Fechamento autorizado. Pode ser aberto pela ECT
O sustento de instituições hospitalares tem dependido cada vez mais da excelência das administrações. Experiências estudadas no Encontro Catarinense de Hospitais provam que é possível manter equilíbrio financeiro, mas apenas com treino em boas práticas de gestão se evita a queda.
DEZEMBRO 2011
2
< EDITORIAL
EQUILÍBRIO INTERIOR
P
rimeiro-ministro do Reino Unido durante a Segunda Guerra Mundial, Sir Winston Leonard Spencer-Churchill convenceu o povo britânico a combater o nazismo alemão através de discursos históricos que, tanto quanto o poderio bélico da Inglaterra, impulsionaram os ingleses para batalhas que eles não queriam - mas eram inevitáveis.
“Não adianta dizer: estamos fazendo o melhor que podemos. Temos que conseguir o que quer que seja necessário”, conclamou o estadista. É, ainda hoje, um conceito ousado e perfeitamente aplicável à realidade da gestão hospitalar.
Os estudos de caso têm demonstrado que os prestadoras de serviços de saúde que desabam frente às múltiplas adversidades financeiras são também aqueles que pensavam estar fazendo o melhor que podiam. Mas não se aplicaram em descobrir como fazer ainda mais para atingir a excelência.
AHESC-FEHOESC são instituições empenhadas em convencer seus associados de que a evolução dos processos de gestão é capaz de minimizar a níveis toleráveis as agressões externas sofridas por hospitais, clínicas e laboratórios. Formação continuada, aperfeiçoamento administrativo e capacitação pessoal são ferramentas eficazes para manter o equilíbrio interno enquanto o mundo em redor parece convulsionado. Winston Churchill e todos generais que entraram para a história são unânimes em declarar que quanto mais um soldado sua no treinamento menos sangra no campo de batalha. E há muito o que treinar no campo das boas práticas de gestão. O Instituto Santé tem premiado hospitais que se comprometeram em alcançar novos padrões de eficiência administrativa. Eles foram conhecidos durante o 33o Encontro Catarinense de Hospitais, e são louvados nas páginas dessa edição. Seus gestores tiveram a competência de transformar boas intenções em bons resultados, e com isso não apenas
mantém o equilíbrio financeiro, mas também prestam um serviço à sociedade e ao país. com condições dignas e acessíveis, tendo no lucro não a razão de existir, mas a legitimação do trabalho prestado.
Os líderes associativos da AHESC-FEHOESC compreendem que é preciso atuar em duas frentes para restaurar a harmonia das gestões hospitalares. A primeira delas é essa de fazer a lição de casa e buscar o aprimoramento administrativo e técnico. Porque barcos sem fundo naufragam até em um mar de rosas. Nesse sentido, através do Instituto Santé, a AHESC -FEHOESC têm elaborado e oferecido cursos e programas de capacitação que disseminam as experiências e os conceitos gerenciais mais bem-sucedidos no segmento de prestação de serviços de saúde.
A outra linha de ação é política e institucional. Um desenvolvimento sustentável do setor de saúde depende de reformas estruturantes, a começar pela gestão pública. Embora o Brasil invista menos em saúde do que os países desenvolvidos, boa parte da falta de qualidade no atendimento não é consequência da falta de dinheiro, mas da falta de gestão. O SUS também precisa esforçar-se para administrar com mais eficiência os recursos disponíveis. E é preciso pressão social para que isso aconteça — o que AHESC-FEHOESC vêm fazendo sistematicamente, através de ações políticas no Congresso Nacional, nos Ministérios e mesmo no Palácio do Planalto.
São tarefas exaustivas, essas, de buscar ao mesmo tempo arrumar a própria casa e mudar a realidade externa. Exaustivas e inescapáveis. São guerras que devemos lutar até conseguirmos o que é necessário. Outro inglês famoso, o economista Adam Smith, recitava ironicamente que “a ambição universal dos homens é colher o que não plantaram”. Essa edição em suas mãos mostra as sementes que estão sendo plantadas e as batalhas que estão sendo travadas para defender a vida dos brasileiros, através do bom funcionamento dos hospitais privados e filantrópicos, clínicas, laboratórios e prestadores de serviço de saúde.
Dario Staczuk Presidente AHESC | Tércio Kasten Presidente FEHOESC Expediente Saúde Catarinense Presidente AHESC Dario Staczuk Presidente FEHOESC Tércio Kasten Imagens: CAPA: Photoxpress
Diretor Executivo AHESC-FEHOESC Braz Vieira
Gerente Administrativo AHESC-FEHOESC Carlos Alberto de Liz Medeiros Assistente Financeiro AHESC-FEHOESC Silvana Hoffmann Assessor Jurídico AHESC-FEHOESC Rodrigo de Linhares (OAB/SC 8630)
Editor-chefe Iuri Grechi Jornalista Responsável Rute Enriconi DRT-SC 434
Reportagem Marcelo Tolentino
Projeto Gráfico e Diagramação Gabriel Bourg Comercial Cyrillo Jr
Este informativo é produzido e publicado pela Associação e Federação dos Hospitais de Santa Catarina, com veiculação dirigida a associados e instituições da área de saúde.
Telefone: (48) 3224-5866 vendas@saudecatarinense.com.br E-mail: ahesc-fehoesc@ahesc-fehoesc.com.br Twitter: @ahesc_fehoesc www.ahesc-fehoesc.com.br
AHESC-FEHOESC em números Associados Hospitais Laboratórios Clínicas Serviços de Saúde Total
137 357 2070 765 3329
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MERCADO>
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SOMBRA, ÁGUA FRESCA... ECIRURGIAS >
Santa Catarina quer conquistar mais espaço no disputado mercado do Turismo de Saúde, que movimenta 60 bilhões de dólares no mundo. Mas para isso é preciso providenciar a luxuosa estrutura exigida pelos pacientes que passam férias no hospital. Em Florianópolis, o Hospital Baía Sul já oferece esse serviço
N
ão é apenas de sol, praia e
para São Paulo fazer um check-up e acabam
sando na rota de um mercado
Carvalho, em entrevista recente à Folha de São
negócios que vive o turismo
brasileiro. O país está ingres-
chamado turismo de saúde,
formado por pacientes-turis-
tas que buscam roteiros com alta qualidade
nos setores de medicina e bem-estar. No mundo, o segmento movimenta anualmente cerca
de 60 bilhões de dólares, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), e os principais destinos são Índia, Tailândia e Cingapura.
Mas a evolução do setor médico-hospitalar
nacional, com utilização de tecnologia de
ponta, pessoal capacitado e preços mais acessíveis, tem atraído mais estrangeiros interessados não só na natureza exuberante ou no carnaval brasileiro.
Referência em medicina na América
Latina, São Paulo foi o primeiro estado brasileiro a apostar no turismo médico, atraindo o viajante pelo bolso (o atendimento é de
qualidade e mais acessível financeiramente) e por uma gama de entretenimento, ampla
Imagens: Arte | Photoxpress
oferta turística e boas opções de compras e
gastronomia. “A excelente estrutura médica é o principal motivo, porém não é o único.
Percebemos que muitas pessoas estão indo
ficando mais tempo para aproveitar a cidade”, afirma o presidente da SPTuris, Caio Luiz de
Paulo. “Não esqueçamos também que, para o estrangeiro dos Estados Unidos e da Europa,
por exemplo, é vantagem pagar um tratamento em real, e não em dólares ou euros. E ainda
por cima ter um serviço de ponta somado ao já conhecido atendimento cordial do brasileiro”, observou.
A Ilha e a magia do silicone Em Santa Catarina, o Hospital Baía Sul, localizado em Florianópolis, é pioneiro no ramo do turismo de saúde. A recepção do hospital se parece com a dos hotéis de redes internacionais. Luxuosos sofás, tapetes, computadores conectados à internet, e uma confortável ante-sala ambientada no estilo lounge. Foram investidos R$ 35 milhões, há dois anos, para criar toda uma estrutura alinhada ao turismo de saúde, capaz de atrair pacientes nacionais e estrangeiros. Com mais de 100 consultórios das mais variadas áreas, o Baía Sul Medical Center conta com uma estrutura médica de padrão internacional, com profissionais capacitados em cirurgias de grande porte, terapia intensiva e
6
US$
60
bi
É o que o segmento movimenta anualmente em todo mundo, segundo a Organização Mundial de Saúde. APARTAMENTO NO BAÎA SUL > decoração de hotel, serviço de hospital.
