ROTAS DO ANDAR
ceilândia
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ROTAS DO ANDAR - CEILÂNDIA (2019) COORDENAÇÃO GERAL Wilde Cardoso Gontijo Jr COORDENAÇÃO TÉCNICA Benny Schvarsberg ASSESSORIA TÉCNICA Cláudio Oliveira da Silva Josiana Aguiar Sandra Bernardes Ribeiro PROJETO DE URBANISMO Daniel Bruno Vieira de Melo Kariny Nery de Moraes ESTAGIÁRIO Gerson Antônio Silva Soares Ferreira ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO Bruna Mello de Cenço Lucílio Correia de Oliveira MOBILIZAÇÃO SOCIAL Edmilson de Melo e Silva Gilberto Nascimento Maria Madalena Torres Nina Fernandes Viridiano Brito AUDIOVISUAL Mão Única Filmes Fágico Filmes Rafael Ribeiro Gontijo Sergio Paiva 2
ROTAS DO ANDAR CEILÂNDIA REALIZAÇÃO Andar a Pé - O Movimento da Gente
PARCERIA Rodas da Paz Centro de Educação Paulo Freire (CEPAFRE) Universidade de Brasília (UnB) Movimento Popular por uma Ceilândia Melhor (MOPOCEM) Coletivo Da Cei Eu Sei AS PROPOSTAS
Batalha de Rap Repentistas Exposição dos projetos Vídeos
APOIO
CEILÂNDIACasa do Cantador a - 19 às 21 horas
R
CASA DO CANTADOR - CEILÂNDIA 08 / Agosto / 2019 – Quinta-feira - 19 às 21 horas
RECURSO FINANCEIRO Programa Casa Cidades Fundo Socioambiental Casa - Investindo em Cuidar Fundo Socioambiental Caixa OAK Foundation
Realização:
EVENTO DE LANÇAMENTO DAS PROPOSTAS
Apoio:
Parcerias:
CEPAFRE
Financiamento:
Realização:
CASA DO CANTADOR
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o projeto
A suntuosa Brasília, a esquálida Ceilândia contemplam-se. Qual delas falará primeiro? Quem tem a dizer ou a esconder uma em face da outra? Que mágoas, que ressentimentos prestes a saltar da goela coletiva e não se exprimem? Por que Ceilândia fere o majestoso orgulho da flórea Capital? Por que Brasília resplandece ante a pobreza exposta dos casebres de Ceilândia, filhos da majestade de Brasília?
Rotas do Andar – Ceilândia é um projeto da associação Andar a Pé – o Movimento da Gente, realizado em parceria com a associação Rodas da Paz e financiado pelo Fundo Socioambiental Casa, pelo Fundo Socioambiental Caixa e pela OAK Foundation.
E pensam-se, remiram-se em silêncio as gêmeas criações do gênio brasileiro.
CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE Iniciado em julho de 2018, o projeto buscou avaliar juntamente com a comunidade local as demandas de quem caminha pelos espaços urbanos de Ceilândia, no Distrito Federal, e assim debater e propor intervenções para adequá-los às necessidades das pessoas. Nesse processo, destacam-se as parcerias com o Movimento Popular por uma Ceilândia Melhor – MOPOCEM e com o Centro de Educação Paulo Freire – CEPAFRE. Para o diagnóstico dos espaços da cidade, foi utilizado o método Safari Urbano – análise coletiva e projeto de calçadas focados na experiência do pedestre. Concebido pela prefeitura de Nova Iorque (EEUU), onde foi nomeado “Active Design: Shaping the Sidewalk Experience”, o método foi traduzido e adaptado no Brasil pela organização Cidade Ativa, de São Paulo. A partir dos resultados obtidos com a aplicação do método em Ceilândia, a Andar a Pé e os arquitetos do coletivo Da Cei Eu Sei desenvolveram propostas de intervenção urbana em regiões com grande afluxo de pessoas nos seguintes bairros da cidade: Ceilândia Centro, Ceilândia Sul e Setor O. Esta publicação tem, então, o objetivo de apresentar os detalhes da execução do projeto, suas diversas etapas e as proposições delas resultantes. Espera-se que a disseminação e o debate das propostas elaboradas com a sociedade e com o Governo do Distrito Federal possam promover a implementação das ações necessárias para transformar as Rotas do Andar em ambiente urbano mais favorável às necessidades e à convivência das pessoas dessa importante cidade. 4
