ANO XIV - Nº 184 - NOVEMBRO DE 2011
DISTRIBUIÇÃO GRATUITA
“A Palavra de Deus é Viva e Eficaz.” Hb 4,12
CAMPANHA DA EVANGELIZAÇÃO 2011 “Ele veio para curar nossos males.” página 07
A História dos 10 Mandamentos página 08
O Chamado
página 11
Como lidar com o LUTO página 12
página 03
2 editorial
Folha Diocesana de Guarulhos | Novembro de 2011
Dois pesos e duas medidas de Ivone Gebara Católica de Louvain. Muito embora respeitando o pensar de dona Ivone, vejo-me na obrigação, como verdadeiro católico, licenciado em Filosofia e Teologia, de apontar incoerências e afirmações da doutora citada que não correspondem à verdade e à verdadeira doutrina da Igreja e seus representantes maiores. Assim permita-me observar:
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omei conhecimento da matéria de autoria da Sra. Ivone Gebara encabeçada pelo titulo acima. A Sra. Ivone Gebara apresenta-se como doutora em Filosofia pela PUC de São Paulo e em Ciências Religiosas pela Universidade
1º - Não é correto dizer que o perdão do crime de aborto só seja concedido pelo Papa. Todo Bispo Diocesano ( que esteja à frente de uma Diocese, investido do tríplice poder, inclusive o judiciário) tem o poder de absolver o crime de aborto àquelas que tenham cometido esse crime, desde que haja o arrependimento sincero
de ter cometido essa prática e com a disposição de não reincidir no mesmo pecado (crime).
2º - Não somente os que participaram do Encontro Mundial de Jovens em Madri foram beneficiados pelo perdão dado pelo Papa desde que tenham tido um arrependimento sincero e a firme disposição de não reincidir nesse crime, como a Sra. Gebara afirmou, o que o Papa fez foi incentivar a condenação desse crime, estimulando a juventude a, em hipótese alguma cometer esse crime. Dizer que só o Papa e só em Madri os sujeitos desse crime poderiam ser absolvidos, é uma grande falsidade, denotando que a autora, apesar das faculdades (Universidades) por ela cursadas e laureada
demonstram completo desconhecimento da Teologia Moral. 3º - Outras afirmações da autora são, praticamente, corolários das afirmações anteriores. Assim sendo, jugo ter abordado os pontos importantes desse artigo. Terminando, sem justificar a prática desse crime, hediondo sim, quero informar que em muitas Paróquias existem atividades Pastorais que prestam apoio às vitimas desse tipo de violência. + Dom Luiz Gonzaga Bergonzini Bispo de Guarulhos www.domluizbergonzini.com.br
enfoque pastoral Em tempo de avaliação, aprendamos com as primeiras comunidades
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ais um final de ano se aproxima sinalizando um tempo propício para avaliação e planejamento pastoral. Sem coragem e abertura para avaliar não teremos ousadia e sabedoria no evangelizar. Com olhar crítico para o passado, novos tempos e frutuosos passos virão em cada amanhecer! Avaliar é olhar para o que se fez com coragem e humildade, reconhecer os erros, aquilo que não foi tão bom, mas também alegrar-se com o que correspondeu ao esperado por Deus na evangelização. Avaliar para corrigir, para iluminar caminhos novos. Para isto são necessários parâmetros. O desejável e necessário Planejamento Pastoral da Paróquia, o Plano Pastoral da Diocese, que nos convida a permanecer na Cidade em atitude evangelizadora, dão em grande parte os subsídios necessários à realização deste trabalho.
Para ilustrar uma metáfora A comunidade pode ser comparada a uma cadeira, com seus necessários quatro pés bons e firmes; quatro pilares que a farão mais fiel, se perseverante for, Àquele que é a sua verdadeira razão de existir: Jesus Cristo. Impossível pensar a comunidade sem nos remetermos, incansavelmente, a Atos dos Apóstolos (2,42-47) e Lucas (4, 16-21), que nos apresentam quatro pilares para uma comunidade verdadeiramente
evangelizadora:
Ensinamentos dos Apóstolos Formação bíblica, teológica, doutrinal, Documentos da Igreja, Escola de Ministérios, subsídios diversos disponíveis, livros dos grupos de reflexão, jornal da Diocese, Plano de Pastoral etc. Comunhão Fraterna É muito mais que um abraço e canto de paz na Missa ou culto dominical, é a solidariedade concreta com os empobrecidos: através das Pastorais da Saúde e da Criança, participação sindical, movimentos populares, abaixo-assinados ocasionais, fortalecimento do Grupo Fé e Cidadania, levando a sério a questão das eleições e da política, a defesa da ecologia, o amor ao Brasil (seu povo, sua cultura, sua história), a participação na construção de uma nova ordem mundial diante do idolátrico neoliberalismo e globalização excludente, fortalecimento do trabalho social da Igreja. Eucaristia + Fração do Pão A celebração dominical na qual Deus se faz nosso alimento e nos fortalece pela sua Palavra. Nela celebramos nossa vida, com suas alegrias e tristezas; angustias e esperanças; na participação da construção do Reino de Deus. Que nossas Eucaristias sejam o
ponto alto e a fonte de toda a nossa vida. “A Eucaristia edifica a Igreja e a Igreja faz a Eucaristia” (Papa João Paulo II). Oração Muito mais do que uma reza sistemática, rotineira é um diálogo profundo com o Eterno, podendo acontecer de forma individual, familiar e comunitária. É colocar-se no colo de Deus, ser beijado e acariciado por Ele e, se preciso um puxão de orelha para nossa orientação. É diálogo no aparente silêncio de Deus. Que cada pastoral tenha em mente estes quatro pilares, olhando com ousadia o futuro, descortinando corajosamente novos horizontes evangelizadores! CODIPA
3 voz do pastor
Folha Diocesana de Guarulhos | Novembro de 2011
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Novembro - Mês da Esperança
abitualmente, o mês de novembro é chamado de mês dos mortos, pois logo no 2º dia do mês, celebra-se o Dia de Finados. Na realidade, entretanto, o que a Igreja e a Liturgia celebram não é a morte e sim, o verdadeiro sentido da vida. A liturgia reza pelos mortos não para celebrar a morte, e sim para lembrar a todos nós a Vida que acontece após a morte, para nos lembrar que nascemos não para morrer e sim para viver. A vida terrena é sim transitória, passageira, porque constitui preparação para uma vida futura que será eterna, perene, junto a Deus, A morte não é o fim de tudo e sim a passagem de uma vida transitória, que vivemos no tempo, nesta terra, para uma vida definitiva que acontecerá na eternidade, que
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a sua vida, pela escolha dos bens superiores: honestidade, integridade e acima de tudo o amor a Deus que se concretiza no amor ao próximo, sabendo renunciar bens terrenos e passageiros quando estão em jogo os bens superiores. É vivendo com Ele é que ressuscitaremos com Ele (cfr. 1 Cor 4,25; Ro 6,8). É encarnando em nós o seu Evangelho que nos preparamos para a verdadeira vida e então a morte não será o fim de tudo e sim o começo de uma nova vida com Cristo em Deus, na felicidade eterna, prometida por Cristo aos justos. Assim, o mês de novembro não é o mês da morte e sim de grande e salutar Esperança da Ressurreição.
+ Dom Luiz Gonzaga Bergonzini Bispo de Guarulhos
Aprendamos com o Apóstolo Paulo
sempre tempo oportuno de avaliarmos o ardor com que realizamos nosso ministério. A presente reflexão é um singelo caminho de avaliação, para que olhemos para frente e façamos bons propósitos de amor e de compromissos mais sólidos, para que sejamos mais afetivos e efetivos junto às nossas comunidades. A Primeira Carta de Paulo aos Tessalonicenses (o Livro mais antigo do Novo Testamento) é muito inspiradora para refletimos sobre a vida cristã e, sobretudo, o Ministério Presbiteral. Contemplamos na ação do Apóstolo o carinho do mesmo para com a comunidade, que se notabiliza por uma fé ativa, pela caridade esforçada e firmeza de sua esperança, pois acolhe com alegria a Palavra e a irradia para outros lugares, apesar das tribulações, dificuldades e perseguições. Literalmente, Paulo conviveu com a comunidade, pregou a Palavra, trabalhando noite e dia para não se tornar-se um peso para ela. A afeição, a ternura e o carinho de Paulo para
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será feliz ou infeliz, dependendo da escolha de cada um. É o próprio Cristo que nos diz: Quem ama a sua vida, a perde; e quem odeia a sua vida neste mundo, guardá-la-a para a vida eterna ( Jo 12,25): significando que vivendo esta vida terrena, devemos ter nossos olhos, preocupações voltados para a vida futura que é eterna. A vida presente deve ser vivida da tal forma que seja realmente uma preparação para a vida futura, além da morte. É Cristo que nos ensina o caminho. Ele também viveu esta vida terrena, passageira e assim nos deu exemplo de como vivê-la de modo correto, como preparação para a verdadeira vida. Ensinou-nos que não é nos prazeres desta vida que encontraremos o verdadeiro caminho; não é com o acúmulo de bens ou riquezas que compraremos a felicidade eterna e sim encarnando em nossa vida,
com a comunidade aparece explicitamente em suas palavras: –“Apresentamo-nos no meio de vós cheios de bondade, como uma mãe acaricia os filhinhos. Tanto bem vos queríamos que desejávamos dar-vos não somente o Evangelho de Deus, mas até a própria vida, de tanto amor que vos tínhamos” (1Ts 2,7-8). O Ministério Presbiteral, à luz destas palavras, recebe raios profundamente iluminadores. Quem ama se empenha. O amor pede esforço, dedicação, criatividade, coragem, ousadia para manter acesa a chama da profecia, ancorados na esperança da Ressurreição, que nos compromete a fazer do Paraíso, não algo que no tempo foi perdido, antes, um compromisso que se renova como projeto de vida nova a ser construído. Menos saudades, muito mais esperança e compromisso, até que vejamos acontecer novo céu e nova terra. Também o presbítero deve ser aquela pessoa cujo coração foi por Cristo seduzido e, assim, viverá com a comunidade intensa e verdadeira relação de amor e ternura como o Apóstolo o fez.
