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Gestão de informações, documentos e colaboração corporativa Ano 8 - Número 41 Abril de 2014 R$ 25,00

EMPRESAS LUTAM PARA ELIMINAR A PAPELADA E A BRIGA NO MERCADO DE SOLUÇÕES PAPERLESS ESTÁ ABERTA

Pesquisa Inédita Um imenso mercado para emplacar soluções de Paperless no Brasil IM41.indb 1

Big Data Governos enfrentam o volume

de dados e melhoram serviços

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do e-GOV ao SmartGov

1odia 3 eventos em 1 Confira agenda completa no site

Workshop Transparência e melhores práticas em editais de aquisição (gestão de documentos e ECM)

Conheça de perto um case de sucesso na Gestão da Informação e Documentos voltados para políticas públicas e eGOV na delegacia da Receita Federal em Brasília. *Para os 30 primeiros inscritos. Ligue para mais informações.

Brasília recebe pela quarta vez o maior encontro de gestão da informação da América Latina para discutir as iniciativas e tecnologias que irão transformar as políticas públicas e os serviços aos cidadãos. O evento marcará os novos rumos do e-Gov e SmartGov em busca de transparência pública, qualidade de vida e novos negócios no País.

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O desafio do crescimento para a nova gestão pública e o governo baseado em informações, dados e alta tecnologia

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Porque as Cidades Inteligentes irão impulsionar o desenvolvimento econômico e social dos governos

Nicolas Jodal Artech e GeneXus Engajamento do Cidadão no Governo Inteligente

Nicir Gomes Chaves Ministério da Previdência Social – Curadoria Digital e padronização dos documentos de governo.

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De 20 a 22 de Maio - Brasília H o t e l M e rc u re - E i x o M o n u m e n t a l

As novidades da edição de 2014: Visita Técnica para conhecimento de projeto in-loco; Um dia dedicado a discutir Smart-Cities e Smart-Gov; Espaço Interação para discutir temas com especialistas face-to-face; Workshop para ampliação de capacidades exigidas na função; Almoço VIP com líderes de mercado e governo; Cezar Taurion IBM Brasil - As Ondas Tecnológicas e o Governo.

Quem deve participar: Gestores Públicos; Staff de Tecnologia; Coordenadores de Projetos em Informação; Decisores de Compras governamentais, executivos de empresas; Diretores e Responsáveis pelas Estratégias Regulatórias; Autoridades do nível Executivo, Legislativo e Judiciário que atuam em políticas públicas e definem inovações em processos internos e nos serviços aos cidadãos; Responsáveis por CEDOC - Centros de Documentação; Bibliotecários.

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NESTA EDIÇÃO

NÚMERO 41 | ABRIL DE 2014

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10 Entrevista

A Microsoft adquiriu a rede social corporativa Yammer em 2012 num dos negócios mais elogiados da tecnologia. Dois anos após a compra, o trabalho de integração ainda é grande. Dois dos principais executivos da Yammer visitaram recentemente o Brasil para evengelizar o mercado. Nós conversamos com eles.

22 Paperles no Brasil

Pesquisa inédita realizada pela Information Management mostra a real situação das empresas brasileiras na luta para eliminar o papel. Os resultados mostram que há um grande interesse pelo mundo Paperless e um desejo crescente para adotar tecnologias e soluções que ajudem a automatizar processos e ganhar produtividade. Uma boa notícia para fornecedores de gestão da informação.

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Big Data no Governo A avalanche de dados gerados por pessoas conectadas e trocando informações a todo instante e em qualquer lugar é um desafio também para os governos. No Brasil, o fenômeno é enfrentado sem receio e alguns casos de sucesso começam a despontar.

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14 UpFront 14 Carreiras 46 Crônica Artigos nova Geração de Usuários 28 AAndre Facciolli

30 Flexibilidade sem

comprometer a segurança Claudio Yamashita

32 Perícia em

dispositivos móveis Ângelo Volpi e Cínthia Freitas

34 A evolução dos sistemas de informação Wilton Tamane

ou less-paper? 44 Paperless Walter W. Koch

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CARTA AO LEITOR DIRETORES

Arnaldo David arnaldo@guiabusinessmedia.com.br Eduardo David eduardo@guiabusinessmedia.com.br GERENTE ADMINISTRATIVO

Tadeu Nunes tadeu@guiabusinessmedia.com.br SUPERINTENDENTE COMERCIAL E MARKETING

Paperless, um desafio para todos

Rogério Zetune zetune@guiabusinessmedia.com.br

EDITORA

Susana Batimarchi – MTB 16022 susana@guiabusinessmedia.com.br

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m plena época na qual se discute o futuro dos negócios digitais, cloud computing, big data, aplicativos mobile, internet das coisas e social business, nós da Information Management temos orgulho de presentear o leitor com uma discussão pra lá de antiga – o desafio do paperless. Não ficamos loucos ou regredimos em nossa missão de levar ao leitor as notícias e conhecimento mais relevantes para ajudar em seus negócios e impulsionar suas carreiras. Pelo contrário. Paperless é um assunto antigo, sem dúvida, mas os dados mostrados nessa edição são inéditos e temos certeza que eles ecoarão por um bom tempo no mercado. Pela primeira vez no Brasil uma publicação especializada na área de digitalização e negócios movidos a informação dá números para o desafio da eliminação da papelada improdutiva e burocrática. E o que nós descobrimos é que há uma briga árdua em pleno andamento, além de um cenário de amplas possibilidades de ofertas de soluções e serviços que se encaixem dentro do conceito de paperless. Mais da metade das empresas brasileiras estão em dificuldades com processos morosos em papel. Há ainda um bom grupo que sequer estabeleceu as primeiras estratégias para contornar isso. Se por um lado esses resultados mostram que o adversário é duro na queda, por outro mostra que as empresas estão pedindo ajuda para entrar no mundo paperless. Fornecedores de soluções digitais e serviços de tecnologia ou terceirização devem ver com cuidado esse nosso estudo e preparar suas ofertas. No nosso dia-a-dia de conversas com players do mercado escutamos muita reclamação que as vendas não estão lá grande coisa porque o cliente não quer comprar nada. Mas nosso estudo mostra o contrário. O cliente quer sim comprar. Os números do estudo Paperless versus Paperholic são essenciais para quem quer entender o mercado atual e buscar oportunidades. Espero que gostem.

COLABORADORES

Gilberto Pavoni Junior, Ana Lúcia Moura Fé, Sônia Martinez REVISÃO

Mariana Pajuelo – MTB 49801 DIRETORA COMERCIAL

Sandra Mletchol sandra@guiabusinessmedia.com.br ASSISTENTE COMERCIAL/EVENTOS

Jéssica Alves jessica@guiabusinessmedia.com.br DIRETOR DE ARTE

Flávio Della Torre flavio@guiabusinessmedia.com.br ASSISTENTE DE ARTE

Wilson Hiramatsu wilson@guiabusinessmedia.com.br ASSISTENTE ADMINISTRATIVA

Mariana Dantas mariana@guiabusinessmedia.com.br CONSELHO EDITORIAL

Walter Kock, Wilton Tamane, Gilberto Pavoni, Márcio Teschima, Luiz Alfredo Santoyo, Gilmar Hansen, Irineu Granato, José Antonio Galves, Daniel Dias, Ângelo Volpi, Cinthia Freitas. COLABORADORES DE CONTEÚDO

Walter Kock, Wilton Tamane, Ângelo Volpi, Cinthia Freitas. ASSINATURAS | assinatura@guiabusinessmedia.com.br PUBLICIDADE | comercial@guiabusinessmedia.com.br

(11) 3392-4111 INFORMATION MANAGEMENT - Revista especializada em Gestão de Informações, Documentos e Colaboração Corporativa. É uma publicação bimestral da Editora Guia de Fornecedores Ltda. Distribuição Nacional GUIA BUSINESS MEDIA - Empresa de Comunicação com 23 anos no mercado corporativo, especializada na produção e distribuição de informações estratégica aos negócios, por meio de publicações impressas e digitais, portais de conteúdo, eventos corporativos e treinamentos profissionais. Rua Anhanguera, 627 | 01135-000 | Barra Funda | São Paulo | SP www.guiabusinessmedia.com.br

Boa Leitura.

Susana Batimarchi EDITORA

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ENTREVISTA

Neil MacCarthy e Kris Gole

Por Susana Batimarchi

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Enterprise Social Network Foi anunciado em junho de 2012, após algum tempo que os rumores estavam no ar, que a Microsoft comprou o Yammer, um site que cria mini-redes sociais corporativas fechadas e, na época, estava sendo usado por mais de 5 milhões de clientes - incluindo 85% das empresas do ranking da revista Fortune 500. A aquisição custou à Microsoft US$ 1,2 bilhão e continuou sob os cuidados do CEO David Sacks que foi integrado à divisão de Office da Microsoft, reforçando o pacote de serviços para empresas que já conta com SharePoint, Skype, Office 365 e Dynamics. Em recente visita ao Brasil, Neil MacCarthy, Gerente de Produdo, e o Vice-Presidente de Engenharia, Kris Gale, responderam algumas perguntas sobre o desempenho do Yammer no Brasil, durante o Working Social Tour, evento para integração de clientes e parceiros que acontece em várias cidades em todo o mundo. www.informationmanagement.com.br

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Information ManagementPor que a Microsoft optou pela compra do Yammer? Kris Gale - A Microsoft estava atenta ao mundo das redes sociais, principalmente no nicho das redes sociais corporativas e deu um passo importante com a compra do Yammer, por 1,2 bilhão de dólares em dinheiro. IM- O que é o Yammer? Neil McCarthy- O Yammer é uma rede social corporativa lançada em 2008 e superou a marca dos 4 milhões de usuários em apenas três anos e já é utilizada por 200 mil empresas em todo o mundo. O Yammer foi construído a partir do zero com o DNA do Facebook, pois o Presidente fundador do Facebook, Sean Parker, atua no Conselho de Administração do Yammer. Além disso, mais de 80% das empresas listadas na Fortune 500 usam o Yammer. A rede social corporativa Yammer permite aos membros dos grupos interagirem com outros usuários da mesma empresa, semelhante a um grupo fechado do Facebook, porém, com mais funcionalidades, onde se pode discutir projetos, enviar mensagens privadas, disponibilizar apresentações, arquivos, entre outras funções. Kris Gale - Parecido com o MAR / ABR 2014 | INFORMATION MANAGEMENT

