Editorial Q
ueridos irmãos e irmãs, é com imensa alegria que iniciamos mais um ano da graça do Senhor através eficaz meio de comunicação da Diocese de Guarulhos que é o jornal Folha Diocesana. Os artigos, fatos e propostas da Igreja serão apresentados em cada edição mensal e contará com a colaboração dos bispos, padres, diáconos, religiosas, religiosos, vocacionados, leigos e leigas como correspondentes diretos e indiretos em cada edição, mas esperamos que todos os leitores sejam colaboradores indiretos como multiplicadores de cada conteúdo publicado,
Anunciar a Boa Notícia é nossa missão não guarde para si tudo que recebeu, seja um anunciador das boas notícias como missão dada por Jesus Cristo: “Ide pelo mundo inteiro e anunciai o Evangelho a toda criatura” ( Mc 16,15-18 ). É fundamental saber que a Folha Diocesana é imprensa mensalmente e distribuída gratuitamente nas diversas paróquias da cidade de Guarulhos, e encontra-se disponível permanentemente no site e no aplicativo diocesano, se você ainda não têm o hábito de acessar ou não baixou o aplicativo procure fazer isto urgente neste início do ano para melhor colaborar com o setor de evangelização da Igreja. Como lemos na carta de apresentação das Dire-
Enfoque Pastoral
trizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil 109: “Inspirados pelo apóstolo Paulo, recordando seu sentimento ao dizer “Ai de mim, se eu não anuncio o Evangelho!” (1Cor 9,16)...Possam nos impulsionar a Evangelizar no Brasil cada vez mais urbano, em comunidades eclesiais missionárias, pelo anúncio da Palavra de Deus, para formar discípulos e cuidar da Casa Comum”. Nesta edição destacamos a Assembleia Diocesana da Pastoral Juvenil; o lançamento da Campanha da Fraternidade 2020; a questão da Intolerância religiosa e a mensagem de gratidão sobre a campanha da solidariedade da Cáritas Brasileira com a África.
Pe. Marcelo Dias Soares Coord. Diocesano de Pastoral
Alegrai-vos na Esperança Romanos 12, 12
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legrai-vos na esperança, sede pacientes na tribulação, perseverai na oração (Rm,12,12). Ao iniciarmos um novo ano pastoral, somos chamados a nos enchermos da alegria e esperança que vem do Senhor. Nos unamos ao nosso bispo Dom Edmilson, aos padres, diáconos, consagrados e leigos nos diversos trabalhos pastorais e de evangelização desenvolvidos em nossa diocese. Coragem! O Senhor Jesus nos enche de ânimo diante das adversidades. Que Sua Palavra, Viva e Eficaz (Hb 4,12) suscite em nós a fé e nos torne cada vez mais imbuídos do seu Santo Espírito. Em foco pastoral colocamos algumas atividades:
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1º - A preparação da Campanha da Fraternidade deste ano de 2020 com o tema “Fraternidade e vida: dom e compromisso” e o lema “Viu, sentiu compaixão e cuidou dele (Lc 10,33-34)”, desenvolvendo encontros formativos com os leigos nas foranias e um encontro geral com os grupos de rua no dia 20/02 . 2º - O CFP nas Foranias, que irá reunir os CPPs das paróquias estudando as Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil (20192023) para o primeiro passo da nossa Assembleia diocesana de 2021. 3º - A Assembleia Diocesana da Pastoral Juvenil no dia 15/02, buscando caminhos pastorais para trabalhar com os jovens hoje.
Folha Diocesana de Guarulhos
4º - Peregrinação da Imagem da Imaculada Conceição na paroquias, dando inicio aos festejos do jubileu do 40 anos de nossa Diocese de Guarulhos; será no dia 11/02 na Paroquia Santo Antônio dos Pimentas. Convido a todos a acompanhar em as atividades pastorais diocesanas em nosso Site, Folha diocesana, Aplicativo da Diocese de Guarulhos, e outras mídias. Alegremo-nos com a Bem-aventurada Virgem Maria, padroeira de nossa Diocese, que cuida do seu povo e continua a interceder por nós, junto ao seu Filho Jesus. Que as alegrias do Cristo ressuscitado ilumine e fortaleça a todos nós em nossos diversos trabalhos pastorais neste novo ano.
Nesta Edição 03 07 08 12 14
Voz do Pastor Vinde e Ide
Formação
Papa pede que famílias deixem celular de lado
Especial
Dia Nacional da Combate a Intolerância Religiosa
CF 2020
Abertura da CF na Forania Bonsucesso I
Peregrinação
Imaculada Conceição na Forania Fátima
Encarte Especial Reflexão sobre a CF 2020
Expediente Jornalista Responsável PE. MARCOS V. CLEMENTINO MTB 82732
Orientação Pastoral PE. MARCELO DIAS SOARES Editoração Eletrônica LUIZ MARCELO GONÇALVES Impressão GRÁFICA MARMAR - 11 99961-4414 Tiragem: 30.200 Exemplares CÚRIA DIOCESANA DE GUARULHOS Av. Gilberto Dini, 519 - Bom Clima, Guarulhos CEP: 07122-210 | 11 2408-0403
www.diocesedeguarulhos.org.br folhadiocesana@diocesedeguarulhos.org.br
Fevereiro de 2019
Agenda do Bispo Fevereiro - 2020
Voz do Pastor
Vinde e Ide
07h - Missa Stella Maris 02
10h - Missa par. São Francisco Gopoúva Dia da Vida Consagrada 16h - Missa Lavras – Missa Retiro da par. NS Fátima
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18h - Abertura do retiro dos seminaristas – Sorocaba 07h30 - Missa Retiro dos seminaristas – Sorocaba
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13h30 - Reunião Irmãs Stella Maris 20h - CFP Imaculada – par. NS Aparecida – Vila Galvão
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09h30 - Codipa e 14h30 Atendimento na Cúria 20h - CFP Rosário – Paróquia Santa Mena 09h30 - Conselho de Presbíteros e 14h30 Atendimento 20h - CFP Aparecida – par. São Paulo Apóstolo 08h30 - Aula inaugural Escola Catequética 2020 – CDP 15h - Abertura CF Aparecida – Centro Social – Taboão 09h - Crisma par. NS Lourdes 15h - Crisma par. – São Francisco – Uirapuru 09-12h – Presidência Regional sul 1 CNBB
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14h - Reunião Tribuna Ecles. de Apelação – São Paulo 20h - Reunião Comissão das Pastorais Sociais
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09h30 - Economato e 14h30 Atendimento na Cúria 20h - Missa par. Santo Antônio – Pimentas – envio da imagem da Imaculada Peregrina - 40 anos da Diocese 09h30 - Reunião do Clero – Lavras 13h30 - Reunião dos formadores do seminário 09-12h - Com. Episcopal Representativa Regional sul1 20h - CFP Bonsucesso – par. São Vicente de Paulo Visita canônica à Com. Irmãs Stella Maris em Osasco 20h - CFP Fátima - par. Santa Rita – Jd. cumbica
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07h30-17h – Assembleia Diocesana de Pastoral sobre a Pastoral Juvenil – CDP
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10h - Instalação da par. Santo André
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Visita Canônica à comunidade das Irmãs Stella Maris – Carmo da Cachoeira – MG
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09h30 - CDAE e 14h30 Atendimento 20h - Abertura Celebrativa da CF 2020 – CDP
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11h – Missa no encerramento do retiro do seminário Propedêutico – Flos Carmeli
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11h – Missa Catedral
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16h30 – Missa no encerramento do REAVIVAI
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12h – Missa Catedral – Início da Quaresma