vida presbiteral
Jamais fazer do Ministério fonte de riqueza abominável, que esvaziaria toda beleza da Palavra pregada. A mensagem de Paulo é apelo de conversão constante, para que trabalhemos junto à nossas comunidades, com empenho e dedicação. Que tenhamos a coragem de avaliar como testemunhamos nossa fé; como a tornamos viva em compromissos concretos de amor para que nossa esperança não tenha sido uma evasão, mas sinceros compromissos com a Boa Nova da Ressurreição. Que ao terminar de um ano, sintamos como presbíteros o mesmo desejo do Apóstolo: não apenas pregar a Palavra, mas dar a nossa vida pela Igreja, de modo especial pelas comunidades que nos foram confiadas. Redescobrir e reavivar no mais profundo de nós a alegria de sermos padres é preciso. Aprendamos com o Apóstolo. Pe. Otacilio F. Lacerda Vigário Forâneo
Identidade e espiritualidade do presbítero
conteceu no Seminário Capuchinho em São Pedro interior de São Paulo, o encontro Regional dos Presbíteros do Sul 1 (Paulistão). Éramos mais de 120 sacerdotes reunidos e conduzidos pelas reflexões do Pe. Cleto (Coord. e prof. de teologia Sistemática da PUC de Minas) nos questionamos qual a nossa atitude face as mudanças de época? Qual é a nossa identidade e qual a espiritualidade que tem alimentado nosso chamado, nossa vocação? Como pensar essa identidade? O sacerdote é chamado a dar respostas e respostas rápidas, a si e aos seus. É preciso perguntar, quem sou eu? Quem somos nós? Já que vivemos na pós-modernidade que prega o reino da fragmentação, das aparências, da provisoriedade, do pensamento light e na busca da vida prazerosa...
Se nós sacerdotes não tivermos a partir da palavra e da eucaristia celebrada a força para responder essas questões, seremos facilmente seduzidos. Pois a religião sofre o impacto direto da exterioridade, apresentando não uma espiritualidade, mas um espetáculo, onde não é a palavra, nem a Eucaristia que completa e abastece, mas as espiritualidades das multidões, dos shows, do “EU-centrismo”. A espiritualidade diante desta exterioridade espetacular, que leva a perda de consciência, e nos faz sentir dentro de um liquidificador pós-moderno, nos afastando a cada dia do nosso primeiro amor: a vocação. Vocação essa que brota de nossa identidade de cristão, anunciada e pregada pelo próprio Cristo. Devemos assim, através de nossa espiritualidade ir à raiz última da existência cristã e presbiteral e focando e experimentando os exemplos históricos, apresentados por Bento, Francisco, Domingos de Gusmão, Cura d’Ars etc.
É necessário voltar às fontes, bíblicas e históricas, para reescrevermos nossa história da salvação pessoal. Se eu não tiver clareza de qual é minha identidade espiritual presbiteral, não saberei como sacerdote dar respostas as mudanças que acontecem a todo o momento em nossa sociedade. Identidade responde por “quem sou eu?” “quem somos nós?” Nossa história de vida como pessoa, nossa origem familiar, inserção na sociedade e na cultura, enfim, na vida cristã e presbiteral. Esse encontro trouxe várias provocações e nos faz voltar o olhar ao nosso chamado, a nossa identidade de presbítero e, sobretudo que um presbítero sem espiritualidade será facilmente dragado por todas essas mudanças. Pe. Paulo Leandro Vice- representante do Clero de Guarulhos
4 falando da vida
Folha Diocesana de Guarulhos | Novembro de 2011
Aposentadoria por idade A
Dona de casa poderá contribuir com apenas 5% do salário mínimo
tualmente a aposentadoria por idade é concedida ao segurado, que atingir a idade mínima de 65 anos (homem) e 60 anos (mulher), e tenha contribuído com pelos menos 180 contribuições (15 anos). Algumas mulheres deixam o mercado de trabalho ou até mesmo nunca trabalharam e não sabem que podem contribuir com a previdência, mesmo sem registro em carteira, podendo no futuro aposentar-se por idade ou até mesmo usufruir de outros benefícios durante o período de contribuição. Em 2006, houve alteração na lei
que permitiu que a contribuição diminuísse de 20% para 11% no caso de segurado facultativo (dona de casa), somente para caso de aposentadoria por idade. Em 31/08/2011, entrou em vigor a lei 12.470/11 que dá opção, para que o segurado facultativo (dona de casa) possa contribuir com apenas 5% do salário mínimo, atualmente contribuição no valor de R$ 27,25 por mês. Os requisitos para pagar este valor é de que o segurado se dedique exclusivamente ao trabalho doméstico no âmbito de sua residência, desde que pertencente a família de baixa renda. (§ 4º Considera-se de baixa renda, a família
inscrita no Cadastro único para Programas Sociais do Governo Federal – CadÚnico cuja renda mensal seja de até 2 salários mínimos). Assim, se a dona de casa se encaixar na nova situação poderá contribuir com 5% do salário mínimo, se não, ainda assim, poderá contribuir com 11% (código 1473). Para pagar a contribuição na alíquota de 5% deverá conseguir novo código na INSS ou pelo telefone discando para o nº 135. Ana Cecília Zerbinato e Janaina de Oliveira Silva. Advogadas e-mail: advocacia.acj@gmail.com
jmj 2013
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Juventude discute Jornada Mundial 2013
sede nacional das Pontifícias Obras Missionárias (POM) em Brasília acolheu nos dias 13 e 14, os responsáveis pelo Setor Juventude nos 17 Regionais da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) que são também os referenciais para a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) que vai acontecer em 2013, no Rio de Janeiro. Em pauta, a organização da peregrinação dos símbolos da JMJ: a cruz e o ícone de Nossa Senhora nos Regionais; a elaboração dos projetos ligados à Pré-jornada, que acontecerá uma semana antes da Jornada Mundial da Juventude do Rio, além de um breve estudo sobre o que é a JMJ, seus objetivos, informes, avisos e como desenvolvê-la para que envolva a juventude do Brasil e do mundo. De acordo com o assessor nacional da Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude da CNBB, padre Carlos Sávio, a reunião discute detalhes que projetam a JMJ-2013, como também a situação dos Setores de Juventude nos 17 Regionais espalhados pelo Brasil. “Esse encontro ajuda a projetar a Jornada da Juventude que acontecerá no Rio, como também nos informa da situação da juventude em cada Regional para que possamos traçar um trabalho que realmente atinja os jovens nas bases da Igreja no Brasil”, afirmou padre Sávio. Ainda segundo o assessor, uma das preocupações do grupo é pensar a Jornada Mundial da Juventude como um evento que tem um momento antes, um durante e um depois. “Estamos elaborando um projeto que pensa a JMJ não apenas no perí-
