Editorial
Boletim Informativo da Paróquia Nossa Senhora das Graças - Vicente de Carvalho, Guarujá - Setembro / Outubro de 2015 - Ano XIV - nº 86
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Que atitude tomar com relação à crise política/econômica em que o país empacou? Além de exercer com dignidade nossos direitos e deveres de cidadãos, somos convidados à reflexão e à oração para que nossas instituições políticas cheguem a um consenso e encontrem o caminho para retomar a economia com o mínimo de sacrifício da camada mais frágil da população. A Bíblia tem se mostrado um ótimo manual de conduta. O cristão não pode se deixar contaminar por sentimentos de ódio ou ira como temos visto na redes sociais. O mundo precisa de atitudes positivas para enfrentar seus problemas. É nessa linha que a Igreja está se posicionando e incentivando seus seguidores a priorizar a ação concreta. Sob a tutela do Papa Francisco a Igreja Católica vem ganhando um impulso maior na prática efetiva do amor ao próximo. A preservação do Meio Ambiente, que São Francisco de Assis já valorizava séculos atrás, é uma das premissas para a qual o Bispo de Roma, o nosso Papa Francisco, está chamando nossa atenção. Miguel Rubido
Igreja “em saída” ao encontro dos afastados
esus era um grande contador de historietas edificantes. Uma das mais bonitas está no Evangelho de S. Lucas (10.30-37). “Havia dois senhores muito distintos, que acreditavam que o templo era o único lugar em que se podiam fazer coisas boas e agradáveis a Deus. Um belo dia, esses dois cavalheiros andavam por uma estrada deserta e, de repente, viram uma cena muito chocante: um homem caído na valeta, ferido e coberto de sangue. Talvez por medo de chegarem atrasados ao templo, fingiram que não viram nada e seguiram, sem prestar assistência ao moribundo. Atrás, vinha um cara que não frequentava muito a igreja, mas tinha um coração misericordioso. Não podia ver alguém sofrendo sem interromper o que estava fazendo, para prestar-lhe ajuda. Pois bem, esse senhor suspendeu a viagem, desceu do cavalo,
lavou as feridas do desconhecido com vinho e as ungiu com azeite. Era tudo o que ele tinha no momento. Não podendo fazer mais nada, levou o infeliz até uma casa onde podia receber maiores cuidados e partiu, não sem antes pagar toda a conta e comprometer-se por eventuais gastos futuros”. Jesus gostou muito do comportamento desse senhor desconhecido e o apresentou como modelo a ser imitado por seus discípulos. - Pensemos um pouco... O que faltou aos dois homens piedosos para agradarem a Jesus? Faltou-lhes entender que a Lei de Deus se vive também no dia a dia, fora do templo. Que Deus considera como feito a si mesmo tudo aquilo que fazemos aos nossos irmãos necessitados. Faltou-lhes, enfim, entender que em certas circunstâncias, as pessoas não necessitam com tanta urgência de orações, quanto de
gestos concretos de solidariedade. O bom samaritano entendeu muito bem a frase do Evangelho que diz: “Tudo aquilo que fizestes em favor de um dos menores dos meus irmãos é a mim que o fizestes” (Mt 25,40). Moral da história: Também nós, depois de termos celebrado na igreja o culto a Deus e a comunhão com os irmãos, devemos sair do recinto sagrado para ir ajudar as pessoas que precisam. Muitos não vêm até nós por diversos motivos: ou porque não têm roupas decentes, ou se sentem rejeitados, ou estão doentes, ou ainda porque não acreditam que os católicos estejam dispostos a ajudá-los. A conclusão é evidente. Se eles não vêm até nós, nós é que devemos ir até eles e levar-lhes a alegria do Evangelho na forma do serviço fraterno. Pe. Rovílio Guizzardi, CS
Francisco(s) e a ecologia
Fotos Reprodução
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m 4 de outubro comemoramos o dia de São Francisco de Assis, e, nada mais oportuno do que lembrarmos o grande exemplo deste santo homem com relação à valorização da vida através de um amor fratenal com todos os seres vivos. Esta interação é abordada de forma bastante abrangente na Carta Encíclica “Laudato Si” (Louvado Seja) do Papa Francisco que trata do CUIDADO DA NOSSA CASA COMUM (o planeta terra).
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O Papa ensina que nada deste mundo nos é indiferente e devemos estar unidos por uma mesma causa, que é a da corresponsabilidade pelo meio ambiente! Diante deste ensinamento comecemos a analisar como está essa “nossa casa”. O aquecimento global, a poluição, o destinamento inadequado do lixo, o consumismo, a escassez da água, a perda da biodiversidade... O consequente desgaste da qualidade da vida humana e a decadência social são reflexos e consequências
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contundentes de que precisamos interagir com o meio ambiente, assim como interagia São Francisco de Assis, há quase mil anos. O tempo nos tornou dominadores de tudo, violentos e exploradores. Precisamos urgentemente aprender a cuidar, pois as criaturas devem viver em harmonia e para isso precisamos promover uma ecologia ambiental integral, ou seja, uma ecologia econômica, social, cultural e humana.
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