Revista Information Management FEV 2022

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A revista dos profissionais da informação Ano 16 - Número 104 Fevereiro - 2022

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A revista dos profissionais da informação Ano 16 - Número 104 Fevereiro - 2022

Os planos da E-Deploy para expandir sua atuação Por Roberta Prescott “A Digitalização está mudando nossa maneira de trabalhar, agilizando e economizando”, entrevista com o CEO da ELO Digital Office, Karl Heinz Mosbach, sobre a crise do Coronavírus - Pág. 19

Por que a hiperautomação deve estar no topo de sua lista de prioridades para 2022 - Pág. 53

Uso de soluções de DLP mitigam ciberataques em empresas de TI - Pág. 71


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Os planos da E-Deploy para expandir s

Em entrevista, Francez, fundador e CEO, e Ernani Ferreira, vice-preside sócio E-Deploy, contam um pouco da história da empresa e falam de c sido adaptadas para as novas demandas, como, por exemplo, com ma

Conteúdo do Mês “A Digitalização está mudando nossa maneira de trabalhar, agilizando e economizando”, entrevista com o CEO da ELO Digital Office, Karl Heinz Mosbach, sobre a crise do Coronavírus

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Nova resolução publicada no Diário Oficial da União flexibiliza a implantação da LGPD para Micro e Pequenas Empresas

página 35 Metaverso em pauta: por dentro de um futuro de inúmeras possibilidades

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MATÉRIA DE CAPA

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sua atuação

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Por que a hiperautomação deve estar no topo de sua lista de prioridades para 2022

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Mercado imobiliário: Inteligência Artificial a nosso favor

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página 63 Uso de soluções de DLP mitigam ciberataques em empresas de TI

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MATÉRIA DE CAPA

Os planos da E-Dep expandir sua atuaç

A pandemia mudou o hábito de consumo, impulsionou a digitalização e transformou cade fundada em 2006, por Paulo Francez e Emerson Gianinni, lançou o 3S Checkout, platafor conceito de delivery hub, realizando integração automática do restaurante com os gran presidente de operações e sócio E-Deploy, contam um pouco da história da empresa e fala com mais inteligência artifical. Por Roberta Prescott

A

E-Deployfoifundadaem2006. Conta um pouco da trajetória.

Paulo Francez — A história começou quando eu ainda estava no McDonald’s. Fizemos um software de PoS [ponto de venda] no Brasil que acabou indo para o resto do mundo. Minha história no McDonald ‘s terminou em 2006 quando eu abri a E-Deploy como uma consultoria focada em mobile, porque eu achava que essa seria a próxima onda. Fizemos, primeiro, o check-in móvel da Gol e começamos a fazer projetos para Natura e outras empresas, na linha de desenvolvimento em mobile e internet.

fazer revisão da área de TI e ele me chamou para fazer uma consultoria para revisar toda a parte de gestão de restaurante. Assim começou nossa história. Eu propus o desenvolvimento do sistema de controle de gestão das lojas e a E-Deploy construiu. Começamos o trabalho de varejo fazendo software de backoffice para o Burger King. Depois, no fim de 2016, o Burger King decidiu trocar o software de PoS e abriu uma RFP no mercado. Como a gente já tinha o backoffice, eu resgatei a empresa que havia feito o software para o McDonald’s e me propus trazer o software para o Brasil e tropicalizá-lo para participar da concorrência.

Em 2016, o Burger King estava atrasado na parte de tecnologia, chamaram um ex-chefe meu para

Ganhamos a concorrência e, assim, nasceu a E-deploy Retail. Nós tropicalizamos esta solução que, ain-

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da, não era 100% E-Deploy, ganhamos a concorrência e começamos a implementar. Em 2017, nós viramos todas as lojas do Burger King e começamos a evoluir, criando delivery, aplicativo, token e integração com marketplaces e meios de pagamentos, em uma evolução com uma série de funcionalidades que o produto internacional ainda não tinha. Hoje, temos duas divisões, uma de consultoria e fábrica de software, que chamamos de E-Deploy Consulting, e uma que cuida da parte do varejo, a E-Deploy Retail. Quando nasce 3S Checkout? Francez — Na verdade, o nome 3S Checkout foi dado agora, neste ano de 2021. O nome do produto era PoS E-Deploy e mudou para 3S Checkout. Batizamos, porque precisáva-


MATÉRIA DE CAPA

ploy para ção

eias inteiras. E isso também afetou os fornecedores de soluções. Nesse período, a E-Deploy, rma tecnológica para a transformação digital da experiência de compras, que atende ao ndes canais de entrega. Em entrevista, Francez, fundador e CEO, e Ernani Ferreira, viceam de como as soluções têm sido adaptadas para as novas demandas, como, por exemplo,

mos ir para o mercado. Passamos todos estes anos evoluindo o produto, colocando todas as funcionalidades e, quando achamos que estava maduro, all-in-one, com todas as funcionalidades em um único produto, fomos para o mercado. O sistema toma conta de todos os aspectos do restaurante: atendimento, operação, menu, cardápio, produção, relação com a cozinha, automatização de produção e delivery e ainda oferecer relatórios, dashboards e inventário. Quais foram os principais marcos nestes 15 anos? Francez — Eu acho que, mesmo sendo consultoria, para mim o check-in da Gol foi um marco importante, assim como o pagamento via celular do PagSeguro, que fizemos um square para espetar no celular e passar o cartão. Também fizemos

para Azul a parte de mobile. Trabalhamos oito anos com a Gol, participando da evolução de tecnologia do site. Fizemos umas 40 aplicações para a Natura, um cliente também muito importante — fomos responsáveis pelo aplicativo de treinamento das consultoras, por exemplo. Em 2016, fomos para o lado de varejo, criando a E-Deploy Retail e criando o 3S Checkout.

e línguas. Temos um comercial internacional, uma pessoa que mora nos EUA e que está fazendo esse trabalho para a gente. Esse parceiro vai fazer o papel de integrador. A ideia é termos integradores nesses países que também terão papel de tropicalizar a solução, porque ela é flexível e dá para você ter pedaços dela sendo feitos em vários lugares do mundo, localmente.

Qual é o atual momento da empresa? Francez — Hoje, estamos em crescimento, focando na aquisição de clientes. Estamos fazendo mídia e divulgação; é um momento de expansão no Brasil e fora. Já estamos em contato com México, Estados Unidos e Itália, porque a solução 3S Checkout é flexível em termos de internacionalização, como moedas

Vocês abrem faturamento? Qual é o plano para conseguir aumentá-lo? Francez — No ano passado, faturamos R$ 39 milhões. Temos um plano de dobrar este valor em três anos, até 2024. Isso inclui aquisições? Vocês estão considerando M&As? Francez — Essa seria uma es-

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MATÉRIA DE CAPA

dores, em um primeiro momento, e aquisições, principalmente, de empresas de software que a gente possa agregar ao produto. Seria uma estratégia de crescimento e competitividade no mercado. Com a pandemia, muitos hábitos de consumo mudaram. Como isso afetou vocês? Francez — Vimos mudanças no delivery. Antes cada um tinha um e, hoje, há os grandes marketplaces. A primeira coisa que nos preocupamos foi Paulo Francez, Fundador e CEO da E - Deploy fazer um hub de delivery que se tratégia sim. Sempre crescemos com conecta para todos os pedidos caícapital próprio, porém, sabemos que, rem em um lugar só. O Delivery Hub para brigar com os grandes, muitas ve- realiza uma integração automática zes, isso significa que você precisa de do restaurante com os grandes cainvestimentos de forma diferenciada nais de entrega como iFood, Uber para que você se posicione também Eats, Rappi, entre outros. A solução de forma diferenciada. Muita gente já oferece dados para estratégias de conversou com a gente e é uma pos- preço para cada canal e para o desibilidade para aumentar a velocidade livery próprio.. A tecnologia relacionada a delivery foi uma das coisas de crescimento. que mais evoluiu com a pandemia. Para serem comprados ou Antes, as lojas que trabalhavam com Rappi tinham de ter tablet para comprar? Francez — Para comprar, não dele, igual para Uber Eats, mas para ser comprado, porque achamos agora é tudo via 3S Checkout, porque, neste momento, a empresa tem que integramos os marketplaces potencial enorme de crescimento e para que ficasse de forma transpavalorização. A gente imagina investi- rente para as lojas.

Outra coisa que fizemos foi a flexibilidade de integrações, porque todos têm de ter informação. Integramos ERP, com tíquetes online, porque é importante para o cliente para fazer análises. Desde a fundação da empresa até hoje, a tecnologia evoluiu e hoje temos inteligência artificial, machine learning e outros muito mais maduros. Como IA, RPA e analytics foram — e estão sendo — incorporados às ferramentas? Francez — Houve uma evolução do produto de gestão de loja, incorporando inteligência artificial para ajudar o gerente da loja a tomar decisões com os dados do dia a dia. Falando de roadmap, a gente vai lançar, na metade do ano que vem, um projeto que já iniciou e é complexo. É uma análise dos números da gestão do restaurante para descobrir, por exemplo, desperdícios ou se a venda está abaixo do que sempre foi, trabalhando as informações da loja de forma inteligente e dando subsídio para o gestor. Ernani Ferreira — A IA também vai dar informações para se corrigir a operação durante o dia. Se você tem vazamento de produção ou improdutividade, a solução vai dando dados em tempo real. Quais têm sido as demandas das companhias clientes? Francez — Temos uma demanda bastante grande de autoatendimento. A pandemia fez todo mundo perder o medo tanto de comprar pela internet, como de usar totens. O totem reduz custo de mão de obra e, na pandemia, a eficiência de cus-

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to foi algo colocado em pauta por todos os clientes. Lá fora já se usa totem há muito tempo. Estamos vendo aqui que o autoatendimento é algo que o cliente está mais confortável em usar e tem sido uma forma de redução de custo. Sobre delivery nem preciso falar, é preciso aceitar pedido de vários lugares e cair na mesma plataforma. E também há demanda por aplicativo mobile para se relacionar com o cliente, com CRM. Nos nossos clientes, estamos vendo que esses itens são fundamentais — e os clientes também estão buscando preço e hardware, estão atrás de soluções que necessitem um investimento de hardware menor. Ferreira — Estamos vendo muita procura por autoatendimento, self checkout. E, na parte de hardware, hoje temos o Burger King que colocou totens grandes em 300 lojas para os clientes fazerem a compra sozinhos e pagar. O objetivo é fazer com que isso se torne cultura no cliente digital. Outra pegada digital é o pickup. O cliente compra, faz o pedido no aplicativo mobile, paga e pega em um armário com senha eletrônica, o que funciona muito bem para entregadores, por exemplo. Como vocês enxergam o futuro de IA e RPA no setor do varejo? Francez — Para mim, com a desmistificação do digital, é aquele negócio da compra sem ninguém. Também estamos vendo, com um foco maior em entregar, aumentar as dark kitchen e reduzir as lojas físicas. As dark kitchens são restaurantes virtuais, que dão preferência às vendas feitas via delivery ou take

away. Com uma operação enxuta, o grande desafio é a gestão do negócio e as estratégias para conquistar clientes nos aplicativos de entrega. Nosso software tem de ser inteligente para a compra digital. Daqui a dez anos, a tendência é de os caixas acabarem. Em cinco anos, vamos comprar usando relógio, nem cartão de crédito. É a digitalização, com todo mundo comprando pela internet, pelo mobile e retirando onde quiser. É a flexibilização de comprar e retirar onde quiser.

