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Novo romance de João Tordo reaviva memória de Catarina
JOSÉ FERROLHO
pág. 13
SEXTA-FEIRA, 9 DEZEMBRO 2011 | Diretor: Paulo Barriga Ano LXXIX, N.º 1546 (II Série) | Preço: € 0,90
Novos órgãos assumem funções a partir do próximo ano
JOSÉ SERRANO
Associação de Municípios tem novo presidente
Cidade de Beja reduzida a uma freguesia De acordo com o Livro Verde para a Reforma Administrativa, as quatro freguesias urbanas de Beja serão fundidas em apenas uma. Durante congresso da Associação Nacional de Freguesias o ministro Miguel Relvas insistiu em levar por diante a redução do número de freguesias. pág. 5 PUB
pág. 7
De feira em feira, com as mãos na massa
Há 18 anos que vêm construindo e consolidando a sua marca e hoje não há quem não os reconheça ou lhes sinta a falta em qualquer feira, festa ou romaria. Em Beja e em qualquer concelho das redondezas. São a Família Diogo das Farturas, um clã que tem como lema tratar o cliente como se fosse do próprio sangue e que, por isso, tem filas de fiéis que se formam à sua passagem. pág. 4
Coop Beja pede dinheiro a sócios e particulares
Vinho é rei em Vila de Frades e Amareleja
A Coop Beja lançou ontem uma campanha para pedir dinheiro a sócios e particulares, porque precisa “imediatamente” de 300 mil euros para pagar salários atrasados e repor produtos nas prateleiras vazias das lojas. A cooperativa tem uma dívida de quatro milhões de euros. pág. 6
É tempo de provar o vinho e de abrir as talhas. Este fi m de semana todos os caminhos vão dar a Vila de Frades e Amareleja. Há festa e locais e forasteiros vão reunir-se em torno dos brancos e dos tintos, que este ano, segundo os entendidos, “estão muito bons”. pág. 12
Diário do Alentejo 9 dezembro 2011
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Editorial Glamour
Estradas da Planície garantiu à Lusa que a construção Vice-versa Odaconsórcio futura auto-estrada A26, entre Sines e Beja, e as obras no IP2 entre São Manços e Castro Verde, “estão em curso” mas atrasadas, o que contraria informações sobre a alegada suspensão das obras. Notícia da Lusa, em 11 de Novembro de 2011
Paulo Barriga
A situação de falta de segurança no IP2 devido ao abandono da obra e consequente falta de manutenção da sinalização é preocupante. Apesar de já ter alertado por várias vezes a quem de direito e já ter falado na RTP a chamar a atenção para o problema tudo continua na mesma. Será preciso que ocorra um acidente? Jorge Pulido Valente, 7 de dezembro de 2011, no Facebook
A
inda duram. Vai para cinco dias que comprei um rolo de luzinhas para a árvore de Natal no Glamour Contagiante. Ainda duram. Não resisti. Na primeira oportunidade, ao primeiro pretexto, toma e embrulha: Glamour Contagiante com ele. E não foi propriamente pelas luzinhas que ainda vão durando, foi mesmo pela coisa. O Glamour Contagiante é, numa antiga oficina de automóveis de Beja aquilo que, por pudor ou preconceito, os políticos das cidades europeias, qualquer uma delas, sempre se recusaram criar: uma Chinatown. Sem o cómico cheiro chop suey, nem o bafo do pato à Pequim, é certo, mas uma Chinatown. Um mundo maravilhoso de tantas coisas sem pitada de maravilha, fabricadas por maravilhosas crianças, tantas vezes. Como estas luzinhas de Natal. Que por ora ainda duram. O grande interesse do Glamour Contagiante não está propriamente no que se vende lá dentro, mas no nome que o seu criador lhe ofereceu: Glamour Contagiante. Distantes vão os tempos em que as lojas de quinquilharias chinesas se chamavam Nova China ou Pomba Branca. Agora a coisa pia mais fino. Joga-se no campo do marketing puro e duro. Certeiro. A parte do contagiante, mesmo sem lá pôr os pés, não era difícil de deslindar. Isso do contágio, da infeção pela multidão e pelos magotes, é coisa que faz parte do ser bejense. A cidade tem um centro histórico formidável, mas as pessoas gostam é de se encontrar umas com as outras nos supermercados. Há belas cafetarias em Beja, mas o povo acha chique tomar café nas bombas da gasolina. As pessoas de Beja gostam muito de se ver umas às outras e não se importam de o fazer nos locais mais ridículos. Umas chamam as outras, por contágio, à rebanhada. O nome está bem esgalhado, já se vê. Mas a questão do glamour é que tem o seu cheirete de enredo. Uma loja dos chineses com charme e encanto pelas coisas que lá se vendem? Ainda que aquilo que se lá venda sejam coisas tipo roupa? Coisas que até dão para vestir ou calçar? Coisas muito sedutoras e fascinantes? Lá? Nem pensar! O glamour está nas pessoas que lá vão às compras e na forma como se vestem para lá irem. Pode parecer disparatado, mas quem quiser apanhar gente aprumadamente colunável não vá às noites in do castelo, vá ao Glamour Contagiante. E verá como é conhecedor da sociedade bejense o tipo que deu o nome à loja. Isto é tão verdade como estas luzinhas durarem até ao Natal.
Fotonotícia Afinal havia outra. Já circula pela Internet o cartaz da Ovibeja do ano que vem. Aliás, o dito cujo já está disponível no sítio oficial da Feira do Alentejo. Que será entre 27 de abril e 1 de maio de 2012. Depois de tantos arrufos com a Câmara de Beja, a ACOS decidiu mesmo não deixar cair o certame. Fez bem. Já lá vão 29 anos desde que se juntaram as primeiras ovelhas num descampado ali para os lados do Glamour Contagiante. O cartaz é que é algo intrigante. Ou muito me engano ou este bicho não é propriamente uma ovelha. PB
Voz do povo Costuma comprar as suas prendas de Natal no comércio tradicional?
Inquérito de Ângela Costa
Natália Gonçalves, 58, reformada da função pública
Conceição Neves, 54, acompanhante de idosos
Cláudia Silva, 29, desempregada
Maria de Fátima, 60, reformada da função pública
Este ano só vai haver prendas para os netinhos e para mais ninguém, mas mesmo assim vão ser mais pequenas. A melhor prenda já o Governo me deu… Às vezes compro no comércio tradicional, depende do que quero comprar, mas compro o que não consigo encontrar no supermercado. Normalmente procuro as promoções. Quando há os 50 por cento compro muita coisa.
No comércio tradicional? Eu agora compro é nas lojas chinesas. O que há em Beja são lojas chinesas e é aí que temos que comprar ou então nas grandes superfícies. Se houvesse mais comércio tradicional comprava, mas as lojas têm fechado todas. Este ano já comprei as prendas de Natal.
Sim. Costumo comprar sempre no comércio tradicional. Este ano será mais fraco mas prefiro sempre o comércio tradicional; se não formos nós a comprar e a ajudar então acaba tudo. Este ano estamos em crise mas tem que haver pelo menos para os mais pequenos e vou continuar a escolher o nosso comércio. Procurando bem encontramos coisas baratas e a qualidade não tem comparação.
Sim. Gosto muito de ir ao comércio tradicional, todos os dias vou ao minimercado ao pé de minha casa. Raramente procuro as grandes superfícies porque gosto mesmo do comércio tradicional. Gosto de ajudar e gosto de comprar onde vejo que é bom. O Natal este ano vai ser só para os netos, mas vou comprar tudo no comércio tradicional.
Semana passada QUINTA-FEIRA, DIA 1 ODEMIRA GNR ENCONTRA 1,3 QUILOS DE HAXIXE NA BERMA DE UMA ESTRADA A GNR encontrou cerca de 1,3 quilogramas de haxixe na berma de uma estrada na zona de Colos, no concelho de Odemira, disse à Lusa fonte da força de segurança. De acordo com a mesma fonte, a droga foi detetada num saco de plástico, encontrado por militares da GNR de Colos no decurso do patrulhamento na zona. O saco com a droga foi encontrado na berma da Estrada Nacional 503, a cerca de dois quilómetros da povoação de Corte Malhão, na zona de Colos (Odemira), indicou a fonte. A GNR desconhece as circunstâncias em que a droga foi abandonada no local.
SEXTA-FEIRA, DIA 2 FERREIRA DO ALENTEJO UM MORTO E UM FERIDO EM ATROPELAMENTO Um camionista de 47 anos morreu ao ser atropelado por um automóvel perto da povoação de Odivelas, concelho de Ferreira do Alentejo, disse à Lusa fonte da GNR. A condutora do veículo ligeiro de passageiros, natural de Pegões, sofreu ferimentos leves e foi transportada para as urgências do Hospital de Beja. Segundo a fonte da GNR, o camionista, natural de Olhão, foi atropelado, numa altura em que estava nevoeiro, quando pedia informações ao condutor de um outro veículo pesado. O atropelamento mortal ocorreu cerca das 7 horas na Estrada Nacional (EN) 2, no sentido Ferreira do Alentejo-Odivelas, indicou fonte do Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Beja.
SEGUNDA-FEIRA, DIA 5 VIDIGUEIRA ASSOCIAÇÃO SALVADOR OFERECE COMPUTADOR Maria Manuela Marques, residente em Marmelar, no concelho de Vidigueira, foi contemplada com um computador portátil, atribuído pela Associação Salvador através de candidatura à ação Qualidade de Vida, que tem como objetivo “a defesa dos interesses e direitos das pessoas com mobilidade reduzida, em especial das pessoas portadoras de deficiência motora”, tendo sido integrada no apoio através do Projeto K (projeto da Associação Salvador, em parceria com outras entidades). A Câmara de Vidigueira elaborou a candidatura desta munícipe, com o preenchimento dos formulários e descrição do seu projeto de vida. Através do serviço de ação social, e tal como aconteceu com este caso, a autarquia presta apoio a qualquer pessoa interessada na candidatura a esta ação da Associação Salvador.
TERÇA-FEIRA, 6 REGUENGOS DE MONSARAZ REGISTADO SISMO DE MAGNITUDE 2.3 Um sismo de magnitude 2.3 na escala de Richter foi sentido na madrugada de terça-feira próximo de Reguengos de Monsaraz, no distrito de Évora, referiu o Instituto de Meteorologia (IM). De acordo com o IM, o sismo foi registado às 3 e 28 horas da madrugada, não tendo provocado quaisquer danos materiais ou humanos.
QUINTA-FEIRA, DIA 8 OURIQUE CAMPANHA DE NATAL AJUDA FAMÍLIAS A Câmara de Ourique, em parceria com o comércio local e as juntas de freguesia do concelho, deu início a uma campanha de Natal para recolher alimentos, que serão entregues a famílias carenciadas. Através da campanha os interessados devem entregar os alimentos que querem doar no comércio local ou nas juntas de freguesia do concelho. Os alimentos serão depois entregues a famílias carenciadas do concelho de Ourique e com base numa listagem fornecida pelos serviços da Segurança Social.
Rede social 3 perguntas a Vitalino Dantas Bispo da Diocese de Beja
Celebramos a data da Declaração Universal dos Direitos Humanos pelas Nações Unidas. Tendo em conta o contexto atual, como é possível assegurar a igualdade de todos os cidadãos?
Festival de Bandas homenageia Emídio Arcos Ao longo de dois dias, músicos e projetos que vão da década de 60 até à atualidade atuaram na Casa da Cultura, em Beja, no Festival de Bandas que este ano homenageou Emídio Arcos, já falecido.
Passados estes anos podemos perguntar-nos se todas as pessoas, países e sistemas de governo estão convencidas da verdade das afirmações contidas na declaração mencionada e se não apenas assinaram, mas procuram torná-las realidade na convivência social, nas constituições fundamentais e na legislação dos respetivos países. Vinho de Moura premiado em Itália A atual situação social potencia a quebra de solidariedade e de valores humanos?
Afirma-se que se trata de uma crise do nosso sistema socioeconómico, que exige reformas estruturais de fundo. Mas também podemos afirmar que se trata de um desrespeito dos direitos e deveres fundamentais da pessoa nas suas relações com os seus semelhantes e com a natureza. Sem poder demonstrar a minha convicção nesta breve entrevista, não posso deixar de a afirmar: a perda das referências à transcendência, no fundo, a Deus, levou à destruição da ética nos comportamentos de pessoas e grupos, ao desrespeito pela igual dignidade do outro. Sem querer ser político ou economista, parece-me que a comunidade europeia e mundial não está a encontrar as soluções justas de desenvolvimento sustentável para a presente crise. Uma vez mais são os ricos e poderosos que procuram impor as suas ideias e conveniências aos mais desprotegidos, seja pela falta de recursos naturais, seja por desleixo ou desgovernação. Qual é o caminho que o País tem de percorrer?
A Europa corre o risco de se desmantelar novamente, não cumprindo na presente crise aquilo a que se comprometeu com a proclamação e assinatura da carta dos direitos humanos. Precisamos todos de descobrir que a dignidade fundamental da pessoa humana, o bem comum, a subsidiariedade e a solidariedade estão profundamente ligadas, são a base da doutrina social da Igreja e de todos os sistemas políticos e económicos que pretendam o desenvolvimento na justiça em liberdade, igualdade e fraternidade. Bruna Soares
Um tinto da “Herdade dos Machados” foi premiado em Itália.A medalha foi entregue pelo secretário-geral da Associação de Municípios do Vinho, numa cerimónia realizada em Moura.
Rita Red Shoes no Centro Cultural Fialho de Almeida A cantautora Rita Red Shoes apresentou o seu segundo álbum de originais, “Lights & Darks”, no renovado centro cultural de Cuba.
Mafalda Veiga apresentou último álbum “Zoom” é o nome do último álbum da alentejana Mafalda Veiga, dado a conhecer em Beja. O disco faz uma visita às composições antigas da cantora. Foi ainda apresentado o original “Largar mais”.
Concentração de motards em Beja Vieram à cidade os mais radicais e dedicados à causa. É que com este tempo viajar de mota não é para “meninos”. Não faltou o rock, a cerveja e o striptease, como é habitual.
Diário do Alentejo 9 dezembro 2011
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Ver e provar o vinho em Vidigueira
Diário do Alentejo 9 dezembro 2011
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O posto de turismo de Vidigueira acolhe, a partir de hoje, sexta-feira, e até ao próximo dia 16, a exposição etnográfica “A vinha e o vinho”. A mostra integra-se no programa de promoção turística “Ao passar à Vidigueira”, que decorre deste setembro, altura das vindimas, e tem o seu culminar com a prova do vinho novo amanhã, sábado, pelas 19 horas, no expositor da câmara municipal local, em mais uma edição da Vitifrades (Vila de Frades, entre hoje e domingo), grande festa dos vinhos de talha.
Na capa
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Não abandonamos nenhuma feira ou festa, mesmo se o negócio não for tão bom, porque os nossos clientes estão lá à nossa espera e o cliente é quem nos dá o pão”. Glória Campos
Casal anda de feira em feira há 18 anos mas mantém quartel-general em Beja
Não há festa sem o Diogo das Farturas Há 18 anos que vêm construindo e consolidando a sua marca e hoje não há quem
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á quem, atraído pelo cheiro da massa frita na balbúrdia da feira, desista à última da hora de pedir a tentadora fartura por não os reconhecer ao balcão. E há também quem anseie pelo mês de dezembro para ver terminado o presépio iluminado de 200 peças que o clã de fartureiros oferece às vistas da comunidade bejense na sua moradia, devidamente identificada. Família Diogo das Farturas. Não há quem não os conheça e não há festa que se faça sem eles. Vão a todas, ou por tradição e pelo bom negócio, ou por gratidão e respeito pelos clientes de sempre. “Não abandonamos nenhuma feira ou festa, mesmo se o negócio não for tão bom, porque os nossos clientes estão lá à nossa espera e o cliente é quem nos dá o pão”, sentencia Glória Campos, que não leva a mal – antes se enternece – o facto de na terra onde foi nascida e criada, Beja, toda a gente a conhecer por “mulher do Diogo das Farturas”. Uma marca não se cria do nada e a de Diogo das Farturas, que hoje inclui casal e filhos, como se pode ver na imagem que encima a rulote aberta ao público e decora as caixas de cartão à medida da meia dúzia, já vem sendo construída há 18 anos. Desde a primeira Festa de Nossa Senhora da Piedade, em Odemira, que já tinha sido lugar cativo dos pais de Glória e com a ajuda de um “balcão de metro e meio” oferecido pelos padrinhos de Diogo, a família Mateus, também fartureiros de renome. “Aqui em Beja, começámos em frente às piscinas municipais, às quintas, sextas e sábados, e depois arrancámos para as feiras de verão. Agora, já temos uma volta certa. Em janeiro, já está tudo escalado”, informa o patriarca, ao balcão da rulote que, desde meados de novembro, tem licença
não os reconheça ou lhes sinta a falta em qualquer feira, festa ou romaria. Em Beja e em qualquer concelho das redondezas. São a Família Diogo das Farturas, um clã que tem como lema tratar o cliente como se fosse do próprio sangue e que, por isso, tem filas de fiéis que se formam à sua passagem. Farturas? Só se for do Diogo. Texto Carla Ferreira Fotos José Serrano
para vender mesmo à entrada de um dos hipermercados da cidade. “Nem mau, nem muito famoso”, é como qualifica o negócio neste recanto privilegiado junto ao entra e sai de compradores. Não se compara ao gentio das feiras e festas de verão mas compensa porque “dá para as despesas e estamos em casa com os filhos enquanto eles estão em aulas”. Em breve, Glória vai estabelecer-se junto ao Mercado Municipal de Beja “com um reboque pequeno”, uma alternativa ao jardim do Bacalhau, atualmente em obras. Com o Carnaval começam as saídas. Os festejos da época em Quarteira, no Algarve, em Maio a Ovibeja, e a seguir, chegado o verão, o casal divide-se para acudir às várias frentes de negócio: Glória vai para a feira de Setúbal, acompanhada dos filhos, Miguel, com 10, e Fátima, com 13, que já dão uma ajuda; Diogo segue sozinho para as praias de Troia. Em setembro, por alturas da Feira Anual de Cuba, voltam a formar equipa e vão-se mantendo por Beja. Com exceção dos fins de semana, que Diogo tem de memória. “Alcoutim, Odemira, Ferreira do Alentejo, Viana do Alentejo, Mértola, Vale de Açor, Castro Verde, Aljustrel, Alvito e, por fim, já em novembro, a Feira do Chocolate de Grândola”. Viver de feira em feira não é assim tão mau
como se imagina. O camião de seis metros todo equipado com quartos, cozinha e as respetivas máquinas de lavar loiça, roupa e de secar, mais a casa de banho, o ar condicionado e a televisão com DVD pode muito bem fazer as vezes da casa de família em Beja, “entre junho e setembro”. “De regresso, passamos a trabalhar só ao fim de semana. Se houver uma feira longe, abalamos na sexta à noite e regressamos no domingo, para que os miúdos não faltem às aulas. Nunca faltaram. E têm ainda atividades. O Miguel é judoca, canta nos Trigo Limpinho, e a Fátima faz patinagem artística e natação”, explica Glória, com orgulho. E acrescenta, para quem ouse acusá-los de explorar trabalho infantil, como já aconteceu: “Estamos descansados com eles aqui dentro da rulote, sabemos onde eles estão. Ela avia ao balcão e ele já sabe fazer pipocas, waffles e adora tirar as rodas da fartura quando há pouco movimento. Assim, eles têm noção da nossa vida e nós damos-lhe um tanto pelo trabalho, que vão guardando no mealheiro”. Os bolsos mais vazios também se fazem sentir no negócio das farturas mas Diogo confessa não estar “com uma expetativa muito negativa” nem pensa em aumentar preços. Cada fartura vale um euro e a meia dúzia custa cinco, uma opção económica para uma “família conseguir
lanchar” numa ida à feira. No entanto, há quem também já vá cortando nesses impulsos de gula. “Nota-se que as pessoas compram menos meias dúzias de farturas, por exemplo, e as dúzias, que custam 10 euros, já são uma coisa rara de se vender. Este ano, se vendemos cinco ou seis dúzias foi muito”, informa Glória. Mais barata fica a dúzia de churros – há-os com recheio de chocolate, morango, doce de leite, doce de ovo e de chocolate branco com baunilha – taxada a três euros, que vai tendo, cada vez mais, a preferência da clientela. Em todo o caso, o casal facilita. Na rulote do Diogo, a meia dúzia ou a dúzia não têm, rigorosamente, de contar seis ou 12 peças: “Nós nunca damos uma dúzia, damos sempre 18, 20, conforme. Temos consideração”. Uma atenção que gera fidelidade que, por sua vez, se traduz nas filas que se formam à sua passagem, frente à rulote iluminada que também tem estampado o castelo de Beja, como homenagem a uma cidade “onde gostamos muito de trabalhar”, confessam. A manhã já vai a meio e Diogo deixa o panelão de óleo a ferver e despe a farda branca para se dedicar a outras tarefas. Há três anos que, no quintal de casa, criou a sua própria tradição natalícia, recordando “os grandes presépios” que -se faziam na casa dos avós, oriundos do norte do País. Uma promessa aos filhos transformouse numa produção trabalhosa e exigente, que Diogo executa com gosto e detalhe, roubando horas às farturas. À noite, as iluminações atraem espetadores, muitos dos quais pais que levam a criançada em passeio, entre vizinhos e clientes fiéis. Glória orgulha-se do “gosto” e da “paciência” do marido e remata, em jeito de lema: “Para nós, os clientes são como família; tratam-nos bem e nós retribuímos”.
Rui Brito foi reeleito presidente da comissão política de secção de Ourique do PSD. As eleições tiveram lugar no dia 30 de novembro, tendo sido apresentada uma única lista. Mário Henrique e António Guerreiro foram eleitos vice-presidentes, Sérgio Prazeres tesoureiro e Sérgio Marçal secretário. A mesa da assembleia é presidida por
António Afonso Guerreiro. Ana Sande é a vice-presidente. “Esta é a comissão política concelhia que vai dar continuidade à unificação do partido no concelho, motivando ainda mais os militantes e simpatizantes, e que vai trabalhar no sentido de preparar as próximas eleições autárquicas”, adianta a comissão.
05 Diário do Alentejo 9 dezembro 2011
Rui Brito reeleito para a concelhia de Ourique do PSD
Atual Turismo do Alentejo prepara campanha promocional “agressiva”
José Costa Lemos
Vítor Paixão
Ricardo Martins
Livro Verde da Reforma Administrativa acaba com 1 500 autarquias
Cidade de Beja reduzida a uma freguesia A Associação Nacional de Freguesias (Anafre) reuniu-se em congresso, no passado fim de semana, em Portimão. O ministro Miguel Relvas, muito contestado durante o seu discurso, insistiu em levar por diante a redução do número de freguesias. Os 1 300 delegados presentes votaram de forma unânime contra a extinção destes órgãos autárquicos. Texto Aníbal Fernandes Fotos José Serrano
J
osé Costa Lemos, presidente da Junta de Freguesia de Santiago Maior, em Beja, eleito pela CDU, recusa ser um “verbo de encher” e acusa o ministro de “nada discutir” e impor a suas ideias de forma “prepotente”. O autarca bejense, que esteve presente no conclave algarvio, acha até que existem locais “que precisam de mais freguesias”, e alerta para o facto de o Estado poder vir a gastar mais dinheiro com o modelo administrativo que o Governo quer aprovar. De acordo com o Livro Verde para a Reforma Administrativa, as quatro freguesias agora existentes serão fundidas em apenas uma. Vítor Paixão, presidente da Junta de Freguesia de Santa Maria da Feira, eleito na lista do PS, em declarações ao “Diário do Alentejo”, diz que “do ponto de vista meramente pessoal” não lhe repugna o processo de racionalização administrativa “que poderá levar à redução significativa do número de juntas”. O que o preocupa “é a forma como
o mesmo está a ser feito, nomeadamente com base quase exclusivamente em critérios geográficos e demográficos, sem ter em conta as reais necessidades das populações havendo o perigo real de se perderem os serviços de proximidade que atualmente ainda existem”. Em relação ao caso concreto da cidade Beja, o autarca socialista defende que “deverá ser feita uma análise casuística, pela particularidade que as juntas apresentam e o assunto deverá ser bem analisado”. No entanto, à partida, não lhe parece “uma boa solução a criação de apenas uma junta urbana, bem como a extinção de algumas rurais” com base nos critérios já assinalados. Ricardo Martins, presidente da Junta de Freguesia de Salvador, eleito pelo PS, não esteve presente no congresso, mas a sua autarquia fez-se representar na reunião. Com base
Miguel Relvas foi muito contestado no Congresso da Anafre, mas insistiu em levar por diante a redução do número de freguesias. Os 1 300 delegados presentes votaram de forma unânime contra a sua extinção.
nas informações recolhidas junto dos seus colegas de executivo, o autarca está convencido “que o Governo vai fazer cedências”, e, no caso da Pax Julia, “passar de duas para três freguesias”, o que se lhe apresentaria como “mais razoável”. Costa Lemos está no polo oposto. Exige “mais competências” para as freguesias”, acha um “erro crasso” a fusão das autarquias urbanas da cidade”, porque cada uma “tem identidades económicas, sociais e culturais próprias”, e, para além disso, chama a atenção para o facto de o modelo proposto obrigar “a uma estrutura de autarcas a tempo inteiro”, com os respetivos custos que isso representa. Também Vítor Paixão considera que “as juntas de freguesia não são, nem de perto nem de longe, quem mais contribui para o agravamento da despesa pública”, considerando que a sua extinção “poderá ter um efeito inverso”, obrigando as câmaras “a chegarem onde as juntas antes chegavam, e a fazerem o que antes as juntas faziam, acarretando maior disponibilidade, mais dispêndio de meios técnicos e humanos e sem dúvida mais custos, ou então, em última instância, o abandono total das populações”, afirma. O presidente da Junta de Salvador acrescenta ainda uma última preocupação que se prende com “a situação dos trabalhadores decorrente do processo de extinção das juntas”. O “Diário do Alentejo” contactou a presidente da Junta de Freguesia de S. João Batista, mas a autarca não achou oportuno prestar declarações sobre este assunto.