ANGOLA - BRASIL Angola lidera o ranking de emissões de pacientes para o Brasil, onde os angolanos também desembarcam para aprender medicina. Por isso, o Baía Sul e o Laboratório RDO Diagnóstico, de São Paulo, realizaram em 2010 um intercâmbio com enfermeiros, médicos e biólogos do país africano. Vieram conhecer e aprender métodos de restauração da fertilidade e medicina laboratorial. Segundo o diretor do RDO, Roberto Araújo, os profissionais tiveram oportunidade de aperfeiçoar técnicas. “Na clínica onde trabalham em Luanda, eles possuem muito potencial para incluir novas técnicas e conhecimentos que terão uma aplicação direta na população angolana e na saúde bucal”, disse ele, em entrevista recente à Revista TopGesto. Um grupo angolano de três ginecologistas, um urologista e uma chefe de reportagem permaneceu por 15 dias com a equipe no Baía Sul. Eles participaram de aulas teóricas e práticas sobre, por exemplo, o combate a varicocele – doença que afeta homens, caracterizada pela formação de varizes nas veias da bolsa testicular, que afetam o fluxo sanguíneo e pioram a qualidade e quantidade de sêmen. Para o diretor Newton Quadros, os intercâmbios mostram a consolidação do Brasil como um núcleo de referência não só para pacientes, mas também para profissionais da área de saúde que buscam reciclagem. “Eles estão vindo pra cá como fazíamos nos Estados Unidos e na Europa. Como o Brasil já é referência em algumas áreas da medicina, isso tem chamado a atenção do mundo”, comemorou Quadros.
pronto- atendimento. Para completar, equipou requintadas suítes de 32 metros quadrados, com sacada e vista para área verde, atendidas por uma equipe
são compostos por estrangeiros, 90%
hospital é por meio de cartões.
desponta como alternativa.
bilíngue. Tudo para o viajante sentir-se em casa, de férias e seguro: todo o acesso ao “Você dá atendimento integral e o
turista se sente seguro. E até cura mais
rápido, pois quando você quebra o estigma de hospital há um efeito psicossomático. Ele esquece que está em um hospital”,
ressalta o diretor do empreendimento, Newton Quadros.
O procedimento mais procurado é a
implantação de prótese de silicone nos
seios. Geralmente, os turistas estrangeiros visitam Florianópolis com a família.
A paciente fica no hospital, aguardando a
cirurgia, enquanto o marido e os filhos se-
guem para um dos hotéis parceiros do hos-
do público é nacional, mas o mercado
tem tudo para crescer, projeta o diretor
Newton Quadros. Ele explica que a crise na Europa tem ajudado no desenvolvimento do segmento no Brasil, que
Outros fatores ajudam a incremen-
tar o segmento no Brasil, como o fato
dos Estados Unidos permitirem um número limitado de cirurgias de redução
de estômago. “Assim, o mundo vai per-
cebendo que o país também se destaca
na área da medicina, e não só por causa
do baixo preço, mas principalmente por causa da qualidade dos serviços ofe-
recidos” analisa Quadros, que reclama
da falta de apoio governamental para o segmento desenvolver-se.
pital, levados por um motorista bilíngue.
Eles já têm um pacote turístico contratado. Podem ir ao Beto Carreiro World, visitar
praias e outras rotas turísticas. “E o proce-
dimento é o menos agressivo possível, com pequenos cortes e rápida recuperação.
Logo a esposa já pode também aproveitar
os passeios e conhecendo a cidade”, afirma Quadros.
Mercado emergente Hoje apenas 10% dos “pacientes
-turistas” do Baía Sul Medical Center
RECEPÇÃO >
sistema segue padrões internacionais
7
Apoio do governo transformou Tailândia em referência mundial
saúde, o Bumrungrad International
ESTADOS UNIDOS CANADÁ ITÁLIA PORTUGAL CHINA ANGOLA VENEZUELA CHILE MÉXICO ALEMANHA ESPANHA
O que os hospitais oferecem: Serviços de transporte Equipes bilíngues Assessoria em hospedagem Parcerias com agências de turismo
Especialidades mais procuradas no Brasil Cirurgia plástica, Dermatologia, Cirurgia bariátrica, Odontologia, Cardiologia, Oftalmologia, Oncologia e Reprodução assistida.
Top no atendimento ao turismo de
Hospital é a instituição que mais recebe estrangeiros no mundo. Localizado em Bangkok, na Tailândia, o hospital mantém 32 escritórios em diversas
regiões do planeta para a divulgação
de seus serviços e buscou o credenciamento da Join Comission Internatio-
nal. Cerca de 75% do faturamento vêm dos pacientes de outros países.
O hospital emprega 116 intérpre-
tes que falam mais de 16 idiomas. Se o registro de entrada do paciente foi feito em japonês todo o prontuário eletrônico estará em japonês.
O governo tailandês apostou no
segmento, adotando em 2002 um
conjunto de hospitais e agências de
viagens especializadas. Foi a fórmula
para afirmar ao país como o centro do turismo de saúde na Ásia. Resultado:
o número de pacientes passou de 500
mil em 2001 para 1,4 milhão em 2006.
A receita anual da atividade ultrapassa os 675 milhões de euros.
No Brasil é mais barato colocar prótese De silicone Enquanto os EUA cobram em média R$ 10 mil, em Santa Catarina, por exemplo, no Hospital Baía Sul, o procedimento é feito por R$ 6 mil, com qualidade equivalente à americana. E o turista ainda pode usufruir do turismo e da qualidade de vida de Florianópolis, sem a violência e a poluição de centros como São Paulo.
de qualidade
HOSPITAL BAÍA SUL Avançado centro de procedimentos de alta complexidade cirúrgica, com equipamentos de última geração. E agrega conceitos de hotelaria hospitalar com atendimento humanizado. O Hospital Baía Sul também inova na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), onde há 15 leitos. É permitida a presença de um acompanhante no ambiente onde está o paciente.
Baía Sul Hospital Dia Unidade voltada para a realização de procedimentos cirúrgicos de médio e pequeno porte, que demandam curta permanência de internação por, no máximo, 24 horas. Cirurgias em hospital dia viabilizam uma recuperação mais rápida.
Infraestrutura 1.160,14 metros quadrados de área total 6 salas de cirurgia Centro de Recuperação Pós-Anestesia com sete leitos Estar médico equipado com Central de Monitoramento (para acompanhar o paciente em cirurgia, no CRPA e inclusive no quarto quando necessário) 17 apartamentos individuais
Imagens: Photoxpress | Baia Sul
De onde vêm os pacientes-turistas que desembarcam no Brasil em busca, principalmente, de cirurgia plástica:
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9
ARTIGO
DRªMaria Elizabeth Menezes,Ph.D Diretora Científica | DNAnálises Laboratório de Pesquisa e Análise do Gene
FÁRMACOS E
OS GENES DE CADA INDIVÍDUO As pessoas são diferentes e as doenças também. Por isso, não há uma receita universal.
A
biologia molecular é
cada vez mais utilizada
no diagnóstico clínico. Um número crescente
de doenças pode ser
detectado e monitorado em tempo hábil, gerando informação relevante para a melhor gestão clínica dos doentes.
A abordagem da medicina persona-
lizada alicerça descobertas e evolução constante da biologia molecular, que proporcionam testes de diagnóstico
molecular que permitem direcionar os medicamentos e controlar melhor as
doenças. Uma vez que os indivíduos são diferentes geneticamente, a resposta
a tratamentos também são diferentes. São analisadas populações inteiras ou
subgrupos dela, para obter informações
genéticas com o objetivo de que as intervenções individuais nos pacientes sejam
mais personalizadas, tornando a cura e a prevenção mais eficientes.
Ao analisar a resposta de uma po-
pulação homogênea a uma determinada droga, com uma mesma dosagem, entre
indivíduos do mesmo sexo, idade e peso,
com mesmos hábitos diários e condições físicas semelhantes, é possível perceber que o efeito produzido apresenta diferenças significativas.
A variabilidade de resposta às
drogas entre pacientes, excluindo-se as
variáveis físicas e ambientais, pode ser
indivíduos ou de grupos, marcadores ge-
Assim, chamamos de farmacogenética o
terminados medicamentos. De qualquer
atribuída, em parte, à composição gené-
tica única que cada indivíduo apresenta.
ramo da farmacologia clínica que estuda as variabilidades de resposta às drogas em função das variações genéticas na
população. Desta forma, conforme Donato (2008), a farmacogenética dedica-se ao estudo da base genética sobre
a resposta não usual do organismo à
ação dos medicamentos, ou seja, como
a variabilidade genética contribui para a variabilidade da resposta aos medi-
camentos. É claro que o organismo hu-
mano é complexo, com cerca de 25.000 genes, todos atuantes em ao menos
alguns momentos. Assim, não se pode
esperar que as variações da resposta às drogas, em função de variações genéticas, ocorram todas de forma separada.
Dessa maneira, a farmacogenética foca os efeitos de genes isoladamente. Por sua vez, um ramo de estudo compa-
nheiro da farmacogenética, chamado
farmacogenômica, estuda os efeitos de
vários genes simultaneamente (efeitos do genoma como um todo), bem como suas interações.
Contudo, para alguns pesquisadores,
farmacogenética e farmacogenômica
podem ser usadas, de forma geral, como conceitos sinônimos. Já para outros, a
farmacogenômica busca, nos genes de
néticos relevantes que permitam prever
efeitos tóxicos, efetividade clínica de demaneira, essas áreas da farmacologia,
segundo Metzger et al. (2006), buscam
identificar genes que:
A predisponham às doenças; B modulem respostas aos medicamentos; C afetem a farmacocinética e farmacodinâmica de medicamentos; e D estejam associados a reações adversas ao medicamento. Com isso, esses dois ramos objetivam
o melhor tratamento através da persona-
lização terapêutica, com base nas diferenças genéticas entre os indivíduos.
As aplicações já existentes abragem
doenças infeciosas e oncologia dentre outras.
BIBLIOGRAFIA DONATO, J. L. Avanços e aplicações da farmacogenética. Dis-
ponível em: < http://www.synchrophar.com.br/pdf/Synchrophar%20Report_n7.pdf>. Acesso em: 20 mar. 2009.
MENON, Sueli Zafalon; LIMA, Andréa Cristina de; CHO-
RILLI, Marlus; FRANCO, Yoko Oshima. Reações Adversas a
Medicamentos(RAMs). Saúde em Revista. Fev. 2005. 71-79.