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ENTREVISTA

Neil MacCarthy e Kris Gole

sistema de microblogs do Twitter, o Yammer tem a intenção de apenas funcionar com o público profissional. A ferramenta permite a criação de grupos de usuários a partir da máscara de e-mail, ou seja, tudo que vem depois do caractere ‘@’ (isso também evita que usuários comuns entrem na rede), os usuários se comunicam com perguntas simples do tipo: em que se está trabalhando, etc. Cada pessoa cria seu próprio perfil, com as informações relacionadas à função, cargo, local de trabalho, entre outras informações. IM- Como a ferramenta vem sendo utilizada no mundo, no Brasil e América Latina? Kris Gale - Algumas empresas já utilizam redes sociais corporativas como a nova intranet, conseguindo assim mais interatividade entre os funcionários de uma empresa. Além disso, uma rede social corporativa capacita os funcionários a serem mais produtivos, permitindo que a colaboração torne-se mais fácil, e as tomadas de decisões mais inteligentes e de maneira mais rápida, como também se autoorganizar em equipes para assumir qualquer projeto. As redes sociais corporativas são uma nova forma de trabalho que, naturalmente, impulsionam o alinhamento dos negócios e dão agilidade, reduzem os ciclos ou trabalho, envolvem funcionários e melhoram o relacionamento com clientes e parceiros. Isso acontece em todo o mundo, e temos usuários satisfeitos no Brasil e na América Latina.

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“Empresas tem utilizado as redes sociais corporativas como uma nova forma de trabalho, com interatividade e rapidez” C

IM- Os negócios sociais são foco de muitas empresas hoje. Podemos dizer que são foco para a Microsoft também? Neil MacCarthy - A mídia social mudou radicalmente a forma de compartilhar e se conectar com amigos e familiares, e isso terá um impacto ainda mais profundo sobre a forma como as empresas operam. Se antes compartilhar era mandar fax, e-mail, SMS, ou qualquer coisa do tipo, hoje a palavra compartilhar ganhou uma proporção imensa e não há mais limites para quando, como e onde podemos compartilhar informação. As redes sociais nos trazem a possibilidade de estarmos conectados 100% aos nossos amigos e colegas de trabalho de qualquer lugar do mundo. Kris Gale - Então as redes sociais corporativas dão às organizações a possibilidade de permitir que seus funcionários estejam conectados com outros funcionários possibilitando assim

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maior interatividade e rapidez. Já que a presença física não será tão mais importante, reduzindo assim custos de transporte, hospedagem e tempo gasto. IM- São várias as empresas que utilizam a ferramenta no mundo? Como tem se dado esta experiência? Kris Gale - Com este crescente uso das redes sociais corporativas por empresas, a Microsoft viu a oportunidade de poder estar cada vez mais presente nesse mundo, e assim, quem sabe, integrar o Yammer ao seu novo tablet, o Surface, bem como integrar o Yammer ao Office, SharePoint, Dynamics, Skype e Exchange. É uma boa estratégia, já que o Google anda pegando pesado no mundo corporativo, estimulando empresas a usarem suas soluções online para redução de custos e agilidade e tornando cada vez mais o Android, seu sistema operacional para celulares, robusto e interessante para profissionais, principalmente os ligados a área de TI.

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Mostre que sua empresa está na dianteira dos negócios sociais. Reserve já seu espaço!

O suplemento especial de maio da Information Management trará o tema de maior prioridade nas estratégias das principais empresas do mundo. A transformação do negócio em Social Business. É uma oportunidade única de adequar sua imagem com o assunto de maior destaque no mundo dos negócios atualmente.

É muito além do social media. É Social Business. Estudo - Paperless Office

Por que anunciar?

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Líderes das áreas de TI e Negócios l Staff de Mídias

Sociais l CEOS l CIOS l CTOs l CMOs l Arquitetos da Informação l Profissionais envolvidos com inovação, colaboração e processos que querem

quebrar barreiras e garantir a competitividade da empresa nos próximos anos.

Promover e valorizar seus Produtos e Soluções para um público altamente qualificado e com grande poder de decisão; Influenciar as decisões das pessoas certas, que tem poder de escolha de fornecedores e compra de tecnologias e serviços; Gerar pipeline e reduzir o ciclo de venda dos negócios; Mais de 25 mil empresas de médio e grande porte serão impactadas pela comunicação do seu anúncio.

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Veja o conteúdo deste Suplemento Especial O que é o Social Business na visão do maiores especialistas internacionais. Conceitos que iráo mudar os negócios atuais.

Colunistas que conhecem o negócio por dentro e todas as tecnologias sociais. Entendendo o Social Business por meio de infográficos, estatísticas e imagens de impacto.

Muito além do hype! Agora a conversa é sobre resultados e negócios.

O Brasil e o Social Business por quem está mudando as empresas.

O primeiro encontro de Social Business da América Latina – Social Business Forum

Cronograma de Fechamento:

O framework para a transformação do negócio em um Social Business.

Editorial: 02/mai

Anuncie: (11) 3392-4111 www.informationmanagement.com.br

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Comercial: 09/mai

Muito além do Social Media

Circulação: 29/mai

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UPFRONT

SEGURANÇA

CARREIRAS

Brasil na perspectiva mundial Foto: Divulgação

O Brasil está no foco da estratégia da Hyland Software On Base. A fabricante de soluções de gestão de conteúdo corporativo segue um processo de expansão internacional e está apostando no mercado nacional, um dos três mercados de maior relevância nas receitas globais da companhia. Para isso, a empresa que já possui atuação no Brasil há vários anos está recebendo um aporte de investimento em pessoal, no aumento de seus canais de distribuição, bem como novas instalações e com objetivo de dobrar o faturamento local e ampliar a base de usuários. Com um porfólio de 140 empresas, a meta da companhia é chegar ao final de 2014 por volta de 200. “Criamos uma estratégia e montamos soluções que vão facilitar a venda pelos parceiros e a entrada de novos clientes. Dentro da perspectiva de ampliar a base de clientes, estamos focando nossa estratégia em segmentos, além do setor financeiro que se destaca historicamente entre nossos segmentos prioritários, como as áreas de saúde,

Alfonso Zubizarreta, Hyland on base.

educação, varejo, logística, governo, entre outros”, lembra Alfonso Zubizzarreta, vice presidente de Estratégia Internacional da Hyland Software. Além disso, como reforçou o executivo, a Hyland esta reforçando os elos com sua rede de canais, bem como está começando a trabalhar no modelo de vendas diretas em alguns casos.

P&D

TOTVS lança área de UX Strategy A TOTVS inaugurou sua área de UX Strategy (User Experience Strategy), dedicada a revisar os processos, a interface e a navegabilidade das soluções da empresa com base na experiência do usuário. É mais um passo dentro da estratégia de inovação da companhia, que, nos últimos cinco anos, investiu R$ 830 milhões em Pesquisa e Desenvolvimento. O novo espaço utiliza conceitos de Design Thinking para redesenhar soluções com interface amigável e de fácil navegação. O Projeto piloto reformulou ferramenta de Ponto de Venda da empresa e reduziu tempo médio de atendimento no caixa, por exemplo. Com isso, a TOTVS integra-se a um seleto

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grupo de oito empresas brasileiras que figuram no ranking mundial da inovação, produzido anualmente pela Comissão Europeia. A última edição da lista foi divulgada em novembro de 2013. A estrutura da empresa foi talhada para aproveitar ao máximo o potencial das novas ideias, de forma a criar soluções especializadas e antecipar as necessidades dos clientes. Só no Brasil, a TOTVS tem mais de 3 mil colaboradores dedicados a atividades de desenvolvimento. A área está dividida em seis polos segmentados distribuídos pelo Brasil, dedicados aos setores de Saúde, Agroindústria, Manufatura, Distribuição e Logística, Serviços, Varejo, Construção, Educacional, Jurídico e Financial Services.

ROBERTO SPURI é o novo diretor sênior de Desenvolvimento de Negócios de HCM para a América Latina da Oracle. Com mais de 15 anos de experiência em iniciativas de Recursos Humanos (RH), Spuri ingressou na empresa em janeiro de 2014, a fim de ampliar o conhecimento no mercado das soluções Oracle Human Capital Management (HCM) on premise e cloud, que auxiliam as empresas na gestão de capital humano em todas as etapas, desde a contratação e integração de equipes até planos de carreiras. RICHARD FORTES foi contratado pela WatchGuard como o novo Territory Sales Manager para o Brasil. O executivo assume o comando dos negócios da operação brasileira com o objetivo de alavancar ainda mais o crescimento da empresa no país, onde pretende ampliar a base de canais de vendas de forma consistente até o final de 2014. VIVIAN ALBIERO assumiu como nova National Account Manager da Belkin International, provedora de soluções de conectividade e acessórios para produtos eletrônicos. A executiva será responsável pelos produtos da marca Belkin no mercado varejista brasileiro. Além de atuar junto aos distribuidores e varejistas, a executiva também gerencia a equipe de promotores que dá suporte aos clientes da empresa. RICARDO BROGNOLI foi anunciado como novo vice-presidente de Enterprise Group (EG) para o Brasil da HP. O executivo substitui na função Alfredo Yepez, a quem passa a se reportar. Vicepresidente de EG para a América Latina, Yepez ocupava interinamente o cargo desde novembro. Com mais de 26 anos de experiência em TI, 14 anos deles na própria HP, Brognoli traz uma ampla experiência de crescimento e sustentação de negócios em todas as áreas e empresas em que atuou.