odo que acontece o evento, mas em três momentos chaves antes, durante e após, através de um projeto de evangelização que deve durar até 2015”, sublinhou o assessor. Para o secretário nacional da Pontifícia Obra da Propagação da Fé e Juventude Missionária (JM), padre Marcelo Gualberto, a Igreja no Brasil quer dar prioridade à pré-jornada em 2013, porque, segundo ele, trata-se de um momento forte de evangelização que deve marcar a juventude. “Queremos neste momento reanimar a fé da juventude a partir de Cristo tendo a consciência missionária que nos propõe o Documento de Aparecida (DAp) e o próprio tema da JMJ-2013: “Ide e fazei discípulos em todos os povos; assim tornará também possível a oportunidade dos Jovens se conscientizarem a respeito de seu protagonismo na evangelização”, disse o secretário. O padre responsável pelo Setor Juventude do Regional Sul 4 (Santa Catarina), Alceoni Berkenbrock, diz que a reunião é o primeiro impulso para a JMJ do Brasil. “Essa reunião ajuda a construir todo o processo da Jornada Mundial da Juventude que desde já começa a animar as dioceses, divulga a programação, sobretudo nas diferentes regiões do Brasil”, comentou. O Regional Sul 4 acolhe os símbolos da JMJ nos dias 1º a 31 de janeiro. Já o Bote Fé está previsto para acontecer no dia 12 de janeiro. O referencial para o Setor Juventude no Regional Nordeste 5 da CNBB (Maranhão) padre Joaquim Veloso, afirma que a reunião demonstra a preocupação da Igreja no Brasil em realizar uma
Jornada que de fato atinja o seu público-alvo: os jovens brasileiros e de todo o mundo. “Estamos aqui porque a JMJ é uma grande festa e como todo grande evento precisa de uma preparação. Não é uma festa qualquer, mas uma festa que une a diversidade juvenil do mundo inteiro, portanto precisa desse preparo”, disse. O padre completou afirmando que a reunião serve também para articular conjuntamente a juventude em todo o país. “Além de construirmos um projeto para a juventude em nível nacional, articulamos ao mesmo tempo, em nível regional, as ações necessárias para que a juventude seja protagonista nas bases”, completou. O Maranhão vai receber a peregrinação dos símbolos da JMJ de 1º a 30 de abril e o evento Bote Fé deverá acontecer em São Luís e em outras dioceses do estado no mesmo mês. A próxima reunião do grupo está marcada para a primeira semana de dezembro em Mariápolis Ginetta, Vargem Grande Paulista (SP). O encontro contará com a participação das pessoas encarregadas do Setor Juventude em todas as dioceses do Brasil. Fúlvio Costa (MTB 8674) - Assessor de Imprensa - POM
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Folha Diocesana de Guarulhos | Novembro de 2011
foranias
aparecida
Santa Rita de Cássia - Jd. Palmira
São José - Jardim Paulista
1º SEMINÁRIO DO PERDÃO DIAS 28 DE NOVEMRO e 5 E 12 DE DEZEMBRO - 19:30h Pregadora: Maria Gabriela Presenças: Padre Paulo Leandro e o Grupo de oração da paróquia. Local: Paróquia São José - Rua do Bosque - Jardim Paulista
Baile dos Anos 60 Os jovens da Paróquia Santa Rita de Cássia convidam todos para o já tradicional Baile dos Anos 60!
Dia 19/11 à partir das 20h. Convites já à venda, por apenas R$5,00 em prol do 11º Encontro de Jovens com Cristo.
Caracterize-se e venha dançar com a gente!
End.: Rua Armando Luongo, 178 Jardim Palmira - Guarulhos. Maiores Informações: Fernanda - 8029-7097 | Benicio - 6229-6270/ ou na Secretaria Paroquial: 2455-0722
bonsucesso
imaculada
Encontro da CEB’s e de Catecúmenos
Catedral Imaculada Conceição FESTA DA IMACULADA CONCEIÇÃO Padroeira da Cidade e da Diocese de Guarulhos PROGRAMAÇÃO 26 de novembro: 17h – terço em várias línguas, na Igreja do Rosário 27 de novembro: FESTA DE ABERTURA: Maria, mãe de todos os povos! 10H – PROCISSÃO DE NOSSA SENHORA A PARTIR DA CATEDRAL
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conteceu em Outubro, tivemos dois encontros realizados na paróquia Nossa Senhora do Bonsucesso. Primeiro, no encontro das Ceb’s, (Comunidades Eclesiais de Base) em pudemos refletir o rosto de nossas comunidades como uma fonte que jorra apenas um filete de água mansa e silenciosa, mas adiante se torna um imenso rio de água viva. Foi assim que nasceu cada uma de nossas capelas, com pequenos grupos refletindo a palavra de Deus nas casas, e ao logo de anos construímos o que resultou numa paróquia e hoje elevada à santuário. Todos os anos tem a graça, por ocasião da festa de sua padroeira, receber romeiros de muitos lugares para rezar, visitar, pagar promessas e celebrar sua fé. Em seguida, aconteceu o encontro de catecúmenos da Capela Sagrada Família, onde ao meio à natureza, vivenciamos um momento de leitura orante da Palavra de Deus e contemplação da criação divina. Agradecemos a Ir. Iria Guarda Lara e toda a equipe de apoio pela força. Parabenizamos ainda aos catecúmenos que com muita dedicação, dispuseram-se a meditar as maravilhas do Senhor. Nilsa Matias - Catequista e Representante da Equipe Diocesana da CEB’s
FESTA DAS NAÇÕES com barracas típicas de vários países das 10h00 às 21h00 na Igreja do Rosário NOVENA 29 de novembro a 07 de dezembro: Oração dos Salmos: 7h30, 11h30 e 19h e Missas às 8h, 12h e 19h30 Sábado e domingo: Programação Especial 03/12 – sábado: A novena será às 11h30 04/12 – domingo: A novena será às 18h30
Dia 08 de dezembro - Dia da Padroeira 7h15 – Laudes (oração dos Salmos) 08h – Missa da Cidade 10h – Missa (em latim) 12h – Missa 15h – Missa com a Ordenação Diaconal – seminarista Vinícius 18h – Procissão de Nossa Senhora 19h30 – Missa P. Antonio Bosco da Silva, pároco P. Joaquim Rodrigues de Faria, vigário paroquial MARIA ESPERA POR VOCÊ!
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Folha Diocesana de Guarulhos | Novembro de 2011
aconteceu diocese Defesa da Vida reflete sobre anencefalia e abuso sexual A
Comissão Diocesana em Defesa da Vida (CDDV), assessorada pelo padre Berardo Graz, realizou, dia 8 de outubro, no Centro Diocesano de Pastoral “Pe. Jean Roch Forgette” - Bom Clima, um momento de reflexão sobre gravidez em casos de anencefalia, abuso sexual, e possibilidades de ações nestas situações. Este encontro, que reuniu representantes de diversas pastorais e movimentos como Saúde, Idoso e Criança, contou também com Vanessa Fernandes Martins, integrante desta Comissão,
falando sobre os temas, e contribuindo para esta abordagem. O padre Berardo Graz, explicou que este evento teve o objetivo de marcar na cidade, o dia do nascituro, “celebrando a cultura da vida contra a cultura da morte”. Explicou também, que nascituro é o bebê já concebido, mas que ainda não nasceu, correndo riscos de aborto ou outras atrocidades em alguns casos. Entre outras informações, o evento ainda resgatou temas de Campanhas da Fraternidade propostos pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), como “Escolhe, pois a vida. No final desta atividade da CDDV, que de 01 a 07 de outubro celebrou a Semana da vida, com presença de Mariângela Consoli de Oliveira, assistente social e secretária executiva da Associação Nacional Pró-Vida e Família, os participantes encerraram com uma confraternização. Lourdes de Oliveira - PASCOM
Evento do Jubileu de Prata da Pastoral da Criança em Guarulhos
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oi realizado domingo, 9 de outubro, no Centro Diocesano de Pastoral (CDP), Pe. Jean Roch Forgette, Bom Clima, o encerramento das atividades em comemoração aos 25 anos da Pastoral da Criança em Guarulhos. Com início às 13 horas, o encontro foi marcado pela presença do Assessor Diocesano, Pe. Cristiano, da coordenadora nacional e das líderes da Pastoral da criança de Guarulhos que são as maiores protagonistas deste serviço. Também ajudaram as equipes diocesanas: da pastoral do idoso, da pastoral Familiar, Campanha da Fraternidade, Pascom, EDM e Equipe de Liturgia e Canto Pastoral, além de muitos sacerdotes que incentivam a pastoral na diocese.