METZGER, I. F.; SOUZA-COSTA, D. C.; TANUS-SANTOS, J. E. Farmacogenética: princípios, aplicações e perspectivas. Ribeirão Preto, 39 (4): 515-21, out./dez. 2006.
SHASTRY, B. S. Pharmacogenetics and the concept of individualized medicine. Pharmacogenomics J. 2006;6(1):16-21.
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ARTIGO
DR. Fabio Adriano Stürmer Kinsel Advogado Pós-Graduado em Direito Tributário. Sócio da Kinsel Advogados Associados OAB/RS 37.925
A IMUNIDADE
DAS INSTITUIÇÕES
BENEFICENTES
O
objetivo do presente é
chamar a atenção para algumas questões que
consideramos impor-
tantíssimas em termos
de Filantropia, pois desde 1988 foram
editadas leis, decretos, portarias, entre outros, porém, esta legislação não res-
peita o conceito de entidade beneficente de assistência social previsto no artigo 195, 7º, da Constituição Federal.
Primeiramente, queremos dei-
xar claro que o direito de não pagar
impostos (art. 150, VI, C, da Constituição Federal) e o direito de não pagar
contribuições de seguridade social (art. 195, §7º, da Constituição Federal) são
imunidades, conforme já está pacificado pelo Supremo Tribunal Federal.
Partindo dessa premissa, podemos
afirmar com segurança que nem todos
os dispositivos que constavam do artigo 55 da Lei 8.212, do Decreto 2.536 e que
agora constam da Lei 12.101 são válidos. O fundamento dessa afirmação está
Imagens:: Photoxpress
assentado em decisões judiciais dos Tribunais do país, cumprindo referir casos
emblemáticos que podem ser utilizados
como parâmetro na defesa de direitos de entidades beneficentes: 1) possibi-
lidade de manutenção da imunidade às
contribuições de seguridade social sem a apresentação de certidão negativa ou
positiva com efeitos de negativa e mesmo que haja obrigações tributárias acessó-
rias não cumpridas; 2) possibilidade de
manutenção da imunidade às contribuições de seguridade social em períodos
parcelamento, mesmo com a assinatura de “confissão irretratável”.
Infelizmente, muitas vezes somos
compelidos a acatar as autuações e parcelar os débitos, ou, ainda, “não
questionar a Fazenda”. Não faltam os que aconselham a “jamais buscar a Justiça, pois a represália será pior”.
Porém, as entidades beneficentes já
anteriores à concessão do CEBAS, espe-
são devidamente fiscalizadas, audi-
dos efeitos da concessão do CEBAS, com
tanto, não têm o que temer ao buscarem
cialmente em casos de perda de prazo na renovação; 3) possibilidade de retroação anulação de dívidas ou restituição de va-
lores de contribuições pagas no passado;
4) reconhecimento judicial da imunidade sem a apresentação de CEBAS; 5) imuni-
dade ao PIS para as entidades detentoras de CEBAS, com restituição de valores e anulação de dívidas; 6) reconheci-
mento que a COFINS não é devida por
associações sem fins lucrativos que não possuem o CEBAS, entre outros.
Além dos assuntos acima, cumpre
salientar que já está pacificado nos
Tribunais que, se o tributo confessado for indevido, há possibilidade de revisão do
tadas, têm seus balanços publicados,
prestam contas, etc. Tudo às claras. Porseus direitos.
Daí a necessidade de buscar os
direitos a que fazem jus, pois a boa prática do administrador e dos dirigentes informa que não se deve pagar algo
indevido, comprometendo recursos
escassos e até mesmo a sobrevivência das entidades.
Esta é a função da Kinsel Advogados
Associados: informar e se por à disposição para lutar na
defesa desses direi-
tos, que pertencem a toda sociedade.
GESTÃO>
CONHECE-TE A
TI MESMO >
Um sistema de autoconhecimento financeiro para hospitais ajuda a usar recursos com mais eficácia e inteligência.
U
m sistema desenvolvido
não possui um sistema de controle de cus-
a Inovadora Sistemas, tem
uma necessidade e apresenta valores para
pela AHESC-FEHOESC e
FEHOSC, em parceria com
ajudado instituições de
saúde a enfrentar a falta de recursos ao proporcionar
“autoconhecimento”. O SACH
(Sistema de Apuração de
Custos Hospitalares), que já
é usado por mais de dez entidades do setor em Santa Catarina, permite que
o hospital saiba exatamente o destino
de cada centavo gasto, equilibrando as
contas e melhorando a gestão financeira. Como a maioria das instituições da área
tos, barrados pela falta de verba e dificul-
dade de implantação, o programa preenche todos os bolsos.
Acessível e adequado a cada realidade,
a tecnologia dá ao gestor as ferramentas
ideais para que ele use o escasso recurso com mais inteligência. “O grande dife-
rencial é que foi construído baseado nas
particularidades de hospitais, ao contrário dos programas existentes no mercado que têm algumas dificuldades para aplicação
em estabelecimentos de saúde, pois foram
desenvolvidos para outros perfis de empresas”, destacou o gerente administrativo da
AHESC-FEHOESC, Carlos Alberto de Liz Medeiros.
Ele lembra que o desenvolvimento do
SACH foi iniciado em 2009, em parceria
com sete hospitais, e ficou pronto para a
implantação em junho de 2011. O desafio era usar com sabedoria os valores pagos pelo SUS (Sistema Único de Saúde).
“Identificamos que havia a neces-
sidade de fazer um levantamento dos
custos dos hospitais para identificar os
reajustes dos procedimentos. A idéia era que pelo menos os valores pagos pelo SUS cobrissem as despesas. O senhor
Valmor Busnello, na época administra-
dor do Hospital Divino Salvador, auxiliou
Imagens: Arte | PhoroXpress | Dreamstime | Arquivo
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SISTEMA SACH EM SANTA CATARINA
Atualmente os hospitais que usam o sistema em Santa Catarina são: Hospital Regional São Paulo Xanxerê Hospital Nossa Senhora dos Prazeres - Lages Hospital Infantil Seara do Bem Lages Hospital de Caridade São Braz Porto União Hospital São Vicente de Paulo Mafra
INOVACÃO >
Hospital e Maternidade Sagrada Família - São Bento do Sul
diante do sucesso, o Sistema SACH foi apresentado ao SINDHERJ no Rio de Janeiro
muito na estruturação do sistema”, frisou Medeiros.
Sistema é mais barato Pensado justa-
mente para a realidade dos hospitais, que sofrem com a falta
de recursos, o SACH custa praticamente a metade do valor
dos outros softwares vendidos no mercado.
Enquanto um
outro sistema pode
resultado financeiro da venda do sistema para baratear o investimento”, lembrou Carlos Alberto Medeiros.
“Identificamos que havia a necessidade de fazer um levantamento dos custos dos hospitais para identificar os reajustes dos procedimentos. A idéia era que pelo menos os valores pagos pelo SUS cobrissem as despesas”
custar até R$ 2 mil, o programa desenvolvido pela entidades catarinenses e a Ino-
vadora Sistemas, sediada em Joaçaba, pode custar menos de R$ 1 mil. “O investimento no sistema foi pensado justamente para a realidade dos hospitais do estado, ou
seja, com poucos recursos para aplicação
em apuração de custos. Inclusive a AHESC -FEHOESC abriu mão da participação no
Hospital Universitário Santa Terezinha - Joaçaba
Diante do
Sociedade Hospitalar Beneficente Frei Bruno - Xaxim Associação Hospitalar Beneficente Pinhalzinho - Pinhalzinho Hospital São José - Maravilha
sucesso da inova-
Fundação Médico Assistencial ao Trabalhador Rural - São Lourenço do Oeste
interesse em adotar
Sociedade Hospitalar São Miguel do Oeste Ltda - São Miguel do Oeste
ção, outros estados têm demonstrado a tecnologia. No
último dia 25 de
outubro, o gerente administrativo Carlos Alberto
Medeiros e representantes
da Inovadora Sistemas estiveram
no Rio de Janeiro apresentando o
SACH ao SINDHERJ (Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde do Estado do Rio de Janeiro).
DISSEMINAÇÃO DO AUTOCONHECIMENTO>
as técnicas e ferramentas para gerir melhor devem ser expandidas entre as
instituições de saúde
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ARTIGO
Zilene A. Limas
Diretora da Condor Internacional, empresa de Assessoria em Comércio Exterior
DOBRANDO
A CAPACIDADE DE INVESTIMENTOS COM A
IMUNIDADE TRIBUTÁRIA
N
ão é de hoje que as
filantropias gozam de
equipamentos médico
importar equipamentos diretamente do
imunidade tributária
para importação de
-hospitalares. Falta divulgação assertiva. Não há riscos na importação, se bem
assessorada. A assessoria preventiva é
fundamental para garantir a imunidade tributária.
É essencial conhecer o produto, sua
origem, seu registro, e a melhor forma de transporte e manuseio.
O cumprimento das exigências do-
cumentais por parte da entidade é fator
determinante para o reconhecimento da imunidade. Por outro lado, autoridades
vêm fazendo sua parte para assegurar o acesso ao benefício, mas sem perder o rigor na fiscalização.
A CONDOR INTERNACIONAL® é pio-
Imagens:: Photoxpress
É esta garantia que possibilita aos
hospitais dobrar sua capacidade de
neira em assistir este tipo de importação,
garantindo assim, a imunidade tributária.
investimentos com os mesmos recursos disponíveis. Significa dizer que,
exterior, com o benefício da imunidade
tributária, os torna até 50% mais bara-
tos do que comprá-los aqui no Brasil, já nacionalizados.