Ernani Ferreira, Vice-Presidente de operações e sócio E-Deploy

Ferreira — O Paulo falou de dark kitchen e isso era uma novidade há 1,5 anos. E as lojas pickup também são dark, porque vão produzir e tudo é digitalizado, de forma dinâmica na mão do comprador e do cliente. Outro impacto que vamos ter é na parte de hardware. Cada vez mais, o processo está se digitalizando e estamos caminhando para plataformas de bolso. Não vai mais ter totem, PoS, impressoras… esses periféricos todos estão desaparecendo dos estabelecimentos. Na verdade, os estabelecimentos estão desaparecendo e se tornando digital. Isso é o grande

desafio. Não apenas para nós, do desenvolvimento digital, mas também para as empresas que produzem o hardware. Vai ser um grande impacto nos próximos tempos e não acredito que vá demorar dez anos não; cinco já é bastante tempo para toda esta mudança que vem vindo. E ela vem em tsunami, em altíssima velocidade, porque todas as empresas querem estar na ponta tecnologia, querem reduzir custos e cada vez mais a internet de todas as coisas vai desabrochar para a grande fusão.

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“A Digitalização está mudando nossa maneira de trabalhar, agilizando e economizando”, entrevista com o CEO da ELO Digital Office, Karl Heinz Mosbach, sobre a crise do Coronavírus Nessa entrevista com o CEO da ELO Digital Office, Karl Heinz Mosbach fala sobre o trabalho remoto durante a pandemia, bem como projeta um efeito positivo assim que a situação for resolvida. Mosbach discute as possíveis consequências na indústria de ECM, bem como as mudanças que ocorrerão nos negócios, na política e na sociedade.

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om algumas exceções, os setores financeiro e econômico estão passando por grandes dificuldades devido à disseminação do coronavírus. Que impacto você acha que a crise terá no setor de gerenciamento de conteúdo empresarial (ECM)?

Mosbach: Infelizmente, muitas empresas temem por sua própria existência e muitas pessoas ficarão desempregadas. Só podemos esperar que os formuladores de políticas públicas sejam capazes de atenuar isso, mas será impossível evitar totalmente esses efeitos ne-

gativos. É claro que esse desenvolvimento também tem impacto em nossos negócios. No momento, todos estão em choque e ninguém pode estimar a extensão, então os líderes empresariais estão cautelosos com os

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ENTREVISTA

gastos. Eles estão procurando investimentos que possam ser adiados – é o que todos estão fazendo. Temos muita sorte por termos grandes reservas e estarmos muito bem posicionados em termos de capital. No entanto, a crise também teve um impacto negativo sobre nós, e estamos percebendo isso em nossos projetos. Por exemplo, uma empresa escandinava estava planejando um projeto de atualização, que agora foi adiado porque os funcionários estão trabalhando em casa e, é claro, você não deseja lançar um novo software durante um estado de emergência contínuo. Como é o trabalho para o ELO Digital Office na era do coronavírus? Mosbach: Quase toda a nossa equipe está trabalhando em casa. Felizmente, podemos usar nossa solução de colaboração “ELO Teamroom” para trabalhar em salas virtuais de projetos e até convidar prestadores

de serviços externos que normalmente não teriam acesso ao sistema ELO para participar. Isso nos poupa muitos e-mails e esforço porque podemos mover a comunicação para o ELO Teamroom. Além disso, podemos nos conectar remotamente aos sistemas do cliente, desenvolvê-los ainda mais e personalizá-los.

Se você olhar um pouco mais adiante, que consequências você espera? Mosbach: Quando a situação estiver resolvida, esperamos ver um efeito positivo e até um aumento na demanda. Caberá então a nós apresentar aos nossos clientes potenciais ofertas atraentes. As empresas reconhecerão a necessidade de se tornarem digitais – em situações

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ENTREVISTA

como essa, a sociedade simplesmente precisa estar melhor preparada em termos de digitalização. No entanto, nós e nossa rede de parceiros temos que alocar nossos recursos para atender a essa demanda, pois sempre há uma certa quantidade de serviço envolvida. Como você acha que outros provedores de ECM vão lidar com a crise? Mosbach: Existem vários critérios de distinção aqui, como estratégia de vendas e produtos, bem como forma legal. Uma empresa que vende apenas por meio de vendas diretas certamente experimentará um declínio mais acentuado porque sua estrutura de custos é diferente. Afinal, essas empresas ainda precisam cobrir seus custos com pessoal e teriam grandes problemas com projetos parados. Se todos os funcionários estiverem em casa, isso pode ficar muito caro. Por outro lado, somente nossas vendas na Alemanha estão espalhadas por mais de 200 especialistas em sistemas. Não está claro como grandes corporações como Ricoh ou Kyocera, que assumiram os fornecedores alemães de ECM no ano passado, mas estão focadas principalmente em outras áreas, responderão. Se as empresas forem obrigadas a economizar, há uma chance de que elas salvem seu negócio principal, buscando seus novos seg-

mentos para cortar custos. A ELO encontra-se na situação vantajosa de ser liderada pelos seus acionistas fundadores, que têm interesse em continuar a gerir com sucesso o seu core business. Algumas empresas alemãs – especialmente pequenas e médias – ainda são um pouco céticas em relação às soluções de ECM baseadas em nuvem, mas essas soluções oferecem um alto grau de flexibilidade, que é exatamente o necessário em tempos como esses. A crise da COVID-19 mudará as atitudes? Mosbach: Presumivelmente, a crise do coronavírus SARS-CoV-2 dará asas às estratégias de nuvem. Neste momento, as soluções digitais são necessárias muito rapidamente para manter os negócios funcionando. Isso é mais rápido com soluções em nuvem. Algumas empresas que estavam adiando agora podem estar muito mais abertas e pensar: “ei, se eu tivesse minha solução na nuvem, meus funcionários poderiam trabalhar mais rápido e com mais eficiência em casa.” Em geral, como você avalia a situação atual? Mosbach: Está ficando claro que esse vírus está mudando o capitalismo como o conhecemos. Em uma crise como essa, de repente sentimos que a racionalização constan-

te é inútil. Todo o nosso foco estava na eficiência e no lucro máximo. Tudo foi levado ao limite – médicos, saúde e até áreas como administração educacional. Percebemos agora que poderíamos valorizar mais as pessoas. Temos que repensar e regular melhor certas áreas. Todas as indústrias merecem uma boa remuneração e reconhecimento. A digitalização pode fornecer alívio e assistência aos funcionários, ao mesmo tempo em que garante o progresso se a política e a sociedade fizerem sua lição de casa e administrarem adequadamente. A suposição de que a digitalização está destruindo empregos é um mito. A digitalização está mudando nossa maneira de trabalhar, permitindo agilizar processos e economizar custos. Mas se restaurarmos esses valores e nos concentrarmos mais em questões negligenciadas, como educação, saúde, bem-estar social e muito mais, quase sempre seremos capazes de alcançar o pleno emprego. Pelo contrário, veremos uma situação em que faltam milhões de trabalhadores porque não temos pessoas suficientes para preencher esses cargos. Claro, isso desde que ajamos em tempo hábil, planejemos a longo prazo, resolvamos problemas e não concentremos nossas decisões em situações eventuais – como estamos atualmente.

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POR POR ANTONIO WROBLESKI Cofundador e Engenheiro com MBA na NYU (New York University), presidente do Conselho de Administração da Pathfind, conselheiro na BBM Logística e sócio da Awro Logística e Participações CIO da 180° Seguros.

Em cinco anos, quem não se digitalizar, vai deixar de existir

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oi-se o tempo em que as empresas podiam simplesmente se manter fora do universo digital. Em “O futuro é mais rápido do que você pensa”, Peter Diamandis e Steven Kotler abordam a importância da convergência tecnológica e como ela está transformando a economia, as empresas e consequentemente as nossas vidas. Segundo as previsões dos autores, nos próximos dez anos, nós vamos presenciar mais inovações do que as que pudemos ver no último século, graças à crescente interligação entre tecnologia e serviços. A pandemia acelerou o processo de digitalização e, para se ter ideia, no Brasil, as vendas online passaram a representar 21,2% do faturamento do comércio varejista em 2021, ante os 9,2% de antes da crise sanitária, segundo dados da Sondagem do Comércio, feita pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Diamandis e Kotler acreditam que, em cinco anos, a empresa que não partir para o universo digital tende a deixar de existir. Em outras palavras, é possível afirmar que, em pouco tempo, a digitalização será uma questão de sobrevivência. Isso acontece porque, cada

vez mais, as decisões precisam ser tomadas com base no maior número de dados possível e não dá para fazer isso sem se digitalizar. A experiência de compra e principalmente a segurança e a comodidade de consumir produtos ou contratar serviços sem sair de casa vêm determinando como as coisas devem funcionar daqui 2022 MAGAMENT INFORMATION | 27


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ARTIGO

para a frente. Além de conforto e segurança, a transformação digital promove redução de custos e facilita o controle da gestão. E é impossível melhorar os processos atuando com base em planilhas de Excel. O fato é que a transformação digital é um caminho sem volta. Considerando que a tecnologia está cada vez mais presente no nosso dia a dia, transporte, varejo, educação, saúde, alimentação, setor imobiliário e entretenimento, por exemplo, são

algumas das áreas que já estão se adaptando e devem continuar evoluindo nos próximos anos. A grande vantagem da digitalização é a eliminação de intermediários e isso significa benefícios para o consumidor, que passa a ter total controle sobre suas decisões de compra. Já para as empresas, entregar rapidamente e com qualidade é indispensável na conquista de novos clientes. Encontrar e implementar soluções inteligentes com o objetivo de melhorar a experiência do

consumidor final, portanto, são o caminho para as empresas que querem continuar no mercado. Quem não se adaptar a isso, vai ficar para trás. O futuro chegou mais rapidamente graças à Covid-19 e não há como retroceder. A mudança é progressiva e, por aqui, ainda temos um longo caminho a percorrer. No entanto, quem quer se consolidar precisa começar a planejar desde já para que, em alguns anos, o digital seja uma realidade sólida.