Fez parte das comemorações a realização de 4 encontros formativosnas foranias com temas específicos: dia 09/09 na Forania Aparecida: “A criança, sujeito de Direitos”; dia 16/09, a Forania Imaculada : “Controle Social e Políticas Públicas”. No dia 23/09, a Forania Fátima, “A importância da alimentação saudável no desenvolvimento infantil”. No dia 30/09, na Forania Bonsucesso : “Gestante, o início da vida”. O primeiro momento ficou por conta da coordenadora nacional, a Irmã Vera Lúcia Altoé que pediu especial atenção às adolescentes grávidas, e enfatizou, que estes 25 anos mostram que as coisas de Deus não morrem. “Esta Pastoral foi criada para pessoas fortes. É uma Pastoral exigente, de trabalho profundo e eficaz, e que tem salvado vidas”
A Celebração Eucarística presidida pelo Pe. Cristiano coroou o grande momento comemorativo. Em sua homilia, referindo-se às vidas de tantas crianças que foram salvas neste período, o padre destacou: “é possível realizar este sonho de Deus”!. No final, a coordenadora Diocesana, Eunice Gomes agradeceu a presença de todos os integrantes da Pastoral, cuja principal atividade é a celebração da vida com visitação de famílias, pesagem de crianças e orientação à alimentação. Homenageou a Dra. Zilda Arns, precursora da pastoral da criança no Brasil e entregou certificados para as líderes e coordenadoras de área, assim como os padres que já foram assessores desta Pastoral. Lourdes de Oliveira - PASCOM
Encontro de encerramento da Escola da Palavra 2011
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abemos que “o que temos é tão pouco para
dar”, mas é com este pouco que nos dispomos em nome da nossa fé e porque acreditamos que é a Palavra de Deus que pode transformar a pessoa e a sociedade. Aconteceu dia 23/10 o encontro de encerramento da Escola da Palavra 2011 no Centro Diocesano de Pastoral, com a palestra do Prof. dr. Mathias Grenzer - PUC/SP. Sentimos-nos muito felizes em participar de mais uma etapa da Escola da Palavra, que já é a 7ª edição na Forania Aparecida, e por isso queremos agradecer a cada um, cada uma, seja pela motivação junto aos agentes de pastoral, seja acreditando no trabalho, na presença e na participação dos leigos em nossa Diocese de Guarulhos.
A nossa fé nos motiva a continuar a nossa missão enquanto saúde e força tiver, assim como chamar e motivar outros leigos e leigas a assumir esse papel de evangelizadores juntamente com toda a Igreja. Mais uma vez agradecemos e nos colocamos a disposição: Celia Soares de Sousa – Cocaia Inez Lobo Miranda – N. Sra. Fátima – Vila Fátima Daniel Lopes – São João Batista Sérgio Julio da Silva – Cocaia Edilson Peixoto Rodrigues Celia Soares de Sousa
Folha Diocesana de Guarulhos | Novembro de 2011
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ASSEMBLEIA DIOCESANA DA PASTORAL DA COMUNICAÇÃO
“A Comunicação na vida e na Missão da Igreja em Guarulhos” A PASCOM DIOCESANA CONVIDA TODOS AGENTES DA PASTORAL DA COMUNICAÇÃO A SE ENCONTRAREM EM ASSEMBLEIA PARA DISCUTIREM OS CAMINHOS PERCORRIDOS EM 2011 E PROJETAR NOSSOS PLANOS DE 2012. O EVENTO CONTARÁ COM A PRESENÇA DA IRMÃ HELENA CORAZZA, JORNALISTA QUE CONTARÁ AS EXPERIÊNCIAS DE COMUNICAÇÃO NA IGREJA
12 de Novembro das 15h às 17h30 Local: CDP Bom Clima
Festa de Santo Alberto Magno JUBILEU DE PRATA
PAR ÓQ
NO AG M
ANTO ALBERTO AS UI
1986
2011
"Nós anunciamos o Cristo Crucificado, Glória e Sabedoria de Deus".
25 Anos de História
e Evangelização
(ICor 1, 23-24)
Programação Religiosa Dia 04 - às 20h:
Dia 11 - às 20h:
Missa e Benção do Santíssimo
Missa e Benção das Gestantes, crianças e bebês
Missa e Benção do Crucifixo às 19h: Missa e Benção dos Jovens
Missa e Benção dos Trabalhadores
Dia 06 - às 08h: Dia 07 - às 20h:
Missa e Benção dos Enfermos e Idosos
Dia 08 - às 20h:
Missa e Benção das Velas
Dia 09 - às 20h:
Missa e Benção dos objetos de devoção
Dia 10 - às 20h:
Missa e Benção dos Professores e estudantes
Dia 12 - às 20h: Dia 13 - às 08h:
Missa e Benção das Famílias e vocações às 19h: Missa e Benção da Água
Dia 14 - às 20h:
Missa e Benção dos Pães
Dia 15 - às 09h:
Missa e Benção dos Agentes de Pastorais.
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vai acontecer diocese
CAMPANHA DA EVANGELIZAÇÃO 2011 “Ele veio para curar nossos males.”
O QUE É A CAMPANHA PARA A EVANGELIZAÇÃO? Na festa de Cristo Rei, 27 de novembro de 2011, a Igreja no Brasil inicia a Campanha para a Evangelização. Nesse contexto de profundas mudanças, que gera incerteza nas pessoas sobre como julgar a realidade e com ela interagir, temos uma notícia para nos animar: o Filho de Deus que nos serviu encarnando-se entre nós, venceu todos os males e reina em todo o universo. A Igreja, alicerçada em Jesus Cristo, Caminho, Verdade e Vida, sente-se impulsionada a testemunhar seus valores e, a contribuir para que eles se encarnem na vida das pessoas. A Campanha para a Evangelização quer mobilizar os fiéis para a responsabilidade e a participação cada vez maiores na obra evangelizadora da Igreja no Brasil. Todos os batizados são chamados a cooperar, seja em atividades evangelizadoras da comunidade, seja na oração, seja pela oferta material. PARTICIPE DA SOLIDARIEDADE NA EVANGELIZAÇÃO
O que quer dizer solidariedade na Evangelização? É preciso dispor-se a ser evangelizado. Quem está em processo de Evangelização se torna evangelizador. O encontro com o Verbo encarnado impulsiona a anunciar a outros a feliz experiência. A corresponsabilidade na obra evangelizadora deve suscitar nos batizados a percepção das necessidades na sustentação dessas atividades, levando-os à solidariedade através da contribuição para que a Igreja tenha recursos para evangelizar e manter seus organismos e pastorais nos níveis: paroquial, diocesano e nacional (CNBB e suas subsedes Regionais -17). A solidariedade de todos contribuirá para que a evangelização possa atingir as regiões mais desprovidas de recursos financeiros, como a Amazônia ou as periferias das grandes cidades. A COLETA - As ofertas são contribuições espontâneas e devem ser realizadas como gratidão a Deus, a exemplo da entrega do dízimo. Elas têm uma finalidade específica e data determinada: para a manutenção das ações de evangelização da Igreja no Brasil, a ser realizada no terceiro domingo do Advento. Jesus revela nos Evangelhos que os bens materiais devem ser meios para a construção do Reino de Deus (cf. Lc 8,3). Este ensinamento foi assimilado na prática pelos Apóstolos. São Paulo organizou uma grande campanha de doações nas comunidades fundadas por ele em prol da comunidade de Jerusalém (cf. Rm 15,26). E, recomen-
dava generosidade nas doações, pois Deus ama quem oferta com alegria (cf. 2Cor 9,7). Desde o início, a obra de evangelização e o trabalho da Igreja contaram com o apoio espiritual e material de todos os batizados. Motivados pela fé recebida e pela gratidão a Deus, todos os membros da Igreja são chamados a colaborar, de várias formas, para que o dom do Evangelho também chegue a outras pessoas. Além de vivenciar concretamente sua corresponsabilidade de batizado pelas obras de evangelização e do sustento de irmãos e irmãs empenhados nestas atividades, a sua participação o tornará mais disponível ao Senhor. Esta será a destinação de sua coleta: 45% para a sua Diocese; 20% para as 17 Subsedes da CNBB; e 35% para a CNBB Nacional. Em nossa Diocese, precisamos de recursos para manter o Secretariado de Pastoral, que procura atender às diversas necessidades das pastorais, entre elas a Pastoral da Criança, além de possibilitar a participação em cursos, palestras, retiros e diversos eventos pastorais. Nosso Centro Diocesano de Pastoral “Padre João Roque Forgette!” (CDP – Bom Clima), que há 25 anos serve às nossas atividades, necessita de melhorias urgentes: instalação de um novo sistema de som e ventilação, acessibilidade, reforma das instalações sanitárias, pintura, entre outras. Melhorias estas que demandarão tempo e recursos. Vamos começar, com a graça de Deus e sua ajuda!
