Oficina de Pinhole O artista e fotógrafo Dirceu Maués propõe experimentos com o processo básico de produção de imagens utilizando câmeras artesanais pinhole.
adriano costa
Akram Zaatari
natasha mendonca
brasil sp, 1975
Líbano, 1966
índia, 1978
PRÊMiO DE RESiDÊNCiA ARTíSTiCA
Grande prêmio
PRÊMiO DE RESiDÊNCiA ARTíSTiCA FAAP
KiOSKO – SANTA CRUZ DE LA SiERRA, BOLíViA
Convidado: Dirceu Maués Assistente: Bianca Portugal Data: 15 a 17 de abril (segunda, terça e quarta-feira) Horário: 15h às 18h Local: Galpão das Oficinas e Cinema do MAM Número de vagas: 20 participantes Inscrições no blog do Mam: www.bahiamam.org
SÃO PAULO, BRASiL
Tomorrow everything will be alright | 2010 | vídeo, 12’ tapetes | 2010 | tecidos diversos, 9 m2 Tapetes envolve a apropriação de objetos cotidianos e elementos característicos das naturezas-mortas em formas que apenas insinuam um caráter escultórico. A abordagem problematiza o lugar e os discursos em torno do objeto tridimensional contemporâneo, explorando o que o artista chama de “pensamento pré-escultórico”: os instantes antes que se determine se algo irá se constituir de fato como obra ou assumir sua condição de coisa frágil, insondável e/ou prosaica.
Uma história de amor, perda e saudade se desenrola através de uma intensa troca de ideias durante uma noite. Um uso inquietante da tecnologia de comunicação, gravação e escrita faz com que o foco do trabalho oscile entre um sonho, um roteiro audiovisual e um amor almejado. O trabalho é uma espécie de homenagem de Akram Zaatari ao cineasta francês Éric Rohmer e à atenção que ele deu aos detalhes do cotidiano humano.
jan villa | 2010 | vídeo, 21’16’’ Mesclando registros documentais e memórias pessoais, a obra retrata a situação da cidade indiana de Mumbai depois da inundação causada pelas monções de 2005. A artista revisita a casa de sua família, que dá nome ao trabalho, e constrói a partir dela um mosaico que é, ao mesmo tempo, um retrato da devastação e de suas consequências emocionais, e uma análise do desmantelamento de santuários pessoais num sentido universal.
Programa Inter.Mediações
Poéticas do Sul
A produção artística contemporânea e as suas relações com os dispositivos técnicos e tecnológicos, assim como os formatos de diálogos possíveis estabelecidos entre o espectador-fruidor e a obra, são as “chaves” para as atividades propostas nesta programação. A arte contemporânea e seus processos são o eixo para o Ciclo de Conversas sobre Arte e Educação, que tem a participação de artistas que integraram a Mostra em São Paulo, no ano de 2011, como Ayrson Heráclito e Danillo Barata. Os artistas Antônio Carlos Portela e ZMário também estão entre os convidados. Os encontros acontecem nos espaços do MAM-BA e em outras instituições, como o Centro Educacional Carneiro Ribeiro/Escola Parque, em Salvador, e o Centro de Artes, Humanidades e Letras da Universidade Federal do Recôncavo, em Cachoeira.
Os caminhos apontados pela mostra competitiva Panoramas do Sul para a produção artística desse circuito são o foco desta Itinerância, que inclui as nove obras premiadas. Estes trabalhos foram selecionados pelo olhar do júri de premiação do 17º Festival Internacional de Arte Contemporânea SESC_Videobrasil a partir de um conjunto de 101 obras, destacadas dentre mais de mil propostas vindas de todas as regiões do Sul geopolítico do mundo: América Latina, Caribe, África, Oceania, Oriente Médio, Europa do Leste, Sul e Sudeste asiáticos. Ao examinar esse conjunto de trabalhos – em seus procedimentos, técnicas, linguagens e discursos –, a comissão curatorial mapeou um rico leque de temas
carla zaccagnini
CLAUDiA jOSKOWiCZ
argentina/brasil sp, 1973
bolívia - EUA, 1968
PRÊMiO DE RESiDÊNCiA ARTíSTiCA
PRÊMiO DE RESiDÊNCiA ARTíSTiCA
PARTAGE – FLiC-EN-FLAC, iLHAS MAURíCiO
SACATAR – iTAPARiCA, BRASiL
Bravo-Radio-Atlas-Virus-Opera | 2009-2010 | Registro
ROUND AND ROUND AND CONSUMED BY FiRE | 2009 | Vídeo,
que os colocam em diálogo, com possíveis aproximações e distinções.