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ARTIGO

POR DENIS COTÉ vice-presidente da Genetec para América Latina e Caribe.

O futuro chegou dutos favoritos, comparar preços de maneira mais ágil e facilitar entregas e retiradas porta a porta.

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om o recente leilão do 5G realizado com sucesso pelo governo federal, a internet das coisas (IoT) começa a se tornar uma realidade. De acordo com pesquisa da Gartner, em 2023, cerca de 43 bilhões de dispositivos no mundo devem estar conectados. O número mostra que teremos um mar de oportunidades e que as pessoas e as empre-

sas sofrerão uma transformação em suas vidas.

Já do lado da empresa será possível monitorar à distância se luzes ficaram acesas depois do expediente, bem como monitorar a temperatura de geladeiras e freezers para evitar a perda de alimentos. Além disso, será possível aperfeiçoar a verificação dos estoques e, por consequência, a gestão de compras e a logística entre centros de distribuição e lojas.

E isso vale para qualquer setor. Imagine, por exemplo, nos supermercados, local que faz parte da rotina de parcela significativa da população.

O mesmo ocorrerá no setor de transporte: os carros autônomos tendem a ser realidade em um futuro próximo.

A experiência de consumo mudará. De seu smartphone, as pessoas poderão verificar quais locais contam com seus pro-

No metrô, as condições e a segurança dos trilhos e a detecção de obstáculos poderão ser verificadas com mais facilidade, ante2022 MAGAMENT INFORMATION | 31


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O Systax DFE foi desenvolvido para Gestão, Guarda e Auditoria de variados Documentos Fiscais Eletrônicos, principalmente, as Notas Fiscais Mercantis (“NF-e”).

O módulo DOCS, serve como um repositório de documentos diversos, tendo como sua principal finalidade a padronização de documentos que, por sua natureza, não possuem um padrão definido, principalmente, das Notas Fiscais de Serviços (“NFS-e”). Essa base de padronização conta com cerca de 800 municípios mapeados.

Validação Tributária das NF-e emitidas e recebidas.

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ARTIGO

cipando a previsão de problemas. No campo da saúde, consultas e até mesmo cirurgias poderão ser feitas de forma remota e com muito mais assertividade. Em todo e qualquer setor, os ganhos de segurança com a internet das coisas serão gigantescos, com a automatização de sensores, a verificação facial à distância e a comunicação mais ágil e eficiente. Isso sem falar no aprimora-

mento dos reportes, que tornarão mais fácil e rápido o acionamento de sensores para incidentes, mostrando exatamente o local em um determinado mapa, com procedimentos guiados das operações e respostas registradas automaticamente. Em outras palavras, a automatização se tornará muito mais confiável. Outro impacto real com a implementação da internet das coisas é o financeiro. Com melhor controle do uso e

da eficiência dos equipamentos, seja em residências ou empresas, reduzirá de forma expressiva os custos. Ou seja, as possibilidades, que já eram gigantescas, serão potencializadas e implementadas de fato com o 5G. Isso vale para todas as formas de interação: entre empresas, consumidores com empresas, consumidores com outros consumidores e também de empresas e consumidores com os objetos e coisas.

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ARTIGO

POR MARCELO BARSOTTI CCO da Pryor Global

Nova resolução publicada no Diário Oficial da União flexibiliza a implantação da LGPD para Micro e Pequenas Empresas

A

fim de criar as bases legais para o tratamento de dados pessoais, foi criada a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) (Lei 13.709/2018), que equivale à General Data Protection Regulation (GDPR) da União Europeia (EU). Ela garante segurança jurídica no que se refere ao uso de dados pessoais de todas as pessoas que estejam no território brasileiro.

“Em vigor desde agosto de 2020, a LGPD trouxe uma série de obrigações para todas as empresas que tratam dados pessoais. Desde o investimento em segurança de dados, treinamento de funcionários, até a nomeação de um encarregado de dados, ou Data Protection Officer (DPO). É importante ressaltar que as multas e sanções em caso de descumprimento das regras são one-

rosas”, afirma Marcelo Barsotti, CCO da Pryor Global. A princípio, as empresas eram igualmente obrigadas a respeitar as determinações da LGPD. Mas foi publicada a Resolução CD/ ANPD Nº 2, no dia 27 de janeiro de 2022, no Diário Oficial da União (DOU), que trata da aplicação da Lei Geral de Proteção de Dados para micros e pequenas 2022 MAGAMENT INFORMATION | 35


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ARTIGO

empresas. Essa nova resolução objetiva flexibilizar a implementação de determinados aspectos da lei e facilitar a adequação das pequenas empresas. Dentre as principais simplificações trazidas pela resolução se destacam: • Os agentes de tratamento de pequeno porte não são obrigados a indicar o encarregado pelo tratamento de dados pessoais exigido no art. 41 da LGPD. • Eles também não precisam indicar um encarregado para disponibilizar um canal de comunicação com o titular de dados para atender o disposto no art. 41, § 2º, I da LGPD. • Devem adotar medidas administrativas e técnicas essenciais e necessárias, com base em requisitos mínimos de segurança da informação para proteção dos dados pessoais, considerando, ainda, o nível de risco à privacidade dos titulares de dados e a realidade do agente de tratamento. • Precisam também cumprir a obrigação de elaboração e manutenção de registro das operações de tratamento de dados pessoais, constante do art. 37 da LGPD, de forma simplificada. A ANPD fornecerá modelo para o registro simplificado de que trata o caput. “É importante ressaltar que a nova resolução não isenta as empresas do cumprimento da LGPD, conforme o Art. 6º. Trata-se apenas de uma flexibilização das obrigações dis-

postas neste regulamento e não isenta as pequenas empresas da necessidade de cumprimento dos demais dispositivos da LGPD, inclusive das bases legais e dos princípios, de outras disposições legais, regulamentares e contratuais relativas à proteção de dados pessoais, bem como direitos dos titulares”, explica Barsotti. Esta é uma boa notícia para as pequenas empresas porque elas ganham tempo e são dispensa-

das de terem recursos humanos exclusivos para tratar da lei, mas Independentemente das flexibilizações, assim como as grandes e médias, continuam tendo de proteger corretamente os dados de funcionários, parceiros comerciais e clientes. Para ajudar na disseminação de informações sobre a LGPD, a Pryor Global disponibiliza gratuitamente o e-book sobre a Lei Geral de Proteção de Dados.

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ARTIGO

POR PAULO JUSTINO CEO da FCJ Venture Builder

Por que venture builders, corporações e startups devem andar lado a lado atualmente?

T

odos os caminhos podem levar à Roma, como ensina o ditado popular, mas nem todos irão levar as empresas à tão desejada inovação nos processos. Garantir uma nova visão no modelo de negócio, incluindo na atuação dos colaboradores e na oferta de produtos e serviços, é um dos requisitos primordiais em um cenário de intensa transformação digital.

Entretanto, não é uma tarefa fácil. Até porque, mais importante do que a estrada a ser trilhada, é saber quem estará a seu lado nessa empreitada. Hoje, ninguém faz nada sozinho – e por isso a aliança entre venture builders, corporações e startups surge como uma proposta eficiente para alcançar a inovação. Confira cinco motivos que mostram por que essas organizações devem andar lado a lado:

1 – Alinhamento de objetivos e de culturas Há uma década, o segredo das startups, independentemente do setor em que atuam, era a capacidade de entregar soluções tecnológicas que resolviam problemas específicos de sua área e/ou público. Agora, com a infinidade de empresas que atuam nos mais diversos segmentos, é preciso que esses empreendedores busquem alinhar seus próprios objetivos e 2022 MAGAMENT INFORMATION | 39


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ARTIGO

As relações entre corporações e venture builders com startups são de negócio, mas também são de investimento – e, como tal, têm riscos que são levados em conta pelas empresas antes de alocarem seu dinheiro. É como investir em ações: a pessoa analisa a possibilidade de retorno e pesa se o risco compensa, ou não, essa decisão. Nesse caso, contudo, é possível reduzir esse perigo justamente com a aproximação entre as organizações. Quando elas estão alinhadas, fica mais fácil identificar o que está em jogo e quais caminhos serão seguidos para se atingir os objetivos traçados.

a cultura de inovação com as corporações e as venture builders, entidades que têm ampla participação no mercado e sabem orientar o melhor caminho. 2 – Conexão de processos

e

integração

O alinhamento de expectativas não é útil apenas para indicar possíveis caminhos para o desenvolvimento de produtos e serviços realmente inovadores, mas também para ampliar o rol de parceiros e networking de uma startup no mercado nacional. Em muitos casos, contar com essa abertura entre as corporações pode ser o diferencial que faltava para escalar determinada solução, mostrando na prática os benefícios que ela promete entregar. Com essa aproximação, fica mais fácil

5 – Maior economia e relação custo-benefício

abrir essas oportunidades. 3 – Planejamento estratégico Não há dúvida de que uma das principais dificuldades das startups é justamente a capacidade de sobrevivência e crescimento. A maioria dos empreendedores tem a disposição, força de vontade e uma boa ideia na cabeça, mas sem uma gestão adequada e o desenvolvimento minucioso de um planejamento estratégico dificilmente consegue se destacar. Nesse ponto, a experiência e robustez das corporações e das venture builders são essenciais, mostrando os melhores caminhos para potencializar a gestão da empresa como um todo. 4 – Redução do investimento

do

risco

Por fim, um trabalho em conjunto entre startups, venture builders e corporações traz mais economia e promove uma relação mais vantajosa de custo-benefício. A lógica é simples, na verdade. Para a startup, é a possibilidade de desenvolver suas soluções de acordo com as demandas de mercado, reduzindo gastos com testes e pesquisas para se chegar ao produto mínimo viável. As corporações, por sua vez, ganham ferramentas inovadoras com preço justo para potencializar suas operações. Já as venture builders conseguem potencializar o retorno do investimento, posicionando suas empresas parceiras na vanguarda de novidades e de referência no setor em que atuam. É uma verdadeira relação “ganha-ganha” para todos.