Deus lhe pague pela contribuição nesta importante coleta. Entregue o envelope com sua oferta somente nas Igrejas. Ninguém está autorizado a recolher envelopes nas casas. Caso prefira, faça um depósito bancário em nome de:
MITRA DIOCESANA DE GUARULHOS
Banco Bradesco (237) Agência 2718-9 Conta corrente: 25003-1
(matéria extraída do site oficial da CNBB: HYPERLINK “http://www.cnbb.org.br” www.cnbb.org.br) Pesquisa e adaptação: P. Antonio Bosco da Silva
PASTORAL FAMILIAR A equipe diocesana da Pastoral Familiar, convida os coordenadores paroquiais da Pastoral Familiar para a última reunião do ano. Teremos formação, avaliação e planejamento para o ano de 2012. QUANDO: 12 DE NOVEMBRO 14h30. LOCAL: Paróquia Santo Antônio do Parque - Rua: Morás , 471 - Parque Santo Antonio Fone: 2459-4486 - Obs.: Trazer lanche e refrigerante para partilha. Sueli e Magela 2407-2942
8 bíblia
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Folha Diocesana de Guarulhos | Novembro de 2011
História dos Dez Mandamentos – Ex 20,2-17
s Dez Mandamentos (o Decálogo), cujos textos se encontram em Ex 20,2-17 e também em Dt 5,6-21 são parte integrante de nossa catequese cristã. São parte central da antiga aliança (Ex 1924), uma compilação do que se encontra espalhado em muitas partes do Pentateuco, embora não abranja, nem de longe, toda a legislação do mesmo. Nos tempos do Novo Testamento eles eram rigorosamente observados, tanto pelos judeus, principalmente pelos fariseus, bem como por Jesus e seus discípulos. No entanto, Jesus dá um sentido diferente daquele dos fariseus, completando-o e dando sentido (Mt 5,17ss). De fato, a vinda de Cristo estabelece a Nova e Eterna Aliança, o que, segundo Ef 2,15 e Hb 7,12 muda a antiga Lei, ou a aboliu. Assim sendo, os Dez mandamentos estariam superados, pois representam a antiga Lei. Paulo nos diz que as obras da Lei de Moisés não salvam ninguém (Gl 2,16). Nossa ética cristã não parte mais dos Dez Mandamentos, mas da pessoa de Cristo. Então, para que eles servem? Se nós cristãos fôssemos maduros e de fato aderíssemos a Cristo, não mais precisaríamos deles. Enquanto existir imaturidade, os Dez Mandamentos serão indicativos que nos ajudam a viver a vida cristã. Mas é bom lembrar: nossa salvação não vem da observância do Decálogo, mas somente da pessoa de Cristo (Gl 2,16). Além disto, existem muitos mandamentos fora do decálogo. Vejamos: Ex 21,1ss; Lv 11ss; Dt 12,1ss;
reflexão
A
Dt 23,1ss, etc. Aliás, todo Pentateuco recebe, no Antigo Testamento a designação de Torá, isto é, Lei. História do decálogo: Numa primeira leitura do Êxodo nos parece que foi tudo tão simples. O povo hebreu saiu do Egito e passou pelo Mar Vermelho (Ex 14), entrou no deserto, onde permaneceu por quarenta anos (Ex 16ss) e lá fez aliança com Javé (Ex 19-24) e nesta aliança, Deus entregou os Dez Mandamentos diretamente a Moisés (Ex 20,1ss). Precisamos, no entanto, alertar que os livros bíblicos como o Êxodo e também o Deuteronômio, tais quais os temos hoje na Bíblia, foram por muito tempo, apenas tradição oral, contada de pais para filhos e de filhos para netos. A redação dos livros do Pentateuco (Gn, Ex, Lv, Nm e Dt) só se deu vários séculos depois do fato do Êxodo. Por isto mesmo, nem tudo deve ser lido como se fosse exatamente daquela época. Diríamos antes, o Decálogo tem sua origem nos povos primitivos, mas foi evoluindo por séculos na tradição oral até se formar a redação atual em nossas Bíblias. Por isto, ao ler hoje os textos de Ex 20,2-17 e Dt 5,6-21 encontramos muitas camadas literárias. Algumas coisas refletem tempos antigos, outras vêm de tempos posteriores. Por exemplo, o mandamento do sábado (Ex 20,8-11) bem como o mandamento do não cobiçar (Ex 20,17) fala dos escravos, de casas, de animais, bois, jumentos e de imigrantes. Ora, os escravos libertos do Egito, quando foram para o deserto não tinham casas, escra-
vos e entre eles não tinham imigrantes. Moravam em tendas e talvez tivessem pequenos animais, mas bois e jumentos, ao menos parece que não tinham, pois não seria possível mantê-los no deserto. Alguns biblistas julgam que na época do Êxodo (1250 a.C) os povos da região ainda nem conheciam o gado bovino. Este teria sido introduzido alguns séculos mais tarde. Logo, estas explicações não vêm dos tempos da Aliança, mas sim, do século VIII ou VII a.C, quando o povo já estava estabelecido em Israel e possuía escravos, animais e imigrantes. Algumas coisas que estão no Decálogo refletem os tempos da redação final do texto. Isto deve ter se dado durante o Exílio da Babilônia (por volta de 550 a.C.), ou logo depois. Talvez, no Exílio da Babilônia o povo fizesse o seguinte raciocínio: “Uma vez fomos escravos do Egito e Javé nos tirou de lá com mão forte. Se agora, na Babilônia, observarmos os mandamentos de Javé, ele nos libertará novamente”. Assim sendo, se fez a redação final dos textos que hoje conhecemos. Chave de leitura: Para entendermos o verdadeiro sentido da interpretação dos mandamentos precisamos levar em conta o primeiro versículo dos mesmos. Em Ex 20,2, bem como em Dt 5,6 se lê: “Eu sou Javé seu Deus, que fiz você sair da terra do Egito, da casa da escravidão”. Sem esta frase, os Dez Mandamentos perdem seu objetivo e seu sentido. Num primeiro momento pode-
mos, de fato, pensar na escravidão do Egito, de onde os hebreus foram libertos por Javé, pela coordenação de Moisés, de Míriam, de Aarão e de outros líderes. Porém, na história de Israel sempre houve opressões, das quais o povo precisava se libertar. O Egito virou símbolo de opressão. Com a instalação da monarquia em Israel (1Sm 8,10ss), principalmente com Salomão (1R2 10,14ss e 1Rs11,18) a escravidão e a idolatria ganharam força. Também nos tempos do Exílio da Babilônia (589-538 a.C.) a escravidão e a idolatria se tornaram motivos fortes. Por isto mesmo, ter o Egito e sua opressão como pano de fundo era sempre um motivo para ilustrar todas as opressões que o povo sofreu. Então, a frase de Ex 20,2 serve de chave para todas as opressões que através da história se abateram sobre o povo hebreu.O Decálogo é a garantia da liberdade. Para pensar um pouco: Os Dez Mandamentos são indicativos para os discípulos de Jesus. O motivo que nos leva a cumprir e mesmo a estudá-los é o amor a Deus e ao próximo. Em outras palavras, quem ama a Deus se sente comprometido com a vida e para que a vida possa desabrochar em todas as suas potencialidades... (No último artigo desse ano veremos o teor de cada mandamento). Edilson Peixoto Rodrigues Escola da Palavra – Região Aparecida E-Mail: edilson-peixoto@uol.com.br
Moisés, Jesus Cristo... Africanos?
presença de homens e mulheres negras na Sagrada Escritura é notável. Como demonstra as citações Bíblicas do antigo e do novo testamento.