As grandes marcas de equipamen-
tos já vêm oferecendo essa possibilida-
de, mantendo as mesmas garantias, suprimento de peças e serviços Comprar diretamente do fabricante no exterior
também garante a aquisição de produtos de última geração tecnológica.
“Não há porque as entidades bene-
ficentes pagarem impostos na importação”.
Os recursos nessas instituições
são sempre escassos, e mesmo que as verbas venham de parlamentares ou
convênios, sempre é possível comprar através da importação.
Os custos com a nacionalização são
percentualmente insignificantes em
vista da economia feita com o não pagamento dos tributos.
A importação de produtos médico-
hospitalares tem especificidades e burocracias diferentes daquelas encontradas na compra de produtos já nacionalizados. Porém, quando feita diretamente
pela instituição, garante a integridade do produto e economia que pode ser
utilizada para compra de outros equipamentos.
É fato que grandes investimentos
estão sendo realizados em muitas unidades hospitalares geridas por instituições filantrópicas gozando destes benefícios. Muitos virão se tornar referência no
Estado, por saberem usufruir de um direito que lhes é garantido.
16
33ยบ ECH>
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SIM, NÓS
PODEMOS >
O 33º Encontro Catarinense de Hospitais, que ocorreu entre 14 e 16 de setembro de 2011 no Centro Multiuso de São José, revelou que as novas tendências em gestão de saúde estão produzindo um efeito recuperador em instituições outrora combalidas pela falta ou desperdício de recursos. Hospitais privados e filantrópicos não só estão sobrevivendo às conjunturas adversas, como ainda podem ser a tábua de salvação para hospitais públicos, através da gestão por Organizações Sociais.
M
pontua Tércio Kasten, presidente da FEHOESC.
De acordo com o gerente administra-
tivo da AHESC-FEHOESC, Carlos Alberto de Liz Medeiros , o grande número de
inscrições superou as últimas edições.
Foram 326 participantes. “O formato das palestras e as novidades da feira ajuda-
ram no sucesso”, destacou ele. Este ano,
o 33º Encontro Catarinense de Hospitais teve como tema as “Novas Tendências
na Gestão de Saúde”. A Feira, que contou até com um expositor de Portugal, levou para o evento as principais novidades
arcado pelo alto nível e
tecnológicas do setor.
A palestra mais esperada foi a do
diversidade das palestras,
especialista Wladimir Taborda, doutor
nópolis para receber a edição
o modelo de parceria com as Organiza-
o Encontro Catarinense de
Hospitais qualificou Floria-
de 2013 da Conferência de Gestores de
Hospitais de Países de Língua Portuguesa. Em 2012, o evento acontece em Portugal,
onde a AHESC-FEHOESC devem estar pre-
sentes. “Fiquei muito feliz com os resultados
do Encontro. Ano que vem vamos para Portugal fazer propaganda da capital catarinense, para trazer a conferência para cá, pois 2013 será um ano especial para a AHESC, que Imagens:: Foto Studio
completará 50 anos de existência”,
em medicina. Em sua exposição, Taborda traçou um panorama de como funciona ções Sociais de Saúde em São Paulo no gerenciamento dos hospitais públicos, uma tendência que deve ser adotada
pelo Governo de Santa Catarina. Outra
palestra concorrida foi a da farmacêutica bioquímica Andréa Tomazelli, que falou sobre a evolução de equipamentos que hoje garantem o controle de infecção e segurança aos pacientes.
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ACONTECEU
37o CONGRESSO MUNDIAL DE HOSPITAIS EM DUBAI O presidente da FEHOESC, Tércio Kasten, acompanhado do diretor-executivo da AHESC-FEHOESC, Braz Vieira, e do diretor da Federação dos Hospitais, Newton Quadros, participaram no mês de novembro em Dubai nos Emirados Árabes, do 37o Congresso Mundial dos Hospitais. Nessa edição o evento tratou sobre “A saúde em um mundo de mudança: superando os desafios”. O congresso é realizado pela Federação Internacional dos Hospitais, uma organização não-governamental apoiada por membros de mais de 100 países. A IHF desenvolve e mantém um espírito de cooperação e comunicação entre os hospitais e organizações de saúde com objetivo de melhorar a segurança do doente e de promover a saúde em comunidades carentes. Durante o evento, fechado negócios com os principais investidores e líderes de O grupo foi liderado pelo presidente da CNS, José Carlos Abrahão.
mercado, proprietários de hospitais e profissionais de saúde.
Imagens:: Foto Studio
os profissionais da área trocaram experiências além de terem
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PALESTRA 33 ECH o
DR. WLADIMIR TABORDA
A MELHOR GESTÃO
PÚBLICA É A PRIVADA
Administrar hospitais através de Organizações Sociais representa uma vantagem competitiva e um ganho de qualidade para o usuário do SUS. Wladimir Taborda é um estudioso dos benefícios que a implantação de gestões privadas provocaram em instituições paulistas e confirma o ditado popular: contra fatos, não há argumentos – ao sair das ineficientes mãos estatais, hospitais evoluem no atendimento e na complexidade dos procedimentos.
D
urante mais de duas
de 100 milhões de habitantes que adotou
legas, médicos e gestores
liza um milhão de internações por mês,
horas, Wladimir Taborda sintetizou para seus co-
de saúde, os indicadores
da realidade brasileira – que apesar de se fortalecerem anualmente nos dados
macroeconômicos não se traduzem em
benefícios diretos equivalentes para a saúde da população.
Com hospitais sucateados, uma legis-
lação reativa, processos administrativos burocráticos e crise de financiamento, o Imagens:: André Luis Vieira
SUS necessita de alternativas de adminis-
tração hospitalar que possam dar eficácia à assistência.
O governo federal tem alardeado que o
Brasil é o único país do mundo com mais
um sistema nacional público e gratuito de saúde. Pelos cálculos oficiais, o SUS reae mais de 3,5 bilhões de procedimentos
ambulatoriais – embora seja necessária aí certa dose de ceticismo em relação a consultas efetuadas em 5 minutos nos superlotados hospitais públicos.
Para Taborda, o SUS é, de fato, uma
proposta includente que tem sido estuda-
da e reproduzida em outros países, porém precisa ser aperfeiçoada no âmbito do
acesso e da qualidade. A gestão pública
dos recursos destinados à saúde é marcada pela ineficiência e desperdício. Só
este ano, ao mudar a forma de comprar medicamentos, o Ministério da Saúde
descobriu que era possível economizar
mais de um bilhão de reais. Cruzamento de dados revelam que 14 mil médicos registrados em municípios estariam
trabalhando mais de 24 horas por dia
sem parar, e recebendo por essa atividade incompatível com a realidade.
As parcerias público-privadas com
as Organizações Sociais são ferramentas administrativas que, na avaliação de Ta-
borda, usam os recursos de maneira mais
planejada e eficaz, em sistemas auditados
pelas Secretarias Estaduais da Fazenda, já
que utilizam verbas públicas. “Os serviços prestados são avaliados regularmente, a cada três meses, e a organização social que não cumprir a meta estipulada de
comum acordo com o governo estadual
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é cortada do sistema
após dois anos”, explica o especialista.
A solução começou
a ser implantada há
13 anos em São Paulo, pelo então secretário de saúde Luiz Barra-
das e sua equipe — da
qual Taborda fez parte. “As instituições filan-
trópicas sérias atuam
no SUS com eficiência, melhor custo-bene-
fício, resolutividade
O TEMPO NÃO PARA >
a burocracia das licitações torna lenta a compra ou reposição de equipamentos indispensáveis, como materiais cirúrgicos e aparelhos de raio-x. Na gestão das OS há uma agilidade que salva vidas.
e com uma qualidade de atendimento e
públicas, mas o dado concreto é que os
do atendimento de saúde”, assegura. “É por
ções. Reconheço que a lei é benfazeja
contratos de gestão, que se comprovaram
um setor imprevisível. É nefasto que hos-
acolhimento que o usuário não estava
acostumado, mudando de fato a realidade
esse motivo que governos de todos os partidos e tendências ideológicas adotam os na prática como ferramentas gerenciais eficientes.
Durante a palestra no Encontro Ca-
tarinense de Hospitais, Taborda também
criticou a Lei de Licitações n° 8666. “Essa lei é considerada pelo senso comum uma
garantia de lisura e probidade em compras
Tribunais de Constas estão entupidos
de processos de licitações sob suspei-
em alguns casos, mas apenas rara ou
ocasionalmente na área da Saúde, que é
pitais fiquem reféns dessa burocracia, que com frequencia paralisa o atendimento e prejudica a população – até os recursos
serem liberados para a compra, o pacien-
te já faleceu”. Taborda criticou o tempo de espera atual para substituir um tomógrafo ou um raio-x nos hospitais púbicos. “O hospital precisa de agilidade”, defende.
Taborda criticou publicamente o fato de hospitais serem usados como moeda de
troca. “Falo quando um político liga para o diretor e pede preferência no atendi-
mento para alguém. Isso fere o conceito de acesso universal. Precisamos de um
modelo baseado em resultados”, ressaltou o médico. Entre as principais diferenças
entre o setor público e o privado, segundo Taborda, é que o primeiro só pode fazer
o que está dentro da lei e o segundo pode fazer tudo que não contrarie a lei.