videográfico das horas navegáveis da travessia interoceânica do
9’12” A obra se inspira em cena de Butch Cassidy and the Sundance Kid
O desejo de cartografar afetos e questões do campo da subjetividade é recorrente
Canal do Panamá, em sentido Atlântico-Pacífico, realizada entre as 16h de 29.7.2009 e as 13h do dia seguinte, e pintura sobre
(em português, Dois homens e um destino), reproduzindo em uma única lenta tomada panorâmica o momento em que os bandidos americanos são encurralados pela polícia boliviana. A cena quase inerte cria um efeito de ansiedade, ressalta os vazios da narrativa e reinventa sua dinâmica. Como em trabalhos anteriores, Joskowicz lida com elementos básicos da linguagem cinematográfica clássica.
em obras como Exploring, de Moran Shavit, ou Jan Villa, de Natasha Mendonca; outras gravitam em torno de questões formais, questionando o estatuto da arte, como faz a instalação Tapetes, de Adriano Costa. Já um questionamento político e cultural surge em Unforgettable Memory, de Liu Wei.
parede, 10h45’ Contida em um espaço delimitado, uma projeção exibe o registro, em tempo real, de uma travessia transoceânica pelo canal do Panamá. Vista do próprio mastro, a embarcação surge cercada por água, mas descontextualizada. Poucos elementos orientam a leitura do trabalho, que articula o cenário natural e a ação humana, presente tanto na própria expedição quanto na dinâmica das eclusas, que controla o fluxo de naves e permite vencer artificialmente a topografia local.
A oficina com a técnica de pinhole, com Dirceu Maués, artista premiado na mostra e presente na itinerância, é a nossa escolha para refletirmos sobre a criação de imagens na contemporaneidade, exercitando poeticamente sua criação com a utilização de dispositivos artesanais. Desejamos, assim, expandir e dar continuidade aos laços estabelecidos entre educadores, artistas, pesquisadores, estudantes, interessados e o MAM-BA. Você é nosso convidado para experimentar, fruir e refletir!
ITINERÂNCIA VIDEOBRASIL 2012-2013 Panoramas do Sul Direção e Curadoria Geral | Solange O. Farkas Assistente de Curadoria | Carolina Câmara Coordenação de Produção | Adriano Alves Pinto Produtora | Tetê Tavares Comunicação | Marcio Junji Sono Direção de arte | Carla Castilho, Lia Assumpção © Associação Cultural Videobrasil
Núcleo de Arte e Educação
O cinema, que está no centro da pesquisa de Claudia Joskowicz (Round and Round Núcleo de Arte e Educação
and Consumed by Fire), ganha tributo de Akram Zaatari em Tomorrow Everything Will
Governo do Estado da Bahia Jaques Wagner
Be Alright. Zaatari opera subvertendo expectativas relacionadas às possibilidades Secretaria de Cultura do Estado da Bahia Antônio Albino Canelas Rubim
dos mundos virtuais contemporâneos, proposta que faz também, de maneira muito diversa, Gabriel Mascaro em As aventuras de Paulo Bruscky. A potência poética de imagens captadas com câmeras rudimentares se revela em Em um lugar qualquer – Outeiro, de Dirceu Maués. Em BRAVO-RADIO-ATLAS-VIRUS-OPERA, Carla Zaccagnini olha para o desejo e a frustração envolvidos na tentativa
DiRCEU MAUÉS
GABRiEL MASCARO
brasil pa-df, 1968
brasil pe, 1983
PRÊMiO DE RESiDÊNCiA ARTíSTiCA –
PRÊMiO DE RESiDÊNCiA ARTíSTiCA – ViDEOFORMES
WBK VRiJE ACADEMiE – HAiA, HOLANDA
CLERMONT-FERRAND, FRANÇA
esforço pela ampliação do público da arte contemporânea – apresentar essa sínte-
EM UM LUGAR QUALQUER – OUTEiRO | 2009 | Videoinstalação, seis
AS AVENTURAS DE PAULO BRUSCKY
se do Festival em diferentes contextos e ao maior número possível de pessoas é
canais em semicírculo A formação de visualidades a partir de dispositivos
encena o encontro virtual entre Mascaro e o artista recifense Paulo Bruscky na plataforma de relacionamento Second Life. Em um tom que simula o documental, discute os limites entre as linguagens artísticas e entre as dimensões em jogo na situação virtual, suscitando questões sobre o estatuto das manifestações culturais, a distância entre desejo e realização, e as possibilidades do espaço digital e sua relação com a ação real.
de representar. Realizada em parceria com o Sesc-SP, esta Itinerância constitui, acima de tudo, um
uma forma de amplificar o alcance não só de vigorosas proposições artísticas, mas também de seu potencial para a formação da capacidade crítica e da sensibilidade.
