A VOZ ECETISTA Aracaju/Sergipe, setembro de 2018
FILIADO
INFORMATIVO DO SINDICATO DOS TRABALHADORES DOS CORREIOS EM SERGIPE
ACORDO COLETIVO
CAMPANHA SALARIAL 2018/19; A NOVELA CHEGA AO FIM Após muitas idas e vindas ao TST, seja para esclarecer as entrelinhas da proposta mediada pelo tribunal, seja para garantir que a empresa cumpra o que foi deliberado nas assembleias ocorridas no dia 14 Agosto, finalmente o ACT (Acordo Coletivo de Trabalho) foi assinado no dia 30 de Agosto de 2018.
F
oram exaustivos dias de negociação, onde ocorreram inúmeras reuniões entre a direção da empresa e os representantes dos trabalhadores e desde o primeiro momento a direção dos Correios apresentou apenas propostas de retirada de direitos e alteração de cláusulas do nosso acordo coletivo, uma velha politica da direção dos Correios já bem conhecida da classe ecetista, primeiro a empresa ameaça, para em seguida recorrer aos tribunais na tentativa de manter o nosso acordo sem nenhum avanço, foi o que ocorreu nos últimos anos, apenas a reedição dos acordos antigos sem nenhuma melhoria. Pior que isso, a empresa atuou de forma assediosa com os trabalhadores e desrespeitosa com as representações sindicais, fazendo pesquisas nas unidades, enviando mensagens para os telefones privados dos funcionários e até mesmo fazendo vídeos incentivando os trabalhadores a aceitarem a proposta em uma tentativa desprezível de deslegitimar as representações dos trabalhadores. As tentativas de enganar e ludibriar os trabalhadores foram muitas, desde a mudança no texto original enviado como proposta pelo ministro, até o absurdo de retroceder ainda mais nos míseros 3,68 % projetados como INPC no período, rebaixando o nível a 3,61%. Não ha dúvida que essa proposta não traz o menor avanço, entendemos que 3,61% se quer repõem a inflação do período, tivemos um grande aumento nos preços nos últimos 12 meses, produtos essenciais como gás de cozinha, energia, água, alimentos, gasolina e vestuário tiveram seus preços elevados consideravelmente. É necessário ressaltar que
o índice econômico aprovado no XIII CONTECT, era o de 8% no salário e em todos os benefícios, mais o linear de 300 reais para todos os funcionários. Fora isso estamos vivendo inúmeros ataques por parte da empresa como extinção de
Apenas a luta dos trabalhadores nas ruas poderá ser capaz de frear a onda de retrocesso e a perca de direitos históricos. não podemos permitir que o patrimônio publico seja entregue nas mãos do capital estrangeiro. por um correios publico, de qualidade e para toda a população! não a privatização!!privatização é demissão!!! cargos, fechamento de agências e planos de demissão de funcionários, além da mensalidade no plano médico e rombo no postalis, que vem onerando bastante o nosso contracheque, que diga se de passagem já é bem sofrido Por outro lado, vemos que o TST tem uma relação bem próxima a empresa. O tom
ameaçador no próprio despacho/proposta é evidente e o ministro deixa bem claro que em caso de greve a proposta seria retirada e se encerraria a negociação. Após todas as ameaças, a mobilização perdeu força, diante do cenário de retrocessos vividos recentemente no país, a classe trabalhadora não acredita que tribunais como o do TST, venham a levar em conta os trabalhadores de base do País, por isso o SINTECT/SERGIPE REAFIRMA: A P E N A S A L U T A D O S TRABALHADORES NAS RUAS PODERÁ SER CAPAZ DE FREAR A ONDA DE RETROCESSO E A PERCA DE DIREITOS H I S T Ó R I C O S. N Ã O P O D E M O S PERMITIR QUE O PATRIMONIO PUBLICO SEJA ENTREGUE NAS MÃOS DO CAPITAL ESTRANGEIRO. POR UM CORREIOS PUBLICO, DE QUALIDADE E PARA TODA A POPULAÇÃO! NÃO A PRIVATIZAÇÃO!!PRIVATIZAÇÃO É DEMISSÃO!!! O sucateamento, a precarização e a falta de concurso publico levam os Correios ao desmonte, e são promovidos de forma estratégica pelo governo Federal e direção da empresa, para colocar a população contra os trabalhadores e forçar o discurso da privatização. Em caso de privatização, os mais afetados serão as populações de pequenas cidades onde as agências dos Correios (que muitas vezes são o único órgão publico do município) poderão ser fechadas, obrigando os moradores a se locomoverem a outros municípios para terem acesso ao serviço dos Correios Postais.