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14h30 Atendimento na Cúria
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05h30 – Missa par. São Pedro e 9h30 Atendimento 15h – reunião seminaristas – Lavras 08h-13h – Encontro da ampliada do Sub regional SP Cúria de Santo Amaro
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+Edmilson Amador Caetano, O.Cist. Bispo diocesano
Não estão desconectados. São como duas faces da mesma moeda
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az a todos neste novo ano! Coragem e alegria no anúncio do Evangelho na retomada das atividades pastorais! Continuo nesta coluna minhas reflexões sobre as Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil – 2019-2023 (DGAE). Nos artigos anteriores coloquei em evidência o núcleo do objetivo geral das DGAE: “comunidades eclesiais missionárias”. Estas comunidades, são “casas” de acolhida, formação, (VINDE) e “casas” abertas, em saída, para a missão (IDE). O “VINDE” e o “IDE” não estão desconectados. São como duas faces da mesma moeda. Ser Igreja em saída, pressupõe necessariamente uma entrada (VINDE), sem a qual a saída ficaria desqualificada. Penso que o discurso pastoral hoje se detém muito mais na “saída” que na “entrada”. O discurso é bonito e os projetos também, mas a qualidade dos que saem muitas vezes deixa a desejar. As DGAE, como tem feito, nas últimas edições, tem sempre partido de Cristo. Sem este ponto de partida, repito, a missão pode ficar desqualificada. A fidelidade a Jesus Cristo é essencial e fundamental. A primeira coisa é o nosso encontro pessoal (existencial) com Jesus Cristo, que transcende os cursos de teologia, Sagrada Escritura etc. Aqui vale citar o texto do Papa Bento XVI, que já se tornou clássico, que as DGAE novamente cita: “ao início do ser cristão, não há uma decisão ética ou uma grande ideia, mas o encontro com um acontecimento, com uma Pessoa que dá à vida um novo horizonte e, desta forma, o rumo decisivo. Esse encontro provoca uma conversão de vida e leva ao discipulado, gera co-
munidade e impele a sair em missão .” (DGAE 12. Cf Deus Caritas est 1, Documento de Aparecida 278). Precisamos seriamente nos perguntar, como estamos proporcionando em nossas comunidades, pastorais e movimentos este momento querigmático do encontro com a pessoa de Jesus Cristo. (Espero que nossa Assembleia diocesana da Pastoral Juvenil, tenha claro isso.) Muitas vezes – por falta de agentes de pastoral – saem “pegando a laço” as pessoas, sem esta preocupação deste momento querigmático, essencial e fundamental para a vida das pessoas. No entanto, não basta também a “emoção” do momento querigmático. O encontro existencial com a pessoa de Jesus Cristo deve ter continuidade indispensável no discipulado. Por isso, é preciso questionar, sim, se os encontros que temos de jovens, casais, adolescentes - alguns até com momentos querigmáticos especiais – não só têm programado a continuidade, mas se empenham em fazer com que isso realmente aconteça. Será que acabando um emocionante encontro, “largam a criança que nasceu” e vão já em busca de preparar um outro encontro?! Os irmãos e irmãs das comunidades missionárias, para serem Igreja em saída, precisam de sempre renovar seu encontro pessoal com Jesus Cristo e no mesmo Cristo estar caminhando numa comunidade de discípulos. Esta fidelidade a Jesus Cristo, não somente se traduz no encontro querigmático e no caminho do discipulado. A missão exige também fidelidade a Jesus Cristo no Anúncio do Reino. Sobre isso falaremos no próximo mês.
Folha Diocesana de Guarulhos
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Vida Presbiteral
Padre Cristiano Aparecido de Souza Representante dos Presbiteros
Com as cordas afinadas O perigo da cultura do descarte e do ódio
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“ h! Que bem faz um sacerdote em oferecer-se a Deus, todas as manhãs, em sacrifício!” (São João Maria Vianey). A formação do sacerdote, durante o tempo de seminário, não é suficiente para fazer dele um mestre das coisas sagradas. A cada dia deve se aprimorar em sua vida espiritual e nas outras atividades que a eles são cabidas. É a vida cotidiana que vai fazendo dele um homem de Deus, para Deus. Lembro-me de um retiro do clero, pregado por Dom Pedro Brito Guimarães (arcebispo de Palmas, no Tocantins) que usou a imagem do violão como analogia para a nossa vida. Como o violão precisa constantemente ter suas cordas afinadas, assim também é a vida do sacerdote para que a melodia seja agradável ao Senhor. Seminaristas e padres, quais cordas precisam ser afinadas em nós? O tempo da Quaresma nos propicia um verdadeiro retiro espiritual onde o Espírito Santo, como aquele que executa uma obra de perfeição, vai nos conduzindo e nos fazendo enxergar os desafios de nossa vida. Pensemos num exercício prático: guiados pelo Espírito, a nossa Quaresma pode se tornar um tempo propício para afinar
Bíblia
cordas em nossa vida, para que o hino de júbilo Pascal seja pleno e seja expressão de nossa verdade. A corda da ORAÇÃO: a oração é para a vida do presbítero como o ar que respiramos. “Ao faltar-lhe o respiro, elas perecem” (Sl 146,4). Sem a vida de oração, o presbítero se torna frio, seco, anêmico, até sucumbir em um poço sem fundo. Não importa que alguns digam que o padre se tornou fanático, que só vive rezando... Somos os mestres da oração, então, que nos reconheçam por isso. Na oração, vamos nos configurando cada vez mais a Cristo Jesus até que tudo em nós seja Ele, e dEle. Afinemos a corda da oração sem medo, em longas vigílias, em Terços e em amores declarados à Santa Missa, sendo esta o centro de nossa vida ministerial. “Todas as boas obras do mundo, juntas, não são equivalentes ao sacrifício da Missa, porque são obras dos homens, e a Santa Missa é obra de Deus.” (São João Maria Vianey). Se formos conhecidos como padres misseiros, já teremos realizado nossa missão. Quão bela é a melodia executada por um sacerdote que vive e ama a Missa. A corda da PENITÊNCIA/JEJUM: ainda é comum as pessoas, ao brincarem, dizerem: “comi como um padre”. Como deve comer um padre? A vida peniten-
te e de jejum de um sacerdote nem sempre é conhecida. As ofertas e sacrifícios não estão publicados em outdoors pela cidade, sua vida por si só já deve ser manifestação de um sacrifício de suave odor para Deus e para a igreja, “O sacrifício que agrada a Deus é um coração penitente.” (Sl 51,17). Quão bela é a melodia executada por um sacerdote penitente! A corda da ESMOLA: que esmola o povo mais deseja dos sacerdotes? Esta pergunta nos coloca diante de outra forma de avaliação para nós sacerdotes... Em suma é isto: o que o povo espera de seus sacerdotes? Muitos dirão que sejam dedicados à salvação das almas. E como as almas são socorridas? Pela pregação, pelos sacramentos, especialmente da eucaristia e da confissão. Que grande esmola o sacerdote oferece quando sua vida é, para o seu povo, uma doação perene. Quão bela é a vida de um sacerdote que não retém para si os tesouros da salvação, mas os oferta a quem dele se aproxima. Sacerdotes e seminaristas, continuemos solícitos às inspirações do Espírito Santo que deseja executar em nós um canto novo ao Amado.
