A sala do Diretor 03 / É Tropical, Inclusive

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É TROPICAL, INCLUSIVE


Museu de Arte Moderna da Bahia


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O estudo das coisas tropicais Entre francas e honestas entrevistas dadas pelo antropólogo brasileiro Gilberto Freyre quando avançava em sua velhice, numa conversa publicada em um semanário local (1970; aos 70 anos) aparece uma estranha resposta para uma também curiosa pergunta: “O senhor é a favor do palavrão?”. Freyre faz uso de um pensamento quase exótico em sua réplica, falando da questão climática: “Ah, sem dúvida alguma. É insubstituível. É tropical, inclusive”. Freyre é um dos nomes centrais na curta lista de intelectuais que pensaram, entenderam e alimentaram a construção de uma – ainda difusa – identidade nacional. Seu pensamento sobre uma experiência brasileira, o tropical, guia este último projeto expositivo do Museu de Arte Moderna da Bahia em 2013, poucos meses antes da abertura da 3ª Bienal da Bahia.

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Por um segundo momento no programa trabalhado neste ano, o MAM se volta para seu acervo, desta vez procurando identificar no percurso da arte brasileira da segunda metade do século passado esse sentimento comentado por Freyre, a tropicalidade. Naqueles anos de sua reflexão sobre o palavrão, o antropólogo estava interessado na possibilidade de um novo campo de pesquisa: a Tropicologia. Em uma definição dada pelo próprio Freyre, a Tropicologia “pretende ser uma ciência especializada no estudo das coisas tropicais, usos, pessoas, populações, culturas tropicais. Inclui um critério ecológico de considerar as terras, os solos, a vegetação, os animais, os meios de utilidade econômica da terra e do subsolo dos espaços tropicais em várias partes do mundo e estudar o assunto também antropologicamente, sociologicamente, do ponto de vista das possibilidades dentro de critérios de civilização moderna do aproveitamento de recursos e valores tropicais para civilizações modernas”1. Hoje, mais de quatro décadas depois, a leitura de uma cultura a partir de sua experiência tropical tem servido de discurso e ferramenta para pesquisas e projetos artísticos de toda ordem. Mas qual tropical, entre tantos? É com essa questão que o MAM-BA saúda 2014, inclusive. A direção 1

“Se fosse jovem, seria hippie”. Entrevista à revista Veja, abril de 1970.

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Pela cor e pela luz tropical “Na segunda metade do século XIX, usou-se e abusou-se na Europa da expressão “tropicalismo” como expressão pejorativa ou depreciativa. A má eloquência era “tropicalismo”. “Tropicalismo” a má literatura. “Tropicalismo” a música, a pintura, a arquitetura menos conformadas com as ideias francesas de medida, com os padrões Vitorianos de colorido, com os estilos italianos e vienenses de graça ou elegância de expressão ou composição musical. Mas precisamente dessa época de europeísmo ao mesmo tempo arrogante e cético - arrogante nos seus principais homens de ação e cético quanto a excelência da civilização europeia em alguns dos seus artistas e pensadores mais subtilmente revolucionários - data uma série de tentativas

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audaciosas de reabilitação, nas artes, de valores tropicais. Ao “pas la couleur, rien que la nuance” dos penumbristas mais violentamente anti-tropicais correspondeu toda uma voluptuosa e às vezes exagerada afirmação de gosto pelo sol, pela cor e pela luz tropical da parte de pintores ainda mais violentamente corajosos no seu tropicalismo que os devotos da penumbra no seu anti-tropicalismo ou no seu penumbrismo. Estava iniciada do modo mais visível a reabilitação de valores tropicais. Outras reabilitações se seguiriam com uma crescente e múltipla valorização da cor: a cor das mulheres e dos homens e não apenas a das flores, dos frutos, das árvores, das águas e a dos céus. Valorização sociológica e não apenas estética ou sensual da cor, por valorização sociológica da cor devendo-se compreender aquela que começou a reconhecer nas gentes amarelas, pardas, vermelhas, pretas, por meio de estudos comparados de sociologia das culturas, portadores de valores superiores e não apenas inferiores aos dos brancos ou Europeus. Obra de valorização que marcou os começos da moderna Etnologia, da moderna Sociologia, da moderna Antropologia, cujos estudos concorreram com trabalhos de artistas plásticos e audácias experimentais de arquitetos para a valorização do homem e da casa tropicais e não apenas da paisagem e da natureza.”