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ARTIGO

POR RAFAEL CAILLET CEO da Oystr

Metaverso em pauta: por dentro de um futuro de inúmeras possibilidades

N

os últimos meses, a discussão acerca do Metaverso tem movimentado as redes sociais, como uma das pautas mais promissoras no que diz respeito à transformação digital. Não por acaso, afinal, o conceito de realidade virtual sempre ocupou um espaço rico de desenvolvimento no campo da inovação. Por se tratar de um tema bastante complexo, é possível contextualizá-lo em diversos cenários de nossa sociedade. Entretanto, dentro do

quadro corporativo, a presença de ferramentas de Inteligência Artificial (IA) vem sido fomentada ao longo dos anos, culminando em um ambiente receptivo à chegada de iniciativas do tipo. Relacionado frequentemente ao Facebook, o Metaverso já é uma tendência reproduzida por outras companhias, que apostam no formato como uma ponte para uma jornada sem obstáculos físicos, em que a tecnologia será

capaz de simular realidades sem qualquer tipo de restrições. Claro, é importante destacar que ainda existe um caminho extenso a ser pavimentado, no intuito de que uma metodologia tão disruptiva esteja ao alcance de cada vez mais empresas. Nesse sentido, compreender o tamanho do impacto por trás dessa novidade é um primeiro passo bem-vindo e alinhado com um futuro que já está entre nós.

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e


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Metaverso sintetiza o potencial da IA Por meio da integração de recursos digitais, a exemplo de métodos de realidade aumentada, o Metaverso promete revolucionar a interação entre usuários, tornando possível a projeção das mais diversas experiências, de acordo com o propósito e o conteúdo desejado pelo provedor. Em resumo, o termo se refere à criação de simulações em 3D e também em tempo real, capazes de construir narrativas e incluir o usuário em uma jornada personalizada, sem limites de participantes -- fato que converge com uma modelo totalmente inovador de comunicação entre indivíduos. Seguindo a ótica de empresas que enxergam na tecnologia uma aliada de valor, não há como negar as oportunidades que um mo-

vimento rumo ao Metaverso pode proporcionar. Sem desconsiderar circunstâncias naturais à cada organização, bem como todas as etapas que devem sustentar a automatização de processos, é essencial compreender a importância de se classificar a inovação sob um viés estratégico, que vá além dos benefícios técnicos. Utilizando como referência a RPA, que assume funções e atividades específicas a fim de liberar os colaboradores para tarefas mais subjetivas, que os valorizem enquanto profissionais, mais uma vez, comprova-se o propósito principal de se aderir à IA no ambiente de trabalho. Não se trata de substituir o protagonismo humano, mas de simplificar sua rotina e potencializar suas maiores aptidões. Essa é, sem dúvidas, uma finalidade que continuará sendo perpetuada pelos

mais variados níveis de soluções inovadoras. O caminho para a experiência do usuário Atualmente, oferecer uma experiência distinta ao cliente é um requisito praticamente obrigatório para companhias que procuram se destacar em seus respectivos mercados, isso é fato. Manter-se atualizado às novidades digitais e adotar uma postura de constante evolução não é uma condição exclusiva de empresas do segmento tecnológico, dado o alto nível de exigência do consumidor em termos gerais. Se hoje, a implantação de plataformas de automação tem se disseminado em setores diversificados, muito se deve à dimensão de suas melhorias, que provocam efeitos práticos, amplos e favoráveis a experiências extremamente positivas, para o colaborador e o cliente. Encerrando o artigo, destaco que a aplicação da realidade virtual para fins interativos é reflexo de uma mudança generalizada em nossa sociedade como um todo, no qual a Inteligência Artificial (IA) permanece no centro de medidas transformadoras. Para o meio corporativo, a necessidade de se continuar reinventando procedimentos em prol de um relacionamento enriquecedor com o usuário. Logo, é imprescindível que todos fiquem atentos à consolidação do Metaverso e seu processo de popularização, para que a nova tecnologia avance de modo eficaz e acessível.

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ARTIGO

POR REGINALDO SANTOS Diretor Executivo da Provider IT

Na esteira da inovação, setor financeiro se prepara para a nova moeda digital brasileira

O

setor financeiro tem experimentado de perto o universo da tecnologia. No Brasil, enquanto a população acostumava-se com nova a ferramenta de pagamentos instantâneos (PIX), o Banco Central do Brasil (BC) inovava mais uma vez com o Open Banking -- e sua evolução, o Open Finance. Embora esta última esteja em um momento de aceitação e aprendizagem por parte dos correntistas, os números relacionados ao PIX demonstram que os brasileiros estão propensos a inovações tecnológicas. Segundo dados do BC, em dezembro de 2021, já eram mais de 380 milhões de chaves cadastradas na ferramenta. Subsequente a estas soluções tecnológicas, o próximo lançamento do setor será, provavelmente, a moeda digital do Banco Central. Nos últimos dois anos os investimentos em moedas digitais têm batido recordes. De acordo com a pesquisa realizada pela Hashdex, em parceria com a FGV EESP, 50% dos investidores de criptomoedas iniciaram os investimentos entre 2020 e 2021, motivo pelo qual o setor financeiro tem demonstrado cada vez mais interesse neste modelo de negócios.

As diferenças entre as moedas digitais e as criptomoedas Para que se entenda, a moeda digital, também conhecida como E-money, é qualquer moeda, dinheiro ou ativo semelhante a dinheiro, que seja gerenciado, armazenado ou trocado em sistemas de computador digital e criada com o intuito de ser utilizada para compra de produtos ou serviços pela Internet. Desta forma, as criptomoedas podem ser consideradas moedas digitais. No entanto, nem todas as moedas

digitais são criptomoedas. As moedas digitais dos Bancos Centrais, também conhecidas como CDBC’s (Central Bank Digital Currency), são moedas que sofrem regulação desses bancos, enquanto as criptomoedas são utilizadas em ambiente sem regulação de nenhum órgão oficial, sendo esse um princípio para a sua existência. Mas, afinal, o que é a nova moeda digital do Brasil? Denominada Real Digital, a nova 2022 MAGAMENT INFORMATION | 49


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ARTIGO

Essa divisão de funções permite que seja aproveitada a capilaridade e as estruturas que as instituições financeiras já possuem para atender o público, reduzindo o peso administrativo que recai sobre o próprio BC. A receptividade como desafio para as moedas digitais

moeda está em fase de testes pelo Banco Central do Brasil. Com a garantia do BC, há menos risco em utilização dessa moeda como meio de pagamento, se comparada às criptomoedas, uma vez que o BC utilizaria uma versão privada do blockchain, o que possibilitaria a rastreabilidade das transações. Neste sentido, entendemos que a segurança necessária para as transações estaria garantida, tendo em vista que o blockchain já se mostrou eficiente nesse aspecto. Em maio de 2021 o BC divulgou as diretrizes do Real Digital, com a intenção de disponibilizá-la para uma parte dos brasileiros em 2023. Em um contexto geral, o Real Digital será idêntico ao real que existe hoje, no entanto, ele não existirá fisicamente. Não será possível, por exemplo, utilizar o caixa eletrônico para transformá-lo em papel-moeda. O Real Digital ficará guardado em bancos ou carteiras digitais e só poderá ser utilizado em transações eletrônicas via internet. Em um exemplo prático,

um vendedor poderá ter o QRCODE da sua carteira digital e o comprador apontará seu smartphone, que contará com um aplicativo que realizará a leitura desse QRCODE, debitando o dinheiro da carteira digital do comprador e creditando na carteira digital do vendedor. A estrutura de funcionamento do Real Digital Os bancos centrais têm demonstrado preferência por modelos de CBDC’s com arquitetura em dois níveis. Nesse desenho, o BC é o emissor da moeda digital e pode ser também o administrador do sistema de liquidação das transferências. Entretanto, são as instituições financeiras autorizadas que abrem contas para o público. Na China, o projeto do yuan digital, oficialmente chamado Pagamento Eletrônico por Moeda Digital, está sendo desenvolvido em conjunto pelo BC Chinês, bancos comerciais e gigantes da tecnologia.

Como toda novidade que envolve o bolso do brasileiro, a implementação do Real Digital precisará de tempo para que ganhe a confiança do consumidor. Ainda estamos vivenciando a crise econômica causada pela pandemia e apenas após a recuperação econômica é que novidades como essa ganharão força. Diferentemente do PIX, que é mais um meio de pagamento eletrônico, o Real Digital certamente vai contar com a desconfiança, principalmente, do grande público, que não está totalmente engajado no universo do mercado financeiro. O aspecto da rastreabilidade poderá assustar inicialmente, dado que 100% das informações de operações em Real Digital vão estar à disposição da Autoridade Monetária. Isso certamente será uma barreira a ser vencida e só com o tempo o mercado irá se adaptar e depositar a sua confiança nessa nova realidade. Entretanto, as empresas, assim como os cidadãos, terão no Real Digital mais um elemento de movimentação bancária à disposição. A implementação certamente virá acompanhada de facilidades para operacionalização com observância da experiência do cliente.