A primeira se passa no Antigo Testamento, durante a peregrinação do povo de Deus pelo deserto. No Livro dos Números 12, 1, que tem na figura de Moisés o protagonista, se vê em uma curta passagem, que este teve como esposa uma mulher cuchita. Ao mencionar cuchita, se refere a alguém cujo natalício se deu na região de Cush, Etiópia, e aí vemos claramente que, dentre os descendentes de Moisés, corre o sangue afro, fruto da união entre ele e a etíope. Bem verdade que na Sagrada Escritura não menciona os filhos de Moisés, mas a possibilidade de ter tido filhos com ela é bem grande. A segunda já se passa no Novo Testamento, durante a crucificação do Filho de Deus. Em três dos quatro Evangelhos sinóticos (São Mateus, São Marcos e São Lucas), vemos a figura de Simão, homem que ajudou Jesus Cristo a carregar a cruz até o Calvário. A passagem é vista em Mt 27, 32; Mc 15, 21; Lc 23, 26. O
mais intrigante é que, de forma unânime, os três evangelistas o descrevem como Simão de Cirene, o famoso Cirineu. Geograficamente falando, a região de Cirene se localiza ao norte da África, na parte setentrional do atual território da Líbia, onde vemos de maneira clara e evidente que, um africano ajudou Nosso Senhor Jesus Cristo a carregar a cruz. Moisés, alicerce da Lei e Ordem do Antigo Testamento, e Jesus Cristo, com a Ressurreição e os mistérios da Trindade Santa, nos dão a base teológica que sustenta nossa fé cristã católica. Pautado nisso, vemos uma mulher e um homem de origem africana, caminhando junto deles, evidenciando os fatos de que, é possível ler a Bíblia com a perspectiva de nossa negritude, e que nossas raízes e antepassados fazem parte da história do povo de Deus. Orlando Junior
Folha Diocesana de Guarulhos | Novembro de 2011
9 liturgia Salmos: Dentro da história do Povo de Deus no Antigo Testamento (I)
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almos são orações do povo da Bíblia, feitas de coração, em momentos de angústia, alegria, desespero, ação de graças, etc. Orações que acontecem num diálogo aberto, numa grande sinceridade. Os autores dos salmos têm tamanha intimidade com Deus, que ultrapassa o medo, para nos ensinar que “temor de Deus” é intimidade, abertura e amizade, que nos permite ser quem realmente somos, para descobrir o mundo com os olhos de Deus. Salmo é uma palavra grega que significa uma oração cantada e acompanhada de instrumentos musicais. São 150, e formam o mais extenso livro da Bíblia. “Na bíblia hebraica, o nome dele é Louvores (Tehilim)... Os salmos, portanto, nasceram para ser cantados. Isso não quer dizer que não se possa rezá-los. Mas a melhor forma de rezá-los é cantando-os. Trata-se da mais antiga coleção de orações que a humanidade conhece. Apesar de serem muito antigos, os salmos são eternamente jovens, capazes de falar a alma dos homens e mulheres de todos os tempos e lugares. Falam tão bem de nossa vida, das alegrias e esperanças, das dores e dos conflitos, que parecem ter sido escritos em nossos dias e para o hoje de nossa caminhada. São uma casa muito antiga, porém aconchegante e cheia de calor humano. São como fonte de água pura onde todos podem matar a sede: nós, nossos antepassados e também as gerações futuras. Os
salmos jorram continuamente água fresca e cristalina”. A Bíblia, sem os salmos, seria apenas um livro sobre Deus... mas não é... “é um diálogo com Deus, não isento de queixas e discussões... Noé andava com Deus (Gn 6, 9) numa intimidade a ponto de Deus confidenciar seus planos (Gn 6, 18)... Uma imensa corrente de carinho se estabelece entre Deus e Abraão... a confiança de Abraão é tanta que ele chega a discutir com Deus (Gn 18, 22-23)... É difícil imaginar um relacionamento tão singular e único como o que houve entre Moisés e Deus: parecem dois camaradas, ou melhor, dois veteranos de guerra. Porque o que tinham vivido fora uma guerra, e uma guerra de libertação... Moisés e Deus lutaram lado a lado num combate singular: convocaram e organizaram um povo oprimido, arrancaram-no para a pátria dos livres, que é o deserto, e fizeram-no marchar para um sonho remoto e quase impossível de uma pátria soberana... Moisés não é apenas um homem religioso, mas também um místico e contemplador”. Os salmos são a expressão desta mística contemplativa de Moisés, da confiança e do carinho de Abraão, da intimidade de Noé com Deus. São um convite a vivermos a mesma intimidade de Jesus com o seu Pai, que ele nos ensinou a chamar de Nosso Pai! Do ponto de vista histórico, a Bíblia não é somente um relato histórico do que aconteceu há 2 ou 3 mil anos, mas são vários livros relatando a experiência
de Deus, em momentos cruciais da história de um povo. Ao compararmos Êxodo cap.14, 15-31 e cap. 15, vemos primeiro a história vivida: o relato de Moisés e o povo hebreu na travessia do mar; depois vemos a oração cantada: a celebração da vitória, de coração agradecido a Deus pelas suas maravilhas. Não é por acaso que estes trechos são recordados e celebrados, a cada solene Vigília Pascal. Lemos esta leitura (a única que não pode ser suprimida!) e logo em seguida cantamos: “Entoou Moisés este canto ao Senhor, todo povo se uniu em alegre louvor! O Senhor glorioso triunfou, cavaleiro e cavalo afogou. O Senhor, sim, que é forte guerreiro, o seu nome é Senhor justiceiro...”. Na Vigília Pascal, cantamos no nosso “hoje”, atualizando e revivendo em nós mesmos a presença de Deus nos sofrimentos e lutas do povo, nos apropriando do canto agradecido do povo a Deus. Se comparamos ainda Juízes 4 (a batalha de Débora e Barac contra Sísara) e Juízes 5 (o cântico pela vitória: Celebrai, celebrai ao Senhor com violões e tamborins) vemos a mesma estrutura: primeiro a presença de Deus atuando, abençoando o povo dando-lhe força na luta pela vida, e em segundo a atuação do povo bendizendo a Deus. É um círculo luminoso onde a palavra vivifica e dá esperança. Pe. Jair Costa Assessor da Equipe Diocesana de Liturgia
verbum domini
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A Palavra de Deus, justiça para o Mundo
a exortação pós-sinodal “Verbum Domini” se sobressalta a relação existente entre fé, Palavra de Deus, a busca da justiça. A verdadeira experiência com a Palavra, leva ao homem de fé a uma decisão radical por Jesus e a um compromisso da construção e luta pelos valores do Reino de Deus, em favor de toda humanidade e de toda criação, de forma especial nas realidades em que a mesma humanidade e a criação são ameaçadas pela força do pecado e dos dramas existenciais. Esta realidade fica clara na afirmação do Santo Padre: “É a própria Palavra de Deus que nos recorda a necessidade do nosso compromisso no mundo e a nossa responsabilidade diante de Cristo, Senhor da História. Quando anunciamos o Evangelho, exortamo-nos reciprocamente a cumprir o bem e empenhar-nos pela justiça, pela reconciliação e pela paz” (Verbum Domini 99). Assim a Igreja nos relembra diversas dimensões, em que nosso compromisso com Cristo por sua Palavra, deve ressoar por nossa presença, luta, empenho em favor dos valores do Reino, são elas: a luta pela justiça social, a busca da reconciliação dos povos, a vivência da caridade, um anúncio que traga esperança aos jovens, migrantes, doentes, um compromisso concreto em relação aos mais pobres, e por fim e ao mesmo tempo urgente, a defesa da criação. A evangelização autêntica não se encerra no anúncio explícito do Reino, mas também na luta pela
justiça, em todas as dimensões da vida humana, inclusive na política e nas lutas sociais. O grande valor para a sociedade não pode ser o lucro, mas sim a vida e a dignidade de todos os homens. Outro serviço que a Palavra pode prestar ao mundo, por meio de nossa vida cristã é a construção da paz. A vida humana nos ensina as Escrituras é o centro dos mandamentos (Ex 20, 1-21), assim não pode haver nada acima disto, no relacionamento entre os povos. As diversas culturas e até as religiões devem promover com todas as forças, a dignidade de cada pessoa humana, acima de qualquer interesse pessoal ou cultural. Isto só será possível se todas as nações se empenharem na construção da paz e da solidariedade. “E o mandamento que nos deu é que aquele que ama a Deus, ame também o sei próprio irmão” (1 Jo,4,21), assim a caridade é expressão de nossa adesão a Deus. Em nosso tempo, nossos jovens sofrem com diversos desafios que lhes oprimem a liberdade e a vida, como as ideologias, a violência e as drogas. Também existem tantas pessoas, que vivendo fora de seus países, passam por grandes dificuldades. Ainda nossos doentes, que são muitas vezes desamparados por suas famílias e pela falta de uma estrutura de saúde, que lhes garantam uma convalescência digna. A estes grupos fragilizados pelas estruturas de pecado, somos chamados a mostrar-lhes como nossa vida, fé, solidariedade, a face misericordiosa de Deus, que os socorre em suas necessidades.
Preferencialmente somos convocados, a oferecermos nossas vidas pelos mais pobres, vítimas do flagelo da miséria, fruto da injustiça da busca do lucro. Nossa luta pela promoção da vida dos mais pobres revela a força Daquele, que viu o sofrimento de seu povo oprimido, e desceu para libertá-los (Ex 3,10). Isto só será possível pela criação de uma cultura de sobriedade, solidariedade, justiça, que podem salvar o homem e ao mesmo tempo salvar a vida no planeta, abalada pela busca desenfreada de riquezas, que se esquece que tudo que existe é fruto da Palavra criadora de Deus, que ao criar viu que tudo era bom. Portanto este mesma Palavra nos impele a lutar pela preservação ou restauração da bondade de tudo o que foi criado, a isto chamamos de justiça. Padre Weber Galvani padreweber@hotmail.com
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Folha Diocesana de Guarulhos | Novembro de 2011
Agenda do Bispo - Novembro 2011
Dia Horário
Atividade e Local
19:00 h.
Visita. Past. Par. N. Sra. de Fátima Cap. N. Sra. Aparecida
17:00h
Visita Past. Par. São Roque Cap. N. Sra. Esperança
10:00 h.
Crismas Par Sta. Rita - Jd. Cumbica
16:00 h.
Crismas - Par. Sta. Mena
19:00 h.
Vista Past. e Crismas Par. São Roque - CECAP
19:30 h.
Visita Past. Par. Sta. Luzia
09:30 h.
Reunião Coordenação de Pastoral Cúria
19:30 h.
25 anos de Sacerdócio Pe. Borges Par. Sto. Ant. do Parque
10
16:00 h.