O antropólogo Gilberto Freyre (1900-1987) na palestra “Em torno de um novo conceito de tropicalismo” (1974).

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Um destes dias curtos “Estávamos pensativos e apenas dispostos à contemplação. O dia acabava numa paz de radiações calmas e esplêndidas. O brilho da água era pacífico; sem nuvens, o céu, todo ele benigna e luminosa imensidão, e a própria névoa era uma gaze leve, nos pântanos do Essex, presa às encostas arborizadas do interior e estendida em pregas diáfanas pela costa baixa. Só a oeste, suspensa por cima das extensões visíveis, minuto a minuto a treva se ia fazendo mais opaca e como que enraivada contra o Sol prestes a tocar-lhe. Por fim, numa queda de curvatura imperceptível, o Sol desceu e, de branco-incandescente passou a vermelhoturvo, sem raios nem calor, como se fosse ficar apagado de repente e ferido de morte, ao tocar aquela escuridão caída em peso sobre a humanidade. Depois, o aspecto das águas alterou-se e a calmaria enfraqueceu de brilho e tornou-se mais profunda. Planíssimo ao entardecer, o velho rio descansava na bacia vasta, após muitos séculos de bons serviços prestados à raça que lhe povoa as margens, ampliado na serena dignidade pela estrada de água que leva aos mais ermos recantos da terra. Olhávamos a torrente venerável, não já tocados pela claridade vivida de um destes dias curtos que chegam e partem de vez, mas pela augusta luz de memórias infindáveis.”

Trecho de “O Coração das Trevas” (1899), de Joseph Conrad (1857-1924).

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Biografia dos artistas Juraci Dórea (1944) Formado pela Faculdade de Arquitetura da UFBA e mestre em Literatura e Diversidade Cultural pela Universidade Estadual de Feira de Santana, Dórea se dedica às artes plásticas desde o começo dos anos 60 e participou de exposições no Brasil e no exterior. Idealizou o Museu de Arte Contemporânea de Feira de Santana, cidade onde nasceu, na época em que dirigia o Departamento de Cultura daquele município. Flávio de Carvalho (1899-1973) A cidade de Barra Mansa, no Rio de Janeiro, nos presenteou com um dos grandes nomes da geração modernista brasileira. Flávio atuou como arquiteto, engenheiro, cenógrafo, teatrólogo, pintor, desenhista, escritor, performer, músico e flashmobist. Com obras polêmicas e inovadores, o artista utilizou desde influências surrealistas e cubistas até do expressionismo alemão, buscando sempre um contato direto com o espectador.

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J. Cunha (1948) O soteropolitano José Antonio Cunha é um artista de múltiplas linguagens, trabalhando com cenografia, figurinos, design gráfico, adereços e pinturas, a partir de uma expressão da cultura popular. Durante 25 anos, foi diretor artístico do Ilê Aiyê, desenvolvendo sua identidade africana. Já participou de exposições coletivas e individuais no Brasil e nos continentes africano e europeu, além dos Estados Unidos. Mestre Didi (1917-2013) Escritor, artista plástico e sacerdote afro-brasileiro. Essas são algumas alcunhas de Deoscóredes Maximiliano dos Santos, o Mestre Didi. Nascido em Salvador, os entalhes em madeira foram a entrada para o universo artístico; depois, os “exus” esculpidos em cimento e barro. Aos 29 anos publicou seu primeiro livro, Yorubá tal qual se fala, com prefácio de Jorge Amado e ilustrações de Carybé. Outras 20 obras se seguiram, entre histórias de terreiros e contos de tradição afro. Antônio Rebouças (1922) Químico por formação, Antônio Rebouças, nascido em Itabuna, Bahia, iniciou como autodidata nas artes plásticas ainda na adolescência. A projeção profissional aconteceu no final dos anos 80, com a arte naïf, e depois pintando no ateliê de Waldo Robatto, no início da década seguinte. Porém, foi o expressionismo que apresentou o seu trabalho ao mundo. Os seus quadros e painéis são inspirados na cultura africana, na religião e na habitação, enquanto as suas esculturas contemplam a figura feminina.

