r t e i re n s e -U. Mon temor, 1-1; Esperança de LagosAl mo dôvar, 0-0; Barreirense-Pinhaln o v e n s e , 0 -1. C l a s s i f i c a ç ã o : 1.º Pinhalnovense, 30 pontos. 2.º Ferreiras, 29. 3.º Moura, 22. 4.º Cova da Piedade, 21. 5.º Quarteirense, 20. 6.º Barreirense, 19. 7.º Un i ã o Mon t e mor, 18 . 8 .º Louletano, 14. 9.º Esperança de Lagos, 10. 10.º Almodôvar, sete. Próxima jornada (29/12): Pinhalnovense-Moura; Ferreiras-Cova Piedade; Lou letano - Qua r tei rense; U.Montemor-L a gos; Almodôvar-Barreirense.

Série C São Marcos-Ourique, 4-2; Aljustrel -Odemirense, 4-0; Milfontes-Almodôvar, 2-6; Castrense-Renascente, 9-4. Líder: Almodôvar, 27 pontos. Distrital de Iniciados – Série A 4.ª Jornada Moura-Serpa, 9-0; Alvito-Aldenovense, 2-3; Bº Conceição-Despertar, 0-4. Líder: Moura, 12 pontos Série B 4.ª Jornada Almodôvar-Aljustrel, 8-3; Guadiana-Milfontes, 1-0. Líder: Almodôvar, sete pontos. Distrital de Juvenis – Série A 4.ª Jornada Serpa-Moura, 3-4; Despertar-Amareleja, 15-0; Sp.Cuba-Alvito, 3-4; Sto.Aleixo.Desp.Beja, 0-10. Líder: Desp. Beja, 12 pontos. Série B 4.ª Jornada Aljustrelense-Ourique, 1-1; Milfontes-Castrense, 0-8; Odemirense-Almodôvar, 3-3. Líder: Castrense, nove pontos.

Líder joga em Pias

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Margem esquerda decisiva O Campeonato Distrital da 1.ª Divisão da AF Beja atravessa uma fase monótona. As primeiras cinco equipas da tabela venceram os seus jogos e a próxima ronda não tem jogos cuja importância seja vital. Texto Firmino Paixão

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presença do líder em Pias fará empolgar a equipa local, sobretudo depois de terem ganho aos vizinhos de Vila Nova e, agora, sob comando do antigo jogador Baltazar, após a renúncia de José Manuel Rações. O Vasco da Gama recebe o “lanterna vermelha” e tem pleno favoritismo. Das restantes partidas só a que se joga em Cuba pode ter desfecho mais im-

previsível. Resultados da 11.ª jornada: Serpa-Milfontes, 1-2; Odemirense-São Marcos, 2-0; Aljustrelense-Sporting Cuba, 2-0; Aldenovense-Piense, 1-2; Guadiana-Vasco da Gama, 1-4; Castrense-Cabeça Gorda, 2-0; Rosairense-Bairro da Conceição, 0-0. Classificação: 1.º Aljustrelense, 33 pontos. 2.º Vasco Gama, 28. 3.º Castrense, 24. 4.º Milfontes, 22. 5.º Odemirense, 22. 6.º Cabeça Gorda, 14. 7.º Rosairense, 14. 8.º Sporting Cuba, 13. 9.º Serpa, 12. 10.º Guadiana, 12. 11.º Piense, 11. 12.º Bairro da Conceição, sete. 13.º São Marcos, cinco. 14.º Aldenovense, três. Próxima jornada (29/12): Rosairense-Milfontes; São Marcos-Serpa; Sporting Cuba-Odemirense; Piense-Aljustrelense; Vasco Gama-Aldenovense; Cabeça Gorda-Guadiana; Bairro Conceição-Castrense.

Amarelejense e Saboia perderam pontos

O Renascente está na luta

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umpre-se na tarde de amanhã, sábado, a quinta jornada do Distrital da 2.ª Divisão da AF Beja, marcada pela receção do Desportivo de Beja ao Moura e pela deslocação do Saboia a Aldeia dos Fernandes. Na jornada anterior merece sublinhado o triunfo do Vasco da Gama em Amareleja, a vitória do Despertar sobre o rival Desportivo e o empate do Renascente no terreno do seu vizinho Saboia. Série A: Despertar-Desportivo Beja, 3-2; Moura B-Beringelense, 2-0; Amarelejense-Vasco Gama B, 0-1; São Domingos-Negrilhos, 2-0. Classificação: 1.º Amarelejense, nove pontos. 2.º Desportivo Beja, nove. 3.º Vasco Gama,

sete. 4.º Despertar, sete. 5.º Moura B, cinco. 6.º Beringelense, quatro. 7.º São Domingos, quatro. 8.º Negrilhos, zero. Próxima jornada (28/12): Negrilhos-Despertar; Desportivo Beja-Moura B; Beringelense-Amarelejense; Vasco Gama B-São Domingos. Série B: Saboia-Renascente, 1-1; Messejanense-Naverredondense, 4-0; Castrense B-Aldeia Fernandes, 1-0. Classificação: 1.º Saboia, 10 pontos. 2.º Renascente, sete. 3.º Castrense B, sete. 4.º Messejanense, quatro. 5.º Aldeia Fernandes, três. 6.º Sanluizense, um. 7.º Naverredondense, zero. Próxima jornada (28/12): Aldeia Fernandes-Saboia; Renascente-Messejanense; Naverredondense-Sanluizense. FP


3.ª Jornada: Odemirense-São Domingos, 10-0; Serpa-Castrense, 1-7; Ferreirense-Vasco Gama, 4-2. Líder: Castrense, nove pontos. Próxima jornada (11/1): Serpa-Ferreirense; São Domingos-Vasco Gama; Castrense-Odemirense.

Futsal Distrital

Dupla vitória sobre a Dinamarca Depois do triunfo tangencial em Moura (1/0), a Seleção Nacional Sub/17 de Portugal, treinada por Emílio Peixe, voltou a ganhar à Dinamarca, mas por 3-0, no jogo disputado no Complexo Desportivo Fernando Mamede, na cidade de Beja.

11.ª Jornada: IP Beja-VNS.Bento, 4-4; CD Beja-Leões, 5-1; CB Castro Verde-Alvito, 9-8; Ourique-Vasco Gama, 4-2; NS Moura-Ferreirense, 4-3. Líder: NS Moura, 26 pontos. Próxima jornada (10/1): Alvito-CD Beja. VNS.Bento-CB Castro Verde; Luzerna-IP Beja; Vasco Gama-Almodovarense; Ferreirense-Ourique; Alcoforado-NS Moura.

19 Diário do Alentejo 27 dezembro 2013

Taça Distrito de Beja Seniores Femininos

Atletismo O atleta João Cruz, do Beja Atlético Clube, venceu o Grande Prémio de Natal em Atletismo, realizado em Beringel e, simultaneamente, sagrou-se campeão distrital de estrada. O atleta percorreu os 6 000 metros da prova em 14,42’. No setor feminino triunfou a atleta odemirense Ana Catarina Dias, com o registo de 8,18’ nos 3 000 metros de corrida.

Chico Faria assume com pragmatismo as dificuldades do Desportivo Beja

O clube precisa “de apoio e carinho” O Desportivo de Beja entrou com o pé direito no Campeonato Distrital da 2.ª Divisão, competição onde estreou o novo técnico e antigo atleta do clube, o brasileiro Chico Faria, até então monitor da formação. Texto e fotos Firmino Paixão

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técnico assume o carinho que tem pelo clube e elege como prioridades honrar e dignificar a camisola do histórico emblema bejense. Promete que o grupo se manterá empenhado, não revela outro objetivo que não seja a natural ambição de preservar o prestígio do clube, mas apela aos adeptos e simpatizantes que se reaproximam da equipa, expectante de que os bons resultados produzirão esse efeito de reconciliação. A equipa tem vindo a subir de rendimento, já se nota aqui claramente a experiência e a metodologia de Chico Faria?

O que se passa é que os jogadores já vão assimilando algumas ideias, mas isso é o trabalho deles, peço-lhes muito empenho e dedicação e que desfrutem ao máximo aquela hora e meia por dia em que estamos juntos a treinar, porque, senão, quando chegar o dia do jogo as coisas não saem pelo lado positivo. Muito trabalho foi a palavra mágica que trouxe para este grupo?

Estou farto de lhes dizer que se não houver trabalho não existirão resultados. Temos que olhar sempre em frente, esquecer o que ficou para trás, as coisas agora estão a correr bem, mas ainda estamos no princípio do campeonato, cada vez as responsabilidades vão aumentando mais, e as dificuldades também, porque vamos sendo um alvo a abater e, se não for com trabalho, não conseguiremos dar o passo em frente. Comparativamente com a prestação na Taça Distrito, o Desportivo de Beja está bem melhor. Só pode estar satisfeito com essa subida de rendimento…

Sim, é aquilo que eu disse, estou muito satisfeito e tenho demonstrado essa satisfação aos jogadores, desde que assumi a responsabilidade da equipa não tenho nada a apontar ao meus atletas, porque eles têm dado o máximo, aplicam-se a 100 por cento nos treinos e nos jogos, num ambiente de tremenda camaradagem, e se continuarmos com esse espírito temos tudo para fazermos um bom campeonato. Houve alterações no plantel, mas também uma nova filosofia de grupo?