Padre Antônio Bosco da Silva Vigário Geral
Jesus, Filho de Davi, filho de Abraão Considerações sobre Mateus 1,1
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o longo de 2020, ano A da liturgia, temos na maior parte das missas dominicais a proclamação do Evangelho segundo São Mateus. O primeiro versículo do referido Evangelho diz “Livro da origem de Jesus Cristo, Filho de Davi, filho de Abraão.” (Mt 1,1). A palavra origem evoca o Gênesis (o Livro das Origens), indicando a nova criação que se dá com Jesus, concebido pela força do Espírito Santo, que nas origens pairava sobre as águas tornando-as fecundas. Apresentando a Jesus como filho de Davi, São Mateus demonstra como nele se realizam as profecias messiânicas a respeito da vinda do Salvador, rei-pastor e justo: “Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho, a quem porá o nome de Emanuel, Deus-conosco.” (Is 7,14); “E tu Belém... de ti sairá aquele que governará Israel; suas origens são de tempos antigos, de dias imemoráveis...” (Mq 5,1). Os cegos que clamam a cura interpelam a Jesus com as palavras: “Filho de Davi, tem compaixão de nós!” (Mt 9,27). Também a mãe cananeia aflita por sua filha clama: “Senhor, filho de Davi, tem
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Folha Diocesana de Guarulhos
compaixão de mim: minha filha está horrivelmente endemoninhada.” (Mt 15,22). De modo semelhante, os dois cegos à beira do caminho em Jericó gritam enquanto Jesus passa: “Senhor, filho de Davi, tem compaixão de nós!” (Mt 20,30). Será aos gritos da multidão “Hosana ao Filho de Davi. Bendito o que vem em nome do Senhor” (Mt 21,9), que Jesus fará sua entrada messiânica em Jerusalém. Apresentando a Jesus como filho de Abraão, São Mateus põe em relevo o alcance universal da salvação de Cristo, considerando a promessa de Deus a Abraão: “por ti serão abençoadas todas as nações da terra.” (Gn 12,3). A inserção de algumas mulheres estrangeiras na genealogia de Jesus (Tamar, Raab, Rute e a Betsabéia) evidencia o caráter universal da redenção. Os magos, pagãos do Oriente, que vem com presentes adorar o Senhor, serão os primeiros a discernir o sentido da estrela fulgurante que indicava o nascimento do rei justo, cumprindo-se, pois, o que havia anunciado o Salmo 72,11: “Os reis de toda a terra hão de adorá-lo, e todas as nações hão de servi-lo.” Os rejeitados pelo antigo Israel, unidos aos pagãos convertidos,
tornam-se o novo povo de Deus: “Por isso, vos digo: será tirado de vós o Reino de Deus, e será dado a um povo que produzirá os frutos dele.” (Mt 21,43). Quando Jesus, já adulto, deixa Nazaré e passa a morar em Cafarnaum, à beira do mar da Galileia, Mateus o interpreta como sendo o cumprimento da profecia de Isaías (8,23b-9): “No tempo passado o Senhor humilhou a terra de Zabulon e a terra de Neftali; mas recentemente cobriu de glória o caminho do mar, do além-Jordão e da Galiléia das nações. O povo, que andava na escuridão, viu uma grande luz; para os que habitavam nas sombras da morte, uma luz resplandeceu.” (cfr. Mt 4, 12-16) Estes dois títulos de Jesus – filho de Davi, filho de Abraão – dão as perspectivas de todo o Evangelho de São Mateus, e, de certo modo, apontam para a conclusão, quando o Senhor, Morto e Ressuscitado, diz: “Toda autoridade me foi dada no céu e na terra. Ide, pois, e ensinai a todas as nações; batizai-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Ensinai-as a observar tudo o que vos prescrevi. Eis que estou convosco todos os dias, até o fim do mundo”. (Mt 28, 18-20)
Fevereiro de 2019
Falando da Vida
Romildo R. Almeida Psicólogo Clínico
GERONTOFOBIA O terrível medo de envelhecer
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tempo voa, essa é a sensação da maioria das pessoas sobre a percepção do tempo. Paralela a isso, vem a conclusão de que estamos ficando velhos rapidamente e isso nos assusta. Uma pesquisa realizada pelo Instituto Qualibest em 2017 revela que 9 em cada 10 brasileiros têm medo de envelhecer. Gerontofobia é o nome dessa síndrome que define aversão ou medo patológico de pessoas idosas ou do processo de envelhecimento. Os sintomas afetam os pensamentos e causam ansiedade. No geral a pessoa acometida por essa fobia tem sentimentos depressivos, pois a perspectiva do futuro é sempre negativa. Sendo assim, não consegue sonhar nem imaginar algo agradável longe da juventude. Há pessoas que preferem morrer jovens a envelhecer.
Numa sociedade em que a velhice está diretamente associada a doenças, perda de mobilidade, rugas na pele etc., é compreensível que ninguém queira envelhecer. Também a hipervalorização da juventude contribui para o preconceito contra a velhice. Normalmente as matérias que tratam desse tema na mídia em geral, mostram a figura do idoso ideal com características de jovem. Tem sempre aquele velhinho praticando surfe ou aquela idosa saltando de paraquedas, passando a mensagem de que a velhice ideal seria a negação da mesma. Fala-se pouco da sabedoria presente nas pessoas que envelheceram. Deveríamos nos espelhar no modelo dos povos orientais porque entre eles o idoso goza de prestígio e é tratado com dignidade. No Japão, por exemplo, existe o dia do respeito ao idoso (keiro no hi) que é comemorado na terceira semana de setembro. Nesse dia, as
Liturgia
pessoas com mais de sessenta anos recebem presentes e homenagens dos familiares, que os reverenciam com gratidão por tudo que fizeram em prol da família. Não por acaso, é a nação com maior número de pessoas centenárias. Já disse o papa Francisco que a velhice é a sede do conhecimento. Como atitude concreta daqui pra frente, poderíamos valorizar mais as pessoas idosas que estão ao nosso redor e evitar reproduzir mensagens preconceituosas sobre esse tema. Antes de rir de piadas ou de histórias que exploram de maneira cômica a velhice, pense que, se tudo der certo, você também chegará lá, se Deus quiser.
Padre Cristiano Aparecido de Souza Comissão Diocesana de Liturgia
Um Tempo para progredir na perfeição “Sede perfeitos como vosso Pai do céu é perfeito.”
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ão deveria ser indiferente aos católicos, em nenhum momento e lugar, o apelo de nosso Senhor: “sede perfeitos como vosso Pai do céu é perfeito.” (Mt 5, 48). O anseio pela perfeição deveria se fazer presente e ser intenso em nosso íntimo. Creio que, na verdade este anseio já esteja. O que não há, muitas vezes, é a coragem de corresponder a ele. O comodismo e a tibieza, os grandes inimigos da alma, se fazem presentes assolando a vida espiritual, relegando a alguns de nós, um cristianismo morno, insípido. A igreja mãe e mestra, com o desejo sincero de conduzir os homens a esta perfeição tão desejada, nos recomenda o santo Tempo da Quaresma o qual se apresenta como um tempo para um maior esforço em vista de uma vida Santa. Esses quarenta dias (por isso Quaresma), não podem ser, para nós, causa de reprovação como foi para o povo de Israel, “Quarenta anos desgostou-me aquela raça.” (Sl 94,1); este tempo precisa ser, para nós, tempo para agradar a nosso Senhor lhe fazendo companhia em seus sofrimentos. Eis o caminho da perfeição. Ainda não demos passos firmes porque a perfeição exige esforço e caminhada, por isso a Quaresma consiste em caminhar.
Fevereiro de 2019
Não é possível permanecer no mesmo lugar onde estamos. Diz nosso senhor: “queres ser perfeito, vai...” (Mt 19,21). Vai, sai, deixa, muda, em outras palavras, converta-se. Se o tempo da Quaresma não nos converter, o tempo da Páscoa será festa de aparência. Creio não desejarmos isto. É hora de encarar, com dureza e clareza, a fé. É hora de viver um êxodo rumo à perfeição. Penso que um caminho seguro já nos é proposto pela liturgia e pelas práticas deste tempo: a Penitência/Jejum, a Esmola e a Oração. Vivendo-as com intensidade, nos prepararemos para as tentações, tribulações e sofrimentos. Ninguém chega à perfeição sem lutar. A vida perfeita, em Deus, exige combate e luta. Não nos esqueçamos de que, após a queda no pecado, o homem se vê diante da vontade desgovernada. Gosta de se deliciar com as regalias deste mundo que são, muitas vezes, obstáculos para a proximidade com Deus. Por isso, é preciso, por meio da penitência e do jejum, reorientar nossa vontade para Deus. Que penitência e jejum você fará este ano? Ao assumir a Esmola como expressão de conversão, se realiza em nós um caminho dolorido,
mas com frutos abundantes. Destaque para dois deles: a morte de nossa ambição e avareza e também o socorro aos pobres. A Esmola é como um parto para quem ainda não aprendeu a confiar em Deus. As dores são intensas, mas quando o fazemos vem a grande alegria. Qual será sua esmola? Por fim, e não menos importante, está a oração. Ela ocupa um lugar tão especial que é mola propulsora para os outros. Só quem reza pode ser penitente. Só quem reza pode dar esmolas. Seja a Quaresma, o tempo de viver o grande combate e podermos dizer como Paulo: “Combati o bom combate, guardei a fé.” (1Tm 4,7). Nada de dizer, em nossas liturgias, que já sabemos tudo. Seja o tempo quaresmal, o tempo oportuno para que nossas liturgias sejam fonte de perfeição.