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por quê em ceilândia? Ceilândia nasceu cidade-satélite em 1971 sob o estigma da órbita de Brasília – cidade planejada para ser a capital do país e que deveria ter no ano 2000 cerca de 500 mil habitantes. Somente em Ceilândia habitam hoje mais de 400 mil pessoas. Criada a partir da remoção de vilas operárias localizadas no Plano Piloto na década de 1960 pela Campanha de Erradicação de Invasões – CEI, a esse sítio foram destinados os brasileiros que não cabiam no planejamento original da cidade. Ceilândia fora mais um dos espaços periféricos desprovidos de infraestrutura urbana onde os trabalhadores eram assentados e isolados do centro de Brasília. Mesmo na contracorrente das políticas dos governos, esse quadro foi sendo alterado continuamente. A Ceilândia de hoje já não é uma cidade-dormitório dependente do Plano Piloto ou de sua vizinha Taguatinga. Após 48 anos, a cidade emprega mais da metade de sua população economicamente ativa, tem mais de 12 mil estabelecimentos comerciais e é responsável por 1/4 do Imposto sobre Circulação de Mercadoria (ICMS) arrecadado no Distrito Federal. Ceilândia é uma cidade de serviços e comércio fortes e, em sua maioria, as compras são feitas por pessoas que se deslocam a pé por suas enormes e inúmeras feiras e avenidas. Ceilândia permanece uma cidade de média baixa renda, cujo rendimento mensal domiciliar gira em torno de R$ 3 mil. Também por essa razão, diferentemente do Plano Piloto, o automóvel não é o meio de transporte predominante para ir ao trabalho: 16,5% o fazem a pé e outros 51,4% por meio de transporte público. Caminhar, integral ou parcialmente, para acessar o transporte público, são os modos utilizados por 69,9% da sua população para essa atividade.
Se falamos de acidentes fatais no trânsito do Distrito Federal, 39% resultam na morte de pedestres. Em 2018, foram 104 pessoas e, dessas, 11% faleceram atropeladas na Ceilândia. Poderíamos assim dizer que Ceilândia é hoje onde mais se anda a pé no DF. Também podemos dizer que foi e é a cidade da resistência. Durante seu quase meio século de vida, a cidade criou seus símbolos: a Caixa d’Água no centro da cidade foi reconhecida em 2013 como Patrimônio Histórico do Distrito Federal; a Universidade de Brasília e o Instituto Federal de Brasília se instalaram junto ao Parque JK e o Setor O possui hoje o terminal rodoviário que integra o DF às cidades goianas vizinhas. No entanto, esses símbolos, assim como outras áreas da cidade, são exemplos de quão apartadas podem ser as pessoas da sua cidade e dos seus espaços de convivência urbana: a Caixa D’Água está enclausurada pelos muros da CAESB, os campi universitários foram instalados em local sem infraestrutura urbana e de difícil acesso pelo pedestre, e o terminal rodoviário do Setor O não possui caminhos preferenciais aos pedestres que a ele se dirigem para buscar sua locomoção diária. Como enfrentar esse paradoxo? As pessoas que mais caminham não podem facilmente acessar seus maiores símbolos. Reverter tal situação é resgatar a identidade local, é permitir que os ceilandenses possam desfrutar dos seus espaços de cidade. Eis algumas das razões que promoveram a cidade à iniciativa de implantar o projeto Rotas do Andar Ceilândia.
Quando se considera a escola como destino, cerca de 13,2% estudam na própria cidade, indo a pé (46,7%) ou de transporte público (38,3%), percentuais distantes dos 15% que utilizam veículos individuais.
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localização
Plano Piloto
Ceilândia
Ceilândia hoje possui uma área urbana de 29,10 km² situada a oeste de Brasília, distante trinta e oito quilômetros da rodoviária do Plano Piloto. A IX Região Administrativa - Ceilândia foi criada pela Lei nº 89 e pelo Decreto nº 11921, ambos de 1989. Inicialmente Ceilândia era composta pelos setores Ceilândia Centro, Ceilândia Norte, Ceilândia Sul e parte da Guariroba, integrantes do “barril” projetado pelo arquiteto Ney Gabriel de Souza. Posteriormente foram constituídos os setores Expansão, Setor O, P Norte, P Sul, QNR, QNQ, Setor Privê, Setor de Indústrias e Materiais de Construção, Pôr do Sol e Sol Nascente e parte das áreas do INCRA.
Ceilândia/Distrito Federal 8
A renda per capita mensal em Ceilândia, segundo pesquisa da CODEPLAN realizada em 2004 é de 1,2 salários mínimos enquanto a média no Distrito Federal é o dobro, 2,4 salários mínimos (Companhia de Planejamento do Distrito Federal, 2013). A naturalidade dos habitantes de Ceilândia é formada por 51,73% do próprio Distrito Federal e 48,27% de nascimentos constituídos por imigrantes. Do total de imigrantes, 66,43% são naturais do Nordeste, 16,91% do Sudeste e 13,37% do Centro-Oeste.