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UPFRONT

GOVERNO

O que os formuladores de políticas públicas querem? O blog da London School of Economics and Political Science traz uma interessante análise sobre um estudo que revela a relação entre formuladores de políticas públicas e pesquisadores. O dado mais curioso é que os políticos odeiam estudos que têm mais de 15 páginas. Não há tempo para ler, dizem os pesquisados. Outra descoberta é que noticiário de jornal continua a ser uma importante fonte de informação para os gestores públicos. Mesmo que o governo tenha canais de seleção e classificação de informações publicadas na mídia, os políticos continuam interessados em ter um comportamento de leitor comum de jornais e revistas para ter insights e contato com pesquisas e

tendências. A análise completa pode ser lida neste link. http://blogs.lse.ac.uk/ impactofsocialsciences/2014/03/11/ what-do-policymakers-want/ Novas tecnologias criarão 218 mil empregos na Espanha Em seis anos, novidades tecnológicas devem elevar a criação de vagas na Espanha em 218 mil novos empregos. A expectativa é de uma série de órgãos oficiais reunidos no Spain Fintech Hub (SFH) para avaliar iniciativas que ajudarão o país a enfrentar a crise financeira por qual passam várias nações europeias. Segundo o comunicado oficial, o setor financeiro está apostando em inovação baseada na adoção de tecnologia e isso está derrubando intermediários e criando

vagas de especialização. As áreas trabalhadas no plano são as de finanças pessoais, análise de dados, mercados de capitais e pagamentos, entre outras. O país confia na tecnologia para voltar ao crescimento. A Espanha tem taxa de 66% de penetração de tablets e smartphones. Conta ainda com 80 parques tecnológicos que abrigam mais de 6 mil empresas. Veja o texto original http://www. cibersur.com/portada/015244/nuevas/ tecnologias/crearan/218000/empleos/ espana/seis/anos Recentemente, Barcelona foi escolhida como a cidade mais inovadora da Europa, com políticas de egov e voltada para a criação de uma SmartCity. http:// europa.eu/rapid/press-release_IP-14239_en.htm?locale=en.

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Web-scale IT é a nova onda

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Foto: Divulgação

De acordo com o Gartner, até 2017 a Web-scale IT será uma abordagem arquitetônica presente em 50% das empresas globais, número acima dos menos de 10%, em 2013. Ela é um padrão global de computação, que oferece os recursos dos grandes fornecedores de serviços na Nuvem dentro de um ambiente de TI empresarial, ao repensar posições em várias dimensões. “Os grandes fornecedores de Cloud, como Amazon, Google e Facebook, estão reinventando a forma como os serviços de TI são entregues”, afirma Carl Claunch, vicepresidente e analista distinto do Gartner. “Seus recursos vão além da escala, em termos de tamanho, e inclui, também, rapidez e agilidade. Se as empresas querem manter o ritmo, elas precisam imitar as arquiteturas, processos e práticas destes fornecedores exemplares”, diz ele. “A Web-scale IT parece mudar a cadeia de valor da TI de uma forma sistêmica”, diz Claunch. “Os Data Centers são projetados sob uma perspectiva de

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engenharia industrial que enxerga cada oportunidade de redução de custos e desperdício. Isso vai além de redesenhar as instalações para ser mais eficiente em termos de energia para incluir, também, o design interno de componentes chave de hardware, como servidores, armazenamento e redes. As arquiteturas orientadas à Web permitem aos desenvolvedores construírem sistemas muito flexíveis e resistentes, que se recuperam de falhas mais rapidamente.” O Gartner afirma que os projetos abertos e disponíveis de instalações de Data Centers e servidores associados, além de armazenamento e hardware de redes, estão diminuindo os custos e rompendo o panorama tradicional de fornecedores de TI. Independentemente da empresa de serviços na Nuvem, um elemento comum entre todos esses dispositivos era a exigência organizacional de rodar um sistema operacional aberto, não apenas para reduzir custos, mas também para aumentar o controle dos ambientes de TI.

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MISSÃO AIIM 2014

Do caos informativo às oportunidades de negócios

Pelo sexto ano consecutivo a Revista Information Management esteve presente no Congresso Internacional de Gestão da Informação da AIIM e reuniu mais uma vez um grupo de executivos brasileiros para participar paralelamente da Missão AIIM 2014, em visitas técnicas monitoradas às empresas americanas que utilizam sistemas e soluções de gestão de conteúdo corporativo em seu dia a dia de trabalho, com o patrocínio da Xerox do Brasil. O evento teve como keynote de abertura, Guy Kawasaki, evangelista chefe da Apple que mudou os conceitos de tecnologia da indústria e do marketing ao lançar o computador MacIntosh. Os destaques do evento estiveram por conta de Alan Pelz-Sharpe, Dion Hinchcliffe, Thorton May, Eric Willians e o próprio presidente da entidade John Mancini que mostrou o mais recente estudo da AIIM, cujos dados pretendem dar pistas sobre como transformar o caos da informação em oportunidades de negócios. Missão Técnica 2014 O primeiro encontro do grupo de

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executivos foi na Association Management Don Asher & Associates, uma unidade de negócios localizada próxima a Orlando que é responsável por toda interface administrativa de condomínios residenciais no Estado da Flórida. Nesta pequena unidade são implementados os princípios de redução da quantidade de resíduos de papel, com objetivo de agilizar e dar produtividade à volumosa quantidade de papel que circula entre os condôminos e a administradora, bem como junto as regulações ao setor judiciário do Estado. Com a implantação de soluções como a deste case pela Office Gemmini foi possível a gestão de documentos por meio do software de gerenciamento de documentos e sistemas de arquivamento. Entre as características deste projeto destacam-se a organização e indexação em vários níveis, busca e opções de recuperação, capacidade instantânea vista para vários usuários, funções de acesso web, edição e anotações de documentos, recursos de impressão e e-mail, opções de multi-formato de exportação, segurança de documentos,

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gerenciamento de fluxo de trabalho, OCR e controle de arquivos. A segunda visita foi feita na Suncoast Schools Federal Credit Union que desde 1998 percebeu que a dependência de documentos físicos afetava negativamente o serviço prestado aos associados. Por isso, em 2000, implantou a solução de gestão de conteúdo empresarial com a OnBase para capturar documentos e informações eletronicamente. No entanto, após a conversão de sua licença federal para estadual em 2014, a recém-denominada Suncoast Credit Union precisava assegurar que processos importantes estivessem prontos para enfrentar o crescimento. Com a solução implantada em todos os computadores nas 54 instalações espalhadas pela costa oeste da Flórida, a Suncoast proporciona a mais de 1.500 usuários acesso instantâneo a quase 550 milhões de documentos. Na retaguarda, mais de 150 fluxos de trabalho garantem o avanço das atividades, encaminhando informações e documentos automaticamente pelos processos

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adequados e notificando as pessoas corretas conforme necessário. “Sempre que temos problemas com processos, os colaboradores trazem novos fluxos de trabalho”, comenta Dulcey Hordge, vicepresidente de Serviços de Documentos. “Assumimos todos os processos de workflow sem interferência direta da área de TI pela facilidade que o sistema oferece e temos sido muito bem-sucedidos”, reforça a sênior vicepresidente de serviços de pagamento da empresa, Wanda Chambers. Estiveram presentes este ano na Conferência e na Missão: Agenor Roris Filho Anderson Oliveira Gonçalves Andre Rodrigues Dias Bruno Zampaglione Carlos Alberto Bassi Carlos Araújo Claudio Chaves

Erasmo Ribeiro Guimarães Junior Felipe Baptista Bahiense Gilmar Hansen Gutemberg Luna Helio Martins José Guilherme Junqueira Dias Mario Jorge Paladino

Mauricio Antonio Ferreira Pedro de Alcântara Lustosa Goulart Filho Renato Diniz Cavalcanti Sixto Suñe Sonia Stropa Susana Batimarchi Walter Koch

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ENTIDADE

Brasscom anuncia novo presidente executivo Foto: Divulgação

A Brasscom, Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação, por intermédio de Laércio Cosentino, Presidente do Conselho Administrativo, anunciou Sergio Paulo Gallindo como novo presidente executivo da entidade. Ele sucederá Antonio Carlos Rego Gil, que passará a ocupar a posição de conselheiro convidado. Sergio Paulo tem como missão dar continuidade ao bem-sucedido trabalho realizado até então, levando a Brasscom a novos patamares de atuação, visando o melhor interesse público e empresarial e reforçando o papel de catalisadora do setor de TIC no Brasil. O plano de ação que está

Gallindo da Brasscom , atenção especial às startups e PMEs.

sendo elaborado pelo novo presidente e sua equipe será centrado nas três bandeiras definidas como estratégicas para este ano de 2014: Inovação,

ESTUDO

ARQUITETURA

Mobilidade é preocupação para segurança

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Segurança para Big Data Foto: Divulgação

O estudo da IBM Chief Information Security Officer Assessment 2013 (CISO) entrevistou 2.012 executivos e buscou analisar as três principais áreas que impactam os líderes de segurança: a visão de negócios, a maturidade da tecnologia e suas capacidades de medição de resultados. A pesquisa utilizou o conhecimento de experientes líderes de segurança para delinear um conjunto de práticas que conduzem e ajudam a definir o papel desse profissional. Com a adoção das novas tecnologias como cloud computing e mobilidade, o risco de vazamento de dados aumenta juntamente com as novas ameaças e ataques que são cada vez mais sofisticados. O profissional de hoje precisa ser um tecnólogo e líder de negócios com a capacidade de responder às preocupações da diretoria, bem como gerenciar tecnologias complexas.

O estudo revelou as práticas atuais e um conjunto de deficiências que até mesmo líderes de segurança maduros estão enfrentando. Uma análise em profundidade das três áreas aponta um novo caminho, que surge como um guia para os novos líderes, que são: a visão dos negócios e a maturidade das tecnologias.

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Serviços na Nuvem e Competitividade. Haverá, também, atenção especial às startups, pequenas e médias empresas com alto potencial de inovação.