A Turismo do Alentejo anunciou na quarta-feira o lançamento, no início de 2012, de uma campanha de promoção turística “agressiva”, em parceria com empresários da região, para “tentar combater as adversidades da frágil conjuntura económica”. A Entidade Regional de Turismo (ERT) explica em comunicado que a iniciativa tem como objetivo promover a “oferta de um conjunto de vantagens para todos os turistas que escolham o Alentejo como destino de férias ou para um pequeno período de descanso”. “Os tempos que se avizinham não são fáceis, mais do que nunca temos que concertar esforços e reagir de imediato às condicionantes económicas”, considera o presidente da Turismo do Alentejo, Ceia da Silva. Nesse sentido, sublinhou o responsável, esta ação pretende “invadir o mercado nacional com uma eficaz campanha de oportunidades e ofertas competitivas, desafiando o público a não deixar de fazer férias e a escolher o Alentejo como destino”. Para que a campanha seja um “êxito”, a Turismo do Alentejo está a desenvolver um conjunto de reuniões com unidades de alojamento e empresas de animação turística, entre outras entidades, para debater a nova campanha de promoção do destino.
Bombeiros de Sines esperam abrir segundo quartel no próximo ano Os Bombeiros Voluntários de Sines, que celebram na semana passada o seu 68.º aniversário, esperam abrir no início do próximo ano um segundo quartel na cidade, mas o projeto está dependente de ajuda financeira de empresas locais. O presidente da Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Sines, João Santa Bárbara, adiantou à Lusa que a corporação vai passar a dispor de dois quartéis, um para os serviços de saúde regulares e outro para as urgências.”O novo quartel vai ser um edifício operacional preparado para a área do socorro e o atual vai ficar apenas para os serviços de saúde, deixando de ter os carros de bombeiros e os de urgência”, explicou o responsável. Num investimento de 800 mil euros, o novo quartel, cujas obras arrancaram em setembro, está a ser construído num terreno de 5 000 metros quadrados, cedido pelo município local, situado na Zona Industrial Ligeira de Sines (ZILS) 2. No entanto, segundo João Santa Bárbara, para que o novo quartel seja uma realidade no início do próximo ano, os Bombeiros de Sines terão de encontrar ajuda financeira junto das empresas instaladas no Complexo Industrial de Sines.
Sessões de informação sobre Televisão Digital Terrestre
Com o objetivo de informar e esclarecer as dúvidas da população sénior sobre o processo de mudança para a Televisão Digital Terrestre (TDT), a Câmara Municipal de Vidigueira vai realizar sessões de informação em todas as localidades do concelho (centros de convívio). No dia 13 será em Marmelar (9 e 30 horas) e Pedrógão do Alentejo (11 horas); no dia 14 em Vidigueira (10 horas); no dia 15 em Alcaria da Serra (9 e 30 horas) e Selmes (11 horas); e no dia 16 em Vila de Frades (10 horas).
JOSÉ FERROLHO
Diário do Alentejo 9 dezembro 2011
06
PCP quer saber se Beja é alternativa para companhias de baixo custo
Lojas de Aljustrel e Vidigueira já encerraram
Coop Beja pede dinheiro a sócios e particulares A Coop Beja lançou ontem, quinta-feira, uma campanha para pedir dinheiro a sócios e particulares, porque precisa “imediatamente” de 300 mil euros para pagar salários atrasados e repor produtos nas prateleiras vazias das lojas.
A
través da campanha de “aumento do capital social”, a cooperativa, que não consegue empréstimos junto da banca, pretende obter “imediatamente” os 300 mil euros que “precisa para pagar salários em atraso e voltar a encher as prateleiras” das lojas com produtos, explicou à Lusa o presidente da cooperativa, Francisco Caixinha. Desta forma, a cooperativa, que tem uma dívida de quatro milhões de euros à banca e a fornecedores, pretende alcançar rapidamente 350 mil euros de faturação, o montante necessário para “consolidar as contas com a atual estrutura de custos, mantendo o número de funcionários,
e resolver as dívidas”, explicou. O “drama” é que “ninguém nos fornece” e as prateleiras das lojas estão “quase vazias”, disse, referindo que em outubro a cooperativa faturou cerca de 230 mil euros, quando devia ter faturado 500 mil euros com o pessoal que tem. Segundo o responsável, a cooperativa, através de uma circular, vai pedir aos cerca de 9 500 sócios e a particulares para “investirem na cooperativa”, com o dinheiro que “entenderem” e que “será transformado em capital social”. Os sócios podem investir na cooperativa aumentando o valor das suas cotas com o capital que “entenderem”, explicou. Já os particulares terão que se tornar sócios e, no ato de inscrição, poderão entregar o capital que também “entenderem”, explicou. A campanha “certamente terá uma grande adesão”, porque as pessoas têm “um grande carinho pela cooperativa”, que tem 35 anos e “faz parte do património de Beja” e “há interesse em salvá-la”, disse.
Francisco Caixinha mostrou-se convicto de que “é possível” obter o dinheiro necessário através da campanha. “Se a cooperativa conseguir que 3 000 sócios aumentem o seu capital com 100 euros arranjam-se logo os 300 mil euros”, disse, referindo que a campanha irá durar “no máximo três meses”. Segundo Francisco Caixinha, o aumento do capital foi a solução encontrada pela direção em alternativa à medida inicialmente equacionada e que previa pedir empréstimos a particulares com uma remuneração anual de cinco por cento. Segundo Francisco Caixinha, a Cooperativa Proletário Alentejano acumula prejuízos “desde 2005 ou 2006” e enfrenta a insolvência a muito curto prazo se não conseguir injetar capital “imediatamente”. A cooperativa, que em setembro tinha 81 funcionários, emprega atualmente 36 pessoas. Já encerrou duas das suas lojas, uma em Aljustrel e outra em Vidigueira.
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O PCP quer saber se o Governo está a equacionar o aeroporto de Beja como “alternativa” para receber companhias aéreas de baixo custo que operam no aeroporto da Portela, em Lisboa, nomeadamente a base da easyJet. O Governo está a estudar a possibilidade de “adaptar” uma base aérea para acolher companhias de baixo custo que operam no aeroporto de Lisboa, disse à Lusa o deputado do PCP eleito por Beja, João Ramos, referindo que as bases de Sintra, Alverca e Montijo são as opções em estudo. “Numa altura em que se diz não haver dinheiro para investimentos públicos”, a “opção” pela adaptação de uma daquelas três bases é “estranha”, porque existe o aeroporto de Beja, já construído, a operar e que resulta do aproveitamento civil da Base Aérea n.º 11, de Beja, disse. O facto de o aeroporto de Beja “não estar a ser considerado como alternativa” é “estranho”, afirmou João Ramos, que falava à Lusa a propósito de uma pergunta que dirigiu ao Ministério da Economia sobre o assunto.
Programa europeu de desenvolvimento rural suscita dúvidas ao PSD O deputado do PSD eleito por Beja considerou “incompreensível” que a proposta de regulamento do programa europeu de apoio ao desenvolvimento rural seja “tão limitativa” nos apoios ao regadio, o que poderá “inviabilizar” investimentos na área. No caso da irrigação, o regulamento prevê que apenas os “investimentos que conduzam a uma redução do consumo de água em pelo menos 25 por cento são considerados elegíveis”, refere Mário Simões. A “imposição”, alerta, “poderá inviabilizar futuros investimentos em projetos de regadio novos ou já existentes e, no caso de Portugal, poderá ter consequências muito negativas”. O deputado defende “a importância de rever a despesa elegível, no âmbito do fundo de apoio, pela importância que se reveste para o investimento em regadio, que é essencial no caso da produtividade e competitividade da agricultura portuguesa”. Apesar das “reservas”, Mário Simões lembra que o Comissário Europeu para a Agricultura, em audição realizada na Assembleia da República, no passado dia 8 de novembro, assumiu “reponderar” a matéria, tendo “manifestado abertura para reapreciação e melhor análise do dossiê regadio”.
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O Contrato Local de Desenvolvimento Social de Vidigueira passou a prestar um novo serviço aos munícipes do concelho na área do apoio ao emprego e formação e da prevenção do endividamento. Trata-se de uma parceria entre a Câmara Municipal de Vidigueira, a Associação Terras Dentro e o Instituto de Emprego e Formação Profissional.
Biblioteca de Aljustrel assinala Dia Internacional dos Direitos Humanos Para assinalar o Dia Internacional dos Direitos Humanos, a Biblioteca Municipal de Aljustrel inaugura amanhã, sábado, pelas 11 horas, a exposição “Direitos Humanos”. Esta exposição irá apresentar, em vários painéis, os 30 artigos que compõem
Diário do Alentejo 9 dezembro 2011
Apoio ao emprego e prevenção do endividamento em Vidigueira
a Declaração dos Direitos Humanos, adotada, no dia 10 de dezembro de 1948 pela Organização das Nações Unidas, e que delineia os direitos humanos básicos. Os 30 artigos da Declaração Universal dos Direitos Humanos podem ser vistos na sala polivalente da Biblioteca Municipal de Aljustrel até ao dia 31 de dezembro.
Novos órgãos ao abrigo do acordo de rotatividade
138 talhões
Pós-de-Mina preside Ambaal
Hortas urbanas em Beja
José Maria Pós-de-Mina vai presidir o conselho diretivo da Associação de Municípios do Baixo Alentejo e Alentejo Litoral (Ambaal). Jorge Pulido Valente é o presidente da Mesa da Assembleia Municipal. Os novos órgãos deverão entrar em funções a partir do próximo ano.
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Assembleia Intermunicipal da Associação de Municípios do Baixo Alentejo e Alentejo Litoral (Ambaal) reuniu-se, na terça-feira, 6, e foram eleitos os novos órgãos da associação, ao abrigo do acordo de rotatividade. José Maria Pós-de-Mina, presidente da Câmara Municipal de Moura, preside, nos próximos dois anos, o conselho diretivo, que é composto por Manuel Narra, presidente da Câmara Municipal de Vidigueira, Nelson Brito, presidente da Câmara Municipal de Aljustrel, Aníbal Costa, presidente da Câmara Municipal de Ferreira do Alentejo, e António Sebastião, presidente da Câmara Municipal de Almodôvar. Jorge Pulido Valente, presidente da Câmara Municipal de Beja, é o presidente da Mesa da Assembleia Intermunicipal.
Os novos órgãos da Ambaal deverão entrar em funções a partir do próximo ano. José Maria Pós-de-Mina, em declarações ao “Diário do Alentejo”, disse que encara esta eleição como “um processo natural, que decorre das funções que tenho desempenhado ao longo dos anos”, lembrado que já presidiu a referida associação anteriormente. O autarca de Moura espera “o empenhamento de todos os municípios”, de modo a que “possam ser resolvidos os problemas que estão identificados”.
Foram ainda aprovadas por unanimidade as Grandes Opções do Plano para o ano de 2012, com um orçamento total de 3 875 273,69 euros. O documento assenta essencialmente na manutenção, implementação e conclusão de alguns projetos, destacando-se a “formação, cooperação, modernização administrativa, Planos Municipais de Emergência, atualização dos mapas de ruído e Plano Tecnológico de Educação, Beja Digital I, entre outros”. Os projetos considerados estruturantes para a região também estiveram em análise e, segundo um comunicado enviado à comunicação social, a assembleia “deliberou, por unanimidade, subscrever a posição tomada pelos órgãos da Comunidade Intermunicipal do Baixo Alentejo (Cimbal), relativamente à situação atual em que se encontram os projetos estruturantes da região, designadamente as anunciadas paragens do IP2, IP8 e Alqueva, atrasos no aeroporto e supressão dos troços da ferrovia, que a serem levados à prática vêm onerar, cada vez mais, a região e condicionar o seu desenvolvimento”. Foi ainda tomada uma posição sobre o Orçamento de Estado para 2012, que será dada a conhecer, segundo o referido comunicado, “oportunamente”.
Associações de Desenvolvimento Local anunciaram posição
Novas Oportunidades à espera de uma explicação
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uas associações de desenvolvimento local do Alentejo, a Esdime e a Rota do Guadiana, e uma do Algarve, a Associação In Loco, exigem um “esclarecimento imediato do Governo” sobre o futuro do programa Novas Oportunidades. Associações promotoras dos Centros Novas Oportunidades (CNO) – Esdime, Rota do Guadiana e Associação In Loco – tomaram públicas, na terça-feira, 6, na Biblioteca Municipal de Beja, as suas preocupações face ao cenário de conclusão do financiamento que suporta a intervenção dos CNO, que termina no próximo dia 31. Tendo em conta a situação atual, de indefinição e de insuficiência de esclarecimentos ou informações oficiais por parte da tutela e do organismo financiador – Agência Nacional para a Qualificação (ANQ) e Programa Operacional de Potencial Humano (POPH), as associações defendem “sem reservas os princípios e os valores inerentes ao sistema de Reconhecimento, Validação e Certificação de
Competências (RVCC)”. Na verdade, as associações de desenvolvimento local consideram que “o mesmo representa um avanço civilizacional na valorização da aprendizagem ao longo da vida, um fator de elementar justiça ao reconhecer a diversidade e a riqueza dos percursos individuais de vida, incompatíveis com soluções rígidas e sem resultados como o ensino recorrente desenvolvido até então”. Para a Esdime, para a Rota do Guadiana e para a Associação In Loco, é preciso, no entanto, reconhecer “as insuficiências” do programa e do sistema RVCC, geradas, em sua opinião, “quando se pretendeu valorizar sobretudo o seu alcance quantitativo, expressado num apressado e desmesurado alargamento da rede e das metas, em detrimento da sua natureza qualitativa”. Insuficiências, estas, que, segundo as associações, “não são compatíveis, de forma alguma, com a imagem descredibilizada, fundada em estereótipos, de facilitismo generalizado, que mancha de forma injusta o
trabalho de milhares de profissionais e o esforço de milhares de pessoas que apostaram na sua qualificação”. Tendo em conta toda a situação, as associações exigem um esclarecimento imediato por parte do Governo, até porque é preciso saber qual “o papel que as associações de desenvolvisistema RVCC e na função de orientação vocacional e profissional”. Durante a apresentação da tomada de posição das três associações, foram ainda lançados desafios e propostas às entidades públicas com atuais e futuras responsabilidades na educação e formação de adultos em geral, e na implementação de um sistema RVCC. A Esdime, a Rota do Guadiana e a Associação In Loco propõem assim, entre outras medidas, “a criação de uma Comissão Nacional de Acompanhamento das Políticas de Educação e Formação de Adultos e de Reconhecimento de Competências, que contemplem o assento de representantes dos atores e protagonistas”.
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Câmara Municipal de Beja apresenta, na segunda-feira, no auditório da biblioteca municipal, o projeto Hortas Urbanas – Cidade de Beja. De acordo com a autarquia, promotora da iniciativa, “estes espaços verdes vão permitir obter alimentos de qualidade de forma rápida, segura e económica, o que além de acrescentar valor ao rendimento familiar, constitui também um interessante espaço de lazer e coesão social”. A valorização ambiental e o incremento da biodiversidade, a par da formação para a cidadania dos munícipes numa lógica intergeracional, são também apontados pela autarquia como objetivos principais a atingir. As hortas vão localizar-se entre a Quinta d’El Rei e o Bairro do Pelame, e são constituídas por 138 talhões com cerca de 1,2572 hectares regados com recurso a uma nora tradicional. De acordo com a Câmara Municipal de Beja, “o sistema de adução, a pensar no ambiente, será garantido por uma bomba alimentada por sistema fotovoltaico, totalmente autónomo e sem qualquer recurso à rede de energia elétrica”. Para além do abastecimento de água, os hortelões terão ainda acesso a um ponto de luz, a um abrigo comum para depósito de utensílios agrícolas, espaço comum para compostagem ou depósito de resíduos orgânicos, instalações sanitárias, zona de primeiros socorros e painel informativo para divulgação de informação sobre os modos de produção e práticas culturais ambientalmente corretas. “Este é mais um passo do município para o Beja Eco-Polis 2020”, diz a autarquia. Nas hortas apenas se prevê a produção em modo biológico, pelo que não se pode recorrer à utilização de produtos químicos de síntese.
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Câmara de Castro apela ao tratamento adequado de resíduos
A Câmara Municipal de Castro Verde apela aos munícipes para que não depositem “monos domésticos” (máquinas de lavar, frigoríficos, fogões, sofás, etc.) e resíduos verdes ou orgânicos na via pública ou junto dos contentores de lixo. A autarquia lembra que tem, à disposição da população, um serviço de recolha que pode ser solicitado através da linha gratuita Ambiente + Verde (800 208 626), disponível 24 horas por dia, e sem quaisquer custos. Este serviço pode também ser requerido diretamente na câmara.
Câmara de Aljustrel premeia melhor decoração de Natal A Câmara de Aljustrel vai levar a efeito o 3.º Concurso de Decoração de Montras de Natal, paralelamente com o 2.º Concurso de Decoração Exterior de Residências alusiva à época natalícia. Os dois concursos,
Mercadinho de Natal até ao final do ano em Grândola “Descobrir presentes originais, exclusivos e feitos à mão”, é a proposta do Mercadinho de Natal, organizado pela Câmara Municipal de Grândola, que tem as portas abertas ao público até ao dia 31, no centro tradicional da vila. “Artesanato, outras artes e produtos regionais” são as sugestões do mercadinho, “que reúne e promove o trabalho de vários artesãos, doceiras e produtores locais”. O Mercadinho de Natal funciona na rua General Humberto Delgado n.º 3, de segunda a sábado das 9 e 30 às 19 e 30 horas.
Elsa Branco eleita presidente da direção da Terras Dentro Elsa Branco foi eleita presidente da direção da Terras Dentro – Associação para o Desenvolvimento Integrado, com sede em Alcáçovas. A direção integra ainda Alexandra Correia (vice-presidente) e Catarina Rosado, David Serra e Rui Batista (vogais). Joaquim Amado preside à assembleia geral, sendo Carla Malaca vice-presidente e Manuel Fialho secretário. O conselho fiscal integra Maria Fialho (presidente) e Odete João e Nazaré Toureiro (vogais).
que visam “promover, incentivar e dinamizar as comemorações natalícias e as decorações a ela associadas”, decorrerão entre o próximo dia 19 e 6 de janeiro 2012. O tema das decorações deverá ser alusivo à quadra natalícia. Os concorrentes serão avaliados pelo júri nomeado que terá em
conta “a originalidade e criatividade, a harmonia e estética do conjunto, a iluminação, as cores, formas e materiais da decoração”. Os resultados serão divulgados no dia 18 de janeiro. Os vencedores do primeiro prémio serão galardoados com um fim de semana num hotel, com pensão completa.
Comissão de honra é liderada pelo Presidente da República
Candidatura do cante a Património da Humanidade entregue em março de 2012
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candidatura do cante alentejano a Património Imaterial da Humanidade da Unesco, cuja comissão de honra é liderada pelo Presidente da República, será entregue em março do próximo ano na sede da organização, anunciaram esta semana os promotores. O projeto, segundo a Confraria do Cante Alentejano, entidade promotora da candidatura, “parte do envolvimento das comunidades, dos grupos e dos indivíduos na salvaguarda do seu próprio património cultural imaterial”. Em comunicado, a Confraria do Cante Alentejano adianta que o projeto será apresentado a 30 de março de 2012 na sede da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco), em Paris (França). A Comissão de Honra é liderada pelo Presidente da República, Cavaco Silva, e integra, entre outros, o primeiro-ministro,
Pedro Passos Coelho, o bispo do Porto, Manuel Clemente, e o presidente do conselho de administração da Fundação Calouste Gulbenkian, Rui Vilar. O musicólogo Rui Vieira Nery lidera a comissão científica da candidatura do cante alentejano, à semelhança do que aconteceu com a do fado, sendo a comissão executiva presidida por Carlos Laranjo Medeiros. Além da entidade promotora, a Confraria do Cante Alentejano, a candidatura tem como copromotoras a Casa do Alentejo e a Associação MODA, enquanto a Câmara de Serpa e a Entidade Regional de Turismo (ERT) do Alentejo são patrocinadores. De acordo com os promotores, a Câmara de Serpa já está a dinamizar o apoio e o envolvimento de todos os municípios em que existem grupos de cante alentejano. Por sua vez, a Casa do Alentejo está a recolher o apoio das Casas do Alentejo e outras associações de alentejanos existentes
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no País e na diáspora e a Confraria do Cante Alentejano e a Associação MODA estão a dinamizar o apoio dos grupos corais. Os promotores indicam que serão realizados diversos trabalhos, como a recolha e estudo do cancioneiro e da discografia do cante alentejano, inventariação e caracterização dos grupos corais e uma compilação ilustrada de histórias de vida de cantadores e dos grupos. O programa de promoção e divulgação da candidatura inclui um filme documental, do realizador Sérgio Tréfaut, exposições, conferências, concursos fotográficos, concertos e manifestações de rua. A candidatura “nasceu” de um desafio lançado pelo embaixador Fernando Andresen Guimarães ao presidente da Câmara de Serpa, João Rocha, aquando da preparação da candidatura daquela cidade alentejana à Rede de Cidades Criativas da Unesco.
Mértola recebe no dia 14 um workshop sobre educação parental, que tem como objetivo “desenvolver competências técnico-profissionais na área da formação parental, para intervir junto de famílias e favorecer o desenvolvimento de competências de intervenção com pais”. A organização é da responsabilidade de Núcleo de
Câmara de Sines atribui bolsas de estudo a alunos do ensino superior Estão abertas até ao dia 16, no serviço administrativo do departamento de intervenção social da Câmara de Sines, as inscrições para atribuição de bolsas de estudo a estudantes matriculados no ensino superior
Atendimento à Vítima “Beja”, da Câmara Municipal de Mértola e da Rede Social do Concelho de Mértola. Os principais destinatários “são técnicos da área social, profissionais que desenvolvam a sua intervenção junto de crianças e famílias, estudantes da referida área e outros profissionais com interesse na temática”.
referentes ao presente ano letivo. São elegíveis para candidatura estudantes cujo agregado familiar resida em Sines há mais de três anos. As bolsas destinam-se, segunda a autarquia, “a apoiar o prosseguimento dos estudos a estudantes economicamente carenciados e com aproveitamento”. O “montante total
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Workshop sobre educação parental em Mértola
para a atribuição das bolsas para o ano letivo de 2011-2012 é de 40 mil euros (valor de 1 000 ou 500 euros cada bolsa)”. O “valor máximo de capitação é o da retribuição mínima mensal garantida fixada pelo Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social, que para o ano de 2011 é de 485 euros mensais”.
Investimento de 879 mil euros
Matadouro de Moura alberga museu municipal
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Hospital é pioneiro em novo sistema
Beja controla cardíacos à distância
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Hospital de Beja tornou-se na segunda-feira o primeiro do Alentejo a disponibilizar um novo sistema de monitorização cardíaca, que permite controlar à distância e em permanência o estado clínico de doentes com insuficiência cardíaca. O primeiro aparelho do sistema “latitude” disponibilizado no Alentejo foi entregue pelo Hospital de Beja a um doente de 66 anos, residente no concelho de Odemira, que tem insuficiência cardíaca e é portador de um desfibrilhador, disse à Lusa o médico cardiologista da unidade hospitalar Luís Moura Duarte. O sistema, indicado para doentes com insuficiência cardíaca e portadores de pacemakers ou desfibrilhadores (aparelhos para prevenir a morte súbita), permite ao médico “monitorizar, controlar e avaliar à distância o estado clínico do doente e intervir rapidamente se for necessário”, nomeadamente alterar a medicação, disse. “Há uma série de vantagens em termos de capacidade de responder logo no momento a qualquer alteração no estado clínico do doente e sem que tenha que se deslocar ao hospital”, o que “pode fazer toda a diferença” no caso de um doente cardíaco, frisou. O sistema é “especialmente indicado para regiões com características como as do Alentejo, uma região muito grande, com baixa densidade populacional e onde muitos doentes vivem a grandes distâncias do hospital de referência”, sublinhou. O Baixo Alentejo “é uma das regiões de eleição para este tipo de sistema, indicado para doentes que vivem em zonas isoladas”
e que permite aos médicos fazerem “uma monitorização diária do estado clínico dos doentes, que de outra forma não poderia ser feita”, sublinhou. Por outro lado, frisou, “é possível evitar os custos das deslocações ao hospital dos doentes cardíacos, que geralmente são pessoas de meia-idade ou idade avançada e que têm dificuldades em deslocarem-se para uma consulta devido às distâncias”. O sistema, disponibilizado gratuitamente pela empresa fabricante, é composto por um comunicador colocado em casa do doente e que, através de uma tecnologia sem fios, recolhe dados clínicos transmitidos pelo aparelho e por sensores externos, como uma balança e um monitor de pressão para avaliar o peso a pressão arterial. Os dados recolhidos são depois transmitidos pelo comunicador por telefone, diariamente ou em intervalos programados segundo o tipo de informação, para um servidor, que grava os dados e disponibiliza-os continuamente aos médicos através da internet. Cerca de 300 mil pessoas morrem por ano na Europa devido a insuficiência cardíaca e calcula-se que 20 por cento das pessoas estão em risco de desenvolver a doença ao longo da vida. A insuficiência cardíaca é uma doença grave em que a quantidade de sangue que o coração bombeia por minuto é insuficiente para satisfazer as necessidades de oxigénio e de nutrientes do organismo. O “aumento constante” da prevalência da doença é “uma consequência do tratamento das doenças cardiovasculares agudas e do aumento da esperança média de vida”.
s obras de reabilitação do antigo matadouro de Moura para albergar o museu municipal, atualmente instalado num edifício que não responde às necessidades, já começaram, num investimento de 879 mil euros. A empreitada, prevista durar um ano e meio e que está incluída num projeto do município para requalificar a zona do matadouro, deverá terminar “no final de abril de 2013”, adiantou o vereador da Câmara de Moura José António Oliveira. Além da reabilitação do matadouro, o projeto inclui a requalificação da zona envolvente, uma obra orçada em 306 mil euros e que deverá arrancar em “meados de janeiro” e terminar em “agosto de 2012”, indicou José António Oliveira. Através do projeto global, a autarquia quer requalificar a zona do matadouro, que “antes ficava fora da cidade, mas atualmente está dentro do perímetro urbano de Moura” e é uma área “pouco qualificada”, explicou o também
vereador da câmara local Santiago Macias. O futuro museu municipal “vai ser um equipamento ao serviço da cultura e da comunidade e ter uma função social ativa”, terá duas áreas de exposição, uma área de restauro, um espaço para atividades educativas, uma loja, zonas de reservas do museu e de escavações arqueológicas e gabinetes de trabalho para técnicos. Segundo Santiago Macias, a requalificação da zona envolvente do matadouro vai incluir a construção de um ponto de chegada e correspondência (terminal rodoviário), em frente ao edifício, e de um ponto de abrigo, junto às escolas dos 2.º e 3.º ciclos do Ensino Básico e Secundária de Moura e que irá beneficiar os estudantes dependentes de transportes públicos. O projeto global deverá ser cofinanciado por fundos comunitários, já que foi candidatado ao programa operacional INAlentejo através do regulamento específico “Política de Cidades – Parcerias para a Regeneração Urbana”.
