Editorial
Boletim Informativo da Paróquia Nossa Senhora das Graças - Vicente de Carvalho, Guarujá - Maio / Junho de 2014 - Ano XIII - nº 78 Somos todos migrantes por natureza, e se ainda não mudamos de planeta foi por deficiência tecnológica e logística. Vontade e curiosidade não nos falta. As três personagens recentemente santificadas - José de Anchieta, João XXIII e João Paulo II, migraram muito no transcorrer de suas santas vidas. Este último, polonês, migrou apenas em seu país de origem, por outro lado visitou 129 outros países evangelizando. O avião ajudou bastante; coisa que Santo Antônio, São João e São Pedro, homenageados em junho, não dispunham. Santo Antonio, não se sabe bem porque, foi escolhido pelos jovens para pedir um bom casamento. Mas tudo precisa começar por um namoro bem conduzido, assim como o fizeram o casal Eva e João, tema do quadro Herói Anônimo deste bimestre. A Virgem Maria também namorou e casou. Todos sabemos como foi difícil e, ao mesmo tempo mágica sua aceitação aos desígnios de Deus. Ela que teve a missão de gerar o Corpo de Cristo no seu ventre. O próprio Corpus Christi reverenciado em procissão no mês de junho. É um pouco disso que falamos nesta edição. Boa leitura. Miguel Rubido
FESTA JUNINA: de onde vem?
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xistem duas explicações para o termo festa junina. A primeira explica que surgiu em função das festividades que ocorrem durante o mês de junho. Outra versão diz que esta festa tem origem em países católicos da Europa e, portanto, seriam em homenagem a São João. No princípio, a festa era chamada de Joanina. De acordo com historiadores, esta fes-
tividade foi trazida para o Brasil pelos portugueses, ainda durante o período colonial. Nessa época havia uma grande influência de elementos culturais portugueses, chineses, espanhóis e franceses. Da França veio a dança marcada, característica típica das danças nobres e que, no Brasil, influenciou muito as típicas quadrilhas. Já a tradição de soltar fogos de artifício veio da China, região de onde teria surgido a manipulação da pólvora para a fabricação de fogos. Da península Ibérica teria vindo a dança de fitas, muito comum em Portugal e na Espanha. Todos estes elementos culturais foram, com o passar do tempo, misturando-se aos
Bibliografia: www.suapesquisa.com
aspectos culturais dos brasileiros (indígenas, afro-brasileiros e imigrantes europeus) nas diversas regiões do país, tomando características particulares em cada uma delas.
Festas Juninas no Nordeste
Embora sejam comemoradas nos quatro cantos do Brasil, na região Nordeste as festas ganham uma grande expressão. O mês de junho é o momento de se fazer homenagens aos três santos católicos: São João, São Pedro e Santo Antônio. Como é uma região onde a seca é um problema grave, os nordestinos aproveitam as festividades para agradecer as chuvas raras na região, que servem para manter a agricultura. Paulo Wilson de Caldas Braz
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Migr ação
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migração humana seja ela emigração, imigração, nomadismo, transumância, ao longo do tempo sempre esteve relacionada aos problemas econômicos, políticos, religiosos, raciais, dentre outros. No Brasil, a migração iniciou com a chegada dos europeus, e na metade do século XVI, com a imigração forçada (escravidão) dos povos africanos. Ao longo da história, convivemos com esta movimentação humana, que deveria ser acompanhada de políticas governamentais que estabelecessem leis de proteção dos direitos cidadãos e, com isso, cumprissem seus deveres e obrigações. Infelizmente, o migrante ainda é discriminado, e esta discriminação estabelece classes e “superioridades”; isso nos distancia cada vez mais de uma igualdade, que esteja acima da origem, nacionalidade, região, estado, cidade, bairro, idioma, sotaque, cor da pele e religião. Enquanto continuarmos achando que a migração humana e suas consequências não têm solução e deixarmos nas mãos de poucos religiosos a missão de acolher e tentar promover a igualdade, estaremos sendo omissos, possibilitando que inescrupulosos ajam sobre nossos irmãos. Portanto, a escolha
correta de nossos representantes, nos poderes legislativos e executivos, e a nossa ação efetiva dentro da comunidade, auxiliará a tornar esses migrantes cidadãos e, com isso, retirá-los do anonimato, pois essa exclusão é que facilita a ação de criminosos sobre elas; seja na questão do tráfico de órgãos, trabalho escravo, na prostituição infantil ou adulta. Para finalizar, lembremo-nos da frase da Campanha da Fraternidade 2014, que “É para liberdade que Cristo nos libertou” (Gl 5,1). Alexandre Dziegeleuski
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