Visita Pastoral Par. Sta. Luzia - Mikail
11
19:30 h.
Visita Past. Par. N. Sra. de Fátima Cap. São José
12
19:30 h.
Crismas N. Sra. de Fátima Jd. Aracília
10:30 h. 16:00 h. 09:00 h. 09:30 h. 16:00 h. 09:30 h. 16:00 h. 10:30 h. 19:00 h. 16:00 h. 08:00 h. 18:00 h. 09:00 h. 16:00 h. 18:00 h. 10:00 h.
Crismas Par. Presidente Dutra Visita Past. Par. Mikail Missa às 16:00 e às 19:30 h. Sto. Alberto Missa do Padroeiro Reunião do Clero no Seminário Diocesano Encontro com Propedêuticos Reunião Colégio de Consultores Cúria Crismas Par. N. Sra. Rosário Crismas Par. Presidente Dutra Crismas Par. Sto. Antônio Gopoúva Encontro com seminaristas Lavras Encontro de Bispos e Coord. de Pastoral SP-2 São Paulo Crismas N. Sra. de Fátima Jd. Tranquilidade Crismas N. Sra. de Lurdes Itapegica Crismas Par. Sto. Antônio Pimentas Crismas Par. Sta. Rita de Cássia Reunião do SP-1 e SP-2 Confraternização
04
06 08 09
13 15 16 17 19 20 23 24 26 27 28
P
Dia Horário Organização 03 (qui) 09:30 CP 04 e 05 8-17 Pastoral da Criança 05 (sáb) 14-18 05 (sab) 14:30 Batismo 06 (dom) 8-17 Pastoral Familiar 06 (dom) 8-16 Past. Pessoa Idosa 06 (dom) 14:30 SAV-PV 07 (seg) 20:00 CDDV 09 (qua) 09:30 CODIPA 12 (sab) COMIDI 12 (sab) 14:30 PASCOM 16 (qua) 09:30 CODIPA 17 (qui) 09:30 17 (qui) 14:30 Past. Pessoa Idosa 18 (sex) 13:00 Pastoral da Criança
Atividade Cons. de Presbíteros Ass. Anual eletiva Tesoureiros paroquiais Equipe Diocesana Encontro com Cristo Retiro com líderes Enc. Voc. Feminino Reunião Equipe Coordenação Reunião Equipe Ass. Diocesana Reunião do Clero Col. dos Consultores Coord. Diocesana Remédios Caseiros
Local Cúria Diocesana Sede da Pastoral CDP CDP CDP Sede Past. Criança Catedral CDP Cúria Diocesana CDP CDP Sem. Diocesano Cúria Sede Past. Criança Sede da Pastoral
19 (sab)
8:30-17
Pastoral da Saúde
Retiro
Crec. Sta Terezinha
19 (sab) 19 (sáb) 19 (sáb) 20 (dom) 20 (dom) 21 (seg) 22 (ter) 24 (qui) 26 (sab) 26 e 27 26 (sab) 27 (dom)
17:00 09:00 14:00 9-12 15:00 20:00 08:00
Past. da Sobriedade Vicentinos SAV-PV Past. da Juventude Apostolado Pastoral da Saúde Pastoral da Criança SP II Catequese Past. da Juventude SAV-PV SAV-PV
Renião do FOMAD Conselho central Reunião Mensal Esc. Biblica Jovem Reunião Diocesana Profis. da saúde Coordenação Bispos e Coord. Encontro Diocesano Ass. Diocesana RETIRO Enc. Voc. Masculino
A definir Cumbica Catedral CDP Catedral Santuário S. Judas Sede da Pastoral São Paulo CDP A definir A definir Catedral
14:30
14:30
Comunicado Urgente
or ordem de S. Exa Revma D. Luiz Gonzaga Bergonzini, Bispo Diocesano de Guarulhos, e com anuência do Colégio de Consultores, fazemos saber que: a) A IGREJA CATÓLICA, em Guarulhos, NÃO AUTORIZA a utilização de seu nome, do nome do Bispo Diocesano, de Sacerdotes ou irmãs religiosas por parte de vendedores, com propósito de oferecer produtos religiosos ou de qualquer tipo, nas casas das famílias; b) Não há pessoas autorizadas, pela Diocese, Bispo ou padres, a vender produtos de evangelização nas casas, nem nos comércios; c) Não há pessoas autorizadas a pedir contribuições em nome da Igreja Católica. d) Não há pessoas autorizadas a pedir doações em nome da Igreja Católica. e) Material de evangelização, tais como CDs, DVDs, livros, etc, devem ser adquiridos em livrarias paroquiais ou católicas, cuja procedência do produto é comprovada.
Calendário Diocesano - Novembro 2011
ORIENTAMOS QUE: a) Não permitam a utilização das celebrações litúrgicas para apresentações musicais com o fim de vender cds nem quaisquer outros produtos, divulgação de cursos ditos profissionalizantes, promoção de romarias particulares, campanha política ou outro tipo de promoção; b) Nas celebrações devem ser dados somente os avisos pastorais; c) A Igreja não permite a vinculação de seu nome e seu prestígio para interesses de terceiros. As orientações acima visam a preservação da Igreja e de seus fieis de qualquer tipo de manipulação comercial, política ou ideológica. No caso de julgarem necessários esclarecimentos complementares, solicitamos que se dirijam ao Departamento Jurídico da Diocese (advocacia@ biagini.net). Pe. Antonio Bosco da Silva Vigário Geral da Diocese de Guarulhos
Aniversariantes - Novembro 2011 Dia 05 - Pe. Antonio Zafani (N) Dia 07 - Pe. Eder Aparecido Monteiro (N) Dia 15 - Pe. Eder Aparecido Monteiro (O) Dia 17 - Pe. Otacílio Ferreira de Lacerda (N) Dia 22 - Pe. Jorge Alberto Apró (N) Dia 25 - Pe. César Augusto B. de Campos (O) Dia 25 - Pe. Ednaldo Oliveira Carvalho (O) Dia 26 - Pe. Jesus Angel Bermeo Gonzalez (N) Dia 27 - Pe. Elisio Mello (N) Legenda: O - Ordenação e N - Nascimento
ATENÇÃO COLABORADORES Enviar as matérias até o dia 15 de cada mês. Os textos devem conter no máximo 30 linhas, fonte 14. Caso a matéria venha com maior quantidade de linhas, faremos a redução proporcional,sem descaracterizar o conteúdo da matéria.
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Folha Diocesana de Guarulhos | Novembro de 2011
S
o chamado
Tenho que lidar com a Morte - Padre, e agora?