Banco dá os primeiros passos
Voluntariado em Sines
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em lugar no próximo dia 14, pelas 11 horas, na sala de sessões da Câmara Municipal de Sines, uma sessão de esclarecimento sobre o Banco Local de Voluntariado de Sines, que deverá contará com a presença da coordenadora técnica do Conselho Nacional para a Promoção do Voluntariado, Maria Elisa Borges. PUB
O banco, que é promovido pela Câmara Municipal de Sines no âmbito da Rede Social, visa incentivar e promover o trabalho voluntário no concelho. A sessão de esclarecimento é “destinada a todas as pessoas interessada em ser em voluntárias e às organizações que realizem atividades socialmente úteis, possíveis promotoras de voluntariado”.
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Beja regista diminuição de novos casos de VIH/sida
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Candidaturas a Património da Humanidade deverão ter dossiês prontos no final de 2012
Montado e cante alentejano não vão ser afetados pela crise
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Diário do Alentejo 9 dezembro 2011
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Ir ao campo e andar à pera Coreanos podem vir para a Base Aérea de Beja Apesar de a Força Aérea não confirmar, parece existir a possibilidade de, num prazo relativamente curto, o Ministério da Defesa Nacional e o governo da Coreia do Sul poderem chegar a acordo para a instalação em Beja de uma escola de formação de pilotos de aviões de combate. pág. 7
Acaba de ser instalado num barracão do monte da Joeirinha, na estrada da Bemposta, perto de Serpa, o primeiro ginásio inteiramente dedicado ao treino do boxe. E é já amanhã que alguns dos melhores especialistas portugueses da modalidade ali vão ver como é que os nossos pretendentes a boxers se vão safando. É a primeira do Serpa Figthing Team. págs. 16/17
Recolha de alimentos ajuda mais três instituições
Barrancos inaugurou centro de saúde
A recolha de alimentos do Banco Alimentar Contra a Fome de Beja, que aconteceu em todo o distrito, permitiu ajudar mais três instituições que estavam em lista de espera. Ao todo são 34 as instituições que são apoiadas. Os alentejanos foram generosos. 40 toneladas de alimentos para combater a fome. pág. 8
O novo Centro de Saúde de Barrancos, “há muito reivindicado” pelo município e pela população, foi inaugurado numa cerimónia que contou com a presença do ministro da Saúde. “É motivo de grande contentamento ver que finalmente temos um novo centro de saúde”, diz António Tereno. pág. 11
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A sala de exposições Dr.ª Irene Aleixo do CASM – Centro de Atividades Sociais de Miratejo tem patente ao público até ao dia 31 uma exposição de trabalhos de pintura e de cestaria da autoria de Venâncio Rosa e de Ramires Bonito, respetivamente.
Diário do Alentejo 9 dezembro 2011
Pintura e cestaria em Miratejo
Banda filarmónica celebra 35 anos de reorganização A Sociedade Musical de Instrução e Recreio Aljustrelense (Smira) está a comemorar os 35 anos desde a data de reorganização da sua banda filarmónica. A data, que vem sendo celebrada desde o início do mês, com a apresentação pública do projeto de remodelação das instalações da coletividade e um concerto de gala, assinala amanhã, sábado, mais um momento importante. Pelas 15 e 30 horas, sobem ao palco do auditório da biblioteca municipal a Orquestra Juvenil e a Turma Infantil da Smira.
Taxa de insucesso no Alentejo a par da média nacional
Doze em cada 100 alunos não terminam ensino básico
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o ano letivo de 2009/10, Portugal registou uma taxa de 7,9 por cento de retenção e abandono escolar, ao nível do ensino básico. O estudo agora divulgado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) revela ainda que, quando o mesmo indicador é aplicado apenas ao 3.º ciclo, o valor sobe para 13,8 por cento. Na região Alentejo os números são ligeiramente superiores, respetivamente 8,5 por cento e 14,3 por cento. Já no ensino secundário a percentagem de estudantes que concluem esta fase de ensino é a mesma que a média nacional: 80,7 por cento. No que diz respeito a diplomados, em 2010, 14,4 estudantes dos 20 aos 29 anos, PUB
por cada mil habitantes, tinham concluído formação superior. O Anuário Estatístico Regional, publicado pelo INE, debruça-se também sobre a cultura e o desporto, atividades cujas despesas correntes e de capital são financiadas, em média, em 8,9 por cento pelas câmaras municipais. Na nossa região esse valor sobe para 10,9 por cento, constituindo-se como a NUT que mais investe diretamente neste setor. É no Alentejo onde se encontra o maior número de câmaras com uma proporção de despesa em cultura e desporto acima dos 20 por cento, com Viana do Alentejo a atingir os 43,9 por cento.
“Gota a Gota” estreia-se sem dinheiro “Não sem dificuldade”, a companhia bejense Lendias d’Encantar conseguiu “reunir as condições necessárias” à estreia do seu novo espetáculo para a infância, “Gota a Gota”. A produção de teatro de sombras vai assim estar em cena até ao próximo dia 16, com duas sessões por dia, para escolas e infantários da cidade, no espaço Os Infantes. Amanhã, sábado, pelas 16 horas, sobe ao palco do Pax Julia Teatro Municipal, para o público em geral. Isto “apesar de a Câmara Municipal de Beja não ter adiantando qualquer verba ou data para o fazer”, explica o coletivo em comunicado, lembrando o adiamento da estreia, prevista para 26 de novembro, por falta de “pagamento das tranches em atraso”, no âmbito do protocolo estabelecido com a autarquia local. O espetáculo foca a temática das energias renováveis e da água em particular.
Ação de formação de apicultura em Ourique
Diário do Alentejo 9 dezembro 2011
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Junta de Freguesia de Alvalade e comerciantes promovem campanha de Natal A Junta de Freguesia de Alvalade, no concelho de Santiago do Cacém, está a promover em parceria com os comerciantes a campanha No Natal, Compre Tradicional, com o objetivo de promover o comércio local. A campanha termina
Uma ação de formação de apicultura começa na próxima segunda-feira, dia 12, em Santana da Serra, no concelho de Ourique, numa parceria entre o Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) e a câmara municipal local. A ação de formação terá a duração de 50 horas. As inscrições são feitas no Gabinete de Apoio ao Desenvolvimento da Câmara Municipal de Ourique.
no dia 6 de janeiro, Dia de Reis, e visa “a entrega de senhas pelos lojistas aos clientes, correspondendo uma senha por cada 15 euros em compras no comércio tradicional ou em serviços adquiridos, e uma senha por cada cinco euros nos estabelecimentos de restauração e bebidas”. Este ano aderiram 50 comerciantes, “um número
que ultrapassou as expectativas da junta de freguesia”. O sorteio público terá lugar no dia 10 de janeiro. O primeiro prémio é um vale de compras no valor de 150 euros a ser utilizado nos espaços comerciais aderentes. O segundo prémio é um vale de compras de 100 euros e o terceiro prémio tem o valor de 50 euros.
Festas em Vila de Frades e Amareleja até domingo
É tempo de provar o vinho Chegou o tempo de abrir as talhas e de provar o vinho. E este fim de semana locais e forasteiros vão reunir-se para provar o aclamado néctar dos deuses, em Vila de Frades, concelho de Vidigueira, e em Amareleja, concelho de Moura. O objetivo é promover um dos produtos mais emblemáticos da região e a qualidade, essa, tanto dos brancos como dos tintos, segundo as organizações dos dois certames, “está muito boa”. Texto Bruna Soares Ilustração Paulo Monteiro
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m dezembro abrem-se as talhas e prova-se o vinho novo. O ritual repete-se todos os anos e este não é exceção. Vila de Frades e Amareleja voltam a cumprir a tradição e a festejar o famoso néctar dos deuses. Copos ao alto, petiscos sobre as mesas e cantares alentejanos são alguns dos ingredientes que compõem as duas festas báquicas, que acontecem em concelhos diferentes, mas que têm como objetivo a promoção de um dos produtos mais emblemáticos da região: o vinho. Em Amareleja, desde ontem, quinta-feira, que já se saboreia o vinho. Em Vila de Frades, porém, só hoje são abertas as talhas. Ambos os certames prolongam-se até domingo. Promover, valorizar e dignificar o vinho é a intenção dos dois eventos, que, ano após ano, acolhem locais e forasteiros, que se encantam com as iguarias e as tradições do povo alentejano. Este ano, em ambas as freguesias, uma do concelho de Vidigueira, outra do concelho de Moura, são esperados muitos visitantes e, neste sentido, os preparativos começaram PUB
bem cedo, de modo a que não falte nada a quem as visita. Em Vila de Frades, como não poderia deixar de ser, brinda-se ao vinho de talha junto do velho fontanário da aldeia, até porque as gentes da terra honram-se das suas vivências e costumes e querem preservar a sua maneira de estar e de viver ao Sul. A festa, no entanto, passa-se também nas muitas adegas que ainda existem na freguesia. Os produtores abrem as portas das suas caves, repletas do aclamado líquido, ora tinto, ora branco, consoante o gosto de cada um, e dão a provar o famoso produto da terra. As adegas são, sobretudo, um espaço de convívio e de partilha, mas também de encontro, uma vez que muitos dos cidadãos da terra voltam por ocasião das festas báquicas, acontecimento emblemático da freguesia, que inevitavelmente acaba também por marcar o calendário das atividades regionais. O certame de Amareleja, por sua vez, cumpre este ano a sua 10.ª edição e também já é uma marca no distrito. A Feira da Vinha e do Vinho de Amareleja está de pedra e cal e promete atrair muita gente ao concelho de Moura. Em ambos os certames, para além do vinho, há espaço para outros produtos regionais como o pão, os enchidos, o artesanato, o azeite e a doçaria, entre outros. A gastronomia apresentase como um dos pratos fortes dos certames e esta é também uma oportunidade para se promover o que de melhor se faz e produz no Alentejo”. “Este certame é o reconhecimento
de uma atividade que é economicamente muito importante para a freguesia, para o concelho e para as sua gentes”, lembra José Almeida, presidente da Vitifrades – Associação de Desenvolvimento
Local, entidade organizadora das festas báquicas. E acrescenta: “Há um caminho longo ainda a percorrer, no entanto, esta associação e estas festas já evoluíram bastante. Neste momento, esta é uma atividade que já
tem um peso significativo na vida da freguesia e há condições para crescer ainda mais”. Na verdade, para José Almeida, há condições para que “mais produtores possam fazer desta a sua atividade principal”, considerando que um dos passos mais decisivos foi “a obtenção da certificação para o vinho de talha”. Quanto à qualidade do vinho,
segundo a organização da Vitifrades, “está boa”. Os vinhos brancos, segundo especialistas, “estão muito homogéneos”, enquanto que nos tintos “existem alguns que se destacam mais”. Em Amareleja também estão reunidas todas as condições para que o certame decorra pelo melhor e, de acordo António Gonçalves, presidente da Junta de Freguesia de Amareleja, entidade que organiza o certame em parceria com a Câmara Municipal de Moura, “apesar das dificuldades que o País atravessa e em tempo de crise, esperamos que este seja um grande evento. As gentes da Amareleja são gentes de coragem e de dedicação e, sem dúvida, que vão ter e proporcionar uma grande feira”. Para o autarca, “é necessário divulgar o que de melhor se faz na freguesia” e esta é “uma excelente oportunidade”, uma vez que “o certame, para além do vinho, dá espaço a outros produtos da terra, nomeadamente aos queijos, aos enchidos, aos azeites, e às ervas aromáticas, entre outros”. A Junta de Freguesia de Amareleja considera que “este certame contribui decisivamente para o desenvolvimento da vila, mas também do concelho”. O vinho, esse, segundo António Gonçalves, “apesar das perdas que se verificaram, este ano está muito bom” e “tem condições para se afirmar cada vez mais no mercado”. Os certames, realizados em concelhos distintos, não descuraram a animação musical e, até domingo, são muitos os grupos que passam pelos recintos. Em Amareleja, destaque para o grupo Banza, para os Adiafa e para o fadista José da Câmara. Em Vila de Frades, para o grupo de Rumbas e Sevilhanas, para a atuação de Martinho Caeiro e para os Adiafa, que também marcam presença na Vitifrades.
O jovem Nuno Rocha, de 33 anos, venceu os prémios de “realizador revelação” e “melhor curta de ficção”, com o filme “Vicky and Sam”, do terceiro Festival de Cinema Digital de Odemira, promovido pela Fundação Odemira. Na categoria de documentário, o júri atribuiu o 1.º prémio a “Natália, A Diva Tragicómica”, de João Gomes, e o 2.º prémio a “S9 David
Entrevista
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Grachat”, de Filipe Gonçalves. Na categoria de curtas, o júri atribui ainda o 2.º prémio ao filme de animação “O Conto do Vento”, de Nelson Martins, e o 3.º prémio a “Bats in the Belfry”, de João Alves. O filme “Quote Story”, de Raquel Martins, recebeu a “Menção Honrosa” do festival e “O Tenente”, de Rafael Martins, ganhou o “Prémio Universidades”.
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Nuno Rocha vence prémios de realizador e melhor curta do Festival de Odemira
Eu acho que o livro corre o risco de ser mal-entendido, porque já se escreveu que é um livro contra os comunistas. (...) Se o livro é um ataque a alguma coisa, é-o à minha própria geração, a dos desmemoriados”.
João Tordo coloca Catarina Eufémia no centro do seu novo romance
Um livro contra a desmemória Como se cruzou com a figura histórica e o mito de Catarina Eufémia e por que decidiu pô-la no centro de um livro?
Há alturas em que parece que são mais os temas que vêm ter connosco do que nós com eles. Neste caso, foi mais a Catarina que se impôs como um tema. Eu não andava à procura de um tema destes para escrever um romance. Comecei por ler um artigo sobre a morte de Henriques Pinheiro, um dos médicos que fez a autópsia da Catarina Eufémia. Isso intrigou-me, levou-me a fazer pesquisa e depois comecei a encontrá-la aqui e ali, em vários lugares. Como me começou a intrigar, quis compreendê-la, e como não a compreendia, sentia-me ainda mais intrigado, e entrei num processo que, às tantas, não consegui parar. E até tinha um projeto para outro livro em mãos, que parei para escrever este, porque foi um livro que se impôs. E também porque achei que tinha muito a ver com o tempo que estamos a viver hoje. A memória da resistência é uma memória que já não temos – eu, pessoalmente, não tenho. Passamos por tempos em que fazia falta essa memória para podermos aprender alguma coisa com a luta daqueles que foram os nossos antepassados. Pareceu-lhe uma história mal contada, mal investigada. Nessa pesquisa que desenvolve o personagem principal e que espelha um pouco do que foi a sua própria investigação, houve revelações, fez-se luz sobre aspetos pouco esclarecidos?
A investigação foi longa, morosa. Para ser sincero, acho que não volto a escrever um livro assim tão rapidamente. Foi um pouco voltar a ser jornalista, que é uma coisa que eu gostava de fazer mas que já não fazia há muito tempo e custou-me um bocadinho. Descobri alguma luz nos buracos negros todos que havia na história dela e que continua a haver, porque aquele momento é irrepetível. Não se volta a repetir o 19 de maio de 1954 e portanto é impossível sabermos exatamente aquilo que se passou. Mas é possível percebermos por que é que as coisas chegaram a ser assim, por que é que ela foi martirizada, por que é que foi ela e não outros – porque houve outras pessoas no sul de Portugal que também morreram por causa do regime fascista e não se ouve falar delas. A Catarina, de certa maneira, reuniu em si todas as qualidades que são necessárias para um mártir: era nova, bonita, dizia-se que estava grávida, encabeçava uma luta. Sem o saber, porque morre anónima, nunca mais será esquecida. E é estranho que uma pessoa que não tenha ideia nenhuma do que pode vir a ser o seu futuro, que tem 26 anos e ninguém conhece, tenha todo o
Afirmou também que há determinadas figuras históricas que se só se podem compreender ficcionando-as. Qual é a sua versão da Catarina Eufémia neste livro?
São várias. Eu começo por falar dela como mártir, depois tento perceber, de uma certa maneira, quem é que era a Catarina mãe, a Catarina mulher; são várias Catarinas ali que começam a ensombrar este protagonista. Mas a “minha” Catarina, acho que acaba por não ser tanto uma pessoa, nem uma figura histórica; acaba por ser quase uma lição e o modo que este protagonista, ou eu, encontrámos de revisitar o passado e tentar compreender o passado à luz do presente. A Catarina serve mais como uma luz do que propriamente como uma figura. Quem lê o livro percebe isso. Então este livro e Catarina Eufémia foram uma “boleia” para uma busca, também pessoal, sobre o passado recente do País.
Catarina Eufémia, a camponesa anónima que se tornou símbolo da resistência antifascista no Alentejo rural, começou apenas por intrigá-lo para mais tarde se impor como um tema inescapável. Tal como o protagonista do seu novo romance, um jornalista “insensato e ambicioso” que quer impressionar o seu editor, comunista, também João Tordo empreendeu uma investigação exaustiva, a roçar o obsessivo, para tentar iluminar “os muitos buracos negros” que obscurecem esta história. E o que encontrou, para lá da pessoa e da figura histórica, foi uma “luz” que o guiou numa viagem, também pessoal, a um passado recente que urge “reavivar”. Anatomia dos Mártires, que foi apresentado há dias na Biblioteca de Beja, “corre o risco de ser mal-entendido”, reconhece o autor, Prémio José Saramago 2009, consciente da seara “sagrada” em que pôs a sua foice. Texto Carla Ferreira Fotos José Ferrolho
País a saber quem é. Eu quis perceber como é que isto aconteceu. Disse que, a determinada altura, recuou na decisão de chegar perto demais de quem seria Catarina Eufémia, cancelando uma entrevista com uma filha sua.
Preferi tirar a minha própria conclusão em vez de ser motivado por um familiar ou por alguém que lhe estivesse muito próximo, embora a
Catarina tenha morrido quando a filha tinha seis ou sete anos, ou seja, não teria uma memória assim tão lúcida da mãe. Mas eu achei que seria estar a entrar num território do qual eu não sabia se depois poderia sair. Com esse encontro, poderia cair num buraco emocional que depois me impedisse de escrever o romance. Queria tirar as minhas próprias conclusões, queria que o final do romance, ou que a conclusão a que eu chego, fosse ficcional e não necessariamente real.
Sim, uma boleia para lugares onde nunca tinha estado, para situações que nunca tinha vivido e sobretudo para um tema que continua a ser polémico. Quando se fala de Catarina Eufémia, há todo o género de reivindicações, sobretudo a reivindicação de que direita atual está a tentar, de certa maneira, apagar o passado, o que se chama revisionismo histórico. E eu não quis, de todo, fazer revisionismo histórico. Quero reavivar o passado e não apagá-lo. Foi uma grande boleia para um tempo que foi, de facto, importante na nossa história, um tempo de grande agitação social aqui no Alentejo, que foi fundamental para a própria implantação do PCP e dessa implantação nascem as raízes do que viria a ser a Revolução de Abril. Portanto, foi uma bela boleia. Como pensa que poderão reagir a ele as pessoas de Baleizão com quem falou, o próprio PCP, que a tem como ícone?
Não sei, não faço ideia. Eu acho que o livro corre o risco de ser mal-entendido, porque já se escreveu que é um livro contra os comunistas. E não tem nada a ver com isso. Se o livro é um ataque a alguma coisa, é-o à minha própria geração, a dos desmemoriados. Até porque o papel de Álvaro Cunhal e do PCP são claramente reconhecidos no livro como fundamentais para a saída de um período de opressão. Tenho medo que seja mal-entendido nesse aspeto, mas julgo que quem ler o livro irá entender que não é esse, de todo, o sentido da obra. Não toma lados políticos, aliás, eu não tomo lados políticos e já votei no PCP até, portanto não tenho qualquer antipatia para com o PCP. Corre esse risco, mas uma pessoa também não anda aqui para passar incólume por tudo. Se tiver que enfrentar as hordas, lá estarei.
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“De desastre em desastre, parece que este Executivo possui, apenas, um desiderato: fazer valer o que entende ser, sem atentar nas razões dos outros”. Baptista-Bastos, “Diário de Notícias”, 7 de dezembro de 2011
Opinião
É preciso acreditar na juventude
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JOSÉ MARIA PÓS-DE-MINA é o novo presidente da Associação de Municípios do Baixo Alentejo e Alentejo Litoral. O autarca mourense foi eleito esta terça-feira para o biénio 2012/2013, sucedendo rotativamente a Jorge Pulido Valente. Pós-de-Mina chega á Ambaal num dos seus momentos mais difíceis e indefinidos. Pelo que dele se esperam, milagres… PB
“Basta de amadorismo, de leviandade e de precipitação. O que faria sentido seria, isso sim, encomendar um estudo sério e fundamentado a um grupo de especialistas, que os há (na própria RTP (…)) para fazer uma avaliação severa, rigorosa e exigente do desempenho da estação pública, clarificar as suas obrigações (…).” António-Pedro Vasconcelos, “Público”, 6 de dezembro
Anatomia dos mártires
A crise e a verdade
Beja Santos Defesa do Consumidor
Manuel António do Rosário Padre
U J P
Francisco Marques Músico
articipei há uns dias no 11.º Encontro Nacional de Associações Juvenis e das várias intervenções que por lá ouvi, na sua maioria com bastante interesse, houve uma que me deixou a pensar durante bastante tempo. Nessa intervenção o orador a determinada altura dizia que tínhamos actualmente a juventude melhor qualificada de todos os tempos e isso inicialmente parecia-me incontestável pelos dados que apresentava para corroborar a sua afirmação. Falava do elevado grau académico que a juventude de hoje apresenta, com uma percentagem elevadíssima de jovens com uma licenciatura e até com mestrados e doutoramentos, e foi nessa altura que na minha cabeça surgiu uma imagem de algo que tinha acabado de ler numa revista semanal e que me deixou baralhado. O que tinha acabado de ouvir não estava de acordo com o tinha lido havia Penso então que umas horas. O artigo da revista referia-se a devemos ser mais um inquérito aplicado a diversos exigentes nas jovens questionando-os acerca de nossas escolas aspectos de cultura geral para se de forma a não perceber o seu grau de conhecifacilitar a obtenção mentos. Os entrevistados responde diplomas a diam muitas vezes erradamente e alguns davam mesmo resposqualquer um sem tas inacreditáveis. Fui levado a o mérito que é necessário ter para pensar que os jovens mostravam mesmo poucos conhecimentos e o poder adquirir, que grande parte das aprendizamas que devemos gens que tinham feito na Escola apoiar mais os de nada lhes servia. Pensei ainda que o grau académico que posnossos jovens. suíam não se ajustava aos conhecimentos que tinham e também que essa mesma formação tinha sido baseada num tal de facilitismo de que muito se tem ouvido falar, associado a alguns programas tais como: Novas oportunidades, Maiores de 23, etc. Mas o problema não era esse, era outro. Não querendo deixar de manifestar a minha apreensão a alguns programas como os que referi no parágrafo anterior, julgo que é importante salientar que o todo não pode ser visto em função de uma parte, principalmente quando essa parte não se pode considerar uma amostra representativa desse todo. Assim, em primeiro lugar, é importante esclarecer que o universo dos jovens que surgiam no artigo não era representativo do conjunto dos nossos jovens. Em seguida é importante referir, para quem ouviu e viu a forma digna como os jovens participaram no encontro em que participei, que os nossos jovens evidenciam competências nos mais diversos domínios que merecem ser destacadas como uma forma de cidadania activa que só pode ser exercida quando é consolidada por aprendizagens efectivas, conscientes e consistentes. Penso então que devemos ser mais exigentes nas nossas escolas de forma a não facilitar a obtenção de diplomas a qualquer um sem o mérito que é necessário ter para o poder adquirir, mas que devemos apoiar mais os nossos jovens e incentivá-los através de reforços e estímulos positivos que os motivem a participar mais e melhor na nossa sociedade.
m mártir é alguém que se doa a uma causa e por ela acaba mortificado, podendo mesmo ter praticado actos de heroísmo. Um mártir é o mesmo que um herói? Um herói pode ser um aventureiro, alguém que despreza o risco, que deliberadamente ou por impulso transpõe as barreiras onde os outros geralmente param. Um herói não é forçosamente um mártir. Há mártires da religião, da ideologia, aceitam ser degolados, fuzilados, aprisionados por uma convicção. É destes últimos que fala o livro Anatomia dos Mártires, por João Tordo (Publicações Dom Quixote, 2011). O que é manifestamente singular neste livro é que um jornalista com vontade de prestar provas do seu talento e tendo como editor um comunista irascível, de uma estranha ortodoxia, céptico quanto aos valores da juventude, durante um trabalho de investigação de um mártir religioso norte-americano faz uma analogia com Catarina Eufémia, a camponesa que se tornou um ícone do Partido Comunista, e cujos dados existentes são manifestamente contraditórios em pontos essenciais. Perto do final do romance, em diálogo com o pai, este dirá acerca de Catarina Eufémia: “Andaste à procura da mulher por detrás do mito e descobriste que por detrás do mito não há nada. É uma figura perigosa para andarmos a vasculhar porque facilmente nos confundimos com ela”. O jornalista sente-se atraído por saber o que está por detrás deste martírio. Perplexo, vai encontrando disparidades avultadas em depoimentos de familiares, militantes comunistas, vizinhos; uns dizem que era comunista, outros negam categoricamente; uns afirmaram que estava grávida João Tordo quando o tenente Carrajola a caminhou sob o fio liquidou com três tiros pelas da lâmina, podia-se costas, o médico autor da autópsia refutou veementemente ter estatelado esse estado; alguns dos prenesta procura do sentes nesse dia de indignamartirológio, deixa ção colectiva asseveram que primorosamente Catarina só queria pão, a sua tudo em suspenso, luta não era nada ideológica. O jovem repórter acaba por desisa anatomia dos tir da profissão, parte para uma mártires é uma aventura sem destino, ele e um investigação amigo chegam ao Baleizão, perigosa que passam pelo monumento dedifelizmente não leva cado a Catarina, vão mais além, correm apressados até que lhes a lado nenhum, deixa descansados surge uma jovem camponesa que lhes mostra um caminho, os crentes e os eles correm de punhos erguidescrentes. dos e gritando as palavras de uma revolução vindoura, vão à procura da sua própria sublevação, porque nesse dia também poderão ser ceifados deste mundo. Bonita metáfora. João Tordo caminhou sob o fio da lâmina, podia-se ter estatelado nesta procura do martirológio, deixa primorosamente tudo em suspenso, a anatomia dos mártires é uma investigação perigosa que felizmente não leva a lado nenhum, deixa descansados os crentes e os descrentes.
untei nesta crónica dois temas que me parecem interligados: a Crise e a Verdade. Optei por esta temática por me parecer que, muitas vezes, falta objectividade e verdade a muito daquilo que nos é transmitido. Com efeito, é tanta a informação e a contra-informação, que o cidadão comum se vê no dilema de não saber discernir os factos e a verdade objectiva, das leituras subjectivas e não isentas, que nos apresentam. Neste momento de crise, sobre cuja realidade parece não haver dúvidas, penso ser fundamental que quem fala, fale A dúvida, a verdade e procure ajudar-nos, a perceber que, além de aceitar a suspeição, sua existência, é preciso encondesmobilizam, trar caminhos de solução e de desanimam e esperança, para não vivermos podem gerar um na incerteza e, ainda mais, no ambiente adverso desespero. Recordo a este proà confiança e à pósito a voz profética e clarividente de S. Tomás de Aquino disponibilidade (século XIII), dirigindo-se aos para mudar políticos: “na política os mecomportamentos, lhores!”. A verdade deveria, por e, se necessário isso, ser uma exigência para for, prescindir de quem governa e para quem é direitos e regalias, governado. A crise exige, efectivamente, políticos e gestores em favor de um capazes, honestos, que procubem maior. Esta rem viver na verdade e que mehora exige que se reçam a nossa confiança e adecoloque acima de são; mas exige também que o tudo o bem das simples cidadão procure vipessoas e das ver na verdade. Só nela é possível encontrar caminhos de viinstituições, do ragem e superação da crise, a país. A secular história bem do futuro, imediato, próximo e remoto. portuguesa prova A dúvida, a suspeição, desdo que fomos mobilizam, desanimam e capazes de fazer podem gerar um ambiente em situações bem adverso à confiança e à disponibilidade para mudar commais difíceis do portamentos, e, se necessário que esta. Basta for, prescindir de direitos e reregressar à galias, em favor de um bem primeira metade maior. Esta hora exige que se do século XX, e coloque acima de tudo o bem das pessoas e das instituições, perceber que, se fomos capazes de do país. A secular história portusuperar a crise guesa prova do que fomos cageneralizada pazes de fazer em situações e o estado de bem mais difíceis do que esta. banca rota a Basta regressar à primeira metade do século XX, e perceber que chegámos, que, se fomos capazes de supeseguramente rar a crise generalizada e o esiremos superar tado de banca rota a que chemais esta crise. gámos, seguramente iremos superar mais esta crise.