Desportivo de Beja Jogadores do clube de Beja querem preservar o prestígio do clube

Vieram quatro novos jogadores para equilibrarmos o plantel e para nos ajudarem. Apesar de o campeonato não ser longo, sempre há castigos e lesões que fragilizam o grupo, são coisinhas que fazem parte do futebol e se nós não estivermos fortes em todos os capítulos, não conseguiremos a nossa melhor produção. Mas também pedi aos jogadores que olhassem um bocadinho para trás, para que não cometêssemos os mesmos erros do passado. Nós aprendemos com os erros, mas também nos motivamos com as vitórias. E o mais importante é que eles, agora, andam felizes.

que com as vitórias será mais fácil percorrer esse caminho. Seria importante que os bejenses se unissem num forte abraço a este emblema. Já poucos vêm ao estádio ver a equipa…

Seria bonito, eu já tive oportunidade de recordar a estes jogadores que, no meu tempo, quando jogávamos, não neste estádio, mas no Flávio dos Santos, tínhamos sempre uma moldura diferente, seria importante agora que víssemos aqui também mais público, mais adeptos do Desportivo a apoiar e incentivar a equipa. Seria uma honra imensa para todos nós, jogadores, técnicos e dirigentes, ficaríamos muito orgulhosos com isso, mas é assim, se formos ganhando, pode ser que as pessoas acreditem em nós e, pouco a pouco, vão regressando.

Seria importante projetar de novo o clube para a primeira divisão distrital: é esse o desafio que está proposto?

O que lhes peço é para darmos o máximo que pudermos jogo a jogo, para que ninguém nos aponte nada. Foi isso que me pediram, é isso a única coisa que peço aos jogadores. Que mostremos o máximo de rigor e a maior dignidade, também o maior respeito, sempre, pela equipa adversária. Foi exatamente o que a direção me pediu e é essa a mensagem que passo para o grupo. Vamos praticando estes valores jogo a jogo. É difícil motivar um grupo que joga apenas por amor à camisola, sem qualquer compensação?

Chico Faria Antigo jogador é o novo técnico

Que sentimento tem pelo Desportivo de Beja?

Não é fácil, todos sabemos como é difícil a situação que o Desportivo de Beja atravessa, mas se não formos nós, que estamos cá dentro do clube, a dar uma ajuda, não vamos a lado nenhum. Temos que fazer alguma coisa pelo Desportivo e só com a ajuda, o apoio e o carinho de todos, nos bons e nos maus momentos, é que se pode fazer alguma coisa por este clube; naturalmente

Eu joguei durante dois anos no Clube Desportivo de Beja, mas estive aqui sempre presente e tenho amor por este clube, apesar de não ser daqui natural, foi o primeiro clube que eu representei em Portugal e fica sempre um carinho e um sentimento mais forte. Gostava que as pessoas que sentem o clube como eu o sinto, e que sempre estiveram ligadas a ele, nos viessem dar uma ajudinha.


Diário do Alentejo 27 dezembro 2013

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Andebol: Benfica venceu em Serpa

O Centro de Cultura Popular de Serpa foi derrotado no Pavilhão Carlos Pinhão, em Serpa, pela equipa do Benfica (17/27) em jogo relativo à 16.ª Jornada do Campeonato Nacional de Juvenis da 1.ª Divisão. A próxima jornada realiza-se no dia 4 de janeiro e o Serpa desloca-se ao recinto do Vela de Tavira.

Hóquei em patins Campeonato Nacional da 3.ª Divisão (6.ª Jornada): HC Santiago-Castrense, 12-6; Boliqueime-Cascais, 2-6; Odivelas-CP Beja, 5-3; Parede-Benfica B, 17-4; H.Vasco Gama-Amadora, 8-0. Líder: Benfica, 18 pontos. Próxima jornada (5/1): Amadora-H-Santiago; Castrense-Boliqueime; CP Beja-Parede; Benfica B-H.Vasco Gama; Cascais-Odivelas.

Zona Azul ganhou aos Olhanenses

A formação da Zona Azul venceu os Olhanenses (26/23) em jogo referente à 8.ª jornada do Campeonato Nacional da 3.ª Divisão Seniores Masculinos em Andebol. O campeonato prossegue no dia 4 de janeiro com a deslocação da equipa bejense ao recinto do Andebol Clube de Sines e a viagem do CCP Serpa para Olhão.

Taça de Portugal em Futsal A Sociedade Artística Almodovarense, único clube alentejano que atingiu a 3.º eliminatória da Taça de Portugal em Futsal, perdeu no seu pavilhão com a equipa do Quiaios (Figueira da Foz) por 5/7 e foi afastada da prova. Em eliminatórias anteriores tinha eliminado o Fazendense (7/3) e o Barbus Futsal (6/3).

A Mina de São Domingos quer estabilizar o seu clube no futebol distrital

“Gostamos de cá andar…” O São Domingos Futebol Clube regressou esta época à atividade, competindo no segundo escalão da AF Beja e, novidade maior, apresentando uma equipa de seniores femininos. Texto e fotos Firmino Paixão

O

s irmãos António e Fernando Calhegas, históricos agentes desportivos na Mina de São Domingos, ficam associados à reativação do clube da sua terra natal. O primeiro como presidente, o segundo como treinador da equipa masculina, em ambos reside intenso amor clubista e interesse pelo fenómeno desportivo local. Fernando Calhegas sublinha o prestigiante passado do São Domingos, revela os objetivos da temporada e reclama um piso sintético para o místico Campo de Jogos Cross Brown. Este ano foi possível trazer o São Domingos à competição?

O São Domingos é um clube que, face aos anos que tem de existência e ao seu historial, faz falta ao futebol distrital. Não podemos esquecer que o clube vai fazer 92 anos, portanto achamos que é importante estar com atividade. Nós gostamos de andar cá, mas é preciso que nos deixem gostar de cá andar. Sabemos como é o futebol distrital e as influências que existem, mas temos que lutar contra aquilo que entendermos que são as injustiças do futebol. Continuaremos de pé, ativos, contra tudo e contra todos. É difícil manter o clube em atividade mesmo ao nível do segundo escalão do futebol distrital?

É muito complicado, porque os jogadores são muito poucos. Temos o Guadiana na primeira divisão distrital, que apanha a maioria dos jogadores, um pouco também pelas melhores condições que possuem no estádio municipal. Para nós não é fácil reunirmos, regularmente, uma equipa. Este ano foi possível, temos um grupo muito alargado, com muita qualidade, mas com o tempo, se nos deixarem, iremos estabilizar esta equipa no distrital e, quem sabe, mais tarde, pensarmos em subir de divisão se o conseguirmos.

São Domingos São Domingos Futebol Clube caminha para os 92 anos de existência

Sabemos como é o futebol distrital e as influências que existem, mas temos que lutar contra aquilo que entendermos que são as injustiças do futebol. Continuaremos de pé, ativos, contra tudo e contra todos. A proximidade a Mértola dificulta o recrutamento e a estabilidade do futebol em Mina de São Domingos. Isso acontece quer ao nível dos seniores, quer da formação?

Naturalmente que dificulta muito a nossa ação. Há uns anos, antes de ser construído o sintético em Mértola, tínhamos um acordo de cavalheiros com o Guadiana em que eles faziam um escalão de formação e nos fazíamos outro. As coisas correram sempre bem, mas desde que passou a existir o sintético, eles quebraram esse acordo, fazem todos os escalões e não nos deixam margem de manobra. É lógico que os jovens preferem jogar num sintético e com outras condições do que num pelado. Vamos lutando contra isso com outros incentivos aos jogadores, outra mentalidade, tentamos incutir-lhes a ideia de que jogarão com mais frequência na Mina do que em Mértola, onde existe maior escolha e só assim é que conseguimos reunir este grupo. Que metas se propõem atingir no campeonato?

Queremos continuar com a mesma

vontade, o mesmo espírito de grupo e acreditarmos que temos valor para passarmos à segunda fase. O objetivo é exatamente esse, é para isso que estamos a trabalhar, se o conseguirmos, então, ficamos dentro do restrito lote de equipas que pode subir à 1.ª Divisão, mas agora estamos, apenas, concentrados na qualificação para a fase final. Uma equipa feminina foi a outra surpresa que apresentaram nesta época?

Pela primeira vez na história do futebol do nosso concelho criámos uma equipa feminina para jogar futebol. Primeiro foi apenas uma ideia, o projeto amadureceu, tínhamos três ou quatro raparigas que já tinham praticado; uma delas, que é a minha filha, até jogou no Serpa, incentivou outras miúdas e foram em frente. A equipa está estabilizada, mas não tem ainda a qualidade que outras equipas já apresentam, porque andam a competir

há mais tempo. Agora temos que recrutar atletas com mais qualidade, sei que elas existem, só que ainda não mostraram disponibilidade para integrarem a equipa. Um piso sintético no Campo Cross Brown mudaria muita coisa no futebol de Mina de são Domingos?

Nos tempos que correm, isso seria importantíssimo, ficaríamos com outras condições de treino e de jogo e seria um estímulo para os próprios atletas. Deixo esse apelo ao município, com quem já temos conversado sobre isso, mas as justificações que nos dão não são plausíveis, não se aceitam. Dizem que nenhum concelho pode ter mais do que um sintético e nós não aceitamos essa justificação, porque conhecemos exemplos que contrariam isso. Não existiria o risco de roubarmos jogadores ao Guadiana, mas a rivalidade entre os dois clubes permanecerá sempre.


institucional diversos

21 Diário do Alentejo 27 dezembro 2013

Diário do Alentejo n.º 1653 de 27/12/2013 Única Publicação

Bodas de Ouro

Notária Manuela Palma Nobre Semedo Tenazinha

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AVISO Atividades de Enriquecimento Curricular destinada ao 1.º Ciclo do Ensino Básico no Agrupamento de Escolas de Cuba

Filomena e António Soares A 22 de Dezembro de 2013 comemoraram o seu 50.º aniversário de casamento. Parabéns e felicidades aos dois e que perdure o que os uniu ao longo de todos estes anos, são os votos de seus filhos, noras e netos.

Bodas de Ouro

Maria de Fátima Horta Correia Pereira Luís Jorge Pereira No dia 22 de Dezembro de 2013 comemoraram as suas Bodas de Ouro. Seu filho, nora e netas apresentam os seus sinceros parabéns e desejamlhes a continuação das maiores felicidades.