ópticos precários e a reconstrução da paisagem por meio dessas imagens estão no centro da pesquisa do artista. Aqui, animações de fotogramas produzidos com câmeras pinhole feitas de caixas de fósforo formam visão panorâmica da praia de Outeiro, em Belém do Pará.
| 2010 | Vídeo, 19’58” A obra
Solange Farkas Curadora e diretora da Associação Cultural Videobrasil
CICLO DE CONVERSAS SOBRE ARTE E EDUCAÇÃO: A ARTE CONTEMPORÂNEA E SEUS PROCESSOS
Instituto do Patrimônio Artístico Cultural da Bahia Frederico Mendonça
Compreendendo-se o universo da arte como forma de experimentar e criar percepções do mundo, os encontros propostos têm como objetivo estabelecer um canal de interlocução entre pesquisadores, artistas, educadores e estudantes.
MAM-BA
Arte contemporânea: o que é isto? A partir de sua obra, o artista, pesquisador e professor Ayrson Heráclito fará uma abordagem sobre a arte contemporânea, percorrendo períodos da história da arte e seus contextos. Convidado: Ayrson Heráclito Data: 24 de abril (quarta-feira) Horário: 9h às 11h30 Local: Núcleo de Artes Visuais Escola Parque | Centro Educacional Carneiro Ribeiro – Salvador, BA Entrada gratuita
A arte e seus processos: a linguagem da performance O performer e pesquisador ZMário fala sobre a linguagem da performance e constrói, junto com educadores, estudantes e demais interessados, proposições em um laboratório experimental criativo. Convidado: ZMário Data: 04 de maio (sábado) Horário: 15h às 17h Local: Cinema do MAM e Parque das Esculturas – MAM-BA Entrada gratuita
Realização
MUSEU DE ARTE MODERNA DA BAHIA Av. Contorno s/n - Solar do Unhão - Salvador.Bahia.Brasil - 40060-060 www.mam.ba.gov.br - mam@mam.ba.gov.br - 71.3117.6139
LiU WEi
MORAN SHAViT
china, 1965
israel - alemanha, 1982
PRÊMiO DE RESiDÊNCiA ARTíSTiCA – KiOSKO
PRÊMiO DE RESiDÊNCiA ARTíSTiCA
SANTA CRUZ DE LA SiERRA, BOLíViA
FAAP – SÃO PAULO, BRASiL
UNFORGeTTABLE MEMORy | 2009 | Vídeo, 10’17” O artista tenta
EXPLORiNG | 2010 | Vídeo, 5’07” A obra retoma a correspondência trocada
resgatar a memória de 1989, quando os chineses foram às ruas para protestar contra o governo de Deng Xiaoping. Ao sair pelas ruas de Pequim em busca de testemunhos, leva uma câmera e uma foto dos protestos, durante os quais ele mesmo quase morreu. Em linguagem direta, a obra questiona o poder da memória ante a indiferença.
entre a artista e seu pai quando este trabalhava em um navio cargueiro, percorrendo o mundo. Quando o pai lê o que ele próprio escreveu, ou a artista comenta as mensagens a partir de uma perspectiva adulta, outras dimensões se articulam: espaço geográfico e subjetivo, memória objetiva e afetiva. Imagens dos cartões-postais enviados junto ajudam a traçar essa inconclusa cartografia afetiva.
Direção Marcelo Rezende Assessoria Técnica Luciana Moniz Assistente de Direção Liane Brück Heckert Coordenação Núcleo de Museologia Sandra Regina Jesus Acompanhamento Museológico Rogério Sousa | Janaina Ilara Coordenação Núcleo Arte e Educação Eliane Moniz de Aragão Simões Coordenação de Ações Sociais Adriana Araújo Coordenação de Mediação Cultural Priscila Lolata Coordenação Núcleo de Projetos Carolina Almeida
Coordenação Núcleo de Produção Estela Santana Produção Carmen Palumbo | Paulo Tosta Coordenação Núcleo de Montagem Daiane Oliveira Produção de Montagem Lia Cunha Montadores Agnaldo Santos | Jairo Morais | Marlon Santana Planejamento de Conteúdo Allysson Viana Assessoria de Comunicação Cátia Milena Albuquerque Thaís Seixas | Thiago Falcão
Processos de mediação cultural: as relações entre o espectador e os trabalhos de arte
DIREÇÃO DE ARTE Dinha Ferrero Assistente DE ARTE Luma Magalhães
O artista, pesquisador e professor Antônio Carlos Portela faz uma abordagem em torno dos conteúdos e das práticas que podem ser desenvolvidas pela mediação cultural a partir de obras da mostra Itinerância Videobrasil 2012-2013 | Panoramas do Sul.