Ceilândia: bairros abordados pelo projeto
Setor O
Ceilândia Sul
Ceilândia Centro 9
processo participativo
O processo contou, desde o inicio, com a participação, o apoio e a mobilização de lideranças comunitárias e demais moradores de Ceilândia. A partir de caminhadas nos três bairros da cidade, realizadas em 16 de março de 2019 com a aplicação do método Safari Urbano, após debate em grupo, foi elaborado coletivamente um diagnóstico para os três trechos, em que foram apontados problemas, necessidades e potenciais de cada percurso. Somando o resultado do diagnóstico coletivo à análise técnica da equipe de arquitetos urbanistas, as primeiras soluções para os espaços percorridos foram sintetizadas em um estudo preliminar, apresentado e discutido em reunião com o grupo que participou da caminhada. O debate fomentado direcionou o aprimoramento do estudo preliminar, o qual transformou-se em um anteprojeto – exposto em apresentações públicas realizadas na Casa do Cantador, em 8 de agosto de 2019 (dia mundial do pedestre) e na Feira Central de Ceilândia, em 27 de outubro do mesmo ano. Este último evento obteve apoio da ONU-HABITAT por meio do projeto Circuitos Urbanos 2019.
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processo participativo
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processo participativo
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TRECHO
ceilândia centro
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TRECHO
ceilândia centro
Trecho Ceilândia Centro (hoje) 18
Trajetos percorridos: 1 Acesso: Estação Ceilândia Centro 2 Comércio / Avenida Hélio Prates 3 Avenida transversal 4 Cruzamento / Feira Central / Caixa d’Água
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CEILÂNDIA CENTRO Acesso: Estação Ceilândia Centro
Fonte: Google Street View (2019) 20
hoje
CEILÂNDIA CENTRO Avenida Hélio Prates
hoje
Fonte: Google Street View (2019) 21
CEILÂNDIA CENTRO Via arterial transversal
Fonte: Google Street View (2019) 22
hoje
CEILÂNDIA CENTRO Cruzamento - Caixa d’Água
hoje
Fonte: Google Street View (2019) 23
aspectos negativos PASSEIOS ESTREITOS, OBSTRUÍDOS E DESCONTÍNUOS Os caminhos para o pedestre não têm largura mínima adequada para circulação e a ausência de faixas de serviço faz que o espaço seja dividido com postes, lixeiras e estacionamentos. Além disso, o comércio apropria-se também das calçadas, dispondo expositores para além do espaço privado, dificultando a circulação. Ainda, as calçadas não têm continuidade em nível, acarretando em absurdos desníveis que dificultam (a ponto de impossibilitar) a circulação de pessoas com deficiência física.
AUSÊNCIA DE MOBILIÁRIO URBANO O espaço público do trecho, em geral, não é servido de mobiliário urbano para descanso, como bancos, mesas, quiosques e placas de sinalização.
DESCARTE DE LIXO NA RUA A precarização e a baixa disponibilidade de lixeiras próximas às calçadas acarreta no descarte inadequado e acúmulo dos resíduos sólidos no solo, ocasionando mau cheiro e obstáculos físicos ao pedestre.
ESTACIONAMENTOS SUPER DIMENSIONADOS O espaço público é majoritariamente destinado a estacionamentos para o transporte individual, restando espaços residuais para o pedestre.
TRAVESSIAS SEM SEGURANÇA A alta velocidade dos automóveis na Avenida Hélio Prates somada ao tempo de espera dos semáforos, ao superdimensionamento dos bolsões de estacionamento e às grandes distâncias e conexões inadequadas entre as faixas de pedestre e as calçadas faz que o pedestre arrisque a própria segurança atravessando por entre os carros. RAMPAS SEM CONEXÃO As poucas rampas de acessibilidade existentes não seguem fluxos lógicos, fazendo que usuários de cadeira de rodas percorram caminhos mais extensos.
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DESCONFORTO TÉRMICO A ausência de arborização ou outros dispositivos de sombreamento, somada à temperatura do asfalto, gera alto desconforto térmico para os caminhantes.
ILUMINAÇÃO INSUFICIENTE A iluminação pública é insuficiente e inadequada para o pedestre, visto que os postes são altos e os feixes de iluminação estão direcionados para o fluxo dos automóveis (sendo muitas vezes bloqueados pela projeção das árvores maiores).
aspecto positivo ALTO FLUXO DE PESSOAS A Avenida Hélio Prates constitui um dos principais acessos da cidade, e dessa forma, é bem servida de transporte coletivo. O forte comércio também exerce papel fundamental na dinâmica do trecho, sendo um dos principais responsáveis pela circulação diária de pedestres.