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Edison da Luz (1942) Como um dos criadores do grupo Etsedron, realiza obras e projetos ambientais após um convívio em comunidade, retratando um Brasil sertanejo, pobre e agreste, distante da sua imagem litorânea e paradisíaca. Nascido na Bahia, suas esculturas em cipó e pinturas com cores vibrantes procuram desmistificar a obra de arte como bem de consumo de uma elite burguesa. Emanoel Araújo (1940) Nascido na famosa cidade baiana de Santo Amaro da Purificação, Emanoel foi morar em Salvador com o intuito de cursar arquitetura, mas estudou na Escola de Belas Artes da UFBA após a constante visita aos espaços culturais. O escultor, desenhista, gravador, cenógrafo e pintor foi diretor do Museu de Arte da Bahia (19811983) e realizou exposições individuais e coletivas no Brasil, nos Estados Unidos, no Japão e em países da Europa, premiado em todas as técnicas trabalhadas. Juarez Paraíso (1934) O pintor, gravador, desenhista, professor e crítico baiano ingressou na Escola de Belas Artes da UFBA em 1950, ensinando Desenho de Modelo Vivo e Didática Especial de Desenho. Nascido no distrito de Arapiranga, tornouse um dos mais célebres artistas da região e idealizou as duas Bienais de Arte da Bahia, no final dos anos 60. Lênio Braga (1931-1973) Paranaense de Ribeirão Claro, Lênio Braga foi autodidata na pintura, mas estudou gravura com Lívio

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Abramo e Ylen Kerr no MAM de São Paulo, trabalhando depois como desenhista, escultor, ceramista e fotógrafo. Salvador foi sua residência de 1956 a 1970, onde produziu diversos murais em edifícios públicos, assim como nas cidades de Feira de Santana, Vitória da Conquista, Jequié e Itapetinga. Sérgio Allevato (1971) Mestre em Arte Contemporânea pela Goldsmiths College, de Londres, Allevato possui obras nos acervos do MAM da Bahia, do MAM do Rio de Janeiro e do American Museum of Natural History of New York. O carioca, que recebeu o Prêmio Aquisição no 14º Salão de Artes Visuais da Bahia, em 2007, traz uma mescla entre linguagens científica e pop em seus trabalhos. Rubem Valentim (1922-1991) Salvador trouxe ao mundo um dos mestres do Construtivismo brasileiro, que iniciou sua carreira como pintor autodidata, mas foi também escultor, gravador e professor. Valentim participou, na década de 1940, do movimento de renovação das artes plásticas na Bahia e se tornou reconhecido por representar o povo, a cultura popular e a religiosidade baiana em suas obras. Tarsila do Amaral (1886-1973) Nascida na cidade de Capivari, em São Paulo, a desenhista e pintora Tarsila do Amaral, que iniciou na escultura, foi uma das figuras centrais da arte brasileira e da primeira

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fase do Movimento Antropofágico Modernista do país. Entre as diversas fases das suas obras, destacam-se o uso abundante de cores, a influência do cubismo e do surrealismo e a abordagem de temas sociais e cotidianos, além de paisagens nacionais. Gabriela Albergaria (1965) Artista plástica por formação, Gabriela é portuguesa, mas vive e trabalha em Nova Iorque. Desde 1999, expõe regularmente e já participou de vários programas de residência artística em países como Alemanha, França, Inglaterra e Brasil. As suas obras, como fotografias, desenhos, instalações e esculturas, integram coleções privadas e públicas, tendo como ponto de partida os jardins e a sua própria história, interligando experiências pessoais e coletivas. Tomie Ohtake (1913) Japonesa de Kioto, Tomie chegou ao Brasil em 1936, mas só começa a pintar aos 40 anos de idade. A artista, que completou 100 anos em 2013, é uma das principais representantes do abstracionismo informal, com suas gravuras, pinturas e esculturas, estas produzidas em grandes dimensões para espaços públicos. Suas obras compõem a paisagem urbana de diversas cidades no país, sendo considerada a “dama das artes plásticas brasileiras”.

