Academia da crise

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FICHA TÉCNICA GOVERNO DO ESTADO DA BAHIA Rui Costa

ADMINISTRATIVO

Coordenação e Pesquisa Sandra Regina Jesus Museólogos Etiennette Bosetto | Janaína Ilara | Rogério Sousa Assistente de Pesquisa Aldemiro Rodrigues Brandão Estagiária Mariana Rodriguez Restauro Maria Lúcia Lyrio Técnicos de Restauro Alberto Ribeiro | Walfredo Neto

Coordenação Administrativa Dércio Santana Moreira Secretárias Administrativas Cristiane Santos Moreira | Valdete Moreira da Silva Supervisão Administrativa Sandra Cristina Moura Supervisão de Escalas e Almoxarifado Antônio Mascarenhas Contabilidade Edmundo Galdino Controle Administrativo Fernando Nascimento Lopes Apoio Administrativo Carlos Luis Costa Receptivo Jackson Queiroz | Robson José de Jesus Bibliotecária Vera Rodrigues Assistentes da Biblioteca Fábio Vasquez | Nadiene Lopes | Raimundo Figueiredo Estagiário Luiz Claudio de Souza Pereira Coordenação de Manutenção e Limpeza Alexsandro Muniz Supervisão de Manutenção e Limpeza Júlio César Santos Cabo de Turma Ramon Maciel Marceneiros Marcos Antônio da Silva | Agnaldo José dos Santos Pintores Ademir Ferreira dos Santos | Antonio Jorge Ferreira | Cid Eduardo Ferreira Eletricistas Jorge Bispo dos Santos | José de Assis Alecrim | Agnaldo Pimentel Jardineiro Claudio Pinheiro de Almeida Pedreiros Alex Ferreira | Francisco Vitório | José Inácio Santos Auxiliares de Manutenção Adison Luiz Matos | Clóvis Alves Junior Copa Angela Maria Pereira Técnicos de Serviços Gerais Cleonice Reis | Edmilton Costa dos Santos | Emanuel Rubens Oliveira | Estela Maria Santos | George Luiz Carmo | Jailson Souza Conceição | Iracema Bandeira | Raimundo José | Vera Lúcia Ferreira

MUSEU-ESCOLA LINA BO BARDI

AGRADECIMENTOS

Coordenação Geral e Pesquisa Eliane Moniz de Aragão Simões Coordenação Executiva Felipe Dias Rego Coordenação e Pesquisa das Oficinas Flix Toro Assistente Administrativo Denise Fernandes Processos Formativos Keila Silva | Michele Pontes | Gustavo Salgado Auxiliar de Produção Valter Lopes Costa Professores das Oficinas Betânia Vargas | Florival Oliveira | Hilda Salomão | Renato Fonseca Apoio das Oficinas Antonio Bento | José da Hora | Raimundo Bento | Sebastião Ferreira Mediadora Mestra Antonieta Pontes Mediadores Culturais Alda Sousa | Ana Claudia Muniz | Áurea Santiago | Daniel Almeida Costa | Diogo Vasconcelos | Eliane Silveira Garcia | Emile Ribeiro | Fábio Messias | Ricardo Luís Santos | Roseli Costa Rocha | Sílvio Sérgio Silva

Aos artistas Juraci Dórea, Maxim Malhado e Ramiro Bernabó. A empresa Pentágono Engenharia e ao pesquisador Fábio Bandeira (UEFS).

PRODUÇÃO E MONTAGEM

VISITAÇÃO 24 de setembro a 08 de novembro de 2015 terça a domingo das 13h às 18h Entrada Gratuita Casarão do MAM - BA

SECRETARIA DE CULTURA DO ESTADO DA BAHIA Jorge Portugal INSTITUTO DO PATRIMÔNIO ARTÍSTICO E CULTURAL DA BAHIA João Carlos Oliveira

MUSEU DE ARTE MODERNA DA BAHIA Direção Geral Marcelo Rezende Direção Executiva Luciana Moniz Assistente da Direção Bianca Góis Barbosa Pesquisa e Projetos Curatoriais Liane Brück Heckert Relações Institucionais Carol Almeida Direção de Arte Dinha Ferrero Produção de Conteúdo e Mídias Sociais Gessica Alencar | Jamile Souza | Laís Matos Gestão de Projetos Paulo Victor Machado ACERVO E PESQUISA MUSEOLÓGICA

Coordenação de Produção e Montagem Noemi Fonseca Produção Herbert Gomes Assistente de Produção Luiz Henrique da Cruz Produção Técnica Paulo Tosta Técnicos de Montagem Agnaldo Santos | Jairo Morais

Apoio

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Esta publicação foi produzida em papel A4 Sulfite 75g/m2, impressa na Bahia, em setembro de 2015, com tiragem de 2.000 exemplares.