Em época natalícia, vamos publicar um conjunto de reportagens alusivas à quadra. Esta semana mostramos um bom exemplo de perseverança e de empreendedorismo: a FAMÍLIA DIOGO, de Beja. Que, para além de fabricar e de vender farturas, é conhecida por decorar exuberantemente a sua habitação com enfeites de Natal. Correm por gosto. PB
Há 50 anos Segredos de Polichinelo e uma fuga de Caxias
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15 Por esta altura assinala-se no mundo o Dia Internacional dos DIREITOS HUMANOS. A crise das dívidas soberanas dos países ricos e a implosão do Euro, graves, ambas, estão a fazer desaparecer dos telejornais as verdadeiras vítimas dos tempos que correm, subjugadas a regimes selvagens e discricionários, distribuídos por todos os continentes. PB
“A Educação tem que ser a grande ‘ideia’ para o País”. Francisco Jaime Quesado, “Diário Económico”, 5 de dezembro
Cartas ao diretor
Mau perder ou ato deliberado? José Fernando Batista Aljustrel
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os começos de dezembro de 1961 havia novidades nas páginas do “Diário do Alentejo”. Tais como as referências às ameaças militares da União Indiana contra a “Índia Portuguesa”; o desaparecimento de Ribeiro dos Reis, então director do jornal “A Bola”; e a morte de 17 pessoas no naufrágio de um pequeno barco de pesca que navegava próximo de Porto Covo. E também uma discreta notícia, no dia 6: “Nove presos políticos evadiram-se da cadeia de Caxias”. Sem grandes pormenores: “Foi agora tornado público que na manhã de anteontem se conseguiram evadir, em circunstâncias rocambolescas, da cadeia de Caxias, em Lisboa, nove presos que ali aguardavam julgamento no Plenário Criminal da Boa Hora, acusados de actividades subversivas (...). A fuga deu-se num automóvel privativo da cadeia de Caxias, que já foi encontrado ao abandono numa rua de Lisboa.” E nada mais sobre o assunto, nem nessa edição nem nas seguintes. Quase uma semana depois, o jornal retomava o tema, como opinião editorial, em “Nota do Dia” não assinada, intitulada “O Segredo de Polichinelo”: “Evadiram-se há dias da cadeia de Caxias nove presos. Evadem-se presos de todas as cadeias do Mundo e o facto não constitui, nos países onde isso acontece, segredo de Estado. Tendo conhecimento da notícia, batemos a diversas portas a fim de a confirmar ou desmentir e em todas nos foi respondido que não havia nada, que não sabiam nada, que se tratava de certo de um desses boatos sem fundamento postos a correr para desnortear a opinião pública. (...) Entretanto ouvem-se em Portugal emissoras estrangeiras que difundem a mesma notícia em todas as línguas e vendem-se nas tabacarias jornais que a publicam com todas as letras. (...) Para que se mantém, acerca de determinadas informações, que não põem em perigo nem a ordem pública nem a segurança do Estado, um segredo que não aproveita a ninguém e que não passa, afinal, bisbilhotado por todas as bocas, de um segredo de Polichinelo? (...). Como nota final, esclareça-se que, de facto, a 4 de dezembro de 1961, em pleno dia, oito destacados militantes comunistas, que tinham sido presos pelo fascismo, fugiram do Forte de Caxias num velho «Mercedes» à prova de bala, oferecido por Hitler ao ditador Salazar. Os nomes dos oito patriotas: José Magro, Francisco Miguel, Domingos Abrantes, António Gervásio, Guilherme de Carvalho, Ilídio Esteves, Rolando Verdial (todos funcionários do Partido Comunista Português) e António Tereso. Carlos Lopes Pereira
A caixa de segurança na Luz foi o pretexto para a histeria criada pelos dirigentes do SCP e que levaram aos incidentes por todos conhecidos e que envergonham (ou deveriam envergonhar) todos os adeptos com bom senso. Eu estive no estádio e garanto que do lugar onde estava não era percetível à vista desarmada a malfadada rede de proteção e que na bancada em causa eram ainda visíveis, durante e após o jogo, muitos lugares por preencher, ao contrário do que disseram os dirigentes do SCP. Infelizmente, a “clubite” de alguns e a guerrilha instalada visa apenas desviar a atenção para o ato criminoso praticado por alguém e que não pode passar impune. O SCP queixa-se da altura em que a rede foi colocada e diz mesmo que foi um ato de provocação. Mas outra altura porquê? Fosse qual fosse a altura e o jogo, e se o adversário também não gostasse da rede? O que é que o SCP tem que os outros não têm? Quem segue o futebol sabe perfeitamente que há dois jogos na Luz de alto risco e que justifica a “jaula”. SCP e FCP. Eu estou lá e vejo.
A morte
Diamantino António, Funcheira
Nós, os reformados, com as reformas mais baixas é que ficamos agora mais próximos da morte, por causa do brutal corte na saúde, principalmente nos medicamentos, causado por este governo criminoso. Ficamos também sem dinheiro para depois poder fazer o funeral.
Natal José Ramos Caparica, Almada
Natal é nascimento, é alegria, paz e esperança. De forma especial é a comemoração do nascimento de Jesus Cristo. Os profetas, homens de Deus nos tempos ainda mais antigos, já anunciavam a vinda do “Ungido”, equivalente a “Messias”. Assim, dá-se esse título ao “Salvador” prometido por Deus ao seu povo. E o filho de Deus e de Maria nasceu há pouco mais de dois mil anos. Nasceu pobre, numa tosca cabana de animais, numa pequena localidade (Belém), num pequeno país (Israel). Mas mesmo assim, está escrito que seres celestiais (anjos) cantaram louvores a Deus na ocasião do histórico acontecimento. “Glória a Deus nas alturas e paz na terra entre os homens de boa vontade”, cantou a milícia celestial juntamente com Gabriel, o anjo que já tinha dito aos pastores de Belém: “Não temais, aqui vos trago boa-nova de grande alegria, que o será para todo o povo”. É que hoje vos nasceu, na cidade de David, o Salvador, que é Cristo (também Messias) o Senhor”. (S. Lucas, 2:10-11). Alguém escreveu que “a vinda de Cristo foi um acontecimento estritamente relacionado com a história da humanidade. No antigo Império Romano, em que Israel estava, havia muita injustiça, escravatura, muita riqueza, mas também muita miséria”. Quando veio a “plenitude dos tempos”, as multidões esperavam um grande chefe político, um rei que os livrasse do jugo romano. Embora tivesse Jesus dito a Pilatos que ele nasceu para ser rei, seu reino ainda não era para aquele tempo. Ele quis ser primeiro o cordeiro de Deus, que pelo seu sacrifício voluntário tira o pecado daqueles que o aceitam como salvador e redentor. Um dia sim, porque venceu a morte, ele virá com grande poder e glória, como está escrito, derrubará o Diabo, governante moral do mundo atual, causador de males naturais, orientador de homens maus e egoístas. Sim, aquele que na Terra nasceu, ensinou como mestre, fez maravilhosos sinais e milagres, mas que aqui foi humilhado, virá, mandado por seu pai celeste, criador de todo o Universo, e sendo o “rei dos réus e senhor dos senhores”, sendo sábio e justo, haverá finalmente neste planeta compreensão, paz, amor e justiça. Antes do primeiro e verdadeiro Natal, o anjo disse a Maria que seu filho Jesus terá um “reinado que não terá fim”.
Diário do Alentejo 9 dezembro 2011
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Efeméride Efeméride 1914
A vida quotidiana de Beja nas vésperas da Primeira Guerra
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uatro anos decorridos sobre a revolução de 5 de Outubro de 1910 e a cidade de Beja, com os seus dez mil e cento e cinquenta e dois habitantes (censos de 1911), continua a debater-se com os mesmos problemas de sempre: sujidade, falta de esgotos, de água canalizada e de luz elétrica. Neste contexto de inexistência dos elementos básicos que dão qualidade de vida a uma cidade, o quotidiano da classe média bejense, para além do aceso debate político, polariza-se em torno das sessões no animatógrafo, das atividades culturais promovidas pelo teatro Bejense, das festas realizadas pelas diferentes coletividades, dos concertos de primavera / verão que têm lugar à noite no coreto do jardim e das provas desportivas levadas a efeito pelos clubes da cidade. Na ocupação dos tempos livres da classe média, no ano de 1914, ocupa papel de destaque o animatógrafo do Éden Teatro, situado na Praça Jacinto Freire de Andrade, inaugurado em 26 de junho de 1913 e propriedade da empresa Luís Pereira E Companhia, de Ferreira do Alentejo. Trata-se, segundo a imprensa da época, de um elegante teatro onde são passadas várias películas por sessão, abarcando diferentes géneros: drama, comédia e documentário, com acompanhamento musical de um grupo de orquestra, sob a regência do maestro Manuel Lourenço Romeiro que, no intervalo, costuma brindar o público com um concerto musical sempre muito apreciado. O teatro Bejense, por seu turno, é o centro da vida cultural da cidade, local regular de representação teatral, quer dos grupos amadores da cidade, quer das companhias profissionais de Lisboa, e também palco dos grandes acontecimentos políticos. Em matéria desportiva o grande entusiasmo dos bejenses, no ano de 1914, está virado para o ciclismo, modalidade em que o Ginásio Clube Bejense, com sede no Largo de Santo Amaro, tem um papel importante. Como grande entusiasta do ciclismo e organizador de diversas provas surge o senhor Luís da Rocha Júnior, conhecido na época em Beja pelo “sport man”. E assim se faziam os dias em Beja nas vésperas da Primeira Grande Guerra. Constantino Piçarra
Texto construído com base no livro do mesmo autor intitulado, “Beja Republicana, 1910/1926”
Diário do Alentejo 9 dezembro 2011
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❝ Páginas esquecidas
Cinco, seis formações de vinte cantores, vão surgindo de uma esquina por sua ordem, detêm-se nas praças, enchem de ecos as ruas caladas e absortas. Depois, andam, desandam, vagueiam pela noitada até aos alvores do sol-nado, levando após eles devotos, curiosos ou admiradores”.
Beja cantadora Por Hipólito Raposo (1885-1953)
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e ste s de scampados da Terra Baixa, por voltas de São João e São Pedro, vem à foice o trigo maduro. Com ressonante alegria de cascavéis, os manojos das espigas refluem nos pulsos dos segadores, quando a seara fartamente granou; se a folha apenas paga pela rasa, já se desvanece o contentamento de sonhada fortuna; e sobe a tristeza às faces, anuviando os olhos de lavradores e parcei ros, sempre que o ano acerta a ser estéril. Agora, alongando-se em molhado às filas pela dormente amplidão dos restolhos, como trofeu de intrépida batalha, o trigo alça-se para os fueiros das carretas, e lá vão elas rodando, a oscilar em cortejo empoeirado e lento, para a remoinhante alacridade das eiras. Na planície requeimada, não se receará a fome de pão, mas bem pode sofrer-se o martírio da sede, quando a solina suga os marneis e as regueiras esmorecem num dia, para logo no outro suspenderem o seu curso serpentino. De água só os espelhos das almácegas ou os lamacentos bebedouros do gado, por onde voltejam abelhas e passarolos. Já criaram por ali as cotovias, cumpriram as cegonhas, ralos e sapos emudecerem, enquanto ao favor da calma, estridulamente se repete, ralha e range a queixa e requesta das cigarras. Ainda de longe, como se Beja fora galeão a flutuar no oceano das idades e das planuras, a torre de menagem do Rei-Trovador serve há séculos de mastro grande para a Bandeira. Na sua gávea de pedra, ficou a morar espiritualmente, solerte arauto de portugalidade, tão alto e de mirada tão longa que se mede com a imensidão do horizonte, para ser ouvido por todos os ossos sepultados na terra e pelas almas debruçadas dos céus de Portugal. Torre de almenara e defesa, se por ela subimos, bem compreendemos a ameaça severa e solene do seu musguento prisma onde os antigos guardaram a herança do Lidador, para lição e exemplo de todos os lidadores da honra e glória da lusitana antiga liberdade. O baluarte que à cidade permite blasonar de mais alta sentinela da antiga arquitectura
Dos seus airosos balcões e do eirado que cobre a última das três abóbadas, vê-se desenrolar ou apenas se adivinha pelo desnível, a cinta das velhas muralhas de quarenta torres, lobrigando-se para além, abrumadas pela tremulina, as terras de Alvito, da Vidigueira, de Cuba, Serpa, Moura, Aljustrel, essas nobres vilas do alfoz de Beja, olvidadas e sonâmbulas.
militar, não chegou a conter a investida de estrangeiros, mas com mais denodo deve ter resistido no último século à destruidora insânia dos naturais que à sua sombra profanaram templos, destruíram conventos, desmontaram arcos, desbaratando o vasto espólio da herança romana, moçárabe e cristã. Dos seus airosos balcões e do eirado que cobre a última das três abóbadas, vê-se desenrolar ou apenas se adivinha pelo desnível, a cinta das velhas muralhas de quarenta torres, lobrigando-se para além, abrumadas pela tremulina, as terras de Alvito, da Vidigueira, de Cuba, Serpa, Moura, Aljustrel, essas nobres vilas do alfoz de Beja, olvidadas e sonâmbulas. E quanto mais os olhos cursam em redor, para muito mais a distância interminavelmente se amplia, como se nos cuidados de talhar e aprumar as reluzentes cantarias de São Brissos, no Rei e nos mestres de pedraria houvesse o impossível desígnio de alcançar e vencer o horizonte de toda a terra transtagana. Alta, esbelta e nobre, com traços de lavor amoiriscado a dar graça à força, a torre do castelo de Beja, irmã das de Bragança e de Estremoz nos intentos, princesa de muitas outras na robustez e rainha de todas na vastidão dos domínios, é o orgulho heráldico
da cidade e a mais imponente das suas celebradas grandezas. Mas, por agora, não acordemos lembranças da história dos Infantes, Duques e Cavaleiros; não reacendamos, por entre neblinas de lenda e de sonhos, o clarão dos espectros que passaram do fastígio das vaidades humanas para a humildade das sepulturas. E se atentamente quisermos ouvir a voz e a alma da cidade, também não relembraremos suspiros de amor sacrílego, façanhas de sanguinárias pelejas ou penitências de frades e de monjas pelos grandes pecados do mundo. Ponhamo-nos à escuta em qualquer parte, beco ou largo, aonde nos levem agora os passos errantes. Beja sabe muito bem cantar e ninguém lhe ensinou. Em famosos acentos de exaltação, tristeza, saudade e amor, por estas noites de folguedo andam a cantar rapazes e cachopas ao ar livre, senhoras e criadas dentro de casa, trauteiam os garotos de recados e os engraxadores, entoam melancólicas lembranças os velhos, e pela sua débil voz, já riem e também sonham as crianças pobres da rua. Na cidade de Beja, metrópole de zagais, não se assobia, canta-se colectivamente.
Quando os coros a outros coros respondem, por este nocturno antifonário, parece que tomam voz as pedras e as árvores, os telhados e as muralhas, as praças e as vielas. Por voltas de acaso ou por impulsos de competição, todo o aglomerado urbano reboa de dominadoras polifonias que vão ouvindo e meditando os transeuntes silenciosos, enquanto do pálio dos altos céus choram luz as estrelas, talvez de tristeza, por não saberem cantar... Por estas noites de tradicional expansão, em que na fé do povo esquecidas vão as virtudes dos Santos do calendário, das fogueiras se levanta em perfumes de hortelã, funcho e mentrasto, a mais funda e saudável respiração da terra. Sucedem-se em desfile regular os grupos corais para demonstração e provas de um exame em que se pode ganhar o prémio e o louvor dos entendidos, já pela cidade todos dispersos, ocultos, a escutar... Cinco, seis formações de vinte cantores, vão surgindo de uma esquina por sua ordem, detêm-se nas praças, enchem de ecos as ruas caladas e absortas. Depois, andam, desandam, vagueiam pela noitada até aos alvores do sol-nado, levando após eles devotos, curiosos ou admiradores. Ao mesmo tempo, o povo cuidadosamente os ouve e julga, alinhado em renques de multidão respeitosa, auditório de mulheredo e de morenos rurais, aqui uns de manta e vara, acolá outros de pelico e safões bem lanudos e encorreados. E a segui-los, seriamente, embevecidamente, todos os olhos de essa gente do Sul, extáticos e saudosos da distância, pasmados na avidez dos longes, olhos firmes e dilatados, como luzeiros de alma, à espera desde o primeiro princípio, sempre à espera da hora de vencer os ilimitados limites do Além... Nas vozes destes músicos iletrados que de dia são pastores, ganhões, homens de ofício e caixeiros, ouvem-se redondilhas de poetas de talento e sem nome, loas votivas ou hinos à sua amada terra em que sempre vibra o velho orgulho alentejano: De Pax Julia fui Beja, Minha nobreza é antiga, E às outras causa inveja O bem que de mim se diga... Em estrofes bem rimadas, desafogam-se mágoas, exaltam-se sentimentos colectivos ou gemem-se queixas de amor, que a música às vezes desmente, sem qualquer cerimónia nem reparo dos ouvintes... Os cantadores vão-nos levando com eles para altitudes de entusiasmo ou para zonas de pura comoção humana. Por eles se enternecem e choram os que param e ficam a escutar os seus cânticos, vendo iluminar de espiritualidade aquelas caras tisnadas de sol, com fogagens do suão, gente modesta e mal trajada, mas nobre e rica de dons de
Nota sobre Hipólito Raposo
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om bibliografia repartida por vários géneros (crónicas, ficção, teatro, ensaio doutrinal e literário, historiografia, memórias), e professor de lei, Hipólito Raposo, professor, advogado, jornalista, era, politicamente, um monárquico integralista convicto. Ainda vislumbrei a sua alta figura na antiga livraria Portugália, em Lisboa, ao lado de Mário Beirão, seu grande amigo e correlegionário. Em 1940 publicou um livro de 250 páginas – Amar e Servir (História e Doutrina – que, impresso a 27 de Janeiro, logo a 3 de Fevereiro seria denunciado à P.V.D.E. (vulgo Pide) e apreendido, por via do prólogo, nada reverencioso: “Ao leitor benévolo ou malévolo” (31 páginas que seriam um trinta e um para o autor, encarcerado no dia seguinte em Lisboa e, a 8 de Março, desterrado para os Açores, onde permaneceu até Maio, liberto graças à amnistia para os presos políticos na data das comemorações jubilares dos Centenários). Assinale-se que, no mesmo ano de 40, o poeta Mário Beirão dera a lume as Novas Estrelas, que seriam premiadas, a primeira vez a um livros de poesia, pela Academias das Ciências, presidida por Júlio Dantas. E que deste livro foram lidos versos, a bordo da “viagem” aos Açores, pelos companheiros do “desterrado” (9 de Março do seu diário, in Folhes do Meu Cadastro”, ed. Póstuma, 1986, p.174). Em Novas Estrelas, o poema inicial d’ “O Canto da Esperança” é dedicado, precisamente, a Hipólito Raposo, o sinal de corajosa amizade solidária, digna de ser registada, e da parte de quem (Mário Beirão) já em 1929 dissera: “Sempre me repugnou aceitar um nacionalismo fanático, de concepção exclusivista, sem horizontes e sem além. […] Cantar Portugal apenas para os portugueses é pouco. […] as pátrias devem regular-se, como os indivíduos, por uma interdependência harmoniosa”. (v. “Diário de Notícias”, 23-IV-1929, p. 1, “Inquérito Literário”, dirigido por João Ameal).
espírito, artistas esses que pela música se esquecem do peso da vida, para a alma desafogar, agora e sempre, na liberdade dos adros, das adegas e dos recessos amuralhados. Ainda não se fez o estudo que estão recla mando a natureza e actividade destes corais espontâneos, geralmente constituídos por homens, alguns outros mistos, neles entrando quatro ou cinco raparigas, com vozes de maviosa clareza e suavidade. Pela vastidão da Província, inútil será procurá-los fora do distrito de Beja, encontrando-se por certo os mais aprimorados por vilas e aldeias, dentro dos limites do seu aro. Ninguém sabe como nasceram, onde se inspiraram, que escola tiveram estes aedoscampaniços o que um rapsodo guia, dando o ponto, a dialogar com o coro ou a fundirse com ele em harmoniosa orquestração. Em filas ordenadas se deslocam, enlaçados pelos braços uns dos outros, para constituir solidário volume de órgão vivo, movendo-se com lentidão mais que alentejana, de olhos fechados os de maior transporte, para deixarem subir as almas harmonizadas até aos balcões dos castelos das nuvens e das estrelas. No intento de surpreender a génese desta expressão de arte popular, a mais
A quem os ouve desprevenido, os cantares de Beja logo revelam e impõem, a meu ver, o seu carácter tão religioso que muitas vezes as melodias parecem trasbordar das portas e fenestragem de grande igreja, em alta função de ofício divino. Solene, respeitoso, ritual, é o andamento na rua, em que as filas se balançam de lado a lado, com o mais vagaroso compasso.
17 Diário do Alentejo 9 dezembro 2011
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Ninguém sabe como nasceram, onde se inspiraram, que escola tiveram estes aedos-campaniços o que um rapsodo guia, dando o ponto, a dialogar com o coro ou a fundir-se com ele em harmoniosa orquestração”.
elevada de quantas temos, sempre se fala na Planície que é muda e queda, ou recorrese aos milagres da Dominação Árabe, pela qual se encobre muita ignorância, ao atribuir-lhe a posse das chaves de todos os mistérios da nossa alma. A quem os ouve desprevenido, os cantares de Beja logo revelam e impõem, a meu ver, o seu carácter tão religioso que muitas vezes as melodias parecem trasbordar das portas e fenestragem de grande igreja, em alta função de ofício divino. Solene, respeitoso, ritual, é o andamento na rua, em que as filas se balançam de lado a lado, com o mais vagaroso compasso. Os pés deslocam-se a oscilar com esboços coreográficos, como se por obediência a remota inspiração, uma dança litúrgica se fosse ali executando para subir em pomposa solenidade, a grande nave de uma catedral. Se abstrairmos da letra, os temas cantados nunca são depressivos ou mórbidos. Nestas composições há estilo, passos de sólida construção musical, e para a completar e engrandecer, muitas vezes ficamos à espera da inundação polifónica, do pleno domínio do órgão que não se chega a ouvir... Dirão os musicógrafos se este caso de arte regional vai prender-se às remontadas influências do cantochão medieval, ou se bastará filiá-lo nas escolas de música que há trezentos anos floresceram em paços, igrejas e mosteiros do Alentejo, documentando e enobrecendo as aptidões e a génio dos Portugueses. Se assim fosse, o Povo teria alterado os módu los, haveria introduzido variações, para criar estilo próprio, alheio ou rebelde a disciplinas da composição. Esse estudo deverá tentá-lo, e sem tardança, quem for competente, já que o problema não poderá esclarecer-se com simples conjecturas ou breves notas de interpretação literária. A qualquer conclusão a que chegue o investigador pelo caminho da verdade, por análises e confrontos essenciais, não comecem a dar mestres de Música aos cantores rurais de Beja nem os queiram eles aceitar, a título de aperfeiçoamento. para não vir a perverter-se a espontaneídade, a sinceridade das suas modas, o religioso e agreste encanto do seu Canto. Aos dirigentes cultores da Tradição, aos mantenedores dos prestígios da cidade na História, na Arte, na Etnografia, cumpre erguer muralha à roda destes coros, defendendo-os contra a inva são do fado e músicas sensuais da indústria teatral, contra os enleios das emissoras e do turismo, essa fecunda ciência de perversão e morte da verdadeira alma do Povo Português. Junho de 1944 (In Oferenda, Lisboa, 1950)
Recolha Luís Amaro
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A assembleia-geral em que está em discussão a probabilidade de suspender o futebol sénior do Desportivo de Beja vai concluir-se no próximo dia 15, depois de questionada a vontade dos atletas em representarem o clube gratuitamente.