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Lista de Obras Juraci Dórea Fantasia sertaneja 34, 1986 Pintura. Acrílica s/ tela. Acervo MAM Estandarte do Jacuípe XIX, 1982 Gravura. Serigrafia. Acervo MAM Terra V, 1981 Escultura. Madeira e couro. Acervo MAM Flávio de Carvalho Auto-retrato psicológico, 1936 Escultura. Gesso. Acervo MAM J. Cunha Miragem do Etsedron – Massificação I, s/ data Pintura. Óleo s/ Eucatex. Acervo MAM Miragem do Etsedron – Massificação III, s/ data Pintura. Óleo s/ Eucatex. Acervo MAM Mestre Didi Iwin-Igi (Espírito árvore), S/ data Escultura. Palha, miçangas, couro e búzios. Acervo MAM

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Mestre Didi Igi Ejô Eyé. Árvore, serpente e pássaro, 1995. Escultura. Palha, miçangas, couro e búzios. Acervo MAM Antônio Rebouças Cabeça de cangaceiro, 1960 Escultura. Madeira. Acervo MAM Edison da Luz A deusa Alemag, s/ data Pintura. Óleo s/ compensado. Acervo MAM Emanoel Araújo S/ título, s/ data Gravura. Xilogravura. Acervo MAM Juarez Paraíso S/ título, 1975 Gravura. Xilogravura. Acervo MAM S/ título, 1975 Gravura. Xilogravura. Acervo MAM Lênio Braga O colecionador de primitivo, s/ data Pintura. Óleo, tela, tecido e papel s/ Eucatex. Acervo MAM Sérgio Allevato S/ título 1, 2006. Desenho. Aquarela s/ papel. Acervo MAM

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S/ título 2, 2006. Desenho. Aquarela s/ papel. Acervo MAM Rubem Valentim Relevo Emblema nº 04, 1977 Relevo. Acrílica s/ madeira. Acervo MAM Relevo Emblema nº 10, 1977 Relevo. Acrílica s/ madeira. Acervo MAM Relevo Emblema Simbólico, 1985 Relevo. Acrílica s/ madeira. Acervo MAM Tarsila do Amaral Paisagem, s/ data. Gravura. Gravura em metal. Acervo MAM Gabriela Albergaria Jardim Botânico de São Paulo, 413, 2008 Fotografia. Lambda print e lápis s/ papel. Acervo MAM Jardim Botânico de Berlim, 180”, 2008 Fotografia. Lambda print e lápis s/ papel. Acervo MAM Tomie Ohtake Sem título, 1992 Gravura. Serigrafia. Acervo MAM

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Concerto / OSBA Em função da exposição É Tropical, inclusive a OSBA realizará um concerto com enfoque em obras brasileiras entremeadas pela poesia de Pablo Neruda. A OSBA, representada por suas cordas, tocará o seguinte programa: H.Villa-Lobos - prelúdio das bachianas nº4 Ernani Aguiar - Instantes II “de Prados” C.Santoro - Ponteio Arthur Barbosa - Recuerdos nº3 Ernani Aguiar - 4 momentos nº3 No intervalo entre cada peça, uma poesia de Pablo Neruda será declamada. Dia: 21 de fevereiro Horário: às 19h Casarão do MAM

Programação educativa Oficina de Desenho de observação Profª Olga Gómez Tropicalidade, Tropicologia... Existem marcas e traumas perceptíveis ao olhar espalhados pela paisagem e pelos corpos, por essas coisas tropicais. Serão estes os nossos objetos nesta oficina de desenho de observação. Mas qual tropical escolher? Para desenvolver essa questão partiremos das escolhas de ideias gráficas preexistentes na realidade de cada desenhista. Realizaremos visitas mediadas à exposição, discutiremos as obras e as questões abordadas pelos artistas

