Edição N.º 1670

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ANO LXXXII – N.º 1670 (II Série)

Diretor: PAULO BARRIGA

Sexta-feira, 25 de abril de 2014

Redação: Praceta Rainha D. Leonor, – Beja 1 ● Telefone: 284 310 165 ● Impressão: Empresa Gráfica Funchalense, SA ● www.diariodoalentejo.pt ● Preço: € 0,90

FORÇAS ARMADAS DERRUBAM GOVERNO DE MARCELLO CAETANO REGRESSO AO PASSADO ra assim, com esta imagem, que há 40 anos o “Diário do Alentejo” aparecia aos seus leitores. O processo de impressão em offset já era conhecido mas ainda não tinha chegado ao Alentejo e os computadores eram máquinas dignas apenas dos filmes de ficção científica. O “DA”, então dirigido por Melo Garrido, era composto e impresso a chumbo nas Indústrias Gráficas Carlos Marques. Nunca na história universal da imprensa, como nestes últimos 40 anos, aconteceram tantos e tão significativos avanços técnicos e tecnológicos. Nesta edição comemorativa do 25 de Abril de 1974, não quisemos deixar de homenagear uma classe profissional, os tipógrafos, que por aqueles dias eram a verdadeira alma dos jornais e, inclusivamente, a sua efetiva massa crítica. Por isso mesmo, decidimos oferecer aos nossos leitores, nestas comemorações dos 40 anos do 25 de Abril, uma primeira página composta “ao jeito” de 1974, certos que a sua fiel reprodução seria impossível. Em fac-simile destacável, publicamos a edição do dia 26 de abril de 1974. Que, para lá de ser a primeira que não passou pelo lápis azul da Censura, é aquela onde a revolução chega, de facto, a Beja.

Foi com esta manchete que há precisamente 40 anos o “Diário do Alentejo” deu conta aos seus leitores do golpe militar, seguido de revolução popular, que estalara em Lisboa na madrugada do dia 25 de abril de 1974. (Continua nas págs. 4/5)

As lixeiras a céu aberto eram um dos grandes problemas de saúde pública no Alentejo há 40 anos, em parte responsáveis pelo surto de cólera que se abateu sobre a região na década de 1970. Hoje, fomos ver como se processa a recolha, a seleção e o negócio do lixo. (Págs. 8/9)

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OVIBEJA ABRE PORTAS NA PRÓXIMA QUARTA

Há 140 anos que existe biblioteca em Beja. Em abril de 1974, os livros para consulta pública estavam depositados nas instalações do antigo Colégio do Sagrado Coração de Jesus, na praça da República. Mas apenas há 21 anos a esta parte, já nas atuais instalações, é que a casa dos livros de Beja se transformou numa “biblioteca sem sono”. (págs. 20/21)

Há exatamente 40 anos, por iniciativa dos governadores civis de Beja, Évora e Portalegre, com o alto patrocínio do Presidente da República, o almirante Américo Thomaz, estava programada a realização em Beja da Primeira Grande Feira do Alentejo. O certame esteve aprazado para maio de 1974, mas as incidências de Abril na política nacional, regional e local fizeram cair por terra a iniciativa. Foi necessário esperar até à extinta Feira de Maio de 1984, que decorreu entre

20 e 22, para se realizar a primeira “exposição de ovinos” promovida pela então Associação de Criadores de Ovinos do Sul. Foi o passo inicial para o surgimento da Ovibeja, a grande feira do Alentejo, que este ano celebra a sua 31.ª edição, sob o lema “Terra Fértil” e com uma mostra de inovação agrícola e agrobusiness. Um rebanho de ovelhas campaniças atravessa a cidade, recuperando a velha tradição da transumância de ovinos. (Continua na pág. 13)


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