Folha Diocesana de Guarulhos
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Social
A CNBB e a Cáritas Brasileira encerram doações para a Campanha SOS África
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Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e a Cáritas Brasileira, organismo de promoção e atuação social da Igreja Católica, encerram as doações para a Campanha SOS África Moçambique, Zimbábue e Malaui. Contudo, o trabalho de reconstrução das cidades atingidas pelo Ciclone Idai continua por meio da Cáritas Internacional, Portuguesa e Moçambique. No Brasil, a primeira etapa da Campanha iniciada em março de 2019, logo após a ocorrência do Ciclone Idai, arrecadou R$ 1.210.270,00 (Um milhão, duzentos e dez mil, duzentos e setenta reais). Já as doações para a segunda fase, realizada em agosto de 2019, juntou R$ 405.670,01 (Quatrocentos e cinco mil seiscentos e setenta reais e um centavo). Nas duas etapas, o valor total arrecado, foi de R$ 1.615.940,01 (Um milhão, seiscentos e
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Folha Diocesana de Guarulhos
quinze mil, novecentos e quarenta reais e um centavo). A mobilização realizada pela CNBB e pela Cáritas Brasileira envolveu padres, bispos e leigos em comunidades, igrejas e arquidioceses espalhadas por todo o Brasil, bem como toda a sociedade Brasileira. O montante foi encaminhado às Caritas nacionais dos países atingidos e sua implementação é coordenada pela Cáritas Internacional. Para o arcebispo de Aracaju e presidente da Cáritas Brasileira, dom João José da Costa, “a solidariedade é sempre muito valiosa aos olhos de Deus. Socorrer o povo africano, especialmente de Moçambique, Zimbábue e Malaui é o mesmo que socorrer um irmão muito próximo que foi ferido e teve sua vida devastada pelas forças da natureza”. Segundo o presidente da Cáritas, a distância que separa o Brasil da África é apenas física. “Nosso sentimento de irmandade e solidariedade é afetivo, é sincero e é presente”, disse. O religioso afirmou que gesto de solidariedade do povo brasileiro, das comunidades, paróquias e dioceses da nossa Igreja alimenta a esperança de que é possível uma sociedade mais humana, mais solidária e mais generosa com os que mais necessitam, os escolhidos por Deus. A reconstrução junto com as comunidades locais se dá, em especial, no apoio à recuperação do setor agrícola como forma
de contribuir para a segurança alimentar das populações mais afetadas pelos ciclones. Assista ao documentário produzido pela Caritas Portuguesa: Recuperar Vidas. Restaurar a Esperança. “Nunca, nem quando eu for muito velha, vou estar a contar essa história, nunca vou esquecer. Eu estou aqui por graça de Deus, foi ele que cuidou de mim e eu nem imaginava que ainda poderia estar aqui hoje!” Fátima, tem 15 anos e sabe que a sua vida nunca mais será a mesma, mas aquilo que viveu não lhe retirou a capacidade de sonhar! Esta é a identidade do povo Moçambicano: tem o olhar no futuro e é neste futuro que a Cáritas e a Igreja no Brasil estão empenhadas. Fonte: site da CNBB
Fevereiro de 2019
Formação
Papa Francisco pede que as famílias deixem o celular de lado e retomem a comunicação
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m sua última oração do Angelus de 2019, o Papa Francisco fez um pedido para que as famílias retomem a comunicação dentro do lar, recolhendo o celular durante as refeições. O Papa convocou os fiéis a melhorar a comunicação dentro de casa, orientando a família moderna a seguir o exemplo de Jesus, Maria e José, que se ajudavam mutuamente. “Você, em tua família, sabe se comunicar, ou é como aqueles jovens na mesa, cada um com o telefone celular, que estão trocando mensagens em chats? Naquela mesa parece um silêncio, como se estivessem na Missa, mas não se comunicam. Devemos retomar a comunicação em família: os pais entre si, os pais com os filhos, com os avós, mas comunicar-se, com os irmãos, entre eles. Essa é uma tarefa a ser feita hoje, precisamente no dia da Sagrada Família”, conclamou. No primeiro domingo após o Natal, a Igreja Católica celebra a festa da Sagrada Família. Ao se dirigir à multidão de fiéis reunida na Praça São Pedro, da sacada da Basílica de São Pedro, o Papa pediu que os cristãos sigam o exemplo da família de Jesus. “Que a Sagrada Família possa ser modelo para nossas famílias, para que pais e filhos se apoiem mutuamente na adesão ao , fundamento da santidade da família”.
Maria ouve a Palavra de Deus e a coloca em prática O Papa Francisco chamou a atenção para o fato de que “os três componentes da Família de Nazaré ajudam-se uns aos outros a descobrir e realizar o plano de Deus”, e explicou brevemente o papel desempenhado por cada um nesta missão divina, a começar por Maria: “Como não ficar maravilhados, por exemplo, com a docilidade de Maria à ação do Espírito Santo, que pede a ela para se tornar mãe do Messias?” Maria, como toda jovem do seu tempo, estava para concretizar seu projeto de vida, isto é, casar-se com José. Mas quando percebe que Deus a chama para uma missão particular, não hesita em proclamar-se sua “serva”. O Papa explica que Jesus exaltará a grandeza de Maria não tanto por seu papel de mãe, mas por sua obediência a Deus: “Bem-aventurados os que ouvem a palavra de Deus e a põe em prática, como Maria”: “E quando não compreende bem os eventos que a envolvem, Maria medita no silêncio, reflete e adora a iniciativa divina. A sua presença aos pés da Cruz consagra essa total disponibilidade”.
Fevereiro de 2019
José, homem do silêncio e da obediência
Quanto a José, ele “não fala, mas age obedecendo”, “é o homem do silêncio, o homem da obediência” – ressalta Francisco – sob a condução de Deus, representada pelo anjo: A página do Evangelho de hoje recorda três vezes essa obediência de José, relacionada à fuga para o Egito e ao retorno à terra de Israel. Sob a guia de Deus, representada pelo anjo, José distancia sua família das ameaças de Herodes, e a salva. A Sagrada Família solidariza assim com todas as famílias do mundo forçadas ao exílio, solidariza com todos aqueles que são forçados a abandonar a própria terra por causa da repressão, da violência, da guerra.
Jesus, a vontade do Pai Por fim Jesus, a terceira pessoa da Sagrada Família. Jesus, em quem – explica o Papa – houve somente “sim”, o que é manifestado em tantos momentos de sua vida terrena, citando o episódio em que seus pais aflitos o acharam no templo pregando aos doutores da lei, sua oração de entrega ao Pai no Jardim das Oliveiras, todos eventos que são a perfeita realização das próprias palavras de Cristo que diz: “Não quiseste sacrifício nem oblação […]. Então disse: “Eis que eu venho […] fazer vossa vontade, Meu Deus”.