Imagens:: Photoxpress
Como funciona o modelo
A OS é implantada em hospitais
públicos, com total autonomia de atuação,
visando sempre resultados positivos sem desperdício de recursos. “O governo tem
que monitorar muito, pois não pode haver lucro, já que as OS`s são instituições sem fim lucrativo”, frisou.
Wladimir Taborda explicou que antes
de contratar uma OS existem premissas essenciais para que o modelo funcione.
Por exemplo, conhecer as necessidades
regionais, elaborar um planejamento ade-
quado, buscar por parceiros capacitados e
eficientes e saber ao certo a disponibilidade orçamentária. “É uma alternativa concreta, estou conhecendo agora o cenário
goiano, mas vários aspectos já observados levam a crer que o modelo pode sim ser adaptado aqui em Santa Catarina”.
Wladimir Guimarães Correa Taborda é formado em Medicina pela Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre e Doutor em Medicina pela Universidade Federal de São Paulo. Presidente da Comissão de Avaliação da Execução dos Contratos de Gestão com Organizações Sociais de Saúde do Estado de São Paulo (2007-2011) atua desde 2002 na Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo como médico especialista para o desenvolvimento e implantação de mecanismos de avaliação e controle de metas assistenciais e de qualidade em hospitais públicos gerenciados por OS. Taborda também é consultor da Secretaria de Estado da Saúde de Pernambuco para implantação do modelo de gestão em parceria com OS e tem vasta experiência como gestor de serviços médicos em hospitais privados, como no Hospital Israelita Albert Einstein, em que foi coordenador médico por seis anos.
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22
33º ECH>
PREMIAÇÃO
INSTITUTO SANTÉ O Instituto Santé premiou, durante a abertura do 33o Encontro Catarinense de Hospitais, quatro hospitais que se destacaram no PROGESS – Programa de Melhoria Contínua na Gestão e Assistência em Serviços de Saúde em Santa Catarina. O programa foi criado pelo Instituto Santé com o apoio institucional da AHESC-FEHOESC em parceria com o MCE – Movimento Catarinense para a Excelência. O Prêmio Santé possui três categorias: bronze, prata e ouro. Confira mais detalhes dos vencedores:
CATEGORIA OURO
F
HOSPITAL SÃO FRANCISCO undado em 1935, o Hospital
1945 com o lançamento da pedra funda-
munícipes que, com o apoio
ver-se, ampliando estruturas de atendimen-
São Francisco de Concórdia nasceu do esforço de seus
do vigário da região, trouxe-
ram médicos e religiosas para trabalhar em
prol da população. As religiosas, com o apoio de médicos, farmacêuticos e da população,
partiram para a estruturação do São Francisco. O esforço de organização e construção dos
serviços de saúde de Concórdia foi coroado em
Aos 76 anos, o Hospital São Francisco é
mental do Hospital, que foi inaugurado em
referência na região prestando assistência
to, diversificando as especialidades médicas
serviços de Emergência, assistência de Alta
1947. A partir daí o HSF passou a desenvole organizando sua administração.
Em 1984 a administração do hospi-
tal passou a ser realizada pela Sociedade
Beneficente São Camilo, que deu sequência nos processos de ampliação e organização da entidade.
médica e hospitalar a mais de 16 municípios do meio-oeste catarinense, possuindo dois Complexidade em Traumato-Ortopedia,
Centro de Diagnóstico por Imagem, Labora-
tório de Análise Patológica e Citopatológica, entre outros, além das diversas especialida-
des médicas presentes em seu corpo clínico. O administrador do Hospital Edio Santo Rosset, recebeu a premiação.
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CATEGORIA PRATA
HOSPITAL E MATERNIDADE SÃO JOSÉ Localizado no norte do estado, o Hospi-
e Maternidade São José é uma entidade
mais de 75 anos. Na década de 60, a Sociedade
do Itapocu, sendo referência no atendi-
tal e Maternidade São José vem prestando
serviços de assistência médico-hospitalar há Divina Providência assumiu a administração e o patrimônio do hospital, estruturando o
atendimento geral e dando início à construção da maternidade.
Nas décadas seguintes, outras estruturas
passaram a compor o Hospital e Maternidade Hemodiálise (hoje Fundação Pró-Rim) e o
mais de 136.000 pessoas da região do Vale
mento de alta complexidade em Urgência e
Emergência adulto, Neurocirurgia, Trauma-
to-Ortopedia e Oncologia. Em 2004, uma
parceria entre a Sociedade Divina Providência e o Grupo Empresarial de Jaraguá do Sul
criou o Conselho Deliberativo da Instituição,
ao atendimento dos pacientes de Jaraguá
investimentos vêm sendo realizados, tanto
instituição. O presidente do Hospital, Paulo
que apresentou o projeto de reestrutura-
São José, destacando-se o Pronto-Socorro, a Unidade de Terapia Intensiva, a Unidade de
filantrópica que atende uma população de
ção do hospital. Desde então, inúmeros
Centro de Diagnóstico por Imagem. O Hospital
em construções modernas e adequadas
do Sul e região, quanto em tecnologias de
gestão, sendo estas um dos diferenciais da Matos, recebeu o troféu.
CATEGORIA BRONZE
HOSPITAL E MATERNIDADE SANTA LUÍZA E HOSPITAL REGIONAL SÃO PAULO ciada com 7 leitos de UTI Neonatal, salas
para atendimento ambulatorial de ginecologia e obstetrícia, contando com mais de
30 leitos de internação entre apartamentos e enfermarias de alto padrão. Um dos diferenciais do Hospital e Maternidade Santa
Luíza é o investimento em gestão administrativa, seja através do sistema integrado Idealizado por um grupo de médicos preocu-
pados com a qualidade no atendimento da saúde da mulher e do recém-nascido, o Hospital
e Maternidade Santa Luíza foi inaugurado em julho de 2002 para essa finalidade. Instalado
entre os municípios de Balneário Camboriú e
Itajaí, o hospital proporciona atendimento de qualidade à população da região, sendo refe-
rência na prestação de serviços de saúde. Através de seu corpo clínico, oferece atendimentos ginecológicos, obstétricos e pediátricos, além de cirurgias eletivas de baixa e média com-
de informações gerenciais, seja através da qualificação de seu quadro funcional que
hoje conta com mais de 145 colaboradores. Esse investimento em gestão é que creden-
ciou o Hospital e Maternidade Santa Luiza a participar do PROGESS — Programa de Me-
pital, decidiu ousar em um grande projeto
preenchido os requisitos técnicos avaliados. recebeu a premiação.
Hospital Regional São Paulo O Hospital Regional São Paulo é uma
110 leitos e duas UTIs — uma geral e uma
Imagens:: Photo Studio
proporciona segurança, conforto e comodi-
dade aos pais, recém-nascidos e às mulheres de modo geral, possuindo equipe técnica
especializada e estrutura hospitalar diferen-
Diante da demanda crescente e da
O administrador do Hospital, John Hosang,
Serviços de Saúde em Santa Catarina tendo
de cirurgia plástica e otorrinos.
O Hospital e Maternidade Santa Luíza
oeste catarinense.
necessidade premente de serviços de saúde
entidade filantrópica que presta serviços de
na região, além de procedimentos ortopédicos,
dos mais importantes hospitais da região
lhoria Contínua na Gestão e Assistência em
plexidade nas mais variadas especialidades
médicas, realizando cerca de 25% dos partos
rindo Xanxerê no cenário estadual como um
saúde há mais de 37 anos, sendo referência para toda a região do Alto Irani. Com
neonatal — o HRSP possui credenciamento de Alta Complexidade em Cardiologia e é referência no atendimento de Urgência/
Emergência, possibilitando cobertura de
saúde para toda população regional, inse-
especializados, a Associação Educacional e Caritativa — ASSEC, mantenedora do hos-
de ampliação e reestruturação que elevará ainda mais o padrão de atendimento do
Hospital São Paulo. Os investimentos em
gestão do HRSP também acompanharam o crescimento de sua estrutura, culminando com sua participação no PROGESS —
Programa de Melhoria Contínua na gestão e Assistência em Serviços de Saúde em Santa Catarina o que, após a análise dos critérios de qualidade de gestão, credenciou o Hos-
pital São Paulo a receber o Prêmio Santé. O administrador do Hospital, Fábio Lunkes, recebeu a premiação.
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TECNOLOGIA HOSPITALAR
CIÊNCIA ALÉM DA FICÇÃO
Da nanotecnologia aplicada em roupas ao bisturi que facilita a coagulação, a Feira paralela ao Encontro dos Hospitais revelou um vislumbre do futuro.
P
arece coisa de ficção científica, mas
a roupa que não molha já existe e
foi uma das novidades apresentadas
na Feira de Tecnologia, Produtos e
Serviços Médico-Hospitalares do 33º
Encontro Catarinense de Hospitais, que ocorreu entre os dias 14 e 16 de setembro no Centro Multiuso de São José. Formatado para permitir a reciclagem de profissionais de saúde com
palestras dos mais variados te-
mas, o evento também demonstrou como a alta tecnologia e
inovação, mostradas nos stands,
estão produzindo uma nova onda de revolução nos procedimentos hospitalares.
É o caso do Vestex, primeiro
tecido impermeável disponível na área de saúde, que oferece
de bactérias e minimiza marcas de transpiração.