A RSA, divisão de segurança da EMC, anunciou a disponibilidade de uma nova arquitetura de referência criada em conjunto com a Pivotal para ajudar as organizações a aumentarem a flexibilidade e poder de análise de segurança. Com base na experiência de ambos, RSA e Pivotal, esta arquitetura de referência ajuda as organizações a obter insights sobre a visibilidade, análise e inteligência acionável que precisam para detectar e investigar ameaças de segurança atuais ao mesmo tempo proporcionar uma base sólida para a ‘IT Data Lake’, uma estratégia mais ampla, que ajuda a controlar os custos e permite às organizações obterem o máximo valor dos sistemas de TI. Além disso, a nova arquitetura de referência mostra como as tecnologias de ambas as empresas podem trabalhar juntas para ajudar as organizações a investigar e responder a incidentes de segurança antes que eles tenham a oportunidade de impactar o negócio. www.informationmanagement.com.br

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PAPERLESS Por Ana Lúcia Moura Fé

Ilustrações: istockphoto

Paperless

Empresas caminham a passos lentos – mas firmes – em direção a um mundo sem papel

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ão grandes e comprovados os benefícios obtidos por empresas que adotam o conceito de paperless, que prega a redução ou eliminação total do uso do papel em processos de negócios. Os ganhos são de naturezas variadas. Vão da óbvia redução de custos operacionais e aumento da produtividade dos empregados até maior velocidade de resposta às demandas de clientes, com reflexos na qualidade do atendimento. Isso sem falar nos ganhos de imagem e reputação da marca institucional, devido à percepção do público de que a organização contribui para a preservação de florestas e redução do impacto ambiental. O retorno do investimento (ROI), motivação essencial em qualquer companhia,

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também é um estímulo: metade das empresas que implementam processos livres de papelada obtém retorno em cerca de 12 meses, segundo a Association for Information and Image Management (AIIM). Apesar disso – ressalta a entidade, ainda é lento o ritmo de uso de tecnologias que promovem a eliminação do papel, e as empresas de todo o mundo, em sua maioria, ainda têm um longo caminho pela frente até atingirem um ambiente totalmente digital. De fato, em uma de suas últimas pesquisas sobre o tema junto a mais de 560 organizações, a AIIM constatou que apenas 24% têm política específica voltada à eliminação do papel de seus processos. Chama atenção, em meio aos achados do levantamento, o fato

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Foto: Divulgacão

Anderson Locatelli, da ND digital: Aspectos culturais são a principal barreira

de que em 19% das empresas o uso do papel, ao invés de diminuir, aumentou no período estudado. Entre as justificativas dadas pelos respondentes para esse descompasso, as mais comuns referem-se a requisitos legais para cópias em papel e a necessidade de assinaturas físicas em documentos. “Os executivos ainda não se sentem confortáveis usando assinaturas eletrônicas e documentos eletrônicos, mesmo que estes sejam 100% admissíveis em um tribunal de justiça [caso do Brasil]”, diz o presidente da AIIM, John Mancini. Por outro lado, os pesquisadores destacam tendências globais que empurram cada dia mais empresas de todos os portes e segmentos para a ideia de escritório sem papel. É o caso do teletrabalho e do uso massivo, por parte dos empregados, de dispositivos móveis inteligentes e conectados, equipados com tecnologias avançadas que incluem captura de imagem. Tendências como essas têm levado a aumentos drásticos do acesso eletrônico, remoto e móvel a todo tipo de conteúdo corporativo. Outro estímulo importante, de acordo com a entidade, é a percepção de que o documento eletrônico facilita o atendimento de demandas relacionadas com auditoria e conformidade. Qualquer que seja a motivação, a verdade é que os negócios deslocam-se firmemente para o mundo virtual. A AIIM descobriu que a maioria das empresas irá aumentar

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este ano os gastos em tecnologias sem papel, em particular nas áreas de OCR, workflow/BPM e captura móvel. A exemplo dos analistas da AIIM, diversos fornecedores de tecnologia observam em suas bases de clientes e de projetos fortes indícios de que, muito mais do que restrições de orçamento e disponibilidade e custo de tecnologias envolvidas, o que tem refreado o avanço do conceito de paperless está relacionado com cultura e resistência à mudança. “A eliminação completa do papel é factível, mas é preciso análise prévia e adaptação cultural, pois deixar de trabalhar com documento físico exige mudança de comportamento do usuário”, diz Anderson Locatelli, diretor comercial e de marketing da NDDigital, fornecedora de software e especializada em tecnologia de impressão e imagem. Locatelli salienta que o Brasil já conta com áreas que servem de referência para o mundo corporativo, como os processos fiscais que, segundo ele, experimentaram evolução “impressionante” no âmbito da digitalização e redução de documentos físicos. “Mas a evolução é perceptível em vários outros setores, como o industrial e o bancário”, acrescenta.

TECNOLOGIA ACESSÍVEL

No que diz respeito ao custo da tecnologia, Marcel Santos, diretor da Tecnoset, integradora que atua no País com soluções de outsourcing de impressão, gestão de documentos e de informações e segurança de rede e armazenamento, entre outras, diz que há projetos para todos os bolsos, começando pelo processo mais simples de digitalização e uso de ferramenta que elimina manuseio de alguns tipos de documentos até soluções completas capazes de virtualizar em até 100% um processo de negócio. “O custo e a complexidade da solução aumentam apenas quando envolvem determinado grau de automação, devido ao maior volume de arquivos digitais gerados e maior custo com storage e softwares diversos relacionados com fluxo e gestão eficiente e segura da informação”, diz o executivo. Por outro lado, o retorno rápido sempre compensa o investimento, garante ele. Santos baseia-se, para suas afirmações, nos diversos projetos de referência dos quais a Tecnoset participou como integradora. Para ilustrar, ele destaca os casos da Universidade ESPM, em São Paulo, e da Unimed de Recife (PE). Nesta última, uma solução ECM da Tecnoset permitiu que o processo de auditoria e análise de contas médicas fosse totalmente digitalizado, e que o uso de documentos eletrônicos fosse ampliado para a gestão interna, e não apenas para o

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PAPERLESS

CULTURA SUSTENTÁVEL

Instalado em um escritório paperless que ocupa 1.600m² na cidade de São Paulo, Edson Coelho, diretor Foto: CelinaGermer

Edson Coelho, da Indra: As empresas devem redesenhar processos e explorar as ferramentas disponíveis

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Foto: Divulgação

processo final de envio às Unimeds do Brasil. “Reduzimos em 40% o volume de impressão e o tráfego de papel na Unimed Recife”, comemora Santos. Já na ESPM, o processo de matrícula dos alunos tornou-se totalmente digital, iniciativa pioneira no segmento universitário. O diretor da Tecnoset é um dos que acreditam que, em que pesem as barreiras, o advento da empresa 100% paper-free é inexorável. “Elas já existem, sobretudo nos Estados Unidos. Aqui, já temos movimentos emblemáticos, como o do sistema tributário do país, que caminha a passos largos para ser totalmente paperless; o advento da nota fiscal eletrônica; o processo eletrônico; o imposto de renda; o cupom fiscal eletrônico; o e-social da previdência, entre tantos outros”, diz. Para quem pretende apostar nessa onda, a orientação de Santos é identificar e entender os maiores fluxos e gargalos de papel dentro do negócio. “Segundo o IDC, 70% das empresas não sabem o que imprimem e nem por que imprimem”, diz ele. Feito o dever-de-casa, a empresa pode partir para iniciativas que vão de soluções simples de digitalização, como malote eletrônico, até adoção de modelos sofisticados como o BPMM, que introduz na rotina da organização as melhores práticas de melhoria de processos.

Marcel Santos, da Tecnoset: papel é sinônimo de baixa produtividade, falta de segurança e ineficiência de processo

de sistemas internos e segurança corporativa da Indra no Brasil, multinacional de consultoria e tecnologia, sente-se à vontade para falar dos benefícios da eliminação do papel no dia a dia da subsidiária. “Por ser uma empresa de tecnologia, a Indra aproveita suas próprias inovações para estruturar seus processos e procedimentos internos”, diz o executivo. Criado para abrigar presidência, direção geral, diretorias de mercados e áreas corporativas, além de concentrar o comando da operação da multinacional em mais de 20 países da região, o novo espaço integra estratégia global da fornecedora para levar às suas subsidiárias a cultura organizacional focada em sustentabilidade e engajar todos os funcionários nesse conceito. “Algumas áreas da companhia ainda utilizam papéis, mas de forma bastante reduzida”, informa o executivo. Somente para cumprir o objetivo de limitar o uso do papel e seu armazenamento, o escritório paperless da Indra já descartou cerca de uma tonelada de documentos destinados à reciclagem. Entre os procedimentos que dispensam o uso do papel, Coelho cita treinamento e formação de profissionais por meio de e-learning e comunicação interna e com clientes, parceiros e fornecedores. O uso das impressoras foi reduzido e todos os profissionais estão conectados a uma rede compartilhada. “As pessoas têm acesso a documentos atualizados e não precisam imprimi-los ou guardá-los”, diz. Às empresas que estão desenvolvendo um projeto paperless, o diretor recomenda que revejam seus processos de forma que possam explorar ferramentas disponíveis.