Uma tarefa: retomar a comunicação em família Assim, disse Francisco, “Maria, José e Jesus, a Família de Nazaré, representam uma resposta uníssona à vontade do Pai. Os três componentes dessa família singular se ajudam reciprocamente a descobrir e realizar o plano de Deus. Eles rezavam, trabalhavam, se comunicavam”. E então o Papa se pergunta: Tu, em tua família, sabes te comunicar, ou és como aqueles jovens na mesa, cada um com o telefone celular, [que] estão [trocando mensagens] em chats? Naquela mesa parece um silêncio, como se estivessem na Missa … Mas não se comunicam. Devemos retomar a comunicação em família: os pais, os pais com os filhos, com os avós, mas comunicar-se, com os irmãos, entre eles… Esta é uma tarefa a ser feita hoje, precisamente no dia da Sagrada Família. “Devemos retomar a comunicação em família: os pais, os pais com os filhos, com os avós,
mas comunicar-se, com os irmãos, entre eles… Esta é uma tarefa a ser feita hoje, precisamente no dia da Sagrada Família”
Sagrada Família, modelo para as famílias “Que a Sagrada Família possa ser modelo para nossas famílias, para que pais e filhos se apoiem mutuamente na adesão ao Evangelho, fundamento da santidade da família.” Confiemos a Maria “Rainha da família” – disse o Papa ao concluir – todas as famílias do mundo, especialmente aquelas provadas pelo sofrimento, e invoquemos sobre elas a sua materna proteção.
Família, um tesouro a ser protegido Ao saudar os peregrinos e turistas presentes na Praça São Pedro, o Papa dirigiu uma saudação às famílias: “Hoje dirijo uma saudação especial às famílias aqui presentes e àquelas que participam de casa através da televisão e do rádio. A família é um tesouro precioso: é preciso sempre apoiá-la, protegê-la: em frente!”
Acabar o ano com paz no coração Antes de despedir-se com o tradicional bom domingo, bom almoço e não se esqueçam de rezar por mim, o Papa fez votos de que todos terminem o ano em paz: Saúdo a todos, e a todos desejo um bom domingo e um final de ano sereno. Terminemos o ano em paz, paz de coração: esses são meus votos a vocês. E em família, se comunicando. Agradeço novamente a vocês pelas felicitações [de Natal] e pelas orações. E por favor continue rezando por mim. Bom almoço e até logo! Com informações da Rádio Vaticano
Folha Diocesana de Guarulhos
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Especial No Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa, Dom Zanoni enaltece o diálogo
M
otivado pela Cáritas Brasileira, por ocasião do Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa, celebrado em 21 de janeiro, o arcebispo de Feira de Santana (BA), e membro da Comissão Episcopal Pastoral para o Ecumenismo e Diálogo Inter-religioso da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Zanoni Demettino Castro, fala sobre a questão e afirma: “Um modo para combater essas realidades de intolerância são as experiências de diálogo, de relacionamento, de convivência”. Confira a entrevista na íntegra: Qual o cenário atual em relação à intolerância religiosa, como a Igreja dialoga com essa questão? O mundo em que vivemos é eminentemente plural, diverso, rico de experiências e povos, plural nos âmbitos sociocultural, eclesial e religioso. Esse pluralismo é uma característica forte no mundo globalizado e une os povos, como se fosse uma aldeia planetária, onde todos se encontram, mas, muitas vezes, também se desencontram. As diferenças das culturas, dos credos enriquecem a história da nossa humanidade, mas também apresentam o desafio da convivência humana.
08
Folha Diocesana de Guarulhos
Muitos, e aí é o desafio da nossa realidade, diante desse pluralismo vivem a afirmação segura, a tendência ao fundamentalismo, uma atitude preconceituosa em relação à fé, isso, de fato, gera tensões, afasta pessoas, povos, culturas, igrejas. Vemos crescer em nosso meio, em nossas comunidades, nas cidades, no campo, a intolerância religiosa, as pessoas se fecham em sua tradição, em seu credo, defendem a sua fé de maneira rígida, quase que como uma Cruzada. Muitos terreiros são invadidos, muitas casas de tradição africana são violadas, igrejas desrespeitadas, e não só em nosso contexto brasileiro, mas em todo o mundo. Observamos também, às vezes, a vulgarização da nossa fé, nossos símbolos cristãos católicos são criticados, tornam-se piadas. É justamente essa realidade desafiadora que exige de nós diálogo nessa realidade plural, diversa. Temos um cenário que desabsolutiza a verdade e possibilita a passagem daquilo que é estático, fixo, para aquilo que é dinâmico e versátil. É preciso sair do monólogo para o diálogo. O racismo, em sua versão religiosa, fez aumentar o número de casos de violência contra pessoas e grupos religiosos, na sua avaliação, por que estamos vendo o aumento dessas agressões?
Sobre o racismo religioso, eu compreendo que há naquela afirmação antiga “Extra Ecclesiam nulla salus” (Fora da Igreja não há salvação), uma interpretação destorcida, errônea, nada cristã, em que se absolutiza a sua verdade religiosa, o modo, a maneira de viver a fé. E o próprio cristianismo, passa, sobretudo, pela evangelização, pelo anúncio universal da salvação cristã. Há, de fato, uma distorção, a fé é defendida como se fosse não uma proposta de resposta a Deus, mas verdades, costumes, preconceitos em relação ao outro, ao diferente. O cristianismo tem uma diversidade de expressões e nós não podemos impor uma maneira única de expressar essa fé. Por isso, vemos aumentar o número de violência por causa da intolerância religiosa. No entanto, a missão da Igreja é evangelizar, dar uma notícia boa, isso passa, necessariamente, pela preocupação com as pessoas. Evangelizar não é elencar um grande número de ideias, de valores, de verdades. Por isso, é importante repensar a nossa fé, o modo como nós evangelizamos, há necessidade de conversão pastoral, como tem exigido o papa Francisco, ou seja, uma conversão eclesial. É preciso tocar as chagas de Jesus, o Cristo crucificado.
Fevereiro de 2019
Especial Não nos deter a essa tentação de reduzir a fé cristã a normas, a prescrições, a proibições, a um elenco de verdades. Diversos casos de violência e intolerância religiosa são atribuídos à cristãos, isso nos indica que há fragilidades na formação para o diálogo ecumênico e inter-religioso. A Igreja Católica tem se ocupado dessa questão? Sem dúvida alguma há uma deficiência, uma lacuna enorme na formação, na identidade cristã, no diálogo com o outro, para que ele apresente também a sua verdade. Respeitar o modo diferente de ser é preciso, assim como ter presente a sua identidade religiosa, mas é fundamental saber ser relevante ao outro. Há necessidade de repensar a nossa catequese, a formação dos padres, a formação dos cristãos. Mas, isso passa, necessariamente, pelo serviço ao outro, o serviço ao mundo. Diante dessa realidade de intolerância e violência contra as igrejas ou às comunidades de matriz africana, há também sinais proféticos que apontam para uma nova maneira de evangelizar. Muitas igrejas diante desses eventos se articulam, abrem diálogos, buscam se organizar para doações em vista da reconstrução de terreiros que sofreram atentados, essas iniciativas apontam para novas maneiras de evangelizar e de perceber que o Espírito Santo de Deus age onde quer, inclusive, em realidades e situações que não estão em nossos espaços religiosos. Esse contexto que vivemos nos faz compreender que nem tudo o que se refere ao Cristo, à Igreja, nem tudo que se fala sobre a fé cristã corresponde ao ensinamento de Jesus: aquele que passou a vida fazendo o bem, não teve preconceito para com o estrangeiro, sentou-se à mesa com os pecadores, falou de maneira respeitosa, sem nenhum machismo ou patriarcalismo com as mulheres, amou sem impor condição. Eu creio que mais do que nunca nós precisamos fazer com que os ensinamentos de Jesus marquem profundamente nossa missão, nossa pastoral.