Diário do Alentejo 9 dezembro 2011
Crise no Desportivo de Beja
Futebol Juvenil Campeonato Nacional de Juniores (14.ª jornada): Despertar-Internacional,1-3; U.Montemor-Farense, 0-2; Atlético-Lusitano, 2-1; Estoril-Imortal, 2-2; BM Almada-Oeiras, 0-2; Olhanense-Desportivo Portugal, 3-0. Líder: Internacional de Almancil, 34 pontos. 9º Despertar, 14. Próxima jornada (11/12): U.Montemor-Despertar.
Goleada O Moura abriu o ativo neste lance, mas depois sofreu cinco golos da equipa de Marvila
Desporto
Campeonato Nacional de Juvenis (16.ª jornada): Olhanense-Odemirense, 0-1; O Elvas-U.Montemor, 1-1; Barreirense-Casa Pia, 2-3; V.Setúbal-Estoril, 1-2; Imortal-Amora, 3-1; Oeiras-Cova Piedade, 0-2. Líder: Casa Pia, 40 pontos. 6.º Odemirense, 22. Próxima jornada (11/12): Barreirense-Odemirense.
Oriental goleou em Moura
Que pera amarga a de Marvila O Moura joga no domingo no terreno do Louletano, onde só uma vitória serve para a equipa inverter o momento menos positivo e a consequente descida na tabela classificativa. Texto e foto Firmino Paixão
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Louletano é o próximo adversário do Moura. Os algarvios estão três furos acima dos mourenses na tabela dos pontos e no seu reduto só perderam uma vez e empataram outra e, pior do que isso, a equipa de Loulé é a terceira em prova com menos golos sofridos. Após a segunda goleada sofrida em casa e a perda do avançado Hugo Firmino (que era uma espécie de abono de família da equipa) terá a formação de Moura ânimo para superar estas “passas do Algarve”?
O Oriental mostrou em Moura que é, a par do Torreense, uma das mais poderosas equipas da Zona Sul da 2.ª Divisão Nacional. Os locais adiantaram-se no marcador, estiveram cerca de oito minutos em vantagem e ao intervalo já perdiam por 3-1. No período complementar sofreram mais dois golos. Falhas defensivas e algum desacerto do guardião Rui Rosindo foram as principais causas de mais um desaire sofrido pela formação mourense. Com esta derrota o Moura caiu para o 12.º lugar da tabela, em igualdade de pontos com o Monsanto. Recorde-se que são despromovidas as últimas quatro equipas de cada zona e o pior 12.º classificado das três zonas. Será cedo para se fazerem estas contas? Talvez, mas é urgente que Carlos Ventura eleve o moral às suas tropas e retome a boa carreira que a equipa fez no princípio do campeonato. Exceção ao Vendas Novas, as outras equipas estão ainda
em pior situação que o Moura. 2.ª Divisão Zona Sul (11.ª jornada): Fátima-Louletano, 0-0; Pinhalnovense-Reguengos, 2-1; Juventude-Monsanto, 0-1; MafraCarregado, 4-1; Caldas-Sertanense, 0-2; VendasNovas-Torreense (adiado 8/12); 1.º Dezembro-Tourizense, 3-0; Moura-Oriental, 1-5. Classificação: 1.º Pinhalnovense, 22 pontos. 2.º Torreense e Oriental, 21. 4.º Fátima, 20. 5.º Vendas Novas, 19. 6.º Sertanense, 17. 7.º Carregado, 16. 8.º 1.º Dezembro, Louletano e Mafra, 15. 11.º Monsanto, 12. 12.º Moura, 12. 13.º Juventude e Tourizense, 10. 15.º Reguengos, 8. 16.º Caldas, 5. Próxima jornada (11/12): Louletano-Moura; Reguengos-Fátima; Monsanto-Pinhalnovense; Carregado-Juventude; Sertanense-Mafra; Torreense-Caldas; Tourizense-Vendas Novas; Oriental-1.º Dezembro.
3.ª Divisão está de regresso
Olhos postos no Juelson...
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o próximo domingo regressa o Nacional da 3.ª Divisão, com o Aljustrelense a atuar no reduto do Sesimbra e o Despertar a jogar na sua casa com o conjunto do Lagoa. Depois de uma semana de folga competitiva, o Lagoa é o adversário que se segue na agenda desportiva do Despertar. Oportunidade para os bejenses verem caras conhecidas, como Márcio Candeias (antigo atleta do Desportivo de Beja) e o guineense
Juelson (ex-jogador do Rosairense), duas das mais influentes pedras da equipa algarvia. Os algarvios estão na segunda metade da tabela mas têm mais 11 pontos que o Despertar. Se o conjunto de Filipe Felizardo mantiver o padrão de jogo que apresentou em Aljustrel pode surpreender os algarvios. Mas cuidado com o Juelson … porque, nesse mesmo relvado, ofereceu ele uma Taça Distrito ao Rosairense, com uma exibição de luxo coroada de golos de belo efeito.
O Mineiro Aljustrelense desloca-se a Sesimbra, equipa que também está na segunda metade da pauta dos pontos e seria ouro sobre azul se os mineiros não deixassem aumentar mais a diferença de três pontos que atualmente separa os dois emblemas. O quadro completo dos jogos da 11.ª jornada é o seguinte: Sesimbra-Aljustrelense; Despertar-Lagoa; Lagos-Redondense; Quarteirense-Messinense; Pescadores-Farense; U.Montemor-Fabril. FP
Nacional 2.ª Divisão 11.ª jornada
Nacional 3.ª Divisão 10.ª Jornada
Distrital 1.ª Divisão 10.ª jornada
Fátima-Louletano .............................................................. 0-0 Pinhalnovense-At. Reguengos ........................................2-1 Juventude Évora-Monsanto .............................................0-1 Mafra-Carregado.................................................................4-1 Caldas-Sertanense ............................................................. 0-2 1.º Dezembro-Tourizense ................................................. 3-0 Moura-Oriental ....................................................................1-5 E. Vendas Novas-Torreense..................................8/12/2011
Farense-U. Montemor ....................................................... 1-0 Fabril-Sesimbra................................................................... 1-0 Redondense-Quarteirense ...............................................2-1 Messinense-Pescadores ....................................................3-2 Aljustrelense-Despertar ................................................... 2-0 Lagoa-Esp. Lagos ............................................................... 1-0
Ferreirense-Castrense ...................................................... 0-0 Almodôvar-Sp. Cuba ......................................................... 2-0 Desp. Beja-Panoias ............................................................ 4-0 Odemirense-Rosairense....................................................2-3 FC Serpa-Milfontes ............................................................ 1-0 S. Marcos-Vasco da Gama .................................................2-1 Aldenovense-Guadiana ................................................... 3-0
Pinhalnovense Torreense Oriental Fátima E. Vendas Novas Sertanense Carregado 1.º Dezembro Louletano Mafra Monsanto Moura Juventude Évora Tourizense At. Reguengos Caldas
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3 1 2 3 3 4 3 4 4 2 3 5 7 5 7 8
18-11 20-8 21-8 14-9 18-8 12-10 15-14 9-8 7-9 12-8 8-12 12-23 9-15 10-18 7-20 6-17
22 21 21 20 19 17 16 15 15 15 12 12 10 10 8 5
Próxima jornada (11/12/2011): Louletano-Moura, At. Reguengos-Fátima, Monsanto-Pinhalnovense, Carregado-Juventude Évora, Sertanense-Mafra, Torreense-Caldas, Tourizense-Estrela Vendas Novas, Oriental-1.º Dezembro.
Farense Esp.Lagos Fabril Pescadores Quarteirense Messinense U.Montemor Sesimbra Lagoa Redondense Aljustrelense Despertar
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Próxima jornada (11/12/2011): U. Montemor-Fabril, Pescadores-Farense, Despertar-Lagoa, Esp. Lagos-Redondense, Quarteirense-Messinense, Sesimbra-Aljustrelense.
Castrense Milfontes Panoias Aldenovense Ferreirense Rosairense FC Serpa Odemirense Vasco da Gama Desp.Beja Almodôvar S. Marcos Guadiana Sp. Cuba
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Próxima jornada (8/12/2011): Castrense-Odemirense, Almodôvar-FC Serpa, Panoias-Ferreirense, Sp. Cuba-Rosairense, Milfontes-S. Marcos, Vasco da Gama-Aldenovense, Guadiana-Desp. Beja.
Campeonato Nacional de Iniciados (15.ª jornada): Lusitano VRSA-Olhanense, 1-2; Despertar-Lagos, 2-2; Louletano-Barreirense, 0-8; Lusitano-V.Setúbal, 0-1; Odeáxere-Imortal, 2-0; Castrense-Juventude, 4-0. Líder: V.Setúbal, 35 pontos. 9.º Despertar, 16. 11.º Castrense, 13. Próxima jornada (11/12): Despertar-V. Setúbal; Odeáxere-Castrense. Campeonato Distrital de Juniores (5.ª jornada): Piense-Amarelejense, 1-0; Desportivo Beja-Aljustrelense, 1-0; São Domingos-Vasco Gama, 4-0; Castrense-Odemirense, 5-0; Moura-Almodôvar, 3-0. Líder: Desportivo de Beja, 15 pontos. Próxima jornada (17/12): Amarelejense-Castrense; Aljustrelense-Piense; Vasco Gama-Desportivo Beja; São Domingos-Moura; Odemirense-Almodôvar. Taça Armando Nascimento Juvenis (5.ª jornada): Aldenovense-Desportivo Beja, 0-0; Moura-Aljustrelense, 5-0; Despertar-Boavista, 7-1; Sporting CubaCastrense, 2-3. Líder: Despertar, 15 pontos. Próxima jornada (11/12): Desportivo BejaCastrense; Aljustrelense-Aldenovense; Boavista-Moura; Despertar-Sporting Cuba. Campeonato Distrital de Iniciados (8.ª jornada): Amarelejense-Desportivo Beja, 2-4; Serpa-Despertar, 3-0; Ourique-Almodôvar, 2-4; Bairro da Conceição-Milfontes, 1-1; Ferreirense-Negrilhos, 1-1; Moura-Guadiana (8/12). Líder: Desportivo de Beja, 21 pontos. Próxima jornada (11/12): Odemirense-Amarelejense; Desportivo Beja-Serpa; Despertar-Ourique; Amodôvar-Bairro da Conceição; Milfontes-Ferreirense; Negrilhos-Moura. Campeonato Dis trital de Infantis Série A (11.ª jornada): BeringelenseN.S.Beja, 1-5; Sporting Cuba-Despertar A, 3-5; Bairro da Conceição-Ferreirense, 7-3. Líder: Despertar A, 24 pontos. Próxima jornada (10/12): Bairro da Conceição-Alvito; Operário-Ferreirense; Sporting Cu b a-Va s c o G a m a ; B e r i n ge le n s e -Despertar A. Série B (7.ª jornada): Piense-São Domingos, 4-3; Santo AleixoGuadiana, 3-2; Barrancos--Serpa, 1-2; Despertar B-Aldenovense, 5-1. Líder: Moura, 16 pontos. Próxima jornada (10/12): São Domingos-Moura; Guadiana-Piense; Serpa-Santo Aleixo; Aldenovense-Barrancos. Série C (7.ª jornada): Odemirense-Almodôvar, 1-1; Castrense-A l j u s t r e l e n s e , 6 -5 ; R e n a s c e nt e -Milfontes, 1-7; Boavista-Operário, 1-6. Líder: Operário Rio Moinhos, 18 pontos. Próxima jornada (10/12): Almodôvar-Ourique; Aljustrelense-Odemirense; Milfontes-Castrense; Operário-Renascente. Campeonato Distrital de Benjamins (7.ª jornada) – Série A: Beringelense-Sporting de Cuba, 1-4; Benfica Beja-Vasco Gama, 3-1; Alvito-Figueirense, 10-0; Despertar A- N.S.Beja, 1-5; Líder: Sporting de Cuba, 19 pontos. Próxima jornada (10/12): Sporting Cuba-Ferreirense; Vasco Gama-Beringelense; Figueirense-Benfica Beja; N.S.Beja-Alvito. Série B: Aldenovense-Bairro da Conceição, 3-9; Amarelejense-Serpa, 2-3; Moura Desportivo Beja, 3-1; Guadiana-Piense, 3-2. Líder: Bairro da Conceição, 19 pontos. Próxima Jornada (10/12): Bairro da Conceição-Despertar B; Serpa-Aldenovense; Desportivo Beja-Amarelejense; Piense-Moura. Série C: Panoias-Odemirense, 3-11; Renascente-Almodôvar, 7-4; Aljustrelense-Castrense, 1-6; Ourique-Rosairense, 10-1. Líder: Renascente S.Teotónio, 18 pontos. Próxima jornada (10/12): Odemirense-Milfontes; Almodôvar-Panoias; Castrense-Renascente; Rosairense-Aljustrelense.
A pré-eliminatória da Taça Distrito de Beja na categoria se juniores joga-se amanhã, sábado, com os seguintes jogos: Amarelejense-Almodôvar; São Domingos-Odemirense. Ficaram isentos: Moura-Castrense; Aljustrelense; Piense; Vasco Gama; Desportivo Beja.
Campeonato Distrital de Futsal (5.ª jornada): Jogam-se esta noite a maioria das partidas relativas à 5.ª Jornada do Distrital de Futsal que tem a seguinte agenda: Alfundão-I.P.Beja; VNS Bento-Almodovarense; Vila Ruiva-Alcoforado; A.Surdos Beja-N.S.Moura (dia 10, às 19 horas).
Moura perdeu Hugo Firmino O avançado Hugo Firmino, de 22 anos, um dos melhores marcadores do Moura (três golos) nesta temporada, pediu a rescisão do seu vínculo com o Moura para assinar pelo Torrense, clube da sua terra natal.
Desportivo de Beja goleou o Panoias
Uma goleada contra a crise O Castrense empatou em Ferreira do Alentejo, mas ganhou um ponto à concorrência. O Odemirense perdeu em casa e o Desportivo de Beja goleou o Panoias. Texto e foto Firmino Paixão
N
ão obstante a crise diretiva e a ameaça de suspensão da atividade, a equipa sénior do Desportivo de Beja deu, em campo, uma resposta muito positiva, com uma goleada sobre a formação do Panoias, uma das revelações deste campeonato. Assim a comunidade bejense entenda a reação destes atletas às ameaças de extinção daquele que é um dos mais representativos clubes do distrito. Depois desta nota prévia, projetemos agora a ronda do próximo domingo, centrados naquele que será o “jogo da jornada”, ou seja, a curta viagem do líder para o Municipal de Almodôvar, casa emprestada ao Rosairense, enquanto o seu reduto está em obras de beneficiação. Outro ponto de interesse é o Municipal de Vila Nova de São Bento, onde a turma local receberá o Milfontes, naquela que é a segunda incursão dos homens da foz do Mira, pela margem esquerda do Guadiana em semanas consecutivas (e de Serpa saíram derrotados). Depois temos o jogo de Beja onde o Vasco da Gama irá dar tudo para levar pontos, sendo que, estamos certos, Nelson Teixeira deverá, mais uma vez, apelar à união dos seus comandados para mostrarem aos bejenses (e que bom seria que todos fossemos à bola…) que o Desportivo não está moribundo. Entre os restantes jogos sublinhamos ainda aquele em que o Sporting de Cuba vai receber a formação do Serpa. Espremendo a jornada anterior, antes de um olhar à tabela, sublinhamos a perda de pontos do Castrense num terreno
1.ª Divisão Vasques (Serpa) e JL Brito (Milfontes) avaliam a gravidade da lesão (?) do guardião Marcos
onde isso era esperado, deslize não aproveitado pelos mais sérios rivais, o Milfontes que perdeu em Serpa, o Panoias goleado em Beja e o Odemirense surpreendido na sua própria casa. A vantagem aumentou para sete pontos, a três jornadas do final da primeira volta, vamos ver se a segunda metade não será um mero passeio para a equipa de Francisco Fernandes, porque o campeonato perderá toda a competitividade. Guadiana e Cuba estão em lugares de despromoção. 1.ª Divisão (10.ª jornada): Almodôvar-Sporting Cuba, 2-0; Serpa-Milfontes, 1-0; São Marcos-Vasco Gama, 2-1; Aldenovense-
-Guadiana, 3-0; Desportivo Beja-Panoias, 4-0; Ferreirense-Castrense, 0-0; Odemirense-Rosairense, 2-3. Classificação: 1.º Castrense, 29 pontos. 2.º Milfontes, 22. 3.º Panoias, 20. 4.º Aldenovense, Ferreirense e Rosairense, 18. 7.º Serpa, Odemirense e Vasco da Gama, 16. 10.º Desportivo de Beja, 12. 11.º Almodôvar, 11. 12.º São Marcos, 8. 13.º Guadiana e Sporting Cuba, 7. Próxima jornada (11/12): Sporting Cuba-Serpa; São Marcos-Almodôvar; Aldenovense-Milfontes; Desportivo Beja-Vasco Gama; Ferreirense-Guadiana; Odemirense-Panoias; Rosairense-Castrense.
Equipa conquistou os primeiros três pontos
Negrilhos ganhou em Ervidel
O
Ferrobico foi a Vale de Vargo sofrer a sua primeira derrota e o Piense só não lidera porque empatou em Amareleja. O Negrilhos conquistou os primeiros pontos. O Alvorada perdeu, foi mau, e perdeu em casa, ainda pior, mas perdeu com o Negrilhos, horrível! Honras da jornada para a equipa de Montes Velhos, que venceu tangencialmente em casa dos seus vizinhos e rivais de Ervidel e assim conquistou os seus primeiros três pontos. Muito mal devem ter passado os adeptos do clube local. Mérito também para o Vale de Vargo que impôs ao ainda
líder a sua primeira derrota. O Amarelejense não abriu mão de mais do que um ponto para o Piense e manteve a liderança entregue ao Cabeça Gorda. O Bairro da Conceição cumpriu, num jogo difícil que valeu sete dos 19 golos marcados na jornada. Amanhã a ronda é mais calma, mas esperam-se dificuldades para o Bairro da Conceição na descida até Ourique e para o Amarelejense no reduto do Renascente. Cabeça Gorda e Piense têm jogos aparentemente tranquilos. Sanluizense-Barrancos, 3-2; Vale de VargoCabeça Gorda, 1-0; Messejanense-Saboia, 0-3;
Alvorada-Negrilhos, 0-1; Amarelejense-Piense, 1-1; Bairro da Conceição-Renascente, 4-3. Classificação: 1.º Cabeça Gorda, 20 pontos. 2.º Piense, 19. 3.º Bairro da Conceição, 18. 4.º Amarelejense, 17. 5.º Renascente e Saboia, 13. 7.º Ourique, 11. 8.º Messejanense e Vale de Vargo, 8. 10.º Alvorada, 8. 11.º Sanluizense, 7. 12.º Barrancos, 4. 13.º Negrilhos, 3. Próxima jornada (10/12): Cabeça Gorda-Sanluizense; Saboia-Vale de Vargo; Negrilhos-Messejanense; Piense-Alvorada; RenascenteAmarelejense; Ourique-Bairro da Conceição. FP
Hoje palpito eu...
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João José Neca Cataluna “Macarrão”
Diário do Alentejo 9 dezembro 2011
Taça Distrito de Beja juniores
E
ste centro campista foi uma das grandes referências da sua época. Criado na formação do Futebol Clube de Serpa, e campeão distrital nas categorias de juvenis e juniores, foi chamado à Seleção Nacional, então treinada por Jesualdo Ferreira, juntando-se a jogadores como Chalana, Sousa e Formosinho, entre outros. Nesse período recebeu convites do Farense e da Académica de Coimbra, mas já como sénior atuou no Juventude de Évora e no Desportivo de Beja, na antiga divisão de honra. Voltou ao seu clube de origem e daí rumou ao Moura onde jogou duas épocas. E, uma vez mais com a camisola do Serpa, aos 33 anos, decidiu, prematuramente, pendurar as botas. Hoje, com 54 anos, é observador atento do futebol, acompanhando de perto a carreira das sementes que deixou na modalidade: o Bruno, o Diogo e o Rui, todos eles futebolistas com a grande bitola de qualidade com que o João Macarrão (assim foi conhecido no futebol) perfumou os campos do nosso distrito.
(2) SPORTING DE CUBA/SERPA Não obstante ter o plantel limitado com lesões, penso que o Serpa, com maior ou menor dificuldade, acabará por vencer este encontro. (X) SÃO MARCOS/ALMODÔVAR São duas equipas que se conhecem muito bem, será um jogo renhido e no final deve prevalecer o empate. (1) ALDENOVENSE/MILFONTES O Aldenovense tem jogadores experientes e com muito valor. Não terá dificuldade em vencer este opositor que, em meu entender, peca por falta de pendor ofensivo. (1) DESPORTIVO DE BEJA/VASCO DA GAMA O Desportivo, apesar dos problemas que atravessa, vem de um resultado moralizador e joga em casa perante um Vasco da Gama intermitente, que venderá cara uma possível derrota. (1) FERREIRENSE/GUADIANA O Ferreirense começou mal, mas aos poucos tem vindo a recuperar. O Guadiana tem uma equipa aguerrida, mas com pouco traquejo. Aposto na vitória do Ferreirense. (1) ODEMIRENSE/PANOIAS Jogo onde existirá um grande equilíbrio, mas o fator casa fará com que o Odemirense consiga vencer este adversário. (2) ROSAIRENSE/CASTRENSE Será um duelo bem renhido. O Rosairense pratica um futebol agradável, mas perante o candidato à subida de divisão poucas hipóteses terá de pontuar.
Diário do Alentejo 9 dezembro 2011
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Hóquei de Grândola invicto
Godinho Lopes em Beja O presidente do Sporting Clube de Portugal, Luís Godinho Lopes, presidiu às comemorações do 20.º aniversário do Núcleo Sportinguista de Beja, num convívio que reuniu cerca de 120 adeptos do clube de Alvalade. A comitiva incluiu também o responsável pelos núcleos, Rogério de Brito, o antigo jogador Beto, a relações públicas Irene Palma e o membro do conselho diretivo Rui Paulo Figueiredo. A anteceder o almoço de confraternização entre a família leonina, Godinho Lopes reuniu com os núcleos do Baixo Alentejo, com uma agenda que incluía a captação de sócios, dinamização de parcerias e a uniformização da imagem das sedes dos núcleos para reforço e valorização da marca Sporting. O ex-jogador Beto, a relações públicas Irene Palma e o conselho diretivo do Sporting, na pessoa do seu presidente, receberam do seu anfitrião, José António Henriques (presidente do Núcleo Bejense), o “Troféu Pax-Leonuis”. Firmino Paixão
Nacional da 3.ª Divisão (7.ª Jornada): Lisbonense-H. Santiago, 8-1; Seixal-H.Grândola, 3-4; Azeitonense-Estremoz, 6-6; Aljustrelense-Salesiana, 2-6; Boliqueime-Lobinhos, 5-4. Folgou o Castrense. Classificação: 1.º H.Grândola, 21 pontos. 2.º Lisbonense, 16.3.º Salesiana, 15. 4.º Boliqueime, 12. 5.º Lobinhos, 9. 6.º Azeitonense, 8. 7.º H.Santiago, 7. 8.º Estremoz, 7. 9.º Seixal, 3. 10.º Aljustrelense, 3. 11.º Castrense, 1. Próxima jornada (10/12): H.Grândola-Lisbonense; Estremoz-Seixal; Salesiana-Azeitonense; Lobinhos-Aljustrelense; Castrense-Boliqueime. Folga o H.Santiago. Nacional da 2.ª Divisão (7.ª jornada): H. Vasco Gama Sines-Turquel, 3-14: Líder: Sporting, 21 pontos. 11.º H. Vasco Gama, 3. Próxima jornada (10/12): Parede-H-Vasco Gama Sines.
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Zona Azul ganhou ao Torrense Campeonato Nacional da 3.ª Divisão Seniores Masculinos Zona Sul (11.ª jornada): Lagoa-AC Sines, 30-12; Almada-Redondo, 30-24; Boa Hora-Guadiana, 29-20; Torrense-Zona Azul, 22-24; Oriental-Loures, 27-23. Classificação: 1.º Boa Hora e Zona Azul, 28 pontos. 3.º Torrense, 26. 4.º Lagoa, 23. 5.º Almada, 22. 6.º Redondo, 20. 7.º Oriental, 18. 8.º N.Guadiana, 16. 9.º Loures, 14. 10.º Costa D’Oiro, 13. 11.º A.C.Sines, 12. Próxima jornada (17/12): Redondo-AC Sines; Zona Azul-Oriental. Campeonato Nacional da 1.ª Divisão Iniciados Masculinos Zona 6 (10.ª jornada): CCP Serpa-Quinta Nova, 31-32; Almada-Lagoa, 15-32; Vela Tavira-V.Setúbal, 32-32; Alto Moinho-Torrense, 31-31. Líder: Lagoa, 27 pontos. 8.º CCP Serpa, 12. Próxima jornada (17/12): Almada-CCP Serpa.
Moura Volei Clube em segundo lugar O Moura Volei Clube venceu o Atlético de Albufeira por 3/1 (parciais de 22/25, 25/22, 30/28 e 25/17) em jogo relativo à 4.ª jornada do Nacional de Voleibol da 3.ª Divisão. No outro jogo da jornada o Marinhense derrotou o Académico de Penafirme por 3/0. O campeonato vai sofrer uma paragem durante o resto do mês de dezembro, reatando-se em 7 de janeiro de 2012 com a deslocação da equipa de Moura ao pavilhão do Penafirme/Torres Vedras. O Marinhense comanda a prova com 11 pontos e o Moura é segundo com sete.
BBC ganhou aos Tubarões O Beja Basket Clube venceu a equipa dos Tubarões de Quarteira pela marca de 71/65, em partida correspondente à 5.ª ronda do Nacional de Basquetebol da 2.ª Divisão. Nos outros jogos da jornada os Salesianos de Évora ganharam ao Reguengos por 76/59 e o Ferragudo venceu o Tavira por 65/58. A formação bejense ocupa o 4.º lugar, com seis pontos, menos que os Salesianos, atuais líderes da Zona Sul. O Beja Basket Clube volta a jogar em casa no próximo domingo (Pavilhão Municipal de Beja, pelas 17 horas), frente ao Clube de Basquete de Albufeira.