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Diário do Alentejo n.º 1653 de 27/12/2013 Única Publicação

Para os devidos e legais efeitos torna-se público que, por despacho do Presidente da Câmara datado de 12 de dezembro de 2013, encontra-se a decorrer um processo de seleção para recrutamento de um professor no âmbito das Atividades de Enriquecimento Curricular, no 1.º Ciclo do ensino básico no Agrupamento de Escolas de Cuba, ao abrigo do Dec.-Lei n.º 212/2009, de 03 de setembro, conjugado com o regime de contrato de trabalho em funções públicas, aprovado pela lei n.º 59/2008, de 11 de setembro, art.s 93, al) a) e 142º. A seguinte oferta de trabalho será disponibilizada, no sítio da internet da Câmara Municipal de Cuba, entre os dias 23 e 26 de dezembro de 2013: Concurso – Recrutamento de um professor para o ensino das atividades lúdico-expressivas: – um horário de 7 horas semanais de exercício de funções (período letivo - 5 h e período não letivo – 2h); – Remuneração base mensal ilíquida: 211.40 €; (A remuneração mensal do lugar a concurso é a correspondente ao vencimento base do índice 126, da carreira de educadores e professores dos ensinos básico e secundário, para licenciados com habilitação profissional ou própria para a docência e, pelo índice 89, para os restantes casos, ambos de acordo com as horas semanais de exercício de funções). 2- Conteúdo Funcional – Tarefas inerentes ao ensino da atividade posta a concurso, no 1.º Ciclo do Ensino Básico. 3- Local de trabalho – Escolas do 1.º Ciclo do Ensino Básico do Agrupamento de Escolas de Cuba. 4 – Critérios de seleção: a) Habilitação académica ou profissional de base adequada à área de atividade a lecionar; b) Tempo de serviço (em dias), em atividades de enriquecimento curricular; c) Tempo de serviço (em dias), em atividades de enriquecimento curricular, no Agrupamento de Escolas de Cuba. 5 – Formalização das candidaturas: As candidaturas deverão ser formalizadas na aplicação informática concebida pela Direção Geral da Administração Escolar (DGAE), cujo acesso é efetuado através do sítio da internet do Município de Cuba – www.cm-cuba. pt , durante o prazo acima fixado. 6 – Lista de ordenação e aceitação da colocação: será elaborada e disponibilizada na plataforma SIGHRE, uma lista de ordenação contendo os candidatos que cumpram os requisitos e perfil exigidos, sendo notificado o candidato classificado no 1.º lugar de acordo com a vaga a preencher, o qual deve comunicar a aceitação do lugar, por via eletrónica, nos 2 dias úteis seguintes ao da comunicação. Paços do Município de Cuba, 19 de dezembro de 2013 O Presidente da Câmara Dr.João Manuel Casaca Português

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TRESPASSA-SE BEJA

Certifico, para efeitos de publicação, nos termos do disposto no artigo cem número um do Código do Notariado, que foi exarada hoje, neste Cartório, no livro número cento e oitenta e nove, de notas para escrituras diversas, de folhas noventa e três, a folhas noventa e quatro, uma escritura de Justificação, em que DIAMANTINO MATEUS DOMINGOS e mulher MARIANA COSTA, casados sob o regime da comunhão de adquiridos, ambos naturais da freguesia de Santa Cruz, concelho de Almodôvar, onde residem em Corte Figueira Mendonça, contribuintes fiscais números 127 094 920 e 141 589 159, declararam: Que são donos e legítimos possuidores, com exclusão de outrem, do seguinte prédio: Urbano. situado em Monte João Silvestre, freguesia de Santa Cruz, concelho de Almodôvar, composto por edifício de rés-do-chão com um compartimento, destinado a habitação com a área de vinte metros quadrados, a confrontar do norte e nascente com rua, do sul com José da Palma e do poente com Manuel da Costa, inscrito na matriz sob o artigo 445, em nome de Laureta Maria Silva, com o valor patrimonial tributário de 1460,00 euros, a que atribuem igual valor, descrito na Conservatória do Registo Predial de Almodôvar sob o número dois mil seiscentos e cinquenta/dois mil e doze zero sete zero seis ai registado a favor de Diogo da Costa, pela apresentação um de onze de agosto de mil novecentos e sessenta. Que adquiriram o prédio acima identificado, em data imprecisa, mas que sabem ter sido por volta do ano de mil novecentos e oitenta e cinco, por compra a Laureta Maria Silva casada com Jorge Silva Rodrigues, sob o regime da comunhão de adquiridos, residente no sítio do Tavilhão. freguesia do Ameixial, concelho de Loulé, por contrato meramente verbal e nunca reduzido a escritura pública. Que a dita Laureta Maria Silva, havia adquirido o prédio urbano acima identificado, por sucessão hereditária de seu pai, António Diogo da Costa, falecido no estado de solteiro e de quem foi a única herdeira. Que, por sua vez, o pai da dita Laureta Maria Silva, o referido António Diogo da Costa, adquiriu o prédio acima identificado por partilha meramente verbal e nunca reduzida a escritura pública, da herança aberta por óbito de seu pai, o dito Diogo da Costa, o titular inscrito. Que assim não dispõem os ora justificantes, de titulo ou documento formal bastante que lhes permita estabelecer o trato sucessivo na competente Conservatória Registo Predial e não podendo provar pelos meio normais o seu direito, e que por virtude da aquisição não titulada que fizeram, os ora outorgantes, o prédio tem sido usufruído, no gozo pleno das utilidades por ele proporcionadas, com ânimo de quem exercita direito próprio, sendo reconhecidos como seus donos por toda a gente, fazendo-o de boa fé por ignorar lesar direito alheio. Pacificamente porque sem violência, contínua e publicamente, à vista e com conhecimento de toda a gente e sem oposição de ninguém, sendo por isso de boa-fé, pacífica, contínua e pública, a sua posse, pelo que o adquiriram também por usucapião. Que foi efectuada a notificação prévia edital dos herdeiros do titular inscrito, nos termos do artigo 99º do Código do Notariado. Cartório Notarial em Loulé, da Notária Manuela Maria Palma Nobre Semedo Tenazinha, cinco de dezembro de dois mil e treze. A Notária Manuela Maria Palma Nobre Semedo Tenazinha

Diário do Alentejo n.º 1653 de 27/12/2013 Única Publicação

Maria Teresa Martins Revês Administradora Insolvência

RECEBEM-SE PROPOSTAS Falência “José Alberto Marques Rodrigues e requeridos António Peixeiro Lourenço” Tribunal Judicial da Comarca de Ourique - Proc. n° 151/1999 ATÉ AO PRÓXIMO DIA 24 de Janeiro de 2014 Vai a liquidatária judicial da falência acima indicada, receber propostas em carta fechada para a venda: Direito a 25% indivisa do prédio urbano sito em Castro Verde — Rua D. Afonso I, 22, morada de casas com dois quartos, sala, cozinha, casa de banho, marquise e quintal, com a área coberta de 81,36m2 e descoberta de 120 m2, descrito na Conservatória do Registo Predial de Castro Verde, freguesia de Castro Verde sob o nº. 489/19880513, inscrito na matriz urbana 2779, da referida freguesia, com o valor patrimonial: 18.130,00€. Valor Mínimo: 1.500,00€. As propostas, deverão vir devidamente identificadas com nome, número de contribuinte, telefone, fax, morada e respectivo montante por extenso, a enviar, dentro de outro sobrescrito, por correio registado, para a Liquidatária Judicial da Massa Falida “José Alberto Marques Rodrigues e requeridos António Peixeiro Lourenço”, Estrada de Benfica, n°. 388 – Atelier 1500-101 Lisboa, até ao dia acima indicado. A Liquidatária Judicial reserva o direito de não entregar caso o valor seja inferior ao valor mínimo acima indicado. O comprador, logo que notificado, entregará o montante correspondente a 30% em cheque, emitido à ordem da “Massa Falida José Alberto Marques Rodrigues,”, sendo o restante, 70%, entregue no acto da escritura. As propostas serão abertas no dia 20 de Janeiro de 2014, pelas 9H , no escritório da administradora da insolvência sito na Estrada de Benfica, 388 Atelier, 1500-101 Lisboa, podendo estar presentes todos os interessados e demais intervenientes, não sendo impeditivo à concretização do ato da venda a ausência dos mesmos. Os bens são vendidos no estado físico e jurídico em que se encontram, livre de ónus ou encargos, sendo da responsabilidade do (s) proponente (s) comprador (es) todos os custos inerentes à compra, nomeadamente impostos respectivos. O imóvel será mostrado em dia a combinar previamente com a Liquidatária Judicial. Maria Teresa Martins Revês – Estrada de Benfica, 388 – Atelier - 1500-101 Lisboa – Tel./Fax 217743622

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22 Diário do Alentejo 27 dezembro 2013

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Laboratório de Análises Clínicas de Beja, Lda. Dr. Fernando H. Fernandes Dr. Armindo Miguel R. Gonçalves Horários das 8 às 18 horas; Acordo com beneficiários da Previdência/ARS; ADSE; SAMS; CGD; MIN. JUSTIÇA; GNR; ADM; PSP; Multicare; Advance Care; Médis FAZEM-SE DOMICÍLIOS Rua de Mértola, 86, 1º Rua Sousa Porto, 35-B Telefs. 284324157/ 284325175 Fax 284326470 7800 BEJA

Cardiologia

RUI MIGUEL CONDUTO Cardiologista - Assistente de Cardiologia do Hospital SAMS CONSULTAS 5ªs feiras CARDIOLUXOR Clínica Cardiológica Av. República, 101, 2ºA-C-D Edifício Luxor, 1050-190 Lisboa Tel. 217993338 www.cardioluxor.com Sábados R. Heróis de Dadrá, nº 5 Telef. 284/327175 – BEJA MARCAÇÕES das 17 às 19.30 horas pelo tel. 284322973 ou tm. 914874486

MARIA JOSÉ BENTO SOUSA e LUÍS MOURA DUARTE

Cardiologistas

Especialistas pela Ordem dos Médicos e pelo Hospital de Santa Marta Assistentes de Cardiologia no Hospital de Beja Consultas em Beja Policlínica de S. Paulo Rua Cidade de S. Paulo, 29 Marcações: telef. 284328023 - BEJA