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do período destacado pela exposição, e desenharemos a partir de observação, quiçá desconstruindo essas escolhas. Galeria 3 | Galpão das Oficinas | Itinerâncias Dias: 16, 23, 30 de janeiro | 6, 13 e 20 de fevereiro (quintas-feiras) Horário: das 8h às 12h 20 alunos Oficina de Litogravura Prof. Renato Fonseca Partindo de um breve panorama da história da gravura e da litografia, adentra-se no assunto da Escola Baiana de Gravura, da qual alguns artistas da exposição É Tropical, inclusive fizeram parte. A prática da oficina de litogravura, oferecida a iniciantes nesta técnica, trabalhará com litografia básica sobre suporte de poliéster e os aspectos do desenho de matriz, do tratamento e da impressão. Galpão das Oficinas Dias: 14, 21 e 28 de janeiro | 4, 11 e 18 de fevereiro (terças-feiras) Horário: 14h às 17h30 15 alunos Oficina de Cerâmica Profª Hilda Salomão Iniciada com uma visita mediada à exposição É Tropical, inclusive, buscando leituras próprias e representações inspiradas nas obras, serão produzidas peças em cerâmicas que poderão ser incorporadas ao painel de cerâmica na entrada do Solar do Unhão. Galpão das Oficinas | Curso intensivo Dias: 4, 11 e 18 de fevereiro (terças-feiras) Horário: das 8h às 12h 20 alunos

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Oficina de Fotografia Prof. Rafael Martins A oficina de fotografia ocorrerá em 2 finais de semana, nos quais visitaremos a exposição e faremos itinerâncias usando a fotografia para desenvolver questões sobre o que identificamos como tropical e sobre a relação entre real e estereótipo. Galpão das Oficinas e itinerâncias Dias: 18, 19, 25 e 26 de janeiro (últimos dois finais de semana de janeiro) Horário: das 14h às 18h 15 alunos Oficina de Marcenaria Marcos Antônio da Silva | Reinaldo Pereira da Silva Inspirada na escada de Lina Bo Bardi, que por sua vez buscou inspiração em carros de boi, essa oficina começará introduzindo aspectos básicos de marcenaria até chegar às técnicas de encaixe, produzindo objetos significativos dentro dos processos artísticos, arquitetônicos e de design do período abordado pela exposição. Galpão das Oficinas e Marcenaria Dias: 15, 22 e 29 de janeiro | 5, 12 e 19 de fevereiro (quartas-feiras) Horário: das 08h às 12h 15 alunos Oficina de Escultura em Madeira Prof. Zu Campos Através de técnicas de escultura em madeira a oficina focará no conhecimento das especificidades das madeiras, e das formas que cada uma contém e que podem ser

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reveladas pelo escultor. A partir de reflexões sobre os artistas presentes na exposição, trabalharemos também questões de representação, identidade e processo. Galpão das Oficinas Dias: 13, 15, 20, 22, 27, 29 de janeiro | 3, 5, 10, 12, 17 e 19 de fevereiro (segundas e quartas) Horário: das 08h às 12h 15 alunos Oficina de Jardinagem Cláudio Pinheiro de Almeida Visando o público infantil, essa oficina trabalhará com elementos básicos de jardinagem, horticultura e botânica. Explorando o espaço do Solar do Unhão e as especificidades climáticas, plantaremos em diversos lugares e visitaremos a exposição com o olhar dirigido por essa experiência. Pátio das Mangueiras e Arcos Dias: 13, 20 e 27 de janeiro (segundas-feiras) Horário: das 14h às 16h 20 alunos Oficina de Gravura em Metal Prof. Evandro Sybine Em parceria com a Fundação Hansen Bahia (Cachoeira), essa oficina fará discussões sobre as temáticas trabalhadas pelas obras da exposição, em especial as ideias acerca de tropicalidade. A parte prática tratará de processos de gravura, preparação de matriz, entintagem e impressão. Fundação Hansen Bahia – Cachoeira Dias: de 27 a 30 de janeiro (de segunda a quinta) e de 17 a 20 de fevereiro (de segunda a quinta) Horário: das 9h às 12h e das 14h às 18

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Expedição Marítima | Viva Saveiros Artista Clarissa Faimann Será realizada uma expedição marítima com os antológicos saveiros do Paraguaçu, embarcação típica da Bahia, mediada por uma artista cujo pensamento estará voltado para as tropicalidades que podem ser apreendidas nesse roteiro. Dia: 10 de janeiro, de manhã e tarde (sexta-feira) Participantes: até 20 alunos Roteiro – rampa do mercado até instituto Sacatar / ida e volta.

