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Boletim Informativo da Paróquia Nossa Senhora das Graças - Vicente de Carvalho, Guarujá - Março / Abril de 2015 - Ano XIV - nº 83
Editorial Março tem muitas comemorações, entre elas o dia da mulher. Merecido! Ainda hoje elas sofrem com discriminações e preconceitos absurdos que já deveriam estar banidos. Em algumas regiões a humilhação é frequente e secular, sustentada por culturas que não progrediram nos direitos humanos. Em nosso meio, porém, a mulher ainda é vista como única responsável pela manutenção do lar, dos cuidados com os filhos e do preparo do alimento. Tudo isso sem perder seus atrativos de sedução, pois tem de manter a saúde do seu casamento, base da família. A Campanha da Fraternidade deste ano aborda o Servir! Mas não essa servidão quase escravocrata. As famílias têm de colaborar para que ninguém fique sobrecarregado. Vamos mudar. A Páscoa sempre nos convida à mudança, à passagem para um maior comprometimento com o irmão. Nossa Paróquia carece de reestruturação que virá no tempo certo. E isso podemos assegurar que é verdade. Não se trata de mentira. Boa leitura.
Páscoa é vida que renasce...
A
palavra Páscoa vem do hebraico “pesah” que traduzida para o grego equivale a “passagem”. No segundo Testamento toma o sentido de Ressurreição; a passagem da morte para vida. É a vitória de Deus sobre tudo que fere e que mata a vida. Quando a Páscoa torna-se vida? - Quando eu, sendo ser-humano, cristão, exerço o meu batismo como discípulo e missionário, lembrando o que diz o Documento de Aparecida (DA): “O batismo é a raiz que une o laicato, as pessoas da vida consagrada e os sacerdotes nas funções comuns de Cristo sacerdote, profeta e rei,” sendo assim, homens e mulheres que se tornam capazes de ressucitar, isto é, geradores de VIDA. Ressuscitar é gerar vida nova. Mas para que essa vida gerada nasça ela precisa realizar o seu “pesah”, isto é, SAIR de dentro
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Comunidades” constituam núcleos de fé, em testemunho entre si: “Amem-se uns aos outros, como eu vos amei” [Jo 15,12] (138), despertando assim, o anseio para Vida fraterna (DA 110), solidária, misericordiosa e cheia de compaixão; “No povo de Deus a comunhão e a missão estão profundamente unidas entre si. A comunhão é missionária e a missão é para comunhão”; (DA) Queridos irmãos e irmãs, a Igreja nos convoca, como discípulos(as) e missionários(as, a sair e fazer o nosso “pesah”, superar todas as fronteiras de desamor e ressuscitar para o Amor. Feliz Páscoa!
Pe.José Renato Vendrusculo
Eu vim para servir
om o tema “Fraternidade: Igreja e Sociedade”, a Campanha da Fraternidade deste ano nos convida a servir. Ela fomenta a ideia de que nós cristãos devemos viver nossos valores e praticar o bem também fora da Igreja. Convida-nos a ser mais presentes na sociedade, aprofundar a nossa luta por um mundo mais justo, íntegro e tolerante. Vivemos um momento ímpar da história de nosso país, onde
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do útero eclesial. Por isso, Páscoa, no contexto eclesial atual é um sair para vida, respirar outros ares. É um cortar o cordão umbilical enraizado na sacristia. Lembrando as palavras do Santo Padre que disse: “Saiamos, saiamos para oferecer a todos a vida de Jesus Cristo". Nesse contexto Páscoa é: a) Um Sair em missão para tornar evangélicas as realidades marcadas pelas injustiças nas periferias existenciais empobrecidas (periferia aqui significa todos locais: ricos e pobres); b) Um Sair para dialogar com a sociedade diante dos seus desafios atuais e refletir sobre a “dignidade humana, o bem comum e a justiça social;” (DA 256) c) Um Sair para possibilitar ações vivas, indo ao encontro das famílias e usar dos meios de comunicação a fim de se tornarem mais eficazes na evangelização; d) Um Sair para fazer comunhão, no desejo de que as “Comunidades de
clamamos por justiça, verdade, transparência e direitos. Porém, não adianta reivindicarmos de nossos governantes tais atitudes se agirmos de maneira controversa. A CF 2015 propõe que levemos para o mundo os bons exemplos e aprendizados com os quais somos abastecidos na Igreja. É importante levar para fora o modelo que desempenhamos aqui dentro. Somos convidados a melhorar o local onde vivemos por meio de nos-
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sas atitudes. Como filhos de Deus, devemos viver e sentir os seus ensinamentos, prezando o bem-estar coletivo, de forma participativa e ativa. “Quero uma Igreja solidária, Servidora e missionária, Que anuncia e saiba ouvir. A lutar por dignidade, Por justiça e igualdade, Pois “Eu vim para servir”
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(Refrão do Hino CF 2015. Letra: Pe. José Antonio de Oliveira) Thainá Rocha
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