Atletismo em Castro Verde A Associação de Atletismo realiza amanhã, sábado, na Pista de Atletismo de Castro Verde, o Torneio de Velocidade e Lançamentos. As provas destinam-se a atletas de todos os escalões e disputam-se entre as 14 e as 17 horas.
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Realiza-se no próximo dia 17, em Almodôvar, o V Encontro Nacional de Monitores de Giravolei, com o lema “Do nível I ao nível II”. A iniciativa é organizada pela Associação de Voleibol do Alentejo e pela Federação Portuguesa de Voleibol.
Núcleo Sportinguista de Beja José Saúde
Casas do Benfica promovem almoço de Natal As casas do Benfica do Baixo Alentejo promovem amanhã, sábado, dia 10, pelas 13 horas, no restaurante O Alentejano, junto à Câmara Municipal de Serpa, um almoço de Natal. A iniciativa visa “fortalecer os laços de amizade e união entre as casas do Benfica do Baixo Alentejo, na esperança que 2012 possa ser um ano de entreajuda e com um grande espírito de solidariedade entre elas”, explicam os promotores.
O futebol feminino do Odemirense
“As raparigas entram no jogo para ganhar” Texto e foto Firmino Paixão
O
Sport Clube Ode-mirense tem, pela segunda época consecutiva, uma equipa feminina a competir nas provas regulares da A.F.Beja. Pedro Almeida, treinador da formação e responsável pelo percurso formativo das jogadoras odemirenses, revela que a ambição do conjunto é melhorar a classificação do ano passado. Mas acentua que o projeto preenche uma lacuna que existia num clube que faz o pleno da formação no escalão masculino. O técnico quer falar de futebol praticado por raparigas, e não de futebol feminino, porque isso estimula os preconceitos. E cita um filósofo pensador para dizer que as suas jogadoras entram em campo para ganhar. Uma opinião interessante na discussão da problemática da igualdade de géneros. Que objetivos trouxe o Odemirense para o Campeonato Distrital de Futebol Feminino?
O nosso objetivo é o de melhorarmos o desempenho do ano passado, que foi uma época de iniciação e, no seguimento do trabalho efetuado, queremos continuar o desenvolvimento destas jovens jogadoras com o intuito de melhor se adaptarem à prática da modalidade. Mas sempre com o objetivo de ganharmos os três pontos em cada jogo ou, pelo menos, fazermos o esforço máximo para que isso aconteça. A sua mensagem consegue passar bem num balneário cheio de jogadoras?
Os processos de passagem de mensagem e da dinâmica de grupo são diferentes, com vantagens e desvantagens. Temos que nos adaptar às características femininas, onde muitas vezes o fator psicológico conta muito, e o facto de só estarem a jogar há uma temporada é muito saliente quando a equipa tem alguma dificuldade. É um trabalho que fazemos todos os dias, para que evoluam, não só no
Futebol A equipa feminina do Sport Clube Odemirense
Mas elas evoluem muito mais num jogo do que em cinco ou seis treinos, porque no jogo é que efetivamente se consolida o processo formativo. aspeto técnico e tático mas também psicológico. O campeonato tem poucas equipas a competir?
É curto, embora seja um campeonato a três voltas e mais uma volta para a Taça, isso já ajuda um pouco nesse processo competitivo. Mas elas evoluem muito mais num jogo do que em cinco ou seis treinos, porque no jogo é que efetivamente se consolida o processo formativo. E nós sentimos que quando a época terminar seria quando devíamos estar a começar. É pena só existirem seis equipas, mas é o início, acreditamos
que no futuro surjam outras equipas que tornem os campeonatos mais extensos. O recrutamento de atletas tem sido fácil?
Não é tão fácil como nós desejaríamos. O futebol ainda tem uma imagem e um cariz muito masculino, muitos pais têm algumas reticências. Há dias estava a falar com a mãe de uma jogadora que há dois anos queria aderir ao nosso projeto e a mãe não a deixava porque achava que o futebol era para homens, mas fizemoslhe ver que os desportos coletivos encerram características positivas no desenvolvimento destas jovens, sobretudo porque no plantel temos apenas três ou quatro jogadoras com mais de 18 anos. O Aljustrelense tem a taça de honra e o Serpa é campeão em título. O Odemirense procura intrometer-se entre estas duas equipas?
Temos a noção da mais valia dessas equipas. Penso que, este ano, a Casa do Benfica de Castro Verde também se reforçou bastante com algumas jogadoras de Serpa, mas
acreditamos que temos equipa para lutar em todos os jogos. Sabendo das nossas limitações, temos a noção clara que não damos, antecipadamente, nenhum jogo por perdido. Na época passada ficámos em último lugar, a nossa meta este ano é ficarmos acima do meio da tabela. O futebol é masculino, mas a bola é feminina?
As mulheres têm o seu espaço no futebol. Penso que o futebol tem uma dimensão que lhe permite abranger ambos os sexos. Trata-se de uma questão de mudança de mentalidades. Olharmos o problema por essa vertente é também uma questão social, quando referimos o termo futebol feminino enfermamos num erro enorme, não há futebol feminino, há futebol. Há futebol que é praticado por meninas e há futebol praticado por meninos. Todos nós, ao fazermos essa distinção, estamos logo a fazer a exclusão e a estimular o preconceito. Os grandes pensadores do jogo dizem que o rapaz entra em jogo para não perder e a rapariga entra em jogo sempre para ganhar.
Revendo os conteúdos que no dia 23 de novembro de 1991 levaram um grupo de autênticos “carolas” do Sporting Clube de Portugal a partir para a fundação do atual Núcleo Sportinguista de Beja reparo, agora, que a sua enorme vontade não foi em vão, a união fez a força, e a velha Pax Julia rejubilou. Revejo, também, o primeiro jantar levando à estampa na cidade bejense e a elevada participação de ilustres desconhecidos, que se reuniram à volta do repasto tendo como cordão umbilical o seu Sporting. Deram-se ovações pelo momento vivido, ouviram-se sistemáticos gritos de vivas ao Sporting, falou-se, então, de um mar de projetos, sendo que o núcleo, ao longo da sua existência, tem, paulatinamente, criado um indiscutível afeto à casa mãe e é hoje um espaço aberto no qual todos os sportinguistas se poderão encontrar e discutir alvíssaras oriundas do grémio de Lisboa. No pretérito sábado, num restaurante da cidade, cerca de 140 convivas participaram num almoço-convívio e comemoram, em uníssono, o XX Aniversário do Núcleo de Beja. Godinho Lopes, presidente, acompanhado pelo antigo jogador Beto, por Rogério Brito e Irene Palma, jornalista, uma alentejana natural de Baleizão e que faz parte do staff da comunicação social do clube de Alvalade, foram presenças notadas, outorgando as suas comparências brilho a uma reunião que esteve de facto ao rubro. Ao dissecarmos a atividade do núcleo, ocorre-nos uma indesmentível realidade que se prende essencialmente com o fenómeno da competição. Ou seja, os dirigentes franquearam as suas portas para jovens que queiram evidenciar as suas capacidades competitivas, sendo que atualmente o Núcleo Sportinguista de Beja participa em campeonatos regionais na AF Beja com escalões de formação. De resto o núcleo está forte, recomenda-se e os adeptos leoninos reafirmaram a sua robusta convicção: Sporting, sempre!
Diário do Alentejo 9 dezembro 2011
Giravolei em Almodôvar
saúde
Sexta-feira, 9 DEZEMBRO 2011 Nº 1546 (II Série)
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Análises Clínicas
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Pneumologia
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DOENÇAS PULMONARES ALERGOLOGIA Sidónio de Souza Ex-Chefe Serviço Hospital Pulido Valente Consultas às 5ªs feiras Marcações: tel. 284 32 25 03 CLINIPAX Rua Zeca Afonso, nº 6 1º B - BEJA
Generalista CONSULTAS DE OBESIDADE
de Sousa, 56-A – Sala 8 Marcações
Marcações pelo telef. 284325059
pelo tm. 919788155
Dermatologia
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DRA. TERESA ESTANISLAU CORREIA
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Marcação de consultas de dermatologia:
Medicina dentária ▼
Luís Payne Pereira
HELIODORO SANGUESSUGA
Médico Dentista
DOENÇAS DO SISTEMA
Consultas em Beja
CONSULTAS
Clínica do Jardim
às 3ªs e 4ªs feiras,
Praça Diogo Fernandes, nº11 – 2º Tel. 284329975
a partir das 15 horas MARCAÇÕES pelos
Clínica Dentária
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7800-073 BEJA
Psiquiatria
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Dr. José Loff Urgências
FERNANDO AREAL
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GASPAR CANO
telfs.284322387/919911232 Rua Tenente Valadim, 44
HORÁRIO: Das 11 às 12.30 horas e das 14 às 18 horas pelo tel. 218481447 (Lisboa) ou Em Beja no dia das consultas às quartas-feiras Pelo tel. 284329134, depois das 14.30 horas na Rua Manuel António de Brito, nº 4 – 1º frente 7800-544 Beja (Edifício do Instituto do Coração, Frente ao Continente) Clínica Geral
NERVOSO
Fisiatria – Dr. Carlos Machado Psicologia Educacional – Elsa Silvestre Psicologia Clínica – M. Carmo Gonçalves Tratamentos de Fisioterapia – Classes de Mobilidade – Classes para Incontinência Urinária – Reeducação dos Músculos do Pavimento Pélvico – Reabilitação Pós Mastectomia
Médico Especialista pela Ordem dos Médicos e Ministério de Saúde
ACS, CTT, EDP, CGD, SAMS.
Fisioterapia
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Centro de Fisioterapia S. João Batista
DR. A. FIGUEIREDO LUZ
Rua do Canal, nº 4 7800 BEJA
Consultório Centro Médico de Beja Largo D. Nuno Álvares Pereira, 13 – BEJA Tel. 284312230
CONSULTAS EM BEJA 2ª, 4ª e 5ª feira das 14 às 20 horas EM BERINGEL Telef 284998261 6ª e sábado das 14 às 20 horas
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Rua Capitão João Francisco
CONSULTÓRIOS: Beja Praça António Raposo Tavares, 12, 7800-426 BEJA Tel. 284 313 270 Évora CDI – Praça Dr. Rosado da Fonseca, 8, Urb. Horta dos Telhais, 7000 Évora Tel. 266749740
Neurologista do Hospital dos Capuchos, Lisboa
Rua Bernardo Santareno, nº 10 Telef. 284326965 BEJA
Obesidade
Consultas de 2ª a 6ª
DRª CAROLINA ARAÚJO
Prótese/Ortodontia CONSULTAS 2ªs, 3ªs e 5ªs feiras Rua Zeca Afonso, nº 16 F Tel. 284325833
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Consultas de Neurologia
Rua António Sardinha, 25r/c dtº Beja
Cirurgia Vascular
Neurologia
CLÍNICA MÉDICA DENTÁRIA
Ginecologia/Obstetrícia
FAUSTO BARATA
Psicologia
MÉDICO ESPECIALISTA EM CLÍNICA GERAL/ MEDICINA FAMILIAR Marcações a partir das 14 horas Tel. 284322503 Clinipax Rua Zeca Afonso, nº 6-1º B – BEJA
Prótese fixa e removível Urologia
Estética dentária
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MÉDICO Consultor de Psiquiatria
Implantologia
AURÉLIO SILVA
Consultório
Aparelhos fixos
UROLOGISTA
e removíveis
Hospital de Beja Doenças de Rins e Vias Urinárias
Cirurgia oral/
Rua Capitão João Francisco Sousa 56-A 1º esqº 7800-451 BEJA
VÁRIOS ACORDOS
Tel. 284320749
Oftalmologia
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CÉLIA CAVACO Oftalmologista pelo Instituto Dr. Gama Pinto – Lisboa Assistente graduada do serviço de oftalmologia do Hospital José Joaquim Fernandes – Beja Marcações de consultas de 2ª a 6ª feira, entre as 15 e as 18 horas Rua Dr. Aresta Branco, nº 47 7800-310 BEJA Tel. 284326728 Tm. 969320100
Consultas :de segunda a sexta-feira, das 9 e 30 às 19 horas Rua de Mértola, nº 43 – 1º esq. Tel. 284 321 304 Tm. 925651190 7800-475 BEJA
Consultas às 6ªs feiras na Policlínica de S. Paulo Rua Cidade S. Paulo, 29 Marcações pelo telef. 284328023
Otorrinolaringologia
DR. J. S. GALHOZ Ouvidos,Nariz, Garganta Exames da audição Consultas a partir das 14 horas Praça Diogo Fernandes, 23 - 1º F (Jardim do Bacalhau) Telef. 284322527 BEJA
BEJA ▼
saúde
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Diário do Alentejo 9 dezembro 2011
PSICOLOGIA ANA CARACÓIS SANTOS – Educação emocional; – Psicoterapia de apoio; – Problemas comportamentais; – Dificuldades de integração escolar; – Orientação vocacional; – Métodos e hábitos de estudo GIP – Gabinete de Intervenção Psicológica Rua Almirante Cândido Reis, 13, 7800-445 BEJA Tel. 284321592
Clínica Médico-Dentária de S. FRANCISCO, LDA. Gerência de Fernanda Faustino Acordos: SAMS, ADMG, PSP, A.D.M.E., Portugal Telecom e Advancecare Rua General Morais Sarmento, nº 18, r/chão; TEL. 284327260 7800-064 BEJA
_______________________________________ Manuel Matias – Isabel Lima – Miguel Oliveira e Castro – Jaime Cruz Maurício Ecografia | Eco-Doppler Cor | Radiologia Digital Mamografia Digital | TAC | Uro-TC | Dental Scan Densitometria Óssea Nova valência: Colonoscopia Virtual Acordos: ADSE; PT-ACS; CGD; Medis, Multicare; SAMS; SAMS-quadros; Allianz; WDA; Humana; Mondial Assistance. Graça Santos Janeiro: Ecografia Obstétrica Marcações: Telefone: 284 313 330; Fax: 284 313 339; Web: www.crb.pt Rua Afonso de Albuquerque, 7 r/c – 7800-442 Beja e-mail: cardiologiabeja@mail.telepac.pt
CENTRO DE IMAGIOLOGIA DO BAIXO ALENTEJO ECOGRAFIA – Geral, Endocavitária, Osteoarticular, Ecodoppler TAC – Corpo, Neuroradiologia, Osteoarticular, Dentalscan Mamografia e Ecografia Mamária Ortopantomografia Electrocardiograma com relatório
Dr. Sidónio de Souza – Pneumologia/Alergologia/ Desabituação tabágica – H. Pulido Valente Dr. Fernando Pimentel – Reumatologia – Medicina Desportiva – Instituto Português de Reumatologia de Lisboa Dr.ª Verónica Túbal – Nutricionismo – H. de Beja Dr.ª Sandra Martins – Terapia da Fala – H. de Beja Dr. Francisco Barrocas – Psicologia Clínica/Terapia Familiar – Membro Efectivo da Soc. Port. Terapia Familiar e da Assoc. Port. Terapias Comportamental e Cognitiva (Lisboa) – Assistente Principal – Centro Hospitalar do Baixo Alentejo. Dr. Rogério Guerreiro – Naturopatia Dr. Gaspar Cano – Clínica Geral/ Medicina Familiar Dr.ª Nídia Amorim – Psicomotricidade/Educação Especial e Reabilitação (dificuldades específicas de aprendizagem/ dislexias) Dr. Sérgio Barroso – Oncologia – H. de Beja Drª Margarida Loureiro – Endocrinologia/Diabetes/ Obesidade – Instituto Português de Oncologia de Lisboa Dr. Francisco Fino Correia – Urologia – Rins e Vias Urinárias – H. Beja Dr. Daniel Barrocas – Médico Interno de Psiquiatria – Hospital de Santa Maria Dr. Carlos Monteverde – Chefe de Serviço de Medicina Interna, doenças de estômago, fígado, rins, endoscopia digestiva. Dr.ª Ana Cristina Duarte – Pneumologia/Alergologia Respiratória/Apneia do Sono – Assistente Hospitalar Graduada – Consultora de Pneumologia no Hospital de Beja Dr.ª Isabel Martins – Chefe de Serviço de Psiquiatria de Infância e Adolescência/Terapeuta familiar – Centro Hospitalar do Baixo Alentejo Dr.ª Paula Rodrigues – Psicologia Clínica – Hospital de Beja Dr.ª Luísa Guerreiro – Ginecologia/Obstetrícia Dr.ª Ana Montalvão – Hematologia Clínica /Doenças do Sangue – Assistente Hospitalar – Hospital de Beja Dr.ª Ana Cristina Charraz – Psicologia Clínica – Hospital de Beja Dr. Diogo Matos – Dermatologia. Médico interno do Hospital Garcia da Orta. Dr. José Janeiro – Medicina Geral e Familiar – Atestados: Carta de condução; uso e porte de arma e caçador. Dr.ª Joana Freitas – Cavitação, Lipoaspiração não invasiva,indolor e não invasivo, acção imediata, redução do tecido adiposo e redução da celulite Dr.ª Ana Margarida Soares – Terapia da Fala - Habilitação/ Reabilitação da linguagem e fala. Perturbação da leitura e escrita específica e não específica. Voz/Fluência. Dr.ª Maria João Dores – Técnica Superior de Educação Especial e Reabilitação/Psicomotricidade. Perturbações do Desenvolvimento; Educação Especial; Reabilitação; Gerontomotricidade. Enfermeira Maria José Espanhol – Enfermeira especialista em saúde materna/Cuidados de enfermagem na clínica e ao domicílio/Preparação pré e pós parto/ amamentação e cuidados ao recém-nascido/Imagem corporal da mãe – H. de Beja Marcações diárias pelos tels. 284 322 503 Fax 284 322 503 Tm. 91 7716528 Rua Zeca Afonso, nº 6, 1º B, 7800-522 Beja clinipax@netvisao.pt
António Lopes – Aurora Alves – Helena Martelo – Montes Palma – Maria João Hrotko – Médicos Radiologistas – Convenções: ADSE, ACS-PT, SAD-GNR, CGD, MEDIS, SSMJ, SADPSP, SAMS, SAMS QUADROS, ADMS, MULTICARE, ADVANCE CARE
Horário: de 2ª a 6ª feira, das 8 às 19 horas e aos sábados, das 8 às 13 horas Av. Fialho de Almeida, nº 2 7800 BEJA Telef. 284318490 Tms. 924378886 ou 915529387
Terapia da Fala
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Urologia
Terapeuta da Fala VERA LÚCIA BAIÃO Consultas em Beja CLINIBEJA – 3ªs, 5ªs, 6ªs Rua António Sardinha, 25, r/c esq. CENTRO DE FISIOTERAPIA S. JOÃO BATISTA – 2ªs e 4ªs Rua 25 de Abril, 11, cave esqª Tm. 962557043
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FRANCISCO FINO CORREIA MÉDICO UROLOGISTA RINS E VIAS URINÁRIAS Marcações de 2.ª a 6.ª feira a partir das 14 horas Rua Capitão João Francisco de Sousa, n.º 20 7800-451 BEJA Tel. 284324690
institucional diversos
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Diário do Alentejo 9 dezembro 2011 Diário do Alentejo nº 1546 de 09/12/2001 Única Publicação
Diário do Alentejo nº 1546 de 09/12/2001 1.ª Publicação
Diário do Alentejo nº 1546 de 09/12/2011 2.ª Publicação
MINISTÉRIO DAS FINANÇAS
MINISTÉRIO DAS FINANÇAS
DIRECÇÃO-GERAL DOS IMPOSTOS SERVIÇO DE FINANÇAS DE BEJA
DIRECÇÃO-GERAL DOS IMPOSTOS SERVIÇO DE FINANÇAS DE VIDIGUEIRA-0337
CARTÓRIO NOTARIAL DE ALMODÔVAR Certifico, para fins de publicação que, por escritura exarada no dia vinte e um de Novembro de dois mil e onze, neste Cartório, no livro de escrituras diversas n.° 147-C, a fis 32 e seguintes, – JOSÉ JOAQUIM MESTRE e mulher MARIA ANICA VIEIRA GUERREIRO, casados na comunhão geral, naturais ele da freguesia e concelho de Ourique e ela da freguesia de Gomes Aires, concelho de Almodôvar, residentes na Rua da Eira, lote 11, Santa Clara-a-Nova, Almodôvar, com os N.I.F. 108234630 e 143380303 declararam: Que são donos e legítimos possuidores, com exclusão de outrem, dos seguintes bens imóveis: 1) Prédio urbano, situado no Monte do Ferranhão, freguesia de Gomes Aires, concelho de Almodôvar, composto de edifício de rés-dochão para habitação e quintal, com a área coberta de cento e trinta e dois metros quadrados e descoberta de duzentos e noventa e três metros quadrados, a confrontar do norte com Maria de Fátima Guerreiro Mestre, sul e poente com Barranco do Centeio e nascente com Rua, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 1319 (proveio do 783), com o valor patrimonial de € 7.960, 00 e atribuído de € 7.961,00. 2) Prédio urbano, situado no Monte do Ferranhão, freguesia de Gomes Aires, concelho de Almodôvar, composto de edifício de résdo-chão para habitação e quintal, com a área coberta de cento e dois metros quadrados e descoberta de duzentos e sessenta e um metros quadrados, a confrontar do norte e poente com Barranco do Centeio, sul com Julieta Maria Guerreiro Mestre Guerreiro e nascente com Rua, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 1318 (proveio do 783), com o valor patrimonial de €3.570,00 e atribuído de €3.571,00. Que os prédios estão omissos na Conservatória do Registo Predial de Almodôvar e inscritos na respectiva matriz em nome do justificante marido. Que não têm qualquer título de onde resulte pertencer-lhes o direito de propriedade dos prédios, mas iniciaram a sua posse por volta do ano de mil novecentos e cinquenta e cinco, ano em que o adquiriram por partilha meramente verbal feita com os demais interessados, dos bens da herança de sua irmã Guilhermina Maria, solteira, maior, residente que foi no Monte do Penedo, Ourique. Que, desde essa data, sempre têm usado e fruído os referidos prédios, procedendo a todas as obras de conservação e restauração, habitando-o e nele guardando os seus haveres e fazendo essa exploração com a consciência de serem os seus únicos donos, à vista de todo e qualquer interessado, sem qualquer tipo de oposição há mais de cinquenta anos, sem interrupção ou ocultação de quem quer que seja, o que confere à posse a natureza de pública, pacífica, contínua e de boa fé, razão pela qual adquiriram o direito de propriedade sob os prédios por usucapião, que expressamente invocam para efeitos de ingresso do mesmo no registo predial. Está conforme. Almodôvar, 22 de Novembro de 2011. A Conservadora, em funções notariais Maria Joana Santos de Matos Garrido
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CASADINHO Sítio Horta de St. António Caixa postal 2601 BEJA Tm. 967318516
ÉDITOS DE 30 DIAS, ANÚNCIO PARA VENDA JUDICIAL POR LEILÃO ELECTRONICO E CITAÇÃO DE CREDORES MANUEL JOSÉ BORRACHA PÓLVORA, Chefe do Serviço de Finanças de Beja, faz público que por este Serviço de Finanças correm éditos de trinta dias, citando o executado Rui Miguel de Abreu e Sousa Pinto, Contribuinte Fiscal nº 196.376.475, com última residência conhecida em Praceta Professor Agostinho da Silva, nº 2 – 2º - em Beja, executado no Processo de Execução Fiscal nº 0248200901036181 e apensos , deste Serviço de Finanças, por dívidas de IRS, no montante total de € 892,83, ao qual acrescem os juros de mora e custas a contar nos termos da Lei, para no prazo de 30 (trinta) dias, imediatamente após os trinta dias do presente édito, e contados a partir da última publicação, pagar na Secção de Cobrança deste Serviço de Finanças, mediante guias a solicitar neste Serviço de Finanças, a dívida acima mencionada. Mais Fica citado que, para garantir o pagamento da dívida em questão, foi penhorado ao executado, acima mencionado, o bem que se identifica em seguida e que se não pagar a referida dívida dentro daquele prazo ou deduzir oposição, procederá este Serviço de Finanças à sua venda judicial por leilão electrónico, nos termos do art.º 248º do Código de Procedimento e de Processo Tributário, para o que já se encontra designado o dia 15 de Fevereiro de 2012, pelas 10,00 horas, neste Serviço de Finanças. BEM PENHORADO Identificação do Prédio: Prédio urbano, inscrito na matriz predial urbana da Freguesia de S. João Baptista, Concelho de Beja, sob o artigo 2190, Fracção C, e descrito na Conservatória do Registo Predial de Beja sob o nº 165/19860821, destinado a habitação, com a Área Bruta Privativa de 143,2500 m2, e Área Bruta Dependente 48,6600 m2. O mesmo é composto por 4 quartos, sala, cozinha, hall, 3 casas de banho, 2 varandas e lugar para estacionamento. O valor base a anunciar para venda é de € 68.761,00, de acordo com o disposto no nº 4 do artigo 250º do Código de Procedimento e de Processo Tributário, que corresponde a 70% do valor fixado nos termos do nº 1 do mesmo artigo. É fiel depositário do mencionado bem o executado o Sr. Rui Manuel de Abreu e Sousa Pinto, que deverá mostrá-lo a quem pretenda examiná-lo. As propostas deverão ser apresentadas via Internet, mediante acesso ao “Portal das Finanças”, e autenticação enquanto utilizador registado, em www.portaldasfinanças.gov.pt na opção “Venda de bens penhorados”, ou seguindo consecutivamente as opções “Cidadãos”, “Outros Serviços”, “Venda Electrónica de Bens” e “Leilão Electrónico”. A licitação a apresentar deve ser de valor igual ou superior ao valor base da venda e superior a qualquer das licitações anteriormente apresentadas para essa venda. O prazo para licitação tem início no dia 2012-02-01, pelas 10,00 horas, e termina no dia 2011-02-15, às 10,00 horas. As propostas, uma vez submetidas, não podem ser retiradas, salvo disposição legal em contrário. No dia e hora designados para o termo do leilão, o Chefe de Finanças decide sobre a adjudicação do bem (artº 6º da portaria nº 219/2011). A totalidade do preço deverá ser depositada, à ordem do órgão de execução fiscal, no prazo de 15 dias, contados do termo do prazo de entrega das propostas, mediante guia a solicitar junto do órgão de execução fi scal, sob pena das sanções previstas (256º/1/e) CPPT). No caso de montante superior a 500 unidades de conta, e mediante requerimento fundamentado, entregue no prazo de 5 dias, contados do termo do prazo de entrega de propostas, poderá ser autorizado o depósito mencionado no parágrafo anterior, de apenas uma parte do preço, não inferior a um terço e o restante em, até 8 meses (256º/1/f) CPPT). A venda pode ainda estar sujeita ao pagamento dos impostos que se mostrem devidos, nomeadamente o Imposto Municipal sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis, o Imposto sobre O Valor Acrescentado ou outros. Ficam por este meio citados, de harmonia com o disposto no nº 2 do artigo 239º do Código de Procedimento e de Processo Tributário, quaisquer credores desconhecidos que gozem de garantia real sobre o bem penhorado, bem como os sucessores dos credores preferentes, para reclamarem os seus créditos no prazo de 15 (quinze) dias, findos os 20 (vinte) dias a contar da 2ª publicação do presente anuncio. E para constar, se passou o presente Edital / Anúncio e outros de igual teor que vão ser afixados nos lugares indicados por lei. Serviço de Finanças de Beja, aos dois dias de Setembro de 2011.