Atividades Periódicas Domingos no MAM Especialmente dedicado às famílias, propõe atividades de contato com processos artísticos, as exposições em cartaz e a história do Solar do Unhão, desenvolvendo a curiosidade e conhecimento em ambiente descontraído e colaborativo. Oficina para crianças Educadora: Ana Rachel e Bianca Portugal Horário:14h Local: Galpão das Oficinas 15 alunos Distribuições de senhas 30 minutos antes Pinte no MAM Coordenação: Maninho Horário: 16h Pátio Flamboyant do MAM Atividade livre

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Museu-Escola Lina Bo Bardi O Museu-Escola Lina Bo Bardi retoma o olhar da arquiteta italiana sobre o espaço museal e suas potencialidades enquanto lugar de encontro e formação. Assim, esse departamento, propõe conteúdos, ações e materiais didáticos para as mediações internas e externas; pesquisa e conhecimento sobre os artistas e obras em exposição; reflexão e atualização sobre modos de ver e partilhar a história e a memória coletiva, o território e a experiência estética. Museu-Escola – Visitas mediadas no museu Visitas mediadas - Agendadas Terça a domingo | 14h e 16h Visitas mediadas - Espontâneas Terça a domingo | 15h e 17h Manhãs no Parque – Visitas mediadas ao Parque das Esculturas Às quartas-feiras | 10h às 12h Atividade agendada Visitas mediadas Infantis – para e com estudantes Domingos a partir das 14h Atividade agendada Visitas mediadas áudio descritivas – para deficientes visuais Mediador: Juniro Almeida Atividade agendada

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GOVERNO DO ESTADO DA BAHIA Jaques Wagner SECRETARIA DE CULTURA DO ESTADO DA BAHIA Antônio Albino Canelas Rubim INSTITUTO DO PATRIMÔNIO ARTÍSTICO E CULTURAL DA BAHIA Frederico A. R. C. Mendonça MUSEU DE ARTE MODERNA DA BAHIA DIREÇÃO Marcelo Rezende DIREÇÃO EXECUTIVA Luciana Moniz PESQUISA E PROJETOS CURATORIAIS Liane Brück Heckert ASSISTENTE DA DIREÇÃO Bianca Góis Barbosa MUSEOLOGIA Coordenação Sandra Regina Jesus Museólogos Janaína Ilara | Rogério Sousa Estagiária Renata Cardoso Restauro Maria Lúcia Lyrio Técnicos de Restauro Alberto Ribeiro | Walfredo Neto Supervisão dos Monitores de Acervo Emile Ribeiro | Jackson Queiroz | José Mário de Jesus | Sílvio Sérgio Silva Monitores de Acervo Alda Sousa | Áurea Santiago | Diogo Vasconcelos | Eduardo Moleiro | Erasto Lopes | Fábio Messias | Ricardo Luís Santos | Robson José de Jesus | Sandro de Mattos | Tamires Carvalho | Tiago Chaves ARTE E EDUCAÇÃO Coordenação Eliane Moniz de Aragão Simões Curadoria Educativa Priscila Lolata Produção Felipe Dias Rêgo

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Assistente de Produção Paloma Saraiva Assistente de Comunicação Jamile Souza Assistentes Administrativos Ana Cláudia Muniz | Denise Fernandes | Keila Silva Coordenação Museu-Escola Lina Bo Bardi Maria Ferreira Supervisão de Mediação Cultural Luis Augusto Gonçalves Silva Mediadores Culturais Ana Rachel Schimiti | Daniel Almeida Costa | Daiane Rodrigues | Ednaldo Gonçalves Junior | Eliane Silveira Garcia | Etiennette Bosetto | Ítala Herta | Michele Pontes | Roseli Costa Rocha Coordenação Oficinas do MAM Félix White Toro Professores Evandro Sybine | Florival Oliveira | Hilda Salomão | Marlice Almeida | Olga Gómez | Rafael Martins | Renato Fonseca | Zu Campos Técnicos de Marcenaria Marcos Antônio da Silva | Reinaldo Pereira Técnico de Jardinagem Cláudio Pinheiro de Almeida Assistentes das Oficinas Carmen Columna Apoio das Oficinas Antonio Bento | José da Hora | Raimundo Bento | Sebastião Ferreira | Valter Lopes Costa PROJETOS E RELAÇÕES INSTITUCIONAIS Coordenação Carol Almeida Gestão de Projetos Nara Pino | Paulo Victor Machado PRODUÇÃO EXECUTIVA Coordenação Thiago Pilloni Produção Stéfane Souto PRODUÇÃO Coordenação Carmen Palumbo Produção Noemi Fonseca | Inajara Diz Produção Técnica Paulo Tosta COMUNICAÇÃO Assessoria de Comunicação Cátia Milena Albuquerque | Thaís Seixas Conteúdo Audiovisual Lara Carvalho Designer Dinha Ferrero Designer Assistente Ana Clara Araújo Produção de Conteúdo Blenda Tourinho