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CEILÂNDIA CENTRO Avenida Hélio Prates - Comércio
Fonte: Google Street View (2019) 26
estudo preliminar
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CEILÂNDIA CENTRO Avenida Hélio Prates - Canteiro Central
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estudo preliminar
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CEILÂNDIA CENTRO Via arterial transversal
Fonte: Google Street View (2019) 30
estudo preliminar
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proposta
Trecho Ceilândia Centro (proposta) 32
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proposta
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1. CAIXA D’ÁGUA COMO ESPAÇO PÚBLICO O recuo da grade de fechamento do lote da Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (CAESB) resulta na abertura do entorno imediato da Caixa d’Água para uso livre público - o que sugere um novo mobiliário, com fontes de piso e arquibancadas, por exemplo. O monumento é reconhecido, desde 2013, como patrimônio histórico do Distrito Federal.
4. ADENSAMENTO A verticalização dos edifícios lindeiros à Hélio Prates (para até 12 pavimentos) faz-se necessária na medida em que a infraestrutura urbana existente hoje é sub aproveitada. A proposta reafirma a legislação já prevista para o trecho no Plano Diretor Local (PDL/ Ceilândia) e na nova Lei de Uso e Ocupação do Solo (LUOS/2019).
2. CRUZAMENTO EM NÍVEL A elevação das pistas de rolamento da via no cruzamento, junto ao semáforo, garante maior segurança na travessia de pedestres (principalmente usuários de cadeiras de rodas e pessoas com dificuldade de locomoção) e ciclistas. Além de eliminar os obstáculos causados pelo desnível, funciona como um elemento redutor de velocidade do tráfego.
5. ARBORIZAÇÃO Propõe-se a arborização como solução de sombreamento e agradabilidade visual nos fluxos dos pedestres e ciclistas.
3. VEÍCULO LEVE SOBRE TRILHOS (VLT) A faixa exclusiva para ônibus e VLT (novo modal de interligação Ceilândia-Taguatinga), junto à reformulação dos trajetos das linhas de ônibus, é um incentivo ao uso do transporte coletivo, com o objetivo de desafogar o tráfego na Avenida Hélio Prates.
6. PASSEIO LARGO EM NÍVEL A adequação da dimensão dos passeios públicos se faz necessária para o conforto e segurança do pedestre, e a pavimentação homogênea garante a acessibilidade de pessoas com deficiência ou dificuldade de locomoção.
7. TRAVESSIAS EM NÍVEL A fim de eliminar obstáculos e valorizar os trajetos de pedestres e ciclistas, as travessias entre quarteirões tornam-se mais seguras, confortáveis e acessíveis quando elevadas, niveladas com as calçadas.
10. CICLOFAIXAS CONECTADAS A bicicleta é um dos principais meios de locomoção na Ceilândia. São propostas novas ciclofaixas, integradas aos espaços públicos, em um sistema conectado, que proporciona o deslocamento livre e seguro do ciclista.
8. MOBILIÁRIO URBANO Como solução para a ausência de espaços de descanso e interação nos fluxos dos pedestres, propõe-se novo mobiliário urbano, com identidade visual própria, integrado aos passeios públicos, contemplando: bancos, mesas, quiosques, paradas de ônibus, lixeiras, paraciclos, bebedouros e placas de sinalização.
11. ESTRUTURAS PARA O COMÉRCIO AMBULANTE Com a pavimentação que prioriza o pedestre, as possibilidades de comércio tendem a se intensificar. Dessa forma, propõe-se estruturas que podem servir ao comércio de rua existente.
9. ILUMINAÇÃO PÚBLICA ADEQUADA AO PEDESTRE Os altos postes de iluminação pública existentes têm altura inadequada para o pedestre. Os espaços bem iluminados, propostos com postes de iluminação mais baixos, conseguem ser articulados em vários horários, aumentando o dinamismo das atividades no trecho.
12. INFRAESTRUTURA VERDE Os jardins de chuva são propostos como solução para a drenagem insuficiente e como elemento de paisagismo. Constituem estruturas que recebem o escoamento de água e acumulam os excessos, formando poços que se infiltram gradualmente no solo. Essa tecnologia auxilia o sistema geral de drenagem a trabalhar dentro de sua capacidade mesmo durante os picos de precipitação.