Coordenação Núcleo Administrativo Dércio Santana
Convidado: Antônio Carlos Portela Data: 07 de maio (terça-feira) Horário: 15h às 17h Local: Cinema do MAM Entrada gratuita
1960
1960
1976
1979
1980
a tecnologia avançada facilitou o desenvolvimento de modelos portáteis de videotape, que passaram a ser comercializados no brasil. entre os críticos, há o consenso de que o vídeo - como meio para a expressão estética surgiu oficialmente no brasil em 1974, quando uma primeira geração de artistas produziu os primeiros videotapes do país para uma mostra de videoarte na filadélfia, eua.
Começam a aparecer os primeiros trabalhos de videoarte, quando o Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo adquire um equipamento portapack e o disponibiliza aos artistas da cidade.
No dia 4 de fevereiro de 1979, estreia o programa Abertura, na TV Tupi. Criado por Fernando Barbosa Lima, o programa contava com uma equipe de jornalistas, intelectuais e artistas, como Antônio Callado, Fausto Wolff, Fernando Sabino e Glauber Rocha. NesTa época, chegam ao Brasil equipamentos semiprofissionais e portáteis, como o U-Matic, além da disseminação dos videocassetes e do VHS, que passam a superar economicamente o super-8.
Um grupo de estudantes de televisão da Escola de Comunicação e Artes da USP cria o grupo TVDO (TV Tudo).
1970
1980
1981 O grupo TVDO colabora na direção dos programas Mocidade Independente e 90 Minutos, na TV Bandeirantes.
1986 O Festival Videobrasil é incorporado ao calendário de eventos de arte do país. A premiação do evento agora é dividida em duas categorias: os formatos VHS e U-Matic.
VIDEOARTEVIDEOBRASIL
1988
1985
1984
Uma parceria com a TV Gazeta possibilita a cobertura ao vivo do Festival e exibe os premiados em sua grade.
A produção independente de vídeos começa a conquistar territórios na TV, possibilitando que emissoras abram suas programações para as novas gerações de artistas. Em decorrência disso, a Secretaria de Estado da Cultura cria, nesse ano, o Prêmio Estímulo para vídeo. Nasce, na 3a edição do festival, a Videoteca Videobrasil, coleção que mais tarde reuniria milhares de títulos.
As produtoras independentes Olhar Eletrônico, TVDO, Telecine Maruin e Videoverso participam da segunda edição do festival, agora chamado Festival Fotoptica MIS de Vídeo Brasil. Os premiados no festival fizeram parte da primeira seleção itinerante da mostra, levada para o Rio de Janeiro.
1983 O grupo Olhar Eletrônico (criado por Fernando Meirelles, Marcelo Machado, José Roberto Salatini e Paulo Morelli) inicia o processo de colaboração com programas experimentais de televisão, como Olho Mágico, 23a Hora e Crig-Rá, da TV Gazeta. Acontece a primeira edição do Festival Internacional de Arte Contemporânea SESC_Videobrasil, ainda com o nome de Festival Vídeo Brasil.
1994 A produção eletrônica no Brasil avança e, ao redor do mundo, observa-se um crescente interesse na exploração artística de novos suportes. A partir da 10a edição do Videobrasil Festival Internacional de Arte Eletrônica, a mostra passa a ter duração de um mês.
1990
2000
1992
1996
O Festival Internacional Videobrasil, que está em sua 9a edição, passa a ser bienal e se afirma como um evento de arte eletrônica. O ano marca também o início de uma duradoura parceria com o SESC-SP.
A relação do vídeo com a arte - em especial a poesia, a instalação e a pintura - passa a dominar a produção. O festival homenageia as três décadas de videoarte e cria o Videobrasil Cyberspace, evento paralelo que dava acesso à consulta de CD-ROMs e aos projetos desenvolvidos para a ainda incipiente internet.
2013
2011
2007
2003
O Festival Internacional de Arte Contemporânea SESC_Videobrasil comemora três décadas de existência.
Rebatizado como Festival Internacional de Arte Contemporânea SESC_Videobrasil, passa a abrigar outras experiências artísticas e se torna o primeiro festival de arte contemporânea do país.
PELA PRIMEIRA VEZ, O FESTIVAL INSTERNACIONAL DE ARTE ELETRÔNICA SESC_VIDEOBRASIL, EM SUA 16a EDIÇÃO, ACONTECEU SIMULTANEAMENTE EM DUAS CIDADES, Por meio de uma parceria com o Museu de Arte Moderna da Bahia, em Salvador, o espaço abrigou parte da programação desta edição.
A 14a edição comemora os 20 anos do Videobrasil Festival Internacional de Arte Eletrônica. A partir desta edição, as obras em vídeo e em novas mídias passam a competir em uma única categoria.