MAM-BA Museu de Arte Moderna da Bahia PROGRAMA “Este nosso não é um Museu” ACADEMIA DA CRISE Para cada problema uma solução? ABERTURA 24 de setembro de 2015 (quinta-feira) às 13h

MAM-BA Av.Contorno s/n - Solar do Unhão Salvador - Bahia - Brasil

Apoio Institucional anos

Realização

ALEGRIA DO MAL FEITO A ideia de um “princípio de equivalência” proposto pelo artista, poeta, educador e mestre de diferentes saberes, Robert Filliou (1926-1987), coloca o museu (e seus discursos) diante de um outro gênero de desafio diante do contexto social, econômico, artístico, político e histórico no qual desenvolve seu programa e cria um campo de atuação para o desenvolvimento de seu trabalho. Em Robert Filliou, não se trata da construção de uma utopia, mas a aceitação dos limites dessa mesma ideia que se torna a ferramenta de construção ou demolição de um desejo.

a um de seus clássicos impasses: diante da crise, o que fazer? Mas seria essa a mesma crise em novo formato, a repetida crise de identidade, valores e coragem, tão brasileiros quanto a Bahia de Todos os Santos? Se o problema persiste, não seria necessária uma alteração na estratégia que parte em busca de uma (sempre parcial) solução?

A “Academia da Crise” (que recebe a colaboração dos artistas Maxim Malhado, Nino Cais, Ramiro Ber nabó, Ceceu Evangelista e do Centro de Documentação do MAM - BA) oferece ao público e aos mais diferentes agentes sociais A “Academia da Crise ” transforma a possibilidade de uma busca. o espaço do museu em um fórum E, como Robert Filliou já nos intermitente à procura de pequenos mostrava em seu instrumento gestos e ideias aptas a transformar, conceitual, o “Princípio de Equivatocar ou evidenciar os problemas lência”, essa procura exige um de toda ordem vividos agora, nas método; uma organização na qual mais diferentes esferas, a partir se aceita “toda progressão, toda ideia, todo pensamento” a partir da perspectiva da Bahia. da equivalência entre “bem feito”, Após mais de duas décadas de “mal feito” e o “não feito”. Mas reconstrução estrutural de sua equivalência não é igualdade, as sociedade e imagem, agora é o três possibilidades são complemomento no qual essa velha mentares em uma experiência companheira, a confusão da história, (de fato) criativa. Enfim, fazer. Não coloca a nação mais uma vez frente importa de que forma. A direção


ESCULTURA GOVERNAMENTAL Você já notou como os líderes políticos do mundo se dão tão bem? Olhe para as refeições fantásticas e as festas que eles oferecem uns aos outros quando eles se encontram. Leia em suas Memórias as piadas que trocam, a maioria piadas cínicas (...) Isto porque, eu sugiro, eles são todos conservadores, não importa em qual sistema eles presidam. Nem vamos falar sobre qual tipo de perspectiva faz um homem desejar estar no topo – agressividade, puxa-saquismo, desvios, jogo duplo, etc... Obviamente, Johnson entende Brejnev e De Gaulle, e vice-versa, mais do que me entendem. Mas principalmente eles entendem seu trabalho, que é manter o sistema que herdaram em funcionamento. Algumas mudanças aqui, outras lá, talvez. Mas colocar esse mundo de cabeça para baixo na ordem correta, nunca na vida eles fazem (a única exceção pode ser Mao. E eles dizem que ele é louco). Nós estamos interessados no ponto de vista dos pupilos. Questões de vital importância para o mundo em geral poderiam ser feitas para crianças de diferentes grupos:

ARTISTAS E OBRAS 5 anos de idade 10 anos de idade 15 anos de idade talvez até jovens, homens e mulheres, de 20 anos. Suas respostas poderiam ser gravadas, e os discos colocados em uma escultura no formato de juke-box, pela qual as repostas poderiam ser ouvidas apertando o botão de uma pergunta específica, por exemplo: “o que fazer com o problema racial ?”, para um grupo específico, como crianças de 5 anos, por exemplo. Toda escola deveria realizar esse programa em suas classes. A inocência e a imaginação das crianças podem ser avaliadas (e sua relativa perda ou degradação que vem com os anos). Apesar da pesada rotina, na escola as crianças têm o lazer de praticar sua imaginação natural, em parte porque não se preocupam em providenciar abrigo e comida para si mesmos. O único grupo que tenta obter esse mesmo lazer tanto quanto possível, fazendo uso de modo imaginativo, são os artistas. Trechos de Teaching and Learning as Performing Arts (ensinar e aprender fazendo arte), de Robert Filliou, 1970.