Fevereiro de 2019
Diante dessa realidade o papel da Igreja é fundamental. Vejo com grande alegria o trabalho da Comissão Episcopal Pastoral para o Ecumenismo e Diálogo Inter-religioso da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), que tem por missão promover a unidade dos cristãos e o diálogo inter-religioso no âmbito da Igreja Católica, conforme nos ensina o magistério, as cartas apostólicas. Nesse sentido, despertar nos vários regionais da CNBB uma pastoral ecumênica, atividades que indicam esse diálogo entre as várias Igrejas, essas iniciativas que temos, como a Campanha da Fraternidade Ecumênica que reúne várias Igrejas, são iniciativas fundamentais. Como combater a cultura de violência e intolerância e promover a cultura do diálogo e do respeito às diferentes manifestações e práticas de fé? Um modo para combater essas realidades de intolerância são as experiências de diálogo, de relacionamento, de convivência, os encontros entre as comunidades, como acontece durante a Campanha da Fraternidade Ecumênica, que reúne os cristãos, ou as celebrações que realizamos na Semana de Unidade dos Cristãos, por ocasião da Novena de Pentecostes. Mas também, nas vivências do dia a dia, na luta pela justiça, no cuidado com os pobres, nas comunidades terapêuticas, na luta pela democracia. Quanto espeço de diálogo e aproximação há entre as comunidades! Eu mesmo tenho participado de cultos com pastores pentecostais, aceito convites de instituições religiosos, participo aqui em Feira de Santana de encontros, seminários, dentro da temática do anúncio da esperança e do fortalecimento da cultura do diálogo, isso é fundamental.
realidades não democráticas, é uma grande preocupação. Isso não tem nada haver com o cristianismo, o cristianismo passa pela defesa das pessoas, pela liberdade. Quando se tem presente o Cântico de Maria: “O Senhor eleva os humildes e derruba dos tronos os poderosos” (Lc 1, 46-56), percebemos que o que fazem não parece, de forma alguma, com o cristianismo, uma vez que negam a defesa dos direitos humanos, apontam para o caminho do desrespeito aos pobres, negam a diversidade e a participação autêntica das pessoas. A liberdade religiosa é um princípio e um direito assegurado na Declaração Universal dos Direitos Humanos de 1948 e na Constituição Brasileira. Nosso país tem se ocupado de fazer valer esse direito? Nosso país tem uma tradição de cultura cristã, mas somos um país laico, isso não quer dizer que podemos desrespeitar as culturas religiosas, mas que precisamos garantir não seja um espaço para impor um modo único, uma maneira isolada de um grupo, de uma manifestação religiosa, ou de uma Igreja. E que não se utilize de maneira distorcida os princípios cristãos, da família, da solidariedade, do respeito. O próprio ensinamento de Jesus nos diz: “Nem todos aqueles que dizem: Senhor, Senhor, entrarão no reino dos céus, mas sim aqueles que fazem a vontade do meu Pai que está nos céus” (Mt 7,21). E a vontade de Deus não passa pela corrupção, pela mentira, pelo desrespeito às pessoas, pela intransigência, mas pelo diálogo, pela fraternidade, pela construção de um mundo de paz.
Estamos vivendo no Brasil há algum tempo o uso da temática religiosa para fins políticos econômicos. Quais os riscos dessa apropriação religiosa em campos como esses? A manipulação, a utilização da fé cristã como respaldo para posturas conservadoras, políticas que defendem a ditadura ou
Folha Diocesana de Guarulhos
09
Aconteceu Solenidade da Santa Maria Mãe de Deus com a presença de Dom Otacílio Ferreira de Lacerda
A Paróquia Santuário Nossa Senhora do Bonsucesso celebra a Solenidade da Santa Maria Mãe de Deus, na Comunidade Santo Antônio de Pádua com a presença de Dom Otacílio Ferreira de Lacerda. Essa comunidade foi a primeira comunidade onde Dom Otacílio celebrou a sua primeira missa no ano de 1988. E com o refrão do salmo responsorial do dia:
“Que Deus nos dê a sua graça e sua benção”. Nós nos sentimos privilegiados com a sua presença e em sua homilia nos dirige essas palavras: Celebramos o “Dia Mundial da Paz, a esperança de um ano melhor, do que o anterior e nesta noite temos um encontro de amigos de longa data. E a minha presença nesta paróquia/comunidade é para fortalecer essa esperança. Devemos viver o ano do perdão, da reconciliação. Iniciar o ano celebrando a Solenidade da Santa Mãe de Deus é ter a certeza de que o verbo se fez carne e habitou entre nós. Contemplamos hoje a graça de não sermos órfãos no mundo, a devoção a Virgem Maria nunca será idolatria, devemos ser irmãos uns dos outros. E nos deixou três mensagens para este ano que se inicia. À luz do evangelho temos a imensidão de Deus na pequenez de uma criança. Devemos primeiro imitar Maria. Maria mulher
Inscrições Abertas para a 3ª Turma de Catequese para Gestantes
Mulheres grávidas, em qualquer período da gestação, estão convidadas para participar da 3ª Turma de Catequese com o Ventre Materno, da Paróquia São José, no Jardim Paulista, em Guarulhos. Serão 13 encontros, que terão início no dia 1º de fevereiro, às 8h30, na paróquia. As inscrições devem ser feitas na secretaria da Paróquia São José, na Rua do Bosque, 17, Jardim Paulista. Telefone (11) 2451-4536. Também é possível fazer a inscrição acessando so site da diocese. O principal foco da catequese será contribuir para que os bebês, ainda no ventre materno, possam sentir o amor do Criador. “A partir
10
da 12ª semana de gestação, todo o sistema nervoso, auditivo, está formado, e tudo o que a mãe sente e ouve a criança experimenta”, explica o padre Eduardo Calandro, autor do livro “Celebrando a Vida – Catequese com o Ventre Materno”, em entrevista ao Centro Loyola. O livro será utilizado nos encontros. Todas as gestantes são convidadas a participar da experiência, mesmo as que são de outras paróquias ou que nem participam da igreja. Dúvidas podem ser tiradas pelo telefone (11) 97136-8858.
Folha Diocesana de Guarulhos
orante, do silêncio, contemplativa. Seja mais orante, mais contemplativo. Ter uma religião mais aprofundada na fé e nas coisas de Deus. Cuidar da espiritualidade. Segunda mensagem: Os pastores Louvavam e glorificavam a Deus.Temos que ser discípulo sempre até a glória dos céus.Fazer um propósito a exemplo dos pastores, dar o melhor de você. Louvar e glorificar mesmo com as enfermidades e preocupações. Renovar o coração e alegria de discípulos missionários. Terceira mensagem: 1ª leitura a bênção dos números Capítulo 6, 24-26 Que o Senhor derrame sua benção sobre cada um. Que se compadeça de cada um. E te dê a paz. Busque a bênção de Deus. Troquemos mutuamente bênçãos. Receber a bênção e fazer a nossa parte. Bênção é compromisso. Não dá pra viver um dia sequer sem a bênção de Deus. Abençoados por Deus e protegidos por Maria.
Missa em honra a Paulina Jaricot
No dia 9 de Janeiro na Paróquia Santo Antônio-Pimentas, junto com outros órgãos Missionários da Diocese, a Juventude Missionária celebrou o dia da Venerável Paulina Jaricot, Fundadora da Pontifícia Obra da Propagação da Fé, na qual a JM faz parte. Foi um momento de Partilha e Aprofundando da Vida e da Missão desta Mulher que tanto fez e rezou pelos Pobres Operários e pelas Missões Longínquas.
Foi também um Momento muito especial e oportuno para o envio do Jovem Missionário Júlio, da Paróquia Santa Rosa de Lima, para o Congresso Nacional da JM em Brasília-DF. Aproveitamos a oportunidade para agradecer na pessoa do Padre Bruno a disponibilidade da paróquia em nos acolher e também a presença de representantes do COMISE, COMIDI e IAM que abrilhantaram nossa Celebração.
Fevereiro de 2019
Aconteceu Tríduo de 10 anos de falecimento da Dra Zilda Arns fundadora da Pastoral da Criança e do Idoso A diocese de Guarulhos reunida na Paróquia Santo Antônio Maria Claret nesse domingo 19/01 celebrou o Tríduo de 10 anos de falecimento da Dra Zilda Arns, fundadora da Pastoral da Criança e do Idoso.Tivemos a participação dos voluntários da pastoral da Criança (líderes) e Pastoral do idoso. No final da missa teve degustação de alimentos feitos pelas pastorais. Convidamos todos a conhecer um pouco do projeto da pastoral!