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POR KAREL VAN DER POEL vice-presidente sênior de produtos NowX na ServiceNow

Por que a hiperautomação deve estar no topo de sua lista de prioridades para 2022

É

seguro dizer que 2021 foi um ano exaustivo para as organizações e seus colaboradores. Após dois anos de pandemia, ficou evidente a necessidade por processos empresariais ágeis, baseados na nuvem e centrados nos funcionários, que permitam que as organizações respondam rapidamente às mudanças nas condições de mercado e nas demandas dos clientes. É aí que entra a hiperautomação, uma abordagem aumentada de automação que utiliza tecnologias como descoberta e mineração de processos, desenvolvimento de aplicativos com low code e automação robótica de processos (RPA, na sigla em inglês), entre outras, para simplificar as operações. Indicada pelo Gartner como uma das principais tendências em tecnologias estratégicas para 2022, a hiperautomação oferece a capacidade de acelerar o cresci-

mento e a resiliência dos negócios. Conforme vão amadurecendo, as tecnologias por trás da hiperautomação abrem novas possibilidades para empresas novas e antigas. Para as já consolidadas, a hiperautomação é um acréscimo valioso aos projetos de transformação digital que elas já possuem, permitindo-lhes avançar rapida-

mente enquanto realizam outras transformações ambiciosas. Para empresas menores, a hiperautomação possibilita que façam mais com os recursos que têm, aumentando tanto a efetividade de custos como a produtividade. Eis por que vale a pena priorizar 2022 MAGAMENT INFORMATION | 53


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ARTIGO

a hiperautomação em 2022. A hiperautomação acelera transformação digital

a

Uma coisa que líderes de tecnologia precisam sempre lembrar é que a maioria das companhias não nasceu na nuvem. Muitas das empresas da Fortune 500 estão em estágios variados de suas jornadas de transformação digital, especialmente as que já têm uma certa idade. Muitas vezes, essas companhias não estão lidando com um único sistema legal, e sim com vários – alguns recentes, outros antigos, alguns muito customizados etc. Para essas companhias, a transformação digital abrange décadas de sistemas, difíceis de mover, mudar ou substituir. A velocidade com que essas empresas podem se transformar é, portanto, afetada negativamente pela complexidade desses sistemas. A hiperautomação pode ser um conjunto poderoso de ferramentas para companhias nessas condições. Por exemplo, ela pode utilizar a mineração de processos para analisar registros de sistemas e entender como os processos de fato funcionam em uma organização. Também pode lançar mão da descoberta de processos (process discovery) para identificar em quais tarefas banais e repetitivas – tais como entradas de dados espalhadas por múltiplos sistemas – os colaboradores se veem envolvidos. Uma vez que as companhias entendem como os velhos sistemas são usados, seus times

podem implementar tecnologias de hiperautomação para simplificar os processos. Além disso, no caso de sistemas que não possuem interfaces de usuário ou interfaces de programação de aplicações (APIs) modernas, é possível extrair um poder tremendo da RPA para automatizar tarefas e processos. Depois de serem captados corretamente a partir dos aplicativos existentes, os dados podem ser processados com técnicas de IA/ ML para aumentar a velocidade. Isso faz da hiperautomação uma ferramenta estratégica, que permite que as organizações conectem várias fontes de dados – sejam modernas, sejam legadas ou desestruturadas –, analisem processos empresariais, automatizem tarefas triviais e desenvolvam soluções de ponta a ponta. As oportunidades da hiperautomação estão por toda parte É fácil pensar que tudo já está automatizado, mas isso certamente não é o caso de muitas funções de atendimento e administrativas. Vejamos um cenário típico de linha de frente. Agentes de atendimento ao cliente no setor de telecomunicações frequentemente lidam com solicitações de clientes relativas a pagamentos. Esses agentes precisam puxar as informações de pagamento dos clientes a partir de diferentes ferramentas de CRM. Como a maioria das operadoras de telecomunicações existem há décadas, geralmente já adquiriram várias ferra-

mentas de CRM, que precisam ser consultadas separadamente. Isso cria um “déficit de sistema”, que impacta a produtividade do atendente e prolonga os tempos de chamada, piorando a experiência de cliente. A hiperautomação pode resolver isso usando bots para recuperar dados de sistemas legados mais antigos que não possuem APIs adequadas. O desenvolvimento de aplicativos low code e a conectividade de API podem, então, criar rapidamente uma solução que compile perfeitamente todas as informações de pagamento do cliente, em uma experiência moderna e colocando todas as informações necessárias ao alcance dos agentes de atendimento ao cliente. Casos de uso da hiperautomação também são encontrados em áreas operacionais e administrativas. Por exemplo, muitos documentos – como recibos de envio – são recebidos em formulários impressos ou arquivos digitais em PDF que precisam ser escaneados ou inseridos manualmente. Porém, trata-se de uma tarefa sujeita a erros que pode ser automatizada. Com visão computacional e modelos de IA, imagens são captadas e dados são processados nos sistemas secundários (backend) apropriados, com alta velocidade e grande precisão. Ao mesmo tempo, muitos sistemas de gestão (ERP) ficaram mais complexos e precisam ser gerenciados manualmente. Como resultado, departamentos como o financeiro lidam com tarefas manuais e repetitivas de inserção de

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ARTIGO

dados, sempre propensas a erros, em atividades como planejamento, aquisições, contabilidade, relatórios e outras. Implementando kits de ferramentas de hiperautomação, os departamentos financeiros conseguem entender melhor esses processos de ponta a ponta por meio de mineração e descoberta de processos, além de obterem diretrizes para melhorar seus processos com o uso combinado de RPA, desenvolvimento de aplicativos com pouco código e técnicas de integração.

No fim das contas, o que muitas empresas querem saber é onde a hiperautomação entra em seus esforços de transformação digital já existentes e em andamento. Substituir sistemas legados e deslocar fluxos de trabalho para a nuvem pode levar anos, e muitas companhias não têm esse tempo todo. Felizmente, o grande poder da hiperautomação é fazer com que as empresas acelerem partes de suas operações paralelamente a seus roteiros de transformação digital para o longo prazo.

A hiperautomação pode amplificar esforços já existentes de transformação digital

As empresas não precisam substituir seus sistemas da noite para o dia. Ao invés disso, podem usar a hiperautomação para

desenvolver maneiras mais eficientes de esses sistemas trabalharem juntos. A hiperautomação pode ser tão interativa ou tão revolucionária quanto as organizações quiserem que ela seja. Pegue como exemplo os casos de uso da hiperautomação citados acima. Os processos contemplados pela hiperautomação não são particularmente complicados, mas todos eles têm uma coisa em comum: são banais e estão sujeitos a erros. Automatizar esses tipos de tarefa tem sido ideal para a adoção inicial da hiperautomação, e minha previsão é de que continuaremos vendo ainda mais aplicações surgirem neste ano.

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ARTIGO

POR PATRICK BAUDON Diretor comercial de Energy & Utilities da Engineering

IA, Big Data e IoT puxam investimentos no saneamento para atender à agenda ESG e ao Novo Marco Legal

O

saneamento básico é um dos principais assuntos relacionados ao desenvolvimento social e econômico do País e existe grande pressão de seu alinhamento com foco nos resultados ambientais, sociais e de governança (ESG). E, embora o setor ainda tenha um relativo atraso em evolução tecnológica quando comparado a outros setores da

economia, a projeção é de que o saneamento receba nos próximos anos um montante de recursos em um ritmo nunca observado, aponta pesquisa realizada pela EY e a Abdib.

vel de perda de água de 51% para 33% até 2033. Além disso, atualmente apenas 55% da população brasileira é coberta com rede de esgoto e 84,1% com abastecimento de água por rede.

A necessidade de investimentos rápidos e certeiros é puxada pelo Marco Legal do Saneamento Básico, que prevê redução do ní-

Pelo Marco Legal, empresas do setor precisam atender 99% da população com água potável e 90% com coleta e tratamen2022 MAGAMENT INFORMATION | 59


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ARTIGO

suspeitos de consumo. Além de possibilitar uma gestão mais eficiente para as empresas de saneamento, a IA gera diversos ganhos como a economia direta em energia, que corresponde a 40% dos custos do tratamento de água, produtos químicos, uso de equipamentos, diminuição de atividades sobrepostas e melhor direcionamento de seus investimentos, entre outros aspectos.

to de esgotos até 31 de dezembro de 2033. Outro ponto que traz uma revolução no setor é que, desde 2021, empresas privadas podem concorrer em leilões de concessões de empresas de saneamento, o que gera a necessidade de grandes investimentos para que exista uma governança completa em termos de sistemas e dados, e a possibilidade de escalonamento, já pensando na entrada de novas concessões na operação. Com isso, grandes investimentos serão feitos e a tecnologia será a habilitadora para atingir esses objetivos desafiadores. O uso da de tecnologias como Inteligência Artificial, Big Data

e de dispositivos IoT (Internet das Coisas) entram como artifício fundamental na gestão de perdas, tanto técnicas quanto comerciais, e trazem a possibilidade de rastrear e coletar dados para apoiar na tomada de decisão, na predição de eventos, no combate aos vazamentos, nas falhas nos sistemas de medição e nas ligações clandestinas entre outros indicadores. Com a IA, é possível agilizar processos que antes demoravam de 30 a 45 dias para se gerar uma informação e, agora, passamos a tê-la em tempo real, assim como é possível obter insights preditivos de ações, como o volume de água que um bairro vai consumir em determinado horário para monitorar padrões

Já para o consumidor, o uso de tecnologias promove a melhoria no serviço prestado e no atendimento pelos canais de comunicação. É possível, por exemplo, desenvolver soluções que apoiem o usuário a ter mais entendimento da sua fatura, além de promover a autoleitura do seu consumo de água e fornecer informações sobre interrupções de fornecimento em sua região, entre outros serviços. Para atingir as metas do Novo Marco Legal, as empresas precisam reduzir o nível nacional de perdas de água, assim como se alinhar à agenda ESG e fazer uma gestão com visão globalizada. Estes desafios só serão possíveis com a mudança de gestão, objetivando a melhoria de processos e o investimento em infraestrutura e inovação. O investimento em tecnologia permitirá às empresas terem uma maior assertividade em todos esses processos, possibilitando uma tomada de decisão baseada em fatos e a melhoria contínua do atendimento ao cliente.