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ESTACIONAMENTOS A retirada dos bolsões de estacionamentos existentes em frente ao comércio da avenida Hélio Prates, e a consequente redução do número de vagas à frente dos comércios, na Avenida Hélio Prates, justifica-se pela intenção de priorizar o solo público para uso do pedestre e como incentivo ao uso do transporte coletivo. Hoje a área já é bem servida de diversos estacionamentos públicos em seus arredores (marcados na imagem acima), dispostos em um raio de 250 metros distância confortável para caminhar. Além disso, a verticalização dos edifícios adjacentes à avenida também possibilita a existência de garagens privativas. 36
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proposta
Avenida Hélio Prates / Comércio (hoje) 38
Avenida Hélio Prates / Comércio (proposta) 39
proposta
Avenida HĂŠlio Prates / Canteiro central (hoje) 40
Avenida HĂŠlio Prates / Canteiro central (proposta) 41
proposta
Caixa d’Água (hoje) 42
Praça da Caixa d’Água: espaço para uso público e livre (proposta) 43
Perfil viĂĄrio da avenida HĂŠlio Prates (proposta) 44
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TRECHO
ceilândia sul
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TRECHO
ceilândia sul
Trecho Ceilândia Sul (hoje) 48
Trajetos percorridos: 1 Acesso: Estação Ceilândia Sul 2 Viaduto (metrô) 3 Acesso: Universidade de Brasília (UnB/FCE) 4 Acesso: Instituto Federal de Brasília (IFB)
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CEILÂNDIA SUL Acesso: Estação Ceilândia Sul
Fonte: Google Street View (2019) 50
hoje
CEILÂNDIA SUL Viaduto (metrô)
hoje
Fonte: Google Street View (2019) 51
CEILÂNDIA SUL Acesso: UnB/FCE
Fonte: Google Street View (2019) 52
hoje
CEILÂNDIA SUL Acesso: IFB
hoje
Fonte: Google Street View (2019) 53
aspectos negativos PASSEIOS ESTREITOS, OBSTRUÍDOS E DESCONTÍNUOS Os caminhos para o pedestre não têm largura mínima adequada para circulação e a ausência de faixas de serviço faz que o espaço seja dividido com postes, lixeiras e estacionamentos. As calçadas não têm continuidade em nível, acarretando em absurdos desníveis que dificultam (a ponto de impossibilitar) a circulação de pessoas com deficiência física. DESCARTE DE LIXO NA RUA A precarização e a baixa disponibilidade de lixeiras próximas às calçadas acarreta no descarte inadequado e acúmulo dos resíduos sólidos no solo, ocasionando mau cheiro e obstáculos físicos ao pedestre. TRAVESSIAS SEM SEGURANÇA A alta velocidade dos automóveis, somada ao tempo de espera dos semáforos, às grandes distâncias e conexões inadequadas entre as faixas de pedestre e as calçadas faz que o pedestre arrisque a própria segurança atravessando por entre os carros. Espaços vazios e desconexos, como a área sob o viaduto do metrô, repelem o pedestre pela sensação de insegurança ocasionada. RAMPAS SEM CONEXÃO As poucas rampas de acessibilidade existentes não seguem fluxos lógicos, fazendo que usuários de cadeira de rodas percorram caminhos mais extensos.
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AUSÊNCIA DE MOBILIÁRIO URBANO O espaço público do trecho, em geral, não é servido de mobiliário urbano para descanso, como bancos, mesas, quiosques e placas de sinalização. DESCONFORTO TÉRMICO A ausência de arborização ou outros dispositivos de sombreamento, somada à temperatura do asfalto, gera alto desconforto térmico para os caminhantes. ILUMINAÇÃO INSUFICIENTE A iluminação pública é insuficiente e inadequada para o pedestre, resultando em sensação de insegurança no percurso do pedestre pelo trecho. DRENAGEM URBANA INSUFICIENTE A infraestrutura de captação de águas pluviais é insuficiente nas adjacências da UnB, e, aliada à topografia do terreno, ocasiona acúmulo de água e enxurradas nas vias. TRANSPORTE COLETIVO A localização do ponto de ônibus não favorece o transporte seguro e o acesso dos estudantes e funcionários aos campi universitários a partir desse ponto de ônibus é praticamente impedido por falta de rampas e calçadas.
aspectos positivos PÓLO DE ATRAÇÃO A Avenida Elmo Serejo constitui um dos principais acessos à Ceilândia, sendo bem servida de diversas linhas de transporte coletivo - além da proximidade com a estação de metrô Ceilândia Sul. Além disso, os campi do Instituto Federal de Brasília e da Universidade de Brasília/FCE são pólos geradores de fluxo de pessoas.