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ESTUDO INÉDITO

EMPRESAS LUTAM PARA ELIMINAR A PAPELADA E A BRIGA NO MERCADO DE SOLUÇÕES PAPERLESS ESTÁ ABERTA

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mpresas que sentem alguma necessidade por soluções que automatizem processos e eliminem trabalho manual com papéis chegam a 71% do mercado. Cerca de 22% delas admitem que adotarão políticas de paperless ainda em 2014. A luta para as empresas se livrarem do papel é inglória. Por mais que os processos e trabalhos manuais sejam automatizados, os documentos em estado físico parecem procriar. Uma série de legislações e obrigações legais, o preço das tecnologias, além de uma cultura verdadeiramente paperholic (profissionais e procedimentos que se tornaram viciados em papel) são sempre apontados como culpados de impedir o avanço do paperless (sem papel, no termo em inglês) no mundo corporativo. E soluções para esse mal não faltam. Terceirização das impressoras, sistemas de gestão de documentos, suítes ECM, scanners modernos, multifuncionais conectadas, etc, formam um repertório de golpes certeiros para derrubar qualquer adversário do paperless. Ainda mais quando o objetivo principal é ganhar produtividade e transformar a empresa para o futuro que envolve Big Data, analytics e Social Business. Apesar disso, o paperholic insiste em não cair. Para dimensionar o real tamanho desse embate no Bra-

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sil, a revista Information Management fez uma pesquisa com 160 executivos brasileiros de empresas envolvidas nessa briga. Os resultados mostram que essa luta árdua ainda promete vários assaltos pela frente. Mais da metade das empresas pesquisadas (55,6%) estão em plena briga para eliminar o papel. Nesse grupo estão cerca de 48% que não possuem uma política definida de redução de documentos físicos, embora existam práticas isoladas. Em outras 7,5% sequer existem essas iniciativas individuais. Se o grupo de 15,6% que admitem que há uma política definida, mas nem todos seguem, for incluído nessa estatística, são 71% de oportunidades de mercado na qual alguma solução paperless pode ser encaixada. Um mercado com potencial enorme e nem sempre bem explorado pelos fornecedores de tecnologia, terceirização e demais serviços. As empresas que têm uma política definida e ela é seguida pelos funcionários somam 29%. Das soluções que são consideradas as que mais contribuem com a cultura paperless, as suítes de ECM aparecem com 21,9%. Em seguida vêm multifuncionais (20%), scanners de mesa para grandes volumes (15,6%), certificação e assinatura digital (12,5%). Intranet e portais corporativos aparecem a seguir com 11,3%. Outras tecnologias ficaram abaixo de 5% no quesito contribuição. Mas isso não implica que não sejam imporMAR / ABR 2014 | INFORMATION MANAGEMENT

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ESTUDO INÉDITO Se sua empresa não possui uma política de paperless office, qual o planejamento para que ela exista futuramente?

Qual a visão e estratégia de sua empresa quanto à redução de papel, digitalização, documentos eletrônicos e cultura paperless?

Qual a maior barreira para a adoção de uma cultura paperless na empresa?

tantes. Pelo número alto de empresas que ainda sentem dificuldade em eliminar o papel e não possuem estratégias, esse índice baixo de algumas soluções pode estar ligado à maturidade da cultura paperless. Os tablets, por exemplo, aparecem com 1,9% apesar da alta adoção no mundo corporativo e expectativa de futuros features.

POSSÍVEL SALTO NO MERCADO

Das empresas que declararam que não possuem política de paperless, 22,5% ad-

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mitem que estão planejando implantá-la ainda em 2014. Outras 30% dizem que não há data definida e 24,4% apontam que não há planos. O custo do investimento em equipamentos para digitalização, tecnologias de gestão de informações digitais e sistemas novos é

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a maior barreira para a cultura paperless de acordo com 23,8% dos pesquisados. Em segundo lugar aparece a dificuldade de embutir a cultura paperless em funcionários com 16,3% e em terceiro a legislação que obriga a guarda de papéis, com 15,6%. Em quarto lugar está a falta de cultura da alta cúpula da

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GED muita gente

faz, mas algumas coisas só a menosPapel faz. Só a menosPapel oferece Business Intelligence. Protocolo digital Biblioteca digital Digitalização GED Ordem de serviço: recebe solicitações de documentos, gera controles de atendimento e dá visibilidade de acompanhamento e entrega. Integração com ERP/ECM: integram-se perfeitamente aos aplicativos corporativos rígidos e de grande escala, que normalmente possuem baixa capacidade de adaptação às tecnologias mais recentes.

companhia (14,4%). Se forem juntadas as respostas que mostram a complicada luta pela educação paperless em funcionários e alta cúpula, a estatística referente a esse problema que envolve gestão de mudanças, comunicação, endomarketing e treinamento subiria para 30,7% e seria a principal barreira. Dos 160 pesquisados, 16,3% são CEOs, 34,2% são CIOs, consultores ou staff de TI; 19,4% gestores de documentação, compliance ou gestão de informação; 10,6% profissionais da área de documentação ou arquivo. Os demais são responsá-

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veis por várias áreas de negócio. A pesquisa da revista Information Management ainda detectou os benefícios percebidos pelas empresas ao se adotar políticas de eliminação do papel, as expectativas futuras de quem pretende entrar no mundo paperless e a percepção sobre o aumento do volume de papel mesmo em um mundo digitalizado e conectado. O relatório completo será publicado no portal www. informationmanagement.com.br e no site do ECMSHOW 2014, o maior evento de gestão da informação da América Latina: www.ecmshow.com.br.

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Andre Facciolli

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AUTOMAÇÃO

A Nova Geração de Usuários ANDRE FACCIOLLI, é Diretor da Netbr

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nxergar os benefícios da automação de TI é tarefa relativamente simples, já que seus principais benefícios são visíveis e mensuráveis. Então, por que ela é ainda tão pouco adotada quando se trata de processos de TI? Em reportagem recente, uma revista do setor bancário tratava da preocupação de gestores que precisam reduzir a folha de pagamento, mas estão em constante demanda de aumento de pessoal para suportar a sobrecarga de acesso. O curioso é que ninguém falou o óbvio. De nada adianta contratar se o ritmo da sobrecarga se imprime geometricamente em uma escala e velocidade que em poucos meses (ou semanas) já tornarão nulos os resultados da contratação de hoje. E o contrário de contratar é exatamente automatizar. Sob o ponto de vista tecnológico; esta é uma verdade claríssima. Mas sob o ponto de vista dos donos da tecnologia... nem tanto. Pois existe ainda um certo sentimento, por parte dos tecnólogos, daquilo que alguns chamam “ownership”. Este apego ao controle pessoal, este instinto de vigilância, de “feeling”, paradoxalmente já foi o grande catalizador e impulsionador da TI (até para alcançar os níveis de maturidade e evolução, como hoje se vê em cloud computing e virtualização). Mas hoje existe um novo paradigma que pode ser resumido no lema: atender bem a todos (e de uma vez), sem erros e sem demora. De fato, é uma quebra de paradigma e tanto. Hoje usuários (jovens de 13 anos) não sabem o que é um “folder ou pasta”, pois não visualizam uma estrutura de dados com sintaxes, permissões etc...

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Tais usuários simplesmente sabem que seus dados estão atrelados com um browser, mas não sabem onde estão e quem são os donos. Até o e-mail já está obsoleto, uma vez que as pessoas conversam online via chat. Assim, este falso controle dos tecnólogos será cada vez menos importante e, pelo contrário, mais inconveniente. A propósito, um dado importante é que, até 2025 (dez anos), cerca de 75% dos profissionais das empresas serão nascidos em 1985. E esta nova geração conhece, intrinsecamente, os benefícios da automação. De modo que, se a mudança de paradigma comporta uma fase da ruptura, podemos dizer que esta fase iniciou e que já existe salvação fora da automação de processos. Mas acredito piamente que quem transformará a TI somos nós, esta geração intermediária (nascidas ao redor dos anos 60) que entende todos os aspectos (antigos e novos) e já assimilou a nova realidade, este novo propulsor de processos capazes de responder à exigência da nova geração (nossos filhos), num ambiente em que não existem donos e sim uma comunidade de usuários ávidos e participantes. A ruptura, portanto, está posta e à frente dela um modelo complexo, desafiador, mas não intransponível. Alguns se perderão no caminho. Mas aqueles inovadores (ou apenas abertos à inovação) que abraçarem esta viagem de transformação, além dos benefícios imediatos já citados (eficiência na execução), alcançarão a excelência, que gera diferenciação de mercado frente aos concorrentes. Por onde podemos começar?

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Proteção de Dados

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Claudio Yamashita

Sem comprometer a segurança CLAUDIO YAMASHITA, diretor-geral da Intralinks para o Brasil

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s estratégias de segurança estão cada vez mais valorizadas no atual ambiente dos negócios, definido por um grande avanço tecnológico que está alterando drasticamente a forma como os negócios são conduzidos. Maior conectividade, ambiente de computação na nuvem, flexibilidade nos horários de trabalho e difusão da proposta de (BYOD - Traga seu Próprio Dispositivo) são fatores que colocaram em cheque a proteção primária oferecida às redes pelo firewall. Os responsáveis pela segurança da informação nas empresas enfrentam o desafio de proteger os dados sensíveis de forma flexível, sem comprometer o fluxo de colaboração. Ao optar pelo modelo de desperimetrização, os negócios desenvolvem o cenário de TI e podem incentivar a colaboração flexível que ele proporciona. As empresas devem desenvolver uma abordagem multifacetada que ofereça proteção efetiva contra ameaças persistentes. O foco deve estar em manter as informações seguras dedicando mais atenção aos dados do que à rede em si. No entanto, uma vez que uma organização muda no sentido de garantir os bits e bytes de seus dados, em oposição à infraestrutura física da rede, uma série de outras questões começam a surgir. Maiores esforços se tornam necessários para a gestão dos datacenters, estabelecendo mecanismos sofisticados para criptografar todos os dados. Mas mesmo que seja óbvio que um colaborador de

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so te m co

TI trabalhe melhor do lado de dentro do firewall, ainda não está claro qual é o lugar ideal que ele deve ocupar. A dependência excessiva da segurança no perímetro das redes juntamente com a confiança associada com as conexões originadas desse local leva à complacência dentro de muitas organizações nas quais o “core business” não é a segurança de dados. Isso, em parte, trouxe o aumento do número de especialistas, sugerindo que serviços de SaaS são, em muitos casos, mais seguros do que centros de dados on-premise, devido aos recursos disponíveis para dar suporte às redes. Os serviços de SaaS disponibilizam uma maneira de usar e de compartilhar informações de modo seguro, possibilitando às empresas optarem imediatamente pela desperimetrização sem o comprometimento da segurança e da eficiência nos negócios, deixando o TI corporativo focado em ajudar o andamento dos negócios enquanto os experts em segurança se concentram na proteção dos dados. Nesse cenário, cresce a importância de soluções que permitam o gerenciamento, o controle e a distribuição de conteúdo seguro além do firewall da organização, viabilizando o trabalho em equipe não só entre funcionários como entre times e parceiros externos. Outro diferencial desejado é a possibilidade de gerenciar todo o ciclo de vida das informações sensíveis, sempre respeitando a política determinada pela empresa.