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ARTIGO

POR LUIZ CERVI CEO da EEmovel, plataforma de inteligência imobiliária

Mercado imobiliário: Inteligência Artificial a nosso favor

R

ecentemente, o deputado Eduardo Bismarck (PDT-CE), divulgou um texto a respeito da criação do marco legal do desenvolvimento e uso da inteligência artificial pelo poder público, pessoas físicas, empresas e outras entidades, que foi aprovado pela Câmara dos Deputados. A iniciativa tem como objetivo estabelecer os fundamentos do uso dessa tecnologia, como

respeitar os direitos humanos, a democracia, a igualdade e a privacidade de dados, entre outras coisas, para estimular a aplicação da IA e proteger os cidadãos de seu mau uso. O projeto ainda está em debate no Congresso Nacional, mas a atitude nos mostra que a Inteligência Artificial fará, cada vez mais, parte do cotidiano. Essa tecnologia já é aplicada em di-

versos setores, como na segurança pública e privada, saúde e recursos humanos e, obviamente, já chegou também no mercado imobiliário. Nosso setor tem como característica ser conservador em relação às mudanças e, muitas vezes, resistente à transformação digital. Contudo, essa realidade tem mudado bastante nos últimos 2022 MAGAMENT INFORMATION | 63


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ARTIGO

anos. Existem empresas que já nascem digitalizadas e, por isso, saem à frente nos resultados em comparação às empresas mais conservadoras. A ascensão das proptechs é a maior prova de que o mercado deve se abrir para as novidades. De acordo com o Mapa das Construtechs & Proptechs Brasil 2021, o setor de construtechs e proptechs cresceu 23% em 2020, em comparação com 2019. A projeção para este ano é de crescimento de 35%, segundo a Associação Brasileira de Incorpo-

radoras Imobiliárias (Abrainc). Em relação à Inteligência Artificial, o mercado imobiliário pode e deve usufruir deste recurso para otimizar processos, ter mais segurança, identificar leads qualificados e melhorar a pesquisa por imóveis, por exemplo, melhorando o trabalho dos consultores, corretores, investidores e incorporadoras. Não faz mais sentido realizarmos tarefas que um software ou aplicativo podem realizar por nós. É muito mais produtivo contarmos com a IA a nosso favor, e

direcionarmos nossos esforços para o relacionamento com os clientes, por exemplo. Levando em consideração todos os estudos e pesquisas sobre o tema, independente de ser focada no mercado imobiliário, a conclusão que temos é que a Inteligência Artificial já faz parte da rotina dos clientes e, ao procurar uma imobiliária ou um corretor, eles já contam que o serviço prestado será tecnológico, moderno e inteligente. Empresas e profissionais que oferecerem menos que isso, fatalmente irão desaparecer do mercado.

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ARTIGO

POR DIOGO LIMA Software Architect na AP Interactive

Onde está a Inteligência Artificial (IA)?

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Inteligência Artificial surgiu com a necessidade de fazer com que os computadores pensassem e agissem como um humano. Imagina-se que a IA foi criada após o período de Segunda Guerra Mundial envolvendo diversos cientistas como Alan Turing e os pesquisadores Marvin Minsky, John McCarthy, Allen Newell e Herbert A, tendo sua origem em 1956. A IA fez seu primeiro marco para história com o teste denominado como Teste de Turing, em que seu intuito era realizar avaliações e saber se seria possível em uma conversa por escrito, a máquina se passar por um ser humano. Mas e hoje, onde está a IA? Em 1964 tivemos o primeiro chatbot do mundo chamado ELIZA, utilizado para dar respostas automáticas. Já pararam para pensar em quantos chatbots interagimos ou somos convidados a interagir hoje?

Os chatbots são somente uma parte, diga-se de passagem, perto do que já temos, usamos e muitas vezes nem percebemos. Que tal identificarmos um pouco da IA que nos cercam hoje em dia? Basicamente, todos os sistemas de gestão de empresas de médio/grande porte utilizam sistemas de gestão, que com base em coleta de dados contínua da

empresa, retornam informações processadas para auxiliar nas tomadas de decisão do gestor. McDonald’s, por exemplo, usa a IA para terem maiores chances de acerto sobre localidades e públicos-alvo na abertura de uma nova loja, para saber quais lanches deverão ser mais ofertados naquela região. Netflix, como outro exemplo, usam a IA para traçar um perfil sobre quem o usa, en2022 MAGAMENT INFORMATION | 67


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ARTIGO

tender quais gêneros de filmes/ séries recomendar e quais capas usar nestes filmes/séries para que tornem estes mais atrativos para quem navega pelo seu vasto mundo de streaming. Os negócios de áreas financeiras usam a IA para fazerem a análise de risco para somente depois decidirem se podem liberar, quanto liberar ou não liberar créditos a seus clientes. Temos também a IA em nossa palma da mão, ou em nossos pulsos. Todos Smartphones e grande parte dos Smartwatches, contam com alguma assistente virtual (Google, Siri, Alexa, Bixby, …). A IA trabalha para identificar sua voz, te definir como dono daquele dispositivo e assim começar a traçar formas diferentes de

executar o mesmo comando para você. Atualmente, já é possível ver em algumas casas pequenas automações como ligar/desligar o ar-condicionado e ajustar sua temperatura, ligar/desligar TV/ Luzes/Tomadas, tudo isso sendo controlado por algum assiste virtual espalhado pela casa, pois grande parte dos dispositivos já vem com essas funcionalidades. Também usado por milhões de usuários no mundo, o Waze conta com a Inteligência Artificial desde o momento em que te localiza, ele a usa para definir a melhor rota, e te acompanha a cada metro, passando informações do seu trajeto, recalculando tempo e rotas quando preciso e até usa a IA para identificar modificações nas vias a todo momento, se atualizando o mais rápido possível com as mudanças das vias pelo mundo.

Enfim, o objetivo desse artigo é tentar refletir um pouco sobre como a IA é usada hoje por nós em todos os lugares, além demonstrar que no mundo corporativo usar a Inteligência Artificial, pode te ajudar a reduzir e muito os riscos de seu negócio e sair bem à frente dos concorrentes. Se pararmos para refletir um pouco, veremos IA em tudo, hoje vemos como um simples desejo falado próximo de nossos smartphones geram propagandas por onde navegamos, notificações em nossos smartphones, sejam de viagens, produtos etc., lá está ela (IA), trabalhando muitas vezes com mais velocidade e qualidade do que um ser humano teria. E você, já encontrou alguma Inteligência artificial no seu dia a dia?

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ARTIGO

POR CRISTINA MOLDOVAN gerente de desenvolvimento de negócios e vendas do Endpoint Protector by CoSoSys

Uso de soluções de DLP mitigam ciberataques em empresas de TI com ameaças internas e colaboradores mal-intencionados que podem vender dados de soluções para as empresas concorrentes.

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om a Lei Geral da Proteção de Dados (LGPD) em vigor no Brasil, diversas empresas de TI (Tecnologia da Informação) viram suas demandas crescerem devido à procura por soluções que garantissem a proteção dos dados. Mas, assim como qualquer negócio que faça uso de dados, essas mesmas empresas de TI também podem ser alvos de vazamento de informações. Entre os dados sensíveis que as empresas do setor de tecnologia armazenam e que estão suscetíveis, ou seja, precisam de proteção contra-ataques, estão os de proprieda-

de intelectual, como direitos autorais e segredos comerciais, assim como as informações de identificação pessoal, os dados de colaboradores e os roteiros de produtos, entre outros. Com a ida dos colaboradores para o home office ou mesmo no modelo híbrido, eles passaram a enfrentar novos desafios na realização de tarefas, nos quais precisaram improvisar soluções em tempo real - na maioria das vezes usando aplicativos e softwares não autorizados. Com isso, o sistema e os dados ficaram mais expostos. Além dessa vulnerabilidade, as empresas ainda precisam lidar

Uma alternativa para evitar tais danos é a adoção de soluções de Data Loss Prevetion, DLP, (em português, Prevenção de Perda de Dados), que proporcionam às empresas de TI a redução do risco de violação de dados, a conformidade regulatória com a LGPD e a mitigação de ameaças internas. Por meio dessas ferramentas, é possível, com de políticas pré-definidas, inclusive de compliance, bloquear informações desejadas, isto é, impossibilitando que os dados escolhidos sejam repassados via e-mail, USB e impressos, entre outros. Além disso, as empresas podem usar o software de DLP para monitorar informações confidenciais. O risco com o vazamento de informações é algo que virou rotina nas empresas. Portanto, as organizações de TI não devem ficar preocupadas apenas em oferecer proteção a seus clientes, mas também pensar em sua rotina e os desafios que existem em seus sistemas. Atitudes, como lembrar os funcionários das melhores práticas de segurança, somadas ao uso de soluções tecnológicas, como a de DLP, ajudam a manter um ambiente interno ainda mais seguro. 2022 MAGAMENT INFORMATION | 71


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ARTIGO

POR AMANDA BORBA Comunicação e Marketing em HDB Systems

Soluções híbridas abrangerão 30% das automações no jurídico

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oluções híbridas, de “human-in-the-loop” serão 30% das ofertas de automação na área jurídica até 2025, segunda a Gartner. Essa tendência cresce de acordo com a necessidade do elemento humano devido à complexidade de alguns processos. Apesar da crescente demanda por maior automação e crescente sofisticação das inovações tecnológicas, o machine learning (ML) e as soluções para equipes jurídicas terão dificuldades com os altos níveis de conhecimento de

domínio exigidos e as altas taxas de exceções esperadas. “Há pouca dúvida de que o crescimento no trabalho jurídico está superando o crescimento no número de funcionários jurídicos. À primeira vista, isso pode fazer com que as soluções de automação avançada pareçam muito atraentes para os líderes”, disse Zack Hutto, diretor de consultoria na prática Gartner Legal & Compliance. “A questão é se o departamento jurídico tem os recursos

necessários para personalizar e configurar sistemas avançados de ML. Pois eles serão necessários para permitir que eles lidem com os cenários únicos e as exceções frequentes.” Direcionar para a automação O departamento jurídico ficou para trás de muitas outros nichos de negócios em relação à automação, mas as atitudes dos líderes em relação a essa tecnologia suavizaram desde que a pandemia acen2022 MAGAMENT INFORMATION | 73


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A VELOCIDADE que os processos

de RH

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Processos automáticos e mais ágeis de RH

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Formalização e análise documental dos prontuários ativos e inativos

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Assinatura eletrônica de documentos para validação

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ARTIGO

tuou a carga de trabalho e deixou advogados exaustos. Os fornecedores, encorajados por notáveis sucessos ​​ com automação em outras funções de negócios, estão ansiosos para promover suas capacidades e abrir novos mercados. No entanto, os provedores de soluções enfrentam ventos contrários na complexidade dos fluxos de trabalho jurídicos. Além disso, sofrem com tolerâncias de risco diferentes entre as organizações e processos inconsistentes que não apenas enfraquecem os retornos, mas também dificultam a captura de informações necessárias para o treinamento de soluções de ML. “Os departamentos jurídicos não devem evitar a automação”, disse Hutto. “Mas as fundações certas devem estar no lugar. A automação – especialmente técnicas sofisticadas orientadas por IA – não deve ser vista como uma solução rápida para problemas antigos. Resolver os desafios de automação exigirá maior disciplina de processos nas equipes jurídicas para que os dados jurídicos sejam consistentes e compreensíveis para os sistemas de machine learning. Também requer uma combinação cuidadosa de experiência técnica e conhecimento jurídico que pode configurar e treinar soluções de ML no contexto específico de uma organização. “Esse tipo de experiência em machine learning sob demanda, juntamente com o entendimento legal, será difícil e caro de encontrar. Na realidade, a contratação dessa capacidade não será muito escalável para a maioria dos departamentos jurídicos corporativos”, disse Hutto.