COMUNIDADE ENGAJADA É notável o cuidado que os moradores da região têm com o espaço público: plantam e mantêm hortas, constroem e usam mobiliário efêmero, ocupando a cidade de maneira saudável e gerando o sentimento de segurança a quem passa.
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CEILÂNDIA SUL Acesso: Estação Ceilândia Sul
Fonte: Google Street View (2019) 56
estudo preliminar
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CEILÂNDIA SUL Acesso: Estação Ceilândia Sul
Fonte: Google Street View (2019) 58
estudo preliminar
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CEILÂNDIA SUL Viaduto (metrô)
Fonte: Google Street View (2019) 60
estudo preliminar
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CEILÂNDIA SUL Acesso: UnB/FCE
Fonte: Google Street View (2019) 62
estudo preliminar
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CEILÂNDIA SUL Acesso: UnB/FCE
Fonte: Google Street View (2019) 64
estudo preliminar
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proposta
Trecho Ceilândia Sul (proposta) 66
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proposta
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1. CAMPUS-PARQUE Inseridas em uma área ambientalmente sensível, que sugere um parque, propõe-se um campus único e integrado para as instituições IFB e UnB/FCE, constituindo um pólo científico-cultural e de lazer público.
4. ADENSAMENTO A verticalização dos edifícios lindeiros à Elmo Serejo (para até 8 pavimentos) faz-se necessária na medida em que a infraestrutura urbana existente hoje é sub aproveitada. A proposta se justifica por ser um pólo de atração (instensificado com a proposta do Campus-Parque).
2. PASSAGEM SOB VIADUTO O espaço sob o viaduto do metrô, hoje estigmatizado pelo medo, tem potencial para ser uma passagem agradável por meio da inserção de elementos de mobiliário urbano e paisagismo: arborização, iluminação no nível do pedestre, faixas de pedestre nas vias adjacentes, ciclofaixas etc.
5. ARBORIZAÇÃO Propõe-se a arborização como solução de sombreamento e agradabilidade visual nos fluxos dos pedestres e ciclistas.
3. PAISAGISMO O desenho de piso existente associado a um paisagismo adequado, com diversidade de espécies e sombreamento, constitui um espaço mais agradável de passagem e permanência nas adjacências da estação Ceilândia Sul.
6. PASSEIO LARGO EM NÍVEL A adequação da dimensão dos passeios públicos se faz necessária para o conforto e segurança do pedestre, e a pavimentação homogênea garante a acessibilidade de pessoas com deficiência ou dificuldade de locomoção.
7. TRAVESSIAS EM NÍVEL A fim de eliminar obstáculos para pedestres e ciclistas, e abrandar a velocidade do tráfego, as travessias tornam-se mais seguras, confortáveis e acessíveis quando elevadas, niveladas com os passeios.
10. CICLOFAIXAS CONECTADAS A bicicleta é um dos principais meios de locomoção na Ceilândia. São propostas novas ciclofaixas, integradas aos espaços públicos, em um sistema conectado, que proporciona o deslocamento livre e seguro do ciclista.
8. MOBILIÁRIO URBANO Como solução para a ausência de espaços de descanso e interação nos fluxos dos pedestres, propõe-se novo mobiliário urbano, com identidade visual própria, integrado aos passeios públicos, contemplando: bancos, mesas, quiosques, paradas de ônibus, lixeiras, paraciclos, bebedouros e placas de sinalização.
11. INFRAESTRUTURA VERDE Os jardins de chuva são propostos como solução para a drenagem insuficiente e como elemento de paisagismo. Constituem estruturas que recebem o escoamento de água e acumulam os excessos, formando poços que se infiltram gradualmente no solo. Essa tecnologia auxilia o sistema geral de drenagem a trabalhar dentro de sua capacidade mesmo durante os picos de precipitação.
9. ILUMINAÇÃO PÚBLICA ADEQUADA AO PEDESTRE Os altos postes de iluminação pública existentes têm altura inadequada para o pedestre. Os espaços bem iluminados, propostos com postes de iluminação mais baixos, conseguem ser articulados em vários horários, aumentando o dinamismo das atividades no trecho.