Dia de Formação e Reflexão na dimensão do Serviço “VIU, SENTIU COMPAIXÃO E CUIDOU DELE” ref. CF 2020
No dia 25 de Janeiro, a Pastoral da Saúde Diocesana, recebeu com alegria no Centro Diocesano de Pastoral, agentes de pastoral representantes da Dioceses irmãs do Regional Sul 1 e Sub Regional SP. Após o café e acolhimento, fomos abrilhantados por uma série de informações com especialistas na área da saúde como um todo: Professor Paulo Moura (regional Santana) sobre a relação CF 2020 e serviço Pastoral; Padre “Ticão” (Diocese de São Miguel Paulista) sobre a segunda dimensão da pastoral – medicina preventiva; professor Seiti Takahama (região Ipiranga) : Dimensão Sócio transformadora na Pastoral da Saúde; Padre Walter Merlugo (CNBB) sobre a importância da Pastoral de Conjunto Também contamos com a coordenação do Regional Sul 1 nas pessoas dos senhor
Fevereiro de 2019
José Gimenes, a senhoras Ana Regina e Maria Penha Ramos e nossos assessores Padres Berardo Graz e Bruno Otenio e o referencial pelo Regional Padre João Inácio Mildner. Soubemos como se encontra cada pastoral de cada região: suas dificuldades, preocupações e esperanças (que não são diferentes das nossas) . Encerramos com a Santa Missa às 16 horas celebrada pelo nosso Bispo Dom Edmilson e concelebradas pelos sacerdotes presentes. Participaram mais de 200 agentes, entre eles nossos representantes dos hospitais e das diversas comunidades. A coordenação diocesana agradece muito a cada um e cada uma que se doou para o êxito deste evento e pela intercessão de Nossa Senhora da Saúde e São Camilo de Lelis.
Folha Diocesana de Guarulhos
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Aconteceu Missa de Posse do Pe. Fernando na Paróquia São Roque - 03/01
Energia Solar: Grande iniciativa da Paróquia Santa Cruz
A Paróquia Santa Cruz está dando um grande e inovador passo: aderiu e está implantando um sistema de energia renovável que vai gerar energia elétrica através da captação da luz do sol que incide sobre as placas que es-
tão sendo instaladas no telhado. Desta forma a Paróquia Santa Cruz vai gerar sua própria energia reduzindo o valor da conta de luz beneficiando também todas as suas Comunidades. E o meio ambiente agradecerá!
Campanha para a Evangelização N. SRA. DE FATIMA V.FATIMA
R$ 11.668,40
NOSSA SRA. APARECIDA INOCOP
R$ 1.636,15
N. SRA.APARECIDA - COCAIA
R$ 6.552,00
SÃO ROQUE - CECAP
R$ 1.634,00
SÃO PAULO APÓSTOLO
R$ 4.544,03
S. FRANCISCO DE ASSIS - PR.UIRAPURU
R$ 1.530,00
SÃO VICENTE DE PAULO
R$ 4.200,00
S. FRANCISCO ASSIS - PQ.NAÇÕES
R$ 1.530,00
STA. CRUZ – N. SRA.APARECIDA - JD. P.DUTRA
R$ 4.012,55
S. JUDAS TADEU – JD.ALICE
R$ 1.512,50
SANTO ALBERTO MAGNO
R$ 3.922,90
STA. RITA DE CÁSSIA -JD. PALMIRA
R$ 1.437,00
N. SRA. DA CONCEIÇÃO
R$ 3.669,00
N.SRA. DE FATIMA - JD. TRANQUILIDADE
R$ 1.232,50
SANTA MENA
R$ 3.351,20
STO. ANTONIO - GOPOUVA
R$ 1.174,00
S. TEREZINHA - CUMBICA
R$ 3.302,80
SAGRADA FAMILIA - JD. CARMELA
R$ 1.137,85
S. FRANCISCO DE ASSIS- GOPOUVA
R$ 3.298,65
STO. ANTONIO- PQ. STO. ANTONIO
R$ 1.120,00
N. SRA. ROSÁRIO - V.ROSALIA
R$ 2.960,00
SAGRADA FAMILIA - JD. PARAISO
R$ 1.042,40
STO. ANTONIO - V. AUGUSTA
R$ 2.831,15
SÃO GERALDO
R$ 1.025,90
N. SRA. DO BONSUCESSO
R$ 2.743,15
N. SRA. DE GUADALUPE
R$ 975,45
SÃO JUDAS TADEU - T. TIBAGI
R$ 2.721,30
N. SRA. APARECIDA - JD. AMERICA
R$ 900,00
STA. CRUZ - TABOÃO
R$ 2.684,25
STO ANTONIO MARIA CLARET
R$ 845,40
STO. ANTONIO - PIMENTAS
R$ 2.499,45
SANTA ROSA DE LIMA
R$ 771,00
SANTA LUZIA – PQ. ALVORADA
R$ 2.472,75
N. SRA. DE FATIMA - JD. ARACILIA
R$ 744,60
SÃO JOSÉ - J. PAULISTA.
R$ 2.446,00
N. SRA. APARECIDA - JD. VILA GALVAO
R$ 700,00
SÃO JOÃO BATISTA
R$ 2.300,40
N. S. LOURDES - ITAPEGICA
R$ 650,00
S. RITA DE CÁSSIA – J.CUMBICA
R$ 2.121,00
N.SRA. DO LORETO
R$ 561,90
SANTA LUZIA – PQ. MIKAIL
R$ 1.795,25
SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS - PQ. S. DUMONT
R$ 392,55
SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS - JD. NORMANDIA
R$ 1.790,00
CAPELANIA STELLA MARIS
R$ 117,25
SÃO PEDRO APOSTOLO
R$ 1.657,00
TOTAL DA COLETA
R$ 102.213,68
12
Folha Diocesana de Guarulhos
Fevereiro de 2019
Aconteceu Abertura da CF 2020 na Forania Bonsucesso II - 18/01
Abertura da CF 2020 na Forania Bonsucesso I - 25/01
Fevereiro de 2019
Folha Diocesana de Guarulhos
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Vai Acontecer
Aniversários e Ordenações Fevereiro 2020
Nascimento 09 (1987) Pe. Pedro Nacélio S. dos Santos 10 (1986) Pe. Marcos Alves da Silva 13 (1971) Pe. João Batista Dutra 17 (1983) Pe. Rodrigo Gomes Burim 19 (1982) Pe. Cleber Leandro de Oliveira 22 (1980) Pe. Welson Oliveira Nogueira 23 (1956) Pe. Gildarte Abílio Costa Ordenação 06 (2011) Pe. Salvador Rodrigues de Brito 06 (2011) Pe. Cristiano Aparecido de Sousa 07 (1987) Pe. Lauro Luiz Vizioli 07 (1999) Pe. Paulo Afonso Alves Sobrinho 12 (2011) Pe. Gilberto Pereira de Mattos 20 (1993) Pe. Antonio Bosco da Silva 20 (1993) Pe. José Carlos Galvão Lemos
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Folha Diocesana de Guarulhos
Fevereiro de 2019
Calendário Diocesano
Fevereiro 2020 DIA
HORÁRIO
1 1
ORGANIZAÇÃO
ATIVIDADE
LOCAL
14
20h
CFP
Forania Fátima
Sta Rita Cássia - Jd. Cumbica
Pastoral Familiar
Form. Agentes For. Bonsucesso
Sta Cruz e N. Sra Aparecida Pres. Dutra
14-16
21h
Neocatecumenal
Curs.8ªComunidade
A definir
Sta Rita Cassia Jd. Cumbica
Terço dos Homens
XII Romaria Nacional
Santuário Nac. Aparecida
Pastoral Familiar
Form. Agentes Forania Fátima
15
08h - 17h
Pastoral Juventude
Ass. Diocesana
CDP - Todo
15
08h - 16h
COMIDI / IAM / JM
Retiro
A definir
15
09h
Sociedade São Vicente Paulo
Reunião Mensal Conselho Central
Rua D. Olinda de Albuquerque
Pastoral Familiar
Aparecida e Rosário
Sta Cruz e N. Sra Carmo
1
09h
Sem. Diocesano
Aber. Ano Letivo
Sem. Diocesano - Lavras
1
13h - 18h
ECC - Encontro Casais com Cristo
Tarde de Espiritualidade
CDP - Centro Diocesano Salão e Cozinha
1
14h30
Past. Catequese
Equipe Diocesana
São Francisco Assis Uirapuru
For. Bonsucesso
Retiro Tes e Coord
Sem. Diocesano - Lavras
1 1
15h-17h30
CF
Abertura Rosário
Sta Rita Cassia Palmira
1
15h
Terço dos Homens
Reun. Dioc. Coord.