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AUTORIA

Perícia em Dispositivos Móveis ANGELO VOLPI é tabelião em Curitiba, escritor, articulista e consultor. angelo@volpi.not.br CINTHIA A. FREITAS Professora Titular da PUCPR e Doutora em Informática. almendracinthia@gmail.com

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o olhar para o lado não se vê pessoa que não esteja utilizando um dispositivo móvel, seja celular, tablet, câmeras digitais ou outro aparato qualquer sem fios ou modo de conexão fixo. Eles acompanham todas as pessoas em todos os momentos e a todos os lugares. Vive-se o paradigma da Computação Ubíqua preconizado por Weiser em 1991. A realidade mundial mostra que o uso de computadores e dispositivos móveis explodiu. No Brasil em 2010 haviam 78,2 milhões de computadores em uso no país, em 2011 o número chegou a 85 milhões, dado divulgado anualmente pela FGV. O mesmo fenômeno se observa com relação a telefones móveis e aparelhos de TV, são mais de 450 milhões. Estes dispositivos armazenam uma infinidade de dados e informações nunca antes vista. Agenda, contatos, mensagens, textos, arquivos, imagens, vídeos, planilhas e muito mais. Muitas vezes os usuários não percebem que cada categoria destas contém uma quantidade incontável de dados. Isto mesmo, Ilimitada, visto ser possível expandir a capacidade de armazenamento por meio de aplicativos, citando como exemplo os que usam a nuvem computacional. Por outro lado, sabe-se também que são muitas as situações nas quais a computação forense se faz necessária e urgente, podendo-se citar: crimes de pedofilia, pornografia, fraudes bancárias, calunia, compartilhamento de softwares, músicas, filmes e muitos outros problemas. Deste modo, tais problemas necessitam da comprovação dos fatos que possam ser trazidos em juízo para as devidas responsabilizações.

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Assim, surge uma preocupação em termos periciais para desenvolvimento de métodos científicos e técnicas para extração, preservação e análise dos dados contidos em dispositivos móveis. O volume de laudos a serem elaborados cresce dia a dia. Sabe-se que existem métodos e hardware/software que podem ser utilizados para extração e análise dos dados, a exemplo do Cellebrite UFED e do Microsytemation XRY. A grande preocupação recai atualmente no cruzamento de informações entre dados extraídos de diferentes dispositivos e encontrados em locais diversos. Os peritos precisam a partir do volume de dados extraídos dos dispositivos entender como tais dispositivos móveis podem contribuir para a formação do nexo causal de ilícitos. Busca-se estabelecer a rede de relacionamentos dos indivíduos, bem como detalhes das atividades realizadas. O ideal para os peritos forenses é a existência de um sistema em que os laudos relativos a aparelhos telefônicos alimentem uma base de informações consolidada que aponte e investigue em cada laudo as propriedades e o comportamento da informação, as forças que governam o fluxo criminoso e forneça meios de processamento e otimização do serviço de inteligência, permitindo a acessibilidade, alimentação, e uso pelas forças de segurança pública. Tal projeto está em desenvolvimento na PUCPR, por meio de parceria entre o Laboratório de Direito e Tecnologia (LADITEC). Como conclusão, paciente leitor, é importante que se saiba sobre o avanço da perícia técnica forense, deixando cada vez menos espaço para impunidade em sistemas informáticos. www.informationmanagement.com.br

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A evolução dos Sistemas WILTON TAMANE é administrador de empresas especializado em sistemas e técnico em Eletrônica Industrial. Consultor na área de scanners e gerenciamento de documentos wiltontamane@gmail.com

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a minha última matéria, utilizei dois textos que acho importante destacar e discutir um pouco mais. Um deles, de autoria de Raimundo Nonato Macedo dos Santos, foi publicado em 2000. Deste texto ressalto o seguinte trecho: “Muitos (executivos) acreditam que o excesso de informação está presente no trabalho e que a situação tende a piorar antes que melhore. Eles têm consciência que os seus colegas estão obcecados em captar informações, e concordam que isso tem feito que o ambiente de trabalho seja estressante.” Trazendo isso para os dias de hoje e em termos de evolução, temos a sensação de mais do mesmo. Temos acumulado mais informação num volume crescente e numa velocidade cada vez maior. E esse excesso de informação já teve diferentes nomes, como Data Deluge, Data Tsunami, Extreme Information e mais recentemente Big Data. Deste último, Big Data, vale destacar o “V” de variedade. Um dos aspectos que hoje temos de importante está justamente em uma maior e crescente variedade de fontes de informação. E deste ponto, destaco um trecho do segundo texto: “O uso de um Sistema ERP em uma empresa dá a seus gestores o controle total sobre a empresa, auxiliando na tomada de decisões e fornecendo todas as informações vitais de maneira acessível e clara. “ O que devemos discutir, considerar e questionar é: será que os Sistemas de Informação de fato evoluíram de forma a permitir a tomada de decisões por parte dos Gestores, tanto no nível operacional como no estratégico? Estão preparados para coletar e processar a cada vez maior variedade de dados e informação?

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Dentro desta variedade de informações, podemos destacar um tipo que sempre foi relevado a segundo plano. Todo o conteúdo não estruturado e em especial o registrado em papel. Por algum motivo, os Gestores sempre colocaram os sistemas baseados em banco de dados como sendo sua principal fonte de informação. Acervos em papel eram e continuam a ser considerados mais um problema do que uma fonte importante de informação. Será que informações contidas em Prontuários de Pacientes não devem ser devidamente gerenciadas pelos Hospitais e Clínicas? Será que Contratos de Clientes não contêm informações valiosas que integrados a sistemas de CRM poderiam resultar em aumento de vendas? Da mesma forma, ter acesso a Contratos de Fornecedores pode ser de suma importância na Gestão da cadeia de suprimentos? Esses são apenas alguns exemplos de muitos que podemos citar. E para que sistemas de informação de fato possam entregar valor, devem englobar TODAS as informações necessárias não só para a tomada de decisão estratégica como todas as decisões operacionais dentro dos processos de negócios das organizações. E aqui temos um ponto onde de fato carecemos de uma evolução: para os sistema de informações cumpram seu papel, é FUNDAMENTAL a priorização e que os devidos recursos sejam alocados. Vale destacar que a maior parte dos colaboradores tem ciência da importância de sistemas de informação, porém o mesmo não se aplica aos Gestores responsáveis pela aprovação dos recursos necessários.

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GOVERNO Por Ana Lúcia Moura Fé

Big data no setor público Tecnologias que processam grandes volumes da dados já aumentam a qualidade de serviços e melhoram a vida do cidadão

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ig data pode ajudar governos a economizar dinheiro, melhorar a vida dos cidadãos e até salvar vidas. Essa certeza já prevalece em meio a especialistas de TI do setor público. Eles dispõem de exemplos sólidos ao redor do mundo de como análise de big data pode incrementar a eficiência em todo o amplo espectro de responsabilidades dos governos. Os benefícios vão desde melhoria do transporte público e redução da criminalidade até avanços na gestão ambiental e na saúde pública, só para citar algumas áreas. O fenômeno de big data descreve grandes volumes de dados estruturados e não estruturados que se originam em fontes variadas – como sistemas computacionais, etiquetas inteligentes, vídeos, fotos e posts de redes sociais. Devido ao imenso volume e ao dinamismo desses dados, muitas vezes em tempo real, eles são de difícil processamento por meio abordagens de base de dados e software tradicionais. As novas ferramentas analíticas de big data, aliadas ao uso da computação em nuvem, fizeram toda a diferença nesse contexto. Elas já permitem aplicações que alimen-

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tam no setor público a esperança de que, finalmente, será possível dar algum sentido às montanhas de dados gerados por grande variedade de programas e serviços nos âmbitos dos poderes executivo, legislativo e judiciário, em todas as suas instâncias. Um bom exemplo dessa expectativa positiva vem dos Estados Unidos. Alí, 83% de 200 funcionários públicos de TI entrevistados em 2013 pela TechAmerica, a pedido da SAP, acreditam que a combinação de diferentes fontes de dados com tecnologias de big data para processamento e análise em tempo real tem potencial de economizar 10% (US$ 380 bilhões) ou mais do orçamento federal daquele país. Melhor ainda, a maioria dos funcionários federais e estaduais americanos considera que essa economia de custos, embora expressiva, é menos importante do que a possibilidade de salvar vidas com a adoção do conceito. O estudo da TechAmerica elenca grande número de situações em que ferramentas de big data em tempo real podem ser usadas com esse intento. Um exemplo é o desenvolvimento de modelos que identificam padrões em dados sobre crimes que, de outra forma, passariam despercebidos.

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Foto: Divulgação

Hackatona paulista, primeira atividade do Laboratório de Tecnologia e Protocolos Abertos para Mobilidade Urbana.

Com isso, departamentos policiais podem prever quando e onde delitos são suscetíveis de ocorrer nas cidades americanas, e se antecipar a eles. O resultado, segundo os pesquisadores da TechAmerica, foi uma queda expressiva da taxa de criminalidade em algumas áreas. No Brasil, um sistema inteligente de compras públicas baseado em big data que indica os melhores preços nas compras governamentais rendeu ao Ministério da Educação, somente entre 2008 e 2010, economia de R$ 866 milhões. Segundo a FGV Projetos, desenvolvedora do software, a ferramenta foi apresentada como modelo para outros países durante o Fórum da Organização para Cooperação e Desenvolcimento Econômico (OCDE), no ano passado, em Paris.