O bisturi eletrônico e o foco cirúrgico de LED
também ganharam destaque na Feira. A grande vantagem do primeiro é a segurança ao paciente, bem como a economia e agilidade no procedimento. O
bisturi eletrônico permite uma coagulação eficiente e
precisa após o corte, minimizando o risco de queima-
“O evento demonstrou como a alta tecnologia e inovação, mostradas nos stands, estão produzindo uma nova onda de revolução nos procedimentos hospitalares”
aplicações comerciais da nanotecnologia. Repele fluidos, óleo, poeira e resiste às manchas. O que
seria o sonho de toda a dona de casa é um item de
segurança fundamental em procedimentos cirúrgi-
cos, pois evita contaminação, e impede o contato do
sangue com a pele do médico. Importado, o material é de fácil lavagem e contém cloreto de amônio quaImagens:: Photoxpress
odores e protege contra o crescimento e proliferação
ternário que rapidamente elimina um amplo espec-
tro de micro-organismos. O tecido também controla
duras e evitando sangramen-
tos. E, ao contrário dos modelos semelhantes disponíveis
no mercado, o equipamento de tecnologia alemã não utiliza
acessórios descartáveis. Isso
pode significar uma economia de até R$ 3mil por procedimento. O médico também
ganha em agilidade porque o
equipamento permite acoplar
outros instrumentos cirúrgicos.
O foco cirúrgico de LED é um conjunto de lâm-
padas importadas da Alemanha que melhora ainda mais as condições para a realização de cirurgias.
“Isso facilita o procedimento e diminui o tempo da cirurgia, o que traz mais segurança. Médico e
paciente saem ganhando”, afirma o gerente técnico
da empresa Cirúrgica Climaza, Arlei Gláucio, presente à Feira.
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Outro benefício proporcionado pelo iLED é
o fato de suas lâmpadas não aquecerem – situação que, antigamente, agredia os tecidos dos
clientes e fazia com que os médicos sofressem
com o calor, sendo indispensável a utilização de ar-condicionado.
Outra inovação que atraiu gestores na Feira é
a tecnologia portuguesa PharmaPICK, um inova-
dor sistema que promete resolver as velhas dores de cabeça da dispensação de medicamentos
nos hospitais. A tecnologia, que ainda é recente no mundo, representa um divisor de águas no
controle, gestão e segurança na distribuição de remédios.
Funciona assim: tudo começa pela prescrição
eletrônica do médico, que depois é validada pelo farmacêutico. É aí que entra o PharmaPICK, que
garante uma dispensação de medicamentos com a dosagem correta e sem manipulação. A má-
quina foi feita para atender a todos os aspectos
de segurança. O acesso aos remédios é feito por meio de cartão ou digital. O sistema custa hoje cerca de 200 mil euros.
Economia para hospitais Também chamou atenção na Feira de Tecno-
logia, Produtos e Serviços Médico-Hospitalares o Kit para automação de Camas Hospitalares.
Diante da conhecida falta de recursos dos hospitais públicos, a empresa Todmed, de Blumenau,
oferece às instituições a possibilidade de adaptar leitos normais, em vez de comprar camas novas automatizadas. Pelo valor próximo de R$ 2 mil, a empresa vai até o hospital, tira as medidas do
leito e instala os motores com controle. Um leito
Imagens:: André Luis Vieira
novo automatizado custa R$ 6 mil.
UMA FEIRA DE TECNOLOGIA >
ciência e tecnologia que estão recém desembarcando no Brasil, como o equipamento português de estocagem e dispensação de medicamentos e as roupas que evitam infecções foram apresentadas aos administradores catarinenses.
< PERFIL
PERSONAGEM
ALTAMIRO BITTENCOURT
O ARTICULADOR
S
HSJ há 45 anos.
e o Hospital São José de Cri-
pós-graduado em Gestão de Recursos Humanos,
ao trabalho de Altamiro Bitten-
que rendeu muitas conquistas ao HSJ, como a
dos mais respeitados de Santa
Catarina, isso se deve em parte court, 70 anos, funcionário do
Atual Ouvidor e Assessor
Especial da Direção, Bitten-
court representou um divisor de águas na organização das contas da instituição desde
o seu ingresso, na década de
1960. O setor de faturamento passou a ser referência esta-
dual, seguido pela maioria dos hospitais do estado. “Estrutu-
ramos os prontuários médicos, com prescrição e relatórios
diários controlados rigorosamente, reduzindo as glosas a
um nível abaixo de 1%”, recorda ele, lembrando carinhosa-
mente da Irmã Frumentia, que fez o convite para o trabalho Imagens:: Photoxpress | Arquivo
Formado em Administração de Empresas e
ciúma, no Sul do estado, é um
em 1967. “É uma verdadeira
Bittencourt também é habilidoso na articulação política. Transita facilmente entre a classe, o
construção da Unidade de Terapia Intensiva e
a implantação do serviço de radioterapia (veja
Formado em Administração de Empresas e pós-graduado em Gestão de Recursos Humanos, Bittencourt também é habilidoso na articulação política. Transita facilmente entre a classe, o que rendeu muitas conquistas ao HSJ, como a construção da Unidade de Terapia Intensiva e a implantação do serviço de radioterapia
falácia quando se diz que a crise é de gestão
box). Vereador em Criciúma
de 1983 a 1988, o administrador aprendeu o caminho das pedras para o bom uso dos
recursos públicos. “Trabalho
com a convicção de que na área da saúde, através da política,
podemos alcançar excelentes resultados. Tem que ter pro-
jetos. Temos que abominar o
mau político. Existem aqueles que pensam na coletividade,
destes me aproximo e procuro uma parceria. Tenho mantido excelentes relacionamentos com diversos políticos, em
nível federal, estadual e municipal, independentemente de siglas partidárias”, avalia ele.
Altamiro Bittencourt também trabalhou
dos hospitais. As entidades investem muito em
como servidor público federal de 1960 a 1987 e
mesmo é uma melhor política da saúde”, analisa.
catarinense.
treinamentos, conferências, encontros, a maioria realiza bons planejamentos estratégicos. Falta
fez consultoria em hospitais de Urussanga, Içara, Araranguá, Meleiro e Praia Grande, todos no Sul
27
28
CONQUISTAS
do HSJ com a participação ativa de Altamiro Bittencourt, na articulação junto à classe política Construção da UTI (Unidade de Terapia Intensiva): a Câmara de Vereadores de Criciúma deixou de construir sua sede própria e doou os recursos. Implantação do serviço de radioterapia: com a ajuda da Secretaria Municipal de Saúde e deputados como Edinho Bez (PMDB). Manutenção do credenciamento do serviço de alta complexidade da ortopedia: visitou, com o então deputado Clésio Salvaro (PSDB), todas as câmaras municipais da Amrec (Associação dos Municípios da Região Carbonífera) pedindo e obtendo apoio por unanimidade. Credenciamento do serviço de cirurgias cardíacas: articulou a ajuda de todos os deputados estaduais da região). Ampliação e reforma do pronto socorro: articulou a ajuda do então vice-governador Eduardo Pinho Moreira (PMDB) e da prefeitura municipal. Ampliação e reformas incluindo a UTI nova e unidades de internação: ajuda dos deputados Jorge Boeira e José Paulo Serafim.
criação de um novo imposto para financiar a saúde. “O brasileiro trabalha 180
dias por ano para pagar seus impostos.
A União deve assumir sua responsabilidade”, cobra ele.
Enquanto gestores e população
aguardam uma resposta de Brasília,
as pequenas instituições do interior
penam para manter suas estruturas.
“Para trabalhar em um hospital, principalmente se for filantrópico, é preciso
vocação, doação e criatividade. Todos os dias mata-se um tigre. Tabela defasada,
médicos mal remunerados, atender 80% do SUS”, comenta o diretor, que sugere uma grande mobilização para cobrar
melhores políticas públicas para a saúde. “Precisamos nos mobilizar para, dentro
do arcabouço de impostos, pressionar o
governo a readequar, rediscutir e realocar
os recursos para a área de saúde. Enquanto isto continuamos a assistir impotentes, gente morrendo nas portas dos hospitais, filas de espera para cirurgias”, lamenta.
Vida pessoal: família, novela e futebol Quando Altamiro Bittencourt não está
no Hospital São José, ele está em família,
ouvindo música, vendo novela ou no Estádio Heriberto Hülse, em Criciúma. Torce-
dor roxo do Tigre, ele é sócio patrimonial
do ex-Comerciário (hoje Criciúma) desde 16 de dezembro de 1966. “Não perco
uma partida, nem quando chove. Quando
REUNIÃO EM BRASÍLIA>
presentes da esquerda para direita: Braz Vieira (Secretário
Executivo AHESC), Dário Clair Staczuk (Presidente da AHESC), Tércio Egon Paulo Kasten (Presidente da FEHOESC), Acélio Casagrande (Secretário de Articulação Nacional), Ir. Cecilia
Martinello (Diretora Geral do Hospital São José) e Altamiro Bittencourt (Vice Presidente da AHESC).
ausente, por motivo de serviço, fico ligadão. Costumo dizer que quando
o Tigre ganha até os nossos doentes melhoram mais rápido”, brinca ele.
“Mas ultimamente o time só perde.
Parece que o Márcio Goiano vai dar o
jeito”, diz o torcedor, casado com Nei-
de Nesi Bittencourt, com dois filhos e dois netos.
Além da família e do time do
Criciúma, outra paixão de Bittencourt é atuar no desenvolvimento da sua
comunidade. “É gratificante quando se pode lutar por uma causa tão
nobre como a nossa”, garante ele, que também é vice-presidente da AHESC
(Associação dos Hospitais do Estado de Santa Catarina) e presidente da AHESC Regional Sul e membro do Conselho Municipal de Saúde.