Neurologia

JOÃO HROTKO

DOENÇAS DO SISTEMA NERVOSO

Especialista pela Ordem dos Médicos Chefe de Serviço de Oftalmologia do Hospital de Beja

Oftalmologia

Técnica de Prótese Dentária

Médico oftalmologista

Consultas de 2ª a 6ª Acordos com: ACS, CTT, EDP, CGD, SAMS. Marcações pelo telef. 284325059 Rua do Canal, nº 4 7800 BEJA

(Diplomada pela Escola Superior de Medicina Dentária de Lisboa) Rua General Morais Sarmento. nº 18, r/chão Telef. 284326841 7800-064 BEJA

Fisioterapia

Centro de Fisioterapia S. João Batista Fisiatria Dr. Carlos Machado Drª Ana Teresa Gaspar Psicologia Educacional Drª Elsa Silvestre Psicologia Clínica Drª M. Carmo Gonçalves Tratamentos de Fisioterapia Classes de Mobilidade Classes para Incontinência Urinária Reeducação do Pavimento Pélvico Reabilitação Pós Mastectomia Hidroterapia/Classes no meio aquático

CLÍNICA MÉDICA DENTÁRIA

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DR. JOSÉ BELARMINO Clínica Geral e Medicina Familiar (Fac. C.M. Lisboa) Implantologia Oral e Prótese sobre Implantes (Universidade de San Pablo-Céu, Madrid) CONSULTAS EM BEJA 2ª, 4ª e 5ª feira das 14 às 20 horas EM BERINGEL Telef 284998261 6ª e sábado das 14 às 20 horas Estomatologista (OM) Ortodontia

Pediatria

Oftalmologista pelo Instituto Dr. Gama Pinto – Lisboa Assistente graduada do serviço de oftalmologia do Hospital José Joaquim Fernandes – Beja

DR. A. FIGUEIREDO LUZ Médico Especialista pela Ordem dos Médicos e Ministério da Saúde Generalista CONSULTAS DE OBESIDADE

Rua Capitão João Francisco de Sousa, 56-A – Sala 8 Marcações pelo tm. 919788155

Dermatologia

TERESA ESTANISLAU CORREIA

e.mail: clinidermatecorreia@ gmail.com Rua Manuel António de Brito nº 4 1ºFte 7800- 544 - BEJA (Edifício do Instituto do Coração, frente ao Continente)

Clínica Geral

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VÁRIOS ACORDOS Consultas :de segunda a sexta-feira, das 9 e 30 às 19 horas Rua de Mértola, nº 43 – 1º esq. Tel. 284 321 304 Tm. 925651190

Ouvidos,Nariz, Garganta Exames da audição Consultas a partir das 14 horas Praça Diogo Fernandes, 23 - 1º F (Jardim do Bacalhau) Telef. 284322527 BEJA

DR. ÁLVARO SABINO Otorrinolaringologista Ouvidos,Nariz, Garganta

Hospital de Beja Doenças de Rins e Vias Urinárias

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Largo D. Nuno Álvares Pereira n.º 13 BEJA Marcações pelo telefone 284312230 Urologia

Largo D. Nuno Álvares Pereira, 13 BEJA ▼

Marcações de 2.ª a 6.ª feira a partir das 14 horas Rua Capitão João Francisco de Sousa, n.º 20 7800-451 BEJA Tel. 284324690

DR. MAURO FREITAS VALE

Consultas em Beja CLINIBEJA – 2.ª a 6.ª feira Rua António Sardinha, 25, r/c esq.

Prótese/Ortodontia

Tm. 962557043

Centro Médico de Beja

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MÉDICO DENTISTA

Marcações pelo telefone 284321693 ou no local Rua António Sardinha, 3 1º G 7800 BEJA

DR. CIRO OLIVEIRA Consultas às sextas-feiras, a partir das 15 horas

FRANCISCO FINO CORREIA

Cirurgia Maxilo-facial

HELENA MANSO

Consultas no Centro Médico de Beja

CLÍNICA MÉDICA ISABEL REINA, LDA. Obstetrícia, Ginecologia, Ecografia

Psiquiatria

Pediatra

Marcações de 2.ª a 6.ª feira a partir das 14 horas Tel. 284324690 Rua Capitão João Francisco de Sousa, n.º 20 7800-451 BEJA

Ginecologia/Obstetrícia

FAUSTO BARATA

Dra. Sónia Fernandes

Angiologia/Cirurgia Vascular

DR. J. S. GALHOZ

Consultas às 4ª feiras tarde e sábado MARCAÇÃO DE CONSULTAS: Diariamente, dias úteis: Tel: 218481447 Lisboa 4ª feiras: 14h30 – 19h Tel: 284329134 Beja

Urologia

MÉDICA DERMATOLOGISTA

Marcações de consultas de 2ª a 6ª feira, entre as 15 e as 18 horas Rua Dr. Aresta Branco, nº 47 7800-310 BEJA Tel. 284326728 Tm. 969320100

Acordos com A.D.S.E., CGD, Medis, Advance Care, Multicare, Allianze, Seguros/Acidentes de trabalho, A.D.M., S.A.M.S. Marcações pelo 284322446; Fax 284326341 R. 25 de Abril, 11 cave esq. – 7800 BEJA

DR. JAIME LENCASTRE

CÉLIA CAVACO

Clínica dentária

Obesidade

Fisioterapia

Vários Acordos

Otorrinolaringologia

HELIODORO SANGUESSUGA

CONSULTAS às 3ªs e 4ªs feiras, a partir das 15 horas MARCAÇÕES pelos telfs.284322387/919911232 Rua Tenente Valadim, 44 7800-073 BEJA

FERNANDA FAUSTINO

Oftalmologia

Marcações pelo tel. 284312230

ANGIOLOGIA/CIRURGIA VASCULAR TRATAMENTO DE VARIZES BEJA: Clinibeja Rua António Sardinha, 23-25 7800-477 Beja Tel. 284 321 517

MOURA: MRP Centro de Medicina Física e Recuperação de Moura Avenida dos Bombeiros Voluntários, n.º 15 7860-107 Moura Tel. 285 252 944

SANTIAGO DO CACÉM: Centro Clínico de Santiago do Cacém Avenida Manuel da Fonseca, 37 7540-105 Santiago do Cacém Tel. 269 086 900 Tm. 917 637 440

ÉVORA: CDI Praça Dr. Rosado da Fonseca, 8, Urb. Horta dos Telhais 7000-749 Évora Tel. 266 749 740

www.hms.com.pt


saúde

Dr. Sidónio de Souza – Pneumologia/Alergologia/ Desabituação tabágica – H. Pulido Valente Dr. Fernando Pimentel – Reumatologia – Medicina Desportiva – Instituto Português de Reumatologia de Lisboa Dr.ª Verónica Túbal – Nutricionismo – H. de Beja Dr.ª Sandra Martins – Terapia da Fala – H. de Beja Dr. Francisco Barrocas – Psicologia Clínica/Terapia Familiar – Centro Hospitalar do Baixo Alentejo. Dr. Rogério Guerreiro – Medicina preventiva –Tratamento inovador para deixar de fumar Dr. Gaspar Cano – Clínica Geral/ Medicina Familiar Dr.ª Nídia Amorim – Psicomotricidade/Educação Especial e Reabilitação Dr. Sérgio Barroso – Especialista em Oncologia – H. de Beja Drª Margarida Loureiro – Endocrinologia/Diabetes/ Obesidade – Instituto Português de Oncologia de Lisboa Dr. Francisco Fino Correia – Urologia – Rins e Vias Urinárias – H. Beja Dr. Daniel Barrocas – Psiquiatria – Hospital de Évora Dr.ª Lucília Bravo – Psiquiatria H.Beja , Centro Hospi-talar de Lisboa (H.Júlio de Matos). Dr. Carlos Monteverde – Medicina Interna, doenças de estômago, fígado, rins, endoscopia digestiva. Dr.ª Ana Cristina Duarte – Pneumologia/Alergologia Respiratória/Apneia do Sono Dr.ª Isabel Santos – Psiquiatria de Infância e Adolescência/ Terapeuta familiar – Centro Hospitalar do Baixo Alentejo Dr.ª Paula Rodrigues – Psicologia Clínica – Hospital de Beja Dr.ª Luísa Guerreiro – Ginecologia/Obstetrícia Dr. Luís Mestre – Senologia (doenças da mama) – Hospital da Cuf – Infante Santo Dr. Jorge Araújo – Ecografias Obstétricas Dr.ª Ana Montalvão – Hematologia Clínica /Doenças do Sangue – Hospital de Beja Dr.ª Ana Cristina Charraz – Psicologia Clínica – Hospital de Beja Dr. Diogo Matos – Dermatologia – Hospital Garcia da Orta. Dr.ª Madalena Espinho – Psicologia da Educação/ Orientação Vocacional Dr.ª Ana Margarida Soares – Terapia da Fala Dr.º Ricardo Lopes – Consulta de Gastrenterologia e Proctologia - Endoscopia e Colonoscopia Dr.ª Joana Leal – MedicinaTradicional Chinesa/Acupunctura e Tuina. Enfermeira Maria José Espanhol – Enfermeira especialista em saúde materna/Cuidados de enfermagem na clínica e ao domicílio/Preparação pré e pós parto/amamentação e cuidados ao recém-nascido/Imagem corporal da mãe – H. de Beja Marcações diárias pelos tels. 284 322 503 Tm. 91 7716528 | Tm. 916203481 Rua Zeca Afonso, nº 6, 1º B, 7800-522 Beja Clinipaxmail@gmail.com www.clinipax.pt

beja@davinci.com.pt

CENTRO DE IMAGIOLOGIA DO BAIXO ALENTEJO TOMOGRAFIA COMPUTORIZADA (TAC) ECOGRAFIA MAMOGRAFIA ECO DOPPLER RADIOLOGIA DENTÁRIA

Clínica Médico-Dentária de S. FRANCISCO, LDA. Gerência de Fernanda Faustino Acordos: SAMS, ADMG, PSP, A.D.M.E., Portugal Telecom e Advancecare Rua General Morais Sarmento, nº 18, r/chão; TEL. 284327260 7800-064 BEJA

Medicina dentária

Luís Payne Pereira Médico Dentista Consultas em Beja Clínica do Jardim Praça Diogo Fernandes, nº11 – 2º Tel. 284329975

Médicos Radiologistas António Lopes / Aurora Alves Helena Martelo / Montes Palma Médica Neuroradiologista Alda Jacinto Médica Angiologista Helena Manso Convenções:

ULSBA (SNS) ADSE, ACS-PT, SAD-GNR, CGD, MEDIS, SSMJ, SAD-PSP, SAMS, SAMS QUADROS, ADMS, MULTICARE, ADVANCE CARE Marcações: Tel. 284318490 Tms. 960284030 ou 915529387 Horário: de 2ª a 6ª feira, das 8 às 19 horas e aos sábados, das 8 às 13 horas Av. Fialho de Almeida, nº 2 7800 BEJA

23 Diário do Alentejo 27 dezembro 2013


necrologia

24 Diário do Alentejo 27 dezembro 2013

Alcaria da Serra AGRADECIMENTO

Manuel António Chalampita Nasceu 08.03.1920 Faleceu 11.12.2013

Sua família na impossibilidade de o fazer pessoalmente agradece por este meio a todas as pessoas que o acompanharam à sua última morada ou de outro modo manifestaram o seu pesar.