A definir
1
15h
PASCOM
Reun. Diocesana
CDP - Sala Pe. Lino
2
FESTA DA APRESENTAÇÃO DO SENHOR - DIA DA VIDA CONSAGRADA
2
08h - 12h
CRB
Missa Vida Cons.
São Francisco Assis Gopoúva
2
08h - 12h
RCC - Famílias
Form. Articuladores
A definir
2
08h - 17h
RCC - Intercessão
Aviv. Intercessores
CDP - Salão
4
20h
Cons. For. Pastoral
CFP - Imaculada
N. Sra Ap. - J. V. Galvão
5
09h30
CP
Reunião do FAP
CDP - Sala
5
09h30
CODIPA
Reun. Coordenação
Cúria Diocesana
5
20h
Cons. For. Pastoral
CFP - For. Rosário
Santa Mena
6
09h - 12h
Pastoral da Criança
Cons. Econômico
Sede da Pastoral
6
09h30
CP
Cons. Presbíteros
Cúria Diocesana
6
19h30 22h
CF
Aber. Imaculada
São Francisco Assis Gopoúva
6
20h
CFP
For. Aparecida
São Paulo Apóstolo
7
08h
Cúria Diocesana
Missa Funcionários
Capela da Cúria
7
23h
RCC - Diocesano
Vigília
Catedral
8
08h30-12h
Past. Catequese
Enc. Diocesano
CDP - Salão
13h - 18h
ECC - Encontro Casais com Cristo
Formação Dirigente 2ª Etapa
CDP - Centro Diocesano - Todo
CENPLAFAM
Formação Billings
Shalom - Macedo
SAV-PV
Reunião Mensal
São Geraldo - Pte Grande
Pastoral da Saúde
Romaria Nacional
Santuário Nac. Aparecida
8 8 8
14h
8 8
14h - 17h
Past. Sobriedade
Reun/ Ordinária
São Geraldo - Pte Grande
8
14h30
COMIDI/IAM/JM
Assessores IAM
Catedral
8
15h
EJC
Reunião Geral
A definir
8
15h
Pastoral Afro
Form. Iniciação
A definir
8
15h-17h30
CF
Abert. Aparecida
Centro Social Sta Cruz
9
09h - 17h
RCC - Prom. Humana
Formação
A definir
9
15h
Neocatecumenal
Perscruta
São José - Jd. Paulista
11
CRIAÇÃO DA DIOCESE -1981 e NOSSA SENHORA DE LOURDES
11
09h30
Economato
Cons. Administrativo
Cúria Diocesana
11
20h30
Neocatecumenal
8ª Com. Convivência
São José - Jd. Paulista
12
09h - 10h
Chanc. Diocesana
Vídeo Conferência
On-line
12
09h30
CP
Reunião do Clero
Sem. Diocesano - Lavras
12
13h30
Form. Seminário
Reun. Formadores
Sem. Diocesano - Lavras
Pastoral Operária
Prep. Sem. Mulher Form. Brinquedista
13 13
09h - 12h
Pastoral da Criança
13
19h30-22h
CF
CDP - Sala e Cozinha
Abert. For. Fátima São Francisco Assis - Nações
13
20h
CFP
For. Bonsucesso
São Vicente - Soberana
14
09h30
Forania Fátima
Reunião Clero
São Judas - Jd. Alice
Fevereiro de 2019
14-16
15 15
Pastoral Familiar
Form. Imaculada
S. Pedro Apóstolo V. Galvão
16
07h - 17h
RCC - Diocesano
II AVIVA
CDP - Todo
16
08h - 15h
Past. Povo de Rua
Ação Social
Capela N. Sra Rosário - Centro
16
08h - 18h
Past. Sobriedade
Prog. Especial
TV Século 21 Valinhos
17
20h 21h30
Pastorais Sociais
Coordenadores e Assessores
Elizabeth Bruyere
18
13h - 16h
Pastoral da Criança
Reun. Diocesana
Sede Pastoral
18
20h30
Neocatecumenal
9ª Com. Convivência
São José - Jd. Paulista
19
09h
Forania Rosário
Almoço Clero
N. Sra Rosário - Vl. Rosália
19
09h30
Forania Imaculada
Reunião Clero
S. Pedro Apóstolo - V.Galvão
19
Forania Aparecida
Reunião Clero
São Roque - Pq. Cecap
20
09h30
CDAE
Ass. Econômicos
Cúria Diocesana
20
09h30
PPI
Reunião
Sede da PPI
For. Bonsucesso
Reunião Clero
S. Coração Jesus - Stos Dumont
21
19h - 22h
Escola Fé e Política
Roda Conversa
CDP - Salão
21- 23
21h
Neocatecumenal
Curso 10ª Com.
A definir
20
22
CATEDRA DE SÃO PEDRO APÓSTOLO - FESTA
22
15h
SAV-PV
Catequistas Crisma
Sem. Diocesano - Lavras
22
09h - 18h
Com. Shalom
Reviver
CDP - Todo
23
07h - 20h
23-25 07h - 17h 23
Com. Shalom
Reviver
CDP - Todo
RCC - Diocesano
REAVIVAI
A definir
Pastoral do Menor
Estendendo a Mão
Portas - Fundação Casa
23
08h
RCC - Promoção Humana
Campanha Agasalho e alimentos
A definir
24
07h - 20h
Com. Shalom
Reviver
CDP - Todo
COMIDI / IAM / JM
Arrastão Missionário
N. Sra Aparecida Bela Vista
Reviver
CDP - Todo
24 25
07h - 22h
Com. Shalom
25
CARNAVAL
26
QUARTA-FEIRA DE CINZAS
27
19h30
Forania Fátima
Conf. Quaresma
S. Coração Jesus Normandia
27
19h30
Forania Fátima
Conf. Quaresma
Santa Luzia - Pq. Jandaia
28
15h
Sem. Diocesano
Encontro Bispo e Seminaristas
Sem. Diocesano - Lavras
28
19h30
Forania Fátima
Conf. Quaresma
N. Sra Fátima Aracília
28
19h30
Forania Fátima
Conf. Quaresma
São Francisco Assis
Pastoral do Menor
Roda Conversa com Padres
Unidade Guayanazes
Capacitação Facilitadores
N. Sra Fátima V. Fátima
28 29
08h
PPI - Pastoral da Pessoa Idosa
29
08h
CENPLAFAM
Form. Billings
Shalom - Macedo
29
09h
CEB’S
Reunião Equipe
N. Sra Fátima - V. Fátima
RCC - MUR
Experiência de Oração
Escritório
Pastoral Carcerária
Reunião Mensal
Catedral N. Sra Conceição
29 29
15h
Folha Diocesana de Guarulhos
15
Romaria Diocesana
Diocese de Guarulhos/SP
PEREGRINAÇÃO JUBILAR - 40 ANOS
ITÁLIA E PORTUGAL Saída: 18 de outubro de 2021 - 14 dias
CORREIOS IMPRESSO ESPECIAL 7220993744 - DR/SPM MITRA DIOCESANA
16
Folha Diocesana de Guarulhos
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Fevereiro de 2019