A União não faz força – Governo Federal protela ou ignora ações de sua responsabilidade A aprovação da Emenda Constitucio-
nal 29, que fixa os percentuais mínimos
a serem investidos anualmente na saúde pela União, bem como a atualização da
são medidas fundamentais para a manu-
tenção do setor no Brasil, reforça Altamiro Bittencourt. Mas ele não concorda com a
FAMILIA BITTENCOURT>
Os netos, Izabela e Eduardo, sua nora, Mirela seu filho Thiago, sua esposa Neide, o próprio, sua filha Lucilene e seu genro Rafael.
Imagens:: Arquivo Pessoal
tabela do SUS (Sistema Único de Saúde),
29
ARTIGO
ADM. CARLOS ALBERTO DE LIZ MEDEIROS ¹ ADM. RAGNAR JOSÉ JACOB ²
GESTÃO POR
RESULTADOS APLICADA AOS SERVIÇOS DE SAÚDE
I
nfluenciada pelas
entidades sem fins
econômicos, pelas
congregações reli-
giosas e pela socie-
dade civil organizada, a filosofia do assistencialismo ainda está
arraigada em muitos hospitais, dando muitas vezes contornos
caritativos à sua gestão. Apesar de resistir, esse modelo tem
sido gradativamente substituído pela
gestão profissional embasada nos mais variados aspectos técnicos.
É inegável que ao longo dos últimos
anos as transformações políticas,
sociais, econômicas etc., têm levado
os prestadores de serviços de saúde a
adotar um caráter mais profissional de
administração, agregando visão empresarial na gestão hospitalar. Prova disso é que os serviços hospitalares têm
incorporado em seu quadro profis-
sionais com experiência na indústria,
comércio, prestação de serviços entre outros.
Como principal contribuição, os
profissionais têm implantado com
êxito técnicas e ferramentas de gestão amplamente disseminadas em outros Imagens:: Photoxpress
seguimentos. Como exemplo, pode-se
destacar a “Gestão por Resultados” que
tem sido muito utilizada especialmente
“A Gestão por Resultados permite a efetividade organizacional a partir da tradução dos objetivos institucionais em ações de curto, médio e longo prazo” pelas entidades de grande porte. Na prá-
tica, essa ferramenta se refere a união da missão da entidade aos planos de ação
de seu cotidiano, adotando metas e tra-
çando estratégias para seu atingimento. A Gestão por Resultados permite a
efetividade organizacional a partir da tradução dos objetivos institucionais
em ações de curto, médio e longo prazo, e como técnica, importa a utilização de outras ferramentas da administração,
sendo imprescindível a implantação do
Planejamento Estratégico, a definição da missão, da visão e dos objetivos estratégicos, utilizando ferramentas diversas para controle e gerenciamento (p. ex. Balanced Scorecard). Há que se desta-
car, entretanto, que a gestão hospita-
lar está afeita a muitas intem-
péries que são verdadeiras ameaças à gestão: 1) a remuneração dos
serviços, onde quem faz o preço é o comprador; 2) necessidade de ado-
ção de medidas sazonais adequadas às peculiaridades da demanda; 3)
as exigências normativas cada vez
maiores; 4) a insegurança política e operacional gerada pelos gestores
públicos; 5) e a própria natureza do
negócio – lidar com a vida. Ameaças
essas que somadas a fatores diversos, tornam um verdadeiro desafio a im-
plantação do Planejamento Estratégico e da Gestão por Resultados.
1. Adm. Carlos Alberto de Liz Medeiros, administrador de empresas, especialista em gestão hospitalar, gerente administrativo da AHESC -FEHOESC.
2. Adm. Ragnar José Jacob, administrador de empresas, especialista em gestão hospitalar, sócio e consultor da Adhocracia Administração em Serviços de Saúde.
30
TECNOLOGIA
RELÓGIO
BAFÔMETRO
Os relógios fazem parte de um
É claro que ele também tem todas as fun-
universo de aparelhos no qual os
ções de um relógio comum, como informar
designers mais conseguem estimu-
a hora, a data e função de alarme. Mas o que
lar a imaginação em seus trabalhos
realmente chama a atenção é que ele, na
conceitos, como por exemplo, relógios
teoria, consegue fazer uma leitura da quan-
que são integrados com smartphones que
tidade de álcool no seu sangue pra dizer o
rodam sistema operacional Android, ou até
nível da sua embriaguez.
mesmo relógios ecologicamente corretos que precisam ser soprados para funcionar. Então porque não criar um relógio que pode dizer a quantidade de álcool no seu sangue? Esta funcionalidade se torna mais evidente agora, depois que o Supremo Tribunal Federal decidiu que dirigir alcooli-
Se você costuma sair a noite com seu carro, mas acaba passando da quantidade de álcool que o seu corpo aguenta, esse conceito foi pensado em você. Pois com um simples sopro o relógio estará apto a lhe dizer se você tem a capacidade de dirigir ou não. Basta pressionar um botão que o relógio
zado é crime. Pensando nas pessoas que acabam consumindo bebidas alcóolicas mais do que deviam, a Tokyoflash criou um relógio conceito que funciona como uma espécie de “bafômetro”.
vai abrir o local aonde você deve soprar, em seguida ele exibirá os resultados na tela. Como é apenas um conceito, não se sabe o quão preciso esse relógio poderá ser, caso seja fabricado. Mesmo que ele não tenha a mesma precisão, já é algo pra lhe auxiliar, avisando pra você não dirigir quando estiver alcoolizado.
DELL INSPIRON DUO
TABLET+NOTE
Contudo o Tablet tem algumas limitações, tais como: não pode utilizar o pacote office ou similares, tampouco programas que requerem recursos maiores de memória (Photoshop, Corel Draw). No entanto a Dell, encontrou um meio Pesquisas recentes revelam que o notebook e o netbook estão perdendo espaço para o Tablet. Sem sombra de dúvidas os Tablets representam a revolução da informática no
termo para resolver o impasse entre
notebook e tablet, trata-se do Inspiron Duo, que possui todos os recursos de um
notebook normal, e uma tela reversível,
Dual Core. Sistema Operacional Windows 7 Home Premium. Tela de 10.1” HD 260Gb. 2 GB de memória. Preço Sugerido R$ 1.599,00 + frete, dependendo da região. Mas nem tudo são maravilhas, pois o Inspiron tem algumas limitações: O processador é um pouco lento quando ativada a função Tablet. Não possui saída RBG/VGA, muito utilizada para quem
Século XXI graças ao pensamento revolucioná-
sensível ao toque.
rio de Steve Jobs e seu Ipad que proporcionou
O Inspiron Duo apresenta uma configu-
A bateria tem pouca durabilidade.
uma mobilidade ainda maior.
ração básica relevante: Processador Intel
O peso de 1,46kg.
necessita utilizar-se de Datashow.
31
DICAS PARA COMPRAR SEU
SEU PRIMEIRO TABLET O cada vez mais falado Tablet chegou com tudo e promete revolucionar os seus habitos e jeito de consumir entretenimento. Mas quais modelos valem realmente o investimento? Cada vez mais os tablets estão chegando ao
Um bom tablet será capaz de mudar seus
mercado e certamente serão a nova moda
hábitos e entretenimento e como você aces-
da tecnologia para os próximos anos. Cada
sa a internet, mas um modelo ruim irá trazer
Há uma proporcionalidade
vez com mais recursos, alguns modelos atu-
apenas prejuízo, dor de cabeça e decepção.
entre a resolução e qualidade
ais tem pegadinhas, principalmente aqueles
Siga as dicas e não fará um mau negócio.
gráfica do tablet. Uma reso-
Tela e Resolução
anunciados a preços imperdíveis.
lução de tela ideal é de no mínmo 1024x600 pixels.
Preço Apesar de ser ofertado entre R$ 400,00 a R$ 500,00, estes
Android e serviços Google
aparelhos não tem um poder
O Android é um sistema ope-
de processamento de memó-
racional livre, que significa
ria, resolução e agilidade se-
que o fabricante do tablet,
melhantes aos modelos mais
pode manipulá-lo para me-
caros, tornando uma tortura
lhor se adequar as configura-
esperar que ele execute uma
ções do aparelho.
ação.
No caso de um sistema
Processamento
operacional Android sem a
Configurações de processadores menores que 1GHz são muito lentos, agravados quando são executados jogos neles. O iPad 2 da Apple tem processador de dois núcleos, chamados dual core, tornando-se ideal para
loja de aplicativos – Android Market, onde podem ser obtidos o Gmail, Youtube, Google Maps, o usuário ficara às cegas. Muito cuidado na compra de um aparelho com sistema Android modificado e sem o Android Market.
as funções de um tablet.
PANASONIC LANÇA CÂMERA
3D ULTRACOMPACTA
A Lumix DMC-3D1 é apresentada pela Panasonic
duplo”, que permite fotografar e gravar
como a menor câmara digital do mundo e é capaz
vídeo em simultâneo. Esta funcionalidade
de gravar fotos e vídeos em simultâneo ou em 3D.
deve-se ao mecanismo independente
A Panasonic DMC-3D1 inclui duas lentes grandes angulares (equivalente a 25 mm) com zoom ótico de 4x, o que permite capturar fotos e vídeos em 3D. O sensor é de 12 megapixéis e o modo de vídeo é capaz de gravar em Full HD (1920x1080 píxeis). A grande novidade da DMC-3D1, com um preço recomendado de 499 euros, é o sistema de “disparo Fonte: Novidadestecnologicas.net | Dell | Destakes.com Imagens:: Divulgação
para cada lente. Por exemplo, o utilizador pode usar uma das lentes para gravar um vídeo amplo e a outra lente para fazer um zoom e fotografar um grande plano. De acordo com o comunicado da Panasonic, a interface permite controlar facilmente os dois sistemas.