“Também há tanta complexidade para lidar com o trabalho jurídico que parece improvável que haja soluções de base ampla e eficazes disponíveis dentro de três anos.”

departamentos jurídicos tiverem especialistas em machine learning que possam realmente entender a complexidade dos problemas jurídicos no contexto de suas organizações.”

Soluções Híbridas

Essa mudança representa uma diferença marcante em relação às ofertas atuais do mercado, que podem fornecer soluções de automação com pouco ou nenhum código, mas colocam o ônus sobre os usuários finais para desenvolver suas plataformas. Essa é uma perspectiva desafiadora para os departamentos jurídicos internos, devido aos conjuntos de habilidades existentes e aos recursos já sobrecarregados. No entanto, espera-se que o aumento da demanda das equipes jurídicas corporativas continue, juntamente com aquisições significativas e investimentos de capital de risco nos mercados de tecnologia jurídica.

Soluções que tentam automatizar o trabalho jurídico atualmente tendem a demonstrar taxas de erro e exceção bastante altas em comparação com outras funções de negócios. Parte do problema é que os ativos de dados entre usuários são bastante distintos. Dessa forma, uma solução de ML treinada em uma empresa provavelmente será inútil quando aplicada a outra empresa. “Soluções híbridas, ‘humano-in-the-loop’, combinando equipe e software, vencerão, com o conhecimento de domínio necessário vindo das empresas de tecnologia e não dos próprios departamentos jurídicos”, disse Hutto. “Um ponto de inflexão de produtividade na automação jurídica ocorrerá quando os

Fonte: Gartner (Gartner Predicts That “Human-in-the-Loop” Solutions Will Comprise 30% of New Legal Tech Automation Offerings by 2025)

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ARTIGO

POR FABIANO NAGAMATSU co - fundador da Osten Moove e mentor de negócios no InovAtiva Brasil

Como construir experiências no metaverso do real. Lá, se estiver disponível, eu posso adquirir o prédio do SBT, por exemplo. E depois eu posso vendê-lo à emissora

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onstruir no metaverso significa proporcionar experiências únicas para nossos clientes. Tudo aquilo que você não consegue ser na vida física, você pode ser no mundo virtual. Seu avatar pode te levar para onde quiser e te permitir experimentar coisas novas o tempo todo. Ainda que o metaverso esteja mais do que popular, tenho notado que ele ainda é um tema muito abstrato para a grande maioria das pessoas que não trabalham com o universo da tecnologia. Por isso, me proponho a explicar algumas questões básicas sobre como as experiências são produzidas e como qualquer um pode tirar proveito delas.

Antes de qualquer coisa: para ser um usuário do metaverso, não é preciso investir. Nós conseguimos acessá-lo hoje por meio dos óculos de realidade aumentada, mas também pelo computador ou smartphone. Hoje, quase 5 milhões de brasileiros já são usuários cadastrados. No entanto, para efetivamente construir sua experiência no ambiente virtual, é preciso comprar um terreno. Da mesma forma em que se compra um espaço físico para construir uma casa ou uma loja. Existem diferentes plataformas de metaverso. Algumas delas têm um design mais gamer, como quadradinhos de Lego. Outras, são como um mapa mundi, e tem tudo o que temos no nosso mun-

Geralmente, essas plataformas são desenvolvidas por empresas de games. Precisam ser corporações que disponham de um servidor muito robusto -- principalmente aquelas que oferecem uma experiência mais real. Elas são mais pesadas e ele precisa ser capaz de sustentá-las. Uma vez que você compra seu terreno, é imprescindível ter uma equipe muito bem preparada para produzir a experiência. São desenvolvedores 3D, sonorizadores, arte finalistas, produtores, modeladores, animadores, videomakers, entre outros. É preciso que os avatares se movimentem de forma natural para que a ilusão não se quebre. Então é possível criar eventos, shows, ou até um ambiente de trabalho à distância, onde você pode tomar um cafezinho na copa com seu colega mesmo de casa. Se tratando de uma realidade virtual, tudo que se comercializa no metaverso é NFT. Isso porque o “Token Não Fungível” é uma tecnologia que serve para cadastrar e dar valor monetário a uma propriedade virtual e única. A partir do momento em que eu compro um carro, um prédio ou até uma caneca no metaverso, ela é minha e de mais ninguém. Isso é possível por 2022 MAGAMENT INFORMATION | 77


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ARTIGO

meio do Blockchain, que garante a segurança da minha compra. Essa compra é feita por criptomoedas. Temos também uma moeda específica no metaverso: a Ether, nome que vem de “eterno”. Ela tem se valorizado exorbitantemente. Ela é ligada a uma plataforma específica, chamada Etherium, e hoje vale mais de US$ 2.600. Já existem várias empresas utilizando o metaverso como parte de sua estratégia de vendas. A Nike é uma delas, que criou a Nike Land -- eles criam tênis digitais para estilizar seus avatares e atraem os amantes do esporte para seu espaço. O Itaú também tomou a iniciativa para atrair o público gamer, além da Renner, que desenvolveu uma parceria com um game para atrair também as atenções no mundo virtual, com uma enquete interativa de escolha de estampas para as peças. Além da Microsoft, NVidia e Epic Games, que construíram suas próprias experiências. Entre startups, a InspireIP foi a primeira brasileira a comprar um terreno no metaverso. Compramos para poder começar a explorar essa

opção e propiciar uma experiência interessante para nossos clientes, por meio do lançamento de produtos e serviços, apresentação de games, desenvolvimento de eventos para startups e empresas que queiram inovar -- como palestras, oficinas e meetups. A partir do segundo trimestre, vamos começar a disponibilizar eventos para negócios que queiram mergulhar no mundo da tecnologia e esperamos atrair empresários, empreendedores, estudantes e curiosos. A transição para o metaverso tem sido acelerada pelo progresso tecnológico e introdução do 5G, que propicia a redução sensível de latência, ou seja, maior agilidade da informação e maior qualidade gráfica. Além disso, a experiência do público nas redes sociais já iniciou o costume de ter uma presença online e se relacionar virtualmente. O efeito pandemia, sem dúvida, teve muito a ver com essa imersão no mundo digital. Daqui para o metaverso, é uma evolução natural. No entanto, não se pode deixar de lado tudo o que aprendemos com o

marketing digital até hoje. Se seu objetivo é criar uma experiência imersiva para seus clientes, não se esqueça de quem eles são e o que procuram. Temos que tomar cuidado em lançar algo no metaverso, pois isso deve estar bem alinhado com o público e a persona. Devemos pensar estrategicamente em todas as pontas, pois é a comunidade de fãs que gera o engajamento e o sucesso do produto ou serviço lançado. Não podemos lançar uma moto de luxo no metaverso, por exemplo, com a linguagem cheia de gírias e com ações que prejudiquem a marca, como tirar rachas, subir em calçadas ou passar no sinal vermelho. Por outro lado, um exemplo de uma experiência excelente foi o show do rapper Travis Scott na plataforma do Fortnite. Originalmente um game, o Fortnite hoje tem sido chamado da rede social do metaverso. Além de jogar, os usuários podem ver shows, interagir com outras pessoas e assistir outras coisas. A audiência desse show pôde participar próximo ao avatar gigante do rapper. Em um momento ele saiu do palco e se envolveu com fogo, conseguindo mudar de cenário e interagir com os outros avatares. Foi um sucesso absoluto porque seus fãs puderam dançar, entrar na água e acompanhar o músico em todos os momentos. Hoje em dia, as marcas têm o dever de defender muito sua persona e pensar na experiência do seu usuário. Foi isso que aconteceu durante o show do Travis Scott. Independentemente do segmento de atuação, é a criação de comunidades de fãs que determina o sucesso de uma empresa no mercado.

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ARTIGO

POR CAROL LAGOA co-founder da Witec IT Solutions e da Falando em Nuvem.

Segurança de dados: o essencial que ninguém vê

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informação representa um dos bens mais preciosos destes tempos modernos e, no contexto empresarial, não poderia ser diferente. Diante disso, garantir a segurança de dados corporativos tornou-se urgente. Assim, a pergunta que sempre faço é se as empresas sabem como preservar as informações internas e, principalmente, dos seus clientes? Com a LGPD , o vazamento de dados passou a ser abordado com muito mais critério , de forma que a sua ocorrência pode ser penalizada, trazendo sérios prejuízos ao empresariado. Para melhor entendimento do tema, elenquei quatro importantes pontos relacionando ao tema: Segurança de dados e sua importância Como visto, a informação é um dos recursos mais valiosos que

pessoas e empresas podem ter nos dias de hoje, e grande parte dos dados (tanto pessoais como corporativos) se encontra no meio virtual. É por isso que a segurança de dados vem se mostrando tão importante. Afinal, ela protege a informação que circula pelos computadores e dispositivos móveis.