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MOVIMENTAÇÃO

Especialistas têm opiniões divergentes quanto ao ritmo de adoção de big data no setor público brasileiro. Para uns, já passou da hora de os poderes estaduais, municipais e federal investirem pesado em big data para tirar proveito dos milhões de dados armazenados em seus bancos de dados. Já para outros, como a líder do Centro de Pesquisa em Big Data da EMC, Karin Breitman, o setor público avança em ritmo satisfatório nessa área, sobretudo na instância federal. “O governo está sendo proativo e inovador nessa área”, diz. De Brasília, onde discutia o andamento de projetos de big data que a EMC desenvolve em parceria com órgãos governamentais, a cientista informou a Information Manage-

ment que há uma grande a movimentação e inúmeras articulações para realização de projetos públicos que adotam o conceito. A própria EMC assinou, em 2013, acordo de cooperação técnica e científica com o o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), no âmbito do programa federal TI Maior. Com o acordo, a empresa se tornou uma das colaboradoras de agências governamentais, universidades e indústria privada em pesquisa relacionadas com big data, cloud e segurança da informação. Um dos investimentos da multinacional no País é um centro de P&D em big data, no Rio de Janeiro, que foca, principalmente, aquisição, análise, colaboração e visualização de dados gerados para a indústria de petróleo e gás.

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Foto: Divulgacão

GOVERNO

tista, diz respeito a quem tem posse e quem tem apenas a custódia dos dados. Em projeto que envolve Ministério do Planejamento, Serpro e EMC, por exemplo, estes dois últimos detém apenas a custódia, ela explica. “Por isso toda essa articulação que temos com o Ministério do Planejamento, que é o dono dos dados”, diz ela, acrescentando que esse tipo de articulação ainda não chegou no âmbito municipal e estadual. “Ainda não é tão claro nessas instâncias quem é que fica responsável por operar a infraestrutura de dados e por fornecer cientistas de dados, que precisam receber treinamento”, exemplifica.

RIO EM DESTAQUE

Karin Breitman, da EMC: governo é inovador no Big Data.

DESAFIOS

A cientista da EMC destaca como um dos passos iniciais para o avanço das tecnologias de big data no setor público a criação do que ela chama de grande lago de dado, repositório comum capaz de acumular milhões de dados produzidos continuamente por homens e máquinas. “Teremos mais dispositivos conectados à net do que humanos produzindo dados”, diz ela, prevendo que, em 2020, o mundo terá 7,6 bilhões conectadas na internet e cerca de 200 bilhões de objetos interligados na Internet das Coisas. “Isso irá requerer esses lagos de dados, que serão compartilhados para permitir consultas e desenvolvimento de aplicativos para diversos fins”, diz Karin. A pesquisadora explica que esses “lagos” podem agregar dados de trânsito, clima, saúde etc, oriundos do governo, de terceiros ou mesmo das postagens da população em redes sociais como Twitter e Facebook. “O Observatório da Dengue, por exemplo, da Universidade Federal de Minas Gerais, acompanha pesquisas no feed público das redes Twitter, Facebook, para rastrear conversas sobre dengue”, salienta. A dificuldade em todo esse processo, segundo a cien-

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No âmbito das prefeituras, a cientista da EMC destaca a cidade do Rio de Janeiro como uma das mais avançadas na adoção de big data e na implementação de inovações típicas das chamadas cidades inteligentes. “O Rio tem um histórico de anos de inovação”, diz Karin, informando que a EMC faz articulações com a Prefeitura do Rio para desenvolver plataforma de big data na modalidade as a service. De acordo com a pesquisadora, o Rio contará com um repositório de dados para ser usado por vários atores e para diferentes fins. Um desses atores a que a executiva se refere é o COR (Centro de Operações do Rio de Janeiro). Atualmente, o centro já faz uso do big data para monitorar dados de mais de dezenas de órgãos públicos, como CET, Guarda Municipal e Light e identificar, em tempo real, desde um semáforo com defeito até possíveis deslizamentos, valendo-se de dados meteorológicos. A expectativa da cientista da EMC é que, com seus lagos de dados implementados, cidades grandes, como Rio e São Paulo, fornecerão a infraestrutura para municípios próximos também se beneficiarem do big data.

DADOS ABERTOS

Nas administrações municipais, movimentos importantes em direção ao big data também ocorrem no âmbito dos dados abertos, com destaque para os chamados Hackathon (ou hackatona, maratona de hackers e desenvolvedores para explorar dados abertos e engajar a sociedade civil na utilização desses dados). Na Prefeitura de São Paulo, por exemplo, a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) disponibiliza em seu site, desde 25 de fevereiro, uma base de dados completa sobre trânsito para estimular a criação de softwares que ajudem a aprimorar a mobilidade urbana da capital. Esses dados foram colocados à disposição da Hacka-

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tona paulista, primeira atividade do Laboratório de Tecnologia e Protocolos Abertos para Mobilidade Urbana (criado recentemente pela Prefeitura para incentivar a criação de aplicativos de mobilidade urbana a partir da base de dados da SPTrans e CET). O evento premiou várias inovações, como um dispositivo que avalia motoristas desconhecidos a partir da inclusão de dados como placa do veículo, modelo e críticas ou elogios da forma de condução por meio de #hashtags previamente definidas. A expectativa da Prefeitura é que a combinação de novas tecnologias com a abertura dos dados da SPTrans e da CET permitirá a criação de mais Foto: Divulgacão

Patrícia Freita, da Microsoft, Big Data como aliado dos serviços.

aplicativos para smartphones e tablets e de softwares e dispositivos para semáforos, radares e GPSs, entre outras inovações que melhorem a mobilidade na capital. “A tecnologia poderá ser uma grande aliada na forma nova de fazer política”, resume Gustavo Carneiro Vidigal, chefe de Gabinete do prefeito de São Paulo, Fernando Haddad.

ATENDIMENTO AO CIDADÃO

Para Patrícia Freitas, diretora de setor público da Microsoft, o big data entrou definitivamente na pauta dos profissionais de TI de órgãos governamentais. “A gestão pública está percebendo a tecnologia como um aliado importante para aprimorar o atendimento ao cidadão, seja no hospital, na escola ou em qualquer outro tipo de serviço”, diz executiva. Patrícia confia que a preparação do Brasil para sediar grandes eventos nos próximos anos representa oportunidades para o CityNext, iniciativa global da fabricante de software voltada a projetos e parcerias que envolvem big data e visam tornar as cidades mais inteligentes. No Brasil, o Governo de Minas Gerais é o primeiro grande usuário da iniciativa CityNext. A administração estadual implantou Windows 8 e outros softwares da Microsoft nas suas 28 Unidades de Atendimento Integrado (UAIs, que prestam serviços semelhantes aos que o PoupaTempo fornece em São Paulo). De acordo com a Microsoft, agora as informações geradas durante o atendimento nas UAIs são extraídas e analisadas em tempo real, proporcionando ganhos expressivos na gestão dos indicadores. Outras Secretarias de Minas Gerais já demonstraram interesse em replicar o projeto.

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ECMSHOW - DF Da Redação

O evento imperdível para atualizar empresas e governo

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tendência de usar dados e informações para gerar novas estratégias e políticas públicas vem se espalhando pelo mundo. Londres, Tóquio, Amsterdam, Bogotá e Quito são exemplos de cidades que anunciaram planos de se tornarem Smart Cities (cidades inteligentes). Para isso estão iniciando grandes transformações na área de tecnologia, serviços prestados e empreendedorismo, tudo isso apoiado por sólida estratégia de captura, gestão e análise de dados e informações. No Brasil, a discussão deve ganhar força com o ECMSHOW Brasília. A grade de conteúdo do evento foi dividida em três partes para abranger o início do e-gov com o controle de documentos e informações, passa por casos de sucesso em diversos processos envolvidos nisso e mostra a importância das Smart Cities para o desenvolvimento de uma nação. O ECMSHOW Brasília terá, no pré-evento do dia 20, dois workshops sobre “Como Montar um Edital”. O primeiro workshop será ministrado por Wilton Tamane e abordará os editais de documentos, tanto na aquisição de soluções quanto na contratação de serviços. Tamane é consultor na área de Digitalização e Gerenciamento de Documentos, Document Imaging, professor de cursos de especialização profissional na área de Imaging, articulista da Revista Document Management e blogueiro do site informationmanagement. O segundo workshop tratará dos editais para implantação de soluções de ECM/BPM, tanto na aquisição de soluções quanto na contratação de serviços e será comandado por Márcio Teschima. O coordenador do tema é Cientista da Informação, Pós-Graduado em Gestão de Processos e Qualidade pela Universidade de Fukui no Japão, Pós-Graduado em Gestão de Projetos e MBA em Gestão Empresarial, FIA-USP, com extensão pela Universidade de Stern – NY, é um dos percursores em implantação de BPO no Brasil.

VISITA TÉCNICA NA RECEITA FEDERAL

No pré-evento, ainda, um grupo selecionado dos congressistas irá conhecer como foi implantada a gestão

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Passo a passo da evolução do e-gov O e-gov (governo eletrônico) tem balizado a evolução da gestão pública diante da adoção de novas tecnologias e soluções. A evolução disso se dá em etapas. Ao alcançar o patamar máximo, o governo está apto a tomar decisões mais abrangentes que irão favorecer a sociedade em geral. O e-gov sólido é o começo de uma Smart City (faça download do gráfico no link abaixo).

http://pages.docmanagement.com.br/poster-governo

de informação e documentos na Delegacia da Receita Federal em Brasília. A atividade será guiada pelo coordenador do projeto, o assessor de gabinete Marcelo de Sousa Silva. É a chance de conhecer de perto um dos melhores cases de sucesso na gestão da informação e documentos voltados para políticas públicas e e-gov.