ASSINATURA Praceta Rainha D. Leonor, Nº 1 – Apartado 70 - 7801-953 BEJA • Tel 284 310 164 • E-mail publicidade@diariodoalentejo.pt Redacção: Tel 284 310 165 • E-mail jornal@diariodoalentejo.pt Desejo assinar o Diário do Alentejo, com início em _______________, na modalidade que abaixo assinalo: Assinatura Anual (52 edições):

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*A assinatura será renovada automaticamente, salvo vontade expressa em contrário* Cheques ou Vales Postais deverão ser emitidos a:

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A Amieira Marina criou uma promoção early booking exclusiva e excecional para todos os clientes de barco-casa, em que poderão usufruir de 25 por cento de desconto na reserva de estadias iguais ou superiores a dois dias em qualquer época do ano de 2014, desde que reservadas e pagas no período que decorre até ao final deste mês. Para além desta excelente promoção, poderão também usufruir das tarifas de 2013 aquando da reserva. A reserva pode ser efetuada pelo email reservas@amieiramarina.com, pelo telefone 266611173/933127905 ou ainda no sistema on line do site www.reservas.amieiramarina.com.

Empresas

Fábrica no Alentejo vai produzir caviar a partir de 2015 A Caviar Portugal, uma empresa criada a partir da Universidade do Algarve, começará uma produção de caviar no Alentejo em 2015, com uma unidade que terá capacidade para exportar até cinco toneladas por ano. Numa piscina azul que custou 500 euros, e que está instalada na Universidade do Algarve, nadam centenas de esturjões que chegaram da Holanda em fevereiro passado, na versão de ovos fecundados, refere Paulo Zaragoza, diretor executivo do projeto Caviar Portugal, adiantando que pagaram “cinco mil euros” pelos ovos. O projeto ronda um investimento previsto na ordem dos quatro milhões de euros.

Lide Li dera de ran ra ndo a ve nd v n nd da de prrod odut uttos os e equ quip quip pamen ento tos a gá g s e as assi sis ist stên ê ci cia té técn cniicca em Bej em eja, a, Caasstr tro o Veerrd dee,, Ou O uriqu riqu ri que e S Sããão o Baarrttol olom omeeu u dee Mes d essssi sinees, s, ond nde ta tamb mb béém m poss po ssui ss ui u um mp po osto sto de st de comb co bus ustítíve v lG Gaallp p p,, a In nog ogás ogás ás fo oi re rece centteem men men ente ente te esc scol olhi h da d , a rraavé at vés de con ncu currso pela pe la Galp alp En Ener e giia, par er ara a expl expl plor oraação or ação o do po post sto o de co omb mbus ustítíve us vell Ga Galp lp pd dee Si Sine nes. s s.

Banco alimentar recolhe 37 toneladas em Beja

Empresa prepara-se para explorar posto de combustível Galp de Sines

Inogás trilha caminho de sucesso Criada em 2004, a Inogás tem vindo a crescer exponencialmente. Em 2004 contava apenas com os concelhos de Castro Verde/Ourique, em 2006 adquiriu posição em Beja, em 2011 adquiriu posição em São Bartolomeu de Messines e em 2012 adquiriu o posto de combustível Galp naquela localidade. Em janeiro de 2014 iniciará a exploração do posto de combustível Galp de Sines. Publirreportagem Sandra Sanches

A

completar 10 anos de existência, a Inogás, empresa parceira da Petrogal/ Galp Energia com sede em Beja, mas que conta com uma área de atuação que inclui ainda Castro Verde, Ourique e São Bartolomeu de Messines, parece ter-se tornado a maior empresa revendedora de gás nos últimos tempos. Em 2007 ficou posicionada em segundo lugar no âmbito do prémio “Qualidade Galp”, num universo nacional de 320 revendedores, e desde então crescimento é a palavra de ordem para esta empresa. A traçar um percurso marcado pela diferença, a Inogás é hoje uma empresa PME líder, com uma faturação anual na ordem dos três milhões de euros. A ambição para 2014 é duplicar a faturação através da exploração do posto Galp em Sines.

25 Diário do Alentejo 27 dezembro 2013

Amieira Marina cria promoção early booking

No que diz respeito ao gás natural, a parceria envolve o serviço de atendimento e a loja, assim como a assistência técnica e leituras dos contadores de gás. Com mais de 150 agentes espalhados pelas áreas de intervenção, a distribuição de gás nos concelhos e aldeias mais distantes é, sem dúvida, uma mais-valia para o cliente. Solicitar a qualquer hora do dia ou da noite uma garrafa de gás mediante o pagamento simbólico de 60 cêntimos nunca foi tão fácil e, sobretudo, cómodo, bastando para isso ligar para o 284 389 233, entre as 9 e as 19 horas, ou para a linha de piquete 24 horas – 939 669 190. Na loja, os artigos, desde esquentadores a fogões, passando por placas, exaustores, material para instalação de gás e outros, nunca são vendidos sem que se preste a devida assistência técnica, sempre que solicitada. Vítor Madeira, sócio gerente da Inogás, diz que não vende nada à qual não consiga ou não possa “prestar a devida assistência técnica”. Porque a Inogás conta com assistência técnica certificada pela Direção Geral de Energia e Geologia, e tudo o que faz “passa pelas mãos dos técnicos certificados e credenciados”, o seu lema é a oferta da máxima segurança na compra de qualquer produto. Vítor Madeira refere ainda que não vende gás, mas sim “um

serviço completo que é tratado por profissionais certificados”. Recentemente, a Inogás passou a dispor de um novo produto, completamente inovador – gás natural através da instalação de unidades autónomas de gás para clientes de grande consumo, o que permite reduzir os custos de energia para cerca de 50 por cento ou até mais. “Um forte agradecimento a todos” é a mensagem que o empresário deixa aos seus clientes, pois, numa ocasião fortemente marcada pela crise, “são pessoas que hoje passam dificuldades que nos ajudam a crescer”. Vítor Madeira está consciente das dificuldades que atravessam muitos dos seus clientes, nomeadamente algumas instituições, pelo que, sempre que possível, canaliza alguns dos seus esforços para ajudar e colaborar com essas mesmas instituições. Atualmente apoia o Centro de Paralisia Cerebral de Beja através da oferta de gás e disponibilização de aquecedores: “É o conforto que decidimos dar para este inverno”, refere o sócio-gerente. A Inogás é uma empresa local, mas dada a sua dimensão e trajeto até à data, distingue-se por um trabalho de excelência. Numa época marcada por grandes dificuldades económicas, esta instabilidade é vista, pela empresa, como “uma fase de oportunidades para crescimento”.

Os baixo alentejanos contribuíram com quase 37 toneladas de alimentos para a campanha que o Banco Alimentar Contra a Fome (BACF) de Beja fez durante um fim de semana deste mês. Foram recolhidos um total de 36 867 quilos de produtos alimentares que serão distribuídos pelo BACF de Beja a mais de 3 000 pessoas através de 36 instituições de solidariedade social. A iniciativa do BACF de Beja envolveu mais de 1 200 voluntários e decorreu em superfícies comerciais dos concelhos de Aljustrel, Almodôvar, Alvito, Beja, Castro Verde, Cuba, Ferreira do Alentejo, Moura, Ourique, Serpa e Vidigueira.

Empresa brasileira prevê criar 50 postos de trabalho Até 2017 vai instalar-se em Portalegre uma empresa brasileira que se dedica ao fabrico de implantes. O projeto prevê criar 50 novos postos de trabalho e espera-se que com esta empresa cheguem outras. Segundo Adelaide Teixeira, o projeto aponta para a criação de 20 postos de trabalho numa primeira fase e 50 até 2017. A empresa Visiontech Medical Optics, com sede em Minas Gerais, no Brasil, assume-se, segundo Adelaide Teixeira, como “a mais importante fábrica brasileira de produtos óticos”, sendo que a unidade de Portalegre vai dedicar-se ao fabrico de lentes de contato para implante ocular.

Sommelier Vinhos do Alentejo no Brasil 2013 A Comissão Vitivinícola Regional Alentejana (CVRA) está a organizar o primeiro concurso O Melhor Sommelier no Brasil, destinado a aproximar o mercado brasileiro da produção dos vinhos do Alentejo. A iniciativa envolve 85 sommeliers das cidades brasileiras do Recife, Belo Horizante, Campinas, Rio de Janeiro, São Paulo e Curitiba. À prova estarão os conhecimentos dos sommeliers sobre os vinhos da região, que merecem considerável aceitação dos consumidores brasileiros. Segundo Dora Simões, presidente da CVRA, “ o objetivo é contribuir para o conhecimento dos vinhos do Alentejo”.