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COLUNA
DR. RODRIGO DE LINHARES Advogado, Assessor Jurídico da AHESC-FEHOESC e membro do Conselho Jurídico da CNS
LUVAS DE PROCEDIMENTO Obrigatoriedade de pagamento pelos planos de saúde.
A
meaça já existente em outros estados do Brasil, algumas Operadoras de Planos de Saúde tentam aplicar, também em Santa Catarina, glosas no pagamento pelas luvas de procedimento utilizadas pelos hospitais na assistência à saúde de pacientes conveniados.
Na realidade, o uso das luvas de procedimento é indispensável à proteção do paciente, pois inúmeros estudos comprovam que os microrganismos seriam facilmente transmitidos em procedimentos médicos sem tais dispositivos.
Contudo, entendo que a justificava acima não possui embasamento técnico ou jurídico, sendo a prática da glosa mais um instrumento de transferência ilegal de responsabilidade e de despesas para os hospitais e demais prestadores de serviços de saúde.
Não bastassem os argumentos acima, as operadoras de planos privados de assistência à saúde devem atender as coberturas definidas no rol de Procedimentos e Eventos em saúde da ANS - Resolução Normativa nº 211 de 2010, respeitando as exigências mínimas estabelecidas para as segmentações dos produtos, conforme art. 12 da Lei 9656 de 1998, cujo inc. II destaca, ainda, que havendo internação hospitalar deverá ser coberto toda e qualquer taxa, compreendendo os materiais utilizados e comprovadamente necessários à assistência.
As operadoras argumentam que o fornecimento de luvas se constitui em obrigação exclusiva do empregador, por supostamente se tratar de simples equipamento de proteção individual – EPI.
Primeiramente, é importante esclarecer que o pagamento das luvas de procedimento utilizadas se constitui em obrigação previamente estabelecida em instrumento contratual firmado entre a operadora e o hospital, razão suficiente para tornar ilegal a glosa pretendida.
Além disso, evidentemente que não estamos diante de simples EPI, cujo uso foi regulamentado pelo Ministério do Trabalho e Emprego, por meio de sua norma regulamentadora NR nº 6, e definido como sendo o dispositivo de uso individual, destinado a proteger a saúde e a integridade física do trabalhador. Logo, pela definição clássica, o EPI empregado nestas situações é única e exclusivamente utilizado para proteção do trabalhador exposto, como é o caso de protetor auricular em quem está sujeito ao ruído excessivo.
Se as luvas fossem tão somente um equipamento de proteção exclusiva do trabalhador, não necessitariam ser descartadas a cada cuidado prestado. A troca de luvas, conforme tecnicamente exigida, possui o objetivo básico de garantir a saúde do paciente assistido.
Portanto, ao considerar como sendo um simples EPI e, dessa forma, pretender justificar o não pagamento das luvas de procedimento, as operadoras de planos de saúde agem de forma inconsequente, pois esquecem que o uso desses dispositivos, além de efetivamente aumentar o custo dos procedimentos médicos que os hospitais oferecem em nome da operadora, tem o objetivo, entre outros, de proteger a saúde dos pacientes, usuários e clientes, responsáveis diretos pela manutenção financeira dos planos de saúde, de quem esperam e merecem a oferta de serviços seguros e eficientes.
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COLUNA
NOVA LEI DO AVISO PRÉVIO Em vigor desde 13 de outubro, a Lei nº 12.506/2011 estabeleceu novo regramento para a concessão de Aviso Prévio e trouxe inúmeras dúvidas para o setor
C
riado pela Constituição de 1988, o aviso prévio foi concebido como sendo uma forma de compensação da quebra de contratos trabalhistas. A Constituição, em seu art. 7º, inciso XXI, estabeleceu o aviso prévio mínimo de 30 dias que deveria ser proporcional ao tempo de permanência do empregado na empresa.
Com mais de 20 anos de atraso, a referida proporcionalidade foi regulamentada por meio da Lei nº 12.506/2011. Porém, a nova lei se demonstrou inconsistente e, por isso, tem gerado muitas dúvidas e controvérsias que, infelizmente, deverão ser objeto de inúmeras demandas que sobrecarregarão ainda mais o Poder Judiciário.
Composta por apenas dois artigos, a nova lei amplia o aviso prévio em três dias a cada ano trabalhado. A extensão vai até o máximo de 90 dias, no caso de um trabalhador com 20 anos de emprego que, demitido, terá 60 dias somados ao prazo de 30 dias de aviso prévio.
Imagens:: Photoxpress
Em relação ao início da vigência da aplicação da nova norma, as centrais sindicais já declararam publicamente que
irão ajuizar ações pleiteando as diferenças em favor dos trabalhadores demitidos antes da lei. Parece-nos equivocada tal pretensão, pois as rescisões anteriores a nova norma se constituem em atos jurídicos perfeitos, os quais recebem especial proteção da própria Constituição Federal. Porém certamente poderão existir discussões judiciais em relação aos trabalhadores com aviso prévio em curso na data de início de vigência da lei, inclusive os já indenizados, uma vez que, conforme regra do artigo 489 da CLT, a rescisão somente se efetiva após o término do prazo do aviso prévio concedido ou indenizado.
Outra controvérsia refere-se à própria contagem dos três dias adicionais por ano trabalhado, pois há quem defenda que esses três dias já serão devidos a cada quadrimestre completo, tese da qual discordamos, pois a lei não faz menção à proporcionalidade desse cálculo. Também existe discórdia sobre a obrigatoriedade do empregado que pede demissão em conceder o aviso prévio a seu empregador utilizando o mesmo critério temporal de três dias a mais para cada ano trabalhado. Ou seja, se o trabalhador tiver mais de dez anos de casa deverá pré-avisar seu empregador com
60 dias de antecedência? Embora muitos entendam que a obrigação também recai sobre o empregado, particularmente entendo que a intenção do legislador foi beneficiar exclusivamente o trabalhador despedido, devendo prevalecer, nos casos de pedido de demissão, a regra do artigo 477, § 5º da CLT, que limita em 30 dias o aviso prévio. Além desses, mais um ponto obscuro surgiu com a nova norma. É que o artigo 488 da CLT prevê seja reduzida a jornada em 2 horas diárias para o empregado durante o aviso prévio ou, por opção do empregado, a ausência por sete dias corridos (par. único do art. 488). Embora não haja regramento jurídico claro, parece-me que, na hipótese do empregado possuir direito ao aviso prévio superior a 30 dias, optando pela ausência, deverá haver um acréscimo proporcional no número de dias corridos.
Como se vê, a Lei nº 12.506/2011, ao contrário do que se pretendia, trouxe dúvidas em relação a concessão do aviso prévio. Por isso, o Poder Legislativo deveria ser novamente instado a trazer uma norma que verdadeiramente trouxesse segurança jurídica às relações de trabalho, evitando o acúmulo de processos judiciais que, infelizmente, poderão ser propostos.
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INFORME PUBLICITÁRIO>
Aliança Agemed encerra ano de 2011 com mais uma parceria de sucesso.
Pedro Assis, Dr. Gilberto Silveira da Silva , Dr. Rogerio Suzuki, Daiana Dall Bello, Caroline Prazeres, Soraia Assis, Mario Silva, Dr. Clovis Pasuello, Gilberto Eggert.
M
ais um acordo operacional firmado com a Agemed em Santa Catarina. O ano de 2011 encerra com mais uma conquista da Agemed. A novidade é a parceria firmada com o Hospital do Coração de Balneário Camboriú, ampliando área e o mercado de atuação da Agemed. Um fim de ano para ser comemorado, e com expectativas de manutenção do crescimento que há cinco anos mantém a Agemed como uma das empresas mais bem sucedidas no mercado catarinense. As boas novas vêm do diretor comercial da Agemed, Mário Silva. Segundo ele, aconteceu no mês de novembro a assinatura de contratos com o Hospital do Coração, de Balneário Camboriú, com o Aliança Litoral, que atenderá as
regiões de Itajaí e Balneário Camboriú. Em Blumenau, a parceria está firmada com o Hospital Santa Catarina. “Em novembro deste ano completaremos um ano de Aliança com o Hospital Santa Catarina Blumenau, já colhendo excelentes resultados com a parceria. Estamos em tratativas com outras instituições hospitalares em Santa Catarina e estaremos divulgando novas parcerias para 2012, o que nos dá a certeza de um grande passo para o crescimento que planejamos para os próximos cinco anos”, conta Mário Silva. O diretor comercial da Agemed explica que nas parcerias em Blumenau e Balneário Camboriú, onde a empresa já atuava, o que muda é gestão de custos, uma gestão compartilhada com a instituição, beneficiando diretamente
os clientes com preços mais competitivos, com melhores condições em custos administrativos favorecendo negociações nos contratos, além do diferencial de atendimento.
Ampliação de mercado. De acordo com o diretor comercial da Agemed, a empresa vai fechar 2011 com “chave de ouro”, com duas parcerias de peso. “Este ano, com relação ao ano passado, houve um crescimento de vendas de mais de 50%. Então, com essas parcerias estamos ajudando para que 2012 tenha esses mesmos índices de crescimento que a Agemed vem tendo nos últimos cinco anos” projeta Mário Silva.
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