Acesse o site do ECMSHOW Brasília para mais informações do evento e notícias sobre e-gov e Smart Cities. http://ecmshow.com.br/2014/brasilia/

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InterSystems reforça pioneirismo em inovações envolvendo o Big Data Empresa tem investido continuamente para melhorar ainda mais suas ofertas para esta tecnologia seguindo o conceito que alia volume, velocidade e variedade

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omo consequência da avalanche de informações produzidas nos dias atuais, o volume de dados existente no mundo vem crescendo na mesma proporção. Este cenário influenciou o surgimento do conceito de Big Data, conjunto de soluções, processos e métodos de tecnologia da informação capaz de lidar com dados digitais em grandes proporções de armazenamento e velocidade de transmissão, que está ganhando cada vez mais força. A InterSystems, líder global em software com sede em Cambridge, Massachusetts (EUA), com escritórios em 25 países, foi uma das pioneiras a trabalhar com este conceito. “Já atuávamos com Big Data muito anos antes de alguém chamá-lo assim”, afirma Calos Eduardo Nogueira, Group & Managing Director Latin America, ressaltando que a empresa atua com esta tecnologia desde 1987. Para permitir avanços em Big Data em diversas indústrias, a empresa disponibiliza ao mercado o InterSystems Caché® - uma tecnologia de banco de dados de alto desempenho que combi-

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na base de dados orientados a objeto, SQL de alta performance e acesso a dados multidimensionais; e o InterSystems Ensemble®, uma plataforma para rápida integração e desenvolvimento de novas aplicações conectáveis. Lançado em 1997, o Caché é um avançado banco de dados orientado a objetos que oferece recursos que permitem capturar volumes enormes de dados transacionais, com altíssima velocidade. Já o Ensemble é uma plataforma para integrar e desenvolver aplicações conectadas. “Ao integrar essa conectividade com nosso banco de dados de alto desempenho e com novas tecnologias para análise, alta disponibilidade, segurança e soluções móveis, podemos oferecer uma plataforma sólida e unificada de Big Data e não apenas um mistura de soluções desconexas, como existe no mercado”. Um exemplo da aplicação do Big Data em projetos da InterSystems é iniciativa da Agência Espacial Europeia, que utiliza o InterSystems Caché® para vencer o desafio de processar dados científicos da missão Gaia, que tem como objetivo mapear um bilhão de estrelas da

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Carlos Eduardo Nogueira, Group & Managing Director Latin America: Portfólio da companhia atua com soluções de gerenciamento de banco de dados, integração e analytics.

Via Láctea com uma precisão nunca vista. Considerado o maior processamento de dados em astronomia já registrado, o projeto requer um desempenho do banco de dados extremamente alto. “Nosso sistema tem atendido de forma plena às necessidades da Agência Espacial Europeia no que se refere ao alto volume de dados que será coletado e analisado posteriormente. Com o Caché tem sido possível atingir um desempenho e uma escalabilidade superiores a outros sistemas semelhantes”, comenta Nogueira. O executivo explica os investimentos que a InterSystems tem feito em Big Data. “Estamos trabalhando em diversos pontos para aperfeiçoar ainda mais nossa oferta, entre eles o Analytics. A partir do momento em que você absorve a grande massa de dados, é necessário analisá-los e é neste ponto que entram os três “Vs” do Big Data: volume, velocidade e variedade”, comenta ele reforçando: “As soluções analíticas mais populares de Big Data partem da suposição

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de que os dados são estruturados em fileiras e colunas, mas na realidade os dados mais interessantes são os desestruturados ou baseados em texto. Muitos dos nossos concorrentes ainda lutam com os dados desestruturados, mas nós inovamos e resolvemos esse problema com o Caché lá atrás, em 1997”. A tecnologia única para análise de texto, InterSystems iKnow® utiliza o Analytics incorporado ao Caché. Essa solução permite não apenas análises de dados desestruturados em alta velocidade, como também uma busca igualmente eficiente com palavras-chave. “Como combinamos a tecnologia iKnow com nosso produto de Business Intelligence InterSystems DeepSee®, tornamos viável incorporar essa capacidade analítica em nossas aplicações, permitindo extrair conceitos complexos e construir cubos tanto com dados estruturados quanto com dados desestruturados. Nosso objetivo é oferecer aos clientes uma solução estável que realmente use esses dois tipos de

dados de uma maneira distribuída e escalável”, diz o CEO. No Brasil, a InterSystems oferece a mesma estrutura global para atender a projetos complexos envolvendo o Big Data. “Atualizamos e evoluímos continuamente nossa tecnologia para possibilitar aos nossos clientes o melhor gerenciamento, registro e análise de dados massivos, em qualquer indústria que eles atuem, no Brasil e no mundo”, conclui Carlos Eduardo Nogueira. Para mais informações acesse www.intersystems.com.br.

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Walter W. Koch

Josetti Capusso

PAPERLESS

Paperless ou less-paper? WALTER W. KOCH é diretor da ImageWare, consultor internacional em Gestão Documental e TI, e professor dos cursos de pós-graduação da Fesp e Unip. Implementou alguns dos maiores projetos do País. Ministra cursos em diversos países da Europa, África e Oriente Médio. Autor do livro Electronic Document Management - Concepts and Technologies, publicado em Dubai, em 2001. Responsável pelo Treinamento da AIIM no Brasil info@imageware.com.br

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ada vez que me defronto com a expressão “paperless” (sem papel) passo por um processo de questionamentos. A definição mais popular de “paperless office” é “um ambiente de trabalho onde o uso do papel foi eliminado ou reduzido muito através da conversão de documentos e outros papéis em formato digital”. A expressão surgiu em 1975 em um artigo da revista BusinessWeek prevendo que na década de 1990 os escritórios seriam totalmente digitais. Pouco depois Don Avedon, que marcou presença no Brasil na década de 1990 com suas palestras sobre document imaging, criou uma empresa com este nome. Faliu. E o volume de papel utilizado para a impressão, principalmente de documentos criados digitalmente, aumentou drasticamente. Até um livro foi publicado com o nome “The Myth of the Paperless Office” que versa sobre a impossibilidade da eliminação total do papel devido a alguns traços humanos. Por exemplo, existem consultores que afirmam que “o escritório sem papel só irá existir no dia que houver o banheiro sem papel”. Cético sobre esta afirmativa, fomos surpreendidos em missão técnica aos USA em 2012 quando um juiz do Supremo Tribunal Federal americano nos contou que nos 300 pontos distribuídos pelo território americano capturavam inclusive papel higiênico pois este era o papel mais facilmente acessível aos presos para escreverem suas petições. Uma série de fatores conspira contra a expressão “paperless”. Inicialmente a questão legal, já que na maioria dos países ainda existem restrições de diversos tipos ao uso de documentos digitais oriundos de processos de conversão. Outro fator é a questão da preservação digital. Nada, por enquanto,

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substitui a facilidade da preservação da informação em papel se compararmos com o ônus da preservação em sistemas digitais. A praticidade é outro ponto que ainda não foi adequadamente substituído pelo mundo digital. O papel você dobra, coloca no bolso, enrola, plastifica, etc. Consequentemente é muito arriscado vendermos uma mensagem de que iremos implementar um escritório sem papel. Do ponto de vista técnico, podemos fazer o projeto mais perfeito possível, mas a chance de efetivamente deixarmos o ambiente de trabalho totalmente sem papel é ínfima. Pelo menos por enquanto. Já imaginaram a confusão que pode acontecer se o escopo do projeto vendido for “paperless” ou escritório sem papel e depois não conseguirmos tirar todo o papel do ambiente de escritório? Prudência e caldo de galinha nunca fizeram mal a ninguém. Podemos talvez falar em processo de negócio sem papel. Internacionalmente a expressão “less paper” começa a se estabelecer como a realidade de nossa indústria. Até por que o foco de nossas iniciativas deveria ser a otimização dos processos de negócio e não a eliminação do papel. A redução do uso do papel PODE ser uma consequência da melhoria dos nossos processos de negócio. Mas não obrigatoriamente é a razão dos problemas. Em outras palavras, o médico que está combatendo a febre provavelmente não estará combatendo a causa desta. E para ter certeza de que o remédio é efetivo existe o termômetro. Nós deveríamos ter métricas que mostram quão efetivas nossas iniciativas estão sendo, eliminando ou não o papel. www.informationmanagement.com.br

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CRÔNICA Ângelo Volpi Neto

ELA... A SAGA!

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Ilustrações: istockphoto

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vem o Oscar e com ele as indicações... é claro que me interessei pelo “Ela”, de Spike Jonze. Inteligência artificial é sempre um tema que me instiga, desde o desafio de Alan Turing de 1950 (testando a capacidade de uma máquina se fazer passar por um humano) até as atuais promessas de robôs que nos livrarão dos serviços domésticos, dirigir o carro, etc. Imaginei...taí um tema interessante para um filme, o cara se apaixona por um sistema operacional! Amor 2.0! Olhando a situação atual da tecnologia e a “piração” de algumas pessoas, realmente não dá para duvidar que em breve isso aconteça. Vejam alguns indícios: Arturo Brejar, diretor de engenharia do Facebook, conta que inspirou-se numa conferência sobre meditação chamada Wisdom 2.0, em São Francisco-CA, para criar os emotions que captam uma gama mais ampla de sentimentos no face. Segundo o mesmo a ampliação destes permitiu atingir uma empatia muito significativa que proporcionou um avanço considerável nas interações. “... Até então, não tínhamos entendido como é difícil sentir-se ouvido nas comunicações eletrônicas, mas agora existem mecanismos para ser mais expressivo e mostrar mais consideração”. A propósito, é o Face que vem investindo cada vez mais em percepção de comportamentos humanos. Recentemente fizeram uma pesquisa sobre a época do ano que as pessoas rompem relacionamentos, foram 10 mil mudanças de status analisadas nos “breakup”. Os picos no hemisfério norte foram notados depois do dia dos namorados e nas semanas anteriores às férias...e ainda as segundas-feiras! Segundo notícia no NY Times de 28/09/13 alguns softwares de análise de voz já reconhecem o humor e cerca de 400 tipos de diferentes sentimentos. Portanto, imaginem o cruzamento desse milhares de dados usando interfaces como o Siri e Google Now.

Ou seja, temos um riquíssimo tema para ser explorado por um filme, não? Enfim, lá fui esperando o melhor mas... que nada, o autor resolveu descambar para os problemas do protagonista, um chato mal resolvido. “Discutir uma relação” convenhamos já é algo pra lá de chato (me perdoem as mulheres). Agora, assistir um cara discutindo a relação com a “Samantha virtual” é demais pra minha cabeça! O dito cujo se apaixona mesmo e daí resolve ter ciúme!!! Descobre que “Ela” tem outros “trocentos” clientes, uma verdadeira saga se desenvolve daí em diante... Ninguém merece! Ângelo Volpi Neto é tabelião de notas em Curitiba, bel. em Direito, escritor e professor de Direito Eletrônico. www.informationmanagement.com.br

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