Encarte Ecos Técnica nº 11

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Potencial energético e agrícola de lodo de Estações de Tratamento de Esgotos - ETEs: estudo de caso do lodo da ETE Serraria, Dmae, Porto Alegre, RS Luciana Monteiro Moura1 Márcia Regina Thewes2 Bianca Dutra Rinker3 Júlio Manoel Gomes4

Resumo No processo de tratamento de esgotos é gerado um subproduto denominado lodo de esgotos. Com o aumento do volume de esgotos tratados, a quantidade de lodo produzido torna-se elevada. Muitas empresas de saneamento destinam esse subproduto a aterros sanitários, o que ocasiona gastos consideráveis com o transporte. Com intuito de dispor adequadamente e com custos satisfatórios, o lodo pode ser utilizado em áreas agrícolas, desde que seja higienizado (através de compostagem), pois contém contaminação biológica e química (agentes patogênicos e metais, respectivamente). Além disso, de acordo com o potencial energético, também pode ser utilizado como combustível ou provedor de energia para a própria estação de tratamento. Para aproveitamento na agricultura, fez-se uma composteira com o lodo estabilizado da ETE Serraria do Dmae e posterior avaliação química e biológica visando a sua classificação para uso na agricultura. Foi analisado o poder energético do lodo estabilizado, verificando a sua viabilidade como fonte de energia, para uso na própria estação onde é produzido. Palavras-chave: lodo de esgoto, compostagem, potencial energético, sustentabilidade. 1  Química Industrial pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Coordenadora de Análises Químicas da Gerência de Gestão Ambiental e Tratamento de Esgotos do Dmae de Porto Alegre, RS, Brasil. 2  Mestre em Qualidade Ambiental pela Universidade Feevale. Especialista em Recursos Hídricos e Saneamento Ambiental pelo Instituto de Pesquisas Hidráulicas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Servidora aposentada da Gerência de Gestão Ambiental e Tratamento de Esgotos do Dmae de Porto Alegre, RS, Brasil. 3  Química Industrial pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. Líder da Equipe de Microbiologia Ambiental da Coordenação de Análises Biológicas da Gerência de Gestão Ambiental e Tratamento de Esgotos do Dmae de Porto Alegre, RS, Brasil. 4  Engenheiro Químico pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. Líder da Equipe de Análises Instrumentais em Absorção Atômica da Coordenação de Análises Químicas da Gerência de Gestão Ambiental e Tratamento de Esgotos do Dmae de Porto Alegre, RS, Brasil.

Revista Ecos Técnica #11 • Fevereiro • 2020

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