Em um mercado cada vez mais competitivo, é importantíssimo proteger os dados da companhia da concorrência e, mais que isso, mantê-los à disposição, de forma segura, para consulta e também para a manutenção do relacionamento com o cliente. A segurança de dados nas empresas abrange tudo o que envolve a proteção de informações de 2022 MAGAMENT INFORMATION | 81


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ARTIGO

pessoas físicas e jurídicas por meio de técnicas e ferramentas. Ela está fundamentada nos seguintes princípios: • Confidencialidade: garante que o acesso aos dados da organização seja restrito às pessoas autorizadas; • Autenticidade e integridade: preservam as características originais das informações, impedindo que elas sofram alterações - seja por descuido de um colaborador ou por ataques de hackers; Vale lembrar que, dependendo das transformações que forem feitas nos documentos, como a mudança de valores previamente registrados, a empresa pode se ver diante de enormes prejuízos. Segurança de dados na prática Para garantir que os dados da sua empresa não sejam roubados, repassados e adulterados, é importante contratar um serviço de TI que ofereça soluções em segurança. Nesse sentido, fique atento se a prestadora funciona 24 horas por dia, sete dias por semana e dispõe de uma equipe especializada, que irá assegurar a máxima segurança dos dados. Tendo isso em mente, será possível promover a segurança de dados em seu empreen-

dimento, por meio das práticas seguintes práticas: • Digitalizando os documentos da empresa - Em um passado nem tão distante, as informações de extrema importância das empresas eram acumuladas em documentos em papel. Essa atitude ficou ultrapassada e digitalizar os documentos a substituiu. Detalhe: essa digitalização está diretamente relacionada aos pilares da segurança da informação. Afinal, os dados passam a contar com o sigilo, estão sempre facilmente disponíveis aos usuários autorizados e dificilmente são perdidos de maneira irreversível. • Usando a Cloud Computing - O serviço de armazenamento na nuvem - também chamado de Cloud Computing - tem se mostrado como a alternativa mais segura e prática para informações sigilosas e estratégicas. Além

disso, esse serviço está disponível para qualquer empresa, a um preço acessível e praticamente sem custos de manutenção. Por fim, permite que os dados da empresa sejam acessados de qualquer lugar a partir dos mais diversos dispositivos com acesso à Internet, desde que o usuário tenha autorização para tal. • Promovendo treinamentos de pessoal - Quando o assunto é segurança de dados, muitas empresas se preocupam apenas em capacitar as equipes de TI, mas e os profissionais que lidam diariamente com uma quantidade absurda de dados, como os de RH? Os gestores não podem negligenciá-los nesse sentido. Por isso, é necessário que todos esses colaboradores passem por algum tipo de treinamento de cibersegurança. • Criando senhas mais complexas - De que adianta digitali-

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ARTIGO

zar os documentos da empresa e arquivá-los na nuvem se não houver o cuidado de criar senhas complexas e atualizá-las com certa frequência. O ideal é que o próprio sistema barre o acesso dos usuários que não fizerem a atualização obrigatória. • Utilizando aplicativos de segurança - Contar com um bom pacote de aplicativos de segurança é uma ótima opção para garantir a segurança de dados do seu empreendimento. Nesse sentido, é preciso adotar um antivírus eficiente, ter um bom firewall e, principalmente, manter-se atento às novidades tecnológicas que podem beneficiar essa área. Fique em dia com a LGPD

O investimento em cibersegurança muitas vezes é subestimado, principalmente porque ele não é muito notado pelos clientes. Porém, a Lei Geral de Proteção de Dados, em vigor desde setembro de 2020 , exige uma nova postura das empresas com relação ao tratamento de dados dos consumidores. Então, utilizando as práticas citadas no tópico anterior, as organizações deverão controlar rigorosamente o que é feito com as informações de cada cliente. Isso porque o não cumprimento das regras abordadas na LGPD pode acarretar sérios prejuízos para as empresas, como medidas corretivas, multa de até 2% do faturamento da empresa e até proibição de continuar exercendo as atividades.

Benefícios trazidos pela segurança de dados Antes de finalizar é importante listar os principais benefícios possibilitados pelo investimento em segurança de dados. Veja só: • Fortalecimento dos sistemas corporativos, evitando ações de hackers e fraudes; • Mais segurança às transações financeiras; • Maior competitividade; • Mudança de cultura voltada para a melhoria contínua das atividades; • Longevidade à marca.

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ARTIGO

POR EMAURI GASPAR Co - Fundador da Run2Biz

Com trabalho remoto, Centro de Serviços Compartilhados é tendência garantida para 2022

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esenvolvido nos Estados Unidos em meados de 1980, a ideia de Centro de Serviços Compartilhados (CSC) entrou no Brasil na década seguinte e, desde então, vem conquistando campo na formação de planejamentos para o gerenciamento e aperfeiçoamento das técnicas de trabalho e produção internas e externas. E sua força total se deu nos últimos dois anos, por conta do impacto causado pela pandemia de Covid-19, fazendo com que boa parte das empresas migrasse para o home office, demandando a transferência rápida do conhecimen-

to e das informações, bem como a integração das equipes. Agora, com seguidores em todos os departamentos de negócios de variados portes e segmentos, ele se tornou peça-chave nas estratégias, principalmente de tecnologia da informação (TI), finanças, suprimentos, área jurídica, contábil e administrativa, afinal, a ferramenta está sendo vista como certeira para processos bem desenhados, integrados e simplificados. Segundo Emauri Gaspar, Co-

-Founder da Run2Biz, startup 100% nacional cuja função é preparar as empresas para a digitalização dos fluxos de trabalho nas organizações, por causa dos efeitos colaterais da necessidade de isolamento social e do carecimento de um equilíbrio de ponta no desempenho financeiro, a tendência é que as organizações adotem, cada vez mais, o CSC como parte de suas habilidades, afinal, quem tem já sabe de seus benefícios e oportunidades de melhorias, aprimorando em escala contínua os serviços prestados. “Possuir um 2022 MAGAMENT INFORMATION | 87


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ARTIGO

parceiro de CSC é sinônimo de melhora na comunicação, permitindo que os indicadores de desempenho mostrem qual é o melhor caminho a ser percorrido, pois a sua base de recursos é o conceito de organização e a estruturação de demandas, concentrando eletronicamente diversas ações operacionais de um negócio em um único local”. Ocorre que muitos empresários acreditam [ainda] que a função do CSC é unicamente centralizar atividades, mas isso é um engano, comenta Gaspar, uma vez que a ferramenta compreende o mapeamento de processos estruturados em todas as áreas na visão end to end (do começo ao fim). “Então, este é um conceito que paulatinamente está ficando para trás”.

redução de despesas técnicas e operacionais; minimização de erros, tarefas manuais, etapas repetitivas e retrabalho; ganho em escala contínua para aperfeiçoamento da qualidade; identificação de gargalos nos processos; e redução no ciclo de operação de todas as atividades. Uma ação que ganhará impulso neste ano é o uso do CSC como uma unidade geradora de faturamento, afinal, já que há a possibilidade de prestar serviços de backoffice a outras empresas, o objetivo é fazer com que o Centro de Serviços Compartilhados se amplie como uma fonte de recur-

sos inesgotáveis de complementação à atividade-fim do negócio. Saiba mais sobre a Run2Biz A Run2Biz, sempre de olho nas tendências, possui, no seu portfólio de produtos, o 4Biz, que traz ao mercado o que há de melhor em tecnologias que simplificam as atividades empresariais e que engloba as ferramentas do CSC, sendo responsável por fazer com que o fluxo de tarefas, bem como o formato de envio e troca de informações, seja unificado, ajudando na classificação e identificação de prioridades de demandas.

À frente de uma das pioneiras do setor no que diz respeito ao desenvolvimento de sistemas especializados capazes de suportar os Centros de Serviços Compartilhados, Emauri Gaspar garante algumas das vantagens da solução CSC: padronização dos processos de todas as áreas do negócio; avaliação do grau de uniformização dos procedimentos; melhora na relação com parceiros e fornecedores;

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SÓLIDES

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ARTIGO

POR GILMAR CASTRO Gestor de Segurança, especialista em gestão empresarial e Consultor Sênior Segurança Empresarial na ICTS Security

Segurança exponencial no e-commerce

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om um faturamento de bilhões no ano de 2021 e com cada vez mais adeptos, o e-commerce no Brasil tem demonstrado crescimento. Se há alguns anos as compras on-line eram cercadas de desconfianças por parte do consumidor, atualmente essa experiência de consumo tem alcançado patamares irrefutáveis e contribuído com a economia do País. Mas, o protagonismo do e-commerce tem encontrado um antagonista de peso, o crime cibernético. Os golpes virtuais têm se multiplicado com velocidade ainda maior do que aquelas prometidas nos prazos de entrega. As credenciais digitais, ainda que possuam diversas camadas de proteção, não são invioláveis. O uso de pagamentos eletrônicos desperta atenção de criminosos e fraudes diversas são realizadas com o uso dos dados pessoais por meio de malwares, que são aplicativos maliciosos, assim como o phishing, que são links que tem por objetivo capturar dados da pessoa simulando uma instituição de confiança. Recentemente grandes empresas e até governos foram vítimas de ransomware, que é um software que impede o acesso aos dados. O conjunto de riscos e perigos associados são perenes No entanto, encontram no conceito segurança exponencial no e-commerce um aliado para construir barreiras por meio de ações que, isoladas ou “em camadas”, se traduzem em soluções tanto para

as empresas, quanto ao consumidor, a saber: Operadoras de crédito, possuem sistemas e desenvolvem algoritmos cada vez mais robustos para identificar fraudes eletrônicas com base no comportamento incomum de pessoas no ambiente on-line. Além disso, estimulam o uso do cartão temporário, que pode ser gerado no momento da compra e possui limitação de uso; Os softwares de monitoramento disponibilizam ao consumidor o rastreio da mercadoria, permitindo se programar para receber ou avisar um responsável sobre a entrega; Em um nível básico, não menos importante, lembremos da importância de utilizar senhas fortes, da verificação em duas etapas, sistemas operacionais dos dispositivos eletrônicos atualizados, bem como da utilização de softwares de monitoramento e remoção de vírus; Em uma visão ampla, é altamente recomendado que os exemplos de combate a perdas citados, estejam claramente elencados em um Plano de Continuidade de Negócio que descreve medidas a serem tomadas para que os processos vitais e de segurança voltem a funcionar plenamente, num estado minimamente aceitável e o mais rápido possível, evitando assim uma paralisação

prolongada das atividades e a possibilidade de geração de prejuízos à empresa e aos fornecedores, parceiros e clientes; Ainda sobre as medidas de segurança exponencial no e-commerce, há empresas especializadas em Gerenciamento de Riscos que podem contribuir com a gestão da prevenção de perdas, mitigação de riscos e desestímulo ao desvio de cargas, alcançando também medidas de prevenção a acidentes e atendimento às condições de saúde dos motoristas. Todas essas medidas são aliadas das empresas e dos consumidores, uma vez que contribuem para que o e-commerce no Brasil continue a crescer de forma sustentável e seja disruptivo ao encontrar dificuldades, além de engajar os pequenos e grandes empreendedores para que diversifiquem, inovem e possam satisfazer as necessidades das pessoas onde quer que elas estejam. 2022 MAGAMENT INFORMATION | 91


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