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Oficina de Artes Plásticas em Santiago

Continua a decorrer, no concelho de Santiago do Cacém, a Oficina de Artes Plásticas, iniciativa promovida pela câmara municipal. Quinzenalmente, às quartas-feiras, a Biblioteca Municipal de Santiago do Cacém e a Biblioteca Municipal de Vila Nova de Santo André recebem pequenos grandes artistas. Crianças e jovens, dos 10 aos 14 anos, que brincam com as cores, em oficinas orientadas por monitores.

A páginas tantas... Pais Até ao Dia de Reis vamos estar em festa, mas podemos não andar sempre a comer doces. Pequenos lanches preparados com motivos festivos vão contribuir para que estes dias se prolonguem.

Esta semana não trazemos um livro, mas sim um jogo, de uma das nossas editoras de eleição, a Milimbo. Mestres em criar jogos em cartão reciclado absolutamente magníficos. Esta cidade é composta por três pranchas com 18 peças para montar. Casas, árvores, carros de vários tipos e algumas personagens. És tu que a constróis criando caminhos, obstáculos. Um jogo fácil para crianças a partir dos 4 anos, mas que apaixonou os adultos. Quem estiver interessado pode adquirir na loja online em http://www.milimbo.com/ index.php/novedades/bloccity-calling/

Dica da semana De certeza que lá por casa ainda andam muitos papéis de embrulho, uns mais coloridos do que outros e também algumas caixas de cartão, por isso lembrámo-nos de te mostrar o trabalho da ilustradora espanhola Blanca Helga, uma das ilustradoras da editora Milimbo. Vais poder ver que com pequenos pedaços de papel podes criar desenhos fabulosos. Espreita o site dela em www.blancahelga.com

À solta

Com a invasão da grande cadeia sueca Ikea muitos são os meninos que têm este brinquedo e talvez já o tenham posto de lado por acharem que já não têm idade para brincar com ele, mas deixamos-te aqui uma sugestão para lhe dares uma nova vida. Diverte-te.


Fim de semana

Sado”, informam os promotores. O serão de festa começa na Marina de Troia, pelas 21 horas, ao som do DJ Tó Patronilho, seguindo-se a “Open Party Dj Nebur”, no Casino de Troia. O Troiaresort preparou igualmente uma programação dedicada a toda a família, com percursos pedestres, observação de golfinhos, birdwatching, bike papers, workshops de origami, visitas às ruínas romanas, animações musicais, momentos de magia e teatro de fantoches.

História do jazz no espaço Oficinas Arranca hoje, sexta-feira, no espaço Oficinas, em Aljustrel, o curso livre de iniciação à história do jazz “Jazz de A a Z”. A ação, que decorrerá até 4 de maio estruturada em oito sessões, sempre às sextas-feiras, é ministrada por António Branco, dinamizador do Clube de Jazz do Conservatório Regional do Baixo Alentejo. A primeira sessão, pelas 21 e 30 horas, abordará o tema “Dos campos de algodão a Nova Orleães”.

Câmara de Beja promove celebração de fim de ano

Clã e Ruben Baião prometem festa de arromba na praça

C

om u ma pr aç a d a República engalanada de bares e tasquinhas, Beja prepara-se para uma noite de festa de arromba para dar as boas-vindas ao ano de 2014. O programa, uma organização da câmara municipal, começa pelas 22 horas com a banda Flow, um projeto musical da cidade que aquecerá os ânimos até às 12 badaladas, seguindo-se um espetáculo piromusical a partir da igreja da Misericórdia. Aos primeiros minutos do novo ano, sobe ao palco do coração da cidade a banda nortenha Clã, criadores de êxitos como “H2Omem”, “GTI” ou “Problema de Expressão”, liderada pela carismática voz de Manuela Azevedo. A prata da casa regressa já perto das duas da manhã, desta vez pelo mais famoso animador de bailes da região – Ruben Baião – que certamente terá no alinhamento o famoso “Estou a ficar maluco”, para os amantes de uns passinhos de quizomba. E para quem não se der por vencido, nem pelo frio, nem pelo cansaço, a animação prossegue a partir das quatro da madrugada com o DJ Mikas.

Cante ao Menino pelas freguesias de Almodôvar

Estrela da Noite promove último concerto em Casével

Para recordar às novas gerações a verdadeira essência do Natal, o município, as juntas de freguesia e a paróquia de Almodôvar uniram-se para celebrar o “nascimento do filho de Deus”, através de várias atuações nas igrejas do concelho. Amanhã, sábado, será um dia especialmente recheado musicalmente, com as seguintes apresentações: Mondadeiras de Santa Cruz, igreja de São Sebastião, em Gomes Aires, pelas 20 e 30 horas; Amigos do Rosário, igreja de Aldeia dos Fernandes, pelas 21horas; Mondadeiras de Santa Cruz, igreja de Santa Clara-a-Nova, pelas 21 e 30 horas; Vozes de Almodôvar, igreja matriz de Santa Cruz, a partir das 21 horas; Flores do Campo, igreja de Santa Suzana (São Barnabé), a partir das 21 horas; Andorinhas do Rosário, igreja do Rosário, pelas 21 horas; e Beira Serra, igreja de Senhora da Graça de Padrões, a partir das 21 horas.

O ciclo Estrela da Noite, de cante e música para o Natal em Castro Verde, vai ter o seu último momento amanhã, sábado, na igreja de Casével, a partir das 17 horas. Participam neste concerto de Cante ao Menino, Janeiras e Reis os grupos corais Terras de Catarina, de Baleizão, Amigos do Cante, de Cuba, Granjarte, coletivo feminino da Granja, e os anfitriões Vozes das Terras Brancas. Uma dupla homenagem – ao vasto cancioneiro tradicional alentejano que celebra o Natal e ao património edificado do concelho – que por agora chega ao fim.

Trio de jazz atua no espaço Infantes O último fim de semana do ano vai ser de jazz no espaço Os Infantes, em Beja. Jorge Moniz, André Ferreira e Pedro Branco compõem o trio que a companhia Lendias d’Encantar convidou para dar música ao serão de

amanhã, sábado, a partir das 22 e 30 horas. Um aperitivo para a festa de passagem de ano, que começará a aquecer o espaço à primeira hora da madrugada de dia 1.

Natal em Cuba 2013 prossegue até final do ano Cantes corais, animação de rua, cinema, ateliês, saraus e concertos são algumas das muitas atividades que, por estes dias, animam o concelho de Cuba e que, “simultaneamente ajudarão a dinamizar o comércio local até ao fim do ano”, divulga o município, que organiza a iniciativa. Natal em Cuba 2013 é um programa que vai prolongar-se até segunda-feira, 30, e que sugere ainda os ateliês “Faz a tua história de Natal” e “Natal também é poesia” (hoje), o filme “O Turbo” (amanhã), e um outro ateliê que dá pelo nome de “Estendal de Sentimentos” (dia 30). Atividades que decorrem sempre pelas 15 horas, na biblioteca municipal da vila.

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O Troiaresort e as câmaras municipais de Grândola e Setúbal voltam a unir-se para mais “um final de ano inesquecível”, na baía do estuário do Sado, considerada uma das mais belas baías do mundo. O chamado Fim de Ano Azul, que cumpre a sua terceira edição entre amanhã, sábado, e o próximo dia 5 de janeiro, terá como ponto alto a última noite do ano, “que oferece um espetáculo de fogo-de-artifício concertado em quatro pontos de cada uma das margens do rio

Fim de Ano Azul no estuário do Sado


28 Diário do Alentejo 27 dezembro 2013

Letras Quinto livro de crónicas

Boa vida Jazz Susana Santos Silva/ Torbjörn Zettererg “Almost Tomorrow”

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ma das características que mais tem contribuído para a relevância global da Clean Feed é a aposta em projetos novos e desafiantes, integrando músicos consagrados e outros ainda em fase de ascensão. De facto, no catálogo do selo lisboeta coabitam registos de formações estabelecidas com outros resultantes de projetos e colaborações pouco ou nada expetáveis, até pela distância geográfica que separa os protagonistas (apesar desta estar a ser tendencialmente eliminada pela tecnologia). Tudo isto decorre de um conhecimento profundo dos músicos – dos seus desejos e abertura a novas experiências – e de uma sensibilidade especial dos seus responsáveis na busca de parcerias criativas. Esta consistente política editorial deu mais um fruto em “Almost Tomorrow”, disco que junta a trompetista portuense Susana Santos Silva ao contrabaixista sueco Torbjörn Zetterberg. A par do seu trabalho enquanto trompetista da Orquestra Jazz de Matosinhos e com o seu próprio quinteto – mais filiados na linguagem do jazz – Santos Silva tem vindo a empreender sucessivas aproximações a universos não idiomáticos (Lama) e agora vai mais longe do que alguma vez fora nos domínios da música improvisada. Zetterberg é um dos mais relevantes contraSusana Santos Silva / baixistas suecos, avultando o trabaTorbjörn Zetterberg – lho com o seu Hot Five e colabora“Almost Tomorrow” Susana Santos Silva ções como as que vem mantendo com (trompete e fliscorne) os saxofonistas Jonas Kullhammar, e Torbjörn Zetterberg Alberto Pinton e Fredrik Nordström. (contrabaixo). Mas também ele tem encurtado disEditora: Clean Feed tâncias em relação à improvisação Ano: 2013 pura, como é o caso da abordagem que exibe no excelente “Soulstorm” (Clean Feed, 2010), ao lado de Ivo Perelman (saxofonista brasileiro radicado nos Estados Unidos) e o violoncelista norte-americano Daniel Levin. Em “Almost Tomorrow” os dois músicos mostram como os glóbulos da experimentação lhes correm nas artérias. Aventurando-se em domínios novos, ambos os músicos desenvolvem (em estúdio) uma comunicação íntima entre trompete e contrabaixo, ampliando sobremaneira os respetivos vocabulários, numa matriz claramente europeia. Entregam-se mutuamente a jogos de exploração e descoberta das potencialidades criativas do formato (ainda assim não muito habitual) e dos seus próprios instrumentos, manipulando-os de forma pouco convencional (“Flocos de Mel”, “Head Distortion Machine”). Instrumentista virtuoso, Zetterberg é exímio tanto no pizzicato como na utilização do arco. As interações assumem, por vezes, um lado melódico mais explícito, como atesta a serenidade que brota de “Nötskalsmusik #6”, “Cow Safari” e “Columbus Arrival in Här jedalen”. O trompete da portuguesa por vezes contrasta em rugosidade (“Knights of Storvålen”, “Falling and Falling and Falling”), mas vem sempre ao de cima a clareza da sonoridade, a definição das linhas e das texturas. Interessante notar a forma como a sua sonoridade se parece relacionar, a espaços, com a do trompetista sueco Magnus Broo. Nesta primeira aventura em parceria, Santos Silva e Zetterberg logram um decisivo salto em frente, revelando maturidade e propósitos claros em alargar horizontes. Roguemos a Cronos para que o amanhã chegue depressa. António Branco