ANÚNCIO VENDA E CONVOCAÇÃO DE CREDORES N.º da Venda: 0337.2011.19 - Um prédio urbano sito em Rua de Santa Clara nº 27 e Rua do Castelo s/n -Vidigueira, inscrito na matriz predial da freguesia e concelho de Vidigueira sob o artigo nº 3089 sob o tipo “prédio em propriedade total com andares ou divisões susceptiveis de utilização independente”, com a área total do terreno de 298 m2, área de implantação do edificio de 222 m2, área bruta privativa total de 152 m2 e área de terreno integrante das fracções de 76 m2, com a seguinte discriminação: Fracção A - Destinada a habitação, com entrada pela Rua de Santa Clara nº 27, Vidigueira, de tipologia 3, de um piso, com a área de terreno integrante de 76 m2, área bruta privativa de113 m2, área bruta dependente de 20 m2 e o valor patrimonial de € 51.150,00; Fracção B - destinada a serviços, com entrada pela Rua do castelo, s/n, Vidigueira, de tipologia 2, de um piso, com a área bruta privativa de 39 m2 e o valor patrimonial de € 18.630,00. José Maria Pereira Aniceto, Chefe de Finanças do Serviço de Finanças VIDIGUEIRA-0337, sito em LG. JOSE AFONSO, VIDIGUEIRA, faz saber que irá proceder à venda por meio de leilão electrónico, nos termos dos artigos 248.º e seguintes do Código de Procedimento e de Processo Tributário (CPPT), e da portaria n.º 219/2011 de 1 de Junho, do bem acima melhor identificado, penhorado ao executado infra indicado, para pagamento de divida constante em processo(s) de execução fiscal. É fiel depositário(a) o(a) Sr(a) NORIETE DOS ANJOS CARVALHO RENDEIRO, residente em VIDIGUEIRA, o(a) qual deverá mostrar o bem acima identificado a qualquer potencial interessado (249.º/6 CPPT), entre as 15:48 horas do dia 2011-11-25 e as 16:00 horas do dia 2012-02-14. O valor base da venda (250.º CPPT) é de € 48.846,00. As propostas deverão ser apresentadas via Internet, mediante acesso ao “Portal das Finanças”, e autenticação enquanto utilizador registado, em www.portaldasfinancas.gov.pt na opção “Venda de bens penhorados”, ou seguindo consecutivamente as opções “Cidadãos”, “Outros Serviços”, “Venda Electrónica de Bens” e “Leilão Electrónico”. A licitação a apresentar deve ser de valor igual ou superior ao valor base da venda e superior a qualquer das licitações anteriormente apresentadas para essa venda. O prazo para licitação tem início no dia 2012-01-31, pelas 10:00 horas, e termina no dia 2012-02-15 às 10:00. As propostas, uma vez submetidas, não podem ser retiradas, salvo disposição legal em contrário. No dia e hora designados para o termo do leilão, o Chefe do Serviço de Finanças decide sobre a adjudicação do bem (artigo 6.º da portaria n.º 219/2011). A totalidade do preço deverá ser depositada, à ordem do órgão de execução fiscal, no prazo de 15 dias, contados do termo do prazo de entrega das propostas, mediante guia a solicitar junto do órgão de execução fiscal, sob pena das sanções previstas (256.º/1/e) CPPT). No caso de montante superior a 500 unidades de conta, e mediante requerimento fundamentado, entregue no prazo de 5 dias, contados do termo do prazo de entrega de propostas, poderá ser autorizado o depósito, no prazo mencionado no parágrafo anterior, de apenas uma parte do preço, não inferior a um terço, e o restante em até 8 meses (256.º/1/f) CPPT). A venda pode ainda estar sujeita ao pagamento dos impostos que se mostrem devidos, nomeadamente o Imposto Municipal sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis, o Imposto de Selo, o Imposto Sobre o Valor Acrescentado ou outros. Mais, correm anúncios e éditos de 20 dias (239.º/2 e 242.º/1 CPPT), contados da 2.ª publicação (242.º/2), citando os credores desconhecidos e os sucessores dos credores preferentes para reclamarem, no prazo de 15 dias, contados da data da citação, o pagamento dos seus créditos que gozem de garantia real, sobre o bem penhorado acima indicado (240º/CPPT). Teor do Edital: Identificação do Executado: N.º de Processo de Execução Fiscal: 0337201101001531 NIF/NIPC: 208182365 Nome: NORIETE DOS ANJOS CARVALHO RENDEIRO Morada: R SANTA CLARA 27 - VIDIGUEIRA - VIDIGUEIRA 2011-11-28 O Chefe de Finanças: José Maria Pereira Aniceto
Diário do Alentejo nº 1546 de 09/12/2001 Única Publicação
O Chefe de Finanças Manuel José Borracha Pólvora
Transportes de Serviços Urgentes Urgente diurno (recolhas e entregas no próprio dia) Urgente nacional (de hoje para amanhã) z Urgente Espanha (de hoje para amanhã, antes das 10H) z Urgente internacional (o mais urgente com cobertura mundial) z e-comerce – para empresas que comercializam os seus produtos através da Internet z Outros z z
Contactos: Beja, Évora – 284 321 760 | Sines – 269 636 087
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ASSOCIAÇÃO HUMANITÁRIA DE BOMBEIROS VOLUNTÁRIOS DE VIDIGUEIRA
ASSEMBLEIA-GERAL ORDINÁRIA CONVOCATÓRIA Ao abrigo do artigo 41º alinea a) dos Estatutos que regem esta Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários, convoco a Assembleia Geral em reunião ordinária, para a eleição dos Órgãos Sociais, no quartel dos Bombeiros Voluntários, Estrada da Circunvalação em Vidigueira, para o dia 16 de Dezembro de 2011, das 20H00 às 24H00, com a seguinte ordem de trabalhos: Ponto Único: Votação para eleição dos Órgãos Sociais para o Triénio 2012-2014. NOTA : Todos os associados devem fazer-se acompanhar do respectivo cartão de sócio. Vidigueira, 02 Dezembro 2011 O Presidente da Assembleia Geral Nuno Alfredo Cordeiro Pelúcia
institucional diversos
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Diário do Alentejo 9 dezembro 2011
Diário do Alentejo nº 1546 de 09/12/2001 1.ª Publicação
ARRENDO
Vendas Canal HORECA Técnico de Vendas Beja M/F
MINISTÉRIO DAS FINANÇAS
T3 sem mobília com cozinha equipada,
DIRECÇÃO-GERAL DOS IMPOSTOS SERVIÇO DE FINANÇAS DE FERREIRA DO ALENTEJO-0272
ANÚNCIO VENDA E CONVOCAÇÃO DE CREDORES N.º da Venda: 0272.2011.46 - Imóvel designado por fracção autónoma “B” a que corresponde o r\c dtº do prédio urbano sito na R. Fernando Namora, 28, Beja. Destina-se a comércio e encontra-se arrendado. Está inscrito na matriz predial urbana da freguesia de S. João Batista sob o artº 2499 e descrito na CRP do concelho de Beja como ficha 1063 da mesma freguesia. Fernando Manuel Ferreira Lopes, Chefe de Finanças do Serviço de Finanças FERREIRA DO ALENTEJO-0272, sito em PRAÇA COMENDADOR INFANTE PASSANHA 16, FERREIRA DO ALENTEJO, faz saber que irá proceder à venda por meio de leilão electrónico, nos termos dos artigos 248.º e seguintes do Código de Procedimento e de Processo Tributário (CPPT), e da portaria n.º 219/2011 de 1 de Junho, do bem acima melhor identificado, penhorado ao executado infra indicado, para pagamento de divida constante em processo(s) de execução fiscal. É fiel depositário(a) o(a) Sr(a) RUI MANUEL FIALHO FRANGANITO, residente em LISBOA, o(a) qual deverá mostrar o bem acima identificado a qualquer potencial interessado (249.º/6 CPPT), entre as 09:00 horas do dia 2011-12-10 e as 16:00 horas do dia 2012-01-16. O valor base da venda (250.º CPPT) é de € 69.643,00. As propostas deverão ser apresentadas via Internet, mediante acesso ao “Portal das Finanças”, e autenticação enquanto utilizador registado, em www.portaldasfinancas.gov.pt na opção “Venda de bens penhorados”, ou seguindo consecutivamente as opções “Cidadãos”, “Outros Serviços”, “Venda Electrónica de Bens” e “Leilão Electrónico”. A licitação a apresentar deve ser de valor igual ou superior ao valor base da venda e superior a qualquer das licitações anteriormente apresentadas para essa venda. O prazo para licitação tem início no dia 2012-01-02, pelas 09:00 horas, e termina no dia 2012-01-17 às 09:00. As propostas, uma vez submetidas, não podem ser retiradas, salvo disposição legal em contrário. No dia e hora designados para o termo do leilão, o Chefe do Serviço de Finanças decide sobre a adjudicação do bem (artigo 6.º da portaria n.º 219/2011). A totalidade do preço deverá ser depositada, à ordem do órgão de execução fiscal, no prazo de 15 dias, contados do termo do prazo de entrega das propostas, mediante guia a solicitar junto do órgão de execução fi scal, sob pena das sanções previstas (256.º/1/e) CPPT). No caso de montante superior a 500 unidades de conta, e mediante requerimento fundamentado, entregue prazo de 5 dias, contados do termo do prazo de entrega de propostas, poderá ser autorizado o depósito, no prazo mencionado no parágrafo anterior, de apenas uma parte do preço, não inferior a um terço, e o restante em até 8 meses (256.º/1/f) CPPT). A venda pode ainda estar sujeita ao pagamento dos impostos que se mostrem devidos, nomeadamente o Imposto Municipal sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis, o Imposto de Selo, o Imposto Sobre o Valor Acrescentado ou outros. Mais, correm anúncios e éditos de 20 dias (239.º/2 e 242.º/1 CPPT), contados da 2.ª publicação (242.º/2), citando os credores desconhecidos e os sucessores dos credores preferentes para reclamarem, no prazo de 15 dias, contados da data da citação, o pagamento dos seus créditos que gozem de garantia real, sobre o bem penhorado acima indicado (240º/CPPT). Teor do Edital: Identificação do Executado: N.º de Processo de Execução Fiscal: 0272200701006037 (e apensos) NIF/NIPC: 506085511 Nome: IBERPAX - CONSULTADORIA FORMAÇÃO E MARKETING LDA Morada: R FERNANDO NAMORA N 28 R/C A - BEJA 2011-12-06.
lareira e quintal a 3 Se gosta de projectos desafiantes, é apaixonado por tudo o que faz, tem uma energia contagiante e vive orientado por resultados vencedores, este desafio é para si!
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Enquadramento e Missão: Integrada na Área de Vendas e reportando a um Gestor de Equipa, esta função tem como missão realizar as actividades de venda e de promoção do portfólio de produtos da Empresa, junto de uma carteira de clientes adstrita, de acordo com a política comercial da Empresa, normas e procedimentos definidos, de modo a assegurar a consecução dos objectivos de Vendas.
mo). Com recibo e contrato. 450€ (ne-
O Candidato deverá reunir os seguintes requisitos: x x x x x x
Beja (em bairro cal-
Habilitações ao nível do 12º ano ou equivalentes Experiência 2-3 anos em Vendas preferencialmente no canal HORECA (ex. restaurantes, cafés, bares) Orientação para resultados Capacidade de influência, organização e trabalho em equipa Licença para a condução de veículos ligeiros Disponibilidade para deslocações
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O Chefe de Finanças Fernando Manuel Ferreira Lopes
Diário do Alentejo nº 1546 de 09/12/2001 Única Publicação
ASSOCIAÇÃO DE AMIGOS E DOENTES HEMATO-ONCOLÓGICOS
CASA DO ALENTEJO
CONVOCATÓRIA ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA Convocam-se os sócios da Casa do Alentejo, para a Assembleia Geral Ordinária cujo único ponto é a ELEIÇÃO DOS ÓRGÃOS SOCIAIS PARA O TRIÉNIO 2011/2014, a mesma fica marcada para o dia 17 de Dezembro de 2011 das 12.00h às 20.00h. OBS.: Atenção aos sócios que devem ter a sua situação regularizada. Lisboa, 30 de Novembro de 2011 O Presidente da Mesa da Assembleia-Geral Assinatura ilegível
Dê SANGUE dê VIDA
AGÊNCIA FUNERÁRIA POPULAR BEJENSE, LDA. A Agência mais antiga de Beja Rua António Sardinha, 12 7800-447 Beja (frente ao balneário público)
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Diário do Alentejo 9 dezembro 2011
São Matias MISSA
Rua da Cadeia Velha, 16-22 - 7800-143 BEJA Telefone: 284311300 * Telefax: 284311309 www.funerariapax-julia.pt E-mail: geral@funerariapax-julia.pt Funerais – Cremações – Trasladações - Exumações – Artigos Religiosos
BEJA
NOSSA SENHORA DAS NEVES
CABEÇA GORDA
SÃO MATIAS
†. Faleceu o Exmo. Sr.
†. Faleceu o Exmo. Sr. MANUEL JOSÉ DA CRUZ, de 82 anos, natural de Mértola, casado com a Exma. Sra. D. Carmen Maria Martins. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 02, da Casa Mortuária de Nossa Senhora das Neves, para o cemitério local.
†. Faleceu o Exmo. Sr. JOSÉ
ANTÓNIO DOS REIS BALTAZAR, de 83 anos, natural de Alter do Chão, casado com a Exma. Sra. D. Rita José Monteiro. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 01, das Casas Mortuárias de Beja, para o cemitério desta cidade.
MANUEL JOÃO PEREIRA, de 78 anos, natural de Alcaria Ruiva - Mértola, casado com a Exma. Sra. D. Lucidia Maria Vargas. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 02, da Casa Mortuária de Cabeça Gorda, para o cemitério local.
†. Faleceu o Exmo. Sr. ANTÓNIO MARIA RUAZ, de 75 anos, natural de São Matias - Beja, casado com a Exma. Sra. D. Leonete da Conceição Cabaça Carraça Ruaz. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 03, da Casa Mortuária de São Matias, para o cemitério local.
QUINTOS
BALEIZÃO
BALEIZÃO
FERREIRA DO ALENTEJO
†. Faleceu o Exmo. Sr.
†. Faleceu o Exmo. Sr. MANUEL VALENTE PERFEITO DOS SANTOS, de 65 anos, natural de Vila Nova de São Bento - Serpa, casado com a Exma. Sra. D. Maria Fernanda Barbacinhas Matias dos Santos. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 05, da Casa Mortuária de Baleizão, para o cemitério local.
†. Faleceu o Exmo. Sr. JOÃO MANUEL DA CRUZ, de 85 anos, natural de Baleizão Beja, casado com a Exma. Sra. D. Maria de Aires Oliveira da Cruz. O funeral a cargo desta Agência realizouse no passado dia 07, da Casa Mortuária de Baleizão, para o cemitério local.
†. Faleceu o Exmo. Sr. MANUEL FRANCISCO CARRAÇA, de 89 anos, natural de Ferreira do Alentejo, casado com a Exma. Sra. D. Francisca Rocha Tampinhas. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 08, da Casa Mortuária de Ferreira do Alentejo, para o cemitério local.
Fernanda Isabel Curva Ameixa 10º Ano de Eterna Saudade
NANDA Saudade palavra mágica, intensa, estranha. Saudade é a ausência do amor perdido. Saudade, sentimento nobre e tão amargo. Saudade, sentimento triste. Porque o ser que vimos nascer, partiu para sempre. Saudade, sentimento que nos recorda o filho que marcou a nossa existência. Saudades do tempo em que conviveste comigo. Saudade de uma carícia, de um terno abraço, de um doce beijo. Como tenho Saudades de tudo isto. Saudades daquilo que não conseguimos viver. Sinto Saudades de Ti e Saudades de nós. Saudade, sentimento que ninguém entende.
NANDA
Paraste no tempo e no comboio da vida. No tempo da Saudade eterna. Será realizada missa dia 17 de Dezembro na Igreja da Sé em Beja, às 18.30 horas.
Serpa
h É com enorme pesar e solidários na dor da família que participamos o falecimento do Sr. José Pedro Alves Ferreira de 92 anos, viúvo. O funeral a cargo desta Funerária realizou-se no passado dia 6 de Dezembro da Casa Mortuária de Serpa para o cemitério local. À família enlutada expressamos os nossos sentidos pêsames.
Serpa
h
É com enorme pesar e solidários na dor da família que participamos o falecimento do Sr. António Domingos Mestrinho de 83 anos, casado com a Sra. Ernestina dos Prazeres Rações Lambuça. O funeral a cargo desta Funerária realizou-se no passado dia 2 de Dezembro da Casa Mortuária de Serpa para o cemitério local. À família enlutada expressamos os nossos sentidos pêsames.
Funerária Central de Serpa, Lda.
ANTÓNIO MANUEL JOAQUIM, de 87 anos, natural de Quintos - Beja, viúvo. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 04, da Casa Mortuária de Quintos, para o cemitério local.
Às famílias enlutadas apresentamos as nossas mais sinceras condolências. Consulte esta secção em www.funerariapax-julia.pt AGÊNCIA FUNERÁRIA POPULAR BEJENSE, LDA. Rua António Sardinha, nº 12, 7800-447 BEJA Tel. 284323555 Tm. 965217456
Rua Nova 31 A 7830-364 Serpa Tlm. 919983299 - 963145467
Amendoeira do Campo – Mértola PARTICIPAÇÃO E AGRADECIMENTO
Santa Clara de Louredo
AGRADECIMENTO
Santa Clara de Louredo AGRADECIMENTO E MISSA 30º DIA
PARTICIPAÇÃO MISSA
Serpa PARTICIPAÇÃO Francisca Henriqueta das Dores
António Manuel das Dores
Juliana da Palma
Luís Manuel Contreiras Revez 12º Ano de Eterna Saudade Sua esposa, filhas, mãe e irmão informam que será celebrada missa pelo eterno descanso do seu ente querido no dia 16/12/2011, sexta-feira, às 18.30 horas na Igreja do Carmo em Beja, agradecendo desde já a todas as pessoas que a ela compareçam.
Faleceu a 30.11.2011 É com pesar que participamos o falecimento da Sra. D. Juliana da Palma, de 89 anos, viúva, natural de Serpa. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no dia 01.12.2011 pelas 14.00 horas, da Casa Mortuária de Serpa para o cemitério local. Apresentamos à família as cordiais condolências. AGÊNCIA FUNERÁRIA SERPENSE, LDA
Gerência: António Coelho Tm. 963 085 442 – Tel. 284 549 315 Rua das Cruzes, 14-A – 7830-344 SERPA
Vimos par ticipar o falecimento do Exma. Sra. D. Joaquina Maria dos Santos, de 87 anos de idade, viúva, natural de Alcaria Ruiva, Mértola. O funeral realizou-se no dia 30/11/2011 da Casa mortuária da Igreja do Carmo para o cemitério Alcaria Ruiva.
N. 29/08/1933 F. 02/12/2011 Esposa, filhos e restante família vêm por este meio participar o falecimento do seu ente querido, agradecendo a todas as pessoas que o acompanharam à sua última morada ou que de outra forma lhes manifestaram o seu pesar.
Faleceu em 29/11/2011 A família na impossibilidade de o fazer pessoalmente agradece por este meio a todas as pessoas que se dignaram acompanhar a sua ente querida à sua última morada ou de outro modo manifestaram o seu pesar. Mais expressa o seu profundo agradecimento a todo o pessoal do Lar do Salvador em Beja pelos cuidados e ajuda prestados durante a sua estadia na Instituição e ao Dr. Murta, dermatologista do Hospital de Évora pela dedicação e empenho demonstrados durante a sua doença. Agradecem também à Agência Funerária Pax-Júlia pelo excelente serviço prestado.
CAMPAS E JAZIGOS DECOR AÇÃO CONSTRUÇÃO CIVIL “DESDE 1800”
Luísa Rosa Cordeiro Faleceu em 09/11/2011 Seus filhos, genro, netos e bisnetos na impossibilidade de o fazer pessoalmente agradecem por este meio a todas as pessoas que acompanharam a sua ente querida à sua última morada ou de outro modo manifestaram o seu pesar. Mais informam que será celebrada missa pelo seu eterno descanso no dia 9/12/2011, às 17.30 horas na Igreja de Santa Clara de Louredo, agradecendo desde já a todos os que se dignarem comparecer ao acto religioso.
Rua de Lisboa, 35 / 37 – Beja Estrada do Bairro da Esperança Lote 2 Beja (novo) Telef. 284 323 996 – Tm.914525342
marmoresmata@hotmail.com
A Biblioteca Municipal de Beja, em “jeito de prenda”, desafia as famílias a aparecerem amanhã, sábado, no “Parque dos Poetas”, para duas sessões de “muita poesia cantada e dita”. A actividade destina-se a meninos a partir dos três anos e tem duas sessões: às 15 e as 16 e 30 horas.
27 D Diário do Alentejo 9 dezembro 2011
“Parque dos Poetas” na Biblioteca Municipal de Beja
A páginas tantas ...
Dica da semana E se o que importa é a árvore de Natal como diz o livro escolhido para esta semana, não queremos que te faltem ideias para fazeres árvores de Natal simples e divertidas. Podes ainda seguir todos os passos através deste link (http://crate.typepad.com/cratepaper/2010/09/lolly-ches0/09/lolly-chesss-sies-famous-cp-christmas-trees.html)
Eu sei tudo sobre o Pai Natal é um livro para crescidos que dizem que o Pai Natal não existe, para meninos que deixaram de acreditar e para tantos que sabem e têm resposta para a sua existência. Editado pela Presença com a assinatura de Nathalie Delebarre e ilustrações de Aurélie Blanz, este livro conta-nos como uma criança consegue responder a todas as questões que se podem levantar sobre a veracidade do Pai Natal. “Os crescidos dizem que o Pai Natal se existisse nunca poderia entrar nas casas que não têm chaminé. Mas eu acho que o importante não é a chaminé. O que importa é a árvore de Natal.”
Os duendes já andam a fazer travessuras e a dificultar a vida ao Pai Natal. Vê se encontras as 11 prendas.
28 Diário do Alentejo 9 dezembro 2011
O Cuba é um simpático e peludinho amigo de quatro patas que procura uma família que lhe possa dar uma vida melhor do que a que tem no canil. O Cuba é de porte médio, adulto mas ainda jovem, gosta de passear e de conviver com outros cães e pessoas. Geralmente tem um comportamento calmo…Será vacinado e desparasitado antes da adoção. Venham conhecê-lo ao Cantinho dos Animais de Beja. Contactos: 962432844; sofiagoncalves.769@hotmail.com
Boa vida Comer Rabanadas com mel Ingredientes: 1 pão alentejano do dia anterior, 4 ovos, q.b. de óleo, 4 dl de leite, casca de 1 limão, q.b. de canela em pó, 250 gr. de açúcar, q.b. de mel..
Confeção: Leve um tacho ao lume com o leite, três colheres de sopa com açúcar e a casca do limão. Deixe ferver um pouco e reserve. Num recipiente bata os ovos com uma vara de arame. Corte o pão em fatias e passe pelo leite morno, depois pelos ovos e frite em óleo bem quente. De seguida escorra-as em papel absorvente e passeas numa mistura de açúcar e canela. Na altura de servir regue com um pouco de mel. Bom apetite…
António Nobre Chefe executivo de cozinha – Hotéis M’AR De AR, Évora
Jazz
BD
TGB “Evil Things”
Q
uando, há pouco mais de meia dúzia de anos, um objeto musical não identificado chamado TGB aterrou com estrondo bem no meio do cinzento planeta jazzístico nacional as ondas de surpresa não se fizeram esperar. Aos comandos de tão estranho aparelho estavam Mário Delgado, Alexandre Frazão e Sérgio Carolino. Se os dois primeiros já eram senhores de sólida reputação, o último explodia como tubista de primeira água. Quem procurou determinar a proveniência do dito objeto cedo se enredou num mapa complexo, cheio de coordenadas indecifráveis. Ao segundo disco, os TGB mantêm a aposta nessas premissas e voltam a surpreender pelo modo, pleno de irreverência e humor, como conjugam, processam e subvertem a multiplicidade de referências que lhes serve de inspiração. É deste inclassificável “Devil´s Dress” cruzamento estético Susana Santos Silva que nasce a frescura (trompete, fliscórnio), e a relevância musiJosé Pedro Coelho cal de um dos mais in(saxofone tenor), André Fernandes teressantes projetos (guitarra), Demian nacionais. Cabaud (contrabaixo) O trio continua a e Marcos Cavaleiro (bateria). revelar apetência para versões de temas do Editora: TOAP/OJM. repertório hard-rock Ano: 2011 dos anos setenta do século passado. Se no disco de estreia foram os Led Zepellin, agora é a vez dos Black Sabbath (bem trabalhada a essência de “Pla net Ca rava n”) e dos Deep Purple (“The Mule”, minuto e meio de energia em estado puro). “George Harrison”, tributo ao autor de “Here Comes the Sun”, bem conhecido das apresentações ao vivo da formação, é um caleidoscópio de sons e atmosferas. Outros momentos de interesse encontramse na mais tranquila “Bozzetto´s Song” (com Delgado em dobro) e em “Close Your Eyes” (curiosa versão de um tema popularizado por Hank Garland). E há essa improvável – mas bem conseguida – leitura de “Interplay”, de Bill Evans. Nota ainda para o humor incandescente de “Aleister Crowley”, dedicado ao ocultista britânico que se correspondeu com Pessoa. Para os puristas mais empedernidos talvez se trate de algo indigesto. Para outros é uma lauta refeição musical. António Branco
Ricardo Piglia Teorema PVP: 16,90 euros 304 págs.