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MONTAGEM Coordenação Daiane Oliveira Produção Lia Cunha | Marina Alfaya Técnicos de Montagem Agnaldo Santos | Jairo Morais BIBLIOTECA Bibliotecária Vera Bezerra Assistentes Aldemiro Rodrigues Brandão | Fábio Vasquez | Maria Esmeralda Santos | Nadiene Lopes | Raimundo Figueiredo ADMINISTRATIVO Coordenação Dércio Santana Moreira Secretárias Cristiane Moreira | Sandra Cristina Moura | Valdete Moreira Silva Receptivo Antonieta Pontes Assistentes Administrativos Carlos Luis Costa | Edmundo Galdino | Fernando Nascimento Lopes | Luiz Henrique da Cruz Almoxarifado Antônio Mascarenhas Supervisão de Manutenção e Limpeza Alexsandro Muniz | Júlio César Santos Cabos de Turma Antonio Moreira | Sergio Sena Pereira Marceneiros Marcos Antônio da Silva | Reinaldo Pereira da Silva Pintores Ademir Ferreira dos Santos | Antonio Jorge Ferreira | Cid Eduardo Ferreira | Valtenor Conceição Eletricistas Jorge Bispo dos Santos | José de Assis Alecrim Jardineiro Claudio Pinheiro de Almeida | Ramon Maciel Assistente de Jardinagem Antonio Lourenço de Jesus Pedreiros Francisco Vitório | José Inácio Santos | Marcos Paulo Maciel Copa Ângela Maria Pereira Técnicos de Limpeza Ariana Gonçalves Silva | Emanuel Rubens Oliveira | Estela Maria | Jorge Luiz Mendes | Jussara Reis de Souza | Luan Conceição Viana | Raimundo José | Romário Conceição Neris | Sidnei do Desterro | Sueli Conceição dos Santos | Vera Lúcia Ferreira | Wesley Nascimento

Motorista Waldério Conceição

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Projeto Gráfico Dinha Ferrero Croqui Daiane Oliveira Este caderno foi impresso na Bahia, em dezembro de 2013, com tiragem de 2.500 exemplares. Capa em papel Color Plus 240g/m² e miolo papel Polén 80g/m².

Agradecimento Fundação Gilberto Freyre Fundação Joaquim Nabuco Museu Parque do Saber - Planetário A SALA DO DIRETOR 03 / É Tropical, inclusive ABERTURA 19 de dezembro de 2013 (quinta-feira) às 19h VISITAÇÃO 20 de dezembro de 2013 a 18 de março de 2014 terça a sexta das 14h às 18h ENTRADA GRATUITA

“Cajueiro (...) equivalente vegetal do homem brasileiro. (...) Uma quase simbiose, vária e complexa, Caju-Brasil; e, partindo dessa espécie de simbiose, de uma significativa associação do caju com o homem, desde a descoberta do Brasil: com sua cultura, com seu ethos, com seu comportamento.” O Caju, o Brasil e o Homem | Gilberto Freyre

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Produção

Realização

MUSEU DE ARTE MODERNA DA BAHIA Av. Contorno s/n - Solar do Unhão | Salvador.Bahia.Brasil - 40060-060 bahiamam@gmail.com | bahiamam.org | + 55.71.3117.6139


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