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Filatelia Boas Festas em bilhete postal repicado

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v u lga r, prat ic a mente desde sempre, a utilização do bilhete-postal para nele se imprimir, tipograficamente, as mais variadas mensagens. Esta prática foi muito frequente, durante todo o século XX, e era mais frequentemente utilizada pelas casas comerciais, que desta forma contactavam os seus clientes, muitas vezes anunciando a visita eminente de um seu caixeiro-viajante, da promoção de um produto, ou do aproximar da data do vencimento de uma fatura. A repicagem dos bilhetes-postais também foi muito utilizada pelas mais diversas repartições públicas, destacando-se as repartições de Finanças, as câmaras municipais, a Direção Geral de Viação e muitas outras. A repicagem tinha a vantagem de poupar imenso tempo, pois muitas vezes a mensagem a enviar era rigorosamente igual para milhares de utentes daqueles serviços, ou só diferia num ou noutro pormenor que, neste caso, seria acrescentado à mão. A utilização deste meio para o envio dos votos Boas Festas de Natal e Ano Novo também já ganhou tradição em Portugal, pois vemo-lo ser utilizado pelas mais variadas entidades, ligadas aos mais variados ramos de atividade. As organizações de Dadores de Sangue não fogem à regra. Veja-se a feliz repicagem feita pela Federação das Associações de Dadores de Sangue – FAS Portugal, no bil hete-posta l comemorativo do Dia Nacional do Dador de Sangue 27 de março de 1995. Esta foi uma feliz utilização do logotipo desta humanitária organização. Para a atual quadra natalícia, a Associação Humanitária de Dadores de Sangue de Beja também repicou o bilhete-postal, da franquia de 0,36 euros da emissão base, Festas Populares Portuguesas.

Na face do bilhete-postal, na parte destinada ao remetente, foi impressa uma árvore de Natal feita de gotas de sangue, tendo na sua base as legendas Natal/Boas Festas/Salve uma vida, dê sangue. No verso e assinado pelo presidente da associação, foi impresso o seguinte texto: “Há muitas famílias que também têm Natal, graças ao sangue doado pelos milhares de dadores, anónimos, voluntários e altruístas”. Como curiosidade, refira-se que o Grupo Filatélico desta associação celebra regularmente o Natal, tendo os Correios já produzido 10 carimbos comemorativos, que contêm, entre outros elementos, uma frase alusiva a esta época festiva. Esta repicagem acontece desde 2003, só não se tendo feito em 2012. Clube Eborense elege os seus corpos sociais A Confraria

Ti m br o l ó g ic a Me r id i on a l Armando Álvaro Bóino de Azevedo realizou, no sábado passado, a sua assembleia geral, onde para além da apresentação e votação dos habituais documentos presentes neste tipo de reuniões, também elegeu os seus novos corpos sociais para o biénio 2014/2015. Em 2014, a Con f ra r ia Timbrológica Meridional, fará 25 anos de existência formal. É uma data que quer assinalar com a dignidade que a mesma merece, nomeadamente com a realização de uma assembleia geral nessa data, um almoço convívio entre sócios, a realização de uma pequena exposição filatélica intersócios e ainda uma exposição sobre o tema “Escutismo”, previsivelmente no mês de abril. Do plano de trabalhos para o próximo ano também consta o fechar de um acordo de colaboração com a Associação Filatélica Pasense de Badajoz, ou em alternativa com outro clube filatélico da Extremadura espanhola, pois geograficamente faz todo o sentido e é uma forma de provocar alguma atividade filatélica extraordinária, que se pretende que venha a ser regular. Do plano de trabalhos também consta a continuação da publicação da sua revista de divulgação/formação filatélica, “O Timbre”. Geada de Sousa

Q u i nto l i v ro de crónicas, de A ntónio L obo Antunes, é uma compilação de 86 pequenos textos publicados na revista “Visão” em que o autor discorre sobre temas pessoais, evocando lugares, pessoas e memórias que emergem de uma geografia e uma história íntimas. Pequenas pérolas ficcionais alternam com ref lexões mais autobiográficas. O génio é o de sempre e as emoções sucedem-se, potenciadas pela capacidade de Lobo Antunes confrontar-se e confrontar-nos com os pequenos ridículos, os grandes e pequenos gestos, tudo aquilo que, enfim, nos devolve à condição de homens e mulheres. Se é nos romances que escreve e que fazem dele um (eterno) candidato a Nobel da Literatura que o escritor se leva a sério, estas crónicas que publica há anos na “Visão” são cintilações do génio através das quais muitos leitores se sentem mais direta e facilmente envolvidos com a sua obra. Em 1998 foi publicada a primeira coletânea de crónicas de Lobo Antunes. Estas têm-se sucedido sempre que não é editado, em cada ano, um novo romance. Maria do Carmo Piçarra

António Lobo Antunes Dom Quixote 364 páginas 16,90 euros


Diรกrio do Alentejo 27 dezembro 2013

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Ronnie Biggs, o maior ladrão do século, faleceu. Bancos portugueses colocaram as bandeiras a meia haste durante uma semana. Distrital de Beja do CDS imita Paulo Portas e também está a contar os segundos para a saída da troika de Portugal, mas está a usar um relógio de sol.

facebook.com/naoconfirmonemdesminto

Produção de leite de burra em Aljustrel: animais produzem leite normal, extra cálcio, leite com vitamina B12 e leite com café! Mais uma vez o empreendedorismo da nossa região continua a dar cartas: em Aljustrel foi lançada uma empresa (a segunda em Portugal) que aposta na produção de leite de burra, muito apreciado como produto de beleza. O mercado asiático é um dos alvos, mas, segundo apurámos, a atividade da empresa não irá ficar por aqui, já que os animais terão sido modificados para produzirem vários tipos de leite, incluindo leite com vitamina B12, leite com café, leite com chocolate, leite de soja, leite em pó, leite do dia e leite com sabor a leite! Estes animais, todavia, terão sido vistos com grande desconfiança, nomeadamente por outros… animais! O Sindicato do Sul das Ovelhas Produtoras de Leite e Outras Cenas apresentou queixa contra a autoridade da concorrência por considerar que se “anda a vender gato por lebre” e que não se via esta “pouca vergonha no mundo dos lacticínios desde que lançaram aquele queijo de barrar no pão que sabe a betume para tapar juntas!”. Também a Confraria das Cabras e Vacas de São Miguel de Machede avançou com queixa no Tribunal Constitucional por defender que as burras de Aljustrel, a trabalhar no setor privado, estão a ser beneficiadas em relação às burras do setor público!

Inquérito Como é que tem passado esta época de Natal e Ano Novo?

BENTO DEZASSETE, 34 ANOS Pessoa que termina cada conversa com a expressão “Já não há respeito, pá!”

“Mãe” tem a garantia de seis meses mas não cobre refogados queimados

Depois da Bimby e da Yamni, supermercado alentejano lança robô de cozinha que faz comida ao gosto de cada um: chama-se “Mãe” Apesar dos tempos de crise, o mercado dos robôs de cozinha não se pode queixar da falta de procura. No passado mês de novembro foi quando se venderam mais Bimbys, pouco mais de cinco mil, e isto depois da chegada da Yamni, um robô de cozinha fabricado na China que custa metade do preço e que faz magníficos crepes, patos à Pequim e até constrói iPads. Agora, ao que apurámos, esta moda chegou também à nossa região. O empresário alentejano Nuno Papo Cheio, responsável pela cadeia de supermercados Ti’ Amélia, irá apostar num robô de cozinha que será um exclusivo mundial, como nos explicou o próprio: “Posso adiantar que se vai chamar ‘Mãe’ e que será produzido numa fábrica em São Manços. Basicamente, vamos produzir daquelas mães à antiga que faziam as comidas da nossa infância e que lavavam a loiça com umas cuecas que ainda tinham o elástico e tudo! Vamos dar um bigode à concorrência! E atenção, que não escolho estas palavras em vão: vamos ter dois modelos à escolha – uma ‘Mãe’ com e outra sem bigode... A que tem bigode será mais old school – vai fazer sopas de toucinho, manteiga de cor e ensopado de borrego mais depressa do que o tempo que você leva a abrir a tampa da Bimby; a versão sem bigode, é mais amiga da saúde, só cozinha pratos com azeite extra virgem e tempera a cachola com meio quilo de sal. Por mais cinco euros mensais, a nossa Mãe mete-lhe comida nos tupperwares para você levar à caça e/ou pesca e tira-lhe as marcas de travagem das cuecas brancas!”. Poderá comprar a sua “Mãe” em qualquer supermercado Ti’Amélia da região – a versão mais barata custa 15 000 euros, sendo possível pagá-la em 3 600 suaves prestações mensais. Para comprar esta máquina bastará apresentar o seu cartão do cidadão, a declaração de IRS, um gato preto, um galo capão e um recibo do vencimento de Mário Beirão.