______ empre que se aproxima o dia dos fiéis defuntos, voltamos a nos questionar que buscar cada vez mais sabedoria sobre este fenômeno que é um mistério de Deus, mas sem ignorá-la pois ela está ai. O homem somente pensa sobre a morte, porque ele vive, mas como será que a humanidade reflete sobre este assunto que é intrínseco a nós? Será que estamos crescendo com este fenômeno, ou regredindo? Alguns alegam que o homem sofre ao pensar na morte, primeiro porque o histórico da morte na humanidade traz dor, sofrimento e separação, englobados de guerras, epidemias, é inconcebível ao homem imaginar que ele poderá ter um fim sendo imortal. O papel da Igreja é fazer com que o homem no momento de luto e de dor, vivencie o mais profundo que puder de maneira mais natural possível. Normalmente quando morre alguém próximo da paróquia ou que pertence à comunidade, vemos seus familiares, “anestesiados” por aquele momento onde a emoção e questionamentos expressam toda a dor da separação. Lembro Jesus, ao se deparar com Marta e Maria na morte de seu amigo Lázaro, ele mesmo é questionado. “Senhor se tivesses estado aqui meu irmão não teria morrido”. Será que nós também não questionamos a Deus da morte do nosso próximo? O padre, estando na
pessoa de Cristo, deve crer e testemunhar que a morte não é o fim e que somente iremos entender o fenômeno da morte se crermos que Cristo passou por isso e nos ajuda a passar. Para quem crê em Deus a vida não é tirada, mas transformada, se a morte entristece a esperança da ressurreição. (cf.CIC) O Padre, agente da Vida e da Morte Lembro uma frase de Montaigne: “Quem ensinasse os homens a morrer os ensinaria a viver”. Com isso o sacerdote, representando a Igreja no nível constitucional, deve sempre participar de todas as suas ações, também quando diz respeito à morte, deve fazer com que a comunidade cresça na fé. O sacerdote é o único mediador direto com o Cristo de forma sacramental. Após a unção e ordenação, além dele trazer o Cristo a nós ele também nos envia a Cristo. “Tudo o que ligares a terra será ligado no céu, e tudo o que desligares, será desligado no céu” (Mt 18,18). Além de nos fazer nascer para a vida cristã, o padre nos reconcilia com o Pai, na pessoa de Jesus Cristo e nos entrega em suas mãos no sacramento da unção dos enfermos. A ação do padre não acaba por aí. No momento chamado luto ou pós-morte a ação do padre deve se estender à família e à comunidade que ficaram. Nem os médicos e psicólogos ajudam ao homem a
vivenciar este momento difícil da vida como o padre, pois os mesmos utilizam de materiais empíricos, ou seja, livros, normas, experiências antigas que estão impressas e servem como apoio. O padre, na pessoa de Cristo, nos dá o pleno sentido da vida e da morte, deste mistério que há mais de 2000 anos mudou o paradigma e continua mudando de geração para geração. O padre na pessoa de Cristo é quem ensina o homem a viver e a morrer. Ensina o homem a se preparar para a morte de si próprio e do outro. A vocação sacerdotal está totalmente embasada nas certezas de fé pelo qual a Igreja de uma forma inegociável professa. Creio que para os padres principiantes ou até mesmo os jovens que pensam em ser padres pode surgir algum receio ou medo de não estarem prontos para lidar com este tipo de fenômeno, mas devem sempre pensar que isto é algo da práxis cristã e da práxis sacerdotal. O padre deve prestar toda a assistência que é destinada a ele. Como nos afirma o Catecismo da Igreja Católica, o sacerdote, em nome de toda a Igreja, deve tornar a ressurreição e todas as promessas do mestre muito evidentes perante uma sociedade desmoralizada, descristianizada. Em todos os momentos da vida dos Cristãos, o padre estará com eles sempre anunciando a Jesus Cristo, o Filho de Deus, que veio ao mundo de
uma maneira total. Somente valerá ser padre se nos entregarmos de uma forma convicta, é através da nossa humanidade que a graça divina acontece em meio dos homens.“Os presbíteros alcançarão a santidade de maneira autêntica, se desempenharem suas tarefas de modo sincero e incansável no Espírito de Cristo” (PO). No momento de morte, quanto mais humanos formos, numa palavra, num abraço, pregando o evangelho e salientando que para todos os que forem batizados em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo e vivenciaram as palavras de Deus, aquele que é rico em misericórdia, gozará plenamente da vida eterna. Experimentará a graça batismal e sacerdotal de Deus Pai e estarão fazendo plenamente uma das diversas tarefas que temos que realizar a serviço da Igreja de Nosso Senhor Jesus Cristo. Seminarista Johnny William Bernardo 2º ano de Filosofia
juventude
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Catequeses da JMJ sugere alegria aos jovens cristãos
Jornada Mundial da Juventude (JMJ), em Madri, na Espanha, entre 16 e 21 de agosto, contagiou jovens com diversas atividades. A Folha Diocesana retratou nas últimas edições a preparação dos guarulhenses para o evento, os momentos vivenciados em Madri e a recepção da Cruz da JMJ e do ícone de Nossa Senhora em nossa Diocese. Neste mês lembraremos do conteúdo das catequeses da Jornada. Durante a JMJ os jovens foram convidados, pelas manhãs, a participarem de catequeses com o tema “Edificados e enraizados em Cristo. Firmes na fé”, nos respectivos idiomas de origem. Dom Antonio Maria Roco Capela refletiu que a Palavra de Deus produz milagres quando vivenciada intensamente. “Ninguém consegue se recuperar dos vícios ou sobreviver feliz sem estar enraizado em Cristo”, afirmou.
Na opinião de dom Orani Tempesta, ainda estamos “muito aquém” da evangelização no mundo virtual. Ele alertou que a juventude pode ser a protagonista desta
época dependendo da forma como contagia as pessoas. “Encontramos a firmeza na fé na alegria do evangelho que nos motiva a sermos diferentes nas nossas casas, com as pessoas da mesma idade, na igreja, no mundo virtual e nas iniciativas nas paróquias”, diz. O papa Bento XVI em seus discursos contou que a alegria do jovem cristão pode ser um diferencial que pode atrair outros jovens que não estão no caminho de Jesus Cristo. Ele comentou que a participação nas paróquias, das missas dominicais e dos sacramentos conduzem a juventude a um encontro mais próximo com o Senhor. “Nós precisamos de vós e vós precisais da Igreja”, afirmou. Os que tiverem interesse de estudar o conteúdo da mensagem do Santo Padre aos jovens pode acessar os discursos pelo site www.vatican.va. Wellington Alves
12 vida cristã
V
Folha Diocesana de Guarulhos | Novembro de 2011
O luto na perspectiva cristã, como lidar?
ivemos e convivemos com a dor e o seu ponto final, a própria morte. Quando esta irrompe em nossa vida, parece tudo desmoronar. A alguns ela provoca o desalento, o desânimo, a fuga, a compensação indesejável na droga, ou até outros meios (que não são poucos) para superação e explicação da mesma, procurando algo que possa preencher o vazio deixado. Há muitos estudos especializados sobre o luto ou possíveis perdas (emprego, amizade, algo alcançado etc.), porém um que pertence a Elisabeth Kübler-Ross (1969) nos apresenta os vários passos de sua vivência e superação, e que se tornaram conhecidos como “Os cinco Estágios do Luto” (ou da Dor da Morte, ou da Perspectiva da Morte). Podem ser assim esquematicamente apresentados os “Estágios do Luto”:
1. Negação, recusa e Isolamento: “Isso não pode estar acontecendo”, “não pode ser”; “ é mentira”. Diante do fato paralisante, a pessoa naturalmente poderá chorar desconsoladamente, e nenhuma palavra lhe faz sentido. 2. Cólera (Raiva): “Por que eu? Não é justo.”; “por que exatamente comigo? Não é justo o que ocorreu”. É o momento em que a pessoa percebe os limites incontroláveis da vida e ocorre uma reluta dramática em reconhecê-los. Normalmente se culpa pela perda, por não ter feito o que devia ou por ter deixado de fazer o que poderia para que não acontecesse tal fato. 3. Negociação: “Me deixe viver apenas até meus filhos crescerem.” Há o autofortalecimento mediante uma espécie de negociação com a dor da perda: “não posso sucumbir nem afundar totalmente; preciso aguentar esta dilaceração, garantir meu trabalho e cuidar de minha família”. Já aparece um
ponto de luz nesta longa noite escura.
4. Depressão: “Estou tão triste. Por que se preocupar com qualquer coisa?” Há o vazio assumido a ser preenchido quando se der a aceitação que consiste no estágio seguinte. 5. Aceitação resignada e serena do fato incontornável: “Tudo vai acabar bem.” – Há um processo dolorido de amadurecimento. Ninguém sai do luto como entrou. Evidentemente, na vida de cada um estes estágios não acontecem assim tão claramente como apresentados, mas com certeza o leitor deve ter refletido sobre a experiência do luto já vivido. Mas como a fé pode intervir e ajudar nesse processo de recusa, cólera, negociação, depressão e aceitação? Em que nos diferenciamos? Qual é o elemento que nos leva a dar um passo e a ter um olhar transcendente? A fé na Ressurreição, o olhar que transcende à própria morte, que para quem crê em Jesus Cristo Ressuscitado, não tem a palavra última.
prio Senhor nos garantiu que foi para a casa do Pai para nos preparar uma morada e nos exortou a não nos perturbamos diante do inevitável fato da morte. O Apóstolo Paulo na Carta aos Coríntios (1Cor 15), em belíssima passagem, nos diz literalmente que se Cristo não Ressuscitou vazia é a nossa fé, a nossa pregação. Salmos, Evangelhos, Epístolas, entre outros Livros da Sagrada Escritura, são nestes momentos o Pão da Palavra que nos reanima, fortalece, e porque fundados na fé. Vemos, à luz da Palavra, o horizonte último da eternidade se abrir para aqueles que nos antecederam, e com os quais nos encontraremos, se enraizados e solidificados na caridade, pois o céu será o epílogo do presente. O amor que vivemos será prolongado e plenificado sem medida, pois estaremos na plena comunhão com Deus e Seu Amor Trino, imensurável que já experimentamos, antegozamos. Pe. Otacilio F. Lacerda Vigário Forania Imaculada
Quando tomei conhecimento destes “estágios do luto e da perda”, foi a primeira interrogação que me descortinou no horizonte do Ministério de Pastor, e ao mesmo tempo frente à própria experiência da morte de entes queridos. Primeiramente me dei conta de que há um tempo para que o luto aconteça, que não se dá tão logo façamos o enterro. Ficamos num processo prolongado, variando de pessoa para pessoa. Aqui entra o elemento indispensável da fé e a riqueza de citações bíblicas que poderiam ser mencionadas. Sem pretensões maiores, apenas elenco as várias passagens bíblicas que muito nos animam neste refazer-se. A primeira delas que vemos em tantas salas de velórios: “Eu sou a Ressurreição. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá. E quem vive e crê em mim jamais morrerá” (Jo 11,25-26). O pró-
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