Letras Alvo nocturno
T
ony Durán, mestiço nascido em Porto Rico e criado em New Jersey, chega a uma povoação de província argentina no encalce das gémeas Belladona. Em 1972, sob um fundo de corrupção e esperança peronista, Durán é assassinado no quarto de hotel. Há indícios de crime passional mas o comissário Croce ignora-os. Segue a pista certa mas o jornalista de Buenos Aires, Emílio Renzi – personagem habitual na obra de Ricardo Piglia – é que se encarrega de dar sequência a uma investigação que perturba a ordem estabelecida. Alvo Noturno é um romance policial. Aqui é preciso parar, evocar Borges – por ser argentino, é óbvio; por ter escrito policiais e porque Piglia é seu herdeiro no modo ligeiro como constrói a intriga e na forma densa com que descreve uma certa atmosfera de bas fond nas pampas – para rechaçar o preconceito, redutor, contra o romance policial. É notável como entretece uma sucessão de personagens – e das suas histórias – que alimenta a dúvida e retoma uma tensão antiga na literatura argentina: a do confronto entre as pulsões primordiais, encarnadas no gaúcho, e a civilização, urbana, e tantas vezes hipócrita. Piglia é considerado o maior escritor argentino da atualidade. O seu modo de fixar a pampa e nela recortar tipos enquanto evoca a história recente do seu país justificam plenamente que Alvo Noturno tenha conquistado o Prémio Nacional da Crítica 2011, em Espanha ou tenha sido considerado pelo suplemento cultural do “El País”, Babelia, melhor romance em castelhano.
As famosas joias Por 2001, em Genebra (Suíça), a companhia Am Stram Gram Le Théâtre, com direção de Dominique Catton, estreou em adaptação de comédia teatral “As Joias de Castafiore”. Foi um êxito imenso! Nos principais papéis: Joël Waefler (Tintin), Jacques Michel (Hadocck), Nicolas Rinuy (Tournesol) e Kathia Marquis (Bianca Castafiore). Será talvez a aventura de Tintin mais indicada para o palco, pois quase toda a narrativa se passa em interiores. Foi uma propositada ideia de Hergé, desafiando o público bedéfilo. Excecional, já que é uma aventura sem aventura e sem os “maus da fita”, mas plena de equívocos e de momentos inesperados e muito divertidos. O álbum tem recente reedição pela Asa.
Les Éphémérides Perdues É o primeiro tomo do díptico L’Astrolabe de Glace, criação de Luca Blengino e Antonio Palma, com edição Delcourt. O jovem e genial matemático Bashir Hafez é enviado pelo grande Solimano na busca das “Efemérides Perdidas”, um precioso tratado astronómico, recentemente roubado da biblioteca do Vaticano. Chegado a Roma, Hafez deparaa cercada por mercenários a soldo de Carlos V. E por todo o lado, um rasto de sangue... Que segredo encerra pois esse manuscrito pelo qual tanta gente se apronta a matar? E que relação tem com o lendário “Astrolábio de Gelo”?...
Maria do Carmo Piçarra Luiz Beira
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Ervidel recebe concerto de Natal A Junta de Freguesia de Ervidel, concelho de Aljustrel, promove na próxima segunda-feira, dia 12, pelas 21 horas, no auditório do centro cultural da aldeia, o habitual concerto de Natal. Este ano o evento contará com a presença do Coro da Associação Sénior Castrense, composto por 50 elementos, que “trarão um repertório alusivo à data natalícia, executado a vozes e piano”.
O
Dia do Selo, que se festejou no passado dia 1 em Évora, ficou assinalado com a emissão de um carimbo comemorativo emitido pelos correios da Croácia e que, simultaneamente, também registava a assinatura do protocolo efetuado entre as federações de filatelia dos dois países. Para a aposição do carimbo foi feita uma repicagem num bilhete postal, que nos mostra os dois primeiros reis dos dois países: Afonso Henriques (séc. XII) e Tomislav (séc. X). Como habitualmente acontece nesta data, a FPF realizou o seu congresso ordinário. Um dos temas abordados prende-se com a provável transferência do Dia do Selo para outra data, já que, ao que se diz, o dia 1 de dezembro vai deixar de ser feriado. Porque nos dois próximos anos este dia vai calhar ao fim de semana o problema só se vai pôr em 2014.
Dois copos de conversa Vinho e azevinho
C
hega a época mais familiar do ano. Vale a pena o esforço de nos isolarmos dos problemas e do stress da vida diária. Vale a pena concentrarmo-nos nas pessoas de quem gostamos e substituirmos a transparência vazia com que as (não) vemos durante o ano pela proximidade intensa e gostosa. Brindemos à família e aos amigos com bons vinhos e iguarias. Porque, no Alentejo, o vinho é presença obrigatória nas mesas de festa, escolha, oriundas do Norte ou do Sul, do Litoral ou do Interior, as garrafas que vão testemunhar a alegria do reencontro, da celebração do Natal. Também a gastronomia é diferente e especial. A nossa tradição é múltipla e muito rica, garantindo boas combinações com os melhores vinhos da garrafeira. No entanto, vale a pena pensar na melhor ordem de entrada dos néctares à mesa. A receção da família que vem de longe e nos enche de alegria pode e deve ser testemunhada com um espumante, vinho de celebração que tem pouco álcool e cuja efervescência ajuda a preparação do nosso aparelho digestivo para as prolongadas estadias à mesa. Se a escolha principal da mesa passar pelo peixe, então o bacalhau é rei. Sendo comprado na sua versão de salga, o nosso fiel amigo é mais seco do que a respetiva versão fresca. Opte por um vinho branco seco da sua região preferida. Com o prato de bacalhau cozido não abuse da presença de madeira no vinho; pelo contrário se as versões de bacalhau ou polvo forem de forno ou grelha, então estamos no domínio dos vinhos brancos estagiados em madeira. Se a sua mesa for dominada pela carne então costuma mandar o peru ou o galo. Normalmente as versões passam pelo forno e aí a melhor combinação remete para um tinto de média/ampla dimensão onde a presença da madeira é muito conveniente. Estas e outras carnes brancas combinam na perfeição com os vinhos tintos alentejanos, sobretudo do Baixo Alentejo. Se a carne for vermelha então suba na dimensão da estrutura do seu vinho e situe a escolha nas regiões montanhosas do Alto Alentejo ou na região de Évora e Montemor-o-Novo. Se a caça entrar na sua mesa de Natal proponho que recupere vinhos tintos com mais idade. As sobremesas doces reinam nesta época. Lembre-se que para comidas doces deve propor vinhos doces; os espumantes devem ser meio-doce ou doce e abeiram-se da sua mesa os melhores vinhos fortificados do mundo: deixe entrar, com honrarias, os grandes vinhos do Porto, da Madeira ou os moscatéis de Setúbal ou do Douro. Estes vinhos prestigiados também são a melhor companhia para queijos de pasta mole e semimole como o delicioso Serpa DOP. Tenha um santo Natal. Se conduzir não beba. Aníbal Coutinho
Vinho de Calendário
Vinho Diário
Um dos produtores que mais se tem revelado pela qualidade crescente dos seus vinhos é a Ervideira, com adega na Vendinha, à beira de Reguengos e do grande lago. Aí se faz um dos melhores espumantes alentejanos. Receba os seus pastorinhos de consoada com o espumante rosé Ervideira, reserva, bruto, um DO Alentejo de 2008.
Um dos vinhos que mais me impressionou na recente prova cega que deu origem ao meu “Guia Popular de Vinhos”, edição 2012, já nas livrarias e nos supermercados, foi o tinto regional alentejano Farizoa 2009.
Diário do Alentejo 9 dezembro 2011
Filatelia Dia do Selo com carimbo croata
Algarpex é inaugurada dia 12 A Algarpex, exposição filatélica que reúne filatelistas algarvios e andaluzes, é inaugurada na próxima segunda-feira, dia 12, em Vila Real de Santo António. Estarão em exposição 23 coleções, quatro das quais são de filatelistas da vizinha Andaluzia. O evento será assinalado com a emissão de um selo personalizado e de um carimbo comemorativo, ambos representando o farol da cidade e que serão postos em circulação no dia do encerramento, dia 17. O catálogo da exposição inclui o interessante artigo “Cabotagem do sul, o correio e os passageiros”, da autoria de Matoso Galveias, presidente da secção de colecionismo dos Bombeiros Voluntários daquela cidade. Tal como o nome indica, aborda o transporte de correio efetuado naquela carreira marítima. Geada de Sousa PUB
Diário do Alentejo 9 dezembro 2011
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Melech Mechaya fazem a festa em Sines
M Música festiva de tradição judaica é o que propõem os portugueses Melech Mechaya na sua atuação de hoje, sexta-feira, pelas 22 M horas, no Centro de Artes de Sines. O grupo estreou-se em 2009 h com “Budja Ba”, considerado o primeiro álbum português de co música klezmer, e regressa agora com “Aqui em baixo tudo m
é simples”, que inclui seis temas tradicionais judaicos e sete faixas originais. “Banda incrível ao vivo”, segundo a crítica musical, os Melech Mechaya são João Graça, no violino, Miguel Veríssimo, no clarinete, André Santos, na guitarra, João Sovina, no contrabaixo, e Francisco Caiado, na percussão.
Fim de semana “Cinderela” sobre patins no Pax Julia “Cinderela”, o clássico conto de fadas que vem encantando gerações, será apresentado hoje à noite, no Pax Julia Teatro Municipal, numa versão sobre rodas. “Um fascinante espetáculo cheio de música e personagens inesquecíveis que tudo farão sobre patins”, esclarece a Palco Partilhado, que produz o evento, contando com o apoio do município de Beja. A bela Cinderela, o seu amado príncipe e as malvadas madrasta e irmãs que se opõem ao par vão subir ao palco da sala bejense a partir das 21 e 30 horas.
Música medieval ibérica hoje no Musibéria Musib
Eduardo Paniagua oferece caldeirão musical em Serpa
“U
m sobredotado da música”, como o classificou o jornal “El País”, o madrileno e especialista em música medieval do território ibérico Eduardo Paniagua vai estar hoje à noite em Serpa, no auditório do Musibéria – Centro Internacional de Músicas e Danças do Mundo Ibérico, a partir das 21 e 30 horas. Trata-se de um dos dois únicos concertos que o músico e produtor agendou para Portugal, precedendo a atuação de amanhã, sábado, no Museu Nacional de Arte Antiga de Lisboa. Consigo, além de um programa muito
variado a que sugestivamente se deu o nome “Três Culturas” e que inclui sonoridades das três matrizes identitárias de Portugal e Espanha na Idade Média – judaica, cristã e muçulmana – Paniagua traz dois dos seus colaboradores mais frequentes dos últimos anos. O judeu argentino Jorge Rozemblum, no canto judeu-hebraico e cítola, e o multiinstrumentista sudanês Wafir Shaikheldin, que se desdobra entre o canto árabe, o alaúde e a derbuka. A Paniagua, que fundou os grupos Música Antigua, para o trabalho musical
sobre as Cantigas de Santa Maria de Afonso de Castela “O Sábio”, e Ensemble Ibn Báya, dedicado ao legado arábico-andaluz, cabe a execução do qanun (saltério) e das flautas. Eduardo Paniagua é também fundador e dirigente do selo discográfico Pneuma e ainda responsável pela coleção de música medieval “Hispánica”, para a Sony Classical, tendo conquistado, em 2009, o galardão de Melhor Intérprete de Música Erudita, nos Premios de la Musica, a mais importante distinção musical do país vizinho.
Cameraman comemora 25 anos no Desassossego António Melão, mais comummente conhecido por Cameraman Metálico, comemora 25 anos de carreira a fotografar música com uma exposição na Galeria do Desassossego, em Beja, inaugurada ontem, quinta-feira, e patente até ao próximo dia 6 de janeiro. A mostra integra, simbolicamente, 25 imagens de vários concertos registados por esse País fora.
Hedonistas perguntam “Apesar de mim, gostas de mim?” Juntos num palco, um grupo de jovens vai dar substância a diferentes formas de arte – declamação de poesia, música, teatro, vídeo – tendo como tema transversal “a procura do amor como elemento de sobrevivência emocional”. Chamam-se Hedonistas, são de Ourique, e têm encontro marcado com o público amanhã, sábado, pelas 21 e 30 horas, no Cineteatro Sousa Telles. Propõem a nova performance “Apesar de mim, gostas de mim?” e com ela comemoram o seu primeiro aniversário enquanto projeto cultural.
A possível vinda de militares coreanos para Beja, apesar de ainda não estar confirmada, está a provocar celeuma em alguns setores mais à esquerda da região. Militantes do PCP não calam a revolta perante aquilo que apelidam de “mais uma investida imperialista”. Todavia, os militares já começaram a receber formação para aprender a lidar com comunistas mais exaltados, e inclusive têm autorização para afirmar que são da Coreia do Norte caso sejam confrontados por membros do PCP. Por uma questão de segurança, todos os coreanos em Beja terão de andar com a última edição do jornal “Avante!”, e se o confronto físico se tornar iminente a palavra de segurança é “Bernardino Soares”.
CDU critica a utilização de crianças para decorar montras e fala em “exploração do proletariado infantil”
Já tivemos acesso ao primeiro cartaz da campanha eleitoral.
Promete ser mais um foco de tensão entre a CDU e o PS locais, ao nível da Guerra dos Seis Dias, mas em maior escala: no âmbito do projeto Beja Cidade do Natal, crianças vão ajudar a decorar as restantes quatro montras da cidade que ainda não têm decoração de Natal. A CDU já se insurgiu contra esta medida, classificando-a de “exploração do proletariado infantil”: “Isto é inqualificável, declarou à nossa página Jaime Leninegrado. O que é que vem a seguir? No Carnaval as crianças vão limpar as serpentinas que lançam no seu desfile? O PS, só para chatear, é capaz de pedir aos senhores da troika para fazerem chover nesse dia e negar mais esta alegria aos miúdos e obrigá-los a ir desentupir a ciclovia, evitando que a estrada inunde, só para não pagar aos senhores da proteção civil”. A câmara municipal já desdramatizou: “Trata-se de dar aos miúdos a possibilidade de experimentar um pouco do espírito natalício enquanto podem. Deixem-nos fazer presépios em que substituem Jesus pelo Ruca ou os Reis Magos pelos Transformers. Como isto está, para o ano que vem a única iluminação que vamos ter dinheiro para pagar será a que irá decorrer de puxar fogo a um Pai Natal dos chineses, na noite de 24 para 25, na praça da República”.
Possível vinda de coreanos para a Base Aérea de Beja obrigará a cidade a viver no fuso horário de Seul A possibilidade de ser instalada na Base Aérea de Beja uma escola de formação de pilotos de aviões de combate da Coreia do Sul está a provocar grande alvoroço na cidade. Cerca de 300 famílias podem vir para Beja e ocupar o antigo Bairro dos Alemães. Estas famílias terão a sua própria força de segurança, composta por dois deputados daquele país, dos tais danados para a cacetada. A capital do Baixo Alentejo não via uma invasão tão grande desde a concentração motard organizada pelo rei D. Manuel I. O Governo vê a chegada dos coreanos a Portugal com bons olhos, já que estas 300 famílias podem tornar o nosso país num dos mais desenvolvidos da Europa no que se refere ao rendimento per capita. Os coreanos equacionaram criar a escola em Badajoz, mas o ministro da Defesa asiático ficou com caramelo espanhol preso na placa e esta foi considerada como uma perigosa arma biológica, o que criou tensões com Espanha. Entretanto, em Beja, já começaram os preparativos para receber os novos residentes: a cidade irá começar a viver sob o fuso horário de Seul. Também irá aumentar o número de estabelecimentos que vendem arroz, tofu e equipamento de taekwondo.
31 Diário do Alentejo 9 dezembro 2011
anos tÊm e r o c s e r a t mili a dizerem r a p o Ã Ç a z i autor ia do norte e r o c a d o à que s rdados o b a m e r o f se ezilentos u q s o r b m e por m do pcp
João Rocha inscreve-se no Serpa Fighting Clube para preparar corrida à Câmara de Beja A recente criação do Serpa Fighting Clube está a entusiasmar os adeptos do boxe e os membros do clube de fãs do Sá Pinto de Ficalho. Uma investigação conjunta com a revista “Punhos de Algodão-Doce” descobriu que o próprio presidente da Câmara de Serpa está a treinar tendo em vista a corrida à autarquia bejense. Está numa forma física e psicológica impressionante. Tem feito uma dieta à base de ovos mexidos com espargos e está a treinar com o mesmo senhor que treina os deputados-guerreiros de Taiwan e da Ucrânia – como nos relatou um membro do clube serpense. Os seus treinadores estão preocupados pois receiam que só use ganchos de esquerda, esquecendo o flanco direito. E já lhe foi dada uma alcunha de pugilista: “o Furacão do Altinho”. Apurámos, igualmente, que Manuel Narra também irá começar a treinar e Rodeia Machado ainda está a bater à porta do ginásio, mas continuam a fingir que não o ouvem.
TAP estaciona aviões em Beja: arrumadores de todo o País mudam-se para cá e em vez de pedirem um euro irão pedir 100 ou um artigo de arte sacra da região A TAP está na iminência de alugar espaços no aeroporto de Beja para estacionar aviões. Arrumadores de todo o País veem neste acontecimento um filão a explorar. Asdrúbal Chapa Riscada, em conversa com a nossa página, explicou-nos: “Até já comprei casa em Beja. Os meus modestos rendimentos só me permitiram comprar esta moradia T8 no centro da cidade, é o que se pôde arranjar. Arrumar aviões é mais difícil, mas mais lucrativo. Geralmente os arrumadores pedem um euro, aqui vão pedir pelo menos 100. Ou então artigos de arte sacra. Tem que ser, o avião é muito maior. Não queiras comparar o estacionamento de um Renault Twingo com um Boeing 747. Até fico com uma distensão muscular de tanto fazer o ‘destorce’ com o jornal. Com o carro bastava usar o ‘Borda d’Água’; com o avião tem de ser do ‘Expresso’ para cima. Se não nos derem o que queremos, teremos de riscar o avião com uma lança. É que um gajo tem de viver, não é… O tempo em que se pedia 20 cêntimos para uma ‘sandes’ já lá vai. Eu já não aturo aquelas velhas que dizem ‘Olha, se tens fome, vamos ali ao café que eu pago-te o lanche. Ouviste, bandalho?’ Eu não ia nessas cenas porque não aprecio pão com côdea. Só como pão de soja ou daquele importado de França”.
Inquérito Vai oferecer prendas este Natal? NATÉRCIA OURO, 79 ANOS Colecionadora de pacotes de café de cevada e decoradora de jazigos funerários
ORLANDO INCENSO, 45 ANOS Astrólogo e vencedor do Emmy para melhor telespetador de novelas portuguesas
BELCHIOR MIRRA, 34 ANOS Pessoa extremamente boazinha que entregou a alma a uma loja de penhores para comprar prendas de Natal a órfãos
Claro que vou, não vai ser diferente dos outros anos. Poupei dinheiro, já que deixei de comprar a bomba para a asma. Vou oferecer meias com raquetes aos homens e cuecas tipo para-quedas para as senhoras. Tudo da loja dos chineses que tem a mesma qualidade a um preço baixo. O ano passado queixaram-se que ficaram doentes com a roupa que ofereci, mas é mentira. A minha sobrinha Mirita só apanhou sarna porque se sentou numa sanita de um WC público.
Vou, mas optei por prendas mais em conta. Este ano vai ser tudo corrido a bombons e broas de Castelar que me sobraram do Natal de 2009. Não se pode gastar dinheiro. Este ano só enviarei 6 578 SMS do tipo “Tu queres é boas festas no corpo todo!”. Mas vou oferecer uma prenda especial à minha prima: um CD autografado do Jorge Palma. Vocês têm noção da fortuna que aquilo vai valer quando ele morrer daqui a uns meses?
Ando a fazer de tudo para ajudar os que mais precisam. Todos receberão um presente que lhes ilumine a alma. Já dizia a carta de São Pedro aos apóstolos: “E quando passardes a Gizé e vires pobreza, despoja-te da tua alma numa loja do ouro que eles dar-te-ão algum carcanhol. Caso tal não aconteça, irmão, ao levardes o pires de tremoços a Benafazim, comprai bolinhos da amassadura do pão que, apesar de oferenda simples e acessível, sempre dão para matar o bicho”.
Nº 1546 (II Série) | 9 dezembro 2011
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RIbanho
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Hoje, sexta-feira, o céu vai estar muito nublado. A temperatura vai oscilar entre os oito e os 14 graus centígrados. Amanhã, sábado, podem cair alguns aguaceiros na região e no domingo preveem-se algumas nuvens.
Autor ferreirense lança novo romance
“Mistérios bufos” de Dario Fo por Paulo Duarte
Viagem aos anos 80 do interior alentejano
L
uís Miguel Ricardo também foi tomado por essa onda revivalista em torno dos anos 80 e daí resultou um novo romance, complementado por uma espécie de “caderneta de cromos”. Verão 86 fala das vivências de uma aldeia “ícone” do Alentejo de então, no ano em que o mundial de futebol se disputou no México. Os cicerones da viagem são seis rapazes tão apaixonados pela bola como pelos mistérios do sexo oposto, que começam a desvendar.
altura da descoberta do sexo oposto. O que se ganhou e perdeu, particularmente no Alentejo, desde esse ano de entrada de Portugal na então CEE?
Lembrar os anos 80 é algo muito recorrente nos nossos dias. Foi também tomado por essa onda nostálgica neste romance?
Essa onda serviu de mote para regressar aos tempos de infância vividos em meio rural e presentificar em texto criativo vivências de um tempo tão perto e tão longe da atualidade. Foi a minha primeira experiência de criação literária fora do tempo presente. Fale-nos um pouco de Cova da Zorra e destes seis personagens que servem de cicerones nesta viagem no tempo?
Cova da Zorra é uma aldeia ícone da ruralidade dos anos 80 no Alentejo interior. No centro do “povo” existe a “venda” do Calatroia, local onde os homens se encontram para ver a cores os jogos do Mundial de Futebol “México 86”, petiscar, beber vinho e zaragatear pela noite dentro. Marmelo, Paulo Piolho, Zeca Gago, Burtoeja, Zé Inácio e Bufa Amarela são os típicos “putos” de aldeia. Constroem campos de futebol em restolhos, estoicamente jogam à bola sobre essa superfície agreste e também montam estratagemas para dar vazão às emoções na PUB
Luís Miguel Ricardo,
38 anos, natural de Ferreira do Alentejo Mais recentemente foi coordenador e autor do livro Heróis à Moda do Alentejo, uma coleção da editora Lugar da Palavra muito bem recebida pelos leitores. Antes, publicou os romances Ritos do Desespero (Campos dos Media, 2006) e Operação Dominó (Lugar da Palavra, 2009). É mestre em Ciências da Educação pela Universidade do Algarve e colaborador assíduo do “Jornal de Ferreira”, tendo já dirigido as publicações literárias “Fazedores de Letras” e “Éthos, Revista de Letras”.
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Ganhou-se em desenvolvimento tecnológico e científico, perdeu-se em identidade cultural e rural. No Alentejo, a agricultura e a pecuária foram os setores mais lesados. A incapacidade de concorrer com os parceiros comunitários, associada aos incentivos à não produção, conduziram a agricultura alentejana ao marasmo para, posteriormente, ser “tomada” por grandes grupos económicos que transformaram radicalmente a paisagem rural alentejana e relegaram para segundo plano os “filhos da terra”. Que pérolas destacaria nesta sua “caderneta” de cromos dos anos 80?
A tradição do “banho dos 9”. As famílias rumavam às praias do litoral alentejano no dia 29 de agosto, porque um banho dado nesse dia valia por nove e salvava a época balnear. O “poder do grou”. Quem comesse carne desta ave imponente tornava-se resistente à morte. E na hora da aflição final, para se desprender da vida, era necessário “apregoar-se” a pessoa. Numa esquina apregoava-se assim: “O João Cortes comeu carne de grou”. De outra respondia-se: “Queria acabar, mas ainda não acabou”. E os brinquedos da época, arcos e flechas feitos com varetas de chapéu de sol, Teimosas, futebolistas do Colacao, etc. Carla Ferreira
Paulo Duarte regressa aos textos de comediantes de feira da Idade Média, recuperados pelo italiano Dario Fo, com “O primeiro milagre do Menino Jesus e outros mistérios bufos”, que sobe ao palco do auditório da Casa da Cultura de Beja, no próximo dia 15, pelas 22 horas. Quatro anos depois da primeira encenação e da digressão entre Portugal e o Brasil, o ator e encenador faz desfilar todos os personagens ligados à natividade e à fuga para o Egito, a partir dos evangelhos apócrifos e utilizando apenas o corpo e a voz, naquilo que considera ser “um documento vivo das origens do teatro”. Paulo Duarte dinamiza também, entre os próximos dias 12 e 14, em colaboração com a Associação de Estudantes da Escola Superior de Educação de Beja (ESEB), um workshop de teatro naquele estabelecimento de ensino, cuja inscrição é gratuita. Trata-se da primeira fase do projeto de montagem do espetáculo “Al-mutamid”, baseado na vida do rei e poeta muçulmano nascido em Beja em 1040. A iniciativa conta com o apoio da Fundação Calouste Gulbenkian e culmina com a estreia, no âmbito dos “Distúrbios Culturais”, em fevereiro próximo.
Míticos Infantes regressam no tempo Dos anos 70 aos 90. É ampla a viagem revivalista proposta pela companhia Lendias d’Encantar para amanhã, sábado, no espaço Os Infantes. A festa “Remember Infantes” convida seis DJ que fizeram história neste centro da movida bejense por esses dias. A saber: José Tagarroso, Rui Eugénio, Cocas, Zé Carlos, Manuel Pica e Vítor Santana.
Espetáculo do grupo CabRaret no Espaço Oficinas em Aljustrel O Espaço Oficinas, em Aljustrel, recebe hoje à noite um espetáculo com o grupo CabRaret. Este trio musical espanhol, formado por uma contralto, um acordeonista e um contrabaixista, irá oferecer ao público um espetáculo “onde jazz, soul e canção francesa se misturam com humor”.