CASARÃO TÉRREO 01. S/ título, coleção de martelos, década de 1980. Instalação. Madeira, metal, resina epóxi e PVC. 460 peças com dimensões variadas. Acervo Particular. Elberto Lisboa Falcão (Seu Tita) nasceu em Feira de Santana, Bahia, em 1923. Casou com Julieta Dórea em 1943, com quem teve oito filhos. Nos anos 1960, herdou parte da fazenda do pai em São Gonçalo dos Campos, doando uma terra para a construção da primeira escola do povoado da Tapera. Sua coleção de martelos chegou a reunir cerca de duas mil peças. Após seu falecimento, em 2004, a família preservou a coleção. 02. Escritório, s/d. Escultura habitável. Madeira e metal. Comodato MAM - BA. Ramiro Bernabó é pintor e escultor. Nascido em 1947, em Buenos Aires, Argentina, veio com os pais para Salvador aos 4 anos. Descobriu a escultura e a arte abstrata ainda jovem. Participou de inúmeras exposições, em diversos espaços como MASP e MAM-BA. 03. 04. 05. 06. S/ título, Serie Pitoresca viagem pitoresca, 2011. Colagem. Acervo MAM - BA. Nino Cais estudou artes na Faculdade Santa Marcelina em São Paulo. A mediação entre corpo e ambiente, seja ele natural ou edificado, é o tema central da obra do artista, que usa desenho, objetos, colagem, fotografia e instalação nas suas obras. 07. Guache sobre papel. Década 1960. Acervo Documental do MAM - BA. Estudos tipográficos e cenográficos para a peça Calígula de Albert Camus, dirigida por Martim Gonçalves, encenada no TCA, 1961. Lina Bo Bardi.

08. Documentação Administrativa do MAM, descrevendo as relações do Museu com diferentes instâncias. Acervo Documental do MAM - BA. De 1960 a 2015 09. China (Chung Kuo), 1973, original 35mm. Duração 208 min.

formato

Michelangelo Antonioni, cineasta italiano, graduou-se em Economia e estudou no Centro Sperimentale di Cinematografia na Cinecittà, onde conheceu artistas como Roberto Rossellini. Longos planos em movimento, cenários, design, arquitetura são marcas das reflexões de Antonioni. 10. S/ título, 2015. Xilogravura. Acervo MAM - BA Ceceu Evangelista é mestre de gravura das Oficinas do MAM desde 1983 e foi assistente de artistas como Juarez Paraiso, Florival Oliveira, Antonello L'abatte, Evandro Sybine, entre outros. Seu Ceceu é gravador especialista na técnica da xilogravura e desenvolve experimentos com matrizes e texturas. CASARÃO 1 PISO 11. Tranca-Rua, 2015. Instalação. 365 pedras com variadas dimensões, coletadas na obra da reforma do MAM e das ruas de Massarandupió. Acervo MAM - BA. Maxim Malhado estudou na Escola de Belas Artes da Universidade Federal da Bahia. Seu trabalho reflete sua forte ligação com o interior da Bahia. A redescoberta de espaços e a reinvenção de formas são aspectos marcantes na pesquisa visual do artista. FILMES EXIBIDOS NA CAPELA “Uma História da Água”, direção: Godard Truffaut / Filmes Curtos de Bas Jan Ader / “Cantigas de Trabalho”, direção: Humberto Mauro.

PROGRAMAÇÃO MUSEU - ESCOLA MESAS

COZINHA RELACIONAL

Mesas é o espaço da Academia da Crise por excelência. Semanalmente, grupos se encontrarão dentro e em torno da obra Escritório, de Ramiro Bernabó, cujos participantes irão discutir possíveis soluções para problemas em áreas e modelos em crise, tais quais a educação, alimentação, e encaminhamento espiritual.

Cozinhar como forma de discutir um problema; a Cozinha Relacional apresenta diferentes formas de alimentação como meio de se discutir coletividade, formas de vida holística, plantio urbano, e assim por diante. OFICINA CADASTRO

Um convidado do museu guia o público em uma caminhada pela cidade de Salvador percorrendo trajetos determinados por diferentes motes. Afetividade, patrimônio, atalhos e mobilidade podem ser alguns dos assuntos que conduzem o público nesta expedição.

Durante a Academia da Crise, a Cadastro (formato que convida o público a compartilhar saberes pouco usuais em oficinas de duas horas de duração) terá como proposição problemas cotidianos. O museu lançará problemas ao público através do site ao longo de todo o programa, pedindo que pessoas com diferentes soluções aos mesmos venham compartilha-las em oficinas de curta duração.

EXPEDIÇÃO MARÍTIMA

CASARÃO DE TROCAS

A remo em barcos, caiaques, pranchas ou a nado o público percorre trajetos que ligam o museu a outras partes da cidade. Como as expedições a pé, estas também são uma forma de se discutir um assunto, que podem ser desde ideias alternativas para o deslocamento na cidade até paisagismo.

O Casarão do MAM funcionará por um determinado período como um grande galpão de trocas. Livros, alimentos, massagens, mapas, parcerias em aplicativos, traduções, vitrolas, etc. poderão ser disponibilizados pelo público para trocas.

EXPEDIÇÃO A PÉ

DIA DE MAM Filhos dos funcionários do museu ocupam o espaço de trabalho dos pais e participam tanto da programação regular do museu como de visitas e oficinas específicas.

OFICINAS DO MAM Professores das Oficinas do MAM, artistas, alunos e funcionários desenvolvem propostas de mediação e oficinas ao longo da Academia da Crise, sempre abertas ao público. Mais informações: www.bahiamam.com

O artista Hélio Oiticica, por meio do artista Arthur Scovino, em 18 de março de 2015


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