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proposta
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Acesso Estação Ceilândia Sul (hoje) Fonte: Google Street View
Acesso Estação Ceilândia Sul (proposta) 71
proposta
Acesso Estação Ceilândia Sul (hoje) 72
Acesso Estação Ceilândia Sul (proposta) 73
proposta
Viaduto - MetrĂ´ (hoje) 74
Viaduto - MetrĂ´ (proposta) 75
proposta
Acesso UnB-FCE / IFB (hoje) 76
Acesso UnB-FCE / IFB (proposta) 77
proposta
Campus-Parque UnB-FCE / IFB (proposta) 78
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Perfil viรกrio da avenida Elmo Serejo (proposta) 80
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TRECHO
setor o
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TRECHO
setor o
Trecho Setor O (hoje) 84
Trajetos percorridos: 1 Acesso: Condomínio Privê - Setor O (Passarela) 2 Terminal Rodoviário/Comércio local 3 Creche/Condomínios 4 Terminal Rodoviário/Garagem 5 Garagem/Indústria/Comércio 85
SETOR O Condomínio Privê - Setor O (Passarela)
Fonte: Google Street View (2019) 86
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SETOR O Terminal Rodoviário - Comércio
hoje
Fonte: Google Street View (2019) 87
SETOR O Creche - CondomĂnios
Fonte: Google Street View (2019) 88
hoje
SETOR O Acesso - Terminal Rodoviรกrio/Garagem
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Fonte: Google Street View (2019) 89
SETOR O Garagem/Insdústria/Comércio
Fonte: Google Street View (2019) 90
hoje
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aspectos negativos PASSEIOS ESTREITOS, OBSTRUÍDOS E DESCONTÍNUOS Os caminhos para o pedestre não têm largura mínima adequada para circulação e a ausência de faixas de serviço faz que o espaço seja dividido com postes, lixeiras e estacionamentos. Ainda, as calçadas não têm continuidade em nível, acarretando em absurdos desníveis que dificultam (a ponto de impossibilitar) a circulação de pessoas com deficiência física. DESCARTE DE LIXO NA RUA A precarização e a baixa disponibilidade de lixeiras próximas às calçadas acarreta no descarte inadequado e acúmulo dos resíduos sólidos no solo, ocasionando mau cheiro e obstáculos físicos ao pedestre. TRAVESSIAS SEM SEGURANÇA A principal ligação entre o Setor O e o condomínio Privê se constroi pela passarela suspensa sobre a BR 070.A alta velocidade dos automóveis na rodovia (em média, 60km/h) somada à ausência de semáforo e à insegurança proporcionada pela travessia pela passarela faz que o pedestre arrisque a própria segurança atravessando por entre os carros. AUSÊNCIA DE MOBILIÁRIO URBANO O espaço público do trecho, em geral, não é servido de mobiliário urbano para descanso, como bancos, mesas, quiosques e placas de sinalização.
DESCONFORTO TÉRMICO A ausência de arborização ou outros dispositivos de sombreamento, somada à temperatura do asfalto e às distâncias percorridas, gera alto desconforto térmico para o pedestre. TERMINAL DE ÔNIBUS Por estar localizado às margens da BR 070 e atender cidades do Distrito Federal e entorno, o terminal gera grande fluxo, porém, sem segurança: há conflito na entrada e na saída dos ônibus em relação à travessia de pedestres. GRANDES ÁREAS DESCONEXAS A maior parte das margens da BR 070, tanto do lado do Setor O quanto do Condomínio Privê, está abandonada e é utilizada como área de descarte de resíduos diversos. Até meados da década de 90 encontrava-se nascentes de água natural no trecho em questão. Os arredores do terminal rodoviário também estão ociosos. ESTACIONAMENTOS SUPER DIMENSIONADOS E MUROS CEGOS O espaço livre para conexão dos usuários ao terminal de ônibus é majoritariamente destinado a estacionamentos de veículos não utilizados. Além disso, existe uma grande propriedade, vizinha ao terminal rodoviário, subutilizada como garagem, cujos fechamentos são enormes muros cegos. ILUMINAÇÃO INSUFICIENTE A iluminação pública é insuficiente e inadequada para o pedestre, visto que os postes são altos e os feixes de iluminação estão direcionados para o fluxo dos automóveis.
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aspectos positivos ALTO FLUXO DE PESSOAS A BR 070 constitui um dos principais acessos à cidade e o terminal rodoviário do Setor O, por sua vez, é o mais importante ponto de atração de pedestres. Essa situação proporciona grande oportunidade para que essa região, diferente do que é hoje, seja uma das mais dinâmicas e vivas da cidade.
POTENCIAL PARA OCUPAÇÃO DE ÁREAS Há muitas áreas vazias e lotes não edificados na região, o que proporciona oportunidade para o adensamento de moradias e de instalações de comércio e serviços. Além disso, a área lindeira à BR 070 tem dimensões e localização ideais para a proposição de áreas de lazer para a população local.