Balanço do Ano 2013 “Não confirmo nem desminto! “ Mais um ano que termina e é tempo de fazer um daqueles balanços que não servem para rigorosamente nada, a não ser encher páginas de jornais que já não têm mais assunto. Dentro de duas semanas ninguém se vai lembrar deles mas fica sempre bem fazê-lo. Assim, após muita ponderação, eis o que achamos do ano 2013: uma moenga de todo o tamanho! Assim, queremos aproveitar para desejar a todos os nossos leitores, e à Tonicha, uma boa passagem de ano. Bebam com moderação e, preferencialmente, sem ter ferramentas elétricas por perto. A gerência.

Muito mal! Ando desiludido com o meu país. Já não há respeito pelas tradições: as famílias já não se juntam como antigamente, as pessoas só pensam em consumir e perderam a verdadeira noção do que é o Natal e o significado do nascimento de Jesus. Além disso, onde é que já se viu um Natal em que o Sporting acaba em primeiro e em que uma televisão não transmite a “Música no Coração”? Já não há respeito, pá!

HERLANDER TAPAS, 38 ANOS Pessoa com a força gravitacional de Plutão

Estas estão a ser as maiores festas de sempre! Tem sido um espetáculo! Na noite de Natal comi 14 fatias douradas, 64 sonhos de abóbora, dois bolos-rei e duas caixas de broas de Castelar. Depois rebolei para a cama onde me tenho alimentado a Panrico com Tulicreme, que é para cortar os excessos natalícios. Na passagem de ano a alimentação vai ser mais saudável – só conto comer saladas com molho whiskey e camarões embebidos em maionese. A festa de Réveillon vai ser em casa das minhas amigas Matilde Diabetes e Idalécia Colesterol.

FELISMINA CHATOS, 19 ANOS Pessoa que escreve “fizes-te”

Ando doida! Tem sido espetacular! Estou desejosa pela passagem de ano em Beja, em especial pelo concerto do grande Ruben Baião. Só há uma coisa que nunca percebi: o Anselmo Ralph é o Ruben Baião africano, ou o Ruben Baião é o Anselmo Ralph alentejano? É uma cena que me anda a corroer o pensamento. Tipo, bué! ‘tás a ver? Feliz ano novo, malta!


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nada mais havendo a acrescentar... Outra vez ano novo Em cada final de dezembro andamos a acabar outro capítulo do livro da vida. É assim todos os anos e tal como em todos os finais de todos os dezembros sentimos que mais uma vez falhámos os golpes de asa que tanto queríamos. Ficou de novo quase tudo por fazer, andámos arredados do ânimo, perdemos o trilho, não cumprimos o planeado, os olhos despegaram-se do horizonte e por causa da burocracia da rotina embargámos novamente a construção dos sonhos. Amarrotámo-nos como folhas de calendário gastas. E esta cinza do adiamento contínuo entristece-nos. A vida é uma casca dentro de outra casca fechada dentro de outra casca escondida dentro de outra casca. E

nós, desesperadamente à procura do fruto que estará algures dentro das cascas da nossa vida, não vamos ficando mais novos e a pele e a carne e as mãos e os olhos e o coração vão oxidando à medida que o tempo se multiplica. E sentimos que este ano foi mais outro futuro que já passou. Que bom seria aprendermos que o presente é a única coisa que existe! O presente é que é o batimento cardíaco do tempo! Tudo o resto são cuecas azuis, tampas de panelas, doze passas. Na noite de ano novo não basta fazermos uma correção rápida de nós. Se não fizermos uma emenda mais profunda, lá para março já somos outra vez uma saudade perdida à procura de um destino que não chega. Vítor Encarnação

quadro de honra

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Hoje, sexta-feira, o céu deverá apresentar-se muito nublado. A temperatura vai oscilar entre os nove e os 17 graus centígrados. Amanhã, sábado, também são esperadas nuvens e no domingo o sol deverá brilhar.

º º ºº

Camané no Pax Julia em Beja

Rui Mateus, 50 anos, natural de Lisboa É licenciado em História da Arte, mestre em Conservação do Património Arquitetónico e doutorado em Conservação do Património. Entre outras funções, trabalhou no Campo Arqueológico de Mértola, na Câmara de Serpa e foi adjunto da presidência na Câmara de Beja, no executivo liderado por Francisco Santos. Atualmente é membro de uma empresa privada de investigação, a Letras Encantadas, que se dedica a conceber e executar estudos e projetos.

Monografia assinala cinquentenário da ponte de Mértola

A travessia do Guadiana

A

Travessia do Guadiana em Mértola – As Barcas e a Ponte é o nome de uma monografia, de Rui Mateus, Joaquim Boiça e Júlio Appleton, editada pela Associação de Defesa do Património de Mértola (ADPM). Uma investigação que pretende destacar o cinquentenário da ponte, o centenário do seu projetista e o papel de relevo dos barqueiros. Como é que surge a monografia A Travessia do Guadiana em Mértola – As Barcas e a Ponte, escrita em parceria com Joaquim Boiça e Júlio Appleton?

Este foi um projecto que teve o seu tempo, Desde a primeira ideia de livro comemorativo até à edição, foram cinco anos, tantos quantos a ponte demorou, do projecto à inauguração. É uma coincidência curiosa. Um dia o Manuel Marques, que é técnico da câmara, andava na Volta ao Alentejo com um senhor que lhe disse que era sobrinho de Edgar Cardoso, e que o tio é que era o autor da ponte. A ponte não tinha nome nem placas e tinha desaparecido da memória quotidiana que o seu autor era o nosso mais famoso engenheiro, hoje com fama mundial. Era mais uma “lotaria premiada”, digamos assim, para os achados de Mértola; esta não foi arqueológica, mas vem seguramente enriquecer a história local e aumentar os PUB

motivos de interesse para se visitar a vila. Ainda bem que encontrámos junto da ADPM um grande interesse nesta edição, pois antes tínhamos tido dificuldades para encontrar um patrocínio, mas quando fomos junto da associação, eles não tiveram a mais pequena reticência, e encarregaram-se até da gestão do projeto. A nós coube-nos apenas o trabalho científico, o que foi também muito gratificante. A travessia do Guadiana, que tentámos descrever, é mais uma parcela da rica história desta vila, que parece inesgotável. O que é que se pretende com esta obra?

Esta investigação pretende colocar em relevo quer o cinquentenário da ponte, que passou em 2011, e o centenário, este ano, do seu projectista, quer o papel de relevo que, durante séculos, tiveram os barqueiros. Quando surgiu a ideia do livro, tornou-se evidente que este não podia ser apenas a mera crónica, quase jornalística, de como a ponte foi exigida, encomendada, desenhada e construída. Era preciso um especialista de pontes, que escrevesse sobre a sua concepção técnica, e aí o Júlio Appleton deu um contributo importantíssimo, pois além de esta ser a sua especialidade, é também um antigo aluno de Edgar Cardoso que já trabalhou na reabilitação de muitas das suas obras. Mas também se percebeu

O fadista Camané vai atuar, no dia 11, em Beja. O espetáculo, que se realiza no Pax Julia Teatro Municipal, pelas 21 e 30 horas, está integrado na digressão nacional do fadista. A base do alinhamento desta série de concertos é o duplo CD “O melhor de Camané”, disco que foi editado este ano e que inclui temas como “Ai, Margarida”, “Mais um fado no fado”, “A cantar é que te deixas levar”, “Ela tinha uma amiga”, “A guerra das rosas”, “Escada sem corrimão”, entre outros. O fadista será acompanhado à guitarra portuguesa por José Manuel Neto e à viola por Carlos Manuel Proença. No contrabaixo estará Paulo Paz.

de imediato que a ponte era um tema para lá da sua construção. A ponte veio resolver o problema da travessia.

Bienal de Fotografia “Maurício Vargas 2014”

O que mudou para as gentes de Mértola, e não só, com a edificação da ponte, que veio substituir as barcas de passagem?

A Fundação Serrão Martins está a promover a Bienal de Fotografia “Maurício Vargas 2014”. O objetivo é “valorizar e divulgar o património da Mina de São Domingos” e, ao mesmo tempo, “contribuir para o desenvolvimento das artes plásticas na região, nomeadamente na área da fotografia”. Promover novos artistas e, simultaneamente, sensibilizar o público para as artes é outra das intenções da Fundação Serrão Martins. O tema da bienal de fotografia é a relação entre o homem e o património histórico, ambiental e cultural, no contexto da indústria mineira.

Foi uma alteração muito profunda. Essa foi a parte da escrita que ficou a cargo do Joaquim Boiça, que é o historiador com mais anos de trabalho em Mértola, onde começou a fazer investigação em 1978. E penso que a profundidade do seu conhecimento da história local se percebe na leitura. Ele pôs em destaque as grandes dificuldades que a travessia representava, umas vezes pela lentidão, outras porque era mesmo impossível fazê-la, caso das épocas de cheias, quando os viajantes eram obrigados a mais de 100 quilómetros de desvio para chegarem por exemplo à Mina de São Domingos. Mas também mostra como a exploração da barca, a partir do século XIII, e até 1961, foi um negócio com algum valor, disputado primeiro pelas casas nobres que tinham direitos banais sobre a vila, e depois pela câmara, que a concessionava a famílias locais de barqueiros e pescadores. Um percurso com grande interesse histórico, que valoriza a riqueza patrimonial de Mértola. Nélia Pedrosa

Encontro da Rede de Museus realiza-se em janeiro Realiza-se em Castro Verde, no dia 23, o I Encontro da Rede de Museus do Distrito de Beja. A iniciativa, promovida pela Rede de Museus do Distrito de Beja e pela Câmara Municipal de Castro Verde – Museu da Ruralidade, realiza-se no cineteatro municipal. Os trabalhos têm início pelas 9 e 30 horas e está agendada uma sessão de homenagem a Cláudio Torres, arqueológo e investigador, com o objetivo de “reconhecer o seu importante trabalho desenvolvido nas áreas de arqueologia, museologia e conservação do património”.

Diário do Alentejo 27 dezembro 2013

Nº 1653 (II Série) | 27 dezembro 2013

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