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SETOR O Passarela - Terminal Rodoviรกrio
Fonte: Google Street View (2019) 94
estudo preliminar
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proposta
Trecho Setor O (proposta) 96
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proposta
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1. PARQUE LINEAR Para a margem da BR 070 adjacente ao Setor O, a proposta é criar um parque linear, aproveitando a infraestrutura de transporte e potencial de adensamento da área, além de ser uma solução para a ausência de lazer no trecho e uma maneira de integrar o Setor O e o Condomínio Privê.
4. ADENSAMENTO A verticalização dos edifícios faz-se necessária na medida em que a infraestrutura urbana existente hoje é sub aproveitada, e justifica-se ainda como maneira de melhor aproveitar as propostas de parque linear e equipamento de uso coletivo.
2. SEMÁFORO Para a travessia mais segura e acessível do pedestre entre o Setor O e o Condomínio Privê, suprime-se a passarela suspensa, substituindo-a por uma travessia elevada, no nível da calçada, junto a um semáforo.
5. ARBORIZAÇÃO Propõe-se a arborização como solução de sombreamento e agradabilidade visual nos fluxos dos pedestres e ciclistas.
3. EQUIPAMENTO COLETIVO Para a área vazia adjacente à BR 070 no Condomínio Privê, propõe-se a ocupação do solo com equipamento de uso coletivo, justificada para o aproveitamento da infraestrutura de transporte oriunda do terminal rodoviário do Setor O.
6. PASSEIO LARGO EM NÍVEL A adequação da dimensão dos passeios públicos se faz necessária para o conforto e segurança do pedestre, e a pavimentação homogênea garante a acessibilidade de pessoas com deficiência ou dificuldade de locomoção.
7. TRAVESSIAS EM NÍVEL A fim de garantir maior segurança no acesso ao terminal rodoviário, as travessias em nível eliminam obstáculos e valorizam os trajetos de pedestres e ciclistas.
8. MOBILIÁRIO URBANO Como solução para a ausência de espaços de descanso e interação nos fluxos dos pedestres, propõe-se novo mobiliário urbano, com identidade visual própria, integrado aos passeios públicos, contemplando: bancos, mesas, quiosques, paradas de ônibus, lixeiras, paraciclos, bebedouros e placas de sinalização.
9. ILUMINAÇÃO PÚBLICA ADEQUADA AO PEDESTRE Os altos postes de iluminação pública existentes têm altura inadequada para o pedestre. Os espaços bem iluminados, propostos com postes de iluminação mais baixos, conseguem ser articulados em vários horários, aumentando o dinamismo das atividades no trecho.
10. CICLOFAIXAS CONECTADAS A bicicleta é um dos principais meios de locomoção na Ceilândia. São propostas novas ciclofaixas, integradas aos espaços públicos, em um sistema conectado, que proporciona o deslocamento livre e seguro do ciclista.
11. ESTRUTURAS PARA O COMÉRCIO AMBULANTE Com a criação do parque linear, aproveitando o fluxo de pessoas, as possibilidades de comércio tendem a se intensificar. Dessa forma, propõe-se estruturas que podem servir ao comércio de rua existente.
12. INFRAESTRUTURA VERDE Os jardins de chuva são propostos como solução para a drenagem insuficiente e como elemento de paisagismo. Constituem estruturas que recebem o escoamento de água e acumulam os excessos, formando poços que se infiltram gradualmente no solo. Essa tecnologia auxilia o sistema geral de drenagem a trabalhar dentro de sua capacidade mesmo durante os picos de precipitação.
99
proposta
Acesso ao Terminal Rodoviรกrio (hoje) 100
Acesso ao Terminal Rodoviรกrio (proposta) 101
proposta
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Acesso Condomínio Privê - Setor O / BR0 70 (hoje) Fonte: Google Street View
Acesso Condomínio Privê - Setor O / BR0 70 (proposta) 103
proposta
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Acesso Condomínio Privê - Setor O / BR 070 (hoje) Fonte: Google Street View
Parque Linear do Setor O / CondomĂnio privĂŞ, com equipamento de uso coletivo (proposta) 105
proposta
Perfil viรกrio da rodovia BR 070 (proposta) 106
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ROTAS DO ANDAR CEILÂNDIA Batalha de Rap Repentistas Exposição dos projetos Vídeos
AS PROPOSTAS
CEILÂNDIA a - 19 às 21 horas
Realização:
R
CASA DO CANTADOR - CEILÂNDIA 08 / Agosto / 2019 – Quinta-feira - 19 às 21 horas
Apoio:
Parcerias:
CEPAFRE 108
EVENTO DE LANÇAMENTO DAS PROPOSTAS
CASA DO CANTADOR
Financiamento:
Realização: